OJORNAL 06/11/2011

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Maceió, 6 de novembro de 2011 Domingo

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Exemplar de Assinante

O Jornal

Ano 18 Número 345 R$ 3,00

Santos e Vasco fazem hoje duelo de destaque no Brasileirão

Ricardo fala sobre meta para os Jogos Olímpicos de 2012

Suplemento

Suplemento

VIOLÊNCIA

Comerciantes se previnem contra os assaltantes

Larissa Fontes

Câmeras de monitoramento e grades de ferro para evitar roubos

Dona Maria Ferro tem um mercadinho no Vergel e já foi assaltada duas vezes

Medidas de segurança que antes eram adotadas só por proprietários de grandes casas comerciais hoje são a realidade de estabelecimentos modestos,

como mercadinhos e padarias, nos bairros afastados do Centro. Para se prevenir contra a ação dos assaltantes, vale o socorro às câmeras, sensores de presença

bom negócio

Nide Lins

Dos búfalos são produzidos 20 tipos de lácteos, 13 de cárneos e seis embutidos

e os tradicionais portões de ferro com grandes cadeados. Os investimentos em segurança ocorrem depois do primeiro assalto. A9 e A10

repercussão

Trânsito: em AL, decisão do STF é bem recebida Autoridades que lidam com crimes de trânsito em Alagoas aprovaram a decisão do Supremo Tribunal Federal, que considera crime o fato de o condutor de veículo dirigir embriagado mesmo A4 sem provocar danos.

SALA VIP O artista plástico Rogério Gomes é um exemplo de dedicação. Seu amor pelo que faz elevou seu nome a um patamar alcançado por poucos.

Nhenhenhém O JORNAL estreia hoje a coluna sobre política nacional do polêA5 mico Jorge Bastos Moreno.

A rentabilidade que vem dos búfalos

EDITORIAL

Localizada no município de São Luiz do Quitunde, a única fazenda de búfalos de Alagoas se

A partir de amanhã, O JORNAL passará a circular, também, às segundas-feiras. A6

tornou um negócio rentável com a venda de produtos saudáveis. Novos itens e projetos ampliam

Marés 00h32..................................................1.7 06h58..................................................0.4

13h04................................................1.7 19h11................................................0.5

o mix de produtos do animal. Nesta edição, O JORNAL traz as novidades. “Do búfalo só não

aproveito o berro”, diz Alberto Couto, dono da fazenda, que fica A25 em São Luiz do Quitunde.

Fases da Lua Nova...................................................27/11.....16h55

Cheia..................................................13/11.....06h18

Crescente............................................06/11.....04h03

Minguante...................................... ....19/11.....21h31

A ssinaturas : 82 4009.1919 Classificados : 82 4009.1930

P ublicidade : 82 4009.1961 Pabx : 82 4009.1900


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O Jornal l Maceió, 6 de novembro de 2011 l domingo

Política PautaGeral Da Redação politica@hotmail.com

Azedou

R

apidamente, o superintendente José Pinto de Luna caiu no desgosto de assessores do prefeito. Ele é duramente criticado por sua gestão insípida na SMTT. Toda vez que tem engarrafamento, como o que parou a cidade no dia da apresentação da esquadrilha da fumaça, o delegado é citado como pouco eficaz. Sua atuação é apontada como sem planejamento e de poucos resultados. Naquele dia mesmo, não existiu nenhuma divulgação de que ruas seriam fechadas para o público ter mais espaço para assistir à exibição. Luna não atendeu sequer as ligações.

Chegando

ESTADOS E MUNICÍPIOS

Revisão de dívidas é discutida no Senado Senadores querem aprofundar debate sobre condições para renegociação dos débitos Da Editoria de Política política@ojornal-al.com.br

O

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, vem a Maceió, na quarta-feira, 16 de novembro, para participar do XIV Congresso Brasileiro da Mandioca e I Feira Brasileira da Mandioca, que vão acontecer simultaneamente no Centro de Convenções, em Jaraguá. Ele faz palestra de abertura.

Famoso

O secretário municipal de Infraestrutura, Mosart Amaral, foi um dos mais cortejados durante o jogo do CRB. Ele praticamente não assistiu à partida de tanto que o procuravam. O homem pode ser o candidato a prefeito do grupo governista e já está sentindo o “peso da fama”.

Não, obrigado!

E, falando em disputa municipal, a secretária de Finanças, Marcilene Costa, que chegou a ser cotada para entrar na disputa, abriu mão de qualquer tipo de candidatura. Com perfil técnico, ela foi muitas vezes comparada à presidenta Dilma Rousseff, mas não quis encarar as urnas.

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s senadores querem urgência na definição de novas bases para os juros e a correção da dívida de Estados e municípios com a União. O assunto ganhou destaque na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nessa semana, intercalado ao debate sobre projeto de resolução do senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), que flexibiliza os atuais critérios de adimplência desses entes federativos na renegociação de débitos com as próprias instituições financeiras credoras. As informações são da Agência Senado. “O projeto do senador Casildo Maldaner é importante, só que precisamos ir mais fundo”, defendeu o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) na última terça-feira. De acordo com Lindberg, o Senado e a CAE não podem

“cruzar os braços”. Ele sugeriu a busca de um canal de negociação com o Ministério da Fazenda, onde disse existir interlocutores conscientes de que a dívida chegou a um ponto em que ficou impagável. Conforme o senador, o Programa de Apoio à Reestruturação e ao Ajuste Fiscal dos Estados, instituído em lei de 1997, foi adotado em contexto muito diferente em relação ao que o país vive hoje. Observou que a taxa básica de juros (a Selic), situada em 38% no final de 1997, hoje está em 11,5% e ainda vai cair mais. No entanto, estados e municípios estão pagando juros à União taxas entre 17,3% e 20,3%. O senador destacou ainda que os contratos de refinanciamento das dívidas são majorados por taxas básicas entre 6% e 9%, mais o IGP-DI, um índice de correção que incorpora a variação dos preços das commodities e que chegou no ano passado a 11,3%. Nessas condições, conforme assinalou, as dívidas não param de crescer. Como exemplo, citou o caso de Minas Gerais, que tinha uma dívida de R$ 17 bilhões em 1997, pagou desde

A relação do governador Teotonio Vilela Filho com a Comissão Pastoral da Terra vai de vento em popa. A CPT é o único movimento social do campo que é recebido pelo tucano. Os encontros sempre são bastante amigáveis, como o que aconteceu na última sexta-feira com os jovens rurais.

E agora?!

O presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Novaes, agora está sendo investigado por denúncias de nepotismo. O promotor Marco Méro quer saber se as acusações apresentadas pelo líder comunitário Fernando CPI são verdadeiras. O pior é se o assunto entrar para levantar as informações relativas a aposentadorias na CMM.

Crea

Na caserna

Silêncio na Caixa Beneficente da Polícia Militar. Depois de trocarem ataques publicamente, os coronéis Ivon Berto e Adroaldo Goulart declararam armistício. Quem ganhou com isso foi o sargento Alberto Santos, que foi reintegrado à entidade e ganhou o apoio de antigos desafetos entre os oficiais.

Fumaça

O secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, e o procurador-geral do Estado, Charles Weston, não devem ser convidados para o mesmo evento. Estão em rota de colisão há quatro meses. Azar para o procurador, que fica cada vez mais perto de deixar o cargo.

Dois pesos

A reitora da Uncisal, Rosangela Wyszomirska, é a queridinha do governo estadual. Já o reitor da Uneal, Jairo Campos, é a ovelha negra. Os dois têm a mesma representatividade institucional, mas são tratados de formas bem distintas. A reitora ganha apoio financeiro e político; o reitor é criticado por cobrar mais recursos.

Diretas Arlindo Garrote, filho da ex-prefeita Ângela Garrote, é o nome do grupo governista para eleição em Estrela de Alagoas. O radialista Paulo Bomfim não pretende ser candidato na disputa em São Sebastião. Seu plano é apoiar campanhas petistas em municípios do Sertão e Agreste. Outro radialista que está com o nome cada vez mais presente quando o assunto é eleição é Alves Correia. Ele não descarta candidatura a prefeito de Arapiraca pelo PTdoB.

então R$ 16 bilhões e continua devendo R$ 55 bilhões. “Todos os governadores deste país estão se levantando. Recentemente, houve um encontro dos cinco governadores do PT, que saíram com uma nota muito dura, dizendo que é necessário reorganizar o perfil da dívida e reduzir o repasse de juros” disse. O presidente da CAE, Delcídio Amaral (PT-MS), disse que o colegiado já está engajado no debate. Prova

disso, segundo ele, é que já está sendo providenciada uma audiência pública para tratar do tema. Romero Jucá (PMDB-RR) concordou que o assunto precisa entrar na “ordem do dia”. Por conta disso, disse Jucá, seu partido já se reuniu e deliberou que é necessário mudar o indexador das dívidas. Lembrou que os senadores Luiz Henrique (SC) e Eduardo Braga (AM) já apresentaram projetos em nome da bancada de seu partido.

CAE deve votar projeto na próxima terça

Parceiro

É na terça-feira, dia 8, a eleição para presidente do Conselho Regional de Engenharia, Agronomia e Arquitetura (Crea). Em Alagoas concorrem Roosevelt Patriota (situação) e Disneys Pinto (oposição). Urnas estão espalhadas em Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos e Coruripe. A eleição está disputadíssima.

Para Romero Jucá, assunto precisa entrar na "ordem do dia" do Senado

Lindbergh Farias diz que é preciso "ir mais fundo" no debate sobre dívidas

Alerta para o que “ainda está por vir” Blairo Maggi (PR-MT ) afirmou que se nada for feito “ainda está por vir” o pior da questão das dívidas com a União: ao fim dos prazos de pagamento - a partir de 2023 - os estados terão de pagar o saldo devedor. Assinalou que essa quitação terá de ser feita em dez prestações de igual valor. No caso do Mato Grosso, que governou até antes de assumir o mandato de senador, ele disse que havia uma dívida com a União de R$ 5 bilhões, em oito anos foi pago o mesmo montante, restando ainda o mesmo volume de dívida a pagar. “Quer dizer que [o Estado] patinou, patinou e não saiu do lugar”, lamentou. O senador pelo Mato Grosso comentou ainda que o Estado está buscando alternativa para fugir do pesado custo da dívida com a União. Depois de três anos de discussões com o governo federal e a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), conseguiu chegar a acordo

para recorrer ao mercado em busca de dinheiro mais barato para antecipar o pagamento da dívida federal. A economia de juros será uma folga para investimentos em infraestrutura que hoje não podem ser feitos. “Talvez alguns Estados possam sair por aí, desde que o mercado entenda que este é um Estado com bom rating [qualidade de risco] para fazer isso”, considerou Blairo Maggi.

"Quer dizer que [o Estado] patinou, patinou, e não saiu do lugar" Blairo Maggi (PR-MT) Senador, ao falar sobre a situação da dívida de seu Estado, Mato Grosso, com a União

A Comissão de Assuntos Econômicos pode decidir na próxima terça-feira por dispensar Estados e municípios de comprovarem plena regularidade financeira nas renegociações de débitos com as instituições credoras. Segundo também o que prevê o projeto de resolução do senador Casildo Maldaner, a dispensa se estende às demais condições dos contratos. O relatório do senador Romero Jucá é favorável à aprovação da matéria no formato de um texto substitutivo. A proposta ainda irá a Plenário se passar na CAE. De acordo com Jucá, o texto tem o mérito de tentar resolver um “problema real” enfrentados pelos governos estaduais e municipais no seu relacionamento com as instituições financeiras. Dúvidas Segundo ele, uma consulta à Procuradoria da Fazenda nacional (PGFN) servirá para sanar dúvidas que surgiram depois sobre coesão da matéria com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Disse que o parecer tratará ainda de mudanças sugeridas por esse mesmo órgão e também a Secretaria do Tesouro Nacional (STN). “Fui informado que o parecer está sendo ultimado e será concluído nesta semana. Portanto, sem o parecer eu não estou confortável para fazer as modificações que são necessárias”, disse, na terça-feira, ao justificar mais um adiamento da matéria. União, Estados e municípios precisam de autorização do Senado para contratar empréstimos no país e no

exterior. Os pedidos chegam ao Senado com pareceres da PGFN e da STN, instruídos com base em normas que regulamentam leis que tratam do tema, especialmente a LRF, que instituiu regras rígidas de adimplência. No caso de estados e municípios, inclusive em relação às dívidas com a União e regularidade na execução de convênios. "Racionalização" Jucá optou por apresentar um substitutivo com o intuito de “racionalizar a tramitação das operações de crédito e a concessão de garantias da União a essas operações”. Conforme assinalou, em razão do crescimento da economia e da consequente retomada dos investimentos públicos, o número de operações de crédito cresceu significativamente, sendo necessário simplificar procedimentos. Um dos principais objetivos do substitutivo é permitir que operações firmadas por estados e municípios com instituições financeiras sem passar pela verificação prévia dos limites e condições - no âmbito da STN e PGFN possam ser regularizadas. Isso seria possível desde que tivessem sido cumpridos todos os requisitos da legislação. Esta é a quinta vez seguida que a matéria entra na pauta de votações. Em uma das ocasiões a proposta saiu de pauta em consequência de pedido de vista coletiva. Nas demais, a retirada foi solicitada pelo próprio relator. Na semana passada, Jucá explicou que preferia aguardar o parecer da PGFN para uma manifestação final.


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Política

Contexto Roberto Vilanova bobvilanova@hotmail.com

Bola em jogo

E

m artigo publicado em “O Globo” (página 7, edição 19/10), o deputado federal Renan Filho (PMDB) diz que “na Copa do Mundo de 2014 não temos outra opção: é vencer ou vencer”. Mas alerta que ”a vitória essencial, entretanto, não se restringe aos campos e deve estar no legado que o Mundial deixará para o País”. Presidente da Comissão da Lei Geral da Copa, o deputado federal Renan Filho terá pela frente a missão espinhosa de tornar maleável uma Fifa empedernida no que se refere a exigências que contrariam a legislação tupiniquim. A legislação proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios – e a Fifa quer liberar; a legislação garante a meia-entrada para idoso e estudantes – e a Fifa quer abolir. Renan Filho enaltece o trabalho da Fifa e admite que a regra imposta é clara, mas destaca que “alguns direitos são inegociáveis” e, entre esses direitos que não se negocia, estão a meia-entrada para idosos e estudantes e a proibição de venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Para a questão da meia-entrada, o deputado federal Renan Filho chegou a sugerir que o governo federal pode subsidiar o preço dos ingressos. Já na questão da venda de bebidas alcoólicas, a solução é muito mais difícil. A Copa do Mundo é em 2014, mas a bola já está em jogo e com um alagoano encarregado de definir a regra nos estádios.

Pede

O deputado Judson Cabral (PT) não entende a reação da Assembleia Legislativa diante das denúncias de desvio de dinheiro do Tribunal de Contas do Estado e contra o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes.

Ação

– “São denúncias graves e ninguém se manifesta” – disparou o deputado Judson Cabral, que exige da Assembleia Legislativa o acompanhamento das investigações. “Precisamos saber o que foi apurado e a Assembleia tem de exigir isso”, disse.

Toma lá, da cá

A denúncia contra o secretário Luiz Otávio é sobre a exigência do pagamento de comissão ao Banco Panamericano , de quem o Estado é credor.

Saída

O senador Renan Calheiros (PMDB) vai retomar a discussão sobre as casas para as vítimas das enchentes em Alagoas, com a ministra Geise Hoffmman. Para Renan, a solução para o problema só quem pode dar é a presidenta Dilma.

Reação

Uma fonte da PM informou à coluna que o cabo Cláudio Magalhães tentou se suicidar após saber que foi denunciado pelo Ministério Público Estadual como autor dos disparos que mataram o vereador de Anadia, Luiz Ferreira.

Final infeliz

O cabo Magalhães é primo da prefeita Sânia Tereza, que está presa e também foi denunciada na condição de mandante da morte do vereador Luiz Ferreira.

Pesou

O deputado federal Joaquim Beltrão (PMDB) pensou, mediu, pesou e concluiu que o melhor que deve fazer é ficar com o mandato em Brasília. Se a decisão for irrevogável como parece que é, o deputado não será candidato a prefeito de Coruripe.

Mediu

Também pesará na decisão do deputado federal Joaquim Beltrão, de não disputar a Prefeitura de Coruripe, o fato de a família estar muito bem nas pesquisas, o que sugere lançar o nome de outro parente – que pode ser a esposa dele, com certeza.

Caminho das pedras

Quem não gostou da notícia da desistência do deputado federal Joaquim Beltrão em disputar a Prefeitura de Coruripe foi o ex-deputado Paulão (PT) – que é o primeiro suplente.

De mãe

A vereadora de Arapiraca, Graça Lisboa, se filiou ao PSD, mas ainda não sabe se disputará a reeleição no próximo ano. A dúvida dela é em relação à família; o jovem Roane Lisboa, filho da vereadora, se filiou ao PP e quer ser vereador.

De bem

O senador Benedito de Lira justificou ter entregado o PP em Arapiraca ao empresário Ricardo Barreto: “Precisávamos dar uma sacudida no partido em Arapiraca. As pessoas que assumiram o partido antes deixaram a maior bagunça”.

Novos horizontes

Em tempo: o novo presidente do diretório municipal do PP em Arapiraca, Ricardo Barreto, é mais um empresário que quer virar político.

Expressas O prefeito de Ouro Branco, Atevaldo Cabral, diz que é a sua palavra contra a palavra da jovem de 14 anos que o acusa de oferecer dinheiro em troca de sexo. A jovem denunciou ao Conselho Tutelar que o prefeito lhe ofereceu 300 reais por uma relação sexual, e, com a negativa, ele ofereceu 800 reais para que não contasse nada a ninguém. O prefeito de Ouro Branco nega a acusação e diz aguardar a convocação da Justiça para que posse se defender. O portal de notícias IG e o Salinas de Maceió Beach Resort lançaram promoção nacional cujo prêmio é uma viagem a Maceió, com direito a acompanhante.

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INVESTIGAÇÃO

3 CPIs movimentam os corredores da ALE TIM, Eletrobras e o comércio de combustíveis no Estado são os alvos das apurações Alexandre H. Lino alexandrehlino@ojornal-al.com.br

A Assembleia Legislativa vive um momento único nos últimos oito anos: ao mesmo tempo, três comissões parlamentares de inquérito movimentam os corredores da Casa. Os deputados investigam a TIM, a Eletrobras e o comércio de combustíveis. É uma situação nova, e que

pega muitos parlamentares de surpresa. Afinal, o Legislativo alagoano tem um péssimo histórico em relação ao resultado de CPIs, como aconteceu com a investigação em relação a Telemar - o relatório final nunca ficou pronto, muito menos os resultados efetivos

da investigação que durou quase seis meses em 2004. É bem verdade que os resultados de agora ainda estão distantes de aparecer, mas o clima em plenário já é bem diferente do passado. O JORNAL fez um levantamento da situação de cada um dos trabalhos.

Distribuição de energia no Estado é questionada A Comissão Parlamentar de Inquérito criada pela Assembleia Legislativa para investigar os motivos das constantes quedas de energia na rede de distribuição da Eletrobras em Alagoas iniciou seus trabalhos em agosto. Presidida pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT) ela foi criada com muita resistência entre os petistas. Medeiros afirmou que não apenas o consumidor individual é penalizado com a precariedade nos serviços prestados pela Eletrobras no Estado, mas toda a estrutura pública e privada. O primeiro a ser ouvido foi o diretor-presidente da Chesf em Alagoas, Dilton da Conti Oliveira, e o superintendente do Procon no Estado, Rodrigo Cunha. Na semana passada foram colhidos os depoimentos dos representantes dos setores da indústria e do comércio, bem como da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal). Nesta semana, a CPI vai receber um representante do Ministério

Presidente da CPI da Eletrobras, Ronaldo Medeiros afirma que constantes quedas de energia prejudicam empresas

Público Estadual. Os depoimentos subsidiam os trabalhos da comissão na busca de explicações sobre os motivos que levaram aos recentes blecautes registrados em Alagoas, além de investigar os motivos que estão levando a empresa a prestar serviços de má qualidade aos consumidores. “O comércio e a indústria também são vítimas da empresa, que não está conseguindo atender a demanda

causando prejuízos enormes”, declarou Medeiros, destacando que essas perdas também são repassadas ao consumidor. Descoberta Durante o depoimento do diretor executivo da Arsal, Ricardo Fontes Braga, um dado chamou atenção dos deputados. Ele informou que a agência já aplicou cerca de R$ 11 milhões em multas contra a Eletrobras, no perí-

odo entre 2004 e 2011. “A Aneel, só no primeiro semestre de 2011, já fez compensação de cerca de R$ 27 milhões para a Região Nordeste. Nas nossas fiscalizações percebemos que não há manutenção das linhas de transmissão, nem instalações adequadas para atendimento ao consumidor. O atendimento telefônico é uma coisa que nos constrange”, declarou. Participaram das oitivas os deputados Inácio Loiola (PSDB) e João Henrique Caldas (PTN).

CPI da TIM: no final, com promessa de relatório A Comissão Parlamentar de Inquérito criada em junho para investigar a qualidade dos serviços oferecidos no Estado pela operadora TIM realizou a última sessão de depoimentos na última quinta-feira. Os membros da CPI fizeram a oitiva dos diretores da operadora, com base no relatório de qualidade elaborado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a qual avaliou os serviços da empresa na região de Arapiraca. A CPI é presidida pelo deputado Ricardo Nezinho (PMDB). Os diretores da TIM, Leandro Lobo, gestor da área de relações institucionais da operadora, Leandro Guerra, e o gestor da área de rede, Charles Davis, foram ouvidos. Lobo fez uma explanação

Ricardo Nezinho preside a CPI que investiga os serviços da TIM no Estado

com o histórico da atuação da empresa em Alagoas, além do Na apresentação de slides que apresentou todos os produtos oferecidos pela TIM atualmente, destacando o plano Infinity, o qual, segundo ele, é sucesso de vendas por oferecer chamadas a R$ 0,25, sem tempo limitado na chamada.

Questionado pelo deputado Sérgio Toledo (PDT), relator da comissão, sobre as quedas constantes nas ligações telefônicas, os representantes da empresa negaram que o problema aconteça, como alegam os consumidores. “O que pode acontecer é que a ligação seja encerrada

por acabar a bateria do celular do cliente ou até mesmo numa área sem sinal”, alegaram os executivos. Rebatendo as declarações, Sérgio Toledo disse que é facilmente constatado que tão logo haja queda de energia, a ligação é encerrada. “O que demonstra que a empresa não tem logística para garantir o funcionamento normal quando falta energia”, considera Toledo. O parlamentar questionou a capacidade da operadora em atender seus clientes na proporção que vende seus chips, mas os representantes da operadora garantiram a capacidade de atendimento. Após os depoimentos, os membros da CPI preparam agora um relatório final dos trabalhos da comissão.

"Combustíveis" tem o prazo prorrogado por mais 120 dias A terceira comissão em funcionamento é presidida pelo deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) e investiga a qualidade e o preço dos combustíveis comercializados em Alagoas. Na semana passada, Albuquerque pediu prorrogação dos trabalhos por mais 120 dias. Ao justifi-

car o pedido, Albuquerque informou que como a CPI foi instalada próximo ao recesso parlamentar, em junho, não existe tempo hábil para concluir os trabalhos ainda este ano. Desde sua instalação, a Comissão acompanhou a redução dos preços do álcool e da gasolina em Maceió e

Arapiraca. Ele assegurou ainda que é de responsabilidade da CPI ouvir os depoentes para elaborar o relatório e levar ao conhecimento da sociedade a real situação dos postos e distribuidores de combustíveis no Estado. Até agora um dos principais depoimentos

foi o presidente do Sindcombustíveis, Carlos Henrique Toledo. No encontro, foi solicitada a apresentação das notas fiscais para comparar os preços cobrados e fazer um encontro de contas com a Receita Federal e Secretaria da Fazenda (Sefaz) para verificar o recolhimento dos tributos.


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Política

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ÁLCOOL AO VOLANTE

Delegado Fernando Tenório diz que concorda plenamente com decisão do STF

Ministro Ricardo Lewandowski foi o relator do processo no Supremo

Decisão do STF recebe apoio Em AL, autoridades também entendem que motorista bêbado, mesmo sem provocar dano, comete crime GILSON MONTEIRO gilsonmonteiro@ojornal-al.com.br

A

s estatísticas sempre alarmantes dos acidentes de trânsito começam a forçar um endurecimento da legislação brasileira de trânsito, começando

a derrubar os argumentos de quem defende penas e sanções mais brandas. Entendimento que ganhou ainda mais força com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) tomada no último dia 27, quando a Segunda Turma da Corte considerou que o motorista que dirige alcoolizado, mesmo sem provocar danos, está cometendo crime. Tomando como base o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, a decisão do STF, tomada durante julgamento de habeas corpus de

um motorista flagrado alcoolizado em Minas Gerais , deve balizar as próximas decisões nesse sentido. Mudança de conceito apoiada, em Alagoas, por autoridades que lidam com os crimes de trânsito em Alagoas. Fernando Tenório, titular da Delegacia de Acidentes e Delitos de Trânsito de Maceió, apóia não apenas a decisão do STF sobre criminalizar o motorista alcoolizado, como defende a tese de que em casos de acidente com vítima fatal o motorista deva ser

processado por crime doloso, ou seja, com intenção. Esse segundo ponto é ainda mais polêmico, com uma legião de operadores do direito que argumentam que o condutor do veículo, mesmo bêbado, não assumiria o volante com clara intenção de matar. “Alguns juízes não consideram que a ingestão de álcool possa em si caracterizar direção perigosa e causar problemas. Mas concordo plenamente com a decisão do Supremo, pois dirigir alco-

olizado deve ser considerado crime, pois ao assumir o volante nessas condições o indivíduo está pondo em risco outras pessoas. Assim como concordo com uma outra decisão, que foi monocrática, de que quando há morte trata-se de um crime doloso. Há quem diga que não há dolo, ou seja, intenção, mas se o sujeito bebe e dirige, ele sabe, está ciente de que pode causar danos a terceiros. Mas há quem caracterize isso de imprudência apenas”, avalia o delegado, insistindo no endu-

recimento da legislação. “Uma decisão como esta do STF só vem a colaborar com o endurecimento da legislação, e da aplicação da legislação, que é principal. Considerar crime a embriaguez ao volante é um avanço que deve pautar muitas decisões de agora em diante. Isso abre um precedente importante para que os condutores de veículos possam realmente levar a sério a legislação, sabendo que dirigir sob efeito de álcool já é, por si só, crime”, avaliou Fernando Tenório.

Entenda um pouco mais sobre a decisão

Delegacia recebe 60 inquéritos por mês

Juiz afirma que entendimento já é aplicado

No julgamento de um habeas corpus em 27 de setembro, impetrado pela defesa de um motorista flagrado bêbado na cidade de Araxá (MG), os ministros da 2ª turma do STF, por unanimidade, entenderam que o condutor, mesmo que não cause acidente, responderá criminalmente pelo ato. No entendimento do relator do processo, Ricardo Lewandowski, não é necessário que o infrator cause qualquer dano para ser responsabilizado. “É como o porte de armas. Não é preciso que alguém pratique efetivamente um ilícito com emprego da arma.

Os números da Delegacia de Acidentes e Delitos de Trânsito de Maceió refletem o cotidiano de acidentes no trânsito de Alagoas. Segundo o delegado titular, Fernando Tenório, a média é de três inquéritos recebidos diariamente, contabilizando 60 inquéritos recebidos mensalmente. “A imprudência no trânsito é muito grande, apesar dos avanços na legislação. Recebemos aqui três, e até cinco inquéritos por dia. É preciso

DA EDITORIA DE POLÍTICA politica@ojornal-al.com.br

O simples porte constitui crime de perigo abstrato, porque outros bens estão em jogo. O artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro foi uma opção legislativa legítima que tem como objetivo a proteção da segurança da coletividade”, afirmou Lewandowski, em seu voto. O artigo 306 citado pelo ministro prevê penas para quem conduz veículo com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas: detenção (de seis meses a três anos), multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir.

Para promotora, o que falta é fiscalização A promotora de Justiça Marluce Caldas, que integra o Comitê Estadual de Trânsito, se mostra fiel apoiadora da decisão proferida pelos ministros do STF, punindo criminalmente um motorista que dirige após ingerir bebida alcoólica. “Essa decisão do STF colabora em muito na consolidação do entendimento da Lei Seca, colocando o teste do etilômetro [bafômetro] como uma prova eficiente em quaisquer procedimentos envolvendo delitos de trânsito. O entendimento dos ministros vem em boa hora, e só reforça o endurecimento da legislação e sobretudo da aplicação da lei. A Lei Seca é clara: bebeu, não pode dirigir, e de acordo com o artigo 306 do Código, isso configura crime”, disse a promotora, ressaltando que o entendimento do

STF já é seguido pelo Ministério Público de Alagoas. “Esse entendimento, previsto no Código de Trânsito, já é utilizado no Ministério Público, e muitos casos já foram inclusive para a Justiça com condenações”, frisou a promotora. Marluce Caldas avalia que falta fiscalização para o cumprimento da lei 11.705, a chamada “Lei Seca”. A norma, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro, considera crime conduzir veículos com praticamente qualquer teor alcoólico no organismo. Anteriormente, era permitida a ingestão de até seis decigramas de álcool por litro de sangue (o equivalente a dois copos de cerveja). Com a nova regra, quem for pego dirigindo depois de beber, além da multa de R$ 955, perde a carteira de motorista por 12 meses. G.M.

uma fiscalização ainda maior da Lei Seca, pois a legislação existe, mas é necessária a aplicação dessas leis”, disse. CONSCIÊNCIA “Acho que decisões como a do STF, considerando crime a embriagues ao volante crime, vem a reforçar uma nova mentalidade, colocando esse tipo de imprudência como crime. Só assim o cidadão tomará consciência do risco que está criando”, acrescenta Fernando Tenório. G.M.

O juiz da 14° Vara de Trânsito da Capital, João Dirceu informou, em entrevistas a meios de comunicação, que a decisão do STF já vem sendo aplicada no Estado, principalmente em casos de acidentes com vítimas fatais, com base no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, que tornou crime a embriaguez ao volante. “Essa decisão do STF foi

isolada. O acusado foi pego bêbado em uma blitz, não houve acidente nem vítimas. A sentença nesses casos vai depender do entendimento do juiz, que pode suspender o processo e determinar a distribuição de cestas básicas”, disse o magistrado. “Isso também se aplicar em casos de mortes no trânsito, o que pode ser considerado homicídio culposo ou doloso. Acredito que quem dirige bêbado e em alta velocidade assume os riscos”, acrescenta.

Juiz João Dirceu: "Acredito que quem dirige bêbado e em alta velocidade assume os riscos"

Promotora Marluce Caldas conta que entendimento já é adotado pelo MPE

Só em 2010, 781 mortos no trânsito de Alagoas A decisão do STF, de considerar criminoso o motorista que dirige alcoolizado, tenta mudar as estatísticas do trânsito brasileiro, considerado um dos que mais mata no mundo. Os números do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram que em 2010, somente em Alagoas foram 781 mortes por aciden-

tes de trânsito, destas, 124 se deram por acidentes com motos. No país, no mesmo período, o Brasil superou a marca das 40 mil mortes, com exatos 40.610 óbitos provocados por acidentes no trânsito. E 25% das mortes envolvendo motocicletas. HGE - De acordo com dados divulgados em maio

deste ano, o Hospital Geral do Estado (HGE) registrou, em 2010, 8.170 atendimentos de vítimas de acidentes de trânsito. Considerando os gastos com os atendimentos, o delegado Fernando Tenório, da Delegacia de Acidentes e Delitos no Trânsito, diz que as despesas deveriam ir para os condutores que provocaram todos esses acidentes.

“Temos todo um gasto que quem arca é o poder público, ou seja, o contribuinte. Acho que essas despesas deveriam ir para o condutor, cuja imprudência provocou esses atendimentos. Seja com medicação, atendimento, e até a pensão de esposas ou dependentes. Isso tudo causa um endividamento enorme do Estado”, diz. G.M.


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Nacional Nhenhenhém Jorge Bastos Moreno/Brasília moreno@bsb.oglobo.com.br

Solidariedade

U

m dos primeiros da fila para visitar Lula, quando os médicos liberarem, é o ex-presidente Fernando Henrique.

Carinho

E Marta Suplicy — depois que a raiva passar — deverá aceitar o convite de Haddad para saborear o cardápio da jovem Ana Paula, estagiária do restaurante do MEC. Hoje, Haddad almoça com os últimos moicanos da ex-candidata: Vaccarezza e Mentor à frente.

Fidelidade

Por falar em Haddad, o ministro anotou de onde veio o único apoio dos governadores ao seu embate judicial em defesa do Enem: Alagoas. Governado pelo tucano Teotônio Vilela.

Desejo

Quem sonha com o MEC é o Mercadante. Mas Dilma quer gente da própria pasta.

Mudança

Enfim, daqui a menos de 90 dias, a presidente Dilma toma posse de fato como presidente da República. É que, com a reforma ministerial da desincompatibilização, Dilma, finalmente, poderá fazer um Ministério para chamar de seu. Se bem que seis que ela gostaria de não ter nomeado já foram embora.

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CÓDIGO PENAL

Comissão de juristas discute mudanças Objetivo é adaptar o código de 1940 à Constituição de 1988 e aos tratados internacionais

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RASÍLIA – Os integrantes da Comissão Especial de Juristas e do Congresso Nacional destinada a promover mudanças no Código Penal se reuniram na sexta-feira para debater o assunto. A comissão está encarregada de fazer um anteprojeto de lei sobre o código, que deverá ser apreciado pela Câmara e pelo Senado. Durante os debates, foi apresentada a proposta de criação de um portal para que o Senado receba sugestões dos cidadãos sobre as mudanças no código e repasse para a comissão de juristas criada no âmbito do

Senado. O presidente da comissão de juristas, ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disse que a intenção da comissão é adaptar o código de 1940 às determinações da Constituição de 1988 e todos os tratados internacionais assinados pelo Brasil em matéria penal. “Vamos ter que projetar um código para o presente e para o futuro e levando em conta as peculiaridades de um país de dimensões continentais”. Segundo ele, deve ser um código de conduta que vai servir tanto para o executivo como para o ribeirinho. Além dos juristas, participam da comissão integrantes da Subcomissão de Crimes e Penas da Câmara dos Deputados, que analisa a reformulação de parte do Código Penal. O relator da subcomissão,

deputado Alessandro Molon (PT-RJ), achou a reunião de hoje “muito produtiva”. Segundo ele, foram apresentadas duas pesquisas na reunião da comissão, uma mostrando a forma como o Congresso tem modificado o Código Penal e a outra mostrando como o princípio da insignificância tem sido adotado pela Justiça. Molon disse que apresentou aos juristas da comissão do Senado os estudos que já foram feitos pela subcomissão da Câmara sobre as mudanças no Código Penal. Para o deputado Alessandro Molon, o foco principal dos trabalhos é corrigir as distorções hoje existentes na aplicação de penas no Brasil para os diferentes delitos. “Não consideramos aceitável que se continue punindo crimes leves com

penas duras e crimes graves com penas leves. Por exemplo: roubo tem pena mínima de quatro anos e a corrupção tem pena mínima de dois anos; homicídio tem pena mínima de seis anos e a falsificação de remédios e cosméticos têm pena mínima de dez anos”, explicou. “Nosso objetivo com a reforma do Código Penal é fazer justiça: quem cometer crime grave deve ser punido exemplarmente”, declarou. Segundo o parlamentar, a intenção é promover os debates sobre as mudanças no Código Penal, que é de 1940, e apresentar até o fim deste ano, ou em fevereiro do ano que vem, uma proposta de mudanças nas normas do Código Penal para que a Câmara e o Senado possam aprová-las e, assim, promover as alterações necessárias.

Inveja

No caso das ministras, que são as minhas maiores preocupações, aparentemente, poucos problemas. Mas duas poderão perder os postos, por pressões externas e não por incompetência ou desvio de conduta. Uma é a querida Ana de Hollanda. Aninha não nasceu para a pequenez da política. Moça de berço e valor, entrou, coitada, numa fria. Outra, mas que ainda duvido, é a Ideli, amiga do peito da presidente. Se cair, será por inveja da bancada governista. Adoro a Ideli.

Dipp e Molon coordenam reunião sobre o Código Penal

Gabriel Chalita, a maior vítima do destino

Não se trata nem de tentar tirar proveito de uma situação. Se Lula não estivesse doente, qualquer candidato apoiado por ele já sairia em vantagem. Agora, ser “candidato de Lula” já é meio caminho andado para a vitória. A candidatura mais abalada por essa nova conjuntura é a do deputado Gabriel Chalita.

Dos males, o menor

Se já estava um circo o palanque do DEM na Bahia, agora, sim, com a presença dos irmãos Vieira Lima — Geddel (Schwarzenegger) e Lucinho (Danny DeVito) —, virou um angu mesmo. É apenas o início do fim. Na verdade, esmagados pelo PSD de Kassab, os principais líderes jovens do partido terão que buscar carreira solo. O destino do ACM Neto será mesmo o PMDB. Rodrigo Maia, que sonhava com uma fusão com os tucanos, depois das eleições do ano que vem, já joga a toalha: - Hoje, em nível nacional, o partido mais próximo é o PMDB e não mais o PSDB. PMDB é partido de centro. Pergunto: Cabral e Paes não são problemas para os Maia? - E como! Como me aliar aos que privatizam a Saúde?

Este é o Aldo

Depois de ter me jurado por Deus que não seria ministro, Aldo Rebelo me liga, em cima da hora, convidando para a sua posse. Recusei: - Não vou para não o constranger. O senhor não conseguiria olhar para mim, depois de ter negado tudo. - É verdade, camarada. Mas chame nossos amigos de Mato Grosso. - Excelência, faltam duas horas para a sua posse! Não dá tempo de eles virem! -Mas dá tempo de convidá-los.

Revelações

Saiu o novo livro do ministro do STF Gilmar Mendes. Só que, desta vez, Gilmar reúne suas decisões mais polêmicas na Corte e conta tudo sobre elas. Leitura obrigatória não só para estudantes e professores como para a sociedade em geral, que acompanhou os sucessivos escândalos. Não li, mas já gostei e recomendo. Compre o seu.

Fumaça branca

Por falar em STF, foi mais longo do que o normal o jantar de quarta de Peluso Cardozo.

Fina estampa

Circula no que Ancelmo chama de território livre da internet foto de Sarney com Romário, Tiririca e Popó. Até aí, tudo bem. Não fosse a legenda: “Porque o fim do mundo está próximo.”

Explicação

Cobrei do Palácio a razão de tanto oba-oba de que ele é o cara em torno do Padilhão! Deram-me um exemplo: Terça, Dilma e ele lançam SOS Emergência, para acabar com a vergonha dos nossos prontos-socorros, como o da minha querida Cuiabá. Na quarta, Padilha, com a ajuda dos maiores hospitais privados do país, lança o programa no Rio. Tudo isso sem contar com o “Melhor em Casa”, a home care dos pobres. Assim, até eu, Romeu!

Ministério da Justiça entrega relatórios

Legislação atual tem mais de mil crimes

A Subcomissão Especial de Crimes e Penas da Câmara recebeu do Ministério da Justiça, na sexta-feira, dois relatórios que vão ajudar os parlamentares a organizar as propostas que alteram o Código Penal e as leis penais de modo geral. O primeiro relatório fez uma análise de cem propostas que tramitam na Câmara sobre o assunto. Segundo o diretor de Elaboração Normativa do Ministério da Justiça, Gabriel de Carvalho Sampaio, foram encontradas, nessas proposições, mais de 830 alterações nas leis atuais. A maioria delas busca o aumento de pena para determinados crimes e o fim da desproporcionalidade entre penas para delitos de menor e maior gravidade. “O relatório parte do pressuposto de que as leis aprovadas ao longo dos anos têm trazido desproporcionalidades nas punições”, explicou Gabriel. Ele citou como exemplo o crime de furto e o de lesão corporal grave. Apesar da gravidade do segundo delito, os dois recebem a mesma pena: até oito anos de prisão. “Recebem o mesmo tratamento um crime que

A grande quantidade de crimes previstos no Código Penal também foi lembrada pelos participantes da reunião, que relataram a existência de mais de mil crimes na lei brasileira. Como o código é de 1940, muitos desses crimes poderiam ser retirados do texto e reenquadrados como infrações administrativas, civis ou tributárias. Pa r a o u t r o s d e l i t o s , segundo o ministro Gilson Dipp, falta a previsão legal. É o caso dos crimes cibernéticos, por exemplo. Como não há previsão em lei, eles acabam sendo enquadrados como estelionato ou furto qualificado pela fraude. “Vai chegar um momento em que crimes graves, como por exemplo entrar em um site de governo, vão ficar em aberto, porque nós não temos um tipo penal”, alertou o ministro, que lembrou da complexidade desse tipo de crime. Para tentar resolver essas deficiências do código, foram criadas, ao longo do tempo, outras leis que tipificam crimes como a lavagem de dinheiro, por exemplo. A grande quantidade de leis

trata do patrimônio público e outro que trata da integridade física da pessoa.” Para o relator da subcomissão, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), a ideia é “olhar para o Código Penal e a legislação penal brasileira como um sistema e adequar as punições”. O segundo relatório apresentado trata do princípio da insignificância, que já conta com jurisprudência no Supremo Tribunal Federal, mas ainda não foi tratado em lei específica. O princípio prevê que o direito não deve se ater às condutas menores, que causam menores danos sociais ou materiais e sim, às condutas efetivamente danosas à sociedade. De acordo com Gabriel Sampaio, “são normas que incriminam condutas que não precisariam necessariamente de punição”. Os relatórios pretendem levar a discussão à Comissão de Constituição e Justiça, órgão da Câmara ao qual a subcomissão é vinculada. “Servirá para discutir a proporcionalidade dos crimes e das penas e o impacto para a sociedade”, afirmou Gabriel Sampaio.

especiais também é um problema que deverá ser discutido nos dois colegiados. Para Gilson Dipp, é preciso incluir no código os crimes previstos nessas leis extravagantes, o que facilitaria o trabalho da polícia e da justiça. Integrantes dos dois colegiados concordam que é preciso ampliar a possibilidade de penas alternativas para alguns tipos de crime. A alegação é de que, em alguns casos, a permanência no sistema prisional acabe corrompendo ainda mais quem sofre a punição. “Hoje em dia, as cadeias, muitas vezes, são escolas de crime. Não faz sentido colocar alguém que praticou um pequeno furto numa cela com alguém que praticou 20 homicídios. Isso é ruim para a sociedade”, afirmou Molon. Para o professor René Ariel Dotti, que relatará os trabalhos do grupo responsável pela parte geral do código, é necessário ampliar a possibilidade da aplicação da pena de multa, como já ocorre em países como Portugal, por exemplo. A próxima reunião da comissão está marcada para o dia 1° de dezembro.


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Opinião

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leitor de O JORNAL está acompanhando uma revolução na forma de se fazer jornalismo em Alagoas. O lançamento de um novo projeto gráfico, a chegada de colunistas de renome nacional e a circulação diária, até mesmo nas segundas-feiras, não são os únicos movimentos no sentido de melhorar o conteúdo da informação no Estado. Havia em Alagoas a necessidade de um jornal diário circular às segundas-feiras com notícias fresquinhas do final de semana. Afinal, a notícia não descansa nem folga no sábado e domingo. O JORNAL entende que o seu leitor merece ser informado sobre os fatos do fim de semana, num tempo mais curto que o praticado hoje no Estado. Por isso, traz amanhã a edição de segunda-feira, tirando Maceió da incômoda situação de ser a única capital brasileira que não tinha um jornal diário num dia de segunda-feira. O Sistema Jornal de Comunicação também passa a trabalhar de forma integrada em busca de uma convergência midiática. A Rádio Jornal AM está se preparando para funcionar no mesmo prédio, assim como o site J2011 entrará no ar muito em breve, com uma série de novidades. E não para por aí: seremos a primeira empresa jornalística a ocupar espaço em novas plataformas digitais. O leitor que usa tablets poderá ler como se estivesse folheando a edição impressa. A indústria de jornais

no Brasil precisa achar novos formatos para vender conteúdo em canais fora do tradicional meio impresso. O mundo ganhou mobilidade, e a circulação de informações está nos celulares, tablets e outros equipamentos que o consumidor carrega no seu dia a dia. O espaço aberto pelo mundo digital exige hoje que o jornalismo se renove e entre em contato com as novas possibilidades de transmissão da informação que as novas plataformas oferecem. Portanto, O JORNAL percebeu que precisava adaptar o conteúdo certo, para a plataforma certa. Por isso tomou essa decisão. O mundo digital pede das empresas a oferta de comodidade, liberdade e flexibilidade, bem como preços competitivos. Todas essas qualidades podem ser observadas em nossos produtos de mídia. Até porque reunir uma rádio, um portal de notícias e um jornal, fazendo com que a cobertura seja pensada de forma conjunta, é olhar para o futuro e acompanhar as tendências do mercado. Na opinião da maioria dos representantes dos principais jornais do País, não há dúvida de que o momento é positivo e deve ser aproveitado diante do aumento de circulação dos jornais, tornando ainda mais relevante o desafio de elevar a qualidade dos conteúdos em todos os canais, mas especialmente os digitais, nos próximos cinco anos. E, nesse sentido, comemoramos com você leitor; afinal, estamos caminhando a passos largos.

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Frase do dia

“Não consideramos aceitável que se continue punindo crimes leves com penas duras e crimes graves com penas leves”. Deputado Alessandro mOLON (pt-rj), relator da Subcomissão de crimes e Penas da Câmara que analisa a reformulação de parte do Código Penal.

Até o primeiro comício, presidente Lula João Lyra Deputado federal e presidente do PSD em Alagoas

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inguém poderia imaginar que, após comemorar o aniversário, na quinta-feira, 27, o ex-presidente Lula iria confrontar-se com um diagnóstico de um câncer na laringe. A festa natalícia, a que estive presente, em São Paulo, havia sido simples, mas cheia de contagiante alegria. Mas, assim é a vida, surpreendendo-nos a cada instante. Após os exames inicias e aplicação da primeira quimio, um dos médicos da equipe que assiste o ex-presidente foi enfático: “Conheço a fera. Na próxima semana, ele já vai estar metido na política. Coitada da Marisa. A casa vai virar um fuzuê”. Pois bem, esse é o espírito que domina a personalidade do grande homem público, desde quando, em um caminhão de paus de arara, viajou de Garanhuns a São Paulo, onde construiu uma trajetória de lutas em favor do Brasil e do seu povo. Na mocidade, um ardoroso sindicalista; na política, um ícone nacional, admirado pela grande maioria dos brasileiros, reconhecido como uma celebridade mundial, um exemplo de garra e de perseverança para aqueles que nada têm e que “botou no bolso” os patriarcas da política do nosso País. Atingido por uma “insidiosa doença”, como se dizia em passado recente, Lula optou pela transparência, pedindo aos seus médicos que nada escondessem do povo ― um exemplo que diz bem do seu caráter e amor aos mais caros princípios de lealdade. E os médicos estão dizendo tudo. E a imprensa até bem mais. Aliás, não é somente na doença que Lula emerge mais forte, dando-nos outros exemplos de retidão: nos meses que antecederam o final do seu governo foi instado, por vários setores sociais, inclusive do seu próprio partido, a aceitar concorrer pelo terceiro mandato. Poderia tê-lo feito, mas sepultou a ideia com um sonoro “não!”. Com isso, mostrou ao País que jamais embarcaria em uma aventura antidemocrática, bem

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ao gosto de algumas lideranças políticas do Continente, de ontem e de hoje. Isso tudo inscreve a figura de Lula na galeria dos maiores vultos da história do Brasil, construída na descomunal força que vem de uma alma indomável e guerreira. Creio que interpreto o pensamento das grandes legiões de brasileiros, que admiram o nosso eterno presidente Lula. Encontro-me no meio dessa multidão, rezando para que, juntos, retomemos a luta em prol do nosso País. Como bem declarou Lula, no leito do hospital: “Será inexorável a caminhada do Brasil para se transformar numa grande economia. A gente vai fazer o que precisa ser feito, acreditar na nossa presidenta Dilma e ajudá-la, porque é assim que o Brasil vai para frente”. As palavras de Lula lembram os versos de Carlos Drummond de Andrade, no poema Mãos dadas: “O presente é tão grande, não nos afastemos Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas .................................................

O tempo presente é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente” Então, Lula, “até a primeira assembleia, o primeiro comício, o primeiro ato público”. Deus o guarde, Presidente!

A lei e os resíduos

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Isso tudo inscreve a figura de Lula na galeria dos maiores vultos da história do Brasil

Alder Flores Advogado, químico e auditor ambiental

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Datas & Fatos A República Piratini - Em 6 de novembro de 1836, Líderes dos farrapos no Rio Grande do Sul proclamam a República Piratini. Oficiais revolucionários reunidos na Câmara de Piratini elegem Bento Gonçalves presidente da República. Os oficiais de três brigadas elegem João Manoel de Lima e Silva general e comandante das armas. 1429 - Henrique VI é coroado rei da Inglaterra, sete anos após ascender ao trono na idade de 8 meses. 1656 - O rei D. João IV morre em Lisboa. 1836 - Líderes dos farrapos, no sul do Brasil, proclamam na vila de Piratini a República Rio-Grandense (ou República Piratini). 1860 - Abraham Lincoln é eleito presidente dos Estados Unidos. 1875 - A Escola de Minas é solenemente instalada em Ouro Preto, então capital da Província de Minas Gerais, na Casa da Rua das Mercês, hoje Padre Rolim, 167, onde atualmente funciona o Educandário Santo Antônio. 1903 - Os Estados Unidos reconhecem a República do Panamá e obtêm direitos sobre o uso de seu canal. 1911 - Após liderar uma rebelião contra o ditador Porfírio Diaz, Francisco Madero é eleito presidente do México. A vitória do liberal deu início à Revolução Mexicana, primeira revolta popular do século XX. 1913 - Mahatma Gandhi, líder nacional e espiritual indiano, é preso por liderar a marcha dos mineiros indianos no sul da África. 1916 - O compositor Ernesto Joaquim Maria dos Santos, Donga, registra o primeiro samba a ser gravado no Brasil que é chamado Pelo Telefone. 1918 - É proclamada a República da Polônia e um governo independente é instaurado no país. 1921 - O Teatro Ginásio de Lisboa é destruído por um incêndio. 1932 - Nas eleições da Alemanha, o partido nazista se consolida como o maior partido do país, obtendo 196 cadeiras no parlamento alemão.

1943 - Durante a Segunda Guerra Mundial, após dois anos de ocupação alemã, os russos recapturam a cidade de Kiev. 1945 - Na França livre, o General Charles De Gaulle, chefe do governo provisório, convoca eleição de uma Constituinte. 1947 - No Chile, um terremoto nos Andes mata 233 pessoas. 1962 - A Assembléia geral da Organização das Nações Unidas adotou uma resolução que condena a África do Sul pelo apartheid e recomendando as sanções econômicas ao país. 1964 - O Congresso Nacional Brasileiro aprova um projeto de reforma agrária. 1974 - A Argentina decreta estado de sítio. 1984 - Ronald Reagan é reeleito presidente dos Estados Unidos. 1986 - O Conselho Federal de Educação (CFE) aprova resolução que muda currículos escolares. A disciplina Comunicação e Expressão passa a se chamar Português, e Matemática deixoa de fazer parte da área de Ciências. 1987 - Fim da moratória: Brasil paga US$ 500 milhões ao FMI. 1988 - Seis mil computadores do Departamento de Defesa norte-americano param devido a um vírus: o culpado é o filho de 23 anos do chefe da agência de segurança de computadores do país. 1994 - O boxeador George Foreman, de 45 anos, derrota Michael Moore, 26, em Las Vegas, nos Estados Unidos, e recupera o título dos pesos pesados. 1995 - Israel enterra Yitzhak Rabin, seu líder assassinado por um nacionalista que se opunha às suas tratativas de paz com os árabes. 1997 - Um tribunal suíço ordena a captura de sete israelenses acusados de tramar o seqüestro de Athina Roussel, de 12 anos, a menina mais rica do mundo, neta do magnata grego Aristóteles Onassis. 1998 - Bibi Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, suspende a ratificação do acordo para a desocupação da Cisjordânia depois de um atentado atentado cometido pelo grupo Jihad Islâmica.

m 2 de Agosto de 2010 entrou em vigor a lei nº 12.305 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, alterando a lei de crimes ambientais de nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Através do Decreto Federal nº 7.404 de dezembro de 2010, a referida lei foi devidamente regulamentada. Esta lei que trata sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos traça as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo os perigosos, impondo as responsabilidades dos geradores, quer sejam pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que de uma forma direta ou indireta geram resíduos sólidos. É importante destacar que o Ministério do Meio Ambiente determinou como prioridade as questões inerentes à gestão dos resíduos sólidos, estabelecendo ainda que existem recursos no Orçamento Geral da União para os vinte e sete Estados da Federação. Neste sentido, é importante que os geradores de resíduos, quer seja pessoas físicas ou jurídicas comecem a implantar um conjunto de ações que devem ser exercidas de forma direta ou indireta para as etapas de acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente adequada. A nova legislação sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, de uma forma muito clara, ainda classificou os resíduos sólidos quanto à sua origem e quanto à sua periculosidade. Quanto à origem podem ser: domiciliares, de limpeza urbana, de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, de saneamento básico, industriais, de serviço de saúde, da construção civil, agrossilvopastoris, de transportes e de mineração. Em relação à periculosidade os mesmos podem ser: perigosos e os não perigosos.

Existem recursos No Orçamento Geral da União para os vinte e sete estados da Federação No que diz respeito especialmente às atividades industriais que geram ou utilizam em seus processos produtivos resíduos perigosos, que dentre as suas características se encontram a inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, cacinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e apresentam significativo risco à saúde ou à qualidade ambiental, se faz mister que se implante o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos que deve ser entendido como um conjunto de ações que visem implementar a identificação dos resíduos, a seletividade, o acondicionamento correto, o transporte, o tratamento e a destinação final correta. A apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para as atividades industriais se constitui em parte integrante do processo de licenciamento ambiental do empreendimento pelo órgão competente integrante do Sisnama – Sistema Nacional do Meio Ambiente. Neste sentido, é necessário que as atividades industriais que ainda não implantaram a sua gestão referente aos resíduos sólidos industriais adotem as medidas necessárias, agindo preventivamente ao invés de agir corretivamente. Isso é o que ensina a lei.


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Nacional

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educação

Câmara volta a debater PNE Relator do projeto enviado pelo Executivo apresenta seu parecer na quarta-feira

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re l a t o r d o P l a n o Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10), deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), irá apresentar seu parecer sobre a proposta na próxima quarta-feira. O documento deverá analisar todas as quase três mil emendas apresentadas pelos deputados ao projeto do Executivo, que especifica os objetivos do setor para os próximos dez anos. A apresentação do relatório na comissão especial que analisa a proposta estava prevista para o último dia 26, mas foi adiada em razão das negociações sobre o texto. O projeto reúne em 20 metas o caminho da educação brasileira nesta década. O texto prevê, por exemplo, a universalização do ensino

para toda a população de 4 a 17 anos de idade, além da inclusão de todos os alunos com deficiência na rede regular de ensino. Vanhoni já adiantou que irá manter em seu relatório a estrutura atual do projeto do Executivo – ou seja, apesar das emendas, não pretende incluir no texto novas metas. “A estrutura atual já trata de todo o complexo sistema educacional e as emendas dos deputados foram condensadas nessas 20 metas”, disse.

Investimento público O tema que mais vem causando controvérsias, no entanto, é o investimento público em educação. Hoje, União, estados e municípios aplicam, juntos, cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área. A proposta do PNE prevê a ampliação para 7%. Entidades da sociedade civil, porém, pedem pelo menos 10%. Vanhoni já sinalizou que deverá propor um número

intermediário no texto, entre 7% e 10% do PIB. O presidente da comissão especial do PNE, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), concorda com a meta intermediária. “Desde o começo, entendo que os 7% deveriam ser superados. Isso porque esse número corresponde à progressão natural ao longo da década do investimento que já é feito hoje em educação”, argumentou. Coimbra informou que o relatório do PNE deverá ser apresentado a partir das 13h30. Logo depois, às 14h30, a comissão especial promoverá uma audiência pública sobre o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, da sigla em inglês), sistema de avaliação periódica dos sistemas de ensino promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Após a apresentação do relatório, os deputados da comissão especial terão o

Vanhoni diz que emendas foram condensadas em 20 metas

prazo de cinco sessões da Câmara, ou cerca de duas semanas, para apresentação de novas emendas, que serão

analisadas por Vanhoni. Só então o texto será votado pelo colegiado. Caso não haja recurso para

análise do texto pelo Plenário, o projeto aprovado seguirá para o Senado, pois tramita em caráter conclusivo.

planos de saúde ciência

Aspirina contra a endometriose

C

erca de 15% das mulheres em idade fértil são diagnosticadas com endometriose. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) decidiram testar, de maneira experimental, o uso de injeções aspirina (ácido acetilsalicílico) para o tratamento da doença. A técnica foi aplicada

em 20 coelhas, que tiveram parte do útero removido e implantado na cavidade abdominal. Outras 20 coelhas passaram pelo mesmo procedimento, mas ao invés da aspirina, foi injetado soro fisiológico nelas. Como resultado, os pesquisadores obtiveram 60% de melhora nas lesões das tratadas com o ácido

acetilsalicílico. A endometriose é uma doença crônica e ginecológica crônica, que consiste no estabelecimento de endométrio, tecido que reveste o útero, em locais como ovários, trompas, cavidade intestinal e a cavidade abdominal. Além de causar muita dor, a doença pode ainda provocar a infertilidade.

Rede credenciada terá avaliação Agência Brasil

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Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está lançando um instrumento para avaliar o desempenho dos prestadores de serviços de saúde suplementar. Resolução normativa dispondo sobre a implantação do mecanismo, denominado Programa de Monitoramento da Qualidade dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar (Qualiss), foi publicada na última quinta-feira no Diário Oficial da União. A nova norma vai permi-

tir a avaliação de qualidade, segundo os padrões internacionais. Inicialmente, a medida estará focada nos hospitais, mas o objetivo é estendê-la a outros prestadores de serviços no setor. De acordo com a ANS, tais indicadores de qualidade vão proporcionar aos estabelecimentos de saúde parâmetros claros de gestão, além de fornecer ao Poder Público e aos consumidores em geral elementos de apoio à tomada de decisão, com foco na qualidade do atendimento. Segundo Bruno Sobral, diretor de Desenvolvimento

Setorial da ANS, o consumidor poderá escolher melhor o seu plano de saúde, já que poderá avaliar a qualidade da rede associada a cada plano disponível no mercado, mudando o foco do preço para a qualidade do serviço prestado. Para Sobral, as informações disponíveis sobre a qualidade dos hospitais ainda são muito escassas, e a nova resolução promoverá concorrência positiva. Essa resolução ficou em consulta pública durante 30 dias e recebeu cerca de 145 contribuições da sociedade.

ms

Cimi denuncia matança de índios

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elatór io divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aponta a ocorrência de um genocídio indígena em Mato Grosso do Sul nos últimos oito anos. Segundo o documento, 250 índios foram assassinados neste período, a maioria na região sul, onde vivem os índios guarani/caiuá. A dimensão da situação fica mais evidente quando se compara os dados com os números nacionais. Conforme o Cimi, enquanto a média nacional é de 24,5 homicídios para cada 100 mil pessoas, na Reserva Indígena de Dourados, a maior do Estado, a proporção é de 145 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. No Iraque, a média proporcional é de 93 mortes/100 mil moradores. O levantamento mostra ainda que Mato Grosso do Sul lidera em número de assassinatos de indígenas. Em 2007, 70% dos casos registrados no

Brasil foram em Mato Grosso do Sul - 42 contra os 18 computados nos demais estados. No total, 55% dos homicídios foram de índios das etnias que vivem no MS, sendo 250 aqui e 202 no restante do País. A situação não é diferente em se tratando de tentativas de assassinato. Enquanto no período de 2003 a 2010 foram 190 em Mato Grosso do Sul, nas demais regiões do Brasil foram 111. Nos primeiros nove meses deste ano, 27 dos 38 indígenas mortos violentamente no Brasil são sul-mato-grossenses, o que corresponde a 71%. Pa r a F l á v i o V i c e n t e Ma c h a d o, c o o rd e n a d o r estadual do Cimi, instituição ligada à igreja católica, a explicação para esse quadro de violência é o conflito agrário. São lideranças indígenas sendo mortos na luta pela terra contra os fazendeiros, e moradores comuns das aldeias sendo assassinados em conflitos internos.

Vivem no Estado cerca de 75 mil índios, a segunda maior população do País, superado apenas pelo Amazonas. “Aqui os índios ocupam pouco mais de 0,2% do território estadual. Só na Reserva de Dourados são 15 mil vivendo em 3,3 mil hectares. Confinados, os índios não conseguem se movimentar para outras regiões, para evitar brigas com outras famílias e isso acaba resultando em violência interna”, diz. Segundo o Relatório, o Estado concentra o maior número de acampamentos de índios - 31 atualmente, enquanto a dois anos eram 22. São mais de 1.200 pessoas vivendo em condições subumanas à beira de rodovias ou sitiadas em fazendas, em barracos de lona de plástico e com dificuldade de conseguir alimento e até água. O documento será encaminhado para as autoridades brasileiras e para entidades internacionais dos direitos humanos.


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Internacional

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EFEITO ESTUFA

Emissão de gases é recorde Maiores poluidores do mundo, Estados Unidos,China e Índia deram grandes saltos em 2010 WA S H I N G T O N — O volume de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global, liberado na atmosfera deu um salto sem precedentes em 2010, segundo os últimos dados mundiais sobre emissões de dióxido de carbono, compilados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. “Isso é grande”, afirmou Tom Boden, diretor da Divisão de Ciências Ambientais do Centro de Análise de Informação sobre o Dióxido de Carbono, do Laboratório Nacional de Oak Ridge, no Tennessee.

“Nossos dados remontam a 1751, mesmo antes da Revolução Indsutrial. Nunca antes nós vimos um aumento de 500 milhões de toneladas métricas de carbono em um único ano”, acrescentou. A elevação, medida de emissões de CO2 liberadas na atmosfera resultantes da queima de carvão e gás, alcançou cerca de 6% entre 2009 e 2010, subindo de 8,6 para 9,1 bilhões de toneladas métricas. Grandes saltos foram registrados em Estados Unidos, China e Índia, os maiores poluidores do mundo. Picos significativos posteriores a 2009 também foram registrados na Arábia Saudita, Turquia, Rússia, Polônia e Cazaquistão. Alguns países, como Suíça, Azerbaijão, Eslováquia, Espanha, Nova Zelândia e Paquistão tiveram reduções

sutis entre 2009 e 2010, mas estes países foram exceções. Grande parte da Europa demonstrou uma elevação moderada. Segundo Boden, os números podem indicar uma recuperação econômica após a recessão global de 20072008. “Pelo menos do ponto de vista do consumo de energia, as companhias voltaram aos níveis manufatureiros, competindo com índices pré-2008; as pessoas voltaram a viajar, sendo assim as emissões do setor do transporte competiram com as do período pré-2008”, afirmou. Mas os dados também geraram preocupações sobre a saúde do meio ambiente. “Esta notícia é muito ruim”, afirmou John Abraham, professor associado da Escola de Engenharia da

Universidade de St. Thomas, em Minnesota. “Estes resultados demonstram que será mais difícil fazer os duros cortes de emissões ao nos confrontarmos com uma crise climática”, emendou. Os dados foram extraídos de estatísticas das Nações Unidas, reunidas de cada país do mundo a respeito dos estoques de energia em combustíveis fósseis, exportações e produção, bem como dados energéticos compilados pela gigante petrolífera BP. “Se você sabe quanto de um combustível é consumido e se conhece a taxa de oxidação e o conteúdo de carbono do combustível, pode-se deduzir uma estimativa de emissão, portanto este é um algorítmo bastante direto para fins de cálculo”, explica Boden.

Fumaça é expelida de fábrica da China, um dos maiores poluidores do mundo

Trinta países definem metas para a Rio+20 Delegados de 30 países se reuniram na última sextafeira e ontem em Bogotá para definir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que serão colocados na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20, a ser realizada no Estado do Rio de Janeiro em junho de 2012. “Convocamos esta

consulta internacional para dar os primeiros passos rumo à adoção desses objetivos que serão nosso roteiro internacional para o futuro”, disse em entrevista coletiva a viceministra de Assuntos Multilaterais da Colômbia, Patti Londoño. Nas reuniões, realizadas no Palácio de San Carlos - sede da Chancelaria em Bogotá -, os presentes estudaram também a proposta da Colômbia para

que tomem prioridade como ODS o acesso à energia, a segurança alimentar e as cidades sustentáveis. “É necessário identificar prioridades e identificar esforços, por isso, a Colômbia pede que, na próxima Cúpula da Terra, denominada Rio+20, se adote um conjunto de ODS”, disse Londoño. A Colômbia deseja que esses eixos, que já contam com o respaldo da Guatemala,

sejam de aplicação universal, independentemente do nível de desenvolvimento de cada país, pois considera que os desafios do século XXI são os mesmos para todos. Os representantes desses 30 países se reúnem também com membros da SecretariaGeral das Nações Unidas, assim como dos programas da ONU para o Desenvolvimento (Pnud) e para o Meio Ambiente (Pnuma).

NICARÁGUA

Ex-guerrilheiro tenta novo mandato nas eleições que acontecem hoje

Daniel Ortega disputa reeleição polêmica

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presidente da Nicarágua, o ex-guerrilheiro Daniel Ortega, disputa a reeleição neste domingo com quatro opositores de direita, em eleições marcadas por sua polêmica candidatura e o apoio milionário de seu aliado, o venezuelano Hugo Chávez. Três milhões e quatrocentos mil nicaraguenses foram convocados a participar das eleições presidenciais e legislativas, nas quais não se esperam surpresas diante do favoritismo que as pesquisas de opinião dão ao presidente, que tem 48% das intenções de voto contra 30% de seu principal adversário, o empresário de rádio Fabio Gadea, segundo o instituto Cid Gallup. Ortega, que governou durante toda a década dos 1980, após a revolução que depôs a ditadura somocista, voltou ao poder em 2007 para um mandato de cinco anos e disputa o terceiro mandato, diante de uma oposição dividida, que busca pelo menos aumentar sua presença no Parlamento. Sua candidatura pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN, esquerda) deixou a oposição em polvorosa, pois está

amparada em uma decisão de juízes aliados que declararam inaplicável em seu caso a proibição constitucional da reeleição sucessiva. Apesar disso, Ortega, que está perto de completar 66 anos, parece ter a reeleição quase assegurada. A lei eleitoral estabelece que um candidato vencerá a Presidência com maioria relativa de pelo menos 40% dos votos ou um mínimo de 35%, com cinco pontos de vantagem ou mais sobre o segundo colocado. Gadea, 79 anos, líder do Partido Liberal Independente (PLI), afirma que, apesar das pesquisas, ganhará sua “revolução de honestidade” para recuperar a “institucionalidade” do país, pisoteada - afirma - por pactos políticos entre Ortega e o ex-presidente Arnoldo Alemán (1997-2002). Além do presidente, os nicaraguenses elegerão 20 membros do Parlamento Centro-americano e 90 deputados de uma Assembleia Nacional que guarda uma cadeira para o candidato presidencial que ficar em segundo lugar. Ganhando ou perdendo, é certo que Ortega continuará pesando na política nicaraguense.


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Cidades

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Segurança agora é eletrônica Yvette Moura

Yvette Moura

Com o crescimento da violência, população busca na vigilância eletrônica proteção para o patrimônio Láyra Santa Rosa layrasantarosa@ojornal-al.com.br As câmeras de segurança estão por toda parte. Atentas e vigilantes a qualquer movimento, se tornaram itens indispensáveis em shoppings, agências bancárias e loterias, e agora, com o crescimento da violência chegou aos mercadinhos e padarias de bairros. Para evitar as ações de criminosos, os comerciantes estão investindo cada vez mais em segurança, transformando seus estabelecimentos em verdadeiras fortalezas. No bairro do São Jorge, após ser assaltado duas vezes, Marcos Antônio de Oliveira, dono de um mercadinho, resolveu investir no sistema de câmeras. “O mercadinho fica localizado num ponto cercado por grotas, é um bairro violento e a polícia passa aqui raramente. Então, somos alvos fáceis de bandidos. Fui assaltado duas vezes

e resolvi colocar câmeras de segurança. Até agora tem resolvido. Desde que coloquei o sistema, não tive mais problema. Porém, acredito que ainda conto com a sorte e com a proteção de Deus”, contou. Ao todo são quatro câmeras instaladas dentro do estabelecimento. Elas ainda servem para localizar os pequenos furtos, que de acordo com o comerciante, acontecem quase todos os dias. “Os furtos são um problema são difíceis de combater. Quase todos os dias as câmeras flagram alguém tentando levar alguma coisa. Dependendo do que seja levado e de quem esteja levando, tomamos as providências, mais nada de chamar a polícia”, relatou. Próximo ao estabelecimento, uma loja de laticínios também resolveu investir na instalação do circuito de segurança. Dentro do local, uma placa alerta que as imagens estão sendo gravadas. “Nunca fomos assaltados, mas como sabemos que a vizinhança toda já foi, os donos resolveram colocar as câmeras. Todas as imagens são gravadas e acaba afastando os marginais”, falou a funcionária.

Marco de Oliveira acredita que o sistema de câmera afasta os marginais

Até os pequenos comércios de bairro investem na medida para se proteger

Mercado é impulsionado pelo medo da violência Por causa do medo, ganha força o mercado de sistemas de segurança, que desde 2002 vem crescendo 13% ao ano. A estimativa é que, hoje, uma em cada dez casas em Alagoas tenha algum aparato para “intimidar” os invasores. E se alguém acha que quem gasta com segurança é apenas morador de bairros nobres, dono de grande empresa, se engana. Um novo perfil de cliente tem movimentado o setor, são pessoas que vivem na periferia ou têm pequeno negócio e são vítimas constan-

tes da criminalidade. Sem falar, que um sistema de alarme, que há 20 anos custava o preço de um carro popular, agora já cabe no orçamento. O aluguel de um sistema de câmeras pode ser adquirido por R$ 300 mensais, enquanto a vigilância permanente de um segurança particular custa em média R$ 700 por mês. Aqueles que não querem investir tanto acabam gradeando todo o estabelecimento e tendo que ser seletivo sobre o público que irá atender.

De acordo com Aragones Almeida, proprietário da empresa de vigilância Sentra Segurança Eletrônica, o aumento da violência tem feito com que a procura pelas novas tecnologias também cresça. “Hoje temos sessenta clientes fixos em Maceió e a tendência é que esse número também aumente. São públicos variados e vão desde residências até estabelecimentos comerciais. Uma nova procura está acontecendo entre os comerciantes dos bairros mais pobres, que precisam

ainda mais desse serviço, justamente por não poder ter prejuízo com arrombamentos e roubos”, relatou. Na empresa de Aragones Almeida o sistema mais procurado tem sido as câmeras de segurança, com monitoramente eletrônico. “De qualquer computador com internet o proprietário do estabelecimento pode acompanhar a movimentação de sua loja ou casa. Geralmente, a gente aluga um sistema com quatro câmeras e faz a manutenção mensal.


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As câmeras do mercadinho de Antônio Saldanha registraram um assalto

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Maria Ferro fechou o estabelecimento com grades e vigilância armada

Tecnologia é paliativo, não resolve o problema A tecnologia ajuda, mas nem sempre resolve. As câmeras instaladas no mercadinho de Antônio Santana Santos até registraram um assalto. Mas o que o comerciante queria mesmo, depois de um investimento é que o roubo fosse evitado. No caixa, não sobrou nenhum dinheiro e para eles, restou apenas o medo. “Fui assaltado cinco vezes e quem pensa que as câmeras evitaram alguma coisa se engana. Fiz um investimento, acreditando que a situação mudaria e que os bandidos ficariam com medo, mas eles são ousados e continuaram nos roubando. As câmeras não

adiantam”, desabafou. O estabelecimento fica no bairro do Vergel do Lago, próximo de uma das bases comunitárias instaladas recentemente pela Defesa Social. Apesar da presença da Polícia Militar, que faz rondas na região, o comerciante resolveu se fechar dentro do mercadinho. “Fico no cadeado o tempo todo e olhe que já tentaram me roubar a gente dentro da loja. Só abrimos à porta quando chega alguém conhecido. Vivemos num medo constante”, afirmou. “Outra questão é que nunca prestei queixa à polícia. Não acredito que eles vão prender

ninguém, apesar de sabermos que esses assaltos são de pessoas que moram na região e moramos aqui. Eles podem voltar e querer se vingar”. Ainda no mesmo bairro, a comerciante Maria Ferro Correia, também optou pelas grades. “Já fui assaltada três vezes. Coloquei a grade em todo o estabelecimento há dois anos, por medo de ser vítima mais uma vez. Não existe segurança nessa cidade, pagamos tantos impostos para vivermos a mercê da criminalidade. O pior é que estamos próximos de uma base comunitária, mas a polícia passa aqui uma vez ou

outra”, contou. No mercadinho de Maria Ferro as grades ficam abertas durante o dia, com uma equipe de vigilantes contratada para fazer rondas na região. No horário da noite, ela fecha as grades e só abre, para pessoas conhecidas. “Não confio em todo mundo. Durante o dia não posso ficar trancada, já que meu estabelecimento é um mercadinho e as pessoas precisam entrar para pegar os produtos. Então, tenho o segurança fazendo rondas. Já à noite, fecho as grades e só abro para conhecidos. Não podemos dar espaço, senão eles vêm e roubam”, colocou.

Segurança armada na porta do "comércio" Na porta de uma das padarias do bairro do Vergel do Lago, um homem alto, de óculos escuros e mãos na cintura, observa todo o movimento. O vigilante, que não quis dar o nome, está no local há cerca de um ano. Ele trabalha armado e se diz seguro de usar a arma caso seja necessário. “Tenho porte de arma e não confio em trabalhar desarmado. Fico observando o movimento e se vierem atirando, tenho curso e vou saber o que fazer”, disse o segurança, que trabalha por conta própria. Segundo a dona da padaria, Tatiana de Oliveira desde que o serviço foi contratado, o estabelecimento nunca mais sofreu com a ação de bandidos. “Tem sido uma alternativa válida, que tem evitado assaltos. A última vez que fomos

vítimas de bandidos tem um ano e eles entraram de cara limpa, a luz do dia, com arma em punho e fugiram levando o dinheiro que queria”, falou. “Como sabemos que eles são ousados, não vale investir em circuito de câmeras. Eles vão continuar agindo. Com o segurança, gastamos setecentos reais por mês e os bandidos até agora, parecem ter ficado amedrontados”. A maior preocupação de Tatiana é com a reação violenta, que muitos acabam tendo durante roubos. “Perdi uma prima durante um assalto em 2006, no Tabuleiro do Martins. Os bandidos entraram, ela entregou todo dinheiro e eles não satisfeitos resolveram matá-la. Levar o dinheiro tem a questão de ficarmos no prejuízo, mas perder a vida não vale a pena”. Larissa Fontes/Estagiária

Tatiana Oliveira tem medo da reação violenta dos bandidos nos assaltos

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zona livre

Alagoas vai exportar fumo Considerado zona livre da praga do mofo azul, Estado pode exportar a produção para o mercado chinês Da Redação* redação@ojornal-al.com.br

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lagoas e Bahia foram aceitas pela China como zonas livres do

mofo azul, praga que pode atingir as plantações de fumo. Com a medida, os dois Estados poderão exportar o produto para o mercado chinês. O anúncio foi feito pelo representante do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV ) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Cosan Coutinho, ao superintendente do Mapa em Alagoas, João Batista. A partir de agora, segundo

Batista, haverá o encaminhamento de questões burocráticas pelo Mapa até que o fumo produzido em Alagoas possa ser exportado. “Essa aceitação da China é resultado de uma missão enviada pelo governo chinês a Alagoas e Bahia, no primeiro semestre desse ano”, ressaltou. A missão teve como objetivo avaliar as condições de produção do fumo em Alagoas, especialmente

na região Agreste, que tem uma tradição de décadas na produção de tabaco. Semanas antes da chegada da missão, no mês de maio, o secretário do Mapa, Célio Brovino Porto, que participava de um seminário em Maceió, informou que apenas o Rio Grande do Sul vendia fumo para a China, mas que havia o interesse de classificar Estados do Nordeste. “Alagoas já tem uma

produção diversificada, mas suas exportações ainda se concentram nos derivados da cana-de-açúcar. Precisamos estar preparados para o mercado internacional”, destacouosecretáriodeEstado da Agricultura, Jorge Dantas. Segundo o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcwante, Alagoas nunca registrou nenhum caso dessa praga nas plantações de fumo.

Seagri produz 15 mil quilos de sementes A Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) informou que já possui 15 mil quilos de sementes de sorgo forrageiro para distribuir aos agricultores familiares a partir de março de 2012. O material foi produzido no Parque de Exposições Mair Amaral, em Batalha, a partir do sorgo SF-15. Esta variedade de sementes foi obtida pela Diretoria de Pesquisa da Seagri (Dipap) em parceria com o Instituo Agronômico de Pernambuco (IPA) e já foi registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Com essa produção, a Seagri caminha para a autos-suficiência. Assim, não vamos precisar comprar sementes de sorgo dentro

do Programa de Sementes e o governo fará economia de recursos”, enfatizou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas. Segundo ele, as sementes de sorgo serão distribuídas aos agricultores familiares na mesma época de distribuição das sementes de milho, feijão, arroz e algodão, que o governo repassa todos os anos às associações e prefeituras do Estado. A massa verde é utilizada para produção de silagem e serve de alimento para o gado de leite durante o verão, quando as pastagens são escassas “Todos os criadores de gado de leite já têm por hábito preparar a silagem”, diz o engenheiro agrônomo. *Com assessoria

Produção de fumo do Estado, principalmente do Agreste, foi avaliada pelos chineses

“Atualmente, o Estado produz em torno de 10 mil toneladas de fumo por ano, e isso representa apenas um terço do que se produzia 15 anos atrás. Parte das plantações de fumono entorno de Arapiraca foi substituída pela cana-de-açúcar”, destacou Hibernon Cavalcante. “A l a g o a s j á e x p o r tou fumo para os Estados Unidos e para a União Europeia”, lembrou. Características “O sorgo SF-15 é um cultivar avaliado e recomendado, tendo como principal finalidade a produção de silagem para as bacias leiteiras de Alagoas e Pernambuco e demais regiões similares do Nordeste brasileiro”, explicou o engenheiro agrônomo Fernando Gomes, pesquisador da Seagri. “Um hectare de sorgo produz entre 50 e 80 toneladas de massa verde, enquanto um hectare de milho produz em torno de 18 toneladas por hectare. O sorgo consome apenas 50% da água consumida pelo milho, dessa forma, tem mais resistência aos períodos de estiagem”, avaliou o engenheiro agrônomo Teodorico Araújo, diretor de Pesquisa da Seagri. “O sorgo também é mais resistente a pragas do que o milho”, completou.

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Seguindo os passos dos pais

Yvette Moura

Saiba o que se deve levar em conta na hora de decidir pela carreira e se a profissão dos pais influencia Anna Cláudia Almeida annaclaudia@ojornal-al.com.br

Mamãe, eu quero ser bombeiro”, “Ah, eu serei uma professora”, “Quero trabalhar como policial”. Quem nunca ouviu uma criança responder assim quando questionadas com o famoso “o que você quer ser quando crescer?”. Algumas profissões habitam o mundo infantil como uma brincadeira, partindo das ideias românticas que as crianças fazem do ambiente adulto. Elas crescem, tornam-se adolescentes e com isso chega a fase das mudanças, inde-

cisões, das escolhas. É neste período de transição que os jovens são colocados em meio a um turbilhão de informações, dentre eles o momento mais delicado, quando são ‘obrigados’ a decidir qual profissão deverão exercer. Na hora da escolha, é na família que o jovem encontra o ambiente adequado para discutir e receber conselhos, aprender o que pode ser melhor e trazer para o seu mundo a influência dos pais, surgindo aí a possibilidade de seguir o mesmo destino já vivido pelos genitores. Vem os questionamentos: “Será que devo seguir a mesma profissão de meu pai?”, “Conseguirei ter o mesmo sucesso na carreira como minha mãe?”, “Serei aceito caso faça escolhas diferentes das almejadas por eles?”. Ingressar na faculdade não significa apenas conhe-

cer novas pessoas, freqüentar a instituição de ensino por quatro ou cinco anos. Trata-se do período mais importante que antecede a vida adulta, o momento o qual, além de adquirir conhecimento, o jovem se entregará de corpo e alma à profissão que vai caminhar ao seu lado, o seu meio de sobrevivência, mas principalmente o prazer de exercer um sonho, que trará satisfação profissional e financeira. Mas a decisão cabe apenas ao filho. O problema é que muitos pais querem atropelar o processo e, pensando unicamente em proporcionar o bem, não entendem que podem transformar um momento de alegria em tristeza. A explicação é simples: a família representa a maior influência na vida de qualquer ser humano e uma atitude impensada poderá ocasionar dúvidas ainda maiores.

Médico oftalmologista Nairo Freitas Junior diz que ele mesmo tomou a decisão de qual carreira e especialidade seguir

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Escolha pela profissão que vai seguir está ligada ao autoconhecimento Marco Antônio

“Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo... Quem acredita sempre alcança!”. É com um trecho da música da banda Legião Urbana, sucesso da década de 80, que a psicóloga Ana Cristina Fernandes faz referência ao autoconhecimento, um dos principais ingredientes, considerado por ela, no processo de escolha profissional. Mas não é só isso. Uma boa estrutura familiar e muito diálogo são fundamentais nos lares brasileiros e devem estar predominantes quando se trata do futuro de um membro da família, onde vontades sejam respeitadas e sem a existência de imposições, mesmo que as escolhas profissionais dos filhos divirjam das que sempre habitavam os sonhos dos pais. O início deste processo, segundo a psicóloga, está intrinsecamente ligado a orientação vocacional de

cada pessoa. Ela explica que vocação é o ato de chamamento, as aptidões inatas no ser humano. “A profissão de qualquer pessoa deve estar ligada a satisfação do indivíduo com a sua escolha, as necessidades de auto-realização, além do desenvolver suas potencialidades. Não pode ser nada imposto, forçado”. To d o e s s e c a m i n h a r depende de qual núcleo familiar uma pessoa esteja incluída. A psicóloga afirma ser importante entender conceitos dos tipos de famílias existentes para assim entender o porquê das falhas e comuns erros nos ambientes quando se tenta moldar uma pessoa. Ela classifica como famílias funcionais e disfuncionais. “Existem famílias onde o diálogo, a compreensão estão presentes, essas nós chamamos de funcionais. Os pais orientam, não impõem vontades. Mas em outras a comunicação é comprome-

tida, não há uma hierarquia de papéis, repassando isso para os filhos, que se tornam pessoas inseguras, ansiosas, angustiadas, ficando assim impedidas de realizar seu projeto de vida”, lembra Ana Cristina, que acredita que a maior diferença entre as famílias são a ausência de apoio para as escolhas. Ela coloca ainda que a escolha profissional não deve estar relacionada com o dinheiro. “O dinheiro precisa ser uma conseqüência e não um fator fundamental na escolha de qualquer pessoa. Fazer o que gosta, ter competência leva ao destaque e consequentemente o reconhecimento financeiro virá”, diz a psicóloga. Ana Cristina Fernandes explica também que a melhor maneira de ter sucesso em qual profissão seguir é o autoconhecimento. Para ela, o ser humano precisa saber das suas habilidades, se

conhecer melhor, para fazer as escolhas certas, sem arrependimentos futuros. “O que acontece muito é que jovens e adultos não tem sentido de vida. A família é um agente de mudança, ajuda a construir um projeto de vida, mas é preciso mudar o pensamento que predomina atualmente. As pessoas pensam mais no ter, do que no ser”. E ela não para por aí. Como as escolhas são sempre difíceis, principalmente quando se trata de carreira, é preciso procurar características predominantes em cada ser humano, além de desmistificar a visão romântica das profissões. “Muitas pessoas ingressam nas faculdades sem o mínimo conhecimento do que venha a ser cada profissão. No momento da escolha é fundamental conhecer, conversar com profissionais que possam tirar dúvidas”. Mas, o que decidir? Seguir ou não a carreira dos pais?

Psicóloga Agnes Nobre afirma que dúvidas são comuns para estudantes

Quanto ao questionamento, Ana Cristina é taxativa. “O autoconhecimento é fundamental e para isso é necessária uma boa saúde mental,

uma estrutura de afeto e amor. O mais importante é a busca da felicidade, se encontrar na sua escolha, e fazer o que realmente gosta”. A.C.A.

Vocação pela medicina de pai para filho Nairo Freitas Júnior e Vanessa Fernandes Cavalcante são médicos, mas as coincidências não param por aí. Ambos cresceram sob a forte influência dos pais, que atuam na área da saúde. Os dois escolheram a mesma profissão dos pais, após se encantarem com o trabalho desenvolvido pelos pais, no atendimento às pessoas, e descobrirem uma vocação para a área. A jovem Vanessa Cavalc a n t e, re c é m - f o r m a d a , é residente em pediatria no Hospital Universitário (HU), em Maceió. Seus pais, também médicos, atuam nas especialidades de cardiologia e clínica-geral. Foi conhecendo desde pequena como se dá o trabalho desses profissionais, que Vanessa decidiu desbravar esse território. “Sempre via meus pais chegando em casa depois de um dia de trabalho e foi assim que acabei conhecendo e me apaixonando pela profissão. Quando era criança, chegava a dizer que seria professora, mas tudo com o tempo muda, já que percebemos a nossa vocação. A minha é a medicina”, conta a profissional. Mas ela lembra que a escolha não teve participação direta dos pais. Segundo a médica, sua mãe ainda tentou ‘convencê-la’ a ingressar na faculdade de direito, já que é uma profissão em que o número de concursos públicos é mais comum, ampliando o campo de atuação no mercado de trabalho. “Não era o mercado de trabalho a minha preocupação. Pensei principalmente no que iria seguir na minha vida e senti que a medicina era a melhor escolha”. Vanessa lembra ainda que cada decisão tomada foi bastante discutida em casa, já que os pais, por conhecerem a realidade da profissão, mostraram-lhe o que poderia esperar. “Abdiquei de muita coisa, festas, namorado, para me dedicar 100% aos estudos. E não pode parar por aqui, já que temos que viver em constante aprendizado”, finalizou a jovem. A surpresa, seguida de

Médica recém-formada, Vanessa Cavalcante segue profissão dos pais

empolgação, para Nairo Freitas foi a confirmação de que o filho, Nairo Freitas Júnior, seria seu parceiro de profissão e, anos seguintes, sócio em uma clínica de olhos, localizada na Avenida Tomás Espíndola, no bairro do Farol, em Maceió. Ambos oftalmologistas, o pai não esconde o entusiasmo em ter o filho como parceiro em sua carreira e consequentemente no mercado de trabalho. A decisão partiu do próprio jovem, que já soma 12 anos de profissão, sendo que destes, oito de parceira com o pai. A influência veio de casa onde, além do pai, tem a mãe bióloga e outros parentes que atuam na área. “Sou o mais velho de três filhos, os outros dois são advogados, apenas eu quis atuar na área da saúde. Especializar-me em oftalmologia foi mesmo por influência de meu pai”. Influência sim, interferência não. É desta forma que Nairo Júnior esclarece a relação com os pais. “O que acontece é que muitas vezes os filhos acabam acompanhando o trabalho dos pais e logo se encantam. Ele sempre estava nos hospitais e eu ficava esperando. Quando ingressei, o acompanhava no consultório, nas cirurgias e isso acabou influenciando em qual ramo da medicina seguir. Nunca tive intromissão nas minhas escolhas”, confidencia. Mas esta não é a realidade em todas as residências. Nairo Freitas explica que conhece vários casos de filhos que são obrigados a exercer uma

carreira só para agradar os pais. “Tenho colegas que não agiram da mesma forma. E assim o filho se torna um profissional frustrado, pois não tem a opção de escolher algo que se identifique e goste de verdade”. Para Nairo Freitas, deixar o filho decida a profissão que deve seguir é a melhor estratégia que a família pode adotar para ajudar nessa escolha. “Não adianta uma pessoa passar a vida inteira numa profissão que não gosta. Conheço profissionais que desistem depois de exercer alguns anos e é preciso ter muita coragem de jogar tudo para o alto e recomeçar do zero”. Casos contrários também s ã o c o m u n s e o c o r re m quando o pai sente ciúmes do filho exercer a mesma profissão. O fato gera um incômodo porque muitos acabam vendo os herdeiros como concorrentes, quando na verdade seriam um complemento. “Ele vem para somar e não dividir, esse tem que ser o pensamento. É assim que penso”, confidencia. Quanto ao filho, Nairo Freitas é só elogios. “É gratificante ter um filho ao seu lado, trabalhando. É um estímulo porque a gente se sente encorajado a estudar mais. Existe uma troca de ideias, porque há a mistura da minha vivência na área com a bagagem atualizada dele”, completa o médico, que é exaltado pelo filho. “Vejo a satisfação do meu pai quando ele encaminha os pacientes dele para mim”. A.C.A.

Carreiras diferentes, mas com apoio da família Na casa de Fernanda Souza, a decisão de escolher a carreira coube unicamente a ela. Filha de um engenheiro civil e de uma enfermeira, a estudante que cursa o 4º período de Ciências Biológicas na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) diz não ter enfrentado problemas em casa quando decidiu dar um rumo diferente em sua vida profissional. Foi o amor pela natureza que a atraiu para o curso, que considera ter sido sua melhor escolha. “Além do vestibular para a Ufal, cheguei a prestar

outros dois para os cursos de fisioterapia. Passei em todos, mas não tive dúvidas na hora de decidir. Desde pequena tenho uma relação de amor com animais, plantas e por isso minha vida teria que ser dedicada às ciências biológicas. Amo o meu curso e não tenho nenhum arrependimento da minha escolha”, relata a jovem de 19 anos. Certa das suas opções, ela não descartou seguir a mesma carreira da mãe, já que a área da saúde era uma preferência incontestável. “Nunca fui forçada a nada. Aqui em casa,

meus pais nunca quiseram impor suas vontades, sempre se portaram de forma correta e me apóiam em tudo. Tenho o livre arbítrio e meu crescimento aconteceu com muito diálogo e compreensão. Eles dizem que esperam meu sucesso e minha felicidade, independente das minhas escolhas”. A mãe, Maria Cristina Souza, confirma as declarações da filha. A enfermeira lembra que a função principal dos pais na educação dos filhos é orientar, sem impor vontades. A.C.A.

Escolas trabalham para ajudar os estudantes a tomar a melhor decisão Chegar ao 3º ano do ensino médio e ainda não ter a mínima noção de que carreira seguir é mais comum do que se imagina. A dolorosa fase de transição entre a vida escolar e o processo acadêmico gera insegurança, dúvidas e muitas preocupações para os estudantes, que vêem nesta mudança a chegada da fase adulta, cheia de pressões e responsabilidades. As escolas cada vez mais apostam nos trabalhos com psicólogos para auxiliar os estudantes. São estudos em

grupo, questionários, conversas e uma série de atividades para conseguir garantir uma escolha tranqüila e mais próxima das habilidades profissionais de cada um. Agnes Nobre Oliveira é psicóloga e vivencia essa realidade ao lado de estudantes de uma escola da rede particular de ensino. E para quem imagina que dilemas e a pressão sobre seguir ou não a profissão dos pais sejam uma raridade, engana-se. Ela afirma que são processos comuns no dia a dia de cente-

nas de estudantes. “E são histórias diferentes, de jovens que já iniciam a vida com o peso de ter que dar sequência ao legado da família. Ou até mesmo pais que desejam ter filhos advogados, porque existe uma grande quantidade de concursos públicos, ou médicos, pela fantasia de que são profissionais que ganham muito dinheiro”, confirma a psicóloga. Mas como ajudar? Que trabalho desenvolver com os jovens para desembaralhar o quebra-cabeça de cada um?

A primeira orientação é apresentar a eles qual a área de atuação que se enquadrem, o que eles pensam e o porquê do interesse. Agnes Nobre lembra que nesta fase, a interferência com imposição de vontade dos pais é totalmente desproporcional, já o principal papel da família é ajudar na orientação dos filhos. “Existem vários casos de adolescentes que são, desde o início, preparados para seqüenciar o trabalho dos pais. Eles já chegam sobrecarregados de expectativas

de que deverão exercer a mesma profissão dos pais, ou até aquelas impostas por eles, quando na realidade, poderão se tornar apenas profissionais frustrados”. Ela lembra ainda que uma grande preocupação dos pais é quanto ao mercado de trabalho. A psicóloga afirma que por muitos terem passado por privações e lutado para oferecer aos filhos qualidade de vida, imaginam que eles não podem se acomodar e assim acreditam que seguir aquela profissão seja o caminho mais

fácil. “São pessoas que sofreram, batalharam para ter o que se tem hoje, e esperam que os filhos tenham cabeça para ter e conquistar o que querem, a qualquer custo, mesmo que seja descartado o interesse profissional”, avalia. Pensar no retorno financeiro também é uma constante preocupação dos jovens. “Eles têm consciência de que precisam se sustentar, mas tento mostrar que não gostar do que faz não tem chances , disse. A.C.A.

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Cidades

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Uso racional da água ainda é um desafio para metrópoles Desperdício e mau uso dos recursos põem em risco mananciais e a saúde de quem precisa da água Flávia Batista flaviabatista@ojornal-al.com.br

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so racional e consciente da água é um dos maiores desafios da modernidade. De um lado, campanhas apelam para a economia do recurso natural; do outro, vê-se o desperdício e a superexploração dos mananciais pondo em risco as reservas subterrâneas. Em Alagoas, enquanto o poder público anuncia investimentos em obras e faz publicidade da melhoria no serviço, a população se diz insatisfeita com a oferta, terceiriza o produto que deveria ser exclusividade da rede pública e faz crescer um mercado paralelo que trabalha com generosas cifras diariamente. Os carros-pipas e as empresas de construção de poços artesianos conquistaram o mercado e o gosto da clientela, firmaram-se no setor repentinamente e trabalham a plenos pulmões para atender à demanda que

só aumenta. Mas esse crescimento repentino não tem caído no agrado de quem tem a exclusividade na oferta de água em Maceió e na maioria dos municípios alagoanos. Até porque a própria Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) já detectou que está perdendo espaço, pois 30% da água usada só em Maceió não é ofertada por ela. Por isso, dentro em breve, a Casal já avisou que vai se valer do que rege a Lei de Saneamento e vai obrigar os usuários a se interligarem à rede pública e não mais procurem fontes alternativas. Entre as justificativas para a interrupção da terceirização está a de que a exploração excessiva das águas de subsolo põe em risco os aquíferos. Além disso, mesmo não consumindo a água da Casal, há a emissão total de esgoto e, sem a contratação do serviço na sua totalidade, burla-se a lei para “economizar”. “As pessoas terceirizam o serviço, utilizam apenas a cota mínima da Casal e lançam o volume inteiro de esgoto”, explicou o superintendente de Regiões da Casal, Wallace Padilha.

Recurso que é finito deve ser bem gerenciado Marco Antônio

A falta de fiscalização da oferta de água e do que é emitido pela população facilita esta operação de interferência do usuário, que compra o que quer e descarta o que necessita, indiscriminadamente. O consumidor opta por utilizar a cota mínima da Casal, de 5 % e produz 100 % de esgoto. Mas só paga 0,8% deste consumo mínimo, já que 80% da conta de água corresponde à taxa de esgoto. Economia no bolso, em detrimento ao mau uso de todo um recurso que é finito. Sem medição de vazões, a Casal fica de mãos atadas, por isso já começou a negociar com os usuários que terceirizam a água, a fim de convencê-los a retomar o contrato com a empresa. “A Lei de Saneamento determina que, onde houver oferta pública do recurso, o consumidor tem que utilizá-lo. Já conversamos com 19 condomínios que compram de carros pipa. Com oito deles já retomamos o contrato. A ideia é fazer com que, quem usa fontes alternativas, passem a cumprir a lei”, afirmou Padilha.

A prática do abastecimento por carros-pipas vem sendo questionada pela Companhia de Abastecimento de Água

Para suprir a demanda que certamente vai aumentar consideravelmente, a empresa pública garante que está se munindo de condições para oferecer o produto de forma satisfatória e já tem anunciado investimentos pesados na melhoria da rede de abastecimento, sobretudo na parte baixa da cidade. Foram cerca de R$ 16 milhões e m o b ra s q u e i n c l u e m

implantes de anéis de distribuição, divisão de controle da rede, instalação de válvulas redutoras e instalação e substituição de hidrômetros em toda área que vai do bairro do Poço a Cruz das Almas. Os investimentos, segundo Wallace Padilha, também têm sido feito para coibir o desperdício, avaliado por ele como um dos grandes vilões no trabalho da companhia.

“Rastreamos 450 quilômetros de redes e ramais só em Maceió. Mais de mil vazamentos foram identificados e reparados”, disse, afirmando que as medidas de controle resultaram na redução de 150m3 de água por hora, só na região do Benedito Bentes. “Esse volume foi canalizado para reforçar o abastecimento da parte baixa da cidade”, explicou. F.B.


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Investimentos para 2012 Fotos: Marco Antônio

Enquanto a parte baixa da cidade tem atenção e investimentos garantidos para já, os bairros mais antigos e de população mais carente amargam uma espera angustiante. Segundo Padilha, o cronograma de obras da Casal prevê que a região que vai do Centro até o Pontal da Barra seja contemplada para receber investimentos a partir de 2012. Até lá, os usuários desses bairro e de muitos outros da capital, terão de continuar na rotina de ficar até a madrugada, esperando chegar água para encher suas reservas ou recorrer ao que tem valido muitas famílias: carros pipas ou perfuração de poços artesianos. E é na lacuna deixada pelo poder público que as empresas têm registrado crescimento considerável. O problema, entretanto, é que elas aumentam a presença no mercado de forma quase indiscriminada, sem regulamentação. Vendem água, mas operam com a licença apenas para transportar o líquido. Embora sejam fiscalizadas pela vigilância sanitária,

Abel Tenório, hidrogeólogo alerta para o problema da superexploração de poços artesianos na capital e interior

as empresas de carro pipa ainda são um serviço que, para manter o ritmo de crescimento e atender a demanda que só aumenta, atuam sem querer se mostrar muito, embora os caminhões tanque sejam vistos em toda cidade. Procurados pela reportagem, os empresários do setor não quiseram dar entrevista, alegando que nada tinham contribuir com a reportagem. “Se a Casal quiser impedir

a atuação destas empresas, vai ter antes de provar que elas estão vendendo água. E na verdade, o contrato social delas é de transporte. A única forma de impedir a circulação seria a empresa pública provar que a água não é potável”, explicou o professor Abel Tenório Cavalcante, hidro geólogo e consultor da Casal, especialistas em poços. O problema, na visão dele é a super exploração

dos mananciais. Atualmente existem mais de mil poços em operação, só em Maceió e, segundo o professor Abel, muitos deles sem a licença de outorga, que é emitida e controlada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. “O excesso de exploração está pondo em risco os recursos hídricos de algumas áreas”, afirmou. “É necessário ter o controle do aquífero". F.B

Alex Tenório diz que todo usuário deve estar atento ao manuseio da água

Manuseio correto garante potabilidade Embora a Vigilância de Saúde Ambiental de Maceió, assegure a potabilidade da água ofertada pelas empresas de carro pipa, o coordenado Alex Tenório Freire orienta que é necessário estar alerta quanto ao manuseio tanto da água, quanto da mangueira. “Esta é uma responsabilidade de quem contrata o serviço. No caso dos prédios, uma tarefa a cargo do síndico, que é o representante dos moradores. Este é um caso tão sério que, se algum morador tiver problemas de saúde e fique comprovado que foi causado pelo consumo da água, o síndico pode ser responsabilizado”, explicou o coordenador. Toda empresa de caminhão pipa que atua em Maceió tem suas atividades regidas pela portaria 518/2005 do Ministério da Saúde que, entre outras coisas, determina que um responsável técnico faça inspeções semes-

trais nos carros e nas águas. Segundo Alex Tenório, as empresas estão dentro do que determina a lei. “Por isso não acredito que exista impedimento legal para a Casal interromper a atividade delas, mesmo se amparando na Lei de Saneamento. Para impedir a terceirização do serviço, a companhia teria que garantir o fornecimento satisfatório”, afirmou. Da mesma opinião, o engenheiro Gustavo Carvalho, mestre em Saneamento, defende que o que falta é o conhecimento do cidadão sobre os seus direitos. “A oferta de água é uma prestação de serviços e o que rege é o código do consumidor”, afirma. “Se a Casal provar que fornece o serviço de forma eficiente, pode impedir a terceirização. Só a Casal tem o direito legal de comercializar a água, mas também tem os deveres legais de garantir este bem à população”, afirmou. F.B.


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EM 2010

Saúde

Risco de desenvolver câncer As mulheres que amamentam seus filhos por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver câncer de mama, segundo um estudo da Universidade de Granada, na Espanha. A pesquisa, liderada pela pesquisadora do departamento de Enfermagem María José Aguilar, descobriu que a amamentação materna é um método eficaz para prevenir o câncer de mama. De acordo com o estudo, o risco de ter a doença diminui 4,3% para cada ano que uma mulher amamenta seus filhos. O estudo revelou uma ligação significativa entre a idade de diagnóstico

do câncer, o tempo de amamentação materna e a existência de históricos familiares e pessoais, e comprovou que não existe relação entre a idade média de diagnóstico do tumor e o fato de ter tido ou não filhos, ao contrário do que muitas pessoas pensavam. Para realizar o estudo, os pesquisadores trabalharam com uma amostra de 504 mulheres entre 19 e 70 anos, diagnosticadas e tratadas de câncer de mama no Hospital San Cecilio de Granada, entre 2003 e 2008. A análise dos dados revela que apenas 135 não eram mães, enquanto 369 tiveram pelo menos um filho. Sobre o fator de igual-

dade de risco, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre a idade média de diagnóstico do câncer e o fato de ter tido ou não filhos. Os pesquisadores destacaram que atualmente não existe consenso entre os cientistas sobre o papel protetor da gravidez e a amamentação em relação ao desenvolvimento do câncer de mama na mulher. No entanto, para María José, “é evidente que ambos os processos influenciam positivamente na diferenciação do epitélio mamário e na redução dos níveis de hormônios, como o estrogênio.

Trânsito mata mais de 40 mil pessoas no País Cerca de 25% dessas vítimas de acidentes automobilísticos, no ano passado, eram motociclistas Dados do Ministér io da Saúde divulgados hoje apontam que 40.610 pessoas morreram em acidentes de trânsito no Brasil em 2010, sendo que 25% delas foram vítimas de ocorrências com motocicletas. De 2002 a 2010, a quantidade de óbitos em acidentes com motos quase triplicou no País, saltando de 3.744 para 10.143 mortes. “Os números revelam que o país vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”, alertou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil ocupa o quinto lugar em ocorrências como essas, atrás apenas da Índia, China, Estados Unidos e Rússia.

Para o ministro, a decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar que dirigir bêbado, mesmo sem causar acidente, é crime, pode contribuir para a melhora dessas estatísticas no trânsito. De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), entre 2002 e 2010, o número total de óbitos por acidentes com transporte terrestre cresceu 24%: passou de 32.753 para 40.610 mortes. Entre as regiões, o maior porcentual de aumento na quantidade de óbitos nesse período foi registrado no Norte (53%), seguido do Nordeste (48%), Centro-Oeste (22%), Sul (17%) e Sudeste (10%). De acordo com Padilha, houve uma queda na proporção entre mortes em acidentes e internações. Em 2010, foram contabilizadas 145 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) causadas por acidentes, 15% a mais do que em 2009. Isso representou

um investimento de R$ 190 milhões só em procedimentos específicos. No período, houve um aumento de 8% no número de óbitos. Motos Em nove anos, os óbitos ocasionados por ocorrências com motos mais que triplicaram na Região Sudeste, saltando de 940, em 2002, para 2.948, em 2010, um crescimento de 214%. Os óbitos cresceram 165% no Nordeste, 158% no Centro-Oeste, 147% no Norte e 144% no Sul. Os números do primeiro semestre de 2011 apontam que houve 72,4 mil internações de vítimas de acidentes de trânsito. Desse total, 35,7 mil eram vítimas de moto, o que representa quase 50%. Os ministérios da Saúde e das Cidades assinaram, o Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes no Trânsito Pacto pela Vida. A meta é estabilizar e reduzir o número de mortes e lesões em acidentes.

Água para todos

Empresa vai produzir mil cisternas A empresa Acqualimp, responsável pela produção de 85 mil cisternas para o projeto Água Para Todos, que integra o Programa Brasil Sem Miséria, do Governo Federal, deverá iniciar suas atividades em Alagoas em janeiro de 2012. Em reunião realizada na sede da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), o diretor comercial da Empresa, Amauri Ramos, discutiu e tomou conhecimento sobre as questões necessárias para a implantação de uma fábrica da empresa no município de Penedo. Com o superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Seplande, Norlan Dowell, e o assessor especial André Paffer, o executivo também apresentou o planejamento feito pela empresa, que pretende produzir e distribuir cisternas que vão atender a 10 mil famílias de Alagoas e Sergipe. A empresa vai investir cerca de R$ 5

milhões, gerando aproximadamente 100 empregos entre diretos e indiretos. Segundo o executivo, a escolha do município de Penedo se dá pela questão logística para o transporte de materiais. A empresa já selecionou um galpão na Rodovia Engenheiro Joaquim Gonçalves, onde deverão ser instaladas as máquinas que darão origem às cisternas com capacidade de armazenamento de 16 mil litros de água. De acordo com o diretor Amauri Ramos, a produção mensal da Acqualimp em Alagoas vai atingir o número de mil cisternas. Na reunião, foram tratados e esclarecidos os processos necessários para a abertura da empresa em Alagoas, como as questões de incentivos fiscais, creditícios, além de questões técnicas como a distribuição de energia, água e gás natural. “Queremos garantir a celeridade da abertura da empresa. A Seplande ficará responsável por articular e

viabilizar todos os processos legais e trâmites burocráticos para que mais um empreendimento chegue a Alagoas, gerando emprego e renda, como também exercendo seu papel dentro do Programa Brasil Sem Miséria”, destacou o superintendente Norlan Dowell. Outros estados Assim como deverá ocorrer em Alagoas, a Acqualimp instalará sedes em outros quatro municípios brasileiros – Teresina (PI), Petrolina (PE), Juazeiro (CE) e Montes Claros (MG) – para que a demanda seja suprida dentro do período determinado. A Empresa A Acqualimp é uma empresa brasileira que pertence ao grupo mexicano Rotoplas, líder mundial na produção de materiais para armazenamento e tratamento de água. A companhia atua em quase toda a extensão da América Latina.


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Universidades

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Os pioneiros em desenhar Estudantes de Design de Interiores do Ifal comemoram os dez anos do curso com pesquisas e projetos Gabriela Lapa estagio@ojornal-al.com.br Eles dizem que o segredo é ser criativo: na sala de aula, para realizar as atividades; e no mercado de trabalho, para mostrar que têm talento. Vinculados ao Instituto Federal de Alagoas (Ifal), os estudantes de Design de Interiores comemoram dez anos de curso, esta semana, com uma bagagem de pesquisas e projetos pioneira no Estado, mas que pouca gente conhece. Para sair desse anonimato, eles usaram a criatividade mais uma vez,

Fotos: Marco Antônio

e organizaram o I Circuito de Design de Alagoas; uma oportunidade de discutir o mercado de trabalho e de mostrar a cara desses talentos, que não são decoradores, nem arquitetos, mas sabem tudo sobre planejamento de ambientes. O evento acontece amanhã e terça-feira, com nomes respeitados do design local e nacional, como Larissa Nunes e Rodrigo Fagá. “É uma tentativa de discutir o mercado e mostrar às pessoas o que é ser designer”, explica um dos idealizadores do Circuito e aluno do 4º período, Jefferson Nunes. “Muita gente tem preconceito, pensa que apenas os arquitetos fazem projetos, e não é verdade. Nós queremos mostrar o trabalho dos designers de interiores, e todas as outras possibilidades que a área permite, como o

design de moda [com Larissa Nunes] e o gráfico [com o estúdio Zeropixel]. Queremos mostrar que todos podem trabalhar juntos”, complementa. E podem mesmo. Segundo a professora Miquelina Castro, é cada vez mais comum encontrar arquitetos especialistas em Interiores, e designers dessa área especializados em arquitetura. “Acho que a tendência, no futuro, é que todas essas formações estejam agregadas nos grandes escritórios. Elas têm grande potencial para funcionar juntas; principalmente se você pensa que a formação do designer tem um lado prático que falta ao arquiteto. Não que eles não tenham disciplinas práticas na graduação, mas o curso tecnológico superior de design é mais direcionado”, explica.

Maquetes mostram o trabalho desenvolvido durante as aulas pelos estudantes do Curso de Design de Interiores

Instituto investe em pesquisas e nos projetos

Alunos do curso, Rosemary Lopes e Jefferson Nunes acreditam que o resultado do trabalho compensa o esforço

Dedicação e esforço para atender o cliente No Ifal, o curso foi criado há dez anos, e até bem pouco tempo, era a única formação do tipo no Estado. São três anos de estudo, divididos em períodos, que contemplam disciplinas como Ateliê de Projetos e Filosofia; Fundamentos de Estilo Decorativo e História do Design. Segundo Miquelina, elas são ofertadas em conjuntos temáticos, puxadas por um “carro-chefe” ligado a projetos. “O objetivo é fazer com que o aluno conheça os conceitos teóricos e seja capaz de aplicá-los à vida profissional, através da criação. De maneira gradativa, ele vai reunindo conhecimentos suficientes para deixar as projeções mais sofisticadas, inclusive com o uso de ferramentas digitais, como o programa AutoCad”, diz a professora. A natureza dos produtos varia de acordo com a disci-

plina, e pode incluir desde uma peça de mobília até um apartamento ou restaurante. Miquelina diz que, para preparar os alunos para o mercado, o curso prioriza as disciplinas ligadas à filosofia, psicologia e sociologia, para que eles aprendam a lidar com as particularidades do “outro”; no contexto, o cliente. “No quarto período, por exemplo, eles focam ateliê de projetos e antropologia, com uma abordagem mais ligada à cultura e à influência dos seus elementos nos ambientes. Trabalhamos a criação de joalherias e clínicas de estética, sempre com uma parte teórica e uma prática, que é a maquete”, explica. O método funciona, e é o favorito até de quem veio de escolas diferentes. “Fiz arquitetura e design na mesma época; mas confesso que só continuei com os dois por

causa dessa praticidade do segundo curso”, conta Rosemary Lopes, aluna do sexto período. “A formação em Design é maravilhosa; dá muito trabalho construir as maquetes, mas quando você vê o resultado pronto, tudo ganha um sentido. Aqui não tem aquela de ‘para quê eu vou usar esse conhecimento, na vida?’, porque tudo é aplicado na prática”, expõe. Mesmo tendo menos tempo de curso que a colega, Jefferson Nunes também diz que é apaixonado pelo que faz. “Depois do vestibular, você mergulha em um universo fascinante; é como formiga no açucareiro – tudo lhe atrai”, complementa. “A gente chega a ficar o dia inteiro planejando, medindo, cortando e colando; já pedimos até pizza no campus, para não perder o raciocínio do trabalho”, lembra. G.L.

Apesar do destaque para as disciplinas práticas, o curso de Design do Ifal também tem destaque na produção acadêmica. Miquelina Castro conta que o Instituto tem o único núcleo de pesquisa na área, do Estado, e que os bolsistas participam, frequentemente, de congressos nacionais, somando publicações em universidades conceituadas, como a Pontífice Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e a Universidade de São Paulo (USP). A l é m d i s s o, a d i s c i plina Ateliê de Produto, que compõe a grade do sexto período, é vinculada a uma pesquisa na comunidade da Vila Brejal, que os estudantes visitam e utilizam como referência para criar diferentes peças de mobília e decoração. “Algumas peças são tão maravilhosas que deveriam ser patenteadas. Temos a cadeira-tapioca, cadeira gogó-da-ema, a luminária ‘luz de capote’; tudo feito a partir de observações e entrevistas na Vila Brejal”, elogia a professora.

"O único problema é que muitas empresas fecham as portas para nosso trabalho por ser de estudantes" Miquelina Castro Professora do curso de Design de Interiores do instituto

O mesmo trabalho é feito em clínicas e espaços comerciais da cidade, para compor os produtos dos ateliês de projeto. Segundo Miquelina, os alunos visitam clínicas de estética, restaurantes, organizações sociais, tanto para ter uma base e poder criar o seu próprio espaço, como para apresentar um projeto de melhoria para aquele local. Essa, para ela, é uma das atividades mais interessantes, porque coloca a turma em contato direto com os interesses das pessoas que

utilizam aqueles espaços, exatamente como acontece no mercado de trabalho. “O único problema é que muitas empresas e estabelecimentos fecham as portas para nós, e mesmo com a solicitação oficial da reitoria, não permitem a entrada dos estudantes. É uma pena, porque a troca de informações, nesse trabalho, é maravilhosa”, pondera. Assim como as atividades em sala de aula, as visitas também motivam os futuros designers a continuar estudando. Rosemary e Jefferson dizem que o método, interdisciplinar, já foi elogiado até por alunos de outros estados. Eles acreditam que o aprendizado em sala de aula é fundamental para um bom resultado. E, para alunos, as aulas contam com bons profissionais. “Quando contamos como é a metodologia daqui, eles se surpreendem, ficam interessados, porque ninguém mais faz uma grade curricular assim. Todo mundo quer saber como é, elogia, quer levar um pouco disso para a sua faculdade”, contam. G.L.

Dificuldades mobilizam os jovens designers Ne m t o d a a p a i x ã o dos estudantes suprime a necessidade de espaços mais adequados à prática do Design. Apesar de ter dez anos de oferta, no Ifal, o curso só ganhou Diretório Acadêmico este ano, e não tem salas suficientes para a demanda de produção. “São oito ao total, contando com a coordenação, que também serve de sala de reunião”, conta a professora Miquelina. “O ideal seria ter espaços para guardar pelo menos os melhores trabalhos, já que a produção é muito grande, e uma biblioteca setorial, na qual os alunos pudessem encontrar material específico”, sugere. Na tentativa de contornar os problemas, os próprios estudantes começaram a se

mobilizar, criando o Centro Acadêmico. Segundo Jefferson Nunes, eles têm tentado trazer para Maceió a cultura dos encontros e congressos estudantis de Design, tanto para melhorar a formação profissional como para abrir espaço de mercado. “A nível nacional temos o NDesign [Encontro Nacional dos Estudantes de Design], que é maravilhoso e reúne gente de todas as vertentes de atuação, mas localmente não há nada parecido. Muita gente tem preconceito com os encontros de estudantes, justamente porque são organizados por eles, mas é aí que está a diferença. Ao contrário do que pensam, existe muita troca de informação, de conhecimento. É nos encontros que a gente descobre

o que acontece lá fora, nas outras universidades, e tem a oportunidade de trazer para cá”, defende Jefferson. Foi dessa vontade de compartilhar conhecimento que surgiu o I Circuito de Design de Alagoas, que começa amanhã e vai até terça. Na programação, outros nomes, como o de Fábio Malves, vão mostrar aos participantes o que é o mercado de Design e o quanto ele ainda pode crescer. “Nós do Ifal abrimos o primeiro curso, há 10 anos, mas hoje já temos a formação da Universidade Federal de Alagoas [Ufal], da Maurício de Nassau e uma especialização no Centro Universitário Cesmac. O mercado está aquecendo”, reforçou Miquelina. G.L.


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design

Arapiraca

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Mostra de móveis e décor A terceira mostra de móveis do Agreste apresenta ambientes de sala, quarto e cozinha Carlos Alberto Jr. municipios@ojornal-al.com.br

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A terceira edição do Décor Agreste chega ao seu final no dia de hoje e termina deixando um gosto de “quero mais”. Aberta no último dia 29, a feira está sendo realizada na avenida Ceci Cunha, no bairro Novo Horizonte. O evento, que reúne trabalhos de arquitetos e moveleiros que compõem o Arranjo Produtivo Local (APL) Móveis do Agreste, apresenta ambientes de sala, quarto, sala, cozinha e coorporativos, com tendências do que há de mais sofisticado e ecologicamente correto. O tema desta edição é “Décor Agreste + Social”, já que uma das suas ações é a de doar todo o dinheiro arrecadado com a venda de móveis a instituições filantrópicas de Arapiraca. A feira se destina a empresários do setor moveleiro e imobiliário, arquitetos,

engenheiros, lojistas e estudantes. Trata-se de uma oportunidade para que o público conheça o trabalho dos profissionais do agreste e agende visitas para adquirir produtos a preços abaixo do mercado. “A fabricação de móveis faz parte da economia do agreste há mais de cinco décadas. Tanto a chegada do APL como diversos outros projetos contribuíram para capacitar os profissionais e fortalecer a atividade na região”, afirma Roberval Cabral, diretor de Administração e Finanças do Sebrae em Alagoas, uma das instituições realizadoras da mostra. Uma das novidades deste ano, como explica o gestor do APL Móveis do Agreste, Gilson Melo, é um espaço montado para Sala de Estudos, um ambiente criado para a Décor Agreste e é dedicado exclusivamente para o Abrigo Mãe Rainha, instituição que acolhe menores de18 anos. “Toda estrutura montada para o evento da Sala de Estudo será doada para o abrigo, que faz parte do projeto de responsabilidade social das empresas participantes e dos profissionais envolvidos”, explicou Gilson.

Ambientes exuberantes, decorados com peças produzidas por arquitetos e moveleiros do APL Móveis do Agreste

Estrutura A mostra de móveis do Agreste, a III Décor Agreste de Arapiraca, dispõe de 16 ambientes decorados, sendo dois projetos de jardinagem, numa área de mil metros quadrados, o que proporciona um espaço amplo e de fácil visualização para os visitantes. A exposição é aberta

ao público em geral das 14h às 22h. Além de valorizar os produtos, a mostra vem se consolidando a cada ano e movimenta os negócios para moveleiros e escritórios de arquiteturas locais. O arquiteto Alexandre Viana Lopes, técnico da Prefeitura de Arapiraca, fará sua exposição tendo como

ambiente uma Sala de Jogos. “É muito importante para Arapiraca, assim como para todo o Agreste, está realizando esse evento que serve para que possamos mostrar nossos trabalhos, desde os mais ousados até os mais simples”, destacou. Entre as atrações destaca-se ainda a Sala de Estar, que

traz para a Mostra o conceito de sustentabilidade e a preocupação com o meio ambiente, como explicam os arquitetos responsáveis, Alexandre Vasconcelos e Alerson Lisboa. “90% do nosso projeto foi todo reaproveitado, como sobra de madeira, de vidro, espelho e ferro”, pontuou Alexandre. Continua na página A24


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Utilização de materiais alternativos Apesar da sofisticação, beleza e toque refinado, o projeto da Sala de Estar foi todo idealizado com sucata, sobra de madeira e grades de ferro em desuso. Merece destaque também para a ‘chapeleira’, peça de decoração clássica, que foi montada e produzida com sobras de grades velhas, adquiridas em ferro velho. A abordagem de preocupação com o meio ambiente pode ser vista no forro vivo, onde é composto com plantas samambaia, e a confecção da mesa e cadeiras, produzidos com sobras de madeira. “Cada detalhe do nosso projeto foi concebido com ênfase nos cuidados com o meio ambiente”, destaca Alexandre Vasconcelos, arquiteto que participa da mostra. Outra proposta criada exclusivamente para a exposição de móveis na terceira Decor Agreste e que está sendo bem visitada pelo público é um ambiente semelhante a um Loft, espécie de apartamento sem pare-

des. Trata-se de um estilo de moradia criado na década de 1970 pelos americanos e que a tendência espalhou-se para o mundo. Como explica a arquiteta e urbanista Danielle Motta, o Loft é um estilo de residência alternativo e moderno, ideal para pessoas solteiras e jovens casais. “É fácil de decorar, de manter arrumado e perfeito para quem tem uma rotina de vida agitada”, assegura Danielle. A Madeira do Brasil, um dos parceiros que contribuíram para a realização do evento, foi responsável por 80% da matéria prima para as confecções dos móveis que estão expostos na terceira Decor Agreste. Segundo Bruno Camerino, representante da empresa, este ano o evento superou as expectativas com ambientes e de produtos de bom gosto. “Nossa meta é participar do próximo evento a ser realizado em Maceió”, explicou. PÚBLICO MAIOR De acordo com Gilson

Polo moveleiro finalmente sai do papel O Polo Moveleiro Nascimento Leão, como será chamado, vem sendo construído no Povoado Sítio Capim, localizado a seis quilômetros do Centro de Arapiraca, ao que tudo indica, finalmente deverá sair do papel, com 90% das obras de construção concluídas. A iniciativa é fruto da parceria entre a o município e o governo estadual e vai ampliar ainda mais a produtividade das empresas ligadas ao Arranjo Produtivo Local (APL) Móveis do Agreste, com atuação em Arapiraca e Palmeira dos Índios. O objetivo é estruturar e fortalecer o setor moveleiro e empresas ligadas ao ramo, assim como atrair novas empresas de pequeno, médio e grande portes para a região, gerando mais empregos e desenvolvimento. Com cerca de 96 mil m2, o terreno doado pela Prefeitura Municipal de Arapiraca para a construção do Polo será dividido em 45 lotes, cada um medindo em média 1,2 mil m². O espaço será dotado de infraestrutura completa, como pavimentação, drenagem de águas pluviais, terraplanagem, rede de abastecimento de água, esgotamento sanitário e infraestrutura elétrica. “O complexo também terá outros espaços importantes, como auditório, salas de administração, banheiros,

"Complexo terá ainda auditório, posto de primeiros socorros, área de lazer e sala de confraternização" Sílvia valéria lima Superintendente de Obras da Secretaria de Estado da Infraestrutura

postos de primeiros socorros, área de lazer com quadra poliesportiva, campo de futebol, guarita e sala de confraternização. O projeto também inclui a construção de um galpão coletivo para os marceneiros e um showroom para expor as peças moveleiras”, informa a superintendente de Obras da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Sílvia Valéria Lima. O secretário de Estado da Infraestrutura, Marco Fireman, ressaltou que a construção do Polo Moveleiro vai impulsionar a produtividade do setor. “O Polo vai proporcionar interação entre as empresas e permitir uma profissionalização ainda maior do setor moveleiro, ampliando a competitividade das empresas alagoanas no mercado nacional de móveis”, frisou. C.A.J.

Melo, gestor do APL Móveis do Agreste, programa coordenado pelo governo de Alagoas, através da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande), em parceria com o Sebrae Alagoas e também com a prefeitura municipal, a edição de 2009 o público presente durante os quatro dias de realização foi de 5.500 pessoas. Segundo ele, para a terceira edição do Decor Agreste, a expectativa de público é de 10 mil pessoas. O engenheiro civil, Marcelo Torres de Castro, foi um dos visitantes da Decor Agreste no sábado, 29, e gostou do que viu. “Os trabalhos estão maravilhosos, impecáveis. Fico mais satisfeito de estar aqui pelo fato de saber que tudo aqui é feito por gente nossa. Não imaginava que veria tanta criatividade junta no mesmo lugar. Todos os expositores e criadores estão de parabéns pelas sutilezas e criatividade. Estou surpreso e já sei o que terei na minha casa”, afirmou o engenheiro. C.A.J.

Arapiraca vira ponto estratégico da economia A cidade de Arapiraca se destaca como a segunda maior cidade de Alagoas em população e importância econômica. Localizada a 123 quilômetros da capital, a cidade de 215 mil habitantes concentra um forte comércio permanente e um setor de serviços dimensionado para atender o Agreste e o Sertão do Estado. Junto com Palmeira dos Índios, a cidade se destaca também na produção e distribuição de móveis, que é hoje uma atividade industrial predominante na região e no Estado. A atividade moveleira no Agreste alagoano teve início há cerca de 50 anos, mas só foi organizada com a formação do APL Móveis do Agreste, integrado por empresas ligadas à produção de móveis residenciais, de escritório, comerciais, jardins, igrejas, painéis para diversos fins, entre outros. De acordo com Flaviana Rosa, diretora de Cadeias Produtivas e APLs da Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento (Seplande), a construção do Polo Moveleiro será fundamental para garantir o crescimento organizado do setor em Alagoas. “Já tivemos um avanço m u i t o g ra n d e c o m a formação do APL em 2004. Antes do APL, a maioria das empresas eram informais, com empregos também informais, sem falar nas dificuldades de logística e na qualidade dos móveis, que era muito inferior à que existe hoje. O novo polo vai permitir a ampliação organizada das empresas, com a infraestrutura e espaço necessários para a aquisição de máquinas maiores, garantindo mais produtividade e mais empregos”, disse Flaviana Rosa. C.A.J.

Fotos: Divulgação

Sala de estar ganha móveis arrojados com detalhes em madeira

Bar traz proposta ousada, com cores contrastantes e decoração diferenciada

MBA

Arapiraca sedia evento corporativo A segunda maior cidade alagoana vai entrar no circuito dos grandes eventos coorporativos neste mês de novembro, com a primeira edição do Management Business Arapiraca (MBA), que acontece entre os dias 16 e 18. Durante os três dias de MBA, os participantes poderão aprofundar as curiosidades sobre gestão de sucesso, empreendedorismo, marketing, otimização de lucros, excelência em atendimento e, com foco especial, no micro e pequeno empreendedor de Arapiraca e região. O organizador do MBA, Valdênio Freitas, esclarece os objetivos do evento. “Queremos despertar nos par ticipantes o caráter empreendedor, orientar sobre os passos certos para se alcançar o sucesso, gerar conhecimentos estratégicos para o mercado cada vez mais competitivo, além de ampliar

as redes de relacionamento através da internet”, explicou. Ele lembra que o MBA terá, ao longo dos três dias, 15 horas flexíveis de palestrar e momentos de convívio para troca de experiências entre os participantes. “Além das palestrar com nomes consagrados no mercado alagoano e também em outros Estados, teremos cases de sucesso regional. Serão três no total, um em cada noite”, disse Valdênio. Um dos palestrantes será o gerente nacional de vendas do grupo Pimentel Lopes, Fabrício Medeiros. Ele abordará o tema “Negociação, como vender mais e chegar ao sim”. Formado em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas com extensão internacional em business pela Universidade da Califórnia, nos EUA, tem mais de 10 anos de experiên-

cia em cargos de liderança em empresas como a AmBev e Net serviços. O Analista de Sistemas e Desenvolvimento de Softwares, Marcos Rodrigues, trará o seu “Manual do Herói” para o MBA. Além de escritor, ele é também colunista e empreendedor. Já o mestre em Administração e Psicólogoconsultor organizacional e de negócios, Adriano Cesar, trará como tema “Como otimizar a sua carreira profissional”. O MBA tem como público alvo empresários, líderes de equipes, gerentes de vendas, vendedores, empreendedores, profissionais em geral e alunos do curso de Administração. As vagas são limitadas para trezentas pessoas. O evento acontecerá no Teatro do Sesi, sempre a partir das 19h30. Informações e inscrições pelo e-mail queroparticipar@mbaarapiraca.com. C.A.J.


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BÚFALOS

Economia

www.ojornalweb.com.br economia@ojornal-al.com.br Fotos: Nide Lins

O antigo engenho de açúcar da Fazenda Castanha atualmente é a cocheira, onde búfalos comem tranquilamente

O empresário alagoano Alberto Couto apostou nos animais como negócio rentável para a produção de artigos saudáveis

Criação de bons negócios Nide Lins nidelins@uol.com.br

Q

uem viaja no sentido Maceió-Maragoi ou faz o roteiro inverso, tradicionalmente, realiza uma parada estratégica na loja Búfalo Bill, localizada às margens da AL 101 Norte, no município de São Luiz do Quitunde. Lá é o principal ponto de comercialização dos cortes de carnes, embutidos e produtos lácteos de búfala. Um mix de produtos que, ainda neste, ficará maior, com o lançamento do mais novo produto: a mortadela. O embutido light tem 25% a menos de caloria do que a produzida com carne bovina e promete agradar ao publico consumidor de artigos saudáveis. A novidade da mortadela ligth foi desenvolvida na empresa Búfalo Bill pelo engenheiro civil e mestre em zootecnia, Alberto Couto, que desde 1984 resolveu inves-

tir na criação de búfalos na Fazenda Castanha Grande. À época, a aquisição de seis búfalos da Usina Santo Antônio mudou a vida do alagoano, que enxergou na atividade, uma fonte mais rentável que a criação de bois ou o cultivo de cana de açúcar. “Do búfalo só não aproveito o berro”, diz Couto, que atualmente produz 20 tipos de lácteos, 13 tipos de cárneos, 6 embutidos e o couro é vendido para a indústria de calçados e bolsas. Além da criação de búfala ser mais rentável também é mais saudável. Estudos da Embrapa mostraram que a mussarela de búfala tem 48% de proteína e 59% de cálcio a mais que a de vaca. Além disso, a mussarela de búfala tem menos sódio e menos gordura saturada e colesterol. “Já fiz teste com a mortadela de búfala e agradou. Tem ótimo sabor, textura e menos caloria. A tendência é consu-

mir produtos mais saudáveis e isso as pessoas encontram tanto nas carnes como os produtos lácteos de búfalo”, conta Alberto Couto. Para se ter uma idéia melhor, basta saber que a carne de búfalo tem cerca de 40% menos colesterol, 12 vezes menos gordura, 55% menos calorias e melhores índices de proteínas e sais minerais. A criação de búfala de corte e de leite também fez gerar novos negócios para a família de Alberto Couto, a exemplo do seu filho, Alberto Gusmão, que abriu um espaço gastronômico ao lado da loja para os viajantes provarem, ali mesmo as iguarias de búfala. O pequeno empreendimento cresceu e deve se transformar em restaurante por quilo, em breve. No espaço gastronômico, o cardápio são os churrasquinhos de carne e lingüiça e a kafta (carne moída e bem temperada). Atualmente, as novidades ficam por conta

do sarapatel e caldinho de mocotó de búfala, que podem ser saboreadas na hora ou levar em kit para casa. “Nosso público é formado por 45% de alagoanos, 25 a 30% pernambucanos e 10% de outros estados nordestinos região. O restaurante agrega mais valor na loja, os clientes comem, gostam e compram para levar para casa”, diz Alberto Gusmão, que em breve vai implantar o sistema de pagamento com cartões de crédito e débito, como forma de aumentar o número de clientes. A lingüiça “Pimentinha” e o queijo coalho de búfala lideram as vendas do Búfalo Bill. “Nossa produção não é grande, por isso tem apenas um ponto comercial de venda e meu filho distribui em outras lojas. Mas, não abrimos em Maceió porque nossa produção ainda é pequena e tudo que produzimos é vendido por aqui mesmo”, diz Alberto Couto.

Já Alberto Filho agregou mais valor à loja com a venda de churrasquinho

No mix de produtos, um dos mais procurados é o iogurte, em vários sabores

Controle sanitário exige rigor e dedicação A fazenda Castanha Grande tem mais de 180 anos e sua principalmente fonte de renda era a cana-de-açúcar, onde existiam nove engenhos. Atualmente a fazenda tem criação de 530 cabeças de búfala, sendo que 220 são matrizes para reprodução. Entre um ano e meio e dois o animal já vai para o abate. Atualmente, seu rebanho possui alto controle sanitário e ordenha 100% mecanizada. O leite de búfala é indicado para as pessoas que tem rejeição a

lactose. Dos 550 hectares da Fazenda, 200 é para criação de búfalos. A Búfalo Bill tem um crescimento anual de 40% na oferta de seus produtos. A empresa alagoana é detentora de vários prêmios em produtos lácteos, com destaque para o queijo “Castano” (2 º melhor queijo do Brasil, Instituto Cândido Tostes, Minas Gerais) e para o queijo tipo coalho (1º lugar do Nordeste), além de outras premiações locais. N.L.

Provolone de búfala curado, queijo nobre feito no laticínio alagoano Búfalo Bill


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VAREJO

O Jornal l Maceió, 6 de novembro de 2011 l domingo

Economia

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Natal será de presentinhos Com economia em ritmo mais lento, lojistas revisam projeção de vendas

Ruas cheias e repletas de consumidores ainda não são realidade no comércio de Maceió

Elisana Tenório Repórter

N

ovembro chegou e o varejo alagoano continua desanimado com a perspectiva de não haver boom de vendas neste final de ano. A situação está tão desanimadora que empresários de segmentos variados estão chamando as festas de 2011 como o “Natal das lembrancinhas”. O setor projeta um crescimento de 10%, ou seja, 5% a menos do que o verificado no mesmo período do ano passado. A justificativa para o aquecimento capenga nas vendas de final de ano – que sempre foi considerada a melhor data para o varejo – é a baixa na taxa de crescimento da economia brasileira que está sendo verificada do início do ano até agora. Enquanto em 2010 o percentual fechou em 7,5%, a estimativa de técnicos e economistas é de que, este ano, fique em torno de 3,5%. “Está prevista uma retração nas vendas, justamente como ocorreu no Dia das Crianças. A indústria retraiu muito neste último trimestre. Caiu 2% em relação a 2010. Mas, geralmente todo primeiro ano de governo é assim, o governo fecha a torneira dos gastos públicos e só começa a abri-la a partir do segundo ano”, explicou o professor de Economia da Ufal e consultor da Fecomercio, Fábio Guedes. Em sua avaliação, outro fator que diminuirá o índice das compras natalinas é a preocupação da classe média em utilizar o 13º para saldar dívidas, sobretudo às relativas ao cartão de crédito, que representam 76% do total. É justamente o que pretende fazer a psicóloga Tânia Maria Rocha, que há meses está “enrolada”, pagando um pouco mais que o mínimo dos dois cartões de crédito. Ela conta que já pegou parte do 13º que recebeu para acabar com algunsdébitos.

Primeiro centro de compras de Maceió aposta na decoração antecipada para atrair clientes

O restante do dinheiro será destinado a pagar o salário extra de sua empregada. “Com isso sobrará pouco para os tradicionais presentes. A alternativa é cortar alguns e economizar o máximo em

outros. Ou seja, comprar lembrancinhas apenas para não deixar passar a data em branco”, diz Tânia. E são as lembracinhas que estão tirando o sono do varejo. Os mais desconfiados são os

empresários dos segmentos de bijuterias e acessórios. Se no ano passado, quando o faturamento foi maior, eles reclamaram da margem pequena de lucro, imagina agora que as condições estão

muito menos favoráveis. “Não temos condições de competir com as grandes redes do varejo", ressaltou Márcio Lima, que possui uma loja de bijuterias no Centro de Maceió.

O poder do 13º Apesar das projeções de faturamento não serem muito positivas, o varejo continua apostando numa boa projeção de vendas, se for comparar com os demais meses do ano. E o que mais incentiva os empresários é a chegada do décimo terceiro salário nas mãos dos trabalhadores formais. Para este ano, de acordo com a Fecomercio, a estimativa é de que sejam injetados na economia alagoana, no total, somando as duas parcelas do salário extra, R$ 550 milhões. Para se ter uma ideia da grandiosidade do montante, basta dizer que a quantia corresponde a um ano de pagamento do Bolsa Família em Alagoas. O incremento gerado pelo 13º faz com que a arrecadação de ICMS do Estado aumente em 10%. Como conseqüência direta, o varejo precisa investir nas contratações temporárias. Em 2010, o saldo foi 1.200 vagas ofertadas.

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O Jornal l Maceió, 6 de novembro de 2011 l Domingo

Economia Espaço Temporário pode ter contratação definitiva Consumidor

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Thiago Gomes consumidor@ojornal-al.com.br

DICAS PARA SEGURO DE VEÍCULOS

C

omo dirigir embriagado é reconhecidamente crime, vale a pena conhecer algumas dicas importantes para contratar um seguro de automóvel. Por meio dele, você ficará resguardado de várias situações inesperadas. Primeiro selecione um seguro que atenda às suas necessidades; escolha um corretor da sua confiança e peça orientações; faça pelo menos três orçamentos; não omita informações na hora de preencher a ficha para o seguro; conheça detalhadamente as coberturas oferecidas, as franquias e serviços associados, como, por exemplo, assistência 24 horas; analise as condições de pagamento; escolha uma seguradora conhecida; avalie a possibilidade de instalação de rastreador, que muitas seguradoras oferecem gratuitamente; se tem seguro há muito tempo e nunca o utilizou, terá descontos na hora da renovação - o bônus pode ser transferido para outra seguradora; quando receber a apólice, confira se os dados estão corretos. Nela devem constar a marca do veículo, ano de fabricação, valor assegurado, prêmio, vigência do contrato de seguro e o valor da franquia; e não esqueça de comunicar a seguradora no caso de mudança ou alteração nos dados cadastrais.

Segundo a Fecomercio, novembro é o mês no qual o comércio mais contrata pessoas para as vendas de final de ano. Em 2010, em outubro

e novembro o saldo líquido de empregos criados no comércio alagoano cresceu 127% na média. “Cerca de 58% das pessoas contratadas tempora-

riamente foram incorporadas definitivamente ao comércio, tomando como base o saldo de empregos entre setembro de 2010 e março de 2011,

Shoppings antecipam decoração

Segundo o economista, Fábio Guedes, da Fecomércio, o Dia das Crianças foi uma sinalização de que as vendas estão positivas, porém menos aquecidas

RECONHEÇA DINHEIRO FALSO

Você sabe reconhecer uma nota falsa de R$ 50 e R$ 100? As cédulas mudaram recentemente e a maioria da população ainda não se habituou ao novo formato. No mercado, estão sendo oferecidos diversos mecanismos para identificar dinheiro verdadeiro e falsificado. Mas, o Banco Central orienta principalmente os comerciantes, que lidam diariamente com notas de Real, a utilizar o tato e a visão para saber se aquela cédula foi feita na Casa da Moeda do Brasil. As principais dicas são sentir se o papel da nota é o convencional, se a marca d’água aparece, o valor e se a faixa alterna com ‘reais’ e o valor da nota ao olhar contra a luz. Você pode ainda deitar a cédula e observar o valor da nota. Na tarja preta, o mesmo valor está escrito em letras bem pequenas. Com isso, você não será enganado.

GRAVAÇÕES DE CALL-CENTERS

Os serviços de atendimento ao consumidor por telefone, mais conhecidos como call centers, poderão ser obrigados a disponibilizar, na internet, as gravações de conversas entre consumidor e atendente até 24 horas após a ligação. Este é um projeto que tramita na Câmara Federal, de autoria do deputado Antônio Roberto (PV-MG), e que pode ser votado até o final deste ano. Caso seja aprovado, o projeto seguirá para o Senado e, consequentemente, à sanção da presidenta Dilma. As gravações poderão ser disponibilizadas aos clientes por uma senha no site da prestadora. Haverá penalidades para as empresas que descumprirem as regras. É aguardar para ver.

MAMÓGRAFOS EM DESUSO

O Ministério da Saúde está recomendando que os hospitais do Brasil inteiro façam uma manutenção frequente nos mamógrafos – aparelhos utilizados para diagnósticos médicos nos seios. A iniciativa é melhorar o atendimento às mulheres no Sistema Único de Saúde e evitar que os aparelhos acabem no desuso por falta de reparo técnico. O ministro Alexandre Padilha quer um controle de qualidade nos mamógrafos e o assunto voltará a ser discutido em consulta pública. Novas regras serão planejadas.

REFINANCIAMENTO DE VEÍCULO

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) orienta que o refinanciamento do veículo pode ser uma boa saída tanto para o consumidor que toma o crédito, quanto para o banco que empresta. No entanto, é necessário observar três aspectos: o prazo para pagamento deve ser alongado, a parcela ser reduzida e o custo da dívida também deve ser menor, se possível apresentando novas garantias ou um fiador. Se não for assim, a operação pode virar uma bola de neve e só vai adiar o problema da falta de capacidade de pagamento. Vale lembrar que o banco tem interesse em correr com o financiamento para que as prestações atrasadas não contaminem a qualidade da carteira de crédito do banco.

DE OLHO NA OFICINA MECÂNICA 1

Quando o carro apresentar um probleminha é comum procurar uma oficina mecânica. Mas quem é leigo no assunto pode ser passado para trás. A coluna orienta que você deve fazer uma pesquisa, comparando preços e qualidade. Observe se a oficina está regularmente estabelecida e não é clandestina. Exija um orçamento prévio, no qual devem estar discriminados detalhadamente o material a ser usado, a mão-de-obra, os valores respectivos, condições de pagamento, data de início e término dos serviços e prazo de validade do mesmo. Verifique se este pedido pode ser atendido gratuitamente ou não.

DE OLHO NA OFICINA MECÂNICA 2

Evite que as peças a serem substituídas sejam compradas pela própria oficina, pois geralmente seu preço é mais alto. Pegue a lista de material necessário e compre após pesquisa em lojas especializadas ou revendas. Antes do conserto, solicite um documento relatando as condições gerais do carro, fazendo constar também a quilometragem e o nível de combustível. Ao retirar o veículo, faça uma vistoria para verificar se ele encontra-se nas mesmas condições em que entrou na oficina, certificando-se de que não há danos, como amassados, riscos na pintura ou equipamentos quebrados. Exija sempre nota fiscal discriminada contendo tudo o que foi disposto no orçamento , assim como os dados do veículo e das partes envolvidas.

Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no Centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151. Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.

quando se inicia o processo de contratação e finaliza o período de maior demissão”, afirma o presidente da Fecomercio, Wilton Malta.

No ano passado, do total de contratados para trabalho temporário no Comércio, cerca de 58% foram efetivados, revela o presidente da Fecomércio, Wilton Malta

As lojas do Centro ainda não entraram no clima natalino. Porém, os shopping centers e os supermercados já deram à primeira largada. O Maceió Shopping está ultimando a parte decorativa. “Vamos fazer a inauguração oficial de nossa decoração uma semana antes em relação ao ano passado”, afirma a gerente de Marketing, Silvia Cunha. Para isso, mais de 50 profissionais trabalham diariamente para que a “Sala do Papai Noel”, tema escolhido pelo shopping, esteja instalada nos primeiros dias de novembro. O cliente poderá passear, entre elementos tradicionais do período, como o trono do Papai Noel e a mesa para a ceia. Este ano, o empreendimento investiu mais de R$ 300 mil na decoração. Entre as atrações, uma árvore de natal com 20 m de altura totalmente iluminada será instalada no estacionamento do shopping. “Há 10 anos, começávamos a montar a decoração em novembro. Nos últimos anos, as inaugurações passaram a acontecer na segunda quinzena de novembro. Agora, passou o Dia das Crianças, os shoppings já começam a decorar para chegar na primeira semana de novembro com tudo pronto e com papai Noel sentado”, conta Ana Cecília Cipolatti, diretora da empresa Cipolatti, uma das mais tradicionais do setor, responsável pela decoração natalina em mais de 120 shoppings do País. O resultado de toda essa antecipação tem uma justificativa. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a antecipação da decoração natalina tem ajudado a elevar as vendas nos meses de novembro, que costumam ter desempenho mais fraco que o de outubro. “Essa tendência está se mostrando produtiva e trazendo mais público para os shoppings”, diz Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Alshop. De acordo com a Gerência Comercial do Maceió Shopping, o empreendimento espera registrar um aumento de 15% nas vendas em relação ao Natal de 2010. “A presença da decoração natalina também ajuda a lembrar da proximidade do Natal e estimular a antecipação das compras, garantindo a fidelidade do cliente”, avalia. Durante o período, o mall realiza a 11ª Campanha Árvore dos Sonhos, uma ação de responsabilidade social que vai beneficiar 1.800 crianças, idosos e portadores de necessidades.


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O Jornal l Maceió, 6 de Novembro de 2011 l Domingo

Imobiliário

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Imóveis.Com Da Redação imobiliario@ojornal-al.com.br

Qualidade e rapidez

O

s empreendimentos da Pacto Engenharia são destaques pela velocidade das obras. O Edifício Dubai (Ponta Verde) segue superando o seu próprio cronograma e deve ter a entrega, inicialmente estimada para março de 2012, antecipada, confirmando a tradição da empresa de finalizar todas as suas obras rigorosamente dentro do prazo estipulado. Já o Edifício Palazzo Di Mare (Jatiúca), grande lançamento da construtora em 2011, na esquina mais nobre da Avenida João Davino, mantém a excelente demanda pelos clientes, que destacam diferenciais como a vista privilegiada para o mar e as dimensões dos apartamentos, com até 108m². Segundo o diretor da empresa, Carlos André Lima “O Palazzo é um sucesso porque tem os imóveis ideais para famílias que valorizam localização, excelente padrão de qualidade e praticidade”.

O direito de ir e vir

O artigo 1228 e seguintes do Código Civil dizem que manter animais em unidades condominiais é exercício regular do direito de propriedade, o qual não pode ser glosado ou restringido pelo condomínio, sendo que o limite ao exercício do direito de propriedade é o respeito ao direito alheio ou ao de vizinhança. Neste sentido, informa, em apelação julgada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) na 1ª Câmara de Direito Privado, o relator desembargador Paulo Eduardo Razuk entendeu que, “quando se trata de animais domésticos não prejudiciais, não se justifica a proibição constante do regulamento ou da convenção de condomínio, que não podem nem devem contrariar a tendência inata no homem de domesticar alguns animais e de com eles conviver”. O tamanho do animal ou o fato de ele latir de vez em quando não basta para restringir a permanência do bicho de estimação e ainda que é anulável a decisão de assembleias cuja determinação é a circulação de animais no colo ou com focinheira nas dependências do condomínio.

Sem capacitação

A falta de mão de obra qualificada foi apontada como o principal problema da indústria da construção, de acordo com a Sondagem Industrial da Construção, feita trimestralmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada no último dia 31 de outubro. O item foi apontado por 56,5% dos empresários ligados às micro, pequenas e médias empresas e por 48,8% dos executivos ouvidos pela pesquisa em grandes empresas. Apesar disso, os percentuais são menores que os apurados na sondagem do trimestre anterior (68,1% e 59,7% respectivamente).

Financiamentos

Os saldos dos financiamentos habitacionais com cartas de crédito do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) cresceram de forma expressiva entre 2002 e 2010. O aumento de 560% ocupou o espaço de outras aplicações imobiliárias. De acordo com o Relatório de Economia Bancária e Crédito, em 2002, foram direcionados para o financiamento habitacional, R$ 20,718 bilhões do SBPE, já em 2010, o valor subiu para R$ 136,688 bilhões.

Concessão de crédito

Em 2002, foram concedidos R$ 1,174 bilhão para a aquisição de imóveis, sendo que R$ 495,7 milhões foram para imóveis novos e R$ 679 milhões para usados. Em 2010, o valor direcionado à aquisição de imóveis subiu para R$ 31,785 bilhões, sendo R$ 8,843 bilhões para imóveis novos e R$ 22,942 bilhões para usados. No ano de 2002, foram adquiridos 7,1 mil imóveis novos e 11,5 mil unidades usadas; já oito anos depois, os beneficiados pelo financiamento compraram 58,1 mil imóveis novos e 161,5 mil usados com o recurso.

Construção

Para a construção de imóveis, foram destinados, em 2002, R$ 573,6 milhões para as empresas e R$ 20,2 milhões para as pessoas físicas; já em 2010, o montante passou para R$ 22,273 bilhões para as empresas e R$ 1,933 bilhão para as pessoas físicas. Com os recursos, em 2002 foram construídas 10,3 mil unidades, oito anos depois foram construídas 196,7 milhões de unidades.

Setor de materiais de acabamento tem recorde de vendas O volume, sem precedentes, de entrega de imóveis, esperado para o período dos últimos meses deste ano até o fim de 2012, tem impulsionado as vendas da indústria de materiais de acabamento. Nunca se vendeu tantos produtos como louças e metais sanitários, fechaduras, tintas imobiliárias e revestimentos cerâmicos. Os imóveis que estão na fase final de obras ou ficando prontos foram lançados principalmente em 2008, no primeiro ciclo de investimentos das incorporadoras após a onda de aberturas de capital. O ritmo de entregas aumentou no terceiro trimestre e ganha mais força a partir do quarto trimestre. As vendas diretas de materiais de acabamento da indústria para construtoras devem movimentar cerca de R$ 15 bilhões dos R$ 45 bilhões de faturamento do segmento esperado para este ano. A receita total de produtos de acabamento em 2011 terá crescimento real de 8% sobre os R$ 42 bilhões de 2010, que havia sido o melhor ano do segmento, conforme o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover. A expansão resulta das vendas para as construtoras, que equivalem a um terço do total, e das destinadas ao varejo, que ficam com dois terços. Na Deca, divisão de louças e metais sanitários da Duratex, as vendas para as construtoras correspondem de 15% a 20% do total. A Deca começou a sentir aumento da demanda das construtoras no meio do ano, como resultado da maior proximidade das entregas dos imóveis, conforme o diretor comercial, Roney Rotenberg.

Enquanto o faturamento total da Deca deve aumentar em patamar acima de 25%, neste ano, a receita da parcela direcionada para construtoras deve crescer mais de 35%, segundo Rotenberg. Será o melhor ano de vendas da Deca em faturamento e volume. A empresa se beneficia também da comercialização de materiais de acabamento, por meio das revendas, para compradores de imóveis usados que pertenciam, muitas vezes, a quem mudou para algum dos lançamentos que estão sendo entregues. Para o executivo, o mercado deve continuar aquecido até 2016. As perspectivas positivas dos fabricantes de materiais de construção para os próximos anos se justificam pelo volume de lançamentos feitos pelas incorporadoras em 2010 e sendo anunciados neste ano. Até o fim de 2012, o setor contará com a demanda das obras dos imóveis lançados em 2008 e uma parte de 2009. A partir do segundo semestre de 2013 e, principalmente, de 2014, será a vez de os lançamentos de 2010 e 2011 serem entregues. A MRV Engenharia, que tem forte atuação na baixa renda, por exemplo, pretende construir 38 mil unidades em 2011 e, até 2015, chegar a 70 mil unidades por ano.

"Estamos começando a colher os frutos dos lançamentos de 2008 e 2009", diz o diretor comercial e de marketing da Pado, Alexandre Zanatta. Até setembro, as vendas para as construtoras aumentaram 15%, parcela acima do crescimento de 10% do faturamento total da empresa, que está em seu melhor ano. Fechaduras e dobradiças são seus itens mais demandados na fase final das obras. A maior parte dos produtos da empresa é voltada para imóveis de médio e alto padrão, mas há também itens mais econômicos. A partir de abril do próximo ano, ela terá linha popular, compatível com o programa Minha Casa, Minha Vida. A Eliane Revestimentos Cerâmicos passou a receber, em setembro, número maior de pedidos por parte das empresas para os imóveis em fase final de obras. As encomendas são feitas com antecedência de seis meses a um ano. Após registrar vendas recordes em 2010, a Eliane espera ultrapassar a marca novamente em 2011, tanto nas vendas totais quanto naquelas para as construtoras, conforme o diretor comercial da Eliane, Rogério Longoni. Para 2012, a perspectiva é de "ritmo de vendas muito bom". A Cecrisa, que produz porcelanatos e revestimen-

tos cerâmicos com as marcas Portinari e Cecrisa, também espera vendas recordes em 2011, com crescimento de 10% a 15% no faturamento ante 2010. A expansão deve-se, principalmente, à melhora do mix de produtos, segundo o seu diretor de vendas, Paulo Cesar Benetton. Os produtos Portinari destinam-se às classes A e B, enquanto os materiais com a marca Cecrisa são voltados para as classes B e C. Em média, entre 35% e 40% dos pedidos de produtos a serem entregues às construtoras nos próximos nove meses já estão em carteira. A expectativa de Benetton é que os pedidos das empresas se acelerem em 2012. Segundo Cover, da Abramat, o faturamento total da indústria de materiais deve aumentar 4% em 2011 sobre os R$ 105 bilhões de 2010 e chegar a patamar acima do de 2008, o maior já registrado. O faturamento de materiais de base (como cimento, argamassa, tijolos) terá crescimento real de 1% sobre os R$ 63 bilhões de 2011. No varejo de materiais, as vendas de produtos de acabamento também são as que mais crescem, puxadas por cerâmicas e tintas, que passaram a ser tratadas como "produtos de decoração", conforme o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Claudio Conz. As vendas de itens de acabamento devem ter alta de 8,5% em 2011, e as de materiais em geral, aumento de 6%, segundo Conz. A demanda no varejo tem como estímulo a melhora dos níveis de emprego e renda. Fonte: Valor Econômico


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Pelos sons nordestinos Coletânea "Itinerário Musical do Nordeste" passeia pela cantoria dos aboios, incelências, cantos, benditos, cantigas, acalantos, toadas, cultos afros - entre outras sonoridades de expressões folclóricas -, registrados em Alagoas e outras localidades da região a partir de pesquisas etnomusicológicas realizadas na década de 70. Elaborada e coordenada pelo Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Diretoria de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), a coleção – com dez CDs – será lançada no próximo dia 11, em Juazeiro do Norte, no Ceará. O Caderno Dois teve acesso a esse material, que é tema desta e das próximas páginas.

Nos anos 70, jovens pesquisadores perseguiram os ideais de Mário de Andrade

Elô Baêta cultura@ojornal-al.com.br

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Durante as viagens, foram registradas cenas de expressões folclóricas do Nordeste brasileiro

izia o escritor Mário de Andrade, como pioneiro no campo da etnomusicologia (estudo da música como cultura), que a parte da Antropologia que trata da filiação de raças e culturas apontada como etnografia científica era essencial para conhecer o Brasil e sua gente. “Nós precisamos de moços pesquisadores, que vão à casa do povo recolher com seriedade e de maneira completa o que esse povo guarda e rapidamente esquece, desnorteado pelo progresso invasor”. Fundamentava, assim, o romancista suas primeiras viagens ao Norte e ao Nordeste do Brasil nos anos 20, registrando o folclore musical que por lá encontrava. E embasava ainda seu ideal cultural, nascido tempos depois, chamado “Missão de pesquisas folclóricas”. A “missão” de 1938 instituída pelo poeta – e sua equipe de pesquisadores – arraigou-se à história como das mais importantes pesquisas culturais realizadas em terras brasileiras. O intuito era documentar em discos e textos sons, passos, bailados, da dança e da música folclóricas nascidas, cantadas e ritmadas entre nortistas e nordestinos do País. Mas seus registros não se resumiram apenas a melodias diversas de muitos cânticos, cantos, cantigas, canções de ninar, benditos.... Anotações, desenhos, notas de pesquisas, letras de músicas,

versos populares, fotografias, instrumentos musicais, objetos etnográficos, também passaram a ser o “acervo” colhido em meio à íntima convivência entre aqueles povos. Mais de setenta anos depois, o resultado da expedição idealizada pelo modernista paulista – que compõe o acervo da Discoteca da pesquisadora Oneyda Alvarenga, disponível para consulta de estudiosos no

A missão de 1938 arraigou-se à história como das mais importantes pesquisas culturais realizadas em terras brasileiras Centro Cultural São Paulo desde o início dos anos 90 –, já teve tombamento aprovado pela comissão de avaliação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial, além de ser nominado pelo Comitê Nacional do Brasil, do Programa Memória do Mundo da Unesco, no Registro Nacional do Brasil. É fato que o audacioso e inovador “projeto de vida” de Andrade segue sendo objeto de estudo em dissertações, teses, livros, com reconhecimento internacional. Já

rendeu coleção de CDs, com sete horas de música, e DVD-Rom, incluindo cadernetas digitalizadas, breves filmes, fonogramas, fotografias, além de vídeo sobre o também musicólogo e historiador e sua “Missão”. Essa “caça” a tesouros sonoros do folclore por um dos mais influentes nomes da literatura moderna brasileira, quem sabe, tenha sido a grande inspiração para quatro jovens pesquisadores, quase quatro décadas após os registros do escritor – no “calor” da Ditadura do final dos anos 70 – apossarem-se de uma Ford Rural, de gravadores, de câmera fotográfica e de uma filmadora Super-8 e partirem de terras pernambucanas para seguirem por áridas estradas nordestinas, inserindo-se no mesmo ideal de Mário Raul de Moraes Andrade. E as andanças geraram outros frutos. A pesquisa de campo “Etnomusicologia da área nordestina” – que tinha na localização geográfica, estudos e registros sonoros, fotográficos e fílmicos “referentes à etnomusicologia e ao folclore nordestinos”, com ênfase na música, também seu foco – foi um deles. Anais decisivos para o surgimento de “Itinerário Musical do Nordeste”. Coletânea de CDs que será lançada no próximo dia 11, em Juazeiro do Norte, no Ceará, pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), com sede em Pernambuco. O Caderno Dois de O JORNAL teve acesso a esse material, tema desta e das próximas duas páginas.


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Variedades

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Dados de pesquisa viraram coletânea “Essa coletânea já nasce clássica”, definiu o atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Fernando Lyra, referindo-se a “Intinerário musical do Nordeste”. Sim, clássica, já que se ocupou tanto em recuperar quanto em preservar e difundir o acervo em áudio dos cantos e músicas obtidos em diversas localidades do Nordeste – de Alagoas ao Maranhão; do litoral ao sertão – e registrados entre os anos de 1976 e 1977 na pesquisa “Etnomusicologia da área nordestina”; mais tarde, intitulada “Manifestações folclóricas do Nordeste”. Elaborada e coordenada pelo Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Diretoria de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em 2008, a coleção traz em dez CDs diversas expressões sonoras registradas naquele tempo. Do “Culto afro-brasileiro” – em “Orixás”; “Jurema” e cerimônia de “Obori”; “Tambor de mina, tradição maranhense, e religiosidade da “Casa de Nagô” – à“Ciranda/Tambor de crioula” às jornadas de “Reisado/Guerreiro”; dos cantos pastoris do “Aboio” à fúnebre, porém bela “Incelência” – aquelas expressões musicais vocais que não têm acompanhamento de qualquer instrumento –; dos romances, cantigas de pedintes e de roda, toadas de “Histórias/Cantigas” às chamadas pelo maestro Guerra Peixe de “orquestra nordestina”, “Banda de pífano”. Do som dos “Repentistas” à poesia ritmada por pandeiros e ganzás do “Maneiro-pau/ Coco de embolada”. São esses os cantos de

“Itinerário”. Encontrados à época entre uma gente nordestina como os repentistas Zé Catota e Pinto do Monteiro, na Paraíba; a cantora popular de benditos e incelências de Juazeiro Maria do Horto; entre benzedeiras... Ainda apresentou-se nos pifeiros Dionísio e Manoel Laurentino da Silva, zabumbeiro José Laurentino da Silva, tocadores de pratos Geraldo Bezerra e de caixa Manoel Beringote, além de Zezinho Laurentino da Silva; todos da banda de pífano de Palmeira dos Índios (AL) de 77; e na fala de descendentes como Nete Gajuru – filha adotiva de Joana Gajuru –, além de Maria Satírio, Maria Augusta e João Terto, do extinto guerreiro Barreira de Alagoas, do município de Marimbondo, e de tantos outros. A diretora de Documentação da Fundaj e coordenadora-geral da coletânea, Rita de Cássia Araújo, ressaltou a O JORNAL a importância de “Itinerário” como o resultado de mais de três décadas de pesquisas pela memória musical e cultural do Nordeste brasileiro. “A coletânea é a difusão dessa memória musical e sua devolução à sociedade e aos grupos populares de forma muito particular. Muitos deles já não praticam mais essas manifestações; outros, extinguiram-se. Há os que ainda atuam, mas já com as transformações naturais na parte simbólica e artística das criações, e muitos de seus descendentes têm interesse em conhecer ou dar continuidade a essas sonoridades. ´Itinerário é uma forma de eles se reapropriarem dessa herança “, disse Rita. E.B.

Enciclopédia sonora terá tradução em espanhol Masterizado no estúdio Musak, o repertório musical da coleção foi fruto da recuperação e da seleção – dentre as muitas gravações originais em audiotape documentadas nas viagens dos anos 70 – do músico e compositor pernambucano Antônio José Madureira, o Zoca Madureira. Sobre o convite para participar do projeto e, ao mesmo tempo, conhecer a fonte inspiradora que o originou, o compositor se manifesta. “Fiquei muito feliz em participar de ´Itinerário musical do Nordeste´ porque seria uma grande oportunidade para visitar a coleção ´Manifestação folclórica do Nordeste´, a fonte inspiradora desse projeto, que tem uma importância imensa. É uma verdadeira enciclopédia sonora. Tem valor histórico,

de preservação e de divulgação da memória do nosso País. É o espírito vivo da cultura”, destacou o músico. Para compor a coletânea musical, também foi refeita parte do caminho percorrido há mais de 30 anos atrás, com revisitas a comunidades e grupos artísticos por onde a “Etnomusicologia da área nordestina” andou. Reativar a memória, reavivar laços e negociar licenciamento para a publicação do material junto aos intérpretes – e seus descendentes – na coletânea era o intuito. Responsável por esse momento, o sociólogo e documentalista do Arquivo Público Municipal Antonino Guimarães, em Olinda, Enemerson Muniz de Araújo, fala sobre a experiência. “´Itinerário´, pelos inevitáveis retornos e reencontros

que promoveu, terminou por mexer com todos, indo além do que poderia à primeira vista parecer apenas um contato formal. O caminho de volta, inexorável, a reconstituição feita pelos personagens originais ou por outros que guardaram as lembranças e herdaram as culturas, foram marcados pela emoção e pela receptividade, o que tornou ainda mais prazeroso o trabalho”, destacou o sociólogo e coordenador da nova pesquisa. Após lançado, “Itinerário musical do Nordeste” – que terá edição traduzida para o espanhol – permanecerá acessível no acervo da Fundação Joaquim Nabuco, assim como firme no seu ideal de distribuição gratuita entre os grupos populares pesquisados, instituições ligadas

ao ensino de música, dança e Antropologia, secretarias de Educação, outros acervos ligados à área cultural e nos demais países da América Latina. Para Rita Araújo, iniciativas como essa validam o papel da instituição em busca da promoção do fortalecimento e de um melhor entendimento sobre a identidade étnica do povo nordestino de forma geral, abrindo possibilidades para a discussão de outras questões. “A Fundação Joaquim Nabuco se fará cada vez mais presente nas regiões visitadas pela pesquisa, onde vamos colher e documentar os impactos de situações como a transposição do São Francisco, a ferrovia Transnordestina e a interiorização das universidades”, explicou Rita. E.B.


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Variedades De olho no Oficinas marcam lançamento do catálogo Patrimônio

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Alessandra Vieira alessandra@ojornal-al.com.br

Lapinhas de Penedo

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á virou tradição o Concurso de Lapinhas de Penedo. A ação já está em sua quarta edição e este ano, a inscrição acontece entre os dias 16 de novembro a 9 de dezembro. Realizada pela Superintendência do Iphan em Alagoas juntamente com a Secretaria Municipal de Cultura, a ação educativa de promoção da prática cultural associada ao ciclo das festas natalinas do sítio histórico da alagoana Penedo, incentiva mestres, famílias e escolas a manterem viva essa tradição popular. Serão premiadas – em dinheiro – três lapinhas que melhor se saírem nos quesitos: originalidade, tradição e composição plástica. Nos dias 15 e 16 de dezembro, uma comissão formada por cinco membros designada pela Superintendência do Iphan em Alagoas visitará as lapinhas inscritas. A decisão final será divulgada no dia 19 de dezembro, com entrega simbólica dos respectivos prêmios aos vencedores, em data e horário a ser definido em breve. Saiba como participar no site http://portal.iphan.gov.br.

Em 2010, a de palha de milho venceu

Ano passado, a lapinha vencedora foi a do Centro Juvenil Maria Auxiliadora, instituição de assistência social criado pela Igreja Católica. A lapinha foi feita por crianças e adolescentes, sob orientação da Irmã Paola Pellandra, e produzida a partir da palha de milho.

Pontos de Memória

A edição 2011 do Prêmio Pontos de Memória, organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), premiará em R$ 1,5 milhão, 48 iniciativas de práticas museais e de processos dedicados à memória social que se identifiquem com a perspectiva da museologia social, da diversidade sociocultural e da sustentabilidade. Os interessados podem se inscrever em duas categorias: A “Pontos de Memória no Brasil”, direcionada a pessoa jurídica de direito privado e de natureza cultural, oferece 45 prêmios de R$ 30 mil.

Grupos étnicos

A segunda categoria, “Pontos de Memória no Exterior” é destinada a pessoas físicas, brasileiras natas ou naturalizadas maiores de 18 anos e terá três prêmios de R$ 50 mil. O edital é voltado a grupos étnico-culturais como indígenas, afrodescendentes, ciganos, ribeirinhos, quilombolas, rurais, de periferia, cultura litorânea, comunidades brasileiras no exterior, entre outros. As inscrições seguem até às 23h30 do dia 27 de novembro no Portal do Ministério da Cultura e na página do Ibram.

Um breve repertório de antigas imagens fotográficas em preto e branco e coloridas, capturadas pelo sociólogo Enemerson Muniz no tempo em que era um dos viajantes da expedição “Etnomusicologia da área nordestina”, e atuais – fruto do reencontro com remanescentes de grupos ou de seus descendentes nas cidades visitadas –, também marcará o lançamento de “Itinerário musical do Nordeste” com sua exposição. As fotos, do acervo pessoal do pesquisador, são destacadas por ele como um registro de suas próprias v i v ê n c i a s . “ P e n s a n d o, naquele momento, em realizar um registro pessoal do que estava vivenciando, acumulei, o que, para mim, era um breve repertório fotográfico, uma tentativa de aproximar a Antropologia e a imagem fixada em suporte papel, fruto da curiosidade e do encantamento com os quais se remonta hoje ao roteiro feito tantos anos atrás. Fiz fotografias de grupos ou intérpretes de músicas e cantos de aboio, banda cabaçal, entre tantas outras que por anos guardei e que foram, em parte, acrescidas por imagens recentes, como que nos gratificando por tê-las feito e, sobretudo, preservado”, ressalta o sociólogo. Ele enfatiza que as fotografias também ilustram o encarte que acompanha a coletânea, bem como o catálogo do atual projeto. Durante a semana de lançamento do kit “Itinerário musical do Nordeste” – que conquistou o primeiro lugar, na categoria Kits Promocionais, no 3º Prêmio Nordeste de Excelência Gráfica, no Recife, em agosto deste ano – também será realizada a

Exposição de imagens em preto e branco também vai marcar lançamento de "Itinerário..."

“Nordestes múltiplos nos Cariris”. Uma série de oficinas e encontros com início nesta terça-feira. A primeira delas – de fotografia -, “O olhar de cada um: Juazeiro do Norte, 100 anos depois”, acontece de 8 a 11 deste mês e será ministrada pela fotógrafa e membro do Instituto de Fotografia Cearense (Ifoto), Nívia Uchôa. As atividades prosseguem com a oficina de mixagem “Sons dos cariris”, de 9 a 11.

Ministrado pelo DJ Dolores, o curso tem como base os sons coletados na pesquisa “Etnomusicologia da área nordestina”. Já os dias 10 e 11 serão dedicados ao “Encontro museu e professor – curso preparatório para professores da rede de ensino da região do Cariri” e a “Rodas de conversas sobre cultura local e sustentabilidade”, com a antropóloga Ciema Mello e o consultor nacional do programa Artesa-

nato Solidário (Artesol), Júlio Lêdo. A programação se encerra no dia 11, com o lançamento da coletânea e show do DJ Dolores, com samplers, sintetizadores e vitrola juntando-se aos ritmos e instrumentos de raiz da região em um grande encontro, no palco da 13ª Mostra de Arte e Cultura do Sesc – com abertura também durante a noite –, na Praça Padre Cícero. E.B.

Conhecendo a origem das músicas do Nordeste Arquivo de Enemerson Muniz

Livro revela olhares dos Chicos das cidades ribeirinhas

A história dos moradores ribeirinhos do Rio São Francisco é tema do livro "Os Chicos - prosa e fotografia", dos mineiros Gustavo Nolasco e Leo Drumond. De 2008 a 2011, os pesquisadores percorreram as margens do Velho Chico, passando pelos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. O trabalho de pesquisa, denominado Projeto Os Chicos, revelou um pedaço da história do rio por uma ótica pouco explorada: a partir da narrativa das próprias pessoas que vivem às suas margens.

Agência Espanhola agracia o Brasil

A VII Edição do Prêmio “Reina Sofia” de Conservação e Restauração, promovido pelo Ministério de Assuntos Exteriores e da Cooperação da Espanha, por meio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento – AECID, agraciou este ano projetos desenvolvidos no Brasil, nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Na categoria Patrimônio Imaterial o prêmio foi para a Veneranda Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Morro Vermelho, em Minas Gerais, com os projetos Cavalhada Mirim e Alúa na Escola. De acordo com os jurados, a Irmandade apresenta grande contribuição para a recuperação, preservação e divulgação da história de uma das tradições e festejos populares mais significativos e antigos deste estado brasileiro. Os projetos vinculam crianças e jovens da comunidade com o ambiente cultural e estimulam a formação de sentido crítico e intelectual.

Diretas O Brasil também recebeu Menção Honrosa na categoria Patrimônio Material. Foi agraciada, por unanimidade, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul pelo resgate do patrimônio histórico e cultural da universidade, materializado em um projeto de restauração e conservação desenvolvido no decorrer de 11 anos cujo resultado foi a recuperação de sete edifícios do século XIX.

A pesquisa de campo ”Etnomusicologia da área nordestina” surgiu desde que os antropólogos José Jorge de Carvalho e Rita Segato, a historiadora Cristina Machado e o sociólogo Enemerson Muniz (lembram dos quatro jovens pesquisadores que “montaram” na Rural no início da matéria?) se propuseram a “viajar” por casas, sítios e terreiros de xangô (os do Recife eram o grande foco) no Nordeste em busca de músicas e cantos produzidos por grupos populares em atividade nos anos 70. A ideia do projeto – que compunha os Planos Multinacionais do Instituto Interamericano de Etnomusicologia e Folclore (Inidef ), assistido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pelo Conselho Nacional de Cultura da Venezuela, o Conac – era juntar todo o material coletado e fichas de dados aos dos demais países, “enriquecendo o acervo do Inidef e possibilitando a realização de estudos comparativos sobre a música tradicional e popular, memorizada e praticada na América Latina”, como escreveram os organizadores. Na bagagem, a coleta de muitos sons. Músicas de coco, pregão, cantiga infantil, cantos de pedir esmolas, negros do rosário, maracatu,

do Norte, dentre muitas outras. Passou pelos xangôs dos terreiros recifenses Linha do Tiro, Beberibe, Água Fria, Bomba do Hemetério e pelos bairros de Casa Amarela, Alto José do Pinho, Mangabeira, Águas Compridas e Gameleira. Todos os registros sonoros originais resultantes da pesquisa – cujo terceiro momento marcou o ano de 1979 e início dos 80, sem a participação do Instituto Joaquim Nabuco, e cujas cópias deverão servir de base para a criação do Departamento de Folclore, como acreditava a pesquisadora Cristina Machado em relatório apresentado à época – encontram-se preservados e fazem parte do acervo do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra). E.B.

Músicas de coco e negros do rosário foram registradas em um gravador

desafio, forró, história de trancoso, dentre outras, foram registradas em um gravador profissional Nagra IV-S e Sony portátil cassete estéreo, em mais de 200 fitas de rolo e duas centenas de horas de gravação. Também foram capturadas imagens através de uma máquina fotográfica Pentax e uma filmadora Super-8.

Em um percurso longo, dividido em três etapas – só a primeira delas envolveu 21 cidades –, a equipe de investigadores visitou localidades como as microrregiões de Seridó, Pajéu e Cariri; as pernambucanas Abreu e Lima; Brejo de Areia, Sapé, Patos, na Paraíba; Currais Novos, Caicó, no Rio Grande

A coletânea Itinerário Musical do Nordeste será lançada no palco da 13ª Mostra de Arte e Cultura do Sesc, na Praça Padre Cícero, em Juazeiro do Norte-CE, no próximo dia 11. Após o lançamento, a coleção ficará acessível aos interessados no acervo da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Pernambuco. Mais informações: (81) 30736220/9454-7229/8795-8955.


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Variedades

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Roteiro Amanhã O iluminador Ronaldo Costa (RN) vai mostrar os seus conhecimentos na Oficina de Iluminação Cênica, que vai acontecer entre 7 e 11 de novembro, no Teatro Deodoro (Centro), das 8h às 12h. Foram disponibilizadas 20 vagas que devem ser preenchidas por técnicos dos equipamentos culturais que possuem salas de espetáculos, não só da capital e indicações dos grupos, companhias e associações de teatro do Estado, todos os participantes deverão comprovar que já atuam na área. A oficina - uma parceria entre a Funarte e a Secretaria de Estado da Cultura - terá a carga horária de 20h. Mais informações: (82) 3315-5665. Em Breve

A Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo vai transformar o Natal em uma versão divertida reunindo lendas, contos e sonhos, misturando passado e presente em duas histórias entrelaçadas: o nascimento do Pequenino - desde a Anunciação até a chegada dos Reis Magos - e Papai Noel e suas renas sobrepujando o caos da sociedade contemporânea para realizar o desejo de milhões de criancinhas. “Dingou Béus” (foto) vai levar ao palco do Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposição de Maceió, em Jaraguá) Adriana Nunes, Adriano Siri, Jovane Nunes, Ricardo Pipo, Victor Leal e Welder Rodrigues, nos dias 14 (21h30) e 15 de novembro (às 18h e 20h30). Ingressos: R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira) a venda no stand Sue Chamusca (Maceió Shopping). Mais informações: (82)3235-5301 / 9925-7299 / info@chamusca.com.br. O espetáculo de dança “Pela luz dos olhos teus” é a nova montagem da Academia e Companhia de Dança Maria Emília Clark. Dessa vez, o espetáculo vai percorrer a trajetória da colecionadora e pintora naif Tania de Maya Pedrosa. A apresentação vai acontecer no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de exposições de Maceió, em Jaraguá), nos dias 19 (19h) e 20 e novembro (16h e 19h). Ingresso: R$ 25 (promocionais a preço de meia-entrada). Duração: 2h. Para comemorar um ano de sucesso, a comédia “Devassas – O que as mulheres gostariam que fizessem com elas na cama” volta ao palco do Teatro Deodoro nos dias 18 e 19 deste mês, sempre às 20h. Na tentativa de responder a uma dúvida que intriga homens e mulheres, o espetáculo traz ao palco, de maneira franca e divertida, o debate sobre alguns clichês e tabus relacionados à sexualidade feminina. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Mais informações: (82) 3315-5665. Em Cartaz Até o próximo dia 8 de novembro, o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de Alagoas, realiza o seu XV Festival Estudantil de Teatro do Estado de Alagoas no palco do Teatro Deodoro. Lá, os temas dos espetáculos são os mais diversos e os estudantes têm a oportunidade de pôr em execução a imaginação nos textos, figurinos e cenários. Ingressos: R$ 5. Mais informações: (82) 8864-2422.

Por Elenilson Gomes

TopNews Niver

Foi um sucesso o concorridíssimo aniversário da bela Daniela Couto, ocorrido ontem no Salão de Festas Unique. A festa, para a nata da sociedade alagoana, foi um banho de luxo e requinte! By Chico Brandão

A bela gatinha Daniela Couto feliz da vida com a belíssima festa de seus 15 anos, que aconteceu na noite de ontem na casa de festa Unique. Parabéns!

Holofotes

Convite

A imortal Isvânia Marques, depois dos inúmeros elogios por sua participação na V Bienal, nos convidando para sua posse na Academia Palmeirense de Letras, que acontece no próximo dia 12 de novembro, em Palmeira dos Índios. Reconhecimento e honraria mais que merecida.

Martha

A estilista alagoana Martha Medeiros é um dos destaques da edição de 50 anos da Revista Cláudia. A alagoana, que conquistou o mundo com seu talento, veste a atriz Tainá Muller em editorial da moda para a revista.

Concerto aos domingos

A pianista Eudóxia Barros será grande atração de mais uma apresentação do Concerto aos Domingos. O programa, idealizado por Selma Brito, acontece neste domingo, dia 6, no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Imperdível!

Forbes

Dilma Rousseff foi listada como a 22ª pessoa mais poderosa do mundo pela revista Forbes. No ano passado, quando já havia sido eleita presidente, Dilma apareceu em 16º lugar no ranking feito pela publicação americana. Dilma é a única brasileira na lista deste ano.

Comportamento

Pessoas que se sentem sozinhas não dormem tão bem. É o que destaca estudo publicado na revista Sleep. Os cientistas encontraram uma ligação entre pessoas que se sentiam solitárias com movimentos bruscos, como chutes, durante a noite.

Quer Saber

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O arquiteto Paulo Braga Góes volta ao nosso convívio depois de temporada na terra dos seus ancestrais, Portugal. Trata-se de uma figura e respeitada por todos. Seja bem-vindo, amigo!

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Marilyn Monroe está no imaginário de todos. Mas cada leva de novas fotos, supostamente perdidas, da atriz só soma encanto à personalidade que muitas vezes foi descrita como “perdida”, “avoada”, “perturbada”. Um novo livro, Marilyn, August 1953: The Lost LOOK Photos, com imagens inéditas, traz Marilyn em momento feliz, pelo menos baseado nos cliques do fotógrafo John Vachon naquele agosto de 1953. As fotos ficaram arquivadas por 60 anos, até que editadas no livro.

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Para apresentar as novidades em maquiagem da coleção primavera-verão 2011, a Dior lança mundialmente um videocampanha que imita várias interfaces de conhecidos joguinhos de videogame. Batons,

sombras e até esmaltes entraram na brincadeira do Tetris e do Pac-Man. O resultado ficou bastante divertido!

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A duquesa de Cambridge Catherine, 29, foi eleita a mulher mais bem vestida do ano pela revista inglesa “Harper’s Bazaar”. Kate, que se casou com o príncipe William no dia 29 de abril deste ano, desbancou nomes como modelo Kate Moss, a estilista Stella McCartney e a atriz Emma Watson.

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A alagoana Pauline Alencar foi um dos destaques do concurso Avon Voices 2011, realizado em Nova York e que teve entre os jurados as cantoras Ivete Sangalo e Fergie. A alagoana, única representante do Brasil, deu um show de personalidade ao interpretar a música Mas que nada, de Jorge Ben Jor, e embora não tenha levado o prêmio principal, gravou seu nome internacionalmente. Sucesso absoluto e reconhecimento merecido.

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O Jornal l Maceió, 6 de novembro de 2011 l Domingo

aniversário

Religião

www.ojornalweb.com cultura@ojornal-al.com.br Encontro

Pastoral do Idoso faz sete anos de fundação O

Palestra vai ensinar o que é Gnosis

que é Gnosis? Se ficou curioso não perca a palestra gratuita que vai acontecer amanhã, na sede da Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos, Cultural, Arte e Ciência (Ageacac). Entre os temas discutidos estão: Saúde, relaxamento e bem-estar; O equilibrio interior e o autoconhecimento; O domínio da mente e das emoções; e Conhecimento de vidas passadas.

Thallysson Alves Estagiário *

F

oi com alegria que membros da Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) comemoraram, ontem, os sete anos de fundação do grupo no Brasil, que em Alagoas existe desde 2008 e hoje acompanha a vida de aproximadamente três mil idosos. Segundo o coordenador da pastoral no Estado, Crismédio Vieira Costa Neto, a meta agora é ampliar os trabalhos que os voluntários desenvolvem, a fim de que mais anciãos sejam contemplados com os serviços oferecidos. A pastoral é um organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A metodologia de trabalho dos voluntários está inspirada no Evangelho quando narra à multiplicação dos pães e peixes. Conforme Crismédio, a estratégia principal é organizar uma rede solidária para multiplicar o saber e a solidariedade junto às pessoas idosas e suas famílias. “Nós trabalhamos diretamente com a melhoria da qualidade de vida das famílias. Aproximamos a comunidade com as políticas públicas de Saúde e Assistência Social por meio da promoção humana e espiritual. Desse modo, contribuímos com a defesa e construção dos direitos das pessoas idosas”, explicou o coordenador da PPI/AL. Para realizar os trabalhos, a pastoral capacita líderes comunitários sobre os direitos e necessidades dos idosos. A partir desses conhecimentos, eles iniciam o acompanhamento mensal nos lares por meio de visitas, encontros e organização de redes de solidariedade na comunidade. Atualmente, a PPI está presente em 26 estados, 815 municípios e recebe a colaboração de 22.800 voluntários. Em Maceió atua em diversos bairros, como Clima Bom, Jacintinho, Benedito Bentes, Vergel, Serraria e Chã da Jaqueira. E no Estado atende a outros municípios, como Major Isidoro, Rio Largo, Ibateguara, Pão de Açúcar e Arapiraca. A pastoral tem convênio com o Ministério da Saúde e parceria com os Estados. “É

SOBRE A AGEACAC É uma instituição sem fins lucrativos, de caráter cultural e científico, tendo sua sede nacional em Campo Grande (MS) e filiais espalhadas por quase todo o território nacional e em outros 20 países do mundo. “A Ageacac tem como objetivo transmitir gratuitamente a toda humanidade, sem distinção de raça, credo ou cor, a Cultura Gnóstica (Gnosis). Todos os esforços da Ageacac estão reunidos em função de difundir e popu-

larizar as técnicas e sistemas gnósticos de autoconhecimento e crescimento interior do ser humano. Daí se justifica a gratuidade de nossos cursos e palestras”, contou Ivan Martins, coordenador do Ageacac de Alagoas. A Associação foi fundada na década de 50 pelo filósofo contemporâneo Samael Aun Weor, autor de mais de 70 obras de Esoterismo Científico que servem de fundamento para todas as suas atividades. “Em Alagoas, iniciamos os trabalhos em meados do ano de 2009. Agora já estamos com um centro de estudos funcionando em Maceió, no bairro do Farol”, disse Ivan. Vá Lá: Para saber ou aprender mais sobre a Gnosis, participe da palestra que acontece às 19h30, na Rua Basileu de Meira Barbosa - 434 - Bairro Farol (próximo ao Shopping Farol). Mais informações: (82) 9150-5526. Entrada franca.

conhecimento

Comunidade Shalom realiza curso este mês Assessoria Arquidiocese de Maceió

Voluntários fazem visitas mensais aos idosos que integram o programa

desses apoios que tiramos o dinheiro para confeccionar os materiais educativos que distribuímos nos domicílios. É um trabalho social muito importante para a sociedade, já que 9% dela, em Alagoas, é

composta por idosos pobres”, argumentou Crismédio. Os interessados em ajudar, ou tornar-se voluntário, podem ligar para o coordenador da pastoral no Estado, através dos telefones (82)

9915-1042 e 8810-0457. Mais informações também podem ser encontradas no blog pessoaidosa.wordpress.com. * Sob a supervisão da Editoria de Cultura.

A família no plano de Deus, é o tema do curso que a Comunidade Shalom realiza nos dias 26 e 27 de novembro, no auditório do Seminário N. Sra. da Assunção. O evento conta com a presença de Josefa Alves, graduada em Filosofia e Teologia pela Facoltá di Teolofia di Lugano, localizada na Suiça. O curso será baseado na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, e para tanto, a equipe de organização pede que os participantes levem o documento para um melhor aproveitamento do estudo. Segundo Cleusa Rosa, responsável local pela missão, o objetivo do encontro é “realçar o papel que a família desempenha no desenvolvimento da sociedade e ajudá-la a descobrir, em Cristo, o que ela verdadeiramente é chamada a ser, qual é a sua missão e o que pode e deve fazer para humanizar o mundo”. O curso tem como público alvo as famílias (adultos e jovens), agentes da Pastoral da

Família, noivos, namorados, membros da Igreja Católica e demais interessados. Vá Lá: O curso “A família no plano de Deus” será realizado nos dias 26 e 27 deste mês, a partir das 8h, no Auditório do Seminário N. Sra. da Assunção, localizado na Av. Dom Antônio Brandão, 559 – Farol Investimento: R$ 15,00 Informações: 3235-2624 / 8845-6873 ou cfmaceio@ hotmail.com Realização: Comunidade Católica Shalom – Missão Maceió

Encontro vai realçar o papel da família no desenvolvimento da sociedade e sua

missão em Cristo


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O Jornal l Maceió, 6 de novembro de 2011 l Domingo

Social

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Mônica Bergamo

bergamo@folhasp.com.br

Para inglês ouvir TERS/Ricardo Moraes

Professora brasileira analisa o inglês das cantoras que se arriscam em língua estrangeira

Ivete Sangalo quer conquistar o mercado americano

A

música popular no país não anda muito brasileira. Mallu Magalhães divulga “Pitanga”, com metade das faixas em inglês. Wanessa lançou em setembro o CD “DNA”, com 15 músicas na língua do Tio Sam. Claudia Leitte promete para ainda este ano a gravação de um DVD onde coloca o seu inglês para rebolar. Ivete Sangalo, desde o ano passado, esboça querer tomar o mercado americano cantando... em inglês. Mas é possível mostrar ao mundo as sutilezas da música brasileira que nem toda tradução consegue preservar? O repórter Chico Felitti pediu uma avaliação do inglês dos cantores brasileiros a Ângela Levy. Ela é uma das primeiras intérpretes do país (faz tradução simultânea em palestras, discursos e apresentações) e cofundadora da escola Alumni. “Essa menina fez intercâmbio, né? Morou fora? Pronuncia um inglês americano perfeito!”, reage Levy à primeira música do novo CD de Mallu Magalhães, 19, famosa desde que, aos 13, começou a colocar na internet interpretações de músicas que escrevia. Muitas em inglês. “Aprendi inglês no [colégio paulistano] Santa Cruz, como todo mundo da minha turma”, diz Mallu. Ela também compõe em francês e espanhol. “É muito particular se expressar em cada uma das línguas. Muda tudo.” Já Wanessa passou por temporada estrangeira. “Morei nos EUA dos 16 aos 17

Alisson Gontijo/Divulgação

Eduardo Knapp/Folhapress

Angela Levy, 82 (primeira intérprete do Brasil e fundadora da escola de inglês Alumni), escuta em sua casa clipes de músicos brasileiros (Ivete Sangalo, Malu Magalhães, Wanessa, etc.) cantando em inglês

Claudia Leitte promete para ainda este ano um DVD em inglês

anos. Sempre me interessei pela língua.” O intercâmbio “valeu pelo aprendizado”, diz. “Mantenho os amigos que fiz lá. Procuro ver filmes sem

legenda, para não perder a fluência.” “Tá bom. Tá muito bom”, diz a intérprete sobre o inglês de Wanessa em “Worth It”. “Foi bem brasileiro e feio o jeito que ela pronunciou ‘sober state’ [estado de sobriedade] nas duas primeiras vezes, mas depois o sotaque se foi. Seria aprovada. Acho...” Para cair no gosto do público americano quando foi gravar um CD em Nova York, em agosto de 2010, Ivete Sangalo recorreu ao professor Enoque da Silva, de Salvador. “Foram 300 horas de treinamento em poucos meses”, diz Enoque. As aulas eram ora enquanto a cantora fazia academia e ora na cobertura dela, na capital baiana, tendo como colegas de classe o produtor, uma bailarina e o piloto de seu jato particular. “A gente trabalhou muito as junções de certos vocábulos, para que soasse o máximo possível como a música original”, diz Enoque. Alcançaram o objetivo na dicção de “Easy”, de Lionel Richie, e nas outras duas

canções em inglês do show, a que ele foi como convidado? “Ela não é americana nem nunca vai ser.” “É, de fato ela não consegue pronunciar ‘world’ [mundo]. Mas poucos brasileiros conseguem, é um som muito difícil para nossa língua”, diz Ângela sobre Ivete. A professora ressalva: “Nenhum artista deve soar como se fosse um gringo. Sotaque é charme.” O sotaque mais charmoso, no boletim da professora, foi o de Claudia Leitte cantando “Locomotion Batucada” no Miss Universo 2011. “Ótimas pronúncia, entonação e divisão das sílabas.” Melhor que Ivete? “Só é pior que a Mallu. Entende-se tudo.” O problema é atrapalhar a compreensão. Como aconteceu com seu aluno mais famoso: Roberto Carlos. “Ele queria gravar um disco em inglês, lá por 1970 e pouco. O pessoal da Embaixada dos EUA me recomendou e partimos para as aulas.” O objetivo era gravar músicas como “I Only Have Eyes for You”, de Harry Warren e Al Dubin. “Mas o Roberto dizia

‘I only have ice for you’ [‘eu só tenho gelo para você’]. E eu falava: ‘Roberto, assim você só oferece gelo a essa mulher, não seus olhos’.” É para evitar confusões como essa que a banda Calypso cantou só em português na turnê que fizeram pela Europa no começo do ano. “Tem muito brasileiro batalhando em todo lugar do mundo, e eles sentem falta de ouvir nossa música, nossa cultura”, diz a vocalista Joelma Mendes. Mas o grupo tem planos. “Temos o repertório de um CD em espanhol pronto”, diz o guitarrista Chimbinha. “Só falta tempo para gravar.” Além das letras latinas, o Calypso também transpôs a música “Acelerou” para o inglês. A versão, chamada “Accelerate”, foi apresentada no programa de Ana Maria Braga e avaliada por Ângela Levy. “Não é tão ruim que não se possa entender, mas ela começou bem mal”, diz. “Ou ela [Joelma] melhora essa pronúncia ou os fãs é que vão desacelerar dela!” Enquanto Wanessa e Ivete levam sua carreira para fora,

Alexandre Pires trilha caminho oposto. Está frequentando aulas de inglês, mesmo depois de morar por quatro anos nos EUA. Até porque a língua oficial dos álbuns que lançou na América do Norte era espanhol. “Eu mal precisava falar inglês na rua, tem muitos ‘de nós’ por lá.” Pires chegou com sua canção “Amame” ao segundo lugar da parada latina nos EUA. Cantou “Garota de Ipanema” para o então presidente americano George W. Bush, em 2003. A escolha da canção de Vinicius e Tom Jobim, diz, foi para mostrar a Bush que ele, Pires, era um artista brasileiro. “Acho que ele não sabia não”, desconfia. “Eles confundem muito quando se canta fora do inglês.” “É o momento do Brasil!”, grita Ivete no palco, em cena registrada no DVD da apresentação que fez no Madison Square Garden, renomada arena multiuso de Nova York (EUA). Enquanto isso, o CD e DVD que ela gravou na gringa, ao custo de US$ 5 milhões, superam 500 mil unidades vendidas. No Brasil. E só no Brasil.






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