OJORNAL 11/04/2010

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O JORNA L Maceió, domingo, 11 de abril de 2010 | Ano XVI | Nº 110 | www.ojornalweb.com

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ALAGOAS

R$ 2,00

Região norte está sem segurança Em oito municípios alagoanos faltam policiais civis e militares, armamento e viaturas para combater o crime Páginas A17 e A18

A pulseira do

sexo

Pais e educadores devem ficar atentos à brincadeira que envolve ingenuidade e malícia

Cada cor significa uma perversão jogo consiste em relacionar cores a afagos inocentes e sexo. Meninas e meninos que aderirem ao jogo da “pulseira do sexo” estão sujeitos às mais variadas formas de perversão. Em Maceió, muitas meninas usam o acessório sem saber do verdadeiro significado da brincadeira, o que está deixando pais e professores preocupados. Página A15

O

Dois Dona Irinéia, uma referência cultural Páginas B1 e B5

TV Novela da Record terá Aline Borges

Pré-sal entra em pauta em Alagoas na próxima 4ª feira

Siqueira Campos é uma avenida com jeito de cidade

Semifinais agitam hoje o Paulistão e o Carioca

Páginas A3 e A4

Página A14

Esportes

Assaltantes aterrorizam usuários de ônibus urbanos

Páginas A11 e A12

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O JORNAL

Opinião A2

Licença ambiental e urbanística “A licença ambiental não substitui a licença urbanística” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

Ao tornar obrigatório o licenciamento ambiental em relação a todas as atividades potencial ou efetivamente poluidoras, o caput do art. 10 da Lei nº 6.938/81 também menciona a possibilidade de outras licenças serem exigíveis a depender da situação. Isso significa que a licença ambiental não substitui a licença urbanística, já que cada uma tem uma finalidade especifica. A licença urbanística é exigida em relação a toda construção, utilização ou parcelamento do solo e se propõe a cuidar das questões urbanísticas propriamente ditas. Por serem atividades de interesse coletivo, as intervenções no meio ambiente artificial ou na ordem urbanística, a exemplo das construções ou de parcelamento do solo, estão sujeitas ao controle pelos Municípios, já que de acordo com o caput do art. 182 da Constituição Federal o Poder Público municipal é o executor da política de desenvolvimento urbano. Dessa forma, cabe aos Municípios aprovar o Estudo de Viabilidade Urbanística e expedir os respectivos alvarás de construção 3 de ocupação. É preciso destacar que tanto o alvará de construção quanto o alvará de ocupação são formas de manifestação da licença urbanística. Já a licença ambiental é exigida apenas em relação a toda atividade potencial ou efetivamente degradadora e possui um alcance muito mais amplo na medida em que visa analisar todos os impactos ambientais que podem ser gerados por uma determinada atividade. Sendo assim, não se pode negar que a licença urbanística desempenha também uma função de controle ambiental, na medida em que o meio ambiente artificial ou urbanístico é um dos aspectos integrantes do conceito jurídico de meio ambiente e guarda relação direta com a qualidade de vida. No entanto, por vezes tem ocorrido um descompasso entre a licença ambiental e a licença urbanística. Com efeito, não tem sido incomuns as situações em que o Município concede a licença urbanística, enquanto a União ou o Estado negam a concessão da licença ambiental, ou que o órgão federal ou estadual de meio ambiente concede a licença ambiental, enquanto o Município nega a licença urbanística. Já ocorreram situações em que a própria Prefeitura chega a conceder a licença urbanística e a negar a licença ambiental ou a conceder a licença ambiental e a negar a licença urbanística. A razão para esse paroxismo é que são órgãos diferentes que tratam dos assuntos. Com efeito, por tratarem da mesma questão, embora utilizando enfoques diferentes, a licença ambiental não pode ser dissociada da licença urbanística. Pelo fato de ser mais complexa e mais especifica em relação ao meio ambiente, o ideal é que a licença ambiental seja requerida somente após a concessão da certidão de uso e ocupação do solo, visto que a viabilidade ambiental também pressupõe a correta adequação ao meio ambiente artificial ou urbanístico. Esse é o sentido do § 1º do art. 10 da Resolução nº 237/97 do CONAMA, que dispõe que “No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo. Isso significa que a certidão de uso e ocupação do solo é o primeiro passo do licenciamento ambiental, na medida em que sem isso nenhuma licença ambiental pode ser concedida, o que destaca o papel dos Municípios mesmo nos casos em que o processo administrativo for de competência estadual ou federal.

Virgínio, apóstolo do turismo “Inteligência, amizade, força de vontade e poesia”

Otávio da Rocha jornalista, é presidente da Abrajet/Alagoas

Estrategista a serviço do turismo, Virgínio Loureiro aliou sua competência profissional à condição exemplar de ser humano. Era uma pessoa solar, pleno de benesses, um feixe de luz que iluminou todos os que o circundavam, autêntico sendero luminoso. Sua presença em tão curta caminhada terrena nos deixou um imenso legado: acreditar ainda mais nas pessoas, distribuir esperança para a luta permanente de construir e distribuir o bem, o belo, o bom. Possuído de uma alegria perene, olhos e lábios incandescentes de bom humor, distribuía a todos ensinamentos de mestre e jargões que cunhou de forma indelével. Eximío nas virtudes da tolerância e da paciência, praticava a humildade como o instrumento que livra o ser humano das intoxicações do próprio eu. Virgínio sempre cultivou o ensinamento de que a alegria de quem realiza nunca é maior que a gratidão de quem recebe. E incorporou, a um só tempo, quatro qualidades de que uma pessoa necessita para construir e espargir segurança e felicidade na vida: inteligência, amizade, força de vontade e poesia. Homem de múltiplos talentos, deixou-nos um legado maior de estudo, experiência, honestidade de princípios, conhecimento compartilhado e intensa dedicação a tudo em que se empenhava. Tudo isso comprovado pelo reconhecimento que angariou dos mais diferentes setores do turismo e do magistério. O turismo brasileiro, em particular os órgãos oficiais da Bahia e de Alagoas devem muito a Virgínio Loureiro ao longo das últimas quatro décadas. O salto de qualidade e a afirmação técnica que imprimiu na Bahiatursa e na Secretaria de Turismo de Alagoas, alcançaram repercussão dentro e fora do país. Afora sua incursão, como consultor, pela área da aviação civil, onde pontificou com competência e reconhecimento. Convivi muito com Virgínio, recebendo dele profícuos ensinamentos como professor do curso de pós-graduação em turismo e como principal gestor da atividade oficial em nosso Estado. Pude aquilatar seu valor como técnico e sentir o pulso de um coração imantado de alegria e crença nas virtudes espirituais e intelectuais dos que com ele conviveram. Autêntico apóstolo da boa causa do turismo, disseminou novos conceitos e advogou que a atividade tem que espalhar seus benefícios em favor dos mais amplos segmentos da sociedade, contribuindo para reduzir o número de empobrecidos e marginalizados da sociedade. Entre seus aforismos, costumava afirmar que santo não sai sem foguete. Virgínio nos deixou semana passada, mas sua contribuição ao turismo haverá de perpassar décadas. Quando o tempo não tiver mais razão de ser, voltaremos a nos encontrar.

Domingo, 11 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

O pedágio tucano Alagoas está com problemas para concluir a duplicação da AL-101 Sul. Mesmo com recursos federais investidos nas obras, é evidente que o prazo anunciado pelo governo estadual não será cumprido. Além disso, alguns tucanos alagoanos já visualizam a exploração da obra que nem sequer ficou pronta. Na surdina, falam na implantação de um pedágio para “manter a qualidade do asfalto do trecho que será duplicado”. O assunto é polêmico e merece ser amplamente discutido. Afinal, quem ainda não apresenta isso publicamente faz de conta que não sabe que é mais caro cruzar o Estado de São Paulo, também administrado pelo PSDB, do que viajar pelo Brasil. É isso mesmo. Os pedágios em São Paulo são tão caros que é mais barato ir do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte do que andar de São Paulo a Ribeirão Preto. E ainda tem gente que gosta de pagar pedágio. O motorista que atravessa a costa brasileira paga menos pedágio do que quem percor-

re os 313 km da capital paulista a Ribeirão Preto. Na viagem pela BR-101 (incluindo também outras rotas complementares do trajeto), os carros desembolsam, atualmente, R$ 34,30 nos postos de cobrança para poder cruzar um trajeto litorâneo próximo aos 4.500 km. Já em São Paulo, a predominância de estradas concedidas à iniciativa privada motiva gastos com as altas tarifas de pedágio. Da capital até Ribeirão Preto são gastos R$ 41,70 (num percurso por Bandeirantes, Anhanguera e SP-255). A diferença nessa história toda é que os tucanos paulistas não escondem que defendem a implantação dos pedágios. A justificativa de que as concessionárias ficam responsáveis pela manutenção e conservação das vias é utilizada em discursos dos principais nomes do PSDB, como o ex-governador e presidenciável José Serra. Aqui, por enquanto, o assunto é tratado com discrição nos bastidores; afinal, a obra de duplicação, ao que tudo indica, não tem sequer um prazo para ficar pronta.

Ponto de vista

San

Consciências sujas “A sociedade tem que se organizar e estabelecer normas” Petrônio Souza Gonçalves Jornalista e escritor / www.petroniosouzagoncalves.blogspot.com

João Guimarães Rosa, gênio da raça, escrevia sobre os mistérios e os escombros da alma humana, decifrava-os. Sabia os atalhos, os anseios escondidos, as tormentas interiores de cada um. Um dia, sentenciou: “pessoas limpas, pensam limpo”. Hoje estamos diante de dois simbólicos pensamentos. De um lado, o povo brasileiro pedindo, com milhões de assinaturas, pela aprovação do projeto dos homens limpos em pensamentos, nome e currículo, comandando a nossa política. É o Projeto de Lei Ficha Limpa, que tem como objetivo central “remover das eleições candidatos que cometeram crimes sérios, como desvio de verba pública, corrupção, assassinato e tráfico de drogas”. Os sujos, como eles sempre fazem, já jogaram a votação do Projeto para maio. Por certo, para terem tempo de converter votos e garantir mais uma derrota para a democracia e para os desejos e anseios do povo brasileiro. Afinal, dois milhões de assinaturas valem nada, mas dois milhões de votos... Em uma democracia tão frágil como a nossa, em que um voto pode ser comprado com um simples pão com manteiga e que vários votos podem ser fidelizados com um prato de comida diário, a sociedade tem que se organizar e estabelecer normas para aqueles que querem gerir a

sua vida, para aqueles que terão o seu aval para tomar decisões, interferindo assim na vida e destino de milhões de brasileiros. Por outro lado, temos o político que frequenta mais os cadernos de polícia que de política em nossos jornais, Paulo Maluf, tentando retaliar e enquadrar, com um Projeto de Lei, o Ministério Público. É claro que este projeto de Paulo Maluf só tramita célere no Congresso por que conta com o silêncio cúmplice do Planalto e do PT. Pois, se fosse em outra época, a banca petista já teria colocado a esvoaçante Ideli Salvatti na rua e rufado os tambores da consciência cívica e moral, aqueles que eles desde que chegaram ao poder, não bradaram mais. O mundo político nacional se tornou isso, uma matilha de cachorros iguais, cada um querendo apenas morder o maior quinhão que não lhe cabe. Por isso eles querem enquadrar o Ministério Público, vedar os olhos da Justiça. Não para barrar os crimes de agora, mas os crimes futuros, que eles vão perpetrar para perpetuar no poder, para alugar partidos, comprar comissões e, até mesmo, subornar promotores, procuradores, ministros e juízes. Eles sabem que o crime no Brasil compensa e muito, e sempre tem uma boa recompensa... Por isso, é bom estar sempre com os cuecões fartos, impregnados pela sujeira do poder.

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“É a cultura vista como protagonista do desenvolvimento humano”

Marcial Lima Professor

“Alagoas - Terra sem Lei” é o manifesto que o segmento audiovisual traz a público, reivindicando o funcionamento do Fundo Estadual de Cultura e evidenciando que Maceió “tem uma lei própria inativa desde 1997”. A favor do movimento, observo que a lei de que se fala foi revogada, sendo substituída pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura – Promac, instituído pela Lei 5656/07 que, mercê de um trabalho de sensibilização junto ao Legislativo, num fato inédito, foi aprovada por unanimidade, com voto favorável até mesmo dos mais ferrenhos opositores da atual gestão municipal. O Promac é uma iniciativa que atende a uma das mais fortes reivindicações do segmento artístico-cultural, legitimada nas Conferências Públicas e transformada em compromisso de Governo, quando o Prefeito da Capital firmou Protocolo de Intenções com o MinC. Após uma leitura crítica da lei anterior, o Promac motivou uma ação junto à Procuradoria Geral e aos gestores das secretarias de Planejamento e Finanças. Sua acolhida consigna o entendimento da Cultura como protagonista do desenvolvimento humano, passando a considerar a qualidade de vida e a redução das desigualdades, extrapolando o conceito de cultura como mero diletantismo. Aqui, a Cultura evidencia-se como uma ponte estratégica entre o segmento empresarial e as políticas públicas, com inequívoco retorno social. Seu decreto regulamentador encontra-se em vigor. No orçamento, existe rubrica orçamentária própria. A Procuradoria Geral, reconhecendo que a lei de 1997 “apresentava pontos confusos e obscuros”, opinou pela pertinência do Promac, “por oferecer maior clareza na condução da matéria”. A secretaria de Finanças, através da Portaria SMF/GS 025, de 16.06.08, instituiu comissão, para “proceder a estudos visando viabilizar sua operacionalização”. Afirmando que o programa é “de interesse social”, reconhece que “os recursos repassados serão revertidos indiretamente quando da realização dos eventos por ele patrocinados”; opinião verdadeira, porquanto diversas pesquisas evidenciam que a produção cultural, além de sua dimensão social, abrange uma dimensão mercadológica, geradora de cadeias produtivas. O Promac dialoga com o Sistema Nacional de Cultura, tem respaldo na Lei Orgânica, no Plano Diretor do Município e na Constituição Federal. Interessa a produtores, poder público e atores sociais; artistas, intelectuais, empresários e à população de Maceió. Merece ser ativado. Tendo-o, no entanto, como um dos instrumentos da Política Cultural, não resumindo em si todos os requisitos necessários a uma ação de Governo. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br

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Terra sem lei

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Política

A3

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Contexto politica@ojornal-al.com.br

IMPEDIMENTO O vice-governador José Wanderley (PMDB) já sabe que não pode assumir o governo até outubro. Caso o faça, fica impedido de ser candidato. Ele prepara uma campanha de olho em uma vaga na Assembleia Legislativa. A mesma regra vale para o presidente do Legislativo, Fernando Toledo (PSDB) que em busca da reeleição não pode ascender na linha sucessória estadual. Com isso, a desembargadora Elisabeth Carvalho fica bem próxima de voltar a assumir o governo novamente caso Teotonio Vilela Filho (PSDB) precise se ausentar. Em março, a magistrada passou uma semana no cargo. DE NOVO

Efeitos do pré-sal entram na pauta de discussões esta semana, em AL Instituto Arnon de Melo promove primeiro seminário sobre o tema no Nordeste Da Editoria de Política Na próxima quarta-feira, Alagoas vai debater, em um seminário promovido pelo Instituto Arnon de Melo, os efeitos do pré-sal e a discussão nacional sobre a partilha dos royalties do petróleo, com a descoberta da jazida entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo. Esse é consid-

erado um dos maiores poços de petróleo do mundo, o que pode gerar um incremento financeiro de bilhões de reais. O problema está em quem deve ganhar com a partilha do pré-sal. Os estados que se beneficiam diretamente da descoberta não querem discussão sobre a mudança das regras dos royalties. Quem perde, como os estados nordestinos,

querem sim alteração do modelo atual. O líder da bancada federal, deputado Augusto Farias (PTB), disse que os parlamentares alagoanos seguem uma orientação: Alagoas tem de receber mais dinheiro, no repasse dos royalties. Ano passado, o Estado recebeu R$ 28,5 milhões. Para a próxima quartafeira, está marcado o seminário

“Os reflexos da descoberta do pré-sal no desenvolvimento do Nordeste”, unindo os principais representantes do governo federal, empresários, líderes de classe, representantes de instituições de ensino e estudantes para falar do assunto. O epicentro é: Alagoas vai ganhar com as regras de partilha do petróleo novo, gerado na jazida?

Como já era esperado, a atual direção do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Maceió (Sindspref) venceu a eleição. O presidente Sidney Lopes foi reconduzido com 381 votos, enquanto a oposição, encabeçada por Lúcia Galvão, levou apenas 79. O mandato é de três anos.

NOVIDADE

CLONAGEM

O novo diretor-presidente da Eletrobras Alagoas, Pedro Hosken, foi oficialmente apresentado aos servidores da antiga Ceal. Ele participou da cerimônia que marcou a aposentadoria de cerca de 100 funcionários que aderiram ao programa de desligamento. Hosken ficou na vaga de Flávio Decat, que saiu da empresa para atuar na iniciativa privada.

A Polícia Civil precisa ficar atenta quanto ao uso de seus símbolos por parte de uma empresa de segurança privada em Maceió. A clonagem é tão descarada que a farda preta e o escudo são idênticos aos dos policiais e só podem ser diferenciados por pessoas que conhecem a verdadeira logo da Polícia Civil.

NA LABUTA O reitor pró-tempore do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Irineu Colombo, já está trabalhando. Apontado como linha-dura, ele foi escalado pelo Ministério da Educação para conduzir o turbulento processo eleitoral na instituição de ensino.

EM FAMÍLIA Os irmãos Olga e Yuri Miranda serão candidatos nesta eleição. Filhos do jornalista Jayme Miranda, desaparecido durante a Ditadura Militar, eles estão filiados ao PSOL e disputam respectivamente vagas para Assembleia e Câmara. Em tempo: ambos são fiscais de tributos do Estado.

SEM TROCO O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Benedito Alexandre, tem sido apontado como uma dor de cabeça para o governo estadual. O pior é que, mesmo sem fazer um acordo, ele recebeu apoio integral dos tucanos para ser eleito.

CURSO

MARCHA À RÉ

Na próxima terça-feira, das 17 horas às 19 horas, a Petrobras realiza um curso sobre Pré-Sal para jornalistas, no hotel Ritz Lagoa da Anta. Todos os interessados em participar devem enviar e-mail com nome completo, veículo, e-mail e telefone para contato até o meio-dia da segunda-feira.

Ainda tem gente na Secretaria Estadual de Saúde reclamando porque o secretário Herbett Motta não se desincompatibilizou para disputar a eleição. Ele até se filiou ao PSDB, mas desistiu de entrar na campanha em cima da hora.

Renan Calheiros: relator do projeto que estabelece partilha de royalties

TARTARUGA O atraso na conclusão da reforma do Estádio Rei Pelé já preocupa o governo estadual. Nos últimos três anos o maior centro esportivo alagoano ficou parcialmente interditado e agora passa por uma revitalização que não parece ter prazo para ser entregue.

EXPRESSAS É tensa a disputa por filiados entre o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo e a Associação dos Servidores da Assembleia. A troca de acusações é pesadíssima. O suplente de deputado Hélio Silva permaneceu no DEM e já anunciou que é candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa. Outro que não trocou de partido foi o suplente Hildon Fidélis, o “Castelo” que ficou no PTB e também estará na disputa. O PT marcou seu Congresso Estadual para o próximo fim de semana. Ao todo 120 delegados petistas decidirão os rumos do partido nas eleições.

Augusto Farias: orientação da bancada é que AL deve receber mais recursos

Entenda a discussão sobre a partilha dos royalties Para entender a discussão sobre a partilha do pré-sal, devese entender o que são os royalties, uma espécie de valor de patente cobrada para a exploração do petróleo. O valor varia de acordo com a quantidade retirada dos poços, considerandose também que ele é uma compensação ambiental e social pela exploração do petróleo. O petróleo é explorado pela Petrobrás, em conjunto com outras empresas, que repassa o valor arrecadado aos cofres públicos. Estes são os royalties. Pelo modelo atual, Estados e municípios produtores recebem mais que os Estados sem o petróleo. Funciona assim: se um Estado produz R$ 100, em um barril, R$ 40 (40%) vai para a União; R$ 45 (45%) para os municípios e estados produtores; cidades com instalações petrolíferas ficam com R$ 7,5 (7,5%). Sobram R$ 7,5 (7,5%), encaminhados a um fundo especial e repartidos para todos os Estados e municípios no Brasil. Seguindo esta regra, e considerando o Pré-sal, Estados entre Santa Catarina e Espírito Santo concentrariam os bilhões de reais dos royalties. Por isso, bancadas como as de Alagoas queriam a aprovação do projeto de lei dos deputados Ibsen

Pinheiro (PMDB-RS) e Hum- rios entes federativos. O petróberto Souto (PPS-MG): separa- leo é de todos, e precisamos busse a verba da União e divide-se car um equilíbrio que não de50% para os Estados e 50% para sestabilize a federação. Relevem os municípios. Não interessa o neologismo, mas não é patrióquem produz ou não petróleo. tico nem sensato ‘palanquizar’o A proposta foi rejeitada pelo pré-sal”, disse o senador. líder do governo, senador Como a proposta tramita em Romero Jucá (PMDB-RR), ne- regime de urgência constituciogociador dos projetos de pré- nal, ela tranca a pauta em 19 de sal com os parlamentares da abril. Por isso, o senador tenta base aliada e da oposição. O senegociar a retirada da nador Renan Calheiros urgência na tramitação (PMDB), relator do prodo projeto. “É preciso rejeto de lei que estabeletirar a pressão sobre os ce a partilha na ComisProposta royalties do pré-sal, porsão de Assuntos Econô- do senador que o sal aumenta a tenmicos (CAE) do Senado, são pré-eleitoral”, disse. alagoano Pelo regime de urgêndefende outro modelo. Pelo projeto do rela- tramita em cia, um projeto tranca a tor, a partilha deve se- regime de pauta em 45 dias, mas guir assim: União fica existem quatro proposurgência tas relativas ao Pré-sal. 22%; estados produtores e municípios produUma delas - que cria tores, 28,5%; os municíuma empresa pública pios que embarcam o responsável pela gestão dos petróleo, 6%; estados e contratos de partilha - foi a primunicípios que não produzem, meira a chegar ao Senado e, por 44%. Renan Calheiros propôs, isso, tranca em pauta no dia 19. semana passada, jogar o debaOs outros projetos- da parte sobre a partilha do Pré-Sal tilha como modelo de explorapara 2011. Isso por causa do ca- ção, da capitalização da Petrolendário eleitoral. brás e do fundo social- chega“O calendário eleitoral susci- ram depois ao Senado e o regita, naturalmente, muitas gene- me de urgência- que acaba tranrosidades, especialmente em se cando a pauta no Senado- tertratando de valores superlativos, mina em 6 de maio. “Se houque significam a redenção de vá- ver acordo, marcamos a data da

votação. O calendário pressupõe o fim da urgência.”, disse Renan. Em discurso no Senado, semana passada, Renan evitou defender diretamente o desmembramento do projeto da partilha. “Aquestão dos royalties atrapalha, porque pode transformar o pré-sal em moeda eleitoral”, afirmou. Outra sinalização dada pelo líder foi a lembrança de que a questão dos royalties não constava do projeto original enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso. “O desmembramento, na prática, significa restaurar a proposta do governo. A pressa colabora com o erro”, disse. DEBATE - No discurso, Renan pregou “amplo, meticuloso e exaustivo” debate entre governadores, prefeitos e parlamentares em torno da repartição da receita dos royalties. “Se for para ir para o lado errado, sinceramente, não adianta pressa. O lado errado seria a divisão do país, o estremecimento do pacto federativo em um conflito evitável, verdadeiramente evitável”, afirmou o senador, prometendo continuar a busca por acordo e uma relatoria coletivizada. (Continua na página A4)

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Política

O JORNAL JORNA L

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Agência Petrobras de Notícias

MAPA DO PRÉ-SAL NO BRASIL

Sérgio Gabrielli, da Petrobras, vai participar de encerramento do seminário

Seminário vai explicar como descoberta afeta o Estado No seminário que acontece esta semana no hotel Ritz Lagoa da Anta, promovido pelo Instituto Arnon de Melo, a proposta é explicar exatamente o que é o Pré-sal e como estas discussões podem afetar Alagoas. A abertura do evento deve contar com a presença da ex-ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rouseff, e do ministro de Minas e Energia, Márcio Zummermann; do professor Eduardo Setton, coordenador do Projeto LCCV Ufal/Petrobras, além dos senadores Fernando Collor (PTB), que preside a Comissão

de Serviços de Infraestrutura do Senado, e Renan Calheiros. A programação segue com o 1º Painel: “O Marco Regulatório e a Nova Empresa Estatal”, cujo palestrante será o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto. Depois vem o 2º Painel: “Fundo Social e Capitalização da Petrobras”, com o diretor financeiro e de Relações Institucionais da PETROBRAS, Almir Guilherme Barbassa. O 3º Painel, “Reflexos da Descoberta do pré-sal no Desenvolvimento no Nordeste”, com o diretor

de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella. O encerramento contará com o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli de Azevedo, e o presidente da Braskem, Bernardo Gradin. “Para o Instituto Arnon de Mello é muito importante realizar em Maceió um seminário desse nível sobre o présal, reunindo autoridades nacionais e os principais dirigentes da Petrobras. É uma oportunidade única de ouvir e discutir a participação do nosso Estado nessa nova fonte de recursos do Brasil. A real-

Pré-sal, em perguntas e respostas - Qual o volume estimado de óleo encontrado nas acumulações do pré-sal descobertas até agora? - Só a acumulação de Tupi, na Bacia de Santos, tem volumes recuperáveis estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço de Guará, também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural. - As recentes descobertas na camada pré-sal são economicamente viáveis? Os estudos técnicos já feitos para o desenvolvimento do pré-sal, associados à mobilização de recursos de serviços e equipamentos especializados e de logística, nos permitem garantir o sucesso dessa empreitada. Algumas etapas importantes dessa tarefa já foram vencidas: em maio deste ano a Petrobras iniciou o teste de longa duração da área de Tupi, com capacidade para processar até 30 mil barris diários de

petróleo. Um mês depois a Refinaria de Capuava (Recap), em São Paulo, refinou o primeiro volume de petróleo extraído da camada pré-sal da Bacia de Santos. É um marco histórico na indústria petrolífera mundial. - Com este resultado, o que muda para a Petrobras? Essas descobertas elevarão a empresa, ao longo dos próximos anos, a um novo patamar de reservas e produção de petróleo, colocando-a em posição de destaque no ranking das grandes companhias operadoras. Com a experiência adquirida no desenvolvimento de campos em águas profundas da Bacia de Campos, os técnicos da Petrobras estão preparados, hoje, para desenvolver as acumulações descobertas no pré-sal. Para isso, já estão promovendo adaptações da tecnologia e da logística desenvolvidas pela empresa ao longo dos anos. - A Petrobras está prepara-

da, tecnologicamente, para desenvolver a área do pré-sal? Sim. Ela está direcionando grande parte de seus esforços para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico que garantirão, nos próximos anos, a produção dessa nova fronteira exploratória. Um exemplo é o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal), a exemplo dos bem-sucedidos programas desenvolvidos pelo seu Centro de Pesquisas (Cenpes), como o Procap, que viabilizou aprodução em águas profundas. Além de desenvolver tecnologia própria, a empresa trabalha em sintonia com uma rede de universidades que contribuem para a formação de um sólido portfólio tecnológico nacional. Em dezembro o Cenpes já havia concluído a modelagem integrada em 3D das Bacias de Santos, Espírito Santo e Campos, que será fundamental na exploração das novas descobertas. (Leia mais sobre o assunto na página A6) Agência Petrobras de Notícias

ização deste evento representa, sem dúvida alguma, uma vitória imensurável para Alagoas”, afirmou Carlos Mendonça, vice-presidente executivo do Instituto Arnon de Melo. “O Instituto está trabalhando para que este evento seja a abertura de uma nova porta para o crescimento da economia alagoana”, acrescenta. ENTENDA - O termo présal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com poten-

cial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionouse chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superficie do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode

chegar a mais de 7 mil metros. As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na camada pré-sallocalizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5° APl, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado.

STF

Congresso da ONU terá participação de ministros O ministro Cezar Peluso abrirá o 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, que acontece entre 12 e 19 de abril, em Salvador (BA). O tema do encontro será “Estratégias Amplas para Desafios Globais: Sistemas de Prevenção ao Crime e Justiça Criminal e seus Desenvolvimentos em um Mundo em Transformação”. Peluso preside o Comitê Permanente da América Latina para revisão das Regras Mínimas da ONU para o Tratamento de Presos. Entre os cerca de 4 mil participantes do congresso estarão representantes de Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), responsáveis por políticas públicas na área de prevenção ao crime e justiça criminal, especialistas, parlamentares, acadêmicos e representantes da sociedade civil de 140 países. São esperados, também, chefes de Estado, ministros e chanceleres nos últimos três dias do encontro. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, fará um pronunciamento no sábado (17), às 14h30. AGENDA TEMÁTICA O objetivo do grupo é contribuir na elaboração de políticas nacionais e transnacionais de segurança pública e prevenção do crime e de enfrentamento ao crime organizado. A agenda preliminar de debates, segundo informações oficiais do congresso, inclui

Cézar Peluso fara a abertura do congresso, que começa amanhã

os temas infância, juventude e crime; violência contra migrantes; tráfico de seres humanos; lavagem de dinheiro, terrorismo, prevenção da criminalidade, cooperação internacional para combate ao crime e cybercrimes. Esses debates estarão fundamentados em três eixos: a justiça criminal como um pilar central no Estado de Direito; os principais objetivos do sistema de justiça criminal; e a necessidade de uma abordagem holística para a reforma do sistema de

justiça criminal. Essa é a primeira vez que o Brasil recebe o congresso - realizado a cada cinco anos desde 1955 e considerado o mais importante do mundo na área de prevenção de crimes e justiça criminal. No Brasil, ele está sendo organizado pela Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça. Na região da América Latina e Caribe foram realizados dois encontros semelhantes, um na Venezuela em 1980 e outro em Cuba, em 1990.

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Política

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Lei da Anistia entra na pauta do STF Norma jurídica que completou 30 anos de existência em agosto de 2009 é questionada pela OAB A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153, que contesta a Lei 6.683/1979, a Lei da Anistia, está na pauta de julgamentos do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) da próxima quarta-feira. Anorma, que completou 30 anos em agosto de 2009, é questionada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O relator do caso é o ministro Eros Grau. Na ação, a OAB contesta o artigo 1º da Lei da Anistia, defendendo uma interpretação mais clara quanto ao que foi considerado como perdão aos crimes conexos “de qualquer natureza” quando relacionados aos crimes políticos ou praticados por motivação política. Segundo a Ordem, a lei “estende a anistia a classes absolutamente indefinidas de crime” e, nesse contexto, a anistia não deveria alcançar os autores de crimes comuns praticados por agentes públicos acusados de homicídio, abuso de autoridade, lesões corporais, desaparecimento forçado, estupro e atentado violento ao pudor, contra opositores ao regime. Em outro processo de destaque na pauta de quarta-feira - o RE 573540, que tem como relator

o ministro Gilmar Mendes -, o estado de Minas Gerais contesta acórdão do TJ-MG que reconheceu a inconstitucionalidade da cobrança da contribuição para custeio da assistência médico-hospitalar, sob o argumento de que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, independentemente de contribuição dos beneficiários. Por isso, seria ilegítima a cobrança compulsória da referida contribuição. Neste processo, os ministros analisarão se a norma estadual pode instituir novas fontes de custeio para a manutenção das atividades materiais de atendimento à saúde.

Relator do caso que envolve Lei da Anistia no STF é o ministro Eros Grau

ALAGOAS - Também está em pauta, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2329, ajuizada pelo governador de Alagoas, contesta a validade da Lei estadual 6.153/00, que cria o programa “Leitura de Jornais e/ou periódicos em sala de aula”, coordenado e orientado pela Secretaria de Educação do Estado. Para o governador, a lei seria inconstitucional por usurpar sua competência para conduzir a execução orçamentária.

HC de Salvatore Cacciola está na pauta de 5ª Apauta da sessão de quintafeira está dedicada a processos penais, com destaque para o Habeas Corpus (HC) 98145, impetrado pela defesa do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Seus advogados pedem a liberdade do ex-banqueiro, condenado em primeira e segunda instâncias por gestão fraudulenta do Banco

Marka e por corrupção de servidor público (do Banco Central). Cacciola está preso em Bangu 8, no Rio de Janeiro. Como o processo ainda está em fase de apelação, Cacciola pede o direito de recorrer em liberdade da pena, calculada em 13 anos de reclusão e multa. O pedido do HC é baseado no prin-

cípio da presunção da inocência até que a sentença transite em julgado (não exista mais possibilidade de recursos). A defesa do ex-banqueiro sustenta que ele preenche os requisitos para aguardar o final do processo em liberdade. Se for solto, não comprometerá a ordem pública e econômica, a in-

strução criminal e a aplicação da lei penal. A defesa sustenta que quando obteve êxito no habeas corpus no Supremo Tribunal Federal em julho de 2000, Cacciola teria avisado à Justiça que se mudaria para a Itália, mas 15 dias depois ele foi decretado revel no processo. O STF cassou a decisão de soltá-lo.

Inquérito PGR contra o senador Mão Santa Salvatore Cacciola está preso no presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro

Caso Dorothy Stang: negado habeas corpus O ministro Cezar Peluso negou o pedido de adiamento do Tribunal do Júri que julgará pela segunda vez - Vitalmiro Bastos de Moura, acusado de encomendar o homicídio da missionária Dorothy Mae Stang, em fevereiro de 2005. Peluso também rejeitou o pedido para que ele responda ao processo em liberdade. A decisão tem caráter liminar e refere-se ao Habeas Corpus (HC) 102757, impetrado no Supremo Tribunal Federal. De acordo com Peluso, a prisão preventiva de Vitalmiro não é ilegal porque está fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública e a instrução criminal, e para assegurar a aplicação da lei penal. Esse último motivo foi destacado por ele porque Vitalmiro teria fugido logo depois do crime. “E esta Corte tem entendimento pacífico no sentido de que a fuga antes da expedição de mandado de prisão constitui motivação idônea para a decretação da prisão provisória”, explicou. Vitalmiro foi preso preventivamente por ordem do Tribunal de Justiça do Pará, mais tarde referendada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O TJ do Pará também anulou o primeiro julgamento do Tribunal do Júri, que o absolvia, por entender que seu resultado foi contrário às provas. Adefesa de Vitalmiro, contudo, recorreu contra essa decisão e tenta adiar o novo Tribunal do Júri até que ela seja revogada ou transite em julgado (não tenha mais possibilidade de recursos). O ministro Peluso entendeu que não procede a alegação da defesa de que “o julgamento perante o Conselho de Sentença pode ocorrer somente após o trânsito em julgado da decisão que determinou a realização de nova audiência”, de acordo com

a jurisprudência do STF. Após o julgamento liminar, o HC deve receber parecer da ProcuradoriaGeral da República antes de ser julgado pela Segunda Turma do Supremo no pedido de mérito, que é idêntico ao liminar. O CASO - Vitalmiro foi, a princípio, absolvido pelo Júri popular em 6 de maio de 2008. Contudo, por um recurso ao Tribunal de Justiça do Pará, a corte estadual anulou a sentença e determinou que ele responda ao processo criminal preso. Ele impetrou Habeas Corpus no STJ e conseguiu, em julgamento liminar, ser solto, mas ao ser julgado no mérito o HC foi negado e a prisão foi novamente determinada. No HC impetrado no STF, a defesa de Vitalmiro alega que a ordem de prisão descumpre preceitos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos ao privar a liberdade do acusado antes da condenação final. “É deveras desumano manter presa uma pessoa que foi absolvida pelo órgão com competência constitucional para julgá-la, e ainda não teve oportunidade de contestar e discutir a decisão que entendeu equivocada a absolvição”, sustenta o texto. Os advogados de Viltalmiro argumentam que não existe razão para que ele responda ao processo preso. Adefesa diz que ele teria se apresentado à polícia nas três vezes em que foi decretada a sua prisão cautelar, e que ele permaneceu preso por três anos e 39 dias, até que teria sido absolvido pelo Júri Popular. Isso supostamente comprovaria que ele não tem a pretensão de fugir do cumprimento da lei penal. Além disso, os representantes do acusado dizem que não foi comprovado que ele ameace testemunhas ou coloque em risco a ordem pública.

Na sessão plenária de quinta, deverá ser retomado o julgamento do Inquérito (INQ) 2449 em que a Procuradoria-Geral da República pede ao Supremo a abertura de ação penal, pelo suposto crime de peculato, contra o ex-governador do Piauí e atual senador Francisco de Assis de Moraes Souza (o Mão Santa, PSC) e contra ex-secretários de seu governo. O julgamento foi interrompido em 13 de dezembro de 2007 por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. O relator do inquérito, ministro Ayres Britto, acolheu a denúncia após desqualificar o argumento da defesa de que, se o crime tivesse efetivamente ocorrido, ele deveria ser enquadrado como crime eleitoral e, nessa condição, já estaria prescrito. Mão Santa e seus ex-secretários são acusados de contratar, em 1998, 913 funcionários fantasmas no âmbito da Secretaria de Administração do Piauí,

com objetivo de favorecer o governador, então candidato à reeleição. Tal contratação teria ocasionado uma despesa adicional de R$ 758.317,00 aos cofres do governo estadual. Para o ministro relator, a situação descrita na denúncia na verdade mostra “crassa improbidade administrativa”, porquanto se tratava de pagamento de vencimento a quem não comparecia para trabalhar. Ponderou, também, que “um alegado erro de capitulação da conduta não impede o recebimento da denúncia”, pois a classificação do crime pode ser corrigida. EXTRADIÇÃO - Entre os outros temas penais, a pauta também prevê o julgamento de uma extradição (EXT), de número 1152, requerida pelo governo da Itália contra Gianfranco Berardi, acusado de fraude, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Mão Santa é acusado de contratar, como governador, “fantasmas”

Processo de demarcação de terras indígenas

Ellen Gracie negou pedido da Funai no processo de demarcação

A ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal, negou pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai) para que fosse admitida como parte (litisconsorte passivo) em processo que envolve a demarcação da Terra Indígena ArroioKorá, localizada em Paranhos (MS). Trata-se do Mandado de Segurança 28567, impetrado por proprietários de terra no local, que pedem a suspensão dos efeitos de decreto presidencial que demarcou a área, destinada à posse das etnias Guarani Kaiowá e Guarani Nãndeva. Liminar nesse sentido, em favor dos proprietários, foi deferida pelo presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, em janeiro deste ano. A Funai solicitou a participação no processo, “dada a existência de interesse jurídico por ser o órgão federal responsável pela proteção e assistência aos indígenas”, segundo consta na decisão. A en-

tidade alegou, ainda, que os autores do Mandado de Segurança afirmaram haver falhas no estudo antropológico que embasou a demarcação. Relatora do caso, a ministra Ellen Gracie considerou “manifestamente incabível” o pedido da Funai, uma vez que a jurisprudência do STF não prevê a figura de assistente em mandados de segurança. Citou, inclusive, precedentes em que pedidos semelhantes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em processos de desapropriação. “Não há que falar em existência de litisconsórcio passivo necessário entre o Presidente da República e a Funai, porquanto o ato impugnado é a homologação de demarcação administrativa de terra indígena, e as fundações públicas federais se subordinam à autoridade apontada como coatora (presidente da República)”, finalizou a ministra.

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Criação da Petro-Sal chega ao Senado Projeto de criação da estatal está na ordem do dia e pode trancar a pauta a partir do dia 19 deste mês Já foi incluído na pauta do Senado o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 309/09, que autoriza o Executivo a criar a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A - a Petro-Sal. A empresa será responsável pela gestão de contratos de partilha de produção e comercialização de petróleo na área do pré-sal Entenda o assunto, sob novo modelo proposto pelo governo. De autoria da Presidência da República (PL 5939/09, na Câmara), esse é um dos quatro projetos enviados pelo Executivo ao Congresso que tratam do novo marco regulatório para a exploração do petróleo. Como chegou mais cedo ao Senado, o PLC 309/09 foi o primeiro dos quatro a entrar na pauta de votações. O texto recebeu nove emendas, tendo tramitado nas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE) e Serviços de Infraestrutura (CI). Os respectivos relatores foram os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Gim Argello (PTB-DF) e Paulo Duque (PMDB-RJ). O projeto tramita em regime de urgência e tem prazo para ser votado até o dia 18. Após essa data, se não houver deliberação, passará a trancar a pauta. Para que os senadores possam deliberar sobre o projeto, no entanto, precisam antes votar os dois primeiros itens que têm prioridade na ordem do dia: as Medidas Provisórias (MPs) 473/09 - que disponibiliza recursos para cidades atingidas pelas chuvas - e 472/09, que passou a ser o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 1/10 - que concede incentivos fiscais para indústrias. De acordo com a proposta que cria a Petro-Sal, já aprovada pela Câmara, a empresa será responsável pela gestão de contratos de partilha de produção e comercialização de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos na área do pré-sal, sob novo modelo de partilha proposto pelo governo. A empresa não terá envolvimento na exploração das jazidas de petróleo, nem na produção e comercialização dos produtos. ATRIBUIÇÕES - Uma das competências da empresa é gerir os contratos de partilha de produção celebrados pelo Ministério de Minas e Energia (MME), representando a União nos consórcios formados, defendendo interesses da União nos comitês operacionais e avaliando tecnicamente os planos de exploração e produção de petróleo, entre outros quesitos. O modelo de contrato de partilha é disciplinado pelo Projeto de Lei da Câmara (PLC)16/10, e permite à União ficar com parte da produção que exceder aquela usada para ressarcir os custos de exploração da empresa vencedora da licitação. O ressarcimento somente ocorrerá se houver viabilidade comercial. Caberá também à PetroSal analisar dados sísmicos fornecidos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); e representar a União nos procedimentos de individualização da produção e nos acordos decorrentes, nos casos em que as jazidas da área do présal e das áreas estratégicas se estendam por áreas não concedidas ou não contratadas sob o regime de partilha. Pelo projeto, fica dispensada a licitação para a contratação da Petro-Sal pela administração pública.

Caso seja aprovada, empresa será responsável pela gestão de contratos e partilha de produção e comercialização de petróleo do Pré-sal

Tasso Jereissati (PSDB)é um dos relatores do projeto da Petro-Sal

Fontes de recursos para a empresa O governo listou sete fontes de recursos para a Petro-Sal, uma das quais terá origem nas rendas geradas pelos contratos de partilha de produção, inclusive a parcela relativa ao bônus de assinatura referente a esses contratos. Esse bônus é o valor pago pela concessionária vencedora de licitação para exploração do petróleo e outros produtos afins, no ato da assinatura do contrato, para que possa realizar suas atividades de pesquisa e exploração. Seu valor mínimo é fixado pela ANP no edital de licitação. A remuneração pela gestão dos contratos de partil-

ha será estipulada, segundo o projeto, em função das fases de cada contrato e das dimensões dos blocos e campos de petróleo. As demais fontes de recursos da empresa são: rendas da gestão dos contratos celebrados com agentes comercializadores de petróleo e gás natural da União; recursos vindos de acordos e convênios que realizar com entidades nacionais e internacionais; rendimentos de aplicações financeiras; alienação de bens patrimoniais; doações e subvenções de empresas públicas e privadas; e rendas de outras fontes.

Estatal será dirigida por Conselho

Participação na gestão do pré-sal Os diversos aspectos da criação da Petro-Sal foram analisados pelos consultores legislativos Carlos Vieira, Francisco Carrilho, Paulo Viegas e Paulo Springer no estudo “Avaliação da proposta para o Marco Regulatório do Pré-Sal”. Os consultores participaram, na última quintafeira, de seminário sobre o tema promovido pelo Centro de Estudos da Consultoria do Senado. Para os autores do estudo, a participação da PetroSal no comitê operacional de cada consórcio de exploração do petróleo do pré-sal é, ao lado dos benefícios concedidos à Petrobras, o principal ponto de controvérsia no novo marco regulatório do petróleo. Os consultores entendem que nada justifica que a estatal indique metade dos membros do comitê, incluindo o presidente. “Se o objetivo é fiscalizar, bastaria garantir a presença de indicados da Petro-Sal no comitê, com direito a voz, mas sem direito a voto. Em caso de operações suspeitas, esses fiscais da Petro-Sal enviariam relatório para a ANP [Agência Nacional do Petróleo], responsável pela fiscalização das atividades”, dizem os consultores no texto. Na avaliação dos especialistas, o principal efeito desse modelo será o desestímulo à participação do capital privado, o que implicaria em menor produção e consequente redução dos val-

ores arrecadados pelo governo. “Poucos agentes se arriscariam a investir em um negócio em que não tivessem controle dos custos e nem do nível de produção, ainda mais quando metade do comitê representa uma empresa que não participa financeiramente do projeto e que, portanto, não tem qualquer interesse em torná-lo lucrativo”. Aqui, os consultores se referem à própria Petro-Sal, que entra nas operações sem qualquer custo ou risco. Eles apontam ainda para o risco de loteamento político da estatal e para a possibilidade dela ser “capturada pelos interesses da Petrobras”. Os autores do estudo lembram que, além de ter sido beneficiada de diversas formas no novo modelo, a Petrobras é a entidade que formou quase todos os profissionais aptos a atuar na direção e operação da PetroSal. “Como a Petrobras será operadora e sócia dos consórcios, ela terá todo o incentivo para sonegar informações à Petro-Sal, de modo a aumentar seus lucros e reduzir os repasses ao governo”. De acordo com o PLC 309/09, que já se encontra na pauta do Plenário do Senado, a Petro-Sal será uma empresa pública com a finalidade de gerir os contratos de partilha de produção e de comercialização do petróleo do pré-sal. Na prática, a Petro-Sal deverá atuar como represen-

tante e defensora dos direitos da União nos consórcios formados para a execução da partilha da produção. Para isso, entre suas principais competências está o poder de indicar metade dos membros, incluindo o presidente, dos comitês operacionais dos consórcios, estes formados pela Petrobras (que deve ter um mínimo de 30% de participação em todos os contratos), Petro-Sal e a empresa privada (se houver). Suas atribuições são definir planos de exploração, orçamentos, supervisionar e aprovar os gastos, definir termos de acordos, entre outros aspectos. Esse dispositivo não se encontra no PLC 309/09, mas no PLC 16/10, que trata do regime de partilha. A necessidade de maior fiscalização, de acordo com a exposição de motivos do PLC 309/09, é fundamental para implementação do regime de partilha. Isso porque, pelo novo regime, a União é remunerada pela parcela do óleo excedente (óleo extraído menos óleo entregue ao contratado para cobrir custos de operação). Sem fiscalização, as empresas poderiam inflar seus custos. A íntegra do estudo “Avaliação da proposta para o Marco Regulatório do PréSal”, que analisa todos os projetos do marco regulatório, pode ser encontrada na sessão de Textos para Discussão do site da Consultoria Legislativa do Senado.

De acordo com o projeto, a Petro-Sal terá regime jurídico semelhante ao das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias. A empresa será dirigida por um conselho de administração e uma diretoria executiva, cujos integrantes serão nomeados pelo presidente da República. Quatro conselheiros serão indicados pelo MME, Casa Civil e ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão. O quinto conselheiro será indicado pelo diretor-presidente da Petro-Sal. O presidente desse conselho será o indicado pelo MME e todos os conselheiros terão período de gestão de quatro anos, admitida uma recondução. O projeto trata ainda da composição e funcionamento

do conselho fiscal da empresa, contratação de pessoal técnico por tempo determinado, funções, encargos e atribuições de pessoal. O regime para a contratação de pessoal será o da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), condicionada à aprovação em concurso público. EMPREGOS - Um ato do Poder Executivo deverá aprovar o estatuto da Petro-Sal, que fixará o número máximo de empregados e o de funções e cargos de livre provimento. A empresa está também autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência complementar e ficará sujeita à supervisão do MME e à fiscalização da ControladoriaGeral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU).

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Consumo de refrigerante cresce 13% Índice diz respeito a brasileiros que ingerem regularmente a bebida, ou seja, cinco vezes por semana ou mais BRASÍLIA - Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que o número de brasileiros que consomem regularmente refrigerantes e sucos artificiais aumentou 13,4 % em um ano. Em 2008, 14,6% da população fazia uso das bebidas cinco ou mais vezes na semana. Ano passado, o índice subiu para 27,9%. “É preocupante, sobretudo pela velocidade do crescimento”, afirmou Deborah Malta, coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis. Refrigerantes estão associados à obesidade. Abebida, além do açúcar, apresenta altas taxas de sódio, o que aumenta o risco para quem tem hipertensão e problemas renais. “Por isso, no trabalho, não perguntamos se a bebida é light ou não. Nenhuma faz bem”, completou a coordenadora, uma das responsáveis pela pesquisa, batizada de Vigitel. Apesquisa revela outro dado preocupante: o gradativo abandono do feijão. Em 2006, 71,9% dos ouvidos comiam pelo menos cinco vezes por semana o alimento. Ano passado esse índice caiu para 65,8%, queda de 8,4%. “O feijão é considerado um fator de proteção. Fonte de ferro e fibras, ele forma uma dupla imbatível com arroz”, disse Deborah. Baseado em entrevista com 54.367 pessoas entre 12 de janeiro e 22 de dezembro de 2009, o Vigitel detectou problemas, mas também uma mudança positiva. Em três anos (2006 a 2009), cresceu o consumo recomendado de frutas e verduras. AOrganização Mundial da Saúde considera que é preciso ingerir diariamente cinco ou mais porções de frutas e hortaliças. Em 2006, apenas 7,1% da população seguia a recomendação. Ano passado, esse porcentual passou para 18,9%. O almoço do eletricista César Marcon, de 22 anos, sempre tem verduras. Para acompanhar, refrigerante. “Bebo pelo menos um litro por dia”, diz. “É muito mais fácil que tomar suco.” O assistente de arte Felipe Volpato, de 26, diz-se “viciado” em refrigerante. Não faz atividade física “por

falta de tempo” e toda sexta-feira é “dia sagrado de comer hambúrguer”. “Tenho vontade de mudar”, conta ele, que parou de tomar refrigerante de manhã. “O Vigitel revela que há avanços, como o aumento de consumo de hortaliças, e recuos, como a redução do uso do feijão”, observou Deborah. Ela acrescenta que, mesmo com as melhoras, o brasileiro está longe do padrão ideal. “O consumo de frutas e verduras ainda é baixo. Sem falar que o consumo de carnes gordurosas e de leite com gordura é muito significativo.” O estudo mostra que, quanto maior a escolaridade, melhor os hábitos: consumo regular de frutas, menor uso de carnes e leite com alto teor de gordura e menor consumo de refrigerantes. A exceção fica por conta do feijão: entre os mais escolarizados, o uso do alimento é menor.

Beber refrigerantes diariamente é parte da rotina de 27,9% dos brasileiros, aponta pesquisa sobre doenças e agravos não-transmissíveis

Sedentarismo - A pesquisa também analisou dados sobre atividade física e sedentarismo. O trabalho indica baixos níveis de atividade física, a exemplo de outros estudos, como o revelado semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O trabalho divulgado na semana passada mostra que apenas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas com a regularidade recomendada, 30 minutos diários, pelo menos cinco vezes por semana. E que o número de sedentários aumentou 24% em três anos. Em 2006, 13,2% dos adultos estavam inativos; no ano passado, o índice passou para 16,4%. Uma das explicações é o aumento do sedentarismo entre mulheres. “Entre os fatores considerados, está a atividade doméstica. Percebemos uma redução desse tipo de prática entre mulheres nos últimos anos”, completou. São Paulo é a capital onde se pratica menos a atividade física. A campeã de atividades é Vitória (ES). “Exercícios não estão associados apenas à vontade. É preciso que haja espaços, praças, parques iluminados”, completa a coordenadora.

Consumo de frutas aumentou entre brasileiros, mas ainda é baixo

Prática de atividades físicas é quase uma exceção em todo o Brasil

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Nova onda de violência no Quirguistão Segundo Roza Otunbayeva, líder interina, presidente e seus partidários não se renderão e planejam ataques BISHKEK - A líder interina do governo auto-proclamado do Quirguistão, Roza Otunbayeva, disse na última sexta-feira que partidários do presidente Kurmanbek Bakiyev estam preparando uma nova onda de violência e não planejam se render. “As forças partidárias (de Bakiyev) não estão se preparando para se render. Pode-se ver quantos incidentes violentos estão sendo orquestrados ao redor da cidade pelos partidários de Bakiyev” disse a repórteres a opositora, que lidera o que ela mesmo chama de “governo provisório”. “Temos informações de que há diversas bombas plantadas em lugares públicos da cidade”, disse Otunbayeva. Bakiyev fugiu para o sul do país, onde se localizam suas regiões de maior apoio, Osh e Jalalabad, enquanto suas forças atiravam nos manifestantes que sitiavam o prédio do governo em Bishkek. Grupos de vigília organizados pelo governo auto-proclamado dedicaram a noite de quinta-feira para confrontar saqueadores na capital e tentar retornar a calma à cidade, onde pelo menos 75 pessoas morreram nos confrontos de quarta-feira. “Temos recursos o suficiente e todo o apoio popular que precisamos” disse Otunbayeva. “Todas as forças armadas estão

sob controle. As forças de segurança, a polícia, claro, estão desmoralizadas, mas estão aí com a população.” Otunbayeva, afirmou que a segurança de Bakíev está garantida se ele quiser deixar o país, mas antes deverá renunciar ao cargo de presidente. “Garantimos a segurança pessoal (de Bakiyev) e esperamos sua renúncia”, afirmou. Consultada sobre uma promessa prévia da oposição de convocar eleições em seis meses, ela respondeu que esse passo seria dado “tão logo se normalizasse a vida” no país, depois de feita uma reforma constitucional. “Temos um grupo de trabalho para elaborar uma minuta de Constituição. Nas negociações prévias, os três partidos mais importantes da oposição entraram em acordo sobre uma nova Constituição no contexto de uma república parlamentar. Ofereceremos essa Constituição ao povo assim e assim que a situação se normalizar cumpriremos nossas promessas”, acrescentou. Parentes de Bakiyev - Ainda na última sexta-feira, o novo governo expediu um mandado de prisão contra o irmão do presidente Bakiyev, Zhanish Bakiyev, e outros membros de sua família, por incitar a violência contra a população quirguis.

Protestos tomaram as ruas da capital do Quirquistão, Bishkek; pelo menos 75 pessoas morreram durante os confrontos com a polícia local

“Toda a culpa dos mortos recai no antigo chefe do Serviço de Segurança Estatal”, assegurou Azimbek Beknazarov, viceprimeiro-ministro do governo formado pela oposição. Segundo Beknazarov, as novas autoridades “estão tomando medidas para sua detenção”.

De acordo com a agência de notícias Fergana, o presidente Bakiyev e seus irmãos, Zhanish e Ajmat, estão na cidade de Markai. O novo comando quirguiz agradeceu a Moscou pelo “apoio significativo” à revolução. A Rússia foi o primeiro

país a reconhecer a mudança em Bishkek. Um alto oficial da Rússia afirmou na quinta-feira que Bakiyev não cumpriu uma promessa de fechar uma base militar dos EUA no país e sugeriu que Moscou iria pressionar o novo governo a cumprir o fe-

chamento. “Deve haver apenas uma base no Quirguistão - russa”, disse a autoridade a repórteres em Praga, em condição de anonimato. “Bakiyev não cumpriu sua promessa sobre a retirada da base americana”, disse oficial.

Governo interino quirguiz recusa negociação O presidente deposto do Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, disse na última sextafeira que não deu ordens para que fossem disparados tiros contra manifestantes. Ele disse estar pronto para negociar com seus opositores, que tomaram o poder na capital, Bishkek. As lideranças interinas, porém, descartaram essas negociações. Bakiyev afirmou, apesar disso, que não pretende deixar o país nem o cargo de presidente. A Rússia e os Estados Unidos não tiveram nenhum papel na revolta desta semana no Quirguistão, afirmou ele, que está refugiado entre partidários no sul do país, em Jalalabad, no Vale de Fergana, região entre o Usbequistão, o Quirguistão e o Tajiquistão. A líder interina do país, Roza Otunbayeva, disse que o presidente deposto está tentando retomar o poder. “No sul, os partidários de Bakiyev estão fazendo de tudo para levar as antigas autoridades

de volta ao poder”, afirmou. “Nós, em Bishkek, estamos tentando deixar a situação sob controle. As autoridades interinas estão fazendo de tudo para normalizar o país”, disse Roza, que descartou negociar com o ex-líder. Os protestos desta semana deixaram pelo menos 76 mortos e mais de mil feridos. Muitos funerais de vítimas dos tumultos foram feitos na última sexta-feira. Várias pessoas expressaram o desejo de que a revolta traga um governo melhor ao Quirguistão, com alguns expressando a esperança de que a Rússia ajude o país. Operações - Enquanto isso, os voos foram retomados na base aérea militar norteamericana de Manas, logo nas imediações de Bishkek. Para os norte-americanos, Manas é essencial para abastecer as tropas dos EUA que lutam no Afeganistão. O porta-voz do Comando Central dos EUA,

major John Redfield, disse que os voos foram restabelecidos na manhã da sexta-feira. Cerca de 1,1mil soldados estão atualmente na base, incluídos contingentes franceses e espanhóis. A Rússia, que também possui uma base no Quirguistão, pressionou o governo de Bakiyev a expulsar os norteamericanos de Manas. Mas, após ter anunciado que as tropas dos EUA deixariam a base, o governo quirguiz aceitou um aumento do aluguel pelo uso da instalação, de US$ 17 milhões para US$ 63 milhões, e permitiu que os militares dos EUA continuassem em Manas. A questão do futuro da base voltou à tona após a revolta que derrubou o governo de Bakiyev. “Nós não temos a intenção de debater agora a questão da base norte-americana. Nossa prioridade são as vidas das pessoas que sofreram. A maior prioridade é normali-

zar a situação para assegurar a paz e a estabilidade”, disse Roza Otunbayeva. Ela visitou hoje feridos em um hospital na capital. Otunbayeva disse ter recebido um telefonema do primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, no qual ele ofereceu assistência ao Quirguistão. Otunbayeva disse a Putin que o Quirguistão precisa de auxílio financeiro e despachou um enviado a Moscou. Algumas pessoas acusaram Bakiyev de ter se vendido aos EUA, ao permitir que Washington mantivesse a base aérea, e muitos aparentam querer laços mais próximos com a Rússia. “Somos gratos à Rússia por ter reconhecido o novo governo e não ter apoiado Bakiyev”, disse Daniyar Bokonbayev, um morador de Bishkek de 46 anos. “O Quirguistão não tem futuro sem a Rússia”, completou.

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Quando as ruas são as extensões perigosas das unidades de Saúde Uso de jalecos fora do ambiente hospitalar põe em risco saúde da população Mônica Lima Repórter

Uso irresponsável de jaleco pode ser via de transporte de bactérias

As ruas, os restaurantes, as cantinas, os corredores de lojas e outros estabelecimentos comerciais se transformaram numa extensão dos hospitais.

Alguns minutos em frente a uma unidade hospitalar da capital alagoana, para assistir ao desfile de profissionais de saúde circulando pela rua com os jalecos ou aventais que deveriam ser de uso exclusivo durante o atendimento médico nas de-

pendências internas dos hospitais. O vestuário virou um acessório comum, apesar de saberem que há uma determinação do Ministério do Trabalho, que orienta sobre o uso da vestimenta apenas no ambiente durante suas atividades.

Pendurado no braço, no ombro, estendido no banco do veículo, ou pelas cadeiras e nos bancos de lanchonetes, os jalecos estão sempre expostos como uma peça de moda e até mesmo mostrando a vaidade aspirante a uma das profissões da área de Saúde. Estudantes de cursos como Medicina, Odontologia e Enfermagem não se poupam a ostentar a peça como um cartaz da profissão que escolheram. Eles fazem questão de exibir a vestimenta, esquecendo, entretanto, os ensinamentos que recebem sobre o uso da roupa, que é um Equipamento de Proteção Individual (EPI). O que muitos profissionais sabem e preferem ignorar é que os jalecos, que muitas vezes aparentam estar limpos, podem estar carregados de bactérias. Estudos feitos em laboratórios já identificaram em algumas peças examinadas têm bactérias que podem causar algumas doenças. Quem circula pelas ruas pode flagrar diversas cenas com médicos, auxiliares de enfermagem, enfermeiras, técnicos de enfermagem e de laboratórios que comem, dirigem automóveis, andam de ônibus e conversam pelas ruas, como se não se importassem com a integridade do EPI.

Profissionais sabem que estão errados Em uma das unidades em que a reportagem de O JORNAL esteve, um técnico de laboratório foi flagrado comendo pipocas, na área externa do hospital, com o mesmo jaleco que continuou a ser usado quando ele voltou para dar continuidade às análises laboratoriais. Detalhe: num ambiente onde qualquer interferência pode mudar o resultado de um exame. O técnico, que não quis revelar o nome, reconheceu que não podia usar a vestimenta fora do laboratório, alegando que trata-se de uma peça para se proteger dos líquidos que manipula para fazer exames, inclusive secreção de pacientes. “Pode até ser que cause problemas” disse, mostrando, entretanto, descaso. E até limpou as mãos no jaleco, quando terminou de comer. Numa cantina, uma profissional do setor de Fisioterapia lanchava descansadamente, vestida em seu EPI. Também sem querer revelar sua identidade, a moça reconheceu que estava errada, acrescentando que trocaria o uniforme ao retornar à sua sala. “É uma prática comum entre os trabalhadores da saúde”, confirmou. E o que dizer de um profissional usando roupas de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Nenonatal em plena manifestação de servidores públicos, em frente uma Maternidade que é referência no atendimento a gestantes de alto risco? A reportagem também flagrou cena como esta, em frente a Maternidade Santa Mônica, num protesto realizado o ano passado. A servidora estava inclusive com o sapato de proteção para ser usado em locais como os centros cirúrgicos. Uma explicação para o gesto é que ao retornar a UTI, a roupa seria trocada, por outra limpa. (M.L.) Continua na página A4

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Touca e sapatos utilizados em centro cirúrgico também vão à rua

Mesmo com roupas de uso exclusivo em hospitais, profissionais desfilam em meio à população sem a mínima preocupação com contaminações

Fernando Maia alerta: jalecos podem ser transporte de bactérias

Faculdades ensinam os procedimentos corretos Muitas vezes, os estudantes dos cursos de Saúde sabem que não é permitido o uso da vestimenta fora do local de trabalho. Mas, diante dos exemplos que observam no dia-adia de futuros colegas profissionais, continuam repetindo o erro. Acadêmico de Enfermagem de uma faculdade de Maceió, um estudante aceitou conceder entrevista a O JORNAL, desde que seu nome fosse omitido. Ele falou que os professores orientam para que não façam uso da vestimenta de forma aleatória, para evitar contaminação. Mesmo assim muitos usam. Inclusive ele, que ignorou os ensinamentos e estava vestido com seu jaleco fora das

dependências da faculdade. “Não é aconselhável usar o jaleco fora das aulas apropriadas, porque pode contaminar. Os professores ensinam a forma correta de como deve ser utilizado, porque não é bom chegarmos próximo ao doente , com uma roupa usada na rua. Na faculdade aprendemos que ele deve estar em uma bolsa fechada, tanto antes de entrar na aula e após a sua conclusão”, admitiu. O infectologista Fernando Maia revelou que o risco de causar infecção não é alto, mas é um procedimento que não deve ocorrer. “O jaleco é um equipamento de proteção dos profissionais, tanto durante as suas atividades nos hospitais,

nas faculdades ou nos laboratórios, para que se protejam dos equipamentos, substâncias, ao atender um paciente e de outros produtos que manipulem. A intenção é evitar a contaminação cruzada, ou seja, não levar para as ruas as bactérias dos hospitais e vice-versa”, explica. O médico desconhece que tenham ocorrido infecções em doentes, transmitidas por bactérias instaladas nos jalecos. “Usar os jalecos exclusivamente em trabalho está dentro da mesma lógica do lavar das mãos antes do atendimento, usar gorro e proteção para boca”, exemplificou. lembrando que como não existe uma norma específica para isso.

“Cabe ao profissional ter bom senso”. A enfermeira Rute Evaristo de Oliveira, coordenadora de Enfermagem de uma escola de formação de auxiliar e técnico de enfermagem, entre outras áreas de saúde, explicou que, durante o curso, os profissionais são instruídos a fazerem o uso correto do jaleco. “Ele está limitado a ser usado durante as aulas em que há necessidade, durante o estágio e quando o profissional em seu local de trabalho. Mantemos o aluno informado, porque nossa preocupação não é apenas em formar um profissional, mas prepará-lo para ser um cidadão e contribuir com a sociedade”, enfatizou. (M.L.)

Restrições de uso pelo Brasil e mundo afora Famoso pelas pesquisas que realiza, o biomédico Roberto Figueiredo, ou melhor, doutor Bactéria, como é nacionalmente conhecido, fez um exame laboratorial em oito jalecos que se mostravam limpos. O resultado foi a presença de bactérias como enterococo e estafilococos, que podem causar otites, faringites e até mesmo pneumonia.

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro constatou que as bactérias ficam no tecido e 90% delas resistem por até 12 horas nas roupas. No Paraná, essa prática dos profissionais de saúde, levou o deputado estadual Ney Leprevost, presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, a apresentar um

projeto restringindo o uso do jaleco a área de trabalho, para que não cause risco à população, quando se dirigem com a roupa para restaurantes e cantinas. Em Recife, a vereadora Aline Mariano teve seu projeto sancionado, proibindo que os EPIs sejam usados em locais que não sejam os de atividade profissional. Na Inglaterra, os represen-

tantes da Associação Médica Britânica foram mais rigorosos: a restrição não se limita apenas a vestimenta, se estendendo a relógios de pulso, adornos e gravatas. Eles condenam essa prática de usar os acessórios nos hospitais, por considerar que vários germes causadores de doenças podem estar nas mangas, bolsos e outros materiais. (M.L.)

Bata é ostentada por estudantes como “cartaz” das profissões escolhidas


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Obrigada a pegar ônibus, população fica a mercê dos ladrões; objetos pessoais também são levados

Lula Castello Branco

Empresas investem em tecnologia, instalam câmeras e flagram ações de assaltantes com frequência

Pegando carona na rota diária do crime Assaltos a ônibus têm se tornado corriqueiros em Maceió; empresas investem em tecnologia e polícia diz não ter efetivo Valdete Calheiros Repórter

Os assaltos a ônibus continuam sendo um problema frequente para quem precisa do transporte coletivo em Maceió. A polícia sabe os bairros, os dias, as horas e os locais onde são registradas a maioria das ocorrências. No entanto, não tem pessoal su-

ficiente para combater esse tipo de crime. Pelo menos é isso que eles alegam na hora de explicar o porquê este crime se repete tanto na capital alagoana. Enquanto isso, as seis empresas que realizam o transporte coletivo em Maceió – Real Alagoas, São Francisco, Veleiro, Massayó, Cidade de Maceió e Piedade – estão investindo alto em tecno-

logia para, pelo menos, tentar coibir a ação criminosa. A professora Michele Lopes lecionava em uma escola longe da sua residência, mas considerada pacata. Por isso mesmo ela resolveu colocar a filha em uma creche próxima. No entanto, viuse obrigada a mudar toda a sua rotina depois de perder a conta de quantos assaltos sofreu em ônibus

Empresas investem em segurança Tânia Maria Oliveira de de uso dos nossos ônibus é de Lima é uma das usuárias de co- quatro anos. A frota de ônibus letivo transportadas pela em- de Maceió é bem mais nova do presa de ônibus São Francisco. que a frota de capitais como o A empresa dispõe de 120 ôni- Rio de Janeiro, São Paulo e bus para atender a parte alta Minas Gerais que é de 10 anos. de Maceió. Na rota dos carros Nosso índice de quebra tamestão os bairros de Bebedouro, bém é bem menor. Sempre inGama Lins, Rio Novo, vestimos em manutenção preUniversidade Federal de ventiva. Um ônibus roda por Alagoas (Ufal), Colina dos dia o que um carro de Eucaliptos, Chã da Jaqueira, passeio roda em um Clima Bom e Rosane mês”, comparou. Collor. O gerente operaA empresa tem cional da empresa cerca de 300 motorisReal Alagoas, FranCompra tas e 300 cobradores. cisco Galvão, afirde câmeras mou que, apenas no Por dia, segundo os cálculos da diretoria primeiro trimestre custou da São Francisco, 60 deste ano, foram reR$ 240 mil mil pessoas circulam gistrados 12 assaltos para nos ônibus da empreaos ônibus da emsa. Por mês, esse núpresa. empresa mero sobe para 1,5 “Foram quatro asmilhão de passageisaltos em janeiro, ros. cinco em fevereiro e Todos os ônibus três no mês de março. Os asda São Francisco são saltos ainda acontecem apesar dotados de câmeras filmado- de toda sistemática que as emras. O investimento em segu- presas de ônibus estão adotanrança custou cerca de R$ 240 do. Os investimentos em segumil para a empresa. rança são altos. Quando aconUm dos diretores da São tece um assalto sempre comuFrancisco, Frederico Matos, afir- nicamos à polícia. Além de remou que as empresas de ônibus comendarmos aos motoristas em Maceió fazem um investi- e cobradores de não reagirem mento muito alto em tecnolo- à ação criminosa, até mesmo gia para garantir segurança aos para não haver uma tragédia usuários. “Além disso, temos dentro do ônibus”, acrescenque investir na frota. A média tou. (V.C.)

que passavam pelo Vergel. “Tive que colocar minha filha em uma creche inferior, sem tanta qualidade e pedi transferência para uma escola marcada pela criminalidade. Mas pelo menos não preciso mais pegar ônibus. No coletivo a gente não sabe o que vai acontecer. E na escola, a gente já sabe quem é o aluno mais violento. É mais fácil para se pro-

teger”, explicou, indignada. No terminal de ônibus da Colina dos Eucaliptos, as reclamações de passageiros que já foram assaltados são constantes. Que o diga a passageira Tânia Maria Oliveira de Lima. Ela contou que, por diversas vezes, sai de casa apenas com o dinheiro para as passagens de ida e volta. “Até mesmo os documentos pes-

soais a gente tem medo de levar. O que é um risco. De repente pode acontecer alguma coisa, como um acidente e a pessoa não tem um documento na bolsa para poder ser identificada. Infelizmente, a gente tem que pensar nos transtornos de ter um documento roubado dentro de um ônibus. Termina optando por não andar com nada”, reclamou.

Passageiros também são assaltados enquanto esperam coletivos

Assaltos acontecem em dias de menor movimento Segundo a polícia civil, a maioria dos assaltos é registrada aos sábados, domingos e feriados, quando o número de usuários é menor e a fuga dos assaltantes é mais fácil. Dificilmente, os assaltos acontecem no período da manhã. “Os assaltantes também costumam praticar assaltos às vésperas de grandes feriados como Carnaval, Natal, São João”, contou o diretor da São Francisco, Frederico Matos, ao completar que a maior parte dos assaltos é praticado a mão armada.

Na tentativa de coibir os número de ocorrências, a São Francisco orientou aos cobradores a guardar o dinheiro no cofre disposto no interior do ônibus sempre que a quantia for superior a R$ 60. Para Frederico Matos, os assaltos a ônibus são mais uma consequência dos problemas sociais do que resultado da criminalidade em si. O empresário acredita que a pratica de roubo a ônibus são praticados por usuários de drogas que querem

pouco valor e dinheiro rápido para financiar o tráfico. “Os assaltos a ônibus são um problema social, de polícia, de política, de poder executivo e de poder legislativo. Aredução da maioridade penal e o comprometimento do poder público podem minorar o problema”, opinou. O valor corresponde a 30 passagens e foi estipulado depois que um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi firmado entre as empresas de ônibus e os órgãos envolvidos no problema de

assaltos a ônibus. “Sabemos que nenhum crime compensa, é claro. Mas no caso de assaltos a ônibus, a quantia é tão pequena que realmente não vale o sujeito arriscar a própria vida. Hoje em dia, nenhum assalto a ônibus pode render mais do que R$ 60. Nenhum cobrador fica de posse do excedente desse valor. A cada R$ 60, o cobrador guarda imediatamente o dinheiro no cofre”, explicou Frederico Matos. (V.C.) (Continua na página A12)


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4º DP registrou cerca de 40 ocorrências

Davino diz que instalação de câmeras fez assaltantes migrarem para outras investidas

Segundo o delegado Robervaldo Davino, só no 4º Distrito Policial foram registrados quase 40 casos de assaltos a ônibus somente neste ano. “Certamente, esse número é bem maior. Os assaltos acontecem geralmente à noite e nos fins de semana e as pessoas não procuram a delegacia no dia seguinte ao assalto”, explicou. O delegado Robervaldo Davino, contou que muitas empresas de ônibus têm sistema de câmera de vídeo nos veículos, mas, em caso de assalto, não levam as imagens para a delegacia. MIGRAÇÃO - Para o delegado, muitos assaltantes de ônibus acabam sendo presos depois, acusados pela prática em outros crimes. “Em casos assim, a polícia não tem como responsabilizá-los por assalto a ônibus porque não os identificou quando a ocorrência aconteceu”, disse Robervaldo Davino. Conforme o delegado, a instalação de câmaras e a colocação de cofres nos ônibus têm provocado a “migração” dos assaltantes de ônibus para outras ocorrências. “Esse tipo de assaltante está praticando outros delitos como assalto a transeuntes ou a residências. Ao filmar tudo o que se passa dentro de um ônibus, a identificação desses criminosos ficou mais fácil e, consequentemente, a punição dos culpados. Além disso, o valor obtido não é dos mais altos para o elevado risco que o assalto a ônibus pode oferecer”, explicou Robervaldo Davino. (V.C.)

Vale-transporte pode inibir o crime Uma das alternativas adotadas pelas empresas de ônibus para tentar diminuir o fluxo de dinheiro que circula no coletivo é o vale-transporte eletrônico, implantado pela Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal). O recurso, semelhante ao vale-transporte estudantil, substitui o dinheiro na hora de pagar a passagem dentro do coletivo e diminui a quantidade de dinheiro que circula nos coletivos. De acordo com a superintendente da Transpal, Ana Lúcia Martins da Costa, 95 mil pessoas já utilizam o vale-transporte estudantil. Deste total, 10 mil são pessoas físicas, sem ligação com

empresas que preferiram optar pelo meio eletrônico. Qualquer usuário de transporte coletivo em Maceió, seja pessoa física ou jurídica, pode acessar o site www.vtdireto.com.br para realizar o cadastro e conseguir o vale-transporte eletrônico. Segundo a Transpal, a mudança visa dar mais segurança e comodidade aos usuários do transporte público. Ainda segundo Ana Lúcia Martins da Costa, outros 100 mil passageiros de transporte coletivo são estudantes e mais 16 mil são passageiros especiais, por isso, têm direito à gratuidade. (V.C.)

Violência e morte por apenas R$ 60 No primeiro trimestre deste ano, um assalto a ônibus acabou em tragédia, no bairro de Jacarecica. Três bandidos, dois deles armados, atacaram os passageiros de um ônibus da Real Alagoas que fazia a linha Mirante-Vergel. Os criminosos mataram Claudemir José dos Santos, de 23 anos; feriram com um tiro de raspão no rosto (que transfixou a orelha) o cabo da Polícia Militar Serafim, além de levarem dinheiro e objetos pessoais de passageiros e do cobrador. A ação dos bandidos foi muito violenta e durou menos

de dez minutos, conforme os passageiros. Claudemir dos Santos era surdo-mudo e, por isso, ignorou o comando dos assaltantes. Irados, os bandidos arrastaram o rapaz para fora do ônibus e efetuaram três disparos contra sua cabeça. Ele foi levado ainda com vida para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas, como havia perdido muito sangue e massa encefálica, acabou falecendo horas depois. Uma passageira, que pediu para não ser identificada, afirmou que os acusados estavam muito agitados dentro

do coletivo. “Eles estavam inquietos, pareciam fora de si, creio que estavam drogados. Quando o ônibus passava por um trecho escuro em Jacarecica, um bandido perto do motorista e outro que estava no fundo do veículo sacaram as armas e anunciaram o assalto. Outro rapaz, que não estava armado, abriu uma sacola e mandou que todos os passageiros entregassem dinheiro, relógios e telefones celulares. Ele saiu recolhendo tudo, fileira a fileira, depois obrigou o cobrador a entregar o dinheiro do caixa e o celular”, relatou. (V.C.)

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Entre as casas de antigos moradores existe uma infinidade de serviços: lojas, hospitais, cemitérios, praças e até um estádio de futebol

Uma avenida com aspecto de cidade Serviços e histórias pitorescas deixam Siqueira Campos irresistível ao alagoano Elisana Tenório

permercados, padarias, lojas de auto-peças, casas de material de construção, rádio, cemitérios, funerárias, igrejas dos mais variados credos, fábricas de leite, de bolo e de capas, churrascarias, pizzarias, empresa de transporte rodoviário, cabeleireiro, butiques, entre muitas outras coisas. A lista é muito mais ampla, mas não se poderia falar da Siqueira Campos, sem mencionar o imponente Estádio Rei

Pelé, que é carinhosamente chamado pelo morador de Maceió como Trapichão. O antigo pronto-socorro, que recentemente transformou-se em Hospital-Geral do Estado (HGE) é outra referência da avenida, assim como o quartel do Corpo de Bombeiros; a imensa Pecuária e a Praça Afrânio Jorge, ou praça da Faculdade, como é chamada, que apesar de decadente ainda guarda traços de imponência.

Lugar é bom também para morar

Lendas urbanas passam por gerações

Repórter

Ela não é a maior nem a mais movimentada avenida de Maceió. Porém, talvez seja a que mais presenteia seus moradores com um leque de diversidade de produtos e serviços. Morar ou trabalhar na Avenida Siqueira Campos, no bairro do Trapiche, significa acesso garantido a uma diversidade de coisas. De uma ponta a outra -

Misael já vendeu a padaria, mas não troca a morada: “Gosto daqui”

A Padaria Aurora é um dos símbolos Falar da Avenida Siqueira Campos sem citar a Padaria Aurora é pecado difícil de ser perdoado. Fundada há 40 anos, ela continua no mesmo local, próximo ao Trapichão, e ainda guarda praticamente tudo de seu formato original. Há sete anos, porém, seu antigo proprietário, Misael Pessoa, a vendeu. Ele, porém, continua morando na mesma casa: coladinha a panificação. A Padaria Aurora era a preferida de quase todos os moradores da redondeza. Era difícil encontrar alguém que abrisse mão de saborear suas massas. “Tinha uma tia que morava próximo a Praça da Faculdade. Mesmo assim, ela vinha todos os dias até a Aurora, mesmo tendo outras panificações mais próximas”, conta a dona de casa Maria Amélia dos Santos. Mesmo sendo a preferida da população, Misael decidiu vendê-la. “Estava me sentindo muito cansado. Afinal, o dia-a-dia era muito pesado. Apesar de, às vezes me sentir um pouco saudosista, não me arrependo do que fiz”, garante. Misael continua morando na Avenida Siqueira Campos e dizer não ter vontade de deixar o local. “Gosto muito daqui”, garante. Já a Padaria Aurora se adapta aos tempos modernos. Além de pães, há um balcão de granito que serve para lanches rápidos. E, tudo indica, que, no próximo ano, o local também servirá como self service. “Vamos construir um primeiro andar para servir al-

moço”, conta o atual proprietário, José Aparecido de Oliveira. Uma das primeiras edificações erguidas na Avenida Siqueira Campos foi a “Velhice Desamparada”. Tratava-se de um prédio localizado entre a Siqueira Campos e a Rua Rodrigues Alves que acolhia idosos que não tinha para onde ir. Hoje, o prédio se transformou na “Sociedade Espírita Discípulos de Jesus”, que abriga um lar para crianças carentes e a própria casa espírita. A Velhice Desamparada também passou por transformações, virou o Lar Francisco de Assis, que, há alguns anos, se mudou para a Serraria, mas continua sob a coordenação da Sociedade Espírita Discípulos de Jesus. Este casarão é uma das grandes referências entre os moradores. “Além do Lar Francisco de Assis, eles também nos deram o Grupo Escolar Tereza de Jesus e o nosso Geraldo”, ressaltou o aposentado José Francisco dos Santos. O “nosso Geraldo” é o barbeiro/cabeleireiro Geraldo, que, hoje continua trabalhando no mesmo local: em um prédio pertencente ao casarão do Centro Espírita Discípulos de Jesus. Em décadas passadas, ele atendia a nata da sociedade alagoana, como o exgovernador Divaldo Suruagy. Atualmente, contudo, o profissional, mesmo sem dispor de parte do glamour de antes, continua entre tesouras, barbeador, estiletes. (E.T.)

que em tamanho significa pouco mais de dois quilômetros - se pode encontrar tudo que uma população precisaria para viver sem ter a necessidade de se deslocar para outro lugar. Falando assim parece exagero, mas é a pura verdade. Basta um olhar mais apurado para se chegar a esta conclusão. Afinal de contas, é na Siqueira Campos que encontramos escolas, farmácias, su-

No meio da infinidade de pontos comerciais, ainda há muitas residências. A maioria pertencente a antigos moradores que sentem orgulho e conforto em ser habitante do local. Além da praticidade, “já que a Siqueira Campos é perto de tudo”, como costumam dizer, eles alegam que o local é tranquilo e o clima agradável. Alguns desses felizes moradores são é a família Calixto, que mora na casa de nº 1182. Maria Nazaré, de 77 anos, é a mãe de Ana Paula, 37, e a avó da pequena Tainá, com ape- Maria criou a filha, Ana e agora vê a neta iniciar a vida no bairro nas um mês e meio de nascimento. vam num nível muito superior pagá-las sem ser preciso apreA matriarca mora no local e era preciso escadas para che- sentar comprovante de renda há mais de 40 anos. Portanto, gar até elas”, lembra dona ou algo parecido. foi nesta residência que Ana Nazaré. Nesta época, recorda “seu” Paula praticamente nasceu e Neste momento, o marido, Manuel Miguel, também era se criou. A mesma coisa que Manuel Miguel, chega e dar comum as crianças compraprovavelmente acontecerá uma ajudazinha a sua memó- rem escondido brasileiras e Tainá, já que as três gerações ria. “No começo tinha muito todos os tipos de guloseimas. continuam morando no sítio por aqui. Fora isso, havia Dona Maria não aguentava e mesmo local. Em todas estas apenas alguns bares e mercea- terminava cedendo aos apelos décadas, a única reforma no rias”, lembra. infantis. Muitas vezes, ela imóvel ficou por conta da consE era mesmo. Os mais an- mesma presenteava seus petrução do primeiro andar. tigos ainda se recordam da quenos fregueses com doces Já a avenida por algumas, “Venda da Dona Maria e do diversos. porém marcantes alterações. Seu Cícero”, onde todo Mas esta “venda abençoa“Foram algumas mudanças. mundo comprava fiado. Era da” se acabou por volta da déQuando vim para cá, a pista era comum cada família ter suas cada de 1980. Atualmente, uma de barro e, em um dos lados compras anotadas numa ca- fábrica de material elétrico passava o bonde. As casas fica- derneta para, no final do mês, “tomou conta do local”. (E.T.)

Lembranças das boas brincadeiras “As lembranças são muitas e agradabilíssimas. Além da venda de ‘dona’ Maria e do ‘seu’ Cícero, lembro-me do ‘seu’ Severino, o vigia da Pecuária. Era comum, naquela época, nosso grupo de crianças ir brincar lá. Ele ficava doidinho de raiva com a gente. Mas nós não nos importávamos. Vivia ameaçando contar tudo para nossos pais, mas não

estávamos nem aí. Só queríamos saber de jogar bola ou andar de bicicleta naquela área imensa. Também era comum a gente brincar de esconde-esconde nas cocheiras dos cavalos. No final, ‘seu’ Severino terminava tomando conta da gente. Vivia dizendo: cuidado, menino, você vai cair”, recorda, com ar saudoso, a psicóloga Ana Paula Guimarães.

Ela só lamenta uma coisa: A certeza de que sua filha, a pequena Tainá, não poderá usufruir das mesmas regalias. “Pois é, as mercearias foram substituídas pelos supermercados. E, hoje, não confiaria mais em deixar a Tainá brincar na Pecuária, pois o mundo se tornou muito mais perigoso e violento”, lamenta. (E.T.)

O fato de ter dois cemitérios já é suficiente para haver polêmicas, olhares desconfiados, mistério no ar, contos e lendas. E, como além dos cemitérios, existe muitas casas funerárias, o número de “causos” aumenta consideravelmente. De real, não há nada de sobrenatural. Mesmo assim, a própria população local admite que sente um certo desconforto quando tem que percorrer à noite toda a fachada do Cemitério de São José e, sobretudo, o de Nossa Senhora da Piedade, onde a lenda da “Mulher da Capa Preta”, ainda tira o sono de muita gente. Ninguém sabe de onde surgiu e até que ponto é verdade, mas o mausoléu de uma mulher, que possui uma capa preta por cima, até hoje é motivo de muitas histórias. Conta a lenda que há muito tempo, uma mulher –apareceu para um homem. Eles se encantaram. Conversaram, passearam, se enamoraram. Até que final do encontro, ele a deixou em casa. Porém, o rapaz terminou ficando com a capa da moça e, como ela havia sumido sem deixar vestígios, decidiu voltar em sua casa com o pretexto de devolver a capa e, assim, saber notícias suas. Tal foi a surpresa, quando ele descobriu que a moça que não lhe saía do pensamento tinha morrido há anos. Já a família da moça ficou boquiaberta com que o rapaz tinha acabo de contar. Foi quando ficou decidido que o formato de uma capa seria “desenhado” no seu túmulo. O Menino Petrúcio também representa outra referência da Siqueira Campos. Ele vivia na Casa dos Pobres, no Vergel do Lago, quando adoeceu e morreu rapidamente. O corpo do menino foi enterrado do Cemitério de São José. Até hoje, considerado milagreiro por alguns, não são poucos os que visitam seu túmulo para fazer pedidos e agradecer graças alcançadas. (E.T.)

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A brincadeira que acaba em sexo As pulseirinhas do amor têm ganhado espaço entre adolescentes; maioria desconhece a real intenção do jogo Gabriela Lapa Estagiária*

A pulseira amarela vale um abraço. A roxa, um beijo na boca. Essa brincadeira, que virou febre em todo o Brasil, vem tirando o sono de pais e professores desde que uma menina de 13 anos foi estuprada, em Londrina, no Paraná, depois que três rapazes arrebentaram todas as pulseiras que ela usava no braço e a forçaram a manter relações sexuais.

Conhecida como “jogo das pulseirinhas do sexo”, ou “SNAP”, que vem do inglês “arrebentar”, a nova mania dos adolescentes nasceu na Inglaterra, em 2006, mas não precisou de muito tempo para encontrar os pulsos das brasileiras. Lá, cada cordão de silicone colorido, quando arrebentado, correspondia a uma prenda a ser paga, que ia de beijos e abraços a relações sexuais completas. E foi essa conotação que, importada junto com os adereços, se tornou

uma verdadeira dor de cabeça para pais e professores, preocupados com a integridade dos seus adolescentes. Em Maceió, no Colégio de Bom Conselho, a professora de História, Palmira de Souza não esperou pelo escândalo de Londrina para alertar as estudantes. Depois que viu a realidade das meninas na Inglaterra, em uma reportagem de TV, ela procurou as alunas para explicar o significado dos adereços. “Percebi que pelo menos 70% das meninas do

colégio usavam essas pulseiras e fiquei preocupada. A maioria não sabia o que era e podia acabar se envolvendo em alguma confusão”, disse a professora. Na época em que conversou com as estudantes, que tinham entre 10 e 12 anos, Palmira notou que muitas deixaram de usar os adereços. Mas em alguns casos, a mudança de comportamento foi mais trabalhosa. “Nessa faixa etária (entre 10 e 12) é mais difícil você encontrar resistência

porque as meninas usam as pulseiras com ingenuidade, mesmo. Mas com os mais velhos é mais complicado. Tem adolescente que faz questão de se diferenciar dos outros, mostrar que são adultos, e se exibir com as pulseiras mesmo sabendo o seu significado”, contou a professora. Para ela, o acompanhamento dos pais, nesse momento, é fundamental. “Quem teima em participar dessas brincadeiras geralmente não tem acompanhamento da família,

em casa”, avalia. “A gente até ameaça chamar os pais para avisar o que está acontecendo’. Depois que a adolescente de Londrina foi estuprada, quando três rapazes arrebentaram as pulseiras que ela tinha no braço, Palmira encontrou ainda mais motivos para orientar as estudantes a ter cuidado com o que usavam, já que elas poderiam ser mal interpretadas pelo uso dos objetos de conotação sexual.

Yvette Moura

Meninas usam sem conotação sexual Nos camelôs, os adereços são vendidos em pacotes com diversas unidades e cores, e o preço, que não varia muito, o que deixa o objeto ainda mais atrativo. Conhecidas entre os comerciantes como “pulseiras do amor”, elas são encontradas em pacotes que custam entre R$1,50 e R$ 3, em diversas cores. São simples, de espessura mínima, e podem ser arrebentadas sem muito esforço. A grande procura, segundo os camelôs, aconteceu no fim do ano passado e, este ano, durante o período de carnaval. Mas agora, depois do caso de Londrina, quando a conotação sexual dos adereços veio à tona na mídia, muitos receiam fazer novos pedidos aos fabricantes, mesmo com a procura pela pulseira se mantendo constante. Nas escolas, tanto da rede pública quanto privada, é bastante comum encontrar meninas usando as pulseirinhas do amor, de todas as cores, pelo braço. Mas ao contrário do que acontece na Inglaterra, parece que, no Brasil, a mania só se espalhou em nome da moda. “Eu comecei a usar no ano passado, quando ganhei três pulseiras de amigas. A gente usava como sinal de amizade, mesmo, sem saber o que significava”, conta a estudante do Ensino Médio, Jade Neves, de 17 anos, que usa uma variedade de pulseira no braço, entre as “do amor” e outras multicoloridas. Ela diz que muitas amigas na turma da escola usam as pulseiras sem se importar com a brincadeira, e sim com a combinação dos acessórios. “Acho bonito”, diz Jade. Gisele Viana, da mesma idade, também aderiu à moda por influência das amigas, em 2007 e, assim como Jade Neves, não vê o acessório como parte de um jogo sexual. “Algumas mães proibiram as filhas de usar as pulseiras, mas a gente não leva para esse lado”, garante Gisele. (G.L.)

Proibição não é a melhor estratégia

Pulseirinhas coloridas são baratas e cairam no gosto de adolescentes: muitos usam sem entender a brincadeira

Em Estados como o Rio inventam as brincadeiras. de Janeiro, escolas particula- Imagine como é, para as meres têm enviado mensagens ninas, poder ganhar um beijo de alerta para os pais dos es- daquele garoto que elas patudantes e proibido o uso das queraram por tanto tempo?”, pulseiras. diz a psicóloga. Para a psicóloga Jasivan Nos casos como o de LonGomes, o trabalho com a fa- drina, em que os adolescenmília é fundamental, mas a tes usam as pulseirinhas coproibição não é o melhor ca- mo pretexto para uma relaminho para evitar que os ado- ção sexual, os envolvidos lescentes se envolvam em fazem parte de uma faixa etáconfusões. “Eles querem en- ria maior, segundo Jasivan trar na onda, querem estar Gomes. “Já são praticamente por dentro do que é moda, adultos, têm progrado que é novo. Se as pulmas de adultos. São seiras forem proibimeninos e meninas das, vão inventar cacom idade entre 16 e “É comum 20 anos, com os hormisas, brincos, lenços entre os – é o tipo de situação mônios trabalhando a grupos de mil”, explica. que sempre existiu e vai continuar existin- adolescentes Para evitar que do”, conta. essa energia acumuexistir Para tentar explilada resulte em situabrincadeiras ções extremas, de viocar o comportamencom este lência, Jasivan destaca to dos adolescentes, sentido” tanto os que criam o que o acompanhajogo sexual das pulmento da família é seiras como os que fundamental. “Hoje os participam dele, a psipais não têm tempo de ver o cóloga lembra de outras brin- que o filho está fazendo ou cadeiras inventadas, há anos, com quem ele anda, e até que tinham o mesmo objetivo, mesmo para fazer esse trabaembora lidassem com mais lho de orientação sexual. Os ingenuidade com a questão adolescentes têm muita libersexual. “Quem nunca brincou dade, vão procurar essas inde salada mista, torcendo para formações nos grupinhos, na que a garrafa apontasse para internet, e acabam se envola pessoa de quem se gosta- vendo em confusão. Não va?”, recorda Jasivan Gomes. sabem o que pode acontecer, “É muito comum, dentro não tem experiência”, alerta dos grupinhos de adolescen- a psicóloga. E complementa: tes, existir brincadeiras com “Jovens sem orientação não este sentido. Nessa fase, entre tem noção do perigo”. (G.L.) os 10 e os 15 anos, eles estão descobrindo a própria sexua- *Sob a supervisão lidade, são curiosos, por isso da Editoria de Cidades Yvette Moura

No Orkut, jogo tem muitos adeptos Como as duas estudantes, muitas outras meninas que aderem ao uso das pulseirinhas são atraídas apenas pela cor vibrante, na hora de combinar com a roupa. Pais e professores temem pela segurança dos adolescentes com receio de que o uso dos acessórios estimule situações como a ocorrida em Londrina, mas a maioria dos adolescentes parece mesmo não se importar com a brincadeira. Nos sites de relacionamen-

tos, várias comunidades reúnem adeptos do uso das pulseirinhas que fazem questão de ressaltar a posição contrária à conotação sexual dos adereços. Algumas dessas comunidades chegam a reunir mais de 150 mil participantes, só no Brasil. Nos fóruns, onde é possível interagir com mensagens sobre o uso das pulseiras, os internautas brincam de dizer qual delas arrebentaria para quem escreveu a mensagem anterior. E, surpreendentemente, a

Não faltam adeptos ao jogo: comunidades no Orkut chegam a ter milhares de internautas cadastrados

maioria das respostas aponta a cor amarela, que corresponde a um abraço, e a roxa, que é o beijo. Poucos são os que optam pelo preto, referente a relação sexual. Nas enquetes criadas pelos membros das comunidades, as respostas também apontam as pulseiras como acessórios, na visão dos adolescentes. Cerca de 54% dos votos computados em uma dessas enquetes apontavam esse resultado. (G.L.)

Psicóloga lembra de outros jogos do gênero, como a “salada mista”

Nos sites de relacionamento, as comunidades fazem jogos com os usuários: “que pulseira você arrebenta?”

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Segurança pública padece sem condições de trabalho no interior Faltam policiais civis e militares, armamento adequado e até viaturas Fotos: Eduardo Almeida

Eduardo Almeida Repórter

MARAGOGI – A ação ousada de uma quadrilha que, após assaltar uma chácara, uma pousada e levar o caixa de uma agência do Bradesco, abriu fogo contra a delegacia e contra a sede da Polícia Militar em Passo de Camaragibe, reascendeu o debate sobre as condições de trabalho oferecidas pelo Estado aos agentes de segurança pública. A reportagem de O JORNAL percorreu delegacias do litoral norte e constatou que a situação não é animadora: faltam policiais, armamento e viaturas na região. Para cobrir os municípios de Maragogi, Japaratinga, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres, Passo de Camaragibe, Porto Calvo, Matriz de Camaragibe e São Luís do Quitunde, a Polícia Militar de Alagoas conta, atualmente, com 240 homens, número insuficiente, segundo o comandante do 6º Batalhão da PM, tenente-coronel Osman Vilela. Ele explica que seria necessário mais que o dobro de policiais – cerca de 500 – para garantir um efetivo pleno de patrulhamento ostensivo. “A sede do Batalhão apresenta o maior número de policiais por dia. São 24 ao todo, divididos em equipes do Pelotão de Operações Especiais, da Radiopatrulha, da guarda, de trânsito e que monitoram a praia. Nas cidades de Porto Calvo, Matriz de Camaragibe e São Luís do Quitunde, cinco policiais ficam de plantão por dia. Nas demais, apenas três homens atuam diariamente. No caso de alguma ocorrência, apenas dois podem sair, porque os grupamentos não podem ficar desassistidos”, explicou Vilela. O tenente-coronel lembrou, ainda, que o litoral norte conta apenas com duas equipes do

Número de policiais militares ligados ao 6º Batalhão de Polícia Militar não atende à demanda da região

Pelotão de Operações Especiais “O ideal seria que três ou qua(Pelopes), que, apesar de ficar tro policiais pudessem se desloem Maragogi, tem por função car até cada ocorrência, para asdar cobertura aos oito municí- segurar a integridade física da pios que abrangem a região. população e dos próprios agen“Nós contamos com duas via- tes de segurança pública. No enturas, mas uma está danificada. tanto, como não há um número A função do Pelopes é auxiliar suficiente de policiais, somos tanto as companhias da PM, obrigados a planejar escalas com quanto os grupamentos. No enapenas dois ou três hotanto, o trabalho fica limimens. Na PM, não falta artado devido ao pequemamento nem viaturas, o no número de policiais que falta é gente para traque trabalham diariaNossa tropa é Litoral conta balhar. mente”. velha, o nosso batalhão com 240 perde cerca de cinco hoAinda de acordo com Osman Vilela, a sihomens, mens por ano”, informou tuação mais crítica aconVilela. mas seriam Osman tece nos grupamentos A falta de agentes de que contam com ape- necessários segurança também se renas três homens por dia. pete na Polícia Civil, com 500 Em caso de ocorrências, o agravante de que tamapenas dois policiais se bém falta armamento adedeslocam até o local, quado e viaturas para que o deixando a sede da PM trabalho investigativo seja realivulnerável à ação de grupos cri- zado com eficiência e dentro dos minosos, como o que agiu em prazos estipulados pelo Código Passo de Camaragibe na última Penal Brasileiro. Apesar de não quarta-feira. Além da possibilida- especificar o número de agende de sofrer o ataque de bandi- tes que atuam no Litoral Norte, dos, em caso de outra ocorrência o titular da Delegacia Regional no município, a população fica de Matriz de Camaragibe, deledesassistida por falta de efetivo. gado Belmiro Cavalcante, garan-

te que o seu distrito apresenta o maior número de policiais: oito por dia. “Algumas delegacias do interior do Estado chegam a trabalhar com um policial por dia. Na última quarta-feira, quando a delegacia de Passo de Camaragibe foi alvejada por criminosos, apenas dois policiais e o delegado estavam no local. Caso o bando invadisse o prédio, eles não teriam como escapar. Os criminosos estavam armados com fuzis AR-15 e com Pistolas 380, enquanto os policiais tinham à disposição apenas quatro revólveres calibre 38”, disse Belmiro Cavalcante. O delegado informou, ainda que, duas delegacias da região estão sem viaturas: Passo de Camaragibe e Porto de Pedras. Segundo Cavalcante, a Polícia Civil recebeu novas viaturas e deve relocar os veículos da capital para o interior do Estado, melhorando as condições de trabalho. “As viaturas mais antigas, que eram utilizadas em Maceió, serão enviadas para o interior do Estado. Passo de Camaragibe e Porto de Pedras

Falta de estrutura pode atrapalhar inquéritos Eduardo Almeida Repórter

PASSO DE CAMARAGIBE – O Código de Processo Penal determina que os inquéritos policiais sejam concluídos no prazo de trinta dias, podendo ser prorrogado por mais trinta. Apenas em casos de maior complexidade, as datas podem sofrer alterações. No entanto, a falta de agentes de segurança pública e de viaturas pode atrasar o andamento de investigações no litoral norte do Estado. Sem policiais e com a única viatura danificada, o delegado de Passo de Camaragibe, Fernando Arthur, diz que as investigações que devem apontar os responsáveis pelo arras-

tão ocorrido no município, na madrugada da última quartafeira, podem não ser concluídas dentro do prazo. De acordo com ele, os trabalhos já estão atrasados e a Polícia Civil ainda não tem pistas dos acusados. “O trabalho de investigação fica comprometido devido à falta de estrutura. Trabalho com apenas dois policiais por dia. Se eles saem para realizar diligências, a delegacia tem que ficar fechada. Além disso, nossa viatura está danificada e não tem previsão de quando será consertada, o que complica ainda mais a nossa situação. Trabalhamos no limite, apenas seis policiais estão lotados em nossa delegacia”, informou o delegado.

A falta de estrutura se repete em Porto de Pedras, onde duas pousadas também foram assaltadas na última quartafeira. Como o município não tem viatura, as investigações também estão atrasadas e o inquérito pode não estar concluído em trinta dias. O delegado Tarcísio Vitorino foi obrigado a iniciar os trabalhos com seu próprio veículo, mas recebeu da Secretaria de Defesa Social a garantia de que receberá uma viatura. O delegado Belmiro Cavalcante, titular da Delegacia Regional de Matriz de Camaragibe, explica que, além de retardar o andamento de inquéritos, a falta de policiais no interior do Estado pode acarre-

tar em um problema mais grave: o resgate de presos. A Delegacia de Matriz tem hoje 38 presos, que são monitorados por apenas oito policiais. Em caso de ocorrências, o número de agentes diminui pela metade. “Quando os policiais se deslocam para realizar diligências, a delegacia fica exposta. Os criminosos estão a cada dia mais ousados e um resgate pode acontecer. Aação que aconteceu em Porto de Pedras e em Passo de Camaragibe, onde os criminosos utilizaram fuzis AR 15 e pistolas 380, mostrou que eles não estão para brincadeira e que podem desencadear ações organizadas”, ressaltou Belmiro Cavalcante.

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Domingo, 11 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: municipios@ojornal-al.com.br Fotos: Eduardo Almeida

Posto da Polícia Militar serve de abrigo para moradores de rua.

Posto da PM, em Maragogi, está desativado há mais de um ano Eduardo Almeida Repórter

MARAGOGI – A unidade da Polícia Militar, construída no povoado Barra Grande, em Maragogi, deveria atender às comunidades mais afastadas do Centro. No entanto, o posto policial está desativado há mais de um ano. Aberto, o local serve de abrigo para moradores de rua, que enxergam lá, ao contrário da população, um local seguro, onde podem se refugiar da violência das ruas. Os móveis empoeirados lembram que um dia a unidade da PM já foi ocupada, mas, segundo o comandante do 6º Batalhão, tenente-coronel Osman Vilela, a redução da tropa foi a responsável pelo fechamento do posto. Durante o carnaval deste ano, ele chegou a ser reativado com o reforço policial que chegou ao segundo maior pólo de turis-

mo do Estado, mas fechou em seguida. “Quando assumi o 6º BPM, em agosto de 2009, o posto da Barra Grande já estava fechado. Não temos como mantê-lo aberto porque contamos com apenas 24 policiais em Maragogi, distribuídos entre o Pelotão de Operações Especiais, a Radiopatrulha, a guarda, os policiais de trânsito e os que ficam na orla marítima. Tivemos que concentrar a equipe nas áreas mais importantes da cidade”, enfatizou Osman Vilela. Para o tenente-coronel, a falta de homens no Litoral Norte do Estado pode contribuir para o aumento da violência na região. Vilela afirma que apenas 240 homens atuam na área, quando o ideal seriam 500. Ele também lembra que o número reduzido de policiais nas companhias e grupamentos do interior expõe não só a po-

pulação, mas os agentes de segurança pública destas cidades. “Se não temos policiais para deslocar para os municípios que fazem parte da área do Batalhão, como podemos colocá-los em um posto extra? O trabalho de logística está sendo elaborado, mas temos limitações que apenas um concurso público resolveria. Não falta armamento, e sim que saia às ruas para trabalhar com ele. A situação se repete por todo o Estado, não é um problema exclusivo do 6º BPM”, garantiu Vilela. Embora reconheça que faltam policiais, o comandante do 6º BPM afirma que a estrutura da Polícia Militar é satisfatória. De acordo com Osman Vilela, o Batalhão conta hoje com armamento de grosso calibre e com cinco viaturas, um bugre e três motocicletas para o patrulhamento ostensivo.

Osman Vilela afirma que número de policiais não permite que posto da PM, em Maragogi, funcione

Defesa Social admite problemas Agentes se dizem “desprotegidos” Eduardo Almeida Repórter

Eduardo Almeida Repórter

MARAGOGI – Após o arrastão ocorrido em Porto de Pedras e Passo de Camaragibe, no litoral norte, a Secretaria de Defesa Social admitiu que o número de policiais civis e militares do Estado não é suficiente para atender à demanda. Mas, segundo o secretário Paulo Rubim, a situação não deve mudar a curto prazo, devido a Lei de Responsabilidades Fiscais, que impede a contratação de novos servidores públicos. Quanto à falta de armamento nas delegacias do interior, a assessoria de comunicação da Defesa Social informou que o Estado abriu licitação para a aquisição de três mil pistolas, coletes e munições. O processo, segundo a assessoria, está em andamento e deve ser concluído nos próximos meses. A licitação inclui, ainda, a compra de mais seis rabecões para o Instituto Médico Legal (IML). O diretor de Polícia Judiciária da Área 3, que compreende parte do litoral, Rodrigo Rubiale, informou que agentes da Divisão Especial de Investigação sobre o Crime

Rodrigo Rubiale diz que agentes do Deic auxiliam investigações

Organizado (Deic) devem auxiliar os policiais de Passo de Camaragibe na conclusão do inquérito. Apesar de falar em reforço, Rubiale não garantiu a conclusão do inquérito nos próximos trinta dias e disse que apenas o delegado titular poderia dar mais informações sobre o caso. “Não posso precisar a data de conclusão do inquérito, mas agentes do Deic auxiliarão nas

investigações, para que elas sejam concluídas o mais breve possível. Na próxima semana, a delegacia também deve receber uma nova viatura, para que os trabalhos não sejam prejudicados”, informou Rodrigo Rubiale. A reportagem de O JORNAL tentou entrar em contato com o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, mas não obteve êxito.

libre 38 e uma única metralhadora, os dois agentes de plantão e eu não teríamos chances contra os dez que estavam do outro lado. As autoridades do Estado brincam de fazer Segurança Pública. Falta estrutura adequada para enfrentar de igual para igual os criminosos”, afirmou Fernando Arthur. O agente Ângelo Araújo também estava de plantão na última quarta-feira, quando o Litoral Norte foi alvo de um arrastão. Ele conta que, embora seja o agente responsável pela segurança da população, sente-se “desprotegido”. O principal motivo para isso é o armamento disponibilizado pela Polícia Civil para a delegacia em que trabalha. Para ele, além de mais policiais, é necessário um aparelhamento das delegacias do interior. “Como posso combater cri-

minosos que utilizam fuzis AR15 com revólveres calibre 38? É gritante a disparidade entre o armamento utilizado pelos policiais e pelos bandidos. Eles planejam as ações que vão realizar e nos desafiam a todo instante, como o que aconteceu quarta-feira. Quer ousadia maior do que atirar contra a fachada da delegacia?”, indagou Ângelo Araújo. Sobre a falta de armas, o responsável pela Delegacia Regional de Matriz de Camaragibe, delegado Belmiro Cavalcante, explicou que a Secretaria de Segurança Pública do Estado disponibiliza armamento e que cabe aos responsáveis por cada delegacia informar as necessidades de cada distrito. “Faltam homens, não armas. Cabe a cada delegado fazer a solicitação”, observou.

PASSO DE CAMARAGIBE – “Acordei com os tiros, tive que me esconder para não morrer baleado”. Passado o susto, o delegado Fernando Arthur, responsável pela Delegacia de Passo de Camaragibe, no Litoral Norte, riu da situação constrangedora pela qual passou na última quarta-feira, quando uma quadrilha abriu fogo contra seu distrito. “Em 35 anos de profissão, nunca passei por nada tão humilhante”, completou. Eram aproximadamente 3h30 da manhã quando um bando, formado por dez homens, roubou o único caixa eletrônico da agência do Bradesco de Passo de Camaragibe e, em seguida, abriu fogo contra a Delegacia Municipal e a sede da Polícia Militar. Informações da polícia dão conta de que os bandidos estavam armados com fuzis “Acordei com os tiros, tive que me esconder AR-15 e com pistolas Ponto 40. Os policiais dormiam, no para não morrer baleado. Em 35 anos de momento da ação, o que evi- profissão, nunca fui tão humilhado como na tou uma tragédia. “Não morremos por sorte! última quarta-feira” Estávamos dormindo e não ti- Fernando Arthur dos Santos vemos como reagir. Se bem Delegado que, com quatro revólveres ca-

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Arapiraca

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Fortes chuvas preocupam moradores Riacho Piauí transborda, invade residências e obriga estabelecimentos comerciais a fecharem as portas Carolina Sanches Repórter

ARAPIRACA – A quantidade de água que caiu nos últimos dias deixou moradores do bairro Canafístula, em Arapiraca, apreensivos. Ruas ficaram alagadas e muitas casas foram invadidas pelas águas. O maior problema é que quando chove forte, o Riacho Piauí transborda e inunda casas no bairro. Moradores tiveram prejuízos e disseram que estão assustados com a situação. Os moradores afirmam que obra do anel viário contribuiu para o problema. Para garantir a construção da obra, um corte foi feito no trecho da AL-110 onde o riacho segue o leito. AMarginal do Piauí terá oito quilômetros de extensão, com três quilômetros de via interligando todos os bairros de Arapiraca até a Rodovia AL-110, nas imediações da Delegacia de Roubos e Furtos, no acesso ao município de Penedo. As obras do anel viário incluem o trecho já construído entre as ruas Delmiro Gouveia e Manoel Abreu, no Parque Ceci Cunha, além da ampliação da avenida entre as ruas Leocádio Pínheiro e São Roque, no bairro Ouro Preto, nas proximidades no Posto do Zé Pivete, na Rua XV

de Novembro. Outro problema denunciado por moradores é uma obra de um canal que transporta água de outra parte da cidade. Quando chove forte, casas ficaram totalmente alagadas e moradores chegaram a ficar com água no joelho. Na última quinta-feira, Antônio Feliciano teve que ser interditada porque a água chegou a quase 50 centímetros. Móveis e equipamentos eletrônicos foram danificados. Este foi o caso do comerciante Fernando Barboza. Ele é proprietário de um bar na Rua Antônio Feliciano e diz que não sabe contabilizar os prejuízos acumulados por causa das chuvas. Na quinta-feira, ele teve que improvisar um muro com um pedaço de madeira e sacos de areia para que o bar não alagasse. “A água estava acima do joelho e estava com medo que invadisse o estabelecimento e estragasse os móveis e a mercadoria”, diz. Fernando conta que o bar fechou as portas a tarde e os clientes foram convidados a se retirar. “Esta não foi a primeira vez que tive que deixar o bar fechado porque a água estava invadindo tudo. Já procuramos soluções para melhorar o problema, mas nada foi resolvido”, expõe.

Fotos: Carolina Sanches

Volume do riacho Piauí aumenta quando chove

Dona de escola infantil mostra estragos causados pela chuva

Chuva obrigou comerciante Fernando Barboza a fechar as portas

Alunos são retirados às pressas de escola Tereza Maria Bispo é proprietária de uma escola infantil na Rua Antônio Feliciano. Ela contou que esta apreensiva por causa da localização do estabelecimento de ensino. As chuvas que caíram na semana passada, fizeram com que o riacho, que passa de forma tímida ao lado do quintal da escola depois de pequeno campo de futebol do prédio. Quando o volume de água aumenta, o campo desaparece. A moradora disse que a obra que fez o desvio de água já causava transtornos, mas o risco de alguma tragédia não existia. Hoje, após o início da construção do anel viário, ela teme que a água que acumula na rua se una a do riacho. “Nunca vi a água subir tanto. Minha preocupação é que com a chegada do inverno a situação pode ficar ainda pior. Esse problema não acontece só comigo, mais de 20 casas da rua são afetadas quando chove forte. Essa já foi a quarta vez que isso aconteceu”, observou. Tereza contou que na quinta-feira a chuva chegou de repente e as crianças tiveram que ser retiradas às pressas por uma porta lateral. “Minha casa fica ao lado da escola. No ano passado, eu construí um pequeno muro em frente a minha casa e as pessoas achavam que ia ser em vão.

Na quita-feira ajudou muito a não inundar a casa”, relata. REUNIÃO – Os moradores contaram que já foram muitas vezes na Secretaria de Viação e Obras de Arapiraca para cobrar uma solução para o problema. De acordo com o presidente da Associação dos Moradores do bairro, Wellington de Magalhães, no mês passado o secretário de Viação e Obras do município, Moyses Montenegro, e representantes da empresa responsável pela obra do canal, se reuniram com moradores do bairro para discutir o problema. “O secretário ouviu os moradores e explicou que até o próximo dia 15 será apresentada a comunidade um projeto que melhore o escoamento da água com a conclusão da obra. A comunidade esta confiante que o problema vai ser resolvido porque já recebemos a resposta do prefeito Luciano Barbosa que se comprometeu em resolver os transtornos no bairro”, disse Magalhães. A reportagem de O JORNAL tentou entrar em contato com o secretário Moyses Montenegro ontem por telefone, mas funcionários informaram que ele participava de uma reunião e não poderia atender.

Projeto implanta horta em escolas do Agreste

CUIDADOS

ARAPIRACA – Um projeto recém iniciado no município de Arapiraca tem incentivado a implantação de hortas em escolas. O Projeto Educando com a Horta Escolar já acontece em sete escolas da escolas da Rede Municipal de Arapiraca. Na semana passada, a Prefeitura de Arapiraca através das Secretarias de Educação, Meio Ambiente, Saúde e Agricultura realizam a apresentação do projeto na Escola de Tempo Integral Zélia Barboza Rocha, localizada no bairro Nova Esperança. O evento contou com a presença da secretária de Educação, Ana Valéria, de Saúde, da secretária de Saúde, Aurélia Fernandes, do secretário de Agricultura, Manoel Henrique, do secretário de Meio Ambiente, Ricardo Vieira, da coordenadora do Projeto, Valdira Monteiro, e

A prefeitura de Arapiraca, através do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest), realiza a partir de amanhã até sextafeira (16) a Campanha da Voz 2010. A abertura oficial das atividades em um evento de conscientização na praça Marques da Silva, a partir das 08h. Na abertura, equipes do Cerest e da Secretaria Municipal de Saúde distribuirão panfletos com orientações sobre os principais cuidados com as cordas vocais, além da realização de outras atividades educativas. O encerramento da Campanha da Voz será na sextafeira, com o III Seminário sobre a Voz que será realizado no auditório do Centro de Referência Integrada de Arapiraca, no período de 08h às 12h e será aberto ao público.

de funcionários da rede escolar. Segundo a secretária Ana Valéria, o projeto era um sonho antigo do prefeito Luciano Barbosa, mas, que só agora pode ser contemplado com a ajuda do Governo Federal. “Com o trabalho nas escolas, valorizamos o homem do campo e a integração da merenda escolar. Todas as secretarias estão envolvidas. É uma ação integrada firmando essa parceria para uma qualidade de vida através de alimentação saudável”, completou. Já o secretário de Agricultura, Manoel Henrique, agradeceu a equipe que está à frente do projeto e pediu a todos os servidores que participem. “O projeto depende de cada um. Ele é realizado também nos centros da saúde, com apoio de um técnico agrícola,

de nutricionistas e principalmente de todos os servidores das escolas”, disse. O PROJETO – O projeto foi desenvolvido a partir da cooperação técnica entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e do Ministério da Educação (FNDE/MEC) e a organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Ele foi desenvolvido em 2005 e atualmente já atua em mais de 50 municípios, inclusive Arapiraca. De acordo com a coordenação, o objetivo do projeto é promover educação integral de jovens por meio de hortas escolares, pesquisas e atividades sobre as questões ambientais, estimular o trabalho pedagógico dinâmico e integrar os profissionais da escola por meio da educação ambiental.

Campanha da voz orienta comunidade

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TRANSATLÂNTICOS

Porto quer limitar desembarque de passageiros Por ter prioridade, cruzeiros estariam prejudicando os navios de carga, que são obrigados a esperar, pagando multa diária

Patrycia Monteiro Repórter

Na alta temporada turística de 2009/2010, Maceió recebeu cerca de 200 mil turistas vindos em 65 transatlânticos, batendo recorde na recepção de cruzeiros. A novidade foi muito celebrada pelo mercado de uma forma geral porque, segundo estimativas dos órgãos oficiais, em média os turistas que se utilizam dessa modalidade de transporte gastam em média R$ 300 per capita em cada cidade visitada, fazendo alegria de artesãos, donos de restaurantes e comerciantes. Contudo, a administração do Porto de Maceió está prestes a jogar um balde de água fria nessa farra. É que, se de um lado o turismo da capital alagoana vibrava com o incremento nos negócios, do outro as empresas exportadoras e importadoras de produtos amargavam prejuízo por causa do congestionamento no cais portuário. De acordo com as normas internacionais que regem os portos, os navios de passageiros têm prioridade para atra-

car. Mas, como o Porto de Maceió dispõe de infraestrutura limitada, que só permite a atracação de duas embarcações ao mesmo tempo, em alguns dias da alta temporada turística – que coincide com o auge da safra do setor sucroalcooleiro – muitas embarcações comerciais tiveram de esperar dias para poder fazer as operações de carga e descarga de mercadorias, o que eleva o custo final do frete para exportadores e importadores. “Pretendo discutir a questão com o Conselho de Administração Portuária (CAPE) porque a economia do Estado não pode ser prejudicada pela atividade turística. Vou propor que seja permitida a atracação de um navio transatlântico por vez, permitindo que os navios comerciais possam manter suas operações”, afirma Petrúcio Bandeira, administrador do Porto de Maceió. Segundo ele, por cada dia de atraso nos contratos assinados, os exportadores e importadores pagam uma multa (demouge) que gira em torno dos R$ 20 mil diários.

Bandeira defende que seja construído um terminal de passageiros no Porto de Maceió para oferecer mais comodidade aos turistas que desembarcam na capital alagoana a bordo de navio. “Também defendo que seja construído um cais exclusivo para o desembarque de navios turísticos. Entretanto, quando se fala em obras portuárias as cifras nunca são modestas. Só para se construir o terminal de passageiros seriam necessários R$ 10 milhões em investimentos”, diz, mencionando que não é responsabilidade do Porto de Maceió aportar recursos para essas melhorias. “Toda unidade portuária funciona como se fosse um grande condomínio no qual a administração disponibiliza áreas para arrendamento e garante os serviços de manutenção das áreas comuns. O investimento do terminal turístico tem de ser efetivado com recursos federais ou privados - em regime de parcerias formadas por empresas interessadas na expansão da atividade turística”, argumenta. (Continua na página A22)

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Economia

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Lula Castello Branco

A temporada de navios coincide com as exportações de açúcar

Segundo Petrúcio Bandeira, o PAC 2 garante mais R$ 23 milhões

Terminal de passageiros é obra para o futuro Segundo o administrador do Porto de Maceió, no Brasil, apenas os portos de Santos e do Rio de Janeiro dispõem de terminais de passageiros com sala de desembarque, área de bagagem, píer próprio e espaço de recepção. “No Nordeste, somente Recife, Salvador e Fortaleza vão receber recursos do governo federal para construir seus terminais turísticos. E esses investimentos só serão direcionados a essas capitais porque elas serão cidades sedes da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil”, diz. “Mesmo assim, nada impede que os órgãos públicos e privados relacionados ao Turismo unam forças

para colocar o projeto adiante”, ressalta. OBRAS - Petrúcio Bandeira diz que, em junho, será concluída a obra de construção do novo cais de contêiner de múltiplo uso do Porto de Maceió. O projeto, que contou com recursos federais, vai ampliar a área de atracação de navios em 488 metros. “A partir do segundo semestre, dobraremos a nossa capacidade de receber navios. Ao invés de comportar apenas duas embarcações, poderemos receber quatro ao mesmo tempo”, explica. Outra boa nova do Porto de Maceió, é que na segunda etapa do Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC 2), do governo Lula, estão previstos R$ 23 milhões para a obra de dragagem da área de granéis líquidos que vai ampliar a capacidade de exportação de álcool. Em relação à tão esperada obra de aprofundamento do calado (da profundidade de atracação), Bandeira conta que estão sendo concluídos estudos que visam planejar intervenções que prevêem o reforço da estrutura de todo cais do porto e mais a obra de aprofundamento. Quem está desenvolvendo o projeto é uma empresa de consultoria de Brasília, chamada Petcom. “Pretendemos aumentar a profundidade do calado atual de 10 metros

para 14 metros, o que vai permitir atracação de navios de maior porte de até 60 mil toneladas. Atualmente, só podemos receber embarcações de até 40 mil toneladas”, explica, mencionando que o orçamento da obra é de cerca de R$ 75 milhões. “Quando encerrarmos o projeto, vamos submetê-lo à Secretaria Especial de Portos e batalhar por mais recursos para investimento no Porto de Maceió. Sou otimista em relação ao atendimento ao nosso pleito, afinal as obras portuárias são necessárias para o crescimento do País e a balança comercial brasileira depende de infraestrutura portuária”, diz. (P.M.)

Lula Castello Branco

Na crise, foi preciso apertar o cinto

Os visitantes de navio gastam em média R$ 300,00 cada um, por dia, nas cidades onde chegam

Receita do Porto caiu 27% em 2009 O Porto de Maceió registrou queda de faturamento de 27% no ano passado, encerrando o ano com uma receita bruta de R$ 18 milhões. Aqueda se deve à redução geral no movimento de cargas que despencou de 3,7 milhões de toneladas em 2008 para 2,7 milhões, no ano passado. Segundo Petrúcio Bandeira, a crise financeira mundial impactou nos negócios do porto no último trimestre de 2008 e

ao longo de 2009. As importações, por sua vez, também despencaram. Caíram do patamar de 304,1 mil toneladas registradas em 2008, para 167 mil toneladas no ano passado, encerrando com recuo de 44,28%. “Com a crise, o setor sucroalcooleiro ficou descapitalizado por causa da retração de crédito para exportações no mercado internacional, diminuindo seus investimentos agrícolas e indus-

triais, bem como seus volumes exportados. O resultado, é que os embarques de álcool anidro caíram 64%, os do hidratado 44% e o açúcar, 22% no ano passado, em relação a 2008”, relembra Bandeira, frisando que como a pauta das exportações do Estado estão centralizadas nos negócios da agroindústria canavieira, a má fase do setor teve impacto direto na movimentação do Porto de Maceió. (P.M.)

O administrador do Porto conta que em 2008 a fabricante de cimentos portuguesa, Cimpor, que detém fábrica no município de São Miguel dos Campos, chegou a exportar 200 mil toneladas de cimento por ano para África, mas no ano passado esse volume embarcado despencou para zero. “E a empresa não pretende ainda retomar as vendas externas porque o mercado interno brasileiro da construção civil anda bem aquecido e eles redirecionaram toda a sua produção para o País”, ressalta Bandeira. Apesar disso, Petrúcio Bandeira conta que o Porto de Maceió está retomando a curva de crescimento. No primeiro bimestre deste ano, a movimentação de cargas cresceu 33%, alavancado pelo açúcar que incrementou seu volume exportado em 73%. O álcool, por sua vez, também aumentou em 20%. “Além disso, a importação de fertilizantes, que tinha caído 41% entre 2008 e 2009, aumentou 180% nos meses janeiro e fevereiro, atingindo um total de 32 mil toneladas. Arecuperação do setor sucroalcooleiro aumentou a demanda do setor de insumos agrícolas”, analisa, citando que as importações de trigo também aumentaram 9% nos primeiros dois meses do ano, atingindo o patamar de 33 mil toneladas. De acordo com o administrador, no ano passado, para enfrentar a fase difícil imposta pela queda de receita, o Porto teve de apertar o cinto para manter o equilíbrio financeiro. “Cortamos horas extras e renegociamos contratos com fornecedores”, relembra Bandeira. “Mas, este ano esperamos recuperar os níveis de movimentação registradas em 2008 e crescer até 20% em relação ao ano passado”, diz. “Nossas perspectivas futuras são muito boas. Nos próximos dois anos, a pauta das exportações alagoana deve ficar mais diversificada com o início das operações da Mineradora Vale Verde que prevê a exportação anual de 250 mil toneladas de minério de cobre a partir de 2012. Outra empresa que deve se tornar uma das grandes exportadoras e importadoras da economia local é a Jaraguá Equipamentos, além da Bauducco”, afirma, citando ainda que a obra da Transnordestina, prevista para ser concluída daqui a dois anos, também vai incrementar os negócios do Porto porque vai integrar a malha férrea do Estado ao modal logístico do Porto de Maceió. (P.M.)

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Economia

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Grande empresa terá novas regras Para evitar manobras, que geram pagamento de menos impostos, Receita Federal estuda mudar legislação BRASÍLIA - A Receita Federal prepara um conjunto de mudanças legais para fechar brechas na legislação que facilitam que as grandes empresas façam planejamento tributário para pagar menos impostos. Segundo o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, o Fisco seguirá a linha “ortodoxa” para combater as práticas irregulares de planejamento tributário. “Estamos trabalhando na área de mudança de conteúdo legislativo para fechar as brechas”, informou. Cartaxo rebateu as críticas de tributaristas, apontadas em reportagem do Grupo Estado

veiculada no domingo passado, de que a Receita tem feito “terrorismo fiscal” ao insistir com a sua política de combate ao planejamento tributário. Embora para o Fisco nem todo planejamento tributário seja irregular, o comando da Receita avalia que a prática disseminou no País, por meio de operações simuladas, como fusões, aquisições e reorganizações societárias, montadas apenas para as empresas diminuírem o pagamento dos impostos. Para a Receita, o planejamento tributário é o grande responsável pelo fato de 42% das grandes empresas brasileiras,

que declaram o Imposto de Renda pela sistemática de lucro real, terem apresentado prejuízo fiscal nos últimos cinco anos. O secretário da Receita informou que equipes de auditores estão sendo treinados para trabalhar no combate de planejamento tributário em duas delegacias especiais de fiscalização de grandes empresas que foram criadas em São Paulo e Rio de Janeiro. “Estamos agora tomando medidas operacionais da instalação das duas delegacias, com treinamento de equipe e uso de novas ferramentas de informática”, disse o secretário. A

Receita também vai designar equipes de auditores nas 10 superintendências regionais para trabalhar na fiscalização de planejamento tributário. A área do serviço de inteligência da Receita Federal também vai reforçar o trabalho de coleta de provas. Segundo fontes, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está trabalhando em conjunto com a equipe Receita para fechar as brechas na legislação. Um dos planejamentos tributários que a Receita quer fechar é com emissão de debêntures. ARRECADAÇÃO - Ani-

mado pelos bons resultados das receitas nos primeiros meses do ano, Otacílio Cartaxo antecipou informações sobre a arrecadação de impostos e contribuições federais, que apresentou em março um crescimento real (acima da inflação medida pelo Índice de preços ao Consumidor Amplo, IPCA) de cerca de 7%. O dado, disse o secretário, é ainda preliminar. O número fechado da arrecadação só será divulgado depois da segunda quinzena de abril. Segundo Cartaxo, o resultado é positivo porque consolida o processo de recuperação da arrecadação depois do

forte impacto negativo observado em 2009 como reflexo da crise financeira internacional no ritmo da atividade econômica. Ele disse que o resultado de março ficou acima da previsão da Receita. Em fevereiro passado, a arrecadação apresentou crescimento real de 13,23% ante o mesmo mês de 2009, período em que a crise “bateu mais forte” nas receitas do governo. Embora o crescimento de março tenha sido menor do que o de fevereiro deste ano, o resultado foi considerado extremamente positivo pela área técnica da Receita.

FRAUDES

Bancos fazem acordo para aplicar sanções O Banco Mundial e os Bancos de Desenvolvimento para a América Latina, África, Ásia e Europa do Leste anunciaram um acordo para reconhecer mutuamente as sanções contra empresas e pessoas envolvidas em fraudes e irregularidades para com qualquer dessas entidades. Os bancos trocarão informações a respeito dos casos em questão que excedam um ano de duração, segundo o comunicado conjunto. O acordo foi assinado pelo BM (Banco Mundial), o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Asiático de Desenvol-

vimento e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento. “As empresas e pessoas desabilitadas por um banco são inelegíveis para participar em atividades financiadas pela instituição”, explica o texto. CORRUPÇÃO - “Este acordo dos bancos de desenvolvimento de reconhecer mutuamente esse problema envia uma clara mensagem contra a corrupção: quem rouba ou engana um será castigado por todos”, afirmou o presidente do BM, Robert B. Zoellick, citado no texto conjunto. “As regras se tornaram mais rígidas. Este acordo tam-

bém reafirma aos governos de nossos países membros que o financiamento para o desenvolvimento, escasso como é, chega onde deve chegar”, acrescentou. Os bancos seguirão contando com suas próprias estratégias independentes de supervisão e sanção, mas este acordo aprofundará a cooperação. “As sanções conjuntas, combinadas com maior intercâmbio de informação e coordenação de investigações, facilitará que instituições previnam, detectem e desestimulem atos de corrupção com uma maior eficácia”, declarou o presidente do BID, Luis Alberto Moreno.

ALGODÃO

Brasil planeja inclusão de africanos em fundo O Brasil planeja incluir os principais países africanos produtores de algodão, conhecidos como Cotton-4 (Benin, Burkina Faso, Chade e Mali), em um fundo compensatório que deve ser criado pelos americanos em um pré-acordo no caso dos subsídios dados pelo governo dos EUA a seus algodoeiros. A intenção já foi comunicada aos americanos dentro das conversas que os dois países vêm mantendo. O que não está definido ainda é a forma pela qual os africanos seriam beneficiados. Desem-

bolsos diretos estão descartados - eles sairiam das regras fixadas pela Organização Mundial do Comércio. O mais provável, na lógica da diplomacia brasileira, é que se opte por algum tipo de financiamento a um programa de desenvolvimento ou uma parceria na área de desenvolvimento tecnológico e pesquisa. Um caminho é a Embrapa, que tem uma sede em Gana e quer expandir a atuação no continente, onde já opera em 16 países. Após sete anos de idas e

vindas na disputa, o Brasil ganhou da OMC em novembro o direito definitivo de retaliar os EUA em até US$ 830 milhões (nos valores calculados para este ano) por conta de seu programa de subsídios. Brasília começaria a impor as sanções na última quarta, mas diante de uma proposta concreta dos EUA para negociar - a primeira considerada como tal pelo Itamaraty em quase cinco meses - decidiu suspender temporariamente as medidas até o dia 22.

No centro da briga comercial estão os subsídios dados pelo governo americano a seus produtores

Proposta dos EUA inclui 3 planos Os EUA dividiram sua oferta em três planos: limitação provisória dos benefícios em um programa de garantias ao produtor, com vistas a corrigir irregularidades no futuro; vantagens a outros setores (suspensão de medidas sanitárias contra a carne suína e bovina de Santa Catarina) e criação de um fundo de compensação para os produtores brasileiros. É neste fundo que os africanos estão de olho. Pela proposta, ele chegaria a US$ 147,3 milhões ao ano, que é o valor em que a OMC estima o prejuízo dos algodoeiros brasileiros por conta

das distorções no mercado criadas pelos subsídios americanos, e teria como objetivo fomentar o desenvolvimento do setor no Brasil. O fundo ainda precisa ser regulamentado, e há pouco coisa a seu respeito definida exceto o valor. Como ocorreriam os pagamentos e como seria a gestão a ideia é que ela inclua os produtores nacionais - é algo que americanos e brasileiros debatem até o próximo 21, data fixada como primeiro limite para avaliar o andamento das negociações e manter ou não as san-

ções suspensas. Os Cotton-4, cuja economia depende largamente do algodão, decidiram não tomar parte da disputa quando ela foi aberta na OMC, em 2002, achando que a Rodada Doha de liberalização do comércio global era o fórum mais adequado para obter algo dos EUA no que toca os subsídios. Mas a rodada está travada, e com o pré-acordo entre Washington e Brasília, os africanos ficaram receosos de que perderiam o aliado em Doha - e consequentemente, a chance de obter a negociação.

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Imobiliário

Domingo, 11 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: imobiliario@ojornal-al.com.br

Imóveis.com Theodomiro Jr.

imobiliario@ojornal-al.com.br

SEM ATRITOS O empresário e vice-presidente do Sindicato da Habitação de Alagoas (Secovi-AL), Nilo Zampieri, declarou esta semana ao Imóveis.com que, diferente do que publicamos na semana passada, não há embates entre a Ademi-AL e o Secovi-AL. “As duas entidades atuam em segmentos diferentes. Não há atritos. Até porque o Secovi é um sindicato e tem seu foco muito bem definido, que é o de defender perante a Justiça do Trabalho as incorporadoras, os condomínios, as administradoras de condomínios e de imóveis, além das imobiliárias, loteadoras e administradoras de flats e de shoppings centers.”

VIADUTO NA CAMBONA Foram publicados nesta sexta-feira (9) os editais que abrem licitação para a construção de um viaduto no no cruzamento da Avenida Leste-Oeste com a Rua General Hermes, na Cambona, e para a reurbanização da orla marítima no trecho entre Cruz das Almas e Jacarecica. Os prazos para que as construtoras apresentem propostas para as duas obras terminam nos dias 13 e 14 de maio. Ou seja, as obras devem ter início no segundo semestre.

Porta oculta para aproveitamento de áreas internas, da Artwood, e o ventilador da Viva Vento com sistema de aquecimento do ambiente

FEICON BATMAT 2010

VIA NORTE NA FILA DE ESPERA Segundo afirmou o secretário Municipal de Infraestrutura e Urbanismo, Daniel Eugênio, estão na fila de espera o projeto Via Norte, pista ligando o Benedito Bentes à Guaxuma, e a pavimentação e drenagem no litoral Norte”. Em todos os projetos sairão ganhando os turistas, que terão um acesso mais rápido às praias da região Norte e a população de bairros, como o Benedito Bentes, que economizarão tempo e dinheiro para se deslocar até aquela direção.

REVOADA Como previmos na semana passada, construtores, engenheiros e arquitetos alagoanos lotaram os vôos que partiram de Maceió com destino à São Paulo. Eles foram à capital paulista participar da Feicon Batimat 2010 (18ª Feira Internacional da Indústria da Construção) e da Expolux (12ª Feira Internacional da Indústria da Iluminação). O eventos ocorreram no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

ALGUÉM NOTOU? Quem trafega pelo Pinheiro ou mesmo por determinadas ruas da Ponta Verde já percebeu que algo mudou nesse início antecipado de inverno. Alguém viu a Rua Miguel Palmeira, no Pinheiro, inundar por estes dias? E aqueles prédios, na Ponta Verde, que tinham suas garagens invadidas pela água a cada chuva mais forte? É esperar que continue assim.

ESSE VIADUTO NÃO SAI? Quem circula pelo aeroporto, Rio Largo ou precisa deixar a cidade pela BR 101 já percebeu que há algo de podre no reino da dinamarca. O viaduto que deveria facilitar a vida dos motoristas, está andando a passos de tartaruga. Para chegar a Rio Largo, por exemplo, é preciso entrar no aeroporto e percorrer mais de dois quilômetros para poder chegar ao acesso da cidade.

FICA A PERGUNTA Enquanto em cidades como Recife os viadutos são erguidos em poucos meses, em Maceió tais obras - de pequeno porte, diga-se de passagem - levam mais de ano. Será que somos piores ou mais incompetentes que nossos vizinhos?

Feira da construção em SP lança novidades do setor Conheça os produtos que farão a diferença no seu dia-a-dia Portas ocultas, tomadas de rápida instalação, sistema de isolamento acústico de janelas feito com borracha de pneu e ventilador adaptado para períodos de inverno. Essas são algumas das novidades apresentadas na 18ª edição da Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon Batimat), em São Paulo. O evento, que se encerra neste domingo, conta com a participação de cerca de 600 expositores vindos de 29 países e é voltado para arquitetos, engenheiros, construtores, lojistas, representantes de home centers e compradores do exterior, além de consumidores interessados em construir ou reformar. No site do evento há um guia prático, com mapa e informações sobre todos os expositores. Os organizadores chegaram a aconselhar os visitante a consultarem a página

Torneira eletrônica Lumen, da ThermoSystem: design e tecnologia

para montar um roteiro prévio pelos mais de 85 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi. O local sediou outros eventos paralelos, como a Expolux, que trouxe inovações e a mais alta tecnologia dirigida ao setor de iluminação, abrangendo novos produtos para iluminação residencial, industrial e pública. Em sua 12ª edição, a feira é considerada a principal vitrine do segmento e da indústria da iluminação na América do Sul. O Pavilhão de Exposições do Anhembi também sediou a 2ª Conferência Internacional da Arquitetura, promovida pela seccional paulista do Instituto dos Arquitetos do Brasil. O evento reuniu os principais nomes da aquitetura brasileira e latino-americana em discussões sobre o papel da arquitetura no atual contexto das cidades metropolitanas.

Veja algumas novidades da Feicon 2010 EM FOCO

O secretário municipal de Convívio Urbano, Ivã Vilela, acredita que o trabalho realizado nos últimos meses pelos diversos órgãos da municipalidade, que inclui obras em grotas, limpeza de galerias e poda de árvores, vai aguentar o impacto dos fortes temporais previstos pela meteorologia. Ele se une à Defesa Civil no pedido para que as famílias que moram em áreas de risco, deixem momentaneamente suas casas para evitar a repetição da tragédia que se abateu sobre Niterói e o Rio de Janeiro.

PORTA OCULTA A porta oculta da Artwood é uma das novidades da Feicon 2010. Fruto de um longo trabalho de pesquisa da demanda e das necessidades da construção civil, o produto possibilita um maior aproveitamento das áreas internas, permitindo mais liberdade na decoração. O diferencial do sistema é que a porta fica embutida na parede quando está aberta. Consiste basicamente em uma caixa metálica que abriga o conjunto da porta e os demais componentes. O consumidor adquire um kit, com a porta já envernizada e as ferragens acopladas. RUÍDOS EXTERNOS Para reduzir a interferência dos sons externos nos ambientes da casa, a Caça Ruídos desenvolveu as mantas isolantes “Sais”, feitas a partir da borracha de pneu reciclada. Com espessuras de 3mm e 5mm, são projeta-

das para uso sob piso laminado para absorver os ruídos causados pela circulação de pessoas ou quedas de objetos. Por ser um material de fácil aplicação, não requer mão de obra especializada. VENTILA E AQUECE Já pensou em ter um ventilador de teto que esquenta o ambiente no inverno? Pois o Viva Oggi, da Viva Vento promete deixar a casa mais quentinha nos períodos de frio. O aparelho não possui hélices aparentes e pode ser encontrado nas cores azul, rosa, dourado, além do tradicional tom prata, que remete ao aço escovado. Concebido pelo engenheiro e artista plástico Claudio Callia, o ventilador e luminária de teto é feito de plástico, tem formato quadrado e uma pequena pirâmide embutida e invertida no centro. É dentro desta pirâmide que está o segredo da ventilação, exposta por aletas que se abrem e fe-

cham. Na versão com aquecedor, existe uma fonte elétrica de calor de 1.200 watts dentro da pirâmide, responsável pelo aquecimento do ambiente. TOMADAS RÁPIDAS A Parcus aporta na Feicon com uma tomada padrão com rabichos para encaixe de pressão. A instalação dispensa parafusos de fixação e pode ser feita em canaletas, caixas de piso, mobiliário e batentes, por exemplo, sendo necessária apenas furação de 26,5 mm x 70 mm. O produto é oferecido nas cores branca e vermelha. TELHAS MULTIUSO A multinacional francesa Onduline do Brasil, que produz telhas ecológicas produzidas a partir de fibra de celulose extraída do papel, num processo de reciclagem de alta tecnologia, apresenta um novo produto na Feicon. Com as mesmas dimensões da telha Onduline tradicio-

nal - 0,95 cm x 2 m - a nova telha Onduline Duo é vermelha dos dois lados, sendo ideal para varandas de casas de praia ou de campo, entre outros locais em que a telha pode ser vista por baixo (sem forro). Coberta por uma camada asfáltica, a telha é resistente, porém leve e com baixa transmissão de calor e som. TORNEIRA ELETRÔNICA A ThermoSystem lança na Feicon Batimat 2010 a torneira eletrônica Lumen, com sistema gradual de controle de temperatura. Basta um simples giro para encontrar a temperatura ideal da água. Com design diferenciado e moderno, a Lumen possui um sistema inovador de identificação de temperatura. Os leds no centro da bica da torneira emitem luzes que indica a temperatura. O tom verde sinaliza que a água está fria; o amarelo, que a água está morna enquanto o vermelho mostra que a água está quente.

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Dois

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Confira as promoções na Revista da TV

B1 Fotos: Nide Lins

As famosas cabeças criadas pela artista popular embelezam pousadas, hotéis e restaurantes, como o Picuí. Seu trabalho foi selecionado entre os dez mais representativos do Brasil pelo prêmio Unesco

Descendente dos quilombolas, dona Irinéia é referência na cultura popular do Brasil

A r t e pura Nide Lins Repórter

Foi através do olhar da arquiteta pernambucana Janete Costa que dona Irinéia Rosa Nunes da Silva, de 61 anos, entrou para o mundo da arte popular. Janete morreu em 2008, mas cumpriu a sua missão: desenvolveu uma carreira marcada por grandes contribuições nos campos da arquitetura de interiores, design de produtos e divulgação da arte popular e do artesanato brasileiros. Segundo a arquiteta alagoana Mirna Porto, Janete definiu dona Irinéia como a maior expressão da arte pura, ingênua, sem interferências. "Para Janete Costa, não existia outra pessoa igual à dona Irinéia. A artesã é única, um patrimônio cultural não apenas em Alagoas, mas no Brasil", afirma Mirna, que é fã da artista popular e

sempre indica as famosas cabeças de sua autoria para decorar ambientes. Dona Irinéia nasceu na comunidade quilombola de Muquém (União dos Palmares) e, antes de ficar famosa com a sua arte no barro, "comeu o pão que o diabo amassou", como costuma dizer. "Nem gosto de lembrar, minha filha. Tive que pedir esmola aos meus filhos para não passar fome", conta com a voz embargada. Mas o passado é apenas uma amarga lembrança. Em 2004, o seu trabalho foi selecionado entre os dez mais representativos do Brasil pelo prêmio Unesco de Artesanato na América Latina. A artista popular não sabe ler nem escrever, mas sabe esculpir a felicidade com a mesma simplicidade de antes. Continua na página B5.

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Espaço B2

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UMAS POUCAS PALAVRAS

Existiria uma alagoanidade?

A barba stulti discit tonsor

O texto de Golbery Lessa é significativo na medida em que apresenta sua inquietação quanto à natureza de nosso processo histórico, encontrando o atributo da alagoanidade ou aquilo que caracteriza a condição histórica do local a ponto de evidenciar a sua particularização. É um texto polêmico e, na certa, merecerá discussão. Foi produzido a partir de depoimento dado ao Grupo de Registro da Memória Alagoana, integrante do Agenda/Alagoas. Golbery é um dos representantes do que vem sendo pensado em Alagoas no campo do marxismo.

Dialética da alagoan Golbery Lessa estudo do local compromete de modo mais verdadeiro o cientista com um ponto de vista ético e revolucionário, já que o coloca contra os poderosos que lhe estão próximos. O proverbial sindicato do crime não vai querer atentar contra a vida de um pesquisador pelo fato deste defender a revolução mundial. Quanto mais “universal” for o cientista, quanto menos pesquisar a exploração do trabalho e o mandonismo no seu espaço, mais estará seguro na sua cátedra e mais facilmente garantirá sua integridade física. Os poderosos adoram o “cosmopolitismo abstrato” no interior da esquerda, gostam particularmente do marxismo acadêmico, fechado em conceitos universais, absorto em estratégias planetárias, alienado da realidade local. No doutorado refleti sobre Caio Prado Jr., o autor que mais me influenciara; fiz uma análise dos seus livros buscando uma abordagem mais detalhada e dinâmica de sua visão do país. Após conhecer a crítica de Manolo Florentino e José Fragoso, historiadores do Rio de Janeiro, a aspectos da abordagem do autor de Formação do Brasil Contemporâneo, percebi que algumas dimensões do modelo caiopradiano podem atrapalhar o entendimento do século XIX, principalmente quando o autor subestima o papel da burguesia comercial brasileira, que na verdade era uma classe mais poderosa do que os senhores de engenho e os cafeicultores. No caso alagoano, a citada subestimação nos impede de perceber, por exemplo, que o Barão de Jaraguá, José Antônio de Mendonça, o homem mais rico da Província em meados do século XIX, não extraía o grosso de sua renda do único engenho que possuía, mas do grande comércio de Jaraguá, da cobrança de juros aos latifundiários e do tráfico de escravos. Um engenho de açúcar da época proporcionava um conto de réis de lucro líquido anual e o Barão de Jaraguá teve que desembolsar 300 contos de réis na construção dos dois palacetes que possuía no centro de Maceió. Descobri que deveria ter estudado Alagoas desde o início. A teoria sobre o capitalismo brasileiro ganha mais se cada um estudar o seu Estado, a sua região, pois só dessa maneira sairemos de algumas generalizações repletas de interesses e preconceitos regionais. Essa mudança de perspectiva vem ocorrendo já há algum tempo, principalmente após a ascensão econômica de Estados que se localizam fora do Sudeste, como Bahia, Pernambuco e Ceará. Evaldo Cabral de Mello tem sido apontado como o maior historiador brasileiro vivo e sempre estudou o Nordeste, particularmente o Pernambuco colonial. Percebi a necessidade dessa mudança de perspectiva vivendo algum tempo em três pólos que disputam hegemonia ideológica e política: Recife, Campinas e Brasília.

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Não existe uma esquerda brasileira, existem esquerdas brasileiras, cada uma preocupada com os temas e interesses de sua própria região, mesmo que isso seja ocultado em discursos aparentemente nacionais. Nunca encontrei um intelectual do Sudeste que conhecesse algo sobre Alagoas além dos preconceitos da mídia. Poderíamos assumir, também no campo da esquerda, as diferenças regionais e buscar um pacto federativo mais honesto e justo para todos. Vivemos há muito tempo a subordinação da esquerda do Nordeste e outras regiões à esquerda do Sudeste, o que reproduz as desigualdades regionais no pólo político que deveria ser a fonte da igualdade. Sempre me rebelarei contra isso, pois não sofro de Síndrome de Estocolmo na sua versão teórica e política. É uma doença básica da atual elite alagoana, uma enfermidade que ajuda a garantir seus interesses imediatos, pois auxilia a fragmentar a sociedade civil. Nunca vou aceitar, por exemplo, que o governo de Alagoas tenha colocado o nome da Sr.ª Ruth Cardoso no Centro de Convenções e Exposições de Maceió, quando este poderia se chamar Nise da Silveira, Arthur Ramos, Aurélio Buarque, Graciliano Ramos, Jorge de Lima ou Hermeto Pascoal, para falar apenas dos que são pilares da cultura brasileira. Tratar-se-ia do cúmulo do “cosmopolitismo abstrato”, uma das expressões melhor disfarçadas do provincianismo, se não fosse evidente na homenagem o interesse político imediato. Com relação às pesquisas que tenho desenvolvido sobre a sociedade alagoana, gostaria de expor as minhas principais preocupações. Primeiro ponto: é preciso um cuidado redobrado para não enveredarmos por uma abordagem teleológica da história de Alagoas. Se o historiador quer abrir o presente para um futuro melhor, tem que abrir o passado, precisa perceber as bifurcações que o passado comportou, se não cai em graves anacronismos e numa atitude política conservadora, mesmo se esta vier encoberta por um esquerdismo abstrato. Para fugir de uma abordagem teleológica, passei a pesquisar o que tinha acontecido nas fábricas têxteis e a questionar a hegemonia da cana em vários momentos da história local. Descobri, por exemplo, que entre a terceira e a quinta décadas do século XX se plantava mais hectares de algodão do que de cana em Alagoas. Encontrei nos censos industriais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dados reveladores de que a indústria têxtil era mais importante do que a indústria açucareira naquele período. Comecei a refletir sobre os motivos de ninguém ter notado a importância daqueles dados tão claros e de tão fácil acesso. Procurei seguir dicas de autores como o historiador Douglas Apratto na sua discussão sobre as ferrovias, as bifurcações políticas do início do século XX e as positividades dos trabalhistas alagoanos.

O mesmo leste e visões tão diferentes

A tragédia do populismo em Alagoas, de Dougl Em uma sociedade civil dominada pelo liberalismo conservador, Douglas Apratto escreveu A Tragédia do Populismo em Alagoas, um dos livros mais corajosos da historiografia local, reabilitando a imagem de Muniz Falcão e abrindo uma ampla vereda para a compreensão do universo político alagoano da segunda metade do século XX. (Cf. Apratto, Douglas. Capitalismo e Ferrovias no Brasil. 2 ed. Curitiba: HD Livros, 1996; A Metamorfose das Oligarquias. Curitiba: HD Livros, 1997; A Tragédia do Populismo em Alagoas: o impeachment de Muniz Falcão. 2 ed. Maceió: Edufal, 2007). Os historiadores Luis Sávio de Almeida e Dirceu Lindoso foram as influências decisivas. Os dois lutam para manter a esquerda alagoana com os pés no chão, para deixá-la em contato com o pedaço do capitalismo planetário contra o qual lhe é permitido lutar. Fazem isso com grande capacidade de pesquisa, criatividade teórica e renúncia pessoal a fatias de poder acadêmico. Com os dois aprendi a não ter vergonha de tratar Alagoas como um objeto tão nobre e relevante quanto a Comuna de Paris. Não há espaço nesse pequeno texto para a citação das várias teses dos dois que incorporo na minha abordagem, inclusive no que se refere às questões essenciais. A dívida que a nova geração tem com eles é impagável.

Nos caminhos abertos pela geração anterior cheguei até os operários têxteis. Suas narrativas levaram-me a documentos que compravam seu decisivo peso político até meados da década de 1960, o que não havia sido tratado por outros pesquisadores. Os contatos com os historiadores Geraldo Majella e Osvaldo Maciel, sérios pesquisadores da história do movimento socialista e da classe trabalhadora, foram importantes para a percepção de que o decisivo papel dos operários têxteis era um índice do peso político dos comunistas, aspecto também negligenciado pela historiografia alagoana tradicional. Em 1947, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi a agremiação que obteve a maior votação para deputado estadual em Maceió; venceu na Primeira Zona e perdeu por pouco na Segunda Zona. É comum se falar dos três deputados “vermelhos” eleitos naquele ano, contudo nunca se analisa a geografia do voto comunista. Os comunistas eram a força ascendente nos núcleos políticos mais importantes da época: a capital e as cidades operárias. O sufrágio rural era numericamente menos importante porque os analfabetos não votavam; as cidades comerciais, industriais e operárias possuíam uma super-representação política. Os dados do Diário Oficial do Estado de

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O que faz Golbery Lessa, 43, graduado em História pela UFAL, Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp. Pertence ao quadro técnico do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, onde exerce o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. É membro colaborador do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capitalismo Contemporâneo, da UFAL.

nidade (II) Fotos: Sávio de Almeida

las Apratto: um dos livros mais corajosos da historiografia local

s demonstram que os operários com título de eleitor representam 1947, cerca de quinze por cento torado e poderiam representar mais, posteriormente, se as campae alfabetização do PCB não tiveso atrapalhadas pela repressão que çaria a partir do governo Silvestre .

MÓRIA - Em 2008, aprofundei o sobre a indústria têxtil por meio de jeto de história oral denominado a Memória, Tecitura do Tempo: regisemória e da iconografia das famílias de operária têxtil residentes no bairro de Velho, Maceió-Al, patrocinado pela as, com o apoio do Ministério da a (Minc) e da Universidade al de Ciências da Saúde (Uncisal). umentos primários, as entrevistas operários aposentados e as teses eu Lindoso sobre a modernidade goas (Cf. Lindoso, Dirceu. InterpreProvíncia: estudo da cultura alagoaceió: Edufal, 2007.) ajudaram-me a r que houve importantes bifurcahistória alagoana do século XX. agoas os capitais das primeiras e mportantes usinas vieram de firmas eiras e do comércio de Jaraguá e s senhores de engenho. As unida-

des erigidas por grupos de senhores de engenho terminaram falindo por escassez de capital e ausência do ethos capitalista adequado. Em Pernambuco o caminho foi diferente, houve uma maciça doação por parte do governo do Estado de capitais para que senhores de engenho fundassem usinas (Cf. Perruci, Gabriel. A República das Usinas: um estudo de história social e econômica do Nordeste, 1889-1930. RJ: Paz e Terra, 1978; Eisenberg, P. L. Modernização sem Mudança: a indústria açucareira em Pernambuco, 1840-1910. RJ: Paz e Terra Unicamp, 1977; Andrade, Manuel Correia de. Usinas e destilarias das Alagoas. Maceió: Edufal, 1997). A constatação da origem comercial dos capitais das primeiras usinas rompe a exagerada continuidade histórica que a tese canavieira clássica advoga para Alagoas. Após recuar a prospecção percebi que também no século XIX foram vários os caminhos possíveis. Por exemplo, o algodão foi mais importante do que os engenhos de açúcar durante a primeira metade do século XIX e mesmo em momentos posteriores, o que está documentado em relação a outros Estados pela melhor historiografia brasileira (Cf. Mello, Evaldo Cabral de. Rubro Veio: o imaginário da restauração pernambucana. RJ: Topbooks, 1997). Se fizermos levarmos em conta a geográfica,

contataremos que no Agreste e no Sertão a cana-de-açúcar foi um fenômeno residual, com exceção das áreas correspondentes as atuais cidades de Água Branca e Mata Grande. A história alagoana como a repetição secular do latifúndio canavieiro é apenas um mito, foi inventada por Manuel Diegues Jr. em O Bangüê das Alagoas, livro bastante influenciado por Gilberto Freire, que faz seu prefácio, e também por Caio Prado Jr. A tese canavieira também recebeu aportes da esquerda, na maioria provenientes da teoria caiopradiana, mas também das obras de Alberto Passos Guimarães, grande pensador alagoano da questão agrária no Brasil, e de Nelson Werneck Sodré. Esquerda e direita, mesmo partindo de valores antípodas, juntaram-se para criar o mito da história alagoana com idêntica à trajetória do latifúndio canavieiro. Entretanto é importante sublinhar que a historiografia alagoana clássica não corrobora essa tese canavieira, que esteve sempre mais presente nos discursos sociológico, antropológico, jornalístico, burocrático e político do que na fala dos historiadores. A rigor, é impossível fazer historiografia corroborando aquela famosa tese, já que ela obriga o pesquisador a esquecer fontes e dados empíricos fundamentais, impõe uma espécie de haraquiri historiográfico.

“Temos que ler muito bem os clássicos da historiografia alagoana” A historiografia é fundamental para entender Alagoas. Existe espaço para antropologia e para a sociologia, mas a historiografia é a chave para compreender essa terra porque é na história onde vamos encontrar as bifurcações e a complexidade do entrelaçamento entre o tempo objetivo natural, o tempo objetivo social e o tempo subjetivo. Encontramos o homem no seu devir e não como objeto paralisado; vemos o ser humano ativo e não amarrado em “estruturas” lingüísticas inconscientes e imutáveis, deparamonos com um ser capaz de modificar sua existência e construir um futuro que está sendo disputado pelos vários grupos sociais. A antropologia tem muito a dizer sobre a identidade quilombola e a identidade indígena em Alagoas, bem como sobre outras comunidades tradicionais, mas é preciso reconhecer que seu método e seus conceitos colocam limites para as suas contribuições relativas ao tema da identidade alagoana. As identidades regionais em sociedades modernas, que impõem os conceitos de estado, classe social e economia capitalista terminam por inviabilizar a uma abordagem antropológica. É infértil uma tendência que assistimos de trazer a antropologia para os objetos tradicionais da sociologia, da ciência política e da historiografia. Não podemos aplicar os mesmos conceitos usados para entender os ianomâmis num estudo sobre o papel do operariado na política eleitoral alagoana dos anos 1950. Precisa haver um diálogo e não uma luta entre historiografia e antropologia alagoanas, como demonstraram em suas obras Luís Sávio de Almeida e Dirceu Lindoso. Segundo ponto: pode-se explicar a história de Alagoas como um caso radicalmente atrasado de capitalismo, como um exemplo de via colonial de desenvolvimento capitalista. Isso é um avanço, mas ainda não resolve o problema, é apenas o início da trajetória. Nesse grau de abstração, identificamos Alagoas com o Brasil e outras nações, como o México e a Argentina. O capitalismo é “desigual e combinado” também no interior de cada país. Precisamos sublinhar que Alagoas passou a localizar-se, após determinado momento do século XIX, numa das partes atrasadas do atrasado capitalismo brasileiro, ou seja, no Nordeste. O passo seguinte é nos aproximarmos ainda mais de Alagoas e percebermos as suas singularidades em relação aos Estados nordestinos e de outras regiões retardatárias. Por fim, é necessário estu-

darmos as diferenças de desenvolvimento das sub-regiões alagoanas e suas mútuas relações, bem como refletir sobre como os vários níveis que estamos sublinhando interligam-se e determinam-se mutuamente. A teoria sobre o capitalismo periférico é fundamental, mas temos que ir além; precisamos sair loucos em busca de singularidades. Temos que ler muito bem os clássicos da historiografia alagoana, respeitar esses clássicos, aprender tudo o que eles nos ensinaram e ir além à busca das singularidades de cada época da trajetória quase sempre trágica que tivemos. O pulo do gato para entender Alagoas seria esse: usar a teoria das vias particulares de desenvolvimento capitalista de maneira radical, ou seja, identificar as várias dimensões singulares e universais presentes em Alagoas e percebê-las na sua fluidez por meio da comparação com várias formações sociais parecidas. Por exemplo: as usinas começaram a suceder os engenhos em Pernambuco e Alagoas no final do século XIX, isso revela uma identidade entre os dois Estados no que se refere à forma econômica de introdução do assalariamento e da maquinaria no setor canavieiro, contudo, como já afirmamos, a origem dos capitais nos dois casos foi bastante diferente, o que tem implicações econômicas, sociais e políticas relevantes. Terceiro ponto: quando falamos de alagoanidade não devemos pensar em termos de um “espírito do povo” ou de outro conceito metafísico, devemos falar das especificidades e das universalidades da formação social alagoana. Como numa formação social há vários subsistemas, a dificuldade para definir alagoanidade é, entre outras, a dificuldade para desvelar a natureza dos vários subsistemas que constituem Alagoas e as suas inter-relações necessárias. Se quisermos falar da alagoanidade na música, temos que conhecer profundamente a história da música alagoana, da música nordestina e brasileira para percebermos as singularidades de cada uma dela; só assim se pode descobrir, por exemplo, se o frevo em Alagoas tem um andamento diferente do frevo pernambucano, se o maracatu alagoano, quando existiu, tinha singularidades rítmicas em relação ao maracatu de outros Estados. Isso também vale para a economia e a política. Será que existem especificidades na economia alagoana? É claro que existem, mas é necessário demonstrá-las.


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Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

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Hoje

Em Breve

A nova aventura dos Backyardigans que chegou a Maceió, Fuga da aldeia mágica, continua a sua apresentação neste domingo, no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso-Jaraguá). Ingressos à venda no Estande Sue Chamusca (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 32355301 / 9928-8675/www.chamusca. com. br. Geraldo Benson (guitarra e violão), Marcius Campelo (bateria) e convidados serão a atração do Restaurante Trilha do Mar (R. V. Santana, 3, Garça Torta – Maceió), a partir das 19h, no Espaço nio Santos. Couvert: R$ 10. Mais informações: (82) 3355-1271/93310154/9128-2528.

Amanhã O curso Um Olhar Diferente sobre a Biblioteca Pública: impactos da gestão inovadora, voltado a gestores de bibliotecas e interessados, tem início nesta segunda-feira (12) e segue até sexta (16), com 40 vagas oferecidas para os cinco dias do evento. O encontro é realizado pela Ação de Amigos da Fundação Biblioteca Nacional com patrocínio da Petrobras com a parceria da Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SBP). O curso gratuito será ministrado pela consultora em Documentação e Informação, Eva Maria Vianna Menezes no Museu Palácio Floriano Peixoto (Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Maceió), das 8h às 17h. Mais informações: (82) 3315-7877.

Quinta-feira Gravação do CD Júlio Uçá ao Vivo, dia 14 deste mês, às 20h, no Mandala Café e Restaurante (R. Barão de Maceió, 105 – Centro). Participações de Allyson Paz (bateria), Anderson Silva (contrabaixo), Júnior Rha (percussão) e Walter Lima (guitarra). Ingressos: R$ 3 (individual) R$ 10 (mesa). Mais informações e reservas: (82) 3223-7863 / 8859-1175 / 9316-4063 / abia.arte@hotmail.com.

Sexta-feira A Mostra Sesc Cinco Vezes Lucia Murat vai exibir Maré, Nossa História de Amor, no dia 15 deste mês, às 19h, no Teatro Sesc Jofre Soares, Sesc Centro (R. Barão de Alagoas, 229, Maceió - Centro). O filme conta a história de Analídia, filha de um dos chefes do tráfico e do seu irmão Jonathan, irmão do chefe da facção rival. Separados pelo apartheid das drogas, eles encontram um grupo de dança da comunidade, um refúgio para o sonho. O filme é um musical livremente inspirado em Romeu e Julieta.

O CQC Oscar Filho (foto) vem a Maceió com o espetáculo Putz Grill, no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso), no dia 18 de abril, às 20h30. Ingressos: R$ 30 (antecipado – estudante) R$ 60 (inteira), à venda no Stand Viva Alagoas. Mais informações: (82)3033 -5539. Geraldo Cardoso vai lançar seu 11º CD e seu primeiro DVD Geraldo Cardoso ao vivo no Sesc Alagoas, num show no próximo dia 20, às 20h, no SESCPoço, em Maceió. Participação da Orquestra Conexão Latina. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 à venda no SESC Poço e Stand Viva Alagoas - Shopping Maceió (Mangabeiras). Mais informações: (82) 3032-0489 / 9971-4281. O Alagoas Digital será realizado de 21 a 23 de abril, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso (Jaraguá). O evento vai apresentar Seminário de TIC; Workshop com minicursos; Rodada de negócios; Feira e exposições de produtos e serviços; Seminário de trabalhos acadêmicos; Espaço criança. Investimento seminário: R$ 100 (profissional); R$ 50 (estudante); Investimento mini-cursos: R$ 50. Inscrições e mais informações: www.alagoasdigital.com.br. Maria Betânia vai apresentar o espetáculo “Amor festa devoção”, no próximo dia 24, às 21h, no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso), em Jaraguá – Maceió. Ingressos à venda no estande Sue Chamusca. Mais informações: (82) 3235-5301/9925-7299.

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Continuação da página B1

Arte de Irinéia ganha espaço na Arquitetura Na comunidade de Muquém, em União dos Palmares, homens, mulheres, meninas e meninos vivem da arte da cerâmica, do saber e fazer das panelas de barro para serem vendidas nas feiras do interior. "Aprendi a fazer panelas com a minha mãe, mas só para brincar; depois, para vender na feira", lembra dona Irinéia, que nasceu, criou-se e ainda vive em Muquém, uma comunidade descendente de quilombolas. Das panelas para anjos, santos, cabeças e outras figuras do imaginário da alagoana, a arte de dona Irinéia está presente em restaurantes, pousadas e galerias de arte, dando ainda mais charme a ambientes contemporâneos e temáticos. Mas o sucesso não chegou da noite para o dia. A artesã, com toda a sua ingenuidade, mal imaginava que o seu saber e fazer tinha valor de arte, chegando a vender as peças de barro até por R$ 1,00. "Não sabia dar preço, mas, há dez anos, umas moças do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) me

Cabeças foram capa de revista; anjo (abaixo) é outra criação da artista

ensinaram a valorizar o meu trabalho. Não sabia calcular o valor, hoje sei dar preço e vender, embora o povo daqui ainda chore muito. Mas no Rio de Janeiro e em São Paulo consigo vender as cabeças de barro por preços acima de R$ 20,00", conta Irinéia. Segundo a coordenadora do Programa Sebrae de Artesanato e Cultura, Jaqueline Martins, na edição da Artnor deste ano, a artista popular faturou com as suas peças, durante dez dias, R$ 1.700,00, além de voltar para União com algumas encomendas. "A participação da artista em feiras de artesanato, com o apoio do Sebrae, abriu novos mercados. Depois da reportagem sobre a artesã, onde as suas cabeças de barro foram capa na revista Casa Cláudia, ela decolou", conta Jaqueline. O chef de cozinha Wanderson Medeiros conheceu dona Irinéia quando foi dar um curso sobre culinária quilombola e gostou tanto das famosas cabeças que hoje elas decoram o seu restaurante. (N.L.)

Valorização do talento popular Na Pousada do Toque, em São Miguel dos Milagres, os anjos e santos criados pela artista estão espalhados em todos os ambientes: jardim, banheiros e restaurante, e os turistas contam com uma loja, onde podem adquirir as esculturas de barro e de outros artistas populares de Alagoas. A empresária Ana Vasco ambientou a recepção do Hotel Porto Mar com as cabeças de dona Irinéia. "O curso do Sebrae para os empresários do turismo mostrou a importância de valorizar a cultura local. Foi muito importante porque abriu o meu olhar para os artesãos. No meu hotel, cada andar tem a obra de um mestre, entre eles, dona Irinéia", conta Ana Vasco. FAMÍLIA Dona Irinéia casou-se cedo, com 19 anos, mas não deu certo porque o seu marido era violento. Aos 21 anos, separou-se. No segundo casamento encontrou a felicidade com Antônio Nunes, que estão juntos há 30 anos, sendo o seu parceiro na vida e também na arte com cerâmica. "Graças ao artesanato, hoje sou outra mulher. Reformei a minha casa, comprei geladeira. Não sei ler nem escrever, o meu marido é quem assina o meu nome nas peças. Meus nove filhos estão estudando, é o meu maior orgulho, e dois vão se formar para serem professores", revela a artista popular. Com toda a sua simplicidade, a artesã diz que ser reconhecida pelo Brasil afora a faz esquecer todo o passado sem sorte e agradece a Deus o dom de esculpir no barro, que é o seu universo. (N.L.)

TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h00 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h30

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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida A Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Poko Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Os Heróis da Praia Papo de Mãe Cultura Ponto a Ponto

TV ALAGOAS A emissora não forneceu sua programação.

Canal 3 15h00 16h00 16h30 17h00 18h00 18h30 19h00 20h00 21h00 22h30 23h00 00h45 01h45

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Stadium Assim que Funciona Expedições Ver TV De Lá pra Cá América Latina Tal Como Somos Som na Rural Conexão Roberto D'Ávila EsportVisão Arte com Sérgio Brito Cine Ibermédia Curta Brasil DOC TV

Canal 5

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TV GAZETA 05h45 07h00 07h30 08h05 09h00 09h30 12h30 13h05 13h45

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Santa Missa Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular Aventuras do Didi Os Caras de Pau Temperatura Máxima Todo Poderoso Globo Notícia

15h43 - Futebol 2010 - Campeonato Carioca: Vasco x Flamengo 18h00 - Domingão do Faustão 20h45 - Fantástico 23h10 - SOS Emergência 23h40 - Domingo Maior - Em Má Companhia 01h40 - Sessão de Gala - O Pescador de Ilusões

TV PAJUÇARA 00h00 05h25 05h55 06h45 07h15 08h00 09h00 10h00

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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kiks Ponto de Luz Alagoas da Sorte

07h00 10h30 11h00 12h00 13h00

Canal 11 11h00 11h30 12h30 17h00 20h30 00h00

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Informativo Cesmac Record Kids Tudo é Possível Domingo Espetacular Programa do Gugu Serie Heroes IURD

TV BANDEIRANTES Canal 38

13h30 15h25 15h30 18h00 20h00 21h30 22h30 23h25 23h30 00h30 01h00 03h00

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Info Brasil Caminhoneiro Rota Sertaneja Uma Escolinha Muito Louca Liga Dos Campeões Magazine Band Esporte Clube Fórmula Indy Futebol 2010 Terceiro Tempo Videonews Força Secreta Mar Sem Fim Viagem À Antártica De Olho na Copa Canal Livre Mundo Fashion Cine Band Aprendendo a Viver Vida Vitoriosa

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RECADO

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“A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de sermos como somos” Elenilson Gomes

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Holofotes ANIVERSÁRIO Neste mês de abril, a família Dória comemora os seis anos de sucesso de suas Dryclean USA Ponta Verde e Stella Maris. Para marcar a data, eles prepararam uma grande festa com mais de 20 prêmios que serão sorteados no próximo dia 30. Entre os brindes está uma TV de 32".

CARLOS MÉRO O advogado Carlos Méro voltou recentemente de uma temporada em terras estraneiras. À convite da professora da Universidade de Toulouse - Le Mirail, Cristina Duarte Simões, ele esteve em Toulouse, também conhecida como “A Cidade Rosa”. Lá, os dois trocaram figurinhas sobre o livro de contos, O Beco das Sete Facadas, escrito por Carlos. A Cristina irá ublicar, na próxima edição da Revista L'Ordinaire, um trabalho dela intitulado Carlos Méro - Un ècrivain D’Alagoas. Parabéns!

Em sua temporada fora do Brasil, a querida Cleide Méro (última à direita) encontrou seus amigos, entre eles Cristina Duarte-Simões, em Tolouse Arquivo

ESTUDO Cientistas acreditam ter encontrado a explicação para os relatos feitos por pessoas que estiveram perto da morte, de visões como uma "luz no fim do túnel" ou de imagens dos momentos vividos desfilando como um filme diante dos olhos. Segundo a equipe, que examinou as informações de 52 pacientes durante o momento de uma parada cardíaca, esses fenômenos se devem aos altos níveis de dióxodo de carbono (CO2) presentes no sangue naquele exato momento, por conta da suspensão da respiração. Será? Chico Brandão

Pessoas que praticam futebol nos momentos de lazer em boa parte de suas vidas podem estar mais protegidos contra quedas e fraturas ósseas quando chegarem à terceira idade. De acordo com os autores, aqueles que jogam futebol regularmente dos 20 aos 40 anos de idade apresentam melhor função muscular e equilíbrio aos 70 anos, além de maiores massa e densidade óssea. Em ano de Copa do Mundo, nunca é tarde para começar a praticar o esporte.

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Faça chuva ou faça sol, o destino de muitos antenados de Maceió é o restaurante Hibiscus, em Ipioca, que continua com um dos cardápios mais saborosos do Estado.

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Uma coisa pode ser facilmente comprovada, entre homens e mulheres? Ninguém nunca está satisfeito com o que tem. No visual isso fica ainda mais evidente. Essa dica vai para as mulheres que possuem o chamado quadril pesado. Evite blusas ensacadas, cintos ou faixas na altura do quadril e saias ou vestidos muito justos ou rodados. Já que nem tudo é perfeito, o jeito é disfarçar! Sem dúvida, hoje, o Famiglia Giuliano será um dos points mais movimentados da cidade. Com um cardápio de dar água na boca e que investe em carnes nobres, isso não seria diferente.

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Amanhã, a querida Vera Costa comemora mais uma virada de calendário, e vai adorar ganhar coros de parabéns. Desde já, deixamos as nossas felicitações registradas.

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Mariana e Carolina Freitas estão sempre caminhando lado a lado com as novidades da moda. Quem sai ganhando com isso são as antenadas que têm muito mais opções para escolher em sua Santa Lolla.

As amigas Cláudia Sampaio e Clodys Lages, estavam entre as que marcaram presença no niver de Lígia

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Lígia Coutinho (sentada) com suas filhas Flávia e Carla, no El Brujo, quando comemorava mais um niver na última segunda-feira

Estilosa e cheia de atitude, Beatriz Tavares Cabús será uma das aniversariantes de amanhãs, mas as felicitações começam hoje, quando ela comemora com familiares e amigos. Parabéns!

Elaine e Eliane Tenório, que ainda colecionam elogios pelo cardápio da Semana Santa, nos contaram que capricharam ainda mais no menu do almoço de hoje.

Henrique, Ana e José Dória celebram os seis anos de sua Dryclean USA Ponta Verde dando prêmios a seus clientes Chico Brandão

Amanhã, o futuro bacharel em Direito e o mais novo vereador do Brasil pelo PSC por Jaramataia e filho do empresario Clébio Barbosa celebra mais um ano de vida! Felicidades!

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Chico Brandão

Um jovem talento da terra acaba de lançar o livro O inglês das Estrelas de Hollywood (Ed. Campus Elsevier). Falo de Christiano Barretto, que analisou os filmes mais assistidos dos últimos tempos e extraiu deles o melhor das expressões idiomáticas faladas pelas estrelas.

8 Lisiana Cansanção e Fernandinho Luz também engrossaram o coro de parabéns acontecido no anexo de festas do Wanchalo

Um tratamento em quatro etapas, vem deixando as mais exigentes felizes da vida com suas madeixas. Prático e de fácil aplicação, a Keratina Progress, da Pharmapele, é rico em aminoácidos da queratina está devolvendo o brilho, a força e mantendo o grau de hidratação natural dos fios dos cabelos. O resultado? Nada de pontas duplas.

9 Modelo da nova coleção de Marthinha Medeiros: sucesso alcançado antes mesmo do lançamento, tamanho era a ansiedade dos fashionistas

Márcia de Mello Pessoa, da Mammoth, vem colcionando elogios para as criações de sua grife LAVINI

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A CHEGADA DA FINGER o último dia 30 de março, Maceió sofreu uma invasão alemã. Falo da inauguração da loja Finger, vinda de uma indústria de móveis planejados, localizada em Sarandi no Rio Grande do Sul, dirigida por descendentes de alemães e que atua há mais de 30 anos no mercado nacional. A fábrica possui padrões modernos, onde Marcelo Rosembaum, que participa do quadro Lar Doce Lar, do programa Caldeirão do Huck, possui uma linha inspirada na renda labirinto. O mérito desta novidade em Maceió é do jovem empresário Alexandre Moraes Filho, que vindo de uma família que entende muito bem do assunto, abriu as portas de sua loja, na movimentada Avenida Álvaro Calheiros. A casa está lotada por peças cheias de personalidade, que deixam os ambientes ainda mais refinados e descolados. Com um animado coquetel, a Finger teve as boas vindas que merecia. Confiram, a seguir, os cliques que o fotógrafo Sílvio Eugênio fez daquela noite.

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Os empresários Alexandre e Lucienne Moraes: orgulhosos de seu herdeiro, que já chegou agitando o mercado de móveis na cidade

Dvana, Max Tenório e Alexandre Moraes; à esquerda, Andre Tavares e Ricardo Leão Maira Palmeira com o anfitrião Alexandre Moraes Filho

FAX O nosso fax para envio de notícias: 4009-1960.

Alexandre Moraes e Ana Paula (Lumina)

Fabíola Carnaúba

Petronila, Iara Cassar e Lucienne Moraes

Cristina Gaia, Lula Pinto e Sônia Salles

Flavius Lessa, Alexandre Moraes Filho e João Pinto

O talentoso time de consultoras de Finger - Rafaela Bandeira, Raphaela Calheiros, Fabíola, Jamilly e Juliana

Maria Palmeira, Alexandre Filho, Julia Tavares e Maíra Palmeira

Alexandre Moraes Filho e Persivaldo Figueroa

Os artistas plásticos Maria Amélia e Dalton Costa

Mariana, Rosanubia e Ludogero

Gabriela Sampaio e Marta Nogueira

Fabio Farias, Andréa Farias e Paulo Sá

Roberta, Vanessa e Nair

Joana e Manuela Porto

Isadora, Alexandre Moraes e Inês Amorim

CMYK


Moda

O JORNAL JORNA L

B8

Domingo, 11 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br

MODA

Mérito para José de Alencar

O filme "Alice no País das Maravilhas" do diretor Tim Burton já virou mania no mercado de consumo. A obra já inspirou estilistas para criarem suas coleções, joalheiros e agora essa fantasia do cinema rica em detalhes, referências e cores, atraiu os olhares dos admiradores de cosméticos. Para a marca americana de esmaltes O.P.I, criou quatro cores vibrantes de esmaltes,o Off With Her Red (vermelho), Mad as a Hatter (preto com glitter colorido), Absolutely Alice (azul com glitter) e Thanks So Muchness! (vermelho cintilante).Os esmaltes já estão a venda.

No dia 26 de março o vice-presidente da República José de Alencar Gomes da Silva recebeu a Medalha do Mérito da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, na sede da entidade, em São Paulo. Nascido em Minas Gerais, empresário têxtil e fundador da Coteminas, hoje o maior grupo produtor de roupas de cama mesa e banho das Américas, Alencar, 78 anos, se emocionou ao receber a medalha das mãos do presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho. "Vejo este prêmio como uma gratidão do setor no qual militei a vida toda".

Birman já é marca própria

Esmaltes para Alice

Inovações de

Por Flávia Barros l flavia.barros@hotmail.com >>>

O Circo da Melissa

Neste mês de abril, no dia 15, a Levi`s inaugura sua mais nova franquia, desta vez, em Maceió! A marca é reconhecida mundialmente pela sua originalidade e qualidade. Criada em 1920 a Levi`s tem como lema "Tudo que eu preciso é tudo que eu tenho" e aposta em valores como: Empatia, Integridade e Coragem!

talhes metalizados As linhas da coleção - batizada de 'Melissa et Circenses' - são ousadas, com detalhes vazados, tiras e recortes anatômicos. Um dos destaques é o modelo 'Melissa Cirque', ankle boot bicolor com grandes botões. A Melissa também se inspira em Alice no País das Maravilhas e cria uma sapatilha especialmente voltada para o tema.

Inauguração da Levi`s no Maceió Shopping

Inspirada no universo lúdico do circo, nas cores vibrantes e na sensualidade irreverente dos picadeiros, a marca de calçados Melissa apresenta, para o inverno, coleção composta por 48 novos modelos. Nostalgia e espetáculo em tons de dourado, bege, preto, vermelho e azul, com apliques que remetem ao brilho que envolve este mundo, como laços, estrelas, botões, camafeus, coroas, rufos e de-

Torne-se um Mutarista O Centro Técnico Mutari realiza a primeira oficina de treinamento para profissionais de cabelo às segundas-feiras na rua José Cabral Acioli,256 Ponta Verde. Telefone para maiores esclarecimentos: 82 - 3231-1696.

Com nove unidades industriais em cinco estados brasileiros (Minas Gerais, Santa Catarina, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo) e oito fábricas no exterior (5 nos Estados Unidos, 2 no México e 1 na Argentina), a Coteminas, presidida por seu filho Josué Christiano Gomes da Silva, emprega ao todo Detentora das marcas Artex, Santista, Calfat e Garcia, a empresa adquiriu no ano passado, a rede de lojas da grife de enxovais MMartan. Em outubro de 2005, consolidou-se como um grupo multinacional, a partir da compra da empresa norte-americana Springs Industries Inc. constituindo a Springs Global Participações, em janeiro de 2006. Esta foi a primeira vez que a ABIT condecorou alguma personalidade. O objetivo da premiação é homenagear pessoas importantes para a história do País e do setor têxtil.

F I L Ó Vision

Foi inaugurada esta semana em São Paulo a 1ª loja do mundo da marca homônima do designer de calçados, vice-presidente da Arezzo e dono da Schutz, Alexandre Birman. Consagrado no Brasil e no exterior, Birman antes vendia seus produtos em lojas multimarcas nacionais de luxo e em cidades como Nova York, Paris, Hong Kong, Londres e Moscou. O sistema do estabelecimento da Oscar Freire segue a proposta dos seus sapatos: atende um público pequeno se comparado com Arezzo e Schutz, e estabelece relação personalizada e exclusiva. Já na inauguração, os convidados puderam customizar os sapatos para comprálos sob encomenda, escolhendo modelo, cor e material, entre 4 opções: píton, cetim, veludo e crocodilo. A média de preço é R$ 1180 e para cada modelo é produzido apenas um par por número. Esta possibilidade de customização será mantida, mas se engana quem pensa que basta entrar e pedir. Para comprar na loja com menos de 20m², será preciso marcar hora. Feito isto, a cliente é atendida com total exclusividade por um vendedor especializado. Se não houver uma compradora no momento, clientes em potencial e sem hora marcada são bem-vindas.

BOX FASHION

Ana Brígida

Meias pra que te quero

O Boticário inspira-se nos tesouros e nas pedras preciosas As mães são verdadeiras joias e, para prestigiálas no seu dia, o Boticário lança três versões de uma de suas mais consagradas marcas, inspiradas em pedras preciosas. Floratta Ruby, Floratta Emerald e Floratta Sapphire chegam às lojas em 19 de abril, junto com a coleção Tesouros, que trará seis itens exclusivos, ricos em detalhes, brilhos, cores e texturas. Ainda entre as novidades estão cinco estojos e acessórios para deixar a mãe mais bonita e iluminada.

Obrigada pelo imenso carinho recebido de nossas leitoras e o pedido de retorno da Coluna Filó!!! Produziremos sempre com dedicação o melhor conteúdo de imagens e textos de moda e atualidades, pra você!!!

Falar é fácil, mas há quem ainda resista ao uso das meias, fios 30,rendadas, com detalhes ou até mesmo a arrastão. Inverno as portas, já temos motivos para brincar e usar com gosto , e põe gosto nisso! Os shorts continuam como coringa, melhor, tudo que é curto é bem vindo, e com meias nem se fala. Aposte, veja qual a que melhor combina com o s e u corpo e seu estilo.

Dúvidas de Moda | anabrigida1@hotmail.com

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O JORNAL

Classificados

D1

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APTO. ALUGA ALUGA-SE suíte atrás da Casa da Indústria. R$ 350,00. Tratar: 9981-2638.

FAROL FAROL – VENDO casa com jardim, terraço, sala p/ 02 ambientes, 03 quartos sendo 01 suite, todos com armários, cozinha, dependência completa emprega, quintal, garagem, R$ 240 mil. Tr. 9351-4440 CRECI 343.

FAROL – PRÓXIMO AO COLÉGIO MONTESSORI -VENDOcasa com sala de visita, sala de jantar, 03 suítes, sendo 01 com closed, todos com armários, depósito, área de serviço, cozinha com armários, DCE, garagem. R$ 160 mil. Tr. 9351-4440 CRECI 343. JARDIM DO HORTO FAROL – VENDO casa nova, sala de estar, sala de jantar, gabinete,, hall, 04 suites, sendo 01 master com closed,copa/cozinha, despensa, área de serviço, DCE, garagem, jardim,R$ 680 mil. Facilito pagamento. Tr. 9351-4440 CRECI 343.

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VENDO casas em Jatiúca. Valores R$ 85, 250 e 140 mil. Tr.: 8868-4938/ 9612-4077/ 9113-8185/ 9326-1127. Creci: 1736

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O que faz

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Golbery Lessa, 43, graduado em História pela UFAL, Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp. Pertence ao quadro técnico do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, onde exerce o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. É membro colaborador do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capitalismo Contemporâneo, da UFAL.

Existiria uma alagoanidade?

A barba stulti discit tonsor

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Domingo, 11 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br

O texto de Golbery Lessa é significativo na medida em que apresenta sua inquietação quanto à natureza de nosso processo histórico, encontrando o atributo da alagoanidade ou aquilo que caracteriza a condição histórica do local a ponto de evidenciar a sua particularização. É um texto polêmico e, na certa, merecerá discussão. Foi produzido a partir de depoimento dado ao Grupo de Registro da Memória Alagoana, integrante do Agenda/Alagoas. Golbery é um dos representantes do que vem sendo pensado em Alagoas no campo do marxismo.

Dialética da alagoanidade (II) Fotos: Sávio de Almeida

Golbery Lessa estudo do local compromete de modo mais verdadeiro o cientista com um ponto de vista ético e revolucionário, já que o coloca contra os poderosos que lhe estão próximos. O proverbial sindicato do crime não vai querer atentar contra a vida de um pesquisador pelo fato deste defender a revolução mundial. Quanto mais “universal” for o cientista, quanto menos pesquisar a exploração do trabalho e o mandonismo no seu espaço, mais estará seguro na sua cátedra e mais facilmente garantirá sua integridade física. Os poderosos adoram o “cosmopolitismo abstrato” no interior da esquerda, gostam particularmente do marxismo acadêmico, fechado em conceitos universais, absorto em estratégias planetárias, alienado da realidade local. No doutorado refleti sobre Caio Prado Jr., o autor que mais me influenciara; fiz uma análise dos seus livros buscando uma abordagem mais detalhada e dinâmica de sua visão do país. Após conhecer a crítica de Manolo Florentino e José Fragoso, historiadores do Rio de Janeiro, a aspectos da abordagem do autor de Formação do Brasil Contemporâneo, percebi que algumas dimensões do modelo caiopradiano podem atrapalhar o entendimento do século XIX, principalmente quando o autor subestima o papel da burguesia comercial brasileira, que na verdade era uma classe mais poderosa do que os senhores de engenho e os cafeicultores. No caso alagoano, a citada subestimação nos impede de perceber, por exemplo, que o Barão de Jaraguá, José Antônio de Mendonça, o homem mais rico da Província em meados do século XIX, não extraía o grosso de sua renda do único engenho que possuía, mas do grande comércio de Jaraguá, da cobrança de juros aos latifundiários e do tráfico de escravos. Um engenho de açúcar da época proporcionava um conto de réis de lucro líquido anual e o Barão de Jaraguá teve que desembolsar 300 contos de réis na construção dos dois palacetes que possuía no centro de Maceió. Descobri que deveria ter estudado Alagoas desde o início. A teoria sobre o capitalismo brasileiro ganha mais se cada um estudar o seu Estado, a sua região, pois só dessa maneira sairemos de algumas generalizações repletas de interesses e preconceitos regionais. Essa mudança de perspectiva vem ocorrendo já há algum tempo, principalmente após a ascensão econômica de Estados que se localizam fora do Sudeste, como Bahia, Pernambuco e Ceará. Evaldo Cabral de Mello tem sido apontado como o maior historiador brasileiro vivo e sempre estudou o Nordeste, particularmente o Pernambuco colonial. Percebi a necessidade dessa mudança de perspectiva vivendo algum tempo em três pólos que disputam hegemonia ideológica e política: Recife, Campinas e Brasília. Não existe uma esquerda brasileira, existem esquerdas brasileiras, cada uma preocupada com os temas e interesses de sua própria região, mesmo que isso seja ocultado em discursos aparentemente na-

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cionais. Nunca encontrei um intelectual do Sudeste que conhecesse algo sobre Alagoas além dos preconceitos da mídia. Poderíamos assumir, também no campo da esquerda, as diferenças regionais e buscar um pacto federativo mais honesto e justo para todos. Vivemos há muito tempo a subordinação da esquerda do Nordeste e outras regiões à esquerda do Sudeste, o que reproduz as desigualdades regionais no pólo político que deveria ser a fonte da igualdade. Sempre me rebelarei contra isso, pois não sofro de Síndrome de Estocolmo na sua versão teórica e política. É uma doença básica da atual elite alagoana, uma enfermidade que ajuda a garantir seus interesses imediatos, pois auxilia a fragmentar a sociedade civil. Nunca vou aceitar, por exemplo, que o governo de Alagoas tenha colocado o nome da Sr.ª Ruth Cardoso no Centro de Convenções e Exposições de Maceió, quando este poderia se chamar Nise da Silveira, Arthur Ramos, Aurélio Buarque, Graciliano Ramos, Jorge de Lima ou Hermeto Pascoal, para falar apenas dos que são pilares da cultura brasileira. Tratar-se-ia do cúmulo do “cosmopolitismo abstrato”, uma das expressões melhor disfarçadas do provincianismo, se não fosse evidente na homenagem o interesse político imediato. Com relação às pesquisas que tenho desenvolvido sobre a sociedade alagoana, gostaria de expor as minhas principais preocupações. Primeiro ponto: é preciso um cuidado redobrado para não enveredarmos por uma abordagem teleológica da história de Alagoas. Quando passei a estudar a trajetória da indústria do açúcar fui aos poucos percebendo que a construção de uma historiografia teleológica do universo canavieiro é especialmente perniciosa, é um desserviço à cognoscibilidade. Se a trágica realidade do mundo da cana for pensada somente como um sistema sociológico ou de economia política, acaba se fechando sobre si mesma, escondendo o devir. Se o historiador quer abrir o presente para um futuro melhor, tem que abrir o passado, precisa perceber as bifurcações que o passado comportou, se não cai em graves anacronismos e numa atitude política conservadora, mesmo se esta vier encoberta por um esquerdismo abstrato. Para fugir de uma abordagem teleológica, passei a pesquisar o que tinha acontecido nas fábricas têxteis e a questionar a hegemonia da cana em vários momentos da história local. Descobri, por exemplo, que entre a terceira e a quinta décadas do século XX se plantava mais hectares de algodão do que de cana em Alagoas. Encontrei nos censos industriais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dados reveladores de que a indústria têxtil era mais importante do que a indústria açucareira naquele período. Comecei a refletir sobre os motivos de ninguém ter notado a importância daqueles dados tão claros e de tão fácil acesso. Procurei seguir dicas de autores como o historiador Douglas Apratto na sua discussão sobre as ferrovias, as bifurcações políticas do início do século XX e as positividades dos trabalhistas alagoanos.

O mesmo leste e visões tão diferentes

A tragédia do populismo em Alagoas, de Douglas Apratto: um dos livros mais corajosos da historiografia local Em uma sociedade civil dominada pelo liberalismo conservador, Douglas Apratto escreveu A Tragédia do Populismo em Alagoas, um dos livros mais corajosos da historiografia local, reabilitando a imagem de Muniz Falcão e abrindo uma ampla vereda para a compreensão do universo político alagoano da segunda metade do século XX. (Cf. Apratto, Douglas. Capitalismo e Ferrovias no Brasil. 2 ed. Curitiba: HD Livros, 1996; A Metamorfose das Oligarquias. Curitiba: HD Livros, 1997; A Tragédia do Populismo em Alagoas: o impeachment de Muniz Falcão. 2 ed. Maceió: Edufal, 2007). Os historiadores Luis Sávio de Almeida e Dirceu Lindoso foram as influências decisivas. Os dois lutam para manter a esquerda alagoana com os pés no chão, para deixá-la em contato com o pedaço do capitalismo planetário contra o qual lhe é permitido lutar. Fazem isso com grande capacidade de pesquisa, criatividade teórica e renúncia pessoal a fatias de poder acadêmico. Com os dois aprendi a não ter vergonha de tratar Alagoas como um objeto tão nobre e relevante quanto a Comuna de Paris. Não há espaço nesse pequeno texto para a citação das várias teses dos dois que incorporo na minha abordagem, inclusive no que se refere às questões essenciais. A dívida que a nova geração tem com eles é impagável.

Nos caminhos abertos pela geração anterior cheguei até os operários têxteis. Suas narrativas levaram-me a documentos que compravam seu decisivo peso político até meados da década de 1960, o que não havia sido tratado por outros pesquisadores. Os contatos com os historiadores Geraldo Majella e Osvaldo Maciel, sérios pesquisadores da história do movimento socialista e da classe trabalhadora, foram importantes para a percepção de que o decisivo papel dos operários têxteis era um índice do peso político dos comunistas, aspecto também negligenciado pela historiografia alagoana tradicional. Em 1947, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi a agremiação que obteve a maior votação para deputado estadual em Maceió; venceu na Primeira Zona e perdeu por pouco na Segunda Zona. É comum se falar dos três deputados “vermelhos” eleitos naquele ano, contudo nunca se analisa a geografia do voto comunista. Os comunistas eram a força ascendente nos núcleos políticos mais importantes da época: a capital e as cidades operárias. O sufrágio rural era numericamente menos importante porque os analfabetos não votavam; as cidades comerciais, industriais e operárias possuíam uma super-representação política. Os dados do Diário Oficial do Estado de Alagoas demonstram

que os operários têxteis com título de eleitor representavam, em 1947, cerca de quinze por cento do eleitorado e poderiam representar ainda mais, posteriormente, se as campanhas de alfabetização do PCB não tivessem sido atrapalhadas pela repressão que recomeçaria a partir do governo Silvestre Péricles. MEMÓRIA - Em 2008, aprofundei o estudo sobre a indústria têxtil por meio de um projeto de história oral denominado Trama da Memória, Tecitura do Tempo: registro da memória e da iconografia das famílias de tradição operária têxtil residentes no bairro de Fernão Velho, Maceió-Al, patrocinado pela Petrobras, com o apoio do Ministério da Cultura (Minc) e da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal). Os documentos primários, as entrevistas com os operários aposentados e as teses de Dirceu Lindoso sobre a modernidade em Alagoas (Cf. Lindoso, Dirceu. Interpretação da Província: estudo da cultura alagoana. Maceió: Edufal, 2007.) ajudaram-me a perceber que houve importantes bifurcações na história alagoana do século XX. Em Alagoas os capitais das primeiras e mais importantes usinas vieram de firmas estrangeiras e do comércio de Jaraguá e não dos senhores de engenho. As unidades erigidas por grupos de senhores de

engenho terminaram falindo por escassez de capital e ausência do ethos capitalista adequado. Em Pernambuco o caminho foi diferente, houve uma maciça doação por parte do governo do Estado (por meio de empréstimos subsidiados e perdão de dívidas) de capitais para que os maiores senhores de engenho fundassem usinas (Cf. Perruci, Gabriel. A República das Usinas: um estudo de história social e econômica do Nordeste, 1889-1930. RJ: Paz e Terra, 1978; Eisenberg, P. L. Modernização sem Mudança: a indústria açucareira em Pernambuco, 1840-1910. RJ: Paz e Terra Unicamp, 1977; Andrade, Manuel Correia de. Usinas e destilarias das Alagoas. Maceió: Edufal, 1997). A constatação da origem comercial dos capitais das primeiras usinas rompe a exagerada continuidade histórica que a tese canavieira clássica advoga para Alagoas. Após recuar a prospecção percebi que também no século XIX foram vários os caminhos possíveis. Por exemplo, o algodão foi mais importante do que os engenhos de açúcar durante a primeira metade do século XIX e mesmo em momentos posteriores, o que está documentado em relação a outros Estados pela melhor historiografia brasileira (Cf. Mello, Evaldo Cabral de. Rubro Veio: o imaginário da restauração pernambucana. RJ: Topbooks, 1997). Se fi-

zermos levarmos em conta a geográfica, contataremos que no Agreste e no Sertão a cana-de-açúcar foi um fenômeno residual, com exceção das áreas correspondentes as atuais cidades de Água Branca e Mata Grande. A história alagoana como a repetição secular do latifúndio canavieiro é apenas um mito, foi inventada por Manuel Diegues Jr. em O Bangüê das Alagoas, livro bastante influenciado por Gilberto Freire, que faz seu prefácio, e também por Caio Prado Jr. A tese canavieira também recebeu aportes da esquerda, na maioria provenientes da teoria caiopradiana, mas também das obras de Alberto Passos Guimarães, grande pensador alagoano da questão agrária no Brasil, e de Nelson Werneck Sodré. Esquerda e direita, mesmo partindo de valores antípodas, juntaram-se para criar o mito da história alagoana com idêntica à trajetória do latifúndio canavieiro. Entretanto é importante sublinhar que a historiografia alagoana clássica não corrobora essa tese canavieira, que esteve sempre mais presente nos discursos sociológico, antropológico, jornalístico, burocrático e político do que na fala dos historiadores. A rigor, é impossível fazer historiografia corroborando aquela famosa tese, já que ela obriga o pesquisador a esquecer fontes e dados empíricos fundamentais, impõe uma espécie de haraquiri historiográfico.

“Temos que ler muito bem os clássicos da historiografia alagoana” A historiografia é fundamental para entender Alagoas. Existe espaço para antropologia e para a sociologia, mas a historiografia é a chave para compreender essa terra porque é na história onde vamos encontrar as bifurcações e a complexidade do entrelaçamento entre o tempo objetivo natural, o tempo objetivo social e o tempo subjetivo. Encontramos o homem no seu devir e não como objeto paralisado; vemos o ser humano ativo e não amarrado em “estruturas” lingüísticas inconscientes e imutáveis, deparamonos com um ser capaz de modificar sua existência e construir um futuro que está sendo disputado pelos vários grupos sociais. A antropologia tem muito a dizer sobre a identidade quilombola e a identidade indígena em Alagoas, bem como sobre outras comunidades tradicionais, mas é preciso reconhecer que seu método e seus conceitos colocam limites para as suas contribuições relativas ao tema da identidade alagoana. As identidades regionais em sociedades modernas, que impõem os conceitos de estado, classe social e economia capitalista terminam por inviabilizar a uma abordagem antropológica. É infértil uma tendência que assistimos de trazer a antropologia para os objetos tradicionais da sociologia, da ciência política e da historiografia. Não podemos aplicar os mesmos conceitos usados para entender os ianomâmis num estudo sobre o papel do operariado na política eleitoral alagoana dos anos 1950. Precisa haver um diálogo e não uma luta entre historiografia e antropologia alagoanas, como demonstraram em suas obras Luís Sávio de Almeida e Dirceu Lindoso. Segundo ponto: pode-se explicar a história de Alagoas como um caso radicalmente atrasado de capitalismo, como um exemplo de via colonial de desenvolvimento capitalista. Isso é um avanço, mas ainda não resolve o problema, é apenas o início da trajetória. Nesse grau de abstração, identificamos Alagoas com o Brasil e outras nações, como o México e a Argentina. O capitalismo é “desigual e combinado” também no interior de cada país. Precisamos sublinhar que Alagoas passou a localizar-se, após determinado momento do século XIX, numa das partes atrasadas do atrasado capitalismo brasileiro, ou seja, no Nordeste. O passo seguinte é nos aproximarmos ainda mais de Alagoas e percebermos as suas singularidades em relação aos Estados nordestinos e de outras regiões retardatárias. Por fim, é necessário estu-

darmos as diferenças de desenvolvimento das sub-regiões alagoanas e suas mútuas relações, bem como refletir sobre como os vários níveis que estamos sublinhando interligam-se e determinam-se mutuamente. A teoria sobre o capitalismo periférico é fundamental, mas temos que ir além; precisamos sair loucos em busca de singularidades. Temos que ler muito bem os clássicos da historiografia alagoana, respeitar esses clássicos, aprender tudo o que eles nos ensinaram e ir além à busca das singularidades de cada época da trajetória quase sempre trágica que tivemos. O pulo do gato para entender Alagoas seria esse: usar a teoria das vias particulares de desenvolvimento capitalista de maneira radical, ou seja, identificar as várias dimensões singulares e universais presentes em Alagoas e percebê-las na sua fluidez por meio da comparação com várias formações sociais parecidas. Por exemplo: as usinas começaram a suceder os engenhos em Pernambuco e Alagoas no final do século XIX, isso revela uma identidade entre os dois Estados no que se refere à forma econômica de introdução do assalariamento e da maquinaria no setor canavieiro, contudo, como já afirmamos, a origem dos capitais nos dois casos foi bastante diferente, o que tem implicações econômicas, sociais e políticas relevantes. Terceiro ponto: quando falamos de alagoanidade não devemos pensar em termos de um “espírito do povo” ou de outro conceito metafísico, devemos falar das especificidades e das universalidades da formação social alagoana. Como numa formação social há vários subsistemas, a dificuldade para definir alagoanidade é, entre outras, a dificuldade para desvelar a natureza dos vários subsistemas que constituem Alagoas e as suas inter-relações necessárias. Se quisermos falar da alagoanidade na música, temos que conhecer profundamente a história da música alagoana, da música nordestina e brasileira para percebermos as singularidades de cada uma dela; só assim se pode descobrir, por exemplo, se o frevo em Alagoas tem um andamento diferente do frevo pernambucano, se o maracatu alagoano, quando existiu, tinha singularidades rítmicas em relação ao maracatu de outros Estados. Isso também vale para a economia e a política. Será que existem especificidades na economia alagoana? É claro que existem, mas é necessário demonstrálas, não basta falar truísmos sobre o latifúndio canavieiro.


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Rosinha

Roseane Cavalcante de Freitas

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Não segui todos os meus planos, mas segui os planos que Deus traçou para mim; e este foi o melhor caminho".

Com muito bom humor, Roseane Cavalcante de Freitas explica que a felicidade é algo precioso e está dentro de cada ser humano, independentemente do seu status social ou de sua condição física. Roseane, conhecida como Rosinha da Adefal, é uma pessoa de bem com a vida. Mas ela conquistou essa condição com muita luta, vontade e alegria de viver. Aos 37 anos, "muito bem vividos", como gosta de salientar, Rosinha diz que o que mais gosta de fazer é acordar cedo e ir trabalhar. Com muito entusiasmo, fala um pouco de sua infância. Com apenas 2 anos de idade, ela ficou paralítica devido à doença de Poliomielite. Mesmo assim, com uma família adorável, que preencheu suas necessidades de carinho e atenção, Rosinha era a menina da mamãe e vivia cercada de carinho e cuidado, apesar de sua família ter poucos recursos financeiros. "Tive uma infância muito feliz, o que me permitiu abrir novos horizontes, observar e perceber a vida além dos meus limites físicos". Rosinha ressalta que, mesmo com esses limites, ela nunca deixou de brincar de correr, casinha, boneca, e de praticar esportes. E, foi através do esporte que foi descoberta pelo saudoso Lourival, um dos fundadores da Associação Alagoana dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal). Com 13 anos de idade, Rosinha foi participar da Adefal como integrante. Exímia nadadora, ela se destacou logo cedo e chegou a ganhar muitos campeonatos de natação. O destaque foi tão grande que foi premiada como a campeã brasileira de natação, um título exemplar para Rosinha. Entre tantos apren-

dizados, ela lembra muito de um dos seus maiores incentivadores, Gerônimo. "Seu falecimento foi uma grande perda, pois era um homem que lutava pelas causas populares, com o falecimento dele, nos sentimos órfãos", lamenta. Segundo Rosinha, Gerônimo era um visionário, pois, mesmo com sua deficiência, ele realizava proezas, conseguia desenhar, planejar e orientar a muitas pessoas, sendo um estrategista nato, sabia lutar pelos direitos dos deficientes. "Nós percebíamos que era necessário alguém com as nossas necessidades especiais junto ao poder público para abrir portas e lutar pelo direito à cidadania, seja dos deficientes ou mesmo das pessoas normais", observa. Além de acordar cedo, Rosinha gosta de ler, com destaque para os romances e leitura bíblica. Evangélica, Rosinha se sente muito feliz e acredita que todos os planos para ela foram traçados por Deus, o maior e benevolente. "Tudo o que de maravilhoso aconteceu na minha vida veio de Deus, pois eu não tracei nenhum plano, mas segui todos os seus conselhos. Assim descobri que estou no melhor caminho", adverte ela, explicando que esse é o caminho da felicidade. A cultura de paz é também uma de suas bandeiras, onde esse lema, segundo Rosinha, é um caminho que, se a humanidade seguir, conseguirá vencer seus males. "Com a paz, a humanidade vai caminhar de forma diferente; a sensibilização é importante para todos, pois, para modificar a sociedade, é preciso trabalharmos com dois órgãos: o cérebro e o coração. O primeiro, pela consciência; o segundo, pela sensibilidade", filosofa. Entre seus planos para o futuro está o casamento, após seis anos de namoro. Rosinha ficou noiva há dois anos e está muito feliz e realizada. "Sou como toda mulher vaidosa e gosto de estar sempre bem cuidada", explica. Como conselho às mulheres, Rosinha diz para não levar preocupações para a cama, mas dormir tranquilamente, sem perder noites de sono. Entre seus filmes prediletos estão os de ação e comédias românticas. Na Gastronomia, ela destaca os dons familiares. "Aprecio a lasanha da mainha, feijoada do painho e o baião de dois do meu noivo", ressalta. A dificuldade de encontrar roupas adequadas é apenas mais um detalhe na vida dessa mulher batalhadora. Na sua trajetória de lutas, ela explica os complexos que teve na adolescência, mas tudo isso mudou. Rosinha buscou ir além de seus limites, e seu poder de superação foi ao auge quando foi a única candidata aprovada no concurso do Tribunal Regional do Trabalho em Alagoas (TRT-AL). "Éramos 30 candidatos, e, somente eu fui aprovada no primeiro concurso que teve para deficientes do TRT-AL". Após aprovação no concurso, Rosinha decidiu prestar mais um vestibular para Direito no Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac) no mês de julho. Quanto ao primeiro vestibular para Direito, ela teve que trancar a matrícula, pois não tinha recursos para bancar sua faculdade. Mesmo assim, Rosinha não desistiu. Muito pelo contrário, indo à luta e já concursada, ela decidiu ingressar na fac-

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uldade. Anteriormente tinha prestado vestibular para Medicina, mas não conseguiu ser aprovada. Ir à luta, esse sempre foi seu lema, ao invés de ficar esperando o tempo passar. É possível dizer que Rosinha fez acontecer e, já sendo membro da Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físicos (Onedef), ela conseguiu seu lugar ao sol. Mesmo no TRT-AL obteve cargos de chefia que lhe deram destaque como uma mulher que tem liderança e não desiste nas dificuldades. "A luta faz parte, bem como a alegria e as tristezas. Agradeço a Deus pela família maravilhosa que tenho e as pessoas que me cercam; ressalto também a alegria e a crença em Deus como uma filosofia de vida, que nos dá força, coragem e ação. Com certeza uma receita de felicidade", disse.

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Serviço: S.C.A. Maceió | Av. Alameda Álvaro Calheiro, 1120 | Mangabeiras | Fone: (82) 3235-1702 | www.sca.com.br

Soluções bem aplicadas e inovadoras fazem o diferencial tão almejado em um ambiente de cozinha. Este projeto da S.C.A. Maceió transmite requinte em um projeto marcado pela contemporaneidade, acabamentos combinados de forma harmônica e planejamento interno impecável. A cozinha, logo de cara, transmite sofisticação e segue a linha de tons escurecidos com predominância do Cioccolata Legno, um madeirado que se aproxima do tom chocolate com veios suaves. Na bancada de trabalho, o grande tampo em

aço escovado, moderno e com alto poder de assepsia foi a escolha acertada. Ali, o gourmet prepara as refeições com acesso facilitado ao que precisa. A cuba em bloco de mármore Travertino Romano bruto é belíssima e funcional. Os gavetões aproveitam o inferior da bancada para organizar mantimentos, e o acabamento das frentes, em vidro Argentato Bronze com perfil de alumínio, cumpre muito bem o papel de estar em sintonia com o restante do ambiente.

EDITORA DE JORNAIS DE ALAGOAS LTDA www.ojornal-al.com.br ojornal@ojornal-al.com.br / veiculos@ojornal-al.com.br Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br Editor-Geral Deraldo Francisco deraldo@ojornal-al.com.br Diretora Comercial Eliane Pereira comercial@ojornal-al.com.br

Editor Igor Pereira igor93279039@hotmail.com salavip@ojornal-al.com.br Colaboradora editorial Jakeline Siqueira

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Espaço-Gourmet Natural da cidade de Lambari, o mineiro Thiago Maia veio para Maceió com 2 anos de idade e adotou Alagoas como sua terra natal. Após se formar em Administração Hoteleira na Faculdade de Alagoas (FAL), ele pensava em trabalhar no setor de alimentos e bebidas, mais precisamente com a gestão do negócio. Mas, ao viajar para aperfeiçoamentos e cursos, descobriu sua verdadeira paixão: a Gastronomia. "Sou muito feliz com o que faço. Sinto-me privilegiado porque faço o que me dá prazer", salienta. Pós-graduado em Gestão em Gastronomia, pela Castelli Escola Superior de

Hotelaria, no Rio Grande do Sul, Thiago teve oportunidade de trabalhar com os melhores chefs, com nomes de destaque, a exemplo de Bel Coelho, Laurent Sudeau, Alex Atala e Claude Troisgros. Na época, participou de muitos eventos, inclusive na Casa Caras de Gramado e na Mostra Nacional Zero Hora de Gastronomia. Desde então, sua trajetória foi percorrer o mundo em busca de aperfeiçoamento e novos sabores. Chegou a trabalhar como “garde mangé” em São Paulo, depois foi para a Austrália, trabalhou em uma famosa churrascaria em Sidney, foi proprietário do melhor bistrô brasileiro da localidade, o Tast of Brazil.

Após alguns anos, decidiu conhecer a Ásia e trabalhou na Tailândia, Laos e Vietnã. Atualmente, o chef se diz um apaixonado pela culinária asiática. "Gosto do sabor intenso", enfatiza. Eclético, Thiago Maia explica que está sempre inovando o cardápio, onde o ponto forte é a cozinha contemporânea. Proprietário do Restaurante Four, o chef ensina a receita que é uma especiaria francesa: o Foie Gras - prato considerado uma entrada de primeira para os paladares mais exigentes. O Foie Gras tem status de iguaria gastronômica desde o antigo Egito, onde era a comida preferida dos faraós.

Chef Thiago Maia

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Ingredientes: - 1 pêra - 140 gramas de Foit Gras - Um pouco de mel - Redução de aceto balsâmico (vinagre) - Flôr de sal (sal especial)

Modo de preparo: Corte o Foie Gras em escalope (fatias). Em uma frigideira quente, grelha-se dos dois lados e põe a flor de sal. Em outra frigideira, grelha-se a pêra em fatias dos dois lados e depois acrescenta o mel. A redução é feita colocando o aceto balsâmico numa frigideira em fogo baixo e deixando reduzir a 1/3. Depois monta-se o prato e serve como entrada.

POR QUE DAR PANELAS PARA SUA MÃE Panelas sempre foram e sempre serão uma excelente opção de presente para o Dia das Mães. Motivos não faltam: são úteis, práticas, duráveis e sofisticadas, proporcionando soluções com alta tecnologia e inovação para o dia-a-dia de qualquer mulher. Líderes no mercado, as marcas Panex e Rochedo lançam nesse dia das mães produtos para atender à necessidade de cada uma, independentemente do perfil dela. A linha Panex Duetto, com exclusivo e i-

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Em Voga

Coleção Outono/Inverno da RENNER

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O Sala Vip agradece a colaboração da Mega Model (Ari Barroso), de Jr. Gavazzi - Hair Style, dos produtores Rodrigo e Denyse Fernandes, das Lojas Renner e da modelo Ysley Daltro

Esta e outras coleções você irá encontrar na nova loja da RENNER. Aqui mesmo em Maceió! 01 - Blusa Less Blue Steel: R$ 25,90; Saia Chiff Blue Steel: R$ 59,90; Cinto Elas Accessories: R$ 35,90; Sandália Satinato: R$ 119,00. 02 - Jaqueta Bi Blue Steel: R$ 99,90; Blusa Ref Bluee Steel: R$ 39,90; Calça Skin Blue Steel: R$ 79,90. 03 - Vestido Re Bluee Steel: 79,90; Bolsa Sint Maefinno: R$ 99,90. 04 - Blusa Bale Just Be: R$ 35,90; Colar RK Preto: R$ 9,90; Macacão Saruel Liga Light: R$ 38,50.

SCALA Mais uma loja é inaugurada em Maceió A SCALA inovou no design de suas lojas, com um conceito minimalista de arquitetura e exposição. A mudança gera maior visibilidade e facilita a demonstração dos modelos da marca, destacando, com isso, a beleza e a qualidade dos produtos. O novo projeto segue tendências internacionais. Traz novidades desde o piso que foi confeccionado com placas de concreto 1x1m que ampliam a sensação espacial, nas paredes um tom escuro que, misturado aos revestimentos de madeira, dá ao ambiente um clima mais clean e aconchegante. Para a vitrine, letreiros e caixa, a proposta utilizada foi o

posicionamento estratégico dos elementos. O projeto luminotécnico, um dos pontos altos do novo conceito, utiliza lâmpadas com alto índice de reprodução de cores, maior durabilidade e emissão de calor, agregando o índice de energia exato para facilitar a visualização dos clientes, através de sancas e luzes indiretas. Essa diminuição proposital do consumo de energia, além de fazer bem ao meio ambiente, gera um custo menor ao franqueado.

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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com

DUELO TÁTICO EM SÃO PAULO O Santos tem uma excelente oportunidade para demonstrar seu poder de fogo. O Peixe pega hoje o São Paulo num duelo que já pode ser considerado a decisão antecipada do Paulista. A dúvida em relação ao jogo é sobre a formação tática do time alvinegro. O técnico Dorival Júnior acenou com a possibilidade de rever a escalação titular para não deixar o sistema defensivo tão exposto. Contra o Palmeiras, por exemplo, a máquina de fazer gols funcionou, mas a zaga tomou quatro e o time perdeu o jogo. O treinador quer usar essa partida como lição para os desafios mais complicados que estão por vir. Na década de 60, a melhor defesa era realmente o ataque. Os times jogavam muito abertos e, como a marcação não era privilegiada, eram normais os placares elásticos. Atualmente, no futebol marcado pela força, é difícil assistir a espetáculos como os apresentados pelo Peixe ao longo da primeira fase do Campeonato Estadual, mas a eficácia desse estilo é colocada em xeque até pelo próprio treinador da equipe. O São Paulo, que deu uma encorpada nas últimas partidas do Paulistão e da Libertadores, é um adversário que pode equilibrar as forças com o Santos, mas vai precisar jogar com inteligência nesta tarde, às 16h, no Morumbi. A ordem de Ricardo Gomes é neutralizar a criação alvinegra, que sai dos pés de Marquinhos e, principalmente, de Paulo Henrique Ganso. Na frente, veremos se Dorival vai insistir em manter três atacantes, Neymar, Robinho e André, ou vai tirar o último para colocar um volante que ajude Arouca a marcar. No Tricolor, o meia Marlos vive um momento especial e precisa ser vigiado de perto. O São Paulo espera que sua defesa suporte a habilidade e a velocidade do ataque santista para que o time possa contra-golpear com muita velocidade, explorando o lateral Júnior César e o atacante Dagoberto. Como referência na área, Washington não tem muita habilidade, mas na costuma perdoar os goleiros. Esse vai ser, sem dúvida, o melhor jogo do fim de semana no Brasil.

Não tenho medo Fifa diz que nenhuma ameaça de ataque terrorista vai impedir a realização da Copa na África do Sul

NORDESTÃO E A COPA O Nordestão vai voltar dividindo os holofotes na região com a Copa do Mundo. A competição foi viabilizada neste mês justamente porque os campeonatos nacionais param durante o Mundial, mas os clubes precisam fazer um bom trabalho de marketing para o Regional não ser esvaziado. A CBF deu corda aos dirigentes da Liga pagando para ver como o campeonato vai crescer. O que os dirigentes não podem fazer é colocar times reservas ou mistos na disputa.

Jogo entre EUA e Inglaterra, de Rooney, foi ameaçado pelo Al Qaeda

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse na sextafeira que nenhuma ameaça impedirá a realização da Copa do Mundo deste ano na África do Sul. Arede de televisão americana “CBS” informou na quinta-feira que a rede terrorista Al Qaeda ameaçou cometer atentados em diferentes países durante o Mundial, entre eles Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha e Itália. “Não é porque recebemos uma ameaça que vamos deixar de disputar a Copa na África do Sul ou em qualquer outro país”, afirmou Valcke em Soweto, no sudoeste de Johanesburgo, durante a apresentação de uma das únicas 11 bilheterias que serão abertas em 11 cidades sul-africanas para a venda de ingressos da Copa do Mundo em mãos. O secretário-geral da Fifa relatou que sabia da ameaça da Al Qaeda e que a entidade não está trabalhando apenas com os países participantes, “mas com todos que possam ajudar a evitar atentados”. “Estamos trabalhando com esta ameaça em nível ministerial e com as agências de segurança de todo o mundo para garantir que nada aconteça na África do Sul”, disse.

BENEFICIADOS CSA e Sergipe foram os grandes beneficiados pela volta do Nordestão. Dois times de muita tradição na região, eles estão em baixa e precisam de recursos e de montar bons times para despertarem suas torcidas. Carentes de jogos, os azulinos vão lotar os estádios nas partidas da equipe. Esperamos que em junho, quando a competição vai começar, o Rei Pelé já esteja pronto para receber a massa.

CURTO-CIRCUITO A partir de agora, o CSA precisa esquecer amistosos contra seleções amadoras para retomar seus projetos e montar um time forte para a Copa do Nordeste. A diretoria do CRB também precisa traçar planos mais ousados para o time. Com recursos do Nordestão, é possível investir mais na equipe que vai disputar o Regional e a Série C.

Mundial terá transmissão em 3D Em parceria com a Sony, a Fifa anunciou que vai utilizar a tecnologia em 3D para a transmissão de 25 jogos da Copa do Mundo da África do Sul. A informação foi divulgada na quinta-feira em coletiva de imprensa em Londres, na Inglaterra. Esse sistema começou a fazer sucesso com o lançamento do filme “Avatar”. Entre as partidas que estarão disponíveis para quem possuir uma TV com tecnologia 3D, todas do Brasil na primeira fase do Mundial estão na

lista. Mas a Fifa também vai realizar eventos para mostrar a novidade em 26 países e muitas cidades do mundo, como o Rio de Janeiro. O sistema já será utilizado na abertura da Copa, entre África do Sul e México, no estádio Soccer City, em Joanesburgo. A tecnologia terá mais facilidade para realizar as transmissões em 3D serão os estádios: Ellis Park (Johanesburgo), Green Point (Cidade do Cabo), Moses Mabhida (Durban) e Nelson Mandela Bay (Porto Elizabeth).

Sete câmeras especiais são utilizadas nessas arenas para a realização dos trabalhos, segundo os responsáveis pelo sistema. O primeiro evento esportivo da história a ser transmitido em 3D, foi o clássico entre Arsenal e Manchester, no último dia 31 de janeiro, pelo Campeonato Inglês. Aqui no Brasil, o mesmo foi repetido durante os desfiles das escolas de samba do Rio de janeiro. Alguns aparelhos instalados na Marquês de Sapucaí utilizaram o sistema.


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Dia de paredão Quem perder hoje o clássico entre Flamengo e Vasco vai ser eliminado do Carioca Embora finja não levar tanto em consideração o desgaste do rival, o Vasco se programa para superá-lo na semifinal da Taça Rio, hoje, às 16h, no Maracanã, na base da correria e dos chutes de fora da área, características marcantes do grupo, que, mais do que nunca, serão postas à prova. Tudo por conta do duro duelo que o Flamengo encarou na quinta-feira, pela Libertadores. Na Colina, em contrapartida, o dia foi de mais descanso do que atividades. Aesperança é a de que os comandados de Andrade não suportem o ritmo, sobretudo a partir do segundo tempo. “Trabalhamos com essa possibilidade, mas sabemos que o time deles é bem preparado para essa rotina. Creio em um jogo dinâmico, no qual a velocidade para ganhar espaços será importante para que exploremos primeiro os erros do rival”, opinou o lateral Fagner, que terá seu aproveitamento definido no coletivo desta tarde, em São Januário, e tem Élder Granja como outra opção. O próprio jogador conta com a outra característica que tem marcado a evolução do Vasco sob nova direção: não temer arriscar. Afinal, são nove gols de longe no ano, número maior que os dos outros semifinalistas. “Temos Léo Gago e Dodô, que chutam muito bem. Vou tentar arriscar também quando houver espaço, porque sou fominha. Até aposto com Paulinho e com Magno nos treinos”, ressaltou Fagner, que, contra o Duque de Caxias, fez um golaço. Outra aposta do técnico Gaúcho deverá ser Márcio Careca, destaque nos testes físicos, e que costuma imprimir a correria por seu setor. “Sempre tive essa característica. E vamos com tudo para descansar só no intervalo para a Copa. Se mantivermos a postura dos últimos jogos, com todo o respeito a eles, será difícil nos bater”, acredita o camisa 15.

Love é o artilheiro do Campeonato Carioca

AGENDA DE HOJE

Phillipe Coutinho é a esperança do Vasco

Campeonato Inglês 08h00 Wolverhampton x Stoke City 09h30 Blackburn Rovers x Manchester United 11h00 Liverpool x Fulham 12h00 Manchester City x Birmingham Campeonato Italiano 10h00 Roma x Atalanta 10h00 Siena x Bari 10h00 Juventus x Cagliari 10h00 Milan x Catania 10h00 Palermo x Chievo Verona 10h00 Bologna x Lazio 10h00 Livorno x Udinese 15h45 Sampdoria x Genoa Campeonato Espanhol

GUIA DO TORCEDOR FLAMENGO – Bruno, Leanardo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim; Toró, Williams, Michael e Vinícius Pacheco; Vágner Love e Bruno Mezenga (Adriano). Técnico: Andrade.

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VASCO – Fernando Prass, Fagner, Thiago Martinelli, Titi e Márcio Careca; Paulinho, Léo Gago, Souza e Philippe Coutinho; Carlos Alberto e Dodô. Técnico: Gaúcho.

12h00 La Coruña x Racing Santander 12h00 Athletic Bilbao x Almería 12h00 Osasuna x Zaragoza 14h00 Espanyol x Atlético de Madri 16h00 Mallorca x Valencia

QUANDO: hoje, às 16h / ONDE: Maracanã Campeonato Cearense 16h00 Ceará x Crato

Fla espera contar com Adriano O departamento médico do Flamengo corre contra o tempo para colocar o Imperador Adriano em condições de enfrentar o Vasco, hoje, às 16h, no Maracanã. A situação não é simples, já que o atacante sofre com uma contratura na região lombar e possivelmente não terá tempo de se recuperar para a partida. Adriano vem realizando trabalhos leves de fisioterapia e musculação. As dores lombares incomodam consideravelmente, mas os médicos do clube tentarão recuperá-lo. Sexta, o jogador chegou

a participar do coletivo disputado pelos reservas. Caso o Imperador seja vetado novamente, o técnico Andrade deve optar pela permanência de Michael na equipe e a escalação de Bruno Mezenga no ataque. Vinícius Pacheco ou Kleberson podem sair da equipe. ELOGIOS - Um dos melhores jogadores do Flamengo no empate com a La U , Michael pode estar bem perto de conseguir uma vaga definitiva no time titular. Quem atesta é Andrade. “Ele foi muito bem con-

tra o Friburguense e já venho o observando há algum tempo. Ganhamos mais um jogador. Quem sabe daqui para a frente ele não ganhe uma oportunidade? elogiou o treinador rubro-negro. Andrade também comentou sobre o desejo da torcida, que em todo jogo pede em coro a presença de Petkovic. “Pet é ídolo, tem certa idade e está discutindo um novo contrato. Ele jogou em Caracas, contra o Botafogo e o Tigres. Se voltar a jogar o mesmo que no ano passado, voltará ao lugar dele”.

Campeonato Pernambucano 16h00 Salgueiro x Cabense 16h00 Porto-PE x Náutico 16h00 Vera Cruz x Vitória-PE 16h00 Sport x Sete de Setembro 16h00 Araripina x Santa Cruz-PE Campeonato Paulista 16h00 São Paulo x Santos 18h30 Grêmio Prudente x Santo André Campeonato Mineiro 16h00 Ipatinga-MG x Cruzeiro Campeonato Estadual do Rio 16h00 Flamengo x Vasco Campeonato Baiano 16h00 Camaçari x Vitória 16h00 Bahia de Feira x Bahia


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Vem aí o Nordestão! Confirmados no Regional, CRB e CSA têm o calendário preenchido até o final desta temporda Luciano Milano

AL, Ceará-CE e Fortaleza-CE, Treze e Botafogo-PB. Segundo o regulamento da Copa, nas O noticiário esportivo foi movimentado duas primeiras fases os 16 clubes se enna semana que passou com a boa notícia do frentam em jogos de ida e volta. Passa de retorno da Copa do Nordeste. Depois de fase quem obtiver vantagem nos placares uma reunião entre o presidente da Liga do somados. Já as semifinais e finais da comNordeste Eduardo Rocha com o presidente petição serão disputadas em uma única partida. Ainda de acordo com da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o texto do regulamento, nenRicardo Teixeira, no Rio de Janeiro, ficou hum time entra com vantagem definido que a competição na semifinal e na final, regras volta a ser disputada a partir do diferentes da última edição de dia 9 de junho, paralelamente 2003, quando o Vitória sagrouaos jogos da Copa do Mundo se campeão em dois jogos conna África. A final está prevista CRB estreia tra o Fluminense de Feira. Já o para 1º de dezembro. A Copa contra o último colocado da Copa do será reeditada após sete anos de Nordeste será eliminado e abre interrupção. Santa Cruz vaga para outro do mesmo A última edição foi dise o CSA Estado. putada em 2003, com o Vitória pega o "É motivo de alegria poda Bahia sagrando-se campeão. dermos anunciar o retorno da Alagoas será representada por Fortaleza Copa do Nordeste já para 2010. CSA e CRB. O Corinthians, Vivemos uma expectativa campeão da seletiva em 2002, enorme durante todo esse ficou fora da tabela da comtempo, mas agora registramos o petição, que já foi publicada na acordo em cartório. Acredito que o reúltima sexta-feira no site da torno da Copa será a redenção para os clubes Liga do Nordeste, sediada no Rio Grande do Norte. Os participantes da da Região, que vêm sofrendo bastante com edição 2010 são os clubes fundadores da a falta de calendário e jogos para moviLiga: Bahia-BA, Vitória-BA, Fluminense de mentar os times. A Top Sports irá gerenFeira de Santana-BA, ABC-RN, América- ciar a disputa e teremos uma reunião com RN, Sport-PE, Naútico-PE, Santa Cruz-PE, a empresa na próxima terça-feira para tratarConfiança-SE, Sergipe-SE, CRB-AL, CSA- mos de valores", declarou Eduardo Rocha.

Repórter

CSA e CRB vão se encontrar no dia 27 de junho, provavelmente no Rei Pelé

Azulão vai começar a buscar reforços

Corinthians A

Talvez nenhum outro clube nordestino tenha comemorado tanto o retorno da Copa do Brasil quanto o CSA. Hoje na Segunda Divisão de Alagoas e fora de disputas nacionais, o Azulão só voltaria aos gramados em agosto ou setembro, para tentar buscar seu lugar na Primeirona estadual. Agora, com a reedição do Nordestão prevists para

Quem não ficou nada satisfeito com o retorno da Copa do Nordeste foi o Corinthians-AL. Não que os diretores do Timão da Via Expressa desaprovem a competição. O problema é que, mesmo vencendo a seletiva em 2002, o clube do presidente Eurico Beltrão não teve seu nome divulgado na tabela da competição,

o dia 9 de junho, os trabalhos no Mutange ganham conotação e ritmo diferentes. Sob o comando do técnico Lino, uma equipe está sendo preparada para a Segundona, realizando jogos-treinos com times amadores do interior de Alagoas. O vice de futebol do clube, Cícero Eugênio, falou sobre o retorno do CSA às

atividades no futebol profissional. Mesmo empolgado e contente com a notícia, Eugênio avisou que o foco do CSA é Segunda Divisão. "Muito boa essa notícia, não poderia haver melhor. Já estamos de olho em alguns atletas, mas aviso que, agora, não iremos fazer loucuras e gastar o que não temos”, disse Eugênio. (L.M.)


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Marco Antônio

JOGOS FINAIS

Murici é o time a ser batido na segunda fase do Estadual Victor Mélo Editor de Esportes

A primeira fase do Campeonato Alagoano terminou ontem, e uma frase mudou para a próxima etapa. Antes de a competição começar, todos os times apontavam o ASA como o adversário a ser batido na disputa. O Alvinegro garantiu sua classificação para as semifinais, mas não conseguiu conter a fúria do Murici. O Alviverde entrou no Estadual como quarta força. Os favoritos eram, pela ordem, ASA, CRB e Coruripe, mas as projeções começaram a mudar com a sequência de partidas do Primeiro Turno. O inexperiente técnico Edson Ferreira, um ponta muito bom de bola que brilhou com as camisas de CRB e CSA na década e 80, pegou a base que fez boa campanha no ano passado e ainda conseguiu convencer a diretoria muriciense a contratar jogadores de qualidade para os setores mais carentes. Aespinha dorsal, formada por Dias, Gueba, Everlan, Peixinho e Alexsandro, ganhou a companhia de

Da Silva e Gustavo e, sem muitos problemas de lesão, a equipe ganhou corpo no campeonato. Nesta semana, a segunda fase começa com um time a ser batido: o Murici. Isso porque o Alviverde conquistou o Primeiro Turno por antecipação e já está garantido na decisão do campeonato. De acordo com o regulamento, se o clube também conquistar essa etapa da disputa levará o inédito troféu alagoano para o Estádio José Gomes da Costa. O ASA, que tem o maior orçamento entre os participantes do Estadual, entra em campo para buscar o bicampeonato e promete mostrar nessa reta final todo o potencial do time que vai disputar a Série B. REGRAS - A segunda fase terá jogos semifinais e finais no sistema mata-mata. Nas semifinais, o Murici, por exemplo, joga com a vantagem de se classificar por dois resultados iguais, além de mandar a segunda partida em casa. Se o Alviverde chegar à final da fase, sua única vantagem é decidir o mata-mata em Murici. Lula Castello Branco

Alagoano promete ir à Justiça publicada na última sexta-feira no site da Liga do Nordeste. O motivo: de acordo com o presidente da Liga Eduardo Rocha, a Liga é autônoma e os clubes fundadores deliberaram para que só devem elas disputem a competição em 2010. Mas o Corinthians promete ir até as últimas conseqüências para ter o di-

reito adquirido em campo contemplado pela Liga do Nordeste. "O Gustavo Feijó ligou para o Eduardo Rocha na minha frente e avisou que, se o filiado da Federação não participar da competição, a FAF não dará nenhum apoio à competição e irá, com o Corinthians até o fim nessa briga”, avisou Eurico Beltrão. (L.M.)

O Murici surpreendeu os favoritos e já está garantido na final do Campeonato Estadual


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Acreditem na gente Dunga pede a brasileiros “um pouco mais de amor à seleção” às vésperas do Mundial O técnico da Seleção, Dunga, fez um apelo aos brasileiros para a Copa do Mundo deste ano, na África do Sul. Durante evento na Academia Brasileira de Letras (ABL), na quinta-feira, treinador pediu “um pouco de amor” para sua equipe. “Por que perto da Copa não fazemos coisas boas? Não precisa gostar de mim ou do presidente (da CBF) Ricardo Teixeira. Por que cada um não tira um pouco do egoísmo, do rancor, da raiva, e, no lugar, colocar um pouco de amor no nosso país?”,

afirmou. Sem citar os autores das críticas, Dunga reclamou de duros comentários feitos à seleção desde que assumiu o cargo de treinador. Segundo ele, ninguém está preocupado com os problemas da equipe na preparação para o Mundial: “Sou muito prático. Em 20 dias, tenho de fazer tudo para conseguirmos os resultados. Ninguém me pergunta se tenho tempo para isso, quais as necessidades que temos... Ninguém faz críticas buscando soluções”.

Ronaldo ainda sonha com a Copa Ronaldo não desistiu de disputar sua quinta Copa do Mundo consecutiva com a camisa da Seleção Brasileira. Em entrevista coletiva na semana passada, no Parque São Jorge, o Fenômeno garantiu que está à disposição do técnico Dunga. “Não desisto de nada. Apenas ouvi comentários do outro lado de que eu estava fazendo pressão. Não estou fazendo pressão alguma. Apenas respondo aos questionamentos que me fazem. Mas sigo à disposição. É o meu país”, afirmou o camisa 9 do Timão. Maior artilheiro dos Mun-

diais, com 15 gols marcados em quatro participações, Ronaldo reconheceu que seu desempenho na atual temporada não o credencia a ser um dos convocados para a Copa da África. “Pelo o que eu joguei até então, não mereço ir para a Seleção. Isso é claro”, afirmou o atacante. Do atual elenco do Corinthians, o Fenômeno não é o único que pode pintar no próximo Mundial. O lateral-esquerdo Roberto Carlos, com vários anos de prestação de serviço à seleção brasileira, também busca um lugarzinho na competição.

Dunga pede que as críticas sejam deixadas de lado

Pelo Milan, Ronaldinho até esquece a África O brasileiro Ronaldinho Gaúcho está mesmo focado em ajudar o Milan a conquistar o Campeonato Italiano desta temporada. Por esse objetivo, até o sonho de disputar mais uma Copa do Mundo fica um pouco de lado. Em entrevista ao canal rossonero “Milan Channel”, o craque demonstrou o quanto está animado e motivado em busca do título.

“Estou muito bem. As últimas seis partidas serão muito importantes. Todos os jogos que faltam daqui ao fim da temporada serão como finais para a gente. Temos de marcar o máximo de pontos possíveis e aguardar o que possa acontecer com as outras equipes. Temos apenas de pensar em fazer o nosso trabalho da melhor maneira, para seguir em

frente”, afirmou Ronaldinho, que respondeu tranquilamente sobre a possibilidade de voltar à seleção brasileira até a Copa: “Para falar a verdade, agora só penso no Milan. Quero fazer o meu melhor aqui e terminar bem a temporada. Depois, veremos o que virá”. Ele também quer quebrar o jejum de gols. O brasileiro não marca desde a derrota do Milan

para o Manchester United, por 3 x 2, pelas oitavas de finais da Liga dos Campeões. “É importante fazer gol, mas o meu trabalho maior é dar as assistências para os meus companheiros. Estou feliz com o que estou jogando. Certamente que sinto falta de comemorar um gol só meu. Estou muito feliz assim, mas quer voltar a marcar gols”,

avisa. Sobre o adversário de hoje, o camisa 80 rossonero pediu atenção. “O Catania é uma boa equipe, com um treinador que conhece muito bem o futebol. A equipe siciliana tem jogadores de qualidade e depois conta com Maxi López, que chegou em janeiro em um momento difícil e que está jogando bem”.


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Ataque contra defesa São Paulo e Santos travam duelo pelas semifinais do Campeonato Paulista O melhor ataque do Campeonato Paulista será campeão se não sofrer gols nas próximas quatro partidas. A melhor defesa entre as equipes classificadas, segunda da competição, precisa de gols para reverter a desvantagem e avançar à decisão. Ironicamente, no duelo mais esperado da semifinal do Paulistão, marcado para hoje, às 16h, a poderosa linha de frente do Santos e a confiável retaguarda do São Paulo irão se confrontar. E para terem sucesso, os clubes terão de se espelhar nos pontos

fortes dos adversários. Não que o ataque tricolor tenha sido desprezível na primeira fase, mas a diferença para o próximo rival é grande. Os comandados de Ricardo Gomes fizeram 41 gols: terceiro mais eficiente do Paulistão, mas 20 atrás do Santos, absoluto nesse quesito. A esperança da torcida é a evolução recente do setor. Nas últimas três rodadas, contra Corinthians, Botafogo e Santo André, adversários na luta pela semifinal, o São Paulo balançou

redes 11 vezes. Além dos bons momentos de Washington e Dagoberto, a entrada de Marlos deu mais velocidade ao meio de campo. “Todos nós sabíamos da qualidade do Marlos desde o ano passado, e que isso aconteceria quando ele tivesse chance. Acho que o coletivo todo melhorou e quando isso acontece, os jogadores tendem a crescer também”, elogiou Hernanes, beneficiado com o rendimento de toda a equipe. Embora prefiram não atri-

O meia-armador Marlos está em grande fase no São Paulo

buir ao jogo de domingo importância maior no confronto, os tricolores sabem que é fundamental vencer no Morumbi para ir à Vila Belmiro com vantagem. O técnico Ricardo Gomes deverá manter a formação com o Coração Valente, mas não se cansa de ressaltar a opção de Fernandinho. “Com o Washington tenho um homem mais de área, mas o Fernandinho está em condições boas e agora tenho essa variação. E será assim durante o ano inteiro”, assegurou.

Atacante Neymar é o destaque do Santos nesta temporada

Edu Dracena está equilibrando a zaga do Peixe Já o Santos conquistou admiradores ao longo da competição justamente pela ousadia e o excesso de jogadores do meio para frente. Isso não significa que Dorival Júnior tenha se descuidado da marcação. A defesa do Peixe é a quarta melhor do Paulista, atrás de Corinthians, São Paulo e Portuguesa. Um dos responsáveis é Edu Dracena. Contratado no fim do ano passado, mas utilizado com frequência somente em 2010, o zagueiro se transformou no líder desse setor, mas prefere que os companheiros preservem o estilo na semifinal. “Quando as equipes assimilarem o ponto forte da outra

serão praticamente imbatíveis. Acredito que a melhor defesa seja mesmo o ataque. Se você atacar, os adversários terão de se preocupar mais com a defesa e nós temos o ataque mais positivo do campeonato, e vamos en-

frentar uma das melhores defesas”, analisou. O pedido de Dracena deverá ser atendido por Dorival Júnior. Mesmo ciente da relevância dos zagueiros daqui até o fim do campeonato, o comandante

não pretende abrir mão do estilo que tornou o Santos o time da moda no país neste semestre. Espelhados, Tricolor e Peixe prometem grandes clássicos. Quem vai levar a melhor? Ataque ou defesa?

GUIA DO TORCEDOR SÃO PAULO - Rogério, Jean, Alex Silva, Miranda e Júnior César; Rodrigo Souto, Hernanes, Jorge Wágner e Marlos; Dagoberto e Washington. Técnico: Ricardo Gomes.

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QUANDO: hoje, às 16h / ONDE: Morumbi

SANTOS - Felipe, Wesley, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar, André e Robinho. Técnico: Dorival Júnior.

Prudente encara hoje o Santo André SÃO PAULO - As semifinais do Campeonato Paulista terão uma novidade neste ano: os dois jogos vão ser realizados neste domingo. Após reunião envolvendo os quatro classificados, Santos, Santo André, Grêmio Prudente e São Paulo, a Federação Paulista de Futebol (FPF) optou por não dividir as semifinais com jogos aos sábados e domingos. Desde que foi criado o Título do Interior, as semifinais têm sido disputadas intercaladas com os duelos do “torneio de consolo”. Uma semifinal acontecia no sábado, às 18h30, e a outra no domingo, às 16 horas. O Título do Interior acontecia no sábado, às 16 horas, e domingo, às 18h30. Por outro lado a FPF manteve os mandos de campos e, pelo menos nestas semifinais, não haverá duelo em estádios neutros. O Santos terá o direito de jogar na Vila Belmiro, no Novidades segundo jogo contra o na fase Sampa. Prudente e Rafinal do Paulistão malhão também atuarão em seus respectivos estádios, o Prudentão e o Bruno José Daniel, respectivamente. Em relação a premiação, ficou definido que o campeão receberá o valor de R$ 2 milhões. O vice-campeão terá direito a R$ 500 mil, enquanto os dois eliminados nas semifinais receberão R$ 100 mil cada um. GRÊMIO PRUDENTE Márcio, Paulo César, Paulão, Diego e Marcelo Oliveira; Marcos Assunção, Ânderson, João Vítor e Wesley; Flavinho e Tadeu. Técnico: Toninho Cecílio. SANTO ANDRÉ - Neneca, Cicinho, Cesinha, Toninho e Carlinhos; Ricardo Conceição, Gil, Branquinho e Bruno César; Rodriguinho e Nunes. Técnico: Sérgio Soares.


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Aline Borges vai interpretar Ellen em Ribeir茫o do Tempo, pr贸xima novela da Record P谩gina 6


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Jorge Rodrigues Jorge/CZN

ASPAS “Essa blusa tem tanta bolinha que dá para fazer esfoliação”.

Isabela Fiorentino, apresentadora do “Esquadrão da Moda”, do SBT, enquanto jogava roupas de um dos participantes do programa no lixo.

“Nunca me achei bonito. Será que agora fiquei?”.

Marcelo Dourado, vencedor da décima edição do “Big Brother Brasil”, da Globo, brincando com o assédio feminino depois que se tornou milionário. (“Contigo!”)

“O Brasil da saúde pública decadente também é o país da melhor medicina do mundo”.

Roberto Cabrini, apresentador do “Conexão Repórter”, do SBT, durante o programa “S.O.S Brasil”, que mostrou o melhor e o pior da Medicina brasileira.

“Atualmente, não tem ninguém pegando no meu pé. Estou livre, leve e solta”.

Xuxa Meneghel, apresentadora do “TV Xuxa”, da Globo, dizendo o que, para ela, é melhor da solteirice. (“Caras”)

“Tá difícil se casar, hein? Só tem homem sem vergonha”.

Carlos Massa, apresentador do “Programa do Ratinho”, do SBT, a uma garota da plateia que dizia sonhar em se casar durante o programa.

“Faz bem, quereeeeeeda, cada um deve se conformar com seu cada qual”.

Aguinaldo Silva, autor da Globo, alfinetando, em seu Twitter, Katiuscia Canoro – a Lady Kate, de “Zorra Total” –, sobre a declaração que ela deu de que não queria fazer novela.

“Me machuquei num tronco. Porque tô na selva, filhinha! Como é que chama isso aqui? Agreste! Não tô acostumada. Moro no Itanhangá, na Barra”.

Susana Vieira, atriz que encarnou Maria na encenação da “Paixão de Cristo” em Nova Jerusalém, Pernambuco, debochando da cidade durante os ensaios do espetáculo. (“TV Fama”)

“Rodrigo me deu uma dura: 'Ou você “Pra quem tá vendo o 'CQC': nunca fui “Se eu tivesse um filho, me assume ou tô fora'. Eu disse: 'Mas tão falso na minha vida como nesta também não gostaria Rodrigo, você tem 20 anos, eu tenho última matéria”. que ele ficasse comigo”. 50'. Oscar Filho, um dos integrantes do “CQC”, da Band, confes- Fernanda Young, apresentadora do “Irritando Fernanda Young”, do sando, em seu Twitter, como se sentiu ao entrevistar alguns dos canal GNT, respondendo Eva Wilma, uma de suas entrevistadas, Ele retrucou, dizendo que 'A Madonna participantes do “BBB10”, da Globo, e a cantora Preta Gil. que declarou que não gostaria de ter uma nora como Fernanda. pode'”. “Fui a noiva mais baranga do mundo”. Claudia Jimenez, a Alberta Peçanha de “A Vida Alheia”, da Globo, dizendo por que resolveu assumir o namoro com o modelo Rodrigo Bonadio, 30 anos mais novo. (“Extra”)

Carolina Dieckmann, a Diana de “Passione”, próxima novela das oito da Globo, confessando, aos risos, que estava gorda demais quando casou com o diretor de televisão Thiago Worcman, em 2007.

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PERSONAGEM DA SEMANA

Débora Bloch analisa o perfil de Karin, papel que vive em Separação?! Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Por Carla Neves PopTevê

Nos dias em que grava "Escrito Nas Estrelas", Zezé Polessa já entra nos estúdios com uma certeza: a de que vai rir do início ao fim das gravações. Afinal, para "incorporar" a ambiciosa Sofia, a atriz confessa estar carregando na comédia. "Estou me divertindo com a personagem que, apesar de ser vilã, é muito engraçada", garante. Casada com Vicente, interpretado por Antonio Calloni, e mãe da aprendiz de vilã Beatriz, personagem de Débora Falabella, Sofia é tão manipuladora que é capaz de bolar as mais mirabolantes baixezas para a filha colocar em prática. "Na verdade, vejo a Sofia como a mentora da Beatriz. Para ela, a filha é mais importante que o marido. Ela ainda não cortou o cordão umbilical dessa menina", argumenta. Para Zezé, o mais interessante da personagem é que, embora só pense em dinheiro e em se dar bem na vida, ela vive cercada por figuras "do bem" e espiritualizadas. Como é o caso de Vicente, médico de excelente caráter, que encara a Medicina como um sacerdócio. "Acho até que minha personagem é considerada vilã por dar tanta importância ao lado material, em uma novela em que o mote é a espiritualidade", acredita a atriz, que tem uma teoria sobre a trama de Elizabeth Jhin. "A novela me remete à Cinderela. Na verdade, é uma Cinderela moderna. Afinal, um pai está à procura de uma mulher perfeita para gerar o neto", argumenta, citando a obsessão de Ricardo, personagem de Humberto Martins, em encontrar a mulher ideal para ser a mãe de seu neto. Por saber que encarnaria uma mãe absurdamente dominadora e colada com a filha, Zezé confessa que caprichou na composição do papel. Além de ter aulas de preparação corporal com a coreógrafa Márcia Rubin, ela também procurou se deixar completamente aberta às sugestões de Débora Falabella, com quem exercita sua faceta má na história. "Tomei muito cuidado com essa coisa de mãe e filha serem simbióticas, de estarem sempre apoiadas uma na outra, de braços e mãos dadas...", admite ela, acrescentando que procurou separar a personagem em dois tons. "Ela tem dois lados: o barraquento, quando ela baixa a bruxinha. E o mais social, quando ela banca a elegante e sofisticada", adianta, entre risos. P – Na sinopse da novela, a Sofia é descrita como uma espécie de vilã cômica. Você teve algum cuidado especial na hora de compô-la? R – Tive um pouco, mas não muito... Como não sei se vem maldade grossa por aí, não posso ridicularizá-la. Senão não fica crível. Afinal, já sei, por exemplo, que quando a Viviane, que é a personagem da Nathalia Dill, engravidar, a Sofia vai fazer de tudo para que ela perca a criança. Então, não posso colocá-la tão cômica. P – Mas, é mais divertido interpretar a vilã? R – Depende. Na última novela que fiz vilã, que foi a Ester em "A Lua Me Disse", não me diverti nada. Era uma maldade muito pesada. Mas agora, fazendo a Sofia, estou me divertindo muito. Ainda mais porque ela é muito falsa, quer

aparentar uma coisa que não é. O engraçado dela é isso: no trato social, ela se comporta na maior elegância. Mas quando chega no quarto, e ela fica sozinha com a filha, os "barracos" rolam. P – Ao mesmo tempo que a novela aborda o apego aos bens materiais, através do seu papel e do da Débora, ela foca nas questões espirituais. O que você acha desse conflito? R – Não sou uma pessoa religiosa, apesar de ter fé, que é outra coisa. Mas acho que a novela vai levantar bem essa questão da crença em uma religião. E vida após a morte é uma crença da religião espírita. Por enquanto, a minha personagem não crê em nada. Ela só acha que acreditar em vida após a morte coisa de gente ignorante (risos).

ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 11 A 17 DE ABRIL 11/04 – Nesta data, há 27 anos, foi ao ar o primeiro capítulo da novela "Louco Amor". Escrita por Gilberto Braga, com a colaboração de Leonor Bassères e a direção geral de Paulo Ubiratan, o tema da trama é o amor entre pessoas de diferentes classes sociais. O folhetim tem início no Rio de Janeiro, na década de 1970. A jovem e rica Patrícia, interpretada por Bruna Lombardi, filha do embaixador André Dumont, personagem de Mauro Mendonça, é apaixonada por Luiz Carlos, vivido por Fábio Jr., rapaz pobre e filho de Isolda, papel de Nicette Bruno, empregada da família do embaixador. Esta, por sua vez, guarda um segredo do passado que tem relação com Renata Dumont, de Tereza Rachel, esposa do diplomata: Luiz Carlos era filho dela e não de Isolda. Renata se opõe radicalmente a qualquer tipo

de ligação entre sua filha e Luiz Carlos. No aniversário de 17 anos de Patrícia, ela proíbe o moço de participar da festa, atribuindo-lhe a tarefa de guardar os carros dos convidados. Revoltado com a humilhação, o rapaz solta os cães, que invadem os salões e atacam o dono da casa. Depois disso, Renata decide mandar Patrícia para a Europa, para dar fim ao romance dos dois jovens. Seis anos depois, Patrícia volta ao Brasil com um filho, mas é obrigada pela mãe a esconder quem é o pai da criança. Luiz Carlos se formara em Comunicação, mas trabalha em uma sapataria. Ele se apaixona por Cláudia, interpretada por Glória Pires, jornalista recém-formada, pobre e esforçada, mas ambiciosa. Cláudia, por sua vez, se envolve por interesse com Lipe, de Lauro Corona, filho da família Dumont. Mas Renata continua a lutar

contra a união de sua família com pessoas de classe social inferior. Ela também persegue seu velho cunhado Edgar, de José Lewgoy, que se apaixona pela simplória manicure Gisela, de Lady Francisco. Ainda no elenco, Tônia Carrero, Reginaldo Faria e Antônio Fagundes, entre outros. 12/04 – Isabelle Drummond, 16 anos, e Chico Anysio, 79 anos. 13/04 – Thaís Fersoza, 26 anos. 14/04 – Wagner Santisteban, 26 anos, e Humberto Martins, 49 anos. 15/04 – Gabriela Duarte, 36 anos. 17/04 – Juliana Baroni, 32 anos; Márcio Garcia, 40 anos; Louise Cardoso, 56 anos; e Benedito Ruy Barbosa, 79 anos.


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MAPA DA MINA Por Natalia Palmeira

RISOS NO CONSULTÓRIO

PAPO "TEEN"

"BUSINESS" PARA JOVENS

(Globo, dom, 13:05 h)

(MTV, ter, 20:30 h)

(Record, qui, 23 h)

Saúde é o tema de "Os Caras de Pau" deste domingo. A dupla de humoristas Március Melhem e Leandro Hassum vão fazer uma aposta para descobrir qual dos dois tem mais saúde e, para isso, marcam uma consulta ao médico.

No "Scrap MTV" desta terça, a cantora Mallu Magalhães e o ator do filme "Central do Brasil", Vinicius de Oliveira, vão falar da fama na adolescência. Com meia hora de duração, o programa também vai comentar sobre o "game" "Just Cause II", jogo de aventura que tem a ilha do seriado "Lost" como um dos cenários.

Nesta quinta, estreia o "Aprendiz Universitário", sob o comando do empresário e apresentador João Doria Jr. Os 16 participantes vão enfrentar provas e tarefas de difícil superação. Apenas um deles terá a oportunidade de conquistar o prêmio de 1 milhão de reais, além de uma vaga remunerada no Grupo Doria Associados.

INJUSTIÇA

NATURAL DA ÁFRICA

(Globo, ter, 22:45 h)

(TV Brasil, sex, 22 h)

No segundo episódio de "Força-Tarefa", Wilson, interpretado por Murilo Benício, será perseguido pelos próprios colegas da Corregedoria. Por conta de uma sucessão de mal-entendidos, o tenente acaba acusado de ter participado do assassinato de três policiais militares.

O episódio do "Nova África" desta sexta vai falar sobre o lago Maláui, que é um dos maiores do mundo e sua costa se estende por três países: Maláui, Moçambique e Tanzânia. O programa vai mostrar a relação da população malauiana com o lago e os problemas de saúde que enfrentam.

DIRETO DO FORNO

BBB EM TESTE

(TV Brasil, qua, 17:30 h)

(Globo, sab, 10:30 h)

O quadro "Forno", do programa "Alto Falante", vai mostrar o mais novo trabalho das bandas americanas "Black Rebel Motorcyle Club" e "Beat the Devil's Tattoo". A produção também traz o novo clipe do ex-"Smiths", Steven Morrisey.

Xuxa estreia um novo quadro no "TV Xuxa" deste sábado. O "Prova dos Nove" vai contar com a participação de ex-BBBs da décima edição. Na competição, os participantes terão de responder a perguntas sobre a vida pessoal de suas duplas.

ABORDAGEM ANIMAL (Record, dom, 17 h) O "Domingo Espetacular" vai apresentar um quadro inédito. Em "Dr. Pet Zoo", o zootecnista Alexandre Rossi vai deixar os cachorros para socorrer animais selvagens que dão trabalho aos tratadores do Zoológico de Itatiba, interior de São Paulo.

DE CARA NOVA (TV Brasil, seg, 16 h) Com um cenário mais versátil e contemporâneo, o programa "Sem Censura" desta segunda estreia nova temporada. Além do cenário, outra novidade é que Leda Nagle irá receber sugestões de pautas pelo "twitter", mas sem abrir mão dos e-mails dos telespectadores durante todo programa.

Rapidinhas # Estreia o "Um Minuto com Pelé", no SBT. Pela primeira vez o ex-jogador de futebol vai apresentar um programa, no qual vai contar histórias sobre as Copas do Mundo. Com um minuto de duração, os programas serão exibidos ao longo da programação da emissora. (SBT, seg a sex, ao longo da programação) # No "Viva! MTV" desta semana o programa explora a vaidade masculina. No quadro "Mito ou Verdade" desvendamos: todo homem muito musculoso é bombado? (MTV, ter, 23:30 h) # O "Caminhos da Reportagem" dessa quinta-feira homenageia Brasília, que completa 50 anos no próximo dia 21. Contando um pouco de sua história desde a sua concepção e uma outra, que se passa antes da construção da cidade: é a pré-história da capital federal. (TV Brasil, qui, 22 h)

# A Globo exibe nesta quarta mais um jogo da Taça Libertadores. Em campo o Flamengo vai enfrentar a Universidad Católica. (Globo, qua, 21:50) # Nesta segunda vai ao ar o primeiro capítulo de "Escrito Nas Estrelas". Escrita por Elizabeth Jhin, a novela vai abordar temas como avanços da ciência e espiritismo. (Globo, seg a sex, 18 h) # A partir desta segunda-feira, dia 12 de abril, a "TV Brasil" lançará a nova e inédita programação dedicada exclusivamente ao público infantil: a faixa "Hora da Criança". (TV Brasil, seg a sex, 10 h) # No "Badalhoca" desta sexta, o humorista Ronald Rios dá sua opinião sobre diversos assuntos no quadro "Com a Palavra, Ronald Rios". (MTV, sex, 0:15 h)


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TELETEMA

CONFIRMADA – A atriz Ana Lúcia Torre, cujo contrato com a Globo havia expirado ao término de "Caras & Bocas", voltará a frequentar o Projac em breve. Sua presença já está garantida no elenco de "Lado A Lado", a próxima novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, que estreia em 2011 no horário nobre da emissora.

NOVA PARCERIA – Julia Lemmertz está confirmada em "Girassol", próxima novela das seis da Globo. Escrita por Walther Negrão, a trama irá ao ar depois de "Escrito Nas Estrelas", mas ainda não tem data de estreia definida. Não será a primeira vez que os dois trabalharão juntos. Isso porque, era ele o responsável pelo texto do seriado "Tudo Novo de Novo" e da novela "Desejo Proibido", ambos protagonizados pela atriz. DE MUDANÇA – Afastada da tevê desde janeiro de 2009, por conta do nascimento de Bernardo, seu filho, Mel Lisboa mudou de emissora. A ex-global passará a integrar o time da Record. A emissora, porém, ainda não tem em vista nenhuma produção para a atriz.

CONTRATO RENOVADO – Depois de interpretar a Bianca de "Caras & Bocas", Isabelle Drummond renovou seu contrato com a Globo. A atriz, que tem só 16 anos e começou na emissora como a Emília do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", é considerada uma das apostas da casa.

DEPOIS DA MATERNIDADE – Quase um ano longe da tevê por conta do nascimento de suas filhas gêmeas, Bianca Rinaldi voltou ao trabalho. A atriz já está gravando cenas da próxima novela da Record, "Riberão do Tempo", com direção de Edgard Miranda e texto de Marcílio Moraes. Na trama, ela interpretará a esnobe Arminda, uma empresária internacional fria e calculista. PARA DEPOIS – O seriado "A Diarista", com Cláudia Rodrigues, não fará parte da programação da Globo deste ano. O aguardado retorno do programa deve ficar mesmo para 2011. A emissora prefere dar mais um tempo para que Claudia se recupere, evitando assim outros contratempos.

SUBSTITUTA – "Corações Feridos", a próxima novela de Íris Abravanel no SBT, cotada para substituir "Uma Rosa com Amor", poderá ter 80% de suas cenas captadas em externas. E com locações, possivelmente, no estado do Ceará. Se o orçamento for aprovado, as gravações terão início entre julho e agosto, com direção de Del Rangel. PRIMEIRA COMÉDIA – Gabriela Duarte (foto) se prepara para viver seu primeiro papel cômico na televisão, a Jéssica de "Passione". Na nova novela das oito que a Globo começará a exibir a partir de maio, ela interpretará uma nova rica que se casa com Berillo, interpretado por Bruno Gagliasso, sem saber que ele já é casado na Itália.

DE VOLTA – Maria Cândida está acertando os últimos detalhes do seu retorno ao SBT. A emissora, porém, ainda não forneceu informações sobre a produção da qual a repórter e apresentadora fará parte.


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Domingo, 11 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br Luiza Dantas/CZN

PRIMEIRA MÃO

Aline Borges fala sobre as dificuldades em interpretar Ellen de Ribeirão do Tempo

Por Natalia Palmeira PopTevê

Viver personagens bem diferentes é um desejo comum entre os atores. A respeito disso Aline Borges não tem do que reclamar. Em seu segunda trama da Record – em 2009, ela integrou o elenco da série "A Lei e o Crime" –, a atriz experimenta um papel diametralmente oposto ao anterior. Depois de interpretar Lacraia, uma violenta traficante, em "Ribeirão do Tempo", Aline dará vida a Ellen, uma mulher politicamente correta. "Ela é totalmente diferente da Lacraia. É uma mulher engajada que acredita e luta por seus ideais", compara. Na trama de Marcílio Moraes, Ellen é uma ambientalista que vive na pequena cidade fictícia que dá nome à novela. Em "Ribeirão do Tempo", que ainda não tem data de estreia definida, Aline vai fazer par romântico com Rodrigo Phavanello, que dará vida ao piloto de avião Silvio. Na trama, ela enfrentará dilemas pessoais e profissionais. Isso porque Ellen ganhará muitos desafetos ao defender bravamente as bandeiras levantadas pela ONG de proteção aos animais na qual trabalha. Entre outras coisas, ela vai lutar contra a construção de um "resort" em uma área preservada. Como se isso não fosse o bastante, ela ainda perderá o apoio do marido, que morre no decorrer da história. "A Ellen vai passar por muitos momentos difíceis", adianta a atriz, fazendo mistério sobre o futuro da personagem. Dirigida por Edgar Miranda, a novela promete muito suspense, já que, uma série de assassinatos misteriosos revelará uma conspiração política. Viver um papel mais leve na nova novela da Record não foi suficiente para deixar a atriz mais tranquila. Ao contrário. Por se tratar de uma personagem mais próxima de sua realidade, Aline considera o trabalho ainda mais complexo. "É complicado interpretar uma personagem que pensa como eu penso. Isso me exige cuidado redobrado para não interpretar eu mesma", justifica ela, já que, diferentemente de Ellen, Lacraia possuía muitos trejeitos, o que facilitava seu trabalho de composição. Sem as características tranças nos cabelos e com o estilo menos despojado, Aline já se despediu completamente de Lacraia. Para interpretar Ellen, a atriz aparecerá com um novo visual, coerente com a personalidade séria que o papel exige. Repetindo a parceria com o autor, Aline não esconde o entusiasmo quanto ao novo trabalho. Antes de saber que estaria no elenco da novela, ela já tinha grandes expectativas. Quando soube que Marcílio seria o responsável pelo texto, se animou com a possibilidade de, dessa vez, trabalhar com ele em uma obra aberta e de longa duração. "Fiquei torcendo para entrar. Quando me ligaram para contar da personagem, foi uma alegria só. A Record apostou em mim e sou grata por isso", reconhece a fluminense, que tem contrato com a emissora até 2014. Aestabilidade, no entanto, não foi fácil de conquistar. Antes de conseguir papéis de destaque na televisão, Aline foi desencorajada, inclusive pela própria família. "Meu pai dizia: 'essa coisa de ator é para rico'. Então, eu realmente comecei a acreditar que trabalhar em televisão seria algo muito difícil", conta a atriz, de 35 anos, que começou a estudar teatro aos 11. "Nunca tive facilidades. Fui cavando o meu caminho sem desistir, porque era o que gostava de fazer", lembra. Antes de estrear em novelas – seu primeiro papel foi Dolores, em 2002, no folhetim "Coração de Estudante", da Globo –, Aline passou dois anos fazendo parte de uma trupe circense. "Foi lá que aprendi o valor da arte e como isso atinge as pessoas", analiza.


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EM FOCO

Simone Spoladore fala sobre a alegria de viver a cruel Verônica, de Bela, A Feia Por Carla Neves PopTevê

A pouco menos de um mês para o fim de "Bela, A Feia", da Record, Simone Spoladore já sente saudade de Verônica, vilã cômica que interpreta desde agosto do ano passado na trama de Gisele Joras. O apego à personagem tem explicação. Além de a ter marcado a estreia da jovem atriz curitibana no atraente mundo da vilania, o papel também representou uma nova fase na carreira de Simone. Afinal, depois de seis anos atuando na Globo, ela resolveu arriscar a sorte em outra emissora. "Com a Verônica, passei a me sentir mais madura, alegre e, até mesmo, mais vaidosa. Depois dela, passei a me cuidar mais. Minha auto-estima aumentou", avalia, lembrando que, a princípio, interpretaria a igualmente malvada Cíntia, personagem vivida por Carla Regina. "Mas acho que não me divertiria tanto quanto fazendo a Verônica", supõe. Acostumada a encarnar personagens de temperamento forte e impulsivo, como a Maria Monforte da minissérie "Os Maias" e a Caterina de "Esperança", Simone se surpreendeu com a leveza e, principalmente, com o humor de Verônica. Não é à toa que, desde que a novela estreou na Record, a terapia da atriz é incorporar a malvada. "Toda a vez que represento a Verônica, volto a ser criança. Brinco muito quando a interpreto. Aliás, acho que só me divertindo que seria possível ela existir", argumenta ela, que se inspirou em vilãs de contos-de-fada infantis e em Miranda Priestly, personagem de Meryl Streep no filme "O Diabo Veste Prada", para compor Verônica. "A diferença é que a Verônica é mais vira-lata que a Miranda, que é de uma elegância enorme", compara, entre risos. O que também tem surpreendido Simone é a simpática abordagem do público quando sai às ruas. Isso porque, em vez de condenarem pela falta de caráter e a ruindade de Verônica, o as pessoas a recebem com

o maior carinho. Segundo ela, não só riem quando a veem, como também pedem que dê uma trégua para a feiosa secretária, Bela, protagonista interpretada por Gisele Itiê. "Acho que, antes de ser vilã, a Verônica é uma figura leve e divertida. E isso acaba chamando mais atenção do público do que a falta de caráter dela", defende. Simone se diz tão feliz com a perversa empresária que a coloca no rol dos papéis mais prazerosos que já viveu na tevê. "Sem dúvida, é maravilhoso interpretar a Verônica. O humor dela é contagiante", derrama-se. Embora esteja encantada com o humor de Verônica, gênero com o qual nunca havia exercitado antes na televisão, Simone admite gostar de interpretar personagens mais densos. No entanto, ela prefere deixar para viver esses tipos no teatro e no cinema. A atriz, que tem 14 anos de carreira – sendo oito deles dedicados aos palcos e aos estúdios cinematográficos –, encara como um veículo de entretenimento. E, como tal, nela não há espaço para se aprofundar como atriz. "Não procuro densidade na tevê. Não coloco coisas onde não tem. Cada coisa é de um jeito, possibilita um tipo de mergulho", teoriza. Contratada por obra pela Record, Simone ainda não sabe qual será seu futuro na emissora. Apesar da incerteza, ela não se assusta. Pelo contrário. Para ela, o importante é aproveitar o presente, que, desde que estreou na casa, tem sido ótimo. "Desde que entrei na Record pela primeira vez, me senti acolhida. O clima é leve, agradável...", elogia ela, que, por enquanto, só pensa em Verônica e em seu desfecho em "Bela, AFeia". "Acho que ela deveria ter um final incomum. Não aqueles finais óbvios de vilã. Gostaria de um fim mais engraçado", torce a atriz, que, depois de se despedir da megera, tem planos de fazer uma viagem de férias para a Europa. "Estou exausta, precisando descansar. Estou pensando em passar uma temporada em Paris para estudar Francês", planeja.


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Domingo, 11 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br Pedro Paulo Figueiredo/CZN

TV POP NOVOS VOOS - A poucos meses do fim de "Viver a Vida", Rafaela Fisher não pensa em descansar. A atriz que interpreta a Raquel na trama das oito já está de olho em novas oportunidades para depois da novela. "Tenho muita vontade de fazer cinema. Esse é um dos meus projetos. Se tudo der certo, este ano quero estar nas telonas", revela a carioca, que apesar do atual trabalho na tevê, se diz apaixonada mesmo pelo teatro. "Estou gostando de fazer televisão, mas fui picada pelo bichinho do teatro. É a minha paixão", admite.

TUDO EM CIMA - Aos 32 anos, Dani Suzuki tem curvas de causar inveja.

GUARDA FLORESTAL - Não é só no "Legendários", da Record, que Felipe So-

Tanto que a atriz que está no ar na pele da médica Ellen de "Viver a Vida" mostrou seu lado sensual em um ensaio fotográfico para uma revista masculina. Descendente de alemães, japoneses, italianos e índios, Dani posou para as lentes de Christian Gaul. Ela está na capa da edição deste mês da "Homem Vogue".

lari é defensor do meio ambiente. O apresentador é ativista desde janeiro e faz parte da "SOS Mata Atlântica" e do "ICLEI" – Governos Locais pela Sustentabilidade. No programa comandado por Marcos Mion, ele vai fazer coisas simples, como plantar uma árvore. Mas também não vai deixar de lado as tarefas mais penosas, como um "tour" pelos esgotos de São Paulo. Tudo isso com o intuito de conscientizar as pessoas do grave problema do aquecimento global, do lixo na rua que causa enchentes, da extinção dos animais e da poluição sonora, entre outros.

DE BEM COM A BALANÇA - Que Fausto Silva está bem mais magro, isso todo mundo já sabe. Desde que fez a cirurgia de redução do estômago, ele já perdeu 34 quilos e sua meta é perder mais quatro até o meio do ano. Acontece que não são apenas as medidas que ele quer reduzir. O tempo de duração do "Domingão do Faustão" também. Se considerando velho e cansado, Fausto assinou um novo contrato com a Globo que prevê que o programa diminua de tamanho, passando a ser exibido das 18 às 20:45 h. BOA DE GARFO - Quem vê o corpão de Gabriela Moreyra em "Bela, a Feia" não imagina que a morena não faz a linha "light". A atriz que interpreta a ciumenta Natália na trama da Record confessa que não resiste a uma boa macarronada. "Tento me controlar, mas muitas vezes não dá. Compenso na academia", admite ela, que justamente por conta da falta de controle à mesa, é disciplinata quando o assunto é malhação. Para ajudar a manter as curvas no lugar, a carioca também se dedica ao balé.

SEM GRILOS - Enquanto alguns estão sempre preocupados em manter a boa forma física, Bruno Gagliasso não é do tipo que se preocupa com a balança. Apesar de já ter perdido cinco quilos desde que terminou "Caminho das Índias" – para interpretar o esquizofrênico Tarso na trama de Glória Peres, o ator engordou 12 quilos – , Bruno garante que não se importa em estar acima do peso. Para completar, seu personagem em "Passione", próxima novela das oito, não exige um corpo sarado. Então, fazer dieta para quê?

MÚSICA NA VEIA - No ar na pele de Anderson, da série "S.O.S Emergência", Fábio Lago tem ocupado o tempo livre em outra função. É que o ator também está investindo em uma outra paixão: a música. Ele até já montou uma banda, na qual toca percussão e violão. Sobre o nome diferente do grupo, Peba, Fábio tem uma explicação. Surgiu de uma festa que costumava fazer nos finais de ano. "Eu reunia meus amigos baianos, pernambucanos, paulistas e mineiros que estavam perdidos no Rio de Janeiro", conta.

VOLTOU ATRÁS - Ellen Roche está investindo pesado na carreira de atriz. Tanto que a ex-dubladora do "Qual É A Música" estava lutando para abandonar a imagem de "gostosona" e conquistar um lugar ao sol na tevê. Para a tristeza de muitos homens, a loura chegou até a afirmar que não faria mais ensaios sensuais ou posaria nua para revistas masculinas. Acontece que, neste mês, Ellen vai dar uma trégua. Ela é a estrela da seção "Mulheres Que Amamos", da Playboy.

1,2,3... GRAVANDO - Depois de brilhar como uma indiana em "Caminho das Índias", Juliana Paes volta ao batente, mas, desta vez, como uma vendedora. É que ao lado de Luiza Valdetaro e Priscila Marinho, a atriz filmou sua primeira cena no longa "Bed And Breakfast", em uma loja do Catete, no Centro do Rio de Janeiro. No filme, dirgido por Márcio Garcia e que marca sua estreia no cinema, a morena se chamará Rose. Ela vai protagonizar a produção ao lado de Rodrigo Lombardi.


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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 16h15 Segunda (12/04) – Bernardo vê João saindo de casa e vai ao encontro dele. Victor percebe que não gosta mais de Cristiana. Victor e Valentina se beijam e Cristiana sorri ao ver a cena. Anselmo explica a Zuleide que eles podem ganhar muito dinheiro juntos com um antigo título de um clube. Bruno pede que os pais de Samira a deixem ir com ele para Espanha. Jamal não aceita. Cristiana e Valentina se reconciliam. Cissa fica indignada ao descobrir que Bernardo levou João para a casa deles.

Terça (13/04) – Bernardo pede para Cissa não denunciar João. Samira dá uma cópia do Alcorão para Bruno. Cissa ameaça denunciar João se Kátia não afastá-lo de Bernardo. Anselmo convence Zuleide a arcar com todas as despesas do suposto negócio deles. Lucca não gosta de ver Victor e Valentina juntos. Bruno surpreende Samira ao dizer que decidiu se converter ao Islã. Beto conta a Cristiana que Bernardo foi procurar João. Bernardo encontra João no beco, que fica assustado.

Quarta (14/04) - João diz para Bernardo se afastar dele. Samira fica eufórica com a decisão de Bruno. Anselmo leva um falso alemão para falar com Zuleide. Jamal decide testar Bruno para saber se ele quer mesmo se converter. Bernardo faz com que João reconheça sua doença. Nanda reage com preconceito ao saber que Bernardo vai levar João ao colégio. Jotapeg, Reco e Rodrigo acreditam que Anselmo quer dar um golpe em Zuleide. João tem um delírio e desmaia no pátio do colégio.

Quinta (15/04) - João acorda, mas foge ao ver Livramento e Tânia. Anselmo seduz Zuleide e pega o dinheiro do suposto investimento com ela. João tem outra alucinação depois de falar com Sapão no beco. Zuleide fica indignada ao perceber que foi enganada. Um especialista sobre drogas dá uma palestra no Primeira Opção. Reco, Jotapeg e Rodrigo encontram Anselmo e vão falar com ele. Bruno pede Samira em casamento. Bernardo encontra João e entra em um prédio para tentar ajudá-lo.

Sexta (16/04) - Bernardo consegue salvar João. Jamal consente o casamento de Bruno e Samira. Bernardo, Cristiana e Beto falam com Arlete para encontrar uma clínica para João. Valentina reclama de encontrar sempre com Lucca. Um homem estranho cobra dinheiro a Anselmo. Arlete não consegue achar uma vaga imediata para João e Bernardo diz que vai resolver o problema. Anselmo devolve o dinheiro para Zuleide. Bernardo pede para os pais pagarem a internação de João em uma clínica particular.

ESCRITO NAS ESTRELAS - Rede Globo - 18h Segunda (12/04) – Ricardo reclama quando seu filho, Daniel, vai para o estágio na favela. Breno avisa Daniel sobre um desastre que ocorreu durante uma forte chuva. Viviane leva alguns feridos para a clínica de Ricardo. Daniel se admira com a coragem dela. Jofre, pai de Viviane, foge com joias que roubou, mas deixa cair um anel. Policiais invadem a casa de Viviane e ela foge. Daniel para em um posto de gasolina e Viviane se esconde em seu carro. Viviane conta sobre sua vida e o rapaz lhe dá um cordão com um pingente de um anjo. Os dois sofrem um acidente na estrada.

Terça (13/04) - O carro de Daniel capota e ele morre após salvar Viviane. O espírito de Francisca recebe o filho. Um mês se passa e Gilmar avisa Ricardo que Viviane saiu do coma. Ricardo a visita no hospital. Os dois trocam olhares e Ricardo fica nervoso. Beatriz fica indignada por não ter conseguido se casar com Daniel. Viviane sorri quando encontra o cordão que Daniel lhe deu. Breno conta para Ricardo que Daniel havia congelado seu sêmen para um trabalho da faculdade.

Quarta (14/04) - Ricardo fica eufórico ao saber que pode gerar um filho de Daniel. Vicente fica atônito ao saber da intenção do amigo. Viviane mente para Gilmar e diz que se chama Vitória. O secretário percebe que a moça está escondendo algo e pega a digital dela. Ricardo declara procurar uma mãe ideal para o filho de Daniel. Gilmar convence Mariana, Luciana e Suely a deixarem Vitória/Viviane morar com elas. Ricardo fica confuso ao ouvir Gilda dizer que tem um recado de Daniel.

Quinta (15/04) - Ricardo não acredita em Gilda e pede que o segurança a retire do local. Beatriz e Sofia vão até a casa de Petrópolis de Ricardo e pegam um anel de noivado que foi de Francisca. Ricardo pede que Gilmar entregue uma quantia para Vitória/Viviane e que marque um encontro com ela. Ricardo dá orientações a Gilmar sobre as características da mulher ideal para ser mãe de seu neto. Beatriz mente para Ricardo ao dizer que ganhou o anel de Daniel. Ricardo fica comovido.

Sexta (16/04) - Ricardo pensa em escolher Beatriz para ser a mãe do filho de Daniel. Gilmar diz a Suely que tem um plano para mudar de vida. Ricardo para no local em que ocorreu o acidente com seu filho. O espírito de Daniel e o anjo Athael chegam perto de Ricardo, que não os vê. Daniel abraça o pai. Jovenil reclama que Jair é preguiçoso e que não consegue um emprego. Gilmar revela a Viviane/Vitória ter descoberto seu verdadeiro nome e que ela tem ficha na polícia por roubo de joias.

Sábado (17/04) - Gilmar acusa Viviane de ser a responsável pelo acidente com Daniel. Ele ameaça entregar a moça à polícia caso ela não colabore com seu plano. O secretário diz que a transformará na mulher ideal para ser a mãe do filho de Daniel. Sofia pressiona Beatriz a parecer uma mulher interessante para ser escolhida para gerar o neto de Ricardo. Viviane reza para Daniel e Gilmar fica tenso ao ver que Ricardo está chegando ao local.

Sexta (16/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

Sábado (17/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

Sexta (16/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

Sábado (17/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

TEMPOS MODERNOS - Rede Globo - 19h15 Segunda (12/04) - Goretti nega que tenha preparado um dossiê contra o pai e Leal decide chamar Calógeras para confrontá-la. Led se desentende com Gaulês por ciúmes de Katrina. O jovem se machuca e vai parar no hospital. Leal pergunta a Nelinha o motivo de sua separação de Zeca, mas a astrônoma desconversa. Valvênio volta a monitorar Frank e tenta descobrir quem está manipulando o computador. Niemann leva um dossiê a Leal e mostra um documento assinado por Goretti com o pedido de interdição.

Terça (13/04) - Leal se decepciona com Goretti e é confortado por Niemann. Renato flagra Zeca dizendo que é irmão de Nelinha, mas o eletricista disfarça. Leal suspeita de que Niemann seja uma má influencia para Goretti e pede para Calógeras investigar o pedido de interdição. Hélia se anima com a proposta de fazer um programa de dança via internet. Niemann emite uma ordem, em nome de Goretti, proibindo a entrada dos amigos de Leal no Titã. Leal se revolta e confronta Goretti.

Quarta (14/04) - Leal diz a Goretti que quer seu império de volta. Mesmo contrariada, ela aceita devolver o comando das empresas ao pai. Ditta leva Led para fazer fisioterapia no Pilhanatural. Niemann desaparece e Deodora se preocupa. Leal procura Iolanda e revela que tem dificuldade para ler. Zeca diz a Nabuco que teme que Leal reaja mal ao saber que é seu pai. Valvênio descobre que o computador que comanda Frank pertence a Niemann. Leal desiste de construir o Titã II e comunica sua decisão a Ramón.

Quinta (15/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

VIVER A VIDA - Rede Globo - 21h Segunda (12/04) - Helena fica insegura na presença de Silvia. Jean admira a infraestrutura do quarto de Luciana. Tereza fica indignada ao saber que Ingrid foi falar com Luciana. Ellen se irrita com as provocações de Ricardo. Jorge e Ariane conversam sobre filhos. Helena acalma Sandrinha e consegue fazê-la dormir. Dora e Garcia parabenizam Rafaela por seu aniversário. Chica avisa que chegou uma entrega para Luciana. Ela fica encantada com a handbike e Miguel surge no jardim, surpreendendo a namorada.

Terça (13/04) - Tomie e Yolanda comentam sobre o encantamento de Ariane com Jorge. Miguel, Larissa e Grazie checam as adaptações que precisam ser feitas na handbike. Felipe convence Renata a comer. Marcos chega à festa. Betina revela a Ingrid que Carlos desistiu dela. Carlos vai à emissora falar com Malu, que faz charme para ele. Dora fica comovida ao ver Rafaela abraçando Garcia e agradecendo pela festa. Ingrid se surpreende ao ver Tereza em seu estúdio para conversar sobre Luciana.

Quarta (14/04) - Miguel manda Ingrid embora de seu consultório. Helena convence Sandrinha a deixar Edite levar José para Búzios. Ariane convida Jorge para jantar. Malu e Carlos assistem juntos à entrevista que ele deu. Luciana conta para Marcos que Tereza está namorando Jean e ele fica incomodado. Tereza fica indignada ao saber que Ingrid foi falar com Luciana. Jorge e Ariane conversam sobre filhos. Tereza afirma que vai tirar satisfações com Ingrid. Helena acalma Sandrinha e consegue fazê-la dormir.

Quinta (15/04) - Dora e Garcia parabenizam Rafaela por seu aniversário. Chica avisa que chegou uma entrega para Luciana. Luciana consegue assinar a guia do entregador e Tereza fica orgulhosa. Luciana fica encantada com a "handbike" e Miguel surge no jardim, surpreendendo a namorada. Soraia fica com inveja ao ver Garcia acariciando a barriga de Dora. Dora diz a Marcos que vai provar que ele é o pai de seu filho. Ingrid se surpreende ao ver Tereza em seu estúdio para conversar sobre Luciana.

BELA, A FEIA - Record - 19h40 Segunda (12/04) - Valentina fica feliz ao ser escolhida a nova diretora presidente da Mais Brasil. Bela fica nervosa ao ver as amigas do almoxarifado. Nelson diz que Valentina é feia. Valentina chega em casa, paparica o filho e volta a ser a velha Bela de sempre. Valentina chega para seu primeiro dia de trabalho. Elvira diz estar ansiosa para Clemente cantar na televisão e Rodolfo tenta acalmá-la. Rodrigo entra de surpresa na sala de Valentina. Bela tenta conter a emoção e Rodrigo fica impressionado com a visão de Valentina.

Terça (13/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

Quarta (14/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

Quinta (15/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

Sexta (16/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.

Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.


O JORNA L JORNAL

Jornal da TV 10

Domingo, 11 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br

FILMES DA SEMANA DOMINGO, 11/04 Todo Poderoso (Globo, 13:45 h) Bruce Almighty, de Tom Shadyac. Com Jim Carrey, Jennifer Aniston e Morgan Freeman. EUA, 2003, cor, 101 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Jornalista, com um bom emprego na televisão e uma bela namorada, tem um acesso de fúria e começa a questionar as decisões de Deus. O Todo Poderoso decide lhe ceder seu posto por um dia para que ele sinta na própria pele como é difícil tomar conta de tudo o que acontece. Lugares Comunes (TV Brasil, 23 h) Lugares Comunes, de Adolfo Aristarain. Com Federico Luppi, Mercedes Sampietro e Arturo Puig. Argentina, 2002, cor, 112 min. Classificação etária: 18 anos. Drama – Casal desiludido tenta salvar a relação. Apesar do desgaste, eles se empenharão, já que só têm um ao outro. Em Má Companhia (Globo, 23:40 h) Bad Company, de Joel Schumacher. Com Anthony Hopkins, Chris Rock e Matthew Marsh. EUA, 2002, cor, 116 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Quando um talentoso agente da CIA é morto durante uma ação, a organização decide contratar seu irmão gêmeo para terminar seu trabalho. O rapaz, que é um malandro das ruas e não tem a mínima experiência, será treinado por um experiente agente, que lhe ensinará a pensar, falar e agir como um membro da organização. O Pescador de Ilusões (Globo, 01:40 h) The Fisher King, de Terry Gilliam. Com Jeff Bridges, Robin Williams e Amanda Plummer. Inglaterra, 1991, cor, 137 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Radialista de Nova York abandona sua carreira, pois um de seus ouvintes, seguindo a risca seus conselhos, mata diversas pessoas em um bar de yuppies. Deprimido, ele encontra casualmente um ex-professor de história medieval, que se tornou mendigo após o assassinato da esposa. Juntos pretendem roubar o Santo Graal, que segundo o ex-professor, está na posse de um morador milionário de Manhattan.

SEGUNDA, 12/04 Sexta-Feira Muito Louca (Globo, 15:45 h) Freaky Friday, de Mark Waters. Com Jamie Lee Curtis, Lindsay Lohan e Mark Harmon. EUA, 2003, cor, 97 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Mãe e filha, depois de muitas brigas, vão viver uma experiência única: trocarão de corpos. Norbit (Globo, 22:10 h) Norbit, de Brian Robbins. Com Eddie Murphy, Thandie Newton e Cuba Gooding Jr. EUA, 2007, cor, 102 min. A emissora não informou a classificação etária.

Comédia – Norbit, homem delicado e amável, se casa com uma megera. No trabalho, além de ter que se submeter aos desmandos de sua mulher, também é obrigado a aguentar amolações de seus cunhados. No entanto, a vida de Norbit ganhará novo sentido quando ele reencontrar um grande amor do passado. Viva Voz (Globo, 02:05 h) Viva Voz, de Paulo Morelli. Com Vivianne Pasmanter, Betty Gofman e Dan Stulbach. Brasil, 2003, cor, 87 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Duda é um empresário que está prestes a receber uma grande quantia de dinheiro. Decidido a colocar sua vida em ordem quando isso acontecer, tentará ser tudo que não é: honesto, fiel e seguro de si. Sua primeira atitude é romper com sua amante. O problema é que sua esposa, que não sabia da existência da outra, ouve a conversa.

TERÇA, 13/04 Os Meninos Voadores (Globo, 15:50 h) The Flayboys, de Rocco DeVilliers. Com Jesse James, Reiley McClendon e Stephen Baldwin. EUA, 2008, cor, 118 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Jason e Kyle resolvem matar aula e visitar o aeroporto local. Durante a visita, eles entram em um dos aviões e começam a brincar. Tinha tudo para ser uma tarde divertida, mas os donos do avião aparecem e, para não serem pegos, os dois se escondem dentro do compartimento de bagagem. Começa então a maior aventura de suas vidas.

QUARTA, 14/04 Meu Marciano Favorito (Globo, 15:50 h) My Favorite Martian, de Donald Petrie. Com Jeff Daniels, Christopher Lloyd e Elizabeth Hurley. EUA, 1999, cor, 94 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Marciano inofensivo cai acidentalmente na Terra e passa a fazer parte da vida de um repórter de tevê. O adorável extraterrestre, que precisa permanecer icógnito, usará seus poderes para voltar para Marte. Seu amigo, no entanto, negocia a exibição da notícia em rede nacional. Dawn Anna - Por Amor A Vida (ou “Uma Cidade em Perigo”, opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) Dawn Anna, de Arliss Howard. Com Debra Winger, Alex Van e Sam Howard. EUA, 2005, cor, 88 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Dawn Anna Townsendluta luta para criar quatro filhos e reconstruir sua vida após uma doença debilitante, que a obriga a reaprender a andar e falar. Ela então se vê envolvida em uma tragédia que abalou os EUA, o famoso massacre da escola Columbine, no qual uma das vítimas foi seu filho. Uma Cidade em Perigo (ou “Dawn Anna - Por Amor A Vida”, opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) Wild Grizzly, de Sean McNamara. Com Daniel Baldwin, Michele Greene e Riley Smith. EUA, 1999, cor, 89 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação – Um enorme urso escapa da floresta e vai parar em um vilarejo próximo, espalhando medo entre os habitantes.

QUINTA, 15/04

American Pie - A Primeira Vez É Inesquecível (ou “Alien – O Oitavo Passageiro”, opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) American Pie, de Paul Weitz. Com Jason Biggs, Chris Klein e Thomas Ian Nicholas. EUA, 1999, cor, 95 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Quatro adolescentes fazem pacto para perder a virgindade antes da formatura. As tentativas são bem atrapalhadas. Tímidos ou atrevidos demais, eles farão qualquer coisa para atingir seus objetivos.

As Feras Da Música 2 (Globo, 15:50 h) The Cheetah Girls 2, de Kenny Ortega. Com Raven-Symone, Adrienne Bailon e Sabrina Bryan. EUA, 2006, cor, 113 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Quatro amigas formam uma banda pop e conseguem a oportunidade de suas vidas quando são convidadas para tocar em Barcelona, em um festival internacional de música. Rumo ao evento, as inseparáveis amigas descobrem que, apesar das diferenças, possuem a sorte de contar umas com as outras.

Alien – O Oitavo Passageiro (ou “American Pie - A Primeira Vez É Inesquecível”, opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) Alien, de Ridley Scott. Com Tom Skerritt, Sigourney Weaver e Veronica Cartwright. Inglaterra, 1979, cor, 117 min. A emissora não informou a classificação etária. Ficção Científica – Sete astronautas regressam à Terra após inspecionar um planeta que, aparentemente, não indicava a existência de qualquer forma de vida. No entanto, serão surpreendidos por uma criatura extraterrestre, que entra na aeronave e espalha terror entre os tripulantes.

Nunca Te Amei (ou “Simplesmente Martha”, opção do Intercine) (Globo, 02;10 h) The Browning Version, de Mike Figgis. Com Albert Finney, Greta Scacchi e Matthew Modine. EUA e Inglaterra, 1994, cor, 97 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Em um tradicional colégio inglês, um sisudo professor de latim, prestes a se aposentar, enfrenta sérios problemas pessoais e profissionais. Vivendo uma relação distante com a esposa e percebendo que nunca estabeleceu um contato verdadeiro com os estudantes, ele encontra consolo na amizade com um jovem professor americano e em um aluno que demonstra um talento genuíno para a literatura.

Simplesmente Martha (ou “Nunca Te Amei”, opção do Intercine) (Globo, 02:10 h) Mostly Martha, de Sandra Nettelbeck. Com Martina Gedeck, Maxime Foerste e August Zirner. EUA, Inglaterra, 2001, cor, 105 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Uma chefe de cozinha perfeccionista vê sua vida mudar radicalmente quando sua irmã morre e ela fica com a guarda da sobrinha. Por não estar acostumada a dedicar-se a outra coisa que não seja sua carreira, lhe custará assumir tal responsabilidade. Para complicar ainda mais sua existência, o restaurante no qual trabalha contrata um cozinheiro italiano, obrigando-a a conviver com gente nova e diferente.

SEXTA, 16/04 Gasparzinho e Wendy (Globo, 15:45 h) Casper Meets Wendy, de Sean McNamara. Com Hilary Duff, Shelley Duvall e Teri Garr. EUA, 1998, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Wendy, uma bruxinha boa, e suas três tias, igualmente bruxas porém atrapalhadas, tentam escapar de um bruxo malvado. Em um esconderijo, Wendy conhece Gasparzinho, o fantasminha camarada. Os dois começam uma linda amizade e juntos se preparam para combater o mal. Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria (TV Brasil, 22:30 h) Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria, de Hugo Carvana. Com Marco Nanini, Louise Cardoso e Antonio Pitanga. Brasil, 2003, cor, 117 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Famoso músico das noites boêmias do Rio de Janeiro deixa, como único legado ao filho, seu próprio cérebro. O que o jovem não sabia era que um cientista louco planejava transformá-lo em lucrativo negócio internacional. Os dois, com diferentes interesses, terão de brigar pela herança. Lance Livre (ou “Guerra Biológica”, opção do Intercine) (Globo, 04:05 h) Celtic Pride, de Tom DeCerchio. Com Damon Wayans, Daniel Stern e Dan Aykroyd. EUA, 1996, cor, 91 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Dois amigos, fanáticos torcedores do Boston Celtics, arquitetam um plano mirabolante para evitar que o time seja derrotado na final da NBA: seqüestram Lewis Scott, o principal astro do time adversário. Guerra Biológica (ou “Lance Livre”, opção do Intercine) (Globo, 04:05 h) The Patriot, de Dean Semler. Com Steven Seagal, Gailard Sartain e L. Q. Jones. EUA, 1998, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Imunologista, depois de aposentar-se da CIA, decide viver em uma pacata cidadezinha com sua filha. Mas volta à ação quando um grupo criminoso aterroriza a população local.


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