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O JORNA L Maceió, domingo, 27 de fevereiro de 2011 | Ano XVII | Nº 138 | www.ojornalweb.com
OSCAR 2011
ALAGOAS
R$ 2,00
Waste Land, com locações no Brasil, disputa Melhor Documentário Página A8
Afastando a crise e o desemprego Em Coruripe, trabalhadores se organizam em associações e garantem geração de renda e emprego Cortesia
Uma comunidade transformada com o uso do microcrédito e do associativismo. É assim que Coruripe é avaliada após a participação de moradores em projetos de empreendedorismo, que em muitos casos apresentam produtos que viraram destaques nacionais. Páginas A25, A26 e A27
Dr. Walter França e a “escultura” plástica CSA tenta desbancar hoje o Corinthians-AL
Bolsas produzidas a partir da palha do ouricuri são vendidas na praia e garantem o sustento de dezenas de famílias; outros projetos também decolaram Marco Antônio
Tingui, um mal que atinge pescadores
Esportes
Aposentadoria pode ganhar novas regras Página A5
Cuidados que o folião deve ter com o corpo Página A18
Indústria do Carnaval tem um lucro alto
Nathalia Rodrigues fala de sua personagem O JORNAL revela vida e obra de Pedro Caetano Caderno Dois
É do mar que vem um inimigo, em forma de cheiro forte e enjoado, que deixa os pescadores doentes. O fenômeno, conhecido na região como Tingui, ocorre entre os meses de janeiro e março, no povoado de Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia. Páginas A9, A12, A14 e A16
CO TAÇÕES Dólar (compra) ......1.6620 Dólar (venda) .........1.6640
Euro (compra) ...... 2.2843 Euro (venda) ......... 2.2872 Poupança .............. 0,6377
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Página A20
MARÉS 01h11.................... 1.7 07h15.................... 0.6
13h13.................... 1.8 19h43.................... 0.4
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O JORNAL
Política A2
Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br
CNMP A conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Taís Ferraz, coordenadora do Grupo de Persecução Penal da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), estará em Maceió no dia 1º de março para apresentar o workshop “Metas e Ações da Enasp”. O encontro é organizado em conjunto pelo CNMP e pelo Ministério Público Estadual de Alagoas, por meio de sua Corregedoria-Geral e sob a coordenação do 1º Centro de Apoio Operacional, com o objetivo de sensibilizar os agentes envolvidos com a segurança pública para agilizar as investigações e julgamentos dos crimes de homicídios em Alagoas. Voltada para promotores de Justiça criminais e do Controle Externo da Atividade Policial, a atividade acontece no auditório do prédio-sede do MPE, a partir das 9 horas da manhã.
ENCONTRO O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sebastião Costa Filho, reuniu-se nesta semana com coronel Luciano Silva, atual comandante da Polícia Militar. No encontro, o militar destacou o apoio dado à corporação pelos juízes que atuam na capital e no interior do Estado.
MANUTENÇÃO A Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), está executando serviços de recuperação em todas as instalações elétricas da área onde está localizado o Mercado de Produção, no bairro da Levada. O trabalho está sendo executado por sete eletricistas.
LEVANTAMENTO O primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, deputado Inácio Loiola (PSDB), informou que está fazendo um levantamento de todas as carências da Casa para tentar sanálas. Ele informou que o levantamento engloba desde o estacionamento da sede do Legislativo até o Regimento Interno da Casa.
Domingo, 27 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
“Reforma política é um processo constante”, afirma especialista Na última semana, Senado instalou uma comissão para condensar ideias Gilson Monteiro Repórter
Na última semana, o Senado Federal resolveu começar a mergulhar em um tema que, já há algum tempo, perambula pelo Congresso Nacional: a reforma política. Foi instalada uma comissão, composta por nomes como os ex-presidentes Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Itamar Franco (PMDB-MG), que tem 45 dias para condensar uma série de ideias que já constam em projetos que tramitam no Congresso, elencadas em 11 temas controversos. São propostas mudanças que vão de temas espinhosos, como o financiamento público de campanha e o sistema eleitoral distrital, até a transferência da data da posse dos chefes do Executivo, que atualmente acontece no dia 1º de janeiro. (veja detalhes dos 11 temas em quadro na página seguinte) O JORNAL ouviu especialistas e partidos políticos sobre os onze temas nos quais a Comissão encontra-se debruçada. Em contraponto aos que esperam sanar todas as falhas do sistema político-eleitoral do país, o professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Paulo Décio de Arruda, observa que a reforma política é um processo constante, eterno.
Paulo Décio: “Não será essa reforma que irá modificar todo o quadro político-partidário que temos hoje”
“A reforma política é um processo constante, permanente. Essa discussão, que é necessária, será um ajuste. Não se pode esperar uma reforma sa-
neadora. Nenhum dos pontos é redentor. Não será essa reforma que irá modificar todo o quadro político-partidário que temos hoje. São discussões sa-
lutares, e que precisam ser cada vez mais aprofundadas”, avalia o professor. Continua nas páginas A3 e A4
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Política
O JORNAL JORNA L A3
Domingo, 27 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
PROCURA-SE A função de coordenador de bancada não está no organograma da Câmara Federal, mas se tornou importante diante da impossibilidade de o relator do Orçamento da União tratar das emendas coletivas com cada um dos mais de 500 deputados. Cabe então ao coordenador de bancada ir tratar pessoalmente com o relator do Orçamento. O privilégio tem gerado ciúmes e desconfianças, porque sozinho com o relator o coordenador pode conduzir as emendas na direção dos seus interesses. Deve ser por isso que a bancada de Alagoas ainda não tem coordenador. Dois nomes surgiram, mas sem consenso. Os deputados federais Joaquim Beltrão (PMDB) e Givaldo Carimbão (PSB) disputam a coordenação e o que antes saía do consenso – afinal são apenas 9 deputados – agora parece que terá de ser decidido no voto – e aí a correlação de forças não permite prever o resultado. Porque a escolha está “partidarizada”.
PIOR
CADÊ?
O PSOL está discutindo se perdoa ou se expulsa o vereador Ricardo Barbosa. Além do episódio do requerimento da “CEI do Lixo”, que o vereador apresentou mesmo sabendo que seria derrotado, pesa ainda contra ele a “verba de gabinete”.
A vereadora Heloísa Helena (PSOL) quer saber o que fizeram com quase R$ 1 milhão que ela recusou a receber como “verba de gabinete”. Ela já pediu explicação ao presidente da Câmara, Galba Novaes, mas ainda não obteve resposta.
VOU SIM, QUERO SIM O PSOL decidiu não receber a “verba de gabinete”, mas o vereador Ricardo Barbosa não resistiu à tentação. Afinal, são R$ 25 mil extras!
SOBE
DESCE
O deputado Isnaldo Bulhões (PDT) cobrou o reparo para o elevador da Assembleia Legislativa, que funciona um dia e outro não. E algumas vezes o elevador sobe, mas não desce nem empurrando.
O presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), anunciou que contratou uma empresa para fazer a manutenção dos elevadores e recuperar o elevador para deficientes físicos.
SESSÃO FERRUGEM O deputado Fernando Toledo explicou que o elevador para deficientes quebrou por falta de uso. O problema agora é que tem a deputada Thaíse Guedes que precisa usá-lo.
MENOS
“KAHÔ”
Por falar no presidente da Assembleia Legislativa, ele admitiu que não terá condições de implantar o Plano de Cargos e Carreira com o duodécimo de R$ 120 milhões. Mas o deputado Fernando Toledo continua acreditando no “milagre da multiplicação”.
O vereador João Luiz bem que disse que a apuração sobre a denúncia de falsificação da assinatura do vereador Paulo Corintho não iria dar em nada. Paulo Corintho, que se disse vítima, esqueceu de cobrar e a Mesa Diretora esqueceu de mandar apurar.
A CONTRAPARTIDA O prefeito Cícero Almeida disse que a prefeitura já deu o que tinha que dar para construir o “Shopping Popular”. Agora, é com o governo federal.
FORA
NEGA
A superintendente do IBAMA em Alagoas, Sandra Menezes, já pode ir arrumando as gavetas. Sandra Menezes foi indicada pelo ex-deputado federal Francisco Tenório, mas o IBAMA e o Porto de Maceió agora são indicações do PTB.
O empresário Rafael Tenório negou sua volta ao serviço público municipal. “Eu sou amigo do cidadão Cícero Almeida, mas minha volta à prefeitura está descartada. Gosto da iniciativa privada e não me dei bem no serviço público”, disse.
MAIOR DO RAMO Por falar no empresário Rafael Tenório, ele recebeu prêmio por ter sido o maior distribuidor dos produtos Sadia no Nordeste, em 2010.
EXPRESSAS Termina nesta segunda-feira, 28, o prazo para as empresas em débito com o Fisco estadual parcelarem o pagamento em até 120 meses, além de descontos. A correção da tabela do Imposto de Renda deve ficar mesmo em 4,5%, que é o percentual estipulado pelo governo. A oposição quer corrigi-la em 6,5%. Dos 29 deputados federais que não têm suplente do partido, um deles é de Alagoas. É a deputada Rosinha da Adefal, pois o PTdoB só lançou um candidato à Câmara Em Mata Grande, sobraram R$ 761 mil do Fundeb - o fundo que trata do desenvolvimento da educação básica. O secretário de Finanças de Mata Grande, Gabriel Brandão, disse que a sobra foi distribuída com 530 servidores ligados à educação no município.
Voto distrital pode formar novas “arenas políticas” Cientificamente falando, o professor acredita que o modelo de voto distrital, quando o eleitor escolheria um vereador ou deputado ligado a um distrito e não mais a um município ou estado, diversificaria os espaços políticos. O professor refuta a ideia de que esse modelo alimentaria o poder dos caciques já constituídos em determinadas regiões. “Desde a Constituição de 1988 que se vem, mesmo que lentamente, criando-se uma atmosfera de controle social. Com os gestores convivendo com comitês, conselhos, entidades. Acredito que o voto distrital possa formar novas arenas. Novas tramas políticas, possibilitando outros cenários políticos eleitorais, não necessariamente protagonizados pelas oligarquias”, diz. “Alem disso, esse sistema pode trazer uma maior aproximação do eleitor com o repre-
sentante eleito. Hoje parte do eleitorado uma semana depois não se lembra mais em quem votou”, acrescenta Paulo Décio. FACULTATIVO - Acompanhando a visão de muitos juristas, Paulo Décio acredita que o a democracia ainda não esteja suficientemente consolidada para permitir o voto não obrigatório. “É um ponto dos mais polêmicos. Nossa democracia ainda não está tão fortemente consolidada. Temos um sistema educacional muito deficiente. Na verdade, o voto facultativo é algo bastante ambíguo. Poderia provocar um desinteresse de boa parte em ir votar, e isso poderia causar uma busca desonesta pelo interesse do eleitorado, para que comparecessem às urnas. Se é facultativo, comprase então o interesse do eleitor. E não se sabe qual o impacto que isso poderia ter. Por outro lado,
essa obrigatoriedade também pode favorecer o fenômeno do clientelismo”, avalia. PARTIDOS - Com relação às propostas que mexem nas estruturas partidárias, o professor da Ufal diz que o número de partido corresponde ao retrato das ideologias em destaque no cenário nacional. “Essa questão de evitar a proliferação de partidos por meio de cláusula de barreiras, tem que se ponderar que o número de partidos que se tem geralmente é de acordo com a demanda. É mais ou menos o retrato ideológico do país”, define. COMISSÃO TEM 15 MEMBROS A Comissão que irá definir uma proposta de reforma política foi instalada no senado no último dia 22. A primeira reunião do grupo já ocorreu,
na última quarta-feira, dia 23 e a previsão é de que os trabalhos sejam concluídos até o dia 8 de abril. Além de analisar todos os projetos em tramitação no Congresso que tratam do tema, o colegiado irá ouvir especialistas que opinarão sobre o texto a ser apreciado pelos demais senadores. A Comissão é formada por 15 integrantes. Francisco Dornelles (PP-RJ), que presidirá o grupo; os ex-presidentes Itamar Franco (PPS-MG) e Fernando Collor (PTB-AL), Aécio Neves (PSDB-MG), Roberto Requião (PMDB-PR), Demóstenes Torres (DEM-GO), Luiz Henrique (PMDB-SC), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Eduardo Braga (PMDB-AM), Wellington Dias (PT-PI), Jorge Viana (PT-AC), Pedro Taques (PDT-MT), Ana Rita Esgário (PT-ES); Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lúcia Vânia (PSDB-GO).
Reforma: temas que devem ser discutidos O advogado especialista em direito eleitoral, Gustavo Ferreira (foto), detalha os temas que terão influencia direta no sistema político eleitoral tal como o conhecemos hoje. SISTEMAS ELEITORAIS Mudanças no modelo proporcional da eleição para deputados e vereadores. “No modelo atual, o eleitor vota primeiro no partido ou coligação definindo quantas vagas estes terão (grosso modo: 10% dos votos, 10% das vagas), a finalidade deste modelo é permitir que as minorias tenha representação”, explica o advogado. No entanto, podem surgir situações como a do deputado federal Tiririca (PP-SP) que com a votação obtida por ele, conseguiu se eleger (obteve votos suficientes para uma vaga) e ainda puxou outros colegas de partido (excesso de votos que conquistaram outras vagas). As opções mais discutidas são os sistemas distrital (exemplo: divide-se Alagoas em nove distritos, cada distrito elegendo um deputado federal - o mais votado) e misto (exemplo: dividese Alagoas em quatro distritos, cada distrito elegendo um deputado federal, as outras 05 vaga continuam a ser escolhidos no sistema atual - neste caso o eleitor irá votar duas vezes)” FINANCIAMENTO ELEITORAL E PARTIDÁRIO “Uma das poucas ideias da reforma que pode passar. Os candidatos somente poderiam usar na campanha direito público, nem o dinheiro próprio poderia ser usado. A finalidade é igualar a disputa e evitar que somente candidatos com dinheiro tenham chances reais de ganhar uma eleição. No campo partidário já existe este tipo de financiamento, mas ele é exclusivo porque os partidos podem receber contribuições de seus filiados e doações de terceiros”. SUPLÊNCIA DE SENADOR “A polêmica surgiu pelo elevado número de suplentes exercendo a função de senador. O suplente funciona como um ‘vice’do senador, assumindo o mandato nas ausências deste. Entretanto as opções não são muito interessantes: Ou assumiria o mais bem votado entre os perdedores OU as assembléias legislativas e/ou os governadores escolheriam o novo senador”. FILIAÇÃO PARTIDÁRIA E DOMICÍLIO ELEITORAL “Atualmente o prazo em
ambos os casos é de 10 anos. Há projetos tanto para diminuir tal prazo (com a finalidade de aumentar a mobilidade da classe política), quanto para aumentar o mesmo (com o objetivo de forçar uma fidelidade partidária e acabar com a itinerência de candidatos entre partidos e domicílios eleitorais por conveniência)”. COLIGAÇÃO NA ELEIÇÃO PROPORCIONAL Impedimento de coligações apenas de caráter eleitoral. “Às vezes o partido não tem muitos candidatos fortes, mas com a coligação consegue eleger alguém. Os partidos pequenos são contra e os grandes a favor por este motivo. O atual e polêmico entendimento de alguns ministros do STF que o suplente habilitado a assumir nos afastamentos do titular deve ser do mesmo partido ainda que haja coligação, reavivou a discussão”. VOTO FACULTATIVO “O mais popular dos temas, mas sem previsão de acordo. Quem é favorável ao voto facultativo alega que é o ideal numa democracia, os partidários do obrigatório defendem que ainda falta da maturidade democrática ao povo brasileiro”.
DATA DA POSSE DOS CHEFES DO PODER EXECUTIVO “Essa talvez seja a mudança mais fácil. Com a data atual, quase nenhum chefe de Estado estrangeiro vem acompanhar a posse do novo presidente”. CLÁUSULA DE BARREIRA - “A Cláusula de barreira é um patamar de votos que o partido deve obter para ter acesso à propaganda partidária e ao fundo partidário. O problema é que o STF já entendeu que seria inconstitucional tal limitação a atividade partidária no Brasil, em 2006”. FIDELIDADE PARTIDÁRIA “Trata da criação de uma janela oficial para troca de partidos. Atualmente se pode sair do partido se houver justa causa (quatro hipóteses previstas na Resolução do TSE de número 22.610) ou se o partido, MP Eleitoral e suplente ‘esquecerem’ de pedir a vaga do político ‘infiel’(que mudou do partido sem ‘justa causa’). A ideia é criar um período onde os infiéis possam mudar de partido sem correr o risco de perder o mandato (Brinco dizendo que seria num período de ‘férias conjugais’ entre partidos e filiados)”.
REELEIÇÃO E DURAÇÃO DOS MANDATOS “Essa proposta pretende acabar com a reeleição para evitar o uso da máquina pública pelo candidato que disputa a recondução ao mesmo cargo, mas com o aumento dos mandatos atuais para cinco anos. Nenhum país do mundo com dimensões continentais como o Brasil optou por isso, ademais democracia é hábito, é prática, muito mais caro é viver numa ditadura - que o digam os líbios. A unificação da data da eleição tem como desculpa economizar recursos públicos, no entanto se imaginou votar no CEPAnuma eleição com escolha para presidente, três senadores, governador, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador?”. CANDIDATURA AVULSA “Essa proposta visa permitir ou não a candidatura de quem não esteja filiado a partido político. Cópia do modelo já adotado nos Estados Unidos, o cidadão pode ser candidato sem ser filiado - até agora tenho vista pouca adesão a esta tese”. (Continua na página A4)
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Política
O JORNAL JORNA L
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Domingo, 27 de fevereiro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br Lula Castello Branco/ Arquivo
Claudionor Araújo, do PSDB de Alagoas, é dos que defendem com veemência a regra da cláusula de barreira
Mário Agra, do PSOL alagoano, afirma: “Quem estabelece a cláusula de barreira é o eleitor, nas urnas”
Partidos também não têm consenso Financiamento público de campanha Uma amostra da celeuma que devera se instalar no Congresso Nacional está nas falas dos dirigentes partidários locais. O JORNAL ouviu dirigentes de algumas legendas sobre temas que estão longe do consenso, como a cláusula de barreira, que prevê limitações para as agremiações com pouco poder de fogo nas urnas. Entre elas o acesso ao dinheiro do fundo partidário, e a possibilidade de compor a Mesa Diretora e as Comissões da Câmara e do Senado. O presidente estadual do PSDB,Claudionor Araújo, defende com veemência a regra. O argumento não é novo, mas é um dos mais fortes no debate de quem quer vetar a proliferação de partidos, pelo menos das legendas ditas “laranja”. “Eu defendo totalmente a cláusula de barreira, pois é um
modo eficaz de se evitar a proliferação de partidos de aluguel, com figuras que se aproveitam disso para tirar proveito sobretudo no processo eleitoral. Acho que é preciso ter uma representação significativa para ter participação efetiva no Congresso Nacional. Acláusula evita o surgimento de legendas cujo objetivo não é a luta político-ideológica, que sequer trabalham em cima de um programa para atuar na vida política do país”, afirma. PSOL - Na contramão dos tucanos, Mário Agra, que preside em Alagoas o PSOL, fundado há pouco mais de seis anos, usa as palavras do falecido deputado federal Ulisses Guimarães para rebater os argumentos dos que defendem a cláusula de barreira. “O velho Ulisses [Guimarães], em sua sabedoria, disse que, quem quisesse barrar o campo
de esquerda, teria que estabelecer duas coisas fundamentais: a cláusula de barreira e o voto distrital. Nas condições postas, a disputa entre os partidos são desfavoráveis para os menores. É mais uma ‘cacetada’ para reduzir ou mesmo acabar com partidos menos. Na visão do PSOL, quem estabelece a cláusula de barreira é o eleitor, nas urnas”, disse. PSDC - Eudo Freire, do PSDC, que, atualmente, não possui representante no Congresso Nacional, faz coro com Agra. “Temos deputados estaduais, prefeitos e vereadores, mas não temos, no momento, representação no Congresso. Somos contra a cláusula de barreiras. Porém precisamos acabar com as legendas de aluguel, ‘laranjas’. Somos um partido pequeno, mas participamos do processo com seriedade”, garante Freire. (G.M.)
Mário Agra, do PSOL, acredita que o financiamento público de campanhas políticas inibiria o chamado “caixa dois”, dinheiro injetado por empresas em partidos ou candidatos sem ser declarado à Justiça Eleitoral. “Os financiamentos são privados, mas os interesses são públicos. Quem financia uma campanha hoje amanha vai cobrar um retorno. Sei que com o financiamento público, o patrocínio privado não iria acabar, mas inibiria muito. Veja o caso de minha própria candidatura ao governo do Estado no ano passado. Não tem um vereador eleito por Maceió que não tenha gastado o dobro do que eu gastei”, defende Agra. Claudionor Araújo, do PSDB, defende que o financiamento público seja acom-
panhado da uma proibição do financiamento privado. “Este é um item absolutamente necessário. Mas acredito que para funcionar é necessário que haja uma proibição ao financiamento privado, com uma fiscalização eficaz por parte da Justiça Eleitoral. Isso vai melhorar a participação do cidadão comum, equilibrando mais a disputa”, teoriza. O presidente estadual do PT, Joaquim Brito - que disse preferir não emitir opinião em nome da legenda - diz que o financiamento público de campanha é consenso dentro da legenda. Brito faz coro com os tucanos, sugerindo a proibição de fontes de recursos não oficiais. “Esse ponto é unidade em todas as direções do partido. Isso tornaria a disputa mais
igualitária. Acho que o financiamento público traria um controle maior as coisas. Sobretudo se tivermos meios de fiscalizar, proibindo qualquer tipo de financiamento que não seja oficial”, avalia. ELEIÇÕES GERAIS - Brito disse que, pessoalmente, defende a realização de eleições únicas, englobando num único pleito a disputa pelas três esferas do Poder Executivo e Legislativo. “Particularmente, defendo que as eleições deveriam acontecer de uma vez só. O Brasil não suporta um processo eleitoral a cada dois anos. Essa questão de o eleitor ter que digitar muitos números é lenda, pois quem digita seis números pode digitar mais”, afirma o presidente do PT. (G.M.) Lula Castello Branco/ Arquivo
Eudo Freire, do PSDC, defende necessidade do fim das legendas de aluguel, mas é contra cláusula de barreira
Joaquim Brito garante que proposta de financiamento público de campanha é consenso dentro do PT
OAB quer fim da suplência no Senado “Ficha Limpa” foi “pré-reforma” O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil reaqueceu a discussão da reforça política durante as eleições do ano passado, numa série de sabatinas com os candidatos a senador. Na última segunda-feira, o tema voltou a ser debatido pelo plenário do Conselho. Segundo o alagoano Paulo Henrique Brêda, que representa o Estado no Conselho e preside a comissão nacional de Combate à Corrupção e à Impunidade da Ordem, disse que inicialmente a idéia era debater os onze temas que estão em discussão na Comissão do Senado, mas apenas o primeiro tópico, a suplência para o Senado, levou mais de quatro horas de debate. Resultado: por sugestão do próprio Brêda, o debate da reforma política na OAB nacional se condensará em três pontos principais: o financiamento já foi conversado. “Achávamos que alguns pontos seriam mais pacíficos. Mas quando fomos debater a suplência para o senado, foram mais de quatro horas. Então resolvemos fechar mais o leque e nos concentrar em dois pontos que, a nosso ver, podemos dar uma maior contribuição nesse processo. Temos o financiamento de
campanha, o voto em lista fechada, ou pré-ordenada, como preferimos chamar, e a suplência de senador, que já foi definido”, afirma Brêda. “O interessante é que todos os argumentos são válidos, tanto de quem defende quanto o de quem é contrário a determinado assunto. São debates salutares, sem partidarismos, e todos com argumentações legítimas, por isso a discussão é complexa”, acrescenta. O financiamento público de campanha é um dos pontos que ainda passará por discussão, mas defendido, de antemão, por Brêda. “O financiamento público pode sim trazer uma igualdade maior à disputa eleitoral. O cidadão comum hoje, que não tem um grupo forte por trás, fica praticamente impossibilitado de ganhar uma eleição. Mas esse ponto aí passará por um debate interno para chegarmos num denominador comum. No momento há ainda quem defenda que possa se abrir o financiamento parcialmente para a contribuição privada. Esse ponto ainda não é pacífico dentro da OAB”, destaca o advogado. SUPLÊNCIA SENADOR Sobre a suplência para o Senado,
Brêda explica que a Ordem defende que em caso de vacância do cargo o substituto seja escolhido numa nova eleição em 40 dias. “Sabemos que uma nova eleição traria um ônus aos cofres públicos, mas não existe sistema perfeito. Até agora o único tema tratado foi este da suplência para o Senado. O Conselho entendeu, após o debate, que: Para afastamentos definitivos, deve ser realizada nova eleição; e para quando o afastamento for temporário, deve assumir o candidato segundo colocado. Quem vota num senador vota também numa ideia, num mandato. É preciso acabar com a figura do senador sem voto”, destaca o advogado. O documento extraído das sugestões dos membros do Conselho Federal da OAB nacional será encaminhado pelo próprio presidente nacional da entidade, Ophir Cavalcante, ao Congresso Nacional. “A OAB, como sempre, quer fomentar esse debate. E tem juristas especializados capazes de traçar uma proposta que venha a contribuir para a decisão final que cabe ao Congresso Nacional, que também precisa ouvir diversos segmentos, e a OAB é um deles”, conclui Paulo Brêda. (G.M.)
Na avaliação do advogado Paulo Brêda, a decisão do Senado em criar uma comissão para formatar o projeto de reforma política é uma reação para evitar que a própria sociedade lidere o debate, como aconteceu com a lei complementar 135/2010, a chamada “Lei do Ficha Limpa”, que nasceu de um projeto de lei de iniciativa popular. A lei veta a candidatura de quem tiver condenação judicial por colegiado, o que acabou barrando muitas candidaturas nas eleições gerais do ano passado. “A aprovação da ‘Lei do Ficha Limpa’ desmistifica muitos estigmas. Ficou clara força da pressão popular ante ao Congresso Nacional. Com isso a classe política agora finalmente se propõe a formar uma comissão, antes que essa questão seja liderada pelo povo, como ocorreu com a lei complementar 135/2010”, teoriza o advogado. Para Brêda, a “Lei do Ficha Limpa” funcionou como uma espécie de “pré-reforma”. “O ‘Ficha Limpa’ deu partida a esse processo de moralização de nosso sistema eleitoral, que ainda possui
Paulo Brêda: “O ‘Ficha Limpa’ deu partida a processo de moralização”
muitos vícios. As propostas são as mais variadas possíveis, mas o próprio debate por si só já é salutar. O ‘Ficha Limpa’ foi uma espécie de pré-reforma, iniciando o processo de mudanças, de alterações em nosso sistema político-eleitoral”, diz o advogado. MCCE - Ainda segundo Paulo Brêda, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), formado por mais de 20 entidades e órgãos, e que liderou a coleta de assinaturas e a conseqüente apresentação da pro-
posta ao Congresso Nacional, deve participar ativamente do debate da reforma política. “O MCCE engloba vários órgãos e entidades, e obviamente vai estar com a OAB em mais essa luta. O ‘Ficha Limpa’ mostrou a força da sociedade, e as entidades que compõem o MCCE tem total legitimidade nesse debate. Depois de tirarmos nossas próprias definições sobre a reforma, a OAB vai estar no debate junto com o MCCE, do qual fazermos parte”, destaca Brêda. (G.M.)
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Aposentadoria pode ter novas regras Ministérios estudam implantação da idade mínima de 65 anos para homens e de 60 anos para as mulheres Folha.com BRASÍLIA - O governo federal estuda a adoção de idade mínima para concessão de aposentadoria integral a trabalhadores do setor privado. A proposta está em discussão nos ministérios da Fazenda e da Previdência e deve ser apresentada à presidente Dilma Rousseff em março. Segundo a Folha apurou, a proposta mais forte hoje é 65 anos de idade para homens e 60 para mulheres, no caso dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que atende aos trabalhadores do setor privado. A mudança valeria apenas para quem ainda não entrou no mercado de trabalho. Pelas discussões, a ideia é substituir, no futuro, o atual fator previdenciário —fórmula de cálculo do valor do benefício para desencorajar aposentadorias precoces, adotado a partir de 1999. O fim do fator é uma demanda das centrais sindicais e tem apoio de alas petistas. Mas, como não há hoje idade
mínima para aposentadorias não tocaria uma reforma da em valor integral no setor previdência. Se patrocinar a privado, o Executivo alega medida, pode encontrar pela não poder abrir mão de um frente forte resistência das instrumento que evite am- centrais, com as quais já se pliação do deficit previden- atritou na definição do saláciário. rio mínimo de R$ 545. Em 2010, a despesa com o “Acho que dá INSS chegou perto de 7% para discutir, mas do PIB e a 36% dos a presidente não gastos da União, pode querer fazer excluindo da conta imposições. Sem os encargos da dínegociar, haverá vida pública. confusão”, disse à Mudanças O Palácio do Folha o deputado deverão Planalto foi inforPaulo Pereira da mado sobre a elaSilva, da Força valer para boração da proposSindical. novos trata e não desautoriApesar de uma balhadores zou o debate. certa simpatia à Segundo alguns incausa, há na Esplaterlocutores da prenada quem aconsidente, Dilma irá selhe a presidente fazer um cálculo a não comprar bripolítico para decigas que não tragam dividendir se leva o tema dos políticos ou ganhos oradiante. çamentários imediatos. O assunto é polêmico. Outros afirmam que o Como a mudança seria so- momento para mudanças é mente para os futuros traba- exatamente agora, no embalhadores, ministros argu- lo do primeiro ano de manmentam que o embate seria dato. A votação seria um menos amargo do uma ini- teste real à governabilidade ciativa que mexa em direi- dilmista, e significa um obstos atuais. táculo muito maior do que Na campanha eleitoral, a a votação do salário mínimo, então candidata disse que aprovado com tranquilida-
de no Congresso. Internamente, já se considera uma moeda de troca para conquistar a simpatia do mundo sindical à proposta da idade mínima: flexibilizar o fator previdenciário e estabelecer uma transição menos rígida até que a idade mínima entre em vigor. O Planalto resgataria na Câmara o projeto do fator 85-95, que prevê o benefício integral aos trabalhares cuja soma da idade e do tempo de contribuição resulte em 85 (mulheres) e 95 (homens). Exemplo: um homem com 35 anos de contribuição e 60 de idade obteria o direito à aposentadoria integral. A instituição de uma idade mínima elevaria o prazo de contribuição ao regime geral da Previdência em 12 anos - hoje, um trabalhador pode requerer aposentadoria proporcional por tempo de contribuição aos 53 anos. É provável, porém, que seja preciso preservar um mecanismo para a aposentadoria por tempo de contribuição, especialmente para os mais pobres, que ingressam mais cedo no mercado.
Grandes cidades têm quase 24 mil crianças e adolescentes nas ruas Pela primeira vez, 20 anos depois da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Brasil conseguiu traçar o perfil de crianças e adolescentes que trabalham ou dormem nas ruas do País. São 23.973 espalhados pelas 75 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. E 63% foram parar lá por causa de brigas domésticas. Os resultados, ainda inéditos e obtidos com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, vêm do censo nacional encomendado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Idesp). “O resultado ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança
e do Adolescente (Conanda). Servirá para a criação de uma política nacional para essa população, a partir de cinco grandes encontros nas diferentes regiões do Brasil”, diz Marco Antonio da Silva, conselheiro do Conanda e diretor nacional do Movimento de Meninos e Meninas de Rua. Apesquisa ajuda a aprofundar as causas que levam as crianças e os jovens para as ruas, além de permitir conhecer quem são. Conforme os resultados, 59% dos que estão na rua voltam para dormir na casa dos pais, parentes ou amigos, o que indica que a rua é vista por muitos como um local para ganhar dinheiro, por meio de esmolas e venda de produtos, entre outras ações. “Hoje há um consen-
Crianças e adolescentes fumam crack no Rio de Janeiro, cena que se repete em várias cidades brasileiras
so de que o dinheiro dado para a criança na rua a estimula a voltar no dia seguinte, assim como incentiva os pais a forçarem o jovem a continuar. A sociedade precisa abandonar essa visão de caridade”, diz Marcelo Caran, coordenador da Fundação Projeto Travessia. CRACK - Para reverter esse quadro são necessários trabalhos técnicos voltados à reestruturação familiar, à resolução de conflitos dentro da casa e nas comunidades onde vivem os jovens, suporte escolar e medidas de saúde voltadas principalmente à dependência de drogas. Conforme os dados, as brigas verbais com pais e irmãos (32,2%), a violência doméstica (30,6%) e o uso de álcool e drogas (30,4%) são os mo-
tivos principais que levam os jovens às ruas. “Hoje o maior desafio é descobrir como lidar com o crack. Se é por meio da saúde, de assistência social... São debates que precisamos aprofundar”, diz Karina Figueiredo, secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra a Criança e o Adolescente. Em relação ao perfil, aparece uma predominância de jovens que se revelam pardos, morenos e negros. Representam 72,8%, quase o dobro da proporção na população brasileira (44,6%). Outro aspecto importante é o educacional: apenas 6,7% dos que estão na rua concluíram o ensino fundamental.
Energia nuclear reduz gases de efeito estufa Estudo elaborado para a Eletronuclear pela Ecen Consultoria, divulgado sextafeira no Rio de Janeiro, aponta que a participação de 7,3 gigawatts (GW) de energia nuclear na geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2030 reduzirá as emissões de gases poluentes na atmosfera em 19%. Isso corresponde a 437 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) que deixarão de serem lançados na atmosfera. O aumento da presença da energia nuclear na cesta de geração do SIN é previsto no Plano Nacional de Energia 2030 (PNE). Hoje, a participação da energia nuclear alcança em torno de 2 GW. A essa geração se somarão os 1,3 GW previstos para a Usina Nuclear Angra 3 e mais 4 GW adicionais, referentes às quatro novas unidades nucleares projetadas pelo Plano Nacional de Energia 2030. A Consultoria Ecen faz o inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa para o Ministério de Minas e Energia. Por essa razão, ela foi contratada pela Eletronuclear para elaborar um estudo específico para o Brasil, comparando as emissões de gases de efeito estufa no ciclo nuclear com as de outros ciclos de combustível na geração de eletricidade. A informação foi dada na sexta-feira pelo assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães. “O resultado é extremamente positivo.” O estudo mostra que sem a participação da energia nuclear, as emissões de CO2 seriam maiores. “Sim, porque a alternativa de substituir a energia nuclear no PNE seria energia térmica via carvão importado”. De acordo com o levantamento, pode-se considerar que dentre os ciclos de combustível analisados do petróleo, do gás natural, do carvão mineral e da produção de bagaço da cana, a energia nuclear ainda é a mais limpa e a que emite menos. Uma das conclusões é que “do ponto de vista da redução de gases de efeito estufa, é positivo para o Brasil produzir energia via usinas nucleares”, admitiu Guimarães. Ele disse que o Brasil precisa de uma grande expansão da geração elétrica porque, atualmente, “o nosso consumo per
capita de eletricidade é o 90º consumo mundial, é metade do que Portugal consome atualmente, é menos do que a média mundial e bem menos do que o Chile e a Argentina.” O consumo atual por brasileiro é de pouco mais de 2.000 quilowatts- hora por ano (kWh/ano). Nos países desenvolvidos, o consumo mínimo é de 4.000 kWh/ano. Nos países de desenvolvimento recente, como Portugal, Espanha e Coréia do Sul, o consumo per capita atinge 4.500 kWh/ano, 5.600 kWh/ano e 6.400 kWh/ano, respectivamente, de acordo com dados da Eletronuclear.. Guimarães assegurou que se o Brasil pretende alcançar o desenvolvimento econômico e social, ele precisará ter uma oferta de eletricidade muito maior. “Há forte correlação entre Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e consumo per capita de eletricidade. Então, para possibilitar o crescimento de IDH brasileiro, você tem, necessariamente, que aumentar a oferta.” Segundo o assistente da presidência da Eletronuclear, o carro chefe do aumento da oferta continua sendo a energia hidráulica. Ele afirmou, porém que, em paralelo, conforme prevê o Plano Nacional de Energia, o Brasil deve ampliar a geração das outras fontes renováveis, em especial energia eólica e de biomassa. “Só que exclusivamente a hidreletricidade, a biomassa e a energia eólica não são suficientes para garantir esse aumento da oferta necessário. O Brasil também tem que lançar mão de expandir o seu parque de geração térmica”. Nesse contexto, o país conta com a energia nuclear e o gás natural e, em menor escala, com o carvão. “A energia nuclear tem um atrativo especial, na medida em que ela não emite CO2, como mostra o estudo”. Guimarães disse que o objetivo principal do levantamento não foi confirmar as vantagens da energia nuclear em termos de fonte limpa de geração de energia. “Todo mundo sabe disso. O ponto é fazer um estudo específico para as condições brasileiras”. O estudo comprova que das várias fontes de geração de energia, a nuclear é a que emite menos. “Muito menos. São diferenças gritantes.”
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Recordações “Alguns já se foram para a grande viagem” Alder Flores Advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental
A poeira do tempo sempre cai sobre os caminhos. Marca com a sua passagem a esvoaçar constante os largos caminhos percorridos. Mas é uma poeira santa, pura, sábia, imaculada e azul. Representa sempre o passado, porque a poeira do amanhã tem os seus imponderáveis mistérios. Às vezes gosto muito de lembrar do passado. O homem é um seu passado, é a sua história e o que laboriosamente realizou. Dizem os sábios que se quiser conhecer o homem, estudem o que fez, o que construiu, o que amou, o que escreveu e o que sofreu. O passado é o revelador, o norte para sua viagem analisadora, o indicador impassível e incolor dos seus méritos e defeitos. A história consigna no seu vasto contexto geral e demonstrador as glórias e os sofrimentos dos povos, sua cultura, seus costumes, sua etnia e suas tradições mais genuínas. Espelha no presente o passado e o projeta para o futuro. Relembrar é não ter medo do presente, é orgulhar-se dos obstáculos vencidos, é debruçar-se sobre si mesmo e poder sorrir com o seu Deus e não ter receio do amanhã por terem sido sólidos os alicerces construídos. É ter confiança no porvir dos filhos, porque forte foi a semente semeada. Enfim, é a ânsia pelo fator renovador da vida e o agradecimento fervoroso ao seu Deus pelos ensinamentos adquiridos. Gosto muito de relembrar o passado, como por exemplo, o Colégio Guido, a Praça dos Martírios, o Clube Fênix e a eterna Pajuçara. Reviver os amigos, cada um com suas próprias características, com suas personalidades singulares. Os amigos, os companheiros de colégio, da faculdade, do futebol, dos carnavais e de grandes noitadas memoráveis. Alguns já se foram para a grande viagem, deixando na memória indeléveis recordações. Esqueço algumas coisas e fecho um pouco os olhos e nessa linha do horizonte os vejo alegres, talentosos nos seus diversos misteres, na sua maioria corretos nas suas atitudes e alguns maravilhosamente boêmios. Com o passar do tempo vários cenários vão mudando, são novas regras de vida e de convivência social, são as marcas do tempo. No entanto, ainda os vejo com seus anseios, virtudes e defeitos, muitos me decepcionaram, mas nunca esqueço os memoráveis encontros que tivemos em um passado distante.
Violência doméstica é problema social “A difusão da informação é a arma mais importante no combate a estas agressões imperdoáveis” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB
O Congresso Nacional vem se debruçando nos últimos anos em aprimoramentos legais, notadamente em relação ao capítulo da segurança pública. Neste debate nasceram leis relevantes para o país. São inovações que estão amadurecendo e, progressivamente, irão se disseminando na sociedade. Uma das mais importantes foi a que pune as agressões contra as mulheres, a Lei Maria da Penha. Uma pesquisa comandada pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Sesc, divulgada na última semana, nos apresenta uma estatística muito sombria neste campo: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. O número não é nada confortável mas ele já foi pior. Há uma década eram oito as mulheres espancadas no mesmo intervalo de tempo. O levantamento foi realizado em 25 estados e ouviu em agosto do ano passado 2.365 mulheres e 1.181 homens com mais de 15 anos. A sondagem abordou diversos temas e complementa outro estudo feito há dez anos. A parte que assombra é o da violência doméstica. Os coordenadores da pesquisa avaliam que os dados apontam que a violência contra a mulher é social e está reclamando por novas políticas públicas. A modesta diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída à Lei Maria da Penha, que foi votada no período em que ocupei a presidência do Congresso Nacional. Entre as pessoas ouvidas, 85% conhecem a lei e 80% aprovam a existência da legislação. Entre aqueles que criticam a Lei – 11% – a principal ressalva é ao fato de que a lei é insuficiente para eliminar de uma vez por todas as agressões. O estudo traz ainda informações inéditas sobre o que os homens pensam sobre a violência contra as mulheres, com 8% admitindo já ter batido em uma mulher, 48% dizendo ter um amigo ou conhecido que fizeram o mesmo e 25% revelando ter parentes que agridem as companheiras. Estas tristes estatísticas evidenciam que o poder público – Executivo, Legislativo e Judiciário – precisa estar mais atento ao problema, que arrefeceu, mas ainda impressiona. As mulheres precisam denunciar os agressores e o poder público precisa ampliar o número de delegacias especializadas no atendimento às mulheres e punir os agressores de maneira severa. Paralelamente, é preciso reforçar periodicamente as campanhas educativas. Elas precisam estar na televisão, nos jornais, na internet e no rádio. A difusão da informação é a arma mais importante no combate a estas agressões imperdoáveis. Só com educação e amparo do poder público o Brasil vai eliminar esta chaga.
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Vamos à guerra A mais democrática das festas populares no Brasil também é a que mais preocupa as autoridades. As estatísticas sobre a violência nos quatro dias de Carnaval comprovam que a festa bem que poderia ser melhor aproveitada. Como era antigamente, com a participação das famílias, com mais músicas de verdade e menos sons barulhentos e com apologia ao sexo, uso de drogas e violência. A preparação para o Carnaval bem que lembra as providências que são tomadas para uma guerra. Por exemplo: reforço no estoque do banco de sangue, escala especial nos hospitais de urgência, plano especial de policiamento, campanha educativa para o trânsito, milhões de preservativos para os foliões não se contaminarem [sexualmente] na festa de Momo e muita atenção dos policiais rodoviários nas estradas. Algumas meias verdades também escondem problemas comuns ao Carnaval. Mas, nem meias verdades, nem dúvidas inteiras e nem os riscos conseguem apagar o brilho da festa de Momo. Uma meia
verdade é que o Carnaval é uma festa barata e que, por isso, é democrática. Muito pelo contrário. Por exemplo, o folião que está em Maceió, mora na parte baixa da cidade e pretende ir curtir no Benedito Bentes. Só com passagem, água mineral e um docinho, ele deve gastar pelo menos dez reais. Isso considerando o menos empolgado e mais comedido dos foliões. É claro que esse folião não existe. E, se existisse, ele não elevaria as estatísticas negativas. Se esse folião preferir a orla marítima, esses custos serão dobrados. Mas ele resolveu ir à Barra de São Miguel. Pronto, com menos de cem reais ele não vai aproveitar o Carnaval. Se for à Paripueira, esses custos serão pagos com oitenta reais. A festa é democrática, mas bem que poderia ser mais barata. O Carnaval é uma festa de todos e para todos, mas que tem o seu custo. Mas, para a esmagadora maioria, é extravasar, curtir muito e esquecer os problemas do cotidiano. Muito embora, quatro dias depois, volte-se à realidade nua e crua.
Ponto de vista
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O bafômetro agride o Direito? “Da embriaguez no volante resultam milhares de mortes” João Baptista Herkenhoff Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor / jbherkenhoff@uol.com.br / www.jbherkenhoff.com.br Não me sinto constrangido por eventual submissão de alguém de minha família ao teste do bafômetro, desde que realizado respeitosamente. Em mim nunca seria feito esse teste porque não dirijo. De longa data cassei minha carteira de motorista porque me distraía na direção. Também não me sinto constrangido ao passar por máquinas que detectam metais, nos aeroportos, bancos etc. Se o critério é o da prudência parece-me que, no Brasil, o bafômetro é bem mais importante do que o detector de metais nos aeroportos. Da embriaguez no volante resultam milhares de mortes. Já quanto à possibilidade de atos de terrorismo no espaço aéreo brasileiro, creio que a possibilidade é remota. O Brasil não suscita ódios virulentos, motivo pelo qual não somos alvos preferenciais de atos insanos, sempre injustificáveis, mesmo quando dirigidos contra países que pretendem a hegemonia no mundo, porque os atos de terrorismo sacrificam pessoas inocentes. O argumento jurídico contra a obrigatoriedade do teste do bafômetro é o de que “ninguém é obrigado a fazer prova contra si mesmo”. O argumento procede. A imposição do teste fere a Constituição. Já há decisões da Justiça neste sentido. Entretanto, se o teste de bafômetro não pode ser compulsório, a recusa de submissão ao mesmo deve ser lavrada, em termo próprio, e poderá ser ponderada, em desfavor do motorista, junto a outros elementos de prova, se tiver ocorrido acidente do qual resulte morte ou lesões corporais, ou dano material em prejuízo de terceiros. Se alguém que não ingeriu bebida alcoólica vêse envolvido num acidente, sua melhor conduta será aceitar o teste de bafômetro, pois a verificação negativa da presença de álcool no organismo será elemento importante em seu benefício.
A chamada “lei seca”, a meu ver, se aplicada com sabedoria, merece aplausos, pois tem reduzido o número de acidentes, conforme constatado. Mas, como em tudo, a virtude está no meio (in medio virtus). A lei seca não pode ser utilizada para justificar o arbítrio ou o desrespeito ao cidadão. O êxito da medida depende do equilíbrio dos aplicadores da lei. Seria razoável lavrar auto de presença de álcool no sangue contra o sacerdote que acabou de rezar missa e ingeriu, segundo o rito, o vinho que é utilizado na celebração? Seria aceitável adotar procedimento incriminatório contra o trabalhador cujo ofício é provar vinhos, na indústria em que exerce o seu mister, porque resíduos de álcool foram encontrados no seu organismo? Seria compreensível punir o noivo que acabou de contrair núpcias e que, na viagem de Lua de Mel, é surpreendido na estrada, quando então se constata que ingeriu vinho, no brinde que se levanta como voto de amor eterno, segundo a tradição milenar? Os que zelam pelo trânsito não devem ser prepotentes, como não deve ser prepotente quem quer que tenha, nesta ou naquela função, alguma parcela de autoridade. As leis de trânsito existem em benefício do povo, em defesa da vida e da integridade das pessoas. Todos devemos colaborar para que se reduzam no Brasil os acidentes, causa trágica de luto e sofrimento. Uma política de segurança no trânsito não se limita à utilização do bafômetro, como forma de coibir a embriaguês. Todo um trabalho educativo há de ser realizado para inspirar na coletividade, principalmente nos jovens, atitudes de respeito ao próximo, responsabilidade, moderação e convívio fraterno.
O JORNAL Diretor-Executivo Sálvio de Taine Maciel salviomaciel@ojornal-al.com.br
Marcial Lima Professor
Em 14.09.2000, com o título acima, publicamos uma matéria alertando quanto à reestruturação que estava sendo estudada pela Secretaria Estadual de Administração, onde os órgãos de Cultura, diante do total silêncio do segmento interessado, eram ameaçados de perderem sua autonomia, porquanto, mais uma vez, a burocracia, desavisada, sugeria colocá-los sob a dependência da Educação ou do Turismo. Em 14.05.2005, foi a vez do artigo intitulado Não Posso Acreditar, pois os jornais diziam que o órgão municipal correlato sofria a mesma ameaça, com idêntico alheamento se fazendo presente. Louvamos, por isso, a iniciativa do Fórum Permanente Pela Cultura que, semana passada, capitaneando diversas instituições da área, marchou em passeata até a Prefeitura, em defesa do Programa Municipal de Apoio à Cultura – o PROMAC. A retomada desse mecanismo de incentivo foi uma reivindicação que sempre se fez presente, e essa demanda se legitimou nas Conferências Públicas, transformando-se em compromisso do prefeito Cícero Almeida, quando Sua Excelência firmou um Protocolo de Intenções com o MinC. O acolhimento do PROMAC pela Secretaria de Finanças, pela Procuradoria Geral do Município e pela Câmara Municipal, que o aprovou por unanimidade, passou pelo entendimento da Cultura como protagonista do desenvolvimento humano; entendendo-se desenvolvimento não só como crescimento econômico, mas, sobretudo, como qualidade e defesa da vida, perpassando pelo equilíbrio ecológico, pela diversidade cultural, pela dignidade individual, “objetivando uma sociedade mais justa, resgatando valores éticos e propondo novos comportamentos para o convívio social”. Evoluindo percepções, vemos que a Cultura, por esse ângulo, não se enquadra como mero diletantismo, passando a ser uma área de interesse estratégico; enquanto os incentivos oficiais são definidos como “uma ponte entre o privado e as políticas públicas”, com inequívoco retorno social. Estudiosos das ciências humanas há muito já perceberam que uma política de incentivo à Cultura não é uma simples substituição de custeio, nem uma mera tentação de privatizar a cultura com dinheiro público. Por essa razão, o PROMAC foi pensado não somente em termos de financiamento da produção cultural, mas, primordialmente, “na defesa da pluralidade, na regulação jurídica, na promoção dos direitos humanos, na redução das desigualdades, no desenvolvimento do pensamento crítico”. Aí está uma oportunidade para o primeiro gestor da cidade de Maceió propiciar um avanço qualitativo em seus fazeres culturais, propiciando políticas públicas democraticamente construídas. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
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E O OSCAR VAI PARA...
Hollywood inova cerimônia de entrega Em busca de audiência mais jovem, festa máxima do cinema terá comando de Anne Hathaway e James Franco RIO DE JANEIRO - AAcademia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood promete que a cerimônia do Oscar que acontece hoje à noite será diferente das anteriores, a começar pelos apresentadores. Visando atrair uma audiência mais jovem para a cerimônia televisada, a Academia deu à atriz Anne Hathaway, de 28 anos, e ao ator James Franco, de 32, a missão de comandar a edição deste ano. A dupla será a mais jovem a apresentar o Oscar. Segundo produtores da cerimônia, os dois atores “personificam a próxima geração de ícones hollywoodianos”. Apesar de jovens, os dois já acumulam indicações ao próprio Oscar. Se Anne Hathaway foi lembrada pela Academia em 2009, por seu papel em “O Ca-
samento de Rachel”, a vez de James Franco chegou este ano. Mesmo apresentador, o ator está concorrendo ao prêmio de melhor ator por “127 Horas”. Anne Hathaway também já foi indicada ao Globo de Ouro em duas oportunidades. Em 2009, também por “O Casamento de Rachel” e neste ano, quando concorreu a melhor atriz em filme de comédia por “O Amor e Outras Drogas”. Já James Franco, vencedor de um Globo de Ouro em 2002 por sua atuação na minissérie “James Dean”, foi indicado em outras duas oportunidades: em 2009, por “Segurando as Pontas”, e neste ano, por “127 Horas”. Hathaway comentou na última semana sobre a preparação para ser anfitriã do Oscar. Aatriz
disse que se sente como se fosse “entrar no ringue para uma grande luta” porque “todos ficam fazendo gestos de aprovação”. A Academia chegou a divulgar um vídeo promocional (que pode ser assistido no final desta reportagem) no qual a atriz aparece ensaiando para o grande dia com uma camiseta com os dizeres “apresentadora do Oscar em treinamento”. No ano passado, a cerimônia foi apresentada por Steve Martin e Alec Baldwin e alcançou cerca de 41 milhões de espectadores, o melhor número desde 2005. A expectativa dos organizadores do Oscar é que a dupla Hathaway e Franco consiga atrair ainda mais audiência para o evento de hoje, especialmente os jovens, público-alvo dos anunciantes.
Indicados ganharão gambá de pelúcia BERLIM - A famosa gambá vesga da Alemanha, Heidi, vai estar hoje Hollywood para assistir à entrega dos Oscars, aparecendo na forma de um bichinho de pelúcia nas “sacolas de presentes” dadas às celebridades na festa anual de premiação do cinema, que terá lugar neste domingo. A fabricante alemã de brinquedos Koesener fechou um contrato em uma feira recente de brinquedos em Nova York para incluir o marsupial de pelos brancos nas sacolas de presentes dos Oscars. Heidi virou celebridade na Alemanha quando sua foto apareceu no jornal “Bild” em dezembro, mas seus fãs internacionais se multiplicaram, levandoa a aparecer na televisão norteamericana, e ela tem mais de 315 mil fãs no Facebook. Há 17 dias a Koesener começou a produzir uma Heidi de pelúcia, também vesga, de 20 centímetros de altura, oficialmente licenciada. “Esta é uma grande oportu-
Gambá Heidi escolhe a ganhadora da estatueta de melhor atriz
nidade para uma firma pequena como a nossa”, disse à Reuters Helmut Schache, que comanda a centenária empresa, em conjunto com sua filha Constance. “Minha esperança é que uma das celebridades segure o bichinho diante das câmeras. Vamos ver se isso acontece”. Os indicados ao Oscar, apresentadores e outros convidados importantes, frequentemente re-
cebem de presente sacolas repletas de vales e artigos de luxo. Firmas promocionais ajudam empresas a aproveitar as sacolas para levar seus produtos às mãos de celebridades. Mas as próprias cerimônias de premiação deixaram de entregar sacolas oficiais - algumas das quais com artigos valendo até US$ 100 mil - alguns anos atrás, por causa dos impostos.
Heidi: prêmio vai para Natalie Portman Heidi se tornou conhecida em todo o mundo depois que o programa de Jimmy Kimmel, na rede norte-americana ABC, a escolheu para fazer previsões sobre quem será a atriz vencedora do Oscar. Nos mesmos moldes do polvo Paul, que acertou todos
os resultados da Copa do Mundo da África, a gambá foi recrutada na Alemanha, em um zoológico da cidade de Leipzig. Heidi tem uma particularidade: é estrábica. Por isso, a produção do programa manipulou as fotos das cinco indicadas - Annette Bening, Nicole
Kidman, Michele Williams, Jennifer Lawrence e Natalie Portman - para que elas também ficassem estrábicas. As imagens foram coladas a estatuetas do Oscar e Heidi, após titubear por alguns minutos, escolheu Natalie Portman.
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O mistério que vem do mar Crenças e lendas rondam o aparecimento do tingui, uma alga marinha recorrente em Lagoa Azeda e que afeta a saúde dos moradores
Eduardo Almeida Repórter
s pescadores do povoado Lagoa Azeda, no município de Jequiá da Praia, são unânimes. Quando o tingui aflora, só há duas alternativas: fugir dele ou encarar a fedentina e passar, pelo menos, três dias acamados. Os mais antigos optam pela primeira opção e se refugiam em choupanas, enquanto os mais novos se mostram destemidos e enfrentam o inimigo que vem do mar. Amudança na coloração da água e a presença de uma substância oleaginosa são os indicativos do fenômeno natural, que acontece de uma a três vezes por ano, sempre entre os meses de janeiro e março. Embora não saibam as causas do surgimento do tingui, os moradores mais antigos da comunidade revelam que ele se repete ao longo de décadas e dizem que nunca encontraram meios para diminuir seus efeitos. O pescador aposentado José Madaleno dos Santos, de 75 anos, explica que, durante a floração, o mar libera substâncias tóxicas que são levadas pelo vento para o continente. De acordo com ele, as pessoas que inalam as substâncias apresentam o quadro de febre, dor no corpo, vômito e sangramento nasal, que não foi diagnosticado pelas secretarias de Saúde do Estado e do município. “O mar libera uma substância que tem cheiro de ‘catinga de peixe’. O ‘cabra’ que respira ela começa a espirrar, depois sente uma ‘tontura’, que vem junto com a febre e a moleza no corpo”, descreve o pescador. “A moleza no corpo dura de três a cinco dias. Parece com os sintomas da dengue. A pessoa não consegue sair da cama, porque não tem forças”, acrescenta Madaleno. A dona de casa Teresa de Jesus, de 73 anos, confirma a versão do pescador e afirma que o fenômeno acontece há décadas. “O meu pai, que trabalhava no mar, adoecia durante a floração do tingui. Desde que eu me entendo por gente, o povo
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Madaleno: “o cabra que respira o tingui tem dores, febre e sangramento”
Dona Teresa, 73 anos, diz que o pai dela já adoecia por causa do tingui
sofre com ele. Não há como mudar isso, é o destino da Lagoa Azeda e de quem mora aqui. Temos que nos acostumar e saber que vai acontecer”. Ela, no entanto, mostra-se intrigada com as causas do que chamou de “fenômeno” natural e diz que várias pessoas da comunidade tentaram descobrir o que tem provocado o mal. “Muitos tentaram, mas nenhum conseguiu. Até pesquisadores de fora do país estiveram aqui e não encontraram nada. Não sabem dizer o que causa e como nós podemos evitar. O tingui é um mistério para todos nós”, pondera. A dona de casa lembra que o fenômeno não atinge apenas à população, mas afeta também animais. “Antigamente, quando o tingui era mais forte, ca-
chorros, gatos, pássaros e até cavalos morriam devido à fedentina. Um conhecido do meu pai perdeu até algumas cabeças de gado. Hoje, eles ficam murchos, num canto de parede, mas não chegam a morrer. Eles conseguem escapar”. Dona Teresa afirma que, durante sua juventude, era comum que pescadores se reunissem para contar estórias e discutir a origem do tingui. “As pessoas se reuniam para contar causos e, entre as estórias, falavam sobre o tingui. Como todos adoeciam, sempre tinham o que revelar. Era um ensinamento para nós, que éramos mais jovens e não conhecíamos as coisas do mar”, conclui. Continua nas páginas A12, A14 e A16
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Barcos chegam a ficar ancorados durante três dias, enquanto fenômeno impede que pescadores saiam para o mar
Especulações sobre a origem do tingui Apesar de conviver com o tingui há décadas, a população de Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia, tem poucas informações sobre o fenômeno. Eles se limitam a dizer que “as substâncias tóxicas vêm do mar” e especulam sobre sua origem. Os pescadores mais antigos afirmam ter presenciado a liberação de toxinas, já os mais novos contam que é impossível determinar as causas do fenômeno. “Há muitos anos, eu estava perto dos arrecifes e vi que um óleo saia das pedras. O cheiro era o mesmo do tingui, fedia a ‘catinga de peixe cru’, e depois eu comecei a espirrar e apresentar os sintomas da doença. Passei quatro dias na cama”, garante o pescador aposentado José Madaleno dos Santos, de 75 anos. “E não é história de pescador, não. É a mais pura verdade”, acrescenta. Conforme o relato de Madaleno, os arrecifes de corais que ficam na costa do balneário liberam “bolhas”, que contém substâncias oleaginosas que provocam o fenômeno. Após a liberação, as toxinas flutuam na água, entre os arrecifes e a areia, provocando a fedentina. O mau cheiro é apontado como o responsável pelo surgimento de febre, dor no corpo, vômito e até sangramento nasal. Para o pescador Josiel Venâncio da Silva, de 41 anos, não são os arrecifes de corais que liberam substâncias tóxicas. Ele acredita que o problema é causado por algas que ficam retidas nas pedras. “A pedra não tem como liberar nada. O que provoca o tingui são as algas que estão nelas e que liberam toxinas, como acontece, por exemplo, com a maré vermelha em alguns lugares”, expõe. A explicação de Josiel é baseada na experiência do dia-adia, de acordo com o pescador. “Eu acredito que não sejam os corais por motivos simples: primeiro porque isso acontece com outros tipos de algas. E depois porque, quando passamos das pedras, o tingui desaparece e ninguém mais sente a fedentina, que vem causando essas doenças ao longo de anos. Mas é só a minha opinião”. (E.A.)
CURIOSIDADE Dicionários de Língua Portuguesa apresentam o verbete “Tingui”. O Dicionário Michaellis afirma que a palavra significa sm (tupi tinguý) T.-de-peixe: arbusto silvestre dicotiledôneo (Jacquinia tingui), que serve no
Norte do Brasil para pescar o peixe envenenando-o, sem contudo causar dano a quem o come. O Dicionário Aurélio apresenta outra versão para “Tingui” como SM. Brás. Bot. Arvoreta sapindácea do Cerrado brasileiro.
Moradores se refugiam em choupanas
Josiel acredita que o problema vem das algas que ficam presas aos arrecifes e liberam toxinas
Quando o tingui aflora, Lagoa Azeda se transforma num povoado fantasma. Os moradores da comunidade deixam suas casas – a maior parte delas à beira mar – e se refugiam em choupanas, construídas por trás de um monte, onde a brisa marítima não pode chegar. Lá, as famílias chegam a passar cinco dias, período levado para que a fedentina produzida se dissipe completamente. “As choupanas foram construídas numa grota, onde o vento não chega. Sem vento, nós não temos como ficar doentes. Basta a água mudar para que a gente saia de casa e vá para as choupanas”, conta a dona de casa Teresa Maria de Jesus, de 73 anos. “Nelas, nós cozinhamos em fogões a lenha e dormimos sobre palhas de coqueiros. Fazemos isso desde que éramos criança”, diz. A dona de casa revela que a floração do tingui a faz lembrar de sua infância, quando os pescadores mais antigos contavam estórias para os mais novos. “Durante o tingui, nós contamos acontecimentos que passamos ao longo da nossa vida. Não há muito o que fazer, já que as choupanas ficam em lugares que não tem energia nem água. Só nos resta conversar e contar causos”. O pescador José Madaleno dos Santos, de 75 anos, afirma que cada choupana tem capacidade para abrigar, no máximo, dez pessoas. Ele diz que as casas improvisadas são feitas com madeira, palhas de coqueiro e barro, apenas para os fogões a lenha. A comunidade se reúne, em mutirão, para fazer os abrigos, que ficam prontos num dia, no que se transforma em uma grande festa.
“Os moradores se reúnem e constroem as choupanas em um dia. É simples, basta colocar a madeira e cobrir com a palha de coqueiro. O mutirão é uma grande festa, onde todos se encontram. Há, pelo menos, umas dez choupanas dessa aqui na grota. Esse é o canto mais seguro, porque o paredão de areia impede que a brisa chegue e que a gente fique doente”, expõe Madaleno. Ele conta que os moradores levam colchonetes e passam os dias de floração do tingui dormindo no chão de barro batido, durante a construção da choupana. “Nós forramos o barro com palhas de coqueiro e colocamos os colchões por cima delas. É uma forma de diminuir a umidade. O que mais nos incomoda é a grande quantidade de mosquitos. De cobra e de outros bichos não temos medo, porque nós limpamos a área para evitar que sejamos atacados”. A dona de casa Alécia dos Santos, de 27 anos, conta que abandona sua casa porque tem medo do que pode acontecer com ela e com os filhos durante. “Eu adoeci duas vezes e não quero que isso aconteça com os meus filhos. Aqui não é um lugar violento, não faz medo deixar a casa por três dias. Todos se conhecem por aqui”. Ela conta, no entanto, que nem todos os moradores do povoado se dispõem a passar o período de floração do tingui fora de casa. “Os mais novos decidem ficar. Eles sabem que vão ficar doentes, mas resistem. Os mais velhos, talvez pelos costumes, são os que mais buscam as choupanas. É uma tradição da Lagoa Azeda deixar a casa para fugir do tingui”, completa. (E. A.)
“O tingui é a sina do morador de Lagoa Azeda” Enquanto os pescadores tentam acertar os motivos que provocam o fenômeno, a aposentada América Maria da Conceição, que não quis revelar a idade, mas disse ter mais de 85 anos, afirma que o tingui é provocado pelo mar e não por algum organismo vivo. Ela diz que o mar proporciona
muitas surpresas ao homem e conta que o fenômeno é a sina de quem mora no povoado. “O que os nossos pais nos contavam é que o tingui vinha do mar entre janeiro e a quaresma. Depois desse período, nós ficávamos tranquilos, porque não aconteceria mais naquele ano. Não acredito que
venha de nenhuma planta, acho mesmo é que vem do mar. A nossa sina é conviver com ele. Não adianta querer mudar uma coisa que a natureza fez”, pondera a aposentada. Ela conta que o fenômeno intriga não apenas os moradores da comunidade, mas é ob-
jeto de pesquisa de especialistas na área. “Lagoa Azeda já recebeu gente de vários estados para pesquisar o tingui e ninguém consegue dizer o que acontece no período. Vieram pesquisadores da Petrobras, da Marinha e, por último, no início de fevereiro, da Secretaria de Saúde”, acrescenta. (E.A.)
Alécia conta que já adoeceu e teme que os filhos sofram com o mal
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Dias sem pesca significa um impacto significativo na vida da comunidade que vive da atividade
Fenômeno causa prejuízo aos pescadores: dias parados sem faturar Além de deixar os moradores acamados, o fenômeno natural conhecido como tingui provoca prejuízos aos pescadores do povoado Lagoa Azeda. É que, durante o período de floração, eles ficam impedidos de saírem para pescar e são obrigados a atracar os barcos por até cinco dias. Na prática, a suspensão das atividades representa uma perda diária de até R$ 120. O pescador Fernando Ferreira de Souza, de 48 anos, afirma que é impossível precisar
a quantidade de pescado em um dia. Mas, de acordo com ele, a média é de 50 quilos. “Dependendo da maré, nós conseguimos pescar até mais que 50 quilos. Se o mar está a nosso favor, pescamos mais. Se não está, ficamos longe da quantidade. Cinquenta quilos dá uns R$ 250, sem a parte do barco”, contabiliza. Ele explica que os peixes não são contaminados pelo tingui, pois ficam em alto mar, e conta que a suspensão se dá em virtude das doenças que o
fenômeno pode causar para o homem. “Os pescadores que não deixam suas casas e fogem para choupanas ficam doentes. Então, ou eles não estão dispostos a pescar ou estão adoentados, sem forças para ir ao mar trabalhar”, acrescenta Fernando. Para o pescador Josué Venâncio da Silva, de 41 anos, o fato de os peixes não se contaminarem com o “óleo” expelido pelo tingui reforça sua teoria de que as toxinas são liberadas por algas que ficam
presas aos arrecifes de corais. “O óleo fica entre os corais e a areia da praia. Se ele viesse do mar, como alguns dizem, os peixes estariam contaminados e não poderiam ser consumidos”. De acordo com ele, três dias sem pesca representam um impacto significativo na renda mensal das famílias da comunidade. Josué lembra que a maior parte dos moradores vive, direta ou indiretamente, da pesca. “As pessoas que não pescam, vendem os peixes e
também dependem do mar. É um como um efeito em cadeia: quando um vai mal, os outros acompanham”, observa Josué. O pescador José Madaleno dos Santos, de 75 anos, afirma que, mesmo sem a contaminação dos peixes, a venda do produto cai durante as duas semanas seguintes ao fenômeno. Ele explica que há uma desconfiança, por parte dos consumidores, sobre os efeitos que o tingui pode causar através da ingestão de pescado, mas garante que não há
transmissão de doenças pela ingestão. “Nunca ouvi falar que ninguém tivesse ficado doente por comer peixe após o tingui. Mas o povo tem medo e não compra. Além do prejuízo que nós temos durante a floração, quando as atividades são suspensas, a quantidade de peixe vendida diminui nas semanas seguintes. Depois, o produto volta ao gosto dos consumidores, que esquecem o que aconteceu”, diz o pescador aposentado. (E.A.) Yvette Moura
Fernando chega a pescar 50 quilos de peixe por dia
Le Campion: “não há como evitar que algas aflorem”
Tingui é causado por cianobactérias Embora ainda não existam pesquisas científicas sobre o tingui, o oceanógrafo e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Gabriel Le Campion, afirma que as descrições dos moradores de Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia, indicam que o fenômeno é causado pela presença de cianobactérias no local, que eram conhecidas pela academia até pouco tempo como algas azuis. As chamadas algas azuis são bactérias que sobrevivem em arrecifes de corais, em rochas, troncos de árvores, regiões que possuem alto índice de salinidade, rios e mares. Elas liberam substâncias tóxicas que podem provocar diminuição dos movimentos, cefaléia [dor de cabeça], prostração, febre, dor abdominal, náuseas, vômitos e hemorragia intra-hepática, de acordo com o oceanógrafo. “Adescrição dos moradores da comunidade coincidem com as características das cyanobactérias. Além de estarmos tratando de uma área com alto índice de salinidade, temos a presença de arrecifes de corais. O relato das doenças provocadas
pelo fenômeno também coincide com as moléstias causadas pelas algas azuis. Por isso, é provável que estejamos falando delas”, afirma. Le Campion explica que a floração dos organismos é cíclica e que, por este motivo, acontece anualmente. “É um processo natural das cianobactérias, que acontece com certa frequência. Não apenas as algas azuis, mas outros tipos de organismos provocam efeitos visíveis, como é o caso da maré vermelha, que foi registrada por pesquisadores no Litoral Norte do Estado”, expõe. O oceanógrafo acrescenta que, além dos fatores naturais, a intervenção cada vez maior do homem sobre meio ambiente pode contribuir para a floração das algas azuis e desencadear doenças na população. Ele cita como exemplos de intervenção, a poluição e as ocupações irregulares, que alteram os biomas e provocam mudanças no sentido dos ventos e até na salinidade da água. “Os fatores naturais que provocam a liberação de substâncias tóxicas por parte das cia-
nobactérias são estiagens prolongadas, chuvas fortes e a mudança de correntes de água. Mas, a intervenção humana também contribui, porque pode e vem influenciando diretamente nos fatores naturais. É preciso que o homem se conscientize sobre o seu papel e a necessidade de preservação”, afirma. Conforme Le Campion, não há formas de evitar que as algas azuis aflorem no povoado Lagoa Azeda. Ele explica que este é um processo natural e que não pode ser suprimido. No entanto, o oceanógrafo adverte que se faz necessário um estudo aprofundado para confirmar se as substâncias tóxicas são, de fato, liberadas por cyanobactérias ou se por outro tipo de organismo. “AUfal não tem, em seus arquivos ou em andamento, nenhuma pesquisa que estude a presença de cyanobactérias no povoado Lagoa Azeda. Aavaliação preliminar que nós estamos fazendo leva em conta apenas o relato de moradores da comunidade sobre o problema e as moléstias que são causadas, supostamente, durante a floração dos organismos”, pondera. (E.A.)
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Depois de anos de ocorrência, Secretaria de Saúde investiga fenômeno O tingui intriga não apenas os moradores da comunidade Lagoa Azeda, como a Secretaria de Saúde de Jequiá da Praia, que alega desconhecer as causas do fenômeno natural. Para tentar desvendar a origem da fedentina e descobrir como atuar de forma eficaz no tratamento dos pacientes, o município solicitou o apoio logístico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). “Apesar de o fenômeno se repetir há várias décadas, não encontramos nenhuma pesquisa ou menção ao tingui. Suas causas são desconhecidas tan-
to por parte dos moradores, que não sabem precisar o que provoca o fenômeno, e também pelo poder público. Por este motivo, nós solicitamos o apoio da Secretaria de Saúde”, afirma a secretária municipal Ana Estela Carnaúba. A secretária lembra que, sem um estudo detalhado do fenômeno, é impossível para o município determinar o tratamento específico. De acordo com Ana Estela, há relatos de que pesquisadores estiveram em Lagoa Azeda há alguns anos, mas não existem, nos arquivos da secretaria,
menções formais sobre o tingui, o que vem dificultando o planejamento estratégico do município. “A Secretaria de Saúde só tomou conhecimento do problema este ano, quando alguns moradores do povoado procuraram postos de saúde para dar início ao tratamento. Eles apresentavam o quadro de febre, dor no corpo e sangramento nasal. Nós pesquisamos sobre o tingui, mas não encontramos nada e, por este motivo, decidimos procurar o apoio do Estado”, acrescentou. A secretária de Saúde diz
que um dos motivos para a secretaria não ter informações sobre o fenômeno é o fato de a população não procurar as unidades de saúde para se tratar. Ela conta que a maior parte dos pacientes se automedica e utiliza chás no tratamento da doença. A secretária lembra que a automedicação pode ser perigosa, pois a moléstia pode se confundir com outras doenças. “Os sintomas de quem inala as toxinas expelidas durante a floração do tingui são muito parecidos com os sintomas da dengue, por exemplo. A po-
pulação, no entanto, ignora os riscos da doença e se automedica, por acreditar que se trata de intoxicação. É algo cultural, mas que precisa ser trabalhado, com base em pesquisas, que fundamentem o nosso trabalho”, expõe Carnaúba. Conforme a secretária, se ficar comprovado, através de pesquisa que o tingui é um fenômeno cíclico, a prefeitura de Jequiá da Praia vai providenciar abrigos para os moradores durante o período de floração. A proposta da Secretaria de Saúde é evitar que a comunidade ocupe choupa-
Pesquisadores fazem censo Uma parceria entre a Sesau, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Ufal e o município de Jequiá da Praia visa desenvolver pesquisas sobre o tingui. O cronograma prevê, inicialmente, o senso dos moradores para, depois, dar início a coletas de sangue e estudos da vegetação. “A Sesau esteve em Lagoa Azeda e colheu as primeiras informações sobre o fenômeno com os moradores. A próxima etapa caberá à Secretaria de Saúde do município, que fará um inquérito com a população sobre o fenômeno. Nós queremos nos municiar de informações nesta primeira fase”, explica a diretora de Vigilância em Saúde Ambiental da Sesau, Elisabete Rocha. A diretora afirma que, após a listagem dos moradores do povoado que tiveram doenças decorrentes do tingui, será feita coleta de sangue para que o órgão possa verificar se há alguma alteração imunológica. “Todas as amostras serão levadas para laboratório, onde passarão por análises. Só então nós saberemos quais os efeitos da moléstia no organismo humano”, acrescenta. Embora ainda não tenha a confirmação, Elizabete explica que é provável que o tingui seja causado pela proliferação de algas azuis, que liberam substâncias tóxicas. No entanto, ressalta que esta é uma conclusão preliminar, sem que nenhuma pesquisa aprofundada tenha sido feita e levando em consideração apenas os relatos de moradores da comunidade sobre o problema. “É prematuro precisar o que favorece o surgimento do tingui. No entanto, os levantamentos iniciais apontam para a proliferação de cyanobactérias. Caberá à Ufal se debruçar sobre o assunto e desenvolver pesquisas que direcionem as ações que serão adotadas em parceria pelas secretarias de Saúde do Estado e do município a partir de agora”, informou a diretora da Sesau. Ela lembrou que as doenças provocadas pela proliferação de algas são relativamente novas em Alagoas, pois não há relatos históricos do problema e esse é um dos principais fatores que devem dificultar o atendimento imediato dos pacientes. A diretora explica que as pesquisas não têm data prevista para conclusão e poderão levar tempo até serem concluídas. “É um fenômeno novo em Alagoas e nós vamos iniciar os estudos da estaca zero. Teremos que obedecer a todas as normas de pesquisa científica para podermos desenvolver meios de reduzir o impacto sofrido pela população. Será um trabalho minucioso, que poderá levar tempo. As pesquisas serão feitas em parceria com a Ufal”, concluiu a diretora. (E.A.)
nas, que, segundo ela, não dispõem de infraestrutura elementar, como banheiros e água encanada. “As choupanas não são indicadas para abrigar os moradores da comunidade. O nosso objetivo é criar locais que disponham de água encanada e banheiros, para evitar o surto de outras doenças. No entanto, nós vamos aguardar a conclusão de pesquisas científicas para que saibamos um pouco mais sobre o fenômeno e possamos elaborar estratégias de ação”, ponderou Carnaúba. (E.A.) Fotos: Marco Antônio
População de Lagoa Azeda é praticamente toda afetada pela ocorrência do tingui
CIANOBACTÉRIAS Cyanobacteria (do grego: cyano, azul + bacteria, bactéria) é um filo do domínio Bacteria, popularmente denominado cianobactérias ou algas azuis. Foram durante muito tempo classificadas como algas, mas, atualmente, sabe-se que estes organismos não têm relação filogenética com qualquer dos grupos de algas e encontram-se como uma divisão dentro do domínio Bacteria.
Especialistas desconhecem o fenômeno
Problema é conhecido no Rio de Janeiro
Os sintomas provocados pelo tingui são desconhecidos, inclusive, por alguns especialistas. Médicos e biólogos confirmam que ainda há poucos relatos sobre o problema e dizem que se faz necessário um maior investimento em pesquisa para descobrir não apenas a origem, mas o tratamento das doenças. A bióloga Aliete Bezerra, que integra a Organização Não Governamental (ONG) Salsa de Praia, diz que os relatos dos moradores de Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia, são os primeiros sobre algas azuis em Alagoas. Ela conta que não tinha conhecimento do fenômeno e lembra que o Litoral Norte do Estado registrou a chamada maré vermelha.
O problema enfrentado pelos moradores de Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia, com a proliferação de cyanobactérias, é conhecido de outros centros urbanos. No ano passado, uma faixa de oito quilômetros do litoral do Rio de Janeiro foi contaminado com substâncias tóxicas liberadas pelas algas azuis. O Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro informou que a situação foi controlada após o acompanhando e monitoramento do complexo e a realização de biotestes para se verificar a liberação de toxinas para a água. As pesquisas revelaram que não foi detectada nenhuma concentração de toxinas. O órgão explicou que, para que o nível de toxina apresente riscos à saúde é necessário que muitos microorganismos se rompessem ao mesmo tempo. (E.A.)
“Em Alagoas, não havia tema e afirma que a descoregistro de liberação de to- berta do problema é algo xinas por cianobactérias, as recente. “De fato, chamadas algas azuis. Não nunca ouvi falar tenho conhecimento nesse tipo de prosobre o fenômeno, blema no mas vou pesquiEstado”, complesar e me inteirar. ta. “Em O único registro Para a diretora que há no Estado de Vigilância em Alagoas, é da maré vermeSaúde Ambiental, não havia lha, que aconteceu da Sesau, Elisabete registro de no Litoral Norte Rocha, o fato de há alguns anos”, especialistas destoxinas por informou a bióloconhecerem o fecianobacga. nômeno se deve a térias” O médico inpouca procura por fectologista José postos de saúde Maria Constan durante o período também revela crítico do tingui. Ela que nunca ouviu explica que se quer a falar em intoxicaSecretaria de Saúde do mução pelas algas azuis em nicípio tinha conhecimento Alagoas. Ele conta que não do problema, que acontece conhece estudos sobre o há várias décadas. (E.A.)
Choupanas já viraram tradiçaõ para a comunidade de Lagoa Azeda
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Excessos podem causar traumas ao folião Especialistas alertam para as dores causadas pelo desgaste durante esforço físico antes e nos dias de Carnaval Fotos: Laryssa Fontes / Estagiária
Valdete Calheiros Repórter
“É de fazer chorar / Quando o dia amanhece / E obriga o frevo acabar / Oh quarta feira ingrata / Chega tão depressa / Só pra contrariar...”. A letra da música Quarta-feira Ingrata deverá ser cantada por muitos foliões no próximo dia 9 de março, quando o Carnaval já vai fazer parte de um passado dolorido (para alguns) devido aos excessos físicos cometidos. Durante os quatro dias de Carnaval, festa mais animada do calendário nacional, milhares de pessoas cometem pecados e exageram na alimentação, ingestão de bebidas, noites insones e esforço físico. Para que os exageros não causem consequências à saúde e possam associar a lembrança da Festa de Momo às dores musculares, em especial aos mais sedentários, é preciso se precaver para evitar quedas e lesões. A animação e o exagero físico são tantos que muitos foliões despreparados terminam o Carnaval antes dos quatro dias de festa por falta de condições de continuar no ritmo da festa.
Corrida para o corpo ideal para a festa: é preciso cautela
Marco Antônio
Fernando Toledo compara folião a atleta de final de semana
Laura conta que às vésperas do Carnaval, academias ficam lotadas
As vezes o atleta pré-carnavalesco se adapta à rotina de exercício
“Overtraining” resulta em câimbras
Roupas leves e preparação física
Resultados exigem mais empenho
Os foliões que decidem pas- Ou ainda as adolescentes que, por sar os quatro dias a todo vapor uma vaidade prejudicial, correm e sem impor limites ao próprio atrás de trios elétricos ou pulam corpo, correm o risco de sofrer le- horas em blocos carnavalescos de sões dos tendões dos pés, torno- salto alto ou sandália plataforma. zelos e joelho; inflamações das Amelhor companhia para os pés articulações dos joelhos, tornozenesta época são os tênis los e pés; lesões musculae, de preferência, com res e câimbras, semeamortecedor e a parte lhantes às lesões do tipo posterior do tênis mais “Se não “overtraining” ou em alta que a anterior para uma tradução livre, exajudar no impulso. São houve cesso de exercícios. cuidados que vão livrar preparo, a o folião do risco de uma O ortopedista e méopçao é dico do esporte, Sergio lesão músculo-esquelétiToledo Barbosa, fez uma iniciar ritmo ca”, alertou. relação entre os atletas Segundo Sergio Toa passos ledo, de final de semana e os quem caminha lentos” foliões que se esforçam pelo menos 30 minutos fisicamente durante três vezes por dia ajuda quatro dias a cada ano. a minimizar problemas Os riscos para essa como esses. O sedentarismo, exturma são muitos: entorse no tor- plicou o ortopedista, é o maior nozelo, distensão muscular de inimigo da saúde. coxa, muscular da coluna são al“Se não houve jeito para o foguns dos exemplos. O médico lião se preparar antes e se a peslembrou que os mais jovens não soa realmente tiver uma vida seestão a salvo das consequências dentária, a única opção é iniciar de um ritmo exagerado de o ritmo carnavalesco a passos Carnaval. “É comum ver muitos lentos. Caso vá sair no bloco façajovens dividirem uma casa de ve- o andando em ritmo lento como raneio e dormirem praticamente um passeio, por exemplo, e deno chão, de qualquer jeito, sem pois inicie a caminhada a passos observar a adequação do colchão. mais rápidos”, ensinou. (V.C.)
De qualquer forma, inde- quatro meses antes da festa carpendente dos exageros físicos navalesca”, orientou. e do condicionamento do Laura Cavazzani contou corpo, é fundamental lembrar que, às vésperas do Carnaval, que no Carnaval, para acom- ou mesmo do verão, a sala de panhar o ritmo da folia, é im- musculação e as aulas de dança portante a escolha das roupas com as coreografias que devem ser leves e das músicas mais toconfortáveis e do tênis cadas durante o Caradequado. Além disso, naval chegam a ficar para suportar o calor, “Ideal é que lotadas. “Os alunos ida a sem desidratar, é imque procuram a acaacademia demia às vésperas do portante não esquecer de ingerir líquidos, em aconteça de Carnaval, a fim de esespecial, água, frutas e culpir o corpo e mos3a4 muitas fibras, além do trar uma silhueta enmeses uso do protetor solar e xuta em poucos meses, antes do querendo resultados chapéus. carnaval” rápidos, certamente, Aprofessora de ginástica, Laura Cavazirão extrapolar os limizani Duarte explicou tes do próprio corpo, o que, muitas pessoas que é muito perigoso para a começam a frequentar saúde”. academias de ginástica para Ainda segundo a profesperder peso, entrar em forma sora de ginástica, os exagee ganhar massa muscular para ros físicos geram diversos o Carnaval. “O que muitas não prejuízos à saúde como, por sabem é que não adianta tanto exemplo, as lesões e dores esforço apenas dois meses antes musculares e articulares, disdo Carnaval. É praticamente túrbios do sono, principalimpossível alcançar tais propó- mente a insônia e cansaço sitos em um curto espaço de exagerado, que podem impetempo. O ideal é que a ida à dir a execução das demais atiacademia aconteça de três a vidades diárias. (V.C.)
Os problemas causados por meio da melhoria no pelos excessos físicos acon- condicionamento físico, tecem porque a maioria das além do respiratório e carpessoas quer resultados díaco. Há também, segunimediatos, explicou Laura do ela, o fortalecimento Cavazzani. “Portanto, inde- muscular e o ganho de flependente da motivação em xibilidade com o iniciar alguma ativialongamento. dade física é impresA professora cindível ter a orienlembrou que o intetação de um profis- “A atividade ressante é que a prásional de Educação física deve tica de atividade fíFísica, pessoa capasica torne-se um háser tão citada a planejar um bito não somente no natural programa de exercíperíodo que antececios físicos ideal de as comemoraquanto para as necessidades “A atividade fíescovar os ções. e capacidades de sica deve ser encadentes” cada pessoa. rada como uma atiA programação é vidade diária tão feita a partir de tesnatural quanto escotes que podem indivar os dentes e tomar car a melhor intensidade e banho”. o volume de exercícios, A busca por um corpo além do acompanhamento perfeito às vésperas do na execução dos mesmos”, Carnaval, entretanto, acaba explicou. trazendo mais benefícios do De acordo com a profes- que se imagina. Laura Casora, com a prática regular vazzani disse que a maioria e orientada pelo profissio- dos alunos “pré-carnavalenal de Educação Física, scos” acaba se adaptando à serão inúmeros os benefí- rotina de exercícios e percecios ao organismo, como bendo a importância da prábem-estar físico e mental, tica física para a saúde. (V.C.)
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Fotos: Larissa Fontes/Estagiária
Casas com conforto e luxo chegam a custar R$ 4,5 mil, o aluguel, só para os quatro dias de carnaval
Os imóveis mais simples e em bairros periféricos não saem por muito menos: até R$ 3 mil para o período
Indústria do Carnaval lucra alto em AL Consumidores não economizam para aproveitar tudo que Alagoas tem a oferecer durante a festa mais animada do ano Elisana Tenório Repórter
A indústria do carnaval fatura pesado em Alagoas, apesar de o Estado não ter fama de angariar foliões para cair no frevo. Pelo contrário, quem chega aqui, geralmente está consciente de
que passará uma temporada de Momo para curtir quatro, cinco dias de sombra e água fresca. No entanto, esses ‘foliões’ não hesitam em gastar para ter direito a descanso e lazer, regado a luxo, conforto, segurança e, acima de tudo, tranquilidade. Talvez o melhor exemplo
disso seja o balneário de Barra de São Miguel, no Litoral Sul de Alagoas, localizado a 33 quilômetros de Maceió. Lá, visitantes nacionais e estrangeiros não titubeiam em pagar para passar bem. Durante o carnaval, todos os segmentos são aquecidos. Po-
rém, o boom imobiliário verificado é de espantar. Imóveis avaliados, em dias comuns, por R$ 300 são alugados, durante o festejo carnavalesco, por até R$ 3 mil. Mansões e casas de luxo parecem pertencer a um universo paralelo. É comum desembolsar, por exemplo, R$ 20 mil, R$
24 mil por imóveis localizados em condomínios e loteamentos sofisticados. “Aqui na Barra de São Miguel se aluga imóveis de duas formas: de janeiro até agora, ou seja, no período que dura a alta temporada, ou durante os festejos carnavalescos. É nesta época que a cidade
ganha dinheiro”, atesta a corretora de imóveis Silvânia Silva. Ela conta que a imobiliária em que trabalha possui uma média de 70 casas cadastradas. Esta quantia, porém, se modifica muito, já que a cada dia há casas sendo alugadas ou sendo entregues aos seus proprietários.
Aluguel de casas simples por R$ 4 mil Extra-oficialmente, há uma espécie de tabela que direciona os contatos imobiliários locais. Por exemplo: durante o carnaval, imóveis mais simples, com três ou quatro quarto, sem piscina e em locais considerados periféricos na Barra de São Miguel são avaliados em R$ 3 mil a R$ 4 mil reais. O público-alvo destas casas para os festejos momescos é formado por estudantes universitários que não possuem renda própria, ou seja, dependem dos pais para ‘rachar’ suas temporadas de descanso e lazer. Já as casas que possuem piscinas, churrasqueiras, ar-
condicionados nos quartos, mas estão localizadas em condomínios, saem na faixa de R$ 3.500 a R$ 4.500. O preço fica um pouco mais alto se residências com estas características não estiverem situadas em condomínios fechados, pois os foliões entendem que terão mais privacidade. O auge do investimento imobiliário são os imóveis considerados de alto luxo localizados em áreas nobres, como os loteamentos Barra Mar e Praia Bonita. “Estes estão avaliados em aproximadamente R$ 20 mil, para os quatro dias de carnaval”, contou Silvânia. (E.T.)
Casal fatura R$ 22 mil e vai para NY Os proprietários dessas mansões faturam muito e não têm vergonha disso. É o caso de um casal de publicitários que prefere não se identificar, mas não se importam em falar da margem de lucro a qual tiveram acesso. Eles alugaram a casa por R$ 22 mil e, com o dinheiro, fecharam um pacote de viagem e vão curtir o carnaval em Nova Iorque. “Vou com a minha consciência tranquila, pois sei que o investimento em imóveis é um dos mais rentáveis”, avaliou. Para que não haja prejuízo para nenhuma parte, os “con-
tratos carnavalescos” são fechados com excesso de detalhes. Acorretora Silvânia Silva conta que, no momento do de fechar negócio, o inquilino precisa desembolsar 50% do montante do aluguel. Além disso, é preciso também passar um ‘cheque caução’, também no valor de 50% do aluguel. “Isso representa a garantia de que o proprietário não terá prejuízos financeiros, caso ocorra danos na estrutura física do imóvel. Porém, caso não haja imprevistos, o cheque é devolvido após vistoria na residência”, garantiu Silvânia Silva. (E.T.)
Impostos embutidos
Secretário de Turismo da Barra de São Miguel diz que festa gera emprego para vários setores da economia
Festa injeta dinheiro em vários setores Mas não é só o setor imobiliário que lucra nas cidades balneárias alagoanas durante o carnaval. Nesta temporada, parece que todos os ventos sopram a favor na Barra de São Miguel, Barra de Santo Antônio, Maragogi, Japaratinga, Paripueira e outras cidades litorâneas do Estado. De acordo com o secretário municipal de Turismo da Barra de São Miguel, Lamartine Mesquita Júnior, um pouco mais de mil empregos diretos e 3000 empregos indiretos serão oferecidos no feriadão da próxima semana. E neste pacote estarão en-
volvidos todos os segmentos: moradores, prefeitura, empresários e os ambulantes, através do comércio informal. “Toda a estrutura da cidade aumenta e prospera: limpeza urbana, coordenação de blocos independentes, hotéis, pousadas, restaurantes e, com isso, são assinados contratos temporários com vario profissionais, como copeiros, garçons, secretárias do lar, seguranças, monobristas, médicos e demais profissionais da saúde, piscineiros, churrasqueiros, bandas musicais, dentre outros”, exemplificou Lamartine, acrescentando que, para o Car-
naval, a prefeitura está investindo mais de R$ 300 mil. O prefeito de Paripueira, Abrahão Moura, também se diz satisfeito com a perspectiva de faturamento. Como já é tradição, a cidade balneária deverá estar lotada durante os festejos. “Já contamos com um acréscimo na economia do município em vários setores: o comércio já começou a estocar mercadoria para receber a multidão que chegará por aqui”, declarou, acrescentando que a perspectiva é de que os 11 mil habitantes se transformem temporariamente em 100 mil. (E.T.)
Apesar da disposição para gastar, é preciso ficar atento aos preços dos produtos típicos do carnaval. Uma pesquisa recente, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) comprova que a maioria das mercadorias consumidas nesta época do ano chegam até as pessoas ‘fantasiadas’ de tributos embutidos. A cerveja, por exemplo, é um dos que mais têm impostos: 54,80% vai para os cofres públicos. Outros produtos que chegam com encargos: água mineral e refrigerante (43,91%); água de coco (34,13%); adereços (33,91%); fantasia (36,41%). Já acessórios mais simples, como colares havaianos (45,96%), máscaras de plástico (43,93%) e biquínis com lantejoulas (42,19%) estão entre os 10 itens pesquisados. (E.T.)
Maceió é refúgio para quem quer fugir da folia
Silvânia: alta temporada e carnaval é tempo de ganhar dinheiro
Maceió também está inserida entre as cidades alagoanas que irão faturar com o carnaval. Mesmo sem tradição momesca, a rede de hotéis localizada no município manterá um alto índice de ocupação. A pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas (ABIH-AL) constatou que dos 28 hotéis sócios entrevistados, a media da taxa de ocupação para o carnaval ficará em 98,15%. E deste montante, apenas quatro empreendimentos estarão entre 80 a 95%. O restante estará em 100%, como é o caso do Hotel Ponta Verde, que não dispõe de nenhuma vaga para as festas de Momo. Para a secretária Municipal de Promoção de Turismo (Semptur), Claudia Pessôa, Maceió já um destino consolidado no carnaval, já que se tornou referência para turistas que querem fugir da folia e buscar tranquilidade. “Desde o ano passado, a
cidade ganhou novos hotéis, au- Aracaju, Salvador e Recife. Para mentou sua capacidade de leitos, a gerente do hotel, Karen Stank, ou seja, está recebendo mais tu- o período do carnaval é um dos ristas e mantém excelente taxa melhores – “Maceió é conhecido de ocupação no período carna- com destino sem carnaval. O tuvalesco”, disse Cláudia Pessôa. rista vem descansar, quer sol e Na pesquisa da ABIH, os homar e ficar longe da téis de 5, 4 e 3 estrelas, além folia”, explica Karen. dos resorts e pousadas O diretor do Hotel não têm mais vagas para Ponta Verde, Mauro Vaso Carnaval, e os poucos concelos, também confirleitos que restam até a ma que os turistas que Taxa de próxima sexta-feira de a capital alagoana ocupação vem carnaval devem ser ocuquerem paz. “Recebeestá em mos turistas de todo canpados com os turistas que viajam de última hora. to, principalmente de São mais “Estes turistas geralmenPaulo, Recife e Salvador. de 98% te são da própria região Eles fogem da folia para do Nordeste, que não facurtir as praias”, conta. zem reservas nos hotéis e Sol, mar e tranquiliviajam de carro. Tradiciodade são também as proposnalmente eles ajudam a tas das agências de receptivo de completar a taxa de ocupação Maceió, que vendem pacotes de em 100%”, explicou a secretaria. passeio para o litoral norte e sul Até Quarta-feira de Cinzas, de Alagoas. Segundo o presidenos 195 apartamentos do Radisson te da Associação Brasileira das Maceió estão lotados com turis- Agências de Viagens (Abav), tas de São Paulo, Belo Horizonte, Carlos Palmeira, as agências
neste período só levam para as cidades que não têm carnaval. “Os pacotes mais vendidos são Dunas de Marapé, city tour em Maceió, Maragogi e as piscinas naturais de Paripueira (durante o dia) porque não tem carnaval. Acapital alagoana é o paraíso dos sem carnavais, os turistas”, disse Palmeira. Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Junior Brandão, os turistas que vêm passar o carnaval em Maceió deixam a economia destes empreendimentos mais aquecida. “Alguns fecham porque o alagoano não frequentam, mas os turistas nessa época são os principais clientes dos bares e restaurantes de Alagoas”, disse Júnior. Segundo pesquisa do Ministério do Turismo, no ano passado, a gastronomia de Maceió é o segundo motivo para viajar para a capital alagoana, que perde apenas para as belas praias. (E.T.)
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Na década de 1950, a movimentação era grande ainda com nome de antigo governador do Estado
Fotos: Carlos Alberto Jr.
Hoje, continua ponto certo para quem vai ao Centro comercial mesmo sem estar do jeito que deveria
NO CORAÇÃO DE ARAPIRACA
Praça Marques faz história na cidade Milhares de pessoas circulam todos os dias pelo local sem lembrar que foi alí onde tudo começou há 86 anos Carlos Alberto Jr. Repórter
ARAPIRACA - A Praça Deputado José Marques da Silva, localizada no Centro, aliás no coração financeiro de Arapiraca, continua sendo uma dos pontos de maior movimentação da segunda maior cidade de Alagoas. Cercada de um lado pela Avenida Rio Branco e do outro pelo Largo Dom Fernando Gomes e Rua Estudante José de Oliveira Leite, sem esquecer as lojas, lanchonetes, dos hotéis, bancos e tantos outros pontos comerciais, além dos inúmeros ambulantes e vendedores dos mais variados produtos, incluindo os piratas. Durante o dia, a praça é agitada, com seus milhares de pe-
destres circulando num vai-evem frenético e quase ritmado. Cada um tem seu compromisso, sua obrigação, sua pressa, a ponto de sair de uma das duas agências bancárias que margeiam o logradouro com bolsas abertas ou tropeçar numa das pedras portuguesas soltas. Pelos recantos da praça ouve-se e se vê de tudo, crianças e adultos pedintes, vendedores ambulantes, desocupados sentados a admirar a paisagem urbana da cidade com ar de metrópole e até ousados e desinformados ciclistas desviando entre os pedestres em plena luz do dia ou da noite. Quando as lojas começam a descer as portas, encerrando mais um dia de labuta, tudo muda na praça. Outros comér-
cios aparecem, outras figuras circulam, outros sons são ecoados em seus limites que vão ao encontro do Largo Dom Fernando Gomes, onde fica localizada a Concatedral de Nossa Senhora do Bom Conselho. Por incrível que pareça, a praça já teve ares de parque com muitas árvores e plantas. Antes de ser o que é hoje, havia no local uma cacimba que servia para atender a pequena população que começava a povoar o recém-criado município nos idos de 1930. Nos dias atuais, o que se vê é um lugar precisando urgente de mais atenção do poder público. Na opinião do professor aposentado José Elias de Sá, de 79 anos, que freqüenta a praça praticamente todo final de tarde
para papear com os amigos, a Marques da Silva está suja e abandonada. “Esta praça já foi muito bonita. Hoje ela está carente e feia. Acho que a prefeitura precisa olhar para cá também. Se ficar como as outras que foram reformadas a gente vai agradecer”, disparou. Nos últimos anos, as principais praças da cidade foram reformadas pela prefeitura municipal. A última delas, reinaugurada no dia 29 de outubro de 2010, foi a Luiz Pereira Lima, mais conhecida Praça da Prefeitura de Arapiraca, também no Centro. Porém a Praça Marques da Silva não entrará no projeto de padronização, de acordo com a secretária municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Caroline Albuquerque.
“O que será feito, já nos próximos meses, é uma recuperação da praça [Marques da Silva]. Não haverá troca de piso, por exemplo. Trocaremos a iluminação, faremos a recuperação de alguns trechos. Esse projeto está em fase de estudos pela prefeitura, porém a intenção é do prefeito [Luciano Barbosa] é padronizá-la, porém isso vai exigir mais recursos”, explicou. A comerciária Josiane Cardoso, de 38 anos, afirma que, o ambiente da praça está bem diferente e sente saudades da adolescência, quando junta com amigas de colégio passeava pela praça. “A gente vinha para cá nos sábados à tarde. Era muito bom. Tinha o cinema e aqui era mais tranquilo. Hoje, sempre saímos do trabalho em grupo
para evitar assalto. Outro dia uma amiga foi assaltada aqui por volta de sete horas da noite. Nem sempre os policias estão aqui pela noite”, concluiu, após assustar-se com um funcionário de uma loja de confecções fardado jogando alguns sacos de lixo próximo ao local da entrevista. Sobre esse assunto, a secretária Caroline Albuquerque afirma que, após a reforma, se houver necessidade, a prefeitura vai contratar segurança particular para cuidar do patrimônio do local e também dos pedestres. “Isso já acontece no Parque Ceci Cunha e na Praça da Prefeitura. Ainda não decidimos se esse tipo de segurança também será usado na Marques da Silva”, concluiu.
Mulher usa megafone para pedir Ao longo de duas semanas, a reportagem do O JORNALpercorreu a praça Deputado José Marques da Silva, dias e noites, em busca de personagens reais que pudessem retratar o que é o local de fato. E eles apareceram e foi aos montes, como não poderia deixar de ser. Como toda cidade que se torna grande, Arapiraca, pode-se dizer, tem todas as tribos e todos os problemas, se assim pode-se dizer. A praça reúne um pouco de cada, também durante as noites. Figuras interessantes, intrigantes, desafiadoras, marginais. Todas e mais outras a ser mantidas sob “anonimato jornalístico” foram encontradas. Porém fica difícil adjetivar tanta gente, tanta pluralidade junta num só local, embora não se misturem em palavras, apenas em olhares sorrateiros. Dona Maria Aparecida Souza,
de 42 anos, foi, de fato, a responsável para a produção desta reportagem. Sempre sentada numa cadeira e valendo-se de um megafone, ela passa os dias pedindo esmolas num dos recantos da Praça Marques. Por ser trajeto diário e quase constante da equipe de reportagem, a figura atrai olhares de todos que passam perto. Aos 12 anos, ela, que sofre de epilepsia, teve um ataque e acabou caindo e batendo numa panela com água fervente que estava no fogão sofrendo queimaduras da face ao quadril. O resultado são cicatrizes que praticamente deformaram todo o lado direito do seu rosto e falha nas cordas vocais. Ela disse que sua imagem ainda assusta muita gente. “Uma vez cheguei no interior de Sergipe e ninguém me dava esmolas porque disseram que eu era uma bêbada”. Natural de Geremoá, no in-
terior da Bahia, ela disse que percorre cidades com uma comadre, sendo a primeira vez que está em Arapiraca. Na cidade ela diz ficar numa pousada no Centro, onde paga R$ 20,00 por dia. As esmolas rendem, em média, R$ 30 ou R$ 40 por dia. O uso do megafone veio após ganhar de um tio, já que, segundo ela, “se apenas pedir esmolas com a boca, o povo não dá valor”. Em sua terra natal ela deixa seu único filho de 11 anos sob os cuidados de uma tia. “Sinto muitas saudades do meu filho. Semana que vem a gente vai voltar e vou abraçá-lo muito. Só peço esmolas porque não sou aposentada e tudo mudou quando meu pai morreu, uns cinco anos atrás”, finalizou, já emocionada e pegando, mais uma vez, o “instrumento” de trabalho. (C.A.J.) Continua nas páginas A22 e A23
Dona Maria, portadora de epilepsia, saiu da Bahia para pedir ajuda na Praça Marques da Silva
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Durante a noite, a praça tem sua rotina transformada, mas a movimentação de pessoas é constante
Artesãos descobrem Arapiraca “A fim de comprar uma pulseira ou fazer uma tatuagem de rena, meu brother?”. Essa pergunta despertou a atenção da reportagem do O JORNAL na tarde de quintafeira passada. O mineiro da cidade de Uberlândia, de sotaque arrastado e cabelos do tipo rastafare, Gean Câmara, de 23 anos, aborda as pessoas que transitam pela Praça Marques, sem parar de mexer no arame. As mãos sujas e cheias de calos refletem o trabalho árduo de fazer arte. Gean estava acompanhado pela esposa, a comunicativa Carolina Reis Gonçalves, ou simplesmente Carol, como pediu para ser chamada e pelo filho de apenas dois anos que dormia imune à confusão de gente e sons que o cercava às duas horas da tarde. Mesmo conversando com a reportagem, a artesã é hábil no traçado das linhas que, em poucos minutos, transformam-se em pulseiras, brincos e colares. Natural de Araguari, também em Minas Gerais, Carol chegou pela primeira vez em Arapiraca há cerca
de duas semanas. “Estou gostando daqui. É melhor do que Maceió. O pessoal para e compra. A gente faz todo dia, no mínimo, R$ 50,00. Tem cidade onde a gente não pode trabalhar. Chegam logo os guardas e dizem que a gente não pode ficar ali”, esclarece. O casal sempre viaja pelo Brasil acompanhado dos amigos, também casados, Wyllyanna Guignoni, ou Lili, de 19 anos, e Alan Kardec, que prefere ser chamado de “Cabrunco”, de 25 anos, graças às madeixas no estilo “Black Power” bastante popular nos anos 70. Naturais de Aracaju, capital de Sergipe, os dois também percorrem o Brasil mostrando suas artes. “Já conhecemos quase todos os estados. Só faltam os da região Sul e alguns do Norte. Nosso trabalho tem um público vasto. O pessoal quando para já sabe o que vai comprar e aqui a diferença está em nosso visual. Me sinto como uma atração”, diz a artesã. De fato. Dezenas de pessoas pararam para acompanhar o trabalho e a entre-
vista. Embora não tenham uma residência fixa, os quatro consideram-se como famílias normais. “Não largo essa vida por nada. A gente faz nossa história viajando pelo Brasil e mostrando nosso trabalho. Vivemos com pouco, mas vivemos felizes. Tenho meu filho, minha mulher, faço meu trabalho desde os 16 anos”, afirma Gean revelando, ainda, que seu sonho maior é conhecer países da América do Sul através do artesanato. Em Arapiraca os jovens artesãos, tratados entre eles como “duristas”, ficam “hospedados num dos recantos do Parque Ceci Cunha. À noite, quando encerram a jornada de trabalho, eles montam as barracas e tomam banho em uma torneira e às pressas, por causa de um “cara” que não permite a higiene. O próximo destino dos jovens artesãos já estava traçado. Ainda hoje eles estão chegando na capital pernambucana onde pretendem passar o carnaval, mas trabalhando.
Jornada noturna é movimentada
Carolina saiu de MG para vender seus produtos na Praça Marques
Durante a noite, um comércio, digamos alternativo, invade alguns recantos da Praça Marques. Além das três lanchonetes, os vendedores de DVD pirata só esperam as lojas fecharem as portas para expor seus produtos que têm clientes cativos. O ambulante José Firmino, de 25 anos, vende seus DVDs e CDs piratas no local há cerca de dois anos. A diversidade de títulos é grande. Graças ao comércio ilegal ele garante o sustento dos dois filhos e da esposa que está desempregada há seis meses. “Não posso reclamar. Ao menos minha família não passa necessidade”, afirma. Mais alguns passos e se vê o famoso espetinho na outra extremidade da praça. O dono da barraca, o aposentado por invalidez José Miguel da Silva, de 42 anos, fica no local todos os dias, menos aos domingos, quando descansa com a família. “O pessoal gosta de comer um espetinho quando sai do trabalho”, disse revelando, sem precisar valores, que fatura mais de um salário mínimo por mês com o negócio. (C.A.J.)
Ambulantes viajam pelo Brasil e param na praça de Arapiraca; clientela gosta e compra os produtos
Bancos da praça atraem solitários O hotel localizado na Marques da Silva é um dos prédios mais antigos do local. Do alto dos seus sete andares podese ter uma visão privilegiada de parte da cidade. O clima ameno da noite no Agreste alagoano pesa quando se pisa no calçadão da praça. Aos arredores da praça destacamse, ainda, o antigo cinema Trianon – hoje uma igreja evangélica -, e um banco privado. Graças aos hóspedes, geralmente vindos de outros Estados, que lotam o estabelecimento durante os dias úteis, a oferta de um comércio diferenciado é observada nos bancos próximos.
Com movimentos e comportamento discretos, a clientela masculina do hotel, com idades variadas, sem contar o estado civil, gosta de aproveitar a estada na antiga Capital do Fumo com uma companhia nativa. Tudo começa com olhares mais atentos ao que acontece ao redor e é fácil encontrar moças e também rapazes que se prostituem e usam o local para encontrar seus clientes. A jovem, identificada como Bella - nome escolhido, segundo ela, por ser fã do filme Crepúsculo -, descobriu essa forma de ganhar dinheiro graças a uma amiga que já se casou há poucos meses. No
auge dos 19 anos, a morena diz que chega a faturar R$ 100,00 em noites de movimento. Ela cobra, em média, R$ 25,00, por programa, “mas o preço pode variar se o cliente quiser coisa diferente”, afirmou a jovem sem deixar de prestar atenção em quem passa ao redor. “Outro dia um rapaz de São Paulo, até bonito ele, disse que queria ‘fazer’ com um homem e perguntou se eu conhecia alguém. Não deu outra. Peguei o celular, liguei para um amigo gostoso que tenho e ele chegou em pouco tempo. Sei que no outro dia ele estava com 100 ‘conto’ no bolso”, revelou aos risos. (C.A.J.)
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Praça foi cenário da história em AL A Praça Deputado José Marques da Silva representa uma parte importante na história de Arapiraca desde a fundação da cidade por Manoel André. O local já foi cenário de movimentos importantes em épocas distintas, ao longo dos 86 anos de emancipação política do município. Nascida como Rua Nova, nos idos de 1920, tornou-se praça anos depois recebendo o nome de São Sebastião, graças à igreja construída em suas imediações. Depois passou a chamar-se Gabino Besouro, ex-governador de Alagoas, e, por volta da década de 1960, foi rebataizada com o atual nome, como forma de homenagear o deputado estadual por Alagoas brutalmente assassinado em 1957. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, em 1942, uma manifestação, conduzida por mulheres, tinha como objetivo arrecadar agasalhos para os pracinhas da Força expedicionária Brasileira (FEB) que estavam lutando na Itália. No mesmo ano, a praça foi palco para o primeiro desfile estudantil de Arapiraca. Até hoje o desfile acontecem no local. Nos idos de 1950, ainda existiam muitas árvores nativas, em cujas sombras os feirantes colocavam carros de boi, amarravam animais, e a meninada da época brincava diariamente. Na rua Nova existia um viçoso Pau D’arco próximo à Igreja de São Sebastião, e um frutífero Genipapeiro, em frente a casa de Tibúrcio Valeriano. O historiador José Gomes Pereira, popularmente conhecido por Zezito Guedes, foi aluno do professor José
Marques da Silva e é uma em Arapiraca. fonte viva de conhecimento A estatura média e a voz sobre a breve história de em tom cortês, além do proArapiraca, seus recantos e fissionalismo, logo conquistapersonagens. Nascido na ram a simpatia e a confiança Paraíba, mas reside em da população. No mesmo ano Arapiraca desde os seis anos. casou-se com a farmacêutica Portanto, um arapiraquense Maria Vieira e associou-se, de coração, como define-se. na abertura de uma farmáZezito Guedes possui cia, ao líder político de opoLicenciatura em Letras pela sição, José Lúcio de Melo. Universidade Estadual de Não demorou muito e acaAlagoas, foi professor uni- bou sendo convencido a canversitário, escultor, cronista, didatar-se a deputado estapoeta popular, sócio-fun- dual vencendo as eleições dador da Academia Arapi- com uma expressiva votação. raquense de Ciências e LeO seu assassinatras, membro da Assoto ocorreu nas imeciação Alagoana de diações da hoje Imprensa, além de Avenida Rio Branco, protético. Graças a que margeia a praça Assassinato que hoje leva seu ele e suas pesquisas, o município consedo deputado nome. O motivo foi gue manter viva a Marques da a defesa constante sua memória. dos interesses do Silva chocou povo gerando ciúSegundo ele, a a popuPraça Marques, mesmes em seus oposimo abandonada, tores que tramaram lação, em continua sendo o sua morte. O crime 1957 principal ponto de ocorreu em plena Arapiraca. “Foram luz do dia e chocou muitos os acontecia população alagoamentos que marcana na época. O ano era 1957. ram aquele lugar e a O assassinato do deputahomenagem prestada ao pro- do José Marques da Silva enfessor é justa por tudo o que corajou a oposição alagoana ele representou para a cidade. a propor o impeachment do Pena que a memória das pes- governador Muniz Falcão, soas é curta e ninguém hoje responsabilizado pela vítiem dia sabe quem foi ele e o ma por qualquer violência que aquele lugar significa que viesse a sofrer. No copara a história de Arapiraca”, meço da tarde de 13 de seexplicou o historiador. tembro, deputados governistas com metralhadoras sob A HISTÓRIA - José capas de chuva entraram no Marques da Silva nasceu no plenário da Assembléia povoado Canudos, hoje a ci- Legislativa, ocupado por dade de Belém, onde apren- oposicionistas armados. A deu a ler e escrever. Aos 12 fuzilaria durou 10 minutos. anos foi estudar em Maceió. Quando a munição acabou, Prestou vestibular para Me- havia um morto - o deputadicina na Universidade do Humberto Mendes, sogro Federal da Bahia (UFBA). Em do governador - e 12 feridos. 1952, recém-formado, chegou (C.A.J.)
Primeiro desfile estudantil partiu da Praça Marques da Silva e percorreu principais ruas da cidade Carlos Alberto Jr.
Historiador Zezito Guedes foi aluno do médico e professor; para ele Marques da Silva foi um amigo
Deputado Nezinho defende área metropolitana de Arapiraca Da Editoria de Municípios Amanhã, a partir das 8 horas da noite, o deputado estadual Ricardo Nezinho vai reunir-se com a imprensa alagoana para reforçar a criação da Região Metropolitana de Arapiraca e sua importância para as cidades que a compõem e formam um aglomerado de 605 mil pessoas. Em entrevista exclusiva para O JORNAL, o legislador antecipou que vai encabeçar as discussões sobre os benefícios de se fazer parte de uma região metropolitana. “Isso de reflete em mais investimentos, mais recursos
para todas as cidades da região que já integram um grupo, um bloco”, explicou Nezinho. Segundo ele, uma cidade com cinco mil habitantes, por exemplo, passa a ter mais força quando sua necessidade é transformada em necessidade para o conjunto de cidades da região metropolitana. “Vai ficar bem mais fácil a liberação de recursos, por exemplo”, afirmou. Hoje o Brasil possui 39 regiões metropolitanas, o que representa mais de 65 milhões de habitantes. O deputado cita o exemplo da Região Metropolitana de Campina Grande, na Pa-
raíba, onde as cidades vizinhas estão recebendo mais recursos e tendo mais qualidade de vida. “Existem leis que beneficiam apenas cidades com mais de 100 mil habitantes e isso vale também para as área classificadas como regiões metropolitanas”, disse. Pelo fato de Arapiraca estar em franco crescimento nos últimos anos e isso, na opinião do deputado, é fato irreversível, as cidades vizinhas podem crescer também, graças à criação da região metropolitana. Ele citou como exemplo de benefício para todas as cidades a determinação da Agência
Nacional de Telefonia (Anatel) que assegura tarifação normal entre as ligações de uma cidade para outra nessa área. Isso já acontecia na região metropolitana de Maceió. “Trata-se de uma ação que está beneficiando milhares de pessoas, só nesse caso”, diz. “Os gestores municipais precisam ter a consciência de maior união para que o desenvolvimento, através da descentralização de ações, pode ser alcançado de forma simples com a efetivação de ações através da Região Metropolitana de Arapiraca”, concluiu.
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Grand
Monde Por Aroldo Marques
E-mail: harold_marques@hotmail.com
NA LINHA COM GLORIA KALIL, ALÕ, CHICS! Para calcular a TC - taxa de civilidade chequem lista baixo para conhecer doze coisas que isentam do pagamento de gafes , e mostram quanto vocês estão contribuindo para o bemestar público.
O Dep. Estadual Ricardo Nezinho, reúne a impressa alagoana em festa de confraternização e esclarecimentos sobre a Metrópole do Futuro
Os irmãos Mário e Sandro Marroquim, acreditam no desenvolvimento da Metrópole do Futuro e lançaram o empresarial Metropolitan
POR DENTRO & POR FORA
No comando da turma a exigente professora e turismologa Franciane Azevedo, que ministra a matéria gastronomia e gerenciamento de alimentos e bebidas do curso de turismo. A cobra vai fumar na metrópole!
E a coluna que tem como Colunista Social Keka Barbosa, interino convidado pelo confrade Aroldo Marques. Keka é artista plástico e estudante universitário do Curso de Turismo, na Faculdade Fera de Arapiraca.
METROPOLITAN
JANTAR METRÓPOLE O Deputado Estadual Ricardo Nezinho estará oferecendo um jantar metropolitano à imprensa, autoridades e convidados , nesta segunda feira, 28, no sofisticado restaurante Porto Pirá, quando vai explicar o sentido do seu projeto em transformar Arapiraca e a Região do Agreste em metrópole. Será um momento muito importante para o desenvolvimento da cidade.
MONTE CARLO O Hotel Monte Carlo, um dos mais bonitos e aconchegantes de Arapiraca, está passando por uma grande reforma, com mais conforto e luxo, para receber seus hóspedes, visitantes e turistas. É mais um empreendimento de sucesso do empresário Marcos Evangelista Albuquerque.
O contador e educador Jonaths com sua cara-metade, a conceituada e elegante advogada Claudia Lany. Um casal que adora as fervilhadas noitadas arapiraquenses
S. Barbosa, diretora técnica. Aplausos!
BAILE VIP Gente bonita, elegante, autoridades, colunista sociais, socialites, modelos mais e mais. Foi assim o Baile Preto & Branco, promovido pela socialite Rose Carrel, em parceira com a Sepronor , no último dia 19, no Clube dos Fumicultores de Arapiraca, com a Orquestra Villa Lobos e o sambão frevança Patusco de Olinda-PE. Foi um estrondoso
sucesso. Que Rose e Roset, realizam festas e mais festas para a sociedade alagoana.
OLHO NO OLHO Os universitários do curso de turismo da Faculda Fera de Arapiraca estarão realizando um trabalho profissional para saber como é que anda o movimento nos hotéis, bares e restaurantes da cidade. "Vamos estudar quem é bom e bacana no atendimento, conforto, alimentos, bebidas, higiene e cozinha e muito mais".
LACEL Em seu terceiro ano de funcionamento, o Laboratório de Análise Clinica Dr. Edler Lins, o conceituado Lacel de Arapiraca, é sinônimo de excelência e qualidade, e desponta no ranking brasileiro como o melhor por oferecer qualidade de serviço aos seus clientes. Entre os exímios serviços, o Lacel dá um tratamento humano e diferenciado aos seus clientes. Os cumprimentos vão para todos os que fazem a administração Lacel, em particular, ao empresário Laércio Barbosa e a Drª Suzy Meire de
No centro, a diretora Aradisa Rosinha Jatobá ladeada pelos competentes funcionários Daise e Hermes, em festa de Aradisa Classificação Ouro Star Class
Os empresários Mário e Sandro Marroquim estiveram em nossa terra fazendo o lançamento do edifício Metropolitan, no último dia 23. Trata-se de um empresarial com 10 andares de pisos destinados para o público empresarial de saúde, especificamente - cinco andares para categoria médica - e cinco andares para montar escritórios para profissionais de diversas áreas. No primeiro piso, será construída uma requintada galeria para lojas comerciais, restaurante e uma academia. É a Marroquim Engenharia apostando no desenvolvimento de Arapiraca. Sempre!
PULA - PULA O Bloco da Unimed, no comando do médico Lenildo Amorim, ferveu ontem no Carnaval de Rua de Arapiraca. O bloco distribuiu gratuitamente garrafas de academia, água mineral, caldinho e a famosa cachaça Brejo dos Bois. Antes da saída do bloco, o universitário de turismo Charles Unimed, ofereceu um espetacular almoço comecome, e engole panelão em sua residência para os colegas de curso de turismo e da Faculdade Fera de Arapiraca, e seus convidados. O "rasga-rasga" principal foi o temperado galo caipira, com seus deliciosos acompanhamentos. Cervejas super geladas e a fogosa " vem que te quero mais" Brejos dos Bois que rolou até o amanhecer no Lago da Perucaba. A turma amou!!!
1 - Levar cachorros para passear sem esquecer os apetrechos necessários para fazer desaparecer os vestígios fisiológicos que os lulus deixam nas calçadas. Essa dica è especialmente útil para moradores de bairros que se transformaram em "cocòzodromos". 2 - Saber ouvir uma história até o final sem interromper para contar a sua que è muito melhor. 3 - Não confundir casamentos com bailes e vestir-se diferentemente nas duas ocasiões. 4-Falar baixo- até mesmo quando estiver fazendo valer seus direitos. 5 - Respeitar filas - sejam Elas quais forem. 6 - Conter os impulsos assassinos quando estiver dirigindo e principalmente, evitar insultos pesados para não pagar o mico de encontrar com o insultado no jantar que seu novo patrão convidou.
7 - Avisar um amigo que ele se esqueceu de fechar o zíper da calça, que ele está com um verdinho engastalhado nos dentes, que ele se sentou em cima de um chiclete, que o cabelo dele está esquisito. É falta de caridade cristã não fazê-lo. 8 - Respeita faixas de pedestres. 9 - Esperar que as pessoas saiam do elevador antes de ir entrando... 10 - Para homens: ajudar as mulheres a carregar uma mala ou um pacote nitidamente pesados. Elas só não vão gostar se forem tontas. 11 - Para mulheres: fazer um cafezinho para um namorado do colega de escritório. Esta gracinha não faz de vocês pessoas subalternas. É uma gentileza. 12 - Para celebridades não reajam com prepotência às situações difíceis. Nada de '' Você sabe com quem está falando ''. Dizer por favor, e obrigado todas as vezes que a situação pedir. Se vocês disseram sim a pelo menos onze dos doze itens. Então podem freqüentar quaisquer ambientes sociais e humanos.
ESTRAÇALHANTES *No luxuoso Baile Preto e Branco , de Rose Carrel e Roset Silva , um dos mais eufóricos era o cabeleireiro e paparazzo Anthoine, que pulou, dançou, sambou e jogou os confetes e serpentinas do bate-bate do tambor até o amanhecer. *Com a agenda lotada para a folia monesca, o jovem cantor João Felipe, e Banda. Felizes com o sucesso do filho cantor mammy Arlete, e o pai empresário e jornalista
Roberto Baía. Acima, Parabéns. A comunidade civilizada agradece. E vocês sabem: Ninguém é chic se não for civilizado! *Visitar o memorial da mulher, e o museu Zezito Guedes, pontos turísticos de Arapiraca. *De um leitor: ''Finalmente acabaram com o tradicional e matutado slogan Arapiraca Capital Brasileira Do Fumo. Ela agora é chique. É a metrópole do futuro''. Muito bem.
POR DENTRO Artista plástico sem quadro, ateliê ou galeria, o paulistano Eduardo Srur, democratiza a arte ao expor suas obras nas ruas de São
Paulo. " Eu saio da zona de conforto, que é o circuito artístico e vou batalhar em outras áreas. Esse é o sentido político do meu trabalho".
POR FORA A coluna quer saber, se vai ou não vai ter o bonito espetáculo Paixão de Cristo de Arapiraca? Uns dizem sim - outros não. Aí ninguém
sabe se o Morro Morreu, fica de lado, prá cima ou prá baixo, ou então se despenca logo de vez... Como a Micaraca.
POR CIMA O radialista e artista plástico Jota Sá, estará recebendo em abril a Comenda Manoel André, em noite festiva no
Clube dos Fumicultores de Arapiraca, com sessão especial da Câmara Municipal da cidade.
POR BAIXO
O casal Solange e Dr. Emanuel Fay circula nos mais importantes eventos culturais de Alagoas
Rose Silva comemora o niver do seu noivo Fernando, no requintado Porto Pirá Steak House. Parabéns!!!
Por baixo não, é prá lá de cima a nota: É da bela , turística e linda cidade de viver Piranhas, a nova
Miss Alagoas Oficial 2011. Stefanie estará representando o Estado em abril na cidade de São Paulo.
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A união faz a renda Histórias de sucesso que transformaram Coruripe na vitrine dos programas de crédito Kássia Nobre/cortesia
Marcela Martine/cortesia
Maria da Luz, coordenadora das artesãs do Pontal do Coruripe, animada com as vendas
Jorge Santana venceu barreiras e especializou-se em confeccionar luminárias com palha
Kassia Nobre e Marcela Martine Repórteres/Especial para O JORNAL
Pensar em Alagoas é se encantar com a mistura das cores do mar e lagoas; olhar a leveza dos coqueirais; sentir o aroma do prato típico feito do sururu. Chegar ao litoral sul alagoano é encontrar a cidade de Coruripe e sua beleza única, que impressiona a todos. Além do patrimônio natural, o município guarda histórias surpreendentes de homens e mulheres que mudaram suas vidas ao transformar as necessidades do dia a dia em oportunidades e empreendedorismo. Pontal do Coruripe, além de cartão postal conhecido nacionalmente, tem outro atrativo especial que ultrapassa as fronteiras: o artesanato de palha de ouricuri, uma espécie de palmeira. Quem conhece bem o produto é a coordenadora da Associação das Artesãs do Pontal, Maria da Luz de 63 anos que, há mais de uma década, dá formas á palha de ouricuri, transformando em bolsas, mandalas, luminárias e em outros itens que a imaginação aguçar. “Temos peças que foram vendidas para os Estados Unidos, França, encomendas para o Rio de Janeiro, São Paulo. Em cada canto do Brasil tem
peça nossa, sempre temos encomendas. Desde sete anos, eu vivo do artesanato. Só estudei até a antiga quarta série, mas hoje tenho casa própria que comprei com o dinheiro do artesanato”, disse. Maria da Luz lembra com carinho de uma peça em especial. “Eu me orgulho de ter feito uma cabeceira de cama para a novela Esmeralda do SBT, com a ajuda da artesã Edilene Souza”, relata. O ofício é passa-
do de geração para geração. Mães e filhas tecem a palha e dão vida à matéria-prima. Assim, as futuras gerações colherão os frutos. A região cresce e se transforma por meio das associações, como as artesãs de Coruripe. Vinte e oito artesãos associados, 27 mulheres e um homem. Bendito entre as mulheres. Ele é tímido e enfrenta o preconceito de pessoas que acham que a função é das mulheres.
Privilegiado pelo dom de criar, Jorge Santana, 39 anos, é casado, tem três filhos e é professor da quarta série. Pela manhã, repassa o conhecimento aos alunos. À tarde, ele segue um ritual por nove anos, confeccionando peças artesanais, o que complementa a renda familiar. “Não ligo para o que o povo pensa, tem dias que fico chateado, mas quando vejo uma peça pronta, como uma luminária, esqueço tudo isso. Aprendi
com a minha mãe e a minha mulher também é artesã”, comentou. De acordo com a presidente da Associação das Artesãs de Coruripe, Maria José de Souza, o sucesso faz parte de um conjunto de atividades desenvolvidas com parceiros, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Usina Coruripe, o Instituto para o Desenvolvimento Social e Ecológico
(IDESE), Prefeitura Municipal e o Banco do Brasil. “Nossa parceria com os consultores de designer e financeiro nos ajudou a dar uma guinada nos negócios. Dependendo da produção, tem artesã que faz de um a dois salários mínimos, dependendo da temporada também. Com o apoio de cursos, conseguimos montar uma planilha de preços para os produtos e seguir um padrão que agrega valor ao que produzimos”, explica.
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Coruripe ocupa espaço no TOP 100 Sebrae facilita criação de associações Através do Prêmio Top 100, o artesanato alagoano ganhou reconhecimento nacional. O Sebrae Nacional divulgou a relação das cem unidades produtivas artesanais vencedoras do Top 100 em 2010 e cinco delas são de Alagoas. Criado em 2006, o prêmio é bienal e tem como objetivo promover o artesanato brasileiro por meio da identificação e da premiação das unidades produtivas mais competitivas do país. A 2ª edição do prêmio, realizada em 2008, reconheceu cinco unidades produtivas no Estado: Cooperativa das Artesãs da Ilha do Ferro (Artilha) em Pão de Açúcar; Associação das Artesãs do Pontal do Coruripe; Associação das Artesãs em Feliz Deserto; Associação de Inclusão Social Bordadeiras de Penedo e Caleidoscópio, em Maceió. Para a presidente da Associação das Artesãs de Coruripe, Maria José de Souza, estar na lista dos 100 melhores grupos artesanais do país significa entrar numa vitrine e se expor para o mundo do artesanato. Com o reconhecimento em duas premiações do TOP 100, o artesanato local teve aumento de 80% nas vendas de peças como a mandala, a bolsa e porta-bolo. “Pelo segundo ano, estamos entre os ganhadores do TOP 100. Esse reconhecimento é de suma importância para o nosso trabalho. Além da visibilidade, somos selecionadas em para um seleto catálogo consultado por grandes clientes nos quatro cantos do país. Por meio dessa relação, as empresas de Alagoas vêm ampliando mercado e conquistando uma clientela exigente”, comenta. Ações como o Top 100, a Feira de Artesanato do Norte e Nordeste (Artnor) e outras atuações do Sebrae/AL visam inserir os produtos no mercado, com divulgação e comercialização dos mesmos, garantindo a satisfação dos participantes.
Kássia Nobre/cortesia
Associadas comemoram o que consideram uma “vitória do trabalho”
As cem unidades vencedoras do TOP 100 participaram da premiação em São Paulo e de rodadas de negócios, ganhando o direito de uso do selo “Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato 2ª Edição”. A coordenadora do Projeto Sebrae de Artesanato em Alagoas, Jacqueliny Martins,que costuma acompanhar as artesãs em reuniões e consultorias, explica que os vencedores garantiram tambéma divulgação de três produtos nos sites do Sebrae nacional e de sua região, em um CD promocional e em um catálogo. As artesãs do litoral sul vêm conquistando o mercado exterior com a criatividade e a qualidade das peças produzidas. Em 2008, as artesãs chegaram a exportar peças para a Holanda peças como souplats, porta-bolos, bolsas para piquenique e caixas. No mesmo ano, as artesãs participaram de um evento com o Idese (Usina Coruripe), no qual receberam, em seu stand, lojistas de todo o Brasil. Entre eles, a Tok & Stok. A empresa ficou encantada com a qualidade dos produtos feitos com a palha de Ouricuri e convidou duas associações (Ouricuri, em Coruripe, e Taboa, em Feliz Deserto) para participar de rodadas de negócios
promovidas pelo Sebrae, durante a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Feneart 2008), em Recife. Dentre os mais de 700 stands, a Tok & Stok selecionou 15. Os produtos artesanais de decoração selecionados passaram por rigoroso processo de aprovação, tanto do Pontal de Coruripe como de Feliz Deserto, e seus produtos foram vistos em todas as lojas Tok & Stok do Brasil. SUCESSO - Graças à consultoria do designer enviado pelo Sebrae, uma das coleções das artesãs de Coruripe foi vendida para o Hotel Radisson, referência em Maceió. Foram feitos quatro protótipos para os quartos do hotel: bandeja para garrafa, cestinha para ficar em cima do frigobar, porta-papel para rascunho e cestinha para a pia do banheiro. Os protótipos foram aprovados e confeccionadas 800 peças . “A quantidade de material a ser confeccionado é dividida entre as artesãs para que todas possam produzir e aumentar sua renda. A associação unida faz a renda”, explicou a presidente, Maria José de Souza.
O “mundo dos negócios” parece imenso, principalmente, para o pequeno empreendedor, que, muitas vezes, aposta muito, tendo pouco. Encontrar grandes parceiros é um bom negócio e se associar a eles, melhor ainda. A parceria entre o Sebrae e o Governo de Alagoas criou o Fórum de Desenvolvimento Local para atuar na criação de emprego e renda nos municípios. O coordenador do Programa de Arranjos Produtivos Locais do Sebrae, Ronaldo de Moraes, destaca a participação de Coruripe nas atividades desenvolvidas durante o fórum. “Nós percebemos que Coruripe deu uma resposta muito positiva. Houve uma movimentação muito forte, surgiram boas lideranças que levaram este trabalho para frente”, afirma. Após a realização do Fórum, a cidade deu um passo significativo para o desenvolvimento de projetos empreendedores que iriam transformar a vida de moradores da região. Os participantes das atividades conduzidas pelo Sebrae criaram a Agência de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável de Coruripe (Adelisco) com o objetivo de fortalecer as atividades da comunidade. Um dos fundadores e atual presidente da Adelisco, Manoel Santos, conta como foi o início de todo esse trabalho. “Com as orientações vindas do fórum, elaboramos um programa de trabalho para conhecer as comunidades e de-
Marcela Martine/cortesia
Aos 76 anos, “Dona Maria” ousou e colhe os frutos do empréstimo
scobrir quais eram suas vocações. Descobrimos potenciais como artesãs, apicultores, costureiras, ostreicultores, lojistas e até surfistas. Com isso, vimos a necessidade da criação de associações para a realização de um trabalho articulado entre cada grupo”, relata. Segundo Manoel, a Adelisco “abriu consciências” e possibilitou o surgimento de vinte e nove associações com a participação de 1.200 pessoas em Coruripe. “Atualmente, a Adelisco acompanha as associações e aconselha os moradores, ajudando nos diálogos e resolução de problemas”, conta. Para o coordenador do Sebrae, Ronaldo de Moraes e Silva, a criação de associações representa um importante diferencial na busca do desenvolvimento. “Hoje, é unanim-
idade que o capital social é um diferencial para que um território possa se destacar em termo de desenvolvimento. O que pesa é o envolvimento da comunidade nos rumos da sua vida e de seus destinos. O sebrae estimula essa ação porque, à medida em que as pessoas cooperam entre si, elas podem competir com mais eficiência”, salienta. O coordenador explica que o município de Coruripe se destaca pelo número de adesão de empreendedorismo no Estado de Alagoas. “Coruripe é um exemplo que deve ser compartilhado com as demais cidades. Lá, as associações foram estimuladas e vêm cumprindo o seu objetivo. O apoio do poder público nas iniciativas do Sebrae também contribuiu para o resultado positivo do município”, afirma.
Ação coletiva gera renda mensal O prefeito Marx Beltrão acredita que a iniciativa das associações alcança resultados positivos e é referência não só para Alagoas, mas para outros Estados. Ele destaca a parceria entre a gestão municipal e os empreendimentos coletivos. “O gestor municipal precisa ser consciente da necessidade de desenvolver as comunidades para a diminuição de percentuais negativos, principalmente, da desigualdade social”, relata. É o caso aplicado na fábrica de produtos de limpeza. As fórmulas químicas fixadas na parede orientam a produção artesanal de água sanitária, amaciante, desinfetante, detergente, sabão e SAN PIC (limador de piso cerâmico). Os “cientistas” são os moradores do povoado de Barreiras, a 4 km de Coruripe. Atualmente, dez pessoas, dos 80 associados da Associação de Moradores Amigos de Barreiras (AMAB), trabalham no segmento, que surgiu em 2007 e tem o apoio daAdelisco. Aos 34 anos, Maria José, casada e mãe de três filhos, trocou o avental de casa pelas luvas, óculos e máscara para produzir o que antes utilizava na limpeza do lar. Ela planeja como vai aplicar a renda de R$ 200 ao final do mês. Maria José conta que a oportunidade de trabalhar na associação trouxe dignidade e fortalecimento para a comunidade. Ela sente que, agora, faz parte do desenvolvimento de Barreiras. “Estou há três meses na associação e, nesse pouco tempo, aconteceram
Marcela Martine/cortesia
Associada da AMAB, Maria José, rotula o detergente, nas Barreiras
muitas alegrias em minha vida. Hoje me sinto uma pessoa útil. O material escolar das crianças foi comprado com meu salário”, comentou orgulhosa. Para José Roberto Faustino, presidente da AMAB, a principal produção de Barreiras, após a criação da associação, foi a autoestima dos moradores. “Para muitos, a produção do material de limpeza representou o primeiro emprego, o reforço para pagar as contas e, principalmente, geração de renda para quem estava desempregado”, disse. A parceria com a Adelisco gerou 200 horas de cursos profissionalizantes para o aprendizado na fabricação dos produtos químicos. “Elaboramos o projeto com a Adelisco para comprar a matéria-prima e o material de segurança”, relata José Roberto. Com o trabalho dedicado, vieram os clientes. As vendas são domiciliares e atendem, em
média, 500 pessoas e estabelecimentos comerciais, o que representa o lucro de R$ 250 mensais para cada produtor. Em uma motocicleta, conquistada com o dinheiro da produção, o material de limpeza é distribuído, diariamente, em Coruripe. Em 2010, foram vendidas 30 mil unidades nos produtos disponibilizados no mercado local. O faturamento chegou a R$ 12 mil, dinheiro que foi dividido entre os associados e usado na compra de matériaprima. Hoje, eles lutam por uma sede própria para a fabricação dos produtos. O controle de qualidade é realizado pelo técnico responsável, o cadeirante Rosevaldo da Silva de 59 anos, que também é incentivador dos trabalhos dos associados. “Vejo nessas pessoas a determinação de vida e, quando há essa vontade de viver, há esperança de dias melhores para todos”, conta.
Ritual de segunda a sexta-feira De segunda a sexta-feira, os associados participam do mesmo ritual. O processo é manual, da produção da fórmula à embalagem do produto. “Até que o sabão ou detergente fique pronto, são cerca de 40 minutos de espera. Nesse tempo, outro processo entra em ação, a lavagem das garrafas peti que são reaproveitadas e a colagem do rótulo”, explica Joselma Lessa de Oliveira, 34 anos. A dona-de-casa entrou, há seis meses, no ritual diário que
proporciona dinheiro extra no final do mês. Ela pausa a produção para expressar o quanto aquela atividade é importante para todos de Barreiras. “Através da associação, muitas pessoas têm conseguido o sustento por meio da atividade que o espaço proporciona, lado a lado, construímos o empreendedorismo com as oportunidades que surgem em nossa vida”, disse. O jovem Ricardo da Silva Lessa, 24 anos, estava desem-
pregado quando teve uma oportunidade na AMAB. Hoje, tem a renda de RS 300 ou mais, depende o quanto seu produto é procurado. “Graças ao emprego, paguei minha habilitação e venho comprando minhas coisas”, comenta. Nas atividades da AMAB é incluída a reciclagem de quase cinco mil garrafas peti e de 40 a 50 mil litros de óleo inutilizados em restaurantes e que são reaproveitados na produção de sabão.
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Linha de crédito fortaleceu os pequenos negócios Kássia Nobre/cortesia
Thiago Gomes consumidor@ojornal-al.com.br 4009.1995 (no horário da tarde)
PARCELA DO VEÍCULO Neste domingo, a coluna inicia com uma denúncia. Advogados estão lucrando com as chamadas Ações Revisionais para reduzir a prestação mensal dos veículos financiados. O procedimento tem pouca chance de passar pelo juiz, por não ter uma base jurídica sólida. Funciona da seguinte maneira: O consumidor assina o contrato com a concessionária, leva o carro para casa e, logo em seguida, procura um advogado para entrar com a ação. Nesses casos, o profissional alega que os juros são abusivos e devem ser reduzidos nas mensalidades. Porém, já existe até uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) nesse sentido. Para os ministros, os juros nada mais são do que o preço do automóvel e cada concessionária pode fixar o valor que julgar conveniente. Ou seja, não existe a prática de juros abusivos na formulação desse tipo de contrato. Caberá ao consumidor apenas pesquisar a melhor oferta antes de assinar...
CONFUSÃO Sabendo da provável negativa da Justiça, esses advogados embaraçam a mente do consumidor com a ilusão de que a prestação do carro tem chance de ser reduzida. O máximo que o juiz pode conceder é uma Liminar, cujo efeito pode ser ‘derrubado’ a qualquer momento. Pela Ação Revisional, o bolso sofre o golpe de R$ 900, sob as desculpas de que são R$ 200 para os custos processuais e R$ 700 que vão direto para a conta do advogado.
TAXAS A coluna ouviu do advogado Edvaldo Conceição dos Santos que o único caminho jurídico para o consumidor que financiou um automóvel é requerer judicialmente o reembolso, em dobro, do valor das taxas impostas pelas concessionárias. Algumas cobram até por cada folha do boleto do carnê. Fazendo as contas, se cada papel vale R$ 3 e são 60 parcelas, ao final pagará R$ 180 a mais. Fora as outras taxas abusivas.
Crediamigo é o programa de Microcrédito Produtivo Orientado do Banco do Nordeste. Atua nos 102 municípios de Alagoas. O município de Coruripe está na categoria dos melhores clientes, devido à evolução satisfatória no número da clientela em quase 10 anos. Em 2002, o programa tinha 127 clientes e em 2010, eram 1.575, representando um aumento de 124%. O gerente regional do Crediamigo em Alagoas, Carlos Campos, destaca o trabalho conjunto das associações como a melhor forma de aquisição de crédito no programa. “Nas associações, o empreendedor terá facilidade no capital de giro, poderá sempre renovar o crédito e aumentar o seu estoque, fazendo
Confecção Rosa de Saron começou com empréstimo de apenas R$ 500
com que o seu negócio cresça ainda mais”, afirma. Há equipes do programa dis-
tribuídas em Coruripe, Feliz Deserto e Pindorama. “Nós vamos até a casa dos comercian-
tes para apresentar as vantagens do Crediamigo. Uma delas é que não trabalhamos com CNPJ e sim com CPF, o que facilita a vida do micro empreendedor”, afirma. Para conseguir participar do Crediamigo, o empreendedor precisa apenas do CPF, da identidade e do comprovante de residência. Os principais clientes do programa são os mercadinhos e as confecções. Coruripe está incluída na unidade da cidade de Penedo e se destaca nela (existem, aproximadamente, 15 municípios para cada unidade) O índice de inadimplência é de 1,12% em Coruripe. Em Maceió, chega a 2,72%. Em Alagoas, é de 0,64%. E a média nacional é 0,88%.
Empreendedorismo local muda vidas e cria sonhos Quanto é preciso para abrir um negócio? Essa é a pergunta principal que passa pela cabeça das pessoas que sonham em ter seu próprio negócio. A exsacoleira Maria Edenice das Chagas acordava de madrugada e de porta em porta apresentava o seu produto, sem ter hora para chegar em casa. Ao conhecer as vantagens do Crediamigo Comunidade, Maria Edenice tornou-se uma empresária, dona da Confecção Rosa de Saron, no povoado Poxim. Edenice iniciou com R$ 500.
Há cinco anos, ela tem hora certa para abrir a lojinha e não precisa subir e descer ruas em busca de clientes. No balcão da loja, sorridente recebe e anota as encomendas, já pensando em ampliar o local no seu terceiro empréstimo no valor de R$ 4mil. Uma mulher de garra e com marcas de um passado superado, drama vivido, com o marido preso acusado de participação em um crime de arma branca por rixa de bar. “Passei tempos atormentada, mas não parei de lutar. Se
não fosse meu trabalho, não teria como sustentar meus filhos. Antes, complementava com o meu dinheiro, hoje sou o homem e a mulher da casa”, desabafou. De acordo com o coordenador do Crediamigo em Coruripe, José Adriano Ferreira, o programa é acompanhado em cada povoado. “Mais de um milhão e meio circulando na cidade. A inadimplência é muito baixa e essas pessoas não querem ter o nome sujo no comércio. Para eles, é questão de honra
o nome limpo”, comentou. Adriano lembra que, inicialmente, as pessoas não acreditavam no programa, pois o valor dos empréstimos era baixo, variando de R$ 100 a R$ 15 mil. “Teve gente que veio até devolver a quantia que conseguiu. Não acreditavam que o pouco poderia gerar lucro. Fomos conscientizando que, mesmo com o capital de giro baixo, elas podiam crescer. Temos casos que iniciaram com R$ 100, e já pegam empréstimo de R$ 3 mil a 4 mil reais”, comemorou. Kássia Nobre/cortesia
ABUSO O advogado revela que o consumidor pode pagar R$ 2 mil somente de taxas quando faz o financiamento do carro. E o pior é que nem mesmo ele sabe disso. Ao todo, segundo Edvaldo Conceição dos Santos, foram criados mais de 200 tributos atrelados ao valor do bem. Colocando as contas no papel, quem não se programou vai sentir o bolso esvaziar, principalmente no pagamento das despesas fixas: IPVA, revisões, combustível...
ESTRATÉGIA Roseane Lima é um dos exemplos de sucesso nos pequenos negócios
Mesmo após ter assinado o contrato com a concessionária, o consumidor pode requerer a devolução do valor destas taxas em dobro. Basta procurar um advogado para que seja interposta uma ação para reaver valores cobrados indevidamente em contratos de financiamento de veículos. Não adianta procurar o fórum. O advogado sabe que estes casos são resolvidos mais rapidamente nos Juizados Especiais. Fique esperto: nestas unidades não se cobram custas do processo.
CELULAR Deu problema no celular que está na garantia? Você deve saber que o caminho é levar a uma assistência técnica autorizada da marca. Porém, precisa exigir a ordem de serviço quando o aparelho for retirado do conserto. Nesse documento, deve constar o dia em que o produto chegou na assistência e a explicação detalhada do que foi feito no reparo. Se o aparelho ficar mais de 30 dias consertando, você tem direito de trocá-lo ou receber dinheiro de volta.
CHEQUE É terminantemente proibida a cobrança de juros sobre juros pelos bancos sobre os correntistas que utilizam o limite de cheque especial. A Constituição Federal preconiza no art. 192 que a taxa de juros reais não poderá ser superior a 12%. É bom fazer os cálculos para saber se você está sendo furtado. A lei está do seu lado, a Justiça classifica a prática como crime de usura, o banco pode ser punido e o consumidor beneficiado.
ACONTECEU Vai curtir o carnaval à moda antiga? O Procon/AL informou na semana que o preço das fantasias está a partir de R$ 12 (adulto) e R$ 19 (criança). Na folia também não podem faltar os tradicionais saquinhos de confetes. O preço varia de R$ 1 a R$ 2,99. A serpentina vale de R$ 3,50 em diante. Para a criançada, as máscaras mais baratas, de papelão, ficam entre R$ 0,75 e R$ 1,99. Já as de plástico custam até R$ 2,99. Programe o orçamento. A fatura de água vem mais cara no mês que vem. Para residências, o aumento do consumo mínimo é de R$ 1,50; comércio, R$ 3,50. Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no Centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151. Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.
Lanchonete abre de domingo a domingo Da varanda estreita de sua casa à lanchonete. Conciliar as funções de dona-de-casa, mãe e esposa. Assim é o dia-a-dia de Roseane da Silva Lima, 29 anos. “Comecei com um empréstimo de R$ 500. Da varanda, vendia minhas guloseimas e fui pagando o empréstimo certinho, daí ganhei mais crédito, vi que podia ter meu próprio negócio. Conversei com meu esposo, que é pedreiro, e aproveitamos um cômodo da casa para colocar a minha lanchonete, Vitória Lanches & Cia. Com linha de crédito de R$ 4 mil consegui fazer essa adaptação e comprar mais mercadorias para diversificar”, afirma. Roseane contou que já vendeu até “fiado”. “Mas para pessoas de confiança”, ressaltou. Em dois anos de funcionamento, a lanchonete abre de domingo a domingo. Roseane contou, com orgulho, sobre al-
gumas aquisições. “Comprei uma máquina de lavar, uma geladeira nova, ventilador, tudo com o que faturo”, afirmou. OUSADIA - Cliente do Crediamigo desde 2007, Maria José Jacinto, a “Dona Maria”, abriu seu negócio aos 76 anos. Idade para empreender? Os anos não foram empecilho, viúva, mãe de seis filhos, ingressou no programa com um financiamento de R$ 300 para complementar a renda com a prática de artesanato de linho. No Poxim, abriu as portas da realização de seu sonho: “Quitanda”, variedades de artesanato e utensílios domésticos. Dona Maria está com linha de crédito de R$ 2 mil. Feliz da vida, a idosa segue um ritual diário de realização ao abrir sua Quitanda e pensa em aumentar a linha de crédito para ampliar o negócio.
“Zé Motorista” emprega toda família O empreendedor José Francisco atende seus clientes no Paraíso Bar com um sorriso só. O seu trabalho é fruto de uma história de luta que hoje ele conta com a tranquilidade de quem, um dia, apostou e alcançou vitórias. Filho de Coruripe, “Zé Motorista”, conduz muito bem os negócios no povoado de Duas Barras, em Jequiá da Praia. “Eu tinha medo de pegar empréstimos. Às vezes, as pessoas não têm informação e não sabem onde investir. Precisamos mesmo é de um incentivo, de um empurrão”, conta o responsável por empregar toda família. A renda mensal chega a R$ 10 mil na alta temporada, no verão, e a R$ 8 mil na baixa estação.
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Imobiliário
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Lei do inquilinato aponta mudanças Ao completar um ano de editada, a nova legislação apresenta os primeiros resultados e demonstra efeitos Atire o primeiro contrato de locação, quem ainda não se perguntou se ao completar um ano de aniversário as alterações da lei do inquilinato que entrou em vigor em 25 de janeiro do ano passado causaram alguma mudança prática de fato ou se ainda vamos ter que soprar muitas velinhas antes de se observar as mudanças concretas. Concebida para aumentar a oferta de aluguéis e gerar maior segurança aos proprietários de imóveis, as alterações da Lei 12.112 festejam o primeiro ano sem ainda estabelecer os reflexos aguardados ou ser unanimidade em suas benesses. A expectativa estava voltada principalmente na diminuição do tempo para recuperar imóveis de inquilinos inadimplentes, aumentar a oferta de seguro fiança por instituições financeiras e atrair fiadores aos contratos de locação. As mudanças impressas no papel são realmen-
te um grande avanço para o mercado imobiliário, mas na prática o judiciário no Brasil ainda não acompanha a boa vontade da Lei em acelerar os processos de retomadas de imóveis e fazer, com isso, crescer a oferta de locação. Mas podemos destacar que efetivamente houve uma diminuição na duração dos processos de despejo que passaram de anos para o prazo de 8 a 12 meses para obter uma decisão. Mas ainda estamos longe do que pode
ser considerado ideal. A lei de fato melhorou um pouco as relações locatícias e a morosidade da justiça, mas as expectativas ainda não foram alcançadas. Porém, por uma questão de favorecimento por parte do inquilino antes das alterações, hoje a relação entre o locador e locatário está mais equilibrada, o que favorece a negociação e evita o litígio. Outro fator que contribui para as mudanças ainda não ter surtido efeito visível no mercado é o aspecto cultural, tanto dos proprietários, como dos inquilinos e fiadores. Com as
Curso vai qualificar mão de obra da construção São Paulo – O Ministério do Trabalho e Emprego e a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) firmaram na sextafeiratermo de cooperação técnica para promover ações de qualificação profissional voltadas para a construção civil na infraestrutura. O objetivo é qualificar, em quatro anos, cerca de 100 mil trabalhadores com idade acima de 16 anos, em diversas áreas, como solda, encanamento e instalação de tubulações, instalações elétricas, montagem de estruturas de madeira e metal, pintura de obras e estruturas metálicas, além de estruturas de alvenaria. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se não houver prioridade para a qualificação da mão de obra, o crescimento do país pode ser afetado porque a produção e a contratação de trabalhadores podem cair em todos os setores da construção civil devido à falta de profissionais qualificados. “Essa parceria com a Abdib é exatamente para isso, porque eles [membros da associação] estão no local e sabem da realidade. Nosso desafio é construir os cursos de maneira tão transparente e fundamentada que só atraia instituições sérias”, disse o ministro. O presidente da Abdib, Paulo Godoy, afirmou que o convênio é uma contribuição do setor ao governo para promover treinamento de pessoas es-
Ministro do Trabalho, Carlos Luppi, diz que país só cresce preparado
pecialmente nas regiões em que há dificuldade em implantar tais cursos, como os canteiros de obras e empreendimentos afastados dos grandes centros. “Nosso alvo é ir correndo para essa demanda e auxiliar os investidores e as construtoras nessa tarefa difícil de treinar mão de obra na velocidade que a demanda exige.” Godoy informou que o ministério arcará com uma parte do custo dos cursos de qualificação, contribuindo com a estrutura já existente. O restante será custeado pelas empresas que aderirem ao projeto. Segundo Godoy, o custo da iniciativa não preocupa as empresas, porque o projeto é autofinanciado. “Se montamos um bom programa, as empresas que treinarão seus profissionais acabarão elas mesmo custeando a iniciativa. É provável que tenhamos um grande canteiro que
possa dar o impulso ao programa”, disse ele. Lupi comentou ainda que considera “factível” a criação de mais de 3 milhões de empregos neste ano. “O resultado de janeiro já foi muito bom. Foram 150 mil, sem o ajuste feito quanto recebemos todos os dados das empresas que mandam [informações] fora do prazo. O menor crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] também não afeta negativamente a geração de empregos”, afirmou. Sobre a questão do aumento da idade para a aposentadoria, o ministro defendeu que seja discutida para quem está entrando no mercado de trabalho agora. “Não se pode mexer em direito adquirido dos que já estão no mercado de trabalho. Para quem está entrando agora, mudou a faixa etária, mudaram as condições de vida da população, que vive mais”, ressaltou.
novas regras, todas as partes envolvidas, de alguma forma, devem mudar sua posição no jogo, mas um ano ainda é muito pouco para que os jogadores se sintam confortáveis com as novas regras, que trouxeram ao menos a atenção para algumas questões importantes na relação locatícia; além de aproximar locador e locatário ao diálogo. Quanto a oferta de seguro fiança por parte do mercado de seguros, ainda não se nota grandes mudanças, vez que não houve aumento visível do número de seguradoras que oferecem o produto, além das que já ofereciam anteriormente. Com regras mais rígidas na relação entre o proprietário e o inquilino e mais atenção a questão da agilidade dos prazos, a lei contribuiu para a diminuição da inadimplência. Ainda que seja muito cedo para traçar uma análise certeira do futuro das mudanças conquistadas, parece que a maturidade só vai trazer benefícios a nova Lei. E que venham mais aniversários.
STJ aplica regras em ação antiga A inadimplência de aluguel justifica a antecipação do despejo, mesmo nos processos antigos. Com esse entendimento, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça aplicou a Lei 12.112, de 2009, a chamada nova Lei do Inquilinato. O caso chama a atenção pelo fato de a lei ter sido editada após o início da ação, quando a Lei 8.245, de 1991, ainda produzia efeitos. A nova Lei do Inquilinato passou a vigorar em 24 de janeiro de 2010. Diversas modificações foram trazidas por ela com o intuito de preservar os direitos dos locadores. A lei, por exemplo, facilitou o procedimento das ações de despejo ao ampliar o de hipóteses em que é admitido o despejo liminar no prazo de 15 dias. No caso analisado pela 4ª Turma, que tratava da possibilidade de concessão de antecipação de tutela em ação de despejo por falta de pagamento, o ministro Luis Felipe Salomão, ressaltou que a antecipação de tutela, nesse caso,
foi concedida com base no artigo 273, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil. Segundo ele, os requisitos do artigo não foram cumpridos, o que justificaria a devolução dos autos para novo julgamento. Somente quando o processo já tramitava é que entrou em vigor a Lei 12.112/09. Ela acrescentou o inadimplemento de aluguéis como fundamento para concessão da liminar em despejo – exatamente a hipótese do caso analisado. O ministro entendeu que “tratando-se de norma inserida na Lei do Inquilinato, deve esta ter aplicação imediata, inclusive em processos em curso”. De acordo com ele, mesmo que o acórdão que concedeu a liminar fosse cassado por falta de fundamentação adequada, o tribunal estadual poderia acionar o novo dispositivo para conceder a liminar. Para isso, seria preciso que fosse prestada caução no valor equivalente a três meses de aluguel, providência que foi determinada pelo próprio STJ.
Fazenda barra aquisição da Cimpor A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Fazenda, recomendou ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que imponha restrições à compra da cimenteira Cimpor (Cimentos de Portugal) pela Votorantim e pela Camargo Corrêa. De acordo com o documento, a concentração resultante da operação é preocupante em 14 Estados. Em seu parecer, divulgado nesta segunda-feira, a secretaria pede que sejam vendidos ativos produtivos como plantas cimenteiras e concreteiras em mercados em que a operação gerou concentração maior do que 20%. Uma alternativa à venda de ativos sugerida pela Seae é a adoção de medidas societárias que preservem a independência das três empresas no Brasil. “No entendimento da secretaria, Votorantim e Camargo Corrêa poderão manter suas participações na Cimpor, desde que limitadas aos mercados internacionais”, afirmou a secretaria, em nota. A palavra final sobre o caso será dada pelo Cade, que é o responsável por aprovar ou não a operação. Juntas, Votorantim e Camargo Corrêa compraram 53% do capital social da Cimpor.
Modelo azul é o mais usado em piscinas e decks molhados
Pastilhas estão cada vez mais “na moda” Comum em hotéis e resorts, os decks molhados e “prainhas” são espaços que agregam luxo e requinte a piscinas. Para decorar a área, que frequentemente acumala uma fina espessura d’água próxima às bordas, a Super NGK, marca da NGK do Brasil, tem linhas de pastilhas exclusivas para esses locais. As pastilhas de porcelana são acabamentos ideais para esse tipo de projeto porque, segundo o arquiteto da NGK Wilson Santos, atendem o alto padrão de qualidade estético que o lugar requer, com o máximo de segurança. Além disso, o processo de fabricação do material também garante a baixa absorção de água, menos de 0,5%. Tradicional, o tom de azul
é o mais procurado para a aplicação em piscinas, decks molhados e “prainhas”. ALinha Náutica também derivou na criação da Linha Náutica Primitive, de tonalidades idênticas, mas com acabamento em relevo. Seu principal diferencial é a textura martelada que proporciona uma sensação agradável ao toque, além do brilho acentuado. A linha antiderrapante conta com as tradicionais tonalidades de azul. Com textura fosca aveludada, as seis cores - itapuã, conchas, tramandaí, garopaba, joaquina e caiobá - foram desenvolvidas com tons idênticos aos da linha Náutica, que tem acabamento brilhante, permitindo a combinação das duas linhas em uma mesma piscina.
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Traço bico de pena de Pedro Caetano feito pelo discófilo e desenhista Miécio Café
É com Pedro que eu vou Autor de mais de 400 canções, entre marchinhas, sambas, valsas e choros que marcaram a chamada “era do rádio”, o letrista e melodista Pedro Caetano destacou-se como um dos mais representativos nomes da Velha Guarda do País. No ano do centenário do seu nascimento – comemorado no último dia 1º - permanece sendo lembrado por carnavalescos e compositores de todo o Brasil, que ainda o cantam com prazer, mesmo a maioria desconhecendo a autoria de suas composições. É para a vida e obra desse homem, que passeava com maestria tanto por jóias de Carnaval quanto por músicas de “meio de ano”, que O JORNAL se abre neste domingo
Danielle Cândido Especial para O JORNAL
o mundo musical, a fama calha sempre ao intérprete; ao compositor, resta o anonimato. É desse modo que acontece com Pedro Caetano (que, só em 1973, ao completar 40 anos de atividade na Música Popular Brasileira, resolveu se arriscar como cantor). Às vésperas do
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Carnaval, é assim, despercebido, que passa o centenário de nascimento do autor de mais de 400 canções, dentre marchas, sambas, valsas e choros da chamada “Era do Rádio”. Mas Pedro Caetano nunca deixou que a bobeira do sucesso subisse à cabeça. Para ele, o importante é saber não misturar as coisas. E ele aprendeu. Hoje, os carnavais ainda cantam com prazer suas canções, mesmo desconhecendo a autoria.
Um pouco da vida e da obra desse letrista e melodista, compositor de muitos carnavais, que chegou a lançar nove marchinhas num único ano e foi consagrado pelo êxito carnavalesco É com esse que eu vou; curiosas histórias surgidas antes daquele estalo para a canção; relatos de muitos amigos “vira copos”, nos tempos do Café Nice, agora vêm à tona no Caderno Dois de O JORNAL.
Nasce o intuitivo compositor
Pedro Caetano quando jovem, funcionário da Casa Pedro, fazia suas músicas de cabeça e cantarolava-as até memorizá-las
“Um intuitivo que faz música sem conhecer teoria musical”, diz o colecionador e pesquisador Jairo Severiano. Foi assim, sem conhecer música e sem tocar nenhum instrumento, com uma musicalidade quase que inata, que Pedro Caetano fazia suas músicas de cabeça e cantarolava-as até memorizá-las. Os amigos músicos e maestros, como Pixinguinha, Lirio Panicalli e Radamés Gnattali, escreveram as canções para que pudessem ser gravadas. Compôs melodias extremamente ricas, letras ora delicadas e inspiradas, ora críticas e irônicas, sempre marcadas pela distinção que lhe era peculiar. Participante ativo da boemia carioca nos tempos do Café Nice, não era o estereótipo do
boêmio, apesar de, muitas vezes, passar noites com seus amigos no café, compondo e bebendo suas “coisinhas”, como costumava dizer. De manhã estava no batente, trabalhando em sua loja, com criação de moda em calçados e outros complementos de exigência feminina, além de lançamentos com desfile e competições de elegância na televisão. Mesmo quando a loja veio a falir, na década de 60, continuou ativo; fazia músicas e buscava novas oportunidades de tornar reconhecidos sua obra e seu talento. Pedro Walde Caetano nasceu em Bananal (SP), no dia 1° de fevereiro de 1911. Filho do agricultor Durval Mendo Caetano e da professora Zelpha Schotts Caetano, foi
adotado pela capital carioca ainda aos 12 anos, passando antes pelo interior do Rio de Janeiro. Começou a trabalhar aos 13 anos, batendo palmas na porta de uma loja de calçados para atrair os fregueses. Com sua habilidade natural para os contatos sociais, logo foi promovido a gerente e chegou a sócio da loja, que passou a se chamar Casa Pedro, famosa nas décadas de 30 a 50, calçando a alta sociedade e artistas da época. No entanto, o que alimentava a sua alma sempre foi a música. Quando menino conseguiu, com muita dificuldade, encontrar uma professora de piano, com quem começou a ter aulas, mas um acidente de percurso impediu a continuação: a professora de piano conheceu um
artista de circo e fugiu com ele, deixando-o na mão. Aos 81 anos faleceu, em consequência de um atropelamento, como relata a sua única filha, Cristina Caetano: “Ele foi almoçar lá em casa, na época morava no Rio de Janeiro. Depois do almoço, num sábado à tarde, ele foi atravessar a rua e, como a casa ficava numa esquina bastante movimentada e ele sempre foi imprudente, foi atropelado. Levamo-nos ao hospital”. Pedro Caetano faleceu ainda cheio de planos e projetos, embora bastante entristecido pela forma que os autores da chamada Velha Guarda foram esquecidos e mesmo desvalorizados no País. Continua nas páginas B2, B3, B6 e B8
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Por trás das canções, muitas histórias Quem diria que a história do samba “É com esse que eu vou”, êxito carnavalesco em 1948, sucesso comercial na voz de Elis Regina, 25 anos mais tarde, nasceu de uma péssima viagem de trem de Vitória a Belo Horizonte - tão ruim que levou 30 horas para completar o percurso. Tempo suficiente para a elaboração do clássico, gravado pela primeira vez pelo grupo Quatro Ases e Um Coringa. A canção é o tipo de sucesso comercial por ter sido o mais gravado, executado e o que mais rendeu em termos de direitos autorais, sendo seu sucesso comercial reconhecido e creditado por ele a Elis Regina. Na esfera sentimental, Pedro Caetano aponta a valsa intitulada “Guarapari”. Muitos perguntavam como um paulista e carioca adotivo fez várias músicas para o Espírito Santo. Segundo ele, tudo nasceu da história de uma italiana, Rosa Provedel Caetano (Rosário) sua esposa -, criada no Espírito Santo, que ele conheceu em Minas Gerais e se amarraram no Rio de Janeiro. A valsa “Guarapari” foi lançada pelo cantor Nuno Roland, na fase áurea da Rádio Nacional, e contagiou o povo de Guarapari, que se manifestou através de cartas, telegramas e telefonemas. Pela autoria de várias músicas com a mesma temática,
recebeu inúmeras homenagens Música Popular Brasileira – O do povo capixaba, como o títu- que fiz, o que vi”, o que aconlo de Cidadão Guarapariense, teceu com o chorinho “O que uma rua com o seu nome, o se leva desta vida”, usado com troféu Guará de Ouro, além do jingle de propaganda política LP “Canto e encanto do pelo PC. Quando o partido foi Espírito Santo”, com 12 compo- cassado, sua vida foi investigasições de sua autoria. da pela Polícia Política, mas Sua primeira composição – logo constataram a verdade e feita por encomenda – foi tudo foi resolvido numa boa. “Botões de Laranjeira” (ou Em um outro episódio foi Maria Madalena salvo pela infelidos Anzóis Pecidade de um “Tenho dois reira). O pedido amigo. Como partiu de uma tipos de sucesso acontecia semmenina de 14 pre, Claudionor a considerar: anos chamada Cruz deu a múMaria Madalena o comercial e o sica e pediu a de Assunção letra para, em sesentimental” Pereira. Diante guida, Orlando da musicalidade Silva gravar. A Pedro Caetano, quando e melodia do perguntado sobre o maior música era muinome, como re- sucesso como compositor to triste, e ele sistir a um chori- (trecho do livro 54 anos de ainda não tinha nho? Durante a Música Popular Brasileira vivenciado um gravação da momento que – O que fiz, o que vi) música, no protrouxesse inspigrama do César ração. Tudo acLadeira, a surpresa: a censura onteceu numa época de convitinha vetado a gravação de vência com famosos “vira nome próprio por extenso em copos”, quando tudo era só aledisco comercial. O momento gria. Eis que surge um amigo de chateação acabou quando desesperado, narrando a infeCésar Ladeira gritou do fundo liz história de um amor. Pedro do estúdio: “Por que não se Caetano usa a desdita do amigo bota Maria Madalena dos para salvar sua dignidade de leAnzóis Pereira?” trista. Acanção é a valsa “Duas Parece que toda canção Vidas”. desse cara tem um caso. E teve, O crítico e historiador da como recorda Pedro Caetano, MPB José Ramos Tinhorão fala em seu livro “54 anos de sobre Pedro Caetano como um
autor de música popular que serve à crônica do seu tempo e dos fatos do qual é personagem. Para provar o dito, mais uma história de canção. Quando a Marta Rocha perdeu o título de Miss Universo por causa de duas polegadas a mais nos quadris, ele, Carlos Renato (colunista do jornal “Última Hora”) e Alcyr Pires Vermelho compuseram a marchinha “Duas Polegadas”, registrando, assim, o protesto do povo brasileiro. Ainda sobre o cotidiano da época, mais um fato envolvendo uma de suas músicas surge. Pedro raramente comia fora de casa, mas encontrou um velho amigo, o dr. Saint Clair Sena, e resolveram almoçar juntos para colocar o papo em dia. Entraram no primeiro restaurante que encontraram e pediram o tradicional filé com fritas. Ao término, conferindo a conta, disseram a uma só voz: “Que roubo!”. Surgia, então, “Credi-Bife”, de Pedro Caetano e Saint Clair Sena. Em depoimento ao programa MPB Especial (gravado em 1973), ele lembra um comentário do colega Berimbau: “Ele disse que essa marcha está oportuníssima hoje e que eu devia lembrar a qualquer produtor para regravar para esse carnaval, porque nunca a carne esteve tão cara”. (D.C.)
Estação Primeira de Mangueira: uma relação à parte Caetano tinha uma relação bem diferente daquela dos sambistas que viviam na e para a escola de samba Mangueira. Ele simplesmente morava perto do morro da Mangueira e era um fã da escola e de seus compositores. Segundo o compositor, felizmente, tem músicas que nascem num piscar de olhos, a exemplo de “Onde estão os tamborins?”, começada num ponto de ônibus e concluída antes de chegar a sua casa. “Voltávamos de um teatro, eu e a patroa, e já era bem tarde da noite, quando saltamos ali, na São Francisco Xavier, bem nas vizinhanças da Mangueira. Como estávamos perto do Carnaval, estranhei o silêncio e comentei: ´Você não acha que já seria hora de a Mangueira estar fervilhando nos ensaios?´. Dizendo
isso, fui fazendo minha crítica mentalmente e esta foi saindo em ritmo de carnaval. O negócio foi tão espontâneo que quando meti a chave na porta, já estava cantando”, escreveu Pedro Caetano em trecho do livro 54 anos de Música Popular Brasileira – O que fiz, o que vi”. Com esse samba prestou uma homenagem póstuma a um cidadão vivo, seu amigo Cartola, em um período que realmente havia tomado um “chá de sumiço” e, como ninguém conseguia localizá-lo, muitos pensaram que ele tinha morrido. Visando redimir-se do suposto pecado, fez uma resposta ao seu próprio samba, que foi “Mangueira em Férias”, em parceria com Alcyr Pires Vermelho. (D.C.) Continua nas páginas B3, B6 e B8
Como autor de MPB, Pedro serviu à crônica do seu tempo
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LP “É com esse que eu vou”: único registro musical de sua voz
Com Claudionor Cruz (à esquerda), seu parceiro constante, compôs inúmeras canções
Na voz de grandes nomes O compositor, que não confunde letrista com poeta, contava nos dedos os versos que havia feito sem música. Defendia que, embora todo poeta possa ser letrista, nem todo letrista consegue ser poeta. Parece que assim também pensou na hora de interpretar suas letras e resolveu ficar no anonimato das composições. E esse anonimato lhe rendeu algumas confusões quanto à autoria de suas canções. Uma delas foi o fato de inúmeros locutores de rádio, ao anunciar a execução de “É com esse que eu vou”, interpretada por Elis Regina, atribuir a composição a Caetano Veloso. Outro burburinho quanto à autoria de canções aconteceu com “Disse-me-disse” (que ficou conhecida pela frase “quem fala dela não pode ser meu amigo”). Entre 1938 e 1939, a música chegou às terras portuguesas por Carlos Galhardo, que estava excursionando pela Europa. Uma cantora portuguesa, Maria da Conceição, gostou da canção e a incluiu no repertório de um LP português com canções brasileiras, mas registrou a autoria em seu nome. “Depois de mais de 40 anos como compositor no Brasil, eu fui roubado na Europa”, disse Pedro Caetano certa vez, revelando ainda que, em dois momentos, no Brasil e em Portugal, respectivamente, ele e Claudionor Cruz (parceiro na música) encontraram-se com a tal cantora e tentaram resolver o mal-entendido; ela simplesmente responsabilizou a gravadora. Já em parceria com Carlos Renato, compôs a canção “Sou
Flamengo”, gozando o convencimento, às vezes exagerado, da torcida rubro-negra. Tempos depois, Wilson Simonal, grande fã da velha guarda, gravou “País tropical”, de Jorge Bem, introduzindo por conta própria o começo da letra de “Sou Flamengo”. O produtor da gravação indenizou os músicos pelo uso indevido da letra e tudo bem. Como não se julgasse cantor, possui apenas um registro, o LP “É com esse que eu vou” – Série Documento, gravado em 1975, em comemoração aos 45 anos de Música Popular Brasileira. Produzido por Waldir Santos, com arranjos e direção do maestro Messias, o disco foi gravado na RCA de São Paulo, interpretando os seus grandes sucessos. Já na série “A Música Brasileira deste Século por seus Autores e Intérpretes” (2000), lançada a partir de parceria entre a Fundação Padre Anchieta e o Sesc São Paulo, dizia estar “apenas dando uma demonstraçãozinha” ou, por outra, “fazendo lembretes”. Esse é um dos registros da gravação original realizada em 17 de dezembro de 1973, para o programa MPB Especial, dirigido por Fernando Faro na TV Cultura de São Paulo, no qual se alternavam músicas e depoimentos do artista, que teve o apoio do violonista identificado no encarte como Makumbinha, com quem esbanja simpatia e não compromete, com seus “lembretes”, vasto repertório de sua carreira, iniciada aos 12 anos, quando o samba não era profissão. (D.C.)
Parceiros: alimento do corpo e da alma Pedro Caetano foi um dos raros artistas que soube conciliar o alimento do corpo com o da alma. Findo o expediente na sapataria, encontrava-se com amigos na ponte do Maracanã, na altura da Rua Senador Furtado, onde morava, sempre levando um sambinha, uma marchinha. Certo dia apareceu com uma música diferente, uma mistura de samba e choro, e um primo do cantor Sílvio Caldas, o Torrinho, entusiasmado, prontificou-se a intermediar o encontro. Resultado: Sílvio gostou e lançou-a numa quarta-feira de 1934, no Programa Casé, da Rádio Phillips, prometendo gravá-la na quarta seguinte. Gravou realmente em uma quarta, só que 20 anos depois – a primeira gravação dessa canção, intitulada “Foi uma pedra que rolou”, foi pela dupla Joel e Gaúcho, seis anos depois. Tinha um carinho todo especial por essa composição por ter sido a primeira que o lançou como compositor, colocando-o no caminho da Música Popular Brasileira, e por oportunizar o encontro com seu primeiro parceiro, o músico e compositor Claudionor Cruz, com quem compôs o primeiro sucesso, a valsa “Caprichos do Destino”, gravada por volta de 1937, por Orlando Silva. A letra dramática nasceu por conta da música triste de Claudionor Cruz. Do resultado, criou-se uma lenda: envolta a melancolia da canção, diziam que o autor da música havia cometido suicídio. Aparceria com Claudionor Cruz rendeu curiosos momentos. Certa vez, Sílvio Caldas pediu, com prazo de dois dias, um chorocanção no gênero da música “Da cor do pecado” para estrear um show no Copa.
Quando os parceiros estavam quase desistindo, surgiu a ideia: Pedro Caetano faria uma letra dentro da música do citado chorocanção, e Claudionor faria a música em cima de sua letra. Amúsica citada pela crônica como a mais perfeita da dupla foi ouvida numa quinta-feira, às 21h, no bar do Copa, com Sílvio, Claudionor e Caetano reunidos no prazo final para a entrega da canção, intitulada “Nova Ilusão”. O curioso é que só nesse momento é que souberam que tudo deu certo. A primeira gravação da dupla foi o samba-choro “Tocador de violão”, interpretado por Augusto Calheiros, feito para uma peça sertaneja que estava em cartaz no teatro Casa do Caboclo. Segundo Pedro Caetano, Claudionor nasceu para fazer da música o sustento de sua alma. E conseguiu. Para homenageá-lo, inspirado na canção de exaltação de paz “Amigo”, de Erasmo e Roberto, surgiu com o samba “Parceiro”, cuja letra fez no desejo de considerar a importância da melodia dele nas suas letras. Com Alcyr Pires Vermelho – gigante musicalmente, como dizia Pedro Caetano, porque fisicamente era raquítico – fez um punhado de canções. Dentre as primeiras composições da parceria, revela em seu livro uma composta com muita felicidade, “Dama de Vermelho”. Uma valsa de bela história que muito apreciava. “Era uma tarde de sábado quando o Alcyr me telefonou convidando-me para ir à sua casa para ouvir uma música nova, que gostaria muito que eu fizesse a letra. (...) Achei linda! Seu estilo me fazia lembrar as semiclássicas vienenses. (...) Agora, faltava
o motivo para uma letra digna da beleza da música. (...) Confessei-lhe que não tinha havido, ainda, aquele estalo. (...) Saímos andando até a Praça Saenz Peña, que era pertinho, e lá encontramos o Lamartine Babo, um dos melhores papos da época. (...) Saímos, depois, pela Rua Conde de Bonfim, onde (...) num dos tradicionais palacetes daquela via, estava se realizando uma grande festa. Como ainda estávamos em idade de gostar de ‘peruar’ um baile, paramos. Não demorou nada e a orquestra estourou com uma valsa daquelas de fazer coração sair de banda, pra cupido não flexar, e os pares esvoaçaram no salão. Entre os pares, um dava show à parte. A dama era linda, porte maravilhoso, toda vestida de vermelho; fazia a própria imagem da inspiração que eu procurava. Encantado, virei-me para o Alcyr e disse-lhe: ´A letra da nossa valsa vai começar aqui e o título será ‘Dama de Vermelho’”, contou em trecho do livro “54 anos de Música Popular Brasileira – O que fiz, o que vi”. Assim foi somando em sua lista muitos parceiros (em composições e como intérpretes) em centenas de suas canções, como Pixinguinha, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Jacob do Bandolim, Saint Clair Senna, Valfrido Silva, Dalva de Oliveira, Aracy de Almeida, Francisco Alves, Marta Rocha, Marlene e outros, sem esquecer dos mais constantes: Claudionor Cruz e Alcyr Pires Vermelho, e de Ciro Monteiro, um dos seus intérpretes favoritos. Foi ainda regravado por vários intérpretes de outras gerações, como Elis Regina, Paulinho da Viola e Zélia Duncan. (D.C.) Continua nas páginas B6 e B8
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UMAS POUCAS PALAVRAS
O que faz Zezito
O movimento negro em Alagoas Já é tempo de se ter traçada a história do movimento negro em Alagoas. Espaço, vez em quando, o visita, traz alguma coisinha, mas é necessário, desde logo, começar a documentar com segurança, coletar informações e alguém se interessar por estudá-lo em profundidade, indo desde a vida do povo a instituições como o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Ufal. No caminho desse movimento há a presença de Zezito de Araújo. Ele vem militando desde o tempo em que o Neab se estruturou e tem uma vasta experiência no campo, indo das
Sávio de Almeida
atividades mais propriamente acadêmicas às políticas e, sem dúvida, tem muito o que dizer. Basta recordar que foi coordenador do Neab da Ufal de 1983 a 2001, tendo, inclusive, uma grande participação no tombamento da Serra da Barriga e nos projetos que se desenvolveram com relação à montagem do Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Este depoimento foi prestado por Zezito ao Grupo Agenda e é necessariamente polêmico em alguns de seus pontos. É extremamente importante que seja discutido, especialmente no que concerne ao Parque
Professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Coordenador do curso de História do Cesmac-Centro Universitário, membro do Grupo de Estudo sobre a temática Afro-brasileira no curso de História da Fecom/Cesmac e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direito, Sociedade e Violência da mesma instituição.
Memorial. Eu, pelo menos, sempre achei que a serra deveria ser reflorestada e deixada intocável; seria a melhor forma de honrar a memória de Zumbi. Outros acham que não, e é necessário que o universo da discussão seja aberto, como seria bonito e importante que se partisse para discutir a história do próprio Neab. Bom, o que Zezito fala está aí: é conferir, discutir. É claro que se pode concordar ou não com ele, mas não se pode negar a importância de sua presença na vida negra de Alagoas.
Uma conversa com Zezito de Araújo: o movimento negro (I)
Associação Cultural Zumbi... Ela marcou realmente a nossa ação. Grande parte de seus militantes eram professores. E foi na época que havia todo um clamor dos movimentos sociais no Brasil de uma forma geral, porque nós estávamos saindo da época do golpe de 1964. Estava havendo certa liberação da sociedade brasileira na década de 80. Os movimentos sociais estavam se reorganizando. Então, a Associação Cultural Zumbi também nasceu nesse momento. A Associação dos Professores de Alagoas daquela época foi um grande aliado nosso. A Alba Correia era presidente, quando tomou as rédeas... Naquela época a Associação de Professores era muita... Ela retomou as rédeas e, coincidentemen-
Um pesado começo de vida Nasci em Cabeça de Porco, distrito de São Luiz do Quitunde. Meus pais eram lavradores. Mamãe sabe ler e escrever. Meu pai era analfabeto, medidor de conta. Nasci lá. Saí em função da separação de meus pais. Fui o primeiro da família a conseguir o 3º grau. Com a separação, minha mãe veio para Maceió distribuir os filhos. Éramos seis irmãos; cada tio ficou com um. Depois minha mãe me chamou novamente pra São Luiz do Quitunde. Voltei para Maceió. Fui interno no colégio do Padre Pinho. Passei lá dez anos. As primeiras letras, eu aprendi lá. Fui pintor, carpinteiro. A construção de Juvenópolis, a parte nova foi feita por mim. Sou também padeiro. Ao sair de lá, fui para o
Exército. Passei seis anos e meio. Fui recruta, soldado antigo, cabo, fiz curso de sargento e passei. Fiz o vestibular de História, aí fui forçado a fazer a opção: ou seguia a carreira militar ou ia fazer história. Optei pelo curso, porque o capitão que era comandante da minha companhia disse: “Você tem autorização para fazer o vestibular?”. Eu disse: ”Não”. Aí: “Quem mandou você cortar o seu cabelo careca?”. Eu disse: “Ninguém”. Ele disse: “Pois você não vai mais estudar”. Teve alguém que me protegeu. Na época foi o major Dâmaso. E eu fui transferido para CSM. Só trabalhava um expediente e consegui concluir o curso de História justamente na vida militar.
que eu não poderia lecionar aquela disciplina, Antropologia do Brasil II, porque tratava do negro e eu ia reproduzir o racismo na sala de aula. Foi a primeira vez na minha vida que essa questão do racismo tocou fundo em mim. Porque eu estava impedido de exercer algo por ser negro. Eu já tinha passado por outras experiências, mas quanto a essa, não tinha tanto. Inclusive os alunos, depois, vieram conversar isso comigo, eles eram do curso de Serviço Social, que tinha essa disciplina, e também do curso de História. Coincidentemente, em agosto, a universidade foi provocada pelo movimento negro e pelo Projeto Rondon para realizar o Primeiro Encontro Nacional do Parque Histórico do Quilombo de Zumbi dos Palmares. E eu soube que ia acontecer esse evento.
O evento e o movimento Em Alagoas, não existia movimento negro na concepção que temos hoje. Bom... E lembro ter ficado lá atrás, no auditório Guedes Miranda, e do Abdias Nascimento provocando o João Azevedo: “Professor, como é que a universidade está promovendo este encontro e no seu quadro de professores não há negros?”. Foi quando alguém da mesa disse: “Tem o professor Zezito, que está lá atrás”. João Azevedo falou: “Nós temos um professor negro, sim, na universidade. Professor Zezito, venha aqui, por favor, para a mesa”. Neste momento, eu me vi como negro pela primeira vez na vida. Eu me lembro o dia. Foi no dia 22 de agosto de 1980. O encontro foi uma promoção da Universidade Federal de Alagoas, do Projeto Rondon. E é bom lembrar que essa discussão da Serra da Barriga já
estava em pauta no Projeto Rondon, em 1979. Também estavam aqui a Capes, o CNPQ, o Iphan. O governo federal e vários segmentos do governo do Estado participaram desse evento. E foi a partir daí que comecei a despertar para o que era ser negro. Tivemos duas pessoas fundamentais no evento: Agnelo, Babalorixá da Casa Branca – tradicional casa de terreiro de Candomblé de Salvador – e a mãe Hilda, do Ilê Aiye, a mãe do vovô. Estava aqui Aluísio Magalhães. Ele foi o grande idealizador a nível de governo federal, que puxou a discussão, inclusive financiou projetos. Estava aqui também o professor Formiga, um grande idealizador. O professor Marcos Vilaça, que hoje, se não me engano, é o presidente da Academia Brasileira de Letras, também esteve presente.
te, nós éramos associados também à Associação dos Professores... Então, isso nos ajudou muito para que a gente começasse a discutir a questão negra no conteúdo educacional, nas propostas curriculares. É tanto que temos um documento que nós apresentamos em um congresso. A Associação Cultural Zumbi apresentou no Terceiro Congresso Estadual dos Professores de Alagoas. Foi em 1985. Em 1984, tivemos o Segundo Encontro de Negro do NorteNordeste, cuja pauta foi “O negro e a educação”, e o resultado dessa pauta eu também tenho. Nós levamos isso para a Secretaria de Educação do Estado, pois, nessa época, a gente não tinha nenhum contato com o município. Nada avançou.
Casa Jorge de Lima
A descoberta da negritude Eu disse “Eu sou negro” em 1980, quando terminei História. Tive a felicidade de concluir o curso de História em quatro anos, com todo o sacrifício. E o professor Clovis Antunes lecionava duas disciplinas: Antropologia do Brasil I e II; do Brasil I, era do índio; do Brasil II, era do negro... Na época, ele teve que se afastar. Eu fui um aluno regular no curso, monitor vários anos. E a professora Reny Gomide perguntou se eu não queria ser professor colaborador, já que eu tinha concluído o curso e tinha tirado uma boa nota na disciplina. Aí eu disse: “Não, não tem problema, eu vou”. Eu tinha terminado a graduação e jamais poderia jogar fora uma oportunidade daquela. E aí aconteceu um fato que mudou totalmente a minha vida. Uma professora estava voltando do mestrado e disse
Associação Cultural Zumbi
Criação do Memorial Zumbi
Raízes do Memorial Zumbi O Neab foi resultado desse encontro. Quem estava à testa era Aluísio Galvão, coordenador de Extensão Cultural da Universidade Federal de Alagoas, que também dirigia o Projeto Rondon. A provocação foi feita pela Ematur. A preocupação era criar uma alternativa de turismo para Alagoas. O pessoal de turismo provocou o Projeto Rondon e, a partir daí, se movimentou o CNPQ, através do João Azevedo. Então, primeiro foi o setor de turismo de Alagoas que tinha interesse na história do Quilombo dos Palmares.
Na época desse encontro, o professor Olympio Serra trabalhava no Iphan e sempre foi envolvido com o movimento negro; era da Bahia e irmão do Ordep Serra... Foi quando ele perguntou aos professores Aluísio Magalhães e João Azevedo como era que se discutiria o Quilombo sem a presença dos negros? Foi quando toda a concepção do encontro foi modificada. Então, quem ia discutir o Quilombo dos Palmares eram os acadêmicos. O encontro foi realizado no Centro de Treinamento do Arcebispado.
A Associação Cultural Zumbi Aqui em Alagoas, nada estava articulado como movimento. Você tinha as casas de terreiros de candomblé, os templos e as federações, mas grupos culturais não existiam. Foi a partir daí que nós pensamos na criação da Associação Cultural Zumbi. O que vai acontecer com o movimento negro em Alagoas? Os seus militantes tinham vínculo com o Estado. Eles não eram profissionais independentes, eram professores do Estado, da universidade, até porque a população alagoana naquela época, que na sua grande maioria era mais negra do que hoje, vivia na periferia, na miséria. Não tinha acesso a esses equipamentos, que poderiam ajudar em sua organização, e a miséria era muito mais presente do que o pensar na questão de ser negro. É tanto que, quando nós
começamos o movimento aqui, a primeira coisa que a Associação Cultural Zumbi realizou foi ir às periferias conversar com o pessoal. Ela foi fundada em 1981. Eu fui um dos fundadores... Foi Mariano... Fátima Viana, Ângela Benedita Bahia de Brito, José Roberto Santos Lima, o Robertinho. Foi o Mariano, o filho daquela grande professora Laura Dantas, o Mariano Marcelino... Então foi um grupo de lideranças jovens negras que tinham vínculos com o Estado. Nesse primeiro encontro de negro só tinha eu. Chegou um professor depois, mas ele não se envolveu; era da área de literatura, escrevia muito, fazia os discursos do Divaldo Suruagy. Edson Alcântara. Um grande companheiro nosso, mas ele não se envolveu.
Serra da Barriga em 1981
Raízes do Neab Foi nesse momento que surgiu a ideia da criação do Centro de Estudos AfroBrasileiro, que é o atual Neab. Certa feita, João Azevedo disse: “Zezito, você é um garoto muito maduro”. Eu estava praticamente com 28 anos. “E eu sei que você quer aprender, quer conhecer a história do Brasil, a história do negro, e eu vou pedir pra você ficar trabalhando com o professor Décio Freitas”. Então... Era Ceab, Centro de Estudos Afro-Brasileiro. Então, no primeiro momento que o professor Décio Freitas chegou, eu estava ao seu lado. Todas as orientações, a construção do Neab foi feita em mãos duplas, eu, ele e evidentemente, paralelamente a isso, estava um professor vindo de Pernambuco. Dentro da universidade houve um grande impacto. O professor Aluísio tomou o parque como um objetivo, mas, junto com o parque, também o Centro de Estudos Afro-Brasileiro. Aliás, nós temos quatro nomes que foram fundamentais: Aluísio, Décio Freitas, Elias Passos Tenório e João Azevedo. Antes de existir o movimento negro, já o Estado, através do turismo, estava interessado nos Palmares. A universidade é que vai ser o elo... Participei de vários grupos de estudos, inclusive nós temos fotos, as conclusões desses grupos de estudos e as memórias. A primeira conseqüência disso foi a criação do Memorial Zumbi, fato novo para Alagoas e para o Brasil. Isso também em 1980. O que era o Memorial Zumbi? Era uma instituição constituída por instituições privadas e públicas. O movimento
Olímpio Serra em 1981
A montagem do Neab negro tinha representação e o Estado, também. Nós tínhamos o governo do Estado de Alagoas, a Prefeitura Municipal de União dos Palmares e a Universidade Federal de Alagoas. Nós tínhamos o CNPQ, nós tínhamos a Capes. Eram esses órgãos que participavam do Memorial Zumbi. A Associação Cultural Zumbi foi organizada e incorporou-se ao memorial. O primeiro presidente do Memorial Zumbi foi o Olímpio Serra; o secretário foi o Carlos Alves Moura; e a tesoureira era a Ciane, arquiteta do Iphan. Ele foi criado aqui e a representação ficava em Brasília. O Conselho Deliberativo tinha representações de Alagoas; era o Conselho Deliberativo que definia todas as ações do memorial. Eu fazia parte do Conselho Deliberativo. De União dos Palmares, fazia parte um jovem que morreu, tinha o apelido de Pelé, que foi indicado pela prefeitura. Daqui, também o professor Max Lutermann. Ele representava a universidade. Eu representava o movimento negro, enquanto uma pessoa negra de Alagoas. Comecei a representar o movimento negro quando a associação foi criada. Então era o negro alagoano que fazia parte do Conselho Deliberativo do Memorial Zumbi. Esse Conselho começou a pensar, a discutir o que seria feito na Serra da Barriga. Nós tivemos reuniões aqui em Alagoas e em vários estados do Brasil: Brasília, São Luís do Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas a grande maioria das reuniões aconteceu aqui.
No sentido de montar o Neab, a primeira ação da Ufal foi convidar o professor Décio Freitas, que deve ter sido a indicação da Capes. Ao chegar, ele não foi pago pela Ufal. Seu primeiro contrato foi feito pelo CNPQ. Contratou pra ele vir. Depois foi contratado como professor. O Décio Freitas foi o primeiro diretor, depois nós tivemos o Rogério Gomes; depois passou para o professor Max Lutermann. Na passagem do professor Max para a minha direção, ele deixou de ser centro para ser núcleo. Eu vou residir em União dos Palmares, onde há uma doação da documentação do professor Décio Freitas à Ufal. Quando a gente pega aqui essa programação de 1980, aí você vê: folguedo folclórico, missa de violeiro, solenidade em União dos Palmares, comemoração no Alto da Serra da Barriga e aqui identificava o aproveitamento do potencial turístico da Serra da Barriga. A Serra da Barriga, nesse momento, estava sendo vista como coisa de negros ou de brancos se aproveitando? É coisa de negro sendo aproveitada pelo branco. Quando eu digo coisa de negro, que era a história dos negros, dos quilombolas, que foi aproveitada pelos brancos.
A Serra da Barriga, inicialmente, foi pensada como um monumento turístico, mas infelizmente resultou nisso agora, recentemente. Eu sei que, às vezes, eu chamava o Sávio, e você dizia: “Zezito, não me chame pra isso não, não me chame pra isso não”. O nosso pensamento era resgatar a história quilombola e, decorrente disso, é que haveria uma demanda turística. Os equipamentos que foram construídos lá na Serra da Barriga, hoje, não têm nada a ver com a história do negro, com a história dos africanos. Aqui, nesse programa [mostra] tem Primeiro Encontro do Parque Histórico Nacional do Zumbi. Que é que era isso? O que é que passava na cabeça quanto ao Parque Histórico Nacional? Foi outra discussão que foi travada. Isso não só nesse período, mas também nos anos posteriores porque qual o sentido do parque? Por isso criou-se o nome Memorial Zumbi. Porque o Parque, ele restringe muito a ação dos movimentos. O Parque São Bartolomeu, lá em Salvador, é terrível. A gestão era muito complicada enquanto parque. Estaríamos entregando uma história negra para a gestão federal? Por isso que as pessoas discordaram desse nome do parque.
A Casa Jorge de Lima, em União dos Palmares... Lá instalamos o Centro de Estudos AfroBrasileiro. Eu entrei na universidade no dia 3 de março de 1980, como professor colaborador. No dia 10 de agosto, aliás, em maio, eu fiz o concurso para professor. Fui aprovado e, em agosto, fui contratado. Em 1981, o professor João Azevedo me chamou e disse: “Olha, Zezito, eu tenho uma missão para você. Quero que você vá trabalhar em União dos Palmares para implantar o Centro de Estudos Afro-Brasileiro lá”. Aí eu disse: “Professor, eu não tenho a mínima condição de fazer esse trabalho”. Ele disse: “Vou
aumentar sua carga horária, e você vai morar lá”. E eu fui. Não tinha o que comer, nem tinha onde dormir... Imagine como era União naquela época. E eu não conhecia ninguém. Não tinha nenhuma experiência. Era o objetivo da Casa Jorge de Lima... Para o professor João Azevedo, era instalar o Centro de Estudos AfroBrasileiro... E aconteceu realmente. Não na gestão do João Azevedo, mas na do professor Gama. Funcionou. Morei em União em 82, 83 e 84. Todo o trabalho que o governo federal solicitou para o tombamento da Serra da Barriga foi feito pela universidade nesse centro.
Memorial Zumbi e Divaldo Suruagy Em 1985, o Divaldo Suruagy constituiu o Memorial Zumbi. E aí resolveu montar um grupo de trabalho para tratar do memorial: Noaldo Moreira Dantas, Edmilson, Ismar Gato, Manoel Gomes de Barros, Rosiber, Maria Mariá de Castro... Só tinha eu de negro. E olha, veja a data, em 1985. Porque era para dar sustentabilidade ao Memorial Zumbi. Eu era o representante do Memorial Zumbi aqui. O que isso resultou? Em nada. Não resultou em nada. Porque havia, na época, conflitos de interesses entre a prefeitura e o Memorial Zumbi. O Memorial
Zumbi deu uma dimensão a Serra da Barriga nunca vista até hoje. Realmente, tudo o que aconteceu em União dos Palmares, nós tivemos que reconhecer que foi um trabalho do Memorial Zumbi, que estava à frente. No primeiro momento, o Olympio e depois o professor Abdias Nascimento estiveram responsáveis. Mas não nos reunimos nunca. Quem tentou nos reunir, e tem que se reconhecer, foi o Noaldo Dantas, que tentou algumas vezes fazer alguma coisa juntamente com a diretoria do Memorial Zumbi. O Noaldo Dantas era secretário de Cultura na época.
O pastoril na serra Todas as celebrações que foram realizadas na Serra da Barriga foram feitas pelo Memorial Zumbi. Começou com a grande professora Carrascosa... Nós não tínhamos, em Alagoas, qualquer atividade cultural negra. Então, a gente levava pra lá as baianas, a taieira, o maculelê... Quem fazia isso era, inclusive, a Maria Carrascosa, vinculada diretamente à universidade, ao que era a Pró-Reitoria de Extensão.
Tinha o pastoril... Era isso que a gente celebrava lá em União dos Palmares. De certa forma pegava o que eles chamavam de folclore e levava para lá. Isso, talvez, durante os quatro primeiros anos foi, mas depois... Evidentemente que vinha da Bahia, o Ilê Aiyê vinha para completar, o Olodum vinha, o Muzenza vinha... Mas, aqui de Alagoas, nós não tínhamos nada, nada mesmo.
O JORNAL
Espaço B4
B5
Domingo, 27 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
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O que faz Zezito
O movimento negro em Alagoas Já é tempo de se ter traçada a história do movimento negro em Alagoas. Espaço, vez em quando, o visita, traz alguma coisinha, mas é necessário, desde logo, começar a documentar com segurança, coletar informações e alguém se interessar por estudá-lo em profundidade, indo desde a vida do povo a instituições como o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Ufal. No caminho desse movimento há a presença de Zezito de Araújo. Ele vem militando desde o tempo em que o Neab se estruturou e tem uma vasta experiência no campo, indo das
Sávio de Almeida
atividades mais propriamente acadêmicas às políticas e, sem dúvida, tem muito o que dizer. Basta recordar que foi coordenador do Neab da Ufal de 1983 a 2001, tendo, inclusive, uma grande participação no tombamento da Serra da Barriga e nos projetos que se desenvolveram com relação à montagem do Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Este depoimento foi prestado por Zezito ao Grupo Agenda e é necessariamente polêmico em alguns de seus pontos. É extremamente importante que seja discutido, especialmente no que concerne ao Parque
Professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Coordenador do curso de História do Cesmac-Centro Universitário, membro do Grupo de Estudo sobre a temática Afro-brasileira no curso de História da Fecom/Cesmac e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direito, Sociedade e Violência da mesma instituição.
Memorial. Eu, pelo menos, sempre achei que a serra deveria ser reflorestada e deixada intocável; seria a melhor forma de honrar a memória de Zumbi. Outros acham que não, e é necessário que o universo da discussão seja aberto, como seria bonito e importante que se partisse para discutir a história do próprio Neab. Bom, o que Zezito fala está aí: é conferir, discutir. É claro que se pode concordar ou não com ele, mas não se pode negar a importância de sua presença na vida negra de Alagoas.
Uma conversa com Zezito de Araújo: o movimento negro (I)
Associação Cultural Zumbi... Ela marcou realmente a nossa ação. Grande parte de seus militantes eram professores. E foi na época que havia todo um clamor dos movimentos sociais no Brasil de uma forma geral, porque nós estávamos saindo da época do golpe de 1964. Estava havendo certa liberação da sociedade brasileira na década de 80. Os movimentos sociais estavam se reorganizando. Então, a Associação Cultural Zumbi também nasceu nesse momento. A Associação dos Professores de Alagoas daquela época foi um grande aliado nosso. A Alba Correia era presidente, quando tomou as rédeas... Naquela época a Associação de Professores era muita... Ela retomou as rédeas e, coincidentemen-
Um pesado começo de vida Nasci em Cabeça de Porco, distrito de São Luiz do Quitunde. Meus pais eram lavradores. Mamãe sabe ler e escrever. Meu pai era analfabeto, medidor de conta. Nasci lá. Saí em função da separação de meus pais. Fui o primeiro da família a conseguir o 3º grau. Com a separação, minha mãe veio para Maceió distribuir os filhos. Éramos seis irmãos; cada tio ficou com um. Depois minha mãe me chamou novamente pra São Luiz do Quitunde. Voltei para Maceió. Fui interno no colégio do Padre Pinho. Passei lá dez anos. As primeiras letras, eu aprendi lá. Fui pintor, carpinteiro. A construção de Juvenópolis, a parte nova foi feita por mim. Sou também padeiro. Ao sair de lá, fui para o
Exército. Passei seis anos e meio. Fui recruta, soldado antigo, cabo, fiz curso de sargento e passei. Fiz o vestibular de História, aí fui forçado a fazer a opção: ou seguia a carreira militar ou ia fazer história. Optei pelo curso, porque o capitão que era comandante da minha companhia disse: “Você tem autorização para fazer o vestibular?”. Eu disse: ”Não”. Aí: “Quem mandou você cortar o seu cabelo careca?”. Eu disse: “Ninguém”. Ele disse: “Pois você não vai mais estudar”. Teve alguém que me protegeu. Na época foi o major Dâmaso. E eu fui transferido para CSM. Só trabalhava um expediente e consegui concluir o curso de História justamente na vida militar.
que eu não poderia lecionar aquela disciplina, Antropologia do Brasil II, porque tratava do negro e eu ia reproduzir o racismo na sala de aula. Foi a primeira vez na minha vida que essa questão do racismo tocou fundo em mim. Porque eu estava impedido de exercer algo por ser negro. Eu já tinha passado por outras experiências, mas quanto a essa, não tinha tanto. Inclusive os alunos, depois, vieram conversar isso comigo, eles eram do curso de Serviço Social, que tinha essa disciplina, e também do curso de História. Coincidentemente, em agosto, a universidade foi provocada pelo movimento negro e pelo Projeto Rondon para realizar o Primeiro Encontro Nacional do Parque Histórico do Quilombo de Zumbi dos Palmares. E eu soube que ia acontecer esse evento.
O evento e o movimento Em Alagoas, não existia movimento negro na concepção que temos hoje. Bom... E lembro ter ficado lá atrás, no auditório Guedes Miranda, e do Abdias Nascimento provocando o João Azevedo: “Professor, como é que a universidade está promovendo este encontro e no seu quadro de professores não há negros?”. Foi quando alguém da mesa disse: “Tem o professor Zezito, que está lá atrás”. João Azevedo falou: “Nós temos um professor negro, sim, na universidade. Professor Zezito, venha aqui, por favor, para a mesa”. Neste momento, eu me vi como negro pela primeira vez na vida. Eu me lembro o dia. Foi no dia 22 de agosto de 1980. O encontro foi uma promoção da Universidade Federal de Alagoas, do Projeto Rondon. E é bom lembrar que essa discussão da Serra da Barriga já
estava em pauta no Projeto Rondon, em 1979. Também estavam aqui a Capes, o CNPQ, o Iphan. O governo federal e vários segmentos do governo do Estado participaram desse evento. E foi a partir daí que comecei a despertar para o que era ser negro. Tivemos duas pessoas fundamentais no evento: Agnelo, Babalorixá da Casa Branca – tradicional casa de terreiro de Candomblé de Salvador – e a mãe Hilda, do Ilê Aiye, a mãe do vovô. Estava aqui Aluísio Magalhães. Ele foi o grande idealizador a nível de governo federal, que puxou a discussão, inclusive financiou projetos. Estava aqui também o professor Formiga, um grande idealizador. O professor Marcos Vilaça, que hoje, se não me engano, é o presidente da Academia Brasileira de Letras, também esteve presente.
te, nós éramos associados também à Associação dos Professores... Então, isso nos ajudou muito para que a gente começasse a discutir a questão negra no conteúdo educacional, nas propostas curriculares. É tanto que temos um documento que nós apresentamos em um congresso. A Associação Cultural Zumbi apresentou no Terceiro Congresso Estadual dos Professores de Alagoas. Foi em 1985. Em 1984, tivemos o Segundo Encontro de Negro do NorteNordeste, cuja pauta foi “O negro e a educação”, e o resultado dessa pauta eu também tenho. Nós levamos isso para a Secretaria de Educação do Estado, pois, nessa época, a gente não tinha nenhum contato com o município. Nada avançou.
Casa Jorge de Lima
A descoberta da negritude Eu disse “Eu sou negro” em 1980, quando terminei História. Tive a felicidade de concluir o curso de História em quatro anos, com todo o sacrifício. E o professor Clovis Antunes lecionava duas disciplinas: Antropologia do Brasil I e II; do Brasil I, era do índio; do Brasil II, era do negro... Na época, ele teve que se afastar. Eu fui um aluno regular no curso, monitor vários anos. E a professora Reny Gomide perguntou se eu não queria ser professor colaborador, já que eu tinha concluído o curso e tinha tirado uma boa nota na disciplina. Aí eu disse: “Não, não tem problema, eu vou”. Eu tinha terminado a graduação e jamais poderia jogar fora uma oportunidade daquela. E aí aconteceu um fato que mudou totalmente a minha vida. Uma professora estava voltando do mestrado e disse
Associação Cultural Zumbi
Criação do Memorial Zumbi
Raízes do Memorial Zumbi O Neab foi resultado desse encontro. Quem estava à testa era Aluísio Galvão, coordenador de Extensão Cultural da Universidade Federal de Alagoas, que também dirigia o Projeto Rondon. A provocação foi feita pela Ematur. A preocupação era criar uma alternativa de turismo para Alagoas. O pessoal de turismo provocou o Projeto Rondon e, a partir daí, se movimentou o CNPQ, através do João Azevedo. Então, primeiro foi o setor de turismo de Alagoas que tinha interesse na história do Quilombo dos Palmares.
Na época desse encontro, o professor Olympio Serra trabalhava no Iphan e sempre foi envolvido com o movimento negro; era da Bahia e irmão do Ordep Serra... Foi quando ele perguntou aos professores Aluísio Magalhães e João Azevedo como era que se discutiria o Quilombo sem a presença dos negros? Foi quando toda a concepção do encontro foi modificada. Então, quem ia discutir o Quilombo dos Palmares eram os acadêmicos. O encontro foi realizado no Centro de Treinamento do Arcebispado.
A Associação Cultural Zumbi Aqui em Alagoas, nada estava articulado como movimento. Você tinha as casas de terreiros de candomblé, os templos e as federações, mas grupos culturais não existiam. Foi a partir daí que nós pensamos na criação da Associação Cultural Zumbi. O que vai acontecer com o movimento negro em Alagoas? Os seus militantes tinham vínculo com o Estado. Eles não eram profissionais independentes, eram professores do Estado, da universidade, até porque a população alagoana naquela época, que na sua grande maioria era mais negra do que hoje, vivia na periferia, na miséria. Não tinha acesso a esses equipamentos, que poderiam ajudar em sua organização, e a miséria era muito mais presente do que o pensar na questão de ser negro. É tanto que, quando nós
começamos o movimento aqui, a primeira coisa que a Associação Cultural Zumbi realizou foi ir às periferias conversar com o pessoal. Ela foi fundada em 1981. Eu fui um dos fundadores... Foi Mariano... Fátima Viana, Ângela Benedita Bahia de Brito, José Roberto Santos Lima, o Robertinho. Foi o Mariano, o filho daquela grande professora Laura Dantas, o Mariano Marcelino... Então foi um grupo de lideranças jovens negras que tinham vínculos com o Estado. Nesse primeiro encontro de negro só tinha eu. Chegou um professor depois, mas ele não se envolveu; era da área de literatura, escrevia muito, fazia os discursos do Divaldo Suruagy. Edson Alcântara. Um grande companheiro nosso, mas ele não se envolveu.
Serra da Barriga em 1981
Raízes do Neab Foi nesse momento que surgiu a ideia da criação do Centro de Estudos AfroBrasileiro, que é o atual Neab. Certa feita, João Azevedo disse: “Zezito, você é um garoto muito maduro”. Eu estava praticamente com 28 anos. “E eu sei que você quer aprender, quer conhecer a história do Brasil, a história do negro, e eu vou pedir pra você ficar trabalhando com o professor Décio Freitas”. Então... Era Ceab, Centro de Estudos Afro-Brasileiro. Então, no primeiro momento que o professor Décio Freitas chegou, eu estava ao seu lado. Todas as orientações, a construção do Neab foi feita em mãos duplas, eu, ele e evidentemente, paralelamente a isso, estava um professor vindo de Pernambuco. Dentro da universidade houve um grande impacto. O professor Aluísio tomou o parque como um objetivo, mas, junto com o parque, também o Centro de Estudos Afro-Brasileiro. Aliás, nós temos quatro nomes que foram fundamentais: Aluísio, Décio Freitas, Elias Passos Tenório e João Azevedo. Antes de existir o movimento negro, já o Estado, através do turismo, estava interessado nos Palmares. A universidade é que vai ser o elo... Participei de vários grupos de estudos, inclusive nós temos fotos, as conclusões desses grupos de estudos e as memórias. A primeira conseqüência disso foi a criação do Memorial Zumbi, fato novo para Alagoas e para o Brasil. Isso também em 1980. O que era o Memorial Zumbi? Era uma instituição constituída por instituições privadas e públicas. O movimento
Olímpio Serra em 1981
A montagem do Neab negro tinha representação e o Estado, também. Nós tínhamos o governo do Estado de Alagoas, a Prefeitura Municipal de União dos Palmares e a Universidade Federal de Alagoas. Nós tínhamos o CNPQ, nós tínhamos a Capes. Eram esses órgãos que participavam do Memorial Zumbi. A Associação Cultural Zumbi foi organizada e incorporou-se ao memorial. O primeiro presidente do Memorial Zumbi foi o Olímpio Serra; o secretário foi o Carlos Alves Moura; e a tesoureira era a Ciane, arquiteta do Iphan. Ele foi criado aqui e a representação ficava em Brasília. O Conselho Deliberativo tinha representações de Alagoas; era o Conselho Deliberativo que definia todas as ações do memorial. Eu fazia parte do Conselho Deliberativo. De União dos Palmares, fazia parte um jovem que morreu, tinha o apelido de Pelé, que foi indicado pela prefeitura. Daqui, também o professor Max Lutermann. Ele representava a universidade. Eu representava o movimento negro, enquanto uma pessoa negra de Alagoas. Comecei a representar o movimento negro quando a associação foi criada. Então era o negro alagoano que fazia parte do Conselho Deliberativo do Memorial Zumbi. Esse Conselho começou a pensar, a discutir o que seria feito na Serra da Barriga. Nós tivemos reuniões aqui em Alagoas e em vários estados do Brasil: Brasília, São Luís do Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas a grande maioria das reuniões aconteceu aqui.
No sentido de montar o Neab, a primeira ação da Ufal foi convidar o professor Décio Freitas, que deve ter sido a indicação da Capes. Ao chegar, ele não foi pago pela Ufal. Seu primeiro contrato foi feito pelo CNPQ. Contratou pra ele vir. Depois foi contratado como professor. O Décio Freitas foi o primeiro diretor, depois nós tivemos o Rogério Gomes; depois passou para o professor Max Lutermann. Na passagem do professor Max para a minha direção, ele deixou de ser centro para ser núcleo. Eu vou residir em União dos Palmares, onde há uma doação da documentação do professor Décio Freitas à Ufal. Quando a gente pega aqui essa programação de 1980, aí você vê: folguedo folclórico, missa de violeiro, solenidade em União dos Palmares, comemoração no Alto da Serra da Barriga e aqui identificava o aproveitamento do potencial turístico da Serra da Barriga. A Serra da Barriga, nesse momento, estava sendo vista como coisa de negros ou de brancos se aproveitando? É coisa de negro sendo aproveitada pelo branco. Quando eu digo coisa de negro, que era a história dos negros, dos quilombolas, que foi aproveitada pelos brancos.
A Serra da Barriga, inicialmente, foi pensada como um monumento turístico, mas infelizmente resultou nisso agora, recentemente. Eu sei que, às vezes, eu chamava o Sávio, e você dizia: “Zezito, não me chame pra isso não, não me chame pra isso não”. O nosso pensamento era resgatar a história quilombola e, decorrente disso, é que haveria uma demanda turística. Os equipamentos que foram construídos lá na Serra da Barriga, hoje, não têm nada a ver com a história do negro, com a história dos africanos. Aqui, nesse programa [mostra] tem Primeiro Encontro do Parque Histórico Nacional do Zumbi. Que é que era isso? O que é que passava na cabeça quanto ao Parque Histórico Nacional? Foi outra discussão que foi travada. Isso não só nesse período, mas também nos anos posteriores porque qual o sentido do parque? Por isso criou-se o nome Memorial Zumbi. Porque o Parque, ele restringe muito a ação dos movimentos. O Parque São Bartolomeu, lá em Salvador, é terrível. A gestão era muito complicada enquanto parque. Estaríamos entregando uma história negra para a gestão federal? Por isso que as pessoas discordaram desse nome do parque.
A Casa Jorge de Lima, em União dos Palmares... Lá instalamos o Centro de Estudos AfroBrasileiro. Eu entrei na universidade no dia 3 de março de 1980, como professor colaborador. No dia 10 de agosto, aliás, em maio, eu fiz o concurso para professor. Fui aprovado e, em agosto, fui contratado. Em 1981, o professor João Azevedo me chamou e disse: “Olha, Zezito, eu tenho uma missão para você. Quero que você vá trabalhar em União dos Palmares para implantar o Centro de Estudos Afro-Brasileiro lá”. Aí eu disse: “Professor, eu não tenho a mínima condição de fazer esse trabalho”. Ele disse: “Vou
aumentar sua carga horária, e você vai morar lá”. E eu fui. Não tinha o que comer, nem tinha onde dormir... Imagine como era União naquela época. E eu não conhecia ninguém. Não tinha nenhuma experiência. Era o objetivo da Casa Jorge de Lima... Para o professor João Azevedo, era instalar o Centro de Estudos AfroBrasileiro... E aconteceu realmente. Não na gestão do João Azevedo, mas na do professor Gama. Funcionou. Morei em União em 82, 83 e 84. Todo o trabalho que o governo federal solicitou para o tombamento da Serra da Barriga foi feito pela universidade nesse centro.
Memorial Zumbi e Divaldo Suruagy Em 1985, o Divaldo Suruagy constituiu o Memorial Zumbi. E aí resolveu montar um grupo de trabalho para tratar do memorial: Noaldo Moreira Dantas, Edmilson, Ismar Gato, Manoel Gomes de Barros, Rosiber, Maria Mariá de Castro... Só tinha eu de negro. E olha, veja a data, em 1985. Porque era para dar sustentabilidade ao Memorial Zumbi. Eu era o representante do Memorial Zumbi aqui. O que isso resultou? Em nada. Não resultou em nada. Porque havia, na época, conflitos de interesses entre a prefeitura e o Memorial Zumbi. O Memorial
Zumbi deu uma dimensão a Serra da Barriga nunca vista até hoje. Realmente, tudo o que aconteceu em União dos Palmares, nós tivemos que reconhecer que foi um trabalho do Memorial Zumbi, que estava à frente. No primeiro momento, o Olympio e depois o professor Abdias Nascimento estiveram responsáveis. Mas não nos reunimos nunca. Quem tentou nos reunir, e tem que se reconhecer, foi o Noaldo Dantas, que tentou algumas vezes fazer alguma coisa juntamente com a diretoria do Memorial Zumbi. O Noaldo Dantas era secretário de Cultura na época.
O pastoril na serra Todas as celebrações que foram realizadas na Serra da Barriga foram feitas pelo Memorial Zumbi. Começou com a grande professora Carrascosa... Nós não tínhamos, em Alagoas, qualquer atividade cultural negra. Então, a gente levava pra lá as baianas, a taieira, o maculelê... Quem fazia isso era, inclusive, a Maria Carrascosa, vinculada diretamente à universidade, ao que era a Pró-Reitoria de Extensão.
Tinha o pastoril... Era isso que a gente celebrava lá em União dos Palmares. De certa forma pegava o que eles chamavam de folclore e levava para lá. Isso, talvez, durante os quatro primeiros anos foi, mas depois... Evidentemente que vinha da Bahia, o Ilê Aiyê vinha para completar, o Olodum vinha, o Muzenza vinha... Mas, aqui de Alagoas, nós não tínhamos nada, nada mesmo.
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Meio século de música
Cantora Marlene marcou festa dos 50 anos com alegre apresentação
Um show em homenagem aos seus 50 anos de Música Popular Brasileira é lembrado como um dos mais emocionantes momentos de sua vida, contando com duas semanas de casa lotada. Quem lhe ofereceu o presente foi Érico de Freitas, criador do “Projeto Carnavalesca”, num show com roteiro e direção de Ricardo Cravo Albin, que fez do repertório uma verdadeira “Revista Musical”. A cantora Marlene e a meninada do “Céu da Boca”, cantando, dançando e representando, contribuíram para uma comemoração das mais alegres dos seus 50 anos de música. Em celebração ao seu cinquentenário lançou o livro “Meio século de Música Popular Brasileira – O que fiz, o que vi” (editora Vida Doméstica, 1984), reeditado quatro anos depois pela editora Pallas, com título “54 anos de Música Popular Brasileira – O que fiz, o que vi”. No livro lembra algumas músicas consideradas por ele como sucesso e até os insucessos, bem como fala dos parceiros e recorda fatos pitorescos relacionados a todo esse tempo que passou fazendo música. José Ramos Tinhorão, que assina o prefácio, comenta não só sobre um livro de pequenas histórias, mas que são elas que compõem a história. CENTENÁRIO - O primeiro evento oficial em comemoração ao centenário de nascimento do letrista aconteceu no último dia 12, no Instituto Cultural Cravo Albin, na Urca (RJ), com a exposição “Onde estão os tamborins”, onde se perfilam partituras, fotos, discos e objetos do compositor. O samba, composto em 1946 para motivar a Mangueira, que vivia uma fase de marasmo, dá nome à mostra. Após a inauguração foi realizado um show com músicos como Leandro Braga, Josimar Carneiro, Mariana Baltar, Cristina Buarque e Chico Adnet. (D.C.)
a Moreira Cortesia/Carl
s cem anos Celebração do stituto do autor, no In in, no Alb Cultural Cravo contou o, ir ne Ja de Rio de com a presença as diversos artist
Cem anos depois, inesquecíveis relatos “Vinicius de Moraes certa vez afirmou que ´São Paulo era o túmulo do samba´. Peço licença para discordar, citando um nome: Pedro Caetano. Sucesso foi a belíssima valsa ´Caprichos do destino´ (1938), com seu parceiro dileto Claudionor Cruz, na voz chopiniana de Orlando Silva. Outra valsa bonita é ´A dama de vermelho´ (com Alcyr Pires vermelho), gravada por Chico Alves e que recebeu inúmeras regravações, inclusive uma do Tom Zé. E não para aí a curva da febre desse versátil compositor paulista. Em 1948 ganha as ruas o samba carnavalesco ´É com esse que eu vou´, registrado pelo mesmo grupo Quatro Ases e Um Coringa e regravado em 1973, por Elis Regina, em elegante interpretação. Uma obra-prima que o cantor Silvio Caldas deu a ideia e Lúcio Alves pôs no vinil foi o choro ´Nova Ilusão´, que receberia de Paulinho da Viola um registro definitivo em 1977. Curioso é que Pedro Caetano fez essa letra usando como molde sonoro o choro ´Da cor do pecado´, de Bororó, e só depois Claudionor Cruz inventou a melodia. Era comerciante de calçados e a música nunca foi a sua profissão, apenas inspiração”.
Cortesia/Carla Moreira
Marcos de Farias Costa, autor do livro “Juvenal Lopes, o comandante do samba” (2007)
“Não tenho muita lembrança de Pedro Caetano, e sim do Claudionor Cruz, o seu parceiro. Na época em que eu morava no Rio, o Zequeti me apresentou uma música deles muito bonita, chama-se ´Nova Ilusão´. Era uma música que o Zequeti sempre gostava de cantar. Eu dava o tom e ele seguia cantando. Eu não esqueço nunca. Pedro Caetano é um grande compositor e fico feliz de voltar a lembrar dessas histórias no ano do seu centenário”.
Ibys Maceioh, violonista, cantor e compositor
“Pedro é autor de joias tanto de carnaval quanto de música de meio de ano - assim chamávamos nós, os velhinhos, todo o repertório não-carnavalesco. Foram dezenas dessas músicas que eu perfilei em 1984, no show ´É com esse que eu´ , quando o próprio Caetano, ao lado de Marlene e Céu da Boca, cantava o melhor do seu repertório. Lembro-me que um dia resolvemos homenagear a eterna Miss Martha Rocha, que subiu ao palco e cantou com Marlene e o autor a marchinha ´Duas Polegadas´: ´Por duas polegadas a mais / Passaram a baiana prá trás / Por duas polegadas / E logo nos quadris / Tem dó, tem dó, seu juiz´. Bons tempos em que o Rio, os políticos, as ruas e o cotidiano eram comentados em reveladoras (da alma do povo) marchinhas de Carnaval”. Ricardo Cravo Albin, presidente do Instituto Cultural Cravo Albin
- Livro também foi lançado em celebração ao cinquentenário do compositor (Carla Moreira)
“Eu conheci as músicas de Pedro Caetano através da minha mãe, que era cantora de tanque, de cozinha, cantarolava o dia todo. Lembro dela cantando: ´Mangueira,/ onde é que estão os tamborins, ó nêga?/ Viver somente de cartaz não chega/ põe as pastoras na avenida/ Mangueira querida´. E também aquela: ´Com pandeiro ou sem pandeiro/ Eh, eh, eh, eh, eu brinco´. Recentemente participei de uma gincana escolar e a última pergunta foi quem era o compositor do Hino de Alagoas, e o aluno respondeu Eliezer Setton. Eliezer é quem mais interpreta a música, daí a confusão. O legal disso tudo é saber que os compositores existem”. Igbonan Rocha, cantor Continua na página B8
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oi com grande estilo que no último dia 23 Nazaré e Renato Peixoto receberam convidados Vips no tão esperado coquetel de lançamento da coleção Outono Inverno 2011 da CARMEN STEFFENS. Nunca se reuniu tanto estilo,moda e sofisticação em um só lugar. A marca só tem se superado a cada coleção, os calçados, bolsas e acessórios muito bem elaborados em tons pastéis como ditado pela estação, mas com pitadas de cores como berinjela,vermelho e esmeralda tudo com um toque muito especial que só a Carmen Steffens tem e sem contar a linha masculina Raphael Steffens e a linha Teen que tem ocupado o topo da lista dos mais antenados do mundo fashion.
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Baú de lembranças
de uma obra consistente C
omo separar vida e obra de Pedro Caetano? Hoje, esse é um desafio que Cristina Bezerra Caetano, única filha do compositor, tira de letra. Aos 53 anos, a terapeuta ocupacional e professora universitária abre o baú das lembranças e dos personagens da história de seu pai. Fala de um homem de fragilidades, que não sabia dizer não. Um boêmio sim (em termos), mas responsável e trabalhador. No ano do cenDesde o seu aniversário, em abril de 2009, quando surgiu a ideia de profissionalizar o projeto Pedro Caetano (a começar pelo blog), a sua vida tomou outra rotina. Logo surgiu a necessidade de contato com personagens da história de seu pai. O que eles lhe trouxeram de novo? A grande maioria dos contemporâneos de papai já é falecida, mas fiz contato com pessoas com as quais papai conviveu bastante, como Jairo Severiano, Chico Adnet, Osmar Frazão, Hermínio Belo de Carvalho, e outros, como Sérgio Cabral e João Máximo, que, mesmo não tendo sido tão próximos, conheciam-no e, principalmente, conhecem muito bem a sua obra. Todas essas pessoas falam de um aspecto interessante de meu pai, que era sua gentileza, educação, elegância, seu bom humor e sua qualidade como compositor. Tomar conhecimento da forma como as pessoas o viam, ouvir isso, foi algo novo para mim. Um dos primeiros projetos que você deu início em 2010 foi a criação do blog Pedro Caetano (http://blogpedrocaetano.blogspot.com/), que, como você mesma descreve, é um espaço para falar de forma mais afetiva sobre a vida e a obra de seu pai. Qual o motivo de ele não estar mais sendo atualizado? Não consegui ter a disciplina necessária para isso! Agora preciso reaver a senha para conseguir botar a casa em ordem. É uma vergonha! Hoje, como é manter viva a obra de um compositor da velha guarda? O fato de ele não se considerar intérprete e não ter atuado como o mesmo dificulta esse ofício? Não é uma tarefa nada fácil. Fica ainda mais difícil quando as instituições que patrocinam cultura no País não têm, em relação à memória desses autores, uma maior sensibilidade. Nesse momento acho uma grande piada quando se critica o brasileiro por não ter memória. As instituições que têm esse papel não estão preocupadas com isso, então, não há o que cobrar do povo. Com certeza, o fato de meu pai não ter sido intérprete ou instrumentista contribuiu, e
tenário de seu pai, surge a necessidade de um reencontro com o passado e o árduo desafio de manter viva a obra de um compositor da velha guarda. Carioca que reside em Santos (SP), Cristina Caetano concedeu por email entrevista exclusiva a O JORNAL, da cidade do Rio de Janeiro, após a primeira comemoração oficial do centenário de Pedro Caetano, que aconteceu no Instituto Cultural Cravo Albin, na Urca (RJ), no dia 12 deste mês.
muito, para a sua invisibilidade. Isso torna mais difícil seu reconhecimento. O que realmente aconteceu quanto à confusão de autoria da composição de Pedro Caetano ser erroneamente destinada a Caetano Veloso? Imagino que os radialistas que tratavam da programação simplesmente desconheciam a música de meu pai “É com esse que eu vou”. Vendo Elis cantar uma música com aquela bossa toda, com um arranjo maravilhoso daquele, não conseguiram imaginar que se tratava da música de um “velhinho”. Houve uma fase da nossa história musical em que tudo que era do passado foi rechaçado e desvalorizado. Aconclusão óbvia desses caras deve ter sido: só pode ser música do Caetano! Ninguém foi conferir, pesquisar. Meu pai teve de ir atrás para corrigir o erro. Uma das propostas do blog é contar histórias divertidas, que apenas a família presenciou. Pode citar aquela que não pode faltar em se tratando de Pedro Caetano? Conta-se de um pacto de morte na infância, com a irmã mais velha, a Diva. Minha avó tinha muitos filhos, vivia uma vida muito difícil, apertada. Quando um dos filhos fazia algo errado, ela já tão cansada, nem discutia, todos apanhavam! Cansados daquela vida ingrata, papai e minha tia Diva fizeram um pacto de morte. Foram para a beira do rio e se encheram de manga com leite, afinal, manga com leite matava, não é? Pois bem, horas depois, empanturrados e ainda vivos, viram que não estava adiantando nada e voltaram para casa. Chegaram na hora da janta, meio empanzinados e tiveram de contar a história para minha avó, e óbvio, levaram umas boas lambadas! Seu pai teve uma infância difícil. Começou a trabalhar cedo e dividia-se entre a loja de sapatos e os sambas. Por que ele não quis largar a vida de comerciante? E com a falência da empresa, como ficou a nova rotina? Meu pai, diferentemente de outros boêmios, era um homem
Cristina Caetano: “Meu pai é o cara por quem ainda choro de saudade. Ainda o amo intensamente"
extremamente responsável e trabalhador. Havia sido muito pobre. Meu pai era o único homem depois que meu avô faleceu. Tinha uma grande preocupação com a mãe e as irmãs. Foi um excelente filho e irmão. Ajudou todos, sempre. Acho que este foi o grande motivo. Quando a loja faliu, ele já estava chegando perto dos 60 anos. Conseguiu ficar com uma pequena aposentadoria e se dedicou a fazer jingles e músicas. Mas esta foi uma fase cruel com os homens que fizeram a história da MPB. Foi a época da bossa nova, dos festivais, do tropicalismo, e homens como meu pai foram lançados no limbo. Eu via o desespero dele, porque tinha consciência do seu valor e da qualidade das suas obras e se via rejeitado em todas as suas tentativas de continuar ativo musicalmente. Quando você nasceu, seu pai já tinha 46 anos. Como está sendo esse reencontro com o passado, com histórias e pessoas que você nem conhecia? Estranho e interessante. Estranho porque agora é que posso dizer que conheço a maior parte da obra de meu pai, porque, de fato, os maiores sucessos dele aconteceram antes de eu nascer. Interessante demais é descobrir pérolas que estavam esquecidas, conhecer pessoas, fatos, descobrir uma nova geração de músicos e cantores que
está ávida por conhecer essas coisas. Tem sido muito bom. É um novo dimensionamento da figura do meu pai. Ainda no blog, você fala de uma afetividade sofrida, que marcou a relação entre vocês. Descreve-o ainda como um homem de fragilidades. O que você quis dizer com isso? Como era a relação familiar? Meu pai não sabia dizer não. Queria agradar a todos e acabava desagradando todo mundo. Isso no que diz respeito à família e às questões emocionais. Ele foi casado com uma mulher bem mais velha que ele e que não podia ter filhos. Quando eu nasci, essa mulher se desequilibrou totalmente e voltou toda a sua raiva acerca da traição do meu pai contra mim. Meu pai, provavelmente por se sentir culpado em relação a ela, consentia com todos os absurdos que ela exigia. Eu fui uma criança que nunca teve o pai nas festas de aniversário, de escola, Natal. Fui criada pelas irmãs dele, com muito carinho, mas tinha minutos contados da atenção do meu pai, e eu simplesmente o adorava, assim como a minha mãe. Sofri muito, não foi nada fácil. Ele nunca me abandonou ou rejeitou, mas também nunca me deu a presença que eu precisava e queria. Como se deu a história de amor entre Pedro Caetano e
Zuleika Bezerra Pequeno, os seus pais? No momento em que o casamento dele estava abalado e a mulher estava no Espírito Santo, meu pai conheceu minha mãe, que tinha 18 anos. Ela era garçonete e muito linda. Ele se apaixonou por ela e começaram um relacionamento. Minha mãe viu nele um homem que realmente gostava dela, que a protegia, que se preocupou em cuidar, arrumar-lhe um emprego melhor. Ela tinha sido criada em colégio interno, tinha relações familiares muito frágeis, meu pai foi seu porto seguro. E o foi sempre. Mesmo depois de separados continuaram amigos, até que a morte os separou. Ela foi o grande amor da vida dele, mas ele não foi forte o suficiente para romper com o casamento com Rosário. Ele tinha princípios morais rígidos, a culpa o fez ficar. Você chegou a conhecer Rosa Provedel Caetano, a Rosário? Não, quando eu tinha um ano, ela quis me conhecer, mas, numa distração do meu pai, trancou-se comigo no quarto, papai teve de arrombar a porta. Depois disso passei a ser uma criança super vigiada. Dá para separar vida e obra de Pedro Caetano na dupla jornada de filha e admiradora do compositor? Como você as resumiria?
Acho que hoje consigo fazer isso. Vejo o Pedro compositor como um homem extremamente talentoso, criativo, inteligente, sagaz, eclético. Um cara capaz de ir do choro à valsa com a mesma competência e sensibilidade. De ir da sátira ao drama sem perder o tom e a qualidade do que fazia. Deixou uma obra consistente, digna de respeito e reconhecimento. E sinto a responsabilidade de não deixar que seja esquecido. O Pedro pai foi um cara que me fez chorar muito, que amei com todas as minhas forças de criança, adolescente e adulta. Com quem tive muitos momentos gostosos e divertidos, que cuidou que nunca me faltasse nada, mas nunca entendeu muito bem que eu só queria ele. O Pedro pai é o cara por quem eu ainda choro de saudade, que não foi o pai que eu queria, mas é aquele que eu ainda amo, intensamente. A primeira comemoração oficial do centenário de Pedro Caetano aconteceu no sábado, 12 de fevereiro de 2011, no Instituto Cultural Cravo Albin, no Rio de Janeiro. Como nasceu a ideia das comemorações do centenário e o que podemos esperar para 2011? No meu aniversário, em 2009, meus primos me animaram a fazer algo com a obra de meu pai. Voltei para Santos e, junto com meu amigo Maurício Rayel, comecei a pesquisar a obra de meu pai de uma forma mais organizada. De repente me dei conta que o centenário seria em 2011, aí entendi que era o momento oportuno para começar a fazer lembrar Pedro Caetano. Foi assim, não muito planejada, que as coisas começaram. Estamos ainda concorrendo em dois editais aqui, no Rio de Janeiro, mas tenho um grupo ótimo comigo, que está animado a fazer coisas este ano. Os músicos que estão conosco são de primeira linha: Josimar Carneiro, Leandro Braga, Chico Adnet, e cantores como Cristina Buarque, Mariana Baltar, Verônica Ferriani, Alfredo Del Penho. Acredito que vamos conseguir promover um bonito ano de centenário para Pedro Caetano!. (D.C.)
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JATIÚCA REF: 0128 - JATIÚCA ED. DONY COUTINHO Sala de estar/jantar, varanda, circulação interna, 04 suítes sendo 01 master, lavabo, cozinha com área de serviço e quarto de empregada com banheiro. Completo de armários em 03 quartos sociais, na cozinha e nos banheiros sociais. TODO REFORMADO. 247,53m² vagas de garagem. R$ 1.100.000,00 TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 0141 – STELLA MARIS - Apt° com Varanda, sala de estar/jantar, 03 quartos sendo todos suítes, lavabo, cozinha e dependência de empregada. R$ 410.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 080 - JATIÚCA - UMA VERDADEIRA PINTURA!– 6º andar – nascente - Área: 84,22m² sala de estar/jantar, varanda, 02 quartos suítes + 01 quarto reversível, wc social, cozinha área de serviço, WC de serviço, 02 vagas de garagem p/veículo de porte médio. Aproveite! R$ 235.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0105 – JATIÚCA – Linda cobertura - 359,50m² - 05 quartos sendo 5 suítes, varanda, sala de estar, sala de jantar, cozinha, despensa, dependência completa de empregada, área de serviço, terraço, deck e piscina. R$ 960.000,00 - TR 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0104 – JATIÚCA NOVAÇO!! - 162m² - O Aptº: Sala de estar e jantar com varanda, 04 suítes, sendo 2 másters c/ closet e 2 com WC reversível, lavabo, cozinha, despensa, área de serviço, dependência completa de empregada, WC social.O Prédio: subsolo, pilotis, mezanino com salão de festa, bar, salão de jogos, salão de ginástica, piscina com deck, gerador, 02 vagas na garagem. R$ 645.000,00 TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
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Rua Sargento Aldo, antiga Rua da Consquista - casa em terreno 6,40 x 18 com 2 pavimentos. R$ 130 mil Rua Cônego Machado - varanda, 2 suites, sala, cozinha c/ arm. 1º.andar: varanda, sala, wc soc, 2 quartos. Rua José Maria Correia das Neves - Exc.casa em terreno com 919m², garagem 6 carros, piscina, terraçom 4 qtos s/ 2 suites, coz, serv, dce. JATIÚCA Av. Amélia Rosa - Garagem 2 carros, sala estar e jantar, wc social com armários e Box, 4 qtos s/ 01 suite, cozinha com armários, copa, serviço, dce. Stella Maris - Rua Rosa Cabús Terraço, garagem, gabinete, sala estar/jantar, wc soc c/ blindex, 3 qtos (st), coz. c/ arms, serv, dce. FEITOSA Nascente, terreno 10x29, área 160m², com terraço, garagem, 2 salas, wc social, 3 qtos (st) cozinha, despensa, área serviço, dce. SERRARIA SAN NICOLAS - Área 300m³ Terreno 18x25- Térreo: garagem, sala, wc social, 01 quarto, cozinha, área serviço, dce. 1º. Andar: 03 suites sendo 01 com hidro e terraço. Financio Caixa. LITORAL SUL
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PONTA VERDE REF: 083 – PONTA VERDE – COMPLETO DE ARMÁRIOS - Sala para 2 ambientes, 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, circulação, WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada. 02 vagas de garagens. Área: 106,00m². R$ 327.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 092 – PONTA VERDE – COBERTURA DUPLEX: 145m² - 1º Piso: sala de estar/jantar com varanda, suíte reversível, WC social reversível, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 2º piso: sala de estar, 02 quartos sociais, WC social e piscina c/ deck e sauna, 2 vagas de garagem. R$ 450.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 091 - PONTA VERDE – COBERTURA DUPLEX: 1º Piso: sala de estar/jantar com varanda, 02 quartos, s/ 1 suíte, WC social, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 2º piso: sala de estar, suíte máster, piscina c/ deck e sauna. Área: 182,86m², 02 vagas. R$ 593.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 088 – PONTA VERDE – Próximo ao Blue Shopping - Apartamento c/ 100m² - 3º andar – sala em “L”, varanda, 03 quartos s/ 01 suíte, WC social, cozinha. Dependência completa de empregada. R$ 170.000,00. Cond. R$ 220,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 072 – PONTA VERDE: Rua Desportista Humberto Guimarães, 6º andar - Apto. Duplex. 1°. piso: sala de estar/jantar, varanda, 02 suítes, 02 quartos sociais, wc social, cozinha, área de serviço, despensa, dependência completa empregada; 2°. piso: sala de estar, terraço, quarto, piscina, jardineiras, 4 vagas de garagem. Área: 256,49m². R$ 750.000,00; Preço do condomínio: R$ 1.000,00 Pagamento: a combinar. Se for colocar tudo o que ele tem, não vai caber no anúncio! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 073 - PONTA VERDE – EDF. VIA DEL MARE – Aptº com sala de estar e jantar, hall, 3 quartos sendo 1 suíte e 1 reversível, wc social, cozinha, área de serviço, dependência completa e 2 vagas de garagem. Área: 76,66m². R$ 210.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 079 – PONTA VERDE - 125M² - 3 Suítes, sendo 1 reversível, sala, jantar/estar, DCE, escaninho e 2 vagas de garagem, MOBILADO R$ 350.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 084 – PONTA VERDE - 4º ANDAR - Apartamento completo de armários. Com 93,87 m².- Sala para 2 ambientes, 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada, circulação, 02 vagas de garagens. R$ 270.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 074 – PONTA VERDE - 75,49M² - Sala de estar/jantar, varanda, 03 quartos, sendo 02 suítes, WC social, reversível, cozinha, área de serviço, dependência de empregada R$ 174.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 075 – PONTA VERDE - 175,95M² - 04 suítes, Sala estar/jantar, lavabo, Varanda, DCE, 03 Vagas de Garagem. R$ 650.000,00 a negociar TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 081 – PONTA VERDE -apartamento no 5º andar, com sala de estar para dois ambientes com varanda, sala de jantar, (04) quatro suítes, sendo (01) uma máster com closet e hidro-massagem, lavabo, copa, cozinha, despensa, área de serviço, quarto de serviço e W.C. de serviço. 04 (quatro) vagas de garagem. Área: de 265,55m². R$ 1.445,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 094 - PONTAVERDE – Uma graça de Cobertura Duplex: 1º Piso: sala de estar com varanda, 02 suítes + 1 quarto reversível, WC social, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 2º piso: sala de estar, suíte máster, piscina c/ deck, terraço, 03 vagas. TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 041 – AV. SANDOVAL ARROXELAS – ÁREA: 85M² - De frente! Ponta Verde – 03 quartos, sendo 01 suíte, cozinha, Wc social, dependência de empregada. 02 vagas de garagem. Cond. R$ 375,00 R$ 240.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 014 - PARA QUE GOSTA DE TOTAL CONFORTO. COBERTURA PARA SE ADMIRAR. TOTALMENTE NASCENTE E COM VISTA PARA O MAR de Ponta Verde - área de 640m2 - Suíte de casal, várias varandas espetaculares, sala com 18 metros de comprimento, sala de estudos, vestir, Bwc, suítes, dois quartos sociais, hall, circulação, Bwc social, estar íntimo, suíte de hóspede, vestir, salas de jantar e estar, hall de serviço, copa cozinha, despensa, depósito, quarto e Bwc de empregado, bar, lavabo, varanda sacadas e jardineiras. 03 Vagas de garagem, área de lazer maravilhosa na cobertura, com churrasqueira, bar. Um sonho ao seu alcance! R$ 1.350.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343
REF: 015 - PONTAVERDE – EDF. BELLÁGIO –Aptº lindo! Projeto original modificado, piso modificado, os armários estão sendo colocados agora! Com 140m² área útil contendo: Sala de visita, sala de jantar, com arandão, gabinete, 03 suítes, Cozinha, Wc social, dependência completa empregada, 03 vagas. Prédio com salão de festas, playground, piscina, churrasqueira. R$ 530.000,00. Você vai ser o 1º morador! Tr. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 016 – PONTA VERDE – 177M² - Sala estar/jantar, varanda, 04 quartos sendo 04 suítes, Cozinha, Wc social, dependência completa empregada. 03 vagas. Prédio com salão festas, gerador, guarita, piscina. Medição água e gás individual. Financio pela Caixa Econômica Federal. R$ 600.000,00. TR. 93514440/8811-8410 CRECI 343. REF: 025 – PONTA VERDE - COBERTURA DE FRENTE PARA O MAR LINDO! EXUBERANTE! IMPONENTE! MAJESTOSO E ABSOLUTO. PARA QUE GOSTA DE VIVER COM ESTILO ÚNICO E DIFERENCIADO! Área: 621,94m². R$ 3.100,000 TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 030 – OPORTUNIDADE ÚNICA - PONTA VERDE – 1ª quadra da Praia – Por trás da Galeria Espaço 20 CM – 7º andar - Excelente apartamento com 03 quartos s/ 1 suíte, varanda, sala de estar/jantar, área serviço, WC social. 02 vagas de garagem. R$ 230.000 - TR 93514440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 032 – PONTA VERDE – 8° andar - Aptº com 90,83m² próximo à Sandoval Arroxelas. Sala de estar/jantar com varanda em “L”, 03 quartos sendo 01 suíte, cozinha, Wc social, dependência completa de empregada, área de serviço. 01 vaga de garagem. Prédio subsolo e pilotis, salão de festa, gerador, guarita de segurança, etc. Apenas R$ 290.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 033 - PONTA VERDE - com 245m² de puro luxo! De frente! Sendo 02 aptºs por andar, sala com varandão, 04 quartos sendo os 04 suítes, a suíte de casal c/ hidro e varandão, cozinha c/ armários, Wc social, DCE. 02 vagas de garagem. Prédio novo! Com salão de festas, guarita de segurança. R$ 650.000,00. Tudo nele é grande. Venha conhecer! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 034 - PONTA VERDE – Andar alto. Sala de estar/jantar, varanda, 03 suítes, cozinha, Wc social, copa/cozinha, área de serviço, despensa e dependência completa de empregada. 02 vagas de garagem. Prédio com salão de festas, guarita de segurança. Aceita financiamento pela Caixa - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 054 – PONTA VERDE - APTº C/ 97,50M² - 03 Quartos sendo 02 suítes, varanda, sala para 02 ambientes, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada, 02 vaga de garagem. R$ 320.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 036 - PONTA VERDE – Cobertura fantástica! De frente. 410m². Sala com varanda, 05 suítes todas com instalação para split, cozinha grande, DCE. 04 vagas de garagem, piscina. Prédio com salão de festas, guarita de segurança e muito mais. R$ 1.500.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 071 - PONTA VERDE – Com 67,34m² Aptº no 2º andar (2ª quadra da praia). Sala de estar/jantar, 02 suítes, varanda, hall, cozinha, 01 vaga de garagem. Área: R$ 175.000,00 - TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 050 – PONTA VERDE, PRÓXIMO AO BOMPREÇO – Área: 59,25m²: - Sala de estar, sala de jantar, 02 suítes, sendo1 com closet, cozinha e área de serviço, 02 vagas de garagem. Apenas R$ 200.000,00. A combinar. TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343 REF: 051 – EDF. PERSONALE - Ponta Verde – Aptº c/ 83,35m² - R. Sandoval Arroxelas - Sala de jantar, sala de estar com varanda, circulação, 01 suíte, 01(um) quarto social, WC social, 01(um) quarto reversível, cozinha, área de serviço, WC de serviço e 01 vaga de garagem. R$ 300.000,00 a combinar. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 052 – Na parte mais cobiçada da Ponta Verde – É CLÁSSICO! É GRANDE! Um luxo! Aptº c/ 453,92m2Varanda, sala de jantar, sala de estar para 4 ambientes, lavabo, estar íntimo, circulação, 03 suítes, 01 suíte master com 02 closets e 02 wcs, ampla cozinha com sala de almoço, despensa, área de serviço com 02 quartos, 01 wc e terraço técnico, dependência de empregada e 06 vagas de garagem. R$ 2.650.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 053 - PONTAVERDE – RUA ELISEU TEIXEIRA Esquina com a Dep. José Lages – Quarto e sala 38,91m² - Sala, 01 quarto, banheiro social, cozinha, 01 vaga de garagem. R$ 160.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0100 – PONTA VERDE - PRÉDIO NOVO! - 294m² - Apt°: Sala de estar/jantar com varanda, 04 quartos sendo 2 suítes completas e 1 com WC reversível, WC social, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. O Prédio: subsolo, pilotis, 03 elevadores, salão de festa com bar, piscina com deck, gerador 02 vagas na garagem. R$ 651.000,00 - TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 040 – EDF. SARAJEGO –MURILÓPOLIS Varanda, sala de estar/jantar, 03 quartos 01 suíte, wc social, cozinha, área serviço e 01 vaga de garagem. Área: 84,00m². R$ 130.000,00 – Cond. R$ 150,00. TR. 93514440/8811-8410 CRECI 343 REF: 009 – ED. RES. PIAZZA REALE Apartamento com sala para 02 ambientes com varanda, 03 quartos, sendo 02 suítes, WC social, circulação, cozinha, despensa, área de serviço e dependência completa de empregada. 02 vagas de garagens. Área: 162,97m². R$ 490.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 099 – EDF. MONTNIMES - Varanda, sala de estar e jantar,03 quartos, sendo 01 suíte, wcb, cozinha e área de serviço, com 02 vagas de garagem independentes. Preço: R$ 250.000,00 - Cond: R$ 280,00. Próximo ao Colégio INEI - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
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O JORNAL JORNA L
Classificados D2
Domingo, 27 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br
REF: 056 - PONTA VERDE - ED. FRANCISCO BRENAN - c/ 130m² Sala de estar/jantar com varanda, circulação interna, 04 quartos s/ 01 suíte e 01 suíte master, wc social, cozinha, área de serviço, quarto e WC de serviço, 01 vaga (cabem dois carros médios). R$ 455.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 057 - PONTA VERDE - APTº C/ 99,77M², 03 Quartos, sendo 02 suítes, varanda, sala para 02 ambientes, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 02 vagas de garagem. R$ 283.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 058 - PONTA VERDE, APTº C/ 99,77M² - 03 Quartos s/ 02 suítes, varanda, sala para 02 ambientes, cozinha, área de serviço, dependência completa de empregada. 01 vaga de garagem que comporta 02 veículos pequenos. Reserve o seu! R$ 297.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 035 - PONTA VERDE – POR TRÁS DO BOMPREÇO - Andar alto, de frente! 130m², vista do mar. Sala, 03 quartos grandes, sendo 01 suíte, cozinha, Wc social, dependência completa de empregada. 02 vagas de garagem. R$ 300.000,00. Aceita financiamento pela Caixa. Cond. R$ 630,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0107 - EDF. PORT VILLE II - Ponta Verde Quarto e sala 1 Vaga de garagem - R$ 140.000,00. 01 suíte, cozinha, área de serviço - TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0117 – PONTA VERDE – Praça do Skate – 2º andar de frente – Área: 101,38m², 03 quartos, sendo 1 suíte + DCE, sala c/ varanda, cozinha, WC social, 1 vaga de garagem. R$ 175.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 0111 – PONTAVERDE - Área: 180m² completo de armários - 2ª quadra – rua tranqüila. Apartamento c/ 04 quartos, s/ 2 suítes, sala de estar para 2 ambientes, sala de jantar, WC social, cozinha, varanda, dependência completa de empregada, 2 Vagas de garagem no subsolo. R$ 650 mil. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0118 - EDF. BREEZES - PONTAVERDE -02 quartos, sendo 1 suíte, varanda, sala de estar/jantar, wc social, 2 vagas de garagem, Piscina, Bar, Forno de pizza, Churrasqueira, Playground, Medidor individual de água e gás. R$ 260.000,00 - Cond. R$ 200,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0147 – PONTAVERDE -AMETISTA5 - Quarto e sala - Prédio com piscina, salão de festa e sala de jogos. TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 0101 – PONTAVERDE - 171M² – O Aptº: Sala de estar/jantar com varanda, lavabo, 04 suítes, circulação, WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada. O Prédio: 07 pavimentos, subsolo, pilotis, 02 elevadores, salão de festa, piscina, gerador, água quente por aquecimento solar, 03 vagas na garagem. R$ 690.000,00 TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 004 - PONTA VERDE – EDF. PORTOCALLE - Acabamento de Alto luxo 300m² - MINI QUADRA DE FUTEBOL E BASQUETE, ÁREA DE LAZER COM 3.500 M², PRÉDIO 3 ELEVADORES Piscina aquecida com raia de 20 m² Quadra de squash, Amplos ambientes sociais, Home theater, 4 Suítes, Varanda com churrasqueira, Sala com 3 ambientes, 100 % Granito, 4 ou 6 Vagas por Aptos, área de serviço, Wc Social, DCE. Valor R$ 1.400.000,00 - TR 93514440 /8811-8410 CRECI 343.
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REF: 005 – PONTA VERDE - ED. MOGNO, DE FRENTE - Nascente - Sala de estar/jantar, varanda, circulação, 03 suítes, sendo 01 master com closet, cozinha, área de serviço e dce. Area: 121,16m² - 03 vagas de garagem. R$ 390.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 0115 – PONTA VERDE – 1ª quadra do mar – Edf. Célia Macedo – 117m², 5º andar, 03 quartos, sendo 1 suíte, varanda, cozinha, WC social, 1 vaga. R$ 210 mil. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0131 – SANDOVAL ARROXELAS – Edf. Baccarat – Com 03 quartos s/ 01 suíte, sala em “L”, wc social, cozinha, área de serviço, completo de armários, 02 vagas de garagem. R$ 260.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 0140 – PONTA VERDE - Edifício Carlos Piatti – Área: 60,98m² estar/Jantar, Varanda, 02 suítes, sendo uma reversível, WC social, Cozinha, Área de Serviço. Entrega: Abril/2011. R$ 216.000,00 - TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. REF: 0144 – PONTA VERDE - Com 72,16m² Sala de estar/jantar, varanda, 03 quartos, sendo 01 suíte, 01 suíte reversível e quarto reversível, cozinha, área de serviço, dependência de empregada - R$ 169.000,00 TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 0145 – PONTA VERDE - Com 75,49m² Sala de estar/jantar, varanda, 03 quartos, sendo 02 suítes, WC social, reversível, cozinha, área de serviço, dependência de empregada - R$ 174.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 0122 – PONTA VERDE - EDIFÍCIO MONTE PARADISO Apartamento QUATO E SALA: Novo! 1 vaga de garagem, sala estar, varanda, WC social reversível. R$ 150.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 0146 – PONTA VERDE - Com 76,66m² Sala de estar/jantar, varanda, 03 quartos, sendo 02 suítes, WC social, reversível, cozinha, área de serviço, dependência de empregada - R$ 178.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 0138 - PONTA VERDE - Edifício Hermano Pedrosa - Aptº com 91,00m2 – 03 Quartos sendo 01 suíte, sala estar/jantar, cozinha, área de serviço, DCE, varanda, 01 vaga de garagem. Andar alto. R$ 220.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343
REF: 0102 – PONTA VERDE - varanda, sala para dois ambientes, três quartos sendo dois suítes, cozinha, área de serviço, Dependência completa de empregada e duas vagas de garagem. R$ 360.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343
REF: 0103 – 199,49M² Ponta Verde e ainda por cima cobertura! - O Aptº: 1º Piso: Sala de estar/jantar c/ varanda, 02 quartos s/ 1 suíte,WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada.2° Piso: Sala de estar, 01 suíte, piscina com deck, terraço, WC social.O Prédio: subsolo, pilotis, 02 elevadores, salão de festa, gerador, 03 vagas na garagem. R$ 593.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.
REF: 0129 – PONTA VERDE – APT° 101 - Ed. Hernan Cortês de frente! 137m² - Sala de estar/jantar, varanda, 03 quartos sendo 01 suíte máster grande, dependência completa de empregada. E que dependência! lavabo, cozinha grande, armários nos quartos. TODO REFORMADO. Tá muito bonito! 01 vaga de garagem. R$ 300.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343.
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Jornal da TV Maceió, domingo, 27 de fevereiro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br
Nathalia Rodrigues fala de sua personagem em Insensato Coração Página 8
O JORNAL JORNA L
O JORNA L JORNAL
Jornal da TV 2
Domingo, 27 de fevereiro de 2011 | ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br
ASPAS
Jorge Rodrigues Jorge/CZN
"Não me vejo assim".
Deborah Secco, a Natalie Lamour de "Insensato Coração", jurando não se achar uma mulher "sexy" (Revista "Quem").
"Não dá para ter esse tipo de pudor".
André Arteche, o Julinho de "Ti-Ti-Ti", garantindo que não teria problema nenhum em beijar outro homem em cena (Revista "Quem").
"Alguém que tem dinheiro não precisa trabalhar? Não foi essa a educação que eu tive".
Guilhermina Guinle, a Luíza de "Ti-Ti-Ti", que, apesar de vir de uma tradicional e abonada família carioca, prefere garantir seu sustento com trabalho ("famosidades.com.br").
"Dormi com o texto embaixo do travesseiro".
Lucy Ramos, que vai substituir Taís Araújo em "Cordel Encantado", garantindo que se preparou muito para passar no teste (Jornal "Diário de S. Paulo").
"Vou do céu ao inferno em um minuto".
Fernanda Paes Leme, a Irene de "Insensato Coração", ao contar que é capaz de mudar de humor de uma hora para outra (Revista "Joyce Pascowitch").
"Foi meio traumático".
"Não faço
Oscar Filho, repórter do "CQC", lembrando a vez que flagrou uma namorada na cama com outra mulher ("ego.com.br").
nada
"Não gosto de beijar por beijar, transar por transar".
Paloma Bernardi, a Alice de "Insensato Coração", ao dizer que prefere se apaixonar e que se apaixonem por ela do que manter relacionamentos casuais ("ego.com.br").
assim tão
"Deveria pesar 90 quilos, mas estacionei em 92 e meio, que não há Cristo que tire".
mirabolante".
O apresentador William Bonner falando sobre vaidade (Revista "Quem").
Fernanda Lima,
"Os valores são ridículos".
apresentadora do
Nathalia Timberg, a Vitória de "Insensato Coração", sobre o que ganha quando aparece em alguma reprise de novela (Revista "Quem").
"Amor & Sexo",
"Quase não sou mais dona de mim".
falando sobre
Daniele Suzuki, ao explicar que o bebê que está esperando é quem decide o que ela pode comer e fazer (Revista "Quem").
sua performance
"Nem os cabeleireiros e os maquiadores estão aguentando trabalhar comigo. Imagina um namorado".
sexual (Revista "IstoÉ Gente").
Sabrina Sato, apresentadora do "Pânico na TV", há cerca de um mês solteira, desde o término do namoro com o deputado Fábio Faria, explicando que a falta de tempo a impede de ter um relacionamento amoroso nesse momento (Revista "Quem").
JORNAL da TV
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TELETEMA
REPETECO – Paulo Gustavo está no elenco de "Divã", novo seriado da Globo com estreia prevista para abril. O ator vai viver o divertido cabeleireiro Renée, mesmo papel interpretado por ele no longa homônimo. O personagem é melhor amigo e conselheiro da protagonista Mercedes, vivida por Lília Cabral. A direção fica por conta de José Alvarenga Jr.
UNIDOS – A próxima edição de "Junto & Misturado" terá 14 episódios que começam a ser gravados em abril. Bruno Mazzeo, Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Débora Lamm, Fabiula Nascimento e Renata Castro Barbosa continuam no elenco. A produção ainda não tem data de estreia definida. VELOCIDADE – Começa neste domingo, dia 27, às 13 h, na Band, a temporada 2011 da "Fórmula Truck". A primeira etapa do evento acontece em Santa Cruz do Sul, município do Rio Grande do Sul. A exibição será em alta definição. RETORNO – Em abril, Monique Alfradique volta ao ar na minissérie "Lara com Z", na pele da "patricinha" Bárbara. Em 2009, a atriz viveu a mesma personagem em "Cinquentinha", também protagonizada por Susana Vieira e escrita por Aguinaldo Silva.
JUNTOS – Em "Amor e Revolução", Lúcia Veríssimo e Licurgo Spinola serão Jandira e Batistelli. Eles formarão uma dupla de guerrilheiros que levará suspense e muita ação para a novela de Tiago Santiago. A data de estreia ainda não foi definida.
SUCESSO – As gravações da série "Batendo Ponto" já começaram. Ingrid Guimarães, Alexandre Nero, Pedro Paulo Rangel, Daniele Valente e Luis Miranda estão no elenco do programa, que tem previsão de estreia para abril.
FIXO – Depois de participar de seriados como "S.O.S. Emergência" e "As Cariocas", Guilherme Fontes volta às novelas. O ator estará em "Cordel Encantado", substituta de "Araguaia" na Globo. Na trama de Duca Rachid e Thelma Guedes, ele será Zenóbio Alfredo, um cientista casado com Florinda, personagem de Emanuelle Araújo. FÍSICO – Ricky Tavares está no elenco da próxima novela da Record, "Vidas em Jogo". Ele será Wellington, um rapaz musculoso, confiante e bem mais forte do que o seu papel anterior, o sarado Rodrigo, de "Malhação ID", da Globo. A novela, escrita por Cristianne Fridman, ainda não tem data de estreia definida. VOZ – Estreia neste domingo, dia 27, no programa "Eliana", do SBT, o quadro "Tem um Cantor Gospel Lá em Casa". Nele, os participantes inscritos cantam uma música gospel. Toda semana, um artista do ramo vai avaliar três candidatos que se apresentam no palco. A plateia escolhe o vencedor, que ganhará um prêmio e a chance de gravar um CD.
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MAPA DA MINA Por Natalia Palmeira
COMÉDIA
DE PERTO
MÃO NA MASSA
(SBT, dom, 15 h)
(TV Brasil, ter, 22 h)
(Band, sex, 20:30 h)
Alexandre Frota vai se travestir de mulher para animar o quadro "Os Opostos se Atraem", no "Eliana". O ator vai ter de aprender a cortar cabelo e vai testar seus conhecimentos com o estilista Ronaldo Ésper. Além disso, o quadro "Tem um Cantor Gospel Lá em Casa" estreia neste domingo.
O "Observatório da Imprensa" discute o desafio da imprensa local na cobertura da tragédia causada pelas chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro. A equipe do programa visitou os três municípios mais afetados pela chuva, que foram Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, e mostra como a sociedade se mobilizou e criou formas de comunicação para suprir as carências de informação.
A Band exibe o desfile das escolas de Samba de São Paulo. Luciano Faccioli e Silvia Poppovic estarão à frente da transmissão, que começa com "flashes" ao vivo e, depois, acontece direto do sambódromo.
MODERNIZAÇÃO (Band, dom, 13 h)
FORA DE CASA A partir deste domingo, o "Fórmula Truck" será exibido em HD pela Band. Com narração de Téo José, a primeira etapa da corrida acontece em Santa Cruz do Sul, cidade do interior do Rio Grande do Sul. A nova temporada começa com 23 pilotos disputando as provas em busca do primeiro lugar no pódio.
(Globo, qua, 21:45 h)
TEMPORADA INÉDITA
OUTRO LADO
(RedeTV!, seg, 23 h)
(TV Brasil, qui, 22 h)
A segunda temporada de "Dexter" passa a ser exibida, a partir desta segunda, na RedeTV!. Nesta fase, Dexter terá de lidar com lembranças que o assombram, além das dificuldades para não deixar evidências de seus crimes.
O "Caminhos da Reportagem" mostra o outro lado da folia do Carnaval: a geração de empregos em uma indústria que movimenta R$ 1 bilhão todos os anos. O programa destaca quem trabalha nos barracões das escolas de samba e os cursos que ensinam a fazer fantasias e adereços.
Direto do estádio Azteca, na Cidade do México, o Fluminense enfrenta o América do México, na quinta rodada da Copa Libertadores da América. O vencedor garante um lugar na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2011, que será disputada em dezembro, no Japão.
ORIENTAL (Record, sab, 0 h) Depois de passar por várias cidades da América do Norte, Álvaro Garneiro e o escritor José Ramalho seguem viagem rumo ao Japão no "50 por 1". Além de visitar roteiros turísticos, a dupla prova da culinária local e aproveita para conhecer o real cotidiano do povo oriental.
BLOCO NA RUA (TV Brasil, sab, 2:15 h) Em ritmo do Carnaval, o "Segue o Som" relembra os grandes compositores de marchinhas e apresenta um especial sobre os blocos carnavalescos. Maurício Pacheco e Mariano Marovatto batem papo com o compositor e instrumentista Rubinho Jacobina, da Orquestra Imperial, e com Jean Phelippe, do bloco carioca Céu na Terra, que embala as ruas de Santa Teresa, no Rio de Janeiro.a
Rapidinhas # Com comentários de José Wilker e Andréa Beltrão, a Globo transmite, ao vivo, a premiação do Oscar. Acorrespondente Giuliana Morrone entra com flashes direto de Hollywood. (Globo, dom, 23:50 h) # Luiza Brunet é a entrevistada do "De Frente com Gabi". A modelo fala sobre beleza, cuidados com o corpo, Carnaval e aborto. (SBT, dom, 0 h) # O "Caminhos da Reportagem" recebe profissionais do samba que explicam os vários elementos que compõem a escola na avenida. (TV Brasil, qua, 19:30 h) # Gilmelândia dá um banho de beleza em uma convidada no quadro "A Patroa é Um Avião", do "SuperPop". (RedeTV!, qua, 23 h)
# O "techno-brega" embala o "Ritmo Brasil" deste domingo. Faa morena entrevista a cantora paraense Gaby Amarantos, a Beyoncé do Pará, que conta como foi se apresentar durante a posse da atual Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. (RedeTV!, dom, 18:15 h) # No "Programa Especial de Carnaval", o repórter Zé Luis Pacheco toca pandeiro e Fernanda Honorato visita o barracão da Embaixadores da Alegria, uma escola de samba formada por pessoas com deficiência. (TV Brasil, sex, 19:30 h) # A Band exibe a festa de Carnaval da Bahia e Pernambuco. Direto de Ondina, Recife e Pernambuco, a emissora mostra a folia nordestina. (Band, sab, 12 h)
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Em Morde & Assopra, Otaviano Costa vive situações divertidas se vestindo de mulher Por Gabriel Sobreira PopTevê
PRIMEIRA MÃO
Foi depois de apresentar o programa "FIFA Fun Fest", da Globo, em junho de 2010, que Otaviano Costa soube as primeiras informações sobre Élcio/Elaine, seu próximo personagem na novela "Morde & Assopra", substituta de "TiTi-Ti". "O autor Walcyr Carrasco disse: 'Tenho uma coisa para você. Toparia fazer uma mulher a novela inteira?' E respondi: 'Lógico, com o maior prazer'", recorda-se, aos risos. Desde então o ator pensou e repensou em como seria este personagem. Foram muitas as divagações e assim até receber o perfil final de Élcio. Na trama de autoria de Walcyr Carrasco, Élcio é do tipo trambiqueiro. Ele faz a linha machão, foi casado quatro vezes e que agora foge da polícia por não pagar a pensão referente a três casamentos. "Por conta dessa correria da polícia atrás dele, o meu personagem fica desesperado e vai recorrer à sua primeira esposa, que é a Augusta, vivida pela Cissa Guimarães. Ela também, na pressão, sugere a ele um disfarce que é de mulher e vira Elaine", resume. Para que esta transformação ganhe "corpo", a equipe técnica da Globo elaborou um protótipo que representa o mais próximo de um corpo feminino com direito a seios, barriga e até culote. "Ela é gostosa", brinca o intérprete de Élcio/Elaine. Otaviano jura que não recorreu a nenhuma obra para compor seu papel. Para ele, este tipo de "consulta", vai contra a sua busca por um trabalho mais intuitivo. "Gosto de ir pelo caminho que meu coração e minha cabeça dizem para o personagem. A partir disso, preferi também não me vestir de mulher, não ficar andando ou 'montado' em casa para cima e para baixo", revela, em tom de humor. Só que esta não é a única razão para não ter experimentado "um dia de mulher". Segundo o ator, se fizesse este tipo de experiência, isso também tiraria o desconforto óbvio e necessário para o personagem. Afinal, ele um é homem que não está nada à vontade se passando por mulher. "A primeira vez em que usei cílios postiços foi para o personagem. Fiquei levantando o olho toda hora porque parecia que tinha cola", diverte-se. Além de cílios, Élcio, quando transformado em Elaine, usará roupas com decote e peruca na cor castanho claro. "Esta peruca é muito bem feita porque eu posso fazer coque, rabo de cavalo, jogar o cabelo de lado e puxar à vontade", exemplifica Otaviano, que trabalha um outro tom de voz para a personagem feminina. Quando o assunto é salto alto, o ator mostra disponibilidade para o acessório, mas deixa esta escolha a cargo do autor. "Senão eu viveria uma girafa", brinca o ator sobre a sua estatura de 1,90 m. Em seu segundo trabalho consecutivo com o autor Walcyr Carrasco ? em 2009, ele fez o vagabundo Adenor, de "Caras & Bocas" ? e segundo trabalho em um núcleo cômico, Otaviano explica que isso faz com que busque uma interpretação diferenciada para evitar eventuais comparações ou taxações. "Realmente, tenho de pensar em como diferenciar esse cara do Adenor. Mas aí o trabalho parte do figurino, que já é um outro visual e de composição do jeito de falar", analisa. Além disso, Otaviano explica que ter vivido, em 2007, o antagonista Bruno Molinari, de "Amor e Intrigas", da Record, foi de grande importância para a própria carreira. "Não posso suportar ficar só em um universo, mas a comédia está mais ligada ao meu jeito de ser", pondera.
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NOME PRÓPRIO
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No ar em Ribeirão do Tempo, Eduardo Lago analisa sua trajetória e seu personagem Por Luana Borges PopTevê
É comum que a imagem de um ator venha associada a um suposto "glamour" da fama. Principalmente com aqueles que atuam na tevê. Mas Eduardo Lago gosta de se colocar longe disso. Quando não está dentro do estúdio gravando, o intérprete do Lincon, de "Ribeirão do Tempo", leva uma vida bem mais simples. Mora em uma casa em Araras, Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, onde cuida de uma horta com tomates e alface. "Minha vida é completamente fora desse circuito de luzes. Meu trabalho é esse, mas eu ando de ônibus, pego táxi, ando a pé. Não cultivo esse mundo de celebridades, é tudo muito bobo", opina. Talvez, por isso, tenha hesitado um pouco antes de estrear na televisão. Envolvido com teatro desde os 18 anos, Eduardo teve sua primeira oportunidade de conhecer um set de gravação depois de fazer a peça "Tempestade", no Parque Lage, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio. "Não planejava. Naquela época, ninguém queria fazer tevê. O negócio era fazer teatro", recorda ele, que estreou em "Final Feliz", exibida entre 1982 e 1983 pela Globo. "Depois que você vai amadurecendo, vai vendo que esse preconceito é uma palhaçada", ressalta. "Claro que o teatro exige coisas diferentes do ator, mas a tevê exige uma certa agilidade", completa. Como, na trama, Eduardo interpreta um jornalista, acaba também exercitando a rapidez. Afinal, o personagem é agitado e está o tempo todo querendo ficar por dentro do que está acontecendo. "Ele está sempre ligado em 220 v e é um papel muito dinâmico. Isso que me atraiu", anima-se. Na história, Lincon é sócio do jornal da fictícia cidade da novela ao lado de Nicolau, vivido por Heitor Martinez. Mas ele só se uniu ao maquiavélico senador por questões financeiras. Além disso, carrega um passado dramático. Na época da ditadura militar, foi preso e torturado por Ajuricaba, de Umberto Magnani. E, até hoje, os dois vivem às turras. Principalmente porque o filho de Lincon namora a filha de Ajuricaba. "Eles têm essa birra, essa eterna luta", destaca. Apesar de o folhetim ter uma abordagem política, Eduardo acredita que a linguagem leve aproxima mais o público. Pelo menos, é isso que ele percebe quando é abordado nas ruas. "As pessoas querem saber, se divertem, torcem. A novela tem uma leveza que há muito tempo não se vê em teledramaturgia. Não tem aquele peso dos crimes, de assassinatos", defende. O trabalho de composição do ator também vai pela linha da simplicidade. Para Eduardo, a melhor maneira de entender o personagem é seguindo a própria intuição. Por isso, ele dispensou laboratórios para criar Lincon. E nem quis pegar algumas referências com o irmão, que é jornalista. "O ator, quando faz um bêbado, não precisa virar um alcoólatra. Você vai olhando, observando", explica. "O meu personagem manipula ideias, vive ligado, atento", complementa. Com sucessivos papéis na tevê desde 1982, Eduardo não tem dúvidas ao eleger a novela que mais gostou de fazer: "Ribeirão do Tempo". O trabalho começou bem antes da estreia, que aconteceu em maio de 2010. Cerca de sete meses antes, a pré-produção já tinha sido iniciada. "Apesar de ser uma novela trabalhosa, é a que mais tenho prazer em estar", garante ele, que é contratado da Record desde 2007, quando viveu o Luís Guilherme de "Caminhos do Coração". Antes disso, trabalhava na Globo, onde atuou em tramas como "Páginas da Vida", "Mulheres Apaixonadas" e "Como uma Onda", entre outras. A mudança de emissora, aliás, foi algo que empolgou o ator. "Achei bacana poder entrar em outro canal. Você abre um mercado novo", ressalta.
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EM FOCO
Rodrigo Faro comemora os rumos de sua carreira na tevê Por Natalia Palmeira PopTevê
O jeito descontraído e comunicativo de Rodrigo Faro à frente do "O Melhor do Brasil" sobrevive fora dos estúdios. Ainda mais quando o assunto é o programa que comanda nas tardes de sábado da Record. Aos 37 anos, o apresentador, ator e cantor, deixa evidente a satisfação com o momento atual na televisão. E não é para menos. Contratado da emissora desde 2008, ele apresenta um dos programas de maior audiência. "Recebo o carinho desde uma criança de dois anos que não sabe falar até pais de família que só assistiam a telejornal e futebol e começaram a ver o programa. É um prazer incrível ter esse retorno", destaca o paulistano, que também já se prepara para apresentar a quarta temporada de "Ídolos". Depois de uma trajetória de 12 anos como ator, Rodrigo não pensa em voltar às novelas. Nem um papel de protagonista o faria mudar de ideia. No máximo, uma participação como aconteceu em "Bela, AFeia", em 2009, e "Ribeirão do Tempo", no ano passado, ambas no papel dele mesmo. "Não sinto saudades de fazer novela. O que quero para minha vida, o foco que estabeleci daqui para frente é apresentar", revela ele, que enquanto contratado da Globo sempre buscou exercer a função de apresentador, mas não teve sucesso. "Cheguei a gravar um piloto do 'Fama'. Mas falaram: 'Não, aqui você é ator'. O mais incrível é que hoje apresento o 'Ídolos', que é muito parecido", conta. Como apresentador do "O Melhor do Brasil", ele não deixa a atuação nem a música de lado. A cada programa, Rodrigo se caracteriza de uma personalidade "pop" para fazer uma performance irreverente. "São pessoas bem distantes. Em uma semana faço o Axl Rose, depois o Belo e na outra a Shakira, por exemplo. Não me olho no espelho quando estou me caracterizando. Quando fico pronto levo um susto. Sempre", ressalta. É justamente isso que faz com que Rodrigo use sua experiência como ator para compor os personagens. "Estudo o personagem, pesquiso na internet e ensaio a dança. Começo a ver os trejeitos de corpo aliado à imagem que tenho no espelho", explica. Com cinco horas de duração, Rodrigo acha inviável apresentar o programa ao vivo. Mesmo assim, o ritmo de gravação é como se fosse. Durante nove horas seguidas ele grava "O Melhor do Brasil" e só para se algo der errado. "É um programa muito grande. Se parar para pensar, cada quadro é quase um programa independente", analisa. Até por isso que, hoje em dia, Rodrigo acha tranquila a rotina que tinha como ator. "Em novela, você grava uma cena, espera um pouquinho, come alguma coisa, relaxa, grava de novo. No 'O Melhor do Brasil', eu fico em pé de 13 h às 23 h, dançando, improvisando, apresentando... É uma loucura", argumenta. Apesar de só gravar uma vez por semana, Rodrigo garante que tem uma rotina puxada. Entre gravações, presença em eventos e comerciais, ele passa meses sem finais de semana livres. "Cada dia tenho algo diferente e os dias de descanso são cada vez mais curtos. O que mais me preocupa são as minhas filhas. Para onde vou, elas vão junto", conta.
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PERSONAGEM DA SEMANA
Em Insensato Coração, Nathalia Rodrigues rouba cenas como Andressa Por Gabriel Sobreira PopTevê
Nathalia Rodrigues tinha quase tudo esquematizado. Depois de fazer a novela "Chamas da Vida", na Record, em 2008, se dedicaria exclusivamente ao teatro. O que a atriz não contava era com a ligação de um produtor de elenco da Globo a convidando para "Insensato Coração". "Poxa, não podia falar 'não', né?. Todo mundo quer fazer uma novela das oito. Não pensei duas vezes", conta às gargalhadas, a intérprete de Andressa. Na trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, Andressa é da cidade de Macaé, interior do Rio de Janeiro, e amante de Horácio Cortez, vivido por Herson Capri. O sonho dela é aparecer em uma nota de coluna social. "A minha personagem é do tipo de que sujeita a qualquer coisa para conseguir o que deseja. Ela é bem ambiciosa", explica a atriz, que logo nas primeiras tomadas aparece em cenas e diálogos bem sensuais. Depois de experimentar a volta à tevê, Nathalia não nega a vontade de fazer mais vilãs. Para ela, as antagonistas são mais interessantes porque possuem tons e elementos mais intensos de composição. "Não gostaria de fazer uma mocinha da novela. Não tenho o perfil. Não tem muito trabalho. Vou, faço uma cara de boazinha e está tudo certo. Mocinha eu já sou na minha vida. Não quero brincar disso no meu trabalho", afirma. Mas enquanto Andressa não "mostra" estas tais garras, Nathalia espera que a principal impressão deixada por sua personagem seja bem marcante. "Torço para que venha dar aquela apimentada", entrega, aos risos. P - De alguma maneira você acredita que o tempo em que esteve fora do ar colaborou para ingressar em "Insensato Coração"? R - Acho que o tempo que fiquei afastada da tevê não influenciou na minha escolha para estar na novela. Não pode existir essa coisa de "ah, não, se trabalhou ali, então não vai trabalhar aqui". Quando se é um bom profissional, ele tem capacidade para trabalhar em qualquer lugar. P - Você é natural de Biribi, no interior de São Paulo, e na novela interpreta uma moça da cidade de Macaé, litoral Norte do Rio de Janeiro. Você teve alguma dificuldade com o sotaque em cena? R - Para mim é muito mais difícil o sotaque porque eu sou do interior de São Paulo, onde todos falam o "r" de forma acentuada. Vivi na capital onde o "r" é diferente e o sotaque também. Trabalho no Rio onde se fala de outra forma (risos). Então digamos que, sim, é bem
difícil. Exige um certo trabalho. Acontece que eu sempre esqueço e aí tenho de trabalhar isso para desprender o meu sotaque paulista do interior. P - Como foi essa sua preparação para viver a Andressa? R - A Globo disponibilizou uma fonoaudióloga fazer o sotaque de uma garota de Macaé. Também tive o auxílio da instrutora de dramaturgia da novela, Isabella Sechin. Fizemos um trabalho sobre Macaé, como são as pessoas de lá, fizemos uma pesquisa de como agir e juntas criamos a personagem. P - A sua personagem é ambiciosa e até se sujeita a ser amante de um homem rico. Em tese, ela parece flertar com a vilania. Como você lida com isso? R - Eu não sei se ela flerta com a vilania, mas ela tem uma coisa dentro dela de conseguir a qualquer preço. Não sei se chega a ser vilã. Acho que ela é mais ambiciosa mesmo.
ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 27 DE FEVEREIRO A 5 DE MARÇO 27/02 - Marilu Bueno, 71 anos, e Cláudia Mello, 61 anos. 01/03 - Christine Fernandes, 38 anos. 02/03 - Zilda Mayo, 58 anos. 03/03 - Ângela Vieira, 59 anos. Nesta data, há 34 anos, foi ao ar o primeiro capítulo de "Locomotiva". A novela foi escrita por Cassiano Gabus Mendes, com direção de Régis Cardoso e Fábio Sabag. A trama fala da história de Kiki Blanche (Eva Todor).
Ela era uma vedete de sucesso que conseguiu sair da vida de espetáculos e abrir um salão de beleza na Zona Sul do Rio de Janeiro. Kiki é mãe de Milena (Aracy Balabanian) e adotou Fernanda (Lucélia Santos), Paulo (João Carlos Barroso), Regina (Gisela Rocha) e Renata (Thaís de Andrade). Encontros e desencontros amorosos marcaram este núcleo. Paralelamente a esta história, tinha Netinho (Dennis Carvalho), que não aguentava o ciúme doentio da
mãe, Margarida (Myrian Pires). Ele sequer imaginava que a vizinha, Celeste (Ilka Soares), uma mulher bem mais velha que ele, guardava um grande amor pelo rapaz. No final, os dois ficam juntos. Célia Biar, Rogério Fróes, Isaac Bardavid, Oswaldo Lousada, Suzy Arruda e Carmen Silva, entre outros, também faziam parte do elenco. 04/03 - Carlos Vereza, 72 anos, e David Lucas, 16 anos.
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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 17h15 Segunda (28/02) - Catarina, Fred e Duda estranham o jeito como Raquel fala com Rique. Rique pede para Catarina observar Raquel. Tereza e João avisam sobre o concurso para escolher a Garota Primeira Opção e Josiane fica confiante em sua vitória. Duda decide se inscrever no concurso. Lurdes e Geraldo conversam com Theo sobre a possibilidade de Lorelai estar grávida. Claudia diz que o resultado de Lorelai deu negativo, já Babi descobre que está grávida. Catarina conta para Pedro que Rique a pediu para observar Raquel.
Terça (01/03) - Pedro se irrita com Catarina. Cláudia e Lorelai acalmam Babi. Josiane descobre que Maicon vai ser pai. Babi não consegue contar para Dona Zica que está grávida e aceita seu pedido para se afastar de Maicon. Josiane fica feliz com as fotos de Dodói. Catarina chora ao pensar em Pedro. Lurdes reclama de Lorelai para Geraldo. Theo pergunta por Catarina para Pedro. Josiane conta para Maicon sobre a gravidez de Babi. Raquel afirma que Catarina está armando com Rique para afastá-la de Pedro.
Quarta (02/03) - Raquel é agressiva com Catarina que revela saber sobre o laudo médico que Rique possui sobre ela. Babi diz a Maicon que o filho não é dele. Babi aconselha Catarina a delatar Raquel para Rique. Raquel provoca Theo por ele ser adotado e Pedro a critica. Maicon conta para Milton que Babi está grávida. Raquel se irrita pelo fato de Duda e Fred a ignorarem e por Ângela tê-la destratado. Duda e Josiane se desentendem. Milton pergunta a Babi se Maicon é o pai de seu filho. Rique se insinua para Catarina, que fica constrangida.
Quinta (03/03) - Catarina se irrita com o assédio de Rique e cogita a ideia de Raquel estar falando a verdade. Babi diz a Milton que Maicon não é o pai de seu filho. Josiane e Duda apresentam seus vídeos para o concurso. Catarina fala com Raquel sobre Rique. Maicon confronta Babi sobre a paternidade do filho que ela espera. Catarina pergunta a Raquel o que Rique fez com ela e percebe que a irmã fica abalada. Rique chega ao colégio para uma reunião com Tereza. Catarina tenta proteger Raquel do padrasto.
Sexta (04/03) - Pedro se aproxima de Catarina e Raquel e enfrenta Rique. Maicon fala para Babi que é pai de seu filho na frente de Dona Zica. Josiane implora para que Seu Pintinho não a faça entregar filipetas na porta do colégio. Cláudia e Catarina falam com Fausto que ele precisa proteger Raquel de Rique. Lorelai decide procurar os pais biológicos de Theo. Dona Zica fala que Maicon precisa tomar uma atitude de adulto e assumir o filho. Maicon pede Babi em casamento. Rique diz a Raquel que ela foi interditada pela justiça e que ele é seu tutor.
ARAGUAIA - Rede Globo - 18h Segunda (28/02) - Max aprisiona Amélia em seu quarto. Vitor encontra Yvete, Gabriel e Cebola na estrada e os leva para Girassol. Beatriz estranha a presença de Estela na estância. Manuela encontra um relatório sobre a explosão da mina no escritório do pai e o entrega para Padre Emílio. Aspásia encontra uma caixa com cartas antigas de Antoninha. Nancy e Lenita pedem para frequentar a escola de circo. Mariquita flagra Beatriz na cozinha com Aspásia. Solano abraça Manuela enquanto Estela sofre. Gabriel entra na igreja e esbarra em Padre Emílio.
Terça (01/03) - Gabriel não entende quando Padre Emílio o abraça comovido. Pimpinela conta que o avô de Neca foi um grande palhaço e Madalena tem uma visão. Vitor se lamenta com Terê por ter de esperar para ficar com Amélia. Dora comenta o resultado positivo de seus exames com Glorinha e ela suspeita de que Geraldo seja estéril. Safira termina seu romance com o delegado. Max liberta Amélia, mas ameaça a vida de Vitor novamente. Geraldo confirma sua esterilidade para Dora. Amélia fala com Vitor pelo celular de Manuela. Padre Emílio leva Gabriel à estância.
Quarta (02/03) - Gabriel entra no quarto de Antoninha e Mariquita se emociona. Geraldo conta para Dora que está apaixonado por Safira e ela sai de casa. Solano se emociona ao abraçar Gabriel. Estela pergunta a Terê por que Solano e Manuela se separaram. Beatriz torce para que Solano se apaixone por Estela e se livre da maldição. Solano pede para Genão levar Gabriel para ver a colheita de Girassol. Manuela mostra a Padre Emílio a carta que Max escreveu a Antoninha. Estela pergunta a Manuela por que ela se separou de Solano.
Quinta (03/03) - Solano fala com Ricardo e pede sigilo sobre a estada de seu avô em Girassol. Max vê Gabriel no carro com Genão. Cirso chega em casa e Ametista e Esmeralda tentam esconder a ausência da irmã. Geraldo conta para Safira que se separou de sua esposa. Dora aparece na estalagem e Terê, Glorinha, Neca e Pimpinela comemoram sua separação. Terezinha conta para Padre Emílio sobre a visão de Madalena durante a aula de circo. Gabriel pede para Solano e Estela deixarem o Araguaia ao saber que eles terão um filho.
Sexta (04/03) - Solano e Estela estranham que Gabriel saiba falar a língua karuê. Gabriel se encanta com Beatriz. Fred convida Solano para ser seu padrinho de casamento. Safira conta para as irmãs que vai se casar com Geraldo. Fred agradece Solano pelo convite para jantar e elogia sua família. Dora conversa com Safira sobre Geraldo. Manuela e Amélia mostram a Pérola a carta de Max que comprova sua ligação com a explosão. Gabriel se dá conta de que envelheceu e Solano fica comovido. Max aparece na casa de Pérola e simula preocupação com seu estado.
Sábado (05/03) - Pérola disfarça sua irritação com Max. Amélia se assusta ao encontrar Vitor em seu quarto. Yvete conta sua história para Mariquita. Manuela e Padre Emílio procuram Gabriel. Mariquita consegue um emprego para Yvete no posto médico. Cebola se aproxima de Aspásia e Yvete não gosta. Vitor vai embora com a ajuda de Lurdinha, que distrai Veloso. Manuela chega à estância e se incomoda ao ver Estela e Solano brincando com Cebola. Padre Emílio entrega para Gabriel a bolsa que encontraram na fundação da cidade.
Sexta (04/03) - Ariclenes se apavora com a possibilidade de Jacques e Clotilde encontrarem Cecília. Marcela não se entende com Edgar. Armandinho desmascara Stéfany e ajuda Desirée a perdoar Jorgito. Daguilene e Stéfany são escorraçadas da vila. Gabriela liga para Pedro e ele fica comovido. Cecília lembra que seu sobrenome é Spina. Clotilde arruma um jeito de tirar Ariclenes de casa e conhecer Cecília. Dona Mocinha visita Cecília. Clotilde aparece na casa de Ariclenes, comenta que é casada com André Spina e Cecília diz que ele é seu filho.
Sábado (05/03) - Cecília começa a recuperar a memória e desmaia. Júlia reconhece o vestido da boneca de Valquíria e fica intrigada. Clotilde esconde Cecília no apartamento de Jacques. Cecília volta a si e pede para ir embora. Eduardo incentiva Thales a lutar por Julinho. Renato dá uma entrevista sobre seu trabalho no muro e Marcela observa comovida. Valquíria comenta com Suzana que desconfia que Cecília seja sua avó. Luti chega ao hotel fazenda e flagra Camila e Érico juntos. Clotilde impõe que Ariclenes desista da sociedade com Jaqueline e se una a Jacques.
Sexta (04/03) - Natalie aceita a carona de Cortez. Teodoro viaja. Marina e Vitória evitam Eunice. Carol chega à festa de Marina com Henrique. Eunice reclama com Júlio que não foi bem tratada na festa de Marina. Raul questiona Léo sobre o dinheiro que ele recebeu de seu suposto negócio. Léo leva Wanda a um restaurante requintado. Raul pede para Borges ajudá-lo a investigar o negócio de Leo. Oscar, Gilda e Serginho vão à casa de Teodoro e descobrem que está havendo um assalto.
Sábado - (05/03) - Serginho consegue fugir da casa e avisa a polícia. Tião e Lino prendem Oscar e Gilda. Kléber sente ciúmes ao ver Daisy conversando com Milton. Beto conta para André que Úrsula está grávida. Fonseca e Saldanha prendem Ismael. Sueli sofre com saudades de Jonas e Eduardo a consola. André pede para conversar com Alice sobre Carol. William diz a Marina que recebeu uma proposta para trabalhar em outro escritório. Raul diz a Léo que foi ao terreno onde ele supostamente estaria trabalhando e afirma que não existe nenhuma incorporação lá.
TI-TI-TI Segunda (28/02) - Suzana exige que Ariclenes conte sobre a relação de Valentim com Cecília. Thaísa é humilhada pelos amigos e Eduardo a defende. Rebeca visita Desirée e percebe o clima de romance entre Gino e Magali. Marcela responde ao e-mail de Edgar. Gino diz a Rebeca que não sabe se voltará a trabalhar na fábrica. Clotilde diz a Thales que Jaqueline o trai com Jacques. Edgar convida Marcela para sair. Ariclenes conta para Marta que Cecília é mãe de Jacques. Jaqueline chega em casa e encontra Thales inconsolável. Edgar fica com ciúmes de Marcela com Renato.
Terça (01/03) - Marcela revela a Edgar que dormiu com Renato. Jaqueline pede para Rosário espionar os patrões. Jorgito pede perdão por ter traído Desirée. Giancarlo usa sua influência para pedir a demissão do filho. Gino termina o namoro com Rebeca e sai da empresa. Clotilde prepara uma armadilha para Thales. Fátima revela para Renato que foi Giancarlo quem pediu sua demissão. Luísa apresenta sinais de desequilíbrio. Jacques diz a Jaqueline que Thales a trai com Clotilde. Pedro volta para casa. Ariclenes vê Cecília na vila.
Quarta (02/03) - Luti avisa o pai que Cecília e Valdete vão morar com eles. Clotilde dopa Thales. Pedro inicia sua fisioterapia com Teresa Batalha. Cecília vê Amanda e se reconhece nela. Edgar pressiona Marcela a se decidir. Jaqueline flagra Jacques com Clotilde e descobre que ele tentou enganá-la. Clotilde demite Rosário. Magali volta a trabalhar na fábrica e recebe o apoio de Rebeca para se relacionar com Gino. Dona Mocinha encontra Cecília na vila. Thales procura Julinho e pede mais uma chance. Jaqueline propõe a Ariclenes que eles se unam para destruir Jacques.
Quinta (03/03) - Jaqueline propõe a Ariclenes sociedade. Dona Mocinha chama Cecília pelo nome. Thales tenta se entender com Julinho. Renato começa a grafitar seu muro. Daguilene vê Jorgito chegando à casa de Nicole e avisa a Stéfany. Jorgito pede a ajuda de Nicole para reconquistar Desirée. Marcela diz a Edgar que eles precisam conversar. Ariclenes repreende Cecília por ter dado uma boneca para Valquíria. Clotilde vê Valquíria com a boneca e nota a semelhança do vestidinho com os modelos de Valentim.
Insensato Coração - Rede Globo - 21h Segunda - (28/02) - Raul diz a Pedro que ele perdeu a licença para voar. Marina sai abalada do encontro com Pedro e Raul a apoia. Vitória convida Carol para ser a gerente de marketing de sua empresa. Wagner conversa com Cortez sobre Natalie. André conhece Júlia. Haidê ouve Carol afirmar que vai interromper sua gravidez. Nelson fala de Wagner para Natalie e ela se anima com um possível romance. Quim chega com Rafa à banca de jornal onde será o lançamento da revista de Natalie. Carol afirma a Cláudia que decidiu interromper a gravidez.
Terça - (01/03) - Alice convence a irmã a seguir com a gravidez. Wagner tenta se aproximar de Natalie. Henrique convence Cortez a receber Kléber. Eunice se irrita ao chegar para o lançamento da revista de Natalie e inicia uma confusão. Daisy perde a paciência com Kléber e Dolores percebe a alteração de sua funcionária. Marina convida Carol para a inauguração de seu escritório. Álvaro não dá destaque no jornal para a reportagem feita por Kléber sobre Cortez. Rafa folheia a revista de Natalie e Cortez vê a publicação. Clarice chega em casa e Cortez disfarça.
Quarta (02/03) - Eunice discute com Natalie. Cortez apoia o filho a mudar de curso na faculdade. Natalie despreza as flores de Cortez. Kléber reclama ao saber que Álvaro quer publicar sua reportagem na internet. Carol resolve comemorar sua promoção. Raul fica abalado ao constatar que perdeu quase todos os seus bens. Cortez se irrita ao ler a reportagem de Kléber. Marina comemora com seus funcionários o primeiro dia de trabalho no novo escritório. Carol sente uma tontura e acaba sendo derrubada pelo carro de Beto.
Quinta (03/03) - André e Beto levam Carol para o ambulatório. Carol e Alice ficam aliviadas ao descobrir que o bebê está bem. Natalie sugere que Douglas tente ser o novo marido de Bibi. Kléber discute com Álvaro. Natalie fica radiante ao saber que voltou para a mídia. André comenta com Beto que acredita que Carol armou para se casar com ele. Eunice pede para Júlio apresentá-la a Vitória. André cumprimenta Beto e Úrsula e se surpreende ao ver que a noiva de seu amigo conhece Marina. Cortez vê Natalie na rua e vai ao seu encontro.
RIBEIRÃO DO TEMPO - Record - 22h00 Segunda (28/02) - Virgílio troca as linhas do paraquedas de Iara, sem que ninguém perceba. Iara arruma o paraquedas sem saber que ele foi sabotado. Iara, Tito e um aluno saltam do avião. Tito e o aluno abrem seus paraquedas. Iara abre o seu, que começa a girar alucinadamente. Tito assiste apavorado. Filomena salta e posiciona o seu corpo para pegar mais velocidade. Ela a alcança, solta o paraquedas defeituoso e aciona o reserva de Iara. Arminda vai ate à casa de Joca, mas ele não está. Léia pede para que as duas tenham uma conversa e a puxa para dentro de sua casa pelo braço.
Terça (01/03) - Léia pede que Arminda deixe seu filho em paz. Querêncio se prepara para um pronunciamento. Ari acha que Querêncio vai rebater sua denúncia. Ele explica a Lei Úmida na televisão. Nasinho conta a Nicolau que Iara continua viva e ele fica irritado. Beatriz tenta descobrir com Dália sobre ela e Nicolau e a menina mente. Nicolau manda Nasinho dar um jeito em Iara e Virgílio, porque ele está de saco cheio. Joca encontra Iara e ficar chocado ao saber que ela é a mulher misteriosa. Iara pergunta se Joca está disposto a encarar e ele diz que sim.
Quarta (02/03) - Nicolau diz a Lincon que o jornal apoiará a decisão de Querêncio. Marisa diz a Querêncio que não apóia a Lei Úmida. Nicolau pergunta sobre o plano de matar o presidente e Flores diz que já tem um plano. Nicolau comunica a Beatriz e Larissa que Karina irá morar na fazenda. Nicolau promete uma joia a Dália se ela provar ser uma boa menina. Ela pede para ir embora, mas ele diz que só depois que ele a transformar em princesa. Filomena e Mateus conversam. Tito para e não gosta do que vê.
Quinta (03/03) - Matilde, empregada de Nicolau e mãe de Dália, fala com Beatriz sobre a saúde da filha. Querêncio se reúne com o secretariado para falar sobre o novo monumento da praça, uma forca. Querêncio diz que é para quem pisar na bola. Dália vai até o rio e entra na água, deixando a correnteza a levar. Newton e Iara escutam gritos e conseguem puxar Dália para dentro do bote. Beatriz tenta falar com Nicolau, que a ignora. Nicolau vai à casa de Dália. Ela e sua mãe ficam assustadas com a visita. Ele manda a menina para dentro e fica a sós com Matilde.
Sexta (04/03) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.
O JORNA L JORNAL
Jornal da TV 10
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FILMES DA SEMANA DOMINGO, 27/02
SEGUNDA, 28/02
TERÇA, 01/03
Os Caçadores da Arca Perdida (Globo, 13:45 h) Raiders Of The Lost Ark, de Steven Spielberg. Com Harrison Ford, Karen Allen e Paul Freeman. EUA, 1981, cor, 115 min. A emissora não informou a classificação etária Aventura – O arqueólogo Indiana Jones é contratado para encontrar a Arca da Aliança, que conteria os dez mandamentos que Moisés trouxe do Monte Horeb. Mas, como a lenda diz que o exército que a possuir será invencível, Indiana Jones terá um adversário de peso na busca pela arca perdida: o próprio Adolf Hitler.
A Fuga das Galinhas (Globo, 16:10 h) Chicken Run, de Peter Lord e Nick Park. Elenco não informado. EUA, 2000, cor, 96 min. A emissora não informou a classificação etária. Animação – A galinha Ginger busca incessantemente um meio de conseguir escapar do fim trágico que seus donos reservaram para ela e seus semelhantes. Após várias tentativas frustradas de fuga, surge na granja o galo Rocky, com a ambiciosa promessa: ensiná-los a voar. Mas o tempo de Ginger e Rocky é curto: seus donos compraram uma máquina que faz tortas de galinha e que entrará em operação em breve.
Harriet, a Espiã: Guerra dos Blogs (Globo, 16 h) Harriet The Spy: Blog Wars, de Ron Oliver. Com Jennifer Stone, Kristin Booth e Wesley Morgan. EUA e Canadá, 2010, cor, 98 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – A jovem Harriet Welsch cruza o caminho da estudante mais popular da escola, Marion Hawthrone. As duas garotas competem em uma eleição para ver quem vai escrever o blog oficial da classe.
Harley Davidson e Marlboro Man: Caçada sem Tréguas (Band, 21 h) Harley Davidson and Marlboro Man, de Simon Wincer. Com Mickey Rourke, Don Johnson e Chelsea Field. EUA, 1991, cor, 94 min. Classificação Etária: 14 anos. Aventura – O durão Harley e "cowboy" Marlboro descobrem que um velho amigo deles irá perder seu bar porque o banco quer construir um novo complexo e exige 2,5 milhões de dólares para renovar o contrato de aluguel. Harley e Marlboro decidem ajudá-lo roubando o banco. Porém, eles roubam o carro de segurança errado e acabam se apoderando de uma enorme quantidade de uma nova droga sintética.
Scooby-doo (SBT, 17:30 h) Scooby-doo, de Raja Gosnell. Com Freddie Prinze Jr., Sarah Michelle Gellar e Matthew Lillard. EUA, 2002, cor, 97 min. Classificação Etária: Livre. Comédia – Depois de 2 anos separados, o grupo Mistério S/A se reencontra após ser contratado por Emile Mondavarious, o dono de um parque temático chamado A Ilha do Espanto, para resolver um mistério envolvendo o parque. Porém, nenhum deles sabia que cada um dos ex-parceiros também fora contratado com o grupo se encontrando na hora do embarque e concordando em trabalhar juntos mais uma vez.
Por uns Dólares a Mais (Band, 1:45 h) For a Few Dollars More, de Sergio Leone. Com Clint Eastwood, Lee Van Cleef e Gian Maria Volonte. Itália, 1965, cor, 131 min. Classificação Etária: 12 anos. Faroeste – Um astuto caçador de recompensas está na perseguição de Indio, o mais tenebroso e ameaçador criminoso do território. Mas seu impiedoso rival, o coronel Mortimer está determinado em capturar Índio primeiro. Falhando em capturar a sua presa, os dois ficam só com uma opção: juntar esforços ou enfrentar a morte certa nas mãos de Indio e do seu bando de foras da lei assassinos. Onde Os Fracos Não Têm Vez (Globo, 1:55 h) No Country For Old Men, de Ethan Coen e Joel Coen. Com Tommy Lee Jones, Javier Bardem e Josh Brolin. EUA, 2007, cor, 132 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Um veterano do Vietnã, que vive no Oeste do Texas, aproveita uma venda de drogas fracassada para fugir com dois milhões de dólares. Mas passa a ser perseguido por dois assassinos frios e determinados que ninguém pode conter.
Jogo entre Ladrões (Globo, 22:45 h) The Code, de Mimi Leder. Com Morgan Freeman, Antonio Banderas e Radha Mitchell. EUA e Alemanha, 2009, cor, 101 min. A emissora não informou a classificação etária Policial – Jack Monahan é um criminoso que não está em uma boa fase. A sorte muda quando Ripley, um experiente ladrão, o convida para roubar uma das joias mais valiosas do mundo, guardada na Rússia. Ripley quer a joia para quitar uma dívida com a máfia russa e não admite erros. Só que nada sai como se esperava, já que ninguém é o que parece nesta trama surpreendente. Noel - Poeta da Vila (Globo, 2:05 h) Noel - Poeta Da Vila, de Ricardo Van Steen. Com Rafael Raposo, Camila Pitanga e Flavio Bauraqui. Brasil, 2006, cor, 87 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Noel Rosa é um dos maiores compositores da história da MPB, que trocou a faculdade de medicina pelo samba e pela boemia carioca, na década de 20. Ele se tornou ídolo do rádio, aos 19 anos, com o enorme sucesso alcançado com a canção "Com que Roupa". O filme acompanha não apenas a carreira musical de Noel, mas também sua vida afetiva até a morte prematura por tuberculose.
Dragões de Sangue IV (SBT, 17:30 h) Vanishing Son IV, de John Nicolella. Com Russell Wong, Chi Muoi Lo e Dee Wallace-Stone. EUA, 1994, cor, 122 min. Classificação Etária: Livre. Aventura – Jian-Wa fugiu da China com o irmão por razões políticas. Nos EUA, seu irmão acaba se envolvendo com "gangsters" da região. Agora, a maior luta de Jian-Wa é tirá-lo do mundo do crime. Mar em Fúria (SBT, 23 h) The Perfect Storm, de Wolfgang Petersen. Com George Clooney, Mark Wahlberg e Mary Elizabeth. EUA, 2000, cor, 118 min. Classificação Etária: 12 anos. Ação – O capitão Billy Tyne está em uma maré de azar a bordo de seu barco pesqueiro. Ele parte com sua tripulação para a perigosa região do cabo Flemish, uma área remota, mas conhecida pela fartura em peixes. Mesmo com a formação de uma tempestade, eles resolvem enfrentar o temporal e toda a fúria do mar em nome da sobrevivência.
QUARTA, 02/03 Resgate Abaixo de Zero (Globo, 15:55 h) Eight Below, de Frank Marshall. Com Paul Walker, Bruce Greenwood e Moon Bloodgood. EUA, 2006, cor, 115 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – O guia Jerry Shepherd, o cartógrafo Charlie Cooper e o geólogo David McLaren fazem parte de uma expedição científica na Antártica. Um grave acidente e as perigosas condições meteorológicas obrigam a expedição a abandonar sua equipe de cães de trenó. Com isso, os valentes animais precisam enfrentar sozinhos o forte inverno da Antártida por seis meses, até que seja possível organizar uma nova missão para tentar resgatálos.
Casados com o Azar (SBT, 17:30) The Honeymooners, de John Schultz. Com Mike Epps, Gabrielle Union e Regina Hall. EUA, 2005, cor, 87 min. Classificação Etária: 10 anos. Comédia – O motorista de ônibus Ralph e seu amigo Ed Norton, um engenheiro sanitário, em mais uma tentativa de ficarem ricos, contratam um treinador de cães para colocar seu cachorro de estimação em uma corrida. Ao descobrirem que suas economias foram gastas no novo plano, suas sofredoras esposas, Alice e Trixie, finalmente dão um basta nos dois. Agora, terão de contar mais do que nunca com a sorte no jogo para tentar afastar o azar de seus casamentos.
QUINTA, 03/03 As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl (Globo, 16 h) The Adventures Of Sharkboy And Lavagirl, de Robert Rodriguez. Com Taylor Lautner, Taylor Dooley e Cayden Boyd. EUA, 2005, cor, 92 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – A vida do solitário Max, de apenas dez anos, se resume a aguentar as brigas dos pais, fugir dos garotos metidos a valentões e ainda aturar as reclamações de seu professor na escola. Para escapar de tantos problemas, ele costuma escrever em seu diário aventuras de um mundo fantasioso e divertido. Para sua surpresa, um dia, tudo ganha vida e ele vive uma incrível aventura. Vem Dançar (SBT, 17:30 h) Take the Lead, de Liz Friedlander. Com Antonio Banderas, Rob Brown e Yaya Dacosta. EUA, 2006, cor, 99 min. Classificação Etária: 10 anos Comédia – Pierre Dulaine, professor profissional de dança de salão, idealista e extremamente educado, decide realizar um trabalho comunitário com os jovens de um escola pública depois de ver um dos alunos destruir o carro da diretora da escola.
SEXTA, 04/03 A Fantástica Fábrica de Chocolate (SBT, 17:30 h) Willy Wonka & C. Factory, de Mel Stuart. Com Gene Wilder, Jack Albertson e Roy Kinnear. EUA, 1971, cor, 103 min. Classificação Etária: Livre. Aventura – Charlie é um menino muito pobre que teve a sorte de encontrar um dos cinco bilhetes dourados que Willy Wonka espalhou pelo mundo. Junto com mais quatro crianças, ele fará uma visita inesquecível à fantástica fábrica de chocolate.
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TV POP
NOVO DESAFIO - Em 2011, Juliana Didone vai focar no cinema. Fora do ar desde que interpretou a invejosa Lia de "Passione", a atriz vai estrear na telonas com o longa "Colegas", de Marcelo Galvão, que deve entrar em cartaz até o segundo semestre desse ano. "Filmamos em Paulina, no interior de São Paulo. O complexo de estúdios é incrível, como um mini Projac", compara. O filme conta a história de três jovens com síndrome de down, que resolvem fugir do orfanato em que vivem em busca de seus sonhos. "Faço uma jornalista de um programa sensacionalista que os veem e os divulga como bandidos", adianta.
SEM PERDER O REBOLADO - Bárbara Borges sofreu uma lesão no tornozelo. Mas nem por isso vai deixar de desfilar no Carnaval. Destaque de chão da Vila Isabel, a atriz vai usar tênis para sambar na Sapucaí. A loura também está fazendo exercícios para fortalecimento do osso, além de fisioterapia diária e cuidados caseiros, como gelo. ESPECIAL - Grazi Massafera está se tornando a queridinha de Miguel Falabella. Pela segunda vez, a atriz vai protagonizar uma novela do autor. Depois de dar vida à mocinha de "Negócio da China", em 2008, ela vai voltar ao ar no horário das sete. Miguel criou uma personagem especialmente para ela na trama que vai substituir "Morde & Assopra". NOVO VISUAL - Ingrid Guimarães abandonou a lourice. A atriz pintou os cabelos de castanho em função de seu próximo trabalho na televisão. Ela será Val, uma secretária batalhadora em "Batendo Ponto", seriado da Globo que estreia dia 3 de abril, logo após o "Fantástico". O programa entrou para a grade fixa da emissora após ser exibido como especial de fim de ano em 2010.
ARES EUROPEUS - Na última semana, a equipe de "Cordel Encantado" finalizou as gravações da próxima novela das seis, na França. O Castelo de Chambord foi uma das locações escolhidas para ilustrar as cenas iniciais da família real da fictícia Seráfia. "Gravamos no Vale do Loire para contextualizar o núcleo da corte. Perto do Castelo de Chambord havia uma cidade com estrutura, Blois, que recebeu muito bem a nossa equipe. Além disso, a construção é fabulosa, imponente, exatamente como a gente precisava", conta o diretor de núcleo Ricardo Waddington. Para tornar as cenas ainda mais reais, a maioria dos objetos, como a louça, as cestas de piquenique e os tapetes, foram alugados de antiquários locais. Cinco carruagens foram usadas nas cenas externas, uma delas é a mesma utilizada no filme "Maria Antonieta", de Sofia Coppola.
VIOLÃO - A proximidade do Carnaval está fazendo a "mulherada" suar a camisa. Adriane Galisteu, por exemplo, intensificou a malhação para exibir um corpo enxuto na Sapucaí. Rainha de bateria da escola de samba Unidos da Tijuca, a loura esperou se recuperar do parto do filho Vittorio para pegar pesado nos exercícios físicos. Como não é muito fã da monotonia da musculação, Adriane investe nas aulas aeróbicas. DE CARA NOVA - A partir de segunda, o "Hoje em Dia" vai contar com um novo cenário. Mais "clean", o programa comandado por Edu Guedes, Chris Flores, Celso Zucatelli e Gianne Albertoni vai ganhar até uma cortina d'água. A cozinha de Edu também não fica de fora. Com um jardim, o cozinheiro vai colher ingredientes para suas receitas direto da sua própria horta. LAÇOS - Substituir Fábio Assunção em "Insensato Coração" foi um orgulho para Gabriel Braga Nunes. Até porque os dois atores são amigos há algum tempo. Inclusive, eles estrelam o filme "O País do Desejo", de Paulo Caldas, que deve ser lançado ainda este ano. "O Fábio se tornou um amigo muito querido para mim a partir deste trabalho que fizemos juntos", conta o intérprete de Léo. No longa, eles são dois irmãos, que lutam para salvar a vida da pianista Roberta, interpretada por Maria Padilha.
ONDA VERDE - Ticiane Pinheiro está garantida na Record até o ano que vem. A atriz e apresentadora já está se preparando para comandar a nova temporada do "Nosso Planeta". O quadro do programa "Hoje em Dia" será exibido todas as sextas e vai mostrar como pequenos gestos no dia a dia podem fazer a diferença para a preservação do meio ambiente.
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Esportes
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Marco Antônio
Teste de força CSA enfrenta hoje o líder Corinthians-AL, no Estádio Nelson Peixoto Feijó Páginas 4 e 5
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BatePronto Guia do torcedor Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
A BATALHA PELO PODER CAMPEONATO CARIOCA FLAMENGO x BOAVISTA Hoje, Maracanã, 16h
Os grandes clubes do Rio de Janeiro estão tentando se livrar do Clube dos 13 porque seus dirigentes esperam que as marcas se valorizem mais em acordos bilaterais. Botafogo e Fluminense, por exemplo, não engoliram o fato de o Santos ter uma cota superior a deles após os títulos brasileiros de 2002 e 2004. Os clubes confiam na força de suas marcas nacionalmente e no aporte financeiro que grandes empresas vão fazer no Rio de Janeiro por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Certamente, o futebol carioca vai se valorizar; e os dirigentes acham que sem o C13 podem ganhar muito mais. Eles também contam com a TV Globo para divulgar suas marcas e as competições que disputarem. Vejo que há uma valorização maior dos clubes do Rio e São Paulo justamente porque a rivalidade também aumenta a audiência. Um torcedor do Flamengo, por exemplo, assiste aos jogos do Vasco para "secar" o rival. Nesse caso, o grau de interesse dos torcedores do eixo é multiplicado por quatro. Além disso, apenas Rio e São Paulo têm torcidas fortes em todos os Estados do País. Os outros grandes têm suas massas localizadas em seus Estados. O Clube dos 13 aposta que a proposta da Record pelos direitos do Brasileirão entre 2012 e 2014 vai ser irrecusável e que os números de arrecadação vão, no mínimo duplicar. Os dissidentes discordam da política de cotas e querem negociar com as TVs separadamente. Apurei que alguns patrocinadores também pressionaram dirigentes de clubes para aceitarem a proposta da Globo, por causa da maior visibilidade de suas marcas na emissora. A TV carioca realmente saiu de uma situação desfavorável na negociação de direitos de transmissão e hoje é aliada de um grupo forte no futebol nacional, que conta, inclusive, com o apoio da CBF. Espero que essa batalha não enfraqueça o futebol nacional. Os integrantes da Primeira Divisão melhoraram suas arrecadações a partir de 2003 e, dessa forma, ajudaram a consolidar o Brasileirão como o quarto campeonato mais importante do mundo. Para o bem do nosso futebol, é fundamental que os clubes cresçam numa proporção parecida. A formação de uma pequena elite, com dois ou três times, enfraqueceria demais o esporte nacional e tiraria o calor da disputa.
FLAMENGO - Problemas - Nenhum - Time provável (4-2-3-1) - Felipe, Leonardo Moura, Wellinton, David Braz e Ronaldo Angelim; Maldonado e Williams; Thiago Neves, Ronaldinho Gaúcho e Renato; Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo BOAVISTA - Problemas - Nenhum - Time provável (4-2-2-2) - Thiago, Joílson, Gustavo, Santiago e Paulo Rodrigues; Júlio César, Pina, Tony e Leandro Chaves; André Luís e Frontini. Técnico: Alfredo Sampaio CAMPEONATO MINEIRO ATLÉTICO-MG x AMÉRICA Hoje, Arena do Jacaré, 16h ATLÉTICO - Problemas - Rafael Cruz (machucado), Patric (machucado) - Time provável (4-2-2-2) Renan Ribeiro, Serginho, Werley, Réver e Leandro; Richarlyson, Zé Luís, Ricardinho e Renan Oliveira; Diego TArdelli e Magno Alves. Técnico: Dorival Júnior AMÉRICA - Problemas - Marcos Rocha (emprestado pelo Atlético) - Time provável (3-5-2) - Flávio, Micão, Gabriel e Otávio; Sheslon, Dudu, Leandro Ferreira, Camilo e Rodrigo; Daniel Lovinho e Fábio Júnior. Técnico: Mauro Fernandes SÃO PAULO x PALMEIRAS Hoje, Morumbi, 16h SÃO PAULO - Problemas - Nenhum - Time provável (3-4-1-2) - Rogério, Rhodolfo, Alex Silva, Miranda; Jean, Casemiro, Carlinhos Paraíba e Juan; Lucas; Dagoberto e Fernandinho. Técnico: Paulo César Carpegiani.
REAÇÃO DO C13 O Clube dos 13 ainda está tentando desarticular o movimento de saída de alguns de seus membros. Quinta-feira, o grupo lançou a carta-convite a todos os interessados nos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para tentar captar a maior quantidade de recursos. O objetivo é confrontar a proposta mais alta com os R$ 250 milhões pagos pela Globo no último triênio e pressionar os dirigentes dissidentes.
CURTO-CIRCUITO Presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil atacou os dirigentes de Corinthians, Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco, que anunciaram a decisão de negociar sozinhos os direitos de transmissão de seus clubes. “Estão querendo rasgar dinheiro. Além do mais, esses clubes devem, e muito, ao Clube dos 13”, disparou. Diretor-executivo do Clube dos 13, Ataíde Guerreiro atacou a Rede Globo. “A impressão é que a emissora começou a fazer um trabalho nesses clubes (Corinthians e os times do Rio). Alguns, pela primeira vez, estão recebendo adiantamento da Globo. Temos que evitar, de todas as maneiras, essa cisão”, declarou Guerreiro.
PALMEIRAS - Problemas - Nenhum - Time provável (4-2-3-1) - Marcos, Cicinho, Thiago Heleno, Danilo e Gabriel Silva; Marcos Assunção e Márcio Araújo; Tinga, Valdivia e Luan; Kléber. Técnico: Luiz Felipe.
AGENDA DE HOJE Alemão 11h30 Eintracht Frankfurt x Stuttgart 13h30 Werder Bremen x Bayer Leverkusen Baiano 16h Serrano x Juazeiro 16h Ipitanga x Colo-Colo-BA 16h Camaçari x Vitória da Conquista 16h Vitória x Bahia de Feira 16h Fluminense-BA x Bahia Espanhol 13h Hércules x Getafe 13h Levante x Osasuna 15h Racing Santander x Villarreal 17h Athletic Bilbao x Valencia Carioca 16h Boavista-RJ x Flamengo
Mineiro 16h Atlético-MG x América-MG 16h Uberaba x Tupi 16h Villa Nova-MG x Guarani-MG 16h Ipatinga-MG x EC Democrata Paulista 16h São Paulo x Palmeiras 18h30 Ituano x Botafogo-SP 18h30 Noroeste x São Caetano 18h30 Paulista x Mirassol 18h30 Portuguesa x Bragantino Pernambucano 16h Ypiranga-PE x Sport 16h Cabense x Náutico 16h Salgueiro x Porto-PE 16h Vitória-PE x Petrolina 16h Central x América-PE
Gaúcho 16h Grêmio x Cruzeiro-RS 18h30 Caxias x São José-RS Inglês 10h30 West Ham x Liverpool 12h Manchester City x Fulham Italiano 08h30 Catania x Genoa 11h Bari x Fiorentina 11h Brescia x Lecce 11h Cagliari x Lazio 11h Cesena x Chievo Verona 11h Palermo x Udinese 11h Roma x Parma 16h45 Sampdoria x Internazionale
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Esportes
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ALVIVERDES
Coruripe e Murici lutam pela liderança O Coruripe vai tentar assumir hoje a liderança do Estadual. Jogando em seus domínios, o Hulk duela com o Murici, às 16h, e pode terminar a rodada na ponta se vencer e o Corinthians-AL tropeçar no CSA. O Coruripe vem com a moral de ter derrotado o ASA duas vezes seguidas e ter encostado nos ponteiros, com 21 pontos. Os problemas do Hulk foram a internação do técnico Celso Teixeira, com suspeita de pneumonia, e a saída do atacante Edson Di, que vai atuar no Duque de Caxias-RJ. Celso já recebeu alta e deve comandar o time nesta tarde. Para o lugar de Edson, ele deve escalar Ivan. O Murici tem 22 pontos e pretende se isolar na liderança. O atual campeão alagoano venceu o CRB nas últimas duas rodadas do Estadual e, assim como o Hulk, torce hoje por um tropeço do Corinthians. O técnico Gilmar Batista não pode contar hoje com o volante Gueba e o zagueiro Nado, suspensos. A novidade no elenco foi a contratação do meia Alan (ex-CRB) e o atacante Peixinho (exCSA). Com esses dois jogadores, a diretoria vai tentar melhorar o poder ofensivo do time, que marcou apenas 14 gols no Estadual. Com apenas sete gols sofridos, a defesa alviverde é a menos vazada da competição. (V.M)
Só jogo amanhã Tentando fugir da degola, CRB trabalha para enfrentar o CSE Marco Antônio
Luciano Milano Repórter
Vencer ou vencer é o lema do CRB para a partida contra o CSE, amanhã à noite, às 20h, no estádio Rei Pelé, jogo que encerra a 11ª rodada do Campeonato Alagoano. Marcado inicialmente na tabela da competição para ontem, o jogo mudou de data em virtude de solicitação do Comando da Polícia da Capital, que alegou não poder dar segurança para o Trapichão, jogo do CSA contra o Corinthians, na Via Expressa, e prévias carnavalescas, que tomam conta do fim de semana em Maceió. Na 9ª posição, zona do rebaixamento, com oito pontos, o Galo da Pajuçara não pode nem pensar em empata contra o atual quinto colocado, com 14 pontos, se quiser começar a se afastar da zona da degola do Estadual. O primeiro à frente do time alvirrubro é o Santa Rita, que enfrenta hoje o Ipanema em Santana. Para tentar quebrar a seqüência negativa de oito jogos sem vencer no Campeonato Alagoano, o técnico Carlos Rabello mexe mais uma vez na equipe titular, em relação aos onze que perderam por 3x2, de virada, para o Murici, na rodada passada. Duas estreias devem ser promovidas no time, além de mudanças por opção técnica de Rabello.
CRB teve uma semana para trabalhar visando à partida de amanhã no Rei Pelé
As alterações acontecem na zaga, com a entrada do novato Bilica, que fará dupla com Ítalo. Na lateral-esquerda, Rafinha volta à condição de titular, com Valdeir retornando para a reserva. No meio, mais uma estréia. O volante Williams assume a cabeça da área regatiana, colocando Rodrigo Santos entre os suplentes. Também no meio-campo, Edson deixa de jogar improvisado na defesa e é mais um volante. Ainda no mesmo setor, Paulo Roberto é mais um estreante que ganha a condição de titular. O ataque deixa de ter três jogadores, como na derrota para o Murici, e atua com Luís
André e Leo. Fernando Sá fica como opção. Outra arma eleita pela diretoria para tentar garantir a batalha contra o rebaixamento foi anunciada na última quinta-feira. Segundo o diretor de futebol alvirrubro, Ednilton Lins, o clube solicitou exame antidoping a partir do jogo de amanhã. Lins garante que não existe desconfiança dos adversários. A medida é tão somente uma maneira de garantir o direito que prevê o regulamento do Estadual. CRB - Adriano; Kaká, Ítalo, Bilica e Rafinha; Williams, Edson, Daniel e Paulo Roberto; Luís André e Leo.
CSA e CRB estão de olho no jogo Ipanema x Santa Rita Ipanema e Santa Rita fazem hoje, às 15h15, em Santana, um duelo muito importante na luta contra o rebaixamento. Com seis pontos, os donos da casa tentam escapar da última colocação, enquanto que os visitantes querem aumentar a dis-
tância para a zona de risco. O Santa soma nove pontos e tem como adversários diretos CRB, CSA e o próprio Ipanema. MAIS TRÊS PONTOS – O Ipanema ainda tenta recuperar no
Tribunal de Justiça Desportiva os pontos perdidos pela suposta escalação de jogadores de forma irregular na primeira rodada do Alagoano. O julgamento, que estava marcado para o dia 23, deve ser realizado na próxima quarta-feira. (V.M)
Clube de Regatas Brasil
CRB
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CSA
Desafiando o líder Tentando se afastar da zona de risco, CSA encara o Corinthians-AL no Nelsão Marco Antônio
Victor Melo Editor de Esportes
O CSA luta nesta tarde para reagir no Campeonato Alagoano. O time venceu o Ipanema no último domingo por 5 x 3, saiu da zona do rebaixamento, mas ainda precisa provar ao seu torcedor que a batalha contra a queda não vai durar até o fim do campeonato. Hoje, o Azulão desafia a força do Corinthians-AL, às 15h15, no Estádio Nelson Peixoto Feijó. O Timão é o líder da competição e precisa manter a seqüência de bons resultados para não perder o posto. O técnico Edson Ferreira comemorou o fato de ter trabalhado a equipe por uma semana. Ele intensificou os treinos no Mutange e espera que o time já apresente nesta tarde um futebol mais eficiente. A maior preocupação do treinador é com o setor defensivo. O Azulão marcou cinco gols no Ipanema, mas sofreu três e seu sistema de marcação cometeu falhas infantis. “Tivemos toda a semana de trabalho, e avaliamos todas as situações para entrar com o melhor time neste domingo”, comentou o técnico, que recebeu três reforços na última quinta-feira. Chegaram ao Mutange o volante Dinho, ex-Operário/MT, o zagueiro
O CSA soma apenas nove pontos no Campeonato Alagoano e luta por um único objetivo no Estadual: fugir do rebaixamento
Luiz Vital (ex-União São João) e o atacante Alan (ex-Murici e Vitória-PE). Os jogadores já treinaram com o grupo e estão regularizados para a partida desta tarde. Durante a semana, Edson ressaltou a importância da vitória contra o
Ipanema. “No geral gostei bastante de toda a equipe, todos foram guerreiros e buscaram o objetivo. Agora é questão de treinamento, todos os atletas querem o melhor e juntos vamos dar a volta por cima”, declarou o técnico, que vai comandar hoje o time do
CSA pela terceira vez. PONTUAÇÃO – Com nove pontos, o Azulão concentra suas forças na luta contra o rebaixamento. Seus adversários diretos são CRB, Ipanema e Santa Rita.
Técnico Edson Ferreira vai mudar o time do Azulão O meio-campista Marcelo, autor de dois gols diante do Ipanema, sentiu dores musculares durante a partida de domingo, mas já voltou aos treinamentos e não deve ser problema para Edson Ferreira. O treinador do CSA deve escalar hoje a equipe com Anderson Paraíba no gol, e três zagueiros – Duda, Luizão e Fábio Lima. Os alas devem ser Josuel, pela direita, e Neilson, pela esquerda. No meio-campo, Marcelo, Victor Hugo ou Dinho e Anderson são as apostas do técnico. Na frente, ele deve
confirmar Dio, mais adiantado, e Tico Mineiro. Thiago deve ficar como opção no banco de reservas. Com cinco gols marcados no Estadual, Tico é o goleador do Azulão. Na partida de domingo, ele deixou sua marca duas vezes no gol do Ipanema.
tes finalizadores”, disse o treinador. Neste Estadual, o CorinthiansAL já derrotou o CSA em pleno Estádio Rei Pelé por 3 x 1. “Precisamos lutar muito em campo para dar o troco. Esse jogo é um divisor de águas para o CSA”, declarou Tico Mineiro.
TOQUE - O técnico Edson Ferreira disse aos jogadores que é fundamental para o time manter a posse de bola. “O objetivo é evitar que a bola chegue ao nosso gol, até porque o Corinthians tem excelen-
INGRESSOS – Na última quarta-feira, o Corinthians-AL informou que o preço dos ingressos seria R$ 50,00 (cadeiras), R$ 30,00 (arquibancadas cobertas), R$ 20,00 (arquibancadas descobertas), mas,
no dia seguinte, a Federação Alagoana corrigiu o clube e divulgou que os bilhetes das arquibancadas custam R$ 20,00. SEQUÊNCIA – Depois de pegar o Timão, o CSA vai enfrentar o Sport-AL (casa), o Coruripe (fora), o ASA (fora), o Santa Rita (casa), o Murici (fora), o CSE (casa) e o CRB (neutro). O Azulão fecha sua participação na primeira fase no Clássico das Multidões marcado, a principio, para o dia 2 de abril. (V.M)
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Eduardo Cardeal/ Ascom Corinthias Alagoano
Afonso se despede hoje do Tricolor O Corinthians-AL vive um tas. “Eles têm propostas, mas período de negociações. Hoje, o não estão acertados com neartilheiro da equipe, Afonso, nhuma equipe. Marco deve sair disputa sua última partida com depois do Zé, e o a camisa tricolor. Negociado Ewerton pediu para com o Gambá Ozaka, ser negociado, mas a ele vai tentar a sorte diretoria ainda quer no futebol japonês. que ele fique mais O destino do cenum tempo”, infortroavante Zé Carlos mou o assessor. também deve ser o Para tentar suRenato é a futebol do Oriente. prir as ausências de única De acordo com o aspeças importantes baixa do sessor de imprensa para a engrenagem do Timão, Eduardo da equipe, o técnico Corinthians Cardeal, o jogador Lorival Santos receAlagoano deve fechar com o beu na semana pasfutebol chinês nos sada o meia Kleber próximos dias. (ex-Eslovaco), o ata“Ele está especante Fernando rando apenas um Henrique (ex-Le Mans) e visto para definir o atacante Giovanni (ex-São sua saída. Acho que Cristóvão). ele vai disputar mais duas par“Sabíamos que iríamos pretidas pelo Campeonato Ala- cisar negociar alguns jogadores goano”, explicou Cardeal. durante o Estadual e nos prepaO meio-campista Marco ramos para isso. Trouxemos reAntônio e o zagueiro Ewerton forços para repor algumas pertambém estão de malas pron- das e esperamos que o time
mantenha a qualidade”, comentou o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, João Feijó. Para a partida de hoje, o técnico Lorival Santos tem apenas uma baixa. O ala Renato foi expulso no jogo contra o CSE e vai cumprir suspensão automática. Claudinho ou Ronaldo pode ser o substituto. O treinador escala a equipe no esquema 3-5-2, com Thiago no gol, e os zagueiros Selmo Lima, Ewerton e Igor; Rafael é o ala pela direita e Ronaldo ou Claudinho deve ficar na esquerda, como o meio-campo sendo montado com Luan, Pio e Nélio. No ataque, Afonso e Zé Carlos fazem as honras da casa. O Corinthians faz uma excelente campanha no Estadual. O time conquistou 22 pontos em dez rodadas e é um dos sérios candidatos ao título do Primeiro Turno. (V.M)
ALAGOANO
CAMPEONATO ALAGOANO
Afonso foi negociado com o Gamba Ozaka
GUIA DO TORCEDOR
Atualizada antes do jogo de ontem HOJE Time
PG
J
V
D
E
GP
GC
SG
1
Corinthians
22
10
7
2
1
20
9
11
2
Murici
22
10
7
2
1
14
7
7
3
Coruripe
21
10
7
3
0
18
11
7
4
ASA
18
10
6
4
0
16
9
7
5
CSE
14
10
4
4
2
14
16
-2
6
Sport
13
10
4
5
1
15
21
-6
7
CSA
9
10
3
7
0
13
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-6
8
Santa Rita
9
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2
5
3
17
19
-2
9
CRB
8
10
2
6
2
13
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-5
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Ipanema
6
10
3
7
0
11
22
-11
15h15 Corinthians-AL x CSA 15h15 Ipanema x Santa Rita 16h Coruripe x Murici
CORINTHIANS ALAGOANO - Thiago, Selmo Lima, Ewerton e Igor; Rafael, Luan, Pio, Nélio e Claudinho (Ronaldo); Zé Carlos e Afonso. Técnico: Lorival Santos. CSA - Anderson; Duda, Luizão e Fábio Lima; Josiel, Marcelo, Victor Hugo (Dinho), Anderson e Neilson; Dio e Tico Mineiro. Técnico: Edson Ferreira.
AMANHÃ 20h
Quando: hoje, às 15h15
CRB x CSE
Onde: Estádio Nelson Peixoto Feijó, na Serraria
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Agremiação Sportiva Arapiraquense
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ASA
Não há crise
Presidente do ASA diz que time está no caminho certo Marco Antônio
Luciano MIlano Repórter
"Não posso escutar ou levar em consideração a opinião de certos críticos, porque são críticos de derrota. Se eles soubessem o que dizem, o Júnior Viçosa não teria dado certo e ido para o Grêmio ou o Paulão teria seguido o mesmo destino no clube gaúcho. Se eles tivessem razão, o ASAnão teria subido para a Segunda Divisão do futebol brasileiro. Não é uma desclassificação na Copa do Brasil ou duas derrotas seguidas que vão fazer a diretoria jogar tudo para o alto e implodir o projeto que temos, e é sério", declarou a O JORNAL o presidente-executivo do ASA, José de Oliveira Santo, o Zé da Danco. A declaração foi provocada pela reportagem depois que o ASA empatou por 3x3 com o Horizonte e deu adeus à Copa do Brasil, logo na primeira fase da competição nacional. Até ontem, também, o time somava quatro jogos sem vencer: dois pela Copa do Brasil e dois no Estadual. Na avaliação, muitos que vivem o futebol alagoano, a atual base do time para a Série B é de longe bem menos qualificada do que a de 2010, quando o clube estreou na
ASA foi eliminado da Copa do Brasil, na última quarta-feira, após um empate e uma derrota para o Horizonte-CE
Segunda Divisão. Naturalmente, Zé da Danco discorda. "Não vejo dessa forma. O Campeonato Alagoano é uma realidade, estamos ainda no G4, o time ainda não encaixou por vários motivos, mas temos planejamento, organização e continuamos no camin-
ho certo. No ano passado, jogadores como o próprio Viçosa, o Fábio Lopes, o Didira, o Kal, entre outros não serviam para a Série B. Nós os mantivemos, contratamos outros para reforçar o elenco e acabamos em 9º lugar, colocação de muita honra para um clube sem muitos re-
cursos do interior de Alagoas", declarou o presidente-executivo do ASA, que falou, por telefone com O JORNAL, quando saía, na noite de sexta-feira, para uma reunião com o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, e o restante da diretoria alvinegra.
Prioridade é CT, mas clube vai comprar ônibus leito Um ônibus leito com 26 lugares - usado - já foi visto pela diretoria do ASA para ser comprado, há duas semanas, quando a delegação alvinegra foi até o Ceará, onde o time jogou com o Horizonte. O valor do veículo era pouco mais de R$ 200 mil. A ordem para aquisição do ônibus foi dada, mas os diretores resolveram dar mais um tempo para pesquisar outros veículos mais em conta. Mas o projeto de aquisição do veículo é uma realidade, como confirmou o presi-
dente José Oliveira. "Enquanto há quem ande apenas querendo 'cornetar' o ASA, nós continuamos trabalhando e tentando estruturar o clube. O projeto de adquirir um ônibus, leito, com conforto para os atletas em viagens mais próximas de Arapiraca, existe. Mas a prioridade é dar o pontapé inicial na construção do terreno do Centro de Treinamento.O ônibus para o ASA é um projeto que vai virar realidade", disse José de Oliveira.
REUNIÃO - Na pauta da reunião de sexta-feira da diretoria estavam o patrocínio para a Série B e, ainda, execução do projeto para construção do Centro de Treinamento do clube. O terreno já está comprado, e a prefeitura cede sua equipe de arquitetos e engenheiros para o projeto. PRÓXIMO DESAFIO - O ASA volta a jogar pelo Estadual na próxima quinta-feira, às 20h30, contra o CRB, no Estádio Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca.
Neste ano, o time alvinegro jogou com o Galo no Estádio Rei Pelé e venceu por 2 x 1. A torcida alvinegra se orgulha do fato de o time não perder para o rival da capital há onze partidas. SECANDO - Pensando no título do Primeiro Turno, o ASA “seca” hoje seus adversários diretos. Os bons resultados para o Alvinegro vão ser uma vitória do CSA sobre o Corinthians-AL e um empate no jogo entre Coruripe e Murici. (L.M)
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Tudo pela América
TABELA DA LIBERTADORES
Especial sobre a participação dos brasileiros na Libertadores
GUPO 1 P Time 1 Universidad San Martin-PER 2 Libertad 3 Once Caldas 4 San Luis-MEX
P 6 4 1 0
J 2 2 2 2
V 2 1 0 0
E 0 1 1 0
D 0 0 1 2
GP 5 3 1 1
GC 0 2 4 4
S 5 1 -3 -3
GRUPO 2 P Time 1 Junior 2 Grêmio 3 León de Huánuco 4 Oriente Petrolero
P 6 3 3 0
J 2 2 2 2
V 2 1 1 0
E 0 0 0 0
D 0 1 1 2
GP 4 4 2 0
GC 2 2 2 4
S 2 2 0 -4
GRUPO 3 P Time 1 Argentino Juniors 2 América do México 3 Fluminense 4 Nacional-URU
P 4 3 2 1
J 2 2 2 2
V 1 1 0 0
E 1 0 2 1
D 0 1 0 1
GP 5 3 2 0
GC 3 3 2 2
S 2 0 0 -2
GRUPO 4 P Time 1 Vélez Sarsfield 2 Unión Espanhola 3 Universidad Católica 4 Caracas
P 3 1 1 0
J 1 1 1 1
V 1 0 0 0
E 0 1 1 0
D 0 0 0 1
GP 3 2 2 0
GC 0 2 2 3
S 3 0 0 -3
GRUPO 5 P Time 1 Cerro Porteño 2 Deportivo Tachira 3 Santos 4 Colo Colo
P 3 1 1 0
J 1 1 1 1
V 1 0 0 0
E 0 1 1 0
D 0 0 0 1
GP 5 0 0 2
GC 2 0 0 5
S 3 0 0 -3
GRUPO 6 P Time 1 Internacional 2 Emelec 3 Jaguares 4 Jorge Wilstermann
P 4 4 3 0
J 2 2 2 2
V 1 1 1 0
E 1 1 0 0
D 0 0 1 2
GP 5 2 2 0
GC 1 1 4 3
S 4 1 -2 -3
GRUPO 7 P Time 1 Cruzeiro 2 Tolima 3 Estudiantes 4 Guaraní-PAR
P 6 3 3 0
J 2 2 2 2
V 2 1 1 0
E 0 0 0 0
D 0 1 1 2
GP 9 1 1 0
GC 0 1 5 5
S 9 0 -4 -5
GRUPO 8 P Time 1 Independiente-AR 2 Godoy Cruz 3 LDU 4 Peñarol
P 3 3 0 0
J 1 1 1 1
V 1 1 0 0
E 0 0 0 0
D 0 0 1 1
GP 3 2 1 0
GC 0 1 2 3
S 3 1 -1 -3
Victor Melo Editor de esportes
O Santos vai fazer sua segunda partida na Libertadores 2011 nesta semana. Depois de estrear com um empate contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, por 0 x 0, o Peixe vai receber o Cerro Porteño na próxima quarta-feira, às 21h50, na Vila Belmiro. O time paraguaio é um adversário direto do Alvinegro na luta pela liderança do Grupo 5. Na primeira rodada, o Cerro goleou o Colo Colo por 5 x 2 e chegou aos três pontos na chave. FLU - O Fluminense cometeu erros graves na preparação para a Libertadores. Comemorou muito o título nacional, perdeu tempo com a mudança de diretoria, apostou demais em dois jogadores que sofreram graves lesões no final do ano passado, Conca e Emerson, deu muita importância ao campeonato estadual e não incorporou o espírito da Libertadores. Torcida, dirigentes e jogadores não entraram no ritmo da competição e o time encarou dois jogos fundamentais como se fossem duelos com o Bangu e o Madureira. Agora, depois de dois empates em casa com Argentinos Juniors, por 2 x 2, e Nacional-URU, por 0 x 0, ficou mais difícil a classificação no Grupo 3. Em terceiro lugar na chave, com dois pontos, o Tricolor vai precisar ser guerreiro fora de casa. Aprimeira missão no campo inimigo está marcada para quarta-feira contra o América-MÉX. SOUZA - O alagoano Souza perdeu espaço no Fluminense desde que Conca voltou ao time. Atuando como principal homem de articulação do Tricolor, o meio-campista foi bem e até marcou gols. Quando teve que atuar mais recuado, tendo que marcar, ele pouco produziu e foi para o banco de reservas. INTER - O técnico Celso Roth ganhou uma sobrevida no Internacional. Pressionado pela torcida colorada desde a derrota pa-
Ex-jogador do ASA, o zagueiro Paulão é o “xerife” da defesa gremista
ra o Mazembe no Mundial, ele entrou no jogo com o JaguaresMÉX, na última quarta-feira, com a corda no pescoço. A goleada do Inter por 4 x 0 acalmou os ânimos no Beira-Rio e deu lhe a liderança do Grupo 4. O time volta a campo somente no dia 16, contra Jorge Wilstermann, na Bolívia. CRUZEIRO - O grande destaque brasileiro na Libertadores até agora é, sem dúvida, o Cruzeiro. O clube mineiro goleou o Estudiantes e o Guarani-PAR, respectivamente, por 5 x 0 e 4 x 0 , e nada de braçadas rumo à classificação no Grupo 7. De quebra, a Raposa ainda conta com o artilheiro da competição, Wallyson, com quatro gols. Quarta-feira, o time mineiro vai encarar o Tolima, às 20h30, na Colômbia, e só pensa em manter os 100% de aproveitamento. GRÊMIO - O Grêmio fez uma boa partida na última quinta-feira contra o Junior Barranquilla, na Colômbia, mas foi prejudicado pela arbitragem e saiu de campo derrotado por 2 x 1. O Tricolor abriu o placar, com Borges, e recuou para tentar segurar o resultado. Empurrados pela torcida, os donos da casa avançaram suas peças e chegaram ao empate, com Hernández. Na etapa final, o Grêmio tomou conta do jogo e criou boas chances de desempatar. Numa delas, Borges foi puxado dentro
da área pelo lateral Gómez e o árbitro mexicano Marco Rodriguez ignorou. Na seqüência, o zagueiro Rodolfo quase marcou um gol antológico do seu campo de defesa. Vendo o goleiro Rodriguéz adiantado, ele executou um chute preciso, mas a bola quicou na pequena área e passou perto da trave. No lance seguinte, veio o castigo: Fábio Rockenback bobeou numa bola cruzada na área, Bacca ganhou de cabeça e a bola sobrou para Viáfara marcar: 2 x 1. O alagoano Júnior Viçosa ainda entrou no lugar de André Lima, mas não venceu a retranca colombiana. Com o resultado, o Tricolor caiu para segundo no Grupo 2, sendo ultrapassado pelo Junior Barranquilla, que tem seis. O Grêmio volta a jogar na próxima quinta-feira, às 20h15, em Porto Alegre, contra o León de Huánuco, do Peru. VELHO CONHECIDO Além de Viçosa, o Grêmio conta com outro jogador muito conhecido no futebol alagoano. Titular absoluto da zaga tricolor e um dos xodós da torcida, o zagueiro Paulão (ex-ASA) é o xerife da defesa gaúcha. REGULAMENTO - De acordo com o regulamento da Libertadores, os dois primeiros colocados de cada chave garantem vaga nas oitavas-de-final da competição.
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Davi x Golias Boavista vai encarar, hoje à tarde, o Flamengo na decisão da Taça Guanabara Todo mundo conhece a antiga história de quando o jovem Davi derrotou o gigante Golias. Não lembrá-la em uma final entre Flamengo e Boavista, marcada para hoje, às 16h, no Engenhão, é algo impossível, já que as diferenças entre os dois clubes são até maiores do que as dos personagens bíblicos. Agrandeza do Rubro-Negro é de impressionar qualquer equipe do Rio, ainda mais de um modesto clube de Bacaxá, distrito de Saquarema, que ainda sonha em marcar seu nome na
história. Seu maior feito foi um título da Segunda Divisão do Estado, em 1996. Com uma folha salarial que não se compara aos milhões gastos pelo time carioca, o Boavista, que paga aos seus jogadores cerca de R$ 500 mil por mês – ou menos da metade do salário de Ronaldinho –, luta para tentar surpreender outro gigante. Nas semifinais, o Verdão de Saquarema eliminou o Fluminense, atual campeão do Brasileiro.E é justamente isso que torna o futebol um esporte fasci-
nante. Apostando nisso, a equipe do técnico Alfredo Sampaio tenta juntar todas as suas forças para, em uma batalha única, conseguir surpreender o Flamengo. O time de Bacaxá sabe que não terá muitas oportunidades de furar a armadura do gigante rubro-negro, mas aposta em um golpe certeiro para pegar a equipe desprevenida, assim como Davi fez com Golias, quando com uma pedra e uma funda (espécie de estilingue, feito com corda e que precisa ser
girada em velocidade para ser disparada). O problema encontrado pelo Boavista é que, ao contrário da história bíblica, o gigante não está subestimando o adversário. Os jogadores do Flamengo sabem que do outro lado existe um rival perigoso e tem ao seu favor toda uma nação de mais de 35 milhões de torcedores. O Rubro-Negro, assim como Golias, já foi surpreendido no passado e não quer ver a passagem bíblica se repetir no gramado do Engenhão. Marco Antônio
Ronaldinho pode conquistar hoje seu primeiro título com a camisa do Flamengo
Bom retrospecto contra pequenos Desde a derrota para o Resende na semifinal da Taça Guanabara de 2009, o Flamengo não sabe o que é derrota para clubes de menor investimento no Campeonato Estadual. Desde então, o clube disputou 24 partidas, venceu 22 e empatou duas. Todo esse retrospecto dificulta ainda mais a vida do Boavista. Apesar disso, internamente os jogadores rubronegros evitam o clima de já ganhou. Durante a semana, os atletas do Flamengo pregaram respeito ao adversário. Afinal, não foi à toa que o time de Bacaxá chegou à final do primeiro turno, eliminando o Fluminense na semifinal. Além disso, o Boavista vendeu caro a derrota para o clube da Gávea na primeira fase da Taça Guanabara. Foi preciso que o amuleto Negueba saísse do banco para fazer o gol da vitória por 3 a 2, já no fim da partida.