OJORNAL 15/05/2011

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O JORNA L Maceió, domingo, 15 de maio de 2011 | Ano XVII | Nº 200 | www.ojornalweb.com

ALAGOAS

R$ 3,00 Larissa Fontes - Estagiária

EDITORIAL

SEMPRE POR ALAGOAS A semana que passou e as ações reivindicatórias dos servidores públicos estaduais nos levam, obrigatoriamente, a temer quanto ao desenvolvimento que tanto almejamos para Alagoas. Os fatos ocorridos, as demonstrações de insatisfação, os riscos de enfrentamento e de depredação do patrimônio público, somados ao Aeroporto Zumbi dos Palmares parado, foram noticiados pelos meios de comunicação Brasil afora. O sentimento de insegurança, já comumente vivido pelos alagoanos, atingiu turistas e empresários que trazem e pensam em trazer ainda mais divisas e investimentos para o Estado. Esses ficaram ilhados. Não podiam chegar nem sair de Alagoas. Se já é líder nacional nos índices de violência entre todos os demais entes da federação, o Estado viveu a inusitada situação de ter o aeroporto fechado por conta da incapacidade e imaturidade dos representantes do governo estadual em negociar com os movimentos dos servidores públicos. Tal situação é preocupante. Enquanto o governador Téo Vilela declara sua luta para conquistar novos empresários com promessas de estruturação e isenção fiscal, ao mesmo tempo em que alardeia e comemora o aumento do número de leitos do setor hoteleiro em seu governo, tais argumentos podem ser, agora, facilmente derrotados por conta da crise institucional. O lamentável de tudo isso é que a crise institucional e a imagem negativa levada para fora de Alagoas simplesmente quebram o discurso esperançoso do chefe do Executivo alagoano. As declarações eivadas de incapacidade de análise do momento dadas por assessores do primeiro escalão apenas acirraram os ânimos. As ameaças, por outro lado, também ajudaram a alimentar o fogo da revolta que vimos nas ruas. Sem falar na incompetência clara dos principais auxiliares do governador em deixar um canal de diálogo sempre aberto. Ora, o fato é que a bomba agora repousa no colo do governador Téo Vilela, que não percebeu a disputa interna pelos holofotes de demonstração de poder e as declarações ameaçadoras e humilhantes dos seus secretários contra os movimentos sindicais que reivindicam o que consideram seu por direito. Precisam saber esses auxiliares que podem ter colaborado para a eleição do governador, mas a vitória e a responsabilidade são do governador eleito. Esses auxiliares estão nos cargos porque foram convidados e, por isso, precisam ser humildes e pensar mais nas atitudes que vão tomar para não atrapalhar o governo e o Estado de Alagoas. O nosso objetivo é que Alagoas não perca, outra vez, a possibilidade de ter algum desenvolvimento nesta década, e é preciso que os espíritos sejam desarmados. A negociação, o diálogo incansável, ainda é a melhor ferramenta no processo democrático que busca o entendimento. Jamais o melhor caminho é a intimidação ou declarações que humilham aqueles que reivindicam, pois no processo democrático quem vence um pleito governa para os dois lados: nos que votaram no vencedor e naqueles que negaram a confiança no seu projeto. Isso impõe ao governante e aos seus assessores sentar ao lado dos descontentes, sempre. Por fim, vamos trabalhar mais, atrapalhar menos e caminhar para o futuro.

no Congresso Nacional um projeto de lei que quer limitar o acesso de jovens e adolescentes às casas de jogos de computador e à Internet. Em Alagoas já existe a legislação específica, mas ainda falta a fiscalização. Tramita Página A12

Faltam leitos nos hospitais do Estado

Páginas A9, A10 e A11

ONTEM

Giselle Batista estará em Mulher Invisível

HOJE HOJE

om 41 árvores centenárias, a Rua Augusta é considerada o “pulmão” do centro de Maceió. Moradores e comerciantes instalados no local querem a transformação da rua em calçadão. Na foto de “ontem”, como era a rua no início do século XX. Páginas A13 e A14

C

Os mares navegados por Eugênio Jucá

Jornal destaca os 60 anos da Laginha Respeitado no segmento sucroenergético, o JornalCana dedicou, na última edição, matéria especial aos 60 anos da Usina Laginha. Páginas A22 e A23

Em PE, Santa Cruz e Sport decidem título

Na Vila, Santos pega Corinthians na decisão

Esportes

Esportes

Sacola plástica: uma ameaça à natureza

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O JORNAL

Política A2

Domingo, 15 de maio de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br

NEGOCIAR PARA CRESCER A cena da semana que passou, onde o Aeroporto Zumbi dos Palmares precisou ser fechado pela ausência de bombeiros, demonstra muito a situação delicada que vive o governo e que, na prática, afasta qualquer tipo de recurso externo para o crescimento estadual. O pior disso tudo é que a crise institucional está sendo gerada pela falta de diálogo, negociação e bom senso. O governo estadual se nega a conversar com os sindicalistas que lideram o movimento e que, por outro lado, não querem negociar com os secretários, pela relação já desgastada vinda da sequência de ataques, muitos deles irônicos, como os que, recentemente, atingiram os procuradores de Estado, categoria que por muito tempo foi uma das mais confiantes no atual governo. E como resolver este impasse depois das cenas inesquecíveis como as vividas na Assembleia Legislativa? Essa resposta só saberemos no decorrer da semana. O problema é que outras categorias estão entrando em greve a partir desta semana, como os fiscais de renda.

INQUÉRITOS 1 O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, convocou os promotores criminais da capital para participar de reunião de lançamento do Núcleo de Inquéritos do 1º Centro de Apoio Operacional. O encontro acontecerá amanhã, na sala dos colegiados do MPE, a partir das 10 horas. Quem vai explicar como funcionará o núcleo é sua coordenadora, a promotora de Justiça Karla Padilha.

INQUÉRITOS 2 Com o núcleo, os inquéritos policiais passarão a ser remetidos diretamente ao Ministério Público, ao invés de seguirem para o fórum. A ação, segundo o MPE, dará mais celeridade às ações penais de titularidade da instituição. O setor também será responsável pelo recebimento e cadastro de procedimentos policiais, bem como pela distribuição aos promotores de Justiça da área criminal.

INQUÉRITOS 3

Policiais e bombeiros em protesto na última quarta-feira: principal motivo foi reajuste salarial de 5,91% anunciado pelo governo do Estado

Protestos de policiais na ALE e o levante de 17 de julho de 1997 Lideranças alertam: sem diálogo, governo pode provocar manifestação mais grave Gilson Monteiro Repórter

Como em Arapiraca e em Maceió há mais de um promotor criminal, os inquéritos serão encaminhados para os núcleos. A medida foi originada a partir da Meta 2 da Estratégia Nacional de Segurança Pública (Enasp), que prevê que os inquéritos instaurados até 31 de dezembro de 2007, e ainda pendentes, devem ser concluídos até este ano.

UFAL As inscrições das chapas para as eleições de reitor e vice-reitor da Universidade Federal de Alagoas devem ser realizadas até amanhã, às 12 horas. O sorteio dos números das chapas inscritas será realizado no auditório da Biblioteca Central, amanhã mesmo, a partir das 15 horas.

SAINDO O vereador Ricardo Barbosa já abriu mão de permanecer no PSOL. Ele sabe que será expulso do partido caso não saia por ter entrado em confronto com o grupo de Heloísa Helena. No entanto, a mudança só deve acontecer em setembro, véspera do prazo para filiação partidária. Barbosa tem convites do PT e do PV.

O que temos hoje é uma Assembleia Legislativa que não propõe saídas e não se mostra aliada do povo. E, se não é aliada da sociedade, pode acabar virando alvo das insatisfações também, que foi o que aconteceu no 17 de julho”

Judson Cabral (PT),

Gabriela Lapa Estagiária*

Na última terça-feira, as insatisfações do funcionalismo público estadual culminaram em um ataque ao prédio da Assembleia Legislativa, depois de uma passeata que reuniu uma multidão nas ruas do centro de Maceió. As vidraças quebradas e manifestantes tentando invadir o prédio do Poder Legislativo, guardadas as devidas proporções, acabaram remetendo ao histórico levante de 17 de julho de 1997, quando centenas de servidores públicos cercaram a Assembleia para forçar os deputados a votarem o impeachment do então governador Divaldo Suruagy, que acabou, depois, renunciando. Na época, a ocupação da Assembleia foi o estopim de uma crise que começou sete meses antes, quando o Estado, falido, deixou de pagar salário aos servidores. Sem dinheiro e

sem crédito no comércio, mé- vidas - as pessoas começaram dicos, professores e policiais a cometer suicídio. Muitos mipassaram a pressionar o go- litares mataram as famílias. O verno com manifestações qua- restante se juntou ao movise diárias, até que todo o ser- mento para pressionar viço público parou, e mais de Suruagy, e deu a força que fal10 mil trabalhadores foram às tava para o levante”, lembra ruas cobrar a saída de Suruagy. Simas. O cabo da Polícia Militar Wagner Simas, presiREAJUSTE - Atudente da Associação almente, a onda de dos Praças (Aspras) reivindicações gira Policiais se em torno da medida e um dos participantes do levante de juqueixam da anunciada pelo golho de 1997, lembra verno do Estado, em maneira que a postura do goabril, de uma política como o verno e o envolvide reajuste salarial governo mento dos militares, que, este ano, de na época, foram fatoacordo com o Índice trata os res decisivos para a de Preços ao Consuservidores organização dos momidor Ampliado vimentos grevistas. (IPCA), ficaria em “Havia muita perse5,91%. Simas diz que, guição aos manifescomo os outros servidores, tantes. Depois, veio a os militares também reclamam criação do Plano de Demissão o aumento do percentual, mas, Voluntária (PDV), que foi pen- ao contrário de julho de 1997, sado como uma solução e aca- não aderiram totalmente ao bou agravando ainda mais a movimento grevista. Mesmo insatisfação popular. O núme- assim, o cabo não descarta a ro de servidores demitidos possibilidade de a categoria se ficou maior do que a capacida- reunir às demais, se a falta de de do Estado de pagar as dí- diálogo com o Estado se pro-

longar. “A Secretaria de Defesa Social não abre espaço para discussão. E não é com ditadura que os problemas se resolvem. Desse jeito, a Secretaria vai acabar afastando ainda mais os insatisfeitos e provocando um movimento maior”, avalia. Na briga pelo reajuste, em greve há 18 dias, os policiais civis também se queixam da maneira como o governo vem tratando os servidores. “Primeiro nos disseram que não havia possibilidade de aumento, e que o percentual ficaria em 5,91%. Agora o discurso mudou e nos ofereceram 7% dividido em duas vezes. Se há condições de fazer essa segunda proposta, então a reivindicação dos servidores não está tão longe de ser alcançada. Se aumentaram a oferta, é porque o Estado tem dinheiro para pagar”, diz o diretor da Confederação Brasileira de Policiais Civis (Cobrapol), José Carlos Fernandes Neto. * Sob a supervisão da Editoria de Política

deputado estadual

EU QUERO

Um grupo de deputados estaduais agora pressiona o presidente Fernando Toledo (PSDB) para que ele aplique ainda este mês o reajuste salarial, obtido com a derrubada do veto governamental na última semana. A decisão tem que ser tomada até quinta-feira, quando a folha será fechada. Os salários saltam de R$ 9,6 mil para pouco mais de R$ 20 mil.

IML

A Assembleia Legislativa aprovou, na semana que se passou, por unanimidade, requerimento do deputado Dudu Holanda que solicita ao governo do Estado e à Secretaria de Defesa Social (SDS) a retomada das obras de construção do Instituto Médico Legal (IML) de Palmeira dos Índios. Ele explicou que decidiu apresentar o requerimento após ser procurado por uma comissão de moradores da cidade, solicitando uma solução para o problema.

DIRETAS Valério do INSS largou na frente. É dele o primeiro adesivo de olho nas eleições de vereador em Maceió que está nas ruas. Em breve, outros seguirão a mesma ideia. A CPI da TIM definiu convidar para quarta-feira (18) o presidente da OAB de Arapiraca, Maurício Fernandes, e o promotor de Justiça Saulo Ventura. O secretário municipal de Direitos Humanos, Pedro Montenegro, está engajado para evitar problemas na eleição do Conselho Tutelar de Maceió. José Pinto de Luna, da SMTT, tem sido o secretário mais criticado entre os assessores de Cícero Almeida. Ele nem sequer diminuiu os problemas do trânsito na cidade.

Para Judson Cabral, governador precisa dar respostas imediatas

Wagner Simas afirma que a SDS não abre espaço para discussão

Assembleia pode ser alvo de protestos, diz Judson O deputado Judson Cabral (PT) diz que o contexto sociopolítico é outro, mas que o governo do Estado precisa tomar atitudes para evitar que as insatisfações acumuladas não deságuem em uma reação mais violenta da população. “No 17 de julho, o contexto sociopolítico era diferente, e tínhamos pessoas sem receber salário. Não se tratava nem de reajuste. Mas com tantas insatisfações acumuladas, como salário sem reajuste, decisões judiciais sendo descumpridas, caos na educação, no atendimento à saúde, psicologica-

mente isso tudo somando pode levar a reações mais extremas da sociedade, que nesta última terça-feira deu uma amostra clara de sua insatisfação”, avalia o deputado. Judson critica ainda a postura da Assembléia Legislativa, o que, segundo ele, pode fazer da Casa o alvo das insatisfações da população, como aconteceu em 1997. “O que temos hoje é uma Assembleia Legislativa que não propõe saídas e não se mostra aliada do povo. E, se não é aliada da sociedade, pode acabar virando alvo das insatisfações também, que

foi o que aconteceu no 17 de julho”, avalia o deputado. O parlamentar lembra que a insatisfação com a gestão estadual não se restringe ao funcionalismo público. “Quanto temos uma insatisfação dessa magnitude, isso reflete em toda a sociedade. Pois o funcionário insatisfeito já não se dedica no seu trabalho, seja atendendo no hospital ou na escola, e isso vira uma cadeia de insatisfação que pode levar a medidas extremas. O cidadão sai de manhã para o trabalho e o transporte público é um caos. Chega ao trabalho não tem estímulo

nem salário digno, sai à rua não tem segurança. È uma série de problemas que vão se avolumando e não se sabe até onde o povo suportará isso”, diz Judson, cobrando respostas do governo do Estado. “Diante desse quadro, o governador precisa dar respostas imediatas, levando a sério as reivindicações dos trabalhadores. A segurança está caótica, a educação está um descaso, o HGE [Hospital Geral do Estado] tem um atendimento desumano. É preciso dialogar com a sociedade e tentar resolver”, sugere o deputado. (G.M./G.L.)

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Política

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Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com

SE VIREM! O deputado federal Rui Palmeira (PSDB) disse à coluna que saiu frustrado do encontro com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. A bancada alagoana pediu ao ministro para ajudar a Eletrobras Distribuidora – que herdou o patrimônio falido da extinta Ceal e presta um serviço de péssima qualidade à população. Ao contrário do que disseram sobre o encontro, o deputado Rui Palmeira sustentou que o ministro em nenhum momento se comprometeu a ajudar. Na verdade, o ministro Edison Lobão disse à bancada que a solução do problema é a privatização da concessionária de energia elétrica e que o governo não vai investir na empresa em Alagoas porque sabe que não tem retorno algum. Trocando em miúdos: o ministro mandou que se virassem com o que tem. Como o que se tem é muito pouco para resolver o volumoso problema, a esperança – aliás, a única esperança – é que a Eletrobras Distribuidora consiga fazer caixa e bancar a reforma do sistema obsoleto sem a ajuda federal.

LIVRE

FORTE

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, comunicou à bancada alagoana que nos cinco estados onde a Eletrobras Distribuidora assumiu a concessão de energia elétrica os diretores serão indicados “sem ingerência política”.

O senador Renan Calheiros garantiu que o PMDB vai lançar candidatos a prefeitos nas capitais que tenham “consistência e densidade eleitoral”. Renan comemorou o ingresso de dois nomes de peso nacional no partido esta semana.

INICIATIVA POPULAR

No Senado, CCJ analisa PEC que facilita apresentação de projetos Por proposta, número de assinaturas necessárias iria de 1,3 milhão para 490 mil Da Agência Senado

PESOS PESADOS Ingressaram no PMDB o deputado federal Gabriel Chalita e o ex-diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, que era filiado ao PSB.

PUNE

SETE

O secretário de Defesa Social, coronel Dário César, considera “irreversível” a proposta de punição para os policiais militares que participaram do “desaquartelamento” – que culminou com a falta ao serviço por 48 horas.

O secretário de Gestão Pública, Alexandre Lages, admitiu a possibilidade de o governo conceder o reajuste de 7% para todos os servidores estaduais. Só não admitiu a possibilidade de o reajuste ser de uma vez.

DESFAZENDO RUMORES A assessoria da deputada federal Célia Rocha comunicou em nota à imprensa que ela “está muito bem no PTB” e que não vai deixar o partido. Ah, bom!

FALOU

SIGILO

O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) definiu como “lamentável equívoco” a sentença que o condenou a um ano e meio de prisão, revertida em trabalho comunitário, por crime de injúria e difamação contra o juiz Celyrio Adamastor.

Lessa estava calado até agora e resolveu falar sobre o assunto depois de ter sido provocado por jornalistas. “Minha defesa não foi informada de nada. O processo transitou em sigilo e fomos surpreendidos”, sustentou.

Senador Lindbergh Farias é o relator da PEC sobre iniciativa popular

O ex-governador Ronaldo Lessa criticou o juiz Celyrio Adamastor por ele ter afastado o vereador Paulo Corintho, sob a acusação de ter comprado votos.

PERDA

ELES

O presidente do PMDB em Arapiraca, José Macedo, ameaçou de cassação os quatro vereadores do partido que estão negociando a filiação em outra sigla partidária. “Se eles saírem do PMDB, nós vamos pedir os mandatos deles na Justiça”, disse.

Os quatro vereadores de Arapiraca que ameaçam deixar o PMDB são: Tarcizo Freire, Moises Machado, Josias Albuquerque e João Santos. O motivo da insatisfação – disseram – é que se sentem desprestigiados pelo prefeito Luciano Barbosa.

DITANDO MODA O vereador Josias Albuquerque chegou a chamar o prefeito Luciano Barbosa de “ditador do Agreste”.

EXPRESSAS O vereador Ricardo Barbosa comunicou ao Tribunal Regional Eleitoral, por escrito, que está sofrendo perseguição no PSOL. O comunicado do vereador Ricardo Barbosa é para se prevenir no caso de mudar de partido, o que deve acontecer. Dia 24, uma comitiva de vereadores alagoanos embarcará para Brasília para saber como anda a reforma política. O vereador por Murici Anísio Amorim, que é presidente da União dos Vereadores de Alagoas (Uveal), disse que os vereadores não querem ser “cobaias” da reforma. A previsão é de “pouca chuva” neste domingo em Alagoas, de acordo com o boletim meteorológico emitido no final da tarde de sexta-feira.

PUBLICIDADE - A dificuldade de municípios que não possuem veículos de comunicação oficial na aplicação de suas leis também será tema de discussão na CCJ. O projeto de lei do Senado 162/10, do senador Pedro Simon (PMDB-RS), pode resolver esta questão. Para isso, o projeto prevê que os entes federados que não possuam veículo de comunicação oficial publiquem suas leis em pelo menos um jornal de circulação local ou regional regular. E, ainda, que afixem o texto, no dia seguinte à sua promulgação, em prédios públicos e logradouros de grande circulação. Relator do projeto na CCJ, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), acatou o projeto de Simon na forma de um substitutivo, transformando-o em projeto de lei complementar. A votação tem caráter terminativo na comissão. A reunião da CCJ está marcada para 10 horas da manhã.

CÓDIGO FLORESTAL

Líder do governo diz que projeto não deve ser votado esta semana Da Agência Câmara

CRÍTICA E DEFESA

Projetos de iniciativa popular podem ter a tramitação facilitada no Congresso Nacional. Está na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado da próxima quarta-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2011, que diminui as exigências para a apresentação de propostas ao Legislativo. De autoria do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a PEC altera o número de assinaturas necessárias para iniciar a tramitação desse tipo de projeto. Atualmente, um projeto de iniciativa popular precisa do apoio de, pelo menos, 1% dos eleitores do país (algo em torno de 1,3 milhão de assinaturas), distribuídos por cinco Estados distintos e com participação de 0,3% de eleitores em cada estado. A PEC diminui a exigência para 0,5% dos votos válidos na última eleição para deputado federal (aproximadamente 490 mil assinaturas), passa a distribuição de cinco para nove estados e reduz para 0,1% o número de eleitores exigidos de cada um dos estados. O relator da PEC na CCJ é o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que deu parecer favorável à proposta, mas apresentou uma emenda. O senador

propôs a distinção, no caso da iniciativa popular, entre projetos de lei e Propostas de Emenda à Constituição. Para projeto de lei, continuaria valendo o percentual 0,5% dos votos dados na última eleição para a Câmara dos Deputados. Já para PECs, o índice subiria 0,7% do eleitorado.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o projeto do novo Código Florestal não deverá ser votado na próxima semana. Segundo ele, não há previsão, por parte do governo, para a proposta do novo código entrar novamente na pauta do plenário. A razão é que o Executivo quer que sejam votados pelo menos três das oito Medidas Provisórias (MPs) que perdem a validade no próximo dia 1º de junho. Vaccarezza disse que havia um acordo com a oposição para votar o código antes das MPs, mas que a discussão da última quarta-feira demonstrou não ser possível votar um

projeto tão polêmico de forma apressada. Devido à obstrução da base aliada, o plenário da Câmara acabou não votando a proposta. Ele afirmou ainda que o governo quer evitar a aprovação de emenda apresentada pela oposição. No entanto, o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), que está no Acre, afirmou por meio de nota que seu partido quer que o Código Florestal seja votado na próxima semana. “Há um acordo em torno disso. O governo não pode simplesmente querer inverter a ordem das matérias porque sua base está desalinhada”, disse. Vaccarezza disse que vai abrir uma negociação com a oposição para avançar nas vo-

tações de MPs, e acredita que não haja grandes dificuldades, uma vez que, apesar das disputas políticas em torno da flexibilização de licitações para as obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, incluídas na MP 521/10, as reivindicações da oposição podem ser atendidas. Além disso, o líder lembrou que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), não estará no Brasil na semana que vem - ele viajou nesta quintafeira para participar da 2ª Cúpula Parlamentar do G-20, na Coreia do Sul. “Não que outros deputados, ou a presidente em exercício, Rose de Freitas (PMDB-ES), não tenham competência para conduzir os trabalhos, mas numa pauta tão

polêmica, precisamos do titular de um poder para tomar as decisões”, ponderou. As MPs que o governo quer votar antes do código são: a que reduz a zero o Imposto de Renda incidente sobre os rendimentos de títulos privados se o comprador residir no exterior; a que traz emenda que cria um regime especial para a licitação das obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016; e a que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para apoiar os hospitais universitários federais. Originalmente, a MP trata do valor da bolsa de médico residente, além de garantir licença-maternidade e paternidade a esse profissional.

Acordo foi descumprido, diz PPS

Aldo Rebelo: “Avançamos o suficiente”

Para o líder do PPS, depu- de vista da palavra e do comtado federal Rubens Bueno promisso. Quebrando essa (PR), o adiamento da votação linha de confiança e é evidenda proposta relatada pelo de- te que teremos agora uma reputado Aldo Rebelo (PCdoB- lação mais tumultuada entre SP) deve ser debitado na governo e oposição”, previu conta do Palácio do Planalto, Bueno. “que descumpriu acordo feO PSOL, que chado com todos os apresentou requerilíderes partidário e mento de retirada de correu da votação pauta do projeto na por não conseguir sessão de quartaPSOL controlar uma base divulgou nota apresentou feira, parlamentar conscriticando diversos pedido para pontos do relatório truída por meio do fisiologismo”. Ele de Aldo Rebelo. Para retirada de afirmou que a relao partido, as últimas pauta do ção de confiança alterações no texto projeto entre as lideranças é feitas por Rebelo de fundamental im“enfraquecem o conportância para o trole ambiental”. bom funcionamento Deputado do PV, da Casa. que apoiou o adiamento da “A votação do votação, Alfredo Sirkis (RJ) texto principal e de um des- também criticou o relatório. taque da oposição foi acorda- “Não podemos correr o risco da com o líder do governo de aprovar um texto assim, [Cândido Vaccarezza]. sem conhecermos os detalhes Quando chegamos ao plená- da proposta, apenas para derio, o governo adia a votação. pois fazer a delícia dos advoFoi algo que nunca se viu gados dos grandes desmataaqui no Parlamento do ponto dores”, afirmou.

Da Editoria de Política Na última sexta-feira, participando, em Maceió, de sessão especial na Câmara Municipal sobre a Reforma Política, o deputado federal Aldo Rebelo falou sobre a polêmica envolvendo a votação do novo Código Florestal na última quarta-feira, como mostro O JORNAL na edição de ontem. “Avançamos o suficiente para aprovar, já que apenas um destaque foi feito. Não há mais motivos para protelar a votação”, disse, explicando que o destaque que adiou a votação diz respeito a decisão sobre de quem será a responsabilidade por determinar as áreas de preservação permanente. “Acredito que é mais lógico que o Estado faça isso, e uma parte da bancada concordou, por isso o líder do governo pediu a obstrução da matéria”, afirmou. Perguntado sobre o que muda com o novo Código Florestal - em relação ao decreto que já existe - o deputado disse que o código irá deixar o

meio ambiente mais protegido, já que os agricultores terão mais facilidade para cumprir a legislação, que hoje está suspensa. Rebelo comprou uma briga com a ex-senadora Marina Silva (PV), com quem iniciou uma série de troca de acusações. Marina postou no Twitter que Rebelo – relator do novo Código Florestal - apresentou um novo texto, minutos antes da votação, promovendo uma tentativa de golpe. Rebelo reagiu dizendo que não fraudava texto, “ao contrário do marido da ex-senadora, Fábio Lima, que fraudou contrabando de madeira”, acusou, referindo-se a denúncias sobre o suposto envolvimento de Lima em fraudes contra o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). A exsenadora rebateu dizendo que as acusações eram uma cortina de fumaça para desviar o foco do que realmente interessa: os retrocessos promovidos na legislação ambiental com o novo código.

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Política

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REFORMA POLÍTICA

Deputado quer fundo para campanhas Pela proposta de Henrique Fontana, relator de comissão especial na Câmara, caberia ao TSE definir custo das eleições Da Agência Câmara O relator da Comissão Especial da Reforma Política na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), disse que vai propor ao colegiado a criação de um fundo nacional administrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para receber recursos de empresas interessadas em financiar as campanhas eleitorais. Pela proposta, caberia ao TSE definir o custo das eleições, receber o dinheiro das empresas e complementar os custos por meio de financiamento público. O dinheiro arrecadado seria distribuído a partir de regras estabelecidas pelo próprio tribunal. Fontana disse que esse sistema tornaria as doações impessoais e lembrou que a impessoalidade é um dos pilares da gestão pública. O fato de fazer a proposta não significa, neste momento, que o instrumento será incluído no seu relatório, que deverá ser apresentado em junho, para ser votado em julho, de forma “sincronizada” com o Senado. O relator adiantou também que, caso prospere a unificação da data das eleições, não haverá prorrogação dos mandatos vigentes, mas a criação de um “mandato tampão”, provavelmente aplicado sobre os candidatos eleitos nas eleições municipais. “A expressão prorrogação de mandato é proibida no meu relatório. Prefiro que o ajuste se dê no aumento dos mandatos dos prefeitos”, declarou. Fontana afirmou ser contrário à unificação das eleições, por considerar que nesse caso as eleições municipais seriam relegadas a um segundo plano em relação às nacionais. Para evitar isso, o relator sugere a “aproximação” das eleições, sendo uma realizada em agosto e outra em dezembro do mesmo ano. Quem fosse derrotado no primeiro pleito estaria impedido de participar do segundo. SUGESTÃO - Na última quinta-feira, a comissão realizou audiência pública para debater a reforma política com cientistas políticos. Jairo Nicolau e Fabiano Santos, professores do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Iesp/Uerj), participaram do evento. Eles propuseram a manutenção do sistema proporcional na escolha de deputados desde que os parlamentares fossem definidos sob a aplicação integral do método de divisão adotado atualmente para calcular as sobras dos quocientes eleitorais. Segundo essa alternativa, o partido que recebesse a maior quantidade de votos garantiria a primeira cadeira na Câmara e teria sua quantidade de votos dividida por dois. A próxima cadeira seria distribuída à legenda que estivesse com a maior quantidade de votos no momento. Se a vaga fosse preenchida pelo mesmo partido que ocupou a primeira cadeira, a legenda teria novamente seu total de votos dividido, agora por três. Se a vaga for ocupada por outro partido, ele teria seus votos divididos por dois para a escolha da terceira cadeira. Assim sucessivamente, o cálculo seria feito até concluir a quantidade de vagas daquela unidade federativa na Câmara. Durante a audiência, diversos deputados que integram a comissão apoiaram a sugestão.

Marco Maia defende participação efetiva da sociedade no debate

Marco Maia diz que já existe consenso sobre alguns dos pontos O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse esta semana que já há consenso sobre alguns pontos da reforma política, como financiamento público de campanhas, fim das coligações proporcionais, revisão do critério de suplência para senadores e coincidência das eleições. Ele participou de conferência realizada pela Comissão Especial da Reforma Política, da Câmara dos Deputados, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, na última segunda-feira. No debate, o presidente reafirmou a disposição do Congresso Nacional de votar

a reforma. “Não me coloco nem ao lado dos mais otimistas, que dizem que é possível produzir um reforma ampla e irrestrita, nem dos mais pessimistas, que duvidam da capacidade dos parlamentares de produzir alterações que dialoguem com o novo perfil da política brasileira”, disse. Maia defendeu ainda a participação efetiva da sociedade nos debates da reforma. “Precisamos migrar para um sistema que dê condições objetivas para que o cidadão, de forma transparente, acompanhe a política e saiba exatamente o que está em discussão em cada projeto”, afirmou.

Henrique Fontana propôs sistema no qual o TSE definiria a distribuição do dinheiro para as campanhas

Grupo dos senadores já definiu duas novas propostas Da Agência Senado No Senado, o debate em torno da reforma está um pouco mais adiantado. Em curta reunião na última terçafeira, os senadores da Comissão Especial da Reforma Política encerraram as atividades do colegiado com a aprovação de mais duas propostas, uma sobre sistema eleitoral - com listas fechadas - e a outra sobre financiamento exclusivamente público de campanhas eleitorais. A proposta que institui o sistema eleitoral de listas preordenadas nas eleições para deputados e vereadores passa agora a tramitar como uma proposta de emenda à Constituição (PEC). Já a proposta que institui o financiamento público de campanhas eleitorais vai tramitar como um projeto de lei do Senado. A comissão já havia aprovado outros nove textos. Dois

deles, sobre a cláusula de desempenho e a fidelidade partidária, tramitarão como projetos de lei do Senado. Os outros sete - suplência de senador, data para posse e mandado, reeleição, coligações, mudança de domicílio dos prefeitos, candidatura avulsa e o referendo - serão apresentados na forma de propostas de emendas à Constituição. Todas as matérias originadas no colegiado passarão por análise do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e começarão a tramitar na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) assim que forem recebidas pela Mesa do Senado e numeradas. A PEC sobre sistema eleitoral prevê que os parlamentares da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas, das Câmaras Municipais e da Câmara Legislativa do Distrito Federal serão eleitos

pelo sistema proporcional, “em listas partidárias preordenadas [o voto em lista fechada], respeitada a alternância de um nome de cada sexo, em cada estado, em cada território e no Distrito Federal”. Também prevê que a mudança estará sujeita a confirmação ou rejeição por meio de referendo a ser realizado junto com as eleições de 2012. Já o texto do PLS sobre financiamento de campanhas estabelece “o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais” e proíbe que partidos políticos e candidatos recebam “doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro oriundas de pessoas físicas e jurídicas e destinadas às campanhas eleitorais”. A proposta também estabelece que os gastos públicos com cada eleição serão de R$ 7,00 por eleitor. Atualmente, o Brasil possui cerca de 135 milhões de eleitores.

Sarney avalia que definição deve sair antes do segundo semestre

Sarney elogia estratégia de “fatiar” reforma em diferentes projetos No Senado, o processo de discussão da Reforma Política está um pouco mais adiantado. Na última quarta-feira, o presidente do Senado, José Sarney, elogiou a estratégia adotada pela Comissão Especial da Reforma Política da Casa de “fatiar” as decisões em diferentes projetos. “Assim temos assuntos tópicos: aqueles que têm consenso e aqueles que não têm consenso. Vamos para a discussão dos projetos e resolver esses casos tópicos”, afirmou Sarney. Ao todo, a comissão aprovou 11 textos que modificam a legislação eleitoral. Três deles tramitarão sob a forma de projetos de lei do Senado; os outros oito, como Propostas de Emenda à Constituição (PECs). “O senador [Francisco] Dornelles [PP-RJ, presidente da comissão] me comunicou ontem que já tomaram

todas as decisões e que agora vão apresentar os projetos que já estão prontos. Vamos apresentar à Comissão de Constituição e Justiça para imediatamente darmos um encaminhamento de votação na Casa”, garantiu o senador. A expectativa, segundo ele, é votar as propostas no Plenário antes do segundo semestre deste ano, para que as mudanças tenham efeito já nas eleições municipais de 2012. “Acho que antes do segundo semestre nós estaremos com a solução da reforma política resolvida no Senado”, disse. AUDIÊNCIA - A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado promove amanhã audiência pública, às 9 horas da manhã, para receber opiniões de movimentos sociais sobre a Reforma Política.

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O relator do Cadastro Positivo, deputado Leonardo Quintão, ao lado da presidenta Dilma Rousseff

Guido Mantega acredita que Cadastro Positivo vai permitir troca lícita de informações sobre crédito

POLÊMICAS

Medidas Provisórias trancam a pauta Cadastro positivo e crédito extraordinário para ministérios dividem opiniões no Congresso Nacional Duas medidas provisórias (MPs) trancam a pauta do Plenário e devem ser votadas até o dia 1º de junho, prazo em que perderão a validade: as MPs 515/10 e 518/10, que tratam, respectivamente, da concessão de crédito extraordinário de R$ 26,6 bilhões a ministérios e órgãos do Executivo e da criação do cadastro positivo para diminuir o custo do crédito no País. A MP 518/10, transformada em projeto de lei de conversão (PLV 12/11), cria um cadastro positivo com informações de pessoas físicas e jurídicas que estão em dia com seus compromissos financeiros, sendo necessária, porém, sua autorização expressa. O objetivo é subsidiar a concessão de crédito, a realização de venda a prazo ou de outras transações comerciais e empresariais que impliquem risco financeiro. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que assinou a mensagem enviada ao Congresso, esse conjunto

de medidas deverá “dotar o país de um arcabouço legal que incentive a troca lícita de informações pertinentes ao crédito e as transações comerciais”. O ministro acrescenta que essas medidas deverão reduzir o problema da assimetria de informações e proporcionar novos meios para redução das taxas de juros e a ampliação das relações comerciais, com a adequada proteção da privacidade das pessoas. O relator da matéria na Câmara, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), disse que a MP deverá, no prazo de dois anos, diminuir o custo financeiro para o tomador de empréstimos. Informou ainda que uma legislação semelhante adotada no México reduziu em até 30% o custo do crédito. Os bancos de dados poderão conter informações de adimplemento do cadastrado para a formação do histórico de crédito. As informações armazenadas deverão ser objetivas, claras, verdadeiras e de fácil compreensão, necessárias

para avaliar a situação econô- taca-se o de poder cancelar seu mica do cadastrado, conforme cadastro quando isso for solio texto final aprovado pelos citado. O cadastrado pode aindeputados. da acessar gratuitamente as inA abertura do cadastro poformações registrasitivo de uma pessoa dependedas sobre ele e pedir rá de sua autorização a impugnação de prévia por meio de dados anotados inum documento escorretamente. Pode pecífico ou de uma também conhecer os Abertura do cláusula à parte em principais critérios um contrato de fida análise de risco, cadastro nanciamento ou resguardado o sedeve ser compra a prazo, por gredo empresarial. condicionada exemplo. O relator Os deputados da matéria na Câaprovaram mudanà autorização mara incluiu no texças na MP para estaprévia do to que tal autorizabelecer, entre outras cidadão ção tenha validade medidas, prazos papara todos os banra acessos ao banco cos de dados. O de dados. O acesso compartilhamento gratuito, por exemplo, de informações enpoderá ser limitado pelo gestre os bancos de dator do banco de dados a até dos só será permitido, entre- uma vez a cada quatro meses, tanto, se autorizado expressa- e a correção de dado impugmente pelo cadastrado em do- nado deverá ocorrer em até secumento específico ou cláusu- te dias. la à parte de um contrato de Os gestores dos bancos de compra. dados serão obrigados a forneEntre os direitos do cadas- cer ao cadastrado, quando este trado no banco de dados des- solicitar, todas as informações

constantes de seus arquivos até o momento do pedido. Os gestores também terão prazo de sete dias para informar o cadastrado sobre endereço e telefone das fontes de informação (lojas, bancos, etc). O mesmo prazo deverá ser cumprido para informar ao cadastrado quais os bancos de dados que compartilharam seus arquivos e quem consultou as informações. Os bancos de dados não poderão limitar nem impedir o acesso do cadastrado às informações registradas sobre ele. As chamadas fontes de informação fornecidas aos bancos de dados poderão ser pessoas físicas ou jurídicas autorizadas pelo cadastrado. Elas são obrigadas a manter registros adequados para demonstrar que a pessoa autorizou o envio dos dados, assim como para comprovar a exatidão da informação. Essas fontes deverão ainda confirmar ou corrigir, em até dois dias úteis, as informações que tiverem sido impugnadas, sempre que esse

procedimento for solicitado pelo gestor do banco de dados ou diretamente pelos cadastrados. O prazo de permanência das informações nos bancos de dados é de 15 anos. A MP proíbe a anotação de informação considerada excessiva, que não tem qualquer relação com a análise de risco de crédito ao consumidor. Também não pode haver no cadastro informações pertinentes à origem étnica, sexual, à saúde ou às convicções políticas e religiosas do cadastrado. O gestor originário é responsável por manter atualizadas as informações cadastrais nos demais bancos de dados com os quais compartilhou informações, bem como por informar a solicitação de cancelamento do cadastro, sem quaisquer ônus para o cadastrado. O cancelamento do cadastro pelo gestor originário implica o cancelamento do cadastro em todos os bancos de dados que compartilham as informações.

Jucá: “Votação deve ser tranquila”

Proposta reza que consumidor “positivo” terá vantagem de crédito

Jucá acredita que todas as pessoas vão manifestar adesão ao cadastro

Crédito de R$ 26 bilhões para 20 ministérios A MP 515/10 concedeu crédito extraordinário de R$ 26,6 bilhões a 20 ministérios, órgãos do Executivo, empresas estatais e Poder Judiciário. A maior parte dos recursos - R$ 23,3 bilhões - foram destinados a investimentos de empresas estatais, sendo a maioria vinculada ao Ministério das Minas e Energia. O MME ficou com R$ 22,3 bilhões, para serem aplicados em investimentos de 36 órgãos e empresas do setor. A MP foi relatada pelo deputado Fabio Trad (PMDB-MS), que recomendou a aprovação do texto

original enviado pelo Executivo. Parte dos recursos destinados ao MME - R$ 17 bilhões - será empregada no setor de combustíveis minerais, sendo R$ 12,5 bilhões para a Petrobras aplicar em programas de oferta de petróleo, gás e refinarias e mais R$ 2 bilhões em geração de energia, além de outros setores. O dinheiro destinado à petrolífera vem, no entanto, de can celamentos da empresa (R$ 7,1 bilhões) e de recursos próprios (R$ 5,38 bilhões). Os projetos que receberam mais receitas são os destinados à extração de petróleo na bacia de Campos (RJ)

e à modernização de refinarias. A Petrobras Netherlands ficou com outros R$ 4 bilhões, dos quais R$ 2,7 bilhões para a compra de unidades flutuantes de armazenamento de transferência de petróleo para os campos de Barracuda e Caratinga, no Sudeste. A Braspetro contou com R$ 1,5 bilhão para adequar a infraestrutura de produção no exterior. Entre outras empresas vinculadas ao MME que receberam recursos destacam-se Eletrobras (R$ 64 milhões); Eletrosul (R$ 272,1 milhões); Furnas Centrais Elétricas (R$ 532,9

milhões); e Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) (R$ 80 milhões). A Telebrás ficou com R$ 300 milhões devido ao aumento do capital da União na empresa, com o objetivo de iniciar a implantação da infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga, cujo término está previsto para dezembro de 2014. A MP liberou também R$ 1 bilhão para o Ministério da Saúde, R$ 626 milhões para o Ministério da Defesa; R$ 296 milhões para a Presidência da República e R$ e R$ 30 mil para o Judiciário.

As duas medidas provi- conta para a concessão de crésórias trancam a pauta, uma dito mais barato. Assim, obtratando da abertura de cré- servou, quem tiver o “nome dito extraordinário de R$ 26,6 limpo” vai fazer questão de bilhões (MP 515/10) para mi- ter seu nome incluído. nistérios e órgãos do gover- O risco bancário vai pono e outra sobre a criação do der cair tendo em vista as bochamado Cadastro Positivo as informações do cadastro (MP 518/10), deverão passar acrescentou. por votação tranquila. Foi o Com relação à MP 515/10, que previu o líder do gover- ele citou que há previsão de no, senador Romero Jucá, na crédito para a Petrobras e ouúltima sexta-feira, ao comentras áreas imprestar a agenda da próxima secindíveis ao desenmana. volvimento do país. - São duas matéPor isso, disse que rias muito importambém não enxer“O risco tantes e também pagava obstáculos à cíficas. Espero que bancário vai aprovação. já tenhamos condipoder cair ções de votar as duPEC DAS MPS com as boas - O senador tamas na quarta-feira informações bém avalia que na comentou. O projeto do Cado cadastro”, mesma quarta-feira deverá votada a dastro Positivo já tidiz Jucá proposta de Emennha sido aprovado da à Constituição pelo Senado no ano (PEC 11/11) que passado, mas o gomuda a forma de tramitaverno preferiu vetar ção das medidas provisórias para encaminhar um projeto mais amplo ao (MPs). Jucá disse que, se deCongresso, como observou o pender dele, a votação seguirá como já previsto em líder. - É um projeto que aten- acordo dos líderes: de forma de à economia e beneficia o acelerada, com a dispensa crédito para o consumidor. dos intervalos de tempo Portanto, acredito que não obrigatório entre os dois turvai haver óbices por parte de nos e entre as votações em qualquer liderança partidá- cada turno. - Votaremos em esforço ria - disse. Jucá ressaltou que o ca- concentrado fazendo todas dastro será opcional, mas as sessões no mesmo dia, paavaliou que todas as pessoas ra que possamos mandar lovão manifestar adesão, pois go essa PEC à Câmara - saos dados serão levados em lientou.

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Opinião A6

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Violência endêmica

Prevenção aos desastres

“Esse rastro de ódio, mola propulsora da criminalidade, atinge a população indiscriminadamente”

“Essas ações exigem mudanças estruturais”

João Lyra Deputado federal e membro das Comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, da Câmara dos Deputados

A violência em Alagoas é endêmica e é uma espécie de subproduto da ineficiência da estrutura dos órgãos de segurança do Estado. Agora mesmo, policiais civis e militares e bombeiros batem de frente com o governo estadual. No centro da crise, reivindicações salariais, acusações de parte a parte, um cenário infindável de desentendimentos. E, como consequência disso, todo e qualquer indivíduo se julga capaz de fazer sua própria justiça, um contrassenso às normas da cidadania, que devem prevalecer numa sociedade civilizada. O que é mais assustador é que esse rastro de ódio, mola propulsora da criminalidade, atinge a população indiscriminadamente. Na quinta-feira, uma criança, armada de faca, invadiu uma escola no Pilar, com o objetivo de vingar-se de outro adolescente. Logo, a lembrança da cena de sangue de Realengo aflorou na população. Na semana passada, um outro episódio trágico enlutou Maceió: o assassinato do cobrador de ônibus José Norberto de Souza, o Nego, 58 anos, quando iniciava mais uma noite de trabalho. O crime comoveu Maceió. Este ano, 12 moradores de rua já foram assassinados na cidade, três em cada mês. É um número impressionante, ultrapassando proporcionalmente até mesmo São Paulo, uma cidade com 11 e meio milhões de habitantes, população equivalente a 12 vezes a de Maceió. Pode-se dizer que as vítimas são consumidoras de dro-

gas. Isso só importa para um exame das motivações e não retira o caráter hediondo dos crimes. Enquanto isso, o número de explosões de caixas eletrônicos segue uma tendência crescente. Ambos são casos também muito em moda em outras capitais, porém somente em Maceió a estrutura de segurança dá mostras de debilidade extrema para o combate àqueles tipos de delitos. É evidente que esse cenário tem-se tornado mais radical porque o aparelho de inteligência e repressão das nossas forças policiais deixa muito a desejar, dando razão aos policiais civis e militares que lutam não somente por melhores salários, mas, igualmente, por melhores condições físicas para o exercício de suas tarefas. E, se é assim, a bandidagem encontra em Alagoas terreno fértil para o cometimento dos seus crimes, certa de que a impunidade aqui é real e incontestável. Que as nossas autoridades avaliem melhor o alcance dos resultados das medidas que adotam. Antes, porém, uma autocrítica faria muito bem, com vistas a uma mudança radical no planejamento do setor de segurança do Estado. O próprio governo federal deveria ser consultado para a viabilização de recursos financeiros destinados a novos e indispensáveis projetos na área. O governo estadual pode e deve fazer isso, sob pena de ver o esfacelamento definitivo da segurança estadual, propiciando a continuidade da violência endêmica que parece ter aumentado nos últimos anos.

Alder Flores Advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

Desastre é o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre certa população vulnerável, causando danos humanos, materiais e ambientais e conseqüentes prejuízos econômicos e sociais. Muitas vezes, os desastres se apresentam causando sofrimentos, danos e prejuízos e muitas vezes estão relacionadas às ações antrópicas continuamente produzidas nos contextos sociais, construído pouco a pouco o cenário no qual os desastres vão ocorrer. Essas ações exigem mudanças estruturais, principalmente nas políticas públicas para evita-lás e enfrentá-las. A ocupação do solo sem planejamento, em áreas inadequadas, em encostas instáveis ou em áreas de inundação, habitações sem infraestrutura, falta de espaços comunitários e o aumento da iniqüidade social são alguns dos muitos fatores que implicam no processo de gestão de risco e de desastres. As ações precisam integrar sistematicamente a intervenção em diferentes e diversos âmbitos, do planejamento urbano ao desenvolvimento sócioeconômico do Estado. Atualmente, o gerenciamento dos desastres está concentrado nas ações de respostas, após a ocorrência do evento sustentadas no socorro e na assistência as pessoas atingidas. As ações inerentes a defesa civil estão associadas apenas a coleta e distribuição de donativos e repasse de verbas as áreas atingidas.

A visão moderna a ser aplicada na gestão dos desastres é composta de: prevenção, preparação, resposta e reconstrução. Devendo compreender, o gerenciamento dos riscos e de desastres, o planejamento, a organização, o controle de recursos, o controle dos riscos e das vulnerabilidades. O planejamento e implantação destas ações têm por objetivo minimizar e reduzir seus impactos nas comunidades. As ações de prevenção e preparação, visando um delineamento das estratégias que favoreçam a participação das comunidades de populações locais com a minimização das vulnerabilidades locais, estão ganhando visibilidade em outros países e em vários municípios brasileiros, que estão se comprometendo em adotar ações efetivas para mapear e reduzir os riscos de desastres, com ações que tem por objetivo reduzir significativamente, as perdas humanas, sociais, econômicas e ambientais ocasionadas. As ações devem se concentrar na integração para reduzir estes riscos em conjunto com as políticas de planejamento, de desenvolvimento sustentável e no fortalecimento de instituições preparadas para a prevenção, redução de riscos e a recuperação de comunidades afetadas. Assim, a prevenção dos desastres deve ser agregada a promoção de qualidade de vida das comunidades sem permitir com isso que as responsabilidades se percam em discursos inflamados, mais esvaziados.

A vergonha dos crimes não esclarecidos “São pelo menos cem mil assassinatos sem solução no Brasil até 2007” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB

Minhas lembranças do Ródio “Era um brincalhão, muito chegado a uma “molecagem”, como costumávamos chamar” José Jurandir Radialista

Estava eu no velho Jornal de Alagoas, onde já trabalhava há mais ou menos um ano, depois de ter saído da Gazeta, quando por lá apareceu um jovem magro, alto, desengonçado, aparentando trinta anos, dizendo-se um apaixonado por jornal, e disposto, portanto, a trabalhar ali, nem que fosse na condição de aprendiz (espécie de estagiário), recebendo salário inferior ao piso da categoria. Esse rapaz chamava-se Ródio Nogueira. Já havia passado, nessa mesma condição, pelo teimoso Jornal de Hoje, do conselheiro Jorge Assunção, após ter trabalhado no Bradesco, como caixa. Isso era início do ano de 1980. O editor geral do JA era o Romero. Percebeu naquele moço certo tino e talento para a profissão de repórter, e o aproveitou. Coincidentemente, naquela mesma época Romero acabara de descobrir um garoto de 17 anos com visíveis pendores para o jornalismo. Esse adolescente era o Jeferson Morais. Nós três passamos a ter uma afinidade muito estreita, dentro e fora da Redação. Ródio, como eu, boêmio, chegado às noitadas; Jeferson nem tanto, mas nos acompanhava nas farras, bebendo moderadamente. O Morais, como ainda hoje o chamo, dedicou-se, de corpo e alma, ao jornalismo policial. Ródio também. Era um fascinado por casos policiais. Eu era repórter especial, mas dava prioridade mesmo a investigar casos rumorosos na área policial. Assim, formávamos um bom trio. Ródio era um brincalhão, muito chegado a uma “molecagem”, como costumávamos chamar. O Morais não era diferente. Eu, um tanto mais recatado. Mas, a verdade é que nos entendíamos muito bem. Na semana passada, passados trinta anos, morre, aos 61 de idade, Ródio Nogueira, jornalista zeloso, preocupado com a notícia, bravo e corajoso, amigo

leal. Já aposentado, continuava escrevendo para o semanário EXTRA, onde trabalhou durante alguns anos. Muito organizado, ele deixou um invejável arquivo jornalístico. Que acervo! Havia me prometido fornecer-me umas matérias publicadas em 1950, na saudosa revista O CRUZEIRO, de circulação nacional, assinadas pelo repórter Luciano Carneiro, sobre o governo e as loucuras de Silvestre Péricles, que declarara que o “sangue vai correr em Alagoas”, cuja destemperada frase servira de titulo para a reportagem. A morte não deixou o Ródio me entregar o material. Estivemos juntos, vendo essas relíquias, um mês antes de sua morte. Ródio, naquela ocasião, demonstrava muita saúde, disposição e coragem para continuar vivendo e escrevendo. Foi traído pela doença que roubou-lhe prematuramente a vida. Há uns cinco anos, levou o também jornalista Deraldo Francisco até minha residência, para um depoimento sobre a figura lendária do cabo Henrique, reportagem publicada em O JORNAL. No meu depoimento, confirmei ter eu e o Jeferson comparecido ao cemitério Boa Esperança, na cidade de Santa Rita, próxima a João Pessoa, na Paraíba, em 1967, para o reconhecimento do corpo do ex-cabo, a quem conhecíamos bem, através da nossa atividade jornalística. Para o meu livro Os crimes que abalaram Alagoas, que está pronto para publicação, Ródio muito contribuiu, oferecendo valiosos subsídios, inclusive com um artigo seu, publicado no jornal EXTRA, intitulado “Canto fúnebre”, que enfeixei no trabalho. Ródio, meu velho e saudoso companheiro, rabisquei essas desenxabidas linhas de saudade, apenas para dar o meu testemunho e recordar a nossa convivência de mais de trinta anos. Descansa em paz, grande Ródio. Até um dia.

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de razões que estariam comprometendo a elucidação dos crimes: sucateamento das delegacias; a falta de infraestrutura das polícias técnicas nos estados para obter provas; carência de investigadores e a desintegração entre os elos das diversas fases de um inquérito, desde a delegacia até a justiça. As autoridades envolvidas no tema – Conselho Nacional do Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça, Ministério da Justiça e os governos estaduais – criaram um programa para tentar reduzir e até zerar este estoque de inquéritos não esclarecidos. O objetivo é tentar concluir, pelo menos, os inquéritos abertos até dezembro de 2007. São 95 mil crimes sem conclusão no país. Mas o número passará dos 100 mil já que 16 estados ainda irão atualizar seus dados. Estes dados, na verdade, revelam que os recursos investidos em segurança são insuficientes e deixam a sociedade alarmada e refém do crime. Por isso apresentei no Senado a proposta para obrigar os governos – União, Estados e Municípios – a gastarem um percentual mínimo do orçamento em segurança. Seria perto de R$ 1 bilhão todos os anos para comprar viaturas, construir cadeias, contratar investigadores e equipar nossas polícias. Só com investimentos e inteligência teremos como responder ao crime.

Datas & Fatos 15 de maio - Dia do Assistente Social e do Gerente Bancário.

Encíclica Rerum Novarum - No dia 15 de maio de 1891, foi publicada a encíclica Rerum Novarum, de Leão XIII (foto), que define a doutrina social da Igreja Católica. O Papa defendia direitos dos trabalhadores e definia o trabalho como a atividade destinada a prover às necessidades de sua conservação. Outro princípio importante era o direito à propriedade privada. 1981 - François Mitterrand é proclamado presidente da República francesa pelo Congresso. 1998 - Morre Frank Sinatra, cantor e ator norte-americano. 2000 - Uma mulher colombiana morre ao acionar um colar com explosivos dado pelos guerrilheiros das Farc.

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A cada grande tragédia nacional nos deparamos com cenas dramáticas de familiares, amigos e testemunhas de vítimas da violência cobrando o fim da impunidade e cadeia para assassinos, ladrões e outros facínoras. Todos se perguntam por que nossa polícia tem dificuldades para identificar e, depois, manter na cadeia autores comprovados de crimes bárbaros, em vários pontos do país. Atrás desta indagação está uma realidade desoladora para todos nós. Dos cerca de 50 mil homicídios praticados no Brasil anualmente, a estimativa é de que somente quatro mil crimes – algo equivalente a 8% do total – são esclarecidos. A análise é resultado da pesquisa feita pelo especialista Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa Mapas da Violência 2011, divulgada pelo Ministério da Justiça no começo do ano. Para se ter uma ideia aproximada da magnitude deste problema, são pelo menos cem mil assassinatos sem solução no Brasil até 2007 – e muitos já prescritos dentro do prazo de 20 anos previsto pelo Código Penal Brasileiro. Em virtude deste percentual vergonhoso muitas famílias que tiveram entes queridos vitimados pelo crime se eternizam no sofrimento de esperar por uma justiça que tarda e falha. Os especialistas em segurança pública atribuem este fracasso a um conjunto

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Oxi pode ser pasta-base de coca sólida Para delegado, é preciso desmistificar “nova droga”; Polícia Federal encomendou série de estudos científicos A Polícia Federal encomendou uma série de estudos científicos sobre o oxi, variação mais barata do crack, cujo número de apreensões tem crescido nos últimos meses nas regiões Sul e Sudeste. Segundo o delegado Oslain Santana, chefe do setor de Repressão a Entorpecentes da PF, os indícios mostram que o oxi não passa de uma versão fumável da pasta-base de coca. Segundo o delegado, também não existe base científica para afirmar que a droga seja mais tóxica ou letal do que o crack. “É preciso desmitificar essa história de oxi. Solicitamos um estudo científico para verificar, mas tudo leva a crer que aquilo que está sendo chamado de oxi é a pasta-base de coca solidificada”, disse Santana. Questionado se o oxi é mais tóxico ou letal do que o crack ou a cocaína, conforme afirmações feitas por especialistas nas últimas semanas, ele respondeu: “não existe comprovação científica”. As diferenças e semelhanças entre o oxi e a pasta-base de coca são objeto de debate no meio policial há pelo menos seis anos. Em artigo publicado em agosto de 2005 na revista “Perícia Federal”, da Associação dos Peritos Criminais Federais, o perito Marcus Vinícius de Oliveira Andrade dizia: “No laboratório, quanto aos ensaios físicoquímicos mais corriqueiros realizados para a cocaína, não há distinção clara entre aquilo que é chamado de oxi e da pasta-base”. Segundo o perito, as diferenças de odor, cor e consistência das amostras estudadas são consequência da procedência, métodos de refino e qualidade dos solventes usados na produção de cada lote

apreendido. As informações da PF derrubam outro mito a respeito do oxi, pelo qual o uso de cal virgem, querosene e gasolina na preparação, em vez do bicabornato de sódio e amoníaco do crack, tornariam a “nova” droga mais letal. “Cal virgem, gasolina e querosene são os produtos mais usados na primeira etapa da preparação da coca”, disse o delegado. No chamado método colombiano de refino, o mais comum, as folhas de coca são mergulhadas em uma solução de cal virgem e gasolina ou querosene. Este processo serve para extrair o alcalóide que possui o princípio ativo da droga e resulta em uma massa dura de cor ocre amarelada, a pasta-base. A segunda etapa é a purificação. Se o objetivo for a obtenção da cocaína em pó (cloridrato de cocaína), são usados solventes nobres e caros como o éter e a acetona para eliminar as impurezas e aumentar a pureza e o valor agregado da droga. Se o objetivo for o crack, existem dois caminhos básicos. Um deles é submeter o pó de cocaína a um processo de aquecimento, resfriamento e adição de bicarbonato de sódio ou amoníaco para que o pó se transforme em pedra e possa ser fumado. Uma alternativa, mais popular e barata, é submeter a pasta-base ao mesmo processo de solidificação. A PF desconfia que os traficantes estão vendendo diretamente a pasta-base, sem passar pelo processo de solidificação, para baratear o produto. O fato de o oxi ter surgido no Acre é outro indício de que a “nova droga” é na verdade a velha pasta-base. O estado

Oxi é uma massa dura de cor ocre amarelada; no meio policial cresce a discussão de que a “nova droga” não passa da velha pasta-base de coca

não é um mercado consumidor, é uma rota do tráfico, onde há fartura de pasta-base. “Abundante na região, a pasta-base não possui um preço tão elevado quanto o cloridrato de cocaína (pó) ou mesmo o crack, formas menos frequentes de serem encontra-

das no Acre. A pasta, bastante acessível, é a forma de cocaína consumida pelas camadas mais pobres da população. Talvez daí tenha surgido o oxi, a pasta-base fumada. O nome oxi, aliás, pode ser ainda originário do fato de a pasta-base encontrada na região já ter pas-

sado pelo processo de oxidação, pela ação do permanganato de potássio”, diz o artigo da revista “Perícia Federal”. “A pasta-base tem entre 40% e 50% de coca. É uma concentração alta. E pode perfeitamente ser fumada”, disse o perito criminal federal

Adriano Maldaner, chefe do maior laboratório de pesquisa de entorpecentes do Brasil e responsável pelo estudo sobre o oxi. Segundo ele, em aproximadamente duas semanas os primeiros resultados do estudo serão divulgados.

VIOLÊNCIA

Anistia revela tortura em penitenciárias do Brasil As comunidades que vivem em situação de pobreza no Brasil continuam a enfrentar uma série de abusos dos seus direitos humanos. A polícia também segue cometendo violência, principalmente contra moradores de favelas. Tortura, superlotação e condições degradantes seguem presentes no sistema penitenciário. E violações dos direitos humanos cometidas durante o regime militar ainda estão impunes. Essas são algumas das conclusões do relatório anual da Anistia Internacional, organização não-governamental que acompanha a situação dos direitos humanos em todo o mundo. Segundo o relatório, as ações violentas de grupos criminosos e da polícia ainda são um grave problema nas maiores cidades. O documento cita um relatório da ONU que diz que “os cidadãos, principalmente os moradores de favelas, continuam sendo reféns da violência dos grupos criminosos, das milícias e da polícia” e que as “execuções extrajudiciais ainda são amplamente praticadas.” “Reconhecemos que houve avanços no Brasil. É preciso ressaltar a importante queda no número de homicídios em São Paulo, a implantação das UPPs, no Rio, e programas como o Pacto Pela Vida, em Pernambuco. Mas existem problemas em instituições que vem tempos mais autoritários, como as polícias e o sistema carcerário. Ataxa de mortes pela polícia é extremamente alta em cidades com São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda existe uma cultura de violência e impunidade no País”, disse ao iG Patrick Wilcken, pesquisador sobre assuntos brasileiros da Anisitia Internacional.

Quando trata de grupos de extermínio, a Anistia Internacional exemplifica a situação do País com casos de diversas capitais brasileiras, entre eles a mortes de dois irmãos no Rio de Janeiro: Leandro Baring Rodrigues foi morto um ano depois de presenciar o assassinato de seu irmão, que havia testemunhado contra milícias. São Paulo, Alagoas e Ceará também têm episódios graves citados pela organização. O estudo mostra que a tortura foi amplamente praticada no momento da prisão, nas celas policiais, nas penitenciárias e no sistema de detenção juvenil. Em São Paulo foi citada a morte de um motoboy presos por policiais em abril de 2010. AAnistia ainda denuncia a morte de 18 presos durante rebeliões no Maranhão e o fechamento do Departamento de Polícia Judiciária de Vila Velha, no Espírito Santo, que apresentava uma quantidade de presos oito vezes maior que sua capacidade máxima e foi objeto de diversas denúncias de tortura. As tragédias ocorridas no Rio de Janeiro e em Estados do Nordeste por conta das chuvas em 2010 também são destaque no relatório, que aponta problemas quanto ao direito de moradias adequadas dos brasileiros. Também é informado que comunidades enfrentam ameaças de despejos em função dos projetos de infraestrutura planejados para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Como em outros anos, a organização reserva espaço para as violações dos direitos indígenas. “Os povos indígenas que lutam pelo direito constitucional a suas terras ancestrais con-

tinuaram a enfrentar discriminação, ameaças e violência”, afirma o relatório, mostrando casos de violência no Mato Grosso do Sul e Bahia. Por fim, o estudo destaca que o Brasil continua atrasado em comparação aos demais países da região na sua resposta às graves violações de direitos humanos cometidas no período militar. “Muitos países da região reinterpretaram ou revogaram leis que impediam investigações. Agora estão em processo de responsabilizar culpados com abusos cometidos nos anos 70. A Comissão da Verdade pode ser um passo importante no Brasil, mas é apenas um passo. ALei da Anistia não pode ter validade. Crimes como tortura e desaparecimento não podem ser encobertos por uma lei. O País precisa virar essa página obscura da sua história”, diz Wilcken. No relatório, a Anistia relata que a posição contrária do Supremo Tribunal Federal a uma ação que questionava a interpretação da Lei da Anistia, de 1979, resultou “na impunidade dos indivíduos acusados de violações graves contra os direitos humanos, como torturas, estupros e desaparecimentos forçados, cometidos na época da ditadura militar que governou o País.” MINISTRO DA JUSTIÇA Questionado sobre o relatório, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou que “o Poder Executivo no âmbito de suas competências tem feito tudo que está ao seu alcance e tomado todas as medidas nesta questão”. E completou “este trabalho está sendo muito bem conduzido pela Secretaria de Direitos Humanos.”

Anistia Internacional constatou que, mesmo com leis mais severas, policiais continuam praticando tortura

Em unidades prisionais espalhadas por todo o País, a violência praticada por agentes faz parte do cotidiano

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OFICIALMENTE

Economia de Portugal entra em recessão Medidas de austeridade implementadas em janeiro para reduzir déficit público teriam gerado contração A economia portuguesa entrou oficialmente em recessão, depois de uma contração de 0,7% no primeiro trimestre de 2011, maior do que a prevista, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). No trimestre anterior a economia portuguesa registrou contração de 0,6%. O novo retrocesso havia sido previsto pelos economistas, como consequência dos efeitos das novas medidas de austeridade implementadas em janeiro (redução de salários e aumento do IVA, em particular) para tentar reduzir o déficit público, que chegou a 9,1% ano passado e a 10% em 2009. Os resultados, ainda provi-

sórios, são piores que o previsto pelos analistas, que projetavam uma contração limitada a 0,3% no primeiro trimestre ou até mesmo um crescimento zero. O retorno à recessão, da qual Portugal havia saído no fim de 2009, aconteceu antes mesmo da aplicação das novas medidas de rigor previstas em contrapartida à ajuda financeira de 78 bilhões de euros, negociada no início do mês entre o governo socialista interino, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O programa de austeridade exigido em troca do empréstimo por três anos, que os minis-

tros europeus das Finanças devem aprovar na segunda-feira, pode provocar uma contração da economia de 2% em 2011 e em 2012, afirmou no início de maio o ministro português da Economia, Fernando Teixeira dos Santos, antes da retomada do cresciment em 2013. Nesta sexta-feira, a Comissão Europeia publicou uma previsão de retrocesso de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) português em 2011 e de 1,8% em 2012. Segundo dados provisórios do INE, nos três primeiros meses do ano, o PIB retrocedeu 0,7% tanto em ritmo mensal como anual. “Esta baixa reflete a queda

acentuada da demanda interna, em consequência da redução do consumo, e, em menor medida, do investimento”, afirma um comunicado do INE, que destaca, no entanto, a contribuição das exportações, que registraral aumento de 17% no trimestre. O INE revisou a queda do PIB registrada no quarto trimestre de 2010, que passou a 0,6%, ao invés dos 0,3% anunciados previamente. Para o conjunto de 2010, a taxa de crescimento caiu de 1,4% a 1,3%. FINLÂNDIA - A Finlândia deverá apoiar o plano de ajuda financeira a Portugal, apesar da

oposição do partido nacionalista, graças à autorização dada na ultima sexta-feira pela comissão parlamentar responsável pela política europeia, informaram fontes oficiais. O Parlamento finlandês ainda terá que aprovar em sessão plenária a decisão que será adotada em Bruxelas. “Acomissão decidiu apoiar a linha governamental (...) incluindo a participação [da Finlândia] no pacote [de ajuda] para Portugal, assim como a participação dos mecanismos de estabilidade temporários e permanentes”, afirmou o presidente da comissão parlamentar, Erkki Tuomioja.

Acomissão autorizou o líder conservador e ministro da Economia interino, Jyrki Katainen, negociar sobre a questão com os outros ministros europeus das Finanças na segunda e terça-feira em Bruxelas. Aaprovação concedida nesta sexta-feira pela comissão era esperada após o acordo, anunciado na quarta-feira pelo próprio Katainen, alcançado com os social-democratas, o centro e os verdes para desbloquear este tema. Katainen foi encarregado de formar um novo governo após a vitória de seu partido, o conservador Coalizão Nacional, nas eleições legislativas de abril.

Socorro finlandês deve atrair a UE O apoio finlandês representa tirar o último empecilho para o resgate financeiro a Portugal, que será discutido em Bruxelas pelos ministros de Finanças da União Europeia e que deve ser aprovado por unanimidade. O ministro finlandês deve exigir que se inclua no programa de resgate a Portugal a participação dos investidores privados, o que está contemplado no Mecanismo de Estabilidade Europeu que entrará em vigor em 2013. Os líderes finlandeses acertaram também que a Finlândia apoie a ampliação do fundo Grupo de resgate “Verdadeiros temporáFilandeses” rio, para discordam g a r a n t i r que conte de apoio a com a caPortugal pacidade suficiente de empréstimo e possa enfrentar novas situações de crise. O apoio ao resgate financeiro ameniza também as difíceis negociações para a formação de um novo Governo após as eleições do dia 17 de abril, uma vez que os ultranacionalistas Verdadeiros Finlandeses anunciaram que permaneceriam na oposição por não estar de acordo com o apoio a Portugal.

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Sem direito à internação

Cerca de 5 mil pessoas deixam de ser internadas todos os meses por falta de vagas na rede hospitalar de Alagoas Láyra Santa Rosa Repórter

O caos que toma conta da saúde no Brasil se repete em Alagoas e tem feito vítimas diariamente. Além de a população se deparar com filas enormes, mau atendimento, falta de médicos e medicamentos, ainda encontra unidades superlotadas. É uma situação extrema, já que envolve casos de vida ou morte. Em Alagoas, o déficit em leitos

públicos é um dos motivos que têm gerado a superlotação no Hospital Geral do Estado (HGE). Faltam 1.300 leitos, para uma população de mais de 3 milhões de habitantes em Alagoas. No ano passado, segundo dados do Datasus, cerca de 60 mil pessoas deixaram de ser internadas no Estado, uma média de cinco mil por mês, número que deve se repetir neste ano. O Governo do Estado afirma está trabalhando na reade-

quação dos hospitais municipais e na ampliação do Hospital Geral do Estado, mas nada que vá suprir a carência total, principalmente pelo fato que a população cresce a cada ano. A previsão é de que até o final de 2011, com uma readequadação e reabertura de leitos, cerca de 600 vagas sejam abertas no HGE, Unidade do Agreste e Hospital de Santana do Ipanema. Enquanto isso, o problema da falta de leitos continua. No

interior do Estado, existem apenas 45 municípios com Hospitais Públicos [menos da metade do número de municípios] e outras sete cidades com unidades de saúde conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Sem locais para atender toda a demanda, o problema acaba ‘estourando’ sempre em Maceió, onde o número de leitos disponíveis é de 2.469 vagas na rede pública e 669 na rede privada conveniada ao SUS.

O problema é grave e faz com que Maceió realize por ano uma média 6.588 internações e para atender toda a demanda, é necessário muitas vezes gastar com hospitais particulares. Já que 25,7% desses atendimentos são em leitos da rede privada, conveniada ao SUS, gerando um gasto anual de R$85.288.331,20. Sem falar, nas internações em hospitais de todo o Estado, onde Governo Estadual gasta mais R$ 142 milhões.

Com toda essa falta de estrutura e leitos, a maioria dos hospitais do interior passa a responsabilidade pelas cirurgias, internações em Unidades Tratamento Intensivos (UTI) e maternidades para a capital, gerando os problemas de superlotação já velhos conhecidos da população e gestores. Quem precisa de atendimento, corre um grande risco de não encontrar vaga disponível e até mesmo, morrer sem os devidos cuidados.

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Fotos: Yvette Moura

Região Metropolitana sem emergência

Dona Iranilda teve que vir para Maceió quando precisou de internação

Para Ricardo Melro, municípios deveriam gerenciar vagas do SUS

Mãe pede à Justiça uma cirurgia para o filho A dona de casa, Maria da Saúde, Saúde só no nome, espera a liberação de leitos num hospital particular, para que o filho de apenas 45 dias seja submetido a uma cirurgia no coração. “Meu filho nasceu com uma cardiopatia. A nossa luta começou desde o dia do seu nascimento, quando começamos a lutar por um leito em um hospital particular, único local apto para fazer a cirurgia que ele precisa. São quarenta e cinco dias esperando por uma vaga e nada”, contou. Sem resposta positiva para internação, a dona de casa foi instruída a procurar a Defensoria Pública, que entrou com uma ação civil pública, solicitando a liberação do leito. “Pro-

curei a Defensoria, porque foi ali onde achei a chance do meu filho sobreviver. Eles já conseguiram via a Justiça a transferência, que deve acontecer em breve. Infelizmente, no nosso Estado é tudo na base da dificuldade. Quem precisa do SUS tem que passar por esse tipo de situação, onde sofremos com a doença e ainda com o descaso”, afirmou. “Meu filho pode morrer a qualquer momento. Ele está bem debilitado, internado na UTI da Santa Mônica. É meu primeiro filho, tão esperado. Está sendo muito difícil para mim, mais não vou desistir dele em nenhum momento”. AÇÕES: De acordo com o defensor público, Ricardo

Melro, cerca de 72 pessoas recorram ao órgão por precisar de cirurgias e internações em Alagoas. “Estamos vivendo um momento crítico na saúde onde faltam leitos; muitos médicos deixaram de atender pelo SUS e não existem equipamentos na rede pública adequados para atender uma população doente. Quem está com suspeita de um câncer, por exemplo, não pode esperar cinco meses para ser atendido e é isso que o Estado e municípios estão fazendo”, disse. Para o defensor é necessário que haja mais gerência em relação ao atendimento do SUS, tanto no atendimento dos profissionais, como na quantidade de leitos oferecidos. “Quem

deve gerenciar as vagas na rede particular, credenciada ao SUS são os municípios. Como Maceió, tem o maior número de leitos, o secretário de Saúde é quem deveria fazer uma planilha, tendo conhecimento de quantas vagas existem, para não deixar faltar leitos. O problema é que nada é feito e a situação só se agrava”, falou. “O Estado deveria passar a regionalizar as unidades, fazendo com o que o atendimento acontecesse por regiões. É necessária, a construção de mais hospitais, para evitar que todos os atendimentos sejam feitos nos hospitais da capital. O problema é grave é precisa de uma regulamentação. O atendimento pelo SUS está desorganizado” afirmou. (L.S.R.)

Todos os dias, dezenas tantes, esse hospital atende pacientes do interior pre- de”, contou um dos funciocisando de cuidados são nários. “Se você entrar no deslocados de seus municí- hospital vai ver um monte pios de origens para o HGE. de leito vago, enquanto no O Hospital Ib Gatto Falcão, HGE a situação é de superna cidade de Rio Largo, que lotação. A sorte é que estaé ligado a Secretaria Es- mos perto de Maceió e dá tadual de Saúde (Sesau) é tempo de salvar as pessoas. um dos responsáveis por en- O certo seria mesmo, que caminhamento dessa de- esse hospital atendesse manda. Apesar da grande tudo”. estrutura e da aparente A dona de casa, Iranilda quantidade de vagas de lei- dos Santos Silva, moradora tos, o local só atende os da Zona Rural de Rio Largo, casos mais simples. já precisou de internação e Na última semana, a reteve que ser socorriportagem de O JORNAL esda em Maceió. “Hoteve no local, mas a je estou com dor de direção da unidade cabeça apenas e sei informou não poque eles aqui medideria falar sobre o cam. Esse tipo de atendimento, já que é ótiAtendimento atendimento tudo deve ser via mo, só complica se restringe quando precisamos Sesau. Porém, durante a ‘visita’ foi a consultas de internamento, fácil constatar a calque nesse hospital e casos ma aparente, apenão acontece. Já fisimples nas pacientes prequei doente uma cisando de cuidavez e precisei ficar dos simples passainternada em Maram pelo local. De ceió”, contou. “Seria longe, o hospital melhor se tivéssemos lembrava uma Unium hospital de urgência e dade de Emergência. emergência aqui. Essa situaNos corredores, poucos ção de irmos para Maceió pacientes aguardavam aten- toda vez é complicado”. dimento, a maioria precisanO paciente Pedro Sevedo apenas de consultas. No rino da Paz, que sofre de pátio, três ambulâncias a diabetes, também recebeu disposição para deslocar os atendimento no hospital Ib casos mais graves. De acor- Gatto Falcão. “Essa é a prido com alguns funcionários, meira vez que venho nesse que preferiram não se iden- hospital. Estava no trabalho tificar, o hospital atende e tive uma crise devido a apenas os primeiros socor- diabetes, mas fui muito bem ros, o restante dos casos, os atendido. Lá dentro o clima mais graves, são conduzi- é de tranqüilidade, sequer dos para Maceió. “Cada am- demorei para ser socorrido. bulância faz em média três Ainda bem, já que se fossem viagens para o HGE. Aqui em Maceió tenho certeza só ficam os pacientes que que esperaria por horas. O precisam de atendimento certo mesmo era que cada mais simples, o restante, município tivesse um hosmais grave tem que ser leva- pital para atender sua podo para Maceió. Nem ges- pulação”, afirmou.(L.S.R.)


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“Falta organização da rede hospitalar” Valores da tabela SUS são entrave O que poderia resolver de forma mais imediata essa falta de leitos seria a construção de um novo hospital de Emergência em Maceió. O projeto já existe e o terreno para a obra também. A pedra fundamental foi lançada no ano passado, pelo antigo secretário de saúde Hebert Motta, mas até a última semana, nada tinha saído do papel. A construção do Hospital Metropolitano, localizado no Tabuleiro do Martins, foi uma das promessas de 2010, para resolver o problema da superlotação do HGE. No projeto a unidade teria capacidade para 160 leitos, com o propósito de atender a demanda da Grande Maceió. A construção seria semelhante ao Hospital Metropolitano Miguel Arraes, localizado no município de Paulista, em Pernambuco e custaria R$ 61 milhões, sendo R$ 49 mi para a parte de infraestrutura e o restante para investimentos no parque de equipamentos. Recursos estes, que chegaram aos cofres do Estado através de uma emenda do deputado federal Antônio Carlos Chamariz. De acordo com o superintendente de Atenção à Saúde, Vanilo Soares, a construção do hospital Metropolitano está parado devido a falta de recursos. “O dinheiro da emenda ainda não foi repassado, por isso ainda não iniciamos as obras. Essa construção sem dúvida minimizaria o problema. Por enquanto, vamos ter que esperar que os entraves políticos se resolvam”, falou. “Para mim o que está faltando é uma organização da rede. Precisamos utilizar os leitos que estão vagos no interior e não são utilizados, fazendo com que os municípios assumam suas responsabilidades no atendimento. Nesse momento, estamos fazendo um levantamento desse vazio hospitalar, para melhor utiliza-los. A nossa parte é incentivar o uso através de

Vanilo Soares diz que vem sendo estudada a readequação de leitos

programas”. O problema da falta de leitos não é novidade para o Governo do Estado. De acordo com o superintendente de Atenção à Saúde desde o início da primeira gestão do governador Teotonio Vilela Filho, a situação vem sendo estudada para a abertura de novas vagas nas unidades públicas. Tanto que existe o projeto da construção do Hospital Metropolitano, que aguarda a liberação de orçamento para acontecer, e de forma mais imediata da readequação de novos leitos. “Fizemos um estudo pelo Avança Saúde onde ficou constatado um grande déficit de leitos. Desde então, iniciamos um trabalho para a ampliação de vagas que começou com a construção do HGE, que tem mais leitos do que o antigo Hospital de Urgência e Emergência e do José Carneiro juntos. Até outubro deveremos ter disponíveis 450 leitos no HGE”, contou Vanilo Soares. “Esse

problema da falta de leitos é antigo. Há vários anos a saúde parou em Alagoas, com poucos investimentos, onde foram ampliados apenas quarenta e três novos espaços. Apesar disso, a população não parou de crescer. Já quando assumimos esse número de vagas triplicou”. O superintendente de Atenção à Saúde fez um balanço, lembrando que na gestão de Téo Vilela, foram abertos 102 leitos em Santana de Ipanema e que deve ser ampliado para 173 até outubro; outros 37 no Hospital de Urgência e Emergência (HUE) do Agreste, em Arapiraca, que será ampliado para outros 120 e do Hospital Geral do Estado, em Maceió, onde vai passar de 254 para 410. “Estamos implementando o número de vagas em leitos reais. Sabemos que isso ainda é insuficiente para o número da população, mais aumentando a capacidade resolve em parte o problema” disse.

As críticas em relação à falta de vagas acabam sempre no impasse entre as unidades de saúde públicas e particulares conveniadas ao SUS. Para a Defensoria Pública existe uma desvalorização da rede pública, onde os atendimentos ficam em terceiro plano. “Primeiro vem as vagas para os pacientes particulares, depois para os planos de saúde e por último para a rede SUS. Com isso, a população carente, que precisa de atendimento pelo SUS, acaba sofrendo em filas enormes e correndo um risco de não conseguir a vaga para o tratamento”, disse Ricardo Melro, defensor público. “Os hospitais que se disponibilizam a esse credenciamento, deveriam estar aptos para atender essa população. Tem determinados tipos de tratamento, que só encontramos especialistas nesses hospitais particulares. É necessário que seja feito algo urgente para mudar esse quadro”. O presidente do Sindicato dos Hospitais, o médico Humberto Gomes de Melo, reconheceu que o número de leitos oferecidos pelo SUS em hospitais credenciados tem diminuído. Ele acredito que essa situação culmina com o embate relacionado aos valores pagos pela tabela SUS. “Os leitos pelo SUS vem diminuindo em razão da baixa remuneração. Muitas vezes os valores pagos não dão para sustentar os gastos que os hospitais estão tendo. Mais isso é uma realidade de Alagoas, que não é diferente do restante do país”, explicou. O médico comentou que em recente pesquisa, Alagoas aparece num quadro onde existe uma carência grande de leitos tanto na rede pública, quanto particular. “Os dados da Organização de Saúde apontam para a necessidade da ampliação do número de leitos no

Presidente do Sindicato dos Hospitais reclama da baixa remuneração

Estado. É um calculo simples, já que é preciso dois leitos e meio, para cada um mil habitantes. Alagoas tem seis mil e duzentos leitos, quando na verdade, se baseado na Organização de Saúde deveria ter sete mil e quinhentas vagas”, contou. “Temos um estado onde o número de planos de saúde ainda é pequeno, então maior parte da população continua precisando de atendimento pelo SUS. Se não houver a construção de novas vagas, o problema pode pior cada vez mais”. Humberto Gomes falou ainda, que apesar desse quadro de superlotação, ainda existem unidades onde a ocupação dos leitos em relação ao SUS não estão em sua totalidade, mas acabam emperrando no limite do teto financeiro. “Existe um problema de gestão, onde as vagas mais ociosas se encontram no interior do Estado. Era preciso é reordenamento desses leitos, para que eles sejam mais aproveitados. Dessa forma evitaria esse quadro de superlotação em Maceió”, colocou. “Essa situação atual, acaba representando uma população

sem atendimento, que precisa viver batendo nas portas de hospitais numa peregrinação diária. Sem falar daqueles que terminam morrendo sem atendimento. Todos tem direito à internação e cabe ao Estado e Município conseguir uma vaga”. O médico revelou ainda, que por causa dessa falta de leitos mais de 60 mil pessoas ficaram sem internação em Alagoas no ano de 2010. “Temos seis mil duzentos e quarenta e cinco leitos, sendo que cinco mil e trezentos e setenta e quatro são destinados ao SUS. Nem todos em funcionamento, então deixamos de atender os cerca de oito por cento da população que precisam de atendimento por ano. Para ser ter uma idéia, no ano passado foram mais de sessenta mil pessoas sem internações em Alagoas”, contou. “A saúde é um problema geral. Eu acredito que só conseguiremos resolver essa situação, se os gestores passarem a trabalhar melhor os programas assistenciais. Enquanto isso, quem sofre é a população sem uma assistência mais adequada”.


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Regulamentação existe, mas só no papel Para aplicação eficaz da lei, falta maior fiscalização nas casas de jogos e lan houses de Maceió e do interior Valdete Calheiros Repórter

A realidade das lan houses na periferia de Maceió e nas cidades do interior alagoano poderá mudar caso seja aprovada a lei que tramita no Congresso Nacional e que quer limitar o acesso de jovens e adolescentes às casas especializadas em jogos de computador e acesso à Internet. A matéria passou pela Câmara dos Deputados e será ainda analisada no Senado. O projeto de lei é o de nº 4.361. Em Alagoas já existe legislação especifica, embora o próprio autor admita que a fiscalização seja incipiente. De autoria do deputado Judson Cabral, a lei nº 6.891, de 29 de novembro de 2007, a lei estadual dispõe sobre os estabelecimentos comerciais que colocam à disposição, mediante locação, computadores e máquinas de acesso à internet, utilização de programas e de jogos eletrônicos, abrangendo os designados como “lan houses”, cibercafés e “cyber offices”.De acordo com o texto, estes estabelecimentos ficam obrigados a criar e manter cadastros atualizados de seus usuários, contendo o nome completo, a data de nascimento, o endereço completo, o telefone e o número de documento de identidade. A legislação diz que o responsável pelo estabelecimento deverá exigir dos interessados a exibição de documento de identidade, no ato de seu cadastramento e sempre que forem fazer uso de computador ou máquina. O estabelecimento deverá registrar a hora inicial e final de cada acesso, com a identificação do usuário e do equipamento por ele utilizado. Os estabelecimentos não permitirão o uso dos computadores ou máquinas a

pessoas que não fornecerem os dados previstos neste artigo, ou o fizerem de forma incompleta; a pessoas que não portarem documento de identidade, ou se negarem a exibi-lo. As informações e o registro sobre os clientes deverão ser mantidos por, no mínimo, 60 meses. É vedado aos estabelecimentos de que trata esta lei permitir o ingresso de pessoas menores de 12 anos sem o acompanhamento de, pelo menos, um de seus pais ou responsável legal devidamente identificado; permitir a entrada de adolescentes de 12 anos sem autorização por escrito de, pelo menos, um de seus pais ou de responsável legal; permitir a permanência de menores de 18 anos após a meia noite, salvo se com autorização por escrito de, pelo menos, um de seus pais ou de responsável legal. Além disso, o usuário menor de 18 anos deverá informar a filiação e o nome da escola em que estuda e horário (turno) das aulas. Os estabelecimentos deverão expor em local visível lista de todos os serviços e jogos disponíveis, com um breve resumo sobre os mesmos e a respectiva classificação etária, observada a disciplina do Ministério da Justiça sobre a matéria; ter ambiente saudável e iluminação adequada; ser dotados de móveis e equipamentos ergonômicos e adaptáveis a todos os tipos físicos; ser adaptados para possibilitar acesso a portadores de deficiência física; tomar as medidas necessárias a fim de impedir que menores de idade utilizem contínua e ininterruptamente os equipamentos por período superior a três horas, devendo haver um intervalo mínimo de 30 minutos entre os períodos de uso; regular o volume dos equipamentos de forma a se ade-

quar às características peculiares e em desenvolvimento dos menores de idade. São proibidos a venda e o consumo de bebidas alcoólicas; a venda e o consumo de cigarros e congêneres; a utilização de jogos ou a promoção de campeonatos que envolvam prêmios em dinheiro. Os proprietários das lan houses que não cumprirem a legislação estadual poderão pagar multa, no valor que varia de R$ 3 mil a R$ 10 mil. Em caso de reincidência, cumulativamente com a multa, poderão sofrer suspensão das atividades ou fechamento definitivo do estabelecimento, conforme a gravidade da infração. “As lan houses podem oferecer serviço de qualidade, o que irá beneficiar principalmente os estudantes”, defendeu o parlamentar alagoano. O comerciante Wellington Pereira da Silva é proprietário de uma lan house há cinco anos. Seu estabelecimento funciona no bairro do Jacitinho e ele afirma já ter feito, antecipadamente, as adequações no seu estabelecimento. “Tenho filhos menores de idade e não gostaria de vê-los em um local onde podem acessar a internet sem nenhum controle. Aqui, quem entra tem que me passar alguns dados para a criação de um cadastro”, contou. Segundo Wellington Pereira da Silva, graças ao cadastro ele pode até saber se alguma criança ou adolescente está tentando matar aula para ficar na lan house. “Eu não quero problemas para mim no futuro. Eu sei quem estuda pela manhã e quem estuda à tarde. Também não aceito cliente que vem escondido dos pais ou responsá-

Larrissa Fontes

Pela lei estadual, crianças menores de 12 anos não podem frequentar lan houses sem autorização por escrito dos pais

veis”, assegurou. Em relação ao cadastro, ele diz que é segurança para a população. “É uma forma de descobrir clientes que tentam navegar em sites proibidos, como os de pedofilia. Ter endereço, RG e nome completo do cliente dá credibilidade ao meu negócio”, destacou o prestador de serviço. O estudante Artur Henrique Rodrigues, 12 anos, frequenta a lan house do Wellington Pereira pelo menos três vezes na semana. Ele sempre vai acompanhado do amigo James Gomes, 14 anos. Artur tem computador em casa e procura a máquina na lan house quando computador de casa está sendo utilizado pelos familiares. O menino James Gomes não tem computador em casa e aprendeu a usar um graças ao amigo e a lan house. Os amigos disseram que nunca vão escondidos a lan

house. “Primeiro porque não pode e segundo porque a gente precisa de dinheiro. Agente vem para estudar, jogar e aprender várias coisas”, contaram. O proprietário Wellington Pereira lembrou que, inicialmente, as lan houses eram apenas casas de jogos. Depois, aos poucos, foi oferecendo também serviços de Internet. Em média, a hora cobrada em uma lan house custa R$ 1,50, disse. Segundo ele, a maioria dos clientes é do sexo masculino e tem entre 14 e 25 anos. A principal busca ainda são os jogos on line. “Chega a ser 70% da preferência”. BRASÍLIA – Para o deputado federal Otávio Leite (PSDBRJ), relator do projeto, o Congresso Nacional não pode fechar os olhos para a realidade das lan houses, já que metade dos usuários de Internet no Brasil

depende destes estabelecimentos para acessar a rede. “A sociedade precisa entender que as lan houses deixaram de ser casas de jogos e passaram a ser escritórios públicos. Agora é preciso trazê-las para a legalidade”, destacou. O projeto de lei que tramita em Brasília estabelece prioridade em linhas de financiamento para compra de computadores por meio de instituições financeiras públicas. O texto aprovado determina, ainda, que as casas disponibilizem softwares que orientem menores de 18 anos sobre o acesso a jogos e sites não recomendados para a idade. A regulamentação proíbe venda de cigarros e bebidas, impede entrada de menores sem acompanhamento após a meianoite e permite controle de acesso de menores de 16 anos, mediante autorização dos pais.

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Foto: Thiago Sampaio

Uma foto antiga da Rua Augusta mostra os oitizeiros ainda bem jovens; nota-se, porém, o cuidado na poda

A mesma Rua Augusta hoje: a copa dos oitizeiros frondosos que se emaranham entre as fiações urbanas

Rua Augusta: celeiro de histórias Considerada hoje o “pulmão” do Centro, a “Rua das Árvores” guarda lembranças de uma antiga Maceió Gilson Monteiro Repórter

No ritmo apressado do cotidiano, a rua Augusta quase se perde na confusa teia de logradouros do centro de Maceió. Mas, um passeio mais atento, por entre os 41 oitizeiros, que lhe valeu o apelido de Rua das Árvores, revela um cenário ainda muito vigoroso comercialmente, pitoresco, e com seu eterno

charme de única rua arborizada do centro da cidade. Encantos que resistem mergulhados no caos urbano do lixo acumulado nas calçadas sem planejamento, esgoto a céu aberto, nos emaranhados de ambulantes, cortiços, instalações elétricas improvisadas e trânsito caótico. VOCAÇÃO COMERCIAL_ Iniciando-se o percurso dos cerca de 1.300 metros da Rua Augusta

pela linha férrea (fundos do Colégio São José), os personagens dessa ala mais antiga da rua ajudam a contar a história local, e do nascimento do comércio no centro de Maceió. Hoje é possível encontrar na Rua das Árvores desde os tradicionais sapateiros, lojas de material elétrico e hidráulico, consultórios médicos, restaurantes, bares, ambulantes que oferecem de hortaliças a roupas, de CDs e DVDs

pirateados a brinquedos importados. À noite os famosos “churrasquinhos” transformam o local num verdadeiro bar a céu aberto. A mais antiga comerciante da Rua, dona Terezinha da Silva Melo, de 71 anos, lembra que seu esposo, já falecido, começou vendendo ferro velho em lonas estendidas nas calçadas da Rua das Árvores. Lá se vão 48 anos que a família Melo vive do co-

mércio no mesmo local, na mesma rua. “Lembro que meu marido colocava o ferro velho para vender, vinha a prefeitura e tirava, pois diziam que essa rua não poderia ter vendedor. Ainda nem existia essa feira na linha do trem, nada disso tinha ainda. O pessoal foi insistindo e a rua foi ficando cheia de camelô, e está até hoje. Foi com o que ganhamos aqui que criamos nossos quatro filhos. Mas

hoje isso aqui é só mesmo para passar o tempo, para não ficar parada”, diz a aposentada enquanto atendia um cliente. “Já tentaram tirar a gente daqui. Se isso acontecer eu paro meu comércio. Já trabalhei demais e é aqui, na Rua das Árvores que meu freguês me procurar”, resiste dona Terezinha, que é carinhosamente chamada de “mãe” pelos comerciantes mais próximos.

Pequenos comércios, grandes negócios Vizinho à dona Terezinha, José Erivaldo da Silva, o “Pezão”, comercializa ferragens há 20 anos, com um movimento de clientes de dar inveja a muito lojistas da redondeza. Com serviço de entrega por telefone, a pequena barraca espremida o paredão do Colégio São José emprega cinco pessoas, que sequer podem ficar juntas no estabelecimento ao mesmo tempo. A procura de material elétrico e hidráulico é tão intensa que “Pezão” não conseguiu parar, para conversar com a equipe de O JORNAL. “Trabalhei numa loja de ferragens, e quando saí coloquei esse negócio aqui. E não pretendo sair daqui nunca. É aqui que meu público me procura. É aqui que ele vem a minha procura. Qualquer coisa, todo mundo já diz, vá no Pezão, que tem. Se eu sair daqui eles vão cobrar a minha pre“Não s e n ç a pretendo aqui”, sair daqui disse o comernunca” ciante, que criou três filhos com o faturamento da barraca. “Essa barraca sustenta sete famílias. A minha, as famílias de cinco empregados e a de uma filha minha casada. É daqui que tiramos o sustento desse povo todo. Comecei aqui quando a rua ainda bem mais calma. Mas aqui é um ponto muito bom, um dos melhores do comércio”, elogia o comerciante de 47 anos de idade. “MUITAS EMOÇÕES” - Perguntado sobre as lembranças de algum episódio vivido na Rua Augusta nessas duas décadas de trabalho na área, “Pezão” abre um sorriso e dispara: “são muitas emoções. Muita coisa aconteceu aqui, acho que dava um livro. Mas não quer revelar nenhum em especial. (G.M.) Continua na página A14

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Fotos: Thiago Sampaio

Sanfoneiro promovendo a cultura Em meio a lojas de material hidráulico e elétrico, Arnaldo Vieira, artisticamente conhecido como “Naldo do Baião”, espalha em suas prateleiras sanfonas, violões e guitarras. Integrante do grupo “Mistura Fina”, com dois CDs gravados, seu Naldo do Baião faz de sua pequena loja na Rua Augusta muito mais que um lugar de compra e venda de instrumentos musicais. “Aqui se encontram vários forrozeiros, onde se curte música, se conversa sobre música. O comércio dos instrumentos é apenas um motivo para temos um ponto de encontro. Aminha intenção aqui é muito mais de valorizar a cultura, a música do que vender alguma coisa”, afirma o comerciante, contando que inicialmente vendia ovos no

mesmo local. “O ramo de ovos estava dando pouco lucro, aí juntei a tradição da família que sempre gostou de música com o comércio e coloquei essa loja”, explica o artista/comerciante. Comprovando o valor que dá a música, seu Naldo do Baião comercializa em sua loja CDs de amigos como o cantor Messias Lima, Chau do Pife, entre outros, que ele oferece sem cobrar comissão. “A minha intenção é valorizar o trabalho dos amigos, valorizar a cultura. Não cobro nada por isso. Até porque esses artistas mais populares já ganham muito pouco com seus trabalhos”, diz enquanto segura o instrumento para posar para fotos de nossa reportagem. (G.M.)

O “pulmão” do centro de Maceió No final de abril, um temporal derrubou uma das 42 árvores centenárias que se enfileiravam na Rua Augusta. São oitizeiros, ou simplesmente oitis, com, no mínimo 90 anos de idade, que modificaram a paisagem, o clima e o nome da rua, batizada de “Rua das Árvores”. Tradicionais e ecologicamente corretos, os frondosos oitis acabaram tombados pelo patrimônio histórico municipal. Décadas atrás a rua chegou a ser chamada também de “Ladislau Neto”, em homenagem ao naturalista e historiador alagoano. SEM PODA - Consideradas pelos especialistas uma espécie de “pulmão” do centro de Maceió, os oitizeiros da Rua das Árvores formam uma inusitada paisagem verde em meio a todo o concreto do urbanizado cen-

tro da capital. Mas suas raízes vivem a driblar o asfalto, o lixo mal coletado, e copas sem poda regular. A prefeitura não lembra quando foi a última poda, mas diz que tenta fazer o trabalho há meses, mas depende da agenda de outros órgãos, como a companhia energética e Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). “São árvores centenárias. A mais nova tem no mínimo 90 anos, muitas têm mais de 100. Compreendemos a importância dessas árvores, pois é o pulmão do centro Maceió. O trânsito e as fiações elétricas não permitem uma poda muito regular”, diz o diretor de arborização e jardinagem da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, José Rubens. (G.M.)

Os grandes oitizeiros são hoje um “oásis” de sombra e conforto térmico nos dias de temperatura elevada, mas têm causado acidentes

Poucas casas resistiram à expansão comercial

Dona Terezinha dá prosseguimento ao comércio que era do marido

É necessária muita atenção para perceber que entre árvores e pontos comerciais alguém reside na Rua das Árvores. No número 472, dez famílias moram em pequenas casas de aluguel em uma vila sem nome, que no passado abrigava o bordel “Paraíso”. Apesar do pouco conforto e da falta de segurança à noite, os moradores se sentem privilegiados por morarem no centro da cidade. “Adoro morar aqui. É perto de tudo: bancos, lojas, hospitais. E um privilégio você morar dentro do centro da cidade. Às vezes vou numa loja aqui pertinho com a roupa que estou vestida em casa e os vendedo-

res estranham. Para que eu vou me arrumar para ir numa loja que fica na esquina”, conta Maria Cristiane Nogueira, de 26 anos, funcionária de um posto de combustível. A vizinha, dona Creuza Maria da Silva, 45, aproveita a boa localização de sua casa para vender almoço. “Para não ficar sem fazer nada e ainda ganhar dinheiro eu sirvo uns almoços aqui, para pessoas eu trabalham aqui no comércio”, diz dona Creuza. Além da vila onde mora as vizinhas Creuza e Cristiane, um outro sobrado também serve de residência. Fora isso apenas algumas quitinetes geralmente

alugadas a estudantes. LICANIA TOMENTOSA - O oitizeiro (Licania tomentosa), árvore da família Chrysobalanaceae, pode atingir altura entre 8 a 15 metros. Típica árvore da vegetação brasileira, é abundante no nordeste brasileiro, em especial nas áreas ocupadas pela Floresta Atlântica. Ocorre do Piauí até a Bahia, característica da floresta de restinga do nordeste e amplamente cultivada nas demais regiões. Por conveniência, a árvore é comumente chamada também de Oiti. Frutos comestíveis, com amêndoas ricas em óleo e muito

procurados pela fauna. A madeira é usada para postes, estacas, dormentes e construções civis. Indicada para reflorestamentos mistos de áreas degradadas. Florescimento entre os meses de junho a agosto e frutificação de janeiro a março Os dicionários de botânicas também trazem informações científicas que mostram a perfeita adequação dos oitizeiros ao centro da capital alagoana: “Fornece ótima sombra, devido à sua copa frondosa, sendo por isso perfeita para plantio em praças, jardins, ruas e avenidas, principalmente em regiões litorâneas”, dizem os especialistas. (G.M.)

Proposta de virar mais um calçadão

Seu Erivaldo, o “ Pezão”, tem uma das barracas mais movimentadas

Além de disputarem as calçadas com os ambulantes, pedestres se arriscam nas ruas para subir nos ônibus

Falta de segurança e lixo na rua

Naldo do Baião, um safoneiro “promotor cultural” em pleno Centro

Em todo o percurso da Rua das Árvores, da linha férrea até o seu início, na Rua do Sol, os mesmos comerciantes e freqüentadores que elogiavam a arborização do local, também tinham na ponta da língua as mesmas reclamações: lixo acumulado e falta de segurança, sobretudo no finalzinho da tarde, quando assaltantes começam a agir. O proprietário de um restaurante, Mário da Silva, lidera o coro dos insatisfeitos com a falta de infraestrutura da rua. “A árvore caiu faz mais de um mês e ainda não tiraram o resto do tronco que ficou. Lixo nem se fala. Não sou contrário aos

ambulantes, mas há organização nas coisas. Veja a água do esgoto que passa pelos ambulantes e atravessa a minha calçada. Fora o lixo e falta de policiamento. Tem um fio de energia que atravessa a rua, qualquer dia vai acontecer um acidente”, queixase seu Mário, que serve mais de 150 refeições diariamente em seu estabelecimento. O comerciante José Avelino, repete as queixas do colega comerciante. “Sou comerciante aqui faz 18 anos, e hoje tá muito perigoso aqui. Falta policial na rua. Também tem o lixo, a rua suja, isso para o comércio não é bom”, reclama o vendedor de

CDs e DVDs usados. TRÂNSITO - Com os tradicionais ambulantes ocupando parte da rua, a população se arrisca ao pegar o ônibus antes mesmo de ele parar no acostamento. A cena, flagrada pela reportagem de O JORNAL, é comum na área, que é um dos principais corredores de transporte da região do centro da capital. “A gente vai se ajeitando e está todo mundo acostumado já com esse trânsito aqui. Todo mundo tem que trabalhar e essa rua é muito boa de ‘negócio’”, disse a vendedora de frutas Maria Cícera. (G.M.)

Vários comerciantes ouvidos pela reportagem de O JORNAL sugeriram a transformação da Rua Augusta em um calçadão. A idéia tem a simpatia do diretor da Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), Galvaci de Assis. “Realmente já conversei com pessoas que fizeram essa proposta. Eu, pessoalmente, aprovo a ideia, pois a rua, que é a única totalmente arborizada da capital, tem também toda uma tradição, mas encontra-se numa situação complicada, com ambulantes, um trânsito desorganizado, e um calçadão resolveria todos esses problemas”, teorizou Galvaci. O diretor de arborização e jardinagem da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, José Rubens, também apoia a ideia. “Temos árvores seculares lá, falta infraestrutura. A ideia do calçadão é um projeto a se pensar”, disse Rubens. Mas segundo o secretário Municipal de Planejamento, Márzio Duarte, não há projeto para transformar a área em calçadão. “ARua Augusta é um corredor de transporte, acho complicado modificar a área. Isso seria um projeto a se ver ainda. O que temos é o projeto de fazer mais um calçadão, mas em uma das ruas transversais à Rua Augusta. Realmente a área á caótica, com os comerciantes ocupando as calçadas e a população andando pelas ruas”, disse o secretário. (G.M.)

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Universidades

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No laboratório do Instituto de Química da Ufal, o profº Euzébio Goulart estuda fórmulas alternativas

Extraído da semente de andiroba, óleo é usado em fórmulas de repelentes contra vários tipos de mosquito

Produtos naturais no combate à dengue Usando óleo de plantas brasileiras, pesquisa da Ufal estuda formas alternativas de eliminar o Aedes aegypti Gabriela Lapa Estagiária

A aposentada Adjna Ferreira, de 70 anos, não gosta de agentes de endemia. Da última vez em que eles foram à sua casa, o larvicida que usaram para combater o mosquito Aedes aegypti deixou a água com mau cheiro. “Precisei esvaziar a cisterna e encher tudo de novo para não ficar no prejuízo”, reclama. Hoje ela não deixa mais os agentes entrarem na casa, e é uma das muitas pessoas que reprovam o uso de produtos químicos no combate à dengue. Preocupados com essa reação, e com o aumento do nú-

mero de casos da doença, professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) desenvolveram uma pesquisa com produtos naturais à base de plantas. Sem substâncias tóxicas, eles são variações ecológicas do que já existe no mercado para eliminar o mosquito, e podem ajudar a estimular a prática entre as pessoas que, hoje, se recusam a usar os métodos tradicionais, como a aposentada Adjna. A aposta da pesquisa, desenvolvida pelo Instituto de Química, é conciliar o controle de reprodução do Aedes aegypti com o uso de larvicidas e repelentes à base de substâncias naturais. “É mais prá-

tico eliminar as larvas quando você sabe exatamente aonde a fêmea põe os ovos. Com um foco determinado, é possível até dispensar o uso dos inseticidas, que podem ser tóxicos, e substituí-los por animais predadores. Além disso, a combinação desse método com o uso de outros produtos deixa as pessoas mais protegidas”, explica o professor doutor responsável pelo projeto, Antônio Euzébio Goulart, especialista em controle de pragas. Para acompanhar a reprodução do Aedes aegypti, o pesquisador precisa escolher um lugar onde colocar substâncias que atraem a fêmea do mos-

quito. Euzébio Goulart explica que, assim como os outros animais, ela desova em pontos estratégicos com maiores condições de sobrevivência dos filhotes, e é especialmente atraída por substâncias como fermento e matéria orgânica . “Se colocamos um pouco desse material em locais específicos, temos como controlar a postura de ovos e estabelecer a hora certa de eliminálos”, diz o professor. “Direcionando o foco do combate à dengue na larva, e não no mosquito adulto, temos chance de reduzir bastante o número de transmissores da doença”. Este ano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) já noti-

ficou pelo menos 5 mil casos de dengue, em todos os municípios. Sete, dos 102, estão em situação epidêmica. Para a diretora de Vigilância Epidemiológica Cleide Moreira, os números poderiam ser diferentes se houvesse uma mudança de postura da população. “Os resultados dependem da consciência de cada um. Você sabe que não pode deixar água acumulada em reservatórios, mas deixa. Sabe que não pode criar plantas em vasos descobertos, mas cria. O problema é a falta de educação coletiva”, avalia. Por isso o pesquisador Euzébio Goulart defende o investimento em produtos alterna-

tivos de uso doméstico. “O controle de reprodução é um método pensado como política pública, mas os larvicidas e repelentes à base de plantas podem ser usados por qualquer pessoa, dentro de casa. Eles são até mais atraentes que os inseticidas comuns porque não têm substâncias nocivas à saúde, e podem ser usados em qualquer local onde haja possíveis focos do mosquito, como as cisternas. Mesmo que as pessoas não deixem os agentes de endemia entrarem em suas casas, elas mesmas podem se proteger da dengue colocando o larvicida. Além disso, ainda podem usar o repelente”, argumenta.

Limpeza e saneamento básico

Citronela tem odor forte que mata as larvas e afasta os mosquitos

Produção de bioinseticidas é desafio Entre as substâncias que repelem o Aedes Aegypti estão o óleo de citronela, de anona e de andiroba. Os dois últimos são extraídos da semente das plantas de mesmo nome, mas o de citronela, que pode ser feito a partir das folhas, tem efeito repelente na própria planta, se ela for colocada a favor do vento no local de onde ser quer eliminar os mosquitos. Hoje, no mercado, farmácias, drogarias e lojas especializadas nesse tipo de produto já oferecem repelentes naturais para diferentes tipos de mosquito, inclusive o da dengue. O desafio, nos laboratório e universidades federais, é encontrar fórmulas

para inseticidas que não poluam o meio-ambiente e sejam cada vez mais eficazes no combate às larvas do Aedes Aegypti. “Nos últimos tempos, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Centífico e Tecnológico (CNPq) tem financiado várias pesquisas nesse sentido. Aqui, na Ufal, trabalhamos com o controle de pragas há 10 anos. Agora o objetivo é encontrar, entre os objetos de estudo, um denominador comum que seja eficiente o bastante contra a dengue”, diz Euzébio Goulart. Em abril deste ano, a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), em São Paulo, anunciou o investimento de

R$2 milhões de reais na produção do bioinseticida BTI, um composto natural feito com bactérias cultivadas em solo, que mata as larvas do Aedes Aegypti em até 4 horas. Produzido pelo próprio Instituto, ele deve começar a ser vendido em dois anos, tanto para lojas e supermercados, como para órgãos ligados à saúde pública. Em Alagoas, o professor Euzébio Goulart diz que a comercialização desse produto torna ainda mais importante as pesquisas sobre novas fórmulas. “Tudo o que há no mundo está em constante transformação. É preciso ficar atento e tornar as descobertas ainda melhores”, conclui. (G.L.)

Cleide Moreira diz que educação é fundamental para combater a dengue

No laboratório da Ufal, Euzébio Goulart e sua equipe trabalham para descobrir novas maneiras de lutar contra uma doença que já é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos maiores problemas do setor. Mas ao mesmo tempo em que busca soluções e cobra educação da população, o professor destaca a importância de o poder público investir em políticas de limpeza urbana e saneamento. Goulart lembra que o mosquito da dengue se reproduz especialmente no período das chuvas de verão, e que, se não for dada uma atenção especial à limpeza e ao saneamenFalta de to, o amlimpeza e biente se mais saneamento torna favorável ao estimulam o desenvolvicrescimento mento das das larvas l a r v a s . “Dentro da cidade é preciso ter cuidado até com as vias pavimentadas, pois o lixo acumulado nos bueiros e nas calçadas também é um forte atrativo para o Aedes Aegipty”, destaca o professor. A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, reforça a importância da ação de gestores com situações que deram certo em outros estados brasileiros. “No Rio Grande do Sul, você pode ser multado se colocar o lixo para fora sem separar o seco do molhado. Da mesma forma, no exterior pode até ser preso. Falar em conscientização popular parece difícil, mas se houver um trabalho de educação e de controle, é possível cultivar novos hábitos”, conclui. (G.L.)

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Fotos: Carlos Alberto Jr.

À beira do Lago da Perucaba, cartão-postal da cidade, situação da rua contrasta com paisagem ao fundo

Lixo a céu aberto e animais circulam dia e noite pelas ruas do bairro e incomodam população

Moradores pedem estrutura em ruas Bairro Cacimbas sofre com falta de calçamento e saneamento; prefeitura não dá prazo para obras Carlos Alberto Jr. Repórter

ARAPIRACA - Lixo, buracos, lama, mosquitos. Esses são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos moradores de quatro ruas do bairro Cacimbas, na segunda maior cidade de Alagoas. Um pormenor que não tem como ser esquecido, pois está aos olhos de quem quiser ver, é o fato dos logradouros estarem localizados às margens do Lago da Perucaba, um dos principais cartões-portais de Arapiraca. O drama enfrentado por quem reside ou precisa passar pelas ruas Manoel Lucindo, Porto Calvo, Abdias Francisco dos Santos e Manoel Correia de Macedo, pelo visto, está

longe de ser resolvido. Isso porque, há poucos meses, as ruas que margeiam o Lago da Perucaba foram calçadas. O caso da Monoel Lucindo é ainda mais grave, porque a parte baixa já recebeu calçamento, enquanto a parte alta, com cerca de 75 metros, não recebeu os benefícios. A reportagem do O JORNAL, durante a visita à rua Manoel Lucindo observou que a parte que foi calçada há menos de quatro meses, segundo os moradores, começa a apresentar rachaduras e baixas. O aposentado Sebastião Malaquias da Silva, que reside no local há mais de 30 anos, disse que foi usado um tipo de areia inadequado para a obra. “A prefeitura usou areia

de reboco, quando era para A moradora Maria Solange usar a do tipo lavada. Por isso, dos Santos é uma o calçamento está cedendo e das mais atingidas vai ficar ainda pior. pela situação da rua Qualquer pessoa Manoel Lucindo. A que entende, sabe sua residência, que disso”, explicou. não é murada, fica siMoradores Outro motivo aletuada ao lado de um ainda querem gado pelo aposentaterreno baldio cercaresposta da do é que o calçamendo por um matagal, to foi feito sem o sacheio de lixo, fossa Prefeitura. “Já neamento. “Asfaltar estourada e animais, desistimos, ou calçar sem fazer o como cavalos, jegues inclusive, de saneamento é pedir e até bois e vacas. para ter buraco. “Passo o dia no traprotestar” Falamos isso para o balho e fico preocupessoal da prefeitupada com meu filho. ra que veio acompaA gente já encontrou nhar, mas eles dissebaratas, escorpiões e até ram que o projeto caramujos no quintal. Isso é não envolvia essa preocupante e não sabemos a parte. Sobre o tipo da areia, eles quem procurar para resolver nada falaram”, disse. isso”, salientou.

Esgoto corre pelo meio da rua a todo instante; mosquitos e mau cheiro tomam conta do local

Em frente à casa da moradora escorre esgoto oriundo do terreno ao lado, onde um jumento desfrutava de “guloseimas” contidas em sacos de lixo. Enquanto isso, crianças, alheias a todo o cenário em torno, brincavam, inocentes e descalças, na rua enlameada. “Além de nojo, dá vergonha morar nessa rua”, disse uma das moradoras que passava deixando apenas sua indignação. Já a comerciante Ivone Maria Nobre, que possui um mercadinho nas esquinas das ruas Porto Calvo e Manoel Lucindo, também se mostrou indignada. “É horrível morar numa rua que tem poeira no Verão e lama no inverno. As ruas do lado estão bonitas. Aqui nós vemos esgotos a céu aberto. Já desistimos,

inclusive, de protestar”, falou apontando para o estado da rua. As reclamações dos moradores são muitas e chegam a todo instante. A aposentada Josefa Nemézio dos Santos, que mora há mais de 20 anos na localidade, disse que conseguiu há poucos dias falar pessoalmente com o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, durante um evento no Lago da Perucaba. “Ele prometeu resolver o nosso problema, só não disse quando. Até hoje não entendo o porquê calçaram menos da metade da nossa rua. Aqui só não está pior porque a gente paga do próprio bolso para um caminhão de metralha tapar os buracos”. Continua na página A18

Moradores da rua já reclamaram ao prefeito, Luciano Barbosa, mas resposta ainda não chegou

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Prefeitura não dá prazo para recuperação das ruas do Cacimbas Os problemas verificados nas ruas do bairro Cacimbas, às margens do maior cartão postal de Arapiraca, não são diferentes dos verificados em alguns outros principalmente nos bairros mais novos, como o Brasiliana, Itapoã, Arnon de Mello, Novo Horizonte, entre outros, sendo a maioria na região periférica. Nestas localidades, o projeto de calçamento e saneamento de ruas, desenvolvido pela prefeitura da cidade, em parceria com a Caixa Econômicas Federal. De acordo, com o secretário municipal de Obras e

Viação, Moysés Montenegro, as ruas do bairro Cacimbas estão fora do planejamento da prefeitura, pelo menos por enquanto. “Existe a possibilidade dessas ruas entrarem no aditivo do convênio feito com a Caixa [Econômica Federal] ou ainda haver uma readequação do contrato. Tudo depende do andamento deste contrato. Se tudo correr dentro do prazo, ele poderá ser prorrogado e mais ruas serem beneficiadas”, explicou. Segundo ele, a prefeitura está empenhada na pavimentação e no saneamento de

ruas. A intenção é deixar o maior número possível de bairros prontos, ou seja, sem nenhuma rua sem calçamento. “Nossa preocupação é resolver os problemas verificados nos bairros ou nas ruas

classificadas como de maior vulnerabilidade. A próxima rua a receber calçamento e saneamento é a Antônio Marroquim, por trás do Estádio Municipal”, revelou o secretário Moysés.

Hoje, de acordo com o secretário, ações de calçamento, drenagem de águas pluviais e pistas asfálticas estão sendo feitas nos bairros Jardim Esperança, Baixão, Manoel Teles, Eldorado,

Cavaco e Zélia Barbosa. A intenção é deixar o maior número possível de ruas prontas até o final de 2012, quando acaba o mandato do prefeito Luciano Barbosa. (C.A.J.) Fotos: Divulgação

Alguns bairros já foram beneficiados pelas obras de urbanização

PRODUÇÃO

Polo moveleiro será implantado em Arapiraca ainda este ano A estrutura do Polo Moveleiro Nascimento Leão, situado no povoado do Sítio Capim, em Arapiraca, está em fase de conclusão. A construção vai possibilitar o fortalecimento da produção de móveis em toda a região do Agreste. A coordenação do projeto está sob a responsabilidade da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), através da Superintendência de Indústria, Comércio e Serviços (SICS). A ideia principal é que o local seja ocupado por pequenos produtores de móveis da região, além de indústrias maiores. O empresário e presidente da Associação dos Empresários do Distrito Industrial de Arapiraca, Luiz Sandes, tem total interesse de instalar sua fábrica de móveis, a Sandes Estofados Personalizados, no Polo. Para Sandes, “o Polo terá credibilidade diante do setor moveleiro através do fomento à ca-

deia produtiva”. Com o novo espaço para trabalhar, os moveleiros poderão aumentar a produtividade e as demandas. Esse projeto a atenderá todos que participam na cadeia produtiva do setor moveleiro de Alagoas, desde marceneiros e pequenas empreendedores, até as grandes empresas fornecedoras de insumos e matériasprimas, e o comércio – inicialmente local, com expectativa de expansão para municípios vizinhos e posteriormente para outros estados. A maior parte da cadeia produtiva de móveis em Alagoas está concentrada na Região Agreste. O Governo do Estado, por meio da Seplande, e o Sebrae Alagoas, coordenam o Arranjo Produtivo Local (APL) de Móveis, que promove ações voltadas para a qualificação dos produtores, modernização dos equipamentos, inovação de técnicas e noções de gestão. Durante visita ao Polo, o

Obras estão em fase final de acabamento em povoado de Arapiraca

secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Keylle Lima, ficou satisfeito com o avanço da obra e destacou a importância da atuação do Estado em parceria com a prefeitura de Arapiraca. “A prefeitura cedeu o terreno e o

Governo está responsável por toda a infraestrutura do local, que está quase pronta. Estamos trabalhando em prol do pequeno produtor, para que este possa expandir a sua produção e alavancar o setor moveleiro”, enfatizou.

Infraestrutura está sendo montada O Pólo Moveleiro Nas- ta, auditório, ciclovia, área de cimento Leão está localizado lazer com quadra a seis quilômetros do poliesportiva, Centro de Arapiraca, campo de futebol, no povoado Sítio salão de confraterCapim, Zona Rural nização e showroda cidade, e é cortaom, que funciona Projeto do pela rodovia ALcomo uma loja, onde 220, o que facilita a arquitetônico os móveis produzilogística do escoa- e urbanístico dos no local ficam mento dos produtos. expostos para atrair A área é composta ocupará mais consumidores. por 45 lotes, cada Também será de 1.200m2 um com 1.225 m². construído um galAlém da infraespão coletivo para trutura básica, que que marceneiros e engloba pavimentaoutros trabalhadores ção, rede de abasteque também fazem parte do cimento de água, sissetor moveleiro indiretamentema elétrico e rede de esgo- te tenham a oportunidade de to, o Polo terá pórtico, guari- impulsionar seus negócios.

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EM PALMEIRA

Produção de pinha aumenta este ano Cursos em adubação inicial e análise de solo estão entre as ações para ampliar mercado da fruta em AL Da Redação Com assessoria

Produtores e gestores do Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura Pinha do Agreste se reuniram, na última semana, com finalidade de discutir as ações realizadas atualmente pelo APL e definir estratégias para fomentar a produção integrada da fruta no Estado. A reunião aconteceu no auditório da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), na cidade de Palmeira dos Índios. Na reunião, cursos de adubação inicial e análise de solo foram algumas das ações propostas para alavancar a produção integrada de pinha no Estado. O município de Igaci foi o escolhido para dar inicio às capacitações. “O objetivo desses cursos é que os participantes produzam com qualidade. A produção integrada é importante para ampliar e alcançar novos mercados e os agricultores da pinha se conscientizaram disso”, afirmou o gestor do APL, Guilherme Belmonte. Durante o encontro, os participantes também puderam assistir à palestra do Engenheiro Agrônomo da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Eduardo Lino, sobre os avanços na legislação para o uso de agrotóxicos em culturas diferenciadas. “Ficou acordado que a Adeal, junto com o comitê gestor da produção e o APL serão responsáveis pela elaboração de uma portaria para controle de pragas e doenças”, concluiu Belmonte. Além dos produtores de

Plantadores alagoanos de pinha participarão de feira internacional no mês de junho

pinha que fazem parte do APL Fruticultura e de técnicos da Seagri, participaram do encontro, representantes da Adeal e técnicos das prefeituras e secretarias municipais de Pal-

meira dos Índios e de Estrela de Alagoas. O evento foi articulado pelo APL da Pinha, coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento (Seplande)

e pelo Sebrae/AL, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri). EXPOFRUIT - No mês de

junho, os APLs da Fruticultura Pinha no Agreste e da Laranja Lima no Vale do Mundaú participarão da Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit), em Mossoró (RN).

A feira visa estabelecer um contato direto entre os produtores e novos compradores, que vão de pequenos investidores a representantes de grandes cadeias alimentícias.

Colunista entregará prêmio para mulheres alagoanas no dia 17 O colunista Haroldo Marques, um dos mais conceituados de Alagoas, está em clima de expectativa. Isso porque na próxima terçafeira (17), a partir das 20 horas, ele promove a quarta edição do Prêmio Mulheres de Sucesso. A noite promete ser de gala, com elegância e a presença, sempre marcante e simpática do também promoter.

Segundo ele, o objetivo é enaltecer a presença da mulher na sociedade de Arapiraca, nos setores profissionais, sociais e culturais. Para este ano, o evento vai trazer novidades. Pela primeira vez uma mulher pernambucana receberá o prêmio. “Só posso revelar isso. Os nomes das vencedoras só na terçafeira. Além disso, a premiação agraciará jovens empre-

sárias”, antecipou. A entrega do Prêmio Mulheres de Sucesso, em sua edição 2011, vai acontecer no Restaurante Porto Pira, um dos mais requintados de Arapiraca. A animação estará sob o comando do renomado DJ Tukka Farias, natural da cidade e também com trabalhos bem sucedidos em outros Estados, como Pernambuco e Sergipe.

O jantar, segundo o colunista e promoter, será uma atração à parte. “Tudo está sendo planejado com o máximo de carinho e profissionalismo. Queremos que esta edição fique marcada pela organização e pelas surpresas que estamos preparando para os convidados e principalmente para as homenageadas”, destacou Horoldo.

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Economia

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BNTM POBREZA EXTREMA

Erradicar vai exigir ações mais onerosas BRASÍLIA - O sucesso do Plano Brasil sem Miséria, que consiste no fim da extrema pobreza até meados desta década, poderá fazer com que o País tenha que adotar novas políticas sociais para melhorar as condições de vida de estratos de menor renda, mas que estejam acima da linha de extrema pobreza. Aprevisão de economistas ouvidos pela Agência Brasil é que para atingir a meta projetada pelo governo federal serão necessários novos mecanismos de transferência e o dispêndio de mais recursos para combater a “pobreza relativa”, ou seja, daqueles que ganham mais de R$ 70, a linha de extrema pobreza definida pelo governo. Na opinião do economista e sociólogo Marcelo Medeiros, professor do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), “o problema [da pobreza] não vai terminar aí [com fim da miséria]. Daqui a cinco anos, quando o Brasil tiver erradicado a pobreza extrema, terá que ir muito além disso e começar a proteger a população em um nível mais alto, o que vai custar muito mais caro”, calcula.

“O Programa Bolsa Família tem grande cobertura, mas transfere valores muito baixos. O primeiro passo foi, ainda que com muito pouco, cobrir todo mundo. Agora que está quase todo mundo coberto [cerca de 13 milhões de famílias no Cadastro Único], e a meta de atender os extremamente pobres será atingida, vamos ter que ter políticas de assistência mais generosas do que elas são hoje”, prevê. O coordenador de Proteção Social e Transferência de Renda do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo das Nações Unidas (IPC-IG, sigla em inglês), Fábio Veras Soares, concorda e avalia que o futuro combate à pobreza relativa exigirá que o País “continue crescendo”, que tenha “políticas públicas mais abrangentes” e “um sistema de garantia de renda mais progressivo”, assim como um sistema tributário mais justo e proporcionalmente menos oneroso com os mais pobres, o contrário do que ocorre hoje. “Quando nos tornarmos um País desenvolvido, vamos discutir pobreza relativa”, acredita.

Secretária de Turismo de Alagoas é a nova presidente da CTI/NE Danielle Novis foi eleita durante realização da 20ª BNTM, em Natal (RN) Nide Lins Repórter

NATAL (RN) - A secretária de Estado do Turismo de Alagoas, Danielle Novis foi eleita a nova presidente da Comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI/NE) durante a 20ª Brazil National Tourism Mart (BNTM). O evento é um encontro entre empresários e operadores com o objetivo de vender produtos nordestinos nos mercados nacional e internacional. Nesta edição da BNTM, que aconteceu na cida-

de de Natal, na última sexta-feira, houve a participação de cerca de 440 operadores estrangeiros de 33 países. O anúncio do nome da Danielle Novis aconteceu durante a coletiva de imprensa no Centro de Convenções de Natal. Asecretária é a primeira mulher que assume o cargo da entidade, tendo como grande e antigo desafio o de melhorar a malha aérea para o Nordeste. “Temos uma grande lacuna na malha aérea para se viajar pelo Nordeste. Hoje, contamos

com a empresa Noar, que já tem voos ligando as capitais da região, mas ainda é pouco. É preciso que os governos estaduais criem políticas de incentivos fiscais para que as pequenas empresas de aviação possam operar na região”, disse a presidente da CTI/ NE. Ainda na avaliação de Danielle Novis, o grande concorrente do Nordeste é o Caribe. “Precisamos mostrar para os estrangeiros que o Nordeste é muito além do sol e mar, tem cultura, gastronomia,festas, patrimônio históricos e tam-

bém oferece tarifas mais competitivas para competir com a América Central. E isto, essa demonstração, de certa forma, por sinal a hotelaria nordestina já vem fazendo”, informou. Alagoas participou da BNTM com um estande institucional, resultado das parcerias das secretarias de Turismo de Alagoas, Maceió e Maragogi e Associação Brasileira da Indústria dos Hotéis (Abih). Já na aérea comercial, 45 hotéis e agências receptivas participaram da rodada de negócios. Nide Lins

Educação terá que ser prioridade Na opinião de Sônia Rocha, professora titular da cátedra Sérgio Buarque de Holanda da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris (França), a superação definitiva da pobreza vai exigir mais investimento em educação. “Transferências de renda bem focalizadas amenizam a pobreza presente no que ela depende das decisões de consumo das famílias, mas naturalmente não podem mudar estruturalmente a condição das famílias pobres. Melhorias das condições de vida dos mais pobres também podem ser obtidas caso haja progresso na garantia de acesso a serviços públicos básicos - saúde, educação e saneamento, por exemplo. Mas para caminhar no sentido da redução estrutural da pobreza é essencial que os serviços educacionais tenham cobertura e qualidade, de forma a se tornarem um mecanismo efetivo de inserção produti-

va e mobilidade social futuras para as crianças das famílias pobres”, opina. Sônia Rocha é uma das principais estudiosas da desigualdade social brasileira. Ela elogiou a iniciativa do governo em fixar a linha de pobreza em R$ 70. “Não é sem tempo que o Brasil adota uma linha de pobreza oficial, com objetivo de informar ao público em geral sobre os progressos que são realizados no combate à pobreza ao longo do tempo”, disse. “Aescolha do valor de R$ 70 de renda domiciliar per capita foi adequada por duas razões: primeira, por ser o valor de corte inferior já utilizado Programa Bolsa Família; e segunda, por ser praticamente idêntico à linha de extrema pobreza que o Banco Mundial utiliza na tentativa de fazer comparações internacionais de incidência de extrema pobreza”, avaliou a especialista.

Nova presidente da CTI-Nordeste tem como desafio obter mais recursos junto ao governo federal para as campanhas de divulgação da região

Chineses também se interessam pelo Estado Para Ana Rogato, da Aeroturismo, a BNTM este ano surpreendeu pelo número de agendamentos que cresceu mais de 50% e também pela presença de novos operadores buscando informações sobre Maceió. “Na rodada de negócios, recebemos a visita até de chineses interessados em roteiros diferenciados, como pequenas pousadas em Maceió. Também tivemos agendamentos com representantes da Croácia e Estados Unidos, além de outros operado-

res que já vendem Alagoas, como os italianos e os latinos. Mas, a grande procura é por Maceió, percebemos que eles querem negociar diretamente com as agências receptivas. Antes era através de agências de São Paulo. Este fato é um ótimo sinal”, disse Ana. A secretária de Turismo de Maceió, Claudia Pessôa, considera a BNTM como a principal ferramenta de marketing do Nordeste junto ao mercado exterior. “O fato de operadores es-

trangeiros buscarem informações sobre Maceió, mostra que o turismo na cidade está em alta. Além disso, a proximidade da realização da Copa 2014 também faz com que, não apenas Maceió, mas todos os estados do Nordeste sejam alvos de uma procurar maior pelo mercado internacional”, destacou Claudia. Durante a coletiva, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM/RN), cobrou da CTI-NE mais empenho junto ao Ministério de Turismo

por mais verbas para a promoção do Nordeste no exterior. Segundo o secretário executivo da CTI/NE, Roberto Pereira, nestes 20 anos, a BNTM não só trouxe os turistas estrangeiros para o Nordeste, mas também atraiu novos empreendimentos hoteleiros de capital internacional. “Nossa previsão de negócios é US$ 470 milhões, com base nos agendamentos. Dos 33 países, nove participaram pela primeira vez da feira”, afirmou Pereira.

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o ano em que completa 60 anos de existência, a importância do Grupo João Lyra para o setor sucroenergético ganha também o reconhecimento das publicações especializadas. Para desvendar história, desafios e conquistas de um dos conglomerados empresariais mais bem-sucedidos do País, o jornalista Alexandre Carolo desembarcou em Alagoas no início de 2011 para produzir a reportagem que foi capa da edição de março do JornalCana, um dos mais respeitados do segmento. E esta homenagem é reproduzida por O JORNAL.

N Usina Laginha foi a primeira unidade do Grupo João Lyra em Alagoas

Grupo João Lyra comem Alexandre Carolo, De Maceió, AL Free lance para o JornalCana

A Laginha Agro Industrial S/A, denominação oficial do grupo alagoano João Lyra, comemora seis décadas de existência com uma história que mistura tradição, desenvolvi-

mento econômico, superação e, sobretudo, amor à cana-deaçúcar. João José Pereira de Lyra, mais do que empresário, um visionário do setor sucroenergético, tem sob sua batuta um conglomerado de empresas, entre as quais, cinco usinas. "Tudo o que foi construído

devo ao querido Estado de Alagoas, aos trabalhadores e ao nosso povo. Foi com muito trabalho e dedicação que tudo isso vem sendo realizado. Tenho uma dívida imensa com essa terra, com os nossos colaboradores antigos e atuais, porque superamos obstáculos, vencemos desafios e, muitas vezes, a

descrença. Falo da Laginha, onde muitos não acreditavam que poderíamos recuperá-la", disse João Lyra. A recuperação da Usina Laginha, destruída em 2010 pela violência da correnteza do rio Mundaú, em Alagoas, é apenas um exemplo de superação do grupo, que enfrenta atual-

mente a condição de empresa em Recuperação Judicial. Em 2008, a falta de liquidez momentânea da empresa, somada à crise mundial, desencadeou o processo. Mas engana-se quem desconfia do poder de recuperação do grupo, que tem seu patrimônio preservado. O Grupo possui as usinas

Laginha, Uruba e Guaxuma, em Alagoas, além da Triálcool e Vale do Paranaíba, em Minas Gerais. Também integram o conglomerado: a prestadora de serviços agrícolas Sapel, a concessionária de veículos Mapel, a Lug Taxi Aéreo e a Adubos Jotaele. O grupo movimenta a economia de aproximadamen-

Laginha pós-enchente

Minada pela crise, Laginha pede recuperação judicial

Aristóteles Cardoso, o Ari, tem a incumbência de direcionar os passos do Grupo

Francisco Celestino: 12 anos de dedicação à frente da superintendência agrícola

Laginha sucumbe à falta de liquidez e crise mundial Em meados de 2007, a diretoria do Grupo João Lyra se reuniu para discutir a crise momentânea de liquidez pela qual passavam as unidades da companhia. Na ocasião, não havia dinheiro para o fluxo de caixa. O açúcar, um dos principais produtos de exportação da companhia, estava em baixa na bolsa de mercadorias de Nova Iorque. As dívidas começavam a sair do controle. No ano seguinte, para agravar a situação, o mundo experimentou uma forte crise econômica, com epicentro nos Estados Unidos, causando um terremoto financeiro em vários países do mundo. O Brasil também sofreu. O setor sucroenergético balançou. A Laginha, que já vinha de uma crise, sofreu mais. Assim como inúmeras ou-

tras empresas, a Laginha Agroindustrial SA teve dificuldade para captar dinheiro no sistema financeiro. Com um déficit de aproximadamente R$ 500 milhões, o grupo decidiu, em janeiro de 2008, vender uma das principais unidades da empresa, a Usina Triálcool, em Canápolis, Minas Gerais. Na ocasião, os ativos da empresa foram avaliados em US$ 190 milhões, valor que estava sendo negociado com uma empresa estrangeira. Para efetivar a venda, todos os credores da Laginha deveriam concordar com a negociação. No entanto, poucos, porém grandes credores resistiram e a venda não pode ser consolidada. De acordo com o diretor jurídico do Grupo João Lyra, Átila

Pinto Machado Júnior, um dos credores estrangeiros, que detinha uma grande hipoteca, não aceitou as propostas para pagamento da dívida. Propusemos a todos os credores, assim que a venda da Triálcool fosse efetivada, o pagamento de 45% da dívida à vista e o restante em parcelas. Todos aceitaram, mas este grande credor não", disse. Após várias propostas negociadas entre as partes, inicialmente aceitas e posteriormente recusadas, o credor internacional exigiu o pagamento de 100% da dívida, que na época era de US$ 70 milhões. "Afinalidade de vender um dos principais ativos do grupo não seria atingida caso aceitássemos pagar a dívida integralmente para um só credor", disse Átila. (A.C.)

Após nove meses de tentativas frustradas de negociações para vender a Triálcool, a empresa estrangeira interessada em comprar a unidade mineira acabou perdendo o prazo da carta de crédito dos US$ 190 milhões que havia solicitado junto ao BNP Paribas. Sendo assim, a Triálcool continuou como patrimônio do Grupo João Lyra. Com poucas opções, restou à Laginha Agro Industrial S/A entrar com um pedido de Recuperação Judicial, nos termos da Lei nº 11.101/05, o que aconteceu no dia 25 de novembro de 2008. A empresa foi a primeira do setor sucroenergético a requerer esse direito. A partir do pedido protocolado, a empresa se reuniu com credores e elaborou um PRJ (Plano de Recuperação Judicial). A concessão foi dada no dia 22 de junho de 2009. Segundo o diretor jurídico Átila Júnior, a empresa passou a ser denominada "Laginha Agro Industrial S/A em Recuperação Judicial". Após o prazo de dois anos, que se encerra em junho de 2011, a companhia retoma sua denominação anterior, no entanto passa de devedora a obrigada. "Saímos da condição de devedores e passamos a ter

obrigações", observa Átila. O PRJ da Laginha é de 11 anos, de 2009 a 2020. Até lá, a companhia se comprometeu a pagar todos os débitos que estavam abertos em 25 de novembro de 2008, o equivalente a R$ 500 milhões. Em um ano de recuperação, a Laginha já pagou R$ 70 milhões e não deve mais a nenhum credor trabalhista. "Apesar da crise, o Grupo João Lyra mantém um patrimônio de R$ 1,5 bilhão, o que faz da companhia absolutamente recuperável", afirma Átila. Com um plano de recuperação bem elaborado, equalizando gastos com folha de pagamento e investimentos, além do patrimônio preservado, Átila tem plena convicção de que a crise será superada, como mais um ciclo vivido pelo grupo nestas seis décadas de existência. As cinco unidades produtivas do grupo atualmente estão em plena forma. As três usinas de Alagoas finalizaram a safra 2010/11 recentemente. Já as duas unidades mineiras estão começando o ciclo 2011/12. Dessa forma, o grupo processa cana o ano inteiro. Com o preço do açúcar em alta na bolsa de mercadorias de Nova Iorque, os ventos têm soprado favoráveis à sexagenária companhia. (A.C.)

Laginha sobr

Como se não bastasse a condição judicial de recuperanda, a Laginha Agro Industrial S/A sofreu um duro golpe no dia 18 de junho de 2010. AUsina Laginha em União dos Palmares, foi parcialmente destruída pela força das águas do rio Mundaú, num período de chuvas sem precedentes nos estados de Alagoas e Pernambuco. Além da usina, 20 cidades vizinhas sofreram com o tsunami fluvial. A violência das águas arrancou seis tanques que armazenavam etanol, com capacidade de armazenamento de cerca de 30 milhões de litros. Todo o sistema elétrico da unidade foi danifica-

Átila Machado conta detalhes do processo de recuperação do Grupo

Warriman José Feitosa da Silva


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Unidades da Laginha são bem estruturadas

Localizada no município de Atalaia, a Usina Uruba é uma das maiores geradoras de emprego da região

mora 60 anos te 25 municípios em Minas Gerais e Alagoas. Fortes soldados estão aliados ao empresário João Lyra. O Controller do grupo, Cícero Marcolino, há 17 anos na Laginha, é responsável por elaborar o planejamento tributário da empresa. Já o diretor de Novos Negócios, Leonardo Loureiro,

identifica oportunidades que venham a agregar valores aos negócios. Átila Júnior, diretor jurídico, é o guerreiro que encabeça o processo de recuperação do grupo, Eduardo Oliveira no planejamento financeiro e Akiles na área comercial. O diretor administrativo e operacional da Laginha, Aristó-

teles Cardoso, o Ari, tem a incumbência de direcionar os passos do grupo, no dia a dia. Profundo conhecedor de todas as áreas da companhia, Ari conta com o talento do superintendente Industrial, Warriman Feitosa, e a dedicação do superintendente Agrícola, Francisco Celestino.

As cinco unidades da Laginha Agro Industrial S/A estão estruturadas para operar em plena capacidade. O Grupo João Lyra processa cana-de-açúcar o ano todo. A safra do Centro-Sul fica por conta das usinas mineiras Triálcool e Vale do Paranaíba. O ciclo nordestino fica por conta das alagoanas Laginha, Uruba e Guaxuma. As três usinas de Alagoas recebem matéria-prima plantada em argissolos, com variação de latossolo vermelho/amarelo. Solos arenoargilosos são comuns na região. A topografia acidentada dificulta a adoção de colheita mecanizada em boa parte da área. A cultura exige correções de solo, práticas de irrigação e aplicação de adubos foliares para melhorar a produtividade. Já as unidades Triálcool e Vale do Paranaíba ficam numa região mais plana, favorável à mecanização com solos mais ricos e argilosos. O plantio é feito com espaçamento de 1,50 m entre linhas, e estão sendo feitas áreas com novos espaçamentos 0,90 cm X 1,50 cm entre linhas, para a colheita mecanizada de duas linhas com novas colheitadeiras apropriadas para isso. Lá também são praticados tratos culturais mais eficientes para garantir alta produtividade. Com aproximadamente 40 mil colaboradores, o grupo é a empresa Alagoana que mais gera emprego em Alagoas. Nos últimos 12 anos, o Grupo João Lyra praticamente duplicou sua produção. As cinco usinas da organização pro-

Balança da unidade Laginha

Sonda oblíqua em ação na Usina Uruba

duzem etanol, açúcar (VHP, cristal, refinado) e energia elétrica, além de subprodutos. Um dos destaques na área agrícola é o cultivo de crotalária e feijão de corda no pousio da cana, como rotação de cultura e parte do programa de alimentação de funcionários e comunidade. No desenvolvimento varietal e pesquisas, o grupo conta com as parcerias da Ridesa, Ufal (Universidade Federal de Alagoas)

e Universidade Federal de Viçosa. As usinas contam com investimentos em turbinas de alta eficiência e no sistema de desfibrador e nivelador, além do inversor de frequência, acionamentos de mesa, tombador e esteira. O processo e geração de vapor de energia é 100% automatizado nas cinco unidades do grupo, investimentos em cogeração que superaram R$ 35 milhões. (A.C.)

Yvette Moura/Arquivo O JORNAL

Santuário de Santa Tereza recebe investimentos de mais de R$ 300 mil por ano para ações ambientais

revive ao "tsunami fluvial" de 2010 em AL Grupo João Lyra é o primeiro do setor a receber ISO 14001

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do. Veículos, documentos, móveis e outros equipamentos também foram arrastados. Em alguns pontos dentro da indústria, a água chegou a seis metros de altura. Um cenário desolador. Dois dias depois da tragédia, o empresário João Lyra foi até o local e ordenou o início imediato da reconstrução da unidade. De acordo com o superintendente Industrial do Grupo João Lyra, Warriman José Feitosa da Silva, essa é uma característica peculiar do empresário. "Doutor João é um homem de muita inteligência, que toma decisões surpreendentes e alcança sucesso por conta dessa determinação".

a, superintendente industrial

Diretoria, colaboradores e parceiros se uniram para reerguer a história e tradição da primeira unidade do grupo. Em seis meses, a Laginha ressurgiu, mais moderna. A maior empregadora da Zona da Mata alagoana, com mais de 5 mil postos de trabalho, voltou a moer com a força dos colaboradores, os quais o empresário classifica como "maior patrimônio do grupo". A reconstrução da Laginha custou cerca de R$ 30 milhões, pagos com recursos próprios oriundos da boa fase do mercado de açúcar. "Sendo assim, deixamos de investir em outros pon-

tos. Mudamos todo o planejamento. Mas essa é uma das características do doutor João. Nenhuma informação dada por ele deve ser desprezada, pois ele é inteligentíssimo", disse o diretor jurídico Átila Júnior. "Nosso objetivo é sempre seguir em frente para crescermos, tendo na lembrança uma frase sempre usada pelo meu saudoso pai, Salvador Lyra, que dizia: "águas passadas não moem o engenho". Ou seja, somos movidos por desafios e novos projetos estão em andamento para gerarmos mais emprego e renda", garantiu o empresário João Lyra. (A.C.)

Empresário João Lyra: homem de decisões surpreendentes

A Laginha Agro Industrial S/Afoi o primeiro grupo do setor sucroenergético do Brasil a receber a certificação e a recertificação ISO 14001, norma internacional de qualidade ambiental. O respeito ao meio ambiente é parte integrante de seus valores e princípios empresariais e norteia todas as atividades agroindustriais da companhia. O Grupo possui uma área de 10,5 mil hectares onde são mantidas três reservas ambientais, consideradas santuários ecológicos. Uma delas fica na Fazenda Santa Tereza, município de Atalaia, onde a empresa mantém uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural). São mais de 300 hectares voltados à proteção da diversidade da fauna e da flora e à conservação de ecossistemas frágeis ou ameaçados. O Santuário de Santa Tereza recebe investimentos de mais de R$ 300 mil por ano para ações ambientais. Lá funciona um centro de educação ambiental e de treinamento para capacitação de agentes multiplicadores e professores da rede municipal de ensino. Os cursos de educação ambiental contemplam temas ligados a recursos hídricos, resíduos sólidos, reflorestamento, além de noções de direito ambiental e cidadania. O grupo também mantém o Refúgio das Capivaras, na Usina Laginha, em União dos Palmares, além do Santuário do Jacaréde-papo-amarelo, na Usina Guaxuma, município de Coruripe, unidade que possui 5,8 mil hec-

tares de área conservada. Os investimentos em ações socioambientais nas cinco unidades produtivas do Grupo são de aproximadamente R$ 5 milhões por ano. As atividades ambientais da companhia foram iniciadas na década de 1990, com a adesão voluntária ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Em 1996, a companhia inaugurou o programa "Natureza, vamos proteger", instituindo uma nova modela-

gem para a gestão socioambiental do Grupo, que prevê a adoção de normas de conduta ambiental nos processos industriais. O respeito ao meio ambiente tem sido reconhecido através da concessão de diversos prêmios nacionais e homenagens prestadas por agências reconhecidas, como Ibama, Instituto do Meio Ambiente em Alagoas (IMA-AL), Unesco, e o Instituto para a Preservação da Mata Atlântica (IPMA). (A.C.)


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DISPUTA

Em São Paulo, o prêmio Top Imobiliário define seus vencedores

O governo decidiu endurecer as regras do Minha Casa, Minha Vida. Na segunda edição do programa, as pessoas que receberem o beneficio só poderão vender os imóveis com a dívida quitada e sem o desconto do subsídio. "Caso a família tenha a venda como um fato, ela só pode vender o imóvel depois de quitá-lo", disse Inês Magalhães, secretária nacional de habitação do Ministério das Cidades. Segundo ela, essa medida é importante, porque evita que o imóvel seja vendido prematuramente. A regra vale para famílias com renda de até R$ 1.395. Também foi criado o Cadastro Nacional de Beneficiários. A inscrição é para quem recebeu benefícios em programas habitacionais ou rurais do governo. De acordo com a secretária, essa regra foi estabelecida para evitar que subsídios sejam dados mais de uma vez.

MAIS ANDARES O governo também decidiu acabar com o limite de cinco andares para os prédios residenciais. Agora, a altura será de acordo com as regras do governo local. De acordo com a secretária, essa medida tornará o negócio mais rentável para as construtoras no caso de capitais e centros metropolitanos, onde geralmente os terrenos são mais caros. Também será possível a exploração comercial dos andares térreos. O aluguel das lojas comerciais será revertido para o condomínio.

MULHERES Outra mudança visa dar maior proteção à mulher chefe de família, que poderá receber o benefício sem precisar da assinatura do marido. Nesse caso, o imóvel fica apenas no nome da mulher. A meta do governo é contratar 2 milhões de imóveis até 2014. O investimento será de R$ 71,7 bilhões em quatro anos. Desse total, R$ 62,2 bilhões virão do Orçamento e R$ 9,5 bilhões do FGTS destinados à habitação. Na segunda fase do programa, 60% das moradias serão destinadas a famílias com renda de até R$ 1.395.

NOVAS REGRAS Na terça-feira (10) o Senado aprovou a medida provisória que valida as novas regras do Minha Casa, Minha Vida. A MP fixa a renda familiar máxima para participação no programa em R$ 4.650. Pelo texto aprovado pelo Senado, os custos cartoriais ficarão mais altos. Na faixa de renda de 3 a 6 salários mínimos, por exemplo, os beneficiários pagarão 50% das taxas cartoriais -- hoje, as famílias só pagam 20%. A MP aprovada pelo Senado traz outras mudanças. Passarão a ter prioridade no cadastro as famílias que têm entre seus integrantes alguém com deficiência física.

Luiz Fernando Bueno, diretor de operações da Gafisa, que em 2009 também recebeu o prêmio de Melhor Construtora

SÃO PAULO - Foram conhecidos na noite de quinta-feira (12) em São Paulo, em evento no Terraço Daslu, os vencedores do Prêmio Top Imobiliário, promovido em parceria pelo Grupo Estado, a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp) e o Sindicato da Habitação (Secovi-SP). No segmento das construtoras, a vencedora foi a Gafisa, seguida da Even e da Cyrela Brazil Realty. Entre as incorporadoras, venceu a Cyrela, seguida da Gafisa e da Even. E, no segmento de vendas, venceu a Lopes, com a Abyara Brokers em segundo e a Habitcasa em terceiro. O empresário Elie Horn, fundador da Cyrela Brazil Realty, foi eleito a personalidade do ano. O Top Imobiliário foi criado

pelo Grupo Estado em 1993, com o objetivo de reconhecer a importância e acompanhar o desempenho do mercado imobiliário da Grande São Paulo - o maior do País -, e também de focalizar as empresas de destaque no setor. Há mais de mil companhias atuantes nesse mercado. Para identificar as vencedoras, o prêmio utiliza o ranking produzido pela Embraesp desde 1977, com base em pesquisas na região metropolitana de São Paulo. O prêmio contempla os três principais segmentos em que se dividem as atividades do setor - incorporação, construção e vendas - e seleciona as dez empresas que lideram o ranking da Embraesp. O ranking leva em

conta itens como número de lançamentos, total de unidades, metragem construída e volume geral de vendas (VGV). Há ponderações distintas para cada segmento. Para as construtoras, por exemplo, pesa mais o critério de metro quadrado construído. Já para as vendedoras, é o VGV que tem maior expressão na pontuação final. Há quatro anos, o Top Imobiliário introduziu uma premiação específica para o profissional que mais contribuiu para o desenvolvimento do setor, o de Personalidade do Mercado Imobiliário. Nesse caso, a votação é aberta pela internet e, neste ano, foi encerrada no dia 2 de maio, com a vitória de Elie Horn. Os vencedores das edições

anteriores foram, em 2007, Romeu Chap Chap, dono da construtora que leva seu sobrenome e liderança reconhecida do setor. Em 2008, o premiado foi o engenheiro Ricardo Yazbek, dono da Incorporadora Yazbek e vicepresidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. No ano seguinte, o vencedor foi o engenheiro civil Odair Senra, diretor de Relações Institucionais da Gafisa e vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo. No ano passado, foi a vez do empresário João Rossi Cuppoloni, um dos sócios-fundadores da construtora e incorporadora Rossi. Fonte: Agênica Estado

NEGÓCIOS

CÉDULAS 1 O estoque de CCIs (Cédulas de Crédito Imobiliário) cresceu 92% no acumulado de 12 meses na Cetip, depositária de títulos privados de renda fixa. O instrumento saltou de R$ 13,8 bilhões, em março de 2010, para R$ 26,5 bilhões em igual período deste ano. As CCIs são papéis que representam o financiamento imobiliário e servem de lastro à emissão de CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), título negociado nos mercados de capitais. "Esse crescimento é reflexo do que acontece na economia real. É necessidade de captação de recursos", diz Carlos Ratto, diretor da Cetip.

CÉDULAS 2 A taxa de crescimento da necessidade de financiamento imobiliário tem sido maior que a taxa de crescimento da poupança, segundo Ratto. A emissão de CCI é um retrato de como está o mercado de crédito imobiliário, segundo Fábio Nogueira, diretor da Brazilian Mortgages. "A medida que aumenta a produção, aumentam as emissões. Nenhum crédito na Brazilian Mortgages é concedido sem CCI", diz. O aumento do registro torna os créditos mais fáceis de serem transacionados. "O título fica potencialmente mais líquido", diz Rodrigo Machado, da Anbima. "A securitização é o veículo natural provedor de "funding" para quem quer produzir", diz Machado. O mercado de crédito imobiliário deve crescer acima do crédito em geral, segundo Osmar Roncolato, diretor de empréstimos e financiamentos do Bradesco.

Presidente da CNI destaca necessidade de incentivar a competitividade O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), empresário Robson Braga de Andrade, disse em Maceió (AL), na noite da última terça-feira (10), que o governo federal está consciente de que é preciso melhorar o ambiente de negócios e avançar na adoção de medidas que tornem as empresas brasileiras mais competitivas para atender tanto o mercado nacional quanto o internacional. Ele anunciou a criação de um grupo de trabalho onde técnicos ligados ao setor produtivo, ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e à Receita Federal formula- Segundo o presidente do CNI, Robson Braga de Andrade, rão propostas de mudanças o real está supervalorizado, prejudicando as exportações que incentivem o investimento e a competitividade indus- ra tem uma agenda comum, - e a concorrência de países em áreas como inovação, tec- como a China, com métodos trial. Apesar de reconhecer a di- nologia e qualidade, que visa de produção que permitem a ferença de tempo entre os se- à busca de um círculo virtuo- redução dos preços. A infraestores privado e público na to- so para o Brasil crescer mais", trutura precária, a alta carga tributária e o contrabando mada de decisões, o empre- afirmou. Entre os desafios para a in- também prejudicam a indússário destaca que está confiante, pois existe uma percepção dústria nacional retomar a ca- tria brasileira. Braga considera insufigeral de que país não pode re- pacidade de produção e engredir depois do crescimento frentar a concorrência nos cientes medidas para reduzir dos últimos anos. As forças mercados externos, o presi- os custos das exportações que produtivas estão organizadas dente da CNI citou o câmbio não contemplem todo o elo e prontas para contribuir neste - o real está supervalorizado, produtivo. "Se não pensarprocesso. "A Indústria brasilei- prejudicando as exportações mos na cadeia como um todo,

no final das contas a carga tributária acaba refletindo no custo final para o exportador", alertou. SEMPLEX Robson Braga esteve em Alagoas para participar da abertura do Seminário de Promoção às Exportações (Sempex), promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea). O Sempex precede o Encontro Internacional de Negócios (Enin), que aconteceu nos dias 12 e 13 de mio. O objetivo da Fiea é diversificar a pauta exportadora do Estado por meio da inserção de produtos alagoanos no mercado externo de forma sustentável e permanente. Ele foi recebido pelo presidente da Fiea, industrial José Carlos Lyra de Andrade, por diretores e conselheiros da entidade, empresários, representantes do governo, entre outras autoridades. Fonte: Unidade Corporativa de Comunicação Social Sistema Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA, SESI, SENAI e IEL)

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O JORNA L JORNAL

Dois

Confira as promoções na Revista da TV

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As novas damas dos palcos Em alusão ao Dia Alagoano do Teatro - comemorado ontem e instituído em homenagem à maior personalidade da arte dramática no Estado, Linda Mascarenhas –, o Caderno Dois de O JORNAL foi ao encontro de três atrizes apontadas por gente da área como destacadas profissionais no cenário alagoano. Mulheres que, mais do que talento em comum e crença em um mesmo destino, têm uma só certeza: a da realização nos tablados. Shirley Nascimento

Shirley Nascimento Repórter

No dia 14 de maio é comemorado o Dia Alagoano do Teatro. Adata foi instituída através da Lei 6.243, de 02/07/2001, em homenagem à atriz e diretora teatral Linda Mascarenhas, nascida nesse dia, em 1895. Apesar da homenagem, o trabalho e a trajetória dessa mulher, que começou a atuar já com 60 anos, escreveu peças, ganhou prêmios e fundou entidades ligadas à cultura, continuam desconhecidos da maior parte dos alagoanos, restrito praticamente aos que fazem teatro. A Dama do Teatro Alagoano foi a fundadora, entre outras agremiações, da Associação Teatral das Alagoas (ATA), com 55 anos de existência e mais de 70 peças montadas. Responsável pela formação de gerações de atrizes e atores alagoanos, a instituição sofre com o descaso relegado à cultura no Estado. Está prestes a perder o local onde guarda figurinos e peças de cenário e realiza reuniões: uma parte cedida de uma casa que agora terá que ser vendida. Mas não foi à toa que a entidade resistiu durante décadas em meio às dificuldades de se fazer teatro em Alagoas. Linda Mascarenhas era uma mulher forte e talentosa, tanto para subir aos palcos quanto para enfrentar cada percalço que surgia no caminho. “Fazer teatro em Alagoas é sempre muito difícil, é sempre um fardo, é destino, não é escolha. Não há possibilidade de fazer com dignidade se não estiver destinado a isso. Sem talento e vontade não se faz nada. A Linda dizia que o talento é fundamental, que sem vontade não se faz nada,

mas com vontade se aprende. O grande mistério dessa felicidade profissional depende da vontade pessoal, comunitária e política”, diz Ronaldo de Andrade, um dos dirigentes da ATA e cria de Linda Mascarenhas. Ele conviveu e contracenou com Linda. Foi tomando contato com o nome dela aos poucos. Primeiro, quando estudava na Federação Lajense para o Progresso Feminino, fundada por ela. Já no Ginásio, em Pernambuco, viu no jornal uma notícia anunciando sua passagem por Palmares. Lembra de ter comentado com um amigo que ainda ia conhecê-la, pois, desde o colégio, já havia decidido que seria ator de teatro. Em 1971, em Maceió, no curso de Teatrologia promovido pelo Serviço Nacional do Teatro (SNT) e pela Secretaria da Educação, com apoio do Teatro Deodoro, finalmente encontrou-se com ela. Pouco tempo depois, já fazia parte da ATA. “Com Linda aprendi de fato o que é fazer teatro, como andar no palco, como usar a voz, como me posicionar. Com ela tive a possibilidade de lidar com textos dramáticos de qualidade”, conta. Ronaldo passou a frequentar a casa da Linda, para onde todos que faziam teatro convergiam. “Ela morou num casarão onde hoje é o prédio do Ipaseal, no Centro. Depois teve uma casa na Ladeira do Brito, demolida para a construção de um estacionamento. Uma perda irreparável. Lá funcionou a sede da Federação para o Progresso Feminino e o movimento teatral. A casa de Linda era o pondo de referência do teatro em Alagoas, um centro de convivência artística”. Mais uma demonstração de uma erva daninha que encontra solo fértil em Alagoas:

o desrespeito ao patrimônio cultural. Sobre o trabalho da diva, Ronaldo, que é professor de Teatro da Ufal, comenta: “A gente pode ver de duas maneiras o trabalho da Linda. Ao mesmo tempo em que era uma atriz que trabalhava muito bem baseada em procedimentos da época, buscou se adaptar aos novos procedimentos das décadas de 70 e 80, introduzidos pelo método Stanislavski [ator e diretor de teatro russo que criou um novo método de interpretação baseado na naturalidade e na construção psicológica profunda da personagem], além de outras necessidades por conta do contexto político da época, da busca da liberdade. Ela se inseriu como atriz nesse contexto com muita propriedade”. Ele conta que chegou até mesmo a fazer o papel de marido de personagens de Linda por duas vezes, nas peças “Onde canta o sabiá” e “Fazendo chuva”, ela já idosa, que Homero Cavalcante fez em homenagem à dama. “Linda destacava-se na ATApela disparidade da idade entre ela e os outros participantes. Ela já era uma senhora de mais de 60 anos e o grupo era de jovens”. Agrande vontade que tinha de fazer as coisas acontecerem atraía os jovens, que sempre a procuravam. Mas, apesar de tantas realizações, Linda teve algumas frustrações. Uma delas foi a de não ter estreado uma peça no Teatro que levava seu nome, no Cepa, hoje Espaço Cultural Linda Mascarenhas. AATA pagou essa dívida com ela encenando lá “Os infortúnios” de uma criança, ano passado, durante as comemorações dos 55 anos. Aoutra foi o fato de a ATAnão ter um teatro próprio, um de seus grandes sonhos.

Poucos registros sobre a memória teatral alagoana No balanço sobre o teatro alagoano, constata-se que existem poucos registros sistemáticos. A dissertação de Ronaldo de Andrade “Teatro amador no Maceió das Alagoas 1940 – 1970”, defendida em 1996 na USP, é um desses trabalhos. O outro, especificamente sobre Linda Mascarenhas, é o livro “Linda Mascarenhas: 50 anos de refletores”, do jornalista e cineasta Joaquim Alves. Editado em 1985 pela Sergasa, não é mais encontrado à venda. Merecia mais a memória da mulher que com sua arte levou o nome de Alagoas para outros cantos do Brasil. “Linda nunca pôs um fim ao seu fazer teatral. Sempre quis fazer e continuar fazendo teatro. Quando ela encontrava alguém do meio sempre dizia: ‘A gente precisa montar uma peça’”, lembra Ronaldo. “Linda sempre transitou muito elegantemente pelos problemas de preconceito e limitações de um mundo

machista, onde à mulher cabia apenas ser submissa. Ela nunca desempenhou esse papel”. Ronaldo reflete também sobre a preservação da memória do fazer teatral no Estado. “O movimento do teatro em Alagoas é feito de participações efêmeras e isso faz com que não haja a preservação da memória. Aliado a isso, o fato de que o teatro é carismático, mas também é uma arte marginalizada”. Em 2009, a ATAconseguiu a aprovação, por parte do governo do Estado, de um pedido de construção do mausoléu de Linda Mascarenhas, no cemitério N. Sra. Da Piedade. O pedido se perdeu na burocracia, e a associação perdeu o prazo para dispor do terreno que havia recebido em doação para a construção, por parte da Prefeitura. Sobre a presença feminina no teatro alagoano, o professor de teatro pondera. “O teatro em Alagoas sempre foi muito mas-

culino e machista. Linda sempre foi uma amazona nesse meio. No entanto, os maiores talentos têm sido femininos. Linda Mascarenhas, as irmãs Eunice e Edna Pontes, Cibele Barbosa, Fátima Medeiros, Ivana Iza, Diva Gonçalves”. Seguindo a dica deixada por Ronaldo, o Caderno Dois de O JORNAL entrevistou três atrizes apontadas por gente da área como destacadas profissionais no cenário alagoano. Diva Gonçalves, Ane Oliva e Ivana Iza têm mais do que a profissão em comum. As três acreditam no destino. Não em qualquer destino, mas naquele que pode ser construído com muito trabalho e dedicação. As três apresentam maturidade e senso crítico em relação ao próprio trabalho e à profissão. E as três desejam ainda muitas peças pela frente. Com vocês, Diva Gonçalves, Ane Oliva e Ivana Iza. (S.N.) Leia nas páginas B3, B4 e B5

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Horóscopo www.omarcardoso.com.br

ÁRIES (20 mar. a 20 abr.) Favorável para receber benefícios de parentes e do cônjuge, e para progredir no trabalho e no plano material. A disposição mental será muito boa, e o trato com pessoas de posição lhe trarão prosperidade.

LEÃO (22 jul. a 22 ago.)

TOURO (21 abr. a 20 mai.) Você agora terá maiores chances de lucrar inesperadamente através de jogos, sorteios e da loteria. Felicidade amorosa, conjugal e familiar. Este será um período muito favorável nos assuntos profissionais.

VIRGEM (23 ago. a 22 set.)

Os negócios que tem em vista, poderão ser realizados com vantajosos lucros. Depois do dia as transações estarão em evidência. Agora evite receios infundados ou preocupações negativas. Excelente para assuntos familiares e o romance.

Notícias e novidades com maior interesse podem surgir no final deste dia. Ao tratar de negócios com outras pessoas, saiba avaliar suas possibilidades e as dos outros. Até depois de amanhã, algo poderá dar muito lucro. Quanto ao amor, excelente.

SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.)

CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.)

Favorável aos assuntos profissionais. Existe a possibilidade de você ganhar uma quantia razoável de dinheiro em um negócio bem feito. Porém, você terá que economizar. O ritmo que você estará empregando na sua vida deverá contribuir para a sua ascensão social.

Empreenda uma coisa de cada vez. Não tente fazer tudo ao mesmo tempo, pois muito poderá ser prejudicado. Cuide da saúde, evite acidentes e a precipitação e não discuta com pessoas estranhas. Aumento da necessidade de segurança emocional.

GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Possibilidade de tornar o ambiente em que você vive em algo mais de acordo com o seu gosto e necessidade. Florescimento das relações familiares e maior contato com suas origens e com emoções importantes do seu passado.

LIBRA (23 set. a 22 out.) Fase propícia com oportunidades de aprimoramento mental. Suas ideias serão analisadas por pessoas amigas e alcançarão êxito. Alguém poderá procurar se aconselhar com você. Cuidado com as suas atitudes críticas.

AQUÁRIO (21 jan. a 20 fev.) Muito boa influência para você. Aproveite o bom fluxo para tratar dos assuntos familiares pendentes, para obter melhores resultados profissionais possíveis, e para tratar com pessoas nascidas amigas. Você deve aproveitar o clima tranquilo de hoje para se programar com mais liberdade.

CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Você estará inclinado a mostrar projetos ousados em seu ambiente de trabalho. Seu relacionamento com os companheiros de serviço também estará favorecido. Asua disposição será considerável para acertos financeiros antes relegados a segundo plano.

ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Seu êxito será total, neste dia, principalmente no trabalho e na vida social. Dia feliz ao casamento e ao noivado e para tratar de seus interesses financeiros. Aproveite as suas ideias de recreação que possam lhe ocorrer, e se resolva logo a um descanso merecido.

PEIXES (21 fev. a 20 mar.) Hoje poderá receber correspondência do seu interesse. Saiba incentivar o seu otimismo. Aja de maneira mais prática. Pratique algum esporte, mantenha-se em movimento. Isto ajuda a revitalizar suas forças.


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Uma Diva para Alagoas Ela é Diva até no nome. Uma das atrizes mais conhecidas do grande público alagoano, Divaneide Gonçalves de Lima, 43, ou Diva Gonçalves, é mais um dos talentos saídos do curso técnico de Formação de Ator da Ufal. “Sempre que me perguntam quantos anos tenho de carreira, nem faço as contas, respondo logo que são 11, 12 anos. Mas, revendo as fotos, tive uma surpresa: lá se vão 20 anos”. O primeiro espetáculo foi “Piquenique no front”, de Fernando Arrabal, com direção de Mauro Braga, no início dos anos 1990. Depois dele vieram muitas outras peças, comerciais

para TV, documentários e cinema. Seus principais trabalhos como atriz foram “Caboré a ópera da moça feia”, “Torturas de um coração”, de Ariano Suassuna; “Madame”, de Jean Genet; e “A farinhada”. Na telona participou de “O acendedor de estrelas”, “Mulheres do Brasil” e “Ilha dos escravos”. No ano passado fez um papel no curta alagoano “Um vestido para Lia”, com direção de Hermano Figueiredo e Regina Barbosa. O trabalho mais recente foi o espetáculo “Paixão de Cristo”, do qual participa há pelo menos 15 anos. Primeiro, em Santa Luzia do Norte e, há cinco anos, em Ara-

piraca. Já foi Lúcia, esposa de Pilatos, e há alguns anos faz o papel de Maria, mãe de Jesus, no Morro da Massaranduba, na cidade agrestina. “Fazer Maria é maravilhoso. É ao mesmo tempo difícil, doloroso, de grande responsabilidade por ser um personagem tão conhecido, tão dramático, mas eu adoro. Adoro fazer drama”, confessa, revelando que chorou muito ao terminar a encenação este ano. “A sensação na Paixão de Cristo é indescritível, com aquele mundaréu de gente. O que mais desgasta não é o esforço físico, mas a energia que a gente coloca no papel”, diz a atriz. (S.N.)

Fotos: Shirley Nascimento

Atriz vive a personagem Maria, há anos, na encenação da Paixão de Cristo de Arapiraca

Com 20 anos de dedicação ao teatro, Diva Gonçalves vai estrear no exterior espetáculo da Associação Teatral Nêga Fulô, da qual também é fundadora

Fundadora da histórica e atuante Associação Teatral Joana Gajuru Muita gente talvez não saiba, mas Diva começou a carreira artística como modelo. Um dia chegou aos seus ouvidos que uma TV de alcance nacional estava fazendo um cadastro de modelos. E foi conferir. Na entrevista ficou sabendo que a preferência era para quem tinha o curso de Teatro. Saiu de lá decidida a estudar e entrou no curso do Cenarte, onde fez a peça infantil “Saltimbancos” entre outros trabalhos que serviram como exercício. Mas foi no curso de Formação de Ator que ela foi mordida pelo bicho do teatro.

SOBRE LINDA

“Aprendi a respeitá-la e a admirá-la. É importante termos um ícone. E por ela ter sido insistente, batalhadora, uma mulher pra frente, é o nosso exemplo”. “Ali eu mordi a isca”, revela. Junto com mais sete colegas do curso, após uma oficina ministrada em 1994 pelo grupo sergipano Imbuaça, em Maceió, Diva fundou o que viria a ser o primeiro grupo de rua de Alagoas e um dos mais importantes da história do teatro alagoano: a Associação Teatral Joana Gajuru, que, em 2010, fez 15 anos e, em comemoração, lançou o primoroso catálogo “Joana Gajuru 15 anos – memória dos filhos de Joana”. O documento é um dos poucos registros sistemáticos sobre o teatro no Estado. Nele são encontrados dados como as cidades e os festivais por onde o grupo

passou, prêmios conquistados, ficha técnica dos espetáculos, muitas fotos, além de depoimentos de gente ligada ao teatro. Aimportância do Joana Gajuru para Diva e para o teatro em Alagoas é inquestionável. Se o Joana Gajuru só tivesse feito “Afarinhada”, já tinha levado 20 prêmios em dez anos, em eventos locais e festivais regionais e nacionais, além de outras 56 indicações. Mas fez mais. Trouxe para Alagoas outros 20 troféus. O espetáculo que marca a estreia do grupo de rua no palco, escrito pelo sociólogo Sávio de Almeida e dirigido por René Guerra, levou ao teatro, além de frequentadores assíduos, milhares de pessoas que o faziam pela primeira vez. Em todo o Brasil, mais de cem mil espectadores viram a peça. “Sou muito de produzir. Trabalhei como produtora em “Afarinhada”. Eu vislumbrava algo grandioso, que causasse impacto, e, mesmo antes de tudo acontecer, eu sentia que seria assim. Fizemos coisas na divulgação da peça que nunca haviam sido feitas aqui no teatro, mesmo em outros estados, como outdoors, chamadas na TV. Depois da nossa participação no Festival de Florianópolis, aí virou uma loucura”, lembra. Por tudo isso, cortar o cordão umbilical com o grupo não foi fácil. “Foi muito difícil sair do Joana Gajuru porque eu ajudei a construir aquilo ali”. Mesmo com todo sucesso e experiência, Diva Gonçalves, como a maioria dos artistas de Alagoas, ao mesmo tempo em que se dedica à arte dramática, exerce outra profissão: a de bancária, assim como o marido. Em vários momentos da carreira, a impossibilidade de viver apenas de arte pesou, bem como o fato de ter criado duas filhas hoje adolescentes - entre ensaios e temporadas, além dos muitos períodos fora de Alagoas. Quando o Joana Gajuru foi funda-

do, tinha acabado de ter a primeira filha. Mais adiante, numa das temporadas de “A farinhada”, estava amamentando a segunda. “Hoje me dou conta das escolhas que fiz, que foram necessárias. Amo muito o teatro, mas não quero abdicar desse papel de mãe”. O espetáculo “Estória da moça preguiçosa”, de 2000, conta que fez para as filhas. “A ideia foi minha e descobri que adoro fazer infantis. Tenho um carinho especial por ele porque diz muito da minha história, do que estava sentindo à época”. Sobre o papel triplo de profissional, esposa e mãe pondera: “Nós, mulheres, somos muito intensas. Por outro lado existem mais facilidades para o homem fazer teatro, pois geralmente não acumula o cuidar da casa e dos filhos. Só que, quando você quer fazer, mesmo com essas dificuldades, faz com ainda mais vontade, com mais verdade, mais força”. Após deixar a ATJG para trás, Diva fundou a Associação Teatral Nêga Fulô, juntamente com o marido, o ator Regis de Souza. Recentemente, o grupo ganhou um prêmio para fazer um intercâmbio com o Uruguai e está preparando o espetáculo “Reis do sol”, que deve estrear em julho. Em agosto, a peça subirá aos palcos de três cidades uruguaias e também vai ao Chile. Serão apenas ela e o marido em cena, além da participação de um músico ao vivo. “Agora há uma quantidade maior de pessoas fazendo teatro, mas parece que o sentimento inicial é diferente. Quando as dificuldades surgem, as pessoas abandonam. Hoje, os grupos já começam ganhando cachê. No tempo em que eu comecei, a gente tinha tanta vontade que pagava pra fazer”. Essa é Diva Gonçalves. (S.N.) Continua nas páginas B4 e B5

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Em busca do grande papel Ane Oliva, 34, queria ser atriz desde criança. “Chega um momento em que tudo conspira a favor”. Nascida em Alagoas, quando tinha 5 anos, sua família mudou-se para São Paulo e, ainda criança, já participava de encenações na escola. O primeiro espetáculo foi “O boi e o burro a caminho de Belém”, de Maria Clara Machado. De volta a Alagoas, com 17 anos, conseguiu um dinheiro emprestado com uma amiga de sua mãe para a inscrição no curso técnico de Formação de Ator, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e a formatura foi em 1997, com o espetáculo “Eu sou vida, não sou morte”. Quando encenava “Cancão de fogo”, na Sala Preta do Espaço Cultural da Ufal, no prédio da antiga Reitoria, ainda durante o curso de Formação de Ator, foi descoberta pelo Grupo Joana Gajuru. “Houve uma época em que havia espetáculos todos os meses, na Sala Preta, sinto falta dessa época”. Fazia também trabalhos paralelos com o professor Homero Cavalcante, como “Diana entre dois amores”, montado especialmente para receber visitantes no Museu Théo Brandão. No Joana Gajuru fez sonoplastia, produção e atuou. Sua carreira foi marcada por muitas substituições, o que demonstra sua versatilidade em cena. Em “Canção de guer-

reiro” fez quase todos os personagens femininos. Em “Estória da moça preguiçosa” e “A farinhada”, substituiu a atriz Diva Gonçalves; e, em “Baldroca”, Ivana Iza. Porque estudava e por outras limitações de momento, optava por ficar na produção. Sua estreia como atriz no grupo foi no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, no Ceará, no final de 1999 e início de 2000. “O Gajuru tem um papel forte para o que se tornou o teatro em Alagoas. O grupo não se conformou com o fechamento do Deodoro e foi o primeiro a fazer teatro de rua. E ainda tem “A farinhada”, que foi realmente um marco, levando ao teatro pessoas que não estavam acostumadas a ir”. O envolvimento com outras atividades do espetáculo, como sonoplastia e produção, se dá por limitações do mercado local, que não possibilita ao ator que ele somente atue. “A gente aprende a fazer de tudo pra ter outras possibilidades de trabalho, principalmente a produção. Mas também é por necessidade de entender todo o processo. É muito comum também ser professor, principalmente depois da obrigatoriedade do ensino da arte nas escolas”. Ane Oliva é também graduada em Ciências Sociais e tem

especialização em ensino da arte, no segmento da dança. “Infelizmente, o ensino de arte nas escolas ainda é muito mal compreendido. Até há mais abertura para que artistas, e não apenas formados em Educação Artística, deem aulas, mas, muitas vezes, ele entra como professor de Teatro e sai como organizador de eventos”, reclama. Fora do Joana Gajuru participou do espetáculo “Genética”, de Jean Genet, com direção de Lael Correia, e de trabalhos de dança com a Cia. dos Pés, de Telma César, com quem ainda trabalha. Faz ainda trabalhos isolados para secretarias de governo, teatro na escola e outros. “A minha ida para a dança e a entrada no grupo aconteceram porque sempre tive uma relação muito intensa com meu corpo. Meus trabalhos sempre tiveram essa marca. Então, eu queria entender mais disso. Ainda no Joana Gajuru conheci a Telma e ela me convidou para o Yerma, que eu fiz e considero um dos meus trabalhos mais significativos”. No trabalho comunitário que desenvolve em Fernão Velho, montou o espetáculo “Eu Mundaú”, com estudantes da comunidade. “Danço interpretando. Sou uma atriz que dança, não uma dançarina que atua”. (S.N.)

Fotos: Shirley Nascimento

SOBRE LINDA

“Fala-se muito na Linda. Ronaldo e Homero fazem bem o papel de deixar aceso o nome dela, mas seu trabalho como atriz é pouco conhecido, foi forte, mas há pouco registro. Eu já havia percebido o papel de destaque da mulher no teatro alagoano. A gente tem nomes como o de Linda Mascarenhas e mais recentes, como Diva Gonçalves, que nos mostram isso. A sociedade alagoana é mesmo contraditória porque, ao mesmo tempo em que é machista, permitiu o surgimento e a atuação dessas mulheres”.

Personagens populares e versatilidade nos palcos e na vida

Ane Oliva tem atuações na sonoplastia e na produção, além de substituições em cena, como marcas da sua trajetória

A carreira de Ane Oliva sempre foi recheada de personagens muito populares, como prostitutas, crianças, brincantes de folguedos. Participou de festivais e foi indicada a atriz coadjuvante no festival de Presidente Prudente. O papel mais dramático veio quando substituiu Diva Gonçalves como Rosa Maria no espetáculo “A farinhada”. Aliás, as substituições foram outra marca de sua trajetória, o que demonstra também sua versatilidade em cena. “Como eu ainda estudava quando entrei no Joana Gajuru, optei por ficar nos bastidores e, quando o grupo tinha uma necessidade e eu estava livre, entrava no espetáculo”. Ela conseguiu viver somente da arte nos últimos sete anos, seja atuando, produzindo ou lecionando. Há dois anos casou e, em busca de mais estabilidade financeira, fez um concurso e trabalha há seis meses como secretária numa escola da rede pública estadual, no Tabuleiro. Essa não é a primeira vez que tentou exercer outra profissão. Entre 2001 e 2003 trabalhou na Fábrica Carmem, de Fernão Velho. “Mas logo desisti, eu queria mesmo era trabalhar como atriz. O trabalho de ator, ao contrário do que muita gente pensa, exige muita ralação. São várias noites, fins de semana inteiros e seguidos comprometidos. Mesmo assim, nos cursos que dou, incentivo meus alunos a seguir a carreira. Mas,

para ser ator, tem que nascer pra isso, tem que nascer ator, eu acredito nisso. O destino empurra a gente pra o que tem que ser”. Ane enfrentou resistência por parte da mãe, que queria que ela fosse advogada. “Consegui muita coisa com o teatro. A primeira vez que saí do Estado e do País foi por causa do teatro. Hoje me sinto livre graças ao teatro. Com a arte, a gente se liberta de muita coisa: de preconceitos, de limites. Minha mãe tinha resistência quanto a eu fazer arte, mas hoje ela tem orgulho de mim. Se antes eu era vista como a menina diferente em Fernão Velho, hoje sei que eles me consideram um referencial positivo na comunidade, como a filha do lugar que venceu”. Assim, em 2004, começou a dar aulas de Teatro nas escolas de Fernão Velho, onde morava. Em 2005, o Ministério da Cultura abriu um edital para a inscrição de Pontos de Cultura, mas o projeto tinha que ser enviado em nome de uma instituição. O Grupo Joana Gajuru abraçou a ideia e ganhou o edital. Assim nasceu o Ponto de Cultura ABC Guerreiros de Joana. Até que os caminhos do projeto e do grupo se tornaram distintos, uma vez que o Joana Gajuru é um grupo de teatro e não dispunha de estrutura para tocar uma ong. Com a saída do grupo da gestão do Ponto de Cultura, Ane Oliva fundou o Instituto Eu Mundaú, em 2009,

que realiza um trabalho sociocultural focado na relação dos jovens com o patrimônio do bairro. “Fernão Velho tem um patrimônio histórico, natural, arquitetônico que precisa ser conhecido, compreendido e preservado, e é esse papel de esclarecimento através da arte que fazemos por lá, com atividades como cineclube, dança, teatro e aulas de vídeo. Conseguimos também que o bairro abrigasse um dos núcleos de esporte e lazer do Idesh, que tem convênio com o Ministério dos Esportes”, explica. Com a experiência do Ponto de Cultura, a atriz percebeu que havia se envolvido com outra área: a da gestão. “A ONG é uma maneira de pôr em prática o que aprendi nas Ciências Sociais. Sempre procuro praticar o que aprendo nas várias coisas que faço porque vejo tudo como um sistema, como uma teia, onde as coisas não estão soltas, vão se amarrando”. Ao mesmo tempo em que aprendia coisas novas, porém, afastouse momentaneamente do que realmente queria. “Sinto uma falta grande, enorme, de trabalhar como atriz. A produção me dá mais estabilidade financeira, mas eu sou mesmo é uma atriz. Uma coisa é certa: preciso voltar a atuar. Tenho conversado com colegas e tenho projetos para o futuro. Fiz muita comédia, mas quero voltar num drama”. (S.N.) Continua na página B5


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15 anos de dedicação exclusiva aos palcos Ela queria fazer Medicina Legal e nunca tinha pensado em ser atriz, apesar de sempre ter se envolvido com apresentações culturais desde a infância, na escola. Formada em Filosofia pela Ufal, é nos palcos que Ivana Iza, 33 anos, se realiza. E não tem do que reclamar. Para comemorar 15 anos de carreira, escreveu e produziu um espetáculo que é última a sensação na cidade. “Devassas – o que as mulheres gostariam que fizessem com elas na cama”, primeiro texto e primogênito monólogo da atriz, foi agraciado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2009. O espetáculo estreou em 2010, em Maceió, com

direção de Flávio Rabelo, e já levou mais de três mil espectadores ao teatro, só nas primeiras 12 apresentações, em Maceió e Arapiraca. De volta à capital desde abril, onde permanece até o último sábado de maio, a peça, no primeiro mês, já foram mais de 800 pagantes. “Devassas” terá mais uma temporada na cidade que mais cresce em Alagoas antes de fazer turnê pelo Nordeste. Ano que vem será a vez do Sudeste. Esses são apenas alguns dos planos de Ivana Iza. Como outros de sua geração que continuam atuantes, no teatro e em outras artes, como Erisvaldo Tavares, Ane Oliva, Flávio Rabelo e René Guerra, Ivana foi forjada nos festivais es-

tudantis que aconteciam no Teatro de Bolso Lima Filho, hoje desativado. Sua subida aos palcos deve-se à senhora Maria Leônia. A primeira peça foi por seu intermédio. Em “Zumbi”, espetáculo de estreia, Ivana fez o papel da guerreira Dandara, que já lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz. É uma das poucas artistas alagoanas que vivem exclusivamente de arte. “Nesses 15 anos, não houve um dia em que não estivesse envolvida com teatro. Sempre fui muito privilegiada porque pude sobreviver disso, podendo escolher bons papéis ao longo da carreira”. “Toda garça tem um drama que é uma graça” foi premiado como melhor espetáculo infantil

do Nordeste. Fez também “Senhorita Júlia”, que teve direção de Glauber Xavier; “Dois perdidos numa noite suja”, com Silvio Sarmento e Adriano Soares e direção de René Guerra. Outros trabalhos foram “Fulaninha e Dona Coisa” e “Versos de um lambe-sola”. A lista é extensa. “Penso que chega a 20 trabalhos”, calcula. Participou de espetáculos como convidada do Joana Gajuru, onde começou a assinar trabalhos na área da produção e figurino, mas não é ligada a nenhum grupo. “Assim sinto-me mais livre para fazer experiências. ´Devassas´ significa, para mim, uma transformação artística do ver e do fazer teatral”, acredita. (S.N.)

Seduzida por um ambiente familiar artístico

Sem limites para sonhar no ofício da arte dramática

Ivana Iza conta que o apoio dos pais e do marido – o poeta e professor Tainá Costa – sempre foi fundamental. “Meus pais sempre me apoiaram. Eles diziam para eu terminar a faculdade, que era importante, mas que depois eu podia fazer o que quisesse, que algo bom ia acontecer. Pra mim, ´Devassas´ pontua esse pressentimento”. O contato com a arte sempre esteve presente na família e, mesmo sem perceber, Ivana foi contaminada. “O teatro, para mim, não é uma necessidade igual como é para as pessoas que dizem que morreriam se não fizessem teatro. Porque, para mim, sempre foi muito natural, eu nunca fiz outra coisa. É como dormir, como estudar. Minha família sempre teve ligação com a arte. Meu avô, Experidião Cassimiro, foi um dos primeiros mestres de coco em Porto Calvo. Meus bisavós recebiam gente de teatro em casa, apoiavam, aquilo tudo estava em mim e eu não sabia”. O poeta, ator e amigo Nilton Resende derrete-se em elogios. “Ivana teve a coragem de fazer uma grande produção e provar que é possível. Ela é muito séria, profissional e pé no chão”. Foi viajando com outras peças para participar de festivais que teve contato com produções de todas as partes do País e pôde observar como se faz teatro em centros mais avançados. “Minha visão começou a ficar mais aguçada. Eu via e pensava comigo mesma que, quando fizesse algo, queria que fosse da melhor maneira”, lembra. A moça apurou o senso de profissionalismo e é exigente com ela mesma e com os outros. “É preciso ter consciência que, quando a gente coloca o cartaz na rua, já está em cena, o espetáculo já começou, tem que ser tudo profissional e da maior qualidade, o cuidado já tem que começar daí. Valorizar o próprio trabalho tem me rendido bons frutos. Consegui verdadeiros parceiros nesse projeto, empresas sérias, do ramo imobiliário, da construção civil, escolas, empresas de mídia, lojas de roupa. Temos que deixar de ser amadores, mas quem quiser continuar amador, que o faça com seriedade”.

E ela não esconde que quer muito mais da profissão. Passados quase dez anos da participação no filme “Deus é brasileiro”, de Cacá Diegues, que teve cenas rodadas em Alagoas, diz que quer fazer mais cinema e que, sim, deve trabalhar fora de Alagoas. “Sempre respondia que não era o momento ainda. Acreditava que precisava fazer sucesso primeiro na minha cidade. Sou muito pé no chão. Uma casa lotada não é para mim mais do que isso, uma casa lotada, resposta a um trabalho feito com muita dedicação. Tem dias que são mais difíceis, que você chora, quer desistir. Já fiz espetáculos para casas vazias, já subi ao palco doente”, conta. Com o trabalho dos últimos anos, Ivana descobriu que não há limites para sonhar. E realizar. Entre seus planos está o de, um dia, ter um teatro. “Depois desse último projeto, posso dizer com convicção que nós, enquanto classe artística, sofremos muito tempo da síndrome do coitadinho. A gente reclama porque não tem isso, porque não tem aquilo. Mas cada vez que a gente só reclama é como se estivesse andando pra trás. Acredito no poder da palavra, ainda mais depois de ´Devassas´”, assegura. Mas é crítica também em relação à realização de espetáculos de qualidade duvidosa que pipocam de tempos em tempos em todo lugar. “Passamos muito tempo com espetáculos antigos ou que tinham grande plateia, mas alguns me preocupavam, devido à imagem que passavam, principalmente para o turista, sobre o fazer artístico em Alagoas, como as comédias do tipo besteirol. Então sofremos coisas que são culpa da nossa própria produção, que decaiu de qualidade algumas vezes”. Mesmo assim quer fazer muito teatro ainda, mas só enquanto for bom. “Esse é o momento que tomei a festa para mim. Agora me sinto preparada para sair, quando surgir a oportunidade, pois estou segura de que o trabalho que fiz na minha cidade foi feito da forma mais dedicada e comprometida possível, com muita disciplina. Posso ir, mas sei que tenho um lugar para descansar as malas. A gente tem que ir com fé. As coisas têm a força que a gente dá a elas”. (S.N.)

PRODUTORA - Além de fazer sucesso como atriz, Ivana tem se saído muito bem no papel de produtora. Conseguiu até mesmo sensibilizar o empresariado local, que ainda não desenvolveu o hábito de apoiar intensamente projetos culturais, e acumula parceiros para o projeto. “Há empresas que entraram como apoiadoras e hoje são patrocinadoras. Teve empresário que disse que ia apoiar sem nem precisar ler o projeto porque nunca tinha recebido nada com tanta qualidade. “Eles contam que recebem propostas às vezes em forma de ofício, com uma folha apenas, sem nenhum cuidado com a apresentação da ideia”. Apesar do sucesso de que goza atualmente, Ivana é crítica em relação à visão que se tem da profissão, tanto por parte de quem olha de fora quanto por quem a faz. “Incomoda-me a ideia de alguns de que ser ator é ser malouqueiro. Também não concordo com a visão de que ser ator é ser alternativo, é andar sujo, viver como hippie, como se estivesse numa máquina do tempo. Essa ideia foi fatal e ainda é ruim para a visão sobre a profissão. Não me incomodo de ser vista como careta, mas a gente se doa tanto, estuda, corre para realizar os objetivos, para fazer tudo lindo e maravilhoso para as pessoas, então quer ser respeitado”, analisa. Sobre a forma como a cultura é tratada pelo poder público em Alagoas, diz: “Não temos leis de incentivo à cultura, está tudo no mundo das ideias. Os órgãos que lidam com cultura deviam ser mais transparentes. Nós também devíamos estudar mais, ter as leis na ponta da língua para que ninguém pudesse nos enganar”. (S.N.)

Ivana Iza: uma das poucas artistas alagoanas que vivem exclusivamente de arte

Linda Mascarenhas: um novo capítulo na memória teatral alagoana Atriz, teatróloga, cantora e professora, Laurinda Vieira Mascarenhas nasceu no bairro da Levada, em Maceió, na última década do Século XIX, em 14 de maio de 1895. Filha do telegrafista Manoel Cesário Mascarenhas e de Lourença Vieira Mascarenhas, aos 5 anos, já sabia ler corretamente. Estudou no Colégio Imaculada Conceição e, aos 13 anos, iniciou seus estudos na Escola Normal de Maceió. Estudou várias línguas - inglês, francês, grego, latim e alemão -, além de dedicar-se ao estudo de piano e canto. Mas foi como professora pública, atividade que exerceu até 51 anos, que Linda Mascarenhas - como ficou conhecida - pôde levar uma vida independente, aposentando-se como Catedrática de lnglês da Escola Normal de Maceió. Aos 37 anos, engajou-se na fundação da Federação Alagoana para o Progresso Feminino (FAPF). Ocupou lugar de destaque na direção da entidade, sendo eleita presidenta perpétua e conferindo à organização um caráter cada vez mais literário e artístico. Mas essas atividades não a impediram de se interessar pela literatura e pelo teatro, sua grande paixão. Em 1944, une-se a um grupo de jovens idealistas criando o Teatro de Amadores de Maceió (TAM) assim denominado a partir de 1954 - com o objetivo de descobrir novos talentos e revelar valores teatrais, ocupando o cargo de presidente da entidade. Onze anos depois, em 1955, seu nome aparece como um dos fundadores da Associação Teatral de Alagoas (ATA) – cuja missão de incorporação de setores

jovens estimulou a revitalização do teatro local, com encenações de peças contemporâneas e de cunho sociológico -, da qual foi aclamada presidenta perpétua, escrevendo um novo capítulo na memória teatral e cultural de Alagoas. Em 1959 foi premiada com o primeiro lugar em um concurso de crônicas instituído pela Academia Alagoana de Letras (AAL). Aos 61 anos realizou o sonho de pisar no palco pela primeira vez, atuando no papel de Lizaveta, em uma adaptação cênica de Léo Vítor do romance “O idiota”, de Dostoiévski. A partir de então passou a atuar em diversas montagens, sendo premiada pelo papel-título na peça “Dona Xepa”, de Pedro Bloch, com a qual percorreu várias capitais nordestinas. Em 1958 recebeu o prêmio de Melhor Atriz por sua atuação na peça “Mulheres feias”, de Aquille Asitta, montada no Teatro Deodoro. Fase em que montou e dirigiu um total de 20 peças. No mesmo ano, seguindo o exemplo do movimento teatral de Recife, fundou e presidiu a Associação dos Cronistas Teatrais de Alagoas (ACTA). Como diretora de cena da ATA – entre 1956 e 1983 – levou ao palco 43 peças, entre elas, “Conflito íntimo”, de sua autoria. Escreveu ainda as operetas “O mistério do príncipe” e “O herdeiro de Naban”, ambas musicadas por Luis Lavenère e encenadas em Maceió. Na década de 60 acompanhou a vanguarda brasileira, encenando “Eles não usam black tié”, de Gianfrancesco Guarnieri, peça com a qual introduziu o Teatro de Arena

no Estado, provocando críticas ferozes. Em 1970 foi a vez de “Hoje é dia de rock”, de José Vicente, considerada, segundo alguns críticos, “uma verdadeira invasão no santuário do tradicionalismo alagoano”. Ainda nos anos 70 integrou as comissões de fundação da Federação Alagoana de Teatro Amador (Fata) e do Grupo Literário de Alagoas (GLA). Em 1976, junta-se a outras mulheres e funda o Grupo Literário Alagoano. Em comemoração aos seus 50 anos de trabalho no campo teatral, em 1985, foi lançado o livro “Certas paixões – Linda: 50 anos de refletores”, uma justa homenagem a autodidata que, com seu entusiasmo, lançou inúmeros jovens no universo das artes cênicas. Atuou em festivais de teatro realizados no Nordeste, no Rio de Janeiro e Paraná. Nestes, conquistou reconhecimento por sua dedicação ao teatro, destacando-se como atriz, diretora e personalidade do Movimento Amador de Teatro Nacional. Nos palcos alagoanos iniciou incontáveis atores amadores, que exercem papéis significativos no Estado. Sua vida sempre esteve ligada ao palco, à juventude das Alagoas, à religião católica. A última personalidade que interpretou foi Zulina, na comédia “Fazendo chuva”, de Homero Cavalcante, em 1983, sob a direção Lauro Gomes. Faleceu no dia 9 de junho de 1991, deixando como herança para os sócios da ATA uma história de dedicação e sonhos e, para a sociedade alagoana, o seu exemplo de trabalho, honradez e amor a Alagoas.

SOBRE A LINDA

“Surgiu, para mim, quando comecei a fazer trabalhos com a ATA, pois tive mais acesso às informações sobre ela, a sua importância, a casa que manteve movimentada em torno da arte do teatro. Ela era boa atriz, boa diretora e fez teatro e várias outras atividades ligadas à arte já naquela época. Com certeza estava à frente do seu tempo. A mulher já é desafiada sempre, discriminada o tempo inteiro, mas ela se fez uma mulher respeitada, premiada. Dizem que era pequena e valente. A mulher tem uma força nata, é perspicaz, desiste menos das coisas, quando se apaixona por algo, o resto não importa, na arte eve ser a mesma coisa”.


O JORNAL JORNA L

Variedades B6

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RELIGIÃO Fabyane Almeida - Estagiária

Primeira Igreja Batista de Maceió: 126 anos de história

Terço em louvor à santa é rezado pelos fiéis há dez anos como devoção e agradecimento por bênçãos e milagres alcançados

Thallysson Alves Estagiário*

Na antiga Rua da Lama, hoje Dr. Luiz Pontes de Miranda, surgia a Primeira Igreja Batista (PIB) de Maceió, em 17 de maio de 1885. Aqui chegou através do ex-padre maceioense Antônio Teixeira de Albuquerque, quando de uma visita, com sua família, em 1879, à cidade paulistana de Piracicaba. Lá, durante seu ofício de professor, conheceu a missão batista nos seus primeiros dias no Brasil. Converteuse e, após alguns anos, plantou a semente em Alagoas, que germina há 126 anos. Segundo a PIB Maceió, em 15 de outubro de 1882, o pastor Teixeira e os casais Bagdy e Taylor fundaram a Primeira Igreja Batista de Salvador. Logo, o ex-padre foi convidado a ser co-pastor, no mesmo tempo em que se tornara o primeiro pastor brasileiro do País. “Então, ele percebeu que Deus o convocava a voltar para sua terra natal, a fim de instalar essa nova Igreja no Brasil. Com apenas dez membros, ele iniciou os encontros. Era tempo do Brasil Império, vivíamos à escravatura, um ambiente totalmente diferente do que é hoje”, lembrou o atual pastor da igreja, Tércio Ribeiro de Souza. Ele ressalta a forte intolerância religiosa à época. “Os primeiros fiéis enfrentaram muitas perseguições e oposições, mas conseguiram escapar de todas as repressões e alcançar a vitória”, avalia.

HISTÓRICO - Para a construção desse majestoso templo, muitos esforços foram feitos pelos fiéis da época. Em 1994, o pastor baiano Rogério Scheidegger Maia acelerou o ritmo da obra, transferindo as atividades para o prédio de Educação Religiosa em 1º de setembro de 1996. Dez anos depois, o pastor Roberto Amorim, líder da Igreja Batista do Farol à época, assume as duas maiores igrejas Batista do campo. Até que, em 2005, chega o atual pastor Tércio Ribeiro. A Igreja Batista já alcançou quase todas as cidades alagoanas, todos os estados brasileiros e até outros países, como Etiópia e Haiti. Na PIB Maceió são realizadas diversas atividades sociais e evangelizadoras. “Na área social disponibilizamos um curso pré-vestibular noturno gratuito à comunidade, outro para inclusão digital, em três horários variados (ainda com vagas), além de distribuição de cestas de alimentos às vinte famílias cadastradas (e pães para os interessados às segundas-feiras) e do Projeto Casa do Irmão, que já contemplou dez famílias com reformas na estrutura do lar a partir de recursos adquiridos no dízimo”, revelou o pastor. “Já na área da evangelização temos um Centro de Formação Musical, com aulas de violão, piano e iniciação musical. Também existe o trabalho de algumas senhoras que presenteiam famílias com a entrega de enxovais para bebês, dentre outras ações”, complementou. *Sob a supervisão da Editoria de Cultura Divulgação

A tradição católica das Mil Ave-Marias Fabyane Almeida Estagiária*

Há dez anos, cerca de cem mulheres se reúnem no 13 de maio, dia dedicado a Nossa Senhora de Fátima, para rezar mil Ave-Marias em devoção à santa mãe. Nesse dia, as devotas pedem que suas graças sejam alcançadas, agradecem as bênçãos recebidas e compartilham testemunhos. Essa tradição teve início quando a família de Carmelita Lopes se juntava para rezar as mil Ave-Marias no dia 15 de agosto, data em que é comemorada a Assunção de Nossa Senhora. Um certo dia, Carmelita chamou as amigas para rezar o terço, e isso fez nascer a tradição e aumentar os devotos. Um movimento de grande reflexão, de acordo com Solange Ramires, uma das organizadoras do grupo Nossa Senhora da Rosa Mística. “Rezamos pelo mundo em oração de saturação, pedimos a bênção, usamos a música para nos interiorizarmos, cantamos, realizamos exposição do Santíssimo, além da queima de todos os pedidos”, disse. “É sempre bom evangelizar. A cada dia saímos uma pessoa diferente. Há uma mudança interior”. O Superrozário - como também é conhecido - ou as mil Ave-Marias pode ser rezado em qualquer tempo, mas principalmente nos dias 13 de maio e 15 de agosto, além do 8 de dezembro - dia da Imaculada Conceição. As devotas podem, ainda, reunir grupos e rezar em casa, durante dois ou três dias. As rezas são divididas em 20 terços de 50 Ave-Marias a cada terço e dedicada uma rosa a Maria, de preferência rosas brancas, que representam a oração; vermelhas, o sacrifício; e amarelas, a penitência.

De acordo com a devota Alana de Almeida, a graça alcançada representa sua vida em sacrifício. “Conheci a reza do dia 13 de maio quando minha filha, Izabela, tinha 3 anos e, de um dia para o outro, acordou com pneumonia aguda; chegou a ficar 21 dias internada. Então, eu pedi que Maria interviesse, que eu rezaria, mas não conseguia passar das três Ave-Marias. Pesquisei e cheguei à conclusão de que aquilo havia um ‘sentido’: as três Ave-Marias significava os três dias de devoção. Milha filha ficou curada e sem nenhuma sequela da doença. Então, divulguei o dia e sempre participo do ato”, explicou Alana emocionada ao lembrar de sua filha, que agora está com seis ano de idade. O momento da reza é algo incomparável e de muita concentração. Segundo a devota, não há palavras que descrevam a sensação. “É algo divino. Sentimos a presença de Maria, cheia de bênçãos e graças. Já convidei uma amiga, que gostou muito e nunca mais deixou”, declarou Alana. Em uma das rezas, o número de fiéis já chegou a 120 pessoas, dentre eles, homens que foram agradecer as graças alcançadas. Há dez anos acompanhando as orações à Maria, a advogada e professora Ceiça Feitosa, de 59 anos, se sente realizada com os atos, que, para ela, representam dias de graça. “Já presenciei um milagre quando o meu cunhado teve Acidente Vascular Cerebral hemorrágico e não tinha mais esperança de se recuperar, mas conseguiu viver durante cinco anos com a família. Esse foi mais um milagre da nossa mãe”, enfatizou a fiel. *Sob a supervisão da Editoria de Cultura

Templo foi fundado em 1885, na atual Rua Dr. Luiz Pontes de Miranda, no centro da cidade

Dia da Família e cultos especiais marcam comemorações à data Hoje, de acordo com o pastor, a PIB Maceió tem aproximadamente 900 membros. A Igreja Batista, em Alagoas, tem 20 mil; enquanto no Brasil, 1,2 milhão. E as comemorações do aniversário de 126 anos dessa histórica Igreja pelos fiéis já foram iniciadas desde ontem. “Foi o Dia da Família. Levamos as famílias para um piquenique na Barra de Santo Antônio para curtirem um dia diferente”, contou. Até a próxima quinta-feira, várias atividades serão realizadas na igreja, além dos cultos especiais, que hoje acontecem às 18h e, a partir de amanhã, às 19h30. “Vamos receber a visita do pastor Lúcio Paulo, do Rio de Janeiro, conhecido por seus trabalhos com meninos de rua e marginalizados. Acolheremos o showman Josimar Bianchn, que vem de Minas Gerais para partilhar o momento através de sua voz e seus instrumentos. Nossos coros também serão destaques na festa, bem como o grupo

de coreografia e dança ´Louvar-te´, além de João Santos, primeiro fiel a lançar um CD evangélico em Alagoas”, informou. “Vale lembrar que nossas crianças também terão programação especial. O convite é lançado a todas as famílias”, enfatiza. Ele destaca o grande desafio de 2011. “Nosso desafio, este ano, é despertarmos cada membro para que também seja um evangelizador. Queremos que ele compartilhe o amor de Deus com aqueles que não conhecem. Isso é muito mais importante do que recuperar salas, apesar de também ser necessário”, comenta o pastor. E faz um convite. “Toda a comunidade alagoana está convidada a visitar nosso templo. Nossos cultos acontecem toda quinta-feira, às 19h30; aos domingos, começando às 9h, com a Escola Bíblica, às 10h30 inicia-se o Culto de Celebração e, às 18h, o Culto Noturno”. (T.A.)

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Esportes

O JORNAL JORNA L

ASA entra em semana de estreia na Série B; Kaká integra elenco do time Alvinegro PÁGINAS 4 e 5

Marco Antônio

Sou Alagoas na Série B

Domingo, 15 de maio de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br


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Esportes 2

Domingo, 15 de maio de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

Mãos à obra

Após mudar a data de apresentação, CRB confirma para amanhã o início dos trabalhos para a Série C Luciano Milano Editor Interino

Parece que agora é para valer. Sem atividade profissional desde a desclassificação precoce no Campeonato Alagoano, em abril, o departamento de futebol do CRB promete que o grupo e, provavelmente, seu novo treinador – até o fechamento deste edição não havia confirmação do nome do técnico – para a segunda-feira, dia 23, na Pajuçara. A primeira data anunciada pelo presidente executivo Marcos Barbosa seria amanhã. Com problemas financeiros e sem ter como pagar os

salários de maio e junho, sem jogos e novos patrocínios, a diretoria resolveu adiar para o dia 30 de maio. O anúncio causou mais descontentamento dos torcedores e o dia 16 foi re-estabelecido como a data para a apresentação de pelo menos parte do grupo que vai jogar o Brasileiro da Série C. Na tabela da competição, marca a estreia do time da Pajuçara a estreia também um dia 16, mas o de julho, contra o Fortaleza-CE, às 16h, no Rei Pelé. Na apresentação de amanhã, segundo o diretor de futebol Ednilton Lins, vão se apre-

sentar os jogadores considerados da casa, como o zagueiro Ítalo, o goleiro Cris, o lateral-esquerdo Rafinha, além de outros da categoria sub-20. Além deles, devem se apresentar, também, o lateral-direito Kaká, o meio-campista Daniel e o atacante Luís André, de fora de Alagoas, mas que disputaram o Estadual pelo CRB e acertaram, conforme a diretoria, suas permanências para o segundo semestre. Outros que também disputaram o Alagoano e que estariam na Série C, o volante Jonnattan e o atacante Fernando Sá, acabaram acertando com

times da Série B: Jonntran foi para o Icasa-CE e Sá é jogador do ASA. Reforços – Já na semana que vem, garante Ednilton Lins, se apresentam os contratados e anunciados na semana que passou: devem estar na Pajuçara o goleiro Anderson Paraíba, os zagueiros Thiago Eleutério e Aderaldo, o lateral-esquerdto Amarildo e os volantes Dudu Moreno, Roberto Lopes, David e Pio, este ex-Corinthians. Outros nomes estavam para ser anunciados na sexta-feira, mas até o fechamento desta edição nenhum outro atleta foi oficializado. Fica também para a pró-

xima segunda-feira, 23, a chegada do novo técnico alvirrubro. O nome do profissional ainda é mantido em segredo. “Estamos trabalhando no sentido de fazer um time de qualidade para a disputa da Série C. 2012 é ano de centenário do clube, e nada melhor comemorar a data com o retorno do CRB à Segunda Divisão do futebol brasileiro, competição que disputamos durante 15 anos”, declarou Lins. O CRB foi rebaixado em 2008. Nos anos seguintes, jogou a Série C e escapou do rebaixamento para a Quarta Divisão na última rodada.


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Esportes

3

Domingo, 15 de agosto de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

Prefiro ser campeão Mesmo perto de marca histórica, Rafael prioriza título no lugar de qualquer marca pessoal Há 561 minutos sem levar gols – seis jogos e 21 minutos –, Rafael está perto de alcançar uma marca histórica na meta santista. O goleiro está a 130 minutos de igualar Fábio Costa, detentor do recorde do Clube (691 minutos). Assim, hoje, na decisão do Paulista contra o Corinthians, às 16h, na Vila Belmiro, se mantiver o retrospecto dos últimos jogos, o Menino da Vila dará mais um passo por essa marca pessoal e ajudará o time na busca pelo título, o que, para ele, é o mais importante. “Não entro pensando nisso, mas, se vier, ficarei feliz. Mas prefiro muito mais ser campeão que alcançar essa marca. Estou lá para ajudar. O importante é a gente ganhar o título”, afirmou o goleiro. Segundo Rafael, a chegada de Muricy Ramalho foi fundamental para o atual equilíbrio entre ataque, meio campo e defesa, que se reflete na atual sequência sem sofrer gols em meio a uma maratona de jogos decisivos. “O que mudou foi a responsabilidade (sem a bola). Tínhamos

pouca responsabilidade sem a bola. Agora, estamos correndo e marcando porque sabemos que com a bola nos és temos qualidade”. Após um empate em 0 a 0 no primeiro jogo, o Peixe levantará seu 18º troféu de campeão paulista se vencer o confronto no tempo normal. Um novo empate, independente do placar, leva a decisão para os pênaltis. “Queríamos vencer (o primeiro jogo), mas não conseguimos. Mas o importante é que não perdemos também. Nosso objetivo é ir atrás da vitória. Se por acaso for para os pênaltis, temos que estar preparados”. JOGO HISTÓRICO - No formato de mata-mata, essa será a primeira vez que a Vila Belmiro receberá o jogo que definirá o campeão Paulista. “É uma final de campeonato, um clássico e diante da nossa torcida. Essa é uma oportunidade de ouro. A gente fica muito feliz de estar podendo entrar mais uma vez para a história. No ano

Goleiro Rafael está há 561 minutos sem tomar gol

passado, já fizemos história ao conquistar o primeiro título de Copa do Brasil do Clube. Agora, temos mais essa oportunidade de

sermos campeões”. AROUCA – Se o técnico Muricy Ramalho não pode con-

tar com o meia Ganso, mais uma vez machucado, terá o retorno do volante Arouca, recuperado de lesão.

Tite quer oferecer título a Ronaldo Guia do torcedor Ao menos no discurso, Tite descarta uma retranca na Vila Belmiro para segurar o Santos, hoje, às 16h, pela final do Campeonato Paulista. O treinador espera ver o Corinthians campeão e considera o possível título como o último da carreira de Ronaldo. “Se nós merecermos, temos a possibilidade de proporcionar o último título da carreira dele como atleta”, declarou o técnico gaúcho, na tarde de ontem. Ronaldo participou de duas partidas no início do Estadual (2 a 0 sobre a Portuguesa e 1 a 1 contra o Noroeste) antes de se aposentar. A principal característica da equipe de Parque São Jorge é a marcação. Foram

14 gols sofridos em 22 jogos, e o time alvinegro lidera o ranking de desarmes, com uma média de 125 por partida, segundo o Datafolha. “O Corinthians deve jogar como já vem jogando. Não acredito em ficar só atrás, na defesa. A equipe não é assim. Podemos pegar os dados estatísticos e interpretar. Não vou tirar a normalidade da equipe na final para querer encontrar uma solução mágica”, ponderou Tite. “Se o técnico muda a característica, é burro ou covarde. Não vou mudar a característica de uma equipe que chegou à final só perdendo um clássico [para o São Paulo], o que foi um crime pelo nosso desempenho. Não sou covarde, se

fosse nem viria para cá. Eu não consigo enxergar fórmula mágica”, acrescentou. Dentinho, apesar de estar em baixa e ver o crescimento do reserva Willian, deve permanecer como titular. O Corinthians busca seu 27º título estadual.

Amazonense (2ª fase)

Santa Catarina (Final – jogo de volta)

15h45 Sul América x Nacional 15h45 Operário x Fast 15h45América x São Raimundo

16h – Chapecoense x Criciúma 1º jogo - Criciúma 1 x 0 Chapecoense São Paulo (Final – jogo de volta)

Baiano (Final – jogo de volta) 16h – Vitória x Bahia de Feira 1º jogo Bahia 2 x 2 Vitória

16h Santos x Corinthians 1º jogo – Corinthians 0 x 0 Santos Europa

SANTOS – Rafael; Gabriel, Edu Dracena, Durval e Leo; Arouca, Danilo, Elano e Alan Patrick; Neymar e Zé Eduardo. Técnico Muricy Ramalho. CORINTHIANS - Júlio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castan e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Bruno César e Jorge Henrique; Dentinho e Liedson. Técnico Tite.

Mineiro (Final – jogo de volta) 16h Cruzeiro x Atlético 1º jogo – Atlético 2 x 1 Cruzeiro

Alemão (Borussia Dortmund campeão) Francês (Lille campeão) Espanha (Barcelona campeão) Italiano (Milan campeão)

Pernambucano (Final – jogo de volta) 16h Santa Cruz x Sport 1º jogo – Sport 0 x 2 Santa Cruz Grêmio (Final – jogo de volta) 16h - Grêmio x Internacional 1º jogo – Internacional 3 x 2

Inglês (penúltima rodada) 09h30 Chelsea x Newcastle United 12h00 Arsenal x Aston Villa 12h00 Liverpool x Tottenham Hotspur 12h00 Wigan Athletic FC x West Ham United 12h00 Birmingham City x Fulham 15h45 Manchester City x Stoke City


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Esportes 4

Domingo, 15 de maio de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

Contando as horas

Torcida, comissão técnica e diretoria do ASA vivem expectativa por estreia do time na Série B Marco Antônio

Fernanda Lins Repórter

Haja coração para a torcida do ASA de Arapiraca. O time está cada dia mais próximo da estreia na Série B do Campeonato Brasileiro. No próximo dia 21, um sábado, às 16h20, o Alvinegro enfrenta a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, em Campinas/SP. No ano passado, o ASAtambém enfrentou o time da Ponte Preta no primeiro jogo e conseguiu um empate no Municipal por 1x1. Depois de 15 anos sendo representado pelo CRB, até 2009, quando o time caiu para Série C, Alagoas passou a ser a única equipe de Alagoas na competição nacional pelo segundo ano consecutivo. O ASA começou bem o ano conquistando o título de campeão alagoano depois de vencer os dois jogos da final contra o Coruripe, com placares bem generosos. De bem com a torcida, o elenco que participou do Estadual descansou três dias e depois se uniu aos reforços do time para Série B, intensificando os treinamentos para a estreia. A mini pré-temporada aconteceu em Teotônio Vilela, onde os atletas treinam no Agreste desde a última quarta-feira. Na próxima quinta-feira, dia 19, o ASA

volta para Arapiraca e já treina no Estádio Coaracy da Mata Fonseca. Na sexta-feira toda a delegação embarca para Campinas. Com 57 gols marcados, o ASA foi o ataque mais produtivo do Campeonato Alagoano de 2011. Esse número contribuiu para outra competição que o time também lidera. O Alvinegro tem a melhor média de gols dos times que participarão da Série B esse ano. O levantamento levou em consideração as competições estaduais e a Copa do Brasil. Esse ano foram 26 jogos disputados e o ASA parte para um desafio maior. O páreo não é fácil e a Série B já é conhecida por ser uma competição bastante disputada. O time enfrentará equipes tradicionais e que já estiveram na elite do futebol nacional, como Portuguesa, Guarani, Sport, Náutico e Vitória-BA, que foi rebaixado da Primeira Divisão em 2010. Mas o ASAparece não temer os desafios. Kaká e Didira, dois atacantes do Alvinegro, figuraram na lista dos melhores do Campeonato Alagoano de 2001. Se é verdade que os estaduais funcionam como uma preparação para as competições nacionais, Arapiraca e Alagoas têm tudo para fazer bonito.

Com o título de campeão Estadual, ASA entra com mais moral na disputa nacional

ASA trouxe 10 novos jogadores Para jogar a Série B do Campeonato Brasileiro, o ASA reforçou a equipe campeã do Alagoano de 2011. Além dos jogadores que contribuíram para conquista do título estadual, a diretoria do Alvinegro contratou, até o momento, dez atletas para defender a camisa do ASA na competição. São eles: Anderson, goleiro; Raulen, lateral-direito; Galliardo, Anderson e Fabinho, volantes; Maurin e Nilton, lateraisesquerdos; Thiago Alves, zagueiro; Alexsandro e Fernando Sá, atacantes. O volante Anderson, que veio do Coruripe, e o Fabinho, que jogou em times como Guarani e Ituano, foram os últimos a compor a equipe e, na sexta-feira, dia 13, realizaram os exames médicos, em Arapiraca.

Enquanto a equipe campeã alagoana desta temporada comemora a contratação do atacante Fernando Sá, o CRB ficou desfalcado, pois o atleta já era nome certo para defender o Galo da Pajuçara na Série C do Campeonato Brasileiro. Embora exista a especulação do atacante Giancarlo Moro, do Cianorte/PR, a diretoria ainda não confirmou a contratação, e, segundo informações da assessoria de imprensa do clube, o martelo só deve ser batido na próxima semana. Ainda sobre a equipe, o departamento médico do ASA ainda tem quatro atletas em observação. Da última lista divulgada pelo time, apenas o goleiro Paulo César foi liberado. Ainda estão em observa-

ção André Pereira, goleiro; Edson Veneno e André Nunes, zagueiros e Cal, volante. Além das contratações, a diretoria do ASA emprestou alguns jogadores para outros clubes e dispensou dois. O volante Juninho foi emprestado ao futebol goiano e o lateral-esquerdo André Medeiros vai defender o Cascavel/PR. O atacante George, o volante Alberoni e os atacantes Elton Morelato e Alessandro Celin fizeram um acordo com a diretoria e não fazem mais parte da equipe. Últimos dias - A próxima semana é decisiva para o Alvinegro, a cinco dias da estreia o time deve fechar o elenco e outras contratações só devem acontecer com o decorrer do campeonato. (F.L.)


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Vica foi campeão alagoano 2009 e 2011

ASA e Vica: parceria que dá certo É bem verdade que o time tem muito do técnico que o treina. Mas, em alguns casos a relação é tão intensa que o técnico também passa a ter muito do time. No futebol, a ciranda dos treinadores não respeita o tempo e qualquer relação que ultrapasse as más-fases das equipes já são consideradas duradoras. Em Alagoas, o ASA de Arapiraca é um exemplo. O treinador Vica é um exemplo. José Luís Mauro, o Vica, é paulista de Araraquara e treina o Alvinegro de Arapiraca há pouco mais de três anos. Chegou em Alagoas em 2008, levantou a taça de campeão alagoano em 2009, o vicecampeonato da Série C, o vice campeonato em 2010, quando também estreou com o time na Série B do Campeonato Brasileiro. Currículo não falta. Por telefone, de Teotônio Vilela, onde a equipe do ASA treina na reta final para a competição nacional, Vica conversou com a reportagem do O JORNAL. Entusiasmado, Vica se orgulha da equipe que está à frente. “Eu me sinto muito

Jogos de ida do ASA na Série B 21/05 24/05 31/05 11/06 14/06 17/06 25/06 28/06 02/07 09/07 12/07 22/07 26/07 30/07 05/08 12/08 16/08 20/08 27/08

16h20 21h 21h 16h 21h50 21h 21h 2150 16h20 6h20 21h 21h 21h50 21h 21h 21h 19h30 21h 16h20

Ponte Preta x ASA ASA x Americana Goiás x ASA ASA x Sport Criciúma x ASA Prudente x ASA ASA x Vila Nova Icasa x ASA ASA x Portuguesa ASA x Paraná São Caetano x ASA ASA x Guarani Salgueiro x ASA ASA x ABC Nautico x ASA ASA x Ituiutaba Duque de Caxias x ASA ASA x Bragantino Vitória/BA x ASA

bem no comando do ASA. É nador. um clube que eu já conheço, O discurso de Vica é de sei como funciona a dinâmica confiança. A relação que consda equipe, o entrosamento dos truiu durante esse tempo no jogadores”, analisa o técnico. clube parece fazer toda difeApesar de estar participan- rença. “No ASA temos a posdo pelo segundo ano consesibilidade de desencutivo da Segunda volver um trabalho Divisão do Camsimples, mas com Com a peonato Brasileiro, planejamento e com vitória em Vica sabe que o derespeito”, disse Vica safio que tem pela justificando a regulacima do frente não é fácil. “A ridade mantida pela Coruripe, cada ano é uma exequipe em todas as Vica somou competições que disperiência diferente. Os times são diferenputou no últimos 150 pontos tes, o futebol é outro, anos. em três as equipes estão mais Quando questioanos de bem preparadas”, nado sobre realizadisse. A equipe da ção profissional, Vica clube Ponte Preta é o prifoi categórico. “As meiro adversário do propostas sempre apatime alagoano e, serecem, mas não troco o certo gundo Vica, é uma pelo duvidoso. Aqui somos equipe preparada, que chega uma equipe”, respondeu Vica numa boa fase na competição. com humildade e altivez, ca“A Ponte Preta é um time que racterísticas de um vencedor. entra com a pressão de subir Com a vitória por 4x3, resultapara Série A. No ASA não exis- do que deu ao ASA o título de te essa pressão. Vamos entrar campeão estadual 2011, Vica para fazer um bom jogo. Jogar chegou a marca de 150 pontos a estreia fora de casa é uma conquistados em três anos de tarefa difícil”, ponderou o trei- clube. (F.L.)

Ponte faz promoção para estreia A diretoria da Ponte Preta lançou na última semana a campanha “Vamos lotar o Majestoso na estreia da Ponte no Brasileiro”. Para encher o estádio Moisés Lucarelli no jogo contra o ASA, no dia 21 de maio, será permitida, sem nenhum custo, a entrada de mulheres e crianças até 12 anos. Além disso, os torcedores que estiverem vestindo a camisa alvinegra pagarão apenas R$ 10. “Também estamos fazendo uma promoção inédita para quem quiser aderir ao programa Torcedor Camisa

10 até o dia 20 de maio. As pessoas que fizerem a adesão do TC10 que custa R$ 30,00 por mês e dá direito a assistir todos os jogos no Majestoso, pagarão apenas R$ 5,00 neste primeiro mês de maio, valor que cobre apenas a confecção da carteirinha”, explica Giovanni Dimarzio, diretor social da Ponte Preta. Dimarzio revela que haverá ainda várias outras ações para que a torcida alvinegra lote o estádio e transmita sua força ao time na primeira partida rumo à série A. “Queremos fazer

uma grande festa e dar força ao time desde o início: nesse ano vamos subir e o apoio da maior torcida do interior do Brasil é fundamental rumo à elite do futebol nacional”, completou. João Paulo, lateral-esquerdo da Ponte, acha extremamente necessária a presença dos aficionados nos jogos como mandante: “Espero que o torcedor nos apóie não só agora, mas durante todo o campeonato. É uma competição muito forte e ter o estádio cheio e com a torcida jogando junto com a equipe é fundamental”.


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Meu destino

Elton faz gol “salvador” na Copa do Brasil e é o 3º maior artilheiro do Vasco da Gama

O gol de Elton no empate em 1 a 1 contra o Atlético-PR, além de garantir a classificação do Vasco para a semifinal da Copa do Brasil, representou uma marca pessoal importante. Ele chegou aos 39 gols, o que o coloca, ao lado de Morais, na terceira colocação na lista dos maiores artilheiros do clube neste século. Atualmente só perde para Romário, o líder com 131 gols, e Leandro Amaral, que tem 51. Alcançar o topo e superar o Baixinho não é missão fácil, mas Elton es-

pera superar pelo menos o vice. Para a meta ficar ainda mais tranquila, o atacante sabe que precisa trabalhar muito até conseguir recuperar a vaga de titular, de quem foi dono durante bom tempo. Principalmente em 2009, quando foi artilheiro da Série B ao marcar boa parte dos gols que o colocaram nesta lista - foram 17. Ele acredita que tenha qualidade para superar a concorrência de Alecsandro, o atual dono da vaga. E quer fazer isso com muito res-

é marcar

peito. “Sei da minha capacidade e também das limitações. O que ninguém pode falar é que não estou trabalhando e me dedicando todos os dias. Tenho de manter a tranquilidade. Em 2009, quando eu cheguei ao clube, foi a mesma coisa: precisei superar concorrentes até me firmar. Agora tenho de provar mais uma vez”, afirmou o atacante que, por coincidência, veste a camisa 39, mesmo número de gols marcados pelo Vasco.

Estar entre os reservas atualmente é a única situação que incomoda Elton. De resto, a alegria por ter voltado a São Januário é imensa e ele nem pensa em deixar o Vasco novamente. “O jogador que se sentir satisfeito no banco precisa parar de jogar. Esse não é o meu caso. Vou continuar provando que posso jogar e tentar aproveitar todas as oportunidades aqui no Vasco. Todos sabem do meu carinho pelo clube e pela torcida. Me sinto feliz e em paz aqui”, disse.

CONFIRA LISTA DOS DEZ PRIMEIROS DO SÉCULO XXI: (Gols a partir de 2001)

Jogador Gols 1) Romário 131 2) Leandro Amaral 51 3) Elton 39 3) Morais 39 5) Valdir 35 6) Ramon Menezes 34 7) Alex Dias 33 8) Edmundo 31 9) Petkovic 28 10) Souza 25


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Precisamos de vocês Carlinhos Bala pede apoio da torcida na corrida pelo título pernambucano na final com Santa Cruz

Com problemas na coxa, Carlinhos Bala ainda não tem presença garantida na final do Campeonato Pernambucano, contra o Santa Cruz, no estádio do Arruda, às 16h. A presença dele só será confirmada ou descartada nos vestiários do Arruda. Mas, mesmo sem saber se participará da final contra o Santa Cruz, o atacante, que exibia uma camisa com as frases “faça parte dessa corrente” e “apoio incondicional”, manda o recado aos rubro-negros. “O apoio do torcedor é bonito. Vamos fazer uma corrente positiva. Todo mundo sabe que futebol se decide dentro de campo e esperamos que o nosso torcedor vá ao Arruda. Precisamos muito do nosso torcedor no jogo de amanhã (hoje). Quem pensa que não vai dar, é melhor ficar em casa. Queremos o torcedor que acredite enquanto tivermos chance”, disse Carlinhos Bala ao site oficial do clube. O desafio é ainda maior pela vantagem do adversário. No primeiro jogo, o Leão perdeu por 2 a 0 na Ilha do Retiro e agora precisa vencer por dois gols de diferença

desde que marque pelo menos três vezes para faturar o hexacampeonato. Se o Sport vencer também por 2 a 0, a disputa será nos pênaltis. Qualquer outro resultado dá Santa Cruz. “O Santa foi feliz, mas agora é outro jogo. É vida ou morte. Ou a gente mata, ou morre. Erramos quando podia errar e agora qualquer erro pode ser fatal. O jogo de domingo já faz parte do passado – lembrou o jogador. Já o meia Marcelinho Paraíba disse que é preciso jogar com mais vontade e garra do que o adversário para reverter a situação de desvantagem do Sport. “O futebol tem vários exemplos de equipes que perdem o primeiro jogo e conseguem tirar a vantagem no segundo. Isso é muito normal. A gente sabe que são mais noventa minutos e temos que ter tranquilidade. Não adianta buscar o gol de forma afobada. Se a gente levar um as coisas ficam mais difíceis. Precisamos ter mais garra e vontade. São 90 minutos para o nosso time suar sangue”, disse o meio-campo ao site oficial do Sport.

Gilberto fala sobre evolução de trabalho O atacante Gilberto, que deixará o Arruda ao término do Pernambucano 2011, termina o campeonato em grande estilo, como artilheiro do Santa Cruz na competição. Depois da movimentação de ontem, no estádio do Arruda, o jogador comentou seu momento no Mais Querido. “Eu busco sempre evoluir, e desde minha passagem pelo Vera Cruz, eu evoluí bastante. Hoje eu estou despontando na equipe do Santa, mas o mais importante é o grupo que, unido, é muito forte”, disse o G9. O Tricolor chega à final do Pernambucano 2011 com uma vantagem de dois gols, adquirida no jogo de ida, contra os leoninos, na Ilha do Retiro. Vantagem esta que garante o título ao Santa Cruz mesmo com uma der-

rota por um gol de diferença. Mas Gilberto diz que é preciso esquecer a vantagem e jogar como se estivesse 0x0. “Temos que fazer de conta que não aconteceu, porque o time do Sport é muito bom. Vamos marcar como estávamos marcando e jogar como estávamos jogando, para poder sair com a vitória”. O jogador diz estar contando as horas para a partida decisiva, mas ressalta que a equipe precisa ficar tranquila para fazer um bom jogo diante do rival Sport. “Toda decisão você quer jogar logo, mas temos que manter a tranquilidade, pois sabemos da dificuldade que será. Procuramos fazer um bom trabalho dentro de campo para sair com a vitória”, disse o artilheiro tricolor.

FICHA TÉCNICA SANTA CRUZ: Tiago Cardoso; Éverton Sena, Thiago Matias e Leandro Souza; Mário Lucio, Cléber Goiano, Jeovânio, Memo, Weslley e Renatinho; Landu e Gilberto. TÉCNICO: Zé Teodoro SPORT: Magrão; Alex Bruno, Igor e Tóbi; Renato, Hamilton, Daniel Paulista, Marcelinho Paraíba e Wellington Saci (Carlinhos Bala); Ciro e Bruno Mineiro. TÉCNICO: Hélio dos Anjos ÁRBITRO: Sálvio Spinola – Fifa-SP


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No fundo do poço Escuderia Williams vive sua pior crise na longa história de 36 anos com sete títulos de pilotos Com sete títulos de pilotos e nove de construtores ao longo de seus 36 anos de história na Fórmula 1, a Williams nunca havia experimentado um começo tão ruim quanto o da temporada de 2011. Já são quatro corridas sem pontuar, o que causou uma crise interna. O comando técnico foi reformulado, e o principal piloto, o brasileiro Rubens Barrichello, cobrou melhorias e pôs em dúvida seu futuro no time. É o fundo do poço de uma decadência que começou há 13 anos, depois que o canadense Jacques Villeneuve ganhou o último título pra a escuderia. Desde então, houve um esboço de reação no começo do sécu-

Com a abertura de capital, a Williams passou a responder não apenas aos seus donos e patrocinadores, mas também aos seus acionistas da bolsa de Frankfurt. Isso sem falar no austríaco Toto Wolff, jovem e ambicioso investidor que detém 16% do time. Por isso, a equipe apostou em inovações agressivas, mas que não deram tão

certo, como a nova asa dianteira com bico curto. Quando os problemas vieram à tona, o mundo caiu sobre o sobrecarregado diretor Sam Michael, que, segundo Barrichello, “ficou até mais calmo” depois do anúncio de sua demissão, mas ainda não conseguiu fazer o Kers funcionar.

Confiabilidade vira o grande obstáculo

Brasileiro Rubens Barrichello anda descontente com equipe Williams

lo, mas a última vitória foi de Juan Pablo Montoya, em 2004, no Brasil. A crise pode ter

raízes profundas, mas há cinco explicações recentes que podem ser consideradas.

Patrocínios fogem e dinheiro diminui Em 2010, a Williams teve um volume de negócios de R$ 240 milhões, um valor 16% menor do que o do ano anterior, e R$ 100 milhões mais modesto que o da Red Bull, por exemplo. Aequipe perdeu dois patrocinadores de peso para este ano, o banco RBS e a Phillips. O contrato com a Petróleos de Venezuela (PDVSA) trouxe um alívio de R$ 30 milhões, mas não deu segurança suficiente para um desenvolvi-

Equipe sofre com pressão de acionistas

mento técnico sólido para 2011. Preocupado com a situação financeira, Frank Williams entrou no mercado de ações visando à tranquilidade a longo prazo. CHOQUE DE REALIDADE - Durante a pré-temporada, a equipe já sofria com o funcionamento do Kers. Sem ele, Rubens Barrichello liderou os testes de Jerez de la Frontera e anunciou um bom começo para a equipe,

que parecia ter encontrado a harmonia aerodinâmica com os pneus Pirelli e o motor Cosworth. A primeira corrida na Austrália, no entanto, serviu para lembrar ao time que “aquilo era só um teste”. O projeto aerodinâmico não se sobrepôs à inferioridade do motor, o Kers continuou sem funcionar e o carro esbarrou em seguidos problemas de confiabilidade ao longo das próximas corridas.

Nas duas primeiras provas, nem Barrichello nem Pastor Maldonado conseguiram levar o carro à linha de chegada. Na Austrália, ambos tiveram problemas na transmissão. Na Malásia, o brasileiro saiu com problemas hidráulicos. Resolvido o problema, a Williams ao menos conseguiu terminar as

duas últimas corridas, mas o melhor resultado foi o 13º lugar de Rubinho na China. Todos os esforços para melhorar a eficiência da caixa de câmbio e da transmissão serviram para mostrar que a equipe ainda perde muito tempo de desenvolvimento tentando resolver problemas de confiabilidade.

Falta de comando preocupa Barrichello proprietário Patrick A crise saiu das pistas e Head iria se aposenfez com que a tar ao final do ano Williams anunciasoutra informação se a saída do direCrise fez tor técnico Sam negada. Enquanto as cabeças rolam, Michael, e a vinda equipe Barrichello pede codo engenheiro Mike demitir mando: “PrecisaCoughlan, marcado Sam Michel, mos de um líder. pelo escândalo de Nesse momento, é espionagem da diretor quase como se tiMcLaren de 2007. técnico véssemos muitos, Pior foi o pedido de mas não é o sufidemissão do presiciente. Muitas pesdente Adam Parr, soas estão tentando negado por Frank dizer algo, mas, no final, Williams. Parr revenão é esse o ponto”. lou ainda que o co-


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