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O JORNA L Maceió, domingo, 10 de outubro de 2010 | Ano XVII | Nº 21 | www.ojornalweb.com
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ALAGOAS
R$ 2,00
Yvette Moura
Quatro meses depois das enchentes, pessoas que perderam suas casas convivem com a incerteza do futuro Páginas A9, A10 e A11
Desabrigados vivem sem perspectivas Eleição mantém diversos setores da economia aquecidos Houve pequena desaceleração, mas segmentos específicos ainda lucram com a disputa no segundoPágina turno A25 Lula Castello Branco
As cores que o amor revela na escuridão
Mais Pró-Amor no Dia das Crianças
Mayana Neiva e a atrapalhada Desirée Crianças com deficiência visual encontram na Escola de Cegos Cyro Accioly uma porta escancarada para a inclusão social. Entre meninos e meninas com essa deficiência, a escuridão ganha cores definidas no acolhimento, carinho e amor que recebem. Página A19
A sustentabilidade se aprende desde criança
Agreste é rota preferida dos ladrões de cargas
No 2º turno, campanha na Internet prossegue
Talita diz que sua meta é medalhar nas Olimpíadas
As operações policiais na semana que passou revelam que Arapiraca continua na preferência dos ladrões de cargas como ponto de esconderijo de distribuição do material roubado. A polícia intensifica o combate aos assaltantes. Página A21
Como ocorreu no primeiro turno da eleição deste ano, as ferramentas da Internet continuam sendo usadas na segunda etapa do pleito. A principal aposta é no Twitter, através do qual os candidatos interagem com seus eleitores. Página A3
Atual campeã do Circuito Nacional de Vôlei de Praia, a “alagoana” Talita concedeu entrevista a O JORNAL e falou de projetos. A jogadora iniciou a carreira no CRB e sonha em buscar uma medalha na Olimpíada de 2012, em Londres. Esportes
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O JORNAL
Política A2
Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br
PSOL E PCB E fica a expectativa para as reuniões, esta semana, do Psol e do PCB para definir o posicionamento das legendas sobre o segundo turno das eleições em Alagoas. Ambas tiveram candidatos a governador no primeiro turno. No caso do Psol, a prioridade, inclusive do candidato Mário Agra, era a candidatura ao Senado da vereadora Heloísa Helena, que acabou em terceiro lugar na disputa. Já o PCB, do candidato Tony Cloves, ganhou destaque pelo discurso radical adotado pelo candidato e pelo partido contra os concorrentes mais fortes da disputa. Em entrevistas, Cloves já vem adiantando que deve ficar neutro na disputa do segundo turno entre Ronaldo Lessa (PDT) e Teotonio Vilela Filho (PSDB).
SABATINAS... A Comissão Pastoral da Terra largou na frente na "maratona" de sabatinas pela qual os dois candidatos ao governo que estão no segundo turno - Ronaldo Lessa (PDT) e Teotonio Vilela Filho (PSDB) - passarão até a eleição. A CPT fez convites para entrevistas durante a edição da Feira da Reforma Agrária, na Praça da Faculdade, entre os dias 13 e 16 deste mês.
... DA CPT O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) será o primeiro entrevistado, na manhã do dia 13, e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) participa do bate papo no dia 14. O programa "Café Camponês" pretende debater temas ligados a reforma agrária, produção rural e movimentos sociais.
ANTECIPAÇÃO Por meio da Portaria 613/2010, assinada pelo desembargador-presidente Estácio Luiz Gama de Lima, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antecipou para amanhã o feriado referente ao Dia do Servidor Público, que é comemorado dia 28 de outubro. A medida se dá, segundo o TRE, por causa da realização do segundo turno das eleições 2010 no dia 31 deste mês e do desenvolvimento das diversas atividades de preparação e de logística que ocorrerão na semana que antecede o pleito. Quanto ao dia 28, o horário de expediente será normal na sede do TRE, em Maceió, e em todos os cartórios eleitorais da capital e do interior.
Domingo, 10 de outubro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Quem ficou no 1º turno tem até 2 de novembro para prestar contas Informação é do TSE; obrigação também se estende para vices e suplentes Da Editoria de Política, com TSE
Todos os candidatos que disputaram o primeiro turno das eleições 2010 no domingo passado e que não vão concorrer ao segundo turno têm até 2 de novembro para prestar contas à Justiça Eleitoral dos recursos recebidos e gastos na campanha . A obrigação da prestação de contas se estende, inclusive, aos candidatos a vice e a suplente. Quem renunciou ou desistiu da candidatura tem de prestar contas até o período que participou do processo eleitoral. Esse também é o último dia
para a apresentação das contas dos comitês financeiros e dos partidos políticos. As contas de comitê financeiro único e de partido político que tenha candidato ao segundo turno, relativa à movimentação financeira realizada até o primeiro turno também deve ser entregue até o dia 2 de novembro. Os candidatos e vices que disputarão a presidência da República e o governo do Distrito Federal e de oito estados (Alagoas, Amapá, Goiás, Paraíba, Piauí, Rondônia, Roraima e Pará), no próximo dia 31, devem apresentar as
contas até 30 de novembro. Até esta data, o comitê financeiro e o partido político que tenha candidato na disputa do segundo turno também deve apresentar prestação de contas complementar, que abrange a arrecadação e aplicação de recursos de toda a campanha eleitoral. As contas de candidatos a presidente da República são analisada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos demais (governador, senador, deputado federal, deputado estadual/distrital) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado por onde o candidato concorre. A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos tem de ser publicada
até oito dias antes da diplomação. O último dia para a diplomação dos eleitos é 17 de dezembro. SANÇÕES - A não prestação de contas impede a obtenção de certidão de quitação eleitoral no curso do mandato ao qual o candidato concorreu. Os candidatos ainda podem responder por abuso do poder econômico. O partido, por si, ou por intermédio de comitê financeiro que descumprir as normas de arrecadação e gastos de recursos da campanha eleitoral perderá o direito ao recebimento da quota do fundo partidário do ano seguinte ao da decisão.
Enchentes: DNIT repassou na sexta mais R$ 100 milhões a AL e PE O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) repassou aos estados de Alagoas e Pernambuco, na tarde da última sexta-feira, os R$ 100 milhões que serão utilizados na reestruturação de estradas estaduais e vicinais, nos acessos a municípios e distritos, além da reconstrução de pontes e contenção de encostas
em áreas atingidas pelas chuvas do mês de junho. Os recursos foram transferidos por meio das Notas de Empenho 2010NE000297 e 2010NE000298. A previsão era enviar os recursos na próxima semana, mas o DNIT antecipou a transferência para a última sexta-feira. Cada estado recebeu R$ 50
milhões. Estes recursos são complementares aos R$ 72 milhões liberados pelo DNIT em julho para a realização de obras emergenciais restabelecendo o tráfego em rodovias e pontes atingidas pelas chuvas. O DNIT integra o gabinete de crise do Governo Federal que, imediatamente após as chuvas, esteve nas regiões alagadas em reu-
nião com os governadores para definir as providências a serem adotadas na recuperação dos estragos. A responsabilidade pela fiscalização da aplicação dos recursos está a cargo do DNIT, com interveniência da Controladoria Geral da União (CGU), que acompanha, passo a passo, a execução das obras emergenciais.
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Política
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Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
NÚMEROS DE RISCO Alagoas tem 2 milhões 33 mil e 483 eleitores, mas nem todos foram votar, e entre os que foram tem 232 mil e 360 eleitores que anularam o voto para governador. São números oficiais, que foram divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Dos mais de 2 milhões de eleitores, o TRE registrou o comparecimento às urnas de 1 milhão 583 mil e 844 eleitores – e, desses, 1 milhão 351 mil 484 votaram para governador. Mais de 200 mil optaram por anular o voto para o governo do Estado. Ou seja: dos mais de 2 milhões de eleitores, o TRE registrou apenas 1 milhão 351 mil e 484 votos válidos. Mas o pior vem com o gigantesco número de abstenções – que, no primeiro turno, somou 22,11% ou 449 mil 639 eleitores. O número de abstenções foi maior que a votação dada a Lessa e Collor, individualmente, e quase a totalidade dos votos para Téo Vilela – que obteve oficialmente 534 mil 962 votos e Lessa 394 mil 155 votos. Somando os 449 mil e 639 eleitores que se abstiveram de votar, com os 232 mil e 360 eleitores que anularam os votos para governador tem-se: 781 mil e 999 eleitores que podem ser conquistados no segundo turno. Uns, pelo convencimento de irem votar; outros, pelo convencimento e não anularem o voto. São números frios que refletem a realidade preocupante das ruas, pois significam que quase a metade do eleitorado do Estado não se interessou pela eleição majoritária. É o perigoso tanto faz como tanto fez.
ALÔ
CHANCE
O senador Fernando Collor (PTB) telefonou para a ex-prefeita e agora deputada federal Célia Rocha (PTB), e os dois conversaram por meia hora. Collor foi direto ao dizer que o candidato do PTB para governador é Ronaldo Lessa.
O candidato a governador pela “Frente de Oposição”, Ronaldo Lessa, vai aproveitar o máximo o “guia eleitoral” para desfazer a imagem que ficou embaçada no primeiro turno sobre a questão do registro de sua candidatura.
“Campanha virtual” continua no 2º turno das eleições deste ano Candidatos não dispensam o Twitter na hora de interagir com eleitores Gilson Monteiro Repórter
A rede social Twitter foi o meio de comunicação usado pelo senador Fernando Collor (PTB) para agradecer aos eleitores pelos 389.337 votos obtidos na disputa pelo governo do Estado. O recado, postado na manhã da última segundafeira, dia seguinte à eleição, mostra que, muito mais do que uma forma de pedir voto, a internet revelou-se um eficiente canal de aproximação entre candidatos e eleitores, colocando a rede mundial de computadores como mais uma importante, e não menos indispensável plataforma de campanha eleitoral. Durante todo o primeiro turno, tornou-se comum o diálogo instantâneo entre candi-
datos, majoritários ou proporcionais, e eleitores, sobre o que estava acontecendo no cenário político. E a disputa virtual não deverá ser abandonada agora no segundo turno, quando a disputa se resume a apenas dois candidatos. Segundo os coordenadores de campanha dos candidatos que disputam neste segundo turno o Executivo em Alagoas, a internet continua o “kit” de mídia das duas candidaturas. No Twitter, ferramenta recente, que ainda não existia em pleitos anteriores, o candidato Ronaldo Lessa (PDT) tem 1.126 seguidores, como são chamados os internautas que acompanham determinadas páginas; o tucano Teotonio Vilela Filho (PSDB) alcançou, até o momento, 1.588 seguidores. O jornalista Joaldo Cavalcante, da coordenação de campanha do candidato Ronaldo Lessa, avalia que as redes sociais, como o Twitter, não chegaram a angariar votos, mas
mostraram sua eficiência como um importante canal de comunicação entre o candidato e os eleitores internautas. “Foi uma experiência nova para todos, eleitores e candidatos. No caso do Twitter, essa ferramenta ajudou muito a disseminar o dia-a-dia do candidato, para onde iríamos, tirávamos dúvidas do eleitor, comentários a respeito do que era veiculado no horário eleitoral da TV. Muitos formadores de opinião, inclusive, se pautavam pelo que viam nas redes sociais no final da noite ou no inicio da manhã”, avalia o jornalista. “Quanto a angariar votos, acho que ainda não foi por aí. A internet, que em Alagoas deve chegar a umas 600 mil pessoas, tem um público diferenciado, e apenas parte desse total acessa as redes sociais, esse público é formado por pessoas que tem um nível de escolaridade e de politização maior, que tem um padrão de vida diferenciado. Acho que internet
serviu mais para democratizar o debate”, avalia Joaldo Cavalcante. TUCANOS - Um dos resultados observados no uso da internet pela coordenação de campanha da coligação encabeçada pelo tucano Teotonio Vilela Filho foi a repercussão do horário eleitoral, por meio dos vídeos disponibilizados no site Youtube. “O Twitter foi a grande arma da campanha deste ano. Seja para criticar, elogios, informar sobre denúncias de irregularidades cometidas pelos candidatos adversários, o twitter foi muito usado nesta campanha. Outro resultado positivo foi que os vídeos do horário eleitoral foram disponibilizados no youtube, e era muito acessado. Alguns programas tiveram milhares de acesso. Foi uma ferramenta muito importante em nosso marketing eleitoral”, teoriza o coordenador da campanha, Marco Fireman.
FICHA ESTÁ LIMPA Lessa diz que foi prejudicado no primeiro turno, mas no segundo turno tudo será diferente.
JURA
FICA
- “Minha gratidão ao doutor João Lyra é eterna” – disse o prefeito Cícero Almeida (PP), ao comentar que “vibrou muito” com a vitória de João Lyra. “Foi o meu candidato a deputado federal” – jurou Cícero Almeida.
Derrotado na disputa por uma vaga na Câmara Federal, o ex-superintendente da Polícia Federal, o cearense José Pinto de Luna, continuará domiciliado em Maceió e anunciou que vai atuar como advogado na área federal.
PORTA FECHADA Pinto de Luna obteve 24 mil 180 votos, mas se queixa por ter sido “discriminado”. Ele isenta o PT e culpa a coligação pela discriminação sofrida.
LÍDER
FORA
Em Palmeira dos Índios, o grande vencedor da eleição é “in memória”. Trata-se do conselheiro Geraldo Sampaio, falecido no começo do ano e que, mesmo no túmulo, conseguiu dar à filha Patrícia (PT), candidata a deputada estadual, 2 mil 663 votos.
Mas, Patrícia foi a única dos quatro candidatos à Assembléia Legislativa mais votados em Palmeira, que não conseguiu se eleger. Ricardo Nezinho (1 mil 291 votos), Flávia Cavalcante ( 1 mil 266 votos) e Fernando Toledo (1 mil e 76 votos) se elegeram.
EM QUEDA LIVRE Arapiraca, que já contou com cinco representantes na Assembléia Legislativa, agora só tem dois deputados: Ricardo Nezinho e Severino Pessoa.
TREINO INTENSIVO Ocorre que o deputado Ricardo Nezinho é, hoje, o candidato a prefeito da preferência do prefeito Luciano Barbosa, em 2012.
EXPRESSAS A Krona Nordeste anuncia para 21 que vem o início da construção de sua fábrica em Alagoas, para produção de tubos e caixa d´agua de PVC. Eleita deputada federal, a ex-prefeita Célia Rocha (PTB) está percorrendo os municípios onde foi votada para agradecer o eleitor. Foram 96 municípios. Na semana passada, apenas os vereadores João Santos e Adalberto Saturnino compareceram à Câmara Municipal. Mas, duas andorinhas só não fazem Verão – logo, também não faz sessão e a Câmara mais uma vez não se reuniu. O mal da ressaca da eleição não atinge apenas a Câmara de Vereadores de Arapiraca; em Maceió a Câmara Municipal também não se reúne há tempo.
Equipe de Lessa diz que Twitter serve de canal de comunicação com eleitores
Assessoria de Vilela afirma que microblog é “grande arma da campanha”
Especialista avalia que disputa é “laboratório” Especialistas consideram as eleições 2010 uma espécie de “laboratório” do uso das ferramentas disponíveis na rede, como Twitter, Orkut e websites em um processo eleitoral. Para a especialista em marketing eleitoral, e diretora da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Gil
Castilho, a internet não chega a ser determinante numa campanha eleitoral, pelo menos no Brasil, mas se revelou um canal eficiente de mobilização, sobretudo para a militância políticopartidária. “Independente de o Estado ter uma exclusão digital acen-
tuada, como é o caso de Alagoas, e outros, a internet ainda não decidirá a eleição. Mas o que temos observado, é que as redes sociais se revelaram um meio eficiente de mobilização. Tornou-se muito comum o diálogo entre a militância, a abertura do debate. É uma função que vai sendo descober-
to, neste primeiro momento, onde as eleições gerais de 2010 acaba representando um grande laboratório da utilização dessas novas ferramentas numa campanha eleitoral. Posteriormente é que poderemos dizer o que se mostrou mais ou menos eficiente”, teoriza a especialista. (G.M.)
Candidato Tony Cloves vira fenômeno no Twitter Um episódio emblemático no Estado da repercussão dos candidatos no universo virtual foi a visibilidade conseguida pelo candidato a governador do PCB, Tony Cloves, no Twitter. O candidato, relegado ao esquecimento dos que não pontuavam nas pesquisas de intenção de votos, virou fenômeno no microblog, no decorrer de debate entre os candidatos a governador na TV Pajuçara, afiliada da Rede Record de Televisão. Enquanto o debate do dia 20 de setembro estava em andamento, Cloves se tornou fenô-
meno no microblog, que lotou de comentários sobre o desempenho do candidato. Durante um bom tempo, o candidato liderou o ranking dos mais comentados no Twitter. Enquanto Tony Cloves lançava suas farpas contras os adversários, ao vivo pela TV, “twitteiros” alagoanos não pararam de comentar e a prestar atenção no candidato, até então pouco expressivo. Vários internautas do Estado chegaram a deixar recados no microblog em língua estrangeira, chamando a atenção de internautas de outros países. O
candidato não só atribuiu sua notoriedade ao twitter e demais redes sociais, como acredita que conseguiu votos após o sucesso entre os “twitteiros”. “Acredito que entres os candidatos majoritários eu fui o que mais se destacou na internet. Depois do sucesso no debate, que repercutiu no Twitter, o Brasil inteiro quis saber quem era Tony Cloves. Consegui um espaço muito grande graças à internet. Ganhei essa projeção e acredito que, com certeza, consegui mais votos graças a essa projeção pela internet”,
afirma o candidato, que além de ser sucesso no Twitter, também tem várias comunidades no Orkut. “Comecei a usar o Twitter depois da campanha, e achei muito útil. E agora já tem muitas comunidades no Orkut com o ‘Obama do Sertão”, isso me deu uma visibilidade muito grande. A internet se mostrou um termômetro muito importante no processo eleitoral, que só tende a crescer”, teoriza o candidato, que obteve 8.758, ou 0,65% dos votos válidos na disputa majoritária. (G.M.)
Eleitos deste ano aprovaram o uso de ferramentas Para alguns candidatos da disputa proporcional, a internet foi mais do que um canal de interação entre candidatos e eleitores. O deputado estadual e candidato eleito a deputado federal Rui Palmeira (PSDB), se surpreendeu com o grande número de eleitores que solicitavam material de campanha pelo twitter. “Foi bem interessante essa primeira experiência com a internet numa campanha eleitoral em maior escala. Foi um grande canal de interação com o eleitor sim, mas o que mais nos surpreendeu foi o grande
número de eleitores internautas que nos pediam material de campanha pelo twitter. Eram cerca de dez pedidos diariamente, e a equipe de campanha ia até a casa de o eleitor entregar o material. Foi uma surpresa, e que muito nos ajudou nesse processo. Foi uma ferramenta muito eficiente”, avaliou o deputado “Mas além dessa questão dos pedidos do material de campanha, essas redes sociais também foram importante na aproximação com a sociedade. O twitter ajudou muito a espalhar entre os internautas
nossa agenda de campanha, o dia-a-dia de nossa campanha”, concluiu o candidato eleito com 118.363 votos. A assessoria de campanha do candidato eleito a deputado federal, João Lyra (PTB), aproveitou a página do candidato na internet para aprofundar informações que não cabiam no espaço da TV ou do Rádio. “Foram colocados vídeos no Youtube que, no horário eleitoral não couberam na íntegra, ou mesmo vídeos inéditos, que só estavam disponíveis na rede. No site aproveitamos para co-
locar as propostas do candidato na íntegra, aprofundando essa informação. A internet se mostrou muito eficiente nessa aproximação do eleitor com o candidato, e certamente tenderá a crescer nas próximas eleições”, informou a assessoria do candidato. “O melhor da internet é que ela ofereceu um espaço ilimitado para a campanha. Tanto no site quanto nas redes sociais tudo era disponibilizado 24 horas, sem limite de tempo e espaço, isso expandiu muito as ações de marketing”, conclui a assessoria. (G.M.)
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ENTREVISTA/JEFERSON MORAIS
“Vou exigir que a lei seja cumprida” Alexandre H. Lino Repórter
deputado estadual Jeferson Morais (DEM) recebeu 38.043 votos na eleição deste ano e conquistou de vez o mandato que exerceu como suplente diversas vezes nos últimos quatro anos. Ele avalia que soube consertar os erros cometidos em 2006 para conquistar uma das 27 vagas na Assembleia Legislativa. De família humilde, Morais afirma que trabalhou muito na vida para chegar onde chegou. Jornalista, radialista e um dos mais famosos apresentadores da história da TV alagoa-
O
na, ele diz que resolveu entrar na política “para cumprir o que considera como uma missão”. Preocupado com os mais pobres, o deputado estadual aponta para necessidade de moralização da política, sem esquecer de que o trabalho tem que ser aliado a Educação, sem se esquecer da atuação com parceiros, do poder público e da iniciativa privada. Bem humorado, ele conversou por mais de uma hora com O JORNAL na última quinta-feira, ainda comemorando a expressiva votação que o fez ser o candidato mais votado em Maceió. Na entrevista falou sobre seus projetos, especialmente na área de segurança, bem como analisou a atual Mesa Diretora a eleição para o futuro presidente da Assembleia e o segundo turno para o governo de Alagoas. Fotos: Marco Antônio
- Você surpreendeu nas urnas? - Me surpreendi com os mais de 38 mil votos que recebi. Eu não esperava que o povo alagoano fosse ser tão generoso comigo. O que mais me orgulha não é o mandato conquistado, mas este apoio popular. São mais de 38 mil votos, todos limpos.
com que essas negociações não ocorram em um ritmo ainda mais acelerado. Essa indefinição atropela um pouco qualquer decisão. Já fui procurado por três grupos que foram formados para disputar a Mesa Diretora,mas tudo isso passa pelo crivo de quem será o próximo governador. Afinal, o governo tem uma influência muito grande, como sempre teve, na escolha do futuro presidente da Assembleia.
cia de um homem empreendedor como João Lyra, que vem da iniciativa privada sem se descuidar com o povo mais simples e a juventude de uma novidade na política como o deputado Rui Palmeira (PSDB), que vem de uma família tradicional, mas se mostrou um destaque na Assembleia. Já no Senado você tem a grata surpresa que foi a vitória de Benedito de Lira (PP), que foi o grande vencedor desta campanha – que fez uma campanha muito inteligente e vibrante, que uniu o bom humor a prestação de contas do trabalho. Sem contar a manutenção do mandato do senador Renan Calheiros (PMDB). Resumindo: Alagoas só tem a ganhar.
- E quais seriam os motivos desta votação? - Primeiro: o trabalho que venho fazendo há mais de 15 anos na televisão. Segundo: o fato de não ter cometido os erros do passado. Em 2006, eu aparecia como um dos favoritos, cometi uma série de erros e terminei não me elegendo. Também utilizei uma ferramenta - Você foi o poderosa: a internet. O que era legal, “Me surpreendi único comunicador eleito entre em todas as redes com os mais tantos que foram sociais, eu utilizei. Percorri a pé, cida- de 38 mil votos candidatos. Qual foi o diferencial? des e ruas, enquan- que recebi” A profissão ajuto tive forças físidou? cas, dando priori- Ser um comunicador audade a grande Maceió. menta mais a minha responsa- Existiram parceiros nessa bilidade. Como jornalista, como radialista, como apresentacaminhada? - É claro. Fiz parcerias com dor do Fique Alerta, na TV pessoas idôneas, de bem, e que Pajuçara, ganhei muita visibiassim como eu queriam o bem lidade, mas sei que não posso de Alagoas. Posso citar o depu- jogar isso fora. Sem essa visitado federal João Lyra (PTB), bilidade eu não teria como eleque foi um parceiro determi- ger da forma como elegi, de nante nessa minha caminha- uma forma limpa, sem comda; o [ex-]deputado José Tho- pra de votos, sem cadastros, e maz Nono, o ex-deputado Ge- com muita campanha. Eu reorge Clemente, que deu uma presento uma categoria, os jorforça muito grande em São nalistas, os radialistas e com Miguel dos Campos, além de isso eu tenho uma responsabiuma equipe pequena, mas lidade muito grande. As pessoas depositam na muito aguerrida e gente muita conque tinha certeza fiança e muita esda nossa vitória. E perança, uma coinessa equipe, eram sa, às vezes, além exemplos, minha do normal, como esposa e minhas fise tivéssemos sulhas, todas nas ruper poderes para as, fazendo panfleresolver todos os tagens e pedindo problemas. O covotos. A minha municador não garra, a minha distem. A gente deposição e a vontanuncia e cobra. Code de vencer foram mo deputado eu determinantes em vou atuar em duas toda campanha. frentes: vou denunciar e vou exi- Comemorou “Alagoas só muito? tem a ganhar gir que a lei seja cumprida. - Claro. O melhor de tudo nessa com a bancada - Quais as priohistória é poder que foi eleita” ridades? chegar a Assemble- Segurança. Eu ia sem ambições, de cabeça erguida, sem dever tenho vários projetos nessa nada a ninguém, e com votos área, mas não posso descartar limpos, conquistados em uma que também vou priorizar a campanha rua a rua, onde Educação. Vou fazer de tudo apresentei meus planos, mi- para ser um deputado diferennhas ideias para resolver nos- ciado, para mostrar aos demais parlamentares que nós não posos desafios. demos ter uma Assembleia - E quais surpresas nós ti- desmoralizada, onde a população não respeita. Uma Asvemos na bancada federal? - Alagoas só tem a ganhar sembleia que não é alvo de gocom a bancada que foi eleita. zação, de piada e de chacota. É uma bancada com a sensibi- Uma Assembleia que tem a lidade de uma mulher como conta de energia cortada, que Célia Rocha (PTB), alguém que é apontada como centro de representa o Agreste e o Sertão roubalheira...Eu vou fazer com muito afinco; a experiên- minha parte para que a popu-
- Jeferson Morais é candidato a presidente? - A princípio não, mas se houver um consenso, garanto que estou pronto. Agora a pergunta tem que ser: com o meu perfil de tratar as coisas, eu seria um bom presidente para os deputados? Eu creio que não. - E a eleição para o governo? - É a mais acirrada dos últimos 30, 40 anos. Agora temos dois candidatos que lutaram muito e estão na disputa do segundo turno. O Téo em quem votei e o Ronaldo Lessa. Acredito na vitória de Téo, mas não podemos subestimar a força política de Lessa. Quem vai determinar o resultado é o guia eleitoral. O alagoano vai saber escolher o melhor. Tomara que seja um governador com forca política suficiente para acabar com os problemas de Alagoas, especialmente garantir mais segurança ao cidadão. Nós estamos bem perto de viver um clima de guerra civil.
aquela fase, já que eu tinha a plena convicção de que aquilo era um momento, era passageiro, era um mandato que não era muito legítimo. E tudo que passei ali me ensinou bastante. As provações, humilhações, provocações me fizeram aprender. Resolvi então trabalhar de verdade pela minha eleição. Eu não aceitei o resultado de 2006, pois eu poderia ter ido mais além do meu desempenho. Agora creio que cada caso é um caso. Lamento muito “A parte por eles, mas fiz minha parte. financeira da
lação tenha uma outra visão do que é o trabalho de um deputado. A visão de que Assembleia é um poder. E é um poder que pode ser mais presente na vida de todos, pois tudo passa por aquela casa.
- Você assumiu em 2008 na “bancada dos suplentes” que tiveram a oportunidade de assumir os mandatos dos deputados afastados pela Operação Taturana. No entanto, dentro daquele grupo, só você teve uma votação expressiva. Onde foi que eles erraram? - Qual sua ava- Primeiro: la- Assembleia liação da atual mento. Porque com é uma Mesa Diretora? eles eu tive a chan- A Assembleia ce de conviver com caixa-preta” tem hoje um presipessoas especiais, a exemplo do Dino Filho, do dente como Fernando Toledo, Manoel Sant’anna e do George por quem eu tenho um apreço Clemente [que não foi candi- muito grande. Ele é uma pesdato], entre outros. Passada soa de fino trato, que encontra
dificuldades para gerir aquela Casa. Até porque, a bem da verdade, a parte financeira da Assembleia é uma caixa-preta. Porque sempre que acontece um problema se remete ao ano de 1994. Como não estava lá eu ainda não tenho o conhecimento se o débito é do passado. Eu como deputado não sei, nem a população...mesmo assim avalio o trabalho da Mesa Diretora atual como regular. Espero uma Mesa que possa trabalhar bem mais.
- Seria o crack? Este, talvez, seja o principal problema do Brasil. O governo federal não se mostrou competente e não consegue fechar nossas fronteiras. E o crack não é uma droga feita aqui, ela vem de fora, e precisa ser barrada na fronteira. É uma porta aberta para o tráfico de armas e de drogas. Então, o combate tem que ser feito aqui. Hoje, dificilmente, você vê um “cheira-cola” nas ruas de Maceió. Eles sumiram. Melhor: eles viraram os “nóias”. Eles cheiravam cola para matar a fome, agora fumam crack. O jovem é atraído para o vício e depois que experimenta não consegue mais deixar. Ele começa a gastar o pouco que tem, depois passa a fazer pequenos furtos dentro de casa, daí é um pulo para começar a roubar na rua. Quando não consegue é que a coisa piora, pois existe uma lei no tráfico, o traficante não perdoa quem usa e não paga.
- E isso termina como? - Traficante não aceita calote. Morre como exemplo. As mortes que estamos vendo são fruto do crack. É a droga que desbancou a maconha. É uma droga nova que vicia muito rápido e se espalha, eu diria que é a cocaína do pobre. Eu diria hoje que de cada 10 mortes em Maceió, nove tem relação direta com o mundo das drogas. E dessas nove - E você já tem “Estamos bem mortes, as nove são cometidas com posição sobre a perto de viver armas de fogo. O eleição da Mesa problema do crack Diretora para o um clima de está no Santos Dubiênio 2011/2012? guerra civil” mont, passando na - Já teremos Pajucara, Farol, conversas neste fim de semana. Muitas reuniões e Bebedouro, Ponta Verde. Está sondagens já estão acontecen- na periferia e nas coberturas do, mas o fato de estarmos à dos mais ricos. O crack mata beira de um segundo turno faz mais do que imaginamos.
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Deputados criticam ativismo judicial Parlamentares afirmam que Supremo Tribunal Federal está legislando ao prolatar decisões que contrariam as leis Agência Câmara No mês passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) liberou os juízes para sentenciar traficantes com penas alternativas, derrubando proibição contida na Lei Antidrogas (11.343/06). Às vésperas da eleição, o STF derrubou a obrigatoriedade de o eleitor apresentar dois documentos para votar, prevista na Lei 12.034/09. Além disso, o tribunal discute a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições deste ano. Para o deputado João Campos (PSDB-GO), o Judiciário praticamente legisla em suas decisões. Ele citou o caso da súmula vinculante que disciplinou o uso de algemas somente em casos excepcionais, quando há ameaça concreta à segurança alheia. A decisão foi tomada com base em um único caso e se tornou precedente jurídico para todas as situações. “É uma inversão de papéis. Daqui a pouco, alguém é preso pela polícia, o judiciário demora a julgar e é a Câmara quem dará a sentença?”, questionou o parlamentar. Segundo ele, o ativismo judicial vem mais da necessidade de afir-
mação do Judiciário junto à sociedade do que por outras circunstâncias, como uma crise de funcionalidade do Legislativo. READEQUAÇÃO - O deputado Regis de Oliveira (PSCSP) não acha que esteja havendo a substituição de um poder pelo outro. “A gente pode criticar, por exemplo, a súmula das algemas. Isso pode causar mal-estar inicial, mas é fruto do espaço dado pelo Legislativo e da interpretação judicial”, explicou o parlamentar. Segundo ele, a democracia brasileira passa por um momento histórico de readequação de funções dos poderes. “O Legislativo tem sido titubeante em algumas decisões. O Judiciário, então, tem invadido essa esfera e imposto suas decisões”, disse Oliveira. Para o deputado, a politização do Judiciário é uma atitude positiva. Oliveira cita, como exemplo, o caso de decisões judiciais sobre direito a remédios e internações, independentemente de análise orçamentária. O Judiciário, segundo ele, é obrigado a “interpretar” a Constituição nas normas relativas ao direito à saúde.
Como exemplo de decisões conflitantes entre os poderes, João Campos cita a súmula vinculante que disciplinou o uso de algemas em presos
Na opinião do deputado José Genoíno (PT-SP), a relação entre os três poderes precisa de um novo formato, que deve ser definido por uma reforma po-
Especialista culpa crise do Legislativo O constitucionalista Luís Roberto Barroso afirma que a expansão do ativismo judicial tem suas raízes na crise de representatividade do Legislativo. As afirmações foram feitas em artigo publicado na revista eletrônica da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo ele, a justiça constitucional tem avançado sobre atribuições dos poderes Legislativo e Executivo em grande parte dos países ocidentais desde o final da Segunda Guerra. Barroso cita casos como a eleição presidencial dos Estados Unidos em 2000, que acabou sendo decidida pela Suprema Corte. O ativismo judicial, na visão do professor de direito constitucional da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (Uerj), se expressa em condutas como a aplicação da Constituição em situações não explícitas no texto da norma e a declaração de inconstitucionalidade de atos normativos do legislador. Para Barroso, o ativismo é contrabalançado pela auto-contenção judicial – quando o Judiciário procura restringir sua interferência nas ações de outros poderes. “O movimento entre as duas posições costuma ser pendular e varia em função do grau de prestígio dos outros dois poderes”, afirmou. Na avaliação do constitucionalista, o aumento do ativismo da STF é reflexo de “uma persistente crise de representatividade, legitimidade e funcionalidade do Legislativo”. Segundo ele, a solução seria a adoção de uma refor-
ma política para fomentar a legitimidade partidária e reaproximar a classe política da sociedade civil. PRODUÇÃO - O deputado João Campos (PSDB-GO) não concorda com a opinião de inércia do Legislativo para justificar a ação do Judiciário. Para ele, o parlamento brasileiro tem uma produção legislativa de qualidade significativa apesar dos embaraços, como a edição de medidas provisórias “sem nenhum critério” pelo Executivo. “É como se as pessoas quisessem destacar áreas nas quais o legislativo ainda não deu a resposta. E, a partir disso, justificar o ativismo judicial e classificar o legislativo como omisso”, criticou o parlamentar.
PRINCIPAIS DIVERGÊNCIAS NOS ÚLTIMOS ANOS - Cassação de José Dirceu: na visão de membros do Congresso, o Supremo invadiu a esfera interna corporis da Câmara para determinar como se faria o procedimento de cassação, por ter visto ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa; - Limitação poderes da CPI: O Supremo defendeu que as CPIs não tem poder político para revogar, cassar, compartilhar, ou, de qualquer outro modo, quebrar sigilo legal e constitucionalmente imposto a processo judiciário; - Restrição ao uso de algemas: O STF editou súmula vinculante para disciplinar o uso de algemas somente em caso de resistência, de receio de fuga ou de perigo à integridade física; - Fixação de prazos para Congresso legislar: Acórdão do Supremo estabelecendo prazo de 18 meses para o Congresso editar lei complementar para regulamentar a criação de municípios. Na visão do Legislativo houve violação da separação e da harmonia entre os poderes; - Nepotismo: a edição da súmula 13, que proibiu o nepotismo. Segundo o Congresso, o STF criou norma jurídica nova, invadindo a competência do Legislativo.
lítica. “O Legislativo precisa ter mais iniciativa, pois a falta de iniciativa deixa um vácuo para o Judiciário”, argumentou. Genoíno avalia que é ne-
cessário equilibrar a relação entre os poderes para diminuir a tensão na aplicação das atribuições do Estado. “Às vezes, o Congresso não resolve e
acaba transferindo [a solução] para o Judiciário. Mas há também agentes do Legislativo que acabam judicializando a política”, afirmou o parlamentar.
Michel Temer critica o impasse na Ficha Limpa Congresso em Foco O candidato a vice-presidente da República na chapa da petista Dilma Rousseff, deputado Michel Temer (SP), criticou a falta de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à aplicação da Lei da Ficha Limpa para as eleições deste ano. Segundo Temer, ao arquivar o recurso do ex-candidato a governador de Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) – que, para fugir dos efeitos da lei, renunciou à candidatura e pôs a esposa em seu lugar –, o STF não agiu em sintonia com a sociedade. “É importante termos uma decisão sobre a matéria. Ao deixá-la sem resposta, o Supremo cria uma insegurança jurídica em relação ao próprio sistema eleitoral, uma vez que vários candidatos eleitos estão sub judice”, disse Temer ao Congresso em Foco, lembrando que a proposta, por ser de iniciativa popular referendada pelo Legislativo e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem o respaldo da opinião pública e dos poderes – a despeito do impasse no Judiciário. A indefinição do STF levou o Congresso em Foco a propor um abaixo-assinado pedindo aos ministros da corte que definam o mais rápido possível se a Lei da Ficha Limpa vale ou não para as eleições deste ano, acabando, assim, com tamanha insegurança jurídica. Temer comentou também a iniciativa do site. “A internet é um campo livre, aberto para a
Temer diz que postura do Supremo cria “insegurança jurídica”
população, como outros campos que têm surgido nos últimos anos. É importante ter esse tipo de espaço para esse apelo popular”, disse Temer, para quem a manifestação popular por meio da internet é “útil”. CONTRA O ABORTO As declarações foram dadas depois de gravação que Temer fez, em seu gabinete pessoal na Câmara, para o programa religioso do deputado Bispo Rodovalho (PP-DF) na TV Genesis. Por decisão da Justiça Eleitoral, Rodovalho foi destituído do cargo por infidelidade partidária, mas a Mesa Diretora ainda não analisou seu caso e as informações parlamentares ainda constam da página eletrônica da Câmara. Na condição de presidente da Casa, Temer tem poder hierárquico sobre o colegiado. Segundo Temer, o programa servirá para a elaboração de seu perfil no programa de Rodovalho. Presidente nacional do PMDB, Temer disse que a questão do aborto – tema que tem atormentado a presidenciável petista, cujo eleitorado católico e evangélico se posiciona contra práticas abortivas – foi abordada na conversa com
o deputado pelo Distrito Federal. “Registrei minha posição contra o aborto, mas acrescentei que não é bom misturar questões de fé com assuntos de Estado”, ressalvou o deputado, lembrando os preceitos constitucionais que definem o caráter laico (alheio à religião) do Estado. Na defesa de Dilma – que, em abril de 2009, admitiu ser a favor do aborto em entrevista à revista Marie Claire –, Temer foi enfático e otimista. “Dilma será presidente do Brasil, de todos os setores da sociedade. É muito perigoso misturar os temas [religião e aborto]”, ponderou, acrescentando que a legislação vigente, que proíbe o aborto, deve ser mantida. Temer disse ainda que, apenas depois das eleições os deputados iniciarão o diálogo para sua sucessão na Presidência da Câmara. Quanto à eleição presidencial, o deputado disse que os mais de 700 mil votos obtidos no Rio de Janeiro pelo exgovernador fluminense Anthony Garotinho (PR) – ameaçado pelo Ficha Limpa, aliás – podem servir a Dilma. “Acho que ele pode ajudar com esses votos. Não sei se eram, inclusive, votos evangélicos”, disse Temer.
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O JORNAL
Opinião A6
O EIA e suas dificuldades “Sejam identificados e avaliados antes que as intervenções do homem no meio ocorram” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental As atividades desenvolvidas pelo homem provocam alterações nas características do meio físico, biótico e antrópico, as quais podem ser benéficas e adversas. Essas modificações são denominadas de impactos ambientais. Como impacto ambiental, entende-se qualquer alteração significativa no meio em um ou mais de seus componentes provocados por uma ação humana. Embora impacto ambiental seja sempre referido a uma ação do homem, podem também, resultar de fenômenos naturais. Os impactos ambientais podem ser positivos ou negativos, ou seja, ser benéficos ao homem e ao meio ou causar-lhe danos. É necessário que esses impactos sejam identificados e avaliados antes que as intervenções do homem no meio ocorram, para que sejam adotadas medidas visando a minimizá-los ou a evitá-los. O Estudo de Impacto Ambiental é um estudo que serve para analisar/identificar os mais variados impactos ambientais para implantação de diversos empreendimentos ou obras. No entanto para sua elaboração alguns problemas são identificados. Começaríamos pela distinção entre o papel dos técnicos que elaboraram os estudos e o público. A função dos autores do estudo é descrever objetiva e cientificamente as mudanças que poderão ocorrer devido à implantação de um dado projeto. A função do público é decidir se essas mudanças, com base nas informações apresentadas nos estudos, em suas expectativas ambientais, sociais e econômicas, são aceitáveis (boas) ou não (más), isso mostra que um EIA (Estudo de Impacto Ambiental) não pode ficar restrito às empresas de consultoria, órgão de controle ambiental e Conselhos Estaduais de Meio Ambiente. Há permanente necessidade de participação da comunidade. Outra questão é a avaliação do custo ambiental. Quanto vale, em termos de ecossistema, um recurso hídrico, um manguezal ou uma determinada espécie de vegetação? O que terá maior valor econômico, social, cultural e ambiental: preservar uma área ou introduzir na mesma uma dada tecnologia? Dentre os principais motivos do fracasso dos estudos de impactos ambientais podemos citar: erros de generalização de critérios de conclusão, prazos irreais para realização do trabalho, dados científicos incompletos ou não confiáveis, falta de informações atualizadas, má apresentação dos resultados, falta de coordenação e de uma síntese articulada, adequada, das informações obtidas. A esses motivos podemos acrescentar, entre nós, a falta de séries históricas, que permitam evitar, com maior correção, o comportamento de certas variáveis ambientais. Os erros de generalização de critérios de conclusão podem manifestar-se de vários modos, como por exemplo, através de avaliações que não contribuem para uma decisão efetiva sobre o projeto. Uma dificuldade frequentemente observada no Brasil é o acesso a relatórios e outros tipos de informações existentes. Há muitas informações úteis e de boa qualidade, mas não há catálogos, não há acesso às mesmas. Outra fonte importante de informações são dissertações e teses nas universidades, muitas não publicadas. Ainda que haja catálogos de teses, não há, por vezes, uma boa divulgação a seu conteúdo. Os EIA deveriam ser distribuídos a grandes bibliotecas, as decisões finais devem ser divulgadas rotineiramente em Diário Oficial e, também, em revistas científicas. Aliás, os órgãos de controle ambiental deveriam ter publicações que periodicamente divulgassem as decisões sobre os projetos analisados, etc. As audiências públicas deveriam ser mais dinâmicas e não tão defensivo-expositivo-contestatórias, com debates meramente políticos, como ocorre hoje em dia. Estou convencido de que nenhum sistema de EIA será efetivo, se não dispusermos de planos diretores municipais, de zoneamento, enfim, de políticas de desenvolvimento, do plano de gerenciamento costeiro. É por isso, face à realidade nacional, que muitas vezes nos perguntamos se o que necessitamos, frente a alguns projetos de desenvolvimento, não seria a aplicação da legislação de uso do solo, de controle de poluição, da preservação de mananciais. Quando esses processos estiverem efetivamente implantados, o EIA atingirá plenamente seus objetivos.
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O circo sem graça A Fórmula 1 entrou no rol dos grandes esportes entre o final dos anos 70 e o início dos anos 90. Tempos de Nikki Lauda, Ricardo Patrese, Gerard Berger, Nigel Mansel, Alain Prost e os brasileiros Ayrton Senna e Nelson Piquet. Esses podem ser considerados os anos de ouro do automobilismo mundial. Pilotos de primeira linha que não tinham medo das retas e das curvas e não tiveram a chance de conviver com a alta tecnologia dos carros de hoje em dia. E, falando nos tempos atuais, temos uma lista de pilotos que não empolgam e que muitas vezes fazem com que os resultados sejam muito previsíveis. O “circo da Fórmula 1” gira hoje praticamente em torno de cinco ou seis nomes que se revezam em pódios, com corridas com pouca emoção, onde apenas o detalhe define o resultado. Aos poucos, a tecnologia vem tomando o espaço da genialidade e sendo responsável pelos títulos. E os pilotos brasileiros? De dois gênios caminhamos para um piloto mediano e outro que beira a mediocridade, sem contar os nanicos, que muitas vezes nem se classificam para as corridas. Felipe Massa
bem que tenta, mas ainda não conseguiu apresentar uma constância que o faça seguir a história dos pilotos campeões mundiais. Rubinho, o mais experiente em atuação, conta nos dedos as vitórias que obteve. Mesmo assim, não perdemos a esperança de reviver o passado. Acordamos cedo, muitas vezes de madrugada, para acompanhar todos os lances das corridas. Torcemos por pilotos de outros países, como Fernando Alonso ou Jenson Button, e até aqueles que não sabemos pronunciar os nomes, ou viramos fãs de escuderias como se fossem os nossos amados clubes de futebol. Tudo no intuito de, mais uma vez, levantar o título. Por enquanto, é fácil dizer que, com o que estamos assistindo, com resultados quase que pré-fabricados, fica difícil imaginar um cenário diferente. A Fórmula 1 precisa reciclar-se, renovar-se, para não perder espectadores e ganhar mais e mais adeptos. Com pilotos previsíveis como Sebastian Vettel, Mark Webber e Lewis Hamilton, estamos longe de assistir a essa mudança. É esperar para que a próxima corrida seja a nossa.
Ponto de vista
San
O Chico e suas culturas “Compondo o cenário de onze municípios”
Contabilidade ambiental: um assunto para reflexão “Verifique que providências a empresa está tomando ao assumir determinados riscos” Salézio Dagostim
Contador, especialista em Finanças e professor da Escola Brasileira de Contabilidade Em face da necessidade de um novo planejamento para a sociedade, que inclua medidas de proteção aos escassos recursos naturais do planeta e que promova uma melhor convivência entre as atividades econômicas do ser humano (de produção de bens e serviços necessários à sobrevivência) e o meio ambiente, tem surgido cada vez mais necessidade de controle e planejamento dessas atividades. A contabilidade enquanto ciência tem muito a oferecer nesse âmbito. Esclarecendo essa questão, a Contabilidade Ambiental não se trata de uma nova contabilidade, mas de um conjunto de procedimentos técnicos utilizados pela contabilidade para registrar e informar os procedimentos de proteção ao meio ambiente adotados pela pessoa jurídica que desenvolve atividades que podem provocar danos ambientais. No Brasil, há apenas dois tipos de contabilidade: a contabilidade das pessoas jurídicas de direito privado e a das de direito público. Através dos registros, a contabilidade gera informações que se refletem na demonstração patrimonial e na demonstração econômica, para que o contador analise e decida o que deve ser feito a fim de proteger esse patrimônio. Uma pessoa jurídica é constituída para desenvolver determinada atividade. Se essa atividade provocar danos ao meio ambiente, o Estado, enquanto agente de defesa da sociedade, estabelece normas para evitar esses danos. As normas de proteção e de punição aos agentes que provocam danos ambientais estão previstas na Constituição Federal, no Código Civil, na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, no Código Florestal, na Lei de Política Nacional de Educação Ambiental, na Lei de Proteção à Fauna, etc. Assim, as pessoas jurídicas devem se ajustar a essas normas. É aí que entra em cena a Contabilidade Ambiental, sugerindo às empresas enquadradas nessas atividades de risco que abram na demonstração de resultados um centro de gastos, para identificar os recursos aplicados no combate a esses riscos; e, sugerindo, também, que sejam identificados na demonstração patrimonial os ativos imobilizados e os materiais em estoque que serão consumidos para esse fim. Tudo isso para que o contador possa fazer as suas análises e verificar se haverá diminuição de riscos financeiros futuros por incidentes ambientais; e para que ele possa fazer as análises de riscos para quem tiver interesse em aplicar recursos financeiros nesses empreendimentos. É importante que o contador, ao se deparar com empresas que podem causar danos ao meio ambiente, se preocupe com alguns aspectos e verifique que providências a empresa está tomando ao assumir determinados riscos, e o que ela está fazendo para evitá-los. Vamos tomar como exemplo o caso de uma empresa que constrói uma barragem (como poderia bem ser o de um curtume ou de empresas petrolíferas, entre outras). Nesse caso, é necessário que o contador averigue determinadas questões, como: o que a empresa está fazendo para evitar um possível incidente ambiental? Quais as obrigações futuras dessa atividade? O que pode acontecer se ocorrer alguma falha em sua execução, ou algum evento natural imprevisto? Quais as possíveis consequências disso? Essa empresa está retendo recursos financeiros para constituir reserva para pagar eventuais indenizações? Ou os lucros estão sendo distribuídos sem essa preocupação? Que consequência esse fato trará para a sociedade? A empresa está preparada para assumir esses riscos? Avaliando metodicamente essas questões, o contador poderá orientar os investidores se o seu capital está bem aplicado ou não; se essa empresa está fazendo as devidas provisões para garantir futuras indenizações, otimizando sua gestão ao mesmo tempo em que se previne quanto a riscos futuros, preocupando-se com sua responsabilidade social quanto ao meio ambiente. Assim, a Contabilidade Ambiental procura conscientizar os operadores da contabilidade para prestar as melhores e mais completas informações sobre os gastos aplicados na proteção do meio ambiente. Dessa forma, à guisa de reflexão para os contadores, em seus trabalhos, é importante fazer análises desses riscos, de acordo com a atividade que cada empresa irá ou está desenvolvendo, seja no que tange aos seus ativos e passivos.
Zoroastro Neto Professor universitário Américo Vespúcio, assessor científico do comandante Gonçalo Coelho, chegou à foz de um enorme rio que desaguava no mar em 04 de outubro de 1501, depois de aportar de Lisboa e de ter descoberto o Cabo Santo Agostinho (PE) e os rios São Miguel e São Jerônimo. A data era dia de São Francisco, santo em cuja homenagem os navegadores europeus batizaram aquele rio, que os índios o chamavam de Opará, ou rio-mar. Cantou Luiz Gonzaga, “riacho do Navio, corre pro Pajeú, o rio Pajeú vai despejar no São Francisco, e o rio São Francisco vai bater no meio do mar./ Ah! Se eu fosse um peixe, ao contrário do rio, nadava contra as águas e nesse desafio, saía lá do mar pro riacho do Navio. Pra ver o meu brejinho fazer umas caçada, ver as ‘pegá’ de boi, andar nas vaquejadas, dormir ao som do chocalho e acordar com a passarada, sem rádio e nem notícia das terras civilizada”. E nesse cenário, o orgulho de ser sertanejo fala mais alto, e na certeza de que teremos políticas públicas para aquela região renovamos nossas esperanças numa sociedade justa e com possibilidades de desenvolvimento, pois o Velho Chico (ou Rio da Unidade Nacional, Rio dos Currais, Nilo Brasileiro e Rio das Borboletas) foi importantíssimo para a interiorização do país com o movimento dos bandeirantes. Dito isto, depois de 509 anos, o registro histórico do rio e daquela região está sendo publicizado em mais uma pesquisa realizada por dois notáveis estudiosos alagoanos, que não mediram esforços para tal ação. Transcrevo, aqui, o que li no site www.jusbrasil.com.br sobre os autores da obra - O Rio São Francisco, um ninho de cultura, “[...] ele,
um historiador dedicado a estudar a vida dos personagens que protagonizaram a nossa história; ela, uma museóloga que trabalha na conservação da identidade de povos e cultura. Ambos, em parceria, se dedicam a resgatar a história dos quatro cantos de Alagoas”. Certamente, caro leitor, estamos falando de Douglas Apratto e Carmen Lúcia Dantas, que lançam, no próximo dia 7, o resultado de dois anos de pesquisas e estudos, sob a chancela do SebraeAL, que registram as diversas etnias e culturas do Velho Chico, que estende-se por 240 km, compondo o cenário de onze municípios, atravessando serras e cânion, possibilitando crescimento sóciohistórico, econômico e religioso. Cantado em verso e prosa, o compositor França, do grupo Mastruz com Leite, escreve e resume o nosso sentimento pelo rio São Francisco: “Lá vem o rio matando a sede do Sertão; Lá vem o rio, é São Francisco, nosso irmão. Piraporia Januária perguntou para onde eu ia, vou embora Minas Gerais! Que saudade tô chegando na Bahia! Em Xique-Xique eu vou com meu barquinho navegar em Bom Jesus da Lapa, Ibotirama, Morpará Petrolina, Juazeiro, onde anda o meu amor! Foi pra Sobradinho mais cedo balançando no vai e vem do vapor. Oi balancê, balanço, oi balancê, balançou; o meu amor foi embora no balancê do vapor! Paulo Afonso, a cachoeira vai gerando energia, alagando Alagoas numa boa. Sergipe é só alegria. Lá de Penedo eu vou, eu vou dizer em Própria que em Pão de Açúcar tem muita moça pra namorar. São Francisco que saudades, tô começando a chorar; quando chega em Barreiros as suas águas desaguam para dentro do mar”.
O JORNAL Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br
Marcial Lima Professor Wagner Moura foi entrevistado no Roda Viva da TV Cultura. Lúcido, mostrou-se sintonizado com seu tempo. Isento de alumbramentos, fezse ver consciente, na medida exata de seu papel de artista, numa sociedade propensa à idolatria. Pés no chão, acautelou-se das propostas vindas de Los Angeles; convicto, não se prendeu à exclusividade com a Rede Globo. Transparente, assumiu seu papel político. Eleitor histórico do PT, disse que votaria em Marina, por não aceitar os tantos senões que contaminaram aquele partido. Assumindo o voto, analisou, sobriamente, o discurso, a prática e a história da candidata. Ao concluir, citou uma frase - atribuída a Brecht - mas que nos parece ser de Toynbee: “O maior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam”. O engano é de somenos importância, pois frase creditada a Fernando Pessoa, encontra-se em Camões e, antes, era dito de velhos marinheiros. Observemos, ainda, que uma citação, descontextualizada, pode trair seu sentido original. Fiquemos, então, nos limites do Aurélio. Gostar: apreciar, sentir prazer, dedicar; dar-se bem, acomodar-se ou ser compatível com; aprovar, ter vocação ou jeito. No entanto, o que nos veio à mente diante da citação de Wagner Moura? Lembramo-nos do filósofo Pedro Demo em seu livro “Pobreza Política – a pobreza mais intensa da pobreza brasileira”. Para ele, pobreza não é, apenas, carência material; ser pobre não se limita a não ter, mas ser coibido de ter. Pobreza, em essência, vem a ser repressão, resultado da discriminação sobre o terreno das vantagens e oportunidades sociais. Pobreza está na acomodação, na omissão, na carência de uma percepção maior, na indisposição para a luta, na limitação dos desejos, na naturalização das incoerências, na transferência de responsabilidades. “A pobreza é exacerbada em sociedades que concentram vantagens e oportunidades”. Não está só na fome: está na humilhação, na subserviência. “Pobre é quem faz a riqueza do outro, sem a ela ter acesso. Pobreza é, sobretudo, injustiça”. Ousaremos, portanto, a somar com nosso conterrâneo de Passo de Camaragibe, sugerindo que gostar pode enveredar pelo significado de dedicar tempo de reflexão, acompanhar, discernir, questionar, agir contra ou a favor, problematizar. O gostar pode nos levar de encontro aos que confundem projetos de estado com pura arenga pelo poder. Pode nos contrapor à endogenia de políticos que se limitam ao interesse pessoal ou de grupo. Gostar pode se traduzir em votos e ações do cotidiano que levem ao fechamento de portas aos vivaldinos, aos truculentos, aos arautos da “moralidade”. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
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Magistrados e membros do MP podem perder prisão especial Projeto com paracer favorável da CCJ vai a votação no plenário do Senado Agência Senado O Plenário do Senado poderá votar brevemente projeto de lei complementar que extingue a prisão especial concedida a integrantes do Poder Judiciário e membros do Ministério Público. A proposição (PLS 151/2009-complementar), de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), revoga dispositivos das leis complementares 35/1979, 40/1941 e
75/1973. Em abril do ano passado, o Senado já havia aprovado projeto semelhante (PLC 111/2008) que acabou com a prisão especial, exceto para juízes e integrantes do MP. Na justificativa do projeto, Marcelo Crivella observa que o instituto da prisão especial, além de representar “discriminação odiosa”, contribui também para que o Estado permaneça descumprindo a lei quan-
to a aspectos relacionados a condições materiais das prisões e de assistência ao detento. “Por essas razões, entendemos ser imperioso eliminar esse estigma e, ao invés de manter uma previsão exaustiva de beneficiários da ‘prisão especial’, considerar apenas a condição de ‘preso especial’”, argumenta Crivella. A proposta mantém a condição de “preso especial” somente para aqueles que, por
força da natureza de sua ocupação ou de outras circunstâncias específicas, a serem aferidas pelo juiz, possam ser expostos a risco extremo, caso submetidos ao aprisionamento coletivo. O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em setembro do ano passado. O relator na CCJ foi o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Marcelo Crivella diz que prisão especial é “discriminação odiosa”
JORNALISTAS
PEC do diploma pode ser votada no dia 20 Agência Senado
Luiz Carlos Prestes viveu em Moscou entre os anos 1931 e 1934
A viúva Ana Maria Prestes observa cópias dos documentos
MEMÓRIA NACIONAL
Brasil recebe cópias de documentos de Luiz Carlos Prestes guardados pela Rússia Agência Brasil BRASÍLIA - O governo da Rússia entregou na sexta-feira ao Arquivo Público Nacional cópias de documentos de Luiz Carlos Prestes que estavam no Arquivo do Estado Russo de História Política e Social. Foram entregues cópias de três manuscritos de Prestes da época em que ele esteve em Moscou, entre os anos 1931 e 1934. Entre os documentos estão um texto em que Prestes comenta a situação do Brasil com base em notícias de jornais brasileiros. O primeiro vice-ministro de Relações Exteriores da
Rússia, Andrey Denisov, disse que os documentos fazem parte da história comum de Brasil e Rússia. Além disso, ele disse que essa entrega “ocorre em um momento em que as relações entre Brasil e Rússia estão tão próximas”. Os documentos, para Denisov, poderão ser muito úteis. “Caminham para indicar novos cursos e interesses para pesquisadores”, afirmou. A viúva do líder comunista, Ana Maria Prestes, disse que os documentos representam um legado para toda a sociedade brasileira. “O legado de Prestes pertence a todo o povo brasileiro. Não
pertence a mim, nem aos meus filhos, nem netos, nem pessoa alguma”, disse. Luiz Carlos Prestes Filho disse que a entrega das cópias dos documentos do pai abrem um caminho importante na relação da história do Brasil e da Rússia. “Nesses arquivos da Rússia vamos ter descobertas relativas ao que grandes escritores e poetas russos e líderes políticos russos escreveram sobre o tema”, comentou. O diretor do Arquivo Nacional, Jaime Antunes, informou que também foi entregue hoje uma listagem com outros documentos russos relacionados a Prestes e que
na próxima semana serão feitas tratativas para que o Arquivo Nacional receba cópias desses documentos. “Sabemos que há mais material da década de 1960. A ideia é que nessa proposta de retomada de conversas entre o Arquivo Nacional e o arquivo da Rússia nós possamos obter, além desses documentos já listados, a identificação de mais arquivos relacionados ao Prestes que possam ser digitalizados e enviados ao Arquivo Nacional”, explicou. Antunes disse ainda que, assim que os arquivos forem digitalizados, estarão a disposição do público no Arquivo Nacional.
O substitutivo à proposta de emenda à Constituição (PEC 33/09) que torna obrigatório o diploma de Comunicação Social para o exercício da profissão de jornalista é um dos 70 itens da pauta do Plenário, que reinicia as votações no dia 20. A proposta é de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e o substitutivo, a ser votado em primeiro turno, foi apresentado em dezembro de 2009 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde a matéria teve como relator o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). A PEC, que acrescenta os parágrafos 7º e 8º ao artigo 220 da Constituição, estabelece que a profissão de jornalista é privativa do portador de diploma do curso superior de Comunicação Social, com especialização em Jornalismo, expedido por instituição oficial de ensino. A exigência do diploma não é obrigatória ao colaborador, assim entendido aquele que, sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica, científica ou cultural, relacionado com a sua especialização, para ser divulgado com o nome e qualificação do autor. A exigência do diploma também não é obrigatória para aquele que, à data da promulgação da PEC 33/09, comprove o efetivo exercício da profissão de jornalista, bem com aos jornalistas provisionados que já tenham obtido registro profissional regular perante o órgão competente. STF - Em sessão em 17 de junho de 2009, por 8 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão. A de-
cisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 511961, interposto pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que afirmou a necessidade do diploma, contrariando uma decisão da primeira instância numa ação civil pública. No recurso, o MPF e o Sertesp sustentaram que o inciso V do artigo 4º do Decreto-Lei 972/69, que estabelece a exigência do diploma para o exercício da profissão, não foi recepcionado pela Constituição de 1988. O dispositivo foi revogado com a decisão do tribunal. Votaram contra a exigência do diploma de jornalista o relator, ministro Gilmar Mendes, as ministras Cármen Lúcia Antunes Rocha e Ellen Gracie, e os ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Celso de Mello. O ministro Marco Aurélio votou favoravelmente à exigência do diploma. O julgamento não contou com os ministros Joaquim Barbosa e Carlos Menezes Direito, ausentes justificadamente da sessão. Em seu relatório, Inácio Arruda explica que a defesa da regulamentação profissional e do surgimento de cursos qualificados aparece já no primeiro congresso de jornalistas, em 1918, e teve três marcos iniciais no século passado: a primeira regulamentação, em 1938; a fundação da Faculdade Cásper Líbero, em 1947 (primeiro curso de jornalismo do Brasil); e o reconhecimento jurídico da necessidade de formação superior, em 1969, aperfeiçoado pela legislação de 1979 (Decreto 83.284).
UNVERSIDADES
Credenciamento tem novas regras do MEC Agência Brasil As novas normas para credenciamento e recredenciamento de instituições de ensino superior devem atingir cerca de 40% das 144 universidades que fazem parte do sistema federal de ensino. Esse é o percentual de universidades que não têm pelo menos quatro cursos de mestrado e dois de doutorado, segundo a secretária de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Maria Paula Dallari Bucci. Nessa conta, estão inclusive instituições federais recémcriadas que ainda não implantaram seus programas de pósgraduação. As universidades terão até 2016 para se adaptar às novas exigências estabelecidas em re-
solução do Conselho Nacional de Educação (CNE) e homologadas na última terça-feira pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Entre os critérios que precisarão ser cumpridos para recredenciamento estão a existência de programas de pós-graduação, com um mínimo de quatro cursos de mestrado e dois de doutorado, além de bons resultados nas avaliações do MEC. As instituições de ensino superior do Brasil são classificadas em três categorias: faculdade, centro universitário e universidade. Cada tipo tem diferentes níveis de autonomia para criar cursos ou ampliar vagas. As universidades que não cumprirem as novas medidas podem ser “rebaixadas” a centros universitários.
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Chile se prepara para resgatar mineiros Soterrados desde 5 de agosto, 32 chilenos e um boliviano começarão a ser retirados da mina na terça-feira COPIAPÓ – O Chile está em polvorosa desde a última sexta-feira, quando o ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich, afirmou que o resgate dos mineiros soterrados começará na próxima terçafeira. O resgate poderia ser antecipado, ou adiado, segundo ele, dependendo da necessidade, ou não, de revestir com metal as paredes do túnel vertical para facilitar a passagem da cápsula Fénix. O engenheiro responsável pelas operações disse que deverá ser necessário efetuar uma explosão controlada no fundo da mina, para alargar o fim do poço de socorro e facilitar as manobras. À superfície da mina de São José, as autoridades preparam-se para a chegada dos mineiros. As famílias estão ansiosas pelo momento em que finalmente vão poder reencontrar os 33 heróis, como são considerados no Chile. Neste fim de semana eram esperados mil jornalistas no acampamento Esperança, além dos eventuais “turistas”. Asegurança foi reforçada. Para assistir à última fase dos trabalhos estará não apenas o presidente chileno, Sebastián Piñera, mas também o seu homólogo boliviano, Evo Morales. Um dos mineiros presos é oriundo da Bolívia DESCANSO - As autoridades chilenas informaram na sexta-feira que as instalações da denominada zona de descanso, onde os 33 mineiros so-
Evo Morales sanciona lei criticada pela imprensa
Na zona de descanso, os mineiros reencontrarão seus familiares
terrrados desde o dia 5 de tecnologia anti-tremor e podem agosto poderão repousar e ser levantados em curto esparever seus familiares, já estão ço de tempo. preparadas para recebê-los. A zona de descanso Segundo o ministro de Minas é composta por 19 móLaurence Golborne, na dulos, divididos por 5 sexta-feira faltava sosalas para que os mimente ser construída a neiros possam enconzona de triagem, local trar seus parentes, uma onde os trabalhadores Zona de sala de imprensa, um isolados receberão o privado para o descanso espaço pronto-atendimento presidente do país e tem 19 logo após serem içados. uma área recreativa. A zona de descanA zona de triagem módulos so, onde médicos estão será construída após a a postos para receber confirmação do local de os mineiros, foi consonde os mineiros serão truída pela empresa retirados do subterrâneo. Tecno Fast Atco. A enAempresa estima que a estrututrega oficial da instalação foi ra fique pronta em dois dias. A realizada na sexta. triagem será composta por uma Os módulos contam com sala de primeiros-socorros e uma instalação térmica e acústica, policlínica.
LA PAZ — Uma polêmica lei contra o racismo foi sancionada na sexta-feira pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, em meio às críticas por parte dos sindicatos de jornalistas em relação à nova regra, que, a seu ver, deixa os meios de comunicação em estado vulnerável. “Aprovamos a lei contra o racismo e a discriminação, que busca a igualdade entre os bolivianos e bolivianas”, declarou o presidente depois de assinar a nova norma. Morales advertiu que a nova lei visa a “descolonizar a Bolívia e evitar a discriminação dos povos indígenas”. A nova lei, no entanto, foi alvo de protestos dos parlamentares opositores que a denunciam como um atentado contra a liberdade de expressão. Cerca de 60 jornalistas também estão em greve de fome em todo o país, e dezenas de profissionais da comunicação realizam protestos em La Paz contra essa lei. Os jornalistas criticam o artigo 16 desta lei que pune até
com a suspensão da concessão de meios de comunicação que incorrerem em discriminação. Também protestam contra o artigo 23 que suspende a imunidade dos jornalistas, que poderão ser julgados ante a justiça por racismo. JORNAIS – Na quintafeira, um dias antes da sanção, a maioria dos jornais bolivianos saiu sem notícias em suas primeiras páginas, apenas breves proclamações sobre a liberdade de expressão. Mas o protesto incomum não teve efeito imediato entre os proponentes da nova lei, incluindo a maioria de parlamentares governistas e o presidente Evo Morales, de origem indígena, que, em coletiva de imprensa, declarou que “chegou a hora de acabar com o racismo” e renovou as garantias à liberdade de expressão. Proprietários de jornais e parte das organizações de jornalistas do país optaram pelo protesto quando a bancada governista no Senado anunciou que não previa suavizar as sanções aos veículos “racistas”
contidas no projeto de lei aprovado previamente pela Câmara de Deputados. Os únicos textos nas primeiras páginas dos jornais La Prensa e El Diario eram os dizeres “não existe democracia sem liberdade de expressão”. Já o Página Siete publicou uma breve justificativa de sua rejeição da lei antirracista. A maioria dos jornais do restante do país se somou ao protesto, mas o La Razón, o jornal de maior circulação de La Paz, e o estatal Cambio publicaram edições normais. Os jornais rejeitaram especialmente os artigos que prevêem o fechamento de meios de comunicação que cometam delitos racistas reiterados e outro que responsabiliza os jornalistas por eventuais mensagens racistas, anulando a imunidade de que eles gozam graças à Lei de Imprensa de 1925. “A ameaça de que algum meio de comunicação seja fechado é uma possibilidade mais própria das ditaduras que da democracia”, disse o Página Siete, justificando sua página em branco.
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As imagens da destruição ainda são vistas por toda parte
ENCHENTES
Depois de 4 meses, ainda há muito a fazer Pessoas atingidas pela cheia no mês de junho padecem com o medo, a incerteza e a espera Elisana Tenório Láyra Santa Rosa Repórteres
edo de ser abandonado pelo poder público, pela sociedade e pela própria família. Medo de nunca mais ter uma casa própria, uns trocados no bolso ou a certeza de que o amanhã será melhor do que o hoje. A falta de perspectivas no presente, aliada ao futuro duvidoso, está provocando um nervosismo coletivo entre centenas de alagoanos que viveram o drama da cheia e continuam espremidos nos abrigos públicos ou acampamentos que foram levantados de forma emergencial. Passados quatro meses do temporal que atingiu 19 municípios alagoanos, a imagem que fica é que o cenário para as vítimas continua feio, mesmo observando as obras de reconstru-
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ção estão em andamento – e isto inclui escolas, pontes, vias e tantas outras coisas. Apesar de o público dar a certeza de que até 31 de dezembro muitos desabrigados já estarão em suas casas, eles continuam pessimistas e desesperados. Semana passada, a equipe de reportagem de O JORNAL visitou três cidades que foram atingidas pela força das águas: Branquinha, União dos Palmares e Santana do Mundaú. Cada local vive situações parecidas em muitos aspectos e distintas e vários outros. Em todos eles, as pessoas ainda não conseguiram realizar o que mais querem: possuir casas novas e ter um pouco de suas vidas de volta. Também em todos, o medo e a desconfiança, assim como a garra e o improviso estão presentes. A partir de agora, segue-se uma espécie de balanço sobre a atual situação: cotidiano humano, dados governamentais, opiniões de estudiosos do assunto e a perspectiva para um futuro de incertezas dessas pessoas. Continua nas páginas A10 e A11
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Yvette Moura
Boa nova até fim do ano é garantia
Branquinha foi o município mais afetado pelas enchentes: nenhum prédio público sobrou
Reconstrução segue a passos lentos Os números da destruição são proporcionais à força das águas dos rios Mundaú e Paraíba. De repente, como se as águas estivessem tomadas por uma força sobrenatural, uma forte correnteza invadiu as cidades destruindo casas, pontes, estradas, escolas, ferrovias, e a vida de muitas pessoas. Bastaram horas de chuva intensa para que tudo se acabasse rapidamente, provocando seqüelas físicas, emocionais, sociais e financeiras a pessoas pertencentes a classes sociais distintas. Até hoje, poder público, iniciativa privada e pessoa física continuam correndo atrás do prejuízo. Dados do Programa da Reconstrução, montado pelo governo do Estado, apontam para o seguinte quadro: 19 municípios atingidos; 17.937 casas destruídas; 105 escolas atingidas; oito cidades com fornecimento de energia prejudicado.
Ao todo, foram computadas 2.944 pessoas desabrigadas em Alagoas. A situação foi considerada mais grave em Branquinha – onde sequer sobrou um único órgão público erguido –, Quebrangulo e Santana do Mundaú. Mas isso não significa dizer que os demais municípios atingidos pelo temporal não tenham se complicado. Pelo contrário, em Murici, por exemplo, foi erguido o maior abrigo público, com 3 mil famílias desabrigadas. De uma hora para outra, foi preciso criar estratégias emergenciais para que tudo não se tornasse ainda mais grave. Equipes de resgate para socorrer desaparecidos; cestas básicas para não deixar ninguém passando fome; carros pipas para suprir a sede do povo; abrigos públicos para não deixar a população no meio da rua. Enfim, foi mon-
tado um “kit emergencial” para socorrer quem perdeu tudo ou praticamente tudo. O país se solidarizou. Chegaram donativos de todas as partes. A Força Armada Brasileira se distribuiu por vários estados nordestinos – incluindo Alagoas – para fazer resgates e prestar socorro médico. Os hospitais de campanha foram montados estrategicamente para prevenção e combate a doenças consideradas comuns nessa situação, como as de pele e as de veiculação hídrica. No entanto, passados os primeiros meses, o caos continua. Afinal, até agora, nenhuma casa foi entregue. No lugar delas, foram instaladas 1.841 barracas. E ainda precisarão ser erguidas outras. Pelos cálculos do Programa da Reconstrução será preciso 2.431 barracas para comportar a população de desabrigados. (E.T. / L.S.R.)
Apesar do clima pessimista, a coordenadora do Programa da Reconstrução, Poliana Santana garante que, até o final deste ano, uma boa-nova chegará para os desabrigados em forma de lar seguro. A expectativa é de que todos ganhem a tão sonhada casa própria até 31 de dezembro. Talvez a única exceção seja Santana do Mundaú. A cidade enfrenta uma situação mais grave porque no local há uma grande dificuldade para se encontrar um lugar seguro para construir conjuntos habitacionais ou qualquer outro tipo de edificação. “Asituação de Santana do Mundaú é mais delicada, pois toda cidade foi construída em área considerada de risco. Há uma grande dificuldade de encontrar terreno disponível para construção. Para se ter ideia, o CPRM [Serviço de Geologia do Brasil] só autorizou edificar 32 quilômetros dos 100 quilômetros existentes na Fazenda Jussara, que foi desapropriada para erguer as casas dos desabrigados”, explicou Poliana Santana. Na prática, a impressão é que, aos poucos, se vai vencendo os entraves burocráticos. Ou seja, as casas dos desabrigados começam a ser construídas. As obras já foram iniciadas em três municípios: Quebrangulo, Rio Largo e Cajueiro. Vale ressaltar, que a rapidez da construção é proporcional a escolha do terreno. A superintendente de Política Habitacional da Seinfra, Marisa Perez, confirmou que o comitê criado pelo governo para agilizar o processo de reconstrução das moradias tinha aprovado a construção de 11.029 unidades habitacionais. Dessas 7.701 casas já foram contratadas pela Caixa Econômica. (E.T. / L.S.R.)
Escolas fabricadas em 13 municípios O processo de reconstrução das escolas também segue um processo lento e paulatino. Uma empresa paranaense com especialidade em prémoldado é a responsável pelas obras. Branquinha, Quebrangulo, Rio Largo, União dos Palmares, Viçosa, Atalaia, Cajueiro, Capela, Jacuípe, Matriz do Camaragibe, São José da Laje, Santana do Mundaú e Viçosa saíram na frente e já começaram a levantar as instituições de ensino que terão, cada uma, seis salas de aula. A previsão do Projeto Reconstrução é de que as obras levem até 60 dias para serem concluídas. Portanto, a expectativa é de que no final de novembro, as primeiras escolas comecem a funcionar. Paralelo a isso, acontecem situações isoladas. Por exemplo, a restauração de escolas que foram parcialmente destruídas pelo temporal ou ficaram ocupadas pelos desabrigados, já que estes estão sendo transferidos provisoriamente para as barracas. Em Santana do Mundau, começará a ser construída uma escola de madeirite - base de cimento com madeira – com 14 salas de aula. Segundo Poliana Santana, as obras devem durar 30 dias e já devem ser concluídas no final deste mês. Na área de Educação, ainda segundo Poliana Santana, a única pendência que ficará para o próximo ano será a construção das escolas com 12 salas de aula. O temporal atingiu 105 instituições de ensino, deixando 68.197 alunos fora da sala de aula. Até agora, duas escolas em União dos Palmares – que totaliza 3.823 estudantes – e escolas municipais de Santana do Mundaú (com 3.070 alunos) ainda continuavam fechadas. O Programa Reconstrução afirma que, ao todo, serão construídas 75 unidades de ensino.(E.T. / L.S.R.)
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Fotos: Yvette Moura
Energia e estradas ainda têm prejuízos O temporal também deixou parte das cidades atingidas no escuro. Em Alagoas foram oito municípios totalmente afetados pela interrupção de energia: Murici, Quebrangulo, Rio Largo, São José da Laje, União dos Palmares, Branquinha, Santana do Mundaú e Paulo Jacinto. Atualmente, a situação não está normalizada na área rural – o que representa 1% - de Santana do Mundaú e São José da Laje. Já a malha viária teve vários trechos prejudicados. Ao todo, foram afetados 64 km de estradas estaduais que, em alguns pontos precisam recuperadas e até reconstruídas; 345km de estradas vicinais; 135 mil m² de vias urbanas, além da construção
de 54 pontes e a restauração de outras 11. Para as obras que já começaram, estão sendo investidos R$ 160 milhões enviados pelo Governo Federal. Na última sexta-feira começou a ser construída a ponte de cesso à Ilha Angelita, em Rio Largo. Mas a recuperação começou logo após a enchente. As equipes contratadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas (DER/AL) foram divididas por áreas espalhadas nas regiões do Vale Mundaú, Vale do Paraíba e região norte de Alagoas. A expectativa é que até o final do ano os serviços estejam concluídos e a maior parte da malha viária recuperada. (E.T. / L.S.R.)
E a vida segue nos acampamentos A cidade de Branquinha foi, sem dúvida, uma das mais destruídas na enchente de junho. Pelo menos 80% das construções do município vieram abaixo com a força das águas. Com uma grande quantidade de desabrigados e sem local para ficar, uma nova cidade de barracas foi montada num acampamento, enquanto as casas não são erguidas num ponto alto do município, que é a mais segura, distante alguns quilômetros do Rio Mundaú. A expectativa é que a nova Branquinha esteja pronta, no máximo, em dois anos. Enquanto isso, as famílias de desabrigados tentam recomeçar a vida nas casas improvisadas de lona. As 307 barracas já estão prontas e habitadas. Elas foram montadas dando uma impressão de conjunto habitacional, uma de frente para outra. Da rodovia, uma faixa erguida na entrada mostra o local da nova morada dos desabrigados. Entre os espaços pequenos e incômodos, histórias de tristeza e superação se misturam. Todos que estão ali tiveram parte de suas vidas levadas pela força do rio Mundaú. “Está sendo muito difícil recomeçar a vida numa barraca. Perdi tudo que tinha. Parece que estou vivendo um pesadelo. Choro todos os dias ao lembrar o que aconteceu”, disse Luciana Barbosa Silvestre, de 25 anos. “Divido essa barraca com meu marido e duas filhas. Não temos privacidade nenhuma e nem o direito de cozinhar nossa comida. Não vejo a hora de ganhar minha casa. Ninguém merece passar por isso”, lamentou. Durante o dia na Vila de Barracas, a maioria dos moradores passa o tempo jogando conversa fora na porta. O calor intenso e o abafado provocado pela lona, não permite a permanência dentro das novas “casas”. “Faz muito calor nessa barraca, sem contar que o espaço é apertado. Comigo vivem oito pes-
soas e mal conseguimos ficar dentro. Eu preferia estar nos abrigos. Isso aqui é muito ruim”, afirmou o trabalhador rural, José Aparecido Paulino, de 42 anos. “A Usina está parada e com isso sobra tempo livre para ficar aqui. Mas, esse negócio de não ter o que fazer está me deixando nervoso. Nesse abrigo não podemos fazer nada, até a comida já vem pronta”. Também morando numa das barracas, o casal Malba Cristina Candido, de 42 anos e Carlos Alberto Brasil, de 60, tentam superar a perda da filha de dois anos. No dia da enchente, o casal deixou sua casa que foi invadida pela água. Como o rio nunca alcançava a prefeitura, eles resolveram passar a noite no prédio. Porém, para a surpresa de todos, o nível do Mundaú subiu tanto que acabou destruindo o prédio. Afamília que dormia, tentou correr para pegar os filhos, com a grande quantidade de água, a criança de dois anos não conseguiu se salvar e foi arrastada. O corpo não foi encontrado até hoje. “A dor de perder uma casa é pequena diante a de perder um filho. O sofrimento que estamos vivendo é gigante. Todos os dias lembro da minha filha”, disse o pai. “Agora estamos tentando reconstruir o que foi levado pelo rio. Temos outros dois filhos pequenos e queremos recomeçar ao lado deles. A situação é muito difícil. Viver nessas barracas é complicado”. As barracas onde as famílias vivem comportam até oito pessoas e são equipadas com colchões e filtros para água. Na parte comum foram construídos uma cozinha comunitária e lavanderia. Para a limpeza pessoal, banheiros químicos foram instalados. Não falta água e nem energia. Uma barraca para ações da Defesa Civil também foi montada no local, mas no dia da visita de O JORNAL ao acampamento, ninguém estava presente.(E.T. / L.S.R.)
Abrigos são como conjuntos: barracas armadas umas de frente para as outras
Escolas viraram casas para vítimas Apesar da crise política, no momento, porém, o que mais aterroriza a população desabrigada é a possibilidade real de ter que deixar os dois abrigos públicos existentes [Maternidade Santa Ana, onde há sete famílias, e Escola Estadual Monsenhor Cloves Duarte de Barros, com 35 famílias] para se deslocarem para as barracas, que, inclusive, já estão montadas. As famílias estão amedrontadas com essa possibilidade. Elas têm pavor de serem abandonadas, esquecidas, largadas pelo poder público. Por isso, reagem de forma impetuosa quando alguém cogita essa possibilidade. Suely Maria da Conceição, de 29 anos, com cinco filhos entre 1 a 12 anos, afirma que não deixa o local sob hipótese alguma. “Minha filha já teve pneumonia duas vezes; se for para aquelas barracas vou terminar de matá-la. Só garanto uma coisa: só deixo isso aqui (o colégio) se for para ir para minha casa”, garante. A casa de Suely, agora é a sala de aula. Ela divide o espaço físico com os filhos e a família de Maria Cícera da Conceição. Ambas perderam tudo na cheia e só acreditam que a vida irá melhorar quando estiverem numa casa nova. A vida no abrigo de Santana do Mundaú segue sem grandes problemas. De uma forma ou de outra, as pessoas se ajeitam como podem. Maria Aparecida juntou um trocadinhos para alisar o cabelo. “A gente não pode perder a vaidade, não é?”, argumentou. (E.T. / L.S.R.)
Desabrigados voltam às áreas de risco As águas do rio Mundaú destruíram, em pouco mais de meia hora, ruas, casas e parte da cidade de União dos Palmares. Segundo estudos das zonas de risco, após o rompimento de uma barragem em Bom Conselho, escorreram de uma só vez cerca de 600 milhões de m3 de água, devastando e destruindo tudo. Quatro meses após a grande enxurrada, o cenário de destruição permanece o mesmo no município do Quilombo dos Palmares. Onde haviam ruas e casas, restaram apenas terrenos baldios, já que a prefeitura resolveu limpar a “bagunça” feita pelo Mundaú, no último mês de junho. Os escombros dos imóveis que foram a baixo foram retirados com ajuda de máquinas. Na margem do rio sobraram apenas as lembranças de uma cidade literalmente engolida pela força do Mundaú. Para a maioria dos moradores da cidade, enchente não era nenhuma novidade. Em menos de 25 anos, o rio subiu três vezes, duas com proporções menores do que a mais recente, mas que também causaram destruição. Acostumados com o descaso do Poder Público e, descrentes com o futuro, muitos moradores de União dos Palmares resolveram reconstruir suas casas, só que em barracas de lona, no mesmo lugar do antigo endereço. Na Rua Juazeiro, que fica na
margem do rio, cinco famílias que eram vizinhas, aproveitaram lona recebida após a enchente e restos de madeira, para construir barracos na tentativa de ter um lugar onde morar até que as novas casas sejam construídas. Segundo as famílias, o temor de serem deslocados para abrigos públicos e sofrerem com o esquecimento, fez com que eles preferissem se arriscar à margem do rio. “Preferimos continuar aqui, do que sair e perder um pedaço de terra para as nossas casas. Sabemos que se formos para os abrigos vamos acabar sendo esquecidos e não queremos isso”, disse Maria Cícera Pereira, de 37 anos. “Nasci nesse lugar. Acasa que rio levou era da minha família há muitos anos, agora não restou nada”. Nos cinco barracos erguidos vivem pelo menos vinte pessoas. Todos perderam roupas, documentos e todos os pertences de casa. No momento da enchente, só conseguiram salvar suas vidas. “Quando o rio começou a subir corremos para um morro. Foi lá onde ficamos até o nível do rio baixar e decidimos construir os barracos aqui. A prefeitura não veio nos procurar para retirar e mesmo que viesse não íamos sair”, contou Antônia Márcia da Silva, de 30 anos, que divide seu barraco com outras oito pessoas. (E.T. / L.S.R.)
Canteiros de obra: governo garante moradias até o fim deste ano
Famílias vivem há 22 anos em abrigo Essa não foi a primeira enchente que deixou desabrigados em União dos Palmares. Em 1988, uma enchente causou bastante destruição no município. Cerca de cem famílias permanecem até hoje num desses abrigos provisórios, na antiga colônia prisional Santa Fé. É lá que eles mantém a esperança de conseguir a casa prometida. Assim como aconteceu dessa vez, sem ter onde abrigar tantas famílias, o governo do Estado autorizou o uso dos pavilhões prisionais para abrigar parte das vítimas da enchente. Era uma medida provisória, até que novas casas fossem construídas, mas até hoje nenhuma casa foi erguida. As famílias vivem em situação de calamidade. Não existe fornecimento de água ou banheiros. Tudo é feito no riacho Canabrava, que fica próximo a antiga unidade prisional. Para tomar água, é necessário ir até o distrito de Santa Fé, onde existe o abastecimento de um Chafariz. São histórias como as dessas famílias que preocupam as novas vítimas da enchente. IDH VAI CAIR - A situação é preocupante. A enchente destruiu exatamente as cidades mais pobres do Estado. Nos municípios onde os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e os indicadores sociais já eram baixos, agora a situação deve piorar. Os prejuízos reais não dão para serem calculados e a previsão feita por economistas é de um quadro de completa miséria. De acordo com o economista e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Cícero Péricles, os municípios atingidos pela enxurrada eram os que apresentavam o quadro de menor desenvolvimento no Estado. “Essa região atingida é caracterizada por sua pobreza econômica e concentração de terras. O desenvolvimento vinha acontecendo nesses municípios, de forma mais lenta. Só que com a situação de destruição, aqueles que tinham alguma coisa acabaram perdendo tudo”, falou. “Temos regiões como Arapiraca onde o crescimento é iminente. As outras, da Zona da Mata, que a situação já era de pobreza, agora depois da enchente a situação deve ficar ainda pior”, falou. O economista colocou ainda que a enchente acabou freando o desenvolvimento da região. “O governo Federal vinha investindo em políticas sociais para essas pessoas. Com isso, muitos ampliaram suas casas, seu comercio. E, de uma hora para outra, perderam tudo. Muitos que tinham situação de classe média baixa ou pobreza e passam a ingressar a miséria”, colocou Cícero Péricles. Para ele, enquanto os demais municípios vão seguir na recuperação dos índices, as cidades atingidas vão ter que recomeçar. “Essa tragédia deixa a região ainda mais dependente de recursos públicos. O período será de estagnação econômica”, falou. (E.T. / L.S.R.)
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Porque crianças gostam é de brincar Com tecnologia ou como antigamente, brincadeira é coisa séria; o importante é saber dosar com bom senso Valdete Calheiros Repórter
Os irmãos Pedro Henrique, de 4 anos, e Clarisse, de 3, já escolheram o que querem ganhar de presente na próxima terçafeira, de 12 de outubro, quando será comemorado o Dia das Crianças. O menino quer um “carro que muda de cor, quando entra na água” e a menina “uma boneca”. Os dois são filhos do casal de
administradores de empresas Henrique Pereira Torres e Kaline Lages. Embora tenham pedido presentes “comuns”, Pedro Henrique e Clarisse, apesar da pouca idade, são crianças adeptas às mudanças do mundo virtual e curtem bastante os brinquedos tecnológicos. O pai, Henrique Torres, garante que os filhos dividem muito bem o tempo dedicado aos brinquedos convencionais e os brinquedos movidos à pilha
ou controle remoto. “Acho essa interação com os brinquedos modernos bastante proveitosa. Creio até que estimula a inteligência, o raciocínio e desperta a curiosidade. O segredo é saber dosar a contribuição da tecnologia na medida certa. O que não dá é para esconder a tecnologia das crianças. O computador está aí. Não faz parte da nossa imaginação. É real. Cada vez mais, eles estão inseridos no cotidiano, até mesmo no cotidiano infantil”.
O administrador de empresas Henrique Torres afirmou que o equilíbrio no uso do computador e outros equipamentos eletrônicos é tanto que os dois filhos pediram de presente no Dia das Crianças brinquedos “normais”. Entre os pontos positivos, o pai de Pedro Henrique e Clarisse cita o fato de o convívio com a tecnologia se dar bem mais cedo. “As crianças de hoje têm bastante intimidade com o computador. Diferentemente de um adul-
to que à época da infância sequer tinha como chegar perto de um”, compara. Pedro Henrique contou, com um largo sorriso no rosto, que tem aula de informática na escola e que todos os amiguinhos sabem mexer com o computador. “Gosto muito de jogar quando estou no computador”, disse o menino, sem tirar a mão do mouse e os olhos do monitor do lap top. Ele disse achar engraçado os
bonecos dos jogos eletrônicos falarem. Apesar do entusiasmo com a máquina, o menino tem na ponta da língua argumentos que parece ouvir cotidianamente dos pais. “Meu pai e minha mãe dizem quando posso brincar no computador. Quando eles estão usando, eles não deixam. Como eu gosto também de carrinho, vou brincar de outra coisa”, contou, com a ingenuidade característica da pouca idade.
O que é essencial na vida dos pequenos
Pedro adora computadores, mas não abandonou os carrinhos e outras “brincadeiras de antigamente”
O maravilhoso mundo digital A psicóloga Poliana Amorim, que atua em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), afirmou que a procura por lan houses, sites de jogos e entretenimentos online faz com que o mercado digital-eletrônico venha se tornando cada vez mais forte, tendo em vista também que os presentes preferidos atualmente pelas crianças são os tecnológicos, seja um celular, um aparelho de MP3 e/ou MP4, um computador, vídeo games e outros recursos de última geração, que não param de evoluir de modo cada vez mais surpreendente. “A geração atual descobriu uma nova forma de se divertir e de se relacionar socialmente, através, por exemplo, das redes sociais. As crianças dominam cada
dia mais cedo essas ferramentas, usufruindo com habilidade dos recursos disponíveis na era digital”, destacou. Apesar das vantagens das brincadeiras eletrônicas, aos pais que ainda se sentem inseguros em liberar o acesso dos filhos aos brinquedos eletrônicos e computadores, segue uma dica da psicóloga Poliana Amorim. “Apesar de o ideal ser as crianças desenvolverem suas capacidades psicomotoras aliadas a gastos de energia, preferencialmente ao ar livre, como andar de bicicleta e praticar esportes, essa nova forma de brincar também apresenta vantagens educativas. Muitos desses softwares estimulam a concentração, a memorização, a coordenação motora, o raciocínio lógico e a determinação”, avaliou. (V.C.)
O segredo está no equilíbrio das coisas O ponto de equilíbrio entre o certo e o errado está no fato de os pais estabelecerem limites. “Os pais devem manter-se atentos e conhecer a fundo o conteúdo desses jogos, além de monitorar o tempo que seus filhos gastam voltados para essas atividades. A alienação nunca é benéfica. As pesquisas indicam sérias consequências à saúde biopsicossocial das crianças, é preocupante os problemas relacionados à visão, dores musculares, doenças do sono, isolamento social e sedentarismo, tudo isso decorrente do uso excessivo dessas atividades”, alertou. Desta forma, como em qualquer outro aspecto da educação infantil, compete aos pais usarem o bom senso. “Não adianta simplesmente excluir a criança desse novo recurso, isolando-a de forma drástica dos estímulos tecnológicos. Desta forma só estariam mantendoas fora do contexto da vida real, mas por outro lado não se deve subestimar seus efeitos no de-
senvolvimento da criança”. A psicóloga Poliana Amorim, que também atua no combate à violação dos direitos humanos, desenvolvendo trabalho socioeducativo no Projovem Adolescente no município de Atalaia, afirmou que o equilíbrio, e os limites sabiamente colocados são essenciais para a garantia de que a criança irá usufruir o máximo da tecnologia, sem acarretar nenhum prejuízo físico ou emocional, uma vez que elas precisam de oportunidades para se dedicarem à outras formas de entretenimento. “Cabe aos pais a mediação entre esse assédio tecnológico e o modo como as crianças buscam diversão. Os pais precisam, antes de tudo, reconhecer a importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento saudável de seus filhos, participando ativamente deste processo. Assim, estarão contribuindo também para o fortalecimento dos laços afetivos familiares”. (V.C.)
Exemplos como o de Pedro Henrique e Clarisse dão aos pais e educadores infantis a certeza de que a tecnologia e os brinquedos eletrônicos invadiram o mundo infantil e fazem parte da lista dos presentes favoritos para o Dia das Crianças. A desenvoltura das crianças com o mundo cibernético é tanta que espanta ou orgulha os próprios pais, tão acostumados a narrar “as coisinhas que só meu filho sabe fazer”. Controle remoto, telefone celular, TV digital, lap top, jogos eletrônicos, brinquedos que funcionam à pilha ou a controle remoto e expressões como email ou “baixar um jogo pela Internet” não são mais palavras de gente grande faz tempo. À medida que a criança avança no mundo da tecnologia – ou seria a tecnologia avança no mundo infantil – nasce uma preocupação dos pais e responsáveis: até que ponto é saudável deixar os brinquedos tradicionais, aqueles do tempo dos avós como o jogo de chimbra, a coleção de carrinhos e o trato com as bonecas para entrar em
um campo cada vez mais avançado da eletrônica? A pergunta não é das mais fáceis de ser respondida. A psicóloga Poliana Amorim, disse que “brincar é assunto sério. É através das brincadeiras infantis que a criança se socializa. O lúdico interfere positivamente no processo de aprendizagem, estimulando a evolução cognitiva, social e afetiva, além de representar uma via de auto-expressão. Ainda segundo a psicóloga, para Jean Piaget [renomado filósofo suíço reconhecido em todo o mundo por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil], a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à prática educativa. Os conceitos sobre educação defendidos por Piaget influenciaram a psicologia e a pedagogia mundiais, e uma das afirmações defendidas por ele desde o século passado era exatamente esta: “Brincar é essencial na vida da criança”. (V.C.)
Imaginação para além do divertimento Queimado, amarelinha, pique-esconde, pipa, elástico, passa anel, pião, pega-varetas, quebracabeça, jogo da memória, bonecos super-heróis, são apenas algumas das recreações infantis que fizeram sucesso nas gerações passadas, podendo ter sua nomenclatura variada de acordo com as regiões do país. Essas atividades tinham como objetivo apenas interagir e divertir, porém, conseguia ir muito além do que o simples divertimento. Essas brincadeiras estimulavam o raciocínio lógico, a memória, a coordenação motora, desenvolvia habilidades, o espírito de equipe, incentivavam valores como o respeito ao próximo e a empatia. “Com o advento da tecnologia essas diversas formas de brincar estão sendo cada dia mais, substituídas e consideradas an-
tiquadas por boa parte das crianças”, opinou Poliana . Desta forma, a psicóloga avalia, que os avanços tecnológicos proporcionaram inúmeras transformações na sociedade, refletindo também no modo como as crianças brincam e interagem com o mundo. “A tecnologia é um ramo do conhecimento que atrai e seduz inclusive as crianças. Existem alguns fatores que fazem com que este recurso seja cada dia mais utilizado pelo público infantil, como por exemplo, a crescente violência que atinge as sociedades, a inserção da mulher no mercado de trabalho e espaços cada vez mais limitados para atividades recreativas. É preferível, que os filhos na ausência dos pais estejam ‘a salvo’ em seus lares, quando não estiverem na escola”. (V.C.)
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Cidades
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Prêmio Maceió destaca personalidades Evento organizado pelo jornalista Cláudio Bulgarelli também servirá para lançamento de livro sobre premiados Será no próximo dia 13 a festa de premiação do Prêmio Maceió/Boas Ideias - Grandes Negócios/Histórias de Sucesso, uma produção da Idiias de Comunicação, empresa de assessoria do jornalista Cláudio Bulgarelli. O prêmio, que será transmitido ao vivo pela internet através do portal w w w. o l h a m e u c a s a m e n to.com.br, acontecerá no salão de convenções do Maceió Mar Hotel. A noite servirá também para o lançamento do livro Boas Idéias - Grandes Negócios, Histórias de Sucesso,
que conta a história das empresas e personalidades premiadas. A idéia de lançar um prêmio homenageando Maceió e, consequentemente empresas e personalidades, surgiu depois do sucesso do Primeiro Prêmio Destaque, realizado em dezembro de 2009, premiando mais de 50 empresas e personalidades. O Objetivo é premiar empresas nos ramos do comércio, indústria, construção civil, restauração, hotelaria, educação, alimentos e bebidas, comunicação e várias outras atividades, além de personalidades liga-
das a arquitetura, medicina, odontologia e advocacia. O resultado foi uma importante lista com mais de 40 nomes, entre empresas e personalidades, seguindo os seguintes critérios de avaliação para a escolha: pesquisa via internet com um mailing list de mais de 500 pessoas, pesquisa em veículos de comunicação e Internet sobre noticias e referenciais das empresas a até mesmo veiculação publicitária na mídia local. Assim, se chegou aos nomes dos premiados.
Jornalista Cláudio Bulgarelli: experiência ao redor do mundo
Esta será a segunda edição do Prêmio Maceió
Uma trajetória com muitos textos Claudio Bulgarelli, iniciou sua atividade profissional como jornalista e escritor. Nessa época, lançou um livro de poesias chamado Liberdade Apagada, quando o país ainda se encontrava sob a ditadura militar. Depois, foi ocupar o cargo de sub-editor de cultura no jornal A Tribuna de Vitória. Nesse mesmo ano mudouse para a Europa, onde viveu na França, Suíça e Itália.
Em 1991 voltou ao Brasil, e escolheu Maceió para morar. Organizou campanhas ecológicas e começou a escrever matérias especiais para O JORNAL. Em 2001, antes de voltar novamente para a Europa, organizou o primeiro prêmio da internet em Alagoas, fato inédito na época, já que a internet estava só engatinhando. Depois, de volta à Europa, se envolveu com o movimen-
to pacifista e acabou indo para Bagdá, em março de 2003, dias antes de começar a guerra do Iraque. Foi como voluntário que acabou virando correspondente do Fantástico, durante as duas primeiras semanas de guerra. Na volta lançou um livro com fotos da guerra chamado “Uma guerra daquelas”. Agora, sete anos depois, prepara escreve o seu romance, com temas mais amplos.
Investigação, crimes, paixão e intrigas O livro “Caminhos da Guerra”, que jornalista Cláudio Bulgarelli, começa a escrever, traz como base a sua experiência no Iraque. Ele tenta provar que muitos dos jornalistas, mortos em serviço nas ultimas guerras,
foram misteriosamente eliminados pelos serviços secretos de seus próprios governos, através de uma conspiração que visava “deletar” aqueles que tinham descoberto fatos além dos permitidos. Assim, ele se depara com uma dura
verdade: a participação direta ou indireta dos Estados Unidos, através da CIA (Central de Inteligência Americana), a serviço do NAC (New American Century) da estranha morte de quase todos os correspondentes na guerra.
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Universidades
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A escuridão que ganha cores Vencendo os obstáculos, crianças cegas superam preconceitos e conseguem ter uma vida normal Fabyane Almeida Estagiária*
Superação é uma palavra conhecida no universo das crianças que possuem deficiência visual. Para elas, dificuldades sempre vão existir, mas apoio, estímulo e acompanhamento da família são essenciais para vencer os obstáculos diários. Muitas crianças
cegas sofrem com o preconceito da sociedade, que não os recebe com a atenção que merecem. Algumas são discriminadas dentro da própria casa e tornam-se crianças retraídas, com o desenvolvimento abaixo do esperado. Para Alex Leite, de 12 anos, o fato de ele não poder ver não o torna uma pessoa infeliz. Alex é um dos que vêm se superando e hoje já consegue ter indepen-
dência apesar da deficiência visual. A deficiência de Alex Leite foi identificada assim que ele nasceu, e o rápido diagnóstico contribuiu para o seu crescente desenvolvimento. Segundo Maria Vieira de Lima, mãe de Alex, é muito gratificante vê-lo superando seus limites. “Meu filho nasceu com a deficiência visual. Quando ele tinha 1 ano, eu o
trouxe para a escola de cegos, onde aprendeu a ser uma pessoa independente”, disse. Avida do garoto é cheia de sonhos. Ele está matriculado no sexto ano do Ensino Fundamental e participa de provas orais. Quando sente dificuldade com os assuntos, o menino pede ajuda à Escola de Cegos Cyro Accioly, que lhe oferece apoio. Alex vai da escola para sua casa acompanhado
apenas dos amigos. “Eu sempre o deixei bem à vontade, orientando que descobrisse as coisas, para buscar a sua independência. E o Alex possui uma força de vontade de querer vencer que contribui para isso. Ele afirma que já está apto para andar só, mas eu ainda me sinto insegura com a violência na cidade”, completou a mãe. Andar de bicicleta, nadar na piscina, jogar videogame e brin-
car no computador são as coisas que o Alex mais gosta de fazer em seu tempo livre quando não está estudando braile. “Eu sei cozinhar, já sei andar só. Vou ao supermercado, mas tenho medo de que me derrubem na escola, pelo fato de ela ser grande e ter muitos alunos. Agora, que ganhei uma bengala nova, vai ficar mais fácil de me locomover”, disse Alex. Fabyane Almeida/ Estagiária
Apoio escolar ajuda na inclusão A Escola Estadual de Cegos Cyro Accioly dá o suporte necessário aos alunos deficientes visuais, como: leitura e escrita Braile; aulas de orientação e mobilidade, que favorece a independência, autoconfiança e integração social; aulas de Atividades da Vida Autônoma (AVA) onde são desenvolvidas atividades ligadas aos afazeres do cotidiano. A escola promove trabalhos intensos para o desenvolvimento autônomo de cada pessoa que busca a inclusão no
meio sociocultural. O apoio educacional vai desde estimulação psicológica a orientação de tarefas. De acordo com a coordenadora da escola, Josira Silva, a criança, quando passa a frequentar as atividades, tornase uma pessoa curiosa e acaba perdendo o medo do mundo externo. “A criança é alfabetizada no braile e recebe toda a base e preparação para que, a partir dos 4 anos, seja incluída numa escola regular. E depois ainda continua recebendo
o apoio da escola na reabilitação e pedagogia”, disse a coordenadora da escola. Cerca de 50 alunos estão inseridos nesse sistema. Segundo Josira, as crianças que perdem a visão gradativamente necessitam de um acompanhamento psicológico para aceitar a nova condição de vida. “Já a adaptação de quem nasce com a deficiência é mais fácil, porque ela nunca enxergou, não existe o sentimento de perda ou de limitação”, destacou.
Atividade física é fundamental
Izabelly Santos está matriculada em uma escola regular e recebe apoio da Escola Cyro Accioly
Lula Castello Branco
O professor Gedivaldo Bastos realiza um trabalho de estimulação com Débora Vitória, de 6 anos, no objetivo de fazê-la andar. Segundo ele, a atividade física tem destaque no desenvolvimento das crianças cegas. A menina Débora não passou pela fase do engatinhar; por isso, ela tem muita dificuldade de locomoção. “A Débora caiu. Com isso, ela adquiriu um trauma que dificulta ainda mais. A nossa batalha é que ela tenha autoconfiança em si mesma”, disse o professor. Além do trabalho de estimulação, a menina também faz tratamento com fisioterapeuta, ecoterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo. Todos trabalham focados na parte motora e emocional, visando ao equilíbrio para que ela tenha mais força na hora de levantar e andar. Devido ao trauma da queda que levou, Débora se recusa a tocar em objetos que não conhece. “A visão do cego é o tato. Então, ela se recusa a tocar em tudo que lhe é estranho. Mas, segundo a mãe, Débora se encontra bem mais relaxada em casa. Ela melhorou muito, respondendo cada vez melhor aos trabalhos com o arco e a bola, equipamentos que estimulam o som”, completou Gedivaldo Bastos.
Exemplo de vida a ser seguido Limitação é uma palavra que não existe na vida de Izabelly Santos, de 8 anos, que nasceu prematura, teve deslocamento de retina e perdeu a visão. Mais conhecida como Belinha, ela é descrita pelos amigos como inteligente e fácil de fazer amizades. Ela está matriculada na alfabetização de uma escola regular e recebe o apoio da escola de cegos com aulas de reforço, orientação e mobilidade, além de educação física e aulas de hidroterapia e ecoterapia para me-
lhorar o equilíbrio. Amãe de Belinha, Siene dos Santos, não vê limitações na vida da menina. “Ela é bem articulada; tudo me pergunta, e faço questão de responder. Acompanho minha filha 24 horas por dia. Nós somos como irmãs; participo de todo processo de sua independência, porque penso num futuro sem a minha presença”, explicou. “Muitos pais não aceitam o filho da maneira que são. Eles têm vergonha; ficam sem que-
rer sair de casa. Quando saem, ou é muito cedo ou muito tarde para que ninguém veja ou faça muitas perguntas. Mas esses pais precisam entender que elas devem ter uma vida normal e, futuramente, uma profissão”, completou Siene. Amenina tem um cotidiano bem parecido ao das crianças que enxergam. Izabelly disse que seus dias são atarefados e que, além das inúmeras aulas que frequenta, também gosta de boneca e andar de bicicleta.
O braille produz conhecimento
O professor Gedivaldo Bastos estimulando a locomoção de Débora
O código braille é composto por uma combinação de pontos dispostos em uma célula de três linhas e duas colunas. Através da combinação desses símbolos, o deficiente visual pode realizar a leitura e a escrita de qualquer tipo de texto. Atualmente, existem máquinas de escrever adaptadas para a confecção de textos em braille e computadores com programas adaptados de voz
(dosvox) que conseguem transformar um simples comando de voz em um texto adaptado a esse mesmo código. O sistema braille abriu um campo de possibilidades que irrompe com as limitações impostas pelo corpo. Mesmo sem a visão do mundo material, os cegos podem produzir conhecimento, realizar projetos e, principalmente, sentir o mundo à sua maneira.
ESCOLA - AEscola Estadual de Cegos Cyro Accioly, localizada na Rua Pedro Monteiro, no bairro do Centro, atende a todas as pessoas que tenham qualquer tipo de deficiência visual. Aescola oferece tratamento com psicólogas, aulas com professores de educação física, teatro e informática, além do reforço do material escolar. * Sob a supervisão da Editoria de Cidades
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MINAS AQUÁTICAS
Desativação altera rotina de Maragogi Pergunta feita pela população é sempre a mesma: “Os fuzileiros navais encontraram a mina?” Fotos: Jorge Barboza
Jorge Barboza Repórter
Tenente Rocha, responsável pela desativação: sozinho com o perigo
MARAGOGI - A presença de treze fuzileiros navais em Maragogi, juntamente com o capitão André Pereira Meire, escavando na Praia do Antunes, fazendo detecções no centro da cidade, com aparelhos que a população, logicamente, não conhecia, sem dúvida essa movimentação de militares em busca de artefatos bélicos, alterou o dia a dia de nativos e visitantes na turística, mas pacata, Maragogi. O assunto do dia é sempre a mina: “Já encontraram a mina?”, “Como foi lá, repórter, nada da mina?” Bem, nada da mina. Mas alguém está preocupado com isso? Alguém tem medo que ela estoure, que essa operação da Marinha não seja tão segura? “As enchentes de junho atrapalharam muito mais o movimento de turistas”, disse o proprietário do Villagio Miramar, o alemão Peter Reitermann, fazendo sua caminhada pela Praia do Antunes, a poucos metros das escavações que haviam começado na quarta-feira. “Eu sobrevivi à Segunda Guerra. Estilhaços de bombas passaram acima da minha cabeça e não morri. Não é essa mina que vai me deixar preocupado. A enchente de Barreiros foi pior.” “Nem deviam ter explodido aquela primeira mina que acharam. Deviam ter somente retirado a pólvora”, diz José
Visivelmente cansados e aborrecidos, militares enfiados em um buraco de 10m x 20m: nada das minas
Clóvis dos Santos, o “Bel” da peixaria situada na orla de cara para outra possível mina aquática. “Uma pena terem botado dinamite e explodido. Fazia tanto tempo que estava embaixo do chão. Já estava desativada. Deviam tê-la colocado em cima de um pilar para todo mundo ver.” O pescador João Francisco dos Santos diz ter “uns 74 anos” e se lembra da movimentação do Exército Brasileiro cavando
trincheira em Maragogi. “Os pescadores encontravam baleeira cravada de bala e muita coisa vinha do mar nessa época. Tinha até canhão armado que o capataz levava para a Capitania dos Portos. Tinha muito soldado do Exército. Quando davam oito horas da noite, ninguém podia mais andar na rua. A luz acabava e a gente ia para casa dormir.” SOZINHO - O tenente
Stanley Rocha será responsável pela desativação dos artefatos. É ele quem ficará sozinho com a mina, quando a população por perto for evacuada a 150 m de distância. “É um trabalho simples, tem de ter cuidado, mas é simples. Tem a possibilidade de explodir, de alguma coisa dar errada, mas pode dar certo. Já fizemos testes. A possibilidade é remota. De 5 a 1, sendo 5 a possibilidade mais remota, estamos no 4.”
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Arapiraca
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Fotos: Eduardo Almeida
Depósito de cargas roubadas foi “estourado” pela Polícia Militar, na última semana, em Arapiraca
Militares chegaram ao ponto de descarga de produtos roubados após monitorar veículo através de GPS
Na rota do roubo de cargas e veículos Arapiraca é apontada pela polícia como ponto de receptação de produtos roubados em cidades vizinhas Eduardo Almeida Repórter
ARAPIRACA- O Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) do 3º Batalhão “estourou”, na última semana, em Arapiraca, dois depósitos de cargas e veículos roubados, o que revelou uma situação preocupante para as autoridades: o município se tornou rota de “desova” de mercadorias. De acordo com a Polícia Civil, esta modalidade é crescente e a falta de fiscalização
nas rodovias é a principal responsável pelos elevados índices. Os roubos, segundo a polícia, comumente acontecem em cidades vizinhas e os produtos são levados para Arapiraca devido à facilidade de acesso e de distribuição. Os pontos considerados mais críticos são a BR-101, entre Teotônio Vilela e Porto Real do Colégio, e a AL-110, entre Arapiraca e São Sebastião. Nestes trechos, embora existam postos de fiscalização, os criminosos con-
seguem praticar assaltos e ainda “escoar” os produtos. “Três fatores contribuem para que Arapiraca se torne rota de ‘desova’ de mercadorias roubadas. O primeiro deles é a localização, pois a cidade está no centro do Estado, com acesso para todas as regiões. O segundo é a falta de fiscalização nas rodovias estaduais e federais. E o terceiro é a dimensão do município, o que faz com que os produtos passem despercebidos pelas polícias”, observou o delegado re-
gional Valdecks Pereira. Conforme o delegado, ficaria inviável para os criminosos esconder as cargas roubadas nos municípios onde ocorreram os delitos, porque as mercadorias chamariam a atenção da polícia. Ele explicou ainda que Arapiraca foi escolhida por ser considerada região metropolitana. Os depósitos encontrados na última semana têm como características a proximidade às rodovias, o que facilita a entrada e a distribuição dos produtos.
Pereira disse que o número de inquéritos instaurados pela Polícia Civil para investigar roubos de cargas, em Arapiraca, ainda é pequeno. Segundo o delegado, como os crimes acontecem em outros municípios, as investigações são conduzidas pelos distritos de cada região. O delegado ressaltou a importância de denúncias de qualquer ato suspeito para que a polícia consiga reprimir não só o roubo de mercadorias como a receptação.
“A Delegacia Regional de Arapiraca não tem autonomia para instaurar inquéritos de crimes que aconteceram em outros municípios, exceto quando o material é apreendido na cidade. Não temos estatísticas oficiais sobre o número de inquéritos, mas eles ainda não representam muito. No entanto, notamos que é crescente o número de denúncias de receptação de mercadorias roubadas”, acrescentou o delegado Valdecks Pereira.
Caminhoneiros temem assaltos ARAPIRACA - Na estra- inhoneiro. da há quase seis anos, o camO caminhoneiro Rodrigo inhoneiro Tito Segundo de da Silva Cavalcante, 22 anos, Oliveira, 26 anos, garante que presta serviço para uma emAlagoas é um dos estados do presa de material de conNordeste que apresenta o strução e revela que circula maior índice de assaltos a por Alagoas, Bahia e caminhoneiros. A má con- Pernambuco. Embora nunca servação das rodovias e a tenha sido alvo de bandidos, falta de policiamento seriam, ele conta que evita viajar de acordo com ele, os princi- pelas rodovias alagoanas no pais responsáveis pelos período noturno, números. Ele conta que já foi quando o número assaltado e que teme de policiais dimiser novamente vínui, tornando os tima da ação de caminhões alvos bandidos. fáceis para crimi“Há três anos, nosos. Alagoas é tive R$ 600 leva“Se já é difícil apontada dos em assalto, na encontrar policiais cidade de Flodurante o dia, imacomo o resta, em Pernamgine à noite. Viajar Estado com buco. Alagoas e se torna uma ativimaior risco Pernambuco são dade de risco. A os estados onde prova é que os de assaltos nós, caminhoneicaminhoneiros ros, corremos seguem em commais riscos. Os boios para os seus criminosos comudestinos. Nunca fui asmente utilizam saltado, mas confesso que motos, porque tenho bastante medo, princiisso facilita a fuga. Se com- palmente em Alagoas. Os buparado a estados como Piauí racos também nos obrigam a e Maranhão, a segurança reduzir a velocidade, o que aqui deixa a desejar. Somos aumenta os riscos de assaltos. obrigados a conviver com o É preciso aumentar a segumedo, e não temos a quem rança nas rodovias”, expôs recorrer”, explicou o cam- Rodrigo.
Veículos também estão entre os produtos cobiçados por criminosos
Valdecks Pereira diz que BR-101 e AL-110 são pontos críticos
PRF diz que não há onda de violência em rodovias ARAPIRACA - Embora a Polícia Civil afirme que é crescente o número de roubo de cargas e mercadorias no Agreste, a Polícia Rodoviária Federal garante que não há picos de criminalidade nas rodovias. De acordo com a PRF, os assaltos diminuíram nos últimos anos e os casos relatados seriam pontuais. As causas da redução estariam ligadas ao aumento do patrulhamento da malha viária. “Não há aumento da criminalidade na região Agreste, porque não existe um ponto considerado crítico. Os crimes acon-
tecem em todo o Estado e não apenas em uma determinada área. A Polícia Rodoviária Federal está patrulhando toda a malha viária para evitar que esse e qualquer outro tipo de delito seja praticado. Os assaltos não são comuns, eles são pontuais”, explicou o inspetor Jefferson Santos. Segundo ele, a BR-101, entre as cidades de Teotônio Vilela e Porto Real do Colégio, conta com três postos da PRF. “Os postos estão equipados e os policiais trabalhando, mas isso não quer dizer que não exista roubo de
cargas nas rodovias. O que pode ser feito para coibir os crimes é reforçar as unidades, após uma solicitação da Polícia Civil. Pelo nosso mapeamento, a área não é considerada crítica”. Jefferson Santos defendeu o trabalho de parceria entre as polícias. Para ele, é de forma integrada que os índices de criminalidade serão reduzidos. “É necessário que as polícias desenvolvam ações conjuntas, porque só assim conseguiremos diminuir os índices. A partir do trabalho ostensivo da PRF, do trabalho judiciário da Polícia Civil
é que teremos uma mudança de fato”, acrescentou o inspetor. A PRF explicou que adota o sistema de patrulhamento 24 horas nas rodovias através de uma programação nos postos que faz com que os agentes passem a maior parte do tempo nas rodovias. Para isso, são selecionados pontos estratégicos e fiscalizações em locais diferentes. “A PRF faz o seu trabalho, mas o ideal é que seja feita uma integração de forças através do trabalho conjunto de órgãos de segurança pública do país e do Estado”, observou o inspetor.
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PRÉ-UNEAL
Facilitando o acesso à universidade Instituição comemora os resultados obtidos com pré-vestibular comunitário, que oferece aulas gratuitas Da Editoria de Municípios A Universidade Estadual de Alagoas está comemorando o resultado obtido com o pré-Uneal - pré-vestibular que a instituição oferta à comunidade. Os aprovados celebraram a vitória junto com os alunos extensionistas da instituição, que viram seus trabalhos reconhecidos. Eles são membros do projeto de extensão que oferece aulas gratuitas para o vestibular a estudantes de escolas públicas. Segundo a coordenadora do Pré-Uneal, Maria José Houly Almeida, esta é a quarta vez
que o Pré-Uneal apresenta resultados satisfatórios, com aprovações significativas em todos os campi da instituição. Para a equipe, o resultado positivo não surpreendeu. "Foi esperado, pois fizemos um trabalho muito intenso para os alunos saírem daqui pelo menos preparados e, principalmente, confiantes para o vestibular. Estou muito feliz", diz com um sorriso estampado no rosto o coordenador do Pré-Uneal do Campus IV, Rafael Correia. Em Arapiraca, 37,16% dos alunos do Campus I foram aprovados. "O aluno Jerlann Cleyton Simões da Silva, 17 anos, que
cursou o 3º ano do ensino médio na Escola Estadual Quintella Cavalcanti, foi aprovado em 1º lugar no curso de História. Maria José Houly destaca também os estudantes Williane Barbosa Silva, aprovada em 3º lugar em Pedagogia, Marianna Izabelly Souza Nascimento, que ficou em 3º lugar no curso de Administração de Empresas, e Vanessa Moreira de Brito, aprovada em 12º lugar em Direito. No Campus III, em Palmeira dos Índios, os alunos do PréUneal também fizeram bonito. Wolffgang Amadeu Rodrigues obteve o 2° lugar em Ciências Biológicas e Silmara Oliveira da
Silva, o 2° lugar em Pedagogia. Ainda não foi divulgado o resultado do Campus V em União dos Palmares. Para a diretora do Campus IV, Maria Betânia Rocha, os 70% dos aprovados entre os alunos do Pré-Uneal mostram o esforço da coordenação e dos professores, que são os próprios universitários do Campus IV, em ministrar bem as aulas. "Esse resultado é fruto do espírito de cooperação, solidariedade e dedicação. Todos estão de parabéns", destaca. Das 15 vagas ofertadas para o curso de Letras/Espanhol do Campus IV, nove são os feras do
Pré-Uneal. Em Letras/Português, três foram aprovados; já Letras/Inglês, dois alunos do PréUneal conseguiram aprovação; Ciências Contábeis teve outros dois aprovados, e Matemática teve uma aprovação para a Uneal de Arapiraca. Em Santana do Ipanema, também houve muita celebração. Nove alunos do cursinho ingressam este ano na Universidade. Destes, três frequentarão as aulas de Pedagogia; dois irão para Zootecnia e quatro estudarão Ciências Biológicas. O Pré-Uneal tem objetivo de preparar gratuitamente os estudantes de baixa renda da rede pú-
blica para concursos vestibulares, além de contribuir para a democratização do acesso ao ensino superior e oferecer ao estudante universitário momentos de atuação como professor-monitor em sala de aula. O curso pré-vestibular da Universidade Estadual de Alagoas já atendeu até o momento 1.700 alunos da rede pública, sendo 600 alunos no Campus de Arapiraca. No campus de Palmeira dos Índios, o projeto preparou 300 alunos. No Campus de São Miguel, 500 alunos; no Campus de União dos Palmares, 200 jovens já foram assistidos e, em Santana do Ipanema, 100 estudantes.
Uneal divulgou o resultado do vestibular 2010 na última semana
BAIXO SÃO FRANCISCO
Trabalhadores rurais iniciam plantio de arroz Da Editoria de Municípios Os agricultores da região do Baixo São Francisco iniciaram o plantio de sementes de arroz para garantir a safra 2011. Em 2010, eles receberam 200 toneladas de sementes da Secretaria de Estado da Agricultura, por meio do Programa Alagoas Mais Alimentos. Em Igreja Nova, os arrozeiros esperam mais uma vez uma produtividade acima da média. Segundo o agricultor Manoel Roque dos Santos, que já plantou dois lotes, e que pretende plantar mais dois no distrito irrigado de Boacica, a produtividade deve ficar em torno de 7 mil quilos por hectare. "Ao todo, nos quatro lotes, eu devo colher 140 mil quilos", afirmou, dizendo também que os agricultores que iniciaram o plantio no início de setembro estão com uma boa germinação das sementes distribuídas pelo Governo. Asafra vai de janeiro a abril de 2011 e, de acordo com Manoel Roque dos Santos, essa será a primeira vez que parte da produção vai ser comprada por uma cooperativa montada pelos próprios produtores da região. Ainstalação dos equipamentos já ocorreu e vai permitir que haja o beneficiamento e o empacotamento no próprio município de Igreja Nova. "O arroz já vai poder sair de
Agricultores iniciaram o plantio das sementes no Baixo São Francisco
lá direto pra os supermercados", comemorou Manoel. Outra expectativa dos agricultores é que a Usina de Beneficiamento de Arroz instalada na cidade de Igreja Nova também compre parte da produção a partir de 2011. "Um dos objetivos do Programa de Sementes, vinculado ao Alagoas Mais Alimentos, é
garantir o acesso a sementes adaptadas às regiões e em época apropriada de plantio. Outro é fortalecer a agricultura familiar e o setor produtivo rural. E vemos que isso está ocorrendo no Baixo São Francisco", destacou a secretária de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Inês Pacheco.
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CAMPUS ARAPIRACA
Ufal realiza Semana da Agronomia Evento acontece entre os dias 12 e 15 e é aberto a empresas privadas, instituições públicas e sociedade Da Editoria de Municípios Com o tema central “O Engenheiro Agrônomo e os novos Paradigmas Profissionais”,o Campus Arapiraca realiza, entre os dias 12 e 15, a III Semana da Agronomia, que oferta duzentas vagas. O evento tem como local o Auditório do Campus e é destinado à comunidade acadêmica, sociedade civil, empresas públicas e privadas e instituições públicas. De acordo com os coordenadores do evento, os professores Edmilson Santos Silva e
José Vieira Silva, a palestra de abertura, na terça-feira, 12, a partir das 9 horas, será feita pelo professor Jonas Dantas dos Santos, do Conselho Regional de Agronomia do Estado da Bahia, que falará sobre o tema central. Uma programação diversificada, contemplando palestra,mesarredonda e minicursos enfocando temas relevantes da área, foi elaborada para os três dias do evento. “O objetivo é promover um ciclo de debates para aprofundar temas atuais relacionados à Agronomia e a demanda do mercado de trabalho.
Assim como, trazer as grandes dúvidas do público alvo para a discussão”, afirmam os coordenadores. Todos os painéis ocorrerão no horário das 8 às 12 horas e os minicursos, das 14 às 18 horas. Um almoço na cantina da sede Arapiraca está definido para o dia 12, em comemoração ao Dia do Agrônomo. Enfatizando que a Agronomia vem aprimorando seus conhecimentos no Estado para fins de melhoria no setor agropecuário, os professores Edmilson Santos e José Vieira destacam a importância da agrope-
cuária como base do sustento e da economia do agreste alagoano. Essa área,no Agreste e no Sertão, vem sofrendo bastante devido às secas, pragas e doenças, comprometendo as plantações e pastagens, dentre outros tantos males. “A expansão da Ufal para o Agreste alagoano tem como missão promover ou fomentar o desenvolvimento local com a introdução de conhecimento técnico e capacitação para a população em sua área de abrangência. A nossa unidade de Pesquisa/Extensão torna-se um instrumento na
promoção das mudanças sócio-econômicas e essas mudanças passam pela discussão sobre os temas que fazem parte do cotidiano da região”, afirmam os coordenadores. A agricultura brasileira é uma das mais ricas e diversificadas do mundo e a cada momento o agronegócio se destaca como sendo a garantia de sustentação da economia do país. “O aluno do Curso de Agronomia necessita estar apto para enfrentar o mercado de trabalho e consequentemente fazer funcionar a sustentabilidade econômica do Brasil, o agronegócio. Eventos
com essa finalidade são importantes para estudantes e profissionais”, enfatizam Edmilson Santos e José Vieira. A III Semana da Agronomia tem como parceiros a Próreitoria de Extensão (Proex), Centro de Ciências Agrárias (Ceca ), Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário de Alagoas (Seagri), Secretaria Municipal de Agricultura de Arapiraca, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (sebrae) e Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura/AL.
Comunidades quilombolas são contempladas pelo MDA
Chamada de assistência técnica atende comunidades quilombolas O Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) iniciou mais uma etapa da execução da nova Lei de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) com a publicação no Diário Oficial da União de nove chamadas públicas para atender às Organizações Produtivas de Mulheres Rurais em Territórios da Cidadania e comunidades quilombolas em processo de regularização fundiária pelo Incra. Aprestação de serviços está orçada em cerca de R$ 23,9 milhões. As cinco chamadas para Organizações Produtivas de Mulheres Rurais, orçadas em R$ 19.491.840,00, vão beneficiar 11.860 agricultoras familiares, ex-
trativistas, pescadoras e indígenas. Os serviços de ATER previstos vão qualificar as cadeias produtivas do artesanato e da produção agroecológica, a autoorganização e o processo de gestão e comercialização. Para comunidades quilombolas são quatro chamadas. Os trabalhos estão orçados em R$ 4.464.054,89 e vão beneficiar 4.640 famílias em 82 comunidades. As chamadas públicas estão disponíveis no portal do MDA (www.mda.gov.br) e as entidades terão 30 dias para apresentar projetos, contados a partir de publicação no Diário Oficial da União (www.in.gov.br). A seleção das propostas será
baseada em critérios exclusivamente técnicos, valorizando a entidade que tenha experiência em atividades de ATER que apresente metodologia de trabalho compatível com a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar (Pnater), o currículo da entidade e da equipe técnica. Só poderão apresentar propostas as entidades previamente credenciadas nos Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS). A prestação de serviços será fiscalizada pelas Delegacias Federais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DFDA) nos estados. O público beneficiado e o valor da presta-
ção dos serviços já foram determinados pelo MDA. Acoordenadora-geral de Organização Produtiva e Comercialização da Diretoria de Política para as Mulheres Rurais e Quilombolas do MDA, Renata Leite, explica que “as chamadas para as mulheres pretendem qualificar e dar sustentabilidade à produção por meio de gestão mais eficiente dos processos produtivos e econômicos, baseada na cooperação, na solidariedade e na igualdade de acesso a políticas públicas de apoio a produção, comercialização e na socialização do trabalho doméstico e dos cuidados.”
Mulheres rurais também serão beneficiadas com assistência técnica
Credenciamento de entidades A nova ATER começou a ma Agrária (Pronater). ser implementada em julho O MDA, em de 2010, com a abertura de conjunto com os 24 chamadas públicas Conselhos Estaduapara a prestação de is de Desenvolviserviços em Terrimento Rural Sustórios da Cidadatentável (CEDRS), MDA está nia direcionadas está credenciando à agricultura famiinstituições encarrecredenciando liar, às comunidagadas de executar a instituições des quilombolas assistência técnica. para em processo de rePara se cadastrar, a executar a gularização funinstituição poderá diária pelo Incra e ter ou não fins luassistência à mulheres rurais. crativos, deverá atutécnica A nova ATER foi ar no estado em que criada pela Lei solicitar o creden12.188/10, que insciamento e ter pestitui a Pnater e o soal capacitado para Programa Naciofazer esse trabalho. Deverá, ainnal de Assistência da, estar legalmente constituíTécnica e Extensão Rural na da há mais de cinco anos, caso Agricultura Familiar e Refor- não seja entidade pública.
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Arapiraca
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Grand
Monde Por Aroldo Marques
E-mail: harold_marques@hotmail.com
O empresário Jarbas Lúcio, o radialista Nelson Filho e o Juiz de Direito José Firmino, em revival da Jovem Guarda
VERA´S BOUTIQUE Com excelência na arte de receber sua clientela, as vendas fluem como um perfume no ar... Na foi a toa que a revista Veja destacou em suas páginas a Vera´s Boutique, quando em desfile outono/inverno 2010 num café filantrópico do Rotary Club de Arapiraca. Vera´s uma requintada loja de propriedade da empresária da moda Vera Lucia que é a atual presidenta da CDL Arapiraca. Amatéria publicada na Veja nacional fala do progresso de Arapiraca enfatizando o mercado da moda tendo Vera´s como referência de sucesso, detentora em Record de vendas destacando suas renomadas griffes: Triton, VR Menswear, Cantão, Colci, Aramis e Ellus, que dizem o por quê do sucesso quando o repórter faz comparação a chiquérrima Daslu. Não pela imponência da Daslu, mas pelo trato e finesse que o elenco de capacitadas funcionárias tratam os seus clientes... Para entender melhor é bom fazer um visita a Vera´s e constatar o diferencial no atendimento, na qualidade e originalidade das suas marcas... Chique mesmo é ser original!
PARA SINTETIZAR Acidade de Arapiraca é uma das 22 metrópoles do futuro, segundo matéria publicada, na revista Veja nacional. A reportagem destaca o crescimento alcançado pelo município nos úl-
Vera Lúcia recebe elogios do Prefeito Luciano Barbosa em suas ações administrativas na pasta de presidenta da CDL
Rocha e Almir Lira que é uma pessoa muito querida em nossa sociedade... Meus cumprimentos também vão para o amigo Marquinho Madeira, o industrial João Lyra e para o Ronaldo do INSS, que conquistaram a vitória nas Urnas nesse pleito. Esse novo quadro político decerto agradece a sociedade pelo voto de confiança e vai à luta com objetivo de uma sociedade melhor, com qualidade de vida e sem desigualdade social. É o que esperamos!
timos anos, a exemplo de diversos aspectos do desenvolvimento econômico e social. Apublicação traça um panorama de como as cidades localizadas no interior do Brasil estão se tornando metrópoles. "Apublicação da revista Veja mostra, mais uma vez, que estamos no caminho certo, fazendo as intervenções necessárias, com a participação da iniciativa privada e o apoio dos diversos segmentos da sociedade, para melhorar cada vez mais a qualidade de vida do arapiraquense", afirmou o prefeito Luciano Barbosa.
A ONDA É A PRAIA! Com um convite bem colorido, com as cores do azul piscina do mar das Alagoas, a linda garotinha Bárbara Araújo Nascimento, filha do conceituado médico ortopedista Gustavo Francisco e da enfermeira e professora do curso de enfermagem da UFAL, Cristiane Araújo Nascimento, em breves horas, mais precisamente as 9h30min da manhã deste domingo dia 10 de outubro, estará recebendo suas amiguinhas e convidados para brindar os seus sete(07) aninhos de vida. Como Bárbara mesmo diz "Se brincadeira é a sua praia, você não pode perder a minha festinha!" Então, estaremos lá no salão de festa do Residencial Ouro Verde comemorando a idade nova da bela criança que é Bárbara... Votos de sucesso e muita felicidade... Parabéns!!!
SUPLENTE Renovada e com muito talento Dira Lino é a cantora da hora no circuito cultural alagoano
A bela Bárbara Nascimento é a aniversariante mais festejada do dia. Parabéns!
INTERNACIONAL
hion Nizete Freire, proprietária do complexo Tentação Fashion, que distribuir para Alagoas as griffes: Kokid, Colméia, Cardigan, Handara e Zignum, vai apresentar em mega-desfile no dia 23 de outubro, essas marcas para sua grande clientela de todo o Estado de Alagoas, em festa no parque Ceci Cunha... O Desfile Tentação fashion já marca o calendário de eventos na cidade de Arapiraca. Aguardem detalhes!!!
Paris! A Cidade Luz, uma das mais bonitas do mundo. Difícil é fazer um top five da cidade quem tem alguns dos melhores endereços endereço do planeta. Nesse clima a família Pessoa em nome dos irmãos empresários Genildo, Jadielson, Jarbas Pessoa e o amigo-irmão Edvaldo, todos com suas respectivas esposas fizeram uma tour de 15 dias pela Europa onde puderam vivenciar momentos de felicidade e encantamento, e de uma convivência impar entre eles. Hotéis clássicos e contemporâneos, museo do Louvre, Jardin Du Luxembbourg, castelos medievais... E o passeio no Rio Sena... Todos voltaram encantados!
PERFIL O destaque vai para o eficiente decorador Lula, de Palmeira dos Índios, um dos Homens de Sucesso - Troféu Imprensa Social Rose Carrel, sempre bem solicitado para ornamentar as melhores festas do sociedade alagoano. Lula compõe o staff dos bemsucedidos profissionais alagoano na arte de decoração... Na opinião das banqueteiras e dos renomados arquitetos Lula é o sinônimo de bom gosto, eficiência e responsabilidade. Parabéns e Obrigado pelo carinho!
DESFILE Claudir Aranda e Sônia Barbosa Valeriano( leia-se Clube dos Fumicultores ) Um registro especial da boa sociedade arapiraquense
Aempresária do mundo fas-
LAGO DA PERUCABA O prateado Lago da Perucaba é um dos lugares mais lindo de Arapiraca, que oferece apenas dois points: a 1000 Graus Pizzaria e o Botequim da Baxa, foi construído já na gestão do prefeito Luciano Barbosa, que vem trabalhando uma admirável gestão... Mas como perguntar não ofende gostaria de saber, até mesmo para informar aos meus leitores quando serão concluídos os projetos do aprazível lugar... a imprensa que não cochila no ponto já anda detonado matérias ruins sobre o descaso desses projetos... Cobra com certa razão a despoluição das águas daquele balneário... Até porque o verão está chegando e o arapiraquense não tem mar.
Avitória do empresário e vereador Severino Pessoa (PPS) para a Assembléia Legislativa Estadual (ALE) abre vaga na Câmara Municipal de Arapiraca para o primeiro suplente da coligação do (PMDB) Fernando Barbosa. Com a entrada do novo parlamentar no Legislativo arapiraquense o prefeito Luciano Barbosa (PMDB) continua mantendo a maioria na Câmara Municipal de Arapiraca. Dos 13 vereadores apenas Moisés Machado e Josias Albuquerque ambos do (PMDB) não fazem parte do bloco de sustentação política a administração de Barbosa. O novo vereador arapiraquense é médico veterinário, é filho do Médico Djaci Barbosa, é um dos sócios do Hospital Afra Barbosa em Arapiraca e primo da ex-prefeita e atualmente deputada federal eleita, Célia Rocha (PTB).
O "BOOM" É BOM? Nessas corridas em buscar do progresso muitas coisas vão ficando para trás, e tem gente que pára no tempo, não assimila e até mesmo não aceita as inovações. Em Arapiraca não é diferente, mesmo sabendo que a evolução sócio-cultural é lenta. Pois então, daqui para o final do ano muitos acontecimentos sociais virão com aberturas de novas casas sociais, a questão educacional vai mudar com muitos cursos que serão implantados nas faculdades, o crescimento imobiliário... E aí, aquelas pessoas que só pensam e ganhar dinheiro sem qualidade de prestação de serviços vai "dançar" de índio. O bom trato social e a qualidade de vida é o "x " da sustentabilidade social. È legal enriquecer com valores espirituais para que o material não "atropele" o curso da história!!!
FORTALECIDO O vice-prefeito de Arapiraca e secretário de Estado da Educação, Rogério Teófilo (PPS) saiu fortalecido nessa eleição em Arapiraca. Foi um dos responsáveis pela expressiva votação de Teotonio Vilela Filho (PSDB) na terra de Manoel André. Teófilo também apoiou a exprefeita Célia Rocha (PTB) na sua expressiva vitória para a Câmara dos Deputados. Com méritos, asfalta o seu caminho para chegar a Prefeitura de Arapiraca em 2012.
PARABENIZANDO Daqui os meus parabéns aos candidatos eleitos, em particular, aos arapiraquenses Ricardo Nezinho, Severino Pessoa, Célia
Os empresários Jadielson Pessoa, Genildo Pessoa, Tio Djalma e suas respectivas esposas... Gozando a felicidade de viver bem!
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Economia
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SEGUNDO TURNO
Eleição mantém setores aquecidos Mesmo registrando desaceleração, segmentos específicos lucram com segunda rodada de votação Elisana Tenório Repórter
O segundo turno das eleições deste ano para eleger o novo presidente da República e o novo governador do Estado mantém o mercado aquecido para segmentos específicos do comércio varejista. Depois do “boom” lucrativo verificado na primeira etapa do pleito, gráficas, produtoras de vídeo, serigrafias e agências de publicidade continuam investindo pesado para conseguir uma ‘raspinha’ da farta fatia disponibilizada pelas campanhas. Alagoas segue a tendência nacional. A partir de agora, especialistas do ramo prevêem uma desaceleração de 60% no faturamento, se for comparado com a fase anterior. No entanto, se a comparação acontecer com este período em
anos não eleitorais, o aquecimento econômico mais que dobra. O ramo gráfico é um dos mais beneficiados em épocas eleitorais. Afinal, vale investir pesado em todos os recursos possíveis – revistas, jornalzinhos, panfletos, folders, santinhos, adesivos – para conquistar o eleitor. Prova disso é o acréscimo na quantidade de substrato [produto que se usa no papel] que as indústrias gráficas precisam disponibilizar: 120% no primeiro turno. E para agora, a expectativa é de que ocorra um acréscimo de 80%. O empresário Carlos Oliveira - proprietário de uma das gráficas mais antigas de Maceió, a Grafitex, e membro da Associação Brasileira dos Gráfiocos (Abragraf) - explica que o 2° turno tem características diferentes do 1°. “Diminui a quantidade de candidatos, mas aumenta a
quantidade de impressos, pois res, houve um acréscimo de 40% todo o trabalho fica concentrado na mão de obra. nesses dois candidatos. É a hora Para os funcionários tidos do tudo ou nada”, ressaltou como especializados, que basicaCarlinhos, como mais é conhemente são os operadocido no ramo. res de equipamentos, Para se ter uma o aumento no índice ideia da dimensão do de contratação ficou trabalho, apenas a em torno de 2% a 3%. Grafitex utilizou 86 to“Na composição final No primeiro de preço, 60% a 65% neladas de papel no turno, a primeiro turno. Para foram destinados à cada candidato – a emmatéria-prima e de gráfica presa prestou serviço 60% a 65% para a mão utilizou 86 a dois majoritários e de obra”, explicou toneladas vários outros proporCarlos Oliveira. cionais - foram produE o melhor é que o de papel zidos mais de 5 miincremento da mão de lhões de santinhos. obra deve perdurar até Para que os contrao final do ano. O emtos fossem cumpridos, presário ressalta que, assim a empresa contratou que o processo eleitoral estiver funcionários temporários para concluído [o que acontecerá no exercerem variadas funções, qua- próximo dia 31], todas as atenlificadas ou não. Da parte logís- ções do mercado estarão voltatica, que incluem, por exemplo, das para a iniciativa privada. os empacotadores e arrumado“As mídias publicitária e im-
pressa estão praticamente paradas para o setor privado. As peças só começarão a entrar a partir de novembro, pois os meses de agosto, setembro e outubro são exclusivamente voltados para o segmento político. Por isso, o acúmulo de trabalho é bastante alto. E, por isso mesmo, estaremos mantendo os funcionários extras até dezembro”, disse Carlos Oliveira. BAIXA NO FATURAMENTO - O empresário Fernando Guedes - da Preview Vídeo Digital – também confessa que o faturamento no 2° turno é inferior ao 1° em aproximadamente 60%. No entanto, ele ressalta que desde que o pleito teve início, à margem de lucro da produtora aumentou consideravelmente, se for comparar com anos não eleitorais. Sem revelar detalhes de valores de planilhas e margem de
lucro, ele apenas fez a seguinte consideração: “Tivermos que reforçar a equipe. Aumentamos em 100% o número de trabalhadores temporários, que foram contratados por três meses. O empresário explica que os valores pagos aos profissionais contratados são bastante diversificados: vão desde salário mínimo a mega investimentos individuais que, por exemplo, costumam ser pagos a determinados publicitários, marqueteiros e demais profissionais do ramo, com alta qualificação. Como explicação para o declínio da economia local no 2° turno, Fernando Guedes explica que, como agora a disputa fica restrita aos dois candidatos majoritários, a demanda de serviços nas produtoras que não trabalharam com esse segmento acabou. “Agora, apenas duas produtoras continuam na eleição”, enfocou. Fotos: Larissa Fontes/Estagiária
Segundo Carlos Oliveira, incremento na mão de obra chega a 40%
Luciana Caetano destaca a oportunidade de faturamento extra
Guedes: na comparação com anos não eleitorais, lucro é bem maior
Característica da eleição garante faturamento a atividades específicas De que forma o 2° turno movimenta a economia alagoana? Na opinião dos especialistas, o impacto gerado ainda é muito pouco, pois apenas segmentos específicos do varejo têm acesso ao faturamento extra. “O ‘boom’explosivo fica restrito as gráficas, as agências de publicidade e as serigrafias, que, a cada dois anos, têm acesso a faturamento extra. Por isso, não há aquecimento significativo para os demais segmentos do varejo. Talvez alguns ambulantes e, de forma sutil, o setor têxtil. Para os demais, a repercussão não existe, pois a circulação de renda é muito restrita”, explica a economista Luciana Caetano. Na opinião do presidente da
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL), Wilton Malta, o aumento da circulação de renda também está restrito a setores específicos, como frisou a economista Luciana Caetano. “Em primeiro lugar, o espaço de 20 dias é muito curto; não daria para aquecer o mercado. A exceção de alguns segmentos específicos, apenas uma pequena parcela do comércio informal é beneficiada com o processo eleitoral. Para os demais ramos, não há representatividade significativa”, atestou. BANDEIRAS - Eleição é uma das melhores épocas do ano
para ter acesso a uma grana extra. De analfabetos a graduados, é relativamente fácil se engajar na campanha e aumentar a renda pessoal. Os valores pagos – em forma de salários, diárias e contratos informais – variam muito: vão de R$ 10,00 por ida a alguns milhões de reais. Os trabalhadores informais podem ser encontrados em empresas específicas – gráficas, serigrafias, produtoras de vídeo, agências de publicidade – ou no trabalho informal, quer seja como ambulantes, como distribuidores de material de campanha ou como pessoas que ficam segurando bandeiras nas vias públicas. Quanto menos qualificado
for o trabalhador, menor será o seu salário. No entanto, este critério não é único adotado. Os valores também variam bastante, dependendo do candidato. Por exemplo: alguns aspirantes a deputado estadual pagaram R$ 15,00 para uma pessoa passar um horário segurando sua bandeira. Por outro lado, teve candidato que pagou R$ 80,00 para a mesma função, com jornada de 8 horas diárias. A estudante de publicidade Thassya Camêllo decidiu que passará o 2° turno fora do circuito eleitoral. Depois de dois meses dedicados quase que exclusivamente a campanha de dois candidatos a deputados federais que saíram vitoriosos, ela
confessa que está satisfeita com o dinheiro extra que adquiriu: R$ 2.800,00. Tudo começou em agosto, quando ela se tornou “sombra” de um candidato. Durante o mês, ela percorreu com eles os quatro cantos do Estado para pedir votos e distribuir panfletos, bottons, adesivos, santinhos e demais material de campanha. “A equipe era formada por três meninas – eu e mais duas. Claro que foi cansativo, mas valeu à pena. Por um mês de trabalho, recebi R$ 1.600,00”, disse Thássya. No mês seguinte, ela passou a desempenhar uma nova tarefa, a de coordenadora social de outro candidato a deputado fe-
deral. Para isso, pediu demissão do trabalho anterior e ‘botou a mão na massa’ integralmente. “Esse trabalho era melhor porque eu podia fazer os meus próprios horários, além, é claro, de ser menos cansativo”, justificou a estudante de publicidade. Para quem não sabe, o cargo de coordenador de rede social é o profissional que tem acesso aos micro-blogs, como o Twitter ou a páginas pessoais como Orkut e Facebook. “Minha função era basicamente a de enviar mensagens, pedindo votos para os candidatos, divulgar sua agenda e expor suas propostas”, explicou Thássya, acrescentando que ganhou R$ 1.200,00 por um mês de trabalho.
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Economia
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CONCURSO
INSS deve lançar edital com 2,5 mil vagas Oferta, no entanto, ainda é insuficiente para suprir o déficit de mão de obra da instituição, que é de 10 mil servidores BRASÍLIA - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se prepara para lançar concurso público com 2,5 mil vagas até dezembro deste ano. A expectativa é do presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps), Paulo César Régis de Souza, segundo o qual o
quantitativo de vagas não corresponde a sequer 25% do déficit da instituição. De acordo com ele, hoje a defasagem no quadro de recursos humanos da Previdência é de cerca de 10 mil funcionários. “Os postos vão suprir cargos abertos por aposentadorias, óbitos e demissões, mas ainda vamos enfren-
tar muita carência. É urgente um pedido para, pelo menos, outras 2,5 mil vagas”, disse o presidente. Ele ressaltou ainda a necessidade de contratação de profissionais para atender ao Plano de Expansão da Rede de Atendimento do INSS, que prevê a instalação de 720 novas agências da Previdência em cidades com
mais de 20 mil habitantes de todo o país. “Por enquanto, o que os candidatos podem fazer é começar a se preparar. As expectativas de crescimento dentro do órgão são boas”, afirmou o presidente. SOLICITAÇÃO - O pedido de autorização para o lançamento do certame do INSS está em
análise no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP). Do total de oportunidades, 2 mil serão para o cargo de técnico - que exige nível médio - e 500 para o de analista, para quem concluiu graduação. Após a autorização, o instituto deverá escolher a empresa organizadora e elaborar o edital. A previ-
são é de que as oportunidades sejam para todo o Brasil. Em 2008, o INSS lançou edital com 1,4 mil vagas de técnico e 600 de analista. Organizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), o processo ofereceu salários iniciais que variaram de R$ 1.989,87 a R$ 2.243,78.
Previdência privada capta R$ 3,9 bi Aprevidência privada aber- acordo com a Fenaprevi os ta fechou o mês de agosto com planos tradicionais fecharam arrecadação de R$ 3,9 bilhões, agosto com R$ 259,3 milhões um crescimento de 27,33% na em captação (alta de 2,90%), comparação com o mesmo enquanto os outros produtos período do ano passado, quan- de previdência, como o FAPI, do R$ 3,08 bilhões ingressaram PGRP e VGRP, arrecadaram R$ no sistema. Os dados são da 1,3 milhão com retração de Federação Nacional de Previ10,74%. dência Privada e Vida (FenaCom o resultado previ). de agosto, os ativos Os planos VGBL do mercado de prev- indicados para idência complemenCom o quem não declara tar apresentaram resultado de crescimento imposto pelo modede agosto, os lo completo - re22,39% ante o mesmo ativos sponderam por mês de 2009 e pas80,04% dos novos repassaram a saram a somar R$ cursos em agosto, 205,4 bilhões. somar com captação de R$ A Bradesco Vida R$ 205,4 3,1 bilhões, alta de e Previdência liderbilhões 31,04% ante agosto ou o ranking de arde 2009. Segundo a recadação em agosentidade, o desemto, com 33,69% do penho do VGBL detotal, seguida pela BrasilPrev ve-se à populariza(ligada ao Banco do Brasil), com ção do produto. 22,19%, e Itaú Vida e PrevidênJá o PGBL - plano adequa- cia (16 72%). do para quem faz a declaração No acumulado de janeiro a completa do Imposto de Renda agosto de 2010, os planos de e que permite deduzir até 12% previdência arrecadaram R$ do valor a ser pago à Receita 27,1 bilhões, crescimento de Federal - cresceu 21,07% no 17,92% em relação ao mesmo período, com arrecadação de período do ano anterior, conforR$ 523,7 milhões. Ainda de me os dados da Fenaprevi.
A abertura de concurso servirá, basicamente, para melhorar o atendimento nas agências do INSS, espalhadas por todas as regiões do País
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Economia
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MUNDO VIRTUAL
Compra coletiva pode ser boa opção Nova possibilidade de adquirir produtos pela Internet, recém-chegada ao Brasil, muda hábito dos consumidores G1
des nos próximos dois meses”, prevê Vasconcellos. De olho no potencial de crescimento do mercado, vários novos sites do mesmo tipo surgiram no Brasil, como o Imperdível e o ClickOn. Conhecer as ofertas é fácil: elas estão espalhadas pela web em emails, banners, e principalmente nas redes sociais. Mas como saber se o site é sério e se a compra será bem-sucedida? O G1 ouviu consumidores, empresários e especialistas que dão dicas de segurança.
A advogada Gisela teve que se disciplinar a fazer metas de consumo para não gastar dinheiro demais em promoções pela internet. Oswaldo montou uma planilha eletrônica especialmente para não esquecer os prazos dos muitos serviços que compra na rede para ele e para a esposa. Afonoaudióloga Camila, tradicionalmente avessa às compras online, superou o receio depois da indicação de amigos, agora adquire tratamentos estéPERGUNTE AOS ticos em salões que só viu em AMIGOS - “Fiquei anúncios virtuais. desconfiada. Parece Todos eles descotão bom que você não briram um estilo de acredita”, conta advocompras que faz sucesgada Gisela Salles, 42 so nos Estados Unidos Sites anos, sobre a primeira desde 2008 e só recenoferecem vez que recebeu um temente chegou ao descontos anúncio de oferta de Brasil: os sites de comum site de compra copra coletiva, em que diários de letiva em seu email. empresas anunciam 50% a 90% Receosa, não deu atenofertas diárias com desção. Tempos depois, contos de 50% a 90% decidiu dar uma seem serviços como sagunda chance à novilões de beleza, teatros dade quando uma amiga lhe e spas, para serem vendeu de presente o cupom para didas a um número mínimo de pessoas em apenas 24 um jantar de até R$ 60 que havia comprado por R$ 15. “Fui meio horas O modelo que cresce no mer- com o pé atrás, com uma atitucado brasileiro é inspirado no de meio ‘desculpa, mas eu tenho norte-americano Groupon, cria- um voucher’. Levei meu namodo há dois anos. Quem liderou rado e deu tudo certo, daí me a estreia nacional foi o empresá- animei a comprar”, diz. A fonoaudióloga Camila rio Júlio Vasconcellos, em parceria com Emerson Andrade e Salata, 31, nunca gostou de comAlex Tabor, donos do site Peixe prar nada pela internet. “Prefiro ver o produto pessoalmente, esUrbano. Aempresa foi criada em mar- colher”. Só perdeu a resistência ço no Rio e já atende 11 cidades: pela indicação da irmã, que falou São Paulo, Rio de Janeiro, Curi- bem do site depois de comprar tiba, Brasília, Belo Horizonte, Go- um presente para a mãe. Desde então, já comprou sesiânia, Porto Alegre, Recife, Niterói, Campinas e Florianópolis. sões de estética e jantares em res“O objetivo é chegar a 30 cida- taurantes. Em uma das compras,
Gisele Salles, advogada, teve que aprender a definir metas de consumo para evitar gastos descontrolados com as compras virtuais
teve um problema na emissão do cupom e usou o grupo do site no Facebook para resolver o problema. Hoje ela se diz feliz com as compras, mas usa a internet só para as compras coletivas. “Ainda não gosto não, prefiro olhar o produto. Só compro nesse caso porque os preços me atraíram”, diz.
VÁ ÀS REDES SOCIAIS Para Júlio Vasconcellos, do Peixe Urbano, procurar referências aos sites em redes como Orkut, Facebook e Twitter pode evitar um negócio infeliz. “É uma oportunidade de ver se tem muita gente usando o site, a opinião de quem já comprou. Se a loja é grande,
conhecida, tem mais chances de ela ser OK”, diz. Pedro Guimarães, do site Imperdível, diz que pesquisar a abrangência do site de compras é uma boa estratégia para fugir de empresas falsas. Criado em maio, o Imperdível está em 13 cidades e quer chegar a 25 até o fim de 2010.
“Há uns 15 sites de compra coletiva no mercado, mas só quatro têm abrangência geográfica porque só quatro têm estrutura para isso, o que é muito importante para sobreviver nesse negócio”, diz o dono da empresa, que tem atualmente cerca de 30 funcionários.
Júlio Vasconcellos diz que uma boa atitude é buscar informações e referências dos sites em redes sociais
Segurança depende do usuário Bernardo Carneiro, diretor da Site Blindado S/A, empresa especializada em soluções de segurança web, recomenda cuidados antes de cadastrar dados pessoais em sites de compra. “Em telas que solicitam informações confidenciais, inclusive as de pagamento, verificar se o endereço no browser foi alterado para HTTPS e se o cadeado do browser foi ativado”, recomenda. Além disso, é importante verificar se o site e o sistema de pagamento têm algum certificado de segurança. “O portal pode oferecer condições incríveis, mas precisa assegurar que os dados do cartão de crédito que o consumidor passa ao efetivar uma compra são criptografados. Isso é possível por meio dos selos de segurança exibidos no site”, diz. Antes da compra, avalie se você confia nas marcas dos produtos que estão à venda no site. “Você tem que se lembrar daquilo que nossas mães nos ensinaram: compre boas marcas. Nomes conhecidos dão mais confiança”, diz Pedro Guimarães. Oswaldo Bruno conheceu os sites de compra coletiva pela
rede, mas não compra qualquer coisa. “Gosto de comprar temakis, sorvetes, e rodízios para mim e para minha esposa”, diz. Se arrependeu uma única vez, quando comprou um voucher de temaki mas resolveu comer rodízio ao chegar ao restaurante. “Me dei mal, pois somando o que paguei lá com o que paguei no site acabei nao tendo vantagem alguma e ainda perdi o desconto. Mas foi erro meu, apesar do rodízio ser um dos piores que já fui”, conta. Ele criou uma planilha no Excel para não se perder em meio a tantas compras. “Na correria do dia a dia podemos nos perder ou até mesmo esquecer de alguma compra que fizemos, ainda mais que compro para mim e para minha mulher. Não tenho valor fixo; se surgirem dez ofertas boas em um mês eu compro todas”, diz. Aadvogada Gisela, fã de tratamentos estéticos, evita compras que não sejam nessa linha. “Minha amiga outro dia me falou de uma promoção de seis garrafas de champagne por R$ 60: eu vi e pensei não, não estou precisando”, afirma ela, que se per-
mite fazer uma sessão de beleza por semana. “Eu acho que se você começar a gastar muito vira um vício, como uma liquidação. Se você não for com um orçamento determinado, compra tudo porque acha barato”, diz. EXIJA SEUS DIREITOS A advogada Mariana Ferreira Alves, do Idec, ensina: “O consumidor que faz a compra pela internet tem sete dias a partir do recebimento do produto em que ele pode se arrepender, recebendo tudo o que ele pagou de volta. Gasto nenhum”. Para ela, contatos da empresa como telefone e endereço devem constar no site e informações claras sobre o número de produtos a serem vendidos. “Em alguns casos, a informação não é tão clara em relação à quantidade de pessoas que devem aderir àquele produto para valer o preço da promoção. Só assim o consumidor poderá criar uma expectativa”, garante. Se houver problemas, a orientação é procurar o Procon. Pesquise no site do Ministério da Justiça e descubra onde está o Procon mais perto da sua região.
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Imobiliário
CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Imóveis.com Theodomiro Jr.
DVD tenta por um fim às brigas em condomínio
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BOMBA NOS CONDOMÍNIOS! Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu precedente para que os condomínios cobrem juros maiores do que 1% ao mês, limite previsto pelo Código Civil de 2002, em caso de atraso no pagamento das cotas condominiais. O valor, no entanto, deverá ser aprovado em convenção de condomínio por, no mínimo, dois terços dos integrantes. De acordo com a decisão, o novo limite é de 10% ao mês. Para Solange Santos, gerente do Departamento Jurídico do Sindicato da Habitação (Secovi Rio), a medida é uma contrapartida para superar as perdas com a redução da multa por atraso, de 20% para 2%, colocada em prática em 2003, com base no Código Civil.
“VAI FALTAR DINHEIRO” É com essa frase taxativa que o presidente do Instituto para o Desenvolvimento da Cultura do Crédito (IDCC), Fernando Blanco, refere-se às perspectivas para o mercado de crédito imobiliário brasileiro nos próximos anos.
PARA DILMA OU SERRA “O Brasil precisa investir no pré-sal, na infraestrutura, precisa fazer Copa do Mundo e Olimpíada. Onde vamos encontrar recurso para tudo isso?”, indaga o especialista, que durante anos trabalhou em comitês de crédito de grandes bancos. Vamos deixar a pergunta para a Dilma ou para o Serra responderem. Isso é uma bomba para o próximo presidente da República.
EXPLICANDO No Brasil, há basicamente duas fontes para os empréstimos do setor imobiliário: os depósitos da caderneta de poupança e os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mantido o atual ritmo de expansão dos negócios, estima-se que ambas as fontes vão secar, no máximo, até 2012. A partir daí, o mercado terá de desenvolver alternativas para manter o ritmo de crescimento.
SAI O FIADOR; ENTRA O SEGURO Com a nova Lei do Inquilinato, que pôs fim a obrigatoriedade de apresentação de um fiador - posta em prática em janeiro deste ano -, as contratações de seguro-fiança para a locação de imóveis ganharam impulso e estão batendo recordes.
NÚMERO RECORDE De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), nos primeiros sete meses deste ano, a modalidade arrecadou R$ 106 milhões em vendas, recorde para o período, com expansão de 4,4% na comparação com igual período de 2009. Só em julho, a venda do produto somou R$ 6,2 milhões, montante 50% maior do que o volume de recursos movimentados em janeiro.
CLASSE D EM ALTA Com um poder de consumo de R$ 381,2 bilhões somente em 2010, o grande desejo da classe D é a casa própria. Segundo pesquisa da consultoria Quórum Brasil, 72% das famílias com renda de R$ 800 a R$ 1.020 por mês ambicionam comprar um imóvel. Essas pessoas que hoje estão na base da pirâmide compram computador, moto e até carro. O que as impede de compra imóvel ainda são as restrições de renda.
EM FOCO
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Eles são um dos principais pontos de discórdia entre moradores de condomínio, principalmente nos residenciais recém construídos e que estão em processo de ocupação. É o caso de Janaíra Barros, 62, empresária, e dona de um casal de gatos siameses. Ela mudouse recentemente para um condomínio de luxo na Ponta Verde e já recebeu um comunicado de que, em outras palavras, os gatos não são bemvindos. Para quem é contra ou a favor da criação de animais em condomínio, vale a pena assistir ao DVD “Os direitos dos animais em condomínios”, lançado pela ONG Terra Verde Viva. O documentário fornece subsídios jurídicos que podem lançar por terra muitas convenções e regimentos internos na cidade. A alternativa mais conciliadora encontrada em condomínios é a proibição - apenas da circulação do animal pela área comum, ou seja, corredores, elevadores etc. “Foi desta forma que evitamos os embates na Justiça. Tanto um lado quanto o outro aceitou essa proposta”, disse o síndico do condomínio Marfim, Charles Vanderson Sales, após a primeira assembléia realizada no edifício.
Confira algumas das principais informações contidas no documentário:
Documentário analisa as leis em vigor que garantem direitos aos donos de animais
PROIBIÇÃO - Convenções de condomínio e regulamentos que proíbem a permanência de animais dentro do imóvel do condômino vão de encontro ao direito de propriedade que é assegurado pela Constituição, nos seus artigos 5 e 170. NA JUSTIÇA - Quando o caso vai para os tribunais, recomenda-se que o dono faça uma espécie de dossiê do animal, apresentando um laudo fornecido pelo veterinário, indicando que o animal está vacinado e tem boa saúde e não representa risco para os demais. AMEAÇAS - No caso de ameaças graves praticadas por vizinhos ou síndicos, o que caracteriza crime de constrangimento ilegal, a orientação é que o proprietário do animal faça um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. É possível ainda entrar com uma ação judicial indenizatória por danos morais. MAUS TRATOS - Donos que deixam seus cachorros fechados em varandas ou áreas de serviço, sem alimentação,
água o u assistênc i a , estão cometendo crime de maus tratos. Em casos extremos, a Justiça pode inclusive determinar a abertura do imóvel para que o animal seja retirado. ENVENENAMENTO - Também constitui crime ambiental e deve ser registrado na delegacia mais próxima. O proprietário pode entrar com ação de danos morais, além de solicitar o ressarci-
mento de despesas médicas que tenham sido feitas na tentativa de salvar a vida do anima tentativa de salvar a vida do animal.
Governo federal lançará índice para evitar bolhas no mercado O forte aquecimento do mercado imobiliário obrigou o governo federal a trabalhar na criação de mecanismos para evitar bolhas como a que provocou uma quebradeira nos bancos americanos a partir de setembro de 2008, desencadeando a maior crise financeira internacional em quase 80 anos. O primeiro passo será monitorar com lupa a inflação do setor e lançar o Índice Nacional dos Preços de Imóveis, já em 2011, em parceria com o IBGE. Paralelamente, ciente de que este é um mercado em franca expansão - nos 12 meses encerrados em junho, o crédito para a casa própria cresceu 50,6% - a equipe eco-
nômica está discutindo novas formas de financiamento para o setor. Estima-se que, em 2013, sejam necessários R$ 100 bilhões adicionais às fontes atuais. O trauma provocado pela crise americana levou muitos países a discutirem a necessidade de monitorar a inflação de ativos como imóveis para evitar surpresas. “Bolhas no mercado imobiliário são difíceis de identificar mas, quando estouram, provocam grandes estragos”, explicou uma fonte da equipe econômica. O mercado americano entrou em crise, entre outros motivos, por ser pouco regulamentado. Foram criados tí-
tulos lastreados em hipotecas imobiliárias que eram negociados no mercado. Num cenário de juros baixos, os imóveis se valorizaram. Mas, quando as taxas começaram a subir, houve aumento da inadimplência nas hipotecas e, com isso, os preços dos imóveis desabaram e afetaram todo o mercado financeiro, levando à quebra de grandes bancos. Medidas para diversificar crédito - Os técnicos do governo brasileiro destacam que o mercado nacional tem boas regras prudenciais. Mesmo assim, é preciso criar instrumentos, como o novo índice de preços de imóveis, para um monitoramento
mais próximo. Hoje, no Brasil, não há indicadores oficiais para medir preços de imóveis. Índices são feitos esporadicamente por sindicatos regionais. Apenas o custo do material de construção tem acompanhamento mensal. Segundo João Crestana, presidente do Secovi-SP, o novo índice pode ser positivo para dar um parâmetro sobre o comportamento dos preços de imóveis no país: “Não existe um índice hoje que dê a média dos preços no país. Até porque esse trabalho é muito difícil. Um imóvel varia de acordo com localização e demanda”, explicou.
Imóvel: juro no país é dos mais altos do mundo O gerente da Caixa Econômica Federal, Mariano Teixeira, que assumiu este ano a agência Espaço 20, na Ponta Verde, continua internado na UTI Neuro da Santa Casa de Maceió. Mariano sofreu recentemente um forte acidente vascular cerebral (derrame). Considerado um dos maiores especialistas em financiamento imobiliário de Alagoas. Mariano Teixeira está fazendo falta aos clientes da Caixa Econômica e ao seu círculo de amigos, dos quais faz parte este Colunista. O que todos esperam é que volte o mais rápido possível ao nosso convívio.
Assim como ocorre no mercado de crédito em geral, o spread e as taxas de juros dos empréstimos imobiliários do Brasil estão entre os mais altos do mundo. Spread é a diferença entre a taxa que a instituição financeira paga ao captar o dinheiro e a que cobra ao repassá-lo para o cliente. As duas conclusões fazem parte de um estudo da consultoria ATKearney.
É o primeiro levantamento do gênero realizado desde que as concessões desses empréstimos dispararam no País. A pesquisa compara a situação em cinco nações: além do Brasil, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Chile. Aqui, o spread médio no segmento imobiliário é de 5,05 pontos porcentuais ao ano, ante 3,1 na Rússia, 4,8 nos EUA, 3 pontos no Chile e 2,2 na
Espanha. No caso do juro, os resultados foram de, respectivamente, 11,3%, 14,5%, 5%, 4,9% e 3,4%. Nos últimos meses, o crédito imobiliário deu um salto no Brasil, a despeito do custo elevado na comparação com outros países. Segundo dados do Banco Central (BC), esses empréstimos cresceram 51% nos 12 meses terminados em agosto, ante a expansão de 19% do crédito total da
economia. Bancos e especialistas do setor imobiliário preveem que o crescimento continuará acelerado. Primeiro, por causa da estabilização da economia. Em segundo, por causa das mudanças regulatórias de 2004. Ali se instituiu a alienação fiduciária. Na prática, um banco pode retomar com mais facilidade o bem (imóvel) em caso de inadimplência do devedor.
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Confira as promoções na Revista da TV
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Piranhas: Fotos: Alessandra Vieira
seu rio, suas areias, seus tesouros
Cidade ribeirinha é morada de dona Cléo, artesã que transforma grãos do le ito d o S ã o F r a n c is c o e m p e ç a s a r te s a n a is . M u n ic íp io a la g o a n o ta m b é m abriga o Centro de Artesanato, Artes e Cultura do Xingó; o Museu do Sertão, guardião da memória do cangaço e do seu maior símbolo, Lampião; e mais recentemente, a Casa do Patrimônio, inaugurada no mês passado com a missão de preservar a lembrança de extintos sistemas de transportes PÁGINAS B2, B3, B7 E B8.
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Fotos: Alessandra Vieira
Imagens de santos são as mais procuradas no Centro Cultural e de Artesanato de Piranhas
Artesã encontrou no Velho Chico o cenário criativo das suas peças Elô Baêta Repórter
e Opara o chamavam seus primitivos habitantes. Navegando por suas águas, o florentino Américo Vespúcio o descobriu. São suas margens redutos de muitas gentes, de várias raças, de variados costumes. Respirando a alma dos seus antepassados, vivem os seus recantos. Resguardando angústia e esperança, sobrevivem os seus viventes. Muitos são seus mistérios. Tantos são seus mitos, suas lendas. Uma gama de histórias dele emerge. Em união segue o seu curso com os muitos cantos banhados por ele. É de Velho Chico que o chamam muitos. É como São Francisco que o conhecem tantos. É como rio da unidade nacional a sua referência no Brasil, no Nordeste, no mundo. Mas, dessa vez, não são elas, sua origem, suas doces e piscosas águas, suas cenas lendárias e mitológicas. Não são eles, seus povos - ribeirinhos ou o homem que o descobriu, o tema em questão. Agora, um dos seus encantos abre-se das suas areias. Areias que soam como a grande descoberta. Areias inspiradoras. Areias que repousam em um dos 11 alagoanos lugares nascidos as suas margens. Encravado em uma rocha. Visto por atentos olhos com graciosidade como se uma lapinha fosse. Lembrado por bons olhos históricos como um expressivo celeiro de resguardo dos duros passos cangaceiros de Lampião e seu bando no seu solo. Foi lá, na bucólica Piranhas, onde um belo dia, de um determinado mês, 12 anos atrás, a professora de artes plásticas, a paulista Cleonice Gonçalves carinhosamente chamada de dona Cléo - pôs os pés pela primeira vez. Gostou, ficou e não só pisou como resolveu tocar as areias do Velho Chico com mãos criativas de artesã. A partir daí, pegá-la, moldá-la e
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transformá-la em tudo o que lhe vem à mente tornou-se um ofício dos mais prazerosos e inusitados. Com gosto, ela dá asas a sua imaginação. Põe em prática o seu pensar. Cria o molde das peças com gesso. Vai até o rio. Com zelo, apanha bons bocados dela. Transporta até o cantinho onde tudo nasce, na sua residência. Mistura a são-franciscana matéria-prima que aguçou o seu olhar com resina. Dar a forma que vier à tona. Usa solda para tirar o brilho. Delicadamente, leva a peça até uma forma de borracha de silicone - idealizada por ela. Espera esfriar. E, em menos de três horas, lá estão eles, os frutos. Muitos, variados, originais. IMAGINÁRIO - São cinzeiros em forma de peixe quem sabe em lembrança à piranha de 12 dentes superiores e de mais outros tantos inferiores, largos e afiados, com escamas lembrando o dourado em muitos pontos, que, segundo reza a lenda, foi pescada por um caboclo em um riacho chamado das Piranhas, dando origem ao nome da cidade -; uma gama de imagens religiosas em louvor e glória à Nossa Senhora de Fátima, à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, à Nossa Senhora da Saúde - a padroeira da cidade; a São Francisco, levando a sua bênção ao rio; ao Senhor do Bonfim, repousante de uma atraente igreja construída à altura suficiente para se avistar Piranhas de todo no seu mirante, com acesso por uma escadaria de 365 degraus; canoas de tolda - embarcações das mais típicas do rio; miniaturas da igreja matriz da cidade e de muitos dos seus pontos históricos... Pertencentes ao artesanato piranhense, lá estão elas, expostas em um dos redutos culturais da cidade: o Centro de Artesanato, Artes e Cultura do Xingó Eviládio José de Souza, instalado no prédio que, como
galpão da rede ferroviária de outrora, assistia ao bate-bate de muitos instrumentos na manutenção e em reparos dos vagões e locomotivas que corriam nos trilhos transportando passageiros entre a alagoana Piranhas e a pernambucana Petrolândia. Por lá, as peças são mostradas com orgulho pelos vendedores do local como um trabalho manual dos mais originais do município. Com simplicidade, a artesã fala sobre a habilidade manual que a tornou uma referência na cidade quando se fala nas areias do Velho Chico. “Em São Paulo fazia peças com pó de mármore, mas, como não encontrei por aqui, fiz um teste com a areia do rio e deu certo. Muitos turistas que veem por aqui gostam de levar pedras. Então pensei: Se eles gostam de levar pedras de lembrança da cidade, por que não levar peças feitas da areia do São Francisco? Isso me incentivou a produzir ainda mais. Eles se surpreendem, pensam que são feitas de pedra-sabão”, conta dona Cléo, que também traz na bagagem um delicado e minucioso olhar para a restauração de peças, sobretudo barrocas. Oito anos já se passaram e ela garante continuar por muito tempo - em que a areia do Velho Chico escorre por entre os seus dedos para ser amaciada e acariciada por ela por prazer e vocação. Faltando pouco para completar uma década de vida, o artesanato produzido por dona Cléo - que, durante algum tempo, foi passado adiante em aulas à comunidade de Piranhas e aos alunos do Programa Xingó tornou-se culturalmente e artisticamente respeitado em meio ao ar histórico do singelo município e em muitos dos redutos de resguardo da sua em memória. Continua nas páginas B3, B7 e B8.
Dona Cléo molda as areias são-franciscanas, transformando-as em variadas peças, há cerca de oito anos
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Fotos: Alessandra Vieira
Embarcações, locomotivas e outras peças do passado também fazem parte do simplório, porém, organizado acervo do Museu do Sertão
Cidade lapinha de memória, história e cultura A terra-mãe das peças em areia do rio São Francisco de dona Cléo tem mais a revelar sobre a história, a memória e a cultura das Alagoas. Historicamente conceituada como a “cidade dos volantes” - das mais visadas pelos cangaceiros e visitada por Lampião - e turisticamente definida como a “cidade lapinha”, Piranhas já tem o respeito de ter sido tombada como patrimônio nacional. Com 123 anos completados em 3 de junho deste ano - Dia da sua Emancipação Política -, a terra das cantorias e danças do Reisado do povoado de Piau; dos cantos, louvações e loas entoadas aos presépios do pastoril Menino Jesus; dos efervescentes blocos carnavalescos Os trovadores e As borboletas;
da arte em couro da tilápia, do bordado rendendê, da banda de música do mestre Elizio José de Souza e de outras e que recebeu a visita do imperador D. Pedro II, transpira historicidade por todos os poros do seu Centro Histórico. Em meio ao silêncio das suas ruas, as muitas lembranças - talvez ainda com o sabor amargo - das andanças de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e de seu bando por lá não arriscam sair da memória da sua gente com devidos registros em um largo espaço celebremente dedicado aos tempos do cangaço: o Museu do Sertão. Bem falado e bem visitado pela gente alagoana, brasileira e de outras partes do mundo e ocupando um bom lugar como a casa de memória
Vasilhames de transporte de água lembram a presença dos aguadeiros
dos homens cangaceiros e sertanejos, o museu remonta ao ano de 1881, quando o prédio que o abriga foi construído para ser a Estação Ferroviária do município. Simplório e organizado, o seu acervo conta um pouco de tudo. Peças de trens dos séculos XIX e XX lembram os tempos em que os trens levavam sonhos e riquezas ao Sertão alagoano. Embarcações, pedras do rio São Francisco e até uma piranha da espécie Taxidemia fazem um retorno aos soberanos tempos do rio. Um espaço dedicado à imagem de Bom Jesus dos Navegantes louva as festas de fé da região. Utensílios domésticos de ferro e barro tentam contar o dia-adia dos bem abastados do Sertão no passado. Cangalha
com cacuá, carro de boi (de carneiro), cadeiras de coronel e de campanhas, um pouco falam sobre os costumes dos com nenhum, os com pouco e os com muito poder nas castigantes terras sertanejas. Latas unidas por cordas, potes e outros vasilhames trazem a doce lembrança dos aguadeiros, os vendedores de água. Um tempo em que a água era vista como artigo de lei - por não sair nas torneiras das casas -, transportada de bicas e chafarizes públicos em bilhas, barris, vasos ou potes por escravos e índios, que não abriam mão dos amuletos contra mau-olhado e superstições para fazê-la chegar aos mais abonados. (E.B.) Continua nas páginas B7 e B8.
Bordado rendendê: arte típica das históricas terras piranhenses
TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h00 12h00 12h45 13h00 13h30 14h00 14h30 15h00
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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola Campeonato Brasileiro Série C ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino Muito Maluquinho Catalendas Dango Balango TV Piá Stadium
TV ALAGOAS A emissora não forneceu sua sua programação.
Canal 3 16h00 17h00 18h00 18h30 19h00 20h00 21h00 22h30 23h00 00h45 01h45 02h45
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A'Uwê Ver TV De Lá pra Cá Cara e Coroa Papo de Mãe Conexão Roberto D'Ávila EsportVisão Nova África Cine Ibermédia A Grande Música DOC TV Curta Brasil
Canal 5
Canal 7
TV GAZETA 05h45 - Santa Missa 06h45 - Sagrado 06h55 - Gazeta Rural 07h25 - Pequenas Empresas 08h00 - Globo Rural 09h00 - Auto Esporte 09h.30 - Esporte Espetacular 12h30 - Aventuras do Didi 13h00 - Horário Político I - Presidente 13h20 - Horário Político I - Governador 13h40 - Os Caras de Pau 14h15 - Temperatura Máxima - Selvagem
15h43 - Globo Notícia 15h46 - Futebol 2010 - Campeonato Brasileiro: Cruzeiro x Fluminense 18h00 - Domingão do Faustão 20h30 - Horário Político II - Presidente 20h50 - Horário Político II - Governador 21h10 - Fantástico 23h35 - Hipertensão 00h30 - Domingo Maior - As Panteras - Detonando 02h20 - Festival de Música SWU 03h10 - Sessão de Gala - Ultravioleta
Canal 11
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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos Nosso Tempo - IURD Desenhos Bíblicos Record Kids Ponto de Luz Alagoas da Sorte Informativo Cesmac Conexão Tudo é Possível Horário Eleitoral Presidência da Republica
13h20 13h40 16h00 20h00 20h30 20h50 23h00 00h00 01h15 -
Horário Eleitoral Governador Tudo é Possível (Continuação) Programa do Gugu Domingo Espetacular Horário Eleitoral Presidência da Republica Horário Eleitoral Governador A Fazenda Serie Heroes IURD
TV BANDEIRANTES Canal 38 07h00 10h30 11h00 12h00 12h30 13h00 13h20 14h00 15h30 18h00 19h15 20h30 20h50 21h00 21h10 21h25 22h00 23h30 00h15 01h00 01h30 02h55 04h30
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Info Brasil Caminhoneiro Info Liga dos Campeões Magazine Band Esporte Clube Horário Eleitoral Band Esporte Clube (Continuação) Fórmula Truck Etapa de Santa Cruz do Sul/RS Campeonato Brasileiro Terceiro Tempo O Formigueiro Horário Eleitoral Família Dinossauros Domingo no Cinema Menina dos Olhos Busão do Brasil Bones Debate - Eleição 2010 Canal Livre Band Eleições 2010 Mundo Fashion Show Business Cine Band Viva Maria! Vida Vitoriosa
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UMAS POUCAS PALAVRAS
O constitucional é o campo da igualdade e ela sempre tem as ma exigências, transformando-se no di de poder comer, dormir, viver. É ne comum que as diferenças se fundam repostas no pacto, sinal de que a luta incessante para que exista liberdade, o que pode parecer fra mas refere à tensão permanen caracteriza, sempre necessit afirmação continuada pela prát
Ouvidoria e reforma agrária Este é um Seminário de elevado nível e que deve ser freqüentado por todos aqueles que se interessam pela problemática da reforma agrária no Brasil. É o segundo que se realiza e novamente em Maceió. Espaço abre parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direito, Sociedade e Violência do Centro Universitário CESMAC para dar informações circunstanciadas sobre o evento, além de trazer informes
sobre o lançamento do livro do Professor e Juiz de Direito Carlos Cavalcanti, Leonardo Barreto e Leonardo Gominho. Para o livro e sobre os autores, Espaço chama a atenção para o pronuciamento dos professores Paulo Lobo e Zeno Veloso. Espaço tem em Carlos Cavalcanti um juiz honrado e um excelente professor universitário, homenageando, tambpem, os demais autores.
Sávio de Almeida
Livro reúne as reflexões doutrinárias e a experiência prática de uma vara de sucessões Paulo Lobo Neto sta obra é o direito das sucessões em ação e movimento. Reúne reflexões doutrinárias e a experiência prática do dia a dia de uma vara de sucessões na comarca de Maceió, onde atuam os autores. Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho é juiz de direito experiente, com ativa participação como professor de cursos jurídicos, com expressiva produção intelectual no direito de família e das sucessões, que sempre constituíram sua predileção profissional e acadêmica. Foi Presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família, seção de Alagoas (IBDFAM-AL). O livro demonstra, com dados convincentes, que é possível solucionar os conflitos emergentes das sucessões com uso proveitoso e adequado da conciliação e da mediação. Parte da argumentação de que as questões litigiosas entre sucessores, no inventário, podem e devem ser objeto de conciliação, antes da decisão judicial. Essas questões sofrem a incidência das regras gerais do Código de Processo Civil que privilegiam a conciliação, como modo comprovadamente eficiente de pacificação social, como tem difundido o CNJ. Não há razão para que as regras da conciliação não incidam nesses casos. A prática da conciliação na 21ª Vara Cível/Sucessões da Comarca de Maceió tem resultado em estupendo êxito, pois, na grande maioria dos casos, os sucessores e interessados terminam conciliando. Os autores retiram da experiência as situações mais comuns de conflitos na sucessão, procurando traçar o quadro doutrinário onde se inserem, além da orientação dominante na jurisprudência. A obra é de leitura leve, porque os temas estão bem expostos e são acompanhados de gráficos e quadros que ajudam à compreensão dos temas, indicando as soluções correspondentes. Destaque-se a interlocução do direito das sucessões com o direito de família, porque é difícil a aplicação do primeiro sem o correto
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domínio do segundo. O Brasil tem obtido repercussão notável nos estudos do direito de família, que é, sem exagero, um dos mais avançados do mundo, na atualidade. Os autores descrevem e comentam as tendências nesse campo, com proficiência e bons argumentos. A realidade das entidades familiares plurais, que “briga” com o fundo moral das leis, traz à tona o problema das famílias simultâneas, como as denominam os autores. São assim consideradas a família matrimonial e a união concubinária, que coexistem, fazendo brotar os problemas de titularidades patrimoniais, mal resolvidas, que vão refletir no juízo sucessório. Nesse campo nebuloso, o STJ incluiu a convivência da união estável com outra união, não admitindo a simultaneidade de entidades familiares. A dubiedade do tratamento à união concubinária, dado pelo Código Civil, tem levado a decisões judiciais contraditórias: é entidade familiar ou não, é mera sociedade de fato, ou é um relacionamento ilícito que não gera direitos? Os autores tomam posição clara em favor da natureza familiar da união concubinária, buscando definir o que compõe o regime de bens matrimonial e o que compõe o acervo patrimonial concorrente da união concubinária. Outra situação geradora de situações conflituosas é a da pessoa que vive só, que os autores denominam de família unipessoal, que começa a frequentar os tribunais. A existência de testamento ou a falta de testamento, principalmente quando essas pessoas não deixam herdeiros necessários, não impede a eclosão dos conflitos, que podem ser resolvidos mediante a conciliação. A última parte do livro é destinada à conciliação no juízo sucessório, no plano teórico e prático, com interessantes sugestões de procedimentos e de redação de acordos. No curto espaço de uma apresentação, são esses os pontos que, certamente, podem estimular a leitura desta obra, que recomendo aos profissionais e estudantes de direito e, por sua redação fluente, ao grande público.
Nova forma de expor um tema muito antigo Zeno Veloso Este livro surge como uma novidade, ou com uma forma nova de expor um tema muito antigo, importantíssimo, e referto de dúvidas e questões. Foi escrito numa linguagem simples e direta, sem fugir do rigor terminológico, e outra coisa não se poderia esperar de uma obra pensada e criada em Alagoas, sob a inspiração dos imortais Graciliano Ramos e Pontes de Miranda. Tive o privilégio de ler antecipadamente o texto, que, sem dúvida, será de grande utilidade para os operadores jurídicos, especialmente juízes, advogados, estudantes. Entretanto, todos os protagonistas do Direito terão prazer e proveito com sua leitura. Acompanho há muitos anos, com respeito e admiração, a trajetória vitoriosa de Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho, magistrado e professor,
cujos escritos e lições têm grande repercussão. Os coautores, Leonardo Barreto Ferraz Gominho e Leonardo Ferraz Gominho, por sua vez, deram provas de seu conhecimento da matéria, produzindo, com o primeiro citado, uma obra harmônica, lógica, coerente, méritos inestimáveis, nem sempre alcançados em obras coletivas. Ao longo do trabalho, numa sequência didática, como sabem fazer os verdadeiros professores, os autores abordam os institutos principais do Direito das Sucessões. Mas não se limitaram ao que é doutrina comum, jurisprudência pacífica, nem se restringiram a falar do óbvio. Aliás, expor o simples com simplicidade é uma arte que muitos poucos dominam. Escreveu-se este livro sem fugir dos pontos complexos, espinhosos, a respeito dos quais muita gente nem fala ou passa perto, com receio de entrar numa zona de perigo, num espa-
ço conflituoso. Como se verá nas páginas seguintes, com determinação e coragem, foi tratada a exclusão da herança, externando-se a importante opinião de que o Ministério Público tem legitimidade para ingressar com ação declaratória de indignidade, sobretudo no caso em que o herdeiro ou legatário foi autor de homicídio doloso contra o de cujus. Os autores integram a avançada corrente de que o companheiro é herdeiro necessário, assim como o cônjuge, e apontam a inconstitucionalidade do art. 1.790, inciso III, do Código Civil, argumentando que houve a equiparação constitucional da união estável ao casamento. Defendem, com ousadia, que o direito real de habitação não se deve limitar ao cônjuge e ao companheiro, devendo ser reconhecido a outros herdeiros, desde que comprovada a hipossuficiência. Entendem que é inconstitucional o art.
1.641, inciso II, do Código Civil, que impõe o regime da separação de bens no casamento quando pelo menos um dos nubentes tem mais de sessenta anos, e mestre João Baptista Villela já afirmou que essa imposição constitui mais um dos ultrajes gratuitos que a nossa cultura inflige à terceira idade. Asseguram que a entidade familiar unipessoal, ou família de uma só pessoa, é uma realidade social em nosso país, e mostram as peculiaridades dessa situação no direito sucessório. Concordam com a possibilidade da cessão, gratuita ou onerosa, de direitos hereditários por termo nos autos do inventário, pois se o legislador pretendeu dar segurança ao negócio jurídico exigindo a forma de escritura pública, pela mesma razão deve ser possível a formalização perante o juiz do inventário, lavrando-se o respectivo termo. A última parte do livro trata da con-
ciliação no juízo sucessório, sendo a questão abordada com pioneirismo e proficiência. Diante dos graves conflitos que surgem por causa da partilha de bens e direitos, na sucessão, e da desagregação dos laços familiares e afetivos, os autores mostram a conveniência e a utilidade da conciliação para a solução de crises, afogar as mágoas, aplacar ressentimentos. A conciliação pode infirmar ou diminuir a incidência do drama perverso que o ditado popular atesta: “Os pais se matam para deixar uma fortuna aos filhos, e os filhos se matam na disputa da herança dos pais”. Como se depreende, este não é um livro qualquer, muito ao contrário. Gostei da obra, muitíssimo, e vou encerrando este prefácio, sintético, curto, como os prefácios têm de ser, para que todos cheguem logo ao principal.
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tensão da ais concretas reito absoluto esta base do m e devem ser liberdade é a a a própria se de efeito, nte que a ando de ica social.
O que faz a Ouvidoria Agrária Nacional Articula a discussão entre partes visando a garantia de direitos e a não violência
Um pouco sobre o II Seminário Nacional de Capacitação em Direito Agrário Luiz Sávio de Almeida No I Seminário Nacional de Capacitação em Direito Agrário realizado no ano de 2008, em Maceió, elaborouse a chamada Carta de Maceió na qual se falava da realização de um segundo evento, também em parceria com a Ouvidoria Agrária Nacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em face da necessidade de realização conjunta do evento, foram conduzidas gestões iniciais com a referida Ouvidoria. Calha que o Centro Universitário CESMAC estava interessado em incrementar estudos e pesquisas sobre violência, sociedade e direito, inclusive montando um núcleo de pesquisa. Foi quando através de negociações assistidas pelos professores Carlos Cavalcanti e Afrânio Roberto Pereira de Queiroz foi vista a possibilidade de realização do II Seminário, desta feita como lançamento, também, das atividades do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direito, Sociedade e Violência, pertencente àquela instituição universitária. Ao mesmo tempo, estaria sendo prestado um excelente serviço ao campo do direito em Alagoas, na medida em que a questão agrária e a problemática jurídica a ela associada pontuariam uma pauta de discussão sobre nossa sociedade. Não se pode negar, que o agrário está no íntimo da problemática social brasileira contemporânea e que a estrutura de base, a normativa e a operacional do direito devem discutir em profundidade o modo como os
quadros se representam. Estava formada uma situação privilegiada onde se uniriam o interesse da sociedade civil e do estado, no estudo da questão agrária, única forma de dar sentido ao estudo do direito: ele e a historia que corre. Desencarnar um direito da condição social onde prevalece equivale a retirar-lhe o sentido e fazê-lo perder sentido, virar letra morta pois perderá o enunciado que deve carregar para a estruturação da comunitas. O sentido de que meu direito termina quando começa o de outro, deve ser refeito, pois o sujeito do processo deve ser posto coletivo; o direito de qualquer um vai além do individual e termina na estrutura comunitária; este é o caminho enfático do direito quanto à questão social, dono de uma amplitude que somente pode ter resguardo no direito constitucional, aquele que lida com a igualdade de fato e não como retórica de um pacto em abstrato. O constitucional é o campo da tensão da igualdade e ela sempre tem as mais concretas exigências, transformando-se no direito absoluto de poder comer, dormir, viver. É nesta base do comum que as diferenças se fundam e devem ser repostas no pacto, sinal de que a liberdade é a luta incessante para que exista a própria liberdade, o que pode parecer frase de efeito, mas refere à tensão permanente que a caracteriza, sempre necessitando de afirmação continuada pela prática social. A condição agrária nacional sempre esteve a enunciar um problema jamais resolvido. Ele é urgente e o Seminário vai ter como fundamento a dis-
cussão do papel do direito nesta resolução. É daí, que basicamente se tem dois grandes grupos de discussão abertos na temática: o direito e o conflito, a estrutura agrária nacional e sua caracterização política. Este é um evento de rara magnitude, sendo realizado de 13 a 15 de outubro do corrente ano, no Centro de Convenções Gustavo Leite devendo abranger toda a comunidade acadêmica de Alagoas, e os estudiosos da questão agrária. . Por convite da Ouvidoria, estarão presentes todos os Juízes e Promotores ligados às Varas Agrárias no Brasil, além de cientistas e juristas como o Coordenador do Fórum Nacional Agrário do Conselho Nacional de Justiça, Juiz de Direito Marcelo Berth. Não é preciso comentar o significado da presença de tão ilustres convidados e nem como se terá o reforço e prestígio acadêmico para a discussão do direito em Alagoas. O Seminário tem por objetivo geral discutir a questão agrária nacional e a função do direito como instrumento de mudança social. Por outro lado, passará pelos seguintes pontos específicos: Discutir a realidade agrária, bem como a fundiária do Brasil; debater a caracterização do conflito agrário no Brasil; pensar o direito como instrumento da mudança social no campo. Como se pode notar, ele vai além do interesse imediato da comunidade estudiosa do direito, para entrar no âmbito da sociedade, história, economia e política. É hora de participar e discutir.
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Roteiro
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Hoje Arnaldo Antunes é o homenageado do programa Aplauso que vai ao ar a partir das 10h pela Rádio Educativa FM. O músico, poeta, compositor e artista visual participou de grupos de música, poesia, videos, performance e integrou, de 1982 a 1992, a banda Titãs, uma das mais importantes do rock brasileiro na década de 80. Arnaldo é um dos principais compositores brasileiros da atualidade, é autor de sucessos como Pulso, Alma, Socorro, Não vou me adaptar, Beija eu, Velha infância, entre outros.
Quarta-feira Nas duas próximas quartas-feiras (13 e 20), dentro das comemorações dos 55 anos de atividades da Associação Teatral das Alagoas (ATA), o projeto Quarta no Arena apresenta seu sétimo espetáculo da temporada, às 19h30. A Troca, texto baseado na tragédia carioca A Serpente de Nelson Rodrigues, traz à tona discussões sobre amor, família e traição. Ingressos: R$ 6 e R$ 3. Mais informações: (82) 3315-5656 / 3315-5665.
Sábado A peça Caderno de Memórias - Uma comédia romântica será encenada nos dias 16 (às 21h) e 17 (às 20h) deste mês, reabrindo o palco do centenário Teatro Deodoro. O espetáculo, que fez temporada no Rio de Janeiro, com texto de Jean Claude Carrière e direção de Moacyr Góes, também marca o retorno da atriz Dira Paes aos palcos. Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia), à venda na Loja Levi's (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3325-2373/9601-2828.
EmBreve
A Associação Comunitária e Beneficente Vila Ana Maria (ABEVILA), ONG localizada em Paripueira, exibirá no projeto Cineteatro Paripueira o filme A Era do Gelo 3 em homenagem ao Dia das Crianças, a partir das 19h, no Paripueira Praia Clube. Entrada franca.
Zizi Possi leva o seu Cantos & Contos ao palco do Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições - Jaraguá), no dia 7 de novembro, às 20h. Ingressos vão estar à venda em breve no stand Sue Chamusca (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3235-5301 / 99257299 / info@chamusca.com.br.
O Quintal Restaurante, Música e Bar (Praça São Pedro, 460, em Garça Torta - próximo ao restaurante Lua Cheia) vai apresentar duas super atrações a partir das 15h. O cantor e compositor Bruno Hitan, acompanhado do percussionista Tony Haquiles, vai fazer um som com muito rock, pop rock e MPB. Em seguida, Ricardo Lopes Trio, com Ricardo (guitarra), Felix Baygon (baixo) e Március Campello (bateria), fará uma apresentação tocando standards de jazz e Bossa Nova. Participação especial do saxofonista americano Atiba Taylor. Couvert: R$ 5. Nais informações: (82) 9939-0391. O espetáculo de dança afro Oní Xé a Àwúre, baseado na Lenda de Oxalufã, de Pierre Verger, e dirigido pelo dançarino, professor e coreógrafo Edu Passos, estreia no Teatro Deodoro (Centro), a partir das 20h, com entrada gratuita. Em seguida, o espetáculo será apresentado em diversos bairros de Maceió com exibições públicas mostrando o resultado das oficinas ministradas por Edu com 60 jovens durante o período de maio a julho.
Em Cartaz Todas as sextas (19h30) e sábados (17h) do mês de outubro a peça. A Gota D´Água, de Chico Buarque e Paulo Pontes, sob direção de David Farias. A peça está sendo encenada pelos alunos do módulo III do Curso técnico de formação do ator/atriz da Ufal, no Teatro Sala Preta, localizado no Espaço Cultural - Praça Sinimbú. Entrada Franca.
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Cangaceiros: visitantes eternizados na cidade Em memória aos cangaceiros, na casa de resguardo das coisas do Sertão, lá estão para contar e fazer história alguns adornos pessoais do “rei do cangaço”: sua cigarreira, seu cantil, alguns de seus punhais, ousadas correspondências por ele escritas a próprio punho. Por lá, livros também falam sobre o seu reinado no solo nordestino; sobre a sua guerreira trajetória ao lado de Maria Bonita; sobre o seu tempo em Piranhas. O telégrafo da Estação Ferroviária do município, de onde foi envia-
do o telegrama denunciando o coito de Lampião em 1938, também repousa em uma de suas vitrines de vidro, como se orgulhoso o fosse sempre pelo feito. Como um dos bons legados sobre a história do cangaço, o soldado piranhense Josias Valão tem espaço reservado no museu pela sua convivência das mais próximas com alguns dos militares que comandaram o ataque à Grota de Angicos, exterminando Virgulino, sua companheira Maria Bonita e mais nove cangaceiros do
seu bando, e pela missão assumida - ainda um jovem volante - de arrumar as cabeças degoladas dos cangaceiros nas escadarias do Palácio D. Pedro II (onde funciona a prefeitura da cidade) para que fotos sobre o fato pudessem correr o mundo na posteridade. Em um passado bem remoto vistas como peças descartadas no endurecido mundo do cangaço, as cangaceiras - eternas companheiras de seus homens em andanças nas empoeiradas veredas do Nordeste brasileiro - também rece-
bem homenagens no Museu do Sertão. A presença feminina no bando de Lampião vem à tona nas figuras da guerreira Dadá, do cangaceiro Corisco; da princesa Durvinha, de Virgínio e Moreno; da enigmática Lídia, de Zé Baiano; e de outras tantas, até chegar ao registro do fim definitivo do cangaço, nos anos 40, sob a oferta de 50 contos de reis do governo da Bahia para a captura de Lampião e dos homens por ele liderados. (E.B.) Continua na página B8.
Meios de transporte rurais ganham espaço na casa Museu foi idealizado como resguardo da memória do homem sertanejo
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Gigantesca maquete do pátio ferroviário e do porto de Piranhas no ano de 1885, construída pelo artista sergipano Antônio Soares, está à mostra na Casa do Patrimônio de Piranhas
Casa de viajantes piranhenses e são-franciscanos A cidade também foi agraciada com uma ação vinda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), abrindo as portas da Casa do Patrimônio de Piranhas no município, no último mês de setembro, na edificação que no passado era o abrigo do almoxarifado da Estação de Trem. No espaço - que nasceu com a missão de preservar o passado dos extintos sistemas de transporte -, uma gigantesca maquete do pátio ferroviário e do porto de Piranhas no ano de 1885, construída pelo artista sergipano Antônio Soares, mostra o traçado sinuoso por onde o trem
subia o platô, vencendo os quase 200 metros de altura em 11 km de extensão. Saudosa lembrança do ressoar dos fortes apitos das locomotivas, com inconfundível fumaça saindo de suas chaminés, na cidade em convite aos passageiros para mais uma viagem pelos sertões alagoano e pernambucano. É lá onde também estão expostas as mais nobres embarcações do rio São Francisco, doadas ou idealizadas por artistas do histórico município. As famosas e versáteis no transporte de mercadorias e pessoas canoas de tolda; a primeira balsa a
navegar pelas águas são-franciscanas fazendo a travessia de Alagoas a Sergipe; o Valéria de Sinimbu, primeiro navio a vapor que trafegou no rio; o São Salvador e a Chata Havana; o Comendador Peixoto, a mais famosa embarcação da história do Baixo São Francisco pela sua longevidade como meio de transporte, que, do início do Século XX quando entrou em cena - até os anos 60, fazia o trajeto Penedo/Piranhas. Lembranças muitas, do apogeu à memória, da história das águas, das areias, das margens e das gentes do São Francisco em um significativo patrimônio. (E.B.)
Comendador Peixoto: navio destaque na história do Baixo São Francisco
Centro histórico: organização, charme e arquitetura preservada
Canoas de tolda: destaque no rio por sua versatilidade no transporte de mercadorias e pessoas
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POÇO VENDO casa c/2 pavimentos na Pça. da Maravilha (Poço), para residência e comércio. Valor R$ 320 mil. Tr.: 8868-4938/ 9612-4077/ 9113-8185/ 9326-1127. Creci: 1736 VENDO casa no Conj. Pajuçara. Valor R$ 220 mil e terreno R$ 130 mil. Tr.: 8868-4938/ 9612-4077/ 9113-8185/ 9326-1127. Creci: 1736
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Ensina-se reforço, da Alfabetização ao 4º ano. Tr.: 8833-0803/ 9999-3112
VENDO terreno no Sítio São Jorge. Valor R$ 21 mil e casas em Bebedouro. Valores R$ 21 e 110 mil. Tr.: 8868-4938/ 9612-4077/ 9113-8185/ 9326-1127. Creci: 1736
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