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Sistema S apoia e auxilia o desenvolvimento da sustentabilidade

nas empresas

Coca-cola ĂŠ a principal apoiadora do

dia mundial de limpeza de rios e praias

ONG implanta trabalho de coleta seletiva e desenvolve inclusĂŁo social em comunidades carentes


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Domingo, 12 de setembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: acao@ojornal-al.com.br

ONG Mares e Oceanos levam para a comunidade questões ambientais com o projeto Lixo no Lixo Com o objetivo de proteger a natureza contra as ações destrutivas do ser humano, a exemplo do lixo nas praias, rodovias e cidades, foi criada a Oscip "Mares e Oceanos" em Alagoas. Há sete anos, a Oscip vem atuando no litoral norte do Estado com ações educativas e distribuição de lixeiras. O diretor presidente da Oscip, Cristiano Santana, estudante de Administração geral, desenvolveu há cinco anos, uma campanha focada no litoral norte alagoano voltada à sustentabilidade, chamada "Lixo no lixo". Onde são distribuídas lixeiras com a logomarca da Oscip e o nome do projeto, além de placas educativas. Segundo Cristiano, a distribuição das lixeiras é feita nas praias, estabelecimentos comerciais, bancas de revistas e pontos de vendas de Acarajé e Côco. "Esta ação tem alcançado resultados surpreendentes, e as pessoas começam a se mobilizarem para limpar o ambiente e colocar o lixo na lixeira", alerta. Esta iniciativa já começa com a reutilização de materiais, onde 90% das lixeiras são recicladas. Cristiano faz a pintura, coloca as logomarcas da "Mares e Oceanos" e da campanha. "São tonéis de produtos químicos transformados em lixeiras. Utilizamos a fórmula dos três "Rs" - reduzir, reutilizar e reciclar - e, as placas são feitas com zinco amassado que é consertado, pintado e transformado", explica. A educação ambiental também é um dos focos da Oscip, principalmente a conscientização para que as pessoas sejam educadas a colocarem o lixo nas lixeiras, e não em locais públicos e praias. De

acordo com Cristiano, Alagoas é um Estado que ainda está precário, no sentido de fazer uma coleta seletiva, mas já existem algumas ações dos órgãos ambientais. "Fazemos palestras nas comunidades explicando a importância da preservação da natureza, em parceria com o biólogo Claudio de Melo Lima Filho, biólogo e idealizador do Projeto "Faço Parte do Ambiente", onde conscientizamos as pessoas a cuidarem da natureza e a importância de cuidar do lixo, observando o amanhã". Outra parceria da Oscip, é com a Associação dos Ribeirinhos Amigos do Meio Ambiente - ARIBAMA. O diretor da "Mares e Oceanos" afirma que todo o investimento é feito de forma individual. "Costumo dizer que esse projeto é um filho que estou criando, e, com muita alegria, pois, estou mostrando que é uma ONG séria". Apesar de não ter ajuda financeira de nenhum outro órgão, Cristiano diz que há possibilidades de parcerias, basta que os interessados - instituições, empresas e órgãos ambientalistas - desenvolvam um projeto, e o submeta a direção da Oscip. Quando fundou a Mares e Oceanos, ele pensou exclusivamente na questão do lixo, e, até hoje há possibilidade de manter o projeto, mas caso alguma instituição queiram participar basta elaborar a proposta. "Todas as etapas estão sendo cumpridas, e, quem tem interesse em participar basta contactar a Oscip. O mais importante agora, são as doações de lixeiras, a exemplo de tonéis. Não visamos dinheiro, mas o desenvolvimento deste projeto, esta é a criatividade, a estratégia".

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O objetivo da Oscip é abranger todo o Estado de Alagoas, para que ele seja o Estado pioneiro na limpeza urbana no Nordeste. "Sinto que o contexto já está mudando, o poder público está realizando ações, encontramos mais limpezas. Observo que o Ministério Público está ajudando, o Instituto do Meio Ambiente IMA, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -IBAMA", esclarece.

Projetos

O idealizador da ONG Mares em plantio de mudas no mangue

e Oceanos Cristiano Santana

Além de está focada na área de educação ambiental, a "Mares e Oceanos" desenvolve outros projetos, a exemplo de um programa na área de esporte com 70 crianças em parceria com a associação ARIBAMA. "Fazemos coleta de lixo nos manguezais, estamos nos colégios da região informando e ministrando aulas sobre reciclagem". Outro projeto é uma parceria com a comunidade de Ipioca, onde Cristiano é consultor e está auxiliando na criação de uma outra ONG. Na próxima semana, esta nova Oscip já estará inaugurando sua placa, além de realizar ações educativas e distribuição de camisas para a comunidade, ajudando a desenvolver a área de Ipioca.

Respeito à natureza

Projeto Mares e Oceanos em ação com a comunidade realizando projetos sócio-ambientais

O respeito à natureza é o ponto alto da Oscip. Segundo Cristiano, duas coisas chamaram a atenção dele: o lixo nas rodovias do litoral norte alagoano, e, uma grande quantidade de lixo nos arrecifes da piscina natural de Ipioca. Pois, mesmo há sete metros debaixo d'água, enquanto mergulhava com outros pesquisadores, ele encontrou garrafas PET e muitas sacolas plásticas antigas, poluindo todo o lugar. "Devemos respeitar a natureza, isso foi um dos maiores motivos para que eu fundasse a Oscip 'Mares e Oceanos', sou cadastrado no Ministério da Justiça, e, só recebemos elogios. Tentamos ajudar as comunidades carentes, tirar as crianças da rua. Sinto-me realizado por ter uma Oscip respeitada e de referência em Alagoas e no Brasil", conclui.

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Unidade do Sesi sensibiliza e dissemina conhecimento sobre responsabilidade Social Com o objetivo de disseminar conceitos sobre a temática da responsabilidade social empresarial e desenvolver ações socioambientais para sua força de trabalho e para as empresas de Alagoas foi criada a Unidade de Responsabilidade Social do Serviço Social da Indústria - SESI/AL. De acordo com a gerente e gestora da Unidade de Responsabilidade Social do SESI/AL, Adriana Barreto Gomes, além de sensibilizar e disseminar conhecimentos sobre Responsabilidade Social, a Unidade ressalta aos colaboradores do Sistema FIEA e às empresas alagoanas os modernos sistemas de gestão e de administração. "Estabelecemos em seus preceitos que as ações de responsabilidade e sustentabilidade socioambiental são, hoje, não apenas um diferencial a ser buscado e conquistado pelas empresas, mas sim, atividades imprescindíveis de serem adotadas, incorporadas e desenvolvidas sistematicamente por todas as áreas de atuação das mesmas", observa. Atualmente, toda empresa deve orientar sua atuação com base em seu relacionamento ético e transparente com todas as partes interessadas, visando ao desenvolvimento sustentável, devendo para isso preservar os recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. "Por isso, o SESI/AL realizou a Semana Interna do Meio Ambiente como uma de suas ações com foco na responsabilidade socioambiental, e promoveu cursos para geração de renda com foco no desenvolvimento social das comunidades de entorno das instalações do SESI", explica. Segundo a gerente, a ação de responsabilidade socioambiental visa desenvolver uma gestão de excelência e a redução dos impactos sociais e ambientais. Várias atividades foram desenvolvidas por meio do Comitê de Responsabilidade Socioambiental com o objetivo de disseminar conhecimen-

to acerca da temática da responsabilidade social e ambiental; fortalecer a formação de uma gestão de excelência; promover o exercício da cidadania empresarial; reduzir nossos impactos ambientais; promover integração entre os colaboradores do Sistema FIEA; construir um mundo mais sustentável; promover a Sustentabilidade da instituição. Este trabalho desenvolvido pelo comitê resultou da iniciativa da gestora da Unidade de Responsabilidade Social do SESI/AL, para ser possível desenvolver além das consultorias nas empresas, um trabalho interno de responsabilidade socioambiental e desenvolvimento social. Pode ser salientado que no tema responsabilidade socioambiental consta trabalhar com a finalidade de orientar a organização para a importância de minimizar quaisquer impactos negativos que seus processos, produtos e instalações possam representar para a sociedade, bem como para a conservação dos recursos e a preservação dos ecossistemas. "No tema desenvolvimento social consta no trabalho direcionar sua força de trabalho e parceiros para o fortalecimento da sociedade, por meio de projetos sociais alinhados às necessidades das comunidades", salienta. Durante a semana do meio ambiente foram promovidas palestras, apresentações de vídeos, teste da pegada ecológica, distribuição de material educativo, concurso do mascote, esquete teatral, distribuição da caneca ecológica, encontro técnico da reserva ecológica Osvaldo Timóteo e o plantio de mil mudas de plantas da mata atlântica. "No dia 16 de outubro, esta mesma atividade será promovida para as empresas alagoanas interessadas em reduzir seus impactos sociais e ambientais, as quais podem contactar a Unidade de Responsabilidade Social Empresarial pelo telefone 2121-3035 ou pelo e-mail rsocial@al.sesi.org.br (Av. Fernandes Lima, 385 - Farol 4º andar da Casa da Indústria Napoleão Barbosa)", conclui.


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Voluntários limpam praias em Alagoas no

dia 18 de setembro

No próximo sábado, 18 de setembro, das 09h às 13h, será realizado em Maceió um dos mais bem sucedidos eventos voluntários do mundo: o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, que tem como objetivo remover o lixo e conscientizar as pessoas sobre a poluição nestes locais. A Coca-Cola Brasil, através de seus fabricantes, será mais uma vez a principal apoiadora do evento. Esta será a 17ª participação consecutiva da empresa na ação, que em Alagoas será promovida pela Conviver Bebidas e Alimentos. A ação contemplará as praias da Avenida (em frente às Lojas Americanas), Pajuçara (próximo ao Hotel Enseada e em frente ao Iate Clube Pajuçara), Ponta Verde (próximo ao Antigo Alagoinhas), Jatiúca (Posto 7), Jacarecica e Guaxuma. Ao todo, 500 voluntários estarão engajados, entre funcionários da empresa, esco-

las públicas, comunidade do Distrito Industrial e vários parceiros, como SEMPMA, SMCCU, IMA, Moinho Motrisa, Secretaria Estadual de Educação, SMPTUR, FACIMA, Sesc Guaxuma, Viva Ambiental, SLUM, METALIC e LBV. Para coletar o lixo, classificá-lo por itens, pesar e selecionar entre recicláveis e nãorecicláveis, os voluntários receberão bonés, sacos plásticos, luvas plásticas descartáveis, camisa, um formulário e lápis. Além disso, folhetos educativos e sacolas para lixo de carro serão distribuídos para chamar atenção da população para a importância da limpeza de praias, rios, lagos e lagoas. "O evento do Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, como ação de conscientização, tem uma importância pelo número de pessoas que reúne para tratar de um tema tão discutido atualmente e de suma importância para as gerações futuras, através da ação voluntária com atividades educativas, limpeza da praia, assim contribuindo para sensibi-

lizar as pessoas na mudança de atitude", destaca a gerente do Sistema de Gestão Integrada da Conviver Claudecila Maria dos Santos, responsável pelos projetos socioambientais da empresa.

Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias O Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias é coordenado desde 1986 pela ONG americana The Ocean Conservancy, com o objetivo de conscienti-

zar as pessoas sobre o problema da poluição do mar por lixo. É realizado em todo o mundo em conjunto com universidades, escolas, associações de moradores, organizações não-governamentais (ONGs), empresas, governos e entidades voluntárias. Em 2009, 16.000 voluntários recolheram 74 toneladas de lixo no Brasil, e em todo o mundo, aproximadamente 3 mil toneladas de lixo foram recolhidas por 400 mil voluntários de 100 países. Somente em Alagoas no ano passado, 550 voluntá-

rios recolheram cerca de 10 toneladas de lixo. O apoio ao Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias faz parte das iniciativas do programa de reciclagem "Reciclou Ganhou", coordenado pelo Instituto Coca-Cola Brasil. O programa envolve cooperativas, fabricantes, escolas, associações de moradores e outras entidades. Criado em 1999, o "Reciclou, Ganhou" é o responsável pela integração dos vários projetos de reciclagem do Sistema Coca-Cola Brasil em todo o país.


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Tragédia no Golfo do México preocupa coordenador do Greenpeace no Brasil Com o foco na exploração do petróleo no Brasil e dos riscos de uma tragédia semelhante ao que aconteceu no Golfo do México, o coordenador da campanha de energia do Greenpeace no Brasil, engenheiro Ricardo Baitelo, adverte contra riscos de vazamento na exploração submarina de petróleo no país, como o risco de um acidente na exploração do pré-sal. Segundo ele, "o estrago pode ser maior" em função da complexidade da exploração na camada pré-sal, cuja lâmina d'água é mais profunda que a do Golfo do México. O

engenheiro não arrisca uma previsão sobre o impacto de um acidente nos moldes do que aconteceu com a plataforma da BritishPetroleum. "Não se pode dizer que vá necessariamente acontecer um acidente, mas se considerarmos toda a exploração de petróleo e os incidentes inesperados, podemos dizer que, por natureza, existe o risco. No Brasil, ele aumenta por dois fatores: a indicação de que o campo de Tupi seria um dos 10 mais perigosos do mundo, e a complexidade da exploração do pré-sal". O especialista explica que,

como a lâmina d'água é mais profunda que a do Golfo do México e a perfuração é mais complexa, o estrago pode ser maior. Mas não dá para presumir isso, porque a complexidade da exploração neste caso é maior (que no caso da plataforma da BP). Baitelo orienta que para evitar um desastre como esse, obviamente, devem ser realizados testes e pesquisas, o que já vem sendo feito há algum tempo. "Hoje, é difícil garantir que esses acidentes não vão acontecer. Mesmo em bacias mais conhecidas há acidentes", informa.

Um exemplo, foi o último de grande porte no Brasil da P-36 (em março de 2001, a plataforma P-36 da Petrobras, à época a maior e mais avançada plataforma semisubmersível do mundo, afundou após três explosões seguidas, matando 11 funcionários. Anualmente, acontecem acidentes de grande e médio porte no Brasil. O impacto depende do tipo do acidente. Quando é um vazamento na superfície, o dano é menor, mas quando é submarino, é mais difícil de extrair o óleo pela superfície ou evaporá-lo.

Segundo Baitelo, não existe uma fórmula de fonte de energia que poderia substituir os combustíveis fósseis. Mas é um receita de vários passos que busca reduzir em 50% o consumo de petróleo até 2050. "O Greenpeace trabalha com um cenário de substituição do petróleo e redução do seu uso em todos os setores. No lado da energia, é mais fácil, você tem um grande potencial para formas de energias renováveis, como a eólica, que pode ser usada em veículos híbridos ou movidos a energia solar", garante.

Com pensamento ambiental a cidade de Joinville ganhará hospital ecologicamente correto Obra será construída com processos que não agridem o meio ambiente De prédio verde já se ouviu falar, mas hospital ainda é novidade. Em Joinville (SC), a sustentabilidade é a aposta do Complexo Hospitalar Vida Center, que será uma obra planejada para não agredir o meio ambiente. Reutilização de água, coberturas verdes, iluminação natural e gestão de resíduos na obra e no prédio serão dos processos que o hospital promete aplicar. O complexo pretende ser referência no atendimento de pessoas com problemas renais e, para isso, promete oferecer 160 leitos - sendo 30 de UTI - com 25 posições de tratamento de hemodiálise. Além disso, haverá áreas cirúrgicas, com oito salas de operações, transplantes de órgãos e cirurgias cardíacas, além de um amplo estacionamento para bicicletas. A previsão é de que a obra seja entregue em até dois anos, a um custo de cerca de R$ 75 milhões. Precedente Além da obra de Joinville, o Brasil já tem um hospital ecologicamente correto, o Albert Einstein, cuja unidade no Morumbi foi certificada pelo Green Building Brasil como uma construção ecologicamente correta. Andrés Bruzzone Comunicação


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Simples cuidados para ter uma casa sustentável Para ter uma casa sustentável e que não agrida o meio ambiente, basta ter simples cuidados, que já fazem uma grande diferença na natureza. Mais que uma realidade, cada vez mais a casa sustentável é uma necessidade. De acordo com o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea), a construção civil é o segmento que mais consome matérias-primas e recursos naturais no mundo. Por isso, construções sustentáveis podem reverter o quadro de degradação ambiental e preservar os recursos naturais para gerações futuras. Em tempos de mudanças climáticas, quanto mais opções que poupem o meio ambiente, melhor. E a maioria das inovações não é cara ou dá retorno financeiro a médio e longo prazo, o que pode sensibilizar bolsos mais resistentes. Algumas ações práticas e simples podem fazer muita diferença na natureza. Por exemplo, como se trata de um mercado em constante renovação, é possível obter informações pela internet sobre quem trabalha com esse tipo de material e quais são as novas tendências, como trocar os materiais de construção pelos produzidos com baixo custo ambiental. Utilizar o tijolo de solocimento em lugar do tradicional. Pode

custar mais, mas dispensa o acabamento com massa corrida, ou seja, o custo fica zero a zero. Outra ação sustentável é isolar bem a casa, como forma de aproveitar ao máximo a refrigeração e o aquecimento, evitando desperdícios. Alguns sistemas de captação de energia solar e de água da chuva são mais complexos de serem instalados, mas dá resultados e retorno do investimento a médio e longo prazo. Medidores de consumo de água ajudam a controlar e reduzir o consumo e trocar lâmpadas comuns pelas fluorescentes, que consomem menos, também são pequenas ações que geram bons resultados. Em vez de ar-condicionado, podem ser utilizados ventiladores de teto. Também servem no frio, para movimentar o ar quente concentrado no alto. A plantação de árvores é outra forma de ter uma casa sustentável, de preferência as frutíferas, pois além de consumir a produção é possível iniciar uma horta. O uso de utensílios do lar, como eletrodomésticos com certificados de que não agridem o meio ambiente, e vassouras feitas a partir de mata desmatada legalmente são ações simples e de grandes resultados.

Metais que poluem rios é barrado por enxofre Pesquisa foi feita por dois anos nas águas de cidade do interior de SP As margens do rio Tietê em Bom Jesus do Pirapora, interior paulista, contêm elevadas concentrações de cobre, cromo e zinco, segundo estudo do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba. Até aí, sem grandes novidades. A surpresa é que a pesquisa constatou que o enxofre, originado dos esgotos domésticos sem tratamento, forma com esses metais pesados os sulfetos metálicos – elemento com baixa

solubilidade, que retém os metais nos sedimentos. Para traduzir do cientifiquês para o português, isso significa o seguinte: o estudo constatou que o enxofre pode ajudar a controlar a poluição do rio causada pelos metais pesados, ao menos nessa região. A pesquisa foi feita durante dois anos, com análises da ocorrência e distribuição de metais pesados extraídos dos sedimentos de fundo,

de toda a bacia do rio que corta o Estado. As amostras foram coletadas da nascente, em Salesópolis, até a foz, em Pereira Barreto. Os resultados do levantamento apontam diversos pontos do rio com elevadas concentrações de metais pesados, como o cádmio, chumbo, cobalto, cobre, cromo, níquel e zinco – todos altamente prejudiciais à saúde humana, animal e vegetal. Quando disseminadas na água,

no solo ou no ar, essas substâncias podem ser absorvidas pelos vegetais e animais que ali estão, e causar intoxicações em toda a cadeia alimentar. No caso do ser humano, além de doenças, os metais pesados, quando absorvidos pelo corpo, se depositam no tecido ósseo e gorduroso, ocupando o espaço de minerais nobres e deslocando-os, o que provoca doenças. Andrés Bruzzone Comunicação

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