OJORNAL 21/08/2011

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O JORNA L Maceió, domingo, 21 de agosto de 2011 | Ano XVII | Nº 283 | www.ojornalweb.com

ALAGOAS

R$ 3,00

PM perde 250 homens por ano Para secretário, tropa está envelhecida e trabalha em funções administrativas; ele quer concurso para 180 vagas Thiago Sampaio

Todo ano, a Polícia Militar perde de suas fileiras cerca de 250 policiais. Isso ocorre em decorrência das reservas previstas na legislação e pelas reformas que são motivadas por problemas de saúde na tropa. Hoje, a corporação tem algo em torno de 8 mil homens, mas mensagem que tramita na Assembleia Legislativa estabelece esse número em 12 mil policiais.

Páginas A17 e A18

Estudo revela que 64% da tropa está acima do peso

m trabalho ambiental em Coqueiro Seco tenU ta conscientizar os pescadores a preservar a lagoa Mundaú através da limpeza. A ideia é de

um ex-pescador que hoje está no cargo de secretário de Meio Ambiente e sentiu a necessidade de fazer algo pela lagoa. Aos poucos, os pesca-

dores se integram ao projeto. Há na cidade cerca de 600 pescadores em atividade e outros 200 Páginas A10 e A12 aposentados.

Estudo feito em 2009 revelou que 64% dos policiais militares estão acima do peso. Não quer dizer que todos estejam gordos, mas com alguns quilos a mais.

Páginas A14 e A15

Yvette Moura

Clemente: “São Miguel hoje está órfã de tudo” Futuro prefeito de São Miguel dos Campos, George Clemente falou a O JORNALsobre suas prioridades no cargo. E disse: “São Miguel hoje está órfã de tudo”.

Na Série B, ASA investe há 2 anos na estrutura

Página A3

Aldo Rebelo pode ser 1º comunista no TCU O deputado federal Aldo Rebelo falou com O JORNAL esta semana. Entre os temas, a possibilidade de chegar ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Página A4

Em Arapiraca, população diz que Caps está sem remédio Moradores do bairro Caititus, em Arapiraca, denunciaram que o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) está sem medicamentos. Segundo eles, portadores de problemas mentais estão sem retirar remédio no órgão.

Página A25

“Fina Estampa” traz duas feras da televisão

O coco de roda tem lugar garantido nas apresentações da festa; mas haverá ainda pastoril, taieira, fandango e baiana

Maceió faz a festa do folclore Os principais nomes e grupos folclóricos de Maceió estão nas ruas da capital para marcar a passa-

Entrega de cartões em casa

Página A31

gem do Dia do Folclore, comemorado amanhã. A Fundação Municipal de Ação Cultural elaborou

programação para que os maceioenses possam respirar folclore. As atividades foram iniciadas on-

tem. Hoje, das 13h às 17h, haverá apresentações na orla da Ponta Verde.

Páginas A21 a A23

2ª edição da Flimar terá Lêdo Ivo e Jessier

Cine Sesi exibe amanhã filme católico alagoano

Páginas B1 e B2

Página B6

É de Alagoas o rosto mais lindo do mundo

MARÉS 01h54.........................................0.8 08h06.........................................1.6 14h15.........................................0.8 20h43.........................................1.5

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O JORNAL

Política A2

Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br

DROGAS E FAMÍLIA Um dos principais combustíveis do crescimento da criminalidade em Alagoas, o tráfico de drogas - em especial do crack - é das principais chagas que necessitam de combate urgente. Claro que a maior parcela de atribuição, neste caso, é do Poder Público, que precisa oferecer empregos, educação e entretenimento, principalmente para os jovens -principal público-alvo dos entorpecentes. Mas o Estado não pode ser o único combatente dessa batalha.

A sociedade tem papel fundamental, levando-se em conta as famílias. É na célula familiar que o ser humano aprende a conviver com os outros, independentemente do formato que a família tenha. Recebe valores, ensinamentos, limites. É aí que aparece o principal momento de combate às drogas: na formação do ser humano. Não é fácil, mas é o caminho mais eficiente. Nisso o Poder Público também pode ajudar, dando as condições que já citamos aos pais e mães de família.

CPI...

A próxima reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Assembleia Legislativa para investigar problemas nos serviços prestados pela Eletrobras em Alagoas está marcada para a próxima terça-feira, após a sessão ordinária da Casa, por volta das 17 horas. O encontro contará com a presença do presidente da Eletrobras em Alagoas, Marco Aurélio Madureira da Silva.

... DA ELETROBRAS Com esse depoimento, os deputados membros da comissão pretendem conseguir informações sobre o que realmente está acontecendo com a empresa devido às correntes falhas no fornecimento de energia elétrica. De acordo com o presidente da CPI, deputado Ronaldo Medeiros (PT), a comissão vai investigar a fundo a situação de Alagoas e não vão se contentar com discursos redundantes e sem propósito.

SEGURANÇA 1 A Escola Superior de Magistratura de Alagoas (Esmal) sediará, no próximo sábado, a I Conferência Alagoana de Segurança Pública. O evento objetiva a soma de experiências profissionais e conhecimentos jurídicos pertinentes à segurança pública. Os advogados Raimundo Palmeira e Adriano Soares, e o juiz auxiliar da Presidência do TJ, Alberto Jorge Correia, são os palestrantes do evento.

SEGURANÇA 2 O público-alvo da conferência são estudantes e profissionais das ciências jurídicas ou de áreas afins. Durante o evento, o “Espaço Cidadão” permitirá aos participantes a redação de “Carta ao Senhor Governador do Estado de Alagoas”, apresentando os problemas pertinentes a suas realidades, assim como sugestões de solução.

COMBUSTÍVEIS A Câmara de Maceió realizou esta semana, através do pregão presencial, na sede da Casa Legislativa, licitação para contratação de empresas especializadas para o fornecimento de combustíveis. Apenas duas empresas se credenciaram para participar do certame: Posto Master e Auto Posto Comendador.

“

A crise lá fora acontece e nós vamos continuar aqui trabalhando, construindo casas, construindo mais indústrias, gerando mais empregos. Esse país é, de fato, um país muito rico”

Dilma Rousseff, presidente da República

PEC...

O deputado federal alagoano Maurício Quintella (PR) será o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 31 de dezembro de 2015.

O mecanismo permite que o governo use como quiser 20% da arrecadação de todos os tributos existentes ou que vierem a ser instituídos durante o prazo de vigência, mesmo os que tiverem vinculação constitucional.

... DA DRU

O texto enviado pelo Executivo no início deste mês é semelhante ao que está em vigor na Constituição e que expira em 31 de dezembro deste ano. A indicação de Quintella como relator da PEC foi feita esta semana pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

DIRETAS E os futuros candidatos a vereador de Maceió nas eleições de 2012 já botaram o bloco na rua.

Adesivos com nomes começam a aparecer nos carros, sem indicação de cargos e nem alusão ao próximo ano, claro.

Mas a prática já está tão comum que é inevitável perceber a intenção de alguns, que ainda são anônimos na mídia...

Domingo, 21 agosto de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Projeto vai monitorar processos por desvio de dinheiro público Observatório da Corrupção é proposta do Conselho Federal da OAB Gilson Monteiro

Conselho Federal da OAB. A CECCI é presidida por Brêda.

“O Observatório da CorNa próxima quarta-feira, o rupção será um instrumento Conselho Federal da Ordem para que a sociedade exerça dos Advogados do Brasil seu insistente interesse no (OAB) lança um ambicioso célere julgamento de casos programa na área do contro- de corrupção acompanhando le social, ou seja, a participa- os andamentos e pleiteando ção da sociedade na fiscaliza- os julgamentos em todas as ção do poder público. O Ob- instâncias. O Brasil tem hoje servatório da Corrupção, que milhares de processos que promoverá ações que bus- tratam, civil e criminalmenquem dar celeridade a proces- te, de questões que dizem sos judiciais e administrativos, respeito à improbidade adinquéritos, procedimentos in- ministrativa, corrupção, pevestigatórios e outros que ver- culato e demais formas de sem sobre improbidade admi- desvio de dinheiro público, geralmente procesnistrativa, corrupção, peculasos de ampla reperto e demais formas de descussão. Sabemos vio de dinheiro púque muitas são as blico. Na prática, o causas da demora Observatório pretenNa prática, na conclusão de feide ser uma “grande tos processuais tanprojeto lupa” em cima de processos como o capretende ser to no âmbito administrativo como no lhamaço que investigrande lupa judicial. E uma defiga desde 2005 desvio sobre nição sobre a condede merenda escolar nação ou absolvição em prefeituras alaprocessos de agentes públicos goanas na histórica de corrupção interessa a toda a operação Gabiru. sociedade. Sendo A filosofia do Obtambém necessário servatório é que os que os indevidamente proprocessos que apucessados deixem esta incôram o desvio de recursos do erário são cada vez moda situação e que os que mais numerosos, e a morosida- se locupletaram indevidade na tramitação traz um pre- mente do dinheiro público juízo incalculável para a cole- sejam punidos”, argumenta.

“O Observatório nasce tividade. O Observatório vai estar em atividade a partir da como um grande instrumenpróxima quarta-feira, no en- to que possibilitará à sociedadereço eletrônico www.obser- de exerça seu interesse no rápido julgamento de casos vatorio.oab.org.br O advogado alagoano de corrupção acompanhanPaulo Brêda, que há cerca de do os andamentos e pleiteanum ano comanda a equipe do os julgamentos em todas responsável pela implanta- as instâncias”, conclui o adção do projeto, explica a fun- vogado. ção do Observatório, que inPERSEGUIÇÃO - Paulo tegrará a Comissão Especial de Combate à Corrupção e Brêda faz questão de afirmar Impunidade (CECCI) do que o Observatório não tem

Repórter

Cartaz do Observatório: objetivo é buscar celeridade para processos

objetivo de perseguir nenhuma figura pública que seja alvo de processo nem magistrados. “Esse grupo agirá com total imparcialidade. Tudo o que faremos é buscar uma resposta para a sociedade, respeitando-se a tramitação dos processos, o trabalho do Poder Judiciário. Não é nossa intenção expor ninguém, perseguir quem quer que seja. O

que interessa é pedir celeridade nos processos que versam sobre desvio de recursos públicos, pela importância que eles têm no âmbito coletivo. Também não é de nosso interesse criticar ou expor o trabalho da magistratura, que muitas vezes tem dificuldades justificáveis na morosidade de determinados processos”, esclarece o advogado.

Juízes afirmam que o controle já existe Como vai funcionar o observatório A utilização do Observatório Nacional da Corrupção se dará por meio do endereço eletrônico www.observatorio.oab.org.br que estará disponível a partir da próxima quarta-feira (24). Conheça o passo-a-passo para utilizar o serviço: 1 - Clicando-se no link “OBSERVATÓRIO DA CORRUPÇÃO” será exibido um termo de uso onde são explicadas as regras para recepção e aceitação ou não dos pedidos de acompanhamento dos processos 2 - Aceitando os termos, o cidadão é comunicado que as informações apresentadas serão direcionadas a um relator da Comissão Especial de Combate à Corrupção e Impunidade, CECCI), que verificará a existência do processo e submeterá o processo aos demais integrantes. A decisão de acompanhar ou não o processo será comunicada ao usuário, que receberá, em caso positivo, um número de processo no CFOAB e uma senha para acesso aos andamentos.

3 - Com base nos dados fornecidos haverá tentativa de localizar o processo/procedimento informado, e ainda uma análise do enquadramento do caso nos objetivos do Observatório.

4 - Em sendo aceito, o processo será distribuído automaticamente, (via e-mail) e um relator integrante da CECCI, e será gerado automaticamente um número de protocoloco.

5 - O cidadão será informado da aceitação ou não do processo para acompanhamento através de e-mail.

6 - O Presidente da CECCI encaminhará ao Presidente do CFOAB o pedido para a formação de um grupo de integrantes da OAB na localidade de tramitação do processo denunciado, chamado de GRUPO DE VISITA. 7 - De acordo com o entendimento da Diretoria do CFOAB, os julgadores ou investigadores responsáveis pela demora injustificada no andamento dos processos acompanhados poderão ser representados em seus respectivos órgãos correicionais regionais ou nacionais.

8 - O processo será encerrado no CFOAB após o proferimento de uma decisão judicial de 2a. Instância ou de Órgão Colegiado, ou ainda de arquivamento de procedimento investigativo.

Os juízes da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) do Tribunal de Justiça de Alagoas receberam a criação do Observatório Nacional da Corrupção de forma positiva, mas com algumas reservas. Segundo o juiz auxiliar da CGJ, Emanuel Dória, já existem canais para a sociedade conhecer a tramitação dos processos e cobrar agilidade.

“Toda iniciativa para incentivar a participação da sociedade é louvável. Cabe acrescentar que qualquer cidadão brasileiro tem acesso à página do Tribunal de Justiça e pode saber a tramitação do processo. Hoje já pode fazer isso. Abrindo a página do TJ, no link dos processos de primeira e segunda instâncias, é possível acompanhar. E estando [o processo] em desalinho com o que preconiza a lei, excedendo o prazo, ou dando despachos procrastinatórios, os chamados embargos de gaveta, propositais, as partes podem procurar a ouvidora da Corregedoria e protocolar uma reclamação, seja por email, por telefone ou via postal, ou mesmo pessoalmente. E esse cidadão vai ter uma resposta”, afirmou o magistrado.

Perguntado sobre a procura da ouvidoria por parte da população, o juiz afirmou que tem crescido. “É comum, muito acessada, muito procurada [a ouvidoria]. É dado andamento à reclamação e é remetida ao corregedor”, garantiu.

COBRANÇA - Outra ressalva seria ao fato de o Observatório ter o foco nos processos que tratam sobre corrupção e desvio de dinheiro público, o que, segundo Dória, pode gerar uma cobrança ainda maior da população perante o Poder Judiciário.

“Pode-se gerar uma expec-

tativa na sociedade de mais uma vez se voltar os olhos para ao Judiciário. O Judiciário é o responsável por tudo o que não anda nesse país. Mas temos que ter um Ministério Público atuante, e para isso temos que ter um número suficiente de promotores para atuar nas devidas unidades judiciais, temos que ter defensores públicos fazer funcionar todo o sistema do Poder Judiciário. O juiz não pode de pulso próprio ser promotor, defensor, e juiz. Ele só pode fazer o que lhe é trazido. Isso vai gerar mais uma expectativa da sociedade em cima do Poder Judiciário”, alerta o magistrado.

Também juiz auxiliar da Corregedoria do TJ, Manoel Tenório de Oliveira ressaltou as outras formas de controle sobre a atividade dos juízes. “Acho bom que a OAB tenha essa iniciativa, pois os níveis de corrupção no Brasil são alarmantes.

Agora já existe um controle.

Hoje, se for constatado inércia do magistrado a OAB sempre pode propor a representação contra o juiz. Isso já é possível, em qualquer processo representa o juiz na Corregedoria e muitas vezes tem acontecido. Já somos controlados pela Corregedoria, pelo Pleno do Tribunal e externamente pelo CNJ”, ressaltou Tenório, reforçado por Dória.

“No artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura, de 14 de março de 1979, que regra os deveres dos magistrados. Lá está entre os deveres do magistrado o de não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar e determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais”, destaca o juiz. (G.M.)

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Política

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Domingo, 21 de agosto de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com

QUE REFORMA? O que é que é: chama-se “reforma política” ou “reforma eleitoral” o que o Congresso Nacional está discutindo para ser colocado em prática, nas próximas eleições, como legislação eleitoral definitiva?

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) definiu como “reforma eleitoral” e, se é assim, não há motivo para esperar mudanças no quadro atual.

A sociedade exige a reforma, os políticos falam sobre a reforma, mas nem todos os políticos falam o que na prática vão defender. No momento de definir a nova regra, para grande parte dos congressistas pesará a vantagem de não mudar o que – para eles – está dando certo.

Por exemplo: as coligações proporcionais que garantem mandato para quem não tem votos suficientes.

Para se prevenir a frustração, é aconselhável não esperar mesmo pela “reforma política”. No máximo, o que deverá ocorrer é a “reforma eleitoral” que o senador Requião prevê com antecipação e conhecimento de causa.

DUAS

ERRO

O deputado federal João Lyra disse ao senador José Sarney, presidente do Senado e do Congresso Nacional, que o PSD será “a segunda casa” dele (Sarney). João Lyra acompanhou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na visita de cortesia a Sarney.

É inconstitucional o “projeto de lei” do vereador Silvio Camelo (PV), que garante o servidor em processo de aposentadoria na folha de pagamento do órgão ao qual está vinculado até a decisão do INSS. Motivo: só o Executivo pode dispor sobre o servidor público.

TREM VIRADO Depois do projeto “Bico Legal”, que legisla sobre o Estado, a Câmara de Vereadores de Maceió agora quer decidir pelo prefeito.

CASO

CASE

A palavra final sobre a ida do ex-deputado federal Francisco Tenório a júri popular, conforme decisão conjunta da 7ª e da 17ª Vara Criminal, será mesmo do Tribunal de Justiça – isso no caso de o juiz Maurício Breda manter a decisão da 7ª e 17ª Varas.

Desde terça-feira, 16, está no birô do juiz Maurício Breda o recurso da defesa do ex-deputado Francisco Tenório contra o julgamento dele pelo júri popular. O ex-deputado Francisco Tenório foi denunciado como mandante da morte do cabo PM Gonçalves.

CERCO FECHADO Além do inquérito sobre o assassinato do cabo Gonçalves, o ex-deputado federal Chico Tenório responde a outros três – e todos por homicídio.

MODA

MUDO

O Conselho Estadual de Segurança Pública pode ganhar mais 102 conselheiros se as demais Câmaras Municipais copiarem a ideia do presidente da Câmara de Maceió, vereador Galba Novaes - que sugeriu a indicação de um representante da Câmara no Conselho.

Para o coronel Dário César, secretário estadual de Defesa Social, um dos problemas do projeto “Bico Legal”, que permite o trabalho extra ao policial de folga, afeta diretamente o policial – que perde o discurso e não vai mais poder se queixar da escala de serviço apertada.

VOLVER A LOS 16 E, por falar no coronel Dário César, ele é favorável à revisão da idade criminal – que hoje se situa no limite de 16 anos. Ou seja: abaixo disso são todos inimputáveis perante a lei.

FORTE

NOME

A possibilidade de Patrícia Sampaio disputar a Prefeitura de Palmeira dos Índios mexeu com a família. Patrícia é a única na família que deseja fazer carreira na política, e ela diz que o desejo é alimentado pelo pai, Geraldo Sampaio.

O secretário municipal de Governo, Ricardo Teófilo, reage com um largo sorriso quando lhe perguntam se é candidato a prefeito de Arapiraca. E responde maroto: “O candidato do grupo é o Rogério” – que vem a ser seu irmão.

BALANÇANDO O GANZÁ A quem interessar possa: o vice-prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo, informa que está de licença do cargo, ó, faz tempo. Na verdade, ele nunca assumiu a vice-prefeitura.

EXPRESSAS Quem apostou que o deputado federal Givaldo Carimbão “não é” candidato a prefeito de Maceió para valer acertou.

O deputado Givaldo Carimbão vai se engajar numa candidatura a prefeito, mas é para eleger sua filha, Flávia, em Santana do Ipanema.

Aliás, depois da família Gouveia, o primeiro a ficar sabendo da candidatura da filha do deputado Carimbão foi o governador Téo Vilela. Que ouviu calado.

Em Piaçabuçu, a diretora de uma escola municipal chegou a sugerir o rodízio de alunos para resolver o problema da falta de bancas e cadeiras para todos.

A ideia não foi colocada em prática porque o Fundo Nacional de Educação liberou R$ 108 mil para o prefeito de Piaçabuçu, Dalmo Santana, comprar as bancas e cadeiras que faltavam.

ENTREVISTA/GEORGE CLEMENTE

“São Miguel hoje é órfã de tudo” ma longa gestão de pouco mais de 14 anos chega ao fim em São Miguel dos Campos. No último dia 16 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) cassou o mandato da prefeita Rosiane Santos, após comprovação de uma relação estável - da qual nasceu um filho - com o ex-prefeito Nivaldo Jatobá. Pela lei, após os oito anos do empresário, nenhum parente ou companheira poderia sucedê-lo. Quando a namorada de Jatobá venceu o pleito pela primeira vez, a Justiça não identificou a relação dos dois, e ela governou. No terceiro ano de sua segunda administração, o Supremo reconheceu o que todo mundo do município já sabia, e ela perdeu a vez.

Além da queda de Rosiane, Nivaldo ficará inelegível pelos próximos oito anos, uma conquista talvez até mais im-

U

portante que a cassação do mandato da prefeita. A volta ao poder para ele, agora, está muito mais complicada.

Quem assume o desafio de comandar a Prefeitura é o seu opositor, George Clemente, ex-vice-prefeito da gestão que antecedeu a “dinastia Jatobá”, como ele apelidou o período. Um prêmio para os anos de esforço: o empresário nascido em Jequiá da Praia precisou disputar quatro eleições infrutíferas, antes de colher os louros da perseverança.

O JORNAL conversou com Clemente - que também assumiu duas vezes o mandato de deputado estadual como suplente - sobre suas prioridades de gestão e a conjuntura política que vai encontrar ao tomar posse. Para ele, o adversário está derrotado definitivamente.

- Agora o sr. vai ter um desafio pela frente, com o afastamento da Rosiane Santos. Há suspeitas de irregularidades?

- Até agora não podemos falar porque não tivemos acesso a nenhuma documentação.

Precisamos chegar à prefeitura e então tomar as medidas cabíveis. A gente prefere só tecer comentários bem fundamentados.

O primeiro momento é esperar a publicação do acórdão, que é um processo de espera de uns 15 dias, segundo nossos advogados. Aí sim a gente pode tomar posse da Prefeitura. Tomando posse, a gente pode fornecer informações mais concretas.

- Em relação à gestão, você acha que a prefeitura estava sendo bem conduzida?

- A gestão, na verdade, não existia. O que existia era um prefeito de fato e um prefeito de direito. Ela nunca comandou os destinos de São Miguel. Quem comandava era Nivaldo. Ela só emprestou o nome, mas o nomeou como primeiro ministro, que é o secretário extraordinário.

O que era de conveniência dele, ele resolvia. O que não era, era com ela. Como ela não estava ali para resolver nada, ela não resolvia. E com isso a população ficava sofrendo. São Miguel hoje está órfã de tudo. A prefeitura está paralisada.

“O que existia era um prefeito de fato e um prefeito de direito”

ponto, como saiu no noticiário da semana passada, que ela ia fechar suas portas para atendimento de emergência, prejudicando não só os moradores do município, como das cidades vizinhas. E tudo isso porque a Santa Casa chamou o Estado e falou que precisava de uma contrapartida. Falou: nós estamos com um débito de R$ 150 mil. O Governo do Estado disse que entrava com R$ 100 mil, desde que a prefeitura entrasse com R$ 50 mil. E a prefeitura disse que só tinha condições de entrar com R$ 15 mil. Quer dizer, uma prefeitura que tem uma arrecadação como a de São Miguel dos Campos, e se nega a fazer isso. Então paralisou a saúde do município. Precisamos de um choque de gestão na saúde. E tem a Educação, que nós entendemos ser a base de tudo. Nós temos um quadro muito grande de professores competentes, mas eles não têm estímulo, não são bem remunerados. Precisam ser melhor assistidos, e isso não está acontecendo.

- Quais problemas estão ocorrendo?

- Para começar, tem a violência. Nós sabemos que a violência é nacional, mas existem municípios que possuem suas particularidades. Em São Miguel dos Campos, quase todo dia um jovem é morto. Por que isso?

Porque a droga está campeã. E por que os jovens migram para as drogas? Porque o esporte, que São Miguel já teve a oportunidade de ter um time disputando campeonato alagoano – chegou a ser vice-campeão – hoje não tem absolutamente nada. E olhe - Agora você está que São Miguel tem assumindo, e daqui o melhor estádio do a pouco já tem a interior, o melhor gieleição. Vai ser um násio de esportes. curto período de Isso seria uma tempo para conseforma de socializar guir colocar os proa juventude. Aoutra jetos em prática. forma de evitar a Você acha que essa criminalidade seria vai ser uma dificulcom a criação de dade? empregos. E como - Isso é um desafazer isso? São Mifio. Como nós guel é privilegiado somos movidos por estar a 60 quilôpelos desafios, a metros da capital; 80 gente entende que quilômetros de Ara- “Eu tenho é uma oportupiraca; é cortada pecerteza de que essa nidade única. O la BR-101, que com a duplicação melho- a população vai nosso julgamento vai ser daqui a um ra muito; temos lá ano. Eu tenho certeum pólo industrial, aprovar nossa usinas de açúcar, fá- administração” za que a população vai aprovar a nossa bricas de cimento, Petrobras, um comércio bom. E administração nos concedendo o que é que falta? Precisa sim- quatro anos pela frente. Para que plesmente desapropriar um pe- isso aconteça, a gente está reudaço de terra para construir um nindo nosso grupo, para fazer Distrito Industrial. Outra forma uma escolha competente, técde gerar emprego é através de nica, transparente, do nosso seuma escola técnica profissiona- cretariado. Pessoas com condilizante. São Miguel é um pólo in- ções de atender os anseios da dustrial, nós precisamos de uma. população. E precisamos tamMarechal tem escola técnica, bém de parceiros, porque é imSatuba tem, e São Miguel, onde portante que a gente vá pegar, está o maior centro das indús- lá em Brasília, os recursos. É netrias, não tem. É preciso capaci- cessário um trabalho muito tar os jovens. A outra área é forte nesse sentido. Nós temos Saúde, que está totalmente aban- o privilégio de ter um apoio já donada. Nós temos postos de declarado do nosso deputado saúde que não funcionam. Com federal João Lyra, que está disisso, o trabalho que era para ser posto a trabalhar em parceria feito pelos postos vai para a conosco, para trazer os recursos Santa Casa, que, por sua vez, necessários para que São Minão consegue atender a todo guel dos Campos pare de uma mundo porque ela não tem re- vez por todas com esse sofricurso para isso. E chegou ao mento.

- E o secretariado, já está definido?

- Não. Como nós temos quinze dias para a posse, temos esse período para que se faça uma escolha técnica e criteriosa. Para que a gente coloque a pessoa certa no lugar certo. E tendo uma pessoa como o deputado federal João Lyra, que está empenhadíssimo em trazer os recursos necessários, temos certeza que depois de um ano, quando chegar a eleição, a população vai, sem sombra de dúvida, nos reconduzir ao cargo de prefeito.

- E como está o clima na população? Está comemorando a saída da prefeita?

No dia da votação eu estava em Brasília acompanhando o julgamento. A votação acontece à noite, e não tinha mais condições de chegar a tempo. Eu cheguei na quarta-feira, sem banda, sem trio elétrico, só a população. Mais de 5 mil pessoas nos acompanhou nas ruas, oito quilômetros a pé. Sabe o que é isso?

Sem nada, todo mundo cantando a música ‘George, meu prefeito é você’. O clima é da maior euforia.

Para você ter uma ideia, estão querendo instituir o dia 16 de agosto feriado municipal, elegendo o dia 16 como o Dia da Liberdade. O dia que São Miguel dos Campos se libertou da dinastia Jatobá.

Como eu já disputei a prefeitura quatro vezes, muitos desses vereadores que estão hoje ao lado do Nivaldo já foram eleitos no meu grupo. Então não vejo dificuldade. Até porque o vereador é o legítimo representante do povo, e eles estão ali para fazer o bem, defender o que é melhor para a população. Como nós estamos empenhados em fazer uma gestão à altura, eu tenho certeza que não vamos ter dificuldade nenhuma de ter maioria nessas aprovações.

Também temos um vice que é uma pessoa bem relacionada com os vereadores: ele já foi quatro vezes vereador, duas vezes presidente da Câmara.

- Mas, às vezes, a política passa por cima do interesse público. Você não acha que pode haver uma tentativa de boicote, orquestrado pelo seu agora destronado opositor?

- Não, até porque eu acredito que o Nivaldo, com esse afastamento, não tem mais interesse na política de São Miguel dos Campos. E aí os vereadores vão ficar muito bem à vontade para fazer o que for melhor para São Miguel.

Todos eles são muito bem intencionados.

- E você não acha que ele vai tentar colocar uma pessoa de confiança para concorrer no próximo ano, - E a reação do um nome forte?

Nivaldo Jatobá e da “Temos o - Eu acredito atual prefeita? que não, até porque - Eles abandona- privilégio de a população vai esram a cidade. ter o apoio do tar tão bem assistique não vai - Abandonaram nosso deputado da, mais sentir falta da o convívio social ou administração do saíram fisicamente João Lyra” Nivaldo. Ele já teve da cidade?

- Depois do resultado, não um período muito longo, 14 anos. Então o povo cansou da faforam vistos mais na cidade. mília Jatobá. Ele já teve sua par- E houve alguma forma de ticipação; teve os pontos positivos, os pontos negativos. No priretaliação, ameaça?

- Não, não. Acho que é muito meiro mandato ele fez uma exconstrangedor ver que a popu- celente administração, mas delação do seu município não quer pois se acomodou. mais que você permaneça, lhe dá - Então você está confiante as costas. Então para que ele não visse aquela multidão nos para a continuidade do manapoiando eles preferiram se re- dato, para além de um ano.

- O nosso objetivo é exatatirar para não passar vergonha. mente esse. Eu tive certeza que - E a Câmara Municipal? com um ano de administração Está ao seu lado, ou vai ter di- da nossa equipe, o povo de São Miguel dos Campos irá recoficuldade?

- A Câmara de São Miguel nhecer o nosso trabalho, irá nos possui dez vereadores. Desses, reconduzir por mais quatro quatro nos apóiam. Ficam seis anos. E se eu, nesse período, não que fazem parte do grupo do for uma referência para o Estado Nivaldo. Só que nós temos um de Alagoas, não me dou por sarelacionamento muito bom. tisfeito.

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Política

O JORNAL JORNA L

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Domingo, 21 de agosto de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Aldo: o relator do Código Florestal Deputado federal conversou com O JORNAL sobre a crise ministerial e a possibilidade de ser o 1º do PCdoB a integrar o TCU Sumaia Villela Repórter

Filho autêntico da agricultura alagoana, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) passou por uma travessia e tanto. Vindo da zona rural de Viçosa, interior do Estado, o agora deputado federal pode facilmente levar o título de imigrante político. O “Amarelo”, como é chamado pelos mais próximos, foi levado, através da militância estudantil, para uma

construção bem sucedida de liderança em São Paulo. Galgou seu lugar como mais um nordestino construtor da cidade que tanto os desprezou, historicamente, mas que tem em seu DNA o gene forte do Nordeste.

Esse parlamentar que construiu seus mandatos com a habilidade de costurar alianças e projetos de lei de caráter nacionalista, que conserva até hoje o jeito de falar característico do matuto, misturado ao conhecimento in-

telectual e jargão político adquirido com o tempo, hoje está no olho do furacão de um dos maiores embates entre forças econômicas, políticas e internacionais da atualidade: a aprovação - ou não - do Novo Código Florestal.

Rebelo leva diariamente o título de aliado de ruralistas e devastador ambiental pelos grandes veículos de comunicação nacionais. É confrontado por representantes de Organizações Não Governamentais nacionais

e –principalmente – internacionais quase que diariamente. Leva porrada da oposição e dos governistas, no Congresso Nacional. E, seja feita a justiça, manifestações de apoio inúmeras, vinda de agricultores grandes e pequenos, da população em geral, de congressistas favoráveis ao Código do qual é relator na Câmara dos Deputados. A favor ou contra Aldo Rebelo, há de se reconhecer que o homem sabe enfrentar uma batalha.

E ele, não bastasse virar presidente da Câmara já duas vezes e ministro da coordenação política, não obstante sua filiação a um partido pequeno e sem muito poder de barganha - mas, no geral, de fiéis correligionários -, agora pode chegar a ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Concorre com cerca de 12 candidatos, entre eles Ana Arraes (PSB), a mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e filha do ex-gov-

ernador de Pernambuco Miguel Arraes, uma das preferidas na disputa.

Visitando Maceió para dar uma palestra sobre o Código Florestal e suas implicações no desenvolvimento nacional, organizado pelo PCdoB alagoano, Aldo Rebelo conversou com O JORNAL ao fim do evento sobre temas os mais variados. O resultado é uma aula de diplomacia política e mensagens escondidas nas entrelinhas.

Marco Antônio

Punir a corrupção, sem perder a ternura Depois das seguidas denúncias de supostas irregularidades e corrupção em diversas pastas ministeriais, publicadas pela imprensa nacional, cabeças vem rolando em Brasília, e a conjuntura no Congresso Nacional passa por mudanças. Asaída do Partido da República (PR) da base aliada do Governo Federal foi a primeira baixa. Um reforço, no entanto, pode vir adiante: a criação do Partido Social Democrata (PSD). Apesar das crescentes manifestações de descontentamento, principalmente desencadeadas depois da operação da Polícia Federal (PF) que colocou algemas nos pulsos de funcionários do alto escalão do Ministério do Turismo, para Aldo Rebelo, a ameaça de desestabilização da bancada governista, por enquanto, não está presente no parlamento.

“Todos os dois [oposição e aliados] dispõem de uma base muito sólida, muito ampla. Acho que a oposição não soma nem 100 deputados na Câmara. O governo tem uma base atuante. O PR, ao que se sabe, não passou para a oposição, vai adotar uma atitude de independência”, avaliou. Sobre a repercussão das denúncias no Congresso, o deputado afirmou que existe vontade política para que tudo se investigue, lembrando, porém, dos

protestos de “excessos” da PF e da mídia. “Todos querem que se apure, que se investigue, mas que as pessoas não sejam condenadas pela denúncia, que elas possam responder perante as acusações, e aqueles que tiverem a culpa provada devem pagar pelos seus crimes”.

Sobre a postura da presidente Dilma Rousseff (PT), retratada em charges Brasil afora como uma “faxineira de Ministérios”, pelo alto número de demissões – dadas ou pedidas – desde a primeira denúncia, Rebelo reconhece a postura mais rígida em relação ao gerenciamento de crises do ex-presidente Lula (PT), ao afirmar que “ela tem sido vigorosa”, mas, como ex-ministro de articulação política de Luis Inácio, ressaltou o que ele acredita ser uma grande diferença entre as gestões anteriores. “É preciso lembrar que no governo Lula tivemos muito mais CPIs que os governos anteriores, onde não houve CPI nenhuma. Nem para apurar a denúncia de compra de votos na reeleição, e até hoje eu não sei se alguém foi punido por causa disso. APolícia Federal, nos dois últimos governos, realizou mais operações do que em períodos anteriores. Então eu creio que o país dispõe de instrumentos para investigar, denunciar, punir, a corrupção”. (S.V.)

Alagoano pode ser 1º comunista do TCU Rebelo foi direto: a disputa pela vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), aberta com a aposentadoria do ministro Ubiratan Aguiar, é uma decisão do PCdoB. Segundo ele, foi decisão da bancada do partido lançar seu nome, apesar de já correr na mídia informações sobre apoios e incentivos por parte de importantes membros do PMDB e do PT, no Congresso.

O deputado federal já provou sua perspicácia em conseguir vencer a concorrência e se tornar uma candidatura de consenso, nas vezes em que ganhou a presidência da casa em que legisla. Mesmo assim, ele prefere a cautela ao falar sobre a disputa. “É uma eleição difícil, meu partido é um partido pequeno, sem muitos meios para enfrentar uma eleição dessas. Há candidatos fortes do PMDB, do PT, do PSB, mas é uma eleição que vai ser decidida por

uma margem pequena de votos, então todos tem chance”.

Caso consiga o ingresso no TCU, será o primeiro comunista a chegar ao poderoso órgão.

Ele defende a construção de uma “radiografia” do Estado brasileiro por meio do Tribunal de Contas. “Minha preocupação é pela importância do Tribunal de Contas da União como uma instituição de Estado, que pode estabelecer uma radiografia do Estado nacional brasileiro, do que o estado gasta, de que forma ele gasta, e o que ele gasta, não apenas o Executivo; o Judiciário, o próprio Legislativo”, defende Aldo, que se esquiva quando questionado se hoje essa função não seria cumprida. “Claro que cumpre. Tanto cumpre que nós temos hoje uma das burocracias mais eficientes, mais preparadas do Estado, junto com a Receita Federal, por exemplo”. (S.V.)

PPA precisa focar em infraestrutura Obras de infraestrutura. Para Aldo Rebelo, esse é principal componente a ser incluído no Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal para os próximos quatro anos, a ser enviado em setembro ao Congresso Nacional. “É preciso dotar o país de uma infraestrutura capaz de apoiar o desenvolvimento possível do Brasil, porque não há desenvolvimento sem energia, sem hidrelétricas, sem rodovias, sem ferrovias, sem hidrovias, sem portos, sem aeroportos”, avalia.

Questionado sobre os investimentos a serem feitos em Educação e Saúde, duas áreas deficientes no Brasil, e em especial de uma reivindicação de movimentos estudantis, partidos e organizações, de destinação de 10% do PIB para a Educação, Rebelo se posicionou a favor do projeto, porém com ressalvas.

“O PCdoB apoia, eu apoio, mas

acho que isso não vai resolver o problema. Eu não vejo o principal problema de educação no Brasil no custeio. Eu acho que esse é um aspecto. A educação no Brasil está em crise apesar da expansão das vagas – hoje nós praticamente oferecemos vagas para todos, tanto no ensino fundamental como no ensino médio, ampliamos a oferta de vagas nas universidades e escolas técnicas, e mesmo assim não conseguimos melhorar o nível de aprendizagem. Acho que aí está o problema. Nossas crianças não conseguem aprender a ler e a escrever, não conseguem aprender aritmética como deveria”.

Rebelo ressaltou, no entanto, uma preocupação com o que ele considera falta de “clareza” do Executivo para eleger as suas prioridades para esse segundo semestre do Congresso Nacional. (S.V.)

Aldo Rebelo, deputado federal: “Todos querem que se apure, que se investigue, mas que as pessoas não sejam condenadas pela denúncia”

PCdoB vai priorizar disputa por prefeituras As eleições municipais são preponderantes para 2014. A partir dela, se desenha a chance de cada partido para os governos estaduais, o Senado e a Câmara de Deputados. Uma “acumulação de forças”, como ensina Aldo Rebelo. Vai também construir a capilaridade da aliança de siglas que sustenta o Governo Federal, que vai precisar refazer a maioria do Congresso Nacional e a reeleição de Dilma Rousseff (PT) – ou seu sucessor.

Rebelo acredita que as dis-

putas para prefeito e vereador são as mais difíceis para formar alianças, já que é esse o período em que todas as siglas vão procurar se fortalecer.

“Os partidos precisam acumular força com prefeitos de capitais, de cidades importantes, de cidades médias, de cidades pequenas, número de vereadores, para ter densidade eleitoral, ter força de negociação na eleição presidencial e na eleição de governadores”.

A estratégia do PCdoB, segundo ele, é priorizar prefei-

turas. “Onde não der para ter prefeito ou vice-prefeito, vamos fazer aliança para eleger vereadores”, contou. Ele acredita que ainda é cedo para dizer em que capitais brasileiras o partido comunista poderá ganhar a eleição, por causa das alianças ainda indefinidas, mas cita alguns nomes considerados fortes pela legenda, de olho nas pesquisas municipais.

“Temos a candidatura forte da Manuela [D’Ávila] em Porto Alegre, da Ângela [Albino] em Florianópolis, do

Inácio Arruda em Fortaleza, do Flávio Dino em São Luiz.

Nós vamos ter candidaturas fortes, agora vamos precisar de alianças, e isso não podemos pré-determinar, porque uma candidatura média com uma aliança forte torna-se forte, e uma candidatura forte com uma aliança fraca torna-se fraca”, calcula o deputado. Em São Paulo, ele afirma que o artista Netinho, em São Paulo, vai bem nas pesquisas, mas o apoio à candidatura ainda está sendo costurado. (S.V.)

“Palloci falou que eu queria jogar o pepino” Durante a palestra realizada em uma faculdade de Maceió, Aldo Rebelo colocou à disposição do público dados e mais dados sobre o meio ambiente brasileiro, áreas de preservação ambiental, números relacionados à agricultura e a comparação com a devastação e a produção agrícola da Europa e dos Estados Unidos. Para ele, a questão é clara: a polêmica gerada em torno do Novo Código Florestal é fruto de interesses internacionais sobre a capacidade de compe-

tição do país no mercado mundial do agronegócio. 605 do Brasil é coberto por vegetação nativa. Sabe quanto do território da Europa? 0,3%”, compara.

Ele defendeu ainda que a atual lei, suspensa por decreto presidencial do ex-presidente Lula e agora prolongado por Dilma Rousseff, não é aplicada porque seria uma catástrofe, que atingiria, em sua maioria, agricultores familiares, que são donos da maior parte das propriedades rurais brasileiras, de acordo com o

deputado. “Qual o sentido de manter uma lei que não pode ser aplicada?”, questionou aos presentes. O novo código, na sua opinião, é o equilíbrio entre a proteção ambiental e o direito da população rural e do desenvolvimento almejado para o país.

Ao fim do discurso, entre as observações feitas pela platéia, um universitário que se apresentou como militante ambiental perguntou sobre o favorecimento a ser dado para os grandes proprietários de terra, argumento já levanta-

do pela imprensa, como uma contradição a sua formação comunista. “Eu vou usar uma lei importante para o Brasil como um instrumento de vingança contra o que eu não consegui fazer através da disputa política [a reforma agrária]? Isso seria um crime. É preciso que a lei seja justa para todos. E na verdade, o que mais incomoda as nações européias, os Estados Unidos, são essas grandes propriedades do agronegócios, não podemos ignorar isso”, argumentou. (S.V.)

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Nacional

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Domingo, 21 de agosto de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br

SAÚDE

Plano quer reduzir mortes por DCNT A redução do preço das frutas e hortaliças e o aumento das taxas incidentes sobre as bebidas alcoólicas e produtos derivados do tabaco são duas das ações que o governo federal pretende adotar para conter as mortes provocadas pelas chamadas DCNT (doenças crônicas não transmissíveis).

O conjunto de medidas anunciado na última quintafeira pelo Ministério da Saúde pretende reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura por enfermidades como AVC (acidente vascular cerebral), câncer, diabetes e infarto.

No Brasil, a taxa de mortalidade por DCNT é de 255 a cada grupo de 100 mil habitantes. Com a proposta, espera-se chegar à taxa de 196 por 100 mil brasileiros até 2011.

"A colaboração de todos os setores sociais é essencial para o enfrentamento dessas doenças: indústria, escola e, principalmente, o papel das famílias é primordial, pois estamos falando de hábitos de vida, que incluem alimentação saudável e exercícios físicos", destacou o mi-

nistro da Saúde, Alexandre Padilha.

O estilo de vida com consumo abusivo de álcool, alimentos gordurosos, fumo, sedentarismo e obesidade aumenta o risco de a pessoa ter uma DCNT. Então, para estimular a ingestão de frutas, verduras e legumes, o governo prevê reduzir impostos e taxas destes produtos, para facilitar o acesso a eles, já que o preço é um empecilho.

"Defendemos incentivos fiscais e tributários para os alimentos saudáveis", disse Padilha à Agência Brasil, sem detalhar como será a adoção das medidas fiscais.

Outra medida é limitar a presença de sal, gordura e açúcar em alimentos processados. Acordo de abril com a indústria alimentícia já prevê a diminuição gradativa do sódio (sal).

Neste semestre, o ministério vai discutir com o setor a diminuição da gordura total. "É reduzir o sal que se vê no saleiro e o oculto nos alimentos", explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Tabaco e álcool terão imposto maior Por outro lado, o governo vai aumentar os impostos sobre produtos de tabaco e álcool, para desestimular o consumo deles. A ideia é alcançar um percentual de adultos fumantes de 9% até 2022; no final dos anos 1980, ela era de 34,8% e, atualmente, é de 15%. No início deste mês, uma Medida Provisória determinou o aumento da carga tributária dos cigarros de 60% para 81%. Além disso, acrescenta Padilha, já existem projetos no Congresso Nacional que preveem o aumento dos impostos também para as bebidas alcoólicas, produto cujo consumo tem crescido no País.

Outras propostas são acabar com os fumódromos e intensificar a fiscalização na venda de álcool para menores de 18 anos de idade.

No caso das atividades físicas, outro foco do plano do Ministério da Saúde, o governo aposta no Programa Academia da Saúde, com a instalação de 4 mil equi-

pamentos esportivos em espaços públicos até 2014.

O objetivo é que 22% da população faça exercícios físicos na hora do lazer.

"Fazer atividades físicas, às vezes, não é uma escolha para o indivíduo. É a falta de opção", afirma Padilha.

DCNT - Dados de 2009 do Sistema de Informação de Mortalidade mostram que as DCNT concentram 72% do total de óbitos, percentual que representa mais de 742 mil mortes por ano.

As que mais matam são as doenças cardiovasculares (31,3%), o câncer (16,2%), as doenças respiratórias crônicas (5,8%) e o diabetes mellitus (5,2%).

"Essas doenças provocam impacto anual de 1% no PIB do Brasil e de 2% no PIB da América Latina, segunda estimativas da Opas.

Isso porque as doenças levam à redução de produtividade no trabalho, afetando a renda familiar", destacou o ministro.

Rede de atendimento será ampliada Em relação à assistência aos portadores de DCNT, o Plano apresenta ações como o programa Saúde Toda Hora, que reorganiza e qualifica da rede de atenção às urgências. Uma dessas estratégias é a atenção domiciliar para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com dificuldades de locomoção ou pessoas que precisem de cuidados regulares ou intensivos, mas não de hospitalização. Nos hospitais, serão criadas Unidades Coronárias, Leitos de Retaguarda e Unidades de Atenção ao Acidente Vas-

cular Cerebral.

A distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes, iniciada em fevereiro de 2011, é outra iniciativa do ministério para reduzir internações e mortes prematuras por DCNT. Com isso, o número de brasileiros que obtiveram medicamentos de graça para estas duas enfermidades praticamente dobrou em quatro meses, saltando de 1,5 milhão, em fevereiro, para quase 2,9 milhões de usuários assistidos pelo programa, em junho deste ano.

Governo vai mudar Previdência mesmo sem acordo com centrais Fator previdenciário deverá sofrer mudanças, mas não será extinto Agência Câmara O secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo Rolim, afirmou que o governo vai enviar ao Congresso, ainda neste semestre, uma nova proposta para modificar o fator previdenciário, mesmo que não chegue a um texto de consenso com as centrais sindicais. Ele participou de audiência pública, na última terça-feira, promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara para discutir a situação da Previdência no Brasil.

O fator previdenciário é uma fórmula usada para calcular o valor das aposentadorias do INSS e tem o objetivo de evitar que trabalhadores se aposentem cedo. As centrais sindicais reivindicam o fim do dispositivo (medida prevista no PL 3299/08), porque ele reduz o valor das aposentadorias em aproximadamente 30%. Entretanto, de acordo com Rolim, o Executivo não trabalha com a hipótese de extinção do fator.

"O fim do fator previdenciário, sem colocar nada para substituí-lo, não está em discussão no governo. Isso porque o fator, até hoje, levou a uma economia de R$ 31 bilhões para a Previdência - só em 2011, estimamos R$ 9 bilhões. Não dá para

Leonardo Rolim diz que proposta segue este semestre ao Congresso

ficar sem esse recurso, ainda mais pensando no longo prazo, em função da mudança do perfil etário da população, o que fará com que o impacto do fator seja cada vez maior", disse o secretário.

Durante a reunião, o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Álvaro Solon França, afirmou que o deficit da Previdência é um mito. Ele apresentou estudo realizado pela entidade segundo o qual, em 2010, houve um superavit nas contas da Previdência de R$ 58 bilhões, o que mostra que o atual sistema nacional é sustentável.

França destacou que as receitas e despesas do setor devem

122 ANOS DE NASCIMENTO

ser analisadas no conjunto da Seguridade Social, que engloba, além da Previdência, as áreas de saúde e de assistência social.

"Não é somente a contribuição sobre folha de pagamento dos trabalhadores e dos empresários que sustentam a Previdência Social, mas o conjunto de financiamentos, como a Cofins", ressaltou.

O dirigente da Anfip sustentou que as contas da Previdência aparecem deficitárias porque o governo retira o dinheiro da área para pagar, por exemplo, os juros da dívida pública - e não por causa do pagamento de aposentadorias e benefícios.

CRISE - O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), ideali-

zador do debate, declarou que os números apresentados pela Anfip causaram surpresa, pois tem sido "voz corrente" a necessidade de aprofundar a reforma previdenciária. De acordo com o parlamentar, se uma reforma na Previdência for necessária, ela deveria ser feita agora, enquanto o Brasil está equilibrado economicamente.

Pestana também manifestou preocupação com os impactos da crise econômica internacional no País e, como consequência, na Previdência Social: "O Brasil vai bem até certo ponto.

Estamos deitados em berço esplêndido esperando o preço das commodities cair, o fluxo de capital se interromper e a economia mundial se desacelerar de vez. Isso tem um profundo impacto fiscal, orçamentário e, portanto, nas contas da Previdência".

Por outro lado, Leonardo Rolim disse que não há "nenhuma catástrofe à vista" para os próximos anos no Regime Geral da Previdência Social (RGPS).

O que preocupa o governo, segundo ele, é o futuro longínquo. Rolim afirmou que, hoje, as despesas do regime correspondem a 6,9% do PIB. A previsão para 2050 é que esse percentual atinja 12,5%, muito em virtude do envelhecimento da população.

21 DE SETEMBRO

Senado fará homenagem Juízes federais farão à contista Cora Coralina marcha em Brasília Agência Senado O Senado comemora nesta segunda-feira, a partir das 14h, os 122 anos de nascimento de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas, a poeta e contista conhecida pelo pseudônimo de Cora Coralina. O requerimento solicitando a homenagem é de autoria do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Cora Coralina nasceu na cidade de Goiás (GO), no dia 20 de agosto de 1889. Publicou seu primeiro livro - Poemas dos becos de Goiás e estórias mais - aos 76 anos de idade, embora tenha começado a escrever os primeiros textos aos 14 anos. Os escritos da adolescência e juventude eram publicados nos jornais da cidade de Goiás e também em outras cidades do estado. Naquele tempo, apesar de viver numa sociedade conservadora e machista, Cora, que morreu a 10 de abril de 1985, era saudada como uma promessa literária. A temática de seus escritos foi a história, os personagens e o cotidiano de sua região.

Depois da publicação dos Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, em 1965, Coralina publicou, em 1976, Meu livro de cordel. Outras obras da autora são: Estórias da casa velha da ponte (contos); Meninos verdes (infantil); O tesouro da casa velha; A moeda de ouro que o pato engoliu (infantil); Vintém de cobre; e As cocadas (infantil).

Cora casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Passou 45 anos no estado, vivendo inicialmente em Avaré e Jaboticabal e depois na capital, onde chegou em 1924. Nas primeiras semanas, teve que permanecer trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 pararam a cidade. Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a praça do Patriarca. Um de seus três

Cora Coralina morreu aos 95 anos

filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932, contrária a Getúlio.

Com a morte do marido, em 1934, Cora passou a vender livros como meio de sustentar os filhos. Em seguida, mudou-se novamente para o interior paulista. Na cidade de Penápolis, passou a vender linguiça caseira e banha de porco que ela mesma preparava. Transferiuse em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou a Goiás, voltando a morar na casa velha da ponte, que habitara em criança. Ali exerceu por muitos anos o ofício de doceira, pois pouco restara dos bens que sua família um dia havia possuído, até que uma queda limitou seus movimentos, obrigando-a a andar com o auxílio de uma muleta.

Nessa casa, hoje um museu, Cora gostava de receber parentes, amigos e visitantes ansiosos por conhecê-la. Além da conversa amigável com a artista, os turistas se serviam sempre de algum doce ou quitute da casa, feitos sob a supervisão da doceira-escritora. Uma das frases que gostava de repetir a seus interlocutores: "Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo".

Os juízes federais decidiram, em Assembleia Geral Extraordinária, na última quarta-feira, realizar um Dia Nacional de Mobilização pela Valorização da Magistratura e do Ministério Público. O protesto por mais segurança, estrutura de trabalho, melhoria na política remuneratória e nas políticas de saúde e previdência dos juízes está marcado para o próximo dia 21 de setembro, em Brasília.

Segundo a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), 70% dos juízes que participaram da Assembléia Geral Extraordinária optaram pelo Dia Nacional de Valorização da Magistratura e Ministério Público. Optaram pela greve geral imediata 24% da carreira e pela mera continuidade das negociações 6%.

O Dia Nacional de Valorização da Magistratura e Ministério Público será um ato organizado pela Frentas (Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público da União), da qual a Ajufe faz parte, em conjunto com as demais entidades nacionais de representação da magistratura e Ministério Público. O ato consistirá em ação pública no Congresso Nacional e posterior marcha até o STF, que pretende reunir cerca de mil juízes e promotores na Praça dos Três Poderes. Posteriormente as entidades deverão entregar documento ao ministro da Justiça com a pauta de reivindicações comuns.

Entre as principais bandeiras da Ajufe está a aprovação do PLC 03/2010, que cria a Polícia do Judiciário e o órgão colegiado de juízes para o julgamento das organizações criminosas.

Depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli, a entidade intensificou os esforços para aprovar o PLC no Congresso Nacional.

O projeto recebeu nove emendas apresentadas no Plenário do Senado e agora volta para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Uma delas prevê a criação da Polícia do Judiciário, porém, sem a autorização de porte de arma. "Isso parece até

piada. Enquanto o crime organizado possui armamento do mesmo calibre do exército, senão maior, o juiz terá proteção de agentes desarmados", critica o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy.

Além disso, os magistrados pedem a implementação da simetria com os membros do Ministério Público decidida há mais de um ano pelo CNJ, revisão dos subsídios, criação dos 225 cargos para juízes das turmas recursais e ampliação da Justiça Federal no segundo grau (ampliação dos cinco TRFs e aprovação da PEC 544), para levar uma justiça mais rápida à população.

PARALISAÇÃO - No dia 27 de abril deste ano, mais de 90% dos juízes federais já tinham paralisado suas atividades, como forma de protestar pela revisão dos subsídios, igualdade de direitos com o Ministério Público e maior segurança para julgar os líderes do narcotráfico internacional e do crime organizado.

Segundo Gabriel Wedy, falta vontade política para aprovação do PLC 03/2010. "O Congresso Nacional e o governo não têm interesse político em acelerar a aprovação de projetos do Poder Judiciário, que não atendem apenas aos juízes, mas a sociedade.

Os brasileiros querem uma justiça mais rápida, barata e que não admita a impunidade. O cidadão é o maior cliente do Poder Judiciário. Os magistrados federais exigem mais respeito por parte do Poder Executivo e Legislativo acerca dos direitos e prerrogativas dos juízes, tão aviltados nos últimos nove anos".

Nos últimos seis anos e meio, de acordo com a Ajufe, a magistratura acumula perdas inflacionárias em seus subsídios que superam os 30%. "A Constituição Federal está sendo descumprida pela mora do Congresso Nacional, que já foi acionado por duas ações de mandado de injunção pela Ajufe, uma proposta em 2009 e outra em fevereiro de 2011", frisa Wedy.

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Opinião A6

Domingo, 21 de agosto de 2011 | www.ojornalweb.com. | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

Neurose urbana A polícia alagoana deveria assumir o comando das ações e mostrar à sociedade que está disposta a enfrentar a criminalidade no Estado. Não se espera que seja decretado um banho de sangue, mas que a polícia mostre aos criminosos que não há espaço para eles em Alagoas. Como já foi um dia e o alagoano lembra muito bem disso e tem saudades.

Hoje, a frase comum “a gente sai sem a certeza que vai voltar” nunca esteve tão bem apropriada para a situação. O medo é da violência urbana mesmo. Dizem que as balas em Alagoas têm endereço certo. Portanto, não é comum ser atingido com uma bala perdida. Mas é exatamente o “endereço certo” que preocupa as pessoas. O crescimento da violência estabeleceu que qualquer pessoa agora é um “endereço certo”.

Antes se temia por um acidente de carro, ou de outro tipo.

Hoje em dia, o temor é de tomar um tiro num assalto. Mesmo com o advento do “dinheiro de plástico” [o cartão de crédito] os ataques cometidos por assaltantes são muitos e quase incontroláveis.

Isso porque, as pessoas não carregam muito dinheiro vivo na carteira ou no bolso, mas têm nas mãos um produto que chama a atenção da violência: o telefone celular. Os traficantes aceitam esses produtos como se fossem dinheiro vivo. Na boca de fumo, cada aparelho varia de trinta a cem reais. Isso não dá para custear uma semana de crack.

Sendo assim, quanto mais telefones celulares, mais pedras de crack para fumar e se drogar. Por isso, a explosão no número de assaltos em Maceió, principalmente os casos direcionados a telefones celulares. Muitas vezes, os ataques ocorrem até mesmo dentro dos ônibus urbanos e, após o assalto, o criminoso desce do veículo como se nada tivesse acontecido, uma vez que ninguém – a não ser a vítima – percebeu a sua ação.

Além dos assaltos cometidos por usuários de drogas ainda há a questão das fugas nas delegacias no interior do Estado.

Recentemente, dois casos no interior expuseram a situação de penúria porque passa o Estado no quesito “segurança pública”.

Na semana passada, um homem acusado de envolvimento em assaltos foi resgatado de uma delegacia no Sertão de Alagoas. Nessa ação ousada, o policial civil que estava no prédio foi humilhado, espancado e preso no xadrez como se fosse um bandido.

Três dias depois, o fugitivo foi flagrado dentro de um táxi, juntamente com mais três comparsas, cada revólver.

Certamente iriam cometer mais crimes. No entanto, o que chama a atenção neste caso é o fato de o fugitivo voltar às ruas para cometer novos crimes em tão pouco tempo. Como se não tivesse nenhum receio das ações da polícia.

Sustentabilidade "Ser ecologicamente correto; ser economicamente viável; ser socialmente justo e ser culturalmente aceito" Alder Flores Advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

Atualmente vemos com constância a utilização do termo sustentabilidade. A palavra sustentabilidade aplicada à causa ambiental surgiu como conceito na década de 1980. A definição que acabou se tornando um padrão seguido mundialmente, tendo algumas pequenas variações, quer dizer o seguinte: diz-se que uma comunidade é sustentável quando satisfaz plenamente suas necessidades de forma a preservar as condições para que as gerações futuras também o façam. Da mesma maneira, as atividades processadas por agrupamentos humanos não podem interferir prejudicialmente nas fases de renovação da natureza e nem destruir os recursos naturais de forma a privar as gerações futuras de sua assistência. Portanto, é importante saber como podemos utilizar a sustentabilidade ambiental nos empreendimentos ou atividades.

Neste sentido, de uma maneira sucinta, um empreendimento que esteja de acordo com os princípios referentes ao controle e proteção ambiental, tem que estar inserido no conceito de sustentabilidade, sendo necessário que o mesmo atenda a alguns parâmetros básicos, tais como: ser ecologicamente correto; ser economicamente viável; ser socialmente justo e ser culturalmente aceito.

Ressaltamos que os empreendimentos que se baseiam nessas premissas e que se enquadrem no conceito de sustentabilidade devem ser capazes de impactar po-

sitivamente os grupos humanos por eles afetados, imediatamente e no futuro.

Através do agrupamento entre esses empreendimentos e a qualidade de vidas das pessoas afetadas por eles, podem ser constatadas a utilização racional dos recursos naturais e a gestão adequada de seus poluentes. Assim, cabe aos órgãos governamentais competentes estabelecer normatizações e fiscalizar os parâmetros que enquadrem os empreendimentos ou atividades poluidoras ou potencialmente poluidoras dentro da legislação e do conceito de sustentabilidade ambiental.

Portanto, é necessário que se trabalhe parceiramente com a iniciativa privada, na busca de que o impacto causado por essas atividades durante a sua fase de implantação e funcionamento seja o mínimo possível. É muito importante que os próprios órgãos e a população em geral sejam, na medida do possível, capazes de dar preferência aos empreendimentos que sigam as práticas e determinações da aplicação do conceito de sustentabilidade. Assim, cria-se o elo necessário para reunir condições favoráveis para a criação e o fomento, buscando a consolidação de uma visão empresarial mais consciente e atenta para as questões ligadas à proteção ambiental.

Ressalto que, antes de se tornar um impeditivo, o conceito de sustentabilidade ambiental deve antes de tudo tornar-se um aliado poderoso.

Viva o ufanismo "Abundância de brasilidade não causa dano.

Ausência de brasilidade, isto, sim, é uma lástima"

João Baptista Herkenhoff Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor

Mais recursos para casa própria "Este é um setor que cresce mensalmente e se tornou alvo da disputa comercial entre os bancos" Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB

De acordo com o Banco Central, o volume total de crédito no Brasil, incluindo recursos livres e direcionados, atingiu R$ 1,834 trilhão no encerramento do primeiro semestre deste ano. Isso representou um crescimento de 1,6% comparando-se junho e maio e uma expansão de 20% nos últimos 12 meses.

Com isso, a proporção do crédito em relação ao PIB subiu de 46,9%, em maio, para 47,2% no mês passado. A expansão do crédito para pessoa física no primeiro semestre foi puxada pelos financiamentos habitacionais, que saíram de R$ 138,7 bilhões em dezembro de 2010 para R$ 167,469 bilhões em junho. Nos últimos 12 meses os empréstimos imobiliários cresceram 50%.

Este é um volume muito significativo, mas o Brasil não possui indícios de que estamos na iminência de uma bolha no setor, como ocorreu nos Estados Unidos em 2008. A participação dos empréstimos no PIB para casa própria subiu de 3,3% em junho de 2010 para 4,3% no mês passado - um percentual pequeno em comparação a outros países.

Em longo prazo a tendência é de um arrefecimento nos empréstimos habitacionais. E um dos motivos é que a taxa média de juros no primeiro semestre deste ano subiu 4,5 pontos percentuais, saindo de 35% em dezembro de 2010, para 39,5% ao ano em junho de 2011.

Mesmo assim os bancos públicos ainda mantêm uma considerável quantia para quem deseja financiar a compra da casa própria. A Caixa Econômica Federal dispõe de R$ 39 bilhões para emprestar para quem quiser com-

prar a casa própria até o fim do ano. Dos R$ 84 bilhões previstos para serem destinados ao setor de habitação em 2011, R$ 45 bilhões já foram contratados até o início de agosto.

No primeiro semestre deste ano foram realizados R$ 34,7 bilhões em negócios imobiliários pelo banco. O valor é 20% maior do que o movimentado no mesmo período do ano passado. Esse crescimento não contabiliza os contratos do programa Minha Casa, Minha Vida, de zero a três salários mínimos feitos no primeiro semestre do ano passado A Caixa detém 75% do mercado de financiamento imobiliário nacional, com uma carteira de R$129,3 bilhões emprestados. São três milhões de contratos, com prazo médio de pagamento de 181 meses e 80,4% dos clientes com idade de até 45 anos. A taxa de inadimplência em junho deste ano ficou em 1,72%. Dos recursos da Caixa para financiamento imobiliário, 49,2% vêm do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 49,8% são de recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE).

A tendência, tanto de bancos privados, quanto de instituições públicas, é aumentar a carteira de crédito para o setor imobiliário no ano que vem. Isso porque os bancos privados, nos últimos anos, limitaram os financiamentos para casa própria e acabaram perdendo parte de importante segmento, atualmente dominado por bancos públicos. Hoje este é um setor que cresce mensalmente e se tornou alvo da disputa comercial entre os bancos.

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nal, o procedimento cavalheiroso para com outros povos. Não se esqueceu de reverenciar os fastos de nossa História os Bandeirantes, Palmares, a Independência, a missão civilizatória dos jesuítas, o grande monarca que foi Dom Pedro II. Com tanta injeção de civismo, outro não podia ser o resultado: éramos todos patriotas, cantávamos com a alma o Hino Nacional, estávamos dispostos a qualquer sacrifício que a Pátria nos pedisse, preferiríamos morrer antes de algum dia nos tornarmos corruptos.

Depois Afonso Celso foi ridicularizado. Criou-se, a partir do título do seu livro, a palavra ufanismo com o sentido pejorativo que Aurélio e Houaiss registram: vanglória desmedida, patriotismo excessivo.

Será que Afonso Celso exagerou? Será que a dose de intensa brasilidade, que seu livro infundiu, trouxe prejuízo ao país?

Não partilho da visão negativa que se oponha a Afonso Celso. Abundância de brasilidade não causa dano. Ausência de brasilidade, isto, sim, é uma lástima.

Houvesse brasilidade sincera, não teríamos falcatruas, compra e venda de votos, traição aos interesses nacionais.

Resgatemos o ufanismo de Afonso Celso: "Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza". (Jorge Ben Jor).

Datas & Fatos Maluco Beleza - Em 21 de agosto de 1989, morre Raul Seixas, um dos grandes músicos brasileiros. "Raulzito" gravou mais de 20 discos, teve cinco esposas e sofreu com o alcoolismo, que lhe rendeu uma pancreatite aguda, motivo de sua morte. Seu estilo fundiu o rock com todos os ritmos brasileiros, do xote ao baião.

1810 - O marechal de Napoleão Bonaparte, Jean Battiste Bernardotte, é aceito em Estocolmo como rei da Suécia e é implantada no país a dinastia dos Bernardotte.

1823 - Morre na Bahia Maria Quitéria de Jesus Medeiros, primeira mulher soldado brasileira.

1898 - Fundado, no Rio de Janeiro, o Clube de Regatas Vasco da Gama.

1911 - O quadro "Mona Lisa", de Leonardo Da Vinci, é roubado do Museu do Louvre, em Paris. A pintura seria recuperada dois anos depois.

1940 - Morre no México o revolucionário russo Leon Trotski, mortalmente ferido no dia anterior pelo anarquista catalão Ramón Mercader.

1959 - O Havaí é proclamado pelo então presidente dos Estados Unidos, Dwight Eisenhower, como o 50° Estado norte-americano.

1963 - A prisão de Alcatraz, situada na baía de São Francisco, nos Estados Unidos, é desativada. Seu preso mais famoso foi o mafioso italiano Al Capone.

1969 - Uma junta militar assume o poder no Brasil quando o presidente Costa e Silva sofre uma trombose cerebral.

2001 - O Fundo Monetário Internacional (FMI) concede à Argentina uma ajuda adicional de US$ 8 milhões para tentar acabar com a recessão no país.

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Os mais velhos hão de se lembrar de um livro que nos fazia ter orgulho da condição de brasileiro: "Por que me ufano do meu país".

Afonso Celso, o autor, começava por realçar nossa grandeza territorial, este Brasil imenso que nós falávamos que ia do Oiapoque ao Xuí.

Depois Afonso Celso exaltava a beleza do Brasil: o Rio Amazonas, a Cachoeira de Paulo Afonso, a Baía da Guanabara, a Floresta Tropical na sua pujança inigualável. Mesmo quem não tinha visitado esses lugares ficava com os olhos marejados de encantamento com a descrição que o escritor fazia de nossas plagas. Então Afonso Celso começava a falar de nossas riquezas naturais, do subsolo ainda inexplorado, do Brasil como celeiro do mundo. Ele não se esquecia de timbrar na amenidade e variedade do nosso clima.

Quase de joelhos agradecia a Deus o fato de estar nosso país livre de vulcões, terremotos e outras catástrofes. E vinha depois o elogio da miscigenação, raças que se fundiram - índios, negros e portugueses cada uma com suas virtudes, gerando o mestiço brasileiro. Refutando a versão de que degredados povoaram o Brasil, disse Afonso Celso que vieram para este solo heróis expulsos de outras terras pelos sonhos de liberdade. Também exaltou o nosso Afonso, como característica nacio-

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“CARAS DE BÉLMEZ”

Fenômeno se repete em povoado da Espanha MADRI Um grupo de investigadores estudará a aparição de novas manchas com a forma de rostos humanos na casa de um povoado do sul da Espanha, que ficou famoso há 30 anos Manchas em forma de face voltam a ser investigadas pela suposta "magia" em duas de suas casas. ceu e viveu durante 22 anos, é As chamadas "Caras de Bélmez" onde está o quarto que, após seis são rostos que, pela primeira vez, meses selado, foi visitado na úlapareceram no solo da cozinha tima quinta-feira pela equipe de de uma casa do povoado de investigadores, meios de comuBélmez de la Moraleda, na pro- nicação e parentes da ex-proprietária. O presidente do Grupo de víncia de Jaén, em 1971.

O que, segundo alguns, eram Pesquisas Parapsicológicas de simples manchas no cimento Bélmez, Diego Fuentes, qualificou atraíram a atenção da imprensa as manchas no local de "pequenas e dos investigadores da época até teleplastias surpreendentes" e transformá-las no fenômeno pa- anunciou que as averiguará para ranormal mais conhecido da tentar determinar sua origem.

As manchas em forma de faEspanha. A morte em 2004 de María Gómez, sua proprietária, ces continuam sendo um tema de aos 85 anos, parecia ter interrom- conversa habitual em Bélmez, um pido o fenômeno, mas, pelo con- povoado com menos de dois mil trário, os rostos continuaram apa- habitantes, tanto pelo aspecto parecendo oito meses depois, e sur- rapsicológico quanto pela criagiram, além disso, em outra casa, ção este ano de um centro de inde propriedade de duas sobri- terpretação com um orçamento de 900 mil euros fornecidos, em sua nhas da falecida.

Nessa casa, na qual María nas- maioria, por fundos europeus.

Número oficial de vítimas da ditadura chilena sobe para 40.280 Para famílias de desaparecidos, mortos e torturados chegam a 100 mil SANTIAGO - O número oficial de vítimas da ditadura militar chilena (1973-1990), sob o comando de Augusto Pinochet, subiu para 40.280 pessoas, entre assassinados, desaparecidos e torturados. O dado consta no novo relatório oficial da Comissão Assessora para a Qualificação de Presos, Desaparecidos, Executados Políticos e Vítimas de Prisão Política e Tortura (mais conhecida como Comissão Valech), entregue na última quinta-feir ao presidente Sebastián Piñera.

Ao número estimado em 2003, de 27.200 vítimas, o novo relatório acrescentou mais 9.800 casos de torturas e 30 de desaparições e execuções no período da ditadura.

Para chegar ao resultado, a pesquisa se baseou em dados do Exército, polícia, prisões, im-

prensa, organismos de direitos humanos e comissões anteriores.

O considerável aumento na cifra poderia ter sido ainda maior, pois, segundo a diretora da comissão, María Luisa Sepúlveda, em entrevista a Cubadebate, durante os dois anos de investigação foram ouvidas 32 mil pessoas que declararam sentirse vítimas da ditadura militar chilena.

Ela explica que o fato de a comissão ter reconhecido apenas nove mil casos não quer dizer que as outras quase 23 mil pessoas não tenham sido vitimadas. "Isso não significa que algumas delas não foram vítimas; na ocasião não se pode estabelecer o motivo político", esclarece.

"Algumas se sentiam vítimas por haver sofrido uma invasão

de domicílio violenta; ou eram filhos de pessoas que foram presas; ou participaram em manifestações públicas reprimidas que não chegaram a tribunais; ou eram recrutas que foram vítimas de maus tratos; ou simplesmente não se pode demonstrar os fatos", detalha.

Segundo o Grupo de Familiares de Presos e Desaparecidos, o número de vítimas é maior do que o resultado das investigações, podendo chegar a 100 mil, ou seja, mais que o dobro do reconhecido até agora.

Frente a isto, organizações sociais afirmaram que comissões de investigação deveriam ser permanentes, para facilitar que mais casos de violações venham à tona.

REPARAÇÃO - Com o reconhecimento das violações, auto-

ridades chilenas baixarão decreto de reparação e as pessoas passarão a receber uma pensão mensal de 256 dólares e benefícios em saúde e educação, como já é feito com as outras vítimas.

O valor também é criticado por ativistas de direitos humanos, que o consideram baixo.

Em 1991, um ano após o fim da ditadura militar, a Comissão de Verdade e Reconciliação foi instalada para investigar as violações aos direitos humanos cometidas contra militantes de esquerda. À época, foram contabilizadas apenas 2.200 mortes atribuídas ao Estado. Havia ainda muito medo de denunciar os abusos, segundo organizações sociais.

Já em 2003 a Comissão Valech foi instalada pela primeira vez e chegou ao número de 27.200 vítimas.

ANTÁRTIDA

Cientistas criam mapa de alta resolução do movimento de gelo WASHINGTON - Uma equipe de cientistas liderada pela Nasa (agência espacial americana) elaborou o primeiro mapa de alta resolução do movimento do gelo na Antártida, o que ajudará a entender melhor o impacto da mudança climática no continente.

O mapa, publicado quintafeira na revista "Science", foi elaborado como se fosse um mosaico digital com imagens de satélite proporcionadas pelas agências espaciais do Canadá (CSA), Europa (ESA) e Japão (JAXA) e revela os detalhes do movimento do gelo na Antártida entre 2007 e 2009.

O objetivo deste trabalho, liderado pelo pesquisador Eric Rignot, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa em Pasadena - estado americano da Califórnia -, é ajudar os pesquisadores a entenderem as mudanças do continente diante do constante aquecimento global.

"Nosso mapa representa uma importante medida de referência, ao ser a primeira imagem completa do padrão de movimento do gelo (neste período)", explicou o pesquisador Jeremie Mouginot, professor associado do Departamento de Ciências da Terra da Univer-

Mapa tem imagens de satélite de três agências espaciais

sidade da Califórnia, em Irvine, um dos autores do estudo.

Segundo ele, a velocidade do gelo é uma característica fundamental das geleiras e das camadas de gelo, que mede a velocidade à qual este elemento é transportado das regiões do interior rumo ao oceano.

Suas medições e análises redefinem a compreensão atual

sobre a dinâmica da camada de gelo antártica, ao revelar que o fluxo da camada de gelo do continente se compõe de uma complexa rede de afluentes que vêm do interior.

Essa nova visão do movimento da camada de gelo pode favorecer a reconstrução histórica e o prognóstico de sua evolução.

Dado que a grande maior

parte de gelo na Terra se encontra na Antártida e que o derretimento das calotas polares pode ter efeitos no nível do mar, este mapa também será útil para pesquisas futuras sobre o aquecimento global.

O trabalho foi concluído durante o Ano Polar Internacional e é o primeiro estudo deste tipo desde 1957.

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Pescadores viram defensores da lagoa Mundaú

Projeto tenta conscientizar pescadores sobre a importância de não jogar lixo na Mundaú, de onde tiram o sustento Luciano Milano Repórter

preocupação com o meio ambiente anda em voga por todo o mundo. Preservar e manter limpo o lugar onde se vive deixou de ser tarefa restrita a casa de cada uma das pessoas. Ela ganha as ruas e chega às comunidades. Essa necessidade fica mais premente quando cuidar do meio ambiente significa garantir o próprio sustento. O ecologicamente correto entra em cena para uma colônia de pescadores, que vivem à margem da Lagoa Mundaú, no município de Coqueiro Seco. Pelo menos 600 pescadores da Colônia Z3 estão em atividade na cidade. Outros 200 estão aposentados.Sob o nome Lagoa Limpa, um projeto tenta conscientizar pescadores de Coqueiro Seco a respeito da urgência de adotar novos hábitos no contato com a Lagoa, de onde eles tiram o sustento e de onde, também, os pais deles criaram suas famílias. A idéia é do expescador e hoje secretário do Meio Ambiente do município, José Cícero Silva dos Santos, 41. Ele conta que sempre se preocupou com o meio ambiente, mas não havia encontrado meio para colocar a idéia do projeto em prática. “Estou há dois meses como secretário de Meio Ambiente aqui em Coqueiro Seco. Sempre tive a preocupação de trabalhar para que a Lagoa Mundaú aqui na cidade pudesse ser menos poluída. Cresci com meu pai pescando aqui, foi dessas águas que ele criou toda a família, e quanto mais a

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gente poluir, menos alimento e meio de vida teremos para sobreviver ”, declarou José Cicero. No local, a pequena, mas bela orla às margens da Lagoa Mundaú tem recebido trabalho de assepsia diária. Segundo secretário do Meio Ambiente, o município cedeu três funcionários e alguns filhos de pescadores têm dado sua contribuição para tentar melhorar a qualidade da Lagoa. José Cícero também afirmou que há o processo de conscientização dos pescadores para contribuir. Quando se lançam às águas para tentar pescar peixe, sururu, maçunim, camarão e o marisco unha de velho, os pescadores passaram a receber bolsas plásticas para guardar objetos que poluem a Lagoa como copo descartável e garrafas Pet “Quando convoquei os pescadores da Colônia Z3, há dois meses, a aceitação foi excelente. Nos reunimos aqui na nossa sede, expliquei o que é o projeto Lagoa Limpa e senti que todos receberam de bom grado a idéia. Quando saem para pescar, levam as sacolas onde guardam o que antes deixavam cair na água e que ajudava a poluir tudo isso aqui. Eles também têm se conscientizado sobre a importância de limpar os portos onde os barcos ficam ancorados, mas ainda resistem a fazer parte do grupo que tira o mato, apanha as folhas e tudo mais que suja a nossa orla, alegando cansaço por conta da pescaria”, declarou o secretário de Meio Ambiente, que também preside a Colônia Z3, mas está licenciado. Hoje, a entidade fica a cargo do pescador Gesildo Ferreira da Silva.

“Isso aqui é lindo; à noite, parece um paraíso” Aos 48 anos de vida, o pescador Luís Carlos Pereira tem dedicado 30 à pescaria. E nem poderia ter sido diferente. Ele cresceu, como muitos dos pescadores de Coqueiro Seco, à beira da Lagoa, vendo seu pai trabalhando para sustentar uma família bastante numerosa. Para ele, a Lagoa Mundaú é como uma mãe.“Tenho outras virações (sinônimo para outras atividades para ganhar a vida), mas a pescaria é minha vida. Meu pai trabalhou nisso a vida toda dele pescando para criar 10 filhos que teve com minha mãe. Pescar era o que ele e depois eu sabemos fazer de melhor na vida”, explicou o pescador enquanto conver-

sava com O JORNAL e cuidava de seu barco na orla da Lagoa Mundaú. Luís Carlos aprova o projeto Lagoa Limpa e disse que, mesmo antes da ideia ser posta em prática pela secretaria de Meio Ambiente do município, ele já cuidava de fazer a parte dele, como coloca.“Tudo que for para o bem da Lagoa a gente tem que fazer. Porque ela é como uma mãe para todos nós, por isso limpá-la é obrigação de quem mora aqui e de quem tira seu sustento de suas águas. Esse projeto é uma boa porque ajuda ao pessoal entender que é preciso evitar jogar lixo na areia, na calçada e dentro d’água. Eu mesmo sempre

procurei ser fazer isso daí, o meu porto (local improvisado onde os pescadores deixam seus barcos à margem da Lagoa) limpo”, lembrou Luís Carlos Pereira.

Figura bastante popular em Coqueiro Seco pela simpatia e facilidade com que se comunica, o PM reformado José Alexandre da Silva, 72 anos, já foi pescador, mas não sobreviveu do sururu, camarão e peixes que, agora como inverno, andam afastados das águas da Lagoa Mundaú, na parte de Coqueiro Seco. Otimista, José Alexandre avalia que o projeto tem tudo para dar certo. Mas faz um alerta.“Isso aqui é lindo, à noite parece um paraíso. Os

turistas saem de longe, de Maceió (quase meia-hora de viagem), e vêm para cá apreciar a paisagem que é maravilhosa, e muita gente não conhece.

Todo dia pela manhã,venho aqui para minha casa em frente à Lagoa e faço minha parte limpando tudo. Não vivo da pesca, fui amador nesse ofício, mas sei a importância que existe manter as águas sem sujeira para que os pescadores possam trabalhar e sustentar suas famílias. O projeto é bom, mas só funciona se as pessoas, não só os pescadores, quiseram contribuir”, disse. (L.M.) Continua na página A12

O pescador Luiz Carlos já aprendeu a lição e recolhe o lixo da pescaria

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Fotos: Thiago Sampaio

Difundir a educação ambiental O projeto Lagoa Limpa conta com uma programação estabelecida para funcionamento. Instituída em 21 de junho, a iniciativa também visa a promover ações sociais com os pescadores, marisqueiras e demais moradores do lugar. Além disso, os funcionários da prefeitura e colaboradores devem fazer a limpeza dos portos, distribuição de sacos, com os voluntários passando duas vezes por semana para recolher o lixo, sempre pela manhã.Nas escolas, as crianças e adolescentes também terão em suas aulas temas ligados à educação ambiental. Poluição preocupa, mas “dragar a barra é mais importante” Caminhando por parte da orla da Lagoa Mundaú, a reportagem encontrou outro grupo de pescadores que cuidava de remendar as redes – seus instrumentos de trabalho – cortadas pelas garras afiadas dos siris. Enquanto faziam o trabalho, por que não dizer ofício artesanal de recomposição das linhas da rede, eles deram um tempo para, sem tirar a atenção do que faziam, conversaram com O JORNAL, também concordaram com a existência do projeto Lagoa Limpa, mas aproveitaram a ocasião para tocar em outro

ponto que consideram mais importante: ‘dragar a boca da barra” no trecho logo depois da Ponte Divaldo Suguary, já em Maceió.“Dragar a boca da barra é afundar, tirar a areia lá em cima perto da ponte Divaldo Suruagy, afundando o local para que o peixe passe de lá de Marechal Deodoro, de Maceió, para esse lado aqui. Agora, além do inverno, não existe peixe porque se a água e a areia estão rasas o peixe não vem para cá de jeito nenhum”, explicou o pescador José Henrique Barbosa de França, com 20 anos de experiência na pescaria.“Todo peixe de lagoa vem da praia. Marechal Deodoro, por exemplo, não sofre o que passamos aqui porque esta do lado de lá da Ponte e o peixe para eles existe em abundância. Se o Governo do Estado quiser, em 15 dias resolve o problema. Mas parece que fala interesse dos políticos em resolver esse problema”, protestou José Henrique, que ainda ilustrou a dificuldade para quem vive como pescador na parte da Lagoa em Coqueiro Seco.“Por exemplo, ontem joguei a rede logo cedo fui lá e não havia quase nada, porque a draga na barra está atrapalhando nossa vida”, disse. (L.M.)

Funcionário recolhe mato das margens da lagoa

Vista da orla de Coqueiro Seco: areia limpa e margens limpas

José Cícero, que é ex-pescador, hoje coordena o projeto no município

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Pesquisa do Departamento de Educação Física da PM apontou que mais da metade da tropa estava obesa ou com sobrepeso

Militares alagoanos estão acima do peso Declarações do presidente do Tribunal de Justiça reacenderam a polêmica sobre o preparo físico da tropa Iracema Ferro Repórter

uando se fala em policial militar, a imagem que vem à mente da maioria das pessoas é de um homem forte, bem preparado, com excelente condicionamento físico e cheio de energia para combater o crime. Mas esse não é o retrato da maior parte dos militares alagoanos. Um levantamento de 2009 do Departamento de Educação Física da corporação apontou que 64% dos PMs estavam com sobrepeso ou obesidade. O comando admite hoje que 30% dos militares estão “fora de forma”. Em outras palavras, pelo menos um terço dos que fazem a instituição responsável pelo policiamento ostensivo não teria condições de literalmente correr atrás dos bandidos.

Q

Um assunto polêmico foi suscitado na semana passada pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) desembargador Sebastião Costa Filho: a falta de preparo físico dos policiais militares de Alagoas.

O desembargador opinou sobre o condicionamento físico dos militares durante uma entrevista coletiva assassinato do subtenente José Roque Carlos, de 49 anos, que aconteceu na última segunda-feira, em frente à Escola Superior de Magistratura (Esmal), local onde o militar trabalhava. “Às vezes a gente vê um policial com a barriga grande, sem preparo algum. É preciso preparação para a função. Muitos deles são incapacitados”, declarou o desembargador.

A declaração foi recebida com furor pelos militares. O primeiro a sair em defesa da categoria foi o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Wellington Fragoso.

Ele defende que, por conta das escalas apertadas, os militares não dispõem de tempo para praticar atividades físicas com a regularidade necessária para o bom condicionamento exigido para o exercício da profissão.

“Os policiais de Alagoas trabalham numa escala de doze horas de serviço por 36 horas de descanso. Eles não têm tempo para fazer nenhum tipo de atividade física e não existe treinamento técnico, mesmo com a determinação

Presidente do TJ, Sebastião Costa Filho falou sobre a falta de preparo físico na Polícia Militar de Alagoas

no regimento interno da corporação de que a prática de educação física é obrigatória.

As associações de militares já denunciaram ao comando que a tropa não tem tempo para participar da educação física”, avalia.

“A polícia não está defasada somente no quesito preparo físico, mas também em treinamento, como tiro ao alvo, novas leis, mudanças de procedimento do Código Penal, já que os policiais estão no dia-adia abordando os suspeitos nas

ruas, prendendo acusados de crimes, cumprindo mandados de prisão”, completa.

Para ele, dizer que o combate à criminalidade não é eficiente porque parte da tropa está acima do peso não corresponde à verdade. “A polícia tem que acompanhar o crescimento da população.

Temos um contingente defasado, insuficiente para garantir a segurança pública, que é um problema para todos os alagoanos. Por isso, estamos cobrando das autoridades a

realização de concursos públicos para suprir nossa carência de efetivo e assegurar segurança para nossa sociedade”, ressalta.

Major Fragoso acrescenta que não há militares acima da idade, uma vez que os policiais trabalham em proporção ao seu tempo de serviço e, chegando ao seu limite, seguem para a reserva. No entanto, ele admite que cerca de 70% da tropa tem mais de 45 anos.

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Estudo revela que 64% dos militares estão fora de forma O último estudo realizado sobre a saúde dos policiais militares data de 2009. Foi pesquisado um universo de 2.060 oficiais divididos em 26 unidades e trouxe um dado alarmante: 64% dos militares apresentavam sobrepeso ou obesidade.

A pesquisa foi conduzida pelo major Silvestre, que à época era lotado no Departamento de Educação Física da Polícia Militar.

Os militares foram submetidos à avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC), calculado com base no peso e na altura e que indica de forma subjetiva (já que não avalia os níveis de glicose, triglicerídeos, colesterol, pressão arterial, nem a dosagem hormonal) se a pessoa está com o peso normal, abaixo ou acima do peso.

Também foi levada em consideração a Circunferência Abdominal, relação entre os contornos da cintura e do quadril. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), é que para não ter problemas de saúde desencadeados pela obesidade, os homens não podem ter cintura superior a 90 centímetros. Para as mulheres, essa medida deve ser inferior a 80 centímetros.

Neste teste, a maior parte dos os militares foi enquadrada no grupo de risco “moderado” ou “aumentado”, o que

IMC

significa que eles possuem gordura abdominal elevada e precisam perder peso.

Embora aleguem que não tenham tempo disponível para praticar exercícios físicos ou que seus salários não são suficientes para pagar mensalidade de academia, os militares têm à disposição uma academia completa montada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap), que é frequentada por um número diminuto de policiais, embora es-

teja disponível para toda a corporação.

De acordo com o comando da corporação, a declaração do desembargador foi recebida como uma crítica construtiva e deve ter sido feita com base nos policiais que fazem parte da assessoria militar do Tribunal de Justiça.

O assessor de imprensa da corporação, major José Oliveira, ressalta que o comando está preocupado com a situação da tropa e admite um percentual

REFERÊNCIAS IMPLICAÇÕES E RISCO

Menos de 15

Abaixo do peso I Anorexia, bulimia, osteoporose e auto-consumo de massa muscular.

15 a 18,5

Abaixo do peso

Transtornos digestivos, debilidade, fadiga crônica, estresse, ansiedade e disfunção hormonal.

18,6 a 24,9

Peso normal

Estado normal, bom nível de energia, vitalidade e boa condição física. Mantenha o peso e o IMC.

25 a 29,9

Sobrepeso

Fadiga, problemas digestivos, problemas circulatórios, má circulação nas pernas e varizes.

30 a 39.9

Obesidade I

Diabetes, angina de peito, enfartes, tromboflebites, asteroscleroses, embolias e alterações menstruais.

40 ou mais

Obesidade II

Falta de ar, apnéia, sonolência, trombose pulmonar, úlceras varicosas, câncer do cólon, uterino e mamário, refluxo esofágico, discriminação social, laboral e sexual.

menor do que o revelado pelo estudo do major Silvestre, ou seja, segundo os levantamentos do comando, cerca de 30% da tropa teria sobrepeso ou obesidade.

“A corporação implantou o programa ‘PM é Saúde’ que consiste em treinamento físicomiltar, que inclui aulas de step, aeroboxe, caminhadas e corridas. As aulas são oferecidas para toda a corporação, mas como acontecem no Quartel do Comando Geral, em Maceió,

nas manhãs de quarta-feira, geralmente são freqüentadas pelos militares dos Batalhões da capital”, explica.

Oliveira lembra que além do programa “PM é Saúde”, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, os militares que estão de folga ou participam do serviço burocrático da corporação tem o horário de 7h às 8h30 livre para atividades físicas, como futebol e musculação. “A tropa tem ainda duas nutricionistas que ficam no

Hospital Militar justamente para orientar quem precisa perder ou ganhar peso, além de uma completa academia de musculação, que está aberta de segunda à sexta-feira, das sete às dezessete horas, com orientação de oficiais formados em educação física. Ou seja, só não perde peso quem não quer. Não podemos obrigar nenhum militar a fazer exercícios físicos”, defende Oliveira, em nome do comando da PM. (I.F.)

Prejuízo à saúde e ao desempenho Entre os prejuízos à saúde e ao desempenho físicos dos policiais que tem a circunferência abdominal superior a 90 centímetros, a endocrinologista Sandra Maria dos Santos destaca o baixo rendimento nas atividades físicas, cansaço, fadiga e sobrecarga nas articulações, principalmente dos joelhos e tornozelos.

“Sem esquecer do risco de diabetes, aumento de pressão arterial, colesterol LDL (o colesterol ruim) alto, assim como taxas elevadas de triglicerídeos.

Uma pessoa que tem pressão alta e desconhece o problema, ou não o trata adequadamente, corre risco de ter um infarto fulminante ou um acidente vascular cerebral (AVC)”, alerta a médica.

Ela ressalta que, independente do tempo de folga disponível para os policiais, cada indivíduo deve buscar pelo menos meiahora por dia, ou uma hora em dias alternados, para se exercitar.

“Não é só pelo bem do seu trabalho, que exige um bom condicionamento físico, é para a sua saúde. Por mais atribuições que tenha, uma pessoa tem meiahora todos os dias, se tomar como meta reservar um tempo diário para melhorar sua saúde.

Praticar exercícios físicos regularmente é uma forma de viver com melhor qualidade de vida, ter mais disposição para as tarefas do dia-a-dia, mesmo que seja levar o filho para a praia e poder brincar com ele. Quem pratica exercícios tem mais energia para tudo, respira melhor e vive melhor”, destaca Sandra.

Ela recomenda que, antes de buscar uma atividade física, mesmo que seja uma caminhada, as pessoas que levam uma vida sedentária devem buscar ajuda de um profissional. Primeiramente, será avaliada sua condição física para depois serem indicadas as melhores práticas de acordo com o perfil e com o que cada um está apto a fazer.

“Esforços acima do que o corpo agüenta podem desencadear vários problemas nas articulações, coluna e lesões de toda a natureza. Daí a importância de procurar uma ajuda para fazer esta avaliação e buscar uma alimentação mais equilibrada.

Deixar o sedentarismo é o primeiro passo para que os policiais que estão com sobrepeso ou já no estágio de obesidade tenham mais disposição para o trabalho e possam alcançar a excelência física que a profissão exige”, frisa. (I.F.)

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Marco Antônio

Polícia Militar de Alagoas perde cerca de 250 “homens” por ano Servidores vão para reserva e não são substituídos Flávia Batista Repórter

Os recorrentes casos de violência em Alagoas são diretamente acompanhados por relatos queixosos de vítimas que lamentam a ausência de agentes de segurança. Ruas, avenidas, grotas, becos: a violência se alastrou em Alagoas, e agora não há mais hora ou lugar onde a população esteja em segurança. Os assassinatos, assaltos, roubos não são mais ex-

clusividade da madrugada. Eles acontecem à luz do dia, em praças públicas e vias movimentadas.

Qualquer cidadão está prestes a se transformar em espectador, vítima ou testemunha de um crime.

E onde ele acontece, há o inevitável relato de que a polícia não estava presente. Quem anda por Maceió sente falta de mais policiais nas ruas. Diante deste cenário devastador, o secretário de Defesa Social anunciou um concurso para 180 vagas na Polícia

Militar. A idéia é reforçar o policiamento e dar à população mais segurança. Entretanto, o número de vagas ofertadas caiu como uma bomba entre associações e sociedade, principalmente porque o próprio secretário afirmou que a corporação tem um déficit anual de 250 homens. O desencontro entre as duas afirmações passa pela falta de capacidade financeira de o Estado contratar mais. Mas mesmo assim, gerou desconforto.

Com a diminuição anual do quadro de policiais, as escalas para policiamento ostensivo são rigorosas

Vagas não serão apenas para a polícia O martelo ainda não foi batido, porque será preciso passar pelo aval das secretarias de Gestão Pública (Segesp) e da Fazenda (Sefaz).

Mas a idéia da Secretaria de Defesa Social é começar o ano de 2012 com novidades nas polícias Militar, Civil e na Perícia Oficial. O próprio secretário Dário César anunciou o concurso que deve acontecer nos próximos meses. “Estamos todos trabalhando para lançar este concurso até dezembro.

Queremos começar o ano de 2012 com esse pessoal na escola de formação, prestes a entrar em operação”, afirmou o secretário.

Serão 180 vagas para a Polícia Militar. Destas, 30 serão para oficiais. A operacionalidade, sob a responsabilidade dos praças, ficará com as 150 vagas restantes.

O certame, já autorizado pelo governador Teotonio Vilela Filho, não tem entretanto, data marcada para lançamento de edital.

Já o concurso para a Polícia Civil terá 25 vagas para delegado, 50 para escrivães e 150 para agentes de polícia.

As vagas para a Perícia Oficial serão destinadas a médicos legistas, peritos criminais, auxiliar de necropsia e papiloscopista.

Entretanto, o próprio secretário Dário César reconhece que o número de vagas ofertadas inicialmente está aquém da necessidade de Alagoas. “Mas é o que o Estado tem condições de absorver neste momento.

Isso não quer dizer que não chamaremos mais, até porque o concurso tem validade de dois anos e neste período, certamente teremos condições de aumentar a folha de pagamento. Quem sabe não teremos condições de chamar mais aprovados

imediatamente?”, supôs o secretário, explicando que, por causa de uma medida judicial, as vagas ofertadas num concurso, têm de ser imediatamente preenchidas.

“Não poderíamos ofertar mais vagas do que as que temos condições de pagar”, disse.

Enquanto se prepara para absorver os mais 180 militares, o Estado também vai vendo como se enquadrar na lei que tramita na Assembléia Legislativa que prevê o aumento obrigatório de efetivo militar para 12 mil homens. Aumentando consideravelmente a atual tropa de 8 mil elementos.

Para Dário César, mesmo os oito mil PMs já deixaria Alagoas numa situação confortável de contingente militar, caso esses homens estivessem, de fato, nas ruas. “O problema é que temos uma tropa envelhecida e empregada em funções administrativas. Temos uma quantidade significativa de homens que trabalham em vigilância patrimonial e em funções que poderiam ser terceirizadas, como em cozinhas e oficinas.

Se essas pessoas estivessem nas ruas, fariam diferença”, afirmou, adiantando que a Secretaria já estuda a possibilidade de terceirizar alguns serviços, de forma que possa aumentar o efetivo operacional nas ruas.

Além do desvio das funções de segurança, muitos policiais se afastam do trabalho, segundo afirmou Dário César. “Em 2010, tivemos 2.800 homens fazendo a segurança da Grande Maceió. Neste mesmo período, mais de sete mil dispensas médicas foram concedidas”, comparou. (F.B.) Continua na página A18

Yvette Moura

Cel. Dário César reconhece que concurso não vai suprir carência

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Segundo Associação de Militares, policiais trabalham com sobrecarga Os números crescentes da violência em Alagoas, especialmente em Maceió, são, para a Associação de Cabos e Soldados (ACS), um reflexo das condições adversas com as quais os policiais trabalham diariamente. Além do estresse cotidiano natural da atividade desempenhada, os militares vão às ruas sem treinamento especializado, são submetidos a cargas horárias estafantes e trabalham com equipamentos sucateados, isso quando tem equipamento suficiente para todos. “Infelizmente hoje o bandido está muito melhor preparado para ser bandido, do que o policial para ser policial”, afirmou o vice-presidente da ACS, cabo Rogers Tenório.

Essa realidade dura, segundo o vice-presidente, é responsável por uma condição de exaustão, que acaba por afastar o militar das suas funções. “O secretário falou nas baixas anuais e nos afastamentos por licença médica.

Mas esses números são consequência das condições de trabalho oferecidas. Alagoas não tem policiamento suficiente, então os que estão em atividade trabalham sobrecarregados”, afirmou.

Rogers Tenório defende que qualquer concurso para a Polícia Militar deveria oferecer, já de início, pelo menos 3 mil vagas. “Aumentar o efetivo operacional em 150 homens não representa nada.

Não fará a mínima diferença nas ruas”, afirmou.

O militar lembrou que, durante a campanha eleitoral para o primeiro mandato, o governador Teotonio Vilela Filho havia prometido a inserção de mil policiais militares por ano para aumentar a segurança. “Se ele tivesse cumprido a promessa de campanha, hoje teríamos mais cinco mil policiais nas ruas.

Mas ao invés disso, ele aumentou o efetivo apenas em 500 homens”, lamentou o vice-presidente.

Para garantir uma segurança de mais qualidade, Alagoas deveria ter, pelo menos, 16.200 militares pelas contas da ACS, o que contrapõe a lei que tramita na Assembléia e que pode estabelecer a obrigatoriedade de apenas 12 mil. “Será uma redução do que seria ideal hoje para Alagoas. Isso pode representar uma piora da situação em que vivenciamos atualmente”, disse. (F.B.)

Marco Antônio

Presidente da ACS, cabo Rogers Tenório diz que militares trabalham em condições adversas

Pastoril: um dos folguedos mais populares em ALagoas

O folclore toma conta de Maceió Em comemoração ao Dia do Folclore, a capital alagoana tem programação especial neste fim de semana Valdete Calheiros Repórter

Os principais nomes e grupos folclóricos de Maceió estão nas ruas da capital neste final de semana para marcar a passagem do Dia do Folclore, comemorado amanhã.

A Fundação Municipal de Ação Cultural elaborou uma extensa programação para que os maceioenses possam respirar folclore neste domingo. As atividades em alusão a data foram iniciadas ontem.

As atrações culturais de grupos folclóricos locais que se apresentaram ontem nos bairros do Jacintinho e Tabuleiro dos Martins continuam a encantar a população hoje no bairro de Ponta Verde.

A programação (Veja Box) prevê a apresentação de atrações culturais como repente, coco de roda, pastoril, bumba meu boi, taieira, maracatu, baiana, fandango, cordel, balé folclórico, quilombo, entre outros.

Todos os grupos folclóricos que participam do evento são de Maceió. Alguns deles já receberam prêmios e se apresentaram fora do país.

O Dia do Folclore foi criado em 1965 através de um decreto federal, com a finalidade de promover as manifestações culturais. O prefeito de Maceió, Cícero Almeida, disse que ao comemorar o Dia do Folclore reafirma seu compromisso com a cultura popular.

“Parabenizo todos os grupos folclóricos pela dedicação à arte e por compartilhar com a sociedade a tradição, os costumes, as danças, os ritmos e a história do nosso folclore”, afirmo o prefeito.

Yvette Moura

Major Fragoso diz que concurso com 180 vagas será um pingo d’água no oceano

“Governo se esquiva de investimento” Na opinião do presidente da Associação dos Oficiais Militares Brasileiros, major Wellington Fragoso, o governo está abrindo mão de investir na segurança. Ele afirmou que um concurso para apenas 180 militares , deixando ainda 30 vagas para oficiais será ineficiente diante do caos enfrentado pelo Estado. “Aumentar o efetivo em 150 vagas é um pingo de água num oceano”, comparou. E contabilizou: “Levando em consideração que um policial trabalha um dia e folga três, os 150 militares se transformam em 50 por dia. Não dará

nem um PM por município”, completou.

A distribuição dos militares em defesa de prédios e assessorias não é para Fragoso, desculpa para o baixo efetivo militar das ruas. “Quando um policial está fazendo segurança de um prédio público, ele não está desviando função. É um papel de segurança também, do mesmo jeito que seguranças a autoridades. Poderíamos ter crimes graves se não fosse a presença dos policiais em prédios ou junto às autoridades”, defendeu o major. (F.B.)

A presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural, Paula Sarmento, afirmou que o folclore está fortemente ligado à raiz de um povo. “É por meio dele que a tradição é renovada, passando por várias gerações. Em Maceió, temos vários grupos e entidades espalhados pelos bairros. Estamos comemorando o Dia do Folclore homenageando esses bravos guerreiros que, com orgulho, representam nossa cultura e mantém vivo o espírito de nossas origens”, salientou.

Paula Sarmento está à frente da Fundação Municipal de Ação Cultural desde o último mês de fevereiro. Desde então, vem dinamizando as ações do órgão. Prova disso, foi o São João de Maceió, realizado em junho, e que reuniu nos palcos 80% de artistas da terra.

Projetos – transformados em ações concretas – não faltam à mesa de trabalho de Paula Sarmento. A presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural já está em vias de finalização para o Viva Cultura que será realizado em Maceió, nos meses de setembro a novembro.

“Durante dois domingos por mês, os maceioenses terão música, artes cênicas e dança. A programação é gratuita. O local para as apresentações ainda está sendo definido”, adiantou.

O mês de dezembro também deverá trazer gratas surpresas aos maceioenses com o Auto de Natal que está sendo também programado. “O ponto alto serão as apresentações de folguedos natalinos como guerreiro, reisado e pastoril”, antecipou.

Programação diversificada e descentralizada

Policiamento ostensivo é o mais prejudicado pela perda de militares

Hoje, das 13 às 17 horas, os grupos se apresentam na Avenida Silvio Viana, no bairro da Ponta Verde, onde serão montados dois palcos para as comemorações ao Dia do Folclore.

As comemorações começaram ontem e o público se deliciou com as riquezas culturais que se apresentaram, das 17h às 22h, no Mirante do Jacintinho e no terminal de ônibus do Conjunto Osman Loureiro, no Tabuleiro do Martins, simultaneamente.

Toda a programação foi montada a partir de reuniões com a Associação dos Folguedos Populares. “A cultura precisa ser profissionalizada para ser auto sustentável e transformadora”, ensinou.

De acordo com Paula Sarmento, a programação foi cuidadosamente elaborada para se festejar o folclore que a população conhece e divulgar as expressões ainda não conhecidas do grande público.

“Somente em Maceió temos 29 diferentes folguedos. Precisamos identificar cada traço da nossa cultura, das nossas raízes. Nos bairros em que há manifestações folclóricas, a tradição é renovada a cada geração. E é assim que deve ser até mesmo para perpetuar a história.

Neste ano, a programação realmente ficou voltada aos grupos de

Maceió. Futuramente, podemos pensar em um intercâmbio entre grupos folclóricos do interior do Estado”, frisou.

A presidente da Fundação de Ação Cultural, Paula Sarmento, destacou a importância do folclore para a cultura alagoana

FOLCLORE – O termo folk-lore foi criado pelo antiquário inglês William John Thoms (1803 - 1885), no dia 22 de agosto de 1846. Usando o pseudônimo de Ambrose Merton, ele publicou um artigo com o título Folk-lore, na revista The Athenaeum, de Londres.

William John Thoms propunha o termo como expressão técnica apropriada ao estudo das lendas, tradições e da literatura popular, tendo essa definição o significado de “a sabedoria do povo”. Folk quer dizer povo, nação, família e lore significa instrução, conhecimento, saber.

O folclore alagoano tem suas raízes com origens nos três elementos colonizadores do povo brasileiro: o negro, o branco e o índio. Em Alagoas, beleza e originalidade não faltam ao folclore.

Pesquisadores estimam que o Estado possui 29 variedades desde danças e torés aos folguedos vinculados a festejos natalinos, festas religiosas e carnavalescas. Entres as expressões mais conhecidas destacam-se pastoril, guerreiro, taieira, baianas, reisados, coco de roda e roda de adultos. (V.C.)

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Segundo Associação de Militares, policiais trabalham com sobrecarga Os números crescentes da violência em Alagoas, especialmente em Maceió, são, para a Associação de Cabos e Soldados (ACS), um reflexo das condições adversas com as quais os policiais trabalham diariamente. Além do estresse cotidiano natural da atividade desempenhada, os militares vão às ruas sem treinamento especializado, são submetidos a cargas horárias estafantes e trabalham com equipamentos sucateados, isso quando tem equipamento suficiente para todos. “Infelizmente hoje o bandido está muito melhor preparado para ser bandido, do que o policial para ser policial”, afirmou o vice-presidente da ACS, cabo Rogers Tenório.

Essa realidade dura, segundo o vice-presidente, é responsável por uma condição de exaustão, que acaba por afastar o militar das suas funções. “O secretário falou nas baixas anuais e nos afastamentos por licença médica.

Mas esses números são consequência das condições de trabalho oferecidas. Alagoas não tem policiamento suficiente, então os que estão em atividade trabalham sobrecarregados”, afirmou.

Rogers Tenório defende que qualquer concurso para a Polícia Militar deveria oferecer, já de início, pelo menos 3 mil vagas. “Aumentar o efetivo operacional em 150 homens não representa nada.

Não fará a mínima diferença nas ruas”, afirmou.

O militar lembrou que, durante a campanha eleitoral para o primeiro mandato, o governador Teotonio Vilela Filho havia prometido a inserção de mil policiais militares por ano para aumentar a segurança. “Se ele tivesse cumprido a promessa de campanha, hoje teríamos mais cinco mil policiais nas ruas.

Mas ao invés disso, ele aumentou o efetivo apenas em 500 homens”, lamentou o vice-presidente.

Para garantir uma segurança de mais qualidade, Alagoas deveria ter, pelo menos, 16.200 militares pelas contas da ACS, o que contrapõe a lei que tramita na Assembléia e que pode estabelecer a obrigatoriedade de apenas 12 mil. “Será uma redução do que seria ideal hoje para Alagoas. Isso pode representar uma piora da situação em que vivenciamos atualmente”, disse. (F.B.)

Marco Antônio

Presidente da ACS, cabo Rogers Tenório diz que militares trabalham em condições adversas

Pastoril: um dos folguedos mais populares em ALagoas

O folclore toma conta de Maceió Em comemoração ao Dia do Folclore, a capital alagoana tem programação especial neste fim de semana Valdete Calheiros Repórter

Os principais nomes e grupos folclóricos de Maceió estão nas ruas da capital neste final de semana para marcar a passagem do Dia do Folclore, comemorado amanhã.

A Fundação Municipal de Ação Cultural elaborou uma extensa programação para que os maceioenses possam respirar folclore neste domingo. As atividades em alusão a data foram iniciadas ontem.

As atrações culturais de grupos folclóricos locais que se apresentaram ontem nos bairros do Jacintinho e Tabuleiro dos Martins continuam a encantar a população hoje no bairro de Ponta Verde.

A programação (Veja Box) prevê a apresentação de atrações culturais como repente, coco de roda, pastoril, bumba meu boi, taieira, maracatu, baiana, fandango, cordel, balé folclórico, quilombo, entre outros.

Todos os grupos folclóricos que participam do evento são de Maceió. Alguns deles já receberam prêmios e se apresentaram fora do país.

O Dia do Folclore foi criado em 1965 através de um decreto federal, com a finalidade de promover as manifestações culturais. O prefeito de Maceió, Cícero Almeida, disse que ao comemorar o Dia do Folclore reafirma seu compromisso com a cultura popular.

“Parabenizo todos os grupos folclóricos pela dedicação à arte e por compartilhar com a sociedade a tradição, os costumes, as danças, os ritmos e a história do nosso folclore”, afirmo o prefeito.

Yvette Moura

Major Fragoso diz que concurso com 180 vagas será um pingo d’água no oceano

“Governo se esquiva de investimento” Na opinião do presidente da Associação dos Oficiais Militares Brasileiros, major Wellington Fragoso, o governo está abrindo mão de investir na segurança. Ele afirmou que um concurso para apenas 180 militares , deixando ainda 30 vagas para oficiais será ineficiente diante do caos enfrentado pelo Estado. “Aumentar o efetivo em 150 vagas é um pingo de água num oceano”, comparou. E contabilizou: “Levando em consideração que um policial trabalha um dia e folga três, os 150 militares se transformam em 50 por dia. Não dará

nem um PM por município”, completou.

A distribuição dos militares em defesa de prédios e assessorias não é para Fragoso, desculpa para o baixo efetivo militar das ruas. “Quando um policial está fazendo segurança de um prédio público, ele não está desviando função. É um papel de segurança também, do mesmo jeito que seguranças a autoridades. Poderíamos ter crimes graves se não fosse a presença dos policiais em prédios ou junto às autoridades”, defendeu o major. (F.B.)

A presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural, Paula Sarmento, afirmou que o folclore está fortemente ligado à raiz de um povo. “É por meio dele que a tradição é renovada, passando por várias gerações. Em Maceió, temos vários grupos e entidades espalhados pelos bairros. Estamos comemorando o Dia do Folclore homenageando esses bravos guerreiros que, com orgulho, representam nossa cultura e mantém vivo o espírito de nossas origens”, salientou.

Paula Sarmento está à frente da Fundação Municipal de Ação Cultural desde o último mês de fevereiro. Desde então, vem dinamizando as ações do órgão. Prova disso, foi o São João de Maceió, realizado em junho, e que reuniu nos palcos 80% de artistas da terra.

Projetos – transformados em ações concretas – não faltam à mesa de trabalho de Paula Sarmento. A presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural já está em vias de finalização para o Viva Cultura que será realizado em Maceió, nos meses de setembro a novembro.

“Durante dois domingos por mês, os maceioenses terão música, artes cênicas e dança. A programação é gratuita. O local para as apresentações ainda está sendo definido”, adiantou.

O mês de dezembro também deverá trazer gratas surpresas aos maceioenses com o Auto de Natal que está sendo também programado. “O ponto alto serão as apresentações de folguedos natalinos como guerreiro, reisado e pastoril”, antecipou.

Programação diversificada e descentralizada

Policiamento ostensivo é o mais prejudicado pela perda de militares

Hoje, das 13 às 17 horas, os grupos se apresentam na Avenida Silvio Viana, no bairro da Ponta Verde, onde serão montados dois palcos para as comemorações ao Dia do Folclore.

As comemorações começaram ontem e o público se deliciou com as riquezas culturais que se apresentaram, das 17h às 22h, no Mirante do Jacintinho e no terminal de ônibus do Conjunto Osman Loureiro, no Tabuleiro do Martins, simultaneamente.

Toda a programação foi montada a partir de reuniões com a Associação dos Folguedos Populares. “A cultura precisa ser profissionalizada para ser auto sustentável e transformadora”, ensinou.

De acordo com Paula Sarmento, a programação foi cuidadosamente elaborada para se festejar o folclore que a população conhece e divulgar as expressões ainda não conhecidas do grande público.

“Somente em Maceió temos 29 diferentes folguedos. Precisamos identificar cada traço da nossa cultura, das nossas raízes. Nos bairros em que há manifestações folclóricas, a tradição é renovada a cada geração. E é assim que deve ser até mesmo para perpetuar a história.

Neste ano, a programação realmente ficou voltada aos grupos de

Maceió. Futuramente, podemos pensar em um intercâmbio entre grupos folclóricos do interior do Estado”, frisou.

A presidente da Fundação de Ação Cultural, Paula Sarmento, destacou a importância do folclore para a cultura alagoana

FOLCLORE – O termo folk-lore foi criado pelo antiquário inglês William John Thoms (1803 - 1885), no dia 22 de agosto de 1846. Usando o pseudônimo de Ambrose Merton, ele publicou um artigo com o título Folk-lore, na revista The Athenaeum, de Londres.

William John Thoms propunha o termo como expressão técnica apropriada ao estudo das lendas, tradições e da literatura popular, tendo essa definição o significado de “a sabedoria do povo”. Folk quer dizer povo, nação, família e lore significa instrução, conhecimento, saber.

O folclore alagoano tem suas raízes com origens nos três elementos colonizadores do povo brasileiro: o negro, o branco e o índio. Em Alagoas, beleza e originalidade não faltam ao folclore.

Pesquisadores estimam que o Estado possui 29 variedades desde danças e torés aos folguedos vinculados a festejos natalinos, festas religiosas e carnavalescas. Entres as expressões mais conhecidas destacam-se pastoril, guerreiro, taieira, baianas, reisados, coco de roda e roda de adultos. (V.C.)

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Conheça alguns dos folguedos alagoanos O Guerreiro que já virou uma marca registrada de Alagoas

Guerreiro de Alagoas O guerreiro é um grupo multicolorido de dançladores e cantores semelhante ao reisado (auto popular, profano-religioso, formado por grupos de músicos, cantores e dançadores que vão de porta em porta no período de 24 de dezembro a seis de janeiro), mas com um maior número de figurantes e episódios, com riquezas nos trajes, enfeites e beleza nas músicas.

O guerreiro é o resultado da fusão de reisados alagoanos, do antigo e desaparecido auto dos caboclinhos (dança guerreira, de cunho religioso propiciatório de boa colheita ou caçada), da chegança e dos pastoris.

Guerreiro Treme Terra de Alagoas Atuam desde a década de 80 na comunidade de Bebedouro, com apresentações do guerreiro e do trio de forró “Mordido do Porco”. Dentre suas atividades, possui oficinas de indumentárias para o guerreiro como forma de ensinar a futuras gerações o valor da cultura popular. Contato: Mestre Benon 3358-7109, 9999-5450.

Guerreiro Campeão do Trenado O Guerreiro Campeão do Trenado é um guerreiro tradicional. Foi originado da dissidência de um grupo mais antigo, mas continua com o mesmo título. É comandado pelo mestre Nivaldo Abdias. Além de apresentações, o grupo oferece oficina de artesanato para sua comunidade, localizada em Chã da Jaqueira. Contato: Mestre Nivaldo 9107-4345.

Bumba Meu Boi É um auto de temática pastoril que tem na figura do boi o personagem principal. Aparece em todo o Brasil como os nomes de Bumba Meu Boi, Boi Bumbá, Boi Surubi, Boi Calemba, Boi de Mamão, etc. Em Alagoas, a apresentação do Boi é semelhante a um teatro de revista. Consta de desfile de bichos e personagens fantásticos ao som de cantigas entoadas por cantores do conjunto musical que faz lembrar das ligações do Bimba com as revivências e sinais bastante visíveis da Comédia Del´Arte Medieval.

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Baianas, outro folguedo preservado no Estado

Pastoril O pastoril é o mais conhecido e difundido folguedo popular de Alagoas. É uma fragmentação do presépio, sem os textos declamados e sem os diálogos. É constituído apenas por jornadas soltas, canções e danças religiosas ou profanas, de épocas e estilos variados. Esse folguedo se apresenta em quase todos os municípios de Alagoas, encenados em casas de família, teatrinhos, auditórios de colégios, armados nas festas de rua.

Acompanhado de orquestra variada desde os violões e sanfonas até conjuntos de sopro e percussão. O pastoril é formado por um grupo de 12 a amsi integrantes divididos em dois cordões: o azul e o encarnado, cores que ostentam nas vestes (faixas, aventais, saias, blusas), que levam a cabeça chapéus de palhinhas e que tocam pandeiros especiais de lata com cabo e sem tampo.

Pastoril Estrela do Oriente Fundado em 1981, pela mestra Maria José da Silva (D. Zezé), o grupo está localizado no bairro de Chã de Bebedouro.

Dentre seus componentes possui músicos cujas idades variam de 60 a 86 anos.

Costuma apresentar-se no interior do Estado. Contato: D. Zezé 3241-3550, 88138003.

Pastoril Menino Jesus da Cambona O Pastoril Menino Jesus da Cambona foi fundado em 1997 e as Baianas em 2008.

São coordenados por José Vanildo, Jeanne D´Arc e filhos. Contato: José Vanildo, Jeanne D´Arc 8829-0422, 8856-2647.

Pastoril Estrela de Belém Fundado no Paraíso do Horto há oito anos, o Pastoril Estrela de Belém, além de apresentações culturais, desenvolve na comunidade trabalhos manuais com crianças e adolescentes, orientando-os sobre drogas através de palestras e oficinas. Contato: Josefa Oliveira dos Santos (Ilza) 3375-0115, 3358-6081.

Liga dos Grupos Bumba Meu Boi Com o objetivo de manter viva a tradição do Bumba Meu Boi, representado por sua beleza e tradição, a Liga possui 35 afiliados que desenvolvem suas atividades com o apoio de comerciantes locais, além de ministrar oficinas e palestras.

Dentre os bumbas meu boi, destaque para o Cão de Raça, tetra campeão em participação no concurso de Bumba Meu Boi de Maceió; Excalibur, fundado em 2005, participou dos principais festivais regionais, como a Festa da Lavadeira, em Pernambuco; Dragão que há 25 anos atua com dedicação em suas apresentações, exprimindo beleza e tradição. Contato: Liga dos Grupos Bumba Meu Boi, Eugênio Vilela 8882-56263; Bumba Meu Boi Cão de Raça, Francisco José da Silva Sampaio 8805-2038; Bumba Meu Boi Excalibur, Vanderlei Morais dos Santos 8884-3777, Bumba Meu Boi Dragão, Júnior 8842-4395, 9909-9188.

Coco de Roda O Coco alagoano é uma dança cantada, sendo acompanhada pela batida dos pés ou tropel. Também é de pagode ou samba. Surge na época junina ou em ou-

tras ocasiões que se quer festejar. Tem origem africana, filiada ao batuque angolaconguense. Talvez tenha surgido na zona fronteiriça de Alagoas e Pernambuco no cordão de serras ocupadas no século XVII pelo celebre Quilombo dos Palmares.

Dessa região, espalhou-se por todo o Nordeste, onde recebeu nomes e formar coreográficas diferentes como Coco Praieiro, na Paraíba; Bambelô ou Coco de Zambe, no Rio Grande do Norte; Tara ou Coco de Roda, em Pernambuco; Samba de Aboio e Samba de Coco, em Sergipe, além de outros.

Grupo Folclórico Ganga Zumba das Alagoas O Grupo Folclórico Ganga Zumba das Alagoas nasceu de um ideal espontâneo entre o seu fundador e jovens do bairro de Cruz das Almas. A entidade possui atividades típicas do folclore alagoano como o coco de roda, o pastoril, as baianas, as quais mantém vivo o folclore por meio da dança, da música e das vestimentas típicas. Contato: Carlos Gilberto 3325-6294, 8843-2406.

Liga dos Grupos de Coco de Roda Alagoano Com sede no bairro do Jacintinho há seis anos, os grupos de coco de roda apresentam-se em escolas e festivais com inovação e motivação que contagiam a todos que os assistem. Dentre as comunidades cadastradas na entidade, está o Grupo Reviver do bairro de Bebedouro, campeão do Concurso de Coco de Roda 2011, onde homenagearam Mestre Verdelino e dona Hilda, uma das maiores referências de coco de roda em Alagoas e o tri-campeão em festivais Grupo Xique-Xique, do bairro do Jacintinho. Contato: Zé do Boi 8801-9745.

Baianas Este folguedo entrou em nossa cultura, inicialmente, como clube de carnaval, fixando-se, posteriormente, como função natalina. É uma modificação rural do Maracatu, em que elementos do Pastoril e dos Cocos se misturam a danças e canções de nítida influência religiosa negra, sem a participação da corte e da boneca. As dançadoras, vestidas em estilizações ou adaptações do clássico traje de baiana (vestidos compridos de florões, blusas de cor, torços de seda e balangandans de imitação), dançam e fazem evoluções ao som de bombos, ganzás e outros instrumentos de percussão.

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Cidades

O JORNAL JORNA L A23

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Baianas Rosas do Lar

Mestre Verdelino era uma das expressões da arte popular de Alagoas

Quilombo

Presente na comunidade da Chã de Bebedouro, o grupo transmite há 30 anos em suas apresentações a alegria e orgulho em divulgar a cultura por meio de seu folguedo. Dentre suas atividades, confeccionam indumentárias para suas apresentações e ministram palestras educativas. Contato: Dona Zezé 3241-3550.

Inicialmente tido como originário dos acontecimentos na Serra da Barriga é, na verdade, uma adaptação alagoana de danças que representam lutas, ora entre brancos e negros, ora índios, ora mouros e cristãos. Segundo Théo Brandão, o auto é “uma reinterpretação de origem erudita”. Ao confirmar esse fato, ocorre a derrota dos negros no final da representação, comprovando ser um bailado idealizado por brancos.

Baianas Menino Jesus da Cambona

Grupo Cultural Axé Zumbi

Fundado em 2008, o grupo das Baianas é coordenado por José Vanildo, Jeanne D´Arc e filhos. Contato: Contato: José Vanildo, Jeanne D´Arc 8829-0422, 8856-2647.

O grupo Axé Zumbi foi criado em janeiro de 1982 e atuam com apresentações de folguedos envolvendo a comunidade do Vergel do Lago.

Dentre suas atividades estão os folguedos: coco de roda, maracatu, taieira, quilombo, toré do índio e dança de fita.

Grupo Folguedos e Danças Professor Pedro Teixeira

Toré do Índio

Localizado no bairro de Cruz das Almas há 26 anos, tem como objetivo a preservação da cultura dos folguedos para as novas gerações.

Com 30 componentes, entre músicos e coordenadores, suas atividades variam entre pastoril, taieiras, baianas, coco de roda alagoano, maracatu de cortejo e guerreiro. Contato: Fátima Brasileiro, José Flávio Brasileiro 3325-2695, 99327615, 8859-2384.

Taieiras Dança-cortejo de caráter religioso afrobrasileiro que faz louvação a São Benedito e a Nossa Senhora do Rosário. Sua origem é da aculturação africana, ligada aos Reinados dos Congos e estruturada na época da escravidão.

Fandango Também conhecido como Marujada, Barca, Nau Catarineta ou Chegança de Marujos. Este auto é uma dança dramática com motivo náutico, com forte inspiração portuguesa, influência que está presente nas cores – azul e branca – das vestimentas dos participantes. Não tem enredo próprio nem sequência lógica. Constitui uma série de cantigas náuticas de diversas épocas e origens que falam das odisséias marítimas dos navegadores, lembrando o sofrimento de uma nau perdida, a calmaria, a fome e a solidão no mar, além de retirar as lutas e o heroísmo dos marujos.

Maracatu Fandango do Pontal da Barra O Fandango do Pontal da Barra é uma dança baseada em cantigas desordenadas que contam o sofrimento de uma tripulação perdida no mar. O grupo conta com 36 componentes e oferecem oficinas para seus integrantes que se atualizam e mantém a tradição deste folguedo.

Contato: Jorgerval Mário (Vavá) 9648-1141, 3351-9146.

Coletivo Afro Caeté Formado em fevereiro de 2009, com a finalidade de pesquisar, produzir e difundir cultura tradicional e afro-nordestina, em especial a alagoana. É caracterizado pela batida forte e marcante da alfaia e do tambor de som grave. É influenciado musicalmente pelos ritmos afro e populares do Nordeste, os batuques dos terreiros de candomblé e umbanda. Contato: Christiano Barros 8845-4068.

Dança típica do Nordeste. Maracatu é um termo africano que significa dança ou batuque, no qual um grupo de adeptos das religiões afrobrasileiras saem fantasiados às ruas para fazer saudações aos orixás, em um cortejo carnavalesco, onde reis, rainhas, princesas, índios emplumados e baianas cruzam as ruas dançando, pulando e passando de mão em mão a calunga, boneca de pano enfeitada presa em um bastão.

O ritmo frenético que acompanha o maracatu teve origem nas Congadas, cerimônias de escolha e coroação do rei e da rainha da “nação” negra.

Ao primeiro acorde do maracatu, a rainha ergue a calunga para abençoar a “nação”. Atrás vão os personagens, com chapéus imensos, evoluindo em círculos e seguindo a procissão recitando versos que evocam histórias regionais.

Maracatu Baque Alagoano Desde março de 2007, fez ressurgir o maracatu em Alagoas e, desde então, vem se firmando como um grupo percussivo focado na difusão por meio da execução de músicas de domínio público, extraídas dos folguedos locais, tendo como base rítmica o maracatu, com inovação e criação de novos “baques” e loas que ressaltam a história e o povo alagoano. Contato: Rômulo, Andressa 9997-4515, 9326-0669.

Maracatu Nação A corte de Airá O Maracatu Nação A corte de Airá foi fundado em 2009 e surgiu como uma possibilidade de colaboração no processo de valorização das raízes e o fortalecimento dos traços culturais. Tem como objetivo a assistência às crianças, adolescentes, jovens e idosos da comunidade da Grota do Arroz, em Cruz das Almas.

Contato: Doré Elias 3375-9257, 8703-1181.

Para os índios Xucurus-Cariris, EI-U-KA é o senhor do mundo e criador de todas as coisas.

Deus para os católicos. Toré é o verbo encarnado, elemento de ligação entre EI-U-KA e os homens. Correspondente a Jesus para os católicos. Para agradecer e agradar a essas divindades ou para rezar suas orações, os caboclos dançam em círculos, fazem movimentos coreográficos simples e ritmados. Ora, os brancos ouvindo os índios dizerem que iam cultura Toré, entenderem que a dança ritual possuía esse nome e Toré passou a designar, para os homens brancos, a dança dos índios.

Dança Folclórica (Releitura dos Folguedos) Diversamente das danças “da moda”, fomentadas pelos meios de comunicação de massa ou da dança clássica, erudita, a dança folclórica caracteriza-se por se situar e se desenvolver dentro da cultura espontânea, informal, ou seja, é aprendida pela observação e imitação direta, pela repetição e pela tradição, sem a intervenção da cultura erudita. Os estudiosos do tema classificam-nas de diversas maneiras: danças religiosas (São Gonçalo), guerreiras (Quilombo, Maculelê) e profanas (Lundu, Coco).

Associação Artística Sururu de Capote O grupo fundado em 2000 surgiu da necessidade de seus integrantes em trabalhar o folclore e a cultura de Alagoas. Inspirado no folclore legítimo e tradicional vem por meio da releitura de espetáculos fortalecer e tornar mais visível a nossa rica cultura.

Grupo Transart O Transart é a mais antigo e premiado grupo para-folclórico em atração no Estado. Surgiu há 35 anos e suas apresentações já foram realizadas no Brasil, na Europa e na América do Sul. O grupo tem representado nosso país nos mais importantes festivais de folclore locais e do exterior.

Contato: Rogers Ayres 3231-7703, 9111-7172.

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA HOJE – DOMINGO, 21 Local: Av. Silvio Viana, na Ponta Verde Palco 1 – Rua Fechada 13h20 – Cordel – Jorge Calheiros 13h30 – Pastoril – Pastoril Menino Jesus 14h00 – Poesia – Paulo Poeta 14h10 – Fandango – Fandango Pontal da Barra 14h40 – Cordel – Jorge Calheiros 14h50 – Baiana – Grupo de Folguedos e Danças Professor Pedro Teixeira 15h20 – Poesia - Paulo Poeta 15h30 – Guerreiro Treme Terra 16h00 – Cordel – Jorge Calheiros 16h10 – Bumba Meu Boi – Boi Cão de Raça 16h30 – Poesia – Paulo Poeta 16h40 – Maracatu Baque Alagoano

HOJE – DOMINGO, 21 Avenida Silvio Viana, na Ponta Verde Palco 2 – Rua Fechada 13h20 Cordel – Demis Santana 13h30 – Taieira – Grupo de Folguedos e Danças Professor Pedro Teixeira 14h00 – Poesia e Cordel – Rogério Dias 14h10 – Guerreiro – Campeão do Trenado 14h40 – Cordel – Demis Santana 14h50 – Coco de Roda – Reviver 15h20 – Poesia e Cordel – Rogério Dias 15h30 – Baiana – Baiana Menino Jesus 16h – Cordel – Demis Santana 16h10 – Balé Folclórico Transart 16h40 – Poesia e Cordel – Rogério Dias 16h50 – Maracatu – Corte de Airá

Ontem se apresentaram no Mirante do Jacintinho 17h00 – Poesia e Cordel – Rogério Dias 17h10 – Coco de Roda – Escola Kátia Assunção 17h40 – Bumba Meu Boi – Escola Kátia Assunção 18h00 – Cordel – Demis Santana 18h10 – Pastoril Estrela de Belém 18h40 – Fandango – Fandango do Pontal 19h10 – Poesia e Cordel – Rogério Dias 19h20 – Coco de Roda Liga do Coco 19h50 – Bumba Meu Boi – Boi Dragão 20h10 – Cordel – Demis Santana 20h20 – Releitura dos Folguedos – Grupo Sururu e Cia 20h50 – Maracatu – Corte de Airá 21h20 – Poesia e Cordel – Rogério Dias 21h30 – Maracatu – Coletivo Afro Caeté

Ontem se apresentaram no Terminal de Ônibus do Conjunto Osman Loureiro 17h00 – Repente – Elias Procópio 17h20 – Coco de Roda Ganga Zumba 17h50 – Pastoril – Estrela do Oriente 18h20 – Poesia – Paulo Poeta 18h30 – Bumba Meu Boi – Boi Escalibur 18h50 – Baiana – Baianas Rosas do Lar 19h20 – Cordel – Jorge Calheiros 19h30 – Tore Axe Zumbi 20h00 – Balé Folclórico Transart 20h30 – Poesia – Paulo Poeta 20h40 – Quilombo Axé Zumbi 21h10 – Cordel – Jorge Calheiros 21h20 – Maracatu Baque Alagoano

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O JORNAL

Universidades A24

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A homossexualidade nas religiões afros A reportagem de O JORNAL conversou abertamente com dois respeitados pais de santo sobre temas tão polêmicos Fotos:Larissa Fontes/Estagiária

Larissa Fontes Estagiária

ois temas que por si só, já são polêmicos o suficiente: homossexualidade e religiões afro-brasileiras. Dois grupos que enfrentam uma verdadeira luta contra um estigma imposto desde que a ignorância impera. Para falar sobre esse assunto, O JORNAL conversou com dois conhecidos e respeitados pais de santo da cidade: Pai Manoel do Xoroquê, candomblecista, e Pai Marcos D’Ogum, umbandista. Conversou também com a antropóloga e professora Rachel Rocha, pesquisadora das religiões afro-brasileiras e coordenadora do Laboratório da Cidade e do Contemporâneo – LACC, do Instituto de Ciências Sociais – ICS da Ufal.

Primeiramente é preciso entender que Candomblé e Umbanda são religiões que apesar de se assemelharem, são diferentes entre si. As duas são adoradoras de Deus através da natureza, onde cultuam todos os seus aspectos, personificandoos, falando assim, nos orixás.

Todos os orixás cultuados na umbanda, também são cultuados no Candomblé, mas esse agrega mais alguns que não existem no panteão umbandista.

Outra diferença está no sincretismo da umbanda com a igreja católica, onde cada orixá corresponde a um santo católico.

Também trabalham com entidades que, diferente das divindades, já foram pessoas que viveram na terra – os chamados pretos-velhos, pombo-giras e caboclos. A umbanda, basicamente, é uma mistura de candomblé, kardecismo e catolicismo.

O Candomblé apenas cultua as divindades, os orixás, sem relação com outras entidades.

Tem um complicado processo de iniciação, que envolve recolhimento e raspagem da cabeça para os adeptos que tem a me-

D

Pai Manoel do Xoroquê na frente da figura de Ogum

diunidade avançada para incor- são também preconceituosos, porar os orixás. por exemplo, achar que nas reA homossexualidade existe ligiões afro-brasileiras a presenem diferentes religiões, seja ela ça de homossexuais é sempre aceita ou camuflada. Segundo o maior, ou até mesmo exclusiva”. artigo “Sexo, gênero e homosRachel ainda diz que em sexualidade. O que diz o povo- uma das pesquisas realizadas de-santo paulista?”, do mestre no LACC, pode constatar que em Ciências Sociais Milton Silva “apesar da suposta ‘permissividos Santos, a escolha mais cor- dade’imaginada, há em Maceió riqueira pelas religiões afro- algumas lideranças religiosas, brasileiras se deve ao precon- que são personalidades imporceito, discriminação ou rejeição tantes e respeitáveis, que não toencontrada em outras denomi- leram manifestações homossenações hostis às orientações não- xuais em seu terreiro. Ao mesmo heterossexuais. Mas “ainda que tempo, temos outras também estejam entre as que menos dis- importantes lideranças que rescriminam o indivíduo por ra- peitam, permitem e em alguns zões de preferência sexual, con- casos, também participam desvém chamar atenção para as insa opção sexual”. terpretações que apon“Quer dizer, a opção tam as comunidades-terda homossexualidade reiro como o ‘paraíso’ é um imperativo para “O mundo da não das minorias sexuais”. se pertencer ou não à reMilton ainda lembra: “O sexualidade ligião – que possui tamcandomblé é feito de extrapola bém tantos heterosseseres humanos”. xuais quanto outras. o da Contudo, comparanTampouco ser homossedo-se a outras crenças, religião (...)” xual é condição para se as religiões afro-brasilei- Rachel Rocha mensurar a sabedoria ou ras realmente tem se Antropóloga a espiritualidade de uma mostrado mais abertas liderança ou de um adepaos homossexuais, perto. O mundo da sexualimitindo-lhes ocupar, por dade extrapola o da religião e o exemplo, todos os postoca na mesma proporção que tos da hierarquia ritual. toca os demais universos cultuAinda no artigo do cientista rais”, esclarece. social, uma pesquisa realizada No fundo, a questão é outra. pelo Instituto Datafolha é apresen- “O que parece acontecer de tada como prova de que as reli- fato, é que nas religiões afrogiões afro não são as únicas pro- brasileiras a recepção aos seus curadas pelos homossexuais. seguidores se dá de forma mais Realizada com participantes da favorável. Para elas, acorre um Parada do Orgulho Gay de São maior número de indivíduos, Paulo no ano de 2005, revela que geralmente em situação de exdo total de 303 entrevistados (ape- clusão social, seja ela racial, nas gays e lésbicas), 36% se dis- educacional, sexual ou outra, seram católicos; 19% espíritas; e que encontram ali um am18% sem religião; 4% evangéli- biente de acolhimento geralcos pentecostais. Juntas, candom- mente mais receptivo à maniblé, umbanda e “outras devoções festação espontânea de sua seafro-brasileiras” totalizaram 6% xualidade. Terreiros são cendos participantes da Parada. tros de acolhimento espiritual, Segundo a antropóloga Ra- mas não só: recebem as peschel Rocha, “o que acontece é soas, incluem-nas socialmente que recorremos a raciocínios fá- e proporcionam dignidade aos ceis, e que na maioria das vezes envolvidos”, disse Rachel.

A visão de quem está dentro O babalorixá sacerdote do Ilê Axé Legionirê, situado no bairro do Benedito Bentes, Pai Manoel do Xoroquê, diz que o candomblé vê a homossexualidade como uma coisa normal. Aponta também para o fato de em seu panteão existir orixás bissexuais e andrógenos, como Logun Edé, que segundo a mitologia, é durante seis meses homem e, seis meses mulher; Oxumarê, que é homem e mulher ao mesmo tempo; e Ossaim, que uns acreditam ser homem, outros, mulher.

Ao ser perguntado sobre o porquê de encontrarem-se tantos homossexuais no candomblé, Pai Manoel é categórico quando diz que “o candomblé é a única religião que não tem preconceito algum contra cor, raça, classe social, opção sexual e até contra outras religiões”.

Sobre o comportamento e as manifestações públicas dos homossexuais de hoje, o babalorixá diz não ser de todo favorável: “eu sou do tempo em que os próprios pais matavam os filhos por serem gays, a sociedade não aceitava, é por isso que, por exemplo, os gays mais velhos se vestem de uma forma mais masculinizada.

Hoje em dia as pessoas estão com a cabeça mais aberta, e então muita gente se aproveita disso para passar dos limites. Não gosto de vulgaridade”.

Pai Manoel é líder comunitário, produtor agrícola e criador de cavalos de raça.

Diz que nunca se sentiu alvo de preconceito, apesar de ter sentido um certo desconforto da comunidade logo que se mudou para o bairro do

Benedito Bentes, há 18 anos, falta de respeito”, desabafa. por se tratar de uma comuni“Eu mesmo, quando codade 80% evangélica. “Aos mecei na religião, não queria poucos fui ganhando a con- receber pombo-gira, tinha prefiança de todos e hoje, há uma conceito, não queria vestí-las, relação de respeito. Minha mas hoje tenho com a entidacasa é freqüentada desde o de que me acompanha, uma mais alto milionário, ao mais ótima relação de respeito humilde operário e todos são mútuo”, conta Pai Marcos. E tratados de igual para igual”, completa: “eu acho que o hoexplica. mossexual tem que procurar Transparente, Pai Manoel seu lugar na sociedade, prindo Xoroquê diz com todas as cipalmente na família”. letras: “Quem me conhece A noção de família nas resabe que sou homossexual, ligiões afro-brasileiras é coisa não tenho medo de assumir. séria. Os integrantes das Mas quem sabe, sabe também casas-de-santo têm do meu trabalho e da uma relação de real paminha seriedade”. rentesco, onde são deO sacerdote umnominados pais-debandista do Centro “A liberdade santo, mães, filhos, irAfro Brasileiro Ogun religiosa faz mãos, tios, primos e de Nagé, situado na avós-de-santo. As rebela Chácara São a fé muito gras são severas: “Um Jorge, no bairro do mais pura”. pai ou uma mãe-deVilage Campestre II, santo nunca pode se Pai Marcos D’Ogum, Pai Manoel envolver com um filho. diz que a umbanda, de Xoroquê Jamais. Exijo respeito, Babalorixá assim como o cantenho muitos filhos-dedomblé, é uma relisanto jovens e não pergião muito livre de mito as ‘ficadas’ na minha preconceitos. Deixa casa. Irmão com irmão não claro que os orixás já citados rola, a não ser que nasça um como andrógenos ou bisse- amor de verdade, aí é bonixuais (Logun Edé, Oxumarê to”. e Ossaim) não existem no panPai Marcos é funcionário teão umbandista, composto da Assembléia Legislativa, apenas por nove orixás. onde é respeitado, “as pessoas “Muitos dos homossexuais até me pedem a benção”, procuram a religião porque sorri. Está há 10 anos na coaqui são aceitos. Eu acho que munidade do Vilage a pessoa já nasce com a ho- Campestre II e nunca teve mossexualidade, é uma coisa problemas. da qual não se tem escolha”, “Se uma folha não cai sem diz Pai Marcos. O babalorixá o consentimento divino, quem também chama atenção para somos nós para julgar? Se o o fato de existirem adeptos pai criou as pessoas – seja lá que se aproveitam das enti- de que forma forem – foi para dades que incorporam para serem felizes”, acrescenta Pai justificar o jeito afeminado: Manoel do Xoroquê e, con“muitos se dizem estar mani- clui: “A liberdade religiosa faz festados e não estão. É uma a fé muito mais pura”.

Pai Marcos D’Ogum sentado na fonte dedicada à Iemanjá

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Arapiraca

O JORNAL JORNA L A25

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Carlos Alberto Jr.

Fila é diária e constante no Caps II; usuários reclamam falta de medicamentos e atendimento precário

Cortesia/Jânio Barbosa

Taxista apresenta receita médica, cujo medicamento está, segundo ele, em falta há mais de dois meses

Falta de remédios preocupa usuários Centro de Atenção Psicossocial de Arapiraca está sem remédios; diretoria culpa laboratórios do RJ e SP Carlos Alberto Jr. Repórter

ARAPIRACA – Na última semana alguns usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps II) Nise da Silveira, localizado no bairro Caititus, em

Arapiraca, procuraram a redação da Sucursal Agreste/Sertão do O JORNAL mostrado receitas médicas de remédios que deveriam ser distribuídos pelo Caps, mas, há alguns dias, estavam em falta. Além deste fato, todos foram unânimes em afir-

mar que o tempo de espera nas filas era além do normal.

Com base nas denúncias, a reportagem de O JORNAL foi até o local e constatou a fila, com pelo menos 30 pessoas. A aposentada Maria de Lourdes Santana da Silva tem um neto

menor de idade portador de deficiência mental e precisa pegar remédios periodicamente no Caps. “Não tenho condições para comprar esse medicamento todo mês. Sou aposentada e o dinheiro mal dá para a gente sobreviver. Já estou can-

Remédio está em falta há três meses

“Fila tem em todo o Brasil”

Apresentando a receita Fica pesado para nós assalapassada pelo médico, o taxis- riados ter mais despesa quanta mostrar-se revoltado prin- do a gente poderia receber o cipalmente pelo fato dos ser- remédio de graça. No meu vidores do Caps não entendimento estão abordarem ninguém faltando com respeito nas filas. “Precisamos a um direito que é Taxista esperar o tempo para nosso”, desabafou. precisa saber que o remédio Desde a última está em falta e o pescomprar quinta-feira, 18, a resoal do Caps não inremédio portagem tentou manforma quando chegater contato telefônico para seu com a secretária murá de novo. Tem dois filho que nicipal de Saúde, Aumeses que venho aqui e sempre dizem que sofre de rélia Magna Fernannão tem. Só isso”, exdes, na tentativa de epilepsia agendar uma entrevisplica.

Como o remedo esta ou faze-la pelo tetá em falta há cerca de lefone, mas a mesma não três meses, segundo o atendeu nenhuma das ligataxista, a única saída é com- ções feitas para o seu apareprar, como forma de evitar lho celular. A assessoria de crises em seu filho. “Cada vi- imprensa da prefeitura tamdrinho custa, em média, R$ bém não conseguiu localizar 45 e dura no máximo 25 dias. a secrtária. (C.A.J.)

Inaugurado em 1998, através da portaria 224/92 do Ministério da Saúde, o Caps II funciona numa casa no bairro Caititus, possui hoje cerca de 60 funcionários. No local também estão cerca de 500 internos, com problemas diversos de ordem mental, sendo a maioria em sistema de rodízio. Além disso, no local funciona uma farmácia e um ambulatório.

A diretora administrativa do Caps II, Edileuza Jacinto Leandro, justificou as denúncias de falta de medicamentos e excesso no tempo de demora nas filas como normais.

“Temos, hoje, 20 mil cadastros referentes a Arapiraca e cidades vizinhas. Fila tem em todo o Brasil. Não vejo diferença entre as nossas filas e as filas dos bancos. É praticamente a mesma coisa. Só falta um pouco mais de paciência”, afirmou.

Ela disse ainda que as filas hoje decorrem principalmente da implantação de um sistema fornecido pelo Ministério da Saúde chamado Horus, cujo objetivo é facilitar a vida dos próprios usuários.

“Todos que ficam nas filas são procurados e orientados por nossa equipe. Nossa preocupação fundamental é com a humanização dos nossos serviços. Todos recebem a informação, ainda na fila, sobre a falta, ou não, de algum remédio. A maioria prefere ficar para fazer logo o recadastramento [necessário para a implantação do programa Horus]”, explicou a diretora.

Sobre a falta de medicamentos ela disse que a culpa é dos laboratórios que fornecem os mesmos. “Os dois laboratórios que nos fornecem

medicamentos enviaram comunicados dizendo que as matérias-primas estão em falta. Porém, todos os medicamentos podem ser substituídos nos postos do PSF [Programa de Saúde da Família]” disse.

A Coordenadora de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde, Manoela Queiroz explicou que a implantação do programa Horus, que ficará responsável pelo controle de estoque de medicamentos em Arapiraca, é um projeto piloto. “O Caps é o primeiro a implantar em Alagoas. Após essa implantação, se o usuário estiver fora da cidade ou do Estado poderá receber o medicamento normalmente”, falou.

SEM NEGLIGÊNCIA Segundo ela, a falta de medicamentos não se trata de negligência por parte da Secretaria de Saúde. Temos problemas com nossos fornecedores. Desde setembro do ano passado nós solicitamos remédios para 2011. Não podemos prever que os laboratórios tenham esse tipo de problema”, frisou a coordenadora.

Hoje, de acordo com Manoel Queiroz, apenas sete medicamentos estão em falta e, como o município trabalha com licitação, não pode cancelar um determinado pedido, no caso dos remédios. Dois laboratórios fornecem medicamentos para a Secretaria de Saúde de Arapiraca, o da Marinha, no Rio de Janeiro, e a Fundação do Remédio Popular, em São Paulo. “O normal é, após o pedido, o prazo normal para recebimento dos remédios ser de até 45 dias”, concluiu. (C.A.J.)

sada de passar horas aqui na fila e sair sem o remédio”, afirmou a aposentada.

Já o taxista Luzivaldo Isaías dos Santos tem um filho de 12 anos que sofre de epilepsia há cerca de quatro anos e precisa tomar regularmente o remédio

Depakene, o qual, além de controlar as crises epiléticas é indicado para prevenir e tratar as fases maníacas do transtorno afetivo bipolar. No caso da falta do medicamento, o paciente pode apresentar crises constantes da doença.

MORADIA

Prefeitura entrega 210 casas novas Com assesoria SUCURSAL - Pensando na melhoria da qualidade de vida da população arapiraquense, o prefeito Luciano Barbosa (PMDB) teve a iniciativa de construir 210 unidades habitacionais no Bairro Planalto. Na manhã da última sexta-feira, dia 19, aconteceu na sede da Federação das Associações Comunitárias de Arapiraca (Facomar), o sorteio das casas que beneficiará milhares de famílias.

A construção das casas faz parte do Programa de Urbanização e Regularização de Assentamentos Precários (FNHIS/Planalto). O sorteio foi promovido pela Prefeitura de Arapiraca, através das secretarias de Assistência Social (Semas), Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Viação e Obras, em parceria com a Caixa Econômica Federal.

As novas residências são destinadas aos moradores da área de risco onde está localizada a rede de alta tensão da Eletrobras. O cadastramento das famílias foi realizado por meio da Secretaria de Assistência

Social e do Centro de Referência em Assistência Social (Cras/Planalto).

No sorteio, ficou definido a localização do imóvel pela identificação das quadras e número das residências. A entrega oficial das unidades habitacionais está programada para o início de setembro.

INCENTIVO O prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, destacou o incentivo da construção civil na cidade, principalmente com o fortalecimento de programas habitacionais.

“Quando construímos uma casa é porque queremos que as famílias melhorem de vida e que passem a ter um lugar para morar. Estamos trabalhando para fortalecer a habitação de toda população”, disse.

Por meio de parcerias firmadas entre a Prefeitura, Governo Federal, através do Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal, com a participação da iniciativa privada, nos últimos seis anos já foram construídas cerca de onze mil moradias no município.

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Arapiraca

O JORNAL JORNA L

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Seagri orienta agricultoras de Viçosa Técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura esclareceram dúvidas e prestaram acompanhamento Carlos Alberto Jr. Repórter Com assessoria

SUCURSAL - Mulheres que praticam a agricultura familiar na Zona Rural de Viçosa, município do Vale do Paraíba, esclareceram dúvidas sobre o crédito agrícola durante uma palestra conduzida por técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), em parceria com o Banco do Nordeste (BNB).

Aproximadamente 15 agricultoras da comunidade Cas-

cuda, com idades entre 16 e 60 anos, acompanharam a explicação da assistente social da Seagri Nathalie Brito sobre financiamento. Ao final, algumas demonstraram interesse em obter o crédito para investir em artesanato.

“O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é acessado pelas mulheres de Viçosa que buscam fazer seu próprio investimento ou pretendem fazêlo juntamente com seus esposos ou companheiros, contemplando atividades agregadoras de renda ou novas atividades ex-

ploradas pela unidade familiar”, explicou a assistente social.

Segundo ela, a principal linha de crédito para as agricultoras é o Pronaf Mulher, que beneficia também quilombolas, indígenas e pescadoras artesanais e cujo teto é de R$ 50 mil por produtora. “É um passo importante para a promoção da autonomia econômica das mulheres”, citou Nathalie Brito.

Além de esclarecer as dúvidas, os técnicos da Seagri no município de Viçosa também emitem a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), documento necessário para obtenção do re-

curso, e explicam desde o enquadramento da agricultora na linha do Pronaf, os itens financiáveis e os juros e limites máximos de crédito até o investimento, ou seja, até o momento de aplicar o recurso na propriedade.

Segundo o assessor de crédito do Banco do Nordeste (BNB), Murilo Gomes, aproximadamente 45% dos financiamentos em Viçosa são realizados por mulheres agricultoras. Desse quantitativo, 65% para investimento e 35% para custeio.

“Fazemos visitas às agricultoras incluídas no grupo das

pronafianas e ministramos palestras técnicas sempre que surgem demandas, em parceria com o BNB”, salientou a assistente social Nathalie Brito.

PRONAF MULHER - Se as agricultoras que acessam o Pronaf Mulher enquadram-se no Pronaf Grupo B, o prazo para pagamento do empréstimo é de até dois anos, incluído até um ano de carência. Caso enquadrem-se no Pronaf Grupo C, o financiamento deve ser pago no prazo de até 10 anos, incluídos até três anos de carência.

Durante o período de carên-

cia, não há pagamento de juros, que serão capitalizados na mesma periodicidade de pagamento do principal, ressalvadas as operações com periodicidade mensal cujos juros serão capitalizados trimestralmente. Já na fase de amortização, os juros serão pagos juntamente com o principal. A periodicidade de pagamento do principal poderá ser mensal, trimestral, semestral ou anual.

O Pronaf Mulher pode ser acessado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil ou Banco do Nordeste (BNB).

Fotos: Divulgação

Produtores recebem incentivo

Programa Alagoas Mais Leite será reforçado em Viçosa através da capacitação de 109 produtores

GRANDE REDE

Agricultores familiares que produzem leite no Assentamento Dourada, Zona Rural de Viçosa, vão receber ações do Programa Alagoas Mais Leite com o objetivo de organizar a produção e acessar o mercado. Na próxima quarta-feira, dia 24, eles se reúnem pela manhã com o coordenador do programa, Renato Carvalho.

“Vamos esclarecer como funciona o programa, quais são as ações e desenvolver um trabalho de organização dos produtores”, explicou Renato Carvalho.

“Atualmente, eles não têm compra garantida para o leite, mas vamos trabalhar a gestão, reali-

zar capacitação em associativismo e buscar o mercado local, tentar vender para os laticínios”, revelou o gestor do programa.

De acordo com Renato Carvalho, o grupo é formado por 109 pequenos produtores E vai receber um tanque de resfriamento com capacidade para até dois mil litros de leite. “O tanque garante mais qualidade ao produto e permite que sejam feitas duas ordenhas por dia, uma vez que o leite pode ficar armazenado até que seja coletado pelo caminhão”, esclareceu Renato Carvalho. Também será construído um abrigo para o tanque.

O Alagoas Mais Leite é coor-

denado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e tem quatro linhas de atuação: gestão da unidade produtiva, melhoramento genético, qualidade do leite e nutrição animal.

“A principal área de atuação do Alagoas Mais Leite é a região da Bacia Leiteira, onde há o maior número de produtores envolvidos com a atividade, mas outras áreas do Estado foram identificadas como potenciais, por isso estamos garantindo apoio, seja por meio de tanques de resfriamento, seja com forrageiras ou com orientação técnica”, frisou o secretário, Jorge Dantas. (C.A.J.)

EM MURICI

Quatro cidades ganham Assentados recuperam acesso gratuito à Internet floresta protegida Da Redação Com assessoria

SUCURSAL - AInternet gratuita está chegando ao interior de Alagoas, através do projeto Cidade Digital. O projeto será implantado inicialmente em Palmeira dos Índios, Paulo Jacinto, Viçosa e Quebrangulo e irá beneficiar aproximadamente 118 mil habitantes com recursos do Governo do Estado e do Banco Mundial, no valor de R$ 4 milhões. A Secretaria da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) coordena a implantação do Cidade Digital com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal).

Para viabilizar o projeto, será utilizada a tecnologia de acesso a rede sem fio, em alta velocidade, com taxas de transferência de até 54Mbps, aos moradores desses municípios que estejam no raio de alcance de 300 metros por estação. O cidadão que não possui computador terá à disposição quiosques onde haverá computadores e um técnico que orientará a utilização dos recursos. Serão dez estações espalhadas pelas quatro cidades, instaladas em locais estratégicos para que a população tenha acesso à prestação de serviços das insti-

tuições públicas.

O Cidade Digital nasceu com a missão de democratizar a informação e disponibilizar os instrumentos da informática que permitam ao cidadão produzir conhecimento, inovar e empreender. Outro desafio do projeto é a criação de um ambiente digital que favoreça a modernização da gestão pública municipal, podendo realizar parcerias para ações que necessitam da informática, o empreendedorismo e o desenvolvimento econômico.

A manutenção desses locais, como limpeza e segurança, ficará por conta das prefeituras.

“Entendemos que esse projeto é muito significativo, pois levará acesso à Internet ao cidadão que não tem acesso a importantes serviços públicos, trazendo ganho para esses moradores que não precisarão se deslocar. Como é um projeto interessante, há equipes na Secretaria já trabalhando em sua expansão”, evidencia o secretário da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, Eduardo Setton.

O projeto encontra-se em processo de aquisição dos equipamentos de informática para os quiosques que atenderão ao público, de acordo com o diretor Parques Tecnológicos da Secti, Adeilto Lima.

Ele lembra que está em plena construção o Centro de Gerenciamento, local onde ficarão todos os conteúdos e as informações para os quiosques do projeto Cidade Digital. “A ideia é também tornar o Centro um local que reúna todos os projetos e ações de inclusão digital desenvolvidos em Alagoas, especialmente pela Secti, Fapeal e o Instituto de Tecnologia e da Informação (Itec)”, destacou Adeilto Lima.

O Diretor da Unidade Gestora de Tecnologia da Informação da Fapeal, Georginei Souza Neri, informa que a construção do Centro encontra-se agora na instalação dos equipamentos elétricos e hidráulicos. Para o diretor da Fapeal, esse projeto terá impacto não só na inlusão do cidadão no mundo digital como também em sua inclusão social. Um exemplo, segundo Neri, é aquele morador do interior que deseja agendar uma consulta em unidades de saúde na capital ou ter acesso a alguns serviços bancários e poderá realizar essas ações pela Internet, não necessitando mais sair de sua cidade. “A geração de pequeno negócio e agregar valor aos já existentes também serão áreas beneficiadas com o Cidade Digital”, explicou.

SUCURSAL - Mil e trezentas mudas de árvores nativas foram plantadas na manhã da última sexta-feira no assentamento Pacas, em Murici. O projeto de produção de mudas e recomposição de reserva florestal é realizado pelas famílias assentadas e fruto de convênio entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto Naturagro, empresa que presta assistência técnica ao assentamento. O viveiro concentra 14 mil mudas de espécies nativas da mata atlântica alagoana.

O plantio foi realizado nas áreas de preservação permanente dos lotes e áreas comunitárias e na área de reserva legal do assentamento. Durante toda a manhã, assentados e técnicos foram acompanhados pela assistente social Alessandra Costa, da Divisão de Desenvolvimento do Incra, e plantaram mudas em diversos locais do assenta-

mento. Pacas é um assentamento federal e tem 85 famílias numa área de 715 hectares.

O agrônomo Sérgio Roberto de Melo Souto, do Setor de Meio ambiente do Incra, participou das atividades e explicou que o convênio prevê ações de produção de mudas, recomposição florestal e educação ambiental. “Por meio da parceria entre Incra, associação de assentados e assistência técnica, conseguimos realizar um treinamento para agente ambiental e viveirista (que produz e trabalha nos viveiros)”, disse.

Para Melo Souto, o projeto tem uma importância fundamental para os cuidados com o meio ambiente. “Estamos criando uma nova cultura nos assentamentos”, explicou o agrônomo. Ele informou que o assentamento Pacas e o assentamento Dom Helder Câmara ficam dentro de uma APA que ainda engloba diversas proprie-

dades rurais da região e a estação ecológica de Murici.

“Pacas, por exemplo, faz limite com a estação ecológica”, explica o agrônomo Eduardo Vasconcelos de Medeiros, outro técnico do Incra que monitora o convênio. “Para se ter uma idéia da grandeza do projeto, nessa estação ecológica há espécies endêmicas (que só são encontradas naquele local), e ela é considerada uma área prioritária em termos de conservação e proteção, dentro do mapeamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente”.

A chefe da Divisão de Desenvolvimento do Incra, Alessandra Costa, anunciou que o órgão vai levar atividades semelhantes para outros assentamentos. Ela explicou que, devido às ações nos assentamentos vizinhos à estação ecológica, “o Incra hoje tem assento no Conselho Gestor da APA de Murici”.

EM PENEDO, AGRICULTORES PLANTAM FEIJÃO ÀS MARGENS DO “VELHO CHICO” SUCURSAL - Agricultores que plantaram feijão em comunidades situadas às margens do Rio São Francisco estão colhendo o grão distribuído pela Prefeitura de Penedo em parceria com o Governo do Estado. Depois do preparo de solo gratuito para os pequenos produtores rurais que não dispõem de trator e nem tem condições financeiras de pagar pelo aluguel da máquina, ao custo de R$ 80 por hora, a Secretaria Municipal de Agricultura volta a ceder a máquina para proporcionar o funcionamento de uma batedeira de grão doada por parlamentar, modelo que não dispõe de motor próprio.

O apoio institucional garantiu o aproveitamento de praticamente todo o feijão plantado nos povoados Murici, Capela, Marcação e Riacho do Pedro. A previsão é que a safra alcançe o total de seis toneladas de feijão colhidos e ensacados somente nessas quatro comunidades, todas atendidas pelo Programa de Preparo de Solo retomado em 2009 com o governo “Trabalhando Muito Mais” depois de quatro anos de falta de assistência por parte da administrição municipal ao homem do campo que sobrevive em regime de agricultura familiar.

“São aproximadamente 120 pequenos agricultores apenas nessas quatro localidades que também serão beneficiados com os equipamentos agrícolas que recebemos do Governador Teotônio Vilela. Penedo foi escolhida para representar os municípios alagoanos e recebeu duas batedeiras de grão com motor estacionário, que não precisa do trator para funcionar, peneira para classificação de grãos e balança”, destacou o agrônomo e Secretário Municipal de Agricultura Aldo Toledo.

“Batendo feijão ou arroz à moda antiga, sobre o chão ou em cima de uma lona, usando varas para separar o grão, há muita perda, inclusive estragando as sementes. Com a batedeira que agora nós disposmos, o aproveitamento é de 100%”, frisou Aldo Toledo.

Famílias de assentados plantaram as mudas de árvores em área de proteção ambiental permanente

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Fotos: Cortesia/Bruno Veríssimo

Projeto teatral leva casos do cotidiano para escolas da cidade Estudantes do Ensino Médio aprendem a arte da interpretação ARAPIRACA – Um projeto inovador voltado para crianças e adolescentes de escolas públicas municipais está sendo implantado em Arapiraca. Trata-se do “teatro na Escola – Criar e Refletir”.

Desde a última sexta-feira, 19, cerca de 16 jovens de duas unidades de ensino da cidade, Adriano Jorge e Crispiniano Ferreira, viraram atores de peças roteirizadas e protagonizadas por eles próprios. Na verdade são duas esquetes de aproximadamente 15 minutos cada uma, as quais abordam assuntos do cotidianos deles próprios, as drogas e a violência, o chamado bulluing.

De acordo com o diretor da peça, Paulo Cândido, a experiência está sendo gratificante justamente pelo fato do envolvimento deles com a produção, fotografia, figurino e roteiro. “Os temas

Diretor e coordenadora do projeto estão empolgados com resultados

foram escolhidos por eles próprios e isso permitiu mais confiança. O foco, na verdade, é o teatro, mas o que provocou maior envolvimento é o fato dos assuntos serem do cotidiano de cada um e, por conta disso, o resultado vem superando

as expectativas deles próprios”, explicou.

O processo teve início há cerca de seis meses dentro das próprias escolas escolhidas. A seleção foi feita pelos professores. Um dos objetivos da iniciativa é a extensão do trabalho desenvolvido pelos alu-

nos, provocando o debate dentro das escolas onde ocorrerem as apresentações.

“Queremos torná-los agentes multiplicadores das idéias concebidas por eles próprios e que todos vejam o outro lado da história”, frisou Paulo Cândido.

Segundo a coordenadora do projeto, Julliany Gomes da Silva, os estudantes estão mais responsáveis e passaram a falar mais desde o início dos ensaios há cerca de quatro meses. “Eles próprios escolheram os temas, debatendo entre eles e pesquisando na internet. Classifico como uma experiência nova para todos nós, porém mais para nossos aprendizes de atores”, destacou.

A ideia dos responsáveis pelo projeto é levar as apresentações para as escolas da rede municipal e estadual de ensino em Arapiraca.

Experiências reais A jovem Luana Andrade Ferraz, de 13 anos, estudante do oitavo ano da Escola Estadual Adriano Jorge, considera a experiência exemplar. “É bom conhecer um pouco mais sobre a realidade das drogas. Hoje sei que muitas famílias se destroem por causa desse tipo de vício. Tenho certeza de que não quero saber de drogas na minha vida”, disse.

Já no caso da estudante Rayane Edyne da Silva Martins, de 15 anos, a situação foi diferente. Ela conviveu até cerca de quatro meses com a realidade das drogas dentro da própria casa. O padrasto da jovem aprendiz de atriz é viciado em drogas e chegou a tentar incendiar a casa da família numa crise após o consumo.

“Eu estava na calçada conversando com uma colega quando ele chegou dizendo que iria me matar e também a minha mãe.

Logo depois ele pegou uma pedra e jogou na minha perna. Como fiquei machucada, minha mãe foi comigo para o hospital e, quando voltamos, os vizinhos já apagavam o fogo em nossa casa. Minha irmã de cinco anos que ficou em casa”, revelou a estudante residente no bairro Manoel Teles.

Após isso, o casal se separou

Lembranças emocionam jovem

há cerca de dois anos, porém, segundo Rayane, o ex-padrasto, José Flaviano, de 32 anos, continua preso às drogas e perseguindo a família. “Domingo passado ele apareceu lá em casa e ameaçou minha mãe. É um sofrimentogrande”, disse emocionada.

O estudante Augusto Manoel Oliveira Vital, de 12 anos, estudante do oitavo ano, participa da peça sobre bullying sempre soube que a violência não leva a nada e tem exemplos próximos a ele, na escola e no bairro onde mora. “Agredir alguém por nada é como se fosse uma diversão para eles e acho isso um absurdo. Gosto de fazer amizades e não gosto de violência.

Queria que todo mundo fizesse isso”, destacou o jovem.

A coordenadora do projeto, Julliany Gomes, finaliza dizendo que as histórias interpretadas pelos jovens não têm desfecho.

“Agente nunca sabe como vai terminar na vida real”, disse.

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O moderno maquinário garante a produção atual de 15 mil caixas de suco em pó de diferentes sabores

Klécio Santos: “Pindorama, por ser exemplo para o País, merece também um tratamento diferenciado”

PINDORAMA

Mix de produtos com maior variedade Com investimentos de R$ 4 milhões, cooperativa alagoana lança no mercado balas de frutas e suco em pó Nide Lins Repórter

No ano passado, a Cooperativa Pindorama investiu R$ 4 milhões em duas novas fábricas de balas de frutas e suco em pó, agregando mais valor à produção, que tem como principal item o açúcar. Os dois novos produtos chegaram ao mercado para ampliar o mix da cooperativa, que em 2010 teve o faturamento de R$ 130 milhões e prevê para 2011 um crescimento de 25%.

Porém, na opinião do presidente da Pindorama, Klécio Santos, o crescimento poderia ser maior se a cooperativa tivesse um tratamento diferenciado de incentivos fiscais como são concedidos às novas empresas que se instalam em Alagoas.

“Como posso concorrer com as balas de Rio Grande do Norte que tem alíquota zero de ICMCS. A falta de incentivos inibe o crescimento da cooperativa. Somos a primeira indústria de balas em Alagoas. Porque só as grandes empresas devem ganhar incentivos?”, questiona Klécio.

Mesmo assim, sem incentivos fiscais, a Cooperativa Pindorama, com 56 anos no mercado e 1.100 cooperados, comemora a conquista de novos mercados, a exemplo da indústria de refrigerantes Coca- Cola, que passou a adquirir o açúcar Pindorama.

“Nossa cooperativa passou por auditória da multinacional e estamos credenciados porque atendemos os padrões de qualidade, além das políticas ambientais e sociais”, reforça o presidente.

FARINHA - A Cooperativa Pindorama também já está fazendo a distribuição da farinha produzida pela Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro). A parceria teve início com o lançamento do Programa Estadual de Compra da Farinha Alagoana, que integra o Programa Brasil Sem Miséria, do governo federal. As principais redes de supermercado de Alagoas estão com o produto em suas prateleiras.

Os supermercados Unicompra, Roda Viva, Casa Nova Alimentos, Cesta de Alimentos, Supergiro e G Barbosa aderiram à farinha alagoana. “A aceitação está excelente, acima da esperada. Já estamos partindo para a distribuição do segundo lote da farinha”, comemorou Klécio Santos, que também é responsável pela logística para a distribuição da farinha alagoana.

A rede de supermercados Extra e Bompreço ainda não aderiram ao produto, pois estão à espera de um posicionamento de sua diretoria nacional. “Mas, estamos com fé que em breve a farinha deverá estar nas prateleiras também das duas redes”.

Na linha de produção das balas, 1.200 unidades por minuto, a cada turno, de 9 sabores

Aumento da produção de açúcar Para este ano, a cooperativa prevê a diminuição de 15% da produção de álcool, que no ano passado foi de 47 milhões de litros. A mudança se deve ao fato de ter que aumentar a produção do açúcar, que foi de 900 mil sacos de 50 quilos. Os principais mercado do açúcar Pindorama são Ceara, Pernambuco, Bahia e Sergipe.

NOVOS PRODUTOS - De acordo com o gerente da Fábrica

de Sucos da cooperativa, José Jasse Rocha, a nova fábrica produz 1.200 balas de noves sabores por minuto em cada turno.

“A cooperativa fez um investimento muito grande, agregando valor ao mix da Pindorama”, afirmou, acrescentando que a matéria prima do novo produto é o açúcar, representando 80% da composição.

Já a fabrica de sucos em pó tem capacidade para 30 mil caixas/mês, o que representa 1 mi-

lhão e 800 mil embalagens de 35 gramas. Atualmente, a produção de 15 mil caixas/mês de nove sabores.

A Cooperativa de Pindorama iniciou suas atividades na década de 70 com a produção dos sucos de maracujá, tendo como principais mercados o Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente são sete sabores e estão presentes em quase todo Brasil.

Já os produtos de coco (leite e coco ralado) o maior mercado é

o local, o próprio estado de Alagoas.

Segundo o presidente Klécio Santos, a renda média anual dos cooperados é de R$ 50 mil, a média da propriedade é de 25hectares por família, que possuem, no mínimo, duas motos por residência. A Cooperativa de Pindorama com sede na cidade Coruripe, também abrange os municípios de Penedo, Feliz Deserto, Teotônio Vilela e Junqueiro.

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Representantes do setor supermercadista vão estar reunidos para discutir assuntos em comum

Centro Cultural e de Exposições de Maceió, em Jaraguá: local de realização do evento durante 3 dias

FESUPER

Edição 2011 é lançada por associações Feira de Supermercados, Distribuidores, Panificadores, Equipamento e Serviços acontecerá de 21 a 23 de setembro Expositores, convidados e as três associações envolvidas no maior evento de varejo alimentar do Estado estiveram reunidos na sede da Associação dos Supermercados de Alagoas para o lançamento da 11ª Feira de Supermercados, Distribuidores, Panificadores, Equipamentos e Serviços. O evento acontecerá de 21 a 23 de setembro, no Centro Cultural

e de Exposições de Maceió.

Este ano, o evento, que é o maior do setor de alimentos da região, traz como grande novidade a mudança do nome que deixa a antiga denominação de Encontro Alagoano e passa se chamar Feira. A Fesuper 2011 é realizada pela Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA) e tem participação da Associação do Comércio Ata-

cadista e Distribuidor do Estado de Alagoas (Acadeal) e da Associação dos Panificadores do Estado de Alagoas (Apea/AL), mas destina-se também a empresas como bares, restaurantes, hotéis, lojas de conveniências, farmácias, entre outros. A Fesuper tem ainda o apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), da Associação Brasi-

leira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) e patrocínio do Sebrae/AL. Durante a noite de lançamento, foram apresentadas as peças de divulgação do evento, como cartazes, folderes, ficha de inscrição, outdoor e publicidade para TV e rádio.

Outro item apresentado foi a programação que tem seu iní-

cio no dia 21 de setembro com a abertura da secretaria para credenciamento às 15h e abertura da exposição às 16h30.

Nos dias 22 e 23, a exposição tem início às 17h com oficinas e rodadas de negócios, o encerramento será feito sempre às 23h.

Na quinta-feira, dia 22, às 19h, acontece no Centro de Capacitação (área de exposição) a

palestra “Armazenagem e Manipulação de Produtos Perecíveis” ministrada por Henrique Nascimento da Heatcraft Brasil – FN Refrigeração. Já na sextafeira dia 23, no mesmo local será ministrada a palestra “Segurança Privada – Complemento da Segurança Pública” por Everaldo Guedes Mariz, consultor em segurança privada de Pernambuco.

Expectativa é de 12 mil pessoas O presidente da ASA, Raimundo Barreto de Sousa, falou da participação dos segmentos envolvidos, garantindo que a Fesuper vem para se tornar um evento que engloba inclusive outros segmentos como o de automóveis. “Agradecemos aos expositores que já trilham esse caminho de sucesso conosco e aos novos, inclusive dos setores de automóveis e serviços, que se agregam ao varejo de alimentos e torna nossa Feira única no Estado”, concluiu Barreto.

José de Souza Vieira, presidente da Acadeal falou da parceria entre as associações, dando ênfase ao setor de atacado e distribuição. “Esse evento é o principal encontro dos segmentos, temos a certeza que os atacadistas e distribuidores do Estado estão prontos para fazer dessa décima primeira edição mais um grande sucesso”, destacou. Participante também da Fesuper a Apea/AL esteve representada por seu presidente Alfredo Raimundo Dacal, que falou da importância do setor fazer parte do evento. “Hoje a panificação cami-

Raimundo Barreto, presidente da ASA, destaca as parcerias

nha para uma atividade muito semelhante a dos supermercados, como também estamos próximos da indústria, portanto temos objetivos comuns, e esse evento é mais um exemplo disso, estamos juntos para mais um sucesso”, comentou.

Estiveram presentes ainda Wilson Barreto, diretor da CDL; Canuto Medeiros da Fecomércio e Roberval Cabral, diretor do Sebrae/AL. A expectativa é de alcançar um público de 12 mil visitantes nos três dias do evento que

conta ainda com uma programação feminina e de responsabilidade social, arrecadando alimentos para uma comunidade carente assistida pelo Conselho Feminino da ASA. O tema deste ano “Sua Empresa Merece mais” reflete essa nova fase do evento, que já se consolida como um dos principais da economia alagoana, gerando cerca de R$ 15 milhões em volume de negócios e oferece a cada edição mais oportunidades, mais negócios, mais contatos e, portanto, um maior retorno.

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Economia

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EspaçoConsumidor Thiago Gomes consumidor@ojornal-al.com.br 4009.1995 (no horário da tarde)

ENTREGA DE CARTÕES EM CASA Na semana que passou a Empresa de Correios e Telégrafos suspendeu a entrega de cartões de crédito e de cartões de banco nas residências e em estabelecimentos comerciais. Mas o consumidor não precisa se preocupar. Os carteiros passarão normalmente nos locais onde há entrega programada e deixará um aviso de chegada do cartão. O documento indicará, ainda, qual agência dos Correios ele deve se dirigir para pegar a correspondência. Lembrando que você não pagará nada por retirar a carta da agência, com exceção a passagem do ônibus ou o combustível do carro. A assessoria de imprensa dos Correios informou que a suspensão da entrega vai durar pelo menos 60 dias em Alagoas. E argumenta que a medida foi tomada para evitar assaltos aos carteiros e clonagem de cartões de crédito.

O Procon divulgou que vai notificar o órgão e justifica que a população não pode ser prejudicada por conta da insegurança.

VEJA O CONTRATO DIREITINHO Não escolha o primeiro plano de assistência odontológica que lhe for apresentado. Há diversas reclamações no Procon de publicidade abusiva, má prestação de serviços, falta de informação clara sobre os procedimentos, entre muitas outras. A melhor orientação e a principal é para a hora de assinar o contrato com a prestadora. Você tem o direito até de levá-lo para casa, analisar as cláusulas com calma – inclusive com a ajuda de uma pessoa que entenda. Não mais importante que isso, pesquise os melhores preços e só depois passe a caneta.

CARROS COM CERTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA Está publicada no Diário Oficial da União a portaria 301, do Inmetro, que estabelece os requisitos mínimos de segurança para peças e acessórios automotivos.

Fabricantes e importadores terão até janeiro de 2013 e o comércio até julho de 2014 para se adequar ás novas regras. A portaria contempla sete componentes automotivos: amortecedores da suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas, e lâmpadas para veículos automotivos, destinados ao mercado de reposição. Vidros de segurança de para-brisas (temperado e laminado), pneus e rodas automotivas já são produtos regulamentados.

MÉDICOS E A PROPAGANDA Se você é médico, gosta de internet, inclusive das redes sociais, é bom ficar ligado em algumas regras estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina. Você ficará proibido de expor pacientes em peças publicitárias; veicular endereços e telefones das clínicas e consultórios em reportagens e redes sociais. Não pode também efetuar o atendimento à distância por meio de consultas por telefone e pela internet e sem o encontro entre médico e paciente. Os telefonemas comuns entre médico e paciente em casos de emergência ou de dúvida estão liberados. As regras entrarão em vigor em seis meses.

ECOLOGICAMENTE CORRETO Nem sempre as embalagens dizem ao certo se um produto é ecologicamente correto. Você tem esta preocupação? O selo SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica), administrado pelo Ministério da Agricultura em parceria com outras certificadoras, é um dos que certificam se o produto é agroecológico. Se você não conhece o selo, pesquise sobre o certificador.

SPC Fique atento que se você quitou a dívida, o seu nome deve ser retirado imediatamente da ‘lista negra’ do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Caso isso não aconteça – e é frequente este procedimento – procure o Procon O artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê que “na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto ao ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça”, mas, no mínimo, deve quitar sua dívida e, assim, conseguir crédito no mercado.

E-COMMERCE

Extrapolando as fronteiras virtuais SÃO PAULO – Brasileiros poderão realizar compras em lojas virtuais da Europa e pagar com débito na conta corrente. A possibilidade é resultado da abertura brasileira para as compras online, já que 96% dos internautas já compraram algum produto através do comércio eletrônico.

Para garantir a segurança de dados dos consumidores, a SafetyPay, ferramenta que intermediará as compras, adquiriu a licença PSD (Serviços Diretos de Pagamento), que garante a segurança das transações.

“Dentro da estratégia da SafetyPay de expandir seu alcance global na Europa, a obtenção da licença PSD nos permitirá ampliar nossa posição neste mercado através de nossa solução de pagamento segura online”, afirma o country manager da SafetyPay no Brasil, Ronald Wieselberg.

A licença concedida é uma das 15 existentes em toda Europa e a primeira a ser habilitada na Espanha. “Nossa responsabilidade de agora realizar transações entre fronteiras através da Europa não só traz aos consumidores uma experiência de compra mais dinâmica, mas também a segurança de lidar com um fornecedor de pagamento licenciado”, explica o executivo.

LOJAS - Lojistas virtuais brasileiros também poderão usar a ferramenta para oferecer produtos na Europa. “Iniciamos recentemente nossas operações no Brasil e esperamos apoiar com nossa tecnologia os lojistas virtuais que queiram fazer negócios na Europa, bem como viabilizar aos consumidores brasileiros fazer compras de produtos varejistas da União Europeia”, explica Wieselberg.

POSTOS DE COMBUSTÍVEIS

Quase 40% dos consumidores das lojas de conveniência não têm carro SÃO PAULO – Quase 40% dos consumidores de lojas de conveniência dos postos de combustível não possuem automóvel. Enquanto isso, dos 63% que possuem automóvel, 32% não costumam abastecer no posto. Os dados são da pesquisa “O Perfil do Consumidor em Lojas de Conveniência”, realizada pela Souza Cruz.

Dos 1.400 entrevistados,

18% visitam a loja de conveniência mais de quatro vezes por semana, percentual um pouco menor do que o da última pesquisa, realizada em 2008, que era de 17%. Por outro lado, 19% visitam a loja ao menos uma vez por semana.

Questionados sobre o motivo da frequência, 43% dos entrevistados afirmaram que a localização geográfica é um

fator decisivo na escolha da loja de conveniência. Em seguida, aparecem com 17% os consumidores que escolhem a loja por causa do atendimento.

Compras - Dos entrevistados, 66% procuram a loja de conveniência para comprar cigarro, enquanto 13% compram bebidas não alcoólicas geladas. Em seguida aparecem

com 11% os que compram bebidas quentes e café, seguidos pelos 10% que compram balas, chicletes e chocolates, e os 9% que consomem bebidas alcoólicas geladas.

Em média, cada consumidor gasta 4,62 minutos dentro da loja de conveniência, com gasto médio de R$ 7,84. Em 2008, o tempo era de 5,33 minutos e o gasto, de R$ 6,99.

ACONTECEU - Foi aprovado na Câmara dos Deputados o projeto de lei 1257/11 que proíbe cláusulas de fidelização de contratos, comuns na assinatura de serviços de telefonia; - A proposta anula, entre outras, as cláusulas contratuais que definam períodos mínimos de vigência do contrato e estipulem multas para o cancelamento antecipado.

- Segundo estudo da e-bit, mais de 49% dos consumidores se sentem “mais seguros” ao fazer aquisições no meio digital. “Muito mais seguros” somam 21%.

- Além disso, 81% dos internautas consultados no levantamento dizem acessar a web para fazer compras virtuais, em lojas, clubes de compra ou sites de compra coletiva.

- A Anatel aprovou nesta semana as primeiras autorizações para a prestação do serviço de Operador Virtual de Telefonia Móvel (em inglês – MVNO). Depois passo mais detalhes.

Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no Centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151.

Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.

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O Estado de Alagoas foi o segundo colocado no ranking de financiamentos de unidades habitacionais na região Nordeste na primeira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida. A informação é do superintendente regional da Caixa Econômica Federal no Estado, Herbert Buenos Aires. "Alagoas possui um mercado muito dinâmico, com uma excelente oferta de imóveis. A parceria com o poder público também permite oferecer uma grande quantidade de imóveis para famílias que se enquadram na primeira faixa de renda do Minha Casa, Minha Vida", disse Herbert Buenos Aires à imprensa alagoana.

RANKING De acordo com o secretário de Infraestrutura do Estado, Marco Fireman, a redução do déficit habitacional no estado é resultado da parceria entre os governos estadual e federal. De 2007 até 2010, o déficit foi reduzido de 123 mil moradias para 109 mil moradias, com as ações do governo estadual no setor. "Os novos dados da Caixa mostram o grande trabalho que vem sendo realizado no setor habitacional em Alagoas. Desde 2007, já garantimos a contratação de 36 mil moradias, reduzindo o déficit que encontramos no Estado naquele ano.

Em junho deste ano, lançamos o Plano Estadual de Habitação e estamos trabalhando de forma organizada para eliminar o déficit até 2020", explicou Marco Fireman.

Domingo, 21 de agosto de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: imobiliario@ojornal-al.com.br

EVENTO

Em São Paulo, a média é de três imóveis demolidos por dia SÃO PAULO - Uma cidade inteira de casas sumiu entre os prédios de São Paulo nos últimos quatro anos e meio, período do boom imobiliário paulistano. Enquanto o mercado lançava dez novos edifícios por semana, foram demolidos na capital paulista exatos 4.713 imóveis, entre residências e galpões industriais mais do que o total de domicílios de 148 municípios paulistas. Isso significa que três endereços foram destruídos por dia para dar lugar a prédios residenciais e empresariais.

No mesmo período, São Paulo ganhou 2.439 edifícios, com um total de 155.610 apartamentos. Ou seja, enquanto a capital inflou uma São Caetano do Sul de apartamentos, perdeu uma Aparecida d'Oeste de casas. "Tenho certeza de que estamos perdendo muito da identidade dos bairros de São Paulo", diz Regina Monteiro, presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) da Prefeitura e integrante do Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat). "Teríamos de ter planejamento, mas hoje não temos instrumentos para evitar esse problema. Não é uma coisa saudosista, tem a ver com a ambiência que traz qualidade de vida ao paulistano."

A reportagem fez o levantamento exclusivo dos imóveis demolidos com base em todos os deferimentos de alvarás de

Estado de São Paulo já perdeu o equivalente a uma cidade do porte de Aparecida d’Oeste execução de demolição publicados no Diário Oficial de 1.º de janeiro de 2007 até a semana passada. Neste ano, já foram demolidos 204 imóveis.

No ano passado, o número chegou a 1.590, enquanto em 2009 foram 933; em 2008, 1.095; em 2007, 891. Com o cruzamento dos dados, é possível ver que os bairros que mais

PALESTRA O Sinduscon/AL está convidando seus associados para participar da Palestra: Bolsacreto - Sistema Construtivo para Obras de Engenharia Hidrogeotécnica, que acontecerá no próximo dia 25, a partir das 18h, no Auditório do Sinduscon-AL, no bairro do Farol. O palestrante será o Diretor Técnico da MASTERSERV, Clodoaldo Gomes. O evento tem o apoio da Dacal Engenharia Ltda, representante exclusivo em Alagoas da Bolsacreto.As inscrições são gratuitas e devem ser efetuadas pelo telefone 3241-5528 ou através do e-mailassdiretoria@sinduscon-al.com.br.

CONVÊNIO A Ademi-Al firmou convênio com a FAN/FGV para o "MBA em Gestão de Negócios Imobiliários e da Construção Civil", cujo objetivo é o aprimoramento das habilidades de gestão através de conhecimentos voltados especificamente para o setor. O MBA inclui fundamentos para a gestão de negócios, ciclo de vida dos empreendimentos imobiliários e tópicos específicos de áreas afins, como direito e meio ambiente, além de incorporar temas estratégicos e fundamentais para esse setor em fase de grande expansão. "O convênio vai até 27 de julho de 2012. Têm direito diretores, dependentes e funcionários das empresas associadas, em dia com todas as obrigações sociais com a entidade, que terão 17% de desconto." Contato: 4009-5100.

Fonte: Agência Estado

Letreiro causa transtorno nos EUA

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE) revelam que o setor da construção gerou 25.632 novos postos de trabalho com carteira assinada em julho deste ano, o que representou um crescimento de 0,95% no estoque de trabalhadores, se comparado ao mês anterior.

No acumulado do ano, foram criadas no setor da construção 182.340 empregos formais, resultando em um aumento de 7,18% do estoque. Já nos últimos 12 meses, a construção gerou 168.117 empregos com carteira assinada, registrando assim uma variação de 6,58%.

Assim como nos últimos dois meses, a construção registrou a segunda maior variação relativa em todas as bases de comparação (no mês, no ano e em doze meses) entre os setores analisados.

Nacionalmente, foram gerados 140.563 postos de trabalho em julho, com um aumento de 0,38% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, houve a criação de 1.405.813 empregos (3,91%) na série sem ajuste.

Na série com ajuste, houve a criação de 1.593.527 postos de trabalho (4,43%). No que se refere ao resultado observado nos últimos 12 meses, os dados indicam que, na série sem ajuste, houve um acréscimo de 1.887.644 empregos formais (5,32%).

ao ano, segundo a Desmontec, empresa responsável pelas demolições da Praça Roosevelt e do Estádio Palestra Itália. "O mercado explodiu nos últimos cinco anos", resume o diretor comercial, Hewerton Bartoli.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

HOLLYWOOD

CAGED

... ACUMULADO

perderam casas foram justamente aqueles cuja identidade sempre esteve ligada a sobrados, palacetes e residências da primeira metade do século passado - como Vila Mariana, Pinheiros, Saúde, Itaim-Bibi, Bela Vista, Consolação e Mooca.

Para as demolidoras, o mercado cresce de 20% a 30%

CRÉDITO

Bancos esperam por maior demanda SÃO PAULO - De acordo com a pesquisa "Indicadores de condições de crédito", as instituições financeiras esperam que a demanda pelo segmento do crédito habitacional aumente nos próximos três meses. Isso porque, no segundo trimestre de 2011 ela estava em 0,75 pontos e subiu para 0,88 no período seguinte.

Realizado pelo Banco Central, o levantamento ainda verificou que a oferta se manterá estável entre um trimestre e outro, porém, a aprovação dos empréstimos para compra de casas apresentou o mesmo movimento que a demanda: vai subir.

As instituições financeiras tinham uma expectativa de aprovação na casa de 0,25 para os últimos três meses e ela aumentou para 0,50 para o próximo trimestre.

Crédito para Pessoa Física O mesmo otimismo não é o que observou-se para o crédito voltado para a consumo das pessoas físicas. Isso porque, a expectativa dos bancos,

que já era negativa no último trimestre (-0,20), caiu ainda mais para os próximos três meses (-0,33%).

Nesse segmento de empréstimos, a oferta e a aprovação acompanharam o movimento da demanda: enquanto a primeira recuou de -0,27 para -0,40, a segunda passou de 0 para -0,13.

Sobre a pesquisa O levantamento é feito por meio de perguntas qualitativas sobre a expectativa dos bancos para o trimestre seguinte. As respostas são divididas nos seguintes segmentos: grandes corporações, pequenas e médias empresas, pessoas físicas e financiamento imobiliário.

Os bancos podem responder as questões com números que vão de -2, o cenário mais restritivo, até +2, cenário considerado mais flexível. Dentro dessa margem, o -1 demonstra cenário moderadamente mais restritivo e o +1, moderadamente mais flexível. Já o zero é o cenário neutro para os próximos três meses.

Um anúncio da década de 1920 sobre casas do bairro de Hollywoodland, na Califória, Estados Unidos, prometia aos compradores uma área "livre de ruas movimentadas, congestionamentos e fumaça da metrópole", marcada por um painel gigante no alto de uma montanha.

Hoje, o painel de Hollywood é o ponto mais famoso de Los Angeles e fica no ponto que oferece uma das melhores vistas da área."Posso levar até 40 minutos para sair da minha garagem. E se eu tiver uma emergência com meu filho?", questionou o produtor Robert de Vico, que comprou sua casa 12 anos atrás. "É como viver na Times Square."

Permitindo uma vista perfeita do icônico painel, esse bairro tranquilo de Los Angeles sempre atraiu turistas em busca de uma foto perfeita ou até mesmo querendo escalar o painel de Hollywood.

Isso não era um problema até cerca de dois anos atrás, quando carros dotados de GPS e mapas na internet começaram a dar instruções para chegar ao painel, permitindo aos turistas guiarem-se facilmente pelo labirinto de ruas estreitas e becos sem saída do bairro.

Agora, dezenas de turistas chegam a Hollywoodland diariamente com seus carros alugados e ônibus de excursão, causando transtornos que vão do barulho ao bloqueio de ruas.

A lacônica mensagem pintada recentemente em um terreno - "Turistas vão embora" dá o tom do sentimento de muitos residentes da área. "Estamos chegando ao limite."

Os criadores do painel, não

poderiam imaginar que as enormes letras que soletram Hollywood se transformariam, décadas depois, em um símbolo não só da cidade, mas de milhares de sonhos de fama e fortuna.

O letreiro foi concebido pelo Hollywoodland Real Estate Group como um enorme outdoor para seu empreendimento de casas de alto padrão. Em 1949, a câmara de comércio de Hollywood restaurou o anúncio, mas retirou a última sílaba.

O guia turístico Tim Eggers, guia turístico, disse ser frequentemente hostilizado por moradores do local. "Esse é um marco internacional. Eles (os moradores) deveriam ter pensado nisso antes de comprar suas casas", disse. Os turistas permanecem indiferentes ao conflito, acreditando que os moradores já estão acostumados com a situação.

Os moradores do bairro não conseguem concordar quanto à melhor forma de lidar com o problema. Parte deles quer que os órgãos oficiais da cidade direcionem as pessoas para fora do bairro, em direção ao Griffith Park, que também permite a visão do letreiro e pode acomodar carros e visitantes.

Outros defendem que, sendo impossível impedir os turistas de entrarem no bairro, eles deveriam ser direcionados para um local com menos impacto: um terreno próximo ao lago Hollywood, com espaço suficiente para carros.

"Estamos fazendo o máximo possível para atender às solicitações dos moradores, mas essa é nossa torre Eiffel", declarou o representante da câmara municipal.

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Lá em Marechal Em breve, a histórica cidade alagoana será mais uma vez palco de sua Festa Literária, a Flimar. A segunda edição do evento acontecerá de 7 a 11 de setembro e vai reunir escritores, contistas, cronistas, poetas, estudiosos, de Alagoas e de outros países, em reflexões sobre diversas temáticas envolvendo o universo das letras e das artes. Feira e mostras de livros e outras expressões culturais, apresentações artísticas, shows musicais e concertos em igrejas também compõem a programação. O Caderno Dois de O JORNAL foi dar uma conferida no que está reservado para este ano

Elô Baêta Repórter

á dizia Monteiro Lobato - suas Caçadas de Pedrinho, ou Memórias de Emília, ou Reinações de Narizinho e seus outros escritos são uma prova disso - que “Um país se faz com homens e livros”. A qualquer tempo, se entendida em sua essência, o que pretendia o escritor com sua célebre frase talvez fosse atiçar a ideia sobre o quão transformadora é a literatura para a humanidade.

Sim. De fato, a literatura tem excitado e transformado uma boa gama de homens, mulheres, lugares, para uma relação cada vez mais estreita com os livros, tanto quanto íntima com a vida. Um bom exemplo é a gente das letras, das artes daqui e de fora -, que costuma se distribuir nos “quatro cantos” da histórica Marechal Deodoro durante a Festa Literária da cidade, a Flimar. É lá onde o pensamento de Lobato mais uma vez poderá ser sentido de perto.

Este ano, a festa acontece de 7 a 11 de setembro e irá homenagear o escritor Lêdo Ivo. Mas a boa nova é que já está tudo programado para essa segunda edição do evento.

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Quando escritores, contistas, críticos, poetas, irão refletir sobre a literatura brasileira em diversas mesas de discussão; passando pela apresentação de várias manifestações culturais, shows de grupos locais e de outras partes do mundo e concertos em igrejas, que não vão deixar Marechal esquecer por que é considerada o celeiro musical do Estado - como anuncia a clave de sol bem na entrada da cidade; até as andanças de palestrantes em visitas às escolas das redes de ensino para levar o ideal de incentivo à leitura aos estudantes da comunidade.

Enfim, são dias em que a primeira capital das Alagoas se transforma em “capital da cultura”, como costuma dizer o secretário de Cultura do município e idealizador da Flimar, o escritor Carlito Lima.

Após a abertura oficial da festa, às 19h do dia da Independência do Brasil, em uma tenda-auditório instalada na orla lagunar da cidade, é o palestrante Alexei Bueno que iniciará o bate-papo literário com a palestra Lêdo Ivo - o iluminado poeta alagoano”. Depois será o momento de o Palco da Lagoa receber Nelson da Rabeca e Alceu Valença. E a programação prossegue...

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Reflexões literárias, apresentações artísticas, recitais: as atrações

ALTO CONCEITO

Fotos by Chico Brandão

O branco vem conquistando cada vez mais espaço entre os automóveis vendidos por marcas de luxo e modelos topo de linha de outros fabricantes no Brasil. O crescimento se acentuou nos últimos anos, período em que, cada vez mais, clientes optam pelo branco. As cores preto e prata reinavam absolutas no mercado de luxo, sendo que o chumbo aparecia logo depois. A BMW, por exemplo, só tinha 6% de seus modelos vendidos em 2008 na cor branca. Hoje o branco representa 27%, quase empatando com o prata (29%). Nas rivais Audi e MercedesBenz, o percentual de carros brancos subiu de 5% em 2008 para 15% no ano passado.

Nas manhãs e tardes dos cinco dias da 2ª Festa Literária de Marechal Deodoro, mesas estarão abertas a inúmeras reflexões: Jorge Cooper, o poeta marginal, Latino América - o diálogo das proximidades, Arnon de Mello, o jornalista, o empresário, o escritor; Letras & canções - há poesia na música?; Lêdo Ivo, o poeta do mar e da miudeza; E ainda Literatura infantojuvenil; Poesia em 22, romance em 30 - a formação da modernidade literária; Presença da história na literatura; Escuridão nos trópicos - a literatura policial do Brasil; O espaço do riso - o novo picaresco; Jornalismo literário; Jornal e internet - os espaços da crônica; Os novos cantares africanos; Objetividade e imaginação. A estética jornalística; A poesia, a crônica e a literatura em família; São os do Norte - uma nova estética nordestina; e A ousadia festiva novas vozes femininas.

Diálogos que virão de expositores como Fernando Fiúza, Marcos Accioly e

Salgado Maranhão; Rogério Pereira e Ricardo Cravo Albin; do pernambucano Homero Fonseca, da argentina Adriana Ruiz e do boliviano Edmundo Torrejón; de Calane da Silva e Hungulane Baka Kossa, de Moçambique; de Inácio de Loyola, Marina Colasanti e tantos outros. Um bate-papo ao vivo entre o historiador Douglas Apratto, a jornalista Gal Monteiro e o escritor Lêdo Ivo, também está programado para incrementar a discussão.

Como um espaço amplamente pensado para a arte literária, os recitais não poderiam ficar de fora.

E não ficaram. A poesia de Jorge de Lima, apresentada pelo ator e poeta Chico de Assis em O guerreiro Jorge, será um deles. Haverá espaço ainda para um recital especial de Jessier Quirino, além da declamação do poema Vozes D´África, de Castro Alves, por Chico de Assis e José Inácio Vieira de Mello. (E.B.)

Recital especial do comediante Jessier Quirino compõe a programação

Feira, dança e outras artes em saudação à cultura popular

Escritor alagoano Lêdo Ivo é o grande homenageado da Flimar 2011

Diversas formas de expressão cultural popular e, claro, livros, dos mais variados títulos e autores, serão organizados em mostras diversas e expostos em cerca de 50 estandes, espalhados pelas ruas históricas da cidade, na chamada Feirinha de Literatura & Outras Artes. Haverá espaço ainda para publicações inéditas, com ênfase na literatura de cordel e na poesia popular, que serão lançadas durante a festa.

A dança também marcará presença. E é o grupo Sururu de Capote, da coreógrafa Karina Padilha, que levará ao palco literário marechal deodorense tradicionais shows com temas regionais, inspira-

“Com a Flimar, Alagoas entra no circuito dos grandes eventos literários. É uma festa não de venda, mas de reverência à cultura do livro, onde são discutidos diversos conceitos literários, a profundidade da literatura. Costumamos dizer que é mais que um evento, já que não passa, torna-se permanente, porque os conhecimentos lá adquiridos ficam. É uma forma de cultuar a verdadeira cultura livresca. E a curadoria foi pensada justamente para levar à festa grandes ícones da literatura brasileira, de reuni-los com o que está sendo feito no Nordeste, que não se dissocia do restante do País. E homenagear o alagoano Lêdo Ivo, um dos maiores poetas da cultura brasileira, tem toda uma importância para o Estado, já que toda sua estética se baseia na conceituação aquática e cultural de Alagoas, onde ele fala de Calabar, de Penedo, de navios. Essa é a grande importância da Flimar para Alagoas e os alagoanos”.

Alceu Valença é uma das atrações musicais da primeira noite da festa

Em momento ‘supertop’, Adriana Barbosa sempre acontece com a sua beleza nas reuniões chiques de nossa sociedade

The Best NINHO Os amigos Márcio e Mirella Coelho curtindo o novo endereço na capital alagoana.

O casal, um dos mais queridos de nossa sociedade, acaba de se mudar para o novo apartamento, projetado pelo talentoso Osvaldo Tenório.

CLAUDIA TOLEDO Considerada uma das médicas mais respeitadas da América Latina, referência quando o assunto é estudo da medicina ortomolecular, a expert Claudia Toledo responde agora pela vice-presidência da entidade no Brasil.

Parabéns amiga, você merece os nossos aplausos.

FESTA Mauricinho Nogueira nos comunicando que está preparando uma bela festa para comemorar três anos de sucesso do Pierre Chalita. A big festa acontecerá no próximo dia 29. Entre as atrações da

noite uma exposição de óleos de Solange Chalita e o lançamento de mais uma obra prima do renomado escritor Carlos Méro.

PERFEIÇÃO O respeitado cirurgião plástico Walter França, profissional que é referência de talento em todo o país quando o assunto é cirurgia plástica, a cada dia vem merecendo grandes elogios quando a discussão é hidrolipoaspiração.

Parabéns, amigo! Você nos orgulha muito.

LENTE A parceria entre O estilista Alexandre Herchcovitch e a Chilli Beans evoluiu. O estilista assina linha Vista, de óculo de grau, além de renovar contrato com a marca por mais um ano. Os primeiros modelos chegarão às lojas em novembro e os demais ficarão para 2012. Promessa de sucesso.

Maurício Melo Júnior, curador

Socorrinho e Ângelo Bezerra, um casal ímpar em nossa sociedade, voltam a circular em nossas reuniões, confirmando presença na Noite de Natal na Toscana, que acontecerá no início de dezembro

Holofotes A empresária Nadejane Medeiros curte esse final de semana em São Paulo, onde foi matar saudades de familiares e amigos.

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Aincansável Flávia Correia, no vaivém do trabalho, preparando mais um evento em nossa cidade. Aguardem...

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À procura de relógios ou joias vintage? Há cerca de seis anos, a Dedalo Leilão de Relógios organiza leilões para

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o público aficionado por peças com história – e alguns deles são exclusivamente de joias.

Entre os modelos, relógios masculinos e femininos de grifes como Cartier, Rolex, Bulgari, Patek Philippe, Tag Heuer e Breguet.

A sempre bela Nêu Leão, arquiteta top em nossa cidade, comandou turma pra lá de animada em tarde de burburinho fashion na Trend House’11.

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dos no autêntico folclore alagoano, com suas variadas tendências de passos. Tudo para representar os mais tradicionais folguedos populares da região. Do guerreiro e pastoril, caboclinhos e marujada, à temática afro.

Mas, quando os sopros e cordas da seresta invadir o centro histórico de Marechal, seguido do show do moçambicano Stewart Sukuma, é hora de se despedir da festa literária. Depois disso, não restará outra opção ao público, aos participantes e aos amantes de literatura a não ser torcer para que, em 2012, a Flimar volte para mais uma vez cumprir sua missão. E com a mesma força. (E.B.)

“Participei da primeira Flimar e agora retorno à cidade de Marechal, que tem uma atmosfera cultural e arquitetônica absolutamente propícia a eventos como esse, que têm se revelado tão importantes que estão se multiplicando. Estamos todos em um esforço comum em prol da disseminação da leitura. O Brasil inteiro está entendendo que ainda estamos atrasados nesse aspecto, não podemos perder o bonde dessa modernidade de culto ao livro. A Flimar abre essa possibilidade aos alagoanos”.

Marina Colasanti, cronista,

TOPNEWS@OJORNAL-AL.COM.BR

ficcionista, poeta e pintora

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Variedades

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MAIS DE FOTOGRAFIA

Cresce o uso de redes sociais para compartilhar imagens Natasha Felizi Folha Online

Acima e abaixo fotos de anúncios publicados no site Photoshop Disasters (www.psdisasters.com), que reúne exemplos de manipulações desastrosas

Retocar ou não retocar, eis a questão Retoques em fotografias preocupam autoridades e geram debate

No Facebook, já são mais de 100 milhões de fotos postadas por dia. O Flickr tem cerca de seis bilhões de imagens em sua base de dados.

Criado há menos de um ano e usado apenas em produtos da Apple, o Instagram já acumula 150 milhões de cliques.

A mistura entre redes sociais e gadgets com câmeras cada vez mais sofisticadas está mudando a forma como as pessoas compartilham seus registros e se relacionam com a fotografia, cujo dia mundial foi celebrado na última sexta.

A data marca o aniversário do daguerreótipo - em 19 de agosto de 1839, o governo francês anunciou a criação desse tataravô dos equipamentos atuais e o liberou como um presente ao mundo.

Para usuários das redes, a facilidade para compartilhar as imagens e a reação instantânea de quem as vê ajudam a explicar o grande interesse.

“Na internet, há três formas básicas de expressão: texto, foto ou vídeo. E foto é a opção mais rápida, menos trabalhosa de colocar na

rede”, opina Marina Wajnsztejn, publicitária especializada em redes sociais.

“Está na moda, a resposta sobre o que as pessoas acham da sua foto é muito rápida”, comenta o fotógrafo Daigo Oliva.

Essa rapidez se confirma no Facebook: cada foto de perfil tem em média dois comentários e três “curti”, segundo uma pesquisa feita com 100 mil usuários pela start-up americana Pixable.

O mesmo levantamento indica que cada usuário posta em média 282 imagens - as mulheres compartilham duas vezes mais fotos que os homens, e pessoas de 26 a 29 anos são as que mais levam seus registros à rede social.

Enquanto no Facebook e no Instagram usuários mostram o que captam a amigos e contatos, o Color, lançado em março, busca aproximar vizinhos. Seu aplicativo, para iPhone, cria comunidades temporárias e instantâneas entre usuários que estejam fotografando na mesma área.

Após o Color, esse recurso foi criado no Foursquare, rede social com geolocalização.

Thiago Fernandes Folha Online

Para o fotógrafo de moda Alex Villegas, especialista em tratamento de imagem, a questão é mais grave para quem considera a fotografia como uma ferramenta unicamente documental, que teria a obrigação de ser um registro fiel do mundo real. “É preciso ter em mente que ela é também abstração, uma representação de uma ideia artística”. Ele ressalta que um dos desafios da publicidade é se equilibrar entre esses dois aspectos. “Quando a gente vê um anúncio de carro, não vemos a realidade. Nunca há engarrafamento, por exemplo.

Isso porque o que se vende não é só o produto, mas sim

o estilo de vida que o carro representa”.

Um sinal de que a manipulação passou do limite é quando o próprio modelo se sente incomodado com o resultado final da imagem. Foi o que aconteceu com Caetano Veloso, que criticou publicamente o resultado final de uma foto sua ao lado de Gal Costa na capa da edição de julho da revista “Rolling Stone”. Perto dos 70 anos, o cantor aparece com as rugas suavizadas. “Fique com cara de político babaca”, disse em entrevista no “Programa do Jô”.

O site Photoshop Disasters (www.psdisasters.com) reúne

casos de manipulação de imagens que por vezes beiram o grotesco ou o absurdo, como pessoas atravessando paredes ou modelos com membros desproporcionais.

No meio de tantas considerações, o fotógrafo e professor de tecnologia digital Clicio Barroso lembra que é importante não demonizar o programa em si. “O Photoshop é uma ferramenta fenomenal, e hoje não é possível pensar a fotografia sem esse recurso. O problema é o uso que se faz dele. Se você usa um martelo para bater um prego, tudo bem. Se você o usa para agredir seu vizinho, a culpa não é do martelo”.

Arnaldo Branco

Fotografia também é abstração

Manipulações em imagens fotográficas estão longe de ser uma coisa nova. Já na década de 20 do século passado, o ditador russo Josef Stálin se utilizava da técnica de apagar de fotografias seus desafetos políticos. Mas o uso de ferramentas digitais, em especial o famoso Photoshop, levou essa questão a um novo patamar. E se a intenção de Stálin era reescrever a história, as facilidades atuais se prestam a motivos muito mais prosaicos, como rejuvenescer modelos em anúncios publicitários para vender creme facial.

No início do mês, um anúncio de um creme da marca Lancôme que trazia a imagem da atriz Julia Roberts retocada digitalmente teve sua veiculação proibida no Reino Unido sob a alegação de se tratar de propaganda enganosa. O episódio reacendeu a discussão sobre os limites para a alteração digital de imagens.

O enfrentamento dos casos de abuso preocupa autoridades brasileiras. Na Câmara dos Deputados, tramita o projeto de lei 6853/2010, já apelidado de “Lei do Photoshop”, que prevê que imagens em veículos de comunicação que tenham sido alteradas tragam mensagem de alerta sobre a modificação. Na justificativa do projeto, o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) afirma que sua intenção é “disponibilizar uma informação mais completa ao cidadão, para que ele possa ter mais subsídios para construir seus próprios valores e tomar suas próprias decisões”.

O presidente da Associação Brasileira dos Fotógrafos de Publicidade, Tony Genérico, considera esse tipo de alerta positivo para a relação com o consumidor. “O que vemos muitas vezes é um nível de alteração da realidade que é um verdadeiro desrespeito ao público”. Para ele, o mais importante é que a imagem não altere a realidade.

Gilberto dos Reis, diretorexecutivo do Clube de Criação de São Paulo (entidade que se propõe a preservar a criatividade da propaganda), acha condenável qualquer tentativa de iludir o consumidor. “A publicidade conta com uma certa ‘licença poética’, que lhe permite usar imagens manipuladas quando está claro que não se quer representar a realidade”, defende. “O problema é se houver a intenção de enganar o público, de mostrar um produto que na verdade é diferente daquele visto no anúncio”.

Redes sociais alimentam mania retrô em fotografia O estilo fotográfico “vintage” continua a ser tendência.

Com câmeras de smartphones e aplicativos como Hipstamatic, RetroCamera e Instagram, mais do que nunca.

Se antes retratos com ambiência cinematográfica eram privilégio dos profissionais e versados em Photoshop, hoje o efeito é obtido com a facilidade de um tuíte.

Inspirado na Instamatic 100, câmera 35 mm lançada pela Kodak para uso amador na década de 60, o Hipstamatic surgiu em 2009.

Embora não fosse o único a emular os efeitos de vazamento de luz, vinheta e distorção de cores de câmeras como Lomo e Instamatic, o Hipstamatic se destacou por manter o saudosismo também na interface, que imita o corpo de uma câmera antiga e oferece opções de lentes, filmes e flashes virtuais.

O que faltava era um ambiente de compartilhamento eficiente, compatível com a dinâmica das redes sociais.

Essa foi a inovação do Instagram, lançado um ano depois, em relação ao Hipstamatic, e que tem hoje mais de sete milhões de usuários.

Para Paulo Fehlauer, fotógrafo profissional e adepto do compartilhamento instantâneo, os aplicativos fizeram do iPhone sua câmera portátil,

mas não mudou sua relação com a fotografia analógica.

Simpático aos filtros de cor, ele ressalta que a inovação está mais na distribuição que no tratamento da imagem. “As Lomos viraram hits quando começaram a aparecer no Flickr. Acho que o Instagram resolve isso com a estética do filme e a facilidade de distribuição do Flickr”.

Também com ênfase no aspecto social da rede, Daniela Arrais e Luiza Voll criaram o Instamission, espécie de concurso cultural temático e semanal que começou no Instagram e se espalhou pelo Twitter e pelo Facebook. Para reunir o conteúdo, usa-se a hashtag #instamission.

Antes do Instagram, a fotógrafa Tay Nascimento ficou popular no Flickr pelas cores chapadas e bordas arredondadas. Para entender o que fazia as fotos antigas mais bonitas, conta que teve que “descobrir a variedade do preto tendendo a outras cores, o contraste, os ruídos de luz e grão”.

Quando teve contato como Instagram, achou chocante: “Por que raios ainda fico um dia inteiro editando uma foto, sendo que posso ter o mesmo efeito em dois segundos?”.

Percebendo as limitações do aplicativo, ela diz ter se tornado mais crítica e cuidadosa com a edição.

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De olho no PATRIMÔNIO NATAL

União definirá posse e cessão do monumento histórico de Natal

Em todas as partes da fortaleza é possível constatar o descaso

Fortaleza sucumbe ao abandono O Forte dos Reis Magos não recebe atenção equivalente à importância que representa para a memória e identidade potiguar Sara Vasconcelos Tribuna do Norte

cone presente em postais que ilustram a cidade, o Forte dos Reis Magos - que transcendeu às funções militares e desempenhou forte papel político para a formação da cidade e Estado - não recebe atenção equivalente à importância que representa para a memória e identidade potiguar. Por fora, a ação do tempo e intempéries se escondem pela demão de tinta. Mas basta circular entre o bom número de turistas de vários lugares do Brasil e do mundo para constatar: o forte marítimo de forma clássica seiscentista que resistiu às companhias holandesas, no século XVII, sucumbe hoje a outro inimigo: o descaso público com o patrimônio histórico.

O adequado uso do espaço esbarra ainda em questões jurídicas: atualmente, a posse do monumento pertence ao Ministério da Educação e Cultura, com cessão a entidade extinta - o Pró-memória. A Superintendência do Patrimônio da União iniciou

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nessa semana a discussão para definir e regularizar a posse.

Corroída pela ferrugem, a catraca de acesso ao Forte está quebrada há mais de seis meses e a corrente é aberta à chegada de grupos de visitantes. O acervo diminuto está sujeito a infiltrações e mofo.

Paredes na sala de exposição e em outros pontos ostentam ainda o reboco. É possível desenhar com o dedo na poeira que se acumula nos painéis que contam a história da construção e resistência da fortaleza. Os móveis da época colonial são mantidos sem qualquer tipo de conservação.

Alguns, aos pedaços, estão jogados em um canto de sala à espera de reparo. As instalações elétricas correm por ductos de ferro que sofrem com a maresia.

Da parte superior, além dos canhões oriundos da corte portuguesa apontados para o mar, é possível ver telhas quebradas e falhas por onde a água das chuvas se infiltra. Os banheiros - antigos armazéns que foram reformados - exalam um forte odor que pode ser sentido à entra-

da; potes de sorvete fazem as vezes de saboneteira. O banheiro para cadeirantes é mantido sob cadeado e a chave é cedida, quando preciso. O pátio é limpo e há cestos de lixo em diversos pontos.

MANUTENÇÃO - A reportagem esteve no ponto de visitação mais conhecido da cidade, duas vezes na última semana. Da primeira, como turista, viu um dos funcionários se machucar ao tentar acender a lâmpada da área da roleta. “Esqueci que está dando choque. Aqui a maioria está desse jeito, porque as paredes estão sempre úmidas e a instalação é muito antiga”, justificou. Da segunda, já identificados, a reportagem ouviu do administrador Aparício Antunes que o problema se restringia aquele interruptor.

Antunes reconhece a necessidade urgente de reparos e garante que um levantamento recente foi feito pela Fundação José Augusto, responsável pela gestão, para início de uma grande reforma.

“O Forte ficou abandonado

pelos últimos cinco anos.

Esperamos melhorar com a reforma, mas é preciso ainda a aprovação do Iphan, já que se trata de patrimônio tombado”, disse. Os móveis danificados, segundo ele, foram quebrados por turistas que tentaram subir para fotografar. E aguardam a restauração.

O administrador assegura que, apesar da catraca não funcionar, o controle de entrada de pessoal e a prestação de contas da taxa cobrada para visitação - R$ 3 (inteira) e R$ 1,50 (estudantes) é feita de modo rígido e diário.

No entanto, o administrador não soube mencionar a renda média mensal gerada. “Todos os valores são repassados à Fundação (José Augusto)”, disse. O administrador conta que há projetos para realização de eventos culturais, como exposição e miniconcertos.

O Forte recebe, em média, 1,5 mil pessoas por dia durante a alta estação. Nesse período, de baixa, a visitação diária não ultrapassa 350 pessoas.

Reforma ainda não será realizada este ano A renda gerada pela visitação ao Forte dos Reis Magos oscila de acordo com a estação. No último mês de janeiro, a Fundação José Augusto (FJA) repassou à conta única do Estado, com base em registros do SIAF, R$ 68.469,50. Por ser alta estação e mês de férias a arrecadação foi elevada, se comparada à renda de junho, R$ 8.696,59.

“Os recursos são recolhidos à conta única do Estado e empregados de acordo com definições do governo, não é vinculado exclusivamente para a manutenção local”, explica a presidente da FJA Isaura Rosado.

A presidente da FJA lem-

bra que um sistema eletrônico incluindo catraca foi adquirido com recursos do governo há cinco anos, quando da sua primeira passagem pela administração. Os equipamentos, recolhidos ao depósito da FJA, sequer chegaram a ser instalados.

“Esperamos com a nova reforma colocá-los”, disse.

Entretanto, ela assegura que a intervenção ficará para 2012, quando o projeto e a licitação para a reforma serão realizados. A prioridade para esse ano é a reabertura de outros espaços como a Cidade da Criança, Teatros de Caicó e Mossoró, que estão interditados, o memorial Café

Filho e a Biblioteca Câmara Cascudo.

CONSERVAÇÃO - Há 25 anos quando o casal paulista Regina e Sérgio Calado esteve em Natal visitou a edificação. “O retorno na última semana trouxe o sentimento de frustração ao ver que a cidade não cuida da sua história. Uma construção tão extraordinária conservada desse jeito, com mau cheiro de fossa, poeira e um acervo tão pequeno”, disse Regina. “Ao menos não há lixo”, acrescenta o marido.

O acesso ao local também foi criticado pela comerciante carioca Marta Medeiros, 46 anos, pela pri-

meira vez em Natal. “A infraestrutura para chegar é péssima ou você vem em excursão ou tem que pegar táxi e quando chega aqui não tem guia”, disse ela que andou desde a Praia dos Artistas, com a filha. O número reduzido de guias (sete) não é suficiente para acompanhar a todos, sendo restrito aos grandes grupos.

As mudanças na estrutura original causaram desapontamento em alguns. “As salas foram transformadas em lojinhas, cantinas, banheiro, isso descaracteriza o local. Não há quase nada do acervo original”, disse Aline Nascimento, 27 anos, de férias na cidade.

Para interferir e tentar reverter a situação precária em que o monumento histórico se encontra, a Superintendência do Patrimônio da União no Rio Grande do Norte (SPU/RN) realizou na última segundafeira, dia 18, reunião com representantes do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/ RN).

A discussão gira em torno da definição de cessão do Forte dos Três Reis Magos ao órgão competente.

O polígono estrelado situado na barra do Rio Potengi com a praia do Forte, pertence à União. Desde 1963, o Patrimônio Público da União entregou ao Ministério da Educação e Cultura a responsabilidade, que ficou à cargo do Pró-Memória, repartição extinta e sucedida pelo Iphan.

Atualmente, um convênio celebrado entre a Marinha do Brasil e o governo do Estado confere à Fundação José Augusto a cessão de uso do espaço, o que segundo a superintendente do Patrimônio da União no Estado Ieda Cunha, não confere segurança jurídica, tampouco permite maior fiscalização por parte do órgão sobre a forma que o Forte é gerido e ocupado.

“Estamos em fase de estudo para regularizar a cessão e definir quem será a instituição, de acordo com a legislação vigente, competente pelo patrimônio histórico tombado.

Entregamos ao Iphan o projeto para que analise. Precisamos esclarecer e regularizar se a cessão de uso é do Iphan, do Ibam

ou FJA”, afirma. O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) é o órgão responsável pelo tombamento do patrimônio histórico federal da fortaleza.

Como não há representação do Ibram no Estado, a cessão poderá ficar com o Iphan, caso o estudo jurídico confirme. O órgão poderá administrar diretamente ou celebrar convênio com a Fundação José Augusto. A cessão de uso do espaço poderá ser gratuita ou onerosa a depender das atividades que serão apresentadas pelo Projeto. “A definição é essencial para otimizar o uso e a fiscalização do espaço”, observa Idea Cunha.

O Forte tem uma importância muito grande para a história do Brasil, tendo sido tombado em 1949. “Foi relevante para o processo histórico de formação territorial da nação, referência nas expedições de conquista e na proteção da Cidade do Natal, palco da guerra entre portugueses e holandeses”, ressalta o engenheiro e arquiteto do Iphan Murilo Cunha.

Enquanto obra de arquitetura e engenharia, os relatos históricos o colocam entre as fortificações mais bens construídas e projetadas da Colônia. A fortaleza foi a primeira edificação levantada na Capitania do Rio Grande, foi prisão onde sucumbiu André de Albuquerque, entre outros fatos históricos.

Abaixo, confira um batepapo com Murilo Cunha, arquiteto do Iphan/RN.

- A Fortaleza dos Reis Magos, encontra-se com inúmeras deficiências. A que se deve essa situação de abandono?

A última grande intervenção de conservação no Forte foi realizada em 2005, com recursos do Iphan. Como você pessoalmente constatou, há infiltração generalizada, revestimento de reboco soltando, necessidade de repintura, instalações elétricas improvisadas e deterioradas e até o acervo exposto está mal cuidado. Isso se deve à falta de serviços de manutenção a que todo imóvel deve ter e em especial um imóvel histórico e localizado num meio agressivo de alta salinidade. A manutenção periódica evita que os pequenos problemas se agravem e que sejam necessárias obras de conservação num intervalo muito curto.

tar a fidelidade ao projeto.

- Quais as dificuldades em manter em bom estado de conservação da fortaleza? Faltam investimentos?

De certo que a conservação de um edifício com estas peculiaridades é mais oneroso do que um imóvel comum.

Porém, o que está faltando é uma definição clara de competências para a boa gestão do monumento. Trata-se de um dos pontos turísticos mais visitados do Estado e com certeza pode se tornar autossustentável. Já que existe uma taxa de visitação e aluguel da lojinha de artesanato e da lanchonete, esse dinheiro poderia ser revertido para pagar as contas do edifício e entrar numa conta exclusiva para proceder as manutenções periódicas, tipo repintura, revisão do telhamento e da estrutura, proteção das ferragens contra oxidação etc. Não sei ao certo qual é a frequência de visitantes anual no forte, mas a taxa de visitação deve render uma considerável quantia. Além disso, ele poderia ser alugado para eventos. É uma ideia possível.

- O que equivale a dizer que o patrimônio histórico não tem recebido a atenção devida?

O Forte é de propriedade da União, mas está sendo administrado há muitos anos pela Fundação José Augusto, que é a instituição que deveria estar conservando adequadamente o monumento.

Inclusive existe uma taxa de visitação de R$3 por pessoa, além dos aluguéis da lanchonete e da lojinha de artesanato, que deveria estar sendo revertida para a manutenção física do monumento.

- Há projetos de reforma sendo analisado pelo Iphan?

Não existe no momento projeto de conservação em análise pelo Iphan. O fato de ele ser tombado não é dificuldade para obras. Apenas o projeto deve ser submetido a aprovação do Iphan e as obras seriam fiscalizadas para ates-

- Por que o natalense visita tão pouco o espaço?

Não sei se essa frase é de todo verdade. A frequência de visitantes de escolas é muito grande e penso que o natalense leva os amigos turistas para conhecer o Forte.

Creio que por ser um espaço exclusivamente de uso turístico, a frequência de natalenses é pouca. Poderia se pensar em usos alternativos ao atual, como exposições de arte, lançamentos de livros, cineclube, palestras, uma casa de chá/restaurante (como existe no Forte de Copacabana)… enfim usos que chamassem o natalense a frequentar o monumento.

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Roteiro

Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Horóscopo Artesanato

alessandra@ojornal-al.com.br

Hoje A história da bruxa Maligna, que sonha em ser a mais bela mulher do Mundo e que, para isso, arquiteta dar fim a todas as princesas do planeta, é o mote de Sem pé nem cabeça. O espetáculo será encenado neste domingo e no próximo dia 28, às 17h, no Teatro de Arena Sérgio Cardoso (anexo ao Deodoro).

Terça De 23 a 26 deste mês, o Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore (MTB-Ufal) promove a Semana das Culturas Populares. Homenageando o mês do folclore, o evento contará com circuito lúdico, exposição de Vicente Ferreira e outras atividades. No dia 24, às 18h30, haverá o Munguzá Cultural, com a mesa-redonda Acultura popular do samba na contemporaneidade. A programação prossegue no dia 25, às 19h, com a reedição do projeto Engenho de Folguedos, trazendo as apresentações do Samba de Matuto da Massagueira, do Fandango do Pontal, além da participação do grupo Malacada. A noite contará também Feira de Arte e Literatura com Livros da Edufal, cordéis, loja de produtos do MTB e barracas gastronômicas.

Entrada franca. Mais informações: (82) 3221-2651/3221-2977.

Quinta Paula Fernandes chega a Maceió, no dia 25 deste mês, para show no Ginásio do Sesi (Trapiche da Barra). Em breve estão divulgando mais informações, como horário, valores e locais de vendas. Mais informações: (82)3034-3282.

O monólogo Fábrica do imaginário, do grupo Jogos de Cordel, será a atração do Teatro de Arena Sérgio Cardoso (anexo ao Teatro Deodoro) no próximo dia 25. O musical, que vai levar à plateia o cancioneiro da cultura popular nordestina em um diálogo que inclui lembranças e imagens comuns à infância, contação de causos e declamações cordélicas, será encenado às 19h. Com sonoplastia e efeitos sonoros realizados por músicos ao vivo, o espetáculo faz parte da VII edição do projeto Quinta no Arena. Ingressos: R$ 5 (meia) e R$ 10 (inteira). Mais informações: (82) 3315-5665/5656.

Horóscopo ÁRIES (20 mar. a 20 abr.)

Neste período você estará com o espírito elevado, traduzindo isso em sua disposição para ser cortês, inteligente e lógico. Aproveite para tratar de assuntos que lhe interessam. Favorável às loterias.

LEÃO (22 jul. a 22 ago.)

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TOURO (21 abr. a 20 mai.)

Você pode experimentar muitas emoções a dois. As vibrações de hoje facilitam qualquer decisão que você tenha que tomar no setor doméstico. Haverá boas e negativas influências.

Mas para que tudo saia a seu gosto, deverá usar de tato, inteligência e perícia principalmente ao tratar de negócios.

VIRGEM (23 ago. a 22 set.)

Dia que favorece muito a realização de alguns de seus mais legítimos desejos e empreendimentos. Procure dar crédito aqueles que se aproximarem de você com o intuito de ajudá-lo. A lua, favorece os encontros imprevisíveis.

Este dia, deverá favorecê-lo nos assuntos familiares e questões financeiras ligadas com pessoas amigas. Procure ser previdente quanto aos demais assuntos porque o passado pode trazer alguma coisa que o aborrecerá.

SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.)

CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.)

Dia benéfico para cuidar de assuntos financeiros e sociais.

Pessoas conhecidas, hão de lhe proporcionar muitas alegrias. Aguarde boas notícias de parentes afastados. Para ser mais feliz, precisa ter confiança em si.

Provável você receber notícias benéficas.

Dia em que terá sucesso, em negócios relacionados com construções.

Algum aborrecimento passageiro poderá ser esperado, em seu lar. Cuidado com um romance clandestino. Uma agradável viagem poderá ocorrer, talvez junto com amigos ou para realizar um antigo sonho.

GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.)

O dia é excelente para você levar adiante os projetos de reforma da sua casa. Trate de seus interesses sociais. Estude suas possibilidades de êxito e ponha-as em prática. Boas oportunidades financeiras e profissionais, também deverão se apresentar.

LIBRA (23 set. a 22 out.)

Sendo este o um dia propício da semana, você poderá, inclusive, obter lucros compensadores em negócios relacionados com petróleo e líquidos de um modo geral e na aquisição de bens móveis e imóveis. Algumas mudanças poderão continuar a ocorrer, principalmente no ambiente profissional.

AQUÁRIO (21 jan. a 20 fev.)

Melhora de saúde e das chances de sucesso geral. Haja com inteligência e com perícia, que conseguirá chegar onde pretende hoje. Êxito pessoal, social, elevação do caráter e felicidade íntima. Algum assunto ligado a imóvel poderá estar pendente.

CÂNCER (21 jun. a 21 jul.)

Não seja dramático demais, pois poderá ser mal interpretado.

Todas as coisas que contenham arte, música e beleza atrairão sua atenção.

Dê vazão aos seus instintos e sentimentos nobres. Poderá chegar a bons resultados e boas conclusões. Período excepcional que favorece a saúde, a família e o amor.

ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.)

Disposição tranquila e bom estado mental para entabular novas coisas visando sua melhora geral. Aelevação da personalidade será o ponto máximo de seu sucesso. Melhora da saúde, mas não se descuide. Viagens, tudo o que estiver relacionado com concursos, estará favorecido para você.

PEIXES (21 fev. a 20 mar.)

Evitar afobações, correrias e a precipitação, será muito importante. Seja sereno ao resolver problemas neste dia. O dia poderá ser mais atribulado, com suas atenções voltadas para o setor profissional e para os problemas domésticos.

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RELIGIÃO

Filme alagoano Eu, Vc e Deus estreia amanhã no cinema Fotos: Divulgação

Da Redação Eu, Vc e Deus, filme católico que estará na tela do Cine Sesi Pajuçara e, é considerado um marco na produção cinematográfica alagoana estréia amanhã. Com roteiro e direção de Jorge Claudino e produzido pela Associação Cultural Guerreiros Produção (ACGP), o filme tem como foco o amor incondicional de um jovem por Deus, mas que é viciado no mundo virtual e se deixa seduzir pelos desejos carnais através das conversas no chat, ao ponto de se apaixonar por uma jovem.

A proposta é mostrar que o amor verdadeiro só pode acontecer quando há o envolvimento de duas pessoas e Deus. Segundo Marcos de Jesus, que interpreta Amado, o jovem apaixonado, a produção é um romance moderno, com a finalidade de levar o público a refletir que o amor verdadeiro não é o que se planeja, mas o que é planejado por Deus, como também leva a refletir sobre as relações humanas no momento em que a Internet e as mídias sociais ganham mais espaços na vida das pessoas.

Há seis anos o roteirista do filme, Jorge Claudino, que estudou cinema e participou da produção nacional “Deus é Brasileiro”, ao ouvir alguns relatos de romances iniciados via Internet, deu

Marcos de Jesus e Larissa Fontes fazem parte do elenco do filme que permanecerá em cartaz até quinta-feira

os primeiros passos rumo a realização do seu sonho.

Nesse período, enfrentou algumas dificuldades, como a falta de recursos. Mas os impedimentos serviram para o encorajar e colocar em prática o seu desejo. Sem dinheiro, a saída encontrada para levar o roteiro à grande tela, foi contar com um trabalho de parceria com um grupo de amigos, que resolveu apostar na ideia.

Quem for ao cinema, conforme afirma Marcos de Jesus, irá se surpreender com a história, fotografia e a atuação dos atores alagoanos, que contribuíram de forma decisiva para levar o filme à frente. ”É uma produção e roteiro de qualidade, mostrando o amor que para alguns está ficando arcaico devido os romances passageiros”, disse O resultado o público po-

derá conferir a partir de amanhã indo ao lançamento, no Cine Sesi Pajuçara, às 19 horas. O filme permanecerá em cartaz até quintafeira (25). Na compra antecipada do ingresso, mais R$ 5, o espectador ganha um DVD. Integram o elenco os atores Marcos de Jesus, Cibele Araújo, Nayana Santos, Larissa Fontes e Gustavo Porto.

Padroeira de nossa cidade O povo maceioense é um povo de fé Luiz Antônio de Araújo Guimarães Seminarista e administrador de empresas

A devoção a Nossa Senhora dos Prazeres como padroeira da capital alagoana data de séculos, desde o tempo em que Maceió era um pequeno povoado, no século XIX. Reza a História de que a devoção a Mãe de Jesus, com o título de Senhora dos Prazeres é oriunda de Portugal, em meados do século XVI, e foi trazida e propagada no Brasil pelos portugueses.

Relata-se também que a primeira capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres foi erguida por volta de 1656, nos Montes Guararapes, na cidade de Jaboatão, Pernambuco, a pedido do general Francisco Barreto de Menezes, em agradecimento as vitórias alcançadas, após duas batalhas em que os povos luso-brasileiros venceram os holandeses e os expulsaram do território pernambucano.

Como o povoado de Maceió estava ligado à capitania de Pernambuco, essa devoção acabou por chegar a Alagoas. Apesar de o povoado, desde o tempo do Engenho Massayó, já contar com uma capela, leia-se a primeira dedicada a São Gonçalo, no meio do então planalto do Jacutinga, hoje, bairro Farol, foi construída outra, pouco abaixo do planalto, a pedido do capitão Apolinário Fernandes Padilha. Essa foi dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, pelo fato do capitão ter feito uma prece a Santa e por ela ter sido atendido, a saber: num certo dia, do alto do Jacutinga, estava observando sua roça e, de repente, viu que um navio estava afundando na Enseada de Jaraguá. Fez então a prece e o navio não veio a naufragar. A partir desse momento, Nossa Senhora dos Prazeres passou a ser cultuada como a padroeira de Maceió. Após anos surgiu, então, a capital alagoana, e no lugar da capelinha foi construído um novo Templo, conforme se observa atualmente, o qual fora inaugurado em 31 de dezembro de 1859. Nessa ocasião, recebia de presente do Barão de Atalaia, em presença de Dom Pedro II, uma nova imagem que perdura no altar-mor até o presente momento.

Ao contemplar o desenrolar da história religiosa devocional a Nossa Senhora dos Prazeres, percebe-se que o povo maceioense é um povo de fé e que, no decurso dos séculos, sempre se colocou sob os auspícios da Virgem Santa. Essa, porém, nunca lhes deixou faltar à copiosa assistência materno-espiritual. De seu altar, no coração da Catedral Metropolitana de Maceió, ela viu o pequeno engenho, por hora, povoado, transformar-se na majestosa capital das Alagoas, bem como, as inúmeras gerações que lhe devotaram e devotam confiança, em meio às labutas da vida, como se recorda na letra do hino para ela composto: “sem vós nossa luta é renhida, somos pobres e humílimos seres. Defendeinos ó Virgem querida, sustentai-nos ó Mãe dos Prazeres”.

Assim, o dia 27 de agosto é de capital importância para os cidadãos maceioenses, quiçá, alagoanos, visto que também ela é padroeira da Arquidiocese de Maceió. Há de convir, então, que esse feriado municipal seja celebrado com muita fé, devoção e respeito, mantendo a fiel tradição histórica para com Aquela que é “Padroeira de nossa cidade, Santa Mãe dos Prazeres, Maria”.

Igreja Batista do Farol celebra o 94º ano de sua organização A Igreja Batista do Farol comemorou na sexta-feira 94 anos de organização. A celebração vai se estender até hoje com preleções do pastor Paulo Eduardo Vieira, da Primeira Igreja Batista de São Paulo, a igreja que há dois anos iniciou o projeto de evangelização na Cracolândia, em parceria com a Junta de Missões Nacionais.

O projeto, hoje chamado Cristolândia, está servindo de modelo em vários estados brasileiros na recuperação de viciados em drogas.

Dentro do tema “Impactar o mundo com uma vida de santidade”, que está sendo a ênfase em toda a programação da IB Farol para este ano, o pastor da PIB de SP vai abordar, em sua preleção da noite de sexta, no início da programação festiva, “como Deus tem abençoado centenas de vidas com a Missão Batista Cristolândia, recuperando jovens e adultos que viviam perambulando pelas ruas da Cracolândia sem esperança”.

As festividades na IB Farol tiveram início na noite desta sexta-feira com um encontro

Templo da igreja sedia as festividades que acontecem até hoje com participação dos coros da igreja

em que estiveram presentes as lideranças da igreja e da Denominação Batista em Alagoas, assim como toda a comunidade evangélica e nãoevangélica.

A programação festiva seguiu no sábado com mais um culto de celebração e, hoje, às

9h e às 18h, com a participação dos coros da igreja. Às 10h15, haverá Escola Bíblica Dominical conjunta com a presença de um missionário da Junta de Missões Mundiais no Japão. Ele vai compartilhar os desafios vividos depois da tragédia do dia 11 de

março deste ano no nordeste do país.

O templo da igreja fica situado na Avenida Dom Antonio Brandão, 90, no Farol, e o pastor Roberto Amorim de Menezes convida toda a sociedade maceioense para participar da celebração.

Pastor da PIB de SP vai falar sobre o trabalho da Cristolândia

HORÁRIOS DAS MISSAS AOS DOMINGOS Igreja Nossa Senhora da Assunção (Santo Eduardo): 9h30 e 19h; Igreja Divino Espírito Santo (Jatiúca): 7h e 18h; Igreja dos Capuchinhos (Farol): 6h30, 9h, 18h; Igreja Menino Jesus de Praga (Pinheiro): 7h30, 16h, 19h30; Igreja Nossa Senhora de Lourdes (Horto): 7h30 e 19h; Igreja de São Pedro (Ponta Verde): 8h e 19h.

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ANÚNCIO INSTITUCIONAL Fruto de Termo de Ajuste de Conduta Firmado com o Ministério Público do Trabalho.

“De acordo com o art. 5º da CF/88 c/c art.

373-A da CLT, não é permitido anúncio de emprego no qual haja referência quanto ao sexo, idade, cor ou situação familiar, ou qualquer palavra e/ ou expressão que possa ser interpretada como fator discriminatório, salvo quando a natureza da atividade assim o exigir.”

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LITORAL SUL C214 - LOTEAMENTO RECANTO DOS CAETES - Casa a 100m mar com piscina, churrasqueira, apoio, garagem, terraço, 2 salas, 2 wc´s sociais, 04 quartos sendo 01 suite com closet e hidro, cozinha com despensa, depósito, dce, casa para caseiro.

PONTO COMERCIAL JATIÚCA P605 - HARMONY TRADE CENTER - Vendo sala 601 com 34,81m². R$ 135 mil.

HARMONY TRADE CENTER - Disponhode 3 salas juntas. R$ 130 mil cada. (vendo isoladamente).

TERRENOS ALDEBARAN ALDEBARAN OMEGA Vendo lote 16x30.

TRAPICHE DA BARRA RUACABO REIS - Terreno de esquina, murado, medindo 30x30 JACARECICA T801 - Condominio Ocean Wien - Esquina nascente, - área 935m².

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TABULEIRO DO PINTO T802 - LOTEAMENTO JOSÉ FERNANDES TORRES Terreno de esquina medindo 20m de frente, 16m de fundos, 20m de frente a fundos. R$ 35 mil.

APTO. VENDA FAROL REF: 007 – FAROL – APTO andar alto, nascente, com vista panorâmica para todas as praias e a Lagoa. Sala estar e jantar, 03 quartos sociais todos com armários, cozinha repleta de armários, Wc social com blindex, área serviço,dependência empregada. 01 vaga gar a g e m .

Totalmente reformado, com piso em porcelanato.

Prédio com salão festas, gerador, piscina, sala de ginástica, poço artesiano, internet embutida no condomínio. Area útil 110m².

Condomínio baixo apenas R$ 300,00. Valor do imóvel: R$ 265 mil. Tr. 93514440 / 8729-0144 - CRECI 343.

JATIÚCA REF: 008 – JATIÚCA. VENDO quarto e sala na melhor localização do Stella Maris, pertinho de tudo: Centro médico, supermercados, farmácias, e principal centro gastronômico de Maceió. Prédio novo com piscina, salão festas, sala ginástica.

Condomínio baixo. Por apenas R$ 125 mil.Tr 9351-4440 /87290144 - CRECI 343.

JÔ 40 – JATIÚCA– UM GRANDE ACHADO! 3° ANDAR – nascente 85m² - sala de estar/ jantar, 2 varandas, 3 qtos s/2 stes, wc social, coz., armários novos, área de serviço, 1 vaga de garagem. Prédio c/piscina, salão de festas. R$ 215 mil.

Cond. R$ 350,00.

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JÔ 78 – JATIÚCA– APT° COM 86,72M² – É todo seu! 03 Quartos Sala de estar/jantar, varanda, wc social, cozinha, área de serviço e 01 vaga de garagem. R$ R$ 180.000,00. Vem que tá bom demais!

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O JORNAL JORNA L

Classificados D2

Domingo, 21 de agosto de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

Vendo apto na Ponta Verde, atrás do Maceió Mar Hotel, c/3 qtos. c/armários, sendo 1 suíte, 2 salas, varanda, gabinete, cozinha c/ armários, área de serviço, banheiro, quintal, área 200,00 mtrs. Valor R$ 270.000,00.

Tr.: 9199-0007/ 9933-4999 OUTROS BAIRROS JÔ 73 – JD. VATICANO – 6° Andar com linda vista para o mar!

Lindo! Com toda mobília! 03 quartos, sala com varanda, cozinha, WC social grande, área de serviço com wc.

Oportunidade assim é rara! R$ 140.000,00. Vem que tá bom demais!

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JÔ 69 – PITANGUINHA – 94M² Oportunidade sem igual! Uma graça de apartamento, 03 quartos, sendo 01 suíte, wc social, sala grande, dependência completa de empregada, cozinha, 01 vaga de garagem – Ligue agora mesmo pra conhecer!

R$ 135.000,00. O prédio tem poço artesiano. Vem que tá bom demais!

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PONTA VERDE JÔ 33 – PONTA VERDE – 56M² Próximo à Praça Lion - 02 quartos, sala, WC social, cozinha, área de serviço e 01 vaga coberta. Você e a comodidade lado a lado!

R$ 150.000,00 - Vem que tá bom demais!

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8811.8410 / 9117.7137 - Creci 2523 REF: 005 – PONTA VERDE – VENDO apto grande com 120m² sala de estar e jantar com varanda, 03 quartos sociais sendo 01 suite, com armários, cozinha, área serviço, dependência completa de empregada, 01 vaga, excelente localização. R$ 265 mil.Tr. 9351-4440 / 87290144. CRECI 343

REF: 010 – PONTA VERDE – VENDO apto novo (entrega agora em agosto) com área 147,91m², sala de estar e jantar com varanda, 04 suites, cozinha, área serviço, Hal social, dependência completa empregada, 03 vagas garagem soltas, acabamento fino, de frente.

Excelente localização. R$ 650 mil. Tr. 9351-4440 / 87290144- CRECI 343.

JÔ 26 – PONTA VERDE – Próx. À Igreja de São Pedro.

Um belo apartamento! 100,00m² Apt° com sala de estar/jantar, 02 varandas grandes, 03 quartos sendo 02 suítes, WC social, cozinha grande, área de serviço, DCE, 01 vaga – R$ 170.000,00. Vem que tá bom demais!

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JÔ 32 – PONTA VERDE – 67,34M² - (No mínimo, aluguel gar a n t i d o ) .

Apartamento no 2º andar, totalmente nascente.

(2ª quadra da praia). Sala de estar/jantar, 02 suítes, varanda, hall, cozinha, 01 vaga solta, gerador, salão de festa.

R$ 175.000,00 - Vem que tá bom demais!

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8811.8410 / 9117.7137 - Creci 2523 JÔ 66 – PONTA VERDE – NOVO! Apt° quarto e sala, WC social, cozinha estilo americana, 01 vaga de garagem. Salão de Festas, salão de jogos e piscina. R$ 125.000,00 – Vem que tá bom demais!

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JÔ 71 – PONTA VERDE – 90M² Excelente apartamento de frente, esquina com a Rua Hélio Pradines. 03 quartos s/1 suíte, sala de estar/ jantar c/varanda, coz., wc social, área de serviço, Dependência completa de empregada, 02 vagas de garagem. More hoje mesmo se quiser!

R$ 230.000,00.

Vem que tá bom demais! Tels. 88118410 / 9117.7137 Creci 2523 JÔ 75 – PONTA VERDE – NASCENTE – Andar alto e de frente 134m² - 4 qtos s/3 stes, 1 qto reversível, sala de jantar/estar, varanda, área de serviço completa, 3 vagas de garagem. R$ 550 mil a negociar. Vem que tá bom demais! Tels.

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Guia de Serviços

O JORNAL JORNA L

Classificados

D3

Domingo, 21 de agosto de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

JATIÚCA VENDO casas em Jatiúca.

Valores R$ 210, 200, 150, 180 e 160 mil e próximo ao Gbarbosa da Jatiúca. R$ 380 mil. Tr.: 8868-4938/ 91138185/ 9612-4077/ 9326-1127. Creci 1736 JARAGUÁ

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CASA VENDA CRUZ DAS ALMAS REF: 009 CRUZ DAS ALMAS – Casa terreno 12 x 30, com 04 salas, 03 quartos sendo 01 suite, com armários, cozinha com armários, dependência completa empregada, 05 Wcs, 05 vagas garagem, solta lados, quintal, jardim. R$ 320 mil.

Toda documentada, aceitamos financiamentos. Tr. 9351-4440 / 8729-0144 CRECI 343.

REF: 003 – CRUZ ALMAS – VENDO excelente Casa duplex há 100m da praia.

Com 290m² de área.

1º Piso – Jardim, 05 vagas garagem, sala para 03 ambientes, 01 quarto, Wc social, cozinha, área de lazer com piscina, Dependência completa de empregada, churrasqueira. 2º Piso – Mezanino, sala de estar, 03 quartos sociais sendo 01 com closet, 02 suítes reversíveis sendo 01 com varanda, R$ 370 mil. Tratar pelos telefones para contatos: 93514440 / 8729-0144 – CRECI 343

REF: 002 – JARAGUÁ – RUA BARÃO DE JARAGUÁ – VENDO casa toda reformada, nascente, sala com vaga garagem, 03 quartos sendo 01 suíte, cozinha, sala de jantar, dependência completa empregada, área de serviço e quintal.

Boa para moradia, ótima para comercio, escriturada e registrada. R$ 230 mil.

Tratar pelos telefones para contatos: 9351-4440 / 8729-0144 CRECI 343.

APARTAMENTOS 01 quarto - Ponta Verde Ed. Maranelo - sala, 1 qto, wc, coz. tipo americana c/área serv. Integrada.

Ed. Canavial - a 100m do mar - sala, wc social, 2 qtos, coz., área serviço, wc serviço, 1 vaga.

Ed. Costa do Sol - qto e sala mobiliado a beira mar . Aluguel fixo.

Ed. Tabriz - quarto e sala, coz, wc.

Contrato fixo.

02 quartos - Ponta Verde Ed. Canavial - Apto. 102 - sala, wc social c/blindex, 2 qtos s/1 c/armário, coz., área serv., wc serv. R$ 700,00 Ed. Canavial - Apto. 303 - sala, wc social c/blindex, 2 qrtos s/1 c/arm, coz., área serv., wc serv. R$ 630,00 03 quartos - Ponta Verde Ed. Amsterdan - sala 2 amb, lavabo, 3 stes c/ arms, coz, c/ ars, serv, dce, 2 vagas, piscina.

Ed. Marajó - térreo, sala, wc social, 3 qtos, coz., área serviço, dce.

Ed. Solar da Praia - andar alto, nascente, vista p/o mar, sala c/ var, wc soc, 3 qtos (st) coz, serv, dce, piscina, 1 vaga.

Ed. Mansão Paulo VI - varanda, sala, wc social c/box e arm, 3 qtos s/2 c/arms, coz. c/arms, serviço.

Ed. José Carioly - Varanda, sala, wc social e wc ste c/box e arms, 3 qtos (st) coz, serv, dce. 2 vagas. Lazer na cobertura.

Ed. Veneza - sala, wc social, 3 qtos, coz., serviço, dce, 1 vaga. 1ª quadra.

Ed. Mansão Paulo IV- var, sala, wc social, 3 qtos s/1 revers, coz, área serv.

Ed. Londres - Varanda, sala, wc social c/blindex, 3 qtos (st) todos c/arms, coz. c/arms, serv, dce, 2 vagas.

Ed. Valparaiso - Sala c/ var, wc soc, 3 qtos (st) coz, serv, dce.

Ed. Mariana - sala c/var., wc social, 3 qtos s/1 ste, coz., serviço, depend. completa. R$ 700,00 Ed. Marajó - Térreo: sala, wc social, 3 qtos, coz., área de serviço, dependência completa.

02 quartos - Jatiúca Ed. Oregom - Sala c/ var, wc soc. 2 qtos. s/1 ste, coz., serviço, piscina, 2 elev, gerador.

Ed. Seatlle - novo, 2 qtos s/1 ste, coz, serv. piscina, salão festas 1 ou 2 vagas.

03 quartos - Jatiúca Ed. Andirá - sala c/varanda, wc soc, c/box, 3 qtos (st) wc suite c/box, coz. c/arms, sobre o balcão, área serviço.

Cond. Vilagio di Roma - Ed. São Marco - nascente, sala c/ var, wc soc, 3 qtos (st) coz, serv.

Ed. Itaperuna - sala c/var, wc soc, 3 qtos (st) s/1 c/arms, coz. c/arm, serv, dependência.

Ed. Rafiné - Sala com varanda, wc social, 3 qtos. (st) coz. serviço, dce.

02 quartos - Mangabeiras Ed. Martinica - beira Mar - Sala c/var, wc social, 2 qtos, coz., serv, dce.

03 quartos - Mangabeiras Ed. Ed São Rafael - sala c/ var, wc soc, 3 qtos (st) coz, serv, dce.

02 quartos - Poço Ed. San Martin - Sala c/var, wc soc, wc ste e de serviço c/box, coz, área serviço, piscina, salão festas.

Ed. Relanche - Sala , wc social c/box e arm, 3 qots s/1 ste c/armários e cama, coz. c/arms, serv, 03 quartos - Prado Ed. Antares - var., sala, wc social, 3 qtos (st) coz. c/arm., serviço, dce.

03 quartos - Serraria Residencial LE PARC - novo, nascente, sala, wc soc, 3 qtos (st) coz., serviço, piscina, churrasqueira, salão festas, 1 vaga descoberta.

02 quartos - Feitosa Ed. Tarrasas - sala, wc social, 2 qtos, (st) coz, serv. wc serviço.

CASAS Farol Rua Conego Machado - Terreo: garagem, sala, 1 ste, sala, 1º andar: var., wc social, 2 qtos (st), varanda.

Rua Aristeu de Andrade - Prox. ao Colégio Batista - exc. p/escritório.

Centro Rua Santa Maria - Alugo c/ sala, 3 qtos, wc soc, coz., serviço, quintal.

Serraria Casas Prox. ao Conj. José Tenório: Terreo; garagem, sala única, wc social, coz., serv. 1º andar: wc social, 3 qtos s/1 ste.

Jatiúca Rua José Maia Gomes - (viz. a Lumina) terraço, garag., 2 salas, 4 qtos s/1 stes, coz., área de serv., apoio.

Poço Rua Isaias Francisco de Andrade garagem, 3 salas, wc social, 3 qtos s/2 stes, coz., área serviço, wc serviço.

Tabuleiro dos Martins Conj. Morada do Bosque - Casa com terraço, garagem, sala 2 amb, gabinete, 3 qtos (st) coz, serv, dce.

PONTOS COMERCIAIS Centro Empresarial Avenue Center - alugo sala 508 c/wc e vaga privativa no sub-solo.

JATIUCA AV. DR. ANTONIO GOMES DE BARROS - (ANTIGA AMÉLIA ROSA) exc. Prédio c/1º pav. c/320m². Exc. acabamento.

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N1705 - Av. Álvaro Calheiros Alugo terreno med. 12x30 ao lado da Le Postiche.

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THE SQUARE - Alugo várias salas individuais ou conjugadas. de 54m²a 174m².

PASSEIO STELLA MARIS - dispomos de Lojas c/40m² + mezanino c/13m².

PASSEIO STELLAMARIS - para grandes empresas. Exc. Para Agência Bancária área com aprox. 250m².

Tabuleiro dos Martins Galpões - Alugo galpões medindo 14x42 cada, na Rua da Limpel no Clima Bom I. VIA EXPRESSA - EXCELENTE P/SUPERMERCADO - galpão c/5.000m² de área construída e 11.000m²de estacionamento.

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