Fotomontagem: igor Pereira
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Resta pouco 93% da Mata Atlântica já foi devastada
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Beleza de Dentro pra Fora Projeto leva engajamento social a mulheres com cegueira Durante toda manhã do dia internacional da mulher o centro de Reabilitação Visual realizou o segundo ano do projeto "Beleza de Dentro pra Fora". Para não deixar o dia da mulher passar em branco, o CERVI levou às mulheres com cegueira parcial e total, dicas de exercício, com um profissional de educação física, tratamento de cabelo, maquiagem, com apoio da Butique do Cebelereiro, além de sessão de fotos.
Instituto Renault fez homenagem à mulher e promoveu palestra sobre o câncer de mama O Instituto Renault prestou uma homenagem às mulheres, em um evento na Câmara Municipal de São José dos Pinhais, no dia 24 de março. O encontro, promovido em parceria com o Instituto Arte de Viver Bem e a Prefeitura de São José dos Pinhais, vai reunir diferentes mulheres para uma cerimônia especial de homenagem. Além disso, ouve uma palestra exclusiva sobre câncer de mama, que abordou questões sobre diagnóstico precoce, a importância da qualidade de vida como método de prevenção, assim como temas ligados aos direitos assegurados pela legislação brasileira aos portadores dessa doença, que atinge tanto mulheres como homens.
Este encontro veio para reforçar uma série de eventos que o Instituto Renault vai oferecer ao longo de 2011, com foco no desenvolvimento social e diversidade, um dos principais eixos de atuação do Instituto Renault. "Sabemos da importância da mulher no desenvolvimento da sociedade. Nesse contexto, é uma alegria poder levar informação sobre um tema tão caro à saúde da mulher, que tanto faz a diferença na atualidade", ressalta Antonio Calcagnotto, Diretor de Relações Institucionais e do Instituto Renault do Brasil. O desenvolvimento social e a diversidade são alguns dos eixos de atuação do Instituto Renault que também atua
fortemente em outras frentes como educação, sustentabilidade ambiental e segurança no trânsito. Homenagem à mulher brasileira O evento, realizado pelo Instituto Renault, foi gratuito e aberto a todos que tiveram interesse em prestigiar a mulher brasileira e conhecer um pouco mais sobre prevenção e tratamento do câncer de mama. Para abrir o encontro, Valéria Baraccat, presidente do Instituto Arte de Viver Bem, dará uma palestra sobre a importância do diagnóstico precoce, os benefícios da atividade física regular, a necessidade de ter qualidade de
vida como prevenção até mesmo a outras doenças, e como utilizar a legislação para assegurar o tratamento e os direitos exclusivos para os portadores do câncer de mama. Vale ressaltar que esta doença é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). A doença afetou mais de 49 mil pessoas no Brasil em 2010. Além deste evento, o Instituto Renault também apoiará o ciclo de palestras promovido pela UNILEHU (Universidade Livre para a Eficiência Humana), que terá início a partir deste mês, na capital paranaense.
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Centro de Educação para a Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica do Nordeste é reinaugurado em Murici, AL
Após ter sido devastado por fortes chuvas no último inverno o Centro de Educação reabre as portas, promove atividades e recebe convidados importantes Muros, paredes, portas, janelas e toda mobília do Centro de Educação para a Conservação da Biodiversidade Mata Atlântica do Nordeste em Murici (CEC-Murici) foram arrastadas pelas chuvas que atingiram a cidade de Murici, Alagoas, em junho do ano passado. A força das águas levou pertences, mas, não a persistência daqueles que primam por promover a conservação da Mata Atlântica na região. A Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (Amane), organização coordenadora das ações do Centro, buscou apoio dos seus parceiros, como a Fundação SOS Mata Atlântica, a Conservação Internacional e a Associação para Conservação de Aves do Brasil (SAVE Brasil), e foi rea-
berto ao público na quinta-feira, 17 de março. Na ocasião, haverá palestra com o diretor de mobilização da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani e a coordenadora de comunicação, Ana Lígia Scachetti, também da SOS. A diretora executiva da Amane, Dorinha Melo, fará apresentação do Projeto Corredores de Biodiversidade da Mata Atlântica do Nordeste, a bióloga Letícia Almeida e o técnico agrícola Fábio Pereira apresentarão a missão do Centro de Educação e as ações previstas para o ano de 2011. A bióloga Cintia Santos, da Save Brasil, apresentará também as ações integradas de educação em desenvolvimento no Centro de Educação de Lagoa dos Gatos, PE. Outras ações acontecerão nessa semana envolvendo públicos específicos como a realização de um cine-debate, com a participação do grupo de jovens de Murici, reunião com o conselho da
Estação Ecológica de Murici e a Assembléia da Cooperativa de Produtores da Agricultura familiar Camponesa do Complexo Florestal de Murici (COOPF-Murici). Para Dorinha Melo, a reabertura do Centro de Educação representa um marco de resistência e compromisso da Amane e seus parceiros do Pacto Murici com o Complexo Florestal de Murici, na conservação da biodiversidade e na repartição dos benefícios da Mata Atlântica de Murici, tendo a população como seu grande aliado. Objetivos do CEC Inaugurado em junho de 2009 pela Amane com apoio do Funbio, KFW e Conservação Internacional, o Centro de Educação representou um marco significativo no trabalho do Pacto Murici (link: http://www.amane.org.br/quemsomos.asp?cod=2) na região denominada de Complexo Florestal de Murici, que
abrange 10 municípios e é considerada uma das áreas mais importantes para a conservação devido à presença de aves endêmicas e ameaçadas de extinção. O CEC vem se tornando um espaço de encontro e diálogo que visa promover a conservação da biodiversidade combinada à qualidade de vida das populações do Complexo Florestal de Murici, por meio de processos de educação continuada e permanente. A implementação de um Programa de Educação para Conservação, construído de forma participativa, com atores locais, vem instalar um processo contínuo de capacitação e mobilização voltado para práticas ecológicas e monitoramento da biodiversidade na região. Além das atividades de educação, o espaço apóia a mobilização de proprietários de terra para a criação de reservas privadas e a elaboração de planos de manejo para Unidades de Conservação.
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SOS Mata Atlântica, uma preocupação cons
Ana Lígia Scachecci, diretora de comunicação da O
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stante com a preservação da biodiversidade Esta semana aconteceu no shopping Maceió, uma bela exposição comemorativa dos 25 anos da Organização Não Governamental - ONG SOS Mata Atlântica. O Jornal AÇÃO SUSTENTÁVEL entrevistou Ana Lígia Scachecci, diretora de comunicação da ONG e supervisora do Projeto, que explicou a importância da conscientização ambiental para a preservação do que resta de Mata Atlântica no Brasil. Ela chama a atenção para os cuidados com os recursos naturais, como também para a restauração de áreas devastadas. Dessa maneira, a diretora ressalta a importância da sustentabilidade para o planeta como um todo, numa ação direta e integrada, de forma conjunta ou individual. AJ - O que é o SOS Mata Atlântica? AL - O SOS Mata Atlântica é uma ONG que surgiu em 1986 para incentivar a pro-
ONG e supervisora do projeto
teção da Mata Atlântica, tanto a restauração de áreas devastadas como a proteção das áreas que ainda existem. Um dos primeiros projetos da ONG foi o Atlas dos remanescentes florestais que é o levantamento por imagens de satélites, foi feito em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. Este projeto permitiu mostrar o que é a Mata Atlântica e o que restava dela. AJ - Quando iniciou este projeto? AL - Desde 1988. Temos bastante dados, temos mapas e atlas com os remanescentes de Mata Atlântica em cada cidade. AJ - Em Alagoas, o que o SOS Mata Atlântica trabalha? AL - Temos um trabalho na região que é liderado por uma ONG parceira nossa. Uma ONG que criamos junto com outras ONGs para ter uma atuação mais focada no Nordeste. Esta ONG chama-se Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste - Amane, ela tem sede em Recife e Murici. O nosso trabalho é feito sempre em conjunto com a ONG. Em Murici, existe uma reserva ecológica, um dos principais remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste. No município nós temos projetos de conscientização da comunidade. A gente tem em Maceió, projetos de criação de reservas particulares, porque 80% do que resta de Mata Atlântica está na mão de proprietários particulares. Então essas pessoas, a gente incentiva para que eles garantam a proteção dessas áreas que eles tenham no sítio ou na fazenda deles. Além disso, nós temos alguns projetos ligados ao nosso programa Costa Atlântica, que é um programa voltado para a proteção de zonas costeiras e marinhas. Temos plantios de restauração florestais realizados aqui. Antes desta exposição, vimos para cá com um caminhão itinerante. Ele passa uma semana em cada cidade com jogos educativos, vídeos, mostrando o que cada um pode fazer no seu dia-a-dia para colaborar com a preservação. AJ - Você acredita que as pessoas em torno se tornariam pessoas conscientizadoras? AL - Com certeza, mostrar que cada um pode fazer um pouco. Para a gente, Mata Atlântica não é só a floresta, e todos estão envolvidos. O ar, a água, os recursos naturais que um dia foi floresta, hoje não é mais, por isso, a atitude é importante. Se a gente não cuida, não temos mais os recursos naturais. A questão da sustentabilidade é fundamental.
AJ - Que tipo de trabalho vocês fazem junto às comunidades? AL - Fazemos eventos e ações como exposições e o caminhão itinerante, para tentar sensibilizar as pessoas. Temos ações mais específicas, como capacitação e fazemos oficinas através de uma metodologia chamada modelo colaborativo. É uma metodologia de fortalecimento comunitário para que a comunidade possa atuar de acordo com suas capacidades e colocálas através das causas que elas têm e possam resolver. São grupos menores, e, nós conseguimos fazer nosso trabalho de forma mais aprofundada. AJ - Qual o principal objetivo dessa exposição que acontece aqui no shopping Maceió? AL - Nessa exposição mostramos para um número maior de pessoas a importância da conscientização, o que é a Mata Atlântica e o que elas podem fazer para protegê-la. Essa exposição comemora os 25 anos da ONG SOS Mata Atlântica e o objetivo é resgatar o contato das pessoas com a floresta. Utilizamos materiais reciclados e mostra como a gente desperdiça materiais. Usamos madeiras plástica, toda a estrutura feita com resíduos, garrafas PET e embalagem de leite. Para mostrar o quanto desperdiçamos materiais que poderiam ser reciclados. AJ - Aquelas pessoas que têm a consciência ambiental, como elas pessoas poderiam ajudar? AL - Tem várias formas. Estamos cadastrando voluntários. Outra forma é participar pela internet. Às vezes as pessoas participam de uma rede social que se chama Conexão Mata Atlântica qualquer pessoa pode se cadastrar. É tudo gratuito. As pessoas podem fazer a parte delas, se cada um fizer sua parte já teremos um Brasil mais sustentável. AJ - Quais os principais temas trabalhados pela ONG SOS Mata Atlântica? AL - Trabalhamos todas as questões relacionadas à Mata Atlântica. Quando a gente cria reservas particulares também protegemos a fauna e a flora. AJ - O trabalho da ONG sempre está direcionado aos parceiros de cada região? AL - Sim, é muito um trabalho de articulação. Queremos mostrar que todos podem fazer muito através de um conjunto de ações, sejam as pessoas, a empresas, as ONGs. Ou seja, todos os públicos e setores podem fazer muito pela Mata Atlântica, seja isolado ou em conjunto. AJ - Existe algum projeto direciona-
do ao contexto das usinas em Alagoas? AL - Nós não temos nenhum nosso. Mas, a Amane tem, ela trabalha com várias usinas em Alagoas e Pernambuco para que eles atuem de forma mais sustentável. Desde a sustentabilidade humana, respeitar o ser humano que trabalha. Lá, no interior de São Paulo, temos muitos problemas de pessoas que não tem condições de trabalho. A questão da queima da cana em que é feita em muitas regiões. Conscientizamos para olhar para o que a gente já tem disponível com formas sustentáveis de plantar. Existem 93% da Mata Atlântica já foi devastada, precisamos precisar o que nos resta. Certamente, ao plantar de uma forma mais sustentável, o produtor é reconhecido lá fora, e ao exportar ele é visto com outros olhos e vai ser reconhecido internacionalmente quando for vender o produto dele. Cada vez mais o mercado internacional vai cobrar sustentabilidade dos produtores brasileiros. AJ - As questões sociais e econômicas são preocupações da ONG? AL - Lógico, a gente entende que o Brasil pode ser uma potência econômica e uma potência ambiental ao mesmo tempo. As duas coisas podem se ajudar. A gente não quer travar o desenvolvimento, pelo contrário, a gente quer que o país se desenvolva, inclusive economicamente, mas de forma sustentável. Se destruir a água, ganhar todo o dinheiro, e amanhã não tiver a água, não adiantará nada. AJ - A abrangência do Projeto é em todo o Brasil, ou existem regiões específicas? AL - É toda a área de Mata Atlântica, passa por 17 Estados, do Rio Grande do Sul ao Piauí. A Mata Atlântica passava por eles, existem alguns Estados que tem áreas maiores, outras não. Abrangemos todas as áreas onde existia Mata Atlântica originalmente. AJ - Qual o recado que você deixa para as pessoas que têm uma consciência ambiental? AL - Meu recado é para que ela procure tomar consciência do impacto que ela tem no meio ambiente, como ela está usando os recursos naturais e trace metas para conseguir ser mais sustentável. Começando uma coisa de cada vez, do transporte, da água, tentando diminuir o impacto individual. E, depois conscientizar outras pessoas.
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Presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, participou de encontro com secretário e técnicos da Sempma por Alinne Mirelle
O presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, participou, na última quinta-feira, de um encontro com o secretário Ricardo Ramalho e técnicos da Secretaria Municipal de Porteção ao Meio Ambiente (Sempma). Mantovani falou sobre Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica e conheceu alguns projetos desenvolvidos pela Sempma. De acordo com o presidente da SOS Mata Atlântica, somente os municípios que aprovarem os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica terão acesso aos recursos do Fundo de Restauração do Bioma Mata Atlântica, que é destinado ao financiamento de projetos de conservação dos remanescentes de vegetação nativa, restauração ambiental e de pesquisa científica. A elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica poderá ser coordenada por órgãos públicos municipais, por instituições acadêmicas públicas e por ONGs que atuem na conservação, restauração e pesquisa na Mata Atlântica. Entretanto, o plano poderá ser elaborado de forma articulada e participativa com o envolvimento de representantes da sociedade civil capacitados, de instituições públicas e privadas que atuam diretamente nos municípios, bem como da comunidade científica. O Plano deve identificar, planejar e ordenar as ações e medidas que visam a conservação e a recuperação da Mata Atlântica, promovendo a conectividade das áreas conservadas e em recuperação. Mantovani ficou entusiasmado com a participação dos técnicos na discussão. "Essa foi uma oportunidade de mobilização acerca do tema. Esse é um trabalho pioneiro, e a disposição de aceitar o desafio fortalece as ações", declara, mostrando, inclusive, a cidade de João Pessoa (PB) como um bom exemplo de implantação do Plano. No entanto, o secretário da Ricardo Ramalho ressaltou que as ações da Sempma estão muito mais avançadas. "O Plano é muito importante, mas estamos muito à frente de outras capitais, pois fizemos um trabalho de conscientização muito intenso, e hoje a população responde positivamente", comenta, exemplificando que vários estabelecimentos e obras precisam obter licença ambiental para sua execução ou funcionamento.
Mata Atlântica Existem, hoje, aproximadamente 27% de remanescentes de Mata Atlântica, incluindo os vários estágios de regeneração em todas as fisio-
nomias: florestas, campos naturais, restingas, manguezais e outros tipos de vegetação nativa. Entretanto, o percentual de remanescentes de florestas bem conservadas, é de apenas 7,26%, segundo o último levantamento de 2008 da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Por esse estudo, existem somente 97.596 km2 de remanescentes bem conservados com área superior a 100 hectares (1 km2). Esses dados mostram que a fragmentação da Mata Atlântica é um processo extremamente crítico, que ameaça a manutenção de sua biodiversidade. Por conta disso, é considerada a segunda eco-região mais ameaçada de extinção do mundo. Além disso, estes 7,26% não estão distribuídos de forma equilibrada entre as várias fisionomias que integram a Mata Atlântica. Os recentes levantamentos também apontam outro dado importante, que é a capacidade da Mata Atlântica de se regenerar. No entanto, isso não muda a situação crítica em que se encontram os estágios avançados e primários da floresta, que são exatamente os mais bem conservados. Os próprios dados recentemente divulgados pela fundação SOS Mata Atlântica, para oito estados, apontam que o ritmo de desmatamento diminuiu em alguns estados e que já temos algum sinal de vida para comemorar. Entretanto estados como Santa Catarina, que foi o campeão de desmatamento neste novo levantamento, seguido pelo Paraná, apontam que ainda temos muitos problemas para resolver. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que a Mata Atlântica possua cerca de 20 mil espécies vegetais (cerca de 40% das espécies existentes no Brasil), das quais, 8 mil endêmicas, ou seja, espécies que não existem em nenhum outro lugar do Planeta. Estudos realizados no Parque Estadual da Serra do Conduru, no sul da Bahia, mostraram uma diversidade de 454 espécies de árvores por hectare, número que superou o recorde de 300 espécies por hectare registrado na Amazônia peruana em 1986 e pode significar que de fato a Mata Atlântica possui a maior diversidade de árvores do mundo por unidade de área. Em relação à fauna, também impressiona a enorme quantidade de espécies endêmicas. No caso dos mamíferos, estão catalogadas 270 espécies, das quais 73 são endêmicas, entre elas 21 espécies e subespécies de primatas. Os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes.
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Petrobras investe em ações de reuso e conservação da água; 17,3
bilhões
de litros de água foram reaproveitados em 2010 Um dos destaques é o sistema de tratamento de água e efluentes da Refinaria de Capuava, em São Paulo, que se tornou a primeira refinaria da América Latina com descarte zero de efluentes. Em ganhos para o meio ambiente, a refinaria deixou de captar 1 bilhão de litros de água por ano do Rio Tamanduatei, que corta o município onde a planta está instalada. No que tange ao descarte, deixou de lançar 700 milhões de litros de efluente industrial por ano para este mesmo rio. Em plataformas, a água do mar também é aproveitada. Mais 1,3 bilhão de litros de água do mar foram dessalinizados para uso em unidades marítimas em 2010. Em plataformas como as da Bacia de Campos e Bacia de Santos, cerca de 2,7 milhões de litros por dia de água passam por um processo de dessalinização para utilização dentro de unidades marítimas. O objetivo é reduzir a captação de água doce das bacias hidrográficas continentais.
Gestão ambiental A gestão de recursos hídricos na Petrobras é regulada por um padrão interno de gestão ambiental de recursos hídricos e efluentes, que estabelece as diretrizes de atuação da Companhia. Entre as ações realizadas, destaca-se o Inventário de Recursos Hídricos e Efluentes da Petrobras, que mostra os volumes de água captada e de efluentes industriais tratados em suas instalações. A água é um recurso cada vez mais importante para as operações das empresas e seu uso deve ser baseado no modelo de ecoeficiência. Em 2009, já havia na Petrobras cerca de oitenta projetos relacionados à implantação e modernização de sistemas de tratamento e distribuição de água, coleta e tratamento de efluentes e reuso de água. "Os principais desafios da Petrobras são conhecer a disponibilidade hídrica das regiões onde atua e, em função da disponibilidade, pla-
nejar suas ações de racionalização do uso e de lançamento de seus efluentes. Ações de eliminação de desperdícios, otimização do uso nos processos, reutilização e adoção de processos e tecnologias menos intensivos em água são exemplos", explica o coordenador de Recursos Hídricos e Efluentes da Petrobras, Antônio Luiz Peres.
Programa Petrobras Ambiental: "Água e Clima" Outra frente importante de atuação da Companhia é o Programa Petrobras Ambiental (PPA) que, desde 2003, investe em projetos de todo o país, voltados à conservação e preservação dos recursos ambientais e à consolidação da consciência socioambiental brasileira. Para o período de 2008 a 2012, o tema do programa é "Água e Clima". Os projetos têm como foco principal a ges-
tão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos; a recuperação ou conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce; e a fixação de carbono e emissões evitadas. Para esse período, estão sendo investidos R$ 500 milhões nas ações estratégicas do Programa que incluem: investimentos em patrocínios a projetos ambientais; fortalecimento das organizações ambientais e de suas redes e disseminação de informações para o desenvolvimento sustentável. O PPA já patrocinou projetos em dezenas de bacias e ecossistemas em cinco biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Pantanal. As ações já envolveram diretamente 3,6 milhões de pessoas e 5 mil espécies nativas foram estudadas. Outro resultado é que, considerando a área plantada e a de desmatamento evitado, os projetos patrocinados poderão sequestrar até 6,8 milhões de toneladas de CO2.
Parte da renda obtida irá para a ONG Operação Sorriso Em abril vai acontecer a quarta edição do Spa Week, iniciativa da Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas). Algumas novidades da edição são a inclusão de Santa Catarina entre os estados par-
ticipantes, ao lado de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná; atividades em redes sociais como facebook e twitter e o desenvolvimento de um aplicativo para iPad e iPhone, que promete facilitar a localização dos
Spas participantes. Parte da renda obtida - R$ 2 de cada tratamento agendado - vai para a ONG Operação Sorriso, entidade que trabalha com a correção de lábios leporinos e fenda palatina em crian-
ças carentes. A lista completa dos spas participantes estará disponível a partir de 21 de março no hotsite www.spaweek.com.br.
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