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O JORNA L Maceió, domingo, 25 de abril de 2010 | Ano XVI | Nº 121 | www.ojornalweb.com
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ALAGOAS
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SOB SUSPEITA
Cursos reduzem o Ensino Médio
Em Alagoas, instituições atropelam a legislação para apressar a conclusão dos estudos de quem se perdeu no caminho da escola. O Ministério da Educação alega que elas não têm autorização do Conselho Estadual de Educação para funcionar. Páginas A14, A15 e A16
Thalysson Alves - Estagiário
Bancada será pressionada para garantir licitações Após uma semana com duas derrotas consecutivas, na tentativa de mudar as regras para fazer licitações, o governo do Estado vai correr nesta semana para aprovar uma emenda da emenda ao texto que dispõe sobre o assunto. O Executivo quer reduzir de 180 para 120 antes das eleições o prazo-limite para abrir licitações. Página A3
Professores e estudantes denunciam o caos na Uneal Professores e alunos da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) estão reclamando da falta de estrutura na instituição. Eles denunciam que há infiltrações no telhado e paredes, que as salas estão infectadas com cupins e que falta ventilação no prédio. Tudo isso está inviabilizando as aulas na Uneal. Página A22
Redes de supermercados voltam a investir em AL Cinco anos após a primeira expansão do setor supermercadista, grandes redes voltam a investir no Estado. O marco desse novo ciclo é a 1ª loja do grupo Carrefour. São cerca de R$ 200 milhões investidos com a região do Tabuleiro, em Maceió, e algumas cidades do interior como destino das novas unidades. Páginas A25, A26 e A27
TV
Sem educação ambiental, população polui os riachos de educação ambiental está acabando com os riachos de Maceió. Muitos já foram transformados em esgotos a céu aberto graças à falta de responsabilidade social das pessoas. Os riachos do Silva e Reginaldo são exemplos claros dessa degradação. A população já começa a lamentar seus atos. Afalta
Kayky Brito será um ciclista em Passione, nova trama de Sílvio de Abreu que estreia em maio na Globo
Página A18
Marco Antônio Lula Castello Branco
Dois O JORNAL caiu em campo e descobriu que Alagoas tem sua história contada em obras raras abrigadas em instituições e sebos locais Páginas B1 e B5
Esportes
aceió está sediando a Copa Nordeste de Hipismo. Vão ser disputadas hoje as finais da M competição, que reúne mais de 150 competidores.
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O JORNAL
Opinião A2
Uso combinado dos instrumentos de gestão “É necessário que os fiscais atuem também como educadores e capacitadores” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental
A aplicação integrada e combinada dos instrumentos de gestão ambiental exige mudanças principalmente culturais, envolvendo os procedimentos, a consciência e a prática cotidiana de cada individuo envolvido com a gestão ambiental. O uso dos instrumentos de forma combinada aproveita melhor suas qualidades e leva em conta as limitações de cada um deles. Exemplos de combinação de instrumentos são o enquadramento de cursos d’água e o monitoramento de qualidade do ar, água e solo, associados ao licenciamento e á fiscalização. A gestão ambiental envolve diversos componentes do meio ambiente e suas interações, devendo-se utilizar múltiplos instrumentos para a sua efetivação. O gestor ambiental precisa ser cada vez mais polivalente e multiespecializado, com visão holística, dominando a técnica de gestão e os instrumentos de que dispõe. Grupos de trabalho e equipes com múltiplas especializações e habilidades no uso dos vários instrumentos podem obter resultados eficazes. É necessário que os fiscais atuem também como educadores e capacitadores, desenvolvendo o seu potencial de transferência de tecnologia, de comunicação e de capacitação, sabendo ouvir os problemas prioritários, as dificuldades de atendimento e as conjunturas políticas locais. Os instrumentos de gestão baseados no controle são necessários, porém insuficientes para o fomento do desenvolvimento sustentável. Em vários países, instrumentos econômicos de gestão ambiental asseguram resultados eficazes, a exemplo do estabelecimento de padrões ambientais. Algumas situações exigem a aplicação de medidas corretivas, enquanto outras devem ser objeto de ações preventivas e de acompanhamento periódico, no sentido de evitar a ocorrência de danos. Em função do estágio de evolução em que se encontra cada atividade e do potencial de degradação apresentado é que se deve estabelecer o uso do instrumento preventivo ou corretivo adequado. A adoção de medidas preventivas, corretivas ou proativas exige técnica e conhecimento, para compor a arte e o oficio do gestor ambiental.
O pré-sal e o futuro do Brasil “Seremos um dos maiores produtores mundiais de petróleo e um gigante na exportação de gasolina, diesel e outros derivados” Renan Calheiros Senador, líder do PMDB e relator do marco regulatório da exploração do pré-sal
O Senado Federal decidirá, em breve, sobre quatro propostas que carregam um futuro mais próspero para todos os brasileiros. Trata-se de uma jazida gigantesca de petróleo – 149 mil quilômetros quadrados - localizada no mar a 8 mil metros de profundidade, abaixo da camada de sal. A riqueza é tão impressionante que seremos um dos maiores produtores mundiais de petróleo e um gigante na exportação de gasolina, diesel e outros derivados. Para reverter esta riqueza em prol do desenvolvimento do País, o governo decidiu fortalecer a Petrobras, criar a Petrosal para fiscalizar e instituir um fundo para o desenvolvimento da educação, ciência, erradicação da pobreza e conservação do meio ambiente. Dos quatro projetos o mais inovador é o que modifica o modelo de exploração do petróleo. O antigo modelo – concessão – está sendo substituído pelo sistema de partilha. Com as novas regras teremos maior lucro sobre a riqueza e controle estratégico da produção. O baixo risco na exploração e alta rentabilidade é a fórmula que concede ao País maior lucratividade, autonomia estratégica e capacidade de gerenciamento da produção e da comercialização. No sistema de partilha o Estado assegura o acesso à riqueza e deixa de transferir toda a propriedade do óleo para empresas privadas. Serão contratos específicos por áreas determinadas. Vence a licitação quem oferecer a maior parcela de lucro para o Estado. A descoberta, bem administrada, assegura milhões de empregos, renda, investimentos e crescimento das indústrias naval e petroquímica. O petróleo é de todos – e o Senado, que é a casa da Federação – encontrará uma solução justa, equilibrada e que não provoque conflitos entres os estados brasileiros. Como homens públicos não devemos nos conduzir como proprietários da riqueza, no máximo seremos seus protetores e como tal devemos fazer o nosso melhor. Meu objetivo inafastável, como relator do marco regulatório da exploração, é colaborar para preservar a federação e manter sua integridade. Esta relatoria difere das demais. Além da responsabilidade histórica ela terá de ser coletivizada. Todas as boas idéias para distribuir a riqueza equanimemente e sem estremecimento da Federação serão muito bem vindas. Sei que o Senado Federal – já testado em outros desafios – encontrará o caminho para que nossa solução não se transforme em maldição.
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Cordeiro Trabalha Albérico Cordeiro teve em vida duas marcas: o bom humor e a independência. Essa características o acompanharam em vários momentos dos 66 anos em que viveu, até ser levado tragicamente. Ele nasceu no Pilar, mas logo cedo mudou para Maceió onde virou líder estudantil. Destacou-se pela boa oratória e irreverência. Bom analista político ganhou projeção, mas preferiu ousar. Com pouco dinheiro no bolso, viajou até Brasília e foi um dos pioneiros no período da construção da capital, onde fez carreira como jornalista. Trabalhou no Correio Brasiliense, Gazeta de Alagoas e no extinto Jornal de Alagoas. Prático e dinâmico, se tornou funcionário do Senado. Aos mais íntimos dizia que conhecia todas as salas da Explanada dos Ministérios, e que já tinha entrado nos 513 gabinetes da Câmara dos Deputados. Talvez por isso, tenha dado mais um voo ousado na vida. No final da década de 70 resolveu entrar de cabeça na política. Foi eleito deputado
federal por cinco vezes consecutivas, contando a primeira suplência em 90, onde até então favorito, brincou com a sorte e perdeu a eleição, mas assumiu. Em 1996, quando resolveu disputar a campanha para prefeito de Maceió saiu derrotado, mas sem nenhum trauma. Ele mesmo dizia, que pelo pouco tempo que teve não conseguiu percorrer todos os bairros de Maceió. A derrota o ensinou e não o fez mudar de planos, mesmo reeleito federal em 98, entrou na eleição de 2000 e, sem ser favorito, ganhou a Prefeitura de Palmeira dos Índios. Polêmico e irreverente, sempre independente. Tomava conta de cada detalhe de suas campanhas. Muitas vezes era visto falando dentro dos carros de som que percorriam os mais longos rincões de Alagoas. Talvez por isso, ele vá ser sempre lembrado por ser criador de todas as suas próprias peças publicitárias, inclusive a mais famosa delas, que se tornou sua marca pessoal: “Cordeiro Trabalha”.
Ponto de vista
San
Biruta do aeroporto “O Brasil ainda não conhece quem é Dilma Rousseff, mas isso não diminui seus atributos de mulher valente, que sabe muito bem aonde quer chegar” João Lyra Ex-deputado federal
De acordo com a última pesquisa do Datafolha, mais da metade do eleitorado brasileiro ainda desconhece que Dilma Rousseff é a candidata de Lula à presidência da República. O fato de a ex-ministra nunca ter exercido mandato popular — ao contrário de José Serra —, contribui decisivamente para isso. No entanto, a candidata se mantém firme no entorno dos 30% na preferência dos eleitores, com chances de ganhar o pleito, para o que se empenhará o presidente Lula. É claro que, por ter ocupado pastas essencialmente executivas — Ministério de Minas e Energia e Casa Civil — Dilma teve reduzida sua visibilidade pública, quadro somente alterado quando, em 2007, assumiu a coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com a exposição massiva antes e durante o período de campanha, inclusive face ao horário eleitoral, é lógico esperar-se que ela ascenda a um maior patamar nas pesquisas. Certo de que isso acontecerá, Lula torce por um confronto “plebiscitário”, logo no primeiro turno A conjectura confirma o ditado de que “muita água ainda vai correr por baixo da ponte”. O Brasil ainda não conhece quem é Dilma Rousseff, mas isso não diminui seus atributos de mulher valente, que sabe muito bem aonde quer chegar. Com efeito, foi essa confiança que transmitiu aos brasileiros quando, em discurso no ABC paulista, enfatizou pontos do seu caráter e da firmeza e convicção com que defende suas ideias. “1. Eu não fujo quando a situação fica difícil. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com as minhas convicções
(...) Só segui o que a minha alma e o meu coração mandavam (...) Nunca abandonei o barco.” “2. Não sou de esmorecer. (...) Vou lutar até o fim por aquilo em que acredito. (...) por um país desenvolvido, com oportunidade para todos, com renda e mobilidade social, soberano e democrático.” “3. Vocês não me verão usando métodos desonestos e eticamente condenáveis para vencer. Não me verão usando mercenários para caluniar e difamar adversários. (...) Mesmo que seja alvo de ataques difamantes.” “4. Eu não traio o povo brasileiro. (...) Eu nunca traí os interesses e os direitos do povo. E nunca trairei. Vocês não me verão pedindo que esqueçam o que afirmei ou escrevi. (...)” “5. Eu não entrego o meu País. Tenham certeza de que nunca, jamais, me verão assumindo posições que signifiquem a entrega das riquezas nacionais a quem quer que seja. (...) O Estado deve estar a serviço do interesse nacional e da emancipação do povo brasileiro.” Essas palavras representam uma confissão de fé de Dilma Rousseff, mostrando-a de corpo inteiro ao Brasil. São, além disso, o cerne das ideias que devem comandar o nosso País nos próximos anos. Dilma Rousseff não é Pitta como Lula não é Maluf, na infeliz comparação feita por Serra. Também não muda de posição quando o assunto é o PAC ou o Bolsa Família, — ou “bolsa esmola”, no dizer dos tucanos. Ao contrário de Serra, que, dependendo da plateia e dos seus interesses eleitorais, muda de posição como “biruta de aeroporto”, como afirmou esta semana a ex-ministra Dilma Rousseff.
O JORNAL Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br
Marcial Lima Professor
O artigo da semana passada favoreceu-me com alguns feedbacks. Uns me tentam a citar exemplos, lembrando o Projeto Ponto Central que, às sextas-feiras, levava nossos músicos e cantores para apresentações no Centro de Maceió. Era um sucesso! Criou habitualidade. No entanto, os processos referentes a seu custeio foramme devolvidos, sob a alegação de que “conforme a lei, a Prefeitura Municipal só pode contratar artistas com reconhecimento de público e de crítica”. Criava-se um impasse, pois de sua programação constavam exclusivamente cantores e músicos locais, hoje reconhecidos, mas, à época, “apenas” talentos que despontavam. Foi preciso esforço em um parecer, onde se esclarecia que o papel precípuo de uma Secretaria de Cultura não era a consagração do já consagrado, e, sim, catalisar novos valores. Anos depois, Dia do Estudante, promovi a apresentação de um compositor e cantor alagoano, e o processo retorna: “Não recomendamos o deferimento. Se era para divertir estudantes, que fosse contratado um artista mais barato”. Consegui êxito, evidenciando várias razões, esclarecendo que a uma Secretaria de Educação cabia o papel de alargar horizontes, indo muito além do mero “divertir estudantes”. Não me motivo, porém, a expor vários desses fatos, pois ao fazê-lo estaria fixando-me no passado, quando o interesse é focar o futuro. Poder-se-ia também cair no já sabido: “A estrutura da administração pública, kafkiana, é um gigantesco e labiríntico vespeiro de podes e não-podes. Nela, querer não é poder”, diz Israel do Vale. “Os governos (em qualquer parte do mundo) agem por pressão... numa conjuntura de forças que se multiplicam e interesses que se fracionam. É preciso conhecer os mecanismos institucionais e agir (com ética) objetiva e estrategicamente”. Sendo assim, se alguma regressão aponta-me o anacronismo de buscar culpados ao invés de apontar caminhos, opto por relembrar Ezra Pound: “O mau crítico se conhece quando ele começa por discutir o poeta e não o poema”. Exercito assim a paciência histórica de que fala Paulo Freyre, em respeito ao momento de cada um. E porque a limitação de espaço não nos favorece ir a cada e-mail, fico com o de um jovem advogado da Comissão de Políticas Públicas da OAB, participante de recente curso sobre gestão de cidades: “Não tenho dúvida que o grande debate deste século será a eficiência da gestão pública. E só conseguiremos avançar democraticamente, com planejamento e efetividade, se conseguirmos uma sinergia das agendas políticas e as de governo”. Jovem e lúcido, percebe-se. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
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Política
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Arquivo
Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
LÁ VEM O TREM Depois de oito anos sem circular em Alagoas, o trem de carga está de volta. A expectativa era de que circulasse já no final deste mês, mas a obra de recuperação da linha férrea atrasou. Em 2002, com a cheia dos Rios Mundaú e Canhoto, a linha férrea foi destruída; a enxurrada arrastou trilhos, dormentes e pontes impedindo o trem de circular. A então Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) pediu ajuda do governo para recuperar a linha férrea e o governo negou. A alegação foi de que, ao arrematar a Rede Ferroviária, a CFN se comprometeu em arcar com o custo de recuperação da malha ferroviária. Finalmente, no governo Lula, chegou-se ao consenso; a CFN virou Transnordestina Logística, o BNDES liberou o dinheiro e o trem de carga foi recolocado nos trilhos para transportar álcool, açúcar, milho e cimento. O terminal de cargas ferroviárias em Jaraguá está sendo recuperado e os antigos armazéns foram arrendados. Um dos arrendatários é a Fábrica de Cimento Atol, instalada no Ceará.
AVANÇADO
DESTINOS
A novidade na volta do trem de cargas em Alagoas é que o sistema de comunicação antigo, na base do telégrafo a fio de cobre suspenso no ar, foi substituído pelo sistema de fibra ótica que corre paralelo à linha férrea, mas no subsolo.
Um trem vai levar argila da beira do Rio São Francisco, em Propriá-SE, para a indústria de cerâmica em Recife passando pelo entroncamento de Lourenço de Albuquerque. Outro trem virá do interior do Ceará trazendo cimento para Maceió.
SUPERA A equipe que cuida do plano de governo do pré-candidato a governador, Ronaldo Lessa, descobriu que no governo Lessa (1999/2006) foram investidos R$ 50 milhões através do Departamento de Estrada de Rodagem (DER) em recuperação, pavimentação e construção de rodovias. Detalhe: recursos próprios. O montante representa quatro vezes mais o que o governo Téo Vilela investiu até agora no setor.
NO RINGUE O presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Toledo, é agora um aplicado aluno de academia de lutas marciais, na Ponta Verde. Ainda não chegou à faixa preta, mas, pelo sim pelo não, é bom não desafiá-lo.
A VOLTA
PRESSÃO
O ex-governador Manoel Gomes de Barros e o deputado federal Benedito de Lira foram vistos juntos, no mesmo palanque, entregando ambulância para o município de Santana do Mundaú. Da última vez que se juntaram, em 1998, Mano e Benedito fizeram a dobradinha para o governo do Estado e perderam. Foi a primeira vez que Benedito ficou sem mandato.
O médico Beto Baía, que foi candidato a prefeito de União dos Palmares, está sendo assediado para desistir da candidatura a deputado estadual. No assédio a proposta é apoiá-lo para a sucessão do prefeito Kil Freitas, em 2012. Beto Baía está ressabiado e com razão: não se fecha acordo com tanto tempo de antecedência.
FURADO O ex-deputado federal José Thomaz Nonô já não tem mais certeza de segurança no ninho tucano. Em Brasília, visitando a Câmara Federal, Nonô não economizou nas críticas contra o entorno que blinda o governador Téo Vilela. Entenda-se como entorno, entre outros secretários, Sérgio Moreira.
NA BAIXA Pernambuco terá o maior crescimento industrial em 2010, de acordo com previsão da Revista Nordeste Econômico. O Estado vizinho deverá crescer 7% este ano, seguido de Sergipe e Ceará, com 6,3% e a Bahia com previsão de 6,1% e 5,8% para o Rio Grande do Norte. Alagoas crescerá 5,3% e vai superar apenas o Maranhão e o Piauí (5,2%) e a Paraíba com a menor previsão de crescimento: 5,0%
EXPRESSAS Será 6ª Feira, no Coreto de Jaraguá, o lançamento do livro do jornalista Reinaldo Cabral, “O Vôo do Gafanhoto”. Às 19h30min. Alagoas, Paraíba e o Rio Grande do Norte enfrentarão dificuldades este ano para cumprir com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Arapiraca detém o recorde de motocicletas registradas no DETRAN. São mais de17 mil motocicletas circulando na segunda maior cidade do Estado. O fluxo de turistas em Piranhas, cidade alagoana às margens do Rio São Francisco, no alto Sertão, supera o fluxo turístico em Teresina, Capital do Piauí. Engraçado é que um governador de Alagoas chegou a dizer que o turista só visita o Estado para conhecer o mar. Como se o mar só existisse em Alagoas.
Mesmo sob forte pressão, em duas oportunidades esta semana, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa não conseguiu garantir a aprovação
Governo pressiona bancada na ALE para mudar lei de licitações Semana acaba com duas derrotas seguidas e preocupação com vistas da oposição Alexandre H. Lino Repórter
O governo tentou, mas não conseguiu. Era prioridade dos tucanos colocar em pauta na semana que passou a votação da emenda que pretende estabelecer 120 dias antes das eleições como o prazo máximo para abrir processos licitatórios. Só que essa emenda já é uma alteração na emenda anterior modificada no ano passado que ampliou o prazo
para 180 dias, garantindo assim isenção e menor interferência do governo nas licitações durante o processo eleitoral. Mesmo sob forte pressão, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa em duas oportunidades não conseguiu assegurar a votação. Na primeira percebeu o preparo dos poucos integrantes da oposição - que estavam com o regimento decorado para impedir que o assunto entrasse em pauta. Na
segunda, perceberam que uma articulação de bastidores terminou esvaziando o plenário e jogando para essa semana a votação. Na última quintafeira, apenas 13 deputados compareceram, número inferior ao necessário para votações. Essa corrida tem justificativa. Atualmente, os tucanos estão com aproximadamente R$ 1 bilhão em caixa que foram tomados de empréstimos de organismos internacionais no
ano passado. Por trás disso, ainda existe o interesse do governo do Estado que tem até o próximo dia 5 de maio para alterar a emenda à lei estadual. Se não conseguir, a máquina estatal estará proibida de fazer compras fora da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), no Plano Plurianual (PPA) ou financiadas pelo Banco Mundial. Isso vale para compras com grandes somas em dinheiro, e que não estão planejadas pelos tucanos.
Tensão é previsão para toda semana no Legislativo Acompanhando o clima tenso das discussões, O JORNAL conversou com alguns parlamentares e viu que a semana será tensa e cheia de provocações. A oposição pretende marcar questão no assunto e promete trabalhar com o regimento da Casa para evitar que a mudança seja feita antes do dia 5. Para isso, eles podem pedir vistas e ga-
nhar no mínimo duas sessões de tempo. “O pior é que não temos como contrapor os argumentos do PT. Desta vez eles estão com o regimento de baixo do braço”, disse um deputado da base governista. Por isso tudo, os tucanos estão engajados na tentativa de aprovar a modificação. Os governistas não escondem o temor com o engessamento e
por isso colocam gás total na negociação para colocar a mudança em pauta. “Temos força para passar essa emenda e outras, mas não queremos polemizar. Pretendemos garantir a vitória no voto e com apoio de toda a base”, contou outro deputado ligado ao Palácio República dos Palmares. “O que está difícil é en-
tender porque no ano passado o governo liberou a base para aprovar a modificação da emenda e agora está voltando atrás. Será que esqueceram de avaliar possíveis estragos ou não previam que este dinheiro estaria em caixa para este ano”, analisou um deputado integrante do grupo que ainda não decidiu como votará.
Governistas preocupados; oposição otimista Lula Castello Branco
O clima na Assembleia Legislativa reflete a preocupação dos tucanos com o projeto. Os deputados que estão na linha de frente entre os governistas fazem o discurso pela necessidade da aprovação na emenda para evitar o engessamento financeiro do Estado. Já a oposição alega que não pretende brecar o crescimento, mas que também não pode abrir mão da legalidade pela insegurança jurídica. Pois, o mesmo trecho da Constituição Estadual seria modificado duas vezes em menos de um ano. Para o deputado Paulão (PT), causa estranheza essa pressa do governo em querer apresentar essa emenda da emenda. “Quero que justifiquem o motivo da mudança tão repentina”, afirmou, questionando ainda o deputado Rui Palmeira (PR) autor da primeira modificação, e que é um dos defensores do retorno do texto ao modo anterior. Foi Paulão quem subiu o tom contra a Mesa Diretora quando acusou a manobra para agilizar a vo-
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Paulão estranha pressa do governo; Sextafeira ligou para os deputados da base pedindo que não faltassem
tação – que foi sem sucesso. Do outro lado vem o deputado Alberto Sextafeira (PSB), líder governista, e responsável por dezenas de telefonemas na última quintafeira. Foi ele mesmo quem ligou para os deputados para que não faltassem a sessão,
mesmo após o feriado do meio de semana. O esforço foi em vão, pois apenas 13 nomes estiveram no plenário, boa parte dos que estão alinhados com a oposição. O presidente Fernando Toledo (PSDB) evita polemizar o assunto. Ele, inclusive,
foi quem tirou o assunto da pauta para evitar os confrontos que se estenderam durante toda a sessão da última terça-feira. Uma reunião entre as lideranças mostrou que o governo ainda não tem a garantia de todos os votos suficientes para aprovação.
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O JORNAL JORNA L
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ENTREVISTA/RODRIGO TENÓRIO
“Vender voto, pela legislação, é crime” Sumaia Villela Repórter
odrigo Tenório, atual procurador regional eleitoral, é um daqueles homens do Direito da nova geração, empenhados em acabar com o “jeitinho” de parte dos políticos brasileiros, acostumados a vencer pleitos na base da cesta básica. Alagoano, foi morar em São Paulo com nove anos, onde se tornou
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juiz de Direito. Quando passou no concurso nacional para o MPF, havia duas opções de escolha: Guarulhos (SP) e Arapiraca. Acabou voltando para a terra natal, pela admiração que guarda ao Estado e pela proximidade com a irmã. Ele passaria somente “um tempo” aqui, mas foi ficando, ficando, e, hoje, está à frente da fiscalização do processo eleitoral alagoano. O JORNAL conversou com ele para saber como deverá ser a disputa eleitoral de 2010: propaganda antecipada, gravação de corrupção eleitoral, impugnação e denúncias estiveram entre os assuntos. Fotos: Yvette Moura
- Essa semana, o Ministério cias recebidas na última eleição Público Eleitoral obteve uma para deputado e governador, e grande vitória. Com o resulta- quais as estimativas para esse do favorável, futuras ações po- ano? - É impossível precisar a exdem ser decididas com mais agilidade pelo Tribunal Regio- pectativa, praticamente impossível de saber. nal Eleitoral (TRE)? - A liminar foi dada em um - No encontro de trabalho caso específico relativo ao adesivo de um deputado. Isso não dos promotores eleitorais, o sesignifica que a mesma liminar nhor citou que houve 330 canserá dada em casos envolvendo didatos, e que houve muitas candidaturas indefeoutros adesivos, vai ridas. depender das cir- Eu disse que cunstâncias concreoutros poderão ter tas. Mas já é um prias candidaturas inmeiro passo em redeferidas. Esse prolação àquela tese cedimento em relaque estava sendo ção a esse momento defendida, de que inicial da inscrição era possível a utilidos candidatos. Eles zação de adesivos trazem os documencomo bem ententos que a lei exige, o desse. Há uma conTRE então divulga sulta do TSE dizenuma lista com o do que é possível o nome das pessoas uso de adesivos, que estão pleiteanmas os abusos de- “Não do o registro da canvem ser evitados. divulgamos didatura, e é dado Quando os adesivos um prazo de cinco passam a ser utiliza- muito o que se dias para impugnados com o nítido vai fazer, mas ção desse registro, propósito eleitoral, como é o caso, quan- sim o que se fez” que é feita através da Ação de Impugnado há indícios como marca, logotipos utilizados em ção de Registro de Candidatura. outras campanhas, menção ao Nela você avalia se as condições cargo, ao ano, parece-me que há de elegibilidade estão presentes propaganda eleitoral irregular e se não há alguma condição que feita antes da data permitida pela o impeça de concorrer, por exemlegislação. O deputado foi pro- plo, o fato de ter tido conta rejeicessado, o caso dele ainda não foi tada, de ter uma condenação, ser julgado, é só uma decisão ini- do executivo, ou casado com o cial, chamada de liminar, dada prefeito ou governador atual; em por conta da urgência de se evi- relação aos servidores públicos, tar a distribuição de novos ade- o fato de não ter se descompatisivos. Mas antes dele tinha havi- bilizado no prazo correto da ledo outro caso de propaganda gislação eleitoral. Havendo, abreantecipada, com o governador se espaço para oferecer uma do Estado. Uma revista que, de ação. Julgada procedente, esse acordo com o governo estadual, candidato não pode concorrer buscava somente a divulgação mais. institucional, o que o Ministério - Em que situação pode ser Público Eleitoral considerou que mais do que isso, havia a finali- pedida que a candidatura seja dade de divulgação da candida- cassada, depois das eleições? - Com o término da eleição, tura do governador, por conta de alguns elementos. A Consti- abre-se espaço para novas ações. tuição da República prevê ex- Quando o candidato toma posse, pressamente os requisitos para existe um prazo de quinze dias esse tipo de propaganda: ele tem para entrar com uma Ação de que ter finalidade pública, tra- Impugnação de Mandato Eletizer informações relevantes à po- vo. Antes disso, na diplomação, pulação, o foco não pode ser a existe outra ação, chamada Repessoa, tem que ser a instituição. curso Contra Diplomação. No Como nesse caso havia indícios curso todo, a partir do momencomo fotos em várias páginas e to do registro da candidatura, outros elementos considerados abre-se espaço para a Ação de pela procuradoria regional elei- Impugnação de Registro Eleitoral, que você apura o toral auxiliar, houve abuso do poder ecotambém uma liminômico e político. nar do TRE suspenTodas essas ações dendo nova distripodem desaguar na buição dessas reviscassação do registro tas. ou do mandato. Em todo procedimento, - O Ministério mesmo os realizaPúblico Eleitoral esdos agora, há a postá trabalhando em sibilidade do candialguma denúncia dato ser condenado atualmente? por crime eleitoral; - Sempre está. sendo condenado Mas não divulgaagora, ele não tem mos muito o que se mais a possibilidavai fazer, mas sim o “Em todo de de concorrer. que se fez. Então não procedimento Ainda há outras dá para falar o que está sendo apurado há possibilidade ações que você pode manejar por conta exatamente, quem do candidato de abuso de poder está sendo investigado, quais ações serão ser condenado” que são apuradas em um prazo de propostas. Por uma razão muito simples: se você di- quinze dias da diplomação de vulga durante a investigação, acordo com a legislação vigente. você atrapalha o resultado final. Na palestra, eu disse que acho Além do que é precipitado di- impossível apurar se houve de fato o abuso. vulgá-la sem a investigação. - É possível pelo menos falar quantos pré-candidatos podem ser punidos? - Há muitos. Em torno de 30, só em relação à propaganda, que é o que eu posso falar. As demais eu não posso mencionar. - São candidatos a governador, a deputados... - São candidatos (sorri). - Quantas foram as denún-
- Se houver alguma condenação de caso anterior, como o caso dos indiciados na Operação Taturana, da Polícia Federal, a impugnação ou cassação ocorre? - Tem que haver trânsito em julgado [o término do processo, quando não dá mais para recorrer a instâncias superiores, ou seja, quando o Supremo decide pelo caso]. Há a captação ilícita de sufrágio. O que é isso? Se um
candidato tentar adquirir voto, oferecendo qualquer vantagem que seja ao eleitor, e se ficar demonstrado, isso é o que basta para afastá-lo do pleito eleitoral. Em relação aos taturanas, no aspecto criminal, eles têm que ser condenado definitivamente para que não haja a possibilidade de concorrer. - Esse ano ainda é possível que isso aconteça? - Não (pausa). Existe um projeto para tentar mudar isso, que é chamado de Ficha Limpa. Esse projeto está parado na Câmara dos Deputados, é uma iniciativa do Ministério Público com a sociedade civil, com a Junta, os juízes federais, estaduais, a OAB, a Associação Nacional dos Procuradores da República [ANPR]. Ele prevê que haja a inelegibilidade antes do trânsito em julgado. Bastaria a decisão de tribunal. - Há pressão para que daqui a duas semanas ele seja colocado em pauta. Caso isso aconteça, tem como ser aplicado nesse pleito? - Não dá tempo, porque ainda tem que passar pelo Senado. É muito pouco provável. Veja que esse projeto entrou e saiu de pauta algumas vezes. Seria bom se passasse, mas acho que não. - Mas se passasse, hipoteticamente, daria para ser aplicado nessa eleição? - Eu acho que só no próximo, por determinação constitucional. - No encontro de trabalho, o senhor anunciou que poderá utilizar gravações feitas por eleitores. O MP Eleitoral não teme que os candidatos passem a contratar aliciadores para “tentar” que os seus adversários caiam em contradição? - Apossibilidade do MPE ser manipulado está sempre presente. Você afasta essa possibilidade com uma investigação bem feita. Não é que qualquer prova que chegue aqui vá ser utilizada. Será feita uma apuração para saber se essa prova, no sentido de trazer fatos. Se alguém traz uma prova falsa para iniciar um procedimento investigativo, ou à Polícia Federal, isso é crime. O termo é denunciação caluniosa. Se alguém trouxer elementos falsos, sabendo que o faz, com o intuito de fazer o MPE gerar uma investigação, essa pessoa vai ser processada, e pode ser presa. A informação tem que ser fidedigna, ou pelo menos o denunciante achar que é. - Se eu chego para o candidato e peço que ele me dê, por exemplo, uma dentadura em troca do meu voto, e ele falar que sim, e eu já era paga ou aliada de outro político e tinha feito isso propositalmente, pode ser considerado elemento falso? - Nós chamamos isso de crime impossível. É como se você quisesse vender entorpecentes para um policial que está contratado para te enganar. Você não vai ser presa por tráfico, mas por posse de drogas. Porque o crime de tráfico aí é impossível. O policial sabe que está na condição de policial. Esse caso me parece bastante complicado, teria que analisar um caso concreto. - É possível fazer denúncia anônima? - Ela terá o sigilo preservado, mas ela não poderá trazer a denúncia sem nenhum dado de identificação. Mas nós garantiremos o sigilo, se houver o mínimo risco para ela. É que as pessoas confundem os termos técnicos. Os documentos seriam separados dos autos, não vai para a investigação. Porque é impor-
tante a identificação, primeiro para evitar a manipulação. Segundo, porque muitas vezes você precisa de novas informações do denunciante. Quando não for possível garantir sigilo, como por exemplo, pessoas que apontam o que a gente chama de conduta vedada em administração, que a administração pública está privilegiando algum candidato, que todo mundo pode ver, qual é o risco de fato para a pessoa que está trazendo essa informação? Se não há risco, não há motivo para sigilo. Apessoa, nesse caso, vai ser comunicada. Olha, não vai dar para manter sigilo, você quer continuar? A maioria das pessoas diz sim. Se disser não, vai caber ao procurador decidir o que vai fazer com aquilo, se vai encarar aquilo como uma provocação para iniciar procedimento.
atrapalhar a atuação do Ministério Público Eleitoral. Tenho certeza que nessa eleição, isso não ocorrerá com intensidade.
- Durante a redemocratização do país, as campanhas iniciavam ainda em janeiro, bem antes do prazo estipulado hoje. Existia uma mobilização nacional, comícios lotados. Se dizia que era possível vencer eleição sem dinheiro, quando a sociedade participava mais da vida política do Brasil. Diante disso, e levando em conta o atual momento, qual o grande mal da campanha antecipada, e o que exatamente quer dizer isso? - Quer dizer duas coisas: a primeira, o equilíbrio entre os candidatos. Asegunda: liberdade total para que o cidadão escolha em quem ele vai votar. “O grande mal A campanha antecipada ataca esses - No passado, da campanha dois objetivos da lehavia uma ligação gislação eleitoral, muito forte entre os antecipada é pelo montante de promotores e juízes gerar o recursos que ela ene políticos de detervolve, e porque o minada região. De- desequilíbrio” candidato larga na pois da obrigatoriedade do concurso, o senhor acha frente daquele que está esperanque essa tradição ainda resiste? do começar a campanha. Para o - Essa é uma pergunta difícil eleitor, a mesma coisa: se ele tem de responder. Por uma razão acesso antecipadamente aos muito simples: toda instituição dados de determinado candidatem os seus problemas. Não dá to, e não tem em relação a outro, para dizer que não há de jeito é claro que ele vai ter o poder de nenhum, como também não dá decisão atacado. O grande mal para dizer que há na quantida- da campanha iniciada antes de de que se diz que há. Os abusos seis de julho é gerar o desequiserão reprimidos. Se houver de- líbrio entre os candidatos e núncia fundamentada de envol- mover um dispêndio de recurvimento de juiz ou promotor sos que pode acabar por esconatuando em benefício de deter- der o abuso do poder econômiminado candidato, gerará uma co. investigação. Pode acontecer? - Já ouvi o argumento de que Pode. A experiência diz que a imensa maioria não tem esse vín- o candidato sem dinheiro não culo tão profundo, a ponto de teria o mesmo contato com a
população que um já conhecido. Ele não teria tanto tempo para que as pessoas conhecessem seu nome e seu programa de partido. O que o senhor acha? - Não há proibição absoluta para o candidato se mostrar, absolutamente. A divulgação de atos parlamentares é permitida pela legislação. Então essa afirmação não procede. Ele pode se mostrar, conversar com as pessoas, divulgar seus atos. O limite da propaganda não é tão largo como pretendem, agora não é tão restrito a ponto de não permitir contato nenhum do candidato com o eleitor. Há uma diferença muito grande no grau de repressão. Na verdade ela beneficia o candidato que tem pouco dinheiro, porque ele não vai começar a gastar em janeiro, mas a partir de junho. Se fosse liberada a campanha antecipada, quanto ele teria de gasto? - Que medidas serão adotadas em relação ao vendedor do voto? - Se ele for flagrado, vai ser preso e processado. As pessoas precisam entender que cidadania é exercício. Você a exercita fiscalizando seu candidato desde o momento da candidatura. Vender voto, pela legislação eleitoral, é crime. É importante lembrar – e essa é uma questão mais pragmática – o que você pode esperar daquele candidato que comprou o seu voto. Se o candidato não compra, ele tem um compromisso futuro. Se ele faz isso, ele já quitou o compromisso com você. - Quais são as punições? - De um a quatro anos de prisão. - Já houve condenação em Alagoas por venda de voto? - Não temos esse aferimento. Mas é um dado a tentar se levantar.
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Política
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Governo tenta liberar pauta para pré-sal No Senado, duas medidas provisórias impedem que marco regulatório da descoberta entre em discussão Aexpectativa do governo no Senado é votar, na próxima terça-feira, as duas medidas provisórias que impedem as demais deliberações do plenário da Casa, as MPs 473 e 472 de 2009. Dessa forma, será possível liberar a pauta para aquele que é considerado o grande debate do ano: o marco regulatório do pré-sal. A Medida Provisória 473/2009 liberou crédito extraordinário, no valor global de R$ 742 milhões, para a recuperação de estradas e infraestrutura dos municípios atingidos pelo excesso de chuvas ocorridas no ano passado.
Já o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 1/2010, proveniente da Medida Provisória (MP) 472/09, concede incentivos fiscais a diversos setores da economia, especialmente à indústria petrolífera das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os incentivos fiscais se estendem também à indústria aeronáutica e empresas de informática, e são estimados em cerca de R$ 3 bilhões em 2010. O governo alega que a proposta reforça o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O relator do PLV é o próprio líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que incluiu no
texto emenda que prevê os termos da renegociação da dívida dos pequenos agricultores do semiárido nordestino. A oposição, e especialmente os senadores daquela região, vinham pressionando nesse sentido desde a votação da polêmica MP 470/09, que acabou perdendo a validade por falta de acordo. O relator também incluiu no texto do PLV dispositivos da MP invalidada. MARCO REGULATÓRIO - De acordo com informações da liderança, ainda não há acordo para votar o PLC 309/09, que autoriza o Executivo a criar estatal
para gerir os contratos de partilha de produção, exploração e comercialização do petróleo da camada pré-sal, a Petro-Sal. A proposta, que tramita em regime de urgência, também tranca a pauta do Plenário desde o dia 19 de abril. Os demais projetos do marco regulatório do pré-sal - o 07/2010, que propõe a criação de um Fundo Social a partir dos recursos do pré-sal; o 08/2010, que trata da capitalização da Petrobras para exploração dos novos poços; e o 16/2010, que trata do regime de partilha na exploração dos recursos do pré-sal e do novo modelo de distribuição dos royal-
ties do petróleo - já estão em plenário, mas só passarão a trancar a pauta no dia 7 de maio. ANA - Os senadores também podem decidir em Plenário ainda na próxima semana o desfecho da polêmica votação que aprovou o nome, antes rejeitado, de Paulo Rodrigues Vieira como diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), no último dia 14. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deverá apreciar na quarta-feira o recurso encaminhado àquele colegiado pela Mesa do Senado a respeito de questão de ordem encaminha-
da pelo senador José Agripino (DEM-RN), com o apoio do senador Arthur Virgílio (PSDBAM). No documento, Agripino questiona a regimentalidade da votação, já que a indicação de Paulo Vieira havia sido rejeitada pelo Plenário em dezembro do ano passado. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente da CCJ, disse nesta quinta-feira (22), em entrevista à Agência Senado, que é favorável ao mérito da questão de ordem apresentada pelo líder do Democratas. O parecer da CCJ deverá ser submetido à apreciação do Plenário.
CPC: julgamento sem ouvir o réu
Emenda de Suplicy propõe que, entre programas e projetos beneficiados pelos recursos do Fundo Social, deve constar o que institui a renda básica
Emendas visam ampliar uso do Fundo Social O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 7/2010 que cria o Fundo Social com parte dos recursos da área do pré-sal recebeu 12 emendas dos senadores. Essas emendas propõem o uso de recursos do fundo em projetos nas áreas de educação, cultura, saúde, meio ambiente, reforma agrária e previdência social, entre outras, além de programas de combate à pobreza e renda mínima. Uma das emendas destina 5% dos recursos para o Fundo Soberano, criado em 2008 para formar poupança pública e promover o desenvolvimento econômico. O PLC tramitou pelas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Sociais (CAS), Educação, Cultura e Esporte (CE), Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, Serviços de Infraestrutura (CI) e Assuntos Econômicos (CAE). Entretanto, não houve tempo para que a matéria recebesse parecer conclusivo nessas comissões e,
como tramita em regime de urgência, já foi incluída na pauta de Plenário. Os senadores que apresentaram emendas foram: Eduardo Suplicy (PT-SP), Fátima Cleide (PT-RO), Ideli Salvatti (PT-SC), Jefferson Praia (PDTAM), José Nery (PSOL-PA), Marina Silva (PV-AC), Rosalba Ciarlini (DEM-RN) e Sérgio Zambiasi (PTB-RS). A emenda de Rosalba modifica o primeiro artigo do projeto para estabelecer que o Fundo Social deve ser fonte de recursos a serem aplicados da seguinte forma: 60% para áreas de desenvolvimento da educação pública básica, da cultura e da saúde pública; e 40% para combate à pobreza, desenvolvimento da ciência e tecnologia e de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. FUNDO SOBERANO José Nery acrescenta ao primeiro artigo do projeto que os recursos do Fundo Social deverão ser aplicados também nas áreas da saúde, reforma agrária e previdência. Outra emenda de Nery substitui o conteú-
do de oito artigos do PLC para destinar os recursos do Fundo Social da seguinte forma: 15% para o Ministério de Minas e Energia, a serem aplicados em investimentos, pesquisa e tecnologia; e 10% ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, destinados ao desenvolvimento de estudos sobre preservação do meio ambiente e recuperação de danos ambientais causados pelas atividades da indústria do petróleo. Essa emenda destina ainda percentuais para as seguintes áreas: 15% para o Ministério da Saúde e outros 15% para o da Educação; 10% para habitação e saneamento básico; 10% para infraestrutura; 10% para reforma agrária e outros 10% para a Previdência Social; e 5% para o fundo soberano, criado pela Lei 11.887/08. Esse fundo, de natureza contábil e financeira, vinculado ao Ministério da Fazenda, tem como finalidade promover investimentos em ativos no Brasil e no exterior, formar poupança pública, mitigar os efeitos dos ciclos eco-
nômicos e fomentar projetos de interesse estratégico do país localizados no exterior. Marina Silva apresentou quatro emendas ao projeto. Uma delas inclui a previdência social entre as áreas que receberão recursos do Fundo Social, alterando o primeiro artigo do PLC. A outra emenda acrescenta ao segundo artigo do PLC que o Fundo Social tem como objetivo ser fonte regular de recursos para o desenvolvimento social, na forma de projetos e programas nas áreas de combate à pobreza, educação, ciência e tecnologia e meio ambiente. A terceira emenda de Marina determina que o Fundo Social deva ser fonte regular de recursos para a efetivação de pesquisas voltadas ao desenvolvimento tecnológico, de energias renováveis, conservação marinha e proteção dos biomas brasileiros. A quarta emenda estabelece que devam ter prioridade na aplicação dos recursos voltados à sustentabilidade ambiental as ações de mitigação das mudanças climáticas.
A comissão de juristas en- eletrônico, tal como ocorre carregada pelo Senado de com os documentos originais apresentar um anteprojeto escritos. para um novo Código de O trabalho da comissão Processo Civil (CPC) decidiu, de juristas já está na fase final. reunida na última sexta-feira, Na próxima semana, eles deque os juízes poderão julgar baterão as sugestões apresenimprocedentes ações mesmo tadas por instituições e dusem ouvir o réu, se os tribu- rante as audiências públicas nais superiores tiverem con- promovidas nos estados nas sagrado uma sentença para últimas semanas. A seguir, a casos semelhantes. Os juris- comissão irá agendar uma tas entendem que isso pode- reunião com o presidente do rá acelerar os processos Senado, José Sarney, para a Conforme relato do presi- entrega oficial do anteprojedente da comissão, ministro to, em maio. Os juristas quedo Superior Tribunal de Jus- rem ainda apresentar e detiça (STJ) Luiz Fux, ao rejei- bater novamente seu trabatar uma ação imediatamente, lho com as Comissões de em assuntos pacificados, o Constituição e Justiça do juiz não estará prejudicando Senado e da Câmara - eles fio réu. Nos casos em que o zeram uma apresenjuiz entender que a tação, antes da versão ação é procedente, final e das audiências também nos assuntos públicas. já pacificados por ju“Considero o CóJuristas risprudência, ele de- entendem digo de Processo Civil verá proferir sua senpraticamente a Constença imediatamente que medida tituição do homem copode após o prazo dado à mum. Ele representa defesa. acelerar os o instrumento pelo “Nos assuntos paqual o Estado presta cificados, ouvido o au- processos justiça e o cidadão tor e o réu, o juiz deve pede justiça. Isso é proferir sua sentença muito importante” imediatamente. Isso afirmou o ministro Luiz Fux vai ser um ganho de tempo à imprensa, após a reunião muito grande na tramitação desta sexta-feira (23). Por isso, do processo em primeiro ele acredita que os deputagrau” afirmou o ministro. dos e senadores votarão a A comissão de juristas de- proposta com rapidez, pois cidiu ainda que os advoga- ela torna mais rápido o prodos do serviço público terão cesso judicial. o dobro de prazo para se maNa quinta-feira, Fux innifestar nos autos, compara- formou que o chamado “indo com o prazo dado aos ad- cidente de coletivisação” vogados particulares. Além uma das novidades do CPC disso, só os dias úteis vão - terá outra designação: contar nos prazos dados aos “Resolução de demandas readvogados do poder públi- petitivas”. A comissão de juco. A comissão entende que ristas recebeu visita, de suros advogados do serviço pú- presa, nesta sexta-feira, do blico têm de acompanhar presidente do Senado, José muitos processos, com assun- Sarney, autor do ato que tos diferentes, e, por isso, pre- criou a comissão. Sarney escisam de mais tempo para teve na sede do Interlegis suas defesas ou apresentação para assistir a uma apresende recursos. tação sobre o plano estratégiTambém ficou decidido, co da Secretaria de Comunie constará do anteprojeto do cação da Casa e aproveitou novo CPC, que será conferi- para cumprimentar os jurisda autenticidade aos docu- tas, que se reuniam no mesmentos emitidos por meio mo prédio.
Social, educação, tecnologia, previdência social A emenda de Eduardo Suplicy propõe que, entre os programas e projetos beneficiados pelos recursos do Fundo Social, deve constar o que institui a renda básica de cidadania, criado pela Lei 10.835/04. Fátima Cleide sugere que 50% do total da receita auferida pelo Fundo Social deverão ser aplicados em programas direcionados ao desenvolvimento da educação pública, básica e superior. Essa emenda também foi assinada por Ideli Salvatti, João Pedro (PT-AM) e
Inácio Arruda (PCdoB-CE). Jefferson Praia introduz parágrafo ao primeiro artigo do PLC para determinar que no mínimo 20% dos recursos do Fundo Social deverão ser aplicados em programas e projetos de desenvolvimento tecnológico, combate à pobreza e preservação da Amazônia. A emenda de Ideli altera o artigo terceiro do PLC para estabelecer que no mínimo 5% dos recursos do Fundo Social a serem aplicados no combate à pobreza serão repassados, em caráter permanente, ao
Fundo do Regime Geral da Previdência Social, criado pela Lei Complementar 101/00, em seu artigo 68. Vinculado ao Ministério da Previdência e Assistência Social, esse fundo tem a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios do regime geral da previdência social. Segundo Ideli, o financiamento atual do sistema de previdência pública é insuficiente. A necessidade de repasse de recursos do Tesouro Nacional para complementar esse setor, em valores correntes de
dezembro de 2009, é de R$ 43,61 bilhões. Para 2010, estima-se que serão necessários R$ 44,6 bilhões, conforme informou a senadora. Já Zambiasi quer incluir na composição do Comitê de Gestão Financeira do Fundo Social (CGFFS) entidade de representação dos municípios com abrangência nacional. Pelo PLC, fazem parte desse comitê os ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, bem como o presidente do Banco Central.
Fux diz que CPC é “praticamente a Constituição do homem comum”
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CARLOS LESSA
FMI queria privatização do BNDES Economista afirma que fez hecatombe contra desmonte do banco planejado durante a gestão de FHC Terra Magazine
auspicioso, o ex-governador de Minas (Aécio) disse que eles reforçariam as privatizações e foi muito aplaudido. Foi o momento de maior aplauso na festa dele. Eu não quero esses aplausos”, Lula refugou. Mas há incertezas sobre o retorno (e a eficácia) dessa estratégia. Para o economista Carlos Lessa, “o PSDB não vai ficar outra vez acuado”. “Acho que eles vão dizer que o Lula continuou privatizando. Houve as concessões ferroviárias, o processo do présal, a proposta de privatizar a Infraero, as ações do Banco do Brasil na Bolsa de Nova York. O discurso de Dilma na reforma do setor de energia é rigorosamente o de Fernando Henrique”. Dos arquivos implacáveis dos petistas, começa a ser desempoeirado o “Memorando de Política Econômica”, de 8 de março de 1999, texto-compromisso do governo brasilei-
ro com o FMI (Fundo Monetá- de alto nível encarregada do rio Internacional) e o Banco exame dos demais bancos feMundial - no jargão tecnocrá- derais (Banco do Brasil Caixa tico, “os desenvolvimentos Econômica Federal BNDES econômicos que levaram à for- BNB e BASA) a apresentação mulação do programa do goaté o final de outuverno brasileiro apoiado pelo bro de 1999 de recoFMI Banco Mundial mendações sobre o BID BIS”. papel futuro dessas O Jornal da CUT instituições tratando (Central Única dos de questões como Trabalhadores), no possíveis alienações número 24, remoeu de participações PSDB a promessa de prinessas instituições prometeu vatizar os bancos fefusões vendas de privatizar derais, feita pelo componentes estraPSDB. No item 18, tégicos ou transforos bancos a equipe econômica mação em agências federais de FHC afirmou: de desenvolvimen“com determinação to ou bancos de seo governo dará congunda linha (...)”. tinuidade à sua poAções nãolítica de modernizavotantes da Petrobras ção e redução do foram empenhadas: “O papel dos bancos Governo pretende acelerar e públicos na economia”. ampliar o escopo do prograNo trecho mais polêmico, o ma de privatização - que já se itinerário a ser traçado: “o configura como um dos mais Governo solicitou à comissão ambiciosos do mundo (...). O
Lessa diz que plano para desmonte do BNDES começou nos anos 90
Ex-presidente do PT, Berzoini acusa PSDB de vender tudo em SP
Ponto incômodo e decisivo no segundo turno da eleição presidencial de 2006, vencida por Lula (PT), as privatizações da era Fernando Henrique Cardoso persistem como um tema a crispar lideranças tucanas no debate político. Neste abril de 2010, no lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB) à presidência, o ex-governador mineiro Aécio Neves pisou no recalque ao defender o legado de FHC, não por coincidência sentado a seu lado no evento: “Privatizamos, sim, setores que precisavam ser, como a telefonia (...), que negaram espaço à eficiência”. No mesmo 10 de abril, em São Bernardo do Campo (SP), o presidente Lula reanimou o discurso que emparedou Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006. “Sou um homem de boa índole, mas em um momento
“Aécio faz discurso para conquistar bancos” Padrinho de casamento do ex-governador paulista, Lessa ressalta que José Serra “não tem uma cabeça privatista”. O economista revela uma teoria para explicar o discurso desabrido de Aécio Neves em defesa das privatizações, uma temática espinhosa para os serristas. “O Lula fez a campanha de reeleição atacando o ‘picolé de chuchu’ (Geraldo Alckmin)
como privatizante. Acredito que os tucanos criaram uma defesa contra esse argumento que o Lula pode lançar. O Aécio saiu com um discurso de ultradireita pra conquistar os conservadores, pegar o apoio dos bancos e encurralar o Serra”. Maria da Conceição concorda com o ex-aluno: “O Lessa está certo. Não custa nada
ao Aécio chatear o Serra. Ele não é o candidato”. Na contracorrente de boa parte dos economistas, Lessa não considera “impossível” a privatização do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES - “Eles fazem qualquer coisa”. “No BNDES, sofri pressões intensas. A imprensa me demitiu 73 vezes. Claro, eu não
gastava dinheiro com propaganda. Nunca achei necessário o BNDES fazer propaganda. Resultado: na 74ª vez, Lula me demitiu”. Lessa reconhece, no entanto, que o primeiro governo de Lula modificou os planos privatistas no setor bancário. Naufragaram os propósitos do “Memorando de Política Econômica” de FHC.
Berzoini diz que PSDB vendeu tudo em SP Entre as privatizações traumáticas do governo do PSDB, lideram as da Telebras e da Companhia Vale do Rio Doce. Numa entrevista ao repórter Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo, em 5 de novembro 2006, o publicitário da campanha de Dilma Rousseff, João Santana Filho, expôs o uso da isca privatista na reeleição de Lula, a partir de sondagens sobre o imaginário brasileiro: “Nós tínhamos alinhado alguns dos temas de intensa fragilidade e de imensa comoção política. Estava em primeiro lugar a privatização... Primeiro, há um eixo profun-
do, histórico. Um eixo cívicoépico-estatizante que vem de Getúlio Vargas, com a campanha “o petróleo é nosso”. O outro eixo são “as tramas obscuras”. Não quero questionar como foram feitas as privatizações no governo FHC, mas o fato é que o processo ficou na cabeça das pessoas como se algo obscuro tivesse ocorrido. Alckmin negou a pecha de privatista, mas, em debates e comícios, Lula mordia: “O que eles querem? Vender o restante das coisas que não venderam no governo passado. Querem privatizar o que resta
neste país. Coisas importantes, como a Petrobras, o BB e a CEF. Como eles nunca trabalharam, querem vender o que têm”, discursou em Duque de Caxias (RJ), em 11 de outubro de 2006. Ex-presidente do PT, o deputado federal Ricardo Berzoini aposta que o “tema mais forte” da campanha será o “papel do Estado na América do Sul”. Formado no movimento sindical dos bancários, ele identifica uma polarização entre os que priorizam o Estado reduzido e os que acreditam que ele pode cumprir um papel de execução na área
econômica e social”. Berzoini defende a pertinência da questão, em 2010, principalmente com os desdobramentos da crise financeira. E não descarta um flerte desestatizador dos tucanos contra o Banco do Brasil: “No Estado de São Paulo, o PSDB vendeu tudo ao longo de 16 anos de governo. A Nossa Caixa só não foi privatizada porque o Banco do Brasil comprou. Não tem mais banco público em São Paulo. Pelo retrospecto, dá pra dizer que o PSDB não gosta de banco público e empresa pública”.
Governo também anunciou que planeja vender ainda em 1999 o restante de sua participação em empresas já privatizadas (tais como a Light e a CVRD) bem como o restante de suas ações não-votantes na PETROBRAS.” “ Isso daí (memorando) é o chamado poropopó. Concordam com a orientação do FMI pra tomar o empréstimo. O FMI sempre quis desmantelar o BNDES, porque é um instrumento de soberania nacional”, sustenta Carlos Lessa. A economista Maria da Conceição Tavares, 80 anos, ex-deputada federal do PT, foi uma das principais críticas do programa de privatizações. Agora, acredita que a desestatização não está em pauta, “a não ser que seja para defender Fernando Henrique”. “Quando Fernando Henrique pediu dinheiro ao Fundo, eles recomendaram privatizar tudo, inclusive o Banco do
Brasil e a Petrobras. Mas o Fernando não privatizou. Tentaram privatizar por dentro. Naquela época o Fundo era a favor. Não sei o que acha hoje. Como o neoliberalismo deu mau resultado...”. Primeiro presidente do BNDES do governo Lula (2003), Carlos Lessa rememora, em entrevista a Terra Magazine, a existência de um processo de desmonte do banco, iniciado nos anos 90. “Meus dois antecessores no BNDES estavam preparando o banco para morrer. Queriam convertê-lo em banco de investimento, para depois dizerem: não precisamos de um banco de investimento. Expliquei tudo isso a Lula. Tanto que Lula me deu uma carta branca. Demiti todos os quadros, não sobrou um. Fiz logo uma hecatombe! Demiti cento e tantos. Aí a Miriam Leitão me atacou, não é?”, ironiza Lessa.
Sérgio Guerra garante que tucanos saberão rebater as críticas
Líder tucano: “são mentiras do PT” Em entrevista ao Terra, o que isso só foi possível depois presidente do PSDB, Sérgio que se privatizou o monstro Guerra, garante que José Ser- Telebras. Essas críticas têm um ra não driblará os cacos de vi- viés patrimonialista”, ataca o dro lançados pelos adversá- deputado. rios: O líder tucano admite que “Serra não vai evitar esse “dado a dificuldade em expliassunto. Algumas privatiza- car” o programa de desestatições foram feitas e não foram zação, o PSDB preferiu “deidesfeitas durante o governo xar de lado”. João Almeida reque está aí. O Brasil está bem bate, porém, a insinuação de melhor com as privatizações Berzoini a respeito de uma do que antes” ameaça contra os O líder do PSDB na bancos públicos: Câmara, João Almei“É uma especulada, rejeita as “mentição que não tem senras e fantasias” do PT. tido. Privatizamos “Para nós, nunca foi com respaldo, vence“Aquilo delicado”, diz. mos no Congresso “Aquilo foi um Nacional. Não tem foi um erro de campanha (Alcabimento fazer essas erro de ckmin x Lula). Esilações. São Paulo é tamos prontos para campanha” uma coisa, o Brasil é debater a qualquer outra coisa. Não há hora . Isso, de fato, nos que se fazer um padistingue do PT. Acho ralelo entre a Nossa bom que o tema apaCaixa e o Banco do reça, ao invés de ficar Brasil. Eles confundem o dena base da mentira. bate com mentiras, com sofisAlmeida afirma que as mas. A Nossa Caixa vendeu a “pesquisas indicam que os parte do banco comercial, a brasileiros gostam de usufruir do desenvolvimento permado sistema privado, mas são neceu. Não tem sentido São contra a organização desse sis- Paulo ter um banco comercial. tema”. O Banco do Brasil é diferente, “Todo mundo acha o tele- tem outra presença e imporfone celular uma maravilha, tância para o País. Não é priquer ter um, mas não entende vatização a qualquer custo”.
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Nasa comemora os 20 anos do Hubble com imagem inédita Telescópio espacial será mantido em operação por mais três anos Imagens mostram procedimentos feitos para corrigir deformidade
ESPANHA
Jovem faz transplante completo do rosto BARCELONA - O hospital Vall d’Hebron de Barcelona, na Espanha, divulgou na sexta-feira imagens do primeiro transplante completo de rosto, realizado em março. Os 11 procedimentos anteriores foram parciais. O paciente, que não teve a identidade revelada, já está se comunicando, segundo o chefe da cirurgia plástica do local. De acordo com informações do hospital, o espanhol submetido à cirurgia tinha o rosto deformado desde os 5 anos, depois de sofrer um acidente, e não podia respirar e falar normalmente. A operação mobilizou 30 pessoas durante 22 horas e o paciente teve transplantada toda a pele e músculos do rosto, nariz, lábios, maxilar superior, todos os dentes, os ossos da maçã do rosto e da mandíbula, se-
gundo o hospital. O jovem pediu para se olhar no espelho uma semana depois da operação, o que fez reagindo com tranquilidade, segundo o médico Joan Pere Barret. Nas próximas semanas ele poderá começar a comer, segundo o hospital. Barret afirmou que ele ficou com uma cicatriz visível, que se assemelha a uma ruga que atravessa o pescoço. “Se você olhar na cara dele, você vê uma pessoa normal, como qualquer outra pessoa que temos como um paciente no hospital.” Segundo o hospital, ele ainda não pode falar, comer ou sorrir, mas pode enxergar e engolir saliva. Nas próximas semanas, o paciente poderá comer e deve permanecer internado por cerca de dois meses.
O telescópio espacial Hubble completou ontem 20 anos em órbita e, para marcar a data, a Nasa, agência espacial americana, e a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgaram imagens inéditas produzidas pelo Hubble de uma pequena parte da nebulosa Eta Carinae, conhecida como uma das maiores regiões de nascimentos de estrelas da galáxia. Nestas duas décadas, o Hubble apresentou vários problemas, como equipamentos quebrados e espelhos que deixaram as imagens fora de foco, obrigando a Nasa a enviar astronautas para fazer reparos. Mas o consenso entre os especialistas é de que o telescópio realizou descobertas importantíssimas para todas as áreas da astronomia. ENIGMAS - “A visão poderosa do Hubble expandiu nossos horizontes cósmicos e trouxe à tona um novo conjunto de enigmas sobre o Universo”, escreveu o astrônomo britânico Martin Rees em artigo no site da BBC. “Só nos últimos dez anos aprendemos sobre o grande número de ‘mundos’ que existem orbitando outras estrelas”. Segundo ele, o telescópio ajudou os astrônomos a descobrir que as galáxias estão se dispersando a uma velocidade acelera-
Imagem captada pelo Hubble da nebulosa Eta Carinae, região de nascimento de estrelas da galáxia
da, sob a influência do que chamou de uma “força misteriosa”. “Nossa previsão mais longa é a de que o Cosmos vai continuar se expandindo, tornando-se cada vez mais vazio, mais escuro e mais frio”, afirmou Rees. Em seus
20 anos de operação, o Hubble observou mais de 30 mil corpos celestes e produziu mais de 500 mil imagens. No ano passado, astronautas instalaram novos equipamentos no telescópio, tornando-o cem vezes mais po-
tente do que quando foi lançado em órbita. Na última segunda-feira, a Nasa anunciou que o Hubble vai ficar em operação até 2013. No ano seguinte, ele será substituído por outro telescópio espacial, batizado de James Webb.
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São João em Maceió já tem regras definidas Arraiais devem observar o limite máximo de 70 decibéis para o som nos festejos, já no evento oficial será de 100 Os arraiais devem observar o limite máximo de 70 decibéis para o som emitido durante os festejos. Já no evento oficial, promovido pela Prefeitura de Maceió, esse limite será de 100 decibéis. Estas normas fazem parte do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que disciplina o funcionamento dos festejos juninos na capital alagoana. O TAC foi definido durante uma reunião realizada pela Promotoria de Justiça Coletiva Especializada do Consumidor. Participaram da reunião os promotores de Justiça Max Martins, Denise Guimarães e Neide Camelo. Também estiveram presentes representantes da Prefeitura de Maceió, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. A regulamentação autoriza o funcionamento de 20 arraiais em vias públicas na capital. EVOLUÇÃO - Assim como foi feito em relação ao Carnaval, o documento deste ano considera as cláusulas firmadas no TAC de 2009 e as novas diretrizes estabelecidas na audiência, pegando as melhores experiências para evoluir no acerto de regras para o bom convívio. Entre as medidas está posto que não será permitida nenhuma alusão a propaganda política partidária nos palhoções.
Inscrições até 12 de maio na SMCCU A inscrição para autorização e funcionamento de arraiais particulares será feita diretamente na Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU), impreterivelmente até o dia 12 de maio. A SMCCU somente autorizará o funcionamento destes palhoções mediante a apresentação do Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros e do TAC relativo a shows e eventos lavrado pela Promotoria do Consumidor. Os shows pirotécnicos somente serão autorizados pelo Corpo de Bombeiros, que além de fazer cumprir as normas legais exigirá termo de responsabilidade e idoneidade da empresa montadora, bem como o certificado de manipulação de explosivos fornecido pelo Exército Brasileiro. Segundo os promotores de Justiça continua proibida a soltura de balões em face do alto grau de perigo que representa tal prática. “A desobediência desta cláusula ensejará a lavratura de auto de prisão em flagrante para formalização posterior da responsabilização civil e penal”, afirmou o promotor Max Martins. Os arraiais observarão os seguintes dias e horários para a realização dos festejos: dias 11, 12, 13, 23, 24, 28 e 29 de junho, funcionando das 19h às 2h. O evento oficial será realizado na Praça Multieventos entre os dias de 11 e 22 de junho, tendo o seu encerramento até no máximo às 0h, excetuando-se no dia da abertura. Quanto ao outro evento da Prefeitura que será realizado em Jaraguá, entre os dias 23 e 29 de junho, ficou acertado que o encerramento se dará no horário máximo de 2h, com exceção dos dias 23, 26 e 28, que será às 4h.
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ENTREVISTA/DANIEL FERNANDES
Uma trama contra o monsenhor Deraldo Francisco Editor-geral
ma mulher que estaria rezando muito pelo monsenhor Luiz Marques, dois filhos, dois irmãos (dela) e três excoroinhas (Fabiano Silva Vieira, Cícero Flávio e Anderson Farias) que se confessam abusados sexualmente pelo religioso. Estas são as pessoas que estariam envolvidas no caso de extorsão contra o padre, que resultou num acordo judicial entre as partes. Com esse acordo, imaginava-se que o escândalo sexual envolvendo o monsenhor não viria à tona. Ledo engano. O dinheiro foi pago e o vídeo comprometedor, amplamente divulgado. Antes, porém, após muitos encontros, ficou definido que o padre pagaria R$ 32.250,00, mais R$ 7.000,00 aos advogados, além de R$ 500,00 a cada um dos ex-coroinhas. O dinheiro, pago em seis cheques, com valores entre R$ 6 mil e R$ 7 mil, foi retirado da conta-corrente na agência da Caixa Econômica Federal de Penedo, entre os dias 15 de junho e 20 de julho de 2009. O saque foi feito por Genivaldo dos Santos, com quem os ex-coroinhas teriam uma enorme dívida. Nessa entrevista, o advogado Daniel Fernandes, da Diocese de Penedo, conta como ocorreram alguns encontros com os ex-coroinhas e como foi feito o acordo extrajudicial para que o caso não virasse um escândalo.
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- Como o senhor entrou nesse caso? - Fui chamado pelo monsenhor Luiz Marques, que, muito constrangido, disse-me que algumas pessoas estavam o procurando para extorquir dinheiro e que essas pessoas tinham constituído advogados. O meu papel era procurar esses advogados para saber o que os clientes queriam deles.
rior comigo, que eu gravei no meu telefone celular, disseram que isso [R$ 5 milhões] não teria partido deles. Por eles, com um milhão a coisa estaria resolvida.
- Falava-se em valores? - Cinco milhões de reais. No pedido inicial.
- Quando ocorreu essa pressão contra o monsenhor Luiz Marques? - Logo depois da gravação do vídeo, mais ou menos em outubro de 2008.
- Esses homens diziam o que tinham contra o monsenhor? - Sim. Disseram que tinha esse vídeo, que foi amplamente divulgado pela imprensa.
- Quem fez esse pedido? - Um suposto Augusto, que se apresentou como investigador. Mais tarde, nas grava- O monsenhor ções, fica-se sabendo tentou resolver a sique este Augusto, na tuação sozinho, sem verdade, se chama o envolvimento de Luiz, um tio de advogados? Fabiano. Outro que - Não. Ele me se fez passar por passou a situação em Daniel, que se chaabril ou maio de mava Sebastião, e 2009, quando perceseria tio de Fabiano. beu que a coisa tinha Durante vários dias, crescido e que a esses dois fizeram teroutra parte já tinha rorismo contra o até constituído advomonsenhor. Numa gados para fazer um dessas vezes, eles disacordo extrajudicial. seram para o monsenhor deixar o dinhei- Por eles, com - Como foi o seu ro no entroncamento um milhão, a primeiro encontro de São Miguel dos com esses advogaCampos. Em outra coisa estaria dos? oportunidade, os dois resolvida - O encontro foram à casa do monocorreu em Maceió, senhor Luiz Marques na cafeteria de uma e, portando uma maleta, disse- livraria, e eles me disseram que ram que, se ele não pagasse, po- os seus clientes queriam fazer um deria sofrer as consequências por- acordo extrajudicial com o monque ali [na maleta] tinha fogo. senhor Luiz Marques. - Qual o papel dessas pessoas nesse processo? - Elas disseram que estavam com os vídeos e que foram escolhidas para negociar a entrega desse material ao monsenhor Luiz Marques mediante o pagamento desse valor (R$ 5 milhões). - Quem estipulou esse valor? - Pois bem. Os próprios excoroinhas, numa conversa poste-
- Em que ação os advogados João Pereira Júnior e Élder Jatobá patrocinavam os ex-coroinhas? - Em ação nenhuma. Apenas nessa negociação. - Negociação da extorsão? - Não. De fazer um acordo extrajudicial para que não houvesse um processo. E isso é possível. Aminha conduta diante disso foi dizer aos colegas advogados que
achava que não havia como fazer um acordo. Disse-lhes que o caso não envolvia menores e que não via nenhuma conduta criminosa perante o Ordenamento Jurídico Brasileiro, mas uma falta de conduta do padre mediante a igreja, e que, se eles entendiam que havia um abuso sexual, que processassem o monsenhor e, mais adiante, nos autos do processo, a gente discutiria o mérito da questão.
- Eles apresentaram alguma proposta para o senhor? - Não. Só falaram do caso e, inclusive, disseram que, se percebessem que a intenção dos ex-coroinhas era arrancar dinheiro do monsenhor, ou outro desvio de conduta, eles sairiam do caso. - Essa conversa, então, não avançou para o fechamento do acordo? - Nesse primeiro encontro,
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Fotos: Yvette Moura
ram em 500 mil. Esse valor foi proposto pelos próprios excoroinhas. Mas eles disseram que o valor que saísse daquele encontro e que, no entender deles fosse razoável, iria levar aos clientes deles. Os advogados disseram ainda que, se a proposta fosse realmente razoável e os clientes deles não aceitassem, eles deixariam a causa.
não. - Mas houve outros encontros? - Houve. Em Arapiraca, na residência do monsenhor Luiz, onde eles disseram que, se o monsenhor ofertasse um valor que fosse razoável no entender deles... - Seria o acordo dos R$ 500 mil? - Não sei precisar se eles fala-
estava em Arapiraca e, juntamente com o monsenhor, fui ao local combinado pela Carmelita. O que me causou surpresa foi o fato de esse local ser o escritório da Casa da Esperança, administrada por ela. - Quem participou desse encontro? - Eu, o monsenhor, a Carmelita e os ex-coroinhas [Fabiano, Anderson e Flávio], mais o advogado João Pereira, fato que estranhei porque sabia que o colega advogado já tinha se afastado do caso.
- Houve alguma tentativa de acordo sem que houvesse pagamento. - Sim. Em um dos encontros que eu tive com os ex-coroinhas, disse-lhes que, se eles se sentiam prejudicados em suas vidas pelo - Como ficou acordado? monsenhor e se o con- Eles [ex-coroinsideravam uma peshas] entregariam ao soa má, que realmenpadre o vídeo que tite levassem o caso ao nham feito e, em bispo. Eles disseram troca disso, o padre que o que tinham quitaria uma dívida [vídeo] contra o mondeles com uma agiosenhor era muito ta [Maria José forte e que algumas Marques de Alemissoras de televibuquerque]. O valor são já tinham, inclupago nesse acordo sive, demonstrado infoi de R$ 32.250,00, teresse muito mais entregues em chepelos depoimentos ques a Givaldo Sedo que pelas imabastião dos Santos, A intenção dos marido da mulher gens. com quem os rapaex-coroinhas - Quando realzes teriam a dívida. mente pareceu que era arrancar teria um desfecho? - Houve mais dinheiro do - No dia 11 de dinheiro? junho, o monsenhor monsenhor Sim. Luiz Marques telefoNaquele mesmo nou para mim e disse que a encontro, o monsenhor Carmelita [Lima Leite] o chamou, pagou sete mil reais de hobem como os ex-coroinhas, para norários aos advogados dos uma reunião definitiva. Ela disse ex-coroinhas porque eles ao monsenhor, ainda, que a reu- alegaram que não tinham nião era para pôr um fim nisso como quitar esse débito. tudo, que eles teriam contraído Além disso, o Fabiano e o algumas dívidas e que precisa- Flávio ainda receberam R$ vam pagá-las. Então, o acordo 500,00 em espécie. Depois seria feito nesse sentido. Disse- disso fui à casa do Flávio, lhe que não era para ir a essa reu- peguei um pacote com três nião, só com a minha presença. mídias [DVDs] e, em seguida, entreguei o material ao - Quanto realmente o monse- monsenhor Luiz Marques. nhor Luiz Marques teve que Mas tinha certeza de que o pagar? caso não estava acabando - No dia seguinte [12 de junho] ali.
COROINHAS X ADVOGADO
“Queremos quinhentos mil reais para reparar o trauma” um encontro que o advogado Daniel Fernandes, da Diocese de Penedo, teve com os ex-coroinhas Cícero Flávio e Anderson Farias, houve uma série de revelações e a tentativa de um acordo extrajudicial. Esse encontro ocorreu num escritório de advocacia, em Arapiraca, e teria sido convocado pelos próprios ex-coroinhas. No encontro, eles contam que foram abusados sexualmente pelo monsenhor Luiz Marques e que querem dinheiro para reparar esse trauma. Cícero Flávio diz que está naquele encontro representando todos os envolvidos porque eles lhe deram autoridade para isso. Flávio diz que, de fato, R$ 5 milhões é uma quantia absurda e que não deveria ter sido cobrada, mas que eles mereciam uma compensação. Veja abaixo a gravação da conversa entre o advogado Daniel Fernandes e os coroinhas.
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- O que vocês querem? - Nós viemos aqui para ouvir vocês. - Eu quero entender até que ponto vocês acham que têm direito... - Nós fomos abusados por ele. Se não for para fazer um acordo, nós vamos resolver pela mídia, e isso também vai gerar problemas na Justiça. - Por que vocês acham que têm direito a algum dinheiro? - Porque fomos abusados por ele e também para mostrar a conduta dele. - Quando vocês falam em mídia para divulgar qualquer coisa, gera responsabilidade... - Nós estamos bem informados, doutor...sobre qualquer problema. - Sobre o vídeo, vocês prepararam o ambiente... - Vamos explicar.... - Como vocês entraram na casa? - Aporta estava aberta. Não houve combinação nenhuma da nossa parte. Uma mulher está rezando dia e noite para
que isso seja resolvido. - Alerto que vocês tenham muito cuidado e responsabilidade com o que estão fazendo... O tamanho da encrenca. Pedofilia é crime. Mas invasão de privacidade também... - Doutor, pode ligar para a polícia agora. - Eu estou só alertando. Vocês sabem o que é invasão de privacidade. Quem é um tal de Augusto? - Augusto é um tio do Fabiano e se chama Luiz, na verdade. - O que vocês querem? - Uma compensação... - Quanto vocês acham que vale essa compensação? - Pra mim, cinco milhões é um absurdo. Nossos advogados nos orientaram a pedir o que ele poderia pagar e se falou em um milhão. Isso como compensação pelo que a gente passou. Agora está nas mãos dele. - Por que vocês não formalizam essa queixa ao bispo: se a ideia de vocês é detonar o monsenhor, não temos como
impedir independentemente de darmos dinheiro ou não. Sem contar que o padre não tem esse dinheiro. Mesmo que ele desse um milhão de reais para cada um de vocês, isso não iria acabar porque iriam querer mais e mais. - Então, que ele faça uma oferta. - Qual é patrimônio do monsenhor? - Ele tem uma casa avaliada em R$ 350 mil; um apartamento que vale R$ 110 mil; uma casa em Anadia... - Se vocês acham o monsenhor uma pessoa má, não é o dinheiro que vai reparar o mal que ele fez a vocês... - Não sei. Não sei. Essa compensação que estamos pedindo é para continuar a vida da gente. - O monsenhor estragou a vida de vocês? - Sim. Ele acabou com as nossas vidas. - O que vocês acham que é uma quantia razoável para resolver essa situação? - Quinhentos mil reais.
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Uso de cadeira para bebê será obrigatório Lei, em vigor a partir do dia 9 de julho, vai punir com multas, apreensão do veículo e menos sete pontos na carteira Mônica Lima Repórter
Os pais não têm mais desculpas. Apartir de 9 de junho, os que tiverem crianças com idades até 7 anos e meio serão obrigados a comprar equipamentos, como a cadeira de bebê, para transportálos em seus veículos. Os táxis e transportes escolares também devem se adequar à nova lei. A decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), anunciada em 2008, será colocada em prática, e quem não se adequar à norma estará sujeito a penalidades, como multa de R$ 191,00 mais a apreensão do veículo, além da perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação pelo condutor do veículo. Mesmo tendo sido definida há dois anos, muitos pais ainda desconhecem a legislação. A determinação do Contran foi tomada com base no número de acidentes envolvendo crianças e adolescentes. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o uso correto desses equipamentos reduz em 70% as chances de morte em caso de acidentes. Em Alagoas, durante um seqüestro, um bebê que foi arrastado por um veículo e só não morreu porque estava em
uma cadeirinha, cujo cinto ficou preso no automóvel. A proposta do conselho teve como finalidade garantir a segurança de crianças e adolescentes, porém a legislação está gerando polêmica e desconfiança, principalmente por conta do projeto de lei que determinou o uso da obrigatoriedade do kit de primeiros socorros em todos os carros. Mas a lei não vingou, tendo apenas três meses de duração em 1999. Uma das polêmicas que vêm sendo causadas pela determinação é quanto o uso do bebê conforto, da cadeirinha e do assento de elevação ou “booster” nos táxis e veículos que fazem transporte escolar. Para os profissionais, não é obrigatório adquirir o produto, porém, para transportar passageiros com crianças nessa faixa etária determinada pela legislação, só será possível com os equipamentos, que terão de ser levados pelo responsável. A preocupação com a segurança das crianças (netos e vizinhos), que transporta todos os dias, sempre foi uma prioridade do taxista Romildo dos Santos. Diariamente, ele leva para a escola cinco crianças com idades de 4 a 6 anos. A partir de junho, Romildo não
Amália Ricardo: campanha começa em maio nos supermercados
sabe como vai fazer para continuar com a atividade. A mudança já vem sendo discutida por Romildo e pela sua esposa, que, juntos, tentam uma forma de continuar levando os menores. Além de ser obrigado a adquirir os equipamentos de proteção para conduzir os netos, Romildo dos Santos admite que terá prejuízos quando estiver trabalhando nas ruas de Maceió, pois não poderá transportar passageiros menores de 7 anos e meio que não disponham dos mesmos. Apesar de ter consciência da necessidade de garantir a segurança, ele está certo de que no início haverá cobrança, mas, meses depois, a determinação cairá no esquecimento. MODISMO - Para o presidente da Associação dos Transportes Escolares, William Araújo, é mais um modismo dos gestores públicos.”Não sabia ainda dessa lei. Vivemos num país cheio de moda e, quando acontece algum problema, passa a exigir mais da população”, disse. Gomes afirmou que os profissionais do setor adotam todas as medidas necessárias em relação à segurança dos passageiros, como os cintos de segurança e até
mesmo as cadeiras de proteção. Ele admite que a exigência vai trazer prejuízos para a categoria porque eles serão obrigados a reduzir o número de clientes. “Alguns equipamentos tomam muito espaço, sem contar que os pais terão que comprá-los”, destaca Araújo. Os pais entendem a necessidade e se preocupam com a segurança, mantendo em seus veículos cadeiras para os filhos, mas discordam do fato de, quando necessitarem pegar um táxi ou transporte escolar, serem obrigados a ceder. Bernadete Sandoval tem um filho de 2 anos e meio, por conta disso, no carro particular da família, há uma cadeira. Mas ela se mostrou contrária à ideia de ter que usá-la quando necessitar de um táxi. “Acho que os taxistas é que devem ter a cadeira no carro porque não tenho como levá-la comigo. E quando necessitar pegar transporte na rua. É um absurdo”, frisou. Essa é a mesma opinião de Iara Cristina Tenório, que possui no seu veículo o mesmo equipamento para o uso da neta de 4 anos. Mas revela ser muito incômodo ter que levar o mesmo quando necessitar de um táxi.
Para o taxista Romildo dos Santos a lei traz segurança e prejuízo
Fotos: Lula Castello Branco
Comércio registra aumento das vendas de cadeiras para bebês
Campanha educativa em maio A partir do próximo mês, o Departamento Estadual de Trânsito estará com uma campanha educativa nas ruas, orientando os motoristas sobre a nova legislação, que entra em vigor no dia 9 de junho. A gerente de Educação de Trânsito, Amália Ricardo de Vasconcelos, afirmou que serão visitados supermercados e para os esclarecimentos necessários. Segundo ela, desde que o Contran anunciou a determinação, o Detran vem realizando palestras em escolas e empresas sobre a necessidade de adquirir a cadeirinha e o booster. Portanto, a partir de junho, o órgão irá exigir o uso e aplicará as sanções previstas, como multa, apreensão do veículo e perda dos sete pontos na carteira do condutor do veículo. Amália disse que a legislação é controversa, principalmente no que diz respeito à questão da não obrigatoriedade da aquisição do equipamento por taxis-
tas e transportes escolares, mas que, para conduzir uma criança de até 7 anos e meio, só será possível com o equipamento de proteção. A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), também realizará, no próximo mês, um trabalho educativo, conforme informações da diretora de Educação de Trânsito, Carolina Machado, com as equipes do órgão percorrendo creches e maternidades. VENDAS - Nos estabelecimentos comerciais especializados na venda de cadeiras de bebê e assentos e a procura já começou. Em uma das lojas, a vendedora Shierley Regina informou que, no estoque que chegou na semana passada, praticamente tudo já foi vendido, restando apenas as que estão no mostruário, e os proprietários já fizeram solicitação para uma nova remessa. (M.L.)
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Pauta Geral PF E CARBONO Em conformidade com a política de Neutralização de Carbono do Departamento de Polícia Federal, a Superintendência Regional em Alagoas realizará na próxima terça-feira, o segundo plantio de mudas de árvores de espécies nativas da Mata Atlântica. Para a Superintendência de Alagoas, foi calculado o quantitativo de 515 mudas para a compensação de todos os gases emitidos no ano de 2008 pela unidade, porém será realizado o plantio de 600 mudas. Neste cálculo, foram computadas todas as formas de emissão envolvidas em cada atividade da unidade, desde os gases emitidos para a produção do papel utilizado na confecção de inquérito policial até o emitido pela queima de combustíveis pelas viaturas. Ano passado foi realizado o plantio de 600 mudas relativas às emissões do ano de 2007. Os cálculos relativos ao ano de 2009 ainda estão em fase de processamento.
MUDAS O plantio das mudas será coordenado pela Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal em Alagoas em parceria com as ONGs Macambira – Associação de Proprietários de Reservas Privadas e IPMA – Instituto para Preservação da Mata Atlântica, em área cedida por uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, no município de Paripueira/AL.
EVENTO Participarão do evento servidores do órgão, autoridades convidadas, instituições ligadas ao Meio Ambiente e alunos de escola pública que além de plantarem parte das mudas receberão instruções de educação ambiental ministradas por técnicos das organizações parceiras. A iniciativa pretende ser exemplo para que outras instituições e segmentos da sociedade também implementem ações para compensarem suas emissões de poluentes.
ABALO BOM A PM alagoana deu um grande abalo no tráfico de drogas em Alagoas. Na sexta-feira, uma operação que contou com a participação do Bope resultou na apreensão de 35 quilos de maconha prensada. A apreensão aconteceu em Maceió e em Marechal Deodoro. Quatro pessoas foram presas e autuadas em flagrante. O curioso nessa história é que não se fazia apreensão de maconha em Alagoas há alguns meses. A droga da vez tem sido o crack.
PALESTRA Hoje, o juiz do Trabalho Henrique Costa Cavalcante, a convite do movimento A Juventude Operária Católica, ministrará a palestra “Direitos e Deveres da Mulher Trabalhadora”, às 10h, na Rua Sebastião Ferreira Santos, nº 63, Novo Mundo ( Barro Duro).
ARRAIAIS A Promotoria de Justiça Coletiva Especializada do Consumidor realizou na última quinta-feira uma reunião para assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta que disciplina o funcionamento dos festejos juninos em Maceió. Além dos promotores de Justiça Max Martins, Denise Guimarães e Neide Camelo estiveram presentes representantes da Prefeitura de Maceió, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. A regulamentação autoriza o funcionamento de, apenas, 20 arraiais em vias públicas na capital.
MP ALAGOANO O procurador de Justiça Luciano Chagas foi designado pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, para representar o Ministério Público de Alagoas nas reuniões do Conselho Superior do Ministério Público (CNM), em Brasília. Ele já participará da próxima sessão do CNMP, que será realizada na terça-feira, às 9h da manhã, no Distrito Federal. Entre os anos de 2005 e 2007, Chagas foi um dos conselheiros nacionais do colegiado. Comentando a designação, o procurador disse que é mais uma oportunidade de servir ao MP alagoano, desta feita participando de sessões e processos do interesse do Estado.
GRIPE A Começou ontem a quarta etapa de vacinação contra a gripe A. Desta vez, serão vacinados idosos com doenças crônicas e todos os convocados anteriormente (que inclui gestantes, crianças de seis meses a menores de dois anos, doentes crônicos e jovens saudáveis de 20 a 29 anos). A etapa vai até 7 de maio.
DIRETAS O balconista norte-americano Christopher Shaw, ganhou sozinho o prêmio de US$ 258,5 milhões nos Estados Unidos. O sorteio ocorreu na quarta-feira. O PCdoB em Alagoas está reafirmando o nome de Eduardo Bonfim para o Senado. O recado é do vice-presidente estadual da legenda, vereador Marcelo Malta. No intercâmbio Maceió/Garanhuns, alunos do Colégio Santa Amélia participam desde sexta-feira de competições esportivas com os colegas da Escola Santa Sofia, em Garanhuns.
Ensino Médio em dois meses, está virando moda em Maceió Instituições atropelam a legalidade para agilizar a conclusão do curso Marcelo Alves Repórter
Os cursos supletivos relâmpago estão se tornando uma febre em Maceió. Com a promessa de agilizar a conclusão do Ensino Médio, uma série de empresas atropelam o período de três anos e formam alunos em apenas três, dois ou um até um mês de aulas e testes. Os outdoors de cursos estão espalhados por toda cidade. Além
de divulgarem a chance de pegar o diploma num tempo recorde, eles afirmam terem “reconhecimento do Ministério da Educação (MEC)” para atuarem. Mas, ao contrário do que propagam, eles deveriam ser regulamentados pelo Conselho Estadual de Educação e não têm autorização ou o credenciamento pelo Sistema Estadual de Ensino para desenvolverem suas atividades em território alagoano.
Diante da oferta tentadora, muitas pessoas que não concluíram os estudos na idade adequada, são atraídas pela ideia de suprir o tempo perdido de escolarização. Essa verdadeira legião de formandos, entretanto, não sabe que pode pagar “gato por lebre” na ânsia de ultrapassar esta etapa da escolarização. Só para começo de história, o MEC nega qualquer autorização para o funcionamento des-
sas instituições de ensino. O órgão diz que a competência para aprovação do curso, em qualquer unidade da federação cabe às secretarias de Educação estaduais. Em Alagoas, a Secretaria de Estado da Educação (SEE) considera a modalidade de ensino irregular e confirma ser responsável pela regulamentação e fiscalização, entretanto afirma que só pode fazer algo se for provocada através de denúncias.
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alweb.com | e-mail: cidades@ojornal-al.com.br Cacá Santiago
Conselho de Educação: prática é ilegal
Os outdoors de cursos estão espalhados por toda cidade divulgando a chance de pegar o diploma num tempo recorde de um até três meses
A presidente da Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho Estadual de Educação (CEE), Bárbara Heliodora, está preocupada a oferta de conclusão do ensino médio em apenas 90 dias. Para ela, a promessa de antecipação precoce do término do antigo segundo grau desqualifica o aprendizado. Para Heliodora, diversas armadilhas perversas podem estar por trás dessas ofertas tentadoras e mágicas. De acordo com ela, os alunos dessas instituições de ensino supletivo podem estar sendo vítimas de uma falcatrua. “Não conheço a didática ministrada nesses cursos, mas minha maior preocupação é com a certificação dessas pessoas que podem não ter valor algum e elas devem estar virando alvo de uma falsificação”, disse. A presidente da CEB chamou a atenção para as propagandas enganosas que são divulgadas na cidade, por meio de outdoors ou panfletos. Ela ressalta que para atestar a eficácia do curso relâmpago, esses estabelecimentos de condensação do ensino médio
usam, até de má fé, o nome do MEC. “O MEC não tem competência para certificar esses cursos. Além de propaganda enganosa, os cursos escondem um crime ainda maior, que é o de falsificação”, afirmou Heliodora, que destacou que essa oferta enganosa deve ser investigada pelo Ministério Público Estadual, Procon e até mesmo pela Polícia Federal. Heliodora contou que já recebeu denúncia contra um dos cursos supletivos relâmpagos de Maceió. “O curso supletivo estava ofertando aulas e fazendo o exame supletivo de forma irregular”, revelou. Ela orienta os alunos que pretendem se matricular em um desses cursos de curta duração, a ficarem atentos e procurar informações, como se a instituição de ensino é conveniada ao Sistema de Educação de Ensino e se está regulamentada, através pelo CEE. “Nessa hora, o interessado deve estar atento, principalmente, quando se vai investir em alguma coisa tão importante para o futuro como é a educação”, advertiu. (M.A.) Thallysson Alves/ Estagiário
Marli Peixoto e Bárbara Heliodora: cursos estão de forma irregular
Educação sem base e de má qualidade Além das irregularidades quanto à concessão do diploma, o nível do ensino é outro ponto vital a ser observado, segundo orientou a presidente do CEB. “Caso a pessoa interessada procure uma instituição de ensino relâmpago do supletivo e descobre alguma irregularidade, é um sinal de que, vai encontrar uma educação sem base e que prejudicará sua formação pessoal e também trará danos para sua construção de valores”, alertou. A possibilidade de existir um comércio de certificados de conclusão de ensino ou até mesmo cumplicidade das instituições que realizam os exames supletivos para expedição do diploma é outra das possibilidades ventiladas por Heliodora. “Deve haver um contrato entre o cursinho relâmpago e as instituições que realizam o exame supletivo. Prova disso são os ônibus que saem daqui abarrotados de alunos”, ressaltou. Como em Alagoas esses exames não são legalizados e, portanto não são realizados, os estudantes acabam indo
para instituições de Sergipe e da Paraíba para realizarem as provas que dão acesso ao certificado. “Para nós, isso é garantia de que essas instituições de ensino passam os ‘bizus’ das provas”, denunciou Heliodora. Para dirimir a dúvida de complacência entre a o curso relâmpago e a instituição que realiza o exame supletivo, ela voltou a sugerir uma ação enérgica de representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Procon e Polícia Federal. O acumular destas questões, levanta outro fato que é quanto à competitividade no mercado de trabalho dessas pessoas que concluem o Ensino Médio de forma relâmpago. “Como ele pode competir em um concurso público ou vestibular, com um aluno que teve 2.400 horas de aulas durante três anos do ensino médio regular?”, questiona. “Esse estudante vai passar a vida toda pagando cursinhos para poder suprir a carência de conteúdo. Eles não têm competência e habilidade. Qual a base de conhecimento?”, indagou. (M.A.) Marco Antônio
Os cursos supletivos relâmpago estão virando moda em Maceió
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Instituições não têm autorização para atuar Marco Antônio
A pedagoga Marli Peixoto Vidinha também considera um risco o investimento em cursos supletivos e aponta várias irregularidades na modalidade. Ela diz que estas instituições escolares não possuem a autorização ou o credenciamento pelo Sistema Estadual de Ensino, não estão aptas a desenvolveram atividades educacionais e nem para emitirem certificados de conclusão de etapas de Educação Básica. “Caso a situação seja constatada, posteriormente, estes certificados serão invalidados e causarão prejuízos ao aluno”, afirmou. Ela orienta que os interessados em fazer um curso supletivo
devem procurar informações na SEE para saber quais estabelecimentos de ensino estão aptos a ofertar os cursos. De acordo com ela, somente o Centro de Estudo Paulo Freire, em Maceió e o Remy Maia, em Palmeiras dos Índios, estão habilitados a ministrar exames supletivos no Estado. Ainda segundo Marli Peixoto, os cursos são gratuitos e o exame de conclusão é realizado duas vezes por ano. De acordo com ela, a facilidade da conclusão do ensino médio em 90 dias, como é divulgada em publicidades espalhadas pela cidade, está provocando a fuga de alunos dos colégios regulares para supletivos que ofer-
tam o acesso mais rápido ao certificado de conclusão. O MEC afirma que não é de sua competência autorizar nem reconhecer cursos supletivos. De acordo com a assessoria de comunicação, MEC dita normas para o funcionamento de toda a educação brasileira, mas repassa aos estados a competência de autorização e reconhecimento dos cursos através de seus Conselhos Estaduais de Educação. “Não é da competência do MEC. Quem tem a responsabilidade de averiguar a veracidade do curso são os estados, por meio dos Conselhos Estaduais de Educação”, afirmou o MEC.
Para Tenório no período de um ou dois meses os alunos saem capazes de prestar um concurso público
Supletivos preenchem lacuna na educação O fascínio pelos supletivos de ensino acelerado atingiu grandes proporções e a procura aumentou de forma considerável. O gestor do curso Ideia, Emanuel Tenório, que o diga: ele viu o número de alunos aumentar de maneira considerável nos últimos dois anos: das duas pessoas, no início, hoje as turmas ultrapassam as duas centenas de alunos. Ele garante no período de um ou dois meses os alunos saem capazes de prestar um concurso público ou até mesmo se submeter a exame de faculdade. Para comprovar a eficácia do curso supletivo relâmpago, Tenório mostra, com orgulho, fotografias de alunos concluíram ensino médio, e que segundo ele, tiveram sucesso no vestibular da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Tenório revelou que o sucesso para a aprovação de seus ex-alunos se deve ao material didático sistematizado. “O material didático é focado nos assuntos do cotidiano e que estão em evidências”, explicou. Ele afirmou que a instituição de ensino possui uma corpo técnico que é responsável por estudar provas de concursos e de vestibulares para verificar qual o tipo de assunto é abordado. BAGUNÇA - Quanto à validade do curso, o empresário atesta a legalidade de seu curso apresentando uma resolução de nº 472 do Conselho Estadual de Ensino do Estado de Sergipe, datada de 16/12/2009. Ele explicou que o motivo de ter ido ao estado vizinho solicitar a autorização de funcionamento do curso, é porque o CEE de Alagoas é
uma “bagunça”. “Sergipe faz uma divulgação ampla dos exames supletivos”, afirmou. Tenório defende a ideia de que, enquanto ele e outros empresário de cursos relâmpagos estão contribuindo para o aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o CEE de Alagoas não está fazendo nada. “Estamos suprindo uma lacuna na educação criada pelo Estado”, afirmou. Em relação à carga horária de 2.400 horas necessárias para o cumprimento do Ensino Fundamental regular, Tenório disse que a representante do CEE está desinformada. “Exame supletivo não exige carga horária. Lamento o desconhecimento da lei pela conselheira. Tanto que no Estado não é feita tal exigência para prestar o exame”, provocou. (M.A.)
Aprovação no vestibular graças à base Precisando recuperar o tempo perdido, a universitária Rani Ruth Marques de Souza, de 20 anos, recorreu ao ensino relâmpago do antigo 2º grau. Ela disse que havia desistido de estudar aos 18 anos depois de perder o ano escolar por três vezes. O motivo, segundo ela, foi a sua constante mudança de colégio. Rani Ruth, que foi aluna do curso Ideia, estudou apenas um mês e conseguiu concluir o ensino médio. Após conquistar o certificado de conclusão, em João Pessoa, ela prestou dois vestibulares em uma faculdade particular para o curso de Direito e logrou êxito em um deles. Hoje, Rani Ruth já está no segundo período do curso. Ela, entretanto credita o sucesso no vestibular ao seu empenho pessoal que teve, tanto nas aulas, em casa e na base anterior ao supletivo.
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Rani Ruth aprovada em Direito, depois de um mês de curso
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Thallysson Alves
Degradação transforma riachos de Maceió em esgotos a céu aberto Falta de educação ambiental da população prejudica o meio ambiente Gabriela Lapa Thallysson Alves Estagiários*
Todo tipo de lixo é jogado diaramente no Riacho do Silva
Cortando o bairro de Bebedouro, um riacho luta para sobreviver. Ao contrário do que havia até a década de 1950, quando uma barragem construída próxima à nascente, no Parque Municipal de Maceió, garantia o abastecimento para boa parte da capital, hoje é lama e entulho o que corre pelo riacho do Silva. Ainda dentro do Parque, há poucos metros da nascente límpida, ele recebe o primeiro golpe: o esgoto que vem das casas construídas desordenadamente no bairro de Santa Amélia, parte alta da ci-
dade. E vai ficando ainda mais devastação das matas ciliares degradado na medida em que também contribuiu para aceavança por Bebedouro, brigan- lerar o processo de degradado por espaço entre lojas e reção do riacho do Silva. sidências. “A natureza perdeu es“A população crespaço. Sem vegetação ceu muito depois da A força da não há como reter a década de 1960, com o água, quando água limpa da chuva, e êxodo rural. A cidade o riacho perde uma não tinha condições de chove, é tão fonte de reabastecimenreceber tantas pessoas, to”, disse a superintengrande mas elas foram se aco- que arrasta dente. modando e construinHoje, apenas a nasdo casas sem consciên- tudo o que cente, protegida pela reencontra serva de Mata Atlântica, cia ambiental”, explica a superintendente de pela frente no parque municipal, esRecursos Hídricos de capa às consequências Alagoas, Rochana de da explosão demográfica. Andrade Lima. SegunMesmo assim, não é preciso do ela, além do lixo despeja- andar muito para perceber que do diretamente das casas, a elas já começam a se fazer pre-
sentes dentro do parque. Quando chove, a força da água arrasta o lixo que vem da parte alta da cidade por todo o curso do riacho, e no ponto onde a água limpa da nascente se encontra com a lama e a sujeira, é possível ver todo tipo de entulho descartado. “Até sofá, quando é jogado fora, é trazido pela correnteza”, conta Rochana Lima. Responsável por toda essa situação, a população já começou a sentir e a lamentar os efeitos de seus atos. No coração de Bebedouro, na Rua Marquês de Abrantes,a força da água, quando chove, é tão grande que arrasta tudo o que encontra pela frente.
“Hoje só sobrou mau cheiro” O comerciante Bartolomeu Gomes, que vive em Bebedouro desde 1984, possui um mercadinho do outro lado da Marquês de Abrantes, por onde passa um dos trechos mais poluídos do riacho do Silva. Paisagem muito diferente da que ele guarda na memória, da época em que chegou
ao bairro. “Vim do Vergel para cá quando ainda se podia tomar banho e pescar no riacho”, lembra o comerciante. “Mas hoje só sobrou o mau cheiro e os mosquitos”, lamenta. O motorista José Ferreira da Silva, proprietário de um sítio na vizinhança, diz que até pneu de trator já encon-
trou boiando. “Parece coisa de cinema”, conta. Segundo Rochana Lima, isso acontece porque a mata virgem que existia nas barreiras foi destruída para dar lugar às casas e conjuntos. “É a mata que controla a força da água; sem ela, o riacho corre desenfreado”, explica. (G.L. / T.A.) Thallysson Alves
Bartolomeu lembra da época em que chegou ao bairro e podia tomar banho e pescar no riacho do Silva
Falta de saneamento básico “As autoridades enfrentaram muitas dificuldades para lidar com a explosão demográfica da cidade, entre 1960 e 1970. Muitas das áreas ocupadas sem planejamento permanecem sem saneamento básico, dando margem para que as pessoas joguem lixo nos riachos e na rua”, diz Rochana Lima. Em Bebedouro, o reflexo dessa situação é sentido principalmente por quem mora mais próximo ao riacho do Silva, como Bartolomeu e José Ferreira. Eles se queixam, sobretudo, dos moradores do Santa Amélia, que, sem rede de esgotos, descartam os dejetos provenientes das casas
diretamente no riacho ou na rua. No caso dos resíduos sólidos, são arrastados pela chuva e entopem a passagem natural da correnteza na altura da ponte da Rua Marquez de Abrantes, fazendo com que o nível da água suba e invada os estabelecimentos. Para Bartolomeu Gomes, a esperança dos moradores é a execução de um projeto de saneamento na região. “No dia em que isso acontecer, boa parte do problema estará resolvida”, diz ele. Como Bebedouro, o Vale do Reginaldo é outro palco da luta entre o homem e a natureza. Cortado pelo riacho que leva seu nome, conhecido
mais popularmente como Salgadinho, o Vale sofreu um processo de favelização acelerado. “A população começou a ocupar o lugar desmatando e construindo casas e barracos, sem a preocupação com o meio ambiente. Tudo isso somado à dificuldade de acesso do caminhão do lixo nos pontos mais altos da favela, resultou na poluição contínua do Salgadinho, que era um riacho tão limpo como o do Silva”, explica Rochana Lima. “Hoje há casas construídas com canos que despejam o esgoto diretamente nele”. (G.L. / T.A.) Continua na página A19
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Falta de educação ambiental compromete vida do riacho Sem chances de se defender, o Salgadinho teve as margens quase totalmente ocupadas pelos moradores do Vale do Reginaldo. No trecho próximo à ponte do viaduto que leva ao Terminal Rodoviário João Paulo II, o que restou de mata virgem contrasta com a nudez da outra margem, que a ocupação varreu definitivamente. Cimentado e desprovido da proteção natural que é a mata ciliar, o Salgadinho, hoje, se tornou um canal de esgoto. Através de uma ação conjunta com a Prefeitura, a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) vem fazendo um tra-
balho constante de conscientização no Vale do Reginaldo. Mas, para o superintendente Ernande Baracho, o maior obstáculo para o sucesso total da iniciativa é a falta de educação ambiental da população. “Já desenvolvemos muitos trabalhos nesse sentido, mas as pessoas insistem em continuar jogando lixo no Salgadinho. Principalmente aquelas que moram mais perto da margem. Elas acham mais prático”, avalia. Segundo a superintendente Rochana Lima, a população se compromete com o cuidado na hora de jogar o lixo fora apenas no início dos trabalhos de conscientização. (G.L. / T.A.)
A prefeitura já desenvolveu muito trabalho de educação ambiental, mas as pessoas insistem em continuar jogando lixo no Riacho Salgadinho
Slum está fazendo trabalho de revitalização no riacho do Silva
Descaracterização do Salgadinho A degradação do Salgadinho não foi causada apenas pela ação dos moradores. Segundo Rochana Lima, o processo de urbanização da capital – que ocorreu da mesma forma em outras grandes cidades brasileiras – acabou contribuindo com a descaracterização do riacho, que hoje mais parece um canal. “O Salgadinho passava pelo Centro de Maceió fazendo a divisa entre ele e os bairros do Poço e Jaraguá, mas com a urbanização, foi drenado e cimentado”, conta a superintendente. Do riacho que nasce no Tabuleiro do Martins e ia encontrar o mar nas imediações do antigo Hotel Jatiúca, pouco restou do curso original. Hoje, só lixo e esgoto correm pelos trechos onde ele deságua, na praia do Sobral. Para reverter a situação, a Slum está fazendo um trabalho de revitalização no riacho do Silva há cerca de três meses. “Temos dragas de cabo e de sucção que já estão sendo operadas para retirar a sujeira”, explica Ernande Baracho, adiantando que, equipamentos de descarga hídrica serão alugados para reforçar as atividades. “Vamos usar uma rede de contenção para reter o lixo, como uma peneira, enquanto o outro equipamento libera a água como um pequeno tsunami”, completou o superintendente. Esse trabalho, que vai ser estendido a todo riacho e canal de Maceió, deve levar, segundo Baracho, mais dois meses para despoluir completamente o riacho do Silva. E, ao contrário do que vigora como senso comum, o resultado será fundamental para a recuperação definitiva. “A maioria das pessoas costuma ser muito xiita quando o assunto é meio ambiente”, avalia Rochana Lima. “Ou acreditam que o problema é insolúvel ou que
será resolvido rapidamente. Mas não é assim. A natureza é muito sábia, ela tem seu próprio tempo”, afirma. A superintendente diz, ainda, que a Secretaria de Estado dos Recusos Hídricos vai iniciar um processo de saneamento básico em Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. “Mesmo estando fora de Maceió, essas duas áreas são responsáveis por parte da poluição que contamina outros componentes da rede hidrográfica da capital, como a Laguna Mundaú. Com o saneamento, mais um canal de degradação ambiental será contido”, explica Rochana. Diante da dificuldade de disseminar práticas de consciência ambiental, a superintendente faz coro a Ernande Baracho quando reconhece os muitos obstáculos existentes no caminho para a recuperação dos riachos. Mas, mesmo assim, ela não descarta um futuro de harmonia com a natureza. Segundo ela, o que Maceió enfrenta hoje é a mesma situação de toda grande cidade, pelo Brasil e pelo mundo: “Em Recife e São Paulo também houve degradação de rios e riachos”, compara. “Não é um problema isolado dos maceioenses e nem de responsabilidade desta ou daquela autoridade. É uma consequência do processo de urbanização”. Assim sendo, apontando exemplos de recuperações bem sucedidas pela Europa, Rochana reconhece que o trabalho é árduo, mas que o objetivo não é impossível de ser alcançado. ”Os europeus não conseguiram recuperar o rio Tâmisa? Se houver o replante das matas ciliares e a execução de projetos de saneamento básico, teremos nossos riachos de volta”, arremata. (G.L. / T.A.) *Sob a supervisão da Editoria de Cidades
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Reurbanização do Centro e da orla de Maragogi anima comerciantes Obras foram entregues durante os festejos de Emancipação Política Fotos: Eduardo Almeida
Da Editoria de Municípios MARAGOGI – Durante as comemorações de 135 anos de Emancipação Política de Maragogi, que aconteceram na sexta-feira e no sábado da última semana, o prefeito Marcos Madeira (PTB) entregou à população e aos empresários da cidade a primeira etapa da revitalização do Centro. Segundo o gestor, a melhoria da infraestrutura deve atrair mais visitantes para o segundo maior pólo de turismo de Alagoas, evidenciando o potencial turístico da região norte do Estado. As mudanças paisagísticas, as melhorias no sistema de iluminação e a ampliação da área útil do Centro foram recebidas com “bons olhos” pelos comerciantes da cidade, que acreditam na expansão dos negócios e esperam aumentar o faturamento. O projeto de reurbanização, dividido em duas etapas, implicou em recursos na ordem de R$ 2,5 milhões para a primeira etapa e R$ 3 milhões para a segunda etapa, que foram viabilizados pelo ex-deputado federal João Lyra (PTB). A empresária Regina Helena de Moraes se mostra otimista em relação às obras de revitalização pelas quais a cidade vem passando. Ela é proprietária de um restaurante na orla marítima, que também está
Empresária Regina Moraes espera aumentar o faturamento mensal
Prefeito destaca a participação de Lyra
Área central de Maragogi foi totalmente revitalizada, com novo projeto de iluminação e paisagismo
sendo reurbanizada, e afirmou que já percebe o crescimento no número de clientes que visitam o seu estabelecimento. No entanto, espera que, após a conclusão da segunda etapa das obras, o movimento cresça ainda mais, elevando seu faturamento mensal. “Maragogi apresenta vocação turística e merecia há muito tempo receber melhorias na estrutura do Centro e da orla marítima. Aampliação vai atrair visitantes e possibilitar que eles divulguem o município em outros estados. Nós já notamos a diferença depois do
início das obras, com o crescimento no número de turistas. Mas, ainda queremos mais e acreditamos que a conclusão das obras deve favorecer ainda mais quem tem comércio na cidade”, ressaltou a empresária. Para o empresário Genivaldo dos Santos, conhecido como “Gina”, toda obra que amplie a infraestrutura do Centro e da orla marítima estimula o desenvolvimento do comércio local. Assim como a empresária Regina Moraes, ele revela que espera que o movimento cresça nos próximos meses,
mesmo durante o período considerado de baixa temporada, depois que as obras de reurbanização sejam inauguradas. “As obras devem atrair novos clientes e estimular o consumo na região norte. É uma reivindicação antiga a revitalização do Centro e da orla marítima que está sendo atendida agora. Vamos fortalecer o potencial turístico do município e também cumprir a nossa parte, que é de oferecer um serviço de qualidade para todos os que visitam a nossa cidade”, observou Genivaldo dos Santos.
Para o prefeito de Maragogi, Marcos Madeira (PTB), as obras de revitalização do Centro estão mudando a imagem do município. Madeira acredita que a revitalização da orla marítima deve atrair mais turistas, fortalecendo o potencial turístico da cidade. Nesse cenário de reconstrução, o prefeito destacou o papel do exdeputado federal João Lyra (PTB), autor de emendas no valor de R$ 3 milhões para a primeira etapa e R$ 2,5 milhões para a segunda etapa, o garante a conclusão das obras de revitalização. “O ex-deputado federal João Lyra exerceu papel fundamental para o crescimento de Maragogi. Com o olhar de empresário, ele enxergou o potencial turístico da cidade e conseguiu emendas parlamentares que garantiram toda a estrutura necessária para que pudéssemos receber bem os visitantes. Hoje o município está diferente e devemos
parte disto a ele, que foi um defensor não só de Maragogi, mas da região durante seu mandato na Câmara Federal”, expôs Marcos Madeira. De acordo com João Lyra, Maragogi é um município que deve ser tratado de forma diferenciada. “Sempre olhei para a cidade como um pólo de turismo não só de Alagoas, mas do Nordeste. As obras de revitalização possibilitam que a cidade oferece a estrutura adequada para recepcionar turistas de todas as partes do País. Como deputado federal, trabalhei para que a região se consolidasse como referência”, destacou. Em visita recente ao município, o ex-deputado revelou a satisfação em ver suas emendas se transformarem em obras. “Fiquei bastante satisfeito quando o prefeito Marcos Madeira me convidou para visitar as obras de revitalização, porque pude constatar que as emendas se transformaram em benefícios para a população”, revelou.
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UNEAL
Alunos e professores relatam problemas Salas de aula apresentam infiltrações, estão infestadas de cupins e ventilação no local é considerada precária Carolina Sanches Repórter
ARAPIRACA– Salas com infiltração, infestação de cupins e ventilação precária. Estes são alguns dos problemas relatados pela comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). Eles reclamam que a instiruição não possui condições mínimas de infraestrutura para que os alunos obtenham uma boa formação. De acordo com o professor Renan Rocha da Silva, além da falta de infraestrutura, que inviabiliza as aulas de alguns cursos no período de chuvas, a saída de muitos funcionários com graduação de doutores e mestres põe em risco a continuidade das aulas na Universidade. “Desde 2008 estamos revindicando um concurso para docente e não acontece. Nossa preocupação é que a carência de professores inviabilise o funcionamento da instiruição”, afirma. Na semana passada, representantes do Sindicato dos Docentes da Uneal (Sindfunesa) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) saíram às ruas em passeata para cobrar uma solução para o problema no Campus de Arapiraca. Com faixas, cartazes e apitos eles pararam em frente à Câmara Municipal e foram autorizados a entrar no plenário da casa, onde acontecia a sessão ordinária. Os professores e estudantes puderam explicar aos vereadores o motivo da manifestação e pedir apoio nas reivindicações. A diretora do campus, Rejane Viana, relatou que a maior reclamação são as condições de trabalho no local e a junção escola estadual Costa Rêgo e Uneal no mesmo prédio, que causa mais prejuízos a
Fotos: Carolina Sanches
instituição. Segundo Rafael de Oliveira, presidente do DCE da Uneal, quando chove a situação fica pior. Ele contou que após as fortes chuvas que caíram nos dias 15 e 16, o teto de algumas salas desabou impossibilitando que algumas aulas fossem mantidas. “A situação da Uneal é crítica e precisa ser resolvida”, expôs. No final da sessão da Câmara Municipal, foi determinada uma comissão que se reuniu na última quarta-feira com o secretário de Educação do Estado, Rogério Teófilo. Na reunião, ficou determinado que engenheiros da secretaria iriam fazer uma vistoria no Campus de Arapiraca na quinta-feira.
Engenheiros fizeram vistoria no prédio da Uneal
ESTRUTURA – Professores reclamam da falta de infraestrutura no campus de Arapiraca. Dentre os problemas relatados estão algumas construções de salas que ficam em locais sem ventilação. O professor do curso de direito, Lucio Izidro, explicou que algumas salas que foram contruídas na parte de trás do campus não tem ventilação. “A falta de ventilação incomoda os alunos e dispersa a turma. Outro problema existente é que uma sala do curso de direito fica com a janela de frente a janela da turma do colégio Costa Rego e o barulho das salas atrapalha a comunicação”, diz. Outro problema constatado pelo professor é a construção de duas fossas que foram colocadas em um antigo jardim em frente a salas de aula. “O suspiro foi feito muito baixo e fica tampado. Se o suspiro permanecer tampado o risco de explodir é grande, além do mau cheiro que incomoda a todos”, ressaltou o professor.
Nomeação de concursados não resolveu carência Salas de aula da Uneal, em Arapiraca, estão infestadas de cupim
Secretaria de Educação identifica falhas Uma equipe da Secretaria Estadual de Educação realizou uma visita técnica nas dependências do capus da Uneal em Arapiraca e constatou os problemas. A visita foi acompanhada por professores da universidade, vereadores e a direção da Escola Estadual Costa Rêgo, que funciona no campus da Uneal. Durante a vistoria, o engenheiro José Kleber de Oliveira, confirmou que a estrutura do prédio precisa de reparos e explicou que existe um projeto para melhora da área onde fica a escola estadual, orçado no valor de R$ 240 mil que esta para abrir licitação. “Temos um valor liberado para serviços emergenciais que devem começar na próxima semana. Esta já é a terceira vez que fazemos uma avaliação no prédio para ver se falta alguma coisa a ser colocada no projeto”, explicou. A informação de que o projeto iria beneficiar apenas a área da universidade onde funciona o colégio desagradou a comissão da Uneal que participava da vistoria. O espaço da escola corresponde ao auditório e 16 salas do campus que possui mais de 45 saas de aula. “Sabemos que a parte que é mais carente é a da escola, mas existem outros locais que pre-
cisam ser reformados”, disse o professor Renan Rocha, ao informar que a biblioteca também tem infiltrações e esta sem fuincionar porque os livros tiveram que ser retirados da prateleira. . A vereadora Graça Lisboa defendeu que a Uneal não pode continuar a funcionar de forma precária, mas disse que os vereadores irão acompanhar o processo da reforma. “Conversamos com o secretário Rogério Teófilo que se mostrou muito empenhado em resolver a situação da universidade”, afirmou. No final da visita, foi realizada uma reunião para que os problemas fossem colocados em um documento para fazer parte do projeto. “Estamos cientes dos problemas que existem pela própria estrutura física do prédio. Inicialmente serão feitos serviços emergenciais e o projeto deve ser iniciado em breve”, informou o engenheiro. Os técnicos da Secretaria de Educação explicaram que a previsão é de que o procedimento seja concluído em até noventa dias e que as obras que começarão amanhã com a troca de telhados, de forros, além de ajustes nos banheiros da instituição.
São cerca de 7 mil alunos, distribuídos nos cinco campi da Uneal em Arapiraca, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e União dos Palmares. A universidade possui muitas linhas de pesquisas nos segmentos de educação e agricultura devido à necessidade da sociedade na qual se encontra inserida. Uma delas é a análise que esta sendo de-
senvolvida em parceria com o Arranjo Produtivo Local (APL) da Mandioca para a geração de energia das 588 casas de farinha da região. Existe também a pesquisa para melhorar a qualidade de alimentação e leite de cabras do APL ovinocapricocultura, no Sertão do Estado. Outro projeto que será de responsabilidade da Uneal será o Centro Agroalimentar.
No mês passado, os 192 candidatos aprovados no concurso para os cargos da área técnica e administrativa da universidade foram nomeados. A decisão diminuiu as carências mas, segundo os professores ainda existe o problema da falta de professores efetivos. “A nomeação foi importante e só aconteceu após muitas reivindicações e diante da ameaça de fechar o prédio”,
expôs o professor Renan Rocha. O primeiro concurso da Uneal para a área administrativa registrou 10.282 candidatos inscritos no exame para os cargos de nível superior, médio e fundamental nos cinco campi. A nomeação aconteceu após a demissão dos 163 servidores contratados irregularmente.
Professor Renan Rocha mostra sala de aula que foi danificada pelas chuvas
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Arapiraca
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Dedicando a vida às gargalhadas Com 52 anos dedicados a arte circense, o palhaço Biribinha leva a história do circo por todo o Brasil Fotos: Carolina Sanches
Carolina Sanches Repórter
ARAPIRACA – “Jamais irei envelhecer porque estou imortalizado através da minha arte. Sigo cumprindo uma missão que é de tornar as pessoas felizes e disseminar a arte do palhaço”. Com essas palavras Teófanes Silveira resume seus 52 anos dedicados a arte através do palhaço Birinha. De família circense do interior baiano, Teófanes Silveira se apresentou no picadeiro pela primeira vez aos oito anos. Com a Turma do Biribinha integrada por ele, por seus dois filhos Teófanes Silveira Junior e Nelson Alves da Silveira Neto e por Eugênio Talma – mantém a tradição do circo. O artista nasceu dentro do circo em Jequié, na Bahia, e foi morar em Arapiraca há 40 anos. Dos seis irmãos, três seguiram a carreira artística. Filho mais velho, ele iniciou sua aprendizagem e estreiou no circo-teatro, tendo seu pai como mestre, Nelson Silveira. Nelson exercia os papéis de diretor, ator e acrobata, mas foram as grandes atuações nos papéis cômicos que o fizeram ator cômico de palco e abriram caminho para que pisasse também o picadeiro, como palhaço, com o nome de “Palhaço Biriba”. Quando Nelson faleceu, Teófanes herdou o nome de palhaço do pai. Após alguns anos da morte
Mais de 200 palhaços de Alagoas participam do encontro circense
“Festival é a realização de um sonho”
Palhaço “Biribinha” é o idealizador do I Festival de Palhaços e Gargalhadas, que acontece em Arapiraca
de Nelson, que faleceu em 1977, o circo fechou e Biribinha ficou na cidade trabalhando de palhaço em festas de aniversário e em outros eventos. Sem estar muito contente com o trabalho em locais fechados, ele decidiu ficar apenas com o público e o picadeiro. A partir desse sonho iniciou um outro momento de sua produção enquanto palhaço que é o de trabalhar com espetáculos de rua.
E desta forma Biribinha tem participado de festivais em todo Brasil com sua trupe, “A Turma do Biribinha”. O grupo foi contemplado com o Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo, que visa apoiar artistas circenses a realizar projetos nas diversas regiões do País, como forma de promover, incentivar e democratizar as artes circenses no Brasil.
FAMÍLIA – É com orgulho que Biribinha relata que a arte do palhaço esta sendo seguida em sua família por quatro gerações. Ele, que herdou a profissão de seu pai, atua ao lado dos filhos e já percebe o interesse dos netos pela arte. “É muito gratificante ver que o trabalho que herdei do meu pai ainda vai permanecer por muitas gerações na família”, expôs.
Para Biribinha, a promoção do I Festival de Palhaços Gargalhada, que começou na última sexta-feira, em Arapiraca, é a realização de um sonho antigo. Ele conta que o evento é considerado a consagração da arte do circo no Estado. “Pela primeira vez estamos reunindo palhaços e artistas de todo Estado em um único evento, que tem o objetivo de mostrar a diversidade cultural em Arapiraca”, destacou. O evento reúne desde a última sexta-feira artistas circenses e cerca de 200 palhaços que atuam em Alagoas. Na abertura do festival foi realizada uma “Palhaceata” percorreu o centro da cidade e atraiu a atenção de moradores e visitantes. Também foram realizadas apresentações de espetáculos. O festival é uma realização da
Companhia Teatral Turma do Biribinha, comandada pelo palhaço mais conhecido do Estado. Aideia do encontro surgiu da necessidade de imortalizar a tradição da arte circense em Alagoas. “Viajamos o Brasil todo participando de eventos grandiosos neste segmento e queremos aproximar nossa arte do público daqui. Temos competência e talento de sobra”, diz o representante do grupo, Silveira Júnior, o palhaço Mixuruca, preocupado em perpetuar essa cultura popular às futuras gerações. Mixuruca seguiu a carreira do pai, o Biribinha. Iniciou na “brincadeira” ainda criança, aos seis anos. “O circo tem essa magia. Começamos jogando umas bolinhas e quando menos se espera, já estamos completamente envolvidos”, conta o palhaço.
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AL vive novo boom de supermercados Com investimentos de cerca de R$ 200 milhões, grandes redes programam abertura de novas unidades no Estado Patrycia Monteiro Repórter
Há apenas cinco anos o setor de supermercados de Alagoas era formado pela presença exclusiva da rede Bompreço, em Maceió, e por diversos mercadinhos distribuídos tanto na capital, como no interior. A primeira grande mudança do mercado se deu a partir de 2005, quando o Grupo Pão de Açúcar iniciou seu projeto de expansão para o
Nordeste e, em terra alagoanas, inaugurou seu primeiro supermercado Extra. Quem não se lembra? Abílio Diniz, presidente do Conselho da gigante varejista, veio em pessoa para o Estado para participar da cerimônia de inauguração da nova unidade de negócios que contou com a presença de diversas autoridades do Estado. No dia seguinte, o povo alagoano lotou o estacionamento do novo hipermercado em busca de promoções
e novidades. Na mesma época, a rede Walmart, já detentora das marcas Bompreço e Hiper Bompreço, não poupou esforços para manter a liderança local. Reformou antigas lojas e abriu novos supermercados, entre eles um Hiper Bompreço e o Sam´s Club, ambos em Mangabeiras, ao lado do antigo Shopping Iguatemi, e o Bompreço no bairro da Ponta Verde. E foi nesse mesmo período em que a rede sergipana
GBarbosa, que atualmente pertence ao grupo chileno Cencosud, comprou os ativos do antigo Via Box, que pertencia ao empresário alagoano Luis Antonio Paes Barreto dos Anjos. De lá para cá, o mercado alagoano ganhou um novo Extra no bairro do Farol, mais duas lojas do GBarbosa, que atualmente mantém em Maceió quatro supermercados, enquanto o Walmart aumentou seu número de lojas para 17, sendo sete delas inaugura-
das no ano passado, num investimento de R$ 50 milhões. E quando todos supunham que os investimentos do setor seriam pontuais daqui para frente, eis que Alagoas se prepara viver um novo boom de investimentos das grandes redes que pretendem levar novas unidades para o interior e para área que mais cresce na capital alagoana: a região do Tabuleiro do Martins. E a nova onda de investimentos será impulsionada pela
chegada do Carrefour, que há dez anos vinha prospectando terrenos para sua instalação em Maceió. Segundo fontes do setor do Comércio, que preferem se manter no anonimato, a rede varejista francesa além de adquirir o terreno da antiga fábrica da Five Lilles, para construir um supermercado de R$ 60 milhões com a bandeira Atacadão, ainda está negociando a compra de outra área, em frente ao Shopping Pátio Maceió.
A chegada da rede francesa marca um novo ciclo e acirra concorrência
Pátio Maceió: nova loja de 2,5 mil m² Além desses investimentos, a rede GBarbosa, que vai inaugura em breve um supermercado dentro do Shopping Pátio Maceió, com 2,5 mil metros quadrados, está disposta a expandir seus negócios para o interior, inaugurando um supermercado em Delmiro Gouveia e outro na Barra de São Miguel. Fontes do setor também apontam que o Palato, uma empresa alagoana, está planejando inaugurar um novo supermercado voltado para clientela das classes A e B também na região do Tabuleiro do Martins. Outra alagoana, a Unicompra, pretende instalar novo supermercado em São Miguel dos Milagres. No terreno que pertenceu a Giu Móveis, ainda próximo ao Pátio Maceió está sendo construída uma galeria com 20 lojas e duas âncoras: as Lojas Americanas e o Bompreço. No total, estimase que o volume de investimento previsto na expansão das redes vai requisitar um aporte de capital de cerca de
R$ 200 milhões. Por questões estratégicas, as grandes redes não costumam antecipar informações sobre os investimentos de novas unidades de negócios. E a cautela é necessária, pois sempre que uma gigante varejista planeja construir um novo supermercado, logo é estabelecida certa especulação imobiliária nas regiões escolhidas para expansão. Mas, há redes que não escondem totalmente as suas ambições em relação ao mercado alagoano. “Alagoas é um estado estratégico para o Walmart. Este ano, inclusive, foi inaugurada no estado a primeira nova loja da empresa em toda a região Nordeste: O Maxxi Atacado Maceió, que abriu as portas em 18 de janeiro após um investimento de cerca de R$ 20 milhões. Ao longo do ano, a Walmart planeja, sim, a abertura de novas unidades e os locais e as datas de aberturas dessas lojas ainda estão sendo definidos”, afirma Eduardo Laranja, diretor de Operações do Walmart no Nordeste. (P.M.)
Para Walmart, Estado é estratégico O executivo relembra que o grupo americano chegou ao Nordeste em 2004, quando adquiriu as operações da rede Bompreço, da varejista holandesa Royal Ahold, mas que a marca Bompreço já existe há cerca de 20 anos no Estado de Alagoas. “No ano passado, o Walmart inaugurou 7 novas lojas no Estado, as primeiras inclusive no interior, o que somou um investimento de R$ 50 milhões e representou a geração de cerca de 300 empregos diretos. As novas lojas abertas em Alagoas em 2009 foram: Todo Dia Arapiraca, Todo Dia Cleto Marques, Todo Dia Clima Bom, Todo Dia Jacintinho, Todo Dia Palmeira dos Índios, Todo Dia Santana do Ipanema e o Maxxi Arapiraca esta última, um formato do Walmart até então novo no Estado”, conta. “Atualmente, o Walmart conta com 17 lojas em Alagoas e cerca de 2 mil funcionários”, contabiliza. Segundo Eduardo Laranja, há espaço para crescimento, não apenas para a rede Walmart , mas para o mercado varejista em geral. “É o
cliente que sai ganhando quando novas lojas abrem as portas, afinal, dessa forma se acirra a concorrência. E o crescimento que a nossa empresa enxerga em Alagoas vai além da capital Maceió. A prova disso é que ano passado chegamos com duas lojas a Arapiraca (Todo Dia e Maxxi Atacado), cidade importante do interior alagoano. E além do crescimento relacionado às novas unidades, temos como meta estreitarmos ainda mais o nosso relacionamento com fornecedores locais, ou seja, com a indústria alagoana”, diz. Para o executivo, o consumidor alagoano anda cada vez mais exigente, buscando aliar preço baixo com qualidade. “A tendência que a gente observa é do aumento ainda maior dessa exigência do consumidor, que busca preço, qualidade, atendimento, comodidade e segurança toda vez que sai de casa para fazer suas compras. E é com isso em mente que trabalhamos diariamente em nossas lojas”, afirma. (P.M.) (Continua nas páginas A26 e A27)
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Yvette Moura
Empresário Robson Rodas diz que há mercado para todos em AL
Barreto, da ASA: expansão do comércio se deve às classes C, D e E
Região metropolitana: 1,3 mi de consumidores Sem querer entrar em detalhes sobre seu atual processo de expansão, o grupo GBarbosa, apenas confirma que deve inaugurar no segundo semestre o seu mais novo supermercado em Maceió, dentro do Shopping Pátio Maceió. No mês de março a rede fez a aquisição dos supermercados Super Família, passando a atuar também em Fortaleza, Ceará. Além dos quatro supermercados, com 900 funcionários na capital alagoana, o GBarbosa mantém unidades em Sergipe e na Bahia. “Temos a política de trabalhar com preços agressivos, beneficiando a comunidade através do aumento da concorrência. Além disso, geramos novos empregos diretos e indiretos, o que promove o desenvolvimento socioeconômico no Estado e de sua população.
Nesse cenário, acreditamos que o Brasil como um todo oferece espaço para o crescimento do setor varejista”, afirma Nadja Mattos, diretora de Assuntos Corporativos do GBarbosa. Segundo a executiva, sua rede busca sempre trabalhar oferecendo aos seus clientes qualidade, menores preços do mercado e um excelente atendimento. “O que é muito valorizado pelo consumidor. Junto a essa filosofia, há um planejamento de ofertas e o sortimento do mix de produtos, que é bastante variado e incrementado por seções de eletro, brinquedos, cama, mesa e banho, além de produtos de marca própria. Com isso, não só cativamos como fidelizamos o nosso cliente”, frisa. “Quanto mais pasto, mais gado”, afirma, divertidamente, o empresário Robson Rodas, su-
perintendente do Maceió Shopping. Segundo ele, o atual processo de expansão das grandes redes é positivo para a profissionalização do Comércio do Estado e há espaço para o crescimento de todas elas. “Percebemos que na medida em que se aumenta o investimento, também cresce o consumo do Estado. O mercado consumidor maceioense não se restringe à população da capital, que é formada por um milhão de habitantes. Muitos consumidores dos municípios vizinhos vêm para Maceió fazer suas compras, atraindo outros 300 mil consumidores de Rio Largo, Satuba, Paripueira, Marechal Deodoro. Na minha opinião, o alagoano consome por lazer e o nosso mercado comporta a chegada de novas redes varejista e
inclusive de mais um novo shopping, além dos dois existentes”, diz. E os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam que o comércio alagoano de fato anda bem aquecido. Desde março de 2004 , as vendas do setor apresentam sucessivos incrementos mensais, quase sempre acima da média de crescimento nacional. O único mês em que a tendência foi interrompida foi em janeiro de 2008, quando o varejo alagoano registrou queda de -1,3%, por causa das incertezas geradas pelo noticiário referente à crise financeira mundial. Mas, logo o consumidor alagoano superou a sensação de insegurança e já em janeiro seguinte houve aumento nas vendas de 2,9%. (P.M.)
Desempenho atrai novas empresas O ano de 2009 foi mais positivo que o de 2008 para o comércio alagoano. Segundo dados do IBGE, no ano passado o setor acumulou alta de 8,3% no volume de vendas, enquanto o índice de crescimento atingido no ano anterior tinha sido de 5,8%. O Estado inclusive registrou expansão acima da média brasileira, de 5,9%, e ficou com a sexta melhor performance entre as unidades da Federação. De acordo com Raimundo Barreto de Souza, presidente da Associação dos Supermercados Alagoanos (ASA), a palavra crise não fez parte do repertório do setor no Estado no ano passado. “Mesmo no ano em que o País registrou pequena queda no PIB, nós crescemos 6%. O aumento da renda e do consumo das famílias, além das medidas anticrise do governo federal, têm mantido nosso mercado aquecido”, afirma. Na opinião do empresário, o calendário curto de festividades deste primeiro trimestre, com os eventos do Carnaval e da Páscoa encerrados até março, beneficiou o setor de supermercados de Alagoas. Nos primeiros três meses do ano, o segmento varejista registrou alta de 8% nas vendas, alavancado principalmente pelos resultados do mês de março. Segundo Raimundo Barreto, o aumento do consumo no Estado tem sido impulsionado principalmente pelas demandas das classes C, D e E. “E o comércio, de uma forma geral, tem definido estratégias para incrementar as vendas nessas famílias, facilitando as formas de pagamento e realizando promoções de forma sistemática”, diz. O presidente da ASA conta que as expectativas são muito otimistas este ano e a realização da Copa do Mundo, na África do Sul, também está incrementando as vendas dos supermercados. “Muita gente está antecipando as compras de produtos verde-amarelo, de aparelhos de TV e de produtos da linha branca para estar bem equipado durante a época dos jogos. Mas, nos meses de realização da Copa vamos aumentar as vendas de uma série de produtos como cervejas, refrigerantes, salgadinhos, entre outros”, cita. (P.M.)
Além de expandir atuação para o Ceará, rede sergipana planeja lojas para o interior de Alagoas
Pequenos buscam associativismo Souza afirma que apesar da chegada das grandes redes supermercadistas no mercado alagoano, os supermercados de pequeno porte e os mercadinhos estão conseguindo manter seus espaços. “A inovação foi a resposta dos pequenos empresários do setor à pressão da concorrência das gigantes varejistas. Muitos lançaram estratégias para fidelizar os clientes nos bairros, fazendo serviço de entrega em domicílio, ou até mesmo buscando e levando de volta os clientes que não dispõe de transporte para ir às compras. Os pequenos também lançaram mão de algumas tecnologias utilizadas pelas grandes redes para poder se consolidar”, explica. Atualmente, há 150 pontos de vendas de supermercados de grande porte no Estado contra 3 mil estabelecimentos comerciais de pequeno porte. Juntos, os supermercados e mercadinhos que atuam em Alagoas geram 15 mil empregos diretos. E para vencer a concorrência e a pressão exercida pela expansão das grandes redes, os super-
mercados de pequeno porte e os mercadinhos de Alagoas estão se organizando. Há três anos, o Sebrae/Alagoas vem desenvolvendo um trabalho de capacitação e de organização dos pequenos empresários do setor que resultou na criação da Rede Super Alagoas – uma associação que reúne atualmente dez mercadinhos em Maceió que detém uma central de negócios localizada no Shopping Miramar. Ainiciativa está sendo desenvolvida em Arapiraca, com mais 15 mercadinhos, e um novo núcleo está sendo formado no município de Delmiro Gouveia. “Nosso primeiro passo foi o de aprimorar a visão coletiva, de cooperação, entre os pequenos empresários varejistas. Quisemos mostrar para eles que para não perder mercado era necessário eles unirem as forças”, relembra Áurea Valéria, analista em desenvolvimento de mercado, do Sebrae/AL. Segundo ela, além de consolidar o espírito de grupo, o Sebrae vem fazendo o diagnóstico de cada um dos estabeleci-
mentos envolvidos na Rede Super Alagoas. “Em seguida, partimos para um processo de capacitação que visa não só qualificar a mão-de-obra do segmento, mas também de qualificar a gestão”, conta a analista. Para Áurea, a grande vantagem da formação dos grupos de pequenos varejistas é o de poder fazer compras conjuntas – o que aumenta o poder de barganha e de compra junto aos fornecedores – bem como o desenvolvimento de ações de marketing. “ARede Super Alagoas está realizando uma campanha de vendas atualmente que prevê o sorteio de um carro e dez motos. Uma ação digna de uma grande rede. E olhe que os donos dos mercadinhos não tiveram de desembolsar nenhum centavo para adquirir os brindes dos sorteios, cuja aquisição foi feita com apoio de seus fornecedores”, afirma. O grupo mantém ainda um cartão de crédito próprio, o Super Compra, operacionalizado pelo Tribanco, que leva o selo com o nome de cada estabelecimento. (P.M.) Marco Antônio
Após a inauguração do Shopping Pátio Maceió, região do Tabuleiro virou destino dos grandes investimentos
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Thallysson Alves/Estagiário
Empresários criam estratégias próprias
Lourenço Souto Maior destaca o “calor humano” dos pequenos
Para sobreviver, mercadinhos fazem da associação palavra de ordem
Atendimento personalizado é diferencial Mas, de acordo com Áurea Valéria, o grande segredo dos mercadinhos para vencer a disputa de mercado contra as gigantes varejistas está no atendimento personalizado. “Um dos diferenciais que trabalhamos com os pequenos empresários do setor é a aproximação com sua clientela e nisso eles são imbatíveis. Pois, apesar dos investimentos realizados pelas grandes redes, os consumidores se queixam do atendimento geral. A maioria reclama que não há embaladores, que as filas são imensas, que não há pessoas para dar informação, que o pessoal não é capacitado, e isso acontece porque, embora as grandes redes sejam maiores geradoras de emprego, elas so-
frem com a alta rotatividade de mão-de-obra do setor. Os salários ainda são baixos, mas as empresas conseguem fisgar os funcionários das concorrentes oferecendo um pacote de benefícios como plano de saúde e participação nos lucros”, afirma. De acordo com a especialista, é dessa proximidade com os consumidores, que lançam inovações em matéria de atendimento. “Alguns mercadinhos oferecem serviço de entrega em domicílio ou oferecem transporte de ida e volta para seus consumidores. Alguns desenvolveram estratégias para atender a clientela beneficiária do Bolsa Família, oferecendo crédito descomplicado e paga-
mento de compras na data do pagamento do programa. E que sempre recomendamos aos pequenos varejistas é que eles interajam com seus clientes e antecipem suas demandas, oferecendo produtos e serviços que atendas às expectativas deles. A sensibilidade para entender os anseios da clientela é a grande arma dos mercadinhos”, diz. Segundo Áurea Valéria, a grande expansão do consumo em Alagoas vem sendo alavancada pelas classes C, D e E. E, ao contrário do que supõe o senso comum, as famílias de menor poder aquisitivo não compra apenas pelo preço. “Esses consumidores também adquirem produtos de marca, só que com
uma freqüência menor. Eles podem até adquiri marcas mais populares para produtos de limpeza e de alimentação. Mas, eles investem na aquisição de produtos como leite e papinhas infantis, por exemplo, por priorizar a qualidade da alimentação dos filhos”, explica. “O povo alagoano compra muito, compra de tudo e paga em dia. É por isso as grandes redes não param de investir aqui. Agora, para adquirir todos os seus sonhos de consumo, os consumidores alagoanos de menor poder aquisitivo buscam muita facilidade na forma de pagamento. O potencial de consumo deles é enorme porque há uma grande demanda reprimida entre essas classes”. (P.M.)
Para vencer no universo dos gigantes, o empresário Jean Pessoa, dono do Supermercado ComprarBem decidiu pensar grande. Com onze anos de atuação no bairro da Ponta Grossa, o empresário se uniu ao grupo da Rede Super Alagoas e vem adotando algumas táticas e ferramentas comuns entre as redes varejistas de grande porte. “Procuro sempre adaptar algumas estratégias dos grandes supermercados à minha realidade. E uma das armas deles da qual não abro mais mão é da tecnologia. Investi na aquisição de softwares não apenas do registro das vendas, mas também de controle de estoque e do fluxo de caixa”, diz. E como o consumidor se adequou ao padrão das grandes redes, Pessoa conta que o layout da loja tem de estar sempre bem cuidado. “O consumidor está cada vez mais exigente. Não podemos nos descuidar da imagem do estabelecimento, com certa freqüência troco uma série de equipamentos como displays e gôndolas e sempre que há datas especiais como dia das Mães, Páscoa, por exemplo, capricho na decoração temática, sem esquecer de apresentar os produtos sazonais”, conta. Na visão do pequeno empresário, que emprega 48 funcionários, o difícil é competir com a estratégia de queima de estoque das grandes redes. “Às vezes eles revendem alguns produtos a preço de custo, aumentando o preço de outros artigos que ficam nas sessões próximas. Só que eles utilizam essas estratégias de vendas porque detêm pleno domínio de seus estoques e da rentabilidade por seção, o que é muito difícil para a gente fazer”. “em compensação fazemos de tudo para fidelizar o nosso cliente. Nós aqui mantemos entrega em domicílio e utilizamos Kombi e duas motos para prestar esse serviço”. Agrande aposta do empresário Lourenço Souto Maior, dono do Supermercado Hachid, loca-
lizado no bairro do Poço é no calor humano. “Agente conhece muitos clientes e chama alguns pelos seus nomes. Alguns chegam aqui e sentem falta de algum produto e a gente liga para avisar quando chegou. Tentamos manter um atendimento personalizado”, afirma. Com dez anos de mercado, Souto Maior conta que os mercadinhos perderam espaço com a “invasão” das grandes redes. “Mas, apesar do poder econômico deles e da relação com seus fornecedores, nosso segmento é o que ainda oferece o melhor preço”, afirma. Segundo Souto Maior, as grandes redes oferecem preços competitivos em itens da alimentação básica para fisgar os clientes e compensam colocando preços mais altos nos produtos supérfluos, que nem sempre são observados pelas donas de casa. “Nós conseguimos manter os nossos preços lá em baixo porque trabalhamos com estrutura financeira bem enxuta, enquanto as grandes redes pagam salários altos para diretores e gerentes. Por outro lado, nossas margens de lucro também são menores”, frisa, citando que no seu estabelecimento há 14 funcionários, mas a família, formada pela mulher e dois filhos, também ajuda com sua força de trabalho. “Além disso, nós valorizamos os produtos da terra, que nem sempre tem espaço nas gôndolas dos grandes supermercados. Tanto que estamos criando um selo, reforçando que determinados produtos são 100% alagoanos para sensibilizar os clientes”. Para ele, a grande vantagem de fazer parte de uma associação está na força da coletividade. “Se todos os pequenos empresários do setor se unissem não tinha para ninguém porque, juntos, faturamos mais e empregamos mais gente dos que as grandes redes. Unidos somos uma grande potência, por isso devemos consolidar a existência da associação”, diz. (P.M.)
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Imóveis.com Theodomiro Jr.
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PAU NA MOLEIRA Os trabalhadores com saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) há, pelo menos, três anos, terão melhores condições de financiamento da casa própria. O Conselho Curador do FGTS aumentou o limite de empréstimo no programa PróCotista, de 80% (imóveis usados) e 85% (novos) para 95% (sem distinção) sobre o valor do imóvel. O prazo para pagamento é de até 30 anos e a unidade deve ter preço máximo de R$ 500 mil. A nova regra já foi piscada no Diário Oficial da União. Com a mudança, o trabalhador terá a opção de dar uma entrada menor, embora as prestações fiquem maiores. Para o consultor em finanças Jonas Penido, essa é uma “oportunidade de ouro. Basta juntar o aluguel com poucas economias”, diz. Quem não tem conta de FGTS pode financiar até 80% do valor do imóvel num prazo de 30 anos.
NO TAPA Quem milita no concorrido setor de corretagem de imóveis sabe que a disputa é feia quando o assunto é garantir o fechamento de um contrato. Nos feirões, então, nem se fale.
Telão de grande proporções e estande cuidadosamente decorado foram instalados no hall principal do Maceió Shopping
UM BOA IDÉIA Mas, não é que a Contrato Engenharia encontrou uma fórmula que resolve o problema. No Contrato Imóvel Show a empresa repartiu a carteira de imóveis entre as quatro imobiliárias convidadas. Ou seja, cada uma fechou contrato de exclusividade para comercializar aquele empreendimento específico. Todos saem ganhando.
PERGUNTA POR E-MAIL Um leitor perguntou à Imóvel.com quais são as regras para uso do FGTS. Aqui vai a resposta: é possível utilizar o FGTS para reduzir a quantia financiada ou até mesmo para pagar integralmente o imóvel. Para obter o benefício, o interessado deve provar que trabalha há pelo menos três anos sob o regime do FGTS e não pode ser proprietário de outro imóvel. Tem mais: a casa ou apartamento deve estar localizado no perímetro urbano no município onde o comprador exerce sua ocupação principal ou em uma cidade vizinha, na mesma região metropolitana, onde deve morar há pelo menos um ano. O valor do bem não pode ultrapassar R$ 500 mil.
MÁ NOTÍCIA Com a expectativa de alta da Selic, que está em 8,75% ao ano e segundo o mercado, pode chegar a 11,25% até o fim de 2010, os recursos da caderneta de poupança destinados ao crédito imobiliário podem ser prejudicados. Em março, a captação da poupança (depósitos menos saques) caiu à metade, para R$ 538,1 milhões, em relação a fevereiro, enquanto os fundos de renda fixa, seus competidores diretos, registraram captação positiva de R$ 5,5 milhões em um mês.
Contrato abre salão de imóveis em shopping Evento comercializa unidades com um a quatro quartos até 2 de maio Primeiro foi o Residencial Jardim Tropical, que no início do ano, na esteira do lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida, vendeu nada menos que 600 casas em apenas um mês. Depois veio o Residencial Jardim Royal, cujo destaque foi a “construção” de uma casa-modelo dentro do shopping Patio Maceió. Agora, a Contrato Engenharia investe em nova estratégia de marketing: o Contrato Imóvel Show. Trata-se de um salão de imóveis montado em pleno Maceió Shopping, com direito
a uma telão de grandes proporções, mais de 200 corretores capacitados exclusivamente para o projeto, além de mais de 130 apartamentos e coberturas, em configurações de um a quatro quartos, distribuídos em seis empreendimentos. Segundo a gerente comercial da construtora, Zilma Soares de Salles, a iniciativa reúne apartamentos cujos preços variam de 120 mil reais a 2 milhões de reais. Para o salão foram incluídos seis empreendimentos, dentre eles o Vinícius Cansanção, no Farol), MontNi-
mes, (Pajuçara), Mont Vernon (Ponta Verde), Mont Sinai (Jatiúca), St Moritz (Jatiúca) e Ritz (Cruz das Almas). (Ver detalhes abaixo). Outra novidade do Contrato Imóvel Show é o “brinde” que cada cliente receberá ao adquirir uma das unidades durante o salão: nada menos que uma TV LCD de 32 polegadas. “Não é sorteio”, reforça Zilma Salles. “O brinde também irá para cada contrato fechado pelo corretor”, acrescenta. Participam da iniciativa as imobiliárias Cross, Márcio
Raposo, Soares Nobre e Zampieri Imóveis. O financiamento pode ser direto com a construtora ou por intermédio dos agente financeiros Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Como o valor de comercialização da maioria do imóveis está acima do teto do programa Minha Casa, Minha Vida, os interessados nos benefícios deste programa do governo federal não encontrarão opções disponíveis. O salão foi aberto nesta quinta-feira (22) e prossegue até o dia 02 de maio.
SÓ UM LEMBRETE Prepare sua agenda. Conforme já anunciamos, no período de 9 a 11 de junho Alagoas estará no centro de discussões sobre os principais temas que envolvem o segmento da construção no Brasil. Pela primeira vez acontecerá no Estado o Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), o maior evento do setor na América Latina. O evento deve trazer para Maceió mais de 1.500 participantes. É só um lembrete.
EM FOCO
Conheça os empreendimentos expostos Mont Vernon (Ponta Verde) 03 e 04 Quartos
Descrição - O edificio residencial Mont Vernon possui 12 pavimentos, sendo 01 subsolo, 01 pilotis, 09 pavimentos tipo e 01 pavimento ático. Possui escada, 02 elevadores sociais e 01 de serviço, recepção, salão de festa com apoio, brinquedoteca, fitness, wc feminino e masculino, praça, jardim, piscina, deck e ampla área de lazer. Vinícius Cansanção (Farol) 03 Quartos
Descrição - O empreendimento possui dois blocos, tendo cada bloco um subsolo, um pilotis, 11 pavimentos tipo e um pavimento de cobertura. O pilotis tem dois planos: o primeiro possui uma guarita, uma escada com acesso ao subsolo com antecâmara, dois elevadores e uma recepção para cada
O gerente da Caixa Econômica Federal, Mariano Teixeira, assumiu esta semana os destinos da agência Espaço 20. Considerado um dos maiores especialistas em financialmento imobiliário de Alagoas, Mariano estava à frente da agência Gruta. Quem saiu ganhando foram os clientes que financiaram imóveis na área de abrangência da agência Espaço 20, ou seja, imóveis erguidos na Ponta Verde, Jatiúca etc. Para quem não sabe, a agência responsável pelo financiamento é aquela mais próxima geograficamente do empreendimento.
bloco, além de 30 vagas de garagem, wc masculino e feminino, salão de festas, piscina adulto e infantil, jardins e ampla área de circulação. O segundo plano tem playground, salão de jogos, fitness, wc e quadra poli esportiva. MontNimes (Pajuçara) 02 e 03 Quartos
Descrição - O prédio tem 13 pavimentos, sendo 01 subsolo, 01 pilotis e 11 pavimentos tipo. O pilotis tem recepção/hall dos elevadores, salão de festas, wc masculino e feminino, playground, piscina adulto e infantil, wc de serviço masculino e feminino, copa para funcionários, jardineiras, vagas de garagem e guarita de segurança c/ W.C.. Mont Sinai (Jatiúca) 03 Quartos
Descrição - O prédio tem
12 pavimentos, sendo 01 subsolo, 01 pilotis, 09 pavimentos tipo e 01 pavimento cobertura. O pilotis possui guarita com wc, recepção, salão de festa, wc masculino e feminino, playground p/ criança, piscina adulto e infantil, deck, jardins e vagas de estacionamento. St Moritz (Jatiúca) 04 Quartos
Descrição - O prédio em construção tem 11 pavimentos, sendo 01 subsolo, 01 pilotis, 08 pavimentos tipo, contendo 02 apartamentos por pavimento e uma cobertura e até quatro vagas de garagem. O Pilotis possui guarita com wc, 02 estar/hall para os elevadores sociais, estar de serviço, espaço gourmet/salão de festas, wc masculino e feminino, sauna, brinquedoteca, fitness, piscina c/ bar e churrasqueira, copa e wcb p/ funcionários
e jardineiras. Ritz (Cruz das Almas) Descrição - O prédio tem 09 pavimentos, sendo 01 subsolo, 01 pilotis e 07 pavimentos tipo. Cada pavimento tipo é composto por 48 apartamentos tipo suíte, uma rouparia, wc de serviço, hall de serviço, circulação e escada. O Pilotis possui recepção/estar, salas p/ administração/gerência/eventos c/ lavabo masc. e feminino, eventos, fumódromo, conveniência/office, cozinha, bar, restaurante, lobby, wc masc., wc feminino, fitness, sauna, piscina adulto e infantil, deck, playground, wc masc. e feminino p/ piscina, duas lojas e 39 vagas rotativas para carros e vagas rotativas para carros. Tratase de emprendimento com serviço de home service em frente a praia de Lagoa da Anta
Senado aprova uso do FGTS em imóvel para filho O Senado aprovou projeto que permite que os pais usem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ajudar o filho a realizar o sonho da casa própria. No entanto, para usar o benefício, descente do titular deve ser maior de idade, casado ou ter uma união estável e não pode ser proprietá-
rio de nenhum imóvel. O projeto ainda precisa ser votado na Câmara para entrar em vigor. A alternativa consta no Projeto de Lei 375/09, do senador Jarbas Vasconcelos (PMDBPE), que acrescenta à Lei 8.036, de 1990, a permissão para liberação de recursos das contas
vinculadas do FGTS para pagamento de prestações, amortização extraordinária ou liquidação do saldo devedor decorrente de financiamento habitacional de filhos. O senador argumentou que o trabalhador, como detentor dos recursos do FGTS, deveria ter maiores possibilidades de
utilização do fundo. Ao se referir especificamente a sua proposta, defendeu a exigência de o filho do titular da conta vinculada cumprir, para ser beneficiado, o requisito de possuir vínculo matrimonial ou união estável, o que caracterizaria a necessidade de aquisição da casa própria.
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B1 Fotos: Lula Castello Branco
Tesouros resguardados
O Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) é uma das instituições da capital alagoana que abrigam obras raras sobre a historiografia do Estado, com mais de cem livros disponíveis para pesquisas
Se você, caro leitor, é pesquisador,
Elô Baêta
professor, estudante ou simplesmente
iajar no tempo, no imaginário; resgatar um passado que abre brechas para a passagem de lembranças que, por alguns instantes, suplicam em voltar a ser real; o que se foi associado ao aqui e agora; trampolim para saltos rumo ao futuro como em um passe de mágica; coadjuvante das paisagens de outrora, de uma época que deu adeus; companheiro do recital de vozes plácidas, às vezes, amplas ou do silêncio das tentativas de entendimento de célebres descobertas; lacunas de abrigo supremo do contar e do fazer história. Eis as essências infindas da mais ampla janela do saber, da semente evolutiva das civilizações, do maior “contador” da História da humanidade: o livro, cuja última sexta-
um curioso sobre a história de Alagoas, certamente encontra dificuldades na hora de buscar informações confiáveis e fundamentadas. Existem determinados locais de abrigo de valiosos livros tratando especificamente do assunto. Mas onde
Repórter
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feira foi só de aplausos a sua nobre presença no Planeta, com a celebração em todo o mundo da data especial em sua homenagem: 23 de abril, o Dia Mundial do Livro. É fazendo uso desse instrumento de alicerce de conhecimentos que Alagoas vem contando a sua história, resguardando a sua memória; apresentando o começo, o meio e os entremeios do seu surpreendente pretérito; os seus filhos ilustres, a singular face telúrica da sua presença no pequenino, mas memorável espaço no mapa do Brasil, em páginas e páginas de verdadeiras relíquias. Mas onde estão guardados os “baús” dessas preciosas raridades históricas? Será que eles são abertos - acessíveis à população -, para passar adiante tudo o que a terra dos marechais e o sorriso da sua capital têm para contar ao ponto
de o debruço nos seus livros ser uma verdadeira volta ao tempo, saciando a sede de conhecimento dos que almejam sentir o “gosto” de decifrar cada grão histórico da nossa terra? A reportagem de O JORNAL foi em busca dessas obras raras alagoanas, que oferecem ao leitor prazerosos passeios por uma variedade de peças de um imenso e rico quebra-cabeça das reminiscências histórica, geográfica, social, política, literária das Alagoas e de sua capital, cujo privilégio de abrigálas é de poucos e o acesso, recheado de zelo para não ferir os seus brios nem ofuscar o brilho de séculos e séculos, a não ser pela amarelidão que insiste em pincelar as páginas de muitas delas, já fragilizadas nas suas bordas, como marcas profundas do tempo e da perda de “vivacidade” resultante do seu inevitável envelhecimento.
encontrá-los? Será que existe um acervo disponível para consulta ao alcance de todos? E o acesso, é gratuito? Esses questionamentos foram sanados quando O JORNAL caiu em campo à procura dessas raridades históricas e descobriu a existência de expressivos escritos retratando os cenários geográfico, social, político, cultural e literário do Estado e da sua capital desde os primórdios. Neste e no próximo domingo, o Caderno Dois desvendará os caminhos que devem ser trilhados para chegar até esses "tesouros", resguardados em bibliotecas, instituições e sebos da cidade.
O lar doce lar das raridades literárias O ar literário do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) com um acervo de cerca de 3.700 escritos, todos digitalizados - não deixa dúvidas de que é possuidor de um expressivo número de livros raros sobre os primórdios históricos do Estado, com mais de cem volumes disponíveis para pesquisa gratuita. Numa estante exclusiva são encontradas raridades, como o Almanak da província das Alagoas, datado de 1873; o Atlas e relatório concernente à exploração do rio São Francisco, de 1860, do autor Henrique Guilherme Halfeld; Maceió,
de Craveiro Costa, do ano de 1939, trazendo o povoado, a vila, a freguesia e outros dados sobre o surgimento e o desenvolvimento da cidade; o Almanch litterario alagoano das senhoras, escrito em 1889; Maceió no bolso - Indicador da cidade de Maceió (1952), uma espécie de guia com a listagem de cartórios, da junta de corretores, dos transportes bondes, ônibus e autolotações - e de outros serviços oferecidos na capital à época; Terra das Alagoas, de Adalberto Marroquim, impresso em Roma em 1922 e reeditado no ano 2000 com o patrocínio do empresário João Lyra,
com impressões e fotografias raras das paisagens alagoanas dos séculos passados, antologia dos poetas da terra e outros tópicos de reminiscências; o Álbum Ilustrado do Estado de Alagoas, organizado por Álvaro Cardoso, datado de 1908, com previsão de reedição em julho deste ano; edições da Revista do Instituto Archeologico Geographico Alagoano, iniciada em 1872, considerada o mais antigo escrito em circulação sobre a história de Alagoas; tantas e tantas outras. Continua na página B5.
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O JORNAL
Espaço B2
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UMAS POUCAS PALAVRAS
Um livro de receitas N A barba stulti discit tonsor
ão raro se tinha a notícia da existência de dona de casa que passava a ser referência de boa mesa, maestra e mestra de espaço que ia de forno a fogão. A boa dona de casa não somente sabia do ofício do sabor, mas também realçá-lo com as artes da recepção, do saber servir, vida da mulher cuja educação estava centrada em uma unidade chamada lar, algo que deveria ser visto como aspiração das famílias. A família deveria ter um lar e é nele que se assentava propriamente o doméstico, para o qual se requeria prenda. Ser prendada fazia parte do perfil da mulher associado a seu papel no domus, à economia doméstica que em parte gerenciava. Uma sinhazinha obrigatoriamente seria começo de uma sinhá moça que, por seu turno, era o embrião da sinhá, espécie de roteiro traçado pela sociedade escravocrata que se estendeu pela República e pela urbanização. A escola que vai existir para a mulher será, ao lado da alfabetização e das operações fundamentais, um local para compor-se com prendas. Tendo alguma posição social mais alta, necessariamente o zelo com as prendas estaria presente e os seus registros apareceriam dentro de casa; uma das marcas eram os receituários culinários, manuscritos na letra caprichada das lições de caligrafia vertical ou inclinada e tudo sendo assentado – de acordo com as posses – em simples cadernos e cadernetas ou em encadernações fantásticas e cheias de mimos. É nesse contexto que aparece um símbolo popularizado dessa culinária esmerada e que seria fixado na figura de Dona Benta – anda meio apagada -, parecendo que perdeu posição quando da sofisticação moderna, onde a técnica incidiu na cozinha, modificando-a, incorporando elementos novos naquele conhecido caminho de novas mercadorias.
É o que se dá com a panela de pressão cujos inícios estão pelos finais dos anos setecentos mas que é recente na sua popularização brasileira, reduzindo o tempo de cozimento na proporção de três vezes. A popularização da panela no Brasil parece estar associada à mudança do padrão da lenha e do carvão, para o padrão de gás de cozinha. A panela sai do ferro para o alumínio e depois para o aço inoxidável. É um processo paulatino de ingresso no cotidiano, o que acontece também com o liquidificador que vem de 1904 e somente vai ser popularizado na década de trinta do século passado em face de mudanças no design e incorporação do motor à peça. O microondas vem dos finais da guerra mundial, a segunda. O próprio fogão vai sendo construído da forma como o concebemos a partir de meados do século XIX; a geladeira que vem sendo aperfeiçoada desde os anos dez do século XX. A batedeira foi outra revolução por volta dos quinze do também século XX. Lembro das peripécias daquele batedor que parecia um cone feito de molas, do espremedor de batata e até mesmo do rapid toast, coisa bem mais recente. O fato é que ao lado de tantas mudanças que aconteceram no mundo da cozinha, haveria um livro de receitas de uma avó brasileira à disposição de outras que seriam avós ou até mesmo de vitalinas, desafortunadas da sorte. Lembro o de lá de casa: grosso, Dona Benta na capa, tipo graúdo. O mais das vezes, um exemplar era encontrado meio ensebado, utilizado que foi na hora de preparar a receita, respingado de banha ou manteiga que este negócio de margarina é novo por aqui, apesar de ser do tempo de Napoleão Bonaparte. Poucos sabem que a margarina é um nome chic: vem do grego margaron (pérola).
Suponho que a primeira ma Nordeste foi por Allimonda & Irm te-vi. Nossa, se falava muito mal d feita com tudo o que era de sujeira como se fosse transformado em p lixo vegetal. Alquimia. Lá em ca sempre existiu uma latinha de ma prensado de suas 180 gr., manteig que não vingou foi a gordura de c Nem toda a receita que se tinha da. Aliás, neste contexto, o verbo mero e leva a um fazer conscient “Vou preparar o almoço!”. Isso é aquele que sabe: vou preparar, v acabado. Há conhecimento. Prepa a receita. Se a pessoa fosse prepa havia em seus guardados, o ano i vezes ela era transcrita de revista, o pedaço era recortado e colado n arábica ou grude de Maizena; ve pessoa da família, por amiga, hav bito de trocar receitas. Aliás, seria um alto elogio, ap mida, dizer: “Fulana, me dê a rece vinha sempre a modéstia: “Eu f fica assim!”. A interlocutora d nada, é bondade sua; não tem Quando não aparecia o elogio, como fazia o Compadre Propício é tão bom assim não!”. Havia t “Nossa, o bolo de fulana é horrív mas fede a ovo, ela não tira a pela Quem tiver seus bolos fedoren mim”. Talvez o mais condenado e
Paladar sertanejo, sabor universa Marly Briseno omecei a desvendar os segredos da cozinha ainda muito jovem. Primeiramente, ajudando a minha mãe, em casa e, mais tarde, no Colégio Sta. Tereza D’Ávila, no Crato-CE, onde fui interna por oito anos. No Colégio, era quase obrigação você aprender a fazer guloseimas, docinhos finos, biscoitos, tortas e outras iguarias, como também costurar, bordar e freqüentar aulas de pintura e música. O principal objetivo era o de preparar a jovem para o casamento e a direção do lar. Depois, já casada e morando por esses
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brasis afora, ai foi que o bicho pegou mesmo: devido à (quase) absoluta inexistência de pessoas traquejadas para exercer as tarefas culinárias, de uma hora para outra e por obrigação me vi assim como que meio perdida num mundo de panelas, caçarolas e demais utensílios de cozinhas para fazer o feijão-nosso-com-arroz de cada dia. Abandonei subitamente a condição de inexperiente jovem, residente no Recife, habituada ao conforto oferecido por uma cidade grande e à segurança de um lar bem estruturado, ao lado de papai, mamãe e dez irmãos, para enfrentar a dureza da
vivência em cidades do interior de Alagoas e Pernambuco. E isso (imaginem!) há cinqüenta e três anos atrás. Não me restava outra alternativa além de zelar pelo bem estar de Carlos e de dois filhos pequenos: eu tinha mesmo era que derivar para qualquer outra coisa como forma de preenchimento das horas vagas. Daí, e sem maiores pretensões comecei a ler tudo que me caía às mãos sobre receitas de pratos e de bolos e a tentar executá-las. [...] E assim, com tenacidade e sem esmorecimento, ora errando, ora acertando (mais errando que acertando), cheguei com as graças de Deus aos dias de hoje.
As iguarias alagoanas de Dona Marly José Marques de Melo O Nordeste Brasileiro é uma região complexa, cuja gastronomia, muito rica em nutrientes, tem sido preservada ao longo dos séculos, exibindo sinais do entrecruzamento de influências européias e africanas com os hábitos herdados dos nativos tupisguaranis e de outras nações pré-cabralinas. Louvada em prosa e verso, a culinária regional da área sertaneja, aquela situada no polígono das secas, demonstra grande vitalidade, reproduzindo-se dentro da microregião, mas também em outros espaços, onde se refugiam os segmentos de sua diáspora intermitente. As principais guardiãs dessa memória gastronômica do sertão nordestino são as donas de casa que supervisionam a alimentação familiar. Quase sempre essa transmissão de conhecimentos se faz por via oral, através de receitas que as jovens mulheres ouviram das avós, mães ou empregadas domésticas, mas também assimilaram nos meios de comunicação. Não tem sido incomum a iniciativa de matriarcas sertanejas no sentido de socializar a fortuna gastronômica que acumularam durante anos, gratificadas pelo apetite da sua prole, compartilhado pela parentela e agregados afetivos. Está justamente aí a gênese do paladar que se vai configurando diuturnamente, nos círculos restritos das comunidades étnicas ou geoculturais a que pertencemos, por laços de família e outras afinidades. Algumas quituteiras passam seus livros de receitas para as jovens que constituem família dentro dos respectivos clãs ou grupos de vizinhança. Muitos desses mananciais culinários serviram de fonte
de pesquisa para cientistas sociais interessados em definir, pelo paladar, os traços característicos das gerações ou dos espaços que dão personalidade às sociedades contemporâneas. Raras são as que partilham suas experiências alimentares com o público interessado. O caso de Marly Briseno é paradigmático. Sertaneja nascida nas paragens que emolduram o suave cariri cearense, mas criada nos confins do bravio sertão pernambucano. Embalada pelas sincopadas ladainhas que sazonalmente entoavam os devotos do Padrinho Cícero e pelo ritmo buliçoso dos baiões de Luis Gonzaga nos anos de fartura agrícola, ela foi aprendendo a refinar o paladar em espaços ampliados, do sertão ao litoral. Isso foi conseqüência das mudanças, inevitáveis numa família numerosa, encabeçada pelo patriarca, Zé Briseno, que ganhou a vida e sustentou a família como caixeiro viajante. O interregno recifense, durante a fase escolar, abriu-lhe novos horizontes gastronômicos. Reclusa em colégio de freiras, ao cardápio sertanejo, austero e parcimonioso, aprendido na retaguarda familiar, incorporou novidades repassadas pelas monjas teresianas e dorotéias. As iguarias apetecidas por condimentos refinados ficaram anotadas, porém inservíveis para uso cotidiano, em face do iminente matrimônio, em pleno desabrochar da juventude. De volta ao sertão, berço do marido alagoano, viu-se na contingência de passar do estágio de gourmet, propício ao cultivo do sabor, para adentrar o território do saber, improvisando o ofício de cuisinie. A alternativa de exercer o posto de chef era impensável, porque carecia de conhecimento empírico para transmitir e porque não
contava com mão de obra adestrada. O remédio foi aprender fazendo, o que lhe trouxe grande experiência e a motivou a desenvolver os dotes culinários herdados da mãe Mazé, com quem desvendou os segredos da gastronomia sertaneja. Muitos anos de degustação em família e da experimentação de iguarias inventadas em workshops que freqüentou no país e no exterior, durante viagens de recreio, culminaram com a sua consagração como fada gastronômica. Seus ágapes são disputados por filhos, netos, parentes e aderentes, que travam acirradas disputas para saborear sua iguarias, elevadas à condição de manjar dos deuses. Tantos apelos Dona Marly recebe, para dar a receita de um prato degustado coletivamente, que ela se julgou na obrigação de produzir um caderno seletivo, cobiçado por parentes e amigos íntimos. A edição artesanal, publicada no Natal do ano passado, esgotou-se prontamente, suscitando pedidos incontáveis. Daí a decisão de lançar este livro, que tenho a alegria de prefaciar, não como receituário para instruir cozinheiros em primeira viagem, mas como antologia gastronômica, a um só tempo útil ao contingente dos que amam o bom prato e aos exímios usuários do bom garfo que não se contentam em saborear os quitutes de Dona Marly, mas querem conhecer seus meandros gastronômicos. As duas categorias de leitores serão bem servidas pelas receitas enfeixadas na simpática antologia, sedutoramente batizada: Paladar sertanejo, sabor universal. O perigo do livro é provocar tamanho desfrute culinário que vai deixar os leitores lambendo os beiços, com gosto de quero mais!
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argarina fabricada no mão e a marca era Bemda margarina, que era a; pelo que se dizia, era pérola, uma espécie de asa não entrou fácil e anteiga Lírio ali no imga Turvo, Avião. Coisa coco. a copiada era preparapreparar induz ao este. A expressão é ensa: é coisa de entendido, vou dar por perfeito e arar a carne, a galinha, arar toda a receita que inteiro era de festa. Às de propaganda. Vezes no caderno com goma ezes ela era dada por vendo até mesmo o há-
pós ter provado da coeita desta carne!”. E lá faço a carne, mas não desdobrava-se: “Que m o que fazer não!”. , alguém provocava, o: “Mas lá em casa não também as desfeitas: vel; ela se gaba tanto, a da gema Não. Vigie. ntos vá prá longe de era o suspiro ariento;
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“Vôte, parece areia!”. O suspiro bom derrete na boca. Tinha cozinheira que ficava famosa na região, como a Suzana que saía fazendo a comida de muita festa em casa fina dos lados de Anadia – especialmente a buchada - e que conta histórias e mais histórias maravilhosas dos ditos banquetes. Bem mais antigas do que a Suzana eram a Coco e a Felismina que moravam nos lados do Camarão do Pepedro. Vez em quando, a receita passava a ter o nome da pessoa que dava, como por exemplo está no registro do Bolo da Paz no Periperi. Paz era do povo do Góes. Isto significa um ingresso no universo privado da vida familiar e das amizades; claro que seriam bem mais valorizadas, pois todo um complexo de relações estaria presente e escondido nas entrelinhas da cópia. Nem todos eram mestres; estamos falando, assim por dizer, do cotidiano do receituário. As que vão se tornando finas, vão tendo o atestado e tudo vai se ampliando de um quadro domestico até a um público, em um processo de validação amplo. O fato é que estava consolidado um hábito de guardar receitas o que correspondia à esperança de fugir do feijão com arroz. Mas no meio daquele fuá todinho, eu somente me lembro do preparo de bolo lá em casa. Os nomes eram extraordinários: O peso dos ovos, Bolo Casamenteiro, Bolo da Clarisse, Bolo Cascata. Mas o que era usual, comezinho, era o pão-de-ló que se pode rastrear, no mínimo, a meu ver, pelos idos da Idade Média. Eu penso que o pão-deló já foi bem mais popular no Brasil, como se pode verificar em Memórias de um Sargento de Milícia, vendido pelos lados das barcas, vendido, também, por negras em Salvador no Século XIX onde havia, inclusive o chamado pão-de-ló de arroz e por aí segue. Debret vai comparar ao biscoito de Sabóia fino, conforme relembra El-
Kareh ao comentar sobre o comércio ambulante no Rio de Janeiro, colocando o pão-de-ló junto às escravas que vendiam angu, pamonha, acaçá, aluá. A antiguidade do pão-de-ló pode ser vista na receita que consta de O livro de cozinha da Infanta Dona Maria, manuscrito medieval. O pão-de-ló assemelha-se à bolacha quando vai ao forno para não ficar com a textura de bolo. Ele assa e depois vai novamente ao forno, sendo usado antigamente como se fosse bolacha, guardado em depósitos de mantimento, como se pode verificar no histórico da culinária da Vitória do Periperi nos destinos de Boca da Mata e no Barro Branco em Viçosa, como se sabe pela história da cozinha de Dona Maria Brandão Vilela, que faleceu aos 97 anos de idade, ainda lúcida, na década de oitenta do século passado. Assemelha-se a biscoito ou à bolacha? Cândido de Figueiredo em seu dicionário de 1913 chamava biscoito de bolo seco e a bolacha é dada como bolo chato. Convenhamos que pouco esclarece. Em homenagem a todas as senhoras com seus livros, eu poderia colocar a receita do Bolo Majestoso que pontificava na casa da minha sogra. Na receita, a interferência experimental do leite de coco. É interessante ver como a observação é realizada por uma pessoa do ramo: “[...] fica mais gostoso com leite de coco”. Convém considerar que este leite de coco é home made. Nós estamos diante de um mundo onde física, química e paladar se juntam na ronda cultural. Pelo que se fala, o texto mais antigo que se conhece é o De re culinária, e, como se nota, romano; na verdade, alguns consideram um texto que veio sofrendo agregações conventuais. No Brasil, o começo passa pelo Cozinheiro Imperial e Cozinheiro Nacional. Marly Briseno - por este caminho -, dá sua contribuição no mundo das receitas e merece parabéns pelo seu livro.
O que faz Marly Briseno Maria Marli Briseno Torres nasceu em Missão Velha (CE), educando-se no Crato e em Recife. A culinária representa a sua grande vocação, dedicando-se por amor e arte à doçaria.
DUAS RECEITAS DA MARLY BRISENO
Baião de Dois ao paladar cearense INGREDIENTES: 1 Quilo de feijão verde, 3 xíc. de arroz, 3 molhos de coentro, 3 pimentas de cheiro, sal. 1 colher de sopa de alho machucado, 1 colher de óleo, 1 colher de margarina, 3 colheres de manteiga de garrafa, 300 g de queijo coalho, 1 cebola MODO DE PREPARO: Cate o feijão verde, lave e leve ao fogo colocando água que o cubra (mais ou menos 7 xícaras d’água), quando ferver acrescente sal, um molho de coentro cortadinho e pimenta de cheiro, cortada e sem semente. Deixe no fogo até ficar cozido, desligue e reserve. Em uma panela grande, coloque o óleo a margarina, mais a cebola ralada e o alho machucado. Deixe dourar e acrescente o arroz lavado e seco refogando-o bem. Coloque o feijão fervendo com o caldo, baixe o fogo e quando o arroz estiver no ponto acrescente mais coentro, o queijo de coalho cortado em cubos e a manteiga de garrafa. Verifique o sal e sirva quente. Dicas: se quiser um arroz mais molhado e saboroso, diminua o sal (colocando 2 tubinhos de caldo granulado), 1 colher de sopa de leite ninho bem batido com ½ xícara d’água, 1 colher de requeijão. Fica com sabor de nata fresca.
Gratinado de charque e macaxeira INGREDIENTES: ½ kg de macaxeira, 800 g de charque, 1 copo de requeijão, 1 lata de creme de leite, 1 cebola grande, 1 pacote pequeno de parmesão ralado. Manteiga para untar MODO DE PREPARO: Deixar o charque de molho, em pedaços grandes por mais ou menos um dia. Cozinhar a macaxeira e o charque juntos numa panela de pressão por 40 minutos. Amassar a macaxeira com o garfo e colocar um pouco d’água em que foi cozinhada, até formar uma papa. Unte um pirex, coloque a macaxeira e por cima o charque desfiado e acebolado. Misture o requeijão com o creme de leite e ponha por cima do charque. Polvilhe com o parmesão ralado e leve ao forno quente por aproximadamente 10 minutos.
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Continuação da página B1 Lula Castello Branco
Jayme de Altavila: “Esses livros são raros (...) por isso restringimos o seu acesso como forma de salvaguardar essas preciosidades”
Prateleiras emanam o cheiro de história O presidente do instituto, Jayme Lustosa de Altavila, esclarece algumas restrições à abertura de portas para a pesquisa desses escritos, sobretudo para estudantes. “Esses livros raros não podem ser acessíveis a qualquer pessoa, eles despertam muito o interesse de pesquisadores e universitários. O estudante quer o imediatismo, o que gera reprodução ou até mesmo danificação das suas páginas, por isso restringimos o seu acesso como forma de salvaguardar essas preciosidades. Para consultar as obras do setor de raridades do instituto, os pesquisadores têm um cadastro estabelecido no 4º Colóquio Nacional de Institutos Históricos Brasileiros, realizado no Rio de Janeiro”, explica. A Biblioteca Pública do Estado não só é uma referência no abrigo de escritos sobre a memória alagoana e maceioense como também uma espécie de “lar doce lar”, reverenciando-os com um tratamento especial. “Aqui, as raridades historiográficas que ´sofrem´ com o processo de deterioração ficam cerca 15 dias ´respirando´ através de um tubo de gás nitrogênio para o controle de infestação de insetos, depois seguem para uma mesa de higienização para, então, serem acondi-
cionadas, se necessário, em caixas ou encapadas com plástico de polietileno para a garantia da sua preservação", explica a bibliotecária Michele Rodrigues. E há mais novidades para essas relíquias na biblioteca: além de reformas na estrutura do prédio, que serão realizadas em breve, todo o seu acervo raro vai estar acessível a todo o mundo, registrado num catálogo nacional de obras raras on-line, com metadados de todos os livros - autoria, título, local de impressão, biblioteca ou instituição a que pertencem, descrição física e notas -, a partir do Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras (Planor). RELÍQUIAS - As prateleiras reservadas aos livros da terra - bem como as de todos os outros títulos lá existentes -, com uma etiqueta nomeando o espaço como Obras valiosas de Alagoas e uma média de cinco mil títulos, emanam o cheiro de história. A colecção de leis da Assemble´a Legislativa da Província das Alagoas (1870); Ilustres alagoanos (1962), de Augusto Vaz Filho; um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com o título A evolução
função de uma biblioteca é oferecer conhecimentos a escolas e comunidades, mas tomamos um certo cuidado, mantemos uma certa vigília no manuseio dessas obras”, destaca.
do Porto de Maceió, produzido em 1974; A chantage do Santa Olympia (segundo livro de ouro do governador Fernandes Lima), de 1927; Visconde de Sinimbú (traços biográphicos), de Moreno Brandão, escrito em 1914; o romance de Romeu de Avellar Numa esquina do planeta, escrito em 1932, são algumas das suas soberanas relíquias históricoliterárias. A diretora da Biblioteca Pública Estadual, Maria Luiza Russo, assegura que esses livros são acessíveis a todos os públicos, inclusive estudantes, gratuitamente, havendo apenas o cuidado de colher informações sobre a pesquisa que justifiquem a consulta. “Todos os alunos têm acesso a essas obras, mas fazemos uma entrevista antes para sabermos o objetivo da pesquisa. Não podemos negar, a
MUSEU - A biblioteca do Museu Théo Brandão também é um destino certo de verdadeiros “tesouros” sobre a origem e a história do Estado e da sua capital, com a frequência desde estudantes das redes pública e privada de ensino e alunos de História e de outros cursos de nível superior até mestres da cultura popular, pesquisadores e historiadores. Uma das responsáveis pelo acervo bibliotecário do museu, Fátima Carneiro, conta que todos os escritos lá existentes, inclusive os livros raros, estão disponíveis a toda a população alagoana, todos os dias, das 9h às 17h, sem restrições. “Não há nenhum empecilho no manuseio dessas raridades sobre Alagoas pelos estudantes, apenas não temos o sistema de empréstimo de livros, as pesquisas são feitas aqui. Geralmente, as escolas agendam visitas para conhecer não só a biblioteca, mas o museu como um todo, tendo acesso ao seu acervo completo”, destaca. (E.B.)
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Jayme de Altavila: “Esses livros são raros (...) por isso restringimos o seu acesso como forma de salvaguardar essas preciosidades”
Prateleiras exalam o cheiro de história O presidente do instituto, Jayme Lustosa de Altavila, esclarece algumas restrições à abertura de portas para a pesquisa desses escritos, sobretudo para estudantes. “Esses livros raros não podem ser acessíveis a qualquer pessoa, eles despertam muito o interesse de pesquisadores e universitários. O estudante quer o imediatismo, o que gera reprodução ou até mesmo danificação das suas páginas, por isso restringimos o seu acesso como forma de salvaguardar essas preciosidades. Para consultar as obras do setor de raridades do instituto, os pesquisadores têm um cadastro estabelecido no 4º Colóquio Nacional de Institutos Históricos Brasileiros, realizado no Rio de Janeiro”, explica. A Biblioteca Pública do Estado não só é uma referência no abrigo de escritos sobre a memória alagoana e maceioense como também uma espécie de “lar doce lar”, reverenciando-os com um tratamento especial. “Aqui, as raridades historiográficas que ´sofrem´ com o processo de deterioração ficam cerca 15 dias ´respirando´ através de um tubo de gás nitrogênio para o controle de infestação de insetos, depois seguem para uma mesa de higienização para, então, serem acondi-
cionadas, se necessário, em caixas ou encapadas com plástico de polietileno para a garantia da sua preservação", explica a bibliotecária Michele Rodrigues. E há mais novidades para essas relíquias na biblioteca: além de reformas na estrutura do prédio, que serão realizadas em breve, todo o seu acervo raro vai estar acessível a todo o mundo, registrado num catálogo nacional de obras raras on-line, com metadados de todos os livros - autoria, título, local de impressão, biblioteca ou instituição a que pertencem, descrição física e notas -, a partir do Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras (Planor). RELÍQUIAS - As prateleiras reservadas aos livros da terra - bem como as de todos os outros títulos lá existentes -, com uma etiqueta nomeando o espaço como Obras valiosas de Alagoas e uma média de cinco mil títulos, emanam o cheiro de história. A colecção de leis da Assemble´a Legislativa da Província das Alagoas (1870); Ilustres alagoanos (1962), de Augusto Vaz Filho; um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com o título A evolução
função de uma biblioteca é oferecer conhecimentos a escolas e comunidades, mas tomamos um certo cuidado, mantemos uma certa vigília no manuseio dessas obras”, destaca.
do Porto de Maceió, produzido em 1974; A chantage do Santa Olympia (segundo livro de ouro do governador Fernandes Lima), de 1927; Visconde de Sinimbú (traços biográphicos), de Moreno Brandão, escrito em 1914; o romance de Romeu de Avellar Numa esquina do planeta, escrito em 1932, são algumas das suas soberanas relíquias históricoliterárias. A diretora da Biblioteca Pública Estadual, Maria Luiza Russo, assegura que esses livros são acessíveis a todos os públicos, inclusive estudantes, gratuitamente, havendo apenas o cuidado de colher informações sobre a pesquisa que justifiquem a consulta. “Todos os alunos têm acesso a essas obras, mas fazemos uma entrevista antes para sabermos o objetivo da pesquisa. Não podemos negar, a
MUSEU - A biblioteca do Museu Théo Brandão também é um destino certo de verdadeiros “tesouros” sobre a origem e a história do Estado e da sua capital, com a frequência desde estudantes das redes pública e privada de ensino e alunos de História e de outros cursos de nível superior até mestres da cultura popular, pesquisadores e historiadores. Uma das responsáveis pelo acervo bibliotecário do museu, Fátima Carneiro, conta que todos os escritos lá existentes, inclusive os livros raros, estão disponíveis a toda a população alagoana, todos os dias, das 9h às 17h, sem restrições. “Não há nenhum empecilho no manuseio dessas raridades sobre Alagoas pelos estudantes, apenas não temos o sistema de empréstimo de livros, as pesquisas são feitas aqui. Geralmente, as escolas agendam visitas para conhecer não só a biblioteca, mas o museu como um todo, tendo acesso ao seu acervo completo”, destaca. (E.B.)
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RECADO
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“A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de sermos como somos” Elenilson Gomes
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Rogério Maranhão
Chico Brandão
Holofotes BEL & FERNANDO O dia 22 de maio foi o escolhido por Maria Izabel Lyra Araújo e Fernando Palmeira Filho para o tão aguardado “sim”. AIgreja Nossa Senhora Mãe do Povo será o cenário deste nupcial, que promete atrair todas as atenções para o bairro do Jaraguá, onde também será realizada a festa, no Armazém Uzina. Para arrematar a noite, Bel, como é chamada por seus familiares e amigos, escalou o Buffet Favo de Mel, de Lúcia Cox, Leninha Machado e Zilma Rodas, a querida Ziza para a decoração e Marli e Raquel Brizeno, para assinar o bolo. Aproveitamos para antencipar nossos votos de felicidades neste passo importante que será dado em suas vidas. LINALDO ALBUQUERQUE
A querida Bel Lyra checa os detalhes de seu nupcial, que será realizado emno próximo mês, prometendo agitar nosso mundo social Arquivo
Ontem, Linaldo Albuquerque recebeu o carinho de seus familiares e amigos verdadeiros em razão de mais um niver que celebrava. Homem forte, vem vencendo as batalhas que a vida lhe impôs. Parabéns, felicidades e saúde. Você merece! UM ANO
O jornalista Alexandre Henrique Lino e a nutricionista Taisa Lira viajaram até Belo Horizonte para comemorar as Bodas de Papel, do primeiro ano de casados. Vivendo um clima de lua de mel estendida, ele levou a amada para conhecer as belezas da sua terra natal. Os dois ainda visitaram a tradicionalíssima Ouro Preto, além de várias igrejas históricas da linda BH. Quase sem espaços para carimbos nos passaportes, os amigos Eraldo e Fátima Tenório em sua recente viagem à Alemanha DICAS NEWS
Atualmente, tem ficado cada vez mais difícil saber como nos dirigir a uma pessoa mais velha. Ela deve ser tratada por senhor ou você? Eis a dúvida. A questão é que ninguém quer ser considerado velho e ser chamado de senhor, para muitos, tem um peso enorme. Para não errar basta prestar atenção em como os outros se dirigem à pessoa em questão. Se não der para notar nada, trate-a com formalidade. Caso ela peça para que você a chame por você é só mudar o tratamento. Chico Brandão
Valéria e Lúcia Cox acabam de retornar de uma viagem gastronômica pela bela Paris
72 CALORÍAS Como todo mundo está fazendo alguma dieta, a dica gastronômica da coluna é de um pudim que possui apenas 72 calorias. Parece milagre, mas não é. Você vai precisar de duas xícaras e meia de leite desnatado, uma xícara de chá de leite em pó desnatado, quatro ovos, três colheres de sopa de adoçante em pó dietético próprio para forno e fogão e uma colher de chá de essência de baunilha. Para a calda, separe uma xícara de chá de polpa de frutas e uma colher de sopa de adoçante dietético em pó próprio. Bata no liquidificador o leite desnatado, o leite em pó, os ovos, o adoçante e a essência de baunilha. Coloque em uma fôrma para pudim pequena, levemente untada, e leve ao forno médio (180º C), pré-aquecido, por aproximadamente uma hora. Espere esfriar, desenforme e deixe na geladeira por duas horas. Depois, coloque os ingredientes da calda em uma panela e leve ao fogo, mexendo bem, até que a mistura fique bem homogênea. Espere amornar, derrame sobre o pudim e sirva.
APharmapele lançou uma linha própria de produtos chamada Bioneov. Na linha, substâncias com propriedades medicinais obtidas a partir de plantas e alimentos são adicionadas a gomas, shakes, pó para suco e até em chocolate. Entre elas, estão a faseolamina, extraída do feijão e que promove a redução da absorção de carboidratos, e pholiamagra, erva que aumenta a queima de gordura. Para quem quer manter a forma, fica a dica.
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O desfile que as queridas Andrea e Moacyra Cunha estão organizando para o lançamento da coleção outono/inverno vai contar com peças das coleções de Maria Bonita Extra, Corporeum, Animale, Bo.Bô, entre outras. O beneficente, em parceria com o Pró Amor, será realizado no dia 4 de maio, nos domínios da Casa Moa.
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Os executivos Arnaldinho e Carol Cansanção em recente e concorrido evento jurídico realizado em nossa capital Marco Antônio
Com o mar de Ipioca como pano de fundo, os antenados estão encontrando um motivo extra para seguirem para o restaurante Hibiscus, de Gastão Arruda, que possui um dos cardápios mais elogiados da cidade. O resultado não poderia ser outro: casa cheia.
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Aassessora de comunicação Betty Costa nos relembrando que "Ana Bella: a Princesa de Galles", filme realizado no Hospital Portugal Ramalho pelo médico psiquiatra Mário Jorge, será lançado amanhã, às 20h, no Teatro Marista. O média-metragem conta a história de uma paciente que viveu no hospital e pensava ser noiva do príncipe do Rei Unido.
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As sandálias da Santa Lolla, comandada por Mariana e Carolina Freitas, se tornam peças obrigatórias em quem quer manter um estilo elegante e cheio de ousdia.
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Acoiffeur Gabriela Cabus segue em rítmo acelerado com seu salão cada vez mais cheio. Assim que ela lançou as novidades para os cuidados com as madeixas, os mais chiques fizeram fila para dar um up no visual.
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Amanhã, o Pátio Maceió realiza mais uma ação pensando no bemestar da população. Aparceria com a equipe médica do Hospital do Coração de Alagoas (HCOR) tem o slogan "Eu sou 12 por 8" e vai oferecer ao público, explicações e orientações sobre a prevenção e o controle da hipertensão. Os profissionais do HCORtambém vão realizar testes de glicemia e aferição de pressão, além de distribuírem folhetos, fitinhas de pulso e camisetas fornecidos pela Sociedade Alagoana de Cardiologia (SBC -AL). Quem passar por lá, pode dar uma conferida.
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O diretor executivo de O JORNAL, Petronio Pereira com o diretor-presidente da AgênciaUM, Luiz Augusto, que esteve visitando as instalações desta empresa de comunicação Arquivo
Depois de quatro anos de namoro, Franqueline Terto e Benedito Jorge trocam alianças no próximo dia 7 de maio, às 19h, na Barra Nova. Ousados, os dois planejaram misturar elementos da cultura africana durante a cerimônia. Felicidades ao casal!
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Márcia Maciel está de parabéns pelo bom gosto de cada peça que desembarcou em sua maison. As mais chiques, que seuem cada vez mais exigentes, elegeram suas coleções como uma das mais usáveis e sofisticadas da cidade.
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Para comemorar a sua chegada ao Pátio Maceió, a Sapeka distribuiu diversos brindes no mall do shopping e preparou uma decoração personalizada para deixar o local da troca de fraldas ou da amamentação dos pequenos visitantes com o máximo de conforto. O Pátio Maceió agora oferece, em seu fraldário, gratuitamente, fraldas descartáveis e lenços umedecidos da linha Sapeka.
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O médico Henrique Vieira segue como um dos profissionais mais procurados na área de pneumologia, em nosso Estado
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MARIA JOAQUINA erezinha Menezes fez uma seleção perfeita para o Outono/Inverno alagoano. Com peças que valorizam a beleza e exploram o bom gosto de suas clientes, ela vem colecionando elogios pelas novidades que trouxe para sua maison.
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Terezinha Menezes com seu marido Paulo Sérgio: noite de moda e estilo
CASA 1370 A anfitriã, Carol Vasconcelos com sua mãe, a arquiteta Ceres Vasconcelos
DIVINO CONCEITO
stilo é o que não falta na coleção que Carol Vasconcelos trouxe para sua Casa 1370. As marcas preferidas das estilosas compõem o acervo do lugar, que vem chamando a atenção por se firmar como uma das casas da moda, em Alagoas.
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o últmio 25 de março, Izinha Omena reuniu as mais chiques para apresentar as novidades do seu Divino Conceito. Entre muita moda e gente antenada, ela mostrou peças que vem dando o que falar entre as antenadas.
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A anfitriã Izinha Omena com Patrícia Lopes
Izinha com Luzia Omena e Guta Nogueira
Dilminha Sarmento com sua filha
A querida Aspázia com sua filha
A alergista Rosa Gaia Duarte
Sâmea Theotônio, estava mais linda do que nunca
Sandra Brêda e Ana Papini
A antenada Wandinha Coutinho
Edila Nogueira e Vânia Coutinho
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Por Flávia Barros l flavia.barros@hotmail.com >>> Divulgação
RINASCENTE
RINASCENTE RINASCENTE
Vitrines
É Tempo de
RINASCENTE
HERMÈS
Nova temporada, novas vitrines, e cada vez mais é preciso ver e ser visto, o produto, é bem verdade! Inovar também é preciso. Tendência mundial em vitrines, o papel, que um dia já foi palco de um dos maiores shows desfilado no São Paulo Fashion Week, vem na estação do inverno para garantir visual inusitado. Em Milão, personagens de fábulas e contos de fadas saíram dos livros para ganharem formas e cores em vitrines da Hermès. Ilustrações originais das obras, como "Os Três Mosqueteiros" e "Alíce no País das Maravilhas", foram dispostas ao fundo de desenhos coloridos de animais. Eles que parecem tentar invadir a realidade ao ultrapassar a borda inferior da moldura foram criados com sobreposição de papéis coloridos e são relacionados com os itens expostos através dos tons, complementares ou semelhantes, das roupas e artigos de decoração das vitrines. Para a Gap, violões também ganham espaço no arco-íris, em alusão ao tema rock folk da coleção de verão da marca.
A estética primaveril foi sustentada também ao fundo, através de painéis com desenhos de barracas coloridas, e no próprio vidro, com adesivos de flores e pássaros. Com cinco andares, a loja italiana Rinascente oferece itens de vestuário para todos os gêneros, acessórios, produtos de beleza, decoração e design, além de uma praça de alimentação no terraço. Armani, Calvin Klein, Lacoste, Tommy Hilfiger e Tru Trussardi estão entre as principais grifes que a loja oferece. Centenas de tiras brancas de alumínio, com variados e intercalados relevos, lembram os tricôs da Missoni na fachada de uma loja da marca. O prédio, localizado em Los Angeles, mais precisamente na Rodeo Drive, é um dos endereços mais caros do mundo. Nas proximidades, há grifes como Giorgio Armani, Louis Vuitton e Yves Saint Laurent. Na entrada, o nome da grife foi discretamente inserido em baixo relevo na lateral do marco da porta.
F I L Ó Vision
HERMÈS
BOX FASHION
MISSONI
Ana Brígida
Bichos e doces com sabor de inverno
GAP
Bichos de todos os tipos , as referências são muitas mais podemos nos render a uma novidade, que pessoalmente me agrada muito. O camelo como bicho entra na reta, e cai na graça de muitos. Homens e mulheres aderem ao estilo camelo = caramelo, algo em comum? Esse tom que entra na reta fashion faz com que o ar fique leve e chique ao mesmo t e m p o . Combinações com preto, branco e sobre o mesmo tom faz a linha natural chique. Aproveite a dica e tire do fundo do baú, já que esta cor já esteve em evidência em outras estações e com certeza você tem algo assim escondido no seu guarda-roupa. Aposte!!!
Dúvidas de Moda | anabrigida1@hotmail.com
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Um livro de receitas N A barba stulti discit tonsor
ão raro se tinha a notícia da existência de dona de casa que passava a ser referência de boa mesa, maestra e mestra de espaço que ia de forno a fogão. A boa dona de casa não somente sabia do ofício do sabor, mas também realçá-lo com as artes da recepção, do saber servir, vida da mulher cuja educação estava centrada em uma unidade chamada lar, algo que deveria ser visto como aspiração das famílias. A família deveria ter um lar e é nele que se assentava propriamente o doméstico, para o qual se requeria prenda. Ser prendada fazia parte do perfil da mulher associado a seu papel no domus, à economia doméstica que em parte gerenciava. Uma sinhazinha obrigatoriamente seria começo de uma sinhá moça que, por seu turno, era o embrião da sinhá, espécie de roteiro traçado pela sociedade escravocrata que se estendeu pela República e pela urbanização. A escola que vai existir para a mulher será, ao lado da alfabetização e das operações fundamentais, um local para compor-se com prendas. Tendo alguma posição social mais alta, necessariamente o zelo com as prendas estaria presente e os seus registros apareceriam dentro de casa; uma das marcas eram os receituários culinários, manuscritos na letra caprichada das lições de caligrafia vertical ou inclinada e tudo sendo assentado – de acordo com as posses – em simples cadernos e cadernetas ou em encadernações fantásticas e cheias de mimos. É nesse contexto que aparece um símbolo popularizado dessa culinária esmerada e que seria fixado na figura de Dona Benta – anda meio apagada -, em livro que teria inúmeras edições e que foi organizado pela Editora Melhoramentos, parecendo que perdeu posição quando da sofisticação moderna, onde a técnica incidiu na cozinha, modificando-a, incorporando elementos novos naquele conhecido caminho de novas mercadorias.
É o que se dá com a panela de pressão cujos inícios estão pelos finais dos anos setecentos mas que é recente na sua popularização brasileira, reduzindo o tempo de cozimento na proporção de três vezes. A popularização da panela no Brasil parece estar associada à mudança do padrão da lenha e do carvão, para o padrão de gás de cozinha. A panela sai do ferro para o alumínio e depois para o aço inoxidável. É um processo paulatino de ingresso no cotidiano, o que acontece também com o liquidificador que vem de 1904 e somente vai ser popularizado na década de trinta do século passado em face de mudanças no design e incorporação do motor à peça. O microondas vem dos finais da guerra mundial, a segunda. O próprio fogão vai sendo construído da forma como o concebemos a partir de meados do século XIX; a geladeira que vem sendo aperfeiçoada desde os anos dez do século XX. A batedeira foi outra revolução por volta dos quinze do também século XX. Lembro das peripécias daquele batedor que parecia um cone feito de molas, do espremedor de batata e até mesmo do rapid toast, coisa bem mais recente. O fato é que ao lado de tantas mudanças que aconteceram no mundo da cozinha, haveria um livro de receitas de uma avó brasileira à disposição de outras que seriam avós ou até mesmo de vitalinas, desafortunadas da sorte. Lembro o de lá de casa: grosso, Dona Benta na capa, tipo graúdo. O mais das vezes, um exemplar era encontrado meio ensebado, utilizado que foi na hora de preparar a receita, respingado de banha ou manteiga que este negócio de margarina é novo por aqui, apesar de ser do tempo de Napoleão Bonaparte. Poucos sabem que a margarina é um nome chic: vem do grego margaron (pérola). Suponho que a primeira margarina fabricada no
Nordeste foi por Allimonda & Irmão e a marca era Bemte-vi. Nossa, se falava muito mal da margarina, que era feita com tudo o que era de sujeira; pelo que se dizia, era como se fosse transformado em pérola, uma espécie de lixo vegetal. Alquimia. Lá em casa não entrou fácil e sempre existiu uma latinha de manteiga Lírio ali no imprensado de suas 180 gr., manteiga Turvo, Avião. Coisa que não vingou foi a gordura de coco. Nem toda a receita que se tinha copiada era preparada. Aliás, neste contexto, o verbo preparar induz ao esmero e leva a um fazer consciente. A expressão é ensa: “Vou preparar o almoço!”. Isso é coisa de entendido, aquele que sabe: vou preparar, vou dar por perfeito e acabado. Há conhecimento. Preparar a carne, a galinha, a receita. Se a pessoa fosse preparar toda a receita que havia em seus guardados, o ano inteiro era de festa. Às vezes ela era transcrita de revista, de propaganda. Vezes o pedaço era recortado e colado no caderno com goma arábica ou grude de Maizena; vezes ela era dada por pessoa da família, por amiga, havendo até mesmo o hábito de trocar receitas. Aliás, seria um alto elogio, após ter provado da comida, dizer: “Fulana, me dê a receita desta carne!”. E lá vinha sempre a modéstia: “Eu faço a carne, mas não fica assim!”. A interlocutora desdobrava-se: “Que nada, é bondade sua; não tem o que fazer não!”. Quando não aparecia o elogio, alguém provocava, como fazia o Compadre Propício: “Mas lá em casa não é tão bom assim não!”. Havia também as desfeitas: “Nossa, o bolo de fulana é horrível; ela se gaba tanto, mas fede a ovo, ela não tira a pela da gema Não. Vigie. Quem tiver seus bolos fedorentos vá prá longe de mim”. Talvez o mais condenado era o suspiro ariento; “Vôte, parece areia!”. O suspiro bom derrete na boca.
Paladar sertanejo, sabor universal Marly Briseno omecei a desvendar os segredos da cozinha ainda muito jovem. Primeiramente, ajudando a minha mãe, em casa e, mais tarde, no Colégio Sta. Tereza D’Ávila, no Crato-CE, onde fui interna por oito anos. No Colégio, era quase obrigação você aprender a fazer guloseimas, docinhos finos, biscoitos, tortas e outras iguarias, como também costurar, bordar e freqüentar aulas de pintura e música. O principal objetivo era o de preparar a jovem para o casamento e a direção do lar. Depois, já casada e morando por esses
C
brasis afora, ai foi que o bicho pegou mesmo: devido à (quase) absoluta inexistência de pessoas traquejadas para exercer as tarefas culinárias, de uma hora para outra e por obrigação me vi assim como que meio perdida num mundo de panelas, caçarolas e demais utensílios de cozinhas para fazer o feijão-nosso-com-arroz de cada dia. Abandonei subitamente a condição de inexperiente jovem, residente no Recife, habituada ao conforto oferecido por uma cidade grande e à segurança de um lar bem estruturado, ao lado de papai, mamãe e dez irmãos, para enfrentar a dureza da vivência
em cidades do interior de Alagoas e Pernambuco. E isso (imaginem!) há cinqüenta e três anos atrás. Não me restava outra alternativa além de zelar pelo bem estar de Carlos e de dois filhos pequenos: eu tinha mesmo era que derivar para qualquer outra coisa como forma de preenchimento das horas vagas. Daí, e sem maiores pretensões comecei a ler tudo que me caía às mãos sobre receitas de pratos e de bolos e a tentar executá-las. [...] E assim, com tenacidade e sem esmorecimento, ora errando, ora acertando (mais errando que acertando), cheguei com as graças de Deus aos dias de hoje.
As iguarias alagoanas de Dona Marly José Marques de Melo O Nordeste Brasileiro é uma região complexa, cuja gastronomia, muito rica em nutrientes, tem sido preservada ao longo dos séculos, exibindo sinais do entrecruzamento de influências européias e africanas com os hábitos herdados dos nativos tupisguaranis e de outras nações pré-cabralinas. Louvada em prosa e verso, a culinária regional da área sertaneja, aquela situada no polígono das secas, demonstra grande vitalidade, reproduzindo-se dentro da microregião, mas também em outros espaços, onde se refugiam os segmentos de sua diáspora intermitente. As principais guardiãs dessa memória gastronômica do sertão nordestino são as donas de casa que supervisionam a alimentação familiar. Quase sempre essa transmissão de conhecimentos se faz por via oral, através de receitas que as jovens mulheres ouviram das avós, mães ou empregadas domésticas, mas também assimilaram nos meios de comunicação. Não tem sido incomum a iniciativa de matriarcas sertanejas no sentido de socializar a fortuna gastronômica que acumularam durante anos, gratificadas pelo apetite da sua prole, compartilhado pela parentela e agregados afetivos. Está justamente aí a gênese do paladar que se vai configurando diuturnamente, nos círculos restritos das comunidades étnicas ou geoculturais a que pertencemos, por laços de família e outras afinidades. Algumas quituteiras passam seus livros de receitas para as jovens que constituem família dentro dos respectivos clãs ou grupos de vizinhança. Muitos desses mananciais culinários serviram de fonte
de pesquisa para cientistas sociais interessados em definir, pelo paladar, os traços característicos das gerações ou dos espaços que dão personalidade às sociedades contemporâneas. Raras são as que partilham suas experiências alimentares com o público interessado. O caso de Marly Briseno é paradigmático. Sertaneja nascida nas paragens que emolduram o suave cariri cearense, mas criada nos confins do bravio sertão pernambucano. Embalada pelas sincopadas ladainhas que sazonalmente entoavam os devotos do Padrinho Cícero e pelo ritmo buliçoso dos baiões de Luis Gonzaga nos anos de fartura agrícola, ela foi aprendendo a refinar o paladar em espaços ampliados, do sertão ao litoral. Isso foi conseqüência das mudanças, inevitáveis numa família numerosa, encabeçada pelo patriarca, Zé Briseno, que ganhou a vida e sustentou a família como caixeiro viajante. O interregno recifense, durante a fase escolar, abriu-lhe novos horizontes gastronômicos. Reclusa em colégio de freiras, ao cardápio sertanejo, austero e parcimonioso, aprendido na retaguarda familiar, incorporou novidades repassadas pelas monjas teresianas e dorotéias. As iguarias apetecidas por condimentos refinados ficaram anotadas, porém inservíveis para uso cotidiano, em face do iminente matrimônio, em pleno desabrochar da juventude. De volta ao sertão, berço do marido alagoano, viu-se na contingência de passar do estágio de gourmet, propício ao cultivo do sabor, para adentrar o território do saber, improvisando o ofício de cuisinie. A alternativa de exercer o posto de chef era impensável, porque carecia de conhecimento empírico para transmitir e porque não
contava com mão de obra adestrada. O remédio foi aprender fazendo, o que lhe trouxe grande experiência e a motivou a desenvolver os dotes culinários herdados da mãe Mazé, com quem desvendou os segredos da gastronomia sertaneja. Muitos anos de degustação em família e da experimentação de iguarias inventadas em workshops que freqüentou no país e no exterior, durante viagens de recreio, culminaram com a sua consagração como fada gastronômica. Seus ágapes são disputados por filhos, netos, parentes e aderentes, que travam acirradas disputas para saborear sua iguarias, elevadas à condição de manjar dos deuses. Tantos apelos Dona Marly recebe, para dar a receita de um prato degustado coletivamente, que ela se julgou na obrigação de produzir um caderno seletivo, cobiçado por parentes e amigos íntimos. A edição artesanal, publicada no Natal do ano passado, esgotou-se prontamente, suscitando pedidos incontáveis. Daí a decisão de lançar este livro, que tenho a alegria de prefaciar, não como receituário para instruir cozinheiros em primeira viagem, mas como antologia gastronômica, a um só tempo útil ao contingente dos que amam o bom prato e aos exímios usuários do bom garfo que não se contentam em saborear os quitutes de Dona Marly, mas querem conhecer seus meandros gastronômicos. As duas categorias de leitores serão bem servidas pelas receitas enfeixadas na simpática antologia, sedutoramente batizada: Paladar sertanejo, sabor universal. O perigo do livro é provocar tamanho desfrute culinário que vai deixar os leitores lambendo os beiços, com gosto de quero mais!
Tinha cozinheira que ficava famosa na região, como a Suzana que saía fazendo a comida de muita festa em casa fina dos lados de Anadia – especialmente a buchada - e que conta histórias e mais histórias maravilhosas dos ditos banquetes. Bem mais antigas do que a Suzana eram a Coco e a Felismina que moravam nos lados do Camarão do Pepedro. Vez em quando, a receita passava a ter o nome da pessoa que dava, como por exemplo está no registro do Bolo da Paz no Periperi. Paz era do povo do Góes. Isto significa um ingresso no universo privado da vida familiar e das amizades; claro que seriam bem mais valorizadas, pois todo um complexo de relações estaria presente e escondido nas entrelinhas da cópia. Nem todos eram mestres; estamos falando, assim por dizer, do cotidiano do receituário. As que vão se tornando finas, vão tendo o atestado e tudo vai se ampliando de um quadro domestico até a um público, em um processo de validação amplo. O fato é que estava consolidado um hábito de guardar receitas o que correspondia à esperança de fugir do feijão com arroz. Mas no meio daquele fuá todinho, eu somente me lembro do preparo de bolo lá em casa. Os nomes eram extraordinários: O peso dos ovos, Bolo Casamenteiro, Bolo da Clarisse, Bolo Cascata. Mas o que era usual, comezinho, era o pão-de-ló que se pode rastrear, no mínimo, a meu ver, pelos idos da Idade Média. Eu penso que o pão-deló já foi bem mais popular no Brasil, como se pode verificar em Memórias de um Sargento de Milícia, vendido pelos lados das barcas, vendido, também, por negras em Salvador no Século XIX onde havia, inclusive o chamado pão-de-ló de arroz e por aí segue. Debret vai comparar com biscoito de Sabóia fino, conforme relembra El-Kareh ao comentar sobre o comércio ambulante no Rio de Janeiro, colocando o pão-de-ló junto às escravas
que vendiam angu, pamonha, acaçá, aluá. A antiguidade do pão-de-ló pode der vista na receita que consta de O livro de cozinha da Infanta Dona Maria, manuscrito medieval. O pão-de-ló assemelha-se à bolacha quando vai ao forno para não ficar com a textura de bolo. Ele assa e depois vai novamente ao forno, sendo usado antigamente como se fosse bolacha, guardado em depósitos de mantimento, como se pode verificar no histórico da culinária da Vitória do Periperi nos destinos de Boca da Mata e no Barro Branco em Viçosa, como se sabe pela história da cozinha de Dona Maria Brandão Vilela, que faleceu aos 97 anos de idade, ainda lúcida, na década de oitenta do século passado. Assemelha-se a biscoito ou à bolacha? Cândido de Figueiredo em seu dicionário de 1913 chamava biscoito de bolo seco e a bolacha é dada como bolo chato. Convenhamos que pouco esclarece. Em homenagem a todas as senhoras com seus livros, eu vou colocar colocar a receita do Bolo Majestoso que pontificava na casa da minha sogra. Na receita, a interferência experimental do leite de coco. É interessante ver como a observação é realizada por uma pessoa do ramo: “[...] fica mais gostoso com leite de coco”. Convém considerar que este leite de coco é home made. Nós estamos diante de um mundo onde física, química e paladar se juntam na ronda cultural. Pelo que se fala, o texto mais antigo que se conhece é o De re culinária, e, como se nota, romano; na verdade, alguns consideram um texto que veio sofrendo agregações conventuais. No Brasil, o começo passa pelo Cozinheiro Imperial e Cozinheiro Nacional. Marly Briseno - por este caminho -, dá sua contribuição no mundo das receitas e merece parabéns pelo seu livro.
O que faz Marly Briseno Maria Marli Briseno Torres nasceu em Missão Velha (CE), educando-se no Crato e em Recife. A culinária representa a sua grande vocação, dedicando-se por amor e arte à doçaria.
DUAS RECEITAS DA MARLY BRISENO
Baião de Dois ao paladar cearense INGREDIENTES: 1 Quilo de feijão verde, 3 xíc. de arroz, 3 molhos de coentro, 3 pimentas de cheiro, sal. 1 colher de sopa de alho machucado, 1 colher de óleo, 1 colher de margarina, 3 colheres de manteiga de garrafa, 300 g de queijo coalho, 1 cebola MODO DE PREPARO: Cate o feijão verde, lave e leve ao fogo colocando água que o cubra (mais ou menos 7 xícaras d’água), quando ferver acrescente sal, um molho de coentro cortadinho e pimenta de cheiro, cortada e sem semente. Deixe no fogo até ficar cozido, desligue e reserve. Em uma panela grande, coloque o óleo a margarina, mais a cebola ralada e o alho machucado. Deixe dourar e acrescente o arroz lavado e seco refogando-o bem. Coloque o feijão fervendo com o caldo, baixe o fogo e quando o arroz estiver no ponto acrescente mais coentro, o queijo de coalho cortado em cubos e a manteiga de garrafa. Verifique o sal e sirva quente. Dicas: se quiser um arroz mais molhado e saboroso, diminua o sal (colocando 2 tubinhos de caldo granulado), 1 colher de sopa de leite ninho bem batido com ½ xícara d’água, 1 colher de requeijão. Fica com sabor de nata fresca.
Gratinado de charque e macaxeira INGREDIENTES: ½ kg de macaxeira, 800 g de charque, 1 copo de requeijão, 1 lata de creme de leite, 1 cebola grande, 1 pacote pequeno de parmesão ralado. Manteiga para untar MODO DE PREPARO: Deixar o charque de molho, em pedaços grandes por mais ou menos um dia. Cozinhar a macaxeira e o charque juntos numa panela de pressão por 40 minutos. Amassar a macaxeira com o garfo e colocar um pouco d’água em que foi cozinhada, até formar uma papa. Unte um pirex, coloque a macaxeira e por cima o charque desfiado e acebolado. Misture o requeijão com o creme de leite e ponha por cima do charque. Polvilhe com o parmesão ralado e leve ao forno quente por aproximadamente 10 minutos.
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O JORNAL JORNA L Domingo, 25 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br Marco Ant么nio
Em busca do salto perfeito Copa Nordeste de Hipismo movimenta hoje cavaleiros e amazonas na H铆pica de Macei贸 P谩gina A3
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Domingo, 25 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br Divulgação/Federação Alagoana de Ciclismo
BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
O CSA E O NORDESTÃO O CSA fez um pedido inusitado à organização do Campeonato do Nordeste: disputar os primeiros cinco jogos da competição fora de casa. O objetivo da diretoria é mandar todos os jogos no Estádio Rei Pelé, que vai ser reaberto apenas no dia 27 de junho. Além dessa questão de espaço, também deve pesar a formação do elenco azulino. A diretoria pretende montar aos poucos o time e, nas primeiras rodadas, alguns reforços ainda devem chegar. Essa proposta não é interessante. O CSA poderia mandar suas partidas no Nelsão mesmo, movimentar sua torcida e se precaver contra uma série de resultados ruins. Precisando melhorar sua imagem na região, o Azulão não pode demonstrar fraqueza no campeonato. Para isso, precisa se articular e partir para a formação de um time capaz de se impor dentro e fora de casa.
SYLVESTRE O atacante Sylvestre, contratado na semana passada pelo ASA, é o vice-artilheiro do Campeonato Baiano, com 11 gols, mas passou por um momento difícil na temporada. Ele perdeu um dos gols mais incríveis da temporada, embaixo da trave e ficou famoso nacionalmente. Sylvestre chegou para reforçar o ataque alvinegro para a Série B.
SÉRIES C E D As tabelas das séries C e D do Brasileiro só devem ser divulgadas no próximo mês. A CBF não demonstra nenhum interesse de adiantar as coisas, mas o CRB já avisou que não tem a intenção de cair no grupo com a maioria dos clubes do Norte.
O alagoano Ivacy Melo no alto do pódio; ciclista também vai disputar uma prova hoje
Força nos pedais Alagoano Ivacy Melo se destaca no ciclismo do Estado
CURTO-CIRCUITO
Luciano Milano
Será que o Murici vai encarar a Série D deste ano? Na temporada passada, os dirigentes garantiram que iriam entrar na disputa, mas, na hora da definição, resolveram desistir para favorecer o CSA.
Ele gosta de aplicar o melhor das suas forças nos últimos quilômetros das provas de velocidade do ciclismo - o chamado sprint. Desde os 14 anos correndo pelas pistas de Alagoas e Nordeste, o alagoano Ivacy de Melo volta hoje a competir na 3º Circuito Speed de Alagoas, que será disputado pela manhã. Com um percurso de 65 km, a corrida sai do Pólo, em Marechal Deodoro, vai até a cidade do Pilar e retorna para o Pólo, onde será a chegada. Atual campeão alagoano na categoria máster B - idade entre 35 a 40 anos -, Ivacy vai para a prova mais uma vez com o objetivo ser chegar em primeiro. O ciclista venceu as duas primeiras etapas do Campeonato Alagoano, realizadas em março, em Arapiraca, e neste mês, na Ponta Verde, em Maceió.
O ASA vai participar nesta semana de uma reunião no Rio de Janeiro com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O dirigente marcou o encontro após ter ouvido falar de um certo assédio do Clube dos 13, leia-se Fábio Koff, aos clubes da Segundona. O alagoano Cleiton Xavier ainda está entregue ao Departamento Médico do Palmeiras, mas deve voltar ao time nos confrontos contra o Atlético-GO, a partir da próxima semana. Além de Cleiton, Souza, do Grêmio, e Pepe, do Real Madrid, estão se recuperando de sérias lesões. O semestre não começou bem para os destaques do futebol alagoano fora do Estado. As TVs Globo e Record estão travando um duelo pelos direitos de transmissão do Campeonato do Nordeste. Bom para os clubes.
Repórter
"Naturalmente, esse é a intenção de quem participa das competições. Será mais uma disputa bastante acirrada, mas tenho me preparado bem e espero brigar pelas primeiras posições na corrida de domingo (hoje). O sprint é uma das minhas características mais forte, e vou apostar nisso também para ir bem na prova", declarou o auxiliar administrativo, que venceu os três últimos campeonatos alagoanos de ciclismo. Além desses títulos, Ivacy também tem NorteNordeste em 2001, competição disputada em Recife. O ciclista alagoano retrocede um pouco mais no tempo e lembra de quando brilhou na categoria Elite. "Isso está um pouco distante, na década de 1980. Corria na categoria Elite, com idade entre 17 e 23 anos. A disputa era bem difícil, havia muita gente boa e eu conseguia me destacar tam-
bém. Bons tempos aqueles", relembrar Ivacy de Melo, que começou a correr aos 14 anos, com o incentivo do irmão Inaldo de Melo Ferreira. "Eu acompanhava meu irmão nos treinos e nas competições que ele participava. Assistindo de perto o Inaldo, acabei me apaixonando pelo ciclismo", disse Ivacy, que está para receber uma nova bicicleta específica para as competições. "Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer o Grupo João Lyra, que vai me dar essa nova bicicleta para eu poder competir com mais qualidade porque a minha já está velha e um pouco ultrapassada para as provas. Agora, com essa nova bicicleta, vou poder correr com mais qualidade. O Grupo JL mostra, com isso, que reconhece os talentos e apoia também o esporte", declarou Ivacy.
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Tem agito na Hípica Cavaleiros e Amazonas do Nordeste disputam hoje fase final de competição em Maceió Marco Antônio
Luciano Milano Repórter
Cento e cinqüenta conjuntos de cavaleiros e amazonas de sete Estados nordestinos estão em Alagoas, desde ontem, disputando a 4ª Copa Nordeste de hipismo. A competição está sendo realizada no Parque de Exposição José da Silva Nogueira, na Pecuária, em Maceió, na pista de provas da Sociedade Hípica de Alagoas. A 4ª Copa tem 21 categorias, divididas em sete séries. Alagoas está sendo representado na competição por 25 conjuntos. A Copa recebe o nome de José Aprígio Vilela, morto em 2005. Com acesso gratuito ao público, as provas tiveram início na manhã da última sexta-feira, prosseguiram durante todo o dia de ontem e hoje serão finalizadas no
período da tarde. Presidente da Federação Equestre de Alagoas, Diogo Rebelo, comemora a realização de mais uma competição de grande nível em Alagoas, que, com a Hípica, tem recebido disputas desse tipo ao longo dos últimos anos. "É verdade, a Hípica tem sido bastante prestigiada com essas competições. Como não poderia deixar de ser, o hipismo faz parte do nosso diaa-dia. É um prazer enorme viver mais esse fim de semana de disputas de qualidade, como acontece com esses 25 conjuntos de cavaleiros e amazonas, ultrapassando os 150 participantes", declarou Diogo Rebelo. PONTOS - O presidente da Federação Eqüestre de Alagoas ainda revelou que a 4ª Copa conta pontos para os rankings Norte/Nordeste e
da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), além de também servir como seletiva para o Campeonato SulAmericano da modalidade. "Quem for bem nesse fim de semana aqui em Alagoas vai poder melhorar no ranking e se credenciar a outras competições, como o SulAmericano", confirmou Rebelo. Estarão saltando cavaleiros e damas com idades entre 8 e 50 anos. "É um esporte bastante democrático, onde se pode ver que jovens e pessoas com idade mais avançada podem saltar. Outro aspecto positivo é que uma competição como essa, a interação entre os participantes é enorme, já que vêm pessoas de outros Estados do Nordeste", declarou Diogo Rebelo. As competições de hoje têm início a partir das 11h, na Sociedade Hípica de Alagoas.
Hipismo é uma das atrações esportivas do fim de semana em Alagoas
CRB
Eleição do Conselho Deliberativo deve aclamar amanhã Kennedy Calheiros Atão comentada eleição para a presidência do Conselho Deliberativo do CRB será realizada amanhã, data, inclusive, estabelecida desde o meio do ano passado. O pleito será realizado no Beer CRB, na sede do clube, na Pajuçara. A primeira chamada será às 18h30, e a segunda às 20h30. Cento e cinqüenta conselheiros, sócios proprietários e sócios patrimoniais têm direito a voto. Até o fechamento desta edição, apenas o nome do atual presidente Kennedy Calheiros era tido como certo para ser reeleito pelos conselheiros alvir-
rubros. Na vice-presidência de Kennedy deverá compor Marcos Barbosa. Antes, porém, chegou-se a comentar o nome do juiz de Direito Sóstenes Andrade, que, por conta da magistratura, não poderia assumir o cargo. O nome de Sóstenes foi apresentado pela diretoria executiva, comandada pelo presidente José Serafim, e um grupo de torcedores, liderado por João Tigre. Estes atores são contrários à permanência de Kennedy Calheiros à frente do Conselho Deliberativo alvirrubro. Mas, na
semana passada, um jantar na capital teria selado a paz entre os poderes, e o executivo regatiano já admitiria apoiar Kennedy para continuar no cargo. Ainformação do apoio saiu da boca do ex-dirigente Márcio Lesa, que, porém, foi desautorizado por Serafim a falar por ele quando o assunto é a presidência do Conselho. Já o porta-voz de José Serafim, vice-jurídico do CRB, Carlos Roberto, falou à imprensa no fim da tarde da última sexta-feira, não confirmou nem negou o apoio à candidatura. "Os conselheiros sempre
querem o bem do clube. Por isso, na eleição da próxima segundafeira, a diretoria executiva irá acatar o que foi decidido por eles. Todos precisam se unir porque o CRB é quem sai ganhando", declarou o diretor do Galo. Em contato com O JORNAL já na noite da sexta-feira, Kennedy Calheiros disse que o CRB precisa ser um grupo só. "Não há mais espaços para divisões. Precisamos ser um grupo sólido e unido para que o clube saia ganhando. O ideal seria, tenho dito, renovar o comando do CRB no Conselho. Mas a maioria dos conselheiros se
juntou e me pediu para que eu pudesse permanecer. Se essa for de verdade a vontade deles, estarei pronto para contribuir. Quanto à executiva, tivemos um jantar na semana passada e aparamos as arestas que haviam, não há mais de divergência no CRB", declarou Kennedy Calheiros, que ainda aprovou o emprego de parte do dinheiro da venda do atacante Wellington, R$ 350 mil, no pagamento de salários do mês de março dos jogadores, além de indenizações dos atletas dispensados após o Estadual de outras dívidas. (L.M)
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Festa em azul e CSA faz grande programação para apresentar o novo time à torcida no Estádio do Mutange Victor Melo Editor de Esportes
O CSA programou com muita antecedência um dia de festa no Mutange. Hoje, o clube vai reencontrar sua torcida e preparou muitas atrações em seu estádio. A festa começa às 13h e segue, às 15h, com a partida entre o Azulão e o Carpinense, que vai disputar a Segunda Divisão do Campeonato Pernambucano. Depois de disputar alguns jogos contra seleções amadoras, o time vai encarar o primeiro amistoso oficial da temporada. Além do jogo, o dia vai ser agitado por sorteios e a apresentação da banda Charlie Brow Jr. Para participar de toda a festa, o torcedor compra uma camisa no valor de R$ 50,00. “Comprando a camisa, o azulino ajuda o clube, assiste ao time e ainda terá muitas atrações, como sorteios e o show das bandas Cannibal e Charlie Brow Jr, além do cantor Eliezer Setton. Vai ser uma festa para reaproximar as pessoas que gostam do clube e querem a união do CSA” comentou o presidente do
clube, Jorge VI. A diretoria também informa que quem quiser ver apenas o jogo e concorrer a prêmios vai pagar R$ 30,00. Depois de passar os primeiros meses da temporada sem atividades profissionais, o Azulão resolveu montar um time modesto, privilegiando a prata da casa, mas deve buscar reforços de qualidade para a estreia no Campeonato do Nordeste. Na semana passada, chegaram o goleiro Thiago, o volante Anderson e o meio-campista La Bamba, todos ex-jogadores do clube. O Azulão faz o primeiro jogo no regional dia 9 de junho, diante do Fortaleza, e precisa arrumar o elenco. Pensando em contratações, a cúpula da diretoria e a comissão técnica assistiram na última quarta-feira ao jogo entre ASA e Murici, no Nelsão. “O CSA se interessa por jogadores de vários clubes. Acompanhamos Murici e ASA, mas ainda estamos avaliando quem pode chegar. Devemos contratar mais seis jogadores”, comentou o vice de futebol do clube, Cícero Eugênio.
Wilson é o jogador mais conhecido O principal jogador do atual elenco do CSA é o atacante Wilson, que recebeu um convite especial para comandar a garotada do clube. O jogador brilhou intensamente na década de 90 no clube do Mutange, mas estava parado há alguns anos. Hoje, ele vai ser o jogador mais conhecido em campo. META – O principal objetivo do CSA nesta temporada é conquistar
Torcida azulin começa a se mobilizar para o Nordes e o Alagoano Segunda Divis
uma vaga no Campeonato Alagoano de 2010. Rebaixado no ano passado, o Azulão vai disputar a Segunda Divisão local no segundo semestre. TIME - A provável escalação do CSA para o jogo de hoje tem Tiago; Luciano Silva, Duda, Anderson La Bamba e Alan; Anderson, Devid, Marcelo e Madson; Wilson e Clilton. O técnico continua sendo Lino. (V.M)
Presidente da Liga espera resposta De acordo com o presidente da Liga do Nordeste, Eduardo Serrano Rocha, a edição desta temporada do campeonato vai bater recordes de público. “O Campeonato do Nordeste é, historicamente, o evento do futebol regional que contabiliza a maior média brasileira de público nos estádios e ainda a maior audiência em transmissões das partidas. Em
2010, não será diferente”, aposta. “Conhecido do público nordestino desde 2001, o Campeonato do Nordeste – cujas cotas de patrocínio serão comercializadas pela TopSports – é reconhecido pelo importante efeito positivo no desenvolvimento do futebol na região, graças ao seu impacto para jogadores,
clubes e federações”, emendou o dirigente. GALO – A diretoria do CRB ainda vai estudar com a comissão técnica como vai montar o elenco para a disputa. A Série C, competição mais importante para o Galo neste ano, só vai começar no segundo semestre e há quem defenda no clube a formação
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na
stão da são
Detalhes do Nordestão são definidos O Campeonato do Nordeste vai mesmo sair do papel. Após longas reuniões que terminaram na semana passada, os clubes e a Liga decidiram que 15 times vão participar da disputa. O Sport Recife foi o único entre os fundadores da Liga que não assinou a cláusula de participação na competição e sua vaga não será preenchida De acordo com a Liga, o Corinthians-AL, que pleiteava um lugar na competição, vai receber uma compensação financeira e não vai entrar no campeonato. Muitas críticas feitas em relação ao torneio têm como alvo o início marcado para o dia 9 de junho, coincidindo com o período da Copa do Mundo. Os organizadores do campeonato discordam dos questionamentos e afirmam que as datas das partidas não vão ser as mesmas dos jogos da seleção brasileira e que o Nordestão será mais uma boa
opção para o torcedor da região. A tabela já foi divulgada, mas ainda está sujeita a alterações. O CSA, por exemplo, gostaria de disputar os cinco primeiros jogos fora de casa, enquanto o Estádio Rei Pelé não for reaberto. O pedido ainda vai ser avaliado. Certo mesmo é que o clássico entre CSA e CRB vai marcar a reinauguração do Trapichão, no dia 27 de junho. Os dois grandes da capital são os únicos clubes do Estado a disputarem a competição, que recebeu a chancela da CBF sete anos depois de ter sido retirada do calendário. Além de CRB e CSA, estão confirmados na nova edição do Nordestão: Bahia, Vitória e Fluminense (da Bahia); Ceará e Fortaleza (do Ceará); Náutico e Santa Cruz (de Pernambuco); Sergipe e Confiança (de Sergipe); América e ABC (do Rio Grande do Norte); e Botafogo e Treze (da Paraíba). Marco Antônio
do público de um time mais caseiro para o Nordestão. De acordo com a programação elaborada pelo técnico Celso Teixeira, o CRB vai treinar nas próximas semanas apenas nas segundas, quartas e sextas. “Depois vamos voltar a trabalhar diariamente, nos dois períodos”, explicou o diretor de futebol do Galo, Marcos Lima Verde. (V.M)
Marco Antônio
No Nordestão, CSA vai voltar a enfrentar grandes clubes da região
Time do ASA que disputou as finais da 2a fase do Estadual
PREPARATIVOS
ASA estreia em casa na Série B O ASA já está ultimando os ajustes no clube para encarar o maior desafio de sua história: a Série B do Brasileiro. Um alívio para a torcida alvinegra foi a liberação do Estádio Coaracy da Matta Fonseca na última quinta-feira. Com os laudos já emitidos para o Municipal, o clube já sabe que sua estreia contra a Ponte Preta, dia 7 de maio, está mesmo confirmada para Arapiraca. Durante o Campeonato Estadual o técnico Vica fez alguns ajustes no elenco e já preparou uma lista de possíveis reforços para o clube. O atacante Sylvestre, artilheiro do Camaçari e vice do Baiano nesta temporada, com 11 gols, foi o primeiro a chegar e deve brigar por posição com Júnior Viçosa. Aos poucos, a meta do treinador de ter, pelo menos, dois bons jogadores por posição começa a ser atingida. A diretoria ainda está em busca de mais um zagueiro e de um armador. Até o fechamento desta edi-
ção, o zagueiro Marinho, exBotafogo, e o meia Ciel, exCorinthians-AL, estavam conversando com os dirigentes, mas ainda não tinham definido o contrato. CBF – Amanhã, dirigentes do ASA vão participar de uma reunião entre os clubes integrantes da Série B na sede da Confederação Brasileira de Futebol, no Rio de Janeiro. O presidente do clube, José dos Santos, o colaborador do Alvinegro Bruno Alves e o presidente da Federação Alagoana de Futebol, Gustavo Feijó, já confirmaram presença no encontro. “Será uma reunião sobre as inovações da Série B, que tem crescido muito. Esperamos que sejam coisas boas para fortalecer ainda mais a competição. Fazer futebol é sempre difícil e por isso é preciso de um pouco mais de combustível para alavancar os clubes, suas bases”, disse José dos Santos, em entrevista à Rádio Novo Nordeste. (V.M)
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Tenho opções Técnico Dorival Júnior testa duas formações do Santos para final contra o Santo André
O técnico do Santos, Dorival Júnior, testou duas formações no treino coletivo de quinta-feira, no CT Rei Pelé, visando ao primeiro jogo da final do Campeonato Paulista contra o Santo André, hoje, às 16h, no Pacaembu. O treinador escalou o time titular com o quinteto ofensivo formado por Marquinhos, Paulo Henrique Ganso, Neymar, Robinho e André. No meio-campo, o volante Arouca era o jogador encarregado do combate. Já no final dos trabalhos, Dorival Júnior repetiu a formação que venceu o clássico diante do São Paulo. O técnico sacou André e promoveu a entrada do polivalente Pará
na ala-direita. Com isso, Wesley, que vem atuando improvisado na lateral, foi deslocado para reforçar o meiocampo. Questionado sobre as duas formações testadas pelo treinador, o atacante Robinho garantiu não ter preferência. SANTO ANDRÉ - Júlio César, Cicinho, Cesinha, Toninho e Arthur; Alê, Gil, Branquinho e Bruno César; Rodriguinho e Nunes (Rodrigão). SANTOS – Felipe, Wesley, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Wesley, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Robinho, André e Neymar.
Robinho e Neymar “pendurados” FINAIS
Atlético e Ipatinga duelam hoje pelo título mineiro Contra o Democrata, valia a classificação à final, conquistada com uma vitória e um empate. Agora, a manutenção da invencibilidade de mais de dois anos - ou 26 partidas - contra times do interior de Minas significa para o Atlético ser campeão mineiro. Com a vantagem de levar o troféu em caso de dois empates, o Galo começa a disputar a final com o Ipatinga hoje, às 16h, no Ipatingão. A finalíssima será no domingo seguinte, no Mineirão, também às 16h. A última vez que o Atlético foi derrotado por um clube do
interior de Minas foi no dia 6 de abril de 2008, quando o Guarani fez 3 x 2, em Divinópolis, pelo Estadual. Depois disso, nos 26 confrontos, o Galo venceu 21 vezes e empatou cinco (veja quadro abaixo). Nesse período, o Alvinegro enfrentou o Ipatinga somente uma vez, justamente na edição deste ano do Mineiro. Os times empataram por 1 x 1, no Mineirão. IPATINGA – Douglas, Éber, Sílvio e Max; Luizinho, Mateus, Leanderson e Marinho Donizete; Francismar; Danilo Dias e Joabe.
ATLÉTICO – Aranha, Werley, Campos e Benítez; Carlos Alberto, Zé Luís, Correa e Júnior; Fabiano; Muriqui e Diego Tardelli. Outras decisões de hoje Campeonato Cearense 16h Fortaleza x Ceará Campeonato Baiano 17h Bahia x Vitória Campeonato Gaúcho 16h Inter x Grêmio
Imagine ir a um show em por sua vez, garante que não que a atração principal não há determinação específica a comparece. É isso o que seus jogadores para travar temem santistas e amantes do uma guerra de nervos confutebol para a grande decisão tra os craques santistas. do Paulistão, em 2 de maio. “Claro que um Neymar Porque Neymar e fora da final teria um Robinho entrarão na pripeso enorme. Os meira final, no meus jogadores têm Pacaembu, penduraconsciência disso, dos com dois cartões mas, se acontecer, amarelos. O fato será naturalmente. acendeu o alerta no Jogadores Não vou pedir neSanto André. E os jo- podem não nhuma atitude com gadores prometem relação a isso”, diz o que farão de tudo disputar a técnico do Ramalhão. para buscar também grande final No Santos, a paessa “vantagem” lavra de ordem é prepara o segundo jogo. caução. Seria uma in“O conselho que justiça, principalmentiver para tirá-los da te para Neymar, ficar final, eu vou dar. fora da decisão. A Joia, artiTemos de provocar, fazer o lheiro da equipe no campeoque está na regra. Se não os nato ao lado de André, com deixarmos driblarem, eles 12 gols, já é tema de campapodem perder a cabeça. Já nha para ser convocado à perderam outras vezes”, Copa do Mundo da África afirma o goleiro Júlio César, do Sul. Neste Paulistão, de 32 anos. foram cinco cartões amareO técnico Sérgio Soares, los e um vermelho.
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Sob forte ameaça Vários atletas que poderiam ir à Copa estão fora de forma e devem perder o maior evento do futebol ratura, lesão muscular, torção no tornozelo ou até umas “gordurinhas a mais”. São esses os maiores pesadelos de algumas estrelas do futebol internacional que podem ficar de fora da Copa do Mundo da África do Sul. Não é pequena a lista de atletas que se machucaram recentemente e viraram dúvidas em suas seleções. Em alguns casos, os jogadores eram considerados titulares dos seus times e deixaram os técnicos com um grande problema para ser resolvido. Existem aqueles que já estão totalmente descartados dos jogos na África do Sul, e também alguns que prometem não ficar de fora da Copa, apesar das contusões. Veja a lista e entenda cada caso:
F
ADLER (ALEMANHA) - A seleção alemã tem tido dificuldades para definir o seu goleiro titular desde que Lehmann se aposentou da equipe. O técnico Joachim Löw apostou em vários nomes, mas ultimamente vinha dando moral para Adler. Só que o jogador do Bayer Leverkusen não contava com uma fratura na costela. A lesão foi confirmada na terça-feira, e ainda é preciso esperar para saber quanto tempo será necessário para recuperálo. Adler mostrou otimismo sobre sua presença na Copa do Mundo. Caso ele não tenha condições, Manuel Neuer (Schalke 04) e Tim Wiese (Werder Bremen) podem defender a meta da Alemanha na África do Sul. ADRIANO (BRASIL) - O centroavante é um dos homens de confiança de Dunga e tinha feito boa temporada em 2009, quando foi artilheiro e campeão brasileiro pelo Flamengo. Entretanto, tudo mudou em 2010. Após uma série de problemas pessoais, com direito a incursões pela favela e amizade com traficantes, o Imperador ainda enfrentou problemas físicos que o deixaram de fora de jogos importantes. Quando voltou, contra o Botafogo, na final da Taça Rio, perdeu um pênalti e viu as críticas contra ele aumentarem. Para piorar, o jovem atacante Neymar está em grande fase e sobram pedidos
Lesionado e fora de forma, Adriano não tem jogado com frequência pelo Flamengo
para que ele seja convocado no lugar de Adriano. Mesmo assim, Adriano garante que não corre o risco de ser esquecido por Dunga: “Não temo sobre convocação. Sinceramente, não. As pessoas que me conhecem realmente sabem como sou”, revelou. BECKHAM (INGLATERRA) - O meia se transferiu para o Milan exatamente para se manter em atividade e mostrar ao técnico da Inglaterra, Fabio Capello, que merecia a convocação. Porém, veio a lesão no jogo contra o Chievo, em março, e o diagnóstico: seriam necessários cinco meses para que o atleta voltasse a jogar. Posteriormente, o médico que tratou o meia, o finlandês Sakari Orava, declarou que “há uma pequena esperança” de o jogador disputar o Mundial. Ele entende que Beckham voltará a jogar em apenas três meses. DROGBA (COSTA DO MARFIM) Após um ótimo começo de temporada pelo Chelsea, o primeiro semestre de 2010 não tem sido nada bom para Drogba. Além de ter feito uma Copa das Nações Africanas decepcionante, ele tem sofrido com uma hérnia e não descarta a possibilidade de passar por cirurgia antes do Mundial. Se for operado, o capitão e principal
jogador da Costa do Marfim certamente ficará fora da Copa. A situação gerou criticas do cartola marfinense Roger Ouégnin, que chamou o atacante de “diva caprichosa”. FABREGAS (ESPANHA) - Apesar de ser o principal jogador do Arsenal, Fabregas não tem tanto destaque na seleção espanhola. Ele costuma ficar até na reserva do time comandado por Vicente Del Bosque. Mesmo assim, é inegável que fará falta se não estiver recuperado de uma fratura na fíbula da perna direita. Ele se machucou no jogo contra o Barcelona, pela Liga dos Campeões, e só deve se recuperar na segundo quinzena de maio, quando as convocações para a Copa do Mundo já estarão sendo anunciadas. Com isso, o elenco da favorita Espanha pode perder um grande talento. FERNANDO TORRES (ESPANHA) - O atacante do Liverpool teve problema no menisco no jogo contra o Benfica, pela Liga Europa, e ainda atuou lesionado durante 85 minutos, o que agravou o problema. Torres teve que enfrentar uma cirurgia e só vai se recuperar em seis semanas. Ou seja, só deve estar 100% em junho, quando a Copa do Mundo começará a ser disputada. Fernando Torres só aumentou o nú-
mero de lesionados na favorita seleção espanhola “O Mundial é o mais importante, pois foram quatro anos esperando. Não passa pela minha cabeça ficar fora da Copa do Mundo”, garantiu o atacante, que formar uma dupla de ataque letal com David Villa. INIESTA (ESPANHA) - O meia do Barcelona sofreu uma ruptura do bíceps femoral da coxa direita e virou mais um problema para Vicente Del Bosque. Titular absoluto na seleção espanhola, o jogador convive com lesões musculares na atual temporada, o que também o tirou da Copa das Confederações em 2009. A situação de Iniesta é parecida com a de Fabregas. Ele só deve se recuperar após a convocação espanhola. Ou seja, terá que contar com a confiança de Del Bosque para participar da Copa do Mundo. OWEN (INGLATERRA) - O atacante do Manchester United estava em boa fase quando sofreu uma lesão muscular na coxa na final da Copa da Liga Inglesa. Ele tinha feito nove gols na temporada 2009/2010 e era cotado para fazer dupla com Wayne Rooney na Copa do Mundo, apesar da preferência de Fábio Capello por um centroavante mais forte e bom cabeceador.
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Moda / Design / Beleza / Saúde
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Espaço Gourmet
Espaguete Del Mare Chef Marcelo da Silva
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Mirella
Coelho "É preciso estar atento ao mundo ao nosso redor, amadurecer a percepção e conseguir enxergar além", observa.
VOGA DelRio Dia das Mães
TOK DÉCOR Móveis Planejados
Produtos PET FASHION
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Mirella Coelho A grande diferença de "Ver" e "Olhar"
"AFelicidade está nas coisas simples da vida", assim pensa Mirella de Genova Coelho. Diretora de Qualidade do Ritz Lagoa da Anta, Mirella explica a grande diferença de "Ver" e "Olhar". Para ela, é preciso que as pessoas observem mais o que se passa a seu redor, com mais amor, carinho e respeito pelo mundo, pelo ser humano e pelos seres vivos em geral. "É preciso estar atento no mundo ao nosso redor, amadurecer a percepção e conseguir enxergar além", observa. Descendente de italianos, Mirella é apaixonada pela Itália, país que planeja uma viagem com a família inteira ainda este ano. "A Itália é um país maravilhoso", ressalta. Mãe de cinco filhos: Mariella, Marcella, Giulia, Pietro e Maria Eduarda, e avó de Maria Clara, com dois anos, Mirella é apaixonada por viagens em família, sendo este um dos seus principais hobbies. "Adoro viajar em família, pois é uma oportunidade de estarmos juntos, confraternizando, dialogando e conhecendo lugares interessantes". Viajar também significa trabalho para Mirella, pois são nestes lugares que a empresária tem oportunidade de conhecer culturas diferentes e novas formas de administração. A executiva é apaixonada pelo que faz, observa cada detalhe e transforma o que não está ajustado, com muita perseverança. "Aprendi com meu sogro a arte da perseverança, sou fã dele, que demonstra que é preciso perseverar e acreditar sempre". Com seu pai, também seu ídolo, Mirella explica que aprendeu a organização e valores essenciais como a ética, honestidade e educação. "Eles são meus ídolos, pessoas maravilhosas que me deram alicerce, me ensinaram muito, sou grata a eles".
A família represent para Mirella outra paixão. Casada há 21 anos, ela explica que o segredo para um casamento feliz está no respeito e na cumplicidade que o casal deve ter um com o outro. Sagitariana, 38 anos de idade, ela considera seu trabalho, sua família, seus amigos o essencial de sua vida. "Procuro cultivar sempre as pessoas, às vezes sou rígida, mas o que proponho é o bem estar e a qualidade de vida para as pessoas que me rodeiam, em tudo o que faço, em tudo o que cuido, desde meu lar a meu trabalho", ressalta. Quando estava recém casada, Mirella chegou a cursar duas faculdades: Psicologia e Turismo, mas, logo desistiu, pois estava grávida e precisava cuidar da filha. "Não me arrependo, pois hoje tenho a formação da vida, e, com muita luta e persistência faço o que mais amo, e sou apaixonada pelo que faço". No dia-a-dia, Mirella reserva sempre um tempo para ler, suas opções vão desde livros didáticos a romances. No momento, ela está lendo "Um Verão na Sicília", da autora Marlena Bellasi. Outro passatempo seu, é cuidar de uma horta localizada em sua residência. "Todos os dias meu
marido acorda cedo e cuida da nossa horta, e sempre fico feliz em ver o quanto as nossas plantinhas agradecem, e, sempre que posso também as observo e cuido delas, e isso me deixa muito feliz". Filha mais velha de três irmãos, Mirella também ama arte. Sempre que viaja pelo litoral alagoano, ela observa os pequenos detalhes que existem no artesanato local. No hotel, a arte é percebida em todos os setores, desde quadros a tapetes, objetos decorativos entre outros artefatos. Tímida, Mirella fala dos seus sonhos de ver um mundo melhor, mais humano, onde as pessoas possam viver com honestidade e tranqüilidade. Dinâmica, ela passa uma mensagem: "É preciso transformar o mundo em um lugar melhor para viver!", conclui.
TOK DÉCOR Finger
Móveis planejados
e Ambiente
contemporâneo: uma proposta moderna e requintada Entre tantos ambientes atrativos da loja Finger, em Maceió, se destaca o Home criado pelas arquitetas Maria Palmeira e Marta Nogueira. Uma das surpresas está no padrão utilizado no ambiente. Numa proposta contemporânea, as texturas têm lugar de destaque no mobiliário, e são percebidas no revestimento laminado. Nos padrões preto Leder e padrão madeira (que lembra madeira de demolição), o Home é composto por móveis personalizados, numa perfeita adequação de cores e formas. São muitos detalhes que compõem o ambiente. O destaque está nas formas limpas do mobiliário que traz diferenciais como dobraduras com sistema de amortecimento, o que permite ao usuário abrir e fechar gavetas e portas sem fazer barulho, uma verdadeira jóia para o conforto. O requinte do painel, que compõe o ambiente na textura de madeira de demolição, também se destaca com muita personalidade estando presente também nos detalhes. De acordo com a arquiteta Maria Palmeira, a tendência atual, tanto para arquitetos como para os clientes, é a busca por ambientes personalizados, o que é permitido com móveis planejados. Aarquiteta explica que existe uma grande diferença entre móveis planejados e modulados. “Os móveis planejados permitem a criação e adequação a todos os tipos de ambientes. Ou
seja, o móvel se adéqua ao espaço. Já com os móveis modulados, o espaço é que precisa se adequar ao mobiliário o que restringe o processo de criação”, observa. A arquiteta Jamilly Vasconcelos, também participou da preparação do espaço, e ela explica que na busca por um ambiente sofisticado era preciso trabalhar texturas e cores neutras, como o preto, a madeira e o bege. Para ressaltar mais ainda a proposta e dar um toque pessoal, Jamilly explica que foram utilizados objetos decorativos para fazer contrapontos entre a TV de plasma, e também não pesar no visual. “Uma grande luminária foi usada com este objetivo, assim como vidros para não tirar a visibilidade do mobiliário, o principal astro dessa ambientação”, salienta. O Home da Finger é um ambiente moderno e sofisticado, com beleza ressaltada pelo mobiliário e compõe mais um entre tantos ambientes expostos na loja. A proposta das arquitetas, segundo Maria Palmeira foi investir em personalização, uma tendência do mundo moderno, por proporcionar conforto com as opções que o cliente mais procura para atender suas necessidades. “Esta é uma das grandes qualidades dos móveis planejados, é nos dar a liberdade de criação com o luxo e a nobreza que todo cliente procura”. Serviço: Finger Maceió Av. Álvaro Calheiros - Jatiuca Fone (82) 33558548 e-mail fingermaceio@uol.com.br
EDITORA DE JORNAIS DE ALAGOAS LTDA www.ojornal-al.com.br ojornal@ojornal-al.com.br / veiculos@ojornal-al.com.br Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br Editor-Geral Deraldo Francisco deraldo@ojornal-al.com.br Diretora Comercial Eliane Pereira comercial@ojornal-al.com.br
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Espaço-Gourmet
ESPAGUETE DEL MARE
Há seis anos trabalhando no tradicional Famiglia Giuliano Ristorante, Marcelo da Silva tornou-se um experiente chef em 2010. Com ousadia, ele experimenta as mais requintadas receitas com exclusividade para agradar aos paladares mais exigentes. Arte e técnica é o que não faltam neste jovem gourmet de 25 anos. Com um estilo próprio e maturidade adquirida no convívio com grandes chefs europeus, Marcelo explica que passou por todas as fases na cozinha. Natural da cidade de União dos Palmares, ele diz que a Gastronomia surgiu em sua vida como um belo presente. “Tenho muito prazer em trabalhar como chef e a minha meta é aperfeiçoar cada
vez mais a técnica da boa culinária”, ressalta. A dedicação é um dos seus segredos, assim como a sensibilidade na preparação dos pratos e a pesquisa de novas técnicas para aperfeiçoar cada vez mais o seu dom na Gastronomia. “Sinto-me feliz e realizado com a minha profissão”, conclui. Entre tantas receitas deliciosas, Marcelo escolheu o Espaguete Del Mare, que ele ensina no passoa-passo para o EspaçoGourmet, numa receita especial e primorosa. “Esta receita combina muito bem com as nossas raízes, ela reúne o melhor dos frutos do mar para os paladares mais exigentes e tem um sabor singular”, observa.
Chef Marcelo da Silva
Ingredientes: - 300 gramas de manteiga - 200 gramas cebola picada - 20 gramas de peixe (pescada amarela) - 20 gramas de lagosta - 20 gramas de polvo - 20 gramas de mexilhão - 20 gramas de camarão - 10 gramas de tomate (sem semente) - Espaguete (linguini) - molho de tomate(caseiro) - Fuendo(para o tempero) - 300 gramas de brócolis (para decoração) - salsinha picada (para decoração).
Tradição e ousadia,
excelente combinação para uma deliciosa comida
Modo de preparo: Em uma panela, doure a manteiga, acrescente a cebola e cozinhe em fogo médio. Após a fervura, coloque todos os ingredientes para cozinhar. Em seguida, acrescente o tomate cortado à Giuliana(em tiras) e o molho de tomate e tempere com Fuendor (tempero para frutos do mar) a gosto. Em uma panela à parte cozinhe o macarrão linguini ao dente.
Preparo do prato: Escolha um prato grande branco para destacar os alimentos, coloque o macarrão no meio do prato, ao redor espalhe o preparo dos frutos do mar. Em cima do macarrão, coloque o brócolis em formato de flor e regue todo o prato com salsinha picada. Está pronto o prato para ser saboreado.
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DelRio
com carinho e beleza no Dia das Mães
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Coleção Douce Fille - A "Doce Menina " é a inspiração para os tons adocicados desta coleção, elaborada na maciez do tecido sensitive, valorizada por estampas em xadrezes e de poás coordenadas com tecidos lisos e detalhes coloridos. Ideal para as jovens mães. Composta de 1 Soutien com bojo e aro, 1 Calcinha string de lateral larga e 1 Biquíni Cores: Branco/lilás - Chiclete/Branco Tamanhos: Soutien 40 a 46 - Calcinhas P ao G Preços médios: Soutien R$ 39,90 - Calcinha String R$ 19,90 - Biquíni R$ 19,90
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01 Conjunto Clássico – Coordenado em microfibra de Soutien com decote em renda, bojo e base do busto com recorte garantindo sustentação de forma elegante e confortável, e Calcinha e Biquíni com detalhe frontal de renda, cintura e laterais médias. Preços médios: Soutien R$ 29,90 - Calcinha String R$ 19,90 Biquíni R$ 19,90 02
Coleção Romantic Safari - Romântica e sedutora, esta coleção, elaborada em microfibra sensitive, mistura estampas de onça com floral, uma tendência bem marcante na moda atual. Composta de 1 Soutien com bojo, aro e base, 1 Soutien sem bojo, 1 Calcinha string de lateral larga e 1 Biquíni. Preços médios: Soutien com bojo R$ 39,90 - Soutien sem bojo R$ 29,90 - Calcinha string R$ 19,90 - Biquíni R$ 19,90
03 Coleção Safari Basic - Para mulheres que valorizam o conforto, sem perder o estilo com uma pitada de sensualidade. Peças confeccionadas em tecido soft gun (um tecido leve, mas com compressão). Soutien em dois modelos, destacando a opção com bojo e decote nadador; Calcinhas com laterais largas garantem conforto, sustentação e modernidade. A coleção é formada por 1 Soutien com bojo, aro fecho frontal e costas nadador (fotos), 1 Soutien sem bojo, com alça e base com monta, 1 Calça de lateral larga, 1 Biquíni e 1 Body. Preços médios: Soutien R$ 39,90 - Calcinha R$ 19,90 - Biquíni R$ 19,90 - Body R$ 44,90
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PET FASHION WEEK SÃO PAULO Primeiro grande evento do segmento PET realizado na América Latina. Promivida pela Aktuell Comunicação - que trouxe o evento ao país, esta primeira edição. Será realizada no Sheraton São Paulo WTC Hotel, na capital paulista. Já consagrado em Nova York e Tóquio, onde acontece há cinco e dois anos, respectivamente, o evento tem o objetivo de atender às necessidades e demandas das mais sofisticadas empresas e profissionais da indústria pet, oferecendo a oportunidade de apresentarem ao varejo seus produtos e inovações nos segmentos de moda, tosa e lifestyle. O mercado pet mundial que cresce anualmente 12% e, de acordo com a Euromonitor International, movimenta cerca de US$65 bilhões. Só o Brasil, segundo colocado no ranking mundial deste segmento, movimenta mais de US$ 9 bilhões/ano entre alimentos, medicamentos, higiene, estética, centros de adestramentos e hotéis para atender seus 48 milhões de pets. Quem tiver a oportunidade de ir ver vários tipos de atrações como: Clínicas - Alguns dos principais nomes do setor nos Estados Unidos lideram palestras sobre Dermatologia Canina (Jessica Melman), Tosa (Kathy Rose), Obediência (Harrison Forbes) e Pet
Fashion Trends (Mario DiFante). Competição de Tosa by Les Poochs - os oito melhores tosadores brasileiros participam do concurso de tosa de poodles gigantes, nos dois dias da PFWSP, aberto ao público. A cada dia, quatro profissionais mostram o seu talento. Exposições - "Looks Caninos por Grifes Brasileiras", com a participação de estilistas como, por exemplo, Glória Coelho, "Global Pet Jackets by Manfred of Sweden" e os finalistas do "Fashion Institute Technology Awards". Área de Convivência - aberto ao público para visitação, com exposição de produtos, Pet Store, Café Lounge, stands dos principais parceiros do encontro e transmissão dos desfiles.
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