OJORNAL 16/01/2011

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O JORNA L Maceió, domingo, 16 de janeiro de 2011 | Ano XVII | Nº 102 | www.ojornalweb.com

ALAGOAS

R$ 2,00 Lula Castello Branco

DENGUE

Autoridades de saúde se preparam para conter epidemia Páginas A9 e A10

Dois

O JORNAL foi até o Mercado de Artesanato da Levada para conhecer esse local que representa ricamente parte da essência e da espontaneidade da cultura genuinamente alagoana. Páginas B1, B2, B3, B7 e B8

Esportes

Insensato Coração, da Globo, estreia amanhã no horário nobre

Marco Antônio

Praias: pais devem estar mais atentos às crianças

Nesta época do ano é comum crianças se perderem dos pais, principalmente nas praias. Só no Francês foram 23 casos em 12 dias. Os guarda-vidas pedem mais atenção dos pais. Página A12

História do jornalista Lêdo Ivo contada em verso e prosa

Novo presidente quer mais servidores no TJ

Previsão é de chuva normal para Alagoas

Mulheres são vítimas do próprio silêncio

Prestes a assumir o comando do Tribunal de Justiça, o desembargador Sebastião Costa Filho defendeu a realização de concursos públicos para servidores e cartórios em Alagoas. Página A4

A meteorologia afasta a possibilidade de o Estado ser atingido por uma tempestade igual à que devastou a região serrana do Rio. Para este ano, a previsão é de chuvas normais. Páginas A13 a A15

Em Alagoas, as mulheres que são vítimas da violência estão reféns do próprio silêncio. No ano passado foram registradas cinco mil queixas, mas muitas foram retiradas depois. Página A16

CO TAÇÕES Dólar (compra) ........................................1.6830 Dólar (venda) ..........................................1.6850 Euro (compra) ........................................ 2.2460 Euro (venda) .......................................... 2.2488 Poupança ............................................... 0,5959

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MARÉS 00h54................................................................. 1.6 07h09................................................................. 0.6 13h15................................................................. 1.7 19h39................................................................. 0.4

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O JORNAL

Política A2

Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br

VOTAÇÕES No dia primeiro de fevereiro tomam posse deputados federais e senadores eleitos e reeleitos em outubro do ano passado. Dezenas de projetos de lei e de emendas à Constituição aguardam por uma decisão dos legisladores brasileiros. São situações que podem mudar radicalmente a estrutura política, administrativa e empresarial brasileira. São desafios que precisam ser enfrentados. A questão da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, a distribuição dos royalties do pré-sal, a legalização dos bingos, reforma política, aborto, palmada em criança, maconha e redução da maioridade penal, por exemplo, são algumas das questões que causarão polêmica e discussão entre diversos grupos representativos da sociedade brasileira. É claro que essas questões precisam ser definidas com a participação do Legislativo e do governo Dilma Rousseff. Essa é a questão no momento. Enquanto não estiverem implantadas a calmaria e a maturidade entre os aliados PT e PMDB na divisão dos anéis do poder, tudo pode acontecer hoje, inclusive nada.

NO ESCURO O governo estadual está com dificuldade em definir as prioridades na criação de cargos para Lei Delegada. Faltam propostas concretas para criação dos novos postos e a formatação das secretarias. Para completar, o governador Teotonio Vilela já avisou que não quer a permanência da figura do comissionado de reserva, que, na prática, recebe sem trabalhar. Os tucanos contam com pouco mais de 80 dias para efetuar as mudanças.

Domingo, 16 de janeiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Melhorar a Saúde será a meta do governo Dilma, diz ministro Alexandre Padilha tem como prioridade aprovar Emenda Constitucional 29 Entre as prioridades para a área da Saúde destacadas pelo novo ministro da pasta, Alexandre Padilha, algumas são objeto de propostas que já tramitam no Congresso Nacional; outras foram herdadas de gestões anteriores; e quase todas dependem de novos recursos alocados para o setor. No seu programa de governo, a presidente Dilma Rousseff prometeu aumentar os recursos destinados para a Saúde a fim de, entre outras metas, ampliar as equipes de Saúde da Família e criar novas Unidades de Pronto Atendimento 24 horas. Em seu discurso de posse, Padilha anunciou um “choque de gestão” e a disposição de ne-

gociar com governadores e prefeitos a aprovação da regulamentação da Emenda Constitucional 29, que fixa os percentuais mínimos a serem gastos na Saúde por estados, municípios e União. O texto está parado no Plenário da Câmara desde 2008. O texto mais atual na Câmara sobre a regulamentação da Emenda 29 (PLP 306/08, do Senado) é o substitutivo do deputado Pepe Vargas (PT-RS), segundo o qual a União deve aplicar na Saúde o mesmo valor empenhado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto (PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais

de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB.) entre os dois anos anteriores; os estados deverão aplicar 12% de seus impostos, e os municípios, 15%. Esses valores estão definidos provisoriamente na Constituição, mas não

vêm sendo cumpridos pela falta de regulamentação. Um dos problemas gerados pela falta de regulamentação é que a destinação atual dos recursos para a Saúde é pouco específica, podendo os gestores, por exemplo, direcionar verba para a assistência social alegando se tratar de uma medida de saúde. A regulamentação deixará claro quais ações serão consideradas de saúde – todas elas, inclusive, vinculadas ao Sistema Único de Saúde. O texto diz, por exemplo, que limpeza urbana, pagamento de aposentadoria de servidores da Saúde, merenda escolar e obras de saneamento não poderão setr custeadas por essa verba. Lula Castello Branco

DERROTA A vitória do major Wellington Fragoso na disputa da Assomal impôs uma derrota ao comandante da Polícia Militar, Dário César, que jogou força total na chapa do coronel Mário da Hora, terceiro colocado na eleição.

FALTOSOS O eleitor que não votou nem justificou a ausência no primeiro ou no segundo turno das Eleições 2010, ocorridos respectivamente nos dias 3 e 31 de outubro do ano passado, deve procurar o cartório eleitoral mais próximo e pagar multa em torno de R$ 3,50 para regularizar o seu cadastro.

PARDAIS Se o prefeito Cícero Almeida ressuscitar os pardais nos semáforos de Maceió será a prova de que a indústria da multa é quem manda na SMTT. Desligar os aparelhos foi uma das primeiras medidas de sua gestão. O prefeito agora estuda reforçar o caixa do município com essa estranha estratégia, que na prática não auxilia o trânsito nem reduz o número de acidentes.

A hora é de arregaçar as mangas e ajudar as famílias. Sempre tem a hora de fazer avaliação. Tem que se fazer uma autocrítica. Por que se permitiu fazer tudo isso? Mas agora é resgatar corpos e ajudar famílias desabrigadas. Não vamos perder tempo nesse momento”.

Prometendo mudanças no setor, governo vai defender aprovação da Contribuição Social da Saúde, um novo tributo bem parecido com a CPMF

Projeto está paralisado desde 2008

Sérgio Cabral Governador do Rio de Janeiro

ACIDEZ

O vereador Ricardo Barbosa (PSOL) não deu nem tempo de a nova Mesa Diretora da Câmara de Maceió se organizar. Já começou com a metralhadora giratória em cima de Galba Novaes, cobrando transparência nas contas do Legislativo.

CORREIÇÃO

A Corregedoria-Geral do Ministério Público Estadual realizará correições nas promotorias de Justiça de Boca da Mata, no dia 20 de janeiro, e do Pilar, em 27 de janeiro. Durante as atividades, a partir das 9h, as pessoas vão poder oferecer reclamações, de forma escrita ou oral referente à atuação dos integrantes do MPE.

PROVAÇÃO Hoje será a prova de fogo para o presidente Marcos Barbosa no comando do CRB. É o primeiro clássico onde o time é dirigido pelo deputado estadual. Do outro lado, o ex-vereador Jorge VI ainda tenta emplacar como dirigente do CSA, longe de outros presidentes do passado.

DIRETAS Ao diminuir o grande número de problemas com filas durante as matrículas da rede estadual de ensino, o secretário de Educação, Rogério Teófilo, ganhou pontos no governo tucano. O historiador Nivaldo Mota está compilando textos para um projeto que visa mostrar a luta do Movimento Estudantil em Alagoas. Em tempo: na Ufal, ele foi aguerrido militante. Mesmo com muito apoio entre os profissionais da área de comunicação, o jornalista Marcelo Sandes deve mesmo deixar o comando do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP). Novo ministro defendeu um “choque de gestão” em discurso de posse

A votação não foi concluída pelo impasse entre governo e oposição sobre a criação da Contribuição Social da Saúde (CSS), um novo tributo previsto no substitutivo que seria cobrado nos moldes da extinta CPMF, mas com uma alíquota menor, de 0,10% sobre a movimentação financeira. A CPMF era cobrada em 0,38%. A estimativa é que a CSS gerasse uma de receita aproximada de R$ 15 bilhões ao ano. Oposição - Os partidos de oposição (DEM, PSDB e PPS) não concordam com o novo tributo e apresentaram um destaque para retirar a base de cálculo do texto e inviabilizar a cobrança. “A proposta vem ao encontro do que a Frente Parlamentar da Saúde defende, que é o fortalecimento dos municípios a partir do pacto federativo”, destacou o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), integrante da frente. “O problema é que todos os ministros defenderam isso durante os oito anos de Governo Lula, mas o assunto não avançou porque há descompasso entre os ministérios da Fazenda, da Saúde e do Planejamento”, destacou. Na mesma linha argumenta o deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), um dos ex-ministros da Saúde do Governo Lula. “Todas as declarações dele [de Padilha] são reincidentes em relação às de ex-ministros da pasta. Eu, quando tomei posse, fiz um discurso que não estava

muito diferente, assim como o Agenor e o Temporão”, disse, referindo-se aos também ex-ministros da pasta José Gomes Temporão e Agenor Álvares. “O SUS só vai obter resultados substantivos quando conseguir avançar em dois sentidos: na homogeneização da gestão – que é ótima em alguns lugares e péssima em outros – e resolver o problema do financiamento, porque não tem como sobreviver com R$ 1 por habitante/dia, as tabelas estão totalmente defasadas”, acrescentou. Assim, os parlamentares desta legislatura que se encerra não foram convencidos sobre a necessidade de criar um tributo para financiar o sistema. Alguns, como o líder do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC), acreditam que a regulamentação da Emenda 29 já colocará, por si só, R$ 30 bilhões por ano na Saúde, mesmo sem a criação da CSS, já que os gastos serão obrigatoriamente direcionados para ações específicas do SUS. O coordenador da área de Saúde do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Sérgio Piola, discorda. Para ele, a destinação correta dos recursos não é suficiente para garantir uma prestação de serviços semelhante à dos países desenvolvidos. “É preciso mais recurso, seja ele proveniente de um tributo específico ou não”, avalia. Continua na página A3

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Política

O JORNAL JORNA L A3

Domingo, 16 de janeiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Marco Antônio

Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com

IMPASSE Tudo indica que a votação do Orçamento do Estado para 2011 ficará a cargo da nova Assembleia Legislativa, que se instalará em fevereiro. É uma situação complicada, porque mais de um terço dos deputados não discutiu o Orçamento e também não teve o direito de apresentar emendas, pois ainda não eram deputados – eles se elegeram em 2010. Além disso, tem o impasse com o governo do Estado na questão do aumento do duodécimo. Despedindo-se da Assembleia para ocupar uma vaga na Câmara Federal, o deputado Rui Palmeira (PSDB) é contundente quando se posiciona contrário ao aumento do duodécimo. Do mesmo modo, o deputado noviço Inácio Loiola (PSDB) é contundente quando avisa que os novos deputados não vão aprovar o que não conhecem. Ou seja: os deputados noviços querem discutir o Orçamento, e isso significa que vai começar tudo do zero. E o Estado que começou o ano sem Orçamento, corre o risco de terminá-lo sem.

CONTA

CARGOS

O presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), refez as contas e concluiu que, sem o duodécimo de R$ 126 milhões, o Legislativo estadual não conseguirá honrar seus compromissos este ano.

O ex-governador Ronaldo Lessa avisou ao ministro do Trabalho, Carlos Luppi, que prefere voltar a dar aula a assumir cargo sem relevância. Lessa acha que o PDT está sobrando na distribuição dos cargos federais.

TRILHOS URBANOS O preço da passagem nos trens da CBTU vai aumentar 100% em junho. Passará dos atuais R$ 0,50 centavos para R$ 1,00 de Rio Largo a Maceió.

PESO

LIÇÃO

Eleito com quase 1 milhão de votos, o senador Benedito de Lira virou a grande estrela do PP e agora é cotado para assumir a presidência nacional do partido em substituição ao deputado federal Francisco Dorneles (RJ).

O senador Fernando Collor (PTB) confessou que não esperava voltar à política depois de ter sido afastado do governo por um erro fatal que cometeu – que foi não se relacionar bem com o Congresso Nacional.

Padilha defende que população carente receba remédio gratuitamente

Gasto com Saúde no Brasil é a metade dos EUA O Brasil, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem um dispêndio total em saúde (público e privado) equivalente a 8,4% do PIB, percentual baixo quando comparado aos Estados Unidos (15,47%), mas bastante próximo e até melhor que outros países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como o Reino Unido (8,4%), Espanha (8,5%), Canadá (10,1%) e Austrália (8,9%), que também possuem sistemas universais. O problema do Brasil, na opinião do coordenador da área de Saúde do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Sérgio Piola, é que o gasto público em Saúde é apenas

41,6% do gasto total — muito pouco para o País ter, efetivamente, um sistema de cobertura universal e atendimento integral. Entre os países da OCDE, a participação das fontes públicas no financiamento do sistema representa em média 70% da despesa total, variando de 67,5% na Austrália a 84,1% na Noruega. “O Brasil é o único país com sistema universal de saúde onde o gasto privado é maior que o público”. Em relação às alternativas propostas no debate atual — a criação de um novo imposto e a regulamentação da emenda 29 —, o coordenador considera que ambas não resolveriam o “problema do subfinanciamento da saúde”, mas seriam passos importantes. “Se

A vereadora Tereza Nelma (PSB) viajou e não leu a denúncia do Ministério Público sobre o desvio de R$ 200 milhões no contrato para coleta do lixo em Maceió. Trocando em miúdo: Tereza é contra a apuração.

A vereadora Amilka Melo (PDT) não resistiu ao assédio do prefeito Cícero Almeida (PP) e pediu para retirar seu nome da lista dos vereadores que pedem a criação da Comissão Especial de Investigação (CEI).

FALTA APOIO Para ser instalada, a CEI destinada à apuração do desvio de R$ 200 milhões no contrato para coleta do lixo precisa de sete assinaturas. Mas agora só tem cinco.

NÃO

DOIS

O superintendente da SMTT, José Pinto de Luna, é contra o sistema de rodízio no trânsito. Ele disse que a experiência em São Paulo não deu certo e tem tudo para dar errado aqui também.

O sistema de rodízio no trânsito aumentou a frota de veículos particulares em São Paulo. Para fugir ao rodízio e se manter com o carro, muitas famílias passaram a ter dois carros na garagem.

Estados são obrigados a aplicar 12% da arrecadação com a Saúde

PT SAUDAÇÕES A direção estadual “lavou as mãos”, e o diretório municipal do PT decidiu não decidir sobre Pinto de Luna – que assumiu a SMTT por conta própria.

EXPRESSAS O secretário estadual de Educação e vice-prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo, negou que está trocando o PPS pelo PP. “Não sei quem inventou isso”, disse. Rogério Teófilo explicou que o apoio que o senador Benedito de Lira lhe deu não tem como contrapartida a filiação dele ao PP. Ah, bom! O vereador Ricardo Barbosa (PSOL) pediu para o presidente da Câmara, vereador Galba Novaes, abrir a “caixa-preta” da Casa. Depois do capitão Rocha Lima, agora é a vez do major Medeiros lutar para não ser expulso da PM. Ambos estão com a ficha sujíssima. Walmari Vilela e Jorge Moraes serão apresentados em grande estilo pela Rádio Jornal AM 710, como reforços de peso do Departamento Esportivo. A partir de 1º de fevereiro, o salário-mínimo é de R$ 545.

País tem muitas necessidades e não se consegue, de um momento para outro, inverter esse tipo de problema”. Sérgio Piola minimiza a crítica contra a má gestão dos recursos do SUS como maior responsável pela baixa qualidade dos serviços. Para ele, a melhoria do gasto público deve ser um “esforço permanente” de todos os gestores, mas até para resolver alguns problemas de gestão é necessário mais recursos. “Só se resolve a diferença de oferta de serviços entre as regiões brasileiras, por exemplo, com mais investimentos. A população que depende do SUS no Sul e no Sudeste recebe muito mais serviços que os moradores do Norte e do Nordeste”, considerou.

Para deputado, CSS deve ser debatida

– “Eu fui prefeito e governador e também não me relacionei bem com a Câmara e a Assembleia Legislativa” – admitiu o senador Fernando Collor.

RECUO

o Brasil fosse ter uma participação pública na saúde como há em outros países, o gasto público deveria ficar entre 6% e 6,5% do PIB. Indicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB. Obviamente, o

Marco Antônio

ERRO ANTIGO

FORA

Espanha e Reino Unido aparecem com gasto próximo ao brasileiro

Ministro quer entregar remédio ao povo O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a disposição de o governo oferecer distribuição gratuita de medicamentos para diabéticos e hipertensos — uma proposta destacada pela presidente Dilma Rousseff em seu programa de governo e reiterada na posse do novo ministro. Na Câmara, tramitam aproximadamente 30 projetos da mesma natureza, que buscam reduzir o preço de remédios por meio de isenção fiscal ou permitem que os contribuintes deduzam o gasto com medicamentos do cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física. É o caso, por exemplo, do Projeto de Lei 6900/10, do deputado Albano Franco (PSDBSE), que prevê a isenção de todos os tributos federais cobrados de medicamentos para controle de diabetes e de hipertensão. O Projeto de Lei 5882/09, do deputado Damião Feliciano (PDT-PB), cria o Bolsa-Medicamento, para que idosos carentes portadores de doenças crônicas recebam os remédios de graça. RAPIDEZ - Padilha também declarou ter a “obsessão”

de garantir “o acolhimento de qualidade em tempo adequado às necessidades de saúde” dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Cada secretário, cada diretor de programa, cada coordenador, cada servidor, cada consultor deste Ministério tem que acordar de manhã e dormir à noite se perguntando o que fez para garantir acolhimento de qualidade, em tempo real, adequado para a necessidade de saúde das pessoas”, declarou o ministro em seu discurso de posse. Com esse objetivo, foi apresentado na Câmara o Projeto de Lei 7989/10, do deputado Vicentinho Alves (PR-TO), que assegura prioridade no atendimento de saúde aos pacientes com 60 anos ou mais, ressalvados os casos de emergência comprovada. Pela proposta, o atendimento destinado à marcação de exames e consultas para essa população não poderá ser maior que uma hora a contar da entrega de senha, e a realização de exames e consultas médicas não poderá, em qualquer hipótese, ultrapassar o prazo de sete dias a contar de seu pedido.

A discussão em torno da fiscais, o governo não precicriação de novas fontes de fi- saria recriar a CPMF para fornanciamento para a Saúde talecer as finanças públicas. O deverá ser incluída nos pri- tributo foi extinto em 2007, meiros debates do Congresso mas nos anos seguintes a arNacional em 2011, após a recadação federal continuou posse dos novos congressis- crescendo em ritmo forte. Em tas, e o caminho mais prová- 2008, o primeiro ano sem vel para discutir o assunto é CPMF, o governo federal aro substitutivo ao Projeto de recadou R$ 675,3 bilhões (em Lei Complementar 306/08, valores de dezembro daqueque regulamenta a Emenda le ano). No último trimestre Constitucional 29Fixa os per- do ano, o Brasil foi fortemencentuais mínimos a serem in- te atingido pela crise financeivestidos anualmente em ra mundial, a economia prasaúde pela União, por esta- ticamente parou e, ainda dos e municípios. A emenda assim, o governo arrecadou, obrigou a União a investir em em termos reais (já considesaúde, em 2000, 5% a mais rado o efeito da inflação), R$ do que havia investido no 43 bilhões a mais do que conano anterior e determinou seguira em 2007. Entre outros motivos, o que nos anos seguintes esse valor fosse corrigido pela va- fortalecimento da arrecadariação nominal do PIB. Os es- ção ocorreu porque o governo decidiu mudar a tados ficaram obrigados a alíquota de outros aplicar 12% da arrecadação de impostos, e impostos, como o os municípios, 15%. IOF, para compenTrata-se de uma sar a perda da regra transitória, CPMF, e a carga triCom CPMF, que deveria ter vibutária da União augoverno gorado até 2004, mentou de 23,9% do mas que continua Produto Interno arrecadou em vigor por falta Bruto (PIBIndicador R$ 675,3 de uma lei compleque mede a produbilhões em mentar que regulação total de bens e mente a emenda. e serviços finais de 2008 está pronto para ser um país, levando em votado pela Câconta três grupos principais: - agropemara. cuária, formado por agriO líder do Gocultura extrativa vegetal e peverno na Casa, deputado Cândido Vaccarezza cuária; - indústria, que englo(PT-SP), não descarta a cria- ba áreas extrativa mineral, de ção de uma nova contribui- transformação, serviços inção, mas prefere cautela sobre dustriais de utilidade públi“o caminho a seguir” – se no ca e construção civil; e - serâmbito de uma reforma tribu- viços, que incluem comércio, tária ou na regulamentação transporte, comunicação, serda Emenda 29. Ele defendeu viços da administração púque o assunto seja discutido blica e outros. A partir de uma com os governadores eleitos. comparação entre a produEssa é a mesma posição ção de um ano e do anterior, do deputado Flávio Dino encontra-se a variação anual (PCdoB-MA), candidato der- do PIB.) em 2007 para 34,5% rotado a governador do do PIB em 2009. Maranhão. “Temos que cuiORÇAMENTO 2011 - A dar disso no âmbito da Emenda 29 ou da reforma tri- proposta de orçamento para butária, para não ficar um de- 2011 reserva ao Ministério da bate isolado sobre a recria- Saúde recursos da ordem de ção da CPMF”, declarou. Já o R$ 74,2 bilhões, sendo que, deputado Rômulo Gouveia desse total, R$ 68,564 bilhões (PSDB-PB), eleito vice-gov- destinam-se a financiar ações ernador da Paraíba, se diz e serviços públicos de saúde. contrário à CSS e pede a re- No que se refere a ações e gulamentação da emenda pa- serviços públicos de saúde, ralelamente a uma reforma há um acréscimo nominal de tributária, que fortaleça os 12,6% em relação ao autorimunicípios na repartição dos zado para 2010 (R$ 60,881 bilhões); e aumentos de 40,9% recursos. e 20,7% em relação a 2008 e AUMENTO - Em termos 2009, respectivamente.

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Política

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ENTREVISTA/SEBASTIÃO COSTA FILHO

“Vamos fazer concursos públicos” Gilson Monteiro Repórter

No próximo dia 2 de fevereiro, o desembargador Sebastião Costa Filho toma posse na presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas. Nesta entrevista exclusiva a O JORNAL, ele adianta algumas diretrizes de sua gestão, como a realização de concursos públicos para servidores e cartórios.

Com diplomacia, o desembargador diz que não brigará por aumento no duodécimo, revelando uma postura mais branda que a sua antecessora, desembargadora EliSabeth Carvalho do Nascimento, que chegou a apelar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir mais R$ 21 milhões para os cofres do TJ. Presidindo atualmente a Câmara Criminal, o futuro presidente fala ainda do perfil ideal para o secretário de Defesa Social, defende a 17ª Vara Criminal e acredita que a tática de pacificação do Complexo do Alemão poderia ser aplicada em Alagoas, pois “se sabe onde o bandido está”.

Fotos: Fabyane Almeida

A sua gestão à frente do Tribunal de Justiça terá um tom de continuidade ou de ruptura com o modelo atual da desembargadora Elisabeth Carvalho? O Judiciário não é político, é um poder que normalmente tem continuidade. Os trabalhos feitos pelos presidentes anteriores, os que chegam dão seqüência. Aqui não tem essa de você parar uma obra que foi feita pelo anterior para vai ganhar votos, isso não existe. Então a tendência é dar continuidade ao trabalho do colega anterior.

Futuro presidente diz que se preocupa em fazer um Judiciário mais rápido e mais efetivo

Qual será a marca que o senhor pretende imprimir no comando do Judiciário? Quais seus projetos? O meu pensamento principal, o básico para mim é fazer aquilo que todo mundo quer, que a Justiça seja mais rápida. Que o jurisdicionado seja atendido com maior rapidez. E nos estamos trabalhando, dentro das possibilidades, de virtualizar o Judiciário de maneira geral. É um trabalho que vendo sendo feito no Brasil e já estamos fazendo isso aqui também em Alagoas e darei continuidade a esse trabalho. E se possível, não sei se na minha gestão ou na próxima, estaremos com todos os processos virtualizados. Essa é uma possibilidade que temos. Na inspeção feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi detectado, entre outras coisas, um grande número de servidores comissionados. Por outro lado, temos carência de pessoal efetivo. Teremos soluções para esses problemas? Pretendemos, até por determinação do CNJ, fazer concurso para serventuários da Justiç, servidores do TJ e o concurso para as comarcas que tem os oficiais de registro precários, os cartórios nomeados precariamente.Esse concurso é exatamente para resolver estes problemas. O meu interesse de fazer concurso para o Tribunal é justamente para essa situação. Mas já há previsão para a realização desses concursos? Já existe um estudo prévio, e uma determinação do próprio CNJ, para que o concurso para o funcionário do Tribunal de Justiça seja feito o mais rápido possível, assim como para serventuários. Deveremos fazer esses concursos, para as comarcas do interior, que tem servidores precários. O CNJ também já determinou que fosse feito esse concurso, e já existe uma determinação da atual presidente para que esses concursos já comecem a ser elaborados, e, logicamente, quando eu assumir, vou fazer o levantamento da situação e dentro do menor prazo possível, colocaremos esses concursos. No ano passado, a presidente do TJ chegou a apelar para a STF para conseguir o aumento no duodécimo do Judiciário. Como o senhor vai tratar essa questão? Nós temos hoje uma situação diferenciada dos outros poderes. Pois trabalhamos dentro de uma situação que nos dá certa liberdade para darmos os aumentos, que a lei nos permite, e realizar concurso, mas deixa aquela margem do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Estamos

aquém do teto estabelecido pela LRF; e, com relação ao Estado, também estamos abaixo do que a própria legislação determina que o Estado deve nos repassar, que e de 6%.

todo. A estrutura do Tribunal de Justiça é no Estado todo.

O secretário de Defesa Social ainda não foi escolhido pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Como presidente da Câmara CriO senhor pretende pleitear minal do Tribunal de Justiça, qual o perfil ideal para esse então esse percentual? cargo? Isso vai depender É difícil se code nossas necessilocar o perfil de dades. Porque eu um secretário de entendo também S e g u r a n ç a que não interessa ao Pública. Eu acho Poder guardar dique precisa, loginheiro. O Judiciário camente, de um tem que ser enxuto. homem sério, inteE tem sido ao longo ligente, que tenha do tempo. Mas não conhecimento das é interessante estarpolícias; um homos brigando com mem que bote o governo do Espara funcionar a tado, isso não resolinteligência da pove. Temos que viver lícia, mas que teem harmonia com nha estrutura. Poros poderes. E lógico o interesse nosso Entendo que a 17ª que se não tiver uma polícia estrunão é buscar dinheiVara é legal turada ele pode ro para dizer que vir com a intelitemos dinheiro no gência do mundo cofre. Nós temos todinho que não que buscar dinheiro para utilizar da melhor ma- vai fazer muita coisa. Não só neira possível para o jurisdicio- a Polícia Civil como a Polícia nado. Trabalharmos para aque- Militar. Tem que ter estrutules que buscam justiça no Judi- ra suficiente para ir buscar os ciário. Não interessa ter dinhei- remédios jurídicos e técnicos. ro para guardar. Na presidência da Câmara Mas o aumento no duo- Criminal, o senhor chegou a décimo do Judiciário provo- debater a violência no Estado cou críticas ao governo, por com o governo e com o Ministério Público Estadual. um suposto privilégio... Mas não foi nenhum be- Qual sua visão desse problenefício, pois nós estamos ma aqui no Estado? Se nós olharmos para o prisaquém do limite estabelecido por lei. Até porque no ano ma da situação real do que é a anterior não houve o reajus- violência no Estado, e como era te a que tínhamos direito. a violência antigamente, eu Outra coisa, e eles (a As- acho que melhorou muito, pois sembleia Legislativa), estão tínhamos um grande número acima, estamos abaixo [do de sequestros e crimes de percentual do Orçamento]. E mando. E a polícia alagoana, nós lidamos com o Estado com o Ministério Público e a

17ª Vara Criminal, começou a riores, e houve uma indicação funcionar, e diminuiu bastan- de que a 17ª deveria trabalhar te com estes números. Hoje o dessa forma. Existe uma lei maior índice de violência que criando a 17ª Vara. Não podetemos chama-se tráfico. E o trá- ria se não houvesse uma lei. fico é muito difícil de ser com- Mas se existe a lei, então é constitucional. Mas cabe, a última batido. Temos o exemplo do Rio palavra, ao STF, que é quem de Janeiro [pacificação do vai decidir. Complexo do Alemão]. Eu, A imagem do muitas e muitas veJudiciário alagoazes, coloquei essa no chegou a ser situação. Eu semarranhada por epre pensei porque pisódios como o que esse problema escândalo da ventodo no Rio, se o da de sentenças e estado tem dinheido envolvimento ro, tem polícia esde magistrados truturada, sabe em fraudes no onde o bandido DPvat. A punição está, por que não para casos como vai buscar. Essa esse não seria também e uma branda demais? pergunta que deSe fizermos ve ser feita em um estudo e retodo lugar. Se nós Julgamos o trocedermos há sabemos, aqui em Alagoas, onde o grande bandido e 20 anos, ninguém via, era muito rabandido está, ono pequeno do ro, um juiz ser de os traficantes mesmo jeito condenado pelo estão, o governo próprio Poder. tem a obrigação Eu não se naquede ir lá, ir lá buscá-los, e dar liberdade la época alguns juízes, alpara que a sociedade viva guns, que, infelizmente, enveredam pelo caminho do com tranquilidade. erro, ou se existia uma difiPor falar em 17ª Vara, a culdade de detectar o erro OAB tem questionado a do juiz. Hoje o Judiciário constitucionalidade dessa esta cortando na carne. Hoje, Vara. Qual sua opinião so- os colegas que, por qualquer motivo, enveredam pelo cabre essa polêmica? Eu respeito muito o ponto minho do erro, respondem de vista da OAB. Pelo que eu como qualquer outra pessoa. sei, doutor Omar [Coelho, pre- Só que, ele tem prerrogatisidente da Ordem], é um vas, que foram criadas pelos homem muito sério, o que ele legisladores. Essa prerrogaestá querendo não é acabar com tiva diz que, em ele sendo a 17ª Vara, ele quer saber se ela condenado, administrativaé legal. O que eu acho que é mente, ele é aposentado, mas justo. Nós temos que trabalhar administrativamente. Após na legalidade. Eu entendo que a aposentadoria administraé legal. Até porque, na época, tiva, esse processo é remetio TJ, através de seu presiden- do ao Ministério Publico, e te, consultou os órgãos supe- abre-se o processo criminal.

E ele vai responder por um processo criminal. E ele sendo condenado, ai ele perde o cargo, e inclusive perde a aposentadoria. Tivemos algum caso de expulsão aqui em Alagoas? Não tivemos, porque, pelo o que eu me recordo, esses mais antigos que foram afastados estão respondendo a processo criminal. E como eu disse, processo criminal é um processo longo, que tem recursos, e logicamente as pessoas utilizamse deles. O que o senhor acha da máxima que diz só existe Justiça para os “ladrões de galinha”? Eu diria que tem certo cabimento, porque o bandido rico paga bons advogados, e bons advogados vão recursar até onde eles podem. E o `ladrão de galinha`, muitas vezes não tem nem o defensor público, principalmente no Interior. O próprio Estado não oferece defensores. Hoje temos uma dificuldade muito grande com defensores em Alagoas. Temos dificuldades com representantes do MP em Alagoas. Então, o que tem que ser feito é concurso para Defensoria, para o Ministério Publico, para que possamos dar uma condição melhor para o jurisdicionado, que não tem condições de pagar um advogado. Aqueles que podem pagar um advogado caro, que vai até Brasília para apelar ao Supremo ou ao STJ, caso seja necessário, ele consegue recursos que um bandido pequeno não consegue. Não é a Justiça quem faz isso, é a própria legislação. Nós julgamos tanto o pequeno quando o grande do mesmo jeito.

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O JORNAL

Nacional

A5

Domingo, 16 de janeiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br

Chuvas deixam 71 mil sem moradia Segundo Defesa Civil, Minas Gerais é o Estado com maior número de desabrigados por enchentes e enxurradas IG Hoje, 71.308 brasileiros não tem endereço. Suas casas foram destruídas por conta de tragédias naturais ou interditadas porque estão em regiões de risco. É um número bastante grande. O estádio do Maracanã, por exemplo, ficaria totalmente cheio apenas com as vítimas das enchentes. Comparando com outras tragédias do mundo, também é impressionante. Alguns dias após o furacão Katrina, que em 2005 devastou Nova Orleans, nos EUA, 140 mil pessoas não tinham um lugar para ficar. No começo de 2011, o Brasil tem metade daquele número, com fortes chances de crescimento nos próximos dias. Afinal, os resgates no Rio ainda estão muito longe de acabar. Até a última sexta-feira, os deslizamentos de terra e as enchentes fizeram com que 20.046 pessoas perdessem suas casas no País. Oficialmente, elas são classificadas como desabrigadas. Elas não têm para onde ir e, para elas, só restam os abrigos publi-

cos e a acolhida de parentes e amigos. Outras 51.262 pessoas tiveram de se mudar das suas casas porque as suas residências estão em situação de risco ou alagadas, por exemplo, por prazo intedeterminado. Para a Defesa Civil, essas pessoas estão desalojadas. O Estado com o maior número de pessoas nessas duas categorias é Minas Gerais. Depois de castigar o sul do Estado, agora as chuvas deixam um rastro de destruição no norte. As enxurradas em Montes Claros, por exemplo, levaram o prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB) a decretar situação de emergência, elevando para 75 o número de cidades mineiras nestas condições. Em Minas, há, até agora, 16 mortos. Ao todo, 124 municípios já foram atingidos, o que representa 14% do total, de 853 cidades. Por causa da força das águas, 6,1 mil casas foras danificadas e 233 destruídas. A Defesa Civil alerta a população: pancadas de chuvas atingem todo o Estado por causa de uma frente fria sobre o litoral da Região Sudeste do país.

“Estamos com risco de desa- cutivo a declarar situação de bamentos em áreas ocupadas emergência na quinta-feira. por antigas construções e hoje (sexta-feira) declaramos estado PELO PAÍS - Fora do eixo de emergência”, explicou o pre- São Paulo, Rio e Minas, um dos feito de Montes Claros. Luiz Estados que mais tem sofrido Tadeu Leite também informou com as chuvas é Goiás. que possui projetos aprovados Até sexta, 143 pessoas espara evitar a ocorrência tavam desabrigadas ou de transtornos pelas chudesalojadas no Estado. O vas, mas aguarda a libenúmero de afetados ração de recursos. chega a 44,9 mil moradoEm Pouso Alegre, AL e PE têm res. Até então, não havia no sul do Estado, houve desabrigados mortos. inundações na última Em quatro municídesde semana, obrigando a pios já foi decretada simeados prefeitura a declarar situação de emergência: na de 2010 cidade de Goiás (conhetuação de emergência. A assessoria de Imcida como Goiás Velho), prensa da Prefeitura de em Palmeiras de Goiás, Pouso Alegre informou Planaltina de Goiás e que a estimativa é de Itaberaí. Além destas, as cidades que 3 mil casas tenham sido de Jesúpolis, Rio Verde e Jaraguá atingidas pelas chuvas até também sofrem com as conseagora, levando 40 famílias e 189 qüências das chuvas. pessoas para abrigos. Na sexta, Somente em Itaberaí, 123 pes10 ruas permaneciam alaga- soas estão desalojadas e o núdas.São Sebastião da Bela Vista, mero de afetados chega a 35,4 na mesma região, distante 240 mil moradores. A enchente do quilômetros de São Paulo, é Rio das Pedras, que corta a reoutro município afetado. As en- gião, provocou o rompimento, chentes levaram o Poder Exe- no dia 4 de janeiro, de uma ponte

Estado

Desabrigados Desalojado Sem casa no Estado

Minas Gerais

2.345

6.975

9.320

Espírito Santo

790

6.212

17.002

Rio de Janeiro

6.050

7.780

13.830

São Paulo

1.980

10.161

12.141

Alagoas

8.000

8.000

Pernambuco

848

848

Goiás

13

130

Piauí

20

20

Sergipe

4

4

Total:

20.046

51.262

que dava acesso à capital, Goiânia, no quilômetro 88 da GO-070. No local, foi montada uma ponte metálica. Em Planatina de Goiás, várias casas estão ameaçadas. Na cidade de Goiás, pelo menos dez pontes na zona rural foram destruídas e aproximadamente 40 casarões históricos do município foram atingidos. Em Mato Grosso, na cidade de Primavera do Leste, a 240 km de Cuiabá, uma criança de 12 anos morreu após ser levada por uma enxurrada na última quarta-feira. O garoto brincava com outras crianças ao lado de um bueiro, às margens da BR-070, por volta das 15h, quando escorregou, caiu no canal pluvial e foi levado pela correnteza. ADefesa Civil de Mato Grosso conseguiu encontrar o corpo do menino um dia depois. Apesar disso, em Mato Grosso, até o momento, não foram registrados casos de pessoas desabrigadas ou desalojadas. No Piauí, foi decretada situação de emergência na cidade de Floriano, distante 188 quilôme-

tros de Teresina. Um temporal, que durou aproximadamente seis horas, deixou 20 famílias desabrigadas. As famílias, conforme a Defesa Civil, já voltaram para as suas residências. Em São Luís, durante o último final de semana, as chuvas destruíram muros de residências e derrubaram árvores no Centro Histórico. As chuvas também abriram crateras na periferia de São Luís. Não há registros de desalojados ou desabrigados em todo o Estado. No Amazonas, Pará, Mato Grosso do Sul, Roraima, Tocantins e Distrito Federal, apesar das fortes chuvas, também não foram registrados desabrigados ou desalojados. No Acre e em Rondônia as chuvas ocorrem abaixo do volume esperado para esse início de ano e ninguém, até sexta, teve de sair da sua casa. Em Alagoas e em Pernambuco, os desabrigados aguardam um novo endereço desde as chuvas de meados de 2010. É mais um sinal de que, em algumas situações, as chuvas são apenas o começo do pesadelo.

143

71.308

Fonte: Defesa Civil dos Estados

Destruição em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro

Ponte de concreto caída no trecho entre Anápolis e Nerópolis, em Goiás

Aluguel social será definido amanhã Agência Brasil Os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Integração Nacional vão definir amanhã o montante de recursos que serão repassados ao Rio de Janeiro para concessão de aluguel social às vítimas das chuvas e deslizamentos de terra nos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Friburgo, na região serrana do estado. Os dois ministérios são

os responsáveis pela transferência dos recursos do aluguel social para as vítimas da catástrofe no Rio. Na sexta-feira, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Rômulo Paes, visitou a região serrana do estado. Segundo ele, o pagamento dos benefícios do Bolsa Família referentes aos meses de janeiro e fevereiro para as pessoas cadastradas no programa nesses três municípios foi antecipado para esta semana.

O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do estado, Rodrigo Neves, que acompanhou a visita de Paes, destacou que o aluguel social é um benefício emergencial e transitório que será destinado aos desabrigados até que as prefeituras apresentem um plano de reassentamento definitivo dessas famílias. “Neste momento, a prioridade é remover para locais seguros as famílias que vivem em áreas de extremo risco.”

EUA doam US$ 100 mil ao RJ e SP Agência Brasil O governo dos Estados Unidos vai repassar cerca de US$ 100 mil para assistência às vítimas das enchentes nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A informação foi confirmada na sexta-feira pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. De acordo com a embaixada, o dinheiro doado vai se somar aos recursos nacionais. A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional

(Usaid) e o Escritório de Assistência a Desastres no Exterior (Ofda) são os responsáveis pela doação dos recursos e coordenação das ações. Segundo a assessoria, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, disse que a assistência financeira será repassada à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra). O objetivo é usar o dinheiro para a compra de produtos de higiene pessoal, de limpeza e roupas. Shannon lamentou a

tragédia causada pela chuva e pelos deslizamentos de terra não só no Rio e em São Paulo, como também em Minas Gerais e no Espírito Santo. Segundo o embaixador, o governo norte-americano presta solidariedade ao Brasil como um todo. Nossos pensamentos e orações estão com as famílias afetadas por este desastre natural. Esta é uma contribuição do povo dos Estados Unidos para o povo do Brasil, para apoiar a superação desta tragédia”, disse Shannon.

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O JORNAL

Opinião A6

Prevenção de desastres “Uma gestão integrada com foco no engajamento comunitário possibilitará a construção de cidades mais seguras” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

Recentemente escrevi neste periódico um artigo intitulado Comunidades Seguras. Neste artigo me manifestei sobre a ocorrência de desastres, me referindo a um evento adverso, que refere-se a um acontecimento de caráter imprevisível, incontrolado, desfavorável e indesejado, gerando sofrimento, danos, morte e prejuízos. Muitas vezes estas situações de desastres são ocasionadas por ações antrópicas continuamente produzidas nos contextos sociais, construindo gradativamente o cenário no qual os desastres vão ocorrer. Neste sentido, urge a necessidade de mudanças estruturais e de gestão nas políticas públicas que se mostrem adequadas para eliminá-los ou minimizá-los. É notório que nas ultimas décadas é possível observar profundas mudanças nas condições humanas e ambientais, em decorrência, entre outros aspectos, da interferência humana no planeta. É possível que com o aumento populacional sem precedentes, o uso inadequado do solo e dos recursos naturais, o meio ambiente não tenha mais como permanecer a satisfazer o modelo de desenvolvimento atualmente adotado. Os panoramas futuros, que pouco a pouco se configuram no presente imediato, fazem-nos antever a ocorrência de muitos outros desastres. Os impactos em nível global, afetando o planeta, se farão repercutir em nível local e comunitário. Assim sendo, embora o planejamento global precise continuar a intervenção direta e contínua deve ocorrer localmente. Por meio da organização e mobilização de grupos de cidadãos esclarecidos sobre os riscos de desastres e engajados em práticas concretas para eliminá-los ou minimizá-los, será possível vislumbrar outros cenários, com menos impactos sociais, ambientais, econômicos e políticos. A prática tem demonstrado que somente incorporando o tema dos desastres nas políticas e programas de redução da pobreza, governabilidade, estratégias ambientais e outras áreas de desenvolvimento sustentável, pode-se incidir positivamente nos fatores que incrementam a nossa vulnerabilidade a estas ocorrências. Neste sentido, uma gestão integrada com foco no engajamento comunitário possibilitará a construção de cidades mais seguras e redes de proteção social para prevenir desastres e promover a qualidade de vida. É cediço que a ocupação do solo em áreas inadequadas, a falta de saneamento, a falta de espaços comunitários e o aumento da iniqüidade social são alguns dos fatores que implicam na geração dos riscos a ocorrência de desastres. É importante que se visualize que a situação de desastres deve ser vista através de um processo composto por quatro etapas: a prevenção, a preparação, a resposta e a reconstrução. Essas etapas compreendem o gerenciamento de riscos e de desastres, implicando em processos relacionados com o planejamento, com uma organização e com disponibilidade de recursos. A implementação destas ações objetiva eliminar e reduzir os impactos sobre determinada comunidade. Outro ponto a destacar diz respeito à criação dos núcleos de defesa civil em vários municípios, que devem ter por objetivo planejar, promover e coordenar atividades de defesa civil, trabalhando em suas diferentes fases: preparação, prevenção, resposta e reconstrução. Esses núcleos são compostos por pessoas da comunidade, que por meios de ações voluntárias se organizam na busca da qualidade de vida e auxiliam no monitoramento das áreas de riscos e identificam evidências de instabilidades e indicadores de vulnerabilidade. É importante que se fomente a criação destes núcleos de defesa civil.

América Latina sustenta crescimento “A economia brasileira tem ajudado a puxar para cima o desempenho do continente” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB

A Comissão Econômica para América Latina e Caribe – CEPAL – encerrou o ano de 2010 divulgando um criterioso estudo sobre a vitalidade das economias dos países da região. Após o furacão provocado pela crise financeira internacional, em 2008, os países do continente voltaram a apresentar crescimentos bastante expressivos. Depois de uma redução de 1,9% em 2009, a América Latina e o Caribe recuperaram o ritmo de expansão e as projeções apontavam para um crescimento de 6% no ano de 2010. Para 2011, entretanto, em razão do ressurgimento das incertezas internacionais, a expansão pode ser mais modesta e deve girar na casa dos 4,2%. A boa notícia para nós é que a economia brasileira tem ajudado a puxar para cima o desempenho do continente. O Brasil deverá registrar um crescimento de 7,7%, assim como Paraguai 9,7%, Uruguai - 9%, Peru - 8,6% e Argentina - 8,4%. Segundo as mesmas previsões, apenas o Haiti e Venezuela deveriam registrar queda do PIB em 2010. O Haiti teria um recuo de -7% e a Venezuela de -1,6%. As medidas anticrise adotadas pelos diversos países depois da turbulência financeira internacional impactaram positivamente no crescimento das economias, o que permitiu projetar um aumento do PIB em vários países e no continente. No Brasil a política de desonerações tributárias foi, sem dúvida, um importante fator para superarmos a crise e sermos um dos primeiros países a sair do vendaval que assustou as maiores economias do planeta. A recuperação econômica também teve consequências extremamente positivas nas taxas de geração de novos empregos. A taxa de desocupação na América Latina e Caribe deve passar dos 8,2% registrados em 2009 para 7,6%, de acordo com o estudo da CEPAL. O crescimento do continente no ano que passou evidencia que o bom desempenho brasileiro não é um dado isolado. O crescimento do Brasil será o quinto maior, atrás de Paraguai, Uruguai, Peru e Argentina. A expansão do PIB em 2010 na região representa uma consolidação da recuperação que a maior parte das economias do continente vem experimentando a partir da segunda metade de 2009. Isso se deve, em grande parte, às políticas de fortalecimento do mercado interno em vários países, como ocorreu no Brasil. Aqui entre nós o mercado interno cresceu 20% graças aos aumentos reais dados aos salários, à política de valorização do salário-mínimo e também aos programas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, que tive a honra de relatar no Senado Federal. Todos os números indicam que o Brasil segue firme na trilha do crescimento sustentável.

Domingo, 16 de janeiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

Hora da guerra O jogo de hoje entre CSA e CRB envolve muito mais do que uma rivalidade entre os dois maiores clubes do Estado. O “clássico das multidões” representa uma preocupação do tamanho do mundo para a segurança pública. Evitar confusões é o foco da polícia. Assim, a partida será uma prova de fogo para o CPC [Comando de Policiamento da Capital], que passou a semana traçando um plano de ação para evitar que integrantes das duas torcidas se encontrem. Quando se fala “torcidas”, entende-se aquelas organizadas, mas que não vale a pena reproduzir os seus nomes, o que seria uma apologia à violência nos estádios e fora deles. Para se ter uma ideia do que esses grupos representam de preocupação para a polícia ostensiva, até mesmo quando um time só – CRB ou CSA – joga mesmo que seja uma partida amistosa e com um time do Oriente Médio, a outra torcida se arma e vai para a praça de guerra. Os confrontos começam, invariavelmente, nos pontos de ônibus.

Armados com paus e pedras, eles se enfrentam em regiões bem distantes do estádio onde ocorrerá a partida. Como nos ônibus não só estão torcedores, todos passageiros acabam pagando pela rivalidade deles. Muita gente é ferida sem ter nada a ver com a estupidez dos torcedores das organizadas, que também podem ser chamadas de bando. Hoje, todos os policiais envolvidos na operação especial para “manter a ordem” antes, durante e depois do clássico terão muito que fazer. Alguns ônibus serão escoltados desde a saída do terminal até o desembarque na porta do Trapichão. Proibir a utilização de uniforme dessas torcidas não serve para evitar a violência. Muda-se o nome, mas mantém-se a índole do torcedor que carrega o gosto de sangue na boca. Para manter a paz hoje, na realização do clássico, a Polícia Militar se preparou para uma operação de guerra. O pior de tudo isso é que o Campeonato Alagoano de Futebol 2011 está apenas começando. Ou seja, essa preocupação será uma rotina.

Ponto de vista

San

Parece que foi ontem “A oportunidade de reviver o passado” João Baptista Herkenhoff Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor / jbherkenhoff@uol.com.br / www.jbherkenhoff.com.br

“Parece que foi ontem” é o título do livro de Sérgio Garschagen, que resgata um trecho glorioso da história de Cachoeiro. A obra foi publicada pela Editora Cachoeiro Cult, uma editora de resistência cultural, sediada no Espírito Santo, na cidade que lhe da á o nome. Por mais que o bairrismo arda no coração cachoeirano, reconhecemos que outras cidades também ostentam uma história digna de celebração. Seria desejável que o bairrismo que Rubem Braga eternizou numa frase – “modéstia à parte, eu sou de Cachoeiro de Itapemirim” – servisse de incentivo para uma grande onda de bairrismo Brasil afora. A expansão do PIB é um indicador ilusório de crescimento. Mais importante é que a riqueza seja partilhada por muitos. As cidades pequenas e médias são distribuidoras de riqueza e, além disso, podem democratizar a convivência social, como aconteceu em Cachoeiro, onde sempre conviveram lado a lado o industrial e o operário, o comerciante e o comerciário, o proprietário e o desprovido de posses. Cachoeiro não revogou a luta de classes, que só acabará com o triunfo da Justiça e da Igualdade. O diferencial de Cachoeiro consistiu em que os ricos orgulhosos pagavam sua petulância com a reprovação da sociedade local, enquanto os pobres ou os ofícios humildes mereciam a reverência dessa mesma sociedade. Para citar apenas um exemplo. A maior homenagem que a cidade presta a um filho ausente é sua escolha para Cachoeirense Ausente Número Um. Pois bem. Um dos primeiros cidadãos a receber esse tributo era apenas um tipógrafo, mas um tipógrafo exemplar, um homem digno, modelo para a coletividade. Este era o requisito fundamental para ser coroado Cachoeirense Ausente Número Um.

O livro de Sérgio Garschagen proporciona aos mais velhos a oportunidade de reviver o passado. Os jovens, que não tiveram a chance de conhecer muitas das personagens desenhadas por Sérgio, terão a sensação de um encontro pessoal com tais personagens, tão real e cálido é o perfil que o filho caçula de Carlos Garschagen traça das pessoas focalizadas. Cachoeirenses brilharam nas mais diversas áreas, cobrindo um amplo leque das atividades humanas. Na Música Popular nenhuma cidade brasileira foi berço de tantos compositores e cantores absolutamente invulgares. Também a música erudita, o cinema, o Teatro, a Poesia, a Pintura, a Literatura, o Jornalismo têm, na galeria de notáveis, a presença de cachoeirenses. Nas ciências em geral, na Medicina, no Direito, na Política, Cachoeiro responde firme e forte: “presente”. Diante deste fenômeno realmente fora do comum que é uma cidade do interior distinguir-se expressivamente no cenário nacional, indaga Garschagen: que fatores explicam a eclosão de tantas figuras de destaque numa cidade que nem tão populosa é? Sérgio Garschagen coloca como hipóteses explicativas: a excelência das escolas primárias e secundárias, o idealismo e a competência de professores inigualáveis, o ambiente cultural que a cidade sempre respirou, a vizinhança do Rio de Janeiro nos melhores tempos da Cidade Maravilhosa, a influência de líderes que estimularam no seio da população o culto do saber, da arte, da cultura. Cachoeiro pode voltar a ser a Atenas Capixaba? Subscrevo o prognóstico de Garschagen: vai depender das novas gerações, mas é possível sim. Sérgio Garschagen é hoje jornalista em Brasília.

O JORNAL Diretor-Executivo Sálvio de Taine Maciel salviomaciel@ojornal-al.com.br

Marcial Lima Professor

Fora do universo de uma casta formada por um baronato, cuja atitude costumeira dos que a compõe, mantendo privilégios históricos, oscila entre a desconfiança mútua e a troca de favores, aproxima-se da unanimidade o descontentamento diante dos novos salários do primeiro escalão dos entes estaduais e municipais. A grita se dá quando os percentuais contemplados refletem como um achincalhamento, diante das negativas de ajustes aos outros estamentos sociais; os esperneios parecem se justificar quando vemos que o salário dos professores beira míseros 10% dos contemplados, o trincar de dentes crêem-se justos quando nos salta aos olhos, neste nosso “mulato inzoneiro”, uma desumana distribuição de renda. Não obstante tal realidade, parece-nos que um outro aspecto da questão requer espaço de reflexão: no universo privado, quais os salários considerados necessários para gerentes de alto nível, devidamente preparados para assumir as responsabilidades que lhes cabem? A resposta talvez nos venha dizer que existe uma possível lógica no raciocínio dos que tomaram a decisão de homologar aqueles subsídios. Se assim é, onde se claudica? Poderíamos sugerir que um dos aspectos mancos é a ausência de critérios, a falta de transparência, a arrogância resultante do patrimonialismo, do pensar-se dono do que é público. Poucos, entre os comuns dos mortais, são capazes de imaginar a engrenagem que envolve a indicação dos secretários e dos demais cargos chamados de confiança. Salvo as sempre honrosas exceções, são nuances que dizem respeito a relacionamentos afetivos dos mais diversos, reconhecimentos por serviços prestados dos mais peculiares, arranjos dos mais estranhos, espertezas das mais perniciosas, abrindo espaço para utilização dos serviços de senhores, senhoras e senhorinhas das mais variadas estirpes. E mais grave: naqueles órgãos considerados de interesse menor pelos governantes, a ocupação à revelia das exigências técnicas e da decisão de seus gestores ultrapassa a 80%. Essa assimetria entre o poder contar com uma equipe capaz para atuar em benefício do bem comum, esse hiato entre os comissionados de ocasião e as pessoas portadoras de valores e sentimentos capazes de defenderem valores humanos e públicos, essa miopia que ignora qualquer responsabilidade com o futuro é que fazem com que os salários dos secretários sejam vistos como descabidos. Em muitos e muitos casos, pecam os que indicam, erram os que nomeiam, faz feio os que assumem, dividem responsabilidade os que calam. E a sociedade, prenhe de desencanto e virgem de cidadania, reclama, pragueja, lamenta, perdida num vazio carente de organização e efetividade. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br

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Domingo, 16 de janeiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br

Cadastro positivo ainda gera polêmica Entidades de defesa do consumidor temem discriminação contra quem não constar da lista de bons pagadores Congresso em Foco A polêmica em torno da criação do cadastro positivo no Brasil deve continuar no Congresso. Apesar de considerarem um “avanço” a medida provisória que cria o cadastro, encaminhada ao Congresso após o veto presidencial ao projeto de lei de mesmo assunto, entidades ligadas à defesa do consumidor continuam a questionar as vantagens do país criar um cadastro de “bons pagadores”. O projeto de lei que cria o banco de dados com informações sobre o histórico de pagamento de consumidores no país foi vetado no último dia de mandato do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, dia 31 de dezembro de 2010. Na mesma data, o governo editou a Medida Provisória 518/2010, que disciplina a formação e consulta a banco de dados com informações de adim-

plemento (pagamento). “A princípio, consideramos que a medida provisória foi um grande avanço em relação ao projeto aprovado. Mas ainda somos contra o cadastro positivo, pois estamos preocupados com aqueles que não têm a vida financeira ativa ou os que não querem ser incluídos no cadastro”, afirma a advogada Polyanna Carlos Silva, da Proteste. Na avaliação da associação de defesa do consumidor, empresas e instituições de crédito podem “discriminar ” os que estiverem fora do cadastro e, muitos bons pagadores que estão com as contas em dia, serão considerados “maus pagadores”. “Nada garante que esse cadastro positivo não será discriminatório. Aqueles que querem aderir ao cadastro ou não têm vida econômica ativa podem ser prejudicados”, defende Polyanna.

Roberto Loureiro, da Serasa Experian, diz que cadastro facilitará crédito

MP é mais completa que o projeto, avalia Maria Elisa Novais, do Idec

MP define regras do banco de dados O projeto de lei vetado de insegurança em relação tinha apenas um artigo, aos direitos dos consumidoonde estava prevista a “for- res, o Executivo incluiu na mação de cadastro positi- medida provisória disposivo”. A principal crítica das tivos com regras para o canentidades de defesa do con- celamento do cadastro, caso sumidor era quanto à falta o consumidor deseje ser exde regras para a formação cluído do banco de dados. do cadastro. Segundo a ge- A MP previu também a posrente jurídica do Instituto sibilidade de sanções e Brasileiro de Defesa do penas em caso de uso incorConsumidor (Idec), Maria reto das informações do caElisa Novais, o projeto não dastro e danos materiais e explicitava como seriam morais aos cadastrados. “sistematizados e adminisOutra mudança importrados” os dados dos contante, do ponto de sumidores e deixava “sem vista das entidaqualquer controle des ligadas aos disobre o que é inreitos dos consuformado, a quem midores, é a presão informados e visão no texto de com qual finalidaque o banco de de” será formado dados somente “Que o cadastro. poderá ser utilizanão haja A medida prodo para a realizaretrocessos visória, ao contráção de análise de rio do projeto, risco de crédito do no descreve as regras cadastrado ou Congresso” para a formação para subsidiar a do cadastro, como concessão de créquais informações dito e a realização devem constar no de venda a prazo banco de dados, ou outras transações quem poderá uticomerciais. Fica proibida a lizá-lo, como será inclusão no cadastro de indada a autorização para o formações pessoais, como consumidor ser cadastrado original social e étnica, e quem terá controle sobre orientação sexual e convicesses dados. O art. 4º da MP, ção religiosa. por exemplo, estabelece que “A gente espera neste “a abertura de cadastro re- momento que na votação da quer autorização prévia do medida provisória não haja potencial cadastrado, por retrocessos no Congresso”, meio de assinatura em ins- declarou a advogada da trumento específico”. Proteste. “A medida provisó“No projeto isso estava ria, na verdade, vem para muito vago. Vários pontos legalizar a criação de um cadiscutidos no debate de anos dastro que, na prática, já foram excluídos pelo vem sendo feito por bancos Congresso”, diz Polyanna. e lojas”. A MP 518/2010 está O projeto original (PL em tramitação em regime de 263/2004), de autoria do se- urgência no plenário da nador Rodolpho Tourinho, Câmara e deve ser apreciatramitava no Congresso há da assim que o Congresso seis anos. retomar suas atividades em Para reduzir as margens fevereiro.

Juros devem cair para bons pagadores Na avaliação dos que defendem a criação do cadastro positivo, esse banco de dados, ao identificar os consumidores que pagam suas contas em dia, permitirá que sejam aprimoradas as políticas de concessão de crédito no país. Na análise da Serasan Experian, é possível baixar a taxa de juros nas operações de créditos para bons pagadores. “A prática do cadastro positivo, em sua integralidade, promove o acesso da população a crédito mais barato, afasta o risco sempre presente do superendividamento, e trabalha a favor do desenvolvimento da economia brasileira”, afirma, em

artigo, o presidente da Serasan Experian e da Experian América do Sul, Ricardo Loureiro. A intenção do governo com a criação do cadastro positivo é reduzir o spread, um dos fatores que mais influenciam na alta das taxas de juros. Atualmente, as instituições financeiras calculam os juros a serem cobrados dos clientes com base no índice de inadimplência. No entendimento de alguns economistas, se o risco de crédito for calculado a partir de um banco de dados de bons pagadores, o peso da inadimplência no cálculo do spread será reduzido substancialmente.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA MP ENVIADA AO CONGRESSO POR LULA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 518, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 Disciplina a formação e consulta a bancos de dados com informações de adimplemento, de pessoas naturais ou de pessoas jurídicas, para formação de histórico de crédito. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art. 1º Esta Medida Provisória disciplina a formação e consulta a bancos de dados com informações de adimplemento, de pessoas naturais ou de pessoas jurídicas, para formação de histórico de crédito, sem prejuízo do disposto na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 Código de Defesa do Consumidor. Parágrafo único. Os bancos de dados instituídos ou mantidos por pessoas jurídicas de direito público interno serão regidos por legislação específica. Art. 2º Para os efeitos desta Medida Provisória, considera-se: I - banco de dados: conjunto de dados relativo a pessoa natural ou jurídica armazenados com a finalidade de subsidiar a concessão de crédito, a realização de venda a prazo ou de outras transações comerciais e empresarias que impliquem risco financeiro; II - gestor: pessoa jurídica responsável pela administração de banco de dados, bem como pela coleta, armazenamento, análise e acesso de terceiros aos dados armazenados; III - cadastrado: pessoa natural ou jurídica que tenha autorizado inclusão de suas informações no banco de dados; IV - fonte: pessoa natural ou jurídica que conceda crédito ou realize venda a prazo ou outras transações comerciais e empresariais que lhe impliquem risco financeiro; V - consulente: pessoa natural ou jurídica que acesse informações em bancos de dados para fins de concessão de crédito ou realização de venda a prazo ou outras transações comerciais e empresariais que lhe impliquem risco financeiro; VI - anotação: ação ou efeito de anotar, assinalar, averbar, incluir, inscrever ou registrar informação relativa ao histórico de crédito em banco de dados; e VII - histórico de crédito: conjunto de dados financeiros e de pagamentos relativos às operações de crédito e obrigações de pagamento assumidas por pessoa natural ou jurídica. Art. 3º Os bancos de dados poderão conter informações de adimplemento do cadastrado, para a formação do histórico de crédito, nas condições estabelecidas nesta Medida Provisória e na sua regulamentação. § 1º Para a formação do banco de dados, somente poderão ser armazenadas informações objetivas, claras, verdadeiras e de fácil compreensão, que sejam necessárias para avaliar a situação econômica do cadastrado. § 2º Para os fins do disposto no § 1º, consideram-se informações: I - objetivas: aquelas descritivas dos fatos e que não envolvam juízo de valor; II - claras: aquelas que possibilitem o imediato entendimento do cadastrado independentemente de remissão a anexos, fórmulas, siglas, símbolos, termos técnicos ou nomenclatura específica; III - verdadeiras: aquelas exatas, completas e sujeitas à comprovação nos termos desta Medida Provisória; e IV - de fácil compreensão: aquelas em sentido comum que assegurem ao cadastrado o pleno conhecimento do conteúdo, do sentido e do alcance dos dados sobre ele anotados. § 3º Ficam proibidas as anotações de: I - informações excessivas, assim consideradas aquelas desproporcionais ou que não estiverem vinculadas à análise de risco de crédito ao consumidor; e II - informações sensíveis, assim consideradas aquelas pertinentes à origem social e étnica, à saúde, à informação genética, à orientação sexual e às convicções políticas, religiosas, filosóficas e pessoais ou quaisquer outras que possam afetar os direitos de personalidade dos cadastrados.

Art. 4º A abertura de cadastro requer autorização prévia do potencial cadastrado, mediante consentimento informado, por meio de assinatura em instrumento específico ou em cláusula apartada. § 1º Após a abertura do cadastro, a anotação de informação em banco de dados independe de autorização e de comunicação ao cadastrado. § 2º Atendido o disposto no caput, as fontes ficam autorizadas, nas condições estabelecidas nesta Medida Provisória, a fornecer aos bancos de dados as informações necessárias à formação do histórico de crédito das pessoas cadastradas. Art. 5º São direitos do cadastrado: I - obter o cancelamento do cadastro quando solicitado; II - acessar gratuitamente, a qualquer tempo, as informações sobre ele existentes no banco de dados, inclusive o seu histórico, cabendo ao gestor manter sistemas seguros, por meio eletrônico ou telefone, de consulta para informar a existência ou não de cadastro de informação de adimplemento de um respectivo cadastrado aos consulentes; III - solicitar impugnação de qualquer informação sobre ele erroneamente anotada em banco de dados e ter sua imediata correção ou cancelamento e comunicação aos bancos de dados com os quais aquele compartilhou a informação; IV - conhecer os principais elementos e critérios considerados para a análise de risco, resguardado o segredo empresarial; V - ser informado previamente sobre o armazenamento, a identidade do gestor do banco de dados, o objetivo do tratamento dos dados pessoais e os destinatários dos dados em caso de compartilhamento; VI - solicitar a revisão de decisão realizada exclusivamente por meios automatizados; e VII - ter os seus dados pessoais utilizados somente de acordo com a finalidade para a qual eles foram coletados. Art. 6° Ficam os gestores de bancos de dados obrigados, quando solicitados, a fornecer ao cadastrado: I - todas as informações sobre ele constantes de seus arquivos, no momento da solicitação; II - indicação das fontes relativas às informações de que trata o inciso I, incluindo endereço e telefone para contato; III - indicação dos bancos de dados com os quais as informações foram compartilhadas; IV - indicação de todos os consulentes que tiveram acesso a qualquer informação sobre ele nos seis meses anteriores à solicitação; e V - cópia de texto contendo sumário dos seus direitos, definidos em lei ou em normas infralegais pertinentes à sua relação com bancos de dados, bem como a lista dos órgãos governamentais aos quais poderá ele recorrer, caso considere que esses direitos foram infringidos. Parágrafo único. É vedado aos bancos de dados estabelecer políticas ou realizar operações que impeçam, limitem ou dificultem o acesso do cadastrado às informações sobre ele registradas. Art. 7º As informações disponibilizadas nos bancos de dados somente poderão ser utilizadas para: I - realização de análise de risco de crédito do cadastrado; ou II - para subsidiar a concessão de crédito e a realização de venda a prazo ou outras transações comerciais e empresariais que impliquem risco financeiro ao consulente. Art. 8º O compartilhamento de informação de adimplemento só é permitido se autorizado expressamente pelo cadastrado, por meio de assinatura em instrumento específico ou em cláusula apartada. § 1º O gestor que receber informações por meio de compartilhamento equipara-se, para todos os efeitos desta Medida Provisória, ao gestor que anotou originariamente a informação, inclusive quanto à responsabilidade solidária por eventuais prejuízos causados e ao dever de receber e processar impugnação e realizar retificações.

§ 2º O gestor originário é responsável por manter atualizadas as informações cadastrais nos demais bancos de dados com os quais compartilhou informações, bem como por informar a solicitação de cancelamento do cadastro. Art. 9º É proibido ao gestor exigir exclusividade das fontes de informações. Art. 10º Desde que autorizados pelo cadastrado, os prestadores de serviços continuados de água, esgoto, eletricidade, gás e telecomunicações poderão fornecer aos bancos de dados indicados, na forma do regulamento, informação sobre o cumprimento das obrigações financeiras do cadastrado. Parágrafo único É vedada a anotação de informação sobre serviço de telefonia móvel. Art. 11º Quando solicitado pelo cliente, as instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil fornecerão aos bancos de dados indicados as informações relativas às suas operações de crédito. § 1º As informações referidas no caput devem compreender somente o histórico das operações de empréstimo e de financiamento, realizadas pelo cliente. § 2º É proibido às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil estabelecer políticas ou realizar operações que impeçam, limitem ou dificultem a transmissão das informações bancárias de seu cliente a bancos de dados, quando por este autorizadas. § 3º O Conselho Monetário Nacional adotará as medidas e normas complementares necessárias para a aplicação do disposto neste artigo. Art. 12º O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Medida Provisória, em especial quanto ao uso, guarda, escopo e compartilhamento das informações recebidas por bancos de dados, e quanto ao disposto no art. 5º. Art. 13º As informações de adimplemento não poderão constar de bancos de dados por período superior a quinze anos. Art. 14º As informações sobre o cadastrado, constantes dos bancos de dados, somente poderão ser acessadas por consulentes que com ele mantiverem relação comercial ou creditícia. Art. 15º O banco de dados, a fonte e o consulente são responsáveis objetiva e solidariamente pelos danos materiais e morais que causarem ao cadastrado. Art. 16º Nas situações em que o cadastrado for consumidor, caracterizado conforme a Lei nº8.078, de 1990 - Código de Defesa do Consumidor, aplicam-se as sanções e penas nela previstas e o disposto no § 2º. § 1º Nos casos previstos no caput, a fiscalização e a aplicação das sanções serão exercidas concorrentemente pelos órgãos de proteção e defesa do consumidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas suas respectivas áreas de atuação administrativa. § 2º Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1º, os órgãos de proteção e defesa do consumidor poderão aplicar medidas corretivas, estabelecendo obrigações de fazer, aos bancos de dados que descumprirem o previsto nesta Medida Provisória. Art. 17º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 30 de dezembro de 2010; 189º da Independência e 122º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SLVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto Guido Mantega

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Aquecimento global durará séculos Pesquisadores canadenses afirmam que temperatura ao redor da Antártica será maior daqui a mil anos O dióxido de carbono já liberado na atmosfera vai continuar contribuindo para o aquecimento global durante séculos, podendo causar o colapso de um enorme lençol de gelo da Antártica e o aumento dos níveis do mar, segundo cientistas canadenses. Mesmo o completo abandono dos combustíveis fósseis e a suspensão imediata de emissões não poderão impedir o aquecimento do oceano da Antártica, bem como a desertificação na África do Norte, indica a pesquisa. No entanto, muitas das consequências negativas no Hemisfério Norte, como a redução de gelo no Ártico, são reversíveis. Isso significa que os esforços globais para reduzir os gases de efeito de estufa não são um desperdício de esforço e dinheiro, disse Shawn Marshall, professor de geografia da Universidade de Calgary e um dos autores do estudo. “Mas há alguns elementos do clima que apresentam muita inércia e que levarão muitos séculos para começarmos a revertê-los,” disse Marshall.

O estudo, liderado por Nathan Gillett, do Centro Canadense de Modelagem e Análise Climática, foi publicado na revista Nature Geoscience.

podem contribuir para o processo.

EFEITOS - Como resultado, nos próximos mil anos, a temperatura média do oceano ao redor da Antártica pode SIMULAÇÕES - Usando aumentar em até 5 graus simulações com um modelo Celsius, provocando o colapclimático, os pesquisadores so do manto de gelo da estimaram os efeitos sobre os Antártica Ocidental, de padrões de clima para acordo com o estudo. os próximos mil anos, A eliminação do com a interrupção manto de gelo, que completa das emiscobre uma área do tasões em 2010 e em Resfriamento manho do Texas e tem 2100. até 4 mil metros de esAs importantes di- não atinge pessura, poderá eleferenças dos impactos as águas do var os níveis do mar em diversas regiões em vários metros. oceano são devidas aos sécuOs impactos do los necessários para o clima reduzirão a aquecimento da cirumidade em partes culação do Atlântico do norte da África em Norte pelas correntes até 30 por cento. oceânicas, disse Marshall. As simulações mostram “A atmosfera se resfria grandes diferenças em algurapidamente quando os mas partes do mundo. gases atmosféricos são re- Porém, entre reduzir as emisduzidos, assim como a água sões em 2010 ou em 2100, surda superfície do mar, mas o gem variações de temperaturesfriamento não atinge as ra entre 1 e 4 graus Celsius, águas profundas do oceano representando um argumenpor um longo tempo,” disse to para a ação de redução ele. imediata das emissões de dióCorrentes de vento no xido de carbono, disse hemisfério sul também Marshall.

“La Niña” explica as inundações Menos conhecido e menos frequente que o “El Niño”, o “La Niña” é um fenômeno natural que resfria as águas do oceano Pacífico e produz mudanças na dinâmica atmosférica. Assim como o primeiro, também pode impor um padrão distinto de comportamento climático em todo o mundo. O último episódio do “La Niña” atinge agora seu pico e, segundo estudiosos, pode se estender até o meio deste ano. Seus primeiros efeitos, avaliados como sendo de intensidade moderada a forte, começaram a ser percebidos em meados de 2010. O fenômeno pode ser o responsável por inundações na Austrália e nas Filipinas, onde dez pessoas morreram desde o início deste mês. As chuvas torrenciais que mataram centenas de pessoas na Venezuela e na Colômbia,

em novembro e dezembro, também são reflexos do “La Niña”. A inundação no Paquistão, em agosto do ano passado, encaixa-se nos efeitos do fenômeno. Naquele país, os reflexos do “La Niña” foram particularmente ruins. Na região, o “La Niña” foi imediatamente seguido pelo “El Niño”, que tende a deixar as temperaturas no oceano Índico mais altas que o normal. O ar mais quente contém mais vapor de água e assim pode produzir mais chuva. “Os padrões altos de precipitação do “La Niña”, aliados ao calor após o “El Niño”, ajudam a explicar por que as inundações no Paquistão foram tão devastadoras”, diz o especialista Kevin Trenberth, do Centro Americano para Pesquisa Atmosférica. Mares mais quentes na

Austrália também podem explicar a dimensão das atuais inundações. Devido ao aquecimento das águas, as inundações, em associação ao “El Niño”, devem se agravar em breve. E esses não são os únicos danos que o fenômeno pode causar. Nos próximos meses, a corrente “La Niña” pode fazer mais vítimas em outras partes do mundo. De acordo com um estudo da Cruz Vermelha e do Instituto Internacional de Pesquisas de Clima e Sociedade, chuvas fortes podem ser esperadas no norte da América do Sul e no sudoeste da África nos próximos dois meses. Em fevereiro de 2000, as enchentes devastadoras em Moçambique, na África, ocorreram exatamente quando o “La Niña” estava próximo do seu pico.

Mudança climática X Império Romano Não é a resposta que quem corrige vestibulares espera, mas um novo estudo diz que, entre os fatores que levaram o Império Romano ao fim, está uma mudança climática. Pesquisadores da Universidade Harvard e de várias instituições europeias mostraram que, no auge da expansão de Roma, o clima era quente e chuvoso. Isso fortalece a agricultura e, assim, ajuda a alimentar grandes exércitos, além de permitir uma economia pujante, evitando insatisfações internas. Isso aconteceu por volta do ano 100 d.C., quando o Mediterrâneo virou um “lago romano”, e o Império chegou a colocar os pés até no norte da atual Inglaterra, onde concluiu, em 126 d.C., a muralha de Adriano, para manter os inimigos afastados. Uma hora, porém, a prosperidade acabou. A partir do meio do século III, mudanças climáticas tornaram o Império Romano mais seco e frio.

Segundo o grupo internacional de pesquisadores, que publicou suas conclusões na “Science”, isso certamente afetou a produção de alimentos e pode ter estimulado causas tradicionalmente relacionadas à decadência de Roma, como a inflação. Certamente políticas monetárias erradas colaboraram para piorar o cenário de crise econômica, dizem, mas não é por isso que se deve, nas palavras de Jan Esper, da Universidade Johannes Gutenberg (Alemanha), “seguir a crença comum de que civilizações estão isoladas de variações ambientais”. Para saber como era o clima há tanto tempo, os cientistas analisaram 9.000 pedaços grandes de madeira antiga. A maioria veio de restos de construções e artefatos de madeira na Europa. Cada ano cria um anel único no tronco da árvore. Pacientemente, os cientistas foram retrocedendo, comparando pedaços de madeira cada vez mais antigos.

Conforme a grossura desses anéis, é possível saber quanto choveu e se fez frio ou calor naquele ano. Os cientistas destacam que a existência de mudanças climáticas em um período préRevolução Industrial não significa que o aquecimento global contemporâneo seja natural. “O que está acontecendo agora não tem precedentes, é muito mais rápido”, dizem os cientistas. A ideia de que fatores ambientais, mais do que políticos, levam sociedades ao colapso ganhou força em 2005, quando o biogeógrafo americano Jared Diamond lançou o livro “Colapso”. Nele, Diamond mostra como coisas como a exploração excessiva da madeira ou da pesca levaram sociedades à crise. Não existia grande material científico, em 2005, sobre como o ambiente tinha atingido Roma. Os romanos, ao menos, não tiveram culpa pelas mudanças no clima que atingiram seu Império.

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Fabyane Almeida

População deve fazer sua parte e evitar locais propícios ao mosquito da dengue

Dengue: Alagoas está preparada? Enquanto Hélvio Auto orienta que casos suspeitos procurem ambulatórios, postos de saúde demoram um mês para atender Láyra Santa Rosa

atendimento, as pessoas são obrigadas a voltarem para casa. “Fizemos um acordo A possibilidade de uma com as secretarias de Saúde epidemia de dengue atingir do Estado e do Município Alagoas em 2011 já é espera- para que só viessem ser atenda pelas autoridades de didos no Hélvio Auto, paciensaúde do Estado. Para evitar tes de dengue com o quadro que as proporções sejam grave ou com situação de ainda maiores que a previs- risco. Só que na prática isso ta, uma série de ações tem não está acontecendo”, consido tomada como tentativa tou Adriana Ávila, infectolode amenizar o número de gista pediatra e diretora técdoentes para os próximos nica do Hélvio Auto. “Vários meses. A outra grande preo- pacientes têm vindo para cá cupação gira em torno da che- sem o encaminhamento e acagada do vírus tipo 4 ao Brasil, bam voltando para casa sem que já fez vítimas em alguns serem atendidos. Eles expliestados da região Norte e cam que quando procuram o podem trazer agravamentos posto de saúde, existe uma no quadro de saúde dos pa- demora para agendar a consulta”. cientes infectados. Adriana Ávila exPara completar, os paplicou que na última cientes que têm sintode dengue, mas da doença em “Nos casos epidemia em 2010, muitos paMaceió enfrentam a mais cientes com sintomas demora no atendimento nos postos de simples da leves procuraram o saúde da rede públi- doença, os hospital e isso desestruturou o atendica. Na maioria dos casos, com os sintomas pacientes mento. “Nós atendeiniciais da dengue: podem se mos aos pacientes em dores no corpo, na ca- tratar em condições mais graves, que precisam beça, cansaço, febre, casa” realmente de internamanchas vermelhas na ção e acompanhamenpele; o paciente precito intensificado. Nos casos sa agendar a consulta, que pode demorar até um mais simples da doença, o pamês. Preocupados e sem ciente pode até se tratar em saber o que fazer, eles deci- casa”, disse. “Nos casos modem procurar atendimento derados ou graves são aqueno Hospital Hélvio Auto, que les com sangramentos, pesé o responsável, em Alagoas, soas com fatores de risco por tratar doenças infectocon- como diabetes e hipertensão, tagiosas. A questão é que a sinais de alerta como dores população acaba ficando sem abdominais, vômitos freatendimento, já que no hos- quentes e extremidades frias. pital só são atendidos pacien- Esses merecem um cuidado mais intenso. Por isso a netes com encaminhamento. De acordo com a direção cessidade do atendimento do Hospital, essa situação tem aqui no hospital”, reforçou a se tornado constante e, sem diretora técnica.

Repórter

Adriana Ávila: poucos médicos e falta de leitos no Hélvio Auto

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Marcação de consulta para um mês No primeiro Centro de Saúde, na Levada, a informação sobre os calendários com os horários de atendimento dos médicos está colocada na parede da unidade de saúde. Cada dia da semana, uma especialidade atende no local. Para isso, é necessário agendar com até quinze dias de antecedência. “Temos problemas com a agenda dos médicos. A maioria dos funcionários daqui são professores e tem o horário corrido. O jeito para conseguir é agendar e seguir o calendário de marcações, que pode demorar até um mês dependendo da especialidade”, contou a enfermeira Erica Michel. Com a falta de médico, a única opção que resta para a população é tentar atendimento em outra unidade de saúde. “Existe uma demora muito

Érica Michel: calendário difícil

grande para marcar atendimento. O jeito que as pessoas arrumam é procurar o HGE [Hospital Geral do Estado] ou até mesmo o Hélvio Auto. Infelizmente, o jeito que temos é seguir a tabela de marcações”,

orientou a enfermeira. No ambulatório de saúde Noélia Lessa, também na Levada, a situação se repete. Não é difícil o atendimento no local ser suspenso pela falta de profissionais. “No caso das pessoas que chegam com suspeita de dengue, quando o médico está, o atendimento é feito de imediato. O problema é que temos carência de profissionais e quando um adoece, o atendimento acaba sendo suspenso e as pessoas têm que ir para outro ambulatório”, falou Juliana Malta, diretora geral do ambulatório. “Aqui temos um equipamento que serve como laboratório e, de imediato, sabemos se os sintomas do paciente batem com a suspeita de dengue. Em cinco minutos temos o resultado”, afirmou. (L.S.R.) Toda ação do governo precisa ser apoiada pela população, que deve evitar focos de dengue em casa

“Hospital está apto para a demanda” Em relação à possibilidade de uma epidemia de dengue venha mesmo acontecer, Adriana Ávila afirmou que o hospital está preparado para suprir a procura. “Se não for uma demanda absurda, estamos preparados para atender à população, mesmo estando com alguns leitos faltando macas e com poucos profissionais. Porém, esse problema já foi comunicado à reitoria da Uncisal para ser resolvido”, falou a diretora técnica. Atualmente o Hélvio Auto tem capacidade para 106

Equipamento do Noélia Lessa tem como diagnosticar casos de dengue em minutos, mas faltam médicos

leitos, mas apenas 86 estão funcionando. “Hoje o número de pacientes está num nível normal. Não estamos tendo problema em relação ao atendimento, mas sabemos que no período de fevereiro a março os casos aumentam em 90%, sendo a maioria, é claro, de leves”, comentou. A médica alertou, ainda, para a chegada do vírus tipo 4, que está deixando todos os envolvidos com a saúde do Estado e do país em alerta. “Estamos bastante preocupados com a possibilidade do

vírus tipo 4 se espalhar no Brasil. Ele já foi registrado em alguns estados da região Norte e existe uma grande chance de chegar a todo o país. O fato é que esse vírus pode fazer mais vítimas graves”, explicou. “Como a maioria das pessoas com mais de trinta anos já tiveram contato com um ou mais tipos de dengue, se forem contaminadas com esse vírus novo, os problemas de saúde podem ser mais agravados. Isso deixa a todos de vigília e atentos”, contou. (L.S.R.)

“Postos funcionam normalmente” A superintendente em Vigilância à Saúde do Estado, Sandra Canuto, afirmou que, há alguns meses foi feito um convênio entre Ministério da Saúde, secretarias municipais e de Estado da Saúde para traçar as estratégias sobre o atendimento dos casos suspeitos de dengue. “O primeiro atendimento deve acontecer nos postos de saúde do município, depois segue para os ambulatórios do Estado e, por último, nos casos mais graves, para o Hospital Hélvio Auto ou Hospital Geral do Estado. Soubemos que o atendimento

não está acontecendo dessa forma, mas a informação que eu tenho é que é devido a questão dos postos de saúde do município”, disse. O diretor de Atenção a Saúde de Maceió, Gilson Nobre, afirmou que o atendimento nos postos está acontecendo normalmente. “Ainda estamos numa fase endêmica, quando poucos foram os casos de dengue registrados em Maceió. Os postos estão prontos para receber a população no horário normal. Estamos atendendo os casos mais leves e encaminhando

os casos mais graves para as unidades especializadas”, afirmou. “A informação que eu tenho é que os atendimentos estão normais. O que acontece é que muitas pessoas não querem esperar para serem atendidos nos postos de saúde, que tem uma demanda grande de atendimentos por dia e preferem ir direto aos hospitais, como o Hélvio Auto. É uma questão cultural, onde as pessoas sabem que o hospital trata doenças infectocontagiosas e querem logo ser atendidas”, julgou. (L.S.R.)

SMS suspende Plantão da Dengue Enquanto a população sofre com a falta de atendimento nos postos de saúde do município, desde dezembro de 2010, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não faz mais os plantões de combate à dengue. A medida tinha reforçado o atendimento nas unidas básicas dos PAMs de Bebedouro, Dique-Estrada e Rolan Simon, no Vergel; postos João Paulo II, no Jacintinho, e Ib Gatto Falcão, no Tabuleiro do Martins que funcionavam de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, inclusive aos sábados, domingos e feriados.

“O plantão da dengue foi suspenso por causa da pouca demanda e os altos custos desse serviço. Por enquanto, ainda estamos analisando a possibilidade de ele retornar no período em que os casos da doença aumentam. Estamos montando ainda um cronograma de atendimento que deverá favorecer à população”, explicou o diretor de vigilância em saúde, Eriberto Teixeira. “Assumi recentemente esse cargo na secretaria, mas já estamos tomando pé de toda a situação que diz respeito à dengue. Sabemos que existe a

possibilidade de uma epidemia no Estado, mas estamos trabalhando para tentar manter esse aumento de casos distante de Maceió”. Na época que foi decidido o final dos plantões da dengue, como determinação do ex-secretário Arnóbio Cavalcante enquanto esteve a frente da SMS, a informação da diretoria de Vigilância em Saúde era de que no período crítico, Maceió registrava cerca de 700 atendimentos e, no mês de setembro, o número havia reduzido para o máximo de 50 pessoas. (L.S.R.)

População: parte essencial do trabalho Várias ações para tentar evitar que a dengue se espalhe já estão sendo tomadas no Estado. Elas começam desde o trabalho de conscientização das pessoas, a limpeza dos municípios, retirando das ruas o lixo acumulado. Nas áreas onde existe alto índice de proliferação dos mosquitos, também estão sendo utilizados no trabalho de prevenção os carros fumacês. “Estamos encaminhando para todos os 102 municípios alagoanos o alerta para o risco da epidemia de dengue

atingir o Estado. Isso quer dizer que estaremos pedindo atenção redobrada nas ações dos municípios, que vão desde o trabalho de limpeza à conscientização das pessoas”, falou Sandra Canuto, superintendente em Vigilância à Saúde. “Devemos fazer mutirões com programações que atinjam todas as cidades. Vamos realizar ainda mais reuniões do comitê de combate a dengue e intensificar o trabalho para tentar evitar que essa epidemia aconteça”.

Sandra Canuto lembrou, ainda, que a participação da população no combate a dengue é essencial. “É necessário que a população lembre de fazer a sua parte em sua residência, evitando acumular água em depósitos, manter a área externa limpa, não deixar garrafas PETs abertas, evitar plantas em vasos com água, acumulo de pneus, fatos que já fazem parte do cotidiano no combate a dengue. Esse cuidado pode evitar que as larvas do mosquito se espalhem”, alertou. (L.S.R.)

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Os cuidados na hora de matar a sede Ingestão ou preparo de alimentos com água sem tratamento pode ter consequências mais graves que as imaginadas Thallysson Alves Estagiário*

Sol, calor e suor. O trio tão comum nos dias quentes do verão alagoano sugere a ingestão de muita água. E a recomendação é exatamente essa: consumir o líquido precioso para combater o risco de desidratação, um inimigo tão comum quanto silencioso nas regiões onde as altas temperaturas são frequentes, como Maceió. No entanto, o que é uma defesa contra o calor, pode acabar servindo como veículo de transmissão de doenças, caso a água seja consumida sem o tratamento adequado contra impurezas e bactérias. Entre as doenças de transmissão hídrica estão à diarréia, a cólera e a febre tifóide. Em São Paulo, um surto de diarréia tomou conta da cidade de Guarujá essa semana. Dados preliminares da Secretaria de Saúde daquela cidade apontaram que a contaminação aconteceu através do preparo inadequado de alimentos e pelo uso de água não filtrada no preparo de gelo e bebidas. Para evitar que esse problema chegue a Alagoas, a diretora de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Elisabeth Rocha, orienta quanto ao risco da contaminação, principalmente nesta época do ano e nas regiões que sofrem com a escassez de água. “É preciso um cuidado redobrado quando a água for filtrada, e sempre adicionar duas gotas de hipoclorito de sódio para cada litro de água, 30 minutos antes de consumi-la; ou fervê-la antes de beber. Só isso já elimina os vírus, bactérias ou parasitas que possam causar doenças”, explicou.

A diretora sugeriu, ainda, que a população observe a água despejada pela torneira. “Ela pode apresentar odor forte ou coloração diferente da normal. Caso isso aconteça, é necessário que a situação seja denunciada a empresa responsável pela distribuição da água”, orientou. De acordo com o médico especialista em medicina interna Nilton Jorge Melo, a mesma atenção deve ser estendida a qualidade da água nos açudes, rios, piscinas e mares. “Esses locais são muito utilizados pela população nos momentos de lazer, e também são fontes de doenças”, enfatizou. “Vale ressaltar que várias praias estão poluídas”, complementou. Esta semana, o boletim de balneabilidade das praias do Estado, expedido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), apontou 22 trechos de mar impróprios para o banho. POTABILIDADE - De acordo com o Relatório Consolidado de Amostras do Laboratório Central (Lacen), de janeiro a dezembro de 2010 foram realizados exames de 7.446 amostras de água do consumo humano de todo Estado. A conclusão apontou índice satisfatório de potabilidade em 4.839, ou seja, 64,99%, enquanto 2.607 (35,01%) foi considerado insatisfatório. Com relação à coleta das amostras, 1.173 foram feitas na zona rural, 6.184 na zona urbana, enquanto 84 não tiveram origem informada. Entre os pontos de coleta estão: açude, barreiro, cacimba, chafariz, cisterna, nascente, fonte, rede de distribuição, reservatório de distribuição, rio, saída do tratamento (ETA) e veículo transportador (carro-pipa).

A recomendação para consumir água em abundância precisa ser acompanhada de algumas cautelas

Embalagens devem estar datadas em alto relevo A água mineral em si não tem prazo de validade. Embaixo da terra, nos aquíferos onde é colhida, mesmo que se passem milhões de anos, a água continuará boa e protegida de contaminação. A contaminação pode ter início quando ela é colhida desses reservatórios naturais e é engarrafada. “Ela é muito suscetível a contaminações externas. Caso a garrafa esteja mal fechada, o líquido pode entrar em contato com bactérias existentes no ar e ser contaminada. É raro, mas se houver microorganismos nocivos no ambiente, a água mine-

ral pode causar males físicos, como a diarréia”, disse a bioquímica e sanitarista Petra Sanchez, da Associação Brasileira das Indústrias de Água Mineral (Abinam). Ainda de acordo com a bioquímica, outros problemas podem ser gerados mesmo com a embalagem fechada. “Temperaturas acima de 35 ºC aumentam a possibilidade de que as bactérias naturais da água multipliquem, alterando o cheiro e o sabor do líquido. Para reduzir as chances desses incidentes, a água engarrafada tem prazo de validade,

que varia de acordo com qualidade da embalagem. Uma garrafa vidro, por exemplo, tem validade maior que uma de plástico porque ela consegue isolar por mais tempo o líquido do contato com o ar ambiente”, explicou Segungo a Abinam, todas as embalagens de água devem estar datadas. Os de vidro que armazenam água sem gás têm validade de 24 meses. As sem gás PET de 12 meses, e de polipropileno (aquelas garrafinhas vendidas em sinais de trânsito) seis meses. Já as com gás de vidro 12 meses, e PET 6 meses.

Quanto aos galões de água, segundo a portaria número 358 do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a data de fabricação dos vasilhames precisa estar impressa em alto relevo. Vencidos os prazos de validade dos garrafões, eles deverão ser retirados de circulação pelas próprias empresas distribuidoras de água mineral e potável. Porém, as distribuidoras não são obrigadas a fornecer gratuitamente aos seus clientes novos garrafões retornáveis. O não cumprimento pode resultar em multas contra a empresa. (T.A.)

Comida e água podem fazer mal Comer na rua, quando não observado o preparo do alimento, pode resultar em sérios danos à saúde. Segundo o médico Nilton Melo, o combate contra a intoxicação através da comida está nas diretrizes nacionais de prevenção da Vigilância Sanitária, já que afeta diretamente a saúde pública. Segundo o médico, existem ocasiões em que as pessoas não têm dinheiro para custear alimentos preparados em restaurantes e bares de melhor qualidade. “Geralmente, as pessoas têm duas opções para passarem um dia de curtição sem gastar muito dinheiro. Acordar cedo e preparar tudo o que será consumido durante todo o dia; ou buscar os vendedores ambulantes que ofertam alimentos mais baratos. E é aí que mora o problema”, levantou. “Imagine uma dona de casa que reside no Benedito Bentes e quer passar o dia na praia. Ela terá que acordar ainda de madrugada e já preparar o almoço da família. Depois, ela sai de

casa, pega um ônibus e passa pelo menos uma hora de viagem até chegar ao seu destino. Sem refrigeração na viagem e na praia, a comida esteve exposta ao calor, que é o ambiente perfeito para a proliferação de bactérias, as quais depois de algumas horas serão ingeridas”, descreveu. “Agora vamos imaginar que essa família decidiu ir à praia e comprar tudo no local. Sem dinheiro para custear um lugar supervisionado pela Vigilância Sanitária, são obrigados a consumir o que os ambulantes oferecem. É desconhecido, para essa família, o modo de preparo desse alimento. Não é garantida a boa procedência da água e higiene. Bem como não se sabe desde quando aquele queijo, camarão, ostra e ovo de codorna estiveram circulando pelas areias sem estarem devidamente condicionados. Resultado disso: diarréia, dores de barriga, talvez febre”, relatou Nilton Melo. Ainda de acordo com o especialista em medicina in-

terna, a ostra é uma opção de consumo perigosa e pede atenção redobrada de quem a consumirá. “Eu já atendi pacientes que consumiram a ostra vendida na praia e, depois de algumas horas, foram levados ao hospital. É muito grave vermos esse tipo de alimento vendido nas areias da praia dentro de um mísero saquinho plástico amarrado. Ninguém sabe o tempo que ela esteve abafada dentro desse pacote”, argumentou. Para Nilton Melo, a fiscalização nas vendas da água e dos alimentos vendidos pelos comerciantes precisa receber maior atenção das autoridades de saúde. “O problema é que os órgãos públicos não têm estrutura para a demanda que existe. Um exemplo disso é que a água mineral é vendida em qualquer esquina, e muitas delas já encontrei sem validade, o que fere a legislação”, denunciou. (T.A.) *Sob a supervisão da Editoria de Cidades

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Fotos: Marco Antônio

Aumento do fluxo de banhistas nas praias, durante as férias, representa mais frequência das ocorrências

Na hora da diversão, as crianças se perdem facilmente dos pais; alguns nem notam que os filhos se afastaram

Criança e praia: é melhor ter atenção Número de crianças perdidas cresce a cada ano em Alagoas; durante as férias, ocorrência aumenta até 70% Valdete Calheiros Repórter

Desde o primeiro dia do ano, até a última sexta-feira, pelo menos 23 crianças já foram localizadas depois de terem se perdido dos pais ou familiares por alguns minutos ou horas na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, no litoral Sul de Alagoas. Por pouco, alguns segundos de descuido e desatenção e

a ida à praia poderia ter se transformado em um pesadelo para as famílias que, por alguns instantes, pensaram estar separadas, para sempre, de sues filhos pequenos. Para evitar passar por essa situação de desespero, o Corpo de Bombeiros explicou que é necessário redobrar os cuidados básicos na hora de andar com as crianças pela praia. Durante o verão e nas férias

escolares, a quantidade de crianças perdidas chega a aumentar em até 70% em relação as outras épocas do ano, segundo afirmou o sargento do Corpo de Bombeiros, Marcelo Souza dos Santos. A quantidade de crianças perdidas é superior até mesmo aos registros de afogamentos. Enquanto 23 crianças se perderam dos seus parentes, na primeira quinzena deste mês, o Corpo de Bombeiros fez o resga-

Bombeiros orientam pais a usarem pulseira de identificação nas crianças: informações básicas que ajudam

te de 10 casos de afogamentos. Oito deles foram registrados no primeiro dia do ano. Não houve vítimas fatais. “Felizmente, temos um índice de resolutividade de 100% nos casos de crianças perdidas. No entanto, o ideal é que os pais ou responsáveis pelos menores não precisem do Corpo de Bombeiros para esse tipo de ajuda. Quando uma criança chega até nós, ela já está desesperada tem

chorado muito”, disse. Na Praia do Francês, existe um posto de atendimento do Corpo de Bombeiros. Os militares ficam de prontidão para agir em casos de afogamento e outras ocorrências, mas os olhos não saem do binóculo em busca de crianças que, eventualmente, se perdem dos seus cuidadores. “Dificilmente, uma criança chega até a nossa unidade por conta própria. Em sua

ampla maioria, as crianças são trazidas por outros adultos. São pessoas que, ao perceberam que o menor estava perdido ou que foram procuradas pelas próprias crianças. Nesse intervalo de tempo, as crianças confiam tanto naquele adulto que o ajudou inicialmente que nem querem se desgrudar dele até os familiares serem localizados e a situação voltar à normalidade’, detalhou o sargento.

Até chegarem ao posto dos Bombeiros, crianças entram em desespero: geralmente já choraram muito

Informações básicas ajudam a busca Número de perdidos aumenta em AL Marcelo Souza disse ainda que quase 100% das crianças não sabem informar o número de telefone do pai ou da mãe ou o nome do bar em que a família está ou em caso de turistas o nome da pousada em que estão hospedados. O sargento chama a atenção para a necessidade de os pais ensinarem aos filhos esses detalhes que são de fundamental importância em casos de se afastarem por algum descuido.

“É claro que as informações devem ser repassadas de acordo com a idade da criança. Mas hoje em dia, esses meninos e meninas, desde cedo aprendem a mexer com aparelho celular e computador. É nessa hora que é fundamental ensinar o número de celular de pelo menos uma pessoa da família, seja do pai ou da mãe”, ensinou. Na tentativa de diminuir o risco de uma criança se perder

dos pais ou responsáveis, o Corpo de Bombeiros distribui aos banhistas, sejam turistas ou nativos, pulseiras de identificação para serem colocadas no braço da criança. Este é o segundo ano em que o acessório é distribuído. Na pulseira, consta espaço para serem anotados o nome da criança, o telefone de um adulto, o nome deste adulto e uma referência sobre a localização familiar. (V.C.)

O casal de turistas de São Paulo, Ana Lívia e Pedro Florentino, disse que ir à praia nas férias é um alívio e ao mesmo tempo um tormento. “É ótimo viajar e curtir o verão em Alagoas, mas sabemos do estresse que passamos para não perdemos de vista nossa garotinha de quatro anos de idade”, contaram. “Infelizmente, em alguns casos, quando abordamos as pessoas e falamos sobre a pulseira, nem todos dão a devida atenção

ao acessório. Na verdade, há outros absurdos também. São poucos, mas há casos em que quando vamos entregar a criança, o parente sequer tinha notado que o menor havia se perdido”, afirmou o sargento. Com 25 anos de experiência servindo ao Corpo de Bombeiros, o sargento Roberto Carlos Paixão de Brito, disse que o número de crianças perdidas vem aumentando a cada ano. Segundo ele, o elevado fluxo

de pessoas e a falta de atenção ou mesmo responsabilidade, em alguns casos, são os fatores responsáveis pelo alto número de crianças perdidas. Aquantidade de crianças perdidas é maior após às 10 horas da manhã. Aos finais de semana, a quantidade é bem maior. Contudo, nos dias de semana também são registradas ocorrências desse tipo. Afinal, nas férias, o movimento na Praia do Francês e nas demais praias alagoanas é intenso. (V.C.)

“Criança cega”, a máxima é verdade De acordo com o Corpo aos prantos. Elas choram de Bombeiros, não existe muito mesmo. A sensação um perfil definido para as de que não mais verão as crianças perdidas. “São pessoas da família meninos ou menié intensa e assustanas. Temos ocorrêndora”, disse o sarcias que vão desde gento. os dois aos 12 anos “As crianças O experiente de idade”, contou o sargento do Corpo têm a sargento Brito. dos Bombeiros lemAs famílias cujas sensação de brou uma velha crianças foram per- que nunca máxima dita pelos didas são do interior mais verão mais velhos: “criande Alagoas, em sua ça cega”. Por isso, é maioria. Mas há a família” necessário redobrar também casos de tuos cuidados quanristas, em especial, do estiver com uma de Brasília e de criança na praia. Quanto Goiânia. maior o movimento no “Noventa por cento das local, mais a atenção deve crianças chegam ao posto ser aumentada”, finalizou. do Corpo de Bombeiros já (V.C.) A maioria das crianças não sabe informar telefone dos pais e onde se encontra

Sargento Marcelo: é preciso ensinar o número do telefone dos pais

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AL está fora da zona de risco da tragédia Catástrofe no Rio de Janeiro é o maior desastre climático da história do Brasil e um dos maiores deslizamentos do mundo Sumaia Villela Repórter

Embora emocionados e solidários com as perdas de mais de 530 vidas no Rio de Janeiro – dados atualizados na última sexta-feira -, os alagoanos podem respirar aliviados: a tempestade que provocou o deslizamento dos morros fluminenses a arrasou bairros inteiros de cidades da

região serrana do Rio não pode chegar até Alagoas. As condições climáticas que favoreceram a criação das fortes chuvas que ainda caem no Sudeste não são capazes de alcançar o Nordeste. A afirmação é feita pelo especialista Emanoel Teixeira, meteorologista da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), cuja explicação é en-

dossada pelas versões divulgadas na imprensa nacional durante os últimos dias. Segundo ele, a tragédia teve seu agente provocador na massa de ar quente que se formou na região amazônica, fruto, de acordo com versões divulgadas por estudiosos, do desmatamento da floresta. Surgiu, assim, um corredor entre o Norte do país e o Centro-oeste e Sudeste, formando uma zona

de convergência que, auxiliada pela formação geológica da serra do Rio de Janeiro, combateu a resistência da terra até a exaustão. As inundações que castigaram 19 municípios de Alagoas, em junho do ano passado, deixaram marcas no solo, na lembrança e nos corações alagoanos. Enquanto a água das represas colocou abaixo o que encontrou na descida dos

rios Mundaú e Paraíba, no Rio de Janeiro, a lama enterrou décadas de ocupações de encostas e trouxe a morte, mais devastadora na serra fluminense. Não é a única diferença, no entanto. Teixeira também descreveu como a chuva chegou até essas paragens. “No nosso caso, uma massa de ar frio se deslocou do oceano para o continente, e, chegando até ele, encontrou uma tem-

peratura elevada, o que resultou em nuvens e chuva”, contou. “Mas agora isso não ocorre no Nordeste. Enquanto chove no verão do Sudeste, aqui é seco, embora ocorram pancadas de chuva como a da semana passada [se referindo ao mau tempo que derrubou árvores e provocou outros estragos no interior do estado]. Mas são casos isolados”, completou o meteorologista. Thiago Sampaio/Agência Alagoas/Arquivo

Em junho do ano passado, dois dias de chuva destruíram milhares de casas em Alagoas e Pernambuco

Chuva deve ser normal no Estado Mesmo no período em que o Nordeste passa a receber chuvas constantes - de abril a julho - este ano a previsão do clima espera que o volume de precipitação fique dentro do normal, ou seja, do observado como média ao longo dos anos. O sertão, por exemplo, varia de 86,8 a 119,9 milímetros na chamada quadra chuvosa. Já o litoral, local onde o volume é maior, a quantidade chega a 263,8 mm em junho; abril é o mês menos “úmido” da região, com 198,9 mm.

Ao contrário do que ocorreu nesse período em 2010, a origem do problema não foi em Alagoas, conforme explicou o meteorologista. “A origem do desastre, ano passado, não foi em Alagoas, mas em Pernambuco. Se observarmos o volume de chuva na região devastada, foi irrisório se comparado ao nosso vizinho: de 90 a 105 milímetros no acumulado de um dia”, explicou. Se equipararmos com a previsão atual, segundo ele, seria como se chovesse, em 24 horas, o

equivalente a um mês inteiro do Sertão alagoano. Ele esclarece, no entanto, que esta é a previsão climática, diferente da previsão do tempo, termo mais popular, que se refere à estimativa das condições atmosféricas, conseguida através da análise de imagens de satélites e outras ferramentas. “O tempo, só podemos divulgar com precisão em torno de, no máximo, 72 horas antes”. Portanto, podem ocorrer mudanças no quadro estabelecido, segundo advertiu. (S.V.) Thiago Sampaio/Agência Alagoas/Arquivo

Rios Paraíba e Mundaú arrastaram e destruíram vidas em 19 municípios no Estado de Alagoas

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Até hoje, sete meses depois da tragédia em Alagoas, centenas de famílias não conseguiram recuparar suas “vidas”

Estado diz estar preparado para chuvas Se as mudanças ocorrerem, Alagoas estará preparada para enfrentá-las. É o que diz o Governo do Estado, que está instalando, em conjunto com Pernambuco e com a Agência Nacional de Águas (ANA), 10 estações do que eles intitularam Sistema de Alerta, uma espécie de rede de guardiões das margens dos rios. Cada um desses postos coletará, periodicamente, dados a respeito da situação das bacias dos rios Mundaú e Paraíba. As informações serão repassadas para uma central que, por sua vez as transmite para o

Em Friburgo, o charme da região serrana, não resistiu à tragédia

Governo Federal, em Brasília. Tudo isto em tempo real, com a esperança de evitar, com antecedência, perdas materiais e humanas da magnitude dos dias 18 e 19 de junho de 2010. Cinco estações já foram concluídas e inauguradas: as de Santana do Mundaú, União dos Palmares e Rio Largo, municípios banhados pelo rio Mundaú. As outras estão em Quebrangulo e Viçosa, que margeiam o rio Paraíba. A previsão para término é até o fim de maio deste ano, quando a quadra chuvosa já estará no seu segundo mês. (S.V.)

No Rio de Janeiro, a tragédia já é a maior da história do Brasil

Tragédia do Rio é uma das mais graves do Planeta

Bombeiros trabalham para tirar corpos e sobreviventes da lama

Carros estacionados pela natureza no telhado de casas; carretas que pesam toneladas levadas como gravetos até o alto de construções; lama, árvores e palhas presos no primeiro andar de pequenos prédios. Gente que perdeu tudo: o teto, a roupa, os álbuns com fotografias da família. Histórias, planos e perspectivas. Para contar a história, somente a memória, onde a dor e o choque da devastação foram cravados para sempre. Há pouco mais de seis meses da enchente que reduziu a escombros municípios

inteiros de Alagoas e de Pernambuco, o Brasil se depara com mais uma catástrofe, que precisa mobilizar a solidariedade do povo brasileiro para minimizar o sofrimento da população. Aproximamos as duas realidades para identificar as semelhanças e disparidades que tornam os moradores do Rio de Janeiro mais próximos dos alagoanos. A primeira e principal diferença é também a mais cruel: nossos pouco mais de 30 mortos, sentidos e chorados por todos, representam apenas 5% do total de óbitos confirmados

apenas até o fechamento desta edição, na noite da última sexta-feira. Desde os deslizamentos, a cada hora surgem novos corpos, resultado das operações de resgate que avançam a muito custo em meio à destruição. Se a nossa dor foi desoladora, não há palavras para explicar o sofrimento dos cariocas. Os desaparecidos são imensuráveis. Centenas de pessoas continuam incomunicáveis, soterradas em regiões de difícil acesso, alcançadas somente com a ajuda de helicópteros, que não

podem remover a terra e vasculhar os destroços. Como em Alagoas, os números só devem ser realistas após o avanço das buscas. Logo depois das enchentes, estimava-se que 600 pessoas tinham paradeiro desconhecido. O último relatório de Avaliação de Danos (Avadan) feito pelos governos estadual e federal oficializou 29 desaparecidos. São como fantasmas, que vagam entre a vida e a morte, sem enterro ou reencontro, porque suas famílias até hoje não puderam por os olhos nos corpos. (S.V.)

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Arquivo/Lula Castello Branco

A necessidade de recomeçar a vida do nada é a semelhança entre as vítimas de AL e RJ

Alagoas teve mais municípios atingidos que o Rio de Janeiro Os números são maiores em Alagoas em relação aos municípios atingidos e pessoas “sem-teto”. Foram 19 cidades no estado nordestino, e sete atingidas no Rio de Janeiro, das quais cinco com mortos. Apesar de crescente, segundo dados do site da Folha de São Paulo, até sexta-feira eram somados 7.780 desalojados – aqueles conseguiram casas de parentes ou outra residência para morar - e 6.050 desabrigados – que não têm para onde ir - os cidadãos do Rio de Janeiro. Um número bem menor do que os 44.504

desalojados e 27.757 desabrigados alagoanos. Os danos materiais e emocionais são incontáveis em ambos os casos, entretanto. Já classificado como o maior desastre climático da história do Brasil e um dos 10 maiores deslizamentos do mundo nos último 111 anos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o desamparo das famílias e a força de vontade para recomeçar são os elementos que mais se equiparam nos dois episódios. (S.V.)

Bombeiros oferecem ajuda e receberão doações Há seis meses, um hospital de campanha chegou a ser instalado pelos oficiais fluminenses em Rio Largo. Ironia do destino, as equipes do Rio de Janeiro que socorreram os municípios devastados, agora somam esforços para retirar seus conterrâneos dos escombros. A grande ajuda prestada não será esquecida por Alagoas, a começar pelo Corpo de Bombeiros, que já ofereceu seus homens e mulheres para desenterrar mortos e sobreviventes da lama. O tenente-coronel Gilson Romeiro, que responde interinamente pela Secretaria Executiva de Defesa Civil – o titular, coronel Denílson Queiroz, saiu de férias após o incêndio criminoso do galpão que guardava mantimentos para as vítimas da tragédia alagoana – revelou que o reforço, de até 150 pessoas, já foi disponibilizado para a corporação do Rio. “É hora de dar o troco”, brincou ele, confirmando que é tempo de retribuir. A resposta ainda não foi dada, mas ele já adianta que o número de profissionais de resgate não deve ser um problema para o estado. “Eles têm cerca de 25 mil bombeiros, e São Paulo,

com um contingente que também é numeroso, já está ajudando”, detalhou. Questionados se receberiam doações para o envio à região Sudeste, Romeiro afirmou que ainda não colocaram a idéia em prática, mas, na próxima segunda-feira, a corporação deve começar a montar a estratégia para uma campanha que tenha esse objetivo. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também divulgou, em release da Assessoria de Comunicação, que já está recebendo donativos no posto do Tabuleiro, localizado no trevo próximo à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió. O translado, segundo o texto, está sendo providenciado pela Infraero. Eles enviaram também uma lista dos itens prioritários: roupas e calçados, cobertores, alimentos não perecíveis, água mineral, produtos de limpeza e higiene pessoal. Enquanto não há maior divulgação, em Alagoas, de postos oficiais de coleta, os alagoanos solidários podem enviar quantias de dinheiro para uma lista de contas de órgãos do Rio de Janeiro. (S.V.)

S.O.S. RIO DE JANEIRO Prefeitura de Teresópolis Caixa Econômica Federal Agência: 4146 Conta: 2011-1 Prefeitura de Nova Friburgo Banco: Banco do Brasil Agência: 0335-2 Conta: 120.000-3 Defesa Civil – RJ Banco: Caixa Econômica Federal Agência: 0199 Operação: 006 Conta: 2011-0 Fundo Estadual de Assistência Social do Estado do Rio de Janeiro CNPJ 02932524/0001-46 Banco: Itaú Agência: 5673 Conta: 00594-7 Campanha SOS Sudeste (CNBB e Cáritas Brasileira) Banco: Caixa Econômica Federal Agência: 1041 Operação: 003 Conta: 1490-8 ou Banco: Banco do Brasil Agência: 3475-4 Conta: 32.000-5

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Mulheres reféns do silêncio Alagoas registrou mais de cinco mil casos de agressão; na maioria da vezes, vítimas têm medo de denunciar Gabriela Lapa Estagiária*

cada 15 segundos, uma mulher é espancada no mundo. Só no ano passado, as delegacias especializadas registraram mais de cinco mil casos de violência em Alagoas, mas, em muitos deles, as queixas foram re-

A

tiradas antes mesmo de chegarem às mãos da Justiça. Por trás dessas estatísticas, histórias de vida de mulheres, de todos os tipos, se encontram e se repetem como filmes de um mesmo roteiro, onde os romances de contos de fadas se transformam quase sempre em verdadeiras histórias de terror. Mesmo maltratadas e humi-

lhadas, muitas mulheres ainda têm medo de denunciar seus agressores e acabam protagonistas de situações cheias de angústia e sofrimento que, na maioria das vezes, poderiam ter sido evitadas. “Minha sobrinha conheceu o ex-namorado quando passou em um concurso, no interior, há oito meses. No começo era tudo ótimo,

mas, quando eles terminaram, ela foi ameaçada e agredida. Um dia, ele ficou esperando por ela na porta do trabalho, chamando para conversar. Deu três tiros, um na boca e dois na cabeça, e só Deus sabe como ela sobreviveu”, conta E.M.S., que teve o nome preservado por motivo de segurança. Por causa da gravidade dos fe-

Lula Castello Branco

rimentos, a sobrinha dela ficou internada, em coma, por vários dias, até se recuperar e dar início a uma maratona de cirurgias para recompor o maxilar esfacelado. Hoje, os danos físicos ao organismo da jovem de 27 anos ainda estão sendo reparados, mas o trauma psicológico causado pelo ex-namorado está longe de ter fim. “Ela deixou de tra-

balhar e de sair de casa. Nós sabemos que ele tem que pagar pelo que fez, mas temos medo do que pode acontecer se ele for preso e não ficar muito tempo na cadeia. Já pedi ajuda em tudo quanto foi lugar, mas agora só posso entregar nas mãos de Deus”, diz a tia, aflita.

Fotos: Larissa Fontes/Estagiária

Lula Castello Branco

*Sob a supervisão da Editoria de Cidades

A importância de romper o silêncio Todos os dias, várias situações como essa chegam à Central de Polícia e à Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Mulher (DRCCM). Assim como a sobrinha de E.M.S., muitas mulheres temem sofrer represálias dos companheiros se levarem o caso à Justiça e acabam desistindo de formalizar uma queixa. Quando isso não acontece, e a ocorrência é registrada, elas resistem à ideia de repetir o procedimento quando as agressões recomeçam, e os casos terminam se transformado apenas em tristes e contínuas estatísticas. “A situação é delicada, principalmente nos casos em que há filhos envolvidos. Mesmo fragilizadas, as vítimas mantêm um vínculo afetivo muito forte com o agressor e têm medo de deixar a família desestruturada se ele for preso. Além disso, boa parte delas também depende financeiramente do companheiro; então o medo de ficar sozinha e de deixar os filhos desamparados só aumenta com a possibilidade de não ter como sustentá-los”, explica a delegada Maria Angelita, da DRCCM do Salvador Lyra. Na rotina da delegacia, Angelita já viu mulheres agredidas apresentarem as mais diversas desculpas para não seguirem com a representação do caso. Ela conta que já lidou com situações nas quais uma vítima abandonou o agressor, encontrou um novo companheiro e foi novamente agredida, mas só procurou ajuda quando a relação chegou ao extremo. “Quando mulheres assim resolvem denunciar, é porque já estão no limite. Dificilmente, elas tomam essa decisão de primeira, mas é uma pena. Às vezes, um beliscão ou um empurrão mais forte representa a porta de entrada para a violência doméstica, mas as vítimas demoram a perceber o perigo”, lamentou a delegada. Foi o que aconteceu com a sobrinha de E.M.S. “As primeiras ameaças vieram verbalmente. Depois, o ex-companheiro mandou uma mensagem de celular dizendo que ia matá-la se eles não reatassem o relacionamento, mas ninguém levou a sério. Ela pensou que fosse da boca para fora e apagou a men-

sagem. Agente nunca imaginou que ele fosse cumprir o que disse”, lembra a tia da jovem. DRAMA - No ano passado, várias histórias de violência contra mulheres estamparam as páginas dos jornais. Na maioria delas, as vítimas eram como a sobrinha de E.M.S.: jovens que demoraram a procurar ajuda e acabaram fragilizadas, reféns do ciúme dos ex-companheiros, às vezes de forma fatal. Em julho, a dona de casa Simone Santana de Souza, de 23 anos, foi agredida pelo ex-marido com um botijão de gás, enquanto dormia, depois que ele descobriu que ela tinha um novo relacionamento. Simone ficou internada no Hospital Geral do Estado (HGE) por três dias, mas não resistiu e faleceu. Cinco meses depois, em novembro, a cabeleireira Priscila Amanda da Silva, de 21 anos, morreu internada no HGE depois de levar três tiros do excompanheiro, José Eurico dos Santos Júnior. Ela saía para trabalhar, em um salão de beleza, quando foi abordada por ele. Como Simone, Priscila Amanda também havia rompido o relacionamento com o agressor, e nos dois casos, eles continuam foragidos. Os dramas das vítimas de violência se repetem em números que assustam. Uma pesquisa divulgada no ano passado, em reportagem do jornal O Estadão, apontou que, entre 1997 e 2007, dez mulheres foram assassinadas por dia, no Brasil. Ao todo, foram 41.532. E, em 25% dos casos, o motivo do crime foi considerado torpe. Para a presidente do Conselho Municipal da Condição Feminina de Maceió, Eulina Neta, as estatísticas refletem um grave problema cultural. “É como se os homens pensassem “se você não for minha, não será de mais ninguém”. Eles ainda veem as mulheres como objetos, e a violência se transformou em algo tão banal que é a primeira coisa que utilizam para garantir a “posse” das companheiras”, explica Eulina. É uma atitude egoísta, mas que ainda impera”, completou. (G.L.)

Minalva Lessa, Maria Angelita, Gilvania e Eulina orientam vítimas de agressão de todas as idades e perfis; para elas, problema é cultural

Maria da Penha assegura direitos das mulheres Apesar do receio das vítimas, de fazer a denúncia e ver o agressor impune, existe um amparo legal que há cinco anos vem dando força às mulheres na luta pelos seus direitos. Batizada de Maria da Penha, a Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, criou mecanismos para coibir e punir a violência doméstica contra mulheres, aumentando a pena dos agressores e estabelecendo medidas de proteção às vítimas. “Foi uma grande conquista. Eu acompanhei a Maria da Penha desde que era um proje-

to, fiz vigília no dia da votação, e hoje fico feliz em ver que ela tem ajudado a mudar a realidade de muitas mulheres”, diz Eulina Neta. Mesmo assim, a presidente do Conselho Municipal da Condição Feminina lembra que ainda é preciso trabalhar a questão cultural para que as mulheres possam lutar plenamente pelos seus direitos. “Existem muitas Joaquinas, Josefas e Marias da Penha espalhadas por aí. Nós precisamos saber como lidar com elas, pois, muitas vezes, a vida dessas pes-

soas depende das nossas atitudes”, pondera. “As próprias autoridades não estão bem preparadas para dar assistência. Como policial, já vi muitos colegas tomarem depoimento das vítimas de agressão fazendo perguntas impróprias ou indelicadas, não por maldade, mas por achar normal. Às vezes chegam até a comentar que, em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”, conta Eulina. Em Maceió, além das delegacias especializadas e da Central de Polícia, o atendimento às

vítimas de agressão pode ser feito em postos de saúde, no Centro de Referência Terezinha Ramires, ou no Centro de Apoio às Vítimas de Crime (CAV Crime). Nesses lugares, elas têm acesso a atendimento psicológico e jurídico gratuito, durante o tempo necessário para se reestruturar física e emocionalmente. “Em caso de violência sexual, nós também podemos levá-las à Maternidade-Escola Santa Mônica”, explica a coordenadora e assistente social do CAV, Maricelly Costa. (G.L.)

Com apoio, histórias de vida se reconstroem Por causa da Lei Maria da Penha, as mulheres que sofreram agressão podem receber ajuda das autoridades para deixar a casa onde viviam com o agressor. A lei também prevê que ele seja obrigado a se distanciar da família se for necessário; e nesses casos, segundo a delegada Maria Angelita, uma viatura da polícia acompanha as mulheres para garantir a sua integridade durante o processo. Mas o que fazem as vítimas de casos extremos, como os da família de E.M.S, nos quais todas as alternativas de socorro viáveis foram testa-

das e infrutíferas? A assistente social Minalva Lessa dos Santos explica que elas são encaminhadas a uma casa sigilosa, onde vivem com os filhos e com outras famílias que dividem a mesma preocupação. É na casa que os dramas se encontram e onde os roteiros frustrados se reconstroem. “Com o apoio de psicólogas, professoras e assistentes sociais, as mulheres reaprendem a viver sem a ameaça do ex-companheiro, a reencontrar a autoestima e a dignidade”, diz Minalva. “Mas é um processo longo e difícil, pois elas chegam à casa

muito debilitadas, tanto físico como emocionalmente”. Esse sistema de proteção é adotado por vários estados brasileiros, nas capitais e no interior, mas em Alagoas só existe um em funcionamento, o de Maceió. Segundo Minalva Lessa, a rotatividade da ocupação é muito grande, e boa parte das mulheres consegue se desligar da casa em um mês, mas já houve épocas em que as equipes de assistência trabalharam com superlotação de moradores. “Nós temos capacidade para 25 pessoas, mas em 2008 chegamos a receber 37, ao mesmo tempo”,

lembra a coordenadora. Segundo Minalva, hoje existem 15 pessoas vivendo na casa, o equivalente a quatro famílias. Lá, a rotina doméstica é como a de uma residência normal, com entendimentos e conflitos, apoio e colaboração tanto entre as moradoras como entre os funcionários. “Já vimos mães grávidas terem seus bebês aqui, acompanhamos o pré-natal, e todo o processo até o dia do parto. É um ambiente difícil por causa dos dramas que as famílias vivem, mas também é um lugar de redescobrir alegrias”, avalia Minalva. (G.L.)

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Agreste de AL se torna polo moveleiro Setor cresceu 12% em 2010 e índice de informalidade caiu de 97% para 50% nos últimos seis anos Eduardo Almeida Repórter

ARAPIRACA - O crescimento de 12% em 2010 revela que o setor moveleiro está aquecido no interior de Alagoas. Nos últimos seis anos, após a criação do Arranjo Produtivo Móveis do Agreste, o índice de informalidade entre micro e pequenos empresários saltou de 97% para cerca de 50%, e a expectativa do grupo gestor do arranjo é de que o número seja reduzido ainda mais em 2011. A estimativa de

crescimento para este ano é de 10% - média obtida no último quadriênio. O empresário Luís Sandes afirma que ingressou no setor há cerca de treze anos, quando montou uma pequena indústria nos fundos de casa, no bairro Baixão, em Arapiraca. Ele diz que contava apenas com o auxílio de um ajudante para tocar o negócio, que hoje emprega trinta funcionários. Para escoar a produção, o empresário abriu uma filial em Maceió, onde expõe e comercializa móveis planejados.

“À medida que a demanda cresceu, nós vimos a necessidade de expansão dos negócios. Inicialmente, procuramos o apoio do Sebrae [Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Indústrias] e, em seguida, do governo de Alagoas. O arranjo produtivo foi, sem dúvidas, um dos principais fatores que impulsionaram esse crescimento. Hoje, os móveis produzidos no interior de Alagoas são comercializados em Sergipe, na Bahia e em Pernambuco graças a um apoio de logística”, frisou.

Sandes aponta como principais benefícios do Arranjo Produtivo Local (APL) capacitações, ações nas áreas de marketing e tecnologia, consultorias sobre o mercado local e apoio logístico e estrutural. “Os empresários passaram a ter a oportunidade de se atualizar, conhecer às necessidades dos clientes e saber como satisfazê-los. Além disso, as ações tecnológicas permitiram a melhoria da qualidade dos produtos e, complementadas pelo apoio logístico, aumentaram as vendas”.

O gestor do APL Móveis do Agreste, Gilson Melo, explica que a direção do programa em Alagoas se reúne anualmente para discutir às necessidades dos empresários. De acordo com ele, o arranjo conta hoje com cerca de 100 associados, embora o número de micro e pequenas indústrias no setor chegue a 300 na região. Para Melo, os resultados colhidos nos últimos anos são fruto de um esforço conjunto entre os empresários que atuam no Agreste, o Sebrae e o governo de Alagoas.

“A coordenação do APL desenvolve as ações de acordo com as demandas dos empresários da região. Se há a necessidade de uma consultoria de mercado, nós viabilizamos a análise. Se a carência está na falta de mão de obra qualificada, nós realizamos capacitações. O crescimento obtido nos últimos anos é resultado dessa interação, da parceria firmada para diversificar a economia da região Agreste, que antes tinha como base quase que exclusiva a agricultura”, ponderou Melo. Fotos: Carolina Sanches

Cerca de 90% das peças produzidas pelo setor moveleiro são consumidas pela região Agreste de AL

Com a construção do parque moveleiro, indústrias devem investir na ampliação de tecnologias

Parque deve impulsionar o setor A construção de um parque moveleiro em Arapiraca deve impulsionar ainda mais o setor no Agreste do Estado. O local fica às margens da AL-220, nas imediações do Sítio Capim, no povoado Canaã, e vai concentrar, pelo menos, quarenta indústrias de pequeno e médio porte. A previsão é de que até março deste ano a primeira etapa da obra – que contempla a estrutural geral do espaço – seja concluída. Em seguida, os empresários poderão adquirir lotes de 1.250 metros quadrados. “Sem dúvidas, essa é a ação mais ousada do Arranjo Produtivo Local desde o seu início, em 2004. A construção do parque moveleiro demandou um investimento de R$ 4,2 milhões. Serão entregues ainda este ano 48 lotes com 1.250 metros quadrados, em uma área fechada, com calçamento e infraestrutura básica. Caberá aos empresários a construção de cada indústria, após a aquisição do lote. E eles serão vendidos a preços abaixo do

custo”, frisou Gilson Melo, gestor do arranjo. Melo explica que cada metro quadrado dos 48 lotes será vendido pelo preço de R$ 1, como forma de estímulo ao desenvolvimento do setor na região. Os proprietários dos lotes, no entanto, deverão se comprometer em não comercializar ou doar o espaço. “Cada lote sairá por R$ 1.250, um valor bem abaixo do oferecido pelo mercado. No entanto, os empresários terão apenas a posse das terras e não poderão vendê-las ou doá-las caso desistam das indústrias”, disse. Conforme o gestor, a construção do parque permitirá aos empresários o aumento da produção, pois um dos critérios para transferência para o local é a ampliação da estrutura tecnológica. “Com investimentos em tecnologia, a produção aumenta e, consequentemente, as vendas também crescem. Aproposta do parque é estimular o comércio e impulsionar o setor. O crescimento do setor movimenta a eco-

nomia de Arapiraca”. Melo lembrou que cerca de 90% da produção de móveis produzidos no Agreste é comercializada na própria região e que a localização do parque moveleiro facilitará o escoamento dos produtos. “Como o parque está às margens de uma rodovia estadual, que fica a seis quilômetros de distância do Centro, o escoamento é facilitado para as cidades do Agreste e do Sertão, que são os principais consumidores dos produtos.”. O gestor lembrou ainda que, embora a região seja a principal consumidora dos móveis produzidos pelos integrantes do APL, alguns empresários também comercializam suas mercadorias para os estados de Sergipe, da Bahia e de Pernambuco. “Nem todos têm a estrutura necessária para vender os produtos para fora, mas alguns integrantes do arranjo conseguem enviar as mercadorias para fora e, com isso, abrir novos nichos de mercado”, acrescentou Melo.

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BANCO DE SEMENTES

Agricultores serão capacitados até julho Entidades responsáveis pela implantação e gestão dos bancos ganham novo prazo para prestar o serviço Da Editoria de Municípios ARAPIRACA - A capacitação dos agricultores que vão participar da implantação e gestão de 600 bancos comunitários de sementes segue até o dia 31 de julho. Esse é o novo prazo que as seis entidades contratadas obtiveram para prestar o serviço, de acordo com um termo aditivo firmado com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri). Por meio do Projeto de Bancos Comunitários de Sementes, o governo do Estado pretende estimular o uso de tecnologias apropriadas à convivência no semiárido, ofere-

cer uma alternativa para preservação das sementes nativas de cada região, as chamadas sementes crioulas, e dar mais autonomia aos agricultores, que terão as sementes à disposição no momento em que necessitarem. IMPORTÂNCIA - "Para que os bancos sejam implantados, é preciso que a comunidade local saiba de sua importância, como eles serão usados, quais serão os benefícios e quem serão os responsáveis pela gestão, por isso as entidades que já têm aptidão com esse tipo de trabalho foram selecionadas por meio de um edital para fazer as capacita-

ções", destacou a diretora de Projetos Especiais da Seagri, Cristina Cavalcante. Participaram da assinatura do termo aditivo, representantes das seis entidades, que são as seguintes: Cooperativa dos Bancos Comunitários de Sementes (Copabacs), Federação das Associações Comunitária de Ouro Branco (Facob), Central Estadual das Associações de Agricultores Familiares (Ceapa), Associação de Agricultores Alternativos (Aagra), Centro de Apoio Comunitário de Tapera em União a Senador Rui Palmeira (Cactus) e Fundo para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fundaf).

Capacitações dão mais autonomia Segundo a presidente da Aagra, Maria de Souza Santos, em cada comunidade onde será implantado um banco de sementes são capacitadas 20 pessoas, que fazem parte de um cadastro após demonstrarem interesse no assunto. "Elas participam das oficinas e aprendem várias coisas que envolvem plantio, colheita e diferença entre grão e semente, além de noções de agroecologia", salientou. "As sementes são a cara do agricultor", disse Maria de Souza Santos, completando:

"ter mais autonomia com o banco significa acreditar em si próprio". Para o presidente da Ceapa, Genivaldo Vieira da Silva, "a terra do agricultor familiar deve ser tratada como mãe, e não como garimpo". APOIO - "O governador Teotonio Vilela determinou que o apoio ao agricultor familiar é prioridade, e nós queremos que esse agricultor possa obter renda e ganhar dinheiro com aquilo que ele sabe fazer, sem precisar sair

do campo", disse o secretário adjunto de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior. "Sabemos que os bancos vão poder armazenar as sementes melhor adaptadas à região, que vão ter boa produtividade, e isso vai resultar numa safra que compensa os investimentos. Por esse motivo, a Seagri coordena esse programa e está de portas abertas a vocês", afirmou José Marinho Júnior, dirigindo-se às lideranças que assinavam o termo aditivo.

Bancos vão armazenar as sementes melhor adaptadas a cada região, aumentando a lucratividade

COOPERATIVISMO

Litoral norte ganhará Casa de Maricultura Da Editoria de Municípios SÃO MIGUEL DOS MILAGRES - Uma Associação de Maricultoras da comunidade Barra do Camaragibe, no município de Passo do Camaragibe, apresentou um projeto e obteve R$ 100 mil do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para construção de uma Casa da Maricultora, que vai servir para seleção, beneficiamento, arma-

zenamento e comercialização dos produtos, especialmente da ostra. Aliberação do recurso ocorreu graças ao empenho das associadas e ao trabalho do Colegiado Territorial do Litoral Norte, que desenvolve ações de parcerias e articulação pelo desenvolvimento da agricultura familiar na região. Segundo a coordenadora do Território do Litoral Norte, Izabel Cristina, que também é uma das maricultoras associadas, a

produção de ostras, mariscos e pescado é a principal atividade para 13 famílias da comunidade. "No inverno, a situação se complica porque o pescado e os mariscos ficam mais difíceis no Rio Camaragibe", contou. Por conta disso, lembra, a associação recorreu ao Ministério da Aquicultura e Pesca, criado em 2010, para propor a criação de um seguro-desemprego durante o inverno para as maricultoras que trabalham em rios. "Mas essa proposta ainda está sendo analisada, porque, se aprovada, vai ter um impacto no Brasil todo", contou Izabel Cristina. De acordo com o gerente da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) no Litoral Norte, Tertuliano Moreira, a partir do mês de março a Associação de Maricultoras de Barra do Camaragibe vai contar com a orientação de um engenheiro de Pesca. "Elas terão acompanhamento constante sobre manejo, tecnologia, beneficiamento, e isso pode resultar em aumento da produção e produtos de melhor qualidade", frisou Tertuliano. REDE FORTALECE AÇÕES - Para fortalecer as ações que apoiam associações como a de maricultoras, pequenos criadores e agricultores, está sendo fortalecida a Rede Estadual dos Colegiados Territoriais.

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INFORME PUBLICITÁRIO

O melhor churrasco de Arapiraca Restaurante Porto Pirá será inaugurado na próxima terça-feira e oferecerá tradicional churrasco uruguaio Os admiradores de um saboroso churrasco contarão, a partir da próxima terça-feira, dia 18, com um centro gastronômico especializado em carnes em Arapiraca. O empresário Sinaldo Pessoa inaugura o restaurante Porto Pirá, localizado na Avenida Governador Antônio Lamenha Filho, no bairro Jardim Tropical. O restaurante será o único na cidade a oferecer ao público o tradicional churrasco uruguaio, feito na parrilla – principal diferencial do estabelecimento. Além da especialidade da casa, o restaurante Porto Pirá contará com pratos executivos

Empresário Sinaldo Pessoa afirma que churrasco na parrilla será o diferencial do Porto Pirá

– que serão comercializados individualmente. O horário de funcionamento do centro gastronômico será de 11 horas até a 0 hora. O local será dividido em três ambientes, visando proporcionar mais conforto e comodidade ao público. O projeto deve ser complementado, até meados deste ano, com a construção de uma pista para a prática de boliche, buffet infantil e boate. A área total do empreendimento é de mais de 6 mil metros quadrados, sendo 4 mil apenas para estacionamento. As obras de construção do restaurante tiveram início há cerca

de oito meses. A previsão do grupo gestor do centro gastronômico é de que a segunda e terceira parte do projeto seja concluída até abril deste ano. Inicialmente, será entregue o buffet infantil para, em seguida, ser entregue a pista de boliche e a boate, com funcionamento aos fins de semana. O empresário Sinaldo Pessoa afirma que a ideia de construir um restaurante especializado em churrasco uruguaio surgiu em decorrência do crescimento acelerado pelo qual passa Arapiraca. Ele afirma que, nos últimos dez anos, o município

recebeu indústrias e um novo público, que fez surgir novas demandas no mercado. Pessoa lembra que, apesar da visível necessidade, ainda não havia nenhum estabelecimento que oferecesse o produto ao público arapiraquense. “O mercado arapiraquense mudou bastante nos últimos anos, com a chegada da Universidade Federal de Alagoas e de indústrias de pequeno, médio e grande porte. O município recebeu um público que antes não existia, e que fez surgir novas necessidades, como o surgimento de locais de lazer e de centros gastronô-

micos. A proposta do empreendimento é suprir essa carência local e evitar que a população precise se deslocar até outras cidades”, observou. Conforme o empresário, a construção do restaurante Porto Pirá simboliza a plena confiança que a família Pessoa deposita em Arapiraca. Ele frisou que, além de estabelecimentos comerciais, como o centro gastronômico, a Distribuidora S. Pessoa, o grupo Ouro Verde, a rede Unicompra, a família tem apoiado o crescimento da cidade com ações no Legislativo Municipal e Estadual, com ex-verea-

dor por Arapiraca e deputado estadual eleito, Severino Pessoa. “A família pessoa acredita e aposta no crescimento de Arapiraca, seja através da construção de empreendimentos da terra, que fortalecem a imagem do município e movimentam a economia local, seja por meio de ações práticas no Legislativo. O crescimento da família Pessoa significa o crescimento da cidade e o desenvolvimento da cidade representa o crescimento da família. É algo recíproco, uma aposta mútua”, disse o empresário Sinaldo Pessoa.

Estabelecimento será centro de lazer A conclusão das obras do restaurante Porto Pirá, em Arapiraca, representa a primeira etapa de um projeto ousado que visa a construção de um centro de lazer. O empreendimento contará, até abril deste ano, com um buffet infantil, uma pista para a prática de boliche – a única em Alagoas – e uma boate, que terá funcionamento aos finais de semana. A área total do centro é de mais de 6 mil metros quadrados, sendo 4 mil apenas para estacionamento. “A proposta do empreendimento é oferecer conforto e segurança. Nós contaremos com uma área de estacionamento completamente fechada, onde os clientes poderão deixar seus veículos e aproveitar os serviços oferecidos pelo centro. A previsão é de que os ambientes somados possam receber mais de 1.200 pes-

soas, sem levar em consideração o estacionamento que poderá ser utilizado para a realização de eventos”, frisou Sinaldo Pessoa. O empresário afirma que o incomodava a ideia de ter que deixar Arapiraca em busca de diversão noturna e conta que, o que antes era apenas uma inquietação, transformou-se na realização de um sonho. Pessoa revela que a construção do empreendimento é um dos grandes desafios que enfrentou ao longo de sua vida como empreendedor, após transitar por outras áreas comerciais como a distribuição de produtos, através da Distribuidora S. Pessoa. “Aos 47 anos, consigo realizar um sonho antigo de proporcionar ao público arapiraquense mais opções de diversão, lazer e gastronomia. Depois de transitar

por outras áreas, decidi investir em um novo nicho de mercado. Os desafios são muito grandes, mas acredito que Arapiraca saberá reconhecer a qualidade de um legítimo churrasco na parrilla, além da importância de uma pista de boliche, de uma boate e de um buffet para festas infantis”, ponderou o empresário. Pessoa conclui afirmando que o restaurante Porto Pirá contará com os melhores profissionais da região e diz que se surpreendeu com o resultado final do empreendimento. “Nós investimos no que há de melhor no mercado e preparamos um estabelecimento aconchegante, que vai unir conforto, qualidade e segurança em um só lugar. Nós esperávamos algo muito bom, o que de fato aconteceu. A qualidade dos produtos vai surpreender o público”.

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Grand

Monde Por Aroldo Marques

E-mail: harold_marques@hotmail.com

O réveillon Salles Celebration foi festejado a moda teen! Uma boa recordação: Feliz Ano Novo!

O deputado estadual Gilvan Barros e a vereadora Gilvânia Barros homenageiam a imprensa arapiraquense Foto: André Fon

PORTO PIRÁ STEAK HOUSE O complexo Ilha do Pirá começa tomar elegante forma arquitetônica com assinatura da expert Julia Tavares, e o empresário Sinaldo Pessoa abre as porta do restaurante Porto Pirá Steak House, com exclusividade e especialidade de carnes assadas na cozinha de parilla, e muito mais, para servir bem e com novidades à sociedade arapiraquense... Ousado ou empresário de visão clinica, como queiram dizer, Sinaldo Pessoa não para por aí, continua seu investimento no complexo ultimando as construções da casa de festa infantil Pirá Kids e da "boite and bowling" que abrigará um espaço para dançar e praticar boliche. Com as portas do restaurante abertas ao publico, a Ilha do Pirá já confirma para o que veio: Fazer bonito e servir com qualidade de vida, o publico da grande Arapiraca, é o que assegura Fernando Baltazar, consultor de empresa e diretor administrativo do relevante empreendimento. Vamos brindar!

BODAS DE LÃ Felizes e de bem com a vida o jovem casal Eduardo

INSENSATEZ

Barbosa e Thayane Lopes( leiase Comercial Lopes), comemora neste dia 17 de janeiro os seus 7 anos de casados, Isto é, Bodas de Lã. Reservados Eduardo e Thayane Lopes comemorarão em "petit comitê" portanto, num dos chiquérrimos point de nossa cidade. Daqui votos de sucesso e felicidades mil! Parabéns!

A substituição do competente Alex Gama da pasta estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos para dar lugar à acomodação e acordo político com o prefeito Cícero Almeida, foi uma grande insensatez do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) no seu segundo mandato. Competente, dedicado, experiente, Alex Gama deixa órfão inúmeros projetos que poderão sofrer solução de continuidade. Um dos exemplos é o projeto de recuperação das nascentes do Rio Coruripe. O manancial nasce em Coruripe da Cal em Palmeira dos Índios.

NINA´S Apolônia Luna Marques migra para o mercado fashion e agora circula como empresária da moda com seu mais novo empreendimento: Nina´s uma loja bem decorada em Paripueira, multimarcas de muito bom gosto... Apolônia diz que em breve apresentará suas marcas em grande desfile. Aplausos!

FESTA DA PADROEIRA

VIA G Expectativas tomam contam dos burburinhos fashion da cidade no tocante a inauguração da nova e chiquérrima instalação da Via G Arapiraca, os proprietários Adilson e Gessy Tenório mesmo articulando uma festa com simplicidade dizem aguardar o melhor momento para abrir suas portas... As luxuosas portas da Maison Via G, que virá linda

Eduardo Fon e Iná Grace felizes após enlace matrimonial na cidade de Crato-PB

numa arquitetura bem equilibrada e com bastantes novidades!

MATÉRIA PRIMA Foi um encontro muito especial o lançamento da Revista Matéria Prima, da colunista Jacira Leão que em uma das capas traz a ilustre figura do Professor Moacir Teófilo com páginas de entrevistas e matérias sobre o baluarte da educação arapiraquense. O coquetel de lançamento aconteceu no pátio do Colégio Bom Conselho de Arapiraca, dia 13 de janeiro, onde o Pai da educação Alagoana comemorou juntamente à sua esposa, filhos, netos e amigos 60 anos de história de exímia educação.

GRANDE AMOR

Thayane Lopes e Eduardo Barbosa festejam sete anos de casados; Bodas de Lã com felicidade!

Eternas juras de amor, num enlace matrimonial bonito os noivos Eduardo Fon e Iná Grace, disseram "sim" no último sábado na bucólica cidade paraibana de Crato - cidade onde reside a família da noiva Iná Grace - Num cenário bonito e de muita luz Eduardo Fon e Iná Grace se uniram, diante de suas famílias que brindaram a união do

amado casal. Parabéns!

FÉRIAS EM FAMÍLIA A ex-apresentadora da Tv Band Leonor Corrêa curte temporada de férias no litoral pernambucano. Em companhia do marido, Anthony, e, da filha, Júlia, a irmã de Fausto Silva (Faustão) optou passar alguns dias de descanso no Summerville Beach Resort, em Muro Alto - Porto de Galinhas (PE). Em tempo: Atualmente Corrêa é responsável pela direção geral do programa Eliana, no SBT.

A Festa da Padroeira de Arapiraca Nossa Senhora do Bom Conselho está programada para o período de 23 de janeiro a 02 de fevereiro quando ocorre a tradicional procissão acompanhada pelos cavaleiros e amazonas vindo com a replica da Santa de Bom Conselho - Pe. Todos os anos o percurso é realizado como ocorreu no século passado com uma imagem de Nossa Senhora da Guia. O fato de vir de Bom Conselho

ficou na mente do povo como Nossa Senhora do Bom Conselho.

CARNAVAL RELAX O Summerville Beach Resort prepara uma promoção, válida exclusivamente para reservas em apartamento Superior, Luxo, Suíte ou Bangalô, para cinco dias inesquecíveis para as famílias que aproveitarem o feriado de Carnaval no resort. No período de 04 a 13 de março, com mínimo de cinco diárias de hospedagem, o estabelecimento instalado na paradisíaca praia de Muro Alto - Porto de Galinhas (PE) oferece opções para alguns dias de descanso e programações animadas elaboradas pela equipe de Esportes & Lazer. Para os que querem fugir da folia, a piscina de 2,3 mil m² de espelho d´água, decks molhados e diversos espaços para prática de esportes são boas pedidas. As ilhas gastronômicas que cercam o parque aquático oferecendo petiscos, delícias geladas e drinks também são ótimos atrativos. Quem se hospeda por lá, ainda conta com 70 mil m² de área verde para aproveitar, bicicletário, campo de mini golfe, arco e flecha e muito mais.

CONFRATERNIZAÇÃO COM A IMPRENSA A vereadora Gilvânia Barros e o deputado estadual Gilvan Barros, promoveram uma festa de confraternização à imprensa escrita, falada e televisiva como também aos produtores culturais em almoço no restaurante da Associação Atlética Banco do Brasil - AABB Arapiraca, no dia 14 de janeiro, no encontro social os parlamentares falaram da importância da imprensa no contexto social e de relevantes projetos em prol a sociedade do agreste alagoano.

A cantora Jéssica da Banda Dona Flô, será a sensação na abertura do Porto Pirá Steak House

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Economia

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Alagoanas conquistam mercado exterior Com qualidade e excelência, arquitetas consolidam empresa e abrem as portas internacionais para as joias artesanais Nide Lins Repórter

No Rio Fashion houve desfiles, modelos, grifes e famosos. Em paralelo, aconteceu o Rio Fashion Business, um evento sem o glamour das passarelas, mas com os holofotes nos negócios, onde empresas “desfilaram” em busca de novidades e tendências da moda. É neste cenário comercial, de muita competição, que a empresa alagoana Caleidoscópio (semijoias artesanais) há quatro anos consecutivo vem consolidando o nome da marca no mercado nacional e internacional. No evento que aconteceu na capital carioca, encerrado na última sexta-feira, a empresa de designer alagoana vendeu cerca de 1.500 peças. Também consolidou as vendas para o Japão e a conquista de novos mercados, como França e Inglaterra. Além do investimento comercial noo Rio, a empresa participa da feira de moda em Paris e uma parceria com a empresa da Áustria, Swarovski, traz ótimos resultados, o crescimento de 75% na venda do atacado.Segundo a designer alagoana, Renata Fontan, abrir as portas do mercado internacional não é fácil. É preciso atender as exigências dos estrangeiros, como qualidade, inovação e sempre cumprindo os prazos de entrega. “Há quatro anos, a nossa empresa era desconhecida. E os representantes das grandes lojas e redes estrangeiras não compram logo de cara, eles testam. Por isso, no primeiro ano as encomendas foram um pouco mais de 50 peças, já que os estrangeiros só compram se o produto tem boa aceitação do mercado, se vende bem, e a empresa precisa estar consolidada”, diz Renata. Para participar das feiras nacionais, como o Rio Fashion Business, não basta querer comprar um espaço. Para entrar no restrito mundo da moda, as empresas e seus produtos são escolhidos por uma consultoria, depois os organizadores convidam os principais compradores do Brasil e exterior para fechar negócios no evento.

“No Rio Fashion Business também são escolhidas os melhores compradores indicados pelas próprias empresas. Como eles são convidados, vêm com tudo pago e já com agenda para fechar negócios. Neste evento, tenho um cliente do Japão que já comprou três coleções. O Rio Fashion Business é a segunda melhor feira no Brasil”, conta a designer que participa de seis feiras ao ano nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A participação nos eventos não abre apenas as portas do mercado, mas também da mídia especializada. No ano passado, a Caleidoscópio ganhou as páginas na Vogue do Japão. “Os compradores do exterior, ao contrário do Brasil, não representam apenas uma loja, mas são escritórios que atende a várias lojas ou então a grandes redes”. Na feira de Paris, a participação é compartilhada por um grupo de dez designers brasileiros, que desde 2005 com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (APex) custeia 50% dos gastos e outros 50% são divididos pelo grupo. Mas, cada empresa tem seu próprio estande que comercializam seus produtos para toda a Europa. Já a parceria da Caleidoscópio com a empresa austríaca Swarovski (cristais) é direcionada para a loja Crystallized, que distribui as semi jóias alagoanas para Londres, Xangai, Nova York e em outras duas cidades da Áustria, uma delas, Viena. Com o crescimento de 75% nas vendas no atacado, a empresa de designer alagoana só aceita pedidos para março, porque toda coleção de inverno já foi vendida. Atualmente, o mercado brasileiro corresponde a 60% do faturamento e o internacional, os outros 40%. Aprodução das jóias é completamente artesanal. São gerados 24 empregos diretos e sete são terceirizados. Com a consolidação da marca Caleidoscópio no Brasil e exterior, a previsão é de aumentar também o número de funcionários, que têm salário fixo, mas comissão pela produtividade.

Charme, exclusividade e originalidade: em cada peça um trabalho manual que agrega valor

História de parcerias na trajetória da empresa Para mostrar o design alagoano ao mundo, uma parceria com a Federação da Indústria de Alagoas (Fiea), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AL) e o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) foi fundamental, pois um espaço ou chão, como se costuma falar tecnicamente, em uma feira internacional de moda custa, em média, sete mil euros. E

não é só isso. Existem também os custos com as passagens, o hotel, entre outras despesas, que vão além da realidade de uma pequena empresa. Porém, Mailda, Jeanine e Renata Fontam são ousadas e criam, nos papéis, as coleções inspiradas nas quatro estações do ano: inverno, outono, primavera e verão, seguindo a tendência da moda, mas com identidade própria. Essa é a

principal característica da Caleidoscópio. A empresa já conquistou os prêmios: Top 100 Sebrae 2008 , Melhor Trabalho Artesanal - Brasil, Swarovski Design Contest 2008 (4º Lugar), New York , Best Design Company. Câmara De Comércio França/Brasil. Paris - França, Top 100 Sebrae 2006, Melhor Designer Profissional Swarovski 2006

(4º Lugar ). A empresa de designer Caleidoscópio tem 12 anos no mercado. Tudo começou quando Renata e Jeanine Fontam produziam bijuterias para vender no curso de Arquiteta. Pouco tempo depois, a mãe delas, dona Mailda, também arquiteta, associou-se às filhas, formando a Caleidoscópio, uma marca tipicamente alagoana.

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Economia

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COOPERAÇÃO

Brasil eleva investimentos em projetos De acordo com o Ipea, o País destinou mais de R$ 2,89 bilhões em ações com países estrangeiros em 5 anos O Brasil investiu mais de R$ 2,89 bilhões em projetos de cooperação com outros países no período de 2005 a 2009. Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores, a maior parte dos investimentos (79%) foi direciona-

da para ações de organizações internacionais e bancos regionais. O restante dos recursos coube às áreas de assistência humanitária, bolsas de estudo e cooperação técnica. Segundo o diretor da Agência Brasileira de Cooperação, ministro Marco Farani, o crescimento nos investimentos para projetos de cooperação é necessário, principalmente, para um país co-

mo o Brasil, que quer ser protagonista no plano internacional. “Ajuda internacional, ajuda ao desenvolvimento, seja por meio de cooperação na área de educação, ciência, técnica, ajuda humanitária, cooperação financeira, que não está retratada no documento, vai ser cada vez mais, quase uma obrigação do governo”, afirmou Farani.

Para ele, não se pode imaginar que um país que queira ter influência, ter um papel na construção do mundo, sem uma ação correspondente no plano técnico e prático. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde receberam R$ 1,38 bilhões no período de 2005 a 2009. O Brasil contribui ativamen-

te para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), devido ao crescente número de refugiados que o país vem acolhendo e à atuação em assistência humanitária internacional, coordenada pelo organismo. O Brasil também contribui com cerca de 70% dos recursos anuais do Fundo de Convergência Estrutural e de Fortalecimen-

to Institucional do Mercosul (Focem). No período analisado, foram destinados ao fundo mais de R$ 430 milhões, o que representou 30% das contribuições para organismos internacionais. Criado em 2004, o Focem tem o objetivo de aumentar a competitividade dos quatro sócios do Mercado Comum do Sul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Fundo perdido chega a R$ 800 milhões Em bancos regionais de fomento, o Brasil investiu a fundo perdido mais de R$ 800 milhões em cinco anos. O dinheiro foi para as cotas de integralização de capital de fundos de bancos regionais dos quais o Brasil faz parte. As instituições das quais o Brasil é cotista – Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) – contribuem com o crescimento econômico e com a redução da pobreza nos países de baixa renda. O Brasil não recebe dinheiro desses fundos. O estudo também analisou o investimento em assistência humanitária, que se deu principalmente em países da América Latina e do Caribe. Essas regiões ficaram com 76,27% da ajuda enviada diretamente, que representa, em valores, R$ 107, 81 milhões no período analisado. Entre os principais destinos da ajuda humanitária brasileira estão Cuba, o Haiti e os territórios palestinos que, juntos, receberam 53% do total, o que equivale a R$ 83,307 milhões. A concessão de bolsas para alunos estrangeiros que estu-

dam no Brasil ou no exterior representou cerca de 10% da cooperação brasileira (R$ 284,07 milhões). A maioria dessas bolsas foi para treinamento e capacitação. Cinquenta por cento delas são concedidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O restante é dividido entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que destinou 28% dos recursos, e a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, que distribuiu 20%. Os 2% restantes ficaram a cargo do Ministério das Relações Exteriores. Os recursos federais aplicados em projetos e programas de cooperação técnica, científica e tecnológica passaram de R$ 252,6 milhões. Em cooperação bilateral, o Brasil se concentrou em projetos de cooperação técnica horizontal que visam a mudanças estruturais na economia dos países e ao crescimento sustentável, de modo a garantir, igualmente, inclusão social e respeito ao meio ambiente. Esse tipo de cooperação está associado ao eixo Sul-Sul.

O Haiti é um dos países de maior participação brasileira através de ajuda humanitária

BANCOS

Negociar vantagens é alternativa para poupar Diário de Pernambuco Você já conseguiu, apenas conversando com o banco, a isenção de tarifas bancárias, descontos em serviços ou a diminuição das taxas de seu cartão de crédito ou do seguro do seu carro? Não? Então você precisa se tornar um negociador. Para isso, nada de aceitar propostas prontas. Convença o seu gerente a comprar sua fidelidade usando como moeda de troca informações sobre valores praticados por outras instituições, tempo de conta, quantidade de movimentação e o dinheiro investido no banco e vire um cliente pró-ativo. As dicas são do professor de economia financeira Luiz

Maia, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Segundo ele, o primeiro passo para conseguir boas propostas dos bancos é informação. “Você tem de mostrar que não precisa da instituição e que outros locais podem te dar mais vantagens”, ressalta. Nesse ponto, uma boa opção pode ser o programa Star, disponibilizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que compara os pacotes de serviços oferecidos pelos 14 maiores bancos do País, entre eles Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e HSBC. “Ache um pacote mais barato e com maior número de serviços, imprima e leve ao seu gerente. Ele irá reavaliar suas

taxas”. Já quem tem mais de dez anos com a mesma conta, nem precisa ameaçar para obter um tratamento diferencial. De acordo com Luiz Maia, nenhum gerente quer perder um cliente antigo, de quem tem informações detalhadas e de quem sabe o quanto pode confiar. “Os bancos têm sistemas de dados extremamente complexos e não têm interesse em reduzi-los. Se você é um cliente fiel, use isso para virar vip, premium, personalité ou qualquer outro status maior, sem pagar taxas extras. A fidelidade bancária, atualmente, não é mais necessária e, por isso mesmo, deve ser valorizada”, comenta.

COMMODITIES

Fórum Econômico alerta para escalada de preços O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) alertou todos os países para uma escalada nos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional, como alimentos e minérios) nos próximos anos e para novas ameaças ao equilíbrio fiscal. Durante a divulgação do relatório Riscos Globais 2011, em Londres, os principais economistas de consultorias contratadas pelo organismo traçaram um cenário crítico de déficits nas contas de governos, sobretudo da Zona do Euro, e de crescentes tensões comerciais dois anos após o estouro da crise econômica. “Os desafios à governança global

iniciados em 2008 alcançaram uma escala inédita”, disse Robert Greenhill, diretor de Negócios do WEF. Enquanto a guerra cambial lidera as preocupações de governos e de especialistas, a sexta edição do relatório também aponta riscos envolvendo o descompasso entre a demanda e a oferta de recursos naturais, com destaque para água, energia e alimentos. Outra parte do estudo relata o perigo causado pelo avanço da criminalidade e da corrupção no mundo. Durante entrevista coletiva online, esta semana, o presidente do Oliver Wyman Group, John Drzik, chamou a atenção

para o começo de uma “nova era de oscilação” dos preços de commodities, afetados por eventos climáticos, pelo crescimento acelerado da procura e por deficiências na oferta. Com base na tendência dos últimos sete anos, ele prevê que os valores de energia, água e alimentos subam de 30% a 50% até 2030, “afetando a competitividade de setores econômicos e de países”. Para minimizar os efeitos da alta generalizada de matérias-primas essenciais, Drzik recomendou uma postura consciente e eficiente de cidadãos e governos, contendo riscos à segurança alimentar, por exemplo.

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Imobiliário

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BARULHO DO VIZINHO Posso acionar meu vizinho na justiça por causa do barulho? O que dev fazer? Caetano Bandeira - engenheiro Quem mora em condomínio e se sente prejudicado pelos barulhos causados pelos vizinhos pode acionar a Justiça para reaver os direitos. No entanto, segundo o advogado Carlos Samuel de Oliveira Freitas, essa atitude deve ser tomada em último caso. De acordo com Freitas, ao se sentir incomodado, o morador deve tentar primeiro uma conversa amigável com quem está provocando o barulho. Caso não dê resultado, o segundo passo é recorrer ao síndico, que deve exigir que as normas do condomínio sejam cumpridas. "O síndico ainda pode apresentar soluções, advertir o morador barulhento e até multá-lo por infringir as normas", afirmou o coordenador. Ainda segundo Freitas, algumas medidas podem ser tomadas para evitar conflitos entre os vizinhos e assegurar o silêncio no condomínio. "Colocar feltro nos pés dos móveis para não fazer barulho quando forem arrastados, procurar usar eletrodomésticos como aspirador e micro-ondas em horários adequados, não secar o cabelo com secador depois das 22 horas e colocar sapatos que façam muito ruído somente na porta, na hora de sair, são algumas dicas valiosas para não incomodar quem mora nos apartamentos próximos", aconselhou Freitas. Para aqueles que moram próximos ao salão de festas, o coordenador de condomínios recomenda que o espaço seja revestido com espuma ou qualquer outro material que absorva o som ou que as janelas e portas sejam trocadas pelas antirruído.

CURSO ADIADO Foi adiado para o período de 09 a 11 de fevereiro o Curso de Inspeção e Diagnóstico em Estruturas de Concreto armado promovido pelo Crea-AL. O objetivo do curso é fornecer conhecimento básico sobre concreto de cimento Portland e as manifestações patológicas que afetam o concreto armado. Informações mais detalhadas podem ser solicitadas através dos telefones (82) 3-221.6000 e (81) 3227.1254 ou pelo email iq@iq.org.br

DOIS QUARTOS As unidades residenciais de dois dormitórios continuam sendo as vedetes do mercado imobiliário. As vendas deste tipo de imóvel nos principais centros urbanos do País beiram os 40% do total das vendas entre janeiro e novembro de 2010, segundo pesquisa do Secovi.

AVISO Para dar sequência aos trabalhos de drenagem que integram a 5ª etapa do projeto de Requalificação do Centro de Maceió, a SMTT deverá interditar, nesta segunda-feira (17), mais um trecho da Rua Dias Cabral, entre a Rua Santos Pacheco e a Travessa Dias Cabral. Quem tentar chegar à Emergência 24 Horas da Santa Casa de Maceió passando por trás do Teatro Deodoro terá que procurar uma alternativa.

CREA-AL Quem está com a bola todas são os funcionários do Crea-AL. Os serviços prestados pela entidade foram classificados como bons por 74,29% dos profissionais vinculados ao sistema Confea/Crea em Alagoas. A pesquisa foi feita pela empresa de consultoria Six Consultores Associados Ltda.

CRECI/AL Quem concluiu o Curso de Transações Imobiliárias deve apresssar o passo. A próxima sessão plenária do Creci-AL, onde serão oficializados os novos corretores de imóveis, será no dia 14 de fevereiro. A pressa se justifica por que as inscrições encerram-se em 04 de fevereiro.

EM FOCO

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Desapropriação de imóveis poderá ocorrer em 48 horas Em análise na Câmara de Deputados, projeto agilizará obras públicas A Câmara dos Deputados analisa medida que acelera as desapropriações consideradas de utilidade pública e amplia a oferta de imóveis destinados à baixa renda. O conteúdo referente às desapropriações, entretanto, vêm encontrando resistência por parte de alguns parlamentares. O assunto interessa sobretudo a quem possui imóveis próximos a rodovias em duplicação, como é o caso da AL 101 Sul, ou que estejam na mira de outras obras públicas para desapropriação. O Projeto de Lei 7979/10 será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania e altera os prazos e os requisitos para a concessão judicial de posse provisória de imóvel. No mesmo PL estão algumas medidas que pretendem viabilizar a construção de novas unidades habitacionais vinculadas às obras de urbanização para o segmento de baixa renda, no âmbito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Segundo o texto, o juiz ex-

pedirá mandado, no prazo máximo de 48 horas, ordenando a posse provisória, mediante depósito do preço ofertado pela desapropriação e a apresentação da documentação necessária. Hoje, a legislação não estabelece prazo para o juiz dar entrada no documento provisório. O registro da posse provisória deverá ser feito no cartório de registro de imóveis competente, com a apresentação do mandado judicial e da documentação técnica. “Se o Poder Público alegar urgência e depositar o valor da desapropriação, o juiz tem 48 horas para colocar o imóvel sob posse da administração pública”, resumiu o secretário nacional de programas Urbanos do Ministério das Cidades, Celso Carvalho, de acordo com a Agência Câmara. “Havendo uma sentença, o Poder Público vai pagar o preço determinado pelo juiz”, afirmou Carvalho. Com isso, “não se fica esperando anos e anos para o Poder Público poder usar aquele terreno que foi desapropriado”, explicou. Com informações do portal Infomoney e da Agência Câmara.

Medida pode agilizar o cronograma de duplicação da AL 101 Sul

OAB avalia pontos positivos e negativos para donos de terrenos Para o vice-presidente da Comissão de Defesa da Ordem Urbanística da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Martinho Gallo, o projeto do Executivo tem problemas e pode trazer prejuízos aos proprietários dos terrenos. “Ele será penalizado duas vezes. Primeiro, se o terreno tiver sido invadido esse projeto de lei considera que tem que haver uma depreciação por conta da invasão”, diz.

De fato, o texto acrescenta dispositivo que estabelece que no cálculo do valor do bem a ser desapropriado deverá ser considerada a depreciação decorrente da ocupação coletiva por assentamentos irregulares. O projeto também prevê dedução do valor a ser pago pelo imóvel, quando ele apresentar dívida ativa da Fazenda Pública. “Então, de repente, ele pode ser desapropriado e não receber nada”, concluiu Gallo, de

acordo com a Agência Câmara. Apesar das críticas sobre os procedimentos de desapropriação, Gallo acredita que a população de baixa renda deve se beneficiar, pois terá a segurança de ter um documento em mãos que comprove a propriedade do imóvel. "Alguém para ter um imóvel, para ter uma certa segurança, tinha que ter uma escritura, não bastava um documento de posse", concluiu.

CARNÊ SÓ EM FEVEREIRO

Contribuinte já pode retirar boleto do IPTU pela internet O pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) 2011 já pode ser feito sem que o contribuinte tenha recebido o seu carnê, que deverá ser distribuído pelos Correios no início de fevereiro. O contribuinte que precisar antecipar o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) 2011, já pode fazê-lo. O carnê de pagamento só deverá chegar pelos Correios, ao endereço dos imóveis, no início de fevereiro, mas segundo a secretária de Finanças do município, Marcilene Costa, todos os dados já foram lançados no sis-

tema e, com isso, já é possível para qualquer contribuinte que esteja com o cadastro atualizado, gerar o boleto pela internet, no endereço eletrônico www.smf.maceio.al. gov.br. “Essa opção de emissão do carnê pela internet é um mecanismo para facilitar a vida daqueles contribuintes que precisam viajar ou têm outros compromissos em fevereiro e preferem pagar antes para não perder o desconto”, diz a secretária. Marcilene Costa lembra que o pagamento efetuado até o dia 28 de fevereiro, em cota única, garante desconto de 20%

no valor total do IPTU. Depois dessa data, o desconto será de 10% para pagamento efetuado até 31 de março, também em cota única. Mesmo para o contribuinte que esteja em dívida com impostos anteriores, o desconto para o pagamento do imposto 2011 é assegurado, se for pago em cota única, mas nesse caso, os percentuais são de 10% até 28 de fevereiro, e de 5% até 31 de março O pagamento do imposto também pode ser parcelado em até 10 meses, com vencimentos no ultimo dia útil do mês, a partir de março, até dezembro.

Saiba quem pode ter isenção do imposto O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil em Alagoas (IAB-AL), Rafael Tavares, inicia 2010 trabalhando na organização do XXIV Congresso Panamericano de Arquitetura (24º CPA) que acontecerá na capital alagoana em novembro do próximo ano. O 24º CPA terá a participação de 20 personalidades nacionais e quatro internacionais em uma programação que abrange mostras, feiras, palestras e shows.

A Lei 5.256/2002 garante isenção no pagamento do imposto para os proprietários de imóveis residenciais de padrão construtivo popular ou baixo, avaliados pela prefeitura em até R$ 8.121,45. Outra isenção, garantida pelo Código Tributário Municipal de Maceió – Lei 4.486/1996 – é para o caso de

propriedade única de imóvel, de uso residencial, de padrão construtivo popular ou baixo, com área construída menor ou igual a 120 metros quadrados e com área de terreno inferior ou igual a 250 metros quadrados. COMO SOLICITAR - Essa isenção tem que ser solicitada por meio de requerimento, en-

tregue na sede da Secretaria Municipal de Finanças até 30 de abril. Para 2011, o imposto teve o seu valor realinhado em 5,2%, percentual correspondente ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrado no período entre novembro de 2009 e outubro de 2010.

CONDOMÍNIO

Funcionários podem ser risco para segurança Os equipamentos comuns de segurança, como câmeras, monitores e sequenciadores de imagens, não são suficientes para a segurança do condomínio, segundo o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Hubert Gebara. Para ele, os funcionários do condomínio podem ser um risco para os moradores, caso não seja contratados com os cuidados necessários. De acordo com o Secovi, uma medida de cautela seria exigir e renovar o atestado de antecedentes criminais de candidatos para qualquer vaga, desde porteiro a zelador. "Não basta pedir essa documentação só no ato da contratação do funcionário. O ideal é que o atestado de antecedentes seja renovado a cada seis ou 12 meses", afirmou Gebara. Segundo o Secovi, o candidato à vaga no condomínio deve preencher, de próprio punho e com letra legível, uma ficha com os dados pessoais, incluindo o nome do pai, da mãe, data, ano e cidade onde nasceu, para evitar problemas com homônimos. Além disso, devem ser solicitados diversos documentos importantes como atestado de antecedentes criminais, certidão negativa de cartório de protestos, certidão negativa do distribuidor Forense (Justiça criminal) e certidão negativa da Justiça do Trabalho. Antes da contratação, deve se observar se o candidato se encaixa na função para qual ele se candidata. Também deve se buscar referências nos dois últimos empregos do candidato. Quando o funcionário for contratado, o período de experiência deve ser de 45 dias, prorrogável por mais 45 dias, sendo que o salário deve ser compatível com o mercado, para evitar dupla jornada de trabalho. Com informações do Infomoney.

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Confira as promoções na Revista da TV

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Fotos: Lula Castello Branco

Um lugar de grandes novidades

Mercado de Artesato: de esculturas em palito de fósforo até biombos de fibras naturais

O JORNAL foi até o Mercado de Artesato da Levada, rico representante da cultura genuinamente alagoana, para conhecer as pessoas, suas histórias e experiências com a arte popular das Alagoas Jacqueline Batista Repórter

Mercado de Artesanato da Levada não é um desses lugares da moda, mas talvez por isso mesmo, seja um espaço autêntico no que se refere à cultura popular nordestina, especialmente alagoana. O prédio, que é mantido pelo poder público municipal, foi inaugurado em 1936 para abrigar um mercado de gêneros alimentícios. Devido à demanda de artesãos que precisavam de um local para comercializar seus produtos, na década de 1970, passou a ser Mercado de Artesanato. Atualmente, existem trezentos e dezoito comerciantes cadastros no lugar. No Mercado, o visitante pode encontrar de tudo o que for mais típico, mais alagoano, mais tradicional. Existem, sim, outros mercados e feiras de artesanato em Maceió, principalmente na orla marítima, mas no mercado da Levada é diferente: algumas coisas só se encontram lá. Para compor um ambiente diferenciado em seus projetos de decoração, a arquiteta Mirna Porto compra tudo o que precisa no Mercado de Artesanato. "Gosto de comprar no Mercado, primei-

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ro porque concentra um volume de material muito grande, depois, porque a maioria do artesanato de lá é feito em Alagoas, diferentemente de outros lugares que vendem artesanato em Maceió. Além disso, o Mercado tem muitos objetos utilitários, que costumo usar em meu trabalho com decoração. Entre outras coisas, lá tem uma grande quantidade de cerâmica, uma cestaria muito rica, tapetes muito interessantes, mantas, redes, objetos em uma quantidade grande e muita variedade", disse a arquiteta, que também é fascinada pelo lugar. "O Mercado em si também é muito bacana, em torno dele é muito interessante, tem ervas medicinais, garrafadas, existem muitas coisas curiosas ao redor, é uma mistura de cores, cheiros, volumes. Acho que o turista deveria ir mais. O Mercado só precisa de uma limpeza maior a sua volta", opina. O clima de autenticidade do Mercado não se restringe à variedade de objetos artesanais, que vão desde esculturas confeccionadas com palito de fósforo até biombos feitos de fibras naturais. O Mercado também é

o lugar da origem. A cada passo, artesãos são encontrados em pleno fazer de seu ofício: bordando, pintando, moldando, talhando, criando e cultivando uma arte que sai das mãos de pessoas do povo, a maioria com uma formação autodidata, resultado de sua própria inserção na cultura alagoana. É nessa miscelânea que podemos encontrar personagens típicos de Alagoas. O Mercado é formado pela cultura, cabeças e mãos dessas pessoas que fazem e/ou vendem o artesanato. O JORNAL foi até lá conhecer alguns desses personagens, suas histórias e experiências com o artesanato popular das Alagoas. Personagens diferentes, mas que reunidos formam a identidade do Mercado, que, por sua vez, representa ricamente parte da essência e da espontaneidade da cultura genuinamente alagoana.

CONTINUA NAS PÁGINAS B2, B3, B7 E B8

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Variedades

Lula Castello Branco

Alessandra Vieira

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O menino cresceu e assistiu à transformação do Mercado

“Tem coisas que só existem aqui no Mercado” O artesão Cherleton Ursulino Viana é outro que está no Mercado desde criança. Chegou lá há quinze anos, quando ainda tinha oito anos de idade. No inicio, ajudava o pai e foi aprendendo o ofício aos poucos. O pai, que era proprietário de dois lojas, cedeu um quando Ursulino, como é conhecido entre os colegas do Mercado, fez dezoito anos. O pai ainda tem um dos lojas, mas só revende os produtos artesanais. Já Ursulino aprendeu sozinho a fazer artesanato. Hoje, ele faz cestas, balaios, peneiras, potes, caqueiras, pufes, cadeiras, biombos e luminárias. A maioria dos objetos é feita com fibra natural, que vem do interior de Alagoas e Pernambuco. "O lucro é maior, quando eu mesmo faço o artesanato, em compensação, dá mais trabalho, mas gosto de fazer", disse. Ursulino aproveita o intervalo entre um e outro cliente para confeccionar suas peças lá mesmo. O artesão também vende objetos feitos por outros artesãos. As peças compradas são de algumas capitais nordestinas e cidades do interior como Caruaru, Arapiraca, Pilar e Paço do Camaragibe. Outras peças, o comerciante compra de artesãos do próprio Mercado. "Tem coisas que só existem aqui no Mercado, principalmente o que é mais rústico, como os objetos feitos de cipó", disse Ursulino. (J.B.)

Alessandra Vieira

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O maceioense José Costa chegou ao Mercado com setes anos de idade, e já está lá há sessenta e três anos. Cresceu ajudando a mãe a vender gaiolas, peixes ornamentais, ninho de passarinho, banheiras, comedouros, caixas para tenebras, ornamento para aquários, entre outros produtos do gênero. Os irmãos maiores já tinham suas próprias barracas, e seu José Costa ganhou sua independência aos 14 anos, quando passou a tomar conta da barraca sozinho. Durante os longos anos que trabalha no Mercado, fez o curso de Direito, atuou em repartição pública, mas nunca deixou de tomar conta do estabelecimento. O menino cresceu e viu o Mercado se transformar. "Quando cheguei ao Mercado, o lugar ainda comercializava carne de boi, crustáceos, peixes, frutas, verduras e variedades em geral. O lugar não vendia artesanato. Quando surgiu o Mercado da Produção, na década de 70, os alimentos foram para lá e aqui só ficou o artesanato", lembra o comerciante. (J.B.)

Do Mercado de Artesanato direto para a Itália

“As melhores decorações da rede hoteleira de Alagoas saem daqui" Quando o assunto é artesanato, o nome da artesã Yeda Ferreira não pode faltar. Ela tem uma longa experiência no assunto: há dezesseis anos no Mercado, já foi monitora de artesanato no próprio Mercado para capacitar artesãos de lá mesmo, bem como alunos de fora. Yeda também passou pela experiência de administrar o Mercado durante dois anos. Antes de trabalhar no ambiente atual, a artesã tinha uma loja na própria casa, onde vendia suas criações. Yeda, que já chegou a ter três lojas de artesanato no Mercado, vende produtos variados. "Mexo com tudo um pouco. Faço bolsas com juta e tecido, pintura, filé, crochê, pinto bolsas, faço chapéus, boinas, boleros de crochê, cabaça decorativa, peso de porta, artesanato com conchas", enumera a artesã, que tem orgu-

lho de trabalhar no Mercado. "As melhores decorações da rede hoteleira de Alagoas saem daqui", enfatizou. A artesã defende que o mercado de artesanato é mesmo um celeiro de criações, bem como uma espécie de porto, em que vários municípios de Alagoas e de outros estados nordestinos fazem chegar o seu melhor produto. Segundo a artesã, objetos artesanais chegam de lugares variados direto para o Mercado. Marechal Deodoro, por exemplo, leva o filé; Penedo abastece o Mercado com as peças de barro; Coruripe leva os artigos de palha; a renda renascença chega de São Sebastião; Arapiraca leva produtos de couro, como as famosas sandálias, conhecidas como xô boi. (J.B.)

CONTINUA NAS PÁGINAS B3, B7 E B8.

A arte da topiaria - adornar jardins, dando diversas configurações às plantas - também está presente no rol de talentos dos artesãos locais. Essa é a especialidade de Kátia dos Prazeres, que trabalha no Mercado há catorze anos. A artesã, que chegou a se desfazer de dois carros para comprar a atual loja do Mercado, não se arrepende do investimento. Kátia cria pequenos objetos de topiaria, geralmente miniaturas de árvores, feitas de sementes de piriquiti, girassol, feijão, milho e olho de boi (que apesar do nome também é um tipo de semente). Além desse material, a artesã utiliza dentes de alho para confeccionar a topiaria, aliás, muitos dentes de alho. Só no último mês de novembro, Kátia utilizou quarenta quilos de alho para fazer suas peças. A artesã começou a fazer topiaria após uma viagem a Caruaru, quando Kátia viu um modelo bem mais simples. "Era feito só com alho e milho, mas eu comecei a fazer diferente, incrementei, usei outras sementes para ficar assim", explica a artesã. E pelo jeito o resultado agradou muito: além de vender no Mercado, Kátia comercializa suas peças para serem revendidas nas principais feiras de artesanato de Maceió, em Caruaru, no Rio de Janeiro e na Itália. Apesar de a topiaria ser o carro chefe de seu artesanato, Kátia também faz, entre outros, bonecas de pano, nega maluca, flores com a técnica do fuxico e painéis de flores feitas de sementes. (J.B.)

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Alessandra Vieira

Após um sonho profético, Arlindo começou a fazer esculturas em palitos de fósforo

Menor que uma cabeça de fósforo artesão Arlindo Monteiro é praticamente uma celebridade. No Mercado há mais de vinte anos, ele tem muitas histórias para contar. Antes de trabalhar lá, Arlindo fazia esculturas a partir do tronco de coqueiro. As peças eram vendidas na rua mesmo, até acontecer a grande virada de sua vida. Primeiro, Arlindo conseguiu um espaço no Mercado para trabalhar, mas o principal ainda estava por vir. Cansado de carregar pesados troncos de coqueiros, um dia Arlindo chegou em casa, especialmente exausto, questionando as dificuldades daquele trabalho árduo. Ao dormir, teve o grande insigth: sonhou com a figura de Cristo entalhada em um palito de fósforo. Não deu outra: após o profético sonho, Arlindo começou a fazer esculturas em palitos de fósforo. "Gastei quase um maço de fósforos, não ficou muito bom, mas no dia seguinte, um comprador se interessou e eu acabei vendendo. Depois, ele voltou e trouxe um cabo e uma lâmina de bisturi para que eu fizesse outras criações com o palito de fósforo. Desse dia para cá nunca mais passei fome na vida", conta Arlindo, emocionado. O artesão tem peças que custam desde R$ 15 até mil reais. As mais caras levam de dez a quinze dias para ficarem prontas, é o caso de uma peça com todos os personagens do folguedo alagoano Guerreiro. As esculturas de Arlindo são verdadeiras miniaturas, feitas no tamanho do próprio palito de fósforo. De tão minúsculas, o artista deixa lentes de aumento à disposição do cliente para facilitar a observação das peças. Algumas são mesmo muito difíceis de ver - é preciso ter a vista muito boa - caso de um avião com piloto: a escultura é menor do que a cabeça de um palito de fósforo. Ainda assim, sobressaem a perfeição e a riqueza de detalhes. Com a mesma técnica, por R$ 50, Arlindo também faz esculturas de pessoas. "É só trazer a foto e eu reproduzo a imagem no palito de fósforo. Às vezes, a pessoa não sabe o que dá de presente, e este é um presente original, totalmente diferente", disse Arlindo, que fez uma escultura da atriz Lílian Cabral, encarnada em um personagem de teatro, a pedido da atriz global Paloma Bernardi, que presenteou Lílian. Outra celebridade retratada em palito de fósforo por Arlindo foi o técnico de futebol Felipe Scolari. "Fiz uma escultura dele ajoelhado para nossa Senhora do Caravággio, da qual é devoto. Como agradecimento, Felipão me deu uma flâmula da Seleção Portuguesa e escreveu 'ao amigo Arlindo, um abraço do Scolari'. Não tem dinheiro que pague isso", disse o artesão. Ao longo da trajetória desse artista, seu trabalho foi visto mundo afora: fez exposição na Feira da Universidade Católica do Chile, participou, por nove anos consecutivos, de uma exposição internacional de artesanato em Córdoba, na Argentina, onde ganhou uma premiação como o segundo melhor artesão,

O

dentre mil e quinhentos que participaram do concurso. O artista também já fez exposição no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, participou da Bienal de Artesanato de São Paulo e de uma exposição de arte da colônia Japonesa de Londrina, no Paraná. A última participação de Arlindo em eventos fora de Alagoas aconteceu em uma feira de arte, em Fortaleza. Em Maceió, o artesão foi premiado em um concurso de presépios natalinos, promovido pela loja de decoração Ponto e Linha, da empresária Lourdinha Lyra. "Fiz o presépio com personagens alagoanos, como Nelson da Rabeca tocando para Cristo, bumba meu boi, o cavalo e a burrinha de carnaval", conta. Mesmo com todas essas experiências no universo artístico, a maior visibilidade obtida pelo trabalho de Arlindo foi, mesmo, a oportunidade de ter suas miniaturas em toda a abertura da novela Da cor do pecado, da Rede Globo, em 2004, cujo trabalho teve a assinatura do designer Hans Donner. Arlindo conta como essa chance bateu a sua porta, ou melhor, como ele mesmo foi atrás dessa oportunidade. "Não foi o Hans Donner que me procurou, eu é que fui atrás dele. Encontrei-o aqui em Maceió, há dez anos, olhando uma de suas criações: o relógio em homenagem aos quinhentos anos do Brasil. Pedi que ele olhasse o meu trabalho e me desse uma dica para eu melhorar. Mostrei uma peça de São Jorge, e para minha surpresa, ele era devoto do santo. Hans Donner teve um respeito muito grande pelo meu trabalho. O que vale na vida é conhecer gente boa", comemora. O encontro inusitado rendeu bons frutos. Após esse primeiro contato, Hans Donner e a globeleza Valéria Valenssa foram ao Mercado procurar o artesão. Arlindo lembra que a multidão, curiosa, cercou o casal famoso. Depois disso, o artista foi ao Rio de Janeiro fazer uma exposição e aproveitou para telefonar para Hans Donner. "Assim que atendeu, ele me deu imediatamente a notícia que eu faria as miniaturas para a abertura da novela. Todos os personagens da história foram feitos em palitos de fósforo, filmados de um jeito que pareciam grandes. No final, os dois personagens principais apareciam pequenos e eram segurados por duas mãos até se tocarem e se beijarem", descreve Arlindo. Quem pensa que toda essa trajetória é suficiente para o artista, enganase. Os projetos para o futuro são ambiciosos. "Quero fazer vinte e uma mil esculturas contando a história do Brasil. Pretendo entrar no Guinness com o meu trabalho. Depois disso, quero viajar pelo Brasil para expor essas esculturas, cobrar, por pessoa, um real mais um quilo de alimento não perecível para doar a uma instituição de caridade do estado em que a exposição ocorrer", planeja Arlindo. (J.B.)

CONTINUA NAS PÁGINAS B7 E B8. Nide Lins

Nide Lins

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UMAS POUCAS PALAVRAS

Continua Penedo Seguimos com Penedo, recordando. Pelo menos, diverte e fica um pequeno depoimento sobre a Rua da Penha e seus mundos na transição dos 40 para os 50. Penedo era muito grande para viver na minha cabeça, mas a Rua da Penha era um universo legal. Não digo que estou fazendo uma história cultural ou dos costumes. Estou apenas recordando e nisso aparece muita coisa que dormiria oculta, nomes que se acabariam sumindo como se o tempo fosse volátil.

Cada um tem no seu espírito as suas recordações, classificadas, arranjadas, superpostas, as mais recentes por cima, as mais antigas por baixo, numa ordem admirável, que apenas ligeiramente é perturbada pelo decurso de um grande

O que faz Penedo Adormece com o rio

tempo, suprimindo-se algumas lembranças ou deslocando-se outras. Basta, porém, que uma causa desperte a adormecida reminiscência, para que venha por assim dizer, à tona doespírito a mais antiga imagem do passado. Esta causa pode ser qualquer, uma harmonia que se ouviu outrora e que novamente se ouve, um lugar por onde algumdia, passou-se e que se torna a ver, um painel, uma voz, uma fisionomia, um aspecto... que lembram-nos pela semelhança ou pelo contraste um aspecto, uma fisionomia, um painel que noutro tempo nos impressionaram.

Sávio de Almeida

Raul Pompeia em um conto: A andorinha da Torre

MIOLO DE POTE: CAPELA, PENEDO E O RESTO DO MUNDO (III)

A grade da comidagem

A rua: a comida e o tempo Pilar era a marca (massa) que ficou na minha cabeça, empresa que data de 1875, de história familiar e que a partir da década de 30 fabricava macarrão. A ela associo o biscoito que eu comia com leite e costumo fazer isso ainda hoje. O biscoito Maria tem nome de quem? Quem foi essa Maria que todo mundo come? Será que foi mesmo criado em 1874 em homenagem a uma Duquesa chamada Maria Alexandrovc, conforme andei lendo não sei onde? Se for, a Duquesa virou bolacha que em todo canto se acha. O que marca o Biscoito

Maria, para mim, é o tom do gosto da baunilha. O Maisena já é mais ácido, sei lá, algo cítrico, aquele retângulo quem sabe rombudo. Além do mais, aquele redondinho ilustrado da Maria, bom de pegar para dar a dentada o faz favorito entre os biscoiteiros ou será o Maisena? A pessoa que tinha cara redonda, a gente chamava de Bolacha Maria. Sexta-feira eu me espalhava, pois era dia de peixe, e ele aparecia de várias maneiras e vezes na figura de um surubim. Piranha, lembro lindas...

Hoje surubim está sumido do rio. As piranhas também andam sumidas; eu era proibido de tomar banho no rio por causa delas; hoje, caio dentro e fico deitado sem o menor sobrosso e nem nado apenas de costas, como era altamente aconselhável. O rio teve suas desilusões e nisso levou seus peixes. Piranha ainda se pega e vez em quando numa lagoa, ela entra no cuvu e faz algum estrago. Não acabaram, mas deixaram de ser a fera do rio, que ainda guarda nas suas águas este ser quase mitológico e de insidiosa vida.

A piranha e o cuvu O Nei Lopes considera que o cuvu é um nome bantu, quicongo Kivu. O termo se encontra em palavras compostas mas não ligadas à pesca no "Diccionario da Língua Bunda ou Angolense explicada na Portuguesa e Latina composto por Frei Bernardo Maria de Cannecattim", publicado em Lisboa pela Impressão Régia (M.DCCCIV)

e também aparece no "A comparative Grammar of south african languages" de 1869 e ali é ligado à água pois se relaciona a qualquer coisa como hipopótamo. Mas o que importa mesmo é a beleza da pesca do cuvu e o perigo; ele é um cone; uma espécie de haste é presa nos aros e ultrapassa o último, que é justamente a parte

que vai ser enfiada no lamoso. Na parte de cima, tem uma abertura e a pessoa enfia a mão para pegar o peixe, no que pode ter a grande surpresa da piranha e ela pode também estar na água ao derredor. Arranca facilmente o naco da batata da perna. O caldo de piranha dizem que é bom para retornar as ardências pessoais.

A culinária e o senso de pedir Nunca fui muito amigo de pirão de peixe; sempre fui mais partidário do frito; eu me deslumbrava mesmo era com o bacalhau, que naquele tempo ainda era bom; ele ia para mesa de formas diferentes: a melhor era assado na brasa, feitas iscas, temperado com um vinagrete onde o cheiro verde predominava. Minha mãe que era chegada à pimenta, fazia um molho à parte e vamos lá. Minha mãe me fez ficar com mania de pimenta. O usual era tirar o caldo do feijão, amassar uma, e lá vai fumaça. A alta culinária portuguesa conheceria de tal mistura, pelo nome de molho de pobre e de tal pobreza dão conta duas receitas de Lucas Rigaud, em seu livro de algumas edições, a mais antiga que conheço sendo de 1785. A de 1826 já era a quinta edição, sinal do sucesso de um dos mestres da cozinha de sua majestade. Ele dá a

receita do que chama de molho de pobre: "Deitem em uma tijela, ou em uma salseira, cebolinha picada, sal, pimenta e água, e sirva-se frio.". Era mais ou menos exatamente isso. Parece contudo, que o exercício de minha mãe era mais inteligente, pela substituição da água e eu devo considerar que obrigatoriamente todo peixe pede pimenta. O rei de todos os peixes é a traíra, mas é preciso saber, ter ciência. Tinha razão a minha mãe; como tinha razão a Guiomar quando dizia que fava pede somente água e sal. A Maria José da Capela encontrava-se com a Guiomar no meio do caminho entre Boca da Mata e Anadia e se encontrava também com a Zezinha da Bananeira de Baixo, louca por um peixe fosse qual fosse, podendo até ser cospe-cospe e adepta da pimenta. Viesse piaba, cará o que fosse, Zezinha (mãe da Guió) traçava com

gosto e, da excelência dos seus conhecimentos saía uma máxima culinária: "Teve um olho, dá um molho!". Eu não gosto de cospe-cospe a não ser bem seco, como a piaba. Já criei cinco traíras e adorava ficar vendo o comportamento delas: passava horas sumido do mundo, em companhia da Chica, mais ou menos de palmo. Fiz uma toca para ela, um cantinho escuro e bonitinho. Chica enfiava o corpo e a cabecinha ficava de fora como se fosse uma enguia e acho que as duas se simpatizam. Aí, lá vinha uma piaba toda fagueira: frescava daqui, rodopiava dali e passou dentro da área de operação da Chica, que traíra não gosta de sair para estar pescando especialmente na água clara, por isso é que em alguns cantos se faz a minjuada. O bote era rápido, espantoso, sem ao menos a piaba anônima perceber. Chica era traíra.

A Rua da Penha e o Hermes Trismegistrus Era o pedir, aquilo que presidia a cozinha de Maria José de Almeida, intuitiva e capaz de proezas. O pedir exige atenção e uma escrita. Existe um discurso limitado no termo gastronomia e amplo em cozinha e culinária. Considere-se que o discurso culinário ultrapassa o alimento e cria a comida e, nessa construção, a regra do pedir é essencial para que - vou ousar a construção de uma imagem a condição alquímica se concretize e deixe de ser apenas uma aspiração de Hermes Trismegistrus. Continuando a ordem da imagem, na cozinha lá

de casa havia uma espécie de Corpus Hermeticum legível pela intuição ou pela arte do saber o que se pede: vencíamos as coisas sutis e penetrávamos no sólido, como está escrito na Tábua de Esmeralda, texto atribuído a um ser que detinha as três partes da filosofia universal. É este saber pedir, que levou Darcy Ribeiro a uma comparação aparentemente esdrúxula ao falar em culinária francesa e imediatamente compor sobre a capacidade do caboclo produzir sucos. Há relação entre o saber pedir e o ambien-

te, sinal inequívoco de que a cultura se escreve em tempo e lugar definido, coisa antiga e por demais dita, mas necessária de ser recordada vez e quando, para reafirmar a importância do local. Por exemplo, a impotência pediu caldo, o caldo pediu piranha, a piranha pediu o cozinheiro, o cozinheiro fez uma nova piranha que jamais seria a mesma piranha do rio e agora, alquimicamente, era a habilitadora de sexo humano. Há sempre uma necessidade que pede, como a fava somente pede sal e farinha.

A fundante da tradição culinária É claro que se pode partir para uma série de regras implícitas no pedir da culinária, da mesa da casa naquela rua de Penedo. Em primeiro lugar, quanto mais existir, quando mais será pedido; jamais a cozinha de Penedo poderia deixar de ser cozinha de rio, justamente por Penedo ser um rio então, no fundo, quanto mais particular mais expressa o rio; em segundo lugar, quanto mais experimentada mais seria usada ou não, sendo a comida que fica, aquela que permanece, um resultado do tempo. Bastam esses elementos para que se tenha a culinária como história, um processo que se desenvolve e, portanto, a mesa da Penha era extraordinariamente complexa. Numa mesa cabe o mundo e, então, seriam necessários diversos mundos para habilitar a da Rua da Penha: um universo em cada particular. Estamos diante do que poderíamos chamar de micro-cozinha, existindo a macro-cozinha penedense, com seu saber de excelência sobre o rio, mas esta não nos interessa aqui. Estava a intuição da Maria José, a maitre, a que sabia fazer e que sabia dizer se estava bom, se a cozinheira

prestava ou não, se estava desleixada ou não. Houve uma história que se desenvolveu em decisões sobre o concreto, como apreendo (concreto da decisão) de Levy Strauss na dualidade do Cru e do Cozido. A história sentada em nossa mesa, jamais poderia minimizar o papel fundante de Dona Maria, como não poderia acabar com o de Guiomar na Vitória do Periperi, da Comadre Myrian no Bebedouro, e mesmo da maravilhosa coalhada do Pacaviral do primo Agnelo, que chegou a entusiasmar a veia poética do saudoso primo Natalício de Almeida - com quem eu andava léguas capelenses -, aquele que compôs um hino àquela coalhada maravilhosa, declamado para mim no portão do Cemitério da Capela, de onde se via a estação do trem, onde o Cabo Leobino foi dar de corpo e caiu sob uma bala disparada não se sabe de onde, depois de ter desarmado gente grande no tempo do Costa Rego, no afoito de cumprir ordem de governo. Hoje a estação morta, está vizinha do Bar que não tem nome, do primo Ayrton que fundou o melhor caldo de feijão das Alagoas, no lado

do Cartório do Cícero Cocó, o primo Cícero de Almeida, pegado no Forum da Capela, que se introduziu o Forum - no lugar que foi uma bodega do meu avô, depois que fechou a da Praça 13 de Maio em Maceió, um pouquinho melhor de vida, já saído da Rua do Cisco da capital, onde morou a Tia Terezinha ou outra, pois não garanto essa parte. Dona Maria fundava uma culinária sobre a tradição e assim a renovava, colocava seus gostos, seus sabores em evidência. Isso mostra que o herdado sempre encontra o momento do novo e isto nos leva para além da estrutura e a ver, também, o essencial pendor pessoal nos momentos da história. Gosto da discussão de Shallins que passa por aí, pela função pessoal no coletivo do tempo. As donas de casa fundavam o sabor da unidade. Guiomar fundou sua tradição por cima da tradição da Bananeira de Baixo e dá-se um fervor meio alquimista, pois ela nem rompia e nem interrompia a Bananeira, no imediatamente novo de cada prato de feijão que dava a todo novo dia para o seu povo comer. Dona Guiomar transitava.

A fundante, a memória e o sabor Não fosse Dona Guiomar, jamais haveria uma determinada lembrança, retorno de sabor/Guiomar. Isso não é genético ou linear; simplesmente, Guiomar era fundante ou seja, a balizadora do novo. Era o que se dava com Dona Maria que vinda da Dindinha Mariquinha, sentiu o novo da Caetana Maria de Albuquerque - a Dondon - e levou o novo-novo para seu filho. Imaginese a ausência de Maria José e Guiomar? Tenho vontade de me definir como um gosto no renovar da tradição. É muito complexo, difícil discutir como se fundava o gosto de cada casa da Rua da Penha, elas com suas histórias próprias. E Maria José não era estanque; lia, recortava receita, colava ou transcrevia para seu caderno que ainda conservo comigo, espécie de relíquia da memória familiar. Maria José tinha seu gosto, mas devia pensar no de todo mundo. Lembro de ouvir uma conversa: "Eu gosto, mas nem Manoel e nem os meninos gostam; aí, não mando fazer". Era uma fundante basicamente para os outros. Isso abre o meu senso piegas e digo

ser difícil algo mais evangélico do que uma mãe na cozinha, quando deseja, é bem verdade. Há uma musiquinha de letra brocoió de David Nasser - composta com Herivelto Martins - e gravada pela Ângela Maria e João Dias. É a mesma Ângela Babaluuuuuuuuuuu meia tentando ser uma espécie de Yma Sumac carioca, falando para um orixá do Caribe, equivalente a Obaluaiê justamente, el negrito Babalu, agraciado com fumo e cachaça, no maior papo de encruzilhada, o Babalu da Santeria, o que parece mais coisa de exu. Babalu foi gravado em 1958 e não presenciei a macumba cubana dentro das casas da Rua da Penha; já havia saído de lá. Pois bem, a música do David Nasser lembra da mãe cozinha: O avental todo sujo de ovo. Era a mãe doméstica, a mãe do domus efetivamente viva. Mas, evidentemente, a minha mãe não se resumia a isso, mas passava pelo caminho, como toda e qualquer mãe que pegava no pesado daquilo que era o lar, doce lar, um local de insana trabalheira.

Eram duas as épocas especiais, em termos de comida, era a Semana Santa e São João. Fazer a pamonha, era um dia de festa e a coisa começava cedo, para não atrapalhar a hora de jantar. Não sei a razão de a palavra pamonha terminar sendo insulto. A lá de casa parecia geléia solidificada e ia para assar na grelha, depois de cozida, ainda no invólucro e quando tostava, pegava um gostinho da palha, o que eu adorava. Era sempre salgada e era comida assada no café da manhã ou na hora da janta, quem sabe e não garanto, no lanche que havia toda tarde por volta das quatro horas, talvez vestígio do jantar e da ceia: jantaculum et coena, lembrado por Marcondes Moura quando escreve sobre a vida cotidiana de São Paulo no século XIX. A ceia era na hora em que aparecia a papa-ceia. Aquela estrela verde fácil, de onde vem para terra um tipo especial de camisa e que dizem ser o planeta Venus. Eu sempre imagino que em Venus, deve existir um eterno carnaval. Becker quando comenta os tempos de Augustus fala em jentaculum, prandium, merenda, coena, vesperna que seriam as horas de alimentação. Aí se encontram três palavras que eram usadas lá em casa: janta, ceia e merenda. A merenda era o que se chama de lanche; pelo menos era como a minha mãe chamava; na fazenda da Guiomar, chamava café. Tomar café lá em casa era jantar ou ceiar. Beckher diz que o jentaculum era o quebra jejum. A coisa lá em casa ficou café da manha, meranda da manhã, almoço, merenda, jantar ou ceia. Anthon no seu A Manual of Roman Antiquities (1851) fala no jentaculum sendo tomado bem cedo pela manhã; o prandium teria derivado da alimentação militar e era tomado após o jentaculum. A grade horária de nossa comidagem era mais ou menos romana. Café da manhã às sete; lanche mais ou menos 10 horas, coisa leve, um suco, uma fruta, um doce; meio dia era o almoço; quatro horas a merenda, sete horas o jantar. A mesa da sala de jantar era retangular e a da varanda era redonda. A etiqueta era pouca, mas severa: 1) como com a boca fechada; 2) mastigue antes de engolir pois não há motivo para comer com desembesto; 3) não passe os braços sobre os pratos da mesa e nem sobre o prato do vizinho; 4) somente coloque no prato, o que pode comer; 5) não derrube comida na mesa e muito menos no chão; 6) não enfie a cara no prato; 7) pegue direito no talher; 8) fale baixo e nem precisa gargalhada; 9) não enfie o nariz no copo; 10) não enfie os cotovelos na mesa; 11) não sente na mesa sem camisa; 12) não sente antes de seu pai; 13) não saia sem pedir licença e obter permissão; 14) coma sem abrir as asas; 15) não sente na mesa de jantar sem ter tomado banho; 16) quem não gosta fica calado e come pouco; 17) a mesa não é lugar para toda a conversa 18) não palite os dentes com a boca aberta; 19) não fique com o palito na boca. Essas coisas faziam parte do refinamento, do ter estilo de gente, de poder andar pelos cantos sem passar vergonha. Gosto como Scridelli Pereira trabalha a antropologia da etiqueta, a busca do refinamento, e coloca como um conjunto de teatralização e de rituais. Ali estava marcada a autoridade de Manoel de Almeida, senhor da mesa. Aquilo era parte de poder ingressar no mundo; não era apenas a convenção de uma mesa; era outro complexo de situações que tinha demais a ver com o berço. Era o estilo. A ordem era simples e cortante: "Tenha estilo!". Sente sem sujar sua roupa, não ande arrastando as chinelas, não faça barulho com os tamancos. Era difícil usar tamanco de madeira em ladrilho, sem fazer barulho. Um lugar tenebroso era a casa dos outros. Quando se saía para esse outro mundo, surgia uma das mais terríveis expressões daquele tempo: "Tomara ver!". E no complexo do tomara ver cabiam tapa, palmada, beliscão, croque, cascudo, puxavante, puxão de orelha... Essa infinidade punitiva estava em outro complexo terrível de situações consignados em um provérbio; e ele estatuía uma situação geral e incisiva: "Chinelo não é santo, mas obra milagre!", máxima via de regra vociferada pela Dondon. Não era para correr, pois por arte do cão poderia bater em alguma coisa e quebrar e talvez o maior pecado fosse o pedir comida ou aceitar sem aprovação. A coisa mais chata do mundo era menino sem estilo. Se o berço seria considerado como o que demonstra a posição dentro da sociedade, o estilo seria uma sua teatralização. Por exemplo, seria falta de estilo menino ficar se metendo em conversa de adulto, atalhando as conversas. Era preciso ter modos de gente, saber associar-se a uma expectativa de comportamento. Nesse sentido, a Rua da Penha, em cada casa, deveria ter seu esboço de etiqueta. Eu tinha uma rotina a cumprir. Acordava, fazia a higiene pessoal, tirava o pijama, vestia a roupa de ficar em casa, pegava livro e caderno, sentava na varanda e fazia as tarefas. Depois era brincar, tomar banho, almoçar, vestir a farda e descer para o Ginásio dirigido pelo Padre Jefferson. Estudei em duas salas; uma dava para um pequeno pátio à direita do prédio e a outra era interna, dava para um campo de futebol que para mim era imenso e lugar de uma brincadeira antipática no recreio: a cama de gato e a manica. Levava um lanche que normalmente era pão com goiabada e queijo. Não era mariola, era doce de goiaba Peixe. A lata depois ira ter inúmeras serventias e parece que o doce era fabricado em Pesqueira, Pernambuco. As más línguas diziam que eles misturavam tomate. Voltava da escola - e tinha que ser com a farda limpa - , tirava, às vezes saia para a rua ou ia jantar e depois brincava. Por volta das dez horas da noite ia dormir na minha Cama Patente ou na cama de vento, o cavalete e a lona presa.


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Continua Penedo Seguimos com Penedo, recordando. Pelo menos, diverte e fica um pequeno depoimento sobre a Rua da Penha e seus mundos na transição dos 40 para os 50. Penedo era muito grande para viver na minha cabeça, mas a Rua da Penha era um universo legal. Não digo que estou fazendo uma história cultural ou dos costumes. Estou apenas recordando e nisso aparece muita coisa que dormiria oculta, nomes que se acabariam sumindo como se o tempo fosse volátil.

Cada um tem no seu espírito as suas recordações, classificadas, arranjadas, superpostas, as mais recentes por cima, as mais antigas por baixo, numa ordem admirável, que apenas ligeiramente é perturbada pelo decurso de um grande

O que faz Penedo Adormece com o rio

tempo, suprimindo-se algumas lembranças ou deslocando-se outras. Basta, porém, que uma causa desperte a adormecida reminiscência, para que venha por assim dizer, à tona doespírito a mais antiga imagem do passado. Esta causa pode ser qualquer, uma harmonia que se ouviu outrora e que novamente se ouve, um lugar por onde algumdia, passou-se e que se torna a ver, um painel, uma voz, uma fisionomia, um aspecto... que lembram-nos pela semelhança ou pelo contraste um aspecto, uma fisionomia, um painel que noutro tempo nos impressionaram.

Sávio de Almeida

Raul Pompeia em um conto: A andorinha da Torre

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A grade da comidagem

A rua: a comida e o tempo Pilar era a marca (massa) que ficou na minha cabeça, empresa que data de 1875, de história familiar e que a partir da década de 30 fabricava macarrão. A ela associo o biscoito que eu comia com leite e costumo fazer isso ainda hoje. O biscoito Maria tem nome de quem? Quem foi essa Maria que todo mundo come? Será que foi mesmo criado em 1874 em homenagem a uma Duquesa chamada Maria Alexandrovc, conforme andei lendo não sei onde? Se for, a Duquesa virou bolacha que em todo canto se acha. O que marca o Biscoito

Maria, para mim, é o tom do gosto da baunilha. O Maisena já é mais ácido, sei lá, algo cítrico, aquele retângulo quem sabe rombudo. Além do mais, aquele redondinho ilustrado da Maria, bom de pegar para dar a dentada o faz favorito entre os biscoiteiros ou será o Maisena? A pessoa que tinha cara redonda, a gente chamava de Bolacha Maria. Sexta-feira eu me espalhava, pois era dia de peixe, e ele aparecia de várias maneiras e vezes na figura de um surubim. Piranha, lembro lindas...

Hoje surubim está sumido do rio. As piranhas também andam sumidas; eu era proibido de tomar banho no rio por causa delas; hoje, caio dentro e fico deitado sem o menor sobrosso e nem nado apenas de costas, como era altamente aconselhável. O rio teve suas desilusões e nisso levou seus peixes. Piranha ainda se pega e vez em quando numa lagoa, ela entra no cuvu e faz algum estrago. Não acabaram, mas deixaram de ser a fera do rio, que ainda guarda nas suas águas este ser quase mitológico e de insidiosa vida.

A piranha e o cuvu O Nei Lopes considera que o cuvu é um nome bantu, quicongo Kivu. O termo se encontra em palavras compostas mas não ligadas à pesca no "Diccionario da Língua Bunda ou Angolense explicada na Portuguesa e Latina composto por Frei Bernardo Maria de Cannecattim", publicado em Lisboa pela Impressão Régia (M.DCCCIV)

e também aparece no "A comparative Grammar of south african languages" de 1869 e ali é ligado à água pois se relaciona a qualquer coisa como hipopótamo. Mas o que importa mesmo é a beleza da pesca do cuvu e o perigo; ele é um cone; uma espécie de haste é presa nos aros e ultrapassa o último, que é justamente a parte

que vai ser enfiada no lamoso. Na parte de cima, tem uma abertura e a pessoa enfia a mão para pegar o peixe, no que pode ter a grande surpresa da piranha e ela pode também estar na água ao derredor. Arranca facilmente o naco da batata da perna. O caldo de piranha dizem que é bom para retornar as ardências pessoais.

A culinária e o senso de pedir Nunca fui muito amigo de pirão de peixe; sempre fui mais partidário do frito; eu me deslumbrava mesmo era com o bacalhau, que naquele tempo ainda era bom; ele ia para mesa de formas diferentes: a melhor era assado na brasa, feitas iscas, temperado com um vinagrete onde o cheiro verde predominava. Minha mãe que era chegada à pimenta, fazia um molho à parte e vamos lá. Minha mãe me fez ficar com mania de pimenta. O usual era tirar o caldo do feijão, amassar uma, e lá vai fumaça. A alta culinária portuguesa conheceria de tal mistura, pelo nome de molho de pobre e de tal pobreza dão conta duas receitas de Lucas Rigaud, em seu livro de algumas edições, a mais antiga que conheço sendo de 1785. A de 1826 já era a quinta edição, sinal do sucesso de um dos mestres da cozinha de sua majestade. Ele dá a

receita do que chama de molho de pobre: "Deitem em uma tijela, ou em uma salseira, cebolinha picada, sal, pimenta e água, e sirva-se frio.". Era mais ou menos exatamente isso. Parece contudo, que o exercício de minha mãe era mais inteligente, pela substituição da água e eu devo considerar que obrigatoriamente todo peixe pede pimenta. O rei de todos os peixes é a traíra, mas é preciso saber, ter ciência. Tinha razão a minha mãe; como tinha razão a Guiomar quando dizia que fava pede somente água e sal. A Maria José da Capela encontrava-se com a Guiomar no meio do caminho entre Boca da Mata e Anadia e se encontrava também com a Zezinha da Bananeira de Baixo, louca por um peixe fosse qual fosse, podendo até ser cospe-cospe e adepta da pimenta. Viesse piaba, cará o que fosse, Zezinha (mãe da Guió) traçava com

gosto e, da excelência dos seus conhecimentos saía uma máxima culinária: "Teve um olho, dá um molho!". Eu não gosto de cospe-cospe a não ser bem seco, como a piaba. Já criei cinco traíras e adorava ficar vendo o comportamento delas: passava horas sumido do mundo, em companhia da Chica, mais ou menos de palmo. Fiz uma toca para ela, um cantinho escuro e bonitinho. Chica enfiava o corpo e a cabecinha ficava de fora como se fosse uma enguia e acho que as duas se simpatizam. Aí, lá vinha uma piaba toda fagueira: frescava daqui, rodopiava dali e passou dentro da área de operação da Chica, que traíra não gosta de sair para estar pescando especialmente na água clara, por isso é que em alguns cantos se faz a minjuada. O bote era rápido, espantoso, sem ao menos a piaba anônima perceber. Chica era traíra.

A Rua da Penha e o Hermes Trismegistrus Era o pedir, aquilo que presidia a cozinha de Maria José de Almeida, intuitiva e capaz de proezas. O pedir exige atenção e uma escrita. Existe um discurso limitado no termo gastronomia e amplo em cozinha e culinária. Considere-se que o discurso culinário ultrapassa o alimento e cria a comida e, nessa construção, a regra do pedir é essencial para que - vou ousar a construção de uma imagem a condição alquímica se concretize e deixe de ser apenas uma aspiração de Hermes Trismegistrus. Continuando a ordem da imagem, na cozinha lá

de casa havia uma espécie de Corpus Hermeticum legível pela intuição ou pela arte do saber o que se pede: vencíamos as coisas sutis e penetrávamos no sólido, como está escrito na Tábua de Esmeralda, texto atribuído a um ser que detinha as três partes da filosofia universal. É este saber pedir, que levou Darcy Ribeiro a uma comparação aparentemente esdrúxula ao falar em culinária francesa e imediatamente compor sobre a capacidade do caboclo produzir sucos. Há relação entre o saber pedir e o ambien-

te, sinal inequívoco de que a cultura se escreve em tempo e lugar definido, coisa antiga e por demais dita, mas necessária de ser recordada vez e quando, para reafirmar a importância do local. Por exemplo, a impotência pediu caldo, o caldo pediu piranha, a piranha pediu o cozinheiro, o cozinheiro fez uma nova piranha que jamais seria a mesma piranha do rio e agora, alquimicamente, era a habilitadora de sexo humano. Há sempre uma necessidade que pede, como a fava somente pede sal e farinha.

A fundante da tradição culinária É claro que se pode partir para uma série de regras implícitas no pedir da culinária, da mesa da casa naquela rua de Penedo. Em primeiro lugar, quanto mais existir, quando mais será pedido; jamais a cozinha de Penedo poderia deixar de ser cozinha de rio, justamente por Penedo ser um rio então, no fundo, quanto mais particular mais expressa o rio; em segundo lugar, quanto mais experimentada mais seria usada ou não, sendo a comida que fica, aquela que permanece, um resultado do tempo. Bastam esses elementos para que se tenha a culinária como história, um processo que se desenvolve e, portanto, a mesa da Penha era extraordinariamente complexa. Numa mesa cabe o mundo e, então, seriam necessários diversos mundos para habilitar a da Rua da Penha: um universo em cada particular. Estamos diante do que poderíamos chamar de micro-cozinha, existindo a macro-cozinha penedense, com seu saber de excelência sobre o rio, mas esta não nos interessa aqui. Estava a intuição da Maria José, a maitre, a que sabia fazer e que sabia dizer se estava bom, se a cozinheira

prestava ou não, se estava desleixada ou não. Houve uma história que se desenvolveu em decisões sobre o concreto, como apreendo (concreto da decisão) de Levy Strauss na dualidade do Cru e do Cozido. A história sentada em nossa mesa, jamais poderia minimizar o papel fundante de Dona Maria, como não poderia acabar com o de Guiomar na Vitória do Periperi, da Comadre Myrian no Bebedouro, e mesmo da maravilhosa coalhada do Pacaviral do primo Agnelo, que chegou a entusiasmar a veia poética do saudoso primo Natalício de Almeida - com quem eu andava léguas capelenses -, aquele que compôs um hino àquela coalhada maravilhosa, declamado para mim no portão do Cemitério da Capela, de onde se via a estação do trem, onde o Cabo Leobino foi dar de corpo e caiu sob uma bala disparada não se sabe de onde, depois de ter desarmado gente grande no tempo do Costa Rego, no afoito de cumprir ordem de governo. Hoje a estação morta, está vizinha do Bar que não tem nome, do primo Ayrton que fundou o melhor caldo de feijão das Alagoas, no lado

do Cartório do Cícero Cocó, o primo Cícero de Almeida, pegado no Forum da Capela, que se introduziu o Forum - no lugar que foi uma bodega do meu avô, depois que fechou a da Praça 13 de Maio em Maceió, um pouquinho melhor de vida, já saído da Rua do Cisco da capital, onde morou a Tia Terezinha ou outra, pois não garanto essa parte. Dona Maria fundava uma culinária sobre a tradição e assim a renovava, colocava seus gostos, seus sabores em evidência. Isso mostra que o herdado sempre encontra o momento do novo e isto nos leva para além da estrutura e a ver, também, o essencial pendor pessoal nos momentos da história. Gosto da discussão de Shallins que passa por aí, pela função pessoal no coletivo do tempo. As donas de casa fundavam o sabor da unidade. Guiomar fundou sua tradição por cima da tradição da Bananeira de Baixo e dá-se um fervor meio alquimista, pois ela nem rompia e nem interrompia a Bananeira, no imediatamente novo de cada prato de feijão que dava a todo novo dia para o seu povo comer. Dona Guiomar transitava.

A fundante, a memória e o sabor Não fosse Dona Guiomar, jamais haveria uma determinada lembrança, retorno de sabor/Guiomar. Isso não é genético ou linear; simplesmente, Guiomar era fundante ou seja, a balizadora do novo. Era o que se dava com Dona Maria que vinda da Dindinha Mariquinha, sentiu o novo da Caetana Maria de Albuquerque - a Dondon - e levou o novo-novo para seu filho. Imaginese a ausência de Maria José e Guiomar? Tenho vontade de me definir como um gosto no renovar da tradição. É muito complexo, difícil discutir como se fundava o gosto de cada casa da Rua da Penha, elas com suas histórias próprias. E Maria José não era estanque; lia, recortava receita, colava ou transcrevia para seu caderno que ainda conservo comigo, espécie de relíquia da memória familiar. Maria José tinha seu gosto, mas devia pensar no de todo mundo. Lembro de ouvir uma conversa: "Eu gosto, mas nem Manoel e nem os meninos gostam; aí, não mando fazer". Era uma fundante basicamente para os outros. Isso abre o meu senso piegas e digo

ser difícil algo mais evangélico do que uma mãe na cozinha, quando deseja, é bem verdade. Há uma musiquinha de letra brocoió de David Nasser - composta com Herivelto Martins - e gravada pela Ângela Maria e João Dias. É a mesma Ângela Babaluuuuuuuuuuu meia tentando ser uma espécie de Yma Sumac carioca, falando para um orixá do Caribe, equivalente a Obaluaiê justamente, el negrito Babalu, agraciado com fumo e cachaça, no maior papo de encruzilhada, o Babalu da Santeria, o que parece mais coisa de exu. Babalu foi gravado em 1958 e não presenciei a macumba cubana dentro das casas da Rua da Penha; já havia saído de lá. Pois bem, a música do David Nasser lembra da mãe cozinha: O avental todo sujo de ovo. Era a mãe doméstica, a mãe do domus efetivamente viva. Mas, evidentemente, a minha mãe não se resumia a isso, mas passava pelo caminho, como toda e qualquer mãe que pegava no pesado daquilo que era o lar, doce lar, um local de insana trabalheira.

Eram duas as épocas especiais, em termos de comida, era a Semana Santa e São João. Fazer a pamonha, era um dia de festa e a coisa começava cedo, para não atrapalhar a hora de jantar. Não sei a razão de a palavra pamonha terminar sendo insulto. A lá de casa parecia geléia solidificada e ia para assar na grelha, depois de cozida, ainda no invólucro e quando tostava, pegava um gostinho da palha, o que eu adorava. Era sempre salgada e era comida assada no café da manhã ou na hora da janta, quem sabe e não garanto, no lanche que havia toda tarde por volta das quatro horas, talvez vestígio do jantar e da ceia: jantaculum et coena, lembrado por Marcondes Moura quando escreve sobre a vida cotidiana de São Paulo no século XIX. A ceia era na hora em que aparecia a papa-ceia. Aquela estrela verde fácil, de onde vem para terra um tipo especial de camisa e que dizem ser o planeta Venus. Eu sempre imagino que em Venus, deve existir um eterno carnaval. Becker quando comenta os tempos de Augustus fala em jentaculum, prandium, merenda, coena, vesperna que seriam as horas de alimentação. Aí se encontram três palavras que eram usadas lá em casa: janta, ceia e merenda. A merenda era o que se chama de lanche; pelo menos era como a minha mãe chamava; na fazenda da Guiomar, chamava café. Tomar café lá em casa era jantar ou ceiar. Beckher diz que o jentaculum era o quebra jejum. A coisa lá em casa ficou café da manha, meranda da manhã, almoço, merenda, jantar ou ceia. Anthon no seu A Manual of Roman Antiquities (1851) fala no jentaculum sendo tomado bem cedo pela manhã; o prandium teria derivado da alimentação militar e era tomado após o jentaculum. A grade horária de nossa comidagem era mais ou menos romana. Café da manhã às sete; lanche mais ou menos 10 horas, coisa leve, um suco, uma fruta, um doce; meio dia era o almoço; quatro horas a merenda, sete horas o jantar. A mesa da sala de jantar era retangular e a da varanda era redonda. A etiqueta era pouca, mas severa: 1) como com a boca fechada; 2) mastigue antes de engolir pois não há motivo para comer com desembesto; 3) não passe os braços sobre os pratos da mesa e nem sobre o prato do vizinho; 4) somente coloque no prato, o que pode comer; 5) não derrube comida na mesa e muito menos no chão; 6) não enfie a cara no prato; 7) pegue direito no talher; 8) fale baixo e nem precisa gargalhada; 9) não enfie o nariz no copo; 10) não enfie os cotovelos na mesa; 11) não sente na mesa sem camisa; 12) não sente antes de seu pai; 13) não saia sem pedir licença e obter permissão; 14) coma sem abrir as asas; 15) não sente na mesa de jantar sem ter tomado banho; 16) quem não gosta fica calado e come pouco; 17) a mesa não é lugar para toda a conversa 18) não palite os dentes com a boca aberta; 19) não fique com o palito na boca. Essas coisas faziam parte do refinamento, do ter estilo de gente, de poder andar pelos cantos sem passar vergonha. Gosto como Scridelli Pereira trabalha a antropologia da etiqueta, a busca do refinamento, e coloca como um conjunto de teatralização e de rituais. Ali estava marcada a autoridade de Manoel de Almeida, senhor da mesa. Aquilo era parte de poder ingressar no mundo; não era apenas a convenção de uma mesa; era outro complexo de situações que tinha demais a ver com o berço. Era o estilo. A ordem era simples e cortante: "Tenha estilo!". Sente sem sujar sua roupa, não ande arrastando as chinelas, não faça barulho com os tamancos. Era difícil usar tamanco de madeira em ladrilho, sem fazer barulho. Um lugar tenebroso era a casa dos outros. Quando se saía para esse outro mundo, surgia uma das mais terríveis expressões daquele tempo: "Tomara ver!". E no complexo do tomara ver cabiam tapa, palmada, beliscão, croque, cascudo, puxavante, puxão de orelha... Essa infinidade punitiva estava em outro complexo terrível de situações consignados em um provérbio; e ele estatuía uma situação geral e incisiva: "Chinelo não é santo, mas obra milagre!", máxima via de regra vociferada pela Dondon. Não era para correr, pois por arte do cão poderia bater em alguma coisa e quebrar e talvez o maior pecado fosse o pedir comida ou aceitar sem aprovação. A coisa mais chata do mundo era menino sem estilo. Se o berço seria considerado como o que demonstra a posição dentro da sociedade, o estilo seria uma sua teatralização. Por exemplo, seria falta de estilo menino ficar se metendo em conversa de adulto, atalhando as conversas. Era preciso ter modos de gente, saber associar-se a uma expectativa de comportamento. Nesse sentido, a Rua da Penha, em cada casa, deveria ter seu esboço de etiqueta. Eu tinha uma rotina a cumprir. Acordava, fazia a higiene pessoal, tirava o pijama, vestia a roupa de ficar em casa, pegava livro e caderno, sentava na varanda e fazia as tarefas. Depois era brincar, tomar banho, almoçar, vestir a farda e descer para o Ginásio dirigido pelo Padre Jefferson. Estudei em duas salas; uma dava para um pequeno pátio à direita do prédio e a outra era interna, dava para um campo de futebol que para mim era imenso e lugar de uma brincadeira antipática no recreio: a cama de gato e a manica. Levava um lanche que normalmente era pão com goiabada e queijo. Não era mariola, era doce de goiaba Peixe. A lata depois ira ter inúmeras serventias e parece que o doce era fabricado em Pesqueira, Pernambuco. As más línguas diziam que eles misturavam tomate. Voltava da escola - e tinha que ser com a farda limpa - , tirava, às vezes saia para a rua ou ia jantar e depois brincava. Por volta das dez horas da noite ia dormir na minha Cama Patente ou na cama de vento, o cavalete e a lona presa.


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Um representante do Quilombo dos Palmares no Mercado

A legítima cultura tradicional de Alagoas Variedade é com a loja de Dona Maria Arnete. Uma profusão de formas toma conta dos olhos de quem entra em seu comércio. Colheres de pau e outros utensílios domésticos de madeira, candeeiro, tochas, jarros de barro, petecas, cabaça, bucha vegetal, bolsas de praia, musgo e uma grande variedade de objetos de palha como bonecas, chapéus, peneiras, abanos e malas de viagem são alguns dos itens que estão pendurados por todos os cantos da loja. De tão tradicionais e artesanais que são os objetos ex-

postos para a venda, tem-se a impressão de que se voltou no tempo ao entrar nesse espaço que é um legítimo representante do Mercado de Artesanato e da cultura tradicional de Alagoas. Dona Maria não faz nenhuma peça, mas em compensação, tem uma vasta experiência com esse universo: vende artesanato há cinqüenta e sete anos, e há dezessete comercializa-os no Mercado. A comerciante explica que os objetos à venda têm origem em vários lugares, os de cerâmica, por exemplo, vêm de Carrapicho, Sergipe; já as petecas, vêm de Caruaru. (J.B.)

Seu Benedito Manuel da Silva, o seu Bil, é um legítimo remanescente do Quilombo dos Palmares. Ele veio da Vila Muquém, reduto de poucos que ainda restam do famoso Quilombo, situado na Serra da Barriga, da histórica cidade de União dos Palmares. Seu Bil vende artesanato há mais de trinta anos. Não é difícil entender porque o comerciante trilhou esse caminho: sua irmã, Dona Irinéia, que até hoje vive no Muquém, é conhecida por ser uma das mais expressivas artistas populares de Alagoas, na arte de fazer cerâmica. O Muquém, aliás, é um lugar de referência quando se trata de ceramistas. Seu Bil, que está no Mercado há dezesseis anos, fazia peças em cerâmica, cipó, barbante e arame. Com o tempo, foi parando de confeccionar e ficou apenas vendendo. Hoje, podese encontrar em sua loja redes, mantas, cestas de todos os formatos e tamanhos, baús de madeira e de cipó, luminária de cipó e barbante, jogo americano de palha, filtro de barro, carrancas, berimbau, objetos de gesso, réplica de ônibus de lata, panelas de cerâmica, grande variedade de peneiras, entre outros. (J.B.)

"O nosso Mercado é tudo"

Curso de artesanato lapidou o talento Histórias e origens diferentes tornam o Mercado de Artesanato, apesar de todo o seu regionalismo, um lugar heterogêneo. Mirtes Ramos é uma das poucas pessoas que fez um caminho inverso ao da maioria dos artesãos do Mercado. Depois que abriu a loja, a artesã fez o curso profissionalizante de artesanato no Instituto Federal de Alagoas (Ifal). "Lá aprendi a usar as cores, criar designer, ter empreendedorismo. Já fazia artesanato antes em casa e aperfeiçoei com o curso", disse Mirtes. Uma das peças elaboradas pela artesã é uma peneira decorativa com motivos do guerreiro, como o chapéu do Mateus, pandeiro e coroa de guerreiro. Esse objeto é resultado de seus estudos no curso de artesanato e fez parte da avaliação em uma das disciplinas cursadas. Há sete anos no Mercado, Mirtes faz colares de sementes e de coco, imãs de geladeira em formato de chapéu de guerreiro, tiaras indígenas com penas de capão e galinha de angola, e com a técnica do crochê, faz roupa de cama e mesa, acessórios, xales, ponchos e colares. (J.B.)

A artesã Josefa Ribeiro, conhecida como Zefinha, está no Mercado há vinte anos. Quando chegou lá, ela não sabia fazer nada de artesanato, apenas comprava e revendia. Como a maioria dos artistas populares do Mercado, a artesã não fez nenhum curso, mas o ambiente foi propício ao desenvolvimento de sua criatividade. "Este lugar é um incentivo à criação", disse Zefinha, por experiência própria. Hoje em dia, a artesã confecciona roupas de Lampião e Maria Bonita, roupas de quadrilha, cocares indígenas de palha e penas, bonecas de pano, bolsas de tecido e fibras naturais, roupas e chapéus de guerreiro, usados pelos mestres do folguedo em suas apresentações, entre outras peças. (J.B.)

"O coité me trouxe para Alagoas" Mesmo não sendo alagoana, a paulista Alice Mantovani, que está no Mercado há cinco anos, é uma referência na criação do artesanato local. A artesã veio a Maceió para facilitar um curso de capacitação em pintura imobiliária, mas por causa da possibilidade de trabalhar com o artesanato típico de Alagoas, acabou ficando por aqui. Tudo aconteceu por acaso, quando foi à casa de uma aluna na praia de Barra Nova. Lá, a futura artesã viu algo que lhe chamou a atenção. "Fiquei espantada com uma árvore que tinha bolas verdes gigantes, descobri que aquele fruto diferente se chamava coité", lembra Alice. O coité, uma espécie bem parecida com a cabaça, poderia ser uma matéria prima bastante original na criação de artesanato. Partindo dessa ideia, Alice não perdeu tempo: experimentou várias possibilidades de criação. "O coité me trouxe para Alagoas. Comecei a pesquisar sobre o assunto e vi, através do fruto, a possibilidade de fazer uma arte diferente, com um objeto que era desprezado. Já fiz mais de duzentas peças e nenhuma sai igual", explica Alice. Além do coité, a artesã também utiliza a cabaça como matéria prima de seus trabalhos. O que chama a atenção na feitura de sua arte é um diferencial: Alice utiliza a sua experiência em pintura imobiliária para pintar as cabaças e os coités. "Uso textura de paredes, efeitos especiais que são usados na pintura imobiliária. Dou muita importância a cada peça, nenhuma é igual, eu não tiro a essência, os traços naturais da cabaça, pelo contrário, eu aproveito esses traços e os destaco ainda mais", explica a artesã. O resultado, de fato surpreende. Com as cabaças e os coités vindos da Barra Nova e do Sertão de Pernambuco, Alice faz luminárias, vasos, quadros, flores, chaleira, cachepot, bomboniere, fruteiras, porta trecos, e tudo o mais que a sua imaginação puder ousar. (J.B.)

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Mercado de Artesanato recebe jornalistas de todo o Brasil

Nide Lins

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Alessandra Vieira

Maria José, que faz peças com conchas do mar, é uma das artesãs que se dizem prejudicadas com a transferência da loja para a parte superior do Mercado

Os problemas existem Apesar de Zefinha ser uma amante do Mercado de Artesanato, ela, como a maioria dos artesãos/comerciantes do lugar, têm algumas queixas a fazer, e a principal delas é a de que o Mercado recebe poucos turistas. O JORNAL ouviu da grande maioria dos artesãos, que o Mercado é mais frequentado por pessoas da terra, e que o turista, geralmente não sabe da existência do lugar. "Acho que os órgãos competentes esquecem o lugar. Se ele fosse mais ajudado, seria ótimo, porque o nosso Mercado é tudo. Falta trazer ônibus de turismo, trazer apresentações folclóricas, folguedos para se apresentarem aqui. Aproveitar a riqueza da nossa cultura e integrá-la ao artesanato", opinou Zefinha, que completa: "Quando o turista vem aqui, ele reclama porque o hotel não divulgou o nosso Mercado. Ele descobre por acaso, às vezes, através de alguns taxistas. Quando o turista aparece no último dia da viagem, então, reclama porque não veio aqui antes", desabafa. O artesão Ursulino engrossa o coro dos que dizem que o lugar é mais frequentado pelas pessoas da terra. "O turista vem mais no verão. Procuro não depender do movimento daqui. Faço contatos com arquitetos e empresas, como hotéis e restaurantes, para não ficar dependente do movimento", diz. Além da questão do fluxo turístico, existe um aspecto que está incomodando muito os artesãos que trabalham no piso superior do Mercado. Antes, os lojas ficavam embaixo, mas desde o mês de maio do ano passado, eles foram transferidos para a parte de cima para liberar o espaço para a construção da pas-

sagem do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) naquela área. O problema, segundo alguns artesãos, é que isso prejudicou muito suas vendas. "A gente ficou desprezado aqui. Desde junho, uma parte dos artesãos não está pagando a mensalidade por causa da diminuição do movimento. Apresentaram um projeto em que haveria uma estação de transbordo na parte de cima do Mercado, além de escadas rolantes e caixa eletrônico. Enquanto aqui em cima não for passagem, fica difícil", lamenta Alice. Seu Bil acredita que a desorganização da feira externa é um fator que atrapalha muito o movimento do Mercado. "Acredito que com a chegada do VLT, se for feita uma maior organização para dar passagens aos carros, e cumprida à promessa de limpeza das ruas em volta, isso vai melhorar muito", disse. A mesma esperança é compartilhada pelo comerciante José Costa. "Esperamos melhoria com a instalação do VLT. Acho que se forem resolvidos os problemas em torno do Mercado, será uma benção para nós", disse o comerciante. De acordo com o diretor da Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), Chico Lopes, existe um projeto para que haja uma estação de transbordo do VLT em frente ao Mercado de Artesanato. "Quanto à colocação de caixas eletrônicos, isso é uma luta nossa, mas também depende dos bancos". O diretor explica que o projeto de estação de transbordo do VLT em frente ao Mercado de Artesanato faz parte da 5ª etapa, um projeto municipal que visa realizar ações para trazer me-

lhorias ao Centro, como beneficiar diretamente o Mercado de Artesanato e o Mercado da Produção. Lopes afirma que algumas melhorias já foram realizadas no Mercado. "Investimos em curso de capacitação para os vendedores. Também fizemos o projeto Mercado Cidadão. Queremos incluir o Mercado de Artesanato no roteiro turístico. Através da Secretaria de Turismo, nós conseguimos fazer com que micro ônibus de turismo visitasse o Mercado. A tendência é melhorar cada vez mais", disse. Sobre a reclamação dos artesãos em relação ao pouco fluxo turístico no Mercado de Artesanato, a Secretaria Municipal de Promoção do Turismo afirma que viabiliza a confecção de folhetos com os principais pontos turísticos de Maceió, que são distribuídos gratuitamente nos Centros de Informações Turísticas de Maceió, hotéis, feiras e eventos de turismo para promover o produto alagoano. "O papel da Semptur é promover o destino Maceió nos principais mercados do Brasil e exterior, e um dos produtos divulgados é o Mercado do Artesanato através do folheto com informações, horário de funcionamento, endereço e telefone. Também quando recebemos jornalistas de turismo dos outros Estados incluímos o Mercado do Artesanato no roteiro", diz a secretaria ajunta da Semptur, Claudia Paiva. (J.B.) SERVIÇO: O Mercado de Artesanato fica na Rua Melo Morais, s/n, no bairro da Levada, e funciona de segunda a sábado, das 7h às 18h; domingos e feriados, das 7h às 12h.

Alessandra Vieira

Comerciantes tiveram suas lojas retiradas por causa da passagem do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)

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FAROL REF: 079 - EDIFÍCIO JADE – FAROL - Aptº com 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, sala para 2 ambientes, cozinha/apoio, WC social, hall de circulação - área 81,75m2 R$ 167.000,00 . TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 002 - FAROL – APTO (Rua Colégio Marista), Sala “L” com varanda, 03 quartos, sendo 01 reversível, Wc social, cozinha, área de serviço, nascente. R$ 170 mil. Tr. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 096 - FAROL – sala p/ 2 ambientes com varanda, 03 quartos sendo 1 suíte com varanda e closet, WC social, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. Prédio com piscina panorâmica, play ground, salão de festas, gerador, antena parabólica, central de gás, 1 vaga da garagem. R$ 255 mil. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0130 - FAROL Edf. Phoenix. De frente! – Aptº com 116m². - 3 quartos, sendo 1 suíte, varanda, sala de estar/jantar, wc social, dependência completa de empregada, 2 vagas de garagem, R$ 350.000,00 - TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343.

REF: 063 – FAROL – MKN Aptº c/ 80,68m2 Sala de estar/ jantar, 3 quartos sociais sendo 1 suíte, varanda, cozinha com armários, área de serviço, DCE completa. 1 Vaga. E só custa isso! R$ 140.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 078 – NO MELHOR DO FAROL – O Apartamento é muito bom! A vista nem se fala! 161,09m² de área, no 15º andar- Sala de estar/jantar, varanda, 03 quartos sendo 01 suíte, wc social, área de serviço cozinha, quarto e wc para empregada. Comprou, morou! R$ 400.000,00. Que conhecer? A gente mostra pra você! TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 031 - FAROL - 81,75M2 - Rua Eurico Aciole Wanderley, Aptº com 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, sala para 2 ambientes, cozinha/apoio, WC social, hall de circulação. Valor: R$ 165.000,00. TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 006 - FAROL – CONDOMÍNIO MORADA DAS ÁRVORES - sala com varanda, 03 quartos sendo 01 suíte, todos com armários, lavabo, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada, 01 vaga, área 115m². Salão de festas; piscina, poço artesiano e ótima localização. R$ 155 mil. Tr. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 066 - FAROL Apartamento com 3 Quartos, sendo 1 suíte, área de 89,05m2, varanda, sala para 2 ambientes, cozinha de apoio, WC social, hall de circulação.Vem! R$ 155.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 039 – FAROL – ESSA COBERTURA É SHOW DE BOLA! Com 178m2. 3 quartos sendo 2 suítes, 3 salas, WC social, Dependência de empregada, cozinha, área de serviço. Cobertura espetacular com vista para toda Maceió. Aptº super ventilado! Nos 15º e 16º andares, 01 Vaga de garagem, mas podendo ser utilizada outra. Próximo do Hospital da Unimed e do Colégio Marista. Cond. R$ 290,00 - Valor R$ 250.000,00 - IMPERDÍVEL! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

REF: 019 - FAROL – VENDO apto vizinho a UNIMED, sala com varanda, 03 quarto com armários, sendo 01 reversível, cozinha, área serviço, WC social. 01 vaga. Pertinho de tudo, mais ainda de você! Prédio com gerador, 02 elevadores. R$ 160 mil. TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 018 - FAROL - EDIFÍCIO JADE – 81,75m2 de área - 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, sala para 2 ambientes, cozinha/apoio, WC social, hall de circulação, 1 vaga de garagem. R$ 155.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

FEITOSA VENDO um apartamento no Residencial Chã Grilá I, 3 qtos., banheiro social, cozinha, sala p/2 ambientes, garagem particular. Tr.: 33136049/ 8108-9828.

GRUTA REF: 009 - EDIFÍCIO SAFIRA – GRUTA - Área: 103,5m2 - Varanda, sala para 2 ambientes, 03 quartos sendo 1 suíte, mais 1 suíte reversível, cozinha, WC social, área de serviço, quarto reversível de serviço (com opção do 4º quarto). 1 Vaga de garagem. R$ 198.000,00 - Tratar pelo telefone para contatos: 9351-4440 /88118410 CRECI 343 REF: 012 - EDIFÍCIO RUBI – GRUTA - Área: 103,5m2 Varanda, sala para 2 ambientes, 03 quartos (sendo 1 suíte), mais 1 suíte reversível, cozinha, WC social, área de serviço, quarto reversível de serviço (com opção do 4º quarto). 1 vaga de garagem. R$ 198.000,00 - Tratar pelo telefone para contatos: 93514440 /8811-8410 CRECI 343

JATIÚCA REF: 0138 - JATIÚCA - Ed. Dony Coutinho - Sala de estar/jantar, varanda, circulação interna, 04 suítes sendo 01 master, lavabo, cozinha com área de serviço e quarto de empregada com banheiro. Completo de armários em 03 quartos sociais, na cozinha e nos banheiros sociais. TODO REFORMADO. 247,53m² vagas de garagem. R$ 1.100.000,00 - Tratar pelo telefone para contatos: 93514440 /8811-8410 CRECI 343.

4009-1961

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APTOS. PRONTO PARA MORAR POÇO

Ed. Relanche - Sala c/ varanda, wc´s c/ blindex, 3 qtos. c/ arms. s/ 01 suite, coz. c/ arms, serviço, 01 vaga, elevador. R$ 170 mil. Edificio Montnimes - Dispomos de 03 unidades nascente com sala, wc social, 3 qtos (st) coz, serv, piscina, salão de festas. A partir de R$ 192 mil. CRUZ DAS ALMAS Condominio Vilagio di Firenze Andar alto, nascente, exc. vista p/ mar, varanda, sala, wc soc, 3 qtos (st) coz, serv, 2 elev, 01 vaga. PONTA VERDE Ed. Dom Fernando Aragão - Sala c/ var, wc social, 3 qtos (st) s/ 2 com varanda, cozinha, seriço, dce. Ed. Sorrento - Sala, wc social, 3 qtos (st), cozinha, serviço, 2 elev, 01 vaga. R$ 180 mil. Ed. Spazio Vitalle - ATENÇÃO IVESTIDORES - PREÇO ABAIXO TABELA - entrega julho/2012 - Padrão Delman quarto e sala . Ed. Classic - Área 144m² Entrega fev/11 - Temos as melhores ofertas, 2 vagas, piscina, sala 2 amb, 4 qtos. s/ 2 suites, coz, serv, dce. Ed. Revenant - Área 93m³ - Sala c/ var, wc social, 3 qtos (st) cozinha, serv, dce, 2 vagas. Ed. Houston - Sala c/ var, 3 qtos (st) coz, serv, dce, piscina, 2 vagas. Ed. Brilhanche - Dispomos de várias unidades: Área 64,36m² sala c/ varanda, wc social, 2 qtos (st) coz, serv, 2 elev, gerador, 01 vaga. Entrega abril/12. Ed. Maison D'elseés - Varnada, sala, wc social c/ blindex, 3 qtos (st), coz. c/ arms, serv, dce, 2 vagas.

Ed. Pascoal I - Cobertura duplex: Área 286m² - Vista para o mar, sala 3 ambientes, 3 qtos s/ 02 suite, wc social, copa/cozinha com armários, serviço, dce. 1º. Piso: Terraço descoberto, piscina, wc, 01 suite com varanda, 03 vagas. Ed. Pallais Royal - Beira Mar 194m² - 3 vgs, piscina, sl. festas, sala 3 amb, c/ terraço, lavabo, 3 suites, coz. serv, dce. Ac. Apto. Ed. Delphos - Área 155m³³ - piso granito, sala 3 amb, c/ var c/ vista mar, home, 3 qtos s/ 2 suites ( sts. c/ arms, coz. c/ arms, serv, dce, 3 vagas, piscina sl. festa Ed. Rui Palmeira - sala c/ varanda, wc soc, 3 qtos s/ 01 revers, coz, serv, wc serv. R$ 150 mil. Ed. Maranelo - quarto e sala, 3 elevadroes, gerador, gás, lazer na cobertura com sala ginástica equipada, salão gourmet, piscina. Ed. Pio X - quarto e sala, andar alto, nascente, com armários - R$ 130 mil. JATIUCA Ed. Via Verde - Área 120m² Sala c/ var, wc social, 3 qtos ( st) cozinha, serv, dce, piscina, 2 vagas. Ed. Arlindo Soares - Área 95m² - a 300m mar - 2 vagas, sala , 3 qtos s/ 02 suites ( 01 revers), wc´s c/ Box, e arms, cozinha c/ arm, sob o balcão, serviço, dce. Ed. Venanzi - Area 120m² - sala c/ var, wc social, 3 qaurtos sendo 2 suites ( 01 revers) coz, serv, dce, 2 vagas. Ed. Nirvana - Sala em L, varanda em L, wc social c/ box, 3 qtos (st) c/ arms, coz. c/ arms, serv, dce; Ed. Catuni - Varanda, sala, wc social c/ blindex,, 2 qtos (st) c/ arms, wc suíte c/ blindex, coz. c/ arms, serv, Ed. Zuzu - Sala, wc social com Box e arm, 3 qtos sendo 01 c/ arm, coz. com arms, serv, wc serviço. R$ 160 mil.

REF: 0137 - JATIÚCA - Ed. Saint Denis - Apartamento com varanda, 01 sala de estar/jantar, circulação interna, 03 quartos sendo 01 suíte, 01 wc social, cozinha, despensa, área de serviço e quarto e banheiro de empregada: 91,85m², 02 vagas de garagem. R$ 270.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0124 – STELLA MARIS – Edf. Santiago de Compostella – 120m², de frente, 3º andar, 03 quartos, sendo 1 suíte, varanda, cozinha, WC social, 2 vagas. R$ 330 mil. TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 037 – STELLA MARIS – BDB - Andar alto, de frente. 115m². Sala com varanda, 03 quartos, sendo 1 suíte + DCE, cozinha, 02 vagas de garagem, R$ 300.000,00 TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 065 – ÁREA DE 98,4M² - Apartº no Stella Maris com 3 Quartos, sendo 1 suíte, 1 quarto reversível, varanda, sala para 2 ambientes, cozinha, WC social, área de serviço, WC de serviço, 2 Vagas de garagem. R$ 189.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 064 - JATIÚCA – Próximo a Churrascaria Panta’s. Aptº c/ 3 quartos sociais com armários, sala de estar/jantar, área de 82,39m2, 01 WC social, cozinha, área de serviço, quarto e WC de empregado(a). Todo no armário embutido, com 2 varandas, todo reformado, 2 Vagas. Apenas R$ 150.000,00. Pode ser totalmente financiado pela CEF. TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0128 – JATIÚCA– 61,55M² -Edf. Lotus Stúdio - Quarto e sala – 9º andar, sala com varanda, cozinha, WC social, 1 vaga de garagem. Projeto modificado. R$ 125 mil com toda mobília. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0107 – NOVO! NOVO! NOVO!! - 162m² - R$ 645.000,00 – Jatiúca. O Aptº: Sala de estar e jantar com varanda, 04 suítes, sendo 2 máster com closet e 2 com WC reversível, lavabo, cozinha, despensa, área de serviço, dependência completa de empregada, WC social. O Prédio: subsolo, pilotis, mezanino com salão de festa, bar, salão de jogos, salão de ginástica, piscina com deck, gerador, 02 vagas na garagem. TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343.

REF: 083- UMA VERDADEIRA PINTURA! EDF. PIET MONDRIAN – 6º andar – nascente - Área: 84,22m² na Jatiúca - sala de estar/jantar, varanda, 02 quartos suítes + 01 quarto reversível, wc social, cozinha área de serviço, WC de serviço, 02 vagas de garagem p/veículo de porte médio. Aproveite! R$ 235.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 001 - JATIÚCA – VENDO/TROCO apto c/ Sala p/ 2 ambientes, com varanda, 4 quartos sendo 02 suítes, WC social, Cozinha, área de serviço, DCE, 02 vagas de garagem. Área 120m². R$ 400 mil. Aceito: imóvel menor valor, e carro, financio. Tr. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 LUIZ TAVARES VENDE Edf.Iliminatto sala de estar,jantar,varanda,suite principal 2/4 sendo um reversivel,wc social,cozinha e área de serviço. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf.Aquarius-105,38m² 0/4, sendo uma suíte sala em L com varanda cozinha área de serviço, dce valor 320.000,00 a combinar. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf.Tiziane, 319m² sala de estar jantar com varanda, 4 sutes sendo uma master, um lavabo,2/4 de empregado um banheiro de serviço, circulação interna com sala intima, sala de almoço,copa cozinha despença áre de serviço, 05 vagas de garagem valor, 1450.000,00. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 REF: 082 - JATIÚCA - ÁREA 84,93M² - (RUA DA OI). Sala de estar/jantar, varanda, 03 quartos sendo 01 suíte, wc social, cozinha, área de serviço. 1 vaga de garagem. Estamos lhe esperando! R$ 160.000,00. E ainda financio! - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 080 - STELLA MARIS - EDIFÍCIO ÁGATA – Área de 93,05m2 3 Quartos, sendo 1 suíte, sala em “L”, cozinha, WC social, WC de serviço, dependência de empregada, 1 Vaga de garagem. R$ 295.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

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Ed. Xingú - Sala c/ varanda, wc social c/ Box e arm, 3 qtos (st) s/ 01 revers, cozinha c/ arm, serv, wc serv, 2 elev, 01 vaga. R$ 150 mil . Financio CEF. MANGABEIRAS Ed. Savoy - Varanda, sala em L, wc social com Box blindex, 2 qutos sendo 01 suite com arm, wc com blindxe, coz.c/ arms, sob o balcão , serv. Apenas R$ 120 mil. SITIO S. JORGE/ B. DURO Edificio Racine - R$ 75 mil quarto e sala, wc, cozinha americana, 2 elevadores, gerador. FAROL Ed. Palazzo Margiore - Área 250m² - Linda vista mar e lagoa, 4 vagas livres, piscina, churras, apoio, sala estudo, vídeo, ginástica, salão festas mezanino, sala 3 amb. c/ var, home, lavabo, 4 suites s/ 01 c/ hidro, copa, coz, serv, dce. SERRARIA Conjunto José Tenório - Sala, wc social, 2 quartos, cozinha com área de serviço integrada. R$ 58.000,00.

FEITOSA Nascente, terreno 10x29, área 160m², com terraço, garagem, 2 salas, wc social, 3 qtos (st) cozinha, despensa, área serviço, dce. SERRARIA SAN NICOLAS - Área 300m³ Terreno 18x25- Térreo: garagem, sala, wc social, 01 quarto, cozinha, área serviço, dce. 1º. Andar: 03 suites sendo 01 com hidro e terraço. Financio Caixa. LITORAL SUL LOTEAMENTO BARRA MAR - Condominio Barra Mar - Vendo casa: Térreo: garagem, sala, 01 suite reversível, cozinha, serv, depósito, churrasqueira. 1º. Andar: 3 suites sendo 01 com varanda. Condominio com piscina.

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MANGABEIRAS REF: 0136 - ED. VIVENDA DA PRAIA - 106,30M² - Sala de estar/jantar, varanda, 03(três) quartos, sendo um suíte, 02(dois) WC’s sociais, uma dependência completa de empregada, cozinha, área de serviço e uma vaga de garagem. R$ 150.000,00 – 01 Vaga de Garagem: - Av. Alvaro Calheiros Mangabeiras - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. LUIZ TAVARES VENDE Edf.Horácio Ferreira Otimo lançameno, já em construção melhor preço por M² ¾,sendo 02 sute, sala p/ 02 ambiente com varanda,mais área de serviço piscina, play graud,fitness, binquedo Teka espaço gourmet saao de festa,beat Center sala de estudo,02 vagas de garagem. Tr: 96078869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf.Sam Benito linda vista p/ o mar todo reformado ¾ sendo uma suite,dce,sala com varanda, wc social,cz, área de serviço aceita, c.e.f valor, 220 mil. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251

OUTROS BAIRROS REF: 0134 – PINTANGUINHA – Pra Você que gosta do que é bom! 1º andar em construção. jardim, terraço, mesanino, gabinete, 3 quartos sendo 2 suítes, sala de estar, sala de jantar, wc social, despensa, dependência completa de empregada, garagem p/ 2 carros. Apenas R$ 345.000,00 – Também aceitamos carro! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0116 - EDIFÍCIO RESIDENCIAL ARTEMÍSIA Apartamento com 3 quartos, sendo 1 suíte, sala de estar e jantar, circulação, WC social, cozinha, WC de serviço e varanda, 1 Vaga de garagem: Área: 72,73m2 Valor: R$ 84.000,00. Cond. R$ 85,00 - TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343.

PONTA VERDE REF: 074 - PONTAVERDE:Rua Desportista Humberto Guimarães, 6º andar - Apto. Duplex. 1°. piso: sala de estar/jantar, varanda, 2 suítes, 2 quartos sociais, wc social, cozinha, área de serviço, despensa, dependencia completa empregada; 2°. piso: sala de estar, terraço, quarto, piscina, jardineiras, 4 vagas de garagem. Área privativa 256,49m². R$ 750.000,00; Preço do condomínio: R$ 1.000,00 Forma de Pagamento: À Combinar. Se for colocar tudo o que ele tem, não vai caber no anúncio! TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 061 – A BEIRA-MAR de Ponta Verde lhe espera de braços abertos! - Aptº c/ 373,83m2 Varanda, 02 salas de estar, sala de jantar, estar/íntimo, circulação, 03 suítes, 01 lavabo, copa, cozinha, despensa, área de serviço, 02 quartos de empregada com 1 wc. Todo em mármore italiano! Com armários e split, 4 vagas de garagem. R$ 1.840.000,00 - E ainda tem mais essa: forma de pagamento? À combinar! TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 095 - PONTA VERDE – Cobertura Duplex: 145m² - 1º Piso: sala de estar/jantar com varanda, suíte reversível, WC social reversível, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 2º piso: sala de estar, 02 quartos sociais, WC social e piscina c/ deck e sauna, 2 vagas de garagem. R$ 450 mil. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 073 - PONTA VERDE – Com 67,34m² - Aptº no 2º andar (2ªquadra da praia). sala de estar/jantar, 02 suítes, varanda, hall, cozinha, 01 vaga de garagem. Área: R$ 165.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 091 – PONTA VERDE – Próximo ao Blue Shopping, Apartamento com 100m², 3º andar – sala em “L”, varanda, 03 quartos sendo 01 suíte, WC social, cozinha. Dependência completa de empregada. R$ 170.000,00. Cond. R$ 220,00 TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 087 – PONTA VERDE - 4º ANDAR - Apartamento com área de 93,87 m².- Sala para 2 ambientes, 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada, circulação, 02 vagas de garagens. R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais). TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343

REF: 075 - PONTA VERDE Aptº com sala de estar e jantar, hall, 3 quartos sendo 1 suíte e 1 reversível, wc social, cozinha, área de serviço, dependência completa e 2 vagas de garagem. Área privativa 76,66m². R$ 210.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 076 - APTº NA PONTA VERDE, na rua do Restaurante Manjericão. Sala de estar/jantar, 02 quartos, sendo 01 suíte, cozinha, serviço e 01 vaga de garagem. Condomínio: R$ 250,00. Área 63,95m². O Preço é de ocasião: R$ 210.000,00, e a forma de Pagamento: a gente combinar! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 077 - APTº NO 9º ANDAR - PONTA VERDE. Transversal da Dep. José Lajes, próximo ao Palato Sala de estar/jantar, 02 quartos, sendo 01 suíte, cozinha, serviço e 01 vaga de garagem. Área privativa 64,74m². R$ 193.000,00 - Forma de Pagamento: você combina. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 084 – PONTA VERDE - apartamento no 5º andar, com sala de estar para dois ambientes com varanda, sala de jantar, (04) quatro suítes, sendo (01) uma máster com closet e hidro-massagem, lavabo, copa, cozinha, despensa, área de serviço, quarto de serviço e W.C. de serviço. 04 (quatro) vagas de garagem. Área privativa de 265,55m². R$ 1.445,00 (Um milhão, quatrocentos e quarenta e cinco mil reais). TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 094 - PONTA VERDE – Cobertura Duplex: 1º Piso: sala de estar/jantar com varanda, 2 quartos, sendo 1 suíte, WC social, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 2º piso: sala de estar, suíte máster, piscina c/ deck e sauna. Área de 182,86m², 2 vagas de garagem. Próximo da Av. Sandoval Arroxelas. R$ 593 mil. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 041 - AV. SANDOVAL ARROXELAS – 85M² - De frente! Ponta Verde – 03 quartos, sendo 01 suíte, cozinha, Wc social, dependência de empregada. 02 vagas de garagem. Cond. R$ 375,00 - R$ 240 mil - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 004 - PONTA VERDE – Acabamento de Alto luxo 300m² - MINI QUADRA DE FUTEBOL E BASQUETE, ÁREA DE LAZER COM 3.500 M², PRÉDIO 3 ELEVADORES Piscina aquecida com raia de 20 m² Quadra de squash, Amplos ambientes sociais, Home theater, 4 Suítes, Varanda com churrasqueira, Sala com 3 ambientes, 100 % Granito, 4 ou 6 Vagas por Aptos, área de serviço, Wc Social, DCE. Valor R$ 1.400.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 005 - PONTA VERDE – LANÇAMENTO! Av. Sandoval Arroxelas - Vendo apto em construção Ed. Oruan, sala de estar, sala de jantar, com varanda, 03 quartos s/ 02 suítes, Cozinha, WC social, área Serviço, Dependência completa empregada. 02 Vagas de garagem. Medição individual de água e gás. Ponto de água quente Wcs. Ponto de split nos quartos. Piscina, espaço gril, salão festas com copa. A vista R$ 398 mil. Financio direto pela Construtora. Tr. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 014 – PARA QUE GOSTA DE TOTAL CONFORTO. COBERTURA PARA SE ADMIRAR. TOTALMENTE NASCENTE E COM VISTA PARA O MAR de Ponta Verde - Rua Prof. Abdon Arroxelas, Aptº 8º E 9º andares – área de 640m2 - Suíte de casal, várias varandas espetaculares, sala com 18 metros de comprimento, sala de estudos, vestir, Bwc, suítes, dois quartos sociais, hall, circulação, Bwc social, estar íntimo, suíte de hóspede, vestir, salas de jantar e estar, hall de serviço, copa cozinha, despensa, depósito, quarto e Bwc de empregado, bar, lavabo, varanda sacadas e jardineiras. 3 Vagas de garagem, área de lazer maravilhosa na cobertura, com churrasqueira, bar e muito espaço para o seu bem viver! Um sonho ao seu alcance! R$ 1.350.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

REF: 015 - PONTA VERDE – EDF. BELLÁGIO – Aptº lindo! Projeto original modificado, piso modificado, os armários estão sendo colocados agora! Com 140m² área útil contendo: Sala de visita, sala de jantar, com arandão, gabinete, 03 suítes, Cozinha, Wc social, dependência completa empregada, 03 vagas. Prédio com salão de festas, playground, piscina, churrasqueira. R$ 530 mil. Você vai ser o 1º morador! Tr. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 060 - PONTA VERDE, Aptº 702 c/ 286,00m2 - 04 quartos sendo 02 c/ suíte, 01 closet, 01 wc social, cozinha, dependência de empregada, área de serviço, sala de estar/jantar, 02 varandas. Cômodos do último pavimento: terraço descoberto, sala de estar, piscina, 01 quarto c/ suíte, ducha, wc social, closet, 01 lavabo, vagas de garagem com capacidade para 03 veículos. R$ 660.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 016 – PONTA VERDE – 177M² PB - Sala estar/jantar, varanda, 04 quartos sendo 04 suítes, Cozinha, Wc social, dependência completa empregada. 03 vagas. Prédio com salão festas, gerador, guarita, piscina. Medição água e gás individual. Financio pela Caixa Econômica Federal. R$ 600 mil. TR. 9351-4440/88118410 CRECI 343.

REF: 045 – PONTA VERDE - EDF. TÍVOLI - aptº c/ varanda, sala de estar/jantar, 04 suítes sendo 02 reversíveis, copa/cozinha, área de serviço, despensa, 01 quarto e 01 wc de empregada. Área: 139,97m², 02 vagas de garagem. R$ 380.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

REF: 025 - DE FRENTE PARA O MAR DA PONTA VERDE. LINDO! EXUBERANTE! IMPONENTE! MAJESTOSO E ABSOLUTO. PARA QUE GOSTA DE VIVER COM ESTILO ÚNICO E DIFERENCIADO! Na Av. Álvaro Otacílio - Apartamento no 6º andar - Área: 621,94 m². Valor: R$ 3.100,000 (Três milhões e cem mil reais) - TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 030 – OPORTUNIDADE ÚNICA - Ponta Verde – 1ª quadra da Praia – Por trás da Galeria Espaço 20 CM – 7º andar - Excelente apartamento com 03 quartos s/ 1 suíte, varanda, sala de estar/jantar, área serviço, WC social. 2 vagas de garagem. R$ 220 mil. TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 032 - PONTA VERDE – 8° ANDAR - Aptº com 90,83m² próximo à Sandoval Arroxelas. Sala de estar/jantar com varanda em “L”, 03 quartos sendo 01 suíte, cozinha, Wc social, dependência completa de empregada, área de serviço. 01 vaga de garagem + (Vaga individual avulsa). Prédio subsolo e pilotis, salão de festa, gerador, guarita de segurança, etc. Apenas R$ 290 mil. E hoje não é 1º de abril! TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 033 - PONTA VERDE – Apartamento com 245m² de puro luxo! De frente! Sendo 2 aptºs por andar, sala com varandão, 04 quartos sendo os 04 suítes, a suíte de casal c/ hidro e varandão, cozinha c/ armários, Wc social, DCE. 02 vagas de garagem. Prédio novo! Com salão de festas, guarita de segurança. R$ 650 mil. Tudo nele é grande. Você precisa conhecer ainda hoje! A forma de pagamento você que diz! TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 034 - PONTA VERDE – RZ - Sen. Rui Palmeira. 120m². Andar alto. Sala de estar/jantar, varanda, 03 suítes, cozinha, Wc social, copa/cozinha, área de serviço, despensa e dependência completa de empregada. 02 vagas de garagem. Prédio com salão de festas, guarita de segurança. Condomínio R$ 520,00. Aceita financiamento pela Caixa Econômica Federal. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 035 - PONTA VERDE perto da Faculdade Maurício de Nassau - Andar alto, de frente! 130m², vista do mar. Sala, 03 quartos grandes, sendo 01 suíte, cozinha, Wc social, dependência completa de empregada. 02 vagas de garagem. R$ 320 mil. Aceita financiamento pela Caixa Econômica Federal. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 052 - PONTA VERDE – É CLÁSSICO! É GRANDE! Um luxo! Aptº c/ 453,92m2Varanda, sala de jantar, sala de estar para 4 ambientes, lavabo, estar íntimo, circulação, 03 suítes, 01 suíte master com 02 closets e 02 wcs, ampla cozinha com sala de almoço, despensa, área de serviço com 02 quartos, 01 wc e terraço técnico, dependência de empregada e 06 vagas de garagem. R$ 2.650.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 040 - PONTAVERDE –Av. Sandoval Arroxelas – 10º Andar! 03 quartos, sendo 01 suíte, cozinha, Wc social, dependência de empregada. 01 vaga de garagem. R$ 240 mil - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 050 - PONTA VERDE, próximo ao Bompreço 67,18m2: - Sala de estar, sala de jantar, 02 suítes, sendo1 com closet, cozinha e área de serviço, 02 vagas de garagem. Apenas R$ 200.000,00 à combinar. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 086 – PONTA VERDE - Apartamento na Rua Sampaio Luz - Sala para 2 ambientes, 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, circulação, WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada. 02 vagas de garagens. Área Privativa: 106,00 m². R$ 327.000,00 (Trezentos e vinte e sete mil reais). TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 051 - PONTA VERDE – Aptº c/ 83,35m2 - R. Sandoval Arroxelas - Sala de jantar, sala de estar com varanda, circulação, 01 suíte, 01(um) quarto social, WC social, 01(um) quarto reversível, cozinha, área de serviço, WC de serviço e 01 vaga de garagem. R$ 300.000,00 à combinar. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 097 - PONTA VERDE – Uma graça de Cobertura Duplex: 1º Piso: sala de estar com varanda, 2 suítes + 1 quarto reversível, WC social, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 2º piso: sala de estar, suíte máster, piscina c/ deck, terraço 3 vagas de garagem. Pelo preço que está será de quem primeiro ligar! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 053 - PONTA VERDE - Esquina com a Dep. José Lages - 38,91m2 - Sala, 01 quarto, banheiro social, cozinha, 01 vaga de garagem. R$ 160.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 054 - PONTA VERDE Aptº c/ 97,50m2 - 03 Quartos sendo 02 suítes, varanda, sala para 02 ambientes, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada, 02 vaga de garagem. R$ 320.000,00. TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 055 - PONTA VERDE – Aptº c/ 38,91 m2 - Sala, 01 quarto, banheiro social, cozinha. 01 vaga de garagem. R$ 170.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 056 - PONTA VERDE - ED. FRANCISCO BRENAN - Aptº c/ 130m² - Sala de estar/jantar com varanda, circulação interna, 04 quartos sendo 01 suíte e 01 suíte master, banheiro social, cozinha, área de serviço, quarto e WC de serviço, 01 vaga, (cabem dois carros médios). R$ 455.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 057 - PONTA VERDE, Foi entregue em julho de 2010 - Aptº c/ 99,77m2, 03 Quartos, sendo 02 suítes, varanda, sala para 02 ambientes, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 02 vagas de garagem. R$ 283.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 058 - PONTA VERDE, Aptº c/ 99,77m2 - 03 Quartos sociais sendo 02 suítes, varanda, sala para 02 ambientes, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 01 vaga de garagem que comporta 2 veículos pequenos. Entrega Julho 2010. Reserve o seu! R$ 297.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 036 - PONTA VERDE – Cobertura fantástica! De frente. 410m². Sala com varanda, 05 suítes todas com instalação para split, cozinha grande, DCE. 04 vagas de garagem, piscina. Prédio com salão de festas, guarita de segurança e muito mais. Rua Abdon Arroxelas! R$ 1.500.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. LUIZ TAVARES VENDE Edf.Infinity,65,78m², sala de estar e jantar, cozinha, áre de serviço e quarto, valor,140.000,00 avista ou em 12 parcelas, pronto p/morar. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251 REF: 0120 – PONTA VERDE – Um show de apartamento! Área 319,64m2 - 4 quartos sendo 2 suítes. Suíte de casal com varanda, sala de estudos, vestir, Bwc, dois quartos sociais, hall, circulação, Bwc social, estar íntimo, suíte de hóspede, vestir, vestíbulo, salas de jantar e estar com mais de 80m², hall de serviço, área de serviço, copa cozinha, despensa, depósito, dependência completa de empregada, bar, lavabo, varandas, sacadas e jardineiras, 3 Vagas de garagem: Valor: R$ 790.000.00 - APARTAMENTO TOTALMENTE NASCENTE COM VISTA PERMANENTE PARA O MAR. TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 0125 – PONTA VERDE – 1ª quadra do mar – Edf. Célia Macedo – 117m², 5º andar, 03 quartos, sendo 1 suíte, varanda, cozinha, WC social, 1 vaga. R$ 200 mil. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0127 – PONTA VERDE – Praça do Skate – 2º andar de frente – 101,38m², 03 quartos, sendo 1 suíte + DCE, sala com varanda, cozinha, WC social, 1 vaga de garagem. R$ 175 mil. TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0129 - EDF. BREEZES - PONTA VERDE - 2 quartos, sendo 1 suíte, varanda, sala de estar/jantar, wc social, 2 vagas de garagem, Piscina, Bar, Forno de pizza, Churrasqueira, Playground, Mediador individual de água e gás. R$ 260.000,00 - Cond. R$ 200,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0112 - CONDOMÍNIO RESIDENCIAL OCEAN VIEW - Ponta Verde Quartos e sala 1 Vaga de garagem. Valor: R$ 140.00. 01 suíte, cozinha, área de serviço. TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343 REF: 0111 - EDF. PORT VILLE II - PONTA VERDE Quarto e sala 1 Vaga de garagem,.Valor: R$ 140.000,00. 01 suíte, cozinha, área de serviço. TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 0139 – PONTA VERDE - Ed. Hernan Cortês de frente! - 137m² - Sala de estar/jantar, varanda, 03 quartos sendo 01 suíte máster grande, dependência completa de empregada. E que dependência! lavabo, cozinha grande, armários nos quartos. TODO REFORMADO.Tá muito bonito! 01 vaga de garagem. R$ 320.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0141 – SANDOVAL ARROXELAS – EDF. BACCARAT – Aptº no 4º andar, com 03 quartos s/ 01 suíte, sala em “L”, wc social, cozinha, área de serviço, completo de armários, 02 vagas de garagem. R$ 260.000,00 TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0108 – BEIRA-MAR DA PONTA VERDE. Edf. Côte D’Azur - Quarto e sala. Lindo, lindo! Todo reformado e no porcelanato, com armários, 6º andar, nascente. Uma graça de apartamento! A alta temporada vai começar! O 1º a ligar será o dono! Apenas R$ 140 mil. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0106 –199,49M² na Ponta Verde e ainda por cima cobertura! - R$ 593.000,00 O Aptº: 1º Piso: Sala de estar/jantar com varanda, 02 quartos s/ 1suíte,WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada.2° Piso: Sala de estar, 01 suíte, piscina com deck, terraço, WC social.O Prédio: subsolo, pilotis, 02 elevadores, salão de festa, gerador, 03 vagas na garagem. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

4009-1961

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O JORNAL JORNA L

Classificados D2

Domingo, 16 de janeiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

LUIZ TAVARES VENDE Edf. Monte Serrat-374m², varanda,2 sala de estar e jatar intimo, circulação,3 suites,01 lavabo,copa, cz, despença,área de serviço,02/4 de empregada com 01 wc,todo com armario italiano, 04 vagas de garagem, valor.1.850,000,00. Tr: 96078869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 REF: 0105 – 170M² - COBERTURA LINDA! - R$ 615.000,00 - Rua Desportista Humberto Guimarães, Ponta Verde - O Aptº: Sala de estar/jantar, 03 suítes, sendo 1 máster com closet e 2 com WC reversível, WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada, piscina, terraço descoberto.O Prédio: subsolo, pilotis, 6 pavimentos, 3 por andar, 02 elevadores, salão de festa, gerador, água quente por aquecimento solar, 02 vagas na garagem. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0117 – PONTA VERDE 180M² completo de armários - 2ª quadra – rua tranqüila. Apartamento com 4 quartos, sendo 2 suítes, sala de estar para 2 ambientes, sala de jantar, WC social, cozinha, varanda, dependência completa de empregada, 2 Vagas de garagem no subsolo. R$ 650 mil. TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 0104 – 171M² - PONTA VERDE – (Esquina com a Rua Desportista Humberto Guimarães). O Aptº: Sala de estar/jantar com varanda, lavabo, 04 suítes, circulação, WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada. O Prédio: 7 pavimentos, 3 por andar, subsolo, pilotis, 02 elevadores, salão de festa, piscina, gerador, água quente por aquecimento solar, 03 vagas na garagem.R$ 690.000,00 de pura satisfação! TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343.

LUIZ TAVARES VENDEEdf.Lirio dos Campos-74,50m², sala de estar e jantar com varanda, circulaçao,dois quartos sociais, quarto reversivel, cozinha, área de serviço, valor 225.000,00 a combinar o pagamento. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf.Humaita vista para o mar, sala para 02 ambiemte com varanda ¾,sendo uma suite, WC sicial, área de serviço, dce, aceita, c.e.f valor, 220 mil. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDEEdf.Via veneto-126m² 3suites,sala,p/ 02 ambiente c/ varanda lavabo, gabinete,dce,03 vagas de garagem 01 deposito,piscina,churasqueira,sauna ,salão de festa ,sala de ginástica,brinque-dotekavalor 420.000,00. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf. Mansão Amtonio de Oliveira,175,95m² 4suites,salade estar e jantar,lavabo varanda, varanda,dce, 03 vagas de garagem valor, 650.000,00 a negociar. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/99247267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Piazza san Marcos,125m² 03suites sendo uma reversivel salade estar e jantar,dce,escaminho e 2 vagas de garagem ,mobiliado 350.000,00 parcela em ate 12x. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/99247267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf. Delphos, cobertura duplex,com 04 suite,piscina, área descoberta p/ banho de sol jardin,garragem p/ 04 carros podendo colocar ate 6 carros, valor.1000.000,00. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 REF: 0103 – PONTA VERDE Prédio Novinho em folha! - 294m² - Apt° 8º andar- R$ 651.000,00 R$ 599.000,00 - O Aptº: Sala de estar/jantar com varanda, 04 quartos sendo 2 suítes completas e 1 com WC reversível, WC social, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. O Prédio: subsolo, pilotis, 03 elevadores, salão de festa com bar, piscina com deck, gerador 02 vagas na garagem. TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343.

LUIZ TAVARES VENDE Edf Bellagio, 137m², 3,suite,mais quarto reversível, sala de estar e jantarcom varanda, área de serviço completa, valor, 550.000,00 a negociar. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf. Personale, 80,86m², sala de estar e jantar c/varanda, circulação,1 ste, 1 qto social, wc sicial,um qto reversivel,coz., área de serviçowc de serviço, 1 vaga de garagém valor, 300 mil, a combinar. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/99247267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf.via grandesso,97,50m², ¾ sociais s~/2 suites, varanda, sala p/2 ambiente, cozinha,área de serviço, dce, 02 vagas de garagém, valor 320.000,00. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf. Grand Classic,453,92m², varanda,sala de estar e jantar,sala de estar p/4 ambientes, lavabo, eatar intimo, circilaçao, 3 stes, sendo uma máster c/2 clossets e 2 wc, ampla coz. c/sala de almoço, despença com área de serviço com 2 qtos,1wc e terraço técnico,dce, 06 vagas de garagém, valor, 2.650.000,00, forma de pagamento a combinar. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf. St. Barth 59,25m², sala de estar e jantar, 2 stes, sendo uma com vestir,coz., e ára de servoço valor 190 mil. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE Edf. Savassi, estar jantar,2/4 uma suite,rev, cz, área de serviço, aquecimento a gás nos chuveiro,piscina,água e gás individual aceita CEF. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251

PAJUÇARA REF: 026 – PAJUÇARA - Edf. Casa Bela BEIRA-MAR de Frente! – 73,00mts², Compre e alugue por temporada. É dinheiro vivo! 2 quartos, 1 vaga. Apenas R$ 350 mil. No 3º andar todo mobiliado! TR 9351-4440/8811-8410 CRECI 343

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SERRARIA LUIZ TAVARES VENDE proximo ao Ze tenorio-150m² 4/4 s/3 stes,sala p/2 ambiente, área de serviço, churasqueira mais chuveirão, 02 vagas de garagem,toda no porcelanato, aceita c.e.f , valor 270.000,00. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251 LUIZ TAVARES VENDE condominio, Reserva do vale 770m² valor 240.000,00. Tr: 9607-8869/ 8142-8717/9924-7267 Creci 1251

CASA VENDA BARRO DURO REF: 038 - BARRO DURO – VENDOExcelente casa nascente por preço de ocasião. Próximo ao Colégio Adventista, sala de estar/jantar, 3 qtos s/1 ste, área serviço, wc social. 2 vagas de garagem, rua asfaltada. Pertinho de tudo, mais ainda de você! Apenas R$ 185 mil. Ligue agora! TR 93514440 /8811-8410 CRECI 343.

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REF: 022 – FAROL – casa nascente com jardim - 3 quartos s/ 2 suítes, sala de estar/jantar, 2 cozinhas, sala p/ TV, gabinete, despensa, área de serviço, dependência completa de empregada, WC social, garagem coberta para 4 carros. R$ 280 mil. Aceita troca em carro e apartamento Tr. 93514440/8811-8410 CRECI 343.

REF: 011 - CASA NO FEITOSA - Loteamento Santa Rita, 148m2, Sala social, 3 quartos sendo 2 suítes, sala, cozinha,WC social e dependências externas. Valor: R$ 198.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

REF: 0136 - CASA NO FAROL com varanda, gabinete, sala de estar, sala de almoço, terraço coberto, cozinha, copa, banheiro social, duas suítes, um quarto, dependências de empregados com quartos e um quarto de motorista, lavanderia e despensa. Área de construção de 380,00 m2 Área coberta de 418,00m2 Área total de 660,00m² Garagem para 02 carros. R$ 520.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 0114 - JARDIM DO HORTO – GRUTA. Casa com 4 suítes, 1º PAVIMENTO: Sala ampla, cozinha, área de serviço, dependência de empregado(a), jardim, garagem, p/3 carros, varanda,WC, 2 suítes reversíveis. 2º PAVIMENTO: 2 suítes reversíveis, sendo com varanda. Jardim do Horto II. Valor: R$ 620.000 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

VENDE-SE uma casa no bairro do Farol, Av. Luiz Rizzo, 276, c/2 salas, 3 stes., 1 banheiro social, gabinete, copa, cozinha, dependência completa, c/garagem p/3 carros, terreno med. 12x40. Tr.: 3241-3887.

REF: 0131 – Na Rua ao lado do Hospital dos Usineiros – Para que gosta de ser o 1º morador! Uma casa perfeita em terreno medindo 15 x 30. Com Jardim, 02 salas, gabinete, 3 quartos sendo 2 suítes, terraço, sala de estar/jantar, wc social, despensa, banheira de hidromassagem, dependência completa de empregada, garagem p/ 2 carros. Apenas R$ 370.000,00 TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 0130 – PRÓXIMA AO TERMINAL DA AV. ROTARY – Uma bela casa que estar acabando de ser construída. Com 380m² - Jardim, 02 salas, gabinete, 3 quartos sendo 2 suítes, terraço, sala de estar/jantar, wc social, despensa, banheira de hidromassagem, dependência completa de empregada, garagem p/ 3 carros. R$ 390.000,00 Aceita-se carro na negociação! TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343

OUTROS BAIRROS REF: 017 - PITANGUINHA – VENDO casa com 390m², sala de visita, sala de jantar, sala de TV e som, 02 terraços, Gabinete, 06 quartos sendo 02 suítes, 02 Cozinhas, 02 WC socais, Dependência completa empregada. Garagem 04 carros. R$ 250 mil. TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343.

REF: 028 – NA PRINCIPAL DO MURILÓPOLIS – Maravilhosa casa nascente com piscina, área de lazer espaçosa, nascente, 3 quartos grandes s/ 1 suíte, sala de estar/jantar, área serviço, WC social. Garagem p/ vários carros. Ótima também para ponto comercial! Apenas R$ 340 mil. Dá pra acreditar nisso? Ligue e confira! TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

REF: 092 – EM SONHO VERDE PRA SONHAR – Casa próximo à praia, com terraço, sala de visita, jantar, 3 quartos sendo 1 suíte, DCE, varandão, garagem, jardim grande. 2 frentes. Condomínio com quadra de esportes, piscina e bar. R$ 230.000,00 (Duzentos e trinta mil reais). TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

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REF: 0110 - CASA PARQUE DO FAROL - GRUTA - 3 quartos, sendo 1 suíte, 2 Vagas de garagem Área: 360m2 - Valor: R$ 320.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

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O JORNAL JORNA L

Classificados D4 LUIZ TAVARES VENDE casa-521m² terreno medindo 18x30 garagém para 05 carros jardins local p/ picina 1ºpiso-salade estar e jantar com varanda quarto social wc social ,com box, cz ,com armario bertoline, mesa em granito área de seviço, dce, camil poço arteziano,com filtro,para toda a casa, 2º- piso-escada, Chanel e portas jatoba, 02 salas de TV 03 sutes, sendo uma master com varanda valor 550.00000 parcela em ate 70 x co sinal a combinar. Tr: 9607-8869/ 81428717/9924-7267 Creci 1251 REF: 0102 - CASA À BEIRAMAR DE PARIPUEIRA - 4 quartos, sendo 3 quartos na parte de baixo), 2 suítes, 2 salas: uma na parte de baixo e a outra na parte de cima), WC social,cozinha e área de serviço. Piscina, churrasqueira e bar. Amplo estacionamento. Valor R$ 260.000,00. Aceitamos apartamento de menor valor na parte baixa de Maceió como parte do pagamento. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 010 - CORURIPE CONDOMÍNIO LAGOA DO PAU – Ótima casa à beira mar, por R$ 110 mil. É isso mesmo! R$ 110 mil! varandão de frente e também na lateral, sala de visita grande, sala de jantar, 03 quartos, sendo 01 suíte, piso em cerâmica, casa de caseiro, pracinha em frente, chuveirão, churrasqueira. É muuuito aconchegante. Lembre-se: o carnaval está chegando, reúna a turma e venha pro abraço! Ligue já! Se for pensar, perdeu! Aceita troca. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 027 - MURILÓPOLIS – ÓTIMA LOCALIZAÇÃO! Casa nascente, com jardim, terraço, 3 quartos s/ 1 suíte, sala de estar/jantar, WC social, quintal com área serviço coberta, garagem, Somente R$ 225 mil. TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

Domingo, 16 de janeiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br REF: 099 – NA PARADISÍACA GARÇA TORTA – Seu Reveillon será inesquecível! Casa com 03 níveis. Nível inferior: sala p/ 3 ambientes, varanda e escritório. Nível Intermediário: entrada com um belo jardim, sala de jantar, estar para 3 ambientes, lavabo, copa, cozinha, garagem, área de serviço e 02 DCE’ s. Nível Superior: 1 suíte king, 01 suíte máster, 01 quarto, WC social e ampla varanda com vista para área de lazer e o mar. Área de lazer com amplo jardim, piscina, deck, mirante panorâmico, quiosque com churrasqueira, sauna, WC e depósito. Totalmente à beira-mar. Área de 799m². R$ 1.5000.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 048 – JARDINS DE LA REYNA – Casa com 500m² de área construída, 2 pavimentos, vista espetacular da Lagoa. 4 suítes c/ closet, gabinete, bar, piscina, terraço, DCE, churrasqueira. Muito aconchegante. Apenas R$ 550 mil – Faça uma visita hoje mesmo! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0133 – PINTANGUINHA - Próxima a Real Alagoas. Casa de 1º andar em fase final de construção. Com 297m², jardim, terraço, jardim de inverno, 02 salas, gabinete, 4 quartos sendo 3 suítes, terraço, sala de estar, sala de jantar, wc social, despensa, dependência completa de empregada, garagem p/ 2 carros. Apenas R$ 365.000,00 – Também aceitamos carro na negociação! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0123 – COND. JARDIM EUROPA – Excelente casa nova com 250m². 04 quartos sendo 3 suítes, sala grande, WC social, cozinha, banheira de hidromassagem, dependência completa de empregada, garagem para 3 carros. Ligue! R$ 400.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

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PONTA VERDE REF: 081 – PONTA VERDE, próxima à Igreja de São Pedro – Casa nascente, 2 salas de estar, jantar, 03 quartos sendo 02 suítes, wc social, cozinha, dep. Completa de empregada, terraço, churrasqueira, piscina, 02 vagas de garagem. Terreno 10 x 30. - R$ 550.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

TABULEIRO REF: 093 – OPORTUNIDADE! TABULEIRO – Casa de esquina Vizinho ao AEROCLUB – Casa com 3 quartos, sendo 1 suíte, 2 salas grandes, gabinete, WC social, quintal. Apenas R$ 160.000,00 (Cento e sessenta mil reais). Venha hoje mesmo conhecer! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 070 - TABULEIRO DO MARTINS – Próximo a Carajás. Casa totalmente nascente, com 3 Quartos, sendo 1 suíte, Jardim, piscina, garagem para 2 veículos, 1 sala para 2 ambientes, DCE, cozinha, área de serviço, banheiro social, quintal, 1 ponto comercial. Area de 140m2. Dá pra creditar? Olha só qual é o preço! R$ 157.500,00. É isso mesmo! R$ 157.500,00. É sua! TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343.

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Domingo, 16 de janeiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br Lula Castello Branco

BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com

COMEÇA O ESPETÁCULO O Campeonato Alagoano será disputado neste ano pela 81ª vez. A grande novidade desta temporada é o retorno do CSA, que foi rebaixado em 2009, conquistou o título da Segunda Divisão no ano passado e, dentro de campo, voltou à elite. O Sport Santo Antônio, de Atalaia, também foi promovido à Primeira Divisão e vai debutar na competição neste ano. A fórmula de disputa de 2010 não foi alterada pelos clubes. O campeonato terá duas fases: na primeira, todos os times se enfrentam em partidas de ida e volta, e os quatro melhores se classificam para a segunda fase. Os dois últimos colocados vão ser rebaixados para a Segunda Divisão, e o melhor clube da primeira etapa da competição já terá vaga garantida na grande final. Na segunda fase, os quatro primeiros vão se enfrentar num cruzamento olímpico, com o primeiro encarando o quarto, e o segundo jogando contra o terceiro. O vencedor dessa etapa vai enfrentar o campeão da primeira fase na decisão, que será disputada em dois jogos. Se o mesmo time conquistar as duas etapas do Alagoano, será proclamado campeão estadual de forma antecipada.

Gustavo voltou ao Murici para buscar o bicampeonato

PARTICIPANTES Neste ano, participam da competição dez clubes: ASA, CSA, CRB, CSE, Coruripe, Corinthians-AL, Murici, Ipanema, Sport Santo Antônio e Santa Rita. Atual campeão alagoano, o Murici vai defender o título na competição.

TELINHA A TV Pajuçara renovou o contrato com a Federação e, mais uma vez, vai transmitir ao vivo o Campeonato Estadual. A cada rodada, uma partida vai ser escolhida para compor a grade da emissora. "Ainda não recebemos as cotas e nem sabemos qual será o valor. A Federação foi que negociou com a televisão", comentou o presidente do Murici, Geraldão.

HISTÓRICO O primeiro Campeonato Alagoano foi disputado em 1927. Nesse ano, o campeão foi Clube de Regatas Brasil. Mas o Azulão ainda é o maior detentor de títulos do Estado, com 37 conquistas. O Galo é o segundo colocado, com 25 troféus, e o terceiro é o ASA, que levantou a taça em seis oportunidades. O Alvinegro se orgulha de ser o maior campeão da última década, com cinco conquistas.

CURTO-CIRCUITO O jogador que fez mais gols em um só Campeonato Alagoano foi o atacante Inha, do CRB, em 1995. O Galo foi campeão e o goleador marcou 37 vezes. O Estadual de 2011 vai ter uma boa atração antes dos jogos profissionais. Neste ano, o Campeonato Alagoano Sub20 vai ser disputado paralelamente à competição principal e os torcedores vão acompanhar de perto as revelações de seu time. Hoje, por exemplo, os regatianos e os azulinos que chegarem mais cedo ao Rei Pelé vão assistir ao clássico da base. O jogo sub-20 está marcado para as 14h30.

Em defesa do título Murici mantém a base do ano passado para buscar o bicampeonato Victor Mélo Editor de Esportes

O Murici tenta neste ano repetir a receita de 2010. A base campeã alagoana foi mantida e a principal novidade foi a contratação do técnico Gilmar Batista, que iniciou a carreira no Corinthians-AL. Emprestados ao CSA, os zagueiros Nado e Sinval, o volante Gueba, o lateral Paulinho, além do meia Everlan voltaram ao Alviverde, assim como o atacante Alexsandro, que também atuou no Azulão no segundo semestre, mas havia se transferido para o futebol chinês. Também chegaram ao clube o zagueiro Luisão, ex-União São João-SP, e o meia Jorge Luiz, que estava atuando no futebol goiano. De acordo com o presidente do Murici, Geraldão, o clube tem um orçamento equilibrado para a temporada. “Mantivemos a base campeã em 2010 e esperamos lutar pelo título, mas tudo dentro do planejamento. Nossa folha salarial gira em torno de R$ 50 mil e nossa arrecadação com

patrocinadores chega perto disso”, explicou o dirigente. Assessor de imprensa do clube, Jaílson Colácio, disse que o Murici ainda está buscando no mercado entre quatro e cinco reforços. “Nove atletas foram dispensados nesta semana e a diretoria está tentando qualificar o elenco. Estamos tentando trazer um zagueiro, um lateral, um volante, um meia e um atacante, que pode ser um jogador conhecido no futebol nacional”, informou Jaílson, que também cuida do Departamento de Marketing do Murici. “Estou executando esse trabalho junto aos patrocinadores. Temos nove parceiros para o Campeonato Alagoano: O Borrachão, Carajás, Multijet, Odontocard, Motapiscina, Homy Química, Leites Muu, GTS e Prefeitura de Murici”, acrescentou. DESTAQUE - O atacante Alexsandro é o principal jogador do elenco alviverde. Ele foi fundamental na conquista do título do ano passado e, no CSA, era o artilheiro do clube no

Campeonato do Nordeste. O atacante chegou para ser a referência ofensiva do time de Gilmar Batista. TESTES - O Murici disputou dois amistosos antes da estreia no Estadual, sendo goleado pelo Porto-PE por 4 x 1, em Caruaru, e vencendo o Bangu de União dos Palmares, por 5 x 0, em Murici. “É bom destacar que, contra o Porto, muitos jogadores foram observados. Muitos que disputaram esse amistoso foram dispensados no início da semana”, destacou Jaílson Colácio. ESTÁDIO - Liberado pela comissão de vistorias, o Estádio José Gomes da Costa, em Murici, tem uma novidade para 2011. Foram construídos mais dois lances de arquibancada e a capacidade da praça esportiva aumentou em mil lugares. TIME-BASE - Dias; Gueba, Nado, Sinval e Paulinho; Branco, Ítalo (Wesley), Gustavo e Everlan; Alexsandro e Franco (Jose). Técnico: Gilmar Batista.


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Terra do Gigante Com a maior folha salarial do Estadual, ASA é um dos favoritos ao título deste ano Lula Castello Branco

Luciano Milano

campeão estadual e da Série C, título que também lhe garantiu vaga na Série B do ano passado. Na competição nacional, o representante alagoano não só contrariou os prognósticos que o apontavam como rebaixado, como também encerrou a disputa na nona posição.

Repórter

O ASAfoi o último dos 10 clubes a iniciar a pré-temporada visando ao Campeonato Alagoano 2011. Como é o único representante do Estado no Brasileiro da Série B, o Alvinegro arapiraquense encerrou 2010 somente no final de novembro. Por conta disso, estendeu as férias de comissão técnica e atletas que têm contrato e seguem em 2011 até poucos dias antes das festas de fim de ano. Efetivamente, o ASA treina desde o dia 27 de dezembro. TREINADOR - Pelo terceiro ano consecutivo, o técnico do time alvinegro é José Luiz Mauro, o Vica. Sob se comando, o ASA sagrou-se campeão alagoano em 2009, vice-

Parceria de sucesso: o técnico Vica está no comando do ASA há três anos

ELENCO - Com o bom desempenho na Série B, a diretoria não pôde segurar os principais atletas da equipe titular, dispensou outros que não interessaram mais a equipe e manteve uma base de 11 jogadores considerados da casa. Para montar o elenco, o ASAcontratou 12 novos atletas. Deles, três pediram para ir embora alegando motivos pessoais, Nando, Cris e Carlão. Recentemente, chegaram ao clube o zagueiro Toninho e o lateral-direito Sérgio, do Grêmio.

O JORNAL fecha patrocínio com o Alvinegro Para a batalha de 2011, o ASA manteve também os patrocinadores e ainda ganhou dois novos reforços para os cofres na atual temporada. A Unimed Arapiraca havia deixado de contribuir com o ASA em 2010, mas está de volta em 2011. A novidade mesmo entre os colaboradores do time arapiraquense fica por conta da presença de O JORNAL. De acordo com o diretor executivo de O JORNAL, Sálvio de Taine Maciel, a parceria firmada com o clube é parte de um projeto arrojado, na área de comunicação, que o veículo tem para Arapiraca. Segundo Sálvio, o retorno e reconhecimento do público arapiraquense já foi sentido por ele nas ruas da cidade. "Nos próximos dias, deveremos colocar nas ruas um caderno com oito páginas, que vai tratar de moda, gastronomia, tudo produzido por atores de Arapiraca", declarou Sálvio Maciel, lembran-

do que a cidade já tem sido des- dade que temos conseguido pelo taque no veículo de comunicação apoio comercial. Por tudo isso, com a coluna Le Monde, capita- estamos certos de que a parceria neada por Aroldo Marques. com o ASA, também, "O embrião disso tudo foi a será vencedora tanto coluna do Aroldo Marpara empresa quanto ques, que nos mostrou para o clube", destacou como era necessário exSálvio Maciel. pandir e nos aproximarTambém são patrocimos mais de Arapiraca. nadores do time alvineEstamos muito felizes gro Grupo Coringa, Folha do com tudo isso e sabemos Catol, Unicompra e PreASA pode que o sucesso dessa emfeitura de Arapiraca. O chegar a preitada é garantido", Governo do Estado, que afirmou Sálvio Maciel. patrocinou o time na R$ 200 mil "Tenho ido com certa Série B, não figura agora periodicidade a no Estadual, mas é Arapiraca e já me depaaguardado pela diretorei com pessoas nas ruas ria para voltar com o e empresas apoiando o apoio na Série B. projeto. A confiança que O JORNAL tem no projeto levou FOLHA SALARIAL a empresa a firmar contrato com Segundo o vice de marketing do o ASA, entendimento realizado ASA, Sérgio Lúcio, a folha do na semana passada. A resposta ASA, com salários de jogadores, ao empreendimento de O JOR- funcionários, alimentação, meNAL já se faz sentir na receptivi- dicamentos e outros gastos, fica

entre R$ 180 mil e R$ 200 mil.Com patrocínio, o clube arrecada 60% do valor - ou seja R$ 120 mil -, o que falta para fechar a folha a diretoria espera arrecadar com renda, projeto Sócio Torcedor e outras promoções ao longo da competição. AMISTOSOS - Como é de praxe com Vica no comando, o time não realizou amistosos durante a curta pré-temporada. Como destaque no elenco pode ser apontado o meio-campista Alberoni, que já teve passagem por times considerados B da Internazionale de Milão, Vasco e Avaí.-SC. BASE DO TIME - Paulo César; Chiquinho, Sílvio, Edson Veneno e André; Cal, Marielson, Didira e Alberoni (Vitinho); Kaká e Elton Morelato (Alessandro Celin). Técnico: Vica. (L.M.)

Associação Sportiva Arapiraquense

ASA

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Centro Sportivo Alagoano

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CSA

Rivalidade máxima CSA e CRB se reencontram hoje na primeira rodada do Campeonato Alagoano 2011 Fotos: Marco Antônio

Victor Melo

Serginho Baiano e Gil Xavier, entregues à preparação física. Sem três peças consideradas importantes no elenco, o treinador deve escalar, respectivamente, Marquinhos Alagoano, Halisson e Fernando Sá. O Azulão não vai contar com jogadores importantes. Entregues ao Departamento Médico, o zagueiro Fábio Lima e o atacante Alisson estão fora do clássico. Os substitutos devem ser Anderson La Bamba e Edson Sá (ou Diego Torres). Rafael, Temerson, Luisão e Adriano Silva não foram regularizados. Recuperado de lesão, Dio está à disposição da comissão técnica.

Editor de Esportes

A primeira rodada do Campeonato Alagoano já vai mexer intensamente com as emoções de azulinos e regatianos. O abre-alas do Estadual 2011 é, sem dúvida, o Clássico das Multidões, marcado para hoje, às 17h, no Rei Pelé. Os técnicos de CRB e CSA não tiveram muito tempo para testar suas novas equipes em amistosos e já vão ter que mostrar serviço no duelo desta tarde. O Galo disputou um amistoso no último domingo e venceu o América-PE, na Pajuçara, por 1 x 0. O Azulão se arriscou mais do que o rival, jogando no mesmo dia com o Santa Cruz, no Recife, e foi goleado por 4 x 1. O resultado não foi bem recebido por parte da torcida azulina, que até iniciou uma campanha na Internet pedindo a saída do técnico Lino. A diretoria do clube avisou que o treinador tem todo respaldo no clube

No ano passado, CSA e CRB se enfrentaram no Nordestão e em amistosos

e vai continuar no cargo. "Não há motivos para falarmos da saída do Lino. Ele provou que tem muita competência para exercer a função", declarou o vice de futebol do CSA, Cícero

Eugênio. No CRB, o técnico Edson Ferreira ainda busca a equipe ideal. Hoje, ele não vai contar com o meia Alan, ainda não regularizado, além dos atacantes

MISTÉRIO - Para não dar armas ao inimigo, o técnico Edson Ferreira resolveu fazer mistério na semana que antecedeu o clássico. "Estamos evitando que observadores do CSAdescubram algumas surpresas que preparamos para o jogo", explicou o treinador.

Partida tem forte esquema de segurança Uma das maiores preocupações dos dirigentes de CSA e CSA, Federação Alagoana, PM e Ministério Público é com a segurança do clássico. Na última segunda-feira, foi divulgado pela FAF o esquema que será utilizado no jogo para evitar, principalmente, o confronto entre as torcidas organizadas. Os portões do Estádio Rei Pelé serão abertos a partir das 14h, mas uma hora antes a Avenida Siqueira Campos será fechada por agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). Haverá também um efetivo de 300 policias para aumentar a segurança dos torcedores. A divisão das arquibancadas vai ser a tradicional, com os azulinos ocupando o espaço descoberto do estádio e os regatianos ficando atrás dos gols e nos lugares ao lado das cadeiras especiais. A polícia também informou que continua proibida a

venda de bebidas alcoólicas dentro do Trapichão e em suas imediações. ARBITRAGEM - Considerado o principal árbitro do atual quadro do futebol alagoano, Francisco Carlos terá a responsabilidade de comandar o Clássico das Multidões. Os assistentes de Chicão serão Otávio Correia e Wladson Michellângelo. Dois quartos árbitros, Josevaldo Bisarria e Marcus André de Melo, também estão confirmados pela Comissão Estadual de Arbitragem para trabalhar no duelo. INGRESSOS - Com mando de campo do CSA, o clássico deve levar hoje um grande público ao Rei Pelé. Os ingressos já estão sendo vendidos por R$ 10,00 (arquibancadas baixas), R$ 20,00 (arquibancadas altas) e R$ 40,00 (cadeiras). AFAF divulgou que foram confeccionados 15 mil bilhetes para a partida. (V.M.)

GUIA DO TORCEDOR Quando: hoje Onde: Estádio Rei Pelé Hora: às 17h Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento Assistentes: Otávio Correia e Wladson Michellângelo Preliminar – CSA x CRB Sub-20, às 14h30 CSA – Anderson Paraíba, Celso, Fabrício Tocha, Anderson La Bamba e Dio; Anderson, Lau, David e Edson Sá; Diego Torres (Wilson ou Felipe Heleno)e Tico Mineiro. Técnico: Lino. CRB - Adriano, Nilson, Eder e Ítalo; Jonathan, Rodrigo Santos, Daniel, Edson e Rafinha; Fernando Sá e Halace. Técnico: Edson Ferreira.

INGRESSOS ARQUIBANCADAS BAIXAS: R$ 10,00 ARQUIBANCADAS ALTAS: R$ 20,00 CADEIRAS: R$ 40,00


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Azulão agita sua torcida na volta à Primeira Divisão

Lino trabalha desde 13 de dezembro

O CSA tem a missão de recuperar terreno no futebol alagoano. O maior campeão da história do Estadual passou por momentos de muita dificuldade na última década, quando sofreu dois rebaixamentos. Mas, refeito da pancada, tenta retomar sua trajetória vencedora. A pré-temporada do Azulão começou no dia 13 de dezembro, e o clube realizou apenas um amistoso de preparação para o campeonato. "Optamos por fazer apenas um teste, que foi o disputado no último domingo, quando perdemos para o Santa Cruz por 4 x 1. Como não poderia deixar de ser, a principal meta do clube no Estadual é lutar pelo título. Estamos trabalhando para isso", informou o assessor de imprensa do Azulão, Rodrigo Cortez, acrescentando que atualmente 29 atletas compõem o elenco do clube. O projeto para 2011 não é ousado. O técnico Lino foi mantido no cargo após o acesso à Primeira Divisão e a boa campanha no Campeonato do Nordeste, e o clube também

inicia a temporada com uma espinha dorsal montada pelo treinador no ano passado. Anderson Paraíba, Celso, Lau, Anderson e Alisson são jogadores que começam a temporada entre os titulares e trazem a experiência adquirida na Segunda Divisão do Estadual. O Azulão também aposta em alguns jovens valores, como Diego Torres e Stanley, e foi buscar no mercado dez reforços: os zagueiros Fabrício Tocha, Fabio Lima e Luisão; o lateral Rafael; os meias Edson Sá, Dio e Adriano Silva; o volante Josuel e os atacantes Tico Mineiro e Temisson. O último a chegar foi o zagueiro Luisão, que nasceu em Alagoas, mas jogou nos últimos anos no Cruzeiro. O jogador se apresentou na última quarta-feira e agora busca seu espaço no elenco. Ao contrário da maioria dos clubes do Campeonato Alagoano, o CSA não quis divulgar o valor de sua folha salarial. "A diretoria do clube se reuniu e considerou esse assunto uma

questão apenas interna. Sobre patrocinadores, ainda estamos trabalhando para divulgar as marcas", explicou Cortez. DESTAQUES - O jogador mais famoso do elenco azulino é o veterano Tico Mineiro, de 35 anos. Com boas passagens por ASA, CRB e Corinthians-AL, ele vai mostrar seu futebol agora com a camisa azul e branca. O centroavante chegou para ser o responsável pelos gols do Azulão na temporada. Outro atleta que chegou ao clube com status foi o meia Dio. Destaque do CRB durante a Série C do ano passado, o meia é polivalente e também pode ser aproveitado na lateral-esquerda. Ele se machucou no amistoso do último domingo contra o Santa Cruz, mas vai ficar à disposição para o jogo de hoje contra o CRB. EQUIPE-BASE 2011 - Anderson Paraíba, Celso, Tocha, Fábio Lima e Rafael; Anderson, Lau, Dio e Adriano Silva; Alisson e Tico Mineiro. Técnico: Celso Teixeira. (V.M.)

Galo tenta se reencontrar com o título alagoano Luciano Milano Repórter

O CRB entra no Estadual sob pressão, já que não conquista um título de campeão estadual desde 2002. Depois do rebaixamento na Série B em 2008, o Galo enfrentou a iminência de mais uma queda por dois anos seguidos na Terceira Divisão. Sem atividade desde setembro, quando não passou da primeira fase na Série C, o time alvirrubro só conseguiu voltar a trabalhar em 20 de dezembro. Problemas políticos atrasaram a montagem do time, contratações e definições para esta temporada. Para dirigir a equipe, o presidenteexecutivo, Marcos Barbosa, e o vice de futebol, Roberto Fernandes, optaram por manter o técnico Edson Ferreira, que dirigiu o time na reta final da fase de classificação da Série C. Antes, porém, Edson marcou seu nome no futebol alagoano conquistando o título inédito - para ele e para e o clube - de campeão estadual com

o Murici. Edson brilhou como jogador vestindo a camisa do próprio Regatas na década de 1980. Definida a comissão técnica, que ainda tem o preparador físico Saulo Calheiros, campeão com Edson no Murici, foram contratados entre 12 e 15 jogadores. A base de reforços foi feita em cima da boa relação entre Marcos Barbosa e o empresário Alex Fabiano, que colocou na Pajuçara muitos atletas que ele cuida dos interesses. Os reforços se juntaram aos atletas da base e remanescentes da temporada 2010. Permaneceram na equipe jogadores como o goleiro Cris, o ala Rafinha, os irmãos Emerson e Éder, Jonathan e Polosko, filho do ex-jogador do Galo Ivanildo. PATROCINADORES - Embora tenha iniciado o trabalho de contratação e montagem da equipe para esta temporada, o presidente-executivo, Marcos Barbosa, e seu vice de futebol, Roberto Fernandes, ainda não são, de direito, diretores alvirrubros. Isso porque a posse da nova

diretoria só poderia acontecer após o dia 15, ontem. Por conta disso, explicou Fernandes, "a diretoria não pode divulgar quais serão os patrocinadores do clube para 2011". Só depois da posse é que as empresas serão reveladas. Entretanto, Roberto Fernandes disse a O JORNAL que a folha salarial do time gira em torno de R$ 80 mil. Nesse valor, garante Fernandes, estão incluídos gastos com pagamento de atletas, funcionários, alimentação, medicamentos e outras obrigações inerentes ao dia a dia de um clube de futebol. AMISTOSO - Na fase de preparação, o Galo disputou somente um amistoso. O adversário foi o América-PE, no domingo passado, e o time venceu por 1 x 0, na Pajuçara. EQUIPE-BASE 2011 - Adriano; Nilson, Júnior e Ítalo; Jonathan, Edson, Rodrigo Santos, Daniel e Rafinha; Serginho e Fernando Sá. Técnico: Edson Ferreira.

Edson orienta o lateral Rafinha

Clube de Regatas Brasil

CRB


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Bom, bonito e barato Outra vez, Corinthians-AL aposta nos garotos para se destacar no Estadual Ascom/Corinthians

Luciano Milano Repórter

Um dos clubes a iniciar com maior brevidade a pré-temporada para 2011 foi o CorinthiansAL. Sem atividades oficiais desde o fim do Estadual de 2010, no começo de maio do ano passado, o Timão voltou aos treinamentos em 22 de novembro. Na Primeira Divisão, o Corinthians tem um título, conquistado em 2004. O estádio do Timão é o Nelson Peixoto Feijó, na Via Expressa. Adiretoria de futebol da equipe tricolor chegou a anunciar o técnico Alexandre Barroso, exCRB. Mas, com proposta melhor de outra agremiação, Barroso avisou que não poderia voltar a trabalhar em Alagoas. Achegada de Barroso no Corinthians fazia parte do “pulo do gato” dado pela diretoria no quesito patrocinador. É que o Timão da Via Expressa saiu na frente e fechou o patrocínio do banco mineiro BMG, que também é parceiro do AtléticoMG, clube que Alexandre Barroso é funcionário, Cruzeiro e Flamengo. Além do BMG, de acordo com a assessoria de imprensa do clube, também patrocinam o clube Banco do Nordeste, ManServ e Academia Motivação. Sem o acerto com o extreinador do CRB, o Corinthians fechou com o experiente Lorival Santos, que também passou pelo

O técnico Lorival Santos está trabalhando com uma base formada por jovens no Corinthians Alagoano

futebol alagoano em 2008, quando comandou o CSA. Segundo o clube da Via Expressa, Lourival se encaixou bem na política do Corinthians, que é de trabalhar com jovens atletas. ELENCO - O treinador recebeu mais de 18 novos jogadores, a maioria com idade entre os 19 e 21 anos, em geral saídos de equipes sub-20 de Flamengo, São Caetano-SP, CFZ-RJ entre outros. Da base já haviam dez, totalizando o número de 28 jogadores.

FOLHA SALARIAL Mesmo com um patrocinador de grande porte, a diretoria corintiana tem dito a interlocutores que ainda não recebeu nem um centavo a título de colaboração do BMG. Embora seja difícil conceber o futebol com gastos tão baixos, a diretoria diz que a folha salarial do clube é de R$ 35 mil. Oficialmente, o vice-presidente de futebol Alarcon Pacheco afirmou que é política do clube não falar sobre valores de patrocínio.

VELHOS CONHECIDOS Como velhos conhecidos, o time conta com o zagueiro Selmo Lima, o lateral-esquerdo Claudinho e o meio-campista Marco Antônio. Os destaques e apostas do time para 2011 são o atacante Afonso e volante Jalles. TIME-BASE - Tiago; Muriel, Anderson, Selmo Lima e Claudinho; Pio, Jalles, Marco Antônio e Alex (Dudu); Afonso e Jonathan. Técnico: Gilmar Batista.

Sport Santo Antônio investe na experiência Victor Mélo Editor de Esportes

O Sport Santo Antônio estreia nesse ano no Campeonato Alagoano. Vice-campeão da Segunda Divisão, o time aposta no experiente técnico Paulo Roberto Ghillard para fazer uma boa campanha na competição. O clube fez a pré-temporada em Capela a partir do dia 6 de dezembro e confia na preparação de seus 26 atletas para surpreender os rivais. O Atalaia foi buscar jogado-

res experientes para formar sua espinha dorsal, que conta com o zagueiro Márcio Pereira e o atacante Da Silva, que deixou o clube, mas conversou com a diretoria e a comissão técnica e retornou. “Mantivemos uma boa base da Segunda Divisão do ano passado. Temos cerca de 70% de atletas que disputaram a competição e uma boa estrutura. Tenho certeza de que vamos dar muito trabalho aos nossos adversários. Nossa meta é ficar entre os quatro”, declarou Guillard, que no

ano passado iniciou a temporada comandando o time do CRB. BAIXAS - Antes do início do Estadual, o Sport perdeu um jogador que seria uma de suas referências na competição. A diretoria anunciou na última quinta-feira a saída do meia Diogo Capela, que se transferiu para o futebol gaúcho. “Infelizmente, perdemos o Diogo Capela, mas vamos trazer outro meia. Neste domingo, já esperamos anunciar o nome de um jogador muito conhecido no futebol ala-

goano”, disse o treinador. O Sport disputou dois jogostreino na pré-temporada, vencendo a seleção de Paulo Jacinto, por 2 x 1, e empatando com os Profissionais da Bola. Também em Atalaia, o time disputou um amistoso com o Desportiva Vitória-PE, e perdeu por 3 x 1. EQUIPE-BASE - Delmir, Zé Carlos, Erivaldo (Ronald), Márcio Pereira e Julio Tatu; Bahia, Cícero Alagoano, Chiquinho e Marquinhos; Da Silva e Bimba. Técnico: Paulo Roberto Guillard.

Santa Rita treina desde novembro Da cidade de Boca da Mata, o Santa Rita comemora o fato de poder disputar pela segunda vez consecutiva a Primeira Divisão do futebol alagoano. Para fazer bonito na competição e não correr o risco de ser rebaixado, o Santa Rita iniciou os treinamentos em 29 de novembro. ELENCO - Segundo o diretor de futebol do clube, Jéferson Barros - o conhecido Bolinha -, a diretoria do time contratou 18 jogadores, que se juntaram a 12 atletas da cidade e região. "Na nossa cabeça, montamos um elenco forte para disputar o Estadual, estamos contentes por irmos para a segunda temporada seguida na competição, porque todos sabem como é fazer futebol, principalmente no inteClube rior", declacomemorou rou Jéferson Barros. a Para permanência c o m a n d a r na elite no a equipe, a ano passado d i r e t o r i a de futebol contratou o técnico Manuel Pinheiro. Como jogador, Pinheiro defendeu por muitos anos o CSE de Palmeira dos Índios, sua terra natal, onde também foi treinador em algumas temporadas. FOLHA SALARIAL De acordo com Bolinha, a folha salarial do Santa Rita está em torno de R$ 70 mil. Para poder honrar com os compromissos, o clube conta com três patrocinadores: Sococo, Usina Triunfo e Governo de Alagoas. TIME-BASE - Valdiney; Sabará, Rodolfo, Rômulo e Arlindo; Jacobina, Rafael, Cristiano e Cleiton; Daysinho e André Vieira.Técnico: Manuel Pinheiro. (L.M.)


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Globo estreia Insensato Coração, nova novela das nove Páginas 6, 7 e 8

Natália do Vale está no elenco de Insensato Coração


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ASPAS

Luiza Dantas/CZN

"Tem de ser simpática, puxar saco e eu não consigo".

Thaila Ayala, a Amanda de "Ti-Ti-Ti", revelando a dificuldade que tem de se relacionar no meio artístico ("famosidades.com.br").

"Só falta ser líder de audiência".

A apresentadora Adriane Galisteu sobre o que ainda não conquistou na vida ("babado.com.br").

"Não me faz bem falar dessa pessoa".

Dennis Carvalho, diretor de "Insensato Coração", ainda magoado com Ana Paula Arósio, que deixou o elenco da novela depois de faltar algumas gravações ("odia.com.br").

"O universo não gira em torno do meu umbigo".

Fernanda Vasconcellos, que viveu a Nelinha de "Tempos Modernos", brincando com o fato de ter aparecido sem umbigo no comercial das Havaianas. Na hora de tratar as imagens, o editor exagerou e deixou a atriz com a barriga completamente lisa ("extraonline.com.br").

"Não há o que temer".

Deborah Secco, a Natalie Lamour de "Insensato Coração", sobre as cenas de sexo que protagonizou no filme "Bruna Surfistinha" ("ego.com.br").

"Nunca sonhei com isso. Quero curtir muito a minha vida, viajar, namorar, enfim, viver".

Fernanda Machado, a Luciana de "Insensato Coração", ao dizer que nunca quis casar de véu e grinalda ("babado.com.br").

"Vai ser engraçado alguém pegar a moça que não é".

Boninho, diretor da Globo, explicando por que quer segredo sobre a transsexualidade de um dos participantes do "Big Brother Brasil 11" ("babado.com.br").

"Se eu pudesse, falava para todo mundo: 'faz novela, você vai ficar uma gostosa'".

Fernanda Souza, a Thaísa de "Ti-Ti-Ti", ao afirmar que, por causa das roupas curtas de sua personagem, teve de "pegar pesado" na malhação (Programa "Superbonita", do GNT).

"O público deve estar de saco cheio de mim".

Tony Ramos, que se despediu do Totó de "Passione", ao dizer que vai tirar férias e descansar sua imagem, após emendar cinco novelas na Globo ("famosidades.com.br").

"Ela vai deixar um vazio muito grande por um tempo na minha vida".

Gabriela Duarte falando da Jéssica, sua personagem em "Passione", um dos destaques da trama e um divisor na carreira da atriz, que vinha acumulando papéis de boazinhas ("famosidades.com.br").

"Beijei 17 em uma noite".

Marco Pigossi, o Pedro de "Ti-Ti-Ti", lembrando a fase em que era mulherengo e competia com os amigos para ver quem "pegava" mais mulher (Revista "Quem").

"O público ainda não está preparado para isso".

Gilberto Braga, autor de "Insensato Coração", sobre beijo homossexual na tevê (Revista "Quem").

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Claudia Jimenez (foto), que viveu a Alberta de "A Vida Alheia", da Globo, explicando o que faz para sempre se relacionar com rapazes mais novos e bonitos ("ego.com.br").

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TELETEMA

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AGITADO – Depois de viver o Fortunato de "Passione", Flávio Migliaccio já tem trabalho em vista. O ator será Chalita, dono de um restaurante árabe em Copacabana, na próxima série da Globo, "Tapas e Beijos". A produção, protagonizada por Fernanda Torres e Andrea Beltrão, ainda não tem data definida de estreia. HOMENAGEM – Maria Adelaide Amaral, autora de "Ti-Ti-Ti", está com outro projeto para este ano. Ela vai escrever uma microssérie para a Globo sobre a vida e obra de Dercy Gonçalves. Fafy Siqueira será a protagonista da produção, que deve ir ao ar em janeiro de 2012. FARPAS – Eliane Giardini será a vilã de "Lara com Z", próxima minissérie da Globo. A personagem é uma crítica de teatro que tem como principal objetivo destruir a carreira da ex-amiga Lara, vivida por Susana Vieira. A produção, escrita por Aguinaldo Silva, deve estrear em abril.

OUTRA – Em "Cordel Encantado", próxima novela das seis da Globo, Nathalia Dill interpretará, mais uma vez, uma personagem com dupla identidade. Na trama de Duca Rachid e Thelma Guedes, a atriz será Dora/Fubá, uma moça de caráter duvidoso que se veste de menino para ficar perto do amado. A estreia está prevista para abril.

FAMÍLIA – A partir do dia 24, vai ao ar, na Globo, o especial "Acampamento de Férias - A Árvore da Vida". A microssérie de cinco capítulos tem participação de Renato Aragão e Lívian Aragão. A direção de núcleo é de Jayme Monjardim.

TESTE – O "game show" "Jogo das Loiras" será o substituto do concurso "Cantando no SBT". A produção, que estreia em fevereiro, será apresentada por Zé Américo e consistirá em perguntas e respostas desafiando as louras participantes.

CLÁSSICO – A microssérie "O Bem Amado", versão televisiva do filme homônimo, irá ao ar, na Globo, com quatro capítulos. A produção, que estreia dia 18, é baseada no texto de Dias Gomes.

SOFREDORA – Depois de viver uma estudante de Psicologia em "Escrito Nas Estrelas", Carol Castro será uma vendedora de doces em "Morde Assopra", próxima novela das sete da Globo. A personagem se chama Priscila e será casada com Marcos, interpretado por Sérgio Marone. O relacionamento dos dois será constantemente ameaçado por armações de uma mulher invejosa, papel ainda sem atriz escalada. A novela, escrita por Walcyr Carrasco, deve ir ao ar a partir de março.

TRABALHO – Louise Cardoso está no elenco de "Insensato Coração", próxima novela das oito da Globo que estreia dia 17. Na trama, ela vai viver Sueli, dona de um quiosque de Copacabana. A novela é de Gilberto Braga e Ricardo Linhares.


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MAPA DA MINA Por Natalia Palmeira

AXÉ

A VOLTA DO ODORICO PARAGUAÇU

MÚSICA NOVA

(SBT, dom, 0 h)

(Globo, ter, 23:30 h)

(MTV, qui, 22:30 h)

No "De Frente Com Gabi" deste domingo, Marília Gabriela entrevista a cantora Claudia Leitte. A carioca criada na Bahia, que faz sucesso em todo o país, fala sobre Grammy Latino, seus planos para o futuro e sobre sua relação com os fãs. Além disso, comenta que se arrepende de algumas atitudes que teve na época que ainda fazia parte da banda Babado Novo.

Primeiro veio a novela, depois o filme. Nesta terça, estreia a minissérie "O Bem Amado". O produção terá quatro episódios com 26 minutos de duração. Com cenas extras, as tramas paralelas do filme ganharam mais destaque e a edição modificou o ritmo da narrativa.

O programa que revelou a banda Restart volta em nova temporada nesta quinta. O "reality show" "Tem Uma Banda na Nossa Casa" retrata seis turmas e suas bandas preferidas. No episódio desta semana, três amigas ganham o show da banda Esteban na sua casa de verão.

CIBERNÉTICO OUTRO OLHAR

(TV Brasil, sex, 19:30 h)

(TV Brasil, ter, 22 h)

VIAJANTE (RedeTV!, sab, 0 h) No novo "50 por 1", Álvaro Garneiro continua sua volta ao mundo baseado na obra "Volta ao Mundo em 80 Dias", livro de Julio Verne. O apresentador conta com a companhia do escritor, jornalista e fotógrafo José Ramalho.

"Brasília: Capital da Utopia – A Realidade" é o tema do "Observatório da Imprensa" desta terça. O programa faz parte da série dos melhores programas de 2010 e vai discutir as consequências da mudança da capital para o interior do país no trabalho da imprensa.

BALANÇAR O ESQUELETO MÚSICA NA PRAIA

O "Programa Especial" homenageia o ativista Edward Roberts. A equipe do programa entrevista Zona Roberts, mãe de Ed, de 90 anos. Ela mostra sua caixa de fotos antigas e compartilha momentos importantes da vida de seu filho. Zona ainda visita as obras do Ed Robert Campus, que está sendo construído em Berkeley, na Califórnia.

ROMANCES COMPLICADOS

(SBT, qua, 21 h)

(Globo, seg, 21:05 h)

Nesta quarta, vai ao ar mais uma eliminatória do "Se Ela dança, Eu Danço". Com apresentação de Ligia Mendes e Beto Marden, o programa busca pela mais nova estrela da dança no país. Os jurados João Wlamir, Lola Melnick e Jarbas Homem de Mello são os responsáveis por escolher o vencedor. A competição acompanha dançarinos profissionais ou aspirantes de todas as idades.

Nesta segunda, estreia "Insensato Coração", a nova novela das oito da Globo. Escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com direção de Dennis Carvalho, a história é centrada nas relações familiares. A trama é conduzida por uma história de amor entre Pedro, interpretado por Eriberto Leão, e Marina, vivida por Paola Oliveira. Eles se apaixonam, mas Pedro está prestes a se casar com a namorada da adolescência e melhor amiga de Marina.

(MTV, seg, 22:30 h) O segundo convidado do "Luau MTV" é o grupo NXZero. Com apresentação de Bia e Branca, a banda mostra versões especiais do seu novo trabalho, "Projeto Paralelo", onde revisitou as próprias músicas e convidou alguns dos "rappers" envolvidos para contribuir no som. O show foi gravado na praia do Leme, no Rio de Janeiro.

Rapidinhas # Regina Casé recebe cantores e artistas para uma roda de samba e bate-papo no "Esquenta!". (Globo, dom, 12:30 h) # A emoção dos jogos dos Campeonatos Estaduais será exibida na tevê. A primeira partida será o amistoso entre Flamengo e América de Minas Gerais. (Globo, dom, 16:45 h) # No novo episódio de "Chuck", Chuck e Sarah fingem ser um casal apaixonado. (SBT , seg, 16:30 h) # A partida do Campeonato Carioca será exibida na tevê. O Flamengo joga contra o Volta Redonda (Globo, seg, 21:50 h)

# A história, a arte e os encantos da foto na visão de vários fotógrafos é a pauta do "Comentário Geral". (TV Brasil, qua, 19:30 h) # Mais um participante é eliminado da segunda temporada de "Solitários". Os confinados em cabines individuais concorrem a um prêmio de R$ 50 mil. (SBT, qua, 23:15 h) ] # Elba Ramalho e Chico César são os convidados do "Musicograma". Os paraibanos cantam a cultura do estado. (TV Brasil, sab, 21:30 h).


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PRIMEIRA MÂO

Carla Diaz volta ao ar em Rebelde na pele de personagem dramática Por Luana Borges PopTevê.

Tem personagem que fica na memória das pessoas. Mesmo dez anos depois da exibição de "O Clone" – que voltou a ser reprisada em "Vale A Pena Ver de Novo", da Globo –, Carla Diaz ainda é parada nas ruas por causa de Khadija, seu papel na trama de Glória Perez. "Tem gente que fala dos bordões 'Eu quero ter um marido muito rico, que me dê muito ouro' e 'Insh 'Allah' e pede para eu fazer o sotaque", conta ela, que dará vida a Márcia de "Rebelde", próxima novela da Record. Hoje com 20 anos, Carla também é muito lembrada pela Maria de "Chiquititas", do SBT. Na época, com 6, foi morar na Argentina, onde foi alfabetizada e se dedicou às gravações do folhetim. "Foi um divisor de águas na minha vida e minha primeira novela longa", lembra. O trabalho em "Chiquititas", inclusive, tem ajudado na composição do novo papel. Afinal, a personagem da novela era uma menina órfã assim como Márcia que, em "Rebelde", foi abandonada pela mãe e cresceu em um orfanato. Por isso, Carla aproveita a experiência que teve na ficção para entender melhor o universo da menina que vai interpretar. Além disso, costuma frequentar alguns orfanatos para brincar com as

crianças. No final do ano passado, foi em um pela Record entregar presentes de Natal. Tudo serviu de laboratório para a atriz. "Isso me ajudou a buscar uma carência afetiva e esse drama, que é interno. Tudo ajuda na construção", constata ela, que prefere não assistir à versão mexicana da trama. Principalmente para seguir seu próprio caminho e não se deixar influenciar por outras interpretações. "A essência da história é a mesma, mas quis criar alguma coisa antes", explica. Como, na história, Márcia não tem família, acaba se relacionando com quase todos os personagens. Mas com alguns ela tem uma proximidade maior. Ainda mais porque divide o quarto com Carla, interpretada por Melanie Fronckowiak, de quem se torna muito amiga, e com Vitória, de Pérola Faria. "No começo, todo mundo bate de frente, mas depois fica tudo bem", adianta. Quem está sempre por perto é Téo, de Bernardo Falcone. O menino se mete em várias confusões para descobrir quem paga o colégio caro em que Márcia estuda. "Isso é um mistério e a Márcia quer saber quem a ajuda", ressalta. Ainda sem revelar grandes detalhes, Carla não descarta a possibilidade de haver um romance entre os dois amigos. "Talvez tenha alguma coisa com ele, que faz de tudo para ajudá-la", diz. Para combinar com o jeito tímido da personagem,

o figurino é bem discreto. Márcia, geralmente, veste blusões e calças, sem grandes vaidades. "Todas as meninas usam saias curtas e ela tenta se esconder", compara. A caracterização, aliás, ajuda Carla na hora de atuar. "Com a roupa, a personagem vem mais rápido. Se ela usasse uma roupa colorida ou muito curta, estaria sendo o oposto do que estou construindo", frisa. A maquiagem vai pelo mesmo caminho. É a mais básica possível e quase não dá para perceber no vídeo. Já os cabelos da atriz, que estavam na cintura, foram cortados até o meio das costas. As pontas ganharam uma tonalidade mais escura, que sai com água. "É a primeira vez que estou com o cabelo mais curto", exagera. Além de se dedicar às gravações da nova novela da Record, Carla divide seu tempo com duas peças: "Confissões de Adolescentes" e "Um Chorinho Para Dona Baratinha". A última é uma produção dela em parceria com o ator Thiago Oliveira, que está no ar em "Araguaia", da Globo. O espetáculo é um musical infantil sobre a fábula da Dona Baratinha, embalado ao som de chorinho. "A gente quer inovar colocando chorinho para as crianças conhecerem", explica ela, que se anima com a vida agitada no trabalho. "Estou tendo uma rotina puxada, mas não gosto de ficar muito parada, não", garante.


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Depois de duas baixas entre os protagonistas, Insensato Coração estreia apostando em trama de amor complicado Por Luana Borges PopTevê

Às vezes, as coisas acontecem diferentes do planejado. Logo no início das gravações, "Insensato Coração", próxima novela das oito da Globo que estreia dia 17, perdeu sua protagonista. Depois de algumas faltas, Ana Paula Arósio deixou o elenco da trama. Como se não bastasse, Fábio Assunção, que daria vida ao vilão do folhetim, também saiu. Na época, a emissora justificou que o ator não teria tempo hábil para se dedicar ao personagem. Depois do baque inicial, novos atores foram escolhidos: Paola Oliveira para interpretar a mocinha Marina, e Gabriel Braga Nunes para encarnar Léo, no lugar de Fábio. A responsabilidade de substituir um nome forte da teledramaturgia, no entanto, não provocou qualquer tipo de pressão em Gabriel. "Não foi peso nenhum. O Fábio é um dos atores que mais admiro. Pegar esse personagem que era dele me enche de orgulho", enaltece. Já Paola que, em 2010, viveu a vilã de "Cama de Gato", participou de um episódio de "As Cariocas" e atuou no seriado "Afinal, O que Querem As Mulheres?", ficou surpresa com o convite. "Acho que o ano fechou melhor com 'Insensato Coração'", comemora. "Estou ralando muito para poder dar conta do trabalho do jeito que as pessoas esperam que eu dê", completa. Ahistória da nova novela da Globo também começa turbulenta. Em um avião sequestrado, indo do Rio de Janeiro para Florianópolis e na iminência de cair, Marina conhece o piloto Pedro, personagem de Eriberto Leão, protagonista da trama. "Meu personagem tem o caráter muito sólido, não tem pressa para chegar aos seus objetivos e vê o sucesso como uma jornada que é trilhada diariamente", explica Eriberto. É o típico caso de amor à primeira vista. Mas os dois são apresentados oficialmente apenas mais tarde. Na ocasião, Marina descobre que será madrinha do casamento de sua grande amiga, Luciana, de Fernanda Machado, com Pedro, seu novo amor. O romance entre Marina e Pedro não será nada fácil. Tudo piora quando o piloto se envolve em um acidente de avião que mata sua noiva. Sentindose culpado, ele só pensa em se afastar de Marina. "Como espectador, me emociono e me envolvo com as tramas românticas de novelas, filmes e livros. Procuro levar esse deleite para as obras que escrevo", explica o autor Ricardo Linhares, que assina a novela em parceria com Gilberto Braga. "Depois de conceber e discutir a ideia inicial, fazemos a história juntos. Não penso mais em escrever uma novela sozinho, apenas com parceria", revela Gilberto. Na parte da vilania, entra Léo. Irmão mais velho de Pedro, ele é do tipo que prefere não fazer grandes esforços para conseguir o que quer. Apesar de invejoso, mantém uma relação aparentemente amigável com o caçula. A mãe, Wanda, de Natália do Vale, está sempre acobertando suas besteiras. Mas o pai, Raul, de Antônio Fagundes, sabe que o primogênito não é uma pessoa confiável. "Meu personagem muda muito. Em cada relação da novela, tem um comportamento diferente. Ele é tirano, tem um lado carismático, outro sedutor e outro traidor", enumera Gabriel. A comédia fica por conta dos personagens de Lázaro Ramos e Deborah Secco, que interpretam André e Natalie Lamour. Ele é um "designer" bemsucedido, que faz sucesso entre as mulheres. Mas estabeleceu que não deve sair com a mesma pessoa mais de uma vez. No entanto, não é um conquistador barato. André nunca dá falsas esperanças para as mulheres com quem se relaciona. Natalie, por sua vez, é uma ex-participante do fictício "reality show" "Volúpia da Montanha". Para tentar se manter na mídia, tem uma rotina puxada de malhação, idas à clínica de estética e a eventos badalados. "É um papel um pouco mais carregado, engraçado. Sempre busco pessoas exageradas na vida real para compor minhas personagens, quando elas têm um tom a mais dentro desse naturalismo que tem a novela do Gilberto Braga", explica Deborah. "Insensato Coração", que teve o início de suas gravações em Florianópolis, também conta, em seu elenco, com Camila Pitanga, Deborah Evelyn, Marcelo Valle, Maria Clara Gueiros, José de Abreu e Glória Pires, entre outros.

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Quem é Quem em Insensato Coração Marina (Paola Oliveira) – Decidida e bem-humorada, foi educada pela avó, Vitória (Nathalia Thimberg), depois da morte dos pais. É acostumada a conseguir tudo o que quer. Tem sua prima Bibi (Maria Clara Gueiros) como amiga e confidente. Pedro (Eriberto Leão) – Excelente piloto de avião, Pedro é um bom moço, sempre preocupado e cuidadoso com a família. Defende o irmão, Léo (Gabriel Braga Nunes), sem imaginar o caráter dissimulado que ele tem. Léo (Gabriel Braga Nunes) – Faz qualquer coisa para melhorar de vida. Acredita que, se tiver dinheiro, vai conquistar o reconhecimento e amor do pai. Raul (Antônio Fagundes) – É um homem que sempre viveu para a família. Nascido e criado em Santa Catarina, prosperou em Florianópolis como empresário no ramo de Marketing. É casado com Wanda (Natália do Vale), com quem teve dois filhos: Léo e Pedro. Wanda (Natália do Vale) - Mulher de Raul, mãe de Léo e Pedro. Levava uma vida simples na periferia de Florianópolis, mas melhorou sua condição financeira depois de casar com Raul. Acabou se tornando uma mulher fútil, mas ama verdadeiramente os filhos. Por isso, releva algumas atitudes de Léo. Luciana (Fernanda Machado) – É noiva de Pedro e vem de uma família de classe média de Santa Catarina. Era a melhor amiga de Marina na faculdade. Eunice (Deborah Evelyn) – Irmã de Luciana, sonha em ascender socialmente e deseja se mudar de Florianópolis para o Rio de Janeiro. É casada com Júlio (Marcelo Valle), com quem teve duas filhas. Júlio (Marcelo Valle) – É marido de Eunice e pai de Leila (Bruna Linzmeyer) e Cecília (Giovanna Lancelotti). Trabalha na firma de Raul, onde cuida da parte administrativa. Assim como a esposa, deixa se levar pela inveja em muitas situações. Leila (Bruna Linzmeyer) – Filha mais velha de Eunice e Júlio. Sedutora e de personalidade forte, faz o tipo batalhadora e não concorda com os interesses da mãe, que só pensa em subir na vida. Cecília (Giovanna Lancelotti) – Filha mais nova de Eunice e Júlio. É romântica e se esforça para sempre agradar aos pais. Mantém uma boa relação com a irmã, a quem admira. Umberto (José Wilker) – Irmão de Raul, não tem boa índole. Trabalha em Montevidéu como doleiro e perdeu o contato com a família há um bom tempo.

Floriano (José Augusto Branco) – É primo de Raul e tem uma fábrica de cerâmica. Olga (Norma Blum) – Mulher de Floriano, é equilibrada e generosa. Irene (Fernanda Paes Leme) – Filha de criação de Olga e Floriano. Tem uma queda por Pedro, mas ele não corresponde ao sentimento. Vitória (Nathalia Thimberg) – Viúva e milionária, é dona de uma "holding" que inclui uma cadeia de "shoppings". Perdeu os filhos em um acidente e é muito amiga das netas Marina e Bibi. Bibi (Maria Clara Gueiros) – Neta de Vitória. Leve e divertida, está sempre cercada de homens bonitos. Milton (José de Abreu) – Pai de Bibi, perdeu a mulher no mesmo acidente dos pais de Marina. Como não tem dinheiro, vive pedido ajuda para a filha. Norma (Glória Pires) – É viúva e nunca teve filhos. É técnica em Enfermagem e vive modestamente. É uma pessoa sem ambições. Beto (Petrônio Gontijo) – Irmão de Gilda (Helena Fernandes) e cunhado de Oscar (Luigi Baricelli). É executivo do grupo de Vitória. Oscar (Luigi Baricelli) – Casado com Gilda, é um alto executivo no grupo de Vitória. Gilda (Helena Fernandes) – Mulher de Oscar e mãe de Serginho (Vitor Novello). Apesar de bem-nascida e viajada, tem os pés no chão. Cortez (Herson Capri) – Banqueiro de investimento. Cultiva a imagem de homem correto, mas está sob suspeita de corrupção. Natalie Lamour (Deborah Secco) – Foi a segunda colocada em um "reality show", que lhe deu uma breve fama. Não tem nada de ingênua, gosta de dinheiro e sonha em casar com um homem rico. Gabino (Guilherme Piva) – Irmão de Kléber (Cássio Gabus Mendes) e cunhado de Daisy (Isabela Garcia), é dono do bar do Horto. Kléber (Cássio Gabus Mendes) – Irmão de Gabino e ex-marido de Daisy. É repórter de um grande jornal. Daisy (Isabela Garcia) – É secretária executiva do banco de Cortez. É honesta e franca. André (Lázaro Ramos) – Bemsucedido no ramo do "design", no Rio de Janeiro, é um homem sedutor. Joga limpo com as mulheres e não faz falsas promessas de amor. Carol (Camila Pitanga) – Alta executiva da área de Marketing, é independente e decidida. Não pode ser mãe por causa de um problema no útero.


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Quem é Quem em Insensato Coração

Eriberto Leão e Paola de Oliveira

Eriberto Leão, Natália do Vlle, Antônio Fangundes e Gabriel Braga Nunes

José de Abreu e Antônio Fagundes

Eriberto Leão e Fernanda Machado

Eriberto Leão, Deborah Evelyn, Marcelo Valle e Fernanda Machado

Herson Capri e Ana Beatriz Nogueira

Débora Secco e Lázaro Ramos

Paloma Bernardi, Louise Cardoso e Camila Pitanga

Débora Secco, Paola de Oliveira e Camila Pitanga


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Jornal da TV 8

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PERSONAGEM DA SEMANA

Natália do Vale busca essência de Wanda em Insensato Coração Por Gabriel Sobreira PopTevê

Pela segunda vez consecutiva, Natália do Vale interpreta a mãe de protagonistas de uma novela das nove. A partir do dia 17 de janeiro, quando estreia "Insensato Coração", da Globo, a atriz será Wanda Brandão, mãe de Pedro e Léo, papéis de Eriberto Leão e Gabriel Braga Nunes. Enquanto Pedro, é o mocinho da trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, o outro filho, Léo, é o filho problemático que tem total atenção da personagem de Natália. "Ela pensa que Léo é menos favorecido, que tem menos sorte ou menos preparo. Quero acreditar que esta é uma atitude normal de uma mãe, de querer proteger o filho que está menos favorecido pela natureza ou vida", conceitua. O caráter duvidoso de Leó é só um dos problemas que a personagem de Natália vai enfrentar no folhetim. Logo nos primeiros capítulos, Wanda é flagrada – pelo próprio marido Raul, papel de Antônio Fagundes – na cama do cunhado Humberto, vivido por José Wilker. "A Wanda é frágil, fraca. Só posso imaginar isso pela forma com que ela trai o homem que ama. Não tenho palavras para defendê-la, mas gostaria de encontrar", confessa, entre risos. Com mais vários personagens de destaque no currículo, Natália do Vale garante ser muito crítica com o próprio desempenho. "Acho que faz parte do trabalho do ator e é algo instigante que faz a gente melhorar sempre", atesta. P - Ao longo destes mais de 36 anos de carreira, você é conhecida por personagens marcantes como a Márcia de "Água Viva", de 1980, e a Sílvia de "Mulheres Apaixonadas", de 2003. Quais foram os fatores principais para aceitar este papel em "Insensato Coração"? R - O Gilberto foi praticamente a pessoa que me lançou no mercado e nunca trabalhei com o Dennis Carvalho. Achei isso irresistível. Não consegui deixar de pensar em fazer esta novela. Além disso, essa personalidade fraca de Wanda me seduziu. Nunca tinha feito uma personagem tão frágil, tão fraca, tão humilhada assim.

P - Em 1986, você interpretou uma vilã que marcou a sua carreira, a Andréia de "Cambalacho". De que forma você encara este tipo de personagem e como é a reação do público em relação às suas vilãs? R - Acho que as vilãs mobilizam muito a opinião pública. As pessoas tendem a lembrar mais das personagens más e a Wanda, de "Insensato Coração", vai ficar na memória de todos. Só na primeira semana, ninguém vai esquecer da personagem que estava na cama com o cunhado e foi flagrada pelo marido. Acho que essa cena todo mundo vai lembrar (risos). P - Seus papéis de intensa carga

dramática são bem dosados com cenas de choro. É fácil fazer uma cena que envolve tamanho esforço? Como funciona sua técnica para buscar emoção e consequentemente o choro? R - É engraçado, pois ouço muita gente falar sobre o meu choro há muito tempo. Acho que tem uma coisa de técnica, mas tem muito de concentração. Quando você entra naquele personagem e esquece a forma, se está bonito ou feio, se está posicionado direito. Você se concentra, entra na emoção e o choro brota porque ele vem de uma emoção que você está sentindo. P - Sua estreia no cinema aconteceu com "Kilas, o Mau da Fita", de

José Fonseca e Costa, em 1981. Em seguida participou dos longas "Pra Frente Brasil", de Roberto Farias, em 1982, e "Polaróides Urbanas", de Miguel Falabella em 2008. Desde então tem se dedicado ao teatro e à televisão. É uma preferência sua? R - Fui pouco convidada para cinema. Alguns convites não foram legais e convites bacanas foram poucos. O cinema me esnobou. Estou onde me procuram, onde me querem. Eu gosto de quem gosta de mim. Cinema me procurou pouco e fiz pouco. Teatro me procura mais e a tevê me mobiliza mais. Convivo muito bem com isso. Sou uma atriz de teatro e de televisão. E o cinema é sempre um "plus".

ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 15 A 21 DE JANEIRO 15/01 - Antônio Sérgio Firmino, 32 anos, e Hugo Resende, 35 anos. 16/01 - Mabel Tube, 35 anos, e Daniela Escobar, 42 anos. 17/01 - Mel Lisboa, 29 anos, Taumaturgo Ferreira, 55 anos, e Leonardo Miggiorin, 29 anos. 19/01 - Thiago Lacerda, 33 anos. 20/01 - Cynthia Falabella, 39 anos. 21/01 - Marcela Barroso, 19 anos. Nesta data, há 31 anos, foi ao ar o primeiro capítulo de "Olhai os Lírios do Campo". A novela foi adaptada por Geraldo

Vietri e Wilson Rocha e dirigida por Herval Rossano do romance homônimo de Érico Veríssimo. A história se passava no Rio Grande do Sul, na década de 30, quando Eugênio Fontes (Cláudio Marzo), estudante de medicina, tinha vergonha de sua origem humilde. Renegando seus pais, Ângelo (Ferreira Leite) e Alzira (Lourdes Mayer), ele conhece Olívia Miranda (Nívea Maria), uma jovem estudante de enfermagem que por ele se apaixona. Quando ela consegue uma oportunidade de trabalho em Nova Itália, uma colônia distante, e com isso ela se afasta

de seu amor. Eugênio, por sua vez, conhece Eunice (Thaís de Andrade), mulher rica e filha do industrial Cintra (Sérgio Britto). Ao visar uma estabilidade financeira, ele se casa com a moça e assim descobre inúmeras facilidades. Anos mais tarde, quando o fardo desta nova vida social pesa, Eugênio descobre que seu antigo amor está de volta. O que ele não desconfia é que Cecília guarda um segredo: Eugênio é o pai da pequena Ana Maria. Jonas Bloch, Nair Bello, Ruth de Souza, Sônia Regina, entre outros, também faziam parte do elenco.


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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 17h15 Segunda (17/01) - Raquel pergunta a Catarina se ela sente ciúmes da irmã com Pedro. Carlito propõe um contrato para Maicon e o goleiro aceita. Raquel e Catarina tentam se entender. Fred e Duda resolvem se sentar perto de Raquel por vêla comendo sozinha. Lúcio avisa a Catarina para ficar atenta com Raquel. Raquel vasculha a bolsa de Catarina e pega sua agenda. Carlito fala sobre Maicon em um telefonema misterioso. Catarina chega ao colégio com Lúcio e vê cartazes com as páginas de sua agenda colados nas paredes.

Terça (18/01) - Catarina insinua que Raquel foi a responsável por sua exposição pública e Pedro fica em dúvida. Raquel vai ao hospital visitar Cláudia e a médica pede para ela não frequentar sua casa. Theo encontra a agenda de Catarina na bolsa de Ângela. Fred chama Catarina para sair. Raquel obriga Pedro a contar para Catarina quem supostamente colou os cartazes no colégio. Catarina avança sobre Ângela, que afirma ser inocente, mas ninguém acredita. Marlene aconselha Maicon a desistir do contrato. Pedro beija Raquel e Catarina e Lúcio veem.

Quarta (19/01) - Lúcio questiona Catarina sobre a relação de Pedro e Raquel e ela diz não se importar. Um aluno ofende Duda e Dodói age em sua defesa, mas ela o repreende. Raquel obriga Pedro a dançar com Catarina na festa do Botecão. Fausto afirma a Luiza que não vai conseguir tratar Raquel como trata Catarina. Raquel defende Catarina das grosserias de um menino. Cláudia pergunta a opinião de Agenor sobre sua decisão de evitar a presença de Raquel. Raquel pede para Catarina ajudála a convencer Cláudia a deixá-la frequentar sua casa.

Quinta (20/01) - Catarina se surpreende com a notícia de que Cláudia impediu Raquel de frequentar sua casa. Theo fica nervoso por Lorelai não querer falar com ele. Dodói pede para voltar com Duda. Catarina promete a Raquel que vai tentar convencer sua mãe. Raquel fala para Fred que pode ficar com Julinha para que ele saia de casa. Raquel fala com Duda sobre Dodói. Cláudia explica para Dona Zica como serão as sessões de quimioterapia e Maicon pensa em abandonar o jogo por causa da mãe. Catarina se surpreende ao ver Raquel jogando videogame com Fred, Agenor e Duda.

Sexta (21/01) - Catarina não se sente a vontade com a presença de Raquel. Farnel convence Maicon a continuar no jogo. Cláudia inicia a sessão de quimioterapia de Dona Zica. Theo se ajoelha diante de Lorelai para que ela o perdoe. Lorelai perdoa Theo. Raquel provoca Catarina ao falar sobre sua relação com Pedro. Cláudia pergunta se Catarina se incomoda com a presença de Raquel por ela estar namorando Pedro. Pedro afirma para Theo que ainda não esqueceu Catarina. Catarina decide contar para o DJ por que se afastou dele.

ARAGUAIA - Rede Globo - 18h Segunda (17/01) - Após beijar Solano, Manuela vai embora. Amélia implora para que Vitor deixe a fazenda. Padre Emílio conforta os órfãos sobre a denúncia feita por Geraldo. Estela se enfurece quando Solano diz que prefere morrer a ficar sem Manuela. Manuela procura Estela. Vitor aborda Amélia na loja de artesanato e Max os observa. Janaína esconde a revista com os vestidos de noiva de Fred. Nancy se aproxima de Vitor. Cirso sofre com o desprezo de Safira e Pérola o consola. Solano questiona Beatriz pela afirmação repentina de que Max é seu pai.

Terça (18/01) - Solano não acredita em Beatriz. Solano sofre ao lembrar de Manuela. Ricardo convida Ametista para ir à praia. Janaína começa a fazer o seu vestido de noiva. Amélia comenta com Manuela que está pensando em criar um negócio para ter independência financeira e Max a provoca perguntando se Vitor vai financiar os negócios dela. Manuela fica confusa com os comentários do pai. Fred encontra uma pulseira de Amélia no quarto de Vitor. Padre Emílio reconhece Gabriel na foto que Manuela lhe mostra e Solano se emociona ao constatar que o avô está vivo.

Quarta (19/01) - Vitor inventa para Fred que encontrou a pulseira no corredor. Solano leva a foto de seu avô para Glorinha. Fred comenta com Janaína que suspeita que Vitor e Amélia estejam tendo um caso. Fred entrega a pulseira para Amélia e conversa com a mãe sobre sua proximidade com Vitor, mas é interrompido por Lenita. Terê incentiva Amélia a contar a verdade para seus filhos. Amélia visita Vitor e ele se oferece para ser sócio dela em sua linha de bijuterias. Antônio Carlos leva o resultado alterado do exame de DNApara Max. Manuela sofre ao abrir o envelope do laboratório.

Segunda (17/01) - Gabriela se recusa a voltar para casa. Luísa arma um plano para engravidar de Edgar. Beatrice M. publica um novo post criticando Valentim e Leclair. Jacques conta para a família que Jaqueline é a nova proprietária de sua grife. O vídeo com a discussão de Desirée e Stéfany é publicado na internet e a modelo recupera sua reputação. Pedro ameaça se separar de Gabriela e Clotilde tenta impedir. Thaísa protesta contra os carnívoros e Jaqueline é flagrada pelos jornalistas na delegacia com os manifestantes.

Terça (18/01) - Mário recebe Cecília, vestido de Valentim, e finge que é o seu antigo amor. Dorinha avisa que a Agência não tem mais interesse em Thaísa. Magda desfaz seu negócio com Jacques e Clotilde o aconselha e se reaproximar de Jaqueline. Bruna se surpreende com o entrosamento de Marcela e Renato. Amanda sofre um acidente e é substituída por Desirée. Ângelo e Camila se encontram. Luti decide ir atrás de Camila. Gabriela perde o bebê. Jacques chega ao ateliê para falar com Jaqueline quando Ariclenes surge. Luísa seda Edgar.

Quarta (19/01) - Ariclenes e Jacques tentam seduzir Jaqueline. Gabriela se desespera, mas não conta para ninguém. Nicole arma um escândalo num programa de TV. Valquíria se declara para Luti e eles reatam. Gino toma uma decisão errada na fábrica e pede demissão. Stéfany ouve a conversa de Armandinho com a avó e Magali e descobre toda verdade. Jaqueline recebe flores de Jacques e Ariclenes. Stéfany surge na fábrica e conta a Rebeca que Armandinho e Magali são netos de Orlando Bianchi.

Quinta (20/01) - Amélia se enfurece com Max por ele estar feliz com o resultado do exame. Manuela leva para Solano o resultado. Max oferece dinheiro para Estela levar Solano embora do Araguaia, mas ela não aceita. Solano invade a fazenda e afirma que Max forjou o exame de DNA. Solano combina com Fred e Manuela de fazerem um novo exame para provar a armação de Max. Padre Emílio revela para as crianças que eles terão que ir embora do sítio.

Sexta (21/01) - Manuela conta para o pai que fez um novo exame de DNA e que Antônio Carlos foi demitido. Amélia convida Pérola para trabalhar com ela em seu projeto de bijuterias. Estela afirma que Solano precisa ficar com ela para não morrer. Fred vê Amélia e Vitor conversando. Frei Gusmão e Irmã Dulce chegam ao sítio para levar as crianças e Padre Emílio tenta conter a emoção. Amélia pede para Janaína usar uma peça criada por ela e Vitor fica empolgado. Fred pressiona Amélia e exige saber o que está acontecendo entre ela e Vitor.

Sábado (22/01) - Fred entende Amélia e aceita o seu relacionamento com Vitor. Fred brinda com Janaína, Amélia e Vitor ao relacionamento da mãe e se preocupam com a reação de Manuela ao novo casal. Irmã Dulce e Frei Gusmão avisam a Padre Emílio que não levaram as crianças do sítio e decidiram legalizar o local. Solano recebe o resultado do novo exame de DNA e repreende Beatriz por ter mentido para ele. Mariquita tenta convencer Solano a perdoar Beatriz. Estela implora que Iaru termine com sua maldição para que o filho que ela espera não morra também.

Sexta (21/01) - Desirée oferece apoio a Jorgito e os dois acabam reatando. Clotilde chantageia Mabi e exige que ela elogie Jacques no blog de Beatrice M. Thales flagra Ariclenes tentando seduzir Jaqueline e o expulsa do ateliê. Magda se encontra com Valentim e diz que produzirá uma linha de joias com a sua assinatura. Marcela chega ao Rio de Janeiro com Stela. Renato dá uma entrevista e exalta as qualidades de Marcela. Clotilde arma um falso assalto ao ateliê de Jaqueline para que Jacques seja um herói, mas Ariclenes descobre antes e chega para salvar a estilista.

Sábado (22/01) - Jaqueline descobre a armação do falso assalto. Mabi resiste à chantagem de Clotilde. Gabriela vê a foto de Pedro com duas garotas no site da Drix e fica arrasada. Stéfany se insinua para Jorgito. Graça comenta com Edgar que Marcela está no Fashion Rio sem o marido e sugere que ele vá encontrá-la. Jaqueline tira satisfação com Ariclenes e Marta se decepciona com o amigo. Jacques expulsa Pedro de casa. Giancarlo leva Paulinho para ficar com Bruna e diz a Edgar que Renato foi para o Rio. Marcela e Stela chegam ao hotel e encontram Renato.

Sexta (21/01) - Marina afirma a Pedro que não pode ficar perto dele. Durante o evento, Natalie decide conquistar André e não dá atenção para um empresário americano que conversa com ela. Werner pede para Pedro fazer um último trabalho. Vitória conversa com Marina sobre Pedro e pede à neta para se afastar do piloto. Pedro conta para Léo que vai viajar com Luciana. Marina inventa uma desculpa para Luciana e desiste de ser sua madrinha de casamento. Haidê tenta convencer Natalie a esquecer André. Pedro termina o noivado com Luciana e vai ao encontro de Marina.

Sábado - (22/01) - Pedro conta para Marina que terminou com Luciana e os dois se beijam. Pedro e Marina combinam se encontrar longe do hotel e ela conta tudo a Bibi. Pedro e Marina namoram em uma praia deserta. Natalie é convidada para ir a uma feijoada em uma fazenda. Pedro e Marina decidem não contar a ninguém que estão juntos. Irene inventa para Luciana que Pedro terminou com ela por sua causa. Umberto marca um encontro com o irmão e a cunhada. Luciana pede para Marina descobrir porque Pedro terminou o noivado com ela.

TI-TI-TI Quinta (20/01) - Jaqueline apresenta a Thales a Julinho. Clotilde avisa que Jaqueline ficará sozinha em casa e sugere que Jacques a procure. Pedro humilha Gabriela. Rebeca conta para Jorgito e Camila que eles são tios de Armandinho e Magali. Rebeca acerta com Dona Mocinha a herança de Armandinho e Magali. Thaísa furta uma moça e vai presa com Massa. Desirée descobre que Armandinho é rico. Jacques surge no ateliê de Jaqueline e se insinua para ela. Luti evita Camila. Jaqueline livra Thaísa e Massa da cadeia. Desirée procura Jorgito. Clotilde descobre quem é Beatrice M.

Insensato Coração - Rede Globo - 21h Segunda - (17/01) - Léo se encontra com Afrânio e planeja uma parceria em negócios ilegais. Léo não conta a Pedro que uma empresa aérea lhe telefonou para tratar de seu registro como piloto. Irene ajuda Léo a descobrir informações sobre o paradeiro do tio. Luciana faz a última prova do vestido de noiva. Pedro e Jonas sentam-se juntos dentro do avião. Jonas invade a cabine do piloto. Pedro e Marina se encontram. Marina convence Jonas a abrir a cabine e Pedro tenta dominar Jonas, que cai no chão desacordado. Emocionados, Pedro e Marina se beijam.

Terça - (18/01) Léo afirma a Afrânio que conseguirá o dinheiro para fechar o negócio. Marina pensa em Pedro e afirma a Bibi que vai encontrá-lo. Luciana marca um encontro com Marina, sua amiga de infância, para apresentá-la a Pedro. Pedro conta para Léo sobre seu beijo com Marina no avião e o vilão aconselha o irmão a desistir do casamento com Luciana. Wanda discute com Raul e ele desiste de dormir no quarto com ela. Marina conta para Vitória sobre o encontro com Pedro no avião. Luciana apresenta Marina a Pedro.

Quarta (19/01) - Pedro e Marina tentam disfarçar a tensão do reencontro. Pedro se surpreende ao chegar em casa e encontrar Marina a sua espera. Pedro e Marina falam sobre o que estão sentindo um pelo outro. Raul tenta se reconciliar com Wanda. Natalie pede para Roni conseguir todos os contatos de André. Olga e Floriano vão à casa de Wanda para conversar sobre a confusão que aconteceu durante a festa. Irene invade o quarto do primo Pedro, mas é repreendida por Nando. Léo vai à casa de Tia Neném a procura de Umberto.

Quinta (20/01) - Léo fica decepcionado com a recusa de Umberto em lhe emprestar dinheiro. Irene reage contrariada quando ouve Pedro dizer que chamará Luciana para ir à praia com eles. Marina confessa para Bibi que está apaixonada por Pedro. Pedro pensa em Marina. Roni entrega para Natalie um convite para um almoço onde André estará. Pedro é contratado para trabalhar como piloto da CTA. Pedro descobre que Vitória é avó de Marina. Marina pensa em contratar Léo para administrar seu escritório.

RIBEIRÃO DO TEMPO - Record - 22h00 Segunda (17/01) - Sônia fica com medo de que André ache que ela engravidou de propósito ou que a mande abortar. André diz que não quer abortar e que eles vão resolver tudo juntos. Newton e Iara saltam junto de Filomena e, depois de um tempo de queda livre, Newton puxa o paraquedas de Filó. Filomena pousa em segurança e mal consegue falar de tanta excitação. Nicolau diz a Karina que vai levá-la para conhecer o professor Flores. Ela estranha. Virgínia recebe uma ligação de Patrícia e as duas combinam de se encontrar.

Terça (18/01) - Iara procura Virgílio para ajudá-la a extorquir Nicolau. Filomena conta a Romeu e Sancha que pulou de paraquedas e pede segredo. Karina diz a Zuleide que não tem por que ela ficar sozinha e fala que Nasinho seria uma boa opção. Joca chega ao Solar e começa a agarrar Arminda, que se desvencilha e diz para eles subirem. Marisa diz a Querêncio que vai sentir falta do mundo dela, da boate e da dança. Arminda acorda Joca, que levanta reclamando que sempre tem que se esconder.

Quarta (19/01) - Nasinho conversa com Nicolau para saber o que fazer com Iara e Virgílio. O Senador conclui que os dois estão juntos e acha que se Newton for a júri popular, podem surgir provas contra ele. Nicolau decide dar o dinheiro aos dois, mas planeja uma queima de arquivo assim que tudo ficar mais calmo. Querêncio conversa com Joca e Romeu sobre nomeação de cargos e diz que será surpresa. Virgílio deixa claro que não quer ser enganado. Iara chega ao local e ao chegar perto do carro, descobre que Nicolau é quem está no carro.

Quinta (20/01) - Nasinho socorre Nicolau, que conta como tudo aconteceu e pede para chamar um médico conhecido dele. Patrícia diz a Virgínia que André agüentou muitas grosserias do pai, o que justifica a agressão. Ari liga para Virgínia, que sem paciência diz que não vai atendêlo. Nicolau chega à fazenda impaciente e manda Nasinho contar o que aconteceu para Beatriz e Larissa. Nicolau quer matar Iara e Nasinho o convence de que ainda não é a hora, mas dá certeza de que quando a poeira baixar ela vai morrer. Iara recebe a ligação de Nicolau e comemora.

Sexta (11/06) - Léia está perfumada para sair, Joca implica com a mãe e quer saber aonde ela vai. Flores está com Clorís na cama, com as luzes apagadas. Clorís pergunta se o professor está se escondendo de alguém. Flores diz que não quer ser incomodado. Mateus vai avisá-la e a encontra no quarto com a porta entreaberta. Marisa e Querêncio conversam com o padre a respeito do casamento. Nicolau almoça com Beatriz e Larissa. O senador diz a elas que quem manda na casa é ele e, futuramente, sua noiva. Mateus dá uma flor a Filomena. Querêncio convida todos para o show de despedida de Marisa.

Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.


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FILMES DA SEMANA DOMINGO, 16/01 O Segredo dos Animais (Globo, 13:45 h) Barnyard, de Steve Oedekerk. Elenco não informado. Alemanha/EUA, 2006, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Animação – Em uma fazenda onde os animais escondem dos humanos que falam e têm talentos especiais, o touro Otis, que vive para se divertir com os amigos, precisa demonstrar coragem depois da morte do pai e enfrentar os coiotes que ameaçam a paz local. O Príncipe da Selva (Band, 21 h) Jungle Boy, de Allan A. Goldstein. Com David Fox, Asif Mohammed Seth e Lea Moreno Young. EUA/Ìndia, 1996, cor, 85 min. A emissora não informou a classificação etária. Ficção – Há muito tempo, na Índia, durante uma festa em homenagem à floresta, um garoto some. Diz a lenda que o menino entrou na selva e nunca mais voltou. Mas a história que o pesquisador Geller conta, tempos depois, é bem diferente. Quando ele e a sobrinha Anna estão voltando para casa, dão de cara com o menino, já crescido. O garoto viveu na floresta e foi criado pelos animais. Um elefante e um macaco são seus melhores amigos. Mas é chegada a hora para ele voltar à civilização. Levado pelos Geller, o príncipe da selva reaprende a viver com os humanos e causa estranheza no vilarejo, pois costuma falar com os animais. Logo a notícia chega aos ouvidos de um mercenário em busca de uma estátua valiosa escondida há muitos anos no meio da floresta. E é ai que os problemas começam. O Retorno da Múmia (Record, 23:45 h) The Mummy Returns, de Stephen Sommers. Com Brendan Fraser, Rachel Weisz e John Hannah. EUA, 2001, cor, 130 min. Classificação Etária: 14 Anos. Aventura – Após receber um comando de Deus, Abraão e sua esposa Sarah largam tudo em busca da terra prometida, onde Abraão se tornará o Pai das Nações. Mas, para isso, ele precisará provar sua devoção e passar por um teste que Deus lhe coloca. Após ser abençoado com o nascimento de seu filho Isaac, Abraão tem sua fé testada mais uma vez, quando Deus exige que ele sacrifique seu filho. Quando Abraão leva Isaac ao monte Moriá, onde constrói um altar para oferecer sua vida, um anjo de Deus aparece e renova a sua fé.

para morar com a família. Durante o lento processo de recuperação dela, ele a ajuda a se reerguer e ela o ajuda a superar a dependência de heroína. Táxi para 3 (TV Brasil, 23 h) Taxi para 3, de Orlando Lübbert. Com Alejandro Trejo, Fernando Gómez Rovira e Daniel Muñoz. Chile, 2001, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Ulisses Morales está em uma encruzilhada. Uma dupla de assaltantes embarca em seu táxi e lhe faz uma oferta: ou tornase cúmplice ou vítima. Ulisses aceita e inicia uma inesperada redescoberta de seus próprios valores. Sob o Olhar do Mar (Band, 1:45 h) The Sea is Watching, de Kei Kumai. Com Misa Shimizu, Nagiko Tono e Masatoshi Nagase. Japão, 2002, cor, 119 min. Classificação etária: 14 Anos. Drama – Em um prostíbulo do século XIX, uma jovem gueixa, O-Shin, esconde um samurai que apareceu procurando por refúgio. O samurai acaba se apaixonando por O-Shin e espera livrá-la dos pecados de sua profissão. No entanto, o destino e o dinheiro conspiram para separar os amantes e quando outro jovem rapaz aparece, um temporal avassalador atinge o vilarejo.

SEGUNDA, 17/01 Robôs (Globo, 16:10 h) Robots, de Chris Wedge e Carlos Saldanha. Elenco não informado. EUA, 2005, cor, 91 min. A emissora não informou a classificação etária. Animação – Rodney é um robô que tem o dom para inventar máquinas e trabalha com seu pai lavando pratos. Ele decide partir para a cidade grande para conhecer seu ídolo, O Grande Soldador. Em sua busca, se torna amigo dos enferrujados, um grupo de robôs de rua que sabe se virar e lhe dá abrigo. Mantendo seu ideal de fazer um mundo melhor, ele enfrenta situações que colocam em risco a própria existência de Robópolis.

O Justiceiro (Globo, 23:50 h) The Punisher, de Jonathan Hensleigh. Com John Travolta, Thomas Jane e Will Patton. A emissora não informou a classificação etária. Ação – Depois que sua família é assassinada a mando de chefão da Florida, agente do FBI inicia vingança, fazendo justiça com as próprias mãos.

Scooby-Doo 2: Monstro à Solta (SBT, 17:30 h) Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed, de Raja Gosnell. Com Freddie Prinze Jr., Sarah Michelle Gellar e Matthew Lillard. EUA, 2004, cor, 93 min. Classificação Etária: Livre. Comédia – Durante a inauguração de um museu de criminologia, os membros da Mistério S/A, Fred, Velma, Salsicha, Daphne e Scooby-Doo, são humilhados publicamente depois que um misterioso mascarado os ataca liderando monstros de verdade. Empenhados em descobrir como o vilão mascarado está criando esses monstros, a turma de Scooby parte em mais uma alucinante e hilariante investigação em busca da verdade.

Coisas que Perdemos Pelo Caminho (Globo, 2 h) Things We Lost In The Fire, de Mark Goldblatt. Com Halle Berry, Benicio Del Toro e David Duchovny. EUA, 2007, cor, 118 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Audrey entra em choque depois de perder o marido, repentinamente, assassinado ao tentar apartar briga entre um casal de estranhos. Nesse momento doloroso, ela se aproxima do amigo de seu marido Jerry, ex-advogado que teve sua vida destruída pela dependência de drogas, e o convida

Carga Explosiva 3 (Globo, 22:55 h) Transporter 3, de Olivier Megaton. Com Jason Statham, Natalya Rudakova e François Berleand. França, 2008, cor, 104 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Frank Martin, especializado em transportes, é pressionado a transportar Valentina, filha sequestrada de Leonid Vasilev, o chefe de uma agência de proteção ambiental na Ucrânia. Ele deve sair de Marselha, na França, e chegar em Odessa, às margens do Mar Negro. Durante o caminho, conta com a ajuda do inspetor Tarconi.

Orquestra de Meninos (Globo, 2:10 h) Orquestra de Meninos, de Paulo Thiago. Com Murilo Rosa, Priscila Fantin e Othon Bastos. Brasil, 2008, cor, 95 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Em Janeiro de 1995, um jovem músico de 13 anos, integrante da orquestra sinfônica do agreste da pequena cidade de São Caetano, a 150 quilômetros de Recife, é sequestrado. Os policiais acreditam que o responsável é o criador da orquestra, o maestro Mozart Vieira. Com essa acusação, o trabalho realizado com a comunidade carente da cidade corre o risco de desaparecer.

TERÇA, 18/01 Agora Você Vê (Globo, 16:20 h) Now You See It..., de Duwayne Dunham. Com Alyson Michalka, Johnny Pacar, Chris Olivero. EUA, 2005, cor, 83 min. A emissora não informou a classificação etária. Mistério – Allyson começa sua carreira na tevê como produtora de um programa que procura o melhor mago adolescente do mundo. Durante as entrevistas, ela conhece Danny, que tem um incrível talento para a magia. A Noiva Cadáver (SBT, 17:30 h) Corpse Bride, de Tim Burton. Elenco não informado. EUA, 2001, cor, 77 min. Classificação Etária: Livre. Animação – O jovem e atrapalhado Victor Van Dorst se vê obrigado a casar-se com Victoria. Embora nunca tenham se visto, se simpatizam um pelo outro no ensaio da cerimônia. Para treinar seus votos, Victor vai sozinho para uma floresta e lá, acidentalmente, se casa com a noiva cadáver, que o arrasta para o mundo dos mortos.

QUARTA, 19/01 A Menina e o Porquinho (Globo, 16:05 h) Charlotte's Web, de Gary Winick. Com Dakota Fanning, Kevin Anderson e Louis Corbett. EUA/Alemanha, 2006, cor, 98 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Charlotte é uma pequena aranha que tenta salvar a vida do porquinho Wilbur tecendo cinco palavras milagrosas em sua teia e ensinando a ele e a outros animais lições sobre amizade, confiança e amor. Ao mesmo tempo, acompanhamos a entrada da garota Fern, de 10 anos, na adolescência. O Pequeno Vampiro (SBT, 17:30 h) The Little Vampire, de Uli Edel. Com Jonathan Lipnicki, Richard E. Grant e Jim Carter. Alemanha/Holanda/EUA, 2000, cor, 95 min. Classificação Etária: Livre. Comédia – O pequeno Tony e sua família se mudam dos Estados Unidos para uma pequena cidade da Escócia. Na nova escola, enfrenta a hostilidade dos colegas e, em casa, sonha todas as noites com um clã secreto de vampiros. Certa noite, sozinho, ele recebe a visita de um morcego no seu quarto que se transforma em um garotinho, Rudolph. Tony se encanta com o novo amiguinho, que nem se importa com os sustos que enfrentará para protegê-lo.

QUINTA, 20/01 Entrando Numa Fria Maior Ainda (Globo, 15:50 h) Meet The Fockers, de Jay Roach. Com Robert De Niro, Ben Stiller e Dustin Hoffman. EUA, 2004, cor, 115 min. A emissora não informou a classificação etária.

Comédia – Completamente apaixonados, Pam e Greg finalmente conseguiram convencer os pais da garota de que ele é um bom rapaz. Mas o que será que a família dela irá achar da família dele? Muitos rolos e confusões quando Greg decide levar sua mãe e seu pai descolado para conhecer os pais de Pam. Como Cães e Gatos (SBT, 17:30 h) Cats and Dogs, Lawrence Guterman. Com Jeff Goldblum, Elizabeth Perkins e Miriam Margolyes . EUA, 2001, cor, 87 min. Classificação Etária: Livre. Aventura – Cães e gatos usam de alta tecnologia para se enfrentarem. Os gatos querem dominar o mundo e, para isso, precisam deter a criação de uma vacina contra alergia a cães.

SEXTA, 21/01 K-9 - Um Policial Bom Pra Cachorro (Globo, 15:55 h) K-9, Rod Daniel. Com James Belushi, Mel Harris e Kevin Tigh. EUA, 1989, cor, 101 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Thomas Dooley, detetive da Divisão de Combate ao Narcotráfico de San Diego, embora seja excelente policial, tem problemas para encontrar parceiros para o trabalho. Vários marginais estão descontentes com ele e tentam matá-lo. É chegada a hora de conseguir ajuda e o único policial corajoso o bastante para trabalhar com ele é Jerry Lee, um pastor alemão bem treinado, que atende pelo apelido de K-9, que a exemplo dos outros tiras não confia em Thomas. Meninas Malvadas (SBT, 17:30 h) Mean Girls, Lawrence Guterman. Com Lindsay Lohan, Rachel Mcadams e Tim Meadows. EUA, 2004, cor, 97 min. Classificação Etária: Livre. Comédia – A tranquila e ingênua Cady morou 12 anos com os pais na África. Agora, aos 16, está de volta aos Estados Unidos e conhecerá o competitivo mundo das "meninas poderosas", um grupo de malvadas garotas lideradas pela bela e má Regina. Fala Tu (TV Brasil, 23 h) Fala Tu, de Guilherme Coelho. Com Sérgio André Teixeira, Mônica Xavier de Oliveira e Alexandre Magalhães. Brasil, 2003, cor, 74 min. A emissora não informou a classificação etária. Documentário – Macarrão, 33 anos, pai de duas filhas, é apontador de jogo do bicho, torcedor do Fluminense e mora no Morro do Zinco, Estácio. Toghum, 32 anos, é vendedor de produtos esotéricos, budista e morador de Cavalcante. Combatente, 21 anos, é operadora de telemarketing, frequenta a Igreja do Santo Daime e mora em Vigário Geral. A Bússola de Ouro (SBT, 23:15 h) The Golden Compass, Lawrence Guterman. Com Nicole Kidman, Dakota Blue Richards e Sam Elliot. EUA, 2007, cor, 113 min. Classificação Etária: 10 Anos. Aventura – Em um universo paralelo onde as pessoas têm "dimon", uma manifestação externa de sua alma em forma animal, a jovem órfã Lyra tem sua vida virada de cabeça para baixo depois de descobrir a existência do pó, ver seu protetor caçado e ter seu melhor amigo sequestrado. Com a ajuda da bússola de ouro, Lyra parte em uma maravilhosa aventura atrás de seus amigos.


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Rafaela Mandelli volta ao ar como a personagem bíblica Ieda de Sansão e Dalila Luiza Dantas/CZN

Por Natalia Palmeira PopTevê

Interpretar uma personagem de uma trama de época tem lá suas dificuldades. Uma história que se passa há presumíveis mil anos antes de Cristo, então, exige uma preparação intensa. Para atuar nos seis primeiros episódios da minissérie bíblica "Sansão e Dalila", da Record, Rafaela Mandelli passou por um longo processo de composição. Foram aulas de histórias, "workshops" e oficinas nas quais ela até aprendeu a fazer pão. Na pele da filisteia Ieda, primeira e única esposa do personagem principal da história, a atriz garante ser este o papel mais complexo que já interpretou, desde sua estreia na tevê como a protagonista Nanda de "Malhação" "Nunca tive uma preparação tão forte. Sem dúvida, foi o trabalho mais difícil que já fiz", destaca. Durante os meses de gravação da minissérie, Rafaela sabia exatamente como seria sua rotina. Para incorporar Ieda, ela passava nada menos que duas horas preparando seu visual antes de cada gravação. "Tinha de arrumar o cabelo, a maquiagem e as roupas. Além disso, ainda tinha de usar 'airbrush' por todo o corpo", explica, citando o método usado para escurecer a pele. Porém, a maior dificuldade da atriz foi lidar com a trajetória não-linear da personagem. "Ela começa ingênua e romântica e depois vai se tornando uma mulher sofrida. Essa mudança no perfil foi minha maior preocupação, até porque não sou mais tão novinha. Já não é mais a mesma coisa de quando fazia 'Malhação'", conta Rafaela, que está com 31 anos. Em 16 episódios, a trama, escrita por Gustavo Reis e dirigida por João Camargo, conta a história do homem mais forte da Bíblia, Sansão. Ele é um herói hebreu que derrota, sozinho, exércitos armados e animais selvagens, mas que é traído diversas vezes. Após sofrer ameaças do soldado Faruk, vilão interpretado por Miguel Thiré, Ieda é a primeira a trair Sansão, ao contar o segredo de uma aposta que ele fez com os filisteus. "É uma personagem que tem de tudo. Tentei desenhar as características dela para mostrar todas essas nuances. Nunca fiz nada parecido", analisa. Antes de estrear a minissérie, Rafaela estava há mais de um ano sem atuar na tevê – sua última personagem foi a universitária Regina de "Os Mutantes – Caminhos do Coração". Nesse meio tempo, ela se dedicou aos cuidados da filha Catarina, de cinco anos, e trabalhos no cinema. O que a atriz não esconde é que já estava com saudades dos estúdios de gravação. "Foi bom ficar esse tempo longe. Também pude voltar a estudar. Mas, depois de gravar 'Sansão e Dalila', voltei com pique total", empolga-se. Além de atuar a produção bíblica, ainda este ano Rafaela estará em outra produção de época. Só que nos cinemas. Ela está no elenco de "Reis e Ratos", filme de Mauro Lima, que está previsto para estrear até julho deste ano. No longa, a atriz dará vida a Amélia Castanho, uma cantora gaúcha dos anos 60, que seduz o presidente para prejudicá-lo em uma conspiração política. "Foi um personagem muito difícil, mas delicioso de fazer", destaca ela, que atuou ao lado de Selton Mello, Rodrigo Santoro e Paula Burlamaqui, entre outros.


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