OJORNAL 07/03/2010

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Maceió, domingo, 7 de março de 2010 | Ano XVI | Nº 81 | www.ojornal-al.com.br

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ALAGOAS

R$ 2,00

Saúde em AL pode ser “privatizada” Trabalhadores em hospitais organizam protestos; proposta está na Assembleia Legislativa para discussão Página A4

Fotos: Lula Castello Branco

Dois Oscar 2010: quem vai levar a estatueta?

Desmatamento de mangue deixou Barra Nova na rota da destruição

2006 Faixa de mangue praticamente intocada pelo homem e pela fúria da natureza tem a função de proteger o povoado do impacto violento das ondas do mar.

Páginas B1, B4 e B5

Fúria do mar começa a destruir 2007 Já com o início de devastação provocada pelo homem, o mangue já não tem tanta força para amenizar a energia das águas, causando a destruição das casas.

Sala Vip Simone Bert é capa desta semana Nesta edição são 426 ofertas de imóveis Classificados

Cadê o mangue?

TV

2010 Em apenas cinco anos, isso foi o que restou do mangue que protegia a Barra Nova; desmatamento é um dos fatores responsáveis pela destruição que ocorre hoje.

um intervalo de cinco anos, o processo de destruição das casas, restaurantes e mansões da Barra Nova foi acelerado. Os especialistas atribuem o fato ao desmatamento do mangue e ao crescimento desordenado. Para eles, tudo que for feito para conter o avanço do mar na prainha será paliativo. Páginas A9 a A12

N Priscila Fantin, a Mara de Tempos Modernos, está dividida entre o palco e a TV

MARÉS 02h45.................................................................. 1.1 06h11 ................................................................. 0.7 08h43.................................................................. 0.9 12h43 ................................................................. 0.5 19h56 ................................................................. 0.9 23h15 ................................................................. 0.7

Lei Seca chega ao Vergel e à Levada Os bairros do Vergel to da Lei Seca. Eles foram de violência em Maceió. consumo e à venda de do Lago e Levada serão identificados como sen- Ainda não há data para o bebidas alcoólicas.

Página A15 os próximos a ter o proje- do os de maior incidência início das restrições ao

Alunos de AL vão para PE

CRB valoriza seus meninos

A falta de vagas na única escola da rede pública estadual na cidade de Maragogi fez com que os estudantes do Ensino Médio procurassem vagas nas cidades de Pernambuco. Páginas A21 e A22

O CRB resolveu investir em jogadores identificados com o clube nesta temporada. Dos 35 atletas que compõem o grupo profissional do Galo, 21 foram formados no estádio da Pajuçara. Esportes

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O JORNAL

Opinião A2

A evolução do desenvolvimento sustentável (II) “Um programa de ações que busca compatibilizar o desenvolvimento econômico com justiça social” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental Efetivamente, com a realização da ECO 92 consagrou-se a frase: pensando globalmente, agindo localmente.

Como resultados importantes da conferência podemos citar a adoção de duas convenções multilaterais: a convenção das Nações Unidas sobre a mudança no clima e a convenção sobre a adversidade biológica, além da subscrição de documentos apontando a fixação de grandes princípios normativos e linhas de governo a serem adotadas, dentre os quais lembramos a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Agenda 21 e a Declaração de Princípios sobre a Floresta.

Assim sendo, na referida conferência, chegou-se à conclusão de que o mecanismo para se encontrar uma resposta entre o desenvolvimento e a questão ambiental estava na implementação do princípio do desenvolvimento sustentável, como meta a ser alcançada e respeitada pelos países. Verificamos que a Declaração do Rio e a Agenda 21 se constituem em documentos de natureza programática referendado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que se refere ao desenvolvimento sustentável.

Como vemos, a Declaração do Rio pretendeu ser um aprimoramento da Declaração de Estocolmo de 1972, e foi oficialmente denominada Declaração do Rio em função de uma tradição estabelecida pelas Nações Unidas de batizar um evento internacional relevante com o nome da cidade onde foi realizado. É oportuno lembrar que a Declaração do Rio se reporta a alguns dos 26 princípios já consagrados na famosa Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano adotada em Estocolmo em 1972, ora dando-lhe a conotação de preocupação recente com a disparidade entre as nações, ora dando-lhe um enfoque voltado ao estabelecimento de uma política baseada no conceito inovador de um desenvolvimento sustentável entre todos os Estados.

Assim, o principio IV da Declaração do Rio ensina que: “para se alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente deve constituir parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente em relação a ele”.

Desta maneira, além de impor importantes obrigações aos Estados para o cumprimento das regras de proteção ao meio ambiente, este documento consagra vários princípios aplicáveis ao direito ambiental, ou seja, o princípio da prevenção, o do poluidor pagador etc.

Dentre os princípios verificamos a previsão de um, que passou a figurar como norma de direito internacional do meio ambiente: “a internalização de custos externos”.

Com efeito, o princípio XVI da Declaração do Rio prevê que “as autoridades nacionais deverão envidar esforços no sentido de promover a internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, levando em consideração a política de que o poluidor deverá em princípio arcar com os custos da poluição, considerando o interesse público e sem distorcer-se o comércio e as inversões internacionais.

Portanto, a Agenda 21 sintetiza as preocupações com o modelo de desenvolvimento até então praticado e aponta para um modelo sustentável a ser perseguido.

Em sua essência, é um programa de ações que busca compatibilizar o desenvolvimento econômico com justiça social e sustentabilidade ambiental.

Por fim, na órbita do desenvolvimento sustentável e da gestão ambiental pública, cremos que, em pleno século XXI, o grande enfoque recairá sobre as políticas públicas que se fazem necessárias para a concretização do desenvolvimento sustentável.

A gangorra das pesquisas para a Presidência do Brasil “O comando tucano e a grande mídia ignoraram a aprovação do governo do Lula” Jorge Vieira Jornalista Os dados dos institutos especializados em aferir a intenção de votos da população brasileira sobre os nomes que pleiteiam à Presidência da República, têm demonstrado uma verdadeira gangorra nos meses em que estão sendo veiculados. Logo no início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, a oposição preocupou-se imediatamente em inviabilizar a possibilidade de discussão sobre um terceiro governo do atual mandatário, justificando o aprimoramento da falta de tradição política e constitucional e a defesa da democracia.

Mesmo sem querer passar muito tempo discutindo essa falácia oposicionista, vale lembrar que foi a mesma oposição que aprovou o instituto da reeleição para a presidência da República, governo estadual e prefeitos. Interpreta-se que, por trás da discussão, a oposição apostava que Lula não teria um nome forte com possibilidade de sucedê-lo, tirado de dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). E, portanto, a oposição navegaria sozinha, com o atual governador de São Paulo, José Serra, com possibilidade concreta de vitória, confirmada pelas sucessivas pesquisas de opinião ao longo dos últimos anos.

Tempo depois começaram as especulações midiáticas com o nome da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como o nome do PT para concorrer à Presidência da República. Pelas pesquisas, análises políticas de especialistas e representantes dos partidos de oposição, o nome da ministra não representava perigo à pretensão do governador, ao mesmo tempo em que oxigenava a candidatura da ex-petista e exministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Essas referências foram assimiladas por parte da população, principalmente a classe média e alta. Os grandes meios de comunicação embarcaram na onda, leia-se o sistema Globo, Record e jornais de circulação nacional, a exemplo da Folha de São Paulo e Estadão.

Não por ingenuidade ou por inocência, mas por interesses ideológicos, econômicos e políticos, encarregaram-se de desqualificar o governo Lula e massificar idéias derrotistas da candidatura palaciana.

Convictos do resultado, o partido e o próprio presidenciável Serra encarregaram-se de inviabilizar a discussão interna sobre a possibilidade de debate da candidatura do correligionário Aécio Neves, atual governador de Minas Gerais.

As denúncias envolvendo políticos do Democratas (DEM), o caso do governador do Distrito Federal, José Arruda, e deputados distritais, fizeram o PSDB procurar o atual governador mineiro para compor a chapa majoritária, a chamada “puro sangue”.

Para complicar a seara tucana, em pesquisa do Datafolha realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro, com 2.623 pessoas com maiores de 16 anos, a ministra Dilma Rousseff cresceu cinco pontos em relação aos dados de fevereiro, pulou de 23% para 28%. Já a intenção de voto no governador de São Paulo caiu de 37% para 32%. A diferença entre os dois recuou de 14 para 4 pontos em dois meses. O deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, aparece com 12%; e a précandidata do PV, senadora Marina Silva (AC), com 8%.

Pode-se diagnosticar com esses dados que o comando tucano e a grande mídia ignoraram a aprovação do governo do Lula e a base social do Partido dos Trabalhadores, sustentadores da candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República.

Domingo, 7 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

Briga interna Se as autoridades de segurança pública – tanto da Defesa Social quanto das polícias Civil e Militar – forem questionadas sobre esse assunto com um sorriso acanhado, vão dizer que está tudo bem. Na verdade, não está. A PM está fazendo um trabalho e a Civil, outro. Na grande maioria das vezes, uma instituição está atrapalhando o papel constitucional da outra. No jogo do “deixa que eu deixo”, a sociedade é a prejudicada.

O entrosamento entre as duas instituições já estava abalado e desandou com a autorização do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pela PM, ou seja, quando policiais militares receberam permissão para confeccionar o TCO, procedimento adotado para casos de menor potencial ofensivo. São os chamados crimes bobos, como ameaça ou agressão. Os mais insatisfeitos com a decisão foram os delegados de Polícia Civil, que, a partir daquele momento, passaram a acusar a PM de usurpação de função. O mestre Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira nos ensina que “usurpar é: exercer indevidamente; apossar-se violentamente; alcançar sem direito”. Para os delegados, os policiais militares não têm a atribuição de lavrar TCOs. Parece que esse era o estopim que faltava para o incêndio. Depois que foram dados poderes aos chefes de guarnições da PM – que podem ser o soldado

mais antigo, o cabo, o sargento ou o tenente –, a relação entre as duas polícias mudou. A unificação das duas instituições, que já se tentou dezenas de vezes em Alagoas, foi descartada definitivamente. É o mesmo que se colocar óleo e vinagre no mesmo copo.

Enquanto essa briga de atribuição ocorre nas instituições, os bandidos vão dando as cartas. O crime cresceu no Estado e, muito comodamente, as duas polícias põem panos quentes na situação. A PM diz que o tráfico é responsável pelo grande número de assassinatos, como se os traficantes tivessem uma espécie de “autorização” para matar. Da forma como a PM fala, entende-se que a matança pelo tráfico é legítima.

Pela Polícia Civil, a desculpa – igualmente esfarrapada – pela falta de investigações é a de que as delegacias estão superlotadas. Os agentes e delegados dizem que estão tendo que tomar conta de presos.

Todos os dias são transferidos presos para o Cadeião ou para o sistema prisional. A reclamação é a mesma: a delegacia está cheia, e os policiais não podem sair para investigar crimes. Sempre houve presos em delegacias de Alagoas. Enquanto a briga das duas polícias perdurar e os seus respectivos chefes continuarem colocando panos quentes na situação, a onda de crimes não vai parar no Estado.

Ponto de vista

San

O que Serra deveria ter aprendido com Tancredo “O desespero será completo nas hostes de sua base de apoio” João Lyra Ex-deputado federal

Ser ou não ser candidato a presidente, eis a questão. Por fim, o dilema hamletiano de José Serra está desfeito. Na última quarta-feira, o governador paulista avisou ao PSDB que concorrerá no pleito de outubro próximo. O curioso é que isso se deu justamente em Minas Gerais, terra de Aécio Neves, a quem afastou da disputa presidencial em dezembro passado. É provável que a decisão tenha sido apressada em face dos resultados da última pesquisa Datafolha, que confirmou os comentários de que o quadro era negativo para Serra: a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT, conseguiu, a oito meses das eleições, empatar tecnicamente com o tucano. É sintomático que José Serra sentiu o golpe e, pressionado pelo PSDB, DEM e PPS, resolveu anunciar “que é candidato”.

Dada a premência de tempo, daqui para frente, o desespero será completo nas hostes de sua base de apoio, que tenta tirar Serra da toca e sair atirando para todos os lados, inclusive ostentando um discurso programático que nem eles mesmos sabem qual é. E isso ficou muito claro esta semana, durante a inauguração de uma fábrica de máquinas agrícolas, em São Paulo. No evento, enquanto Dilma Rousseff destacou os bilhões de reais em obras executadas pelo atual governo ? como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Mais Alimentos, que financia tratores para a agricultura familiar, e o Minha Casa, Minha Vida, de financiamento de casas populares ?, seu adversário fugiu ao “tema programático” mencionado pela ministra: limitou-se a dizer que “é importante que a indústria se desenvolva também exportando, não apenas atendendo (...) o mercado interno”. Sua fala, entretanto, está descolada do governo a que serviu por oito anos, como ministro da Saúde e do Planejamento. Deveria ter-se

lembrado que a “alternativa exportadora” daqueles tempos era inevitável porque o governo FHC manteve o crédito interno bem longe das empresas e dos consumidores. Os números são do Banco Central: em fins de 2002, o total de crédito da economia brasileira era de R$ 371 bilhões e, hoje, de R$ 1,4 trilhão, respectivamente 23,9% e 45% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

Além disso, a relação investimentos/PIB era de 16% em 2002, contra 19,5% em 2009.

A abordagem feita pela ministra sugere que o “discurso programático” de José Serra ainda está por vir, mas já foi atropelado pela entrevista dada pelo presidente do PSDB à revista Veja, senador Sérgio Guerra, em janeiro de 2010. Com efeito, disse o senador: “Iremos mexer na taxa de juros, no câmbio e nas metas de inflação”, desabando um mundo de preocupações sobre o empresariado e investidores, e sobre o sistema bancário. Afinal, se tudo está dando certo, por que mudar?

A notícia da candidatura de Serra veio acompanhada, no dia seguinte, de rumores de que o presidente Lula iria se licenciar do cargo para participar da campanha de Dilma. Se efetivamente isso acontecer, com Lula nos palanques, despedindo-se do povo em seu último ano de mandato, vai chover uma tempestade de votos para a ministra, o que selaria a sorte de Serra.

A leitura desses fatos nos convence de que a decisão do governador foi tardia ? permitindo que Dilma “fizesse” o seu nome no eleitorado ?, enquanto inspirar-se no Hamlet de Shakespeare não resultou em nenhuma vantagem.

Melhor seria que José Serra, intelectual como é, tivesse se lembrado de um pensamento de Tancredo Neves (avô de Aécio) e aprendido muito com ele: “A esperteza, quando é muita, come o dono”.

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“Cada um por si e Deus por todos”.

Marcial Lima Professor “Tio, Moraes Moreira disse ontem no teatro que o povo precisa reconquistar o carnaval. Contrata ele pra o Pinto, tio”. Fazendo uso da intimidade que a modernidade lhe permite, assim me falou uma jovem num encontro casual. O fato me levou a pensar sobre o carnaval da Bahia e, até mesmo, do que hoje é o desfile do Galo da Madrugada, que já concentra mais de duas dezenas de Trios Elétricos, conduzindo bandas e artistas famosos; trazendo de reboque outros Trios menores, de onde são jogados brindes de patrocinadores, para foliões que se comportam como se fossem vítimas de uma calamidade pública e disputassem gêneros essenciais para sua sobrevivência.

Este ano, no desfile do Pinto, ao testemunhar milhares de pessoas confraternizando-se ao lado das Bandas de Frevo, cheguei a dizer ao repórter: “É uma grande comunhão festiva”. O clima de encontro, onde foliões fantasiados se sentem os principais atores da folia, não aconteceria se lá compusessem simples massa, sob a padronização de abadás, cercado por cordas, consumindo ídolos impostos pela mídia, processionais, como se estivessem seguindo o santo de sua devoção. Esse carnaval, concebido sob a ética e ótica do mercado, difere daquele onde o poder público percebe o folião como protagonista, pois é para ele que a festa se faz.

Em outro modelo, vimos em Pernambuco o governo em parceria com as prefeituras, realizando um projeto comum.

Um carnaval que, entre técnicos e artistas, envolveu 37.500 pessoas. Realizamos nosso intento, brindaram os gestores: “Consolidou-se uma Política Pública de Cultura em seus aspectos simbólicos e inserida em sua dimensão econômica, alcançando a maturidade do turismo cultural; reforçamos a diversidade, promovemos a integração regional, através de convocatórias, conquistamos uma perspectiva cidadã; abrimos novas rotas, favorecendo uma maior permanência do turista. Tivemos receitas em torno de R$ 370 milhões, o que justifica plenamente o investimento realizado”. As pesquisas no aeroporto, na estação rodoviária e nas principais rodovias evidenciaram que 96,14% dos turistas e excursionistas recomendarão o evento e 95,36% aprovaram sua programação.

A vocação carnavalesca de Alagoas, os escritores a comprovam; apelos se repetem cada ano. Daí, sou tentado a perguntar: a pobreza que inviabiliza nosso Carnaval resume-se à escassez de recursos financeiros ou passa, também, pela falta de voz e de participação? Será que, enquanto nos limitamos, cada um por si e Deus por todos, a clamar pela iniciativa das instituições oficiais, não estamos deixando de considerar dinâmicas históricas que precisam ser enfrentadas coletivamente?

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Política

A3

Domingo, 7 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Contexto politica@ojornal-al.com.br

SURPRESA Um discurso feito pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Alberto Sextafeira (PSB), na manhã da última sexta-feira, durante o 2º Encontro de Gestores Municipais de Esporte e Lazer, causou surpresa. Diante de vários atletas, desportistas e políticos engajados na causa esportiva, Sextafeira fez um pedido direcionado ao governador : para que, no ano que vem, ele criasse uma secretaria exclusivamente direcionada ao Esporte, e não adjunta, como é hoje.

O parlamentar, que tem o esporte como uma de suas bandeiras de luta, foi aplaudido de pé pelos participantes do evento e o governador ainda se comprometeu em cumprir essa meta no início do ano que vem.

QUESTÃO Só lembrando: a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer existia no governo Ronaldo Lessa. Quando o tucano assumiu o Executivo, em 2007, a pasta foi uma das extintas, sob a alegação de que era necessária a redução de despesas em virtude da situação do Estado. A atenção do PSDB à área esportiva acabou sendo reduzida a uma subpasta da Secretaria de Estado de Educação. Diante disso, perguntase: por que, agora, o governo admite a possibilidade de reativar a secretaria?

HOMENAGEM O vereador Silvio Camelo (PV) discursou essa semana lembrando a passagem dos 100 anos do senador Rui Palmeira. Ele pontuou que seu pai, o ex-vereador Arnaldo Camelo é amigo pessoal do ministro Guilherme Palmeira, filho do homenageado. O vereador também elogiou as posturas do mandato do deputado Rui Palmeira.

MANIFESTAÇÃO O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas está preparando uma manifestação para clamar por justiça em mais um julgamento envolvendo o empresário Gastão Arruda, que assassinou o trabalhador da Ceal Josival Albuquerque de Oliveira (Vavá), com seis tiros, em 1993. Um novo julgamento ocorre, após 16 anos do crime, na próxima terçafeira, a partir das 07h30 da manhã, no Fórum do Barro Duro. Esta será a terceira vez que Gastão Arruda irá sentar no banco dos réus pelo mesmo crime. Em 2007 ele foi julgado e condenado a 14 anos de prisão, mas a decisão foi anulada.

REPAROS Uma equipe de manutenção, formada por eletricista, pedreiro, encanador, ajudante de serviços gerais e pintor, começou, na semana que se passou, uma jornada nas sedes dos programas da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Os profissionais estão fazendo pequenos reparos e consertos na estrutura física de diversos programas do órgão, a fim de melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos usuários.

DIA DA MULHER Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, a Secretaria Municipal de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio (Semarhp), por meio da Diretoria de Recursos Humanos, promove, a partir das 8 horas da manhã de amanhã, a entrega de brindes às servidoras, a oficina da mulher, o cantinho do talento - com exposição de materiais artesanais produzidos por elas -, e um coffee break. Segundo o secretário Sérgio Villela, a Semarhp não poderia deixar de lembrar um dia tão importante.

RESULTADO O mutirão do Juizado Especial Federal (JEF) da Justiça Federal em Alagoas, realizado entre os últimos dias 26 e 28 de fevereiro, fez 983 audiências, com 601 conciliações, o equivalente a 61% do total. Os processos resolvidos, todos de natureza previdenciária, resultaram numa movimentação de R$ 2.037.967,29. Quinze magistrados federais de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe atuaram no evento, que teve como objetivo dar celeridade a resolução de processos que chegam à Justiça Federal após serem negados pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

VIOLÊNCIA Os caminhos a serem seguidos para o atendimento de urgência e emergência a mulheres em situação de violência em Maceió vão ser apresentados na próxima terça-feira, durante o seminário “Enfrentando a Violência contra a Mulher, em Maceió”. O evento, que é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Maceió e o Conselho Municipal da Condição Feminina, acontece no auditório do Sesc/Poço, das 8 horas da manhã às 12h30, com entrada franca.

EXPRESSAS O número de alunos da Rede Estadual de Ensino aumentou em, aproximadamente, 51 mil novos alunos, sendo 21 mil só em Maceió.

Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) nesse sentido foi assinado na última quinta-feira.

Assinaram a promotora de Justiça Cecília Carnaúba, o secretário de Estado da Educação Rogério Teófilo, e o diretor financeiro do Instituto de Apoio á Gestão Pública e Social.

No TAC, ficou definido que a Secretaria de Educação vai oferecer o transporte escolar urbano e rural em todo o Estado, em quantidade suficiente ao atendimento da demanda.

Frente de Oposição: união para vencer PSDB na eleição Grupo apresentou, na última sexta-feira, Ronaldo Lessa para disputar governo Da Editoria de Política Unidade. Essa é a palavra que pode definir o sentimento dos partidos que formam a frente de oposição ao governo estadual e que definiram na última o nome do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) para disputa de outubro. A Frente de Oposição Pró-Dilma e Pró-Ronaldo: PTB, PP, PDT, PT, PMDB, PCdoB, PRB, PR, entre outros já sabe que reúne chances para vencer a eleição devido ao grande desgaste da imagem do atual governo.

E é da coalizão destes partidos que surge a união de lideranças como o ex-deputado federal João Lyra (PTB), os senadores Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB), os deputados federais Benedito de Lira

(PP), Augusto Farias (PTB), e Maurício Quintella (PR) e, especialmente, o prefeito Cícero Almeida (PP), líder nas pesquisas, que abriu mão de ser candidato para reforçar o sentido de união para formar um bloco de oposição com um projeto para governar Alagoas.

Do outro lado está o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) que, oficialmente, tem apenas mais dois partidos em sua base de apoio: o PSB e o PPS. Desgastado desde o início da gestão quando comprou uma briga com os servidores públicos para derrubar reajustes que foram propostos por seu antecessor: Ronaldo Lessa.

O ex-governador hoje, inclusive, reavalia o processo eleitoral de 2006, e aponta que, se João Lyra tivesse vencido a campanha, Alagoas não estaria mergu-

lhada no caos na segurança pública, nem os servidores sentiriam o arrocho salarial do congelamento de reajustes. Fora isso, na avaliação do candidato da frente de oposição, o Estado não estaria sendo governado para os ricos - frase que tem sido recorrente nos discursos de Lessa.

Fora isso, o ex-governador lembra que o atual governo defende um processo de privatização da máquina pública que prejudica o desenvolvimento sociopolítico e econômico de Alagoas.

Sem contar a dificuldade no relacionamento Para João Lyra o processo eleitoral tem sido um momento rico e de engrandecimento coletivo em busca da prosperidade de Alagoas.

“Queria que o Cícero [Almeida] fosse o candidato, já tinha dito a ele que mais uma vez estaria o

apoiando, mas ele não quis. Agora estamos juntos apoiando o Ronaldo. O importante nesse momento e mantermos a união de todos no apoio maciço ao nosso pré-candidato”, falou João Lyra, que é pré-candidato a vaga de deputado federal.

CRISE - Os tucanos inclusive vivem uma crise dentro dos seus quadros devido a campanha nacional. Téo Vilela dentro do PSDB é um dos maiores defensores da candidatura do governador de São Paulo, José Serra, que ainda não definiu se será candidato. Do outro lado, a frente de oposição, sai em defesa da ministra Dilma Roussef (PT), que nos últimos meses vem subindo paulatinamente nas pesquisas e hoje já registra empate técnico com Serra.

Yvette Moura

Entenda o papel de cada um neste processo Cada uma das siglas tem um papel importante neste processo, já que a chapa reúne dois dos três senadores alagoanos, apontando ainda para uma consolidação do nome de Benedito de Lira na campanha ao Senado.

Um nome de expressiva força é o senador Fernando Collor. Foi o primeiro a abrir mão da candidatura em nome da unidade do grupo. Dono de uma das maiores bases eleitorais, ele se juntou ao grupo para reforçar a base aliada de Dilma Roussef em Alagoas. Ao mesmo tempo, faz críticas pontuais ao governo tucano, mostrando as dificuldades de uma visão mais ampla em busca do desenvolvimento alagoano.

O prefeito Cícero Almeida é considerado a maior atração eleitoral do grupo por ser uma grande liderança popular e ter altos índices de aprovação na sua gestão. Com altos índices de popularidade, ele abriu mão da disputa em busca de reforçar o apoio ao presidente Lula no comando de Maceió.

Além disso, tem engajado seus partidários para entrar no grupo de oposição aos tucanos.

Uma das metas da chapa é a reeleição do senador Renan Calheiros - responsável pela interlocução do Estado com o presidente Lula. Renan é o senador que tem vínculos no governo Lula, além de ser uma liderança nacional do PMDB. Já Benedito de Lira tem ao seu lado a força do Ministério das Cidades, um dos principais investidores de recursos em Alagoas. Amigo pessoal do ministro, ele usa essa situação para garantir trânsito livre em Brasília. Sem esquecer que o deputado emplacou o maior número de prefeitos na eleição de 2008.

FORÇA - A chapa ainda conta com dois nomes prontos para entrar na disputa e que podem contribuir muito na consolidação da chapa. Um deles é o delegado José Pinto de Luna (PT), responsável pelo desmantelamento do esquema da Operação Taturana e que tem o apoio da militância petista para ser candidato. O outro candidato é o secretário municipal de Cultura, Eduardo Bomfim (PCdoB), que apresentou seu nome para fomentar o debate.

Além destes líderes, a frente de oposição é reforçada pela militância petista. Reconhecida pelo engajamento, os partidários do presidente Lula comandados por Joaquim Brito fazem o diferencial em uma campanha de rua e polarizada, como esta tem se apresentado.

João Lyra discursa na entrevista coletiva da Frente de Oposição: bloco com projeto para governar Alagoas

Grupo já se reúne desde ano passado Os partidos da frente de oposição começaram a se organizar aos poucos a partir do ano passado. As conversas tiveram início após uma sugestão do exdeputado federal João Lyra (PTB), que notou a necessidade de sistematização das idéias do grupo de legendas que apóiam o governo Lula e fazem críticas ao governo do Estado.

Em novembro do ano passado, Lyra propôs uma reunião em Brasília entre algumas lideranças que participavam das primeiras conversas. O encontro foi um sucesso e contou com a presença dos senadores Fernando Collor e Renan Calheiros.

Naquele momento, ainda estava distante a indicação de um nome para liderar a chapa de oposição ao governo.

Depois da reunião, os partidos só passaram a aumentar o ritmo das articulações. O prefeito Cícero Almeida - líder em todas as pesquisas de intenção de voto - e o ex-governador Ronaldo Lessa, que até então almejava uma vaga ao Senado, passaram a ser apontados como os nomes

do grupo para campanha.

Um novo encontro, desta vez em dezembro, praticamente consolidou o bloco como uma frente. Os partidos observaram naquele momento, que além da oposição ao governo alagoano, eles também convergiam no apoio ao nome da ministra Dilma Roussef como candidata à presidência. Foi neste momento que o PT passou a engrossar as fileiras e trazer o apoio direto de Brasília.

Em janeiro, o ex-governador Ronaldo Lessa foi convidado pelo ministro do Trabalho, Carlos Luppi, para ter uma reunião com o presidente Lula em Brasília. Ele foi recebido em um encontro que contou com a presença da ex-presidente da AMA, Rosiana Beltrão (PDT).

Naquele dia, Lula demonstrou a preferência pelo nome de Lessa na disputa. Para o presidente, o prefeito Cícero Almeida era o melhor candidato, mas sua saída poderia desfalcar uma das melhores administrações do Brasil. Aassessoria do petista, inclusive, sondou o prefeito

para que ele também fosse recebido pelo presidente.

Chegou o carnaval e as articulações não pararam. Um encontro com todas as legendas que organizam o bloco mais uma vez sacramentou a unidade interna e a necessidade de duas candidaturas ao Senado. Neste encontro, Renan Calheiros saiu na frente como nome prioritário na chapa pela reeleição. PP, PT e PCdoB também apresentaram alternativas. Nesta reunião as críticas ao governo tucano foram ainda mais acentuadas.

Após quatro meses de intensas reuniões as lideranças chegaram a um acordo após as movimentações dos últimos dias, quando o prefeito Cícero Almeida, mesmo aclamado pela população, recuou da pretensão de ser candidato e deixou o caminho aberto para indicação do ex-governador Ronaldo Lessa. Para o grupo, Almeida tomou uma atitude grandiosa ao reconhecer que seria muito útil na construção da campanha em Maceió - onde registra altos índices de popularidade.

Almeida defende união de lideranças O prefeito Cícero Almeida destacou, na semana que passou, a necessidade da coesão e unidade do grupo “Na hora de decidir deixei claro que, se fosse para o bem do partido e do Estado, eu abriria mão das minhas convicções. Tenho certeza que seria um orgulho para meu pai e minha mãe, mas optei por não participar. Agora espero que todos estejam juntos, para que em julho no período de convenções não haja nenhuma mudança”, comentou. “Quero deixar claro que o João Lyra tem meu apoio nesse pleito. Nutro por ele um grande carinho e ad-

miração. O deputado Benedito de Lira também terá meu apoio, o respeito muito e ele merece mais que ninguém concorrer a essa vaga ao senado. Para mim ele e o senador Renan Calheiros serão os meus candidatos”.

Almeida deixou clara a sua preocupação em relação a possíveis desistências de integrantes da frente, futuramente.

“Acredito que o Benedito terá que conversar com o Ronaldo, com João Lyra, para definir o melhor. Estarei no palanque dele, assim como do João Lyra e do Renan, pedindo votos juntos. Sem falar do Ronaldo que

também precisa dessa segurança nos acertos, para que, no futuro, quando estivermos com o bloco na rua, ninguém pule fora, e quem pular fique consciente que não terá apoio”, falou.

O prefeito foi ainda categórico ao afirmar: “Se houver qualquer tipo de trairagem, pode até ser do meu partido, vou andar sozinho. Vou estar no grupo, unidos numa marcha só ou então, saírem no campo da individualidade”, completou. “Covarde, medíocre será aquele que está conversando aqui hoje, e amanhã estará indo para um outro grupo”, finalizou o prefeito.

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Política

O JORNAL JORNA L

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Domingo, 7 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Yvette Moura

Secretário Herbert Motta diz que proposta, com contratação das OSs, é gerir melhor a área de saúde

Welington Galvão, do Sinmed, acredita que esse é o caminho mais rápido para a privatização dos serviços

ALE discute “privatização” de hospitais Tucanos propõem que atividades estratégicas do Estado passem para as mãos de Organizações Sociais Odilon Rios Repórter

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa virará pauta de protestos dos movimentos sociais da saúde na próxima semana, com sessão pública, convocada pela oposição, marcada para 15 de março. Ele trata da privatização ou flexibilização, como o governo pretende chamar, de áreas consideradas fundamentais no Estado, como agricultura, saúde, educação e lazer. Se aprovado, o decreto dará poderes para o Executivo contratar uma Organização Social (OS) para administrar setores estratégicos.

Funciona assim: o governo contrata uma OS, entidade con-

siderada de demanda social, que venderia um serviço. Um decreto presidencial de 1995 garante este tipo de contratação, levando-se em conta as dificuldades do setor público em contratar pessoal ou serviços.

Neste exemplo, é como se um hospital particular fosse contratado para gerir o Hospital de Santana do Ipanema, fechado há mais de dez anos, apesar de estar com todos os equipamentos encaixotados, em ponto de funcionamento, mas falta pessoal e dinheiro público para a abertura das portas.

Oposição e governo se dividem sobre o assunto. Presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Welington Galvão, acredita que este é o caminho mais curto para a pri-

vatização dos serviços. “Temos O custo deste contrato, segunmais de 50% dos profissionais do o secretário de Saúde, que são prestadores de serviço. Herbert Motta, é de R$ 2,9 miComo vai ser isso? Para nós, a lhões por ano. Ele confirmou a contratação de um serviço se contratação desta emtorna um serviço ainda presa. E o que fará esta mais cara”. Ele lista as empresa? “Não sabedificuldades: o Samu, mos porque existe a inSe for por exemplo, um dos vasão da iniciativa priserviços considerados aprovado, vada. É a privatização “menina dos olhos” da saúde. Outros estadecreto dá da gestão tucana, tem dois dos têm feito isso e não profissionais efetivos. poderes ao têm-se dado respostas “Para nós, na atividade Estado para porque os serviços acafim, tem que existir a contratar bam mais caros”, disse contratação por concurWelington Galvão. as OSs so público”, destaca.

O secretário EstaEle diz que o goverdual de Saúde discorno já tenta construir as da. Disse que a ideia é gerir bases da privatização melhor a área de saúde, idencom a contratação, em primei- tificando as deficiências, que ro plano, de uma empresa pau- vão desde a organização de lista, a Pro-Saúde, de São Paulo. protocolos de atendimento até

Lula Castello Branco

treinamento de pessoal. “No Avança Saúde [programa do governo], nós temos três eixos: um de assistência e promoção da saúde e modernização da gestão e aceleração administrativa. Esse terceiro eixo contempla investimentos na parte de informatização, digitalização de documentos, como na parte de investimentos da gestão administrativa e hospitalar. Então, o que a gente fez?

Ao invés de entregar hospital para outras pessoas administrarem, nós estamos contratando uma instituição que tem 40 anos de experiência administrativa para fazer assessoria direta aos nossos gestores. Vamos fazer controle de custos por setores, cada unidade nós vamos saber quanto ela custa. Isso fa-

cilita a reposição de material, vamos trabalhar a utilização de protocolos, de fluxo dentro do hospital. Às vezes, você está em uma sala de espera, muita gente aglomera e a metade não deveria estar ali. Existem mecanismos de gestão da administração da iniciativa privada que foram adequados a administração pública e fazem com que exista esta redução. A questão de controle de estoque mais apurado, não é só informatizar, mas existem ferramentas de controle de fluxo processual, um protocolo de reposição de abastecimento que preveja uma sinalização de cada setor para que a gente faça isso, evitando o desabastecimento. Então, são várias iniciativas”, disse.

Yvette Moura

Dyraia: o software que não chegou Essa não a primeira vez que o governo fala em projetos para melhorar o caos na Saúde pública do Estado, com 94% da população dependente do SUS. Acena mais comum são pessoas estendidas no chão, à espera de atendimento médico. Em janeiro, O JORNAL mostrou com exclusividade que a reforma no maior hospital público do Estado, o HGE, havia parado há cinco meses por entrave jurídicos.

E a superlotação se repete todos os fins de semana. Crianças esperam na fila por médicos por pouco aparecem para o trabalho. Eles reclamam dos baixos salários. Ambulâncias de todos os lugares do Estado estacionam em frente ao HGE, tra-

zendo pacientes de todos os lugares de Alagoas em busca de socorro.

Logo no início da atual gestão, o governo detectou um software considerado a redenção do setor. Pertencia ao governo espanhol, custava R$ 35 milhões, mas acabou encostado.

O software Dyraia ajudaria a identificar cada paciente do SUS, com prontuários eletrônicos, diminuindo o tempo de atendimento. Tudo começaria no segundo distrito sanitário de Maceió - que seriam cinco bairros: Trapiche da Barra, Pontal da Barra, Prado, Ponta Grossa e Levada. Tudo foi deixado de lado por inviabilidade econômica. (O.R.) Odilon Rios/Arquivo

Alberto Sextafeira, sobre o projeto: “Não é privatizar. É flexibilizar”

Judson Cabral, da oposição, diz que avalia projeto com reservas

Paciente em coma era devorado por formigas Mas, o “calo” da proposta de flexibilização ou privatização é mesmo a contratação de OSs. Primeiro, o Sindicato dos Médicos questiona os critérios para esta contratação, que não são transparentes; segundo, o dinheiro gasto, que poderia ser canalizado na contratação de médicos, enfermeiros e ainda oferecer qualidade aos alagoanos que precisam dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Na próxima terça-feira, servidores da Saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos, farão protestos em Maceió mostrando o caos no maior hospital público do Estado, o HGE, em Maceió. Levarão fotos e depoimentos. Um dos casos, se-

gundo funcionário do hospital, ouvido por O JORNAL, é o de um paciente em coma que estava deitado em um colchão estendido no chão e era devorado por formigas. “Era uma cena pavorosa”, disse.

A oposição na Assembleia pediu um debate sobre o assunto, antes da proposta de implantação de OSs siga para a prática. “Esse modelo funciona em alguns locais do Brasil porque eles não têm dificuldades financeiras como as nossas. Vejo o projeto em Alagoas com reservas. Para mim, serão serviços caros a serem contratados”, diz Judson Cabral (PT).

Ele evita usar a palavra “privatização”.

Líder do governo, Alberto Sextafeira (PSB) discorda: “Não é privatizar. É flexibilizar. Para que o Estado possa funcionar em algumas áreas, ter como contratar por não poder contratar pelas vias profissionais”, disse. E a reclamação dos servidores? E a oposição? “São Paulo é muito mais rico que Alagoas está com esse projeto há 10 anos; a Bahia, o oitavo ano. E não aconteceu [privatização]. Se privatiza ou prejudica, é só verificar a experiência de São Paulo, do PSDB, e da Bahia, do PT. O projeto de OS da Bahia é muito mais amplo que o do PSDB de São Paulo: agricultura, esporte, educação na área tecnológica. A Escola

Técnica de Feira de Santana funciona com OS. É ampliar o olhar e enxergar o Brasil”, afirmou.

“Nada de fazer terrorismo, dizendo que a gente vai privatizar. Isso é desvirtuar o discurso. O que queremos é ampliar a assistência”, resumiu o secretário de Saúde, Herbert Motta.

Em abril de 2009, o Governo patrocinou a ida de seus integrantes, incluindo deputados federais e estaduaisdentre eles, Judson Cabralpara conhecer modelos de OS em São Paulo e Bahia. Ouviram dos gestores dos dois estados que a experiência era produtiva. (O.R.)

Superlotação nos corredores do HGE, nos fins de semana: cena corriqueira

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Política

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Domingo, 7 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Delegados alagoanos vão às urnas dia 31 Eleição para comando da Adepol conta com duas chapas; atacar ou ajudar cúpula da Segurança vale votos Odilon Rios Repórter

Os delegados de Alagoas vão às urnas no dia 31 de março para escolher o novo dirigente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol). Os 175 delegados representam uma classe dividida: o atual presidente, Antônio Carlos Lessa, é visto como mais próximo da atual cúpula da Polícia Civil; Jobson Cabral é oposição à atual administração. Lessa é mais ligado aos novos delegados; Cabral é representante dos que têm mais tempo de profissão.

Antônio Carlos Lessa e

Jobson Cabral dividiram velhos aliados. Robervaldo Davino, ex-secretário de Defesa Social, está com Lessa; Carlos Alberto Reis, ex-delegadogeral de Polícia Civil, levou seu grupo para Jobson Cabral. Os nomes de Davino e Reis ecoam nos corredores da sede Delegacia Geral da Polícia C como a representação de velhos métodos de se fazer polícia; nas delegacias, os nomes dos “novos” ecoam pela boca dos “velhos”: erram demais, são imaturos, tem pouca experiência e perseguem os antigos. Há insatisfações dos dois lados: da antiga e da atual cúpula da

Polícia. palanque da AdeOs delegados mais antipol não é diferente gos, maioria na classe, de uma eleição coprocuram um remum, com baixapresentante. Não ria, ataques e acuquerem mais saber sações, mas todas Os dois de Lessa. O nome é elas direcionadas a Cabral. Os mais joBarenco e Rubim. candidatos vens, com menos Eleição é eleição. não se de 10 anos de proAmbos os canatacam fissão, articulam didatos a presidenreeleger, pela terceite da Adepol tocapelo menos ra vez, o atual preram inquéritos rudiante da sidente. Por isso, morosos com desimprensa bater em Marcílio fechos estranhos.

Barenco (delegadoLessa é responsável geral) e Paulo Rupelas investigações bim (secretário de da chacina de Roteiro, Defesa Social) ajuda em 11 de setembro de 2006, a angariar votos. O retomadas depois da conclu-

são dele; Cabral é do caso Célio Barateiro, vice-prefeito de Satuba, morto dias antes da posse no cargo. Foi afastado das investigações, que mudaram de rumo.

Os dois não se atacam mutuamente - pelo menos diante da imprensa -, têm semelhantes programas de gestão e tentam recuperar o prestígio de ser delegado em Alagoas.

Quem escolhe ser um, ganha, em início de carreira, R$ 6 mil. Convive com viaturas destruídas, delegacias aos pedaços e traficantes de drogas com ação cada vez mais ousada, transformando crianças em soldados na reserva de

mercado mais barata do mundo.

No meio disso, há delegados acusados de tortura, assassinato, abuso de autoridade. São investigados pela Corregedoria da Polícia Civil.

Dados não são divulgados. O corregedor-geral, Egivaldo Lopes de Messias, diz que, desde 2008, nenhum delegado foi expulso da corporação.

Um corre este risco: Moisés Marcelo do Nascimento, acusado de cárcere privado e receptação de veículo roubado.

Ele nega as acusações. O pedido de demissão está na mesa do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Lula Castello Branco

Antonio Carlos Lessa: “Tenho credibilidade. Isso faz com que a gente receba aprovação da categoria”

Jobson Cabral: “Cumpro meu dever de cidadão, sou destemido. Perseverante, luto pela classe”

Soprar para atrair apoios

Bater para ganhar votos

Antônio Carlos Lessa é mais afinado com a gestão Barenco/Rubim. É delegado há 25 anos. Tenta o quarto mandato consecutivo. “O problema de qualquer entidade é que o presidente deve ser imparcial, tem que ter equilíbrio, não vamos provocar uma guerra entre delegados.

Nossa crítica não vai à cúpula da Polícia Civil, mas ao governo, que deixa de investir em segurança”.

Como assim? “Nós criticamos presos que estão em delegacias, em condições subhumanas e graças a isso nós conseguimos fechar delegacias.

Criticamos o teto salarial. Fazemos dessa forma porque a Adepol é apartidária, estamos trabalhando em prol dos delegados de polícia”.

E as propostas? “Temos lutas judiciais pelos vencimentos dos delegados. Processos que tramitam no STJ”; “Há ainda a implantação das nossas horas extras, temos uma carga horária de 40 horas”; “Tentamos ainda o reajuste do nosso teto remuneratório”; “O pagamento de gratificação aos delegados que acumulam delegacias, os promotores e os juízes têm isso”; “Vamos batalhar, em Brasília, pela volta dos delegados a carreira jurídica”; “Aqui em Alagoas, temos que lutar pela inamovibilidade do delegado. Que o delegado fique na região e não seja movido, porque ele conhece a re-

Jobson Cabral é o mais crítico. Delegado há 25 anos, foi nos microfones da rádio JORNAL que ele atacou a gestão Barenco/Paulo Rubim. “O problema é que esse pessoal está desunindo a classe de delegados. O delegado-geral desune a classe, separa antigos e novos. Não é bem assim”, disse à reportagem. Jobson tentou concorrer há oito anos à presidência da Adepol. Foram quatro candidatos. Perdeu. “Eu digo o que eu penso. Cada delegado fala da insatisfação com a atual cúpula da Polícia Civil”; “O Antônio Carlos Lessa goza da amizade de Barenco”; “Eu tenho coragem de brigar pela classe, não tenho rabo preso e não fico em cima do muro”; “Vou brigar pela classe”.

Entre as propostas, a isonomia dos salários dos delegados com magistrados e promotores, o pagamento de horas extras recusadas em governos passados. Para a Adepol, o delegado quer mais, além do discurso: veículo próprio para transportar a família do delegado na associação; conectar o único computador da entidade à Internet e comprar mais cinco ou seis, todos ligados a Rede Mundial de Computadores; instalação de uma biblioteca jurídica para atualização e consulta; instalação de conselho de ética para acompanhar as acusa-

gião, tem condições de apurar um crime”; “Porque o delegado começa a apurar e as influências políticas fazem com que ele seja transferido para outra região, atrapalhando a investigação”.

Fala ainda dos delegados envolvidos no alcoolismo, no estresse, com doença do pânico. Quer instalar um programa de saúde para eles, aumentar sedes da Adepol pelo interior, uma comissão para acompanhar processos contra delegados, construir chalés para receber delegados de fora, durante investigações.

E o desgaste de um quarto mandato? “Se me elegem, os delegados estão satisfeitos, têm credibilidade, confiança na administração”. E essa guerra entre os delegados?

“Os delegados novos e antigos estão juntos. Até porque quem tem mais de sete anos não pode ser mais considerado um novato. O que vemos é que não existe um plano de segurança pública e isso tem que ser colocado em prática com urgência, por causa dos nossos índices de violência, os mais altos do Brasil”.

Quer um plano onde policias militares e civis possam trabalhar juntos; que os delegados não devem ser responsabilizados pelo atual estágio de crimes em Alagoas. “Os delegados têm sido heróis, baluartes”, diz.

Lista seus apoios: Valter Gama de Oliveira, Roberval-

do Davino, Oldemberg Paranhos, Alcides Andrade, Mário Jorge. E o seu perfil? “Tenho credibilidade. Isso faz com que a gente receba aprovação da categoria. Nosso objetivo é a união para melhorar, não a desunião”.

Tantas características e qualidades e por que um crime insolúvel no currículo, a chacina de Roteiro? Em 11 de setembro de 2006, o prefeito de Roteiro, Edvaldo Ribeiro dos Santos, o “Val do Agenor”, retornava na companhia de assessores de um comício quando foi emboscado e fuzilado dentro do carro. Ele e mais dois assessores morreram no lugar. Foram duas linhas de investigação: assalto ou crime político. O caso foi entregue à Justiça, sem mandante.

“Foram três meses de investigações, ouvimos 25 pessoas, fizemos perícia, quebramos sigilo telefônico e nunca recebemos o resultado destes laudos. Isso atrapalhou as investigações. As testemunhas pouco acrescentaram às investigações. Fui transferido das investigações. Na época, indiciamos um vereador de Roteiro e existiu uma linha de investigação: foi um crime de encomenda”.

Entre os casos de repercussão, disse ter participado de parte das investigações do caso PC Farias, assassinado em 1996, e o caso Macléia Santos, assassinada em 2006 a mando de um juiz. (O.R.)

ções, abertas na corregedoria, contra delegados; e acabar com a reeleição sucessiva. “Do jeito que está, fique que nem Fidel Castro ou Hugo Chávez”. Quer ainda abrir uma piscina e construir um salão de festas. E, se ganhar, encaminha este ano projeto de lei para a Assembleia: delegado-geral só pode ser eleito pelos delegados, com urna, lista tríplice e nome escolhido pelo governador.

Vai exigir ainda concurso público para delegado; construir apartamentos para delegados que fazem operações em Alagoas, vindo de outros estados. A reportagem interrompe. Quer saber das finanças na Adepol. Crítico, Jobson Cabral mede as palavras: “Não tenho nada a falar sobre isso. Ele [Antônio Carlos Lessa] tem feito tudo com transparência”. Como assim? “Faz a prestação de contas. Não sou leviano para acusar”; “Não pertenço ao grupo dele. Ele [Lessa] é colega, é amigo, mas o momento é de renovação. Os delegados querem mudar.

Estamos em uma democracia, não em uma ditadura”.

E quem é Jobson Cabral, por ele mesmo? “Combativo, dedicado, sou delegado.

Cumpro meu dever de cidadão, sou destemido.

Perseverante, luto pela classe”. A reportagem pede que prove estas qualidades.

Refere-se a casos: prisão do sargento Medeiros, da Gangue Fardada; prisão de um fazendeiro, quando o cunhado era presidente da República.

Lista parte de seus apoios: Carlos Alberto Reis, José Dênisson Albuquerque, Nivaldo Aleixo (delegados).

Fala que tem acesso a setores estratégicos: Judiciário, Legislativo, Executivo.

Com tanto prestígio, por que Jobson Cabral foi afastado das investigações em Satuba, na morte de Célio Barateiro? “Ali foi um problema da cúpula. O crime de pistolagem não pode ser tratado com pressa, com celeridade nas investigações. Basta ver. Ninguém está preso pelo crime”.

O delegado foi retirado das investigações. A promotora de Justiça Martha Bueno, do Ministério Público Estadual, acusou o prefeito Cícero Ferreira da Silva, o Titor (PCdoB), como autor intelectual do crime. O que acha disso? “Não tem nada a ver com isso. O prefeito é um homem de bem, religioso. Ele era advogado na esfera criminal. Nunca ouvi que era envolvido em falcatrua. Sei quem matou o Célio e não foi o prefeito. Mas não toco mais neste assunto”.

Célio Barateiro foi assassinado a tiros em 27 de dezembro, cinco dias antes de sua posse, na Prefeitura. (O.R.)

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O JORNAL

Nacional A6

PACIENTES DO SUS

Rede particular poderá atender emergências

Domingo, 7 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br

Projeto sobre ato médico será alvo de protesto em dez capitais Proposta limita procedimentos de diagnóstico e terapia aos médicos Congresso em Foco

Agência Senado

O teor dessas regras foi mantido pelo substitutivo, que, no entanto, alterou a legislação para instituir a prestação de serviços pela iniciativa privada nas emergências médicas.

De acordo com texto, na hipótese de emergência ou de urgência médica, fica a iniciativa privada autorizada a prestar o serviço independentemente da existência de contrato ou convênio.

Atendimentos de urgências e emergências médicas a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão passar a ser feitos por hospitais e clínicas particulares, sem a necessidade de contratos ou convênios. Projeto nesse sentido consta da pauta de votações da sessão plenária do Senado da próxima terça-feira, com início às 14h.

PAUTA TRANCADA Aprovado sob a forma de Antes de votar o projesubstitutivo pela Comissão de to em Plenário, os seAssuntos Sociais (CAS), nadores precisam libea proposta (PLC 69/01) rar a pauta de votações, estabelece que esse pela MP atendimento seja feito Atendimento trancada 469/09, que abre crédimediante ressarcimenpassaria to extraordinário aos to, quando o SUS não Ministérios da Saúde e tiver condições de gaa ser rantir assistência. Para feito sem dos Transportes, no valor global de R$ 2,168 votar a matéria, os senadores precisam, no en- convênio ou bilhões, destinados à tanto, deliberar sobre contrato prevenção e ao combate da gripe suína. três medidas provisóTambém tranca a rias (MPs), que contiagenda o PLV 18/09, provenuam trancando a orniente da MP 470/09 que autodem do dia.

O PLC 69/01, de autoria do riza a União a conceder crédisenador Paulo Paim (PT-RS) to de até R$ 6 bilhões à Caixa quando ele ainda era deputa- Econômica Federal e de R$ 1 bido, altera a Lei 8.080/90, que lhão ao Banco do Nordeste do dispõe sobre condições para a Brasil S/A. Em seguida vem a promoção, proteção e recupe- MP 471/09, que concede incenração da saúde, organização e tivo fiscal às montadoras e fafuncionamento dos serviços bricantes de veículos instalacorrespondentes. Por essa lei, dos no Norte, Nordeste e Cenquando o SUS não tiver dispo- tro-Oeste.

O outro item que obstrui os nibilidade para garantir cobertura assistencial à população trabalhos do Plenário é o PLC de determinada área, deverá 280/09, de iniciativa do presirecorrer aos serviços da inicia- dente da República, que altera tiva privada. A participação a Lei de Diretrizes e Bases da complementar dos serviços pri- Educação (LDB) para obrigar a vados é formalizada mediante formação de nível superior de contrato ou convênio, observa- professores da educação básidas as normas de direito pú- ca (educação infantil, ensino fundamental e médio). blico.

Na próxima terça-feira, dez capitais do país vão ser palco de um movimento intitulado “Dia Nacional de Luta contra o PL do Ato Médico”, promovido pelo Conselho Federal de Psicologia, que pede a rejeição dos congressistas ao Projeto de Lei 25/2002 (número de origem protocolado no Senado), em tramitação há oito anos no Congresso.

Apresentado em 27 de fevereiro de 2002 pelo então senador Geraldo Althoff (PFL-SC), o PL define ato médico como “todo procedimento técnico-profissional praticado por médico habilitado e dirigido para promoção primária (promoção da saúde e prevenção de enfermidades), prevenção secundária (contra evolução de enfermidades e execução de procedimentos diagnósticos e terapêuticos) e prevenção terciária (invalidez ou reabilitação de enfermos)”.

Em síntese, o projeto estabelece que todos os procedimentos com fins terapêuticos “são atos privativos do profissional médico”, excluindo a possibilidade de que profissionais das chamadas terapias alternativas possam também executar legalmente tais procedimentos. A proposição ainda confere ao Conselho Federal de Medicina as tarefas de “normatizador e fiscalizador” do exercício da medicina no Brasil.

ARGUMENTO HISTÓRICO - Na justificativa do PL, o autor alega que a Medicina é a mais antiga profissão e, até o Renascimento, apenas Medicina e Farmácia eram atividades relacionadas ao setor da saúde. Depois, alega o ex-senador Geraldo

“Sociedade corre risco”, diz Verona, do Conselho Federal de Psicologia

Althoff, vieram a Odontologia, a Enfermagem e, já no século XX, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Biomedicina etc, que passaram a realizar atividades “exclusivamente médicas”.

O autor argumenta então que a proliferação destas profissões análogas à medicina criou a “necessidade das instâncias responsáveis” de regulamentar o exercício da medicina por meio do conceito e aplicação “ato médico”, de maneira a dar caráter legal à atua-

ção deste profissional.

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona, disse ao Congresso em Foco que, caso aprovado pelo Parlamento e avalizado por sanção presidencial, o projeto colocaria a sociedade sob “riscos”. ´ “Queremos chamar a atenção da sociedade para os grandes riscos que a saúde corre com a aprovação deste PL. Toda a saúde ficaria nas mãos de um único profissional”,

disse Humberto, referindo-se à concentração de diagnósticos e prescrição de tratamentos nas mãos dos médicos profissionais.

Pós-graduado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e especialista em Psicologia do Trabalho, Humberto diz que o projeto significa um rompimento com o modelo de saúde implementado no país e praticado mundo afora, em que médicos e demais profissionais da área lançam seus “olhares” em casos de enfermidade.

“O PL é totalmente contrário à política implementada pelo Sistema Único de Saúde no Brasil. O problema de saúde não tem uma única causa. Ele é multideterminado, e é mais bem compreendido se for observado de vários ângulos, submetido aos olhares dos vários profissionais de saúde em atividade atualmente”, acrescentou, lembrando que a “troca de informações” entre médicos e os demais profissionais da área propicia mais eficácia nos diagnósticos e tratamentos.

Segundo Humberto, o projeto cria uma “animosidade, uma separação drástica” entre médicos e outros profissionais, impedindo “o encontro saudável entre as profissões”. “O médico não vai ficar nem um pouco interessado na opinião de outros profissionais”, emendou, lembrando que o Conselho Nacional de Saúde reconhece, além do médico, outras 13 profissões do setor. Humberto disse ainda que, caso o projeto seja aprovado pelo Congresso, recorreria ao presidente Lula e pediria o veto à matéria. “O presidente tem manifestado publicamente preocupação com o projeto da maneira como ele está.”

Levante tem o apoio de 61 entidades de saúde O levante contra o PL 268/2002 tem o apoio de 61 entidades do setor, capitaneadas pelos conselhos Federal e Regional de Psicologia. Atos, marchas e atividades culturais, além de serviços de atendimento ao público, estão previstas para esta terça-feira, nas seguintes cidades: Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES), além de três municípios de Santa Catarina (Florianópolis, Lages e Chapecó).

Em defesa de outras profissões do setor de saúde, as entidades voltam a carga contra o Conselho Federal de Medicina, a quem atribuem a tentativa de controle do setor da saúde por meio do projeto. No site, as entidades alegam que o projeto sofreu alterações em sua tramitação no Congresso, “mas ainda condiciona à autorização do médico o acesso aos serviços de saúde e estabelece uma hierarquia entre a medicina e as demais profissões da área”.

A rejeição à matéria, com direito a site que reúne um variado arsenal de textos, notícias, vídeos e imagens contra o ato médico, fundamenta-se no argumento de que “o texto atual do PL propõe o retorno a um modelo falido de atenção à saúde, centrado no atendimento clínico, individual, medicamentoso e hospitalocêntrico, o qual não encontra respaldo nem nos organismos internacionais de saúde nem na legislação brasileira”, em detrimento do “conceito ampliado de saúde” que orienta a comunidade mundial do setor.

A matéria já foi analisada pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS) tanto do Senado quanto da Câmara, tendo passado pela relatoria de diversos par-

tabelecer um trabalho visando o consenso e fazer um projeto que atenda a todas as categorias”, disse o senador, para quem as alterações feitas na matéria pelos deputados deixaram “muito contrariadas” as outras 13 profissões de saúde.

Valadares disse já ter debatido o assunto com representantes das 13 profissões e, nos próximos dias, ouvirá médicos profissionais. Ele acredita que, por meio de um “diálogo objetivo”, é possível que haja possibilidade de elaborar um projeto conjunto a partir de pontos consensuais na CCJ e na CAS.

Valadares afirma que antes de dar parecer ouvirá também os médicos

lamentares. Depois de ter recebido alterações pelos deputados, a matéria retornou à Casa de origem e espera nova apreciação na CCJ antes de seguir para a CAS. “A Câmara piorou ainda mais a versão que veio do Senado, porque torna mais corporativo o projeto”, disse o presidente do CFP. Já o presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEMGO), prefere a cautela ao comentar o projeto, que ainda não está pautado para votação no colegiado – aguarda parecer do relator Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). “Vamos esperar para

ver o relatório, para que ele possa contemplar todas as profissões”, disse o senador ao Congresso em Foco, acrescentando que, desde que outros profissionais se orientem pela eficiência técnica e pelos ditames legais, as atribuições podem ser compartilhadas.

O relator do PL na CCJ, Antônio Carlos Valadares, disse à reportagem que formou um grupo de trabalho com consultores do Senado e, em breve, apresentará um relatório “o mais consensual possível”. “É um assunto muito delicado. Vamos es-

VERÍSSIMO - A burocracia que seria causada pelo PL do Ato Médico, atacada pelos opositores do projeto, é o mote de um texto atribuído no site ao escritor Luiz Fernando Veríssimo.

Intitulado “Amulher que morreu de topada – Tragédia em um ato” e escrito em forma de roteiro de peça teatral, o texto ironiza a fragilidade do sistema de saúde brasileiro ao colocar como protagonista a Dona Saúde, cujo calvário começa com um dedo machucado – e culmina em morte, graças à precariedade do sistema.

“Há anos ela não vinha bem.

E culminou com a topada”, diz o marido da Dona Saúde. “Ela morreu de topada?!”, diz a “1º mulher”, umas das personagens.

“Bem, a topada foi só o começo.

Ela morreu por falta de atendimento médico”, explica o marido.

No texto, que tem uma pitada de humor irônico, o marido da Dona Saúde recusa o atendimento de um fisioterapeuta, de um psicólogo, de uma enfermeira e, exigindo que um médico profissional cuidasse da topada, vê a própria mulher morrer. Para ele, os demais profissionais de saúde eram “amadores” ou “charlatães”.

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Destaques desfiguram PEC do piso de PMs e bombeiros Votação em 1º turno na Câmara não tem data para ser concluída Congresso em Foco Quatro destaques apresentados por deputados petistas à PEC 300/08 são letais ao textobase da proposta, aprovado na terça-feira passada, que cria o piso salarial provisório a policiais e bombeiros militares de R$ 3,5 mil e R$ 7 mil (praças e oficiais, respectivamente).

Um deles pede a exclusão do valor do piso da categoria.

Outro quer acabar com a obrigatoriedade de os reajustes serem aplicados, no máximo, após 180 dias da promulgação da emenda constitucional.

Os outros dois questionam o complemento financeiro a ser dado pelo governo federal nos reajustes dos policiais e bombeiros. Sem esses recursos federais, diversos estados teriam dificuldade em adotar o aumento salarial da categoria contido na PEC. A análise desses destaques em plenário é condição para que a Câmara conclua a votação da matéria em primeiro turno.

Após essa fase, a matéria terá de passar por outro turno de votação para, a partir de então, seguir ao Senado. Se quiserem manter o texto-base, deputados favoráveis à PEC terão de reunir, no mínimo, 308 votos favoráveis em cada um dos quatro destaques.

Para o deputado José Genoino (PT-SP), autor de um deles, a proposta precisa ser melhor discutida até que se encontre uma solução viável para o governo. “Sou a favor do piso”, ressalta o petista, que complementa: “Mas não se pode fixar número na Constituição”.

Autor dos outros três des-

No dia da aprovação do texto-base da PEC, Brasília foi invadida por PMS e bombeiros de todo o País

taques, o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), recebeu há cerca de um ano proteção da Polícia Federal. O benefício foi concedido a Ferro e ao deputado Luiz Couto (PT-PB), que são alvo de ameaças de morte do crime organizado em seus estados, pelo ex-ministro da Justiça Tarso Genro. O Congresso em Foco não localizou o parlamentar pernambucano.

REAÇÃO - O deputado Major Fábio (DEM-PB), que é policial militar, destaca que os parlamentares favoráveis à matéria pretendem obstruir todas as votações na Câmara – à exceção de matérias relacionadas aos aposentados - até que a PEC seja analisada. “Esse é o pensamento”, resume.

Além da obstrução, os parlamentares pró-PEC 300 também querem invalidar os destaques dos deputados petistas baseados no regimento interno da Casa, que afirma que os destaques não podem alterar substancialmente o conteúdo da matéria em votação. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) chegou a levar à questão para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Major Fábio ressalta que a categoria está revoltada com o atraso na análise da proposta.

“Eles não querem mais conversa. O governo Lula nos traiu. A orientação do governo é acabar com a PEC 300”, afirma.

De acordo com o congressista paraibano, “os PMs foram dormir festejando” após a apro-

vação do texto-base e, no outro dia, ficaram frustrados porque a matéria não foi concluída.

“Aqui na Paraíba, a indignação é completa”, argumenta. “Nos trataram como analfabetos, burros, jumentos”, finaliza.

Na quarta-feira, um dia após a aprovação do texto-base, a Câmara votou apenas um destaque à PEC 300, que estendeu seus benefícios aos inativos e aos policiais e bombeiros militares dos ex-territórios do Amapá, Rondônia e Roraima.

Contudo, com o quorum baixo para uma votação de emenda constitucional (324 deputados), a sessão foi encerrada. Na ocasião, diversos deputados denunciaram uma manobra para adiar indefinidamente a votação da proposta.

MERCADO DE TRABALHO

Engenharia ambiental e de petróleo em alta RIO DE JANEIRO - Engenharia de petróleo e ambiental e analista de sistemas computacionais são as carreiras profissionais de nível superior com maiores perspectivas de crescimento no país até 2015. É o que revela pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) nas 415 indústrias brasileiras, responsáveis pela criação e manutenção de 495.825 empregos formais em todo o país, de acordo com a gerente de Educação Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Regina Malta.

“São, na verdade, ocupações que têm uma importância grande na cadeia de petróleo e gás, ou estão relacionadas à área ambiental e, também, à questão de tecnologia da informação (TI).

Essa é uma vertente muito importante hoje para o conjunto das empresas, devido à informatização dos processos administrativos e evolução tecnológica em termos de automação”.

No nível técnico, a sondagem identificou maior expectativa de expansão para os trabalhadores ligados à construção civil, à indústria química e petroquímica, destacando refino de petróleo e gás, além de fabricação de produtos plásticos, borracha e farmacêuticos.

O aumento estimado das ofertas de trabalho na construção civil está relacionado às obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e também aos investimentos públicos ligados à Copa de 2014 e às Olimpíadas. Do mesmo modo, o setor tem a influência positiva dos investimentos pro-

gramados pelas empresas privadas para novas instalações.

Regina Malta destacou três grandes áreas de expansão da oferta de emprego na indústria nacional: infraestrutura, envolvendo portos, rodovias e ferrovias; indústria de transformação, liderada pela atividade de petróleo e gás, com reflexos em toda a cadeia produtiva; e a questão do conhecimento e tecnologia da informação.

A pesquisa Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira – 2015, da Firjan, aponta as profissões industriais que estão em alta no mercado e que poderão ser vistas na 6ª Olimpíada do Conhecimento que o Senai realiza esta semana, no Rio. Regina Malta observou que das 48 ocupações representadas no torneio, 24 apresentam índice de crescimento. Os carroschefe no âmbito do Senai são as tecnologias de construção e edificações e tecnologias de manufatura e engenharia.

Mais uma profissão que deverá continuar em ascensão até 2015 é a ligada às telecomunicações. Uma necessidade reforçada pela exigência da Federação Internacional de Futebol (Fifa) para a Copa de 2014 para que os estádios ofereçam em seu entorno telefonia e internet. Essa área está ligada à tecnologia da informação, disse Regina.

“Tem uma convergência importante aí na questão de telecomunicações e o desenvolvimento de conteúdo e softwares (programas de computador) para celulares. É a chamada telemática: telecomunicações e informática”, afirmou.

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Chile teve o maior terremoto da história Mais de 2 mil pessoas morreram no tremor de 9,5 graus de 1960 que gerou ondas gigantes de até 10 metros U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration

BBC Brasil Nos últimos 50 anos, milhares de pessoas foram vítimas de terremotos na América Latina. O tremor mais forte registrado nesse período, não apenas no continente como em todo o mundo, ocorreu no Chile em 22 de maio de 1960 e atingiu 9,5 graus na escala Richter.

A cidade de Valdívia, que fica a cerca de 740 quilômetros de Santiago, foi a mais atingida pelo abalo, que gerou um maremoto com ondas de até 10 metros. Mais de 2 mil pessoas morreram.

As ondas apagaram do mapa cidades inteiras na costa chilena e fizeram vítimas também em outros países banhados pelo Pacífico como o Japão, as Filipinas e os Estados Unidos.

A cidade de Valdívia foi a mais atingida pelo terremoto mais forte dos últimos 50 anos em todo o mundo

A costa oeste da América do Sul fica numa região de encontro de duas placas tectôni-

cas: a placa de Nazca, submersa no Oceano Pacífico, e a placa sul-americana, onde fica o con-

tinente.

O Chile é um dos países em que ocorrem mais tremores por

ano, devido ao fato de grande parte de seu território estar exposto aos ajustes constantes destas duas placas.

CAUSAS - Os terremotos se produzem pelo movimento das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre. Cerca de 90% dos tremores ocorrem ao longo das linhas de colisão entre as placas, que passam por vários países.

Portanto, países que ficam próximos a essas falhas, como Estados Unidos, México, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Peru e Chile, têm sofrido, ao longo dos anos, os mais devastadores terremotos de que se tem registro. O Brasil é atingido apenas por tremores de baixa intensidade devido à sua localização no centro da placa sul-americana.

Réplicas de tremor podem durar anos, afirmam cientistas WASHINGTON — Os chilenos continuarão sentindo réplicas do terremoto de 8,8 graus que sacudiu seu país há quase uma semana por meses, e até anos, afirmaram cientistas na sextafeira, quando três fortes tremores foram sentidos.

“Quanto maior o terremoto, maiores, mais frequentes e mais duradouras serão as réplicas”, disse John Bellini, geofísico do Instituto de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), se-

diado em Colorado.

Muitas têm chegado a 6 graus na esca“Elas diminuirão em núla Richter, inclusive os mero, mas provaveltrês desta sexta-feira, mente serão sentidas poderosos o suficienpor meses e até mesmo Chile tem te para levar prédios anos”, disse ele. sido já danificados a cair.

O Chile tem sido saNo Haiti, onde cudido por mais de 200 sacudido um terremoto de 7 réplicas desde o violenpor mais graus de magnitude to terremoto de sábade 200 reduziu grande parte do, que provocou uma tsunami que varreu a réplicas da capital, Porto Príncipe, a ruínas, em costa do país. Cerca de janeiro, matando cer800 pessoas morreram e ca de 200 mil pessoas, prédios, estradas e ponespecialistas calculam que tes foram destruídos.

tenha havido “dúzias” de réplicas, enquanto no Chile estima-se que sejam centenas.

“Isto ocorre porque o terremoto no Chile foi muito maior do que o do Haiti, liberando 500 vezes mais energia”, explicou Jessica Sigala, geofísica do USGS. “É muita energia liberada e a Terra está tentando voltar ao normal. Para isto, ainda está se movendo e as réplicas são isso”, acrescentou.

Cientistas acreditam que réplicas ainda podem estar

ocorrendo em decorrência do terremoto de 9,1 graus que sacudiu a costa da Indonésia em 2004, provocando uma tsunami mortal que matou cerca de 200 mil pessoas no sul da Ásia.

“Houve o (tremor) de 9,1 (graus) que aconteceu em dezembro de 2004 e então houve um (de) 8,6, ocorrido em março de 2005. Hoje, ocasionalmente veremos um terremoto naquela área que pode ser uma réplica daquele ocorrido em 2004”, disse Sigala.

OUTROS GRANDES TREMORES Costa Rica: janeiro de 2009 Pelo menos 34 pessoas morreram vítimas de um tremor de 6,2 graus na escala Richter com epicentro a 32 quilômetros da capital do país, San José. Foi o tremor mais intenso sentido nas proximidades do vulcão Poás nos últimos 150 anos.

Peru: 15 de agosto de 2007 Um terremoto de 7,9 graus com epicentro na costa central do país a 45 quilômetros de Chincha Alta provocou a morte de 519 pessoas, deixando mais de 300 mil desabrigados.

México: 19 de setembro de 1985 A capital mexicana foi atingida por um terremoto de 8,1 graus, que chegou a ser sentido em Houston, no Texas. Um abalo secundário de 7 graus, 36 horas depois, provocou mais devastação e elevou o número de mortos para cerca de 10 mil.

Guatemala: 4 de fevereiro de 1976 Cerca de 25 mil pessoas morreram vítimas de um abalo de 7,6 graus que sacudiu o país da América Central.

Nicarágua: 23 de dezembro de 1972 Um terremoto de 6,5 graus matou 10 mil pessoas em Manágua.

Peru: 31 de maio de 1970 Um terremoto nos Andes provocou um deslizamento de terra que enterrou a cidade de Yungay e matou cerca de 66 mil pessoas.

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Fotos: Lula Castello Branco

O lugar onde, há anos, existia uma área de lazer privilegiada, com piscina e um deck com uma vista paradisíaca...

... foi reclamado pelo verdadeiro dono: o mar; num dia de ressaca, a força da maré não respeitou limites e derrubou a construção

Fúria da natureza muda cara da prainha Ocupação desordenada e uso irresponsável dos meios anteciparam a erosão e alteraram a paisagem na Barra Nova Deraldo Francisco Editor-Geral

“Se foi Deus quem quis assim, quem sou eu para ser contra”. Esta foi a resposta dada, há seis anos, pelo então prefeito de Marechal Deodoro, Danilo Dâmaso, à solicitação de um morador de Barra Nova para dragar um pequeno banco de areia que estava mudando o curso do canal, na localidade conhecida – ainda hoje – como “Boca da Barra”. Neste trecho,

as águas das lagoas Mundaú e Manguaba se encontram com as águas do mar. Naquela época, a erosão costeira – que neste caso significou a destruição dos bares, restaurantes e mansões ao longo da margem da prainha – estava apenas começando. A água “lambia” as calçadas destes estabelecimentos e já ameaçava. Credos à parte, a verdade é que, mesmo com as ações preventivas do homem, a tendência é que, de fato, o mar invada boa parte da

faixa de terra da Barra Nova.

Uma série de fatores que vão desde a ação do homem – moradores, pescadores e turistas – ao aquecimento global é responsável pelo processo de erosão na margem da Barra Nova.

Na semana passada, o fenômeno chamado ressaca, espécie de apetite do mar pela faixa de terra, fez mais destruições no povoado. Hoje, a supressão de uma extensa faixa de mangue que separava o mar da lagoa na Barra Nova é tida como o

principal responsável pela aceleração do processo de erosão costeira. Ou seja, o fenômeno aconteceria, mas não agora.

Num processo de seis anos, o mangue desapareceu. Como ele funcionava como uma parede de proteção à área urbana da Barra Nova e foi destruído, as ondas vão direto para a margem, batendo forte nos empreendimentos. A fúria do mar arrasta barricadas feitas com sacos de areia e muros de concreto como se fossem

barquinhos de papel. A própria natureza tinha se encarregado de proteger a prainha, com o mangue e as dunas de praia. Ao longo dos anos, a ocupação desordenada do povoado fez com que a região, que tem pouco mais de 1,2 mil metros ficasse vulnerável. Pior ainda ficou quando, como num passe de mágica, a faixa de mangue – espécie de escudo verde – desapareceu. Sem a proteção natural, o homem constrói hoje obras paliativas

para estancar a fúria da natureza. Se água mole em pedra dura tanto bate até que fura, imagine-se esta água salgada, com muita energia e com a força do mar e da lua. Os especialistas afirmam que todas as formas de tentar conter o avanço do mar – tanto na Barra Nova quanto em qualquer lugar da região costeira no mundo – terá prazo de validade. Quem viver verá que o mar “engole” tudo que atravessar a sua frente.

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Fotos: Lula Castello Branco

O paredão verde dos manguezais que segurava a força das águas há anos...

... hoje não passa de pequenas árvores que, em nada, lembram a paisagem protetora de antigamente

Na segunda-feira passada, as pessoas contabilizavam os prejuízos com a destruição. Sem se dar conta de que cada um tinha um pouco de culpa no processo, eles cobravam do poder público soluções para o problema. “Tudo que for feito na Barra Nova para conter o avanço do mar será paliativo”, repetiu o professor Gabriel Le Campion.

Mas, mesmo numa luta injusta contra a natureza, o poder público tenta, ao menos, retardar o processo de destruição. Ou seja, o que está previsto para ser destruído este ano pode ficar para daqui a dois ou três anos. No entanto, ficar de braços cruzados não é uma boa alternativa.

Na terça-feira, uma máquina para dragar um banco de areia no trecho de maior fúria do mar, começou a trabalhar.

A estratégia é retirar toda a areia, deslocando-a para uma região um pouco mais distan-

A mão do homem acelerou destruição da costa Supressão de vegetação de contenção e crescimento desordenado é uma combinação perfeita para a destruição, independentemente do aquecimento ou esfriamento global. Na Barra Nova que, aos poucos tem suas terras engolidas pelo mar, essa dobradinha aconteceu em ritmo acelerado. O homem destruiu parte do mangue e, enfraquecido, ele não pôde segurar as ondas do mar e também foi “engolido” por elas.

Que o povoado de Barra Nova seria atingido pela fúria do mar muita gente já sabia porque os especialistas já tinham advertido. No entanto, não se esperava que essa destruição fosse para agora. Nos últimos seis anos, o povoado vem diminuindo a cada maré alta.

Chamado de ressaca, o fenômeno está “engolindo” as ousadas edificações contraídas na beira do canal. Antes, durante os passeios, as escunas passavam a

cerca de 30 metros da margem.

Hoje, essa distância não chega a dois metros.

A situação de vulnerabilidade da Barra Nova é atestada pelo coordenador do Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ricardo César. Na última terça-feira, ele esteve no local, constatou os estragos feitos pela ressaca do mar e discutiu ações imediatas para conter o avanço das águas. O téc-

nico também reforçou a informação de que, entre os fatores que apressaram o fenômeno que está ocorrendo na Barra Nova estão o desmatamento do mangue e a ocupação desordenada.

Ele lembrou que a erosão costeira é algo inevitável e que, no litoral de Maceió, ela foi acelerada na década de 80, quando o coqueiro “Gogó da Ema” - cartão-postal de Maceió – foi “engolido” pelo mar. (D.F.)

Contenção não segura a força do mar te da margem. Pretende-se construir outro banco de areia para que ele, guardadas as devidas proporções, faça o mesmo que o mangue fazia: conter a violência das ondas. Assim, quando chegar à margem, a onda não terá tanta energia como tem hoje e, desta forma, ao invés do cenário destruidor se terá um raro momento de pura beleza e harmonia entre homem e natureza.

Mas essa trégua tem prazo de validade e o pior de tudo é que não se pode precisar em horas, dias, semanas ou meses.

O entendimento entre as pessoas envolvidas é o de que, enquanto os recursos federais para a construção de uma grande obra não chegam, vai-se trabalhando com o que se tem à mão.

O medo da população tem data marcada: agosto. Neste mês, a maré alta fica mais violenta e pode-se ter ressaca todo os dias.

“O homem faz um muro, uma barreira, retira a água que

invadiu as ruas, mas isso não adianta. Mais tarde, a natureza vem e diz; ‘não é como você quer; é como eu quero’. A destruição é inevitável aqui na Barra [Nova]. O mar está pegando o que lhe pertence”, disse o aposentado José da Silva, que mora no povoado há dois anos e pesca de anzol na ´boca da barra´.

“Hoje não devemos procurar responsáveis pelo que está acontecendo na Barra Nova.

Devemos procurar soluções para o problema, sejam elas paliativas ou não. Para se ter uma idéia do que aquele trecho de costa foi agredido, há pescadores que moram a cerca de 50 metros da lagoa e andam 200 ou 300 metros para pegar o barco. Muita coisa errada aconteceu ao longo dos anos e estamos sentindo os efeitos disso hoje”, disse o secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Marechal Deodoro, Ericsson Machado de Melo. (D.F.)

Lula Castello Branco

As construções invadiram o espaço de encontro das lagoas com o mar...

Construções são “tragadas” a cada maré alta No final de semana passado, a maré alta voltou a fazer destruição na Barra Nova.

Muros que estavam tortos por conta da penúltima ressaca foram derrubados. Parte de uma edificação com quase 50 anos de construída foi tragada para dentro da água. Um dia depois da destruição, trabalhadores contratados pelo dono

da propriedade recuavam o muro num claro exemplo de rendição.

Outros fizeram barricadas com sacos de areia, gabiões (pedra-rachão ensacada numa tela de aço) e enrocamentos, que consiste em se fazer um muro com critério elementares de engenharia, apenas colocando-se pedra sobre pedra.

“Nada disso funciona. Tudo é paliativo. Sem contar que deixa as ondas com mais energia e, assim, bem mais fortes e furiosas. É um desespero das pessoas que precisam salvar o pouco que restou de suas casas”, disse o professor de Oceonagrafia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Gabriel Louis Le Campion.

O professor sugere que, mais tarde, caso o homem pretenda retardar a ação das ondas do mar, basta preservar toda vegetação existente nas dunas de praia; cuidar do pouco que resta de mata ciliar que ainda resiste e impedir a construção numa faixa de domínio numa extensão de 300 metros. (D.F.)

... pouco tempo depois, o muro não resistiu à força da natureza: caiu

Professor Gabriel Le Campion alerta: qualquer coisa que seja feita na Barra Nova será apenas paliativo

Lula Castello Branco

Em vão, moradores tentam conter a fúria das águas com sacos com pedras e areia

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A paisagem da Barra Nova está totalmente alterada

Os bares da prainha hoje contam os dias que lhes restam de atividade

Estado de emergência pode ser decretado O secretário Ericsson Melo contou que, diante da situação em que a Barra Nova se encontra, o prefeito Cristiano Matheus vai decretar estado de emergência. O objetivo é obter recursos federais para terminar as obras do dissipador de energia. O projeto é do engenheiro Marco Lyra e compreende um trecho de pouco mais de 1,5 mil metros à margem da lagoa.

Consiste na construção de um muro de concreto, feito em degraus – uma espécie de arquibancada à beira mar – que tem o objetivo de dissipar a energia das ondas. No mar, há

dissipadores naturais – como a duna de praia, por exemplo – mas na Barra Nova essa proteção natural deu lugar a mirantes particulares de restaurantes e às piscinas das mansões. Houve ainda quem construiu diques e “piers” para suas embarcações possantes.

O dissipador de energia já está dando resultado, mas sozinho ele não vai segurar a água por muito tempo. Há construídos cerca de 330m da obra e, para os outros 1,2 mil metros, precisa-se de R$ 5 milhões, dinheiro que a administração municipal está correndo atrás. (D.F.)

Placas de venda demonstram que cada morador corre contra o tempo

Paisagem se transforma com os anos

Avanço do mar mudará mapa da capital

Num caso específico, em apenas quatro anos (2004 e 2007), a piscina de uma mansão foi fotografada, num primeiro momento numa tarde de sol, com o azul exuberante realçado pelo brilho das pedras ardósia. Pouco depois lá estava ela, inteirinha “boiando” dentro da lagoa, preservando ainda o “azulpiscina”, mas agora sem exuberância nenhuma. Quanto às pedras ardósia, não se sabe para onde foram arrastadas.

A piscina foi parar no fundo do canal, para onde está indo todo o material sólido arrancado das edifica-

Em Maceió, se não fosse o muro gigante de recifes de corais, reforçado com uma extensa camada de arenitos, com quase 7km de extensão, não haveria área nobre na capital nem parte do Centro.

Há cerca de dois mil anos, a linha de praia do que corresponde hoje à área urbana de Maceió se estendia da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Riacho Doce, ao Pontal da Barra. Para situar o questionamento no Centro de Maceió, a faixa de praia passa na

ções. Assim, a cada ressaca, o canal vai ficando ainda mais assoreado. Ou seja, o que já é ruim pode ficar ainda pior.

Com medo do pior, muita gente pôs a sua propriedade à venda. Hoje na Barra Nova, a correria é para vender casas, pontos comerciais, sítios, chácaras e lotes à beira mar, “a preço de banana”.

Por onde se anda na Barra Nova há placas de venda. “É natural que as pessoas estejam desesperadas. As perspectivas para aquele trecho do povoado não são boas”, alertou o professor Gabriel Le Campion. (D.F.)

Igreja de São Benedito, em frente à Secretaria de Educação. Quando o mar avançar de verdade, o trecho onde está hoje o Teatro Deodoro será considerado uma área com profundidade estimada em dois ou três metros.

Isso implica em dizer que a preservação dos recifes de corais no litoral de Maceió não é mais coisa de ambientalista xiita ou de jornalista “eco-chato”. Trata-se de uma questão de sobrevivência e qualidade de vida de futuras gerações. (D.F.)

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Combate à Gripe A começa amanhã Até ao próximo dia 21 de maio um extenso calendário de vacinação imunizará metade da população de Alagoas Elisana Tenório Repórter

Apartir de amanhã será dada a largada contra a Gripe A em Alagoas. A “corrida” preventiva de enfrentamento ao vírus H1N1 se estenderá até ao dia 21 maio, quando termina o cronograma de vacinação estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS).

Neste período, pessoas de várias taxas etárias serão convocadas para a vacinação. A estimativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) é de que, aproximadamente, 1,5 milhão de pessoas sejam vacinadas, o que significará aproximadamente 50% da população do Estado.

Nesta primeira etapa, que começa oficialmente amanhã e se prolongará até 19 de março, estarão sendo contemplados indígenas e funcionários de unidades de saúde que lidam diretamente com pacientes suspeitos de estarem contaminados com o vírus da Gripe A. No início da manhã de hoje, hospitais e postos de saúde localizados nos 102 municípios alagoanos estarão aptos a vacinar seus trabalhadores. Dentre eles, ficam na rota de combate ao

vírus H1N1, funcionários dos hospitais Universitário, Geral do Estado (HGE) e do Arthur Ramos, além da Maternidade Santa Mônica, das unidades básicas de referência da doença que existem em todo Estado, assim como o pessoal do Programa de Saúde da Família (PSF) e da Atenção Básica.

Semana passada, a Sesau já havia autorizado o início da vacinação entre funcionários de dois dos hospitais que são considerados referência para a doença. Desta forma, Santa Casa de Misericórdia de Alagoas e o Hospital da Unimed receberam cerca de três mil doses da vacina. Quinta-feira foi à vez dos trabalhadores do Hospital Hélvio Auto e do Serviço de Verificação de Óbitos.

Em relação aos índios, a meta é cobrir a população das 10 aldeias localizadas em 25 municípios alagoanos. Para isso, serão convocados os funcionários que trabalham nas unidades dos PSFs Indígenas.

A segunda etapa da vacina acontecerá de 22 de março a 2 de abril e será voltada para as mulheres grávidas, os portadores de doenças crônicas e as crianças

de zero até um ano, 11 meses e 29 dias. As vacinas estarão à disposição nas unidades de saúde.

A orientação é para que as pessoas se desloquem para aquelas que estão localizadas mais próximas de suas casas.

A superintendente de Vigilância a Saúde de Alagoas, Sandra Canuto, ressalta que as gestantes – independente do mês da gestação em que se encontram – e os portadores de doenças crônicas devem atender ao chamado do Governo.

De 5 a 23 de abril, acontecerá a terceira etapa da vacinação contra a Gripe A. Os contemplados serão as pessoas na faixa etária de 20 a 29 anos. Já a quarta etapa - de 24 de abril a 7 de maio - irá beneficiar as pessoas com mais de 60 anos. “Nesta fase também será oferecida a vacina para a Influenza Sazonal, que é a da gripe comum. Portanto, cada idoso deverá se vacinar duplamente”, disse Sandra Canuto.

Recentemente, o Ministério da Saúde introduziu a quinta e última etapa, que será dedicada às pessoas de 30 a 39 anos. Elas deverão procurar as unidades de saúde mais próximas de suas casas de 10 a 21 de maio.

Normas terão de ser respeitadas Sandra Canuto pede às pessoas que respeitem os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, ou seja, não se desloquem para os locais de vacinação, caso não estejam enquadradas no perfil ou faixa etária exigidos.

Segundo ela, os critérios para a vacinação foram traçados de acordo com o número de casos e os agravantes correspondentes a determinadas faixas etárias ou grupos de risco. “Foi feito um estudo sobre os grupos que estão mais suscetíveis à doença; quais apresentaram mais complicações, quais os que foram diagnosticados uma quantidade maior de óbitos. Por exemplo, os índios vivem, de certa forma, isolados e aparentam ter a imunidade mais baixa”, explicou Sandra Canuto.

Ela também chama a atenção para um outro ponto: os doa-

dores de sangue devem praticar este ato de solidariedade antes de se vacinarem, já que, depois, serão proibidos de doar sangue por 30 dias. O alerta é para que o estoque de sangue do Hemoal não fique comprometido.

Em relação à contraindicação, o único empecilho fica para as pessoas que apresentam alergia a ovos. Estas deverão se manter distantes da vacina.

Já a proximidade do inverno não preocupa da superintendente. “Não temos inverno propriamente dito. Pior, na minha opinião, é a alta temporada que trouxe uma grande quantidade de turistas, vindos de várias partes do mundo”, explicou Sandra Canuto.

NOVOS CASOS - Depois do “boom” da doença em 2009, o aparecimento de casos deu

uma trégua, voltando a ganhar notícia no final de janeiro. No último dia 22, entretanto, uma mulher de 23 anos morreu, após passar o carnaval em Paripueira.

Amoça, uma técnica de enfermagem que estava grávida de sete meses, procurou atendimento num serviço de emergência com sintomas de gripe. Dois dias depois, voltou com os sinais já agravados. Por isso, ficou internada.

No entanto, quatro dias depois morreu. O bebê foi retirado e não apresentou sintomas da doença.

No momento, há mais três casos suspeitos. Os três pacientes – duas mulheres grávidas e um homem - continuam internados. O caso mais grave, contudo é o do rapaz, de 30 anos. Seu estado clínico era considerado muito grave até a última sextafeira. (E.T.)

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Lei Seca: prós e contras da proibição Prestes a ser implantada na Levada e Vergel como medida para combater a violência, legislação gera polêmica Fotos: Yvette Moura

Láyra Santa Rosa Repórter

A decisão de que a Lei Seca será implantada no Vergel do Lago e na Levada - bairros considerados os mais violentes de Maceió - está pegando de surpresa comerciantes da região.

Muitos moradores ainda não receberam o comunicado oficial de que as duas localidades foram escolhidas pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI), pela Secretária de Defesa Social e pelo Conselho Estadual de Segurança para, ainda no primeiro semestre desse ano, ter a venda de bebidas alcoólicas controladas.

A Lei Seca deve funcionar entre às 23 horas e às 6 da ma-

nhã, durante todos os dias da semana. Bares, restaurantes e até mercadinhos ficam proibidos de comercializar qualquer tipo de bebida alcoólica a partir desse horário. As pessoas que forem flagradas driblando a determinação, durante o período de restrição, poderão sofrer multas e, posteriormente, ter o estabelecimento lacrado.

Os benefícios da Lei Seca geram divergências de opiniões. Para os donos de estabelecimentos que funcionam à noite, as restrições na hora podem acabar causando o fechamento de seus negócios e acarretando prejuízos financeiros. Já para aqueles que só funcionam durante o dia, a medida pode sim diminuir a violên-

cia, e amenizar outros problemas como as drogas e prostituição infantil.

“Meu bar só funciona durante o dia. Umas 18 horas já estou fechando as portas. Para mim a Lei não vai influenciar muito em relação ao comércio, mas acredito que vai diminuir a violência e outros problemas crônicos que temos por aqui”, contou a comerciante Kátia da Silva, dona de um bar na área do Mercado da Produção há quatro anos. “Isso aqui à noite é absurdo. Em muitas barracas que vendem bebida dentro do Mercado, também tem caso de prostituição infantil e drogas por toda parte. É preciso haver fiscalização para acabar com isso”, sugeriu.

Divergindo opinião com a comerciante, o dono de um bar dentro do Mercado, que quis se identificar apenas como Novato, contou que a Lei vai atrapalhar no seu lucro.

“Essa notícia está me pegando de surpresa. Não sabia que essa Lei podia fazer isso. Se ela entrar em vigor mesmo, vai me atrapalhar bastante, por que abro o bar de madrugada, umas 3h, quando o Mercado começa a funcionar”, disse. “Minha maior preocupação é que vou acabar falindo. Para mim, o problema daqui não é cachaça, é a droga.

Eles deviam era prender esses traficantes, e não atrapalhar o lucro de um pai de família”, lamentou o comerciante.

Ideia é que, com a restrição da venda de álcool, a violência diminua

Barracas da orla lagunar devem ter prejuízos São os donos dos bares estabelecidos na orla lagunar, localizada ainda no bairro da Levada, que podem sofrer mais com a medida. A área é tomada por alguns estabelecimentos que, aos fins de sema-

na, ficam lotados, com shows ao vivo.

“Tenho esse bar há oito anos e tenho certeza de que, se proibiram a bebida a partir das 23 horas, serei bastante atingido. É a bebida que traz o movimen-

Benedito Ferreira diz que movimento da sua barraca começa às 23h

No Vergel, medida agrada à maioria Na região do Vergel do Lago, a situação se repete.

Comerciantes dividem as opiniões, mas todos entram num consenso de que a violência existe é não para de crescer.

“O meu bar só fica aberto até às 21h30 justamente por causa da violência. E para mim essa Lei Seca será um beneficio para o Vergel. Não temos sossego aqui na rua. É assalto, morte, tráfico de drogas. A nossa expectativa é que, com a implantação da Lei, essa situação melhore”, disse a comerciante Josimeire Couto, dona do Bar da Meire, no Vergel do Lago. “Fecho o bar cedo justamente pelo medo da violência. Muitas vezes ainda temos gente bebendo por aqui, e sou obrigada a pedir para o pessoal ir embora. Quem vai arriscar a vida?”, indagou.

Em situação parecida está Marlene Santos da Silva. Dona de um bar há dois anos, ela garante que prefere fechar seu estabelecimento cedo do que ficar a mercê da violência.

“Nunca teve nenhuma confusão aqui no meu bar, mas prefiro não esperar que aconteça. Agente sabe que a situação por aqui é complicada, e que existe muita violência.

Diante dessa situação, abro mais cedo e fecho antes do anoitecer. O lucro poderia ser maior se ficasse mais tempo, mas em compensação, ficaria mais exposta à violência”, alegou a comerciante.

Para Vera Maria da Conceição, a medida pode ser a responsável pela redução da criminalidade na região do Vergel do Lago. “Eu não estava sabendo que essa medida iria acontecer. Mas, para mim não vai fazer muita diferença, já que meu estabelecimento funciona de 10h às 22h. Mas estou feliz em saber que o nosso bairro será beneficiado. Sem dúvida é uma chance que temos de diminuir a violência. Asituação da ficando insuportável”, afirmou. (L.S.R.)

to ao meu bar e me dá o lucro.

Como vou ficar? Vou acabar falindo”, lamentou o comerciante Benedito Ferreira da Silva, dono da barraca Coco Verde, localizada na orla Lagunar.

“Não vou ter como sobreviver.

Estou bastante preocupado com essa notícia. É justamente na hora que eles querem que a gente feche o bar, que o movimento começa a ficar bom. Sem dúvida seremos prejudicados”, afirmou. (L.S.R.)

Já Vera confia que implantação da lei vai diminuir a criminalidade

Restrição não tem data para vigorar Os altos índices de criminalidade, principalmente o de homicídios, fez com que o poder público decidisse implantar a Lei Seca em dois bairros de Maceió. A escolha foi feita justamente entre as localidades com os números de assassinatos mais altos. A Lei deve vigorar a princípio na Levada e no Vergel do Lago, ainda sem data definida para começar.

Aexpectativa é que no próximo dia 15, os últimos detalhes do projeto que implantará a Lei Seca sejam discutidos e finaliza-

dos na reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI). “Estamos revisando a Lei que já está em vigor desde 2007, regulamentando as formas de fiscalização e de cobranças nos cumprimentos da determinação que a legislação não prevê”, contou o coronel Marcus Vinicius Ferreira Gomes, secretário geral do Gabinete de Gestão Integrada de Alagoas.

Essa não é a primeira vez que a Lei Seca é implantada em bairros de Maceió. Há dois anos, a medida vigorou durante cerca de três meses em caráter expe-

Lugares onde o crime predomina Segundo o coronel Marcos tas. Não estamos aqui para desVinícius, outra diferença im- criminar nenhum bairro. Se portante entre a primeira im- mais adiante o Farol, que é um plantação e essa que ainda vai bairro de classe média, apreacontecer, foi nos critérios de sentar dados altos de homicíescolha. “Seguimos duas ver- dios também iremos aplicar a tentes, cruzando dados até che- Lei nele”. gar ao resultado que culminou Outra preocupação do GGI com a escolha do Vergel do La- durante a mudança nas medigo e da Levada. Na verdade foi das é com licitude da proibição. feito um estudo, que anterior- “A bebida é uma droga licita. mente não aconteceu”, expli- Mas, a Constituição Federal cocou. “Comparamos os núme- loca que cada Estado regularos da violência diante da denmenta esse tipo de atisidade populacional, vidade de acordo com seguindo o padrão suas necessidades. Esmundial que compatamos nos baseando ra o número de hominessa medida, para que cídios para cada cem Cada Estado futuramente o nosso mil habitantes, e ainda, regulamenta projeto não possa ser o cruzamento dos nú- a venda de atrapalhado por qualmeros absolutos que quer ação. Até porque, bebida, são diferentes. O resulno entendimento da que é uma sociedade é algo libetado acabou sendo a mesclagem das duas droga lícita rado”, completou o coestatísticas”. ronel da PM. A Lei Seca deverá Aproibição da venfuncionar por noventa da de bebidas em deterdias, podendo ser reminados horários deverá ser novado por mais noventa. fiscalizada pelas policiais Civil “Depois desse prazo devere- e Militar, e ainda, contará com mos fazer uma nova pesquisa o apoio de outras secretarias e saber se a medida funcionou. que fazem parte do GGI. “SaSó então vamos decidir se a lei bemos que existe a prostituiSeca será renovada ou não. Essa ção infantil nos bairros, então nova pesquisa de dados pode- contamos com o apoio do Juirá culminar, ainda, com a im- zado da Infância e da Juventuplantação da Lei em outros de. Além de termos o apoio da bairros”, antecipou o integran- Vigilância Sanitária. Estamos te do GGI. “A idéia da medida trabalhando para ver como proé salvar mais vidas, trabalhan- cederemos nas fiscalizações”, do com comunidades violen- finalizou. (L.S.R.)

rimental no bairro do Santos Dumont. Na época ela foi alvo de várias críticas, principalmente por não ter sido devidamente fiscalizada. “Essa nova versão da Lei Seca será diferente da implantada anteriormente em Maceió. Estamos mudando tudo. Inclusive, com a preocupação de, durante 30 dias, fazer uma campanha educativa com a comunidade, escutando sugestões e os conscientizando.

Sem falar nas medidas fiscalizadoras que devem acontecer”, disse o coronel. (L.S.R.)

Estatística aponta bairros violentos A escolha dos dois bairros teve ligação direta com os índices de assassinatos em cada região. De acordo com informações do Departamento de Estatística e Informática da Polícia Civil (Deinfo), apenas em janeiro de 2010, oito pessoas foram mortas na Levada e outras quatro no Vergel do Lago.

No ano passado, os números foram ainda maiores: de julho à dezembro de 2009, na Levada foram registrados 45 homicídios, no Vergel foram 75 casos.

Nos levantamentos feitos pelo Gabinete de Gestão Integrada foram feitos duas estatísticas que, quando cruzadas apontaram os bairros como sendo os dois mais violentos de Maceió. Na primeira, é feito o quantitativo do percentual para cada cem mil habitantes, na outra o número absoluto do período de julho a dezembro de 2009.

Depois desse levantamento, foi feito um ranking onde as duas localidades aparecem com o grande índice. (L.S.R.)

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100 anos de luta e reivindicações No dia dedicado especialmente às mulheres, algumas heroínas revelam seus segredos para vencer a lida do dia-a-dia Valdete Calheiros Repórter

As mulheres comemoram amanhã o centenário do Dia Internacional da Mulher. Com muitas vitórias

emblemáticas ao longo dos últimos anos, a data é um convite a celebrações, mas deve ser também motivo de reflexão sobre as conquistas que ainda faltam ser alcançadas para que se

possa ocupar um lugar de maior destaque na sociedade. O JORNAL deste domingo resolveu homenagear as alagoanas através da história de vida de algumas mulheres que quebra-

ram paradigmas por terem sido pioneiras em profissões consideradas tipicamente masculinas. Os relatos são um bom exemplo de que as mulheres não são “sexo frágil”.

Lula Castello Branco

Marco Antônio

Independência e orgulho vencem

Tenente Camila venceu preconceitos e, em breve, será a mais nova capitã do Corpo de Bombeiros

A oficial do Corpo de Bombeiros O dia começa cedo para Camila Renatha Paiva Barbosa Torres. Às 4h40 da manhã, a mulher que se tornou a primeira oficial do Corpo de Bombeiros de Alagoas e está prestes a ser a primeira capitã de Alagoas, inicia suas atividades de mulher, dona de casa, esposa, mãe e, sobretudo, tenente e sub-comandante do Grupamento Ambiental do Corpo de Bombeiros. Sob seu comando, 58 bombeiros, entre eles, apenas uma mulher.

Camila tem 27 anos. Tornouse tenente aos 21. É casada com o também tenente do Corpo de Bombeiros Milton Carnaúba e mãe de Laís, 4 anos, e Mateus, de 2. A profissão não foi escolhida ao acaso. Foi herança familiar.

Camila Paiva aprendeu a amar a farda militar ainda na infância. Ela é filha do coronel da reserva Ronaldo Barbosa.

“No início sofri muito preconceito. Na Academia de Polícia Militar de Pau D’alho, em

Pernambuco, onde foi nossa formação, lembro-me de um oficial da Polícia Militar que vivia me dizendo que jamais eu poderia tirar notas maiores que ele por ser mulher, bombeira e ainda mais alagoana”, recorda.

Camila transformou a provocação em estímulo e, durante todo o curso tirou as maiores notas. Por isso, foi promovida a tenente ainda durante a formação na Academia.

(V.C.)

A primeira batalha pela profissão e pela independência financeira começou dentro de casa. Em 1994, Rosiane de Lima Santos, 34 anos, prestou concurso para o Corpo de Bombeiros com mais dois irmãos e uma irmã. Só ela passou. Na época, foi o primeiro concurso para praça do Corpo de Bombeiros.

Hoje, ela é 2ª sargento da corporação. O amor à profissão, já rendeulhe o título de Bombeira Destaque em 2009.

Casada e mãe de Milena Regina, de 8 anos, e Mirela Ruth, de 4, Rosiane de Lima faz parte do Grupamento de Socorros e Emergências dos Corpo de Bombeiros, onde trabalha com mais 150 homens e 34 mulheres.

“Daqui a nove anos, entro na reserva.

Quando penso no passado, em como foi duro chegar até aqui, meu orgulho vai às nuvens. Meus pais não queriam que eu prestasse concurso para o Corpo de Bombeiros.

Achavam que era coisa para homem. Agora, para falar a verdade, acho que eles têm ainda mais orgulho do que eu”, afirmou.

O orgulho pela profissão não é só da 2ª sargento ou de seus pais. As filhas de Rosiane de Lima também adoram a profissão da mãe. Principalmente, a mais velha. O marido também dá apoio e, embora, uma vez ou outra ainda estranhe os plantões de 24 horas da mulher, ajuda no que pode com as meninas.

(V.C.)

Sargento Rosiane já está prestes a entrar para reforma: tantas realizações

A governadora do Estado A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento, entrou mais uma vez para a história alagoana. Desta vez, na política. Ela é a primeira mulher a assumir o governo de Alagoas. Ainda que de forma interina. É dela também o título de primeira desembargadora e presidente do Tribunal de Justiça do Estado, cargo para o qual foi eleita em 2008 para o biênio 2009/2010.

Elisabeth Carvalho assumiu o governo do Estado, na última sextafeira, onde ficará até a próxima quarta-feira (10), quando o vice-governador, José Wanderley, retorna de viagem.

Até lá, a governadora se reunirá com líderes comunitárias, participará da Caminhada em comemoração ao Dia da Mulher e presidirá a concessão da Comenda Nise da Silveira, honraria do governo do Estado a mulheres de destaque em Alagoas.

(V.C.)

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Fotos: Thallysson Alves / Estagiário

Oito quilos de cartas todos os dias Com um corpo franzino, mas ao mesmo tempo mostrando bastante firmeza, a carteira Railda da Silva Duarte, 37 anos, carrega nos ombros oito quilos de correspondência por dia, de segunda a sextafeira, em uma carga horária de oito horas por dia, com intervalo de apenas uma hora para o almoço.

A volumosa “bolsa” de trabalho divide as atenções que Railda Duarte dispensa à nécessaire, acessório indispensável para quem por “questões de saúde e vaidade” não dispensa o batom com protetor solar, o boné, o óculos escuro e o protetor solar.

Cansaço? Sim, ela sente.

Mas diz esquecê-lo rapidamente quando pesa na balança as conquistas alcançadas com a realização profissional e a se-

gurança que apenas um em- porta. Era eu uma única mulher prego público podem oferecer. a impedir que dezenas de marAlém das correspondên- manjos usassem o banheiro. Em cias, Railda carrega o orgulho dezembro deste ano, irei de ter sido a primeira carteidebutar nos Correios”, ra de Alagoas. Ela presrelembra, aos risos. tou concurso em deTodos os dias, a carzembro de 1994 e no A volumosa teira realiza a triagem ano seguinte ao ingresdas correspondências bolsa de por distrito, separa-as sar na instituição ajutrabalho por logradouro, ordedou a “mudar” a história dos Correios no na-as e sai às ruas para divide Estado e, consequentefazer as entregas. “Na espaço mente, das outras carrua sinto-me livre. com a teiras que chegaram Ando, vejo pessoas, cop o s t e r i o r m e n t e . necesséire nheço histórias de vida, Quando ela fez o concompartilho relatos. Sou curso, a vaga era para muito satisfeita com o agente postal, atribuique faço”, garantiu. E compleção já extinta. tou: “Nenhuma mulher deve “Na minha época, sequer desistir dos seus sonhos pestinha banheiro feminino. Na soais ou da sua profissão. Por hora em que eu precisava ir ao nada nesse mundo. São as duas banheiro, avisava aos colegas coisas que nos fazem felizes”, de trabalho e passava a chave na ensinou. (V.C.)

Railda foi a primeira mulher a entrar para os Correios em Alagoas: na época, nem banheiro feminino tinha

Na cabine do caminhão e com muita delicadeza Aos 42 anos, Maria de Fátima Correia da Silva deixa muito marmanjo de queixo caído. Um dos seus melhores atributos, segundo ela mesma, está atrás de um volante, ou melhor, dentro de uma boleia de caminhão.

A história não podia ser outra. Ela veio de uma família da caminhoneiros e cresceu com um caminhão à porta de casa. Fátima Correia vem de uma família de 10 filhos, dos quais quatro mulheres. Apenas ela, seguiu em direção ao volante.

Satisfeita, jura que aprendeu a guiar o caminhão sozinha.

“Só de olhar, já tomei gosto.

Depois fui atrás dos testes para pegar a habilitação.”.

Desde que recebeu a habilitação, a motorista já trabalho dirigindo microônibus e caminhão guincho. A única

reclamação é quanto à falta de oportunidades no mercado de trabalho para as mulheres que dirigem caminhão. “Em uma das empresas que deixei currículo, ouvi no setor de recursos humanos que a culpa pelo fato de as mulheres não serem admitidas em um emprego tipicamente masculino é das leis que insistem em aumentar o tempo da licençamaternidade”, lembrou, com ar de indignação.

Para Fátima Correia, isso é desculpa de empresas que não sabem ainda que contratar uma mulher garante, inclusive, segundo ela, mais rendimento aos negócios.

“Em se falando de direção, então, nem se compara.

As mulheres são mais atentas e causam menos acidente do que os motoristas”, compara. (V.C.)

Fátima ainda encontra preconceito e falta de vagas no mercado

Mulheres que voam alto e ainda querem mais A Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), lançou, na última sexta-feira, o Projeto Mulheres Voam Alto, o primeiro do Estado voltado às mulheres portadoras de deficiência.

Segundo a vereadora Rosinha da Adefal, o projeto tem o propósito de fazer com que as alagoanas se juntem para sugerir e fiscalizar políticas públicas de inclusão, que atendam às mulhe-

res com essa condição. “A ideia é unir mulheres com deficiência para que possam participar de debates sobre a limitação e as formas de ultrapassá-las. E temos muitos motivos para isso. Enquanto

no Brasil, a média de pessoas com deficiência corresponde a 14,5% do total, em Alagoas essa média é superior e gira em torno de 16,5%”, comparou a vereadora. (V.C.)

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Tudo começou há mais de cem anos No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade de Nova Iorque, fizeram uma grande greve, ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho.

Entre as exigências, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

Amanifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido

que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857.

No entanto, apenas em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar.

Na maioria dos países, realizamse conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual.

O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher.

Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.

Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. (V.C.)

Entre o cimento e os tijolos, o talento feminino Yaverlhany Valéria Santos Correia cuida de uma casa como ninguém. Antes mesmo de decorá-la, ela providencia todos os detalhes ainda na planta. Também pudera, Yaverlhany é pedreira e gosta de ser chamada de “Lane Pedreira”.

Aos 40 anos de idade, dos quais 22 de profissão, Lane conta que chega a erguer, por dia, 26 metros de alvenaria.

Se é muito ou pouco para uma mulher? Ela mesma responde: “Um pedreiro bom costuma erguer de 10 a 15 metros por dia”.

Ela tinha apenas 18 anos quando teve seu primeiro contato com os tijolos e o cimento. Lane Pedreira descobriu-se no ofício por acaso. Depois de aceitar um convite, de um amigo mestre de obra, para ir trabalhar.

De lá para cá não parou mais. Nem quer.

“Fico feliz quando passo por uma obra, seja casa ou prédio que eu construí. Sou realizada com o que faço. Para ficar ainda mais satisfeita, quero ser engenheira civil. Vou prestar vestibular no ano que vem”.

No currículo de Lane Pedreira não deve faltar edificações. Ela já trabalhou nas principais empresas de Alagoas. Sendo inclusive a primeira a ter registro na Carteira de Trabalho com o ofício de pedreira. Ela já trabalhou em obras com 370 pedreiros e apenas duas mulheres. “Mesmo assim elas eram técnicas de edificação e não pedreiras como eu”, fez questão de dizer. (V.C.)

Thallysson Alves / Estagiário

Lena encara a dureza de erguer até 26 metros de alvenaria por dia: “Pedreiro bom levanta até 15 metros”

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Fotos: Eduardo Almeida

Sem auditório, diretora mostra sala de aula improvisada em prédio anexo à Escola Batista Acioli, em AL

Auditório da Escola Professor José Dias da Costa, em Pernambuco, tem capacidade para 120 pessoas

Alagoanos vão estudar em Pernambuco Falta de vagas e má qualidade do ensino são apontadas como os principais motivos para a mudança Eduardo Almeida Repórter

COSTA DOS CORAIS – Depois que ingressou no ensino médio, há duas semanas, a rotina da estudante Águida Maria da Silva, 14 anos, mudou. Agora, ela é obrigada a sair de casa às 6h para conseguir chegar a tempo na Escola Professor Carlos José Dias da Silva, localizada em São José da Coroa Grande, Pernambuco.

O motivo para a mudança: a falta de vagas e de estrutura na única escola pública que oferece o curso médio em Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas.

Assim como Águida, muitos estudantes alagoanos estão

migrando para escolas no estado vizinho. Só este ano, o colégio onde a adolescente estuda – uma das 160 instituições pernambucanas consideradas de referência em ensino médio – recebeu aproximadamente 70 alunos vindos de Maragogi. Para a diretora da instituição, Rosinalva da Cunha Rabelo, o número é bem superior a este, o que atrapalha o planejamento pedagógico e sobrecarrega o sistema educacional.

“Embora o colégio apresente capacidade para até 1500 alunos, o número de novatos fez com que a coordenação elaborasse um novo plano pedagógico e redistribuísse as aulas. Ademanda é cres-

cente, e boa parte dos alunos novatos vêm de Alagoas. Eles alegam que faltam vagas e que o ensino não é de qualidade. Além disso, também buscam os cursos profissionalizantes que são oferecidos aqui”, observou a diretora.

Segundo Rosinalva Rabelo, apesar de utilizar como argumento a qualidade do ensino em Pernambuco, os estudantes alagoanos não apresentam déficit de aprendizagem. Mas, na tentativa de minimizar qualquer mal estar, ela completa: “mesmo que houvesse deficiência, nossos professores não fariam distinção. Os estudantes não têm culpa se o ensino oferecido a eles é ou não de qualidade, apenas

sofrem as consequências da falta de políticas públicas eficazes”.

Lidione Cláudio da Silva, diretora da Escola Estadual Batista Acioli, única que oferece o ensino médio em Maragogi, explica que algumas medidas já foram tomadas para minimizar o problema, como a locação de um prédio anexo em um casarão da cidade. No entanto, reconhece que elas não são suficientes e que apenas a construção de uma sede mais ampla poderia acabar com a falta de vagas na instituição.

“Nós locamos um prédio que, por sinal, não está preparado para receber alunos, mas ainda enfrentamos problemas

com espaço. A demanda é crescente e falta espaço na escola.

Contamos com apenas cinco salas de aula e temos cerca de 1400 alunos, divididos em três turnos. As salas já estão superlotadas e, apesar disso, alguns estudantes ainda têm que buscar vagas em outros municípios”, completou Lidione Silva.

NOVA SEDE – Ainda de acordo com a diretora, já existe um projeto para a construção de uma nova escola, que ficaria no Conjunto Deda Paes, mas, embora a prefeitura de Maragogi tenha doado o terreno, a nova sede nunca saiu do papel e os alunos continuam sofrendo com

a falta de estrutura. Os recursos, segundo ela, teriam sido utilizados para a construção de uma escola em Matriz de Camaragibe.

“O Governo do Estado enviou recursos para a construção da escola, mas ela nunca saiu do papel. O que seria a nova Escola Estadual Acioli Barros se transformou em uma escola modelo em Matriz. Nós continuamos com os velhos problemas de sempre. Desde 1999, nossos alunos são obrigados a estudar em prédios anexos, o que dificulta, inclusive, a formulação dos horários, já que o professores tem que se deslocar de um local ao outro”.

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Fotos: Eduardo Almeida

Estudantes comemoram a mudança de escola A estudante Águida Maria da Silva, 14 anos, não tem dúvidas quando questionada sobre as diferenças entre a escola onde estudava em Maragogi e a que frequenta agora em São José da Coroa Grande, Pernambuco: a estrutura do prédio e a qualidade de ensino.

Preocupada em passar no vestibular e garantir seu futuro profissional, ela mudou de colégio e diz que não se arrepende da mudança, mesmo percorrendo pouco mais de trinta quilômetros por dia.

“Quando eu estudava em Maragogi, faltavam professores e as salas eram pequenas demais para a quantidade de alunos. Aqui, as salas são grandes e com poucos alunos. Além disso, temos laboratórios de informática, biologia, química, física e matemática. Lá não havia nada disso. Agora eu me sinto mais preparada e confiante para passar no vestibular ou ingressar em um curso profissionalizante”, explicou a estudante.

Alagoana Águida da Silva garante que distância é compensada

Companheira de turma de Águida, Gerlene Isa Mendonça, 15 anos, afirma que nem a distância diminui a vontade de estudar. Para chegar a Escola Professor Carlos José Dias da Silva, ela acorda às 6h e segue de transporte alternativo até o

colégio, onde estuda em horário integral durante dois dias na semana. A viagem dura em média 40 minutos, mas, segundo Gerlene, é recompensada com aulas dinâmicas.

“Apesar de ter que sair de casa logo cedo e ser uma das

primeiras a chegar aqui, não me arrependo de ter mudado de escola. Além da qualidade nas aulas, a viagem é uma boa oportunidade de fazer amizades e conhecer mais alunos de Maragogi que também estudam aqui em Pernambuco. No futuro, quando tiver um bom emprego, vou perceber o quanto foi importante todo esse esforço”, falou Gerlene.

Embora as amigas de Engel Anny, 14 anos, afirmem que a má qualidade de ensino e a falta de estrutura tenha sido a principal causa da mudança de escola e de cidade, a adolescente garante que os estudantes de Maragogi não apresentam dificuldades em relação aos de São José da Coroa Grande, nem se sentem discriminados pelos alunos pernambucanos. “Somos tão inteligentes quanto eles, não ficamos devendo em nada, por isso não vejo motivos para qualquer tipo de distinção.

Além disso, os professores são muito atenciosos”.

Os contrastes entre as escolas são visíveis Uma é considerada referência no ensino médio. A outra, conhecida pelos problemas recorrentes que enfrenta. Não é preciso muito esforço para notar que as diferenças entre a Escola Estadual Batista Acioli e a Escola Professor José Carlos Dias são gritantes. Enquanto no colégio alagoano faltam vagas, no pernambucano sobram. Se aqui não tem laboratórios, lá os alunos conhecem a prática em cada disciplina.

Segundo a diretora Rosinalva da Cunha Rabelo, a escola que fica do outro lado da divisa conta com cinco laboratórios: de física, química, biologia, matemática e informática. Os alunos utilizam o espaço durante um turno alternativo, duas vezes por semana, o que não acontece por aqui, mais uma vez, devido à falta de espaço.

“Até que nós temos o material para o laboratório de

ciências, mas não temos onde instalar. Os alunos não têm acesso a eles porque na sala não cabe uma turma, cabem no máximo cinco estudantes.

Se não temos salas para as aulas, imagine para laboratórios. Aqui em Alagoas, trabalhamos como podemos”, lamenta Lidione Cláudio da Silva, diretora da Escola Batista Acioli.

O número de salas também evidencia a disparida-

de: lá são 12 para atender a 1200 estudantes, aqui são 10 para 1500, o que, para a diretora da escola alagoana, favorece a evasão escolar. “Em salas que deveriam estudar 25 pessoas estão 40 ou 50. Os estudantes não se sentem estimulados a freqüentar a escola. Até quando isso vai continuar eu não sei, mas tenho uma certeza nessa história: quem mais perde são os nossos jovens”.

Distribuição dos alunos na sala de aula atende as normas do MEC

Secretaria reconhece o problema O secretário da Educação e do Esporte deAlagoas, Rogério Teófilo, reconhece que a Escola BatistaAcioli, em Maragogi, apresenta problemas estruturais e que o número de vagas é limitado devido ao espaço físico do prédio. No entanto, garante que um projeto tramita em Brasília para a construção da nova sede, que deve funcionar no Conjunto Deda Paes e beneficiar mais de 1500 alunos.

“O Governo do Estado aguardava a aprovação da Lei Orçamentária Anual para poder firmar os convênios que garantem a construção do novo prédio. Como ela foi aprovada, estamos esperando a publicação para dar início ao processo licitatório. A Lei estabelece que o processo de licitação dure sessenta dias. Não podemos infringir o que determina a Lei. Mas o projeto segue e, em breve, as obras para a nova sede terão início”, explicou Rogério Teófilo.

Apesar de garantir que já existe projeto para a nova escola e que ele tramita em Brasília, o secretário não informou em quanto tempo a obra deve ser concluída. Segundo Teófilo, não há como precisar o período de duração porque isso depende dos convê-

nios firmados e da liberação dos recursos. Como medida paliativa, a Secretaria da Educação alugou um casarão que funciona como anexo da sede.

“Nós procuramos a coordenadora da escola e solicitamos que ela locasse um prédio para suprir as necessidades. O prédio foi locado e reformado para receber os alunos. Fizemos uma visita no final do ano passado e constatamos que o prédio apresentava condições de funcionamento, não identificamos problemas. No entanto, a construção de uma escola com 15 salas deve resolver a situação”, afirmou.

De acordo com o Teófilo, o fluxo de alunos deve diminuir gradativamente nos próximos anos, através de uma parceria que o Governo vem firmando com as prefeituras municipais.

O pacto prevê que os municípios se responsabilizem pelo ensino fundamental e o Estado pelo ensino médio. A medida já foi colocada em prática em alguns municípios, a exemplo de Maceió. “Com prefeituras se responsabilizando pelo ensino fundamental e Estado pelo curso médio, os alunos devem sair ganhando”.

Estado defende descentralização para agilizar os atendimentos Da Editoria de Cidades Ordenamento administrativo e qualidade dos serviços prestados à população. Estas são as garantias dadas por Vanilo Soares, superintendente de Atenção à Saúde do Estado, para explicar os investimentos concentrados na descentralização dos serviços no Sistema de Saúde em Alagoas, especialmente na atenção básica, média e alta complexidade.

Soares afirma que há 30 anos o Estado não tem um investimento tão grande destinado à saúde. Ele destaca alguns fatores como impulsionadores de uma melhora no atendimento: o trabalho do Pro-Saúde, a conclusão da segunda etapa do Hospital Geral do Estado (HGE) - cuja obra está programada para iniciar ainda neste semestre , o aumento no número de leitos com a abertura do hospi-

tal do Sertão e ampliação da Unidade de Emergência (UE) Agreste. Com estas realizações, defende o superintendente, haverá a redução de, pelo menos, metade da carência de leitos na rede. “Em 30 anos houve um incremento de apenas 38 leitos na rede alagoana. A meta da Sesau é incorporar, no mínimo, 400 novos leitos até o final deste ano. Isso equivale a praticamente quatro novos hospitais” calcula.

Mas ainda há desafios a serem ultrapassados, como a baixa cobertura do Programa Saúde da Família, que gera fatores complicadores na média e alta complexidade, em função do agravamento das doenças crônicas, que muitas vezes não são devidamente tratadas na rede básica e terminam chegando na porta do HGE, aumentando a demanda e comprometendo a capacidade

de atendimento da unidade.

“Quando o atendimento na rede básica é eficaz, pode evitar que as doenças se agravam e que os pacientes sejam levados ao HGE e UE Agreste que, mesmo sem ter a atribuições para atender alguns casos, não negligencia o atendimento”, garante. “É preciso compreender que essas unidades solucionam problemas graves de uma rede que passou 30 anos sem receber investimentos como os de agora. Logo, é necessário também enxergar os fatores que provocam a alta demanda naquela unidade. O trabalho da Pro-Saúde está voltado para organizar a funcionalidade do hospital, principalmente para o perfil específico de urgência e emergência.” completou Soares.

Para ele, o mercado sofre com a carência de profissionais, sobretudo intensivistas, mas assegura que o número

de plantonistas no HGE é suficiente para cobrir os plantões da UTI. “Em três anos, a capacidade de leitos, equipamentos e profissionais foi ampliada, tanto o parque de equipamentos como as condições de trabalho. Mas precisamos avançar mais”, admitiu.

Vanilo Soares assegura, ainda que nenhum paciente deixa de ser acompanhado ou atendido e que uma escala especial vem sendo elaborada pela gerência médica para suprir qualquer carência nas unidades. “O mercado enfrenta dificuldades para contratar alguns especialistas, provocando muitas vezes, carência de alguns profissionais, mostrando que precisamos incentivar especialização em áreas como UTI e neuro. Esse não é apenas um problema enfrentado pela rede pública, mas um desafio também da rede privada”, disse.

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O JORNAL

Arapiraca

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Cresce índice de violência contra mulher Dados estatísticos da Delegacia da Mulher apontam que as denúncias de agressão aumentaram Carolina Sanches Repórter

ARAPIRACA - Apesar dos esforços para reduzir a violência contra a mulher, como a implementação da Lei Maria da Penha, a ação dos agressores não tiveram redução. Dados estatísticos da Delegacia da Mulher apontam que as denúncias de agressão contra a mulher aumentaram.

Criada para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, a lei n° 11.340 conhecida como Lei Maria da Penha, en-

trou em vigor em setembro de 2006. A lei garante maior proteção para as mulheres vítimas de violência e um dos seus principais destaques é que em apenas 48 horas, o agressor pode ser afastado de casa e proibido de chegar perto da vítima e de seus filhos.

Apesar de apresentar punições mais severas, a lei Maria da Penha ainda não inibe os casos de agressão. Somente no município de Arapiraca, no ano de 2008, foram instaurados na delegacia especializada 90 inquéritos e 48 Termos Circunstanciados

de Ocorrências (TCOs) em e em 2009 o número saltou para 160 inquéritos e 60 TCOs. “A lei Maria da Penha veio punir de forma mais rigorosa o agressor e implementar mecanismos para coibir e prevenir essa violência doméstica. Amulher está tendo mais coragem de procurar a delegacia e denunciar seus agressores. Os números estão refletindo essa procura”, ressalta o agente Batista, da Delegacia da Mulher de Arapiraca.

Os casos registrados na delegacia são de vítimas de ocorrências como lesão corporal, abuso

sexual e estupro. “A violência contra mulher, além de ser um problema social é um crime, e deve ser tratada como tal”, expôs o policial.

Para alguns especialistas, o cenário talvez fosse diferente se o número de denúncias fosse maior. Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram em silêncio, sem pedir ajuda. Segundo a psicóloga Susy Maurício, os motivos são muitos e incluem a vergonha, a dependência financeira ou emocional do agressor, o medo de apanhar ainda mais, e ainda exis-

tem as que crêem que são culpadas pela violência.

A psicóloga explica que muito dos casos de violência são fruto das relações que conduzem à dominação e à discriminação das mulheres pelos homens. “Desde a infância, meninos são incentivados a serem agressivos, usarem a força física, enquanto que às meninas é ensinada a delicadeza, submissão e dependência.Alguns levaram consigo a idéia de superioridade, se julgando mais fortes e valentes, acreditando que a violência é o melhor argumento. É com

esse pensamento que muitos maridos, pais, namorados e irmãos agridem, em alguma medida, suas esposas, filhas, namoradas e irmãs”, observou.

Suzy também disse que o álcool, as drogas e o ciúme são comumente apontados como razão para a agressão. “É preciso da implementação de programas que ajudem a mulher a enfrentar o problema. A lei Maria da Penha já prevê esse tipo de assistência e, quando ela é colocada em prática, os resultados são sempre positivos”, afirmou a psicóloga.

UE faz levantamento de casos na região Casos de violência contra mulher, além de crime, são considerados problemas de saúde pública. Um levantamento do Serviço de Epidemiologia da Unidade de Emergência do Agreste compro-

vou que violência foi à causa número um de atendimentos de emergência entre multaheres.

O relatório aponta que das 987 notificações de casos de violência, 61% as vítimas são mu-

lheres. As principais formas de violência detectadas foram agressões físicas, lesões autoprovocadas e violência sexual.

Segundo o documento, fica evidente a necessidade da indica-

ção de elementos para que os municípios implantem seus Núcleos de Prevenção e Redução das Violências, para que procedam à avaliação, identificação precoce e intervenção nas situações de risco.

Apoio à vítima de violência é deficiente O enfrentamento do problema da violência contra mulheres demanda a implantação de ações conjuntas nas áreas de segurança pública, jurídica, psicossocial e da saúde. Em Arapiraca, não existe um órgão específico que ofereça o atendimento as mulheres vítimas de violência.

O Conselho de Defesa dos Direitos da Mulher do município

não é atuante. Mesmo com a carência, muitas vítimas recebem apoio no Centro de Referência Especializada da Assistência Social (Creas) do município. O Crea é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social e atende mulheres, crianças, adolescentes, idosos e portadores de deficiências vítimas de todos os tipos de violência.

De acordo com a secretária

de Assistência Social, Adélia Leite, as mulheres vítimas de violência recebem atendimento no Crea, mas muitas sentem medo de procurar o serviço. “O atendimento é espontâneo e depende da vítima para que tenha continuidade. “O município só não possui uma casa de abrigo para as mulheres, mas conta com psicólogos, pedagogos e advogados que estão a disposi-

ção no Crea para atende-lás”, afirmou.

A secretária explicou que a proposta do município é de reativar o Conselho de Defesa dos Direitos da Mulher. “O conselho foi desativado porque ficou desarticulado.estamos tentando, através de reuniões pela Secretaria de Assistência Social, fazer com que ele volte a funcionar”, expôs Adélia Leite.

Psicóloga reforça necessidade de programas de apoio às vítimas

UNEAL

Memorial faz uma homenagem a mulheres arapiraquenses O Dia Internacional da Mulher será comemorado amanhã, em Arapiraca, através de uma série de homenagens a personalidades femininas que contribuíram e continuam ajudando no desenvolvimento do município.

O primeiro Memorial da Mulher da América Latina - o Memorial da Mulher Ceci Cunha- vai homenagear personalidades femininas, com as exposições “E-du-ca-do-ras” e “Mulheres de Sucesso”, além

da entrega do Troféu Memorial da Mulher Ceci Cunha.

A diretora Kika Tenório, informa que as homenagens fazem parte do aniversário de dois anos de criação do Memorial da Mulher Ceci Cunha e da programação da Semana da Mulher em Arapiraca. Ela adiantou que a abertura da programação está marcada para 10h, com o início das duas exposições, que irão prosseguir até o dia 1º de maio.

Já a secretaria Municipal

de Saúde, realiza, desde o dia 3 deste mês, uma série de ações como parte da celebração pela passagem do Dia da Mulher. As atividades tiveram com a segunda edição do Fórum Discutindo a Saúde da Mulher. Na ocasião, a médica Ana Paula Fernandes Barbosa proferiu palestra, tendo como foco a prevenção do câncer do colo do útero.

Aprogramação prossegue amanhã, na Praça Marques da Silva, com uma mobilização e

atividades com as mães da Sociedade Pestalozzi. Ainda de acordo com a programação, as ações também serão realizadas nas unidades de saúde, em parceria com as escolas e conselhos locais de saúde.

O encerramento das atividades está marcado para o dia 25 deste mês, no CRIA, com o lançamento do projeto “Mulher por inteiro” e da coleta de citologia em meio líquido no 5º Centro de Saúde.

Nomeados devem se apresentar até abril Apró-reitoria de Desenvolvimento Humano (Produh) da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) informou que apresentação dos 193 servidores nomeados no Diário Oficial do Estado (D.O.E) se estenderá até o próximo dia 4 de abril.

De acordo com a pró-reitora Wilma Nóbrega, os aprovados no concurso deverão se apresentar ao escritório da Uneal, em Maceió, situado na Rua Cincinato Pinto, nº 226, no centro da cidade, a partir de segunda-feira (8), ou na sede da Reitoria, em Arapiraca, na sala da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano, que já está recebendo os no-

vos servidores para as devidas orientações.

Ela salienta que, no ato de apresentação, a documentação deve estar completa, contando, inclusive, com os exames solicitados pela Junta Médica do Estado, que não realizará exame.

Os candidatos nomeados entregarão seus documentos e exames para serem encaminhados à Junta Médica, que emitirá, posteriormente, seu Laudo Pericial.

Em Arapiraca, a Junta Médica, ou um representante, estará presente para o recebimento dos exames nos dias 17 e 23 de março, e os candidatos terão que agendar o seu atendimento.

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Uma alternativa para a Fábrica Carmem Para manter empregos e renda, ex-empregados se mobilizam e buscam apoio para transformar unidade em cooperativa Iracema Ferro Repórter

Depois de 154 anos de existência, a tecelagem mais antiga em operação no Brasil, a alagoana Fábrica Carmem, em Fernão Velho, pode retomar as atividades como cooperativa de operários.

A iniciativa é uma tentativa dos ex-empregados da indústria de tentar salvar suas frentes de trabalho e assim garantir emprego e renda para diversas famílias do bairro, que dependem da fábrica para sobreviver.

Na semana passada, uma comissão de operários, representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do governo do Estado se reuniram para debater a criação da cooperativa.

Os trabalhadores foram alertados sobre os problemas que envolvem a economia solidária, como a inexistência de patrão, a divisão igualitária do lucro, de acordo com a produção, bem como os entraves para ter acesso aos créditos em bancos públicos.

A produção de tecidos na Fábrica Carmen foi suspensa no dia 15 do mês passado e, caso todos os trâmites para a implantação da cooperativa e a chegada da verba do empréstimo aconteçam dentro do menor prazo, os teares só voltam a funcionar na segunda quinzena de junho.

Caminho apresenta obstáculos

O prédio histórico da fábrica é um dos atrativos de Fernão Velho

O maquinário da tecelagem Carmem está avaliado em R$ 2,5 milhões

O presidente do Banco do “A minha proposta inicial é Cidadão, Pedro Verdino, acredi- que todos os trabalhadores parta que o maior desafio encontra- ticipem de um curso de coopedo pelo grupo é o fortalecimen- rativismo. Assim todo mundo to da ideia de economia solidá- fica a par de todos os pormenoria. “A primeira coisa a ser feita res. Acooperativa é uma relação é capacitar esses trabalhadores, de sociedade, não de emprego. qualificando-os em cooperativis- O modelo muda e pede um commo e administração, para criar a portamento pró-ativo, por isso consciência de trabalho em eco- é necessário muito cuidado com nomia solidária. Uma coopera- o processo de constituição”, avisa tiva é a soma do desejo, da inte- a coordenadora da OCB. ligência, do trabalho e da capaDe acordo com o cidade de todos”, assipresidente do Sindicato nala. dos Empregados da InEle cita os exemplos dústria Têxtil de Fernão da Cooperativa Pindo- “Os futuros Velho, José Maria Malta, rama, na região de Co- cooperados nas reuniões, os exruripe, e a Usina Catenfuncionários da Fábrica precisam de, em Pernambuco, coCarmen ficaram bastanmo exemplos de suces- entender o te interessados pela so de cooperativismo. A espírito da ideia de trabalhar em primeira foi criada por e na próxieconomia cooperativa produtores rurais e a sema terça-feira eles se solidária” reúnem para eleger seus gunda por ex-funcionários da usina, que estarepresentantes e a direva à beira da falência e toria da entidade. “Estahoje é um negócio prósmos correndo atrás da documenpero. tação para dar entrada na papeNa semana passada, aconte- lada da cooperativa, criar estatuceram duas reuniões entre os to. É de nosso total interesse reaoperários e a coordenadora da brir a fábrica, garantindo empreOCB, Márcia Túlia Pessoa, onde go e renda para as famílias de o grupo conheceu em detalhes Fernão Velho, que dependem como funcionam as cooperati- deste trabalho”, avalia o sindivas, os direitos e os deveres dos calista. cooperados. “Com estas inforUm levantamento feito pelos mações, os trabalhadores esta- ex-empregados da Fábrica Carrão aptos a decidir se querem ou men acenava para a necessidade não tentar a implantação da coo- de cerca de R$ 600 mil para que perativa”, explica Márcia Túlia. os trabalhos pudessem ser reto-

mados, mas Márcia Túlia alerta que esta verba não seria suficiente para o capital inicial de giro, uma vez que depois de reiniciada a produção, a empresa teria que ter verba suficiente para se sustentar até que o produto fosse comercializado e o dinheiro das vendas fosse recebido, o que não costuma ser imediato.

Ela prevê a necessidade de R$ 1,5 milhão para financiar o início das atividades. “Os novos cooperados precisam entender que os bancos não oferecem toda a verba que eles precisam, é necessário oferecer uma contrapartida de aproximadamente 20% do montante. Ou seja, neste caso, cerca de R$ 300 mil. Burocraticamente, a cooperativa está constituída em quinze dias, mas o pedido de empréstimo só pode ser feito depois que a entidade estiver firmada. Os recursos são solicitados e, caso seja aprovados, saem em cerca de 75 dias.

Com isso, não há como começar a trabalhar antes de junho. Sei que isso pode desanimar os trabalhadores, mas os trâmites precisam ser cumpridos”, defende Márcia Túlia.

Ela ressalta ainda que pelo menos 20 pessoas precisam assumir a cooperativa legalmente.

O grupo cria a “sociedade” e responde pela empresa e caso os empréstimos não sejam pagos, vai ter que arcar com os débitos. (I.F.) (Continua na página A26)

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Objetivo é gestão enxuta, dinâmica e ativa O administrador Agnelo Segura exerceu o cargo de diretor de controladoria da Fábrica Carmen nos últimos cinco anos. Ele é um dos exempregados que defende a criação da cooperativa e é o responsável pelo levantamento dos gastos iniciais para a implantação do projeto e o planejamento de vendas.

“Nossa proposta é de uma gestão enxuta, dinâmica e ativa, voltada para o crescimento de Fernão Velho e a exploração turística da fábrica, que é um prédio histórico e

desperta o interesse dos europeus, por ser próximo à lagoa Mundaú. Também estão nos planos abrir uma loja de fábrica em Fernão Velho, explorar o mercado do Nordeste (o que nunca foi feito nestes anos todos) e continuar comercializando para o Sul e Sudeste”, revela.

Como diferencial, ele propõe que a Fábrica Carmen invista na produção de tecido 100% algodão, produto muito valorizado para a exportação.

Agnelo afirma que a rentabilidade deste tipo de tecido é

grande. Com a produção de 400 mil metros por dia útil, se lucraria R$ 500 mil ao mês.

“A fábrica chegou a suspender a produção por falta de capital de giro e a crise econômica que assolou o mundo no ano passado, contando ainda com a competição diante dos produtos da Ásia. A ideia é voltar apenas a parte de tecelagem com a produção de tecido cru, sem acabamento nem fiação, utilizando 32 teares e 90 funcionários. É importante retomar logo o trabalho porque as máquinas não

podem ficar muito tempo paradas, porque as placas ‘colam’ e ficam danificadas”, ressalta.

A atual direção da fábrica tem uma dívida de R$ 500 mil de passivos trabalhistas e concorda em fornecer as máquinas da tecelagem, no valor de R$ 2,5 milhões para os trabalhadores como forma de saldar a dívida. São 48 teares. Com todos em funcionamento, há frentes de trabalho para pelo menos 130 operários e a capacidade de produção de 600 mil metros de tecido ao dia. (I.F.)

Para voltar à atividade, como nos velhos tempos, é preciso assegurar um capital inicial de R$ 1,5 milhão

Ideia encontra apoio de ex-dono Consultor da Fábrica Carmen há dois anos, Roberto Bezerra Mello, também defende a proposta de transformá-la em cooperativa.

“Estamos colocando a tecelagem à disposição pelos passivos trabalhistas. Minha intenção é que Fernão Velho prospere. Temos muitos clientes tradicionais e a inadimplência é de apenas 1%.

Nosso problema é que os clientes deixaram de comprar no ano passado, por causa da crise. As vendas caíram 50% e os recursos se exauriram. Voltando as atividades, os cooperados já levam a cartela de clientes, o que é essencial para escoar a produPelo cobrir ção”, exo passivo plica.

Robertrabalhista, to Bezerra a tecelagem l e m b r a foi colocada que a fábrica tinha à disposição 230 funcionários até janeiro, quando as atividades fabris foram encerradas.

Atualmente, outros setores da empresa continuam em funcionamento e o estoque está atendendo precariamente os clientes. “Eles pedem 20 peças e nós mandamos 12, outro pede dez e nós mandamos seis e assim estamos comercializando o restante do material que temos no estoque, o que deve acabar em pouco tempo”, conta.

A Fábrica Carmen, que atualmente é uma Sociedade Anônima com 20 acionistas, já pertenceu à família de Roberto Bezerra, mas ele garante que não há apego emocional à indústria. “Há tempos que meu avô vendeu a fábrica e eu não sinto como algo que faz parte da nossa família”, admite. (I.F.)

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Indústria alagoana investe em óleo de coco extra virgem Produto saudável da Copra registra crescimento de 100% ao ano Nide Lins Repórter

Hélcio planeja, em cinco anos, produzir 30 mil litros de óleo de coco

ENTREVISTA/ANDRÉA ARAGÃO

“O óleo é alimento complementar” Acoordenadora do curso de Nutrição do Cesmac e mestre em Ciências da Saúde, professora Andréa Aragão Francelino, em breve entrevista ao O JORNAL destaca que o óleo de coco não é um medicamento, mas indica o uso aliado a uma dieta para obter bons resultados.

- A senhora conhece o leite de coco extra virgem e virgem?

Conheço sim. O óleo de coco virgem não é um medicamento e sim, um alimento complementar. Por isso, deve ser consumido diariamente para que o organismo obtenha uma reserva de ácidos graxos, presentes nesse produto.

- Este óleo de coco ajuda no combate à diabetes, colesterol e ainda auxilia na perda de peso?

Em alguns trabalhos foi significativo o aumento dos índices do colesterol HDL nos pacientes que utilizaram o óleo de coco, que ainda reduziu as taxas de glicemia - glicose em jejum e a resistência à insulina, fatores positivos para prevenção e controle do diabetes. Apesar dos resultados promissores encon-

trados nas pesquisas, ainda não se pode, a partir desses dados preliminares, garantir uma recomendação populacional de uso do óleo de coco, pois há a necessidade de expandirmos os estudos visando à confirmação dos efeitos benéficos. No entanto, vale destacar que o uso de óleo de coco, na quantidade de uma colher de sopa por dia, associado a um plano alimentar adequado, é seguro para o perfil lipídico e glicídico dos indivíduos.

- Hoje os consumidores estão mais interessados em comprar produtos saudáveis?

Com certeza. No meu consultório tem chegado várias pessoas com interesse apenas de conhecer os novos produtos alimentícios para trazer mais saúde e consequentemente qualidade de vida. Desta forma, tem crescido bastante a procura por alimentos funcionais, que são nutrientes que colaboram para melhorar o metabolismo e prevenir problemas de saúde. Temos como alimentos funcionais o tomate, a castanha do Pará, maça, linhaça, soja, frutas vermelhas, aveia e alho, entre outras.

Óleo de coco não é bem uma novidade, dona Eurides Brêda aos 94 anos, recorda que sua mãe Domitila produzia o próprio produto para substituir o de banha de porco por ser mais saudável. A tradição é antiga, porque Domitila nasceu em 1890, e aprendeu a fabricar o óleo vegetal com a mãe. Com o tempo o óleo vegetal perdeu para o de soja, chegando a ser considerado inimigo da saúde. Porém, há três anos a Indústria Alimentícia – Derivados do coco (Copra) lançou no mercado duas variações do tradicional óleo de coco: o extra virgem e o virgem. O foco é o mercado saudável e a cada ano, a empresa registra crescimento de 100% .

Para entrar nesse nicho de mercado, o diretor presidente da Copra, Hélcio de Oliveira Júnior, investiu R$ 500 mil na linha de produção, que, inicialmente, era de 300 litros/ mês. Mas, a procura cresceu e, no ano passado, a produção atingiu mais de cinco mil litros/mês. “ Nossa capacidade de produção é de 30 mil litros.

Almejamos em cinco anos atingir toda a capacidade”, conta ele.

O empresário apostou no óleo de coco, depois de uma viagem à Europa.

“Observei que o produto tinha deixado de ser vilão e passou a ser a qualidade de herói. Depois da segunda guerra mundial, os Estados

Extraído do coco, o produto é mais saudável e ajuda na redução de peso

Unidos fizeram uma campanha para o uso do óleo de soja e condenou o de coco. Mas, há três anos estamos conquistando novos mercados e atualmente a aceitação é excelente.

Não investimento em publicidade, mas nosso marketing é direcionado para profissionais de nutrição, médicos e participação de eventos de alimentação saudável”, explica.

O óleo de coco extra vir-

gem é um produto 100% natural é prensado a frio, não é submetido ao processo de refinamento e desodorização, sendo extraído da polpa fresca de coco, através de processos físicos após trituração, fases de prensagem e tripla filtragem. Óleo de coco tem seu índice de acidez em no máximo 0,5%, o que o caracteriza como um óleo extra virgem.

“Quando submetido a altas

temperaturas, o óleo de coco extra virgem não perde suas características nutricionais, sendo considerado um óleo estável. É também o mais saudável para cozinhar, não apresentando gordura trans gerada pelo processo de hidrogenação, que está presente em todos os óleos de origem vegetal, como os de soja, canola, milho e até o de oliva, que é considerado o óleo mais saudável”, diz o empresário.

Segundo o ele, o óleo de coco extra virgem tem a mesma propriedade do virgem, a diferença que o primeiro é extraído da polpa do coco.

Já a casca que envolve a polpa produz um óleo de cor mais amarelada. Outro diferencial é o preço, o extra virgem de 200 ml custa em média R$ 18,00. Já o virgem de 500 ml tem ao mesmo valor.

Os principais mercados do óleo de coco são São Paulo e Paraná. “Estamos presentes na loja Mundo Verde, com 140 lojas espalhadas pelo Brasil.

Este é o mercado que estamos de olho”, diz Hélcio.

A Copra é uma indústria alimentícia especializada em processamento de coco seco.

Presente no mercado desde 1998 está instalada no Distrito Industrial Luiz Cavalcante,gerando 180 empregos diretos.

Além do leite de coco extra virgem e virgem, a fábrica produz do coco: leite, corte ralado (fino, médio, floco e flocado), polpas e doce branco e queimado. A Copra tem duas linhas de produtos uma direcionada para indústria alimentícia e outra para o varejo.

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Imobiliário

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imobiliario@ojornal-al.com.br

GAFISA LANÇA NOTA A construtora Gafisa lançou na noite da última quinta-feira uma nota sobre o desabamento que, no ano passado, vitimou uma criança em Barra de São Miguel. Segue o texto na íntegra: “A Gafisa esclarece que deu todo o suporte necessário às famílias e comunidade local em colaboração com a prefeitura na ocasião do incidente ocorrido em 2009, em razão das fortes chuvas, independentemente de apuração de responsabilidades. O processo judicial em tela está em fase embrionária e sob análise da Justiça. A empresa não comenta processos em curso e reforça que continua à disposição para colaborar e prestar todo e qualquer esclarecimento solicitado pela Justiça.”

FGTS E CONSÓRCIO A partir do dia 18 de março será possível utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagar parcelas de consórcio imobiliário. A norma foi aprovada pelo presidente Lula em dezembro, e a Caixa Econômica Federal, responsável por operar o FGTS, tem até o próximo dia 18 para concluir a regulamentação.

MINHA CASA 2 Otimistas com os primeiros resultados do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida - ainda que a contratação de 275,528 mil unidades registradas no ano passado tenha ficado abaixo da meta de 400 mil unidades - entidades e empresas da área já se preocupam com a sua continuidade após as eleições que acontecem neste ano.

MINHA CASA EM 2011?

O setor espera que, independentemente do candidato vencedor da corrida presidencial, o governo indique que existem recursos e faça os ajustes necessários para que o programa federal avance.

Bom gosto e racionalização de espaços são marcas do projeto arquitetônico do ILOA Vida em Família, a ser erguido na Barra de São Miguel

Investidores fazem corrida por quarto e sala no ILOA Empreendimento alia o lazer de clube às comodidades de um hotel

CASA NOVA A Ademi mudou de mala e cuia para o edifício-sede da Casa da Indústria, na avenida Fernandes Lima.

GESTÃO DE PESSOAS A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-Al), com apoio da Grafmarques e CAB (Consultores Associados do Brasil), realizará o I Seminário Gestão de Pessoas na Construção Civil, no dia 10 de março, no Auditório do Norcon Empresarial, das 18h30 às 22h.

PROGRAMAÇÃO O seminário discutirá temas como “Desafios da Gestão de Pessoas na Construção Civil”, com Neide Gomes Barros, consultora de Recursos Humanos e Diretora da CAB; “Gestão de Pessoas e Responsabilidade Social na Construção Civil”, como engenheiro Ronald de Vasco Junior, diretor da V2 Construções; “Gestão de Pessoas e Praticas Trabalhistas”, com Luiz Henrique Fernandes, diretor da Construtora Placic; e “CIPA: Este é o Caminho”, com o engenheiro Guilherme Melro, diretor técnico da Contrato Engenharia. Também serão apresentados cases da vivência dos palestrantes na construção civil.

INSCRIÇÃO O valor da inscrição é de R$ 40,00 para profissionais e R$ 25,00 para estudantes, onde os primeiros 50 inscritos irão ganhar o livro “Desafio na Arte da Construção: Novas Perspectivas na Gestão de Pessoas”.

EM FOCO

O ILOA Vida em Família, projeto da Vivendi Empreendimentos lançado no inídio do ano, fecha o mês de fevereiro com os apartamentos quarto e sala esgotados e, no geral, 50% das unidades vendidas.

“A excelente receptividade junto às famílias e aos investidores deve-se à proposta inovadora de levar aos proprietários comodidade, segurança, opções de férias em mais de 100 países diferentes e baixo custo de manutenção no maior complexo de lazer do estado”, diz, orgulho, Felipe Cavalcante, diretor da Vivendi Empreendimentos.

O empresário assegurou

ainda que as obras serão iniciadas agora em abril, com previsão de entrega para dezembro de 2012.

Lançado na Barra de São Miguel, o produto é único e destina-se tanto às famílias que desejam morar num condomínio com direito a clube de lazer, como aos investidores, que buscam um investimento seguro com retorno mínimo garantido.

O ILOA ocupará uma área de 90 mil m², sendo formado por três empreendimentos em um só: o ILOA Residence, com 156 unidades residenciais; o ILOA Condo Resort, com 96 unidades imobiliárias com ca-

racterísticas hoteleiras, voltado para investidores; e o ILOA Family Club, o maior complexo de lazer de Alagoas.

“O ILOA apresenta propostas pioneiras que proporcionarão casa de praia com a comodidade do serviço hoteleiro (incluindo camareira), baixo custo de manutenção e integrada a um complexo de lazer que terá opções de lazer para todas as faixas etárias”, destaca Felipe.

Ainda segundo Cavalcante, as soluções que o ILOA oferecerá foram baseadas nas melhores práticas dos empreendimentos do setor imobiliárioturístico do Brasil e do exterior.

"Conseguimos adaptar o que

há de melhor no mercado internacional à nossa realidade", disse o empresário.

O Felipe Cavalcante conta que a idéia de construir um empreendimento desse porte surgiu devido à falta de opções de lazer integrado e de locais apropriados para a família passar os finais de semana.

"As famílias de hoje estão muito dispersas, por isso precisam de um lugar que atenda às necessidades de cada membro, priorizando a união e a integração familiar e o ILOA chega para preencher essa lacuna", completa o executivo, lembrando o período da própria infância em Maceió.

Produto garante férias gratuitas em 4.200 hotéis Entre as atrações do ILOA Vida em família, estão o intercâmbio de férias e o "Condomínio Free". O ILOA Vida em família é o primeiro empreendimento do Brasil a disponibilizar o intercâmbio de férias da RCI, empresa líder mundial no segmento. Com ele,

os proprietários que disponibilizarem unidades para o ILOA Condo Resort por um determinado período do ano poderão usufruir seis semanas por ano nos mais de 4.200 hotéis e resorts da RCI no mundo, incluindo 87 no Brasil.

Já a promoção "Condomínio

Free" possibilita que o proprietário não tenha custos de condomínio durante todo o ano ao disponibilizar seu apartamento à administradora hoteleira do ILOA Condo Resort também durante um determinado periodo dias durante o ano.

Para os investidores, Felipe

Cavalcante garante um retorno mínimo de R$ 300, mas que pode chegar a até R$ 1,5 mil dependendo da taxa de ocupação do ILOA Cond Resort. E mesmo que o investidor ou futuro morador não frequente o ILOA, ele pode utilizar livremente o ILOA Family Club.

PROJETO PIONEIRO

Casa sustentável será vendida em lojas

O empresário Jubson Uchôa, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-Al), coninua investindo firme na realização de eventos que agreguem ainda mais as empresas do setor. O I Seminário Gestão de Pessoas na Construção Civil, nesta quarta (10), é mais um deles.

Uma casa de baixo custo e com máximo aproveitamento de recursos naturais como a luz do sol e o vento. Assim é o “Minha Casa Holcim”, projeto desenvolvido pela cimenteira Holcim em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O valor estimado para venda, incluindo material e mão de obra, foi calculado em R$ 45 mil.

O “Minha Casa Holcim” tem cinco sugestões de plantas com ideias que permitem a economia de energia e água, conforto térmico e reciclagem. Há opções com dois dormitórios, além de um modelo adaptado para quem tem algum tipo de deficiência física. Assim, a área total do imóvel pode variar entre 46 e 68 metros quadra-

dos.

Com relação aos itens de sustentabilidade, há a inclusão de locais para dispor o lixo reciclável e óleo de cozinha usado, ventilação circular (aberturas mais altas), economia de água (sistema de captação de água da chuva) dentre outros.

Os compradores poderão visualizar as plantas em 3D. Para a execução, não há necessidade de “canteiro de obras”, pois os materiais chegam em contêineres. A construção é rápida e leva cerca de 60 dias, podendo variar de acordo com as condições climáticas do local.

Por enquanto, o projeto somente poderá ser adquirido, junto com a mão de obra e os insumos, em lojas de materiais de construção do Rio de Janeiro e de Vitória (ES).

Protótipo erguido na Federal do Rio de Janeiro estará nas lojas

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Confira as promoções na Revista da TV

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Avatar UM SONHO Educação Guerra ao rios Preciosa - Uma His M HOMEM SÉRI enturas Amor Sem E ron KATHRYN BIGE ntino Lee Daniels JA Bridges George Clooney an Freeman Jere Damon WOODY HA Plummer Stanley Tucci CH Sandra Bullock He lligan Gabourey Si Penelope Cruz GGIE GYLLENH Kendrick Mo'Nique

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POSSÍVEL Distrito 9 Terror Bastardos Ingló tória de Esperança U O Up - Altas Av scalas James Came LOW Quentin Tara SON REITMAN Jeff Colin Firth Morg my Renner Matt RRELSON Christopher RISTOPH WALTZ len Mirren Carey Mu dibe Meryl Stree p Vera Farmiga MA AAL Anna In The Loop Co

A longa noite do Oscar Maior premiação do universo cinematográfico vai escolher hoje melhores filme, diretor, ator, atriz, entre ou tras categorias. Para ajudá-lo a acompanhar o evento, O JORNAL preparou um material especial com a história do prêmio, curiosidades, lista dos indicados, além das mudanças que ocorreram este ano. Agora é só conseguir ficar acordado até alta madrugada para ir para a cama com todos os vencedores

Elinaldo Barros Especial para O JORNAL

a data de 19 de março de 1927 foi fundada a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

Ainda era o tempo do cinema mudo e, meses depois, o silencioso foi invadido pelo sonoro, em 6 de outubro, através das melodias de O Cantor de Jazz.

A ideia de criação da academia surgiu do produtor de filmes e presidente dos estúdios da Metro Golwyn Mayer, um todo-poderoso de Hollywood. Ele resolveu reunir sob a mesma instituição o orgulho artístico e a vaidade humana.

Para coroar a sua ideia, criou prêmios para melhores filme, diretor, ator, atriz, entre outros.

A primeira grande festa aconteceu em fevereiro de 1923, quando o filme Asas foi o vencedor, concor-

N

rendo com mais duas produções.

O nome do prêmio, no formato de uma estatueta humana, surgiu em 1931. A nominação Oscar, segundo reza a lenda, a jovem Margareth Herrick, que trabalhou no escritório da academia, ao ver a estátua do homem nu empunhando estrategicamente uma espada, exclamou com entusiasmo freudiano: “Mas é o tio Oscar”.

Medindo 34 centímetros de altura, pesando três quilos e 850 gramas, numa mistura de cobre e estanho, sendo banhada de platina e ouro de 14 quilates. Ela está impávida sobre um rolo de filme e representa o mais popular prêmio da história do cinema. Uma indicação ao Oscar nas mais diversas categorias (ator, atriz, fotografia, efeitos, diretor) dá status e, na categoria filme, impulsiona a carreira comercial.

Continua nas páginas B4 e B5.

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Quase todos os candidatos a melhor filme foram exibidos nos cinemas de Maceió A surpresa da noitada festiva de hoje é a disputa de dez produções ao Oscar de melhor filme. Isto não é novidade. No passado houve casos de doze filmes, como no biênio 1935/1936. A partir do ano seguinte até 1944 houve 10 filmes. De 1945 até a festa do ano passado apenas cinco filmes.

O retorno à maneira antiga visa

reconhecer méritos artísticos de outras produções e, também uma mordidinha a mais no bolo da bilheteria.

Como em outras ocasiões as apostas aos vencedores já estão fervilhando de há muito.

Para muitos o prêmio de melhor ator deve ser entregue ao ator Jeff Bridges, que acumula cinco indicações. A bolsa das

apostas acredita que o ótimo ator subirá ao palco por sua atuação em Coração louco. Uma outra favorita é a morena Sandra Bullock, atriz que desfruta de intensa popularidade nos Estados Unidos, estrela dos filmes pipoca com refrigerante. Seu desempenho no drama Sonho possível chama a atenção.

Dentre os cinco diretores

concorrentes o incensado Quentim Tarantino pode até ser contemplado por sua leitura bem particular do drama de guerra "Bastardos e Inglórios".

Mas o alerta trombeteia fortemente para James Cameron e o seu hiper tecnológico Avatar, duelando com Guerra ao terror, sobre o pelotão treinado no desmonte de bomba no Iraque

dos dias de hoje. A direção é de Kate Biglow, que pode ser a primeira mulher a receber o Oscar de melhor direção. Ela e Cameron já foram casados e são amigos cordiais.

Na categoria de melhor filme dos 10 indicados Maceió assistiu: Avatar, Guerra ao terror, Bastardos e inglórios, Distrito 9, Amor sem escalas, Up Altas

Aventuras e Preciosa, intenso drama social. Merece atenção o desempenho de Gabourey Sidibe. E a não inclusão entre os 10 indicados a melhor filme de Invictus, que tem o ótimo Morgan Freeman no papel do líder político, Nelson Mandela.

Quem ficar até alta madrugada irá para a cama com todos os vencedores. (E.B.)

Mudanças na cerimônia em 2010

Aumenta concorrência de melhor filme

Folha Online

Além de dobrar o número de indicados ao Oscar de melhor filme, agora com dez filmes concorrrendo ao prêmio, neste ano a Academia de Cinema de Hollywood alterou também o sistema de votações para a categoria.

Até o ano passado, os cerca de seis mil membros da entidade apenas indicavam seu favorito ao prêmio e, com os votos computados, ganhava a produção que recebesse a maior quantidade de votos.

Com cinco filmes a mais disputando o prêmio máximo da indústria cinematográfica, a Academia criou um novo sistema que avalia a preferência dos jurados entre todos os filmes, transferindo os votos daqueles que ficarem no final da lista. Se antes bastava 11% dos votos para um filme ser vencedor, neste ano o campeão precisará de mais de 50% da preferência do júri.

Ao invés de escolher apenas o vencedor, os membros da Academia deverão indicar seus favoritos ao Oscar em uma cédula que relaciona todos os indicados. Eles terão que enumerar seus favoritos de um a dez.

As cédulas serão organizadas por filme, de acordo com o número de vezes que determinada produção é citada em primeiro lugar. Por exemplo, todas as cédulas em que Avatar aparece como número um, serão direcionadas ao filme.

Os votos serão computados e, caso o filme que receber mais votos em primeiro lugar não alcance mais de 50% da preferência da Academia, as cédulas referentes ao filme menos votado serão redistribuídas de acordo com o filme que aparece em segundo lugar nelas.

Se a preferência continuar inferior a 50%, uma nova redis-

A cerimônia da 82ª edição do Oscar, que acontece hoje, marcará diversas mudanças na premiação, a começar pelos dez indicados ao prêmio de melhor filme.

Neste ano, os atores Alec Baldwin e Steve Martin serão os anfitriões da noite. Desde 1987 a cerimônia não contava com mais de um apresentador.

Outra novidade é que os vencedores do Oscar poderão gravar seus nomes nas estatuetas imediatamente após a entrega do prêmio. As informações correspondentes aos vencedores serão anexadas às estatuetas durante o tradicional Baile do Governador, que acontece após a cerimônia.

A gravação incluirá o nome do vencedor, a categoria, o título do filme e o ano da produção.

Nas edições anteriores, os premiados deviam levar as estatuetas à sede da Academia semanas depois da festa para gravar os dados.

DINAMISMO - Com o objetivo de deixar a cerimônia de entrega do mais importante prêmio do cinema mais dinâmica, os produtores Adam Shankman e Bill Mechanic decidiram também abolir as performances ao vivo das músicas indicadas a melhor canção.

No domingo, as cinco músicas concorrentes serão mostradas em clipes, com cenas dos filmes que representam.

Na cerimônia do ano passado uma mudança na categoria já havia sido apresentada, com todas as músicas sendo mostradas em um medley. A mudança contrariou

o cantor Peter Gabriel, que se recusou a cantar uma versão "resumida" de Down to Earth, música da animação Wall-E. Para dar mais agilidade à cerimônia de entrega, os indicados foram também orientados a preparar dois discursos de agradecimento, sendo que o que será feito no palco, diante dos convidados, não deverá ultrapassar 45 segundos.

Em um almoço com os candidatos, realizado no mês passado, os produtores da festa aconselharam os vencedores a falarem à plateia o que o Oscar significa para eles. Os empresários, diretores e familiares terão sua vez em outro discurso, feito nos bastidores do evento.

Ao deixarem o palco, os vencedores poderão falar diante de uma câmera e agradecerão a quem quiserem.

Segundo os produtores, os vídeos serão postados na internet e os vencedores poderão usá-los como bem entenderem, enviando-os a amigos por e-mail ou até colocandoos em suas páginas no Facebook.

Educação e Um Homem Sério (abaixo) não entraram em cartaz na cidade

Algumas curiosidades O primeiro dos dois empates da história do Oscar aconteceu na categoria de Melhor Ator em 1932. Fredric March (O Médico e o Monstro) e Wallace Beery (O Campeão) dividiram o prêmio. Como o resultado era desconhecido a Academia teve que providenciar um troféu às pressas.

Entre 1945 e 1961, Alfred Hitchcock e Billy Wilder disputaram o Oscar de direção em quatro edições do evento. Wilder ganhou duas e Hitchcock, nenhuma.

Em 1969, Katherine Hepburn (O Leão no Inverno) e Barbra Streisand (Funny Girl, A Garota Genial) também empataram na categoria de Melhor Atriz. Os envelopes selados com os nomes dos vencedores foram adotados pela primeira vez em 1941.

A expressão The winner is…(O vencedor é …) foi substituída por "The Oscar goes to…(O Oscar vai para…), em 1989, para que não parecesse que os demais eram perdedores.

Enganam-se quem pensa que os prêmios de coadjuvantes são destinados a profissionais competentes, mas de fama reduzida. Entre os ganhadores há astros pretigiadíssimos como Jack Nicholson, Gene Hackman, Tommy Lee Jones, Robert De Niro, Michael Cane e Sean Connery. Entre

tribuição é feita -agora com as cédulas do segundo menos votado -, até que um dos filmes supere a marca e se torne, consequentemente, o vencedor do Oscar.

IPHONE E IPOD - A Academia de Hollywood anunciou que já está disponível o primeiro aplicativo do Oscar para iPhone e iPod, com o qual será possível acompanhar em tempo real a 82ª edição da entrega dos prêmios.

Além da lista de indicados e - ao longo do evento - os vencedores em cada categoria, o aplicativo possibilita também ver trailer dos dez candidatos ao prêmio de melhor filme.

Os usuários poderão fazer suas próprias previsões, que ficarão salvas em uma base de dados que mais tarde poderá ser colocada em redes sociais como Facebook e Twitter.

O aplicativo foi preparado pela empresa Omelet e só está disponível para os dispositivos portáteis da Apple iPhone e iPod através do serviço iTunes.

A cerimônia de entrega do Oscar está marcada para 7 de março no teatro Kodak, em Los Angeles, a partir das 17h (23h, Brasília).

Continua na página B5.

Avatar concorre com mais nove

as mulheres, há muitas premiadas que cansaram de ver seus nomes no topo da lista de créditos: Jéssica Lange, Ingrid Bergman, Meryl Streep, Whoopi Goldberg, Geena Davis, Angélica Houston e Goldie Hawn.

Nos últimos vinte anos, os britânicos levaram 26 das 100 indicações ao Oscar de Melhor Ator. Uma predileção que tem limites já que em 1984, havia quatro ingleses e um americano na disputa, mas ganhou o californiano Robert Duvall, por A Força do Carinho.

Em 1975, o diretor Francis Ford Coppola teve dois filmes indicados ao Oscar de filme: A Conversação e O Poderoso Chefão II; e em 78, Herbert Ross repetiu a façanha com A Garota do Adeus e Momento de Decisão.

Já as duas versões de Cléopatra foram indicadas, mas seus diretores: Cecil B. DeMille e Joseph L. Mankievicz não.

O discurso de Greer Garson, a Melhor Atriz de 1942 por Rosa da esperança, foi o mais longo da história da premiação. Durou mais de uma hora.

Na cerimônia de 1964, a atriz Rita Hayworth estava tão nervosa que errou o nome de Tony Richardson (As Aventuras de Tom Jones) ao anunciar o prêmio de Melhor Diretor.

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Confira a lista com todas as categorias e os indicados ao Oscar The Secret of Kells Up - Altas Aventuras

Colin Firth - Direito de Amar Morgan Freeman - Invictus Jeremy Renner - Guerra ao Terror

Maggie Gyllenhaal - Coração Louco Anna Kendrick - Amor Sem Escalas Mo'Nique - Preciosa - Uma História de Esperança

Ator Coadjuvante

Melhor Roteiro Adaptado

Matt Damon - Invictus Woody Harrelson - O Mensageiro Christopher Plummer - The Last Station Stanley Tucci - Um Olhar do Paraíso Christoph Waltz - Bastardos Inglórios

Distrito 9 Educação In The Loop Preciosa - Uma História de Esperança Amor Sem Escalas

Melhor Atriz

Melhor Roteiro Original

James Cameron - Avatar Kathryn Bigelow - Guerra ao Terror Quentin Tarantino - Bastardos Inglórios Lee Daniels - Preciosa - Uma História de Esperança Jason Reitman - Amor Sem Escalas

Sandra Bullock - Um Sonho Possível Helen Mirren - The Last Station Carey Mulligan - Educação Gabourey Sidibe - Preciosa - Uma História de Esperança Meryl Streep - Julie e Julia

Guerra ao Terror Bastardos Inglórios O Mensageiro Um Homem Sério Up - Altas Aventuras

Ajami (Israel) O Segredo dos Seus Olhos (Argentina) O Leite da Amargura (Peru) O Profeta (França) A Fita Branca (Alemanha)

Melhor Animação Longa-Metragem Melhor Ator

Melhor Atriz Coadjuvante

Melhor Documentário Longa-Metragem

Jeff Bridges - Coração Louco George Clooney - Amor Sem Escalas

Penelope Cruz - Nine Vera Farmiga - Amor Sem Escalas

Melhor Filme Avatar Um Sonho Possível Distrito 9 Educação Guerra ao Terror Bastardos Inglórios Preciosa - Uma História de Esperança Um Homem Sério Up - Altas Aventuras Amor Sem Escalas

Melhor Diretor

Melhor Animação Curta-Metragem French Roast Granny O´Grimn´s Sleeping Beauty The Lady and the Reaper (La Dama e la Muerte) Logorama A Matter of Loaf and Death

Melhor Filme Estrangeiro

Coraline O Fantástico Sr. Raposo A Princesa e o Sapo

Burma Vj The Cove Food Inc. The Most Dangerous Man In America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers Which Way Home

Melhor Documentário Curta-Metragem Province The Last Campaign of Governos Booth Gardner The Last Truck: Closing of a GM Plant Music by Prudence Rabbit à la Berlin

Melhor Curta-Metragem The Door Instead of Abracadabra Kavi Miracle Fish The New Tenants

Melhor Direção de Arte Avatar O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus Nine Sherlock Holmes The Young Victoria

Melhor Fotografia Avatar Harry Potter e o Enigma do Príncipe Guerra ao Terror Bastardos Inglórios A Fita Branca

Melhor Figurino Brilho de Uma Paixão Coco Antes de Chanel O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus Nine The Young Victoria

Melhor Montagem Avatar Distrito 9 Guerra ao Terror Bastardos Inglórios Preciosa - Uma História de Esperança

Melhor Trilha Sonora Original Avatar O Fantástico Sr. Raposo Guerra ao Terror Sherlock Holmes Up - Altas Aventuras

Melhor Canção Original Almost There - A Princesa e o Sapo Down in New Orleans - A Princesa e o Sapo Loin De Paname - Paris 36 Take it All - Nine The Weary Kind - Coração Louco

Melhor Edição de Som Avatar Guerra ao Terror Bastardos Inglórios Star Trek Up - Altas Aventuras

Melhor Mixagem de Som Avatar Guerra ao Terror Bastardos Inglórios Star Trek Transformers: A Vingança dos Derrotados

Melhores Efeitos Especiais Avatar Distrito 9 Star Trek

Melhor Maquiagem Il Divo Star Trek The Young Victoria

Dia 7; domingo; vibração 4; cor verde e seus dégradés; palavra chave: trabalho duro Dia devotado à rotina, sistematização e organização dos negócios. Aviso de alerta: pode surgir doença grave. Continuar com a busca e exterminar o mosquito transmissor da dengue. A gripe H1N1 continua avançando. Usar copos e lenços descartáveis. Destaques para os dias 4, 13, 22 e 31 de quaisquer mês.

Iolanda Hollanda yhonumerologa.blogspot.com / (82) 3325-9476

TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h00 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h30

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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida A Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Poko Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Os Heróis da Praia Papo de Mãe Cultura Ponto a Ponto

Canal 3 15h00 16h00 16h30 17h00 18h00 18h30 19h00 20h00 21h00 22h30 23h15 00h15 01h15

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Stadium Assim que Funciona Expedições Ver TV De Lá pra Cá América Latina Tal Como Somos Som na Rural Conexão Roberto D'Ávila EsportVisão Arte com Sérgio Brito Curta Brasil DOC TV Programa de Cinema

Canal 7

TV GAZETA 05h50 06h50 07h00 07h30 08h00 08h55 09h30 12h30 13h05

14h58 -

Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular A Turma do Didi Temperatura Máxima Herbie - Meu Fusca Turbinado Globo Notícia

15h01 - Domingão do Faustão 16h50 - Futebol 2009 - Campeonato Carioca: Vasco x Boa Vista 19h00 - Domingão do Faustão 20h45 - Fantástico 23h15 - Big Brother Brasil 10 23h55 - Oscar 02h00 - Domingo Maior - Memórias de Uma Gueixa 04h30 - Flash Big Brother Brasil 10

TV PAJUÇARA TV ALAGOAS A emissora não forneceu sua programação.

Canal 5

00h00 05h25 05h55 06h45 07h15 08h00 09h00

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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kiks Ponto de Luz

Canal 11 10h00 11h00 11h30 12h30 17h00 20h30 00h00

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Alagoas da Sorte Informativo Cesmac Record Kids Tudo é Possível Domingo Espetacular Programa do Gugu Serie: A Mulher Biônica

TV BANDEIRANTES Canal 38 07h00 10h30 11h00 12h00 14h00 15h30 16h30 19h00 21h00 21h45 23h25 23h30 00h30 01h00 03h00

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Info Brasil Caminhoneiro Uma Escolinha Muito Louca Futebol Feminino Fórmula Truck Band Esporte Clube Futebol 2010 Terceiro Tempo Videonews Domingo no Cinema A Arte do Amor De Olho na Copa Canal Livre Mundo Fashion Cine Band Vozes da Inocência Vida Vitoriosa

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RECADO

JetNews

“A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de sermos como somos” Elenilson Gomes

topnews@ojornal-al.com.br

Sílvio Eugênio

Chico Brandão

Com arte MULHERES Assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Alguém duvida que uma mulher é capaz deste feito? Ao longo dos anos, o chamado “sexo frágil” mostrou que pode sim ser mãe, esposa e profissional dedicada sem perder aquilo que as fazem tão especiais: a delicadeza. São várias jornadas de trabalho para enfrentar e entre um ofício e outro elas ainda encontram tempo para cuidar da saúde e da beleza, ensinar os filhos a andar e deixar tudo prontinho para seus maridos seguirem suas rotinas sem precisar se preocupar com o menu do jantar. Algumas gritam e esperneiam ao ver uma barata, mas podem ser fortes como touros quando defendem a quem amam. Mulheres, vocês merecem mais que um dia para celebrar sua grandeza. Que amanhã, 8 de março, o mundo ganhe novas cores para homenageá-las.

Os respeitados médicos Fernando Juliano, aniversariante do dia e Rosa Gaia Duarte: amanhã, dia de comemorações ao quadrado

FLÁVIA & MÁRIO Chico Brandão

Na Le Lis Blanc, as queridas Adriana Barbosa e Nenê Breda em dia de compras e bate papo, porque ninguém é de ferro Chico Brandão

O nupcial dos amigos Flávia Coutinho e Mário Marroquim está ganhando ares de mega produção. A noiva usará um vestido da estilista francesa Bárbara Bui, que tem sete lojas em Paris, além de unidades em Nova York, Moscou, Seul e Milão; as daminhas usarão roupas da Domenica; para o decor, Flavinha escalou Rodrigo Barbosa, que promete transformar os jardins da casa do noivo num cenário de sonho; Chico Brandão assina fotos e filmagem; já Léo Guimarães, cuida da iluminação; Dj Peixe, Wilma Araújo e a banda Cannibal serão as responsáveis pelo som do casório; já as delícias do Buffet Favo de Mel, bem como um belíssimo bolo de Marli Brizeno também serão atrações do grande dia; Coordenando tudo isso, o cerimonial de Mamá Omena.

Chico Brandão

FERNANDO Privilégio é pouco para o cirurgião plástico Fernando Juliano. Seu aniversário é exatamente no dia Internacional da Mulher, quando sua esposa Dra. Rosa Gaia faz festa de dupla comemoração.

CURSO

A médica Alice Pereira Leite, um exemplo de talento, força e determinação

Mônica Camerino se fima no mercado com um dos nomes mais solicitados quando o assunto são cursinhos preparatórios

Uma arquidiocese italiana decidiu abrir um curso para ensinar sogros e sogras a não interferir na vida de casal de seus filhos. Afinalidade é simples: prevenir crises conjugais.

Organizado pela arquidiocese da região de Friuli, o curso é financiado pela prefeitura da cidade. São três aulas, uma vez por semana. O curso é gratuito, e sogros e sogras podem participar individualmente ou em casal. O que eles vão aprender? A não se intrometer demais na vida familiar de seus filhos e a auxiliar na criação dos netos, respeitando as escolhas dos pais.

Véspera do Dia das Mulheres e nada como uma dica para deixálas mais belas. Sabe aquelas meias sintéticas que deixavam as pernas mais elegantes, porém era extremamente quentes? Para quem quiser aposentá-las pode recorrer a um produto revolucionário que Carmonina Pereira Leite trouxe para suas Pharmapele. Trata-se de uma maquiagem cremosa que disfarça imperfeições, como varizes, celulite, manchas e estrias, agindo como uma meia calça invísivel. É bom ir conferir!

1

Aempresária Mônica Camerino este de parabéns. Seu MC Cursos, que é líder no mercado de concursos em Alagoas há mais de cinco anos, aprovou mais de cinco mil candidatos, sendo 42 destes em primeiro lugar. Só na semana passada saíram três resultados de grandes concursos nacionais, dentre eles o Ministério da Agricultura (MAPA), Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Nutrição (CRN), onde todos os primeiros lugares alcançados foram de alunos do MC, respectivamente Valdívia Negromonte, Marília Cristine G. Barros e Renilton Cavalcante. A perspectiva para 2010 é de mais de 60 concursos com inscrições abertas em todo Brasil, alguns com editais previstos ainda para este ano.

Visite o site www.mccursos.com.br.

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Um espaço montado com tudo o que a moda reservou de melhor: roupas, acessório, objetos de decoração. Assim é a Casa Moa, de Moacyra e Andréa Cunha, que revolucionam nossa cidade com seu bom gosto.

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Não deixem de dar os parabéns a Mário Casado Ramalho, a Evelina Cox Auto Medeiros, a Paulo Sérgio Barbosa de Melo, a Pedro da Rocha Acioli, a Roseana Porto Farias e a Solange Gomes Reis, que comemoram hoje mais um niver.

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O amigo Eduardo Salles fez do seu restaurante Porto Salles ponto de referência gastronômico, de Maceió. Com um maravilhoso buffet de frutos do mar, entre outras delícias, a casa vive movimentadíssima.

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Quer emagrecer? Então faça um teste de DNA. Segundo especialistas ele poderia identificar a dieta mais eficiente para pacientes que querem perder peso. Os resultados de um pequeno estudo preliminar, envolvendo 101 mulheres, mostrou que aquelas que adotaram a dieta considerada mais apropriada ao seu genótipo perderam de duas a três vezes mais peso do que as outras.

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A jovem empresária Flavinha Coutinho entra em contagem regressiva para seu nupcial, que acontecerpa no próximo sábado, no Jardim Petrópolis

Se você conheceu alguém e quer saber se vale a pena investir, então o ideal é fazer um programinha a dois. Cinema, teatro, exposição de arte - convites para lugares assim são estratégicos para conferir se tem alguma afinidade na parada.

Dependendo da animação, pode acabar num jantar a dois.

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Marcinha Lavini tem dado um toque moderno aos uniformes da garotada de Maceió.

As novas mochilas Eastpack viraram febre entre os antenados, deixando sua Mammoth agitadíssima.

8

Marcel e Ângela Monteiro se preparam para levar um grande grupo alagoano, através de sua Transamérica Turismo, para um roteiro especial, em Portugal, durante a Semana Santa. A saída, de Maceió, acontece no próximo dia 28.

Passeios pelas cidades de Lisboa, Fátima, Coimbra, Porto, Obidos e Nazaré fazem parte do roteiro. A volta à nossa capital está marcada para o dia 4 de abril.

Informem-se: 2121-7373

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As altas temperaturas registradas pelo país nos dá compenssações maravilhosas. Uma delas, para quem é alagoano ou está visitando o Estado, é poder comer um prato saboroso tendo como cenário a bela praia de Ipioca. Então corram para o Hibiscus!

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Decorar pode ser uma boa para quem tem muita energia, criatividade e bom senso. Cor, por exemplo, é um assunto muito pessoal.

Sempre existe uma tendência, as cores da moda, mas o importante é utilizar as cores que fazem você sentir-se bem. A cartela de cores para 2010 é composta por cinza, branco, verde, azul turquesa, azul petróleo, verde-limão, vermelho escuro, violeta, tons cítricos, rosa claro, tons terra e inspirações étnicas. Esolha o que mais combina com o seu humor e mude sua casa.

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Já que falamos em decoração, a cozinha Gourmet do restaurante Wanchako, comandado pela chef Simone Bert, foi repaginados com peças da Dell Anno. Tatiana Malé, do Empório IQA ajudou na hora de escolher o que melhor iria servir para o espaço.

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Márcia Maciel praticamente limpou as araras de sua maison, tudo para receber novidades da próxima estação

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As empresárias Vanessa Tenório e Carmosina Pereira Leite, a nutróloga Cláudia Toledo, a hoteleira Mirella Coelho, a artista plástica Ana Maia e a oftalmologista Elvira Ribeiro: exemplos de mulheres fortes, que desempenham papéis de destaque em nossa sociedade e em suas casas, repassando para os que as cercam suas crenças, sentimentos e desejos

MARTHA MEDEIROS CONVIDA Vestido Princesa: peça da nova coleção da estilista

Martha Medeiros promete agitar a Deputado José Lages com o desfile de sua nova coleção

Na próxima quarta-feira, dia 10, Martha Medeiros faz mais um daqueles lançamentos de coleção alto astral que agitam a cidade fazendo o trânsito parar. Na verdade é uma grande confraternizaçao de Páscoa, em sua lindíssima loja que foi totalmente decorada pelas mãos de ouro de Walmy Becho. Com mais de 200 coelhinhos distribuídos (os convites são divinos!), mesas de doces de Luciana e Martinha Lopes, da TanTan, e nos terraços o Chef Wandersom Medeiros mostra porque a revista Veja o elegeu como a maior referência em comida regional Gourmet. Junte a isto tudo, música ao vivo e algumas manequins desfilando pelos jardins climatizados da maison, as marcas exclusivas da Maison M. Para deixar o evento ainda mais vip, Martinha faz o lançamento da grife UMA com a presença do stylist da marca Val Perrot, tudo isto regado a muita champanhe.Nao dar pra perder, dá?

Looks da grife Uma, que será lançada nesta tarde de confraternização

Holofotes CINEMA Na última quinta-feira nossa cidade ganhou cinco novas salas. Para dar as boas vindas, um badalado coquetel foi realizado. Com serviço de Flávia Soares e Mariana Bernardes, os convidados esperam muito confortavelmente pelo início das sessões. Tapiocas com recheio de geléia picante, camarãos empanados com um molho shoyo incrível, bombons, canudinhos, enfim, coisas engordativas e deliciosas que deram um toque a mais ao evento. As salas do Centerplex são um assunto a parte. Amplas, com poltronas confortabilíssimas e uma tela gigante que não nos deixam perder nenhum movimento da película. Sim, faltou o tão falado 3D. mas logo, logo ele desembarca por aqui, deixando os lançamentos de Hollywood ainda mais hollywoodianos.

SANTÍSSIMA Os sapatos no decorrer da história já serviram de elemento diferenciador das classes sociais. Na Grécia Antiga, os escravos eram diferenciados por não usarem qualquer tipo de cobertura nos pés. Já em Roma o imperador Aurélio determinou que apenas ele e seus descendentes poderiam usar as famosas sandálias romanas na cor vermelha. E na corte de Luís XIV os homens usavam saltos altíssimos também na cor vermelha, um sinal de que os aristocratas não trabalhavam e nem mesmo precisavam andar sobre as poeiras das estradas européias. Hoje, os sapatos e sandálias viram sinônimo de fetiche. Eles também podem salvar uma produção. Mariana e Carolina Freitas que o digam, já que fizeram de sua Santa Lolla um verdadeiro templo para os sapatos. Anova coleção daqui a pouco invade nossa capital e sei que muitasc hiques já estão contando os dias para isso acontecer. Abaixo, alguns dos modelos para ajudar na escolha.

DRINK Que tal uma caipiroska de picolé? Você vai precisar de jaboticabas, um picolé de morango, uva Itália e vodka. O drink é bem suave e refrescante, mesmo com a base de vodka. A bebida é simples e vai ficando cada vez mais adocicada e colorida conforme o picolé derrete. Ele também pode ser combinado com a fruta e o picolé da sua preferência. Quem quiser impressionar seus convidados, pode fazer a bebida em dias bem quentes. Prepare-se para os elogios.

FAX Christiane Porto, um dos destaques da arquitetura alagoana

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O JORNAL JORNA L

Variedades B8

Domingo, 7 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br

Roteiro

Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

cultura@ojornal-al.com.br

Hoje

O projeto Maceió Viva Cultura Música retorna com Gato Zarolho, Josenildo Gomes e Rodrigo Avelino (foto), no Posto 7 (praia de Jatiúca), a partir das 18h.

O Dia Internacional da Mulher será comemorado na pizzaria Santorégano (Rodovia AL-101 Norte, 56 Riacho Doce) com toda a sensualidade da Dança do Ventre em show da Companhia El Nahr. Terá também a força da voz de Andréia Moraes interpretando um repertório especial para as mulheres. Outra atração será o coquetel de boas vindas com sorteio de brindes e a promoção Mulher – Quanto mais melhor: mesas a partir de 3 mulheres tem desconto de 20% nas pizzas e massas. Mais informações: (82) 3355-1801.

O projeto Concerto aos Domingos vai apresentar o curitibano José Henrique Martins, às 10h, no Instituto Histórico. Mais informações: (82) 88360048.

Divulgação

Em Breve A banda Blues Mascavo fará uma apresentação dedicada às mulheres na noite do próximo dia 8 com entrada franca no restaurante Maria Antonieta. Uma grande oportunidade de celebrar a data com boa música e o delicioso cardápio da casa, que é comandado pelo chef Breno Gama. A Banda Blues Mascavo foi formada em 2007 pelo vocalista, guitarrista e tecladista inglês Peter Beresford e conta também com os músicos Wagner Sampaio (violão, voz), Alessandro Aru (baixo) e Adriano Lima (bateria).

Vá indo que eu não Danço – Electronics, “uma festa para espíritos suspensos” acontece no dia 12 deste mês, às 22h, no The Place Pub (R. Paulina Maria de Medonça, 141 – Mangabeiras).

Reflexões sobre a família na Jornada da Mulher Espírita com o II Seminário Espiritismo e Transformação Social, cuja abordagem central é Evangelho e Família. Durante o evento, o público terá a oportunidade de discussão sobre temas como Pais permissimos, Pais ausentes e Pais estimuladores; Adolescentes, Gravidez precoce e Homossexualidade; Filhos que usam drogas e A Família é o núcleo básico da sociedade, com os expositores Adenáuer Novaes, Júlio César Góes e o alagoano Fernando Caldas. Nos próximos dias 12 (abertura, às 20h) e 13, das 9h às 17h. Inscrição: R$ 10. Mais informações: (82)3223-8699/9321-2081.

A 12ª FEMUSESC - Festa da Música do Sesc vai acontecer nos dias 12 e 13 de março. Ao todo serão apresentadas 18 canções compostas por artistas alagoanos das quais oito serão selecionadas para participar do projeto Circulação Sesc de Música Alagoana, que percorre os interiores realizando shows e divulgando os artistas participantes pelo Estado e uma irá representar o Sesc Alagoas na Femucic, Festival de Música Cidade Canção, em Maringá, Paraná.

Decameron - A comédia do sexo será apresentada nos dias 13 (21h) e 14 (20h) deste mês, no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposição Ruth Cardoso – Jaraguá). Grande sucesso na TV, o espetáculo ganhou uma adaptação para o teatro e percorre o país em turnê depois de ter estado no Rio de Janeiro e em São Paulo onde obteve grande aceitação da crítica e do público. Ingressos: R$ 50. Mais informações: (82) 3325-2373.

A Cia. Teatral Efigenia Arte Contemporânea, do Rio Janeiro, traz para Maceió o espetáculo Ariano, os dias 20, 21 e 22 de março, no Teatro Gustavo Leite, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso (Jaraguá). A peça tem como inspiração a vida e a obra do escritor paraibano Ariano Suassuna e direção de Gustavo Falcão. O horário ainda não foi definido. Mais informações: (82) 3235-5301.

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Ed. Brilhanche - Em Cosntrução - entrega abril/2012 - Área aprox. 64m² - 2 suites s/ 01 revers, piscina. Financio até 100 meses p/ cosntrutora.

Ed. Spazio Vitale - em cosntrução - entrega prevista julho/2012 - Opção de 01 e 2 quartos. Financio até 130 meses p/ construtora.

Ed. Amalfi - Entrega prevista: Nov/11 Padrão V2 - sala, wc soc, 3 qtos (st) coz, serv. parcela até 100 meses.

MANGABEIRAS Ed. Absolut - entrega prevista: dez/10 Opções de 01 e 02 quartos. Construção: Construtora Penedo - parcela até 60 meses.

PAJUÇARA Ed. Dolce Vita - Entrega Prevista; 36 meses - área aprox. 137m² - 2 ou 3 vagas - parcelado.

Ed. Luiza Fernandes - Sala c/ var, , wc ´s com box, 3 suites c/ arms, s/ 01 revers, coz. c/ arms, serv, dce, 2 vags. Área 150m² PRONTO PARA MORAR JATIÚCA Ed. Oregom - Apto. 904 ( preço abaixo tabela ) sala c/ var, wc social, 3 qtos (st) coz. serv, dce. Preço abaixo Tabela Ed. Edmilson Pontes - Ao lado co Corredor Vera Arruda - sala c/ var, 3 qtos (st) todos c/ arms, coz. c/ arms, serv, dce, 01 vaga Ed. Chales Garnier - sala c/ var, 3 qtos s/ 02 suites (o1 é revers), coz. c/ arms, serv, wc serv, 2 vagas Ed. Porto Valarta - Área media 63m² novo, prox.. ao Shopping, opção de 2 e 3 qtos. Prazo até 60 meses pela construtora.

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Ed. Delphos - Área 155m³³ - piso granito, sala 3 amb, c/ var c/ vista mar, home, 3 qtos s/ 2 suites ( sts. c/ arms, coz. c/ arms, serv, dce, 3 vagas, piscina sl. festa Ed. Renoir - Área 169m² - Varanda, sala 3 amb, wc soc e wc suíte c/ blindex, 03 qtos s/ 2 suites ( sts. c/ armas e terraço) coz. c/ arms mesa granito e despensa, serv, dce Ed. Revenant - Varanda, sala, wc´s c/ Box, 3 qtos (st) c/ arms, coz. c/ arms, serv, dce, 2 vagas Ed. Esmeralda - R$ 170 mil - 3 qtos s/ 01 revers, sala c/ var, coz, serv, wc serv. andar alto Ed. Buarque de Holanda - Área 260m² Varanda em L, sala 3 amb, 4 qtos s/ 2 suites todos c/ arms, wc´s c/ blindex, coz, c/ arms, serv, dce, 4 vgs Ed. Chateau Chambord - Área 175m² Varanda, sala em L, home, 3 qtos (2 sts) wc, cozinha, serv, dce, 3 vagas POÇO Conj. Santo Eduardo - Térreo: Sala 2 ambientes, wc social, 2 quartos, coz, serv, garagem. R$ 80 mil.

MANGABEIRAS Ed. Roberto Malta - Vendo quarto e sala, coz, wc., 2 elev, gerador, gás, 01 vaga Cond. Ilhas do Caribe - sala c/ estante, wc´s c/ Box blindex, 3 qtos c/ arms, s/ 01 suite, coz. c/ arms, wc serviço. R$ 120 mil.

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O JORNAL JORNA L

Classificados

D5

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Creci: 1251. E-mail: luiztavares.n@hotmail.com LUIZ TAVARES VENDE apto. 2 qtos., sala p/2 amboentes, wc, coz., área de serviço. Tr.: 9607-8869. Creci: 1251.

E-mail: luiztavares.n@hotmail.com LUIZ TAVARES VENDE Edf. Diana, 40m², 4 salas. Valor R$ 110 mil, financiamento pela Caixa. Tr.: 9607-8869.

Creci: 1251. E-mail: luiztavares.n@hotmail.com

PAJUÇARA VENDO Pajuçara – Edf. Trianon – Vdo. Aptº., C/ Sala Ampla, 03/4 Suite, Wc Social E Demais Comodos. Tratar pelos telefones para contatos: 9946-2711// 9381-2513 Creci 384.

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PRADO PRADO - PRAÇA DA FACULDADE – VENDO apto sala L com varanda, 03 quartos com armários, sendo 01 suíte, dependência completa empregada, 01 vaga. Andar alto, recém reformado.

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Pronto p/morar 92m² 3/4 s/1 st, DCE, varanda, sala para 2 ambientes. Piscina. Salão de Festa, sala de ginástica, sauna. 2 vagas garagem Entrada mais saldo em até 100 meses. Pode ser financiado pela CEF.

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Gás. nascente, reformado, Entrada R$ 15 Mil saldo 100 x R$ 650 direto c/a construtora ou financiamento pela Caixa Econômica.

Lançamento próx. ao Shopping Mira mar cond. fechado c/ vigilância 24Hs 3/4 s/1 ste reversível, gás, sl festa, sl ginástica, sauna, piscina. Ent. 10 mil saldo em até 120 meses. Pagando em dia desconto de R$ 100 reais na mensalidade até a entrega da obra.

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Classificados D6

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Domingo, 7 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

FAROL VENDO Farol –Rua Estatistico T. De Freitas - Vdo. Casa Em Terreno De 10,00 X 30,00, C/ Garagem, Varanda, 02 Salas, Gabinete, 03/4, Wc Social, Cozinha, Area De Serviço E Dce.Tr. 9381-2513 // 9946-2711 Creci 384.

TRAPICHE VENDO casas no Trapiche. R$ 150, 110 e 65 mil. Tratar pelos telefones para contatos: 8868-4938/ 9612-4077/ 9113-8185/ 9326-1127.

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Fechado Casas Duplex C/ 120 M2 - No Terreo: Jardim, Garagem, Sala Ampla P/ 02 Amb., Wc Social, 01 Quarto, Cozinha E Area De Serviço. Tr. 9381-2513 / 9946-2711 Creci 384.

VENDO Serraria – “Jardins De Versalles” – Vdo. Próximo Ao Novo Shopping – Casas Duplex Em Cond.

Fechado. No Terreo: J a r d i m , Terraço/Garagem, Sala Ampla P/ 02 Amb.Wc Social , Cozinha E Area De Serviço.

Pav. Superior: 02 Suites. Area De Lazer Do Condominio: 02 Piscinas (Adulto/Infantil), Campo De Futebol, Playground E Salâo De Festas.

Tratar pelos telefones para contatos: 93812513 / 9946-2711 Creci 384.

JARDIM DO HORTO FAROL – VENDO casa nova, sala de estar, sala de jantar, gabinete,, hall, 04 suites, sendo 01 master com closed,copa/cozinha, despensa, área de serviço, DCE, garagem, jardim,R$ 650 mil.

Facilito pagamento. Tr. 9351-4440 CRECI 343.

VENDO Serraria – Investidores / Renda Garantida – Próximo Ao Novo Shopping - Vdo. Condominio C/ 06 Casa Novas. Tratar pelos telefones para contatos: 9381-2513/9946-2711.

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FAROL – VENDO casa jardim, terraço, sala p/ 02 ambientes, 03 quartos sendo 01 suite, todos com armários, cozinha, dependência completa emprega, quintal, garagem, R$ 240 mil. Tr. 9351-4440 CRECI 343

VENDO Serraria – Lançamento – Vila Mariah - Casas (Cond.

Fechado), C/ 116m2, Duplex, No Terreo: Garagem, Sala P/ 02 Amb., Lavabo, Cozinha E Area De Sev.,E Varanda -1º Andar: 03/4, 01 Suite, Wc Social E Var..Lazer: Piscina C/ Deck, Quadra De Futebol, Churasqueira, Parque Infantil, Etc., Tr. 9946-2711 / 9381-2513 Creci 384.

CASA ALUGA OUTROS BAIRROS MARAGOGI: COND. PRAIA CAMACHO - à 500m do Hotel Salinas e à 3 km da cidade, alugamos casas e chalés mobiliados, à beira-mar, p/ fins de semana, feriados etc. Contato: 33373664/ 9982-7855. Site: www.camacho.maragogi.com

TABULEIRO TABULEIRO - ALUGO chácara frutificada, próxima ao Aeroporto, com piscina, sauna, churrasqueira, casa com sala da visita, sala de jantar, bar, 03 quartos sendo 02 suites, 01 com hidromassagem ,todos com armários embutidos, cozinha,, terraço, dependência completa de empregada, casa de caseiro, galinheiro, canil, poço artesiano.Terreno med. 45 de frente x 100m frente a fundos, nascente, próxima a pista. Excelente localização R$ 1.300,00. Tr. 93514440 CRECI 343.

COMERCIAL VENDA CENTRO VENDO Centro – Renda Garantida – Vdo. E x c e l e n t e Estacionamento, Todo Fechado E Com Todas As Vagas Cobertas. Tr. 9381-2513///9946-2711 Creci 384.

CENTRO - VENDO prédio Comercial na Rua Cirilo de Castro, com frente para 02 Ruas com área construída total de 247,50m². Excelente para Comércio.

Nascente. Excelente localização. R$ 130 mil.

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VENDO Centro –Renda Garantida - Vdo. Prédio Comercial, Terreo C/ Recepção E Mais 02 Pavimentos, C/ 12 Salas Grandes. Tr. 9946-2711 // 9381-2513 Creci 384.

JATIÚCA VENDO imóvel para comércio, próximo ao Sabor Bis em Jatiúca.

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MANGABEIRAS LUIZ TAVARES VENDE sala comercial no Norcon Empresarial, na Av. Com. Gustavo Paiva, Mangabeiras. Tratar pelos telefones para contatos: 9607-8869. Creci: 1251. E-mail: luiztavares.n@hotmail.com

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FAROL – PRÓXIMO AO COLÉGIO MONTESSORI -VENDO casa com sala de visita, sala de jantar, 03 suítes, sendo 01 com closed, todos com armários, depósito, área de serviço, cozinha com armários, DCE, garagem. R$ 160 mil. Tr. 9351-4440 CRECI 343.

JATIÚCA VENDO casas em Jatiúca. Valores R$ 250, 145 e 120 mil. Tr.: 88684938/ 9612-4077/ 91138185/ 9326-1127. Creci: 1736

JACINTINHO VENDO casa no Jacintinho. Valor R$ 80 mil.

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Creci: 1736 OPORTUNIDADE! VENDE casa 2 qtos., cerâmica, wc, quintal. Não aceito financiamento. R$ 30 mil.

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OUTROS BAIRROS VENDO casas no Conj.

Peixoto. Valores R$ 80, 45 e 60 mil. Tr.: 8868-4938/ 9612-4077/ 9113-8185/ 9326-1127. Creci: 1736

APARTAMENTOS VENDE-SE excelente casa no Pontal do Peba, no município de Piaçabuçu, com 4 qtos., s/ 2 stes., 3 banheiros sociais, copa, coz., ampla sala de estar, churrasqueira e piscina de frente para o mar. R$ 150.000,00. Tr.: 99981011.

VENDO Santa Amélia – Vdo. Mansão C/ Linda Vista P/ Lagoa, C/ 03 Salas, 04 Suites, E Demais Comodos.

Lazer: Piscina, Sauna, Salão De Ginastica, Quadra De Futebol De Salão, Churasqueira Etc. Tr. 9381-2513 // 9946-2711 Creci 384.

SANTA AMÉLIA – VENDO casa nova, com jardim, garagem, sala visita, sala de jantar, 03 suites, cozinha, DCE. R$ 270 mil. Tr. 9351-4440CRECI 343.

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LUIZ TAVARES VENDE Excelente casa no Aldebaran, área 600m², terreno 1,450m². Tr.: 9607-8869. Creci: 1251.

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POÇO VENDO imóveis no Conj.

Pajuçara. Valores R$ 145 mil, 190 e 68 mil.

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TABULEIRO VENDE-SE uma excelente casa c/ 3 qtos., 1 ste., garagem p/3 carros, terreno 15x30, Tabuleiro Novo. Valor R$ 135 mil.

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Creci: 1251. E-mail: luiztavares.n@hotmail.com OPORTUNIDADE! VENDO casa c/ 2 qtos., salas, coz., quintal 5x15.

R$ 17 mil. Tr.: 88963946/ 9978-6430. Creci: 1007.

Ponta Verde Ed. Canavial - Sala, wc social, 2 quartos, cozinha, área de serviço, wc serviço.

Ed. Desirré - Área 66m² - Sala c/ varanda, 2 suites s/ 01 revers, cozinha, serviço.

Ed. Abaíba - Lida vista p/mar Área 200m² - var., sala c/ estante e bar, wc social c/arms, e bliondex, 3 qtos s/2 stes c/(stes c/ arms e varanda), coz. c/arms, serv, DCE, 2 vagas.

Ed. Rui Palmeira - Sala c/ var, wc soc, 3 qtos s/1 revers, coz, serv, wc serv, 1 elev.

Jatiúca Ed. Platanus - Aptos: 403, 405, 406 e 501 - Novos, sala c/ var, wc social, 2 qtos (st) coz, serv, 2 elev, gerador, gás.

Ed. Ametista 8 - novo, 1 qto com armários, wc c/Box e arms, coz. c/ arms. Contrato fixo. 2ª. quadra; Ed. Porto Valarta - Apto. 301 Área 63m² e 75m² com 3 qtos (st) coz, serv, 2 elev, gerador, 01 vagas.

Ed. Ametista 8 - Área 42m² - 2 quadra - quarto e sala com armários e Box em vidro temperado.

Contrato fixo.

Ed. Oregon - Aptos: 402, Novo, 2 quartos sendo 01 suite, coz, serv. piscina, salão festas 01 ou 2 vagas.

Ed. Oregon - Aptos: 602, Novo, 2 quartos sendo 01 suite, coz, serv. piscina, salão festas 01 ou 2 vagas.

Ed. Jorge de Lima - Sala com estante, wc soc. c/ arm. E blindex, 3 quartos s/ 01 ver. Todos c/ arms, coz..c /arms, serv. c/ arms, wc serv, c/ blindex.

Ed. Seatlle - Apto. 505 - Novo, 2 quartos sendo 01 suite, coz, serv. piscina, salão festas 01 ou 2 vagas.

Ed. Seatlle - Apto. 603 - Novo, 3 quartos sendo 01 suite, coz, serv. piscina, salão festas 01 ou 2 vagas.

Ed. Seatlle - Apto. 606 - Novo, 3 quartos sendo 01 suite, coz, serv. piscina, salão festas 01 ou 2 vagas.

Ed Lótus - Aptos. 509 e 515 Alugo vários aptos, tipo studio prox. ao Restaurante Divina Gula.

Mangabeiras Ed. São Rafael - Varanda, sala, wc social,, 03 quartos sendo 01 suite, cozinha, área de serviço, dependência completa.

Ed. Barra Mar - Varanda, sala, wc social, 3 quartos sendo 01 reversivel, cozinha, área de serviço, wc de serviço.

Jacarecica Conj. Alfredo Gaspar de Mendonça - Sala, wc social, 2 quartos, cozinha, área de serviço.

Poço Ed. Bruno Perreli - Apto. 107 Novo, com varanda, sala, wc social, 03 quartos ( st) coz, área serviço, lazer na cobertura c/ salão festas, piscina, sauna.

Ed. Bruno Perreli - Apto. 903 Novo, com varanda, sala, wc social, 03 quartos ( st) coz, área serviço, lazer na cobertura c/ salão festas, piscina, sauna.

Cruz das Almas Ed. Santa Joana - Sala, wc social, 2 quartos, cozinha, serviço, wc serviço

CASAS Farol Rua Fausto Correia Wanderley (antiga Rua Natal) - Alugo casa com garagem, sala única, wc social, 03 quartos sendo 01 suite, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada.

Mangabeiras Ao Lado do Já Mangabeiras - R$ 1.800,00 - Garagem, 2 salas, wc social, 4 qtos (2 sts.) cozinha, serv, dce.

PONTOS COMERCIAIS Centro Rua França Morel - Excelente para consultório ou escritório com recepção com wc, 2 salas com wc, depósito.

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Classificados

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O que faz Melo Marques

Umas poucas palavras Marques Melo é um homem de expressão internacional, sendo fantástico o fato de não conseguido tirar os pés da beira do Panema e especialmente do Camoxinga. É uma espécie de migrante nordestino que faz o tradicional traçado do caminho posto por Zé Dantas, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga. Vez em quando se dá a volta da Asa Branca, afinal de contas “já faz três noite que por norte relampeia”. Aí fica uma espécie de vai-vém de si mesmo ou a montagem de um dom difícil de ser encontrado: a ubiquidade.

No meio de tudo isto, o mais importante, é que o Marques jamais transformou sua pequena cidade em coisa menor, um objeto menor e vem se dedicando à montagem de uma visão sui generis para Alagoas que, à falta de melhor termo, vamos chamar de a discussão sobre a inteligência local. Aliás, nesta aventura andamos juntos e tudo – nesta juntada - começou na esticada de um almoço. Posteriormente, veio um seu artigo já publicado em Espaço, depois o livro que organizou sobre Santana e, agora, com este texto sobre Djalma Carvalho, um incansável escrevinhador sobre a vida de sua cidade, uma das formas de se ter a memória registrada, ligando recortes pessoais da vida ao futuro.

Espaço desejaria divulgar constantemente exercícios de memória e se encontra à disposição de todo aquele que procure os seus caminhos de vida e gerando o registro de suas lembranças em todos os nossos municípios. Tenho certeza de que o Marques pensa da mesma forma, tanto que está ajudando a convencer ao Audálio Dantas a escrever sobre o que seria a sua Tanque d’Arca.

Se as Secretarias de Cultura dos diversos municípios decidissem aproveitar o Espaço e trazer a lembrança da vida de seus conterrâneos, escritas por seu intelectuais, Espaço agradeceria

Jornalista, Professor USP e Metodista de São Paulo.

O intelectual alagoano José Marques de Melo integrou o corpo docente fundador da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde defendeu a primeira tese de doutorado em Jornalismo no Brasil. Como professor emérito daquela instituição, ocupa lugar de destaque na vanguarda das ciências da comunicação, tendo sido escolhido pelo Ministro Fernando Haddad para presidir, no MEC, a comissão nacional que elaborou as novas diretrizes curriculares para o Curso de Jornalismo. É autor de obra acadêmica composta por meia centena de livros que circulam nas universidades do país e do exterior. Atualmente dirige a Cátedra UNESCO de Comunicação, mantida pela Universidade Metodista de São Paulo e preside a Confederação Ibero-Americana de Associações de Ciências da Comunicação. Até os 15 anos de idade viveu em Santana do Ipanema, onde fez os estudos de primeiro grau, no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e no Ginásio Santana. Nessa comunidade, a UFAL instala o pólo de economia e gestão do Campus Sertão, compartilhado com a também sertaneja cidade de Delmiro Gouveia. Para celebrar os 60 anos de fundação do Ginásio Santana e comemorar a chegada da UFAL na região, o Professor Marques de Melo, em parceria com a professora Rossana Gaia, mobilizou uma plêiade de escritores caetés para resgatar a trajetória cultural do sertão alagoano, tendo Santana do Ipanema como referente histórico. Com prefácio da reitora Ana Dayse Resende Dorea e prólogo de Luiz Sávio de Almeida, a obra tem o título Sertão Glocal – um mar de idéias brota às margens do Ipanema. Os originais dessa coletânea estão sob os cuidados da equipe liderada pela Professora Sheila Diab Maluf, diretora da EDUFAL, que anunciará o seu lançamento no circuito universitário.

Metamorfose do espaço sertanejo Signos evidentes na memória cultural de Santana do Ipanema José Marques de Melo Cidade alagoana que tipifica nitidamente a pujança da vida sertaneja, Santana do Ipanema caracteriza-se como espaço de confluência simbólica.

O confinamento a que foi condicionada pela geografia, sem dispor de fontes naturais de água potável, converteu sua agricultura em atividade de risco, ensejando colheitas incertas, sujeitas a chuvas e estiagens. Por isso mesmo, a economia foi semeada em território irrigado pelo comércio, gerando fluxos permanentes de mercadorias e mercadores.

Desta maneira, sua história favoreceu a germinação de uma cultura mestiça, matizada pela diversidade de signos, oriundos das zonas de influência sóciocultural donde chegam as manufaturas consumidas e por onde transitam os produtos gerados na sociedade.

MEMÓRIA CULTURAL Trata-se, portanto, de um amálgama cultural, em constante mudança, sem prejuízo de tradições preservadas pelas gerações nativas ou adotivas. Esse emaranhado de ícones vem sofrendo descontinuidades, como reflexo das inovações carreadas pelos contingentes migratórios.

A memória cultural santanense está devidamente registrada na literatura produzida por três dos seus intelectuais emblemáticos: a ficção de Breno Accioly cobre satisfatoriamente o período 1900-1930, o memorialismo de Oscar Silva dá conta do período 1930-1950 e o ensaismo de Tadeu Rocha resgata as conjunturas que vão de 1940 a 1960.

Mas quem quiser discernir as fases correspondentes à segunda metade do século XX terá necessariamente que enveredar pelo jornalismo de Djalma de Melo Carvalho. Desde 1959, ele comparece regularmente às páginas da imprensa de Maceió, relatando episódios que vivenciou ou foram assimilados através da narrativa de terceiros. Reunidos sob a forma de livros, tais registros constituem uma obra estimada em meia dúzia de volumes, lidos e apreciados pela comunidade hoje aglutinada às margens do Ipanema.

INTELECTUAL RURBANO Nascido em 1938, Djalma Carvalho viveu na roça até os 15 anos de idade, mudando-se para a cidade afim de completar o curso primário. Presta o exame de admissão ao Ginásio Santana, posteriormente cursando contabilidade na Escola de Comércio Santo Thomaz de Aquino. Faz concurso para o Banco do Brasil, onde desenvolve ascendente carreira, no período 1961-1991, aposentando-se como gerente geral da agência de Santana do Ipanema. Mas continuou a estudar, graduando-se em Direito pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac – 1980).

A publicação de matérias assinadas, nas páginas dos jornais alagoanos, garantiu o seu registro como jornalista-colaborador (Mtb 246/85-AL) e o ingresso na Associação Alagoana de Imprensa (AAI). Tornou-se depois sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e membro da Academia Maceioense de Letras.

Funcionário aposentado do Banco do Brasil, reside hoje em Maceió, onde publicou os seguintes títulos: Festas de Santana (1977), e Caminhada (1994), bem como a sequência Chuviscos de Prata (2000), Chuvas Passageiras (2004), Chuvas do Gravatá (2007) e Ventos e

Lula Castello Branco

Trovoadas (2009). É também co-autor de duas coletâneas editadas em Santana do Ipanema: À Sombra do Umbuzeiro (2008) e À Sombra do Juazeiro (2009). Trata-se de obras publicadas pela Editora Maltanet, onde o autor mantém uma coluna digital, comentando fatos ocorridos em Santana do Ipanema ou de interesse da comunidade local.

HEGEMONIA, CONTRA-HEGEMONIA Festejando o seu “triunfo literário”, Luiz Nogueira Barros, hoje o secretário perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Alagoano, mas que, nos anos 50, habitou o espaço santanense, proclama que Djalma de Melo Carvalho “já pode ser lido e reconhecido pelos seus contemporâneos”.

Seu argumento é o seguinte: o autor nascido em Santana do Ipanema, “cidade que sempre viveu tutelada pelos fenômenos da natureza”, não se limita aos “heróis e heroínas da casta dominante”, resgatando de forma “linear” a “pequena tragédia” dos “heróispárias, por vezes trágicos e por vezes ridículos”.

Essa tese contrasta com o julgamento feito por Divaldo Suruagy, em 1977, ao prefaciar o livro de estréia de Djalma de Melo Carvalho, louvando a sua recusa ao papel de “pretensioso historiador” para retratar “com maestria os fatos picarescos e hilariantes da sua comunidade.”. E não hesita em tipificá-lo, na galeria literária, como um “sério contador de histórias” capaz de aguçar a imaginação do leitor. Exalta sua postura como “talentoso escriba, minucioso e mestre na faceirice da linguagem popular”, sem menosprezar o “aspecto mais sério da vida santanense”.

Apesar da autoridade desfrutada pelo ilustre membro da Academia Alagoana de Letras, torna-se verossímel a tese sustentada pelo historiador Nogueira Barros, permitindo identificar o escritor Djalma de Melo Carvalho como fonte relevante para quem quiser compreender e interpretar a riqueza da nossa cultura municipal. A revisão crítica da sua obra publicada traz evidências suficientes para justificar essa opção.

CONTRADIÇÕES SOCIAIS Esta é a razão pelo qual, em artigo sobre a diáspora intelectual santanense, publicado na seção Espaço, editada por Luiz Sávio de Almeida, em O JORNAL (Maceió, 6/9/2009), qualifiquei Djalma Carvalho como legatário do acervo desvelado por Oscar Silva, protótipo dos nossos intelectuais contra-hegemônicos.

Seu mérito principal é justamente o de haver ultrapassado o universo elitista da cultura erigida na matriz, no comércio e nos sobrados, tarefa a que se dedicaram, com esmero, intelectuais orgânicos como Valdemar Lima e Tadeu Rocha. A narrativa por ele construída, durante meio século, mapeia o universo da nossa cultura popular. Incorporando relatos de protagonistas situados na periferia da nossa cidade, ou melhor, nos botecos, feiras, bordéis, becos e esquinas, o escritor dá vida a pessoas que se assumem como sujeitos da sua própria História.

Se, nos tempos de Oscar, era ostensiva a distância entre ricos e pobres, na época de Djalma a malha social apresentava-se matizada pela emergência da classe média, segmento que ele representa sensivelmente. Não obstante freqüente a alta roda, cooptado pela ascensão educacional e pelo avanço profissional, não desdenha, nem tampouco evita, os espaços cultivados pelos humildes ou subalternos.

Da mesma forma, não minimiza o protagonismo dos nossos escritores contra-hegemônicos. Sem deixar de render homenagens, na abertura do seu livro de estréia (1977), ao historiador Tadeu Rocha, nosso “príncipe dos intelectuais”, enaltece, na obra em que celebra sua caminhada, ou melhor, sua ascensão social (1994), os méritos do “subalterno” Oscar Silva.

Mais adiante, respinga “chuviscos de prata” (2000) sobre o “subversivo” Aguinaldo Nepomuceno Marques, reconhecendo-o como “homem de esquerda, progressista” e descrevendo suas “trajetórias ao socialismo”.

FESTEJOS E DIVERSÕES O livro Festas de Santana (1977) já contém signos evidentes dessa atitude pluralista assumida por Djalma de Melo Carvalho, que expressa tanto as maneiras de ver, sentir e agir dos que mandam quanto os acenos codificados astuciosamente pelos que obedecem, numa sociedade de classes.

Se os textos O patriarca da cidade, Velho casarão, A deposição do prefeito, Festas de Santana e Em tempo de retretas dão conta da vida cotidiana dos poderosos e

privilegiados, por sua vez, os capítulos intitulados O contador de histórias, Bar do Tonho, Cantadores e violeiros, Evocação e O circo chegou reproduzem situações vividas pelos estratos que transitam nos socavões da sociedade ou nos seus lugares malditos.

Quais são as personagens do primeiro bloco? O Padre Bulhões, símbolo maior do poder sagrado; os Professores do Ginásio Santana, considerados os arautos do poder cognitivo; os Políticos que manejam as engrenagens do poder estatal; os Comerciantes e os Congregados, responsáveis pelo culto estamental à Padroeira; os Maestros e Músicos, que executam os acordes preferdos pelos iniciados nos meandros da arte erudita.

Quem compõe o segundo bloco ? Os poetas, boêmios, pinguços, artífices, saltimbancos, raparigueiros, entre outros do mesmo naipe. Em síntese, os que exercem funções obedientes ou praticam ofícios situados ao rés do chão.

NOTÁVEIS E BESTIFICADOS Em Caminhada (1994) opera-se a mesma dissonância simbólica, evocando personalidades bem nascidas

e bem sucedidas na vida, mas também destacando os artesãos, os mascates e os biscateiros, “bestificados” diante das ações empreendidas pelos que “fazem” a História local. Não deixam de aparecer também personagens que atuam no meio do campo, transitando entre um segmento e outro.

Os figurões estão simbolizados pelos educadores João Yoyô, Alberto Agra e Mileno Ferreira, pelo vereador Abdon Marques, pela atriz Albertina Agra, pelo maestro Joel Tavares, pelo farmacêutico Moreninho. Os tarefeiros ou xeleléus aparecem sob a roupagem do topógrafo Bilu, do fotógrafo Zezinho, do faz-tudo Dionísio, do jogador Índio, do soldado Hortêncio ou da esmoler Mirindão.

Na coluna do meio, denotando mobilidade social, aparecem exemplos colecionados pelo próprio narrador, pertencente a uma família de agricultores remediados que prosperou nas sendas do comércio ou do setor terciário. Depois de evocar a mãe Lila e a avó Bilia, bem como os tios Zeca e Zé Constantino, descreve as proezas dos seus colegas bancários, fomentando as atividades produtivas. Resgata ainda as aventuras dos seus companheiros de turismo, ativos e inativos, porém munidos de talões de cheque que

Accioly, Breno 2000 – Obra Reunida, São Paulo, Iluminuras Barros, Luiz Nogueira 1994 – Prefácio, Caminhada, Maceió, Sergasa, p. 913 2003 – Orelha 2, Chuvas Passageiras, Maceió, Edufal Fontes Neto, José Malta 2009 – Prefácio, À sombra do juazeiro, Santana do Ipanema, Portal Maltanet, p. 4-5

lastreiam andanças pelo circuito cultural do outrora chamado Velho Mundo.

ARGONAUTAS E INTERNAUTAS

A memória cultural de Santana do Ipanema está devidamente registrada na literatura produzida por intelectuais da terra

FONTES

As mais recentes obras de Djalma de Melo Carvalho, todas elas publicadas no século XXI, são reiterativas das anteriores, porém focalizando o universo hídrico que caracteriza o sertão glocal, estabelecendo uma ponte discursiva entre o polígono das secas e a sociedade irrigada pela informática. Desta maneira, seus escritos reificam a lenda do sertão que vira mar, transitando entre a aldeia e o planeta, entre a província e a metrópole, entre o mutismo retórico e a algaravia da rede conectada.

Chuviscos de Prata (2000), Chuvas Passageiras (2004), Chuvas do Gravatá (2007) e Ventos e Trovoadas (2009) enfeixam memoráveis relatos poéticos. Atestando em prosa a maturidade intelectual do menino “vindo de um sítio” e “sonhando ser escritor”, que afinal “domina a arte de escrever” registram as “lembranças do que foi lido” (Luiz Nogueira Barros, 2003).

Apetrechado por sedutor guarda-chuva discursivo, naturalmente enriquecendo a “literatura alagoana” (Tobias Medeiros, 2003), o escritor santanense prepara-se para alçar vôos por mares nunca dantes navegados.

Na atualidade, Djalma de Melo Carvalho está perfilando o papel de agente de ligação entre duas gerações.

De um lado, a geração dos argonautas, bloco que tem por abre-alas o fora-de-série Breno Accioly, cuja comissão de frente é formada pelo trio pioneiro, Valdemar, Oscar e Tadeu.

Do outro lado, a geração dos internautas, pilotada pelo intrépido José Malta Neto, oferecendo abrigo, entre a “sombra” do Umbuzeiro e do Juazeiro, aos novíssimos escritores santanenses.

O fundador do Portal Maltanet concedeu a Djalma de Melo Carvalho o privilégio de abrir a série de coletâneas que começa a editar, selecionando duas crônicas emblemáticas.

Uma sobre o patrimônio cultural da humanidade, simbolizado pela histórica cidade de Coimbra, fonte da cultura brasileira que embasou a mestiça cultura sertaneja e se reproduziu na singular cultura santanense .

Outra sobre a nova banda de música criada pela Prefeitura Municipal de Santana do Ipanema, com a finalidade de “difundir o gosto pela música”, despertando “talentos” e formando profissionais para o “mercado nacional”.

SERTÃO GLOCAL Trata-se de evidências que confirmam plenamente a metamorfose do espaço sertanejo, amalgamando as raízes “locais” à matriz “global”.

Com os ouvidos de João Urso, Breno Accioly auscultou com nitidez os gritos que ecoavam às margens do Ipanema, no início do século XX. São os mesmos acordes que, no limiar do século XXI, a geração Djalma de Melo Carvalho preservou para estimular a trajetória dos que saboreiam os frutos agridoces do umbuzueiro.

Mas também dos que preferem encenar o ritual sagrado dos lendários fulniô, debaixo do virtual juazeiro, projetando e fortalecendo o mítico “sertão glocal”.

Medeiros, Tobias 2003 – Orelha 1, Chuvas Passageiras, Maceió, Edufal Lima, Valdemar de Souza 1980 – O autor, Graciliano Ramos em Palmeira dos Índios, 2a. ed., Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 57 Marques de Melo, José 2009 – A diáspora intelectual santanense, Espaço editado por Luiz Sávio de Almeida, Caderno 2, O Jornal, Maceió, 6/9/2009.

Marques de Melo, José & Gaia, Rossana 2010 – Sertão Glocal, Maceió, EUFAL (no prelo) Rocha, Tadeu 1964 – Modernismo e Regionalismo, Maceió, Depto.

Estadual de Cultura Silva, Oscar 1954 – Fruta de Palma, Maceió, Caetés Suruagy, Divaldo 1977 – Prefácio, Festas de Santana, Maceió, Sergasa, p. 15-17

GLOSSÁRIO Argonauta – navegador ousado, réplica dos tripulantes da nave Argos, imortalizada pela mitologia grega e pelos nossos republicanos de 1817.

Glocal – espaço híbrido que reúne signos locais, típicos da aldeia, e ícones globais, circulantes na vastidão do planeta.

Internauta – navegador convencional, típico usuário da internet.

Rurbano – categoria social composta por pessoas em transição cultural, vindas da zona rural; habitando a periferia urbana, sem perder inteiramente sua identidade nativa, assimila valores da terra adotiva.