OJORNAL 21/11/2010

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O JORNA L Maceió, domingo, 21 de novembro de 2010 | Ano XVII | Nº 55 | www.ojornalweb.com

ALAGOAS

R$ 2,00

DOIS

Paul McCartney vem pela terceira vez ao Brasil e se despede hoje e amanhã, com a turnê “Up and coming”. A primeira vez que esteve aqui foi em 1990, e o momento entrou para o livro Guiness como a apresentação de um único artista com maior público pagante: 184 mil pessoas. Página B8

O JORNAL saiu em campo em busca dos artefatos arqueológicos, resultado de escavações realizadas na Serra da Barriga, em União dos Palmares Páginas B1, B2, B3 e B7

CRB estuda venda do patrimônio Candidato único à presidência do CRB, Cícero Santana vai abrir o debate sobre um tema polêmico: a venda do patrimônio do clube para pagar as dívidas e construir um CT. O JORNAL ouviu conselheiros, que estão divididos sobre o assunto. Esportes Nide Lins

Vendas diretas aumentam e fazem sucesso

NESTA EDIÇÃO

Em expansão no País, as vendas diretas fazem sucesso em Alagoas e mudam a vida das pessoas que começaram a atuar na atividade pela busca de um complemento de renda e que agora a tem como principal meio de sustento.

relojoeiro Edvan Cupertino também pode ser chamado de “o senhor das horas”. Há 46 anos, ele conserta relógios em O Maceió e hoje é considerado um profissional raro. Página A18

Página A25

Retratos de um passado revelado

Prazo para barracas da Sereia termina dia 20

Desbancada pela tecnologia, a caixa do lambelambe insiste em não sucumbir. Na Feira do Rato, ela não faz mais sucesso como há dezenas de anos, mas não se dá por vencida e ainda chama a atenção.

Os comerciantes tentam desesperadamente prorrogar o prazo da desocupação, mas, se não conseguirem, todos os barraqueiros instalados na orla da praia Mirante da Sereia terão que deixar o local no próximo dia 30. Entre os barraqueiros existe a esperança de que a Justiça permita que eles fiquem na orla do Mirante até março. Entre os comerciantes, alguns estão no local há mais de 20 anos. Como está, a orla contrasta com o cartãopostal que é o Mirante da Sereia. Páginas A14 e A15

O JORNAL faz a entrega do Prêmio Imagem às 33 marcas mais lembradas

Flores transformam um dia cinza num mundo de cores

Página A20

Eduardo Almeida

Eleição da AMA pode ser com chapa única As articulações para a eleição da nova diretoria da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA) podem resultar em chapa única. A eleição será em janeiro e admite-se uma união entre três candidatos. Página A4

Pedro Paulo Rangel estará em “Batendo o Ponto”, da Globo

“Vestir o corpo sem despir a natureza”: esta é a tendência

falta de planejamento nas ruas de Arapiraca, aliada à imprudência de motoristas, emperra o trânsito. A PM e a SMTT A pretendem dar mais fluidez ao tráfego na cidade. Página A22

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O JORNAL

Política A2

Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br

AS MORTES E O CRACK Pode até ser interessante, mas é desaconselhável acreditarmos nas verdades absolutas. É bastante positivo sempre desconfiarmos quando acreditamos plenamente no que vemos e cremos. Não é fácil. Tudo isso apenas pra dizer que não devemos confiar nas informações de que todos – ou quase todos? – os homicídios ocorridos em Alagoas têm a ver diretamente com a questão do tráfico de entorpecentes. Tal discurso parece ser uma justificativa para a incapacidade do poder público, em todas as suas instâncias, de enfrentar e assumir a sua incompetência na apresentação de políticas públicas que possam enfrentar a realidade de abandono que vemos nas ruas de Maceió, principalmente. Esta pode ser o início da discussão, ou seja, qual política pública na área social, esportiva, educacional e policial está em funcionamento e a quanto tempo para enfrentar o tráfico de entorpecentes? Enquanto isso não ocorre, começamos a nos acostumarmos com as notícias de mortes e mais mortes por contra o crack e, talvez, devamos desconfiar do que vemos e cremos, se não podermos ficar anestesiados com as mortes de gente “sem importância”. E o tráfico continua crescendo e se desenvolvendo como negócio. E muita gente pode estar se dando bem.

AÇÃO A Escola Estadual Misael Gonçalves Ferreira, em Barra de São Miguel, junto com o Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, SMDU, Seune, ONG Gato do Mato, Congregações e comerciantes locais realizam hoje o terceiro mutirão de limpeza do rio Niquim e manguezais. As atividades começam às 8 horas no terminal turístico.

PSOL 1 Se antes era complicado qualquer aproximação entre os vereadores por Maceió Ricardo Barbosa e Heloísa Helena, ambos do PSOL, agora a relação azedou de vez. A confusão só piorou depois que O JORNAL, com exclusividade, revelou um documento de membros do partido onde existiam diversas críticas à atuação de Heloísa.

PSOL 2 O danado de tudo isso é que Heloísa Helena ainda não se posicionou publicamente sobre a questão. Quem tem sido escalado para defendê-la é Alexandre Fleming, que é membro do partido. De qualquer forma, não dá pra entender o silêncio de Loló. Será que ela está mudando o seu estilo?

AVISO Está previsto para 15 de dezembro o sorteio dos gabinetes dos deputados federais. Tudo indica que haverá transmissão pela TV Câmara. A boa localização do gabinete facilita o trabalho dos parlamentares. Uma coisa é estar no centro, outra é ficar na periferia geográfica da articulação política do poder.

HOMENAGEM O promotor de Justiça Rogério Paranhos recebeu o Diploma de Honra ao Mérito Dr. Carlos Guido Ferrario Lobo. O evento aconteceu no Sesc Ler, em Palmeira dos Índios, e reuniu diversas entidades assistenciais do município, integrantes do Ministério Público Estadual e autoridades municipais. A honraria é a maior titulação oferecida pela Corregedoria-Geral do Ministério Público Estadual.

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Montagem do Ministério de Dilma deve sair em até 30 dias Presidente eleita deve divulgar nomes após fechar acordos com aliados CONCILIADOR

Dutra descarta briga por espaços e cargos O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que “não há acirramento” entre os dirigentes partidários na busca por cargos no governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo Dutra, a distribuição dos ministérios respeitará a “representatividade” dos partidos que compõem a coligação vitoriosa no dia 31 de outubro. Dutra já conversou com dez legendas que irão compor a coalizão do futuro governo Dilma. “Não há acirramento. É natural [a apresentação de demandas] porque nós temos um governo de coalizão, com dez partidos. O critério [de distribuição dos espaços no governo] é político, levando em consideração a representatividade do conjunto dos partidos. Não há como inventar a roda”, disse Dutra ao deixar o Ministério do Trabalho, onde discutiu com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, as reivindicações do partido para o próximo governo. Não há acirramento. [A apresentação de demandas] É natural, porque nós temos um governo de coalizão, com dez partidos. O critério [de distribuição dos espaços no governo] é político, levando em consideração a representatividade do conjunto dos partidos. Não há como inventar a roda” José Eduardo Dutra, presidente nacional do PT. Sobre o encontro com Lupi, Dutra disse que o pedetista manifestou o desejo “ma-

joritário” do partido de continuar com o comando da pasta do Trabalho. PCDOB E PP Dutra recebeu os dirigentes de outros artidos. O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, disse a Dutra que Dilma Rousseff terá de “levar em conta” o trabalho desempenhado pela sigla ao longo dos dois mandatos do presidente Lula. Questionado se o partido estaria determinado a manter os cargos que tem na Esplanada – o PCdoB detém o controle do Ministério do Esporte –, Rabelo disse que o partido vai apenas cobrar a “contribuição” prestada pela sigla: “O problema não é que a gente não abre mão [dos cargos]. É que o PCdoB, como responsabilidade de governo, cumpriu o seu papel e ela é que vai levar em conta isso, a futura presidente.” Já o presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), conversou com Dutra e procurou colocar a posição “construtiva” da sigla no processo de formação do governo Dilma. “Cumprimentei o presidente novamente pela vitória da presidente Dilma. Disse a ele que o partido está representado no governo pela presidente Dilma e coloquei ainda o apoio integral do partido a Dilma. Nós ficaremos honrados com a convocação para participar do governo”, disse.

Em meio ao processo de montagem dos Ministérios do próximo governo, alas internas do Partido dos Trabalhadores buscam mais influência na gestão de Dilma Rousseff enquanto 10 partidos da base aliada fazem pressão por cargos. Diferentemente dos oito anos da gestão Lula, que escolheu sua equipe baseado no critério da proximidade, agora as correntes internas do partido pretendem ter mais influência e arrebanhar posições no mandato da presidente eleita. A corrente majoritária do PT, a CNB (Construindo um Novo Brasil), com cerca de

60% de espaço no diretório nacional, seguirá com a maior fatia da Esplanada. Lula compõe essa ala do partido, junto com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, do ex-ministro José Dirceu e de atuais Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Ainda é cedo para falar de nomes concretos, pois há muitas especulações. Além disso, Dilma tem até o ano que vem para compor os ministérios, como fizeram Collor e Lula, quando anunciaram os nomes no ano seguinte ao da eleição.

LOMBADA O Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas alerta aos condutores que a lombada eletrônica instalada na rodovia AL-225, em Delmiro Gouveia, entrará em funcionamento a partir de amanhã. A lombada está instalada próximo à parte central da rodovia margeando o município e visa proporcionar maior segurança no tráfego. Com o funcionamento da lombada, usuários que ultrapassarem a velocidade superior permitida de 40 km/h serão penalizados com multa.

MORADORES DE RUA Após a instalação do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realizou as primeiras abordagens para o cadastramento dos moradores de rua que se encontram na praia da Ponta Verde, na região dos Sete Coqueiros. Já são 32 mortes desde o início do ano e nenhuma solução de fato.

DIRETAS É dada como certa a saída do delegado Marcílio Barenco do comando da Polícia Civil no segundo governo de Téo Vilela. Ele construiu arestas dentro e fora da corporação. Já o delegado federal Washington Luiz – subsecretário de Defesa Social – aparece como o nome mais cotado para substituir Paulo Rubim na SDS. Dependendo do novo secretário de Defesa Social, somente o coronel Dário César tem força suficiente para ficar no cargo, independentemene do escolhido. Nos Bombeiros, o coronel Neitônio Freitas, por exemplo, vem sendo alvo de críticas desde a crise das enchentes, quando a corporação apareceu de forma negativa.

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Política

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Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com

VER NAVIOS O empresário German Efromovich é um ilustre desconhecido para a maioria dos alagoanos, mas a recíproca não é verdadeira em relação ao Estado – que o empresário conhece bem. Para se ter uma ideia, German Efromovich retira por dia 800 barris de petróleo em Maceió. Todos os campos de petróleo no Tabuleiro do Martins são dele. Dono de empresa de aviação, rede de hotéis e de dois estaleiros no Rio de Janeiro, o empresário quer instalar o terceiro estaleiro e escolheu Alagoas por razões econômicas, e não pelas belezas do litoral alagoano ou por pieguice. Na última sexta-feira, durante a solenidade de lançamento ao mar do navio Sergio Buarque de Holanda, construído pelo Estaleiro Mauá, o empresário referendou as denúncias sobre “entraves estranhos” colocados no caminho do estaleiro alagoano, e que inexistiram nos projetos dos estaleiros em Pernambuco, Bahia, Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Naqueles estados não houve nenhum impasse, e não é porque o Ibama de lá seja menos operante do que o Ibama daqui. A razão de tudo, ou seja, o entrave que o estaleiro alagoano precisa superar pode estar relacionado uma parte à pirraça política e outra parte à reserva de mercado para navios na região.

ALERTA

SINAL

O prefeito Cícero Almeida (PP) foi aconselhado a suspender o pedido de empréstimo de R$ 22 milhões ao BNDES. Motivo: o empréstimo daria motivo para a pressão por dinheiro aumentar, além de comprometer as finanças do município.

Acendeu uma luz no imbróglio sobre a suplementação de verba pedida pela Câmara de Vereadores. A secretária municipal de Finanças, Marcilene Costa, admite liberar os R$ 4,5 milhões, mas descontando R$ 1,5 milhão liberado em agosto.

SINAL FECHADO Mas o vereador Dudu Holanda, presidente da Câmara Municipal, fez as contas e concluiu que não dá. São R$ 4,5 milhões ou a Câmara não fecha suas contas.

DE BEM

DE MAL

O vice-governador José Wanderley é o “cara” do governador Téo Vilela (PSDB) para esse segundo mandato. Wanderlei continua filiado ao PMDB, mas é a bola da vez do PSDB para disputar a Prefeitura de Maceió em 2012.

O deputado Maurício Tavares vai tirar licença médica para tratamento de saúde logo que a legislatura termine. Reeleito, com o afastamento por 120 dias quem assume a vaga é o deputado Cícero Ferro – que não se reelegeu.

CONTROLE REMOTO O vereador Ricardo Barbosa culpa a tecnologia pelo vazamento à imprensa do documento interno do PSOL criticando a vereadora Heloísa Helena.

PRAZO

NÃO É

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) pediu prazo até 15 de dezembro para iniciar a obra de recuperação da linha férrea entre Utinga e Gustavo Paiva. São 9 quilômetros destruídos pelas enchentes no meio do ano.

O ex-vereador de Rio Largo, Cícero Dadá, contestou a explicação da CBTU pelo atraso no início da obra da recuperação da linha férrea entre Utinga e Gustavo Paiva. A CBTU alega que precisa cumprir com os trâmites para licitação.

MALA DIRETA – “Não precisa” – corrigiu o ex-vereador Dadá ensinando à CBTU que, por causa do decreto de calamidade pública, a obra pode ser contratada sem licitação.

SEM VIA

COM VIA

O problema do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Arapiraca é que o trecho da linha férrea na região não pertence à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Pertence à Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), que é empresa privada.

A candidatura do vereador Daniel Rocha (PTB) à presidência da Câmara de Vereadores de Arapiraca deixa a disputa acirrada. Filho da ex-prefeita Célia Rocha, o vereador Daniel é o candidato da mãe contra o candidato do prefeito Luciano Barbosa.

DOIS EM UM Se a candidatura de Daniel for mesmo para valer, além do candidato do prefeito Luciano Barbosa, ele vai enfrentar o candidato do atual presidente Josias Albuquerque.

EXPRESSAS Trabalhadores que moram em Rio Largo gastavam por mês R$ 15 com o transporte (de trem) para Maceió. Sem o trem e andando de ônibus, agora gastam R$ 195. Pela primeira vez em quase 30 anos, as contas da Companhia de Água e Saneamento de Alagoas (Casal ) bateram com as despesas. O ex-deputado federal João Caldas disse que o silêncio da bancada alagoana na Câmara e no Senado, sobre a questão do estaleiro de Coruripe, “é estranha”. O vereador Severino Pessoa, que se elegeu deputado estadual, prevê problemas para o prefeito Luciano Barbosa se recompor com suas bases em Arapiraca. - “Ele (Luciano Barbosa) pensava que podia fazer tudo sozinho”, disse queixoso o vereador Severino Pessoa, que não teve o apoio do prefeito para se eleger deputado.

Foro privilegiado ainda é tema de debates nos “Três Poderes” Ministros do STF, Executivo e parlamentares nunca chegaram ao consenso Até 17 de dezembro, todos os eleitos em 2010 estarão diplomados pela Justiça Eleitoral. O diploma garante aos deputados federais e senadores duas importantes prerrogativas: eles não podem ser presos - a não ser em flagrante de crime inafiançável - e são julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Se já houver processo criminal contra eles em qualquer instância, o processo “sobe” ao Supremo e lá permanece até o fim do mandato. A prerrogativa de foro por função na mais alta corte do país existe desde a Constituição de 1946 e ainda é considerada uma vantagem, tanto que ficou conhecida como “foro especial” ou “foro privilegiado”. Na Câmara e no Senado, já houve propostas de emenda à Constituição que acabam com ela. Todas estão paradas ou foram arquivadas por uma maioria que não tem interesse em remeter os julgamentos às instâncias inferiores. Os fatos se explicam por si: a primeira condenação a parlamentar desde a promulgação da Carta de 1988 só aconteceu em maio deste ano, quando o deputado José Gerardo Arruda (PMDB-CE) foi obrigado pelo Supremo a pagar 50 salários mínimos por desviar a finalidade de uma verba pública específica. Depois dele já foram condenados Cássio Taniguchi (DEMPR), por desrespeito à ordem de pagamento de precatórios; Natan Donadon (PMDB-RO), por formação de quadrilha e peculato; e José Tatico (PTB-GO), por apropriação indébita previden-

Ministro Cézar Peluzo é um extenso defensor do foro privilegiado; para ele é a garantia da imparcialidade

ciária e sonegação de contribuição à Previdência. As quatro condenações de deputados podem mudar o ponto de vista dos políticos a respeito da prerrogativa de foro. Se o Supremo passou a julgar os processos antes da sua prescrição, há quem acredite que os réus preferirão a possibilidade de interpor recursos a diversas instâncias em vez de serem julgados por uma única corte. No próprio Supremo, há controvérsias: o presidente da Corte, Cezar Peluso, acha que a prerrogativa não

deve ser abandonada; já o decano do tribunal, Celso de Mello, prega o seu fim. IMUNIDADE - Além da impossibilidade de ser preso, o deputado ou senador também tem assegurada a imunidade civil e penal por suas palavras, opiniões e votos. É uma prerrogativa constitucional que nasce com o exercício do mandato e é condição essencial para viabilizá-lo. Outro tipo de imunidade, embora tenha perdido força com a Emenda Constitucional 35/2001, também garante aos

membros do Congresso Nacional a prerrogativa de terem seus processos judiciais estagnados até o final do mandato caso isso seja determinado pela Casa a que o réu estiver vinculado, por maioria dos votos dos pares. “Ela praticamente acabou, porque o desgaste político de a Casa mandar parar o processo seria tão grande diante da opinião pública que essa hipótese torna-se muito remota”, avalia o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Antonio Carlos Bigonha.

Imunidade parlamentar é liberdade de expressão? Deputados e senadores, em discursos inflamados, podem desagradar seus opositores. Para que não sejam punidos por algo que é inerente ao exercício do mandato, são amparados por uma importante prerrogativa: a de poder opinar, votar e falar conforme suas convicções, sem serem incriminados por isso, mesmo que estejam fora dos prédios Congresso Nacional. A imunidade garantida pelo artigo 53 da Constituição impede, principalmente, que os parlamentares fiquem fragilizados diante do Executivo e do Judiciário e sejam processados ou julgados por suas posições ideológicas. Por outro lado, os regimentos internos da Câmara e do Senado prevêem penas que vão desde advertência até perda do mandato para parlamentares que quebram o decoro. Na opinião do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Antonio Carlos Bigonha, a possibilidade de a Casa processar seus integrantes dá o equilíbrio necessário à atuação do Legislativo. - A imunidade de palavras é um pressuposto da atividade

parlamentar, pois deputados e senadores não podem temer pelo que dizem, já que eles têm a tarefa de denunciar as mazelas da nação - diz. O procurador explica que, nesse sentido, os parlamentares são aliados do Ministério Público, embora cada um atue numa frente - política e judicial, respectivamente. PROCESSO - Originalmente, a Constituição de 1988 previa que os integrantes do Legislativo federal somente poderiam ser processados após autorização da Casa a que estivessem vinculados. Com isso, relembra Bigonha, a maioria dos pedidos do Supremo pela autorização sequer era analisada. Em 2001, no entanto, a Emenda Constitucional 35 enfraqueceu essa prerrogativa ao retirar dos congressistas o poder de autorizar processos contra seus pares. Atualmente é possível ao Legislativo, no máximo, sustar o andamento da ação penal ou do inquérito até o fim do mandato - e mesmo assim, isso deve ser feito por provocação de partido político e voto da maioria. Para o procurador Bigonha, a

Ministro Celso de Melo critica os benefícios gerados pelo foro especial

Emenda 35 representou um duro golpe na prerrogativa de imunidade. - Ela [a imunidade] praticamente acabou, porque o desgaste político de a Casa mandar parar o processo até o final do mandato seria tão grande diante da opinião pública que essa hipótese torna-se muito remota - avalia. HISTÓRIA - O berço das imunidades é o parlamento do Reino Unido. Lá, elas são reconhecidas pelos seus nomes em

inglês: freedom of speech (liberdade de expressão) e freedom from arrest (imunidade de prisão). Ambas foram incorporadas à Constituição brasileira, já que, além de liberdade de voto, palavras e opiniões, o parlamentar não pode ser preso - a não ser que cometa crime inafiançável e seja apanhado em flagrante. Mesmo assim, a Casa a que está submetido é a última instância para decidir sobre a prisão durante o exercício do mandato.

Prerrogativa de foro divide ministros do Supremo Duas décadas depois de promulgada a Constituição de 1988, que conferiu a prerrogativa de foro para centenas de autoridades, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, declarou a necessidade de acabar com o privilégio. Em entrevista no ano passado, ele se posicionou contrário ao foro de autoridades no Supremo e reconheceu ser “radical” sobre o assunto. - Eu tenho uma posição muito radical. Entendo que tem que ser suprimida a prerrogativa de foro. Não há cidadãos especiais nesta República. A República, na verdade, repudia desequiparações – declarou. Celso de Mello citou, na ocasião,

o exemplo dos Estados Unidos, onde a única prerrogativa é a imunidade de o presidente da República não ser processado enquanto estiver no cargo - depois é processado como qualquer outro cidadão. De resto, ninguém tem qualquer prerrogativa de foro. - Membros do Congresso dos EUAsão processados e julgados, pela prática de crimes comuns, por magistrados de primeiro grau. O mesmo acontece com governadores de estado - disse. Segundo ele, mesmo nos países que admitem a prerrogativa de foro, como Itália, França, Espanha e Portugal, as hipóteses são bem mais limitadas do que no Brasil.

Já o presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, defende a manutenção do instituto. Durante audiência pública em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) discutia o fim da prerrogativa de foro das autoridades - tema da PEC 81/07 - não poupou críticas à idéia e classificou a proposta como “absolutamente inviável”. Ele definiu a prerrogativa de foro como “um instituto de garantia máxima de imparcialidade no julgamento de autoridades nos casos de crimes comuns, de forma a se evitar pressões para sua absolvição ou condenação”. No debate, o relator da PEC, senador Pedro Simon

(PMDB-RS) reclamou com Peluso que o Brasil não condena banqueiros, parlamentares e empresários, e disse que a Justiça é lenta demais. O ministro refutou as acusações de que o Supremo tradicionalmente absolva parlamentares e frisou que o tribunal nunca absolveu um acusado com provas válidas e suficientes: - O Supremo Tribunal Federal não põe nada dentro da gaveta. As vicissitudes que ocorrem e que explicam a demora de alguns processos se devem a outras causa de caráter objetivo e não à negligência de ministros do Supremo Tribunal Federal ou coisa semelhante.

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Política

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Fábio Jatobá afirma que presidente da entidade não pode ser opositor ao governador e deve buscar apoio

Abraão Moura entrou primeiro na campanha, mas já defende nome de consenso e união de candidatos

AMA caminha para ter chapa única Sucessor de Luciano Barbosa na Associação dos Municípios será escolhido em janeiro em eleição sem tensionamento Gilson Monteiro Repórter

Mais uma vez a disputa pela presidência da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA) pode acabar em chapa única, assim com tem acontecido há alguns anos. A polarização inicial entre os prefeitos de Cajueiro, Palmery Neto (PTB), e Abraão Moura (PP), de Paripueira, começou a perder força. Fábio Jatobá (PSDB), prefeito de Roteiro, também lançou candidatura, e defende a união dos três nomes em uma única chapa. Os primeiros a cederem a um consenso são Jatobá e Abraão, que iniciaram conversas na semana que passou. A eleição na AMA está marcada para o final de janeiro. Abraão, um dos primeiros a lançar candidatura, diz que uma chapa de consenso seria a melhor saída. Mesmo considerando que a disputa na AMA tem um olho nas eleições municipais de 2012, o prefeito de Paripueira acredita ser possível unir nomes com apoios distintos, desde tucanos a prefeito ligados a Ronaldo Lessa (PDT) e Renan Calheiros (PMDB). “Acho que essa disputa não é necessária. Conversando é possível chegarmos a esse consenso. Acho salutar que possamos unir todos os nomes, todos os apoios, Benedito de Lira [deputado federal e senador eleito], Fernando Collor e Renan Calheiros [senadores]. São apenas 102 votos e um consenso não é difícil”, teoriza o prefeito, que não descarta recuar da presidência da chapa. “Não se trata de questão de cargo. As discussões são em torno da formação de um grupo e qualquer um poderá ceder de disputar como presidente, inclusive eu”, declarou o candidato. Fábio Jatobá, de Roteiro, também defende o consenso. “Estamos na fase das articulações. Já tive algumas conversas com o Abrão [Moura], e é bastante grande a possibilidade de uma chapa única. São 102 prefeitos e as propostas têm muita coisa em comum, que juntas representam a luta pelo fortalecimento da entidade. Politicamente essa união de forças também é possível, acredito”, afirma o prefeito, acreditando que sua condenação pelo Tribunal Regional Eleitoral não deve pesar muito em sua participação na disputa. Na última quinta-feira (18), Jatobá foi condenado pelo pleno do TRE-AL, a três anos e dez meses de prisão pelos crimes de compra de voto e formação de quadrilha, supostamente cometidos às vésperas da eleição suplementar realizada em dezembro de 2006, quando ele foi eleito para substituir o prefeito Edvaldo dos Santos Ribeiro (PMDB), morto em chacina em setembro do mesmo ano. “È chato, mas não atrapalha, acredito. Nesse processo fui ouvido uma única vez, e tentaremos reverter esse resultado. Não acredito que esse resultado comprometa alguma coisa na disputa”, argumenta Jatobá. O consenso se confirmando ou não, a chapa deverá ser tucana, considerando que os três prefeitos apoiaram à reeleição do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Prefeitos debatem Lei Geral das MPs

Palmery Neto tem recebido apoio de prefeitos e aguarda o fim das articulações para definir consenso

Eleição de 2012 entra nos acordos O prefeito de Arapiraca e atual presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Luciano Barbosa (PMDB), já se declarou fora da disputa pela reeleição. Barbosa diz defender a alternância do comando da entidade, mas a decisão também passa pelas pré-articulações para as eleições de 2012. Barbosa apoiou o candidato derrotado ao governo do Estado, Ronaldo Lessa (PDT), perdendo a disputa inclusive em Arapiraca, segundo maior colégio eleitoral do Estado, onde o governador reeleito Teotonio Vilela Filho (PSDB) obteve mais de dez mil votos sobre Lessa. A vitória tucana em Arapiraca impulsionou o grupo

de oposição no município com vistas a 2012. O atual prefeito deverá enfrentar uma candidatura que vem sendo articulada em torno do nome do secretário de Estado, Rogério Teófilo (PPS), nome que tem ganhado força a cada dia, apontado como o nome certo para ser apoiado pelo tucanato alagoano. Já o deputado estadual Ricardo Nezinho poderá ser a opção para enfrentar o grupo tucano, considerando que Barbosa está em seu segundo mandato. Em seu mandato na Assembléia Legislativa, Nezinho tem enfatizado sua colaboração com o município, sobretudo após a aprovação do projeto que cria a região metropolitana do agreste, que

pretende alavancar a economia da localidade. Nezinho tem como trunfo a reeleição para deputado estadual com 35.107 mil votos. O pré-candidato à presidência da AMA, Abraão Moura, acredita que o fato de a disputa municipal de 2012 está na mira das articulações para a eleição na AMA, uma chapa de consenso não estaria ameaçada. “Apoiamos a reeleição do governador Téo Vilela [ele e o também candidato Palmery Neto], mas acreditamos em um consenso, acho que essa questão das articulações visando a 2012 não atrapalharão a formação de uma união entre os diversos grupos na eleição da AMA”, disse Moura. (G.M.)

Candidatos apresentam propostas Mesmo em fase de articulações, os pré-candidatos já falam em propostas caso passem a comandar a entidade a partir de 2011. No caso do tucano Fábio Jatobá, prefeito de Roteiro, afirma que o fato do atual presidente, Luciano Barbosa (PMDB), fazer oposição ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), traz algumas dificuldade para a entidade. “Respeito e considero muito a figura do Luciano Barbosa, mas acredito que essa questão de ser oposição ao governador Téo Vilela diminui o acesso da entidade ao governo do Estado. Precisamos de um nome que agregue mais, que possa unir mais os prefeitos, e que possua uma ligação maior com a gestão estadual”, teoriza Jatobá. “Há até mesmo uma cobrando da presença dele [Luciano Barbosa] na entidade. Até porque o Luciano administra a segunda maior cidade do Estado, o que lhe toma muito tempo, pois é uma gestão muito complexa, que requer uma dedicação

maior”, conclui o prefeito de Roteiro. Abraão Moura, de Paripueira, evita críticas à atual direção, e propõe uma discussão de medidas que possam dar um suporte melhor aos municípios nos períodos em que se registram quedas nos repasses dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “É preciso ampliar essa discussão sobre o FPM. Muitas prefeituras em todo o país tem uma grande dependência desses recursos, e os prefeitos precisam negociar um suporte maior e mais garantido nos momentos em que os repasses desses recursos são garantidos, como tem acontecido frequentemente este ano. Precisamos ter uma forma melhor de negociar isso com o governo federal, unindo mais os gestores municipais”, afirma Moura. A queda no volume de repasses do FPM tem pautado as reuniões em Brasília na Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Recentemente a direção da AMA participou de reunião na entida-

de para debater um possível corte nos recursos nos municípios que registraram queda no número de habitantes no último senso realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um maior suporte para os prefeitos em Brasília com relação a encaminhamentos de projetos. “Acho que precisamos ampliar essa estrutura em Brasília, essa parte técnica de projetos, onde temos uma deficiência grande na hora de encaminhas esses projetos. Esse suporte maior ajudaria muitos os prefeitos na hora de conseguir aprovação das propostas”, teoriza o prefeito.

Nesta segunda-feira, vação da lei, em seu muniamanhã, Maceió sedia o cípio. E traga oportunidades “Encontro de Prefeitos Ala- de desenvolvimento para os goanos – Pequenos Negóci- pequenos negócios. Só com os”, responsável pela sus- este entendimento a econotentação econômica de boa mia alagoana pode crescer”, parte dos municípios ala- complementou Adriana. goanos. O evento irá reunir Em Alagoas, já contam prefeitos dos 102 municípios com a Lei Geral Municipal de Alagoas, colocando na 59 municípios, entres eles: mesa de debates as políticas União dos Palmares, Santapúblicas para desenvolver na do Ipanema, Olho os pequenos negócios e mo- d’Água das Flores, Major Isivimentar a economia local doro, Taquarana, Delmiro destas cidades. Gouveia e Palmeira dos ÍnDe acordo com Adriana dios. A lei permite que os Gonçalves, analista da Uni- empreendedores da região dade de Políticas Públicas possam aproveitar os benedo Sebrae Alagoas, o foco do fícios previstos para os peevento está na importância quenos negócios, como da aprovação e implemenmenos burocracia tação da Lei Geral da Micro na hora de formae Pequena Empresa lizar os empreenpara o desenvolvidimentos e mais mento do municífacilidade de acespio. “Pretendemos so ao crédito. Legislação sensibilizar os mureduz nicípios que ainda APOIO - Denão aprovaram a pois de aprovar a burocracia lei para os benefíLei Geral da Mipara os cios trazidos pela cro e Pequena Empequenos legislação, a fim presa, o município de organizar a atirecebe apoio do negócios vidade dos pequeSebrae Alagoas nos negócios, respara implementar ponsáveis pela a lei. A equipe da economia destas Unidade de Políregiões”, disse ticas Públicas da instiAdriana Gonçaltuição trabalha no desenvolves. vimento de programas e Entre os benefícios trazi- ações que façam cumprir as dos para os pequenos negó- exigências da lei e o alcance cios nos municípios com Lei dos objetivos previstos, que Geral aprovada estão priori- é oferecer tratamento difedades em licitações públi- renciado para as MPE alacas, facilidades como deso- goanas. neração tributária, simplifi“Após a regulamentação, cação do processo de aber- fase em que se aprovam as tura de empresa, regime leis e demais normativos, é unificado de apuração e re- necessária a construção de colhimento dos impostos e programas e de mecanismos contribuições, estímulo à de efetivação, bem como moinovação tecnológica, acesso bilização de parceiros e apliao mercado, entre outros. cações em escala, destes proOs prefeitos presentes gramas. Dentro destas ações poderão acompanhar pales- de implementação, serão reatras com temas como “Os lizadas reuniões de nivelapequenos negócios na lide- mento conceitual dos munirança do desenvolvimento” cípios sobre Lei Geral e a dee “Gerar emprego e aumen- finição das competências de tar arrecadação: uma opção cada secretaria ou órgão mudo município”. nicipal dentro desta temáti“Ele como gestor público ca. Os municípios precisam é o que faz acontecer em seu aplicar as normas gerais de município. É importante que tratamento diferenciado e faele entenda o impacto de vorecido a serem dispensauma simples ação, a apro- dos às MPE”, explicou Izabel.

A ENTIDADE - A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) foi criada em 1981, com a missão de apoiar os prefeitos alagoanos. Com a consolidação como entidade representativa dos gestores municipais, a AMA ganhou força política, ganhando peso nas articulações políticas do Estado, sobretudo nas discussões em torno de eleições municipais. (G.M.)

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STF impõe condições para julgar políticos Corte estabelece limites para evitar proliferação de ações e adota novas decisões contra manobras jurídicas Agência Senado

Marta Juarez diz que modelo brasileiro deve servir de inspiração para demais países da América Latina

ONU AFIRMA

Brasil é exemplo em apoio para refugiados Agência Brasil O modelo adotado pelo governo brasileiro para dar assistência a refugiados deve servir de inspiração para iniciativas de integração em outros países da América Latina. A conclusão é da diretora da Agência para Refugiados da Organização das Nações Unidas (Acnur) para as Américas, Marta Juarez, que passou uma semana visitando regiões distintas do Brasil. Atualmente, vivem no país cerca de 4,3 mil refugiados, de 76 nacionalidades. “É muito positiva a articulação no Brasil entre o Acnur, seus parceiros implementadores e diferentes setores sociais. As parcerias permitem ao re-

fugiado ter acesso a moradia temporária, serviços sociais, educação e cursos de capacitação profissional. Com isso, ele pode buscar emprego e contribuir com a comunidade que o acolheu”, afirmou Juarez. Segundo a agência de notícias da Acnur, Juarez elogiou, em especial, os projetos executados pela Acnur em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo. A diretora da agência foi a Brasília e visitou projetos do Acnur em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ela elogiou também a prioridade dada à integração local dos refugiados. Juarez veio ao Brasil para participar do Encontro Internacional sobre Proteção de Refugiados, Apá-

tridas e Movimentos Migratórios Mistos nas Américas – que ocorreu no último dia 11 em Brasília. Na ocasião também foi comemorado o 60º aniversário da agência. “A América Latina pode ajudar a promover e a colocar em ação o conceito de proteção das pessoas de interesse do Acnur nos meios urbanos, e o Brasil é exemplo para a região”, acrescentou Marta Juarez. Em seguida a diretora acrescentou que “há ótimos exemplos de refugiados integrados com sucesso, e tanto no Brasil como nas Américas as comunidades têm sido acolhedoras e o governo local está trabalhando efetivamente para apoiá-los”.

ÍNDIA

País precisa concretizar programas culturais

Lula é premiado por ações contra a fome e pela paz

Agência Brasil

Agência Brasil

A perita independente em direitos culturais das Nações Unidas (ONU), Farida Shaheed, afirmou na sexta-feira que o Brasil precisa reforçar seus esforços para que as leis e os programas culturais se transformem em realidade. Ao concluir a visita oficial de 10 dias ao Brasil, a perita paquistanesa avaliou o acesso dos brasileiros às manifestações culturais e indicou que, apesar da promoção de projetos, “muitos indivíduos e comunidades ainda não se sentem participantes ativos da vida nacional”. “Proteger os direitos à cultura em um País do tamanho do Brasil não é uma tarefa fácil, pois cada Estado e cada pequena cidade é um universo de diversidade”, explicou Farida, que durante sua passagem pelo País se reuniu com funcionários, representantes de movi-

mentos culturais e comunidades indígenas. A perita da ONU avaliou positivamente o trabalho de “colaboração inovadora” do Governo brasileiro com os organismos das Nações Unidas, com as organizações da sociedade civil e com o setor privado. Também sustentou que proteger os direitos culturais não é só documentar e promover as manifestações de expressão de cada indivíduo, mas também “ajudar às comunidades na construção de sua auto-estima, para que preservem os elementos de sua cultura”. Farida destacou que em sua viagem por Rio de Janeiro, São Paulo, Dourados (MS), Salvador e Brasília, teve a oportunidade de conhecer alguns projetos culturais brasileiros que podem servir como exemplo para outros países, entre eles programas nacionais dirigidos à construção e a adoção de bibliotecas públicas.

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi escolhido sexta-feira para receber o Prêmio Indira Gandhi para a Paz, o Desarmamento e o Desenvolvimento para 2010, concedido pelo governo da Índia. Lula foi escolhido por um júri internacional presidido pelo primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh. As informações foram confirmadas pela Presidência da República e também estão no site oficial do governo indiano. A decisão foi anunciada em um comunicado oficial. No documento, Lula é elogiado pela “excepcional” contribuição aos programas que se destinam a acabar com a fome e promover o desenvolvimento do Brasil. Lula foi informado sobre a escolha por meio da Embaixada da Índia no Brasil. O prêmio inclui o recebimento de dinheiro e a publicação das iniciativas do agraciado. Por meio de sua assessoria, o presidente informou que se dispõe a ir à Índia depois de deixar o cargo no dia 1º de janeiro quando transmite o poder à presidenta eleita, Dilma Rousseff. O prêmio é concedido desde 1986. Foram agraciados o exsecretário geral das Nações Unidas Kofi Annan, o ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev e o exprimeiro-ministro da República Tcheca Václav Havel, entre outros.

Embora a Constituição Federal seja generosa na distribuição da prerrogativa de foro para autoridades, a Justiça tem puxado as rédeas para evitar a proliferação de ações com ponto de partida já nos tribunais superiores. O Supremo já abriu mão de julgar, por exemplo, suplentes de parlamentares sem mandato. Em regra, o tribunal também desmembra os processos com vários réus para filtrar apenas autoridades com prerrogativa de foro (e os demais acusados são direcionados para as respectivas instâncias de origem). Foi o que aconteceu, por exemplo, no processo do mensalão mineiro, desmembrado de forma que apenas o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) responde perante o Supremo. Uma das exceções a essa regra é o conhecido processo do mensalão no Congresso (Ação Penal 470). Com mais de 19 mil folhas e 170 anexos, ele investiga 39 réus detentores ou não da prerrogativa de foro pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira. Geralmente, a manutenção de todos os réus no

mesmo processo é justificada quando os ministros enxergam uma formação de vontade conjunta que dificultaria a análise de uma conduta sem ter como referência as condutas dos demais. Foi este o caso. RENÚNCIA - Outra decisão importante do Supremo diz respeito às renúncias, e tudo indica que o Supremo pode estar modificando seu entendimento nesses casos. Em dezembro de 2007, o tribunal resolveu baixar para a vara criminal da Comarca de João Pessoa (PB) o processo em que se investigava o então deputado federal Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) pela tentativa de homicídio contra o ex-governador da Paraíba Tarcísio Burity (PMDB), ocorrida em 1993. Ronaldo renunciou ao mandato cinco dias antes do início do julgamento e perdeu o foro para que o processo fosse julgado a partir da primeira instância. Na época, sete ministros votaram pela remessa dos autos para o “juízo natural” da causa, embora cinco quisessem o julgamento no Supremo, por considerarem que a renúncia teria sido um “abuso de direito”. Curiosamente, um caso semelhante ocorrido em outubro indicou uma mudança no entendimento dos ministros do

Supremo. Julgado por formação de quadrilha e peculato, o exdeputado federal Natan Donadon (PMDB-RO) não só foi julgado pelo STF após sua renúncia - ocorrida na véspera como recebeu a maior pena já aplicada a um parlamentar: 13 anos e quatro meses de prisão em regime inicialmente fechado, multa e restituição de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos de Rondônia. Os magistrados - por sete votos a um - entenderam que a renúncia dele seria uma manobra para evitar o julgamento e alcançar a prescrição da pena, em 4 de novembro. “É fraude processual”, sentenciou a relatora, ministra Carmen Lúcia - que no caso de Cunha Lima tinha também votado pela competência do Supremo para julgar. O único a divergir foi o ministro Marco Aurélio, também coerente com seu voto anterior no sentido de remeter o julgamento para a justiça estadual. “Por sermos guardiões maiores da Constituição Federal, não podemos aditá-la. Cumpre constatar o fato: não ser mais o réu membro do Congresso Nacional. Com a renúncia, cessou a competência da Corte, e a renúncia é um direito potestativo, devendo ser analisada dentro do direito de ampla defesa do réu”, justificou Marco Aurélio.

Improbidade vai para Justiça comum A prerrogativa do foro vale, sem dúvida, para crimes comuns. Mas, como no caso de parlamentares que renunciaram ao mandato, o Supremo também tem mudado seu entendimento em relação ao julgamento da improbidade administrativa para autoridades com foro especial. Em 2007, num placar apertado, prevaleceu o voto do ministro Nelson Jobim, que achava que atos de improbidade administrativa, se coincidentes com a descrição de crimes de responsabilidade, deveriam ser julgados pelo tribunal onde a autoridade tem foro. Contudo, recentes entendimentos dos ministros da corte apontam que a peneira do STF está cada vez mais seletiva: “Mesmo quando a tipificação do ilícito coincide com um crime de responsabilidade, processos por atos de improbida-

de administrativa contra autoridades que possuem foro privilegiado têm sido remetidos para as instâncias comuns por serem processos civis e não penais”, informa o consultor do Senado Gilberto Guerzoni Filho. De acordo com ele, ainda não existe uma jurisprudência pacífica do Plenário do STF sobre o que fazer com processos nos quais autoridades com foro são acusadas de improbidade. Já houve casos, por exemplo, em que se decidiu que agentes políticos não respondem por improbidade uma vez que já estão submetidos à Lei 1.079/50, que tipifica os crimes de responsabilidade. Outra vez, a Corte entendeu que as condutas descritas na lei de improbidade administrativa, quando imputadas a autoridades detentoras de prerrogativa de

foro, não se convertem em crimes de responsabilidade. A diferença entre improbidade e crime de responsabilidade é tênue, mas importante para determinar quem julgará o caso. Parlamentares do Congresso, por exemplo, não têm relação direta com os atos de improbidade porque estes são mais relacionados à função executiva. Contudo, alguns são acusados desse tipo de ilícito por gestão anterior ao mandato parlamentar. Na prática, então, deputados e senadores têm três foros distintos, dependendo do que são acusados. Em crimes comuns, pelo Supremo; em quebra de decoro - que na prática muito se assemelha aos crimes de responsabilidade -, pela Casa a que estão vinculados; em casos de improbidade administrativa, pelas instâncias normais da Justiça.

Biólogo brasileiro avança em tratamento do autismo Graffo O biólogo brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, que reproduziu o comportamento dos neurônios de crianças autistas em um pires de laboratório, está próximo de atingir um passo crucial em seu trabalho. Ao recriar neurônios a partir de células retiradas da pele de crianças com síndrome de autismo genética, o biólogo conseguiu identificar características da doença independentes do sintoma comportamental por meio da observação das células vivas em microscópios. Segundo o autor do estudo, nas crianças com autismo, os neurônios tinham menos extensões para fazer ligação com células vizinhas, o que sugere que a técnica tenha potencial de diagnóstico e que pode auxiliar na criação de um possível tratamento. É preciso cuidado, pois a droga usada no experimento, a

IGF-1, altera os níveis de insulina no organismo e pode causar efeitos colaterais no sistema nervoso de pessoas sem a doença. Por isso, Muotri está

elaborando testes com uma série de outras drogas em um sistema robótico de experimentação, como o usado por empresas farmacêuticas.

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Opinião A6

Patrimônio cultural “A perda de um elemento cultural equivale à extinção de uma espécie, é irrecuperável” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

O conceito de patrimônio diz respeito ao legado das gerações precedentes, que devemos transmitir intacto às gerações futuras. Os bens qualificados como patrimônio no direito ambiental são objeto de uma particular atenção, não somente pelo proprietário jurídico, mas também e principalmente pela coletividade. A cultura, para os propósitos deste texto, pode ser definida como o complexo de padrões de comportamento, das crenças, das instituições, dos valores espirituais e materiais, transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade. A legislação por outro lado, define patrimônio histórico e artístico como o conjunto dos bens moveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. O patrimônio cultural deve ser entendido como o conjunto de bens e valores materiais e imateriais, desenvolvidos no âmbito de uma sociedade, que lhe confere identidade, a serem preservados e transmitidos às gerações futuras. Neste sentido, a degradação ou o desaparecimento de um bem do patrimônio cultural consiste num empobrecimento nefasto do patrimônio de todos os povos do mundo. A perda de um elemento cultural equivale à extinção de uma espécie, é irrecuperável, pois nem sempre está registrado e, mesmo que tenha sido objeto de estudo ou documentação, a partir do momento em que deixa de ser reconhecido como tal pela comunidade, não há como recuperá-la. A atual constituição expandiu a conceituação de patrimônio cultural, em relação aquele definido anteriormente, ou seja, para a proteção jurídica, abarcando os bens de natureza imaterial. Quando se fala em um bem de valor ecológico, inserido na definição de patrimônio cultural pela Constituição quer dizer que todo meio ambiente, em princípio, compõe o patrimônio cultural. Neste sentido, a constituição integrou os conceitos do patrimônio natural ao patrimônio cultural, na medida em que encerram duas características, como, por exemplo, uma prática de manejo florestal ou a organização da pesca em certas localidades, utilizada pelas comunidades tradicionais. O poder público em seus três níveis tem por obrigação proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos, e impedir a evasão e a descaracterização de obras de artes e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural. Quando se institui um tombamento de um bem público ou privado, já que ambos podem ser objeto deste ato administrativo, bastando que o bem a ser tombado expresse um dos valores estabelecidos na Constituição no artigo 216, o tombamento constitui em uma limitação ao exercício do direito de propriedade, na medida em que a decisão de tombar determinado bem altera o seu regime jurídico, submetendo-o a uma regra especial de proteção voltada ao interesse público em que se restringe o exercício absoluto do direito de propriedade. Tombar significa arrolar, inventariar, registrar. O instituto do tombamento como nos referimos constitui um instrumento de que se serve a administração pública para agravar um bem que possua um reconhecido valor cultural, entre outros, caracterizando daí por diante um novo regime jurídico de natureza pública, na medida em que ele encerra o interesse público em sua proteção e conservação. No entanto, devo registrar que apesar da Constituição e outras normas não terem previsto o tombamento de bens em razão do seu valor ecológico, a lei ambiental prevê institutos de proteção melhor estruturados, na medida em que contém normas mais específicas sobre a proteção e gestão destes bens, como é o caso das unidades de conservação.

O perigo sobre rodas “O uso do cinto de segurança é uma realidade no Brasil graças às campanhas educativas” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB

O Brasil adotou uma das mais respeitadas e modernas legislações mundiais para o trânsito. Com base nos princípios da civilidade, direção defensiva e muita informação, o Código Brasileiro de Trânsito foi motivo para muitas comemorações após sua implantação, há treze anos. O Código foi um sucesso, em seu primeiro momento, porque conjugou uma lei severa – assimilada pela sociedade – com uma fiscalização rigorosa. Logo no primeiro ano, quando eu ainda era ministro da Justiça, foram poupadas 6 mil vidas ao mês. Naquele momento – quando o Denatran e Contran eram subordinados ao Ministério da Justiça – tivemos a oportunidade de regulamentar todos os artigos da nova lei. De lá para cá muitas coisas mudaram, especialmente no que tange à fiscalização. A cada feriado prolongado voltamos a conviver com números aterradores de acidentes, feridos e mortes em nossas estradas. A Polícia Rodoviária Federal divulgou esta semana o balanço de acidentes nas estradas federais no feriado de 15 de novembro. Ao todo, 142 pessoas morreram no feriado prolongado da Proclamação da República, entre a meia-noite de sexta-feira e a meia-noite da segunda. Segundo a PRF, foram registrados 2.525 acidentes, num total de 1.486 pessoas feridas. Trata-se do segundo feriado mais violento do ano nas estradas federais brasileiras, atrás apenas do feriado de Carnaval, quando 143 pessoas morreram. Observe-se que a diferença entre os dois feriados foi de apenas um óbito. Nas estradas do Distrito Federal e cidades próximas, por exemplo, 50 acidentes causaram a morte de três pessoas e deixaram 34 feridas. Quatro motoristas foram presos por dirigirem alcoolizados. Em Alagoas, 16 pessoas ficaram feridas nos 30 acidentes que ocorreram neste período. Felizmente, não houve mortes. A reiteração destas estatísticas está merecendo uma profunda reflexão e medidas pertinentes dos agentes responsáveis pelo trânsito em nossas ruas. Com o arrefecimento da fiscalização estamos, celeremente, voltando à desconfortável liderança do ranking mundial de mortes sobre rodas, que registrava no Brasil a média de 35 mil mortes a cada ano. Além de retomar a fiscalização, é igualmente importante voltar a investir pesado na educação sobre trânsito. Isso deve ser feito tanto nas escolas, como disciplina obrigatória, quanto nas campanhas educativas para população, através dos veículos de comunicação. Para destacar a eficácia destas campanhas basta lembrar que o uso do cinto de segurança é uma realidade no Brasil graças às campanhas educativas. Todo esforço deve ser feito para evitarmos que a barbárie sobre rodas volte às nossas estradas.

Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

Dilma escolherá Superada a história do blocão partidário que não vingou e que reunia PMDB, PTB e PP, para pressionar o PT por mais espaço no governo federal, os dois aliados da chapa vitoriosa na eleição presidencial vão ter que se entender na Câmara e no Senado e vão jogar e desempenhar agora o papel que têm a cumprir. Da mesma forma que Dilma Rousseff agiu rápido em debelar qualquer tipo de incêndio com o vice Michel Temer dias após a vitória, os petistas também souberam apagar o fogo. Sem esquecer de dar a máxima atenção, também, aos outros nove partidos integrantes da coligação que elegeu Dilma Rousseff para o Planalto. Todos têm o direito de se manifestar e querer mais espaço; afinal, o PTB fechou com José Serra ainda no primeiro turno e o PP, malandramente, não ficou com ninguém. Sabiamente o PTB em Alagoas ficou ao lado da ex-ministra durante toda a cam-

panha e já foi até mesmo reconhecido por isso. É, também, da lógica política que mesmo o PP, o PR e outros citados como integrantes do blocão que não vingou não vão negociar sobre o futuro via PMDB. Farão, sim, diretamente com o novo governo. Idem o PTB. Como a lógica sempre se impõe e dificilmente é contrariada, o blocão implodiu porque os interesses são os mais diversos. Dilma ainda não definiu o futuro e tem buscado ouvir os mais diferentes argumentos para preencher todos os cargos do governo que começa em janeiro. Nos próximos dias, todos os partidos se manifestarão e opinarão, na tentativa de ocupar mais espaços e demonstrar mais prestígio na condução dos rumos do novo Brasil que nascerá em 2011, mas é evidente, e como é próprio do sistema presidencialista, que as decisões sobre a escolha dos titulares dos ministérios serão da presidenta eleita.

Ponto de vista

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Um deus vagabundo (Traduzindo Bubuska) “Esquecemos que temos espírito e que ele precisa de alimentos” Laelson Moreira de Oliveira Poeta Somos a imagem e semelhança de Deus, a quem chamamos de Senhor. Mas somos apenas a imagem, de semelhança não temos nada, ficou um tanto distante. Somos um deus diferente, porque temos belos sonhos e horripilantes pesadelos; rimos de algumas desgraças e nos recolhemos com fúteis lembranças; agimos na maior tranquilidade, mas nos fartamos da plenitude do afobamento quando nos vimos em perigo; amamos como qualquer animal, mas odiamos como seres humanos, muitas vezes pelo simples fato de não sermos correspondidos; subimos degraus e lutamos por isso, para alcançarmos o mais alto posto que nosso egoísmo possa galgar, mas nos acomodamos e na maioria das vezes viramos a cara quando o assunto é fé; damos valor a qualquer bem material que temos, ou começamos a possuir, com um ritual de protecionismo tão grande que chegamos ao extremo de adorá-lo, mas esquecemos que temos espírito e que ele precisa de alimentos; passamos por cima de quase tudo, e de quase todos, para sermos o primeiro – porque o homem é o retrato da reta final numa disputa para se mostrar o melhor -, mas esquecemos que, quando assim procedemos, atropelamos aqueles que não têm condições de concorrer conosco; simulamos situações para tirarmos proveitos, mas não sabemos dissuadir a falsa máscara que molda nossos semblantes; blasfemamos tão cinicamente, que chegamos ao ponto de não acreditar nem mesmo na nossa superioridade como gente, como espírito, mas alardeamos nossas teorias como donos da verdade; ocultamos a essencialidade do bem para expor a mentira, mas não gritamos que a culpa é nossa quando o erro é gritante e está representado pelos nossos atos.

Não, não somos deuses; não deveríamos parecer com alguém, com um Deus, principalmente; deveríamos isso sim, sermos apócrifos para que depois fossemos descobrindo nossa própria idiossincrasia, nossa própria identidade. Porque antes de sermos gente, fomos ninguém. E esse ninguém, que hoje é gente, cresceu, resplandeceu na sua evolução, mas depois se perdeu no labirinto de um complicado processo que se chama “vida” e nem sempre sabe guiá-la. Não acredito na promoção do homem baseado na aparência de um Deus. Um Deus com “D” maiúsculo. Porque somos um deus menor de um tom escuro e desgastado diante da importância da vida, que não sabemos como desfrutá-la ou tão somente reconhecer a sua magnitude. E queremos ser Deus, aconteça o que acontecer, a nosso modo. Mas que deus podemos ser, que julga e não quer ser julgado? Que fala e não quer ser ouvido? Que ensina e não aprende? Que exige, mas não quer ser exigido? Que se faz de certo, mas é o primeiro errado? Que dita normas, mas não as cumpre? Que quer respeito, mas não respeita? Quem jura que essa é a imagem do verdadeiro Deus? Não, definitivamente não. Não somos a semelhança do Deus que conhecemos, ou que ouvimos falar, quando criança, quando começamos a ser gente, porque não aprendemos, ou não queremos, a – modestamente - “aprender”. No fundo, representado pelo ato de matar, roubar, dilacerar, humilhar, julgar, desfazer, trair, mentir, odiar, ofender, desafiar... na verdade, somos um deus, sim... mas um deus vagabundo. Tenhamos pena de nós mesmos.

O JORNAL Diretor-Executivo Sálvio de Taine Maciel salviomaciel@ojornal-al.com.br

Marcial Lima Professor A matéria prima do educador é a esperança. O impulso que move o semeador é a expectativa de que, das sementes, sabendo-se como tratar o solo, muitas germinarão. Eis por que, aos que cultivam a ética coletiva, não se lhes recomenda o desânimo, e, de igual modo, ignorar prioridades e experiências que se mostraram profícuas. Tais reflexões nos vêem à mente, quando nos deparamos com a notícia de que, em Maceió, iniciam-se ações que visam à implantação do Parlamento Jovem, tendo como objetivo “desenvolver uma consciência crítica sobre a necessidade da participação popular para o acompanhamento das políticas públicas, principalmente nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social”. Parlamentos jovens têm sido implantados em vários estados e municípios, havendo, até, o envolvimento da Câmara Federal, numa iniciativa que congrega representantes de todo Brasil, isso sem falarmos do que abrange o Mercosul. Os desejos coincidem: compreender melhor a organização dos poderes, especialmente do legislativo; preparar para a participação; motivar o interesse pela agenda sóciopolítica, através da pesquisa, do debate, das negociações, respeitando a diversidade. O processo envolve o órgão motivador, no caso em tela o Fórum de Combate à Corrupção em Alagoas; a comunidade escolar, aqui entendida como diretores, coordenadores, orientadores, professores, alunos, familiares e demais servidores; gestores do primeiro escalão e suas equipes. Bem, se o motivo primordial para o que ora se constrói em nossa cidade é o acompanhamento de suas políticas públicas, poderemos aventar que um dos passos imprescindíveis - após a assimilação dos propósitos pelos atores envolvidos seria um diagnóstico das políticas que norteiam as ações de nossa Municipalidade, apontando os eixos condutores definidos pelo poder central e como os diversos órgãos, compondo esse organismo vivo, que é a Gestão Municipal, transversalizam seus programas e projetos. À guisa de exemplo, poderíamos refletir: qual o conceito de ação cultural abraçado pelo Município? Como a Educação percebe o protagonismo juvenil? Que projetos são desenvolvidos pelo Meio Ambiente em termos de transdisciplinaridade? Como dialogam Transporte, Controle Urbano, Saúde, Planejamento, Ação Social na perspectiva de uma cidade educadora? Qual a percepção e compromisso de nossos edis sobre o que se propõe? Que experiências aqui já foram desenvolvidas? Quais germinaram e quais as que não foram além da eventualidade, e porque razões tiveram tais destinos? Nesse universo, definir, a priori, setores a serem destacados não minimiza a percepção de ações integradas? São perguntas que poderão nos enriquecer a todos. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br

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Otan aprova novo escudo antimísseis Interceptadores serão instalados em navios no Mediterrâneo, em 2011, na Romênia, em 2015, e na Polônia, em 2018 LISBOA - Os líderes da Otan concordaram na sextafeira com o desenvolvimento de um escudo antimísseis para proteger todos os países da aliança na Europa e também os Estados Unidos, segundo afirmou o presidente norte-americano, Barack Obama. O sistema envolverá a instalação de interceptadores de mísseis e radares dos EUA na Europa. Autoridades dizem que os 28 governos da Organi-

zação do Tratado do Atlântico Norte (Otan) investirão conjuntamente cerca de 280 milhões de dólares na incorporação dos atuais sistemas antimísseis ao sistema norteamericano. “Ele oferece um papel para todos os nossos aliados. Ele responde às ameaças dos nossos tempos”, disse Obama a jornalistas em Lisboa, onde ele participou da cúpula da Otan. Os líderes da aliança iriam

convidar a Rússia, que era inimiga da Otan durante a Guerra Fria, para participar do escudo antimísseis. A proposta seria apresentada ontem ao presidente Dmitry Medvedev em Lisboa. A Otan espera atenuar as preocupações da Rússia quanto à destinação do sistema antimísseis, e para isso espera envolver o Kremlin em algumas decisões, mas sem comprometer os vários anos de trabalho já realizados na pre-

paração do novo sistema. Obama disse que o escudo da Otan será construído em torno do sistema dos EUA, conhecido como Abordagem Adaptativa por Fases, que ele anunciou no ano passado. Isso envolverá a instalação de interceptadores de mísseis em navios no mar Mediterrâneo a partir de 2011, interceptadores no território da Romênia a partir de 2015, e na Polônia a partir de 2018. Os EUA também preten-

dem instalar um radar na Turquia, outro país da Otan. Funcionários da aliança costumavam dizer que o sistema antimísseis se destina a conter ameaças vindas do Oriente Médio, especialmente do Irã. Até 2020, o sistema deve ser capaz de neutralizar Mísseis Balísticos Intercontinentais, os de maior alcance. Por causa das objeções da Turquia à identificação explícita de determinados Estados como ameaças, a Otan parou

de se referir ao Irã para explicar a necessidade do novo sistema. Diplomatas da Otan dizem que os detalhes, inclusive de comando e controle, serão resolvidos posteriormente. Eles afirmaram que as expectativas são de que o novo escudo antimísseis seja operado por meio da atual estrutura de comando da Otan, em parceria com os comandos militares nacionais, como já acontece com a defesa aérea.

CIRCULAR

Vaticano prepara carta com diretrizes contra a pedofilia Suu Kyi atraiu uma multidão durante visita aos pacientes de Aids

MIANMAR

Clínica é punida após visita de líder opositora Residentes e funcionários de um centro de atendimento a pessoas com HIV em Mianmar disseram que estão sendo forçados a deixar o local, após receberem uma visita da ativista política e opositora Aung San Suu Kyi. Na quarta-feira, a visita da ativista atraiu cerca de 500 pessoas à clínica, localizada em Yangun, maior cidade de Mianmar. No dia seguinte, residentes e funcionários do centro disseram ter sido informados por autoridades locais que perderiam a permissão para continuar no local. “Acho que eles (autoridades) ficaram chocados ao ver a multidão durante a visita de Suu Kyi”, disse Yazar, gerente da clínica.” Suu Kyi, que foi libertada no último dia 13 após sete anos em prisão domiciliar, havia dito em entrevista à BBC que quer liderar uma “revolução pacífica” pela democracia em Mianmar. Sua libertação ocorreu seis dias depois da primeira eleição

realizada no país em 20 anos. O pleito, vencido pelo maior partido aliado dos militares, foi boicotado pelo partido de Suu Kyi e criticado internacionalmente como pouco transparente. A junta militar que governa o país desde 1962 não impôs restrições aos movimentos da ativista. Mas o editor da BBC birmanesa, Tin Htar Swe, disse que o envolvimento dela com a causa da Aids deve desagradar os militares. A clínica de tratamento a pacientes com HIV é mantida por um proeminente membro da ala jovem do partido de Suu Kyi, a Liga Nacional pela Democracia (NLD, na sigla em inglês). Os 80 pacientes, alguns de fora de Yangun, dependem de uma permissão do governo – atualizada mensalmente – para permanecer na clínica. Na última quinta-feira, foram informados que a autorização não será renovada e que terão de se mudar.

CIDADE DO VATICANO Os cerca de 150 cardeais do mundo inteiro reunidos na sexta-feira com o papa Bento XVI no Vaticano para falar da “resposta da Igreja” à pedofilia foram informados sobre o programa “eficaz e coordenado” que a Santa Sé prepara para combater este grave fenômeno que atinge a Igreja católica. Os religiosos, entre eles os 24 que receberam ontem o título de cardeal, foram convocados pelo pontífice para um “dia de reflexão e oração” com o objetivo de debater “a resposta da Igreja contra os abusos sexuais”. “Preparamos uma carta circular para as Conferências Episcopais com as diretrizes a seguir para um programa coordenado e eficaz” contra a pedofilia, anunciou o cardeal americano William Levada, prefeito para a Doutrina da Fé e responsável por examinar tais crimes, segundo um comunicado do Vaticano. O cardeal lembrou que é preciso “colaborar com as autoridades civis” e fomentar “um eficaz compromisso para a proteção de crianças e jovens junto com a seleção e formação dos futuros sacerdotes”. Tratou-se da primeira reunião celebrada em tão alto nível após a explosão, no fim do ano passado, de um escândalo na Irlanda pela divulgação dos informes oficiais sobre os abusos sexuais a centenas de menores, cometidos por religiosos deste país e encobertos pelas autoridades eclesiásticas. A onda de escândalos pelos

Bento XVI debate resposta aos abusos em encontro com 150 cardeais

abusos contra menores começou primeiro na Irlanda e estendeu-se à Alemanha, Áustria, Itália, Holanda e Bélgica, além dos Estados Unidos e de vários países da América Latina. Durante a reunião, na qual intervieram 30 cardeais, alguns dos religiosos sugeriram que sejam desenvolvidos “planos eficientes” para proteger o menor, que levem em conta a complexidade do problema, do ponto de vista da “justiça, assistência às vítimas, prevenção e formação”. Os cardeais pediram também que tais planos se estendam “aos países nos quais o problema não se manifestou de um modo tão dramático como em outros”, afirma a nota. O escândalo, que pôs em xeque o prestígio da instituição milenar, gera reações diversas dentro da hierarquia da Igreja. “Estou cansado de falar deste tema, estou até aqui”,

disse o cardeal mexicano Javier Lozano Barragán apontando para a cabeça ao sair da sessão, “Corresponde a uma avalanche jornalística”, acrescentou o cardeal latino-americano, que é presidente emérito do Conselho Pontifício para a Saúde. A iniciativa do papa suscita cepticismo entre as vítimas e seus familiares, que exigem das autoridades da Igreja católica medidas mais fortes e audazes. “Não temos esperança sobre uma reunião dos mesmos homens da Igreja que ignoraram e continuam ignorando e que esconderam um crime tão horrível contra crianças”, escreveu em um comunicado a associação de vítimas americana SNAP. “Esperamos que a hierarquia católica consiga enfrentar esse desafio” e “tome medidas de verdade”, como entregar à justiça todos os padres culpa-

dos, pediram. Representantes da associação, entre elas Joëlle Casteix, de 40 anos, viajaram a Roma para protestar contra a atitude da Igreja de minimizar o fenômeno e marcharam pela Praça Navona com fotos penduradas no pescoço de quando eram crianças. Além da pedofilia, os cardeais falaram da constituição “Anglicanorum Coetubus”, através da qual foi autorizada há um ano a entrada de centenas de anglicanos na Igreja católica. Também abordaram o tema da liberdade religiosa no mundo, um assunto atual, após o massacre de católicos dentro de uma igreja no Iraque e a condenação por “blasfêmia” de uma paquistanesa cristã, Asia Bibi, para quem o papa pediu publicamente nesta semana sua libertação. Ao introduzir o tema, o papa lembrou que a liberdade religiosa enfrenta o “grande desafio do relativismo”. CONCLAVE - Ontem, o papa entregou o barrete vermelho e o anel de cardeal a 24 novos religiosos, entre eles o equatoriano Raúl Vela Chiriboga, arcebispo emérito de Quito, e o brasileiro Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida. Com as novas designações, o número de cardeais com direito a voto em um eventual conclave pela morte do papa Bento XVI chega a 121 membros.

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Serviços personalizados ganham espaço Sem tempo ou querendo comodidade e exclusividade, grupo de clientes investe na contratação de especialistas Mônica Lima Repórter

Uma onda de profissionais especializados começou a se instalar em Maceió, com a proposta de facilitar a vida das pessoas. A ideia é organizar a casa, o guarda roupa, ajudar a ma-

lhar, orientar o estilo da roupa e dos acessórios que devem ser usados e, até mesmo, cuidar das finanças. A falta de tempo e a vontade de ter exclusividade impulsionaram esse novo nicho de mercado, que começou com os personal trainer e se espalhou pelas outras áreas.

Precisou dos serviços? Os profissionais estão apostos para executá-los sob medida, atendendo a solicitação do cliente que, ao contrário do que muitos pensam, não relegaram a atividade para terceiros. Eles tiram partido da modernidade, em que alguns produtos

podem chegar a sua casa de moto, através de um simples telefonema. São pessoas que optaram pela comodidade, que gostam das facilidades do diaa-dia, apesar de saberem que, para terem acesso será necessário investir um pouco mais. Em Alagoas, alguns servi-

ços ainda são novidade e são poucos os que têm conhecimento dos profissionais. O personal trainer é o mais conhecido e está presente em muitas academias de ginástica. Mas há mais novidades na praça: muitos outros profissionais especializados estão se inserindo no

mercado. E quem resolveu aderir ao modismo, que já é prática há mais de uma década em outras regiões do País, encontrou um novo caminho para trilhar. E, para isso, tenta atrair cada vez mais clientes, fazendo a divulgação em lojas e no boca-a-boca.

A dúvida: “Com que roupa eu vou?” Fotos: Lula Castello Branco

Arthur Motta presta orientação para quem quer boa forma e boa saúde

Paula uniu os projetos de móveis à atividade de organizar ambientes

Exclusividade e praticidade juntas

Arquiteta para dar jeito na bagunça

Praticidade ou comodidade, seja o que for, os profissionais estão à disposição de quem está a fim de um serviço exclusivo. Que o diga Arthur Motta Moreira, personal trainer há seis anos. Ele diz que quem procura o serviço está em busca de uma maior atenção e exercícios direcionados e procurando um resultado acima do que pode obter se estivesse, fazendo os exercícios com orientação que é dada normalmente a quem frequenta uma academia.

Uma tarefa nada fácil para quem não tem a menor habilidade de deixar o armário arrumado. Esse é o desejo de centenas de pessoas. Mas, às vezes, ter roupas, sapatos, bijuterias e outros utensílios arrumados não é possível. E, para que o guarda roupa não se transforme numa bagunça, surgiu um personagem capaz de deixar não só o armário, mas outras dependências arrumadas a: personal organizer. A arquiteta Paula Breda é

O verão faz com que a procura aumente, principalmente de mulheres que querem exibir corpos sarados na alta temporada de sol e mar da capital alagoana. E, para conseguir uma boa forma em pouco tempo, procuram um personal, que dará um atendimento exclusivo dentro do que estão almejando, desde que sigam o que está sendo orientado. Mas a procura não é apenas estética, há pessoas que estão se recuperando de cirurgia e optam por esse tipo de serviço. (M.L.)

essa profissional, que uniu os projetos de móveis, a organização de ambientes. Antes de colocar em prática, resolveu se especializar, frequentando cursos em São Paulo. “É preciso apostar numa especialização, pois não se trata de uma simples arrumação, mas organização visual”, explicou. Antes de colocar a mão na massa, uma conversa com o cliente é o primeiro passo para saber como irá dispor cada ambiente. (M.L.)

Muitas vezes essa pergunta já foi feita quando se necessita ir a uma festa, principalmente em solenidades que se exigem determinados trajes, ou até mesmo, para um evento informal. Alguns sabem bem como se sair numa situação como essa, enquanto outros recorrem a familiares e até amigos. E, foi dessa forma que, aos 19 anos, a personal stylist, Mariana Tenório, começou a ser solicitada para dar dicas aos seus amigos. Com um trabalho voltado para o marketing e produção de desfiles, Mariana Tenório, presta serviço para os profissionais de uma emissora de TV local. “As sugestões vão da aquisição das peças às roupas usadas durante as impressões. Mas antes, é fundamen- Mariana aposta na nova carreira tal uma conversa com o cliente”, afirma. fissão. E a cada um que a proDe segunda a sexta-feira cura, há sempre uma resposcada peça é escolhida, inclu- ta e indicação de como se vessive as cores, bijuterias tudo tir para o trabalho, no dia-atem que está em sintonia. A dia e nos momentos especiais. atividade é considerada se- E não fica só no estilo das roucundária, mas Mariana é pro- pas, a orientação vai do corte curada com frequência e já a cor do cabelo, aos acessópensa em transformar em pro- rios e outros. (M.L.)

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A ideia na cabeça e uma câmera na mão Tirando partido da tecnologia e da curiosidade, novos “artistas” fazem vídeos caseiros virar mania Lula Castello Branco

Gabriela Lapa Estagiária*

Nada de tripés, iluminadores ou microfones. Desde que a evolução da tecnologia barateou o custo dos equipamentos de vídeo, quem gosta de filmagens pode dispensar a parafernália profissional para utilizar ferramentas mais simples e acessíveis. Da câmera fotográfica ao celular, os equipamentos caseiros garantem qualidade para registros pessoais e até filmes caseiros, aproximando as boas ideias das mais diferentes formas de expressão. Na casa do desenhista e artista plástico, Levy Paz, a criatividade já rendeu vários quadros e caricaturas distribuídos nas paredes, mas não ficou restrita aos pincéis. Com uma pequena Cybershot, ele fotografou bonecos de massa de modelar, quadro por quadro, até conseguir uma sequência completa de ações. Depois de editada no computador, a história ganhou movimento, título e créditos, exatamente como as animações de cinema. E, apesar de ter sido produzida com recursos simples, não perde em nada no quesito qualidade. “A Cybershot é simples, tem poucos recursos, mas é suficiente para trabalhar em um lugar com boa iluminação”, explica Levy. Com a máquina à mão, os clipes musicais também entraram para a lista de criações do desenhista. Filmados em um cômodo da casa, os vídeos “I can get no satisfaction” e “o rap da bruxa” deram nova cara às músicas dos Rolling Stones e Osvaldo Montenegro. “Para criá-los bastou uma máquina de fumaça e o som, ao

O artista plástico Levy Paz faz verdadeiros milagres com uma câmera e o computador

fundo. A Cybershot tem uma captura boa de áudio, depois foi só editar”, conta Levy. Para ele, a qualidade superior das filmadoras profissionais é dispensável quando se pode contar com a praticidade da câmera fotográfica. “Como a idéia é produzir apenas de forma caseira, a máquina quebra um bom galho; tem uma imagem legal, capta

bem o som e é bem mais barata. Além disso, como o arquivo fica gravado no cartão de memória, para transferir para o computador basta encaixá-lo na entrada certa. Se eu fosse usar uma filmadora, teria que extrair o arquivo das fitas para depois gravar em um CD ou DVD, dá muito mais trabalho”, justifica o artista.

Roteiros inteligentes ganham a mídia Apossibilidade de produzir o próprio roteiro e estar tão perto das câmeras virou notícia de jornal, em janeiro do ano passado. No interior do Espírito Santo, um grupo de estudantes se reuniu e criou um curta metragem de 45 minutos, com atuação, edição e finalização feitas por eles mesmos. Aqualidade do produto final chamou a atenção da mídia, e despertou o interesse dos estudantes para a possibilidade de investir em

um futuro profissional. Como Levy Paz, eles também contaram apenas com uma máquina fotográfica. Dois anos antes, em outubro de 2007, um adolescente de 18 anos produziu sua versão para um comercial do iPod Touch, da Apple, que acabou se tornando a propaganda oficial do aparelho. Com pouco material, Nick Halley usou o recurso de fotografar quadro por quadro (stop motion) para destacar as quali-

dades do iPod, tendo como pano de fundo a música “Music is my hot, hot sexy”, da banda Cansei de Ser Sexy. Esses e tantos outros vídeos disponíveis todos os dias, na internet, são resultado de um potencial criativo revelado em massa depois da popularização dos aparelhos de filmagem. Alguns, como o filme caseiro do Espírito Santo, chegaram a computar mais de 200 mil visualizações. (G.L.)

Tecnologia a preços acessíveis Para dar forma à criatividade, os recursos são os mais variados. Na internet, lojas especializadas disponibilizam desde câmeras fotográficas simples até as filmadoras mais completas. Os amantes dos filmes caseiros podem abrir mão da tecnologia sofisticada para investir em máquinas que chegam a custar apenas R$ 199, ou até mesmo em celulares com câmeras de 2.0 megapixels. Se o investimento for em equipamento profissional, o gasto pula para R$ 1.200, variando em R$ 7 mil e até R$ 15 mil. Além disso, é preciso dispor de ferramentas extras, como iluminadores, microfones e tripés. Adepta do uso da filmado-

ra para registrar as reuniões de família, a webdesigner Morgana de Saboya prefere não apostar na simplicidade das máquinas fotográficas, mas comemora o acesso fácil a essas tecnologias. “É ótimo porque o filme dura mais que a fotografia, o registro pode ser visto mesmo que se passem vários anos. E com os vídeos, grava todos os detalhes de um momento importante”, explica. Na casa da webdesigner, o costume de fazer pequenos vídeos já dura 15 anos. Entre desfiles de escola, festas de aniversário e encontros casuais, ela registrou todo o crescimento dos filhos, e até já colocou na internet para dividir com os parentes que

moram mais longe. “Tenho um arquivo enorme, com tudo catalogado por data. Minha irmã do Rio de Janeiro não pôde acompanhar todos, então mandei para ela pelo Youtube. Sou fã da tecnologia”, conta Morgana Saboya. Ela só faz questão de lembrar que junto com a facilidade de gravar, vem a facilidade de expor, o que pode ser um perigo para a privacidade da família. “Não gosto da idéia de deixar esses momentos especiais à vista para todo tipo de gente. Na internet há pessoas que fazem mau uso da tecnologia, por isso, para evitar problemas, deixo os vídeos somente com a família”, argumenta.

Crescimento da família registrado Arquivo

O registro de momentos mais importantes na vida da família também virou rotina para a jornalista Chris Duarte. Ela e o marido, Daniel Lima, que trabalha com edição de imagens, fazem vídeos da filha Laís desde antes de ela nascer. “O primeiro que gravamos tinha só os recortes da ultrassonografia, mas quando colocamos na internet, nossos amigos gostaram tanto de poder acompanhar o desenvolvimento do bebê que passamos a fazer sempre”, conta Christiane. Algum tempo e muitos filmes depois, a vida de Laís está totalmente arquivada nos computadores dos pais. Hoje, com oito meses, ela tem todas as conquistas de seu crescimento registradas, sempre, como diz a mãe, “com muita corujice da família”. Como trabalha na área, a jornalista não abre mão

Cada passo da pequena Laís vira filme com direito a exibições

de bons equipamentos para fazer as filmagens, nem mesmo na hora da edição. “Já tínhamos programas de edição em casa, então compramos apenas um equipamento mais apropriado”, conta Chris, que

mesmo sem técnica de cinegrafista, garante o registro das peripécias de Laís, de casa direto para a câmera. (G.L.) *Sob a supervisão da Editoria de Cidades

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Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br Fotos: Yvette Moura

Praia da Sereia já foi uma das mais frequentadas de Maceió

Alguns comerciantes estão estabelecidos na área há mais de 20 anos

Praia da Sereia prestes a mudar de cara Com prazo de desocupação com os dias contados, barraqueiros temem ficar fora do projeto de urbanização Láyra Santa Rosa Repórter

O prazo final para a desocupação das barracas localizadas na orla da Praia da Sereia está chegando ao fim. Os comerciantes têm até o final deste mês para deixarem a área, que terá os quiosques demolidos no dia seguinte. Mais uma vez, a Associação dos Barraqueiros e Amigos da Praia da Sereia (Abaps) está lutando para prorrogar o despejo. A expectativa é que a Justiça acate o pedido e que eles continuem trabalhan-

do no local até o final de março, quando chega ao fim a temporada de verão. Enquanto a decisão da Justiça Federal não sai, os barraqueiros vivem um momento de apreensão e expectativa. A maioria dos comerciantes são “donos” de suas barracas há mais de 20 anos, quando, afirmam, que a Marinha tinha autorizado e enviado o projeto para a construção na praia. Aqueles que já morreram, deixaram o comércio como herança para seus filhos. No local, os barraqueiros se

conhecem e sabem suas histórias de vida, além de estarem dividindo, neste momento, a incerteza sobre o futuro. Todos têm um objetivo em comum, querem melhorar a Sereia, mas temem que a morosidade do poder público com a execução do projeto de revitalização da área nunca aconteça. Sem falar, do medo de não conseguirem ter o direito de trabalhar nas novas barracas, que precisaram passar pelo processo de licitação. Hoje, a beleza do oceano azul esverdeado, tomado por

pedras e que forma uma grande piscina natural à beira mar, contrasta com o abandono das barracas. A orla não tem calçamento, falta saneamento básico, sem falar da destruição vista em alguns pontos, onde o avanço da maré já demoliu algumas construções. Em vários trechos, para se chegar à praia é necessário passar por dentro das barracas e descer pequenas escadarias No projeto inicial feito pela Prefeitura de Maceió, serão construídas 16 barracas, separada em dois módulos; ciclo-

via; estacionamento; espaço para comercialização de artesanato e uma pista que ligará a praia ao mirante, que hoje, só tem acesso pela rodovia AL101 Norte. Na revitalização deverá ser feito ainda uma barreira de contenção da maré, através de leves escadarias. Isso deve retardar o processo erosivo, que já destruiu várias barracas no local. Quando o projeto for finalizado, deverá ser enviado para a Superintendência do Patrimônio da União (SPU), que analisará a viabilidade da

implantação, autorizando a construção. A outra etapa será ainda a arrecadação de recursos com o Governo Federal, já que a obra está orçada em cerca de R$ 14 milhões, o que estaria acima da capacidade financeira atual do município. A reportagem de O JORNAL tentou contato com a Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla) que é a responsável pela elaboração do projeto, mas o secretário Márzio Delmoni, disse não ter autorização para falar sobre o assunto.

Comerciante trocou barraca por casa O medo de perder o que tinha construído durante quase 22 anos de trabalho, fez com que a dona de casa, Maria José Pereira Barros, exbarraqueira da Sereia, decidisse trocar seu antigo ganha pão por uma casa. Antes de receber a notícia de despejo por parte da União, ela fez a troca, que hoje a deixa mais tranquila. “Eu sinto muito pelos meus amigos que vão perder sua única fonte de renda, mas só tenho a agradecer a Deus por ter trocado a barraca a tempo. É um sofrimento muito grande ver o que você construiu ser perdido assim”, falou. “A maioria das pessoas que estão aqui ganharam da Marinha a autorização para a construção. Eles dizem que invadimos e construímos ilegalmente, mas eu tinha todos Edvaldo é um dos comerciantes que garantem que a Marinha cedeu espaço para a construção das barracas

os documentos que mostravam que nada foi feito irregular. Tive muito medo de ficar sem nada e como tinha recebido uma proposta para trocar a barraca por uma casa, acabei aceitando”, contou. A ex-barraqueira lembrou ainda, que a Praia da Sereia serve de sustento para várias famílias. “A maioria dos barraqueiros são nativos daqui da Sereia ou estão aqui há tanto tempo que já fazem parte dessa família. A maioria só tem esse lugar para trabalhar, ganhar seu dinheiro e criar seus filhos. Se perderem essas barracas ficaram sem nada. Se a revitalização vier e melhor, tudo bem, mas senão, se formos abandonados e esquecidos. É uma pena isso que está acontecendo”, completou. (L.S.R.)

Josué lamenta demora no processo

“Tivemos autorização da Marinha para construir” Até que o impasse seja resolvido ou pelo menos até o dia 30 de novembro, quando o prazo para a saída dos comerciantes termina, a rotina dos barraqueiros continua a mesma. Durante a semana, enquanto o movimento é menor, apenas algumas barracas funcionam. Já no final de semana, quando a praia sempre fica lotada, todos funcionam com gosto de gás. “Durante a semana é parado, mas nos finais de semana temos muito trabalho. Enquanto não sabemos como vai ficar a nossa situação, tentamos manter a rotina, é claro que cheia de expectativas. Eu mesmo estou aqui há quase 20 anos. Criei um dos meus filhos com o sustento dessa barraca e toda a minha história passa por aqui. Se fomos retirados, não sei como vou fazer para manter a renda”, contou Edvaldo Cordeiro, 68 anos, dono da Barraca Norte Sul. O barraqueiro lembra-se de quando começou a trabalhar na Praia da Sereia e garante que teve autorização da Marinha para construir.

“Quando cheguei aqui, estava no começo. O modelo das barracas e a autorização foram sugestões da Marinha. Ninguém veio aqui, invadiu e fez como queria. Tudo foi acompanhado por representantes da Marinha”, afirmou. “O tempo passou e um dia fomos avisados que iríamos perder o nosso sustento, que essa área pertence a União e que as barracas seriam demolidas. Iniciamos então uma luta, na Justiça para tentar permanecer aqui o maior tempo possível. Somos a favor da urbanização, mas que possamos fazer parte desse processo”, pediu. Segundo Edvaldo Cordeiro, que integra a Abaps, o advogado da associação já entrou com um novo pedido a Justiça Federal para que o prazo deles não termine no final do mês. “O melhor momento para quem trabalha na praia é a chegada do verão. Então estamos tentando prorrogar o prazo para continuarmos nas barracas até o final de março. Isso daria tempo para nos recuperarmos finan-

ceiramente e não deixarmos nossos funcionários de mão”, falou. “Temos mais de 200 pessoas que precisam desse comércio para sobreviver. Estamos vivendo um momento de agonia, com medo do futuro. O jeito é entregar nas mãos de Deus e esperar. O receio maior é demolir e nunca mais urbanizar”. O pensamento do dono da Barraca Norte Sul é o mesmo de outros comerciantes da Praia da Sereia. Para Josué Rodrigues, proprietário da Barraca da Bibia. A preocupação gira em torno da demora comum no Poder Público. “A história de revitalização da praia tem o mesmo tempo que recebemos o aviso que iríamos ter que deixar as barracas. São três anos que estamos nessa luta e até agora nenhum projeto foi apresentado. O maior medo é que as barracas sejam demolidas e sem projetos e recursos, a revitalização não seja executada”, afirmou. “Passei a maior parte da minha vida aqui. Quando minha família chegou de São Paulo viemos morar na Sereia

e minha mãe comprou essa barraca. Eu e meu irmão só sabemos trabalhar nisso. Temos medo do desemprego. Como vai ficar o futuro sem nosso ganha pão”. Em reuniões recentes de negociação para a retirada dos barraqueiros, ficou acertado que eles teriam prioridade em relação às barracas. E é nessa esperança que a maioria dos comerciantes se prendem. “Eles dizem que depois da revitalização teremos preferência nas barracas, não necessariamente precisando passar pelo processo de licitação. Sou a favor da melhora dessa área que, sem dúvida, vai valorizar a Praia da Sereia, mas o que nos preocupa é que nos esqueçam”, comentou Josué Rodrigues. “A outra proposta que estamos negociando é que, após a demolição, possamos continuar trabalhando por aqui como ambulantes. Não é vantagem, mas pelo menos não vamos ficar parados. A nossa preocupação será com o fato de manter a praia limpa, não termos banheiro”, completou. (L.S.R.)

Maria José trocou barraca por casa e não se arrepende do negócio

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Fotos: Yvette Moura

Trabalho desde o tempo em que a praia era deserta Há quase 30 anos trabalhando na Sereia, o barraqueiro Francelino Rocha, de 84 anos, tem na Barraca O Amarelinho, sua principal terapia. Ele é um dos primeiros comerciantes do local e todos os dias, deixa sua casa, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió e segue de ônibus para o trabalho. “Minha vida é isso aqui. É minha higiene mental, minha terapia. Estou aqui há tantos anos, que não sei o que

seria minha vida sem isso aqui. O lucro hoje é pouco, mas o prazer de trabalhar na Sereia vale a pena. É uma felicidade enorme poder está aqui todos os dias”, contou. Com poucos recursos, ele foi um dos poucos que preferiu não investir na ampliação da barraca, que mantém a mesma estrutura do projeto que afirma ter sido apresentado pela Marinha. Durante a se-

mana ,ele prefere trabalhar sozinho. “Apenas nos finais de semana, quando a movimentação é maior, tenho um ajudante. Tudo aqui é muito simples. Sou eu mesmo que faço os tira gosto e ele os serve”, disse Francelino Rocha. O barraqueiro lembrou ainda do tempo que se cadastrou na Marinha para construir na área. “Lembro-me como se fosse hoje. Eu trabalhava como

ambulante num carrinho de caldo de cana na orla de Maceió. Soube que estavam autorizando construir barracas aqui e me cadastrei. Sou um dos primeiros comerciantes da Sereia”, comentou. “Antes tudo era diferente. A praia era mais deserta e tinha mais movimento. No passado era difícil o acesso a Praia do Francês e a maioria das pessoas preferia vir aqui”. (L.S.R.)

Francelino: aos 84 anos vai de ônibus diariamente trabalhar na praia

Área de mangue não poderá ser mexida

Maurício acredita que a revitalização vai ser positiva para todos

Gustavo Carvalho: projeto de urbanização passará pelo IMA

Italianos: urbanização vai melhorar a praia Enquanto os barraqueiros da Sereia sofrem com a espera pelo futuro, um restaurante também localizado em frente ao mar, de propriedade de um grupo italiano, pode ser beneficiado com as mudanças previstas. Para os comerciantes da região, seriam esses investidores estrangeiros os mais interessados pela remoção dos ambulantes. Já os italianos negam qualquer interesse extra é apostam apenas numa melhora da área, que deve movimentar o turismo.

“Essa revitalização vai beneficiar a área. Todos vão sair ganhando com essa melhoria. Pelo que sabemos, serão construídas novas barracas e a orla ficará mais organizada, mais bonita. Acredito que isso trará visibilidade para a Praia, que apesar de ser um grande paraíso e esquecida nos roteiros turísticos do Estado”, falou o italiano, Maurício Maestre, administrador do Restaurante. “Estamos aqui há quatro anos e acompanhamos esse processo, que está se prolongando. Sabemos que

do jeito que está essa área não é atrativo para ninguém. A esperança que temos é que com essa mudança esse lugar lindo, seja mais valorizado”. O administrador do restaurante negou qualquer envolvimento do grupo com as mudanças na área. “Não temos nenhuma relação com essa mudança, apenas apostamos na melhora da Praia da Sereia. Hoje a maioria dos nossos clientes é de Maceió”, contou. “Em relação a ampliação da nossa área, não temos autorização

para construir, apenas podemos reformar essa casa”. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) afirmou que os empresários compraram a área e tiveram autorização para construir. “Eles têm a propriedade e pediu a licença prévia para construir um hotel. O IMA autorizou com várias condicionantes e, como o trecho era maior parte de mangue, o espaço para a construção ficou pequeno e acredito que eles desistiram”, explicou Gustavo Carvalho, diretor técnico do IMA. (L.S.R.)

O diretor técnico do IMA explica que o projeto de revitalização da área da praia da Sereia ainda não está finalizado, mas já foi encaminhado para o órgão ambiental, que fez a primeira avaliação sobre as mudanças que devem acontecer no local. “A Praia da Sereia é ligada com a Foz do Rio Pratagy e faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA). Existe uma área de mangue que não pode ser mexida e que está passando por um plano de manejo junto com o Ministério Público Federal e o

Ibama. A revitalização da área não atinge diretamente essa área, mas também tem algumas condicionantes que devem ser seguidas, principalmente em relação a questão do avanço da maré”, explicou. Para a urbanização será necessário um licenciamento ambiental. “Tivemos acesso ao projeto inicial e antes da execução voltaremos a analisá-lo. Um das exigências é a construção uma escadaria suave, que evita o processo erosivo. ”, completou Gustavo Carvalho. (L.S.R.)

União afirma que área é de risco A explicação da União para a desocupação da área onde estão instalados os barraqueiros da Praia da Sereia é simples. “Eles estão ocupando uma área de Praia, que pertence a União. Além, de não terem nenhuma autorização para ocupar aquele espaço. Diante dessa situação, a determinação é que eles sejam removidos e as construções demolidas”, explicou José Roberto Pereira de Souza, superintendente do Patrimônio da União. De acordo com o órgão, a

Marinha não tem licença nenhuma para oferecer e autorizar construções nas faixas de areia litorânea. “Já foi discutida essa situação sobre a marinha nunca ter prerrogativa para autorizar construção. Eles alegam essa situação, mas o fato é que área pertence a União e eles nunca solicitaram aquela ocupação. Sem falar que estamos tratando de uma área de risco, já que existe o avanço constante da maré. Eles não podem construir em área de praia”, contou. (L.S.R.)

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Depois da tempestade, chega a bonança Vítimas das enchentes em Jundiá terão casas pré-fabricadas ecológicas, construídas em alvenaria e eucalipto Valdete Calheiros Repórter

Jundiá, um dos municípios atingidos pela enchente que castigou 19 cidades alagoanas, será praticamente reconstruída com casas pré-fabricadas. O conjunto habitacional destinado aos desabrigados e desalojados pela tragédia será diferenciado, rápido e ecológico. Serão montadas 150 casas ecológicas pelo Programa da Reconstrução. Ainovação irá garantir, entre outros benefícios, que a popula-

ção de Jundiá não precise esperar anos e anos para ganhar a casa nova e que possa recomeçar a vida sem esperar tanto tempo. As casas de Jundiá serão construídas com alvenaria e madeira de eucalipto. As casas préfabricadas são semelhantes às casas americanas que já vêm quase prontas. Basta montá-las. As casas pré-fabricadas serão construídas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida e terão 47 m² de área. Todas têm sala, cozinha, banheiro social, dois quar-

tos, varanda e uma área de serviço, além de completa infraestrutura externa. Todos os imóveis serão adaptados para deficientes físicos. A superintendente de Política Habitacional da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e presidente do Comitê de Análise de Projetos Habitacionais, Marisa Perez, afirmou que as casas deverão ser entregues em até 12 meses, depois que as obras forem iniciadas. O que, segundo ela, deve acontecer dentro de 20 dias. Todos os re-

cursos são do Programa Minha Casa, Minha Vida. Cada unidade, somada à infraestrutura do local, sairá ao custo de R$ 41 mil. O projeto para construção de 1.261 casas pré-fabricadas para Jundiá foi aprovado na primeira semana deste mês em uma reunião do Comitê de Análise de Projetos Habitacionais, criado pelo governo estadual para agilizar o processo de reconstrução das casas destruídas e danificadas pelas enchentes. Apesar do pequeno número de imóveis, o projeto prevê, além

de casas, a construção de escola e a execução de ações sociais com moradores. No conjunto habitacional, terá ainda quadra de futebol e quadra de vôlei. Asuperintendente de Política Habitacional da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e presidente do Comitê de Análise de Projetos Habitacionais, Marisa Perez, afirmou que o projeto foi desenvolvido junto a uma empresa do Paraná, a Casas Ecológicas. “Essa empresa é a mesma que reconstruiu Santa Catarina,

também atingida por enchentes. O Comitê de Análise de Projetos Habitacionais aprovou os diferenciais oferecidos, com destaque para a construção de uma creche-escola e a execução de trabalhos sociais, que não são exigências do Programa Minha Casa Minha Vida para um empreendimento de pequeno porte como esse. Esse não é apenas um projeto de habitação. É também um projeto de cunho social que irá devolver moradia e dignidade às vítimas das enchentes”, explicou.

Projeto é bem-aceito nas cidades

Casas pré-construídas são semelhantes às que foram erguidas em Santa Catarina

Marisa Perez explicou que projeto foi feito em parceria com empresa paranaense

Prestes a ser concretizado em Jundiá, o projeto diferenciado foi bem recebido pelo prefeito Beroaldo Rufino da Silva. Ele destacou o trabalho de reconstrução realizado em Alagoas. “Só tenho a agradecer ao governo e aos órgãos competentes pelo empenho demonstrado na reconstrução dos municípios atingidos pela tragédia”, frisou o prefeito. Além da Seinfra, participaram da discussão representantes da Caixa Econômica Federal, da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), da Eletrobras-AL, da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), do Instituto de Meio Ambiente (IMA), além dos prefeitos. Até agora, foi aprovada a construção de 16.428 casas, das quais 11.216 já foram contratadas pela Caixa Econômica Federal. Até o final deste mês, o Comitê de Análise de Projetos Habitacionais deve concluir o processo de aprovações de projetos habitacionais para os municípios atingidos. (V.C.)

Casas em PVC: celeridade Além das casas ecológicas pré-fabricadas, que mesclam alvenaria com madeira de eucalipto, outro tipo de construção tem avançado bastante no mercado. São as casas em concreto PVC. A Braskem é responsável pela produção da resina de PVC, matériaprima para a construção das casas. O assessor da diretoria industrial de vinílicos da Braskem, Jorge Augusto Bastos, destaca como vantagens nesse tipo de construção, a velocidade e a simplicidade, uma maior produtividade, acabamento de alto padrão e resistência, ausência de patologias (causadas por fungos), baixa manutenção e quantidade de resíduos zero. Jorge Bastos explicou que o sistema construtivo nasceu da união de dois dos mais importantes materiais utilizados pela construção civil: o concreto e o PVC. “Os perfis de PVC leves e moduláveis são unidos por um sistema perfeito de encaixe substituindo as formas convencionais de madeira e metálicas. A leveza e a simplicidade dos painéis aliados à facilidade de montagem do sistema e instalações complementares (elétrica e hidráulica) tornam o processo de construção inovador”. (V.C.)

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Fotos: Nide Lins

As peças raras e antigas expostas no balcão e na parede de loja de Edvan Cupertino dão ar de museu ao local

O guardião das horas O relógio inglês, com mais de 100 anos, é uma das peças à venda

Há 46 anos consertando relógios, Edvan Cupertino é hoje um profissional raro: restaura peças antigas com maestria numa loja no centro de Maceió Nide Lins Repórter

Na Rua Tibúrcio Valeriano, antigo Beco São José, número 265, o senhor Edvan Oliveira Cupertino, de 71 anos, na sua modesta loja Movado, exerce há 48 anos o ofício de relojoeiro. Ele conserta, faz peças e restaura relógios de parede com mais 100 anos de fabricação. São peças que ninguém mais fabrica e muitas cujas peças de reposição não se en-

contra mais no mercado. Mas nas mãos hábeis deste alagoano, os ponteiros marcam o tempo e ainda tocam músicas para avisar as horas. “O relógio é uma coisa linda e não pode parar. Pra mim, relógio é vida”, diz orgulhoso Edvan, que decora a loja com relógios de parede que, se somadas as horas que todos marcam, dariam mais de mil anos. Ele cuida de cada um com carinho e dedicação ímpar, até porque cada peça

guarda histórias do tempo dos relógios de madeira, com cordas, cuco, desenhos artísticos, de mesa, ou seja, verdadeiras obras de arte. Para os ponteiros voltarem a funcionar, Edvan conta com a sabedoria adquirida ao longo de muitos anos de labuta. Tudo começou em 1962, quando seu irmão o convidou para aprender a profissão de relojoeiro na antiga loja, no Beco da Baiana, no Poço. “Comecei a treinar com meu

irmão e estudei pela apostilha da Escola Universal de Relojoeiro”, lembra, afirmando que em um mês aprendeu o oficio. Depois disso, passou oito anos viajando, consertando relógios, até que abriu seu próprio negócio: a relojoaria Movado (marca de relógio suíço) no Beco São José, o mesmo endereço décadas, pagando aluguel do ponto comercial mais antigo de Maceió.

Sem muito conforto, mas com confiança de sobra

De origem alemã, o relógio tem mais de 80 anos de fabricação

A loja Movado não tem funcionários, não tem telefone, não tem banheiro, não tem água nem café, mas Edvan faz questão de comprar o cafezinho do vendedor de rua para oferecer aos clientes, que contam com duas cadeiras de madeira e sua memória invejável para devolver o relógio consertado, sem sequer anotar nome ou telefone. “Bom cliente sempre volta. Nesses anos só recebi um cheque sem fundos”, afirma o relojoeiro, que guarda mais de 500 relógios de pulso de

clientes que nunca voltaram para pegar. Quando novos clientes chegam à loja, ele avisa: “A pilha é original e tem um ano de garantia”, mas não dá nenhum papel. “Confio nas pessoas”, diz com sinceridade. Mas, se o problema não é pilha, ele também dá logo o diagnóstico de morte ou vida. Se o relógio é “made in China”, aí não tem perdão: “A senhora jogou dinheiro fora, relógio Paraguai, que vem da China não presta. Este mercado chinês é o fim para a profissão de relojoeiro”, alerta. (N.L.)

Peça de mesa, com três cordas, é uma das mais antigas da loja

Trabalho ganha credibilidade de colecionadores Já os colecionadores de relógios sempre procuram a experiência de Edvan porque, além de consertar, ele restaura a caixa de madeira, fabrica as peças e até os ponteiros em estilo barroco. “Meu pai era marceneiro e eu ficava olhando ele trabalhar, assim

aprendi a arte. Tem caixa de relógio que chega aqui podre e consigo restaurar igual à original”, garante. Para restaurar um relógio custa em média R$ 600, depende muito de cada peça, da caixa e dos adereços, porque alguns são

obras de arte. Nas paredes da loja Movado tem relógios alemães, ingleses e até os usados antigamente em bancos e em repartições, com data e hora para os funcionários não burlarem o horário de entrada e saída. “Eu compro e

vendo relógio antigo, e os preços são a partir de R$ 800”, conta o relojoeiro, que não gosta de internet, de celular e nem de marca de cartão de crédito e débito. “Pagamento só em dinheiro, e cheque só de cliente antigo”, avisa. (N.L.)

As peças raras da loja onde o tempo não para

Relógio das antigas repartições e bancos com data e horas

“Se colocasse meus relógios na Internet, vendia tudo. Mas prefiro aqui na parede”, conta. E em cada canto da loja, uma infinidade de raridades transforma o local numa espécie de museu. No balcão de sua loja tem o relógio de car-

rilhão (de mesa), da marca Silco, com três cordas. A peça toca nos minutos e nas horas. “Esta fábrica nem existe mais”, aponta. Aos 71 anos, Edvan é aposentado, mas trabalha todos os dias, apenas no primeiro horário. Acorda às 4

horas da manhã, começa a trabalhar às 6h30, às 14 horas fecha as portas e retorna para casa, onde outros relógios lhe aguardam para acertar os ponteiros. Quem passa pelo estreito Beco São José e observa a loja Movado não resiste ao im-

pulso de parar para conversar e admirar a raridade dos relógios de parede. E assim Edvan vai levando a vida, feliz com a profissão de relojoeiro, sem saber que é um patrimônio histórico de Maceió, na sua modesta loja, onde o tempo não para. (N.L.)

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Impasse para o VLT ainda continua Prefeitura aguarda análise técnica para saber como as exigências da CBTU podem ser viabilizadas para as obras Arquivo

Carolina Sanches Editora-adjunta de Cidades

O impasse para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Maceió continua. A prefeitura de Maceió aguarda uma análise técnica, que começou na semana passada, para saber como as exigências feitas pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) podem ser viabilizadas. O projeto do VLT de Maceió prevê um trajeto cortando três cidades: Maceió, Rio Largo e Satuba. Na capital alagoana, o trajeto vai interligar pontos de tradicionais congestionamen-

tos de trânsito, como o Centro e os bairros Poço, Mangabeiras e sítio histórico de Jaraguá. O novo transporte vai substituir o trem de ferro que fazia o trecho Rio Largo-Maceió todos os dias. O Veículo Leve sobre Trilhos de Maceió será movido a diesel, climatizado e deve atingir velocidade máxima de 80 quilômetros por hora. Oito composições foram compradas, formando quatro carros, mais uma reserva. Também com a implantação do VLT, placas e cancelas deverão ser implantadas nos locais por onde for passar o novo veículo.

Feira do Passarinho sobre os trilhos do trem tem atrasado obras

Yvette Moura

Demolição de parte do Mercado do Artesanato começou esta semana

Feira atrasou início das obras O trecho do VLT, entretanto, enfrentou obstáculos, como a área ocupada por feirantes às margens dos trilhos, que é de quase um quilômetro. A licitação estava planejada para janeiro do ano passado, mas como o processo de retirada não começou, ela foi adiada. Este ano, temendo perder os recursos, a CBTU cobrou explicações sobre o atraso na retirada dos feirantes. No dia 8 deste mês, foi apresentada, durante uma reunião entre representantes da prefeitura e da CBTU, a primeira etapa do projeto básico da implantação do VLT na capital, que abrange o trecho compreendido entre a Santa Casa de Maceió e o Mercado da Produção. Na ocasião, o superintendente da

CBTU, José Denilson, justificou que a obra está parada por conta de ajustes necessários e que só aparecem com o andamento do projeto. “Vamos continuar a obra na proporção e a primeira etapa deve estar pronta até o início de 2011. Estamos analisando junto à prefeitura, quanto será necessária a desocupação do espaço por parte dos feirantes. Com a finalização de primeira etapa, podemos dizer que 1/3 do projeto está pronto”, disse Denílson. De acordo com o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento, Márzio Delmoni, a apresentação desta parte do projeto foi suficiente para que fossem observados alguns detalhes como o muro de proteção ao longo da via, que é uma sugestão da

companhia. “O muro foi sugerido principalmente nos cruzamentos, mas ainda estamos avaliando se será possível que seja feito de imediato”, informou. O secretário explicou que, uma alternativa seria a colocação de cancelas nos cruzamentos e, posteriormente, a construção de passarelas e viadutos. “Com o material que foi apresentado pela CBTU vamos reunir os técnicos para ver o que pode ser atendido de imediato e quais seriam as sugestões. A discussão depende de várias secretarias e, por isso, não podemos adiantar nada”, relatou. Os técnicos de diversas secretarias se reuniram na semana passada e devem apresentar o resultado do parecer ainda esta semana a CBTU. (C.S.)

Desocupação da área é lenta Com recursos na ordem de R$ 150 milhões já autorizados pelo governo federal, a desocupação da folclórica Feira do Rato, também chamada de Feira do Passarinho, é o principal empecilho para que o projeto tenha andamento. O VLT deve chegar até o final deste mês e não serão colocados em funcionamento, porque a obra da feira do Passarinho ainda não foi concluída. A obra do VLT está em andamento há quase nove meses, mas atrasou porque os feirantes ainda não foram transferidos. De acordo com o gerente operacional da CBTU, Mauro

Nunes, a área da feira precisa ser desocupada para que não comprometa o andamento da obra. O gerente explicou que já foram realizadas reuniões entre os feirantes e representantes da prefeitura e da companhia e foi oferecida uma nova área para a feira. “Sabemos que as pessoas que ocupam o local precisam continuar trabalhando para garantir o sustento, mas a CBTU não tem a competência para esta questão”, expôs. Com relação ao andamento das obras, Nunes informou que esta sendo viabilizado o processo para a estruturação da malha viária que passa entre

Rio Largo e Satuba e que foi danificada pelas enchentes de junho deste ano. “Estamos dando andamento na obra, mas só poderemos estipular prazos quando a área da feira for desocupada”, afirmou o gerente operacional. Com relação a mudança dos comerciantes para a Ceasa, o secretário Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária, Arnóbio Cavalcante falou que deve acontecer até o final do ano. “Não vamos mais falar em prazos, só que as obras estão adiantadas e acredito que até dezembro comecem as mudanças dos comerciantes”. (C.S.)

Lojas foram demolidas no Mercado Parte das lojas que funcionavam por trás do Mercado do Artesanato, localizadas próxima a linha do trem, no trecho vizinho ao Mercado do Artesanato, na Levada, foram

demolidas pela Prefeitura de Maceió na última quarta-feira. A medida aconteceu para dar continuidade a implantação do VLT. O próximo passo para a

continuidade do VLT será a demolição das barracas da Feira do Passarinho, que só deve acontecer após a entrega do novo local que será na antiga Ceasa. (C.S.)

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O JORNAL

Universidades A20

Tonho Matuto e Kiko: parceiros

Fotos: Larissa Fontes

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Seu José Aurino e sua lambe-lambe entre os trilhos da Feira do Rato

Retratos de um passado revelado Um passeio pela extinta profissão de lambe-lambe, a arte que o avanço da tecnologia desbancou Larissa Fontes Estagiária

Não é nada comum nos dias de hoje, mas, ao passar pela famosa Feira do Rato, no Centro da cidade, pode-se vê-la: ultrapassada, mas se impondo, exposta diante de tanta tecnologia e debaixo de um guarda-sol entre os trilhos do trem. Hoje é só uma caixa vazia servindo para chamar a atenção dos que passam. Triste fim para quem há dez anos atrás era responsável por uma enorme produção de retratos revelados na hora. Desbancada pela tecnologia. No início do século, o exercício da fotografia era feito através de uma união de câmera com laboratório, a câmera lambelambe. Ganhou esse nome engraçado por conta da prática da revelação das fotos: o papel fo-

tográfico teria que ser banhado em alguns químicos, um deles, o fixador, que, como o próprio nome diz, fixa a imagem no papel. Os fotógrafos passavam a língua na foto durante essa lavagem para sentir, pelo gosto, se estava pronta. José Aurino dos Santos, 40 anos, nasceu no interior de Alagoas, na cidade de Anadia. Até os 16 anos cortava cana quando resolveu se mudar para a capital. Já em Maceió aprendeu tudo com o irmão, o já fotógrafo Antônio dos Santos. Apartir daí começou a profissão de retratista, controlando durante muito tempo a câmera lambelambe. É a esse ofício, praticamente extinto, que dedica mais da metade de sua vida. Quando a era digital começou a surgir, Seu José ainda tentou continuar com seu método

tradicional e até chegou a pensar em desistir, mas, segundo ele, é a única coisa que sabe fazer. Com as câmeras digitais sendo comercializadas e máquinas reveladoras sendo criadas, ficou cada vez mais difícil conseguir comprar o material necessário para a revelação das fotos - os químicos não são mais achados com a facilidade de antigamente. Relutou, mas foi obrigado a se adaptar ao novo mundo, comprando uma câmera digital e uma pequena impressora bem operacional, que até dá a opção de alguns retoques na foto. “Antes, isso aqui era cheio de lambe-lambe. Foi-se acabando, alguns largaram a profissão, outros morreram. E o movimento caiu muito. Tem dias em que eu só faço uma foto. Eu sinto falta porque, além de tudo, é uma tradição e muita gente admira. Na semana passada chegaram al-

guns turistas aqui e pediram para que eu fizesse foto deles, mas quando viram que era digital, não quiseram mais. Queriam mesmo era da lambe-lambe”, diz. Ele confessa que foi difícil aprender a lidar com a tecnologia, mas, para isso, contou com a ajuda do filho adolescente. Enquanto levou 15 dias para dominar sua lambe-lambe, passou mais de um mês para se familiarizar com o aparato digital. E embora admita que é muito mais fácil trabalhar com o equipamento novo e que “foi a melhor coisa que inventaram para quem trabalha com fotografia”, diz que se pudesse voltar a usar a câmera antiga, o faria sem vacilar. Cícero Benedito, 43 anos, mais conhecido como Kiko, divide seu ponto de trabalho com Antônio dos Santos, o Tonho Matuto, 51 anos – o irmão do Seu José – com

quem também mantém uma sociedade. Os fregueses e o dinheiro são divididos igualmente entre os dois. Também foram obrigados a se renderem aos equipamentos digitais. Kiko conta que ficou triste, até tentou adaptar a lambelambe para o digital, mas não conseguiu. Faz dois anos que ela parou de vez. “Eu sinto muita falta do processo todo, era tudo artesanal mesmo. Quando a foto saía com alguma mancha ou detalhe que o freguês não gostava, a gente fazia retoque com um palito, molhava mais um pouquinho e pronto. Tudo se resolvia”, explica. Embore concorde que é muito mais eficaz trabalhar com tecnologia, reclama dos custos: “Se essa câmera digital quebrar, é muito difícil consertar, tem que mandar para assistência técnica e ainda é muito caro.

Com a lambe-lambe não tinha problema, a gente mesmo dava jeito se quebrasse ou se não estivesse funcionando bem”. O local de trabalho dos dois é mais organizado do que o de Seu José, em plena Feira do Rato. Quando passam ônibus de turismo, eles são uma verdadeira atração, as pessoas colocam logo suas câmeras para fora da janela para registrá-los. Causam o furor da descoberta de um animal em extinção. “Caímos no esquecimento”, diz um Kiko tristonho, mas orgulhoso de sua arte. “O bom é olhar a foto e pensar ‘fui eu que fiz’. Porque nós fazíamos mesmo, fazíamos tudo”. E faziam mesmo. Com todo o significado dessa palavra. “Depois de 20 anos, tem gente que passa por aqui e diz que ainda tem foto comigo, é uma alegria”.

Um autodidata da fotografia

Seu Manoel se emociona ao relembrar os tempos de lambe-lambe

Com um sorriso sincero, cheios de saudade, que peruma voz forte e muita histó- deu a visão do olho esquerdo ria pra contar, Seu Manoel da por conta de uma pedrada, Taboca, 72 anos, é um gênio mas que nem isso conseguiu da fotografia não descoberto. atrapalhar seu amor pela arte Nasceu em Anadia, onde foi visual. “Eu amava aquilo, ver criado na roça. Aos 16 anos a imagem surgindo aos pouviajou para São Paulo para cos num papel em branco. Eu trabalhar em plantações. Lá chamava todo mundo em conheceu um japonês que casa pra ver”. tinha uma câmera fotográfica. Um dia viu numa praça Quando a viu, encantou-se. dois fotógrafos traComeçou a aprender assistinbalhando com câdo ao amigo revelar as meras lambefotografias. lambes. Até então, Mesmo tendo não conhecia a máperdido o dedo poquina que dava a “Eu tenho legar da mão direipossibilidade de saudade, sonho ta num acidente, foi revelar as fotos muito com o muito difícil deixar sem precisar de tempo em que a roça e, por muito um laboratório. tempo, a fotografia “Fiquei impressioeu trabalhava foi apenas um hobnado olhando eles com fotografia. by. Mas desde que trabalharem. Daí Sinto falta aprendeu, não pacomecei a construir demais“ rou de inventar enuma lambe-lambe. genhocas e formas Criação minha, fiz de melhorar o proe aprendi a usá-la cesso. Ainda trabasozinho. Fui me aperlhando em uma feiçoando e comecei a ganhar usina, montou um dinheiro trabalhando como laboratório em casa e revelava fotógrafo. Pedi demissão da suas fotos nos fins de semana. usina”, conta todo orgulho“Fiz uma câmara escura e um so. quadrinho com um papel na Em seu percurso, já estafrente para a luz entrar difusa. va no Mato Grosso, quando Mas na época eu nem sabia achou uma praça que não que aquilo era um difusor, só tinha fotógrafo. Armou sua sabia que era para a luz entrar câmera e fez do local seu espalhada”, descreve. ponto dali em diante. Em seis Ele relembra, com os olhos meses, diz, ganhou o equiva-

lente a 20 mil reais e resolveu realizar o sonho antigo de voltar para Alagoas. Chegou trazendo a novidade da câmera com filme quando os poucos fotógrafos que já existiam usavam chapas e papel. Começou a fabricar as câmeras por encomenda, que também foram instaladas pela empresa Egídio Fotografias, onde Seu Manoel trabalhou. Também prestou seus serviços ao extinto Jornal de Alagoas nos últimos seis meses de vida da empresa. “Mais ou menos em 67, quando chegou a fotografia colorida, ninguém mais queria tirar foto em preto-e-branco. Que desgosto que dava”, relembra. E completa: “Comecei a estudar um jeito de preservar a lambe-lambe, o processo de revelação do colorido era muito difícil e caro. Eu quebrava a cabeça, mas não desisti. Sempre fui criativo e um dia consegui”. Assim Seu Manoel da Taboca criou e sustentou seus 17 filhos. De fato, não se interessou pela novidade dos equipamentos digitais, parando de fotografar em fevereiro de 2006, após 39 anos de carreira. “Eu tenho saudade, sonho muito com o tempo em que eu trabalhava com fotografia. Sinto falta demais”, emociona-se. (L.F.)

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O JORNAL

Arapiraca

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ENTREVISTA/MARCELO PEREIRA

Lideranças apontam Marcelo Pereira como o futuro prefeito de Arapiraca pontado por empresários e representantes comunitários como o possível sucessor do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB), o médico Marcelo Pereira fala à equipe de O JORNAL sobre sua iniciação no meio político, a experiência de disputar uma eleição para vereador, as influências que marcaram sua trajetória e a expectativa para o próximo pleito, em 2012. Marcelo Pereira está filiado ao PMDB desde 2008, quando concorreu à Câmara Municipal de Arapiraca, e se diz inquieto com o grande número de bolsões de

A

- Como o senhor se sente - Marcelo Pereira, como aconteceu sua iniciação na vida sendo apontado como um pospolítica? Ela começou em 2008, sível sucessor do prefeito quando o senhor se filiou ao Luciano Barbosa (PMDB)? - Logo depois das eleições PMDB para concorrer à Câmara Municipal de Arapiraca? de 31 de outubro, onde foram - Oficialmente, minha ini- definidos os nomes para os carciação política aconteceu em gos de presidente e governa2008, quando disputei a eleição dor, fui procurado por um para à Câmara Municipal. grupo de empresários arapiraNesta época, estava formado quenses e por líderes comuniem Medicina. Porém, desde a tários, que me apontavam como época que cursava o ensino se- possível sucessor do Luciano. cundário, nos colégios São Recebi com surpresa a indicaFrancisco e Nossa Senhora do ção, mas como homem público, estou aberto a encaBom Conselho, era rar desafios. apontado como reAcredito que o propresentante de clasjeto precisa de se. Em seguida, apoio suficiente quando cursava para que aconteça. Medicina, fui indiÉ necessário que se cado para represenforme uma aliança tar a universidade ampla, mas que toem encontro suldos estejam disposamericano que contos a trabalhar pelo tou com a presença bem de Arapiraca. do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. - O senhor Aveia política semsabe que é necespre esteve presensário apoio polítite. Aprendi com Estou disposto co... minha mãe, a exa encarar - Caso o projevereadora Maria to se concretize, Aparecida. Ela foi o desafios estou disposto a meu grande exemprocurar o presiplo e o principal e contribuir motivo de ter in- com Arapiraca dente nacional do PMDB, o senador gressado no meio Renan Calheiros, para que pospolítico. samos discutir o assunto. - Que tipo de atividade po- Acredito que também posso lítica o senhor desenvolveu ao contar com o apoio do deputado estadual Antônio longo de sua trajetória? - Como médico e assessor Albuquerque (PT do B) e da deda ex-vereadora Maria Apare- putada federal Célia Rocha cida na Câmara Municipal de (PTB). A deputada e ex-prefeiArapiraca, desenvolvi trabalhos ta de Arapiraca sempre foi uma de assistência básica a presidiá- parceira, uma pessoa com que rios e à população de bairros eu e minha mãe sempre pudeperiféricos. O trabalho volun- mos contar. Quando poucos tário foi pioneiro em Arapiraca acreditavam que seria possível e contou com o apoio do Rotary sua eleição para a Câmara Club de Arapiraca. Consistia Federal, eu estampei em outem visitar delegacias do muni- doors o meu apoio. Já o depucípio e erradicar, de forma vo- tado Antônio Albuquerque é luntária, doenças que acome- um amigo antigo, a quem muito tiam os presos. Mesmo não ocu- estimo. pando um cargo público, estrei- O que motiva o senhor a tei relações com comunidades mais pobres e continuei aten- disputar uma eventual eleição dendo. Vi muita gente procurar para a prefeitura? - O principal motivo é a minha mãe para buscar ajuda e grande quantidade adotei isso como de bolsões de polema de vida, sintobreza que ainda me bem ajudando existem em ao próximo. Arapiraca. Nos últimos anos, muita - Quais persocoisa foi feita e a cinalidades políticas dade está se torinspiram sua connando referência duta na vida públide desenvolvimenca? to no Nordeste. O - Aprincipal inscomércio e a indúspiração é minha tria impulsionam mãe, Maria Apareum crescimento cida, que foi vereasuperior ao do dora por sete manEstado. Mas, paradatos em Arapira- É preciso lelo a isso, a perifeca. Ela serviu de investir em ria padece com a exemplo não apefalta de serviços esnas como figura po- educação, senciais. É preciso lítica, mas também como pessoa. Foi atraindo cursos investir mais em saúde, em educacom ela que apren- universitários ção. Investir em di noções de justiça e igualdade. Foi com ela que cultura, para que comunidades aprendi a ajudar ao próximo pobres tenham acesso ao cosem querer algo em troca. Além nhecimento erudito. E também disso, ela me mostrou que é viabilizar a chegada de novas possível uma pessoa de origem universidades ou de novos cursimples se tornar um bom pro- sos em Arapiraca. Para isso, é fissional por meio do estudo. importante se articular com a Mesmo sem muitos recursos, bancada federal. consegui estudar Medicina e - Quais os seus projetos hoje posso ajudar aos mais nepara uma eventual candidatucessitados.

pobreza que ainda existe no município. “A cidade cresceu bastante nos últimos anos e se tornou referência no Nordeste. No entanto, ainda existem muitos bolsões de pobreza. Isso me inquieta. É preciso investir principalmente em educação para que possamos reverter os índices negativos de violência e saúde. Para isso, nós vamos buscar o apoio nacional do partido e de lideranças políticas como a deputada federal Célia Rocha (PTB) e o deputado estadual Antônio Albuquerque (PTdoB)”.

O médico Marcelo Pereira diz que recebeu com felicidade a indicação de lideranças para disputar a eleição para a prefeitura de Arapiraca

ra à Prefeitura de Arapiraca? Qual será sua prioridade enquanto gestor se eleito? - Investir em educação é prioridade em um possível governo. Enquanto assessor da minha mãe, na Câmara Municipal de Arapiraca, vi muitas pessoas lutarem por estudo e não ter oportunidades. Uma das reivindicações da vereadora Maria Aparecida que será re-

tomada é a luta para trazer o curso de Medicina para Arapiraca. Acidade tem estrutura suficiente para receber o curso. Outra prioridade será o combate à violência. Nós vamos nos articular com o governador Teotonio Vilela Filho para combater de forma mais efetiva a criminalidade. É preciso envolver educação e saúde no combate à violência. Só assim, teremos a

redução de crimes. - O que o senhor gostaria de falar para a sociedade arapiraquense? - Gostaria de dizer que ainda é muito cedo para se especular um nome para ocupar o cargo do prefeito Luciano Barbosa (PMDB), mas, se essa for a vontade da população, deixo claro que estou a serviço da socieda-

de. Fico muito feliz com a indicação de empresários locais e de líderes comunitários, porque, confesso, não esperava esse convite. Eles argumentaram que é necessário renovar a política e eu me enquadraria como uma força jovem. Sei que conto com o apoio da ex-prefeita Célia Rocha, do deputado estadual Antônio Albuquerque e de minha família.

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Caos no trânsito chega a Arapiraca Vias estreitas e imprudência dos condutores contribuem com engarrafamentos e grande número de acidentes Eduardo Almeida

Eduardo Almeida Repórter

ARAPIRACA- As vias estreitas não suportam mais o tráfego intenso e Arapiraca começa a sentir um problema comum às grandes cidades: o trânsito. Com uma frota de mais de 40 mil veículos, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e o 3º Batalhão da Polícia Militar (3º BPM) estudam formas de minimizar os transtornos causados à população e dar fluidez – principalmente nos horários de maior pico – aos corredores de transporte que existem. Os problemas encontrados pelos órgãos de fiscalização vão além da falta de planejamento na construção de ruas e avenidas. Eles esbarram na falta de educação de condutores e pedestres, que desrespeitam regras determinadas pelo Código de Trânsito Brasileiro e engrossam índices de acidentes automobilísticos. As espremidas vias também dividem espaço com áreas de carga e descarga de mercadorias, o que tumultua ainda mais o tráfego de veículos no Centro. De acordo com a SMTT, a Diretoria de Trânsito do órgão estuda formas de superar a falta de planejamento das vias e desenvolve trabalho educativo em escolas públicas para formar

SMTT intensifica fiscalizações

Arapiraca tem uma frota de mais de 40 mil veículos circulando nas ruas

novos condutores. APolícia Militar, por sua vez, diz que não é sua responsabilidade controlar o trânsito no município e atribui à SMTT os problemas que existem atualmente. Enquanto não decidem de quem é a responsabilidade, os condutores são obrigados a conviver com a desorganização. As principais reclamações dos motoristas estão relacionadas a imprudências de motociclistas, que representam a maior parcela de veículos. Levantamento da SMTT revela que Arapiraca conta com 14.129 motocicletas e 5.641 motonetas contra 13.029 automóveis e 4.785 caminhões ou caminho-

netes. Os motociclistas negam que sejam imprudentes e passam a responsabilidade para os condutores de veículos, que segundo eles, não respeitam o espaço destinado às motos. O superintendente da SMTT em Arapiraca, Severino Lúcio, afirma é necessário conscientizar motoristas e motociclistas sobre a importância de respeitar as normas do Código de Trânsito. Ele explica que as alternativas para desafogar as avenidas serão insuficientes se os condutores não obedecerem às regras. Neste sentido, o órgão iniciou uma campanha há duas semanas. O trabalho conta com o apoio da Polícia Militar.

ARAPIRACA – Para tentar reduzir o número de reclamações, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) intensificou a fiscalização no centro de Arapiraca. Equipes do órgão estão notificando os condutores que descumprem determinações previstas no Código de Trânsito Brasileiro e recolhendo veículos irregulares. “Os fiscais intensificaram a fiscalização contra qualquer tipo de irregularidade, o que compreende desde o estacionamento em áreas proibidas até o transporte irregular de passageiros, feito por mototaxistas, no centro da cidade. Além de fiscalizar, estamos desenvolvendo trabalho educativo em rádios locais para conscientizar a população sobre a importância de respeitar as normas previstas pelo Código”, disse o superinten-

dente Severino Lúcio. Ele informou que o objetivo da ação é organizar o tráfego de veículos no centro da cidade e evitar congestionamentos. Lúcio afirmou que a SMTT também está punindo os mototaxistas que atuam de forma irregular. Três empresas de guincho foram contratadas para recolher os veículos que apresentam irregularidades e remove-las para a sede do órgão. No caso de transporte irregular, a multa prevista é de cerca de R$ 150. “Arapiraca tem hoje 670 mototaxistas autorizados para desempenhar a função. No entanto, esse número é bem maior. Não há estatísticas oficiais, mas, levando-se em consideração o número de motos no município, que é de aproximadamente 28 mil, acreditamos que existem mais de mil mototaxistas clandestinos. As facilidades

para a aquisição de motos contribuem para que esse índice aumente a cada dia”, observou o superintendente. Lúcio explicou que, além do transporte irregular de passageiros, o principal problema registrado diz respeito a estacionamentos em áreas proibidas. “Uma equipe de diretores da SMTT e de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil percorreu as principais ruas de Arapiraca e constatou as diversas irregularidades. A proposta inicial do órgão é desobstruir as principais vias e dar fluidez ao tráfego de veículos, principalmente no Centro”. O superintendente confirmou ainda que a SMTT está desenvolvendo estratégias para desafogar o trânsito no Centro e que o plano deve ser apresentado nos próximos meses. (E. A.) Jânio Barbosa

Operação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito fez apreensão de motocicletas

Zona Azul é vista como alternativa ARAPIRACA – Um projeto elaborado pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) prevê que o tráfego de veículos passará por um amplo reordenamento e será revitalizado no centro de Arapiraca. Uma consultoria técnica foi contratada para elaborar estudos voltados à modernização do trânsito, com a criação da chamada Zona Azul. O projeto é coordenado pelo engenheiro eletrônico Marcos Viana e pelo superintendente da SMTT, Severino Lúcio. De acordo com os estudos, na área central da cidade serão criados locais para promover o estacionamento rotativo de veículos,

racionalizando o uso do solo em áreas muito movimentadas, permitindo maior oferta nas vias de intensa movimentação de veículos e pedestres no centro de Arapiraca. Devem ser criadas, inicialmente, mil vagas para estacionamento de veículos, com a geração de dezenas de empregos diretos e indiretos. O projeto de criação da Zona Azul, prevê que, além de evitar congestionamento de veículos, visa disciplinar o trânsito e democratizar o acesso aos espaços públicos na cidade. O novo sistema será gerenciado por empresa especializada no setor e contará com o apoio de agentes da SMTT de

Arapiraca. O projeto está sendo analisado pela Procuradoria do Município e, como parte da etapa de implantação, deve abrir processo de licitação para a escolha da operadora do sistema, que será totalmente informatizado com avançados equipamentos de automação rodoviária. Ainda conforme o projeto, a Marginal do Piauí - avenida que está sendo construída partindo da Rua Manoel Abreu, nas imediações do Parque Ceci Cunha, até a Rodovia AL-110, no acesso a Penedo -, será transformada no novo binário, com trecho rotatório para garantir ainda mais fluidez ao tráfego. (E.A.)

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O dia a dia de comunidades quilombolas População defende melhoria nas condições de saúde e educação e preservação do patrimônio cultural Da Editoria de Municípios O município de Traipu, localizado às margens do rio São Francisco, possui quatro comunidades de remanescentes de quilombos. Duas delas, Uruçu e Belo Horizonte, já certificadas pela Fundação Palmares e duas outras, Mumbaça e Sítio Lagoa do Tabuleiro, em processo de reconhecimento.

Além da mistura de etnias e de histórias datadas do século XIX, todas as localidades têm em comum a sobrevivência através da agricultura e de benefícios sociais como o Bolsa Família, do governo federal. As mulheres da comunidade também contribuem para a composição da renda familiar através da produção do artesanato em rendendê.

Mesmo sendo comunidades simples, como a Uruçu, onde vivem aproximadamente 75 famílias, nas localidades remanescentes quilombolas de Traipu também se encontram histórias de sabedoria, tradição e respeito. Os moradores também pedem melhorias para a comunidade, como a construção de um posto de saúde e a pavimentação das ruas.

Na comunidade de Mumbaça, que se encontra em processo de reconhecimento pela Fundação Palmares, responsável pela certificação das comunidades quilombolas, moram aproximadamente 400 famílias. A junção de raças já é comum na localidade, embora a existência de famílias de raízes predominantemente negras ainda seja visível.

Fotos: Agência Alagoas

Antônio Liro é conhecido por contar histórias no povoado Uruçu

Patriarca é guardião de histórias

Produtos são expostos nas portas de casa em comunidades do interior

Artesanato é fonte alternativa de renda Os moradores de Mumbaça vivem tradicionalmente do cultivo de feijão, milho, mandioca e da criação de animais. Mas as mulheres também dão sua contribuição no sustento das famílias e começaram a mudar a realidade do local. Por onde quer que se ande, o visitante vai se deparar com artesãs nas portas das casas, bordando em tecidos. O rendendê e o ponto de cruz já viraram uma tradição passada de mãe para filha. Toalhas de mesa, lençóis, produtos para

cama e mesa são fabricados por artesãs como Ranúzia Praxedes. Ao lado da filha, Mariana, ela bordava um lençol, enquanto se dizia aberta para encomendas. As mulheres de Mumbaça bordam peças de cama e mesa, como toalhas e lençóis. "Aqui nós fazemos o bordado e montamos a peça, que passa por acabamento em Sergipe", informava a artesã. Toda a produção da comunidade é vendida para comerciantes do município de Cedro de São João, em Sergipe.

Dotada de escola do 1º ao 8º anos do ensino fundamental, creche e posto de saúde, a comunidade de Mumbaça é uma das maiores de Traipu. Apesar da importância, os moradores ainda pedem pela pavimentação e esperam que a localidade seja alçada à condição de vila. "Por ainda sermos um povoado, a gente não tem nenhuma urna aqui e para votar, precisa se ir até a cidade", afirmou Ranúzia. Distante aproximadamente 25km da cidade, os moradores

gastam R$ 6,00 em transporte quando precisam se deslocar até Traipu. Quando precisam de um serviço médico mais avançado ou de produtos mais diversificados, vão buscar na cidade de Arapiraca. A origem do povoado, segundo contam os moradores, veio de negros que viviam ainda sob a escravidão e encontraram refúgio na região. "Nós pesquisamos e contamos a história na escola", informou Mariana Praxedes, que também atua como agente de saúde.

No povoado de Uruçu, a história passa pela vida de seu Antônio Liro, um negro elegante que aos 82 anos de idade, apesar dos problemas de saúde que vem enfrentando - diabetes e hipertensão -, mantém a dignidade e procura passar sua origem aos seus descendentes. "Nasci e me criei aqui. Meus pais eram daqui", conta o senhor, descendente da primeira família de negros a se instalar na região. Pai de nove mulheres e dois homens, seu Antônio Liro renega claramente a mentira e ensina aos filhos e netos que mesmo quando o pai ou a mãe estiver errado, é preciso dizer. "Nós não podemos dar força a erro. Tem de dizer a verdade sempre. Estou passando

por sacrifício, mas o que é certo é certo", reforçava o idoso. Ele contou que todos os seus filhos têm apelido, mas ele não gosta e chama a todos pelo nome. Uma das filhas de seu Antônio, Orleir dos Santos, cuida da casa e da alimentação da família. Mãe de três filhos, quando indagada sobre sua descendência quilombola, ela diz saber que sua família se formou no povoado Uruçu, mas sem demonstrar ligações ou interesses com o movimento quilombola ou comemorações alusivas a este mês de novembro. "Quem cuida desta parte é minha irmã Ana Lúcia, que está na cidade", ressaltou a dona de casa, enquanto lavava as panelas e cuidava do feijão no fogão a lenha.

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Grand

Monde Por Aroldo Marques

E-mail: harold_marques@hotmail.com Marco Antonio

Sálvio de Taine (Diretor-Excutivo de O JORNAL), Eliane Pereira (Diretora Comercial de O JORNAL) e Clovaldo Oliveira (Diretor da Concessionária Mapel)

PRÊMIO IMAGEM 2010

O conceituado médico Ulisses Pereira e sua esposa Selma Pereira a aniversariante mais festejada da semana

dade com boas gargalhadas o remédio é ir ao teatro assistir as peças teatrais que virão no formato de Festival de Comédia nos próximos dias 7, 8 e 9 de dezembro, com a Cia Paraibana de Teatro encenando as peças; As Coroas, Pastoril Profano "de Volta as Aulas" e Branca de Calvão e as Sete Nevinhas... Vamos viver de rir em homéricas gargalhadas. O Evento tem assinatura deste colunista e de um grupo de empresas parceira fazendo acontecer à cultura sustentável. Nosso intuito é mostrar a sociedade arapiraquense o potencial do teatro do SESI Arapiraca e trazer o hábito de ir ao Os vereadores Freddy Barbosa e Sandro Pinto incentivam e teatro. Não fique de fora! cultuam as tradições do sertão alagoano, tendo a pega

Em noite de requinte e glamour a direção de O Jornal se fez elegante na entrega do Prêmio Imagem, que celebrou trinta e três empresas como as mais lembradas pela sociedade maceioense. A festa aconteceu no Hotel Radisson, na Pajuçara, onde os homenageados e seus representantes se fizeram presentes respondendo sim ao chamado do importante prêmio. O Prêmio Imagem foi o resultado da pesquisa feita pelo Ibrape que entrevistou 500 pessoas com a seguinte pergunta: "Qual a marca O vereador da cidade de Campo Grande Saulo e sua que não sai de sua cabeça?". esposa, sempre no circuito social arapiraquense Parabéns as sólidas marcas por de boi no mato como esporte do homem sertanejo TEATRO SUSTENTÁVEL contribuírem com o desenvolviagora se encontram ultimando a construção de Celebration Veuve Clicquot. Conforto, requin"PASTORIL PROFANO" mento sócio-econômico e cultural do nosso um espaço no centro de Arapiraca para mais te, atendimento diferenciado com garçons e seEstado. um investimento com a breve abertura do gurança exclusivos, acesso exclusivo ao evenO espetáculo batizado de "Pastoril Profano " Escritório Comedoria, que vai funcionar pres- to, tudo isso com uma pitada de luxo num amNO PRISMA DA ARTE tando serviço gastronômico à sociedade da me- biente único e diferenciado. Os interessados arranca risadas dos espectadores durante seus 80 trópole do agreste alagoano. Escritório podem optar por um lounge para 10 pessoas, minutos de duração, o espetáculo já teve várias versões entre elas a homenagem a praia Quando falamos em arte, a palavra por si Comedoria será um restaurante self-service dumesa para seis pessoas ou convite individual. de tambamba, a praia de cabedelo, a reserva só já diz que é pura arte... Sabemos que existe rante o dia e a noite apresentará serviço a La do peixe boi e índios da Baia da Ttraição e o comércio ilegal que vulgariza o chamado Carter com a finalidade de alimentar com quaENCHANTÉ CELEBRATION agora faz uma grande sátira a educação bra"obra de arte" me refiro às cópias, os plágios, lidade de vida as pessoas que vivem no gran2ª EDIÇÃO sileira, Pastoril de Volta as Aulas que será os dublês... A imitação vendida como arte. A de centro de Arapiraca... Vamos aplaudir!!! apresentado na 1ª apresentação do Festival de arte precisa ser original, autêntica, só assim é O Réveillon Enchanté Celebration 2011, Comédia no SESI de Arapiraca no dia 07 de debela e pura... Encontramos muita arte no celei- ENCHANTÉ que acontece simultaneamente em Recife e João zembro, terça-feira véspera de feriado. ro artístico arapiraquense o que se faz admirar CELEBRATION 2011 Pessoa, traz para Maceió a consagrada Banda e valorizar... " Não precisa o artista se prostiEva, Xatrez, Bob Estrela, a revelação alagoana tuir para ganhar dinheiro a arte pode ser dada, A Caveira Promoções e Entretenimento e a Millane Hora, além dos DJ's Tocadisco HOTEL PEQUENO PRÍNCIPE vivenciada como leitura gratuita..pelo ato de ar- Caco de Telha Entretenimento já estão em ritmo (Alemanha, considerado um dos maiores do Atendendo aos pedidos dos seus fies clientisticamente ser arte e não comercio" mim afir- acelerado para mais um Réveillon Enchanté planeta), Luiz Rádio (Itália), Paulo Pringles tes, e acompanhando o crescimento empresarial mou o artista plástico Allan Carlos, aqui Allan Celebration. Esta é a segunda edição da parce(Jovem Pam FM), Romero B, Dahram, e Thales de Arapiraca o Hotel Pequeno Príncipe - sempre faz sua exposição classificada acrescentando a ria entre o badalado evento Celebration, que Hill. na vanguarda no quesito hotelaria - oferece ao necessidade da arte que circula transcende e acontece há sete anos em Maceió, e o Reveillon A culinária servida no Réveillon Enchanté publico empresarial da futura metrópole do se lança sem propósitos..Um artista precisa ter Enchanté, realizado até o momento em cinco Celebration é outro grande destaque. Em todos agreste alagoano um excelente auditório, climadatas e exposições a serem cumpridas". capitais brasileiras. os ambientes será servido um especial e varia- tizado e totalmente equipado. Além de apresenEm Maceió, o Enchanté do cardápio que abrange tar um novo conjunto de apartamentos temátiESCRITÓRIO COMEDORIA Celebration 2011, atualmendesde a culinária japonesa cos com requintes de um cinco estrelas. Na dite o maior réveillon no sisaté comidas típicas, servido reção D. Elisabete, Jamaica e Rusia Queirós semEntão, Fabio Rogério e Junior sócios pro- tema All Inclusive do Brasil, ao longo de 12 horas de pre inovando para melhor servir, também nos inprietários do Escritório Botequim, Sandubão, acontece na paradisíaca festa. Para os que se diver- forma o seu restaurante express, espertinho e praia de Jatiúca e vai oferetem até o amanhecer será musica ao vivo sempre as quintas-feiras no hall cer aos convidados uma oferecido um revigorante de entrada do Hotel pequeno Príncipe. Legal! megaestrutura com palco café da manhã. O sistema 360°, decks à beira-mar, piso All Inclusive também inclui 40 ANOS DE UNEAL elevado, lounges, boates cliuísque Johnny Walker, matizadas e restaurantes. O vodka Smirnoff, Red Bull, Aconteceu com muita alegria na noite da ulprojeto é assinado por um espumante, cerveja e muito tima sexta-feira (19), no Clube dos Fumicultores dos maiores arquitetos do mais, todos disponibilizados de Arapiraca, o Baile dos 40 anos da Uneal. O nordeste, Lúcio Moura e nos diversos bares instala- evento foi uma iniciativa dos estudantes dos curpela artista plástica Verinha dos por toda estrutura. sos de História, Pedagogia, Letras, Matemática, Gamma que juntos trouxeCiências Biológicas e Direito do campus I. ram várias inovações para SESI ARAPIRACA Como parte da programação houve uma série proporcionar todo o conforSEDIA 1º FESTIVAL DE de homenagens aos educadores que fizeram histo para os convidados. Para COMÉDIA tória na universidade, ao longo dos 40 anos de quem prima pelo conforto atividades da instituição. dentro de um megaevento, Rir é o melhor remédio, O evento foi animado ao som do DJ Franklin, Cantora revelação Millane Hora é Cena da peça teatral "Pastoril Profano" os organizadores trazem quem não concorda? Para sair que será apresentada no dia 07 de uma novidade: o Espaço convidada especial para o Réveillon do marasmo e espairecer felici- Kleber Forró Universitário e banda A Nostalgia. Enchanté Celebration dezembro no SESI Arapiraca Parabéns!

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O JORNAL

Economia

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Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br

VENDA DIRETA

Um segmento em franca expansão Contato com consumidores, explicações sobre produtos e clientes fiéis têm resultado em faturamento garantido Elisana Tenório Repórter

Uma combinação de consumidores que não querem ir a estabelecimentos tradicionais com pessoas que dominam técnicas de vendas resultou numa forte força impulsionadora do varejo. Este ano, o volume de negócios do segmento vendas diretas subiu 19% no País e somou R$ 18,56 bilhões no acumulado entre janeiro e setembro ante o mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd), que também aponta uma oscilação positiva em indicadores como produtivi-

dade, cujo aumento foi de 5,6%, e número de revendedores ativos, que saltou de 2,4 bilhões para 2,7 bilhões, alta de 12,6%. A explicação para o sucesso das vendas porta a porta é a mais simples possível. “O ramo é dinâmico porque não depende de financiamento e não opera a base de crédito”, explica o professor de Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Cícero Péricles de Carvalho. Além do mais, os itens praticidade e comodidade combinam com a dinâmica do mundo atual, aliado a elementos importantes como proximidade, confiança, rapidez e segurança. No Brasil, a conhecida venda

a domicílio mobiliza uma população de milhões de pessoas e circula por vários setores: calçados, vestuário, lingerie e, sobretudo, cosméticos. Para se uma ideia da dimensão dos números, a multinacional Avon tem mais de um milhão de revendedores espalhados pelo País, enquanto que a Natura possui 350 mil. No ano passado, a Natura vendeu R$ 4 bilhões e ultrapassou a Avon, a mais antiga no mercado. Alagoas segue a tendência nacional e apresenta números bastante expressivos. De acordo com pesquisas realizadas pelo setor, o Estado deve ter aproximadamente 40 mil pessoas trabalhando com a venda a domi-

cílio. Somente a empresa de cosmético americana Mary Kay possui 600 pessoas engajadas diretamente com a comercialização dos produtos, gerando R$ 250 mil em vendas em Alagoas. Na prática, o que acontece é aquilo que todo mundo já sabe. Quem nunca viu uma consultora de cosmético – como são as chamadas as vendedoras – em todos os locais da cidade: repartição pública, escola, empresa, vizinhança? “Se, em média, cada vendedor tiver 20 compradores regulares, serão 800 mil pessoas atendidas pelo comércio domiciliar. É muita gente ocupada nessa tarefa e um público muito grande que compra neste canal popular de

vendas”, ressaltou Cícero Péricles. PROFISSIONALIZAR Para profissionalizar cada vez mais o segmento, as empresas não param de disponibilizar vagas e cursos para consultoras e revendedoras que trabalham com kits, catálogos e revistas. “A grande maioria consegue entre um a dois salários mínimos, por mês, o que ajuda no orçamento doméstico e nas despesas familiares”, destaca Péricles. AMary Kay, por exemplo, não trabalha com catálogos e sim com demonstração dos produtos, mas realiza treinamentos periódicos para cada profissional ligado à sua linha de vendas. A revende-

dora possui uma espécie de escala de ascensão: a pessoa entra como consultora e, aos poucos, vai mudando de função e, consequentemente, ganhando mais. O percentual de lucratividade está diretamente relacionado aos números de novos profissionais agregados e a porcentagem de vendas. Por exemplo, uma consultora que conseguiu incorporar pelo menos cinco amigas ao time ganha 6% em dinheiro mais de 2,5% a 4% de venda pessoal de cada uma. “Os percentuais variam de acordo com o montante do pedido de cada uma e com o volume de vendas pessoais”, explica Márcia Filgueira, que exerce o cargo de diretoria na Mary Kay. Fotos: Marco Antônio

Márcia, dedicação exclusiva ao trabalho e o carro rosa: troféu sobre rodas

Consultoras de cosméticos passam por constantes treinamentos

Do consultório ao automóvel rosa

Reforço na renda torna-se um meio de sustento

A história de Márcia incentiva qualquer pessoa a entrar no ramo das vendas diretas. A cirurgiã-dentista chegou a Alagoas em 2003 para acompanhar o marido, que foi transferido de São Paulo. Nesta época, ela já atuava como revendedora de cosméticos Mary Kay, mas, em paralelo, exercia a odontologia em três locais distintos: consultório particular, em uma clínica de odontologia e em um posto de saúde. Se computasse suas três rendas, tinha como salário liquido R$ 4.000. Há um ano e meio, porém, Márcia desistiu de atuar como dentista e passou a dedicar-se exclusivamente às atividades de consultora de cosméticos da empresa americana. De acordo com ela, sua faixa de renda atual está em torno de R$ 7.000 a R$ 10.000. “Em uma semana dando treinamento, ganho praticamente o mesmo que recebia em um mês de trabalho como dentista”, afirma. Além da renda, ela também tem acesso a mimos pessoais, que vão desde produtos da linha em que trabalha a jóias, roupas e outros itens. Mas, o maior orgulho de Márcia é mesmo o “troféu sobre rodas”, como é chamado o veículo que foi disponi-

bilizado para seu uso pessoal. O carro modelo Vectra, de cor rosa e com um discreto rótulo da empresa, estar à sua disposição por tempo indeterminado. “Foi uma concessão de uso que ganhei por ter batido metas”, justifica a cirurgiã-dentista. Empolgada com o sucesso e o padrão de vida da diretora, Neide Carvalho também decidiu entrar no mundo das vendas diretas. Há dois meses, a funcionária pública passou a dividir seu tempo entre a repartição e os locais onde possa encontrar possíveis clientes. Apesar do pouco tempo atuando no segmento, ela já comemora um percentual de lucro acima de sua expectativa. Na prática, o que aconteceu foi o seguinte: há 25 anos trabalhando na rede pública municipal, Neide tem um salário aproximado de R$ 2.200. No entanto, em apenas 15 dias como consultora, ela já teve a certeza do quanto pode obter de extra. “Apaixonei-me pela Mary Kay e, como também precisava complementar minha renda, decidi investir. Em duas semanas, consegui R$ 800,00 em vendas mais brindes. Agora, tenho certeza que ampliarei mais ainda meu salário”, frisou.

A mesma satisfação é demonstrada por Francisca Dantas Falcão. Há dez anos, ela começou a atuar no segmento por pura falta de opção. Recém separada do marido, Francisca viu nas vendas diretas a única alternativa para elevar o padrão de vida familiar, que, com o fim do casamento, sofreu uma queda significativa. “Fiquei ganhando um salário mínimo de pensão. Por isso, aceitei, imediatamente, o convite que me foi feito para vender Natura. Hoje, percebo que foi um presente de Deus para mim.

Tudo o que tenho, credito ao meu trabalho”, reconheceu Francisca. Atualmente, ela possui cerca de 300 clientes fixos mais muitos outros que chegam a cada dia. O volume de produtos comercializados é tanto que recentemente Francisca reservou, em seu apartamento, um espaço apenas para comportar as diversas linhas de produtos, formando um estoque estratégico. “Acabei com a varanda para fazer um armário e, mesmo assim, não é suficiente, pois sempre tenho que usar também um dos banheiros”, contou.

Para Francisca Dantas, estoque é estratégia para novas vendas

Amedida foi uma grande “sacada” de Francisca. Ao longo dos anos, ela percebeu que alguns clientes querem o produto com entrega imediata. Para não perder essa fatia dos consumidores, ela optou por investir no estoque, garantindo lucro e satisfação dos clientes. É com o dinheiro disponibilizado pelas vendas diretas que Francisca paga as despesas pessoais e da casa. Ela revela que sua renda fica em torno de R$ 3 mil – sem contar com a “pífia” pensão do marido, como

costuma chamar a ajuda financeira que ainda recebe. “Acabei de trocar o piso do apartamento e todos os móveis. Desembolsei aproximadamente R$ 23.000 e tenho orgulho de dizer que consegui juntar esse montante com as minhas vendas”. E para ter acesso ao tão sonhado 13°, Francisca promete trabalhar dobrado. “Vou aproveitar os pacotes lançados exclusivamente para esta época do ano para faturar o meu extra e, se Deus quiser, como tem acontecido todos esses anos, vou conseguir”, disse.

Crescimento é maior nos segmentos populares Pesquisas do setor comprovam que os segmentos de renda mais baixa têm uma relativa desconfiança dos canais tradicionais de varejo, preferindo adquirir o que pode ver e provar, o que não deixa de facilitar o processo de compra. “A venda direta trabalha com o conhecimento do gosto do consumidor, atende a uma necessidade específica e, por isso, mantém

essa relação”, diz Péricles. Os levantamentos apontam para alguns dados interessantes. Cerca de 70% do comércio de perfumes, maquiagem para os olhos, cremes e batons é realizado por venda direta. Mas, não é somente produto de beleza que vende e muito. Roupas tradicionais de cama e banho, lingerie, jóias, complementos nutricionais e até utilidades

domésticas entram também nessa lista. Na relação entre vendedor e cliente, a abertura de um catálogo quase sempre representa uma compra que acontece por impulso. “É muito difícil a pessoa não ficar com pelo menos um produto”, reconhece Francisca Falcão. Apenas no 3º trimestre, o volume de negócios relativo a vendas diretas foi de R$ 6,8

bilhões, índice 15,3% maior do que o registrado no ano passado. Para o presidente da Abevd, Paulo Quaglia, os números confirmam a solidez e a importância do segmento. Além do mais, o fator do setor ter se mostrado a prova de crises está promovendo mudanças no perfil dos revendedores, consultores e distribuidores.

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Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojorn

EMANOELA MOURA (MÍS (DIR. COMERCI

Ernesto Standtler (Contato) recebendo o trófeu Prêmio Imagem das mãos de Cláudio Gomes

MARCELO MIRANDA (POLY SPORT) E SALVIO MACIEL

LUCRECIA FALCÃO (ALAGOAS CURSOS) RECEBE O TROFÉU DAS MÃOS DE RÉGIS ALBUQUERQUE (PRES. ASSOC. COMERCIAL DE ARAPIRACA)

MIGUEL PIERRI (GRAFMARQUES) BEM ACOMPANHADO NO ESPAÇO SALA VIP

MÚRCIO FREIRE (HOTEL JATIÚCA) RECEBENDO TROFÉU DAS MÃOS DE ELIANE PEREIRA

Ferreira Hora (Pac Lar) recebe o trófeu Prêmio Imagem de Francivaldo Diniz (Presidente do Ibrape)

RIANE MENEZES E ROSÂNGELA FARIAS (FLULOOK) POUSANDO COM O TROFÉU IMAGEM NO ESPAÇO SALA VIP

Eduardo Acioli e Ronald Vasco (V2 Construções) recebem o trófeu das mãos de Vilmar Pinto (Presidente do Creci)

VALDETE CALHEIROS E DINO FILHO

THEODOMIRO JÚNIOR (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA) RECEBENDO O TROFÉU DAS MÃOS DE SÁLVIO MACIEL (DIR. EXECUTIVO DO O JORNAL)

Neide Tavares (Uniodonto) com seu trófeu Imagem

RIQUEZAS DA AMAZÔNIA

LUCIANO QUIRINO (SAP TROFÉU IMAGEM D

VANESSA COUTO E SÍLVIA PING) RECEBENDO O TRO

Cícero Moraes (Açúcar Coruripe) posa no espaço Sala Vip ao lado de Eliane Pereira

MICHELINE VIEIRA (U DO O TROFÉU DE


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nalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br

STER) E ELIANE PEREIRA IAL O JORNAL)

PATO´S) RECEBENDO O DE SÁLVIO MACIEL

ANTONIO SANTOS E ANE ROSE - REAL ALAGOAS NO ESPAÇO SALA VIP

Clodovaldo Oliveira (Mapel) recebe de Willian Tabosa (Prefeitura Municipal de Maceió)

MARCELO ALCOFORADO E MUNIR DE PAULA (CARAJÁS) RECEBENDO O TROFÉU IMAGEM DE ELIANE PEREIRA

Irmão Marciano de Brito

Sálvio Monteiro (Pitú) recebe de Eliane Aquino (Secom/AL)

A CUNHA (MACEIÓ SHOPOFÉU DE ELIANE PEREIRA

UNIMED) RECEBENELIANE PEREIRA

Sra. Carmen Florencio (CVC)

José Tenório (System 2000) recebe trófeu de Bruno Barrionuevo (Diretor da Rádio O JORNAL)

WALDEMIR MARTINS (CASA DAS TINTAS) NO ESPAÇO SALA VIP

ANDREIA E LAVÍNIA GUIMARÃES (OI) NO ESPAÇO SLA VIP

LETÍCIA, GABRIELA, LEYLLANE E SOUZA (RÁDIO O JORNAL)

METRE DE CERIMÔNIA LUCIANA BUARQUE

DESFILE RIQUEZAS DA AMAZÔNIA


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Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: imobiliario@ojornal-al.com.br Marca Antônio

Imóveis.com Theodomiro Jr.

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TIRO PELA CULATRA A decisão do Superior Tribunal de Justiça, que proibiu a cobrança de juros durante a obra, já surtiu efeito no mercado imobiliário brasileiro. Em Maceió, as tabelas de preços foram reajustadas em 10%, em média. Esse, inclusive, foi assunto que dominou a roda de conversas durante a entrega do Prêmio Imagem 2010. O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, Vilmar Pinto, explicou que antes da decisão do STJ o mercado praticava um valor à vista e outro a prazo, figurando este último no contrato de financiamento. O problema é que após o posicionamento do STJ, o que era valor a prazo passou a ser valor à vista. Ou seja, se no mês passado um imóvel valia R$ 100 mil à vista e a prazo constava no contrato R$ 110 mil, agora o valor à vista e a prazo passaram a ser o mesmo: R$ 110 mil. Para este Colunista, quem vai pagar o pato no final será o próprio consumidor, que terá de correr para aproveitar as tabelas antigas ou mexer no bolso para enfrentar os novos valores. Enfim, o tiro saiu pela culatra.

BB FOCA EM CORRETORES O Banco do Brasil está organizando uma série de eventos junto a formadores de opinião, com ênfase principalmente nos corretores de imóveis. A idéia é convencê-los de que existem diferenciais importantes entre os financiamentos imobiliários disponíveis no mercado (leia-se Caixa Econômica) e os seus produtos.

CARÊNCIA DE SEIS MESES Uma dessas vantagens é poder pagar as prestações do financiamento imobiliário até seis meses depois de fechado o contrato. Além do Banco do Brasil, o Bradesco e a Caixa Econômica Federal oferecem carência de até seis meses. Na Caixa, o benefício é válido somente para alguns tipos de convênio, como para funcionários de ministérios.

BOM EXEMPLO O exemplo vem do vizinho estado de Sergipe. o a Prefeitura de Aracaju está para inaugurar o Ceac da Construção Civil, órgão que promete desburocratizar todos os procedimentos vinculados ao setor, tanto para empresas como para o cidadão comum. A ideia é reduzir o tempo de espera nos pedidos de licenciamento de obras, dentre outros serviços.

VEM APENAS COM WC A empresa MaxHaus entregou as chaves, em São Paulo, do empreendimento que inaugurou a linha de condomínios com “arquitetura aberta”. Cada unidade tem 70 metros quadrados totalmente livres, apenas o banheiro vem pronto. A partir da entrega das chaves, cada proprietário desenha o apartamento do seu jeito, com ou sem o apoio da construtora, utilizando divisórias em gesso acartonado. Há possibilidade de comprar mais de uma unidade e juntá-las.

SISTEMA ALEMÃO

Quarta edição do evento, promovido por O JORNAL e Ibrape, foi realizada no Radisson Hotel, na Pajuçara, em jantar de confraternização

Prêmio Imagem revela marcas mais lembradas Setor construtivo teve quatro representantes em 33 categorias Com franca atuação no setor da construção civil e mercado imobiliário, quatro empresas foram agraciadas na noite da última quinta-feira (18), com o Prêmio Imagem 2010. Foram elas a V2 Construções (na categoria Construtora); PacLar (Gestão de Condomínio); Casa das Tintas (Loja de Tintas) e Carajás (Loja de Material de Construção). A distinção homenageia as marcas mais lembradas pelos consumidores alagoanos, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Opinião Pública (Ibrape). O instituto faz anualmente uma ampla pesquisa em todo o Estado entrevistando milhares de pessoas. A premiação este ano aconteceu no Radisson

Hotel, na Pajuçara. “Num mercado competitivo como o nosso, não basta ter apenas um produto ou serviço de qualidade. É preciso que o consumidor reconheça na marca essa qualidade. Por isso, é preciso investir em estratégias de marketing cada vez mais bem elaboradas de forma que a marca seja construída e mantida na mente do consumidor. Isso vale para qualquer setor da economia”, disse a diretora comercial de O JORNAL, Eliane Pereira. Em sua quarta edição, o prêmio contemplou este ano 33 categorias: açúcar, administrador de condomínio, agência de turismo, aguardente, bar, colégio, concessionária de automóveis, construtora, curso de língua es-

trangeira, cursinho pré-vestibular, curso preparatório para concursos, empresa de ônibus urbano, ensino superior, escritório de advocacia, farmácia/drogaria, gráfica, hospital, hotel, loja de calçados, loja de eletrodomésticos, loja de material de construção, loja de material esportivo, loja de moda masculina, loja de pneus, loja de tintas, motel, operadora de telefone, ótica, plano de saúde, plano odontológico, restaurante, shopping center e supermercado. De acordo com o diretor executivo de O JORNAL, Sálvio de Taine Maciel, destacou a credibilidade do Ibrape, “um instituto que é referência na América Latina em pesquisa de opinião pública, contan-

do com mais de 25 anos no mercado brasileiro. “O prêmio Imagem surgiu para que as empresas possam conhecer o quanto suas marcas estão na memória do consumidor, assim como para orientar o empresariado alagoano para que reveja ou mantenha suas estratégias de markerting”. “Para mim é uma satisfação saber que o nosso trabalho e nossa marca são reconhecidos pela população alagoana”, disse o construtor Ronald Vasco Jr., diretor da V2 Construções. Ferreira Hora, diretor-presidente do Grupo Ferreira Hora, do qual faz parte a PacLar também mostrou-se satisfeito com a premiação conferida, antes de tudo, pela sociedade alagoana.

Vencedores lideram em seus segmentos CATEGORIA: MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CARAJÁS

CATEGORIA: LOJA DE TINTAS CASA DAS TINTAS

CATEGORIA: GESTÃO DE CONDOMÍNIO PAC LAR - GRUPO FERREIRA HORA

Waldemir Junior e Sálvio Maciel (O Jornal)

Ferreira Hora e Francivaldo Diniz (Ibrape)

Marcelo Alcoforado e Munir de Paula

A Casa das Tintas foi fundada em 1985, com uma pequena loja na Avenida Maceió, em frente ao Centro de Convenções. Aos poucos, consolidouse como referência no mercado de tintas automotivas das redondezas. Cresceu e alcançou outros bairros, como o Tabuleiro e o Barro Duro, nessa época, já trabalhando com tinta imobiliária. A primeira loja deu lugar à atual matriz na Avenida Comendador Leão. Passados 25 anos, a empresa possui cinco lojas distribuídas pelo Poço, Barro Duro, Farol, Tabuleiro e Ponta Verde. Atualmente oferece produtos da linha automotiva, imobiliária, industrial e artística e impermeabilização.

O empresário Ferreira Hora atua no mercado alagoano há quase 20 anos, quando fundou a empresa PacLar, que viria ser a líder em administração de condomínios do Estado com mais de 100 residenciais em sua carteira. Não tardou e cinco anos depois, observando as lacunas existentes em outros segmento, fundou a H2O, empresa fornecedora de água potável. Em seguida vieram a Apoio Segurança, a Alô Entulhos e a Ferreira Hora, que atua com vendas e aluguéis. “Com uma filial em Brasília, nós, do Grupo Ferreira Hora, estamos prontos para mais vinte anos de prestação de serviços à sociedade”, diz Ferreira.

A história da Carajás começou em 1973, quando o empresário Álvaro Mendonça Alves fundou em Breu Branco (PA) a primeira empresa do grupo, dedicada à extração de madeira, com reserva florestal própria. Em seguida veio a Carajás em Maceió e, em Tucuruí (PA), uma indústria de artigos de madeira beneficiada. Em Maceió, com a mudança para a nova loja, na própria Avenida Durval de Góes Monteiro, a empresa alcançou um novo posicionamento no mercado. Hoje, o Carajás Home Center comercializa mais de 30 mil itens de produtos em metais, louças, pisos, tintas, material elétrico e hidráulico, esquadrias e utilidades para o lar.

A linha, lançada em 2008, já tem outros nove condomínios em construção na cidade e foi viabilizada pela adoção de um sistema construtivo alemão. “Chama-se sistema de forma trepante, em que a estrutura tem um pilar interno, onde está a prumada de água e esgoto”, explica o diretor de operações, Andreas Aoerbach. As paredes externas sustentam a edificação, o que permite a criação de grandes vãos livres.

PARABÉNS MERECIDO Parabéns à secretária da Ademi-AL, Rita de Cássia, e a assessora de comunicação Alexandra Alves pela organização do Prêmio Master Ademi 2010.

EM FOCO

CATEGORIA: CONSTRUTORA V2 CONSTRUÇÕES

O empresário Jubson Uchôa, presidente da Ademi-AL, conseguiu manter a credibilidade e a tradição do Prêmio Master Ademi-AL. Além de conseguir manter em sigilo a lista com os premiados, garantiu também a total autonomia da Comissão Julgadora na escolha dos melhores empreendimentos, tanto que pela primeira vez um empreendimento “econômico” ficou com o prêmio principal.

Ronald Vasco e Vilmar Pinto (Creci-AL)

Constituída há mais de 25 anos, a V2 Construções trouxe modernidade e tecnologia para o mercado da construção civil alagoana. Prova disso foi o reconhecimento público por meio da obtenção da certificação ISO 9002 e consolidada com o novo certificado ISO 9001/2000 e PBQP-H, este último focando em práticas voltadas para a excelência na qualidade de processos e produtos. Escolhida entre as cinco primeiras empresas no ramo da construção civil em Alagoas, a certificação ISO só veio

a consolidar e expandir a política da V2 Construções: "Construir com solidez e qualidade, proporcionando satisfação aos nossos clientes por meio da melhoria contínua de nossos produtos. Este é o nosso objetivo”, diz Ronald Vasco Junior (foto), sócio na V2 junto com o executivo Ralph Ramires. “Esta certificação também se expandiu para o social, devido à promoção de projetos e programas de integração dos funcionários”, acrescentou o empresário.

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Dois

Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br

Confira as promoções na Revista da TV

B1

Fotos: Alessandra Vieira

As escavações são realizadas em todo o sítio arqueológico da Serra da Barriga, onde também funciona um parque temático aberto à visitação pública. Abaixo, vista da Serra da Barriga, local da morte de Zumbi

Arqueologia:

as entranhas da Serra da Barriga

No mês em que se comemora a Consciência Negra, O JORNAL saiu em campo em busca de artefatos arqueológicos, resultado de escavações realizadas na Serra da Barriga - desde 1992 -, no município alagoano de União dos Palmares. Falamos com pesquisadores e constatamos: as peças existem e estão bem guardadas sob a responsabilidade da Universidade Federal de AlagoasUfal. No entanto, é possível que a população em geral nem saiba disso. Os grupos engajados no movimento negro e cultural do Estado têm conhecimento de que aconteceram buscas, mas é possível que jamais tenham visto o material encontrado. Nesse sentido, as peças permanecem debaixo da terra e é urgente que se encontre formas de levá-las a público para dar, enfim, significado cultural, histórico, acadêmico e científico ao que foi realizado. CONTINUA NAS PÁGINAS B2, B3 E B7

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Variedades

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B2

Fotos: Alessandra Vieira

Scott Joseph Allen, professor de Arqueologia no curso de História da Ufal, é o responsável pelas escavações na Serra da Barriga desde 1996

Acervo arqueológico deve vir a público Alessandra Vieira Editora de Cultura

Elô Baeta Repórter

Gabriela lapa Estagiária

e 1992 - início dos trabalhos arqueológicos na Serra da Barriga - a 2010 passaram-se 18 anos. É tempo! Afinal de contas, as peças foram retiradas, estudadas, textos científicos foram embasados, mas o alagoano pouco tem conhecimento do fato. Enfim, do que realmente se constitui esse acervo? Qual a sua importância para a cultura negra alagoana? Qual deveria ser o seu destino após serem catalogadas? Esses podem ser alguns dos

D

questionamentos a serem feitos. A pesquisa - denominada Projeto Arqueológico Palmares, com a finalidade de busca de informações sobre o cotidiano no Quilombo dos Palmares, sobretudo vestígios materiais - inicialmente sob o comando dos arqueólogos Pedro Funari e Charles Orser Jr., da Illinois State University, à época realizada em duas etapas (1992 - 1993), revelou a existência de 14 sítios, de onde foram retirados mais de três mil artefatos, na sua maioria cerâmica; desses, 13 “puderam ser datados pela presença de majólica ou cerâmica vidrada, caracterizada por um brilho opaco que contém óxido de estanho. (...)”, diz o estudo.

Três anos depois, assumindo a direção das escavações, o inglês Scott Joseph Allen, professor de Arqueologia no curso de História da Ufal, continuou os trabalhos e o acervo, atualmente, já soma cerca de cinco mil peças, entre elas urnas funerárias, vasos, vasilhames, machados, cachimbos e milhares de fragmentos. Durante um bom tempo, o material viveu de lugar em lugar, passando pelo quase nada na sede do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) e pelo Museu Théo Brandão-Ufal. Agora, uma boa parte encontra-se hospedada no Núcleo de Ensino e Pesquisa Arqueológica do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes da

Urna funerária é um dos artefatos encontrados durante as pesquisas

Ufal (Ichca) e a maioria encaixotada no Museu Jorge de Lima, também pertencente à universidade, em União dos Palmares, à espera de expositores para abrigá-las. Mas, segundo o professor Scott, a previsão é de que estarão à mostra em fevereiro de 2011 em uma das salas do museu. Para o professor Scott Allen, o estudo arqueológico tem relevo internacional, sendo, inclusive, matéria de base do seu doutoramento, o que demonstra a dimensão das escavações no sentido de pensar sobre a própria renovação da historiografia palmarina. CONTINUA NAS PÁGINAS B3 E B7.

Peças aguardam que expositores sejam montados no Museu Jorge de Lima, em União dos Palmares, para, enfim, serem apreciadas

Além de objetos inteiros, foram achados milhares de fragmentos

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B3

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Alessandra Vieira

E o movimento se manifesta...

Zezito: “Exposição é importante para termos conhecimento de todos os fatos referentes ao movimento negro”

Acervo indígena não deslegitima o valor da serra Um dos fatos mais curiosos do resultado das escavações foram as evidências de uma intensa ocupação indígena - ao menos em épocas pré-coloniais - na serra. Para o Movimento Negro Alagoano, o que poderia ser uma polêmica, só demonstra a confirmação do Quilombo dos Palmares como uma macrosociedade cultural e social, com a miscigenação de raças, reunindo negros, índios e até brancos empobrecidos. Para os militantes, a

maior polêmica está por o acervo arqueológico ainda só estar acessível a acadêmicos e estudiosos, havendo uma maior necessidade de que seja levado ao conhecimento da população para que haja maior entendimento sobre a construção do negro na cultura de Alagoas e do País. (A.V. / E.B. / G.L.) CONTINUA NA PÁGINA B7

Marco Antônio

“A predominância de objetos indígenas encontrados durante as pesquisas não nega a presença do negro nem diminui a importância do Quilombo, mas sim legitima a interação entre o povo negro e os índios. Por isso, levar as peças resultantes das escavações irá não só consolidar a nossa autoestima, como termos elementos reais para contarmos e mostrarmos a nossa história. O movimento negro ainda precisa de discursos coesos que unam os seus membros, com esses estudos, há essa possibilidade. É fato que estamos mais junto desse material do que a população. A exposição é importante porque temos a obrigação de termos conhecimento de todos os fatos referentes ao movimento negro, sobretudo nas escolas, com a realização de projetos pedagógicos para que haja uma interação dos alunos com as peças de forma que sejam trabalhadas junto com o processo histórico do Estado e da serra em si”. Zezito de Araújo, professor e militante do Movimento Negro Alagoano

“O fato de não terem sido encontrados nas escavações artefatos exclusivamente pertencentes ao povo negro, não diminui em nada a importância do Quilombo; pelo contrário, só demonstra o quanto era miscigenado como um local de resistência, independentemente de raça e cultura. Sem dúvida, esses objetos vêm para fundamentar tudo o que já se sabe sobre o Quilombo e reforçar a identidade de um povo. É um momento de resgate da memória do povo negro. A existência desse material vem para ressaltar o que já se tem dito sobre o Quilombo e para reforçar a identidade de um povo. É necessário que a Ufal e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) abram essas peças para a população. É um direito nosso, do povo negro”. Viviane Rodrigues, militante do movimento negro no Estado e membro do Cepa Quilombo.

“Venho acompanhando as escavações desde o primeiro momento, mas, enquanto militante do movimento negro, não me apego a detalhes, como o fato de a maior parte dos prospectos terem características indígenas, porque sabe-se que, 1.200 anos antes dos quilombolas, já haviam índios habitando a região da Serra da Barriga. Minha grande preocupação é com o arquivamento da história. É importante para o nosso povo saber disso. A descoberta dessas peças é muito mais uma comprovação científica, mas é inegável que o Quilombo era uma macrossociedade cultural e social. Seja afro ou indígena, o fato é que havia na serra uma comunidade que resistiu a tudo e a todos. As peças estão aí para comprovar”. Helcias Pereira, ativista do movimento negro no Estado e membro da Coordenação Nacional das Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs). Viviane: “É necessário que a Ufal e o Iphan abram essas peças para a população. É um direito nosso”

TV ABERTA EDUCATIVA 05h00 05h30 06h00 07h00 08h00 09h00 09h30 10h00 10h30 11h00 11h45 12h00 12h30 13h00

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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Esquadrão Sobre Rodas Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino MuitoMaluquinho Catalendas Dango Balango

TV ALAGOAS 05h00 06h00 07h00 07h30 08h00 10h00 14h00

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Aventura Selvagem (Reprise) Pesca Alternativa Vrum Ganhe Mais Dinheiro Com Jequiti Igreja Mundial Domingo Legal Eliana

Canal 3 13h30 14h00 15h00 16h00 17h00 17h30 18h00 19h00 20h00 21h30 22h00 23h45 00h45 01h45

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TV Piá Stadium A'Uwê Ver TV De Lá Pra Cá Cara e Coroa Papo de Mãe Conexão Roberto D'Ávila EsportVisão Nova África Cine Ibermédia A Grande Música DOC TV América Curta Brasil

Canal 5 18h00 - Roda a Roda Jequiti 18h45 - Programa Silvio Santos 23h00 - De Frente Com Gabi 00h00 - Série - Arquivo Morto // Cold Case 01h00 - Série - Desaparecidos // Without a Trace 02h00 - Série - Estética // Nip/Tuck 03h00 - Encerramento

Canal 7

TV GAZETA 04h55 05h45 05h55 06h25 07h00 07h55 08h30 11h25 12h00 12h45

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Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular Aventuras do Didi Os Caras de Pau Temperatura Máxima Hitch - Conselheiro Amoroso (Exibição em HD)

14h39 14h42 15h45 18h00 19h45 22h10 23h15

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Globo Notícia II Domingão do Faustão Futebol 2010 Domingão do Faustão Fantástico Especial Paul Mccartney Domingo Maior Na Teia da Aranha (Exibição em HD) 01h00 - Sessão de Gala - Corpo Fechado

Canal 11

TV PAJUÇARA 01h15 04h25 04h55 05h45 06h15 07h00 08h00 09h00

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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos IURD - Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kids Ponto de Luz Informativo Cesmac

09h30 10h00 11h00 15h00 19h00 22h15 23h00 00h00

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Conexão Alagoas da Sorte Tudo é Possível Programa do Gugu Domingo Espetacular A Fazenda Serie Heroes IURD

TV BANDEIRANTES Canal 38 06h00 09h30 10h00 11h00 11h30 12h00 12h30 13h00 15h30 18h00 20h00 20h50 20h00 22h00 22h35 23h30 00h00 00h45 02h45

- Info - Brasil Caminhoneiro - Info - Lassie - Um Hóspede do Barulho - Que Dureza - Liga dos Campeões Magazine - Band Esporte Clube - Campeonato Brasileiro - Terceiro Tempo - Domingo no Cinema -A Força em Alerta - Família Dinossauros - Domingo no Cinema - Emboscada - Queima de Arquivo - Canal Livre - Mundo Fashion - Show Business - Cine Band - Alta Ansiedade - Vida Vitoriosa


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Espaço B4

UMAS POUCAS PALAVRAS

O que fazem os autores

O negro em Alagoas: um documento sobre anemia falciforme

Professores universitários foram os que redigiram e escritores, de fato, aqueles que vivem doença falciforme.

No Brasil, o gene da HbS foi introduzido com a vinda de escravos africanos. O escravismo se encontra implicado no haplótipo, mas ele, o haplótipo, vai bem mais além desta etapa da formação nacional, pois se encontra, também, na superação do escravismo e no encaminhamento do capitalismo. Tudo isso tem a ver com anemia falciforme. Para conhecer um pouco sobre a distribuição da anemia falciforme em Alagoas, realizamos um estudo, com a supervisão da Professora Dra. Rosana Brandão Vilela e que contou, também, com a participação das professoras M. Stella Figueira e M. Jacinta Souza, com a primeira sendo Professora Adjunta da Disciplina de Hematologia e Hemoterapia da UFESP-Escola Paulista de Medicina. O trabalho tinha o seguinte título: INDO ALÉM DO ESCRAVISMO: um estudo dos haplótipos do Gene s em portadores de anemia falciforme

Sávio de Almeida

B5

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do Estado de Alagoas. Datava de 2007 e serviu de base para um mini-curso durante a realização de uma Semana de Ciências Sociais na Universidade Federal de Alagoas. O presente texto é uma adaptação do artigo mencionado e é publicado como um documento de época, quanto ao andamento do conhecimento sobre a anemia falciforme em Alagoas. Claro que dados bem mais atualizados poderiam ser considerados, mas o enfoque básico permaneceu, com o sangue sendo levado à categoria de documentação histórica e os estudos referentes à anemia falciforme demandando a atenção política. No texto não colocamos o referencial bibliográfico por questão de espaço. Vamos então, ler alguns trechos do artigo mencionado. Este é um dos diversos textos que tive o prazer de escrever em parceria com a professora

Rosana Brandão Vilela, uma figura de expressão na medicina alagoana e na pesquisa sobre a anemia falciforme no Brasil. Pela primeira vez, Espaço muda seu formato e no local em que se apresenta o autor, coloca a marca de uma entidade. Na verdade foram as pessoas portadoras da anemia falciforme que, com a dignidade de suas vidas, escreveram este artigo. O Quilombo do Jacintinho fez uma jornada de esclarecimento da população sobre a doença; seria interessante que todo o Movimento Periférico ampliasse a atividade. Agradecemos à Associação de Pessoas com Hemoglobinopatias de Alagoas, entidade parceira do Grupo Agenda. Agradecemos, também, ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direito, Sociedade e Violência do Centro Universitário CESMAC, pela colabora do seu setor de Estudos Afro-Brasileiros, ligado ao Curso de História.

Direção, posição e seqüência dos "primers" utilizados na determinação dos haplótipos.

INDO ALÉM DO ESCRAVISMO Um Estudo

dos Haplótipos do Gene s em Portadores de Anemia Falciforme do Estado de Alagoas

Rosana Q. Brandão Vilela, Luís Sávio de Almeida, M. Stella Figueiredo, M. Jacinta Souza INTRODUÇÃO [...] A anemia falciforme (AF) é a doença genética mais comum do Brasil. A presença da HbS nas Américas está diretamente relacionada ao tráfico de escravos. Curtin (apud Figueiredo,1993), avalia que cerca de 9.66 milhões de escravos africanos foram enviados nos anos de 1451-1870 para o Novo Mundo. 399.000 foram importados para os Estados Unidos, 3.65 milhões para o Brasil e 3.79 milhões para o Caribe. Aproximadamente 8% da população de negros nos Estados Unidos são heterozigotos para esta condição. No Brasil, estima-se que 5 a 6% da população negra apresenta o gene da HbS e entre a população geral, a frequência é de cerca de 1% (Zago et al,1986). Em Alagoas a prevalência do gene da HbS é de 4% (Vilela,1995) O modo de transmissão hereditária da AF foi somente elucidado entre os anos de 1947 e 1949, independentemente, por Accioly (1973) no Brasil, Neel (1951) nos EUA e Beet (1949) no Zimbabue. Em 1956, Ingram (1956) observou que a única diferença entre estrutura primária da hemoglobina falciforme e normal era a troca de um aminoácido (ác. glutâmico por uma valina) na posição 6 da cadeia beta. Essa alteração isolada permite que a HbS, quando desoxigenada e em alta concentração, apresente redução na solubilidade com formação de estruturas paracristalinas que conduzem a um aumento da viscosidade sanguinea 12. Os cristais são polímeros de HbS capazes de levar a repercussões importantes na morfologia do eritrócito, onde a forma bicôncava clássica da hemácia foi substituída pela forma em foice (Serjant,1992; Bunn, 1986). O gene para a HbS representa um exemplo de polimorfismo balanceado, em que um distúrbio genético é mantido por conferir uma vantagem adaptativa. A fisiopatologia dessa vantagem ainda não é muito bem entendida, mas sabe-se que a HbS oferece em heterozigotos um meio hostil ao parasito da malária, sendo dessa forma uma proteção a disseminação da doença. Isso explicaria a elevada freqüência dessa hemoglobinopatia em regiões endêmicas para a malária, notadamente a África (Pavlakis et al, 1989). A mutação que determina a HbS tem origem em um único gene anormal; no entanto, as manifestações clínicas e hematológicas globais são influenciados por fatores genéticos, fatores ambientais e nutricionais, contribuindo assim, para uma grande variação da expressão fenotípica da doença. Entre os fatores genéticos, destacam-se a talassemia-alfa e os haplótipos ou sítios polimórficos (seqüência de DNA que difere entre os indivíduos), que são reconhecidos através das endonucleases de restrição, localizados no grupo de gene da globulina no cromossoma 11 (Powars et al,1990). Nos países Africanos, haplótipos específicos estão consistentemente, associados com grupos étnicos da região. Desta forma, os haplótipos são nomeados pelo nome da região geográfica onde eles são mais freqüentemente encontrados: Benin (Ben), República Centro Africana (CAR), Senegal

(Sen), Arábia Saudita, Ásia ou Cameroon (Cam). Os três mais freqüentes haplótipos encontrados nas Américas são Ben, CAR e SEN (Powars,1991). A freqüência de haplótipos na AF, no Brasil, foi analisada por alguns estudos que sugerem predomínio do haplótipo CAR em S. Paulo e, na Bahia, as freqüências dos cromossomos CAR e Benin são semelhantes (Zago et al,1992; Costa et al, 1993; Figueiredo,1993; Queiroz, 1996). Além do aspecto antropológico, a descoberta dos haplótipos do gene da HbS representou interesse particular na AF, pois os diferentes haplótipos poderiam fornecer informações sobre as variações na gravidade clínica nesta doença (Zago et al, 1992). Considerando: (1) A escassez de dados em relação aos haplótipos do gene s , (2) a freqüência da AF em nosso Estado e, (3) a acentuada heterogeneidade genética da população brasileira, este estudo propõe-se a analisar a freqüência dos diversos haplótipos do gene s entre os pacientes com AF do Serviço de Hematologia do HU/UFAL para confirmar a origem antropológica do gene e suas relações sociais. Foram estudados, prospectivamente, 34 pacientes alagoanos, não aparentados, portadores de AF, provenientes do HU/UFAL. O diagnóstico de hemoglobinopatia foi baseado em eletroforese de hemoglobina, além de critérios clínicos e hematológicos. O estudo molecular foi realizado no Laboratório de Biologia Molecular da Disciplina de Hematologia e Hemoterapia da UNIFESP/EPM. A pesquisa dos haplótipos do gene s foi realizada através da técnica da reação em cadeia mediada pela polimerase (PCR) e digestão com enzimas de restrição específicas (Tabela1). O DNA foi isolado de leucócitos do sangue periférico. Os sítios de restrição analisados foram: HindIII em IVS2 do gene G , HindIII em IVS2 do gene A , HincII em e HincII na extremidade 3' do (Figura 1). RESULTADOS Na tabela II estão resumidos os resultados da análise dos haplótipos. 54 (79,4%) de 68 cromossomos estudados foram do tipo CAR (Bantu) e, 14 (20,6%) foram do tipo BEN (Benin). A combinação mais comum foi CAR/CAR (21 pacientes) seguida por CAR/BEN (12 pacientes). Apenas um paciente apresentou a combinação BEN/BEN (Tabela III).

DISCUSSÃO:

Predominância Bantu Parece-nos ser pacífica historicamente, a afirmativa quanto à existência de um lastro bantu na feitura inicial da colonização açucareira nordestina, tão logo Portugal avançou sobre o que era chamado de Angola. Desse modo, não causa qualquer surpresa verificar os dados produzidos sobre os pacientes do HU, informações que doravante serão citados como Alagoas. Também não causa qualquer surpresa, estudar os resultados que foram produzidos para São Paulo e Salvador. A possibilidade de os trabalhar comparativamente é animadora e significativa, pois nos dá margem a ir às raízes do processo histórico nacional. Nessa comparação, está levantada uma tese: os haplótipos para fazerem sentido em sua historicidade devem ir, obrigatoriamente, para além do escravismo.

Teste do pezinho Hemácia em forma de foice de um doente de anemia falciforme. 6.500x.

Indo além do escravismo Inicialmente, convém considerar que os haplótipos são atualidades; em segundo lugar, obrigatoriamente, são elementos políticos e finalmente, do ponto de vista histórico, não falam, apenas, sobre singularidades orgânicas mas sobre coletividade. Tudo decorre do fato extremamente simples de que sangue, neste caso, é tempo e, nisso, não é um marcador cronológico, mas um andamento, algo sempre superado. Somente partindo dessas proposições, é que os resultados começam a ter peso historiográfico, pelo fato de estarem sendo vistos como relações. A expressão estatística do haplótipo aparece associada ao tráfico escravista intenso, externo e interno e ao processo de migração que se deu, especialmente, fora do escravismo. Sabemos, o quanto de polêmico é abrigado pelo termo escravismo. Convém, portanto, esclarecer que para efeito deste texto, ele está sendo entendido como sistema de produção que tem como base a força-de-trabalho escrava. Essa proposição reduz a pompa teórica das discussões, mas é suficientemente operacional para o objetivo do texto. Ao que nos parece, a tendência da literatura que vem lidando com o haplótipo é a de realçar o escravismo pelo privilegeamento dado à noção de origem, como se fosse desejado deslocar o Brasil para África à época ou deslocar-se a África para o Brasil. Essa nossa afirmativa relativa ao deslocamento é necessariamente provocativa, pois implica, inclusive, no modo de lidar historicamente com o genético: não é o encadeamento orgânico que atribui um local ao fato; essa atribuição é dada pela natureza e forma das relações sociais. Uma série de fatores estão circunstanciando esse privilegiamento das origens e do qual decorre o que é pertinente à centralização no escravismo. É possível destacar alguns, mas desejamos referir apenas: (a) o genético sem o seu contexto, (b) o fascínio da garimpagem do tempo no DNA e (c), como decorrência, a velha sensação de encontrar marcos iniciais de algo.

A origem é essencial, mas levar a fixação em torno de si pode ser - e de fato é - um sério inconveniente para a análise histórica, pois ela será mais valorizada que o processo, forçando a abstração do que é essencial ao sangue que estamos comentando: o político, ele mesmo uma permanente mutação. Desse modo, o elemento fundamental do haplótipo é a sua "mutação", é o fato de ser tempo, deixar de ser um haplótipo de lá para ser um daqui em tempos diferentes de nossa formação. O escravismo se encontra implicado no haplótipo, mas ele, o haplótipo vai bem mais além, pois ao ser do processo encontra-se na superação do escravismo. É necessário romper com o quase místico da origem para dar ao sangue a sua densidade de tempo. Nesse ponto, o que parece óbvio deve ser revisitado: São Paulo, Salvador e Alagoas não são mais locais do escravismo, mas do capitalismo. Sendo tempo, o sangue atualizou-se em sua coleta e nisso, o haplótipo trouxe o que poderia ser considerado como essencial: o trânsito, a mudança e com isso se refere, sem dúvida, ao quadro estrutural que é o modo como se procedeu a diferenciação regional brasileira; essa regionalização ainda tem suas melhores indicações em Francisco de Oliveira (1993), trabalho a merecer permanente releitura. Francisco de Oliveira é tão básico sobre o Nordeste, quanto Manoel Correia de Andrade (1963), pesando uma diferença de enfoque entre ambos. O fato é que estamos diante de um sangue radicalmente diferente do sangue do escravismo, embora continue mantendo um registro: a origem.

Dos Dados Vamos tomar as indicações de São Paulo, quanto ao haplótipo (Tabela IV). Pelo menos dois fatores de grande importância estão implicados: a expansão cafeeira e a substituição das importações. Essa é a condição histórica do haplótipo estudado: ela associa-se à construção social, da mesma forma como estava associado com a malária (Hill et al, 1991), numa implicação direta com a natureza. O haplótipo se faz dentro do conjunto cultura, chegando a ter

posição central como se pode ver no trabalho de Edelstein (1986). A expansão do café e a substituição das importações correspondem a passos de realinhamento regional brasileiro e, a grosso modo, estariam correspondendo, também, à montagem do eixo de concentração do capital. É dessa montagem e é desse eixo que o haplótipo fala. Com o café, transfere-se parte dos escravos nordestinos e com a substituição das importações, tem-se a transferência da pobreza nordestina. Ora, pobreza e negros são elementos mutuamente implicados, pois foi isso que o senhorial levou séculos construindo. Desse modo, quando os pobres nordestinos vão para SP, carregam os negros nordestinos. Levando em conta que a massa escrava era bantu e que o negro é a base da pobreza, a ida de bantu para SP tornou-se, por assim dizer, permanente. Tomando emprestada uma expressão de Octávio Ianni , do ponto de vista do haplótipo, na medida em que se dá a metamorfose do escravo, ele engata-se no que vai ser chamado livre. Desse modo, ao atualizarse na pobreza, o haplótipo é, ao mesmo tempo, prova, testemunho e participação no processo nacional. A combinação dos haplótipos CAR/CAR: 38,16% em SP (Tabela IV) demonstra a expansão do capitalismo quanto à base bantu e, ao mesmo tempo como, na região que privilegiou, deu-se a combinação de tipos, correspondendo a uma estranha junção do que o escravismo teimou em fazer disjunto. Ele que sempre tendeu a desunir o escravo, tendeu a unir a base pobre do que se chama de liberdade: CAR/CAR está em 38,16%, CAR/BEN 44,74% e BEN/BEN em 10,53%. Juntando os semelhantes, temos uma base de 48,70%. O que se sabe, é que a junção de semelhanças estimulava os temores pânicos senhoriais, mas não parece assustar em São Paulo, onde Angola, Congo, Moçambique e outras partes do mundo negro se transformaram em periferia de desemprego e de lupem para usar a antiga expressão marxista, não como saudosismo, mas como identificação de um contingente urbano que vive opoço das cidades. Como se nota, quando o sangue se transforma em tempo na escrita, ele passa a ser um dado essencialmente político, que o DNA se

expande na razão que o haplótipo fornece sobre o processo ao qual pertence. A composição de Salvador responde, também, pela adequação entre o encontro do haplótipo e as matrizes da formação histórica. Sabe-se da seqüência das importações dos escravos, da transferência de população e o haplótipo sugere que a predominância nada tem a ver com qualquer mistério, mas com o andamento, também, do processo histórico. A base esta refletida na combinação. Observe-se que há uma predominâcia de CAR/CAR sobre BEN/BEN dandonos um subconjunto de 37,40%, inferior ao de São Paulo, cuja diferenciação, possivelmente, se dá pela expressão CAR/CAR (Tabela IV). Nessa matriz, o caso de Alagoas sugere realidade diferenciada das demais. Quando se trabalha com a combinação dos haplótipos (Tabela IV): São Paulo e Salvador tendem a um cluster, enquanto Alagoas é diferencial. Onde, portanto, o haplótipo estaria apontando para sua história? Convém considerar de imediato, a diferenciação existente nos percentuais da combinações CAR/CAR, apontando para um nível de incidência bantu que foge do peculiar às outras duas cidades. Há uma origem enfaticamente bantu. Aqui, novamente , o sangue-tempo abre diversas hipóteses e ter-se-ía que conhecer em detalhes a formação histórica estadual, para que alguém tivesse condições afirmativas. É ponderável pensar, novamente, na arquitetura das regiões no Brasil. Alagoas é um dos estados mais pobres dentro do Nordeste brasileiro. O modo típico de organização de sua produção, sua taxa de geração de emprego, a pressão até mesmo vegetativa do crescimento de sua população economicamente ativa e outros tantos fatores, funcionam como expulsores de população. [...] a origem bantu tende a permanecer ou, em outras palavras, é altamente provável que sejamos um estado bantu, marcadamente na mata litoral, com a expressão CAR/BEN e BEN/BEN tendo constados pelas áreas do Rio São Francisco em face da fronteira com Sergipe. [...] Os achados de uma origem bantu e da permanência desta contribuição bantu não são de causar estranhamento; pelo contrário, são condizentes com a natureza da sociedade alagoana.


O JORNAL

Espaço B4

UMAS POUCAS PALAVRAS

O que fazem os autores

O negro em Alagoas: um documento sobre anemia falciforme

Professores universitários foram os que redigiram e escritores, de fato, aqueles que vivem doença falciforme.

No Brasil, o gene da HbS foi introduzido com a vinda de escravos africanos. O escravismo se encontra implicado no haplótipo, mas ele, o haplótipo, vai bem mais além desta etapa da formação nacional, pois se encontra, também, na superação do escravismo e no encaminhamento do capitalismo. Tudo isso tem a ver com anemia falciforme. Para conhecer um pouco sobre a distribuição da anemia falciforme em Alagoas, realizamos um estudo, com a supervisão da Professora Dra. Rosana Brandão Vilela e que contou, também, com a participação das professoras M. Stella Figueira e M. Jacinta Souza, com a primeira sendo Professora Adjunta da Disciplina de Hematologia e Hemoterapia da UFESP-Escola Paulista de Medicina. O trabalho tinha o seguinte título: INDO ALÉM DO ESCRAVISMO: um estudo dos haplótipos do Gene s em portadores de anemia falciforme

Sávio de Almeida

B5

Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br

do Estado de Alagoas. Datava de 2007 e serviu de base para um mini-curso durante a realização de uma Semana de Ciências Sociais na Universidade Federal de Alagoas. O presente texto é uma adaptação do artigo mencionado e é publicado como um documento de época, quanto ao andamento do conhecimento sobre a anemia falciforme em Alagoas. Claro que dados bem mais atualizados poderiam ser considerados, mas o enfoque básico permaneceu, com o sangue sendo levado à categoria de documentação histórica e os estudos referentes à anemia falciforme demandando a atenção política. No texto não colocamos o referencial bibliográfico por questão de espaço. Vamos então, ler alguns trechos do artigo mencionado. Este é um dos diversos textos que tive o prazer de escrever em parceria com a professora

Rosana Brandão Vilela, uma figura de expressão na medicina alagoana e na pesquisa sobre a anemia falciforme no Brasil. Pela primeira vez, Espaço muda seu formato e no local em que se apresenta o autor, coloca a marca de uma entidade. Na verdade foram as pessoas portadoras da anemia falciforme que, com a dignidade de suas vidas, escreveram este artigo. O Quilombo do Jacintinho fez uma jornada de esclarecimento da população sobre a doença; seria interessante que todo o Movimento Periférico ampliasse a atividade. Agradecemos à Associação de Pessoas com Hemoglobinopatias de Alagoas, entidade parceira do Grupo Agenda. Agradecemos, também, ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direito, Sociedade e Violência do Centro Universitário CESMAC, pela colabora do seu setor de Estudos Afro-Brasileiros, ligado ao Curso de História.

Direção, posição e seqüência dos "primers" utilizados na determinação dos haplótipos.

INDO ALÉM DO ESCRAVISMO Um Estudo

dos Haplótipos do Gene s em Portadores de Anemia Falciforme do Estado de Alagoas

Rosana Q. Brandão Vilela, Luís Sávio de Almeida, M. Stella Figueiredo, M. Jacinta Souza INTRODUÇÃO [...] A anemia falciforme (AF) é a doença genética mais comum do Brasil. A presença da HbS nas Américas está diretamente relacionada ao tráfico de escravos. Curtin (apud Figueiredo,1993), avalia que cerca de 9.66 milhões de escravos africanos foram enviados nos anos de 1451-1870 para o Novo Mundo. 399.000 foram importados para os Estados Unidos, 3.65 milhões para o Brasil e 3.79 milhões para o Caribe. Aproximadamente 8% da população de negros nos Estados Unidos são heterozigotos para esta condição. No Brasil, estima-se que 5 a 6% da população negra apresenta o gene da HbS e entre a população geral, a frequência é de cerca de 1% (Zago et al,1986). Em Alagoas a prevalência do gene da HbS é de 4% (Vilela,1995) O modo de transmissão hereditária da AF foi somente elucidado entre os anos de 1947 e 1949, independentemente, por Accioly (1973) no Brasil, Neel (1951) nos EUA e Beet (1949) no Zimbabue. Em 1956, Ingram (1956) observou que a única diferença entre estrutura primária da hemoglobina falciforme e normal era a troca de um aminoácido (ác. glutâmico por uma valina) na posição 6 da cadeia beta. Essa alteração isolada permite que a HbS, quando desoxigenada e em alta concentração, apresente redução na solubilidade com formação de estruturas paracristalinas que conduzem a um aumento da viscosidade sanguinea 12. Os cristais são polímeros de HbS capazes de levar a repercussões importantes na morfologia do eritrócito, onde a forma bicôncava clássica da hemácia foi substituída pela forma em foice (Serjant,1992; Bunn, 1986). O gene para a HbS representa um exemplo de polimorfismo balanceado, em que um distúrbio genético é mantido por conferir uma vantagem adaptativa. A fisiopatologia dessa vantagem ainda não é muito bem entendida, mas sabe-se que a HbS oferece em heterozigotos um meio hostil ao parasito da malária, sendo dessa forma uma proteção a disseminação da doença. Isso explicaria a elevada freqüência dessa hemoglobinopatia em regiões endêmicas para a malária, notadamente a África (Pavlakis et al, 1989). A mutação que determina a HbS tem origem em um único gene anormal; no entanto, as manifestações clínicas e hematológicas globais são influenciados por fatores genéticos, fatores ambientais e nutricionais, contribuindo assim, para uma grande variação da expressão fenotípica da doença. Entre os fatores genéticos, destacam-se a talassemia-alfa e os haplótipos ou sítios polimórficos (seqüência de DNA que difere entre os indivíduos), que são reconhecidos através das endonucleases de restrição, localizados no grupo de gene da globulina no cromossoma 11 (Powars et al,1990). Nos países Africanos, haplótipos específicos estão consistentemente, associados com grupos étnicos da região. Desta forma, os haplótipos são nomeados pelo nome da região geográfica onde eles são mais freqüentemente encontrados: Benin (Ben), República Centro Africana (CAR), Senegal

(Sen), Arábia Saudita, Ásia ou Cameroon (Cam). Os três mais freqüentes haplótipos encontrados nas Américas são Ben, CAR e SEN (Powars,1991). A freqüência de haplótipos na AF, no Brasil, foi analisada por alguns estudos que sugerem predomínio do haplótipo CAR em S. Paulo e, na Bahia, as freqüências dos cromossomos CAR e Benin são semelhantes (Zago et al,1992; Costa et al, 1993; Figueiredo,1993; Queiroz, 1996). Além do aspecto antropológico, a descoberta dos haplótipos do gene da HbS representou interesse particular na AF, pois os diferentes haplótipos poderiam fornecer informações sobre as variações na gravidade clínica nesta doença (Zago et al, 1992). Considerando: (1) A escassez de dados em relação aos haplótipos do gene s , (2) a freqüência da AF em nosso Estado e, (3) a acentuada heterogeneidade genética da população brasileira, este estudo propõe-se a analisar a freqüência dos diversos haplótipos do gene s entre os pacientes com AF do Serviço de Hematologia do HU/UFAL para confirmar a origem antropológica do gene e suas relações sociais. Foram estudados, prospectivamente, 34 pacientes alagoanos, não aparentados, portadores de AF, provenientes do HU/UFAL. O diagnóstico de hemoglobinopatia foi baseado em eletroforese de hemoglobina, além de critérios clínicos e hematológicos. O estudo molecular foi realizado no Laboratório de Biologia Molecular da Disciplina de Hematologia e Hemoterapia da UNIFESP/EPM. A pesquisa dos haplótipos do gene s foi realizada através da técnica da reação em cadeia mediada pela polimerase (PCR) e digestão com enzimas de restrição específicas (Tabela1). O DNA foi isolado de leucócitos do sangue periférico. Os sítios de restrição analisados foram: HindIII em IVS2 do gene G , HindIII em IVS2 do gene A , HincII em e HincII na extremidade 3' do (Figura 1). RESULTADOS Na tabela II estão resumidos os resultados da análise dos haplótipos. 54 (79,4%) de 68 cromossomos estudados foram do tipo CAR (Bantu) e, 14 (20,6%) foram do tipo BEN (Benin). A combinação mais comum foi CAR/CAR (21 pacientes) seguida por CAR/BEN (12 pacientes). Apenas um paciente apresentou a combinação BEN/BEN (Tabela III).

DISCUSSÃO:

Predominância Bantu Parece-nos ser pacífica historicamente, a afirmativa quanto à existência de um lastro bantu na feitura inicial da colonização açucareira nordestina, tão logo Portugal avançou sobre o que era chamado de Angola. Desse modo, não causa qualquer surpresa verificar os dados produzidos sobre os pacientes do HU, informações que doravante serão citados como Alagoas. Também não causa qualquer surpresa, estudar os resultados que foram produzidos para São Paulo e Salvador. A possibilidade de os trabalhar comparativamente é animadora e significativa, pois nos dá margem a ir às raízes do processo histórico nacional. Nessa comparação, está levantada uma tese: os haplótipos para fazerem sentido em sua historicidade devem ir, obrigatoriamente, para além do escravismo.

Teste do pezinho Hemácia em forma de foice de um doente de anemia falciforme. 6.500x.

Indo além do escravismo Inicialmente, convém considerar que os haplótipos são atualidades; em segundo lugar, obrigatoriamente, são elementos políticos e finalmente, do ponto de vista histórico, não falam, apenas, sobre singularidades orgânicas mas sobre coletividade. Tudo decorre do fato extremamente simples de que sangue, neste caso, é tempo e, nisso, não é um marcador cronológico, mas um andamento, algo sempre superado. Somente partindo dessas proposições, é que os resultados começam a ter peso historiográfico, pelo fato de estarem sendo vistos como relações. A expressão estatística do haplótipo aparece associada ao tráfico escravista intenso, externo e interno e ao processo de migração que se deu, especialmente, fora do escravismo. Sabemos, o quanto de polêmico é abrigado pelo termo escravismo. Convém, portanto, esclarecer que para efeito deste texto, ele está sendo entendido como sistema de produção que tem como base a força-de-trabalho escrava. Essa proposição reduz a pompa teórica das discussões, mas é suficientemente operacional para o objetivo do texto. Ao que nos parece, a tendência da literatura que vem lidando com o haplótipo é a de realçar o escravismo pelo privilegeamento dado à noção de origem, como se fosse desejado deslocar o Brasil para África à época ou deslocar-se a África para o Brasil. Essa nossa afirmativa relativa ao deslocamento é necessariamente provocativa, pois implica, inclusive, no modo de lidar historicamente com o genético: não é o encadeamento orgânico que atribui um local ao fato; essa atribuição é dada pela natureza e forma das relações sociais. Uma série de fatores estão circunstanciando esse privilegiamento das origens e do qual decorre o que é pertinente à centralização no escravismo. É possível destacar alguns, mas desejamos referir apenas: (a) o genético sem o seu contexto, (b) o fascínio da garimpagem do tempo no DNA e (c), como decorrência, a velha sensação de encontrar marcos iniciais de algo.

A origem é essencial, mas levar a fixação em torno de si pode ser - e de fato é - um sério inconveniente para a análise histórica, pois ela será mais valorizada que o processo, forçando a abstração do que é essencial ao sangue que estamos comentando: o político, ele mesmo uma permanente mutação. Desse modo, o elemento fundamental do haplótipo é a sua "mutação", é o fato de ser tempo, deixar de ser um haplótipo de lá para ser um daqui em tempos diferentes de nossa formação. O escravismo se encontra implicado no haplótipo, mas ele, o haplótipo vai bem mais além, pois ao ser do processo encontra-se na superação do escravismo. É necessário romper com o quase místico da origem para dar ao sangue a sua densidade de tempo. Nesse ponto, o que parece óbvio deve ser revisitado: São Paulo, Salvador e Alagoas não são mais locais do escravismo, mas do capitalismo. Sendo tempo, o sangue atualizou-se em sua coleta e nisso, o haplótipo trouxe o que poderia ser considerado como essencial: o trânsito, a mudança e com isso se refere, sem dúvida, ao quadro estrutural que é o modo como se procedeu a diferenciação regional brasileira; essa regionalização ainda tem suas melhores indicações em Francisco de Oliveira (1993), trabalho a merecer permanente releitura. Francisco de Oliveira é tão básico sobre o Nordeste, quanto Manoel Correia de Andrade (1963), pesando uma diferença de enfoque entre ambos. O fato é que estamos diante de um sangue radicalmente diferente do sangue do escravismo, embora continue mantendo um registro: a origem.

Dos Dados Vamos tomar as indicações de São Paulo, quanto ao haplótipo (Tabela IV). Pelo menos dois fatores de grande importância estão implicados: a expansão cafeeira e a substituição das importações. Essa é a condição histórica do haplótipo estudado: ela associa-se à construção social, da mesma forma como estava associado com a malária (Hill et al, 1991), numa implicação direta com a natureza. O haplótipo se faz dentro do conjunto cultura, chegando a ter

posição central como se pode ver no trabalho de Edelstein (1986). A expansão do café e a substituição das importações correspondem a passos de realinhamento regional brasileiro e, a grosso modo, estariam correspondendo, também, à montagem do eixo de concentração do capital. É dessa montagem e é desse eixo que o haplótipo fala. Com o café, transfere-se parte dos escravos nordestinos e com a substituição das importações, tem-se a transferência da pobreza nordestina. Ora, pobreza e negros são elementos mutuamente implicados, pois foi isso que o senhorial levou séculos construindo. Desse modo, quando os pobres nordestinos vão para SP, carregam os negros nordestinos. Levando em conta que a massa escrava era bantu e que o negro é a base da pobreza, a ida de bantu para SP tornou-se, por assim dizer, permanente. Tomando emprestada uma expressão de Octávio Ianni , do ponto de vista do haplótipo, na medida em que se dá a metamorfose do escravo, ele engata-se no que vai ser chamado livre. Desse modo, ao atualizarse na pobreza, o haplótipo é, ao mesmo tempo, prova, testemunho e participação no processo nacional. A combinação dos haplótipos CAR/CAR: 38,16% em SP (Tabela IV) demonstra a expansão do capitalismo quanto à base bantu e, ao mesmo tempo como, na região que privilegiou, deu-se a combinação de tipos, correspondendo a uma estranha junção do que o escravismo teimou em fazer disjunto. Ele que sempre tendeu a desunir o escravo, tendeu a unir a base pobre do que se chama de liberdade: CAR/CAR está em 38,16%, CAR/BEN 44,74% e BEN/BEN em 10,53%. Juntando os semelhantes, temos uma base de 48,70%. O que se sabe, é que a junção de semelhanças estimulava os temores pânicos senhoriais, mas não parece assustar em São Paulo, onde Angola, Congo, Moçambique e outras partes do mundo negro se transformaram em periferia de desemprego e de lupem para usar a antiga expressão marxista, não como saudosismo, mas como identificação de um contingente urbano que vive opoço das cidades. Como se nota, quando o sangue se transforma em tempo na escrita, ele passa a ser um dado essencialmente político, que o DNA se

expande na razão que o haplótipo fornece sobre o processo ao qual pertence. A composição de Salvador responde, também, pela adequação entre o encontro do haplótipo e as matrizes da formação histórica. Sabe-se da seqüência das importações dos escravos, da transferência de população e o haplótipo sugere que a predominância nada tem a ver com qualquer mistério, mas com o andamento, também, do processo histórico. A base esta refletida na combinação. Observe-se que há uma predominâcia de CAR/CAR sobre BEN/BEN dandonos um subconjunto de 37,40%, inferior ao de São Paulo, cuja diferenciação, possivelmente, se dá pela expressão CAR/CAR (Tabela IV). Nessa matriz, o caso de Alagoas sugere realidade diferenciada das demais. Quando se trabalha com a combinação dos haplótipos (Tabela IV): São Paulo e Salvador tendem a um cluster, enquanto Alagoas é diferencial. Onde, portanto, o haplótipo estaria apontando para sua história? Convém considerar de imediato, a diferenciação existente nos percentuais da combinações CAR/CAR, apontando para um nível de incidência bantu que foge do peculiar às outras duas cidades. Há uma origem enfaticamente bantu. Aqui, novamente , o sangue-tempo abre diversas hipóteses e ter-se-ía que conhecer em detalhes a formação histórica estadual, para que alguém tivesse condições afirmativas. É ponderável pensar, novamente, na arquitetura das regiões no Brasil. Alagoas é um dos estados mais pobres dentro do Nordeste brasileiro. O modo típico de organização de sua produção, sua taxa de geração de emprego, a pressão até mesmo vegetativa do crescimento de sua população economicamente ativa e outros tantos fatores, funcionam como expulsores de população. [...] a origem bantu tende a permanecer ou, em outras palavras, é altamente provável que sejamos um estado bantu, marcadamente na mata litoral, com a expressão CAR/BEN e BEN/BEN tendo constados pelas áreas do Rio São Francisco em face da fronteira com Sergipe. [...] Os achados de uma origem bantu e da permanência desta contribuição bantu não são de causar estranhamento; pelo contrário, são condizentes com a natureza da sociedade alagoana.


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Hoje Depois de Romeu e Julieitaa e Branca de Never e as sete pecinhas, o ator Christiano Marinho, criador do personagem Romeu, está de volta. Agora com a peça Romeu, Eva e Adão (foto), com pré-estreia para o dia 21 de novembro, às 19h, no Centro Cultural Sesi (Pajuçara – Maceió). Ingressos: R$ 20 (inteira) e 10 (estudante) + 1kg de alimento não perecível (dentro do projeto Social Sorriso em Dobro), à venda no stand Viva Alagoas (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 9967-1074/32356950. Por do sol, lua cheia e muita música no Quintal Restaurante, Música e Bar (Praça São Pedro, 460, em Garça Torta, em Maceió - próximo ao restaurante Lua Cheia). O cantor e compositor Bruno Hítan (Ferrovia Aérea) vai apresentar a partir das 17h, um repertório com muito pop rock nacional e internacional e MPB. Participação especial de Tony Haquiles, na percussão. Couvert artístico: R$ 4. Mais informações: (82) 9939-0391.

A cantora e compositora Cris Braun prepara mais uma manhã de música no Parque Municipal (Bebedouro-Maceió). Desta vez, o evento acontece a partir das 10h, e conta com a participação do violinista Wilbert Fialho. Aberto ao público.

Em Breve O diretor e professor de teatro da Ufal, Homero Cavalcante, comanda a montagem de O burguês fidalgo, de Molière, dias 1º, 3 e 5 de dezembro, às 20h, no teatro do Centro Cultural Sesi (Pajuçara-Maceió). A encenação do humor sarcástico do dramaturgo francês fica por conta do Grupo Teatral do Cesmac. Aberto ao público. Muito ligadas, as irmãs Ligia e Guida se casam no mesmo dia e, com seus maridos, dividem um apartamento em Copacabana. Este é o ponto de partida de A Serpente, a última peça - e a mais curta, com apenas um ato de duração -, escrita pelo dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). O espetáculo, com direção de Yara de Novaes, faz curta temporada em Maceió, nos dias 4 (21h) a 5 (20h) de dezembro, no Teatro Deodoro (Centro) e traz no elenco Débora Falabella, Débora Gomez, Augusto Madeira, Alexandre Cioletti e Cyda Morenyx. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia para estudantes e idosos acima de 60 anos), à venda na Loja Levi’s no Maceió Shopping. Mais informações: (82) 3325-2373 / 9601-2828.

Em Cartaz A Oi criou o número 0800-0953099 para esclarecer dúvidas sobre seu edital de patrocínios culturais incentivados de 2011. O produtor interessado pode ligar gratuitamente de telefones fixos, de segunda a sábado, das 8h às 20h, até o dia 13 de dezembro, quando se encerram as inscrições para o programa. Mais informações no site do Oi Futuro (www.oifuturo.org.br). Estão abertas as inscrições para o Prêmio Procultura de Estímulo às Artes Visuais. A iniciativa do Centro de Artes Visuais/FUNARTE está dividido em quatro categorias: Bibliotecas básicas de artes visuais, Periódicos e revistas sobre artes visuais, Pesquisa de acervos artísticos (obras de referência) e Prêmio de artes plásticas Marcantônio Vilaça. As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de dezembro, através de formulário disponível nos sites www.cultura.gov.br e www.funarte.gov.br.


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B7

“A ideia de um parque na Serra da Barriga data do antigo Projeto Rondon” Tudo o que envolve a temática Serra da Barriga traz sempre uma série de questionamentos. A polêmica gira em torno de questões que vão desde a presença indígena no local até a denúncia de desvio de peças

para fora do País. Para saber mais sobre esses e outros pontos, a reportagem ouviu o historiador Sávio de Almeida, uma das pessoas que acompanharam o processo de pesquisa desde o início. Yvette Moura

Professor, o senhor tem conhecimento das pesquisas realizadas na Serra da Barriga? Tenho, como você disse, conhecimento, mas não em profundidade. Acompanhei de longe o desenvolvimento dos trabalhos. E sou amigo das pessoas que se envolveram mais diretamente com a serra: Zezito, quando do Neab, e o Scott. A ideia de um parque na Serra da Barriga data do antigo Projeto Rondon, mais ou menos na década de 70, e não sei por onde anda a documentação da época. Depois é que a Serra começa a ser, efetivamente, trabalhada pelo Movimento Negro, especialmente quando se dá a criação do Neab, com a direção do Zezito, com ligações diretas com a Fundação Palmares. É importante que o acervo arqueológico seja exposto ao público? Considero importante sim. Necessário e fundamental. Ele é do patrimônio público e, na certa, o material não foi escavado para ficar encaixotado. Esse interesse vai muito além do movimento negro: interessa à cultura brasileira de um modo geral, e as peças, mesmo que não falem exclusivamente sobre a presença negra, falam sobre os tempos do lugar, e isto é de extrema importância. Tudo deveria estar exposto sim. O que o senhor pode comentar sobre a presença não exclusivamente negra no acervo? Quando da pesquisa do Funari e do Orsen escrevi uma longa carta para Clóvis Moura - autor de clássico sobre a história negra brasileira - dizendo não duvidar que o acervo a ser extraído seria largamente indígena. Tal carta

deve estar nos arquivos do Clóvis, que, se não me engano, foram adquiridos pela Fundação Palmares. Inclusive, na Serra da Barriga, pode ter existido um braço do aldeamento do Urucu. Seriam muitos os encontros indígenas com a área, até mesmo de índios que vieram no grupo do Capitão do Terço dos Palmares, Domingos Jorge Velho. Qual o valor histórico da pesquisa? Essa é a pesquisa mais importante da arqueologia colonial realizada em Alagoas e, no que vou chamar de arqueologia negra, é de fantástico resultado. O Quilombo dos Palmares em nada se desmerece pela participação de outros setores da população. Aliás, parte da teoria histórica sobre quilombo considera a presença de não-negros, dentre eles, Clóvis Moura. Jamais os resultados dessa pesquisa enfraquecem o valor simbólico do Quilombo dos Palmares e nem o seu exemplo de luta pela liberdade e pela construção da negritude no Brasil. O Quilombo, enquanto entidade política, é

bem superior a toda essa discussão. E quanto às pessoas envolvidas? Nada sei com relação ao Orsen. Houve uma polêmica com Clóvis Moura e, inclusive, chegou-se a mencionar a remessa de peças para os Estados Unidos. Desconheço. Quanto ao Scott, eu garanto a sua integridade pessoal e científica. Posso não concordar com certas construções teóricas que ele realiza, mas jamais diria que não é um homem de extrema capacidade e seriedade no que faz. Sem ele, a arqueologia em Alagoas teria morrido e foi uma grande perda sua transferência para a Universidade Federal de Pernambuco. Scott poderia estar muito bem situado em qualquer Núcleo de Estudos da Latin America, nos Estados Unidos. Continua aqui. Existem algumas universidades americanas com uma espécie de tara em latinos, como, por exemplo, a da Califórnia e a do Texas. Scott é um “homem” de Brown, assim como sou um “homem” de Michigan: Spartarcus. (A.V. / E.B. / G.L.)

Guerra dos Palmares: documentos relativos aos sucessos de 1668 a 1680 Acordo entre as Câmaras das vilas do Bom Sucesso e Magdalena acerca da extinção dos Palmares -1668 Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, da era de mil seiscentos e sessenta e oito anos, aos dezessete dias do mês de dezembro, nesta vila do Bom Sucesso de Porto Calvo, nas casas do Conselho da dita vila, juntos o Capitão e Alcaide Maior Christovão Lins e os homens da governança e dois deputados que vieram da vila das Alagoas, os capitães Antonio Cabral de Vasconcellos e Gaspar de Araújo, a tratar com os ditos acima por parte dos oficiais da Câmara daquela vila e do Capitão Maior André Gomes, em nome do povo e nobreza dela, sobre a extinção dos negros levantados dos Palmares, acordaram fazer uma união perpétua, e de cada vila se porá em campo um troço da melhor gente de guerra com um cabo e entrarão aos mocambos unidos em um governo pela parte que melhor for noticiada, para se destruírem os ditos mocambos, iguais em custo, e toda a mais gente que quiser entrar voluntariamente, quer seja das ditas Capitanias, quer de outras quaisquer, todos irão sujeitos do mesmo governo, que os cabos que entrarem farão assistência necessária e serão obrigados a conservar os mantimentos que nos ditos mocambos se acharem para sustento dos soldados e botar com suas tropas para que, reprimido o negro, se venha valer da nossa gente; entrarão à custa das ditas duas Capitanias, fazendo cada qual o custo a sua gente de pólvora e balas e mantimentos e, descendo alguma tropa dos mocambos àlguma destas Capitanias, será a Câmara obrigada a lhe dar o socorro necessário, fazendo pôr em revista a despesa que for, com quitação do cabo se satisfará uso e feito suprirão os moradores, visto não haver Fazenda Real e todas as presas que se tomarem dos moradores serão vendidas para fora desta Capitania de Pernambuco e de cada uma se tirará o valor de doze mil réis e serão obrigados seus senhores a remi-los dentro de um mês e, fazendo o contrário, os poderão vender os mesmos cabos e os capitães-maiores andarão vigilantes em os fazer lançar fora da Capitania, e de doze anos para baixo os poderão possuir e vindo-se meter alguns reprimidos de nossas armas em casa de seus senhores, serão obrigados a dar seis mil réis e se lhes fará a possagem e o mais conveniente. E todos os negros corsários que se aprisionarem nos mocambos e constar que nestas Capitanias obravam malefícios de morte e roubos, serão castigados com morte natural como malfeitores e os perderão seus senhores, e os presos que se aprisionarem fora destas duas Capitanias seguirão os cabos o bando e ordem do Sr. Governador Bernardo de Miranda Henriques, e as presas que se fizerem serão repartidas com igualdade o que tocar a cada um, o que tudo se obrará com o parecer das Câmaras e dos capitães-maiores destas ditas Capitanias. Feito em vereação em o dito dia, mês e ano, e eu supra Nicolau Gonçalves Felgueira, Escrivão da Câmara o escrevi. - Christovão Lins, Francisco Velloso, Domingos de Siqueira, Clemente da Rocha Barbosa, Antonio d´Andrade Barbosa, Manoel Pereira, Custodio d´Andrade Barbosa, Hepolito Alonso de Versoza, Antonio Cabral de Vasconcellos, Gaspar de Araújo. E não diz mais o dito assento, o qual trasladei bem e fielmente, a que me reporto em tudo e por tudo, o qual fica em meu poder. E eu, Capitão Pero Bezerra - Escrivão da Câmara, que escrevi.

Providências da Câmara das Alagoas em relação ao fornecimento de gêneros à entrada nos Palmares - 1674 Aos dezoito dias do mês de junho de mil seiscentos e setenta e quatro, nesta vila de Santa Maria Magdalena da Lagoa do Sul, no paço do Conselho, dela sendo presente o juiz Miguel Barreiros e Vereadores Manoel Lopes Duram e Manoel Gomes, e procurador do Conselho Ambrósio Lopes Leitão, e, junto, o Capitão Mor João da Fonseca, que, junto aos ditos Senhores oficiais da Câmara, ordenarão que para dar execução à ordem do Sr. Governador D. Pedro de Almeida para a entrada que intenta fazer sobre a guerra dos negros dos Palmares, para quietação dos povos desta Capitania; ordenarão dos ditos Senhores que, para a finta da Senhora Rainha da Grã-Bretanha e paz de Holanda, para os trezentos alqueires de farinha que o dito Senhor Governador ordenou a esta Capitania, e assim mais todo o peixe que se pudesse fazer, de que mandarão fazer este termo que todos assinaram com o dito Capitão-Mor. E eu, Capitão Pero Bezerra, Escrivão da Câmara, que o escrevi. - João da Fonseca, Ambrósio Lopes Leitão, Miguel Barreiros, Manoel Lopes Durão, Manoel Gomes. * Fonte: Mata e Palmares nas Alagoas, de José de Mendonça de Mattos Moreira, Pedro Paulino da Fonseca e João Francisco Dias Cabral, organizado por Luiz Sávio de Almeida.

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Variedades

O JORNAL JORNA L Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br

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MÚSICA Sir Paul McCartney volta ao Brasil pela terceira vez para shows Há cerca de 50 anos, Paul McCartney, hoje com 68, é o maior astro pop do mundo. Ex-Beatle, foi aos 15 anos, em Liverpool, Inglaterra, que conheceu John Lennon e entrou para a banda Quarrymaen. Depois, junto com Ringo Star, Lennon e George, formou o grupo Beatles, que virou febre na América em 1964, sete anos depois de se unirem. Com o sucesso veio a pressão da fama e dos conflitos. Em 1970, 13 anos depois da formação dos Beatles, McCartney anunciou o fim da banda. O momento mais marcante no processo de ruptura dos Beatles foi o romance entre John Lennon e Yoko Ono. No fim dos anos 60, Lennon passou a levar Yoko para o estúdio durante as gravações da banda. Era para Yoko que Lennon olhava após cada tomada a espera de um comentário, não para Paul ou George Martin (produtor). Philip Norman, autor de "Shout", uma das melhores biografias dos Beatles, descreve assim a personalidade de McCartney: "Paul, embora tão individualista quanto John, não possuía nada da rebeldia temerária deste. Tinha uma aversão profunda a toda agressão e confrontação aberta, preferindo dobrar os outros à sua vontade usando a simpatia, a diplomacia e a inocência por vezes enganosa de seus grandes olhos castanhos". Sir Paul McCartney se apresentou oficialmente no Brasil pela primeira vez em 1990, com um show que entrou para o livro Guiness dos como a apresentação de um único artista com maior público pagante, de 184 mil pessoas. Ele voltou ao país em 1993, tocando no Pacaembu em São Paulo e na Pedreira Paulo Leminski em Curitiba. Este ano, ele voltou ao país para três apresentações da turnê "Up and coming" - Porto Alegre (no último dia 7) e São Paulo, hoje e amanhã.

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O JORNAL

Classificados

D1

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Classificados D2

Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br REF: 054 - PONTA VERDE Aptº c/ 97,50m2 - 03 Quartos sendo 02 suítes, varanda, sala para 02 ambientes, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada, 02 vaga de garagem. R$ 320.000,00. Tratar pelos telefones para contatos: 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

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O JORNAL JORNA L

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Domingo, 21 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

REF: 075 - PONTA VERDE Aptº com sala de estar e jantar, hall, 3 quartos sendo 1 suíte e 1 reversível, wc social, cozinha, área de serviço, dependência completa e 2 vagas de garagem. Área privativa 76,66m². R$ 210.000,00 - Prédio atualmente em fase de construção. TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 074 - PONTA VERDE: Rua Desportista Humberto Guimarães, 6º andar - Apto. Duplex. 1°. piso: sala de estar/jantar, varanda, 2 suítes, 2 quartos sociais, wc social, cozinha, área de serviço, despensa, dependencia completa empregada; 2°. piso: sala de estar, terraço, quarto, piscina, jardineiras, 4 vagas de garagem. Área privativa 256,49m². R$ 750.000,00; Preço do condomínio: R$ 1.000,00 Forma de Pagamento: À Combinar. Se for colocar tudo o que ele tem, não vai caber no anúncio! TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 073 - PONTA VERDE – Com 67,34m² - Aptº no 2º andar (2ªquadra da praia). sala de estar/jantar, 02 suítes, varanda, hall, cozinha, 01 vaga de garagem. Área: R$ 165.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

PAJUÇARA REF: 091 – PAJUÇARA - ED. STÚDIO 413,Apartamento beiramar, com 2º pavimentos, sala, 2 quartos sendo 1 suíte, varanda, 01 (um) WC social, cozinha. R$ 155.000,00 (Cento e cinquente mil reais). Excelente para morar ou alugar por temporada. Cond. R$ 300,00 - TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343 REF: 046 – BEIRA-MAR DE PAJUÇARA – Agora ao seu alcance, 24 horas por dia, o mar que nos encanta o ano todo! De frente. Novo! Andar alto! Belo! 150m². Sala com varanda, 04 quartos s/ 04 suítes, 2 reversíveis, todas com instalação para split, cozinha grande, DCE, despensa, área de serviço, piso em granito, 02 ou 3 vagas de garagem. Prédio com sauna, 3 elevadores, salão de festas, de jogos, guarita de segurança. Lazer na cobertura. Feito pra caber toda sua família! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

REF: 088 – PAJUÇARA - ED. NEO II, Apartamento com sala, terraço, 2 (dois) quartos, sendo 01 (um) suíte, 01 (um) WC social, cozinha, área de serviço. Área privativa: 60m2. R$ 240.000,00 (Duzentos e quarenta mil reais) TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

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Última cartada Candidato à presidência do CRB, Cícero Santana defende venda de parte do patrimônio para tornar o clube viável Páginas 4 e 5


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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com

A ARTE DE JOFRE E O SILÊNCIO Houve um tempo, não tão distante, em que um dos esportes mais atraentes do Olimpo era o pugilismo. Dois homens se enfrentavam como nas guerras, mas, guiados por regras simples, apenas aparavam arestas esportivas. Defendiam sua cidadela, sua pátria, e os vencedores exibiam o cinturão mais cobiçado do arrabalde ou dos continentes. Nesse tempo, os conquistadores em série tornavam-se referência para sua gente e carregavam pelos ringues do mundo sua bandeira como troféu. Corria o ano de 1960. No auge da guerra fria, as nações se dividiam entre o vermelho comunista e o azul do capital. Oriente e Ocidente traçaram uma linha imaginária a partir da Europa, e alguns dissidentes, como Fidel Castro, desafiavam o império norteamericano mesmo em território hostil. O Brasil vivia um período de efervescência política e esportiva. Dois anos antes, a seleção de Garrincha e Pelé encantara até os adversários e levantara pela primeira vez uma certa Taça Jules Rimet, na Copa da Suécia. O presidente Juscelino Kubistchek tentava transformar seu quarto ano de mandato em 40 de prosperidade e, nos ringues, um pugilista estava prestes a escrever sua história. No dia 18 de novembro daquele ano, Eder Jofre subiu num ringue de Los Angeles, nos Estados Unidos, para enfrentar o mexicano Eloy Sanchez. Em disputa, o título mundial dos Pesos Galo. Com estilo agressivo e, ao mesmo tempo, técnico, o brasileiro golpeava como se esgrimisse. A combinação de socos com rápidos movimentos tirava as forças do oponente, e os alaridos do público multiplicavam as suas. "Uppers certeiros", jogo de cintura e ataques precisos o ajudavam a compor o cenário. No sexto round, o silêncio se fez presente no ginásio para, segundos depois, da última pancada se transformar em gritos de vitória. Jofre derrubou o adversário e, após a tradicional contagem, ainda cansado pelo embate, viu o ringue ser invadido por seus aliados. Essa foi uma das vitórias épicas do esporte brasileiro. O boxe era a "nobre arte" daquela década. Por seus ringues, desfilaram talentos como Rocky Marciano, Joe Louis e Sugar Ray Robinson. Aquela luta marcaria algumas gerações de apaixonados pelo esporte que envelheceram com Eder. Seus feitos não se resumem a esse desafio. Em 1962, ele unificou os cinturões batendo o irlandês Johnny Caldwelle e, em 65, conheceu sua derrota mais dolorosa, perdendo o título por pontos para o japonês "Fighting Harada", em Tóquio, numa decisão por pontos muito contestada. O brasileiro também foi derrotado na revanche e resolveu abandonar o pugilismo aos 30 anos. Mas sua trajetória ainda guardava capítulos de glória. Em 1969, o brasileiro aumentou sua categoria e voltou ao combate. Muitos riram de sua iniciativa. A inatividade, certamente, tiraria seus estranhos poderes. Aos críticos, Jofre respondeu com incríveis 25 vitórias, que culminaram com a terceira conquista mundial, nos pesos penas, diante do gigante cubano José Legra, em 1973. Os feitos do pugilista o colocaram no nível dos maiores desportistas de seu tempo. O boxe perdeu adeptos e a pegada a partir da década de 90. A manipulação de resultados e a debandada de patrocinadores levaram seus talentos para as arenas do vale tudo, mas sua galeria de campeões ainda deve ser lembrada com reverência por quem viu ou ouviu as histórias de seus heróis. Cinquenta anos após seu primeiro grande feito, Eder Jofre merece as homenagens e o reconhecimento de novos e antigos. Ele foi um dos atletas que honraram a pátria com a mesma coragem dos pracinhas que tomaram Monte Castelo. O silêncio o pegou em 1976, mas o velho, marcado pelas cicatrizes e as dores do boxe, ainda é capaz de emocionar um público que não o viu em ação. Salve a força desmedida do vídeo, da foto e das palavras presas nos livros.

Torcida do Santa Cruz fez muita festa para o time, mas não teve nada para comemorar no ano

Nos braços do povo Na Série D, Santa lidera média de público dos brasileiros A paixão pelo futebol move multidões. Mas se engana quem pensa que para a torcida comparecer ao estádio o clube precisa estar no topo e brigando por títulos. A massa de torcedores do Santa Cruz é uma prova disso. Mesmo amargando a disputa de uma modesta Série D, a Quarta Divisão, o Coral foi a equipe que teve a maior média de público entre todos os times que disputam o Brasileiro em

2010, sejam eles das Séries A, B, C ou D. O número foi superior inclusive a de outros gigantes do futebol nacional, como o Corinthians e o Flamengo. O Santa Cruz conseguiu levar ao Arruda 120.973 pessoas, em quatro jogos, totalizando uma média de 30.243 torcedores por partida. O Corinthians, atualmente líder da Série Ae segundo em média de público, conseguiu levar 26.591 “loucos”,

em média. Para ultrapassar o Santa Cruz, o Timão precisaria alcançar um público de 86.646 torcedores no jogo contra o Vasco, que será disputado no próximo dia 28, no Pacaembu, último compromisso do clube paulista como mandante neste Brasileirão. Fato que não será possível por causa da capacidade do estádio, que é cerca de 38 mil torcedores.

Top 10 na média de público das quatro divisões do Brasileiro: 1º Santa Cruz 30.243 2º Corinthians 27.111 3º Ceará 22.604 4º Fluminense 21.993 5º Bahia 18.738 6º Grêmio 18.736 7º Sport 17.831 8º Flamengo 17.826 9º Internacional 16.920 10º Atlético/PR 16.738


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Pode chamar a torcida

ASA vai contar com a força do Coaracy

Estadual de 2011 melhora as perspectivas dos clubes Yvette Moura

Victor Mélo Editor de Esportes

Os clubes alagoanos têm um problema a menos para a próxima temporada. Os principais estádios, que tanto prejudicaram o campeonato local nos últimos anos, devem receber, com antecedência, o aval da comissão de vistorias e ser utilizados na competição. A boa nova é o retorno do Rei Pelé. Aprincipal praça esportiva de Alagoas ficou fechada durante quase um ano e meio e, após as reformas, poderá sediar os principais jogos da dupla CRB- CSA. O Trapichão, inclusive, será o palco do grande clássico das multidões marcado para o dia 16 de janeiro. O vice de futebol do CSA, Cícero Eugênio, disse que, com o Rei Pelé aberto, o clube não teve prejuízos nem mesmo na Segunda Divisão. “Fizemos poucos jogos no Rei Pele, mas houve um equilíbrio

CSA e CRB disputaram um clássico deste ano no estádio do Corinthians

dos custos”, informou. Para o próximo ano, ele evita fazer projeções otimistas. “Tudo vai depender da equipe. Se o CSA estiver bem no campeonato, a torcida vai comparecer e ajudar a aumentar o caixa, mas a tendência é de que o clube gaste o que arrecadar. O diferencial no primeiro semestre é, sem dúvida,

o Nordestão. A princípio, se os clubes de Pernambuco confirmassem participação no Regional, a cota seria de R$ 400 mil para cada time. Mas, como eles desistiram, esse valor deve diminuir. Estamos até na expectativa para saber quais serão esses novos números”, completou o dirigente.

O ASA também vai ter mais facilidades no próximo Estadual. Atual vice-campeão alagoano, o Alvinegro mandou boa parte de suas partidas deste ano na competição no Estádio Juca Sampaio, em Palmeira dos Índios. Com a reforma do Estádio Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca, a diretoria poderá preparar pacotes para os torcedores e aumentar a arrecadação antes do início da Série B. O Corinthians-AL também não vai ter a sobrecarga dos últimos anos no Estádio Nelson Peixoto Feijó. O clube chegou até a negar a liberação para alguns jogos e bateu de frente com a Federação Alagoana de Futebol. Assessor de imprensa da Federação, Alberto Lima disse que a entidade vive a expectativa de que o campeonato de 2011 seja bem mais rentá-

vel. “Sem dúvida que as perspectivas são bem melhores em relação às últimas temporadas. Somente o retorno do CSA já dá mais apelo publicitário ao campeonato. A Federação também está animada porque, pela primeira vez, nesses três anos de administração do presidente Gustavo Feijó, o Rei Pelé vai ter sua capacidade máxima (21 mil pessoas). Além disso, o ASA vai disputar pela primeira vez o Estadual após sua participação na Série B, o que dá outra dimensão financeira ao clube”, declarou o assessor. ALERTA – Alberto Lima fez apenas uma ressalva em relação aos estádios. “Por enquanto, Rei Pelé, Coaracy da Mata Fonseca e o estádio de Atalaia estão aptos a sediar os jogos. Os outros precisam renovar a licença”. (V.M.)

Nordestão: CSA pega o Vitória na quarta O CSA vai tentar fechar o ano em alta. Depois da conquista do Alagoano da Segunda Divisão, o time animou sua torcida em relação ao Campeonato do Nordeste, mas a derrota da última quarta-feira por 4 x 2, para os reservas do ABC, esfriou o clima no Mutange. A classificação para as semifinais veio da pior forma para o Azulão. Quarta-feira, o time vai enfrentar o Vitória no Estádio Manuel Barradas, em Salvador, num jogo eliminatório. “Temos que enfrentar a torcida deles. Infelizmente, não fizemos a nossa parte em Maceió e perdemos a chance de definir a classificação para a decisão na nossa casa. Só nos resta agora trabalhar para corrigir os erros”, comentou Catanha. A base para o jogo de quarta é a mesma que foi derrotada pelo ABC. Brown, que não teve

uma boa atuação, pode ser substituído por Alisson ou Wilson. Sem poder contar com Paulinho Macaíba na competição, Lino está tendo muitas dificuldades para escalar o ataque. Catanha, pelo menos, já está confirmado entre os titulares. Na Bahia, o treinador azulino quer que o time aumente a pegada. O objetivo de Lino é jogar nos erros do Vitória, procurando explorar os contraataques. Na primeira fase do Regional, o CSAsomou 25 pontos, vencendo sete partidas, empatando quatro e perdendo três. O Vitória fez uma campanha idêntica, mas ganhou a posição no saldo de gols: 6 x 5. “Ainda estamos confiantes para essa partida. Somente depois do Nordestão é que vamos traçar planos para 2011, mas a tendência é que a base seja mantida”, disse o vice de futebol, Cícero Eugênio. (V.M.)


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Marco Antônio

Santana pensa em construir CT

Segundo Toroca, patrimônio do CRB vale R$ 20 milhões

Ideia polêmica CRB pode ter que se desfazer de parte de seu patrimônio para pagar as dívidas Marcelo Alves Repórter

Em meio a uma série de problemas, como, por exemplo, falta de receita e principalmente dívidas trabalhistas, eis que surge no CRB uma ideia para solucionar todas essas situações adversas que o clube passa: vender parte do

seu patrimônio, como o estádio Severiano Gomes Filho, o ginásio de esportes da Pajuçara e o Beer CRB. A ideia da venda partiu do candidato à presidência do CRB, o empresário Cícero Santana. Além de pagar os débitos, Santana pretende, com o restante do dinheiro, construir um Centro de Treinamento para o clube em

um outro local de Maceió. Apesar de não ter nada concretizado, o caso já provoca grande repercussão. Há pessoas influentes na Pajuçara favoráveis, como o ex-presidente do clube José Luiz Malta Argolo. Porém, há outras que são contrárias à ideia, a exemplo do conselheiro vitalício Walter Pitombo Laranjeiras, o

Toroca. Já outro ex-presidente do clube, Flávio Gomes de Barros, disse que não é favorável nem contra. Ele declarou que é impossível colocar a ideia em prática porque, segundo ele, o CRB não tem nenhum patrimônio. Atualmente, a dívida do clube regatiano está orçada em aproximadamente R$ 8 milhões.

Postulante à presidência do time regatiano para o biênio 2011/2012, o empresário Cícero Santana está trabalhando diuturnamente como se estivesse presidindo o clube. Ele já está pensando em contratação de treinador, de jogadores e de nomes de pessoas que deverão fazer parte de sua diretoria. O empresário pensa ainda numa forma de acabar com toda a dívida do CRB e iniciar novos projetos. E a solução para esse recomeço seria com a venda de um dos patrimônios do time da Pajuçara. Santana garante que tem a intenção de se desfazer de alguns dos imóveis pertencentes ao Galo da Praia, como o estádio Severiano Gomes Filho, a sede social do clube ou Beer CRB, mas ainda não teria discutido assunto com ninguém. "Até agora, não tratei esse assunto com ninguém, mas tenho esse pensamento relacionado à venda de um dos patrimônios do clube", comenta Santana. Apesar de afirmar que a ideia ainda é prematura, o candidato à presidência do Galo vai longe quanto ao seu intento. "A ideia é construir um Centro de Treinamento para o clube fazer e acontecer, mas isso com os pés no chão e dentro da legalidade", ressalta. O empresário sabe da imensidão da dificuldade que vai enfrentar para colocar seu projeto em prática. O CRB, por exemplo, está encurralado por inúmeros processos trabalhistas, já que funcionários e, principalmente, jogadores buscam na Justiça receber salários atrasados. Para se ter uma ideia da dimensão, há processos que se arrastam por anos e até foram julgados à revelia, porque o clube não sabe como sanar a situação. "A primeira coisa que se tem que fazer é a legalização de todos esses processos que tramitam na Justiça. Com essa grande quantidade de questões trabalhistas contra o CRB, fica difícil fazer uma transação com essa. Isso precisa de muito cuidado", diz. (M.A.)


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José Argolo aprova projeto do candidato O ex-presidente do CRB no biênio 1987/1988 e conselheiro vitalício José Luiz Malta Argolo se declara favorável ao projeto de Santana de vender os imóveis pertencentes ao CRB. "A ideia é boa, e eu sou favorável. Na verdade, isso já era para ter sido feito", ressalta Argolo. Mesmo aprovando a iniciativa, o conselheiro diz que é preciso ter muita cautela na efetivação do plano. "É preciso que estude com muito cuidado as dívidas trabalhistas que o clube possui hoje", afirma. José Argolo sugere que se faça uma avaliação de toda a dívida do clube e, em seguida, contrate um profissional na área jurídica para tratar dos processos trabalhistas. "É preciso ver quanto valem os imóveis, quantos compradores terão os patrimôArgolo diz nios, quanto pago que novo será por eles e deestádio pois se reunir com os poderia credores ser para fazer construído um acordo no Tabuleiro na Justiça", aconselha. Ele classifica a proposta como um salto para o avanço do CRB. "Seria importante construir outro estádio para o Galo, para que comece com um patrimônio sem dívidas e limpo, assim como fez o ABC do Rio Grande do Norte", diz. Quanto ao local da construção de um novo estádio para o Galo, em uma possível venda dos imóveis, o conselheiro diz que não importa se for erguido na capital ou no interior do Estado. "Não importa o local. Pode ser construído na região do Tabuleiro do Martins ou no município de Messias", comenta. Para ele, o postulante ao cargo do Galo é uma pessoa inteligente e com boa intenção. "Não o conheço pessoalmente, mas ele (Santana) demonstra ser um rapaz inteligente e bem-intencionado", afirma. (M.A.)

Toroca diz que clube nunca se livrará das dívidas Enquanto José Argolo é favorável ao intento, o conselheiro vitalício Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, critica, veementemente, a iniciativa. Toroca diz que essa não seria uma boa ideia para que o CRB escape das dívidas. "Não é uma boa ideia vender os patrimônios do Galo", afirmou. Para o conselheiro, é inconcebível sanar débitos venden-

do a história do Galo. "Depois de o CRB construir todo o seu patrimônio se edificando na Pajuçara, surge essa história de se vender os edifícios pertencentes ao clube", criticou. Toroca culpou as gestões anteriores pelas dívidas que o clube regatiano acumulou. "Não deveriam vender nada do CRB, porque a culpa não está no patrimônio, mas, sim, nos gestores que es-

tiveram no clube e que montaram irresponsavelmente equipes sem perspectivas para conquistas de títulos", revela. Ele disse ainda que, mesmo construindo um novo estádio para o CRB, os débitos não deixarão de fazer parte da rotina do Galo. "Não adianta, sempre haverá uma pessoa com más intenções que irá comandar o CRB e depois vai deixar

o clube com dívidas". "Se eu não tivesse meus 77 anos, eu me candidataria à presidência do CRB e ninguém ganharia de mim, porque tudo que fiz foi com amor pelo clube", afirma. O conselheiro diz que o ginásio da Pajuçara, o Beer CRB e o estádio da Pajuçara estão orçados em, aproximadamente, R$ 20 milhões. Lula Castello Branco

Toroca é radicalmente contra a ideia de vender o patrimônio do CRB

Para Flávio Gomes, ideia é utópica

Lessa: “CRB não perdeu patrimônio”

O ex-presidente do clube no biênio 1995/1996, Flávio Gomes de Barros, declarou que a ideia é improvável de ser realizada. Isso porque, segundo Flávio, o CRB não tem nenhum patrimônio. “Como é que o CRB quer vender uma coisa que não tem. O CRB não possui nenhum patrimônio”, garantiu o ex-presidente. Ele contou que, em uma decisão judicial, o ginásio de esportes e o Beer CRB foram reintegrados a Gilberta Lopes Fázio, que é filha da ex-proprietária do local. Quanto ao estádio do Severiano Gomes Filho, o ex-presidente do clube comentou que o local pertence à Prefeitura de Maceió. “É preciso lembrar ao

O ex-dirigente do CRB disse que o local perMárcio Lessa rebate as tence à prefeitura, declarações de Flávio mas, segundo ele, há Márcio Barros e afirma que o um decreto do preLessa clube não perdeu os feito que tornou o esrebate patrimônios. Ele cotádio do CRB de utimentou que a direção declarações lidade pública. “A do Galo recorreu da prefeitura publicou de Flávio e decisão de reintegraum ato tornando a diz que ção do Beer CRB ao área onde está o esSuperior Tribunal de tádio do Galo de utiestádio Justiça. “Nada está lidade pública, e, ainda pode decidido: o patrimôcaso apareçam inteser nio ainda pertence ao ressados, o imóvel CRB. Estamos aguarpode ser vendido. E, vendido dando uma resposta quando for vendido, do STJ”, afirma. é só pagar a dívida com a Quanto ao estáprefeitura, como IPTU e oudio da Pajuçara, o ex-dirigente tros impostos”.

Santana que o CRB não tem nenhum patrimônio: o imóvel onde funciona o restaurante Dragão foi vendido, a sede social do clube, que fica na Ponta Verde, também; o ginásio de esportes e o Beer foram devolvidos aos donos e o estádio da Pajuçara é da prefeitura”, destaca. Flávio Gomes afirmou também que já teve essa mesma ideia quando presidiu o clube. Ele contou que na época esteve bem próximo de trocar a sede social do clube, o Beer da Pajuçara, por um terreno da Asplana, em Ipioca. De acordo com ele, a transação não foi concretizada porque um conselheiro atrapalhou o negócio.


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Guia do torcedor

Atualizada antes dos jogos de ontem

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Ronaldo comanda a arrancada do Corinthians

Depende de nós Corinthians precisa vencer hoje o Vitória e outros dois jogos para conquistar o Brasileirão Victor Mélo Editor de Esportes

A rodada de hoje do Brasileirão é considerada fundamental para a definição do campeonato. Os três postulantes ao título estarão em campo e não podem pensar nem mesmo num empate. O líder Corinthians tem a complicada missão de enfrentar o Vitória, às 16h (de Alagoas), no Barradão, em Salvador. Com 39 pontos, o adversário do Timão luta desesperadamente contra a queda e vai contar com a força de sua torcida para tentar fazer a diferença. O retorno do zagueiro Wallace, que estáparado há 15

dias por causa de uma lesão muscular, foi adiado. Assim, Gabriel continua escalado entre os titulares. Com dores na coxa, o meia Ramon não participou dos últimos treinos e é dúvida. No Corinthians, o técnico Tite tem duas baixas importantes. O meia Bruno César, artilheiro da equipe no Brasileirão, com 13 gols, e o atacante Dentinho vão cumprir suspensão automática e devem ser substituídos, respectivamente, por Danilo e Jorge Henrique. Os meio-campistas Elias e Jucilei, que defenderam a seleção brasileira na derrota de quarta-feira para a Argentina, no Catar, já voltaram ao Brasil e estão à disposição da comis-

são técnica. Com 63 pontos, o Timão depende apenas de suas forças para ficar com a taça. Se bater o Vitória, o Vasco e o Goiás, conquista o título independentemente de outros resultados. VITÓRIA –Viáfara; Nino Paraíba, Gabriel, Anderson Martins e Egídio; Neto Coruja (Ricardo Conceição), Uelliton, Bida (Ramon) e Elkeson; Adailton e Júnior. Técnico: Antônio Lopes CORINTHIANS – Julio César; Alessandro, William, Chicão e Roberto Carlos; Jucilei, Ralf, Elias e Danilo; Ronaldo e Jorge Henrique.

Correndo por fora, Cruzeiro pega hoje à noite o Vasco O Cruzeiro passou a semana reclamando da arbitragem do clássico contra o Corinthians, mas garante que não perdeu o foco do jogo desta noite, às 18h30 (de Alagoas), contra o Vasco, em Sete LagoasMG. Com 60 pontos, a Raposa está a três do líder Corinthians

e dois do vice-líder Fluminense. O time precisa vencer os jogos contra Vasco, Flamengo (fora) e Palmeiras (casa) e torcer por tropeços dos primeiros colocados para conquistar o título. A Raposa perdeu o zagueiro Gil e o meia Gilberto, suspensos, e também pode não contar

com o meia Montillo, que sofreu uma lesão no tornozelo. Se o argentino não puder atuar, Roger deve ser o substituto. Para a vaga de Gil, Edcarlos deve ser o escolhido, com Renan entrando no lugar de Gilberto. O Vasco perdeu o meia Felipe, suspenso, mas, enfim, vai

contar com o retorno de Carlos Alberto. Outra baixa é o lateralesquerdo Ramon, lesionado. Diogo deve continuar entre os titulares. CRUZEIRO Fábio, Jonathan, Léo, Edcarlos e Diego Renan; Fabrício, Henrique,

Marquinhos Paraná, Montillo (Roger); Thiago Ribeiro e Wellington Paulista. VASCO - Fernando Prass, Fagner, Cesinha, Dedé e Diogo; Rafael Carioca, Renato Augusto, Jonathan e Zé Roberto; Carlos Alberto e Éder Luís. (V.M.)


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Risco duplo Pensando no título, Fluminense disputa hoje clássico contra o São Paulo e “seca” o Corinthians Victor Mélo Editor de Esportes

Vencer e torcer. Esse é o lema do Fluminense nessas três rodadas que restam na Série A. O Tricolor Carioca apenas empatou com o Goiás no último domingo e viu suas chances de título diminuírem. Hoje, o time de Muricy vai jogar às 16h (de Alagoas) contra o São Paulo, na Arena Barueri, em São Paulo. O treinador fez alguns testes durante a semana e ainda não definiu o ataque. Emerson, parado há cinco partidas por causa de uma lesão no tornozelo, foi vetado pelo Departamento Médico e Washington deve ganhar mais uma chance. Quem está confirmado no clássico é o atacante Fred, já recuperado da lesão na panturrilha. O Tricolor Paulista está praticamente fora da luta pela Libertadores e vai apenas cumprir tabela no Brasileirão. Para o duelo desta tarde, o técnico Paulo César Carpegiani não vai contar com os atacantes Ricardo Oliveira, Dagoberto e Fernandinho, além do meio-campista Rodrigo Souto, todos entregues ao Departamento Médico. Com isso, a dupla de frente deve ser formada por Lucas Gaúcho e Fernandão. O Fluminense soma 62 pontos na tabela, e o São Paulo tem

Botafogo faz partida decisiva contra o Inter

Washington e Fred devem ser escalados juntos pelo técnico Muricy

51. Os cariocas ainda enfrentam o Palmeiras (fora) e o Guarani (casa). Os paulistas ainda pegam os atléticos Goianiense (fora) e o Mineiro (casa). POLÊMICA – Como um grande rival do São Paulo, o Corinthians, está na disputa pelo título, foi grande a pressão em cima do elenco nas últimas semanas. Parte da torcida do clube fez até campanha nas redes sociais para os jogadores entregarem a partida para o Fluminense. Carpegiani ficou até irritado com o movimento. “Não podemos ser coadjuvantes, temos de ser os artistas, juntamente com o Fluminense. O espírito de luta tem de

ser no amínimo igual. Vai ser um jogo muito difícil para nós e para o Fluminense. Temos a ambição de ganhar, e o Fluminense tem a obrigação. Acho que será um jogo nervoso e pegado. Não existe esse negócio de entregar”, afirmou Carpegiani ao portal UOL. FLUMINENSE – Ricardo Berna; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Valência, Diguinho, Fernando Bob (Deco) e Conca; Washington e Fred. SÃO PAULO – Rogério Ceni, Jean, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Casemiro, Cleber Santana, Carlinhos e Lucas; Fernandão e Lucas Gaúcho.

Se o Inter está com a cabeça no Mundial de Abu Dhabi (EAU), pelo lado do Botafogo o planeta gira em torno do Engenhão. Neste domingo, o Alvinegro vai encarar o Colorado, às 16h (de Alagoas), em casa, para continuar com o sonho da Libertadores vivo. Com 56 pontos, a Estrela Solitária conta com o apoio da torcida para brilhar e chegar ao G-4. Ao longo da semana, o Bota fez promoção de ingressos e anunciou atrações especiais para antes do confronto. Para dentro das quatro linhas, dias também agitados. Jobson foi afastado do grupo por faltar treino. Provavelmente, o ataque titular será formado por Loco Abreu e Edno, que participou de todas as atividades da semana na equipe. Emprestado pelo Inter, Marcelo Cordeiro é presença garantida. O Botafogo pagou R$ 300 mil para liberar o jogador. Empolgado, o lateral-esquerdo acredita que o time

pode dar conta do recado e sair com os três pontos, mesmo com a pressão pela importância do duelo. O Colorado confirmou as expectativas e vai de time reserva para o Rio de Janeiro. Apenas dois titulares viajam com o grupo, e só Rafael Sobis deve começar a partida. O meia Tinga fica no banco de reservas e entra no decorrer da partida. Sem pretensão no Brasileiro, com o Inter na oitava posição, os jogadores querem mostrar serviço para confirmar presença na lista dos inscritos no Mundial. BOTAFOGO: Jefferson, Antônio Carlos, Leandro Guerreiro e Márcio Rosário; Alessandro, Fahel, Somália, Lucio Flavio e Marcelo Cordeiro; Edno e Loco Abreu. INTERNACIONAL: Muriel, Daniel, Ronaldo Alves, Juan e Massari; Glaydson, Derley, Edu e Andrezinho; Sobis e Damião.



ais uma vez o curso prévestibular mais lembrado pelos alagoanos é o Contato. Em 2010 foi ele quem igualmente faturou o Prêmio Imagem, concedido pelo O JORNAL. E repetir a dose é reconhecer o trabalho prestado a uma parcela da população interessada em conquistar o mundo por meio do aprendizado. E qual a fórmula para se manter no topo da lembrança do consumidor e na qualidade do serviço prestado? A direção do Contato acredita que o investimento em mídia continua fazendo a diferença no competitivo segmento educacional. A presença da marca na memória do alagoano atesta que os investimentos em propaganda permanecem causando o efeito pretendido. Outro fator que contribui para alavancar o curso pré-vestibular é, sem sombra de dúvidas, o trabalho executado pela equipe de empreendedores da marca. Com projeto, pesquisas de mercado, contratações de profissionais destaque e uma franquia renomada fica até fácil o negócio dar certo. A divulgação, aliada a estas virtudes, sacramenta a ideia. O resultado não poderia ser outro a não ser a confiança no que o prévestibular oferece há tantos anos aos estudantes de Alagoas. A qualidade da equipe de professores, o suporte logístico nas aulas e a solidez do trabalho fazem do Contato a marca de sucesso do estado quando se pensa em preparação para vestibulares. Fundado em 1993, pelos educadores Ernesto Stadtler, Messias Lima e João Tomaz Neto, o pré-vestibular surgiu de um pensamento empreendedor. Os três investiram na ideia, deixaram de lecionar matérias isoladas para grupos de alunos e criaram o Contato. Na visão deles, faltava no mercado um curso com características inovadoras voltado para mentes jovens. E foi assim que a franquia de Recife veio para Maceió com o mesmo nome e deu certo. O que antes era uma centena de alunos, hoje milhares acreditam no curso.

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Ernesto Stadtler (Contato) recebendo o trófeu Prêmio Imagem das mãos de Cláudio Gomes


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