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O JORNA L Maceió, domingo, 23 de outubro de 2011 | Ano XVIII | Nº 334 |
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ALAGOAS
Circuito de vôlei terá etapa em Maceió
Historiadora é tema da Bienal do Livro de AL A pesquisadora alagoana Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros construiu uma obra decisiva em mais de quatro décadas de ensino e pesquisas sobre o pensamento social brasileiro no Rio de Janeiro. Com inúmeros artigos e livros publicados sobre a religiosidade popular nordestina do universo regional do canga-
R$ 3,00
ço e outras temáticas divulgadas no Brasil e no exterior, a mestra e doutora em Ciências Sociais falou exclusivamente a O JORNALa respeito da trajetória que será apresentada no simpósio, que contará com a presença dos historiadores Bruno César, Magnólia Rejane, José Marques de Melo e Douglas Apratto.
Grandes destaques do vôlei de praia do País participarão da etapa alagoana do Circuito Nacional, a partir da próxima quinta-feira, na arena montada na praia de Pajuçara. As atletas Larissa e Juliana vão participar dos jogos. Amanhã, o Circuito Sub-21 inicia a semana de competições em Maceió.
Páginas B1, B2 e B3 As campeãs do Pan Larissa e Juliana vão participar da etapa de Alagoas do circuito
Esportes
Yvette Moura
DESABRIGADOS
Bancada discute o pagamento de casas Deputados, senadores, governador e prefeitos se reúnem em Brasília na 3ª Problema da Rua Augusta começa a ser discutido
Deputados federais e senadores da bancada de Alagoas no Congresso Nacio-
nal deverão atuar em conjunto para que as vítimas das enchentes de 2010 não
sília com o governador e os prefeitos alagoanos para tratar do assunto. Página A3
Fabyanne Almeida/Estagiária
Comércio vai mudar na Rua das Árvores As barracas e tabuleiros dos vendedores ambulantes instalados na Rua das Árvores, no Centro, vão ganhar uma padronização e um pou-
tenham que pagar por suas casas. Na próxima terça-feira, o grupo se reúne em Bra-
co de organização. A Prefeitura tenta harmonizar a convivência entre os ambulantes, os motoristas, os pedestres e a natureza. Página A18
Márcio, o surpreendente personagem de Tiago Fragoso
Yvette Moura
Meninas pintam as unhas e arrumam o cabelo em salão
Cresce mercado para crianças “vaidosas” Elas ainda são novinhas, mas são crianças vaidosas. Com idade em média de 6 a 10 anos, já fazem coisa de gente grande. Vão ao salão de
beleza fazer as unhas, maquiagem e arrumar o cabelo. A vaidade precoce vem, na maioria dos casos, do exemplo da mãe. Página A17
Discussão: palmada é um ato educativo ou agressivo?
Turismo da fé movimentou R$ 6,6 mi em SP e CE
Páginas A13 e A14
Página A15
José Wanderley, para entender seu coração
Zagallo é a nova geração
Empresa Nunes e Góes faz parte do projeto de empreendedorismo e da incubadora da Ufal
Universidade produz cachaça Estudantes do curso de Engenharia Química da
Ufal estão produzindo a cachaça “Engenho Nu-
nes”, que é vendida em AL, SE e PE. Página A19
Suplemento
MARÉS 00h21........................................1.9 06h49........................................0.3 12h54........................................1.8 19h02........................................0.3
O JORNAL
Política A2
Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br
NEM TÃO JUNTOS Fazia tempo que o senador Renan Calheiros não entrava no Palácio do Governo, muito menos participava de um evento público ao lado do governador Teotonio Vilela. Rompidos desde 2009, eles estão em palanques opostos em quase todos os momentos da política estadual. Precisou o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, amigo particular dos dois, pedir para que eles não se estranhassem e agissem como duas lideranças aliadas. Mesmo assim, o evento não trouxe o mínimo sinal de reconciliação da dupla que segue dividida com divergências políticas e projetos dissonantes para 2012 e 2014.
UMA PASSADINHA Os deputados federais Maurício Quintella (PR), Rosinha da Adefal (PTdoB) e Célia Rocha (PTB) e o deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT), que também não passavam pelo Palácio do Governo faz um tempinho, estiveram na recepção ao ministro.
“
Depois de quase nove anos, a guerra dos EUA no Iraque vai terminar”
Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos, ao anunciar a retirada total das tropas norteamericanas do Iraque até o final do ano.
INDEFINIDO
É cada vez maior a movimentação em Penedo para isolar o prefeito Israel Saldanha e impulsionar a candidatura da vereadora Ivana Toledo, esposa do ex-prefeito Alexandre Toledo. A avaliação feita pela base governista é que a tucana teria mais traquejo e força política para enfrentar a tentativa de retorno do ex-prefeito Márcio Beltrão.
Domingo, 23 de outubro de 2011
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Senado conta com 5 comissões para reformar códigos jurídicos Grupo mais recente é o do Código Penal, criado na última terça-feira Instalada no dia 18, a comissão de juristas criada pelo Senado para reformar o Código Penal segue na esteira de outras quatro comissões especiais instituídas pela Casa nos últimos três anos com o propósito de modernizar os códigos jurídicos em vigor no país. Desde 2008, foram instalados grupos de trabalho para propor modificações legislativas nos códigos de Processo Civil, Eleitoral, de Defesa do Consumidor e de Processo Penal. As informações são da Agência Senado. O Regimento Interno do Senado contém um capítulo exclusivo para os projetos de códigos, entre outras proposições sujeitas a disposições especiais. De acordo com o documento, uma vez concluídos os anteprojetos apresentados pelas comissões compostas por juristas, tais propostas são convertidas em projetos de lei do Senado e tramitam de acordo com as disposições regimentais. Analisados por comissões especiais de senadores e de referendados pelo plenário, tais projetos seguem para a Câmara dos Deputados. Se não forem modificados na Câmara, os projetos seguem para sanção presidencial. Se alterados, voltam ao Senado.
Ministro Gilson Dipp, do STJ, é o presidente da comissão especial designada para reformar o Código Penal
Sarney também apontou o anacronismo do código e destacou que as mudanças na legislação penal seguem na esteira de outras modificações legislativas, como o Código de Processo Civil e o Código Eleitoral. “O caminho que o Senado adotou para reformar nossos principais códigos tem se mostrado vitorioso e tem chegado ao fim de sua missão. Os códigos de Processo Civil e de Processo Penal já foram aprovados pela Casa e estão na Câmara. Estão avançados os trabalhos das comissões para a reforma do Código de Defesa do Consumidor e do Código Eleitoral” assinalou Sarney.
orientação do cidadão”, disse Sarney, que citou ainda o desafio de assegurar legitimidade a penas alternativas e a necessidade de criar legislações específicas paras os chamados crimes cibernéticos. Para Taques os pontos mais polêmicos da reforma do Código são a tipificação do terrorismo, a revisão da pena para a corrupção, a criminalização ou não do aborto e a possibilidade de redução da maioridade penal. “O código é de 1940. Nós estávamos em 1940, pensando para uma sociedade rural”, disse. Segundo o presidente da comissão, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, a comissão não vai se omitir a discutir temas polêmicos. “Vamos analisar todos os temas que forem colocados como o aborto, a tipificação de organização criminosa, os crimes cibernéticos, o enriquecimento ilícito. Estamos abertos a discutir tudo que for necessário. Temos que selecionar os bens jurídicos que precisam da efetiva proteção do Direto Penal”, disse.
180 dias possam ser prorrogados. Vamos trabalhar com eficácia e efetividade, mas não vamos nos ater a prazos excepcionalmente rígidos”, avisou o ministro Gilson Dipp. Ele ressaltou a pluralidade de formações e vieses ideológicos dos integrantes da comissão, mas disse acreditar em uma convergência de ideias. O ministro do STJ afirmou também que a comissão pode ouvir a sociedade civil por meio de audiências públicas.
BONS FRUTOS
CÓDIGO PENAL - Ajustar o Código Penal aos princípios da Constituição de 1988 e às novas exigências da sociedade contemporânea é a principal tarefa da Comissão de Reforma do Código Penal instalada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A proposta de criação do colegiado foi apresentada pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), que ressaltou o “atraso” do código, instituído pelo decreto-lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940, durante o governo de Getúlio Vargas. “É preciso que seja revista a totalidade de nosso Código Penal. Nosso código é de 1940. Ele já está quase se aposentando compulsoriamente. Ele foi criado em um momento histórico em que vivíamos uma ditadura. Hoje nós vivemos em uma democracia e esse código precisa espelhar o momento em que vivemos”, disse Pedro Taques, lembrando que o código teve sua parte geral revista em 1984.
A Comissão Pastoral da Terra comemorou os bons resultados da Feira Camponesa. A atividade teve fluxo contínuo durante toda a semana. Ponto para o coordenador Carlos Lima, que consegue colocar no mesmo palanque o tucano Álvaro Machado e o petista Ronaldo Medeiros.
Processo Penal já foi encaminhado à Câmara
UM PULO
O deputado federal Jean Willys (PSOL/RJ) passou por Alagoas para participar de um debate sobre “Os novos rumos dos direitos fundamentais e sua incidência na sociedade”. Ex-big brother, ele saiu em defesa dos projetos voltados para os homossexuais.
PALESTRA A Escola Superior do Ministério Público Estadual (ESMP) promove, amanhã, a partir das 14h30, sobre “A atuação do Ministério Público Estadual na fiscalização da contratação de serviços técnicos de assessoria contábil e jurídica”. Os palestrantes serão o promotor de Justiça José Carlos Castro, coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público do MPE, e o procurador-chefe do Ministério Público de Contas de Alagoas, Ricardo Schneider Rodrigues.
EM CASA O jornalista e escritor Audálio Dantas virou o patrono da V Bienal Internacional do Livro. Com agenda cheia, aproveitou um tempinho livre para visitar Tanque d’Arca, sua terra natal. O ex-deputado e ex-presidente da Fenaj foi recepcionado pelo prefeito Roney Valença.
EU VOU O vereador Ricardo Barbosa é um dos mais empolgados na promoção do debate sobre os transportes urbanos em Maceió. O encontro acontece amanhã, às 18h30, no Hotel Verde Mar, na Pajuçara.
DPVAT O Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas puniu, na última sexta-feira, mais um advogado denunciado à Justiça por envolvimento com irregularidades em processos de pagamento de indenizações do Seguro por Acidente de Veículos (DPVAT). O advogado foi punido com pena de suspensão por um ano e pagamento de multa equivalente a dez anuidades da Ordem.
DIRETAS O médico Cleber Costa confirmou que saiu do PV e foi para o PT. Ele está de olho em uma vaga na Câmara de Maceió. De um lado, Maria Ciçou. Do outro, Rogério Farias. Este é o cenário que se desenha na eleição para prefeito na Barra de Santo Antônio. Edberto Ticianeli segue ácido em suas críticas feitas pelo blog. A cada semana, o jornalista aproveita para espetar alguém. Ricardo Nezinho e Luciano Barbosa estão, cada vez mais, próximos. A movimentação fortalece o grupo governista na sucessão em Arapiraca.
Criada em 2008 pelo então presidente do Senado, Garibaldi Alves, atendendo requerimento do então senador Renato Casagrande, a comissão de juristas responsável pela reforma do Código de Processo Penal (CPP) elaborou um anteprojeto, convertido no PLS 156/09. A proposta foi aprovada na forma de substitutivo pelo Plenário em dezembro de 2010 e encaminhada à Câmara. O projeto prevê caminhos mais ágeis para a tramitação de inquéritos e modifica pontos como a prisão especial, que passará a não existir mais; permite que bens abandonados ou cujo proprietário não tenha sido identificado sejam postos em indisponibilidade ou sequestrados pela Justiça; e permite a venda antecipada de bens sequestrados, caso seja esta a melhor forma de preservar o valor desses bens, por causa do custo de conservação. O projeto também propõe modificações quanto ao pagamento da fiança, garantindo que ela se torne efetivamente um instrumento para penalizar quem está sendo denunciado ou investigado por um crime. Outra modificação diz respeito às prisões temporárias, evitando-se que as pessoas per-
TEMAS POLÊMICOS - Segundo Sarney, a reforma do Código vai ajudar a acelerar o trâmite dos processos judiciais no país. Ele ressaltou que a demora na reforma do Código Penal levou à criação de inúmeras leis “especiais” para o atendimento de necessidades prementes. Para ele esse será um dos principais desafios a serem enfrentados pelos juristas. “Seria desejável eliminar as leis especiais sempre que possível. Outro grande desafio é a construção de um novo modelo de penas. O atual peca pela extrema fragmentação e pela desproporcionalidade das condenações penais. Um modelo de sanção penal bem definido e ajustado é o primeiro parâmetro de
maneçam até sete anos presas preventivamente e sem julgamento.
PRAZO - O grupo de juristas - indicado pelas lideranças partidárias do Senado - terá 180 dias para apresentar um anteprojeto de reforma do Código. Apesar de urgente, o presidente da Comissão não garantiu que os trabalhos da comissão sejam encerrados em 180 dias. “Há uma perspectiva de que esses
Outra proposta é reduzir o número de recursos possíveis para acelerar o trâmite dos processos. O novo código sugere ainda que os juízes de primeiro grau e os tribunais locais sejam obrigados a observar as teses fixadas por tribunais superiores antes de tomar decisões ou aceitar recursos.
PROCESSO CIVIL - O trabalho da comissão de juristas encarregada de propor ajustes no Código de Processo Civil (CPC) também resultou em um anteprojeto, transformado no PLS 166/10 e aprovado em dezembro do ano passado ELEITORAL - Prepelos senadores. O fruto sidida pelo ministro do do trabalho do colegia- Comissão Supremo Tribunal Fedo tramita atualmente do Código deral (STF) José Anna Câmara. tonio Dias Toffoli, a coInstituída em no- de Processo missão de juristas envembro de 2009 pelo Civil fez dez carregada de elaborar o presidente do Senado, audiências anteprojeto de lei do José Sarney, a comissão novo Código Eleitoral antes do foi em criada em junho composta de doze juristas entregou o antepro- anteprojeto de 2010, também por jeto em junho de 2010 Sarney, para propor após realizar dez auajustes na legislação diências públicas e receeleitoral. O prazo original para ber mais de 2000 sugestões da apresentação da proposta era sociedade civil. dezembro de 2010, mas o prazo O projeto faz diversas alte- foi prorrogado até 15 de derações no código, que está em zembro deste ano, conforme o vigor desde 1973, e tem como ato 182/11 do presidente do principal objetivo simplificar Senado. processos e dar mais celeridaEntre os temas que estão de à tramitação das ações. As em debate na comissão de juprincipais mudanças são a limi- ristas, estão a fidelidade partação da quantidade de recur- tidária, o horário eleitoral sos e a criação de um mecanis- gratuito e o financiamento de mo para resolução de deman- campanhas eleitorais. O antedas repetitivas. projeto será encaminhado a
INTEGRANTES - Além de Dipp, também foram indicados para integrar a comissão a ministra Maria Teresa Moura, do STJ; Antonio Nabor Areias Bulhões; Emanuel Messias de Oliveira Cacho; Gamil Föppel El Hireche; o desembargador José Muiños Piñeiro Filho; a defensora Juliana Garcia Belloque; a procuradora Luiza Nagib Eluf; o procurador Luiz Carlos Gonçalves; o professor Luiz Flávio Gomes; o promotor Marcelo André de Azevedo; Marcelo Leal Lima Oliveira; Marcelo Leonardo; professor René Ariel Dotti; Tiago Ivo Odon; e Técio Lins e Silva. A participação na Comissão de Juristas não será remunerada, constituindo serviço público relevante prestado ao Senado. As despesas logísticas necessárias ao funcionamento da comissão deverão ser aprovadas em plenário.
uma comissão especial de senadores, a qual votará o parecer que será enviado ao Plenário e depois seguirá para a Câmara. CONSUMIDOR - Já a comissão especial de juristas criada em dezembro passado com o objetivo atualizar o Código de Defesa do Consumidor entregou em junho suas propostas preliminares ao presidente do Senado, José Sarney, que a criou. A previsão é de que o texto definitivo do anteprojeto seja apresentado ainda neste mês. Conforme explicou o presidente do colegiado quando da entrega do documento preliminar, o ministro Herman Benjamin, do Supremo Tribunal de Justiça, a atualização em discussão prevê inovações como a regulamentação do comércio eletrônico e propõe ajustes processuais no sentido de viabilizar solução alternativa não judicial para os conflitos de consumo, que não foram tratados pelo CDC quando de sua criação. A proposta sugere ainda o investimento, de forma direta, na melhoria da informação ao consumidor sobre os riscos do crédito.
Política Domingo, 23 de outubro de 2011
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Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
A AMEAÇA Os hoteleiros estão preocupados com a publicidade negativa sobre a violência em Alagoas, e com razão. A violência afugenta o turista. Alagoas vive um momento excepcional como destino turístico, e não é apenas no litoral; a cidade de Piranhas, no alto Sertão, também tem atraído muitos visitantes nacionais e estrangeiros. Em agosto passado, a CVC, principal operadora turística do País, mandou para Maceió mais gente que para Orlando, nos Estados Unidos. Se antes o problema do turismo em Alagoas era infraestrutura, hoje é a violência. É preciso que todos se unam na busca da solução para um problema que só tende a se agravar. Sendo produto do somatório de vários componentes, a violência exige igualmente diferentes soluções. Há o componente social; há o componente estrutural, com o desaparelhamento da polícia, e há o componente político, com as falhas dos governos. Num Estado carente de indústrias de chaminés, o turismo é a única saída que a sociedade tem para se manter com o mínimo de dignidade. Se essa saída se fechar, é porque a violência prosperou. E aí será o caos.
FALTA
SAÍDA
O vice-governador José Thomaz Nonô (DEM) disse que a grande maioria das vítimas das enchentes não tem sequer como preencher todos os formulários do programa Minha Casa, Minha Vida. “Não tem nem dados, quanto mais dinheiro!” – completou.
Para o vice-governador José Thomaz Nono, só existe uma saída para o impasse com as casas das vítimas das enchentes, que não podem pagar a prestação cobrada pela Caixa Econômica. E essa única saída é o governo federal assumir a conta junto à Caixa.
ENCHENTES 2010
Bancada vai atuar em conjunto por isenção para casas de desabrigados Deputados e senadores se reúnem em Brasília na 3ª com governador e prefeitos Alexandre H. Lino Repórter
Abancada alagoana vai atuar em conjunto para pedir ao governo federal que conceda isenção no pagamento de taxas das casas para vítimas das enchentes de 2010 em Alagoas. Na terça-feira, às 18 horas, os deputados federais e os senadores se reúnem, em Brasília, com os prefeitos e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). A União informou ao Estado e aos municípios que todas as casas destinadas às vítimas da tragédia serão financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida . Ao todo, as chuvas provocaram 27 mortes, destruíram 19 mil casas, deixando mais de 74 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas e destruíram ou danifi-
caram 79 escolas e 45 postos de saúde, entre outros equipamentos urbanos. Os prejuízos foram estimados em R$ 954 milhões. Para o Programa de Reconstrução, governo estadual já garantiu a isenção das parcelas para as 3 mil famílias que ainda se encontram nos acampamentos provisórios. No entanto, o Estado terá muitas dificuldades se tiver que disponibilizar os cerca de R$ 150 milhões necessários para cobrir as parcelas das 17,4 mil casas em construção. Até agora, o processo está andando em marcha lenta por um outro motivo: o atraso na entrega dos dos cadastros das vítimas. Os documentos com informações dos futuros beneficiários das casas em construção, principalmente a renda familiar de cada beneficiário, são fundamentais
para garantir o avanço das negociações com a Caixa Econômica e o governo federal. Na época da catástrofe, o presidente Lula atendeu o Estado de imediato, com a liberação de recursos, como forma de deflagrar o processo da reconstrução. Agora, o governo federal não tem se movimentado para autorizar a liberação total das prestações das casas, muito menos disponibilizando fontes para este pagamento Por isso, vale lembrar que a maioria dos desabrigados sobrevive em plena situação de miserabilidade, alguns não têm outra renda que não o benefício do Bolsa Família, ou seja, não conseguiriam custear as casas. Em paralelo, o governo estadual está executando algumas obras estruturantes e já realizou 70% das obras
de reconstrução, como acessos e infraestrutura. INVESTIMENTO - As casas terão padrão único, com 41 metros quadrados de área construída, divididas em dois quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda e área de serviço. Cada casa tem um custo médio de R$ 42 mil. Para a construção dos imóveis, a Caixa reservou R$ 713 milhões. Em recente visita a Alagoas, o ministro da integração, Fernando Bezerra, anunciou recursos de R$ 8 milhões para projetos de prevenção de catástrofes, como contenção de barreiras e monitoramento de rios. Essa verba deve ser investida na construção de barragens nos Rios Mundaú e Paraíba, que cortam as cidades atingidas pelas enchentes do ano passado.
LÁBIOS QUE BEIJEI O senador Benedito de Lira garante que o PP “vai andar com as próprias pernas”, ou seja, não precisa do prefeito Cícero Almeida para manter seu espaço em Maceió.
EDITAL
OBRA
O senador Renan Calheiros (PMDB) disse que o dinheiro para a pavimentação do trecho da BR 316 entre o Carié e a cidade pernambucana de Inajá já está garantido por emenda da bancada ao Orçamento. Mas falta elaborar o edital.
Com audiência marcada com o ministro dos Transportes, Pedro Passos, nesta terça-feira, 25, o senador Renan Calheiros prometeu “forçar a barra” para que o edital destinado à obra de pavimentação da BR-316 seja publicado ainda este ano.
ESTRADA REAL A BR-316 liga o Nordeste ao Norte do País, e o único trecho não pavimentado está entre Alagoas e Pernambuco. São pouco menos de 80 quilômetros.
ENFIM
MEIA
Pela primeira vez este ano, a bancada federal de Alagoas deve se unir numa só audiência – que está marcada para terça-feira, 25, com o ministro dos Transportes, Pedro Passos. É o desejo do deputado federal João Lyra (PSD) que estará sendo concretizado.
Eleito presidente da Comissão da Copa na Câmara, o deputado federal Renan Filho (PMDB) garante que a meia-entrada para idosos e estudantes “é um direito garantido, e não pode ser descumprido”. A Fifa quer acabar com a meia-entrada nos jogos.
João Lyra: “É inadmissível que os desabrigados venham a pagar”
Benedito de Lira pediu apoio ao governo federal em discurso no Senado
João Lyra saiu em defesa de vítimas das cheias O primeiro parlamentar a sair em defesa dos desabrigados foi o deputado federal João Lyra (PSD). Ele pregou a união da bancada federal de Alagoas em defesa dos desabrigados. Como se não bastasse o fato de a maioria dos que perderam as casas estar abrigada em barracas, até hoje, a notícia de que essas pessoas terão que pagar pelas
novas moradias deixou o parlamentar sensibilizado. “É inadmissível que os desabrigados venham a pagar essa conta. Mas ainda é preciso vencermos o atraso que está acontecendo para que essas casas sejam entregues”, afirmou. O senador Benedito de Lira (PP) pediu ao governo federal que assuma totalmente as despe-
sas do Minha Casa, Minha Vida nas moradias destinadas às vítimas das enchentes. Ele até fez um discurso no Senado esta semana para falar sobre o assunto. “A grande maioria vive em barracas cobertas com lona ou plástico e suporta um calor infernal. Eles se queixam também das condições de higiene, do pequeno número de banheiros e da
falta de segurança. Agora, para agravar uma situação de miséria e de sofrimento, às vésperas da entrega das primeiras casas, esses flagelados foram informados que terão que pagar o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), taxas de cartório e prestações do programa, que podem variar entre R$ 50 e R$ 150”, ressaltou Benedito de Lira. (A.H.L.)
Yvette Moura
DIREITO ADQUIRIDO – “É preciso encontrar uma solução” – disse o deputado federal Renan Filho, ao reafirmar que o direito à meia-entrada terá de ser respeitado.
TREM
CHEIA
Os governadores Téo Vilela (PMDB) e Eduardo Campos (PSB) discutiram a recuperação da linha férrea entre Porto Real do Colégio e o porto de Suape. Mas a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) alega que, sozinha, não tem dinheiro para bancar a obra.
A alegação da CFN é baseada na “tragédia” registrada com as enchentes dos rios Mundaú e Paraíba, no ano passado, e que surpreendeu a empresa com mais de 80% do trecho ferroviário já recuperado. Em tempo: o trecho tinha sido destruído pela cheia de 2002.
MATÉRIA-PRIMA A ligação ferroviária entre Porto Real do Colégio e o porto de Suape servia para transportar argila de Propriá-SE para a indústria de cerâmica pernambucana.
EXPRESSAS Mais um complicador na vida da prefeita afastada de Anadia, Sânia Tereza, que está presa sob acusação de ter mandado matar o vereador Luiz Ferreira. Além do crédito suplementar de R$ 7 milhões, que foi aberto sem autorização da Câmara, a prefeita Sânia Tereza é acusada de ter feito um saque de R$ 70 mil mesmo afastada do cargo. O saque de R$ 70 mil na conta da Prefeitura de Anadia se deu no mesmo dia em que o vice-prefeito estava tomando posse. Ou seja: a prefeita já estava presa. A prefeita Sânia Tereza tem prazo de 15 dias para se defender da acusação, que vai subsidiar o pedido de cassação dela. O superintendente da SMTT, José Pinto de Luna, é o entrevistado desta terça-feira, 25, no “Conversa de Botequim”, apresentado pelo jornalista Plínio Lins, no Rapa Nui.
Marco Fireman defende que haja flexibilização de critérios do programa
Fernando Bezerra chegou a anunciar R$ 8 milhões para a prevenção
Prefeitos acreditam que problema pode ser resolvido Como sugestão dos prefeitos, durante a viagem a Brasília, será solicitado ainda o repasse direto de recursos federais às prefeituras para reconstrução de prédios públicos destruídos e o enquadramento no programa Minha Casa, Minha Vida de todas as famílias que tiveram casas destruídas pelas enchentes, independentemente
da renda familiar. “Vamos apresentar nossos pleitos, com o governo estadual, à bancada federal em Brasília e, se for necessário, vamos marcar audiência com a Presidência da República, pois sabemos que tudo isso depende de medida provisória”, adiantou o prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima (PMDB), escalado pela Asso-
ciação dos Municípios Alagoanos (AMA) para falar sobre o assunto. Segundo o secretário estadual de Infraestrutura, Marco Fireman, o que aconteceu em 2010 foi uma tragédia singular e o governo federal “precisa ser sensibilizado para excepcionalizar os critérios do Minha Casa, Minha Vida” e
fazer uma isenção total. “O programa foi a única fonte de recursos disponibilizada para a reconstrução das casas e não foi uma opção das famílias. Temos certeza de que o governo federal, mais uma vez, como tem sido desde o período das enchentes, estará sensibilizado pelas famílias alagoanas”, disse. (A.H.L.)
Vice também está defendendo isenção
Reunião sobre obras para o Estado
O coordenador do Programa da Reconstrução, José Thomaz Nonô, foi o pivô da crise. Ele foi o primeiro a se pronunciar publicamente sobre a necessidade do pagamento das casas por parte dos desabrigados. Logo depois, o vice-governador voltou atrás e mudou o discurso. Agora, as vítimas das enchentes devem ser tratadas de forma diferenciada e o programa deve ser readequado à
O encontro em Brasília também vai servir para um outro encontro entre a bancada federal e o governador. Está agendado para quarta-feira, às 19 horas, um jantar na casa do deputado Maurício Quintella (PR), para definir as metas de Alagoas no Orçamento 2012, bem como para analisar o que foi executado até agora. Serão apresentadas futuras emendas e projetos
circunstância local. “Como coordenador do Programa da Reconstrução, estou engajado para ver uma solução, que deve ser implantada pelo governo federal, sobre essa mensalidade e também de outras taxas como ITBI, cartório. Essas casas devem ser entregues sem nenhum tipo de ônus, afinal estamos tratando de pessoas vitimadas por uma tragédia sem precedentes”, declarou Nonô. (A.H.L.)
para defesa em bloco de toda a bancada. PROJETOS - Na pauta já estão garantidas avaliações sobre o andamento das obras da Duplicação da BR-101, do Canal do Sertão, do asfaltamento da BR Inajá-Carié e do projeto do deputado João Lyra para desassoreamento das lagoas Mundaú-Manguaba. (A.H.L.)
Política
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Portal da CGU na Internet é considerado espécie de “linha de frente” dos órgãos de fiscalização e controle
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No site do Ministério Público de Alagoas, as denúncias podem ser feitas sem necessidade de identificação
Crescem canais on-line contra corrupção Internet tem se mostrado ferramenta importante para o controle social; órgãos recebem denúncias através de seus sites Gilson Monteiro Repórter
O brasileiro, em sua maioria, ainda não conhece a expressão “controle social”. Habituado a assistir a operações da Policia Federal e ver no noticiário as constantes denúncias e prisões por corrupção, a população brasileira pouco sabe que ela própria pode atuar mais efetivamente no combate ao desvio de recursos públicos, atos de improbidade administrativa, e tantos outros crimes que lesam os
cofres e a vida pública. O controle social, quando a própria sociedade fiscaliza a gestão do dinheiro público, é uma maneira de complementar o controle institucional feito por órgãos como Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU). A Internet tem se revelado um parceiro fundamental no controle social. Com a disponibilização cada vez maior de dados oficiais e canais de núncias, a sociedade começa a despertar para o controle social.
Nesta reportagem, O JORNAL mostra o “caminho das pedras” para o cidadão que deseja denunciar irregularidades, e também como o internauta pode se aprender sob o universo da fiscalização do erário. Um primeiro passo para enveredar pelo controle social na rede pode ser a página da Controladoria Geral da União, a CGU, onde se pode encontrar orientações gerais e os formulários para denúncias. A CGU é uma espécie de “linha de frente” dos órgãos de
fiscalização e controle. O endereço é o www.cgu.gov.br. Assim como o Tribunal de Contas da União (TCU), que recebe denúncias por meio de sua ouvidoria. O órgão também disponibiliza o Cadastro Integrado de Condenações por Ilícitos Administrativos (Cadicon), que permite a consulta sobre responsáveis por contas julgadas irregulares. O endereço é o www.tcu.gov.br. O enriquecimento suspeito de possíveis envolvidos em corrupção pode ser denunciado à Secre-
Portais da transparência fornecem informações O grande “boom” da divulgação de dados oficiais capazes de fomentar o controle social com informações sobre receitas e despesas de órgãos e entidades públicas foram os chamados Portais de Transparência Pública. Essas páginas oferecem informações que vão desde a execução orçamentária, processos licitatório a gastos com diárias e passagens pagas pelo erário, todos, regidos pelo decreto 5.482, de 30 de junho de 2005. No Portal da Transparência (www.portaltransparencia. gov.br), alimentado por informações da CGU, é possível encontrar dados sobre as transferências de recursos para Estados e municípios. Acessando o portal é possível saber quanto o governo federal destinou a cada município ou Estado desde 2004, com despesas e receitas separadas por programas ou ações da União como o Bolsa Família ou Programa de Saúde da Família (PSF), por exemplo. Também no âmbito nacional, o Transparência Brasil
Dados sobre transferência de recursos públicos federais podem ser encontrados no Portal da Transparência
(www.transparencia.org.br) reúne pessoas físicas e organizações não-governamentais disponibilizando estudos e levantamentos sobre corrupção e seus efeitos, além do Assistente Interativo de Licitações, um ma-
nual prático sobre o assunto. As duas casas que formam o Congresso Nacional também disponibilizam informações. O Senado criou o Siga Brasil (www.senado.gov.br). Já a Câmara dos Deputados disponi-
recebe e investiga denúncias que apontem irregularidades na gestão de recursos federais. Segundo apurou Ojornalweb, entre janeiro e julho deste ano foram recebidas 4.180 denúncias. Desse total, 93 foram enviadas por alagoanos. Nos oito anos em que o órgão disponibiliza as denúncias on-line, foram 42.753 denúncias, sendo 1.117 provenientes de Alagoas. Outro exemplo do cresci-
mento do interesse do brasileiro por informações dos gastos públicos é o número de acesso do Portal Transparência Brasil, mantido pela CGU. Em 2010, quase 300 mil pessoas acessaram o portal, numa média de 42.166 visitas mensais e 1.391 visitas por dia. Para Claúdio Vilhena, chefe da CGU em Alagoas, a disponibilização dos gastos e receitas públicas tem alimentado o
crescimento da fiscalização por parte da sociedade. “À medida que o cidadão tem acesso a dados como gastos, orçamentos, ele passa a ficar de olho na aplicação desses recursos, e isso tem alimentado o controle social no país. Por isso é salutar o aumento da disponibilização das informações da gestão pública, pois incentiva a fiscalização por parte da sociedade”, avalia Vilhena. (G.M.)
Observatório da OAB se reúne com chefe do MPE Caso a denúncia se transforme em processo, o cidadão também já pode ficar de olho no andamento dos autos na Justiça. A mais nova ferramenta de controle social é o Observatório Nacional da Corrupção (www.observatorio.oab.org.br), lançado em agosto pelo Conselho Federal da OAB. Na página, o cidadão pode solicitar informações
sobre o andamento de processos que apurem crimes de corrupção e improbidade administrativa. Caso o grupo de advogados coordenados pelo alagoano Paulo Henrique Brêda constate uma lentidão fora do comum no andamento do processo, o Observatório poderá intervir, pedindo celeridade. Em Alagoas o Observatório é coordenador pelo advogado
José Firmino, que já se reuniu com o superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Amaro Vieira Ferreira, e deverá conversar nesta semana com o procurador-geral, Eduardo Tavares Mendes. “Já estivemos com o superintendente da PF, para expor o trabalho do Observatório, onde entregamos um ofício pedindo informações sobre o
desde que solicitado na denúncia”, diz o texto de apresentação. Em Alagoas, irregularidades podem ser denunciadas ao Ministério Público de Contas, órgão do Tribunal de Contas que pode ser acessado na página www.tce.al.gov.br. As denúncias podem ser encaminhadas também pelo e-mail ministeriopublico@tce.al.gov.br. Já na página do Ministério Público de Alagoas - www.mp. al.gov.br -, a denúncia é aceita sem identificação.
CGU orienta como fazer as denúncias O chefe da CGU em Alagoas, Claudio Vilhena, orienta a sociedade de como fazer as denúncias, sejam on-line ou não. Vilhena ressalta que as denúncias precisam vir acompanhadas de elementos que possam comprovar os indícios de irregularidades. “Às vezes recebemos acusações, e não denúncias. Alguém acusando alguém de fazer algo que supostamente seria irregular. Para que os órgãos de fiscalização e controle possam apurar, averiguar a denúncia, é preciso que o cidadão nos envie o máximo de informação possível, como nomes dos acusados, endereços, se possível documentação mostrando as irregularidades. Ou seja, elementos eu possam mostrar que
há uma irregularidade, para que possamos averiguar e começar uma investigação”, explicou o chefe da CGU. MUSEU - Os fatos mais importantes, os escândalos, rankigs e muitos outros dados sobre a corrupção no Brasil podem ser encontrados em uma única página. A Internet já abriga um museu dedicado à corrupção. No endereço www.muco.com.br o internauta encontra curiosidades como a Salas das CPIs, Operações da PF, Sala dos Escândalos, Filmes sobre corrupção, Biblioteca, a corrupção nos estados. Esses são alguns dos ambientes que você vai encontrar no MUCO, o Museu virtual da Corrupção, com direito até a loginha de souvenies. (G.M.)
biliza o Fiscalize (www.camara.gov.br). Ambos fontes de consulta à execução orçamentária e financeira da União. Em Alagoas, o governo do Estado disponibiliza o Portal Transparência Ruth Cardoso, lançado em 2008. (G.M.)
Alagoanos começam a despertar para o controle Os números de denúncias on-line recebidas pela Controladoria Geral da União e pelo Ministério Público Federal dão pistas de que o controle social começa a ser tornar, mesmo que timidamente, um hábito entre os alagoanos. No MPF, onde a identificação do denunciando é obrigatória, foram 198 denúncias entre janeiro até agosto. Numa média de 28 denúncias por dia. O MPE
taria da Receita Federal no endereço www.receita.fazenda.gov.br. O portal do Departamento de Polícia Federal (www.dpf.gov.br) também recebe denúncias. O Ministério Público Federal (MPF) é outra porta virtual aberta para denúncias. No endereço www.pral.mpf.gov.br, é possível ter acesso ao formulário de denúncias on-line. Uma das exigências do MPF é a obrigatoriedade da identificação do denunciante. “A identidade e demais dados do denunciante poderão ser mantidos em sigilo pelo MPF,
andamento dos inquéritos de uma série de operações no Estado, entre elas a operação Gabiru. Nosso próximo passo será uma reunião com o procurador-geral de Justiça, para também apresentar o Observatório, e saber como o Ministério Publico Estadual poderá acompanhar ou ajudar nosso trabalho”, disse Firmino. (G.M.)
Página na web da campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”
Empresas privadas e 3º setor no combate Um dos celeiros de iniciativas de combate à corrupção é a própria sociedade civil organizada. Do chamado “terceiro setor” despontam iniciativas como a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” (www.oquevocetemavercomacorrupcao.com) que recebe denúncias e faz um trabalho de conscientização, especialmente crianças e adolescentes. Criado há seis anos, o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) (www.ifc.org.br), reúne um grupo de voluntários, profissionais da área de fiscalização e controle a cargo do Poder Público, ligados a várias entidades representativas de classe. O objetivo é incentivar o acompanhamento da gestão financeira dos gastos públicos, tanto por parte da sociedade civil, como por parte dos órgãos públicos. A busca por informações da trilha percorrida pelo dinheiro público continua em páginas como da entidade, Contas Aber-
tas (www.contasabertas. uol. com.br/WebSite), que desde 2005 acompanha a execução orçamentária dos três poderes da União: Executivo, Legislativo e Judiciário. Apágina ainda inclui relatórios sobre a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). SETOR PRIVADO - Considerando que o setor público não é o único habitat para a corrupção, um grupo de empresas privadas se reuniu para formar o Projeto “Empresa Limpa” (www. empresalimpa.org.br). São 271 empresas de todo o país que assinaram o “Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção”, conjunto de diretrizes e compromissos para uma postura ética no mercado. A maior parte das empresas integrantes são de São Paulo e Minas Gerais. Entre as signatárias do Pacto estão a Eletropaulo e a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros S/A (BM&FBOVESPA). (G.M.)
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Nacional Domingo, 23 de outubro de 2011
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Royalties do pré-sal devem ser votados até início de novembro
Antes disso, deputados federais precisam votar três medidas provisórias que trancam a pauta e a DRU O projeto sobre a divisão dos royalties do petróleo na camada pré-sal deve ser votado até a primeira quinzena de novembro na Câmara. Para isso acontecer, os deputados precisam votar três medidas provisórias que trancam a pauta, além da proposta de emenda à Constituição que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Essa é a previsão do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), após reunião com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-RS). Na semana passada, os senadores aprovaram o relatório do projeto que define a redistribuição dos recursos do petróleo e as bases do marco regulatório para a exploração na camada do pré-sal. O resultado irritou os estados produtores. Durante a conversa, ficou de-
finido o adiamento da análise do veto da Emenda Ibsen pelo plenário do Congresso. Inicialmente prevista para a próxima quartafeira, agora não tem data para acontecer. Aprovada na Câmara no ano passado, a emenda elaborada pelo então deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) desagrada os estados produtores. O texto do peemedebista propõe que a União fique com 40% dos royalties e 50% da participação especial da produção do petróleo em águas territorias do país. O restante do dinheiro seria dividido entre estados e municípios, seguindo as regras do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e dos estados (FME). Na verdade, porém, o projeto aprovado na semana passada no Senado substitui a emenda Ibsen seguindo a mes-
Partilha irrita os estados produtores A aprovação no Senado do senador Lindbergh Farias relatório do projeto que defi- (PT-RJ). Uma das estratégias ne a redistribuição dos recur- foi a apresentação de um sos do petróleo e as bases do contra-projeto do senador marco regulatório para a ex- Francisco Dornelles (PP-RJ), ploração na camada do pré- que garantiria mais recursos sal. O resultado irritou os es- para estados não-produtores, tados produtores, que prome- mas retiraria recursos da tem apelar para a presidenta União e das petroleiras, ao Dilma Rousseff para que vete invés de retirar dos estados o projeto. Das 54 emendas produtores. No entanto, a apresentadas, apenas três proposta foi rejeitada pelo foram incorporadas ao texto, plenário por 45 votos conque segue para apreciação na trários e 20 a favor. Câmara dos Deputados. O PSDB e o DEM A discussão, travaapoiaram os estada no Congresso dos produtores nesdesde 2009, foi palta questão. Bancada co para um intenso Durante a discusembate entre estasão, o senador Marfluminense dos produtores e celo Crivella (PRB-RJ) afirma que não-produtores no afirmou que o Plenávai recorrer rio votava o projeto que diz respeito à até a última “açodadamente”. “O divisão dos royalties entre eles. O texto que se quer consagrar instância apresentado pelo sehoje no Senado Fedepara evitar nador Vital do Rêgo ral é uma afronta ao divisão (PMDB-PB), relator princípio do pacto fedo PLS 448/2011, derativo. Eles vêm propõe a alteração aqui para cima para codo quanto é cobralocar números falaciosos, facdo das petroleiras e como o ciosos. Dizem, insistem com isdinheiro recolhido poderá so, que os estados e municípiser distribuído entre a União, os produtores não vão perder. Estados e municípios. Os Isso é mentira”, disse. Ao final não-produtores passam a re- da votação, o senador afirmou ceber um percentual maior, que a bancada fluminense perenquanto os produtores per- deu a luta, mas ainda continua dem parte do que ganham na guerra. atualmente. Para a aprovação do proA bancada fluminense jeto, foi feito um acordo de líafirmou que irá recorrer até deres, que retirou dois artia última instância, no caso, o gos do relatório de Vital do Supremo Tribunal Federal, Rêgo. Um dos artigos retirapara tentar anular o projeto va da Petrobras a exclusivide lei. “Fizemos de tudo pa- dade de operação nos poços ra evitar a judicialização do do pré-sal, e o outro mudava processo, mas não quiseram as áreas relativas às faixas de nos dar ouvidos”, afirmou o mar dos estados produtores.
ma lógica. Na próxima terça-feira, uma reunião entre os líderes partidários das duas Casas foi marcada. Em pauta, a elaboração de um calendário de votação para o projeto dos royalties. “Vamos definir as datas e os procedimentos da votação dos royalties”, afirmou Marco Maia, após a reunião com Sarney. Para dificultar a rápida votação do projeto, além das três MPs trancando atualmente a pauta, existem dois feriados nacionais pela frente – Finados (2/11) e Proclamação da República (15/11). Outras duas medidas provisórias passam a trancar os trabalhos a partir de 14 de novembro. “Nós precisamos destrancar a pauta de votação da Câmara”, observou Maia.
DESVINCULAÇÃO - Outra proposta que atrapalha a intenção de votar rapidamente os royalties é a PEC 61/11, que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 31 de dezembro de 2015. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o governo quer votar a PEC antes do projeto da divisão dos lucros. “Nós vamos fazer um grande entendimento para votar a DRU o mais breve possível”, disse Maia. Está prevista para hoje a análise do relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG) na comissão especial. A apresentação do parecer do petista, na última terça-feira, não trouxe surpresas. Ele rejeitou as seis emendas apresentadas e manteve o texto original enviado pelo governo federal em agosto.
Deputado Maia reuniu-se na semana passada com o senador Sarney
Governo vai fazer concessão em unidades de conservação O governo pretende fazer concessões de unidades de conservação (UCs) federais. Para isso, um acordo foi firmado na semana passada entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A intenção do governo é divulgar o primeiro edital antes da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sus-tentável (Rio+20), em maio do próximo ano. Segundo o Ministério do Planejamento, farão parte do “projeto piloto” os parques nacionais de Jericoacoara e de Ubajara (no Ceará) e os parques nacionais de Sete Cidades e da Serra das Confusões (Piauí). Além desses quatro parques nacionais, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo José Fernandes Barreto Mello, acrescenta os parques nacionais de Anavilhanas (AM), Lençóis Maranhenses (MA), Chapada dos Guimarães (MT), Fernando de Noronha (PE); Itatiaia (RJ), e Serra dos Órgãos (RJ). Segundo Mello, o processo de concessão vai começar pelos parques nacionais por causa do tipo de unidade de conservação e da legislação. “Eles já foram criados com essa perspectiva”, explicou ao lembrar do potencial turís-
tico dos parques. Não está descarta a possibilidade das concessões se estenderem às atividades de pesquisa e ao extrativismo. “Precisamos aumentar o investimento por quilômetro quadrado (km²) protegido”, avalia a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira. A expectativa da ministra é que as concessões dobrem, no primeiro ano, o gasto por quilômetro quadrado, passando da faixa atual de US$ 5 a 6 dólares para mais de US$ 10. O gasto em áreas protegidas na Argentina é de US$ 15 dólares por km²; e nos Estados Unidos, US$ 156 dólares por km². Izabela Teixeira considera a iniciativa do governo “um golaço” e “extremamente inovadora”. A ministra enfatizou que não estava “discutindo privatização”, mas um modelo de gestão para as UCs “Nós temos que modernizar”, disse antes de garantir que a União continuará dona do patrimônio: “é um ativo da sociedade”. O governo não estabeleceu se empresas privadas estrangeiras poderão participar da concessão. A definição sobre os modelos de negócio (parcerias público-privadas, concessão de serviços, concessão de gestão da unidade a prefeituras e universidades ou gestão
por organizações da sociedade civil de interesse público - Oscips, por exemplo) será feita caso a caso por um grupo de trabalho envolvendo os dois ministérios. “Para cada situação, há um remédio”, sinalizou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, logo após a assinatura do acordo com Izabela Teixeira. O Ministério do Turismo também deverá participar das discussões. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) financiará a elaboração dos projetos por
meio do Fundo Multilateral de Investimentos. No caso das parcerias público-privadas, o governo tem feito contratos de prestação de serviços de 5 a 35 anos, em valores não inferiores a R$ 20 milhões. O Parque Nacional de Iguaçu (PR), que tem 0,3% de sua área total concedida (185 mil km²) à iniciativa privada, fatura R$ 120 milhões por ano com turismo. Há, no Brasil, 310 unidades de conservação (67 parques nacionais), que somam área protegida de 75 milhões km².
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Opinião A6
Domingo, 23 de outubro de 2011
Estado limpo Aos poucos, o Estado de Alagoas está sendo depurado. Pelo andar da carruagem, se não houver novas safras de ervas daninhas, em poucas décadas a “terra dos marechais” será pura. Puríssima, sem ao menos um sinal de corrupção. As contas públicas vão bater certinho após a prova dos “noves fora”, e o Estado não perderá recursos federais por causa da falta de prestação de contas. Os gestores públicos serão respeitados aonde forem para inaugurar esta ou aquela obra. O que não pode é arrefecer. Não pode faltar fôlego à Polícia Federal nem ao Ministério Público. Uma operação da Polícia Federal aqui, outra ali e, em poucos anos, teremos uma terra mais honesta para viver. De modo que não sirvamos de chacota para o restante do País. Não que por lá - no restante do País - não haja improbidade administrativa, desvio de dinheiro público, entre outros crimes do colarinho branco. Londrina, no Paraná, conhece bem essas coisas, só que não ganha as páginas de jornais como Maceió. O povo de Alagoas é rico de hospitalidade e de generosidade. Não é aquele rico que dá dois ou três mil reais numa cadeira ou numa bolsa de grife. Também não costuma pagar dois mil reais numa garrafa de vinho ou de uísque. Quem verdadeiramente tem dinheiro em Alagoas dá valor a ele e não o joga em pacotes pela janela. Essa farra é feita, comumente, com o dinheiro público.
Nesse caso, erguem-se mansões em locais ermos, bem no estilo Emirados Árabes. Só que lá há riqueza e, por aqui, há muita pobreza. Nosso petróleo não jorra nos quintais das casas, mas o dinheiro público vai parar direto nas contas particulares de gestores corruptos. Nosso petróleo não suja as unhas. Suja a reputação, de quem tem. Em Alagoas há ricos e pobres, como em qualquer outra unidade da federação. Inclusive, há por aqui pessoas que construíram fortuna com muito suor do seu rosto e de seus antecessores. Não raro, encontram-se no Estado negócios que deram certo há décadas e prosperam, honestamente, até hoje, com a força do trabalho. A verdade é que o povo de Alagoas vive um grande momento de transformação. Assiste a uma situação jamais vista em outras épocas. Há quem diga que não é nada passar cinco dias na prisão com toda notoriedade que é dada pela imprensa local. Para quem tem vergonha, ter um par de algemas nos pulsos é pior que a morte. E, então, não adianta dizer que tal caso “não deu em nada”. Já deu, sim. O resto é com a Justiça e o que está previsto na lei, garantindo-se o direito à ampla defesa. Nesse processo de depuração, o povo honesto do Estado é o grande beneficiado porque vai poder olhar, da mesma altura, para as pessoas de outras unidades da federação.
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O financiamento e a licença ambiental “Os municípios podem estabelecer seu próprio sistema de gestão ambiental” Alder Flores Advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental Tenho observado que alguns municípios aptos para desenvolverem seu sistema de gestão ambiental/licenciamento, têm enfrentado sérias dificuldades quando se trata de apresentar a licença ambiental como uma das exigências para financiamento de obras públicas ou privadas. Devo ressaltar que a Constituição de 1988 estabeleceu o marco para a ação municipal sobre o meio ambiente, definindo a competência para proteção ambiental como objeto comum entre os entes federados, dotando os municípios de autonomia política, administrativa e financeira. Esse marco consagrou e fortaleceu de várias formas a ação municipal e a ação cooperada prevista desde a instituição do SISNAMA. Assim, os municípios podem estabelecer seu próprio sistema de gestão ambiental. Em observância ao critério constitucional da autonomia e responsabilidade compartilhada entre os entes federados, o Conselho Nacional do Meio Ambiente editou a Resolução nº 237/97 regulamentando a atuação dos órgãos ambientais na execução do seu sistema de gestão ambiental. Essa resolução reafirmou os princípios de cooperação da política ambiental e buscou determinar e explicitar os critérios de competências correspondentes aos níveis de governo federal, estadual e municipal para execução da gestão e licenciamento ambiental, com base na abrangência dos impactos ambientais da atividade ou empreendimento.
Para os municípios exercerem sua competência devem estruturar-se em termos políticos, jurídicos, técnicos, administrativos e operacionais, sendo necessário que criem uma instancia executiva que seja responsável pelas atividades de gestão ambiental e que tenha legislação e um quadro técnico capacitado. Ao assumir o município seu papel constitucional traz uma serie de benefícios, tais como: Mais proximidade dos problemas a enfrentar e melhor acessibilidade dos usuários aos serviços públicos; maiores possibilidades de adaptação de políticas e programas as peculiaridades locais; maior visibilidade e conseqüentemente mais transparência das tomadas de decisões e democratização dos processos decisórios de implementação, favorecendo a participação da população envolvida e as condições para negociação de conflitos. A ação ambiental dos municípios pode estar associada a inúmeras possibilidades de interação, compartilhando responsabilidades em condições de autonomia, cooperação e complementaridade. A gestão compartilhada e descentralizada do meio ambiente estabelece a competência aos municípios a procederem ao licenciamento de empreendimentos de impacto local sem a necessidade de formalização de convênios, e encontra respaldo pleno nas diretrizes que norteiam a atual política do Ministério do Meio Ambiente. Neste sentido é importante que os organismos financiadores tomem conhecimento do que ensina a lei.
Bolsa Família derruba mitos “Os números de hoje mostram que os críticos estavam equivocados” Renan Calheiros
Senador e líder da bancada do PMDB
Família, depositária da vida “O amor tudo santifica e enobrece”
O programa Bolsa Família foi criado no final de 2003 para atender milhões de brasileiros que não tinham renda sequer para fazer uma refeição ao dia. Fruto da sensibilidade social do ex-presidente Lula, o Bolsa Família acabou sendo decisivo para o crescimento do mercado interno, para a redução da pobreza e também para aumentar a arrecadação tributária. Por estes motivos, o Brasil vem ganhando sucessivos prêmios de organismos internacionais pelo êxito do programa de combate à fome. Eu tive a honra de ser o relator do Bolsa Família no Senado Federal e nunca duvidei de sua eficiência e alcance sócioeconômico. Muito se polemizou sobre o programa. Diziam que era assistencialista, outros afirmavam ser um caminho sem saída e um estímulo ao ócio. Os números de hoje mostram que os críticos estavam equivocados. Desde a criação do Bolsa Família, 5,8 milhões de famílias – números de setembro – deixaram de receber as transferências de renda do governo. Nada menos do que 40% dos ex-beneficiários fazem parte de núcleos familiares que aumentaram sua renda per capita e não se enquadram mais na atual faixa de pagamento do benefício, destinado a grupos com renda mensal de até R$ 70 por pessoa ou rendimento individual mensal na
Datas & Fatos
João Baptista Herkenhoff
Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor A família é depositária da vida, e não só da vida biológica, mas da vida espiritual, afetiva. Situa-se num plano existencial que suplanta definições limitadas, moralistas e preconceituosas. Parece que a família tem uma missão que se estende por vários planos: a) aquele que se relaciona com as próprias pessoas que se casam. A família deve contribuir para proporcionar felicidade e realização humana. Se a família só tivesse sentido como geradora de vida, que dizer dos casais que não têm filhos? b) aquele que se corporifica na geração e educação dos filhos, numa atmosfera de segurança e amor; c) aquele que se realiza quando se gera na alma, através do filho adotivo; d) aquele que se concretiza na ampliação da família, não apenas pelas adoções, já referidas, como pelo acolhimento de pais, avós, agregados. A família não é somente, nem principalmente uma instituição jurídica. Daí merecer todo respeito a família que se forma sem casamento legal. Também é família, sagrada, respeitável, a da mãe solteira e do filho ou filhos que advenham em tal situação. Também a união homossexual, em clima de amor e respeito, tem a nosso ver direito de prote-
ção, em nome do mais relevante princípio ético-jurídico: a dignidade da pessoa humana. Não cabem neste artigo, a meu sentir, julgamentos dogmáticos. Não me arrisco a atirar a primeira pedra. O amor tudo santifica e enobrece, como está escrito na célebre epístola de Paulo Apóstolo. O artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos cuida do casamento e da família. Este artigo é subdividido em 3 parágrafos: o primeiro trata do direito ao casamento e à fundação da família e da igualdade de direitos de homens e mulheres; o segundo estabelece o princípio do livre consentimento como inerente ao casamento; o terceiro define a família como núcleo natural e fundamental da sociedade, acrescentando que a família tem direito à proteção da sociedade e do Estado. O entendimento textual do artigo não dá a medida de sua significação global. Só a interpretação axiológica, que é indispensável para a exata compreensão da lei, permite retirar do texto os princípios que colocamos no início deste artigo. Neste mundo de hoje, mundo de materialismo, no qual se apresenta a família como unidade de consumo (consumo capitalista, não o consumo numa linha ética), vale a pena lutar pela ideia de família como unidade de amor.
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23 de outubro - Dia da Força Aérea Brasileira e do Aviador. lll Primeiro vôo do 14-Bis - Em 23 de outubro de 1906, Santos Dumont fez um vôo de 70 metros com o avião construído por ele. O 14-Bis não necessitava de veículo auxiliar e,desta vez, ele estava disposto a se elevar do solo somente com o aparelho. Possuía 4,81m de altura e ficou sete segundos no ar. Essa invenção o deixou famoso em todo mundo. 1739 - A Espanha declara guerra à Inglaterra. 1812 - O exército de Napoleão inicia em Moscou sua retirada da Rússia. 1817 - Nasce Pierre Athanase Larousse, enciclopedista francês. 1821 - Declarada a liberdade de imprensa no Peru pelo general José de San Martin. 1932 - Morre o etíope Abebe Bikila, vencedor da maratona Olímpica de Roma, em 1960, correndo descalço. Ficou paraplégico em um acidente rodoviário. 1940 - Nasce Édson Arantes do Nascimento, o Pelé, considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos. 1944 - Americanos e japoneses iniciam no mar filipino, a maior batalha naval da Segunda Guerra Mundial. 1951 - Nasce o músico argentino Charly Garcia. 1954 - A Grã-Bretanha, a França, os Estados Unidos e a União Soviética concordam em terminar a ocupação da Alemanha. 1956 - Ocorre na Hungria uma rebelião popular contra o regime comunista-estalinista. O político reformista Imre Nagy torna-se primeiro-ministro, iniciando mudanças no país e anunciando a retirada do Pacto de Varsóvia. 1958 - Boris Pasternak, escritor russo, vence o prêmio Nobel de Literatura, pela obra Doutor Jivago. O governo soviético havia criticado a obra. 1966 - Nasce a atriz Cláudia Raia. 1966 - Nasce o piloto italiano Alessandro Zanardi, piloto da Fórmula Indy e da Fórmula1. 1969 - Nixon anuncia a retirada norte-americana do Vietnã.
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faixa que vai de R$ 70 a R$ 140. Nas planilhas do Ministério do Desenvolvimento Social, o número de famílias que saíram do Bolsa Família em virtude do aumento de renda é de 2,2 milhões nos últimos oito anos. A maioria foi beneficiada pela atual política de valorização do salário mínimo, proposta por uma comissão do Senado que eu criei quando presidi a Casa. Ou seja, o mito de que o Bolsa Família desestimularia a procura por empregos e melhor qualidade de vida caiu por terra. Os dados da evasão do programa Bolsa Família precisam ser vistos com muito cuidado. Isso porque é enorme o movimento de famílias entrando e saindo. Mas para que ele simbolize uma tendência é necessário criar programas paralelos, a fim de estimular o aumento da renda dos beneficiários como, por exemplo, cursos de qualificação profissional. O programa Bolsa Família e a nova mecânica de reajustes do salário mínimo acima da inflação - que robustecem o mercado consumidor interno - têm ajudado o Brasil a contornar as sucessivas crises econômicas mundiais. Por isso eu tenho muita honra em ter podido contribuir com estas duas iniciativas que hoje funcionam como âncoras do crescimento brasileiro.
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Libertação da Líbia será proclamada hoje Após 40 anos de repressão, líbios poderão, enfim, redigir uma nova constituição e realizar eleições livres O anúncio formal de que a Líbia foi libertada do antigo regime do ditador Muammar Gaddafi será feito hoje, informou na última sexta-feira um graduado integrante do governo interino. “O anúncio da libertação será feito em Benghazi às 17 horas (13 horas de Brasília) de hoje, no tribunal de Justiça”, disse ele, em condição de anonimato. A declaração deve ser
feita pelo líder interino da Líbia, Mustafa Abdel Jalil. Foi em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, que os rebeldes se levantaram contra o regime de Gaddafi em fevereiro e o local onde o Conselho Nacional de Transição, o novo regime do país, ainda está sediado. O primeiro-ministro líbio, Mahmoud Jibril, disse na quinta-feira, após o anúncio da
morte de Gaddafi e a tomada de sua cidade natal, Sirte, que a prometida declaração de que o país estava finalmente livre seria feita na quinta ou no máximo na sexta-feira. O anúncio será seguido pela formação de um governo interino que vai supervisionar a redação de uma nova Constituição e realizar eleições livres após quatro décadas de ditadura.
Líbios viveram 40 anos de ditadura Muamar Gaddafi assumiu o poder na Líbia após golpe militar em 1969. Coronel, então com 27 anos, ele depôs a monarquia e implantou a ditadura no país. Gaddafi nacionalizou boa parte das atividades econômicas do país, entre elas a extração de petróleo. Após anos de repressões e relações internacionais tensas, têm início manifestações contrárias ao regime militar. Embalados pelos protestos
que se espalham por diversas regiões árabes em 2011, manifestantes tomaram as ruas da Líbia, em ação contrária à prisão de Fathi Terbil, advogado e ativista dos direitos humanos responsável por ações jurídicas de um grupo de famílias de prisioneiros mortos no Massacre de Abu Salim, em 1996. Desde fevereiro, protestos se espalham no país e pedem a saída de Gaddafi do poder. Em razão dos conflitos,
apesar da sangrenta reação das forças pró-Gaddafi, o ditador perdeu o controle de boa parte do país. Desde então, teve início uma busca ao ex-líder. Em outubro, o Conselho Nacional de Transição anunciou a captura - e depois a morte - de Gaddafi. Poucos momentos depois, uma multidão ocupou as ruas de Trípoli, capital líbia, para comemorar o que simbolizaria o fim do governo mais longo tanto na África quanto no mundo árabe.
Família de Gaddafi é dizimada Imagem feita com câmera de celular por rebelde líbio mostra os últimos momentos do ex-ditador
As últimas horas de Gaddafi As circunstâncias exatas da morte de Muammar Gaddafi permanecem nebulosas, em meio a diferentes versões sobre o que se passou. Na última sexta-feira, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu uma ampla investigação sobre o momento da captura do ex-líder líbio. Segundo Rupert Colville, porta-voz do órgão da ONU, ‘’há muita incerteza sobre o quê aconteceu exatamente. Parece haver quatro ou cinco versões sobre o que ocorreu’’. Ele afirmou ainda, que ‘’se você assiste aos dois vídeos (que mostram Gaddafi em posse dos combatentes) juntos, eles são bem perturbadores, porque você pode ver alguém que foi capturado vivo e depois (vê) a mesma pessoa morta’’. Colville disse ainda que ‘’não estamos em posição, neste momento, de dizer exatamente o que aconteceu’’. Gaddafi, que governou a Líbia por 42 anos, mas foi deposto em uma guerra civil, teria sido morto em decorrência de ferimentos a bala, quando tentava fugir de um grupo de combatentes do Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT). FUGA Após o avanço dos militantes anti-Gaddafi em agosto e a tomada da capital do país, Trípoli, por eles, Sirte passou a ser um dos últimos bolsões de resistência dos combatentes leais ao líder líbio deposto, em especial o distrito 2, no noroeste da cidade. Nas primeiras horas da quinta-feira, Gaddafi, juntamente com alguns correligionários, teria decidido fugir do Distrito 2 acompanhado de um comboio de veículos, ao perceber o avanço das tropas do governo interino. O comboio incluía o chefe do Exército, Abu Bakr Younis Jabr, e Mutassim, um dos filhos do coronel. Gaddafi e sua comitiva teriam tentado atra-
vessar uma região controlada pelo Conselho Nacional de Transição. ATAQUE AÉREO Por volta das 8h30 do horário local, o comboio teria sido alvo de um ataque aéreo de jatos franceses da Otan. A agência de notícias Reuters entrevistou fontes ligadas aos combatentes prógoverno, que disseram que 15 veículos teriam sido destruídos no ataque. O coronel e possivelmente dois correligionários teriam conseguido escapar e se esconder dentro de um cano de drenagem cheio de lixo. Os milicianos pró-governo foram se aproximando do local do esconderijo improvisado. O combatente Salem Bakeer disse à agência de notícias Reuters: ‘’Nós começamos atirando contra eles com canhões antiartilharia, mas não adiantou’’. ‘’Depois, fomos a pé. Um dos homens de Gaddafi saiu agitando o seu rifle no ar...assim que ele viu meu rosto, começou a atirar contra mim.’’ ‘’Creio que Gaddafi deve ter dado ordens para que eles parassem. “Meu mestre está aqui, meu mestre está aqui”, ele disse. “Muammar Gaddafi está aqui e ele está ferido’’’, relatou. GADDAFI CAPTURADO O coronel foi capturado, com ferimentos graves, por volta do meio-dia. Imagens exibidas pela TV Al Jazeera mostram Gaddafi atordoado e confuso, gesticulando enquanto está sendo conduzido pelos rebeldes. A sequência de eventos a seguir é que não é clara. FERIMENTOS A BALA Mahmoud Jibril, o primeiro-ministro do governo interino líbio, disse, em entrevista coletiva, que a partir do ‘’exame pós-mortem’’ concluiuse que Gaddafi havia morrido em decorrência de ferimentos
à bala. Jibril disse que forças do governo capturaram o coronel, que não opôs resistência. Em seguida, eles teriam transportado Gaddafi em um dos veículos do comboio das forças ligadas ao CNT. ‘’Quando o carro estava em movimento, ele foi pego no fogo cruzado entre os revolucionários e as forças de Gaddafi e foi atingido por uma bala na cabeça’’, afirmou Jibril, citando o exame. Mas o premiê acrescentou que ‘’o legista não soube me dizer se o tiro veio dos revolucionários ou das forças de Gaddafi’’. De acordo com Jibril, o coronel morreu apenas alguns minutos depois em um hospital. ÚLTIMAS HORAS Salem Bakeer disse à Reuters: ‘’Nós entramos e trouxemos Gaddafi. Ele estava dizendo: ‘O que há de errado? O que há de errado? O que está acontecendo?’ Então, nós o levamos e o colocamos em um carro. Um homem que disse ter testemunhado o momento da captura afirmou que Gaddafi levou um tiro de uma pistola 9 milímetros na região do abdômen, por volta das 12h30 do horário local. Um representante do CNT, Abdel Majid Mlegta, disse à Reuters que Gaddafi havia sido ferido nas duas pernas. ‘’Ele também foi ferido na cabeça. Houve muitos disparos contra o grupo em que ele se encontrava e ele morreu’’. Às 16h30, Jibril confirmou que Gaddafi havia morrido, dizendo ‘’estamos esperando por este momento há muito tempo. Muammar Gaddafi foi morto.’’ Uma das enviadas da BBC a Trípoli, Caroine Hawley, afirmou nesta sexta-feira que os combatentes líbios que capturaram Gaddafi estariam se recusando a entregar o corpo do ex-líder da Líbia ao Conselho Nacional de Transição.
Depois da morte de Muammar Gaddafi e de um de seus filhos, Muatasim, a Justiça internacional segue em busca de Saif al Islam, filho que era considerado o herdeiro político do ex-ditador líbio. Os outros filhos de Gaddafi e mulher, Safiya, morreram ou estariam refugiados na Argélia ou Níger.
Quem são os filhos do ex-ditador: SAIF AL ISLAM, O EX-REFORMISTA Geralmente apresentado como o futuro sucessor do pai, Saif al Islam (“Espada do Islã” em árabe) é o primeiro filho de Gaddafi com a segunda mulher, Safiya Farkash Nascido em 25 de junho de 1972, doutor em Filosofia pela London School of Economics e considerado durante MOHAMED, O PRIMOGÊNITO Mohamed, nascido em 1970, é o primogênito e único filho de Gaddafi com sua primeira mulher, Fatiha al Nuri, da qual se divorciou em 1970. Mohamed é um homem de contatos, influente e discreto. Ele presidia a agência das telecomunicações e o Comitê Olímpico Nacional. Está refugiado na Argélia desde 29 de agosto. AISHA GADDAFI, A ADVOGADA Nascida em 1977, é advogada. Presidiu a fundação de caridade Waatassimu. Em 2001 foi advogada do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein. Em missão nas Filipinas, negociava com os radicais islâmicos do Abu Sayyaf a libertação de reféns ocidentais.Se refugiou em 29 de agosto na Argélia, onde deu à luz a uma menina. MUATASIM, O MILITAR Nascido em 1975, médico e militar de carreira, comandou o Conselho de Segurança Nacional e era o principal rival de Saif al-Islam. Suspeito de tentativa de golpe de Estado, voltou a receber o apoio do pai após um exílio no Egito. Morreu ao lado do pai em Sirte.Em 2005, a Justiça francesa o condenou a quatro meses de prisão preventiva por maus-tratos à companheira grávida. Está refugiado na Argélia.
muito tempo um “reformista”, ele ficou conhecido pelo papel de mediador no caso das enfermeiras búlgaras SAADI GADDAFI, O JOGADOR DE FUTEBOL Nascido em 25 de maio de 1973, era o “atleta”. Capitão da seleção nacional de futebol, foi contratado em 2003 pelo Peruggia (primeira divisão italiana), mas mal teve a chance de pisar no gramado. Foi suspenso por três meses por um exame antidoping positivo para a substância nandrolona. Presidente do conselho de administração da Libyan Arab Foreign Investment Company, dona de 7,5% das ações da Juventus de Turim, renunciou ao futebol para comandar uma unidade militar de elite. Ele refugiou-se no Níger em 11 de setembro. HANNIBAL, O HABITUÉ DAS DELEGACIAS Nascido em 1978, o militar de formação foi a origem das tensões diplomáticas com a Suíça. Foi detido ao lado da mulher, Aline, em 2008 em Genebra, acusados de violência contra empregadas domésticas, e posteriormente libertado sob fiança. Além do fim do processo judicial, Trípoli exigiu um pedido de desculpas do governo suíço. O caso foi arquivado.
libertadas em 2007 após oito anos de detenção. Também negociou os acordos de indenização às família das vítimas do atentado de Lockerbie No entanto, ele prometeu “banhos de sangue” no início da rebelião e atualmente está sendo procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade SAIF AL ARAB, OFICIAL Nascido em 1980, era o mais discreto dos filhos de Gaddafi. Simples oficial formado na Alemanha, era muito ligado ao pai. Segundo várias fontes, morreu em 30 de abril em um bombardeio da Otan.
KHAMIS, BRAÇO ARMADO DO REGIME Nascido em 27 de maio de 1983, era o filho mais novo de Gaddafi. Formado na Rússia, recebeu o comando da unidade de elite das forças especiais. Teve um papel importante na repressão da revolta em Benghazi. A base militar que comandava em Trípoli foi a última a ser bombardeada pela Otan na capital, em 27 de agosto. As novas autoridades anunciaram sua morte em 28 de agosto. Uma emissora de televisão pró-Gaddafi confirmou a notícia em 17 de outubro. Muamar também tinha dois filhos adotivos. Um homem, Milad, muito discreto, e uma filha, Hannah, que teria morrido em 1986, quando tinha 15 meses, em um bombardeio americano sobre Trípoli.
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Obras do Reginaldo paradas há 1 ano A transformação da favela em bairro com infraestrutura está emperrada pela burocracia do poder público Fotos: Marco Antônio
Sumaia Villela Repórter
Pela metade. Assim está a vida de muitos moradores do Vale do Reginaldo, e os únicos três blocos que começaram a ser construídos na grota, fruto do projeto de Urbanização Integrada de uma das mais tradicionais favelas de Maceió. A transformação de uma região de estrutura tão precária em um bairro, com água encanada, rua asfaltada, praça, e principalmente, sem mau cheiro, surgiu como uma ação que prometia dividir a história da desigualdade de Alagoas em duas. Mas com o aniversário da paralisação das obras, completados no próximo dia 1° de novembro, a esperança ficou no meio do caminho. Das áreas 01, 02, 05 e 07, apenas a primeira foi entregue. E é alvo de insatisfação dos moradores. As outras estão como escombros. Os vizinhos temem a vulnerabilidade da região deixada por grandes labirintos em que se transformaram as construções, e aqueles que precisaram sair das casas desapropriadas pelo Estado hoje não sabem se continuam esperando ou seguem com a vida, sem esperar pela urbanização. O JORNAL fez uma visita à comunidade e às obras inacabadas para saber qual o efeito da demora na vida da população local. Contou a ajuda do líder comunitário Marcos Antônio Alves da Silva, que também é um dos afetados pela transformação.
Mato toma conta dos conjuntos habitacionais, construídos com recursos do PAC e aguardados com ansiedade pelos moradores do Vale do Reginaldo há doze meses
A área 05, que contava com uma creche pronta – faltando apenas o fornecimento de água – que foi depenada dias depois da paralisação das obras, não conseguiu cumprir sua missão social, mas ainda abriga crianças diariamente. Em meio à estrutura nua do prédio, de onde foram roubadas telhas, jane-
las, portas, louça, fiação, lâmpadas, tudo, um grupo de meninos transformou a tragédia em diversão. Eles limparam uma das salas e usam o local para jogar uma espécie de futebol de salão. “A gente sempre vem depois da escola”, contou Adeilson Farias Paulino, 13. À noite, o público muda,
e adultos usuários de drogas ocupam o lugar para venda e compra de entorpecentes, em especial o crack. Um morador que preferiu não se identificar na matéria disse que eles não roubam os vizinhos, mas a situação é insalubre para quem precisa conviver com pessoas de humor incon-
trolável. “Mas o que eu queria mesmo era a pista de asfalto. No inverno aqui fica difícil para carro pequeno, moto”, cobrou. Já os ocupantes da área 02 e 07 são naturais: na primeira, a água, que toma os blocos sempre que chove, e na segunda, a terra de um deslizamen-
to de barreira, que invadiu o térreo de um dos blocos até a altura da janela. Materiais de construção ainda podem ser vistos, quase que abandonados, muitos quebrados, e a sujeira de fezes humanas e animais está em todo lugar. Continua as páginas A10 e A12
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Apartamentos se tornaram favela vertical A vida parece inacabada também para aqueles que ganharam um dos 180 apartamentos da área I, o único conjunto entregue até hoje. Os primeiros moradores da “urbanização” ganharam as chaves em julho de 2010, em meio a uma grande festa política, de um prédio que aparenta ainda estar em construção. É o que eles alegam. De fato, é difícil ver por aí edifícios serem entregues com piso de cimento liso, parede sem massa corrida, escada de concreto armado e área comum interna sem iluminação. O resultado: uma favela vertical, onde, como sempre ocorreu no Vale do Reginaldo, quem tem renda maior ajeita sua morada; quem não tem dinheiro, fica com o “barraco” moderno do jeito que dá. Isabel Cristina da Silva, 43, e sua filha, Jéssica Patrícia da Silva, 20, moram em um dos blocos mais bonitos do conjunto José Batista de Almeida. A escada não parece mais que vai quebrar quando se pisa nela, nem existem mais buracos perigosos por onde as crianças menores podem escorregar. Eles apostaram na união de recursos para fazer o trabalho que deveria ter sido da construtora: terminaram de construí-la com cimento e colocaram cerâmica com combinação de estampas e tudo. E para isso pagam por mês R$ 20, iniciado em julho e finalizado em novembro. Seu apartamento também é diferente dos outros. As paredes já estão todas pintadas com tinta acrílica, e a da sala possui uma textura diferente e tonalidade mais escura, criatividade do marido pintor. Mas não foi assim que a família – que dispõe de uma renda de quase R$ 1,5 mil – encontrou o imóvel. “Não tinha nada. Os canos foram instalados por fora das paredes, acredita? Teve que quebrar tudo para embutir o encanamento”, contou. Ainda hoje surgem gastos imprevistos decorrentes da má qualidade da construção. O telhado, que fica repleto de goteiras quando chove (um problema de todos os blocos), prejudicando os moradores do último andar, foi concertado por iniciativa deles. Mas nem tudo pode ser
Fotos: Larisa Fontes
Líder comunitário mostrou os problemas de estrutura dos imóveis à reportagem de O JORNAL
Dona Josefa utiliza o pouco espaço do apartamento para comércio
concertado no apartamento. “Aqui é um ovo, muito, muito menor da casa da gente, que tinha quintal, jardim, corredor, sala grande, área de serviço. Aqui a gente ou cozinha ou lava a roupa”, relatou Isabel. Diante do olhar preocupado da filha, ela emenda: “Mas foi bom ter ganhado, somos felizes sim”. Ganhar, no sentido de doar, não é bem a expressão. Na verdade, o imóvel funciona como uma indenização pela desapropriação e demolição da residência da família. Marcos, o líder comunitário que serviu de guia para a reportagem, não compartilha dos mesmos avanços da família de Isabel. Seu bloco está quase como foi entregue; a única modificação visível é a mudança dos números gru-
dados à porta de cada residência. A sinalização original lembra a identidade visual e uma repartição pública; para não deixar os moradores e visitantes esquecer quem construiu aquilo, a logo da atual gestão foi inserida acima da numeração. Muita gente tirou o quadradinho institucional e instalou novos números, dos mais variados tipos. Um volta rápida pelo prédio e ele pôde mostrar o cupim que descia pela parede externa da construção, vinda do telhado, que tinha telhas rachadas. A janela de sua casa, que fica no térreo, podia ser aberta com uma sacudida, mesmo que ele tenha colocado um pedaço de cabo de vassoura para impedir que ela corra para o lado. Assim que a reportagem saiu do
local, ele contou posteriormente que um grupo de moradores precisou passar horas desentupindo as caixas de gordura, que, segundo Marcos, fizeram rasa demais. “Agora fizeram essa vala, que falaram ser provisória. Mas quando chovia aqui era o mesmo que um rio”, mostrou, apontando para uma valeta feita de cimento, por onde escorre a água da chuva. Quando a última reportagem foi feita a respeito da paralisação das obras, há seis meses, o repórter Gilson Monteiro testemunhou: elas eram de barro, ainda cavadas no chão, apenas. “e iluminação Tem um poste ali do bloco cinco que está há quase um ano queimado. E quando a gente solicita o concerto, dizem que ele não tem plaqueta, então não podem mexer”. Os problemas vêm acompanhados de uma falta de noção dos moradores nas necessidades de investimento comum nos blocos. Acostumados a viver em casas, o condomínio é uma taxa inexistente para eles. O papel de síndico, conta Marcos, também está sendo experimentado, e muitos já dizem que vão desistir. “É muito problema para administrar. E os síndicos são desunidos, cada um que ser mais importante que o outro”, conta. (S.V.)
Imóveis precários abrigam moradia e comércio O aluguel social, para Josefa Lopes da Silva, 48, teve que ser rejeitado em nome de dois apartamentos próprios que recebeu no conjunto da área 1. Mas o ideal, para ela e sua família, seria uma terceira via, ou uma ajuda de custo maior. Ela e o marido eram donos de duas residências grandes – para o padrão do vale do Reginaldo – e uma mercearia, todas demolidas. E eles tiveram que escolher: ou recebiam R$ 250 por mês e tentavam achar um lugar grande o suficiente para vender e morar por esse preço, ou ficar onde estão agora. O problema é que ela ficou sem ter onde abrir seu mercadinho, que antes comercializava gás, água e outros produtos. E para não ficar sem renda, hoje amontoa vida pessoal e profissional em sua morada, vendendo através de uma janelinha e com um faturamento muito menor. “Eu não posso mais vender gás, bateu até polícia aqui, porque disseram que eu ia vender. Mas deixei eles entrarem para ver que não tinha nada. Meu marido teve que vender todos os botijões abaixo do preço”, lamentou. Ela conta que o Estado prometeu a entrega de um ponto comercial, mas com a paralisação das obras, ela não tem esperança de conseguir o espaço. “Daqui que construam isso, vai demorar 10, 20 anos. Até lá não sei nem se estou viva”, ironiza. A impossibilidade da mudança através do aluguel social também deixou seu Edgar Ferreira da Silva, 51, numa si-
houve o anúncio de que em breve uma parte dos trabalhadores da obra seria despedida. Enquanto isso, seu Edgar encara todos os dias o apartamento que, um dia, poderá possuir. Vai morar com a filha, o genro e um neto. A esposa, infelizmente, morreu há seis meses, ainda esperando por teto de alvenaria.
A aposentada Maria Arlete é uma das usuárias do “aluguel social”
nuca de bico. Não podia pegar um apartamento na área 1 e deixar a antiga casa para trás, porque seu ofício não cabe em qualquer canto: natural de Viçosa, onde aprendeu seu “ganha-pão”, ele fabrica carroças desde jovem, e foi parar no Reginaldo exatamente porque acreditou que ali prosperaria sem concorrência. Ele, então, tentou buscar um lugar a ser pago com aluguel social. “Até achei um lugar por R$ 250, com garagem, mas quando o dono soube que era para ser uma oficina, desistiu”, contou. Então resolveu ficar em sua casinha de taipa, que fica em frente aos prédios da área 07, por sua vez uma visão seguramente única em Maceió: o conjunto fica, literalmente, embaixo da ponte do Reginaldo. Aliás, ver a construção monumental de concreto – a ponte –
por cima dos edifícios dá a sensação de um filme de ficção sobre um futuro obscuro da humanidade. A construtora Marquise S. A., responsável pelas obras de habitação do Vale do Reginaldo, aproveitou a proximidade de seu Edgar à construção e o contratou como vigilante. “Nunca tive problema aqui”, garantiu. Mas em breve, ele teme que terá, porque a empresa havia feito uma reunião no início da semana, e avisado que haveria cortes. “Quando o povo descobrir que não tem mais segurança, vão invadir”, alertou. A reportagem foi até o canteiro da empresa para tentar falar com algum representante, mas um funcionário relatou que todos estavam fora. Ele, que também é morador do Reginaldo, confirmou que
CRITÉRIOS - A forma como os moradores do único conjunto pronto foram escolhidos é também questionada por muita gente. A maioria defende que não houve qualquer critério para a seleção. Uma das pessoas que questiona o método está José Tibúrcio dos Santos, 64. Ele era vizinho de Josefa, a dona da antiga mercearia, e hoje tem ao seu lado esquerdo apenas escombros, que, segundo ele, facilitam a entrada de ladrões. “Primeiro iam indenizar minha casa. Mas só recebe indenização residência que é avaliada em R$ 33 mil. Primeiro veio um avalista e disse que ela valia R$ 33 mil, depois surgiu um outro resultado de não sei quem, porque não veio aqui, e falou que ela valia R$ 28 mil. Aí falaram que a gente só tinha como conseguir aluguel social”, detalhou. “Quando a gente foi saber por que o vizinho tinha conseguido um apartamento, falaram que ele é mais perto do canal”, disse, rindo. O humor fica por conta do absurdo do argumento: as duas residências possuem paredes coladas, quase dois imóveis ocupando o mesmo lugar no espaço. (S.V.)
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Aluguel social: alternativa que levou ao prejuízo Entre os 180 apartamentos da área 01, existem muitos que moram de aluguel. São as pessoas que precisaram sair das áreas desapropriadas, mas não quiseram ganhar uma das unidades ou não possuíam a residência em que viviam. E para esse pessoal, o aluguel social foi uma alternativa que os levou ao prejuízo. Antônio Jackson da Silva, 25, gasta por mês R$ 350 de aluguel, mas recebe R$ 200.
Ele precisou se mudar porque a proprietária da casa que morava resolveu negociar com o Estado. “Eu morava de aluguel, mas pagava mais barato. Estou cadastrado para receber um apartamento na área 2, mas acho que agora já era”, lamenta, sem acreditar que a obra será continuada. Ele também reclamou que o pagamento do governo atrasa, e sua renda de R$ 600 acaba sangrando em mais de 50%.
Já Maria Arlete da Silva, 75, paga R$ 250 de aluguel em outro bloco do mesmo conjunto. Para ela, o valor do Estado é suficiente, mas a aposentada, que ganha um salário mínimo mensalmente, se arrepende de não ter aceitado a casa própria. “Perguntaram se eu queria me cadastrar para receber um apartamento nesse bloco, quando eu morava com minha cunhada e mais um monte de gente. Mas eu não sabia que ia parar tudo, então
preferi esperar pelo outro conjunto da área 2”, explica. Ela ainda está aguardando. Atualmente, segundo a Seinfra, 82 famílias vivem de aluguel social. O valor médio recebido é R$ 200. Independente do caso, o certo é que, quanto mais demorar a finalização dos conjuntos habitacionais, mais dinheiro público é gasto com aluguel social; recursos que poderiam ser direcionados a outras etapas da obra. (S.V.)
Gestores garantem que obra não está parada “A obra não está parada”. Essa é a versão da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra). Mas a frase tem contexto. Segundo a superintendente de política habitacional da pasta, Marisa Perez, a construção está paralisada, mas a equipe responsável pelo projeto está trabalhando “24 horas” para fazer adequações no projeto de urbanização. “Sei que é difícil para as pessoas que moram lá, mas é preciso informar que a obra não está abandonada. Nós trabalhamos nela todos os dias”, reforçou. Segundo ela, nesse período em que as construções não avançaram, Estado e Prefeitura se empenharam em fazer adequações exigidas pela Caixa Econômica Federal (CEF) ou detectadas pela Seinfra. Uma das mudanças foi feita na parte de habitação: os blocos de prédios não possuíam um sistema de escoamento de água da chuva, e aqueles que foram entregues sofreram com alagamentos no último inverno. A última exigência feita pela CEF, segundo ela, foi a construção de pistas de desaceleração, que significam vias de acesso aos blocos, para não atrapalhar o trânsito do eixo viário de alta velocidade que
A creche que estava pronta para ser entregue foi “depenada”
será construído no Vale do Reginaldo, interligando o Poço ao Farol. Antes, esse item era inexistente. “Sem a pista, não dava para parar uma ambulância, o caminhão de lixo”, explica. Essa construção diz respeito à prefeitura, mas a mudança mexeu com os conjuntos habitacionais, que precisarão recuar 5,5 metros para “dentro”, ou seja, mais afastado da rua principal. Marisa disse que o projeto foi enviado há um mês, pouco antes de os bancos entrarem em greve. “Estamos esperando a Caixa analisar, e estamos confiantes que o resultado vai ser positivo, e poderemos recome-
çar o trabalho, desta vez sem interrupções, que é o nosso objetivo”, prevê. Segundo ela, a previsão para a retomada da obra é para o fim do mês de outubro – nas vésperas, portanto, do aniversário da paralisação. Outro motivo apontado pela gestora foi a resistência das famílias em deixarem suas casas, no início das obras. Quanto ao desperdício e roubo de materiais de construção, a secretaria informou que, assim que as obras voltarem, será feito um levantamento para saber o tamanho do prejuízo, para que o Estado pague à construtora. “Já os vigias e seguranças, é uma res-
ponsabilidade da empresa, de fato”, informou. Já os problemas identificados nas áreas em construção, como o deslizamento da barreira na 07 e o alagamento na 02, não deverão ocorrer uma vez que a construção seja concluída. É o que garante Marisa. “Aquele deslizamento foi causado por um lava-jato, que estava jogando sua água ali. Ele foi interditado. No projeto, está prevista obra de contenção de barreira, da base à crista. E quanto ao alagamento, a drenagem será instalada”. Mozart Amaral, secretário municipal de infraestrutura, apresentou uma versão semelhante à da Seinfra. Segundo ele, diversas modificações precisaram ser feitas quando o trabalho começou na prática. “O coletor tronco, por exemplo, não pode ser simplesmente colocado debaixo do chão. O terreno é muito ruim, corre o risco de ceder. É preciso fazer um processo de estaqueamento”, exemplificou. “O processo todo tem em torno de 28 volumes, é uma maçaroca de papel impressionante”. Ele nega, no entanto, que a parte da prefeitura tenha ficado parada durante todo o ano. (S.V.)
Empresa justifica paralisação das obras A construtora Marquise S. A. começou a trabalhar no Vale do Reginaldo, após vencer a licitação, em junho de 2008. Através de sua assessoria de comunicação, ela respondeu por e-mail as perguntas da reportagem. E revelou que essa não foi a primeira paralisação das obras; a primeira ocorreu entre dezembro de 2008 e junho de 2009. Segundo a empresa, essa primeira pausa foi causada, também, para readequação técnica do projeto, e envolvia despesas não inclusas no contrato original. Os trabalhos só foram re-
tomados um mês antes da entrega dos primeiros blocos – considerados incompletos pela população. Quanto a isso, eles alegam que os apartamentos estão prontos para morar, embora em algumas existam pendências. “Há, contudo, unidades à espera de colocação de janelas e outros serviços de acabamento pendentes. A conclusão do trabalho depende da liberação de verbas por parte dos órgãos competentes”. A resposta sobre a nova parada é a mesma: a Marquise espera que as novas mudanças sejam aprovadas pelos entes
públicos envolvidos, para então retomar de onde parou, “com o restabelecimento do equilíbrio do contrato”, o que indica que poderá surgir um aditivo para cobrir gastos adicionais. Em relação às demissões, a empresa não negou que tivesse ocorrido a reunião em que fora anunciado os cortes; apenas não tocou no assunto. Limitouse a assegurar que os trabalhadores hoje contratados para vigilância permaneceriam: “A construtora mantém vigilância diária no projeto, e uma equipe técnica encarregada de evitar
a degradação das obras já executadas. Essa equipe será mantida pela Marquise até que aconteça o acordo entre o Estado e os órgãos competentes federais”. Por fim, ao questionamento se a construtora pensa em reincidir o contrato ou desistir das obras de outra forma, devido à demora do entendimento quanto ao projeto, ela assegurou que pretende esperar e voltar à ativa uma vez o sinal verde tenha sido dado. “A Marquise está pronta para retomar as obras imediatamente”, reforçou. (S.V.)
Por toda parte existem construções que ainda não foram terminadas
TCU: projeto foi mal elaborado A inclusão tardia da construção de pontos comerciais para aqueles que precisassem ser desapropriados, o que não estava previsto – indicam falhas em áreas que podem ser consideradas básicas. Caso não tivessem ocorrido, o dinheiro público teria sido gasto com mais eficiência, e os moradores do Vale do Reginaldo veriam a favela ser transformada em bairro mais rapidamente. Uma equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), responsável por fazer uma auditoria na construção dos habitacionais, também enxergou má qualidade técnica do planejamento de um projeto tão complexo. Publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 30 de junho do ano passado, o acórdão, cujo relator foi o ministro Marcos Bemquerer, foi convertido em tomada de Contas Especial. A auditoria foi auto-
rizada pela secretaria executiva do Ministério das Cidades (Mici), e foi realizada entre o dia 18 de janeiro a 26 de fevereiro de 2010. Segundo o documento, os recursos fiscalizados, R$ 24,8 milhões, são referentes às verbas empenhadas de 2008 e 2009. Só nesses dois anos, foram identificados pelo TCU um prejuízo de R$ 154.673,64 por adoção de soluções inadequadas pela obra, com destaque para a adoção de alicerces que não poderiam ser utilizados naquele solo. Segundo o relatório da auditoria, no processo de licitação e nos anexos disponibilizados pela Seinfra não foram encontrados estudos preliminares sobre a viabilidade do projeto. O acórdão apontou que o valor do convênio não cobre as despesas relativas à obra licitada. Sequer o preço de desapropriação dos terrenos tinham sido verificados. (S.V.)
O que é o projeto de revitalização O projeto de urbanização integrada do Vale do Reginaldo é resultado de uma parceria entre União, por meio do Ministério das Cidades, que incluiu a obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) I, o Estado e o Município. A Caixa Econômica Federal é a representante do Governo Federal no acompanhamento e administração das obras. Estima-se que a urbanização vai beneficiar cerca de 7 mil famílias, das quais 90% possuem renda familiar abaixo de três salários mínimos. Ao todo, foram destinados R$ 134,2 milhões para o projeto, dos quais R$ 122 milhões aprovados em junho de 2007, sendo dividido entre R$ 61, 5 milhões para o Estado e R$ 61,5 milhões para a Prefeitura. Ambos os receptores das verbas contribuíram com uma contrapartida de R$ 9 milhões, parte integrante do total citado. Os outros R$ 12 milhões foram solicitados posteriormente pelo Estado, para realizar
melhorias nas residências que não seriam derrubadas, e outros projetos menores. O projeto inclui a construção de 1.512 unidades habitacionais (prédios de 12 apartamentos, quatro por andar), melhorias habitacionais em 700 residências, melhorias hidrosanitárias em 5.448 unidades, e construção de “equipamentos comunitários” – um posto de saúde, uma escola, uma creche, local para geração de renda, centros de atividades múltiplas, abrigo para eventos e áreas de lazer. Na parte de infraestrutura, será criada rede coletora de esgoto, redes distribuidoras de água e energia, e um eixo viário que vai percorrer toda a extensão do Vale. Os recursos são empregados ainda na aquisição e desapropriação de terrenos que precisarão ser utilizados para todas essas obras, e as despesas referentes ao aluguel social pago às famílias enquanto estas ainda não recebem as chaves de seus apartamentos. (S.V.)
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Palmada: ato de educar ou agressão? Para alguns pais, é um “artifício educativo”; mas, para especialistas em educação infantil, ela não resolve Anna Cláudia Almeida Repórter
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filho faz pirraça, desobedece e a única solução encontrada pela maioria dos pais é resolver o impasse com a famosa palmada. As definições para o castigo físico são as mais variadas: palmadinha educativa, tapa pedagógico ou punição preventiva, tudo com o único objetivo de nortear a educação e impor limites para os menores. Há aqueles que discordam e acreditam que a simples ação de ‘dar um tapa’ pode surtir efeitos irreversíveis na vida de uma pessoa. Traumas que podem ficar marcados em toda a existência e provocar um efeito dominó, onde tal atitude será reproduzida na adolescência e fase adulta. A polêmica está formada e a questão gera enormes discussões: mas será que a palmada resolve? E quais as consequências para atos impensados de pais que buscam neste tipo de penalidade conseguir manter o respeito no relacionamento com os filhos? A grande maioria dos psicólogos acredita que nenhum tipo de violência física ou psicológica contribua para a formação do caráter e preparação para a vida. Isto é o que defende o psicólogo Liércio Pinheiro, professor universitário, e que apresenta como melhor forma de educação o diálogo. “Desobedecer é um ato comum nas crianças, é assim
que elas aprendem e o adulto precisa entender que mesmo uma palmadinha, como eles chamam, não vai resolver o impasse. As crianças aprendem transgredindo e o que vale é uma boa conversa, regada a muita compreensão dos pais”, explica o psicólogo. A fase cheia de descobertas e a vontade de explorar o mundo são fatores que contribuem para o desenvolvimento da criança, que busca uma liberdade e o encontro com o proibido. É desta forma que, segundo Pinheiro, a falta de controle dos pais pode provocar, diante de situações inusitadas, as alterações emocionais que levam às palmadas. O psicólogo afirma que o estresse dos pais é um forte combustível para o descontrole. “As crianças vivem testando limites e os adultos acabam sentindo-se desafiados, não encontram calma, paciência para contornar a situação de outra forma, dialogando, explicando o que é errado ou certo. O estresse do dia a dia, os problemas, as frustrações são fatores que influenciam na forma que um homem ou mulher vão agir com os filhos”. Segundo o psicólogo, na infância o ser humano encontra um turbilhão de informações sobre a vida e qualquer tipo de agressão, seja ela uma palmada ou tapas mais fortes, chega de formas diferentes em cada um. “O mundo psíquico é diferente e o que pode não ser absorvido por uma pessoa, pode ser por outra. Tudo
depende da interpretação de cada um. Isso se explica o fato de algumas crianças se transformarem em adultos agressivos e outras, afirmarem que mesmo tendo apanhado que não possuem traumas”. Liércio Pinheiro lembra ainda que a palmada é basicamente uma questão cultural. “Nós costumamos ouvir dos nossos pais que apanharam na infância e não tiveram problemas por isso, então eles acham normal associar o aprendizado com o tapa, que pode ser considerado uma forma de impor os limites, mas vale lembrar que isto não se faz necessário. A vida de uma criança será o reflexo de sua dinâmica familiar, e é isto que ela levará para sua vida adulta, seja na escola, nos relacionamentos”. A palmada, de acordo com o psicológico, é basicamente uma junção de vários elementos: a carga emocional, interpretação e o descontrole. “Palmada é um tipo de agressão, seja ela apenas um tapinha, ou algo com mais força. Os adultos costumam distorcer o que é ser criança, não conseguem entende o mundo infantil. E isso faz muita diferença quando se tem um filho”, disse. Continua na página A14
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Impor limites com diálogo ainda pode ser a melhor forma de educar Rosalba Montenegro é avó da pequena Laura Maria de apenas um ano de idade. Desde os cinco meses, a garota vive sob os constantes cuidados da avó, já que os pais, Tiago Montenegro e Renata Barros, precisam se dedicar ao trabalho e, com isso, ficam todo o dia fora de casa. A educação da menina fica praticamente sobre a responsabilidade de Rosalba que tenta repassar para a neta tudo que ensinou aos três filhos. Ela afirma que uma criança deve ser criada num ambiente de muito amor e dedicação e é terminantemente contra qualquer tipo agressão, mesmo que seja a palmada. “Meus pais eram bem di-
ferentes. Minha mãe era de conversar pouco e já batia, mas meu pai só agia com bastante rigor com meus irmãos. Só me recordo de ter apanhado uma única vez. Antigamente não havia muito diálogo entre pais e filhos e eles logo recorriam para a palmada, mas hoje em dia tudo é diferente e acredito piamente que podemos resolver qualquer problema com uma boa conversa e muita compreensão”, conta. Por isso, mesmo com a pouca idade de Laura Maria, que começa a andar e descobrir coisas novas diariamente, a avó diz que sempre impõe limites, ao repreendê-la em qualquer atitude que ultrapasse a forma correta de agir.
“Quando a vejo fazendo Rosalba é categórica. “A maiocoisas erradas, mesmo que ria das pessoas acredita que a sem a intenção, costumo recriança tem que petir que não pode, que não apanhar para é correto. Sei que aprender, mas isso ela ainda é muito não é verdade. pequena para comBater não educa, preender, mas apeisso só maltrata a Bater não sar da pouca idade, criança física e psieduca; isso ela consegue percecologicamente. Sou ber algumas coisas. a favor do castigo e só maltrata E aqui em casa já de repreender, duas a criança vemos isso surtir coisas que auxiliam física e efeito”, explica a os pais na educação avó, que costuma dos filhos”, opina. psicologicaagir com cautela, Já na residência mente para evitar que dos empresários suas ordens posPaulo Severino e sam desencadear Karinne Nascitraumas na vida mento a diferença de opiadulta da neta. niões é motivo de discussão Questionada sobre porque entre ambos. Pais de Kalinne não utilizar da força para con- Maria, de apenas quatro trolar as atitudes da neta, anos, o casal entra em com-
bate ao tratar da aplicação da palmada como forma de punição. Para o pai, o correto é não bater. “Eu não consigo agir assim. Meus limites são menores do que os dele e acabo não conseguindo me controlar quando cobro um bom comportamento dela. Recorrendo às palmadas para mostrá-la que não pode fazer determinadas coisas. E também não considero isso uma agressão. A criança precisa de limites, foi assim que meus pais agiam comigo e não vejo problema em querer mostrar o certo e o errado desta forma”, relata Karinne Nascimento. O pai é contra, mas afirma que às vezes não consegue impor suas ordens ape-
nas conversando e precisa utilizar a palmada para poder ser ouvido. O problema, segundo ele, é que sempre acaba se arrependendo, por isso evita ao máximo agir com brutalidade. “Minha esposa não tem um controle como eu. A paciência dela é bem mais curta, bem diferente da minha. O certo é castigar, conversar, explicar, mostrar os erros, principalmente porque ela já está numa idade que consegue compreender. O maior problema dos pais é acabar usando a criança como alvo e depositar sua raiva de outros problemas, o que não deve acontecer”, diz Paulo Severino, que alega não acreditar que suas palmadinhas possam provocar traumas na filha. (A.C.A.)
A psicopedagoga Rejane Vasconcelos alerta para a diferença entre uma correção e os excessos que podem chegar ao abuso físico
Palmadas só em último caso, diz psicopedagoga Trabalhar na educação de um filho não tarefa das mais fáceis para qualquer pai. Uma boa conversa pode ser a saída para conseguir fazer uma criança entender o que é certo ou errado. E nos casos extremos aplicar corretivos mais rigorosos deve ser uma decisão bastante pensada pela família. Se voltarmos no tempo, o pensamento de educadores mostra que as três palmadinhas não são traumáticas a ponto de deixar seqüelas irreparáveis, mas uma forma de auxiliar no crescimento da criança e na imposição de limites. Essa solução aceitável é nada mais do que um processo natural de cada meio familiar, mas que tenha como único intuito a imposição de limites.
A psicopedagoga Rejane Vasconcelos acredita que a palmada não precisa ser totalmente descartada no processo de educação do filho, mas é necessário que os pais tenham cautela ao decidirem aplicar este tipo de corretivo. “O que é importante é saber diferenciar correção e abuso físico. Os pais não devem jogar nas crianças toda sua carga emocional, mas procurar maneiras adequadas de mostrar que são autoridades e precisam de respeito. É preciso ter uma dinâmica familiar bem estruturada para passar isso para a criança”, coloca. Ela afirma não ser contra a palmada como corretivo, mas que isto só deve acontecer em casos extremos. “Não acho que
proibir a palmada seja a solução, mas acredito que para bater num filho o casal deve gastar todos os recursos possíveis e disponíveis, sendo assim a última forma de penalidade”. Além disto, Rejane Vasconcelos lembra que não se pode descontar todas as frustrações da vida do casal na criança. “Os pais não podem piorar a situação e dar a correção num momento de raiva. É preciso estar livre de todas as preocupações para não colocar a fúria na criança”. Por isso, a psicopedagoga enumera o que pode ou não funcionar no processo de aprendizado da criança, substituindo assim a palmada. “Em primeiro lugar, quando a criança faz algo de errado, não é recomendável
o pai simular que não está percebendo. Passar a impressão de que não importa só levará o filho a não obedecer a ordens no futuro”. Além da conversa, os castigos e retiradas de privilégios também podem ser as opções dos pais para não chegar aos extremos e assim encontrar a maneira certa em orientar os filhos. “Os castigos normalmente surtem efeitos até a adolescência, mas os pais devem explicar o porquê, o motivo pelo qual a criança está sendo castigada. Já na adolescência é aconselhável que as punições venham com a retirada de alguns privilégios, como uso de games, celulares, por um tempo determinado”, lembra Rejane Vasconcelos. (A.C.A.)
Lei propõe punição para os castigos físicos Ela ficou conhecida como a ‘Lei da Palmada’ e ganhou obstinados defensores, entre eles a apresentadora Xuxa Meneghel e o ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. A ideia do projeto de lei, proposto pela deputada Maria do Rosário (RS), é proibir a adoção de castigos físicos, mesmo que moderados, contra as crianças. O projeto, que altera o Estatuto de Criança e do Adolescente, proíbe palmadas, beliscões e qualquer outra punição corporal. Com isso, a simples atitude de um pai em bater num filho poderia levá-lo a ser detido para esclarecimentos e sair da delegacia indiciado pelo crime de lesão corporal. Mesmo sendo de total unanimidade que a surra numa criança seja errada, muitos pais questionam o projeto do Legislativo, ao afirmarem que sua aprova-
ção interfere diretamente na mente não há como comindependência deles com re- prová-las e punir os responlação à educação das crian- sáveis. ças. Ele explica que é preciso A Constituição Federal de que os pais saibam 1988 traz em seu artigo diferenciar a pal227 que é dever mada educativa de da família em relaum castigo físico ção à criança e aos mais rígido. Objeadolescentes tos como cabo de A Lei da “colocá-los a salvo vassoura, cintos, Palmada de toda forma de não devem ser utinegligência, discrilizados como ‘arproíbe minação, exploramas’, que machuqualquer ção, violência, crucam e só trazem punição eldade e opressão”. sofrimento às criO problema é anças. “Isso é um física que muitas vezes o espancamento e ato da palmada não ensina nada a pode levar a uma uma criança. Infeagressão. Para o lizmente muitos pais conselheiro tutelar têm os filhos como objetos”. Silvânio Barbosa, Segundo o conselheiro, os números de crianças víti- quando os casos de abuso mas de maus-tratos provo- são detectados a primeira cados pelos pais são conside- providência é acionar a porados altos. Apesar das inú- lícia, que deverá iniciar um meras denúncias que che- inquérito. Com a existência gam ao conselho, normal- do Estatuto da Criança e do
Adolescente, as punições contra pais que maltratam os filhos começaram a ser mais rigorosas. “O Conselho Tutelar trabalha nesta fiscalização. Somos procurados tanto para denúncias, como existem os casos de pais que nos suplicam ajuda, já que não conseguem impor barreiras aos filhos. E são justamente nesses casos que encontramos os maiores problemas”, coloca Barbosa. O equilíbrio na relação entre pais e filhos é a maior conquista que se pode adquirir. Para Barbosa, na relação familiar, os pais precisam primeiro aprender a respeitar e não impor medos. “Quando isso acontece é mais fácil lidar. É engano quem acredita que deixá-la amedrontada com ameaças ou até mesmo batendo conseguirá o respeito. O diálogo é sempre a melhor escolha”, finalizou. (A.C.A.)
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SAÚDE
TURISMO
Anticorpos aliados na luta contra o câncer Cientistas do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Agência de Ciência, Tecnologia e Pesquisa de Cingapura descobriram nos anticorpos verdadeiros aliados na luta contra o câncer. Conforme publicado na revista “Science Translational Medicine”, o experimento já foi testado em camundongos e obteve sucesso. Os cientistas “ajudaram” anticorpos a adentrarem nas células do tumor, atacando-o de forma mais eficiente do que medicamentos, que conseguem atingir o câncer apenas através de proteínas vilãs que ficam na superfície celu-
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lar. Entretanto, algumas dessas proteínas migram para dentro da célula, não sendo atingidas por remédios. Uma vez que o anticorpo consegue entrar e atacar as proteínas mesmo escondidas, o resultado obtido é muito melhor. Com isso, os efeitos colaterais típicos da quimioterapia podem até ser minimizados. Além funcionar como terapia, a descoberta pode ainda funcionar como uma vacina anticâncer, que pode ensinar o organismo a se prevenir antes mesmo do aparecimento da doença. Fonte:Revista Science Translational Medicine
6,6 milhões de brasileiros fizeram viagens motivados pela fé em 2010 Juazeiro do Norte (CE) e Aparecida do Norte (SP) são os principais destinos Anualmente, 9,5 milhões de fiéis visitam a cidade de Aparecida, no interior de São Paulo, para visitar à basílica da cidade e pagar promessas de toda sorte, com todas as finalidades. No alto do mapa do Brasil, Juazeiro do Norte, no Ceará, é reduto de 2 milhões de pessoas a cada ano, que vão à cidade buscar a benção de Padre Cícero, o milagreiro do Nordeste. Ao Norte, o Círio de Nazaré arrasta 1,5 milhão de romeiros pelas ruas de Belém, a cada outubro. Em 2010, a fé foi responsável pela ida 6,6 milhões de brasileiros até outros estados, 3,6% das 186 milhões de viagens domésticas registradas pelo Ministério do Turismo (MTur). Além disso, o turismo religioso trouxe 250 mil fiéis de outros países, ao Brasil, o que representa 0,5% dos 5,1 milhões de turistas estrangeiros registrados no ano. Conforme mapeamento da pasta, o turismo religioso tem 96 destinos em todo o Brasil, sendo 18 deles integrados aos 65 destinos turísticos indutores listados pelo MTur. Entre os 344 municípios listados no mapeamento, 177 possuem calendário fixo de eventos religiosos. O turismo religioso caracteriza-se pelas atividades turísticas decorrentes da busca espiritual e da prática religiosa em espaços e eventos relacionados às religiões institucionalizadas. O segmento é - juntamente com o Turismo Cívico, o Turismo Étnico, e o Turismo Místico e Esóterico – um dos nichos do Turismo Cultural no Brasil.
Anualmente, 9,5 milhões de fiéis visitam a Basílica de Nossa Senhora Aparecida no interior de São Paulo
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Tal mãe, tal filha Inspiradas na vaidade materna, meninas estão descobrindo, cada vez mais cedo, o Salão de Beleza Gabriela Lapa Estagiária*
E
las gostam de unhas feitas, maquiagem e cabelo arrumado. A maioria aprendeu a ir ao salão com a mãe, e hoje faz até festa de aniversário para reunir as amigas em um “dia de beleza”. No cabeleireiro não pode faltar decoração alegre, lanches e esmaltes coloridos. Para esse público, jovem e exigente, salão de beleza é sinônimo de diversão – uma brincadeira que vem chamando a atenção dos profissionais da área, de olho no número cada vez maior de meninas “vaidosas”. Maria Eduarda Costa tem seis anos, mas escolhe os esmaltes no carrinho com ar de gente grande. Virando e revirando os suportes, ela olha direto para as cores brilhosas, diferentes, e faz até combinações. “Quero prateado com rosa choque”, decide. A mãe, Joedy Costa, conta que as idas ao salão começaram bem cedo, com um ano e meio de idade, para lavar e escovar os cabelos. “Ela vinha comigo, via as irmãs mais velhas fazerem escova e unha, e ficava pedindo para fazer também. Tanto que todos os funcionários a conhecem, já sabem do que gosta. Eduarda é muito vaidosa”, diz Joedy. Hoje, a menina vai uma vez por mês fazer as unhas e uma hidratação. De tanto freqüentar o cabeleireiro, ela anda pelos corredores com a naturalidade de um adulto. Mas na hora de pintar as unhas, ou escolher um penteado, Eduarda mostra que o ar sério é mera impressão, e que tudo no salão é, na verdade, uma brincadeira. “Depois do rosa, vou querer azul e roxo. Não! Amarelo e rosa. Pode ser amarelo e rosa?”, pede, sorridente, com os vidros de esmalte na mão. Meninas como ela fazem parte de um público infantil que ganha cada vez mais espaço no universo da estética. Em Maceió, muitos salões de beleza já se adaptaram para receber esses clientes mirins, apostando no entretenimento e na decoração diferenciada para conquistá-los. “Além de ser mais atrativo, é uma maneira de dar um tom lúdico, deixar o serviço com cara de brincadeira, para as meninas não acabarem ficando viciadas na aparência. Elas vêm, comem pipoca, balinhas, refrigerante, enquanto escolhem o penteado mais bonito ou o desenho mais interessante para colocar nas unhas”, explica Mônica Lyra, proprietária de um salão de mesmo nome. Ela conta que, exigentes, as
clientes já chegam por dentro de todas as tendências de esmaltes e penteados. “Sabem até mais do que os adultos”, diz Mônica. “Os preferidos são os mais diferentes, craquelados, holográficos, e as unhas decoradas. Acho que lideram os gostos porque tem aquela coisa de divertido que encanta as crianças”, avalia. Na hora da manicure, a recomendação é usar apenas esmalte; nada de tirar cutículas ou de lixar. “É tudo bem básico. Mesmo que a menina goste de se enfeitar, tem que ser uma brincadeira, e não um costume que tire o jeito infantil; senão a gente vai estar antecipando uma coisa que ela só deveria viver mais tarde”, destaca a proprietária do salão. O trabalho com crianças começou há um ano, depois que percebeu o aumento do número de meninas trazidas pelas mães para fazer unhas e cabelo. “Elas ficavam esperando as mães serem atendidas, achavam interessante ou mesmo engraçado, e pediam para fazer também. Aí a gente começou a usar nossas “armas de sedução” para que aquele momento fosse divertido tanto para uma, como para a outra. Hoje as meninas vêm, brincam, assistem filmes para a idade delas, e por outro lado, estimulam a auto-estima, ficam mais seguras, sentem-se mais bonitas”, conta Mônica. Desse gosto pelo salão surgiram as festinhas, ou tardes de beleza, como a que a proprietária promoveu no dia da criança. O sistema funciona assim: um grupo de meninas fecha um pacote para o serviço que preferir, e tem direito a passar a tarde no salão, com direito a pipoca e refrigerante. Segundo Mônica Lyra, a ideia já caiu no gosto dos pais, que vêem a festinha como uma alternativa mais econômica e interessante para as filhas em idade escolar. “As meninas gostam de se enfeitar, por isso o dia de beleza acaba sendo muito divertido. O ambiente fica leve, alegre, ganha aquela mágica do mundo infantil. Deixa até a gente mais jovem”, completa. Aproveitando o crescimento do número de crianças nos salões, alguns cabeleireiros de Maceió investem em ambientes mais descontraídos para atender aos dois públicos – o adulto e o infantil. Mas além disso, há quem prefira se dedicar apenas aos pequenos, e aí o investimento nos brinquedos e na decoração é o que mais chama a atenção. Na Ponta Verde, o primeiro salão exclusivamente infantil da cidade tem de tudo: cadeira no formato de
Fotos: Yvette Moura
Das “brincadeiras prediletas” de Duda estão esmaltes e maquiagens
Eduarda escolhe as cores e as combinações consideradas “da moda”
Joedy Costa diz que limita as idas ao salão da filha a uma vez por mês
avião, pista de carrinhos, bonecos de pelúcia e até aquário de peixes. A ideia foi da alagoana Maria Zélia Amorim, e já conta 25 anos. “Eu sempre gostei do público infantil, e não havia em Maceió, na época, uma estrutura voltada especificamente para eles. Por isso, quando surgiu a oportunidade de montar o salão, fui fazer pesquisas em São Paulo, onde o negócio já era um sucesso”, conta Zélia. Para atrair os clientes mirins, ela lembra que investiu
Para trabalhar com as crianças, Zélia diz que deu preferência aos funcionários que mais gostavam dos pequenos. Isso porque cortar, escovar e pintar as unhas desses clientes é uma atividade que sempre envolve interrupções, e para dar conta do recado, segundo ela, é fundamental ter paciência. “Eles brincam, choram, querem ver televisão, mudam a posição nas cadeiras. Você tem que ter jeito com criança, e sobretudo, paciência suficiente
em assessórios chamativos do universo infantil, como a cadeira em formato de avião; a favorita dos meninos mais novos. “Mandei buscar dos Estados Unidos, e é um sucesso até hoje. Os pequenininhos sempre dão um pouco mais de trabalho que os maiores, porque são mais agitados e, às vezes, se assustam com as tesouras. Mas quando ficam no avião, eles se distraem, brincam, e acabam nem percebendo que cortaram os cabelos”, ensina.
para lidar com elas, saber tratá-las bem”, conta a proprietária do salão. Agora, para não deixar de agradar também aos pais dos pequenos, a alagoana faz o caminho inverso dos outros cabeleireiros, e como ela mesma diz, dá ao “espaço da criança” um “espaço de adultos”. “Meu plano é deixar a área dos adultos mais confortável e um pouco maior, o suficiente para os pais poderem ser atendidos enquanto esperam as crianças”, explica.
Cuidados com a beleza devem ser moderados Tantas opções de cabeleireiros infantis podem ser a alegria das crianças, mas até quem oferece o serviço recomenda cuidados aos pais. Para Mônica Lyra, quando permitido na medida certa, os cuidados com a beleza podem ser vistos como brincadeira, e até como uma maneira de aproximar mais a família. “Muitas mães não têm tempo para passar com as meninas, mas quando vêm ao salão cuidar dos cabelos ou das unhas, acabam conversando, brincando, e se divertindo juntas. Nesse sentido, trazer as filhas para cá é
muito bom. Mas a partir do momento em que a menina vê o cuidado com a estética de maneira exagerada, é preciso tomar cuidado”, avalia. Na família de Maria Eduarda Costa, essa precaução veio na restrição dos presentes de aniversário, e na redução das idas ao cabeleireiro. Como sempre foi vaidosa, a menina se acostumou a ganhar maquiagens, batons e esmaltes como presente; a família só percebeu que o hábito era perigoso quando ela passou a querer brincar apenas com esse tipo de apetrecho.
“Eduarda vivia no salão, só queria brincar com esmaltes, batons. Nós acabamos ficando com medo de isso se tornar obsessivo, e fomos diminuindo as maquiagens que dávamos de aniversário. Mesmo que ela continue gostando desses “brinquedos”, nós preferimos dar outras coisas, e limitar a vinda ao salão a uma vez por mês. Assim, Duda brinca do jeito que gosta, mas não deixa de aproveitar a infância, fazendo coisas de criança”, explica a mãe, Joedy Costa. Os serviços feitos no cabeleireiro foram outro ponto do-
sado pela família. Joedy explica que a filha não pode fazer maquiagens carregadas, nem penteados exagerados. Nas unhas, a recomendação é a mesma: nada de cores escuras. Vermelho, então, nem pensar. “Ela gosta mais de rosa, amarelo, essas cores mais “menininhas”. Mas quando se interessa por um esmalte mais chamativo, como o vermelho ou um roxo, por exemplo, a gente não deixa”, diz a mãe. “Criança tem que parecer criança”. *Sob a supervisão da Editoria de Cidades
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Projeto vai revitalizar Rua das Árvores Mudanças no trânsito e padronização das barracas prometem acabar com o cenário caótico da Rua Augusta Láyra Santa Rosa Repórter
O problema da Rua Augusta ou das Árvores, como é mais conhecida, é antigo e já faz parte da tradição do Centro. Ambulantes ocupam as calçadas e ruas dividindo espaços com lojas, pontos de ônibus, pedestres e carros. É uma verdadeira confusão. Diante de tanta desorganização, a Coordenação de Logradouros Públicos, Orla e Áreas Verdes (CLPOAV),da Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), iniciou um trabalho de reordenamento dos ambulantes que trabalham na área. Com essa medida, o tamanho das barracas e tabuleiros onde os ambulantes comercializam os produtos deverão sofrer modificações e todas devem ser padronizadas. Os carros de frutas, de lanches e os que vendem DVD’s deverão ter 0,8m x 1,5m, enquanto os de roupas passaram a ter a medida de 0,8m x 1,20. “A nossa idéia é disciplinar todo o comércio na Rua das Árvores. Hoje, a situação do local é bastante complicada. É uma mistura de ambulante, com pedestres e carros. Para isso, queremos padronizar as barracas, cadastrar os ambulantes e usar o espaço de forma ordenada”, explicou Aldo Galdino da Silva, coordenadora de Fiscalização da SMCCU. A regulamentação da área deverá acontecer até o final do
ano, mas os ambulantes devem estar com suas próximas barracas dentro do prazo de um mês. “Estamos fazendo um trabalho de orientação e pedindo que eles se adaptem às novas normas. Temos muito trabalho pela frente, inclusive com o cadastro de todos os ambulantes, já que alguns devem deixar a rua e serem deslocados para o Shopping Popular. Aqueles que não cumprirem, serão obrigados a sair da área”, disse. EXPECTATIVA - Enquanto a regulamentação não acontece, o clima é de expectativa entre os ambulantes. A maioria ainda não sabe como ficará a situação das barracas na tradicional Rua. “Trabalho nesse ponto há 18 anos, sempre vendendo fruta. No começo era uma tranquilidade, com poucos ambulantes e espaço para todos. Agora a situação complicou, a rua ficou cheia e movimentada. Estão querendo organizar, mais ainda não sei como. Espero que não venham com história de nos tirar daqui. Sobrevivo disso há anos e preciso trabalhar”, questiona Josefa Bezerra. Para a família de José Zito Bernardo de Souza, que trabalha na Rua, o prejuízo pode ser ainda maior. “Trabalhamos eu, meus dois filhos e minha esposa como ambulantes. Cada um vende uma coisa, mas com essa redução, pode ser que eles queiram
Famosa por seus centenários oitizeiros, a Rua Augusta reúne o lado mais caótico e a parte mais tradicional do centro de Maceió
que apenas um de nós fique com banca. Como vamos fazer para sobreviver”, reclamou o ambulante. “Estou aqui há seis anos. Passei a trabalhar na rua devido ao desemprego e agora não tenho para onde ir. Hoje, vendemos roupas e toalhas, sem falar que temos clientes fixos, que já sabem onde nos encontrar”. Há apenas três meses trabalhando no local, o ambulante
Antônio Severino da Silva também está temeroso pelo desemprego. “Passei a trabalhar na rua por estar desempregado. Precisava sobreviver e com a venda de frutas na rua, vi a possibilidade de me sustentar. Estou há pouco tempo trabalhando aqui, mais é o emprego que encontrei. Com essa mudança, tenho medo de ficar desempregado. Eles precisam pensar nesse lado social”, completou.
Trabalhando há 25 anos na Augusta, seu Cosmo teme as mudanças
Trânsito confuso também passará por mudanças Uma outra ação que deverá ser feita na rua é a retirada dos pontos de táxi e de transporte coletivos. “Já solicitamos a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito que reveja o ponto de táxi e de transporte coletivo que fica próxima a rua das Árvores. Queremos usar aquele espaço para colocar alguns ambulantes e melhorar o tráfego de pessoas e de carros naquela região”, falou Aldo Galdino. Após todo o trabalho de padronização e remodelagem das
barracas dos ambulantes, será escolhido o local de trabalho de cada um. “Eles não poderão mais ficar nas calçadas. Queremos desobstruir o passeio público e melhorar o trânsito naquela região. Os ambulantes deverão ficar instalados entre as árvores e o estacionamento proibido naquela rua”, completou. A Rua das Árvores compreende um percurso de cerca de 1.300 metros, começando próxima à linha férrea (fundos do Colégio São José) até a Rua João
Pessoa. O local é conhecido pela diversidade de seu comércio. Trabalham no local os tradicionais sapateiros, lojas de material elétrico e hidráulico, consultórios médicos, restaurantes, bares, além dos ambulantes que oferecem de hortaliças e frutas a roupas, CDs e DVDs pirateados, e brinquedos importados. Seja no trânsito, ou nas barracas, as mudanças preocupam o ambulante Cosmo Joaquim da Silva, 54, devido a possibilidade de sofrer perdas financeiras.
“Tenho minha banca há 35 anos. Já tinha tempo para me aposentar e agora vem o poder público inventar de fazer mudanças. Vão diminuir o tamanho da banca de frutas, que não vai caber muita coisa. Estou preocupado com o prejuízo que possamos ter”, disse. “Sem falar que seremos nós, que iremos pagar a nova banca. Não temos dinheiro para trocar de carrinho assim. Eles deveriam pensar nisso e padronizar por conta própria”, queixou-se o ambulante. (L.S.R.)
A mistura de trânsito e calçadas ocupadas já não assusta a população
População já se habituou ao caos Para a maioria das pessoas que passam ou trabalham na Rua das Árvores a presença dos ambulantes não incomoda. “É muito mais fácil está passando pela rua e comprar uma fruta ou verdura que estamos precisando. A presença deles acaba sendo um beneficio para todos, pela praticidade do local onde encontrá-los”, disse Anizilda Lopes. “Sempre que venho ao Centro e passo por essa rua, acabo comprando alguma coisa. É bem verdade, que existe uma bagunça, mais nada que incomode. Acredito que essa organização que estão propondo, deverá melhorar bastante a situação da rua”. A gerente de uma loja de colchões Arlene de Oliveira, também defendeu a presença dos ambulantes. “Nos tornamos uma grande família, inclusive, eles deixam essa região mais segura. Já foi evitado assalto na loja, porque eles ficaram observando da calçada e viram quando uns meninos se arrumavam para cometer o
crime. Deram um alerta e acabaram evitando o pior”, falou. “É muito positivo que essas tenham bancas aqui. Espero que essas mudanças não acarretem nenhum problema para eles, afinal são trabalhadores em busca de tirar o sustento de suas famílias”, disse. URBANIZAÇÃO - Com o desenvolvimento intenso do comércio na região central da cidade, a maioria das residências desapareceu do entorno. Isso não foi diferente na Rua das Árvores. “A história da minha família está nessa rua. Meus pais estão por aqui há mais de 80 anos. E a relação com os ambulantes tem sido bastante tranquila e positiva. Eles têm ao seu alcance vários tipos de produtos a qualquer hora do dia”, colocou Francis Britzky. “Hoje o nosso problema não são os ambulantes, mais a falta de estrutura de todo o Centro. Falta segurança e estrutura para melhorar as condições de quem vive e trabalha nessa região”. (L.S.R.)
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Engenho produz cachaça na Ufal Bebida alcoólica produzida pela empresa incubada na Universidade ganha destaque no mercado alagoano Fabyane Almeida Estagiária
Em uma região onde a produção sucroalcooleira é a marca, aproveitar esse potencial e desenvolver produtos de qualidade era o desafio do Engenho Nunes, localizado na Ufal. “Tudo começou com experimentos, pesquisas, aulas práticas e se tornou uma empresa formal. Hoje, rende estudos de dissertação de mestrado, tese de doutorado, grandes projetos e inovações”, disse o professor João Nunes, do curso de Engenharia Química da Ufal. Após dez anos de pesquisa, nasceu a ideia de tornar o pequeno laboratório em uma empresa que rendeu bons frutos e segue em processo de expansão. “Duas vezes por ano nós tirávamos a cachaça do barril, que estava no processo de envelhecimento e distribuíamos pela Ufal. Tudo era arcado por mim, pelo prazer que tinha em brincar com os experimentos. Geralmente nas festas de São João e Natal era mais propício para a degustação da bebida alcoólica. E nessa brincadeira as
pessoas perguntavam o porque de não fazermos com frequência, aí surgiu a ideia”. Assim nasceu a empresa Nunes e Góes Beneficiamento e Comércio de Bebidas LTDA, que faz parte do programa de empreendedorismo e da incubadora da Ufal (Incubal), com a marca de aguardente Engenho Nunes, que tem o foco no envelhecimento da cachaça em barris de cinco tipos diferentes de madeira: carvalho, castanheira, Jatobá, Jequitibá e Umburana. Cada tipo de madeira é referente à bebida em processo de envelhecimento cor e sabor peculiares, melhorando a qualidade e agregando valor à bebida. Todo o processo de produção e inovação tem o envolvimento de estudantes do curso de Engenharia Química da Ufal, que na maioria das vezes são bolsistas de projetos desenvolvidos em experimentos das misturas de sabores, reações, absorção e produtos. A cachaça Engenho Nunes é vendida na capital alagoana e já alcançou Pernambuco e Sergipe.
Fotos: Fabyane Almeida
Cachaça produzida por um programa de empreendedorismo da Ufal conquista mercado alagoano e já é comercializada em estados vizinhos
Várias graduações da aguardente
Sabor e cor da cachaça dependem da madeira onde foi envelhecida
Engenho Nunes vira estudo de caso A Engenho Nunes é local de visitação para estudantes de administração que observam a função empreendedora de uma empresa incubada. Além dos bolsistas de iniciação científica e tecnológica do curso de Engenharia Química.“Hoje temos quatro alunos que trabalham com projetos de pesquisas apoiado pela empresa Incubada, onde eles têm a oportunidade de desenvolver novos produtos, fazendo pesquisas para observar à reutilização dos barris, como se comporta durante o processo de envelhecimento, a influência do tamanho e volume do barril, sobre o tempo de envelhecimento”, contou o professor e orientador Nunes. O primeiro alambique (equipamento utilizado na produção da cachaça) foi adquirido por curiosidade, segundo Nunes. “Um dos segredos pra ter uma boa cachaça é ter uma boa fermentação, então resolvi comprar um alambique, porque já
sabia fermentar e então aprendemos a destilar para fazer cachaça. Foi dando certo e comecei a estudar o envelhecimento da cachaça obtida, em barris de diferentes tipos de madeira”. Beneficiar o estudante e os professores é uma das maiores metas. “A Engenho Nunes cobre todas as despesas de pesquisas sobre cachaça. Em julho de 2011, foram defendidas uma dissertação de Mestrado e uma Tese de Doutorado sobre a nossa cachaça e isso é muito importante, pois significa que estamos realizando um trabalho sério e com pesquisas de alto nível”, disse Nunes. “O sabor e a cor da cachaça vai de acordo com o tipo da madeira onde ocorreu o envelhecimento. Depois de pesquisarmos nove tipos, ficamos apenas com cinco e estamos comercializando as cachaças que mais agradaram durante esse tempo, que posso dizer que foi de experiência”.
“Cachaça”, de acordo com dados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, “cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38% vol. a 48% vol. a 20ºC (vinte graus Celsius), obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até 6 g/L), expressos em sacarose”. Existe ainda a famosa “cachaça de cabeça”, onde é encontrado maior teor de álcool, cerca de 70%. “No processo de destilação (alambicada), descartam-se os primeiros 10% em volume (cachaça de cabeça) e os 10% finais (produto de cauda), por serem produtos que contém componentes indesejáveis e não servem para comercialização. O Engenho Nunes começou a comercializar a cachaça no mês de junho de 2011 e todo o dinheiro conquistado com a venda da cachaça é reinvestido na empresa. “Fazemos estoque de segurança de garrafas e tampas, adquirimos mais insumos, além de melhorar esse que é um laboratório dos estudantes de engenharia química”, enfatizou o professor. “É muito importante também porque estamos capacitando e qualificando os novos profissionais para o mercado alagoano”. A cachaça Engenho Nunes fica armazenada por no mínimo dois anos em barris com capacidade de até 300 litros, em ambiente escuro e com pouca oscilação de temperatura e umidade. ”É necessário estar em uma área de penumbra, num ambiente onde a temperatura não oscile, pois a variação prejudica o envelhecimento”, enfatizou.
Estudantes acreditam que participação no projeto ajuda no ingresso ao mercado de trabalho
Projetos inovadores da cachaça Atualmente existem quatro projetos sendo desenvolvidos e apoiados pela Engenho Nunes. Para o estudante Amaury Calheiros, de 26 anos, que já faz o seu terceiro projeto na área da cachaça, todas as experiências são sempre um grande conhecimento. Ele, que está há três anos trabalhando em projetos ligados à cachaça, acompanhou o crescimento da empresa, que faz parte da incubal. “Por gostar muito da produção sucroalcooleira, fiz questão de participar desses projetos. O primeiro foi para a produção de aguardente de mel de abelhas de diferentes floradas e da mis-
tura destes com caldo de canade-açúcar”, contou o bolsista. No segundo ano o aluno trabalhou o envelhecimento em barris de madeira carvalho de 5 litros de capacidade. “Nesse estudei para tentar melhorar o sabor e a qualidade da aguardente”, disse Amaury Calheiros que agora está iniciando outro projeto onde produzirá aguardente com abacaxi e mel de abelhas. “Esse projeto é interessante, pois além do aprendizado em experimentos, vai poder beneficiar os produtores de mel de abelhas que se alimentam de canade-açúcar, pois esse seria um novo destino para o mel que não
tem muita aceitação pela população por conta da cor”. Já para o estudante Daniel Fernandes, do sétimo período de engenharia química, que participa do projeto de iniciação científica na área de fermentação alcoólica com o foco em produção de aguardente, as experiências irão contribuir quando estiver no mercado de trabalho. Ele tem o projeto com o foco na produção de aguardente a partir de mel de abelhas e caldo de cana. “Com a pesquisa eu sempre busquei aumentar o meu conhecimento e me destacar quando chegar ao mercado de trabalho”, disse.
Há apenas quatro meses, o Engenho começou a comercializar a cachaça para investir mais nas pesquisas
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ESTÍMULO À LEITURA
Projetos ganham espaço na 5ª Bienal Dois pioneiros foram os escolhidos para representar a cidade no maior evento literário de Alagoas Cortesia/Bruno Veríssimo
O caderno Arapiraca de O JORNAL esteve, na última sexta-feira, na primeira noite da quinta edição da Bienal Internacional do Livro, que está acontecendo, até o próximo dia 30, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, no histórico bairro do Jaraguá, em Maceió. Dois projetos pioneiros implantados em Arapiraca são os destaques do estande, montado com temas infantis que remetem aos projetos Mães Leitoras e Arapiraquinhas, iniciativas que estão conquistando, cada vez mais, espaço na segunda maior cidade de Alagoas.
“Arapiraquinhas” está atraindo crianças para um espaço lúdico que pretende resgatar o prazer pela leitura
Cortesia/Bruno Veríssimo
Crianças usam espaço para ler e descobrir o gosto pela leitura
Secretária Ana Valéria mostra-se satisfeita com as iniciativas
Biblioteca terá terceira unidade Carlos Alberto Jr. Repórter
Os trabalhos de inserção social e de promoção e incentivo a leituras de dois programas educacionais, as Arapiraquinhas e Mães Leitoras que costuram a leitura para seus filhos estão sendo apresentados à sociedade alagoana na quinta edição da Bienal Internaconal do Livro. O evento literário abriu suas portas na última sexta-feira, 21, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió, e se estenderá até o dia 30 de outubro, domingo próximo. O estande remete a temas infantis de forma lúdica, com a construção de uma casa de bonecos com a miniatura das Arapiraquinhas, que são espaços de leitura que oferecem atendimento a jovens e adultos que buscam um local adequado, com salas de leitura e acesso à Internet, e dos livros de pano produzidos pelas 33 mães que participaram da primeira etapa do programa “Mães que costuram a leitura para seus filhos”.
De acordo com a secretária de Educação, Ana Valéria Peixoto, a cidade mantém em atividades duas Arapiraquinhas, sendo uma construída no bairro Jardim Esperança e a outra no Novo Horizonte. Os dois espaços de leitura e pesquisa foram construídos com recursos próprios do município e a maior parte do público frequentador é formada por crianças e alunos de escolas das redes municipal e estadual de ensino. Cada Arapiraquinha conta com acervo de mais de três mil títulos, incluindo livros contendo a história de Arapiraca, bem como de periódicos, acervos para leitura de pessoas portadoras de deficiência visual, além de sala de acesso à internet com nove computadores, CDs, DVDs, mapas, jogos e bebeteca para abrigar recém-nascidos a partir de seis meses de vida. Nos dois espaços, a decoração remete a ambientes cuidadosamente montados para atrair as atenções das crianças, como forma de estimular e proporcionar mais qua-
Alessandra Vieira
Cortesia/Bruno Veríssimo
lidade da leitura e também à escrita, dentro e fora das escolas. O projeto foi implantado em agosto de 2010 e vem atraindo um público que já se torna cativo, a ponto de fazer com que o município já planeje, para o mês de dezembro, a inauguração da terceira unidade, no povoado Canaã. Segundo a secretária municipal Ana Valéria, exercer a política pública também contempla a educação. “Estamos gratificados. Conseguir em tão pouco tempo começar a resgatar o prazer, despertar o gosto pela leitura é algo que não tem como definir. Só o fato de tirar as crianças da rua através de uma iniciativa já sinaliza o saldo positivo das Arapiraquinhas”, frisou. Ana Valéria também ressaltou o fato desse resgate ser um trabalho constante. “Tratase, porque não dizer, de um grande desafio. Não podemos parar. Pretendemos, para breve, trazer escritores de Arapiraca e de outras cidades para apresentações nas praças da cidade.
Livros de tecido chamam a atenção de público no estande da Bienal
Mães leitoras recebem destaque Outra atração do estande de Arapiraca na Bienal do Livro é o programa Mães Leitoras. Lançado em março deste ano, o projeto-piloto ocorreu na Escola de Tempo Integral Zélia Barbosa Rocha e mobilizou 33 mães de alunos. Duas educadoras-monitoras repassaram os conhecimentos nas oficinas técnicas, enquanto uma contadora de estórias estimulava a criatividade das mães-alunas. Como parte do trabalho, o município adquiriu quatro máquinas de costura e todo o material, incluíndo tecidos, linhas, agulhas e outros produtos necessários para a viabilização do projeto. Em maio deste ano, as mães dos alunos apresentaram à sociedade o resultado das primeiras oficinas para a produção de livros de tecido com o objetivo de incentivar a leitura dos filhos. Agora, o programa “Mães Leitoras - Costurando a Leitura Para as Crianças” está sendo implantado na Escola de Tempo Integral Claudecy Bispo, no bairro Planalto.
Além de estimular o gosto pela leitura, o programa prevê a criação de uma cooperativa para geração de renda com as mães que residem nas comunidades, bem como a instalação de bebetecas em cada escola e nas creches, com o objetivo de estimular o gosto pela leitura em crianças até cinco anos de idade. A secretária municipal de Educação, Ana Valéria Peixoto, frisou o sucesso da iniciativa, a ponto de ser ampliada para um número maior de mães. “Já iniciamos oficinas aos sábados e firmamos parceria com o comércio local para doações de tecidos para confecção de novas histórias”, explicou a secretária. No dia 1º de outubro a prefeitura efetuou, no Mercado de Artesanato Margarida Gonçalves, a entrega de 65 kits contendo livros de tecidos produzidos pelas mães dos alunos da Escola de Tempo Integral Zélia Barbosa Rocha. Além disso, quatro máquinas de costura e material de confecção para as
oficinas que também passaram a envolver mães de alunos da Escola Claudecy Bispo. “Aideia é ampliar gradualmente o número de escolas e de mães envolvidas com este projeto”, disse Ana Valéria. O programa teve início em março, sob a coordenação da bibliotecária Wilma Nóbrega. Três monitoras e uma coordenadora pedagógica repassam os conhecimentos para as alunas, enquanto uma contadora de estórias orienta as mulheres acerca da importância do trabalho lúdico com os filhos, no incentivo à prática da leitura. A bibliotecária Wilma Nóbrega de Lima, coordenadora dos projetos, agradeceu as empresas que apóiam os projetos e mostrou-se satisfeita com os resultados que já começaram a ser observados. “Sabemos da importância dessas iniciativas. Esperamos que possam servir como modelos, por ser propostas inovadoras e sirvam como estímulos para serem implantados em outros municípios”, disse.
Cidades Domingo, 23 de outubro de 2011
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Cortesia/Bruno Veríssimo
O prazer da degustação de vinhos e queijos no Agreste Semana dedicada aos apreciadores das delícias foi encerrada ontem Fotos: Cortesia/Bruno Veríssimo
Carlos Alberto Jr. Repórter
Piloto paulista, Helena Deyama percorre País com seu curso
EM ARAPIRACA
Mulheres aprendem mecânica básica ARAPIRACA - O Curso de Mecânica Básica para Mulheres fez sua estreia no Estado de Alagoas na última quinta-feira, 20, na cidade de Arapiraca com o merecido sucesso. Cerca de duzentas mulheres participaram do evento que teve sua sexta etapa. O curso foi ministrado pela piloto paulista Helena Deyama que está percorrendo o Brasil com a iniciativa que tem o patrocínio de uma fabricante de pneus. Depois de participar do Rally dos Bandeirantes no último final de semana, a experiente piloto de ralis chegou à Arapiraca disposta a tirar as principais dúvidas das mulheres que já representam quase metade de quem dirige veículos, mas que ainda não mostra tanta habilidade com a parte mecânica. Em sua terceira temporada, o Curso de Mecânica para Mulheres percorre cidades de norte a sul do país, onde Helena tem a oportunidade de transmitir todo seu conhecimento adquirido em mais de uma década de experiências no rali. Além disso, é a oportunidade para as mulheres entenderem com exemplos vivenciados pela piloto que mecânica não é um ‘bicho de sete cabeças’. “Espero que este curso seja o mesmo sucesso que temos tido em todas as edições deste ano, com uma grande presença e interesse das alunas. Cada vez mais isto nos mostra a grande atenção das mulheres pelo assunto, que é ainda é considerado domínio masculino”, ressaltou. A piloto mostrou-se satisfeita em estar pela primeira vez em Arapiraca. “Para mim é gratificante, como piloto e mulher. Já foram quase três mil mulheres que aprenderam um pouco mais a cuidar dos seus veículos. Carro
tem que ser tratado como um filho. Se ele apresenta algum problema, a mulher tem que saber. A mesma coisa é com o carro. Também devemos usar os sentidos, a nossa sensibilidade”, explicou. Uma das participantes do curso, a auxiliar administrativa, Adriana Lima, disse que o curso foi uma oportunidade para conhecer melhor o carro. “Infelizmente, a mecânica dos carros não faz parte das conversas femininas. Falamos sobre cores, modelos, mas não sobre peças, pneus, por exemplo. Agora sinto-me um pouco mais segura para quando acontecer algum problema”, frisou. “O carro faz parte das nossas vidas, nos dá liberdade para passear, fazer nossas compras. Chega de ‘pagar mico’ nas estradas, nas ruas. Graças a minha experiências nos campeonatos que disputo, consegui quebrar preconceitos e as mulheres estão quebrando preconceitos no volante. Hoje, por exemplo, muitos veículos são projetados de acordo com a preferência feminina. As mulheres olham os carros de dentro para fora, como se fosse uma extensão das suas casas, ao contrário dos homens”, disse. O sucesso tem sido absoluto nas etapas anteriores. “Essa é a primeira vez que vou de um evento em Alagoas, é uma oportunidade de conhecer a realidade das mulheres de Arapiraca”, destacou Helena Deyama. No calendário 2011, o curso já passou por Cuiabá (MT), Campina Grande (PB), Conselheiro Lafaiete e Uberaba (MG), Santos (SP) e além desta 6ª etapa no estado do Alagoas em Arapiraca, prevê ainda a realização de duas etapas, em: Xanxerê (SC) e Niterói (RJ). (C.A.J.)
ARAPIRACA - A primeira semana de queijos e vinhos promovida em Arapiraca que foi iniciada na última segundafeira, dia 17, e foi encerrada na noite de ontem, foi um sucesso de público e críticas. A novidade teve como mentores o casal de empresários Lucineide Afonso e Fábio Dickson que abriram um espaço dedicado aos apreciadores de vinhos, queijos e outras tantas delícias, instalado no bairro Brasília. Um dos convidados do evento foi o enófilo – uma espécie de amante do vinho Bartolomeu Barbosa, da Importadora Cantu. De forma didática os convidados presentes no empório conheceram temas como a origem dos vinhos, as diferentes formas de fermentação das uvas, seja em barris de carvalho, autoclaves ou tonéis de aço inoxidável, temperatura ideal, forma correta de acondicionamento, além de dicas de combinações de queijos e vinhos. O enófilo também orientou sobre a atenção necessária durante a degustação do vinho. A pigmentação é um dos aspectos que identifica se o vinho é jovem ou maduro (envelhecido). No caso dos vinhos tintos essa pigmentação pode variar de púrpura ao alaranjado e nos vinhos brancos variam do esverdeado ao âmbar. As dicas de enogastronomia, a arte de harmonizar vinhos e alimentos, trouxeram informações valiosas para o equilíbrio entre pratos e vinhos, a exemplo de vinhos com sabor marcante como o “Cabernet Sauvignon” que acompanham
Empório criado pelos empresários Lucineide e Fábio está conquistando público cativo na cidade de Arapiraca
queijos maduros como Emmental e Brie, além de carnes grelhadas e pratos bem condimentados. Queijos amanteigados e de sabor suave combinam também com vinhos mais suaves como Demi-Sec e espumantes. Os espumantes de melhor qualidade podem ser identificados facilmente por bolhas finas e constantes. Outra dica valiosa para os apreciadores de vinho é que antes de misturar diferentes tipos de vinho recomenda-se comer pequenos pedaços de pão puro ou tomar água para retirar da boca o sabor do vinho anterior. Na quinta-feira foi promovida a noite de degustação com a presença do Sommelier Lucas Morais, da Importadora
Interfood. Este profissional é especializado e encarregado em conhecer os vinhos e de todos os assuntos relacionados ao este serviço. Adi-cionalmente, cuida da compra, do armazenamento e da rotação de adegas e elabora cartas de vinho em restaurantes. Lucas Morais deu orientações para a compra de vinhos, consumo e harmonização - combinação de vinhos com queijos e cardápios. Ele conversou com a reportagem do O JORNAL durante a degustação e se disse surpreso com o espaço e também com a receptividade da degustação de vinhos na cidade de Arapiraca. “Trata-se de uma grande iniciativa. Nós que trabalhamos com importação temos a oportunidade de mos-
trar nossos produtos para esse novo grupo de apreciadores de vinho aqui no Agreste alagoano. Já estamos fazendo cartas de vinhos para diversos estabelecimentos aqui da cidade”, frisou. A importadora Interfood possui, hoje, cerca de 1.200 rótulos à disposição, voltados para os mais diversos públicos e também bolsos. “Temos vinhos para os mais diversos gostos e paladares. Em nosso caso, fazemos a pré-venda, a venda e principalmente o pósvenda”, explicou o Sommelier. Na sexta e no sábado, a degustação de queijos e vinhos prossegue com o casal Fábio Dickson e Lucineide Afonso dando dicas para combinação de vinhos e produtos do vendidos no empório.
Importador orientou na compra e degustação Inaugurado há menos de um ano, o empório Sabor de Minas é, hoje, o único espaço voltado para quem gosta de degustar bons vinhos e queijos diversos. Tudo começou, na verdade, pelo gosto dos hoje empresários por iguarias. Pelo fato de trabalhar em outros estados, Fábio Dickson pensou em parar com a rotina rígida e montar o próprio negócio, o qual deveria ter um diferencial. Foi quando pensaram em montar o empório e a ideia está dando certo. Segundo Lucineide Afonso, os produtos que vão desde cachaças, castanhas, pistache, pimentas são trazidos dos Estados de Sergipe, Minas Gerais e São Paulo. “Nos surpreendemos com a aceitação rápida da clientela. Já temos clientes fidelizados que estão sugerindo novos produtos. Isso ajuda na diversificação maior do que já oferecemos aqui”, explicou. Já Fábio Dickson também se mostrou surpreso com a
Lucas Morais diz que brasileiro quer mais qualidade no ato da compra
receptividade. “Não sabia que existiam tantos apreciadores de vinhos e queijos
aqui em Arapiraca. 90% das nossas vendas ainda são de vinhos do tipo seco. Graças
ao empório, hoje sou um apreciador de vinhos. Nos sentimos obrigados a manter qualidade do que vendemos e oferecemos e os clientes já perceberam isso”, falou o empresário. O alagoano, a exemplo do brasileiro, está buscando mais qualidade na hora de comprar vinho, segundo Lucas Morais. Se, antes, o que pesava era essencialmente a relação custo-benefício, agora, começa a ganhar corpo uma escolha mais emocional, baseada em outros fatores, como o valor da marca e a procedência do produto nem que isso signifique pagar um pouco mais caro. Os países mais desenvolvidos têm um consumo médio de cerca de dez litros; nos produtores de vinho esse número chega a 30, mostrando que ainda temos espaço para crescer. O vinho branco não é tão consumido no Brasil, mas isso deve mudar num curto espaço de tempo. (C.A.J.)
Consumo de vinhos em crescimento no Brasil Até o final deste ano os brasileiros deverão consumir cerca de 369 milhões de litros de vinho, de acordo com um estudo realizado pelo centro de pesquisas britânico International Wine and Spirit Record. A expectativa é que o consumo de vinho pela classe média brasileira seja 39% maior em 2011 e que na globalidade, o consumo de vinho aumente 12,5% face a 2005. Segundo a pesquisa, a tendência é que o aumento da produção do Brasil também se desenvolva paralelaO Brasil já é o segundo maior consumidor da América Latina, só perdendo para a Argentina. Por outro lado, o consumo em países considerados grandes pro-
dutores de vinho, como Argentina, Chile e Uruguai, tem vindo a sofrer uma considerável queda. Uma pesquisa recente feita pelo especialista em economia mundial Michael Porter concluiu que cinco países no mundo têm grande potencial de crescimento de mercado consumidor e o Brasil está entre eles. Ainda de acordo com o relatório, a oferta de vinhos de diversas partes do mundo atende à curiosidade dos novos consumidores no país, mas a grande parte das bebidas no Brasil ainda vem dos países vizinhos Chile e Argentina, seguidos pelos vinhos italianos, portugueses e franceses. A queda do
dólar é outro novo fator que influencia diretamente o consumo da bebida. Atualmente, o vinho é um dos produtos de maior saída entre os importados nos lineares da maioria dos supermercados e lojas gourmet. ALIADO EFICAZ - O vinho não é exatamente uma poção mágica, mas é um aliado eficaz para eliminar gorduras, manter a pele jovem e prevenir a formação de colesterol e o aparecimento de doenças cardiovasculares. Tudo isso, claro, quando é consumido com moderação – afinal, tratase de uma bebida alcoólica. As uvas são importantes fontes de nutrientes antioxidan-
tes. Essas substâncias fazem com que o consumo de vinho tenha efeitos positivos sobre quem o bebe. O vinho branco também faz bem, já o tinto oferece mais benefícios à saúde, incluindo proteção contra câncer. E isso ocorre por uma questão simples: o vinho tinto contém dez vezes mais polifenóis - substâncias químicas que fazem bem ao corpo humano e que são liberadas e potencializadas na mistura com o álcool - do que branco. O processo de fabricação do vinho tinto, que inclui o aproveitamento de cascas e sementes das uvas na fermentação, favorece a concentração maior de substâncias benéficas na bebida. (C.A.J.)
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NOVA ORDEM BIODIESEL
Marco regulatório é o grande desafio Em 2004, o plano nacional para o biodiesel, lançado pelo governo federal, parecia apontar um caminho de crescimento espantoso para o setor. Vários projetos foram lançados, principalmente no Nordeste, que beneficiariam principalmente a agricultura familiar. Mas o segmento estagnou nos últimos anos. Para tentar um novo impulso, os produtores voltam a pressionar o governo. A criação de um novo marco regulatório para o setor é o grande desafio da nova Frente Parlamentar, lançada esta semana em Brasília, e que tem como missão articular as demandas dos produtores do combustível renovável. A Frente Parlamentar em Defesa do Biodiesel já conta com a adesão de mais de 260 deputados e senadores e nasce com uma meta relevante: a tentativa de elevar a mistura de biodiesel no diesel mineral dos atuais 5% para até 20% nos próximos dez anos, porcentual que traria investimentos de R$ 28,1 bilhões para esta cadeia produtiva no mesmo período. Segundo Erasmo Battistella, presidente da Associação Brasileira dos Produtores
de Biodiesel (Aprobio), a capacidade instalada do setor já é mais que o dobro do necessário para abastecer o mercado de 5% de mistura, conhecido como B5. De uma capacidade de 5,1 bilhões de litros, o Brasil produziu, em 2010, apenas 2,4 bilhões de litros. “Podemos chegar ao B20 em dez anos, com a produção de 14 bilhões de litros”, disse o executivo. Battistella afirma que o governo está, no momento, fazendo um mapeamento do setor de biodiesel para a elaboração de um marco regulatório. “Com o novo marco definindo o aumento de mistura, o setor poderá planejar o seu futuro no longo prazo”, disse. A demanda para um novo marco regulatório não é nova. Há dois anos a mistura do biodiesel está parada em 5%, enquanto a capacidade instalada cresceu, provocando uma depressão nas cotações do combustível renovável e reduzindo as margens das empresas. O aumento da mistura possibilitaria a reocupação da capacidade ociosa, hoje em 53%, e uma volta do crescimento do setor.
Real tem potencial para iniciar internacionalização, revela FMI Moeda brasileira deve ganhar mais espaço nas negociações de comércio exterior O uso das moedas de Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul (países conhecidos como Brics) em operações internacionais cresceu nos últimos anos e pode aumentar ainda mais daqui para frente, visto que todas essas economias possuem importância significativa em termos regionais e até mesmo globais - caso dos chineses -, de acordo com um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a instituição, o uso de reais em operações com derivativos internacionais au-
mentou cerca de 50% entre 2004 e 2010, enquanto a utilização da rupia indiana e do rublo russo mais que dobrou. O uso do yuan aumentou cerca de 12 vezes durante o período. “No longo prazo, as moedas emergentes demonstram potencial para atingir um uso internacional mais amplo, como o de economias avançadas. Por exemplo, moedas de exportadores de commodities (o rublo russo e o real) podem desempenhar papéis regionais mais amplos e se tornar parte
de reservas de ativos de forma similar ao que ocorre com os dólares da Austrália e do Canadá. O yuan poderia chegar ao uso global por causa do tamanho da economia chinesa” e do fato de ela estar no centro do comércio internacional, segundo o estudo do FMI. Em 2010, a China respondeu por quase 9% do comércio mundial, mais do que o Japão, que ficou com uma fatia de 4,5%. Além disso, o fluxo comercial chinês deve superar o dos EUA nos próxi-
mos cinco anos. Os demais Brics estão conquistando espaço no comércio mundial ou mantendo suas posições caso do Brasil e da África do Sul, mas todos estão bastante atrás da China e encontramse a uma distância significativa de países desenvolvidos, algo que não deve mudar nos próximos anos. Em termos de comércio regional, no entanto, o Brasil teve um crescimento considerável nos últimos dez anos, superando seus parceiros de Brics, com exceção da China.
Cresce participação dos pequenos Para Battistella, a expansão do setor seria acompanhada por um crescimento da participação da agricultura familiar na cadeia produtiva. Atualmente, 103 mil famílias estão vinculadas à produção de oleaginosas para produção de biodiesel, número que cresceria para 154 mil famílias se a mistura fosse elevada para 10%, e para 531 mil famílias se chegasse a 20%. Além disso, o executivo estima que o Brasil economizaria cerca de US$ 43 bilhões em importação de diesel no período entre 2010 e 2020 se a mistura fosse elevada para 20% até 2020.
O diretor-superintendente da Aprobio, Júlio Minelli, disse que a frente parlamentar também quer incluir as cooperativas entre os fornecedores certificados para receber o selo do combustível social, que permite a participação da empresa no leilão de venda de biodiesel com lotes maiores. Segundo ele, também está na pauta de reivindicações a possibilidade do Brasil ser exportador de biodiesel. “Hoje a Argentina exporta biodiesel, um espaço que o Brasil pode ocupar por ser mais competitivo.” O presidente da Frente é o deputado Jerônimo Goergen (PP/RS).
Fundamentos econômicos permitem ampliação Segundo o FMI, além do comércio, também contribuem para a internacionalização das moedas emergentes a profundidade dos mercados financeiros domésticos e a liquidez dos mercados externos, a abertura financeira de cada economia e as políticas de cada país para estimular o uso global de sua divisa. “Os países emergentes progrediram em termos de
aprofundamento dos mercados financeiros, sendo China e Brasil destaques pela expansão de seu mercado interno de bônus. A Rússia e o Brasil também registraram o avanço mais significativo na liberalização de suas contas de capital, mas o potencial (para o uso de suas moedas) em transações comerciais pode ser limitado por suas respectivas estruturas comerciais e
pela dependência das exportações de commodities”. O documento afirma que o interesse em moedas emergentes começou a crescer depois que a crise financeira mundial e as preocupações com o caráter de reserva de valor das principais moedas mundiais vieram à tona. A maior procura foi “motivada pelos fortes fundamentos (dessas divisas) e também re-
flete o desejo de maior diversificação e menos ativos correlatos”. O FMI ressaltou também que a concentração de várias funções do sistema monetário internacional em duas moedas, o dólar e o euro embora seja eficiente, pode aumentar a vulnerabilidade sistêmica aos choques e às políticas dos emissores dessas divisas.
Economia
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Atualmente, quase todas as indústrias de roupas usam medidas diferentes umas das outras no País
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Os primeiros tipos de vestuário que vão ganhar regras definitivas de tamanhos são as peças masculinas
VESTUÁRIO
Padronização vai revolucionar o setor Segundo a Abravest, definição de tamanhos únicos masculinos está na fase final de consulta pública O setor de vestuário prepara-se literalmente para uma revolução na maneira como as peças são fabricadas e vendidas no País. Com base no levantamento das medidas médias do corpo da população brasileira estão sendo estabelecidas referências para o tamanho das roupas infantil,
masculina e feminina. Segundo o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad a expectativa é de que nos próximos dois anos ao menos metade da produção nacional de vestuário, atualmente em 5,5 bilhões de peças anualmente, possa estar padronizada.
“Para a indústria, a padronização das medidas poderá gerar uma economia de até 8% na compra das matérias-primas (tecidos). Já no varejo cairão os custos para conferência interna do tamanho das peças e as trocas de roupas por parte do consumidor final”, afirmou Chadad. Outro
canal que poderá ser desenvolvido é o de vendas por meio da internet, que ainda engatinha no Brasil. “Em virtude das diversas grades de numerações existentes, a venda de vestuário na internet enfrenta o desafio do alto volume de solicitações de trocas e devoluções”, disse.
No caso masculino, as novas normas sugerem medidas diferenciadas para homens a partir dos biotipos “normal”, “atlético” e “obeso” que deverão gerar mais de vinte referências de tamanho. “Os tamanhos P, M e G deixarão de ser medidas de referência”, destacou Chadad. As calças, por
exemplo, contarão com especificações como “perímetro de cintura”, “comprimento entrepernas” e “estatura” para as quais foram confeccionadas. Já as camisas terão informações do “perímetro de cintura”, “perímetro de tórax”, “comprimento do braço” e “estatura”.
Peças vão ganhar novas etiquetas Segundo a Abravest, as padronizações masculinas estão na fase final de consulta pública, processo que deverá ser encerrado entre o final de outubro e início de novembro. A homologação das medidas, na sequência, seguirá os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com o instituto Totum - credenciado pelo Inmetro - encarregado pela qualificação e auditoria das empresas. A Associação Brasileira do Varejo Têxtil também participa das discussões. Dessa forma, as confecções que aderirem à padronização deverão oferecer roupas com a respectiva numeração e medidas adequadas a cada perfil de consumidor. Além disso, serão criadas novas etiquetas - adicionalmente à obrigatória costurada na roupa, com a origem do produto e CNPJ do fabricante - penduradas com informações mais detalhadas, como a composição dos teci-
dos e as orientações sobre lavagem e conservação, “que não encontram espaço” nas peças atualmente, disse Chadad. Após a finalização das padronizações das vestimentas masculinas, será a vez das femininas. “Isso deverá ser finalizado até abril do próximo ano”, destacou o presidente da Abravest. Nas roupas femininas, as etiquetas vão indicar a “estatura”, “medida ombro a ombro” (no caso dos casacos), “busto”, “cintura”, “quadril” e “comprimento”, conjuntamente aos biotipos “normal”, “atlético” e “obeso”. A expectativa da entidade é de que as roupas femininas também contenham mais de vinte referências de tamanho. Desde o início deste ano, as roupas infantis já contam com a padronização dos tamanhos, num total de 22 referências de medidas. Segundo Chadad, as indústrias estão reestruturando sua produção
com as novas normas. “Por enquanto, apenas 5% das fábricas, principalmente as de uniformes escolares, já se adequaram”, disse. Mas esse número deve subir. “Mais de 100 fábricas em São Paulo devem se adequar até o final deste ano, porque os colégios estão passando a exigir as novas padronizações.” O dirigente da Abravest destacou que as padronizações são apenas uma referência, e não uma obrigação prevista na legislação. Segundo ele, a entidade investiu mais R$ 400 mil na elaboração e nos estudos das medidas, que contaram com mais de cem reuniões com representantes da indústria, varejo, matériaprima e consumidores, por meio da ABNT. A entidade vai disponibilizar, gratuitamente, aos fabricantes assessoria técnica para que as empresas se adaptem às padronizações. “Ninguém vai pagar pelas normas.”
Economia Domingo, 23 de outubro de 2011
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SOLUCIONE O SEU PROBLEMA Muitas vezes quando o consumidor enfrenta algum problema com um produto ou serviço adquirido, não sabe a quem recorrer para resolver a questão. Veja a seguir como fazer para valer os seus direitos:
PROCURE O FORNECEDOR
É sempre bom tentar resolver o problema amigavelmente primeiro. Assim, procure o fornecedor, exponha a situação e exija uma solução. Esse primeiro contato pode ser feito por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) ou da ouvidoria.
REGRAS DO SAC
Vale lembrar que, no caso dos serviços regulados pela esfera federal, como bancos, telefonia e planos de saúde, o SAC deve seguir uma série de regras para assegurar o bom atendimento ao consumidor, como a opção de cancelamento no primeiro menu eletrônico e não transferir a ligação mais de uma vez. Além disso, as ligações devem ser gravadas e o consumidor pode exigir acesso ao seu conteúdo (o que serve de prova que a reclamação foi feita e o que ficou acordado entre as partes).
CONTATO COM O GERENTE
Na falta de SAC ou ouvidoria, entre em contato com o gerente ou outro representante da empresa. É recomendável que esse contato seja feito por escrito (carta com aviso de recebimento - AR, fax ou e-mail), para que o consumidor tenha o comprovante da solicitação. Caso seja pessoalmente, leve um documento com a descrição da reclamação para protocolar.
PROCURE O PROCON
Caso você não tenha conseguido solucionar o problema diretamente com a empresa, não é preciso desistir. Há outras alternativas para fazer valer seus direitos e os PROCONS estão aí para isso. O PROCON é órgão do Poder Executivo municipal ou estadual destinado à proteção e defesa dos direitos e interesses dos consumidores. É ele que mantém contato mais direto com os cidadãos e seus pleitos.
INDÚSTRIA DO AÇÚCAR
Acordo salarial garante reajuste de 10% aos trabalhadores do setor Com aumento acima da inflação, salário da categoria passa para R$ 599,50 Os trabalhadores na indústria do açúcar de Alagoas conquistaram mais uma vez reajuste salarial acima da inflação. O Acordo Coletivo assinado na quinta-feira entre o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar de Alagoas (STIA-AL) e o sindicato das empresas do setor garantiu reajuste de 10%, retroativo ao mês de setembro. Com a fixação desse índice, o salário normativo da categoria ficou R$ 599,50 vigorando a partir do mesmo mês. “O trabalhador da indústria sucroalcooleira em Alagoas tem o que comemorar. As lutas têm sido muitas e as conquistas também. Com reajustes salariais sempre acima da inflação, nos últimos 10 anos, a nossa categoria acumulou um ganho real de 14,67%. Essa conquista tem sido uma tradição da atual diretoria do sindicato e representa a melhoria de vida para os milhares de trabalhadores e de suas famílias”, disse o presidente da entidade, Jackson de Lima Neto. Este ano, o STIA teve um reforço importante nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho. Aentidade firmou acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) para a prestação de serviços de asses-
Para Jackson de Lima, trabalhador tem o que comemorar, já que há 10 anos, ganho real já chega a 14,67%
soramento. Os sucessivos ganhos reais não são avanços isolados obtidos nas negociações conduzidas pela entidade sindical. O presidente Jackson de Lima Neto afirma que o sindicato dos trabalhadores não se preocupa apenas de tratar do reajuste salarial, do piso e dos salários em geral. Cláusulas sociais também constam da Convenção Coletiva, a exemplo daquela que assegura ao trabalhador mais um salário
médio e que funciona como se fosse um aviso prévio a mais antes da demissão. O benefício é concedido quando o trabalhador é dispensado sem justa causa e com mais de 10 anos de serviços prestados na empresa. Jackson de Lima Neto, recentemente empossado no cargo de Secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e Afins – CNTA, afirma que é necessário
lutar sempre por novos benefícios e conquistas, e ressalta os esforços e a forma com que as negociações são conduzidas pelo sindicato, o que tem garantido essas conquistas. “O bem-estar do trabalhador é a nossa prioridade. E com muito esforço e capacidade de negociações estamos avançando, tanto na questão salarial, na assistência aos associados como na construção de um sólido patrimônio para a entidade”, concluiu.
ACORDOS
Na oportunidade de intermediação dos conflitos, e dentro do processo administrativo, cumpre ao PROCON a busca de acordos entre consumidor e fornecedor. Contudo, se não houver acordo na audiência de conciliação, o consumidor será encaminhado para o judiciário e a ata de audiência proferida no PROCON terá um peso importante, pois demonstrará que o consumidor antes de procurar o judiciário, tentou administrativamente solucionar o problema. Além disso, o PROCON tem poder fiscalizatório e pode aplicar multa se alguma empresa descumprir suas determinações. Vale ressaltar que, em 80% dos casos, é feito acordo.
E-COMMERCE
Sites de compras coletivas se profissionalizam em apenas 1 ano JC
PROCURE AGÊNCIAS REGULADORAS
No caso dos serviços regulados (bancos, telefonia, TV por assinatura, planos de saúde, etc), o consumidor tem a opção de reclamar também às agências reguladoras, pois é sua competência fiscalizar os serviços prestados pelas empresas privadas desses setores. Apesar das agências não serem responsáveis pela resolução do caso específico, a denúncia pode resultar na instauração de processo administrativo e, dependendo do desfecho, a empresa pode ser punida com multas. Assim, não deixe de registrar a reclamação, pois isso pode beneficiar todos os consumidores daquele serviço.
ENTRE NA JUSTIÇA
Se nenhuma das tentativas anteriores der certo, o jeito é recorrer ao Poder Judiciário. Para causas de menor gravidade e cujo valor não exceda 40 salários mínimos pode-se entrar com ação no Juizado Especial Cível (JEC), o antigo Juizado de Pequenas Causas. Ele costuma ser mais rápido e menos burocrático que a Justiça comum. Mas, se a causa ultrapassar 40 salários mínimos ou demandar produção de provas técnicas (perícia), deverá ser levada à Justiça comum, com o auxílio de um advogado.
VALORES DAS AÇÕES
As ações com valor inferior a 20 salários mínimos podem ser ajuizadas pelo próprio consumidor. Só haverá necessidade de advogado na hora de recorrer da decisão ou responder a um recurso do fornecedor. Nas causas entre 20 e 40 salários mínimos, a presença de um advogado é obrigatória desde o início. Caso o consumidor não possa arcar com os honorários advocatícios, deve procurar a Defensoria Pública ou a Procuradoria de Assistência Judiciária.
JECS
Se a ação for movida contra um órgão/empresa público (por exemplo, Caixa Econômica Federal), o consumidor não poderá recorrer ao JEC. Nesse caso, deverá procurar a Justiça Federal mais próxima para saber se existe um Juizado Especial Federal (JEF) e se ele atende a causa em questão.
PRAZOS PARA RECLAMAR
Existem prazos para você poder reclamar sobre os "defeitos" dos produtos ou serviços fáceis de se notar. Eles são contados a partir da compra, do recebimento ou do término dos serviços. Trinta dias para produtos ou serviços não duráveis. Exemplo: alimentos, cabeleireiro, etc. Noventa dias para produtos ou serviços duráveis. Exemplo: sapatos, roupas, eletrodomésticos, móveis, serviços de pintura, desentupimentos, etc. Se o "defeito" for difícil de se notar (vício oculto), os prazos para reclamar começam a ser contados da data em que o problema apareceu. Exemplo: ferrugem no forno do fogão, etc.
Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no Centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151. Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.
Em 2010, quando os sites de compras coletivas começaram a “bombar”, muita gente fez previsões sobre o futuro desse modelo de negócios. Alguns disseram que só cresceria, com espaço para todos. Já para outros, depois da empolgação inicial, o mercado esfriaria, ficando somente os maiores players. Pouco mais de um ano depois, o que mudou? De acordo com a pesquisa TG.net, do Ibope Media, mais da metade dos internautas brasileiros se inscreveram em sites de compras coletivas. O levantamento foi realizado entre maio e junho passados, com 2.900 pessoas de diversos estados. Destas, 42% afirmaram que efetivaram alguma compra, seja de produtos, seja de serviços. Ainda de acordo com o estudo, os internautas gastam cerca de R$ 110 por mês. Esse valor é bem próximo ao da média do ecommerce tradicional, porém com uma frequência 22,5% superior. A informação bate com o depoimento do sócio-fundador do Peixe Urbano, Emerson Andrade. “Nosso maior faturamento foi agora em agosto, e antes disso em julho passado. Estamos crescendo a cada mês”, afirma. O Peixe Urbano atua em mais de 70 cidades do Brasil, Argentina e México, com 13 milhões de usuários cadastrados. “Um tipo
de oferta que não tínhamos no começo que hoje se mostra muito desejada é no setor de turismo. Descontos em hotéis e pacotes, além de promoções para restaurantes em outras cidades têm interessado muito os usuários”, conta Andrade. O sócio-fundador do SaveMe (um agregador de sites de compras coletivas), Heitor Chaves, reitera esse novo nicho que vem sendo atendido pelas empresas. “Em pouco mais de um ano o mercado já evoluiu muito. Os
sites possuem hoje muito mais ofertas, que ficam no ar por mais tempo. Turismo, beleza, saúde, produtos, são muitos os novos tipos de promoções que são oferecidas”, conta. O mesmo vem acontecendo com algumas empresas em âmbito regional. O site pernambucano Regateio, que comemora este mês um ano de atividade, conta com ofertas para as cidades de 16 estados brasileiros. “Temos observado uma mudança de comportamento do próprio cliente neste
tempo, que deixou de comprar por impulso para usar o site de compras coletivas como um shopping de ofertas, escolhendo bem cada compra”, explica o diretor comercial do Regateio, Felipe Batista. Essa alternância no perfil das compras acaba sendo vantajosa também para os parceiros. “Um hotel, por exemplo, possui um gasto fixo. Ele consegue lotar seus quartos numa baixa temporada, mesmo com uma margem de lucro menor”, completa Batista.
Falta de experiência prejudica empresas Mesmo quem já saiu do mercado vê o setor com bons olhos. Leonardo Monteiro, que em dezembro criou o site DonaBanca, mas encerrou suas atividades em julho, culpa a falta de experiência e de investimentos. “O problema é que algumas pessoas não dominam bem o modelo de negócios e querem ter lucro rápido. Nós desenvolvemos o site, mas não tínhamos conhecimento de mercado, e faltou investimento mais pesado em publicidade, entre outros fatores”, lembra Monteiro.
Para a diretora executiva da Le Fil Comunicação, Socorro Macedo, não conhecer o público é o maior erro de quem teve que sair do setor. “As que conseguem se manter, são mais eficientes, entendem as necessidades dos clientes e são inovadoras dentro do segmento. Dessa forma, os sites de compras coletivas precisam estar atentos ao modelo de negócio estabelecido com os parceiros para garantir ofertas que atraiam as pessoas e seja sustentável para os dois lados e não somente para um”, afirma.
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Os vazamentos ou "gatos" (ligações clandestinas) são responsáveis pela perda de mais da metade da água captada, e tratada, pelos distribuidores que chega até o consumidor final. O cenário acontece em 210 cidades brasileiras, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última quarta-feira (19). Entre estas cidades, estão sete capitais: Rio Branco, Recife, Porto Velho, Manaus, Maceió, Campo Grande e Boa Vista. E também cidades grandes ou de médio porte, como Guarulhos (SP), Jaboatão dos Guararapes (PE), Feira de Santana (BA) e Belford Roxo (RJ).
DESPERDÍCIO
A perda da água é calculada pela diferença entre o volume que é captado para distribuição e o consumo final registrado pelas operadoras. Seis em cada dez cidades com mais de 100 habitantes no país registram perdas que variam entre 20% e 50% da água disponibilizada. Para o instituto, o desperdício deve ser ainda maior do que o divulgado, já que nem todas as empresas têm informações precisas sobre perdas por furto ou vazamentos, quase sempre causados por má manutenção de redes obsoletas. Os dados do IBGE não consideram o quanto é desperdiçado pelos consumidores nos municípios. O Nordeste é a região do país que mais sofre com o problema. Das 33 cidades brasileiras que não possuem rede de distribuição de água, 23 estão na região
DESACELERAÇÃO
Dados divulgados, na última quinta-feira, pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), revelou que o índice de preços mensurado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, variou 0,50% na segunda prévia do mês de outubro, ante alta de 0,52% no mesmo período de setembro. As prévias do IGP-M são apuradas em decêndios (períodos de dez dias). No acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 6,92%, enquanto varia 4,67% no ano. O acumulado dos últimos 12 meses já chegou a 8,65%, em 29 de junho. O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 0,66%, ante 0,59% no mesmo período de setembro. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) avançou 0,23%, ante 0,52%. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve alta de 0,12%, comparado a 0,09%.
ECONOMIA
Em 2011, setor de materiais de construção desacelera
SÃO PAULO - O segmento de materiais de construção fechou a primeira metade de 2011 com ritmo de crescimento inferior ao apurado no ano passado, segundo estudo da entidade que representa o setor no país, Abramat, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta-feira. De acordo com o levantamento, a produção de materiais aumentou 2,4 por cento entre abril e junho ante o mesmo período de 2010, enquanto no primeiro trimestre deste ano o crescimento foi de 5,5 por cento na mesma base comparativa. No segundo semestre de 2010, segundo o IBGE, a produção dos insumos havia avançado quase 8 por cento. Nesse ano, de janeiro a junho, essa taxa caiu para menos de 4 por
cento. No varejo, o faturamento "Em linhas gerais, portanto, do setor cresceu 10,8 gastos púas taxas de crescimento da in- blicos e medidas de proteção dústria estavam sendo cortadas comercial-- visa corrigir algupela metade", afirmam as enti- mas distorções acumuladas ao dades, indicando a alta base de longo da fase de forte recomparação com 2010, cuperação registrada em quando o setor imobi2010, como o descompasliário disparou, e a deso entre o desempenho saceleração vista esse O segmento do varejo e da indústria", ano em decorrência de também assinalam as entidades juros mais altos e no estudo. menor disponibilidade desacelerou "O gastos públicos e em termos medidas de proteção de crédito. Em termos de fatucomercial - visa corrigir de ramento, o segmento distorções acufaturamento algumas também desacelerou. muladas ao longo da fase As vendas reais da inde forte recuperação redústria de materiais gistrada em 2010, como o caíram 2 por cento no descompasso entre o desemsegundo trimestre, enpenho do varejo e da indúsquanto nos seis primeiros tria", assinalam as entidades no meses do ano a queda acumu- estudo. lada foi de 1,2 por cento. "O descompasso entre o fa-
turamento real das vendas reais da indústria e do varejo pode estar associado a um movimento de compra de mais produtos importados pela revenda, o que contribui para a desaceleração na indústria", acrescenta o presidente da Abramat, Walter Cover. Ainda assim, o levantamento aponta uma reversão do cenário a partir do terceiro trimestre. Em julho e agosto, o faturamento real do setor acumulou alta de quase 3 por cento. O estudo informou também que, no primeiro semestre, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor aumentou 9,7 por cento ano a ano. Em 2010, a taxa de crescimento do emprego havia sido de 14,5 por cento no período.
INVESTIMENTO
Todas as áreas da indústria serão contempladas até 2014 pelo investimento de R$ 30 milhões que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) vai destinar para capacitar pessoal para o setor de construção civil. "Temos uma grande meta de formar 200 mil pessoas de todas as áreas da indústria até 2014 e isso requer a ampliação da base de instalação", explica a gerente de planejamento da instituição, Mônica Machado. Nesta atual fase de preparação para a Copa do Mundo de 2014, o setor de construção civil é a prioridade de investimento do Senai. Posteriormente, porém, com a iminência do evento, capacitação em setores como confecção, metal mecânica, calçados e logística serão mais buscados.
SENAI
O investimento será feito visando também capacitar trabalhadores para trabalhar em empreendimentos como a siderúrgica, refinaria e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A informação foi dada no primeiro dia do programa Senai Casa Aberta, que aconteceu nos dias 20 e 21. O programa abre as portas de sete unidades do Senai no Ceará aos interessados em conhecer a estrutura da instituição. O Casa Aberta é gratuito e anual.
PRAZO
Atraso na entrega de imóvel gera indenização SÃO PAULO - O atraso na entrega de imóvel poderá gerar indenização, conforme prevê o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pelo Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça do Consumidor, e o Secovi-SP (Sindicato da Habitação). De acordo com o termo, os contratos deverão conter cláusulas penais para o caso de atraso superior ao prazo de tolerância, que será de até 180 dias. Neste caso, a empresa pagará o equivalente a 2% do valor até então pago pelo consumidor, corrigido pelo mesmo índice de correção do contrato. Além da penalidade de caráter compensatório, a incorporadora sofrerá pena de caráter moratório, no valor correspondente a 0,5% ao mês do valor até então pago pelo consumidor, corrigido pelo mesmo índice de correção do contrato, a título de preço, a partir do final do prazo de tolerância. As cláusulas penais serão calimento das chaves, valendo o que ocorrer primeiro. OUTRAS MEDIDAS Ainda conforme o documento, as construtoras deverão incluir nos contratos, além do prazo estimado a partir da entrega das
chaves do imóvel ao consumidor e pagas na data da outorga da escritura definitiva de venda e compra, ou em até 90 dias, contados do recebitiva de venda e compra, ou em até 90 dias, contados do recebb), que não poderá ser superior a 180 dias. As empresas deverão ainda encaminhar aos futuros moradores um relatório informativo sobre o andamento da obra, devendo avisar com 120 dias de antecedência se o prazo estimado da obra se estenderá pelo prazo de tolerância. Vale esclarecer que, no período de tolerância, a empresa não precisa justificar os motivos do atraso nem se preocupar com qualquer punição. Na hipótese de a construção demorar além do prazo de tolerância, os motivos do atraso deverão ser esclarecidos. O Secovi-SP terá o prazo de 60 dias para orientar as empresas, que, por sua vez, deverão aplicar as novas regras nos contratos decorrentes das incorporações registradas, a partir de 120 dias após o recebimento de notificação expedida pela Promotoria de Justiça do Consumidor. A medida, por ter sido assinada pela Promotoria, tem validade nacional.
COMPARAÇÃO
Venda de material de construção sobe 7% Viviane Pereira As vendas de materiais de construção no Brasil cresceram 7 por cento em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta quartafeira a associação que representa o setor, Abramat. Em relação a agosto, entretanto, o varejo de materiais registrou queda de 0,5 por cento. Já no acumulado do ano até setembro, o setor desacelerou, com as vendas aumentando 2,2 por cento, bem abaixo da meta traçada para o fechado de 2011, de alta de 5 por cento no faturamento do setor. "A redução do ritmo das grandes obras e o aumento das importações de materiais de construção são os principais fatores associados ao resultado abaixo da expectativa", afirmou o presidente da Abramat, Walter Cover, em nota, citando ainda as reações do mercado às medidas de contenção da inflação adotadas pelo governo e a redução do
ritmo das obras do programa "Minha Casa, Minha Vida". No mês passado, o número de empregos gerados na indústria de materiais subiu 6,1 por cento sobre igual período em 2010 e 0,9 por cento ante agosto. "As expectativas do setor para o próximo trimestre estão otimistas, apoiadas na continuidade da elevada disponibilidade de crédito, do elevado nível de emprego no mercado e na continuidade da desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos materiais até 2012", segundo a entidade. Na semana passada, a Abramat divulgou estudo, realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em que indicava a desaceleração da indústria de materiais em 2011. As vendas reais de materiais caíram 2 por cento no segundo trimestre, enquanto nos seis primeiros meses do ano a queda acumulada foi de 1,2 por cento.
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B1 Marco Antônio
A hora e a vez de Luitgarde A pesquisadora alagoana será tema de simpósio que acontece hoje na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Com uma produção acadêmica intensa sobre a memória de Alagoas e do Nordeste, a antropóloga e escritora deu uma exclusiva a O JORNAL. Confira a entrevista
Luitgarde Barros se dedica ao ensino e a pesquisas sobre o pensamento social brasileiro
Elô Baêta Repórter
H
á mais de 40 anos, a antropóloga e escritora Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros se dedica ao ensino e a pesquisas sobre o pensamento social brasileiro. Atualmente, beirando as sete décadas de vida, a alagoana de Santana do Ipanema - com vivências no distrito de Capim (atual Olivença) e em Maceió - deixou o Alto Sertão do Estado em 1963 para viver e construir um cur-
rículo respeitável como professora e abnegada estudiosa das questões sociais brasileiras na capital carioca. Graduada em Fisioterapia pela Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro, mestra e doutora em Ciências Sociais e pósdoutora em Antropologia e em Ciência da Literatura, é autora de obras decisivas com foco na religiosidade popular nordestina, no universo regional do cangaço, na influência de literatos e pensadores locais e nacionais para um Brasil mais justo e igualitário. Citada por historiadores como “uma combativa e combatente intelectual, com uma produção acadêmica intensa sobre
a memória de Alagoas e do Nordeste”, a pesquisadora será tema do simpósio “A hora e a vez de Luitgarde” na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas. O encontro acontece hoje, das 14h às 17h, e contará com a presença dos pesquisadores Bruno César Cavalcanti, Sônia Jaconi, Magnólia Rejane Andrade, José Marques de Melo e Douglas Apratto. A antropóloga recebeu o Caderno Dois de O JORNAL, poucas horas após ter desembarcado em Maceió, para uma entrevista exclusiva sobre sua longa e intensa trajetória como estudiosa das Ciências Sociais. Confiram! Continua nas páginas B2 e B3.
Variedades
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B2
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“Sou uma estudiosa do pensamento social brasileiro” Fotos: Marco Antônio
CORAÇÃO PARTIDO
By Dressa Mello
Nutricionistas estão, cada vez mais, específicos. Pensando nisso, passaram a elaborar cardápios para cada momento da vida. Sendo assim, um profissional elaborou um cardápio para quem levou um fora do namorado(a). A dica é: peixe grelhado + batata doce + suco de frutas + chocolate amargo. Para reparar um coração partido, os nutricionistas recomendam alimentos ricos num aminoácido chamado triptofano. Encontrado nas proteínas como a do peixe, esse nutriente ajuda o cérebro a produzir serotonina, o neurotransmissor do bem-estar. Há também alimentos que acalmam e induzem ao sono – como a batata doce. Por isso, junto com o peixe, coma algumas assadas ou na forma de purê. Suco de frutas ou de clorofila ajuda a fortalecer o sistema nervoso. Termine a refeição com alguns pedaços de chocolate amargo. Pesquisadores suíços mostraram que o chocolate pode melhorar o humor e elevar os níveis de serotonina.
Lavyne Nogueira Teixeira, uma advogada que engrandece o meio, é dona de uma beleza internacional. Parabéns, amiga!
Up to date
NIVER
Uma das grandes damas da nossa sociedade, Corália Wanderley foi a aniversariante mais festejada desta semana. Cercada de familiares e amigos, a bela teve o telefone congestionado com as felicidades. Sucesso!
PORTUGAL
O arquiteto Paulo Braga curte rodopio pela terra dos nossos descobridores, com direito a visita ao Santuário de Fátima e passeio pelo berço da sua família, a cidade de Braga.
SUCESSO
Foi um sucesso absoluto o desfile de lançamento da coleção primavera/verão da maison da amiga Vera Lerner. O evento reuniu as mulheres mais chiques da cidade na casa de festas Unique, na Pon-
ta Verde, e foi marcado pelo bom gosto da idealizadora do evento. Em tempo, parte da renda será revertida para a refirma da Capela da Imaculada Conceição, na Pajuçara.
ECOS
A empresária Nilda Rosa Leão Nobre ainda recebendo elogios pelo lançamento da coleção primavera-verão da sua maison, lançada na noite de abertura do Maceió Fashion Design. Luxo absoluto.
RETORNO
Os queridíssimos Mário Marroquim e Flávia Coutinho, que esperam com ansiedade a chegada do novo herdeiro, voltam à cidade depois de curtir uma segunda luade-mel em Miami, para a alegria dos nossos amigos. Sejam bem-vindos, queridos!.
Holofotes
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Nos dias 4, 5 e 6 de novembro, Maceió recebe o espetáculo Os Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou! A peça, que é um fenômeno teatral, faz sua primeira turnê pelo Nordeste - tendo já sido vista por mais de um milhão de pessoas em cinco anos de sucesso de crítica e público. Com texto e interpretação da talentosa atriz Mônica Martelli, o espetáculo trata do grande dilema vivido pelas mulheres solteiras: a busca de um grande amor. As apresentações acontecem no Teatro Deodoro.
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Depois de merecida temporada de dolce far niente, os amigos Manuel e Márcia Marques voltam à capital. Ele retoma as atividades à frente dos seus negócios, e ela, com energia renovada, ultima os preparativos para a inauguração da sua bela Imaginarium, que acontecerá no começo de novembro.
3
Essa dica é para quem não abre mão de um drink bacana. Derivan Ferreira, eleito
três vezes o profissional do ano, percorreu 26 países em busca de novas técnicas para seus drinques, é o autor do livro “Coquetelaria ao Alcance de Todos”. Aintenção é ensinar para quem não entende do assunto como dar os primeiros passos na arte da coquetelaria apresentando um panorama das bebidas e utensílios utilizados para os coquetéis, dicas de finalização e receitas que vão de aperitivos refrescantes e digestivos até os consagrados pela IBA.
4
Após a Nike lançar uma coleção limitada dos tênis MAG, que apareceram no segundo filme da série De Volta para o Futuro, mais um item da franquia será produzido. Dessa vez será o DMC-12, usado nos três filmes como máquina do tempo. Aresponsável por lançar o automóvel em versão elétrica em 2013 será a empresa especializada The DeLorean Motor Company, localizada no Texas. Quem se interessar em ter um DMC12 na garagem terá de pagar cerca de US$ 90 mil.
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- A senhora tem mais de quatro décadas dedicadas ao ensino e à pesquisa das Ciências Sociais. O fascínio por essa área vem de suas vivências na terra onde nasceu: Santana do Ipanema? Eu precisava teorizar meus traumas. Minha família foi vítima de uma grande tragédia: dois dos meus tios e meu irmão mais velho foram cruelmente assassinados pela UDN (União Democrática Nacional). Para uma jovem idealista como eu era, isso foi muito forte. Busquei entender e transformar todo o trauma em objeto de estudo. Os indivíduos só têm dois caminhos, ou opta por viver eternamente uma dor ou libertar-se dela. Optei pela segunda alternativa através das Ciências Sociais, que me deram a dimensão sobre a dureza dessa sociedade brasileira desigualitária e criminogênita. Ajudaramme a refletir sobre a classe dominante, a impunidade dos ricos, a miséria, a disputa do poder, que não acontecem só em Alagoas, mas em todo o mundo. Só que, no nosso Estado, isso se torna mais óbvio por ser uma vitrine pequena. Minhas pesquisas deram-me a dimensão desse sistema violento, injusto, de que fui vítima. Fizeram-me entender a desigualdade como uma violência social endêmica, crônica, o mundo onde nasci e o mundo que me expulsou de Alagoas. - E as envolventes temáticas que marcam sua obra, como a religiosidade popular, o universo regional do cangaço e outros temas ligados à cultura e ao Nordeste brasileiros, como nasceram? Basicamente, sou uma estudiosa do pensamento social brasileiro. Por décadas me debrucei sobre o Nordeste, mas também concentro minhas pesquisas em pensadores não-nordestinos, como Machado de Assis e Euclides da Cunha. A base da minha escolha vem da minha origem. Sou do Alto Sertão alagoano, foi lá onde conheci a força da religiosidade popular, a violência dos pistoleiros, de seus patrões e mandantes. Foi lá também onde tive a noção clara dos homens sertanejos de bem, com a concepção do trabalho de sol a sol e obedientes aos dez mandamentos da lei de Deus. Homens com a força da lealdade, de defender a família e seus conceitos, de proteger os mais fracos, de cuidar dos enfermos. Uma realidade que vigorou no Sertão até meados do Século 20. - Como foi sua saída do Sertão alagoano para se estabelecer fixa e intelectualmente no Rio de Janeiro? Quando cheguei ao Rio de Janeiro, em janeiro de 1963, com vinte e poucos anos de idade, e decidi, sem o apoio da minha família, cursar Fisioterapia no 1º Centro de Reabilitação do Brasil, a Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro, e estudar Ciências Sociais na Faculdade de Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (atual UFRJ), o mundo urbano execrava o mundo rural. Os estudantes ridicularizavam o mundo de onde vim. Ao mesmo tempo que esse mundo me traumatizou, me traumatizou também a visão desse mundo pelos sulistas. Para os homens do Sul, todos nós, nordestinos, éramos bandidos, cangaceiros, fanáticos religiosos, pistoleiros, analfabetos, beatas, prostitutas. E quanto mais eu estudava, mais constatava a ignorância do País Sul-maravilha e da intelectualidade brasileira sobre a sociedade do interior, sobretudo o sertanejo do Nordeste. Por isso resolvi me debruçar sobre toda a teoria acadêmica para analisar esse mundo de onde eu vim. - E a receptividade do povo carioca a uma sertaneja das Alagoas, que lá estabeleceu relações estreitas com diversos artistas, intelectuais, gente do samba, compositores, de formação clássica? O Rio era o centro pensante do Brasil. Encontrei uma juventude efervescente, politizada, e a liberação sexual intensa. Com o símbolo do Cristo, a cidade tem os braços abertos para os imigrantes, sobretudo os que já saíram de suas cidades intelectualizados. Tive a sorte de ter frequentado a casa do maior maestro brasileiro, para mim, Guerra Peixe, e com ele mantive uma amizade de mais de 30 anos. Com esse convívio tive acesso a
muita gente importante no meio artístico, como Vinícius de Moraes, Baden Power, Capiba, Sivuca. Um dos meus irmãos era de teatro e cinema, e eu transitava livremente por essas áreas. Também via muita gente das artes em nossa casa, como Geraldo Vandré, que compôs dentro do nosso apartamento a trilha sonora do filme A hora e a vez de Augusto Matraga, um conto famoso de Guimarães Rosa que marcou época e tinha dois alagoanos no elenco: Jofre Soares e Emanuel Cavalcante. Isso tudo foi amenizando a amargura que eu nutria da expulsão de Alagoas, que foi ficando cada vez mais distante de mim. - A senhora é autora de diversos livros e artigos de repercussão tanto no Brasil quanto no exterior. O primeiro deles, fruto da sua tese de mestrado em Ciências Sociais, foi publicado em 1988 e traz Padre Cícero como tema. Como se deu a escolha? Sim. Foi A terra da mãe de Deus - um estudo do movimento religioso de Juazeiro do Norte. Depois reeditado com o título Juazeiro do Padre Cícero, a terra da mãe de Deus. Nele, faço uma análise da cultura sertaneja do mundo beato; a força desses beatos na formação da mentalidade sertaneja. Desmistificando a ideia dos homens do Sul de que Padre Cícero era um vigarista. - Também se debruçou em pesquisas sobre Octávio Brandão. Esse publiquei em 1996. E fala do centenário desse militante que ficou marcado na memória do Rio de Janeiro. - A sua tese de pós-doutorado em Ciências Sociais, que foi transformada no livro A derradeira gesta - Lampião e nazarenos guerreando no sertão, foi motivo de polêmica. Por que isso aconteceu? Porque interessa muito aos setores nordestinos protetores de cangaceiros, de pistoleiros, do lado assassino da sociedade, transformar Lampião no herói do povo do Nordeste. Na verdade, esses homens usam o Lampião como escudo para alimentar o que eles não têm coragem de fazer, e aí preenchem suas frustrações endeusando um assassino. Não é interessante para eles que se denuncie o banditismo. Interessa ao País Sul-maravilha que Lampião seja o nosso ícone porque legitima o estereótipo de que todo nordestino é preguiçoso, é um matador em potencial, que tem que ser muito bem vigiado porque mata para roubar. E o nordestino estúpido legitima esse estereótipo quando diz ser fã de Lampião, quando o louva como símbolo. No livro mostro o lado verdadeiro de Lampião, não o mito. Desfaço esse estereótipo para o Sul. Mostro que quem destruiu o cangaço foi o nordestino que, em nome de Deus, impediu a ascensão de nomes incorruptíveis, não permitiu que o modelo do nordestino fosse o assaltante matando para roubar, mas sim o de homens leais, que honram o trabalho digno. E, para os nordestinos, passo a ideia de que eles precisam tomar consciência de que o mundo não pode ser construído com a legitimação do cangaço. - Desde o ano de 65, a senhora se debruça sobre a obra de Artur Ramos. Qual pensamento nutre sobre esse alagoano de Pilar, que também fez história? Na década de 50, quando ainda vivia em Alagoas, comecei a ouvir falar em Arthur Ramos e me encantei. Ele foi o primeiro catedrático em Antropologia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil; criou a Psicologia Social em 1935, como professor da universidade do Distrito Federal. Quando entrei na Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro, a primeira coisa que vi foi uma sala com o seu nome; a sua foto, seus livros e todo o material etnográfico que ele juntou para montar o laboratório de Antropologia da faculdade. Então, comecei a ler a obra dele e, em 1998, fui a Paris para conhecer todo o material elaborado por ele quando ocupou o cargo de primeiro diretor de Ciências Sociais da Unesco. Na minha tese de doutorado em Antropologia, depois transformada no livro Arthur Ramos e as dinâmicas sociais de seu tempo traço o perfil dele e sua importância para o pensamento social brasileiro.(E.B.) Continua na página B3.
“Interessa ao País Sulmaravilha que Lampião seja o nosso ícone porque legitima o estereótipo de que todo nordestino é preguiçoso, é um matador em potencial, que tem que ser muito bem vigiado porque mata para roubar”.
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“Me comove a sede que a juventude tem pelas minhas temáticas” - E sobre o seu projeto atual sobre a obra de Nelson We r n e c k Sodré. Qual o significado dessa experiência? Minha tese de pós-doutorado em Ciência da Literatura transformei no livro que será lançado no próximo dia 26, na V Bienal Internacional do Livro em Alagoas, pela Edufal, em uma mesa-redonda em homenagem ao seu centenário de nascimento. A importância desse general cassado carioca é indiscutível. Ele foi um dos articuladores da luta pela campanha Petróleo é Nosso e pela criação da Petrobras. Deixou 58 livros publicados e contabilizou 75 anos de militância na imprensa brasileira, que lhe renderam a publicação de 2.680 artigos em jornais e revistas do País. Sobre esses escritos, coordenei uma equipe que transformou cada um desses artigos em verbete para compor a coletânea Arquivo Nelson
Werneck Sodré - catálogo da obra jornalística. - Ao longo dessas quatro décadas de pesquisas, como a senhora sente que elas vêm repercutindo entre os estudiosos e pensadores das Ciências Sociais no País? O que mais me comove é a sede que a juventude tem pelas minhas temáticas. O problema é que as universidades brasileiras não analisam mais esses pensadores. Esses homens com projetos de um Brasil igualitário, educado, produtivo, que são apagados pelo pensamento único de se construir o homem consumidor. Quando a juventude toma consciência de que existiram e ainda podem existir homens que lutem por um Brasil de igualdade, sem fome nem analfabetismo, isso desperta neles um ânimo, uma força de vida. Por isso enchia as salas nas minhas aulas de Antropologia e Cultura Brasileira da UFRJ e da UERJ, onde lecionava. E também nas
universidades privadas, onde diversas vezes fui professora titular dessas disciplinas. - Para a senhora, qual o grande elo entre a literatura e as Ciências Sociais? Os cursos de Ciências Sociais, História, Geografia e Filosofia só foram criados no Brasil a partir de 1934. Antes disso, a grande análise da sociedade brasileira era feita por literatos como Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Rodolfo Teófilo e por todos os regionalistas do País. Com isso, percebe-se que as Ciências Sociais interagem com a literatura o tempo inteiro. - E o alcance dos seus escritos no exterior. A compreensão entre os estrangeiros equiparase à dos brasileiros ou há uma disparidade? Tenho artigos publicados em revistas acadêmicas da Alemanha, França, Portugal, Espanha, Inglaterra, Estados
Unidos, Polônia, África do Sul e outros. O alcance é muito bom porque a Europa inteira tem instituições específicas de análise sobre a América Latina. Então, não restam dúvidas de que há um entendimento sobre todas essas questões que trato em minha obra. - Na sua opinião, as pesquisas que a senhora realizou até hoje contribuíram para uma melhor compreensão da importância e da influência cultural que o Nordeste exerceu - e até hoje exerce - sobre o Brasil atual? Falo de brasileiros e, em particular, do alagoano. Tenho uma visão. As universidades públicas do Nordeste sofrem um problema seriíssimo. Como as pós-graduações em Ciências Humanas ainda são muito iniciantes, quando as universidades abrem concurso público para professor, a maioria dos aprovados vem dos grandes centros. Eles preenchem as vagas
que deveriam ser ocupadas por professores nordestinos e não conhecem nada da tradição local nem os literatos da terra. Isso gera um problema muito sério porque a juventude dessa região, de Alagoas, não está recebendo das universidades o pensamento dos intelectuais da terra, sobretudo os germinais, como Diegues Júnior, Craveiro Costa, Câmara Cascudo, Arthur Ramos, Moacir Santana, Théo Brandão. Isso é muito triste. Só se toma conhecimento sobre esses homens quando um nordestino passa no concurso. - E sobre seus projetos futuros? Muitas pretensões para o próximo ano? Minhas principais metas agora são a conclusão do catálogo sobre Sodré e conseguir que publiquem o livro que organizei, juntamente com mais cinco intelectuais, Independência política de Juazeiro do Padre Cícero. Até 15 de dezembro deste ano pretendo entre-
gar a revista Advir, da Associação Docente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ASDUERJ), sobre a minha trajetória e meus 70 anos de vida. Também até dezembro irei lançar o livro que organizei sobre Arthur Ramos, na coleção Memória do Saber, da Fundação Miguel de Cervantes - Biblioteca Nacional. Também consta nos meus projetos uma viagem a Viena, para um congresso de Americanistas, onde irei coordenar um simpósio sobre os Afrodescendentes da América Latina no Século 21. Depois, vou iniciar pesquisas sobre o general alagoano Pedro Aurélio de Góes Monteiro e, concomitantemente, irei me debruçar sobre a vida e a obra do grande jornalista viçosense Pedro Mota Lima. (E.B.)
Vá lá: O simpósio "A hora e a vez de Luitgarde" será realizado hoje, das 14h às 17h, na Sala Audálio Dantas, no Centro Cultural e de Exposições de Maceió, em Jaraguá.
Nelson Werneck Sodré deixou 58 livros publicados e contabilizou 75 anos de militância na imprensa brasileira, que lhe renderam a publicação de 2.680 artigos em jornais e revistas do País.
“No livro Juazeiro do Padre Cícero, a terra da mãe de Deus, faço uma análise da cultura sertaneja do mundo beato; a força desses beatos na formação da mentalidade sertaneja. Desmistificando a ideia dos homens do Sul de que Padre Cícero era um vigarista”.
“Na década de 50, quando ainda vivia em Alagoas, comecei a ouvir falar em Arthur Ramos e me encantei. (...) Na minha tese de doutorado em Antropologia, depois transformada no livro Arthur Ramos e as dinâmicas sociais de seu tempo traço o perfil dele e sua importância para o pensamento social brasileiro”.
“Interessa muito aos setores nordestinos protetores de cangaceiros, de pistoleiros, do lado assassino da sociedade, transformar Lampião no herói do povo do Nordeste”.
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De olho no Patrimônio
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Trabalho de pintura teve início sábado passado, no casarão número 257, construído em 1816
Alessandra Vieira - alessandra@ojornal-al.com.br
DESCASO NO RS Vejam o que um leitor nos mandou. Na localidade de Campo de Sobradinho, município de Passa Sete, no Rio Grande do Sul, o local conhecido como Cemitério dos Balina se encontra com evidências de abandono. Fotos: Divulgação
Novas cores na Rua da Ladeira CEMITÉRIO A cerca de 40 metros da estrada que liga Campo de Sobradinho a Serrinha Velha (margem esquerda), o antigo cemitério ocupa um espaço em torno de 50 por 50 metros, no meio de um campo de pastagem. A cerca está rompida em vários pontos e o gado tem acesso ao local.
Projeto revitaliza casario histórico da primeira via calçada do Rio Grande do Sul, construída por escravos em 1813 Correio do Povo A pintura de 19 prédios históricos da Rua da Ladeira começou no último sábado com o início dos trabalhos do Projeto Tudo de Cor para Rio Pardo, das Tintas Coral. A programação do dia incluiu atividades como carreata, show e almoço e culminou com a pintura simbólica da casa número 257, de Erialdo Antônio Corrêa Lima e de sua esposa, Silvia Bittencourt Lima, ao som
da Banda Marcial Fortaleza. A estrutura de 332 metros quadrados está com a família Lima desde 1992, mas a construção data de 1816, conforme registro imobiliário da prefeitura. Todas as paredes externas do imóvel serão pintadas, o que facilitará no atual processo de restauro. As instalações abrigaram um restaurante e uma locadora e eram conhecidas como a Casa do Turista, mas hoje estão fechadas para obras. "É bastante oneroso manter e
CEMITÉRIO 2
MATO GROSSO DO SUL
Dezenas de túmulos guardam os restos mortais de pioneiros da região, cujos descendentes da maioria deles ainda residem no Centro Serra. O estado em que se encontram as lápides, invadidas pelo mato, demonstra o evidente descaso de quem deveria preservar o que pode ser considerado um patrimônio histórico.
Museu Municipal de Encantado será revitalizado até o fim do mês Correio do Povo
SOBRADINHO A cerca de dois quilômetros dali o Cemitério dos Balina, outro marco histórico da região continua abandonado. No meio de um capão de mato resiste uma pedra que teria sido colocada pelo ex-prefeito de Sobradinho, Giácomo Olivier. A pedra é o que resta da placa de metal que identificava a antiga existência de uma construção em forma de sobrado, origem do nome Sobradinho. Conforme Marcio de Franceschi, morador da localidade, frequentemente ônibus escolares levam estudantes de Sobradinho para visitar o local, hoje, propriedade particular. Franceschi acredita que as crianças devem ficar frustradas com o que veem lá.
O Museu Municipal de Encantado, instalado ao ar livre, no espaço entre o prédio da Casa de Cultura e da Feira do Produtor, está sendo revitalizado. O acervo é formado por carroça, moedor de cana, forno a lenha, trilhadeira, poço de água e descascador de tungue. As peças foram doadas por descendentes de imigrantes que colonizaram o município do Vale do Taquari. O trabalho é realizado por funcionários da prefeitura e deverá ser concluído até o fim deste mês. As obras consistem na construção de telhados para
conservar uma construção antiga, por isso, comemoramos essa pintura", diz Silvia. A atividade de embelezamento também atingirá a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário. Além da indústria de tintas, a iniciativa envolve a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, Lojas Quero-Quero e Pincéis Atlas. O trabalho de pintura dos prédios na rua deve ser concluído até o fim do ano. O secretário de Turismo e Cultura,
Ronaldo Pinto Gomes, diz que a iniciativa da Coral possibilita a revitalização por meio das cores para as cidades históricas. A previsão é de que sejam usados mais de 2 mil litros de tinta. A expectativa é que a restauração dos prédios da Rua da Ladeira favoreça o ingresso de Rio Pardo no Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas, uma ação intergovernamental articulada com a sociedade para preservar o patrimônio brasileiro.
a proteção do acervo, colocação de placas de identificação e jardinagem. A secretária municipal de Educação e Cultura, Roseli Mottin Soares, explica que as placas explicarão o funcionamento de cada equipamento, como era utilizado pelos colonos e o nome da família que o doou. Ela ressalta que o objetivo da iniciativa é proporcionar à população e aos visitantes o resgate histórico da colonização de Encantado. “Nossa intenção é manter a história dos antepassados para ser observada pelas novas gerações, porque este museu conta parte da história dos colonizadores do município”, conclui. Manifestantes e estudantes vigiam a árvore desde o mês passado
DOURADOS
Pesquisa de estudantes revela que figueira é patrimônio histórico Taryne Zottino A reabertura das trilhas insere-se num projeto de fortalecer o turismo
Iraí investe no turismo ecológico em matas nativas da zona norte Correio do Povo As trilhas que cortam a mata nativa do complexo turístico do Balneário Osvaldo Cruz, na zona Norte de Iraí, no Mato Grosso do Sul, serão reativadas. A administração municipal iniciou o trabalho semana passada e prevê a reabertura ao público até o fim do ano. O trajeto, desativado há 12 anos, era bastante utilizado para caminhadas ou para contemplar a Mata Atlântica. Após meses de espera, a prefeitura recebeu autorização do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, para realizar a limpe-
za. A licença ambiental permite que sejam realizadas podas na vegetação, garantindo espaço às trilhas, destinadas exclusivamente para caminhadas e passeios ciclísticos. O percurso é de 5 quilômetros de extensão. Outra novidade a ser implantada na Reserva Florestal Bosque Sagrado são placas de identificação e mapas para auxiliar os visitantes. A reabertura das trilhas insere-se num projeto do Executivo de fortalecer o turismo local. Conhecida como Cidade Saúde, Iraí tem, entre os atrativos, o Centro Hidroterápico Osvaldo Cruz. O local oferece toda a estrutura para banhos com água mineral.
Afigueira centenária alvo de protestos estudantis no mês passado é patrimônio histórico de Dourados,no Mato Grosso do Sul. É o que aponta um relatório realizado por estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e representantes do Imad (Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento). Através do documento, o Ministério Público poderá ingressar na Justiça para impedir que a árvore seja derrubada. Segundo o promotor de Justiça Paulo César Zeni, o Imam pode administrativamente reconhecer a árvore como patrimônio histórico. Antes de intervir judicialmente, irá aguardar a decisão do órgão e do Comdam (Conselho Municipal de Meio Ambiente). Pesquisas, relatos, dados históricos, além de entrevistas com moradores da região permitiram a confecção do relatório pelo grupo que se autodenomina “Movimento pela Vida da
Figueira”. Por meio de levantamento sobre a espécie, os estudantes constataram que a figueira é uma das maiores árvores de Dourados. O presidente do Comdam, Ataulfo Stein, disse que a entidade ainda não recebeu o relatório e nem foi consultada sobre o assunto e revelou que, comprovada como patrimônio histórico, o parecer do Conselho poderá ser pela preservação da árvore. PROTESTOS - Cartazes com palavras de protesto, a bandeira do Brasil ao contrário e um abraço em torno de uma árvore centenária. Estes foram os símbolos do protesto contra a derrubada da figueira antiga, localizada na região central de Dourados. Os manifestantes, alunos de diferentes cursos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) que, ao se depararem com os galhos cortados no início da manhã do último dia 26 de setembro, passaram a vigiar a árvore.
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Roteiro
Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Horóscopo Artesanato
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Quarta
n É com esse que eu vou, dirigido por Cláudio Botelho e Charles
Möeller, terá duas apresentações no Teatro Gustavo Leite, dias 26 e 27 de outubro. Com música ao vivo e grande elenco, o público será convidado para um grande baile, animado por inesquecíveis sambas de carnaval, compostos entre as décadas de 1920 e 1970. No palco, os atores-cantores Juliana Diniz, Beatriz Faria, Marcos Sacramento, Alfredo Del Penho, Pedro Paulo Malta, Sheila Matos e Makley Matos. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R 20 (meia-entrada) à venda no stand Sue Chamusca (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3235-5301 / 9925-7299 / info@chamusca.com.br.
Quinta n O Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore vai ser palco de uma festa da cultura popular alagoana, com direito à entrega do prêmio Gustavo Leite aos artesãos do ano em sua oitava edição, abertura da exposição com as obras dos artistas premiados e apresentação de mais uma edição do Projeto Engenho de Folguedos. A programação começa a partir das 19h. Aberto ao público.
Sábado
n O curso de Teatro-Cinema-Tv-Vídeo promete formar em
seis meses atores para atuar em todas as frentes. A aula inaugural será às 19h, no Instituto Carlos Conce (R. J.G. Pereira do Carmo, 277 - Ponta Verde, em Maceió). Valor: R$ 150. As inscrições podem ser feitas até o próximo dia 28. Mais informações: (82) 9371-6449 / 8834-9796 / holoclinicalima@hotmail.com.
Em Breve n Nos dias 4, 5 (21h) e 6 (20h) de novembro Maceió vai receber o espetáculo Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou! no Teatro Deodoro. Com direção de Victor Garcia Peralta, texto e interpretação da atriz Mônica Martelli o espetáculo trata do grande dilema vivido pelas mulheres solteiras: a busca de um grande amor. Ingressos: R$ 60 (inteira) / R$ 30 (meia-entrada para estudantes, idosos e clientes da Porto Seguro) à venda na Levi’s (2º piso Maceió Shopping). Classificação: 14 anos. Mais informações: 33252373 / 3032-5210 / 9601-2828.
Horóscopo ÁRIES (20 mar. a 20 abr.) Não permita que o esgotamento físico ou as emoções fortes, tirem suas energias. O melhor que poderá fazer agora será buscar a companhia de pessoas amigas que saberão apreciá-lo.
LEÃO (22 jul. a 22 ago.)
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TOURO (21 abr. a 20 mai.) Dia que promete sucesso nas investigações, nas pesquisas e na medicina. Sua inteligência será exaltada, devido ao bom aspecto dos astros em seu horóscopo. Cuide, todavia, da saúde, da reputação e de seu dinheiro.
VIRGEM (23 ago. a 22 set.)
Será bem sucedido hoje se adotar uma atitude otimista. Dia excelente para viagens, estudos, testes, férias, amor e contatos pessoais. Melhor ainda para contratar servidores, contar com favores, endosso, fianças, etc.
Dia em que sua mente estará bastante alerta para obter novas e valiosas informações em relação aos amigos e parentes próximos. Ótimo às viagens, passeios e ao amor.
SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.)
CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.)
Pessoas próximas o elevarão na escala social e profissional nestes próximos dias. Use de tato e inteligência para influenciar seu chefe ou superiores.
Especial atenção a sua vida sentimental e aos pequenos problemas que tenha a resolver. Nada lhe será difícil hoje. Os laços com parentes e pessoas amigas, vai ser vantajoso. Esforcese para não se perder no emaranhado das ideias que terá.
GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) O posicionamento dos astros, a partir de hoje, vai beneficiar você em todos os sentidos. Todavia, continue zelando pela saúde e prevenindose contra acidentes e inimigos ocultos.
LIBRA (23 set. a 22 out.) Alguém do seu conhecimento poderá lhe dar valiosas sugestões ou orientações neste dia ou mais tardar amanhã. Dia promissor de felicidade sentimental e harmonia doméstica.
AQUÁRIO (21 jan. a 20 fev.)
Não faça modificações repentinas, antes de uma análise prévia, hoje. Por outro lado, o fluxo é dos melhores para trabalhar em prol de sua ascensão profissional, material e social. Será correspondido plenamente na vida amorosa e familiar.
CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Ótimo dia para tratar de questões financeiras, profissionais e associativas. Fluxo benéfico para os exames, os concursos, os testes vocacionais e os assuntos amorosos. Acautele-se quanto aos problemas judiciais, dívidas ou cobranças.
ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Supere o seu mau humor, que evitará questões, que poderiam terminar em sérios atritos. Evite, pois, estes atritos, porque muitas serão suas chances de sucesso, no campo profissional, quer no financeiro.
PEIXES (21 fev. a 20 mar.)
Alguém de sua família ou de sua amizade poderá perturbá-lo, no período da manhã. Mas não estrague o seu dia. Pense positivamente, pois muitas serão suas chances de sucesso profissional, financeiro e social. Pode amar.
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RELIGIÃO Livro diz que o amor pode unir cristãos, judeus e muçulmanos No romance "Mais forte que a morte - Um amor sem fronteiras de tempo e espaço" (Geração Editorial) a rabina norte-americana Zoë Klein aborda um tema complexo e delicado: a pesquisa arqueológica no Estado de Israel e o casamento entre cristãos e judeus. Formada em psicologia, rabina e líder espiritual do Templo de Isaías em Los Angeles, Zoë Klein escreve seu romance com pleno conhecimento do assunto e sem malabarismos estilísticos. Ela usa linguagem simples, elegante, cheia de poesia, que teve no Brasil tradução de Mirian Ibañez. Um livro de leitura fácil e rápida, apesar de ter 400 páginas. A capa e o projeto gráfico são de Alan Maia. A ficção é narrada em primeira pessoa por uma conceituada arqueóloga americana cristã, Page Brookstone, que passa os dias escavando em busca de achados históricos, humanos ou materiais. "Eu passei minha carreira aqui no subsolo, com os ancestrais, sem emergir para me atualizar nas manchetes do presente", Page diz no início do romance, sem imaginar que em breve ela seria destaque na mídia de todo o mundo e pivô de polêmicas e conflitos religiosos. Para ela, sua missão é libertar espíritos e sonhos há milênios bloqueados em ossos debaixo da terra. Page está segura de que existe algo Mais forte que a morte. "Há algo muito adorável sobre uma escavação, que beira a pura intuição. Sua origem está na autoconfiança; portanto, qualquer descoberta é inevitavelmente uma autodescoberta", diz a arqueóloga. E é isso que ela faz. Abandona uma pesquisa de vulto num campo onde estão enterrados os corpos de milhares de crianças vítimas de sacrifícios em um culto antigo e empreende uma escavação particular na residência de um casal de árabes muçulmanos, Ibrahim e Naima. Exceto Page, ninguém leva a sério a história que eles contam:
fantasmas fazem amor em sua casa. A opção de Page Brookstone merece crítica de colegas, ela é considerada traidora e acusada de colocar em risco a seriedade da arqueologia. "Israel inteira é, essencialmente, um tesouro arqueológico. Você anda para cima e para baixo nas tortuosas ruas de Israel e sabe que esses caminhos ondulantes estão sobre camadas e camadas de escombros de cidades, abarcando uns quarenta séculos, umas depois das outras", afirma a personagemnarradora. Com extrema habilidade, a autora conta a história do profeta Jeremias e sua amada Anatiya, de quase 600 anos antes de Cristo, trazidos de volta à luz pelas mãos de Page e o seu drama - ela está apaixonada por Mortichai, um judeu dividido entre o compromisso com uma viúva israelita e a arqueóloga cristã. A história ganha mais fôlego e emoção quando o pergaminho da fictícia Anatiya é traduzido por uma Jordanna, fiel amiga de Page, em Nova York, perseguida por fanáticos e escondida da polícia, depois de a arqueóloga ter sido afastada do seu achado ancestral. Um trecho do pergaminho: "Amar um profeta é ser absolutamente rejeitada, um constante alvo de risadas e a quem qualquer um vaia. Ele sabe que tu estás te arrastando atrás dele. Tudo é revelado a ele e, embora tu sejas visível, és invisível aos olhos dele". Há no livro uma série de episódios paralelos e personagens curiosos como Itai, que ama sua terra como se fosse uma mulher ("minha Israel"), o indeciso Mortichai, e os jovens livres e felizes Walid, Meirav e Dalia prendem e encantam o leitor. Zoë Klein demonstra em "Mais forte que a morte..." que somente o amor pode unir cristãos, judeus e muçulmanos. A escritora vive em Los Angeles com o marido, o rabino Jonathan Klein, e seus três filhos. Preço: R$ 39.
Arquidiocese realiza show Somos luz para comemorar Ano do Animador Vocacional Banda Anjos de Resgate será uma das atrações nacionais do evento Mônica Lima Com notícias / Arquidiocese
O Ano do Animador Vocacional será encerrado pela Arquidiocese de Maceió com o show beneficente "Somos luz", que tem como lema: O show que vai tocar o seu coração. Além de encerrar o ano vocacional, o evento tem como finalidade angariar recursos para a reforma e manutenção do espaço físico do prédio antigo do Seminário, responsável em seus 107 anos de existência pela formação de várias gerações de padres em Alagoas. Duas atrações nacionais estão programadas para se apresentarem durante o evento, a banda "Anjos de Resgate", cujo nome traduz o que os organizadores querem passar - ser anjos que resgatam vidas para Cristo através do testemunho vocacional vivido à luz do Evangelho. A cantora Jake realiza no Brasil um trabalho de evangelização voltado para juventude, mostrando que é possível ser feliz nos tempos atuais sem a necessidade de recorrer às drogas. O artista alagoano não foi esquecido e terá seu espaço garantido através do Ministério de Música Maria Nossa Mãe e o cantor Írames
São Judas Tadeu será celebrado no dia 28 Aigreja Católica celebra no próximo dia 28, São Judas Tadeu, um dos santos mais populares. A devoção por ele ocorreu tardiamente por ser confundido com Judas Iscariotes, o apóstolo traidor de Jesus Cristo. Filho de Alfeu, também conhecido como "Cléofas", era irmão de São José, portanto primo de Jesus. Ao que se sabe, seu pai era um daqueles discípulos de Emaús, a quem Jesus apareceu na tarde do dia da Ressurreição. Sua mãe era uma das mulheres que se encontrava com Maria, quando está estava ao pé da Cruz de Jesus, quando o Messias foi sacrificado para salvação da humanidade. São Judas morreu mártir, provavelmente no dia 28 de outubro de 70. Foi perseguido devido à coerência que mantinha entre a sua fé e a sua vida. E a força da sua pregação, impressionava os pagãos que se convertiam. Aconversão de milhares de pessoas ao ouvir suas palavras provocou a fúria de feiticeiros, ministros pagãos e falsos profetas, estes acabaram por incitar parte da população contra o santo, que morreu, possivelmente, trucidado a golpes de machado. Por isso, a sua imagem traz freqüentemente uma machadinha em suas mãos. Traz também uma Bíblia, lembrando o seu amor pela Palavra de Deus; e um colar, cuja medalha traz o rosto de Cristo, com o objetivo de destacar a sua semelhança com aquele que era seu primo. (M.L.)
A banda Anjos de Resgate vai se apresentar durante o evento
Fernandes. O Ano do Animador Vocacional, que é celebrado em 2011, foi conclamado pela Regional Nordeste 2 da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que inclui os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através da Comissão Regional de Pastoral para os Ministérios Ordena-
dos e a Vida Consagrada. Os recursos arrecadados com o show, que conta com a parceria do centro Universitário do Centro de Estudos Superiores de Maceió e empresas privadas, serão aplicados para reformar e manter o Seminário - construído por Dom Antônio Brandão, em 1904. Antes de ser transferido
para Maceió, a instituição funcionou, em 1902, em Marechal Deodoro. Vá lá: O show beneficente "Somos luz" vai acontecer no dia 19 de novembro, das 17h às 22h, no Ginásio do Sesi. Mais informações: (82) 8702-7282 / 9635-1627.
Três mulheres no Caminho de Santiago da Compostela "Procura-se um milagre", Celina Côrtes, conta da jornada de três mulheres que percorreram os 250 quilômetros do Caminho Português, que sai da Cidade do Porto e vai até Santiago da Compostela. Trata-se da própria autora e de duas Isabéis; uma rainha santa e outra, uma francesa que busca reencontrar um antigo amor após ter um câncer no intestino. A jornalista Celina Côrtes, ao contar os percursos das três mulheres, fala também de todas aquelas que sofrem por amor, superam doenças, lutam para serem especiais no mundo. Em um relato envolvente sobre fé, superação e história, a autora entrelaça passado e presente para exteriorizar uma experiência marcante - que atravessou os séculos e que motiva milhares de peregrinos a percorrerem os caminhos que levam a Santiago da Compostela.
HORÁRIOS DAS MISSAS AOS DOMINGOS Igreja Nossa Senhora da Assunção (Santo Eduardo): 9h30 e 19h; Igreja Divino Espírito Santo (Jatiúca): 7h e 18h; Igreja dos Capuchinhos (Farol): 6h30, 9h, 18h; Igreja Menino Jesus de Praga (Pinheiro): 7h30, 16h, 19h30; Igreja Nossa Senhora de Lourdes (Horto): 7h30 e 19h; Igreja de São Pedro (Ponta Verde): 8h e 19h.
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Na rota do voleibol Com atletas de primeira grandeza, Circuito Nacional vai tomar conta da praia de Pajuรงara Pรกginas 4 e 5
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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
ZAGALLO E A NOVA GERAÇÃO O Zagallo concedeu uma longa entrevista há duas semanas a O JORNAL. Tentei conversar com o Velho Lobo por 15 dias, e, depois de alguns desencontros, ele foi muito atencioso. Mesmo aos 80 anos, o alagoano mantém a memória intacta. Zagallo lembra com precisão dos momentos mais importantes de sua carreira e não deixa de opinar sobre sua maior paixão: a seleção brasileira. Zagallo falou que o técnico Mano Menezes sofre por não ter herdado um grupo após a Copa do Mundo da África. “Ele teve que iniciar o trabalho e montar sua base no primeiro ano de seleção. Isso não é fácil. A pressão é grande no cargo, e os torcedores e a imprensa não costumam ser pacientes. Apesar das dificuldades iniciais, tenho certeza de que essa seleção será muito forte na Copa de 14. Temos jogadores de grande talento, como Neymar e Ganso, que ainda não demonstraram o que têm de melhor. Em três anos, eles vão estar amadurecidos e prontos para fazer um Mundial brilhante”, comentou o Velho Lobo. “Nossa obrigação é conquistar o hexa no nosso País e quero estar no Maracanã para exorcizar todos os fantasmas da final de 50. Não podemos perder duas Copas em casa”, acrescentou. Zagallo, por fim, acha que Mano poderia ter uma pessoa experiente ao seu lado, no cargo de coordenador-técnico, e até disse ter condições de voltar a exercer a função. “Se o convite vier, estarei pronto para ajudar a seleção”, declarou o treinador, que está afastado do futebol desde a perda da Copa de 2006.
CSA 1
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O vice de futebol do CSA, Marlon Araújo, e o presidente do clube, Jorge VI, estão de viagem marcada para amanhã. Eles vão a Campinas com a missão de encontrar o técnico Celso Teixeira e montar a lista de reforços do clube.
O objetivo do Departamento de Futebol do Azulão é iniciar a pré-temporada para 2012 no dia 12 de novembro, no Mutange. O CSA promete montar um projeto ousado para lutar pelo título no ano do centenário de seu maior rival.
FINAL DA SEGUNDONA O título do Campeonato Alagoano da Segunda Divisão começa a ser decidido hoje, às 15h, no Estádio Alfredo Leahy, em Penedo. O Penedense recebe o CEO e, no próximo sábado, define o campeonato, às 14h30, no Estádio Edson Matias, na cidade de Olho D´Água das Flores. Os dois finalistas já estão garantidos no Estadual da Primeira Divisão de 2012.
CURTO-CIRCUITO O técnico Edson Gaúcho foi demitido pela diretoria do Paysandu após a segunda derrota do time para o CRB. Quarta-feira, Andrade, campeão brasileiro em 2009 com o Flamengo, foi anunciado pelos dirigentes bicolores. O América-RN conta com o retorno do volante Nata para o jogo de quarta-feira, contra o CRB, às 20h30, no Rei Pelé. O meia Mazinho intensifica o trabalho de fisioterapia e também espera ser liberado para o confronto contra o Galo.
O Rio Branco arrancou um empate com o CRB em Maceió no primeiro jogo da segunda fase
Não tenho nada a perder Pela Série C, Rio Branco e Luverdense prometem ir até as últimas consequências Luciano Milano Repórter
"Vamos até o fim. Iremos às últimas conseqüências porque estamos no nosso direito e não vamos ser prejudicados por ninguém. Se for preciso paralisar a competição, assim será, infelizmente. Não há como voltar atrás depois de tudo que aconteceu com o Rio Branco nessa Série C". A declaração é do presidente do clube, Natalino Xavier, que conversou por telefone com O JORNAL. Até o fechamento desta edição, o clube do Acre estava mantido sob o efeito de liminar na Justiça Comum, no Grupo E da Série C - que ainda tem CRB, Paysandu e América-RN - e tinha jogo marcado para ontem, em casa, contra os potiguares. "Não tememos CBF nem achamos que a FIFA deva inter-
ceder nessa história porque tudo começou com um grande erro do Ministério Público daqui do Acre, por intermédio da promotora Alessandra Marques, que quis proibir o Rio Branco de jogar na Arena da Floresta apenas porque ela queria receber os laudos de Vigilância Sanitária, PM, Corpo de Bombeiros e CREA. A CBF tinha tudo em mãos e aprovou nossos jogos em casa. A Arena é um estádio moderno e quando o CRB vier jogar aqui comprovará o que estou dizendo", explicou Xavier. Até o fechamento desta edição, o Luverdense-MT esperava por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que avaliava a cassação ou não de liminar conseguida pelo Rio Branco. Na primeira fase da Série C, os dois clubes do Norte integraram o Grupo A, que ainda tinha Paysandu e
Araguaína. Até ser eliminado, pela primeira vez, no STJD, o clube do Acre liderava a chave, com o Papão em segundo. O Luverdense era o terceiro. Com a decisão do STJD, o Paysandu assumiu a liderança e o Luverdense ficou em segundo, garantindo vaga na segunda fase da Terceira Divisão. O problema é que, mesmo já na tabela para a etapa final da competição, o Luverdense viu sua vaga escorrendo pelas mãos, depois que o Rio Branco obteve efeito suspensivo de um auditor do STJD-Rio, retornando à disputa. Após julgado o mérito - já haviam sido disputadas duas três rodadas da segunda fase -, o Pleno do STJD voltou a excluir o Rio Branco e a CBF a reconduzir o Luverdense da disputa. Mais uma vez, o clube do Acre garantiu liminar na Justiça Comum e estava na briga.
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Dirigente defende a Arena da Floresta Inaugurado em 2006, o estádio Arena da Floresta foi palco da classificação do ASA para a Série B em 2009. Na oportunidade, o Alvinegro conseguiu empate por 2x2 e ascendeu à Segunda Divisão. No ano passado, o Rio Branco também deixou escapar classificação para a Série B, no confronto com o Salgueiro-PE. A Arena tem aspecto de estádio moderno: todo em cadeiras, o local tem capacidade para 13.600 lugares. Segundo Natalino Xavier, a diferença entre o estádio do Acre e o Passo da Ema, do Luverdense, no Mato Grosso, é enorme. “Você já foi ao Passo da Ema e ao Arena da Floresta? Se não foi, lhe convido par vir aqui quando o CRB jogar aqui no Acre para ver que não existe problema algum para o MP ou a CBF quererem tirar nossos jogos daqui ou nos obrigar a jogar com os portões fechados. Foi uma grande sacanagem. Como é que veta um campo como o nosso e aprovam o Passo da Ema? Uma discrepância”, declarou Xavier, que voltou a dizer que não há perigo para a FIFA eliminar o Rio Branco. “Não existe perigo algum. AFIFAterá bom senso para ava-
CRB só pensa em voltar à Segundona Marco Antônio
Se a tabela inicial for mantida, o CRB reencontra o Rio Branco na última rodada, no Acre
liar o caso porque é nosso interesse, também, que ela entre no caso e veja que não temos culpa de nada”, disse o presidente do clube, que, enquanto conversava com O JORNAL, discutia novas ações com a advogada que representa o clube. “Nesse momento, estou com a advogada na minha frente já nos resguardando de qualquer problema futuro. Não
vamos esmorecer em momento algum”, avisou. Natalino Xavier, que também aproveitou para denunciar o que ele chama de retaliação por parte da CBF. “A CBF não é madura para resolver as coisas no âmbito da Justiça. Tanto que marcou para nosso jogo contra o America-RN no sábado (ontem) um árbitro que foi
introduzido no futebol pelo pessoal do Luverdense-MT. Inclusive, existe imagem com ele apitando jogo deles, com toda a família do rapaz nas arquibancadas vestida de camisa do time do Mato Grosso. Absurdo”, afirmou Natalino, referindo-se ao árbitro Wagner Reway, que é natural de Lucas de Rio Verde-MT, cidade do Luverdense. (L.M.)
Luverdense-MT tenta cassar liminar no Rio O JORNAL também ouviu o presidente do LuverdenseMT, Helmut Lawisch, interessado direto na eliminação do Rio Branco. Clube da cidade Lucas de Rio Verde, com pouco mais de 50 mil habitantes, o Luverdense também recorreu à Justiça e à FIFA para que o caso tenha rapidamente uma solução. Mais contido que o presidente Natalino Xavier (Rio Branco), Helmut Lawisch ouviu atentamente o que foi relatado pela reportagem sobre a conversa que teve com Natalino Xavier. “Nada disso me surpreende porque as coisas que o presidente do Rio Branco disse a vocês aí de Alagoas comentou
em entrevista que deu à Rádio Clube do Pará. Não quero entrar em polêmica com ele porque não foi o Luverdense quem denunciou o Rio Branco. O processo partiu do MP do Acre e a punição aconteceu no STJD. Portanto, estamos na Justiça Comum tentando cassar a liminar que recolocou o clube do Acre na Série C porque está claro que a vaga não é deles. Vencemos dentro de campo e fomos classificados. Agora é esperar que, a qualquer momento, o Tribunal de Justiça do Rio para que a gente jogue”, afirmou Lawisch, que ainda explicou que a liminar da Justiça Comum do Acre não tem valor. “Ajurisdição que tem legiti-
midade é a do Rio de Janeiro, sede da CBF. Portanto, o Rio Branco não pode querer se apegar a uma decisão cuja força inexiste. Estou esperando para qualquer momento que a Justiça no Rio nos dê razão”, comentou Helmut. Outra ação do Luverdense foi notificar o STJD para que informe à FIFA tudo que está acontecendo no Grupo E da Série C. “Nós respeitamos a Justiça Desportiva e suas leis. Por isso, oficializamos um documento no STJD para que comunique à FIFA tudo o que ocorreu e os absurdos que ocorreram e tem ocorrido. Também esperamos uma posição da entidade máxi-
ma do futebol mundial. Continuamos otimistas quanto a uma decisão favorável ao clube. Tudo que fazemos é com orientação da Ordem dos Advogados Brasil de nosso lugar”, ponderou Lawisch. HISTÓRICO – O Luverdense foi criado há sete anos. De acordo com a assessoria de imprensa do clube matogrossense, o clube disputa a Série C há cinco e tem um título de campeão estadual, conquistado em 2009. Além disso, venceu duas Copas do Governo daquele Estado e uma disputa da Copa do Brasil em 2010, quando foi desclassificado pelo Coritiba-PR. (L.M.)
Enquanto o Grupo E da Série C permanece indefinido – até o fechamento desta edição o jogo do CRB estava marcado para quarta-feira contra o América-RN e o Rio Branco estava na disputa por efeito de liminar – o CRB seguiu treinando durante a semana e também no fim de semana. Também com o risco de a CBF suspender a competição até que haja um rumo para a situação, o Galo da Pajuçara se prepara para tentar carimbar sua vaga à Segunda Divisão do futebol nacional em 2012. Com 8 pontos e na liderança isolada da chave, o time alvirrubro conta com mais três pontos na quarta-feira, jogo inicialmente marcado para as 20h30 (horário de Alagoa), contra o América-RN, que tem 4 pontos e persegue também um lugar na Segunda Divisão. Se a partida for realizada, o técnico Paulo Comelli terá à sua disposição o retorno do goleiro Cristiano e do lateral-esquerdo Paulo Rodrigues, que ficaram fora do da vitória em cima do Paysandu. Além disso, o tempo na tabela para o clube da Pajuçara também tem servido para que o treinador comece a contar com dois importantes atletas do ataque regatiano, fora do time há dois jogos por contusão: André Luiz e Cadu. Os dois voltaram aos treinamentos no fim da semana e trabalharam dando volta no gramado da Pajuçara. Cadu sofreu uma contratura na coxa e André Luiz uma fratura na clavícula, na vitória contra o Paysandu em Maceió. “Se há os prejuízos, também os pontos positivos, como o descanso que o grupo teve após a viagem cansativa para o Belém do Pará. Também foi bom porque o Cadu e André Luiz voltam aos poucos para os treinamentos e, quem sabe, poderão estar a disposição nos próximos compromissos”, avaliou Paulo Comelli, que comandou coletivo no estádio Rei Pelé visando à (suposta) partida contra o AméricaRN. (L.M.)
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Tropa de elite Destaques do vôlei de praia brasileiro voltam a competir em Maceió a partir de quinta-feira Victor Mélo Editor de Esportes
Talita está em grande fase no Circuito Nacional de Vôlei de Praia. No último dia 9, a sul-mato-grossense que defende Alagoas na competição venceu a etapa de Aracaju ao lado da pernambucana Maria Elisa. A dupla bateu Val e Shaylin (RJ/CE) por 2 sets a 1 e conquistou a terceira etapa do circuito nesta temporada. Juliana/Larissa lidera a competição, com 2.920 pontos, mas a dupla de Talita diminuiu a diferença e já soma 2.680. Em Alagoas, ao lado de sua torcida, ela pretende conquistar a quarta etapa do ano. “É sempre especial competir em Maceió. Comecei a jogar vôlei na cidade, com a camisa do CRB, e revejo grandes amigos em Alagoas. A torcida também é maravilhosa e me apoia demais nos jogos”, comentou
Talita. Maria Elisa disse que a temporada está sendo muito desgastante e também falou sobre a diferença para as líderes. “Ainda estamos um pouco atrás, mas continuamos na disputa e vamos correr atrás do título até o fim. Esta reta final de temporada está sendo complicada para todas as duplas que disputaram o Circuito Mundial, pois o desgaste foi enorme. Estamos reduzindo a carga de treinamentos para chegar ao fim do ano sem lesões”, disse a pernambucana, em entrevista ao site da Confederação Brasileira de Voleibol. ARENA – Os jogos das feras do circuito na arena montada na praia da Pajuçara vão começar na próxima quintafeira e a grande decisão está marcada para domingo, pela manhã.
Maria Elisa e Talita tentam tirar o título de Juliana e Larissa na atual temporada do vôlei de praia
Emanuel faz avaliação da modalidade No ano passado, a dupla Alison e Emanuel conquistou a etapa de Maceió do Circuito de Vôlei de Praia. Ainda fazendo ajustes na parceria, o campeão olímpico Emanuel disse que, mesmo aos 38 anos, continua buscando metas em sua carreira. Neste fim de semana, ele disputa os jogos finais do Pan do México. Em entrevista a O JORNAL, Emanuel fez uma avaliação sobre o cenário do vôlei de praia mundial. “O diferencial das duplas brasileiras é a criatividade, mas o nosso estilo está sendo imitado por times que começam a ganhar destaque, como os da Alemanha. Os Estados Unidos têm projetos diferenciados para as Olimpíadas e, até pelo exce-
lente trabalho mental que fazem com os atletas, vão ser sempre os nossos maiores adversários nos Jogos”, declarou Emanuel “Estou muito feliz com minha parceria com o Alison, um jogador jovem, de 25 anos, que tem um grande potencial. Diria que nossa dupla está encontrando a maturidade, aspecto fundamental para grandes conquistas”, emendou. Alison/Emanuel lidera o ranking masculino da temporada nacional, com 2.320 pontos. Em segundo lugar aparece a dupla Márcio/Ricardo, com 2280. Fernandão/Bruno está em terceiro, com 1760 pontos e uma grande distância para os líderes. (V.M.)
Destaque da areia, Emanuel chama a atenção para o crescimento das duplas da Alemanha na modalidade
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Larissa e Juliana querem a medalha de ouro nas Olimpíadas Entre as mulheres, Juliana e Larissa conquistaram a etapa do ano passado em Alagoas. Curiosamente, as duas duplas campeãs em Alagoas hoje defendem o Brasil no Pan-Americano. Larissa disse em entrevista a O JORNAL que os times brasileiros aprimoram sua qualidade a cada ano. “Temos duplas de muita qualidade. Talita e Maria Elisa, por exemplo, formam um time fortíssimo. Obviamente, as norte-americanas são atletas muito qualificadas e sempre vão ser adversárias dificeis de serem batidas, mas também estamos bem preparadas. Hoje, entre as mulheres, considero Brasil, Estados Unidos e China os países mais fortes no vôlei de praia”, declarou Larissa.
Juliana comemora boa fase da dupla Parceira de Larissa, Juliana admitiu que o ouro olímpico ainda é uma obsessão da dupla. “Sem dúvida, até porque enfrentamos alguns problemas nos Jogos Olímpicos de Pequim e não trouxemos uma medalha. Mas é uma obsessão positiva, sem excessos. Posso dizer que vivemos um grande momento, mas não podemos perder o foco”. (V.M.)
Ao lado de Juliana, Larissa conquistou o título da etapa de Alagoas no ano passado; dupla é uma das mais fortes do mundo
Billy e Bruno Schmidt ganham força no Circuito Nacional RIO - Depois de dois anos e meio, Billy e Bruno Schmidt (ES/DF) estão de volta ao topo do pódio no Circuito Banco do Brasil Vôlei de Praia. Campeões da etapa de São José dos Campos (SP) na temporada 2009, o capixaba e o brasiliense venceram, no último dia 9, a etapa sergipana, a oitava da temporada 2011 da competição. Na decisão na arena montada na Praia da Atalaia, na capital Aracaju (SE), Billy e Bruno frearam Tiago e Jefferson (BA/ RJ), que saíram do qualif-
ying para eliminar duplas favoritas como Alison/Emanuel (ES/PR) e Thiago/Harley (SC/DF), vencendo por 2 sets a 0, parciais de 21/12 e 22/20. A terceira posição ficou com Beto Pitta e Lipe (RJ/CE). “Soubemos aproveitar bem a oportunidade. Ganhamos de uma dupla que fez uma campanha maravilhosa nesta etapa, tirando o Alison e o Emanuel. Estão de parabéns e têm que sair muito felizes. Isso abrilhanta muito a nossa conquista. Venho de duas lesões muito
graves, então nada melhor que sair vitorioso da etapa. Nos dá muita confiança e muitas vibrações positivas”, diz Bruno. Billy e Bruno jogaram juntos pela primeira vez entre as temporadas 2007 e 2009. Depois de um ano e meio separados, refizeram a dupla no meio de 2011. Este foi o segundo título dos dois atletas no Circuito Banco do Brasil. “Conquistamos juntos nossos únicos títulos do Circuito Banco do Brasil. Já jogamos com outros parceiros, mas é quando
estamos juntos que conseguimos nossos melhores resultados. É um título muito importante, pois não vínhamos em um momento bom e o Bruno está voltando de lesão, então não estava 100% ainda. Temos uma química muito boa”, comenta Billy. Apesar da derrota na decisão, a etapa sergipana será inesquecível para Tiago e Jefferson. Depois de saírem do qualifying, o baiano e o carioca disputaram pela primeira vez uma final na competição.
“Foi um torneio muito surpreendente, até mesmo para nós, que confiamos no nosso trabalho. Fomos mal em Salvador, não passamos do quaifying e nos empenhamos em dobro para conseguir um bom resultado em Aracaju. Foi muito gostoso sentir aquele frio na barriga que toda decisão tem. Quando meu nome foi anunciado pelo locutor, a torcida aplaudiu e gritou, e foi um momento bem emocionante. Espero que seja a primeira de muitas finais”, comenta Tiago.
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Guia do torcedor SÃO PAULO x CORITIBA
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HOJE
ALEMÃO 18h30 Bayer Leverkusen x Schalke 12h30 Hannover x Bayern de Munique
Hoje, Morumbi, 15h (de Alagoas)
SÃO PAULO - Problemas - Denílson (terceiro cartão) - Time provável (4-2-3-1) - Rogério, Piriz, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Wellington e Carlinhos Paraíba; Lucas, Cícero e Dagoberto; Luís Fabiano. Técnico: Milton Cruz..
CORITIBA - Problemas - Tcheco (machucado) e Leandro Donizete (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Vanderlei, Jonas, Jéci, Émerson e Lucas Mendes; Léo Gago e William; Éverton Costa, Marcos Aurélio e Rafinha; Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.
INTERNACIONAL x CORINTHIANS Hoje, Beira-Rio, 15h
INTERNACIONAL - Problemas - Leandro Damião (machucado) e Índio (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Muriel, Nei, Rodrigo Moledo, Juan e Kléber; Guiñazú e Bolatti; Andrezinho, D’Alessandro e Oscar; Jô. Técnico: Dorival Júnior.
CORINTHIANS - Problemas - Fábio Santos (machucado, dúvida), Adriano (machucado, dúvida) e Ramon (terceiro cartão) - Time provável (4-2-3-1) - Júlio César, Alessandro, Paulo André, Leandro Castan e Wélder; Ralf e Paulinho; William, Danilo e Alex; Liédson. Técnico: Tite.
BAHIA x VASCO Hoje, Pituaçu, 15h BAHIA - Problemas - Dodô (machucado, dúvida), Carlos Alberto (machucado) e Marcos (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Marcelo Lomba, Gabriel, Titi, Paulo Miranda e Ávine; Fahel, Hélder, Fabinho e Ricardinho; Jones e Souza. Técnico: Joel Santana.
VASCO - Problemas - Renato Silva (terceiro cartão) e Victor Ramos (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Fernando Prass, Fágner, Dedé, Douglas e Jumar; Rômulo e Allan; Éder Luís, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Elton. Técnico: Cristóvão Borges. ATLÉTICO PARANAENSE x CEARÁ Hoje, Arena da Baixada, 15h
ATLÉTICO PARANAENSE - Problemas - Paulinho (machucado) - Time provável (4-2-3-1) Renan Rocha, Wágner Diniz, Manoel, Fabrício e Héracles; Deivid, Cléber Santana, Paulo Baier e Marcinho; Guerrón e Nieto. Técnico: Antônio Lopes.
CEARÁ - Problemas - Heleno (expulso), Osvaldo (expulso) e Leandro Chaves (terceiro cartão) - Time provável (4-3-2-1) - Fernando Henrique, Boiadeiro, Fabrício, Daniel Marques e Vicente; Michel, João Marcos, Rudinei e Felipe Azevedo; Marcelo Nicácio e Roger. Técnico: Estevam Soares.
CRUZEIRO x ATLÉTICO GOIANIENSE Hoje, Arena do Jacaré, 17h
CRUZEIRO - Problemas - Wellington Paulista (terceiro cartão), Charles (machucado), Éverton (machucado) - Time provável (3-4-1-2) - Fábio, Naldo, Léo e Victorino; Vítor, Marquinhos Paraná, Fabrício e Diego Renan; Montillo; Ortigoza e Anselmo Ramon. Técnico: Vágner Mancini
ATLÉTICO GOIANIENSE - Problemas - Felipe (gripado, dúvida) - Time provável (4-3-1-2) - Márcio, Rafael Cruz, Ânderson, Gílson e Thiago Feltri; Marino, Pituca, Bida e Vítor Júnior; Juninho e Anselmo. Técnico: Hélio dos Anjos FLAMENGO x SANTOS Hoje, Engenhão, 17h
FLAMENGO - Problemas - Ronaldinho Gaúcho (expulso), Thiago Neves (terceiro cartão), Bottinelli (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Felipe, Leonardo Moura, Wellinton, Alex Silva e Júnior César; Aírton e Maldonado; Williams, Renato e Diego Maurício; Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
SANTOS - Problemas - Borges (machucado), Léo (machucado, dúvida), Muricy Ramalho (internado com hérnia de disco) - Time provável (4-2-3-1) - Rafael, Danilo, Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval; Henrique e Adriano; Arouca, Alan Kardec e Neymar; Renteria. Técnico: Tatá.
SÉRIE C 16h Joinville x Chapecoense
SÉRIE D 16h Villa Nova-MG x Anapolina 16h Santa Cruz-PE x Cuiabá-MT
ESPANHOL 11h Real Sociedad x Getafe 12h Betis x Rayo Vallecano 13h Atlético de Madri x Mallorca 13h Osasuna x Zaragoza 15h Valencia x Athletic Bilbao 17h Villarreal x Levante
INGLÊS 9h30 Arsenal x Stoke City 09h30 Fulham x Everton 09h30 Manchester United x Manchester City 11h Blackburn Rovers x Tottenham 12h QPR x Chelsea
ITALIANO 07h30 Lecce x Milan 10h Cagliari x Napoli 10h Internazionale x Chievo Verona 10h Parma x Atalanta 10h Roma x Palermo 10h Siena x Cesena 10h Udinese x Novara 15h45 Bologna x Lazio
BRASILEIRÃO 15h São Paulo x Coritiba 15h Internacional x Corinthians 15h Atlético-PR x Ceará 15h Bahia x Vasco 17h Flamengo x Santos 17h Cruzeiro x Atlético-GO
PORTUGUÊS 12h Marítimo x Vitória de Setúbal 12h Rio Ave x União Leiria 14h15 Porto x Nacional 16h15 Braga x Feirense
PAN FUTEBOL (M) 14h T. e Tobago x Equador 15h Cuba x Argentina 19h México x Uruguai 20h00 Brasil x Costa Rica
Tabela do Brasileirão Atualizada antes dos jogos de ontem
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Concorrente direto Goleiro Julio Cesar quer tirar o Internacional da briga pelo título Apesar de os jogadores do Corinthians terem dito que o plano era somar quatro pontos nos jogos contra Cruzeiro e Internacional, o goleiro Julio Cesar quer mais. Após os três obtidos em Sete Lagoas (MG), contra a Raposa, o plano é obter mais uma vitória fora de casa, hoje, às 15h (de Alagoas). “Dependendo das circunstâncias, o empate não é bom. Temos de ir pensando em vencer. Saímos do jogo contra o Vasco achando que era ruim - lembrou o camisa 1, sobre o 2 x 2 em São Januário, quando o Timão poderia ter vencido. Líder com 54 pontos, o Alvinegro só pensa em tirar de vez o Colorado da disputa. Hoje, a distância entre as equipes é de sete pontos, restando oito rodadas para o término do campeonato. O goleiro Julio Cesar disse que o Timão tem que entrar em campo pensando em vencer o Colorado
São Paulo pode priorizar a Copa Sul-Americana Nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, o São Paulo, se continuar avançando na competição continental, vai acabar entrando em uma maratona de jogos. Questionado sobre priorizar ou não alguma das competições, Luis Fabiano acredita que a medida vale a pena em caso de conquistar um título. “Agora, prefiro sinceramente ganhar um título. Os dois dão a vaga na Libertadores. Se
for para abrir mão para ganhar um título, acho que é válido também”, disse após o trunfo sobre o Libertad (PAR), no Morumbi. Apesar de admitir o mau momento da equipe no Brasileirão, o camisa 9 garante que o Tricolor tem que brigar a cada rodada para tentar alcançar a liderança. “Como vem desenrolando o Brasileirão, como nossa situação não é muito boa, de repente a gente
vai ter de abrir mão de alguma coisa, para ir com força máxima na Sul-Americana. Mas enquanto houver possibilidade de título, temos de tentar de tudo”, concluiu. O São Paulo volta a campo hoje pelo Brasileirão, às 15h (de Alagoas), no Morumbi, contra o Coritiba. Já na próxima quarta-feira, decide a vaga para as quartas de final da SulAmericana no jogo de volta contra o Libertad, fora de casa.
“É claro que o Inter preocupa. É um clube que briga pelo título. E se ganharmos, tiramos eles de uma possibilidade de título. Podemos eliminar um time ou dar esperança para o outro ser campeão”, disse o atleta. Dono da defesa menos vazada da competição (com apenas 30 gols sofridos), Julio revelou que vem estudando as principais jogadas do time gaúcho junto com o preparador de goleiros Mauri Lima, que lhe mandou jogadas de bola parada gravadas em um DVD. Ainda com dores no cotovelo direito, ele acredita que a reta final da competição é de superação: “É uma dor suportável. Ainda não estou 100%, mas jogador que não sente dores não é jogador (risos)”, brincou.
SALVADOR
Vasco tem dúvidas para jogo na Bahia Se desta vez o técnico Cristovão Borges não terá problemas com o meio de campo do time, o mesmo não pode ser dito sobre a defesa. Renato Silva, que vinha sendo titular ao lado de Dedé, recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso. Além disso, Victor Ramos, que seria o substituto imediato, sofreu um estiramento na coxa esquerda e deverá retornar aos treinamentos somente na próxima semana. O Vasco pega hoje o Bahia às 15h (de
Alagoas). “O Victor ainda está com dor, não tem como retornar ainda. Sofreu um estiramento na coxa e o tempo ainda é curto para retornar”, disse Fernando Mattar, médico do clube. Douglas é o único zagueiro disponível no elenco e é o favorito para formar dupla com Dedé. Outra opção seria improvisar o volante Nilton por ali. Ele já fez essa função na SulAmericana, contra o Aurora (BOL), mas cometeu falhas.
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Bola pra frente Luxemburgo avisa que Flamengo não será afetado hoje pela goleada na Sul-Americana Final de ano é sempre uma correria, e no Flamengo não é diferente. São vários jogos em um pequeno espaço de tempo. Quarta-feira, o RubroNegro perdeu para a Universidad de Chile e viu seu futuro na Copa Sul-Americana ficar complicado. Mas hoje já tem outro jogo, desta vez pelo Brasileirão. O técnico Vanderlei Luxemburgo quer esquecer o fiasco do meio de semana e pensar apenas no Santos. “Domingo é outro jogo. Futebol é bom por causa disso. No Brasileiro, temos possibilidade. O jogo de hoje serve como um grande apren-
dizado”, disse o comandante. Com 51 pontos, três a menos que o líder Corinthians, Luxemburgo sabe da importância que tem o duelo contra o Peixe nas pretensos dos Flamengo pelo título Brasileiro. Por isso, foco domingo é essencial. “Temos que convocar a torcida para o jogo de domingo porque teremos uma decisão aqui. Sabemos que a equipe foi muito abaixo do que pode render. Estou indo para casa triste”, completou. Flamengo e Santos se enfrentam nesta tarde às 17h (de Alagoas).
Vanderlei Luxemburgo disse que o time vai entrar em campo focado na partida contra o Santos, no Engenhão
Artilheiro Borges admite que forçou o terceiro cartão Artilheiro isolado do Campeonato Brasileiro, com 22 gols, o atacante Borges deixou a sua marca na vitória sobre o Botafogo, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. Mas, ao sentir dores na coxa e antes de ser substituído por causa disso, o centroavante “forçou” o terceiro cartão amarelo. Borges admitiu que cavou a advertência, independentemente da gravidade da contusão, pois sabia que não poderia atuar de qualquer maneira diante do
Flamengo, hoje, no Engenhão. “Eu disputei 51 jogos esse ano. Desde que eu cheguei atuei 28 jogos direto, um pela Seleção Brasileira (contra a Argentina, no Superclássico das Américas), e mais 22 pelo Grêmio antes de vir para cá. É uma ‘batida’ muito forte. Por isso, quando eu senti a minha perna e vi que não daria mais para enfrentar o Flamengo, optei por tomar o cartão para voltar zerado depois”, explicou Borges.
Jogador sofreu uma lesão muscular O camisa 9 santista deixou o gramado com uma fisgada na região posterior da coxa esquerda. Com o objetivo de se preservar e não agravar a contusão Borges ainda será melhor avaliado pelo departamento médico do clube nesta quinta - para ser substituído por Renteria, aos 39 minutos do primeiro tempo.
Borges tentou deixar a partida atravessando o campo, ao invés de sair pela lateral do gramado da Vila, de onde estava mais próximo, retardando a entrada do colombiano Renteria em seu lugar. Por isso, o árbitro aplicou a regra, advertindo o goleador alvinegro com o cartão amarelo.
O atacante Borges já marcou 22 gols no Campeonato Brasileiro deste ano; hoje, ele não enfrenta o Flamengo
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Thiago Fragoso, o Mรกrcio Hayalla de O Astro, vive um personagem que muda de humor constantemente, cheio de altos e baixos
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Sensibilidade aflorada
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ASPAS
O ASTRO
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"Eu sou péssimo ator". Selton Mello (foto), que volta ao ar em "A Mulher Invisível", ao reconhecer que é limitado na interpretação e que nunca está satisfeito. Apesar disso, admite se achar excelente em certos momentos (Jornal "O Dia").
Divulgação
Coração
"Não tenho a menor dificuldade". Adriana Birolli, a Patrícia de "Fina Estampa", sobre fazer cenas de beijo e de sexo (Revista "Rolling Stone"). "Não existe essa possibilidade, por dinheiro nenhum no mundo". Glenda Kozlowski quando perguntada se posaria nua (Revista "Quem").
O QUE VEM POR AÍ
"Se falar que não me preocupo com o corpo, serei hipócrita". Gabriela Duarte, em sua segunda gravidez, reconhecendo que é difícil emagrecer depois da gestação. Mas, mesmo assim, não deixa de comer o que gosta (Revista "Caras"). "Queria ser mais classuda como você ou a Carolina Ferraz". Sabrina Sato, apresentadora do "Pânico na TV", confessando uma de suas vontades para Marília Gabriela, no programa "De Frente com Gabi", do SBT. "Estão fazendo propostas tentadoras". Ellen Roche, que viveu a Valéria de "O Astro", sobre os convites que vem recebendo para posar para a "Playboy" ("ego.com.br"). "Não percebo". Sophie Charlotte, a Amália de "Fina Estampa", sobre o assédio masculino (Revista "RG"). "Perdi tudo: mulher, carro, apartamento, dinheiro e o sorriso". Alexandre Frota falando sobre a época em que se envolveu com drogas (Programa "Hebe", da RedeTV!). "Sou meio vilãzinha". Grazi Massafera, a Lucena de "Aquele Beijo", sobre quando está na TPM (Jornal "O Dia"). "Já bebi tudo". Raoni Carneiro, o Sebastião de "Aquele Beijo", sobre o dinheiro que ganhou acertando a quadra na loteria ("ego.com.br"). "Parece que estou indo para a forca".
Mariana Rios, que viveu a sensual Nancy de "Araguaia", falando que odeia malhar. Para manter a boa forma, ela prefere se submeter a tratamentos estéticos ("ego.com.br").
"Não fico nem um pouco constrangida". Bruna Marquezine, a Belezinha de "Aquele Beijo", sobre fazer cenas mais quentes na novela (Revista "Quem").
Enfim, em "O Astro", o amor vai falar mais alto. Amanda (Carolina Ferraz) [foto] vai passar por cima de toda dúvida e angústia em nome do amor por Herculano (Rodrigo Lombardi). O ilusionista aprontou muito, mas de maneira convincente pediu perdão à amada e garantiu que tudo o que fez foi por amor. A durona empresária fica comovida com a sinceridade de Herculano, recém-demitido do Grupo Hayalla, e resolve perdoá-lo. O que poderia ser mais um encontro perfeito, contudo, ainda vai render fortes emoções. Herculano é procurado pela polícia. Isso porque o invejoso Samir (Marco Ricca) entregou às autoridades um dossiê contra o mago. A busca por Herculano chega até o barco de Amanda, que é "revirado" pelos policiais. Para aflorar os sentimentos do casal, Alan (Bernardo Marinho), o filho de Herculano, é sequestrado e acaba ferido com um tiro. No hospital, Amanda presta o total apoio ao amado, que não esconde sua preocupação com a saúde de Alan. Temendo maiores problemas, Herculano resolve sair da vida deles e sem previsão de retorno. Amanda, como prova incondicional de amor, garante que esperará por ele o tempo que for preciso. Será que essa história termina bem? (Gabriel Sobreira/PopTevê) # Neco é solto da cadeia. # Márcio admite ter alucinações.
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PERSONAGEM DA SEMANA
Imitação da vida Jorge Rodrigues Jorge/CZN
Por Ana Paula Doerzapff PopTevê
Depois de quase ter interpretado o Antenor, de "Fina Estampa", que acabou vivido por Caio Castro, Fiuk foi convidado pelo autor Miguel Falabella para fazer um papel de nome semelhante em "Aquele Beijo", nova novela das sete. Na trama, ele é Agenor, um rapaz mulherengo, que herdou o estilo Don Juan de seu pai, Felizardo, de Diogo Vilela. Assim, as comparações do personagem com seu intérprete tornam-se inevitáveis. "O pai que o Diogo faz é quase igual ao meu próprio pai", diverte-se Fiuk, citando o cantor Fábio Júnior. Mesmo namorando há quatro anos, o lado "pegador" de Fiuk parece ter contribuído para o papel. "Todo mundo já teve uma fase mulhereng No ar em "Rebelde", Pedro Cassiano se revela como ator e vibra com sua estreiao, mas eu estou tranquilo agora", defendese o ator, que evita analisar semelhanças nesse aspecto. "Eu me identifico com ele em outras coisas. O Agenor é um cara feliz", opina. Para compor o personagem, Fiuk fez laboratório com o preparador de elenco Sérgio Penna e garante que se sente a vontade para interpretar o rapaz. "Não tem muito segredo. O Agenor é um 'bon vivant'. Ele é um moleque que ainda está aprendendo sobre a vida", avalia. Na história, Agenor vive um triângulo amoroso com Brigitte e Belezinha, encarnadas por Juliana Didone e Bruna Marquezine, respectivamente. "Arelação dele com a Brigitte é quente. Com a Belezinha é mais calmo porque ela faz um estilo 'menininha'. Ele começa querendo tirar a virgindade dela, mas acaba se apaixonando", adianta o ator, que, assim como muitas pessoas, se surpreendeu com a notícia de que faria par romântico
Coincidências fazem Fiuk se sentir familiarizado com seu papel em "Aquele Beijo"
com a jovem Bruna Marquezine. "Eu levei um susto na hora e claro que tenho mais cuidado com ela por ser mais nova. Mas ela já está um mulherão", conta, elogiando a colega de set, que tem 16 anos. Depois de atuar em "Malhação ID", na tempora-
da 2009/2010, e ter participado do seriado "Tal Pai, Tal Filho", Fiuk está completamente a vontade no atual papel. "Estou gostando de fazer o Agenor. Não é cansativo, é bem leve e dá para se divertir", afirma.
P - Em "Malhação ID" você fez muito sucesso e conquistou uma legião de fãs. Só que uma novela das sete tem outra dinâmica e outro público. Como você encara essas diferenças? R - "Malhação" foi mais puxado. Eu era protagonista e tinha quarenta cenas por dia. Só que o público que eu conheço é o das cinco e meia, então estou na torcida como todo mundo e espero conquistar quem assiste as novelas das sete. Se as pessoas que já me conhecem passarem a me assistir no novo horário, melhor ainda. Para mim não tem coisa melhor que o carinho dos fãs. P - Você está lançando o seu primeiro disco solo, "Sou Eu", e a sua música "Quero Toda Noite", interpretada com Jorge Ben Jor, está na novela. Como você administra as carreiras de ator e cantor e como surgiu a oportunidade de fazer parte da trilha sonora de "Aquele Beijo"? R - Eu gosto de reclamar de boca cheia, que não tenho tempo de fazer nada. Meus amigos e minha família também trabalham na área artística, então gosto e levo na boa a correria. Mostrei a música para a equipe e depois recebi a informação de que estava na trilha. Foi mais um passo na minha carreira porque eles gostaram mesmo, não foi só porque estou na novela. Então, eu fiquei muito feliz. P - Ao mesmo tempo em que você tem um número enorme de fãs, existem também muitas pessoas que criticam o seu trabalho. Como você lida com os comentários negativos? Isso te afeta de alguma forma? R - Infelizmente, no país onde a gente vive, as pessoas têm um pouco mais de preconceito contra tudo. Se um garoto bota um vídeo no Youtube tocando alguma música, você vê que nos Estados Unidos a galera comenta incentivando. Aqui as pessoas xingam e falam mal. Eu postei um vídeo dirigindo e aí foram logo dizendo que era "fake". De certa forma, me desmotiva saber que existem pessoas tão atrasadas assim, que criticam sem nem ter conhecimento para isso.
ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 23 A 29 DE OUTUBRO 23/10 - Clarice Falcão, 22 anos, e Moacyr Góes, 50 anos. 24/10 - Rosamaria Murtinho, 76 anos. 25/10 - Fiuk, 21 anos. 26/10 - Marcela Muniz, 45 anos. Nesta data, há 30 anos, foi ao ar o primeiro capítulo da novela "Jogo da Vida". Escrita por Sílvio de Abreu, com direção de Roberto Talma, Jorge Fernando e Guel Arraes, a produção foi inspirada no conto homônimo de Janete Clair e teve como tema central o de-
saparecimento de uma fortuna escondida dentro de quatro esculturas. Na trama, Jordana, papel de Glória Menezes, é uma mulher alegre e simples que, ao longo de vinte anos de casamento, sempre ajudou o marido em tudo. Silas, de Paulo Goulart, no entanto, a abandona sem um tostão e foge com Carla, vivida por Maitê Proença. Trabalhando para sobreviver, a mocinha passa a cuidar de dona Mena, interpretada por Norma Geraldy, uma senhora excêntrica e solitária. Quando a idosa morre, Jordana
herda quatro cupidos de bronze que guardam um milhão de dólares. Depois que eles desaparecem, tanto ela quanto os sobrinhos interesseiros de dona Mena iniciam uma caça ao tesouro. Ainda no elenco, Raul Cortez, Ricardo Petraglia e Rosamaria Murtinho. 27/10 - Marcélia Cartaxo, 48 anos. 28/10 - Diogo Vilela, 54 anos. 29/10 - Mohammed Harfouch, 34 anos, e Simone Spoladore, 32 anos.
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MAPA DA MINA Por Manu Moreira
História de amor (GLOBO, DOM, 20h45) Neste domingo, vai ao ar o último episódio de "O Cupido", do "Fantástico". Patrícia Poeta conta a história de um casal famoso: o apresentador do "Esporte Espetacular", Tande, e sua esposa, a atriz Lisandra Souto. Eles falam sobre o seu relacionamento, que já dura 17 anos. O casal se conheceu em 1992, quando ambos participaram do quadro Sexolândia, do "Domingão do Faustão". Bola na rede (GLOBO, DOM, 15h45) Principalmente para os torcedores fanáticos, a tarde de domingo é sagrada, já que é dia de futebol. Nesta semana, a Globo exibe as partidas Bahia x Vasco para a rede e Internacional x Corinthians apenas para São Paulo. Os jogos valem pelo Campeonato Brasileiro. Moda democrática (MTV, SEG, 21h30) Foi-se o tempo em que a moda era apenas ditada pela elite parisiense. Hoje em dia, da alta costura ao "prêt-à-porter", ela é um assunto global que está ao alcance dos dedos: em sites que cobrem as semanas de moda pelo mundo, blogs que revelam os estilos das cidades, comunidades de fashionistas, entre outros. No "MOD TV" desta semana, a fotógrafa Maya Villiger fala da nova tendência de buscar referências na moda de rua. Marissa Evans conta sobre a criação do site "Go Try It On", onde usuários recebem "feed-
backs" sobre suas roupas em tempo real. E Ronaldo Lemos entrevista a especialista em cultura do entretenimento Johanna Blakley, que discute a importância da cópia para a criatividade na moda.
ro. Mas, para levar esse prêmio para casa, ou parte dele, a dupla terá de responder a sete perguntas. Em cada uma, os participantes podem escolher uma entre duas categorias propostas.
Apaixonados (SBT, SEG, 19h) No episódio desta segunda de "Marimar", Chico pressiona Sérgio a dizer quais são suas intenções com Marimar. Diante da falta de atitude do rapaz, ele pede para que Sérgio deixe sua neta em paz e diz que não vai permitir que ela tenha o mesmo destino de sua mãe. Ainda preocupado, Chico pergunta a Marimar se está apaixonada pelo fazendeiro e ela nega. Apesar disso, os dois se beijão no final do capítulo.
Na mesma praça (SBT QUI, 23h) Carlos Alberto de Nóbrega sempre tenta ler seu jornal em paz no banco da praça. Mas, com tantos amigos loucos, fica impossível ter um dia de descanso. Assim é a rotina no humorístico "A Praça É Nossa", um "clássico" do SBT.
Paraíso preservado (TV BRASIL, TER, 19h30) Lagoas espetaculares, montanhas com matas nativas, restingas selvagens e praias paradisíacas. Essa é paisagem da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. O "Expedições" desta semana fala sobre a criação do Parque Estadual da Costa do Sol, em abril de 2011, que é formado por partes de sete municípios - desde Búzios, passando por Cabo Frio, Arraial do Cabo até Saquarema. Quem quer dinheiro? (SBT, QUA, 21h45) No "Um Milhão na Mesa", apresentado por Silvio Santos, os participantes começam o jogo ganhando 1 milhão de reais em dinhei-
Culpado (GLOBO, SEX, 23h30) Em 8 de julho de 1978, o Brasil parou para ver quem assassinou Salomão Hayalla na versão original de "O Astro", escrita por Janete Clair. Essa é a comoção que a Globo espera durante a exibição do último capítulo do "remake". O revelação vai ao ar nesta sexta. Homenageado (TV BRASIL, SAB, 21h30) O "Musicograma" deste sábado homenageia Nelson Cavaquinho, no dia em que ele completaria 100 anos. Além de imagens de acervo, com Nelson interpretando seus principais sucessos, o programa traz depoimentos do seu parceiro Guilherme de Brito, do sambista João Nogueira, da cantora Beth Carvalho, de Dona Zica e do produtor e compositor Hermínio Bello de Carvalho.
Rapidinhas # O "Papo de Mãe" deste domingo mostra como a divisão de tarefas em casa é importante para a educação das crianças. (TV Brasil, dom, 19h) # Nesta segunda, a Band exibe mais um capítulo inédito da novelinha "teen" "Quase Anjos". (Band, seg, 9h15) # Sueli e Fátima se metem em mais confusões no episódio inédito de "Tapas & Beijos". (Globo, ter, 22h20) # O "reality" "Se Ela Dança eu Danço", do SBT, tem como intuito encontrar uma nova revelação da dança no Brasil. (SBT, seg, 20h15)
# Otávio Mesquita explora os assuntos mais inusitados no "Claquete", da Band. (Band, qua, 1h55) # Nesta quinta, a Globo exibe mais um episódio inédito do humorístico "A Grande Família". (Record, qui, 22h35) # O próximo episódio da série "Sábados Azuis: Histórias de um Brasil" que dá certo tem como temática o "Brasil Saudável" e vai mostrar o trabalho da Associação Lua Nova, organização nãogovernamental localizada em Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo. (TV Brasil, sab, 22h)
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EM FOCO
MALHAÇÃO
Quase adulto
PopTevê Em "O Astro", Thiago Fragoso coloca sensibilidade à prova para interpretar Márcio
O QUE VEM POR AÍ
Alguns personagens exigem que seus intérpretes estejam com a sensibilidade mais aflorada que outros. Ainda mais quando se trata de um papel complexo como o Márcio Hayalla, de "O Astro", cheio de altos e baixos. Por isso, Thiago Fragoso percebe que, para dar vida ao rapaz, apenas fingir sentimentos, como alegria ou tristeza, não basta. É preciso quase que sentir o mesmo que o personagem que interpreta. "O Márcio é um personagem em carne viva. O ator tem um repertório de emoções e sensações que pode trazer para os papéis que faz, mas esse não pode ser simulado", analisa. "Se ele estiver triste, não posso só ficar com carinha de triste. Tenho de ter uma tristeza visceral e estar realmente à flor da pele", completa. Apesar disso, Thiago não se deixa afetar pelo que vivencia em cena. Mas nem sempre foi assim. Durante um tempo, o ator se envolveu muito com os papéis que interpretava. "O Márcio tem variações de humor extremamente violentas. Em um momento, está muito eufórico e depois, muito deprimido. Se fosse há cinco anos, talvez eu começasse a ficar um pouco assim na minha vida", constata, aos risos. Ao longo dos capítulos, Márcio passou por vários momentos diferentes na história. No início, vivia um constante embate com o pai Salomão Hayalla, de Daniel Filho. Tudo porque não concordava com o modo materialista dele de encarar a vida. Mas, com o assassinato misterioso de Salomão, Márcio percebeu que precisava se envolver nos negócios da família, por mais que fosse algo que ele jamais tivesse desejado. No meio disso tudo, conheceu Lili, de Alinne Moraes, por quem deixou a namorada. Para entender um pouco mais o personagem, Thiago resolveu assistir a algumas cenas da primeira versão de "O Astro" na internet. Apesar de não ter muitas disponíveis, o ator pode ver um pouco da atuação de Tony Ramos, que interpretou Márcio na obra original de Janete Clair. "Fiquei muito curioso porque era o Tony Ramos. Mas também não fui ver muito porque é diferente. Até o Márcio mudou", ressalta. Além disso, para compor o personagem, Thiago buscou algumas referências sugeridas por Mauro Mendonça Filho, diretor geral da produção. Uma delas foi pesquisar sobre São Francisco de Assis,
Luiza Dantas/CZN
Por Luana Borges
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Mais do que parece
por causa da necessidade que o personagem tem de se livrar do materialismo, principalmente no início da trama. Também teve de assistir aos filmes "Irmão Sol, Irmã Lua", "Na Natureza Selvagem" e "O Poderoso Chefão" e trazer um pouco de "Hamlet". "Esse é um trabalho em que trago bastante informação. Me preparei muito e muito intuitivamente", conta ele, que emagreceu dez quilos para o papel. Amaior parte foi perdida logo no primeiro mês de dieta aliada às corridas. Já os cabelos foram escurecidos e ganharam um visual mais despojado. "O Márcio é um personagem sem vaidade. Meu cabelo está todo desgrenhado, sem corte", diz, bem-humorado. Na reta final de "O Astro", que exibe seu último capítulo no dia 28, Thiago comemora a estreia em um novo formato
em sua carreira, com mais de 20 trabalhos na tevê. O número reduzido de capítulos em um pouco mais de três meses no ar faz com que a trama tenha uma agilidade maior que nas novelas. "Acho maravilhoso, não tem 'barriga'. A sina da novela é você se repetir porque está contando a mesma história muitas vezes, faz parte da estrutura. Nessa, cada cena é uma coisa e os conflitos que surgem são intensos e rapidamente solucionados", surpreende-se ele, que também acredita que o tema funciona como um atrativo. "Existe vida após a morte? Isso que permeia a espiritualidade de uma certa maneira, você sendo espiritualista ou não, independentemente da sua resposta, acho que é a coisa mais importante. É a angústia existencial. Acho que seduz o público sim", filosofa.
O pequeno Igor (Miguel Arraes) [foto] vai aprontar mais uma das suas confusões esta semana, em "Malhação". O garoto não desiste da ideia de querer arrumar uma namorada. O detalhe é que a pretendida tem de ser a romântica adolescente Débora (Juliana Lohmann). Apenas esqueceram de avisar ao menino que a garota o acha um "pirralho" e nem sonha com esse clima de romance. Contudo, a intenção de Igor era manter um mistério, porque ele "paquera" Débora através de um perfil falso na internet. Mas quem descobre toda verdade é a mãe dele, Verinha (Maíra Charken), que de boba não tem nada e vai tirar satisfação com o filho pela brincadeira de mal gosto. Mas o garoto é sabido. Ele "vira" o jogo e revela também saber das paqueras dela na Internet. A "guerra" familiar não para por aí. Verinha não vai deixar barato e logo dará o troco ao amado filho. O que será que ela vai fazer? (Gabriel Sobreira/PopTevê) # Em um telefonema misterioso, Beatriz revela que Gabriel fará outro exame e afirma que Cristal e Babi não atrapalharão mais. # Guido fica sem graça quando o garçom avisa que a conta de seu jantar com Laura já foi paga por ela.
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OUTRAS PARADAS
Diversão e arte Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/CZN
Por Luana Borges PopTevê
Para algumas pessoas, o contato com crianças é a melhor maneira de se renovar. É por isso que Carolina Chalita escolheu dar aula de circo só para elas. Além de interpretar a Tânia, em "O Astro", a melhor amiga de Lili, de Alinne Moraes, a atriz se dedica a ensinar as técnicas circenses para duas turmas na academia Upper, no Flamengo, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. A faixa etária de um grupo é de 5 a 7 anos e a do outro é de 8 a 13. "É bem mais trabalhoso dar aula para criança, mas eu me satisfaço mais como artista e como pessoa. Elas me trazem o frescor do dia a dia, de não ter problema. Elas vêm para brincar", explica. A cada aula, Carolina percebe que as alunas estão de um jeito diferente. Às vezes, chegam mais agitadas; outras, nem tanto. Diante de tantas mudanças de comportamento, a atriz precisa ter "jogo de cintura" para lidar com as turmas. "Tenho de ter uma psicologia com elas porque quando vou para o enfrentamento, não consigo nada. Quando vou com doçura, a coisa rola com muito mais facilidade", analisa. O primeiro momento da aula é o aquecimento. É nessa hora que as crianças estão com a "corda toda". Para gastar tanta energia, principalmente com as mais novas, Carolina geralmente propõe uma brincadeira e cria uma historinha em cima dos exercícios físicos. Uma delas é a cor-
Carolina Chalita se divide entre aulas de circo para crianças e as gravações de "O Astro"
rida dos bichos, em que as crianças percorrem a sala imitando os movimentos de algum animal, como sapo e canguru, por exemplo. "Ou então a gente faz esquete de palhaço, boto um pouco de teatro,
um pouco de tudo. Senão a aula de circo fica muito mecânica, quase militar", constata. A turma também pula corda no início das aulas e aproveita para cantar as músicas que aprende na escola para a
brincadeira. Amesma corda é usada para praticar o equilíbrio quando as crianças caminham sobre ela, passando um pé na frente do outro cuidadosamente para não pisar no chão.
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VIDAS EM JOGO
Depois, começa a prática da técnica. Uma etapa muito importante é o alongamento. Para tornar essa parte mais divertida, Carolina inventou a "pizza". Todas abrem as pernas, formando um grande círculo e cada uma diz um ingrediente que gostaria de colocar em sua pizza. É quando elas fingem que pegam alguma coisa no armário no alto - e se alongam para cima - ou alcançam o "ingrediente" na porta direita ou esquerda, que são representadas pelo pé direito ou esquerdo - e se alongam na direção das pernas. Apartir daí, Carolina ensina movimentos que devem ser repetidos em todas as aulas, como as cambalhotas para frente e para trás, a estrela e a parada de mão, mais conhecida como "bananeira". "Percebo a evolução dos alunos de uma semana para outra. Criança pega muito rápido", surpreende-se. Quando todas já estão bem aquecidas e treinaram vários movimentos, é a vez do trapézio. É o instrumento do qual muitas ainda têm medo. Mas, mesmo assim, adoram praticar. "Elas estão cada vez mais dominando o trapézio e o corpo", conta. Os benefícios que o circo traz para quem faz vão muito além da elasticidade e força nos músculos. Cada atividade trabalha concentração, equilíbrio, noção de grupo e responsabilidade com o outro. Para Carolina, especificamente, ajuda muito no trabalho de interpretação. "Estar sempre trabalhando o corpo é importante para você se colocar em cena", avalia. A entrada do circo em sua vida, aliás, aconteceu por causa do teatro. Ela resolveu fazer um curso de "clown" na CAL, onde se formou como atriz. Apartir de então, participou de uma Caravana Cultural Petrobrás, que viajava pelo Brasil fazendo show de circo e teatro. "Era muita gente e todo dia acontecia uma coisa diferente. Tinha cachorro, vaca na rua. Às vezes, a gente entrava com a vaca em cena. Aquilo era uma maravilha", recorda, aos risos. Agora, além de cuidar das duas tur-
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Plano perfeito
mas de circo, Carolina aguarda ansiosamente pelo desfecho de "O Astro". "Todo mundo quer saber quem matou Salomão Hayalla. Mas não vão liberar ainda o último capítulo", frisa ela, que entrou para a produção depois de passar em um teste. Na ocasião, interpretou um texto da novela "Insensato Coração" ainda sem saber que papel poderia fazer. Depois
de um mês, quando soube que viveria a Tânia, teve de mudar radicalmente o visual. Colocou alongamento nos cabelos e pintou os fios de louro. "Fui encaminhada para o Fernando Torquatto e ele disse: 'vamos ficar loura?'. Fiquei apavorada, mas depois vi que tinha tudo a ver", ressalta, referindo-se ao responsável pela caracterização da novela.
A esperteza dos vilões parece prevalecer. Em "Vidas em Jogo", o plano de Cleber (Sandro Rocha) e Regina (Beth Goulart) para incriminar Rita (Julianne Trevisol) [foto] se complica ainda mais. Depois de encontrar o brinco da moça na cena do crime, o delegado a prende e diz que vai transferi-la para uma casa de custódia. Ao saber que Rita foi presa, Patrícia (Thaís Fersoza) vai à delegacia e revela que a dançarina não estava envolvida em seu sequestro. Para tentar resolver o mistério, Augusta (Denise Del Vecchio) faz uma reunião na confeitaria para saber quem colocou o brinco de Rita no local e exige que o culpado se apresente. Revoltada com a mudança de depoimento de Patrícia, Regina pressiona a filha e questiona se ela resolveu se voltar contra a própria mãe. Cleber pede a um comparsa que elimine o garçom que pegou o brinco de Rita. Para tentar inocentar a filha, Adalberto (Luiz Guilherme) faz um pacto com Regina e promete acabar com os integrantes da turma do bolão, exceto Francisco (Guilherme Berenguer). Será que finalmente Rita vai provar que não tem culpa pelo crime? (Nicole Sanchotene/PopTevê) # Welligton confessa a Carlos que está usando anabolizantes. # Francisco descobre que seus irmãos estão morando no Rio.
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PRIMEIRA MÃO
A VIDA DA GENTE
Encontros e desencontros
Jorge Rodrigues Jorge/CZN
Por Manu Moreira
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Cada vez é mais comum a figura do profissional "multiuso". Ele exerce diversas funções que se relacionam, vinculase a mais de um projeto e, em sua maioria, é adepto do "faça você mesmo". Natalia Klein faz parte dessa trupe. Prestes a voltar ao ar como a maldosa Nikita na segunda temporada de "Macho Man", a atriz protagoniza "Adorável Psicose", do Multishow, é roteirista da produção, alimenta o blog que deu origem à série e ainda é creditada como uma das escritoras do "Zorra Total". "Me considero uma escritora que atua", define ela, que já está gravando para o humorístico da Globo que estreia no primeira semana de novembro. "A grande novidade dessa temporada de 'Macho Man' é a Ingrid (Guimarães). Já a Nikita continua fazendo os diversos planos maquiavélicos", adianta. Entrar na série de Fernanda Young e Alexandre Machado não foi planejado por Natália. Perto de começar a produção, ela, que atuava na primeira temporada de "Adorável Psicose", foi convidada por Alexandre para estar no humorístico. "Eu queria ser atriz quando era adolescente, mas vi que não tinha saco para enfrentar aquela rotina de testes. Cheguei a participar de algumas seleções de elenco e é massacrante", lembra. Por conta dessa incompatibilidade, Natália só atuou quando ela própria se escalou para a série "Adorável Psicose" e com o convite de Alexandre para "Macho Man". "O autor é pelo menos um pouquinho mais respeitado. Então eu preferi ir por um caminho menos doloroso", justifica. Foi depois dessa conclusão que Natália decidiu criar o blog "Adorável Psicose". Já trabalhando na equipe do "Zorra Total", a escritora sentiu falta de ter um trabalho um pouco mais autoral. "O trabalho no 'Zorra' é coletivo e de um humor mais popular. Aprendi a fazer, mas não é o tipo de humor inerente a mim", explica. Desde então, observou que os acessos em sua página cresciam apenas pelo boca a boca. Por isso, juntou um grupo de amigos para gravar uns programetes de 5 minutos encenando as histórias que publicava na rede. Depois, a autora ofereceu o produto ao Multishow. "Foram cinco episódios na primeira temporada. Já a segunda teve 16 encomendados. Um
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Loucuras em série
Natalia Klein ganha notoriedade com personagens tresloucadas em "Macho Man" e "Adorável Psicose"
salto muito grande", comemora ela, que roteiriza sozinha o programa. Para conciliar tantos trabalhos e manter-se tendo boas ideias para os programas nos quais atua como escritora, Natália grava todos os "insights" que tem. Por isso dorme com o celular na cama para não correr o risco de perder a criação. "Tenho preguiça de anotar. Quando anoto, acabo perdendo o fluxo de ideias. Depois eu boto no papel e estruturo o que está gravado", conta ela, que não costuma ter as suas piadas cortadas por conta do chamado "politicamente correto" que cerca o humor televisivo. "O papel da comédia é alfinetar certas questões. Está todo mundo se levando a sério demais. Os fiscais do politicamente correto acre-
ditam que fazer piada de assuntos polêmicos é preconceituoso. Mas fingir que o preconceito não existe é muito pior", analisa. Para aproveitar a boa fase pela qual passa na carreira, Natália já tem novos planos que incluem desdobramentos de seus projetos atuais. Aautora planeja um longa da série "Adorável Psicose". "Está rolando um papo bem sério. É um bom momento para surgir um filme. Mas a concretização disso só poderá ser vista em 2013 pois cinema no Brasil é algo que demora", justifica. Além disso, Natália pretende criar um livro com as postagens de maior repercussão de seu blog. "Já existem algumas conversas. Eu é que preciso sentar e organizar isso", explica.
Quando a gente menos espera, o amor pode acontecer. E as circunstâncias nem sempre são as melhores. A trama de "A Vida da Gente" está cheia desses casos. Um deles é protagonizado por Dora (Malu Galli) [foto] e Marcos (Ângelo Antônio). Os dois se encontraram em um momento delicado. Ele é casado, mas a relação é infeliz, já que Marcos tem de ceder às ordens da autoritária Vitória (Gisele Fróes). Mesmo assim, os dois ainda mantêm o acordo de fidelidade e vivem na mesma casa. Ele cuidando dos filhos e ela sustentando o lar. O problema é que, quando o amor bate, chega um momento em que fica praticamente impossível resistir. E é o que acontecerá com Dora e Marcos esta semana. Depois de descobrirem inúmeras afinidades, os dois acabam se beijando e ficam balançados. Mas a paixão dela se mistura com a culpa de ter beijado um homem casado. Por isso, evita qualquer contato com ele depois do carinho, apesar da tentativa de Marcos de discutir o que aconteceu. Mas Vitória não é do tipo que desconfia calada. Percebendo a proximidade do marido com Dora, ela logo convoca um lanche em sua casa e pressiona a rival com perguntas constrangedoras. Com alguém como Vitória em cima, é difícil imaginar até quando o segredo permanecerá guardado. (Manu Moreira/PopTevê) # Celina pede que Lúcio saia com ela e uma amiga. # Iná sugere que Manuela convide Rodrigo para morar com elas.
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SEMANA DAS NOVELAS
A VIDA DA GENTE - Rede Globo - 18h Segunda (24/10) - Vitória diz para Eva que exige receber parte dos recursos que Ana ganhará de seu patrocinador. Jonas propõe acompanhar Cris até a clínica de fertilização. Moema se oferece para ajudar Manuela e Iná fica comovida. Rodrigo brinca com Júlia na pracinha. Manuela escreve no blog que fez para Ana. Maria defende Ana dos comentários de Cris e pede demissão. Dora e Marcos conversam sobre questões conjugais e acabam se beijando. Iná visita Ana. Eva se enfurece ao ver Iná com Ana e as duas discutem.
Terça (25/10) - Iná implora que Lúcio tente convencer Eva a não isolar Ana de todos. Jonas reclama quando Cris pensa em escolher um candidato a doador para sua inseminação. Lúcio convence Eva a aceitar que Ana receba a visita de parentes e amigos. Manuela encontra Júlia e Rodrigo fica feliz. Ela visita Ana e deixa com a enfermeira um CD com sua voz falando para a irmã. Maria propõe que Manuela abra um negócio com ela e Iná incentiva a neta. Na clínica de fertilização, Jonas fica irritado e diz que não vai concordar com a inseminação.
Quarta (26/10) - Eva proíbe a enfermeira de usar o CD que a filha deixou para Ana. Alice confessa para Manuela que tem curiosidade de saber quem é seu pai. Laudelino tenta disfarçar o desconforto quando Iná pede que ele seja o investidor do negócio de Maria e Manuela. Jonas decide mudar seu visual. Rodrigo observa Manuela brincando com Júlia. Eva pede a segunda opinião de um médico sobre o estado de Ana. Celina discute com Lourenço e Rodrigo pensa em ir embora com Júlia.
Quinta (27/10) - Manuela comenta com Maria que pretende chamar Rodrigo para administrar o negócio. Laudelino afirma a Wilson que não pode emprestar dinheiro para a neta de Iná. Vivi aconselha Cris a ser carinhosa com o marido para manter o casamento. Laudelino revela a Iná que não poderá emprestar dinheiro para Maria e Manuela. Manuela leva Júlia para a casa da avó. Jonas resolve entrar em uma academia e Cris se surpreende. Iná termina o namoro com Laudelino.
Sexta (28/10) - Vitória conversa com Marcos sobre Dora e aumenta ainda mais a sua desconfiança. Laudelino tenta se reaproximar de Iná. Manuela comenta com Lúcio que postou em seu blog uma entrevista de Ana sobre o trabalho que gostaria de fazer na ONG. Cris tenta falar com Jonas na academia, mas ele não lhe dá atenção. Rodrigo e Manuela vão conversar com uma psicóloga sobre Júlia. Jonas faz as pazes com Cris e pensa em fazer uma proposta para que seu irmão, Lourenço, seja o doador da inseminação.
Sábado (29/10) - Jonas manda Cléber levantar informações sobre Lourenço na faculdade em que ele trabalha. Lorena incentiva Laudelino a escrever uma carta a Iná falando que vai emprestar o dinheiro para Manuela. Nanda confessa a Rodrigo que não gostou de Lúcio. Rodrigo lembra de quando esteve com Ana na trilha ecológica. Lorena fica admirada com a serenidade com que Iná fala sobre o relacionamento com Laudelino. Iná sugere que Manuela convide Rodrigo para morar com elas. Jonas encontra Lourenço na saída da universidade.
Sexta (28/10) - Temendo que Regina descubra alguns segredos, Alberto impõe a Maruschka a reconciliação com a governanta. Deusa tenta falar com a filha, mas Grace Kelly desliga o telefone. Íntima chega em casa com maquiagem e penteado de miss e Bob estranha. Claudia se encontra com Vicente. Brigitte convence Agenor a lhe dizer quem é a costureira da Shunel. Joselito tem nova visão enquanto conversa com Iara. Rubinho avisa que não vai dormir na casa de Claudia e ela liga para Vicente.
Sábado (29/10) - Claudia conversa com Vicente. Sarita repreende Grace Kelly por não ter ouvido Deusa. Regina volta a trabalhar com Maruschka. Agenor faz um acordo com Brigitte e promete apresentá-la para Marisol. Vicente descobre que Otília aceitou dinheiro de Alberto. Maruschka aceita o noivado de Claudia e Rubinho e oferece um apartamento para os dois morarem, mas arma para que a obra seja demorada. Começa o sorteio da loteria. O bilhete de Sebastião é sorteado e Brites diz que ele não dividirá o prêmio com Raíssa.
AQUELE BEIJO - Rede Globo - 19h15 Segunda (24/10) - Lucena se casa com Juan. Rubinho é pressionado pelo pai a resolver sua situação com Claudia. Maruschka descobre que foi enganada e expulsa Odessa da loja. Claudia discute com Rubinho ao telefone. Marisol volta a trabalhar na Shunel e Eveva conta que Odessa foi enviada para Maruschka. Belezinha flagra Agenor com Brigitte. Cleo conta para Ricardo que viu uma mulher no porão. Lucena joga o buquê e ele cai nas mãos de Claudia. Vicente e Claudia passeiam por Cartagena e se beijam.
Terça (25/10) - Belezinha desfila chorando e Íntima fica apreensiva. Ela perde o concurso e Íntima culpa Agenor. Iara fala com Joselito e nota que ele está doente. Deusa acompanha o enterro do marido, o Conde de Villiers, em Paris. Vicente encontra Claudia no aeroporto. Grace Kelly passa informações de Vicente para Maruschka. Otília avisa Sarita que Deusa ligou e está voltando para o Brasil. Rubinho vai buscar Claudia no aeroporto e a encontra com Vicente.
Quarta (26/10) - Rubinho sente ciúmes de Claudia e Vicente. Joselito aconselha Iara a procurar Cleo. Sarita comenta com Marisol que Deusa voltará para o Brasil. Rubinho pede a mão de Claudia, mas propõe que eles se casem em segredo. Maruschka demite Raíssa. Iara vai ao Lar da Mão Aberta e confirma que Cleo viu tia Filhota. Vicente visita a mãe. Eveva conta para Grace Kelly que sua mãe está voltando. Brigitte conta para Maruschka que Claudia ganhou um anel de noivado. Claudia e Vicente se encontram na Vila Caiada.
Quinta (27/10) - Vicente e Claudia relembram o beijo que trocaram em Cartagena. Orlandinho diz para o pai que Belezinha é o amor de sua vida. Maruschka liga para Alberto e avisa que Rubinho ficou noivo de Claudia. Maruschka questiona Mirta por ter dado seu anel de brilhantes para Rubinho. Ricardo descobre que Camila pediu dinheiro emprestado para Claudia. Felizardo procura Alberto e exige que ele readmita Raíssa na Comprare. Camila briga com Ricardo e desabafa com Claudia. Regina pede abrigo no apartamento de Claudia.
REBELDE - Rede Record - 20h30 Segunda (24/10) - Alice fica feliz ao saber que Pedro ainda se importa com ela. Roberta e Diego escutam a conversa de Pilar e Binho e ficam indignados ao saber que o casal está armando para separar a banda e que o vilão foi o culpado pela bebedeira de Diego. Roberta e Diego contam aos outros integrantes da banda sobre a conversa de Pilar e Binho. Os rebeldes ficam indignados e decidem criar um plano para desmascará-los. Pedro seduz Pilar e a deixa sem reação. Binho vê a cena e fica pasmo ao ver que os dois estão quase se beijando.
Terça (25/10) - Binho interrompe o beijo de Pilar e Pedro e deixa a vilã irritada. Alice questiona se Pedro tem mesmo que beijar Pilar e o rebelde conta que tudo faz parte do plano. Ela conta a Roberta o que aconteceu no corredor e lembra a amiga que elas têm de seduzir Binho. Pedro vai até Pilar e é mais gentil com ela do que de costume. Alice também é simpática com a vilã e Binho fica cismado com esse excesso de atenção. Diego e Roberta brigam na frente de Binho e o mauricinho confessa para o vilão que a rebelde guarda todos os presentes que recebeu dele.
Quarta (26/10) - Pedro vai beijar Pilar, mas Débora aparece e atrapalha o casal. Pilar atrapalha Binho e Roberta e deixa o vilão irritado. Roberta pula a janela do quarto de Diego e o vê de toalha. Ela tenta beijá-lo, mas o adolescente pede para que a rebelde saia do quarto. Pedro invade o quarto de Alice e a beija. Pedro conta a Binho que irá beijar Pilar, percebe que ele fica enciumado e pergunta se tem algum problema que ele beije a vilã.
Quinta (27/10) - Pedro fica feliz em ver que seu plano está dando certo. Ele e Alice se declaram um para o outro e se beijam. Roberta e Diego se beijam no quarto dos meninos. Tomás interrompe o momento do casal e Roberta decide ir embora. Pedro espera por Pilar na porta de seu quarto para acompanhá-la até a cantina. Alice pede para Binho para ser seu par no grupo de dança. Pedro diz a Pilar que ela será seu par e deixa a vilã assustada. Tomás e Diego observam a situação de longe. Pedro dança com Pilar. Binho compra a briga do rebelde e decide fazer par com Alice.
Sexta (28/10) - Jonas não gosta de ver os alunos dançando. Os estudantes contam que Vicente autorizou o grupo de dança e que caso ele cancele, irá manchar sua reputação. Pedro pede a Pilar para acompanhá-la. Binho decide segui-los. Pedro diz a Pilar que quer ficar com ela e deixa a adolescente assustada. Binho diz a Pilar que Pedro está armando e pede para que ela dê em cima dele para ter certeza que os rebeldes estão com algum plano contra eles. Alice tenta alertar os rebeldes sobre a desconfiança de Binho. Pilar diz a Pedro que quer beijá-lo e o adolescente se aproxima da vilã.
FINA ESTAMPA - Rede Globo - 21h Segunda (24/10) - O Mafioso ameaça Tereza Cristina. Íris e Alice vasculham a despensa da mansão Velmont. Tereza Cristina empurra o Mafioso pela escada. Antenor tenta convencer Patrícia a dormir com ele. Vanessa fala mal de Tereza Cristina e Severino a repreende. Patrícia pede abrigo na casa de Paulo. Renê oferece carona para Vanessa. Nanda e Leandro transam na praia. Baltazar agride Celeste e Solange pede ajuda a policiais. Crô enfrenta Baltazar. Tereza Cristina tem uma alucinação com o Mafioso.
Terça (25/10) - Solange chega com os policiais em casa e Baltazar é preso em flagrante. Griselda incentiva Celeste a prestar queixa contra o marido. Wallace afirma a Teodora que nada o fará desistir de lutar. Teodora pressiona Griselda a lhe dar dinheiro. Paulo pede para Esther abandonar seu sonho para provar que o ama. Teodora vai à escola de Quinzinho, mas encontra Quinzé, que tenta impedi-la de ver o filho. Antenor cobra atenção de Patrícia. Celeste vai à delegacia falar com Baltazar.
Quarta (26/10) - Patrícia diz a Antenor que pode pensar em reatar o namoro se ele provar que mudou. Celeste presta queixa contra Baltazar. Griselda diz a Amália que vai emprestar dinheiro para Celeste abrir seu restaurante. Teodora fica aflita com a decisão de Wallace de voltar a lutar. Carolina pega com Renê Junior o e-mail de Juan para dar início a seu plano. Íris e Alice chegam ao "Le Velmont" e Vanessa fica aflita com a invasão das duas. Esther afirma a Paulo que vai ter um filho. Patrícia exige que Tereza Cristina peça desculpas e as duas se enfrentam.
Quinta (27/10) - Patrícia diz a Tereza Cristina que vai sair de casa. Griselda diz a Quinzé que conseguiu o telefone de um bom advogado. Celeste deixa Solange ensaiar sua dança com as amigas. Renê deixa Patrícia sair de casa e Tereza Cristina fica furiosa. Carolina manda um e-mail para Juan, fingindo ser Letícia. Severino cobra a conta do restaurante de Íris e ela liga para Tereza Cristina, que a manda se entender com Renê. Antenor vai falar com Patrícia.
Sexta (28/10) - Tereza Cristina afirma que vai pagar um advogado para tirar Baltazar da cadeia. Quinzé vai com Dagmar para casa. Amália estranha o comentário que Rafael faz sobre Juan. Quinzé garante para a mãe que Enzo quer dar um golpe nela. Juan cumprimenta Letícia, que o ignora. Zuleika vê Rafael pegar o dinheiro que a loja faturou. Dr. Barbosa vai à delegacia e Renê recrimina Tereza Cristina por querer libertar Baltazar. Griselda chama Celeste para ser sua sócia e abrir um restaurante.
Sábado (29/10) - Tereza Cristina se enfurece quando Íris fala com Renê sobre seu passado. Baltazar é libertado. Tereza Cristina vai à reunião de condomínio para impedir Griselda de morar lá. Griselda conversa com Celeste sobre o dono de sua casa e Enzo ouve tudo sem ser visto. Todos chegam à casa de Griselda para aguardar a assinatura da escritura da casa. Wallace começa o treino e Teodora fica apreensiva. Griselda decide ir ao Marapendi Dreams em caravana para exigir seu direito de morar onde quiser.
AMOR E REVOLUÇÃO - SBT - 22h15 Segunda (24/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Terça (25/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Segunda (24/10) - O delegado conta a Rita que um brinco dela foi achado na cena do crime. Carlos diz que irá acompanhá-la na delegacia. Cleber conta a Regina que o plano deu certo e que Rita foi presa. Marizete conta a Augusta que Ivan foi o autor da explosão. A doceira conta para Zizi que fica desolada em saber que seu amigo mentiu. Rita depõe na delegacia. O delegado diz a Rita que ela será transferida para uma casa de custódia. Carlos vai até a casa de Zizi e conta que a dançarina foi presa. Patrícia vai até a delegacia e revela que Rita não estava envolvida em seu sequestro.
Terça (25/10) - Patrícia confessa para o delegado que não tem certeza de ter ouvido a voz de Rita em seu cativeiro. Carlos diz a Zizi que Rita caiu em uma armadilha de Regina e Cleber. Zizi vai até a construtora de Regina e as duas trocam tapas. Seguranças são chamados e levam Zizi para a delegacia. Patrícia vai até a casa de custódia e tenta conversar com Rita. Cleber pede que um comparsa elimine o garçom que pegou o brinco de Rita. Zizi é presa. Regina pressiona Patrícia, falando sobre a mudança de seu depoimento.
Quarta (26/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Quinta (27/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Sexta (28/10) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
VIDAS EM JOGO - Rede Record - 22h15 Quarta (26/10) - Regina e Patrícia discutem. Cleber não consegue acreditar que é portador do vírus HIV e pergunta se Andrea traiu Lucas com outro homem. Francisco consegue entrar na penitenciária com um celular e pede que Ernesto grave a confissão de Ivan que inocente Rita. Regina conta para Cleber que Patrícia mudou seu depoimento. Francisco acredita que Patrícia está planejando algo para prejudicar a dançarina novamente. Ela retira um envelope de sua bolsa e entrega para Francisco. Patrícia afirma que roubou informações do dossiê, onde consta o endereço de Edmundo e Marcolino.
Quinta (27/10) - Francisco decide abrir o envelope e lê que seus irmãos estão no Rio. Rita decide ligar para Francisco. Ele dirige seu carro acompanhando de Patrícia, se distrai por um instante e quase causa um acidente de trânsito. Patrícia grita e Rita ouve sua voz. Irritada, ela desliga o telefone sem deixar que o milionário se explique. Cleber diz a Regina que o garçom que roubou o brinco de Rita desapareceu. Francisco e Patrícia chegam à casa dos irmãos do milionário. Ele fica dentro do carro enquanto a ela vai conversar com a mulher que adotou os meninos. Edmundo reconhece o irmão mais velho.
Sexta (28/10) - Edmundo e Marcolino rejeitam Francisco, afirmando que ele os abandonou. Ernesto tenta extrair a confissão de Ivan. O malandro ameaça a vida de Ernesto, que fica sem saída e assume que contou para Cleber. Ivan dá uma declaração falsa para que Ernesto grave, afirmando que Rita é culpada pelo sequestro. Adalberto sela um pacto com Regina. Ela promete que inocentará Rita e Zizi. Em troca, ele se compromete a acabar com os integrantes da turma do bolão, menos Francisco. Cleber, que sempre ajudou a mulher que adotou os irmãos de Francisco, é chamado para ir à sua casa. Amulher lhe conta que Francisco apareceu procurando os meninos.
Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.
Jornal da TV
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Domingo, 23 de outubro de 2011 |
TV ALAGOAS 05h00 05h30 06h30 07h30 08h00 10h00 14h00 18h00 18h40 18h45 23h00 00h00 01h00 02h00 03h00 04h00
DOMINGO, 23/10
Arnold Aventura Selvagem -Reprise Pesca Alternativa Vrum Igreja Mundial Domingo Legal Eliana Roda A Roda Jequiti Sorteio Da Tele Sena Programa Silvio Santos De Frente Com Gabi O Mentalista The Mentalist - Divisão Criminal The Closer - V-Visitantes - Jornal do Sbt Madrugada - Jornal do Sbt Madrugada / Reprise
TV GAZETA
Madagascar 2 (Globo, 14h) Madagascar: Escape 2 Africa, de Eric Darnell e Tom Mcgrath. Elenco não informado. EUA, 2008, cor, 89 min. A emissora não divulgou a classificação etária. Animação - Alex, Marty, Melman, Glória, rei Julien, Maurice, os pinguins e os chimpanzés estão no longínquo litoral de Madagascar. Para deixar o local, os pinguins consertam um velho avião de guerra, mas logo em seu primeiro voo ele cai. Isso faz com que os animais do zoológico de Nova Iorque tenham de lidar, pela primeira vez na vida, com espécies semelhantes a eles, só que habituadas à vida selvagem. Dios Los Cría (TV Brasil, 23h) Dios Los Cría, de Jocobo Morales. Com Gladys Rodríguez, Esther Sandoval e Norma Candal. Porto Rico, 1980, cor, 120 min. Classificação Etária: 18 anos. Comédia - Cinco histórias de ganância e hipocrisia de alguns setores da sociedade contemporânea portorriquenha denunciam falsos valores burgueses. As histórias são ligadas à prostituição, infidelidade e culpa.
Canal 7
04h40 - Santa Missa 05h40 - Sagrado 05h55 - Gazeta Rural 06h25 - Pequenas Empresas 07h00 - Globo Rural 07h55 - Auto Esporte 08h30 - Esporte Espetacular 11h40 - Aventuras do Didi 12h15 - Os Caras de Pau 13h05 - Temperatura Máxima Filme: Madagascar 2 (Exibição em HD) *** 15h00 - Futebol 2011 Campeonato Brasileiro - Bahia x Vasco 17h00 - Domingão do Faustão 19h45 - Fantástico 22h05 - Hipertensão 22h55 - Domingo Maior Filme: O Reino Proibido (Exibição em HD) *** 00h45 - Sessão de Gala Filme: O Traidor (Exibição em HD) ***
TV PAJUÇARA 00h15 04h25 04h55 05h45 06h15 07h00 08h00 11h00 15h00 19h00 22h00 00h00
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Iurd Bíblia Em Foco Desenhos Bíblicos Iurd - Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Alagoas da Sorte Pan Guadarajara Tudo É Possível Programa do Gugu Domingo Espetacular Pan Guadarajara Ponto de Luz
FILMES DA SEMANA
Canal 5
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Canal 11
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O Reino Proibido (Globo, 23h55) The Forbbiden Kingdom, de Rob Minkoff. Com Jet Li, Michael Angarano e Jackie Chan. EUA, 2008, cor, 104 min. A emissora não divulgou a classificação etária. Aventura - Um jovem fanático por artes marciais sonha regularmente com o rei Macaco, um mestre na arte do Kung Fu, e sempre frequenta uma loja de penhores em Chinatown. Um dia, ele encontra, no fundo da loja, um cajado com mais de um metro e um macaco gravado, exatamente igual ao usado pelo rei Macaco em seus sonhos. Quando uma gangue tenta assaltar o local, ele recebe a missão de devolver o cajado ao seu verdadeiro dono. O Traidor (Globo, 1h45) Traitor, de Jeffrey Nachmanoff. Com Don Cheadle, Guy Pearce e Said Taghmaoui. EUA, 2008, cor, 114 min. A emissora não divulgou a classificação etária. Ação - Samir Horn, ex-capitão de operações especiais do exército norte-americano, entra no foco das investigações do FBI por ser suspeito de uma perigosa conspiração internacional. Horn é responsabilizado quando uma grande operação fracassa. Isso faz com que ele desapareça antes que qualquer um o escute, o que gera a criação de uma força-tarefa formada por diversas agências com o objetivo de encontrá-lo. É quando um veterano da CIA e um agente do FBI são incumbidos da missão. SEGUNDA, 24/10 Vestida Para Casar (Globo, 16h) 27 Dresses, de Anne Fletche. Com Katherine Heigl, Edward Burns e Malin Akerman. EUA, 2007, cor, 111 min. Aemissora não divulgou a classificação etária. Comédia - Jane é uma mulher idealista e romântica que jamais encontrou o amor de sua vida. Ela imagina tê-lo encontrado em George, seu chefe, por quem nutre uma paixão secreta. Mas sua irmã caçula, Tess, é mais rápida e conquista o coração de George. Isso faz com que Jane repense sua vida, já que sempre foi boa em fazer com
que as outras pessoas sejam felizes sem que ela própria seja. Missão Babilônia (Globo, 22h25) Babylon A.D., de Mathieu Kassovitz. Com Vin Diesel, Michelle Yeoh e Melanie Thierry. EUA, 2008, cor, 90 min. A emissora não divulgou a classificação etária. Ficção - Um mercenário que segue o lema "matar ou morrer" é contratado para escoltar Aurora do Cazaquistão até Nova Iorque. Com a irmã Rebeka, protetora de Aurora, eles atravessam o território conhecido como Nova Rússia para chegar aos Estados Unidos, mas muitos perigos os aguardam a cada passo. A Casa de Alice (Globo, 2h15) ACasa de Alice, de Chico Teixeira. Com Carla Ribas, Vinicius Zinn e Ricardo Vilaca. Brasil, 2007, cor, 92 min. A emissora não divulgou a classificação etária. Drama - Em um bairro da periferia de São Paulo, a manicure Alice e sua família, composta pelo marido infiel, a mãe que cuida da casa e os três filhos jovens e sem perspectivas, enfrentam um cotidiano difícil. TERÇA, 25/10 A Família Buscapé (Globo, 16h15) The Beverly Hillbillies, de Penelope Spheeris. Com Jim Varney, Diedrich Bader e Erika Eleniak. Brasil, 1993, cor, 92 min. A emissora não divulgou a classificação etária. Comédia - Avida da Família Clampett muda completamente do dia para noite depois que eles descobrem petróleo no pântano atrás de seu casebre em Ozark e ficam ricos. Incentivada a se mudar para Beverly Hills, a inocente e trabalhadora família é a isca perfeita para charlatões, impostores e aproveitadores. A Saga de um Herói 2 (SBT, 23h) The Legend II, de Corey Yuen. Com Jet Li, Josephine Siao e Adam Cheng. China, 1993, cor, 95 min. Classificação etária: 14 anos. Ação - Fong Sai Yuk, um patriota do século XIX, habilidoso nas artes marciais, conta com a ajuda de sua mãe, lutadora de kung fu, para derrubar a repressiva Dinastia Manchu. QUARTA, 26/10 O Cachorro Bombeiro (Globo, 16h) Firehouse Dog, de Todd Holland. Com Josh Hutcherson, Bruce Greenwood e Dash Mihok. Brasil, 2006, cor, 111 min. Aemissora não divulgou a classificação etária. Ação - Rexxx, o cão mais famoso em Hollywood, escapa dos estúdios e acaba se perdendo. Após ser adotado por um garoto rebelde, filho do chefe de uma equipe de bombeiros, Rexxx aprende o verdadeiro significado das palavras lealdade e amizade. QUINTA, 27/10 Quatro Amigas e um Jeans Viajante (Globo, 15h55) The Sisterhood of the Traveling Pants, de Ken Kwapis. Com Amber Tamblyn,
Alexis Bledel e America Ferrera. Brasil, 2005, cor, 119 min. A emissora não divulgou a classificação etária. Drama - Nascidas no mesmo mês, quatro moças crescem juntas e viram grandes amigas. Agora, aos 16 anos, estão prestes a se separar pela primeira vez. Mas, antes, elas encontram uma calca jeans que, estranhamente, cai bem em todas, mesmo tendo físicos diferentes. As amigas decidem comprá-la e iniciar uma irmandade em torno dela, definindo regras segundo as quais cada amiga usa o jeans mágico por uma semana. SEXTA, 28/10 Entrando Numa Fria (Globo, 16h) Meet The Parents, de Jay Roach. Com Robert De Niro, Ben Stiller e Teri Polo. Brasil, 2000, cor, 108 min. Aemissora não divulgou a classificação etária. Comédia - Completamente apaixonados, Pam resolve levar seu namorado Greg para conhecer seus pais. Só que, ao chegar, o pai dela não se impressiona com Greg e decide tornar seu final de semana insuportável, utilizando todos os meios possíveis de intimidação, com apenas um único objetivo: se Greg aguentar até o fim, ele é o homem certo para se casar com sua filha. Os Carvoeiros (TV Brasil, 22h) Os Carvoeiros, de Nigel Noble. Elenco não informado. Brasil, 1999, cor, 65 min. Classificação Etária: Livre. Documentário - Mostra o dia a dia das famílias que extraem carvão vegetal no interior de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. A partir de entrevistas com carvoeiros, o documentário denuncia as péssimas condições de vida dessa população esquecida, além de infrações às leis que incluem trabalho infantil e semi-escravo. O Império (do Besteirol) Contra-ataca (Band, 22h20) Jay & Silent Bob Strike Back, de Steve Beck. Com Jason Mewes, Kevin Smith e Ben Affleck. EUA, 2001, cor, 98 min. Classificação etária: 14 anos. Comédia - Quando Jay e Silent Bob descobrem que os personagens de histórias em quadrinhos baseados neles, Bluntman e Chronric serão adaptados para o cinema, eles vibram de alegria. Mas logo esta alegria vira raiva quando ambos descobrem que não receberão nada por terem inspirado os personagens. Sendo assim, eles resolvem partir em uma viagem de Nova Jersey até Hollywood para sabotar as filmagens, que estão prestes a começar. Navio Fantasma (SBT, 23h) Ghost Ship, de Steve Beck. Com Gabriel Byrne, Julianna Margulies e Ron Eldard. EUA, 2002, cor, 91 min. Classificação etária: 16 anos. Suspense - Especialistas em localizar, consertar e trazer até a costa navios que tiveram problemas em alto-mar, a equipe do barco rebocador Guerreiro Ártico segue em missão até o Estreito de Bering. Para surpresa do grupo, no caminho se deparam com o famoso Antonia Graza, um transatlântico italiano desaparecido há 40 anos. O que eles não podiam imaginar é que o navio agora é moradia de um estranho e mortal ser que quer a vida de todos.
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RETRATO FALADO
FINA ESTAMPA
Em seu devido lugar
O primeiro papel de um ator na televisão é sempre um momento decisivo. Principalmente quando se trata de interpretar um vilão. Em "Rebelde", Pedro Cassiano chegou para movimentar ainda mais a trama na pele de Binho, um exnamorado de Roberta, interpretada por Lua Blanco. O personagem faz de tudo para atrapalhar o romance da moça com Diego, de Arthur Aguiar. Para Pedro, a dificuldade do papel vai muito além. "Eu tendo a ser mais tímido, já o Binho é mais solto, fala com todo mundo, não tem vergonha, não tem aquele sentimento de
culpa. Acabo aprendendo muito com ele também", constata. O ator exalta o lado bom de ganhar um personagem com tamanha responsabilidade. "Estou gostando muito de fazer um vilão, porque novela sempre precisa de um. É o que dá mais dinâmica à trama", comemora. Pedro entrou na novela muito depois da estreia. Ainda assim, o visível sucesso do folhetim e a boa recepção dos companheiros de gravação foram fatores que motivaram o intérprete. "Fiquei um pouco inseguro, mas eu queria muito fazer e fui muito bem recebido. Agora já estou me sentindo mais em casa", confessa. Em "Rebelde", Pedro já participou de
algumas cenas em que precisou cantar e dançar. Para o ator, isso não foi difícil, já que teve, em 2009, a experiência de fazer parte do musical "Pernas pro Ar", de Claudia Raia. Na produção, pode trabalhar a voz e se descobrir como cantor, além de fazer o que já sabia: dançar. Antes de se tornar ator, Pedro ganhou uma bolsa de estudos na Nova Zelândia para estudar dança. Para ele, a profissão surgiu como uma surpresa: "Comecei no teatro como quem não quer nada, não fui para entrar para a televisão. Nunca pensei que isto pudesse acontecer. Depois me entusiasmei e comecei a pensar mais nessa possibilidade." conta.
Homem bonito: "Não vou falar meu pai. Mas meu avô". Cantor: Michael Jackson. Cantora: Tracy Chapman. Ator: Matt Damon. Atriz: Meryl Streep. Animal de estimação: "Minhas duas labradoras". Perfume: Hugo Boss. Escritor: Paulo Coelho. Arma de sedução: "Tentar ser você mesmo e ver se rola ou não". Programa de índio: "Aquela festa que todo mundo fala que vai ser boa e, quando você chega, está muito cheia ou muito vazia, a música não é boa, está chovendo". Melhor viagem: "Nova Zelândia, quando eu morei lá para estudar dança e acabou mudando a minha vida".
Sinônimo de elegância: Atitude e respeito. Melhor Notícia: "Vamos viajar amanhã e ficar um mês na Indonésia". Gula: Chocolate. Inveja: "Todo mundo tem, né? Tem de tentar substituir por um sentimento de admiração". Ira: "Quando eu fico com fome". Luxúria: "Difícil essa..." Vaidade: "Sempre sou muito vaidoso". Cobiça: "Sinceramente, não sei dizer". Preguiça: "Não posso ficar perto da minha cama". Mania: "Tenho uma horrível mania de roer as unhas". Filosofia de vida: "Conquistar as coisas com seus próprios esforços, sem passar por cima de ninguém".
No ar em "Rebelde", Pedro Cassiano se revela como ator e vibra com sua estreia
Nome: Pedro Cassiano. Nascimento: Em 24 de dezembro de 1987. Na tevê: Filmes e séries. Nas horas livres: "Gosto de ir à praia, surfar, encontrar com meus amigos, viajar." No cinema: "Beleza Americana", de Sam Mendes. Livro: "O Poder do Agora", de Eckhart Tolle. Música: "Under The Bridge", da banda Red Hot Chili Peppers. Prato predileto: Comida japonesa. Pior presente: "Acho que uma notícia ruim é sempre um mau presente". O melhor do guarda-roupa: "As blusas novas que eu comprei ontem". Mulher bonita: "Minha mãe."
O QUE VEM POR AÍ
PopTevê
Pedro Paulo Figueiredo/CZN
Por Nicole Sanchotene
Divulgação
Alegria de vilão
É difícil entender o que faz uma mulher que apanha de seu companheiro se calar diante de tamanha barbaridade. Celeste (Dira Paes) [foto] vive sempre machucada por culpa de Baltazar (Alexandre Nero). Mas, nos próximos capítulos de "Fina Estampa", ela terá a chance de mudar de atitude. Como de costume, o marido a agride. Mas Solange (Carol Macedo) pede ajuda a policiais. Baltazar acaba sendo preso em flagrante. Apesar de ser a vítima da situação, Celeste fica desolada, mas Griselda (Lília Cabral) a incentiva a prestar queixa contra o marido. Ela resolve ir até a delegacia falar com Baltazar e depois faz o que já devia ter feito há tempos: denunciá-lo. Longe das garras do marido, Celeste consegue pensar mais em si própria. Além de deixar a filha ensaiar sua dança com as amigas, ela é convidada para ser sócia de Griselda e abrir um restaurante. Mas, infelizmente, o respiro não deve durar muito tempo. Tereza Cristina (Christiane Torloni) pretende pagar um advogado para tirar Baltazar da cadeia. Um pouco depois, ele é solto. Quando chega em casa, Celeste se apavora. Resta saber se ele vai voltar manso ou com mais ódio ainda da esposa. (Luana Borges/PopTevê) # Patrícia diz a Antenor que pode pensar em reatar o namoro se ele mostrar que mudou. # Carolina manda um e-mail para Juan, fingindo ser Letícia.
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NOME PRÓPRIO
REBELDE
Chega de mentir
Luiza Dantas/CZN
Por Gabriel Sobreira
O QUE VEM POR AÍ
PopTevê
Cláudia Alencar tem uma "queda" bem especial por suas personagens. "Adoro os nomes estranhos das mulheres que vivo. Dá uma característica ao papel", confidencia, aos risos, a intérprete da pitoresca Adalgisa, em "Vidas em Jogo", da Record. No folhetim de Cristianne Fridman, a personagem passou 20 anos na Europa e retorna ao Brasil para revelar um mistério, que envolve o núcleo familiar da avarenta Augusta, de Denise Del Vecchio, e do ambicioso Raimundo, de Rômulo Arantes Neto. "Precisavam botar fogo na trama", gaba-se, bem humorada. Aos poucos, a personagem de Cláudia ganha destaque na trama. No texto de Christianne, Adalgisa é funcionária de uma grande grife de moda e só pensa em trabalho. A cada capítulo, ela mostra querer conquistar a confiança de Raimundo. Tanto que até o presenteia com um carro. Essa atitude irrita a mãe do rapaz, que acha que Adalgisa quer comprar o filho. A relação entre o trio é suspeita e isso tem divertido Cláudia Alencar. "Mas não sei de nada", desconversa com humor, sobre o mistério pelo repentino interesse de sua personagem pelo jovem. Longe da tevê desde o fim de "Os Mutantes: Caminhos do Coração", em 2009, Cláudia ficou surpresa quando foi convidada para a atual novela. "Não estava nada previsto. Estava com as férias marcadas para Nova Iorque", explica. O convite oficial aconteceu depois de duas semanas em solo brasileiro. Nesse meio tempo, a novela seguia a pleno "vapor". E Cláudia, se viu, novamente, entrando na metade de uma produção. Foi assim com a Perla Menescau, em "Fera Ferida", da Globo, em 1993. "Foi um sucesso", destaca, em tom saudosista. Com mais de 35 anos de carreira na tevê, Cláudia garante que ainda precisa aprender a dosar a ansiedade antes de gravar. "Em 'Porto dos Milagres', o Flávio Galvão me falava: 'Cláudia, pelo amor de Deus, se acalma!'. Mas o que posso fazer? Fico nervosa nas primeiras cenas", argumenta. E na atual "Vidas em Jogo" não é diferente. Mas a experiência acaba dando lugar ao nervosismo. "A minha missão é ser feliz com o que faço", atesta.
Divulgação
Toda prosa
Em "Vidas em Jogo", Cláudia Alencar ganha destaque como a misteriosa Adalgisa
O tempo para compor sua chique personagem Adalgisa foi modesto. "Em duas semanas já fui para o estúdio", frisa. Para ela, a caracterização é mais uma etapa de um processo de criação. "Atuar é algo que vem de dentro", divaga. Cláudia Alencar é daquelas atrizes movidas pela paixão. E é com essa referência que ela encara o seu ofício de atriz na tevê, no teatro e no cinema. Enquanto esteve fora da televisão, ela se dedicou aos palcos e à sétima arte, como no filme "Requiém para Laura Martin", de Luis Rangel e Paulo Duarte, que deve estrear em 2012. Cláudia ga-
rante ainda não ter cogitado a hipótese de tentar carreira internacional. Mas abriria uma exceção se fosse trabalhar com o diretor espanhol Pedro Almodóvar. "Me acho a cara dele. Acho que ele iria se apaixonar por mim. Quem sabe?", aposta, entre risos. Em uma breve retrospectiva de sua carreira, Cláudia não esconde a sensação de que ainda não é aproveitada para o posto de protagonista ou até mesmo em um grande papel. Mas isso está longe de desanimá-la. "Vou lá e faço meus personagens receberem destaques", frisa com satisfação.
É difícil disfarçar quando se tem "culpa no cartório". Nos próximos capítulos de "Rebelde", Márcia (Carla Diaz) [foto] vive um dilema. Durante a viagem que fez, acabou beijando um americano. O problema é que ela namora Téo (Bernardo Falcone) [foto] e agora não sabe como agir na frente do namorado. Tanto que quando o menino tenta conversar com Márcia, ele se atrapalha e a deixa irritada. Depois, quando ele tenta mais uma vez se aproximar, ela se sente culpada e desconversa. Mas ele, pelo menos, consegue distrair a cabeça, tocando uma música no violão de Binho (Pedro Cassiano). O vilão fica surpreso com o talento do "nerd" e aproveita para convidá-lo para tocar com ele em um bar. O adolescente promete pensar no assunto. Mas, pelo visto, ele vai ter uma coisa mais importante para se preocupar: seu relacionamento com Márcia. Enquanto isso, ela desabafa com Roberta (Lua Blanco) e conta o que fez. A amiga a aconselha a dizer a verdade, por pior que possa ser. Mas Márcia fica com medo de perder o namorado. Quando o encontra, mente. Mas Téo percebe algo diferente no ar e insiste para que Márcia diga o que é. Quando ela finalmente se dispõe a contar toda a verdade, Jonas (Floriano Peixoto) chega e atrapalha o casal. Mas outra oportunidade surge e Márcia diz para Téo que beijou outra pessoa na viagem. Surpreendentemente, ele fala que perdoa a namorada. E, por incrível que pareça, é aí que pode estar o problema. Márcia, surpresa com a reação dele, explode e decide terminar o relacionamento. Vai entender essas mulheres.... (Luana Borges/PopTevê) # Tomás beija Maria para fazer ciúmes em Carla. # Arthur e Cilene contam a Genaro que estão juntos.