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O JORNA L ALAGOAS
Maceió, domingo, 20 de fevereiro de 2011 | Ano XVII | Nº 132 | www.ojornalweb.com
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NOVO MÍNIMO
Incremento na economia de AL será de R$ 31 milhões/mês Página A10
Larissa Fontes - Estagiária
As cores do carnaval O alagoano está se preparando para o carnaval. Preparação das roupas, adereços e do espírito para curtir a festa mais popular do País. Páginas A13 e A14
Lula Castello Branco
Bolsa tem investidores alagoanos Alagoanos estão investindo na Bolsa de Valores, em busca de ascensão econômica. Mais de 200 pessoas já se formaram ou se formam em cursos profissionalizantes. Página A21
Moda infantil é um mercado que cresce Ufal: recortes da história de 50 anos Caderno Dois
Contra o Coruripe ASA tenta hoje a reabilitação
O ASA tenta hoje se recuperar das duas derrotas sofridas. Jogando em casa, o Alvinegro recebe hoje o Coruripe, às 16h, em Arapiraca, para reconquistar a torcida. Esportes
Lojistas vão requalificar o comércio Para conquistar o consumidor e fugir da concorrência com os shoppings, os lojistas de Maceió vão investir na requalificação do Centro, com mais segurança e limpeza. Página A16
Construção civil e eficiência energética Um jovem bagunceiro do bem em Rebelde Revista da TV
CO TAÇÕES Dólar (compra) ......1.6640 Dólar (venda) .........1.6660
Euro (compra) ...... 2.2743 Euro (venda) ......... 2.2774 Poupança .............. 0,6577
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O JORNAL
Política A2
Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br
OITO PARA 100 MIL No Brasil, há apenas oito juízes para cada grupo de cem mil habitantes. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que divulgou, em relatório, um dos fatores que afetam a prestação jurisdicional. Embora o relatório revele grande carência de magistrados, o conselheiro Paulo Tamburini afirmou, em entrevista, que, em comparação com outros países, como Espanha, França, Portugal e Itália, que têm uma média de dez a 17 juízes para cada grupo de 100 mil habitantes, o Brasil está dentro da média internacional.
INSPEÇÃO A Corregedoria Geral de Justiça realiza, a partir de amanhã, inspeção nos serviços do Cartório do Registro Civil de Nascimentos e Óbitos do 2º Distrito da Comarca da Capital. A portaria, assinada pelo corregedor-geral, desembargador James Magalhães, foi publicada ontem no Diário de Justiça Eletrônico. O trabalho acontece até o dia 25.
CAMINHO... O sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe), que visa substituir as ações de papel e unificar o Judiciário Brasileiro, deverá estar disponível a todos os tribunais do país até o próximo dia 31 de março. A informação é do Conselho Nacional de Justiça, que, através de sua Comissão de Infraestrutura e Tecnologia, está conduzindo o projeto.
Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Em AL, aumento do mínimo vai injetar R$ 31 milhões/mês a mais Projeto de lei de conversão de MP ainda precisa ser aprovado no Senado Gilson Monteiro Repórter
José Árabes Editor de Política
Os R$ 35,00 de aumento no salário mínimo, caso o Senado aprove de projeto de lei de conversão de Medida Provisória que já passou pelo plenário da Câmara dos Deputados esta semana, injetarão R$ 31,5 milhões mensalmente na economia do Estado. Em um ano serão mais de R$ 400 milhões. A informação é do economista Cícero Péricles, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que, a pedido de O JORNAL, fez os cálculos. “Como o [novo] valor é de R$ 545, isso significa mais R$ 35,00 mensais para 900 mil pessoas em Alagoas. Isso porque os trabalhadores com carteira assi-
... SEM VOLTA
nada, os funcionários públicos municipais, os beneficiários do INSS e uma parcela considerável dos empregados na economia informal têm no salário sua referência de renda. O cálculo é simples. R$ 35,00 vezes 900 mil resultam em mais R$ 31,5 milhões por mês e R$ 410 milhões por ano de renda para essas pessoas. Dinheiro que será quase exclusivamente gasto em consumo de bens essenciais - alimentos, roupas, remédios, transportes e material de construção no varejo”, calcula o economista. ENTENDA - Até o final do ano passado, o salário mínimo em todo o país que vinha sendo pago era de R$ 510. Com Medida Provisória editada no final do ano passado pelo então presidente Lula, o valor passou para R$ 545. Na semana passada, a
Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei de conversão de MP, de autoria do governo federal, para manter os R$ 545. Agora, o texto precisa ser aprovado pelo Senado, antes de ser sancionado ou vetado pela presidente Dilma Rousseff. O projeto de lei também prevê que, até 2014, o mínimo será reajustado, a cada ano, de acordo com a inflação dos últimos dois anos e o ganho real a partir do crescimento da economia. IMPEDIMENTO - Para Cícero Péricles, o crescimento mais rápido do salário mínimo é impedido por três fatores: previdência social, micro empresas e prefeituras. “A previdência social paga seus benefícios - pensões e aposentadorias - tendo o salário mínimo por referência. E o impacto de um valor mais alto
seria problemático para um setor já deficitário. E as micro e pequenas empresas, a maioria dos empreendimentos no país, teriam imensas dificuldades de competir com o seu vizinho próximo a economia informal - pagando um salário mínimo mais elevado que sua produtividade e receita de vendas”, avalia o economista. O TER - “E a terceira razão é a situação financeira das prefeituras das pequenas localidades, como quase todas de Alagoas e do Nordeste, que pagam esse salário a maioria de seus funcionários e se veriam em dificuldade para honrar sua folha de pessoal, que sempre é sua principal despesa. A pressão contrária das prefeituras em relação ao salário mínimo é conhecida e muito forte”, acrescenta Cícero Péricles.
Larissa Fontes/Estagiária
A digitalização dos processos em toda a Justiça não parece ter volta: alguns tribunais do país, em especial o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), já têm abolido o processo tradicional, de papel, e aceitando petições apenas no modelo eletrônico.
EM UNIÃO O presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, desembargador federal Luiz Alberto Gurgel de Faria, e o diretor do Foro da Justiça Federal em Alagoas, juiz federal Paulo Machado Cordeiro, além de autoridades convidadas, lançam, no dia 1 de março, a pedra fundamental para a construção da sede própria da Justiça Federal em União dos Palmares. A solenidade está prevista para as 10 horas da manhã.
EM ALTA A resolução da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que reduziu as taxas das ligações entre as cidades da Região Metropolitana do Agreste alagoano, foi bastante comemorada pelo deputado Ricardo Nezinho (PTdoB). Ele, que é cotado para disputar a prefeitura de Arapiraca em 2012, foi o autor do projeto de lei que criou a referida região metropolitana.
“
“Há uma maturação que permite discutir a reforma política. Meu objetivo é provocar o assunto. Seria útil nessa legislatura e para o governo que neste governo se desse a reformulação política no país”
Michel Temer Vice-presidente da República
PRÊMIO
O Sindicato dos Jornalistas (Sindjornal) e o Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor) de Alagoas definiram, nesta semana, os detalhes da segunda edição do Prêmio Alberto Marinho de Jornalismo. Lançado com sucesso em 2010, o prêmio promovido pelos corretores de seguros traz algumas novidades este ano, entre elas a criação da categoria “Estudante”. Todos os trabalhos produzidos devem seguir um tema: “A importância do corretor no contexto dos benefícios sociais, materiais e econômicos do seguro”. O lançamento da segunda edição será no dia 2 de agosto, durante um café da manhã para a imprensa.
Cícero Péricles acredita que dinheiro será gasto em bens essenciais
Ziulkoski: “Problema é que despesas crescem e receitas não acompanham”
Prefeituras sentirão impacto de R$ 99 milhões Segundo estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o impacto anual do salário mínimo aprovado esta semana, somado aos encargos, representará uma despesa mensal de R$ 99 milhões e, anual, de R$ 1,328 bilhão para todos os muni-
cípios do país. De acordo com o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, que na última segunda-feira este em Alagoas, o aumento do valor do salário mínimo pode aumentar o número de prefeituras que não conseguem respeitar os limites da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). “ACNM fez um estudo e verificamos que o número de prefeituras que passaria a descumprir a LRF passaria dos atuais 480 para 650 municípios, devido a esse reajuste do salário mínimo. O problema é que as despe-
sas crescem e as receitas não acompanham. Vale ressaltar que a maior parte dessas prefeituras se localizam nas regiões norte e nordeste do país” prevê Ziulkoski, que tem visitado os estados numa série de debates sobre a realidade das prefeituras. (G.M.)
AMA fala em redução de investimentos
BARREIRA
O deputado Jeferson Moraes (DEM) apresentou, nesta semana, na Assembleia Legislativa, projeto de lei que tem como objetivo vetar a nomeação de pessoas consideradas inelegíveis para quaisquer cargos públicos na esfera estadual. A proposta tem, como alvo, os cargos em comissão.
PROCURA-SE Tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Municipal de Maceió uma realidade chama a atenção: o Poder Executivo está sem alguém que responda pelas lideranças da bancada governista. Na Assembleia, Alberto Sextafeira, que exercia a função, não conseguiu se reeleger. Na Câmara, o vereador Galba Novaes (PRB) assumiu como presidente da Casa e teve que deixar o posto.
DIRETAS Fica a expectativa, nesta semana, pela aprovação do Orçamento do Estado para 2011 na Assembleia Legislativa. Tudo indica que isso vá acontecer, enfim, na próxima terça-feira. Mas parece que não será a mais tranquila das sessões: a oposição questionou, na semana que passou, o fato das emendas à peça ainda não terem sido publicadas no Diário Oficial do Estado. Abrahão cita, como hipótese para equilibrar contas, aumento no FPM
Os municípios alagoanos ainda não fizeram as contas, mas os prefeitos alagoanos já preveem que o aumento do valor do salário mínimo para R$ 545. A avaliação é do presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Abraão Moura, prefeito de Paripueira. Segundo ele, há duas saídas para as prefeituras conseguirem honrar com o novo valor do mínimo. Uma delas é reduzir os investimentos no município, a outra seria uma compensação via Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que segundo ele, é pouco provável. “Nas prefeituras aqui de Alagoas, assim como nos demais estados do nordeste, 90% da folha de pagamento é de funcionários que recebem um salário mínimo. Obviamente que as prefeituras terão que reajustar esses salários para poder se adequar a essa nova realidade. Mas, para isso, será necessário remanejar recursos. Então vai ser inevitável tiramos do dinheiro que iria para investimentos”, afirma o presidente da AMA. “Aoutra hipótese seria um aumento nas parcelas do FPM. O que eu acho pouco provável. Este
mês mesmo a primeira parcela veio boa, mas a segunda, que recebemos esta semana, veio bem abaixo, foi péssima. Não creio que possa haver essa compensação por meio da FPM”, analisa o prefeito. FOLHA - Segundo o economista Cícero Péricles, somadas, a prefeituras alagoanas têm mais de 100 mil servidores que recebem o salário mínimo. “As prefeituras de Alagoas possuem, juntas, 123 mil funcionários. Amaioria desse contingente tem contrato e carteira assinada e recebe o salário mínimo. É um problema grave porque a folha de pessoal é a despesa maior de seu orçamento. Areceita dessas prefeituras é limitada pela pouca capacidade de contribuir de sua população e de sua economia. Por outro lado, as prefeituras não têm máquina de arrecadação nem cadastro de contribuintes. Por isso, há resistências em cobrar, em ter um plano de receita. Mesmo recebendo muitos recursos federais, as prefeituras são pobres e, financeiramente, dependentes dessas transferências”, aponta o economista. (G.M.) Continua na página A3
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Política
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Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
ENCONTRO DOS 9 A presidente Dilma Roussef se reúne, nesta segunda-feira, com os nove governadores do Nordeste, a região que no governo Lula cresceu como nunca se viu, mas que agora corre o risco de ver os investimentos desacelerarem. O corte no Orçamento deu-se por imperativo diante da ameaça da inflação extrapolar o limite de tolerância. E nessa luta desesperada contra o “monstro inflacionário” que desaparece, mas nunca morre, o governo é obrigado a fazer ginásticas contábeis que acabam punindo a região mais carente - e aí se inclui o Nordeste. Há obras em execução na região que não podem parar e não é só porque o prejuízo é incomensurável, mas porque são dívidas antigas que o governo Lula começou a resgatar. Em Alagoas, o projeto do “Canal do Sertão” se arrasta desde 1994 e é uma dessas obras inadiáveis. Não dá para punir o Estado, aliás, o único Estado banhado pelo rio São Francisco que não tem irrigação pública no semi-árido. O governador Téo Vilela levará uma pauta extensa de reivindicações para Alagoas, mas ele sabe que não dá para negociar o “Canal do Sertão”. E será muito bom se a presidente Dilma concordar.
CHANCE
EM 2006
Depois de perder o recurso no Tribunal Superior Eleitoral, a única chance de o deputado João Beltrão garantir o mandato é o novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux – que vai desempatar a peleja sobre a vigência da “Lei da Ficha Limpa”.
O deputado João Beltrão disputou a eleição “sub judice”, conseguiu se reeleger, mas a Justiça Eleitoral não o diplomou. Ele foi condenado porque não devolveu R$ 143 mil de um convênio com o Ministério do Trabalho, quando foi secretário do Trabalho.
BOLSO FURADO O PDT em Alagoas está na pindaíba, com a conta de luz, de água e o aluguel da sede atrasados. E já faz tempo.
PESO
MORAL
O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e o ex-deputado Paulão (PT) dependem agora do senador Renan Calheiros (PMDB) para serem indicados para a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
Com a votação maciça da bancada favorável ao governo na proposta do salário-mínimo, o PMDB tem a prioridade nas indicações para cargos na Caixa Econômica, Banco do Brasil, Funasa e estatais do setor elétrico.
Limite da LRF para gastos com pessoal preocupa O presidente da AMA ainda demonstra preocupação com os limites de gastos com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “A Lei limita os gastos com pessoal e encargos até 60% da sua Receita Corrente Líquida
(RCL). Isso vai nos colocar numa situação difícil para cumprir. Mas os prefeitos vão trabalhar para procurar alternativas, pois o salário terá quer ser pago”, diz o prefeito, criticando o fato de o Congresso Nacional aprovar o reajuste
salarial, mas não falar em alternativas para aumentar a receita dos municípios. “Não é que os prefeitos sejam contra o aumento do salarial. Sabemos que o salário precisa ser maior do que é. Mas em Brasília se discute a
Para CUT, reajuste é insificiente para trabalhadores Representando mais de 100 entidades sindicais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Alagoas avalia o aumento do salário mínimo como “um passo atrás” na política de valorização do mínimo. “O salário mais uma vez ficou abaixo das expectativas da classe trabalhadora. Na verdade esse reajuste representa um passo atrás na política de valorização do salário mínimo. Retrocedemos muito ao ser aprovado essa proposta. O debate entre governo e classe trabalhadora retrocedeu mais uma vez, infelizmente”, afirma Izac Jacson, presidente da CUT Alagoas. “Esse novo valor, de R$ 545, significa que o salário vai continuar insuficiente para se arcar com as despesas de uma família de cinco pessoas, que é a média no país. Sabemos que o salário ideal com poder de compra capaz de o trabalhador ter uma vida digna deveria estar na faixa de R$ 1.600. Esse valor é longe da realidade financeira atual do país, mas o valor que estamos também não representa nem um avanço
para que nos aproximemos do imagine no Senado, que é uma ideal”, teoriza o presidente da Casa ainda mais conservadoCUT. ra. Não acredito que isso vá Para Izac Jacson, o reajuste mudar no Senado. Até porque de R$ 35,00 do mínimo repre- nós trabalhadores não temos senta um reflexo da crise fi- co-relação de forças para colonanceira mundial, que acabou car esse debate no Senado”, “sobrando” para a classe tra- avalia o sindicalista. balhadora. “O trabalhador Ele acusa a bancada de pagou o preço da crise finanoposição ao governo ceira mundial. O gofederal de contradição. verno acabou pagando O PSDB propôs um os efeitos da crise com salário de R$ 600,00 e o o suor de cada trabal- Presidente Democratas sugeriu R$ hador. Fomos atropela560,00. “Na verdade o dos por um processo de da entidade DEM defendia o valor acusa crise financeira em de R$ 560,00 na Câmara, 2009, e o governo fe- bancada da mas todos os gestores deral não teve a sensifiliados ao partido, bilidade de avaliar e oposição de sejam prefeitos ou gocompensar a classe tra- contradição vernadores, defendiam balhadora, que acabou a proposta de R$ 545,00, ficando no prejuízo”, que acabou sendo disse Izac Jacson. aprovada”, criticou o sindiO presidente da calista. CUT Alagoas não acredita que a proposta, aprovada esta seDATAS-BASE - O presimana na Câmara dos dente da CUT Alagoas obserDeputados, sofra alguma al- va que o aumento do salário teração no Senado, para onde mínimo influencia no debate a proposta foi encaminhada em em torno da data-base das caregime de urgência. “Se esse tegorias, e em todas as faixas foi o resultado na Câmara, salariais. “Estamos numa fase
Agência Senado e Congresso em Foco
Para o ex-governador Ronaldo Lessa assumir a Chesf será preciso antes conversar com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
O presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), tratou de minimizar a discussão entre o deputado Gilvan Barros, relator da Lei Orçamentária Anual (LOA), e o deputado Antônio Albuquerque.
BOCA O deputado Gilvan Barros não apresentou o relatório combinado para a reunião interna e o deputado Antônio Albuquerque reclamou. Os dois discutiram e Gilvan Barros chegou a entregar o cargo de relator.
CAMINHO DO CÉU O capitão PM Rocha Lima agora é evangélico da Assembleia de Deus. Mas ele depende mesmo é da justiça dos homens para se manter na PM.
FORTE
AVISO
O deputado Edval Gaia (PSDB) conseguiu eleger o vereador Geraldo Alencar (PSDB) presidente da Câmara de Palmeira dos Índios. Na nova Mesa Diretora, também está a vereadora Marta Gaia como segunda-secretária.
O presidente da seccional da OAB em Arapiraca, Maurício Fernandes, disse ao radialista Nelson Filho que outras bombas vão estourar na Câmara de Vereadores, caso não haja “mudanças radicais” no Legislativo.
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve ser ouvido pelos senadores na próxima quarta, antes da votação
FIO DA NAVALHA O clima na Câmara de Vereadores de Arapiraca é tenso devido à demissão de funcionários e cortes de vantagens salariais indevidas.
EXPRESSAS O governador Téo Vilela (PSDB) participa, nesta segunda-feira, da reunião da presidente Dilma Rousseff com os governadores do Nordeste. Mudança na Assessoria de Comunicação do DER: saiu a jornalista Kássia Nobre e entrou a jornalista Ariana Maurício. Se os deputados cumprirem com o que prometeram na semana passada, o orçamento do Estado será votado nesta terça-feira, 22. O vereador Galba Novaes, presidente da Câmara de Maceió, é o entrevistado no “Conversa de Botequim”, apresentado pelo jornalista Plínio Lins, terça-feira, 22. O vereador Marcelo Gouveia defende a reação da população que se fecha em “condomínios”, mesmo irregulares, para se defender da violência.
de debate das datas-base. E o valor do mínimo entra nessa discussão. Em Alagoas, cerca de 20 mil servidores estaduais ganham até um salário mínimo, que é complementado com abonos para chegar ao valor do mínimo. O novo valor do salário entra no debate mesmo nas demais faixas que ganham acima de um salário, pois o mínimo é tomado como referência”, afirma Izac Jacson. Diante da aprovação da proposta do salário mínimo de R$ 545, o sindicalista aponta como saída a geração de receita por meio da taxação dos grandes salários. “Acho que é preciso taxas quem ganha mais. Só assim poderemos aumentar a geração de receita. Quem ganha mais precisa pagar mais impostos. Isso nada mais é do que distribuição de renda, que é a grande chaga que impede que o país avance socialmente. Mas o governo federal não tem coragem de enfrentar isso. Por isso que nunca conseguimos avançar na política salarial, sempre engatinhando”, reclama Izac Jacson. (G.M.)
Jucá será o relator do salário mínimo no Senado
RODA MUNDO
BATE
despesa, ou seja, o percentual de aumento, mas não se diz de que forma podemos aumentar a receita das prefeituras. Isso é injusto. Você cria a despesa e não debate a receita”, queixa-se Abraão Moura. (G.M.)
Senador Romero Jucá: “O salário mínimo será fixado por lei. O decreto é apenas uma ação operacional”
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou na última sexta-feira que será o relator do projeto que cria a política de valorização do salário mínimo. Aprovado na Câmara na última quarta-feira, o projeto fixa o piso salarial de 2011 em R$ 545, conforme orientação do Executivo. O texto deve ser votado pelo Senado na tarde da próxima quarta-feira. Ainda na manhã do mesmo dia, antes da votação, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deverá ser ouvido pelos senadores Pela proposta, até 2015, o mínimo será reajustado anualmente, de acordo índice de inflação do ano, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Um decreto presidencial divulgará a cada ano os valores mensal, diário e horário do salário, com base na fórmula definida. “Daremos todas as explicações à base e votaremos o projeto da forma como ele veio da Câmara” disse Jucá, adiantando que dará parecer contrário a todas as emendas apresentadas. Se sofrer modificações no Senado, o projeto terá que voltar à Câmara, o que pode impedir que o novo mínimo entre em vigor a partir do dia 1º de março. A oposição já anunciou que pretende apresentar duas emendas. A primeira delas proporá um mínimo maior, de R$ 600. A segunda pretende suprimir do projeto o trecho que retira do Legislativo a prerrogativa de decidir sobre o valor do piso salarial nacional. “O salário mínimo será fixado por lei. O decreto é apenas uma ação operacional”, disse Jucá, em defesa do mecanismo. Uma terceira emenda foi anunciada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que disse que irá propor que, além da inflação de 2010, o salário mínimo seja reajustado em mais 2,75%. Jucá, que deverá encaminhar pedido de urgência para votação do projeto já na quarta-feira tanto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) quanto no Plenário, disse ainda que entrará em acordo com as lideranças para que a votação das emendas seja feita nominalmente.
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Política
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Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Reforma política: vai começar o debate Comissão designada pelo presidente do Senado para estudar proposta dará início aos trabalhos na próxima terça Agência Senado
Agência Senado Na efervescência que costuma caracterizar o início das legislaturas, o tema da reforma política ocupa um espaço privilegiado em discursos e entrevistas de parlamentares. No último dia 2, na solenidade de reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional, não foi diferente, embora desta vez os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), tenham tratado a reforma como prioridade, e não apenas como necessidade. A essas vozes, somou-se a da presidente da República, Dilma Rousseff, eleita com 55 milhões de votos por uma coligação partidária que tem ampla maioria no Congresso. Também presente à solenidade, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, não faz restrições à idéia. Até porque, boa parte dos problemas causados por uma legislação considerada anacrônica acabam sobre as mesas dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, por fim, do Supremo. A força de um Congresso renovado e o apoio dos chefes dos três poderes criam ambiente favorável ao desejo dos cidadãos brasileiros pela reforma política - pelo menos para o debate, que começa de fato nesta terça-feira, quando se instala a Comissão da Reforma Política do Senado, integrada por 12 membros. Desde 1988, quando a Assembléia Nacional Constituinte consolidou a recém implantada democracia brasileira,
Deputado Marco Maia, presidente Dilma Rousseff e senador José Sarney, no dia da abertura dos trabalhos do Congresso Nacional: reforma política é apontada como prioridade
o país avançou em vários campos, como no social e no econômico, mas regrediu politicamente. Essa não é uma crítica apenas do presidente do Senado, José Sarney. O sistema eleitoral vigente é condenado por todos, principalmente pelos eleitores, que fazem suas escolhas pessoais, mas de uma maneira geral se surpreendem com o resultado final das votações. Algumas peculiaridades do sistema brasileiro acabaram tornando as
eleições de outubro as mais afetadas por decisões judiciais em toda a nossa história. Ao meio-dia da próxima terça-feira, no Plenário do Senado, Sarney dá início às atividades da comissão por ele incumbida de estudar e, num prazo de 45 dias, apresentar ao Congresso uma proposta de reforma política. Por ora, a reforma tem vários desenhos, dependendo do parlamentar e do partido, mas a missão desses
Assunto é considerado complexo Por tratar-se de uma reforma de grande complexidade técnica, mas sobretudo por mexer nos interesses dos próprios políticos, essa operação demandará grande esforço e desprendimento dos parlamentares, conforme observou recentemente o presidente do Senado, José Sarney. “Temos que votar a reforma política no primeiro ano da legislatura. Caso contrário, ela será inviabilizada pelos interesses corporativos”, disse. Mas o que poderia ser feito pela própria classe política para legitimar sua atuação? E como é que se poderiam organizar as discussões e a elaboração do projetos de mudanças nessa área? A reforma política é abrangente e define o desenho do sistema político-eleitoral do país, previsto na Constituição federal. É o norte para a reforma eleitoral, que busca aper-
feiçoar a legislação específica Código Eleitoral, Lei das Eleições e dos Partidos Políticos. A reforma política, portanto, deve idealmente vir antes da reforma eleitoral, na opinião dos especialistas. Uma mudança de cunho geral seria, por exemplo, a adoção de um modelo de acesso ao Parlamento, com a opção pelo voto majoritário, proporcional ou distrital. Este, aliás, é o tema mais mencionado pelos parlamentares nas últimas semanas. O consultor do Senado Gilberto Guerzoni dá um exemplo da importância da escolha eminentemente política nessa reforma. “Não há razão técnica para a adoção do sistema eleitoral A, B ou C, pois cada um tem vantagens e desvantagens. Assim, a decisão por um deles segue razões políticas” diz Guerzoni. Sarney prega o fim do voto proporcional para os deputa-
dos federais, estaduais e distritais, por entender que esse mecanismo é “responsável pela desintegração dos partidos”, além de impedir “a formação de homens públicos, programas e idéias”. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) advoga o oposto, argumentando justamente em favor do fortalecimento dos partidos. O voto proporcional dá acesso às câmaras com base em lista aberta por partido, mas é criticado porque nem sempre os candidatos com mais votos conseguem se eleger, enquanto outros podem não só conquistar uma vaga, mas também ajudar a eleger colegas de partido com poucos votos. De acordo com o líder do PT, a adoção do voto majoritário na Câmara, com a eleição dos mais bem votados, independentemente das listas, representaria a negação dos partidos políticos.
doze senadores, e dos demais, é a de propor e aprovar um sistema capaz de conferir maior legitimidade aos mandatos. REFORMAS - O Congresso Nacional iniciou os trabalhos legislativos este ano assumindo o desafio de realizar as reformas política e eleitoral. Reclamadas por muitos há décadas, essas reformas teriam como objetivo conferir mais legitimidade à representação par-
lamentar, ao aproximar a vontade do eleitor do que é decidido no Congresso. Ainda que o país esteja experimentando, desde 1988, quando se instalou a Constituinte, o período mais prolongado e estável de democracia, o sistema político-eleitoral é alvo de queixas de alguns e ácidas críticas de outros. Diz-se que o eleitor tem o direito de dar seu voto, a partir das informações que rece-
Termos comuns na discussão CLÁUSULA DE BARREIRA Também conhecida como cláusula de exclusão ou cláusula de desempenho, é uma norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos.
A reforma política engloba a definição de normas gerais para coligações, fidelidade partidária, suplência parlamentar e número de partidos, definido por meio de um percentual mínimo de votos sobre o total. Embora não esteja no horizonte no momento, são do âmbito da reforma política mudanças no sistema de gover-
no. O presidencialismo foi a opção adotada pelos parlamentares constituintes em 1988 e confirmada em um plebiscito em 1993. A abrangência da reforma pretendida agora é menor. Em princípio vai se situar na esfera da representação e da atuação dos partidos no Congresso e tudo o que derivar disso, pelo
que tem dito senadores e deputados. Em discurso no Congresso durante a abertura dos trabalhos da atual legislatura, a presidente da República, Dilma Roussef, defendeu a reforma como um caminho para dar aos partidos “atuação mais programática”. Ou seja, atuação com base em seus princípios e programas.
Poucos temas devem ser abordados Sobre a amplitude dos temas a serem tratados na reforma política, o quadro ainda não está claro. O senador Demostenes Torres (DEM-GO) acha que a comissão especial a ser instalada na próxima terça-feira deve se debruçar sobre alguns poucos grandes temas, entre eles o do número adequado de partidos, com a
discussão da cláusula de barreira. Em entrevista à Agência Senado no último dia 9, Demóstenes mencionou ainda a qualidade dos políticos; a necessidade de leis que forcem os partidos a punir os integrantes que apresentam desvios de conduta; e um sistema de financiamento de campanhas. Estreante no Senado, o
senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) quer fazer avançar o debate da reforma política. “Não podemos cometer o erro do passado de fazer apenas pequenos remendos eleitorais na nossa legislação” declarou, destacando que, a seu ver, não existirá reforma política se não for ampliada a participação da população na gestão política.
uma vagaem disputa nas eleições proporcionais, nas quais são escolhidos vereadores, deputados estaduais, federais e distritais. É determinado pela divisão do número de votos válidos apurados pelo número de cadeiras disponíveis na assembleia, desprezada a fração se for igual ou inferior a meio, e equivalente a um, se for maior que meio.
ELEIÇÃO MAJORITÁRIA QUOCIENTE PARTIDÁRIO Forma de votação na qual o vencedor é o candidato que obtém a maioria dos votos. É por esse sistema que se elege, no Brasil, o presidente da República, governadores, prefeitos e senadores. ELEIÇÃO PROPORCIONAL Forma de votação na qual a representação política é distribuída de acordo com o número de votos obtidos pelos partidos políticos ou pelas coligações. Por exemplo, se nas eleições um partido obteve 20% do total de votos, então 20% das vagas devem ser preenchidas por candidatos deste partido. Esse tipo de voto é utilizado no Brasil para a eleição de vereadores, deputados estaduais, federais e distritais. FUNDO PARTIDÁRIO
Normas gerais para as coligações
be por meio da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Depois disso, os políticos ficariam à vontade para decidir ou não decidir sobre leis, de acordo com as conveniências partidárias e ou pessoais. Em um quadro assim, problemas graves se arrastariam sem solução, diminuindo não só o grau de bem-estar da população, mas igualmente a eficiência produtiva do país.
É um fundo especial de assistência aos partidos políticos, constituído pela arrecadação das multas eleitorais, por recursos financeiros legais, doações espontâneas privadas e dotações orçamentárias públicas.
É o resultado da divisão dos votos válidos do partido político ou coligação pelo quociente eleitoral. O resultado indica o número de vagas que o partido ou coligação obteve. As vagas são preenchidas pelos candidatos que alcançaram o maior número de votos dentro do partido ou coligação. Caso o resultado seja menor que um, o partido ou coligação não elegerá nenhum candidato. Se ainda houver vagas não preenchidas após a aplicação do quociente partidário, elas serão distribuídas de quatro formas: a) aos partidos ou coligações que obtiveram o quociente eleitoral; b) dividindo-se o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação pelo número de vagas já obtidas mais um, cabendo a vaga ao partido ou à coligação que obtiver a maior média; c) repetindo-se a operação até a total distribuição das vagas; d) pela ordem de votação do partido ou coligação, entre aqueles que não obtiveram a vaga pelo quociente partidário. VOTO DISTRITAL
LISTA ABERTA É uma variante do sistema de eleição proporcional no qual as vagas conquistadas pelo partido ou coligação partidária são ocupadas por seus candidatos mais votados, até o número de cadeiras destinadas à agremiação. A votação de cada candidato pelo eleitor é o que determina, portanto, sua posição na lista de preferência. LISTA FECHADA Variante do sistema de eleição proporcional no qual o eleitor vota somente no partido e este é que decide a ordem de cada um de seus candidatos na lista de classificação. Antes da eleição, o partido apresenta a lista com o nome dos seus candidatos por ordem de prioridade. QUOCIENTE ELEITORAL Define o número mínimo de votos que os partidos precisam atingir para ter direito a
Forma de votação feita a partir da divisão do território (país, estado ou município) em circunscrições menores, os distritos. Cada distrito elege um representante, a partir da apresentação dos candidatos escolhidos pelos partidos políticos. O mais votado é o eleito, podendo haver ou não segundo turno, dependendo do tipo de sistema vigente. VOTO DISTRITAL MISTO É uma combinação do voto proporcional e do voto majoritário. Os eleitores têm dois votos: um para candidato no distrito e outro para as legendas (partidos). Os votos em legenda (sistema proporcional) são computados em todo o estado ou município, conforme o quociente eleitoral (total de cadeiras divididas pelo total de votos válidos). Já os votos majoritários são destinados a candidatos do distrito, escolhidos pelos partidos políticos, vencendo o mais votado.
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O JORNAL
Nacional
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Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br
Após 4 meses, acaba o horário de verão Para os Estados em que não vigora horário especial, serviços bancários voltam ao normal amanhã O horário de verão terminou à meia-noite deste domingo em Brasília e em dez Estados das Regiões Sudeste (São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). À meia-noite de sábado, os relógios deverão ser atrasa-
dos em uma hora. No verão passado, o consumo de energia no horário de pico foi 4,4% menor no Sudeste e Centro-Oeste. O porcentual equivale ao abastecimento de uma cidade com 5 milhões de habitantes no período. A alteração não é feita nas Regiões Norte e Nordeste, por causa do ganho conside-
rado pequeno, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No Brasil, o horário de verão - que surgiu de uma ideia dada pelo inventor americano Benjamin Franklin em 1784 foi adotado pela primeira vez em outubro de 1931, atingindo todo o território nacional. Desde 1985, o sistema é ado-
tado anualmente, mas com abrangência sucessivas vezes reduzida - em 2003, chegou ao atual formato. Desde 2008, foram estabelecidas datas fixas para o início e o término da modificação. Assim, o horário de verão sempre começará à zero hora do terceiro domingo de outubro, para terminar à meia-noite do terceiro
sábado de fevereiro do ano seguinte - a menos que seja o sábado de carnaval, quando então o fim do horário será adiado para o sábado seguinte. PARA ENTENDER - Com a adoção do horário de verão, há melhor aproveitamento da luz natural, proporcionando diminuição na geração de energia elé-
trica para a iluminação artificial - o que beneficia tanto o setor público quanto o setor privado. Para o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o principal objetivo é a redução da demanda máxima no horário de ponta. Com a alteração feita no fim do ano, o horário de rush, normalmente entre 18h e 21h, é deslocado para o período das 19h às 22h.
FOLIA
Máscaras do Tiririca é ‘febre’ para o Carnaval O palhaço Tiririca, eleito Com 6.000 mil réplicas de deputado federal nas eleições seu rosto, Dilma não consede 2010, conseguiu superar o guiu superar a popularidade ex-presidente Luiz Inácio Lu- de Lula, cuja imagem foi rela da Silva como principal produzida em 20 mil máscarosto das máscaras que serão ras durante seu período como usadas no Carnaval do Rio presidente. de Janeiro. Apesar de ter deixado a A imagem de Tiririca dis- Presidência, o rosto do ex-goputará preferência com a da vernante continua entre os presidente Dilma Rousseff e favoritos, e as máscaras são a do jogador Ronaldinho as únicas de um político braGaúcho. sileiro vendidas para fora do A produção das máscaras, Brasil para serem usadas em que inclui personagens interoutros carnavais. nacionais como o primeiroOs escândalos ministro da Itália, amorosos do primeiSilvio Berlusconi, e ro-ministro da Itália, o presidente veneFantasia do Silvio Berlusconi, zuelano, Hugo Chátambém foram a palhaço vez, é feita pela fádesculpa perfeita supera em brica Condal, fundapara que a empresa da há 53 anos na reCondal recebesse vendas às gião metropolitana pedidos de reprodudo presido Rio de Janeiro ção de sua imagem, dente Lula, pelo espanhol Arque provavelmente mando Vallés, e que será usada nas ruas de Dilma e agora é dirigida por do Rio de Janeiro. Ronaldinho sua mulher, Olga GiA réplica de Berbert. lusconi é obra do arEsta catalã estatista plástico espanhol Sergi belecida no Rio de Arbusà, que diz que o proJaneiro atribui o sucesso do cesso de fabricação de uma rosto de Tiririca a sua “mis- máscara pode levar uma setura explosiva”, que combina mana. humor com política e que o A máscara de Ronaldinho transforma em figura ideal Gaúcho não poderá ser copara o Carnaval, que começa mercializada devido aos dioficialmente no dia 4 de mar- reitos de imagem do jogador. ço. Com uma jornada de traPara a festa organizada balho de 18 horas diárias, Ol- em sua estreia com a camisa ga dirige uma empresa que, do Flamengo, o clube enconesta época do ano, duplica mendou quatro mil máscaseu número de funcionários ras, que foram distribuídas para atender aos pedidos dos entre os torcedores. clientes. Ronaldinho Gaúcho ficou Em um escritório cheio de tão entusiasmado com sua máscaras penduradas na pa- imagem que encomendou rede, se destacam as imagens 250 mascaras para serem usade personagens populares co- das por seus amigos no Carmo a de Dilma e Lula. naval.
ONS: Horário de verão economiza R$ 30 milhões O Ministério de Minas e Energia divulgou na sexta-feira o resultado preliminar do horário de verão 2010/2011 que aponta para uma redução de demanda da ordem de 2.376 megawatts (MW), durante período do dia de maior consumo (horário de ponta). Esse volume representa 4,4% da demanda dos Estados submetidos às mudanças. A redução de demanda foi
de 1.821 MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 555 MW no subsistema Sul. O relatório preliminar foi elaborado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), que é responsável por administrar a operação do sistema nacional de transmissão de energia. Neste ano, a economia da geração térmica evitada ao longo do horário de verão é estimada em R$ 30 milhões.
Segundo o ONS, o horário especial também favorece a segurança operacional do sistema, por conta da diminuição dos carregamentos na rede de transmissão. O horário de verão, que iniciou no dia 17 de outubro de 2010, terminou à meia-noite do domingo. Os Estados afetados foram: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. O relatório do ONS destaca ainda que a redução na demanda no horário de pico também polpa investimento adicional na expansão da geração de energia elétrica. O volume de recursos economizados em investimento na área de geração é superior R$ 2 bilhões.
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O JORNAL
Opinião A6
Proteção do Meio Ambiente e a Desapropriação “É dever de todos os entes federativos” Alder Flores Advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental
Atualmente, o ser humano identifica que a preservação ambiental é essencial e imprescindível ao futuro do planeta. Torna-se evidente, desta maneira, que o meio ambiente ecologicamente equilibrado proporciona a melhor qualidade de vida, mas com maior importância, releve-se a preservação e ao controle dos recursos naturais os quais proporcionam e asseguram a própria sobrevivência humana. Nesta linha a Constituição Federal visando proporcionar a todos uma existência digna conforme os ditames da justiça social, definiu como princípios norteadores do estado, dentre outros, a proteção ambiental, a propriedade privada e a função social, sendo beneficiária destes comandos a própria coletividade. O legislador, então, dado a importância que o tema ambiental merece, erigiu esta matéria num capitulo a parte, e de igual forma privilegiou o direito a propriedade privada e concomitantemente a condicionou ao atendimento de sua função social, possibilitando, inclusive, a desapropriação por utilidade pública ou interesse social na forma da legislação infraconstitucional. Com efeito, o artigo 225 da Constituição visa à preservação do meio ambiente, que deve ser compreendida Lato Sensu como a conservação dos elementos da natureza que mantém o equilíbrio ecológico e a vida no nosso planeta, estabelecendo a responsabilidade da coletividade e do poder público para assegurar o cumprimento deste ideário. Esta prerrogativa, qual seja, a preservação do equilíbrio ecológico do meio ambiente é dever de todos os entes federativos – União, Estados membros, Distrito Federal e Municípios e apóia-se a priori, nas atividades finalistas do Estado. Neste caso, nos reportaremos à competência do município para a realização da preservação ambiental restrita aos elementos que interessem preponderadamente a comunidade local e em especial a vida urbana. Neste sentido é bom lembrar que o poder público não terá direito a propriedade sobre todos os bens localizados em seu território, mas poderá condicionar o uso da propriedade particular ao cumprimento de sua função social nos termos da Carta Magna, assim como, poderá utilizar-se de seu poder de polícia administrativa para limitar ou restringir o uso da propriedade privada ou nela intervir por intermédio do instrumento da desapropriação, conforme ensina a Constituição. Portanto, é importante citar que o qualitativo da função social aposto a propriedade privada mesclou o poder do proprietário com o dever de dirigi-lo a um fim de interesse coletivo, ou seja, aos tradicionais poderes do proprietário de usar, gozar e dispor do objeto sobre seu domínio no seu próprio interesse uniu-se o dever de amoldá-lo a satisfação das necessidades da sociedade na qualidade de partícipe em posição privilegiada. Nesta linha, conquanto determinado indivíduo esteja legitimado a exercer o direito de propriedade, em vista das leis civis que a disciplinam, deverá concomitantemente, e aqui no sentido estrito de obrigação legal, cumprir os interesses sociais que se lhe impuseram.
A revitalização do crédito educativo “A iniciativa tem um alcance sócio-econômico indiscutível” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB
Esta semana o governo anunciou uma importante medida na área do ensino superior, especialmente para as famílias mais carentes. O Fies – Programa de Financiamento Estudantil – teve seus juros reduzidos e também foram ampliados os prazos de carência para o início do pagamento do empréstimo. Agora o estudante só começa a pagar o empréstimo contraído um ano e meio após a formatura. É tempo para que o recém formado consiga sua vaga no mercado de trabalho. A iniciativa tem um alcance sócio-econômico indiscutível e cumpre mais uma promessa da campanha eleitoral. Particularmente fico honrado em ver, mais uma vez, uma proposta de nossa autoria sendo adotada pelo governo federal. No ano passado me dediquei a propor soluções para os gargalos do Fies e a iniciativa do governo federal é consequência natural das discussões que amadureceram no Congresso Nacional. Tive a oportunidade de apresentar, em 2010, um projeto de lei com o mesmo espírito. Facultar ao estudante a possibilidade de ir amortizando suas dívidas prestando serviços para a União, Estados e Municípios. A iniciativa da presidente Dilma Rousseff prevê este amortecimento para a União. Por isso é importante que nosso projeto siga adiante para universalizar o abatimento. Criado em 1999 para financiar os estudos de quem pretendia fazer faculdade e não dispunha de recursos para pagar, o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) da Caixa Econômica Federal acabou se transformando num impasse. Como nem todos conseguem emprego, imediatamente, após a conclusão do curso superior, surgem dificuldades para o pagamento das mensalidades do empréstimo contraído. No sistema vigente até aqui do Fies, o estudante começava a pagar o financiamento estudantil quando ainda estava na universidade. A parcela era baixa, mas o saldo devedor vinha crescendo acima da capacidade de pagamento. Por isso perto de 22% dos beneficiados com o Fies estavam inadimplentes. Aos poucos, de maneira discreta, mas eficiente, o governo federal começa a implementar políticas sociais com as quais se comprometeu na campanha eleitoral. Na última semana, dois compromissos do processo eleitoral se tornaram realidade: a moderação das regras do Fies e a distribuição gratuita de medicamentos para hipertensos e diabéticos, que começou esta semana. São ações que coincidiram com projetos que apresentei no Senado e isso só me honra.
Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br
Bom de bola A tietagem da imprensa nacional ao jogador Neymar fez com que todo o restante do grupo que foi campeão, há oito dias, pelo Brasil do Sul-americano Sub-20, no Peru, simplesmente desaparecesse. Mesmo “comendo” a bola, outros jogadores igualmente importantes na conquista não apareceram. A “humildade” do atleta santista o levou a dizer: “Não sabia que a minha fama já tinha chegado no (sic) Peru”. O atleta do Santos não atuou em duas partidas. As vitórias brasileiras foram apertadas, mas, como futebol é um esporte coletivo, nessas duas oportunidades isso ficou bem evidenciado. Talvez faltasse isso ao restante do grupo: ser testado sem Neymar em campo. Se foi um teste, o grupo passou com dez e agradou ao treinador. Foi a chance de os outros jogadores aparecerem um pouquinho no torneio internacional. Que ele, o Neymar, foi fundamental na conquista, isso ninguém discute. Até porque, pelo futebol diferente que pratica e pelo endeusamento que lhe cerca, ele se tornou um jogador diferenciado. Falta à imprensa na-
cional perceber que esse “diferenciado” tem variações para mais e para menos. Muitas vezes, em lances que poderiam render gols para o Brasil, o “diferenciado” simulou uma falta, jogando-se feito uma jaca no gramado. Entre os jogadores ofuscados pelo “brilho” de Neymar, um dos mais prejudicados foi o alagoano Willian José. Atacante nato e com presença efetiva dentro da área, em muitos lances o atleta alagoano ficou apenas esperando o toque de Neymar para concluir. Ficou esperando e cansou de esperar. Diferente do “companheiro” de selecionado canarinho, Willian José deixou o atleta santista várias vezes na cara do gol. Sem bairrismo nem tietagem, o atleta alagoano esteve sempre entre os três jogadores em campo. A conta era sempre: Neymar mais dois. Esses dois, invariavelmente, eram Willian José e Lucas que, aliás, precisou da última partida para aparecer no torneio. Para o povo alagoano, ficou o agradecimento ao atleta Willian José, menino novo, bom de bola, lá de Porto Calvo. Sem tietagem.
Ponto de vista
San
Volta ao Parlamento “Há muito o que fazer para que o País continue a progredir” João Lyra Deputado federal (PTB-AL)
Volto ao Parlamento com o mesmo entusiasmo e determinação com que exerci o último mandato de deputado federal, entre 2003 e 2007. Agora, ainda mais revigorado pelas conquistas e pelo progresso que o Brasil experimentou desde então, e que ensejará sua entrada no clube dos países mais ricos do mundo. Há muito o que fazer para que o País continue a progredir, e espero contribuir para isso. Serei parceiro dessa nova caminhada, dedicando-me, sobretudo, a dois pontos que desejo ressaltar: a reforma política e a reforma tributária. Ambas terão de ser conduzidas, olhando o Brasil em sua complexidade geográfica e territorial, visando a remover o enorme peso das graves desigualdades regionais e inter-regionais, alvo de tão renhidos embates travados, em nossa Região, a partir da segunda metade do século XX. Estou convicto de que, dessas duas reformas nascerá um novo País, que, sob o governo do presidente Lula, migrante nordestino pobre e ex-torneiro mecânico, recolocou a Nação no rumo do seu grande destino. Tenho absoluta certeza de que Dilma Rousseff seguirá os passos de Lula, consolidando o Brasil como uma potência mundial, desenvolvida e justa. A reforma política colocará em nossas mãos um Brasil institucionalmente mais forte e equilibrado, desconcentrando o poder, hoje exercido por (poucos) Estados e regiões mais desenvolvidos, poder que põe em risco a Federação, tal como concebida pela Carta Magna de 1988. Dela, a reforma política, também se espera maior e mais democrática participação popular, diferentemente do que ocorre nos dias de hoje, quando o povo somente é consultado em épocas de eleições. Democracia não é só o voto. É muito mais do que isso. Aliás, por falar em voto, urge que já em 2014 se implante integralmente a impressão do voto, que nos livrará de denúncias sobre fraudes na urna eletrônica, uma constante em todos os pleitos. Por outro lado, a reforma po-
lítica não deve deixar de contemplar uma provável revisão do atual quadro partidário, adequando-o ao País que acaba de emergir das urnas de 2010. Enquanto isso, a reforma tributária deverá buscar a simplificação dos procedimentos atualmente adotados, em especial reduzindo o número dos quase 90 tributos com que lidam as famílias, as empresas e o próprio governo. Ademais, é vital que a reforma diminua sensivelmente a carga tributária e opere mudanças no atual Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), estabelecendo que sua cobrança se faça no destino, respeitados os direitos do Estado produtor. Essa é uma questão a ser resolvida com pleno entendimento das forças políticas representadas no Congresso Nacional, do qual participarei defendendo os interesses de Alagoas e do Nordeste como um todo. O problema está na natureza do ICMS, que tributa o valor agregado, excelente para Estados produtores, os mais ricos, e altamente prejudicial para Estados de economias fracas e ditos consumidores. Todos sabem disso, porém os Estados mais poderosos têm bloqueado as mudanças, e tudo fica no mesmo. Chegou a hora de o Congresso Nacional promover uma reforma tributária séria e politicamente correta. No mais, declaro-me grato aos alagoanos, que, pela segunda vez, outorgaram-me o mandato de deputado federal, reiterando os compromissos assumidos em campanha, certo de que os cumprirei, na medida das minhas forças. E um desses compromissos é a busca incessante por investimentos para Alagoas, missão que desempenharei com a objetividade que tem norteado minha vida empresarial e política. Em suma, minha volta à Câmara dos Deputados é uma nova oportunidade para continuar as lutas que o destino me reservou e que, com a ajuda de Deus, o farei sem tergiversar, sem recuo e sem medo.
O JORNAL Diretor-Executivo Sálvio de Taine Maciel salviomaciel@ojornal-al.com.br
Marcial Lima Professor Retrocedendo no tempo, vamos encontrar uma Maceió onde o poder público era um dos principais indutores do carnaval. Em pontos estratégicos do Centro e em alguns bairros, a exemplo de Bebedouro - a República da Alegria - e em Ponta Grossa, que tinha na Praça Moleque Namorador o Quartel General do Frevo, a Prefeitura armava palanques para receber as bandas carnavalescas. Eram as Maratonas, que começavam na semana anterior indo até à madrugada da Quarta-Feira de Cinzas. Nos anos 80, chegamos a ter a COC – Comissão Organizadora do Carnaval, que abria espaço de participação da comunidade na concepção e organização da Festa de Momo. Éramos motivados a participar das troças do Banho de Mar à Fantasia e dos blocos dos diversos recantos da cidade. Veio, depois, a pasteurização, levando o maceioense de melhor poder aquisitivo - vestindo a mesma roupa, fazendo a mesma coreografia, induzidos às mesmas músicas, muitas de qualidade questionável - seguirem processionais os “santos de sua devoção”. A criatividade foi devorada pelo consumo de ídolos. Os menos favorecidos, cognominados de povão, eram confinados na pipoca, um espaço falsamente alardeado como democrático. Olhando de cima, nos camarotes ou resguardada nas sacadas dos apartamentos, lá estava a “casagrande”, estendendo-se aos espaços protegidos pelos “cordeiros”, que fazendo as vezes de feitores, não titubeiavam em “usar o chicote”, para impedir que alguém da Senzala ousasse invadir os espaços dos comabadá. Na onda, até blocos que historicamente louvavam as classes populares, perderam sua originalidade, cedendo aos encantos de um “Midas abaianado”, trocando a criatividade, pelos apelos dos precursores do rebolation. Os poderes constituídos foram de uma incipiência de fazer dó. Encantados, amiudadas vezes, pelas mordomias e vitrines que lhes propiciavam a “área VIP”, mostraram-se incapazes de aquilatar, com seriedade, em termos sócioculturais, as perdas e ganhos. Reagindo ao mesmismo, surgem a Seresta da Pitanguinha, o Pinto da Madrugada, o Jaraguá Folia, onde muitos foliões encontraram algumas linhas de fuga, abrindo espaços para esse carnaval que, não poucas vezes, nos propiciam uma grande comunhão festiva. Ressurgem os bailes, as matinês e algumas tentativas de descentralização do carnaval popular. Viu-se daí que existe um grande vácuo a ser ocupado, um significativo potencial, um mar de possibilidades. Juntem-se a isso as escolas de samba, os blocos de bairros, os bois, e veremos que um carnaval em Maceió é possível. Só falta a sociedade civil se impor e o poder público, indo além da mera “ajuda”, dar-se conta de seu papel catalisador. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
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Minas vai indenizar vítimas de tortura Estado aprova medida para ajudar pessoas que foram torturadas ou sofreram violência policial Joana (nome fictício) mora em uma favela de Belo Horizonte e já tinha ouvido falar de um caso em que um rapaz, depois de ser preso por policiais, acabou aparecendo morto. Ela nunca imaginou que história parecida teria como protagonista seu filho - mas aconteceu. Agora, com o filho morto após ser espancado por policiais, Joana terá direito, pelo menos, a uma indenização. O dinheiro não trará o filho de volta, mas pode evitar que casos parecidos aconteçam no futuro com outras pessoas. A lei 19.488, criada pelo Estado
de Minas Gerais, prevê indenizações às vitima ou a seus familiares quando comprovada, na Justiça, tortura, ou qualquer outro tipo de violência, por agentes do Estado. Há pouco mais de um ano, Marcelo (nome fictício), 19 anos, filho de Joana, estava com planos de trabalhar e, para conseguir um emprego com carteira assinada, já encaminhado, precisava providenciar documentos. No dia em que sairia para resolver as pendências, ele foi surpreendido em casa por um grupo de policiais. Marcelo era suspeito de en-
volvimento com tráfico de dro- ficação das fardas para evitar gas. “A última vez que converdenúncias. A brutalidasei com ele, ele me disse de foi tanta, conta Joana, que não queria uma vique o rapaz teve uma da de injustiça, queria parada cardíaca a poutrabalhar”, lembra. cos metros de casa. LeVizinhos de Joana Lei prevê vado para um hospital, teriam presenciado as indenização permaneceu por quatro agressões mas, por me- mínima de meses em coma, até do, segundo ela, ninR$5.453 e morrer. guém fala sobre o as“Eu estava trabamáxima de lhando na hora. Me sunto. Policiais Militares R$109 mil contaram que bateram teriam espancado Marnele algemado. E me celo, em plena luz do disseram que os polidia, no meio da rua. Os ciais ainda filmaram as militares também teagressões com o celular. Um riam retirado qualquer identi- médico disse que, se ele so-
brevivesse, teria seqüelas, não falaria, perderia a visão. Levaram meu filho, levaram um pedaço de mim”, lamenta Joana, que teme ser alvo dos mesmos policiais que torturaram e mataram seu filho. “Já me disseram que qualquer dia vão colocar fogo no meu barraco”, conta ela. A prática da tortura geralmente é associada ao período da Ditadura Militar, mas casos como o de Marcelo demonstram que é ainda real o abuso de autoridade das integrantes das forças de segurança. Em Minas Gerais, a nova
lei, publicada janeiro deste ano, determina que as vítimas de tortura praticadas por agentes do Estado recebam indenização quando a agressão for comprovada por condenação judicial. A lei prevê uma indenização mínima de R$ 5.453 (no caso de lesão corporal) e até R$ 109 mil (no caso de morte da vítima), para parentes. Para requerer a indenização, a vítima, um parente ou sucessor tem de entrar com o pedido, no máximo, 90 dias contados a partir da divulgação da decisão judicial.
Mais do que as sequelas físicas, torturas deixam marcas psicológicas nas vítimas
Pobres são mais atingidos pela violência praticada por policiais O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, Emilcio José Lacerda Vilaça, explica que não existem nem mesmo estatísticas sobre a violência e a tortura em Minas Gerais. Iniciativas como a nova lei, isoladas, não mudam nada. O que é relevante, neste caso, é o sinal de que o Estado colocou o assunto em pauta - e está disposto a revolver os proble-
mas com rapidez. “A lei cria um sistema célere, o que é essencial em casos como esses”, diz Vilaça. Egídia Maria de Almeida, do Fórum Mineiro de Direitos Humanos, diz que a prática da tortura ainda é muito forte em Minas Gerais. “A tortura acaba sendo a resposta do Estado à criminalidade. O Estado não consegue responder da forma
RIO DE JANEIRO
Igreja deve pagar R$ 15 mil à noiva A 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio manteve a sentença que condenou a Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro a indenizar uma noiva por ter desmarcado seu casamento a menos de dois meses de sua realização. Danielle Marie Villela Eiras Uhebe receberá cerca de R$ 15 mil por danos morais e materiais. A Igreja, que na época alegou estar em obras e cancelou a cerimônia, entrou com recurso especial para que o caso seja reexaminado pelo Superior Tribunal de Justiça. De acordo com o relator do processo, desembargador Otávio Rodrigues, os documentos mostram que, em 5 de abril de 2006, Danielle contatou a Irmandade e reservou a Igreja do Outeiro da Glória para a realização
de seu casamento, que aconteceria em 8 de junho de 2007. Mesmo depois de ter efetuado o pagamento do valor cobrado, em abril de 2007, a noiva recebeu uma carta comunicando a indisponibilidade do templo para o evento. Danielle, que cuidava dos preparativos da festa e já tinha contratado o cerimonial e encomendado os convites, ao receber a correspondência, teve que procurar outra igreja. “Obviamente que a autora teve frustração e grande transtorno emocional diante da inesperada notícia e desrespeito ao ato jurídico perfeito. Se a apelante pretendia fazer obras, primeiro deveria cumprir todos os compromissos, não realizar outros e, assim, atender a programação estabelecida”, destacou o desembargador Otávio Rodrigues em seu voto.
adequada, atua de forma reativa, violando os direitos humanos”, diz Egídia. Ela lembra ainda que a maioria dos casos envolve pessoas pobres, como Joana e seu filho Marcelo. “Eles não têm um acompanhamento e ficam desamparados no processo”, explica. Bráulio de Magalhães Santos, conselheiro do Movimento Nacional de Direitos Humanos,
afirma que faltam organização e vontade política para que existam dados consistentes sobre a prática de tortura nos dias atuais. Já o autor do projeto de lei para indenizar as vítimas de tortura, deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas, diz que aproximadamente 40% das de-
núncias que recebe envolvem policiais, civis ou militares, além de agentes penitenciários. Além de passar pela dor de perder o filho, Joana viveu uma humilhação no enterro de Marcelo. Ela conta que não tinha condições para arcar com o enterro orçado em R$ 800, o que ficou sob a responsabilidade do poder público. O corpo es-
tava jogado em um caixão menor do que o necessário, com a fralda que usava quando estava internado, sujo e com moscas. “Nunca vi tanto descaso e tanta humilhação no enterro de uma pessoa”, lembra ela, que havia levado no hospital roupas limpas para ver o filho ser enterrado com dignidade, o que de nada adiantou.
EDUCAÇÃO
Senador defende estímulo à formação profissional do jovem
Estudantes aprendem um trabalho em padaria experimental
O senador João Vicente Claudino (PTB-PI) cobrou investimentos na formação educacional e profissional do trabalhador, de modo a garantir um crescimento econômico sustentável. Ele comentou artigo recente do professor de Relações do Trabalho da Universidade de São Paulo (USP) José Pastore, segundo o qual 45% dos desempregados têm entre 15 e 24 anos. Claudino admitiu, entretanto, que a adequação do ensino ao mercado de trabalho pode levar anos para apresentar resultados e sugeriu, como medida rápida e viável para diminuir o desemprego de jovens, a redução dos encargos trabalhistas para contratação de pessoas sem experiência profissional.
“Segundo Pastore, basta que se reduzam os encargos de contratação de jovens, iguais aos despendidos para contratar um profissional experiente, de 102,43% sobre o valor do salário. A redução para cerca de 60% serviria para quebrar o círculo vicioso entre a falta de contratação e a falta de experiência”, comentou o senador. O parlamentar também destacou em seu discurso a relação entre nível de escolaridade, empregabilidade e remuneração. Ele citou estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que revelou aumento do desemprego nas atividades menos qualificadas — e indiretamente, também nas que têm remuneração mais baixa.
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Partidário do governo iemenita joga pedra contra manifestantes opositores, durante protestos em Sanaa, capital do Iêmen
Obama tinha relatório sobre revoltas Diretiva de Estudo Presidencial identificou, em agosto, focos de futuros tumultos em países como Egito e Iêmen O presidente norte-americano, Barack Obama, ordenou aos seus conselheiros que produzissem um relatório secreto sobre a agitação no mundo árabe em agosto passado, o qual conclui que, sem grandes mudanças políticas, países do Bahrein ao Iêmen passariam por revoltas populares. De acordo com oficiais do governo, a ordem de Obama, conhecida como Diretiva de Estudo Presidencial, identificou focos prováveis de tumulto, principalmente o Egito, e solicitou propostas de como o governo poderia pressionar por mudança política em países com governos autocráticos, que também são valiosos aliados
dos Estados Unidos. O relatório confidencial de 18 páginas, segundo oficiais, lida com um problema que tem atormentado a abordagem da Casa Branca em relação ao Egito e outros países nos últimos dias: como equilibrar interesses estratégicos dos Estados Unidos e o desejo de evitar maior instabilidade com as reivindicações democráticas dos manifestantes. Os oficiais do governo não disseram como o relatório se relaciona com análise de informações de inteligência do Oriente Médio, que o diretor da Agência Central de Inteligência, Leon E. Panetta, reconheceu em depoimento ao Congresso que preci-
sar identificar melhor os “gati- sidente”, disse um oficial de allhos” de revoltas em países co- to escalão que ajudou a redigir mo o Egito. o relatório e falou sob Segundo os oficiais condição de anoniainda, o apoio de mato. “Havia muitas Obama às multidões incógnitas criadas por Presidente na praça Tahrir, no causa da sucessão no acreditava Cairo, mesmo que seEgito – e o fato de o que líderes guido de alguns sinais país ser a âncora da árabes teriam região”. mistos de seu governo, refletia a sua crenNa época, segunde recorrer a ça de que havia um do os oficiais, o então métodos cada presidente Hosni Murisco maior de não vez mais pressionar por mubarak parecia estar danças, porque os lípreparando seu filho brutais deres árabes teriam de Gamal para sucedê-lo. recorrer a métodos caAlém disso, esperavada vez mais brutais se que as eleições parlapara manter a dissimentares marcadas para novemdência. “Não há dúvida de que bro fossem uma farsa. A polícia o Egito estava na cabeça do pre- egípcia havia prendido bloguei-
ros e Mohamed ElBaradei, o exchefe da Agência Internacional de Energia Atômica, voltou para casa para liderar um movimento de oposição nascente. Também no Iêmen, os oficiais disseram que Obama temia que o intenso foco do governo nas operações antiterroristas contra a Al-Qaeda estava ignorando a crise política, com jovens irritados se rebelavam contra o presidente Ali Abdullah Saleh, um líder autocrático como Mubarak. “Seja o Iêmen ou outros países da região, nós vimos um conjunto de tendências”, disse um outro oficial sobre a população jovem inquieta, sistemas de ensino puídos, economias
estagnadas e novas tecnologias de redes sociais, como Facebook e Twitter – que era uma receita “para problema real”, disse um outro oficial. O governo teria mantido o projeto em segredo, pois temia que, se a informação vazasse, os aliados árabes pressionariam a Casa Branca, algo que aconteceu nos dias seguintes aos primeiros protestos no Cairo. Embora o relatório esteja orientando a resposta do governo diante dos tumultos no mundo árabe, ele ainda não foi formalmente apresentado – e dado o ritmo dos acontecimentos na região, segundo um oficial, esse ainda é um trabalho em andamento.
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POLÍCIA COMUNITÁRIA
Projeto ainda precisa de avanços em AL Base no Osman Loureiro está longe de repetir o exemplo de sucesso do Selma Bandeira; comunidade desconhece trabalho Yvette Moura
Sumaia Villela
No momento da chegada, na manhã da última terça-feira, Repórter havia apenas um policial miliPróximo de fazer um ano tar no velho PM Box que hoje de inaugurada, a base da polí- faz as vezes de base comunitácia comunitária do conjunto ria, de maneira improvisada, Osman Loureiro, no Clima na área verde que também abriBom, não vem repetindo o su- ga o terminal de ônibus do concesso da sua antecessora: a base junto. O soldado Edilson Alciodo Selma Bandeira, destaque ne da Silva aguardava a volta na pesquisa encomendada pelo de dois colegas que haviam Ministério da Justiça à Funda- atendido uma ocorrência nas ção Getúlio Vargas do Rio de Ja- redondezas. Deveriam existir neiro por ser o projeto do Terquatro pessoas de ritório da Paz que mais proplantão na base, mas porcionou sensação o motorista da viade segurança à poputura, segundo ele, lação. está licenciado por Segunda implanBase do causa de uma opetação da polícia paciSelma ração no joelho e, ficadora em Alagoas, a base da polícia coBandeira foi apesar do pedido de substituição, ninmunitária no Osman destaque guém foi designado Loureiro sofre, atualem pesquisa para tomar seu lumente, com o descongar. “Falta efetivo”, tentamento de polida FGV lamentou Edilson. ciais e da população, Essa era a menor além de deficiências das preocupações estruturais, ligadas ao do soldado e de seus comatraso da construção panheiros, que chegaram da sede, que deveria ser entregue em novembro do pouco tempo depois na sede do Osman Loureiro. Desmoano passado. No dia em que a reporta- tivados, Edilson e o sargento gem de O JORNAL esteve no Adeildo José da Silva contaconjunto, o objetivo era reali- ram que estão há apenas alzar um balanço da polícia co- guns meses de serviço no lomunitária em Alagoas, com cal, além do terceiro policial. seus resultados e desafios para Os homens originais, que deo futuro. No entanto, a situação veriam permanecer na base, da base do Osman chamou a estavam de licença ou haviam atenção por suas condições pre- sido realocados. E mais: necárias de funcionamento, rela- nhum deles tinha sido voluntadas pelos próprios integran- tário, mas designados para assumir a função. tes do local.
Base do trabalho é a proximidade com a comunidade
Falta de vínculo com a comunidade dificulta trabalho “Dos 16 policiais que deveriam dar plantão aqui, apenas seis continuam os mesmos desde a inauguração. Isso prejudica o trabalho da polícia comunitária, porque é preciso que a comunidade confie na gente. E como vão fazer isso se cada vez é uma pessoa nova? O elo precisa ser refeito cada vez que sai alguém”,
reclamou Edilson, falando de uma das principais condições para que a policiamento comunitário funcione: a relação de confiança construída através do tempo de convivência entre as partes. O soldado, assim como o sargento Adeildo, trabalha nas “ruas”, como eles chamam o policia-
mento ostensivo, tradicional, repressor da violência. Eles passaram por uma capacitação – “rápida”, segundo o sargento - para o trabalho com o novo método, preventivo, mas sequer gostam do que fazem. “Nós já pedimos para sair em dezembro, e continuamos aqui”, relatou. O voluntarismo é um dos
pontos fundamentais para a escolha do policial que passará a trabalhar na base comunitária, por causa da receptividade em encarar um método diferente do aprendido quando entrou na corporação. (S.V.) Continua nas páginas A10 e A11
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Yvette Moura
População do Osman desconhece projeto A divergência da teoria de construção da polícia comunitária no conjunto é acentuada pela falta de estrutura física e o desconhecimento da população da área sobre o projeto. A obra da nova base foi iniciada em agosto de 2010, e custou aos cofres públicos exatos R$ 148.093,87, custeada pelo Governo Federal, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça. Ainauguração, programada para novembro, não ocorreu, e hoje o prédio – que fica há poucos metros do antigo - está abandonado, sem ao menos um vigilante para garantir a segurança da do patrimônio público. “Há uns 30 dias, um homem que parecia drogado quebrou o vidro e entrou para roubar, mas
Rosevaldo nunca recebeu visita dos policiais em casa
não tinha nada dentro”, contaram os policiais, que o prenderam e o encaminharam para a Central de Polícia. Eles reclamam da falta de segurança da obra, que seria de responsabilidade da empresa, Cotenge Engenharia Ltda., nome fantasia da Cotrim Engenharia Ltda. “Colocaram um vigia que disse que não viria mais por falta de pagamento”, denunciaram. Para Edilson, a base ajudou a diminuir a criminalidade no local, mas é necessária a estruturação da polícia comunitária na região, para que o atendimento à população do conjunto não se torne precária. “O trabalho é interessante, produz resultados. O que falta é o Estado abraçar esse projeto e tratá-lo com mais seriedade”, opina o soldado. (S.V.)
Para comunidade, sistema não funciona Os moradores da área atendida gostam da idéia do policiamento próximo da comunidade, mas reclamam: na prática, o sistema não tem funcionado. O estivador aposentado Rosevaldo Cesário Silva, de 73 anos, mora há 20 anos no Osman Loureiro. Ao ouvir a pergunta se a polícia já havia visitado sua casa alguma vez, encarou o questionamento como uma insinuação de que já havia cometido algo ilegal e, nervoso, retrucou: “claro que não, como assim?”. Depois da explicação de como deveria funcionar a polícia comunitária, que precisa ir de casa em casa conhecendo seus ocupantes e suas necessidades, o aposentado revelou que nunca soube que a base funcionava ali. Para ele, a estrutura ainda funcionava com sua designação original: um PM Box. “Não mudou nada”, ressaltou. Rosevaldo reclama que os roubos na região são numerosos, mas
acredita que com a nova base a situação deve melhorar. A entrevista foi feita em frente ao bar de sua velha conhecida, dona de um bar na Colina 2, que não quis dar seu nome. Moradora há 11 anos da parte mais pobre da região atendida pela base comunitária, a mulher já conhecia o que ela chama de “polícia pacificadora”, mas não pessoalmente: “eu ouvi pela televisão”, disse sobre a unidade que fica há três quarteirões de sua casa. Segundo ela, vizinhos já precisaram dos serviços da base, que aliás foi negado, com a justificativa de que a área não seria de cobertura pela polícia comunitária. “Aqui só passam as viaturas, como sempre. Nunca recebi nenhum policial na minha porta”, denunciou. No mapa colado em uma das paredes do antigo PM Box, a comprovação de que sua residência estava, de fato, no raio de 2km² estipulado. (S.V.)
“Não há necessidade para que efetivo seja maior” O então comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel José Luiz Gonzaga de Medeiros, reconheceu que a “situação é dinâmica”, em relação à mudança dos policiais da base do Osman Loureiro, mas nega que há necessidade de um efetivo maior. De acordo com Gonzaga, as saídas de policiais do projeto ocorreram por diversos motivos, entre eles, uma licença médica por tempo indeterminado por causa de um quadro de diabetes e a transferência de um dos homens para a Procuradoria Geral do Estado (PGE). “Eles vão para onde acreditam ser
melhor trabalhar”, explicou o nel Claudevan Albuquerque. comandante. “Outros ainda não De acordo com a PM, se adaptaram e pediram para a mudança não está sair”, contou. relacionada aos proO próprio comanblemas existentes na dante foi um dos que base comunitária, que deixaram a base. Sejá estão sendo provigundo a edição do Capacitação denciados. Diário Oficial do EstaEnquanto responé feita do, da última quintadia pelo 4º BPM, o tecom feira, o tenente-coronente-coronel José Lunel José Luiz Gonzaga iz Gonzaga, explicou todo o de Medeiros deixou o que, para driblar a efetivo comando do 4º BPM falta de pessoas capapara assumir o Centro citadas para trabalhar Integrado de Operana base de polícia coções da Defesa Social munitária, os cursos (Ciods). No lugar dele, estão sendo direcionados a assumiu o tenete-corotodo o efetivo, não apenas aos
voluntários, embora essa condição permaneça como um dos pontos fundamentais. Ele anunciou que a base do Osman está sendo repensada como um todo, mas não deu detalhes das mudanças que devem ocorrer. Ele contestou ainda a afirmação de que o oficialato da corporação não estava recebendo muito bem a mudança provocada pela polícia comunitária. “Toda a PM está imbuída nisso. Eu particularmente acredito no projeto, e se isso está realmente acontecendo, acredito que é de forma isolada, e aviso que eles estão redondamente enganados”, defendeu. (S.V.)
Fim da obra não tem data prevista O atraso na construção da base de polícia comunitária foi explicado pelo gerente do Núcleo de Polícia Comunitária da PM, instância subordinada ao Centro de Gerenciamento de Crises do órgão. O major Fernando Pacheco alegou que “diversos motivos” levaram ao atraso das obras, não só da base do Osman Loureiro, mas as do conjunto Selma Bandeira, do Jacintinho e do Vergel – as duas últimas ainda sem implantação do projeto. “Uma delas foi a demora na construção da estrutura primária, mas eu não posso falar de um caso específico”, justificou. Assim, foi pedido a aditamento do contrato, termo jurídico que significa a suplementação do documento, embora Pacheco não tenha explicado se foram adicionados serviços ou
o aumento do valor acertado. Na última quinta-feira, o gerente anunciou que o registro das obras seria assinado pela construtora, para retomada das obras. O encontro ocorreu após a divulgação, no O JORNAL, das más condições da base do Osman Loureiro, publicada com base na pesquisa prévia da reportagem na edição do dia 16. Não há previsão para o término das construções. Os móveis, veículos e demais equipamentos necessários para o funcionamento das bases, segundo o major, já foram licitados, mas os processos estão parados por causa do atraso na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) do Estado, emperrada desde dezembro na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). “Estamos de mãos atadas até que o orçamento de
2011 seja aprovado”, lamentou Pacheco. Para comprovar a redução dos índices de criminalidade do conjunto Osman Loureiro, a reportagem solicitou na última quarta-feira à PM o registro de ocorrências do local, desde antes da instalação da base de polícia comunitária até hoje, informação que antes era disponibilizada no site da Secretaria de Estado da Defesa Social (SEDS), atualmente retirada do ar. Do Núcleo de Polícia Comunitária, o comandante do 4º BPM, tenente-coronel Gonzaga, repassou a tarefa à assessoria de comunicação da corporação. Até o fechamento desta edição o pedido não havia sido atendido, apesar do esforço do chefe da assessoria, que não conseguiu resposta dos setores competentes. (S.V.)
Humanidade tem bons resultados Responsável por dar à polícia um aspecto mais humano e despontando como uma das principais apostas do Governo Federal para diminuir a criminalidade em regiões até então desprovidas do controle do Estado, o policiamento comunitário já vem sendo aplicado com sucesso em diversos países e estados brasileiros. Segundo apresentação de Silvio Benedito Alves, Tenente Coronel da Polícia Militar de
Goiás, responsável pela implementação da Polícia Comunitária em Goiás de 2004 a 2006, a maioria dos projetos implantados no mundo surgiu nos anos 90, em geral por causa do descrédito da corporação e os crescentes casos de violência e corrupção de policiais. O principal ganho nesses países foi a mudança de comportamento da polícia e a educação do efetivo: eles passaram a trabalhar mais perto da po-
pulação, voltaram a partilhar do dia-a-dia da comunidade a pé, em bicicletas e outros veículos que os deixassem integrados ao povo de uma área determinada. Afigura do homem armado que circulava em uma viatura temida por crianças e adultos precisou ser desconstruída para que a confiança voltasse a surgir, e a sociedade civil passou a participar das decisões e da conservação de um ambiente saudável e seguro. (S.V.)
Bom exemplo “made in” Japão O exemplo escolhido pelo Brasil para iniciar a implantação da chamada polícia pacificadora foi o Japão, com o método conhecido como Koban. De acordo com a apresentação de Silvio, a experiência mais antiga na área é a do país oriental, que trabalha com o conceito desde o século XIX (exatamente desde 1879).
Em solo brasileiro, Alagoas tem uma das experiências mais recentes: a primeira base de polícia comunitária foi implantada em agosto de 2009, no conjunto Selma Bandeira, Benedito Bentes, um dos pontos mais críticos da cidade. Na época, a região contava um crime a cada semana, aproximadamente. Para se ter uma no-
ção do quanto a implantação da polícia pacificadora no estado é nova, basta ver a data de criação do projeto em São Paulo e Belo Horizonte: entre 1998 e 2000 – algumas cidades, como o Rio de Janeiro, com sua base em Copacabana, e Guaiçu, no Espírito Santo, tiveram iniciativas isoladas por volta de 1990. (S.V.)
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Números positivos no Benedito Bentes A experiência da base pioneira, no Benedito Bentes, foi bastante positiva. Diversas reportagens foram feitas retratando a diminuição das taxas de criminalidade e a mudança de visão da comunidade em relação à polícia – de temida parceira. Durante um ano, ocorreram apenas dois homicídios no local. No entanto, esse não é considerado o único ganho provocado pelo policiamento comunitário, como conta os tenentes Thiago Almeida e Dayana Queiroz, integrantes do Núcleo de Polícia Comunitária da PM. Segundo Dayana, foi observada, também, uma melhoria significativa da qualidade de vida dos moradores do Selma Bandeira, com a retomada do território que antes era dominado pelo tráfico de drogas. “A Unidade de Saúde da Família do conjunto, por exemplo, não funcionava, estava em uma área de risco. Também não havia linha de ônibus que passasse lá, por causa dos assaltos recorrentes. Foi preciso colocar um veículo de integração para o terminal do Benedito Bentes, porque não era pago, então não havia o que roubar. E hoje já temos tudo isso, as escolas funcionam normalmente, graças à segurança restabelecida pela base”, conta a tenente. Para Thiago, os problemas sociais que provocam bloqueios de via e índices altos de criminalidade, que antes acabavam “caindo nas costas da polícia”, como mencionou Dayana, podem ser resolvidos com a mediação da PM nesses locais. Os policiais comunitários precisam fazer reuniões periódicas e ficar por dentro das reclamações da população, e devem entrar em contato com os órgãos competentes, para que resolvam a situação. “Antes de a bomba estourar, a polícia já constata o motivo e trabalha para sustar a demanda”, explica. (S.V.)
Concurso: vital para mais unidades As bases de polícia comu- está ligada à mudança interna nitária do Vergel e do Jacintinho que está em curso: antes, era são as novidades mais concre- uma secretaria executiva a restas do projeto de Alagoas, mas ponsável pelo programa, e não são as únicas. Nos próxi- agora a instância passará a ser mos quatro anos, a proposta subordinada à Senasp. feita pela Secretaria Nacional Levando em conde Segurança Pública (Seta a quantidade panasp) - órgão ligado drão das bases – de ao Ministério da Jus10 a 20 policiais – o tiça - ao Estado é a efetivo que deve ser construção de mais 43 Transferência deslocado durante os dessas unidades em próximos quatro de efetivo solo alagoano; seis em anos para a polícia das ruas Arapiraca, duas em comunitária deverá para a Palmeira dos Índios, atingir o total de uma em Marechal comunidade cerca de 650 homens Deodoro e o restante mulheres (multiplivai desfalcar ecando em Maceió. 15 trabalhadopoliciamento res pelo número de Segundo o major Fernando Pacheco, já unidades pretendihouve sinalização podas). A transferência sitiva do Estado para dessas pessoas da rua para aplicação das bases a comunidade deve provocar em Alagoas, mas ainda não um impacto no policiamento houve retorno do Ministério. ostensivo, já desfalcado, segunSegundo a assessoria de comu- do perspectiva divulgada annicação do órgão federal, a de- teriormente por entidades de mora em responder algumas base, como a Central Única dos demandas ligadas ao Pronasci Trabalhadores (CUT). Isso por-
que aqueles que foram designados para a polícia pacificadora não poderão ser deslocados para completar o quadro da ostensiva. Questionado sobre a necessidade da realização de concurso público para o aumento do efetivo de policiais militares, Pacheco respondeu que primeiro é preciso realizar um estudo para identificar a necessidade real da PM. “Mas como já vemos que existe uma carência, acredito que sim, precisaremos de concurso. No entanto, quem pode afirmar isso com certeza é o comando geral da PM, não eu”, justificou. Segundo ele, já estão sendo capacitados os policiais que deverão atuar no Jacintinho e no Vergel. Aárea exata de atuação da polícia comunitária nos dois bairros ainda está sendo definida, de acordo com a tenente Dayana, mas já existe a indicação de que no Jacintinho a base será construída na praça Xisto Gomes Maranhão. (S.V.)
Dayana, da polícia comunitária no Selma Bandeira: melhoria significativa
Necessidades no Osman são diferentes Em relação ao Osman Loureiro, os tenentes explicam que há diferenças nas demandas. A primeira delas, segundo Dayana, é a natureza dos crimes cometidos na área, em sua maioria roubos e furtos, ao contrário do Selma Bandeira, onde o tráfico e os homicídios eram as principais preocupações. “A condição de vida também é diferente. No Selma Bandeira, a população é carente em sua essência [o conjunto habitacional nasceu pelas mãos do Estado, para abrigar moradores de favelas e grotas], enquanto no Osman os moradores são classe média,
em geral. Apenas na região do Rosane Collor encontramos um pessoal mais pobre”, conta a tenente. A base de polícia comunitária do conjunto do Clima Bom foi inaugurada no dia 7 de abril de 2010, com direito a solenidade de lançamento oficial. Os 17 policiais da base (16 mais um comandante), provenientes do 4º BPM, fizeram estágio no Selma Bandeira durante duas semanas. Além das bases de Maceió, União dos Palmares recebeu o projeto a pedido do comandante do 2º BPM, embora não esteja na relação beneficiada pelo Pronasci. (S.V.)
Thiago explica que os problemas sociais no Selma Bandeira são resolvidos com a mediação da polícia
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Festejos de Momo já ganharam as ruas As vitrines já estão cheias de fantasias e os salões lotados de clientes que querem mudar o visual para curtir a folia Valdete Calheiros Repórter
Os produtos carnavalescos já estão à venda nas lojas do comércio e dos principais shoppings da capital. Vitrines e manequins já expõem as tendências para a festa de Momo deste ano. Serpentinas, confetes, buzinas, roupas, plumas e paetês coloridos enchem os olhos dos foliões consumidores, que se preparam para entrar no ritmo da folia que já começou nas prévias carnavalescas. Na próxima quintafeira, 24, a partir das 20 horas, o Baile Municipal de Maceió, no espaço de eventos Vox Room, abre, oficialmente, a folia na capi-
tal alagoana. O tema deste ano é “Seja noite, ou seja dia, vista sua fantasia e caia na folia”. As cores que predominarão no Baile serão o vermelho e o dourado, com toques de azul-royal. As secretarias de Turismo e Comunicação, que organizam a festa, prometem uma decoração com muitos adereços carnavalescos, como sombrinhas, palhaços e máscaras, além de purpurinas, plumas e paetês. As bandas Conexão Latina, Conexsamba e o Grupo Sururu e Cia irão animar o baile com músicas dos antigos carnavais e marchinhas carnavalescas.
Fotos: Marco Antônio
Máscaras para a alegria de quem não perde o humor na hora de reverenciar Momo
Folia começa no bairro de Jaraguá Na próxima sexta-feira, na sede da SMS, das 9h às 13h, 25, o Jaraguá Folia terá des- no Sesc Poço (em horário comfile dos blocos Filhinhos da ercial) e no Balcão da Prevenção Mamãe, Maracatu Baque do Maceió Shopping. Alagoano, Bloco do Prazer, Pólo do Maracatu Baque Gatos Pingados e Agora Alagoano misturará ritmos, Chore. A promessa é muita diversidade e alegria no folia para arrastar a multi- Jaraguá Folia. dão que a cada ano cresce A diversidade dos ritmos nas ruas do bairro histórico. e o som dos tambores serão Para garantir a saúde dos elementos marcantes com foliões o Programa de apresentação única no Lago DST/Aids da Secretaria Mu- dos Pombos (por trás do nicipal de Saúde já começou a Mercado do Jaraguá), mobilizar a população no próximo dia 25. para curtir a folia de Ao som dos tamMomo em Maceió sem ninguém fiBloco do bores, descuidar da prevencará parado é o que Prazer, há promete os inteção. O ponto alto da pro17 anos, grantes do grupo. gramação na CampaO Pólo do Maraleva nha do Carnaval 2011 é catu Baque Alagoano o desfile do Bloco do mensagem ocorre pelo terceiro Prazer, que há 17 anos ano consecutivo. Este de leva uma mensagem soliariedade ano, a população irá de solidariedade e preacompanhar as aprevenção aos foliões dusentações da Nega rante as prévias carda Costa, que homenageia, navalescas durante o além do grupo Poesia MuJaraguá Folia. sicada no Pandeiro, com a dupla Rogério Dias e Fagner LATA DE LEITE- A par- Dubrown, e a Escola de ticipação no Bloco do Prazer Samba Unidos do Poço. é aberta a qualquer pessoa. O público terá coco-dePara isso, basta apenas levar roda, embolada, poesia, mauma lata de leite NAN 1 ou racatu, samba, além do NESTOGENO 1 (com vali- ritmo diferente do folguedo dade mínima de 6 meses) da Nega da Costa da cidade para garantir a retirada de de Quebrangulo, composto dois kits, que contêm, cada por homens vestidos de um, uma camiseta, um porta mulheres com o corpo pinpreservativo e uma bandana. tado de carvão vegetal. Esse Os kits estão disponíveis folguedo completa101 anos. para troca até o próximo dia 24, (V.C.)
Tradição e irreverência na orla da Pajuçara No sábado, 26, será a vez do desfile do bloco Pinto da Madrugada que promete arrastar milhares de foliões pela orla de Maceió. A concentração será às 6h e a saída do bloco às 8h. Os foliões sairão do Hotel Enseada. Tem também o desfile da Turma da Rolinha e o desfile das Pecinhas de Maceió. A festa começará ao meio dia no Iate Clube Pajucara, com a banda Xatrez, Affarra, Dj Artur e o professor de dança Juninho Kebra Dance. A partir das 16 horas, o bloco desfilará ao som da banda Cannibal. O bloco “As Pecinhas de Maceió” exagerou na comem-
oração dos seus 28 anos e vai desfilar com a dança da Dilma Sucesso. Na Praça Multieventos, será realizada a primeira etapa do concurso de Bumba-meuboi. O concurso termina no domingo, 27. A prefeitura de Maceió é parceira na organização do concurso, que premia os melhores bois de carnaval nas categorias melhor vaqueiro, melhor condutor de boi e melhor bateria. O comodoro do Iate Clube Pajuçara, Moacyr Albuquerque, lembra que, no próximo dia 27, a partir das 16 horas, será realizada a prévia do Carnaval 2011 voltada para
as crianças. Intitulado “Gurizada na Folia”, o evento também terá a animação da Orquestra de Frevo Social Dance. “Teremos uma série de atividades voltadas para as crianças. E o melhor: os pais podem acompanhar tudo de perto”, destacou Albuquerque. As reservas e vendas de mesas podem ser feitas na secretaria do Iate Clube. O evento é para sócios e não sócios. Os preços variam de 80 a 120 reais. Mais informações pelos telefones 3231-8877 ou 3231-3842. Quanto às escolas de samba, o início das apresentações acontecerá no dia 5 de
março, às 20h, na Avenida Cícero Toledo. Na última sexta-feira, houve o VII Baile de Máscara dos Seresteiros da Pitanguinha e o já tradicional concurso de máscaras e fantasias. O Baile dos Seresteiros da Pitanguinha fez uma homenagem especial a Anilda Leão, escritora, atriz de teatro, cinema e televisão, cantora lírica, ativista cultural. Ela foi casada com Carlos Moliterno, um dos maiores poetas de Alagoas. No domingo, foi a vez dos baixinhos caírem na folia com a 2ª matinê dos Seresteiros da Pitanguinha. (V.C.)
As tradicionalíssimas máscaras se unem às fantasias para dar o tom da brincadeira carnavalesca: para gostos e bolsos diferentes
Fantasias para não perder a festa Quem já escolheu onde irá passar o Carnaval, deve se preocupar com a fantasia e os acessórios antes de cair na folia. No bairro da Pajuçara, uma loja se destaca por ser especializada em adereços carnavalescos. Quase não há mais peças à disposição, mas quem se apressar ainda pode encontrar modelitos para arrasar na festa mais animada do ano. As mais procuradas são as de Super Homem que custa R$ 85. Para o personagem não ficar sem sua cara metade, a fantasia de Mulher Maravilha também está a venda e custa R$ 110. Quem prefere ficar fora da lei, pelo menos fantasiado, pode optar pelas fantasias de presidiário e presidiária. Cada uma custa R$ 75. Tem ainda a fantasia de marinheira que custa R$ 100 e a de marinheiro R$ 90. A loja não está mais aceitando encomendas para o Carnaval. A procura pelas roupas caracterizadas começou a ser intensificada em janeiro. No período que antecede a festa de Momo, o aumento na loja chega a aumentar 200%, conforme a proprietária Amanda Martins. Nas lojas de acessórios para o Carnaval, o movimento de clientes é intenso. Na Avenida
Júlio Marques Luz (antiga Avenida Jatiúca), no bairro de Jatiúca, há algumas dessas lojas. Opções e variação de preços não faltam. Um pacote de confete custa R$ 1,99. Um pacote com 20 rolinhos de serpentina pode ser levado para casa por R$ 3,90. As máscaras, acessórios indispensáveis para muitos foliões, têm preços bastante variados. Um pacote com 12 unidades pode ser adquirido por R$ 3,90. Outras mais luxuosas custam entre R$ 14,90 a R$ 21,90 a unidade. As lojas também dispõem de algumas fantasias que custam, em média, R$ 90,00. Tem fantasia para todos os tamanhos, gostos e idades. A mais barata das opções é a tradicional fantasia de havaiana que custa R$ 7,90. Quem prefere não usar fantasia nos quatro dias de Momo pode apostar nos acessórios. As mulheres têm as mais variadas opções. Tiaras custam R$ 2,50; colar havaiano R$ 3,50; presilha com flores R$ 2,50; leque R$ 6,00. Acessórios para ambos os sexos também ocupam as prateleiras coloridas das lojas. Uma buzina custa R$ 2,50; uma latinha de espuma é R$ 2,99; a tinta para cabelo sai por R$ 4,90
e uma sobrinha custa R$ 9,90. A loja normalmente já comercializa artigos carnavalescos durante o ano todo. Uma das funcionárias do estabelecimento, Maria Gilvânia Oliveira, afirmou que às vésperas do Carnaval a loja chega a ter mais de três mil itens próprios para a data. Espuma, confete, serpentina, buzina, máscara, tinta para cabelo e pluma são alguns dos itens que não podem faltar no ritual de beleza do Carnaval. Em uma outra loja também da Avenida Júlio Marques Luz, além dessas opções, os foliões podem achar fantasias de marinheiro, Branca de Neve sexy, colombina, Fred, Pedrita, Marilon Monroe e outras vedetes dos anos 60. Para as crianças, as opções são muitas. Os meninos podem escolher entre os personagens de Ben 10 ou Toy Story. A roupa não sai por menos de R$ 150. As meninas podem escolher a fantasia da Stephanie ou as tradicionais fantasias de princesas. As mais baratas custam R$ 28. As mais caras saem por R$ 220. A gerente Andréia Firmino afirmou que os clientes da loja têm à disposição mais de quatro mil produtos para escolher. (V.C.)
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Nide Lins
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Criação de Fernando:Juliana ganhou arranjo de cabelo com penas de pavão e maquiagem leve
Criação de Jeane Valéria: Aposta nas tranças que podem ser feitas com o próprio cabelo preso a fitilhos e fitinhas coloridas
Maquiagem: glamour indispensável das prévias carnavalescas Nide Lins
Os bailes carnavalescos e blocos de rua em Maceió estão resgatando o glamour das festas de Momo. Para ir aos bailes da Seresta da Pitanguinha, Municipal, Preto e Branco, ou então desfilar nos blocos de ruas, boa parte dos foliões apostam na produção, como escolher a fantasia e a máscara. Mas a maquiagem cada vez mais ganha espaço nos salões de beleza, afinal, Carnaval que se preze tem que ter alegria e criatividade. Para o profissional Luiz Fernando, conhecido como Fernando Cabeleireiro, a maquiagem complementa a fantasia. “Carnaval tem sensualidade e a maquiagem deve deixar a mulher mais bonita. Até mesmo quem prefere não usar fantasia, a maquiagem já faz toda uma diferença”, diz Fernando.
Com 23 anos de profissão, Fernando guarda na memória o tempo áureo dos bailes de carnavais no Rio de Janeiro, onde mulheres e homens desfilavam elegantemente nos salões das festas de Momo nos clubes. “Nasci no Rio de Janeiro e sempre gostei de Carnaval. Desde adolescente já era fascinado com o glamour dos carnavais. Na época, o estilista Dener fazia todas as cabeças e maquiagens mais lindas do Copacabana Palace, era uma febre. Hoje, tanto o Rio de Janeiro como Maceió estão revivendo os velhos carnavais e trazendo de volta as máscaras, fantasias e maquiagens. Há quatro anos isso não existia. Atualmente, os bailes movimentam os salões, no último baile Preto e Vermelho fiz muitas maquiagens”, conta. (V.C.)
Fernando aposta numa maquiagem mas chique e com brilho para a noite
Para o dia e para a noite: tratos diferentes Para a noite, a dica do Fernando é usar sombras com brilho, mas essencial é definir bem o olho com delineador. O primeiro passo é passar base líquida de forma leve, apenas para corrigir, como esconder as olheiras. Depois da base, pode aplicar o duo de sombras e, por último, usar brilho nos tons dourado ou prata. Já no batom, aposte em tons alaranjados e vermelhos. Para o dia, a dica é uma maquiagem mais leve e nunca usar sombras líquidas porque derretem. “Prefira sombras secas. Mas nunca esqueça do protetor solar, para em seguida passe base líquida. Seja Carnaval ou em outro evento, a maquiagem deve deixar a mulher bonita e sensual”, avisa Fernando. A arquiteta Juliana Lucena, pernambucana criada no frevo, é fã do Carnaval e todo ano ela e suas amigas criavam fantasias para cada dia da folia. Agora morando em Maceió, ela vai sair no bloco Pinto da Madrugada e aproveitou para fazer uma maquiagem prévia com Fernando Cabeleireiro. Na maquiagem de Juliana, Fernando apostou em sombras de tons claros e finalizou com um tom dourado e para marcar os olhos utilizou o delineador. Para o cabelo, fez um penteado alto para dar mais
volume. “Acrescentar um arranjo no cabelo também é muito interessante, pode colocar plumas, diademas e até mesmo peruca colorida. Na cabeça de Juliana usei penas de pavão que deram mais charme”, disse. A arquiteta aprovou o resultado. “Gosto da maquiagem do Fernando porque é coerente, não tem excessos, não envelhece o rosto e complementa a beleza”, diz. A alagoana Zaida Lins não dispensa uma maquiagem em eventos, muito menos nas prévias carnavalescas. “Faço sempre com o Fernando, porque ele faz uma maquiagem natural, leve, nada de muito pó e base. Chego com o rosto cansado e a maquiagem devolve uma luz. No baile Preto e Vermelho Fernando é meu maquiador oficial. Fico linda”, conta. Para a desembargadora Nelma Padilha, os bailes municipais são um resgate da tradição da Festa de Momo. “A maquiagem é um charme. Para o Baile Preto e Vermelho, Fernando criou desde o cabelo até a fantasia. Já estamos pensando uma nova produção para o Baile Municipal”, contou a desembargadora, que é vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado. (V.C.)
Arranjos, perucas e brilhos ajudam na sedução Em outro salão na Ponta Verde, a cabeleireira Jeane Valéria Viana da Silva afirmou que a grande aposta para o visual feminino são as tranças que podem ser feitas com o próprio cabelo preso a fitilhos e fitinhas de seda coloridas. “Verde limão, rosa, laranja e cores neon devem fazer a cabeças das mulheres neste Carnaval. A ordem é usar de
tudo. Presilhas, tiaras, headband, um rabo de cavalo mais caprichado ou simplesmente deixar os cabelos com um aspecto desfiado. Um visual pode ser montado em vinte minutos”, explicou. A maquiadora Divanise Francisca Gomes Santos, funcionária do mesmo salão, disse que as mulheres devem apos-
tar nas cores rosa e laranja para os batons. No entanto, as mulheres, ensinou ela, não podem abrir mão de cuidados como filtro solar, produtos à prova d´água ou mesmo tirar a maquiagem ao final da folia. “Mas a regra principal é muito, muito brilho mesmo”, contou. A cabeleireira Valéria Albuquerque deu uma dica va-
liosa ao afirmar que os acessórios devem ser usados de maneira divertida e sem exageros. A tendência é usar algo chique que dure todo o dia de folia”, resumiu. Os homens também mudam de visual durante o Carnaval. A maioria prefere mudar a cor do cabelo de forma bastante temporária com tintas em spray. (V.C.) Larissa Fontes/Estagiária
Verde-limão, rosa, laranja e cores neon devem fazer a cabeça das mulheres neste Carnaval; a ordem é usar de tudo: de presilhas a tiaras
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Lula Castello Branco
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Ana Dayse defende novo sistema e acredita em melhoria no ensino
Ivânia: percebeu, no cursinho, que na escola não teve acesso a conteúdo
Dayana e Magdael: sonho em aprovação para universidade pública
Sistema Unificado: desvantagem em AL Mudança no acesso a universidades públicas coloca alunos alagoanos em disputa com os dos grandes centros Mônica Lima Repórter
O sonho de Dayane Pamela Oliveira, aluna do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Théo Brandão, é ingressar na universidade pública. Mas com o novo sistema unificado de ingresso no Ensino Superior, que passa a vigorar este ano na Universidade Federal de Alagoas, através das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a aluna que almeja uma vaga para o curso de Direito teme que isso não aconteça. A disputa ficou mais apertada, já que os candidatos concorrerão com estudantes dos grandes centros de ensino do Brasil, como das regiões Sul e Sudeste, onde o setor educacional é mais avançado se comparado ao de Alagoas, principalmente nas escolas públicas. O sistema unificado que substituirá o tradicional vestibular está sempre nas discussões dos alunos do Théo Brandão, que sabem muito bem a barreira que irão enfrentar para assegurar a aprovação. Dayane Pamela, con-
cluirá o ano letivo de 2010 no dia 25 deste mês. A partir de então ela deve frequentar aulas num cursinho, para ter acesso a assuntos que não foram vistos durante os três anos do Ensino Médio. A concorrência com alunos de outras regiões tem assustado os estudantes que procuram, de todas as formas, uma alternativa para garantir a sua vaga na universidade pública, uma vez que, a maioria é oriunda de famílias de classe baixa e outras de pais cuja renda não chega nem a um salário mínimo. Ivânia Dorneles, que estuda na Escola Mota Trigueiros, viu, o ano passado, o quanto está atrasada em relação aos alunos das escolas particulares de Maceió. Ao frequentar um cursinho que pertence a uma escola cujo índice de aprovação no vestibular em Alagoas é superior a 50%, percebeu que o que aprendeu durante três anos foi insuficiente. “Vi no cursinho, assuntos que nunca tinha estudado na escola. E mesmo agora que estou concluindo, continuo sem ter tido acesso”, lamentou.
“Disputa será como Davi e Golias” Mesmo assim, há quem persevere. Para o estudante Magdiel Calheiros, nada de se aventurar a procura de uma vaga no mercado de trabalho, o objetivo dele é concluir o Ensino Médio na Escola Mota Trigueiros e em seguida se matricular num cursinho. O plano de ingressar no mercado de trabalho será adiado, decisão que tomou em conjunto com a família. A missão de cursar Direito é a sua prioridade este ano e, sabe que não será fácil. “Concorrer no antigo sistema já era difícil para quem sai da escola pública. Estou certo que disputar nacionalmente será uma luta entre Davi e Golias”, disse referindo-se a passagem bíblica, onde um garoto franzino destruiu um gigante. O receio da concorrência nacional para ingresso na Universidade Federal de Alagoas, através do sistema unificado não é apenas dos alunos das escolas públicas. Nas particulares, mesmo com toda preparação e recursos que são oferecidos para capacitar o aluno, também há uma certa preocu-
pação com todo o processo. Além de desconhecimento, já que muitos alunos sequer sabem como acontecerá. Em um dos colégios onde o índice de aprovação no vestibular em Alagoas é alto, os estudantes que geralmente disputam os cursos mais concorridos se mostram preocupados com a possibilidade de disputarem as vagas com candidatos de centros mais avançados. Camila Marinho e Mariana Andion vão concorrer a uma vaga no curso de Medicina e José Otávio, em Engenharia. Os três, além de terem acesso a uma educação de qualidade no colégio, estão reforçando seus conhecimento através de aulas particulares em matérias isoladas, um privilégio para poucos. Apesar de toda preparação e da bagagem que possuem, eles se mostraram inseguros com o novo sistema. Além disso, questionam a organização do concurso e sua aplicação, já que o sistema foi duramente criticado em função de fraudes e até roubo de provas. (M.L.)
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Secretária-adjunta de Educação, Cícera Pinheiro diz que alagoanos não têm o que temer e que alunos não são coitadinhos, podem passar
“Não há comparação com os grandes centros” Mesmo consciente do ensino oferecido aos alunos, que são preparados para disputarem vagas tanto em Alagoas, como em universidades de outros estados, o diretor de uma escola particular reconhecida pelo sistema educacional de qualidade, Ernesto Stadtler, diz que essa versão para ingresso no ensino superior não é vantajoso nesse momento para Alagoas. “No Amazonas, por exemplo, ape-
nas dois candidatos do estado foram aprovados no curso de Medicina, as demais vagas foram preenchidas com pessoas de outras regiões. Acrescentando que mesmo com todos os recursos que existem para qualificar os alunos, ainda existe uma diferença entre a educação em Alagoas e de grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul”, analisou. “Não podemos comparar a educação
alagoana com a dos grandes centros. Eles estão a frente de Alagoas, em experiência e formação de professores”, completou. Apesar de discordar da aplicação da seleção unificada para este ano, o diretor informou que, a mudança deveria acontecer de forma gradativa e, se possível, em duas fases. Além da prova contar com assuntos ligados a Alagoas, como ocorre em vestibulares de out-
ros estados, onde alunos do colégio já participaram e sentiram dificuldade, porque em testes como história e literatura continha questões relativas a autores e fatos locais. Ernesto Stadtler, afirmou que está tentando, em conjunto com diretores de outras unidades de ensino da rede particular, um encontro com a reitora da Ufal, Ana Dayse, para esclarecer algumas dúvidas em relação a seleção. (M.L.)
“Rede pública não está preparada para disputa” A coordenadora Pedagógica da Escola Mota Trigueiros, Ozenilda Santos, está certa que os alunos que irão disputar as vagas da universidade pública no sistema unificado não estão preparados. E aponta algumas questões que interferem no aprendizado dos estudantes: falta de professores, desvalorização da categoria que tem salários irrisórios, irregularidade do calendário escolar e matérias essenciais que não foram colocadas à disposição dos alunos. “Há estudantes que os pais, apesar de não terem salários bons, investem da educação dos filhos e
pagam, mesmo com dificuldade, um cursinho. Mas outros terão que se conformar com o conteúdo da escola”, diz. A coordenadora aponta ainda como desvantagem, o incentivo que não existe em sala de aula, o acesso a livros específicos da série do Ensino Médio, que recentemente foram colocados à disposição. E, explica que o que houve de melhoria foi assegurado pelo governo Federal. CONFIANÇA - Apesar das circunstâncias, a secretária-adjunta de Estado da Educação, Cícera Pinheiro,
se mostra confiante com as ações que estão sendo viabilizadas para melhorar o Ensino Médio em Alagoas. “O Enem surge com a proposta de melhorar essa área, para que os alunos de escolas públicas tenham a mesma vantagem que os demais. A intenção é universalizar o ensino”, disse. De acordo com ela, todo um trabalho está sendo realizado, com finalidade de melhorar o ensino nas escolas, com modificação no conteúdo curricular e a correção das carências, a exemplo da falta de professores, que afirma ser
uma crise mundial na área de exatas, mas que em Alagoas foi suprida com a contratação de seis mil monitores. “Os alunos de Alagoas não são coitadinhos e têm condições de participar do Enem, pois estamos trabalhando nessa linha”, assegurou. No vestibular realizado pela Ufal, 1.300 alunos da rede pública foram aprovados, contra 590 em 2010. Esse crescimento, conforme destacou Cícera Pinheiro, mostra que o ensino público está mudando e , por isso não tem o que temer com o sistema unificado que será implantado. (M.L.)
Reitora defende mudança no acesso à Ufal Carolina Sanches Editora-adjunta de Cidades
A Ufal migrará definitivamente para o Sistema de Seleção Unificada com Enem para sua avaliação em fase única a partir do vestibular 2011/2012. A universidade já havia aderido ao Enem para as vagas que sobravam do PSS Geral desde 2009 e, a partir do próximo ano, o exame será a única forma de seleção, em substituição ao vestibular tradicional. A reitora Ana Dayse Rezende Dorea considera a mudança uma grande opor-
tunidade. “A Ufal tomou a decisão de migrar para o Enem em 2012 porque tínhamos um processo de avaliação seriada que era o PSS 1, 2 e 3. Sendo assim, o Conselho Universitário, que é quem define a política da Universidade, deliberou que não ofereceríamos mais PSS 1, em 2011 não teve o PSS 2, e em 2012, todas as vagas serão preenchidas com o Enem”, explicou. A reitora informou que já foi criada uma comissão para avaliar o processo e que a experiência que tem sido observada em outras universidades que adotaram o novo sistema
de avaliação tem sido positiva. “As universidades não estão tendo problemas e tenho convicção, assim como os colegas, que a mudança não é motivo de medo”, afirma. Sobre como o estudante vai se preparar nas escolas, a reitora ressaltou que a mudança só vai melhorar isso. “É um exame que não só socializa, mas provoca uma formação do Ensino Médio de forma diferente da que estava sendo utilizada. Antes, era focado muito nas provas do vestibular. O Enem é importante não só para o vestibular, mas para a formação como cidadão”, disse.
Com a prova unificada, o estudante pode fazer em qualquer cidade e escolher onde quer se candidatar para uma vaga. “Se, por um lado, vagas da Ufal poderão ser ocupadas por candidatos de fora do Alagoas - e sempre aconteceu isso independente da forma de avaliação - para os estudantes alagoanos se apresenta a possibilidade de ocupar qualquer uma das vagas que são ofertadas pelo exame em todo o Brasil. Não podemos subestimar nossos estudantes porque muitos já tentam vagas fora do Estado”, completou Ana Dayse.
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Requalificação vai deixar comércio mais atrativo para os consumidores
Centro pode virar condomínio fechado Para conquistar o consumidor, empresários vão investir até R$60 milhões na infraestrutura do Calçadão Gabriela Lapa
de Limpeza Urbana (SLUM)”, explicou João Correia. A ideia de ter um comérLazer, segurança e ruas cio limpo e seguro é motivo livres de camelôs é o que pro- de festa entre os lojistas, prinmete o projeto de requalifica- cipalmente os mais antigos, ção do Centro que deve ser que esperavam uma mudanimplantado ainda neste ano, ça como essa desde a reforma em Maceió. Com medo da do calçadão. “Nós precisamos concorrência dos shoppings, cuidar do que é nosso. Para a Aliança Comercial planeja muita gente pode parecer utotransformar o calçadão do co- pia, mas quando o projeto comércio em um grande condo- meçar a funcionar vai ser fanmínio mantido por empresas tástico”, avalia Heraldo Lins, terceirizadas: uma maneira de proprietário de uma loja de dar mais conforto aos lojistas artigos infantis na Avenida e, principalmente, atrair o con- Moreira Lima. Aos 72 anos, ele conta 56 de trabalho no sumidor. A mudança não envolve Centro, e se orgulha de ser o transformação física, como comerciante mais antigo da ciaconteceu há cinco anos, quan- dade. “Comecei vendendo sapatos. Hoje tenho do foi criado o calçadão. De duas lojas de artiacordo com o presidente da gos infantis para Aliança, João Correia, bebês”, lembra, sao objetivo do projetisfeito. to é garantir a maPara Heraldo nutenção constante Lins, uma das vando Centro, evitantagens da requalido problemas como “Não ficação vai ser o reo acúmulo de lixo e adianta ter forço da segurana depredação do um espaço ça, pois o medo de patrimônio público. assaltos acaba “Não adianta ter ese não cuidar afastando os clienpaço e não cuidar dele” tes do comércio. dele. Hoje, as calçaAlém dos policiais das estão sujas. Se que já atuam na revocê anda no cogião, os lojistas mércio perto da hotambém poderão conra do almoço, paretar com uma empresa de vice que não há colegilância, no horário noturno, ta de lixo há pelo menos dois dias, de tanta coisa e um sistema de monitorajogada no chão”, disse Correia. mento eletrônico em pontos Como condomínio, a ad- estratégicos. Segundo João ministração do Centro fica a Correia, as câmeras já faziam cargo de um conselho gestor parte de um projeto antigo formado por representantes de segurança, desenvolvido dos setores público e privado. com a Polícia Militar, e deAo todo, 25 empresários divi- vem começar a operar em didos em grupos menores vão março. Para Diva Cabús, coordenar a manutenção da dona de uma loja de varielimpeza, iluminação e segu- dades, a notícia é sinônimo rança, que será feita por mão de boas expectativas. “Muita de obra terceirizada. “Esses gente deixa de vir ao Centro coordenadores farão uma por causa dessa falta de estruprestação de contas mensal à tura, não só relacionada aos prefeitura, trocando informa- assaltos, mas também aos ções sobre as falhas e os acer- moradores de rua. É fácil entos que podem ser reparados contrar famílias inteiras dorfuturamente. Dessa forma, se mindo nas calçadas, inclusio sistema de coleta seletiva, ve aqui perto da loja; elas inpor exemplo, não estiver dan- comodam, assustam os cliendo certo, vamos estudar como tes. Com a intervenção da poele pode ser melhorado junto lícia, isso deve melhorar”, à Superintendência Municipal disse a comerciante.
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Modelo foi importado de São Paulo
Para João Correia, sem estrutura, concorrência com os grandes shoppings pode deixar o comércio isolado
Falta de atrativos afasta os consumidores A segurança não é a única aposta da Aliança Comercial para trazer os clientes de volta ao Centro. Segundo João Correia, todo o projeto de requalificação foi pensado como uma estratégia de conquista do consumidor. Do jeito como está hoje, mesmo desconsiderando os aspectos negativos, o calçadão oferece pouco ou quase nenhum atrativo para quem pode escolher entre o comércio e os shoppings espalhados pela capital. “Ele está ficando isolado”, disse João Correia. Para o presidente da Aliança, a concorrência tem ficado cada vez mais desleal. “Enquanto, no shopping, você pode estacionar o seu carro sem problemas, no Centro nós temos uma deficiência muito séria nesse aspecto. Ademanda de veículos é muito maior do que o número de es-
tacionamentos disponíveis – incluindo os privados. Além disso, o trânsito está praticamente todo concentrado na Rua do Comércio, por onde passam ônibus e carros de passeio. Na hora de ir às compras, o cliente pensa duas vezes antes de escolher enfrentar um congestionamento para ter onde estacionar”, disse Correia. Outro problema é a política de funcionamento das lojas. Para João Correia, a liberdade de horário, que sempre foi uma vantagem do lojista do Centro, tem se voltado contra ele, principalmente em datas extraordinárias, como os feriados. “Às vezes o consumidor vem do interior para a capital, em uma data assim, e encontra todas as lojas funcionando em horário diferenciado, menos a que ele buscava. Ou ela fechou mais
cedo, ou nem abriu. Os comerciantes precisam entender que, em vários estados, o Centro já abre as portas todos os dias. Se fizéssemos isso, juntos, conseguiríamos fortalecer nossas ações”, explicou. Para solucionar a questão do trânsito, a Aliança considera estimular o setor privado a construir edifícios-garagem nos arredores do Centro. Além disso, como parte da requalificação, um terminal integrado de ônibus deve ser instalado próximo ao Mercado para desafogar o fluxo de veículos na Rua do Comércio, que será totalmente bloqueada. Segundo João Correia, ela e a Rua Boa Vista serão as últimas interditadas para compor o trecho final do calçadão. Ao todo, as obras com infra-estrutura na região vão somar quase R$60 milhões. (G.L.)
O projeto de requalificação levou seis meses para ser esqueletado, mas deve levar mais dois ou três para ganhar forma definitiva. A idéia partiu de um modelo implantado pela Organização Não-Governamental (ONG) Viva o Centro, no estado de São Paulo, onde o mesmo sistema de colaboração público-privado ajudou a recuperar trechos do comércio. “Deu tão certo que foi importado por outros bairros”, conta João Correia. Paraíba e Rio de Janeiro também serviram de inspiração. No Rio, a prefeitura municipal recolhe um imposto de 4,5%, que é aplicado por um grupo de empresas na manutenção do Centro. Já na Paraíba, o processo foi mais simples, mas também garantiu a transformação do comércio. “Parece que você está em outro mundo”, avalia Correia. Para ele, os resultados de sucesso em outros estados são fortes indicadores de que a experiência em Alagoas pode dar certo, mas o presidente da Aliança reconhece que os obstáculos são grandes. “Estamos lidando com muitas pessoas, interesses diferentes, e isso leva tempo para ser trabalhado”. Ainda não existe uma data certa para a execução do projeto em Maceió, mas em meados de junho, um piloto já deve começar a funcionar em três ruas do Comércio. Aexpectativa da Aliança Comercial é implantar o modelo gradativamente, a partir do interesse dos lojistas, até conquistar todo o Calçadão. “A limpeza dessas ruas vai dar nova auto-estima tanto aos comerciantes como à população. Quando eles virem como a idéia é boa, vão aderir a ela”, disse João Correia. “O calçadão foi uma grande conquista, mas já está com cinco anos, passou da validade. Vamos trabalhar com tudo para fazer o condomínio funcionar, senão, com o isolamento cada vez maior do Centro, podemos ter grandes problemas”, alertou. (G.L.)
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Arapiraca
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Encenação atraiu, em 2010, mais de 50 mil pessoas em três dias
Paixão de Cristo menor em 2011 Maior evento realizado em Arapiraca sofreu corte de R$ 300 mil, devido a medidas do governo federal Carlos Alberto Jr. Repórter
ARAPIRACA - A décima sexta edição da Paixão de Cristo realizada no Morro da Massaranduba, em Arapiraca, programada para acontecer entre os dias 21 e 23 de abril próximo, vai ser diferente em 2011. Isso porque o governo federal decidiu fazer um corte, ou ajuste, de R$ 50 bilhões nas contas públicas federais este ano. A medida, decidida pela presidente Dilma Rousseff, atingiu em cheio um dos maiores eventos turísticos e religiosos do Estado. Anotícia sobre a possibilidade de não realização do evento este ano deixou os produtores apreensivos durante as duas últimas semanas. Na última quarta-feira (16), houve a confirmação, através do gabinete da deputada federal Célia Rocha, uma das mais empenhadas na realização da Paixão de Cristo nos últimos anos. O governo fez um corte de R$ 200 milhões destinados para apoio e patrocínio de eventos culturais que atingiu vários estados, entre eles Alagoas. A verba federal destinada para a realização da Paixão de Cristo em Arapiraca era no valor de R$ 300 mil, graças a uma emenda de autoria do senador
Fernando Collor de Mello. Segundo o produtor do evento, Wagno Godez, esse valor representava cerca de 90% do total necessário para a peça ser encenada nos moldes que o público está acostumado a ver nos últimos anos. “O apoio institucional a nossa Paixão de Cristo representava quase 100% do que era arrecadado. Sabemos que nosso Estado é um dos que menos recebe verbas federais. E quando conseguimos, graças ao empenho de muita gente, dentro e fora de Alagoas, recebemos essa notícia que ainda não sabemos no que vai acarretar”, desabafou o produtor. De acordo coma deputada federal Célia Rocha, o objetivo agora é manter o evento, porém numa estrutura menor dimensão. “O que nós vamos correr atrás agora é da garantia de um apoio maior por parte dos governos estadual e municipal”, afirmou. Em seus 16 anos, a Paixão de Cristo de Arapiraca tem dois momentos. Em sua criação, no ano de 1995, era resumida a uma simples Via Sacra, que a representação do trajeto seguido por Jesus Cristo carregando a cruz que vai do Pretório até o seu Calvário. Com o passar dos anos, os res-
ponsáveis pela execução do evento verificaram a necessidade de crescimento da encenação, a ponto de ser criada a Fundação Morro santo da Massaranduba. O auge da encenação ocorreu em 2002. No ano seguinte, por motivos diversos, entre eles disputas políticas, não houve a Paixão de Cristo. A guinada, se assim pode-se dizer, ocorreu a partir de 2004, quando foi criada a Associação dos Artistas da Massaranduba (AAMA) que ficou responsável pela concepção e produção do evento. Aentidade, hoje, é presidida por Wagno Godez que ficou responsável pela profissionalização da peça, tomando como base a bem-sucedida Paixão de Crsito de Nova Jerusalém, em Pernambuco. Ano passado, por exemplo, o público foi unânime em admitir que fora a melhor edição já realizada. Durante as três noites mais de cinqüenta mil pessoas de Alagoas e também de outros Estados vizinhos, se emocionaram com a encenação. Aestrutura, humana e técnica, foi crescendo com o passar dos anos. Em 2010, por exemplo, foram seis palcos, dois cenários e 13 cenas, tudo, numa grande arena com 35 mil metros quadrados. Mais de duzentas pessoas estiveram envolvidas no es-
Encenação da vida e morte de Jesus Cristo em Arapiraca era considerada a segunda maior do Brasil
petáculo, entre produção, elenco e apoio. A grandiosidade da Paixão de Cristo da Massaranduba também possibilitou a vinda de atores consagrados nacionalmente, a exemplo dos “globais” Cristiana Oliveira e Tiago Fragoso que foram contratados ano passado. Este ano, os destaques do evento seriam Isadora Ribeiro e Oscar Magrini, ambos
conhecidos em todo o Brasil. Na última segunda-feira (14) aconteceria uma entrevista coletiva com os dois atores principais, mas, com a possibilidade de corte na verba federal, os produtores resolveram cancelar. Além do encontro com a imprensa, os atores também fariam as fotos para divulgação e as provas de roupas. No total, cerca de duzentos
atores e figurantes participavam todo ano da peça. A produção divide o elenco em três níveis. No primeiro, cerca de 15, entre alagoanos e os de fora, integram o elenco. No segundo nível, outros 30, todos locais integram a encenação. Os demais, aproximadamente 150, aparecem elenco de apoio. Continua na página 18
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Corte de verbas abalou organizadores e a população de Arapiraca Em 2010, pouco mais de do com o produtor Wagno 50 mil pessoas acompanhaGodez jornais e reram a encenação da Paixão vistas de porte nade Cristo no Morro da cional já tinham Massaranduba. O mantido contato público é formado para saber da proem sua maioria gramação para este Toda a sopor arapiraquenano. “É lamentável ses e turistas que saber que nossa ciciedade de lotam hotéis e dade está perdendo Arapiraca pousadas da cidaessa visibilidade está abalada de. A tendência, que, a cada ano, ausegundo os orgamentava ainda e preocupada nizadores do evenmais”, ponderou. com a to, é de que esse A população que situação número seja supeestava acostumada rado neste ano. a assistir o espetáA encenação há culo todos os anos alguns anos entambém passou, e ainda trou para o calenpassa, por momentos de dário de eventos apreensão. “Quando soube de Arapiraca e estava rece- que [a Paixão de Cristo] pobendo atenção da mídia local deria não acontecer, fiquei e também nacional. De acor- triste, pois gosto de assistir.
Por mais que a gente saiba o começo, meio e fim da história, jamais perdemos a vontade de asisstir, sem contar que já faz parte da nossa cultura e muitas pessoas vinham de outras cidades só para assistir a peça”, destaca o professor de Geografia, Marcos de Almeida. Para ele, o espetáculo que retrata a vida e a morte de Jesus Cristo já fazia parte dos festejos da época. “Fui assistir pela primeira vez em 2006 e não deixei mais de ir. A cada ano a gente via que tudo era melhor, a luz, o som, os artistas. Lembro que minha irmã chorou muito assistindo as cenas. Espero que este ano, mesmo sem muito dinheiro, o espetáculo continue sendo um espetáculo”, disse.
Wagno Godez, produtor do evento “Arapiraca perde vizibilidade”
Célia Rocha: “Estou na luta. o evento vai acontecer”
Dom Valério Breda: “Estamos preocupados com os cortes no espetáculo”
Espetáculo faz parte da cultura A Igreja Católica participa do evento como responsável pela programação que envolve missas e demais celebrações. Não existe apoio financeiro por parte da Diocese de Penedo que coordena as paróquias de Arapiraca. Do mesmo jeito feito pela prefeitura municipal que dá um apoio mais estrutural, de acordo com a organização da peça. “A prefeitura fornece a mão de obra para limpeza e conservação, iluminação do acesso e outros que não envolvem a parte financeira”, afirma o produtor Wagno Godez. O produtor do evento destaca que a Paixão de Cristo em Arapiraca não se trata de um simples espetáculo, pois está ligado diretamente à religiosidade do povo. Arapiraca é uma das cidades onde a Igreja Católica tem percentualmente o maior número de seguidores em todo o Estado. “Queremos transformar o morro em verdadeiro santuário. O projeto arquitetônico de revitalização do Morro da Massaranduba está concluído. Estava para ser licitado pela prefeitura. O projeto
é grandioso. Teríamos um verdadeiro teatro ao ar livre, além de outros espaços, salões, tudo aos ‘pés’ do morro”, revelou Wagno Godez. O arcerbispo de Penedo, Dom Valério Breda, mostra-se preocupado com os cortes nas verbas federais para a Paixão de Cristo. Para ele, quando se fala em cortes de orçamentos as primeiras áreas atingidas são sempre a educação, a saúde e a cultura. “O crescimento de uma nação não se limita apenas a questões de ordem política. As nações mais desenvolvidas do mundo já mudaram esse pensamento e superaram esse triste equívoco. A maioria dos nossos governantes pensa que dinheiro investido em cultura, por exemplo, não retorno, não traz benefícios”, pondera. Na visão do arcebispo, a paixão de Cristo estava crescendo a cada ano. “Um sinal ainda tímido, mas suficiente para sabermos da visão cada vez mais voltada para o lado religioso da população de Arapiraca”, frisou. Dom Valério diz que a parceria com os organizadores do evento ajudou no
crescimento do mesmo ao longo dos anos. “Nossa preocupação sempre foi a de ‘alimentar’ a cultura do povo de Arapiraca. É de iniciativas como esta que fazemos brotar um sentimento de construção e fortalecimento da identidade cultural da população”, disse. Porém, ele mostra-se certo de que os poderes públicos serão mais inteligente ao lidar com esse assunto, que nada mais é do que a valorização da cultura popular e religiosa. Se depender da deputada federal Célia Rocha esse sentimento será “alimentado”. Ela revelou que esteve reunida com a bancada alagoana na câmara e no Senado Federal esta semana e espera que novas e boas notícias cheguem nos próximos dias. “O evento está garantido, mas temos que buscar novas alternativas. Vamos procurar estatais, o empresariado que pode ajudar, na medida do possível, à viabilizar este evento tão importante para nossa cidade. Estamos na luta. De uma forma ou de outra ele vai acontecer”, concluiu.
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Projeto de adutora em ritmo acelerado Início da construção está sendo discutido pelo governo estadual; ideia é ter praticidade na execução Da Editoria de Municípios
hoje apresentam um sistema de saneamento básico deficiente. Aconclusão do Edital e a neO projeto de construção de uma nova adutora no Agreste cessidade de um fundo garantialagoano, através da Parceria dor como instrumento de seguPúblico-Privada (PPP) entre o rança para a Procuradoria Geral governo estadual e a Companhia do Estado (PGE) foram os assuntos mais discutidos de Saneamento de Alagoas na reunião. “Aexistência (Casal), está em ritmo de um instrumento de acelerado de conclusão. garantia para que possaO secretário do PlaneArapiraca mos finalizar esse projamento e do Desenvolcesso não é um pré-reqvimento Econômico, será Luiz Otavio Gomes, resuma das uisito, mas seria aconselhável”, destacou o presaltou a importância da celeridade do processo principais sidente da Casal, Jessé para a região do Agreste beneficiadas Motta. Também foi debatialagoano. com novo da a questão da existên“Precisamos de praprojeto cia de uma Unidade de ticidade. Temos que diagPPP no Estado. Segundo nosticar os últimos entrao diretor-presidente da ves para a concretização Companhia de Empreendide um projeto que vai contribuir para o desenvolvi- mentos, Intermediação e Parmento de Alagoas”, disse. Aadu- cerias de Alagoas (Cepal), Moisés tora vai reforçar o abastecimen- Aguiar, as funções de uma to de água nos municípios da re- Unidade de PPP em Alagoas são gião Agreste – principalmente desempenhadas, por lei, pela na metrópole, Arapiraca – que Cepal.
Reunião aconteceu com representantes do Estado e dos municípios
NO LITORAL NORTE
Operação busca conter ocupações irregulares O diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas (DER), Marcos Vital, reúne-se amanhã, às 9 horas, com representantes da prefeitura de Maragogi, do trade turístico da região, do Instituto de Meio Ambiente (IMA), Polícia Militar (PM/AL) e Ministério
Público Estadual (MPE). Durante o encontro, será definida uma operação conjunta de contenção das ocupações irregulares na faixa de domínio da rodovia AL-101 Norte. Entre as ações previstas pelo DER, estão a limpeza da vegetação e a retirada de sucatas de automóveis abando-
nadas às margens da rodovia. Também serão discutidas providências quanto aos imóveis residenciais e comerciais que foram construídos de forma irregular na faixa de domínio do órgão. “Nossos técnicos já iniciaram um levantamento, por meio do cartório de Maragogi, para a identificação desses imóveis. A reunião também será importante para discutir sobre esse levantamento”, diz o diretor-presidente do DER, Marcos Vital. Para realizar a operação, que deve começar antes do Carnaval, o DER contará com o apoio da Associação do Trade Turístico de Maragogi e Japaratinga (AHMAJA), da Secretaria de Infraestrutura de Maragogi, do IMA, MPE e da PM/AL. Marcos Vital ressalta a relevância da parceria entre os órgãos envolvidos para uma operação bem sucedida. “É de extrema importância a colaboração de todos os órgãos citados para que tenhamos um resultado positivo junto à população. Rodovias com margens livres e limpas significam atração turística e segurança para o trânsito”, afirma Vital.
A diretora geral da empresa, Rosinha Jatobá ,a frente do Actrus; modelo já tem fila de espera na cidade
Aradisa apresenta novo caminhão em Arapiraca AArapiraca Disel (Aradisa) promoveu na última quintafeira (17) o lançamento do caminhão Actros, a nova aposta da Mercedez-Benz para transporte pesado. O produto já tem compradores e lista de espera desde 2010. Na ocasião, a empresa também fez a entrega simbólica da chave ao primeiro comprador. O empresário Marlos Vieira atua no segmento de transportes há mais de 30 anos e foi o pri-
meiro a adquirir o veículo, apontado como gigante em tecnologia e excelência da marca. “Estou satisfeito de começar a renovação da minha frota com esse caminhão, pela confiança que já depoisto na Aradisa e na marca que ela representa. É um produto que vai contribuir para nosso crescimento”, afirma o empresário prestes a possuir seu 31º caminhão. Já a empresária Rosinha Jatobá, diretora geral da Aradisa
mostra-se confiante com o novo produto. “Temos certeza da aceitação do Actros. Nossa equipe está preparada para atender essa demanda de mercado”, destaca. O gerente de pós-venda, Felipe Jatobá, diz que a fábrica disponibilizou para o veículo uma cesta básica de serviços que já estão disponíveis na empresa. “Além disso, nossa equipe de mecânicos está sendo preparada pela fábrica”, enfatizou.
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Grand
Monde Por Aroldo Marques
E-mail: harold_marques@hotmail.com
NOTAS A futura prefeita de Arapiraca, a psicóloga Nireide Albuquerque circulando no Maceió Shopping e no vaie-vem das compras, ela afirmou: “Quando eu for eleita prefeita de Arapiraca ela será a metrópole do futuro”. Chique! Stefhannie, a bonita Miss Alagoas Oficial 2011, da cidade de Piranhas. No próximo dia 17 de abril estará representando o estado no concurso Miss Brasil em São Paulo.
STREES A empresária Albany e o amigo Alípio vivendo bons momentos no Restaurante Porto Pirá Steak House
O casal de médicos Giva e Lenildo Amorim sempre prestigiando as grandes festas arapiraquenses
FESTA EM TRAIPU
O MAGO
Começou na ultima sexta-feira, dia 18, a tradicional Festa de Bom Jesus dos Navegantes da cidade de Traipu. O Prefeito Marcos Santos divulgou a programação que terá início a partir das 19h com desafio de futsal feminino entre as equipes de Traipu, Girau do Ponciano, Arapiraca, Gararu (SE). Os jogos serão realizados no Ginásio de Esportes O Ribeirão.
Sendo homenageado com o Prêmio Destaque de Alagoas, como apresentador de TV revelação pelo programa Planeta Fashion, que tem no seu recheio moda, saúde, beleza, entrevistas, cobertura de eventos e tudo que acontece na sociedade alagoana André Fon está atendendo em endereço novo, o mago da fotografia migrou para o Empresarial Fernando Nogueira, na Rua Belo Horizonte, Farol em Maceió. Para melhor atender Fon - traz em sua bagagem profissional experiência e talento, a propósito foi fotografo da revista CARAS em Alagoas - está fazendo cobertura de festas e eventos com uma equipe de fotógrafos. Serviço 082/9661.1708.
13ª FEIJOADA BY HAROLD A13ª edição da Feijoada By Harold este ano vai "bombar" em clima de ressaca de Carnaval, e vai acontecer no dia 09 de abril, com o sambão Patusco de Olinda-PE, e o grupo de pagode Art Choro. "Grand Monde" vai mostrar para sociedade arapiraquense muito da brasilidade musical com suas atrações para feijoada by Harold nessa realização... Além de convidar um elenco de mulheres bonitas para adentrarem na passarela do samba, desfilando beleza e fantasias. Ôba!
CASA DE CUSTÓDIA DE ARAPIRACA A Casa de Custódia de Arapiraca continua com superlotação. Atualmente 120 presos estão ocupando as sete celas sendo 10 mulheres perfazendo um total de 130. As mulheres estão recolhidas em uma cela isolada. As mulheres são acusadas na grande maioria por trafico de drogas e assaltos. As visitas estão sendo realizadas todas as 5ª feiras. A Casa de Custódia de Arapiraca cota com 10 celas
O médico Nuzámario Brito, nos embalos do Bloco da Unimed no Folia de Rua, no próximo dia 26
No lar doce lar, ou melhor, na sua luxuosa mansão, o marido Luis Tira uma soneca ao lado da amada, Fátima Guedes, nos embalos de sábado à noite. Casal chique!
e conta com circuito interno de TV.
NOVO PÁROCO Recém ordenado o padre Clovis Rodrigues assumiu a paróquia de Nossa Senhora do Rosário em Inhapi no alto Sertão do Estado. O padre Henaldo Chagas, que ficou no comando da Igreja no município por quase 15 anos foi transferido para Maravilha. Adecisão foi tomada pelo Bispo Dom Dulcênio Matos da Diocese de Palmeira dos Índios que decidiu transferir vários sacerdotes em Alagoas. Clóvis vai realizar sua primeira missa na Matriz de Nossa Senhora do Rosário. O ato religioso deverá ser prestigiado pela comunidade católica sertaneja.
sobre a verba de gabinete dos senhores vereadores e a criação dos cargos comissionados denominados Nível Especial Parlamentar - (NEP).
MUNICÍPIOS COM RECURSOS SUSPENSOS Irregularidades cometidas por nove municípios alagoanos no mês de dezembro de 2010 e detectadas através de auditorias realizadas pela Controladoria Geral da União (CGU) provocou a suspensão de transferência de recursos de incentivos financeiros referentes à Estratégia Saúde da Família e Saúde bucal. As falcatruas foram praticadas em 280 municípios brasileiros.
PAIXÃO DE CRISTO
MUNICÍPIOS COM RECURSOS SUSPENSOS 3
Pelo andar da carruagem dificilmente Arapiraca contará este ano com a 16ª edição da Paixão de Cristo no Morro Santo da Massaranduba. Afinal de contas estamos em ano ímpar, o ano eleitoral passou quem ganhou agora só quer tirar proveito das benesses do poder. Os organizadores do evento ainda acreditam na possibilidade de uma parceria entre governo do Estado e Governo Municipal para a realização do evento.
Os demais municípios que tiveram os recursos suspensos por irregularidades são; Inhapi, Barra de Santo Antonio, Barra de São Miguel, Coruripe, Jacuipe, Olho D'água Grande e Quebrangulo. De acordo com a informação oficial, quando houver a regularidade das pendências por parte dos senhores gestores dos municípios citados na portaria assinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Santos Rocha Padilha os recursos serão liberados.
AVISO AOS LEITORES
CARNAVAL DE RUA
O atentado a bomba ocorrido na sessão solene da ultima quara-feira, 16, na Câmara Municipal de Arapiraca pode ser apenas um aviso do que poderá vir a acontecer no futuro. As denuncias que foram levadas ao Ministério Público por seis funcionários da Casa e que resultou em uma auditória rigorosa no setor administrativo e financeiro da Casa pode ter sido a gota d'água. A população arapiraquense vai ficar surpresa com novas revelações, desta feita
O Carnaval de rua de Arapiraca, vai botar os blocos na Praça do cavaco sábado dia 26, e terá participação de 18 blocos, entre eles se destaca o bloco Frevo de Menina que é composto pelas jovens da Casa das Meninas que adentrarão na passarela momesca com muito estilo e alegria... Elas vão pintar e bordar - caro que no bom sentido - pois se trata das "filhas adotivas" do Monsenhor Aldo Brandão . O Bloco Frevo de Menina tem coordenação de Irá Produções. Parabéns!
O QUE ACONTECE! Roberto Carnaúba, o querido Robertinho e quem ultima os detalhes para receber no seu restaurante " Dona Marinete" - um homenagem a sua avó - chiques e bacanas para conhecer e loja de conveniências e degustar da especialíssima cozinha mineira.
O QUE VAI ACONTECER? Galã Elétrico, vai acontecer domingo dia 27, num arrastão em pré-carnaval no percurso onde acontecia a Micaraca, isto é, a festa tem o propósito de resgatar o nosso carnaval fora de época evento que foi considerado pela critica o melhor evento popular de Arapiraca. O Galã Elétrico, terá o Galã do Brega, Pagodjjé e DJ Sanzio... Imperdível!!
Um alô para o jornalista Elimário Magalhães. Onde será que ele anda? Tomou Doril e Sumiu
- A escuridão do Calçadão da Rua Anibal Lima, o mais novo ponto de assalto de Arapiraca. - Pergunta feita por um leitor da coluna: “Quando será a reforma da maior favela de Arapiraca? Para quem não sabe a favela é o maior centro financeiro de Arapiraca. É a famosa e tradicional praça Marques da Silva. - É matriarca, e não a patriarca. Com a palavra o jornalista Claudio Roberto. - Não é strass. É stress mesmo o pó de cana que já começou. Apaguem o pó, Bombeiros! - Ela ainda aparece nas colunas sociais? Não sei, não vi e nem quero saber. - E ele? É ou não é? - E ela? É ou não é? Pelo andar da carruagem ele é ela e ela é ele. - Até quando a fumaça vai rolar na frente da bela Concatedral de Arapiraca? - É bom a prefeitura de Arapiraca olhar com os olhos bem abertos os jardins da praça Manoel André. A novidade, sabe qual é? Pilantras pontiagudas que estão incomodando os pedestres. - Sabe o que é stress? A coluna conta. - Falta água na city. - Ruas sujas. - Mendigos, cheira-colas e ladrões do Centro. - Bicicletas auto-falantes. - Maria vai com as outras. - Casa da Cultura de Arapiraca que não tem nada a oferecer. E o péssimo atendimento dos funcionários.
STRASS - O oficial de Justiça Val Nunes, curtindo as maravilhas do Rio de Janeiro. - Portela, eu nunca vi coisa tão bela, quando ela entra na passarela. - O Baile Preto e Branco, vem por aí a cobertura completa. - Muito prestigiado o programa da radialista Márcia Meyrellys. - O médico Talvane Albuquerque, futuro prefeito da bucólica cidade de Craíbas, atendendo muito bem no Hospital Santa Maria. - Sucesso! Foi assim o prato goiano “A Galinhada” feito pelo gastrônomo José Hélio da Silva. O prato foi servido à turismóloga e professora de gastronomia, Franciane Azevedo, e à turma do curso de Turismo da Faculdade Fera, de Arapiraca. - Não é mentira! É verdade, sim. Sabe qual é a novidade? A coluna vai contar. “Não, não conto não, ela não pode saber, não”. - Parabéns para o empresário Eronildes Barbosa por mais um niver. - Um abraço especial para o amigo jornalista, Roberto Baía.
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O JORNAL
Economia
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Marco Antônio
Curso para quem quer aprender a investir com maior segurança atrai interesse de jovens, adultos e idosos
Alagoanos investem na Bolsa de Valores Tendência nacional chegou a Alagoas, atraindo quem almeja ascensão econômica a médio prazo Elisana Tenório Repórter
A Bolsa de Valores começa a apontar como o novo sonho de consumo de alagoanos que almejam ascensão econômica em
médio prazo. É fato que o mercado financeiro ainda considera pequena a quantidade de investidores locais – atualmente a estimativa é que existam 2 mil deles. Porém, o que chama a atenção é o número crescente
de pessoas que deposita dinheiro nos fundos de investimentos bancários ou em corretoras independentes que estão disponibilizadas na internet. A tendência de investir na Bolsa de Valores é nacional.
Atualmente, 600 mil pessoas têm dinheiro aplicado no mercado financeiro, e o setor estima que em 2014 esta quantidade chegue a 5 milhões. “Em dados percentuais, 0,3% da população brasileira aplica na Bolsa. Já nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 50% das pessoas físicas fazem este tipo de investimento. No entanto, a novidade é o grande crescimento do setor que acontece em todo o país, incluindo Alagoas”, explica o agente autônomo de Investimentos, Edson Holanda. Os cursinhos profissionalizantes que começam a ser disponibilizados no mercado local podem ser apontados como prova dessa ascensão. Edson Holanda, por exemplo, representa em Alagoas a empresa XP, que já capacitou mais de 160 mil pessoas em todo o país. Em Alagoas, mais de 200 alunos se formaram e/ou estão em formação. O perfil deles é dife-
renciado: são jovens, adultos ou até mesmo idosos, pertencentes a classes sociais diversificadas, que têm algo em comum: sonham em mudar de vida, ganhar dinheiro rápido... Para aprender as técnicas e ferramentas que devem utilizar, eles se submetem à 10h/aulas teóricas e 2h/aulas práticas. O valor total do curso é de R$ 250. No entanto, dizem os profissionais, mais do freqüentar as aulas é preciso aprender a adquirir o perfil de um investidor bem sucedido. Quem ensina é o professor Edson Holanda: “Em primeiro lugar é preciso muita disciplina e paciência. É preciso não esperar resultados imediatos. É preciso saber traçar planos para entrar e sair, e também estar consciente de que é necessário, pelo menos a princípio, usufruir de um assessoramento financeiro para orientar o investimento. Outro fator fundamental é fazer
aportes pequenos e sistemáticos”, orienta. Nas aulas, também é repassada a parte técnica, ou seja, saber o que é e como funciona o mercado de ações; ter conhecimento sobre os tipos de investimentos, taxas de ações e outros conceitos típicos deste mundo. O jovem Lucas Mota, 19 anos, é um dos estudantes que freqüenta o curso em Maceió para formar investidores no mercado financeiro. Ele confessa que sonha com a perspectiva de adquirir independência financeira, apesar de não saber por onde começar. “Sei que este mercado é considerado de alto risco, mas sei também que pode ser bastante rentável. Por isso, estou aqui (no cursinho) para aprender como agir e superar estes obstáculos”, diz Lucas, que conta com o apoio financeiro do pai: é ele quem paga o cursinho.
Primeiro milhão até os 25 anos Yvette Moura
Já o estudante de administração de empresas André Luis Santos Freitas, 21anos, decidiu aprender tudo sozinho. Ele começou a se interessar pelo mercado financeiro desde os 16 anos. Aos 18 anos, realizou seu primeiro investimento. Perdeu tudo, mas continuou acreditando que iria conseguir. Hoje, pode-se dizer que André é um vitorioso. Ele não revela qual o montante de dinheiro investido, perdido e ganho nos últimos três anos. No entanto, pelo cálculo declarado, é possível presumir que a margem de faturamento do universitário é bastante alta. “Nos últimos 24 meses, para cada R$ 1,00 aplicado, obtive o lucro de R$ 15,00”, declarou. Com isso, é possível deduzir que o seu percentual de lucro foi de 1500%. E André vai mais além: “quero ganhar meu primeiro milhão até os 25 anos”, afirma. O dinheiro ganho por André Luis está todo depositado no exterior. Isso acontece porque ele optou em investir no mercado de câmbios, que é considerado altamente de risco e não é regulamentado no país. E qual o segredo do sucesso financeiro? “O segredo está diretamente ligado ao perfil psicológico do investidor, pois este mercado é 20% técnica e
O estudante de Administração André Freitas aprendeu sozinho a investir
80% psicologia. É preciso controlar as emoções, ter muito sangue frio, ser muito racional. Além disso, é fundamental que se estude muito, muito mesmo. Então, fica a fórmula do sucesso: estudo para dominar as técnicas, disciplina, paciência e racionalidade”, ressalta. Para André Luis, o investidor precisa traçar sua expectativa de lucro e delimitar quanto estar disposto a perder. “É preciso saber, por
exemplo, a hora de fechar a operação imediatamente e quando se deve esperar mais um pouco”, avalia. Na sua avaliação, os segmentos que, no momento, estão mais valorizados é o petróleo, energia e têxtil. Para o futuro, o estudante universitário espera não apenas tornar-se milionário, mas viver disso oferecendo assessoramento em investimentos.
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Moeda forte e juros baixos potencializam aplicações Fotos: Marco Antônio
O gerente-geral da Caixa Econômica Federal em Alagoas, Geraldo Brandão de Lima, aponta dois motivos para o crescimento do investimento na Bolsa de Valores do Brasil: a estabilização da moeda e a queda nas taxas de juros, que levou a maioria dos investidores a procurar alternativas buscando rendimentos maiores do que os oferecidos na renda fixa (poupança). Ele, que também investe na Bolsa, ensina que para se obter sucesso no empreendimento é necessário, primeiro, adquirir educação financeira. Na prática, isso significa saber poupar, acumular recursos para procurar diversificar nos investimentos. “É preciso ter a consciência de que os resultados saem apenas em médio e longo prazos”, explica. Para driblar os riscos é necessário aprender técnicas para administrá-los e só investir no que pode perder. Outra dica é identificar empresas que sejam líderes em seus setores; que tenham um histórico de lucro antigo; possuam boa governança coorporativa; que tenham histórico de gerar valor para acionista e serem boas pagadoras de dividendos. “É preciso ficar claro que a Bolsa não é lugar para se ganhar dinheiro; e sim rentabilizar o que se já ganhou, assim como projetar um futuro financeiro mais rentável. Menos de 1% dos que se investiram na Bolsa e conseguiram
Geraldo Brandão: “É preciso ter consciência de que os resultados saem apenas em médio e longo prazos”
realizar uma boa especulação e obter sucesso”, disse Geraldo Brandão de Lima. Para o futuro, ele estima a popularização, cada vez mais, do mercado de ações. “A realização da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas, em 2016, no país, vai contribuir bastante para isso. Acredito que os setores de infraestrutura – construção civil, aviação, ônibus e siderúrgicas deverão ser os mais beneficiados assim como as conhecidas ‘comodits’, que engloba petróleo e mineração); e os de consumo”, especula.
OS TIPOS DE INVESTIMENTO QUE O MERCADO FINANCEIRO DISPÕE: Mercado a Vista: é considerado o mais convencional; compra e vende ações na bolsa. Marcado de Derivativos: trata-se de instrumentos financeiros criados com a finalidade de proporcionar uma proteção aos investidores, como se fosse um tipo de seguro; é o chamado “hedge”. Este mercado tem como variação o Mercado a Termo, que propõe a compra de ações a prazo. Mercado de Opções: que compra e vende direitos. Mercado Futuro: onde são negociadas mercadorias (comodits) ou aplicações financeiras com liquidações nos prazos futuros.
Especialista dá dicas de como obter sucesso
Luciana Caetano lembra que as corretoras não podem oferecer segurança de que a operação dará certo
A economista Luciana Caetano dá dicas para os investidores, sobretudo para aqueles que escolheram as corretoras a domicílio, que são disponibilizadas através da internet. De acordo com ela, é preciso verificar, antes de tudo, se a corretora on line é associada à Companhia Brasileira de Liga e Custódia (CBLC), que é subordinada ao Banco Central (BC) e, assim, fazer negócio regulamentado. No entanto, ela chama a atenção para uma premissa: as corretoras não podem oferecer segurança de que a operação dará, de fato, certo, nem diminuir seus riscos. “Nenhuma corretora tem o controle sobre o histórico da empresa em que se está investindo”, orienta. Depois do cadastro, é preciso fazer um estudo detalhado do cenário atual do mercado para verificar quais os papeis financeiros estão mais valorizados, assim, diminuir os riscos. Em seguida, ela orienta ao investidor de pequena viagem a realizar simulações e, só depois disso, realizar investimentos, todos de pequeno porte, que oferecem riscos menores. “Por conta própria, é possível realizar uma boa preparação. O mercado está repleto de guias, livros, enfim, todo o tipo de informação que permite a pessoa estudar bastante antes de entrar no negócio para valer”. Em seguida, basta apenas ter tempo para monitorar e paciência para esperar os primeiros lucros chegarem.
Conheça alguns termos do Mercado Financeiro Trader – investidor Home Broker - Software que permite operações e visualizações de gráfico em tempo real, onde se pode efetuar todas as operações sem sair de casa. Para isso, basta ter acesso a internet. Psicologia do Trader - Fator determinante no mercado financeiro. É o controle emocional, a razão no sentido de fechar uma operação no prejuízo e saber o momento certo de fixar os lucros. O índice de sucesso de in-
vestidores, não se sabe com precisão, mas estima-se em menos de 10%. Apesar disso, é um mercado fantástico, e somente no mercado financeiro as grandes fortunas são formadas. Análise Técnica - Ecola que defende operar no mercado financeiro, realizando operações de compra e venda de ativos com base na análise de gráficos, sem dar muito peso a notícias. Parte-se do princípio de que o mercado se move em tendências e ondas, e a história se repete.
Análise Fundamentalista - É a escola que defende a compra e venda de ativos com base na solidez da empresa, analisando seus balanços contábeis, perspectivas de mercado, se a administração da empresa é confiável... (mais usada em operações de longo prazo). Alavancagem - Sistema muito utilizado, em que se “pega emprestado” dinheiro, dando como garantia o dinheiro que temos. É perfeitamente lógico e possível. Por exemplo, se se dispõe R$ 10.000, a corretora, a depender da operação, pode me permitir com-
prar R$ 20.000, dando os R$ 10.000 que se tem como garantia. No caso, a corretora não perde nunca, pois ela limita as perdas do cliente com o que ele dispõe. Expert Advisor - Programas de computador que definem o momento de compra e venda do ativo com base em cálculos complexos. Alguns usam, outros não. Em geral, não são recomendados, embora estima-se que grandes bancos ao redor do mundo utilizem fortemente esse mecanismo em suas operações cambiais.
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FIQUE LIGADO!
Bovespa tem melhor desempenho semanal desde julho de 2010 Somente na sexta-feira, volume negociado foi de R$ 5,6 bilhões
FACULDADE
Com valorização em quatro dos cinco pregões, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve o melhor desempenho semanal desde julho de 2010, com seu principal índice voltando para o patamar dos 68 mil pontos. O Ibovespa terminou esta sextafeira com ganho de 0,56%, para 68.066 pontos, com volume negociado de R$ 5,6 bilhões. Com essa trajetória, o índice tem valorização de 3,5% na semana, a alta mais expressiva desde a alta apurada entre os dias 19 e 23 de julho do ano passado (6,39%). Em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,41% por volta das 18h30, o S&P 500 operava estável e o Nasdaq recuava 0,12%. As bolsas americanas devem registrar a terceira semana seguida de apreciação, ainda no maior nível desde junho de 2008. Sem grandes notícias para nortear o dia, o movimento comprador prevalece neste pregão, que antecede um feriado na segunda-feira, quando as bolsas americanas não funcionam em função do feriado do
Começou o ano letivo na maioria das faculdades particulares de Alagoas. Fique esperto quanto à cobrança das multas caso você pense em desistir do curso antes do término do período. Pela lei, as instituições podem cobrar até 10% do valor proporcional aos meses que ainda restam para o fim do semestre. E além: deve constar uma cláusula específica no contrato. Se o valor ultrapassar o percentual, é abusivo. Denuncie ao Procon.
ANS juntará plano de saúde com previdência privada num só
Pelo menos três mudanças começam a vigorar a partir de março deste ano no setor de energia elétrica. E as novas regras que foram criadas chegam para dar um fôlego a mais para o consumidor. Pela resolução, em congruência ao Código de Defesa do Consumidor, se a Eletrobras cobrar a mais nas tarifas, terá que devolver o valor em dobro aos usuários. Atualmente, o dinheiro é ressarcido ou compensado nas faturas seguintes. Mudou ainda o prazo para ligar (diminuiu de 3 para 2 dias) e religar (de 48 para 24 horas) a energia. Todas as urgências devem ser atendidas em até 4 horas. Esse prazo não havia antes. Em caso de corte, o consumidor continua com o direito de ser avisado com 15 dias de antecedência, porém a suspensão do serviço somente deve ser feita no horário comercial e até 90 dias após o vencimento da conta.
ECONOMIZE A economia para quem prefere suspender o fornecimento de energia elétrica durante uma construção é grande. Pouca gente sabe, mas é um dos direitos do consumidor requerer à Eletrobras, antiga Ceal, o desligamento do serviço enquanto se faz a reforma. Pode-se evitar ainda ‘furto’ de energia. E você não paga nada por pedir, mas sim para religar. A taxa pode ser R$ 4,79 ou R$ 19,82. Depende se é mono ou trifásica. Urgência sobe para R$ 24,04 ou R$ 60,12, mono ou tri, respectivamente.
FERA Como o resultado saiu bem depois, quem passou na Ufal ou na Uncisal e tinha efetuado matrícula na faculdade particular poderia ter solicitado o reembolso. O Código de Defesa do Consumidor assegura o ressarcimento antes do início das aulas nas particulares. Bastaria procurar a instituição e pedir o valor. Preste atenção nas cláusulas do contrato. Qualquer ponto que exclua esse direito deve ser considerado nulo.
TARIFAS BANCÁRIAS Mesmo se já abriu a conta, vale compreender que para muitos serviços bancários o consumidor não paga. Por exemplo, não é permitido cobrar valor dos correntistas para receber o cartão de débito 1ª e 2ª vias; pelas dez folhas de cheques mensais; por quatro saques ao mês, nos caixas ou no autoatendimento; pelo fornecimento de até dois extratos mensais; por utilizar a internet para transações e compensar cheques.
INQUILINATO
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promete finalizar ainda neste semestre o desenho de um novo tipo de plano que une assistência médica e previdência privada num só produto. Aideia é acumular parte do valor da mensalidade em um fundo de capitalização individual, que ajudaria a custear os gastos com saúde após os 60 anos, quando a necessidade de assistência sobe e a renda, normalmente, cai, por conta da aposentadoria. O projeto vem sendo debatido há alguns anos entre as empresas do setor. Agora o tema foi incluído na Agenda Regulatória da agência reguladora uma espécie de plano de gestão - e tornou-se prioridade da nova
da China elevou o compulsório bancário pela segunda vez neste ano para controlar a inflação e conter os aumentos nos preços da moradia. Aalíquota vai subir em 0,5 ponto percentual a partir do dia 24 deste mês. As bolsas de valores da Ásia encerraram a semana com maior ganho semanal em dois meses, em meio a queda nas preocupações sobre inflação que acabou encorajando os investidores a buscarem ações abatidas na região. Bolsa de São Paulo teve valorização em quatro dos cinco pregões
dia do presidente. Por aqui, o vencimento de opções sobre ações da próxima jornada trouxe instabilidade aos negócios até o início da tarde, quanto então o mercado brasileiro passou a seguir de forma definitiva o americano. No front corporativo, as principais altas do Ibovespa no final do dia estavam com empresas de construção, lideradas pelos papéis Rossi ON (5,13%, a R$
diretoria. "Nos preocupa a sustentabilidade da saúde suplementar. O número de idosos, que hoje representam 10% da população e 25% dos gastos com saúde, deve triplicar até 2050", diz Mauricio Ceschin, presidente da ANS. Segundo ele, o sistema atual em que o valor da mensalidade cresce em função da faixa etária não é uma boa resposta para a mudança demográfica em curso no País. "Criar um plano de previdência privada atrelado a um plano de saúde é uma das alternativas que estamos estudando." O produto seria oferecido por meio de parceria entre uma operadora de panos de saúde e uma instituição financeira que trabalhe com planos do tipo Vida Ge-
13,72),. Em seguida, apareciam MRV ON (4,47%, a R$ 13,80) e PDG ON (4,02%, a R$ 9,56). Também em alta, as ações PN da Petrobras subiam 0,44%, a R$ 27,37. Na direção oposta, destaque negativo para os papéis Vale PN (-0,73%, a R$ 50,24). Na Europa, as principais bolsas fecharam perto da estabilidade, reagindo a notícias corporativas e à nova alta do compulsório chinês. O banco central
rador de Benefício Livre (VGBL), que permite acumular recursos por um prazo contratado. O resgate do dinheiro - hoje sujeito ao imposto de renda a uma alíquota mínima de 10% e máxima de 27,5% - seria totalmente isento de tributação caso fosse usado com despesas médicas ou para pagar um plano de saúde. Arenúncia fiscal é justamente o maior obstáculo para que a ideia entre em prática ainda neste ano, porque depende do sinal verde da Receita Federal, dos ministérios da Saúde e da Fazenda. No entanto, presidente da ANS diz ser possível lançar o produto sem que seja necessário fazer mudanças na atual legislação: "O VGBL já existe. O que precisamos agora é construir
Aluguel de imóveis também precisa de regras específicas. A Lei do Inquilinato, ainda bem novinha, com um ano de aplicação, fixa um prazo limite de 45 dias para que o inquilino saia da residência se for despejado pela Justiça por estar devendo. Esse tempo foi encurtado, e muito. Antes era de até três anos. O ocupante estipula 15 dias para o pagamento da dívida e até 30 dias para desocupação voluntária. Depois disso, é rua.
INTERNET
ESTRAGADA
A Telebrás informou na última sexta-feira que obteve autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para exploração do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), necessária para que a empresa possa comercializar banda larga. Segundo a Telebras, o ato 1.027, publicado na sexta-feira no Diário Oficial da União, concede à estatal o direito de explorar esses serviços no território nacional e internacional, sem caráter de exclusividade. O prazo de validade é indeterminado, informou a empresa.
Comida estragada também pode ser motivo de denúncia no Procon. Se a embalagem estiver fechada, o consumidor precisa levar uma amostra do produto com a mesma data de validade e de lote. Tudo pode resultar numa audiência de conciliação. Com o produto aberto, reclame somente se passar mal. Mesmo assim, leve atestado médico e cópias do que gastou com medicamentos. O dono da empresa pode ser preso por até 5 anos.
ACONTECEU Fiscais do Procon descobriram que das 28 academias que visitaram em Maceió, 22 não possuíam um profissional formado em Educação Física, ou seja, quase 80%; Antes de malhar, veja se o espaço tem um instrutor, se está registrado no Conselho de Educação Física e se os equipamentos estão adequados. A Secretaria da Fazenda informou que a quantidade de consumidores desinformados é maior do que os participantes efetivos do Nota Fiscal Alagoana. Não adianta informar o número do CPF ou do CNPJ na hora da compra se estes dados ainda não forem cadastrados no site www.sefaz.al.gov.br/nfa O Procon divulgou que os planos de saúde estão no topo do ranking de reclamações dos consumidores de Alagoas. Os usuários comparam ao SUS. Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no Centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151. Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.
DÓLAR - Apesar da maior atividade do Banco Central (BC), que fez compras de dólares (à vista, a termo e via swap reverso), a cotação da moeda fechou praticamente estável. Dados preliminares apontam que o dólar comercial subiu 0,06%, e fechou a R$ 1,662 na compra e na R$ 1,664 na venda. Na quinta-feira, a moeda cedeu 0,53%, a R$ 1,663. Na semana, o dólar caiu 0,18% e está 0,60% mais barato no acumulado no mês.
uma visão conjunta entre as áreas da saúde e da previdência." A ANS já conta com apoio dos representantes desses setores. Na última semana, a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) e a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) entregaram suas contribuições para a proposta. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) já deu seu aval. Carlos Suslik, especialista em Gestão de Saúde do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), acha boa a ideia, mas faz ressalvas. "É uma aposta para daqui a 20 anos. As empresas têm de ser robustas e o governo terá de dar guarita para não deixar os beneficiários desamparados caso elas quebrem."
Telebras agora pode explorar banda larga
BANDA LARGA - "Esta é a autorização que faltava para a Telebrás legalmente começar a operar e cumprir as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Banda Larga. Assim que for assinado o acordo de uso da infraestrutura de fibras ópticas do Sistema Eletrobrás e da Petrobrás não haverá mais empecilhos para que comecem as instalações de campo", declarou o presidente da Telebrás, Rogério Santanna. Aestatal informou que pretende iniciar a conexão das primeiras cidades contempladas pelo Programa Nacional de Banda Larga em abril próximo e chegar a outras 1.063 cidades até o final deste ano. Esses municípios estão localizados em torno dos anéis Sudeste e Nor-
deste da rede de telecomunicações. Até 2014, a previsão é atender a 4.283 municípios em todas as regiões do país, informou. De acordo com o Programa Nacional de Banda Larga, os preços cobrados variarão de R$ 15 a R$ 35 por cliente, por uma velocidade mínima de 512 Kbps. INFRAESTRUTURA - A Telebras informou ainda que o processo de licenciamento das estações da rede nacional começará assim que a Anatel aprovar seu Projeto de Instalação. Neste documento, já encaminhado à Agência Reguladora, a Telebrás detalha as ações necessárias para implantar a infraestrutura, como a espinha dorsal (backbone) da rede nacional de telecomunicações, assim como a sua arquitetura física e lógica. Nos próximos dias, segundo a empresa estatal, devem ser finalizadas também as negociações com o setor elétrico e com a Petrobras para a obtenção da cessão de uso das fibras ópticas. Informou ainda que cinco contratos já foram firmados pela Telebrás para o fornecimento de serviços e equipamentos para a implantação da rede nacional cujo início das instalações depende do acordo para uso das fibras ópticas.
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Maceió Facilities Condomínio quase zero na Ponta Verde desperta interesse dos consumidores
Construtora Record lança empreendimento inovador com conceito moderno de redução de custos e as facilidades dos serviços de um Condo-hotel. Morar na área mais privilegiada de Maceió pagando um condomínio baixíssimo. Esse é o desafio que a Construtora Record coloca em prática no seu mais novo lançamento, o Maceió Facilities. O empreendimento é um complexo multifamiliar que alia comodidade, facilidades, segurança e economia. Com conceito moderno de redução de custos, oferece diversas facilidades para os condôminos. A inteligência da construção traz soluções que valorizam o meio ambiente, tornando o empreendimento único, completo e com consciência ambiental e sustentabilidade. Na sua estrutura constam duas torres independentes, a Torre Blue e a Torre Green. O Maceió Facilities está localizado em frente à Praça do Skate, no bairro de Ponta Verde. CONDOMÍNIO QUASE ZERO - A Construtora Record, com 55 anos e atuação destacada em Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, conseguiu desenvolver um conceito moderno de redução de custos que leva o condomínio a quase zero, onde todos os estudos foram pensados com o objetivo de gerar economia no próprio condomínio e nas despesas fixas do apartamento. “Dentre as reduções de custo, podemos citar o sistema coletivo de acesso à internet, que conta com redução de mais de 50% do custo. O sistema de telefonia e TV a cabo também tiveram suas tarifas bastante reduzidas. Também implantamos o controle informatizado de energia das áreas comuns e desenvolvemos um sistema de redução de custos de água”, revela Wagner Andrade, diretor comercial da Record. Ele acrescenta que os apartamentos também vão contar com um ponto de coleta de óleo na cozinha e todo óleo coletado será trocado por detergente e sabão com empresas fabricantes. As áreas comuns do empreendimento contam com automação do sistema de iluminação, proporcionando segurança e reduzindo ainda mais o custo de energia elétrica. Para o consumidor ter ideia das economias que poderá fazer, a Record criou um simulador de economia. “Basta acessar o site w w w. m a c e i o f a c i l i ties.com.br e utilizar o simulador de economia para comprovar”, sugere Wagner. FACILIDADES E OS SERVIÇOS - O Maceió Facilities contará com um mix proposto de 16 lojas no mall,
leitor de radiofrequência e o segundo através do leitor biométrico. Em todas as áreas comuns e de acesso público, os profissionais da segurança farão rondas de monitoramento em trabalho conjunto ao circuito interno de TV que monitora as imagens no mall durante 24h.
Apartamentos decorados contam com um visual arrojado e moderno assinado pela arquiteta Ceres Vasconcelos
como presentes, moda praia, conveniência, informática, ótica, papelaria, doceria, farmácia, SPA, academia, sorveteria, locadora, lavanderia, agência de turismo, conserto de sapatos, cabeleireiro e esteticista. E para maior segurança e privacidade dos moradores, a convenção do condomínio não permitirá a instalação de bancos, loterias e bares, só serão permitidos lojas com serviços e facilidades. O morador contará ainda com todos os serviços de um CONDOHOTEL através de um sistema pay-per-use, onde só pagará o que utilizar. Terá a disposição diarista, camareira, eletricista, encanador, babysitter, personal trainer, chaveiro, pet shop, massagista, fisioterapeuta, fotógrafo e
dedetizador, dentre outros. SEGURANÇA - Como não poderia faltar, a inovação tecnológica também está presente no sistema de segurança, que se alia ao trabalho humano 24h. As fechaduras das áreas de acesso do condomínio são dotadas de leitor biométrico que libera
o acesso aos moradores cadastrados através da impressão digital. O acesso de veículos funcionará com sistema eclusa com dois portões, sendo o primeiro aberto p o r
MACEIÓ FACILITIES Localizado na Ponta Verde, em frente à Praça do Skate, o Maceió Facilities está em um terreno único, totalmente nascente e com ventilação privilegiada. A construção tem duas torres com áreas de lazer independentes na cobertura, com piscina, salão de festas e salão de jogos. Em todo o empreendimento predomina o alto padrão de acabamento, com fachada em cerâmica, vidros laminados na varanda e piso em porcelanato. O projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo arquiteto Mário Aloísio, da Traço Arquitetura. Os apartamentos decorados contam com um visual arrojado e moderno, tem a assinatura da arquiteta Ceres Vasconce los. Vale a pena visitar no stand em frente à Praça do Skate. As vendas ficam a cargo das Imobiliárias Fontan e Imóbili.
Norcon fecha parceria com a Rossi ANorcon fechou, na última sexta-feira, uma parceria com a Rossi Residencial para atuação no nordeste do País, em um negócio com potencial para Valor Geral de Vendas (VGV) inicial de R$ 300 milhões. A Rossi e a Norcon, unem suas especialidades e valores para operar inicialmente no mercado imobiliário dos Estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas. O VGV de lançamentos foi fracionado com três projetos em Aracaju (SE), com VGV de R$ 220 milhões, no segmento de média e alta renda; e um empreendimento em Piedade (PE) com VGV de R$ 80 milhões, no segmento econômico. Com muito entusiasmo, as empresas se comprometem a estudar novos desenvolvimentos na região. A direção da Norcon acredita que a nova parceira vai garantir produtos e serviços de qualidade. “Por ter ciência que uma porta de infinitas possibilidades foi aberta, contamos como sempre, com o seu entendimento, cordialidade e resiliência no que foi firmado no passado, visto que essa parceria entre a Rossi e a Norcon impacta no foco de nosso trabalho futuro”, explica o diretor-superintendente da Norcon, Cristiano Teixeira.
As empresas A Norcon tem 52 anos de atuação, está presente em quatro Estados do nordeste e é reconhecida por impulsionar o desenvolvimento de bairros, onde incorpora e constrói, gerando qualidade de vida aos seus clientes e comunidade. Com mais de 20 mil imóveis entregues, sua sede é em Aracaju/SE, onde é reconhecida pelos projetos de sucesso, como o bairro Jardins, Farolândia e Jabotiana. A empresa atua com segmentos residenciais e comerciais, para os mais variados perfis de renda. ROSSI - A Rossi é hoje uma das principais incorporadoras e construtoras do Brasil. Presente em 81 cidades, atua em diversos segmentos do mercado imobiliário e tem no seu portfólio inúmeros sucessos de vendas de imóveis residenciais e comerciais, nos mais variados perfis de renda.
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FRAGMENTOS DE UMA HISTÓRIA
DE MEIO SÉCULO Jacqueline Batista
A Universidade Federal de Alagoas comemora 50 anos - tempo em que assistiu a uma série de momentos históricos e transformações sociais, econômicas e culturais. Muitas dessas lembranças ainda estão bem vivas na memória de alguns personagens do passado e do presente, que acompanharam parte da história da instituição. Relatos que, agora, o Caderno Dois de O JORNAL compartilha com você, leitor.
Repórter
Universidade Federal de Alagoas (Ufal) participou de momentos históricos e transformações sociais, econômicas e culturais. Viu a Ditadura se instalar, o endurecimento do Regime Militar – através do Ato Institucional nº 5 –, a abertura política, o impeachment de um presidente, a chegada de um líder sindical e da primeira mulher à presidência. Como parte integrante de Alagoas, a Ufal influenciou mudanças na cultura do Estado e foi influenciada por essa cultura. Por isso, o aniversário de 50 anos da maior instituição pública de ensino de Alagoas é algo que não se restringe aos seus muros, mas é, sim, um acontecimento que está interligado à cultura e à história de Alagoas como um todo. Em 25 de janeiro de 1961, quando foi sancionada a lei de criação da Ufal pelo presidente Juscelino Kubitschek, na biblioteca do Palácio da Alvorada, em Brasília, talvez não fosse possível imaginar até onde a Ufal chegaria 50 anos depois. No momento de criação da universidade, existiam seis cursos: Direito, Medicina, Filosofia, Ciências Econômicas, Engenharia e Odontologia. Hoje, os números saltam aos olhos: são 86 cursos, 21 mil alunos matriculados, 1.300 professores e 1.500 técnicos administrativos. Em 50 anos, 38.704 pessoas se formaram pela Ufal. Além do Campus A.C.Simões, a Ufal se expandiu, criando o Campus de Arapiraca – com as Unidades de Viçosa, Penedo e Palmeira dos Índios – e o Campus do Sertão, em Delmiro Gouveia, com a Unidade de Santana do Ipanema. Em 50 anos de história, diante de tantos fatos e pessoas envolvidos, são muitos os eventos e visões do mesmo acontecimento. O Caderno Dois de O JORNAL foi atrás de relatos que pudessem retratar parte dessa história. Fragmentos da realidade, que, em momento algum, contemplarão todos os fatos importantes dessa jornada de meio século. A ideia é mostrar partes de uma grande narrativa – que, muitas vezes, confunde-se com a história de Maceió e de Alagoas – através do olhar de professores, técnicos e ex-estudantes, que vivenciaram contextos diferentes dessa universidade e, por isso mesmo, têm uma abordagem particular. São aspectos de uma história que serão conhecidos aqui, através da visão privilegiada de quem viveu seus bastidores em épocas e realidades diferentes.
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Projeto Hope deixou marcas no HU e no curso de Enfermagem
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As coisas eram mórbidas. Foi uma época difícil. A turma era unida, mas o regime era forte. Tivemos colegas universitários
desaparecidos.
Ana Dayse
Era um típico dia de verão nordestino quando, em fevereiro de 1973, o navio do projeto Hope, que havia sido utilizado durante a Segunda Guerra Mundial, ancorou no Porto de Jaraguá, trazendo uma equipe da área de Saúde, que incluía médicos, dentistas, enfermeiras e técnicos norteamericanos. Entre os tripulantes, estava a jovem Bárbara, de 26 anos, formada há cinco – tempo que exercia, de forma bem-sucedida, sua profissão como chefe de UTI nos Estados Unidos. Por isso mesmo, os pais da enfermeira foram contra a sua vinda, não entendiam o desejo da filha de largar tudo e se aventurar em terras estranhas. Ao aportar nesses lados de cá para uma estada de exatos dez meses, nem mesmo a enfermeira, que, na época, falava bem poucas palavras em português, podia imaginar a reviravolta que sua vida daria. A história da enfermeira e professora da Ufal, há 32 anos, Bárbara Allen Pinto de Campos, pode ser confundida com a da própria universidade. Tanto é que a sua imagem, agora, também faz parte da exposição do Memorial do HU,
inaugurado há cerca de um mês. O projeto Hope – mantido através da contribuição de particulares – foi criado nos Estados Unidos, em 1960. O objetivo do projeto, que existe até hoje, é oferecer ajuda na área de Saúde a pessoas de países carentes. A Maceió da época muito se encaixava nesse contexto. “Quando cheguei aqui, havia apenas sete enfermeiras com curso de terceiro grau. Todas trabalhavam em saúde pública, não havia nenhuma em hospital”, lembra a professora. A chegada de Bárbara, junto com o navio do Hope, foi decisiva para a mudança dessa realidade. Nessa época, o Campus era uma aquisição recente da universidade. A Faculdade de Medicina já existia, mas a de Enfermagem e o Hospital Universitário (HU) ainda eram um sonho. Em novembro de 1973, dez meses após a sua chegada a Maceió, o navio do Hope toma o rumo de volta aos Estados Unidos. A enfermeira Bárbara, entretanto, não constava entre os passageiros de volta. Ficou em Maceió para construir parte da importante história da Ufal
e de sua própria vida. Ela foi um dos personagens mais atuantes na abertura do HU e do curso de Enfermagem. “O surgimento do hospital e do curso de Enfermagem está muito ligado ao Projeto Hope. Quando o navio foi embora, ficaram cinco enfermeiras. Dessas, quatro se tornaram professoras da primeira turma de Enfermagem da Ufal. Além de nós, três brasileiras fizeram parte da equipe inicial de professoras do curso de Enfermagem, em 1974”, explica Bárbara. Das cinco enfermeiras que ficaram em Maceió, quatro foram embora. Bárbara é a única que vive e trabalha na cidade até hoje. “Fiquei por razões pessoais. Aqui conheci o meu marido, que, na época, era estudante de Medicina”. Por sua atuação no surgimento do curso de Enfermagem, a professora foi convidada diversas vezes para ser paraninfa em formaturas. “As minhas palavras para o grupo de alunos podem se resumir em: ‘seguir seus sonhos’. Poderia ter ganhado mais dinheiro nos Estados Unidos, mas, ficando aqui, a recompensa pessoal foi bem maior”. (J.B)
Professora Bárbara Allen (em pé): atuante na abertura do HU e do curso de Enfermagem da universidade
Reitora Ana Dayse: estudante à época do Regime Militar
Ana Dayse Dórea, aos 18 anos, no trote do curso de Medicina da Ufal
O ano em que o navio Hope chegou a Maceió marcou também a vida da atual reitora da Ufal, Ana Dayse Resende Dórea. Foi em 1973 que a professora começou a trabalhar na universidade e que nasceu sua primeira filha. No começo da carreira como professora da Ufal, Ana Dayse foi um dos profissionais da Saúde que se beneficiaram com a chegada do Hope. “Tive a oportunidade de fazer um curso de especialização em Clínica Médica, oferecido pela equipe do Hope. Até hoje, muita coisa do funcionamento do HU é herança da capacitação dos profissionais do navio”, disse a reitora. Em 1967, Ana Dayse entrou na Ufal para fazer o curso de Medicina. Antes, chegou a cursar um ano de Odontologia porque havia perdido o vestibular de Medicina. “Embora estivesse bem aclimatada com Odontologia, algumas amigas insistiram para eu fazer o vestibular novamente, fiz e passei em Medicina. Teve uma coisa boa nesse retardo. Entrei na Ufal, uma estudante mais madura, pude ter uma compreensão diferente”, revela. O trote de Medicina foi um evento desse perío-
do que marcou a vida de Ana Dayse. “Era diferente do que acontece hoje. Como a gente tinha necessidade de protestar, o trote era um desfile. Nós passamos por várias ruas do Centro, com o policiamento acompanhando o tempo todo. Saímos da Praça da Faculdade e andamos todo o comércio. Era um orgulho desfilar, tendo passado no vestibular de Medicina. A Ufal era e ainda é o sonho de todo estudante do ensino médio”, afirma. A reitora conta que, na sua época de estudante, o curso de Medicina funcionava onde hoje é o ICBS (na Praça da Faculdade); a parte prática era realizada na Santa Casa. “Todo o curso foi feito entre a Praça da Faculdade e a Santa Casa. O HU já estava sendo construído, mas só começou a funcionar com a presença do Hope”, explicou. Era pleno Regime Militar quando Ana Dayse começou o curso de Medicina. “As coisas eram mórbidas. Foi uma época difícil. A turma era unida, mas o regime era forte. Tivemos colegas universitários desaparecidos”, recorda. Quando Ana Dayse começou a lecionar na Ufal, no ano seguinte ao da sua formatura, era só o início da carreira acadêmica: fez Residência em Saúde Pública, em São Paulo, e mestrado nessa mesma área; foi chefe de Departamento cinco vezes, em períodos diferentes; diretora do Centro de Ciências da Saúde; vice-reitora e, por fim, reitora, atualmente em seu segundo mandato.
“Não imaginava que seria professora de Medicina. Comecei a despertar para a carreira acadêmica como monitora, quando era estudante. Meu primeiro emprego foi na Ufal. Tudo que conquistei, devo a universidade; tudo que sou e aonde cheguei. Tive a oportunidade de me qualificar, conhecer instituições, pessoas diferentes, aprender a ser pesquisadora”, destaca. Entre 2001 e 2003, Ana Dayse teve uma experiência profissional fora da Ufal, que, segundo ela, foi decisiva para melhor avaliar o papel da universidade. “Fui secretária de Educação do Município. Nesse cargo, pude ver de perto a educação do seu início, enxergar a Ufal de fora. Passei a ter um olhar externo. Comecei a perceber que a universidade tinha uma grande dívida com a educação do Estado. A Ufal forma professores para atuar na sociedade e no mercado de trabalho. Esse foi um momento que me motivou a ser reitora para contribuir com a educação de Alagoas”, ressalta. De acordo com Ana Dayse, essa experiência na Secretaria de Educação permitiu um olhar sobre o que a universidade deve fazer pela Educação Básica do Estado. “Eu não tive dúvidas quando a Ufal aderiu ao Processo de Expansão, de Educação à Distância e de Cotas”, disse. (J.B.) Continua nas páginas B3, B6, B7 e B8
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Todos os sábados, o cinema ficava lotado de estudantes da universidade e, após a exibição, havia debates com a plateia sobre o filme
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Professor Radjalma Cavalcante fez parte do curso de Economia, que inaugurou o Campus A.C.Simões
Radjalma Cavalcante
Liberdade: uma luta do Diretório dos Estudantes Assim como aconteceu com a reitora Ana Dayse Dórea, a Ufal começou a fazer parte da vida do professor Radjalma Cavalcante quando ainda era estudante. Atualmente, ele é aposentado, mas continua lecionando na Ufal, como voluntário. Era 1965 quando o professor entrou para a faculdade de Economia. O curso ficava instalado em um casarão antigo, na Praça dos Martírios. Nesse mesmo ano, o inquieto jovem de 19 anos foi eleito presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Como representante dos estudantes, Radjalma passou a fazer parte do Conselho Universitário. O professor recorda de fatos curiosos ocorridos durante o período em que esteve à frente da presidência do DCE. U m deles foi a apresentação do espetáculo teatral “Liberdade liberdade”, com o ator Paulo Autran, no Teatro Deodoro, em 1967. “A apresentação dessa peça foi resultado de uma luta do DCE, contrariando o Regime Militar, que não queria esse espetáculo aqui porque era considerado subversivo. Não me conformei, fui a Recife, esperei Paulo Autran acabar o espetáculo que apresentou lá e contei
a verdadeira razão da proibição. Ele havia sido informado que o motivo do cancelamento era falta de espaço na agenda do teatro. Depois, fui ao Diário de Pernambuco, que na época era muito lido aqui em Alagoas, para sugerir uma pauta sobre a proibição da peça”. De acordo com o professor, o jornal publicou a manchete: “Governador proibiu exibição de ´Liberdade, liberdade´ em Maceió. Estudantes farão hoje uma grande passeata”. De volta a Alagoas, Radjalma pretendia organizar a passeata, mas não foi preciso. “Ao saber da publicação, o governador ordenou que o delegado liberasse a peça”, lembra. Depois da apresentação, Radjalma colocou uma placa no Teatro Deodoro com os dizeres: “Neste teatro, Paulo Autran cantou a liberdade. Homenagem dos universitários. 11/01/1967”. A placa foi inaugurada por Paulo Autran e pelo reitor Aristóteles Calazans Simões, o A.C. Simões – cujo nome intitula o campus atualmente. LIGAÇÃO COM ARTE E POLÍTICA - Outra façanha do jovem universitário também foi ligada às artes e à política.
Ainda em 1967, retornou a Recife, representando o DCE, para solicitar que o Grupo Severiano Ribeiro liberasse uma programação especial para a sessão matinal de sábado no Cinema São Luiz. Assim, foi criado o Cinema de Arte de Maceió, no qual era realizada uma programação especial, organizada por uma comissão composta por Radjalma e outras personalidades atuantes no meio cultural alagoano à época. Os filmes selecionados tinham temática política/social. “Todos os sábados, o cinema ficava lotado de estudantes da universidade e, após a exibição, havia debates com a plateia sobre o filme. Foram exibidas centenas de fitas, até que, em 1976, dez anos depois, por pressão do Governo Militar, o cinema de arte foi desativado”, conta. O professor lembra que, na época de estudante, as faculdades eram todas instaladas no Centro: onde hoje é o ICBS, era a faculdade de Medicina; no Espaço Cultural, funcionava o curso de Engenharia; na Praça Monte Pio, onde hoje é localizada a OAB, ficava a Faculdade de Direito; o curso de Filosofia era no Colégio Guido;
Odontologia era localizado onde atualmente funciona o Museu de História Natural, no Farol; e a Reitoria, na Avenida da Paz. De acordo com o professor, nos dez primeiros anos da universidade – de 1961 a 1971 –, algumas faculdades funcionavam em prédios alugados. Por isso, a primeira grande preocupação do reitor A.C. Simões foi comprar um terreno para fazer um campus universitário, que começou a ser construído em 1965. Em 1968, o primeiro prédio ficou pronto. A Faculdade de Economia foi a primeira a funcionar no campus, no prédio onde atualmente está localizado o ICHICA. O professor Radjalma recorda desse momento histórico. “O reitor A.C.Simões pediu aos alunos e professores de Economia que fossem os pioneiros a inaugurar o Campus. Fomos transferidos para lá em julho e a formatura aconteceu em dezembro do mesmo ano. Foi o primeiro curso a se formar no campus A.C.Simões”, recorda. (J.B.) Continua nas páginas B6, B7 e B8
Espetáculo Liberdade, liberdade teve exibição liberada em Maceió após empenho do DCE
TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h15 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h00
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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola Curta Criança Esquadrão Sobre Rodas Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino Muito Maluquinho Catalendas Dango Balango
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Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular Esquenta! Temperatura Máxima Soltando os Cachorros (Exibição em HD)
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Aventura Selvagem (Reprise) Pesca Alternativa Vrum Ganhe Mais Dinheiro Com Jequiti Igreja Mundial Domingo Legal Eliana Roda a Roda Jequiti Programa Silvio Santos
Canal 5 00h00 - De Frente Com Gabi 01h00 - Série - Arquivo Morto // Cold Case 02h00 - Série - Desaparecidos // Without a Trace 03h00 - Série - Estética // Nip/Tuck 04h00 - Encerramento
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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos IURD - Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kids Ponto de Luz Alagoas da Sorte
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- Espaço Vida Vitoriosa - Infomerciais - Brasil Caminhoneiro - Infomerciais - Auto+ - Band Folia - Magazine UEFA - Band Esporte Clube - Gol - O grande momento do futebol - Campeonato Paulista - Corinthiansx Santos 18h00 - Terceiro Tempo 20h00 - VIP - Segurança Especial 21h00 - Domingo no Cinema - A Missão 22h50 - Acerto de Contas 23h30 - Canal Livre 00h30 - Mundo Fashion 01h00 - Show Business 01h45 - Cine Band - Viva Maria! 03h45 - Espaço Vida Vitoriosa
O JORNAL
Espaço B4
Umas poucas palavras
Sávio de Almeida
Quando Espaço nasceu, foi acertado que uma vez por mês teríamos matéria escrita por pessoa da Redação e encaminhada pela Editoria de Cultura. Este é texto de autoria da jornalista Jacqueline Batista, pertencente à redação de O JORNAL. A função dos textos escritos pelo pessoal da Redação é a de trazer recortes do cotidiano da vida de Alagoas para dentro de Espaço, somando a crônica do presente à ênfase teórica que prima no material que publicamos. Jacqueline foi buscar o cotidiano passando por uma necessidade básica: a alimentação. Foi dessa forma que
B5
Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
chegou à culinária e à mesa, bem como à nutrição, juntando dia a dia, cultura e biologia e, sobretudo, trazendo a fala do povo. Seu texto é largamente montado em Cascudo, e Cascudo traz o velho gosto do trato dos costumes, que polvilhou a ambição teórica do folclorista ou, talvez, melhor dizendo, a forma como uma grande erudição voltou-se sobre o que era chamado de popular. Recordo de Cascudo, com quem estive algumas vezes em Natal, inclusive entrevistando para a rádio em que eu trabalhava: Emissora de
O que faz Jacqueline Jornalista profissional, assessora de imprensa do Museu Théo Brandão e pertencente à redação de O JORNAL.
Educação Rural e para os jornais A vida rural e A Ordem. Além do mais, Cascudo era professor da Faculdade de Direito em Natal e tive algumas aulas com ele. Aliás, a aula era ministrada por ele e por seu charuto. Existem perguntas que são de base: existiria Brasil sem a mandioca, sem a famosa farinha de pau? Difícil pensar a possibilidade de que se tivesse uma construção do Brasil sem um alimento de base e, sem dúvida, a farinha e a raiz comestível foram essenciais. Vamos ler o texto.
Yes, nós temos mandioca “A farinha tá no sangue do nordestino/Eu já sei desde menino o que ela pode dar/Tem da grossa, tem da fina/Se não tem da quebradinha/Vou na vizinha pegar pra fazer pirão ou mingau./Farinha com feijão é animal! (...) Você não sabe o que é farinha boa. Farinha é a que a mãe me manda lá de Alagoas”. música de Djavan relata bem a íntima relação do nordestino e do alagoano com essa raiz da família das euforbiáceas. Afinidade que a dona-de-casa Lúcia dos Santos, de 42 anos, moradora do Vergel, exerce com constância. Dona Lúcia costuma substituir frequentemente o pão do café da manhã pela tapioca, que ela faz para o marido e os três filhos. “Gosto de acordar cedo e preparar a tapioca para eles comerem quentinha antes de ir trabalhar e estudar. A goma da tapioca, eu compro pronta no Mercado da Produção, e o coco, ralo no mesmo dia”, conta a dona-de-casa. Dona Lúcia explica que é preciso comprar uma goma de qualidade para a tapioca dar certo. “Se a goma não presta, a gente vê logo quando vai virar a massa: ela esfarela e quebra, já a goma boa deixa a tapioca inteirinha”, explica. Quando dona Lúcia substitui o pão de trigo pelo consumo da tapioca, ela pode até não saber, mas está repetindo um hábito ancestral, que faz parte da origem do Brasil: o hábito de comer derivados da mandioca como fonte de energia. Em relação à farinha de mandioca, em sua obra “História da Alimentação no Brasil”, o folclorista potiguar Câmara Cascudo afirma que a farinha era o alimento essencial da alimentação indígena, acompanhando todas as coisas comíveis, da carne à fruta. Cascudo cita o registro do francês Jean de Lery, em meados do século XVI, sobre o hábito indígena de comer farinha. “Os tupinambás, tanto os homens como as mulheres, acostumados desde a infância a comê-la seca em lugar do pão, tomam-na com os quatro dedos na vasilha de barro ou em qualquer outro recipiente e a atiram, mesmo de longe, com tal destreza na boca, que não perdem um só farelo”, relata.
A
PÃO DO DIA-A-DIA - A função energética dos derivados da mandioca foi útil, também, para os portugueses que vieram ao Brasil na ocasião do descobrimento. De acordo com o folclorista, os três primeiros governadores-gerais do Brasil, Tomé de Souza, Duarte da Costa e Mem de Sá, não comiam o pão de trigo, e sim farinha e beijus. Esses alimentos se tornaram o novo “pão do dia a dia” dos estrangeiros. “Quando a posse da terra começou a ser feita, nasceu o elogio da mandioca e seu registro laudatório em todos os cronistas. Afirmavam, unânimes, ser aquela raiz o alimento regular, obrigatório, indispensável aos nativos e europeus recémvindos. Pão da terra em sua legitimidade funcional. Saboroso, fácil digestão, substancial”, escreveu Cascudo. As muitas possibilidades de preparos feitos a partir da mandioca – farinha, mingaus, beijus, caldos, bolos – dominaram o paladar português, tornando indispensável o seu uso no cotidiano. Mais que isso, a mandioca “era a reserva, a provisão, o recurso”, escreveu Cascudo. No Dicionário do Folclore Brasileiro, o folclorista afirmou: “A cultura da mandioca fixou o indígena nas áreas geográficas de sua produção e possibilitou a colonização do Brasil pela adaptação do estrangeiro a essa alimentação”. Por isso, o português tratou de ampliar as roças de mandioca e de
melhorar as casas de farinha, assegurando a troca das precárias e frágeis máquinas de madeira por máquinas de ferro, no intuito de fortalecer a produção dos alimentos à base de mandioca. A importância dessa alimentação na história do Brasil vai mais além: sem ela, os portugueses não teriam o combustível necessário para suportar as longas viagens de volta ao Reino, como comprova Cascudo: “Farinha de guerra, mais seca, grossa e resistente, e os beijus viajavam no navio de volta a Portugal a roda de 1584: ‘... e os navios, que vêm do Brasil para estes reinos, não têm outro remédio de matalotagem para se sustentar a gente até Portugal, senão o da farinha de guerra; e um alqueire d’ela se dá em regra a cada homem para um mês, a qual a farinha de guerra é muito sadia e desenfastiada, e molhada no caldo da carne ou do peixe fica branda e saborosa como cuscuz. Também costumam levar para o mar matalotagem de beijus grossos muito torrados, que dura um ano e mais sem se danarem como a farinha de guerra’”, escreveu o folclorista, citando o relato da época, feito por Gabriel Soares de Souza.
A rainha dos trópicos O alimento, antes restrito ao índio, atravessou o oceano e penetrou também na cultura africana, como escreveu Cascudo: “Os navios que iam comprar as peças de Guiné levavam nos porões bruacas e surrões de farinha para o sustento dos futuros escravos embarcados. Antes de pisar na terra do Brasil, vinham comendo mandioca. Não apenas a farinha era fornecida nos barcos negreiros como bem antes; desde que o escravo fosse adquirido (...), a farinha de mandioca dava-lhes as boas-vindas. Ia ser o alimento preferido. Reinaria também n’ África como na imensidade do litoral e sertões brasileiros”. Séculos depois, a farinha continua sendo um alimento indispensável na mesa de muita gente. Especialmente nesses lados de cá, do Norte e Nordeste do Brasil, para muitos, sem a farinha, a refeição fica incompleta e falha. É como afirma Cascudo: “A mandioca é rainha dos trópicos, reinando sozinha na culinária popular da zona em que nasceu e ostenta sua coroa irrenunciável”. Se depender do agricultor aposentado José Alexandrino, de 77 anos, conhecido como seu Zuza, o reinado da farinha será perpétuo. O tradicional hábito de comer esse alimento tão nordestino como acompanhamento nas refeições o seguiu, no período em que ele deixou a agricultura em terras alagoanas e foi morar em São Paulo, na década de 1950. “Na época em que eu morava no sítio, comia farinha nas três refeições do dia. Quando fui trabalhar como operário e comia na pensão em que morava, em São Paulo, as pessoas estranhavam quando eu perguntava se tinha farinha para acompanhar o almoço”, lembra. É muito comum que hábitos alimentares tradicionais acompanhem a pessoa, mesmo em ambientes com uma cultura bem dife-
Cultivo da mandioca possibilitou a fixação do indígena nas áreas de sua produção, bem como a colonização do Brasil
rente. De acordo com a psicóloga Lívia Levi, a comida tem uma estreita ligação com a memória afetiva. “As lembranças dos cheiros e sabores dos alimentos marcam as relações sociais e afetivas que construímos ao longo da vida. Daí o porquê de determinado alimento nos lembrar a cozinha da avó, o doce da tia, etc. Levi-Strauss afirmava que os alimentos eram bons para se comer, mas também faziam pensar. Surge, assim, a culinária como fenômeno social, interligando o sabor, o afeto e a memória”, explica a psicóloga. Parece que quanto mais se está longe das origens, essa afirmação se torna evidente. É o que acontece com o comerciante Edmilson Quintino, que mora nos Estados Unidos há oito anos. “Se eu tivesse que escolher um alimento para simbolizar a saudade que sinto da terra, esse alimento seria a tapioca. Me lembro muito de momentos marcantes da infância e da adolescência, quando minha avó preparava a iguaria para os netos. É uma comida simples, que faz parte da minha origem humilde, mas que eu valorizo muito”, disse o comerciante.
O pão da terra brasileira A tradição das farinhadas e do feitio da tapioca fez parte das vivências da turismólo-
ga Madalena Ribeiro, de 59 anos, em União dos Palmares. “O meu pai plantava a maniva, um pedaço do caule da mandioca. Eu lembro que o pai avisava quando tava no tempo da colheita. Após colhida a mandioca, a gente botava todas no balaio para levar à casa de farinha, onde havia um forno alimentado por toras de madeira. O ofício de raspar a mandioca era das farinheiras. Eu, minha mãe e cinco irmãs cantávamos cantigas antigas, enquanto fazíamos o trabalho em família. Uma parte da mandioca era separada para fazer farinha e outra, para tapioca e bolos de massa puba”, recorda. Madalena conta que o feitio da goma da tapioca também ficava a cargo das mulheres. “A gente fazia a goma botando em um pano de saco. Nós, as mulheres, torcíamos o pano para deixar a goma bem enxuta”. Essa estreita ligação cultural e econômica com a mandioca também faz parte das memórias da aposentada Maria de Oliveira, de 85 anos, que lembra com saudade a época em que ela, os pais e os oito irmãos transformavam a mandioca em farinha, beiju e tapioca na casa de farinha, que ficava em um sítio em São José da Laje. Ela conta que, além da família, todos os moradores da vizinhança sabiam fazer esse processo artesanal, que começa por raspar a mandioca após a colheita. “Essa parte de raspar a mandioca era feita pelas mulheres da casa. Depois de raspada,
três dos meus irmãos puxavam a mandioca na roda para moê-la e transformá-la em massa. Feito isso, eles botavam a massa na prensa para separar a goma dessa massa de mandioca”, explica. Esse trabalho de separar a goma da massa não ocorre à toa. Cada subproduto da mandioca – goma e massa – é utilizado com objetivos diferentes. A massa da mandioca serve para fazer a farinha e o beiju (um tipo de tapioca mais seca). Já a goma serve para fazer a tapioca e o bolo de goma. Seu Zuza – que não conseguiu ficar muito tempo longe nem de Alagoas nem da farinha – recorda que, no feitio da farinha, a massa da mandioca era peneirada geralmente pelas mulheres. “Ao ser peneirada, o que sobra da massa fica quase na textura da farinha, só que úmida. Então, é só botar no forno a lenha para ficar pronta”, ensina. Após a etapa de prensar a mandioca, para separar a goma da massa, é retirado um líquido de cor amarelada, conhecido como manipueira. Esse resíduo é deixado descansando durante 24 horas, com o objetivo de extrair a goma. É com essa goma que é feita a tapioca. Aproveitadas a massa e a goma da mandioca no feitio de pratos doces e salgados, resta a manipueira, que muitos agricultores costumam descartar. De modo contrário, a família de seu Zuza sempre aproveitou esse resíduo orgânico, provando que, quan-
do se trata de mandioca, nada se perde. “A manipueira que sobrava na separação da goma era usada como adubo”, conta o aposentado. Esse método de utilização da manipueira, realizado pelo então agricultor há mais de 50 anos, é hoje mais atual do que nunca. De acordo com a cartilha do Sebrae sobre o aproveitamento sustentável da manipueira, as casas de farinha são responsáveis por boa parte da poluição produzida ao seu redor. O despejo da manipueira nos rios e açudes é uma fonte de poluição das águas, causando intoxicação em pessoas e morte em peixes e outros animais. “Se ela for despejada na natureza, provoca a poluição do solo e das águas, causando grandes prejuízos ao meio ambiente e ao homem, que dele necessita para viver. Esse despejo pode ser evitado com a utilização de técnicas corretas de manejo da casa de farinha”, apregoa a cartilha. A publicação do Sebrae afirma que a manipueira pode ser aproveitada de várias maneiras, entre elas, como fertilizante natural, como substituto dos agrotóxicos em lavouras e como defensivo contra insetos e pragas. “A manipueira pode ser utilizada para fertilizar o solo, tornando-o mais rico em nutrientes e microorganismos, servindo também para controlar os vermes que prejudicam o desenvolvimento das plantas. Rica em vários nutrientes, como Potássio (K), Nitrogênio (N), Magnésio (Mg), Fósforo (P), Cálcio (Ca) e Enxofre (S), ela pode ser utilizada para a fertilização do solo e de folhas”. Os subprodutos da mandioca, massa e goma, eram muito utilizados pela família Oliveira, na época em que tinham a casa de farinha no sítio. Dona Maria explica que separar a goma da massa é o primeiro passo para se fazer a tapioca. “Após recolher a goma que fica da manipueira, escorre bem a água para a goma ficar bem seca. Enxuga, peneira e seca essa goma”, ensina. A partir dessa etapa, está pronta a goma da tapioca. “Com a goma pronta, bota o sal e rala o coco para o recheio. A goma vai para uma chapa quente, a massa é esquentada, o coco é derramado em cima, fecha a massa ao meio, com cuidado para assar de leve os dois lados”, descreve dona Maria. A aposentada lembra que ela e a família comiam a tapioca com café diariamente no desjejum. “Na época, era difícil a gente comer pão. De vez em quando, passava alguém vendendo”. Desde o princípio, a simplicidade marca o feitio dos derivados da mandioca. Farinha, bolos de massa puba, beijus e tapiocas são comidas rústicas e populares. O fato de a mandioca se desenvolver em qualquer solo, torna o seu consumo bastante democrático. Como diz a música de Djavan, “o cabra que não tem eira nem beira lá no fundo do quintal tem um pé de macaxeira. A macaxeira é popular é macaxeira pr`ali, macaxeira pra cá”. Esse caráter popular e, digamos, pouco glamouroso da mandioca, também se faz presente na composição do tocantinense Juraildes da Cruz, que, com sua fina ironia, escreveu: “Se farinha fosse americana, mandioca importada, banquete de bacana era farinhada”.
Alimentos à base de mandioca, como a tapioca, tornaramse o “novo pão” do dia a dia à época do Brasil-Colônia
O JORNAL
Espaço B4
Umas poucas palavras
Sávio de Almeida
Quando Espaço nasceu, foi acertado que uma vez por mês teríamos matéria escrita por pessoa da Redação e encaminhada pela Editoria de Cultura. Este é texto de autoria da jornalista Jacqueline Batista, pertencente à redação de O JORNAL. A função dos textos escritos pelo pessoal da Redação é a de trazer recortes do cotidiano da vida de Alagoas para dentro de Espaço, somando a crônica do presente à ênfase teórica que prima no material que publicamos. Jacqueline foi buscar o cotidiano passando por uma necessidade básica: a alimentação. Foi dessa forma que
B5
Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
chegou à culinária e à mesa, bem como à nutrição, juntando dia a dia, cultura e biologia e, sobretudo, trazendo a fala do povo. Seu texto é largamente montado em Cascudo, e Cascudo traz o velho gosto do trato dos costumes, que polvilhou a ambição teórica do folclorista ou, talvez, melhor dizendo, a forma como uma grande erudição voltou-se sobre o que era chamado de popular. Recordo de Cascudo, com quem estive algumas vezes em Natal, inclusive entrevistando para a rádio em que eu trabalhava: Emissora de
O que faz Jacqueline Jornalista profissional, assessora de imprensa do Museu Théo Brandão e pertencente à redação de O JORNAL.
Educação Rural e para os jornais A vida rural e A Ordem. Além do mais, Cascudo era professor da Faculdade de Direito em Natal e tive algumas aulas com ele. Aliás, a aula era ministrada por ele e por seu charuto. Existem perguntas que são de base: existiria Brasil sem a mandioca, sem a famosa farinha de pau? Difícil pensar a possibilidade de que se tivesse uma construção do Brasil sem um alimento de base e, sem dúvida, a farinha e a raiz comestível foram essenciais. Vamos ler o texto.
Yes, nós temos mandioca “A farinha tá no sangue do nordestino/Eu já sei desde menino o que ela pode dar/Tem da grossa, tem da fina/Se não tem da quebradinha/Vou na vizinha pegar pra fazer pirão ou mingau./Farinha com feijão é animal! (...) Você não sabe o que é farinha boa. Farinha é a que a mãe me manda lá de Alagoas”. música de Djavan relata bem a íntima relação do nordestino e do alagoano com essa raiz da família das euforbiáceas. Afinidade que a dona-de-casa Lúcia dos Santos, de 42 anos, moradora do Vergel, exerce com constância. Dona Lúcia costuma substituir frequentemente o pão do café da manhã pela tapioca, que ela faz para o marido e os três filhos. “Gosto de acordar cedo e preparar a tapioca para eles comerem quentinha antes de ir trabalhar e estudar. A goma da tapioca, eu compro pronta no Mercado da Produção, e o coco, ralo no mesmo dia”, conta a dona-de-casa. Dona Lúcia explica que é preciso comprar uma goma de qualidade para a tapioca dar certo. “Se a goma não presta, a gente vê logo quando vai virar a massa: ela esfarela e quebra, já a goma boa deixa a tapioca inteirinha”, explica. Quando dona Lúcia substitui o pão de trigo pelo consumo da tapioca, ela pode até não saber, mas está repetindo um hábito ancestral, que faz parte da origem do Brasil: o hábito de comer derivados da mandioca como fonte de energia. Em relação à farinha de mandioca, em sua obra “História da Alimentação no Brasil”, o folclorista potiguar Câmara Cascudo afirma que a farinha era o alimento essencial da alimentação indígena, acompanhando todas as coisas comíveis, da carne à fruta. Cascudo cita o registro do francês Jean de Lery, em meados do século XVI, sobre o hábito indígena de comer farinha. “Os tupinambás, tanto os homens como as mulheres, acostumados desde a infância a comê-la seca em lugar do pão, tomam-na com os quatro dedos na vasilha de barro ou em qualquer outro recipiente e a atiram, mesmo de longe, com tal destreza na boca, que não perdem um só farelo”, relata.
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PÃO DO DIA-A-DIA - A função energética dos derivados da mandioca foi útil, também, para os portugueses que vieram ao Brasil na ocasião do descobrimento. De acordo com o folclorista, os três primeiros governadores-gerais do Brasil, Tomé de Souza, Duarte da Costa e Mem de Sá, não comiam o pão de trigo, e sim farinha e beijus. Esses alimentos se tornaram o novo “pão do dia a dia” dos estrangeiros. “Quando a posse da terra começou a ser feita, nasceu o elogio da mandioca e seu registro laudatório em todos os cronistas. Afirmavam, unânimes, ser aquela raiz o alimento regular, obrigatório, indispensável aos nativos e europeus recémvindos. Pão da terra em sua legitimidade funcional. Saboroso, fácil digestão, substancial”, escreveu Cascudo. As muitas possibilidades de preparos feitos a partir da mandioca – farinha, mingaus, beijus, caldos, bolos – dominaram o paladar português, tornando indispensável o seu uso no cotidiano. Mais que isso, a mandioca “era a reserva, a provisão, o recurso”, escreveu Cascudo. No Dicionário do Folclore Brasileiro, o folclorista afirmou: “A cultura da mandioca fixou o indígena nas áreas geográficas de sua produção e possibilitou a colonização do Brasil pela adaptação do estrangeiro a essa alimentação”. Por isso, o português tratou de ampliar as roças de mandioca e de
melhorar as casas de farinha, assegurando a troca das precárias e frágeis máquinas de madeira por máquinas de ferro, no intuito de fortalecer a produção dos alimentos à base de mandioca. A importância dessa alimentação na história do Brasil vai mais além: sem ela, os portugueses não teriam o combustível necessário para suportar as longas viagens de volta ao Reino, como comprova Cascudo: “Farinha de guerra, mais seca, grossa e resistente, e os beijus viajavam no navio de volta a Portugal a roda de 1584: ‘... e os navios, que vêm do Brasil para estes reinos, não têm outro remédio de matalotagem para se sustentar a gente até Portugal, senão o da farinha de guerra; e um alqueire d’ela se dá em regra a cada homem para um mês, a qual a farinha de guerra é muito sadia e desenfastiada, e molhada no caldo da carne ou do peixe fica branda e saborosa como cuscuz. Também costumam levar para o mar matalotagem de beijus grossos muito torrados, que dura um ano e mais sem se danarem como a farinha de guerra’”, escreveu o folclorista, citando o relato da época, feito por Gabriel Soares de Souza.
A rainha dos trópicos O alimento, antes restrito ao índio, atravessou o oceano e penetrou também na cultura africana, como escreveu Cascudo: “Os navios que iam comprar as peças de Guiné levavam nos porões bruacas e surrões de farinha para o sustento dos futuros escravos embarcados. Antes de pisar na terra do Brasil, vinham comendo mandioca. Não apenas a farinha era fornecida nos barcos negreiros como bem antes; desde que o escravo fosse adquirido (...), a farinha de mandioca dava-lhes as boas-vindas. Ia ser o alimento preferido. Reinaria também n’ África como na imensidade do litoral e sertões brasileiros”. Séculos depois, a farinha continua sendo um alimento indispensável na mesa de muita gente. Especialmente nesses lados de cá, do Norte e Nordeste do Brasil, para muitos, sem a farinha, a refeição fica incompleta e falha. É como afirma Cascudo: “A mandioca é rainha dos trópicos, reinando sozinha na culinária popular da zona em que nasceu e ostenta sua coroa irrenunciável”. Se depender do agricultor aposentado José Alexandrino, de 77 anos, conhecido como seu Zuza, o reinado da farinha será perpétuo. O tradicional hábito de comer esse alimento tão nordestino como acompanhamento nas refeições o seguiu, no período em que ele deixou a agricultura em terras alagoanas e foi morar em São Paulo, na década de 1950. “Na época em que eu morava no sítio, comia farinha nas três refeições do dia. Quando fui trabalhar como operário e comia na pensão em que morava, em São Paulo, as pessoas estranhavam quando eu perguntava se tinha farinha para acompanhar o almoço”, lembra. É muito comum que hábitos alimentares tradicionais acompanhem a pessoa, mesmo em ambientes com uma cultura bem dife-
Cultivo da mandioca possibilitou a fixação do indígena nas áreas de sua produção, bem como a colonização do Brasil
rente. De acordo com a psicóloga Lívia Levi, a comida tem uma estreita ligação com a memória afetiva. “As lembranças dos cheiros e sabores dos alimentos marcam as relações sociais e afetivas que construímos ao longo da vida. Daí o porquê de determinado alimento nos lembrar a cozinha da avó, o doce da tia, etc. Levi-Strauss afirmava que os alimentos eram bons para se comer, mas também faziam pensar. Surge, assim, a culinária como fenômeno social, interligando o sabor, o afeto e a memória”, explica a psicóloga. Parece que quanto mais se está longe das origens, essa afirmação se torna evidente. É o que acontece com o comerciante Edmilson Quintino, que mora nos Estados Unidos há oito anos. “Se eu tivesse que escolher um alimento para simbolizar a saudade que sinto da terra, esse alimento seria a tapioca. Me lembro muito de momentos marcantes da infância e da adolescência, quando minha avó preparava a iguaria para os netos. É uma comida simples, que faz parte da minha origem humilde, mas que eu valorizo muito”, disse o comerciante.
O pão da terra brasileira A tradição das farinhadas e do feitio da tapioca fez parte das vivências da turismólo-
ga Madalena Ribeiro, de 59 anos, em União dos Palmares. “O meu pai plantava a maniva, um pedaço do caule da mandioca. Eu lembro que o pai avisava quando tava no tempo da colheita. Após colhida a mandioca, a gente botava todas no balaio para levar à casa de farinha, onde havia um forno alimentado por toras de madeira. O ofício de raspar a mandioca era das farinheiras. Eu, minha mãe e cinco irmãs cantávamos cantigas antigas, enquanto fazíamos o trabalho em família. Uma parte da mandioca era separada para fazer farinha e outra, para tapioca e bolos de massa puba”, recorda. Madalena conta que o feitio da goma da tapioca também ficava a cargo das mulheres. “A gente fazia a goma botando em um pano de saco. Nós, as mulheres, torcíamos o pano para deixar a goma bem enxuta”. Essa estreita ligação cultural e econômica com a mandioca também faz parte das memórias da aposentada Maria de Oliveira, de 85 anos, que lembra com saudade a época em que ela, os pais e os oito irmãos transformavam a mandioca em farinha, beiju e tapioca na casa de farinha, que ficava em um sítio em São José da Laje. Ela conta que, além da família, todos os moradores da vizinhança sabiam fazer esse processo artesanal, que começa por raspar a mandioca após a colheita. “Essa parte de raspar a mandioca era feita pelas mulheres da casa. Depois de raspada,
três dos meus irmãos puxavam a mandioca na roda para moê-la e transformá-la em massa. Feito isso, eles botavam a massa na prensa para separar a goma dessa massa de mandioca”, explica. Esse trabalho de separar a goma da massa não ocorre à toa. Cada subproduto da mandioca – goma e massa – é utilizado com objetivos diferentes. A massa da mandioca serve para fazer a farinha e o beiju (um tipo de tapioca mais seca). Já a goma serve para fazer a tapioca e o bolo de goma. Seu Zuza – que não conseguiu ficar muito tempo longe nem de Alagoas nem da farinha – recorda que, no feitio da farinha, a massa da mandioca era peneirada geralmente pelas mulheres. “Ao ser peneirada, o que sobra da massa fica quase na textura da farinha, só que úmida. Então, é só botar no forno a lenha para ficar pronta”, ensina. Após a etapa de prensar a mandioca, para separar a goma da massa, é retirado um líquido de cor amarelada, conhecido como manipueira. Esse resíduo é deixado descansando durante 24 horas, com o objetivo de extrair a goma. É com essa goma que é feita a tapioca. Aproveitadas a massa e a goma da mandioca no feitio de pratos doces e salgados, resta a manipueira, que muitos agricultores costumam descartar. De modo contrário, a família de seu Zuza sempre aproveitou esse resíduo orgânico, provando que, quan-
do se trata de mandioca, nada se perde. “A manipueira que sobrava na separação da goma era usada como adubo”, conta o aposentado. Esse método de utilização da manipueira, realizado pelo então agricultor há mais de 50 anos, é hoje mais atual do que nunca. De acordo com a cartilha do Sebrae sobre o aproveitamento sustentável da manipueira, as casas de farinha são responsáveis por boa parte da poluição produzida ao seu redor. O despejo da manipueira nos rios e açudes é uma fonte de poluição das águas, causando intoxicação em pessoas e morte em peixes e outros animais. “Se ela for despejada na natureza, provoca a poluição do solo e das águas, causando grandes prejuízos ao meio ambiente e ao homem, que dele necessita para viver. Esse despejo pode ser evitado com a utilização de técnicas corretas de manejo da casa de farinha”, apregoa a cartilha. A publicação do Sebrae afirma que a manipueira pode ser aproveitada de várias maneiras, entre elas, como fertilizante natural, como substituto dos agrotóxicos em lavouras e como defensivo contra insetos e pragas. “A manipueira pode ser utilizada para fertilizar o solo, tornando-o mais rico em nutrientes e microorganismos, servindo também para controlar os vermes que prejudicam o desenvolvimento das plantas. Rica em vários nutrientes, como Potássio (K), Nitrogênio (N), Magnésio (Mg), Fósforo (P), Cálcio (Ca) e Enxofre (S), ela pode ser utilizada para a fertilização do solo e de folhas”. Os subprodutos da mandioca, massa e goma, eram muito utilizados pela família Oliveira, na época em que tinham a casa de farinha no sítio. Dona Maria explica que separar a goma da massa é o primeiro passo para se fazer a tapioca. “Após recolher a goma que fica da manipueira, escorre bem a água para a goma ficar bem seca. Enxuga, peneira e seca essa goma”, ensina. A partir dessa etapa, está pronta a goma da tapioca. “Com a goma pronta, bota o sal e rala o coco para o recheio. A goma vai para uma chapa quente, a massa é esquentada, o coco é derramado em cima, fecha a massa ao meio, com cuidado para assar de leve os dois lados”, descreve dona Maria. A aposentada lembra que ela e a família comiam a tapioca com café diariamente no desjejum. “Na época, era difícil a gente comer pão. De vez em quando, passava alguém vendendo”. Desde o princípio, a simplicidade marca o feitio dos derivados da mandioca. Farinha, bolos de massa puba, beijus e tapiocas são comidas rústicas e populares. O fato de a mandioca se desenvolver em qualquer solo, torna o seu consumo bastante democrático. Como diz a música de Djavan, “o cabra que não tem eira nem beira lá no fundo do quintal tem um pé de macaxeira. A macaxeira é popular é macaxeira pr`ali, macaxeira pra cá”. Esse caráter popular e, digamos, pouco glamouroso da mandioca, também se faz presente na composição do tocantinense Juraildes da Cruz, que, com sua fina ironia, escreveu: “Se farinha fosse americana, mandioca importada, banquete de bacana era farinhada”.
Alimentos à base de mandioca, como a tapioca, tornaramse o “novo pão” do dia a dia à época do Brasil-Colônia
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Do Campus Tamandaré ao A.C.Simões O professor conta que, logo no ano seguinte, em 1969, ele começou a lecionar na universidade. Em 1976, um fato curioso na história da Ufal foi vivenciado por Radjalma. Três anos antes, o Ministério da Marinha cedeu à universidade as antigas instalações da Escola de AprendizesMarinheiros, onde hoje fica localizado o Detran. Lá passou a funcionar o Campus Tamandaré, no qual foram instalados os cursos da área III da Ufal. Nessa época em que o professor Radjalma dirigia o CHLA e o professor Carlos Mendonça, o CCSA, no Campus Tamandaré, aconteceu o inesperado. Os
diretores foram representar o então reitor Manuel Ramalho em uma reunião com a direção da Salgema. Radjalma conta que, além dos dois professores da Ufal, estavam presentes à reunião os comandantes do Exército, da polícia, do Corpo de Bombeiros e o diretor da Salgema. O professor conta que o comandante do Exército disse: “Senhores representantes da Ufal, dentro de quatro meses, a fábrica Salgema vai começar a funcionar. Havendo um vazamento de cloro, este vai direto à direção do Campus Tamandaré. Então, os senhores têm que comprar três mil máscaras
contra gases, três ambulâncias 24 horas e construir um prédio 100x100, totalmente oxigenado”. O professor descreve o final dessa história. “Eu argumentei que a universidade mal tinha dinheiro para se manter e perguntei que tipo de convênio a Salgema poderia fazer para nos ajudar a comprar o material, mas o comandante respondeu que isso era um problema nosso. Relatamos a reunião ao reitor, que resolveu transferir, no prazo de quatro meses, todos os cursos do Campus Tamandaré para o Campus A.C. Simões”, contou Radjalma.
Ainda no Campus Tamandaré, em agosto de 1975, o professor assistiu à abertura do Museu Théo Brandão. “Em uma das casas do Campus, a professora Carmem Lúcia, aproveitando o material cultural cedido por Théo Brandão, resolveu abrir o museu. A inauguração foi marcada, a princípio, para o dia 18 de agosto, mas, quando o professor Théo Brandão me comunicou a data, eu sorrindo, sugeri que ele fizesse no dia 20, que é o meu aniversário. Na mesma hora, o professor Théo Brandão declarou que, em minha homenagem, a abertura aconteceria no dia 20 de agosto”. (J.B.)
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Os estudantes invadiram as salas adjacentes à Reitoria, gritando palavras de ordem para exigir eleições diretas
Fernando Gama
Fernando Cardoso Gama esteve à frente da Ufal como reitor nos períodos ditatorial e democrático
Gama vivenciou o nascimento da instituição Antes mesmo de a Ufal existir, o ex-reitor e professor aposentado Fernando Cardoso Gama já ensinava na Escola de Engenharia de Alagoas, que, à época, era uma faculdade particular, mas depois passou a integrar a universidade. Quando a Ufal foi criada, ele permaneceu como professor. Gama vivenciou de perto o surgimento da instituição de en-
sino superior e tem na memória fatos dos bastidores dessa história. “O professor A.C.Simões era bem organizado e econômico, chegava a ter um comportamento folclórico. Só começava uma obra quando já tinha todo o dinheiro separado para o término. Na construção do Campus da Ufal, A.C.Simões catava os pregos do chão e entregava
ao mestre-de-obras para que nada fosse desperdiçado”, lembra. Gama foi reitor em duas ocasiões: a primeira entre 1983 e 1987 e a segunda, entre 1991 e 1995. O primeiro mandato, ainda na época da Ditadura, foi obtido por eleição indireta. “Havia um anseio, principalmente da classe estudantil, de que houvesse eleição direta. A votação do primeiro
mandato foi bastante tumultuada. Os estudantes invadiram as salas adjacentes à Reitoria, gritando palavras de ordem para exigir eleições diretas. Um coronel da ASI (Assessoria de Informação do Governo Militar) conteve os alunos e manteve a ordem”, lembra o ex-reitor. (J.B.) Continua nas páginas B7 e B8
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Vencidos pelo cansaço, alunos não protestam em posse do reitor Gama No dia da posse do novo reitor, houve um acontecimento que alterou os rumos da história. Gama conta que o senador Teotônio Vilela morreu dois dias antes de sua posse. “Os alunos estavam preparando um grande protesto para o dia da minha posse, mas não houve por causa da morte de Teotônio. Ele era idolatrado pelos alunos, pois simbolizava o combate à Ditadura. Os estudantes acompanharam o corpo até o cemitério a pé e ficaram muito cansados. Esse foi um
fato que contribuiu para que a posse se desse pacificamente”. Ainda no primeiro mandato, Gama conta que acabou se envolvendo em uma das manifestações dos estudantes do DCE, que resolveram incendiar um ônibus dentro do Campus para protestar contra o número reduzido de coletivos com destino à Ufal. “Em reunião com eles, eu disse que não fizessem isso porque a universidade seria responsabilizada e teria que pagar o prejuízo. Sugeri, de
brincadeira, que eles fizessem algo diferente, por exemplo, sequestrassem um ônibus. Assim eles fizeram. Em uma manhã, logo cedo, fui avisado do sequestro. Eles não permitiram que um dos ônibus coletivo saísse do Campus. Das 10h da manhã às 14h fiquei negociando com os estudantes e a polícia para que esta não entrasse no Campus e para que os estudantes não quebrassem o ônibus. Estava tudo sob controle até a hora em que os estudantes de Jornalismo chegaram e não
quiseram mais acordo, queriam quebrar tudo. O combinado era não depredar o ônibus para a polícia não entrar. Foi mais difícil negociar com a chegada dos estudantes de Jornalismo, eles não queriam saber de conversa. Então, eu entrei no ônibus e, depois de um bom tempo, consegui contê-los através de muita argumentação. Eles liberaram ônibus e, a partir daí, os estudantes passaram a negociar com a empresa de ônibus”, lembra. Gama afirma que o seu
primeiro mandato foi caracterizado por construções. Na época, existia um projeto do governo federal chamado MEC/BID III. O ex-reitor conta que, através dessa iniciativa foi possível construir muitos dos prédios que existem na Ufal. Entretanto, explica que o projeto tinha suas contrapartidas. O MEC/BID era uma espécie de acordo entre o governo federal e o governo americano. Uma das exigências era o regime de crédito, que foi instaurado na época
desse projeto. “O regime de crédito quebrava a unidade estudantil. O aluno não tinha turma, que era o centro da resistência. Era um regime que não visava à melhoria do ensino, mas sim a quebra da resistência estudantil. A universidade, entretanto, só recebia o dinheiro do MEC/BID se fizesse reformas universitárias nos moldes recomendados pelo projeto. A implantação do sistema de crédito era apenas uma das exigências”, revela o ex-reitor. (J.B.)
Servidor da Ufal há 37 anos, o decorador Gil Lopes coordenava o grupo folclórico Professor Théo Brandão, da universidade; ensaios dos folguedos eram comandados pela professora Maria José Carrascosa
Cantar o Hino Nacional: exigência de Nabuco Lopes
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Os ensaios do grupo ainda eram coordenados pela professora Carrascosa. Fizemos várias apresentações em eventos, exposições, hotéis e cidades do interior alagoano
Há 37 anos, o servidor Givanildo Lopes, conhecido como Gil, entrou na Ufal. Começou trabalhando no Departamento de Matemática no cargo de agente de portaria. “Quando eu entrei na Ufal, o reitor era o professor Nabuco Lopes. Na posse, eu tive que cantar o Hino Nacional. Era uma das exigências do reitor. Quem não soubesse, tinha que voltar para casa para aprender. O reitor não admitia que um servidor público não soubesse o Hino Nacional. Cada servidor empossado cantava uma parte. Quando ele me chamou, fiquei com medo de não saber cantar, mas a sorte é que eu sabia a parte que ele pediu”, recorda Gil. O servidor permaneceu 11 anos no Departamento de
Matemática. Quando entrou na Ufal, muitas das salas de aula do Campus A.C.Simões ainda estavam sendo montadas. “Eu fui um dos que trabalharam nessa primeira montagem das salas, levando as carteiras dos alunos”, recorda. Após alguns anos, Gil ascendeu ao cargo de decorador. Do Departamento de Matemática, o servidor foi transferido para a Pró-Reitoria de Extensão (Proex), que, na época, ficava localizada próximo ao Mercado Público. Lá, trabalhou com as professoras Hélia Pontes e Maria José Carrascosa. As duas coordenavam o grupo folclórico Professor Théo Brandão. A professora Maria José era quem coordenava os ensaios.
“Passei a desenhar os figurinos dos brincantes dos folguedos do grupo, além de auxiliar os ensaios. Quando comecei, tinha apenas noções primárias das danças. Com Carrascosa, aprendi os passos verdadeiros, autênticos de cada folguedo. Ela era muito exigente, sempre queria a perfeição dos alunos”, conta. Nesse período, o grupo viajou a Brasília para representar Alagoas na Feira dos Estados. “Fui o único funcionário da Ufal que participou desse momento. Na época, o Collor era o presidente e nós fizemos a apresentação na Casa da Dinda. Eu dancei dentro do boi de guerreiro. Fiquei tão empolgado, rodei tanto, que fiquei tonto, e, ao invés de seguir na direção certa, fui
em direção ao presidente. O Mateu (um dos figurantes do Guerreiro) foi quem me orientou a ir para o outro lado para seguir o desfile com os outros”, lembra. O grupo folclórico passou um período parado até retornar suas atividades no Museu Théo Brandão, na mesma ocasião em que Gil foi trabalhar lá. “No MTB fui o coordenador-geral do grupo folclórico. Aproveitei os próprios ex-alunos para ensaiar os novatos. Os ensaios ainda eram coordenados pela professora Carrascosa. Fizemos várias apresentações em eventos, exposições, hotéis e cidades do interior alagoano”, lembra Gil. (J.B.) Continua na página B8
Gil Lopes
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Amanhecemos o dia na Ufal, com faixas em prol da abertura do RU. A grande maioria dos estudantes participantes do protesto era da Residência
Jean Machado
Residência Universitária Alagoana era cenário de discussões sobre política estudantil, protestos e eventos culturais, como a tradicional Tertúlia
RUA: moradia social, política e cultural O agrônomo Jean Machado fez a graduação na Ufal, entre 1992 e 1997. O ex-aluno vivenciou o cotidiano da universidade de um jeito diferente da maioria. É que, durante todo o curso, Jean morou na Residência Universitária Alagoana (RUA). “É como se a gente vivesse na universidade 24 horas por dia. Quando havia greve, às vezes, não po-
Encontros regionais e nacionais de residentes aconteciam em todo o País
díamos voltar para casa, ou porque alguns trabalhavam ou porque moravam longe e não tinham dinheiro para viajar”, recorda. Jean afirma que a RUA foi o cenário de várias reuniões sobre política estudantil. “Os maiores protestos dos estudantes da Ufal, da época, começavam na Residência. Eram protestos contra o aumento das passagens de ônibus e reivindicações como melhoria na estrutura da Residência e na qualidade da comida do Restaurante Universitário”, conta. O ex-estudante relata um episódio ocorrido em 1993, quando os residentes e outros alunos da Ufal fizeram um protesto contra o aumento das passagens de ônibus. “Tomamos conta da Praça dos Palmares, passamos a noite na Prefeitura. Depois do protesto, não houve aumento de passagem”. Ainda nesse ano, houve o fechamento do Restaurante Universitário. Os residentes foram ao Campus protestar. “Amanhecemos o dia na Ufal, com faixas em prol da abertura do RU. A grande maioria dos estudantes participantes do protesto era da Residência”, disse Jean. Outro momento em que os residentes marcaram presença foi em 1992, no movimento de impeachment do ex-presidente Fernando Collor. “Os residentes, juntamente com outros universitários e alunos de escolas públicas de nível médio, participaram da manifestação. Todos nós
saímos com faixas e caras pintadas dizendo o grito de guerra ´Fora Collor´”, lembra Jean. Muitos outros protestos se seguiram. Um dos últimos da fase de estudante do ex-residente foi em 1996, contra o primeiro Provão realizado na Ufal. “Protestamos, junto com outros estudantes e professores da universidade. A manifestação aconteceu na Rua do Sol e na Praça Monte Pio”, recorda. ENCONTROS, FESTAS E PROTESTOS – Ele conta que, além desses protestos locais, havia os encontros regionais e nacionais de estudantes de Residências Universitárias de todo o País. “Tínhamos uma ligação com estudantes de todos os estados do Brasil. Havia encontros de residentes duas vezes por ano. A Residência proporcionava isso; era um meio político estudantil que nos fortalecia. Em todos os encontros eram discutidas questões de interesse das casas de estudantes, bem como da universidade como um todo. Fazíamos protestos contra o sucateamento e a política de privatização das universidades e das Residências Universitárias, pois algumas queriam privatizar suas casas de estudantes ou fechar por falta de verba”, explica. O agrônomo lembra que havia um evento que se tornou tradicional na Residência: a lavagem da caixa d’água. Enquanto as mulheres faziam o almoço, os homens limpa-
vam a caixa. À noite, para comemorar, havia a Festa da Caixa d’Água, que tinha a participação não só dos residentes, como da comunidade universitária em geral. “Nessa festa surgiam discussões políticas, eram levantadas questões de ordem e reivindicações para a Ufal e a Residência”, disse Jean. Outro evento tradicional era a Tertúlia: um encontro cultural que acontecia todas as noites de sexta-feira, no qual se recitavam poesias e alguns participantes cantavam e tocavam violão. “A gente morava na Residência Universitária, mas existiam os agregados, que permaneciam muito lá para estudar em grupo e participar de eventos que aconteciam em alguns finais de semana”, conta. Apesar das dificuldades de morar em grupo e da falta de privacidade, pois o quarto é dividido com outros estudantes, Jean considera válido ter morado na Residência. “Existia um preconceito com quem morava lá, mas foi a melhor fase da minha vida. Na Residência vivi, aprendi, tive a oportunidade de ampliar os meus conhecimentos políticos, sociais e culturais. Se entrar na universidade já é um choque cultural e de costumes para o jovem, ao morar na Residência, isso se amplia porque fica longe da família, tem que aprender a se virar sozinho. Foi uma oportunidade de sair preparado para a vida. Tenho boas lembranças da Residência e da universidade”. (J.B.)
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REF: 0141 – STELLA MARIS - Apt° com Varanda, sala de estar/jantar, 03 quartos sendo todos suítes, lavabo, cozinha e dependência de empregada. R$ 410.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 021 – ED. ESTRELA DO MAR – Nascente, andar alto Jatiúca - Sala de estar e jantar com varanda, circulação interna, 02 suítes, w.c. social, quarto social, cozinha, despensa, área de serviço. Area: 85,95m², 01 vaga de garagem. R$ 190.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 069 - STELLA MARIS ED. JOSÉ GUILHERME – Área: 88,66m² - varanda, uma suíte, 02 quartos, sala, cozinha, wc social, dependência de empregada e área de serviço. R$ 260.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 055 –JATIÚCA – ÁREA: 43,14 M² - Sala, 01 quarto, varanda, wc social, cozinha. 01 vaga de garagem. R$ 170.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 027 – STELLA MARIS EDF. GIVERNY – Uma graça de apartamento - Sala de estar/jantar com varanda, 02 quartos sendo 01 suíte, WC social, copa/cozinha com área de serviço e despensa. Completo de armários; Área: 79m2 - 01 vaga de garagem. R$ 200.000,00 – Cond. R$ 350,00 incluso gás e água. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0134 – JATIÚCA - 98,4M2 EDIFÍCIO DIAMANTE Apartamento com 4 quartos:, sendo 1 suíte, 1 Vaga de garagem, varanda, sala para 2 ambientes, 2 quartos sociais, 1 quarto suíte, 1 quarto reversível, cozinha, WC social, área de serviço, WC serviço. R$ 196.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 023 – ED. GENTILLE BELLINI - JATIUCA- Sala de estar/jantar com varanda, 04 suítes, sendo uma suíte master com closet, copa/cozinha com área de serviço e despensa, quarto e banheiro para empregada; Área: 252,07m² - 04 vagas de garagem. R$ 1.400.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
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Esportes
O JORNAL JORNA L Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
Quero revanche! Mordido com a derrota da semana passada, ASA reencontra o Coruripe pelo Estadual PÁGINA 4 Marco Antônio
CSA tenta sair da crise contra o Ipanema PÁGINA 5
O JORNA L JORNAL
Esportes 2
Domingo, 20 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
CSA E CRB LUTAM CONTRA O TEMPO CRB e CSA acumulam o peso de suas camisas. A pressão por títulos fez muitos dirigentes comprometerem o futuro dos maiores campeões do Estado e, hoje, eles são cobrados por isso. Não é fácil administrar os graves problemas financeiros da dupla. Com dívidas pesadas para o seu poder econômico, eles não conseguem acompanhar os clubes mais organizados do interior, que não têm o ônus de desmandos históricos para enfrentar. Um exemplo é o Murici, que não tem a força das camisas e das torcidas do Galo e do Azulão, mas pode planejar seu futuro com mais tranquilidade. A diretoria do atual campeão alagoano garante que a folha salarial até o fim do Campeonato Estadual está garantida pelos seus dez patrocinadores e que a renda do jogo com o Flamengo vai para a poupança do Centro de Treinamento. CSA e CRB jamais poderiam executar um projeto parecido. Se os credores descobrirem que qualquer um deles vai receber recursos mais polpudos, acionam seus agentes de cobrança. Por isso, os dirigentes fogem do assunto quando a imprensa tenta descobrir quanto azulinos e regatianos arrecadam num jogo ou na temporada. Ao contrário dos grandes clubes nacionais, o Galo e o Azulão não contam com parceiros que abracem seus departamentos de futebol e explorem a força de suas torcidas. Esse apoio externo proporcionou a Flamengo e Fluminense, apesar de suas dívidas assustadoras, conquistarem os brasileiros de 2009 e 2010. A dupla alagoana trabalha de forma quase amadora no futebol profissional. A estrutura de suas diretorias é arcaica e soluções discutidas à exaustão por seus dirigentes são apenas paliativas. Uma das esperanças de mudança do quadro, a Timemania, não deu o retorno esperado e os grandes da capital vivem, em pleno século XXI, das migalhas de seus conselheiros. Para piorar o quadro, a pressão exercida por seus torcedores gera atitudes precipitadas tanto na Pajuçara quanto no Mutange. Em meio ao caos, eles montam equipes heterogêneas e acabam aumentando os números de suas dívidas. Em Alagoas, não é fácil recuperar os dias de glória com o peso e as armadilhas deixadas pelo tempo.
BATALHA DAS TVS A Globo colocou banca na reunião com o Clube dos 13, realizada na última quarta-feira, e ameaçou, oficialmente, desistir de entrar na concorrência pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro entre 2012 e 2014. Maior adversária da emissora carioca, a Record adotou uma postura cautelosa por achar que a rival está blefando. Apesar de estar em desvantagem na disputa, a Globo ainda conta com dois aliados de peso para virar o jogo: Flamengo e Corinthians. Os clubes de maior torcida do País fazem força nos bastidores para que a TV da família Marinho continue dominando o futebol nacional e ainda tentam influenciar os demais dirigentes a desistirem da ideia de um leilão com lance mínimo de R$ 500 milhões.
CURTO-CIRCUITO A Globo informou que, se continuar com os direitos de transmissão do Brasileiro, pretende implantar o sistema de pay-per-view para Internet a partir de 2012. Com a novidade, o torcedor poderá acompanhar os jogos de seu clube longe de casa. Assessor de imprensa do Murici, Jailson Colácio ainda comemora o acerto do clube com o BMG. Segundo ele, o patrocínio master tem validade de dois anos e vai impulsionar os projetos do clube.
O atacante Willian José foi apresentado oficialmente pela diretoria do São Paulo na sexta
Artilheiro na área Alagoano Willian José inicia o trabalho no São Paulo O atacante alagoano Willian José e o lateral-direito Edson Ramos chegaram ao São Paulo sem badalação. O perfil de ambos contribuiu para isso. Apresentados oficialmente na sexta-feira, no CT da Barra Funda, os dois ainda são rostos desconhecidos nas ruas, bom para eles que se consideram tímidos. O convite do time do Morumbi é visto como a maior chance de prosperarem na carreira. Edson Ramos, ex-Ratinho, 24, veio ao São Paulo por indicação de Rivaldo. Antes ele atuou em equipes modestas
do futebol nacional e do exterior. Sua última aparição em campo, curiosamente, foi no Santiago Bernabeu, defendendo o Mallorca contra o Real Madrid de Kaká e Cristiano Ronaldo, vencido pelo time madrilenho por 1 x 0. “Mesmo tendo enfrentado o Cristiano Ronaldo e o Kaká ainda não tem aquela badalação comigo”, sorriu Edson Ramos, que assinou vínculo até o fim do ano. Seus direitos pertencem ao Mallorca, da Espanha. “Fico feliz pela indicação do Rivaldo. Quando apareceu a proposta, o Rivaldo ficou saben-
do da necessidade de um lateral e me procurou. Agradeço muito por isso”, complementou. Willian José deixou o Grêmio Prudente como promessa, aparecendo na mídia como atleta da seleção sub-20, em janeiro. Aos 19 anos, o atacante terminou o Sul-Americano da categoria como titular no ataque, ao lado de Neymar e Lucas. “Nunca gostei de dar entrevista. Sou tímido. Lá no Prudente, não tinha isso. Mas na seleção começou e aqui no São Paulo será assim também. Vai ser muito bom o São Paulo para a minha carreira”, comenta Willian José.
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Ganhei tempo CRB não joga no meio de semana e vai intensificar o trabalho para encaixar seus reforços Lula Castello Branco
Victor Melo Editor de Esportes
O CRB volta a jogar pelo Campeonato Alagoano somente no próximo domingo, contra o CSE. O jogo está marcado para as 16h, no Estádio Rei Pelé. Na última partida diante de sua torcida, o Galo decepcionou e perdeu para o Murici por 2 x 0. Neste ano, diante do Tricolor de Palmeira, o time regaitano sofreu uma derrota fora de casa por 2 x 1, de virada. Houve equilíbrio na disputa, mas, depois de salvar o CRB muitas vezes durante a partida, o goleiro Adriano falhou no finalzinho do jogo e sua equipe foi derrotada. Jogando no Trapichão, o Galo não tem um bom retrospecto neste ano. O time venceu dois jogos (contra CSA e Ipanema) e perdeu três vezes (para ASA, Corinthians-AL e Murici). “A gente tem que impor o ritmo em casa. Essas partidas no Rei Pelé vão ser fundamentais para o CRB e, por isso, todos os jogadores contam com o apoio da torcida”, comentou o atacante Luiz André.
O atacante Luiz André foi um dos poucos jogadores contratados em 2011 que se firmaram na equipe do CRB
CONTRATAÇÕES - Na semana passada, o CRB contratou o atacante Ivan Schumacher (exCastanhal-PA), o goleiro Juliano (ex-
Guarani-SP), o zagueiro Bilica (exSertãozinho-SP), o volante Williams (ex-Bahia-BA) e o atacante Léo (exCriciúma-SC). Também chegaram recentemente os meias Paulinho e
Galo vai enfrentar o ASA na 12a rodada do Alagoano 2011 O CRB não vence o ASA há ser a folga que o time terá nos onze partidas. A ascensão do próximos dias. Alvinegro coincidiu com a Enquanto o ASA vai decadência regatiana e, enfrentar o Horizonte, nas últimas temporaquarta-feira, pela Copa das, o Galo tem sofrido do Brasil, em quando encontra o Arapiraca, a comissão rival. Neste ano, jogantécnica regatiana vai CRB não do no Rei Pelé, o time poder preparar o time regatiano foi derrotado e tentar encaixar os vence o ASA por 2 x 1 na partida que novos reforços dominhá 11 marcou a apresentação go contra o CSE e, partidas do técnico Carlos provavelmente, na Rabello ao torcedor. Ele quarta (dia 2), diante estreou no jogo seguindo ASA. “Essa data te, mas já observou os ainda vai ser confirjogadores diante do mada, já que depenAlvinegro. demos da participação do A vantagem do ASA na Copa do Brasil”, expliGalo em relação ao adversário vai cou o assessor de imprensa da
Federação, Alberto Lima. Os dirigentes alvirrubros esperam que o clássico seja um marco na virada do clube neste ano. Com reduzidas chances de classificação, o CRB luta para fugir o mais rápido possível da ameaça do rebaixamento. “O momento é de passar tranqüilidade ao grupo. Temos que fazer as coisas com calma para não trocar os pés pelas mãos”, comentou o diretor de futebol do Galo, Ednilton Lins. Depois dos confrontos com CSE e ASA, o Galo vai pegar, na seqüência, Santa Rita (fora de casa), Coruripe (casa), Corinthians-AL (fora), Sport Atalaia (casa), Ipanema (fora) e CSA (neutro). (L.M)
Danilo, que estavam, respectivamente, no futebol suíço e romeno. Com esses reforços, a comissão técnica espera que o time possa reagir na competição.
Santa Rita recebe hoje o Sport-AL, em Boca da Mata Santa Rita e Sport-ALse enfrentam hoje, às 15h15, em Boca da Mata. O dono da casa vai tentar escapar da última colocação do Campeonato Alagoano e o visitante vai buscar os três pontos para afastar de vez o risco de queda. O Santa soma apenas seis pontos na tabela e vem de uma derrota para o próprio Sport, em Atalaia, por 3 x 1. O time do técnico Paulo Roberto Guillard chegou aos 13 pontos no Estadual e está numa posição confortável em relação ao rebaixamento. Para chegar ao G-4, o time vai precisar engatar uma seqüência de vitórias. (L.M)
Clube de Regatas Brasil
CRB
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Agremiação Sportiva Arapiraquense
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ASA
Segunda batalha
ASA e Coruripe voltam a se enfrentar pela 10ª rodada do Campeonato Alagoano Lula Castello Branco
Luciano Milano Repórter
Dois jogos e duas derrotas seguidas, uma pela Copa do Brasil e outra no Campeonato Alagoano. Com essa sequência negativa de resultados, o ASA volta a campo, na tarde de hoje, pelo Estadual, contra o Coruripe, às 16h, no Estádio Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca, em partida válida pela primeira rodada dos jogos de ida da competição local. Na última quarta-feira, o time do técnico Vica foi batido por 3x1 pelo Horizonte-CE, pela Copa do Brasil, mesmo placar pelo que foi batido pelo mesmo Coruripe, só que em Coruripe, no sábado da outra semana. Na tabela de classificação do Campeonato Alagoano, o Alvinegro soma 18 pontos. Até o início da rodada, ontem, o ASA estava somente a um ponto de Corinthians Alagoano, líder, e Murici, vice-líder, que somavam 19 e enfrentaram, no sábado, respectivamente, CSE e CRB. Em Arapiraca, a torcida alvinegra começa a chiar com os maus resultados do time e a cobrar da diretoria reforços para, na visão dos torcedores, melhorar a qualidade técnica da equipe. No fórum de discussões voltado para o dia a dia do time, muitos chegam a dizer que não acreditam que a equipe lute pelo título de campeão alagoano 2011. Em contato com O JORNAL, o presidenteexecutivo do clube, José Oliveira dos Santos, o Zé da Danco, afirmou que diretoria e comissão técnica sabem das carências do elenco, mas não vão fazer loucuras, gastar o que não tem em caixa e contratar jogador acima das condições financeiras do clube. EXPLICAÇÃO - "É claro que sabemos onde precisamos contratar. Já trouxemos um goleiro (Daniel) e um zagueiro (Ferreira), e continuamos buscando outros nomes, como um atacante. Mas não é fácil trazer jogador para chegar e jogar porque os bons estão empregados e não é barato tirar o atleta do outro clube. Por outro lado, a torcida não tem só que cobrar elenco de qualidade, precisa chegar junto na hora de ir a campo, por exemplo, porque está deixando a desejar", declarou Zé da Danco. Para o confronto desta tarde, Vica deverá contar com os dois laterais-esquerdos da equipe, George e André Medeiros, que estiveram entregues ao Departamento Médico e são opção para logo mais. Com o retorno dos dois, o treinador alvinegro não deverá ter problemas para escalar a equipe que buscará reabilitação no Estadual.
Thiago está buscando o seu espaço no ASA
Coruripe não conta mais com Júnior Amorim O técnico Celso Teixeira tem problemas para escalar o time que enfrenta o ASA na tarde de hoje, em Arapiraca. É que o lateral-direito Ricardinho, suspenso pelo Tribunal de Justiça Desportiva por quatro jogos, cumpriu um e tem mais três para cumprir. O clube do Litoral Sul já deu entrada no Pleno no Tribunal para que a pena de Ricardinho seja revista e que ele possa atuar na próxima rodada. Além de Ricardinho, Celso Teixeira também não contará com o habilidoso atacante Lindomar.
No Departamento Médico do clube, ele tenta se recuperar de um problema muscular e não atua. Fora do time desde a vitória contra o CRB, quando o Hulk venceu o Galo em Coruripe, o atacante Júnior Amorim teve ontem seu contrato rescindido pelo clube, uma vez que Amorim voltou para Maceió logo após aquela partida e nunca mais retornou. Na sexta-feira passada, a diretoria do Coruripe anunciou que Amorim estava saindo porque, entre outras coisas, teria exigido ser titular do time e entrou em rota de colisão
com o já polêmico técnico Celso Teixeira. A informação foi veiculada no programa A Hora da Verdade, do Timão Paixão do Torcedor da Rádio Jornal. ASA - Paulo César; Sílvio, Toninho e Ferreira; Sérgio, Cal, Marielson, Didira, Vitinha e George; Thiago. Técnico: Vica. CORURIPE - Everton; Fabinho, Márcio Abrahão, Wallax e Ivan Cristo; Jaelson, Geninho, Anderson e Rubens; Paulinho Marília e Edson Di. Técnico Celso Teixeira. (L.M)
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Tá na hora da virada CSA tenta se livrar da zona do rebaixamento no jogo contra o Ipanema Rodrigo Cortez/Ascom CSA
Luciano Milano Repórter
Com a impetuosidade nas palavras do jovem meia Neilson, que deve estrear vestindo a camisa azulina, o CSA vai em busca de sua terceira vitória no Campeonato Alagoano, na tarde de hoje, contra o Ipanema, às 16h, no estádio Rei Pelé, em Maceió, na retomada do Estadual depois da parada no meio de semana para os jogos dos representantes alagoanos na Copa do Brasil. “Sou um meia de armação, não gosto de marcar, mas irei pegar o adversário até o fim porque o CSA precisa vencer e sair dessa situação difícil. Um time com uma grande torcida como esse e com a história que tem não pode estar na zona de rebaixamento. Tenho habilidade suficiente para ajudar o CSA contra o Ipanema", declarou o ousado meia Neilson, indicado pelo ídolo do CSA da década de 1980 Peu. Neilson chegou ao Mutange no começo da semana e agradou nos treinamentos da semana, coman-
O meia Neilson foi contratado na semana passada pela diretoria azulina
dados pelo técnico Edson Ferreira. Mais do que a terceira vitória na competição local, os três pontos contra o time sertanejo se transformariam em seis nas contas do time do Mutange. Isso porque, o
Azulão ocupa a perigosa 9ª colocação, com apenas seis pontos ganhos. A mesma pontuação do Ipanema, que é o 8º, porque tem três vitórias contra duas do CSA. Como não poderia deixar de ser, o
técnico Edson Ferreira classifica a partida deste tarde como divisor de águas para as pretensões do clube de fugir ao rebaixamento para a Segunda Divisão. Vale lembrar que em 2010 o CSA disputou a competição de acesso por ter caído em 2009. "É uma partida que deve definir muita coisa na história do CSA nessa competição. Na verdade, essa é a primeira que o time vai ter que vencer, com a consciência de que cada ponto que se perder daqui por diante, é um passo que se dá para o rebaixamento. Mas o ânimo aqui é outro, novos jogadores de qualidade chegaram, e eu acredito na vitória contra o Ipanema, precisamos disso", declarou Edson Ferreira. Para o confronto, o técnico azulino deve promover a estréia de dois novos atletas, o volante Bira e o meia Neilson, e, ainda, utilizar o jovem Tiago, do time sub-2, que tem se destacado nos treinamentos da semana e será o companheiro de Tico Mineiro, no ataque azulino.
Ipanema ainda tenta recuperar pontos no tribunal CAMPEONATO ALAGOANO Atualizada antes dos jogos de ontem Pos. Time
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Corinthians
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Enquanto se preocupa com o time dentro de campo - principalmente na partida desta tarde, contra o CSA, a diretoria do Ipanema também aguarda decisão de recurso impetrado pelo seu Departamento Jurídico no TJD-AL, que puniu o time do Sertão com perda de três pontos e multa de R$ 10 mil por ter utilizado, na estreia do time no Estadual, mais de 12 jogadores, considerados irregulares pela FAF e membros do Tribunal. O caso é que o nome dos jogadores contratados pelo clube foi publicado no Boletim Informativo Diário (BID) na sexta-feira, 14, anterior à estreia no Estadual - no domingo, dia 16 -. A FAF disse que o regulamento mandava que os atletas estariam aptos para jogar se os nomes fossem publicados no BID dois dias úteis antes da primeira ro-
dada, a quinta-feira, 13. "O problema é que o presidente da Federação (Gustavo Feijó) mudou o regulamento ao bel prazer dele, o que não pode acontecer. Como diz o Estatuto do Torcedor, um regulamento não pode ser alterado por dois anos consecutivos. Em 2010, os jogadores puderam jogar sendo regularizados até um dia útil antes da primeira rodada” CSA - Adriano; Marcelo, Duda, Luisão e Rafael; Bira, Anderson La Bamba, Neilson e Dio; Tiago e Tico Mineiro. Técnico Edson Ferreira. IPANEMA - Osmar; Luciano Pinga, Cláudio, Bel e Ítalo; Adriano Cabeça, Rildo Marcelinho e Gustavo; Pitolo e Cal. Técnico Alysson Dantas. (L.M)
Centro Sportivo Alagoano
CSA
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Homem de referência Contra o Santos, Corinthians aposta hoje no bom histórico do atacante Liedson em clássicos São Paulo (SP) - Artilheiro do Corinthians na temporada com quatro gols e herdeiro da camisa 9 de Ronaldo, Liedson terá, hoje, o compromisso mais importante desde que voltou ao clube, quarto colocado: o clássico contra o vice-líder Santos, às 16h, no Pacaembu, pela oitava rodada do Paulistão. O destaque do Timão neste início de ano enfrentará um rival paulista depois de oito temporadas defendendo as cores do Sporting (POR). E o histórico do atacante pelo Alvinegro diante dos grandes do estado é animador. Em 2003, ele jogou seis clássicos: venceu três, empatou dois, perdeu um e marcou três gols. A oportunidade mais relevante em que balançou a rede foi na segunda partida final do Paulistão em que anotou uma vez sobre o São Paulo, na vitória por 3 x 2 - Jorge Wagner fez os outros dois gols e Luis Fabiano e Fabiano diminuíram para o time do Morumbi.
Antes da decisão estadual, havia mexido no placar nos dois confrontos da semifinal contra o Palmeiras. Deixou sua marca no 2 x 2 na ida e no 4 x 2 na volta, resultado que garantiu a vaga na final. O único revés foi para o São Paulo (2 x 1) no Campeonato Brasileiro. No Nacional, também passou em branco na igualdade (1 x 1) com o Peixe, rival do fim de semana, e não teve a chance de rivalizar com o Palmeiras porque a equipe do Palestra Itália estava na Série B. Assim o aproveitamento total foi de 61%. Embora esteja em alta e tenha salvado o Corinthians com dois gols no triunfo sobre o Mogi Mirim, Liedson ainda busca um melhor encaixe com os novos companheiros “Tenho de conhecer mais o grupo, como eles gostam de passar a bola, recebê-la. O entrosamento vai melhorando aos poucos”, declarou. EM PORTUGAL - Se no re-
Homem-gol: Liedson foi contratado pelo Corinthians para substituir Ronaldo no comando de ataque
torno ao Brasil Liedson tem resolvido as partidas e o histórico contra os rivais nacionais anime a torcida corintiana, em Portugal o desempenho foi abai-
Jonathan se diz pronto para voltar Santos - Jonathan correu contra o tempo para se recuperar de pubalgia e jogar pelo Santos. Jogou, mas só três partidas. Uma nova lesão, agora na coxa esquerda, o tirou dos campos novamente. Recuperado, ele voltou a treinar quinta e espera estrear para valer pelo Peixe, justo no clássico contra o Corinthians. Tido como um dos grandes reforços para o ano, Jonathan não pôde mostrar ainda a que veio. Chateado com o tempo longe dos gramados, ele diz estar pronto para entrar em campo no clássico, espera apenas o aval do treinador. “Só depende do Adilson, eu estou pronto para jogar. Se vou ou não aguentar os 90 minutos eu não sei, depende de como vai ser o jogo, o clima, mas me sinto bem e quero ir”, disse o lateral do Santos.
Jonathan desfalca o Santos há 22 dias. Pior, parou logo após a pré-temporada e perdeu boa parte da condição física que perdeu naquele momento. Agora, é correr atrás do mesmo ritmo que seus companheiros de grupo já têm. Foi preciso ficar duas semanas no Cepraf apenas para cuidar da lesão no músculo adutor da coxa. Nos últimos sete dias foi possível fazer uma leve corrida em volta do gramado. Pouco tempo? Pode ser, mas ele quer aproveitar. “A pior coisa que tem para um jogador é se lesionar. Não pude fazer nada a não ser me tratar. Só na última semana eu consegui fazer algum exercício, mas ainda assim é totalmente diferente de jogar, treinar no campo. Acho que até o próximo
jogo na Libertadores (2 de março) estarei pronto”. Enquanto esteve fora, o técnico Adilson Batista precisou quebrar a cabeça para escalar o setor, pois já escalou quatro jogadores: Danilo, Pará, Bruno Aguiar e Anderson Carvalho. Crystian, recém-promovido da base, ainda não jogou. Danilo e Pará, que são laterais de ofício, chegaram ontem de uma desgastante viagem para a Venezuela. Cansados, devem ser poupados do clássico, o que aumenta mais a possibilidade de Jonathan voltar a jogar neste domingo. Com ele, Adilson começa a ficar próximo de seu time ideal. O lateral quer mostrar ao santista do que é capaz e, enfim, estrear de verdade e embalar no Peixe.
xo do que na primeira passagem pelo Timão. Entre 2003 e o início deste ano, fez 34 clássicos pelo Sporting (POR), a terceira força do país atrás de Porto
e Benfica, saiu vencedor em dez, derrotado em 13 e empatou dez vezes, conquistou 40% dos pontos e vazou os concorrentes em quatro oportunidades.
Palmeiras tem problemas no gol São Paulo (SP) - O Palmeiras terá dois desfalques importantes na partida contra o Mogi Mirim, pelo Campeonato Paulista, hoje, às 16h, fora de casa: os goleiros Deola e Marcos. O primeiro sofreu uma luxação no dedinho da mão esquerda no treinamento da última quintafeira e não terá condições de atuar. Ele também ficará fora do jogo contra o Comercial (PI), na proxima quarta-feira, pela Copa
do Brasil. A expectativa é que retorne no clássico contra o São Paulo, no proximo dia 27. Já Marcos seguirá fazendo um trabalho de fortalecimento muscular e também não enfrenta o Mogi. Ele deve voltar ao time na proxima quartafeira. Quem “comemora” as lesões é Bruno, terceiro goleiro. Ele será o titular no próximo domingo e fara sua estreia na temporada.
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Jogadores blindados Novo acordo com o meia Lucas reforça operação nacional contra saída de craques O futebol nacional cercou o fornecimento de craques para o exterior. As transações para o mercado internacional continuam sendo comuns, mas o acesso às principais estrelas foi restringido. O novo contrato de Lucas com o São Paulo, firmado na quinta-feira e com multa rescisória de R$ 180 milhões, reforçou a estratégia dos clubes brasileiros de se adequar ao padrão europeu para se proteger do assédio estrangeiro. Arecusa do Santos em negociar Neymar para o Chelsea, em agosto do ano passado, foi um marco na postura nacional de retenção das “joias”. O clube inglês ofereceu 30 milhões de euros para contratar o atacante. Aequipe da Vila Belmiro avisou que Neymar só deixaria o clube caso o Chelsea pagasse a
multa rescisória de 35 milhões de euros. Nada feito. Logo após a negativa, o Santos aproveitou para reformular o contrato de Neymar, elevando a multa para 45 milhões de euros (R$ 101 milhões). Os valores das multas de Paulo Henrique Ganso, Neymar e Dentinho chegam a assustar clubes do 1º mundo, que consideram altas em se tratando de Brasil. Ronaldinho Gaúcho traduz a política de valorização da matéria-prima. Para fora, ele vale R$ 400 milhões. Para o mercado nacional, o Flamengo fixou multa de R$ 325 milhões. Os atuais milionários da bola se exibem em campeonatos diversos. “Os clubes daqui entenderam que vale a pena investir nesses jogadores porque eles dão
Lucas renovou com São Paulo com multa rescisória de R$ 180 milhões
retorno. E quanto mais os clubes investem em craques, mais caro ficam esses jogadores para venda. E nenhum clube quer perder bons atletas de graça”, declarou ao UOL Esporte o empre-
Guia do torcedor A T U A L I Z A D A A N T E S D O J O G O D E O N T E M
Alagoano 15h15 Santa Rita x Sport Santo Antônio 16h CSA x Ipanema 16h ASA x Coruripe Alemão 11h30 Bayer Leverkusen x Stuttgart 13h30 Borussia M gladbach x Schalke 04 Baiano 16h Colo-Colo-BA x Feirense 16h Vitória da Conquista x Serrano 16h Bahia de Feira x Ipitanga 16h Atlético-BA x Camaçari 16h Juazeiro x Fluminense-BA 16h Bahia x Vitória Espanhol 13h Getafe x Racing Santander 13h Villarreal x Málaga 13h Almería x La Coruña 13h Osasuna x Espanyol 15h Sevilla x Hércules 18h Barcelona x Athletic Bilbao Carioca 16h Flamengo x Botafogo Gaúcho 16h Grêmio x Ypiranga-RS 18h30 Caxias x Veranópolis
sário Wagner Ribeiro, que agencia Neymar e Lucas, e que já controlou as carreiras de Robinho e Kaká. Perto de Cristiano Ronaldo, as multas de Lucas, Ronaldinho
e do próprio Messi parecem pequenas. O português segue muito à frente dos concorrentes na disputa de quem é o mais valioso do mundo. Amulta do astro do Real Madrid está avaliada em mais de R$ 2 bilhões. Exceção feita ao bilionário contrato de Cristiano Ronaldo, os demais atletas da Europa têm valores mais próximos dos jovens jogadores de clubes brasileiros. Kaká, por exemplo, tem multa próxima à de Lucas. Para espantar eventuais interessados em Lucas, o São Paulo reajustou o salário do jogador para fechar um contrato por cinco temporadas. Antes ele recebia R$ 12 mil, agora passa a ganhar mais de R$ 100 mil. Com vínculo novo, o camisa 7 passa a ser o jovem mais valioso do futebol nacional.
AGENDA DE HOJE
Inglês 9h West Bromwich Albion x Wolverhampton Italiano 8h30 Lecce x Juventus 11h00 Chievo Verona x Milan 11h00 Fiorentina x Sampdoria 11h00 Genoa x Roma 11h00 Lazio x Bari 11h00 Parma x Cesena 11h00 Udinese x Brescia 16h45 Napoli x Catania Mineiro 16h Caldense-MG x Uberaba 16h Guarani-MG x Atlético-MG 18h30 América-MG x Funorte Paulista 16h Corinthians x Santos 16h Mogi Mirim x Palmeiras 18h30 Mirassol x Linense 18h30 São Bernardo x Noroeste 18h30 Ponte Preta x Botafogo-SP Pernambucano 16h Cabense x Ypiranga-PE 16h Salgueiro x Vitória-PE 16h Central x Santa Cruz-PE 17h Sport x Petrolina
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Marco Antônio
Grupo alvinegro destaca a Taça GB
Ronaldinho Gaúcho é a atração do clássico
É com esse que eu vou Sem novidades, Fla duela hoje à tarde com o Botafogo Rio de Janeiro - O técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, deve repetir no clássico de hoje, às 16h, contra o Botafogo, no Engenhão, a escalação que derrotou o Murici por 3 x 0 na noite de quarta-feira, em Maceió, garantindo a vaga na segunda fase da Copa do Brasil sem a necessidade da realização do confronto de volta. Dessa maneira, o zagueiro Ronaldo Angelim vai mais uma vez compor a lateral-esquerda, com Renato Abreu, Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho atuando na criação de jogadas para o ataque, que mais uma vez será formado apenas por Deivid.
Ontem, o elenco participou de um trabalho recreativo e logo depois começou o período de concentração para a semifinal da Taça Guanabara. Para o lateral-direito Léo Moura, um dos líderes rubro-negros, a campanha do Flamengo neste início de temporada, com 100% de aproveitamento, deve ser comemorada. No entanto, não será este fato que decidirá o classificado para a final do primeiro turno do Campeonato Carioca. “Nosso time está numa crescente. É muito bom conseguir se manter cem por cento no campeonato nessa primeira fase. O Botafogo também vem jogando
bem o campeonato, e agora vamos nos encarar nessa semifinal e acho que a equipe que errar menos vai para a final”, comentou o lateral. O duelo contra o Botafogo ocorreu nas finais dos últimos quatro Campeonatos Cariocas, com três triunfos do Rubronegro. Mesmo assim, adotando um discurso humilde, Léo Moura insistiu na tese de que o confronto de hoje não terá favorito. “Não tem essa, é um clássico. Acho que as equipes têm de estar bem preparadas para jogar essa semifinal, jogar sempre no erro do adversário e tirar proveito disso”, completou.
Rio de Janeiro - O Botafogo está quase pronto para o confronto de hoje, às 16h, contra o Flamengo, no Engenhão, pelas semifinais da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca. Em semana de clássico, os jogadores já ficam mais focados no que está por vir. Porém, desta vez, a atenção é ainda maior, pois os atletas botafoguenses entendem que a conquista do título será estrategicamente muito importante. Quem vencer o confronto vai decidir a Taça Guanabara. “Estrategicamente, a conquista da Taça Guanabara é muito importante, pois vai nos dar tranquilidade para a sequência da temporada. Além de já termos garantida a vaga em uma decisão importante, teremos como trabalhar de maneira mais focada na Copa do Brasil, que, para nós, já começa na próxima semana”, disse o zagueiro Antônio Carlos, lembrando que, na quarta-feira da próxima semana, dia 23 de fevereiro, o Glorioso estreia na competição nacional, medindo forças com o River Plate-SE, em Aracaju (SE). Para o goleiro Jéfferson, a importância de uma vitória sobre o Flamengo deve ser calculada pelo que o Botafogo conseguiu na temporada passada, quando conquistou o título estadual sem a necessidade de disputar uma final, pois ganhou a Taça Guanabara e também o segundo turno da competição, a Taça Rio. “Se conquistarmos a Taça Guanabara nós passaremos a ser a única equipe que poderá ganhar o título estadual sem a
necessidade de uma decisão. A pressão acaba sendo menor no segundo turno, pois os demais têm apenas mais uma chance, enquanto nós já estamos na final e ainda poderemos acabar com tudo antes, o que nos dá tempo maior para a disputa da Copa do Brasil”, explicou o camisa 1. Como em todo jogo decisivo, Joel Santana faz mistério quanto à escalação que pretende mandar a campo. O treinador, porém, vai mexer na formação que empatou com o Macaé por 1 x 1 na semana passada. Somália ganha a vaga do meia Bruno Tiago, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. O uruguaio Loco Abreu, que cumpriu suspensão no fim de semana, reaparece no lugar de Alex, formando dupla de ataque com o argentino Herrera. A única dúvida está no meiocampo, onde o volante Marcelo Mattos, com dores na sola do pé direito, vai se submeter a um teste de vestiário. Caso seja vetado, o uruguaio Arévalo deverá ser o escolhido de Joel Santana. FLAMENGO - Felipe, Leonardo Moura, Welinton, David Braz e Ronaldo Angelim; Willians, Maldonado, Renato Abreu, Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho; Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo. BOTAFOGO: Jéfferson; Antônio Carlos, João Filipe e Antônio Carlos; Alessandro, Marcelo Mattos (Arévalo), Somália, Renato Cajá e Márcio Azevedo; Herrera e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.