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O JORNA L Maceió, domingo, 1o de agosto de 2010 | Ano XVI | Nº 204 | www.ojornalweb.com
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ALAGOAS
R$ 2,00
Arquivo
AL lembra 72 anos da morte de Lampião Página A14
Traficantes “adotam” moradores da Vila Brejal Pelo silêncio da comunidade, eles doam cestas básicas, leite para as crianças e reformam casas Páginas A18 e A20
Thallysson Alves - Estagiário
Gestores vão discutir código florestal Suplemento
Eleição de 2010 deve mudar Câmara Página A4
Dois
Marco Antônio
Improviso para trabalhar...
Em Branquinha, administração se instalou no posto de gasolina Thallysson Alves - Estagiário
Achiles, o Guerreiro das Artes Páginas B1, B2 e B3
TV
Em municípios atingidos pelas enchentes, órgãos públicos foram destruídos e funcionam hoje em locais improvisados. Prefeitura e secretarias de Branquinha estão num posto de gasolina. As crianças também improvisam. Páginas A2 e A3
Ana Furtado quer mostrar versatilidade
...e também para brincar
Nas barracas, crianças recorrem às brincadeiras sem brinquedos
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O JORNAL
Política A2
Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br
INDICAÇÃO 1 O presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Junior, designou o conselheiro federal por Alagoas Marcelo Brabo Magalhães para presidir o Conselho Editorial da OAB Editora. O órgão tem por finalidade difundir e valorizar a cultura jurídica do advogado brasileiro e estimular a produção científica, por meio da edição de obras de efetiva qualidade e valor relacionadas à Ciência do Direito. Além do presidente, integram o Conselho Editorial da OAB Editora membros, escolhidos entre advogados de reconhecidos trabalhos prestados à OAB.
Domingo, 1º de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Repartições atingidas por cheias funcionam em locais improvisados Em Branquinha, prefeitura se instalou provisoriamente em posto de combustíveis Thallysson Alves/Estagiário
Gilson Monteiro Repórter
INDICAÇÃO 2 Brabo disse ter ficado honrado com a indicação, recebida por ele como um desafio visando enaltecer ainda mais a advocacia. “A missão de fomentar a cultura jurídica e a produção científica não é tarefa simples, mas me empenharei, junto os renomados membros que compõe o Conselho, para dar uma visibilidade ainda maior à Editora, garantindo obras acessíveis por meio de um amplo sistema de distribuição nacional”, afirmou.
INTERDITADA A Rua Dias Cabral, no Centro, ficará interditada pelos próximos 30 dias para a realização de obras de drenagem na região. A orientação da Prefeitura aos motoristas é para que evitem trafegar pelo local já a partir de amanhã, quando o trânsito passará a ser desviado para as ruas próximas. A Dias Cabral é a via que passa por trás do Teatro Deodoro e segue até a praia da Avenida, em Jaraguá. Parte dela já havia sido interditada na última quinta-feira, para que fosse iniciada a troca da tubulação de drenagem.
TÉCNICO... Passa a integrar ao corpo técnico da “Sala de Situação”, a partir de amanhã, um representante do Tribunal de Contas da União. A solicitação foi feita pelo governo de Alagoas ao presidente do TCU, ministro Ubiratan Aguiar. “Minha missão em Alagoas atende a uma solicitação feita pelo próprio governo do estado para um trabalho de assessoramento junto às equipes do Programa da Reconstrução das cidades atingidas pelas enchentes”, informou o auditor do TCU, Manoel Passos Fernandes, que desembarcou Maceió na sextafeira.
Prefeitura e secretarias municipais de Branquinha funcionam no posto
Desde o mês de junho um posto de combustíveis, no acesso à cidade de Branquinha, vive uma situação inusitada. É lá que estão funcionando a prefeitura e algumas secretarias da administração municipal. O improviso na pequena Branquinha é um exemplo da forma que boa parte dos municípios castigados pelas chuvas fortes do mês de junho encontrou para continuar dando expediente enquanto não se reconstroem novas sedes para os prédios públicos. Com 90% da cidade devastada, todas as repartições públicas do município foram destruídas. “Improvisamos em algumas salas aqui do posto de combustíveis porque temos que prosseguir, mas as condições são precárias”, queixa-se a prefeita Renata Moraes (PMDB). A Câmara Municipal, que precisou realizar sessões extraordinárias às pressas para aprovar projetos como a reativação do Conselho Municipal de Defesa Civil e o Conselho Municipal de Habitação, funciona em uma minúscula sala emprestada pelo Sindicato dos Trabalhadores. “Foi o que conseguimos. O plenário está sendo improvisado no
auditório do sindicato. O prédio foi levado pelas águas, ficou apenas o terreno. Estamos improvisando, mas no sindicato não há espaço para os gabinetes”, reclama um dos vereadores. Em frente ao prédio da Câmara, restam algumas paredes da Biblioteca Municipal. “Todo o acervo, todos os livros foram levados. Isso é um prejuízo incalculável”, lamenta o mesmo vereador. Diante da falta de estrutura do posto de ombustíveis, uma solução ainda paliativa foi anunciada esta semana. “Será construído um centro administrativo onde ficará prefeitura, Câmara e secretarias, num terreno na entrada da cidade, mas será uma estrutura de madeirite, mas que vai ‘quebrar um galho’”, afirma. NÚMEROS - Segundo dados da coordenação estadual da Defesa Civil, 232 imóveis públicos foram destruídos em Alagoas com as enchentes. Desse total, foram atingidas 68 escolas e creches; 44 unidades de saúde, entre postos de saúde e do Programa de Saúde da Família, além de laboratórios. Imóveis públicos como prefeituras, secretarias municipais, câmaras municipais, matadouros, mercados públicos, praças, delegacias e batalhões da Polícia Militar totalizam 120.
... DO TCU O auditor esclarece, ainda, que seu trabalho será direcionado exclusivamente para assessoramento na área financeira, orçamentária e de gestão pública, além de orientar os técnicos do governo de Alagoas nos processos de licitações, compras, editais e contratações diretas.
PORTAL A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realiza amanhã o lançamento do seu novo portal na internet. O portal é uma extensão do site da Prefeitura de Maceió. Além de unificar as informações sobre programas, serviços e benefícios promovidos pela Semas, o novo portal oferecerá aos usuários uma navegação dinâmica, mais objetiva e informativa. Os internautas poderão interagir com o portal, tirando dúvidas, dando sugestões e conhecendo cada setor da secretaria.
FPM 1 Os municípios brasileiros receberam na última sexta-feira a parcela do terceiro decêndio de julho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Em valores líquidos, com a retenção do Fundeb descontada, o montante é de R$ 910.850.142,77. Em valores brutos, a quantia é de R$ 1.138.562.678,46. O montante acumulado até julho alcança a cifra de R$ 28,6 bilhões, crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, o crescimento ainda é considerado tímido.
FPM 2
Local onde ficava a Cãmara Municipal de Branquinha: prédio foi totalmente destruído; ao lado, ainda ficaram as paredes brancas da biblioteca
Em Santana, Legislatuvo foi levado pelas águas Em Santana do Mundaú, o pequeno prédio do Poder Legislativo foi levado pelas águas. As sessões extraordinárias tiveram que ser realizadas na apertado prédio da Prefeitura, que chegou a ser inundado, mas continua de pé. “Perdemos mui-
tos documentos, mas o prédio da prefeitura não caiu. Já a Câmara e as secretarias de Educação, Saúde e Agricultura a água levou. Por enquanto os vereadores estão se reunindo aqui na prefeitura, mas não temos espaço”, informou o prefeito Eloi
Ele afirma que, se o FPM fosse corrigido pela inflação, deveria ter aumentado 4,5%. Ele destaca que os números indicam um progresso lento da economia, que ainda não se traduziu em aumento desta transferência às prefeituras. Ziulkoski pede cautela aos gestores municipais. O levantamento da entidade também aponta que os repasses de julho deste ano foram 4,8% maiores que os do mesmo período do ano passado, o equivalente a R$ 149 milhões em termos nominais. Em relação ao mês passado, a previsão da Secretaria da Receita Federal se confirmou: a diminuição foi de 26,46%.
da Silva (PSC). LAJE - Em São José da Laje, depois da enchente do Rio Canhoto, a secretaria de Saúde precisou ser transferida para a Prefeitura, que funciona em um pequeno prédio. “Está tudo muito
apertado, mas é a forma encontrada para improvisar e continuarmos trabalhando. Na prefeitura ainda perdemos muitos computadores, arquivos, e outras documentações”, conta o prefeito Márcio Lyra, o Duduí (PP). (G.M.)
Acervo de Graciliano Ramos foi atingido
DIRETAS Aos poucos, a campanha eleitoral deste ano começa a ganhar as ruas, com adesivos em veículos, bandeiraços e panfletagens. Com isso, o trânsito em algumas ruas das cidades começa a ficar mais complicado, reclamam alguns motoristas. Seria esse um dos preços pelo exercício da democracia? Enchente arrastou pequeno prédio da Cãmara de Santana do Mundaú
Em Quebrangulo, Agreste alagoano, uma das maiores perdas da estrutura pública foi a Biblioteca Graciliano Ramos. As águas que transbordaram do Rio Paraíba levaram praticamente todo o acervo de obras do “Mestre Graça”, filho da cidade. Quebrangulo também perdeu o arquivo contábil do município, que possuía documentos dos últimos 110 anos. Passada a enchente, livros como “Vidas Secas” e “São Bernardo” estavam cobertos de lama. “Sabemos que a maior perda são as vidas, e o transtorno maior são as famílias que ficaram sem suas casas. Mas aqui em Quebrangulo tivemos uma perda do nosso patrimônio cultural. A biblioteca veio abaixo, caindo com
ela um acervo importantíssimo. Foi aqui em Quebrangulo que nasceu Graciliano Ramos, e parte dessa memória foi embora com a enchente”, lamenta o prefeito Marcelo Lima (PMDB). No arquivo contábil, o prefeito conta que 50 prateleiras com documentações importantes viraram lama. “O arquivo municipal foi totalmente destruído. No prédio a água chegou a 3 metros de altura, molhando e destruindo mais de um século de historia. Era o maior arquivo público do Estado. Tínhamos mais de 50 estantes totalmente catalogadas, tudo organizado. Foi uma perna inestimável. Tínhamos um acervo com documentos de 1910 para cá”, disse Marcelo Lima. (G.M.) Continua na página A3
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Política
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Fotos: Marco Antônio
Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
MARASMO EVIDENTE A expectativa agora é de que a campanha eleitoral em Alagoas comece a esquentar com a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Aqui e ali já se vê alguma manifestação, mas nada que se compare às eleições passadas. O marasmo ainda é evidente. A falta de motivação não atinge apenas Maceió – que é o termômetro das campanhas eleitorais. A desmotivação está também no interior do Estado e em cidades tradicionalmente agitadas nesse período, iguais a Arapiraca – que é o segundo colégio eleitoral. O que se passa? Dizem que o dinheiro está curto e os candidatos estão precavidos; outros dizem que a eleição esse ano é atípica. De fato, são três grandes candidatos ao governo do Estado: o governador Téo Vilela, que tenta a reeleição; o senador Fernando Collor, que tenta se eleger; e o ex-governador Ronaldo Lessa, que tenta voltar ao governo. São três nomes de peso, que sabem quanto pesa a disputa majoritária. E tudo depende deles, ou seja, o fervor da campanha será dado por eles. E eles ainda parecem caminhar lentos.
DE FORA
AGENTE
De acordo com o registro no Tribunal Superior Eleitoral, das 484 candidaturas registradas em Alagoas para a eleição este ano, nove já foram impugnadas. E ainda falta o julgamento dos denunciados pela lei do “Ficha Limpa”.
O “espião” João Felício, que a direção nacional do PT mandou para verificar “in loco” a campanha eleitoral em Alagoas, tirou conclusões nada boas sobre o processo sucessório estadual e a disputa proporcional em relação ao partido.
ELEMENTAR, CARO PT Pelas conclusões do “espião” João Felício, se acontecer de o PT eleger um representante em Brasília é algo igual a “zebra” para o apostador. Mas, “zebras” existem...
IDEIA
APOIO
A proposta para aumentar o Bolsa Família em 20%, em troca de o beneficiário dar um dia de serviço na semana ao Estado, será defendida pelo candidato a governador, Fernando Collor (PTB), em Brasília.
O senador Fernando Collor apoia o programa e defende mais assistência do poder público aos carentes, mas, alerta que a dignidade do homem deve ser preservada. Ou seja, o dinheiro deve ser fruto do trabalho.
PASSE LIVRE O candidato a governador Ronaldo Lessa (PDT), exibe a carta de apoio das centrais sindicais como “salvo-conduto” no diálogo com trabalhadores.
NA MÃO
NA RUA
Candidato à reeleição, o deputado federal Givaldo Carimbão (PSB) garante manter os 4 mil votos que obteve em Palmeira dos Índios, em 2006. Para ele, a disputa com outros candidatos não vai lhe abalar a base.
O prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB) escalou o primo, o engenheiro Kleber Montenegro, para coordenar a campanha de Célia à Câmara Federal, em Palmeira dos Índios, a sua terra natal.
BERÇO ESPL NDIDO Prefeito de Arapiraca no segundo mandato e reeleito com mais de 80% dos votos, Luciano Barbosa é natural de Palmeira dos Índios.
NEGA
FOI
O pleito do presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Luciano Barbosa, para aumentar de dois para dez anos o prazo de carência nos empréstimos para comerciantes vítimas das enchentes, foi negado.
Testemunhas sustentam que o capitão Renivaldo, do Corpo de Bombeiros, tentou mesmo se suicidar no quartel. Mas, essa versão atrapalha a defesa dele – que é acusado no desvio de donativos às vítimas das enchentes.
QUESTÃO DE DEFESA Se assumir que tentou o suicídio, o capitão Renivaldo se complica ainda mais. A tentativa de suicídio pode ser entendida como arrependimento.
EXPRESSAS Nesta segunda-feira, 2, o presidente Lula sancionará a lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Aprovada pelo Congresso Nacional no mês passado, a Lei dos Resíduos Sólidos acaba com os lixões. Pela lei que o presidente Lula sancionará amanhã, os Estados e municípios ficam obrigados a criarem sistemas de coletas seletivas de lixo. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandowski, disse que a “Lei do Ficha Limpa” pode sim retroagir porque não impõe sanções, mas critérios. O governador Téo Vilela (PSDB) e o senador Fernando Collor (PTB) são os próximos convidados do “Conversa de Botequim”, apresentado pelo jornalista Plínio Lins.
As águas das enchentes invadiu a Câmara Municipal de Quebrangulo e atingiu documentos e outros pertences do Legislativo municipal
Secretarias municipais ficaram sem estrutura física Da estrutura administrativa do município de Quebrangulo, apenas a prefeitura não foi atingida pelas águas. Na Câmara Municipal, a água destruiu parte da documentação, mas o prédio continua de pé. Mas o caos foi maior nas secretarias municipais. Todas as sete secretarias foram atingidas. As sedes das secretarias de Agricultura, de Obras
e de Educação foram levadas pela correnteza. As demais não chegaram a cair mais mas não estão em condições de funcionamento. A solução, afirma o prefeito, foi remanejar todas as secretarias para prédios provisórios. “As secretarias de Agricultura e de Obras estão funcionando provisoriamente no prédio que estava sendo pre-
parado para abrigar o museu da cidade. A secretaria de saúde também foi avariada, e hoje o expediente é dado numa escola da rede municipal”, conta Marcelo Lima. Ainda segundo o prefeito, a secretaria de saúde, bastante danificada pelas águas, hoje ocupa as dependências de um posto de saúde. Já a pasta da Ação Social foi improvisada
na sede do Cras, o Centro Referência de Assistência Social. “Tivemos que improvisar todos esses locais, pois a estrutura administrativa não pode parar. Só não foi ainda mais grave porque o prédio onde ficam a prefeitura e a procuradoria municipal não foi atingido”, conclui o prefeito de Quebrangulo. (G.M.)
Murici: sessão na casa do presidente A enchente que deixou mais de 50 mil desabrigados em Murici aconteceu na semana em que o Poder Legislativo realizaria as duas últimas sessões antes de entrar em recesso. O presidente da Câmara, vereador José Anízio, conta que uma das sessões ordinárias teve que ser realizada em sua residência. “Nem a rua onde ficava a Câmara já não existe mais. Foi totalmente destruída. Como ainda tínhamos duas sessões a serem realizadas, uma delas fiz na minha casa, e outra no auditório da prefeitura. Estou com a minha casa tomada de documentos, que conseguimos recuperar, antes que Poder a água leLegislativo vasse. Foi uma side Murici t u a ç ã o tenta agora c a ó t i c a , conseguir m a s e m o s uma nova tque imsede provisar. Muitos documentos perdidos, uma caos absurdo”, conta o vereador. Segundo Anízio, passada a tragédia, o Poder Legislativo tenta agora conseguir uma nova sede, antes do reinício dos trabalhos, marcado para o próximo dia 3. “A dificuldade agora é conseguir um novo local, pois não existem outros prédios adequados, foi tudo levado pela cheia. Estamos tentando negociar o aluguel de um prédio, que também foi avariado, mas que com algumas reformas poderia servir. Enquanto isso, iremos improvisar no auditório da prefeitura, para ir tocando as sessões”, afirma o vereador. “Mas enquanto vamos improvisando no auditório da prefeitura, estamos tentando conseguir um terreno, junto ao governo do Estado para construir uma nova sede. Mas no momento a saída será a prefeitura mesmo”, disse. (G.M.)
Sede da prefeitura de Rio Largo foi inundada e totalmente destruída por dentro: marcas ainda nas paredes
Rio Largo: prefeito improvisa gabinete Em Rio Largo, a prefeitura foi totalmente destruída por dentro, e, hoje, o prefeito Toninho Lins (PSB) despacha em uma sala da secretaria Municipal de Assistência Social. “Como a prefeitura fica na margem do rio, foi totalmente destruída. A solução foi improvisar e estamos ocupando salas de duas secretarias, a de Assistência Social e a secretaria de Cultura”, conta o prefeito. Segundo Toninho Lins, a maior dificuldade agora é desapropriar áreas para reconstruir os prédios públicos. A Secretaria Municipal de Educação, que fica na mesma rua da Prefeitura e, portanto, também próxima ao rio Mundaú, é outro exemplo de prédio público que foi destruído pelas enchentes na cidade. “Não podemos reconstruir
no mesmo local, pois o governo federal proíbe a reconstrução nas chamadas áreas de risco. Estamos avaliando dois lugares para escolher onde será construído o novo centro administrativo”, destaca o prefeito. ACâmara Municipal foi apenas inundada, mas não houve perdas. “O prédio está passando por uma reforma, e quando voltar do recesso retomará os trabalhos normalmente”, concluiu. JACUÍPE - Na cidade de Jacuípe, na zona da mata, o maior prejuízo foi com documentação. O prefeito Amaro Jorge (PP) conta que toda a documentação das secretarias de saúde e de educação foi perdida. “Perdemos 100% da documentação das pastas da Educa-
ção e da Saúde. Não sobrou nada. Na secretaria de saúde, o arquivo morto, com informações até 2009 foi perdido. Só restaram os papéis de 2010”, lamenta o prefeito. Asolução, conta o prefeito, foi abrigar a secretaria de saúde no andar de cima do prédio da prefeitura. “Asecretaria de Educação foi transferida para uma escola municipal que foi avariada, mas que ainda dá para utilizar. E a secretaria de Saúde trouxemos para o primeiro andar aqui da prefeitura. São soluções paliativas, porque a estrutura administrativa não pode parar”, afirma o prefeito. “Algumas secretarias não foram nem removidas porque não temos local, e continuam funcionando mesmo em prédios condenados. Não tivemos outra alternativa”, conclui Amaro Jorge. (G.M.)
Secretaria de Educação de Rio Largo, que fica na rua da Prefeitura, também foi destruída pelas enchentes
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Eleição deve mudar Câmara de Maceió Dois anos depois de eleitos, nove integrantes do Legislativo da capital alagoana são candidatos em 2010 Alexandre H. Lino Repórter
A eleição de outubro pode desenhar um cenário totalmen-
te diferente na Câmara de Maceió a partir de janeiro do ano que vem. Muitos nomes são candidatos, menos de dois anos após a vitória eleitoral de 2008. O fe-
nômeno não é novo, já que em 2002, tanto o deputado federal Maurício Quintella (PR) quanto o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), então vereadores,
resolveram, no meio do mandato arriscar um voo mais alto e conseguiram sucessos. Enquanto Quintella chegou à Câmara Federal, Almeida foi elei-
to para a Assembleia Legislativa e, dois anos depois, venceu a disputa pela Prefeitura de Maceió. Naquela eleição, metade da Câmara tentou mudar de função.
Desta vez, ao todo, nove vereadores estão na disputa para “mudar de casa”. O JORNAL traçou um cenário de como ficaria a Câmara caso os candidatos fossem eleitos.
Após eleições deste ano, composição da Câmara Municipal de Maceió pode passar por alterações
Vereador com menor votação da história
João Luiz pode dar vaga a Alan Balbino
O PSOL conseguiu sua maior vitória eleitoral no país em Maceió, em 2008. Conquistou duas vagas na Câmara Municipal, com Heloísa Helena sendo a vereadora proporcionalmente mais votada do Brasil, chegando quase aos 30 mil votos. A votação foi tão expressiva que o partido conseguiu “puxar” o segundo nome, o advogado Ricardo Barbosa, com pouco mais de 400 votos. Tentando seguir no mesmo ritmo, os dois socialistas são no-
João Luiz (DEM) e Alan Balbino (PP) têm algo em comum. Eles são fortes lideranças evangélicas em Maceió. O primeiro é a principal referência da Igreja Quadrangular em Alagoas e por isso tenta ampliar seu raio de atuação política, saindo de Maceió e tentando conquistar mais votos pelo interior. Na sua corrida por uma vaga na Assembleia
vamente candidatos. Heloísa tenta retornar ao Senado e Barbosa acredita que pode ficar com uma vaga na Assembleia Legislativa. Caso eles sejam eleitos assumem o fiscal de tributos Orival França que teve apenas 401 votos e o professor Maurício Dias com 241 votos. Isso sem contar, que Orival tenta ir para a Assembleia. Caso isso aconteça entra como vereador Pavel, com 188 votos. Ele pode ser o vereador menos votado da história de Maceió. (A.H.L.) Mendes deve assumir se Galba, Gouveia e Chamariz forem eleitos
Chamariz pode ter até segunda chance O deputado federal Antonio Carlos Chamariz (PTB) assumiu o mandato no início de 2009, já que era suplente, e ficou na vaga que pertencia ao agora prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus (PMDB). Como estava sem cargo em 2008, disputou a eleição para vereador em Maceió e, novamente, ficou como primeiro suplente. Isso faz com que o empresário tenha a oportunidade de disputar a reeleição para Câmara dos Deputados, sabendo que, mesmo se perder, tem duas oportunidades de continuar na vida política, já que os vereadores Galba Novaes e Marcelo Gouveia, ambos do PRB, estão
na disputa. Em 2008, PTB e PRB fizeram parte da mesma coligação para o Legislativo municipal. Galba é candidato a vice na chapa do senador Fernando Collor (PTB) ao governo. E o pastor tenta emplacar uma vaga de deputado estadual. Se os três forem eleitos o delegado João Mendes, que já foi vereador volta a assumir uma vaga e o jornalista José Muniz Falcão - que também tenta ir para Brasília - se derrotado, pode ficar com uma das vagas. Assim, o pastor Gabriel com 978 votos ainda tem chance de assumir. Os três disputaram as eleições de 2008 pelo PRB. (A.H.L.)
Depois do impasse, campanha até Brasília Avereadora Rosinha da Adefal (PTdoB) viveu um impasse para registrar sua candidatura. O partido e os aliados não conseguiram um consenso para saber se ela disputaria uma vaga de estadual ou de federal. Rosinha se tornou uma liderança meteórica, após a morte do então deputado federal Gerônimo Ciqueira, que presidiu a entidade até ser eleito como vereador. Ela então assumiu o comando da entidade e passou a se-
guir os passos do fundador do movimento pela qualidade de vida aos deficientes. Depois de muito impasse e discussão, ficou acertado que a vereadora será candidata a deputada federal. Caso repita o sucesso do antecessor, que, inclusive, foi o mais votado em Maceió em 2006, ela abre espaço na Câmara Municipal para o dentista Theo Fortes. O ex-secretário municipal de Saúde recebeu 5.363 votos.
Netinho e Gernand: chances de assumir Netinho Barros (PSC) e o jornalista Gernand Lopes (PSDB) foram dois dos principais articuladores na aprovação do aumento no número de vereadores em Maceió. Até conseguiram ampliar o número de vagas - e seriam contemplados, mas foram frustrados quando descobriram que as regras só podem entrar em vigor na próxima eleição, em 2012. Mesmo assim, os dois continuam com chances reais de assumir uma vaga ainda neste man-
Com eleição de Pastor João Luiz, Alan Balbino pode ficar com vaga
Gernand tem chances ficar com vaga de vereador na Câmara de Maceió
Legislativa, João Luiz pode terminar ajudando Balbino, que foi um dos mais votados em 2008 com 5.578 votos, mas ficou de fora devido ao “peso da chapa”. Ex-presidente da Câmara Municipal e ex-secretário municipal, o suplente já assumiu o mandato na atual legislatura por duas vezes e tem um bom trânsito com fiéis da Igreja Batista. (A.H.L.)
dato. É que Netinho, que recebeu 3.906 votos, e Gernand, com seus 3.546 votos, são suplentes das vereadores Tereza Nelma (PSB) e Thayse Guedes (PSC) - que disputam cadeiras na Assembleia Legislativa. Mesmo com chances, neste caso, Netinho não pode fazer campanha para nenhuma das duas, já que o pai, o deputado estadual Gilvan Barros (PSDB), disputa a reeleição no Legislativo estadual. (A.H.L.)
Se vitória chegar, tudo entre os Holanda A Câmara de Maceió, próxima eleição. entre 2005 e 2008, chegou a Para isso, preciter três vereadores com o sa que Dudu, que é sobrenome da famío atual presidente lia Holanda: Chico da Câmara, seja vi(PP), Dudu (PMN) torioso na eleição Berg e Berg (PR). No enpara deputado estanto, as urnas não tadual. A família assume reconduziram o úlHolanda chegou a caso Dudu timo para o segunter uma vaga na Holanda se do mandato. Mesatual legislatura. mo com 5.213 voeleja para a Antonio Holanda tos, Berg ficou de homônimo Assembleia Júnior, fora e pegou a prido pai, que também Legislativa meira suplência. Ajá foi deputado esgora, ele faz contas tadual. No entanto, na tentativa de asele foi cassado, pela sumir o cargo defiJustiça Eleitoral, por comnitivamente até a pra de votos. (A.H.L.)
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Número de deputadas deve aumentar Demógrafo estima que representação feminina na Câmara tenha incremento de 40% após eleições de outubro Agência Câmara O percentual de deputadas na Câmara pode aumentar 40% na próxima legislatura, que começa em fevereiro de 2011. A projeção é resultado de um estudo do demógrafo José Eustáquio Alves, professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento previsto para o número de deputadas eleitas, segundo ele, decorre da quantidade de candidatas ao cargo – que já somam 1.253. Em 2006, o número de postulantes ao cargo de deputada federal não passava de 737. Se as análises do pesquisador se confirmarem, os brasileiros elegerão neste ano 63 deputadas, que comporão a maior bancada feminina da história da Câmara, com 12,2% do total de deputados. Hoje, as mulheres ocupam apenas 45 das 513 vagas, ou seja, 8,7% do total. Apesar do aumento, o Brasil ainda ocuparia um dos últimos lugares no ranking da participação feminina na política. De acordo com Eustáquio Alves, os índices de parlamentares mulheres variam em torno de 40% em países como Angola, Moçambique, Cuba, Argentina e Costa Rica, por exemplo. LEI - Segundo o pesquisador, a maior razão para o aumento no número de candidatas é uma mudança na Lei Eleitoral (9.504/97), que previa que os partidos ou coligações
deveriam reservar pelo menos 30% das vagas de seus candidatos para um dos gêneros. Em relação às cotas, a Lei 12.034/09 apenas mudou a expressão “deverá reservar” para “preencherá”, mas, para o pesquisador, essa alteração foi suficiente para provocar uma mudança “importante” na cultura dos partidos. Ele explica que, antes da lei de 2009, os partidos simplesmente não preenchiam as vagas reservadas para as mulheres. Ou seja, caso o partido tivesse 100 vagas ele poderia lançar 70 homens e nenhuma mulher. Hoje, ainda não está claro o limite de atuação dos partidos, pois a lei não prevê punição para os casos de descumprimento da norma. A Justiça Eleitoral, portanto, deverá definir caso a caso o que será feito se os partidos não atingirem a cota mínima de 30%. Segundo a assessoria de Comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cabe aos tribunais regionais eleitorais (TREs) avaliar as candidaturas apresentadas pelos partidos e definir que tipo de atitude tomar. Apesar disso, os números já mostram mudanças no cenário político nacional. Segundo dados do TSE, 21,45% dos mais de 5,8 mil candidatos atuais ao cargo de deputado federal são mulheres. Em 2006, as candidatas representavam 12,71% do total. Esses números não são definitivos, já que as listas de candidatos ainda podem sofrer alterações.
“As mulheres priorizam bem-estar das famílias”, avalia Janete Pietá
Cotas favorecem mudança no jogo O professor José Eustáquio Alves afirma que as cotas para candidatas não só garantem mais espaço para as mulheres na política como favorecem uma mudança gradual no comportamento feminino na área. “Com a obrigatoriedade de um número mínimo de candidatas, os partidos se veem obrigados a preparar as mulheres para a vida pública, seja oferecendo cargos em secretarias de estado ou empresas públicas, por exemplo, ou até na própria executiva do partido. A ideia aqui é que os partidos invistam na qualificação das mulheres e, dessa forma, elas participem cada vez mais do jogo político”, explica. Além disso, segundo o pesquisador, a candidatura de mulheres tem o potencial de divulgação dos nomes e rostos femininos: “Mesmo que uma candidata não ganhe a eleição deste ano, ela ganhará experiência e reconhecimento. Assim, fica mais fácil vencer numa próxima eleição”. Para a cientista política e consultora do Centro Feminista
de Estudos e Assessoria (Cfemea) Fernanda Feitosa, as cotas devem compensar a pouca “tradição histórica” de participação feminina na política. “O processo é educativo — não há como aprender participação política a não ser pela prática”, defende. PARLAMENTARES - A deputada Janete Rocha Pietá (PTSP), coordenadora da bancada feminina da Câmara, acredita que a mudança é positiva e que o aumento do número de mulheres pode até alterar a agenda política do Parlamento. “As parlamentares mulheres dão prioridades a políticas públicas igualitárias e que beneficiem o bem-estar das famílias, das crianças e dos adolescentes”, argumenta. Já para Fernanda Feitosa, a perspectiva de aumento da participação feminina na política é uma questão de “representatividade democrática”: “Nós somos mais da metade do eleitorado e menos de 10% do Parlamento — alguma coisa aí não está correta.”
Desigualdades regionais persistem Apesar de a participação feminina na política ter aumentado, de forma geral, nos últimos anos no Brasil, os cenários ainda são bem diferentes em cada unidade da Federação. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, as mulheres representam 31,5% dos candidatos à Câmara. Já em Pernambuco, apenas 7,3% dos candidatos são mulheres, de acordo com estudo do demógrafo José Eustáquio Alves. Segundo o pesquisador, em geral houve crescimento no número de candidaturas de mulheres nos estados, com exceção de Sergipe (de 25% para 16,9% entre 2006 e 2010), do Espírito Santo (de 20,2% para 17,2%) e do próprio estado de Pernambuco (com 12,1% em 2006). Entre os partidos, a desigualdade também é grande. Dados ainda não definitivos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que enquanto o PSDB, por exemplo, tem 24% de candidatas à Câmara, a proporção de candidaturas femininas do DEM não passa de 14%. O PT, o PMDB, o PV e o PPS empatam com 22% de postulantes mulheres até agora.
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Ocupação do solo e planejamento “A preservação da vegetação é da maior importância em áreas marginais aos recursos hídricos” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental O uso e a ocupação de determinada área, seja rural ou urbana, devem ser feitos considerando os condicionantes do meio físico, biológico e antrópico, com base num planejamento ambiental, global, que observe as inter-relações entre os diversos sistemas naturais. O planejamento deve conduzir ao manejo adequado dos recursos ambientais, de forma a proporcionar o desenvolvimento social e econômico da população, mas garantindo a conservação dos mesmos. Algumas vezes, as características de determinada área a desenvolver estende-se por mais de um município ou estado, havendo necessidade de um planejamento amplo, é o caso de algumas bacias hidrográficas, para cujo manejo é necessário o envolvimento de entidades de vários níveis. O disciplinamento do uso e ocupação do solo é uma das ferramentas do planejamento para garantir a utilização adequada de determinada área e deve ser feito considerando os aspectos ambientais. Por bacia hidrográfica pode ser entendida a área geográfica que drena as suas águas para um determinado recurso hídrico, sendo geralmente constituída por um recurso hídrico principal que recebe água de seus afluentes, os quais podem integrar sub-bacias, tendo área com limites definidos, sendo composta pelos recursos hídricos, solo, vegetação, meio construído pelo homem e por outros componentes ambientais. O planejamento territorial que considera a bacia hidrográfica como unidade de gestão, é a melhor forma de realizar a sua ocupação e utilização, garantindo-se a conservação dos ecossistemas. Uma alteração em um dos componentes do ecossistema repercute nos demais, por exemplo, no processo de urbanização ocorrem alterações nos ambientes naturais, tais como o desmatamento, a impermeabilização do solo, nos movimentos de terras e os aterramentos nas áreas baixas ou alagadas. A vegetação representa um importante papel com relação aos mananciais, pois funciona como reguladora do fluxo natural das águas, é um condicionante físico da maior importância na ocupação de uma bacia hidrográfica. O desmatamento ocasiona o desequilíbrio neste sistema, resultando em maior escoamento superficial das águas, a erosão do solo, o assoreamento de mananciais, o aumento das vazões de escoamento (enchentes), menor recarga dos aqüíferos, e alterações do micro clima, entre outras consequências. A preservação da vegetação é da maior importância em áreas marginais aos recursos hídricos, em áreas de recarga de aquíferos e em encostas. A impermeabilização do solo resulta no aumento do escoamento superficial e na diminuição das recargas dos aquíferos. Os movimentos de terra, além de alterarem o escoamento natural das áreas, causando um problema de drenagem, são responsáveis por um maior carreamento de solo para os mananciais, provocando alterações ecológicas e o assoreamento. Os aterros de áreas baixas e alagadas interferem no escoamento das águas superficiais, provocando o aumento da quantidade das mesmas, maior erosão e consequente assoreamento. Destaco que os problemas ambientais atualmente constatados levam à conclusão de que a utilização dos recursos naturais, pelo homem, não tem sido feita de forma adequada, e mostra a necessidade de que o desenvolvimento econômico-social deve ser compatível com a conservação ambiental.
Domingo, 1o de agosto de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br
Novo endereço Há pouco mais de um mês – o dilúvio teve início no dia 18 de junho –, a vida de milhares de pessoas mudou completamente em Alagoas. São os quase 170 mil atingidos direta ou indiretamente pelas enchentes. Entre essas pessoas, a dor variou apenas de intensidade. Em algumas pessoas ela [a dor] foi aguda. Em outras, mais fina. Para quem perdeu um parente e pôde fazer o sepultamento, a dor foi grande, mas a certeza está ajudando para que a situação volte ao normal. Mas há aquelas pessoas que tiveram um parente arrastado pela cheia e, até hoje (quase um mês e meio depois), não tem notícia nenhuma. A certeza da morte é quase certa. Confiar que ele está vivo é quase errado. Viver nessa dúvida torna maior a ferida aberta pelas enchentes. A dor extrema foi, sem dúvida, para essas pessoas que perderam seus familiares ou não sabem onde eles estão após serem arrastados pela enxurrada. Mas há ainda aquelas pessoas que passaram a vida lutando para construir uma casinha e, em minutos, viram o sonho ser levado pelas águas do rio
Plano Diretor
Mundaú num dia de fúria. A natureza ainda foi generosa quando permitiu que a grande maioria das pessoas percebesse o perigo e fugisse, mesmo que fosse só com a roupa do corpo. Foi sem nada e com tudo ao mesmo. Tudo sem a vida é nada. No dia seguinte, o rastro de destruição denunciava milhares de mortes. Felizmente, a impressão ficou só no quadro devastador. Hoje, milhares dessas pessoas que perderam tudo são obrigadas a morar em barracas, vestir roupas alheias e comer do que lhe dão. Condomínios de barracas foram montados nas cidades onde as enchentes foram mais ferozes. Essas pessoas mudaram de endereço pela força da natureza. Hoje, nos primeiros dias de endereço novo, pode-se dizer que tudo está em paz ou, ao menos, sem problemas por enquanto. Em Santa Catarina, há milhares de moradores nesta situação: morando em barracas improvisadas pelo poder público. Só que isso ocorre quase 18 meses depois das enchentes que atingiram o Estado e fizeram mais de cem mortes.
Ponto de vista
San
As relações de trabalho e o HIV/AIDS “Não é admissível no mundo contemporâneo, com pessoas bem informadas e esclarecidas, que tenhamos ainda preconceitos desse jaez” Luciano Athayde Chaves
Direito e Poesia “Só a contemplação pessoal dos rostos e dos dramas humanos, que transparecem nesses rostos, pode permitir ao juiz humanizar a lei” João Baptista Herkenhoff Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor / jbherkenhoff@uol.com.br / www.jbherkenhoff.com.br A Poesia e o Direito são vizinhos. A Poesia engrandece o Direito. Só se alcança o Direito pelo caminho da Poesia. O encontro do Direito com a Poesia nem sempre é fácil. Frequentemente ao Direito pede-se ordem. A Poesia alimenta-se da transgressão. Em muitos casos, entretanto, só se realiza o Direito pelas portas da transgressão. Que são os movimentos de desobediência civil senão a transgressão coletiva das leis? Foi essa a estratégia de que se utilizaram Nelson Mandela e Martin Luther King na luta contra a segregação racial (na África do Sul e nos Estados Unidos). Que é, no Brasil, o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) senão a busca do direito à terra, ao trabalho, à sobrevivência, rompendo um suposto pacto social. Pacto social apenas suposto, não um pacto efetivo porque representado por leis protetoras de um pretenso direito de propriedade, interpretadas de maneira positivista pelos tribunais. Mesmo quando a propriedade não cumpre sua finalidade social, nas balizas desse pacto mentiroso tolera-se com indiferença o desvio. Viva a liberdade dos poetas, no seu cântico: “Nunca haverá fronteira na vida de um poeta. Sua bandeira é de luz, sua justiça é correta. Se errarem ele protesta.” (Silas Correia Leite). Mas mesmo o poeta, cuja missão deve ser o anúncio dos mais altos ideais, pode esquecer-se da vida que o rodeia. Quando há esse esquecimento, quando a Poesia não cumpre o seu papel, merece reprovação. E como é belo quando quem reprova o poeta é o poeta, como nestes versos de um dos maiores a poetar em Língua Portuguesa: “Ao ver uma rosa branca o poeta disse: Que linda! Cantarei sua beleza como ninguém nunca ainda! E a rosa: - Calhorda que és! Para de olhar para cima! Mira o que tens a teus pés! E o poeta vê uma criança suja, esquálida, andrajosa comendo um torrão da terra que dera existência à rosa.” (Vinicius de Moraes). Charles Chaplin, com sua profunda sensibilidade de artista, puxa a orelha do jurista que se divorcia das angústias humanas: “Juízes, não sois máquinas! Homens é o que sois!” Poesia é substantivo feminino. Direito é substantivo masculino. Há uma preponderante presença do masculino no Direito, a começar pela prevalência de homens nas funções judiciais. Só recentemente mulheres ascenderam aos tribunais, e mesmo assim, em total desproporção à presença de homens nessas casas. Como escreveu Marita Beatriz Konzen, “Não há que se falar em estado democrático, enquanto não eliminarmos as gritantes diferenças sociais, dentre as quais, a desigualdade de sexos.” A sensibilidade não é virtude exclusivamente das mulheres. Também os homens podem ser sensíveis, enquanto nem sempre as mulheres são portadoras de sensibilidade. Mas, em termos globais, por critérios de totalidade, a Justiça seria mais sensível se abrigasse, nos seus quadros, uma presença mais significativa de juízas. Utopia, Paz, Participação, Igualdade, Anistia são palavras femininas que apontam para o ideal de uma sociedade fraterna. Racismo, preconceito, imperialismo, nepotismo, arbítrio são palavras masculinas que direcionam a sociedade para a exclusão e a injustiça. O conselho de Eduardo Couture, dirigido aos juristas, deveria ser estampado nos fóruns: “Teu dever é lutar pelo Direito. Mas no dia em que encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça”. Os tribunais, como disse Eliézer Rosa, são sempre tribunais de ausentes porque nunca têm diante de si pessoas, mas apenas autos, papéis, argumentos. Só a contemplação pessoal dos rostos e dos dramas humanos, que transparecem nesses rostos, pode permitir ao juiz humanizar a lei, ou seja, fazer com que a lei suba às esferas da Poesia.
Presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – Anamatra. “A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. O comando, extraído da nossa Constituição, protege todo cidadão em todas as dimensões da vida social, inclusive, no campo dos direitos sociais assegurados a todos brasileiros, projetando-se, como não poderia deixar de ser, sobre a complexa tessitura do trabalho. No Brasil, e no resto do mundo, infelizmente ainda nos deparamos com formas cruéis de discriminação nas relações de trabalho. E uma das mais graves é a discriminação em face de quem é portador de doenças infecto-contagiosas graves, como o HIV/AIDS, que amiúde precisa enfrentar, além da própria doença e das particularidades que a envolve, a rejeição no ambiente de trabalho, dos colegas ou dos seus superiores na empresa. O tema é de tanta importância que já foi o fio condutor de um importante roteiro de cinema. Refiro-me ao filme Philadelphia (EUA, 1993, direção de Jonathan Demme), no qual o protagonista Andrew Beckett (interpretado por Tom Hanks) decide provar perante o Poder Judiciário dos Estados Unidos da América que fora despedido do escritório de advocacia em que trabalhava em razão da doença. Ao final, embora não mais vivo para conhecer o veredicto, prevaleceu a sua tese de despedida discriminatória. A arte do cinema se inspira na vida, e esta imita a arte. Entre nós – na vida real – muitos trabalhadores são vítimas de atos de discriminação por essa e por outras razões. Quando demitidos de suas funções, acabam recorrendo à Justiça do Trabalho para terem seus direitos como cidadãos respeitados e assegurados. Isso pode ser verificado em diversas decisões, inclusive do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinando a reintegração de empregados às suas funções por despedida arbitrária e discriminatória. Certo de que esse é um problema social instituído no cotidiano de muitos trabalhadores, a edição de normas internacionais pelos organismos competentes, e a devida ratificação por cada país, é instrumento com a pretensão de garantir a proteção desses indivíduos. Nesse sentido, a 99ª Conferência anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT), realizada no mês de junho, adotou uma nova recomendação internacional de trabalho sobre HIV/AIDS. Dentre vários objetivos, o texto busca reforçar a contribuição do mundo do trabalho ao acesso universal à prevenção, tratamento, cura e apoio
frente ao HIV, com disposições sobre programas de prevenção e medidas antidiscriminatórias, em nível nacional e no local de trabalho. A importância do emprego para os trabalhadores que vivem com HIV/AIDS também é destacada na norma. Portanto, o direito ao trabalho, sem qualquer forma de discriminação, é algo que deve ser garantido em âmbito internacional e a norma adotada, certamente, caminha nesse sentido. Ademais, é preciso reconhecer que o Brasil já avançou no sentido de combate a todo e qualquer tipo de prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso ao emprego, em especial nos casos de despedida, e vem aplicando os princípios constitucionais de proteção à dignidade humana e da não discriminação e a recomendação reforça ainda mais o protagonismo judicial nesse tema. Além das normas constitucionais, densificadas ao plano da vedação de discriminação, já contamos com diversas normas federais e estaduais dispondo sobre a discriminação em razão do HIV/AIDS. Estatísticas do ano de 2008, do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), revelam que mais de 33 milhões pessoas vivem com HIV no mundo. Assim como se faz campanha para prevenção e estudos em busca da cura, devemos nos ater igualmente a quem já convive com a doença, em ordem a preservá-lo de atitudes discriminatórias, especialmente no ambiente de trabalho. É bem verdade que o Brasil possui uma política de saúde conhecida mundialmente de controle da doença, o que possibilita aos portadores do HIV/AIDS continuarem suas atividades laborais normalmente. Portanto, não é admissível no mundo contemporâneo, com pessoas bem informadas e esclarecidas, que tenhamos ainda preconceitos desse jaez nas relações de trabalho, principalmente em empresas das quais se espera o compromisso social e o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana. Nesta altura, em que a OIT insere a discriminação por HIV/AIDS na agenda das relações internacionais de trabalho, é preciso orientar a sociedade brasileira na direção do banimento de qualquer forma de discriminação. E, caso praticado ato discriminatório, é de ser garantida a proporcional reprimenda legal, seja no âmbito das relações de trabalho, no acesso ao emprego, ou em qualquer outro momento.
O JORNAL Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br
Professor
O Município, sequenciando a implementação do Plano Diretor, cria um grupo multidisciplinar com os órgãos de controle, convívio e limpeza urbana; vigilância sanitária, transporte, trânsito, meio ambiente, trabalho, abastecimento e economia solidária, para adequar o Código de Postura à dinâmica da cidade. Isso nos traz à memória uma entrevista, onde o repórter, movido pelo que via até então, perguntava: “Como uma Fundação Municipal de Cultura, desprovida de verbas, cujas funções se limitam a ser centro de encontro de intelectuais e promover lançamentos de livros, pode colaborar com o Plano Diretor da Cidade?” Respondemos que, embora concordássemos com a tibieza de verbas, frisávamos que a gestão da Cultura tem uma peculiaridade: os recursos sempre serão escassos. E isso acontecia por uma razão nobre: quanto mais investimento na Ação Cultural, mais se alarga o universo de percepção da comunidade, mais contribuímos para o aumento e qualidade das demandas. Quanto ao gerir a cultura como mero diletantismo, para o deleite de poucos, entendíamos ser um equívoco histórico, porquanto, na ótica atual e diante de nossa realidade socioeconômica, as políticas públicas precisam estar voltadas para consolidação dos direitos de cidadania. E continuamos dizendo que o Plano Diretor, dentro do Estatuto da Cidade, era uma conquista resultante de 10 anos de luta, vindo a dar amparo legal, para que o Município atue em prol do coletivo, garantindo a função social da cidade e da propriedade urbana. Dessa forma, a Cultura entrou em sintonia com o Plano Diretor, quando do “Seminário Patrimônio e Identidade Cultural: novos olhares sobre o espaço urbano”, e realizando Conferências Públicas em todas as Regiões Administrativas, com o tema “Cultura, Cidadania e Desenvolvimento Social”. O repórter, no entanto, insistiu: “Mas o setor mais beneficiado sempre é o artístico”. Com ele concordamos, pois havíamos feito um levantamento constatando que 97% dos recursos empregados atendiam a eventos circunstanciais; isso porque o órgão de Cultura era visto como uma agência de serviços, onde se iam buscar benesses, palco, som e luz, sem qualquer projeto, onde se especificasse o retorno social. Outro fato diz respeito ao recente convênio do Município com o IPHAN, para que se desencadeie um processo de valorização de nossos núcleos históricos, formando-se o Corredor Cultural de Maceió. Nos dois casos, se aprofundarmos reflexões, veremos ser necessário a inclusão do órgão de Cultura nos respectivos grupos de trabalho, alargando percepções conceituais e a metodologia de gerenciamento. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
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Nacional
O JORNAL JORNA L A7
Domingo, 1º de agosto de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br
Lula sanciona amanhã a política nacional do lixo Lei estabelece o fim dos lixões e obriga estados e municípios a instituírem um plano de coleta seletiva Congresso em Foco O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona nesta segunda-feira a nova lei que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Aprovada pelo Congresso no início de julho, a proposta prevê o fim dos lixões e estabelece regras para a gestão do lixo no país. Entre as novidades, está a obrigatoriedade de estados e municípios elaborarem um plano de coleta seletiva. A nova lei, que entra em vigor a partir da publicação no Diário Oficial da União, deter-
mina que as prefeituras devem construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou reciclagem. De acordo com a proposta, será proibido catar lixo, morar ou criar animais em aterros sanitários e também não será permitida a importação de qualquer tipo de lixo. A proposta prevê ainda o sistema de logística reversa. Por esse sistema, empresas responsáveis pela fabricação e comercialização de produtos recicláveis e reutilizáveis
devem recolher esses materiais do mercado. A nova lei, no entanto, não prevê de que forma se dará essa logística. Isso ainda depende de regulamentação para ser colocado em prática. O projeto que cria a Política Nacional dos Resíduos Sólidos foi aprovado no Congresso após quase 20 anos tramitando na Casa. A nova lei é considerada um marco na gestão do lixo no Brasil, que até então não tinha nenhuma lei nacional que estabelecesse regras para administrar o lixo produzido pela sociedade.
O QUE DIZ O TEXTO APROVADO NO CONGRESSO *Na gestão dos resíduos sólidos deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final adequada. *O texto prevê que o lixo poderá ser utilizado para geração de energia desde que comprovada sua viabilidade técnica e ambiental. A emissão de gases tóxicos deve ser monitorada.
*A União deverá elaborar um Plano Nacional de Resíduos Sólidos com horizonte de 20 anos, a ser atualizado a cada 4 anos. O plano prevê o diagnóstico da situação dos resíduos sólidos.
*As pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos são obrigadas a se cadastrarem no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos e comprovar capacidade técnica.
*Caso os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes repassem para o Estado suas atribuições no âmbito da logística reversa, vão ter de remunerá-lo por isso.
*É proibido lançar resíduos a céu aberto, exceto os provenientes de mineração; em praias, no mar ou em rios. Também é proibida a queima a céu aberto ou em instalações não licenciadas.
Nova lei vai acabar com maus hábitos SÃO PAULO - Com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a maioria dos municípios terá de mudar maus hábitos ao lidar com o lixo. Das 170 mil toneladas de lixo produzidas diariamente no País, 40% vão para lixões ou aterros com problemas (como não isolamento do material), 12% não são coletadas e 48% acabam em aterros sanitários. Estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre) mostra ainda que cerca de 70% dos municípios - 3.895 de 5.565 - dão destinação inadequada a resíduos sólidos. O caso de Brasília é exemplar, no sentido negativo. A capital federal despeja aquilo que não reaproveita em um lixão na periferia - esse tipo de destinação é banido pela lei, que depende da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para entrar em vigor. Brasília tem planos de construir um aterro sanitário, mas o processo de licitação acabou suspenso pelo Tribunal de Contas do DF. A nova lei proíbe tanto o lançamento de resíduos sólidos ou rejeitos a céu aberto quanto a fixação de habitações nas áreas de disposição final do lixo. O número de aterros sanitários deve aumentar, apesar dos elevados gastos operacionais. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os custos de um aterro sanitário variam de R$ 52,4 milhões para os de pequeno porte (capacidade de 100 toneladas de resíduos por dia) a R$ 525,8 milhões para os de grande porte (2 mil toneladas). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
CATÁSTROFES
Brasil prepara Sistema Nacional de Mobilização Agência Brasil O Brasil vai implementar o Sistema Nacional de Mobilização (Sinamob) que teve o seu regimento interno aprovado na última quinta-feira pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. O sistema visa enfrentar situações catastróficas, de crise internacional e de ameaças à soberania do país, e para isso vai desenvolver planos estratégicos e utilizar os recursos humanos do Estado, como as Forças Armadas e defesas civis e até a população, em caso de necessidade. Além do regimento, a lei de Mobilização Nacional já foi aprovada e regulamentada, mas, para entrar em funcionamento, é necessária a aprovação da Casa Civil, que integra a estrutura do Sinamob junto com dez ministérios e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Em uma situação de guerra ou catástrofe natural, a mobilização de meios adicionais será acionada quando o uso da logística não atender mais à necessidade do país.
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O JORNAL
Internacional A8
Domingo, 1º de agosto de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: internacional@ojornal-al.com.br
2182
Grande asteroide pode atingir a Terra Cientistas alertaram que um grande asteroide pode atingir a Terra e estimam que o mais provável é que, se acontecer o impacto, ele ocorra em 24 de setembro de 2182. O asteroide, chamado de 1999 RQ36, tem uma chance em 1 mil de atingir a Terra antes do ano 2200, mas as chances dobram na data estimada. Maria Eugenia Sansaturio e colegas da Universidade de Valladolid, na Espanha, calcularam a data mais provável de impacto através de modelos matemáticos e publicaram a pesquisa no jornal especializado Icarus. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail. Pode parecer muito tempo, mas, de acordo com os pesquisadores, qualquer tentativa de desviar o 1999 RQ36 tem que acontecer com pelo menos 100 anos de antecedência para ter alguma chance de sucesso. Descoberto em 1999, o asteroide tem, de acordo com a Nasa - a agência espacial americana , 560 m de diâmetro. Segundo a reportagem, os cientistas afirmam que, com o seu tamanho, o 1999 RQ36 pode causar uma grande devastação e até extinção em massa. Segundo a reportagem, os pesquisadores discutem há anos maneiras de mudar a trajetória de um asteroide. O método mais conhecido seria detonar uma ogiva nuclear. No último mês, David Dearborn, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, defendeu
que armas nucleares podem ser a melhor estratégia para esse tipo de trabalho - especialmente em uma combinação de grande asteroide com pouco espaço de tempo para desviá-lo. Outra ideia citada pela reportagem é a utilização de uma espaçonave com espelhos que refletiriam os raios do Sol em direção ao asteroide. Os gases da superfície poderiam criar um pequeno, mas suficiente, impulso. Uma terceira opção, certamente a mais barata, seria chocar uma espaçonave contra o asteroide. A pequena força gravitacional da nave seria suficiente para mudar o caminho. Contudo, esse plano precisaria de muito tempo para fazer efeito. O 1999 RQ36 faz parte de um grupo de asteroides que podem atingir o nosso planeta devido às suas órbitas. Além disso, a sua trajetória é muito bem conhecida graças a 290 observações diferentes por telescópios e 13 medições por radar. Com tudo isso, como os cientistas não conseguem ter certeza de que ele vai ou não atingir a Terra? O problema é o chamado efeito Yarkovsky. Descoberto em 2003 pelo engenheiro russo de mesmo nome, o efeito é produzido quando, em seu caminho, o asteroide absorve energia do Sol e a devolve ao espaço em forma de calor, o que pode subitamente mudar sua órbita.
Telescópio descobre 25 mil asteroides Amaioria dos meteoros que atingem a Terra são tão pequenos que queimam na atmosfera antes de atingir o solo causando, no máximo, uma bela luz no céu. Contudo, enormes rochas já atingiram nosso planeta, deixaram crateras gigantes e alguns podem ter sido responsáveis por eventos de extinção
em massa, como o fim dos dinossauros. O telescópio Wise, da Nasa, a agência espacial americana, que observa o céu em infravermelho, descobriu em pouco mais de 6 meses 25 mil novos asteroides, sendo 95 considerados “próximos da Terra”. As informações são do Discovery News.
EUA autorizam primeiro teste em humanos com células-tronco Pesquisa clínica será testada inicialmente em pacientes com lesão medular O primeiro teste de um tratamento a base de células-tronco embrionárias em seres humanos foi liberado pela primeira vez no mundo nos EUA, após aprovação da FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de remédios e alimentos daquele país. As informações são do The New York Times. O tratamento foi desenvolvido pela empresa Geron Corporation e pela Universidade da Califórnia, em pacientes com lesão medular. A pesquisa clínica havia sido aprovada em janeiro de 2009, mas a agência suspendeu os testes depois que cistos foram descobertos em alguns ratos nos quais as células tinham sido injetadas. A Geron teve que refazer o estudo. Na última sexta-feira a companhia anunciou em um comunicado de imprensa que a FDA deu sinal verde para os testes. Células-tronco embrionárias podem se transformar em qualquer tipo de célula no corpo. Os cientistas preveem que um dia elas possam substituir tecidos lesionados e tratar uma ampla variedade de doenças. Mas as células têm gerado polêmica, pois envolvem a destruição de embriões humanos. Geron, que tem sede em Menlo Park, Califórnia, ajudou a financiar o isolamento das primeiras células-tronco embrionárias da Universidade de Wisconsin, na década de 1990. A primeira fase do estudo terá um pequeno número de pacientes e visa, sobretudo, testar a segurança da terapia. Anos de testes ainda serão necessários antes que o tratamento seja aprovado. Alguns especialistas temem que esta terapia não tenha sido suficientemente testada em animais e possa causar danos aos pacientes
Carbonatos encontrados na Nili Fossae indicam possibilidade de ter existido vida em Marte
MARTE
Rochas podem ter fósseis de quatro bilhões de anos BBC Brasil Pesquisadores americanos identificaram rochas que, acreditam, poderiam conter restos fossilizados de vida em Marte. A equipe de pesquisadores identificou rochas antigas da Nili Fossae, uma das fossas existentes na superfície do planeta. O trabalho dos pesquisadores revelou que essa vala em Marte é equivalente a uma região na Austrália onde algumas das mais antigas evidências de vida na Terra haviam sido enterradas e preservadas em forma mineral. A equipe, coordenada por um cientista do Instituto para Busca de Inteligência Extraterrestre (Seti, na sigla em inglês), da Califórnia, acredita que os mesmos processos hidrotermais que preservaram as evidências de vida na Terra podem ter ocorrido em Marte na Nili Fossae. As rochas têm até 4 bilhões de anos, o que significa que elas já existiam nos últimos três quartos da história de Marte. Quando, em 2008, cientistas descobriram carbonatos nessas rochas de Marte, provocaram grande alvoro-
ço na comunidade científica, já que os carbonatos eram procurados havia tempos como prova definitiva de que o planeta vermelho era habitável e que poderia ter existido vida por lá. Os carbonatos são produzidos pela decomposição de material orgânico enterrado, se esse material não é transformado em hidrocarbonetos. O mineral é produzido pelos restos fossilizados de carapaças e ossos, e permite uma maneira de investigar a vida que existia nos primórdios da Terra. Na nova pesquisa, publicada na última edição da revista especializada Earth and Planetary Science Letters, os cientistas avançaram a partir da identificação dos carbonatos em Marte. O coordenador do estudo, Adrian Brown, usou um instrumento a bordo de uma missão da Nasa para estudar as rochas da Nili Fossae com raios infravermelhos. Eles depois usaram a mesma técnica para estudar rochas na área do noroeste da Austrália chamada Pilbara. “Pilbara é uma parte da Terra que conseguiu se manter na superfície por uns 3,5 bilhões de anos, ou três quar-
tos da história do planeta”, disse Brown à BBC. “Isso permite a nós termos uma pequena janela para observar o que estava acontecendo na Terra em seus estágios iniciais”, explicou. Os cientistas acreditam que micróbios formaram há bilhões de anos algumas das características distintivas das rochas de Pilbara. O novo estudo revelou que as rochas da Nili Fossae são muito semelhantes às rochas de Pilbara em sua composição mineral. Brown e seus colegas acreditam que isso mostra que os vestígios de vida que possa ter existido no início da história de Marte podem estar enterrados nesse local. POUSO - Brown e muitos outros cientistas esperavam que poderiam logo ter a oportunidade de estudar mais de perto as rochas de Nili Fossae. O local havia sido marcado como um potencial local de pouso de uma nova missão para Marte, a ser lançada em 2011 pela Nasa. Mas o local foi posteriormente considerado muito perigoso para um pouso e acabou removido da lista da Nasa em junho deste ano.
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Com a rotina improvisada em barracas Nas cidades de lonas montadas para abrigar famílias vítimas das enchentes, moradores tentam recuperar o lar Gabriela Lapa Estagiária *
MURICI - Anoiteceu. Ao lado do estádio municipal José Gomes da Costa, 36 famílias vítimas das enchentes trocam as últimas palavras antes de se recolher para dormir. Desde que foram transferidas dos abrigos provisórios, elas vivem a rotina de recuperar, aos poucos, a tranquilidade que a chuva levou junto com os móveis e a maioria dos objetos
pessoais. No acampamento montado pela Defesa Civil Estadual, a porta da barraca agora é a porta de casa, e é ali que as conversas terminam, quando escurece. Pouco depois das 21h, a cidade de lona é puro silêncio. Todas as barracas são identificadas e possuem placas com o nome dos proprietários e a quantidade de moradores. Na de número 025, Josefa dos Santos, de 74 anos, vive com o filho, a nora e quatro netos. Sete parece uma
média grande de pessoas em apenas uma barraca, mas é a realidade de quase todas as famílias do acampamento. “Dá para se ajeitar. A gente põe uma cama aqui, outra ali, à noite deixa um colchão na “sala” e, pronto, todo mundo tem onde dormir”, explica Josefa. Aposentada, ela é uma das poucas, entre os desabrigados, que pôde contar com alguma renda fixa depois das enchentes. “Tenho que agradecer muito a Deus”, acrescenta.
Com a aposentadoria de Josefa e o pagamento que o filho mais velho recebe cortando cana, a família do número 025 conseguiu comprar alguns móveis e deixar a barraca um pouco mais parecida com a casa perdida. Grande, de estrutura resistente, ela acomoda duas camas de solteiro, uma de casal, vários colchões, mesa de jantar, armários, raque, sofá e televisão. “Fica um pouco apertado, mas cabe tudo. Dá até para ver a novela, depois
do noticiário”, conta Josefa. A rotina na cidade de lona não tem grandes mistérios. Quem trabalha levanta cedo, às 4h, e acorda junto toda a família. Josefa dos Santos diz que já se habituou. “Eu sempre trabalhei nesse horário, aí fica difícil perder o costume. Levanto cedo, tomo o café que a minha nora faz, arrumo a casa com ela e depois fico vendo televisão, olhando os meninos”, relata. Na hora de comer, a mesa de
quatro lugares fica pequena, mas ninguém se incomoda. “Os mais velhos ficam na mesa, os mais novos se ajeitam no sofá ou então no tapete mesmo”, explica Josefa. Como a barraca dispensa grandes faxinas, a maior parte do tempo dos moradores que não trabalham é gasto jogando conversa fora, fumando, olhando o dia passar até a hora de dormir outra vez. * Sob a supervisão da Editoria de Cidades Thallysson Alves/Estagiário
Jogos e brincadeiras para as crianças Apesar de ter sido montada entre um ginásio e um campo de futebol, a cidade de lona não oferece muitas opções de diversão. Mas mesmo assim, as crianças conseguem encontrar alternativas no espaço que separa uma barraca da outra. Com idades variadas, elas brincam de roda, de elástico e até com bicicleta – a maioria doada. Renato, de 8 anos, junta os amigos todo dia para disputar partidas de bolinhas de gude. “Dizem que sou o melhor”, revela. Já os irmãos Josenilson, de 11, e Josivaldo da Silva, 12, preferem o dominó. No começo da noite, após o banho, os dois se sentam em frente ao número 020 e disputam partidas intermináveis, que não demoram a conquistar animados observadores. De todas as crianças, poucas são as que já foram à escola, antes das enchentes, mas mesmo essas não sentiram
tanto a mudança na rotina. Em casa, no abrigo ou na barraca de lona, o que importa é ter um lugar para dormir e espaço para brincar. Com os adultos, a situação foi diferente. Sem emprego certo, documentos e alguns móveis, eles revelam sentir falta da rotina antiga. “Não perco a esperança, mesmo sabendo que não tem dia para voltar para casa”, desabafa a aposentada Josefa. Para ela e os outros, a cidade de lona também não oferece tanta diversão, mas diante da possibilidade de ter um lugar seco e limpo para viver, o lazer é um detalhe sem tanta importância. Quem não pode ver televisão, por causa do sinal fraco, senta à porta da barraca e conversa até tarde. “Todo mundo acaba ficando amigo, numa situação dessas”, explica Ângela Maria dos Santos. (G.L.)
Com jeitinho, as famílias dão ar de casa às barracas em Murici
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Criançada, mesmo diante de tanta mudança e fragilidade, encontra forma de não esquecer das brincadeiras
Com sofá, estantes e TV, a barraca virou uma casa com quase o mesmo conforto de antigamente
Harmonia é esquecida na hora da higiene: banheiros são pontos de intriga Mas, apesar de a lei da boa vizinhança funcionar para a maior parte dos moradores, os atritos também fazem parte da rotina das 36 famílias de Murici. Na cidade de lona, dez banheiros químicos são os responsáveis por alguns desses desentendimentos. “Tem gente que usa penico, lá, e joga a sujeira para os outros limparem”, reclama Rosélia Maria dos Santos.
Cinco, dos dez banheiros, ficam na entrada do acampamento. Os outros, no fundo, próximos ao espaço reservado à cozinha coletiva. São os próprios moradores que se encarregam da limpeza, mas até isso acontecer, o mau cheiro incomoda. “Já teve briga porque a gente se junta e reclama, mas quem suja não quer se consertar”, lembra a dona-de-casa. São nesses banheiros que
as famílias se dividem para tomar banho e fazer as necessidades. Ao lado das cinco primeiras cabines, quatro caixas d’água fazem as vezes de cisterna, nas quais cada morador enche o próprio balde. “Dá para tomar banho sem problemas, e a água chega sempre. O ruim é mesmo a sujeira que outros deixam nas cabines”, diz Maria Nazareth dos Santos. Ela conta que a água é abun-
dante, mas por via das dúvidas, as mulheres preferem usar só nos banheiros. “Lavamos a roupa no rio Mundaú, apesar de ser longe. É melhor andar um pouco do que gastar água com coisa boba”, pondera. Ao lado dos últimos banheiros, nos fundos do acampamento, um grande espaço foi reservado para abrigar os fogões que as famílias possuíssem. A proposta era fazer uma
grande cozinha coletiva. Mas, na prática, apenas duas mulheres a utilizam. “As outras não gostam de vir até aqui porque acham longe das barracas onde moram. Preferem colocar os seus fogões nas ruelas laterais, proteger com lona e usar lá mesmo”, conta Rosélia Maria. Ela e outra vizinha que moram mais ao fundo são as únicas que pensam diferente. A dona de casa perdeu o
Em União, famílias recusam barracas
Com mais dinheiro, a rotina volta logo A comida que é preparada em cada barraca vem, na maior parte, das cestas básicas distribuídas regularmente pelos Bombeiros. Quem trabalha, como o filho de Josefa dos Santos, varia o cardápio com mais frequência comprando alimentos diferentes na cidade. Mas os outros cozinham o básico. E, apesar disso, ninguém reclama. O importante, para todos, é ter o que comer. As diferenças de renda entre as famílias não implicam mudanças só na mesa do jantar. Os aposentados com filhos que trabalham, como Josefa e muitos outros, podem reconstruir a rotina de maneira mais confortável. Mas quem só conta com o dinheiro da aposentadoria, enfrenta grandes dificuldades – e não é só na quantidade de comida disponível na despensa. Ângela e o marido José Fernando dos Santos vivem no número 013 quase sem mobília. A família de sete pessoas guarda as roupas em caixas de papelão e tem apenas colchões e cadeiras de plástico dentro da barraca. Rosélia Maria, que usa o
fogão da vizinha para cozinhar, também dispõe de pouco. Na barraca dela há duas camas e mesa de jantar, mas a família não tem dinheiro suficiente para comprar os remédios que o marido dela precisa tomar. Além disso, a mãe de Rosélia, Andréia, com apenas 60 anos, é deficiente física e ficou totalmente dependente depois da cheia. “A água levou a cadeira de rodas que ela tinha, e a gente não conseguiu outra. Minha mãe fica o dia todo sentada, numa cadeira normal, esperando a gente carregar ela de um lado para o outro”, conta a dona de casa. Segundo Rosélia, a hora do banho é a mais complicada, porque toda a família tem que ajudar a segurar e lavar a mãe dela. “Aqui não tem aquelas cadeirinhas especiais, então minha irmã, quando vem de Maceió, ajuda a dar banho na nossa mãe enquanto meu marido e meu filho seguram ela. Quando minha irmã não vem, nós três é que ficamos com todo o trabalho”, lamenta. (G.L.)
Diante da mesa, a vida de dona Josefa vai, aos poucos, tomando um rumo melhor: mas falta a casa
Calor insuportável durante o dia A dificuldade de locomo- número de pessoas idosas ção é sentida principalmente entre eles. Por enquanto, as durante o dia, pois as barracas chuvas rápidas da estação ajuesquentam com o sol. Os out- dam a amenizar o desconforros moradores ficam à porta, to, e quando elas não vêm, sair conversando, enquanto as cri- de casa é a solução até a noite anças brincam e tomam ba- chegar. nho. Mas na barraca de RoDesde que as sélia, a situação fica tensa. Ela, famílias se muo filho e o marido cardaram de abrigos regam Andreia o temporários para tempo todo, procuas barracas da Derando sombra. “O fesa Civil, a segupeso é tão grande rança do local é que sempre termifeita por homens Calor forte no o dia sentido voluntários da Foré sentido dores no peito”, diz ça Nacional. Como mesmo nos a dona de casa. todos compartiO desconforto lham das mesmas dias de com o calor, aliás, é dificuldades, quase inverno geral, mesmo no innão há casos de furverno. À noite nintos ou de violência guém reclama, pois entre os moradores. o vento ameniza a Mas à noite o sono temperatura, que cai fica mais tranquilo bastante com o pasquando eles sabem que existe sar das horas. Mas alguém de plantão para agir de dia, principalmente no ho- em uma emergência. Segundo rário de almoço, quem pode se a Secretaria de Estado da refugia em qualquer pedaço de Defesa Social (Seds), quando sombra que encontrar. “Se a os voluntários deixarem gente ficar em casa, é capaz de Alagoas, a segurança vai ficar fritar”, brinca Maria Nazareth a cargo de grupos de quatro dos Santos. policiais, que farão revezaOs moradores temem a mento até o dia em que as víchegada do verão, principal- timas da cheia possam remente por causa do grande tornar às suas casas. (G.L.)
fogão na enchente, mas usa o da amiga sem problemas. “Dá para fazer arroz, carne, cuscuz. A gente até deixa esfriando aqui em cima, às vezes”, explica. Como o espaço era aberto, Rosélia cobriu as laterais com bastante lona para impedir que o vento apagasse as chamas quando ela estivesse cozinhando. “Era uma ventania só. Se não cobrisse, não dava para usar”, justifica. (G.L.)
Quem não tem TV na barraca assiste aos programas na do vizinho ou improvisa a brincadeira como pode
Se a rotina da cidade de lona de Murici é boa, apesar das dificuldades, em União dos Palmares, as vítimas da cheia não esperam com tanto gosto sair de abrigos para ganhar um espaço no acampamento. Lá, uma Organização Não Governamental (ONG) alemã doou 62 barracas que foram instaladas em um descampado, mas como são menores que as de Murici, não foram bem vistas pelas famílias. Segundo José Carlos Neves, um dos 20 vigilantes contratados para fazer a segurança do local, quem for morar ali não poderá colocar nenhum tipo de móvel dentro da nova casa. “Só cabem mesmo os colchões”, explicou. O que sobrar de mobília deve ficar em um galpão que será construído no entorno do acampamento. José Carlos lembrou que a mudança das famílias deveria ter acontecido na última sexta-feira, mas foi adiada em função das chuvas. “Como choveu muito, não deu para trabalhar e terminar de montar tudo em tempo. Ainda falta instalar os banheiros, a energia elétrica e a área de lazer para as crianças”, disse o vigilante. A Eletrobrás Distribuidora Alagoas ficou responsável pelo fornecimento gratuito de energia nesses acampamentos. Segundo José Carlos, os postes estão instalados mas, a fiação ficou inacabada. “Deve ser colocado um ponto de luz em cada barraca, além da iluminação geral”, acrescentou. O descontentamento das famílias vem da falta de estrutura que terão ao se mudar para o novo acampamento. A dona de casa Luciana Tavares se queixa de não ter onde acomodar os parentes. “Moro com nove pessoas. Como vai caber em uma barraca tão pequena?”, reclama. Ela também denuncia a carência na entrega de gêneros de primeira necessidade ao ginásio onde está com mais 27 famílias. “Falta fralda de tamanhos maiores, água, e comida. No ginásio há muitas pessoas idosas com dificuldade de locomoção. Segundo Luciana Tavares, o número de crianças nessa condição também é grande. Se as famílias aceitarem ir para o acampamento, elas devem deixar o abrigo até terça-feira. A maioria comemora a possibilidade de escapar dos mosquitos e ter um pouco mais de segurança, já que 20 vigias vão ficar de plantão dia e noite. Mas a possibilidade de ficar ainda mais amontoados é um argumento resistente. “Não tem conforto. O que vamos fazer com os móveis? O que vai ser da gente?”, questionam. (G.L.)
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Dinheiro na mão e um pouco de alento Depois de sacarem o FGTS, famílias que perderam tudo há um mês começam a traçar planos para o futuro Fotos: Marco Antônio
Elisana Tenório Repórter
Uma esperança nasceu esta semana entre as pessoas que tiveram suas casas atingidas pelo temporal, caído em Alagoas, no dia 19 de junho. Depois de mais de um mês de espera, muitas delas começaram a sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF) localizadas em suas cidades de origem. No entanto, ainda há centenas de trabalhadores que continuam sem acesso ao dinheiro por
conta de pendências burocráticas. O sinal verde da CEF depende das defesas civis municipais e de documentos das prefeituras. Dos 19 municípios onde o governo federal decretou situações de calamidade pública e de emergência, 10 enviaram a relação dos nomes das pessoas, com seus respectivos endereços, o chamado Avadam, para o banco. São eles: Rio Largo, Joaquim Gomes, Branquinha, Cajueiro, Satuba, Viçosa, Ibatequara, Capela e União dos Palmares. Três deles – Jundiá, São
Luiz do Quintude e Matriz do Camaragibe – ainda não tiveram tempo de receber o sonhado “sinal verde” da Caixa. Pois, só anteontem, o governo federal homologou-os oficialmente como “situação de emergência”. Portanto, só a partir de agora, é que poderão correr atrás do prejuízo. De acordo com a assessoria de comunicação da CEF em Alagoas, São José da Lage ainda não teve o dinheiro do FGTS liberado porque apresentou “inconsistência de dados”. Por isso, terá que, primeiro, eliminar as pendências documentais.
Histórias parecidas de quem tem pouco Dois funcionários terceirizados da Caixa Econômica Federal foram vítimas da tragédia da cheia, tiveram acesso ao dinheiro do FGTS, sofreram decepções e tentam, agora, refazer suas vidas. O recepcionista Werbert e a telefonista Roberta Patrícia moram em Rio Largo e tiveram todos os móveis da casa destruídos pela força das águas do Rio Mundaú. Eles moram na Rua Vereador Jarbas Januário, em Rio Largo. Neste lugar, todos os quintais das residências dão para o rio. Werbert, que mora com a mãe, conta que estava dormindo quando as águas começaram a invadir suas casas. Ainda assustado, pegou os documentos e saiu de casa. Pronto, o que ficou, foi perdido... Esta semana, com as esperanças renovadas, Webert foi sacar o FGTS. Levou o primeiro susto. “Esqueceram de incluir minha casa, pois pularam o meu número. Aí, tiver que ir a Defesa Civil para que o erro fosse con-
sertado. Depois que o este erro foi superado, fiquei decepcionado quando a quantia a que tive direito: R$ 746,00”, contou. A quantia, no entanto, faz sentido, já que Werbert trabalhava como estagiário. Só este ano foi contratado como profissional. O que ele pretende fazer com o dinheiro? “Comprar o que for preciso e pra que o dinheiro der”, declara. Além de perder roupas, móveis e eletrodomésticos, Werbert ainda teve o portão principal da casa quebrado e duas paredes derrubadas. A situação de Roberta Patrícia é semelhante. Ela já voltou a morar com a mãe em sua casa. No dia da tragédia, se abrigou no telhado da residência, onde focou das 8h às 15h, para não ser levada pelas águas, como aconteceu com seus móveis e com os da vizinhança. Esta semana, Roberta também teve acesso ao FGTS. Teve direito a sacar R$ 1.700,00. Aquan-
tia pequena é relativa ao pouco tempo de serviço. Apesar de trabalhar há 11 anos, a telefonista enfrentou e enfrenta problemas para ter acesso ao dinheiro do FGTS das últimas três empresas. A pendenga está na Justiça. Na prática, a ajuda maior estar vindo da solidariedade de amigos e familiares. Foi através deles que a telefonista ganhou geladeira, fogão, cama e outros objetos considerados essenciais. Mas ainda falta muito. Por exemplo: as roupas que sobram estão empacotadas numa caixa. Mãe e filha também enfrentam o cheiro de mofo e molhado, já que não pintaram e não sabem quando pintaram as paredes da casa que foi atingida pelo temporal. “Mas, aos poucos, conseguirei tudo de volta. É só uma questão de tempo. No dia do temporal, vi coisas inesquecíveis. Vi móveis boiando pela rua. Se sobrevivi a tudo isso, conseguirei superar as dificuldades”, afirmou Roberta. (E.T.)
Werbert: primeiro o susto de não ter o que sacar; depois a decepção de ter pouco: mas é um início
Com dificuldades, mas confiante A micro-empresária Rafaela Costa Tenório também teve a rotina mudada devido às consequências do temporal. Ele não perdeu a casa, mas os prejuízos materiais deixados pelo temporal foi muito grande. Ela perdeu grande parte dos eletrodomésticos e eletroeletrônicos, assim como os equipamentos que estavam instalados na garagem da
residência, onde funcionava a lan house da família. E para ter acesso ao FGTS, Rafaela também enfrentou dificuldades. “Fui a três agências da CEF localizadas em Maceió e, infelizmente, tive informações desencontradas. A minha sorte foi que acessei o site da Caixa e obtive informações concretas e confiáveis”, contou Rafaela.
O dinheiro do FGTS será investido na lan house e na aquisição de parte dos objetos que foi destruído pela cheia. “O prejuízo foi muito, muito grande. Para se ter ideia, apenas uma placa de vídeo do computador custa R$ 500. Isso sem falar nos monitores, mouses, estabilizadores”, explicou Rafaela. (E.T.)
Roberta Patrícia precisou contar com a solidariedade de amigos depois de perder quase tudo que tinha
Muitos ainda não conhecem os direitos Asituação de Rafaela Costa Tenório, se for comparar com grande parte das pessoas atingidas pelo temporal, é mais fácil. Para se ter ideia da situação, muitos dos desabrigados ou não trabalhavam ou não tinham trabalho formal. Portanto, não têm FGTS. Aimpressão que se tem nos abrigos públicos é que a maioria das pessoas sequer têm noção de seus direitos. Ziguezagueando de um lado ao outro, muitas só conseguem pensar no hoje. “A gente não sabe nem se terá comida para amanhã, imagina saber se temos acesso a isso ou aquilo. Falta alguém que nos oriente”, desabafou o pedreiro Antônio Aparecido da Silva. Em relação aos programas sociais, muitos precisam, pri-
meiro, regularizar a documentação, para poder ter acesso a essa ajuda. Os beneficiários da Previdência Social que recebem dinheiro ou residem nos municípios alagoanos atingidos pela cheia, onde foi decretado estado de calamidade pública, pdem requerer adiantamento no valor de uma renda mensal, nas agências bancárias. O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) deve adiantar R$ 24 milhões para os 50 mil beneficiários. Para isso, o beneficiário precisa aderir ao acordo com o órgão federal até 10 de setembro. Ou seja: se comprometer a restituir os valores sacados, a partir de outubro, em 24 parcelas e sem correção.
Além disso, não podem solicitar adiantamento aqueles que recebem auxílio-doença, salário-maternidade e auxílioreclusão, ou pensão por morte com previsão de encerramento em até 6 meses de reclusão. O INSS enviou para as agências bancárias a lista dos beneficiários que têm direito ao adiantamento e um termo de compromisso para que o beneficiário possa escolher a opção. Em Alagoas, estão em calamidade pública nos municípios de Atalaia, Branquinha, Cajueiro, Capela, Jacuípe, Joaquim Gomes, Murici, Paulo Jacinto, Quebrangulo, Rio Largo, Santana do Mundau, São José da Laje, Satuba, União dos Palmares e Viçosa. (E.T.)
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Estatuto do Torcedor: será para todos? Na semana em que as mudanças foram implantadas, torcedores, dirigentes e órgãos discutem os prós e os contras Teresa Machado Repórter
O Estatuto do Torcedor, promulgado em 2003 foi o pontapé inicial para que os torcedores fossem tratados como clientes de um serviço pago, atendidos de maneira correta, segundo as normas inscritas no Código de Defe-
sa do Consumidor. Sete anos depois, o Estatuto foi alterado, com a meta de dar mais segurança para os torcedores. As novas normas foram sancionadas na última terça-feira, e já entrou em vigor para os jogos da Copa Libertadores da América, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Dentre as modificações,
está a caracterização de crime vender ingressos fora da bilheteria; incitar ou praticar a violência e demais atos de vandalismo dentro e fora dos estádios; pedir, oferecer ou aceitar dinheiro para fraudar resultado, que podem levar a prisão acrescida de multa. As mudanças proíbem a entrada nos estádios com objetos,
bebidas alcoólicas e outras substâncias que possibilitem a prática de atos violentos. Os estabelecimentos localizados a um raio de cinco quilômetros dos estádios, estão proibidos de vender bebidas alcoólicas duas horas, antes e depois, dos jogos. Para a assessora jurídica do Procon, Cora Ramos,
trumento de cidadania para proteger o consumidor. “O torcedor que compra a um cambista está cometendo uma prática ilegal, e não fica protegido pela lei. Caso haja alguma alteração no evento, este consumidor não poderá reaver o dinheiro e cobrar seus direitos”, explicou. Marco Antônio
Thallysson Alves / Estagiário
Para o dirigente Gustavo Feijó, a lei tem pontos ótimos, mas ele ainda duvida que valerá para todos
o novo estatuto significa um avanço para a sociedade. “As novas normas proporcionam maior segurança para os consumidores, além de conscientizar para os torcedores que o estádio é um lugar de celebração e não de brigas”, disse. De acordo com Cora Ramos, o Procon é um ins-
Torcedores terão grandes limitações dentro dos estádios: músicas e xingamentos estarão em observação
Bilheterias terão de mostrar código Bom, mas com exageros, dizem torcidas Um novo decreto federal – Lei nº 12.291 – obriga que todo o estabelecimento que envolva uma relação de consumo tenha um Código visível e acessível. “Isso inclui as bilheterias. Continuamente, o Procon fará fiscalizações nos comércios, e caso haja alguma irregularida-
de, o proprietário pagará uma multa no valor de R$1.064,10. Os consumidores podem denunciar os locais que não estejam cumprindo a lei, ou que de alguma outra maneira infringiu o Código, ligando para o número 151”, explicou a assessora jurídica.
Cora Ramos ressalta também que não pode haver diferenciação nos valores de ingressos ou quaisquer produtos vendidos a vista para comprar no rotativo dos cartões de crédito, bem como é obrigatório a venda de meia-entrada para estudantes e idosos. (T.M.)
Para o presidente da torcida organizada CSA NET, Jonathan Oliveira Teodozio, há um exagero nas punições do Estatuto. “Toda leia que possa vir pra melhoria e segurança do cidadão sempre será bem vinda. Mas no caso do estatuto do torcedor, existem muitas falhas. Não se pode responsabilizar toda uma instituição por causa de um ou outro. Também não dá para acabar com as músicas, que já são o grande marco nos jogos, e o xingamento é, muita vezes, uma forma de desabafo, a pessoa não pode ser penalizada por isso”, declarou. Segundo, Jonathan Teodozio, a violência, entre as torcidas organizadas, é ocasionada, muitas vezes, por brigas de bairro. O presidente considera o cadastramento dos membros das torcidas essencial para a identificação do torcedor infrator, além da necessidade de preparo dos policiais para que a lei seja cumprida da forma certa. A segurança é prioridade no novo estatuto do torcedor. As torcidas organizadas devem fazer o cadastro completo de seus associados e, caso algum integrante cometa alguma infração, toda
a associação será responsa- das do Estado, a federação e bilizada, com penas de até os policiais, para definir as três anos de afastamento dos atuações necessárias para seestádios. Também ficam guir as novas normas. “A disproibidas mensagens ofen- puta e a realidade devem sivas, xingamentos discrimi- acontecer de uma forma natórios e músicas que inci- sadia e, a principio deve-se tam a violência. aplicar a razoabiPara garantir a seguranlidade nas puniça dos torcedores, o ções. Deveremos estatuto obriga estudar a formuque os estádios lação de uma carpossuam um teira de identifiposto policial e cação, para facilicâmeras de motar as punições”, Segurança é nitoramento, declarou o propara os estádios motor. prioridade com capacidade Para o presino novo para mais de dez dente da Federaestatuto mil torcedores. ção Alagoana de Em Alagoas, soFutebol (FAF), mente o Estádio Gustavo Feijó, a Rei Pelé, em Malei só irá minimiceió, e o Coaracy zar os problemas. da Mata Fonseca, “Não dá pra afirem Arapiraca, se mar que uma lei irá inienquadram nas bir a violência fora dos estámodificações. No dios. E apenas punir árbitros “Trapichão” já foram insta- ou dirigentes corruptos não ladas 32 câmeras fixas e mó- adianta, essas pessoas devem veis que giram 360º e pos- ser excluídas do quadro da suem alcance de até 200 me- confederação”, declara o pretros. Dentro e fora do está- sidente. Segundo Gustavo dio, 170 homens da polícia Feijó, o estatuto se baseia em militar garantem a seguran- questões européias que não ça durante os jogos. se adéquam a cultura brasiSegundo o promotor pú- leira. “A lei tem pontos ótiblico Max Martins, serão rea- mos, mas será que eles serão lizadas reuniões com presi- colocados em prática?”, indentes de torcidas organiza- daga o presidente. (T.M.)
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Bando de cangaceiros liderados por Lampião fez história no Sertão de cinco estados
Vida e história do maior mito do Sertão Virgulino, ou simplesmente Lampião, de poeta a matador, a história de um dos personagens mais incríveis do Nordeste Roberto Vilanova Repórter
“Tem boi no pasto”. A frase foi transmitida pelo telégrafo da Estação Ferroviária de Piranhas para o tenente João Bezerra, que estava em Delmiro Gouveia seguindo a pista errada sobre o paradeiro de Lampião e seu bando. O autor da mensagem foi o telegrafista Valdemar Damasceno, avô do desembargador Washington Luis e do acadêmico de História, Inácio Loiola. Inácio nasceu muito tempo depois de a polícia fuzilar Lampião e mais 11 cangaceiros, mas a frase repetida pelo avô nunca lhe saiu da memória. Era um código para avisar ao tenente Bezerra que Lampião estava mesmo em Angico, uma fazenda localizada no município sergipano de Poço Redondo, às margens do Rio São Francisco.
Autor de um livro sobre Lampião, mas que ele foi desaconselhado a publicar por conter revelações que podem, ainda hoje, lhe trazer problemas com os descendentes, Inácio reproduz o que ouviu do avô – que foi testemunha e personagem do final do maior líder de cangaceiros. “Disseram que Lampião estava em Paulo Afonso e o tenente Bezerra colocou a tropa num caminhão e foi para Delmiro Gouveia, mas Lampião estava mesmo era em Angico, que fica em Sergipe. Aí, o sargento Aniceto, que tinha ficado em Piranhas, procurou meu avô e pediu para ele passar o telegrama para a estação de Delmiro avisando o tenente Bezerra da presença de Lampião em Angico. Mas, não podia ser assim direto, de uma forma direta. Daí, eles usaram o código: tem boi no pasto”, lembra Inácio.
A volante alagoana se recompôs com três colunas – uma comandada pelo tenente Bezerra, outra pelo aspirante Ferreira e a terceira pelo sargento Aniceto. A tropa amanheceu no cerco; era um dia de terça-feira e quando a primeira luz do sol iluminou a caatinga, Lampião não teve tempo de sorver o café matinal – um tiro certeiro varou-lhe o tórax; ele caiu e veio a saraivada. Era o dia 28 de julho de 1938. Semana passada fizeram 72 anos da morte do homem, mas ficou o mito. Inácio Loiola diz que Lampião se julgava imortal pelo apoio que recebia de autoridades sergipanas, as quais ele cita no livro que escreveu e não lançou. “Armas, munição, dinheiro e homens dispostos a entrar no bando, não faltavam em Sergipe. Não é à toa que o município do Poço Redondo é o que mais deu cangaceiros para Lampião”, conta Inácio.
Trama envolveu pedido de Getúlio
O homem franzino era também poeta: faceta não muito conhecida de quem ganhou a fama de matador
Mas não foi fácil pegar Lampião. Durante 22 anos, ele comandou as ações nos Sertões de cinco estados. A versão mais aceita para o cerco fatal a Lampião vem do empenho do, na época, ditador Getúlio Vargas, que cedeu à pressão de uma multinacional do petróleo – que teve um geólogo sequestrado pelo bando de cangaceiro, quando realizada pesquisas no Raso da Catarina, na Bahia. Getúlio Vargas convocou os governadores (na época, interventores) dos estados nordestinos onde Lampião atuava e pediu que acabassem com o cangaço. A ordem expressa do chefe da Nação levou o interventor alagoano, Osman Loureiro, a reunir os “coronéis” políticos suspeitos de ligação com o cangaceiro para repassar a ordem de Getúlio Vargas. “Conta que um desses coronéis se chamava Véio Bié, dos Caboclos, e o Osman Loureiro o teria repreendido por acoitar Lampião. O Véio Bié respondeu mostrando umas fotografias onde aparecia ele, Lampião e alguns oficiais da Polícia Militar jogando baralho e bebendo uísque. O Osman Lou-
Maria Bonita, a mulher e companheira de Virgulino, morreu com ele
reiro ficou indignado e foi por isso que deslocou o Chico Ferreira de Santana do Ipanema para Piranhas”, contou Inácio. Chico Ferreira era aspirante e considerado linha dura. Apesar de o comando da tropa, em Piranhas, ter sido mantido com o tenente Bezerra, ele (Chico Ferreira) serviria de contraponto às hesitações do tenente – que, juntamente com o
sargento Aniceto, eram genros de um coiteiro famoso de Lampião e dono das terras vizinhas a Angico. “O tenente Bezerra e o sargento Aniceto eram casados com as filhas de Sinhozinho Brito, homem poderoso na região, e em cuja fazenda Lampião costumava passar antes de ir se esconder em Angico”, relatou Inácio. (RV) Continua na página A15
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Vingança, queijo, traição e lobisomem Para chegar até Lampião e surpreendê-lo no esconderijo, a polícia alagoana contou com acontecimentos extras que lhe foram favoráveis. Por exemplo: a briga do coiteiro Pedro de Cândido com o fabricante de queijo conhecido como Joca Bernardes – e a disposição deste em se vingar, denunciando Pedro à polícia. Joca Bernardes estava com uma carga de queijo para entregar em Pão de Açúcar, quando Pedro de Cândido apareceu querendo comprar a produção. Joca se negou a vendê-la alegando que o queijo era de um cliente em Pão de Açúcar, mas Pedro de Cândido não atendeu e levou todo o queijo que conseguiu juntar; levou e não pagou – segundo disse a Bernardes – em represália por ter se negado a vendê-lo. A fama de que Pedro de Cândido era coiteiro de Lampião já havia se espalhado pela região e, com a atitude de levar toda a produção de queijo, Joca Bernardes não teve mais dúvida. Pedro de Cândido não negociava com queijo e se levou toda a produção era para servir a muita gente; e se era para
servia a muita gente, só podia ser o bando de Lampião que estava por perto. A conclusão de Joca Bernardes foi exata. Ele procurou o sargento Aniceto, em Piranhas, e contou o que tinha se passado. Disse que não sabia onde Lampião estava, mas se ele prendesse Pedro de Cândido, com certeza teria o paradeiro certo do cangaceiro. E assim foi feito: Pedro de Cândido foi preso, prometeram-lhe a patente de sargento da polícia e ele confessou onde Lampião estava escondido. Após a vitória final no cerco a Angico, Pedro de Cândido foi realmente promovido e nomeado delegado de Batalha. Foi morto por uma fatalidade: um menor o confundiu com o “lobisomem” que assombrava a cidade de Piranhas antes da década de 40 e desferiu-lhe uma faca no peito. A explicação para a morte de Pedro de Cândido é de que ele namorava uma mulher casada e saia, à noite, às escuras, para se encontrar com ela. Numa dessas vezes, o menor o confundiu com o lobisomem e o atacou com uma faca no coração. (R.V.)
Execução do bando completou 72 anos
Vaqueiro, almocreve, cangaceiro e poeta Aquele sujeito alto e magro, que passava comandando a tropa de burro carregada de algodão para a fábrica de Delmiro Gouveia confundia-se com o agricultor sertanejo comum: calejado pelo sofrimento de viver numa região assolada pela seca, mas forte igual a um touro. Assim era Virgulino, o filho mais velho de José Ferreira. Era ao mesmo tempo almocreve, vaqueiro, poeta e depois cangaceiro – o mais famoso dos chefes do cangaço. E nem mesmo nas refregas com os “macacos”
– era assim que ele se referia à polícia – perdia o mote. Virgulino, ou Lampião, compôs mulher rendeira inspirado na tia Jacosa. É dele também a autoria do verso guerreiro, que diz assim: “Meu rifle atira cantando Em compasso assustador Faz gosto brigar comigo Porque sou bom cantador Enquanto o rifle trabalha Minha voz longe se espalha Zombando do próprio horror” Apesar das diferentes ver-
sões dando as razões para Virgulino se tornar Lampião, o certo é que tudo aconteceu por acaso. Ou, mais precisamente, por estar na companhia de amigos que eram acostumados a arruaças nos bailes na região. E foi assim que, por volta de 1920, os irmãos Ferreira (Virgulino, Antônio e Livino) acompanharam os “Pequenos” – como eram conhecido os irmãos Antônio, Pedro e Manuel – numa festa no então povoado de Pariconha. Conhecidos pelas arruaças que praticavam, os “Pequenos” foram presos pelo delega-
do Amarílio Batista Vilar e os “Ferreira”, que moravam no povoado de Santa Cruz do Deserto, no município de Mata Grande, voltaram sozinhos para casa. Quando foram soltos, os “Pequenos” tramaram se vingar matando o delegado e os conseguiram o apoio dos “Ferreiras”. Os “Pequenos” e os “Ferreira” invadiram Pariconha e, não encontrando o delegado Amarílio Vilar, mataram o subdelegado Arthur Ribeiro. Veio daí a perseguição do coronel Lucena Maranhão, que era comandante
do batalhão da PM em Santana do Ipanema e saiu em perseguição a eles, até cercar a casa de José Ferreira. No cerco morreram o pai e o tio, Sinhô Fragoso, enquanto Virgulino, os dois irmãos e os “Porcinos” escaparam. Para vingar a morte do pai, Virgulino – que só mais tarde seria apelidado de Lampião – reuniu a família: o tio Antônio Matilde, e os primos Luiz, Manuel e José Fragoso. E mais os “Porcinos”, formando assim o primeiro bando com dez homens, e foram provocar o coronel Lucena obrigando-o a deixar
a cidade de Santana do Ipanema e embrenhar-se na caatinga. Finalmente, no dia 20 de junho de 1921 deu-se o primeiro encontro armado entre o futuro Lampião e o coronel Lucena. O local do tiroteio foi a fazenda Poço Branco, pertencente a José Mandu – que é avô da atual vereadora Heloísa Helena. Afazenda ainda existe e pertence à família de Heloísa, e ainda tem marca de balas nas paredes da casa grande desativada. Também, embaixo de um pé de braúna, estão enterrados um soldado e um cangaceiro. (R.V.)
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Marco Antônio
Numa das escolas da comunidade, alunos avisam aos professores por onde devem passar
O outro lado do tráfico Criminosos assumem a assistência à população para preencher lacuna social Da Redação Onde o poder público não entra, outras camadas da sociedade invadem o território e dominam pensamentos, atitudes, mudam concepções e excluem até o preconceito. Em Maceió, onde a violência e o medo imperam, uma pequena comunidade da Vila Brejal deixa de lado estas máculas da sociedade e idolatra grandes líderes do tráfico. O motivo? Um pseudo-assistencialismo social para as famílias carentes, prática desconhecida pelos poderes públicos e também pelas polícias. Para conquistar a confiança dos moradores, os traficantes usam de um subterfúgio inusitado, que muitos nem conseguem imaginar. Doam cestas básicas, leite para as
crianças, material para cons- acaba se acostumando com truir casas inteiras e, o mais esta “proteção” e, em troca, importante: dão proteção e não denunciam os traficantes atenção. Em troca, apenas um e ainda imploram para que pedido: silêncio. eles não sejam presos. Na semana que passou, a Com a confiança equipe de reportagem dos habitantes no de O JORNAL converpapo, os líderes têm sou com algumas pespasse livre em todos os soas que, sob o com- Ser parente pontos, eventos e ainda promisso do sigilo da ou conhecido gozam da ‘amizade’ e identidade, contaram prestígio da maiode traficante do como é o cotidiano na ria. O acordo entre as é ter comunidade. Além do partes costuma ser tão “trabalho social” que proteção fiel que até as crianças, fazem, os criminosos e 24 horas vítimas tão vulneráveis as suas respectivas fada violência hoje em mílias garantem tamdia, acabam poupadas bém a segurança da coda insegurança. munidade. Como doOs pequeninos convivem minam aquela determinada desde cedo com uma realidaregião, não têm nenhuma di- de diferenciada e crescem ficuldade de assegurar a inte- sem se dar conta do perigo gridade física de todos. Sem em que vivem. Onde estunem perceber, a população dam, eles avisam aos profes-
sores onde estão os locais mais perigosos da área, sabem pelos pais quando devem sair de casa e o momento em que haverá tiroteio. E como sabem? As crianças são filhas do tráfico; compreendem a zona de perigo, já se acostumaram com isso e sonham com o dia em que chegarão ao poder também. Ser parente ou conhecido de algum traficante desses é garantia de proteção 24 horas. Ninguém mexe neles, nem em quem eles indicam, porque são ‘amigos’ dos chefões da área. E o recado de livramento é imediatamente passado a quem tem medo. A ideia é a seguinte: basta dizer que é professora ou que conhece o filho do ‘fulano traficante’ que o acesso é permitido e nada de mal lhe acontece.
Região é cenário de violência constante Apesar da inversão de valores, a Vila Brejal não está isenta do pânico e nem a população está livre de ser vítima. Escolas da região já foram arrombadas diversas vezes. Praticamente todas as semanas há registro de mor-
tos em consequência de acerto de contas ao tráfico e os assaltos igualmente são rotineiros Ainda na Vila Brejal, outros fatos, até de repercussão estadual, aconteceram, a exemplo do assassinato da
policial militar Iara Laura Silveira Monteiro, em 16 de janeiro de 2008. Ela foi executada a tiros e a suspeita até hoje gira em torno da família do megatraficante Adriano dos Santos Oliveira, o ‘Caetano’, preso na Peni-
tenciária de Segurança Máxima de Catanduvas, no estado do Paraná. Informações, ainda extraoficiais, dão conta de que ele poderá retornar a Alagoas por problemas burocráticos. Continua na página A20
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Fotos: Marco Antônio
Líderes agem como se fossem políticos Trabalhando na mesma daqui tinha e ainda tem o função há quase 20 anos, a maior carinho por esta pesfuncionária de uma escola soa. Ele foi preso e quando da Vila Brejal decidiu abrir isso aconteceu, foi uma coo jogo com a reportagem de moção geral”, afirmou. O JORNAL. O contato com A educadora disse que ela foi um pouco difícil, ouvia também das crianças mas optou por revelar al- na escola comentários de que gumas ações que acontecem os pais passavam necessidana comunidade em que está de e que recebiam ajuda de inserida. Conta que a vio- pessoas ligadas ao tráfico de lência assusta, mas que se drogas na região. Os pais sente à vontade apesar de também deixavam escapar ter que conviver com trafi- que recebiam a ajuda e que cantes. eram muito gratos pelo beneA funcionária, que nesta fício concedido. matéria não será identificada “Ele [o líder do tráfico] era para que nenhum tipo de re- uma das pessoas antigas na presália lhe aconteça, confir- comunidade, muito quista e mou que há tempo atrás (ela que tratava bem as pessoas”, preferiu não dizer a época relatou a funcionária. exata) escutava pelas Com esta declaração, esquinas, por onde caela confirmou que os minhava, comentários se sentiam “Ele não moradores de que uma espécie protegidos, amparadeixava dos pelos traficantes de trabalho social era praticado por grupos nas situações em que faltar ligados ao tráfico. leite pra mais precisavam. Ela disse que a co“Quando os moraninguém dores tomaram comunidade é muito carente, inclusive de alinhecimento da prisão, que mentação, e um bene- precisava” diziam: ‘Ah! Era uma fício que alguns conpessoa que nos ajudaseguiram foi a ‘dova tanto, tão boa com ação’ de leite para os a gente e não era para estar filhos de berço. presa’”. A funcionária da es“Andando pela rua, na cola disse que todos da copadaria, no mercadinho. munidade sabiam que ele era Todo mundo comentava. Eu traficante e que adquiriam as não vou aqui citar nome de cestas básicas e o leite para ninguém para não me com- doações de maneira ilícita. prometer. Mas eu escutava “Todos sabiam quem ele que essa pessoa [o líder do era. Aqui todo mundo sabe tráfico] fazia trabalho social quem é quem. A comunidapor aqui. Ele não deixava fal- de é pequena”, confirmou. tar leite para ninguém que A reportagem de O JORprecisava. Ele se comporta- NAL descobriu que esta reva como um político, agia lação de assistência social como se fosse um”, revelou. ainda permanece na localiA funcionária completou dade, mesmo com a prisão que o traficante era elogiado do traficante. As pessoas lidemais e admirado por esta gadas a ele ainda vivem e atitude social que mantinha atuam na área, com o mesmo na comunidade. “O povo poder de liderança.
Escola Pitombo Laranjeiras já foi alvo de vários arrombamentos
Crianças “dão” os passaportes para a segurança A influência do tráfico nesta localidade é tamanha ao ponto de as crianças saberem quais os momentos em que devem sair de casa e por quais locais devem passar sem que algum mal lhes aconteça. A funcionária da escola relata que os meninos aconselham as professoras a não ter medo de pessoas ligadas aos traficantes. “Noto que alguns alunos têm preocupação com os professores. Eles fazem questão de dizer: olha tia, quando a senho-
ra for passar por aquele lugar, não se preocupe, basta dizer que ensina o neto de fulano de tal. Neste momento eles começam a falar os apelidos desses conhecidos deles”, afirma. Os pequenos pedem para as tias terem cuidado. Muitos professores vão a pé para casa, e alguns moram perto do Ceasa em nestes locais sempre aparecem alguns mortos”, acrescenta. Por conta desta relação de ‘companheirismo’, a convivên-
cia com os traficantes se torna possível, conforme avalia a funcionária. Ela diz que nunca foi desacatada, desapontada e sempre gozou do respeito de deles. “Nunca aconteceu nenhum incidente. Já houve vários incidentes fora da escola. Nem cigarro se vê fumando à noite aqui dentro”, garantiu. “Respeito que se tem a escola é um respeito mútuo, sem distinção. A escola é aberta para todos, inclusive fazemos even-
“Estamos excluídos pelo poder público”
Alunos comentam na escola que pais recebem ajuda de traficantes
Quem domina o tráfico na região O tráfico de entorpecentes em cinco regiões da capital, incluindo a Vila Brejal e o Dique Estrada, é dominado pela família do traficante Adriano dos Santos Oliveira, o ‘Caetano’. Eles atuam também no Bom Parto, Vergel e Centro. São acusados em vários crimes, sobretudo homicídios ligados aos acertos de contas. Caetano foi preso no dia 30 de janeiro de 2008, quando comprava um veículo em uma loja de carros. Por ser considerado um bandido de alta periculosidade, ficou um tempo na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti e, em agosto de 2008, foi transferido para o Presídio de Segurança Máxima de Catanduvas, onde cumpre pena. Investigações policiais atestam que ele ainda comanda as ações criminosas de dentro da cadeia. No entanto, a família dele deu sequência aos crimes no Estado, em companhia de outras quadrilhas. A morte da PM Iara Laura Silveira Monteiro, crime acontecido no dia 16 de janeiro de 2008, é ligado a Caetano. O delegado do 1º Distrito Policial, naquela época, Oldemberg Paranhos, concluiu que a militar era informante do traficante ‘Caetano’. Segundo a polícia, o pai de Caetano, José Júlio de Oliveira, conhecido como ‘Zé Moreno’, tinha feito o convite para que a policial fosse informante da quadrilha. Ela receberia drogas para consumir, mas não foi
assim que aconteceu. Iara, conforme as investigações, revendia a droga por um preço menor e teve a morte encomendada por Caetano. Ela foi assassinada na Vila Brejal e o crime teve grande repercussão à época. O pai de Caetano já é considerado o sucessor do filho no tráfico. Atualmente, Zé Moreno é apontado como dono de uma pocilga a céu aberto que fica por trás da Ceasa. Em uma inspeção do Centro de Controle de Zoonoses, neste ano, os porcos foram levados para fazer exames e a população ficou revoltada. Planejou até um protesto para reaver os bichos. A polícia confirmou, naquela época, que Zé Moreno compra os porcos com o dinheiro ilícito do tráfico de drogas e doa alguns bichos para famílias mais carentes da região. O que ele fazia era somente uma maneira para que os mais necessitados tivessem a comida e não o denunciasse para a polícia. Outro membro desta família é o jovem Aldreis dos Santos Oliveira, conhecido como “Moreninho”, irmão de Caetano. Ele foi preso em 2008 por uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) como suspeito de participação na morte da PM Iara. Quando foi detido, ele estava numa motocicleta, mas abandonou o veículo e chegou a invadir uma casa na Vila Brejal, para tentar fugir.
Uma das pessoas mais atuantes na Vila Brejal é o presidente da Associação dos Moradores do Jardim São Francisco, atual nome da comunidade. José Ferreira de Macedo demonstrou surpresa ao ser questionado se sabia deste assistencialismo praticado pelo tráfico de entorpecentes. Embora afirmasse para a reportagem que não sabia de nada, Macedo salientou que o tráfico de drogas não é somente um problema da Vila Brejal, ao ponto de colocá-la na linha de frente como a região mais perigosa de Maceió. Ele diz que este é apenas um dos vários problema enfrentados pela comunidade, como em outros pontos da cidade. “Se realmente acontecesse este tipo de procedimento, a gente passaria sem muitos problemas. Eu acho o seguinte: a nossa sociedade é carente, está totalmente excluída pelo poder público, a questão da falta de infraestrutura não é levada a sério e falta uma área de lazer para a diversão do povo”, afirmou. Ele reforçou que no tempo em que está no mandato – este já é o segundo de três anos – ainda não soube deste trabalho de ajuda que é feito pelos traficantes da região. “O que sei é que existe um trabalho social feito pela nossa associação e também pela Igreja Católica, na distribuição, inclusive, de sopa
José Ferreira: “Se acontecesse, a gente passaria sem muito problema”
para um grupo de cadastrados”, afirma. “Não tenho estas informações e não tenho conhecimento disso. Podem estar confundindo com a região inteira”, acredita Macedo. Na avaliação dele, não se pode passar uma informação desencontrada para a imprensa. “Existe aqui problemas sociais muito grandes, como o desemprego e a falta de escola. Se existe, de fato, esse assistencialismo na comunidade da Vila Brejal, está sendo bem feito, ao ponto de a associação não tomar conhecimento. A Associação faz um trabalho legal e, se alguém faz um trabalho diferencial, não estamos sabendo”, afirmou.
Macedo confirmou que por lá, o povo é avisado quando há rumores de um tiroteio. “Isso acontece em todos os lugares”, disse. “Mas tem coisas que não se pode precaver a família. Não estamos isentos de sofrer violência”, complementou. Como líder comunitário, ele cobra ações mais efetivas na Vila Brejal, no sentido de difundir políticas públicas para sanar este e outros problemas. “Queremos mais participação do poder público. Não vamos colocar a nossa comunidade como testa de ferro, porque a questão do crack é generalizada. E se isso realmente estiver acontecendo aqui não é bom para a sociedade”, comentou.
Polícias desconhecem ação no local As informações obtidas pela reportagem de O JORNAL acerca do assistencialismo do tráfico nesta região não é do conhecimento das polícias. Pelo menos foi isso que representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil disseram. Eles confirmaram que não tinham recebido qualquer denúncia atendido qualquer ocorrência neste sentido. O tenente-coronel Mário da Hora, comandante de Policiamento da Capital, afirmou que não sabia desta denúncia e pediu para que a reportagem
entrasse em contato com o setor de investigações da Polícia Civil. “Não tenho conhecimento de qualquer assunto deste no âmbito do policiamento da capital”, informou. O major Klingermário, chefe da 2ª Seção da PM, responsável pelo Serviço de Inteligência da corporação, disse que não há qualquer denúncia deste tipo sendo apurada. E recomendou para que a população denuncie por meio do disque-denúncia ou pelo Centro Integrado de Operações da Defesa Social
(Ciods), cujo telefone é o 190. De férias, o delegado Oldembergue Paranhos não quis se pronunciar sobre os crimes cometidos na Vila Brejal. No entanto, frisou que também não era sabedor de qualquer trabalho assistencialista executado por traficantes naquela região. Os delegados Alcides Andrade, que está no 1º DP, e o chefe da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, não atenderam as ligações no final da tarde da última sexta-feira.
tos aqui com a participação de todos”, disse. Ela ainda complementa que os líderes do tráfico podem até ir a estes eventos, mas possuem uma relação amistosa com o corpo docente e discente. “Eles nos conhecem e nós os conhecemos. E cada um respeita o outro e se comportam bem”. A funcionária diz que o convívio com os pais também é amistoso e que não há grandes problemas neste sentido.
Toque de recolher e o medo de morrer Ela relata que há algum tempo atrás, um grupo de traficantes impôs toque de recolher para a comunidade. A partir daquele horário estabelecido, todos deveriam ficar dentro de suas casas para não correr o risco de serem mortos. No entanto, ela disse que a realidade mudou e que o pedido dos traficantes foi revogado. “Naquele tempo, eles diziam: ‘vão para a igreja que a gente vai para aquele lado; mandavam os avisos pelos pais dos alunos”, revelou. Um problema que ainda existe na comunidade da Vila Brejal, apesar do ‘companheirismo’ com o tráfico, é o medo de se presenciar algum crime. Como a área é violenta, fica quase impossível um morador ainda não ter visto um assassinato ou um assalto. “Tem alunos que chegam para nós e dizem que vão embora daqui porque a mãe deles presenciou um crime. Quando menos se espera, está a evasão na escola. Muitos alunos deixam de frequentar as aulas com medo ou porque se mudaram temendo a morte. Há muitos casos em que as pessoas saem daqui para não morrer”, diz. Na opinião dela, a Vila Brejal virou uma escola de bandidos. Adolescentes e jovens estão se envolvendo com drogas e delitos o mais cedo possível e deixando de lado o futuro. “No ano passado, os pais chegaram aqui desesperados para levar os filhos rapidamente. Era uma troca de tiros entre traficantes e a polícia. Era professor correndo, aluno também. Um grande alvoroço”, contou.
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Alunos da Escola Zélia Barboza Rocha, em Arapiraca, participam do projeto desde abril deste ano
Coordenadora Maria Valdira Montes aponta necessidade da implantação do projeto nas escolas
Projeto muda cotidiano de escolas Iniciativa que está sendo implantada em Arapiraca foi pioneira em escolas públicas de Alagoas Carolina Sanches Repórter
ARAPIRACA - Escolas da Rede Municipal de Arapiraca começaram a mudar os padrões com o incentivo à agricultura local e familiar, a educação alimentar e a introdução de novos alimentos no cardápio da merenda. Através do projeto “Educando com a Horta na Escola”, alunos aprenderam a plantar e cultivar hortaliças e já começam a saborear uma merenda mais nutritiva e variada. O “Educando com a Horta na Escola” está ligado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC). A iniciativa em Arapiraca, que foi a cidade pioneira em Alagoas, é uma parceria entre as secretarias municipais de Educação, Agri-
cultura e Meio Ambiente que abraçaram o projeto, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Quatro escolas do município já estão com as hortas em funcionamento. Outras três participaram da capacitação inicial e estão em fase de implantação. Além de proporcionar uma alimentação nutritiva, saudável e ambientalmente sustentável o projeto atua como eixo gerador da prática pedagógica. De acordo com a coordenadora municipal do “Educando com a Horta na Escola”, Maria Valdira Monteiro, o trabalho com os estudantes na horta traz uma nova perspectiva educacional, enriquecendo as aulas com conhecimento prático. “Dentre as atividades está à criação de hortas, atividades artísticas, reflexão, conscientização quanto à preservação do
meio ambiente e o exercício da produção da escrita. O projeto envolve todas as disciplinas desde biologia a matemática”, explica a coordenadora. Segundo a secretária de Educação, Ana Valéria, o projeto era um sonho antigo do prefeito Luciano Barbosa, mas só este ano pôde ser contemplado com a ajuda do Governo Federal. “Com o trabalho nas escolas, valorizamos o homem do campo e a integração da merenda escolar. Todas as secretarias estão envolvidas. É uma ação integrada firmando essa parceria para uma qualidade de vida através de alimentação saudável”, completou. Uma das unidades de ensino que aderiu a proposta foi a Escola de Tempo Integral Zélia Barboza Rocha, localizada no bairro Nova Esperança. Com
bastante espaço para estimular a iniciativa ao plantio, a escola participa do projeto desde abriu deste ano e já comemora os excelentes resultados. A diretora da escola, Dijaci Correia, explicou que o projeto só tem conquistado bons resultados porque toda comunidade escolar está envolvida, desde funcionários a pais de alunos. “Se uma parte envolvida não estiver motivada para que o trabalho dê certo, outros setores são afetados”, destacou a diretora, ao citar como exemplo as merendeiras que fazem a separação do material orgânico que sobra da merenda e aproveitam como adubo na horta. São elas também que preparam a alimentação dos alunos incluindo o produto que é retirado da horta. Adiretora explicou que todos os alunos podem participar do
projeto, mas que isso é feito de forma voluntária e não obrigatória. Ela conta que, algumas vezes, o estudante não quer trabalhar diretamente com o plantio, mas que ele faz outras tarefas como a organização de garrafas pet que são utilizadas para fazer os canteiros. ORGANIZAÇÃO - Todo o trabalho segue o padrão do projeto desde o plantio a organização dos canteiros. O resultado chama a atenção dos alunos. As mudas são plantadas em espaços feitos com terra tratada e proteção de garrafas Pet. Cada turma fica responsável por um canteiro que possui uma forma geométrica. “Os alunos estabeleceram linhas de trabalho, com dinâmica e tarefas para cada um deles”, disse. O estudante Vilquer Farias
de Souza, de 8 anos, disse que nunca havia ajudado a plantar uma horta e que ficou muito interessado no projeto. Ele conta que está levando o que aprendeu para dentro de casa e começou a cultivar uma pequena horta. “Contei sobre a horta para meus familiares e eles também decidiram ajudar. Ensino a minha mãe o que aprendo na escola e isso me deixa muito feliz”, disse o aluno. O estudante Bruno Martins Alves da Silva, de 10 anos, disse que prefere participar da horta cuidando da reciclagem de garrafas pet. “Fico na organização das garrafas e procuro sempre cuidar para que estejam tampadas porque aprendi que a garrafa com água pode ser foco da dengue”, observou Bruno Martins. Continua na página A22
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Arapiraca
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Alunos descobrem a importância do cultivo de produtos orgânicos Na horta escolar, os alunos podem tomar contato com disciplinas como ciências, português e educação artística. Entre outras coisas, aprendem a fazer cálculos de área e volume dos canteiros, tendo aulas de matemática na prática e de forma lúdica. Um diferencial em Arapiraca é que as hortas só trabalham com produtos orgânicos. O técnico da Secretaria de Agricultura, José Francival Basílio, explicou que o objetivo é evitar o uso de agrotóxico e ensinar aos alunos que eles podem cultivar hortaliças sem usar de práticas nocivas. “O projeto é amplo,
com reflexos profundos na consciência ambiental, na alimentação nutritiva e na educação da comunidade onde está inserido. A horta propicia aos alunos a construção de conhecimentos que lhes permitem preparar e consumir os alimentos de forma saudável e segura, contribuindo com a inserção de mais hortaliças na alimentação escolar e familiar”. Para Francival, não basta apenas criar uma horta no ambiente escolar e simplesmente fornecer alimentos para a escola. Mas procurar desenvolver e proporcionar uma discussão sobre os temas
alimentação, meio ambiente e educação. O secretário de Agricultura de Arapiraca, Manoel Henrique Cavalcante, informou que a proposta da prefeitura é ampliar o projeto para outras escolas da Rede Municipal. Ele explicou que o projeto é uma iniciativa do Governo Federal, mas que o município que fica responsável pelo acompanhamento e o auxilio para a aquisição do material necessário como pás, enxadas, etc. “Os primeiros resultados já estão chamando a atenção de outras escolas que nos procuram para implantá-lo”, disse.
A coordenadora Maria Valdira Monteiro explicou que um dos motivos para a implantação do projeto em Arapiraca foi à quantidade de agrotóxico que é usada nas plantações de fumo. “Sabemos que as crianças e adolescentes convivem com agrotóxicos nas plantações e buscamos mostrar a eles uma outra realidade”, afirmou. José Francival também participa do Movimento Minha Terra (MMT), uma ONG sem fins lucrativos que atua na formulação e implementação de propostas que busquem a sustentabilidade. O técnico conta que o MMT oferece apoio ao
projeto, principalmente com relação à produção orgânica. Aos poucos, o ensinamento das práticas da agricultura orgânica tem dado resultados. O aluno Yuri Santos Ferreira, de 11 anos, conta que esta começando a aprender a plantar alface e cebolinha. Ele disse que em sua casa existem pessoas que trabalham na agricultura e que utilizam agrotóxicos. Após as informações que tem recebido no projeto, Yuri diz que tem orientado os pais a adotarem práticas mais saldáveis. “Aprendemos que existe o adubo natural e eu disse na minha casa como é feito”, afirma.
SAÚDE - A horta conta ainda com um espaço para plantas medicinais. A diretora da Escola Zélia Barboza Rocha explicou que antes da horta ser implantada existiam muitos problemas com alunos que tinham que ir para casa por que estavam com problemas de diarréia e mal estar. “Começamos a preparar remédios medicinais caseiros que, além de serem mais saldáveis, não tem custo nenhum para a família do aluno. Deixamos até alguns remédios caseiros prontos para um caso de necessidade”, disse Dijaci Correia. Fotos: Carolina Sanches
Projeto diminui a evasão escolar
José Francival explica que projeto busca promover a sustentabilidade
Através do projeto “Edu“Tivemos a ideia de aprecando com a Horta na Escola” sentar o projeto a este estudanalunos estão mais motivados a te e fizemos questão de deixácomparecerem às aulas. De lo responsável por alguma funacordo com a diretora da Escola ção na horta. Aos Zélia Barboza Rocha, Dijaci poucos, ele comeCorreia, uma das maioçou a se interessar e res dificuldades ense tornou referência frentadas é manter na turma. Hoje, o o aluno que esta no aluno não falta um Alunos ficam 6º e 7º ano do Endia de aula e semsino Fundamental pre que pode vai até motivados na sala de aula. Ela a horta para ver se com a horta conta que a evasão esta precisando de e se escolar acontece, em algum reparo”, coalguns casos, pormemorou a diretointeressam que os estudantes ra. mais pelas que saem do períoDijaci afirma aulas do integral se senque, se implantado tem mais desmotida forma correta, o vados. projeto pode ir além Mas essa realide uma atividade prátidade começou a ca. “Sempre que posso acommudar com a impanho o desempenho dos aluplantação do projeto. Adireto- nos no cultivo das plantas. ra contou que no início deste Muitos estudantes vivem em ano um aluno do 7º ano esta- situações difíceis fora da escova ameaçando desistir dos es- la com conflitos familiares e tudos. Ela disse que o estudante precisam ter uma atividade que havia diminuído a freqüência o distraia do que acontece no às aulas e que isso estava in- dia a dia dentro de casa”, expôs fluenciando no rendimento. a diretora.
Diretora da escola diz que projeto já começa a dar resultados
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LITORAL NORTE
Festival da Lagosta movimenta turistas Receitas originais e requintadas dão um toque de classe à gastronomia praticada na região Fotos: Jorge Barboza
Jorge Barboza Repórter
MARAGOGI - A festa da lagosta proposta pelo 1º Festival Gastronômico da Lagosta chega ao fim hoje, mas a degustação de crustáceo permanece com destaque no litoral norte alagoano, especialmente nos municípios de Maragogi e Japaratinga, que abrigam o evento que começou na última sexta-feira. “As lagostas reproduziram o mês de julho, por isso, elas estão fresquinhas no nosso cardápio. Em maio do ano que vem, quando inicia um novo período de reprodução e a pesca é proibida, somente os restaurantes que fizerem estoque poderão oferecer pratos de lagosta”, comemora Fernanda Van Hoof, que é proprietária; junto com o marido, o chef de cozinha Sandryn Van Hoof, da pousada Praiagogi – situada na praia de Camacho. O evento – promovido pela Associação do Trade Turístico de Maragogi e Japaratinga (Ahmaja) e Associação dos Empreendedores em Turismo de Japaratinga (Aejatur) –mobilizou chefes de cozinha de dez restaurantes das duas cidades com o objetivo de movimentar o turismo neste período de baixa estação. Com descontos de 30% para os hóspedes dos hotéis e pousadas filiados às duas associações, os pratos apresentados por chefes
experientes esbanjaram frescor e originalidade. Do requintado Risotto de Champagne, da pousada Praiagogi, à Lagosta Tropicaliente do restaurante Cia. das Lagostas, o festival proporciona lagosta dos mais diversos sabores para gostos, invariavelmente, refinados. Areportagem de O JORNAL conversou com os chefs de cozinha, investigando seus ingredientes e modo de fazer. Ainda na noite de quintafeira, véspera da abertura do evento, o chef e proprietário da Cia. da Lagosta, Iran Cavalcante, de 28 anos, abriu as portas de sua cozinha, contando um pouco de sua trajetória desde que sua mãe, dona Rosalina, abriu em Barreiras do Boqueirão o seu Bar dos Coqueirais, servindo, como lembra Cavalcante, “petiscos e cerveja gelada”. Ele conta que o forte do bar sempre foram os petiscos de lagosta. “O que eu queria mesmo era apresentar um jornal na televisão, mas fui reprovado na segunda fase do Vestibular na Ufal para jornalismo. Foi aí que decidi estudar hotelaria em Recife e fiz vários cursos de culinária no Sebrae”, conta, sem guardar rancor do passado estudantil. Com um forte tino para os negócios, o chefe abriu em janeiro deste ano uma filial do Cia. da Lagosta, que fica situada na Av. Amélia Rosa, no bairro da Jatiúca, em
Maceió. Ele conta que, além dos cursos realizados no Sebrae, em Recife, muita coisa do que ele sabe aprendeu com a mãe, ali mesmo no bar em Barreiras do Boqueirão. “Quando abri o restaurante em 2005 fazia uma infinidade de pratos. Depois, fui enxugando o cardápio de acordo com as escolhas dos clientes. Foi como se fosse um júri mesmo. A lagosta que ganhou foi a In Natura, que na verdade é uma reciclagem de uma antiga receita de dona Rosa, a Lagosta dos Coqueirais”, destaca Cavalcante. O prato que desfila no festival, a Lagosta Tropicaliente, é uma receita original. “É lagosta grelhada no azeite, na própria casca, flambada no uísque e, por último, regada com um creme de frutas da estação. O creme, adocicado, pode ser uma mistura de polpas de abacaxi, melão, maracujá e suco de goiaba. Agregados, vêem o creme de leite, a manteiga e um toque de queijo”, ensina o chef, ao complementar que o acompanhamento leva arroz de rúcula e um exótico purê de banana. “Outra opção bastante pedida por aqui é a Lagosta ao Reino, que é o filé da lagosta cozida no molho bechamel bem suave, agregando o queijo do reino e creme de leite.” Outra opção é a Lagosta ao coco. “Essa é a Mãe Natureza”, explica Cavalcante.
O chef do restaurante Cia. da Lagosta: lagosta tropical com molho de frutas da estação
Na Praiagogi, lagosta regada com champanhe
Sandryn Van Hoof, chef e proprietário da Praiagogi
Da Holanda para Maragogi O holandês está de volta. Depois das invasões nos tempos da Colônia, os holandeses raramente foram vistos pelo litoral norte. Até os anos 1970, por exemplo, em Porto Calvo (cidade vizinha e palco – assim como Japaratinga, Maragogi, Barra Grande – das sangrentas guerras de Portugal e Espanha contra Holanda), ainda se usava o vocábulo holandês ‘brote’para designar o conhecido ‘cacetinho’ de padarinha. Hoje, por lá, não se usa mais o termo – só ‘cacete’ mesmo, cacetinho... “Pois é, o brote era o pão duro feito para conservar nas longas viagens de navio”, explica o novo holandês de Maragogi, Sandryn Van Hoof, 32, o chef da pousada Praiagogi. Antes de aportar em Maragogi, Van Hoof viveu em Portugal e na Itália e até pensou em França. “Podíamos nos instalar em qualquer um desses lugares, mas já ouvíamos falar do Brasil. Claro, minha mulher é brasileira, e viemos a Belo Horizonte visitar os pais dela. Uma pousada no Rio ou BH ficava acima
do nosso limite bancário. O destino nos trouxe a este lugar”, diz o chef. Seu Risotto de Champagne, em uma palavra (francesa, de preferência), é chic. Lagosta assada na casca, na manteiga, sobre o arroz com pedaços de lagosta cozidos no champanhe. Prato pronto, à mesa, mais uma vez o champanhe, regando tudo. Para acompanhar, um bom vinho – a carta do Praiagogi é de primeira. “Para fazer um bom prato, você precisa de bons ingredientes e um pouco de saber, conhecimento. O resto é prática. Todos os cozinheiros vão concordar com isso. Tem de praticar algumas vezes para se chegar ao prato definitivo”, ensina Van Hoof, observando que não se faz risoto com arroz comum. “Tem de ser um arroz especial, próprio pro risoto. E claro, sempre cozido no vinho ‘ou até Martini’. É assim que se prepara, mas ao invés do vinho branco, eu coloco o champanhe”, arremata o holandês, que diz ter aprendi-
do a cozinhar aos 12 anos de idade. “Aqui no Brasil é comum se ter um empregado para cozinhar. Na Europa não é assim. Minha mãe sempre cozinhou, meu pai também – eles têm um bufê, fazem refeições para 100, 150 pessoas, e fazem isso em casa. Quando eu chegava da escola, às 15h, 16h, ia para a cozinha ajudá-los a fazer o jantar.” O casal Van Hoof construiu a pousada há pouco mais de três anos para casais e famílias sem crianças. “Esse é o nosso estilo”, explica o chef. “Aqui em Maragogi existem pousadas para famílias com crianças pequenas. Anossa é diferente. Por enquanto, o restaurante é somente para os hóspedes da pousada, mas, em breve, abriremos para o público, sempre com esse espírito. Boa comida e boa bebida em primeiro lugar. Como dizem os ingleses, ‘life is too short to eat lousy food and drink bad wine (A vida é tão curta para comer comida péssima e beber vinho ruim)”, disse. (J.B.)
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Arapiraca
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Grand
Por Aroldo Marques
E-mail: harold_marques@hotmail.com
IV Festa do Caminhoneiro e FENAUTA
A família Via G retornando da Argentina e conferindo a beleza de Foz de Iguaçu - Brasil
Pocas Entretenimento + Escritório Botequim Um prova de sustentabilidade social foi dada pelo grupo Pocas Entretenimento comandado pelo jovem Valsandy Cavancante Veras, e pelo Escritório Botequim Numa ação totalmente filantrópica em realização dos shows nesse ultimo fina de semana. Os Pocas Solidários, assim foi denominada a campanha, aconteceu com muito sucesso no dia 31 de julho com Galã do brega, Forró do Tchê e Invocados do forró! Todo o dinheiro foi convertido para ajudar os desabrigados da chuva em Alagoas, parabéns!
O SINTRANCAL, Sindicato dos transportadores Comercial e Autônomo do Estado de Alagoas e a SEPRONOR, estão promovendo a IV FESTA DO CAMINHONEIRO E A I FENAUTA FEIRA DE NEGÓCIOS DO SETOR AUTOMOTIVO DO AGRESTE que tem como objetivo, oferecer a todos os participantes a oportunidade de negócio e entretenimento, como também de discutir e estudar temas importantes para o crescimento do setor em Alagoas O Evento acontecerá nos dias 06,07 e 08 de agosto de 2010, no ESPACE em Arapiraca. Em paralelo, no dia 07 acontecerão vários shows assinados por FM Produções, entre eles; Chicabana, César Soares, Edson Bueno, Swing do Forró, Diego e Fernando. O casal destaque da high society alagoano Manoel Costa Vamos Prestigiar! e Dilma Godoy presente nos concorridos eventos
Marketing A5VC ( Assim Com Você ) se encontram trabalhando o projeto desportivo Copa A5VC tendo a modalidade de Futsal para o publico masculino e o Handebol para ala feminina, num certame que vai acontecer nos dias 20, 21 e 22 de agosto na AABB de Arapiraca , com finalidade de promover a integração dos jovens estudantes de Arapiraca numa clima de sustentabilidade social. Os jogos terão encerramento no dia 22 com entrega de troféus as equipes vencedoras e logo após comemoração coma as bandas de pagode Sensasamba e Cheiro de Fumo. Informações e inscrições pelos: 082/ 9907.6662 ou www.a5vc.com.br..
Via Argentina In Via G
Copa A5VC Yuri Tavares e Nicolas Brito, sócios-propietários da Agência de
Isto mesmo, a bela família Via G, composta por Adilson e Gessy Tenório, estiveram na Argentina no inicio de julho do ano em curso,
encantados retornaram à Brasil encerrando a tour em Foz do Iguaçu. Na comitiva ( vê foto ) Geruza, Val, Arthur, Bruno, Felipe, Guilherme, Vando, Ana, Maria Carolina, Paulo, Geni, Lucivaldo, Ana Kézia, Mecivaldo, Monique e Cinthia... Todos numa só voz "Parabéns prá você nesta data especial... especialíssima": Foi a comemoração da idade nova da querida Gessy Tenório. Parabéns!
Grand Monde Acoluna Grand Monde apresenta 1º Prêmio Homens de Sucesso - Troféu Imprensa Social. Uma festa que vai celebrar Importantes Personalidades no Contexto Sócio-Econômico e Cultural de Arapiraca e Alagoas, O grande encontro social das celebridades masculina dia 27 de Agosto, no Levino Hall´s com Nelsinho e Banda e o comediante Marlon Rossy. Aguardem!
Poder
Modo de Vida
de nosso Estado, os concorrentes irão disputar o título Mister Alagoas Oficial 2010 que será realizado pela primeira vez na cidade de Arapiraca-Alagoas, sob a produção e coordenação do Conexão Alagoas by Jailthon Sillva, franqueador oficial. Informações 082/9650.7541. Douglas Feitosa - Mister Edileide Decorações. 18 anos, 1,80cm - 72kg Hobby: Internet Sonho: Ingressa na carreira de Polícia Federal Cursa Ensino Médio. Felipe Raphael: Mister Agência Styllo 22 anos, 1,81cm - 76 Kg Hobby: Jogar Futebol, Sonho: Ser reconhecido profissionalmente no futebol. Cursa Ensino Médio.
- Porto de Galinhas (PE), oferece mais uma promoção especial em comemoração aos seus 10 anos. De 01 a 29 de agosto, o pacote com mínimo de três diárias possui tarifa de apartamento duplo (para casal) com o mesmo valor do quarto solteiro. A facilidade promete beneficiar muitos pais, que ganharão de presente dos filhos alguns dias de lazer no resort de padrão internacional. A comemoração em um ambiente de descontração com atividades temáticas de esportes e lazer, por sinal, fará os homenageados ainda mais orgulhosos dos herdeiros.
Comissão de frente A gerente de Vendas em São Paulo, Maíra Beasucci, posa ao lado do gerente nacional de Vendas & Marketing da rede Pontes Hotéis & Resorts, Sérgio Paraíso
Argentina como Destino de Férias
A gerente de Vendas em São Paulo, Maíra Beasucci, posa ao lado do gerente nacional de Vendas & Marketing da rede Pontes Hotéis & Resorts, Sérgio Paraíso. Os executivos comandam os seguintes empreendimentos hoteleiros de Pernambuco: Mar Hotel e Atlante Plaza, em Recife, e Summerville Beach Resort, em Muro Alto - Porto de Galinhas
O Amor está no Ar
Visitar a Argentina é deslumbrar-se, as altas montanhas da cordilheira do Andes, a exuberância da selva subtropical, com as imponentes lagoas, estepes e rios com característica da mesopotâmia, as imensas planícies e mesetas, os desertos dos altiplanos as cores do noroeste, os majestosos glaciares, lagos e bosques da Patagônia, praias espetaculares sobre o Atlântico, vinhas e bodegas onde se produzem excelentes vinhos para a exportação, as serras de Córdoba ou Tierra del Fuego, com Ushuaia e o Farol do Fim do Mundo,como antesala ao vasto e enigmático território antártico. Para confirmar todo esse encanto o empresário Adilson e Gessy Tenório ( leia-se Via G ) reuniu sua família e desfrutaram da magnífica viagem veja a foto. Aplausos!
Em Porto de Galingas(PE) O Summerville Beach Resort, de Muro Alto
Flávio Ramon e Taís Santana em clima de endless love
O Empresário Flávio Ramon de Almeida Lima no ramo da construção civil, presta com prazer os serviços Concrenorte a toda Arapiraca e região e sua namorada Laís Barbosa Nunes Santana, odontóloga, graduada em odontopediatria pela Associação Brasileira de Pernambuco, terá em breve a instalação do seu instituto voltado para o publico infantil de Arapiraca. O Casal enamorado faz planos para um futuro promissor, regado a bastante Amor...
Mister Alagoas Oficial 2010 Juliana Guimarães, Miss Alagoas 2010, em clip para o programa Planeta Fashion by André Fon na Vert et Rouge
A competição estética masculina irá acontecer nas instalações do Teatro do SESI em Arapiraca/Alagoas nos dias 28 e 29 de Agosto, a partir das 21h. Será um evento de moda e beleza em uma versão estadual. Vários representantes indicados pelos municípios e empresas
Felipe Raphael Mister Agência Styllo 22 anos, 1,81cm – 76 Kg Hobby Jogar Futebol, Sonho Ser reconhecido profissionalmente no futebol. Cursa Ensino Médio
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Alagoas fica mais tempo sem energia Ao longo do ano passado, consumidores da Eletrobras Distribuição passaram 20,78h sem eletricidade Valdete Calheiros Repórter
A qualidade da energia elétrica entregue aos brasileiros piorou nos últimos anos. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, pela primeira vez desde a privatização, o número de horas que os consumidores ficaram sem luz superou o limite estabelecido para o período. O tempo médio subiu de 16,63 para 18,70 horas. Em Alagoas, no ano passado, a população ficou 20,78 horas
sem energia elétrica. A quantidade de horas é um pouco acima da estimativa feita pela própria Eletrobras Distribuição Alagoas que esperava uma meta de 20,44, segundo o assistente da diretoria de operação da Eletrobras, Fernando Amaral. Ainda de acordo com ele, o índice registrado no ano passado, foi superior ao registrado em 2008, quando os alagoanos ficaram 19,62 horas sem energia elétrica. Fernando Amaral fez questão de diferenciar apagão de falta de energia. “Os apagões também cha-
mados de blackout são a falta de energia de uma forma geral e acontece simultaneamente em várias localidades. É preciso diferenciar essa situação das ocorrências isoladas de falta de energia elétrica”, ponderou. No Brasil, a deterioração do serviço de distribuição de energia elétrica começou a ser desenhada em 2008 e se aprofundou em 2009 com o blackout de novembro que atingiu 18 estados, inclusive Alagoas. Além disso, a sequência de desligamentos regionais contribuiu para elevar o indicador. Em várias regiões, o
movimento se repetiu no primeiro trimestre deste ano. “Não foi o caso de Alagoas”, frisou Fernando Amaral. As empresas, distribuidoras e transmissoras, atribuem o resultado às condições climáticas. Com a Eletrobras não é diferente. Como a maior parte da rede é aérea, os fios são atingidos por raios e queda de árvores. Outra explicação está na alta do consumo residencial acima do previsto. “Em Alagoas tivemos ocorrência significativa de blackout no dia 10 de novembro do ano
passado quando houve interrupção de energia em 12 subestações. Foram cerca de 40 minutos sem energia. No dia seguinte, foram duas horas sem energia elétrica. De qualquer foram, em Alagoas, as ocorrências são provocadas pela incidência de raios elétricos e registro de fortes chuvas ou ainda o Estado sofre com as consequências de problemas gerados em outros estados brasileiros, uma vez que a rede elétrica é interligada”, explica Fernando Amaral. Em todo o País, nos últimos cinco anos, o uso de energia elé-
trica cresceu quase 30%. Só em 2009, o avanço foi de 6%, reflexo também dos incentivos dados pelo governo para a venda de eletrodomésticos durante a crise. Sem imposto, os produtos ficaram mais acessíveis. Isso elevou o consumo desses bens e da eletricidade. A Eletrobras registrou em Alagoas, em 2007 um aumento de 4,5%. Em 2008, 4,8% e em 2009 3,32% Em 2010, esse aumento é estimado pela Eletrobras entre 5% a 6%, uma vez que só nos primeiro meses o aumento foi de 3,6%. Thallysson Alves/Estagiário
Na reconstrução do sistema destruído pelas enchentes serão gastos R$ 60 milhões em caráter emergencial
Problema está relacionado a investimentos Para alguns especialistas, porém, o aumento dos blackouts está diretamente ligado ao volume de recursos aplicados na manutenção e operação da rede. Embora o volume de investimentos nos últimos anos tenha alcançado cifras elevadas – R$ 43 bilhões entre 2002 e 2008 –, isso não significa que foi suficiente para atender o crescimento do mercado. Uma das explicações é que a conta investimentos inclui todos os tipos de projetos, desde obras na rede, universalização dos serviços, até melhorias internas, como mudanças em sistemas de informática. Segundo Fernando Amaral, a Eletrobras irá investir R$ 1 bilhão até 2014 no sistema elétrico a fim de reduzir os números negativos em torno do serviço e melhorar a qualidade dos serviços e do atendimento prestados à população. “A empresa vem investindo mais pesadamente na rede elétrica em Alagoas desde o último mês de janeiro. Em especial na re-
gião de Arapiraca e Penedo. Entre os serviços realizados desde a poda de árvores até manutenção da rede elétrica. Exemplo disso foi que, apesar da enchente registrada em vários municípios alagoanos, apenas as respectivas populações locais ficaram, momentaneamente, sem energia elétrica. Não fosse os investimentos feitos anteriormente, a situação teria sido caótica em toda Alagoas. Conseguimos reduzir consubstancialmente os estragos que poderiam ter sido causados”, acredita. A reconstrução do sistema elétrico atingido pelas enchentes vai demandar R$ 60 milhões, que já estão garantidos, em caráter emergencial, pelo Ministério de Minas e Energia e pela Eletrobras. Na recuperação do sistema elétrico, as empresas de energia estão atuando de diversas formas. A Eletrobras Distribuição Alagoas tem equipes próprias e empresas terceirizadas e conta com a ajuda da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf).
Fernando Amaral: previsão de R$ 1 bilhão até 2014 e recuperação da rede alagoana desde janeiro
Bairro do Stella Maris vai ganhar subestação Na última sexta-feira, a Eletrobras anunciou o início da construção da Subestação Stella Maris, em Maceió. A unidade deve atender todos os bairros das proximidades da orla da capital alagoana, além de diminuir as oscilações de energia na região. De acordo com o assistente de Planejamento e Expansão, Adjar Barbosa, o projeto vai desafogar o carregamento das subestações de Cruz das Almas e Pajuçara, melhorando a qualidade de energia fornecida aos consumidores. “A subestação Stella Maris vai servir como uma unidade pulmão, que vai atender de uma ponta a outra todos os bairros da orla”, assegurou o assistente. O terreno onde será construída a nova subestação é de 3.500 m² e já está em fase de demolição. A Eletrobras avisa que tanto na fase construtiva, como na operativa, a subestação não traz risco à
população. “Os moradores podem ficar tranquilos que não vai acontecer nada que represente risco para as pessoas. A área será isolada por muros altos e a operação dela é totalmente segurança”, destacou Adjar. A previsão é de que a unidade seja concluída em agosto de 2011. O crescimento da economia fez com que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revisse suas projeções de crescimento de consumo de energia para este ano, que estava previsto em 7,2%, para 7,7%. “A economia está crescendo um pouco mais do que imaginávamos, então acabamos aumentando um pouco a projeção”, explicou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, a perspectiva para os próximos anos é que o crescimento do consumo de energia acompanhe o crescimento da economia, que deve
ficar em torno de 5% ao ano. Mas Tolmasquim garante que, mesmo que a economia cresça até 7,5% ao ano, o país tem como garantir a energia necessária. “Se a economia crescer 5% ao ano até 2014, teremos um excedente de cerca de 5,8 mil megawatts médios, ou seja, um excedente que dá conta de cerca de um ano e meio a mais de crescimento. Com a oferta que tem, poderíamos ter um crescimento da economia até 2014 de até 7,5% ao ano, ou seja, a energia não é um gargalo para que a economia tenha um crescimento mais elevado”, avalia. Na semana passada, a EPE divulgou que o consumo total de energia elétrica do País cresceu 11,1% em junho, em relação ao mesmo mês de 2009. Enquanto a indústria está recuperando os índices de consumo que vinha estabelecendo antes da crise econômica, as residências e o comércio não
chegaram a ver seus consumos caírem no ano passado, e apresentam uma curva crescente de consumo. “No ano passado esses setores não caíram por causa de programas de transferência de renda e do aumento salário mínimo, que fez com que houvesse uma mudança na estrutura de renda, surgindo uma nova classe média”, diz Tolmasquim. A redução de impostos sobre eletrodomésticos também contribuiu para o aumento no consumo de energia residencial e comercial. A Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 já estão nos planos de expansão de energia do governo, segundo Tolmasquim. “Estamos bastante tranquilos com a oferta, houve muitas contratações e tem muitas obras entrando. Não há problema nem no que diz respeito à geração nem a transmissão, porque houve investimentos maciços”.
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Aumento da renda muda perfil do eleitor De acordo com avaliação de especialistas, interesses mudam na hora de votar com nova realidade econômica Agência Brasil
preocupado com os outros que continuam pobres”, avaBRASÍLIA - Com a saída lia o cientista político. O economista e pesquisade 9,5 milhões de pessoas da indigência e de 18,4 milhões dor do Centro de Estudos da pobreza entre 2004 e 2008, Sociais da Fundação Getulio segundo dados do Instituto Vargas (FGV), Marcelo Nery, de Pesquisa Econômica Apli- concorda que a chamada cada (Ipea), os candidatos ‘nova classe C’ irá imprimir brasileiros se deparam este mudanças no perfil dos eleiano com um novo perfil elei- tores no pleito de outubro. toral no País. Na avaliação de Segundo ele, os cidadãos que especialistas ouvidos pela se enquadram nessa categoria Agência Brasil, esses eleito- já somam aproximadamente res terão preocupações dife- 50% da população e poderiam escolher sozinhos as rentes na hora de votar. eleições se votasPara o cientista político da sem num único Universidade de Brasília, candidato. David Fleischer, quem “É uma classe antes trocava o voto poderosa, mas não por um prato de coé homogênea”, resmida nas eleições, “Quando as salva o economista. poderá agora deNery concorda que monstrar preocupapessoas esses eleitores deções menos imediasaem da vem ‘cobrar mais tistas. “Essas pesmiséria, caro’ por seus votos soas que tiveram agora e tendem a uma ascensão somudam o ser menos vulnerácial estarão mais horizonte veis à manipulação preocupadas em delas” eleitoral. “Quando preservar algum as pessoas saem da patrimônio. Elas condição de miseprovavelmente murabilidade, mudam o daram o lugar de horizonte delas”, afirmou. moradia, seus filhos Esses resultados, de acoragora estudam, e elas estarão preocupadas com do com o economista, não são fruto apenas do aumento diessas coisas”, disse. Na opinião de Fleischer, reto da renda - segundo o esses eleitores podem se tor- Instituto Brasileiro de Geonar mais maduros no que se grafia e Estatística (IBGE), a refere a questões como edu- renda média do trabalhador cação e saúde. Outro reflexo brasileiro subiu de R$ 1.694, que pode ser sentido, segun- em 2001, para R$ 1.808, em do ele, é o de um maior con- 2007. O crescimento constanservadorismo ao analisar as te da escolaridade - que copropostas dos candidatos. meçou há mais tempo, segun“Esse ex-pobre tende a estar do ele - tem influência mais mais preocupado com ques- significativa na consciência tões como segurança pública eleitoral. “O brasileiro fez o seu e invasões de terra, e menos
O crescimento econômico brasileiro tem mudado as condições de vida de boa parte da população e, em outubro, pode se refletir nas eleições
dever de casa e pôs o filho na escola. Se você olhar e vir que coisas mais estruturantes como a educação estão crescendo junto com a renda, isso
permite vislumbrar no futuro um nível maior de consciência e, no presente, um número menor de oportunismo”, explicou.
O pesquisador da FGV disse ainda que o processo de amadurecimento é natural quando se atinge um período longo de democracia, como
está acontecendo agora com o Brasil. “Como democracia é uma coisa que se pratica, vamos começar a ver o resultado disso”, afirmou Nery.
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Construção civil cresce no 1º semestre Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria, setor apresentou sólida expansão em seis meses
Incentivos governamentais e Minha Casa, Minha Vida estão na base do melhor momento da construção civil
O setor da construção civil apresentou um sólido crescimento no primeiro semestre desse ano, segundo sondagem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Durante os primeiros seis meses do ano, o indicador relativo ao nível de atividade (uma escala que vai de 0 a 100) manteve-se acima dos 50 pontos, o que indica crescimento. No mês de junho, o indicador do nível de atividade ficou em 53,8 pontos, um pouco abaixo do registrado em maio que foi de 55,8 pontos. A expectativa para o mês de julho é que o nível de atividade chegue a 65,2 pontos. Apesar de ser um resultado positivo, o índice está um pouco abaixo das expectativas dos meses anteriores.
Segundo o diretor de pes- ro de empregados ficou em quisa da CNI, Renato da Fon- 52,9 pontos. seca, o forte crescimento do A situação financeira das setor está ligado a incentivos empresas da construção civil do governo e a uma demanse manteve estável no da cada vez maior. segundo trimestre re“Os incentivos [gogistrando 55,1 pontos vernamentais] para a Em uma – no trimestre anterior área da construção escala de o índice foi de 55,5 civil foram estruturapontos. dos no longo prazo, zero a cem, O indicador de como o caso do pronível de acesso ao crédito grama habitacional, atividade mostrou crescimento aceleração de algumas no segundo trimestre do setor quando foram regisobras de infraestrutura e até a perspectiva atingiu 50 trados 51 pontos, conde início de algumas tra os 50,6 do primeipontos obras. Por isso, esse ro trimestre do ano. setor tem se mantido Segundo Fonseca, com num crescimento base nos números da pesquimuito forte”, explicou. sa, é possível dizer que o O número de contrata- acesso ao crédito está mais ções do setor também se fácil para a construção civil manteve acelerado, o indi- do que para a indústria da cador da evolução do núme- transformação.
Qualificação é maior problema A falta de qualificação profissional foi apontada como o principal problema para as empresas da área de construção civil, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, a pouca qualificação é um problema para 62% das empresas. Entre as grandes corporações, essa preocupação parece ser ainda maior: 80% delas apontam a falta de
qualificação como o maior problema. Entre as médias empresas, esse percentual fica em 63,4%. Para as pequenas empresas, a falta de qualificação fica atrás apenas do acesso ao crédito, apontado como o maior entrave para 64,6% dos entrevistados. O diretor de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, disse que o setor reconhece a falta de qualificação da mão de obra, mas já está toman-
do medidas para resolver a questão. “Hoje as empresas estão investindo muito na qualificação, as escolas de capacitação, como o Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial], estão intensificando o processo de capacitação para a construção civil, inclusive capacitando dentro do canteiro de obras. Isso vai certamente minimizar o problema”, explicou.
O setor tem oferta recorde de vagas de trabalho, mas a falta de qualificação da mão de obra é preocupante
ALTO PADRÃO
COMERCIAL
Consumidor decide compra pela internet
País é o que mais capta investimentos
SÃO PAULO – Na hora de procurar um imóvel para comprar ou investir, a maioria dos consumidores de alto padrão decide a compra por meio da internet. De acordo com estudo realizado pela Imóvel A – Consultores Associados, imobiliária especializada em imóveis de alto padrão, a internet é utilizada como canal inicial para os negócios por 60% dos consumidores. Além disso, indica a imobiliária, de cada cinco negócios fechados, três são iniciados por meio da rede mundial de computadores. “Temos constatado que é pela internet que conquistamos a venda. O acerto final do negócio é feito pessoalmente, mas a decisão da compra se dá via web”, explicou o sócio-diretor da imobiliária, Alexandre Villas.
SÃO PAULO - O mercado imobiliário brasileiro tem o que comemorar. O volume de investimento direto em imóveis comerciais foi o que mais cresceu em todo o mundo no segundo trimestre deste ano, frente aos três meses imediatamente anteriores, de acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Jones Land LaSalle. No Brasil, o volume de investimentos diretos praticamente triplicou, totalizando o recorde de US$ 1,6 bilhão, sendo que os investidores domésticos foram a esmagadora maioria dos compradores de imóveis comerciais no Brasil, com a BR Properties adquirindo imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro no valor total de quase US$ 400 milhões. Os investimentos no Brasil respondem por quase 7,5% do total das Américas, que chegou a US$ 21,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, após apresentar crescimento de 54% frente ao trimestre anterior e mais que o quádruplo do volume total registrado no segundo trimestre de 2009, quando o mercado estava em seu nível mais baixo. Os volumes globais de investimento direto em imóveis comerciais foram de US$ 66 bilhões no segundo trimestre deste ano, os quais, embora próximos aos dos três meses imediatamente anteriores, são quase o dobro do que foi apurado um ano atrás.
CUIDADOS - O diretor segundo tesoureiro do CreciSP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), Gilberto Yogui, concorda e ressalta que a internet tem se tornado cada
vez mais um importante facilitador de vendas. Contudo, diz ele, as pessoas devem observar alguns pontos ao buscarem imóveis por meio da rede. O primeiro deles, explica Yogui, é verificar a seriedade do portal, utilizando somente aqueles que possuem registro no Creci. O diretor também sugere que as pessoas desconfiem de anúncios que não possuem fotos, pois pode ser um indício de problemas. “Quem quer vender deve disponibilizar o máximo de informações, então, quando não há fotos , é possível que o imóvel tenha algum problema de conservação, por exemplo”. Assim, além das fotos, é importante que o consumidor preste atenção se o anúncio traz as seguintes informações: preço, valor do condomínio, do IPTU e se aceita financiamento, lembrando que nenhum negócio deve ser concretizado sem ter sido feita uma visita ao local e uma vistoria em pisos, parte hidráulica, elétrica, entre outros itens.
GARAGEM SÃO PAULO – Os senadores da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania vão analisar projeto de lei que impede os proprietários de imóveis residenciais ou comerciais de venderem ou alugarem suas vagas de garagem a pessoas de fora do condomínio onde moram. O PL (219/03), do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), muda o Código Civil, que prevê o uso pelo proprietário dos espaços do imóvel classificados como independentes, ou seja, que podem ser utilizados pelo morador da forma como ele bem entender. APROVAÇÃO CONJUNTA - No entanto, o texto possibilita a venda ou o aluguel de vagas de garagem a não-condôminos, desde que haja uma aprovação conjunta dos demais moradores. EMPECILHOS - Segundo a Agência Senado, para o relator da proposta, senador Pedro Simon (PMDB-RS), o projeto não cria empecilhos para que o proprietário venda ou alugue suas vagas de garagem a outros condôminos.
PERSPECTIVAS - Na América Latina, as expectativas de procura por espaços comerciais são extremamente positivas, com a região atrás apenas da Ásia na demanda por estes imóveis. Desta forma, ela é vista como propulsora do crescimento global.
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Guerreiro das artes
Foto sem onta gem :
Mar co A ntôn io
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Achiles Escobar: sua força, sua garra, sua vida, sua obra, sua paixão por Alagoas
Elô Baêta Repórter
a mitologia grega, Aquiles ficou imortalizado como o melhor e o mais belo dos heróis da Guerra de Tróia; na Ilíada, de Homero, é o seu imponente guerreiro e principal personagem. Mas o exemplo de altivez, vigor e persistência desse semideus não é exclusivo da Grécia. Por aqui, os seus dotes vêm à lembrança com a semelhança não só no nome, mas na garra e na força artísticas de um paranaense da cidade de Cambará. Achiles Escobar chegou a Alagoas há mais de 20 anos, como um verdadeiro guerreiro. Aqui encontrou o berço esplêndido para a sua arte reinar soberana, circular à vontade; para deixar marcas e travar lutas incessantes por seus ideais de elevação da cultura popular alagoana a altos patamares de valorização, reconhecimento, vivacidade. É fato que esse guerreiro se encontrou nas terras alagoanas, que o olhar do seu povo se tornou cada vez mais familiarizado com as obras-de-arte nascidas no seu criativo ventre: sereias, seres mitológicos, bonecos gigantes, máscaras, peças e peças, esculturas e esculturas, pinturas e pinturas, moldados, coloridos e amaciados pelo porte desmedido do seu talento. Um cenário de arte e pela arte
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que, devagarzinho, foi conquistando um por um os passantes da primeira vitrine aberta por aqui para o seu “fazer artístico”, que jamais será esquecida por ele. “Montei um restaurante aqui na capital, onde vendia as minhas peças. Foi assim que os alagoanos me acharam, foram me aceitando e me conhecendo porque, naquela época, o cerco era muito fechado para quem vinha de fora”, conta o artista. Foi apenas um passo para surgir Arraial em tela, um louvor aos festejos juninos coroado como a sua primeira exposição no Estado, seguida de Paixão nordestina, de outras e mais outras, no longo caminho que vislumbrava. Um horizonte que também tem a sua marca na confecção de figurinos e adereços, nas cenografias e na direção de palco de muitos grupos musicais e companhias de teatro de fama no Estado.
Lar do herói aberto ao social Mas a arte guerreira de Escobar tinha desejos mais profundos. Conseguiu conquistar um “lar doce lar” forte como um tendão, o Tendão D´Achiles - o seu ateliê -, encravado no histórico bairro do Jaraguá. É lá onde tudo nasce, cresce, vive. É de lá que as suas obras saem prontas, revigoradas, consolidadas para se mostrar ao mundo. Como o único sobrevivente a sustentar há mais de uma década o firme propósito de morada para uma arte feliz, o Tendão tem as portas distintamente aberta a todos, mas o seu olhar é especialmente voltado aos jovens e menores carentes da Favela do Jaraguá, da comunidade O Verde - zona dos estivadores -, do centro, a toda a população do bairro, levando a eles toda a sabedoria popular acumulada em anos e anos de prática como o mestre Achiles, indo de inúmeros conhecimentos a noções de respeito e continuidade da cultura. São 30 ex-alunos associados e mais de uma dezena de trabalhadores; todos artesãos formados no ateliê, prontos para receber, montar, colorir, transformar uma grande quantidade de lixo urbano reciclável - abraçado pelo artista como a mais forte matéria-prima dos seus inventos artísticos em exuberantes obras-de-arte. O louvável espaço, que tem por trás o apoio do Sesc-Alagoas e do projeto Ateliê Aberto à Comunidade, se mantém em pé com o sustentáculo da comercialização das suas peças e doações, que lhe rendem uma boa estrutura, com computador e maquinário considerável. Mas o Tendão D´Achiles já se tornou pequeno
para suprir a demanda de pedidos, vindos de várias partes do Brasil. Bom para Alagoas e melhor ainda para Escobar, que já sonha com um Achiles (abaixo) desenvolve projetos sociais em diversas comunidades da capital e no seu ateliê abrigo maior para os seus chapéus de guerreiro - com destaque para os broches em miniatura, exemplarmente distribuídos com os turistas como o maior credencial artístico de Alagoas -, as suas máscaras de papel machê, o seu boi de Carnaval - reconhecido internacionalmente por muitos colecionadores -, as suas camisas bordadas com motivos da cultura popular alagoana, as suas tantas e tantas faces artísticas. O ateliê é também a morada do artista, que fala sobre ele não só como o abrigo real da sua arte, mas como “a menina dos seus olhos”. “O Ateliê D´Achiles é o ponto de encontro de poetas, músicos, artesãos, artistas, costureiros; uma vitrine onde se discute a cultura de Alagoas. O meu sonho é que surjam outros porque eles são muito importantes na vida das pessoas e no contexto social da cidade e do Estado. Fica difícil navegar sozinho”, destaca, lembrando que a oficina de confecção de instrumentos musicais - tanto profissionais quanto em miniatura - será a próxima atração do local. (E.B.) Continua nas páginas B2 e B3.
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Continuação da página B1 Fotos: Marco Antônio
Máscaras e outros objetos decorativos (abaixo) são resultado do universo criativo do artista
FESTIVAL DA PRIMAVERA
Achiles produz os famosos broches em formato de chapéus de guerreiro
Pesquisas e projetos dão vida ao artista Nas páginas da história de Achiles Escobar, pesquisas sobre a cultura popular e trabalhos sociais ocupam um verdadeiro “lugar ao sol”. Foi na cidade de lona da primeira capital de Alagoas, Marechal Deodoro, onde essas duas grandes paixões explodiram. Aterra de Deodoro da Fonseca também sentiu a arte de peso dos seus bonecos gigantes, do seu boi de Carnaval, além da sua sapiência, passada adiante nas oficinas de burrinha. Paixões que extrapolaram limites e encontraram abrigo em diversos trabalhos sociais e na formação de agentes culturais, sob a sua batuta, nas comunidades do Jacintinho boi Rastafári e boi Safári -, do Vale do Reginaldo, do Jaraguá, onde a sua cartilha reza levar e elevar as mil e uma faces, o respeito, o valor, a preservação, a perpetuação da cultura popular de Alagoas por gerações e gerações. O dedo do artista também está marcado na Liga do Coco de Roda do Jacintinho como o
seu fundador, desatando nós e nós que impediam subidas frequentes nos palcos do Estado. “Os meus alunos que faziam parte do folguedo do bairro me reclamavam de muitos problemas de apresentação. A partir das minhas pesquisas, nasceu a ideia de montar a liga. Até hoje, eles se apresentam em eventos por todo o Estado e os alagoanos passaram a conhecer melhor o coco de roda”, conta Aquiles, que não deixa por menos o seu constante labor em favor da cultura e da arte alagoanas. Acultura popular também é erguida pelas mãos de mestre de Achiles com o bloco Jaraguá é o Bicho invadindo as ruas do histórico bairro todos os anos, sob olhares e aplausos de multidões, e ainda pega carona em vários ritmos musicais com o grupo de percussão Pegando carona, que transita com maestria pelo maracatu, pelo samba, pelo boi de Carnaval, por vários sons - do local e nacional ao cancioneiro popular. (E.B.)
Escobar também não vê a hora de mais uma das suas engenhosas ideias sair do papel, tomar corpo, forma e se abrir ao público. Ele sonha poder apreciar uma gama considerável de nomes de peso da terra subindo aos palcos do Jaraguá, todo mês de setembro, no Festival da Primavera. “A ideia com esse festival seria abrir um mercado mais alternativo, consistente e profissionalizado de valorização de músicos, artistas, costureiros, dando uma nova cara às manifestações artísticas e à criação de novos movimentos culturais. Seria um circuito onde os artistas pudessem mostrar todo o seu talento. A cidade tem estrutura de hospedagem para consolidar e abrigar um evento como esse anualmente. Os artistas do interior do Estado necessitam de eventos não de médio, mas de grande porte, inserindo Alagoas no mercado cultural nacional”, declara. (E.B.) Continua na página B3.
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Continuação da página B2 Fotos: Marco Antônio
A mostra “Raízes nossa gente” expõe dezenas de trabalhos (abaixo) de jovens com idades entre 9 e 25 anos, alunos de projetos sociais do artista
Exposição dos "discípulos" de Achiles está em cartaz
Mais uma vez, portas foram abertas para receber a criatividade do artista. Com o olhar voltado a origem da nossa gente - os indígenas -, ao ritual do Toré, ao poder de cura e de sabedoria das nossas raízes, a exposição Raízes nossa gente pediu passagem para se apresentar no dia 20 de julho, no Memorial à República, permanecendo no seu nobre salão até 20 deste mês. Por lá são encontradas pinceladas de mais de duas dezenas de “discípulos” (alunos) de Achiles - com idades entre 9 e 25 anos -, que receberam nomes indígenas para soltar as suas mãos na técnica de acrílico sobre tela, retratando inúmeros personagens da cultura popular alagoana na composição de Nossas raízes; a água, o Sol, as matas, a Lua, as folhas, os diversos elementos naturais, estão em um cantinho especialmente reservado às Raízes que curam; até chegar aos olhares sobre o ritual de cura do Toré enfeitando as Raízes da sabedoria. Resultado de uma pesquisa de mais de cinco meses, Raízes nossa gente é destacada por Achiles como um estímulo vivo de atenção a nossa cultura. “A exposição é um registro para o alagoano estar atento a sua cultura. A arte veio para curar, para causar efeito na ociosidade das pessoas. É um registro eterno. O mundo é uma verdadeira obra-de-arte, e a raiz, uma flor que despreza a fama”. (E.B.)
TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h00 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h00
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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Esquadrão Sobre Rodas Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino Muito Maluquinho Catalendas Dango Balango
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Aventura Selvagem (Reprise) Pesca Alternativa Vrum Ganhe Mais Dinheiro Com Jequiti Igreja Mundial Domingo Legal Eliana
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Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1 - Auto Esporte - Esporte Espetacular - Aventuras do Didi - Os Caras de Pau - Temperatura Máxima
TV PAJUÇARA 01h15 05h25 05h55 06h45 07h15 08h00 09h00 10h00
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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kiks Ponto de Luz Alagoas da Sorte
15h44 15h46 18h00 20h45 23h10 01h15 03h15
Tá Todo Mundo Louco Globo Notícia Futebol 2010 Campeonato Brasileiro: Vitória x Botafogo - Domingão do Faustão - Fantástico - Domingo Maior - Missão Impossível 3 - Sessão de Gala - Confidencial - Corujão
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Info Brasil Caminhoneiro Série Campeonato Brasileiro Terceiro Tempo O Formigueiro Busão do Brasil Domingo no Cinema Canal Livre Mundo Fashion Vida Vitoriosa
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Espaço B4
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UMAS POUCAS PALAVRAS
A grande cheia de 2010 uito já foi visto e lido sobre o que aconteceu com o Rio Mundaú e que não é um rio largo, tem um leito acanhado e um pouco alto, e nas sua beiras, os povos costumaram fundar casas, arruar. É o caso de Murici, onde as gentes ao invés de preferirem as partes mais altas, foram se localizando no ponto baixo por onde se teve o mercado, escola, e os trilhos do trem de ferro, hoje símbolos da tragédia que se abateu sobre as idades, gêneros e riquezas. São duas Murici: uma tem a crônica dos acontecimentos e outra viveu realmente o peso da correnteza e de tudo nasceu um registro extraordinário e que, sem dúvida, ficará na memória do povo como A Grande Cheia de 2010. Sempre as gentes da parte baixa conviveram com cheia: uma maior do que outra, mas tudo dentro dos conformes e de uma hora para outra, surgiu quase do nada, o tamanho de uma enxurrada da qual, até agora, não se sabe das causas e mesmo da procedência, sendo obrigatório que o Poder Público esclareça e informe à população sobre os acontecidos. Amiúde, escuta-se falar sobre uma comporta aberta e se isto for verdade e tiver sido necessário para evitar danos maiores, qual a razão de
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não ter sido planejado, qual a razão de não se ter feito um trabalho rápido e eficiente de remoção ordenada da população, dando o tempo necessário para salvaguarda de vida e de terens? Não estou pedindo mais do que explicações. A rede de pequenas barragens nada tem a ver com isto? A devastação das margens? São perguntas e perguntas que se pode fazer. O diretor do Projeto do Radar Meteorológico da Universidade Federal de Alagoas argumenta que somente as precipitações não podem ser responsabilizadas pelo que aconteceu, especialmente pelo fato de que poderiam ser consideradas dentro dos padrões para a época do ano. Aliás, o Projeto Radar guarda notícias e memórias das chuvas, para um raio de 380 km e pode ser consultado. Que massa de chuva foi esta, que as pessoas dormindo em suas casas foram num de repente acordadas por um barulho ensurdecedor? O fato básico é que nada parece desviar-se da normalidade das precipitações comuns ao trimestre de maio, junho e julho. Desde o século XIX, existe documentação reclamando da localização de Murici, falando da vulnerabilidade do local em face das águas. A
Murici Amada Diógenes Tenório Júnior urici foi minha amada desde eu menino. Nem conhecia ainda o universo feminino, com seus mistérios e dengos, suas faceirices e simulações, e a paixão por Murici já era o meu segredo, que eu possuía no silêncio das minhas caladas tentações e posses. Murici sempre foi o meu alumbramento. Uma eleição, uma opção. Uma tendência. E pela vida afora, daquela infância perdida a esta madureza mais perdida ainda, ela tem sido a minha obsessão constante, fiel. Murici livre ao sabor dos ventos tangidos pelo Mundaú, e eu preso aos ciúmes, às ternuras, às saudades, às coisas mais secretas e inefáveis do querer bem. Murici que avança sem perder a identidade, sem esfarelar seus miolos, sem soltar seus tutanos, mantidos os escondidos que fazem a glória das autênticas cidades dos homens. Minha primeira Murici foi a dos anos setenta, a que ficou mais indelevelmente tatuada na minha alma. Lá estavam o rio Mundaú, a matriz de Nossa Senhora da Graça, o morro do Cruzeiro, a tentadora e proibida rua da Jaqueira. Árvores, carroças, sombras e iluminações. Gado pastando na praça, galinha ciscando no meio-fio. Era a Murici de tantos viventes que iluminaram a minha meninice, todos identificados pelo seu ofício: dona Hosana parteira, seu Alípio encanador, seu João eletricista, seu Esíquio vigia, dona Diva do bazar, seu Horácio da venda, seu Zé Peixoto sapateiro, tio Jairo da farmácia, seu Alciro marchante. Dos patriarcas respeitados, como Nezinho do Tabocal, Durval Oliveira e Major Dé. Das benzeduras de Dolores Correia, remédio eficaz contra febre e mau-olhado. Uma Murici que tinha o sabor dos pastéis de dona Judite, dos suspiros de dona Lica, dos pinhões de mel de dona Vandete, das broas de dona Tonha Ernestina e dos bolinhos de madrinha Lale. Murici das procissões inundadas de pés descalços, de chapéus de palha nas mãos, de graves acordes de hinos seculares, de benditos populares do Padrinho Ciço do Juazeiro. Murici da bela imagem da padroeira, desfilando vitoriosa sobre os ombros devotos, e das noites juninas clareadas pelas bombas do meu avô Zezinho Fogueteiro, imortalizado nos versos do poeta Antônio Miguel da Silva. Murici de João Balaio, de Maria Doida, de Criança, de Vigia e de Zé de Laura, doidinhos que vagavam pelas ruas, quase parentes de todos nós, tamanha a nossa intimidade. Do cego Sabino, mendigando uma esmolinha pelo amor de Deus, e de Regina Cachinho, levando a estampa de Santa Luzia ornada de fitas coloridas ao som da bandinha de pífanos desafinada. Murici do professor Ciço Lápis, aboletado no fusca de Milton Cansanção, rezando pela saúde dos doentes e encomendando a alma
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Por onde fica a vida? O que vai acontecer com ele?
O que vai acontecer com ela?
O que vai acontecer com eles?
O que vai acontecer com elas?
dos que partiam para a outra vida. Murici dos móveis fabricados com esmero pelo mestre Bráulio, homem sábio e santo, e das minhas queridas professoras: tia Renilde, para quem rabisquei meus primeiros versos, e tia Salete, que me iniciou na maravilhosa aventura da leitura e da escrita, ambas na Escola Integrada Municipal. Murici do Ginásio Nossa Senhora das Graças, onde aprendi a ter disciplina pelas mãos rigorosas mas afáveis da tia Jó. A cheia do Mundaú nunca foi, durante a minha infância, motivo de preocupação ou de angústia. Menino pequeno, eu ainda não tinha sido tocado pela solidariedade diante do sofrimento alheio, e as enchentes periódicas do rio, entre os meses de junho e julho de cada ano, não mexiam diretamente comigo nem com os meus. Na minha terra, o rio Mundaú vem de Pernambuco, fluido, e atravessa a cidade, seguindo viagem para formar o oceano atlântico. Quando sabíamos que estava chovendo muito lá pras bandas de Garanhuns, era certo que o Mundaú transbordaria em Murici. O rio nascia por aqueles lados, e descia com toda a força até alcançar a minha cidade já caudaloso, forte, com as suas
águas barrentas arrastando tudo o que encontrava pelas margens, fossem casebres, árvores ou animais. O primeiro sinal eram as baronesas que começavam a deslizar celeremente, sobre as quais os moleques mais afoitos pulavam da velha ponte, algumas vezes deparando-se com cobras enrodilhadas que os faziam precipitar-se de volta às águas revoltas. Outro indício infalível era o barulho: o Mundaú, sempre silencioso, na véspera da cheia tornava-se sibilante, num rugido que avultava durante a noite, amedrontando até. Na prática, entretanto, nenhum mal era causado à minha casa, diferentemente do que acontecia na rua da Floresta, na rua da Tamarina e na rua do Cajueiro, onde o número de desabrigados sempre era grande e onde muito se perdia nas humildes casas de taipa ou de tijolo batido. Muitas vezes a geladeira, o fogão ou a televisão com muito esforço adquiridos eram levados pela correnteza, quando menos danificados irrecuperavelmente. Na minha rua isso nunca aconteceu enquanto eu fui criança. De significativo, a cheia trazia consigo apenas a mudança da rotina da rua 7 de Setembro, habitualmente calma e tranqüila, que nos dias de
enchente ficava repleta de curiosos em direção à ponte, inclusive durante a noite. Para mim, em particular, mudava apenas o cenário do meu quintal, enladeirado em direção ao rio, terminando numa cerca mal-feita de estacas velhas, e que ficava inundado pelas águas do Mundaú, que quando baixavam deixavam-no limpinho, limpinho, a não ser pelos imensos cururus que sempre apareciam naquele período. Eu gostava então de jogar no Mundaú os barquinhos de papel que a minha mãe fazia, de vê-los arrastados pela correnteza até que algum redemoinho os fizesse submergir, como os sonhos que escapam das nossas mãos e não voltam nunca mais. Certa vez, baixadas as águas do rio, dona Maria Alcântara, que morava defronte à nossa casa, foi descansar após o almoço e, mal deitou-se na cama, sentiu um volume frio a tocar-lhe as costas. Deu um pulo e deparou-se com uma enorme cobra d’água que, fugida do Mundaú, buscava abrigo entre os seus lençóis quentes e macios. Um incidente singelo, sem maiores conseqüências, resolvido rapidamente com a expulsão do réptil pelo seu Horácio, vizinho nosso, que por ser
“curado de cobra” sempre era convocado para esse tipo de missão. Bom mesmo era ver os camaleões que apareciam na cerca do meu quintal, e lá ficavam impassíveis por horas a fio, aproveitando a quentura do sol, até que a minha impaciência os espantava com uma carambola lançada sem muita precisão. Ou acompanhar de longe, vez ou outra, alguma capivara que andava vagarosamente nos fundos da minha casa, ruminando as baronesas encalhadas na beira do Mundaú. Poucas vezes entrei no Mundaú, apesar de tê-lo tão perto de mim. O rio já estava muito poluído na minha infância, por causa dos esgotos da cidade e da tiborna da Usina São Semeão, e minha mãe temia que eu contraísse alguma doença. Em duas ou três oportunidades, à sorrelfa, aventurei-me num rápido mergulho, na margem defronte ao meu quintal, em companhia do Dominguinho, afilhado dos meus pais, que morava nas terras da fazenda Cansanção. Ali o rio era meu, minha primeira transgressão e desobediência, minha liberdade conquistada. Nele fui batizado nas artes da molecagem. No meio dos anos oitenta, trouxer-
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O que Diógenes faz população sempre esteve em sobressalto e a memória das cheias é guardada, sabendo-se das alturas que atingiu nas casas. Todos consideram inusitado o que aconteceu, face à velocidade das águas e o volume formando um quadro assustador. Tudo aconteceu num de repente; todos sabiam que as águas estavam subindo, mas ninguém conseguiria imaginar o que estava por vir. Hoje, a gente passa pela rua, e quem não teve suas casas destruídas, coloca o mobiliário, os utensílios domésticos nas calçadas e tenta limpar e ver se ainda têm uso, numa busca do que ainda sobrou. Suponho que sendo um rio federal, o estudo poderia ser solicitado pelo próprio Ministério Público Federal, ao que poderia associar-se o estadual. Suponho. Espaço passou um dia conversando e fotografando Murici, na companhia de Antônio Moreira; foi um dia triste, cheio de surpresas. Agradeço a ele a oportunidade deste número. Fomos buscar em Murici, uma fala sobre a terra natal, na figura de um seu poeta: Diógenes Tenório Júnior. Quem o conhece sabe que ele ama verdadeiramente aquele pedaço de mundo. As fotos são de nossa responsabilidade.
Diógenes Tenório de Albuquerque Júnior é alagoano de Murici e nasceu em 03 de maio de 1970. Bacharelou-se em Direito pela UFAL. Escreve desde 1985, possuindo sete livros publicados até agora: “Murici” (1993); “O Clamor das Pedras” (1997; 2ª ed., 2002); “O Poeta da Saudade: Tito de Barros – Vida e Obra” (2002), “O Gatinho Luís e Seus Amiguinhos da Floresta” (2002; 2ª ed., 2004); “Mar Sem Porto” (2003), “Ib Gatto Falcão – um gigante das Alagoas” (2007) e “Vovó do Céu” (2009). É sócio da Academia Maceioense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e da Academia Alagoana de Letras.
Cortesia: Luís Sávio de Almeida
A CHEIA DO MUNDAÚ Diógenes Tenório Júnior As águas surgem do nada, Na noite que se transforma Em gritos, choros, lamentos, No sono que se transmuda Em pesadelos, assombros, Nas paredes que desabam Como os sonhos desfeitos Por obra de um temporal. Ali se vê um menino Chorando desesperado: Onde seu pai, sua mãe, Onde os brinquedos de lata Que ainda ontem compunham A paisagem do quintal? Foram-se todos na cheia, Perderam-se entre as ondas Que arrastaram consigo Paredes, trilhos e postes. Ninguém pôde ouvir os gritos Da menininha franzina, Chamando sem ter resposta Pela vovó benfazeja Que os escombros sepultaram. As ruas somem dos pés, Buracos tomam o lugar Das calçadas de outrora, Sequer poupando o trajeto De crianças inocentes Que, cantando alegremente, Caminham para a lavoura. Tudo é triste, tudo clama, Tudo sente o Mundaú Em sua ira mais forte, Em seu furor mais bravio, Que a todos, ricos e pobres, Converte em desesperados.
OS DIAS AZUIS É preciso andar!
É preciso viver
As mãos estão magras! É o Alto Renascimento em Murici
É preciso catar!
am-me para Maceió. Necessidade de estudos, justificaram os meus pais. Daí vieram a descoberta da poesia, as madrugadas em claro, caçando uma maneira de esquecer a primeira namorada deixada na rua do Cajueiro, os desafios da universidade, as responsabilidades do trabalho, o casamento com a mulher amada e o nascimento do meu único filho, razão maior de
quente, espumoso, o leite gordo da ternura humana. Uma derradeira Murici, bem recente, eu já alcançado pela miopia, pela calvície e pela quase desesperança. Eu já sem minha mãe Lena, sentindo-me o mais órfão de todos os viventes. A cidade um pouco diferente, mas sem perder sua estrutura, fiel aos seus valores e desvalores, que Murici se renova sem cirurgia
uma vida inteira. E, ao mesmo tempo, a tristeza silenciosa, doída, de saudades de Murici. Saí de Murici, mas Murici nunca mais saiu de mim, confirmando os versos de Ferreira Gullar: “A cidade está no homem/ quase como a árvore voa/ no pássaro que a deixa”. Agora, eis Murici na primeira década do século XXI, com a mesma humanidade de ontem, escorrendo
Diógenes Tenório Júnior
plástica e envelhece alegre com o segredo da eterna juventude. Diante da multidão, diz-nos a Bíblia que Jesus teve pena. Diante da humana gente de Murici, eu me ufano da minha cidade natal. Porque, se cada pessoa é ela e suas circunstâncias, as circunstâncias muricienses têm grandezas. O rio, os canaviais, os botecos, becos e avenidas, vielas e calçadas, grandes e miúdos, o povo. Murici carece de seu povo, completa-se com ele, que a faz permanecer humana e boa, aconchegante e calorosa. Depois de deixar Murici, passei a visitá-la quase às pressas, sempre na festa da padroeira, freqüentemente em alguns enterros e às vezes em casamentos, cada vez mais raros. Minha avó materna, Izarele de Souza Santos – solidariedade instantânea, radical na generosidade –, quando falava de sua infância ao lado de Francisquinha Maciel, costumava dizer: “No tempo em que eu era gente...”. Repito-lhe a expressão: no tempo em que eu era gente, podia viver Murici. Hoje, não; há muitas cruzes erguendo os seus braços à procura da eternidade. Murici também passou a ser para mim um campo santo, um chão sagrado. Repouso de guerreiros – os idos. Murici é isso e mais, muito mais. Indefinível nos seus contrastes, pecados e santidades, risos e lágrimas, passado e futuro. A luz ardente do sol de meio-dia, a brisa fria das suas madrugadas obscuras e insones. Murici é tudo o dito – e sobretudo o inaudito. De mim, se fosse permitido, juro que gostaria de esperar o fim da vigília em Murici. Minha mãe contaria histórias, tal como fazia nas noites chuvosas do mês de junho. Mozart Damasceno as decifraria todas, e lhes daria origens. Minha madrinha Eurides agarraria em minha mão, olhos rasos d’água, e todos ouviríamos ao longe os acordes de My way, na voz de Frank Sinatra. Se não blasfemo – Deus me livre e guarde –, que céu teria mais gosto de céu?
Murici me liberta as fantasias, Tem o jeito das minhas inocências, Os sintomas de todas as carências Que acompanham até hoje os meus dias. Ouço o som das sentidas melodias Que vovó entoava tristemente, Quase a ouço cantando alegremente As modinhas da sua mocidade; Murici tem o gosto da saudade Dos meus dias azuis de antigamente.
Quando ouvia o sino da matriz, Eu saia correndo para a igreja, Como quem vai atrás do que deseja, Coração de quem era bem feliz. Desde então, tudo o que eu sempre quis Foi seguir a estrada sempre em frente, Foi jamais esquecer a minha gente Todo o tempo, e em qualquer idade; Murici tem o gosto da saudade Dos meus dias azuis de antigamente. Minha rua, singela e pequenina, A menor que existia na cidade, Foi o espaço onde a felicidade Fez morada na minh’alma menina. Era nela que eu via, da esquina, Minha avó me esperando ao fim da tarde, Era ali que a minha liberdade Começava na hora do poente; Murici tem o gosto da saudade Dos meus dias azuis de antigamente. Mês de junho, com chuva e trovoada, Rio cheio, a falta de energia, Minha mãe uma vela acendia, Me cobria com colcha reforçada. A cidade ficava alvoroçada, Todo o mundo com medo da enchente, Da tragédia que chega de repente E destrói sem ter dó nem piedade; Murici tem o gosto da saudade Dos meus dias azuis de antigamente. De manhã, quando olhava para a ponte, Eu notava o povo indo pra lida, Velho, moço, criança, gente unida, Que avança sem nenhum horizonte. Meu olhar se voltava para o monte Do Cruzeiro, acima da cidade, Minha alma sentia a crueldade Da miséria daquela minha gente; Murici tem o gosto da saudade Dos meus dias azuis de antigamente. Lembro a festa da bela padroeira: Minha rua enfeitada de euforia, A imagem da santa que sorria, Abraçando a cidade quase inteira. A matuta, risonha e bem faceira, Passeando com seu vestido novo, As mulheres, os homens, todo o povo A cantar e a rezar no sol poente; Murici tem o gosto da saudade Dos meus dias azuis de antigamente. Do menino que fui naqueles anos Pouca coisa restou no homem de agora, Sou apenas um pecador que chora O lamento de tantos desenganos. Sou um prisioneiro dos tiranos Pensamentos que vêm à minha mente, Que se postam de pé à minha frente E que me desafiam de verdade; Murici tem o gosto da saudade Dos meus dias azuis de antigamente.
O JORNAL JORNA L
Variedades B6
Roteiro
Domingo, 1o de agosto de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br
Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato
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Hoje O À La Sax Quarteto é quem sobe ao palco do Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) para apresentação no projeto Concerto aos Domingos, sob a coordenação e direção artística da pianista Selma Britto. Às 10h. Entrada franca. Mais informações: (82) 8836-0048. O Teatro da Juventude do Rio de Janeiro traz ao palco do Teatro Marista Os três porquinhos ou confissões de um menino levado. O espetáculo, uma viagem pelo conto de fadas que encanta gerações, será exibido às 17h.
O Cine Sesi Cultural, em sua nona edição, está em Coruripe até hoje. Numa área ao ar livre da cidade serão exibidos três longas (Se eu fosse você 2, Pequenas Histórias e a Era do Gelo 3) e os curtas (Os filmes que eu não fiz, Vida Maria, Josué e o pé de macaxeira), sempre às 19h. A próxima a receber a visita do projeto é Penedo, nos dias 6, 7 e 8 de agosto. Este ano, mais 11 municípios alagoanos vão receber a iniciativa, que também contempla os estados da Paraíba e de Minas Gerais.
Amanhã
Divulgação
Depois do sucesso do Villa-Lobos in Jazz em cidades de Minas Gerais, Música no Museu dá sequência a sua programação Norte-Nordeste. Em Maceió, a caravana chega ao palco do MISA. Os concertos gratuitos têm o patrocínio do BNDES. Mais informações: www.musicanomuseu.com.br / (21) 9988-9332. Um passeio pelo Brasil, pelo Líbano, pela Argentina, pela África do Sul, pela França, pela Holanda e pela Austrália é o que consta na programação do mês de agosto do Cine Sesc, com a exibição de 27 curtas-metragens de diferentes países. Os filmes chegam às telas do Teatro Jofre Soares (Sesc-Centro) e do auditório do Sesc-Poço todas as segundas-feiras, às 12h30. Abertura com sete curtas, entre eles, 9 Years Later, de Dima El-Horr, do Líbano.
Quarta-feira O projeto Quarta no Arena continua com a exibição da produção teatral alagoana todas as quartas-feiras, sempre às 19h30. Agora é a vez de Os fuzis, da Cia Piloto de Teatro (dias 4 e 11 de agosto). Ingressos: R$ 3 e R$ 6.
Quinta-feira A terceira edição do projeto Instrumental no Arena continua com a apresentação do show Violão em Chamas, do músico de apenas 13 anos, Nicolas Silva. No Teatro de Arena Sérgio Cardoso (anexo ao Teatro Deodoro), sempre às 19h30. Ingressos: R$ 5 (estudantes e idosos) e R$ 10. Mais informações: (82) 3315-5665.
Sexta-feira O crítico e professor de cinema, Elinaldo Barros, vai relançar o livro Panorama do cinema alagoano, às 20h, no Centro Cultural Sesi (Av. Dr. Antônio Gouveia, 1113, Pajuçara). A obra é fruto de uma pesquisa que levou dois anos para ser concluída e traz informações sobre a produção audiovisual de Alagoas, incluindo os filmes contemporâneos. O livro traz ainda um Dicionário Filmográfico que destaca o trabalho de 80 pessoas que construíram a história do cinema local. Durante o lançamento haverá a exibição do documentário O catador de fotogramas, de Pedro da Rocha, uma homenagem ao autor. Entrada franca. Mais informações: (82) 9302-1099.
Sábado O humorista Shaolin vai arrancar risadas do público do Teatro Gustavo Leite (Jaraguá) no show Subliminar, dias 7 (21h) e 8 de agosto (20h). Ingressos: à venda nas lojas WO (Shopping Maceió) e no estande Viva Alagoas. Mais informações: (82) 8106 5413 / 8826 5615. O espetáculo O Alienista: uma leitura esquizofrênica retorna ao palco do Teatro Marista, dia 7 agosto, às 21h, e ao Teatro SESI Arapiraca, dia 8 agosto, às 20h. A peça, do Grupo Garbo, do Rio de Janeiro, baseada no famoso conto de Machado de Assis, traz a atuação de Gustavo Ottoni, com direção de Letícia Guimarães (que também assina a iluminação). No palco, o ator dá corpo e alma aos diversos personagens que desfilam nesta pitoresca estória machadiana. Ingressos: R$ 30 / R$ 15 (meia). Mais informações: (82) 3033-1600 / 9912-6291.
Em Cartaz Inscrições para o Overdoze, ação que encerra a mostra Aldeia Sesc Guerreiro das Alagoas, até 2 de agosto, para artistas que desejam apresentar seus trabalhos. Os interessados devem enviar projeto simplificado para o Sesc Centro, contendo nome do grupo ou proponente, linguagem (teatro, dança, circo, música, literatura, artes visuais ou audiovisual), título da obra, release e contato. Mais informações: (82) 3326-3133 / 33263700.
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Social
B7
al.com.br | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br Domingo, 1º de agosto de 2010 | www.ojornal-a
JetNews
RECADO “A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de sermos como somos” Elenilson Gomes
topnews@ojornal-al.com.br
Arquivo
Chico Brandão
Holofotes DICAS NEWS Adica é para que as moças que vão a uma batizado. Como a cerimônia costuma acontecer durante o dia ou, no máximo, no fim da tarde, e pode ser seguida por um almoço ou chá para os parentes e amigos, por mais especial que seja a situação, a roupa não deve ser exagerada. Nada de roupa de luxo ou com cara de casamento; também não deve ser muito esportiva como se fosse um churrasco ou um almoço de domingo na casa da mãe ou da sogra.
SURPRESA Os convidados de Moro Num País Tropical terão uma grande surpresa, a partir desta semana. A festa, que teve sua data transferida para o próximo dia 31, segue com os preparativos em rítimo acelerado e novidades foram reservadas. Agora é só aguardar pela tão comentada noite, que, no final deste mês, invadirá os salões do Ritz Lagoa da Anta.
A empresária Nazaré Peixoto que a partir de amanhã abre as portas de sua Carmen Steffens recheada com lindas e aguardadas novidades Arquivo
NO GUNGA O filme O Bem Amado teve pré-estreia estrelada e agora em circuito nacional promete ser uma das sensações dos cinemas brasileiros. A pelícila teve uma grande parte de suas cenas gravadas por aqui, com destaque para as da Praia do Gunga, que teve as portas da fazenda de Nivaldo Jatobá abertas para servir de locação. Alagoas, mais uma vez, aparece muito bem na tela. Os renomados oftalmologistas Elvira Ribeiro e Mário Santos, donos de currículos invejáveis, são presenças confirmadas dia 31 Chico Brandão
NOVA BOB STORE Quinta-feira será quentíssima para a moda alagoana. Dia 5 de agosto , data escolhida para a inauguração da nova Bob Store, que fixará residência na expansão do Maceió Shopping. O evento, contará com buffet Isabel Pinheiro, fotos de Chico Brandão, som do DJ Nando Quintella, e terá a presença do staff da Bob Store Brasil, além de modelos vindas de São Paulo especialmente para o evento.
ESTRESSE X CIGARRO
Com os móveis de sua Living, o casal Ricardo Cintra Filho e Ana Alice Vasconcelos enaltecerá a noite tropical do próximo dia 31 Arquivo
O empresário Rafael Cerqueira é dos nomes que mais se destacam no mercado automobilístico alagoano
Arquivo
A querida Lourdinha Brêda será uma das presenças em Moro Num País Tropical
Uma ideia comum entre as pessoas é que alguns indivíduos usem o tabagismo como estratégia para lidar com o estresse no trabalho. Mas um estudo feito na Alemanha aponta o inverso: as pressões sentidas no dia a dia profissional podem, na verdade, diminuir a dependência de nicotina. O resultado espantou os pesquisadores, que partiam da hipótese que conseguiriam comprovar o aumento de consumo de cigarros entre profissionais sob condições de estresse. Para o estudo foram coletados dados de quase 200 indivíduos, utilizando um teste (chamado Fagerström Test) e que avalia o nível de dependência de nicotina de um indivíduo assim como hábitos ligados ao tabagismo. As análises dos dados indicou que os trabalhadores que enfrentavam fases de estresse no trabalho fumavam menos do que aqueles em ambientes mais estáveis. Esses fumantes também indicavam pensar menos em cigarro.
FAX O nosso fax : 4009-1960.
Dando continuidade ao projeto Quarta no Arena, em sua sexta edição, promovendo a produção de teatro no Estado, a Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas, apresenta nas duas próximas quartas-feiras, o espetáculo "Os Fuzis", da Cia Piloto de Teatro. Trata-se de uma adaptação colaborativa do texto de Brecht "Os Fuzis da Senhora Carrar", encenado em 2009 no curso de Formação do Ator/UFAL, dirigida na ocasião por Glauber Teixeira.
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A médica Vanessa Alencar, um dos nomes que fazem o sucesso da clínica Vidda, um dos templos do cuidados com a beleza, sediados no bairro do Farol
Almoço em família com cardápio variado e num restaurante aconchegante, localizado na Deputado José Lages. Claro que só poderia estar falando do Alecrim Verde, local preferido de muitos amigos, que não dispensam as delícias selecionadas por Eliane e Elaine Tenório.
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Arquivo
A empresária Mônica Camerino, que segue se destacando no mercado concorrido de cursinhos preparatórios
Nadeje Freitas continua chamando a atenção para os domínios de sua Idear Home Design. O lugar foi desenvolvido para concentrar, num só lugar, o que melhor cabe à decoração. E vem dando certo. Os mais antenados seguem marcando presença por lá. Parabéns!
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Acidentes acontecem. Se você deixar cair um pouco de comida do seu prato sobre o forro da mesa, recolha a porção caída com o mais apropriado de seus talheres e coloque-a na margem do prato em que come. Sem traumas!
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O próximo sábado será bem movimentado para os apaixonados por moda. Dia 7, véspera do Dia dos Pais, acontece o I Bazar de Blogueiros de Moda de Maceió, trazendo um conceito diferente de consumo para a cidade e prometendo atrair uma turma cheia de estilo, que gosta de se vestir bem sem gastar muito e de forma consciente. O objetivo é um só: vender roupas, calçados e acessórios semi-novos dos acervos dos próprios blogueiros e peças novas de algumas lojas parceiras. O evento acontece no salão de festas do Edifício Tiziano Vicelli, na orla de Jatiúca.
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O DJ Nando Quintella não vai deixar ninguém parado durante o encontro de amigos Moro Num Páis Tropical. Com um repertório super eclético, ele será, sem dúvida, um dos grandes destaques desta noite tropicana.
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Os descontos de até 60% que Vaninha Nutels vem dando na atual coleção de suas Andarella estão deixando a mulherada quase como centopéias chiques. Cada uma que leve mais de um par, para abastecer com peças ousadas seu arsenal fashion.
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Agradecemos o convite do Sindicato dos Corretores de Seguros de Alagoas para participarmos das comemorações dos 20 anos da entidade. Na ocasião, além de um jantar, show humorístico com Marlon Rossi e apresentação da banda Conexão Latina, acontecerá também a entrega do Prêmio Alberto Marinho de Jornalismo. Dia 12, no Centro de Convenções de Maceió.
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Hoje, quem ganha coro de parabéns é Bruna Costa Silva Lanverly. Já a juíza de Direito Norma Santos Teixeira Cavalcante, a querida Vera Gama e o economista Sérgio de Maya Pedrosa Moreira foram os aniversariantes do final de julho. Felicidades! Mais uma dica de onde comer neste domingão: o restaurante Canto da Boca. Com um menu variado, o lugar é ideal para quem quer comer bem e tomar uma cervejinha sossegadamente. Chico Brandão
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Dia dos Pais chegando e mutia gente ainda não escolheu o que dar de presente. A dica da coluna é o Silver Man, da Mahogany, que possue uma mistura de aromas que resulta num perfume perfeito para um homem de personalidade.
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Um grande mix de arte, cultura, música e gastronomia faz do Festival de Inverno da Santorégano a grande programação da semana de 03 a 08 de agosto. Sempre a partir das 20 horas, diversos artistas se apresentam e esquentam as noites regadas a um bom vinho e a boa massa. Chefs como Wanderson Medeiros (Restaurante Picuí), Jorge Bandeira (Le Corbu), André Generoso (Divina Gula), Mariana Bernardes e Flávia Soares, adicionarão um toque gourmet as pizzas do cardápio servido durante todo o festival.
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A querida Soraya Omena estava lindíssima num nupcial que atraiu todas as atenções para o Aldebaran
Carla Coutinho Cansanção continua com uma das agendas mais disputadas da cidade, com suas sessões de acupuntura
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Social B8
Domingo, 1º de agosto de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br
Holofotes Dinâmicas
DICAS NEWS
Sempre de bem com a vida, a dupla Rosinha Quintella e Ethel Mafra
Sentar à mesa também exige certa técnica. As cadeiras à mesa do jantar já facilitam a postura certa para a pessoa sentar-se à mesa: elas têm encosto reto, e assento curto. O convidado deve sentar com o tronco na vertical, descansar os pés sobre o piso sem apoiá-los nas travas frontal ou laterais da cadeira, por uma perna sobre a outra, e jamais afastar a cadeira para cruzar as pernas tornozelo sobre joelho, ou balançar a cadeira sobre os pés de trás.
Por onde elas passam os elogios correm soltos. Também pudera! São lindas, competentes no que fazem e inteligentíssimas. Adriana Tenório e Adriana Barbosa, duas mulheres que se destacam em nosso mundo social, com estilos diferentes e únicos, donas de uma grande legião de fãs e que merecem muitos aplausos por terem belezas que vão muito além de simples corpos bonitos.
GIULIA COELHO Na próxima semana traremos um vasto material fotográfico captado pelas lentes de Chico Brandão durante a magnífica festa dos 15 anos de Giulia Gênova Coelho, realizada nos salões do Ritz Lagoa da Anta, no último dia 25. Aguardem! Na última sexta-feira, os amigos Manuel e Márcia Marques celebraram 21 anos de um casamento feito para durar eternimente. Parabéns!
Os irmãos Bianca, Caio e Camila Uchôa, sucesso com sua Locatto Móveis
HORA DO ALMOÇO Ainda seguindo o roteiro de dicas para o almoço, um dos lugares mais legais, para quem, além de degustar um saboroso cardápio quiser botar a conversa em dia é o restaurante Zé Pereira. Com sua cozinha criativa e ambiente aconchegante, o lugar é um dos mais disputados.
PARA AS NOIVAS Neide Freire deve ter caixas e mais caixas com elogios. Suas criações para as noivas estão entre as mais solicitadas, não só na capital. Dona de um bom gosto que consolidou seu nome ao longo dos anos, ela prepara novidades para a próxima estação.
Um quarteto fantástico formado pelas belas Lívia Sarmento, Patrícia Sampaio, Ana Cristina e Ana Paula Cansanção
PHARMAPELE Para as mamães, principalmente as de primeira viagem, que querem evitar as temíveis estrias, a dica é usar o Maternus Prevent. Com uma fórmula rica em ácidos graxos e óleos essenciais, ele proporciona excelente melhora em estrias recentes, com clareamento quase total após três meses de uso. Nas estrias em estágio avançado, promove melhora considerável, com redução do brilho e normalização da coloração da pele. Pode ser usado sobre as estrias até duas vezes ao dia. Produto Pharmapele, claro!
ARROZ DE POLVO Para quem gosta de frutos do mar, mas quer fugir do camarão ou peixe, a dica da coluna é a de um delicioso arroz de polvo. Você vai precisar de um polvo médio, uma cebola e um ramo de alecrim. Para o arroz, separe quatro colheres de azeite, um dente de alho, duas cebolas médias, três xícaras de arroz, meia xícara de vinho branco, três tomates sem pele e sem semente, salsa picada e sal a gosto. Numa panela de pressão, colocar o polvo, a cebola cortada em dois e o alecrim. Não colocar água.Quando começar a fazer barulho, marcar oito minutos e depois desligar. O polvo estará cozido. Cortar o polvo com espessura de 1 cm e reservar o polvo e a água. Numa panela, colocar o azeite, refogar o alho, depois a cebola. Colocar o polvo, em seguida o arroz. Quando começar a fritar, adcione o vinho. Assim que secar, coloque a água do cozimento do polvo. Acrescente mais água caso necessário e insira os tomates, a salsa picada, o sal e deixar cozinhar. Aproveite e convide alguns amigos. Os elogios virão aos montes!
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O JORNAL
Classificados
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Domingo, 1º de agosto de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br
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O JORNAL JORNA L
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conservação discutirão
em Alagoas os rumos das alterações do Código
Florestal Brasileiro Página 4
Proteção ambiental é prioridades da Honda no desenvolvimento de seus produtos
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Responsabilidade social no canteiro de obras A Montana Química, em parceria com a usina de preservação de madeira CM Venturoli e o Senai, realiza curso de Estruturas de Madeira para jovens na Bahia. Os parceiros CM Venturoli, Montana Química S.A. e Senai Dendezeiros na Bahia unem esforços em uma ação social inovadora no setor industrialmadeireiro nacional. Formataram um curso prático para a preparação de jovens profissionais, de comunidades carentes em Camaçari, que atenderão com qualidade a demanda do setor baiano da construção civil. As empresas e o Senai apostam no sucesso do "Curso de Montagem e Acabamento de Estruturas de Madeira". "O objetivo do curso, que tem patrocínio da Venturoli e Montana, é formar os novos profissionais com conhecimentos teóricos e habilidades práticas básicas em técnicas construtivas usando madeira tratada, preparação para acabamento e aproveitamento total das vantagens desta matériaprima", destaca o diretor comercial da Montana, Humberto Tufolo Netto. O programa foi elaborado pela direção acadêmica do Senai, com apoio de técnicos das duas empresas. Além de aspectos da construção, as 180 horas de aulas e treinamento, realizados de 2ª a 6ª, das 13 às 17 horas, incluem conteúdo sobre saúde, segurança, operação e limpeza com destina-
ção adequada de resíduos da obra. "Acreditamos ser interessante tratar, além dos temas técnicos, outros assuntos importantes como ética, segurança e higiene no trabalho, empreendedorismo, produtividade, precificação, entre outros", explica o proprietário da CM Venturoli, Paulo Venturoli. Aproveitamento Paulo destaca ainda a motivação da turma, observada pela presença constante nas aulas e as elevadas médias nas avaliações. Os jovens que passaram pelo processo de seleção têm opiniões que mostram a dimensão e a relevância desta ação. É o caso de Silvio de Santana que aprimorou seu trabalho. "Tive a oportunidade de enriquecer meu conhecimento, já que atuo no ramo da construção civil e tenho por obrigação saber mais sobre essa matéria-prima que é a madeira tratada", explica. Já Vagner Lima da Silva declara que o aprendizado renderá bons frutos. "O curso é uma excelente oportunidade para adquirir
técnica. Além de ser uma profissão pela qual posso melhorar minha vida e da minha família", destaca. O participante Joelino Porto Barros avalia o programa "como uma proposta prática de investimento na formação de mão-de-obra qualificada
para atender a curto e longo prazos, a demanda crescente do setor da construção civil". Leonídio Lopes Queirós espera atender a expectativa de seus futuros clientes. "Certamente farei muitos sonhos de outras pessoas se tornarem realidade por meio da minha formação
profissional", ressalta. A prova final será a construção de um galpão onde serão comercializados produtos orgânicos fornecidos pelas comunidades locais. As aulas vão até o final de julho e todos os alunos receberão certificado emitido pelo Senai.
O JORNA L JORNAL EDITORA DE JORNAIS DE ALAGOAS LTDA www.ojornal-al.com.br ojornal@ojornal-al.com.br / veiculos@ojornal-al.com.br
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Responsabilidade
ambiental com muita tecnologia No que depender da Honda, todas as pessoas ao redor do planeta poderão usufruir uma diversificada gama de produtos e experimentar a emoção de dirigir veículos que incorporam as tecnologias avançadas aplicadas em máquinas de competição, no avião HondaJet e no robô Asimo, entre outros ícones da marca. Nosso sonho permanente é oferecer mobilidade e motores, que facilitam o dia a dia das pessoas, com a mais alta qualidade, a um preço justo. Empenhamo-nos em assegurar os sonhos das futuras gerações. Temos o desafio de atender ás demandas da sociedade de forma sustentável. Por isso, nós nos esforçamos para que nossos processos fabris e produtos sejam cada vez mais amigáveis ao meio ambiente.
Também consideramos nossa responsabilidade de criar veículos cada vez mais seguros, não só para os passageiros como para os pedestres, visando evitar ou minimizar os impactos em eventual colisão. Da mesma forma, estamos empenhados em disseminar conceitos e práticas de direção e convivência segura, por meio de inúmeras iniciativas educativas, porque não importa quão avançada seja a tecnologia, são os seres humanos que detêm a chave para a segurança e harmonia no trânsito. O desejo de realizar os sonhos da sociedade vai continuar a conduzir a Honda a novos conhecimentos e a tecnologias que levem alegria, bem-estar e segurança às pessoas.
Híbridos O desenvolvimento de motores que utilizam eletricidade e gasolina é um exemplo da busca por soluções inovadoras, que conciliam desempenho e fontes alternativas de energia. Além do Honda Insight (foto) e do Honda CR-Z, os modelos Honda Accord, Honda Civic e Honda Fit possuem versões com esse avançado sistema.
HondaJet - Aeronave sustentável A alta performance dos motores Honda também está presente no HondaJet. O modelo é equipado com motor HF118 e tem como um de seus principais diferenciais a baixa emissão de poluentes, além de ser dotado de um software especificamente destinado a otimizar o fluxo de ar do propulsor, o que se traduz em melhor desempenho e menor consumo de combustível, cerca de 40% menos que os modelos convencionais.
Triciclo elétrico A Honda apresentou no Salão de Genebra, que aconteceu em março deste ano, na Suíça, seu triciclo conceito 3R-C. Ecologicamente correto, o veículo elétrico tem como principais diferenciais seu design revolucionário e emissão zero de gases poluentes. Desenvolvido pela Honda Research and Design de Milão, na Itália, o 3R-C é um veículo individual que mistura as características de fácil mobilidade e economia de um scooter, com o conforto e segurança de um carro. O motor é alimentado por baterias de íon de lítio, recarregadas em tomadas de energia elétrica convencional e pelo sistema de frenagem regenerativa.
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Domingo, 1º de agosto de
Gestores ambientais debatem o fu O II Encontro Estadual de Gestores de Unidade de Conservação em Alagoas aconteceu na última quintafeira, 29, no auditório do Sebrae/AL, e contou com personalidades importantes referentes ao meio ambiente. O evento é coordenado pela Associação de Proteção da Mata Atlântica do Nordeste - AMANE, com o apoio do Conselho Nacional da Reserva Biosfera da Mata Atlântica e visa congregar pessoas que trabalham direta ou indiretamente em unidades de conservação, seja federal, estadual, municipal ou particular. Segundo Afrânio Menezes, diretor do Instituto do Meio Ambiente IMA/AL, o objetivo do encontro é formar uma rede, um site, onde as pessoas poderão trocar idéias, se informar e formar sobre situações vivenciadas pelas gerências das unidades de conservação do Nordeste brasileiro.
Na quinta-feira, o evento foi realizado em Maceió, com as unidades de Alagoas, na quarta ele aconteceu em Pernambuco, e na próxima semana será na Paraíba, depois, Rio Grande do Norte. Afrânio Menezes explica que Alagoas está à frente dos demais Estados, porque foi sede, no primeiro encontro, do Curso de Capacitação inicial dos gestores. E, foi durante este curso que surgiu a idéia e a necessidade de se criar esta rede. A rede pretende atender aos anseios dos gestores que foram capacitados para gerenciar corretamente as unidades de conservação. De forma dinâmica, a temática é sugerida pelos próprios gestores, no final de cada evento. O terceiro Encontro está previsto para o final ano. A discussão principal foi a emenda do relatório do deputado Aldo Rebelo, que trata especificamente das alterações do Código Florestal Brasileiro. O
diretor do IMA ressalta que, para quem defende e se preocupa em preservar o Meio Ambiente, a emenda se apresenta como um grande desastre,um grande retrocesso, e que se ela for aprovada no plenário nacional, o país estará retroagindo ao século XVI, em termos de meio ambiente. Atualmente ,o Brasil detém uma das melhores e mais perfeitas legislação ambiental. "Este relatório é extremamente danoso, acreditamos que o deputado, como relator do projeto, entrou numa 'canoa furada', porque ele não é da área, ele não entende nada de Meio Ambiente, não tem experiência. E, ele atendeu a anseios totalmente diferentes". Menezes observa que é lamentável que alguém queira a anistia de quem cometeu crimes ambientais. "Com esta lei, toda e qualquer pessoa que cometeu crime ambiental está liberado, e terá trinta anos para recuperar o dano,
e, o pior, com dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador, com verbas federais. O que é um absurdo, o dinheiro do FAT que seria direcionado para o trabalhador pobre, será ofertado aos latifundiários". O diretor explica ainda, que é interessante neste momento, que toda a sociedade brasileira veja a grave situação que se apresenta como um perigo, caso tenha a aprovação desta lei concretizada pelo Congresso Brasileiro. "Queremos chamar a atenção, e o mundo inteiro já está preocupado. Pois, quando pensamos em desmatar, estamos matando a floresta em pé, teremos com certeza um repúdio mundial", afirma. As florestas brasileiras são consideradas "o pulmão do mundo", por isso, Menezes conclama a população e faz um pedido muito sério para os representantes no Congresso, deputa-
Foz do rio poxim sem mata ci
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uturo das leis no Brasil em Alagoas dos e senadores; "Por favor, não votem nessa lei, ponham a mão na consciência e verifiquem que ela não é de maneira alguma benéfica para o grande empresário, e é bastante prejudicial para o pequeno empresário e vai ser extremamente prejudicial para o país, perante a visão do mundo externo". Segundo ele, além da emenda ser considerada um retrocesso na lei ambiental, a própria Confederação Nacional de Agricultura, tenda à frente a senadora Kátia Abreu, fez um comentário, disse que a emenda precisa ter um ajuste de acordo. "Mesmo assim, não é o empresário agrícola que é o vilão desta história. São outras entidades que estão por trás, e utilizando de artifícios com a intenção de receber o dinheiro do financiamento. Depois, elas geram concordata. O que é revoltante eles terem a aquisição e ampliação de re-
cursos financeiros em detrimento do trabalhador e da aplicação correta do FAT". O diretor explica que o impacto financeiro é uma conseqüência, mas as catástrofes e as enchentes que tiveram em Alagoas e Pernambuco já foram uma conseqüência da inexistência de mata ciliar. "A mata ciliar, que deveria ser de cem metros, está sendo reduzida para quinze metros na emenda. Havia nas entrelinhas da lei, a possibilidade de em determinadas circunstâncias e considerando uma situação de interesse social, reduzir isso para sete metros e meio de beira de rio. Imaginem colocar as pessoas para morarem sem infra- estrutura, sem saneamento básico, sem coisa nenhuma e levá-las a morarem dentro d'água, numa água que aos poucos iria cada vez mais ficando poluídas", conclui.
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Mata ciliar do rio Santo Antonio
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Instituto Akatu lança relatório sobre a situação do consumo O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente apresentou recentemente o relatório Estado do Mundo 2010 na versão em português. O documento é publicado no Brasil desde 2009 pela Universidade Livre da Mata Atlântica (UMA), representante do Worldwatch Institute no país, e é tido como uma importante fonte de consulta para interessados em assuntos ligados ao tema da sustentabilidade. Entre os destaques desta edição, o relatório
no mundo
aponta que a humanidade consumiu em 2006 (dados globais mais recentes) US$ 30,5 trilhões em bens e serviço, quase um terço a mais do que há dez anos. Além de excessivo, o consumo é desigual: apenas 16% da população mundial consumiu 78% dessa produção. Somente em 2008, foram vendidos no mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de refrigeradores, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de telefones celulares. De acordo com o relatório, para produzir tan-
tos bens, é preciso usar cada vez mais recursos naturais. Entre 1950 e 2005, a produção de metais cresceu seis vezes, o consumo de petróleo subiu oito vezes e o gás natural, 14 vezes. Atualmente, o europeu consume em média 43 quilos de recursos naturais diariamente - enquanto o americano consome 88 quilos, mia s do que o próprio peso da maior parte da população. O documento completo está disponível no site do Akatu: www.akatu.org.br
Encontro de Sustentabilidade debate economia de
baixo carbono O Espaço de Práticas em Sustentabilidade realiza, no próximo dia 5 de agosto, a partir das 19 horas, o Encontro de Sustentabilidade que abordará os estilos de vida e consumo, inovação e a necessidade de uma economia de baixo carbono. O evento também será transmitido ao vivo pela internet. O evento terá Tim Jackson como palestrante internacional, professor de Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Surrey, Reino Unido, e diretor do recém-premiado Grupo de Pesquisa sobre Estilos de Vida, Valores e Meio Ambiente (Research Group on Lifestyles, Values and Environment). O Encontro de Sustentabilidade contará, também, com a participação especial de Oscar Motomura, fundador e principal executivo do Grupo AmanaKey, um centro de excelência em gestão de alcance mundial, com núcleo em São Paulo. Motomura falará sobre a importância das empresas inovarem considerando os dilemas contemporâneos, como por exemplo, escassez de recursos e a necessidade de gerenciar as emissões de carbono. Recentemente, Tim Jackson lançou o livro, "Prosperidade sem Crescimento: economia para um
planeta finito" (Prosperity without growth: Economics for a finite planet), que explora a dependência da sociedade ao crescimento econômico, demonstra que crescimento não é a mesma coisa que prosperidade e alerta que as taxas atuais de crescimento não podem se manter se quisermos permanecer dentro dos limites ambientais de "um único planeta." O palestrante irá discutir, também, a ideia de 'empresa ecológica', que utiliza recursos de forma eficiente, e cujas atividades possam criar empregos, apoiar comunidades e contribuir para a prosperidade humana. Os usuários do portal de sustentabilidade do Santander poderão participar do concurso cultural "Boa Pergunta". Para isso, o candidato deverá elaborar uma pergunta que gostaria de fazer ao Tim Jackson. As 20 f r a s e s m a i s vo t a d a s p o d e r ã o c o n c o r r e r a cinco livros autografados e convites para participar do Encontro de Sustentabilidade. O autor da pergunta vencedora terá sua
questão respondida pelo palestrante no dia do evento. Acompanhe a transmissão em português h t t p : / / v 3 . w e b c a s ters.com.br/Login.aspx?codTransmissao=10933 Acompanhe a transmissão em inglês h t t p : / / v 3 . w e b c a s ters.com.br/Login.aspx?codTransmissao=15775 Atenção! Recomendamos que você faça um teste alguns dias antes do evento para g a r a n t i r q u e n o d i a d a t r a n s m i s s ã o vo c ê consiga acessá-la com sucesso.
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Decoração Sustentável ao alcance de todos Arquiteta Fabiana Gimenez afirma que é possível, com pequenas iniciativas, construir e decorar respeitando os limites da natureza
Os problemas sustentáveis já não são novidades e preocupam cada dia mais a sociedade. Prova disso é o número cada vez maior de empresas e pessoas que aderem o conceito. A arquiteta Fabiana Gimenez afirma que é importante ter em mente ações e materiais que realmente poupam o meio ambiente. "O ideal é termos uma mentalidade sustentável e, claro, levá-la para a decoração", completa. Segundo a arquiteta, é possível construir e decorar a casa com materiais ecologicamente corretos. A utilização de recursos naturais como a energia solar, economia de água com arejadores de torneira e caixas de descarga com fluxo controlado, são algumas práticas simples que podem ser adotadas. "Outras formas como o reaproveitamento de materiais, produtos que comprovadamente colaboram com o meio ambiente, até eletrodomésticos que consomem menos energia e coleta seletiva podem ter parcela significativa na sustentabilidade, são ações simples e práticas que todos podem fazer", diz Fabiana. No quesito financeiro, a arquiteta salienta que mais do que tentar economizar com itens de pouca durabilidade e que de alguma forma serão descartados a curto prazo, o fundamental é construir de
forma consciente e "não atribuir itens nada sustentáveis por que estão na moda". "Produtos reaproveitados, chamados de demolição, como pisos, tijolos, telhas e esquadrias são materiais utilizados na decoração de um ambiente ecologicamente correto. No caso de itens novos, materiais com procedência, provenientes de manejo florestal com processos racionalizados e que requerem menos recursos naturais como água e energia", completa. Para finalizar, Fabiana afirma que ter uma casa sustentável é possível e faz toda a diferença não só para o meio ambiente para contagiar outras pessoas fazendo com que abracem a causa também. "Que a sustentabilidade permaneça como ponto fundamental para um mundo melhor e que as pessoas atentas a esta questão influenciem muitas outras". Sobre Fabiana Gimenez de Moura Arquitetura (http://www.fabianagimenez.com.br/) - No mercado de arquitetura desde 2003, Fabiana Gimenez de Moura Arquitetura atua em três unidades de negócios: Projetos Completos, Revisão da Decoração Faça você mesmo e Assessoria Organizacional. Entre seus diferenciais estão ações sustentáveis, por um planeta melhor.
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ANA FURTADO
A tímida do Vídeo Show quer mostrar sua versatilidade Página 8
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ASPAS
Jacques Dequeker / Playboy Divulgação
"Descobri que sou um pouco exibicionista".
Cléo Pires (foto), a Estela de "Araguaia", próxima novela das seis da Globo, revelando ter se sentido à vontade durante a sessão de fotos para a edição do 35º aniversário da revista "Playboy". (Jornal "Folha de S. Paulo")
"Acho que pensavam: 'Não deve ser o Raj. Se fosse, não estava andando de ônibus'". Rodrigo Lombardi, o Mauro de "Passione", da Globo, contando que costumava andar de ônibus para ir aos ensaios da peça "A Grande Volta", em São Paulo, na época em que estava no ar como o indiano Raj, em "Caminho das Índias", e não era reconhecido por ninguém. ("glamurama. com.br")
"Se fiz mesmo, pretendo pagar".
Paulo Vilhena, o Lírio de "A Vida Alheia", da Globo, jurando que foi por acidente que esmagou a moto de um "paparazzo", que estava o fotografando na praia. (Revista "Quem")
"Somos casados, não somos grudados".
Alexandre Borges, o Jacques Leclair de "Ti-Ti-Ti", da Globo, justificando o fato de nem sempre ser visto ao lado da mulher, a atriz Júlia Lemmertz. (Revista "Contigo!")
"Se tem uma coisa que me tira do sério na vida real é a falta de educação".
Grazi Massafera, que se prepara para viver uma barraqueira em "As Cariocas", próxima série da Globo, garantindo ser bem diferente da nova personagem. ("glamurama. com.br")
"Ele podia bater essa bola com a mãe e a filha. Ia ficar tudo em família, tudo em casa".
Daniel de Oliveira, o Agnello de "Passione", da Globo, quando perguntado se seu personagem deve ficar com Stela ou Lorena, interpretadas, respectivamente, por Tammy Di Calafiori e Maitê Proença, que fazem mãe e filha na trama. (Jornal "O Dia")
"Se eu pudesse escolher cada passo meu na televisão, optaria por fazer programas com temas que me interessam".
Fernanda Lima, apresentadora do "Por Toda Minha Vida", dizendo que, por ser funcionária da Globo, aceita qualquer decisão que a emissora tenha sobre sua atuação na tevê. ("glamurama.com.br")
"É muito pesado gravar 40 cenas e, em todas elas, ser chamada de feia, gorda, dentuça, quatro-olhos...".
Gisele Itié, que protagonizou "Bela, A Feia", da Record, confessando a dificuldade de interpretar uma personagem fora dos padrões estéticos. (Revista "VIP")
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PERSONAGEM DA SEMANA
Em Escrito Nas Estrelas, Cássia Kiss se aproxima ainda mais do espiritismo Por Luana Borges PopTevê
Interpretar papéis grandes é o desejo de muitas atrizes. Mas não é sempre a prioridade para Cássia Kiss, a Francisca de "Escrito Nas Estrelas", da Globo. Depois de viver a Mariana de "Paraíso", o que ela mais queria era um papel que exigisse menos de seu tempo. Além disso, ficou com muita vontade de trabalhar novamente com Rogério Gomes – o Papinha – diretor das tramas de Benedito Ruy Barbosa e de Elizabeth Jhin. "As gravações de 'Escrito Nas Estrelas' já tinham começado e falei com um dos diretores: 'Se o Papinha precisar de mim, fala para ele me chamar. Eu abro até uma porta para ele em cena'", recorda. Uma semana depois, Cássia recebeu uma ligação de Papinha, que se desculpou por lhe apresentar um papel pequeno, que teria poucas gravações. "Eu só faltava beijar os pés dele. Mas quando fui ver era uma personagem maravilhosa", empolga-se. A afinidade com o papel, aliás, não é à toa. Afinal, na trama, Francisca se torna um espírito, após morrer em um acidente dentro da casa de Petrópolis, onde sua família costumava passar os finais de semana e férias. E Cássia é extremamente envolvida com o espiritismo. "De todas as religiões, essa é a que mais me deixa feliz", garante. Por conta do tema central da trama ser justamente esse, a atriz aproveita sua própria experiência para criar a personagem. E ainda acredita que o convite para o papel não tenha sido mera coincidência. "Parece que os espíritos colaboraram para que eu fosse escolhida. É muito interessante", filosofa. P – A Francisca é um ser evoluído em "Escrito Nas Estrelas". Como buscar referências para a composição de uma personagem como essa? R – Preciso buscar essa evolução dentro de mim. Além de eu ter experiência em centros espíritas, penso, sobretudo, na minha própria história e na vontade que tenho de, a cada dia, fazer essa mulher. Quero ser melhor em todos os aspectos, quero evoluir como ser humano. Tenho de trabalhar em cima da minha imaginação e pensar que a Francisca é de uma família rica. Ela era uma mulher poderosa que tinha tudo, mas não tinha o principal, que era um amor de verdade. P - Além do espiritismo, o que mais te atraiu na personagem? R – É muito interessante fazer essa mulher porque ela é toda controlada. Vive em outro universo, onde não existe tempo, pressa e nem ego para alimentar. O único objetivo da minha personagem é ajudar o filho, Daniel, vivido por Jayme Matarazzo. Mesmo assim, não é um amor de mãe, que é controlador, é um amor universal. P – Faz tempo que você não faz uma vilã como a
Adma, de "Porto dos Milagres". Sente falta de brincar mais com esse lado da interpretação? R – Mas depois de fazer a Adma vou fazer mais uma? Lembro que a personagem me deixou marcas profundas. Não gosto de dizer que sou bipolar porque parece que está na moda falar isso. Mas, na época, estava sem medicamento e era uma loucura entrar no estúdio para gravar 40 cenas por dia. A novela era toda em cima de mim e do Antônio Fagundes e a gente ainda fazia uma peça. Estávamos juntos de segunda a segunda, só não dormíamos na mesma cama. A Adma foi muito marcante, era uma vilã de verdade, que matou sete pessoas na história. P – Está com algum projeto para depois de "Escrito Nas Estrelas"? R – Estou preparando minha primeira produção. Vou contar a história da Adélia Prado em cima da prosa dela. Vai ser um monólogo que será dirigido por Ulysses Cruz. Quero fazer há 20 anos, desde que vi Fernanda Montenegro fazendo. Só que ela fez em cima da poesia. O projeto está planejado para sair no ano que vem.
ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 1O A 7 DE AGOSTO 01/08 – Bruna Lombardi, 58 anos, e Felipe Camargo, 50 anos, 02/08 – Giselle Tigre, 38 anos. 03/08 – Isabel Fillardis, 37 anos, e Susana Alves, 32 anos. Nesta data, há 18 anos, foi ao ar o primeiro capítulo da novela "De Corpo e Alma", da Globo. Escrita por Glória Perez, a trama narra a paixão de um homem por uma mulher, mesmo depois de morta. Diogo, interpretado por Tarcísio Meira, é um juiz casado, que decide fugir para Roma com a amante, Betina, de Bruna Lombardi. Só que ele desiste da ideia em cima da hora, deixando a moça o esperando no aeroporto.
Desesperada, Betina acaba sofrendo um acidente de carro e morre. Seu coração, no entanto, é transplantado em Paloma, de Cristiana Oliveira, que aguardava uma doação. Ao saber da notícia, Diogo fica obcecado pela ideia de que o coração de Betina ainda bate em outro peito. Por isso, ele se aproxima de Paloma, por quem se apaixona. Ela, que é casada com Juca, de Victor Fasano, sem saber que o marido é "stripper", se encanta com a gentileza de Diogo e também se apaixona por ele. Durante as gravações da novela, um crime abalou toda a equipe. A filha da autora, Daniela Perez, que vivia Yasmin na história, foi assas-
sinada por Guilherme de Pádua, que interpretava o personagem Bira. Durante os sete dias que se seguiram ao crime, Leonor Bassères e Gilberto Braga assumiram a autoria dos capítulos e deram uma solução para o desaparecimento dos dois papéis. Ainda no elenco, José Mayer, Eri Johnson, Stênio Garcia, Neusa Borges e Betty Faria, entre outros. 04/08 – Bruna Marquezine, 15 anos. 05/08 – Nathália Timberg, 81 anos. 06/08 – Irene Ravache, 66 anos. 07/08 – Raul Gazolla, 55 anos, Vera Holtz, 57 anos, e Yoná Magalhães, 75 anos.
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MAPA DA MINA Por Natalia Palmeira
PRATA DA CASA
FUTURO DOS LIVROS
IMERSÃO
(SBT, dom, 19:45 h)
(TV Brasil, seg, 22 h)
(MTV, qua, 23:30 h)
Isadora Ribeiro é uma das convidadas do "Programa Silvio Santos" deste domingo. A atriz, que está no ar em "Uma Rosa Com Amor", participa do quadro "Não Erre a Letra". Outro quadro do dominical, é o "Jogo das 3 Pistas", com a presença de Yudi e Priscila, apresentadores do "Bom Dia & Cia".
Os rumos do mercado literário serão discutidos no "Brasilianas.org". Para debater o tema, o apresentador Luis Nassif conversa com Sonia Machado Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, José Luiz Goldfarb, curador do Prêmio Jabuti, e Regina Echeverria, escritora e autora de biografias.
IMAGINAÇÃO
DESPEDIDA
O "MTV Na Pista" vai até o Norte do país para mostrar o fenômeno musical "Tecnobrega". As festas do ritmo são "aparelhagens" comandadas por "DJs", onde o visual é tão importante quanto o som. A "VJ" Kika Martinez vai a uma das "aparelhagens" mais famosas da cidade, acompanhada pela cantora Gaby Amarantos, conhecida como a Beyoncé do Pará.
(Globo, dom, 13:15 h)
(Globo, ter, 22:30 h)
Pedrão e Jorginho vão aprontar todas no mundo da sétima arte. No episódio deste domingo de "Os Caras de Pau", os amigos decidem ir ao cinema. A dupla passeia pelos corredores do lugar, decidindo qual filme assistir. Cada cartaz indica uma opção de sessão e toda vez que eles consideram assistir a uma delas, vivem aventuras dos mais diferentes gêneros, do terror ao musical.
A derrubada de um cassino clandestino movimenta o último episódio de "Na Forma da Lei". Maurício percebe que está fora de controle e resolve procurar a ajuda de um psiquiatra. Todos pensam que o vilão está derrotado, mas ele ainda guarda disposição para atormentar a vida dos que fizeram justiça.
CINEMANIA
POESIA PURA
COMEMORAÇÃO
Os amigos Marcelo Adnet e Rafael Queiroga comemoram o "15 Minutos" de número 100 deste ano. Cheios de humor, os dois falam sobre o fim do mundo, chapinha, pessoas sem video-game e a diferença entre "DJ" e "VJ".
Karin mais uma vez vai perder a paciência com Aguinaldo em "Separação?!". Dessa vez, o pivô da briga é uma tosse incessante do marido, que teima em se agravar na hora em que o casal vai dormir, incomodando o sono de Karin.
CANTORIA (Record, qui, 23:15 h)
(MTV, seg, 21:45 h)
(Globo, qui, 23:05 h)
(TV Brasil, sab, 19 h) A disputa para ver quem será o novo ídolo musical do país começa a ficar mais acirrada. O "reality show" apresentado por Rodrigo Faro chega a um momento decisivo. Os 10 candidatos restantes entrarão na mansão e agora terão de morar juntos. No episódio de "Ídolos" desta quinta, tem mais uma eliminação.
No "Almanaque Brasil" deste sábado, a apresentadora Luciana Mello recebe o poeta, cantor e compositor Arnaldo Antunes no quadro "Cantos do Brasil". Além disso, o artista pernambucano Antonio Nóbrega conta curiosidades sobre sua música.
Rapidinhas # Luan Santana é o primeiro convidado do quadro "De Cara com o Ídolo" do programa "Tudo é Possível". (Record, dom, 12 h).
# O "Sustentáculos" vai mostrar a história de pessoas comuns que fazem a diferença. (TV Brasil, seg, 20:30 h)
# Duas belas irmãs gêmeas vão confundir Didi e Dedé no "Aventuras do Didi". (Globo, dom, 12:30 h)
# O "Scrap MTV" vai listar os melhores filmes sobre moda com a ajuda da "stylist" Olivia Hansen. (MTV, ter, 20:30 h)
# O programa "Conexão Roberto D'Avila" recebe o ator Luiz Fernando Guimarães. (TV Brasil, dom, 20 h)
# Em "CSI Las Vegas", o corpo de um corredor é encontrado mutilado em um parque com os órgãos cirurgicamente removidos. (Record, qua, 21 h).
# O grupo Black Eyed Peas é estrela do "Show MTV". A apresentação reuniu um público de mais de 40 mil pessoas e conta com sucessos como "Let's Get it Started", "Pump It" e "I Gotta Feeling". (MTV, qui, 00:30 h).
# Na série "Monk", o detetive tem uma crise de insônia e sai para dar uma volta, porém acaba testemunhando um assassinato. (Record, sex, 00h15)
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EM FOCO
No ar em Ti-Ti-Ti, Murilo Benício comemora papel já vivido por Luis Gustavo Por Luana Borges PopTevê
Quando foi convidado para atuar em "Ti-Ti-Ti", Murilo Benício ligou para a mãe imediatamente. A vontade de contar primeiro para ela que interpretaria Ariclenes teve um motivo especial. Os dois costumavam assistir juntos à primeira versão da trama, exibida pela Globo em 1985. Na época, os protagonistas eram Reginaldo Faria, que viveu André Spina – personagem, atualmente, de Alexandre Borges –, e Luis Gustavo na pele do papel que hoje é de Murilo. "Liguei para minha mãe e falei: 'Vou fazer 'Ti-Ti-Ti'. Ela perguntou: 'Qual dos dois?'. Ou seja, a gente tem uma memória muito bacana dessa novela", conclui. Por isso mesmo, Murilo não pensou duas vezes antes de aceitar o trabalho. Ainda mais porque considera a estrutura da novela interessante. "Não tem mocinho e bandido. Tem dois mocinhos que se odeiam, o que é muito legal", empolga-se. Na trama, escrita por Maria Adelaide Amaral, Ariclenes é um malandro que nutre, desde a infância, uma rivalidade por André Spina, um estilista de São Paulo conhecido como Jacques Leclair. Mas a disputa entre os dois fica ainda mais acirrada quando Ari resolve se infiltrar no mercado da moda, se passando pelo espanhol Victor Valentim. "Meu personagem é um picareta, não é um estilista. O Ariclenes está interessado em ter mais dinheiro que o André Spina", explica. Para viver este espertalhão, Murilo teve de perder peso. Afinal, em "Força-Tarefa", o ator chegou aos 96 quilos por causa do Tenente Wilson, seu papel no seriado. Agora, com dez quilos a menos, ele ainda quer emagrecer cinco. "Tem uma barriguinha que quero perder", avisa Murilo, que passou a se alimentar de acordo com o cardápio proposto por sua nutricionista. Mas garante não ser nenhum sacrifício. "Mudei minha vida inteira. Não vou mais à churrascaria. Mas fiquei surpreso porque minha dieta é uma delícia", assegura. Mesmo se tratando de uma adaptação da obra de Cassiano Gabus Mendes, com personagens também de "Plumas e Paetês" e "Elas Por Elas", Murilo preferiu não assistir novamente aos capítulos da versão original de "Ti-Ti-Ti". Ele não queria que as lembranças que tem da novela sofressem algum tipo de influência. "Quando temos alguma coisa que marca nossa vida, a guardamos na memória e ela vai crescendo. É igual a quando você entra em um quarto e diz: 'Era aqui que eu brincava?'", compara. Mas, além disso, o ator não reviu a trama para não sentir a pressão de viver um papel que foi sucesso com outro intérprete. "Não quero ter a responsabilidade de fazer um personagem que o Luis Gustavo fez e nem ficar intimidado por isso. Gostei tanto daquilo que quero guardar como um sentimento bom", frisa. Por isso mesmo, Murilo está se deixando dirigir. Ele, que nunca trabalhou com o auxílio de um "coach", tem experimentado, desde "Força-Tarefa", fazer aquilo que o diretor pede, sem interferir com muitas opiniões. "Eu sou um cara tímido e o Jorge Fernando é o Cirque de Soleil. Mas teve a inteligência de entender meus limites. Ele me dá as dicas e eu tento fazer tudo", conta, referindo-se ao diretor de núcleo da novela. Porém, Murilo sabe que tem espaço para dar seus "pitacos". Justamente porque se trata de um folhetim de humor. "Às vezes, falo uma frase que não está no texto para o outro levar um susto e ter essa atmosfera de criatividade", diz. Contratado da Globo há 17 anos, Murilo demonstra tranquilidade com a profissão. Tanto que, mesmo acostumado a fazer protagonistas, ele não se preocupa nem um pouco com o "status" que seu próximo personagem pode ter. "Vão aparecer grandes papéis, como às vezes não vão. E isso não é um problema. Não quero ser só o protagonista", constata o ator, que viveu o Antônio de "Meu Bem Querer", o Diogo de "O Clone" e o Danilo de "Chocolate Com Pimenta", entre outros. "Hoje, abro mão de um personagem mais interessante para estar com uma turma melhor, fazendo outra coisa", completa.
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RETRATO FALADO
Gabriel Wainer divide-se entre a paixão pelo cinema e as gravações de Passione
Por Geraldo Bessa PopTevê
er ator não estava nos planos de Gabriel Wainer. Apesar de gostar da profissão, a atuação é vista por ele como um complemento para seu grande sonho: ser diretor de cinema. "Comecei a estudar teatro para aprender a dirigir atores e acabei na tevê", explica. Fazer filmes é a prioridade na vida de Gabriel, mas nem por isso ele abre mão de trabalhar à frente das câmaras. "Fiquei muito feliz quando fui chamado para fazer a novela. Impossível dispensar um convite desses", revela o ator, que interpreta o Chulepa, de "Passione", da Globo. Na trama, escrita por Sílvio de Abreu e dirigida por Denise Saraceni, Chulepa estuda Jornalismo e trabalha como treinador dos ciclistas Danilo e Sinval, personagens de Cauã Reymond e Kayky Brito. "É um personagem secundário, mas que está
S
Nome: Gabriel Salgado Wainer. Nascimento: 8 de abril de 1984, no Rio de Janeiro. Na tevê: "Filmes, documentários e programas de esporte". Ao que não assiste na tevê: "Programas sensacionalistas e de fofoca". Nas horas livres: "Adoro surfar, fazer trilhas e andar de bicicleta". No cinema: "2001 - Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick. Música: "The Last Trip to Tulsa", de Neil Young. Livro: "Introdução à Lógica", de Cezar A. Mortari. Prato predileto: Pizza. Pior presente: "Um peso de papel. Presente de amigo
sempre lidando com situações novas e envolvido em histórias interessantes", conta. Um dos elementos do novo papel que mais chama a atenção do ator é a ausência de um nome próprio. "Acho que esta característica abre inúmeras possibilidades para uma participação dele nos mistérios da trama", aposta. "Já tentei descobrir o nome e não consegui", completa. Atualmente, Gabriel divide seu tempo entre as gravações da novela e a finalização de um documentário intitulado "Luz, Câmera e Purpurina". A ideia para o filme surgiu no final de 2007, logo depois que o ator saiu do elenco de "Malhação", e mostra o cotidiano de "drag queens" do Rio de Janeiro. "Foi uma experiência única, é um universo muito diferente e teatral", analisa. Nas horas vagas, ele aproveita para dedicar mais tempo ao exercício de direção cinematográfica. "Costumo chamar os amigos e criar curtas metragens. Não vou ficar esperando uma chance para fazer um filme. O cinema hoje é livre. Filmo, edito e finalizo em casa", garante.
oculto". O melhor do guarda-roupa: "A camisa do meu time, o Botafogo'". Animal de estimação: "Meu gatinho, o Sansão" Mulher bonita: "Minha namorada, a atriz Emilie Joufflineau". Homem bonito: Marlon Brando. Cantor: Mano Brown. Cantora: Billie Holiday. Ator: Marlon Brando. Atriz: Fernanda Montenegro. Escritor: Manoel de Barros. Melhor notícia: "São muitas. Sou uma pessoa de boas notícias"
Arma de sedução: "A palavra". Programa de índio: "Só faço o que eu quero". Melhor viagem: "Amazônia". Sinônimo de elegância: "Meu avô, Antônio Salgado". Mania: "De arrumação". Inveja: "De quem é disciplinado". Ira: "Quando vejo alguma injustiça". Gula: "Sinto isso todo dia! Gosto muito de comer". Cobiça: "É um pecado que não me atinge. Se Deus quiser vou terminar minha vida com nada". Luxúria: "Os olhos da minha mulher". Preguiça: "O tempo inteiro". Vaidade: "A minha vaidade é não ter vaidade". Filosofia de vida: "Sou movido pela alegria".
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TELETEMA
CONVITE – Leona Cavalli (foto) foi convidada por Daniel Filho para participar de "As Cariocas", próxima série da Globo. A produção conta com dez episódios e cada um terá uma protagonista e um bairro carioca como tema. Em "A Traída da Barra", Leona interpreta uma prostituta que será motivo de crise no relacionamento do casal vivido por Angélica e Luciano Huck. A previsão de estreia é para outubro.
FAMÍLIA – Em "Corações Feridos", próxima novela do SBT, Jacqueline Dalabona viverá Vera, uma mulher sofisticada, casada com um banqueiro e uma mãe superprotetora. Ela terá a rotina alterada depois da chegada do filho, papel de Victor Pecoraro, que estava na Alemanha. A novela, escrita por Íris Abravanel, deve ir ao ar em novembro. FESTA – O "Show do Tom", da Record, completa seis anos em setembro. Para comemorar a data, a produção planeja uma edição especial do programa. O desfalque fica por conta dos humoristas Tiririca e Pedro Manso, que não participarão porque serão candidatos nas próximas eleições.
ÉPICO – "Sansão e Dalila", próxima minissérie da Record, está prevista para ir ao ar em 2011. A equipe, dirigida por João Camargo, planeja gravar os episódios em três estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Na trama, Lu Grimaldi viverá a mãe do protagonista Fernando Pavão. Já Miguel Thiré será o vilão. NATURAL – Mariana Rios e Milena Toscano foram para Pirenópolis, município histórico de Goiás, para as gravações de "Araguaia", próxima novela das seis da Globo. Depois de irem para o rio que dá nome à trama, as duas se juntaram ao restante do elenco para completar as cenas na cidade do Leste goiano. "Araguaia", de autoria de Walther Negrão, estreia em setembro.
NOMES – O autor Walcyr Carrasco, mesmo sem o título provisório de sua próxima novela, que substituirá "Ti-Ti-Ti" na Globo, anuncia parte do elenco que recrutou: Elizabeth Savalla, Marcos Pasquim e Adriana Esteves. Parte da locação será em Marília, interior de São Paulo, e a trama irá abordar o universo da Paleontologia. A direção será de Rogério Gomes, o Papinha. A novela ainda não tem data de estreia definida. FIM – A última edição do "1 Contra 100", do SBT, vai ao ar no dia 25 de agosto. O apresentador Roberto Justus ganhará o comando do "game" "Topa ou Não Topa" enquanto aguarda a chegada de seu próximo "reality" de negócios: "O Grande Desafio".
PRÓXIMO TRABALHO – Depois de viver a doce Mia em "Viver a Vida", da Globo, Paloma Bernardi estará no elenco da próxima novela das oito, "Insensato Coração", de Gilberto Braga. A jovem vai viver uma professora de Educação Física, irmã da personagem de Camila Pitanga. A estreia está prevista para o início de 2011.
RETORNO – Afastado dos folhetins há nove anos, desde "As Filhas da Mãe", da Globo, Diogo Vilela retorna às novelas na próxima produção de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa. A trama irá ao ar após a novela de Walcyr Carrasco, que substituirá "Ti-Ti-Ti".
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NOME PRÓPRIO
No Video Show, Ana Furtado amadurece planos para voltar a atuar
Luiza Dantas/CZN
Por Natalia Palmeira PopTevê
O jeito comunicativo e o ar confiante escondem a timidez que Ana Furtado garante ter. E é justamente por essa característica que a apresentadora do "Video Show" não pensava em seguir carreira artística. "Já havia feito peças na minha escola sem imaginar que um dia interpretaria um papel na tevê", revela. Apesar disso, desde que passou no teste para participar da abertura da novela "Explode Coração", em 1995, Ana não parou. De lá para cá, ela apresentou o programa "Ponto a Ponto", ao lado de Márcio Garcia e Daniele Winits, e atuou em novelas e seriados. "Costumo dizer que a tevê me escolheu. Depois de 'Explode Coração', não saí mais", conta, empolgada. Com experiência como atriz e apresentadora, Ana não se arrisca em eleger uma das funções como favorita. "Não tenho preferência. Tenho essa versatilidade e gosto de trabalhar nas duas áreas", destaca essa carioca, de 36 anos. Tanto que, enquanto interpretava a advogada Gaby de "Caminho das Índias", ela voltou ao comando do programa, onde trabalhou como repórter entre 1999 e 2005. Os seis anos de experiência, inclusive, foram essenciais para se sentir à vontade no novo formato que, há pouco mais de um ano, deixou de ser gravado para ser feito ao vivo. A nova experiência não assustou Ana. Pelo contrário. A empolgação é tanta que ela ainda não pensa em um próximo trabalho como atriz. "Pretendo seguir no 'Video Show' por um bom tempo", garante ela, que apresenta o programa ao lado de Fiorella Mattheis, Luigi Baricelli, André Marques e Geovana Tominaga, alternadamente. A desenvoltura com as câmaras, inclusive, surgiu durante o trabalho como modelo, no qual fez diversos comerciais no Brasil e no exterior. Mas a experiência anterior não foi suficiente para Ana se sentir segura com o primeiro papel na televisão. "Na hora, eu gelei e pensei se daria conta do recado", lembra ela, que só teve duas semanas para se preparar para interpretar a Drica da novela infantil "Caça Talentos". Com dez personagens no currículo, Ana se surpreende em ainda ser lembrada como a vilã da novelinha que tinha Angélica como protagonista. "Tem gente que me aborda e pede para que ela volte ao ar", conta, aos risos.
Apesar da disparidade entre as funções, Ana acredita que um trabalho complementa o outro. "Por mais que no 'Video Show' não esteja atuando, a experiência como atriz ajuda na hora de apresentar e vice versa", explica. A caracterização é outro elemento que tem grande importância no papel de apresentadora. Com um estilo clássico e uma postura elegante, os figurinos que usa no programa chamam a atenção. A escolha é feita sema-
nalmente em conjunto com a figurinista Rosa Pierantone. "Ela escolhe peças que tem a minha cara, me valorizam e combinam com o meu estilo", explica. E, apesar da assessoria profissional, Ana não deixa de dar palpites na escolha do que vai vestir. Desde que estreou na tevê, Ana vem se dividindo entre as funções de apresentadora e atriz. As escolhas, entretanto, não é uma decisão da própria artista.
"Quem determina a minha trajetória na televisão é a Globo. Nunca cheguei a recusar um trabalho", ressalta ela, que é casada com Boninho, diretor de núcleo da Globo. Com um jeito tranquilo, Ana prefere deixar com que as oportunidades apareçam aos poucos em vez de fazer planos futuros. "Ultimamente tenho deixado a vida me levar, porque os caminhos percorrido tem sido muito felizes", analisa.
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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 17h15 Segunda (02/08) - Cristiana proíbe Bernardo de contar o que aconteceu entre os dois. Anselmo e Zuleide conversam com um cerimonialista sobre a festa de casamento. Bernardo conta para Beto sobre a noite que passou com Cristiana. Bernardo e Cristiana recebem uma nova carta anônima. Linda ameaça rasgar o contrato de Valentina e as outras The Lícias imploram que ela mude de ideia. Alê e Maria Cláudia afirmam para Livramento que foram eles que passaram a noite no Escondidinho. Bernardo e Cristiana falam com Alê e Maria Cláudia, sem perceber que Bia está ouvindo a conversa.
Terça (03/08) - Maria Cláudia e Alê não revelam para Bernardo e Cristiana quem pediu para assumirem que passaram a noite no Escondidinho. Cristiana ainda acredita que Bernardo é o fotógrafo misterioso e os dois discutem novamente. Valentina reclama por não ter conseguido falar com Victor e teme que ele queira terminar o namoro com ela. Bia ouve Bernardo falar com Beto sobre a noite que passou com Cristiana no Escondidinho. Cristiana conta para Flávio que passou a noite com Bernardo.
Quarta (04/08) - Flávio fica inconformado com a notícia e vai embora, deixando Cristiana arrasada. Bia se desespera ao ouvir Bernardo dizer que quer ficar com Cristiana. Lise aceita se casar com Serjão. Bia propõe que Flávio se una a ela para salvar o namoro deles com Bernardo e Cristiana. Maria Cláudia não consegue contar para Alê que o traiu com Rodrigo. Livramento fica irritado ao ver as flores que dona Tânia recebeu do suposto namorado. Flávio resolve continuar seu namoro com Cristiana.
Quinta (05/08) - Bia marca de se encontrar com Bernardo no Rocket depois de falar com Flávio. Clarinha fica doente e Antônio cuida da menina. Flávio e Bia colocam em prática seu plano. Bernardo tira satisfações com Cristiana por não ter terminado seu namoro com Flávio. Antônio incentiva Bernardo a prestar vestibular para música. Linda convida Livramento para viajar. Bernardo e Cristiana se surpreendem ao verem Paulo Roberto e Cissa de volta à mansão.
Sexta (06/08) - Antônio questiona se Cissa e Paulo Roberto voltaram para ficar. Livramento aceita viajar com Linda. Paulo Roberto e Cissa insistem em querer levar Clarinha e Bernardo para fora do país. Lise e Serjão concordam em fazer a festa de casamento com Anselmo e Zuleide. Lucca avisa a Alê que Maria Cláudia e Rodrigo saíram juntos. Paulo Roberto e Cissa ficam tristes por Bernardo e Clarinha afirmarem que não irão embora com eles. Alê encontra Maria Cláudia e Rodrigo saindo do Escondidinho. Cissa surpreende a todos ao desistir da fuga por causa de Bernardo e Clarinha.
ESCRITO NAS ESTRELAS - Rede Globo - 18h Segunda (02/08) - Daniel não admite que Ricardo seja a alma gêmea de Viviane. Vitória/Viviane mostra para Ricardo a rosa que Daniel lhe deu e estranha ao vê-la morta. Daniel afirma a Francisca que não vai deixar Viviane e Ricardo ficarem juntos. Mariana age friamente com Guilherme e pede para conversar com ele. Ricardo constata que Valentina morreu com a idade que Vitória/Viviane irá completar. Ricardo pergunta para Antônia sobre as joias de Francisca, deixando Beatriz e Sofia apreensivas.
Terça (03/08) - Sofia diz a Ricardo que fez cópias das joias de Francisca. Ricardo convida Vitória/Viviane para ir ao teatro com ele e Jane. Luciana conta sua história para Breno. Jane tenta disfarçar o incômodo quando Ricardo diz que convidou Vitória/Viviane para sair com eles. Gilmar mostra para Jofre os documentos falsos que fez para ele. Ricardo conversa com Marcelo sobre o contrato que Vitória/Viviane vai assinar. Vicente avisa que Jane está indisposta e leva Vitória/Viviane para fazer uma ultrassonografia.
Quarta (04/08) - Suely pergunta a Mariana sobre a vida de Vitória/Viviane. Jane se lamenta com Virgínia e confessa que deixou de fazer a ultrassonografia em Vitória/Viviane por causa de Ricardo. Judite pede para Tadeu mentir para o pai usando o seu dom. Beatriz e Sofia imaginam que José tenha escrito mensagens em códigos em seu caderno de anotações sobre jardinagem. Beatriz e Sofia ficam aflitas ao ouvirem o relatório de Suely sobre os encontros entre Virgínia e Vicente. Jardel fala com Gilmar ao telefone.
Quinta (05/08) - Jardel pede para fazer negócio com um conhecido dos dois, mas Gilmar o destrata e desliga o telefone. Vicente ironiza Ricardo ao falar que almas gêmeas não existem. Daniel fica transtornado ao ouvir Ricardo falar com Viviane que ele não é seu filho. Tadeu pede para Guilherme voltar para casa, mas não consegue fazer o que Judite mandou. Fabiana sugere que Jair ofereça um emprego para Dalva trabalhar com ele na festa de Vitória/Viviane e ele fica indignado. Antônia entrega um presente enviado para Vitória/Viviane.
Sexta (06/08) - Vitória/Viviane fica encantada com o vestido que recebe de Ricardo. Gilmar destrata Fernanda ao encontrá-la na clínica. Jane disfarça seu ciúme quando ouve Vitória/Viviane agradecer pelo vestido que ganhou de Ricardo. Vanessa fica aflita quando Mauro lhe diz que está pensando em sair do balé. Daniel reclama de Ricardo para Madame Gilda. Ricardo fica fascinado ao ver Vitória/Viviane com o vestido e a chama de Valentina sem que ninguém ouça.
Sábado (07/08) - Ricardo não consegue esconder o encantamento com Vitória/Viviane, enquanto Sofia e Beatriz tentam disfarçar o despeito. Guilherme fica arrasado com a pressão que seus filhos sofrem por causa de Judite. Vitória/Viviane fica deslumbrada com o teatro e chama a atenção das pessoas por sua beleza. Breno se revolta com Jardel por tratar Vanessa como criança e ameaça contar a verdade para ela. Ricardo sente dores no peito. Jane cuida dele e acaba destratando Vitória/Viviane quando ela se preocupa com o médico.
Sexta (06/08) - Luisa fica perplexa com a atitude de Edgar. Jaqueline diz que vai ajudar Jacques a se aproximar de Ed e Stela. Luísa e Edgar se reconciliam. Ariclenes pega novos vestidos com Cecília. Luti fica furioso ao descobrir que seu pai penhorou o anel que Suzana deu. Marcela incentiva Camila a fazer uma visita surpresa para Edgar. Ariclenes tenta descobrir algo para desmoralizar Jacques Leclair e Rosário revela que Jacques tem um caso com Gigi. Ariclenes fotografa Jacques e Gigi no restaurante. Edgar está de saída para encontrar Luisa quando Camila chega.
Sábado (07/08) - Edgar fica irritado ao descobrir que a visita surpresa de Camila é obra de Marcela. Luti se surpreende ao descobrir que Valquíria é filha de Jacques Leclair. Jaqueline fica com ciúmes de Jacques. Suzana pede para Help marcar uma entrevista com Victor Valentim. Lourdes vai à casa de Ariclenes e diz que um investidor misterioso tem o dinheiro que ele precisa para começar seu negócio. Valquíria procura Luti na faculdade. Julinho percebe que Marcela está interessada em Edgar.
Sexta (06/08) - Totó lê o documento e Clara fica apreensiva. Melina pede a ajuda de Diana para cuidar dos preparativos para o seu casamento. Fred exige que Stela impeça a viagem de Saulo ou contará à família Gouveia a verdade sobre seu passado com Agnello. Totó se desespera ao descobrir que Clara vai voltar ao Brasil. Gerson leva Diana ao autódromo e ele volta a pilotar. Fred telefona para Stela e a coloca contra a parede. Diana perde a paciência com Melina e diz que sabe que ela não é sua amiga. Totó chega ao hotel onde Clara se hospedou e pede para ela voltar para casa.
Sábado (07/08) - Stela avisa a Bete sobre a viagem de Saulo. Berilo tem mais uma visão com Totó e sai apressado da casa de Agostina. Clara conta para Totó que foi namorada de Fred e ele fica chocado. Clara escreve uma carta para Totó dizendo que voltará ao Brasil e vai embora enquanto o marido ainda dorme. Saulo chega ao aeroporto e descobre que está sem seu passaporte. Stela queima os documentos do marido. Fátima tenta consolar Danilo e Sinval tem uma crise de ciúmes. Lorena beija Chulepa para provocar Agnello. Totó avisa aos filhos que vai ao Brasil em busca de Clara.
TI-TI-TI Segunda (02/08) - Luti, Chico, Marta e Nicole se comprometem a ajudar Ari a manter sua farsa de Victor Valentim. Marcela percebe que Edgar está machucado e se oferece para cuidar dele. Jacques escolhe Amanda para acompanhá-lo à festa da Moda Brasil. Jaqueline enfrenta Breno e ele a expulsa de casa. Jacques e Ariclenes se alfinetam no escritório de Suzana. Disfarçadamente, Ari pega dois convites para a festa da revista. Breno manda prender Jaqueline. Ariclenes convida Desirée para usar o vestido de Victor Valentim na festa da revista. Marcela hostiliza Edgar.
Terça (03/08) -Marcela insinua que descobriu um segredo de Edgar e os dois discutem. Suzana lê as notícias sobre Victor Valentim na internet e fica interessada em conhecer o estilista. Jaqueline tenta se aproximar de Thaísa, mas é rejeitada pela filha. Ariclenes recorre a Marta para tentar impedir que Amanda vá à festa. Valquíria arma um golpe contra Luti na cantina. Jaqueline surge na casa de Jacques e lhe pede abrigo. Luisa surpreende Marcela conversando com Camila.
Quarta (04/08) - Amanda insiste em ir à festa com Jacques e Ariclenes revela seu plano a ela. Luti perde o emprego na cantina por causa de Valquíria. Marcela atende o celular de Stela e fala com Renato, mas não reconhece a sua voz. Suzana pede ajuda a Ed para fazer uma entrevista com Victor Valentim. Dona Mocinha fica encantada com o vestido de Desiree, enquanto Armandinho ignora a noiva. Jacques chega à festa com Jaqueline e Amanda, mas seu vestido não provoca o impacto esperado e ele se decepciona. Chico e Desirée entram na festa e atraem todos os olhares.
Segunda (02/08) - Na delegacia, Danilo implora pela ajuda de Clara. Melina discute com Diana e a manda embora da casa de sua família. Clara abandona Danilo na delegacia. Totó chega no local onde estão Francesca e Adamo e os observa à distância. Berilo reencontra Agostina e Dino. Jéssica se preocupa com a demora do marido. Adamo e Totó se reconciliam. Luciano mostra para Clara o falso testamento de Totó. Clara prepara uma armadilha para Totó no celeiro do sítio. Clara provoca um incêndio no celeiro. Ao tentar salvar Clara, Totó é atingido e desmaia.
Terça (03/08) - Ao ver Totó desmaiado, Clara se arrepende do que fez e tira o marido do celeiro em chamas. Lorena flagra Lia na casa de Agnello e fica furiosa ao ver os dois supostamente juntos. Saulo conta para Noronha que vai para a Itália sozinho. Luciano procura Danilo a mando de Clara. Valentina fica apavorada ao ver um carro de polícia parado na porta de sua casa. Agnello vai à casa de Lorena. Lia e Lorena se desentendem na porta da faculdade. Mauro se encontra com Diana. Danilo aparece no sítio dos Mattoli.
Quarta (04/08) - Clara se irrita com a presença de Danilo no sítio. Stela tenta seduzir Agnello e surpreende o italiano. Clara beija Danilo enquanto Totó dorme no quarto. Candê encontra um papel com o endereço de Fortunato no caderno de Fátima. Clara denuncia Danilo para a polícia. Sinval fala com Fátima sobre a situação de Danilo e ela fica preocupada. Bete fica nervosa por não conseguir falar com Totó. Mauro e Diana voltam para casa e Melina fica furiosa ao ver os dois juntos. Clara chega ao sítio e se assusta ao encontrar Gemma.
Quinta (05/08) - Desirée revela que seu vestido foi criado por Victor Valentim. Jacques fica incomodado com o sucesso do outro vestido. Marcela vê uma mensagem de Luisa no celular de Edgar. Jaqueline destrata Amanda e ela vai embora, deixando Jacques irritado. Mabi convida Luti para uma exposição e Valquíria fica com ciúmes. Ariclenes comemora o sucesso de Victor Valentim com Marta, Nicole e Desirée. Jacques Leclair afirma que vai descobrir quem é Victor Valentim. Edgar tenta terminar seu romance com Luisa.
PASSIONE - Rede Globo - 21h Quinta (05/08) - Gemma acusa Clara de atentar contra a vida de Totó. Fred planeja impedir que Saulo vá à Itália. Agnello tenta convencer Lorena sobre a armadilha de Lia para separar os dois. Felícia coloca Fátima de castigo e Candê admira a atitude da filha. Clô e Olavo são enganados e vão parar em um show de pagode. Sinval e Chulepa vão buscar Danilo no aeroporto. Candê pede para Fortunato guardar segredo sobre o passado de Fátima. Gemma mostra para Totó o documento que recebeu da polícia afirmando que o incêndio no celeiro foi criminal e Clara fica apavorada.
RIBEIRÃO DO TEMPO - Record - 22h00 Segunda (02/08) - Diana fala para Arminda que está perdida e revela sua verdadeira identidade. Querêncio pede para madame Durrel fazer uma cara mais simpática. Após ouvir a história de Diana, Arminda promete ajudá-la. Diana liga para Guilherme e afirma que vai denunciar Nasinho à polícia. Teixeira diz a Eleonora que, pela idade, Querêncio pode ser o filho perdido dela. Diana encontra Carlos, assume que é menina e pede que ele avise a Guilherme que ela vai embora de Ribeirão. Eleonora vê Querêncio dormindo no sofá e manda-o se levantar.
Terça (03/08) - Eleonora manda o pintor tirar a calça para ela e Elza o examinarem. Ele não permite e a Madame o manda embora. Joca grita que quer sair da prisão. Eleonora diz a Teixeira que Querêncio a deixou irritadíssima e pede para seu advogado ver a passagem dela para a Europa. Guilherme procura Arminda e pergunta onde está Diana. Joca agradece aos jovens que lutaram por sua libertação. Guilherme pega o boné que Diana deixou para ele. Joca liga para Arminda, que diz que vai contratar os serviços dele.
Quarta (04/08) - Joca procura Guilherme para conversar sobre Diana. Filó convence a madame a permitir que Querêncio termine de pintar o quadro. Joca vê Bill e pergunta por Diana. Bill faz sinal para ele segui-lo. Bill aponta uma direção e indica a Joca que Diana pediu carona numa rodovia. Sancha diz a Léia que o professor Flores a usou e a dispensou, mas aconselha a amiga a se insinuar caso queira mesmo fisgar Flores. Joca vê o caminhão que está procurando, olha para o interior e percebe que não há ninguém. Diana está dentro da carroceria, desesperada.
Quinta (05/08) - Diana grita de dentro da carroceria e Joca, finalmente, ouve. Joca pega as chaves no bolso do caminhoneiro e salva Diana. Joca pede para Diana contar para ele e para Arminda a verdadeira história dela. Tito fala para Virgílio que o movimento na pousada está ótimo, mas o faturamento está ruim. Eleonora conta a Arminda que agora vai posar calada e Querêncio também vai permanecer em silêncio para evitar atritos. Zé Mário sente dor ao dirigir e acaba batendo de frente contra um caminhão.
Sexta (06/08) - Flores lembra de Zé Mário e se emociona. Eleonora diz a Teixeira que quer dar uma volta na cidade. Virgílio conta a Nasinho que bate em mulher. Sílvio garante para Guilherme que vai acompanhar o caso de Diana. Querêncio se assusta ao ver a madame e o advogado na boate. Joca vai até a delegacia para saber sobre Diana e Ajuricaba o trata mal. Marta fala para o detetive que a menina foi encaminhada para uma casa de internação de menores. Joca conta para Arminda onde Diana está.
Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.
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FILMES DA SEMANA DOMINGO, 01/08 Tá Todo Mundo Louco (Globo, 13:45 h) Rat Race, de Jerry Zucker. Com Rowan Atkinson, John Cleese e Whoopi Goldberg. EUA, 2001, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Em busca de diversão, um grupo de bilionários inventa um novo jogo. Eles organizam seis grupos de pessoas que não se conhecem, em Las Vegas, para competirem em uma corrida cheia de imprevistos e situações cômicas. O time que chegar primeiro vai levar dois milhões de dólares. A Oitava Cor do Arco-Íris (TV Brasil, 23 h) AOitava Cor do Arco-Íris, de Amauri Tangará. Com Isabel Serra e Diego Borges. Brasil, 2002, cor, 80 min. Classificação Etária: Livre. Drama – O filme retrata a vida de Joãozinho, menino que vive na pequena vila de Nossa Senhora da Guia, na periferia de Cuiabá. Ele é criado pela avó, dona Didinha, que o adotou depois que seu pai desapareceu em um garimpo e sua mãe foi parar em um bordel. Missão Impossível 3 (Globo, 23:10 h) Mission: Impossible 3, de JJ Abrams. Com Tom Cruise, Keri Russell e Philip Seymour Hoffman. EUA/Alemanha, 2006, cor, 122 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – O agente Ethan Hunt está afastado do trabalho de campo, trabalhando apenas como treinador de novos agentes. Ele é chamado de volta quando uma de suas alunas é capturada por um negociante de armas sádico e sem escrúpulos. Para resgatá-la, ele precisa reunir uma nova e afiada equipe. Justiça Para Todos (Band, 1 h) And Justice For All, de Norman Jewison. Com Al Pacino, Jack Warden e John Forsythe. EUA, 2006, cor, 119 min. Classificação Etária: 16 anos. Drama – Arthur Kirkland é um advogado idealista que já teve vários desentendimentos com Fleming, um inflexível juiz. Arthur recebe com surpresa a notícia de que o magistrado foi preso, acusado de estupro, e ironicamente Fleming quer ser defendido por ele, pois como todos sabem da rivalidade que existe entre os dois, Kirkland só o defenderia se tivesse certeza da sua inocência. Em retribuição, Fleming promete rever um caso no qual Arthur tenta por em liberdade um cliente inocente, que está preso há dezoito meses. Confidencial (Globo, 01:15 h) Infamous, de Douglas Mcgrath. Com Sandra Bullock, Toby Jones e Sigourney Weaver. EUA, 2006, cor, 112 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – A produção aborda o momento da vida de Truman Capote, em que ele está escrevendo o seu livro de maior sucesso, "A Sangue Frio", um romance sobre o terrível assassinato dos quatro membros da família Clutter, mortos, em sua residência, durante um assalto. Ao ler no jornal sobre o assassinato ocorrido no Kansas, Truman decide viajar acompanhado de sua amiga, a escritora Harper para conseguir detalhes para seu livro. SEGUNDA, 02/08 O Cachorro Bombeiro (Globo, 15:40 h) Firehouse Dog, de Todd Holland. Com
Josh Hutcherson, Bruce Greenwood e Dash Mihok. EUA, 2006, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação – O cão mais famoso em Hollywood escapa dos estúdios e acaba se perdendo. Após ser adotado por um garoto rebelde, filho do chefe de uma equipe de bombeiros, Rex aprende o verdadeiro significado das palavras lealdade e amizade. O Vidente (Globo, 22:05 h) Next, de Lee Tamahori. Com Nicolas Cage, Julianne Moore e Jessica Biel. EUA, 2007, cor, 85 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação – Cris Johnson ganha a vida com um medíocre número de mágica em Las Vegas, mas sua habilidade de prever alguns minutos do futuro é autêntica. Uma agente do governo sabe disso e o convoca para ajudá-la a impedir que um grupo terrorista detone uma bomba nuclear no coração de Los Angeles. Nina (Globo, 01:55 h) Nina, de Heitor Dhalia. Com Guta Stresser, Myriam Muniz e Wagner Moura. Brasil, 2004, cor, 100 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Uma jovem de sensibilidade aguçada e com a mente fragilizada precisa lidar com a agitada vida de São Paulo, até se envolver em um crime.
TERÇA, 03/08 Treinadora Por Acaso (Globo, 15:40 h) Soccer Mom, de Gregory Mcclatchy. Com Missi Pyle, Emily Osment e Dan Cortese. EUA, 2007, cor, 93 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Para ajudar a filha, mãe se passa por um famoso técnico italiano e passa a liderar o time de futebol da menina. Porém, seu maior desafio não é a função que agora exerce, mas manter a mentira por tempo suficiente para sua equipe se consagrar como campeã em um importante torneio. O Aviador (SBT, 23:10 h) The Aviator, de Martin Scorsese. Com Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett e Kate Beckinsale. EUA, 2004, cor, 170 min. Classificação Etária: 12 anos. Comédia – O milionário Howard Hughes é apaixonado por cinema e aviões, e por isso dedica sua vida e fortuna na produção da maior obra cinematográfica já vista até então. Também investiu no setor aéreo tornando-se uma das pessoas mais influentes de sua época. Os Primeiros 20 Milhões (ou "Mergulho no Escuro", opção do Intercine) (Globo, 01:50 h) First $20 Million is Always the Hardest, de Mick Jackson. Com Adam Garcia, Rosario Dawson e Jake Busey. EUA, 2002, cor, 111 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Um executivo de marketing decide abrir mão de seu estilo de vida, de sua garota perfeita, de seu apartamento e de seu carro de luxo, pois quer fazer algo mais útil da sua vida. Ele se muda para um quarto e arranja um emprego em uma famosa empresa de tecnologia. Uma vez lá, ele é incorporado à equipe responsável em desenvolver o primeiro computador de $99.
Mergulho no Escuro (ou "Os Primeiros 20 Milhões", opção do Intercine) (Globo, 01:50 h) The Dive From Clausen's Pier, de Harry Winer. Com Michelle Trachtenberg, Sean Maher e Will Estes. EUA, 2005, cor, 109 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Quando a jovem Carrie estava pronta para romper seu noivado, o rapaz sofre um grave acidente que o deixa tetraplégico. Agora, a jovem terá de encontrar forças para fazer o que é certo para si mesma. Baseado em romance do mesmo nome de Ann Packer.
QUARTA, 04/08 Ciência Travessa (Globo, 15:40 h) Wicked Science, de Grant Brown. Com Candre De Vanny, Briget Neval e Ben Schmideg. Austrália, 2007, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Toby Johnson é um estudante que trava lutas diárias com as tarefas da escola e com as meninas de sua idade. Elizabeth Hawke é a preferida da professora e não gosta de ninguém da escola, além de Toby. Um dia, Toby e Elizabeth são alcançados por um pulso magnético que altera pequenos detalhes. Assim, descobrem que ambos se transformaram em dois gênios da ciência. Corações Roubados (ou "Diabolique", opção do Intercine) (Globo, 2 h) Two If By Sea, de Bill Bennett. Com Denis Leary, Sandra Bullock e Stephen Dillane. EUA, 1996, cor, 93 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Golpista rouba valioso quadro e foge para casa no litoral, junto com a namorada. Lá, os dois esperam um homem misterioso que promete comprar a obra de arte. Diabolique (ou "Corações Roubados", opção do Intercine) (Globo, 2 h) Diabolique, de Jeremiah S. Chechik. Com Sharon Stone, Isabelle Adjani e Chazz Palminter. EUA, 1996, cor, 97 min. A emissora não informou a classificação etária. Suspense – Cansadas dos maus-tratos sofridos pelas mãos do violento Guy, Nicole, sua amante, e Mia, a esposa, decidem matá-lo. Mas o corpo desaparece e as duas enfrentam problemas quando uma detetive bisbilhoteira começa a investigar.
QUINTA, 05/08 Em Busca do Coração de David (Globo, 15:50 h) Searching For David's Heart, de Paul Hoen. Com Danielle Panabaker, Ricky Ullman e Jayne Brook. EUA, 2004, cor, 88 min. Aemissora não informou a classificação etária. Drama – Faz um ano que David morreu e seu coração foi doado. Agora, sua irmã Darcy começa uma emocionante viagem em busca da pessoa que recebeu o coração daquele que um dia foi seu verdadeiro anjo da guarda. Hora de Voltar (ou "Rollerball", opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) Garden State, de Zach Braff. Com Zach Braff, Ian Holm e Ron Leibman. EUA, 2005, cor, 112 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Após a morte da mãe, ator bem-sucedido decide retornar para sua cidade natal. Ele, que viveu em estado de
apatia, resolve abandonar os comprimidos e rever a família depois de nove anos. Lá, conhece uma garota cuja personalidade calorosa e destemida lhe dá a coragem para abrir o coração para a vida. Rollerball (ou "Hora de Voltar", opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) Rollerball, de John Mctiernan. Com Chris Klein, Jean Reno, L.L. Cool J. EUA, 2002, cor, 103 min. A emissora não informou a classificação etária. Ficção Científica – Exímio patinador é contratado para participar do circuito de "rollerball", jogo sobre patins. Torna-se um astro do esporte, mas descobre que há jogadas escuras por trás das partidas. Elas envolvem muito dinheiro e negociações com canais de tevê.
SEXTA, 06/08 A Torre do Terror (Globo, 15:45 h) Tower Of Terror, de D J Machale. Com Steve Guttenberg, Kirsten Dunst e Nia Peeples. EUA, 1997, cor, 87 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Buzzy Crocker é um jornalista sensacionalista que ganha a vida inventando matérias para publicações de má reputação. As coisas mudam quando uma mulher o procura com a história de um grupo que sumiu misteriosamente no elevador de um antigo hotel de Hollywood. A Lenda de Beowulf (SBT, 23:10 h) Beowulf, de Robert Zemeckis. Com Robin Wright, Anthony Hopkins e Paul Baker. EUA, 2007, cor, 115 min. Classificação Etária: 14 anos. Animação – Em uma época dominada por demônios e monstros, o lendário guerreiro Beowulf promete matar o grotesco Grendel, uma terrível criatura que há anos aterroriza o reino do monarca Hrothgar. Em troca do ouro e da glória, Beowulf mata Grendel, porém atrai para si a terrível ira de sua impiedosa e sedutora mãe, que decide vingar sua morte envolvendo o guerreiro em uma perigosa teia de poder e riquezas. Sra. Henderson Apresenta (ou "Violação de Conduta", opção do Intercine) (Globo, 01:50 h) Mrs. Henderson Presents, de Stephen Frears. Com Judi Dench, Bob Hoskins e Will Young. Inglaterra, 2005, cor, 110 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Laura Henderson foi uma das mais famosas e excêntricas personalidades da sociedade londrina no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial. Determinada a recuperar o teatro musical para um público fascinado pelo cinema, ela se aproveita de uma brecha nas leis e atinge um sucesso extraordinário. Violação de Conduta (ou "Sra. Henderson Apresenta", opção do Intercine) (Globo, 01:50 h) Basic, de John McTiernan. Com John Travolta, Samuel L. Jackson e Connie Nielsen. EUA, 2003, cor, 104 min. A emissora não informou a classificação etária. Suspense – Um grupo do exército desaparece durante um treinamento no Panamá, ao mesmo tempo em que surge a iminência de um furacão. Um investigador da polícia interroga os dois únicos sobreviventes e descobre que o grupo estava envolvido em atos criminosos.
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TV POP
ESPALHAFATOSA - Quando chega ao estúdios para gravar, Débora Falabella deixa o seu jeito discreto de lado para dar vida à Beatriz de "Escrito nas Estrelas". Diferentemente da aprendiz de vilã que interpreta na novela, a atriz não é do tipo que sai de casa com um visual extravagante. Mesmo assim, a caracterização para a personagem é um capítulo à parte. "Adoro o visual dela, mas é totalmente nada do que eu usaria", explica, entre risos.
PÉ DE VALSA - Depois de vencer a "Dança dos
PREPARAÇÃO - Apesar de ainda não ter data pre-
IMERSÃO - Parte do elenco de "Araguaia", pró-
Famosos", quadro do "Domingão do Faustão", Fernanda Souza nem pensa em parar de dançar. A atriz, que interpreta a Thaísa de "Ti-Ti-Ti", se entusiasmou tanto com a atividade que quer dar continuidade às aulas de dança. Mas, dessa vez, Fernanda vai apostar no estilo cigano.
vista para ir ao ar, "Sansão e Dalila", nova série bíblica da Record, já está a todo vapor. Tanto que Mel Lisboa, que vai dar vida à personagem-título, já está se preparando para incorporar o papel. Além de escurecer os cabelos e colocar "megahair", a atriz está tendo aulas de dança para interpretar Dalila.
PASSADO - Prestes a completar 21 anos como entre-
MEDIEVAL - No Goiás, durante as gravações de "Araguaia" na cidade de Pirenópolis, para reproduzir a cavalhada – uma encenação ao ar livre que mostra uma batalha medieval entre mouros e cristãos –, foram necessários 300 figurantes montados a cavalo e mais de 100 a pé. "Tudo deu muito certo. Essas cenas exigiram muita pesquisa e planejamento da nossa equipe, mas o resultado ficou maravilhoso", garante o diretor Marcos Schechtman.
xima novela das seis da Globo, não sabia muita coisa sobre a região até pouco tempo antes de começar a gravar as primeiras cenas da trama. Não é este o caso de Cléo Pires, a intérprete da vilã Estela. Por influência do padrasto, o cantor Orlando Moraes, a atriz já conhecia a cultura local. Ela, inclusive, adorou gravar na região do Rio Araguaia, no Goiás, onde passou mais de um mês.
vistador, Jô Soares pensou em uma maneira para comemorar. No dia 10 de agosto, o apresentador do "Programa do Jô" vai gravar um programa especial para celebrar a data. Nele, serão exibidas imagens de entrevistas feitas na Globo e também no "Jô Soares Onze e Meia", que esteve no ar de 1988 a 1999, no SBT.
PAIZÃO - Com a aproximação do Dia dos Pais, Alexandre Borges vai estrelar a campanha da Hering ao lado do filho Miguel. A dupla posou para a câmaras do fotógrafo Bob Wolfenson e o cachê foi revertido para a campanha "O Câncer de Mama no Alvo da Moda". "A questão social da campanha foi o que chamou a minha atenção", destacou o intérprete do estilista Jacques Leclair, de "Ti-Ti-Ti".
SÉTIMA ARTE - No ar como o italiano Agnello de "Passione", Daniel de Oliveira não deixa o cinema de lado. O ator protagoniza o filme "400 Contra 1". No longa de Caco Souza, Daniel interpreta William da Silva Lima, um ladrão de bancos e um dos fundadores do Comando Vermelho.
OSSOS DO OFÍCIO - Roberto Cabrini passou por maus bocados durante uma gravação para o "Conexão Repórter", do SBT. O jornalista viajou para a Colômbia em julho para fazer uma série de reportagens sobre as Farc – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia –, quando foi interceptado por dois dias para averiguações. O grupo levou parte do material, mas algumas imagens foram salvas. A reportagem vai ser exibida na próxima quinta. O curioso é que, em 1995, Cabrini foi capturado no Afeganistão pelo Talibã.
Jornal da TV 12
O JORNA L JORNAL Domingo, 1o de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br