Exemplar de assinante
O JORNA L Maceió, domingo, 28 de março de 2010 | Ano XVI | Nº 99 | www.ojornalweb.com
|
ALAGOAS
R$ 2,00
APICULTURA Produzir mel é alternativa para geração de renda Páginas A29, A30 e A31
Aumenta o desemprego em Alagoas Situação só não foi pior por causa das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Lula Páginas A33 e A34
Marco Antônio
Marco Antônio
Dois
JORNAL conversou com especialistas, colecionadores, cordelistas Opopulares e universitários para responder a essa pergunta: o cordel é uma arte viva ou em extinção? Páginas B1, B4 e B5
TV
Camila Morgado, a Malu de Viver a Vida, mostra que, além de sexy, pode ser engraçada
Usina Guaxuma, em Coruripe, recebeu a visita de mestrandos da Ufal A para uma discussão sobre mata atlântica, fauna silvestre, gestão ambiental e armazenagem de resíduos sólidos e líquidos. Página A17
CPI vai ouvir SDS sobre o sumiço de crianças
Homicídios ocorridos à noite ficam sem perícia técnica
Página A4
Páginas A18, A19 e A20
ASA e Coruripe medem forças em Palmeira Esportes
CMYK
O JORNAL
Opinião A2
A competência para licenciamento “É necessário ter atenção para o critério de colaboração entre os entes da federação” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental No que diz respeito às competências, enquanto diversidade de poder-dever de que se servem os órgãos estatais para realizar suas funções ou “faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, ou a um órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões”. Estabeleceu a Constituição Federal, em razão da denominada autonomia da União, Estados-membros e Municípios, dois grandes grupos. A Competência material: Exclusiva, atribuída a uma entidade com exclusão das demais; Comum cumulativa ou paralela que consiste num campo de atuação comum as várias entidades, sem que o exercício de uma venha a excluir a competência de outra, que pode assim ser exercida cumulativamente. Significa a possibilidade de praticar certos atos, em determinada esfera, juntamente e em pé de igualdade. Já a Competência Legislativa é Exclusiva, atribuída a uma entidade com exclusão das demais; Privativa enumerada como própria de uma entidade, com possibilidade, no entanto, de delegação e competência suplementar. Difere da exclusiva, na medida em que esta é indelegável, já que não admite suplementariedade nem delegação; Concorrente, conceito que compreende dois elementos, a saber, possibilidade de disposição sobre o mesmo assunto ou matéria por mais de uma entidade federativa, bem como primazia da União no que tange a normas gerais; Suplementar, vinculada à competência concorrente, significando o poder de formular normas que desdobrem o conteúdo de princípios e normas gerais ou que supram à ausência ou omissão destas. Ao estruturar a Política Nacional do Meio Ambiente, com base na Carta Magna, a Lei nº. 6.938/81, modificada pela Lei nº. 8.028/90, pretendeu estabelecer critério de proteção do meio ambiente adaptado à chamada competência material comum, ou seja, proteção ambiental adstrita a normas que conferem deveres aos entes da Federação. A orientação constitucional, portanto, é estabelecer competências comuns a todos os entes da Federação brasileira, União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Em analise sucinta de cada uma das repartições de competências ambientais, estaríamos na verdade diante de “uma única matéria que tem, por assim dizer, várias facetas relevantes, acerca dos qual o tratamento não é idêntico, mas sistemático. Em função da própria natureza do meio ambiente nem seria conveniente um tratamento único para aspectos tão distintos”. No entanto, quando da interpretação da norma para aplicação em caso concreto é necessário ter atenção para o critério de colaboração entre os entes da federação.
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br
Dois lados do BBB O Big Brother 10 virou um show na TV aberta. Duramente criticado pela sua falta de conteúdo, o programa atual subverteu a ordem e bateu recordes de audiência. A premiação milionária, o número de presentes, a guerra de egos e diferenças sexuais, além do que a disputa fratricida guinou o espetáculo a números incríveis e que não eram esperados pela emissora. Ou seja, na terça-feira, ao seu final, o faturamento publicitário deve ser elevadíssimo devido ao grande número de televisores que devem estar ligados no Big Brother, sem contar a Internet, vale salientar. A estratégia da Rede Globo em popularizar a participação foi o diferencial desta edição. Até então o BBB registrava uma tendência de queda na audiência – o que apontava até mesmo para o fim do contrato com a Endemol, como chegou a ser cogitado. No entanto, a percepção dos diretores do programa, que nos últimos anos vinham optando por mulheres esculturais e homens que trabalharam como modelos, foi fundamental para esse giro tático. No final, quem acertou lucrou institucionalmente e financeiramente.
Resumindo: tem o lado inútil de ficar vendo e cuidando da vida dos outros, aliás, decidindo, gastando tempo e dinheiro e acompanhando diariamente o que fazem os participantes. Há pessoas que até mesmo se emocionam com as ações de dentro da casa. Por outro lado, principalmente para quem estuda ou analisa o comportamento humano, o BBB é interessante. Mostra como convivem aqueles que aceitam interagir com pessoas que nunca viram na vida, ao mesmo tempo em que se isolam do mundo e ficam vivendo com poucas informações da realidade. Esta edição termina de forma muito interessante, pois mostra o íntimo do ser humano, na luta por comida, por dinheiro, conflitos existenciais pessoais e coletivos. Para os que gostam, é a melhor de todas as edições; afinal, mostra como os seres humanos se comportam quando alguma coisa está em jogo. Para quem não gosta, é o auge da falta de cultura e conhecimento na nossa sociedade. Uma prova foi a idiotice declarada por um dos favoritos que chegou a dizer que a Aids apenas existia entre homossexuais, quando, cada vez mais, mulheres casadas contraem o vírus.
Ponto de vista
Filosofia do Direito “Na verdade esta materialização do imaterial é um esforço da inteligência, na sua ânsia de descobrir o sentido das coisas” João Baptista Herkenhoff Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor / jbherkenhoff@uol.com.br / www.jbherkenhoff.com.br Realizo um sonho. Acabo de publicar um livro de Filosofia do Direito. É a primeira obra de autor capixaba nesta área do conhecimento. São muitos os juristas da terra que escreveram livros de Direito. Obras primorosas foram produzidas e algumas delas granjearam reconhecimento nacional. Entretanto, ninguém até agora se aventurara nos caminhos da Filosofia do Direito. Começo por citar sete livros, de sete autores vivos. São capixabas e residem no Espírito Santo. Depois virão os autores falecidos. Essa citação tão restrita tem uma razão de ser. O número sete tem todo um simbolismo. Os antropólogos afirmam que o homem da Europa paleolítica já conhecia o simbolismo desse número que representava o princípio: “três para masculino e quatro para feminino”. No Oriente, especialmente na cultura judaica, os números não têm apenas um valor linear. Carregam também um valor oculto, que muito influi na compreensão da Fé. Na tradição bíblica, sete representa a perfeição. Ou como quer Santo Agostinho: a perfeição, a amplitude, a integridade, a plenitude, a totalidade. Três indica algo que se refere a Deus, na noção do triângulo equilátero, que é uma figura geometricamente perfeita. Quatro refere-se a algo que está dentro dos limites do mundo. Na verdade esta materialização do imaterial é um esforço da inteligência, na sua ânsia de descobrir o sentido das coisas. Mas parece que, no final, o que se percebe é que não há uma explicação lógica, racional. Trata-se da linguagem do mistério, do indizível, do inefável. Caracteriza-se mais pelo silêncio, pelo não expresso, do que pela verbalização. Toda essa digressão histórica, antropológica, teológica tem a finalidade de esclarecer que os sete autores aqui mencionados, tanto os vivos, quanto os mortos, representam dezenas de outros. As obras que vamos mencionar pretendem abarcar todo o universo jurídico: Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito Processual do Trabalho, Direito Processual Civil, Direito Processual Penal, Direito Tributário, Direito do Consumidor (no caso dos autores vivos; dos mortos vamos tratar depois). Evitei citar duas obras situadas no mesmo campo do Direito. Vamos então ao resultado dessa delicada obra de engenharia literária. Aí vão os sete vivos, pela ordem alfabética: Carlos Henrique Bezerra Leite (Curso de Direito Processual do Trabalho); Carlos Simões Fonseca (Sincretismo processual e acesso à Justiça); José Carlos Batista (A empreitada na indústria da construção civil, o acidente de trabalho e a responsabilidade civil); Marcelo Abelha (Manual de Direito Processual Civil); Marcos Dessaune (Histórias de um Superconsumidor); Ricardo Corrêa Dalla (Multas tributárias); Wiliam Silva (Direito Processual Penal Vivo). Vamos agora aos mortos, escolhidos por critério semelhante ao anteriormente colocado, só que aqui a naturalidade capixaba não será condição para a escolha. Começamos com um capixaba que nasceu em Pernambuco: Augusto Emílio Estellita Lins (A Paixão Coletiva – estudo jurídico em torno dos crimes de multidão). Seguem-se outros autores que considero representativos, para completar a restrita lista dos sete: Afonso Cláudio de Freitas Rosa (Direito Romano, em dois volumes); Antônio José Miguel Feu Rosa (Direito Constitucional); Attilio Vivacqua (Separação de Corpos no Direito Brasileiro); Clovis Ramalhete (Estado Estrangeiro perante a Justiça Nacional); Eurípedes Queiróz do Valle (O Tribunal de Justiça do Espírito Santo); Renato José Costa Pacheco (Juiz e Mudança Social); Thiers Vellozo (Inconstitucionalidade das Leis Imorais). Os trabalhos publicados dos autores falecidos espraiam-se pelo terreno do Direito Penal, Direito Romano, Direito Constitucional, Direito Civil, Direito Internacional, História do Direito, Sociologia do Direito, Ética, mas nenhum deles está localizado nas balizas da Filosofia do Direito. Mesmo remontando ao passado distante, minha cuidadosa busca concluiu que nosso livro é o primeiro que se debruça, no Espírito Santo, sobre a reflexão filosófica do Direito. O mais próximo desse conhecimento, vizinho mesmo da Filosofia, é o trabalho de Thiers Vellozo, que trata de um tema de Ética. Já me ocorrera de muito tempo a possibilidade de vir a escrever um livro de Filosofia do Direito. Era, porém, uma ideia que pairava no inconsciente, sem que tomasse a forma de um efetivo propósito. Numa das visitas que me fez o amigo e editor Guilherme Zincone, a proposta veio como provocação: “O senhor deve um livro de Filosofia do Direito à comunidade jurídica brasileira. Eu o convido para lançar-se a essa tarefa. Quero ser o editor desse livro.” E assim foi. O livro está sendo publicado justamente pela Editora GZ, do Rio de Janeiro.
San
O silêncio fala mais alto “Silenciar frente ao bombardeio midiático ou de grupos, não significa omitir-se” Jorge Vieira Jornalista A humanidade encontra-se em estado de profundas mudanças sociais, econômicas identidades religiosas e organizações. No turbilhão das transformações vulcânicas, o indivíduo é atingido em seu ser e em seu espaço social. Frente aos ataques, promovidos em nível estrutural e ou pessoal, o ímpeto imediato é dar respostas à altura do impacto provocado. As crises são vistas pela sociedade ocidental, como algo negativo. Ao contrário, dêem ser tratadas com prudência e inteligência. Frentes as questões suscitadas, é o silêncio que deve ajudar na descoberta e identificação das motivações mais profundas que possibilitaram o seu surgimento. Silenciar frente ao bombardeio midiático ou de grupos, não significa omitir-se, mas olhar para dentro, procurar as razões e buscar conhecer os reais interesses religiosos, políticos, econômicos e pessoais envolvidos. O bombardeio midiático referente à sexualidade dos membros da hierarquia da Igreja, acusados da prática de pedofilia, de homossexualismo e de relações heterossexuais, reflete questões mais profundas. Do ponto de vista do senso comum, surgem as explicações e possíveis soluções. Nessa perspectiva, a causa estaria no celibato, e, portanto, com o fim da disciplina os problemas estariam
resolvidos. A causa é tão leviana e superficial quanto à solução proposta. Os mesmos casos ocorrem com grande intensidade dentro de outras instituições e segmentos humanos, a exemplo das famílias e das religiões que não exigem a renúncia do casamento aos seus pastores. Ainda mais, no calor dos fatos, emergem moralismos e justificativas, a exemplo de que Igreja preserva a obrigatoriedade do celibato por motivos econômicos. Todas elas ficam na superficialidade e não identificam as causas mais profundas. O modelo ideal de sociedade anunciado e pregado pela Igreja, ocorre uma profunda e incomensurável distância entre o ideal e a realidade. Como o universo não se encaixa no modelo de uma única sociedade, por sua diversidade cultural, precisa que sejam superados a cosmovisão monocultural e seus métodos. O que não significa renunciar à utopia do Reino, que seria deixar de cumprir a tarefa essencial que lhe foi confiada. Mas crise está em confundir a sociedade ocidental com o Reino de Deus. Semelhante devem ser a análise e atitude pessoal frente aos problemas: buscar conhecer as causas e suas motivações. É o momento da purificação e construção de novas relações humanas e com a natureza. “O silêncio é um momento em que a criatura se cala, mas o espírito fala...” (Autor desconhecido).
O JORNAL Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br
PABX (082) 4009-1900
Chefe de Reportagem - Vera Valério redacao@ojornal-al.com.br
FAX/REDAÇÃO (082) 4009-1950
Editor de Política - José Árabes politica@ojornal-al.com.br Editora Nacional/Internacional - Iracema Ferro (Interina) nacional@ojornal-al.com.br
Editor-Geral Deraldo Francisco deraldo@ojornal-al.com.br
Editor de Economia - Marco Aurélio economia@ojornal-al.com.br Editor de Esportes - Victor Melo esportes@ojornal-al.com.br Editora de Cultura - Alessandra Vieira cultura@ojornal-al.com.br Editor de Veículos - Gabriel Mousinho veiculos@ojornal-al.com.br Editora de Turismo - Nide Lins turismo@ojornal-al.com.br
Diretora Comercial Eliane Pereira comercial@ojornal-al.com.br
Editor Gráfico - Alberto Lima albertolima@ojornal-al.com.br Editor de Fotografias - Marco Antônio marcoantonio@ojornal-al.com.br
“Programas de Estado não se fundamentam em ações de curto prazo”.
Marcial Lima Professor
Em meus textos semanais, evito citar pessoas e a evidenciar autores; sou cauteloso ao expor doutrinas e a louvar ideologias com ares dogmáticos. Procuro não cair na fulanização, reforçando vaidades, gerando discórdias estéreis ou abrindo espaços para guetos, que se retroalimentam; onde, quase sempre, a reflexão é antecipada pela contestação. O tempo me fez notar que, na maioria dos casos, citar nomes seria meramente circunstancial, porque os fatos, mais das vezes, se repetem tanto e tanto que se traduzem apenas em diferentes personagens compondo as mesmas histórias. Por outro lado, nós, que atuamos no segmento cultural, temos tantos objetivos comuns e, na essência, são tão próximos nossos ideais, que sempre defendo atitudes mobilizadoras, sugerindo que identifiquemos o que nos une antes de exaltar nossas diferenças; transformando esses pontos de convergências em alavancas que impulsionem nossos desejos. Nos dois últimos artigos (14 e 21/03), evidenciei que alguns pré-candidatos ao Governo do Estado já se movimentam na elaboração de seu Programa de Governo. Louvei a iniciativa, falei de sua importância, observando, no entanto, que muitos, antes elaborados como peça de campanha, foram totalmente esquecidos nas gestões administrativas. E talvez por ter demonstrado conhecimento desse processo, fui convidado por uma das coligações, para compor o grupo encarregado desse trabalho, na área específica da Cultura. Sempre estarei disposto a contribuir, desde quando esses documentos sejam percebidos como bens públicos, e como concebo a transparência como um dos principais requisitos da democracia, considero estar cumprindo um direito de cidadania ao me posicionar diante da tarefa a que sou convidado a participar. Dessa forma, estou me comprometendo com um documento pensado dentro da perspectiva de fundamentar Programas de Estado, não se quedando nas ações de curtíssimos prazos, movidas por interesses imediatos. Que seja conceitualmente claro e consistente, mas formalizado numa versão preliminar a ser aprofundada mediante a análise de possibilidades de uma sincronia com outras áreas: planejamento, educação, turismo, saúde, ação social, meio ambiente, infraestrutura. Que seja disponibilizado, por um tempo determinado, para que recebamos contribuições da sociedade civil e dos setores envolvidos com as expressões artísticas; consciente, de igual modo, que a sociedade civil aumentará sua capacidade de mobilizar, formular, propor e cobrar quanto mais organizada for; quanto maior for seu lastro de consciência coletiva. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
EDITORA DE JORNAIS DE ALAGOAS LTDA e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br site: www.ojornalweb.com Av. Gustavo Paiva, 3771 - Mangabeiras - Maceió -AL - CEP: 57037-280
Coordenador Editorial - Voney Malta vfamalta@ojornal-al.com.br
Editora de Cidades - Flávia Batista cidade@ojornal-al.com.br
Compromisso público
REPRESENTANTE NACIONAL FTPI
FAX/COMERCIAL (082) 4009-1960 CLASSIFICADOS (082) 4009-1961 ATENDIMENTO AO ASSINANTE (082) 4009-1919 Vendas avulsas Alagoas: Dias úteis - R$ 1,00 Domingos - R$ 2,00 Nºs atrasados - R$ 4,00 Outros estados: Dias úteis - R$ 3,00 Domingos - R$ 5,00 Assinaturas em Alagoas: Semestral - R$ 185,00 Anual - R$ 370,00
SÃO PAULO: (11) 2178-8700 RIO DE JANEIRO: (21) 3852-1588 BRASÍLIA: (61) 3326-3650 RECIFE: (81) 3446-5832 www.ftpi.com.br Sucursais MARAGOGI – SUCURSAL COSTA DOS CORAIS END. PRAÇA BATISTA ACIOLY, Nº 43 CENTRO – FONE – 3296-2221 E-MAIL: maragogi@ojornal-al.com.br ARAPIRACA – SUCURSAL AGRESTE END. PRAÇA LUIZ PEREIRA LIMA, 287, 1º ANDAR, SL 09 CENTRO - FONE - 3521-4608 E-MAIL: arapiraca@ojornal-al.com.br
Assinaturas em outros estados: Anual - R$ 560,00 / Semestral - R$ 280,00
OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÂO REFLETEM A OPINIÃO DE O JORNAL
O JORNAL
Política
A3
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Contexto politica@ojornal-al.com.br
OAB E PF Amanhã, às 16 horas, os integrantes da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral (CCCE) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas se reúnem com o superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Amaro Vieira. Na pauta, apresentação dos novos integrantes e colaboração nas ações de combate à compra de voto e outras formas de corrupção eleitoral. A CCCE já se reuniu, na semana passada, com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Estácio Luiz Gama de Lima, com o mesmo intuito.
DINÂMICA Os próximos dias antes da Semana Santa devem ser bastante reveladores no que se refere á disputa eleitoral deste ano. É que muitos ocupantes de cargos públicos têm até o final da semana para pedir exoneração e entrar na disputa eleitoral por vagas na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado e pelo comando no governo do Estado. A semana deve ser movimentada nesse sentido.
SEM DEFINIÇÕES Mas é bom ter calma: os nomes que substituirão os titulares nos cargos, em especial no que se refere ao governo do Estado, não são definitivos. As articulações políticoeleitorais dos tucanos devem mudar os titulares das pastas.
VISITA A Organização e Sindicato das Cooperativas (OCB) do Estado de Alagoas participou, esta semana, do encontro nordestino dos presidentes das OCBs. O objetivo da reunião, que aconteceu em Recife, foi traçar as diretrizes para 2010 com o intuito de integrar as organizações nordestinas. Dentre as ações definidas no encontro ficaram agendadas visitas técnicas em cooperativas a Alagoas e aos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Pernambuco, para conhecer as melhores práticas de gestão cooperativa. Em Alagoas a visita acontece no dia 14 de maio na Cooperativa Pindorama, no município de Coruripe.
DELMIRO GOUVEIA O vereador por Delmiro Gouveia Edvaldo Nascimento (PCdoB) se reuniu com sem-terras do acampamento Alto da Boa Vista, que fica às margens da estrada que liga Delmiro Gouveia ao município de Paulo Afonso, na Bahia, na tarde da última quinta-feira. No encontro, o grupo explicou que, entre as solicitações, estão a regularização da terra, entrega de cestas básicas, projeto de construção de casas junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e instalação de energia e água. Edvaldo entrou em contato telefônico com o superintendente do Incra em Alagoas, Estevão Oliveira, para agendar uma reunião com a comunidade. A princípio, a reunião ficou marcada para o dia 15 de abril.
ESCOLA O “Guarda Faz Escola”, projeto lançado pela Prefeitura de Maceió no início da semana, no Conjunto Selma Bandeira, já está agendando suas próximas edições, a partir de solicitações de escolas públicas e entidades não governamentais. De acordo com o secretário municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania, Pedro Montenegro, antes mesmo do encerramento da primeira edição do projeto, diretoras de cinco instituições fizeram contato com a Semdisc para solicitar agendamento.
CONSELHO... A Procuradoria Geral do Estado (PGE) publicou esta semana no Diário Oficial a lista dos candidatos que concorrem às vagas para o Conselho Superior da Advocacia-Geral do Estado referente ao biênio 2010/2012. A eleição acontece no dia 6 de abril, na sede da Associação dos Procuradores de Estado (APE), das 9 horas da manhã às 17 horas. O Conselho é composto por nove procuradores de Estado, sendo seis titulares e três suplentes, eleitos pelos integrantes em atividade da categoria.
... DA PGE Concorrem às vagas de conselheiros os procuradores de Estado Roberto Tavares Mendes Filho, Flávio Cavalcanti Gomes de Barros, Emmanuelle de Araújo Pacheco, Camille Maia Normande Braga, Renato Lima Correia, Edson Victor de Oliveira Santos, Augusto Carlos Borges do Nascimento, Márcio Guedes de Souza, José Cláudio Ataíde Acioli, Maurício de Carvalho Rêgo, José Alberto Moreira Casado, Teodomiro Andrade Neto, Antônio Fontes Freitas Júnior, Vanaldo de Araújo Ferreira e Arnaldo Pinto Guedes de Paiva Filho.
EXPRESSAS Os servidores da Assembleia Legislativa não estão nem um pouco satisfeitos com a demora da Mesa Diretora em implantar o Plano de Cargos e Carreira (PCC) da categoria. Há quem já fale em manifestações para “lembrar” os deputados do compromisso assumido com os funcionários do Legislativo. O prefeito Cícero Almeida (PP) participa hoje, em Brasília, do lançamento da segunda edição do PAC do governo federal, como anunciou em entrevista á RÁDIO JORNAL. Almeida também garantiu que volta à capital federal em busca de mais recursos para Maceió.
TCU notifica Planejamento para identificar duplo emprego público Ministério deve implementar cadastro nacional que permita apurar irregularidade Da Editoria de Política O Ministério do Planejamento recebeu, na última sexta-feira, notificação do Tribunal de Contas da União (TCU) para implementar um cadastro nacional que permita apurar altos salários pagos na administração federal, além de casos ilícitos de acúmulo de cargos. O tribunal deu prazo de 60 dias para que o governo forme um grupo de trabalho que cruze informações sobre os vencimentos dos funcionários públicos. A decisão do TCU foi toma-
da na última quarta-feira, motivada por uma representação do Ministério Público Federal que, em 2006, denunciou dois servidores, um aposentado do Ministério da Fazenda e outro do próprio TCU, que acumulavam cargos no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e recebiam vencimentos que ultrapassavam o teto previsto pela Constituição. Em três anos de investigações, a área técnica do TCU identificou mais 40 funcionários na mesma situação. O acórdão está sendo analisado pelo Planejamento, que
ainda não divulgou como o grupo será constituído. O cadastro, de acordo com a decisão, deverá abranger as esferas federal, estadual e municipal, incluindo os servidores aposentados. TETO - A Constituição Federal prevê que a remuneração dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autarquias e fundações, dos membros de qualquer dos poderes da União, dos estados e dos municípios, não podem exceder a remuneração mensal dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente de R$ 26,7 mil. Recentemente, o próprio governo cruzou informações de funcionários do Executivo federal e de 13 estados, incluindo o Distrito Federal. Identificou 164 mil servidores suspeitos de duplo emprego. Somente esses funcionários geram uma despesa extra de R$ 1,7 bilhão ao ano para os cofres públicos. Não estão nesta conta ainda informações sobre municípios e os Poderes Legislativo e Judiciário. As informações são da Agência Brasil.
CRITÉRIOS
CPC
CCJ vota regras para restrição de corte de luz
Juristas realizam audiência pública sobre novo texto
O corte no fornecimento de luz, água e outros serviços públicos em casas de misericórdia, escolas, presídios, centros de internação de menores e residências de famílias de baixa renda, por inadimplência, deverá obedecer a prazos e critérios que preservem condições mínimas de manutenção da atividade desses estabelecimentos e a saúde das pessoas atingidas. É o que define projeto a ser votado na próxima quarta-feira pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, em caráter terminativo. A proposta foi apresentada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), em 2008, diante de notícias divulgadas pela imprensa de casos de interrupção de fornecimento de serviços públicos de água, energia elétrica e telefonia a Santas Casas de Misericórdia. Conforme observou, esses estabelecimentos atendem principalmente pessoas carentes e tornaram-se inadimplentes no pagamento pelos serviços públicos especialmente em decorrência de atraso no repasse de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). “O princípio da solidarieda-
Senador Antonio Carlos Valadares foi quem apresentou o projeto
de exige que as empresas concessionárias, efetivamente e sem o marketing da mera propaganda de consciência social, cumpram com parcela de uma função social que todos nós temos”, justificou Valadares. O projeto 178/08 também estabelece a exigência de notificação com pelo menos 30 dias de antecedência e de informação a respeito do valor consolidado do débito e das parcelas que o compõem. Medida contida no texto original, que vedava o registro da inadimplência em cadastros de devedores, não foi aceita pelo re-
lator, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ele concordou com o teor de emenda apresentada pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) para excluir essa parte do projeto. Para Jucá, os cadastros de inadimplentes desempenham um papel fundamental na proteção ao crédito, elemento que considera de grande importância para o desenvolvimento da economia do país. O projeto altera a lei que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos (Lei 8.987 de 1995).
PROCESSO ELETRÔNICO
CNJ e Tribunais se unem para implantar o sistema Todas as instâncias da Justiça do Trabalho do país, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região e mais 13 tribunais de Justiça nos estados vão desenvolver o novo sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe) em qualquer procedimento judicial. As adesões ao PJe serão feitas amanhã, por meio de cooperação com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que coordena o desenvolvimento e a implantação do sistema nos tribunais. Os termos de cooperação técnica serão assinados às 17 horas, no Plenário do CNJ, em Brasília, com a participação do presidente do Conselho e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp. O convênio com os órgãos da Justiça do Trabalho será firmado por meio do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). No âmbito da Justiça estadual, o CNJ assinará acordo com os tribunais dos estados de Mato Grosso, Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí,
Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Norte e São Paulo. Um terceiro acordo será assinado com o TRF da 5ª Região (TRF-5), que abrange os estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. A cooperação prevê um investimento de R$ 5,7 milhões, do orçamento do CNJ, que serão transferidos no decorrer deste e do próximo ano, ao TRF-5, responsável direto pelo desenvolvimento das funcionalidades do novo sistema. Os demais acordos não envolvem a transferência de recursos financeiros. Em fase experimental, o Processo Judicial Eletrônico já é utilizado no peticionamento de ações em algumas das unidades da Justiça Federal de 1º e 2º graus do TRF-5. Esse projeto-piloto é resultado de um termo de cooperação assinado, em setembro do ano passado, entre o CNJ, o Conselho da Justiça Federal (CJF) e os Tribunais Regionais Federais das 1ª a 5ª regiões. AVANÇOS - Desenvolvido pela Subsecretaria de Informá-
tica do TRF-5, o PJe - também denominado Creta - permite a tramitação eletrônica de todos os tipos de ações judiciais em qualquer ramo do Judiciário. A ferramenta dá maior celeridade à tramitação dos processos, além de facilitar o acesso de partes, advogados e procuradores às ações. O sistema do Processo Judicial Eletrônico contempla, ainda, atividades essenciais à tramitação de qualquer ação judicial, como autuação, numeração, validação e cadastro, distribuição, audiência, perícias, intimação, central de mandados, precatórios, cálculos, certidões, segredo de justiça e sigilo. Além disso, proporciona mais flexibilidade à tramitação dos processos, uma vez que pode ser adaptado às particularidades do fluxo das ações. A previsão é que, em abril, o PJe comece a ser utilizado na Justiça Federal do Rio Grande do Norte para a tramitação de processos nas várias cíveis. A ideia é que o sistema seja adotado por todos os tribunais que demonstrarem interesse em adotar a ferramenta.
A Comissão de Juristas encarregada de elaborar o anteprojeto do novo Código de Processo Civil (CPC) promoveu na última sexta-feira sua quinta audiência pública para discutir sugestões ao texto que pretende acelerar e aperfeiçoar os trabalhos da Justiça no Brasil. O grupo, presidido pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luiz Fux, ouviu opiniões de profissionais da área e de estudiosos do Direito, como a professora Ada Pellegrini Grinover, o consultor jurídico e ex-desembargador José Manoel Arruda Alvim Neto e o professor Kazuo Watanabe, entre outros. Watanabe expôs dados a respeito do crescimento da demanda pelo Poder Judiciário. Segundo ele, somente no estado de São Paulo há quase 18 milhões de processos tramitando em primeira instância. Além disso, de acordo com o professor, enquanto a população de São Paulo cresce 2,1% ao ano, as demandas judiciais aumentaram 12% nesse mesmo período. O presidente da comissão apontou como respostas para isso o incidente de coletivização - nos casos das demandas de massa -; e a diminuição da quantidade de recursos, além da adoção, no primeiro grau de jurisdição, de uma única oportunidade de impugnação,quando da sentença final, nos casos das ações individuais. INSTRUMENTOS - Ada Grinover ressaltou a conciliação e a mediação como instrumentos que podem diminuir o número de processos que ingressam na Justiça. Assim, com menos demandas, seria possível agilizar o andamento dos processos que já se encontram no Poder Judiciário. Luiz Fux disse que a comissão trabalha nesse sentido, já que uma das modificações propostas é tornar obrigatória a audiência de conciliação como passo inicial de qualquer ação. De acordo com o ministro do STJ, é necessário substituir a “cultura da sentença” pela de resolução de conflitos. A relatora da comissão, a jurista Teresa Wambier, destacou a importância das audiências públicas promovidas para debater o Código de Processo Civil. Segunda ela, essas audiências têm aberto os trabalhos da comissão de forma democrática e, ao mesmo tempo, têm sido fonte de reflexão e de coleta de sugestões interessantes e consistentes. O trabalho do grupo de juristas será debatido, ainda, nas cidades de Manaus, Curitiba e Porto Alegre. A reforma do CPC já foi discutida em reuniões em Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e Brasília. O relatório final dos trabalhos deve ser entregue ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB), até o final de abril.
CMYK
Política
O JORNAL JORNA L
A4
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Câmara Municipal elege Mesa para tentar modificar imagem Casa busca harmonia com novo grupo na direção do Legislativo municipal Da Editoria de Política
Chamariz propôs a audiência da CPI da Câmara em Alagoas
MENORES
CPI vai ouvir SDS em na ALE sobre sumiços A Comissão Parlamentar abaixo da média nacional, que de Inquérito (CPI) da Câmara gira em torno de 85% de casos dos Deputados, que investiga solucionados. o desaparecimento de crianA reunião no Estado foi ças e adolescentes no Brasil, proposta pelo deputado Anvisita a Maceió amanhã, onde tônio Carlos Chamariz (PTB), realiza, às 14 horas, na As- que integra a CPI. Estão na sembleia Legislativa, uma au- pauta para serem ouvidos: o diência pública com represen- secretário de Defesa Social, tantes do governo local, do Paulo Rubim; o presidente Poder Judiciário e de familia- do Conselho Estadual em res de desaparecidos. O obje- Defesa da Criança e Adotivo é conhecer as principais lescente, Claudio Soriano; o causas e consequências dos presidente do Fórum casos registrados, paEstadual dos Consera, ao final dos trabalhos Tutelares, Edlhos da Comissão, milson Souza; a deObjetivo é legada de Proteção à apresentar propostas que diminuam a inconhecer Criança e Adolescencidência de desapate, Bárbara Arraes; o principais presidente da Corecimentos no Estacausas e o missão de Direitos do. Para a presidente desenrolar Humanos da Ordem da CPI e autora da Advogados do dos casos dos Lei 12.127/09, que Brasil (OAB), secciocria o Cadastro Na- registrados nal Alagoas, Gilberto cional de Crianças e Irineu; a presidente Adolescentes Desada Comissão de parecidos, deputada Defesa da Criança e do Adofederal Bel Mesquita (PMDB- lescente da OAB Alagoas, PA), “a presença da Comissão Lucila Vicentin; a coordenaem Maceió será importante dora do Centro de Apoio a para conhecer de perto os mo- Vítimas do Crime do Estado, tivos dos baixos índices de lo- Thaise Cristine de Oliveira calização de menores”. Se- Costa; a jornalista Ana Paula gundo dados apresentados Omena, que fez reportagem pela Secretaria de Estado e da sobre o assunto para o jornal Defesa Social, nos últimos Tribuna Independente; Micinco anos desapareceram 120 cheline Maria de Souza crianças em Alagoas. Desse Vieira; e familiares de criantotal, menos de 10% são loca- ças ou adolescentes desapalizados. Um número muito recidos.
FEDERAÇÃOALAGOANA DE BEACH SOCCER - FALABS Vinculada à Confederação Brasileira de Beach Soccer (CBBS) como parceira única e exclusiva para fomento do Beach Soccer em Alagoas CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DE ELEIÇÕES Ofício 02/10 Convocamos dirigentes e clubes filiados e demais interessados à Federação Alagoana de Beach Soccer, em condições de participação nos termos do estatuto, para reunirem-se em Assembleia Geral de Eleição, em local, com endereço na Rua Augusto Ribeiro, 282, Conj. Santa Cecília, Jatiúca, Maceió-AL, em convocação com maioria simples, às 20 horas, do dia 05 de Abril de 2010, a fim de deliberar sobre a seguinte pauta: - Eleições para presidente. Federação Alagoana de Beach Soccer - FALABS Jobson dos Santos Oliveira
O novo presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Novaes (PRB), eleito na sexta-feira, só assume o cargo ano que vem, mas começou a se inteirar do tamanho dos problemas que administrará em 2011. Isso para que a Câmara faça as pazes com o Ministério Público Estadual que detectou problemas na Casa de Mário Guimarães, em relação ao uso da verba de gabinete. Na sexta-feira, o presidente da Câmara, Dudu Holanda (PMN), disse que a Câmara é investigada pelo Tribunal de Contas do Estado, por ela mesma e pelo MP. Falou ainda que cada vereador é responsável por seus gastos e que a procuradoria setorial vai se posicionar no TJ, para onde a ação pública deve ser encaminhada. De um lado, gastos irregulares com a verba de gabinete; do outro, o segundo vereador cassado, Dino Júnior (PCdoB), por compra de votos. Isso sem falar em outros problemas como agressões entre vereadores, um concurso público cancelado pela Justiça por indícios de irregularidades, cuja entidade responsável pelo certame não devolveu o dinheiro aos participantes. O caso está na Justiça. Como a Casa pretende recuperar a credibilidade? “O que vamos fazer é conversar com o Ministério Público Estadual para que o trabalho com a Câmara possa ser feito em conjunto”, resumiu o presidente eleito, Galba Novaes. “Todo esse trabalho de re-
Galba Novaes conta que vai conversar com Ministério Público para fazer trabalho com Câmara em conjunto
construção dessa imagem será feito pela Mesa Diretora”, afirmou o 1º secretário eleito, Sílvio Camelo (PV). Um dos problemas que precisarão de gestão é a velha rixa entre Galba Novaes e Tereza Nelma (PSB) dentro da Casa, que voltou à tona na última sexta-feira. Os dois se desentendem desde o início da atual legislatura, ano passado. Na sexta-feira, questionando diretamente a eleição da Câmara, atingiu diretamente o futuro presidente. A vereadora pediu ajuda das mulheres contra Galba Novaes. Elas reagiram ficando do lado do novo presidente; Tereza Nelma relembrou o
processo, por quebra de decoro, movido ano passado contra a vereadora Heloísa Helena (PSOL). Galba era o relator. O processo foi arquivado. Para superar o quadro de rixa, Galba usará a tribuna na próxima terça-feira para apresentar os projetos para sua gestão. Quer manter a TV Câmara funcionando, levar as sessões para a internet. Também disse que fará concurso público, conversará com a Funcefet, a entidade responsável pelo concurso que foi anulado, por ordem judicial e buscará viabilizar a devolução do dinheiro. Conversará, ainda com o Judiciário, para convencer sobre a
Relatório sobre verba de gabinete Na última quinta-feira, a promotora de Justiça da Fazenda Pública Municipal do Ministério Público Estadual, Fernanda Moreira, revelou, em entrevista coletiva, que maioria dos vereadores de Maceió gastou de forma irregular a verba de gabinete de R$ 27 mil mensais. Uma verba que deveria ser usada para manter o gabinete (como diz o nome) mas patrocinou uma série de gastos desnecessários: um curso sobre design de sobrancelha, outro de corte e costura, uma festança regada a forró ou um show com bandas que caem no gosto do povo. Em cinco meses, de acordo com o relatório do MPE, houve exageros nos gastos da verba. Foram R$ 286 mil para contratar bandas; R$ 433,9 mil para a locação de automóveis, mais R$ 477,4 mil para a com-
pra de combustíveis. “Não dá para entender um gasto tão alto com locação de veículos, quando eles poderiam ser comprados e integrados a frota da Câmara, ou seja, passariam a ser patrimônio público”, disse a promotora Fernanda Moreira. “As notas fiscais também chamam atenção pelo gasto com assessoria de comunicação, quando a própria Câmara disponibiliza este serviço, sem contar os gastos com divulgação e publicidade que entram em choque”, contou a integrante do MP. A promotora ainda questionou o uso de consultorias na área jurídica e contábil, argumentando que a própria Câmara Municipal possui órgãos com tal finalidade. “Os vereadores têm, por hábito, apresentar os recibos dos serviços após a compra
ou aquisição dos serviços, levando a Mesa Diretora a quitá-los sem que seja verificado se os itens comprados ou serviços adquiridos foram entregues”, explicou. Cursos de oratória e tratamento odontológico também estão incluídos entre os gastos supostamente ilegais. Eles editaram uma lei, que muda a forma de pagamento da verba de gabinete, disciplinando o fluxo de dinheiro na Casa de Mário Guimarães. Os repasses são feitos de forma indenizatória: os vereadores gastam e depois são ressarcidos naquilo que gastam. O estudo do MP, feito a partir de notas fiscais e outros documentos repassados à instituição, levou em conta os cinco primeiros meses de 2009, quando a Mesa Diretora enviou os documentos da prestação da contas.
nova ordem: dirigente diferente, orientações diferentes. A Câmara não vem tendo relações agradáveis com o MPE desde a gestão anterior à atual da Mesa. A votação do ano passado foi conturbada; o prédio, onde deveriam funcionar as sessões legislativas fechou para reformas, que só foram concluídas no mês passado. De volta a praça Marechal Deodoro, as crises na Câmara não acabaram. Nas questões a serem resolvidas pela Mesa, havia desentendimentos entre o presidente, Dudu Holanda, a atual 1ª secretária, Silvânia Barbosa (PTdoB), e o 2º, Paulo Corintho.
NO SENADO
Conselhos serão tema de debate em comissão As normas de atuação dos Conselhos Tutelares vão ser discutidas na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado em audiência pública a ser realizada na próxima quarta-feira, a partir das 10 horas da manhã. Na audiência, solicitada pelo presidente da CDH, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), serão debatidas as atribuições, responsabilidades e compensações dos Conselhos Tutelares. De acordo com o artigo 131 da Lei 8.069/90, que instituiu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os conselhos tutelares são órgãos permanentes e autônomos, não-jurisdicionais, encarregados pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Os conselhos tutelares são órgãos públicos municipais. Criados por lei municipal e efetivamente implantados, passam a integrar de forma definitiva o quadro das instituições municipais. A ação desses órgãos não deve sofrer solução de continuidade, sob qualquer pretexto. Estão convidados para a audiência pública o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Fábio Feitosa da Silva; a presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do Estado do Rio de Janeiro, Tânia Cúbica; a presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do Município do Rio de Janeiro, Liliane Gomes da Costa; o secretário-executivo do Fórum Nacional de Defesa da Criança e Adolescente, Oto Quadros; e o relações institucionais do Fórum Colegiado Nacional dos Conselhos Tutelares, Paulo Roberto dos Santos.
CMYK
Política
O JORNAL JORNA L A5
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Precatórios: STF dá prazo a Estados Presidente do Supremo dá 15 dias para 15 unidades da federação apresentarem um plano de pagamento Da Editoria de Política O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, determinou que os Estados do Espírito Santo, Paraíba, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo apresentem um plano de pagamento de precatórios, em no máximo 15 dias. O ministro é relator de ações de Intervenção Federal (IF) que tramitam na Corte para reivindicar o pagamento de precatórios. Gilmar Mendes fez a determinação semelhante em 42 processos de intervenção federal referentes a esses seis estados, agrupando os pedidos em despacho único por Estado. Ao fixar o prazo para o envio do plano de pagamento de precatórios, o ministro Gilmar Mendes fez referência ao Regimento Interno do STF, que em seu artigo 351, inciso I, estabelece que o presidente da Corte, ao receber o pedido de intervenção federal “tomará as providências oficiais que lhe parecerem adequadas para remover, administrativamente, a causa do pedido”. Nas decisões, o ministro frisa que para a elaboração dos planos de pagamento deve ser observada a ordem cronológica dos precatórios, conforme estabelece o artigo 100 da Constituição Federal. Observa, ainda, que o prazo de 15 dias começa “a contar da data da ciência do despa-
cho”. Em suas decisões o ministro pede um “plano detalhado com cronograma para cumprimento da referidas obrigações, em data razoável, considerando, para tanto, a ordem cronológica de precatórios”. INADIMPLÊNCIA - O ministro classificou de fato “notório e preocupante” a situação de inadimplência por parte dos estados, municípios e da União. “Se de um lado está a escassez de recursos e a reserva do financeiramente possível, de outro se vislumbra, hoje, um quadro de profundo desânimo e descrença da população na quitação de tais débitos”, disse o presidente do STF. Na avaliação do ministro Gilmar Mendes, “não é possível justificar o não pagamento de créditos, muitas vezes de natureza alimentícia, apenas com alegações genéricas de falta de recursos materiais. É necessário um esforço conjunto dos poderes no sentido da organização financeira e do adimplemento das dívidas financeiras que o Estado contrai com a sociedade”. O presidente do Supremo citou precedentes da Corte no julgamento das IF 2915 e 2953, em que ficou decidido que “enquanto o Estado se mantiver diligente na busca de soluções para o cumprimento integral dos precatórios judiciais, não estarão presentes os pressupostos para
NESTA SEMANA
Pré-sal é assunto de comissões do Senado Os quatro projetos de lei do recursos prevista na emenda do Executivo relativos ao marco re- deputado Ibsen Pinheiro (PMDBgulatório para exploração do pe- RS). tróleo do pré-sal estão entre as O senador Antonio Carlos principais matérias na pauta das Junior (DEM-BA) vai relatar na comissões do Senado na próxi- CCJ dois projetos - o PLC 7/10, ma semana. Na terça-feira termi- que cria o Fundo Social com os rena o prazo para apresentação de cursos obtidos na exploração do emendas. Embora os projetos tra- petróleo do pré-sal, e o PLC 8/10, mitem simultaneamente nas di- que trata da capitalização da versas comissões, para cumprir Petrobras. O PLC 7/10 também o prazo de 45 dias previsto na ur- tem gerado muitos debates, pois gência constitucional, a apresen- há ideias para se aplicarem os retação de emendas está centrali- cursos do fundo em áreas as mais zada na Comissão de Constitui- diversas, como educação, saúde ção, Justiça e Cidadania (CCJ). e recomposição de perdas das Quando se encerrar o prazo, aposentadorias. na terça-feira, as emendas retornarão à Mesa do Senado, que as PETRO-SAL - Outro projeto encaminhará às comissões. Entre que integra o conjunto alguns relatores já escodas proposições sobre o lhidos, há a tendência de pré-sal é o PLC 309/09, propor a realização de auque cria a Petro-Sal. Essa diências públicas para ins- Tendência proposta, relatada na CCJ truir os projetos. A realientre os pelo senador Tasso zação desses debates é relatores já Jereissati (PSDB-CE), tamapresentada como um bém gerou muita polêmicontraponto à decisão do escolhidos é ca, a começar pela maneigoverno de fazer as pro- de propor ra como chegou à Casa. postas tramitarem com audiências Os senadores da oposiurgência. Um dos projeção propuseram na CCJ e públicas na Comissão de Assuntos tos, o PLC 309/09, o que cria a Petro-Sal, poderá Econômicos (CAE) o que, entrar na pauta do na linguagem legislativa, se Plenário em 9 de abril, chama de sobrestamento da matrancando-a partir do dia 19, se téria. Eles pretendiam fazer com não for votado até lá. Os outros que o projeto não andasse nas cotrês - os PLCs 7/10, 8/10 e 16/10 - missões e no Plenário antes da integrarão a ordem do dia até 27 chegada das demais proposições. de abril, trancando-a a partir de Na verdade, a Petro-Sal cuidaria 5 de maio. de algo que estava em outra proposta, que ainda não havia cheRELATORES - O presidente gado à Casa: o regime de partida CCJ, senador Demóstenes lha. Torres (DEM-GO), já indicou os A própria criação da Petrorelatores para as propostas. Ase- Sal é questionada por vários senadora Kátia Abreu (DEM-TO) nadores, como Tasso Jereissati, cuidará do projeto mais polêmi- Francisco Dornelles (PP-RJ), José co, o PLC 16/10, que institui o re- Agripino (DEM-RN) e Álvaro gime de partilha para o pré-sal e Dias (PSDB-PR). Eles argumenredistribui os royalties entre todos tam que, ainda que o sistema de os estados e municípios, confor- partilha seja acolhido pelo Sename os respectivos fundos de par- do, a criação de mais uma estaticipação. O projeto desperta um tal seria desnecessária. Afinal, sua debate ideológico - o sistema de atividade-fim poderia ser desempartilha é acusado pela oposição penhada por outros organismos de aumentar a presença do governamentais já existentes, Estado na exploração - e federa- como a própria Petrobras e a tivo, porque os estados e muni- Agência Nacional de Petróleo cípios produtores se sentem pre- (ANP). As informações são da judicados pela redistribuição dos Agência Senado.
Segundo o presidente do STF, Gilmar Mendes, relator das ações contra os Estados, “não é possível justificar o não pagamento” dos precatórios
a intervenção federal ora solicitada. Em sentido inverso, o Estado que assim não proceda estará sim, ilegitimamente, descumprindo deci-
são judicial, atitude esta que não encontra amparo na Constituição Federal.” A partir desse entendimento, o ministro realçou a
necessidade de que os estados requeridos demonstrem, detalhadamente, seus esforços e diligências voltados ao cumprimento dos precatórios
judiciais. Diante disso, fixou o prazo de 15 dias para a apresentação do plano de pagamento desses precatórios por parte dos Estados.
Acórdãos do TCU são cassados por ministro O ministro Celso de Mello cassou acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU) que suspendiam vantagem paga a servidor público já transitada em julgado. O caso chegou ao Supremo no Mandado de Segurança (MS) 25805, teve a liminar deferida pelo ministro em 2006 e agora ele confirmou a suspensão em julgamento monocrático de mérito. O MS 25805 buscava o restabelecimento da parcela correspondente à URP de 26,05% paga há mais de 13 anos à impetrante e cujo pagamento foi cassado pelo TCU. “O Tribunal de Contas da União não dispõe, constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença impregnada da autoridade da coisa julgada, ainda que o direito reconhe-
cido pelo Poder Judiciário jurídica. não tenha o beneplácito da “Os postulados da segujurisprudência prevalecente rança jurídica, da boa-fé objeno âmbito do Supremo Tri- tiva e da proteção da confianbunal Federal”, explicou o ça, enquanto expressões do ministro em sua decisão. Estado Democrático de DiCelso de Mello lembrou reito, mostram-se imque o trânsito em julgado pregnados de elevado em matéria civil só conteúdo ético, social pode ser legilimamene jurídico, projetandoCelso de se sobre as relações jute desconstituído mediante ação rescisória. Mello usou rídicas, mesmo as de direito público, em SEGURANÇA - O princípios da ordem a viabilizar a inministro decano apoiou- segurança cidência desses messe no entendimento que jurídica da mos princípios sobre reconhece no decurso comportamentos de do tempo a possibilida- proteção da qualquer dos poderes de de constituir, ainda confiança ou órgãos do Estado que excepcionalmente, (os Tribunais de Confator de legitimação e de tas, inclusive), para que se estabilização de deterpreservem, desse modo, situaminadas situações jurídicas. Ele ções administrativas já consoesclareceu que a decisão se ba- lidadas no passado”, escreveu seia nos princípios da seguran- Celso de Mello. ça jurídica, da boa-fé e da proteção da confiança, sendo os CONFIANÇA - Em sua dois últimos projeções específi- decisão, o ministro citou aincas do postulado da segurança da a “proteção da confiança”,
segundo a qual “a fluência de longo período de tempo culmina por consolidar justas expectativas no espírito do administrado (cidadão) e, também, por incutir, nele, a confiança da plena regularidade dos atos estatais praticados, não se justificando ante a aparência de direito que legitimamente resulta de tais circunstâncias - a ruptura abrupta da situação de estabilidade em que se mantinham, até então, as relações de direito público entre o agente estatal, de um lado, e o Poder Público, de outro”. EMENDA - O julgamento teve decisão monocrática de mérito baseada na emenda regimental do Supremo Tribunal Federal de número 28/2009, que passou a permitir aos ministros decidir monocraticamente o mérito daquilo que já tiver jurisprudência dominante na Corte.
Celso de Mello: “O Tribunal de Contas da União não dispõe, constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado”
CMYK
O JORNAL JORNA L A6
Domingo, 28 de marรงo de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
CMYK
O JORNAL
Nacional
A7
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br
Começa hoje conferência de Educação Evento é o maior já realizando no país para discutir da creche à pós-graduação; resultado segue para o Legislativo Começa hoje, em Brasília, a Conferência Nacional de Educação (Conae). Nas palavras da presidente da Comissão de Educação, Esporte e Cultura (CE), senadora Fátima Cleide (PT-RO), trata-se
da maior conferência sobre o tema já realizada no Brasil. A Conae segue até o dia 1º de abril, com 52 colóquios que vão abordar toda a educação brasileira, da creche à pósgraduação. A aula inaugural
será ministrada pelo dramaturgo, romancista e poeta Ariano Suassuna, e o encerramento será com show do músico, compositor, dançarino e ator Antônio Nóbrega. As conclusões do encontro serão
utilizadas para a elaboração, pelo Congresso Nacional, do novo Plano Nacional de Educação, que vigorará de 2011 a 2020. “Nós, da comissão organizadora, já pedimos aos repre-
sentantes das Comissões de Educação do Senado Federal e da Câmara dos Deputados que aguardem a realização da Conae, para que as diretrizes sobre o Plano Nacional de Educação possam ser consi-
deradas e, assim, fazer com que o Plano seja um projeto da sociedade”, afirmou a parlamentar, em entrevista concedida à Rádio Senado, da qual foram reproduzidos trechos nesta reportagem.
Temas abrangentes estão em pauta As discussões abordam temas bastante variados, como Educação e Diversidade Sexual, Educação Escolar Indígena e Territorialidade, Educação no Campo, Educação e Relações Étnico-Raciais e Multiculturais, Estratégias de Superação à Violência no Ambiente Educacional e Novas Fontes de Recurso para o Financiamento da Educação Pública. Serão abordados também, temas como a autonomia universitária, a formação e valorização dos profissionais da educação e a expansão do ensino médio, entre outros. A senadora Fátima Cleide será coordenadora do colóquio Funcionários de Escola e Pessoal Técnico-administrativo: Formação e Identidade Profissional, a ser realizado na manhã
da próxima terça-feira. O senador Cristovam Buarque (PDTDF), ex-presidente da CE, participa do colóquio O Papel do Estado na Regulação e na Garantia do Direito à Educação, na tarde do dia 29. A Conae começou a ser realizada no ano passado, com as conferências municipais, seguidas das conferências estaduais. Os mais de um milhão de participantes dessas conferências elegeram os 2,5 mil delegados que participarão da Conae, resultando num variado espectro que vai de gestores e trabalhadores na educação até alunos e pais de alunos, nos três níveis de governo - municipal, estadual e federal - e em todos os níveis educacionais, da creche à pósgraduação.
Não há “receita pronta” para melhoria Fátima Cleide assinalou dos, que também têm a resque não há “uma receita ponsabilidade pela oferta do pronta” para a melhoria da ensino médio, não têm esse educação, mas um conjunto interesse. de medidas que passa princi“Poucos são aqueles estapalmente pela definição do dos que acorreram ao Propapel do Estado na garantia grama Brasil Profissionado direito à educação de qua- lizado, do Ministério da Edulidade. cação, que dispõe de “Para que a gente possa recursos para isso. ter uma educação de Nós precisamos efequalidade, como retivamente ter o comsultado de todo o espromisso, ter a vonforço de trabalhadotade política de reaCriação do res e dirigentes do lizar [a expansão do Reuni pelo sistema, é preciso ensino tecnológigoverno que a gente tenha co]”, afirmou Fátima antes esse comproCleide. Lula misso com o finanCom relação ao facilitou o ciamento, comproensino superior, a acesso à misso com a formasenadora lembrou ção, com a gestão universidade ainda, entre as ações democrática, e o do governo federal compromisso com na gestão do presiavaliação. Tudo isso dente Lula, do prograresulta, aí sim, na ma de Reestruturação e garantia do acesso, na garan- Expansão das Universidades tia da permanência da crian- Federais (Reuni), que alterou ça na escola e, principalmen- o acesso às vagas oferecidas te, na garantia do sucesso es- nas universidades; e o Procolar”, afirmou a parlamen- grama Universidade para tar. Todos (Prouni), que “demoA senadora salientou ain- cratizou o acesso ao terceiro da a necessidade de se am- grau para filhos da classe trapliar a oferta do ensino técni- balhadora”. co. Lembrou que o governo “Mas ainda precisamos federal também tem se esfor- nos esforçar bastante para gaçado para expandir a oferta rantir ainda mais vagas e a do ensino tecnológico, mas qualidade e o sucesso da edulamentou que muitos esta- cação”, afirmou a senadora.
Diversos setores da sociedade debatem ações para manter alunos na escola e elevar o ni´vel da educação pública brasileiea
Investimento é baixo no Brasil, diz senadora A presidente da CE explicou que o Plano Nacional de Educação 2001-2010 - que não foi precedido de uma conferência nacional, como agora propôs que 10% de toda a riqueza nacional fossem destinados à educação. Mas o percentual aprovado pelo Congresso foi de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), o qual, por sua vez, foi vetado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. “Tivemos um plano que, na verdade foi uma carta de intenção. Mesmo com todos os esforços do governo do presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva] nos últimos sete anos, o total dos investimentos em educação, em relação ao PIB, ainda não chegou a 5%, para mostrar o quanto ainda estamos distantes”, afirmou Fátima Cleide. Para a senadora, uma das principais discussões na elaboração do próximo plano será a questão do financiamento. “O que a gente tem hoje é o resultado de muitas décadas de falta de compromisso com educação brasileira. Costumo dizer sempre que as pessoas são muito compromissadas, principalmente a classe política, no momento da eleição. No momento do palan-
Senadora Fátima Cleide acredita que problemas atuais são resultado de anos de descaso com Educação
que político, todo mundo tem compromisso com educação, todo mundo quer uma edu-
cação de qualidade. Mas, no dia seguinte à eleição, são realmente poucos aqueles que de-
dicam sua vida para melhorar a educação”, disse a senadora.
CMYK
O JORNAL
Internacional A8
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: internacional@ojornal-al.com.br
Brasileiro viveu guerra e paz no Iraque O engenheiro Marcus Vinícius Marvin conta sua experiência antes e durante a ditadura de Saddam Hussein Antes de aceitar a proposta para embarcar para o Iraque no ano de 1979, o engenheiro brasileiro Marcus Vinicius Marvin, hoje com 75 anos, perguntou a seu chefe: “O Iraque e um pais estável?”. A resposta foi: “Sim, claro”. Ele topou, com a condição de que a mulher e os filhos fossem no ano seguinte. O país vivia em relativa paz, mas isso duraria pouco. Marvin desembarcou no Iraque em 1979, três meses antes de Saddam Hussein se tornar o ditador do país. Nos anos seguintes, vieram a Guerra Irã-Iraque (1980-1988), a Guerra do Golfo (1990-1991) e,
por fim, a invasão americana em 2003, à caça das supostas armas de destruição em massa do regime de Saddam, uma grande mentira. Desde então, o país vive mergulhado na violência, agravada neste domingo (7) com os atentados da rede terrorista Al Qaeda, que tentam boicotar as eleições no país. Marvin encontrou um país bastante diferente. Ele trabalhava para a construtora Mendes Júnior que, assim como várias multinacionais brasileiras, lucrou com as obras financiadas pelo petróleo iraquiano nos anos 70 e 80. O engenheiro foi trabalhar na construção de uma ferrovia
entre Bagdá e a cidade de Al Qain Akashat, 450 km ao norte. Sua mulher, Maria Helena, hoje com 66 anos, chegou depois, em janeiro de 1980, junto dos três filhos: um rapaz de 17 anos, uma garota de 14 e outro de seis. Em setembro daquele mesmo ano, estourou a Guerra Irã-Iraque (1980-1988). Eles ficaram no país árabe até 1984. No conforto do seu apartamento no bairro do Campo Belo, zona sul de São Paulo, o hoje consultor e engenheiro aposentado Marvin contou que, inicialmente, ele a mulher acreditavam que a guerra iria durar oito dias. Foram oito anos.
Fotos: Arquivo Pessoal de Marvin
Marvin na inauguração da ferrovia que ajudou a construir, com fita verde e amarela em homenagem ao Brasil
Ignorar a guerra virou um trunfo Realidade bate à porta de vez quando Quando o conflito estourou, Marvin conta que um grupo de 20 trabalhadores poloneses lhe pediu para ir embora do Iraque. Traumatizados pela própria história, eles sabiam o significado de uma guerra. Os brasileiros não. Na construção, os 20 mil brasileiros tocavam a obra, o projeto era italiano, a fiscalização era indiana, com operários poloneses e de outras nacionalidades. Os iraquianos trabalhavam em toda a parte. Uma retirada em massa poderia colocar o projeto abaixo. Um plano de contingência para uma saída por terra pela Jordânia foi feito, mas a companhia decidiu ficar. “Não era uma questão de co-
Acampamento para trabalhadores estrangeiros no deserto do Iraque
ragem, é que a gente não sabia o que acontecia. Os iraquianos interpretaram aquilo como uma mostra que os brasileiros estavam do lado deles e a partir de
então a gente passou a ter um outro status no Iraque. Éramos mais bem acolhidos que franceses, britânicos, quem quer que seja”, explicou.
Os Marvin viviam dentro de uma bolha. No acampamento que abrigava a família de trabalhadores estrangeiros, mulheres não andavam de véu como as iraquianas e as brasileiras usavam até biquini - o que é praticamente um crime em vários países árabes e muçulmanos. Protegidos da realidade pelas cercas do condomínio, eles não viam os horrores da guerra sangrenta que matou 300 mil iraquianos. Do lado do Irã a perda foi ainda maior: cerca de milhão deles morreram no conflito. A guerra também fez uso de armas de destruição em massa e provocou um mas-
Marvin em mercado abrasileirado
sacre contra o povo curdo. Mas, numa viagem que
fez a Basra, no sul do país, o mundo real deu as caras. Surpreendido por uma batalha aérea, ele e outros hóspedes do hotel se reuniram no hall à espera do tiroteio passar. Para acalmá-los, o gerente lhes ofereceu uísque, sem gelo. Marvin recusou. De repente o engenheiro ouviu uma explosão. Ele foi para fora e viu um avião iraniano em chamas, após ser abatido pela Força Aérea do Iraque. Ele começou a entender o que significava a guerra. Chocado com a cena, Marvin voltou depressa ao hall. Agachou-se debaixo da mesa e bebeu sua dose de uísque, puro, sem gelo. De uma vez.
CMYK
O JORNAL
Cidades
A9
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br
COMPROMISSO
Do estagiário ao bom profissional Com mais de 10 mil contratados, o CIEE afirma a importância do contato entre estudantes e o mercado de trabalho Valdete Calheiros Repórter
O Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) em Alagoas, tem cerca de 10 mil alunos cadastrados, dos quais 3.200 estão estagiando. Aexpectativa do órgão é de aumentar ainda mais o número de estudantes em atividade de estágio. O gerente regional Nordeste Sul do CIEE, Alessandro Salva-
tore Attinã, esteve em Alagoas este mês com intuito de desenvolver algumas atividades na unidade alagoana do Centro. Ele destacou a importância do estágio tanto para os estudantes quanto para os empresários. “Enquanto os estudantes praticam dentro de uma empresa a teoria que aprendem em uma sala de aula, os empresários têm a oportunidade de observar de perto a criação de novos talentos. E, tal-
vez, o mais importante: recrutar futuros contratados sem os vícios do mercado de trabalho”, argumentou Alessandro Salvatore. Segundo ele, 64% dos jovens estagiários são aproveitados nas empresas assim que o estágio termina ou na oportunidade imediatamente subsequente. Na sua avaliação, o perfil do estagiário não difere muito do perfil de um bom profissional. “As
empresas levam em conta o domínio técnico do assunto, características comportamentais, fluência verbal, relacionamento interpessoal, espírito de liderança, identificação das possibilidades de sucesso dentro da empresa e foco em resultados”, relacionou. O estágio tem carga horária mínima de quatro horas e máxima de seis. Quanto ao tempo de permanência na empresa, não há delimitação mínima; apenas
máxima, que é de dois anos. Já em relação à remuneração do estagiário, isso depende do curso e do semestre que o estudante se encontra, bem como da carga horária do estágio. Aseleção final dos estagiários recrutados pelo CIEE é de responsabilidade da empresa, assim como a definição da remuneração. Ainda segundo o gerente regional, os estudantes cadastrados no CIEE têm alguns diferen-
ciais em relação aos outros alunos, como facilidade de financiamento para compra de computadores junto ao Banco Bradesco e diferenciação em relação ao pagamento das taxas bancárias. Para se cadastrar no CIEE, os alunos interessados não precisam pagar nenhum tipo de taxa. É tudo gratuito. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3338-2650 e 3338-2621 ou, ainda, pelo site www.ciee.org.br.
Equipe do CIEE com o gerente regional da instituição, Salvatore
CIEE: meta é aplicar teoria à prática O CIEE é uma instituição filantrópica mantida pelo empresariado nacional, com o objetivo de encontrar, para os estudantes de nível médio, técnico e superior uma oportunidade de estágio que os auxiliem a colocar em prática tudo o que aprenderam na teoria. Ele existe há 45 anos no Brasil, dos quais 25 em Alagoas, onde
está sediado em Maceió e em Arapiraca. “Dentre os vários programas que desenvolvemos, possibilitamos aos jovens estudantes brasileiros uma formação integral, ingressando-os ao mercado de trabalho, através de treinamentos e programas de estágio”, disse o gerente Alessandro Salvatore.
POLIDACTILIA
Má formação genética é comum em Alagoas Nascer com alguns dedos a mais nas mãos nos pés ou nos dois é um dos problemas mais comuns de má formação genética dos membros. O problema é conhecido como polidactilia, uma alteração genética ligada à hereditariedade. Na semana passada, a polidactilia chamou a atenção do mundo após a divulgação de um caso na China em que um menino tinha 16 dedos nos pés e 15 nas mãos. Ele foi operado e teve os dedos em excesso extraídos. Em Alagoas, o ortopedista com formação em cirurgia do pé, Antônio Alício de Oliveira Júnior, chega a operar até quatro alagoanos por ano com o problema. No consultório e no centro cirúrgico, as experiências do médico mostram que é mais comum a pessoa ter um dedo extra em cada um dos membros. “A polidactilia é causada por um gene autossômico dominante. O que significa dizer que, se um dos pais tem, o filho do casal tem 50% de chance de nascer com o mesmo problema”, explicou Alício de Oliveira. Não há fatores externos que possam desencadear a alteração. A anomalia genética é mais comum de acontecer entre os homens e às pessoas da raça negra. A polidactilia é dividida em estruturada e não estruturada. No primeiro caso, há formação óssea e no segundo, o dedo sobressalente é ligado ao pé ou a mão apenas pela pele. “Em casos assim, é
comum o recém-nascido ser operado logo após o parto. Evita até mesmo arrastar o problema para o futuro. Apesar de também ser um tipo de polidactilia, nestes casos são ainda mais difíceis de chegarmos a estatísticas sobre o número de pessoas que nascem com a má formação genética”, considerou. Na grande parte dos casos, os dedos que nascem a mais funcionam bem. Acirurgia para a extração do membro ou dos membros sobressalentes costuma ser recomendada. Além do problema físico, há a questão estética e a emocional, já que deformidade gera impacto psicológico. Segundo Alício Oliveira, o paciente com a má fomação apresenta limitações para o uso de calçados convencionais. As deformidades são responsáveis pelas limitações na vida social desses pacientes. O aumento da largura do antepé, causado pelos dedos extranumerários, torna difícil a convivência com os calçados. Portanto, estreitar o pé é objetivo primordial. Aformação de calosidades e o aparecimento de deformidades secundárias dos dedos são agravantes na evolução da polidactilia no pé”, explicou Alício de Oliveira. Ainda segundo o médico, as metas do tratamento cirúrgico são a prevenção da dor, de deformidades residuais, de alterações no padrão da marcha, a possibilidade de uso de calçados comerciais e a satisfação estética. (V.C.)
CMYK
A10
Domingo, 28 de marรงo de 2010 | www.ojornalweb.com
CMYK
O JORNAL JORNA L A11
www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L
A12
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br
Desde abril de 2009, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e enfermeiros se entregaram ao mutirão para aplicar toxina e mudar a vida de pacientes
Iniciativa transforma vida de pacientes Projeto da Pestalozzi, no município de Arapiraca, promove mutirões para crianças com alteração motora Carolina Sanches Repórter
ARAPIRACA – Uma iniciativa da Associação Pestalozzi de Arapiraca tem proporcionado uma melhora na vida de crianças com alterações motoras. Desde abril do ano passado, a unidade realiza mutirões para aplicação da Toxina Botulínica nos pacientes. Após participar de três mutirões a realidade deles começou a mudar. A iniciativa já beneficiou diversas crianças. Nos últimos dias 12 e 13, foi
realizado o III Mutirão de Aplicação de Toxina Botulínica, com atendimento a 74 pacientes. De acordo com a coordenadora clínica da Pestalozzi de Arapiraca, a fisioterapeuta Fabiana Cavalcante, a toxina é aplicada de forma terapêutica e reabilitadora, minimizando e prevenindo deformidades e contratura, reduzindo espasticidade – a contração muscular – e, consequentemente melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Antes da aplicação, foi desenvolvido o projeto de Humanização do Mutirão, cujo
objetivo foi orientar a família do paciente, através de palestra explicativa sobre a medicação e seus efeitos e enfatizando a importância dele participar da ação. Os trabalhos foram orientados pelos profissionais do setor de psicologia e serviço social, e destinado aos pais e responsáveis de pacientes atendidos durante o mutirão. “O mutirão é uma oportunidade dos nossos usuários terem acesso a um serviço de excelência que muitas vezes só são encontrados em grandes centros”, expôs a coordenadora.
Equipes multidiciplinares participam dos mutirões; parcerias de diversas entidades são essenciais
A ação contou com a participação dos neuropediatras Rita Lucena e Camilo Vieira, da Bahia. Eles estiveram em Arapiraca para fazer um treinamento com a neuropediatra da instituição, Amália Uchôa, para que ela possa aplicar mais detalhes sobre a toxina. Também participaram como convidados dois neurologistas de Pernambuco. A equipe de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiologos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros participaram do mutirão sob coordenação de Fabiana Cavalcante.
“A parceria com empresas de Arapiraca foi fundamental para a realização do mutirão. Tivemos apoio da Farmex Arapiraca através do Farmacêutico Lucas Fernandes, que facilitou a aquisição da medicação; do Laboratório Ipsen Farmacêutica e da Distribuidora Exatas, que nos proporcionou a presença de profissionais capacitados”, afirmou Fabiana. RESULTADOS – O resultado dos mutirões animou profissionais da Pestalozzi e familiares de pacientes atendidos
pela instituição. “Com o atendimento em regime de mutirão, criamos uma dinâmica de funcionamento eficaz que, além de favorecer o paciente, proporciona aos voluntários um aprendizado específico na área da espasticidade”, ressalta a coordenadora Fabiana Cavalcante. Fabiana disse que os profissionais se sentiram recompensados com o resultado das aplicações. “Familiares nos procuraram para contar a evolução dos pacientes que esta sendo muito importante no tratamento”, conclui.
Toxina diminui as contrações e movimentos involuntários musculares: menor intensidade de sintomas
Atuação da toxina botulínica melhora qualidade de vida de usuários A toxina botulínica pode ser aplicada a pacientes que sofreram derrame cerebral, paralisia cerebral e traumatismo craniano e tiveram seque-
las que causam contrações ou movimentos involuntários nos músculos acometidos. Os esforços concentram-se em encontrar modos de redu-
zir a intensidade dos sintomas. Graças à ação bloqueadora da contração muscular, a toxina botulínica tem sido considerada pelos especialis-
tas como a melhor opção terapêutica não-invasiva utilizada com esse fim. Para as indicações aprovadas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), A Toxina Botulínica é aplicada diretamente no músculo comprometido, inibindo a liberação da acetilcolina (neu-
rotransmissor químico responsável pela contração muscular) e relaxando a musculatura no local em que é aplicado. (C.S.)
CMYK
O JORNAL JORNA L Domingo, 28 de marรงo de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
A13
CMYK
Cidades A14
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojorna
Os detalhes fazem a diferença No curso “Fale Bem em Público”, carro-chefe da casa, Carlos Conce e uma fonoaudióloga trabalham desde a postura e a forma de vestir até a maneira de se expressar. E como lembra o jornalista, apesar de parecerem detalhes sem importância, são questões como essas que fazem toda a diferença para quem procura o Instituto. “Uma vez tivemos um aluno que veio acompanhado da mãe. Ele tinha uma grande dificuldade de falar em público, mas ao final do curso, com o acompanhamento, as
análises e as dicas, deu um verdadeiro show”, lembra. O jornalista ressalta que todo o trabalho é feito com base no estímulo da autoconfiança dos alunos que, aos poucos, vão perdendo o medo de se expressar e argumentar diante da platéia. “Muitas vezes a dificuldade nem está ligada à timidez, mas à falta de estímulo”, avalia Carlos Conce. “Cada pessoa pode falar um minuto, mas houve um caso de uma menina que ficou quase cinco minutos discursando, ela precisava. O
curso também é um trabalho de terapia. A palavra cura”. O prédio do Instituto possui duas salas de aula, espaço para coffe breake, toaletes e um grande auditório, com capacidade para 100 pessoas. Os detalhes caprichados da decoração e algumas peculiaridades arquitetônicas chamam a atenção não só dos alunos, mas de empresas e universidades, que tanto fazem parcerias para ofertas de cursos, como alugam o espaço para diversos eventos. (G.L.)
Com o dom e a pa
Referência quando se fala em oratória, Carlos Conce explica os Gabriela Lapa Estagiária*
Quem nunca se sentiu desconfortável na hora de fazer um discurso ou apresentar um trabalho? Diante do olhar atento de uma platéia, até o mais experiente dos líderes gagueja, pensando onde pôr as mãos. Mas ao contrário do que parece, há detalhes bem simples que, quando praticados, podem reverter a situação e acabar, de vez, com a timidez. É o que ensina, há 20 anos, o jornalista Carlos Conce, no instituto que leva seu nome, no bairro da Ponta Verde. Retomando os ensinamentos seculares de Aristóteles nas mais
diversas situações do cotidiano, Carlos Conce trabalha aulas de comunicação verbal e não-verbal para dar aos seus alunos confiança total na hora de se expressar. “Acho que isso começou porque, desde criança, eu gostava de brincar de ensinar, e minha mãe sempre foi professora”, lembra o jornalista. Mas a paixão pela oratória foi descoberta somente depois de um encontro com o professor Reinaldo Polito, hoje a maior autoridade na área. “Conheci os livros do professor Polito e percebi que havia a possibilidade de, assim como ele, trabalhar expressão verbal”, conta. Independente do foco do curso ministrado no Instituto
Carlos Conce, o método de apresentação é todo baseado em simulações, gravação em vídeo e análise. “Se as aulas forem voltadas para comunicação empresarial, simulamos uma reunião. Se for comercial, uma venda. Tudo para analisar a postura dos alunos e indicar onde eles podem melhorar”, explica Carlos Conce. Os alunos participam, em média, de dez encontros, divididos em três módulos, nos quais vão treinando auto-apresentações e discursos e analisando a própria performance através das gravações. O primeiro treino é feito para vencer o medo de falar em público, depois a auto-apresentação e do marketing pessoal.
CMYK
O JORNAL JORNA L A15
alweb.com | e-mail: cidades@ojornal-al.com.br
aixão pela palavra
s detalhes que fazem a diferença na hora de se expressar bem Yvette Moura
Técnica específica para cada público A maioria das aulas, como no curso ‘Fale Bem em Público’, acontece de forma coletiva, no auditório. Mas, como destaca Carlos Conce, é possível manter o acompanhamento individual sem dificuldades ou constrangimentos. “Explicamos de forma bem didática em que pontos o aluno precisa melhorar. Quando exibimos o vídeo da sua apresentação, fazemos sugestões e estimulamos a análise, sem ofender ou desconcertar ninguém”, diz o jornalista. Mas não é só quem vive longe da tribuna ou dos palanques que procura auxílio no
Instituto Carlos Conce. Desfrutando de um acompanhamento mais reservado, feito nas salas de aula, chamado de Treinamento Personalizado para Líderes (TPL), prefeitos, deputados e governadores também já receberam dicas de como aperfeiçoar a capacidade de expressão verbal. “Houve até um caso em que a pessoa chegou anunciando que ficaria somente durante a primeira aula e acabou participando de todo o curso”, lembra, satisfeito. O TPL tem duração de seis horas e é direcionado especificamente ao marketing pessoal
do político ou do candidato. Carlos Conce já viajou por quase todos os estados brasileiros levando dicas de expressão verbal através de palestras e mini-cursos para anônimos e políticos. Mesmo na condição de professor, ele diz que também aprende com as aulas, e que a maior lição tirada dessas experiências passa longe de técnicas de discurso: é sobre humildade. “Para ser um grande líder e saber falar, é preciso, acima de tudo, aprender a servir”, afirma. (G.L.) *Sob a supervisão da Editoria de Cidades
Conce: segredos e técnicas para falar bem e se comunicar com sucesso são procurados por públicos variados
CMYK
O JORNAL JORNA L A16
Domingo, 28 de marรงo de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L A17
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br
Fotos: Marco Antônio
Coletores de resíduos sólidos: prioridade para ambiente sustentável
Resíduos são separados para receberem tratamento adequado, segundo normas ambientais Visitantes receberam explicações sobre o trabalho feito na Usina
DA UFAL PARA O CAMPO
Mestrandos debatem política ambiental na Usina Guaxuma Unidade foi a primeira do setor contemplada com qualificação ISO 14001 Isolda Herculano Especial para O JORNAL Coordenadora de Meio Ambiente explicou processo de coleta seletiva
Alunos viram que é viável aliar pontos de vista econômico e ambiental
Alunos do curso de mestrado em Diversidade Biológica e Conservação dos Trópicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) visitaram, na semana passada, a Usina Guaxuma, em Coruripe, com o objetivo de discutir a política ambiental implantada em empresas de grande porte e conhecer a diversidade de ecossistemas do local. A Guaxuma faz parte do Grupo João Lyra, maior empregador de Alagoas, responsável pela manutenção de mais de 12 mil postos de trabalho no Estado. Recepcionados pela coordenação de gestão ambiental da
indústria, os alunos puderam debater questões ligadas à fragmentação da Mata Atlântica, preservação de espécies da fauna silvestre e gestão ambiental. “Essa oportunidade de conhecer in loco o funcionamento e a gestão dos recursos de meio ambiente é uma política adotada pelo curso para que os alunos possam aliar a teoria da sala de aula à prática dentro das empresas geridas tanto pelo Estado quanto por particulares”, explicou a coordenadora do curso, Nídia Fabré. Segundo a professora, a forma de uso e conservação dos resíduos provenientes da produção industrial de uma usina desperta a curiosidade do meio acadêmico e proporciona ricos
estudos na área de ciências biológicas, especialmente pela ligação com as políticas de desenvolvimento sustentável. “Desenvolver práticas para a sustentabilidade faz parte da política de gestão de todas as indústrias do Grupo João Lyra”, afirmou Jane Paula de Souza, coordenadora de Meio Ambiente da Guaxuma. QUALIFICAÇÃO - Ela ressalta, ainda, que empresa foi a primeira do mundo, no setor sucroenergético, a receber a certificação ISO 14001 – atestado máximo de qualidade ambiental. “Para que uma empresa receba esse selo é preciso cumprir uma lista de normatizações que passam pela po-
lítica ambiental e social, caminhos que hoje são obrigatórios para se obter excelência na produção”, garantiu Jane Paula. A coordenadora chama atenção, ainda que, para manter qualificações como esta, é necessário um grande investimento não apenas na usina, mas nas comunidades circunvizinhas, que passam pelo fator determinante da conscientização: “Colaboradores e moradores das comunidades mais próximas da Guaxuma são fundamentais nesse processo, porque não é possível garantir bons resultados apenas com práticas técnicas. Para atender uma política ambiental rígida é preciso grande investimento humano e pessoal”.
Coleta seletiva como prioridade Um dos setores que mais pre- das prioridades quando falamos cisa de investimento em cons- em gestão de meio ambiente”, cientização pessoal, ainda de opinou Nídia. acordo com Jane Paula, é o que A Central de Resíduos da trata de aproveitamento e arma- Guaxuma funciona com três etazenagem de resíduos sólidos e lí- pas fundamentais: a separação, quidos. “Quando dizemos isso o armazenamento e o encaminão estamos falando apenas de nhamento de detriseparar o lixo químico do lixo tos para empresas de comum dentro da usina. reciclagem também Temos que orientar as certificadas. Por sepessoas de que a coguir os mais moderleta deve ser seletiva nos padrões para o e isso acontece não tratamento desse “A apenas no interior da material, o local foi organização Guaxuma, mas fora visitado por órgãos da central dela, nas comunidado município de des próximas”, reveMaceió e do Estado, impressiona lou a coordenadora quando da elaborapela enquanto os alunos ção do projeto do conheciam a Central funcionalidade” aterro sanitário da de Resíduos da emCapital: “Nos orgupresa. lha saber que temos Este ponto da vium sistema que inssita, aliás, foi destacapira a construção de do pela professora obras grandiosas, como o aterNídia Fabré como um ro sanitário de Maceió. Isso só dos mais importantes da visita. mostra que estamos estenden“Aforma de organização da cen- do o nosso alcance ambiental e tral impressionou pela funcio- social para além das dimensões nalidade, pois o fim dos resíduos da Guaxuma”, afirmou o gerené uma questão ambiental impor- te sócio-ambiental do Grupo tantíssima e que deve ser uma João Lyra, Ronaldo Melo. (I.H.)
Seleção e encaminhamento do material a ser reciclado é feito na usina
Garrafas PET são reaproveitadas para outras finalidades
Visita ao santuário do Jacaré-de-papo-amarelo Outro ponto visitado pelos mestrandos durante a ida à Guaxuma foi o Santuário Ecológico do Jacaré-de-papo-amarelo. Areserva natural foi criada pelo Grupo João Lyra para a conservação do réptil que estava ameaçado de extinção devido à caça ilegal. Hoje a Lagoa do Pastor, que fica no santuário, abriga cerca de cinco mil jacarés, segundo os administradores do local. “O Ibama, que é um órgão federal, utiliza essa reserva como área de soltura para animais recuperados, isso mostra a qualidade do ambiente em equilíbrio ecológico”, argumentou Marcelino Weigmar, veterinário do Grupo João Lyra. Weigmar informou ainda que no local vivem espécies que raramente são encontradas em outros ecossistemas como gato-do-mato, lontra, jaguatirica e diversas espécies de répteis, além do jacaré. Mas a preservação da fauna
Antes ameaçado de extinção, jacaré é encontrado facilmente no lugar
não é a única atividade desenvolvida na reserva, que também é um criadouro de abelhas africanizadas: “Essas abelhas produzem mel de ótima qualidade, embora nosso intuito ao criá-las não seja a venda, e sim uma conscientização da comunidade e até uma fonte de renda, já
que oferecemos treinamento de como lidar adequadamente com elas”, completou o veterinário, ratificando que um dos pilares da política de qualidade ambiental é orientar as pessoas a não impactarem o ambiente. O aluno Cristiano Costa declarou que o grande benefício da
visita para a turma foi o contato com a organização do sistema de gestão ambiental da empresa: “A maneira que a empresa gere as atividades da Guaxuma é realmente impressionante, principalmente pelo planejamento e organização. Geralmente as pessoas aprendem a cultivar uma imagem poluidora e destruidora quando se fala em usina e aqui vimos, na prática, o quanto é viável aliar pontos de vista econômicos, ambientais e comunitários quando existe uma gerência que prima pela excelência”. Para Jane Paula, receber estudantes na unidade é uma oportunidade de crescimento mútuo: “Eles vêm até nós com o conhecimento acadêmico e nós os recebemos com o conhecimento diário de quem adota um sistema de gestão de qualidade. E essa troca sempre dá frutos para ambos os lados”, finalizou. (I.H.)
CMYK
Cidades A18
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojorna
Falta de perícia deixa crimes sem eluci Sem adicional noturno, profissionais especializados deixam de trabalhar à noite e de coletar provas importantes para Láyra Santa Rosa
salário de nenhum servidor por desconhecer os danos da crise internacional em Alagoas. Problemas estruturais no Acabamos sendo prejudicados. Instituto de Criminalística e até Hoje, temos um dos menores samesmo, a falta de perícia em al- lários de peritos do país. Todo guns locais de crime está se tor- ano a data-base vence e ficamos nando um grande problema para sem correção”, lamentou. A categoria espera se reunir a elucidação de casos de violência em Alagoas. Há um ano, os amanhã, com o secretário de peritos que estão sem receber Defesa Social, Paulo Rubim, na adicional noturno não saem no tentativa de sensibilizá-lo para horário entre às 22h até às 5h os problemas do Instituto de deixando dezenas de casos, prin- Criminalística. “Estamos abertos para a conversa. A cipalmente assassinatos, sem o princípio, queremos o palevantamento preliminar. gamento do adicional noOs delegados da Polícia Civil já começam a en- “Esperamos turno e dos 30 por cento contrar problemas para abrir canal da gratificação por exclusividade, que temos diprovar na Justiça as rade zões e autorias dos cri- negociação reito e nunca recebemos. Esperamos conseguir mes. com o abrir o canal de negociaAs dificuldades no governo, ção com o governo que, Instituto de Criminalísque hoje hoje não existe”, afirmou tica vão desde a falta de equipamentos modernos não existe” Veras. “Acredito que falta vontade do governo para nos laboratórios ao núresolver a nossa situação. mero pequeno de efetiNão precisaria nem de estudo vo, com apenas 50 peritos na folha de pagamento do realizando trabalhos internos e externos. Sem falar na Estado para implantar o adicioluta constante da categoria – que nal noturno. O valor fica em vem se estendendo desde o iní- torno de dez mil reais, para 30 cio da atual gestão do governo peritos que fazem o trabalho indo Estado - por um reajuste sa- terno. É muito pouco”, justificou Além da luta pelo pagamenlarial e pelo pagamento do adicional noturno. “Estamos há to das gratificações, a categoria cinco anos sem receber reajuste também almeja o reajuste salarial salarial. A nossa categoria é total- equiparando com o mesmo valor mente desvalorizada. O pior dado a Polícia Civil no ano pasnisso tudo é que o governo já sado. “Na nossa negociação acerchegou a negociar conosco e vol- tamos com o governo que eles tou atrás do prometido. A situa- nos dariam reajuste de 9,11%. ção está ficando insuportável”, Esse valor foi oferecido por eles, disse o presidente da Associação mas acabamos ficando sem nada. Alagoana dos Peritos Criminais, Esperávamos, pelo menos, que fosse repassado o mesmo perJosé Veras. De acordo com ele, a alega- centual de reajuste dado aos poção do governo para o não paga- liciais. Estamos sendo desvalomento do reajuste foi a crise in- rizados em relação aos outras caternacional. “Eles alegaram que tegorias”, afirmou o presidente o Estado não ia poder ajustar o da Associação.
Repórter
Cena do crime vira espetáculo macabro que atrai curiosos; população interfere nas provas
Thallysson Alves / Estagiário
Seriam necessários 500 profission
Presidente do Sindicato dos Peritos, José Veras denuncia falta de condições de trabalho e de diálogo com o governo
O trabalho da perícia se divide em três tipos: contra pessoa, contra o patrimônio e acidente de tráfego. “Todos os dias, três equipes estão de plantão e cada um atua em uma área ou deveria atuar. Só que o efetivo pequeno faz com que atendamos todos os chamados. Somos apenas cinco peritos por dia, para o trabalho externo em todo o Estado. Se houver um chamado em Pariconha, temos que nos deslocar de Maceió até lá”, explicou José Veras. Segundo o vice-presidente da Associação, Paulo Rogério, um estudo feito no ano 2000, aponta que seria necessária a contratação de 500 peritos para atender bem todo o Estado de Alagoas. “Estamos sem concurso há mais de 10 anos. Muitos peritos já deixaram o trabalho por causa da desvalorização da profissão, outros
se aposentaram, a população comoção”, lamentou Paulo cresceu e o número de peritos Rogério. continua o mesmo. Um estuO sindicalista revelou que do aponta para a necessidade existe um projeto do Governo da contratação de mais profis- Federal para investir na conssionais. Acredito que um efe- trução de laboratórios e na comtivo com 100 homens já resolpra de equipamentos veria o nosso problema”, aproximadamente R$ disse Paulo Rogério. 2,5 milhões. “A fatia do O perito falou ainGoverno Federal já está Governo da, da criação de disponível, o problema pólos, descentralizan- federal de 2,5 é a contrapartida do do o serviço de Estadual que milhões para governo Maceió, seria um não ficou acertada. grande passo para equipamen- Mais uma vez ficamos melhorar o trabalho emperrados por causa tos, falta da perícia. “Seria neEstado. Sem dúvida contrapartida do cessário um pólo na esse investimento reesdo Estado truturaria todo o região Norte, outro no Sertão e a modernizaCentro de Perícias ção do de Maceió. Forenses, melhorando o Dessa forma estaríaInstituto de Criminalística”, mos presente em todo o falou. “A demanda de trabalho Estado. Hoje, muitas vezes os tem crescido, mas o órgão não. delegados do interior prefe- Temos profissionais bastante rem não chamar a perícia por qualificados e reconhecidos nacausa da demora na nossa lo- cionalmente, só que não temos
CMYK
O JORNAL JORNA L A19
alweb.com | e-mail: cidades@ojornal-al.com.br
idação desvendar crimes
Peças dos quebra-cabeças são violadas pelos curiosos Aquelas cenas dos seriados americanos mostrando o trabalho da Perícia Forense com isolamento bem feito, equipamentos ultra modernos e com os criminosos reconhecidos em menos de 24 horas, passa bem distante da realidade da perícia alagoana. O problema já começa no local do crime, onde parentes, curiosos, a polícia e até mesmo a imprensa não aprenderam a respeitar a área que pode solucionar o caso. Não é difícil chegar a um local de assassinato e ver dezenas de pessoas ao redor do corpo analisando a cena. Muitas vezes, apenas uma fita
de isolamento é colocada para evitar a proximidade das pessoas, mas até a chegada da perícia, aquele local já foi mexido e as peças do quebra-cabeça perdidas. “Sempre são deixados vestígios no local onde aconteceu uma ação delituosa. Será a perícia que irá encontrar as informações que poderão dar embasamento às investigações da polícia. Produzimos um laudo no prazo de dez dias, podendo ser renovados por mais dez que passarão todos os detalhes do local do crime”, explicou José Veras. “A perícia é uma das provas mais importantes para o
inquérito. Sem essas informa- estão suspensos. Mas se a área ções, a Justiça pode até mesmo estiver isolada depois desse hoanular uma causa e, com isso, rário, iremos até o local culminar com a impufazer o nosso serviço. O nidade”, alertou problema é que nem No local do crime, sempre a polícia espera os peritos têm o cuidaa nossa chegada ou resdo de observar cada de- “As pessoas peita o isolamento do talhe. Eles recolhem local”, falou Paulo pegam projeteis, armas, drogas, projéteis e Rogério. materiais de informátiCom a decisão de ca, tudo que puder ser somem com suspender a saída no usado para a elucida- as provas” horário noturno, enção do caso. “A perícia quanto o adicional não estará presente em voltar a ser pago, os pequalquer lugar que for ritos solicitaram que a solicitado pelo delegaárea onde o crime for cometido. Apenas no horário do fique isolada. “É preciso entre às 22h às 5h, os trabalhos preservar o local. O problema
é que, com a presença de várias pessoas, os vestígios vão desaparecendo. As pessoas pegam projéteis, somem com as provas e o laudo fica comprometido”, lamentou o vicepresidente da Associação, Paulo Rogério. “Na maioria das vezes, a polícia não espera a nossa chegada. Até entendemos que esse isolamento durante toda a madrugada, pode acabar atrapalhando outras ações da polícia, que tem obrigatoriedade ficar no local preservando a área. Mas sem a perícia, a situação se torna um prato cheio para a impunidade”, alertou. (L.S.R.)
nais em AL estrutura para trabalhar. Muitas vezes temos que realizar atividades periciais em Estados vizinhos para conseguirmos concluir um laudo”. Hoje, o Instituto de Criminalística tem internamente laboratórios para análise de balística, documentoscopia, química, DNA, grafotécnica, informática. “Temos os laboratórios, mas a falta de estrutura com equipamentos modernos faz com que passemos meses para conseguir terminar um laudo, sem falar que acontece de não obtermos resultado”, contou Paulo Rogério. “Muitas vezes, acabamos pedindo auxílio dos estados vizinhos, como é o caso do exame residuográfico que temos que mandar as análises para Pernambuco. É preciso de mudanças imediatamente”, clamou. (L.S.R.)
Davino afirma que sem peritos, muitas provas deixam de constar nos inquéritos
Para Flávio Saraiva, policiais deveriam ser treinados para fazer trabalho de perícia
“Local do crime é livro onde o criminoso escreve sua história” O professor universitário e perito criminal Mário Antônio de Oliveira completou dizendo que o local do crime é um livro aonde o criminoso escreve sua própria história. “É o laudo pericial que comprova a materialidade do delito. No artigo 158 do
processo penal está imposto a importância da perícia. Ele diz que quando existe a infração são deixados vestígios. E neste caso é indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo da confissão do acusado. Quer dizer, o laudo
é mais importante até do que uma confissão. Esse nosso trabalho é de muita responsabilidade, mas infelizmente pouco valorizado”, explicou o professor. Para a diretora do Instituto de Criminalística, é preciso que as pessoas tenham consciência
da importância do local do crime e passe a respeitá-lo. “Na maioria das vezes, o local não é preservado. Nessa falta de cuidado, acabamos perdendo indícios importantes, que acabaram fazendo falta durante a avaliação do juiz, sem provas técnicas”, falou.
“É preciso de os policiais melhores treinados para preservar esses lugares. Sabemos que existe a dor da família, o trabalho da imprensa, mas se esses locais forem violados, os crimes acabaram sem respostas”, alertou Mário Antônio. (L.S.R.)
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L
A20
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br
Delegados já encontram dificuldades para realizar inquéritos policiais Os delegados da Polícia Civil já estão começando a ter dificuldades para concluir alguns inquéritos. A falta da perícia tem sido um grande problema para unir provas que dêem substâncias para a conclusão das inves-
tigações. A opinião de delegados e agentes é que outra situação grave será sentida no futuro, quando os inquéritos se tornarem processos e forem encaminhados para a Justiça. Segundo eles, o trabalho do
Ministério Público e, até a decisão do juiz, podem ser prejudicados pela falta de embasamento. Por isso, os profissionais alertam que seja provável que muitos crimes fiquem impunes, sem os autores reconhecidos.
Para o delegado do 4º Distrito Policial, Robervaldo Davino, a falta de perícia tem causado um grande prejuízo às investigações. “Estamos começando a sentir dificuldades para concluir os inquéritos, princi-
palmente porque precisamos substanciar os fatos. Até chegamos aos autores de crimes, mas sem a perícia acabamos sem provas”, disse. “O trabalho da perícia é essencial, principalmente no que diz respeito à co-
leta de dados para complementar o inquérito. Hoje quando o crime acontece durante a madrugada, vamos ao local,pegamos um documento, nome de testemunhas e mandamos levar o corpo”, relatou. (L.S.R.)
Fotos: Arquivo
Peritos já chegaram a fazer protestos para sensibilizar o governo do Estado, mas até agora nada conseguiram
“Ler” as pistas deixadas no local das ocorrências ajuda a desvendar muitos mistérios do crime
Saraiva sugere que agentes sejam treinados para fazerem perícias O delegado de Marechal Deodoro, Flávio Saraiva, também lamentou esses problemas no Instituto de Criminalística. “O local de crime fala por si só. Sem o trabalho da perícia, o nosso trabalho fica totalmente comprometido. Sabemos que os levantamentos feitos pela Deplan são totalmente superfi-
ciais e quando pegamos as informações para investigar faltam embasamentos e elementos para darmos continuidade às investigações”, colocou. Flávio Saraiva falou ainda que, como esse problema no efetivo da perícia, já tinha sugerido à direção da Polícia Civil que os próprios policiais
Civis sejam treinados para conseguir realizar um levantamento preliminar nos locais dos crimes. “Em São Paulo já existe um trabalho nesse sentindo. Acredito que amenizaria o problema da perícia e nos daria mais embasamentos para finalizarmos o inquérito. Assim, poderíamos acabar com a se-
quência de impunidade”, disse. O delegado de Marechal Deodoro fala, ainda, que o investimentos em perícia são necessários para conseguir melhorar a qualidade do trabalho feito pela polícia alagoana. “Não temos um banco de dados com os projéteis encon-
trados em locais de crimes ou retirado dos corpos, para comparar com as balas das armas apreendidas. Se tivéssemos essas informações, poderíamos cruzar os dados e conseguir encontrar autores de crimes, até possíveis assassinos em série que agem em determinadas regiões”, falou. “Cada
arma tem uma identidade balística e um sistema simples poderia ser um grande passo para desvendar vários casos. Como isso não é feito, o trabalho da polícia fica mais complicado e o delegado acaba tendo que correr atrás de outras formas para identificar os culpados”, finalizou. (L.S.R.)
CMYK
O JORNAL
Cidades
A21
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
Maceió, bom para se viver e morar Investimentos elevam qualidade de vida dos maceioenses As ações de revitalização de Maceió estão contribuindo para o progresso social, o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida da população. Plantio de árvores em canteiros e praças, modernização da infraestrutura da cidade e da orla de Maceió, melhorias na iluminação pública e na limpeza e a promoção de eventos esportivos elevaram a autoestima dos maceioenses e encantam turistas. Arquivo
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L
A22
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br Arquivo
Plantio de árvores oferece maior qualidade de vida para os maceioenses
Em harmonia com o meio ambiente A cidade de Maceió está meio ambiente”, disse o coroficando mais verde e saudá- nel Maxwell. vel. Praças, canteiros e calçaO comandante do BPA das da orla da capital alagoa- prevê que, a partir do investina receberam um grande in- mento ambiental, as novas gecremento de árvores que, rações terão uma preocupaalém de contribuir para o pai- ção maior com a preservação sagismo urbanístico, está au- da natureza. De acordo com mentando a qualidade de o coronel Maxwell, o plantio e vida da população. O inves- a preservação das árvores tratimento ambiental, conse- rão uma melhor qualidade de quência do projeto Maceió vida para todos os moMais Verde e da consradores. cientização da própria Ele destacou, “A saúde população trouxeram ainda, que o planejaar puro, vida e beleza ambiental da mento de arborização à cidade. capital será em alguns pontos de O comandante do irá acarretar restabelecida Maceió Batalhão Ambiental em um melhor equia partir (BPA) da Polícia líbrio natural. “O ser Militar, tenente-corohumano depende desse nel Maxwell Santos, trabalho de muito das árvores: o disse que o plantio de ar fica mais puro e diárvores em canteiros, arborização” minui o problema do praças e calçadas da calor. Essa busca do orla de Maceió repreequilíbrio natural será benésenta o resgate ambiental. Para fica para o futuro da cidade”, o coronel Maxwell, o projeto afirmou. “A saúde ambiental de arborização da cidade está da capital alagoana será resaproximando ainda mais o ci- tabelecida a partir desse tradadão maceioense com o meio balho de arborização. A cidaambiente. de irá respirar melhor, além “O plantio de árvores re- de atrair pássaros de diversas sultará em uma melhor har- espécies”, completou o comonia entre a população e o mandante.
Onda Verde toma conta da capital alagoana Para o presidente da Associação Brasileira de Indústria e Hotelaria em Alagoas (ABIHAL), Carlos Gatto, a empreitada para recuperar o meio ambiente e mantê-lo equilibrado é essencial para proporcionar uma sadia qualidade de vida para os maceioenses. “O trabalho de recuperação do meio ambiente acarretará em uma melhor qualidade de vida e auxiliará no combate à poluição”, comentou Carlos Gatto. “Ninguém imaginava que a plantação de gramas e a colocação de um jardim no calçadão iriam fazer tanta diferença na questão estética da orla de Maceió”, disse o presidente da ABIH-AL. Ainda conforme Carlos Gatto, o investimento ambiental, principalmente na área verde dos canteiros da orla da cidade, deu novas cores ao cartão-postal da capital alagoana. Carlos Gatto ressaltou, também, a importância do
Arquivo
Maceió recebe forte investimento de plantio de árvores
projeto de despoluição das praias da orla de Maceió. Segundo o presidente da ABIH-AL, o empenho para assegurar a balneabilidade das águas das praias da capital dará contribuição não apenas aos turistas que visitam a cidade, mas também a toda a po-
pulação alagoana. Para ilustrar que o programa está apresentando resultados positivos, Carlos Gatto afirmou que somente na semana passada cerca de 200 mil pessoas se banharam nas águas das praias da orla de Maceió.
O presidente da ABIH-AL garantiu que Maceió está trilhando novos caminhos com o empreendimento direcionado à limpeza das praias. “A orla de Maceió é uma das mais bonitas do País. E, agora, com a despoluição do mar, a beleza das praias da capital alagoana atrairá ainda mais o turista e o maceioense”, disse o representante da rede hoteleiro no Estado. Maceió Mais Verde - Para assegurar um meio ambiente ecologicamente equilibrado, a Superintendência Municipal de Meio Ambiente (Sempma), por meio do projeto Maceió Mais Verde, está investindo no plantio de árvores em vários pontos da capital alagoana. O objetivo da iniciativa, que vai além de um simples projeto paisagístico, pretende dar maior qualidade de vida para os maceioenses. A conduta de incrementar o plantio de árvores visa, ainda, recuperar o meio ambiente e diminuir os danos causados pela depredação da natureza.
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L A23
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
Para deixar Maceió mais segura Audiências públicas pretendem encontrar soluções efetivas para o cambate à violência na capital alagoana Os representantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), da Aliança Comercial Retalhista, do Conselho Regional de Psicologia (CRP) e do Movimento Negro estão otimistas quanto ao plano de combate à violência em Maceió, que está sendo elaborado a partir de consultas públicas. De acordo com eles, o plano de segurança, que faz parte do projeto “Maceió Mais Segura”, trará soluções efetivas para o enfrentamento da criminalidade na capital alagoana. A assistente social e coordenadora do Núcleo Temático de Mulheres e Cidadania da Ufal, Elvira Simões Barreto, acredita que a ideia de ouvir a população para obter sugestão para diminuir a violência em Maceió trará resultados
positivos. “A partir das audiências públicas, o plano de segurança terá subsídios eficazes que conseguirão reduzir o índice de violência na capital”, disse Elvira Barreto. “A ação merece apoio da sociedade porque, para se construir uma proposta de efetivar políticas públicas de enfrentamento à violência, escutando a própria população, é uma missão que precisa de muito esforço e dedicação”, afirmou a assistente social. PIONEIRISMO Para a assistente social, a consulta pública é inédita em Maceió. Segundo Elvira Barreto, que participa do movimento há cerca de 20 anos, ela nunca havia tido a oportunidade de participar de uma consulta pública nesse sentido.
“Nunca tive a oportunidade de ser ouvida e debater políticas públicas nesse campo que é a violência, principalmente relacionada à mulher”, disse. A coordenadora do núcleo da Ufal disse que, somente com a iniciativa da consulta pública, a população já sente uma sensação de segurança e tem a confiança de que o projeto é promissor e poderá apresentar resultados. “A consulta pública é um ganho significativo para a população que sofre na pele com a onda da violência”, destacou. Ainda conforme Elvira Barreto, em relação às outras capitais do País, Maceió já saiu na frente na criação de um programa de enfrentamento à violência, principalmente contra a mulher.
Moradores contribuíram dando sugestões para enfrentamento da violência na capital alagoana
Ação integrada contra a violência Quem também ressalta o quanto são importantes as audiências públicas que estão sendo desenvolvidas é o presidente da Associação Comercial Retalhista, João Correia Barros. “A ideia de ouvir a população e os diversos segmentos e entidades de classes é de fundamental importância para acolher sugestões e, por conseguinte, criar uma solução para o combate à violência”, comentou João Correia. “Essa visão de ouvir comunidades, entidades e associações é uma proposta importante para colher informações junto àqueles que sofrem na pele as consequências da violência”, disse João Correia. O presidente da Associação Comercial Retalhista acrescentou, ainda, que já participou de várias outras audiências públicas, mas não da maneira como a que está sendo promovida em Maceió. “A didática utilizada pela secretaria para abordar e acolher sugestões quanto à violência é diferente e trará bons frutos para tentar diminuir a violência em Maceió”, disse João
João Correia: “Para mim, esse tipo de audiência pública para discutir a questão da violência na capital alagoana é inédita”
Representantes da Polícia Militar também participaram das audiências públicas para a prevenção da violência
Correia. “Para mim, esse tipo de audiência pública para discutir a questão da violência na capital alagoana é inédita”, acrescentou. Para João Correia, a audiência pública, que tem o objetivo de criar o Plano Integrado de combate à violência, é o começo de um horizonte que deve ter prosseguimento. “Essas
audiências não podem parar por aí. Já que, de início, estão dando resultados e é necessário seguir em frente”, ressaltou. O presidente da Associação Comercial Retalhista disse, ainda, que não tem dúvida de que, a partir da estratégia de desenvolver uma série de ações integradas, o combate à violência será mais eficaz.
Audiências vão criar plano de segurança Para Helciane Angélica, representante do Centro Cultural e Estudos Étnicos, “a proposta de unir forças” ao ouvir o clamor da população e também de vários outros segmentos da sociedade civil é o primeiro passo para se fazer um programa que tenha efeito enérgico. Ela disse que as audiências reacendem a esperança da sociedade, que não tem
mais em quem acreditar. “A sociedade se sente fragilizada e desassistida na questão de segurança pública. É muito importante manter esse tipo de diálogo com a sociedade. Percebe-se, com isso, que a cidade de Maceió quer tentar reverter a situação da violência partindo do diálogo”, afirmou Helciane Angélica. Já o presidente do Conselho Regional de Psicologia
(CRP), Félix Vilanova, a ideia de escutar a população em relação ao combate à criminalidade chegou em uma boa hora. “A criação desse projeto chega em um bom momento para a população de Maceió. A sociedade também quer contribuir para uma grande reflexão acerca da violência e encontrar possíveis soluções para essa situação”, enfatizou.
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L
A24
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
Melhorias na iluminação pública levam mais segurança e comodidade aos moradores do centro urbano
Praças de Maceió estão mais iluminadas com o reforço do novo sistema de iluminação pública
Noite de Maceió fica mais iluminada Andar pelas ruas da cidade está mais confortável; iluminadas atraem moradores e turistas em passeios “A melhoria da iluminação temas de iluminação pública pública de Maceió, além de tra- da capital alagoana inibiu o zer mais claridade no período avanço da violência. “Com a da noite, coíbe as ações de ban- cidade mais iluminada, com a didos e contribui para o desen- colocação dos novos postes e volvimento social da popula- lâmpadas, a gente tem uma ção”. Isso é o que afirmam tu- sensação de segurança. Os ristas e moradores dos centros casos de roubos em via públiurbanos de Maceió. O novo sis- ca reduziram bastante”, contema de iluminação que está tou Maria Quitéria. “As pessendo instalado nos bairros e soas, agora, se sentem mais sena orla da capital alagoana faz guras para sair à noite, camiparte do programa Luz da Vida, nhar e até passear de bicicledesenvolvido pela Superin- ta”, afirmou. tendência Municipal de Energia Sensação igual à do estue Iluminação Pública (Sima). dante e da aposentada de que Para o estudante Diego O- Maceió está mais segura com mena, a nova iluminação públia nova iluminação é ca de Maceió está perconfirmada pelo casal mitindo que a populade turistas Luiz Henção desfrute dos esparique Basílio e Shirley “Com a ços públicos também Lins Henrique. Habino período da noite, fa- cidade mais tuados a fazer caminhacilitando o aproveita- iluminada, da durante à noite na mento das áreas de orla da Pajuçara, os dois a gente lazer. “A nova iluminaafirmam que não se sentem uma tem inseguros. “Eu semção pública na capital alagoana está promo- sensação de pre faço caminhada à vendo uma melhor segurança” noite na praia e percebo qualidade de vida para que realmente melhoas pessoas que moram rou bastante a iluminanos centros urbanos”, ção. O visual no período da disse Diego Omena. noite está melhor, mais vivo e De acordo com Diego Ome- vibrante. Os postes são mais na, a iluminação pública, além bonitos e iluminam mais”, de estar diretamente associa- disse Luiz Henrique. da à segurança pública, con“A noite ficou mais clara e tribui para a prevenção da cri- está atraindo uma grande minalidade, embeleza as áreas quantidade de pessoas para caurbanas e valoriza monumen- minhar na orla. Com o reforço tos, prédios e paisagens. da iluminação, o local ficou A aposentada Maria Qui- mais movimentado e inibe as téria ressalta, também, que a ações dos assaltantes”, commelhoria da qualidade dos sis- pletou.
Shirley Lins ressaltou, ainda, que a nova iluminação melhorou a imagem da cidade, favorecendo o lazer noturno, contribuindo, assim, para o bem-estar de quem visita a capital e também dos próprios alagoanos. “A iniciativa proporciona maior claridade e maior segurança para quem vem passear e fazer caminhada, ou praticar esporte, durante à noite na orla de Maceió”, afirmou. Ela disse que agora tem uma imagem positiva da cidade. “Maceió é uma cidade segura, confortável e bonita, onde as pessoas podem aproveitar essa beleza também à noite”, disse. PROGRAMA LUZ DA VIDA Com o objetivo de melhorar o sistema de iluminação pública, a Sima, por meio do projeto Luz da Vida, instalou, nos últimos cinco anos, mais de 15 mil novos pontos de luz na cidade. Até o final de 2008, os números de pontos de luz aumentaram em mais de sete mil unidades. Os 44 mil pontos se transformaram em quase 52 mil, um aumento expressivo de 16%, que beneficiou bairros em toda a Maceió. O projeto desenvolvido no sistema de iluminação pública, além de deixar a cidade mais moderna, está aumentando a autoestima da população da capital alagoana.
Praça Vera Arruda, na Jatiúca, também recebeu as ações do mutirão de limpeza
Agentes da Slum intensificam trabalho de capinagem e desobstrução de córregos nos bairros da capital
Iluminação urbana exerce grande influência no cotidiano das pessoas e cria imagem positiva do local
Mutirão de limpeza recolhe lixo de Maceió A nova coleta do lixo diá- até de ratos”, afirmou John ria proporcionou um rela- David. De acordo ele, além cionamento estreito entre a da despoluição visual dos Superintendência de Lim- bairros de Maceió, o recopeza Urbana de Maceió lhimento diário do lixo traz (Slum) e a população. Todos boas consequências para a os moradores já sabem que saúde da população. o sistema de recolhimento “Anos atrás, as calçadas de lixo não é feito a qual- ficavam dias cheias de sacos quer tempo, mas em dias e de lixo esperando pelo cahoras preestabelecidos. De minhão coletor. Aí o acordo os moradores cheiro desagradável dos centros urbanos conta da rua”, “A coleta tomava da capital, a coleta de lembra a pensionista diária lixo melhora o aspecMaria Francelina, que to visual da cidade e facilita a mora na Vila Saem, traz grandes benefí- limpeza da no bairro do Sanacios para a saúde, tório. Segundo Maria cidade e Francelina, o lixo que evitando a proliferação de vetores que contribui antes ficava exposto causam doenças. durante dias, ameapara a O técnico de ençando a saúde dos fermagem John Da- saúde das moradores, é coletavid, que mora em um pessoas” do todas as noites. trecho da Ladeira do “Agora ficou melhor Calmon, em Bebecom a coleta noturna de lixo. douro, disse que a coleta O caminhão do lixo passa diária de lixo está evitando aqui [na Vila Saem] todos os o acúmulo de sujeira e im- dias. É bom que, quando a pedindo a proliferação de gente acorda, não se depara insetos, bem como de ratos. com aquela quantidade de “A coleta diária facilita a lim- lixo na rua”, frisou a penpeza da cidade e contribui sionista. para a saúde das pessoas, O motoboy Misael Franporque impede a prolifera- cisco, também morador do ção de moscas e baratas e bairro do Sanatório, ressal-
tou que já sabe da hora aproximada em que o serviço é executado e trata logo de tomar providências antes, colocando o lixo na calçada. Misael Francisco também afirmou que a remoção regular do lixo evita a proliferação de vetores causadores de doenças. “A partir da coleta diária da sujeira, ratos, baratas e moscas não conseguem encontrar no lixo condições para se desenvolverem”, disse. Outra iniciativa aprovada pelos moradores é o mutirão de limpeza, promovido pelos garis da Slum. A cada semana, os agentes de limpeza ocupam um local de maior necessidade para serviços de varrição, capinação, pintura de meio-fio, limpeza de cais e canteiro. “Quando o lixo não é recolhido diariamente, a cidade fica com mau aspecto e mau cheiro”, acrescentou. Ele também disse que o visual da cidade mudou com os mutirões de limpeza. “O acúmulo de matos e lixo em terrenos baldios já não nos preocupa mais”, garantiu.
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L A25
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
Mexe Maceió agita orla durante verão Orla de Capital se transforma em arena de jogos; evento contou com mais de 20 modalidades esportivas A orla de Maceió se transformou em uma verdadeira arena de jogos de verão. Reunindo diversas modalidades, entre elas futevôlei, vôlei de praia, beach soccer, handbeach, basquetebol de praia, triathlon, rúgbi, futebol americano, lutas e surfe, o projeto Mexe Maceió, promovido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), revelou a capacidade da estrutura
urbana para a pratica esportiva, lazer e entretenimento. Para os representantes de federações esportivas do Estado, o evento trouxe grandes benefícios para Maceió, como o incentivo à prática de esportes e a divulgação do turismo alagoano. De acordo com o presidente da Federação de Beach Soccer, Daniel Fernandes, além da inclusão social, o evento esportivo
promoveu a valorização de várias modalidades de esporte amador, bem como de atletas que se consideravam esquecidos pela falta de iniciativas de recreação e esportes. “O evento esportivo incentivou a prática do esporte amador e estimulou a presença de moradores e turistas nas praias da cidade maravilhosa”, disse Daniel Fernandes. Outro ponto positivo apon-
tado por ele, decorrente da realização do projeto esportivo promovido, foi uma vitrine para a Federação de Beach Soccer no cenário nacional. “O evento serviu para expor a federação estadual de futebol de areia para que a Confederação Brasileira de Beach Soccer conhecesse, ainda mais, o trabalho que desenvolvemos aqui no Estado”, comemorou. O presidente da Federação
de Futebol de Areia comemorou, ainda, o aumento da procura dos jovens e adolescentes pelo esporte de verão. “O projeto instigou a procura de pessoas em praticar o futebol de areia”, contou. Daniel Fernandes afirmou que a iniciativa facilitou o acesso dos maceioenses e turistas a diversas modalidades esportivas de areia, abrangendo todas as faixas etárias. “O Mexe Maceió conseguiu envolver
crianças, jovens e adolescentes na prática de esportes durante o período de férias, evitando, dessa forma, que eles entrassem por outro caminho”, disse. “O Mexe Maceió não ajudou apenas o desenvolvimento de esportes, mas contribuiu para vender Maceió, quanto a capacidade de sediar esses jogos e outras modalidades esportivas, incrementar o turismo e os negócios”, disse.
Turistas e moradores de Maceió prestigiaram as partidas de hand beach durante o Mexe Maceió
Mexe Maceió contou até com uma academia de ginástica a céu aberto; turistas aproveitaram a atividade
Atletas mostram muita garra e talento durante disputa de partidas nas areias da praia da Pajuçara
Torcedores assistiram às partidas acirradas de beach soccer na arena montada na praia da Pajuçara
Futebol americano ganha adeptos O presidente da Federação Alagoana de Futebol Americano (Fafa), Eduardo Magalhães, disse que, além de oportunizar a prática de diversas manifestações esportivas, o projeto ocupou a orla de Maceió e também o tempo da juventude, principalmente no período de férias. Eduardo Magalhães afirmou que a oferta de atividades esportivas, como a do Mexe Maceió, deve ser uma constante, porque traz desenvolvimento econômico e proporciona uma vida mais saudável e feliz para a população. “A atividade esportiva é um lazer que muda rotina, fazendo com que as pessoas se divirtam e, ao mesmo tempo, desenvolvam as partes física e mental”, afirmou Eduardo Magalhães. “O evento es-
portivo de verão também é importante para que a cidade obtenha independências econômica e financeira”, completou. De acordo com o presidente da Fafa, o Mexe Maceió é importante porque ocupa as horas de ociosidade durante o período de férias dos jovens, que, muitas vezes, gastam o tempo inutilmente em ações que não trazem nenhum benefício. “O evento ocupou o tempo e o espaço dos jovens no período das férias, pois alguns maus atrativos podem levá-los para situações nada saudáveis”, explicou. Assim como ocorreu com o beach soccer, Eduardo Magalhães contou que também, a partir do Mexe Maceió, o futebol americano conquistou visibilidade
e ganhou novos adeptos. “Depois das partidas de futebol americano realizadas durante o Mexe Maceió, houve uma procura grande de jovens interessados em praticar o esporte”, disse. “Nossos treinos agora são todos com a casa cheia”, completou. O presidente da Fafa disse que, além de agregar várias manifestações esportivas, o evento permitiu que atletas amadores tivessem a oportunidade de mostrar o seu talento. “O Mexe Maceió criou oportunidades para várias formas de manifestações esportivas e oportunidades de talento. Uma iniciativa dessas é louvável”. “O maceioense e os turistas tiveram a oportunidade de saber que aqui também se pratica o futebol americano”, comemora.
Triathlon teve grandes confrontos Já o presidente da Federação Alagoana de Triathlon (FAT), Higino Vieira, disse que a organização do evento esportivo contribuiu para que horas de lazer fossem preenchidas com a prática de diversões sadias. Higino Vieira também comentou que as atividades esportivas do Mexe Maceió impediram o desperdício de tempo por parte da juventude. “O evento esportivo instigou a prática do esporte, evitando o ócio”, comentou Higino Vieira. O presidente da FAT, que comparou a praia da Pajuçara com a de Copacabana, no Rio de Janeiro, disse que o evento despertou a esperança nas ou-
tras federações esportivas, que, segundo ele, passaram a acreditar que ainda é possível. “O evento ajudou a despertar a prática do esporte amador e nos fez acreditar que é possível”. Por outro lado, Jorge Antônio Alves, representante do Projeto Sesc Verão, disse que o Mexe Maceió provou que a capital alagoana tem tudo para se tornar conhecida nacionalmente como a capital dos esportes de verão. Para ilustrar o que ele considera como sucesso, Jorge Alves disse que, logo após o término do evento, ele foi procurado por turistas que ficaram
interessados em praticar o futebol americano. MEXE MACEIÓ O Sesc Verão 2010, desenvolvido por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), em parceria com o Sesc e com apoio do Cesmac e TV Gazeta, aconteceu na orla marítima, com maior concentração na Pajuçara. Além de reunir as 27 modalidades esportivas, houve a apresentação de oito manifestações culturais, como danças e ginásticas e hip hop. Foram 2.659 participantes em 42 dias de atividades, 76 jogos e um público estimado em 8 mil pessoas no total.
Campos da Praia de Pajuçara reunem atletas em várias modalidades esportivas As atletas femininas também mostraram sua categoria nas areias da praia da Pajuçara no Mexe Maceió
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L
A26
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
Centro de Maceió com cara de shopping Área comercial está mais moderna, atraente e confortável; houve aumento de 20% de novos empregos As obras de requalificação do Centro impulsionaram a atividade comercial e a geração de emprego em Maceió. Isso é o que afirmam os representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da Aliança Comercial dos Retalhistas e também comerciantes. Segundo eles, as transformações nas áreas de in-
fraestrutura urbanística atraíram novos comerciantes e consumidores para o Centro, aumentando, dessa forma, a movimentação nas vendas do setor. Comemorando a estimativa de aumento de 20% de novos empregos gerados pelas lojas instaladas no centro de Maceió, o presidente
da CDL, Wilson Barreto, disse que a valorização dos prédios atraiu novos clientes e empresários. “A revitalização do Centro contribuiu para a valorização dos prédios e atraiu novos clientes e empresários”, afirmou. O presidente da CDL afirma, ainda, que a modernização do centro incentivou a ex-
pansão de novas lojas de marcas. “Com o projeto de requalificação, houve uma expansão de novas lojas e marcas para o centro de Maceió”, frisou. “Após a revitalização do Centro, novas lojas se instalaram no local, entre elas estão: O Boticário, Mister, Maxhu´s e C&A. Já outras
grandes empresas, como Esplanada e Insinuante, ampliaram seus espaços físicos”, contou. Wilson Roberto disse que o centro de Maceió se transformou num shopping a céu aberto. “A fachada e o interior das lojas estão com um ambiente mais bonito e aconchegante para os consumidores”,
afirmou. “O conforto e a limpeza do calçadão do comércio são fatores que atraem turistas”. “Com o investimento nas lojas, em consequência da requalificação do Centro, houve aumento nas vendas do setor varejista. O comércio está mantendo um comportamento positivo”, contou.
Imóveis valorizados, empresas mais sólidas
O fluxo de pessoas no Comércio de Maceió aumentou depois das obras de requalificação
O presidente da Aliança Comercial dos Retalhistas, João Correia, também confirmou que a revitalização do centro de Maceió provocou uma valorização dos imóveis e o aumento da oferta de empregos, além da instalação de novas lojas. “A revitalização do Centro trouxe como consequência maior fluxo de pessoas, valorização dos imóveis e instalação de novas lojas, como empresas regionais e nacionais”, enumerou João Correia. Para o presidente da Alian-
ça Comercial dos Retalhistas, a modernização do centro da capital é sinal de novos tempos e também é considerado por ele como um divisor de águas. “Houve um fortalecimento no comércio. A requalificação foi um divisor de águas”, disse. “A requalificação do Centro era uma coisa esperada há anos. Nos últimos três anos tivemos uma evolução que sonhávamos há muito tempo”, afirmou. Quem também justifica o fortalecimento da economia
no Centro, com o projeto de revitalização, é o comerciante Luiz Antônio. Ele destacou que houve avanços a partir das obras de requalificação do setor. “O visual moderno do Centro está mais atrativo e pode receber melhor os visitantes, que têm mais comodidade na hora de efetuar suas compras”, afirmou. “O Centro ganhou um visual moderno e confortável. Pessoas que vão àquela região efetuar suas compras têm mais tranquilidade”, disse.
Cidade ganha novos equipamentos e facilita transporte Lula Castello Branco
O investimento na infraestrutura para a construção de viadutos, passagens de nível e contornos de quadras facilitou o trânsito em diversos pontos críticos de Maceió e trouxe novas opções de tráfego. Motoristas, usuários e pedestres disseram que a melhoria do trânsito e o escoamento do tráfego melhoraram o percurso entre a região do bairro do Tabuleiro do Martins e a orla de Maceió. A construção dos viadutos diminuiu o congestionamento em diversos pontos críticos no trânsito de Maceió. “Os viadutos melhoraram o fluxo de veículos, facilitando a vida de motoristas que enfrentavam horas de engarrafamento”, disse o rodoviário José Milton. Para ele, além da facilitação no escoamento do trânsito, os investimentos nos corredores
de tráfego de Maceió promoveram uma organização e harmonia entre os motoristas. “As obras no trânsito de Maceió mexem com a autoestima dos maceioenses”, disse o rodoviário. O taxista Ronaldo Bertolino afirmou que o viaduto é uma realização “de grande envergadura não só para os veículos, mas também para os pedestres. De acordo com ele, a capital do Estado está com maior mobilidade no tráfego, e os viadutos e contornos de quadra são mais uma alternativa para desafogar o tráfego em Maceió”. Ele comentou que a nova alternativa para a facilitação do fluxo de veículos no trânsito da Avenida Fernandes Lima são o alargamento da via e a implantação de uma faixa seletiva para a circulação de ônibus.
Novos viadutos facilitam a vida de motoristas e pedestres, além de aumentar a autoestima dos moradores dos centros urbanos de Maceió
Sufoco no trânsito diminui com viadutos De acordo com dados re- gar o intenso fluxo de trâncentes do Detran-AL, a ca- sito numa área de grande pital alagoana recebeu, nos crescimento populacional e últimos dois anos, cerca de comercial, que concentra 50 mil novos veículos. shoppings, diversos superJuntem-se a isso as situ- mercados, escolas e outros ações extraordinárias de empreendimentos comerocupação ou bloqueio de ciais. Tornou-se mais rápiruas por ocasião de mani- do trafegar do Aeroporto ao festações dos movimentos centro de Maceió, entrar e populares. sair da cidade rumo às praOs viadutos Industrial ias ou fazer o percurso entre João Lyra, José Aprígio Vi- os bairros da parte alta e lela e Washington baixa da capital. Luiz facilitam o trânAlém de abrir nosito, trazendo novas vos caminhos, as “Agora opções de tráfego obras estruturais imconsigo plementadas trouxeaos maceioenses. Entre os viadutos, a chegar com ram mais harmonia e maioria dos motorisorganização às ruas menos tas aponta como de Maceió. tempo mais importante a Mesmo com o implantação do via- aonde meu crescimento aceleraduto Industrial João do no número de veícliente Lyra, no bairro de culos, a fluidez no está” Mangabeiras, há um trânsito vem ficando, ano em plena ativicada vez mais, evidade. dente. A cidade está cada dia Mas hoje os motivos que mais preparada para situ- provocam a lentidão no ações como essa. A cons- trânsito e congestionamentrução de viadutos, pas- to não são mais dor de sagens de nível, contornos cabeça como antigamente. de quadras, novos correO taxista Ronaldo Berdores de transporte e a pa- tolino disse que está pervimentação de uma série de dendo menos tempo denvias por todos os bairros fa- tro do trânsito de Maceió. cilitaram a movimentação “O trânsito está facilitando de veículos e pedestres nas a minha rotina de trabalho. ruas e proporcionaram vá- Agora consigo chegar com rias opções de tráfego à mais rapidez aonde o clienpopulação. te está”, afirmou Ronaldo A obra ajudou a desafo- Bertolino.
O viaduto Industrial João Lyra melhorou o tráfego em Mangabeiras
Passagem de nível Gonçalves Ledo desafogou trânsito no Farol
Trânsito flui melhor na capital A estrutura física de Maceió passou por mudanças significativas. Primeiro foi a inauguração do viaduto Desembargador Washington Luiz, no Farol. Em seguida, a cidade ganhou mais dois novos viadutos: um foi construído ao lado do Já Mangabeiras, o viaduto Industrial João Lyra, no cruzamento da Leste/Oeste com as avenidas Gustavo Paiva e Álvaro Calheiros, e o outro na Avenida Tomás Espíndola, que faz parte da passagem de nível no Parque Gonçalves Ledo. O viaduto Industrial João Lyra diminuiu os transtornos no trânsito, frequentes na região, onde recentemente se
instalaram dois hipermerca- um viaduto interligando o dos e ainda aguarda a inaugu- bairro da Gruta de Lourdes à ração de uma igreja evangéli- Serraria. ca, com capacidade para 6 mil Além dos viadutos, a capipessoas. tal alagoana recebeu a Já a construção de viaduconstrução da Alça to Desembargador WaViária Sandoval Caju, shington Luiz contribuiu “Além de que faz a ligação entre para desafogar o trânsito a Rua Íris Alagoense e na região do Farol, por aperfeiçoar a Avenida Goveronde passam cerca de o tráfego, nador Afrânio Lages. 2.400 veículos por hora. viadutos A alça viária trouxe O local é um dos mais conforto e segumaiores polos geradores causaram rança para pedestres um bom e motoristas. Outra de viagens (movimentação de veículos e peimpacto alça viária também foi destres), já que conta com construída na Ladeira visual” o fluxo de consumidores dos Martírios. que visitam o maior shopO motorista James ping do Estado. Cavalcante disse que sempre Também será construído utiliza o viaduto Industrial
João Lyra para chegar ao trabalho. De acordo com o motorista, ele não chega a perder tempo em engarrafamentos. Para ele, as obras de construção de viadutos melhoraram a passagem do trânsito em alguns locais críticos na localidade. "Além de aperfeiçoar o tráfego, os viadutos causaram um bom impacto visual muito bom na cidade", afirmou o motorista. Ainda de acordo com James Cavalcante, os novos viadutos acabaram com o sufoco no trânsito no bairro de Mangabeiras. “Ainda bem que acabaram o sufoco de enfrentar congestionamento para chegar ao trabalho”, disse.
CMYK
Cidades
O JORNAL JORNA L A27
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
Lula Castello Branco
O paraíso é logo aqui A reurbanização da orla de Maceió provocou um aquecimento no turismo e na economia de Maceió e está contribuindo para o crescimento da capital. Isso é o que afirmam representantes do setor hoteleiro do Estado e turistas. De acordo com a rede hoteleira, Maceió teve a melhor ocupação dos últimos anos devido ao investimento em infraestrutura na orla da capital alagoana. “O turismo em Maceió encerrou o ano de 2009 com a melhor taxa de ocupação dos últimos tempos na hotelaria, depois que a orla da capital foi reurbanizada”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Indústrias e Hotéis (Abih), Carlos Gatto. Para ele, esse sucesso do setor hoteleiro é creditado ao trabalho de revitalização da orla da capital alagoana. “O trabalho de modernização da orla de Maceió promoveu uma alta na ocupação nos hotéis”, disse Carlos Gatto. Segundo o presidente da Abih, a estimativa de ocupação nos hotéis em 2009 foi de 75% em relação ao ano anterior. Abih comemora o “boom” do crescimento do setor hoteleiro. Além de impulsionar a ocupação nos hotéis, o presidente da Abih contou que o projeto de urbanização do litoral alagoano estimulou, ainda mais, a procura de investidores privados no setor hoteleiro. De acordo com Carlos Gatto, devido à revitalização da orla local, Maceió ganhou mais 12 hotéis. “Os novos hotéis – alguns deles ainda em projeto e outros que estão sendo erguidos – vão estimular a oferta de mais leitos”, destacou. Conforme o presidente da Abih, cada meio de hospedagem deve gerar uma média de 100 empregos diretos. Para ele, com a revitalização de toda extensão do litoral marítimo, a capital alagoana está proporcionando conforto, segurança e bem-estar tanto ao turista quanto aos maceioenses, além de incentivar o aquecimento no setor turístico.
Orla de Maceió é reurbanizada Cida Brunelli, agente de viagem de Ribeirão Preto, contou que já esteve quatro vezes em Maceió, mas isso há quase dez anos, e afirmou que a cidade cresceu muito. “Maceió evoluiu, as orlas estão mais bonitas, com novos hotéis. A cidade está convidativa, de cara nova. Muita gente procura a agência para comprar pacotes para capital alagoana. E, com certeza, vamos vender bem também os outros destinos do Estado”, contou Cida Brunelli. A reurbanização da orla marítima de Maceió motivou a família de Eduardo Tavares a trazer para a capital alagoana o Radisson Hotel Maceió, da rede Atlantica Hotels International: com 195 unidades, na categoria luxo, na praia da Pajuçara. O investimento, de R$ 40 milhões, gerou 100 empregos diretos (90% para alagoanos). “Maceió está linda. É um produto turístico de qualidade e tem bons hotéis, restaurante e ótima infraestrutura.
Renovada, orla de Maceió aumenta a qualidade de vida da população
Estou fotografando tudo para mostrar aos meus clientes da agência que a capital alagoana é uma maravilha. Maceió é fácil de vender”, disse o agente de viagem Cláudio Patrício. Ele, que é da cidade paulista de Jarinu, contou, ainda, que está fazendo uma visita técnica à capital alagoana. Cláudio Patrício está em uma comitiva de mais dez
agentes de viagens das cidades paulistas de Ribeirão Preto, Jarinu, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Bauru, Rio Claro, Araras e Taquaritina. Durante cinco dias, eles fizeram visitas técnicas nos hotéis de Maceió, Marechal Deodoro (Francês), Barra de São Miguel e Maragogi, além dos passeios aos pontos turísticos dos municípios.
Reurbanização da orla de Maceió encanta turistas
Turismo tem quadro animador O quadro animador do diretor comercial do Hotel setor hoteleiro também é co- Ponta Verde, a ocupação memorado pelo diretor co- girou em torno de 98% em mercial do Hotel Ponta Ver- relação ao mesmo período de, Mauro Vasconcelos Filho. no ano passado, quando reDe acordo com ele, um gistrou 70%. exemplo que ilustra que a Para Mauro Vasconcelos, valorização da orla está suro investindo na revitindo efeito rápido é talização da orla faa alta nas ocupações voreceu significatidos hotéis mesmo vamente o turismo. depois da agitada “Não houve Ele afirmou que a temporada do carnareurbanização da baixa na val. orla de Maceió deu ocupação segurança para os “Não houve baixa na ocupação hote- hoteleira na hoteleiros investileira na semana pósrem na capital. semana carnaval”, comemo“As ações de mepós-carnaval” lhoria rou Mauro Vasda orla de concelos, o “MauMaceió motivaram rinho”. De acordo a permanência dos com ele, o motivo da turistas, por mais tempo, na alta registrada no positivo ín- capital alagoana mesmo após dice de ocupação, após a os festejos carnavalescos, que festa de Momo, é resultado sempre registraram uma da valorização da orla de queda na ocupação dos hoMaceió. Ainda conforme o téis”, disse.
Ainda de acordo com Mauro Vasconcelos, a perspectiva para o setor é ainda mais animadora. Ele acredita em um final de ano mais quente para a economia e o turismo. Conforme dados da Secretaria Municipal de Promoção do Turismo, Indústria e Comércio de Maceió (Semptur), na temporada 2008/2009 Maceió recebeu 33 navios, representando um crescimento de mais de 50% no número de embarcações e mais de 70 mil turistas até abril de 2009. No primeiro semestre deste ano, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares recebeu 489. 941 passageiros em voos nacionais. Isso significa um incremento de 0,6% em relação ao mesmo período de 2008, que teve 486.738 passageiros.
CMYK
O JORNAL JORNA L A28
Domingo, 28 de marรงo de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
CMYK
O JORNAL
Municípios
A29
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: municipios@ojornal-al.com.br
Fotos: Carolina Sanches
Pequenos produtores se capacitaram e começaram a criar abelhas no Sertão do Estado
Apicultura gera renda no Sertão de AL Criação de abelha tem atraído pequenos agricultores que buscam produzir de forma sustentável Carolina Sanches Repórter
PÃO DE AÇÚCAR – O cultivo de abelhas se transformou em alternativa para geração de emprego e renda no interior. A atividade, que antes era pouco praticada no Estado, tem conquistado cada vez mais adeptos. Atualmente, cerca de 600 pessoas se dedicam à apicultura em Alagoas. Na região do Sertão, a produção de mel com manejo e responsabilidade social está ajudando a elevar a renda e fixar o homem no campo, proporcionando conhecimento de modernas técnicas e maior aprendizado sobre a
apicultura. Produtores têm trabalhado em sistema de cooperação e conseguido incrementar a renda mensal. Este foi o objetivo do agricultor Olavo Barros quando decidiu pelo cultivo de abelhas. Ele conta que não conhecia nada de apicultura até que viu alguns produtores de mel e resolveu conhecer o trabalho. “Acompanhei a retirada do mel e a venda e percebi que o negócio dava certo. Fiz uma caixinha para ver se conseguia criar abelha e depois não parei mais”, relata. Barros disse que saia na mata atrás de colméias e capturava as abelhas sem nenhuma proteção. Ele mesmo en-
garrafava o mel e vendia. O negócio foi crescendo e Olavo percebeu que precisava de recursos para comprar materiais. Através de financiamento bancário, ele conseguiu comprar 33 colméias e impulsionou o negócio. Após oito anos trabalhando com abelhas, o apicultor conta que consegue extrair em media 800 kg por ano. O sucesso de Olavo atraiu seu irmão, José dos Santos Barros que o ajudava com as colméias. “O começo foi difícil porque não tínhamos preparo e roupa adequada para o trabalho e tínhamos que percorrer quilômetros com as caixas na cabeça. Com o crescimento do
negócio conseguimos comprar as roupas e uma caminhonete para o transporte”, relata o apicultor que já possui 22 colméias. A meta de José dos Santos é aumentar a produção para 100 colméias no período de dois a três anos. “Gosto muito de trabalhar com apicultura e acredito que a região pode crescer muito no comércio de mel. Depois que nos reunimos em cooperativa estamos mais organizados para isso”, observa o produtor, ao frisar que a apicultura é responsável por cerca de 30% da renda familiar. Especialistas acreditam que a grande diversidade de floradas
e micro-climas, aliada às vastas extensões inexploradas, fazem do semiárido nordestino uma região com grande potencial para a apicultura, atividade que melhor remunera em período de seca. Nos municípios do Sertão, graças ao clima e a variedade de espécies de abelhas, essa prática vem crescendo e mudando a vida de muita gente. De acordo com o gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) da Apicultura do Sertão, Alberto Brasil, a atividade apícola é uma alternativa para a região semiárida, possibilitando ao sertanejo a integração a uma atividade viável e lucrativa que gera aumento de renda, melhoria da
qualidade de vida e promove o desenvolvimento sustentável da região. “A região é propícia a produção de mel por ser rica em espécies de flores melíferas. Na época das chuvas, de dezembro a maio, a florada da caatinga é variada, propícia para a produção do mel. Além disso, o tipo de abelha encontrado se adapta ao clima”, explicou. Alagoas produz cerca de 150 toneladas de mel por ano. Todo o trabalho é acompanhado pelo APL através de pesquisas, capacitações e criação de projetos para impulsionar a atividade. O objetivo é que até o final deste ano a produção aumente mais de 50%.
Cooperativa organiza produção Famílias do Sertão de Alagoas cultivavam abelhas de maneira rústica, sem se preocupar com implicações, conhecimentos técnicos ou possibilidade de tornar o negócio mais profissional e lucrativo. Com o surgimento de cooperativas, eles conseguiram agregar valor ao produto e transformar a atividade em um negócio. Na região existe a Cooperativa dos Produtores de Mel de Abelhas e Derivados (Coopmel), a Cooperativa dos Apicultores do Sertão (Coopeapis) e a Cooperativa dos Produtores de Animais de Santana do Ipanema (Copasil). A Coopmel foi fundada em 2001 com sede em Maceió e depois foi transferida para o município de Pão de Açúcar. De acordo com o presidente da cooperativa, Reginaldo Lyra, o projeto nasceu da necessidade dos apicultores em se organizar para aumentar a produção e agregar valor ao produto.
Produtores contam que, antes da associação nas cooperativas, eles comercializavam para atravessadores e recebiam apenas R$ 2,00 por quilo do mel. Hoje, repassam o mel pelo valor de R$ 4,00 a 4,50 o quilo. “Buscamos eliminar a comercialização através de atravessadores agregando valores ao produto e aumentando as vendas”, explica o presidente da Coopmel, ao frisar que o envolvimento de todos os produtores esta sendo fundamental para a consolidação do negócio. A cooperativa possui um entreposto de coleta do produto no município de Pão de Açúcar e sete casas do mel, que é um local próprio para receber, processar e armazenar o produto. A produção é fracionada (em sachês e bisnaga), e embalada com uma marca que foi criada pelos próprios apicultores da região. Esse ganho trouxe nova perspectiva de vida para a zona rural. Anterior ao coope-
rativismo, eles falam que a renda mensal era de apenas um salário mínimo com a venda esporádica de mel e o cultivo de outras lavouras. Agora, a renda mensal varia e pode chegar a três salários mínimos. “Antes trabalhava de empregado dos donos de propriedades rurais. Hoje tenho meu próprio negócio e as abelhas é que trabalham para mim”, destaca o apicultor Olavo Barros. Somente a Coopmel produz anualmente cerca de 70 toneladas. A perspectiva para este ano é aumentar ainda mais esse volume focando especificamente na qualidade do mel que é comercializado. Este mês, os produtores assinaram contrato com uma grande rede de supermercados de Maceió e devem começar a vender o mel já embalado nos próximos dias. Também foi firmado um acordo com a indústria Pindorama que vai comprar quatro toneladas por mês de mel da cooperativa.
Apicultor Olavo Barros adquiriu uma nova fonte de renda para a família através da criação de abelhas
Produtores investem na atividade É através da cooperativa que os produtores conseguiram adquirir financiamento bancários. Hoje, o principal é do Banco do Brasil (BB), pelo Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), que tem disponível R$ 2 milhões para serem investidos,
com juros de 1% ao ano, através dos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os recursos são destinados à aquisição de colméias e equipamentos apícolas buscando o aumento da produção. “Quan-
do os produtores aderem à cooperativa eles têm mais facilidade para conseguir os empréstimos e podem investir na melhoria, quantidade e qualidade da produção de mel e derivados”, observa Reginaldo. Continua nas páginas A30 e A31
CMYK
Municípios
O JORNAL JORNA L
A30
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: municipios@ojornal-al.com.br
Conquistar o mercado com produto de qualidade O projeto do APL Apicultura no Sertão, do Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tem feito com que os apicultores conheçam melhor a prática da criação de abelhas, agregando valor ao produto e conquistando novos mercados. Para isso, o APL promove consultorias, visitas técnicas e permite a participação dos produtores em feiras e eventos. De acordo com o gestor do APL Apicultura, Alberto Brasil, o programa foi implantado na região do Sertão em 2005 e, até o ano passado, foi registrado um aumento de 150% na produção. “A associação dos produtores em cooperativas e as capacitações foram fundamentais para que o negócio prosperasse. Logo que o APL começou foi feito um levantamento das necessidades dos produtores de cada município para que pudessem ser diagnosticadas as necessidades de forma coletiva”, afirma. O arranjo produtivo está presente em treze municípios da região e beneficia cerca de duzentos produtores distribuídos nas três cooperativas. Uma das ações do programa foi incentivar a inclusão do mel na merenda escolar. Através de parcerias com as prefeituras, o mel é adquirido para escolas de cinco municípios. Para que o mel pudesse começar a ser usado na merenda escolar, profissionais da rede municipal de ensino que começaram a adquirir o produto receberam dicas de especialistas do Sebrae sobre como usar o mel de abelhas para deixar as receitas regionais servidas aos alunos ainda mais atraentes e, principalmente, nutritivas. No final de 2008, apicultores do Sertão também começa-
Divulgação/Sebrae
Mel produzido no Sertão é utilizado na merenda escolar de cinco municípios
ram a vender parte do mel produzido para a Conab que destina ao Programa Mesa Brasil do Serviço Social do Comércio (Sesc) que faz a doação a entidades cadastradas no programa Fome Zero. Este ano já foram comercializados 6 toneladas de mel e nos próximos 20 dias esta prevista a
venda de mais 7 toneladas. Projetos para a construção de entrepostos e casas de mel já foram aprovados pelo Governo Federal e aguardam a liberação de recursos para o inicio das obras. Está prevista a construção de oito casas de mel em cidades sertanejas. “A tendência é que a produção
cresça cada vez mais no Estado que tem um potencial muito grande para a produção de mel de qualidade”, observa. DIFICULDADES – A falta de infraestrutura é apontada como o maior entrave para o desenvolvimento da atividade. Para o gestor da APL
Alberto Brasil existe uma carência de casas e entrepostos de mel para que seja feito o processamento e beneficiamento do produto. “A região do Sertão é carente de projetos. Mesmo com o apoio do APL, é preciso de novas parcerias para desenvolver o negócio”, expôs.
Carolina Sanches
O presidente da Coopmel, Reginaldo Lyra, conta que a atividade tem tudo para expandir, mas faltam investimentos maiores no setor. “Muitas vezes o apicultor age por conta própria e acaba comercializando o produto por um preço inferior por falta de apoio”, relata.
Carolina Sanches
Sucesso de Cícero Alves incentivou pequenos agricultores
Presidente da Coopmel explica que apicultores conseguiram agregar valor ao produto e aumentar vendas
Apicultor incentivou comunidade Mudança de atitude no campo Além de apicultor, Cicero Alves, o “Mangueirinha” é um admirador das abelhas. Todo o conhecimento sobre apicultura veio com a experiência prática dos 20 anos de profissão e os estudos realizados por conta própria. A paixão pelas abelhas começou em 1988 quando o produtor leu uma reportagem sobre o assunto. Dez anos depois, ele mantinha o sonho de se tornar apicultor. “Mandei o desenho de uma colméia e pedi
que um amigo construísse. Ele começou a ler sobre o assunto até que começou a acompanhar a produção da primeira colméia. Em pouco tempo, Cícero começou a colher os frutos da iniciativa. Mangueirinha continuou com a criação de gado, mas conseguiu expandir seus negócios com a produção de mel. O empresário se tornou referência na região e incentivou muitos agricultores que decidiram fazer o mesmo.
Hoje, com 600 colméias, ele busca a certificação orgânica da sua produção. Mangueirinha explica que um dos critérios é que durante a polinização a planta precisa estar livre desses produtos para não prejudicar as abelhas. “Não basta só ter cuidado com a plantação que as abelhas estão sendo criadas. Muitas vezes os insetos morrem por conta do defensivo aplicado em uma plantação vizinha”, disse.
Quando o agricultor Junior Gonçalves dos Santos foi convidado a conhecer a criação de abelhas achou que a atividade não dava certo. Ele conta que estava acostumando com plantação de milho e feijão para sustentar a casa e não entendia como a apicultura poderia ser aliada as atividades que já costumava fazer. Além de não acreditar no potencial do negócio, Gonçalves disse que não se preocupava na preservação
ambiental da região. “Estava acostumado a devastar as áreas para dar lugar ao plantio. Quando conheci a apicultura vi que poderia ganhar dinheiro de forma sustentável sem agredir ao meio ambiente. A criação de abelhas também tem um custo baixo, não ocupa muito espaço e pode ser feita em um tempo menor”, relata. Aos poucos, o produtor foi se transformando em um
Agente de Desenvolvimento Regional (ADR), que são pessoas pertencentes à comunidade que têm facilidade no diálogo entre os apicultores. “Participei de oficinas e cursos e percebi que é muito melhor trabalhar sem degradar o meio ambiente. Hoje me orgulho do que faço e sempre que vejo alguém devastando a natureza procuro explicar a importância da preservação e como isso pode trazer benefícios”, afirma.
CMYK
Municípios
O JORNAL JORNA L A31
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: municipios@ojornal-al.com.br
Divulgação/Sebrae
Própolis vermelha busca expansão no mercado Divulgação/Sebrae
Além do mel, principal produto da apicultura, a produção de própolis vermelha vem ganhando espaço entre os produtores de Alagoas, por ter uma lucratividade superior aos demais derivados. Apenas em Alagoas, as abelhas produzem à própolis vermelha. Um produto cujas propriedades as têm chamado a atenção de pesquisadores de universidades de Alagoas e outras cidades do país. A própolis é uma substância constituída de resíduos coletados pelas abelhas de diferentes partes das plantas, como brotos e botões florais, que são transportados para dentro da colméia e modificados pelas abelhas por meio da adição de secreções próprias. Sua composição pode variar de acordo com as espécies vegetais de cada região e a variedade da abelha rainha. Analises preliminares mostraram que a própolis vermelha apresenta propriedades antioxidante, antiinflamatória e antibiótica e pode auxiliar no tratamento de doenças como o câncer.
A produção de própolis em Alagoas ainda é pequena com 35 apicultores, chegando a 100 quilos por ano. Mas a atividade tem atraído novos produtores outros que já são apicultores passam a aceitar a produção de própolis como mais uma alternativa. Um dos motivos desta procura é o custo da própolis vermelha que fica em torno de R$ 400,00 a R$ 500,00 o quilo. A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) tem cumprido um papel de articuladora nas questões relacionadas a produção de própolis, buscando financiamento para as pesquisas e implantação de tecnologias. A atuação da secretaria começou em 2008 quando foram iniciadas os estudos para melhorar a produção. A diretora de Política de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Lenilda Austrilino Silva, explicou que uma parceria entre a secretaria, a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), universidades e as cooperativas de mel têm rea-
lizado pesquisas sobre o manejo da atividade atuando no campo e em laboratórios. O projeto também busca recursos para a aquisição de novos equipamentos. Os recursos para as pesquisas são do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). As atividades se concentram nos aspectos de estudo das sazonalidades, controle de qualidade e desenvolvimento do produto. “O objetivo é agregar valor, atuar no campo com o manejo adequado para aumentar a produtividade e saber como reduzir os custos da produção”, explica Lenilda. O presidente da Coopemel, Reginaldo Lyra, também é produtor de própolis na região do Litoral Norte de Alagoas. Ele contou que o objetivo dos produtores é conseguir agregar valor à própolis vermelha produzida em Alagoas e conseguir a certificação para que seja usada no tratamento de doenças. “A expectativa é que sejam lançados novos produtos com a base de própolis no Brasil nos próximos anos”, disse.
Propriedades da própolis vermelha têm chamado a atenção de pesquisadores
Carolina Sanches
Criação de forma sustentável Gestor do APL aponta a necessidade de produzir de forma sustentável
A criação de abelhas é uma atividade de baixo investimento, alta rentabilidade e impactos positivos ao meio ambiente já que as abelhas polinizam a região, contribuindo para a manutenção da diversidade florestal. “Com a criação destas abelhas, o homem colabora com a preservação e ainda retira um produto altamente rentável e aceito em qualquer mercado consumidor”, informa o gestor da APL do Sertão, Alberto Brasil. Um dos objetivos das capacitações e cursos realizados na região é fazer com que cada vez mais a atividade atenda os requisitos para ser considerada
uma ação sustentável. Alberto Brasil explicou que o produtor precisa se preocupar com o manejo adequado das colméias, de acordo com o período das floradas. “O produtor deve estar atento à saúde do ambiente, o que inclui colméias localizadas em áreas distantes de pesticidas e as lavouras devem ser livres de tratamentos à base de venenos, dentre outros aspectos”, disse. Alberto explica que na região do Sertão é encontrada a abelha africanizada, que se apresenta como uma das melhores produtoras de mel e também são mais resistentes às pragas e doenças. “Essa re-
sistência a pragas e doença é um diferencial importe para a apicultura nacional. Por causa disso, não é necessário colocar veneno nas colméias, o que permite fazer uma produção orgânica em larga escala livre de agrotóxicos, valorizando o produto”, afirma. O presidente da Coopemel, Reginaldo Lyra, também é produtor de própolis na região do Litoral Norte de Alagoas. Ele contou que a própolis vermelha é encontrada apenas em áreas próximo a manguezais e, por isso, é importante a conscientização dos produtores com relação à preservação do mangue. Carolina Sanches
Produto é cobiçado por japoneses A própolis vermelha produzida em Alagoas é elaborada a partir da resina do Rabode-Bugiu, uma planta localizada próximo a manguezais e vem sendo procurada por indústrias de outros países. No Japão, por exemplo, o produto brasileiro é utilizado em tratamento bucal, produção de solução de bochecho, balas, chocolates, cápsulas, entre outros. Empresários do Japão já anunciaram o lançamento de um produto que teve como
base a própolis vermelha. No dia 19 deste mês, uma comitiva de empresários e pesquisadores japoneses esteve em Alagoas para firmar parcerias e conhecer as pesquisas que estão sendo realizadas no Estado. “Os representantes se mostraram satisfeitos com o resultado das pesquisas em Alagoas e garantiram estudar as idéias ara a firmação de uma parceria”, disse a diretora Lenilda Austrilino. A proposta é que seja orga-
nizada uma cooperação técnica funcione por meio de financiamento para pesquisas, suporte para estudos e um intercâmbio cultural que possibilite uma constante troca de experiências para o desenvolvimento da produção e da qualidade da própolis vermelha em Alagoas. “Com a cooperação técnica vai ser possível comparar os estudos que estão sendo realizados nas universidades de Alagoas e os que são feitos no Japão”, explicou Lenilda.
Lenilda Austrilino mostra embalagem de produto japonês que é feito à base de própolis vermelha
CMYK
O JORNAL JORNA L A32
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
O ex-prefeito Tonhão foi o grande homenageado em mais uma bateria de inaugurações em Rio Largo O prefeito Toninho Lins (PSB) inaugurou no último dia 22, a escola modelo Antonio Lins de Souza, com seis salas de aula climatizadas; uma ação pioneira no Estado. A escola está situada no bairro Prefeito Antônio Lins de Souza, antigo Tabuleiro do Pinto, e leva o nome do último gestor a construir escolas no município, o Tonhão, há duas décadas passadas. Toninho entregou também a pavimentação de diversas ruas de Rio Largo beneficiando centenas de moradores de localidades como Jacarepaguá, Cucaú e Lourenço de Albuquerque, e anunciou que vem pela frente mais uma série de obras como a pavimentação de todas as ruas da Mata do Rolo. escola municip a l Antonio Lins de Souza leva o nome do pai de Toninho; uma homenagem do atual prefeito ao Tonhão, como era conhecido, por ter sido ele o último prefeito a inaugurar escolas no município. É a primeira a ser construída depois de 20 anos. "Aquele homem
A
Prefeito Toninho Lins ao lado do senador Renan Calheiros e da primeira- dama, Izabelle Lins
deixou para Rio Largo ensinamentos de decência, honestidade e amor. Foi o prefeito que mais fez calçamento e quem mais construiu escolas em Rio Largo. No governo do Tonhão não tinha escândalos, nem corrupção. Estou emocionado pois fiz uma homenagem mais do que justa ao meu pai", disse Toninho. A escola possui seis salas de aula climatizadas e laboratório de informática que beneficiará 250 alunos. "É uma escola modelo com todas as salas de aula climatizadas. Construímos também um laboratório de informática para nossos alunos. Estamos trabalhando a inclusão social pela inclusão digital. Eles têm que, desde cedo, ter acesso a linguagem da informática para se integrar no mundo globalizado e, posteriormente, competir no mercado de trabalho de igual para igual com os alunos de escolas particulares", avisou o prefeito. INFRA-ESTRUTURA "Fiz apenas um terço do que quero fazer em Mata do Rolo. Estamos inaugurando a recuperação da Praça Kleber e Keyton e as duas vias de acesso ao local. Nós vamos calçar todas as ruas da localidade e dar uma casa a cada família da Comunidade do Alemão, pois trabalhamos, principalmente, para quem mais precisa", avisou Toninho Lins. Na ocasião foi inaugurada a pavimentação
de todas as ruas do Conjunto Jacarepaguá, que há mais de 17 anos não recebia sequer uma obra de infra-estrutura, e realizada a pavimentação do bairro Cucaú - mais uma opção de acesso até Lourenço de Albuquerque. As inaugurações contaram com a presença do ex-governador Ronaldo Lessa, do senador Renan Calheiros e do deputado federal Joaquim Beltrão. Diversas obras que estão sendo feitas são com verbas de emenda parlamentar e têm a contrapartida do município. "O futuro de Rio Largo também depende dos investimentos que forem feitos na Educação. Rio Largo é o quarto município do Estado e não temos medido esforços para trazer recursos que se revertam em mais desenvolvimento e qualidade de vida para o município", disse Renan Calheiros. Entre os investimentos federais feitos em Alagoas recentemente, estão a inauguração do novo aeroporto Zumbi dos Palmares, a duplicação da rodovia BR-104, no trecho entre o aeroporto e o município de Messias, a construção da alça viária do aeroporto, uma obra estimada em quase R$ 20 milhões e a recuperação da malha ferroviária que passa por Rio Largo. PERFIL DE TONHÃO Antônio Lins de Souza nasceu em 04 de junho de 1937. Foi formado em História e Agronomia. Trabalhou como Fiscal de Renda e teve um extenso e honrado currículo político. Começou a carreira política ao lado do já falecido Teotônio Vilela. Foi vereador por Rio Largo na década de 70. Alguns anos depois foi eleito prefeito de Rio Largo pela primeira vez. De 1983 a 1988 esteve à frente da Prefeitura de Rio Largo pela segunda vez. Em 1996 foi viceprefeito, quando renunciou ao cargo por não compartilhar com as ilegalidades da ex-prefeita Elisa Alves. Assumiu em 1999 a função de articulador e conselheiro político do Governo de Ronaldo Lessa. Foi ainda Diretor Administrativo da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e candidato a Deputado Estadual.
Inauguração de uma das ruas do conjunto Jacarepaguá com a presença de Toninho Lins, da vice-prefeita Maria de Fátima, do Senador Renan Calheiros e do vereador Aurísio
Ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa ao lado da secretária de Assistência Social, Dione Moura no momento da execução do Hino de Rio Largo
Escola modelo com salas de aula climatizadas
Comitiva visitando o novo acesso de Cucaú a Lourenço de Albuquerque
Inauguração das ruas adjascentes e da reforma da Praça Kleber e Klayton
Salas de aula climatizadas beneficiam 250 alunos
Laboratório de informática para inclusão digital
Área administrativa da escola Antonio Lins de Souza
CMYK
O JORNAL
Economia
A33
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br
Baixa diversificação reduz emprego Alagoas registra pior bimestre em três anos na geração de vagas de trabalho com carteira assinada, segundo o Caged Patrycia Monteiro Repórter
Nos primeiros dois meses deste ano, mais de 12 mil trabalhadores alagoanos perderam seus empregos. Trata-se do pior resultado para o bimestre no mercado de trabalho formal do Estado dos últimos três anos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Emprego e Trabalho, nos primeiros dois meses do ano, exatos 12.115 profissionais tiveram suas carteiras assinadas em Alagoas contra um total de 24.223
demitidos no mesmo período, gerando um saldo negativo formado por 12.108 postos de trabalho extintos. No primeiro bimestre de 2008, o saldo negativo de desemprego atingiu 3,7 mil trabalhadores e em 2009, outros 6,1 mil. Quem acompanha a série histórica das estatísticas do Caged sabe que a cada ano um ciclo de emprego e desemprego se repete em Alagoas. Normalmente, a partir de dezembro, um número considerável de trabalhadores é demitido no Estado. Nos meses seguintes, até meados de maio, são registrados sucessivos
saldos negativos. O número de contratações só volta a ser superior ao de demissões a partir de junho, com saldo positivo tímido, e atinge um pico no mês de setembro (ver quadro). Esse movimento cíclico é recorrente e se repete a cada ano porque a economia alagoana é pouco diversificada. Somente um pouco antes da safra de canade-açúcar começar, a partir de setembro, o setor sucroenergético contrata em massa, admitindo, no ano passado cerca de 50 mil trabalhadores até o auge da safra, em novembro. Graças ao setor, essas admissões alavan-
cam o número de carteiras assinadas no segmento da Indústria da Transformação do Estado. Só para se ter uma ideia da força do setor no volume de contratações do Estado, em setembro de 2009, o mercado de trabalho de Alagoas registrou 41,5 admissões contra 5,9 mil demissões, atingindo um saldo positivo formado por cerca de 35 mil empregos formais. Desse estoque, mais de 34,7 mil foram vagas oferecidas pela Indústria de Transformação alagoana, segmento do qual faz parte as indústrias produtoras de álcool e açúcar. (Continua na página A34)
Em dois meses, 12 mil alagoanos ficaram desempregados
CMYK
Economia
O JORNAL JORNA L
A34
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br
Lula Castello Branco
Impulsionado pelo programa federal M inha Casa, Minha Vida, Construção Civil ajudou os números de Alagoas a não serem ainda mais negativos
Cana, turismo e comércio garantem oferta Além disso, no mesmo período da colheita, começa também os preparativos para alta temporada turística. E é entre os meses de outubro e novembro que os hotéis, restaurantes e bares iniciam suas contratações de mão-de-obra temporária. Nos quatro últimos meses do ano passado, o segmento de Serviços - onde estão colocadas as empresas do ramo turístico - gerou um estoque positivo formado por 1,4 mil empregos. As contratações do último quadrimestre ainda são incrementadas pelo setor do Comércio que também faz contratações sazonais em função das vendas do período natalino. Nos meses de outubro e novembro, o segmento gerou um saldo positivo formado por 2,5 mil empregos extras.
Contudo, já a partir do mês de dezembro vem a dura realidade. As demissões são retomadas e prosseguem nos seis meses seguintes. Em dezembro de 2009, segundo o Caged, o saldo negativo foi formado por 1.181 desempregados, enquanto que em janeiro foi de 913 desligamentos e em fevereiro disparou para exatos 11.195. “Esse número de demissões a cima da média no primeiro bimestre do ano ocorreu porque a safra de cana-de-açúcar foi mais curta”, analisa Heth César Bismarck Athayde Barbosa de Oliveira, superintendente da Delegacia Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas. Segundo ele, ao longo de 2009, o Estado só não registrou saldos negativos maiores porque o mercado da
Construção Civil se manteve bem aquecido por causa das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida, ambos do governo federal. As empresas do setor realizaram 15,1 mil admissões e 11,5 mil desligamentos, o que resultou num saldo positivo formado por 3,6 mil empregos com carteira assinada”,
diz Heth César. De acordo com os dados do Caged, no ano passado, o comércio contratou 22.119 profissionais, mas desligou 20.956, gerando um saldo positivo formado por 1.163 empregos. O setor de Serviços admitiu 23.095 trabalhadores e demitiu 20.417, resultando em um saldo positivo de 2.678 empregos. (P.M.)
‘Ao longo de 2009, o Estado só não registou saldos negativos maiores porque o mercado da Construção Civil se amnteve bem aquecido por causa das obras federais” Heth César Superintendente da Delegacia Regional do Trabalho em Alagoas
Lula Castello Branco
Para Cícero Péricles, agricultura familiar pode ser alternativa
Heth Cesar: números do Caged traduzem dura realidade do Estado
Mudar realidade necessita de investimentos Segundo o economista Cícero Péricles de Carvalho, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o ciclo de emprego e desempregos de Alagoas se repete a cada ano porque o Estado ainda mantém uma economia pouco diversificada, dependente de setores que funcionam sazonalmente, seja pela baixa/alta estação, como as atividades ligadas ao turismo e ao setor de comércio no final de ano. “Esse é um dos sintomas do nosso subdesenvolvimento. Sem um mercado de trabalho estável, de renda crescente, não podemos pensar em
investimentos em larga escala, voltados para o atendimento dessa maioria de consumidores, compradores e clientes”, afirma. “Ainda não criamos polos econômicos – industriais, agrícolas ou de serviços -, que absorvam mão-de-obra de forma estável”, frisa. Para o economista é necessário fortalecer a agricultura familiar, que, por ser policultora e pluriativa, demanda força de trabalho o ano inteiro. “É preciso consolidar também os setores comerciais e de serviços que atendem as demandas dos segmentos de renda mais baixa e que, por isso, se espalham por todo o território e cria dinâmi-
“Ainda não criamos polos econômicos industriais, agrícolas ou de serviços-, que absorvam mão de obra” Cícero Péricles de Carvalho Professor do Departamento de Economia da Ufal
ca em todas as localidades. Mais do que nunca, criar uma economia diversificada e bem distribuída espacialmente para gerar um amplo mercado interno que sustente o ciclo virtuoso de crescimento e de geração de emprego numa economia de características periféricas e atrasadas como a nossa”, argumenta. Péricles lembra que o mercado informal de trabalho ainda é predominante no Estado, pois há em Alagoas cerca de 1,3 milhão de pessoas em condições de trabalhar, formando o conjunto da população econômica ativa, sendo que apenas 420 mil delas têm contrato formal, seja com carteira assinada, estatutárias ou com contratos no serviço público. “O grau de escolaridade da população economicamente ativa pode ser medido pelos anos de estudo formal dos trabalhadores empregados. Em Alagoas, essa média é muito baixa, de pouco mais de quatro anos de escolaridade. Isso significa baixa produtividade no trabalho, menor remuneração dos contratados, pouca qualificação
para atividades mais complexas e menor competitividade empresarial”, ressalta. Na opinião do economista, para avançar, o mercado de trabalho em Alagoas necessita da mesma saída para a economia como um todo: a ampliação da diversificação produtiva, relacionada à distribuição geográfica desta produção. “Alguns setores respondem rapidamente a geração de alternativas de trabalho, como a agricultura familiar e as atividades do setor comercial e de serviços urbanos. São segmentos que podem ser dinamizados com recursos limitados, como vem provando ao longo dos anos o crédito produtivo urbano, o microcrédito, no caso das atividades urbanas; e o crédito rural, no caso do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Outro impulso pode ser dado pela combinação entre esse investimento focado nos segmentos de baixa renda, mais um amplo sistema de apoio técnico e de comercialização”, diz. (P.M.)
CMYK
Economia
O JORNAL JORNA L A35
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br
Fotos: Iracema Ferro/ojornalweb.com
Com amplos espaços, cada seção da loja é arrumada para garantir comodidade aos consumidores
A rede trabalha com diversas marcas exclusivas, que produzem peças únicas para cada estação
Renner abre primeira loja em Alagoas Nova unidade, segunda maior da rede no Nordeste com mais de 2 mil m², começa a funcionar no dia 31 Iracema Ferro Repórter ojornalweb.com
A Lojas Renner inaugura, nesta quarta-feira, sua 1º loja em Alagoas, na expansão do Maceió Shopping, em Mangabeiras. A unidade estréia em Maceió o plano de expansão da rede para 2010, com a sua 12ª loja do Nordeste. Segundo o diretor de Relações com Investidores, José Carlos Hruby, já na inauguração, a Renner doará três mil peças, entre vestuário e calçados, para comunidades carentes de Alagoas. Os produtos serão repassados à população por meio das ações sociais da
Prefeitura de Maceió, que receberá 1.500 peças, e do governo estadual, que também será contemplado com o mesmo número de mercadorias. Nossa reportagem teve acesso exclusivo ao interior da loja, que está quase pronta para receber os clientes. O estabelecimento é amplo, tem 2,1mil metros quadrados (o maior da expansão do Maceió Shopping), é bem iluminado, tem duas entradas (uma pelo próprio shopping e outra pelo estacionamento) e é totalmente climatizado. A loja é a segunda maior do Nordeste. O destaque fica na diversidade de produtos, que atende
tanto o público feminino quando as peças em deto o masculino e infantil, com zenas de araras. A preços bem competitiexposição de rouvos e ambientes alpas, calçadas e acestamente práticos: as sórios ajuda o clienroupas dos manete a encontrar peças quins estão nas aramais formais juntas, ras mais próximas e assim como roupas Esta é a cada estilo (refletincasuais, esportivas, 12ª unidade do diferentes atitumoda praia. Isso da Renner des, interesses e perpoupa tempo, o que sonalidades) são dihoje é muito imporna região vididos. Hruby afirtante. Esta forma de nordestina ma que a estratégia divisão permite que é facilitar a vida do o cliente identifique consumidor. claramente o con“Se o cliente gosjunto de peças que ta de determinado melhor reflete seu jeito estilo de roupa, não de ser e de viver. Temos ainda precisa ficar buscanuma ampla perfumaria e cos-
méticos, com oferta de produtos de marcas consagradas internacionalmente e itens exclusivos”, destaca. LONDRES - Para a inauguração, as araras estão recheadas das novidades da Coleção Outono-Inverno 2010, que tem como tema principal a cidade de Londres, marcada pela irreverência, o contraste e a modernidade. As coleções próprias, como Collection, Blue Steel, Cortelle, Marfinno Just Be, Request e Satinato seguem esta tendência, mas as peças escolhidas para a loja de Maceió, de acordo como Hruby, segue uma linha mais co-
lorida, tipicamente nordestina, visto que o inverno não é rigoroso na região. Para fidelizar o cliente, a Renner oferece cartão próprio, sem anuidade nem taxa de adesão, com dois tipos de parcelamento: zero de entrada e oito parcelas fixas com juros e zero de entrada com cinco fixas sem acréscimos. Assim como outras lojas do ramo, a Renner possui cartão próprio, o que ajuda a rede a fidelizar clientes há pelo menos três décadas. Com 15,2 milhões de cartões emitidos até dezembro passado, a companhia tem a terceira maior base de private label do mercado brasileiro.
CMYK
JORNAL
O JORNAL
A36
Imobiliário
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com.br | e-mail: imobiliario@ojornal-al.com.br
Imóveis.com Theodomiro Jr.
imobiliario@ojornal-al.com.br
BOMBA NOS CARTÓRIOS Uma verdadeira bomba caiu sobre os cartórios esta semana. O Provimento nº 04/2010, assinado pelo desembargador James Magalhães, limitou em R$ 3.403,58 o valor pago pela legalização de qualquer empreendimento imobiliário, independentemente do tamanho e do tipo. "Considerando a Lei Fe-deral nº 11.169, os emolumentos cartoriais deverão corresponder ao efetivo custo e à adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados", redigiu o desembargador James Magalhães. Para se ter uma ideia do impacto que essa medida representa, empreendimentos como o "Norcon Empresarial" e o shopping Pátio Maceió tiveram que desembolsar, respectivamente, R$ 262 mil e R$ 514 mil só pelo registro do Memorial de Incorporação, documento exigido por lei para que o empreendimento seja comercializado. No caso do Patio Maceió, só para averbar a construção do empreendimento, o cartório exigiu mais R$ 540 mil. Resta saber agora se a medida beneficiará também os comuns mortais. Quem comprou unidades do Residencial Jardim Royal (foto) este ano está livre de declarar o imposto de renda: preocupação fica para 2011
SILÊNCIO O provimento que limitou os emolumentos cartoriais em R$ 3.403,58 foi assinado no último 17 de março. Mesmo após ter sido publicado no Diário Oficial da Justiça, pouca gente se atreveu a tocar no assunto.
ABSURDO O trabalhador que pretende comprar a casa própria à vista, mas precisa sacar dinheiro do FGTS para completar o valor do imóvel desejado, vai poder economizar até R$ 2.200 a partir de agora. Isso porque o Conselho Curador do FGTS estabeleceu um valor máximo para a tarifa praticada pelos bancos nestes casos.
EM 60 DIAS A limitação atinge as tarifas de intermediação do uso do dinheiro do FGTS para a compra de imóveis à vista, mas que estejam enquadrados nas condições do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As medidas entram em vigor dentro de 60 dias.
FAIXAS DE CÁLCULO Ficou determinado que as tarifas máximas serão de 0,16% para imóveis até R$ 130 mil e de 0,32% até o teto de R$ 500 mil. Assim, as tarifas máximas serão de R$ 800 e R$ 1.600, respectivamente. Um imóvel que custe R$ 400 mil, por exemplo, terá tarifa máxima de R$ 1.600 - mas poderá ser menor, de acordo com o banco.
FGTS EM CONSÓRCIO Hoje a Caixa cobra em torno de R$ 1 mil dos clientes quando o FGTS é usado na compra à vista. Mas a tarifa é livre e alguns bancos chegam a cobrar até R$ 3 mil pelo serviço.
NA CRISTA DA ONDA Os dados são de São Paulo mas valem para todo o País. Em cinco anos, a região metropolitna paulista ganhou 1,8 milhão de novos consumidores. Eles hoje integram um grupo que reúne 14,7 milhões de pessoas com renda mensal entre R$ 804 e R$ 4.807. Nesse universo: as classes C e D são a nova classe dominante. Foram eles que sustentaram a construção civil no momento em que os investidores tradicionais deixaram o mercado. Quem diria, hein!
EM FOCO
Imposto de renda: saiba como declarar seu imóvel Especialista esclarece principais dúvidas de quem investiu no setor Não importa o tamanho, o preço ou a localização do imóvel. Todo ano, o proprietário deve declará-lo no ajuste anual do Imposto de Renda (IR). Além disso, devem ser informadas as condições em que o bem foi adquirido: se foi à vista, financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) ou por outra linha de crédito, ou ainda comprado na planta e pago em prestações diretamente com a construtora. Pois bem: são muitos os detalhes que devem estar na ponta do lápis na hora de preencher a ficha de declaração. Por isso, o especialista da consultoria IOB, Rogério Ramos, listou as perguntas mais frequentes sobre como declarar imóveis no IR. O imóvel vai se valorizando ao longo dos anos, mas o valor informado na declaração é o pago no ato da compra. Ao ser vendido, o preço declarado fica muito abaixo do de mercado. Existe uma maneira de amenizar essa diferença para efeito do imposto? Rogério Ramos - Não. Os valores a serem informados na ficha “Bens e Direitos” são os valores efetivamente pagos por ocasião da aquisição. Não podem ser atualizados. Devem ser repetidos O contribuinte com mais de 65 anos vendeu uma casa em 2009 e usou o valor para fazer outros investimentos. Ele precisa pagar IR sobre o valor desta venda? Rogério Ramos Primeiramente, é preciso verificar se o ganho de capital sobre a venda do imóvel está isento de imposto de renda. São isen-
tos de imposto de renda sobre o um imóvel adquirido na planganho de capital na venda de ta, a prazo, com entrega em imóveis de valor igual ou infe- 2011? rior a R$ 440 mil quando se traRogério Ramos - Para imóvel tar do único imóvel que a pes- em construção informe no campo soa possua, desde que não tenha “Discriminação” da ficha de efetuado, nos últimos cinco anos, “Bens e Direitos” os dados da outra alienação de imóvel a qual- casa e do alienante (empreendequer título, tributada ou não. dor). Não preencha o campo Também está isento o ganho “Situação em 31/12/2008”. apurado na venda de imóveis Informe no campo “Situação em adquiridos até 1969 e o ganho na 31/12/2009” somente o valor pago venda de imóvel de valor de R$ no ato mais o total das presta35 mil. Caso não preencha as ções pagas até dezembro de 2009. condições ciNão preencha a tadas, deve ficha “Dívida e ser apurada Ônus Reais” o imposto de Como deve renda sobre a ser declarado o venda da primeiro imócasa. A apuvel do contriração deve buinte adquiriser feita por do por finanmeio do prociamento imograma chabiliário? Isso m a d o interfere na GCAP2009 e restituição do os dados IR? devem ser Rogério importados Ramos - A para a aquisição de Declaração bem imóvel em de Ajuste 2009 não influi Anual de no cálculo de 2010, ano- Estar decorado em apartamento imposto de com dois quartos no JTR calendário de renda devido ou 2009. a restituir. Haveria a possibilidade de Informe aquisição do imóvel corrigir os bens já declarados adquirido em 2009 na ficha para o valor de mercado, já “Bens e Direitos”. que muitos estão com os valores defasados? O contribuinte vendeu um Rogério Ramos - Não. Os imóvel de sua propriedade valores dos bens adquiridos an- para dar entrada em outro. O tigos poderiam ser atualizados valor restante será financiado. somente até a UFIR de 1º de ja- Que modelo de declaração neiro de 1996, ou seja, 0,8287, deve ser usado: completo ou de acordo com a tabela constan- simplificado? Isso pode levar te da IN SRF nº 84/2001 o contribuinte a cair na malha Como deve ser declarado fina?
Rogério Ramos - Neste caso, proceda a retificação das Declarações de Ajuste dos anos anteriores para incluir o apartamento não declarado. O ganho de capital na venda do apartamento está isento de imposto de renda em razão de o produto da venda ter sido aplicado na aquisição da casa, em seu nome, no prazo de 180 dias contados da celebração do contrato. Preencha o programa Ganho de Capital GCAP2009, com os dados do alienante (vendedor) e do adquirente (comprador), o valor da venda e o custo do imóvel constante na ficha de “Bens e Direito” da Declaração de Ajuste Retificada. No programa GCAP2009 opte pela isenção. Após o preenchimento do GCAP2009 importe os dados para a ficha “Ganhos de Capital - Bens Imóveis” da Declaração de Ajuste do exercício de 2010, ano-calendário de 2009. Dê baixa do imóvel na ficha “Bens e Direitos” da Declaração de Ajuste Retificada. No campo Discriminação do item do imóvel informe o nome e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do adquirente, a data e o valor da alienação. No campo “Situação em 31/12/2008”, informe o valor constante na declaração do exercício de 2009, ano-calendário de 2008. Não preencha o campo “Situação em 31/12/2009”. Em relação à casa adquirida em 2009, abra um item com o código 12 - casa. No campo Discriminação os dados do bem e do alienante. Não preencha o campo Situação em 31/12/2008. No campo Situação em 31/12/2009 o valor pago e das prestações pagas até dezembro de 2009.
ILOA garante férias em hotéis de todo o mundo O presidente do Sinduscon-AL, Marcos Holanda, está envolvidíssimo com a organização do 82º Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), que ocorrerá de 9 a 11 de junho, no Centro de Convenções de Maceió. Esta semana, a organização do evento lembrou, inclusive, que as inscrições realizadas até o próximo dia 30 de março terão um senhor desconto. A expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção é trazer para Maceió mais de mil participantes.
Os clientes do ILOA Vida em Família, condomínio que reúne unidades residenciais, um condoresort e um clube de lazer em Barra de São Miguel, conheceram esta semana detalhes do programa de intercâmbio de férias da multinacional RCI Group que poderá ser utilizado por todos investidores do empreendimento. O intercâmbio possibilitará que o morador permute seis semanas da sua unidade no ILOA Vida em Família com outras unidades da RCI Group
espalhadas pelo mundo. São mais de 4.200 hotéis e resorts da RCI, incluindo 87 no Brasil. O intercâmbio de férias da RCI nada mais é do que um grande banco de reservas. Ao tempo em que o interessado coloca seu imóvel à disposição da rede para que associados de todo o mundo possam hospedar-se durante seis semanas/ano, ele garante o mesmo direito em unidades e hotéis do mundo inteiro vinculados à RCI. O diretor da RCI Group no
Brasil, Alejandro Moreno, apresentou detalhes do serviço no coquetel de boas vindas oferecido esta semana pela Vivendi Empreendimentos no Hotel Radisson. Conforme anunciou Alejandro Moreno, antes mesmo da conclusão das obras, os clientes do ILOA Vida em Família poderão usufruir duas semanas de férias, uma a cada ano, cortesia da parceria firmada entre a RCI e a Vivendi Empreendimentos. O sistema foi elogiado por
Felipe Rodrigues, um dos investidores presentes ao evento, que possui uma casa em Orlando (EUA) vinculada à RCI. “A rede funciona e permite que você conheça o mundo inteiro gastando menos do que se optasse por hospedar-se num bom hotel”, afirmou Rodrigues. “O ILOA é o primeiro empreendimento imobiliário do Brasil a ser comercializado, oferecendo intercâmbio de férias”, disse Felipe Cavalcante, diretor-presidente da Vivendi.
CMYK
O JORNA L JORNAL
Dois
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br
Confira as promoções na Revista da TV
B1
Marco Antônio
Os cordéis de Jorge Calheiros impressionam pelo formato, pelo som e pela rima. O artista popular há 40 anos se destaca pelo caráter humorístico dos seus escritos e por uma cantoria peculiar dos seus versos
Para responder a essa pergunta, O JORNAL buscou especialistas e co-
Cordel: arte viva ou em extinção?
lecionadores, falou com cordelistas populares, conheceu os versajistas universitários que fazem uma releitura do cordel alagoano - e descobriu que, apesar de opiniões diversas, essa espécie de literatura do povo permanece acompanhando o processo evolutivo da humanidade sem perder a magia dos seus folhetos. Confira nas páginas B4 e B5.
CMYK
O JORNAL
Espaço B2
Domingo, 28 de março de 2010 | www.
UMAS POUCAS PALAVRAS
Pedro Onofre e intelectualidade alagoana
A barba stulti discit tonsor
Coube a Sérgio - a nosso pedido -, falar sobre Pedro, ajudando-nos a homenagear um homem importante na vida de Alagoas e que é seu pai. Existem pessoas que têm missão civilizatória, que brigam, que procuram lugar e deixam marcas na vida da sociedade. Pedro é uma delas, um indicador da transição que aconteceu na formação do intelectual alagoano, gerando a saída de uma produção guardiã dos valores senhoriais para as primeiras levas de intelectuais marcados pelo processo de urbanização que traz novo quadro de valores e circunstâncias para a vida em Alagoas. É no quadro da urbanização que vai mudando o perfil do intelectual alagoano; o urbano de Maceió pode simbolizar o palco onde os acontecimentos se deram. A transição nos níveis de produção em Alagoas passam pela dessacralização de valores senhoriais, pela renovação do perfil do intelectual, pela forma como se vai perdendo a noção provincial das sumidades e que ainda encontravam eco nos catedráticos, pelo deslocamento do eixo das instituições que se portavam como produtoras de saber. Esses e mais alguns fatores fazem a transição em Alagoas, gerando novas circunstâncias que vão possibilitando uma nova produção, especialmente circunstanciada pelo papel desempenhado pela Universidade Federal de Alagoas. O encontro entre Sérgio e Pedro é uma súmula de tudo isto: um grande caminho que foi andado.
Nos palcos da vida Sérgio Onofre istoriador de formação e preso pelo eterno e fraterno laço de parentesco, o autor destas linhas, na condição de filho, de início se declara suspeito para tal empreitada, no entanto, por dever do ofício, busca, amparado em fontes documentais, depoimentos orais e, especialmente no testemunho da imprensa escrita alagoana, fontes que busquei analisar de forma rigorosa, inquirindo e cotejando-as entre si ? procedimentos recomendados pela ciência Histórica ?, assim, minha dura tarefa como historiador foi recolher o maior número de informações, questioná-las, confrontá-las e, por fim, tomar decisões sobre a veracidade destas mesma fontes (ou de suas partes) e justificá-las na perspectiva de recuperar a memória de mais de meio século de uma vida dedicada à cultura. Falo de Pedro Onofre de Araújo, personagem importante do cenário alagoano, por sua contribuição nas diferentes áreas e expressões artísticas de nossa terra. Sobre a trajetória percorrida por Pedro Onofre pelas veredas das artes e da cultura, assim publicava o Diário Oficial do Estado de Alagoas (20 de set. 1986, p. 40): “A sua ligação com a arte começou há muito tempo atrás. Basta dizer que em 1958, fundou e foi o primeiro presidente do Centro de Estudos Cinematográficos de Alagoas”, iniciativa que foi agraciada com o título de Utilidade Pública, outorgado pela Assembléia Legislativa de Alagoas. Formado por um grupo de artistas e intelectuais alagoanos, entre os quais: Jesualdo Ribeiro, Nivaldo Valença, Pádua Moreira, Pedro Farias, Humberto Guerrera, Gildene Loureiro, Leda Oliveira e Eunice Alves Pinto, o grupo se organizou com a finalidade de estudar cinema na perspectiva de estudar e produzir filmes. “Nos reuníamos, definíamos tarefas, como a redação de um roteiro e voltávamos a nos reunir para discutir o texto elaborado”, relembra Onofre em seu depoimento, perguntado sobre se havia algum produto dessa fase afirmou: não, estudamos, estudamos mas não produzimos nada, sonhávamos com isso, mas não aconteceu”. Segundo Onofre, o Centro foi um “retorno ao cinema” depois de um breve período em que dedicou-se ao teatro, ao rádio e a literatura, tal afastamento teve como causa o acidente que sofrera com a queda de uma aeronave Curtes Comander da empresa Loyde Aéreo, no dia 5 de setembro de 1958, do qual saíra ileso (Jornal de Alagoas, 6 de setembro de 1958), mas que sepultou a jovem Pajuçara Filmes, produtora cinematográfica que criara em parceria com Gilberto Barbosa e que rendeu vários curtas metragens como: “Petróleo, redenção de Alagoas”, um registro das primeiras prospecções em Jequiá da Praia (Acervo Petrobras). O acidente destruiu os equipamentos da empresa entre os quais uma câmera Bel&Hower (Aymo), 35mm, com três objetivas e torre, equipamentos com os quais a Pajuçara produzira “o primeiro cinema sonoro realizado em Alagoas”. Sobre sua participação no rádio afirmou aquele veiculo oficial de comunicação: “foi também decisiva na criação do Sindicato dos Radialistas de Alagoas, do qual foi o primeiro Presidente. Antes de ser transformada em sindicato, a entidade era a Associação Alagoana de Rádio, criada em 1957, posteriormente Associação dos Radialistas” (Diário Oficial do Estado de Alagoas, 20 de setembro de 1986, p. 40).
H
Mesmo figurando como um dos precursores daquele sindicado, juntamente com Lima Filho, Haroldo Miranda, Nilson Miranda e Jorge Vilar e com atuação no rádio e na imprensa escrita, só a partir de 2001, Pedro Onofre conseguiu seu registro como jornalista. Afirmou-nos, em depoimento que “requereu à época da regulamentação da profissão de jornalista, o seu registro profissional junto à Delegacia Regional do Trabalho – DRT [no entanto,] teve seu processo extraviado naquele órgão federal, não podendo usufruir de um direito que a lei assegurava aqueles que já exerciam a profissão sem que portassem o diploma de jornalista”. Quando do exercício (em comissão) do cargo de “Assessor de Comunicação Social” do Tribunal Regional do Trabalho – TRT, 19ª Região, entre 1996 e 2003, Onofre protocola novo requerimento naquela delegacia e obtém finalmente seu registro, sob o número 003893/2001-79, em caráter precário. Voltando às atividades artísticas é na Rádio Difusora de Alagoas que Pedro Onofre vai associar o gosto pelo teatro com aquele vigoroso instrumento de comunicação, o rádio, trabalhando entre 1950 e 1955, atuando como rádio-ator e, posteriormente, de 1957 a 1961, dirigindo o Rádio Teatro daquela emissora.
Na verdade, sua ligação com o teatro iniciase uma década antes daquela referenciada pelo veículo de comunicação oficial do Estado, inicialmente citado. “Com meio século de vida dedicado à produção teatral, Pedro Onofre não esconde a satisfação de ser um dos desbravadores da arte em Alagoas. História que começou na cidade de Arapiraca ainda [no final da] década de 1940” (O Jornal, 21 de março, 2004, p. B-3). O próprio Pedro Onofre prefere demarcar o início de sua trajetória no Joracy Camargo, numa montagem do “Teatro Amador de Arapiraca” (informação verbal, presenciada em diferentes momentos e por nós registrada). A partir de então, seguiram-se quase duas dezenas de atuações como ator de teatro em peças como “A História de Noé”, poema teatralizado em dois atos de sua autoria no papel de “Deus” (1987), “Cabaré” de Karl Valentin ? com direção de Marcos Fayad ?, no papel do “maestro” (1986), “A Beata Maria do Egito” de Rachel de
Queiroz, no papel do “Coronel Chico Lopes” (1959) e “O Idiota” de Fiódor Dostoiévski, no papel de “Páfion Rogorsin” com direção de Heldon Barroso (1957), este último numa montagem da “Associação Teatral das Alagoas – ATA”, grupo criado e dirigido por Linda Mascarenhas; os demais espetáculos montados pelo “Teatro Cultura do Nordeste – TCN”, grupo criado pelo próprio Pedro Onofre em 1959. Neste meio século foram vinte e nove atuações como diretor de espetáculos teatrais, dentre os quais destacamos: “Terra Maldita” (2006, 1982, 1978 e 1963), “O Galo de 3 Pernas” (2005, 1993), “No Mundo da Lua” (2004, 1997, 1988) e “Mundau lagoa assassinada” (1988), estes de sua autoria. E ainda, “Os Fuzis da Senhora Carrar” de Bertolt Brecht (1992), “O Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna (1989) e “Lampião” de Rachel de Queiroz, numa montagem do “Teatro do Estudante de Alagoas”. No campo da produção literária é autor de 30 peças teatrais, nove delas publicadas nos três volumes iniciais da coleção “Teatro de Pedro Onofre”. Sobre o gosto pela literatura afirmara em entrevista a José Geraldo W. Marques: “Comecei a ler muito cedo. Com a leitura veio o desejo de escrever; a princípio timidamente, depois, de maneira compulsiva. Devo muito, ao curso primário que fiz [...]. com 12 anos de idade li pela primeira vez, os “Diálogos de Platão e Diniz [...] Entre os escritores brasileiros obrigatórios [na escola] destacavam-se Humberto de Campos, José de Alencar e Machado de Assis...” (A Notícia, 27 de julho - 2 de agosto de 2003, p.11). ROMANCISTA - Em sua edição de 7 de fevereiro de 1998, o jornal Gazeta de Alagoas (Serviço, p. B-7) afirmava que “Pedro Onofre é considerado um dos dramaturgos mais produtivos do Nordeste”, naquele mesmo mês, na edição do dia 18, o mesmo jornal voltava a tratar da vida e da obra do dramaturgo alagoano “...começou escrevendo críticas teatrais nos jornais de Maceió e contracenando nos palcos da cidade até tornar-se diretor de teatro e depois dramaturgo [...] escreveu, além das peças teatrais, quatro livros de poemas, um romance, dois ensaios, crônicas e artigos” (Gazeta de Alagoas, Serviço, p. B-7), soma-se ainda a essa vasta produção inúmeras composições musicais, algumas delas inseridas como trilhas sonoras em seus filmes e peças. “Homem de muitas letras”, a poesia pode representar um capítulo à parte na sua trajetória, alguns de seus versos foram publicados nas obras: “Turbilhão” (1964); “A canção do luar impossível” (1975); “I Coletânea de Poetas e Escritores Nordestinos”, uma publicação da Academia de Artes e Letras do Nordeste Brasileiro (Recife, 1978); “Poemas da minha terra” (1981); “Calabar”, publicado na coletânea “Poesia e prosa do Nordeste” (1981) e “À sombras das Arapiracas” (1984). Além de poemas inseridos em seus textos para o teatro, a exemplo de “Mundau lagoa assassinada” (Teatro 01, SECULT, 1987. p. 215-216). Em 2005, aos 70 anos de idade, encena pela quarta vez a peça “Terra maldita”, de sua autoria, “A primeira montagem é de 1963, esta “...talvez, tenha sido a peça de maior impacto psicológico-social-político de Pedro Onofre e de maior sucesso de público” (Tribuna de Alagoas, 14 de julho de 2005, Caderno Arte & Cultura), talvez também, por esse motivo o texto tenha sido escolhido como tema para sua mais recen-
Lagoa Munda
A noite desce, Na canoa tu retornas, Deslizando, às águas morna Da Lagoa Mundaú, Rosto queimado, Coração amargurado, Aparentas conformado... - Quem sabe em que pensas
te obra cinematográfica, “Terra Maldita Inicialmente produzido para o teatro, o texto f roteirizado em 1970, atualizado em 2009 e fina mente produzido em 2009/2010. Na área do cinema “Terra maldita” constitu se no seu quarto longa metragem, precedido p “O suicídio” (2007); “Homens e feras” (1995) “Nas trevas da obsessão” (1970), este último e película (p/b), além de outras 06 obras no form to documentário de curta duração, todas atua do como autor do argumento, como roteirista como diretor. Assinou também os roteiros de “ sal da terra” (1968), “A morte em 80 dias” (197 “Aconteceu numa noite de inverno” (1969/197 e A epopéia do Cariri (1971). “Dono de um currículo invejável, Ped Onofre é inegavelmente uma das grandes inte
B3
ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
O que faz Sérgio Onofre Historiador e professor da Universidade Federal de Alagoas
de Pedro Onofre
aú
as.
tu! -
a”. foi al-
uipor )e em maanae “O 0), 70)
dro eli-
Voltas pra casa, Uma palhoça arrumada Bem na lama da Levada, Tão tristonha tão singela... Essa palhoça esquecida, Parece que não tem vida, Por ser vida mal vivida Nas privações da favela.
Nada persegues Nessa simplória existência Que a ternura e a paciência Da cabocla que te quer... E que à tarde, na Lagoa, Espera a tua canoa, Com um riso, florindo à toa, No seu rosto de mulher.
gências de Alagoas” (O Jornal, 4 de agosto de 2007). Atuando também como planejador e gestor de políticas, equipamentos e ações culturais, foi Coordenador Geral de Planejamento e Projetos Culturais da Secretaria Estadual de Cultura – SECULT entre 1985 e 1986, chegando neste último ano a assumir o cargo de Subsecretário Estadual de Cultura. Como gestor e planejador cultural “...entre outras realizações, Pedro Onofre [contribuiu] decisivamente, com Noaldo Dantas, na organização da Secretaria Estadual de Cultura”. Coordenou naquela pasta, um importante seminário com ampla participação de produtores e agentes culturais da terra, evento que subsidiou a elaboração do primeiro plano de cultura do estado “considerado pelo então ministro Aloísio
Meu pescador Da Lagoa Mundaú, Pescador de sururu, Precisas te acostumar: Um dia irás embora Para outras plagas em fora, Porque, sem muita demora, Tudo isso aqui vai mudar.
Pimenta, o melhor do país” (Jornal Espaço, nº 65, 6 - 12 maio, 1995, p. 09). Sobre o amigo e colaborador, escreveu Noaldo Dantas, na apresentação da coletânea “Teatro” (1987, p. 9), “Já conheci muita gente inteligente e talentosa. Igual a Pedro Onofre, ninguém [...]. O Pedro é um oceano e comporta-se existencialmente como um riacho [...]. Cento e vinte quilos de sabedoria e um coração de criança.” Na Fundação Teatro Deodoro (FUNTED) ? hoje reduzida à Diretoria dos Teatros do Estado de Alagoas (DITEAL), responsável pela administração dos teatros Deodoro e Sérgio Cardoso e que nem de longe expressa a importância daquela fundação enquanto gestora de diferentes ações e equipamentos culturais ?, atuou primeiro como pesquisador e planejador cultural
É que o progresso Que envenena a natureza, Há de acabar com a beleza Da Lagoa Mundaú. E, da aquarela passada, Não nos restará mais nada, Nem mesmo tu, camarada, Pescador de sururu.
(1978-1996); assumindo depois a direção do Museu da Imagem e do Som de Alagoas (MISA) entre 1982 e 1985, sendo o responsável pela sua criação e organização. E ainda, de 1986 a 1987, chegou ao cargo de Diretor Presidente da FUNTED, a partir de um processo participativo ? quando, pela primeira vez, artistas, intelectuais e funcionários daquela Fundação tiveram a oportunidade de se manifestarem na indicação de nomes para gerir aquela instituição cultural. A segunda metade da década de 1980 representaria um momento novo, momento de grande efevercência, de grande vitalidade no meio artísco-cultural alagoano, protagonizado por uma instituição pública que era, se não a única, a mais importante enquanto centro de promoção e difusão cultural do estado. “Quase a tota-
lidade dos funcionários da Fundação Teatr Deodoro e os artistas chamados a escolherem por votação, um nome para dirigir aquela cas de espetáculos, deram sua preferência ao teatró logo Pedro Onofre...” (Jornal de Hoje, 26 d abril de 1986, p. 3 – Política/Governo). Meses de pois, aquele mesmo matutino avalia o gestor: “A FUNTED, a partir da presidência do teatrólog Pedro Onofre, passou a ser um complexo cultu ral Dinamizado...” (Jornal de Hoje, 15 de no vembro de 1986, p. 6 - Geral). E, ainda, como registrou o “Jornal d Alagoas” (16 de novembro de 1986, p. A-12), “ o milagre aconteceu! [...] a maior surpresa do es petáculo [Cabaré de Karl Valentin], fica po conta da entrada em cena do veterano drama turgo Pedro Onofre, atual presidente da Funte [...] No palco ele divide destaque com atores qu nem tinham nascido quando ele já se emaranha va pelo mundo difícil das artes cênicas alagoa nas [...] E era tudo maravilhoso, pois eu jamai poderia imaginar que teria a sorte e o prazer, d ver em nossos palcos, de uma forma tão simple e democrática, a figura solene do ‘presidente d Funted’, atuando com os demais artistas d nossa sociedade teatral”. Longe das instituições oficiais, Pedro Onofr cria, em outubro de 1985, o Instituto de Estudo Culturais, Políticos e Sociais do Homem Contemporâneo (IECPS), “Juntamente com ou tros intelectuais [...] sendo seu primeiro pres dente e atualmente Presidente de Honra [...] qu desenvolve projetos sociais de inclusão de jo vens da periferia de Maceió através de projetos ações voltados para a capacitação e formaçã profissional para o mundo das artes” (O Fisco jun/ago.n2007, nº 71, Ano XLVII, p. 06). Tanto longa metragem “Terra maldita” como “O suic dio”, são resultados de um trabalho experimen tal, realizado com alunos do Centro de Cultura Belas Artes de Maceió (CCBAM), braço executo do IECPS. “Aos 70 anos, Pedro Onofre tira d nheiro do bolso e instala no Benedito Bentes Centro de Cultura e Belas Artes de Maceió – O segundo maior palco destinado a receber a d versidade cultural de Alagoas acaba de ser inau gurado [...] Protagonista da história do teatro n estado [...] o senhor de 70 anos encontrou no ga pão uma inspiração para quebrar o establis hment cultural alagoano” (O Jornal, 5 de abr 2005, Caderno B). Homem de cultura e da cultura alagoana intelectual de mérito reconhecido, não só po sua obra, escrita, declamada, encenada ou pu blicada. É também um incansável guerreir que, como tantos outros que teimam em pro duzir seus textos, seus espetáculos, seus filmes seus versos, suas prosas, enfim, sua arte, com pouco ou nenhum apoio ou recurso público e mais que isso, insiste em levar para a periferi da capital não só o produto cultural de seu in telecto, de seu esforço e de seus parcos recur sos, mas também, ou melhor, mais ainda busca oferecer àquela população, carente em todos os sentidos, a possibilidade de exercita o fazer artístico, de também produzir arte cultura, de desenvolver o espírito, o senso esté tico e crítico e de poder sonhar. Enfim, de sen tir-se humano em sua plenitude, capaz de rea lizar nesse sonho uma alternativa concreta d subsistência. Portanto, encerro este breve rela to (também apaixonado), acrescentando mai uma qualidade ao currículo de Pedro Onofre qual seja: a de efetivamente promover ações d democratização do acesso à cultura no Estad de Alagoas.
O JORNAL JORNA L
Variedades B4
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br
Continuação da página B1
Pesquisadora do Cesmac constata forte presença do cordel em Alagoas Elô Baêta Repórter
la nasceu na Europa, quando o mundo sequer sonhava com as transformações e evoluções tecnológicas da modernidade que viria bater à sua porta no futuro. Estendeu-se pela França, Portugal, Holanda, Espanha. Chegou ao Brasil na bagagem dos lusitanos, fortemente ligada a cantorias desafiadoras e espontâneas sonorizadas na viola. Mas foi na voz, no linguajar criativo do homem simples, do homem do povo, do nordestino - carentes de requintes, mas ricos em originalidade -, que encontrou o berço esplêndido. Em meio à multidão, aos gritos de disputa por clientes e de ofertas das mercadorias das feiras livres das cidades do interior, lá estava a literatura de cordel, propagandose com destaque em versos cantados, escritos em folhetos com pardos papeis e belas ilustrações xilográficas, expostos em finos cordões e presos com pregadores de roupas, como uma arte legítima do Nordeste. Que o cordel, essa poesia narrativa e popular, fincou raízes definitivas no solo áspero e no sol causticante do Nordeste brasileiro, não se tem dúvidas. Que se impregnou com toda força e autenticidade na vida e nos costumes do sofrido povo desse pedaço do Brasil, também não. Mas, mesmo com os mais de cem anos que o povoam como uma das mais valiosas manifestações da cultura popular, não conseguiu fechar os olhos para os percalços, para os altos e baixos, perdendo generosos pedaços da farta fatia que chegou a ocupar no mundo do entretenimento - sobretudo nas cidades do interior - para o rádio, a televisão, o cinema e tantas outras criações da tecnologia dominante no mundo atual.
E
E em Alagoas, a literatura de cordel permanece viva ou em extinção? Relatos de alguns estudiosos no assunto e pesquisas, como a intitulada Cordel alagoano: memória, cultura e imaginação tecendo o literário, desenvolvida no Programa Semente de Iniciação Científica, do Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac), fazem notar que o cenário dessa arte ainda tem voz e vez por aqui, com expressivos nomes. A autora do estudo, Jamilla de Paula, ressalta que a partir da relação das produções contemporâneas da literatura de cordel no Estado no período de 2001 a 2006, apresentadas na pesquisa, vê-se que essa arte vem tentando fugir da linha do esquecimento, acompanhando o processo evolutivo da humanidade, mas mantendo a incontestável magia dos seus folhetos, numa incansável luta contra o silêncio dos seus poetas. É fato que alguns deles se calaram definitivamente; outros, ainda persistem, mantendose atuante e fiel à tradição com os fabulosos resquícios que a originaram. A professora Sônia Maria Pinheiro destaca que, durante a pesquisa - orientada por ela -, foi constatada a forte presença do cordel em Alagoas, em nomes como Enéias Tavares dos Santos, o Pica-Pau, o primeiro cordelista a escrever para crianças no Estado e exímio xilógrafo; Maria José de Oliveira, com destaque para o seu cordel religioso O Padre Cícero do Juazeiro; João Caboclo-Linho das Alagoas, com a tradição da venda de cordéis em sacolas plásticas pelas ruas de Arapiraca, dentre outros, mas que, embora esse gênero tenha sido considerado pelo folclorista Ranilson França em extinção desde o final dos anos 90, sendo apreciado apenas pelas classes sociais mais carentes, ainda se mantém vivo no Estado. (E.B.)
Alessandra Vieira
Aílton Cruz/Arquivo
Maria José de Oliveira, a Mariquinha, descortina na Feirinha da Pajuçara e na Praça Sete Coqueiros, sua literatura com temas variados
Mariquinha segue sustentando essa arte nas mãos Dentre os inúmeros homens e mulheres do povo que eternizaram o cordel tradicional no Estado, dois deles ainda seguem firmes, sustentando essa arte nas mãos com a firmeza dos seus talentos. Os cordéis de Jorge Calheiros impressionam pelo formato, pelo som e pela rima. Criando personagens, dando um rumo próprio as suas narrativas e idealizando as ilustrações das capas dos seus folhetos há quase 40 anos, o artista se destaca pelo caráter humorístico dos seus escritos e por uma cantoria peculiar dos seus versos. Ser pobre demais é ruim, ser rico demais não presta, Eu me casei enganado, Mulhé feia, Matuto na Bienal, O encontro de Tancredo com São Pedro lá no céu, A paz e o meio ambiente estão pedindo socorro, tantos e tantos outros, trazem o carimbo do cordel autêntico, vivo, desse alagoano da cidade de Pilar, espalhados em bancas de revistas de diversos bairros da capital e da cidade de Penedo, na Biblioteca Pública Mu-
nicipal e no Museu Théo Brandão (MTB-Ufal). “Vendo bem os meus cordéis - com preços que variam de R$ 2,00 a R$ 3,00 -, principalmente para turistas”, conta, apresentando as suas duas mais recentes produções: Doença ruim de curar & tem suína em Maceió e O professor deveria ser melhor remunerado, onde satiriza a pouca valorização dos educadores brasileiros. Para ele, a arte cordelística tradicional está em decadência. “O cordel está em extinção. Dificilmente, você encontra um verdadeiro cordelista, original, aquele que faz perfeito, com sentimento e que rime certo. O cordel é popular, não é só a pessoa querer escrever, tem de ter o dom. Sem o linguajar do povo simples, não é autêntico”, frisa. Maria José de Oliveira, a Mariquinha, descortina todas as tardes, na Feirinha da Pajuçara e na Praça Sete Coqueiros, essa arte com variados temas. Com o segundo grau completo em Administração e um sorriso nos lábios, ela revela que
escreve cordéis há 30 anos e que as vendas dos seus folhetos vêm crescendo, sobretudo para turistas e marinheiros, apresentando um dos seus estilos mais peculiares: os acrósticos - poesias cujas letras iniciais de cada verso formam verticalmente o título da narrativa. Entre um cordel e outro, ela conta que o folheto em que denuncia a devastação das matas pelo homem, intitulado Por quererem ser mais sabidos que Deus, as coisas estão se modificando, foi entregue por ela ao papa João Paulo II em sua visita a Maceió, em 1991, e que tempos depois teria recebido uma carta do vaticano abençoando a sua arte. Mariquinha também comemora a sua participação no Programa do Jô, no ano 2000, para onde enviou uma carta toda em rima. Mesmo lamentando as poucas verbas para imprimir os seus cordéis e apresentá-los ao mercado, a poetisa popular revela: “Não penso em deixar o cordel, pois gosto muito de escrever”. (E.B.) Marco Antônio
"O cordel legítimo é uma arte que já nasce com o artista, mas essa produção que vem sendo feita por universitários, que de certa forma detêm conhecimentos, mesmo erudita, não deve ser desconsiderada, tem o seu valor. (...) É uma questão puramente ideológica. Jairo Campos da Costa
"Os cordelistas da nova geração tentam preservar o padrão do cordel tradicional, só que de forma diferente do convencional. Utilizando a Internet como veículo de representação do cotidiano do Século XXI, discutem vários problemas da atualidade. Sônia Maria Pinheiro
Cristiano Krico se considera um poeta tanto erudito quanto popular
Cordel de Jorge Calheiros é vendido em bancas de revistas, na Biblioteca Pública Municipal e no MTB
CMYK
O JORNAL JORNA L
Variedades
B5
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br
Continuação da página B4
Cordelistas da nova geração surgem do meio acadêmico Aílton Cruz/Arquivo
Em Alagoas, como em outros estados do Nordeste, a literatura de cordel vem ganhando um ar diferente, vindo do seio acadêmico das universidades, com a produção de estudantes e profissionais das mais diversas áreas. A professora Sônia Maria Pinheiro destaca essa releitura como um dos fatos mais salutares na poesia popular alagoana, embora ressalte que esse gênero produzido no meio acadêmico não vem sendo considerado cordel por alguns estudiosos, mas sim poesia versajista. “Os cordelistas da nova geração tentam preservar o padrão do cordel tradicional, só que de forma diferente do convencional, utilizando a Internet como veículo de propagação da representação do cotidiano do Século XXI, como os assaltos à mão armada, a compra de votos nas eleições, a miséria do povo, entre outros problemas da atualidade. Entretanto, não escapam das dificuldades que os cordelistas tradicionais vivenciaram, como a questão da autoria e a não-clas-
Marcial Lima sente uma diminuição na produção do cordel tradicional
sificação deles entre os poetas”, explica. Formado em Filosofia pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Cristiano Krico apropriase da linguagem do cordel desde os primeiros anos da década de 90 e se considera um poeta tanto erudito quanto popular. “Dizem que o meu cordel é erudito por conta dos meus conhecimentos
acadêmicos, mas o meu contato com a literatura vem de bem antes da universidade, transitando também pelos contos e poemas”, destaca o artista. Na arte cordelística de Krico, destaca-se o folheto Enéias Tavares dos Santos, O Pica-Pau, no qual homenageia o famoso cordelista e xilógrafo de Marechal Deodoro, além de Severino e Seu Xodó, Cordel do João
Boneco, O lixo e a preservação ambiental e o mais recente deles, Cordel do Ponto dos Mestres, que será lançado ainda este ano. “A literatura de cordel é uma arte viva, que perdura a cada dia e que continua sendo uma referência na cultura popular nordestina. Mas falta um movimento dessa arte no Estado de forma que os nossos cordelistas possam interagir com troca de conhecimentos e divulgar os seus trabalhos”, comenta Krico, que ministra oficinas e palestras sobre literatura de cordel em escolas particulares e nas redes estadual e municipal, além de Organizações Não-Governamentais (ONGs). Para o professor de Literatura da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e estudioso das estruturas de poesia Jairo José Campos da Costa, é indiscutível a origem do cordel no povo simples, mas, como toda manifestação cultural, passa por processos naturais de reconstrução. “O cordel legítimo é uma arte que já nasce com o artista, mas essa produção que vem sendo feita por universitários, que de certa forma detêm conhecimentos, mesmo erudita, não deve ser desconsiderada, tem o seu valor. Os poetas acadêmicos fazem literatura, criam metáforas com consciência, por isso a arte perde um pouco a originalidade. Nos poetas populares, a arte brota espontaneamente, tem magia, mas é preciso que se entenda que os mesmos elementos que conferem literariedade a um texto popular, também confere ao erudito. É uma questão puramente ideológica”, enfatiza. Como colecionador de inúmeros exemplares de cordel e estudioso da cultura enquanto promoção humana, como fator de redução das desigualdades, como veículo de melhoria da qualidade de vida e como política pública, incidindo diretamente no desenvolvimento social, Marcial Lima revela uma diminuição significativa na produção do cordel tradicional em Maceió. “Em recente visita ao Mercado do Artesanato fui informado numa lojinha que se propõe a divulgar o trabalho dos nossos cordelistas sobre uma extrema dificuldade de localizá-los, por essa razão o seu acervo é composto por autores de outros estados nordestinos. Tal fato me leva a crê que essa arte está minguando". Questionado sobre a poesia cordelista que vem sendo escrita por universitários, afirma: "A arte popular é aquela que brota espontânea, do âmago do poeta, motivado por uma força inata, incontrolável, por uma inspiração natural, sem qualquer propósito a não ser externar o seu sentimento, a sua percepção diante de um fato. O cordel popular é visceral. Nos demais, quase sempre nota-se propósitos imediatistas: mensagens políticas e ecológicas, cuidados com a saúde, versões de um livro clássico. Não poucas vezes, as palavras pesam, o ritmo não flui, a rima é forçada. É claro que há exceções, mas facilmente sentimos essas diferenças". Erudito ou popular, o cordel deve perdurar livre, preso apenas à originalidade, à autenticidade e à simplicidade do povo nordestino. (E.B.)
TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h00 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h30
-
Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida A Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Poko Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Os Heróis da Praia Papo de Mãe Cultura Ponto a Ponto
Canal 3 15h00 16h00 16h30 17h00 18h00 18h30 19h00 20h00 21h00 22h30 23h00 00h45 01h45
-
Stadium Assim que Funciona Expedições Ver TV De Lá pra Cá América Latina Tal Como Somos Som na Rural Conexão Roberto D'Ávila EsportVisão Arte com Sérgio Brito Cine Ibermédia Curta Brasil DOC TV
Canal 7
TV GAZETA 05h50 06h50 07h00 07h30 08h05 09h00 09h30 12h30 13h05
14h49 14h52 -
Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular A Turma do Didi Temperatura Máxima A Hora da Virada Globo Notícia Domingão do Faustão
15h45 - Futebol 2010 - Campeonato Carioca: Flamengo x América 18h00 - Domingão do Faustão 21h00 - Fantástico 23h25 - Big Brother Brasil 10 00h15 - Domingo Maior - Baladas, Rachas e um Louco de Kilt 01h52 - Flash Big Brother Brasil 10 01h58 - Sessão de Gala - O Ilusionista 03h45 - Corujão
TV PAJUÇARA TV ALAGOAS A emissora não forneceu sua programação.
Canal 5
00h00 05h25 05h55 06h45 07h15 08h00 09h00 10h00
-
IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kiks Ponto de Luz Alagoas da Sorte
Canal 11 11h00 11h30 12h30 17h00 20h30 00h00 01h00
-
Informativo Cesmac Record Kids Tudo é Possível Domingo Espetacular Programa do Gugu Serie: Heroes IURD
TV BANDEIRANTES Canal 38 07h00 10h30 11h00 12h00 13h00 13h30 14h00 15h30 18h00 20h00 20h30 21h30 22h30 23h25 23h30 00h30 01h00
03h30 -
Info Brasil Caminhoneiro Rota Sertaneja Uma Escolinha Muito Louca Magazine UEFA O Maior Espetáculo da Terra Band Esporte Clube Futebol 2010 Terceiro Tempo Fórmula Indy Videonews Força Secreta Mar Sem Fim: Viagem À Antártica De Olho na Copa Canal Livre Mundo Fashion Cine Band O Rei Urso Polar Vida Vitoriosa
CMYK
Social
O JORNA L
B6
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br
RECADO
JetNews
“A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de sermos como somos” Elenilson Gomes topnews@ojornal-al.com.br
Chico Brandão
André Fon
Holofotes DICAS NEWS Todo mundo tem um tique. Ele pode não ser gritante, mas que tem, tem. A questão é que existem certos movimentos repetitivos que são pouco higiênicos, como ficar mexendo no nariz, fungar como se estivesse resfriado, ou produzir roncos horríveis e resfolegar como se o pulmão fosse sair pela garganta. Se isso é feio, imagine então quando é feito num ambiente de trabalho. É a treva!
FINGER Faltam pouquíssimos dias para que os maceioenses ganhem de presente uma loja que tem tudo para conquistar dos mais jovens aos mais exigentes. Falo da Finger, especializada em móveis planejados que trouxe o design europeu e a precisão alemã para nossa cidade. O coquetel de lançamento será na terça-feira, na Álvaro Calheiros. A loja foi aberta onde ficava a antiga Boate Life.
O industrial Manuel Marques que ainda hoje recebe felicitações por mais uma virada de calendário que celebrou ontem com um jantar em família Chico Brandão
A querida Maridalva Nunes adiantou sua viagem aos Estados Unidos para poder, logo mais, acompanhar de perto o crescimento da barriguinha de Alessandra Nutels, que lhe dará um neto Andrea Moreira
Gustavo Ramalho e Rodrigo Fagá, jovens arquitetos que estão agitando o mercado alagoano com seus trabalhos cheios de inspiração e técnica apurada
MAIS LARGO Como é o seu sorriso? Saiba que quanto mais largo e mais profundos os vincos em volta dos olhos quando se sorri, mais longa será a vida do indivíduo. Cientistas estudaram 230 fotos de jogadores da principal liga de beisebol americana que começaram a jogar antes de 1950 e as agruparam de acordo com os tipos de sorriso. Os jogadores foram classificados segundo os critérios "sem sorriso" - quando apenas olhavam inexpressivamente para a câmera -, "sorriso parcial" - quando o sorriso envolvia apenas os músculos ao redor da boca - ou "sorriso total", quando o sorriso envolvia a boca, os olhos e ambas as bochechas pareciam levantadas. As fotos foram tiradas do Registro de Beisebol de 1952, uma lista de informações profissionais com dados e estatísticas sobre os jogadores, como ano de nascimento, índice de massa corporal, estado civil e tempo de carreira, os quais refletem a forma física. Entre os jogadores falecidos a partir de 1º de junho do ano passado, os da categoria "sem sorriso" viveram uma média de 72,9 anos, os com "sorriso parcial", 75 anos, e os de "sorriso total" viveram, em média, 79,9 anos, demonstrou o estudo. Resumindo: a vida é muito curta para ficar carrancudo.
Em abril, o Maceió Shopping, em parceria com a Yabe Consultoria e Educação Empresarial, realiza em Arapiraca e Maceió, nos dias 13 e 14, respectivamente, Seminário Internacional de Excelência Empresarial e Profissional com Jim Cunningham, consultor que durante 15 anos coordenou a Universidade Disney, gerenciando os programas de desenvolvimento profissional e formando equipes de alto desempenho em seriços para os parques da rede. A ação faz parte do Programa de Qualificação Profissional do Maceió Shopping (Qualishop) e terá tradução simultânea Tisel.
1
Estiveram com os telefones congestionados, recebendo muitos parabéns em razão de mais uma virada de calendário, Walgra Pereira de Mello, Jane Eyre de Andrade Lins, a personal training Valéria Camerino e a advogada Ana Maria de França.
2
No último dia 20, o Centro de Convenção do Hotel Jatiúca ferveu com a entrega do Trofeu lagoa Mar. Quem ainda coleciona parabéns e elogios é a querida Vanessa Tenório. Primeiro porque sua System Tours foi agraciada com um dos prêmios e segundo porque estava maravilhosa usando uma peça da coleção MIA, que Mônica Fireman acaba de trazer para sua Naranja.
3
Dona de uma elegância sempre elogiada, Rosiana Beltrão segue se destacando nos assuntos que abraça, sendo um exemplo para as mulheres alagoanas
Acontece hoje, a partir das 15 horas, no Parque Municipal, mais uma edição do projeto Papel no Varal. Deste vez será a estreia Papelzinho no Varal, dedicada a criançada. A tarde literária vai contar com a participação musical da compositora Ezra Mattivi. Free.
6
Só de lembrar do buffet de frutos do mar que Eduardo Salles oferece em seu restaurante Porto Salles já dá água na boca. O lugar se tornou parada obrigatória de quem adora jogar conversa fora se deliciando com pratos cheios de sabor.
7
Arquivo
Chico Brandão
Desde ontem que Mônica e Monique Casado não param. Sua passagem pelo Hair Brasil 2010 começou com o workshop "Profissional com Selo de Qualidade", apresentado por Mônica. Hoje, elas participam do Mega Show Pret a Porter com Patrick Cameron. Aline Oliveira (Campeã Nacional do Trend Vision 2008), que faz parte da equipe Fios de Cabelo também fará parte do evento. Amanhã e terça também prometem ser bem agitas. Na volta, as madeixas das alagoanas é quem vão ser premiadas.
4
A querida Márcia Maciel está de parabéns pelo requinte com o qual selecionou as peças para sua nova coleção. As vitrines dão uma pequena mostra do que a maison preparou para esta estação.
5
O ex-Conselheiro do Tribunal de Contas de Alagoas, José Alfredo de Mendonça: um exmplo a ser seguido
Edênia Diniz está deixando as mulheres da cidade cada dia mais bonitas com as joias e semijoias de sua Plátanos
CMYK
Social
O JORNA L B7
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br
HIBISCUS Ipioca abriga um dos restaurantes mais badalados da cidade, que une o sabor de seus pratos a um ambiente que nos faz esquecer um pouco dos problemas. O Hibiscus, idealizado e comandado pelo amigo Gastão Arruda, segue como uma das melhores opções de quem quer comer bem num astral maravilhoso.
O chef alagoano Mário Lopes e o chef francês Christian Haug que dão sbor do Hibiscus e Gastão Arruda ladeado por seus filhos João, Renata e Gastãozinho
ENTÃO É POR ISSO!
Rafaella da Costa Barros, Kristhine e Katherine Albuquerque e Sofia Arecippo: moda em dose extra
Sônia Sampaio, Ledinha Maranhão, BRanca Rosa Fragoso e Yara Cassar
Ana Paula, Lisiana e Ana Cristina Cansanção
Pessoas que trabalham sentadas e têm uma ocupação de grande estresse correm mais risco de se tornarem obesas, segundo estudo da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. E, de acordo com os autores, nem uma dieta rica em frutas, verduras e legumes pode reverter os efeitos do estresse crônico no trabalho sobre o ganho de peso de pessoas sedentárias. A análise de mais de 2,7 mil empregados de uma fábrica de Nova York indicou uma associação entre alta pressão no trabalho - com o medo das demissões e a falta de controle sobre as próprias atividades - e diversos problemas de saúde, incluindo doença cardiovascular, síndrome metabólica, depressão, exaustão, ansiedade e ganho de peso.
Holofotes INVERNO 2010 Já ouviu falar em arroz à bolonhesa? Não? Então separe duas colheres (sopa) de azeite de oliva, uma cebola picada, dois dentes de alho picados, duas xícaras (chá) de carne moída, uma xícara (chá) de azeitona preta picada, uma cenoura cortada em cubos, uma xícara (chá) de ervilha em conserva (sem a água), uma xícara (chá) de milho verde em conserva (sem a água), quatro tomates sem pele e sem sementes picados, duas xícaras (chá) de molho de tomate, seis xícaras (chá) de arroz cozido, um tablete de caldo de carne, um xícara (chá) de água fervente, uma xícara (chá) de queijo tipo mussarela ralado, meia xícara (chá) de queijo tipo parmesão ralado, sal e pimenta do reino a gosto e terás um surpreendente prato. Em uma panela, aqueça o azeite e doure a cebola e o alho. Acrescente a carne moída e refogue-a. Junte a azeitona, a cenoura, a ervilha, o milho, o tomate, o molho de tomate, o caldo de carne dissolvido na água fervente, o sal, a pimenta-do-reino, misture e deixe cozinhar por 10 minutos. Coloque uma porção de arroz no fundo de um refratário até cobri-lo e distribua o molho com a carne. Cubra com o restante do arroz, salpique os queijos e leve ao forno médio (180 ºC) preaquecido por cerca de 20 minutos.
A hoteleira Isadora Gatto e a empresária Carmosina Pereira Leite
Cristina Oiticica e a mais nova noiva da cidade, Janine Belo
Paula e Mônica Lyra: sempre lindas
Ivanilda e Jairon Machado: sucesso com a Mister Frios
Amanhã é dia de Antônio Correia Sena, do dentista Carlos Santa Rita Filho e de Dulce Magalhães Tenório receberam chuvas de felicitações por mais um niver que celebram. Parabéns!
8
Para Marythânia Melro não existe tempo ruim, pois sua Teenager tem peças que são ideias para o “inverno” alagoano. O entra e sai de sua loja confirma seu sucesso.
9 10
Quem estava acostumado a a querida Carmen Aragão, da Transamérica Turismo, terá que esperar até o dia 1a de abril. Neste perídoo ela está de férias. Mas isso não será problema para os que estão agendando suas viagens para o roteiro especial de Semana Santa, em Portugal, programado pela agência.
Mammoth/Santa Lolla
REINSERÇÃO Usuários do Portugal Ramalho encenam a quarta edição da Paixão de Cristo nesta quarta, 31, às 18h30, no pátio da instituição. São mais de 60 atores representando vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O psiquiatra Audenis Peixoto, gerente geral da Unidade Hospitalar lembra a todos que essa é uma atividade de reinserção social dos usuários. A entrada é franca. Betty Costa, sempre atenta, nos envia a informação.
Quando anunciou o lançamento da coleção Outono/Inverno da Mammoth Store, Márcia Lavini brindou os fashionistas com uma marca própria, a LAVINI, e uniou as peças as sandálias e acessórios da Santa Lolla, comandaa por Carolina e Marina Freitas. Desde então os elogios não param de pipocar
Colcci
Cantão
João Mascarenhas aquietou os ânimos dos mais antenados quando trouxe para a cidade a nova coleção de sua Colcci
As estampas são a marca registrada da Cantão, que para o Outono/Inverno caprichou nas cores
CMYK
O JORNAL JORNA L
Variedades B8
Roteiro
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com| e-mail: cultura@ojornal-al.com.br
Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato
cultura@ojornal-al.com.br
Hoje
Fotos: divulgação
Para levar literatura também para as crianças, o projeto Papel no Varal estreia a edição infantil. O Papelzinho no Varal, vai acontecer às 15h, no Parque Municipal de Maceió, em mais uma edição do Viva Cultura no Parque. A tarde literária vai contar com a participação musical da compositora Ezra Mattivi (foto). Aberto ao público (convites disponíveis nas lojas Super Pizza). Mais informações: (82)8872-1705 / 3315-4735. Show com a Banda Caxacústica (projeto musical mantido pelos integrantes da Oficina 137), no SESC Guaxuma, a partir das 13h. No repertório, músicas dos anos 60, 70 e 80, que vão do brega ao pop rock, com roupagens musicais diferenciadas. Ingressos: de R$4 a R$11; comerciário com a carteirinha do SESC, não paga. O Quintal Música, Bar e Restaurante (Praça São Pedro, 460, na praia de Garça Torta - próximo ao restaurante Lua Cheia) vai completar um ano. Para comemorar, dois shows vão animar a tarde do domingo à beira-mar, a partir das 13h. O primeiro, conta com a apresentação do grupo Trem Bala, formado por Osman (voz e violão), Fabinho Oliveira (baixo e vocal), Toni Augusto (guitarra), Jiuliano Gomes (teclado) e Jarlandson Araújo (bateria). No repertório, MPB, pop rock nacional e internacional, bossa nova, soul, funk, samba, entre outros ritmos. O segundo show é com o Macamba Trio, de Pernambuco, formado pelos músicos Augusto Silva (bateria), Renato Bandeira (guitarra) e Bráulio Araújo (baixo), com o melhor da música instrumental brasileira e internacional. E mais uma super jam session, com presenças confirmadas dos músicos Almir Medeiros (sax), Everaldo Borges (sax), Baygon (baixo), Geraldo Benson (guitarra), Ítalo Vinícius (bateria), Silvano Moreno (teclados), banda Ferrovia Aérea, e os cantores Júlio Uçá, Guilla Gomes, Allan Bastos, Wellington Bahia, Carol Salgado, Paulinho Braz, Pica-Pau (Cumbuca), entre outros artistas. Couvert artístico: R$ 5. Mais informações: (82)99390391. A banda Barba de Gato está com a agenda cheia no final de semana. No domingo, o grupo se apresenta às 16h, no Bar do Carlinhos (Garça Torta). Já na quinta-feira, a banda faz o som às 22h, no Mandala Café (Centro). No mesmo dia faz a festa do público com a Casa Flutuante, às 23h. Ingresso: R$ 15.
Amanhã O Cine Sesc vai exibir filmes para todas as idades no projeto Novas e velhas sonoridades, a partir de 12h30, no Teatro Sesc Jofre Soares, Sesc Centro (R. Barão de Alagoas, 229, Centro de Maceió) e Auditório Maron Emile Abi-Abib (Sesc Poço - Maceió). Entre as atrações, Batuque na Cozinha (RJ, 2004, Doc, 19’), Nelson Sargento (RJ, 1997, Doc, 19’), São Luis Dorme ao Som dos Tambores (MA, 2007, Doc, 25’) e Folia no Morro (RJ, 2007, Doc, 25’). Entrada franca. Mais informações: 0800 284 2440 e (82) 3326-3133.
Terça-feira O Voo do gafanhoto, de Reinaldo Cabral, será lançado às 19h30, no Memorial à República (Jaraguá). O livro, com a temática fictícia, tem como pano de fundo realista os atuais acontecimentos divulgados pela mídia envolvendo jogadores de futebol em festas bancadas pelo tráfico e assassinatos de pessoas religiosas que trabalhavam contra o vício de jovens em uma periferia de São Paulo, como produto do serviço do narcotráfico no Brasil.
Quinta-feira As Baianas do Pontal da Barra farão uma apresentação comemorativa de aniversário de cinco anos do grupo, às 19h, no pátio do Museu Théo Brandão – Ufal (Av. da Paz).
Em Breve Os Backyardigans (foto) chegam com uma nova aventura a Maceió. Fuga da aldeia mágica será apresentado nos dias 11 e 12 de abril no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso-Jaraguá). Ingressos à venda no Estande Sue Chamusca (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3235-5301 /9928-8675/ www. chamusca.com.br.
CMYK
Esportes
O JORNAL JORNA L Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
Senhoras do vôlei Em Alagoas, ex-atletas e apaixonadas pelo esporte se reúnem para provar que a idade pode não ser adversária Página 3 Elida Miranda
O JORNA L JORNAL
Esportes 2
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br Marco Antônio
BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
CELSO E O FUTEBOL ALAGOANO O novo técnico do CRB já faz parte do futebol alagoano há 11 anos. Nascido em Campinas, Celso Teixeira, de 48 anos, iniciou a carreira como treinador profissional no Rio Verde, de Goiás, em 1994, e cinco anos depois foi convidado para trabalhar no CSA. Curiosamente, na mesma temporada, comandou também o Galo. Depois voltou ao Estado em 2003, quando montou o time do Corinthians-AL que conquistou o inédito título estadual. Trabalhou também no Timão em 2004 e 2005, e comandou o CRB em 2005 e 2006. No mesmo ano, foi desenvolver um projeto audacioso no Coruripe e ainda foi treinador do Hulk em 2007. Voltou ao CSA ainda em 2007, se afastou por alguns meses e retornou em 2008. No ano passado, comandou o Azulão na Série D, o Coruripe no Campeonato Estadual e o Santa Rita na Segunda Divisão, conquistando o acesso. Celso se notabilizou por armar times de muita qualidade no Estado, mas, talvez por causa de seu temperamento explosivo, iniciou e terminou poucos trabalhos. O treinador foi a última alternativa encontrada pela diretoria do CRB para dar uma chacoalhada no grupo. Para fazer esse trabalho, ele era realmente o mais indicado. Mas, com Celso, não há meias-medidas: ou é oito ou oitenta. Quem não se adaptar ao seu estilo vai sofrer na Pajuçara. Que o dia o centroavante Calmon.
ORGULHO Celso se orgulha de ter trabalhado com três jogadores que conseguiriam grande destaque no futebol brasileiro: os atacantes Luizão e Leandro Amaral, e o zagueiro Fábio Luciano. Sobre o zagueiro, Celso lembra que Fábio jogava como meia na Ponte Preta e foi recuado para a defesa por ele.
PRA FRENTE Celso diz que gosta de armar suas equipes ofensivamente e seus sistemas de jogo preferidos são o 3-5-2 e o 4-4-2, com dois volantes e dois meias de armação. Às vezes, o técnico faz variações na sua forma de escalar o time por falta de peças no elenco.
A MÚSICA DE CLAYTON A torcida do ASA deve protestar. O meia Clayton marcou três gols no jogo contra o Ipanema, no último domingo, e não pediu a música no Fantástico. Se conheço a força da massa alvinegra, a caixa postal do excelente jornalista Tadeu Schimdt deve ter enchido na semana passada.
CLEITON XAVIER O alagoano Cleiton Xavier destoa no Palmeiras. Apesar de o Verdão está despencando pelas tabelas, o meia mantém a excelente média de assistências. Neste ano, ele lidera o ranking, com 12 passes que resultaram em gols.
CURTO-CIRCUITO Há quem garanta em São Januário que muitos jogadores queriam derrubar o técnico Vágner Mancini. Vamos ver até que ponto essa notícia é verdadeira nos jogos de hoje, contra o Flu, e de quarta, contra o ASA. Na semana passada, o Vasco foi o clube que apresentou o pior futebol entre os grandes clubes do País. Até o Palmeiras jogou mais bola.
Depois de disputar o Campeonato Alagoano, CRB vai iniciar a preparação para o Brasileiro da Série C
Fuga do Norte Diretoria do CRB articula nos bastidores para não jogar 1ª fase da Série C fora do Nordeste Luciano Milano
Nordeste. Acompetição nacional, desde o ano passado, é disputada por chaves. Como na Região Norte há Em 2010, o número de menos clubes disclubes nordestinos que putando a Série C, é irão disputar o Camprovável que um dos peonato Brasileiro da nordestinos seja desloSérie C aumentou. Com o rebaixamento Seis clubes cado para grupo do de Fortaleza-CE, Camnordestinos Norte. Nos bastidores do pinense-PB e ABC da vão disputar futebol, o Fortaleza-CE, Segunda para a Terceira Divisão, e ainda a Terceirona que já disputou a Série A do País, avisou que com o acesso do Aledeste ano não será ele o clube que crim-RN, além de Salirá compor a chave do gueiro-PE e CRB, por Norte na Terceira Alagoas, são seis os Divisão. Com a força times que brigarão por que o time tem na CBF, prouma vaga na Série B vavelmente não será ele. nesta temporada. Dessa forma, a Confederação Bra- Tentando se antecipar e prevensileira de Futebol precisará fazer do que a Federação Alagoana de uma acomodação no grupo do Futebol e o CRB não tenham o
Repórter
mesmo poder de persuasão dos demais clubes nordestinos, o presidente do Conselho Deliberativo do Galo, Kennedy Calheiros, mesmo tendo a antipatia de parte da torcida, tenta, ao lado do presidente da FAF, Gustavo Feijó, uma reunião com a CBF visando a um entendimento. "Passamos 15 anos na Série B do futebol brasileiro e acredito que temos algum prestígio na CBF. Nós não sabemos o que irá acontecer no futuro, mas há a conversa de que o Fortaleza já avisou que não irá para o grupo do Norte. Nós também não queremos, até porque não teríamos condição financeira para arcar com as despesas de viagens, já que a CBF não banca os custos na Terceira Divisão”, declaro Kennedy.
O JORNA L JORNAL
Esportes
3
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
Vovós do voleibol Elas treinam duas vezes por semana em Maceió e ainda participam de competições
Élida Miranda
Luciano Milano Repórter
A Idade é um tabu para a maioria das mulheres. Por isso, é preciso ter cuidado quando se aborda o tema perto delas. É imprescindível ter jogo de cintura para não ofendê-las. Na verdade, o melhor mesmo é nem ousar falar sobre isso para não despertar a fúria feminina. Na última quinta-feira, a reportagem de O JORNAL passou por situação parecida. A reportagem foi até o ginásio do centenário clube Fênix, na praia da Avenida, à procura das 'Vovós' do voleibol alagoano. Ao escutarem o termo vovó, elas logo se apressaram em rechaçar a expressão. Em tom de brincadeira e descontração, disseram que poderiam ser, no máximo, as 'Titias' da modalidade no Estado. "Vovós? Nada disso. Somos jovens, bonitas e estamos com todo o gás", brincaram. Elas são ex-jogadoras de voleibol e outras modalidades, como handebol. Na adolescência em Maceió, chegaram a disputar competições na categoria profissional. Há mais de 20 anos, elas se reúnem no ginásio do clube Fênix, sempre às segundas e quartas, das 17h às 19h. O grupo conta, em média, com 20 mulheres, que praticam o voleibol e não deixam a chama do esporte sempre presente nelas acabar. "Além do amor ao esporte e ao voleibol, isso aqui é uma terapia para todas nós. Também não gostamos de academia, malhação, essas coisas. Substituímos o ambiente de uma academia pelo prazer das quadras de voleibol. Mesmo com o joelho podre de algumas que vêm jogar aqui, nossos 'rachas' também nos aliviam da TPM (Tensão PréMenstrual), estresse, problemas com marido, filho e tudo que envolve um dia a dia de uma mulher", declarou a animada jogadora Luciene Vieira de Morais. Espécie de porta-voz do
Apaixonadas pelo vôlei, as “vovós” dizem que não há idade para praticar esporte e garantem que não fazem feio quando jogam contra “meninas”
grupo, Luciene conta que o grupo também disputa competições, saindo um pouco do cotidiano dos 'rachas' no clube Fênix. Ela lembra que, em uma delas, chegaram a vencer um time de jogadoras compostas pelo o que ela chama de 'meninas'. "A gente chegou numa competição onde a maioria dos times era de meninas, como o pessoal chama. Lá, fomos olhadas com certo desdém porque não éramos tão meninas como elas (todas riram), e acabamos vencendo a disputa. Mostramos que estamos bem e que não há isso de idade", garantiu Luciene, empresária do ramo de industrialização de estrutura metálica. Na adolescência e parte da fase adulta vividas em Pernambuco, Luciene também praticou basquetebol. IDADE - Se no início da con-
versa rolou uma espécie de clima desconforto para as Vovós do voleibol alagoano, o restante da conversa seguiu sem maiores problemas. Tanto é que, quando a equipe se preparava para se despedir do grupo no ginásio do clube Fênix, se surpreendeu com a declaração das amigas, quase em uníssono. "Bom, para falar a verdade, aqui há alguma titias, mas muitas de nós, quem sabe a maioria é vovó sim, e com muito orgulho. Não há problema nisso. O que importa é que nos sentimos bem, estamos com saúde e fazendo o que gostamos. Depois daqui, vamos aproveitar o calor para tomarmos uma cervejinha para descontrair", brincavam as "atletas", que, de fato, demonstram bastante disposição para jogar e alegria para viver. Porém, nem todas encararam
com tanta naturalidade o fato de revelar a idade. A mais nova do grupo é Ana Paula, com 34 anos. A de idade mais elevada é de 72 anos. Entretanto, apesar do vigor que demonstrou no 'racha', preferiu não ser identificada. "É a vaidade, rapaz", brincou a jogadora. Apesar de terem o clube Fênix à disposição, o grupo de jogadoras aproveitaram para fazer um apelo: elas querem patrocínio para que o piso da quadra, desgastado com o tempo, seja recuperado para que dê condições melhores de jogo. FÊNIX - Centenária, a Fênix Alagoana hoje é dirigida por Eduardo Guimarães, que está à frente administrativamente há 3 anos, embora esteja por lá como diretor há mais de 35 anos. A Fênix já contou com muitas
equipes esportivas das mais diversas modalidades e exibe, em uma das entradas do clube, os muitos troféus que conquistou ao longo da história. Segundo Eduardo, a saída das pessoas por vários motivos do dia a dia do clube, e a não renovação do quadro de sócios acabaram extinguindo as modalidades da rotina do clube. "Mas estamos aqui e fazendo o melhor pela Fênix. Alguns gostam de dizer que estamos falidos, fechados, mas isso não é verdade. Estamos com uma equipe forte para a natação, com o professor paulista Native, que dá aulas e tem um número acima de 200 alunos. Temos atividades com o pessoal da terceira idade, tênis e outros esportes. Aos poucos, mostramos que o nosso clube ainda é muito forte", declarou Eduardo Guimarães.
Esportes 4
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalw
Confronto direto Sérios candidatos ao título do Turnão, ASA e Coruripe duelam hoje à tarde em Palmeira Fotos: Marco Antônio
Victor Melo Editor de Esportes
Celso é uma das boas opções que o técnico Vica tem no elenco alvinegro
O Primeiro Turno do Estadual é feito de pequenas decisões. Uma delas, certamente, é o jogo de hoje entre ASA e Coruripe, às 16h, no Estádio Juca Sampaio, em Palmeira. Dois candidatos reais ao título se enfrentam e apenas o vencedor deve seguir com boas chances de conquistar a fase e garantir a classificação para a final do campeonato. O Alvinegro vive um excelente momento na competição. Desde o jogo contra o Vasco, pela Copa do Brasil, o ASA emplacou duas vitórias no Alagoano, 4 x 0 sobre o Ipanema, e 3 x 2, diante do Santa Rita, assumindo a vice-liderança, com 30 pontos. O Hulk passou por um momento de instabilidade no Estadual, mas se recuperou e está apresentando um bom futebol, tanto que venceu três dos últimos quatro jogos, perdendo apenas o último, por 3 x 2, para o Ipanema, com um gol aos 45 minutos da etapa final. O técnico Vica perdeu dois jogadores importantes para a partida de hoje. Suspenso, o
zagueiro Plínio está fora de combate e deve ser substituído pelo volante Fausto, contratado na semana passada junto ao Madre de Deus-BA. Com uma lesão no joelho, Edson Veneno também não vai atuar e deve ser substituído por Índio. Nas demais posições, o técnico do ASA deve manter a base que atuou na quarta-feira, com Paulo César no gol, Fausto e Índio na zaga. Nas laterais, Celso e Cléber estão confirmados. No meio-campo o técnico deve continuar apostando em Lê, Jota, Didira e Clayton, com Fábio Lopes e Júnior Viçosa sendo escalados na frente. Após a partida contra o Santa Rita, o técnico Vica falou sobre o desgaste dos jogadores. "Alguns se desgastaram mais do que os outros. Mas já teve um trabalho de hidromassagem, descanso, e neste domingo o time já deve estar inteiro", completou. No Coruripe, o técnico Elenílson Santos não conta com os meio-campistas Nilson e Léo, suspensos. Hoje, ele tem à disposição o armador Márcio Carioca, ex-Colo Colo-BA, além dos meio-campistas Bétson e Cabrine, todos contratados na semana passada.
GUIA DO TORCEDOR
X ASA - Paulo César; Celso, Silvio (Veneno), Fausto e Cléber; Jota, Lê, Didira e Clayton; Fábio Lopes e Júnior Viçosa. Técnico: Vica.
CORURIPE - Harlei, Isaac, Leandro, Diguinho e Nilton; Leonardo, Bétson, La Bamba e Márcio Careca; Ivan e Edson Di. Técnico: Elenilson Santos.
QUANDO: hoje; ONDE: Estádio Juca Sampaio, em Palmeira; HORA: às 16h
O JORNA L JORNAL 5
web.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
Copa do Brasil: Alvinegro pega o Vasco na próxima quarta
Rodriguinho foi um dos destaques da primeira partida contra o Vasco, realizada no Estádio Nelson Peixoto Feijó
Além do Estadual, o ASAestá rigorosamente no páreo na Copa do Brasil. O time empatou no primeiro jogo contra o Vasco, por 1 x 1, há duas semanas, e na próxima quarta-feira, às 21h50, decide a vaga em São Januário. Para passar de fase, o Alvinegro precisa de um empate por dois ou mais gols ou uma vitória simples. Se empatar por 1 x 1, a decisão vai para os pênaltis. É óbvio que o jogo de quarta está mexendo com os jogadores neste domingo. Não é fácil mudar o foco de um compromisso tão importante, mas, no Alvinegro, o discurso exalta a importância do Estadual. “Uma partida por vez. O Coruripe é o nosso adversário deste domingo e não podemos pensar no Vasco, até porque o Estadual é muito importante e esta na reta final. Só vamos falar em Copa do Brasil após essa partida em Palmeira”, comentou o técnico Vica. O meia Fábio Lopes disse que
Corinthians Alagoano tenta manter ascensão O Corinthians-AL montou seu time ao longo da disputa, teve dificuldades até de motivação, mas conseguiu engrenar nessa reta final do Primeiro Turno. O Timão tirou a grande vantagem que o separava do CRB e, com 24 pontos, ficou mais perto da classificação para a segunda fase. Hoje a equipe recebe o perigoso Ipanema, que andou roubando pontos dos líderes na última rodada e ainda conserva um sonho distante de chegar ao G-4. A partida começa às 15h, no Estádio Nelson Peixoto Feijó. FORMAÇÃO - O Timão joga com dois zagueiros, quatro jogadores no meio-campo e dois atacantes. A estrutura tática da equipe é tradicional, com o meia Ciel fazendo a transição para o ataque com velocidade. O problema do jogador é que ele prende demais a bola e às vezes trava o time. Com características bem ofensivas, ele rende melhor atuando como um terceiro ata-
Contratação de Catanha melhorou a performance do Corinthians-AL
cante, chegando de trás e batendo cruzado. Assim, marcou dois gols no jogo com o CRB.
Catanha, enfim, ganhou a condição de titular e dá muito trabalho aos defensores. Faz bem
o papel de pivô, sabe jogar sem bola e ainda puxa a marcação. Por enquanto, seu companheiro é Tozim, que não fez uma boa partida na vitória por 3 x 1 contra o CRB. Léo é uma boa opção no banco. Os laterais se alternam nas subidas, mas Maizena é mais efetivo do que Caique. No meiocampo, Lucas, Daniel e Sidney marcam mais do que apóiam, mas Gilmar Batista tem opções para mudar a dinâmica da equipe. Chimba, que se recupera de lesão e ainda não sabe se vai poder atuar hoje, e Yannick Pupo são jogadores que distribuem bem a bola e melhoram a qualidade do passe quando entram no time. Na zaga, Everton e Daniel Melo não formam uma dupla muito segura. A proteção à defesa também apresenta algumas falhas, representando o ponto fraco da equipe. No gol, Anderson está entre os melhores goleiros do campeonato. (V.M)
o Vasco não é imbatível fora de casa. “Temos condições de chegar no Rio e vencer. Sabemos que vamos enfrentar um grande clube do futebol brasileiro, mas o ASA também já tem seu lugar de destaque, participa da Série B e pode conseguir a classificação”, declarou. O ASA sempre deu trabalho aos grandes em suas participações na Copa do Brasil. O clube já eliminou o Palmeiras, em 2002, e infernizou a vida de Flamengo e Vitória, perdendo a vaga nos detalhes. Com a chegada do lateral Cléber e do volante Fausto, o Alvinegro também aumenta sua força para o confronto de quarta-feira. CARIOCAS – O momento do Vasco é o pior possível. O clube perdeu duas partidas consecutivas no Carioca e corre sério risco de ser desclassificado. Hoje, o time da Colina faz uma partida decisiva contra o Fluminense, às 18h30, no Maracanã. (V.M)
Timão ainda joga com ASA e Coruripe Depois de pegar o Ipanema, o Timão enfrenta o ASA e o Coruripe, fora de casa. “São jogos difíceis, mas o time se apresentou muito bem contra o CRB e provou que está ligado, subindo de produção no momento certo. Confio muito na nossa classificação”, disse Catanha. Hoje, Gilmar não vai contar com o zagueiro Everton, expulso na última quarta-feira. Mendonça deve ser escolhido para entrar na defesa. O Ipanema venceu o Coruripe na última terça-feira e está muito motivado para a partida desta tarde. Para manter as chances de classificação, precisa vencer o Timão e bater, na sequência, o Penedense, fora, e o União, em Santana. A equipe soma 20 pontos na tabela e ocupa a sexta colocação. (V.M)
O JORNA L JORNAL
Esportes 6
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
A três passos do Paraíso Líder do Campeonato Estadual, Murici pode ampliar vantagem na rodada de hoje Victor Melo Editor de Esportes
O Murici tem o caminho menos complicado entre os três candidatos ao titulo do Primeiro Turno. Pelo menos na teoria, o líder do campeonato tem amplas condições de vencer seus jogos e se garantir na grande final. Hoje, o adversário vai ser o CSE, a partir das 15h, no Estádio José Gomes da Costa, em Murici. Depois, o time duela com o CRB, sábado, em Maceió, e fecha a sua participação no Turnão contra o Santa Rita. Com 32 pontos, o Murici também entra nessa rodada torcendo por um empate entre ASA e Coruripe, respectivamente, segundo e terceiro colocados. Se esse resultado for somado a uma vitória dos muricienses, o time de Edson Ferreira conquista o Turnão com um triunfo sobre o Santa Rita. “Sabemos que o jogo deste domingo é muito complicado. O CSE ainda não está livre do rebaixamento e ainda vai nos dá trabalho. Precisamos vencer e torcer por um empate entre ASA e Coruripe, que se enfrentam neste domingo”, comentou o assessor de imprensa do Murici, Jaílson Colácio.
Avantagem do líder em relação a quase todos os concorrentes é qualidade do elenco do meio para frente. Edson conta com jogadores de qualidade, como Everlan, Da Silva, Gustavo, Peixinho e Alexandro, que não jogam todos juntos, mas oferecem boas possibilidades de mudanças ao longo das partidas. A maior dificuldade do treinador é definir os titulares. Hoje, Edson conta com o retorno de dois jogadores muito importantes. Recuperado uma luxação na mão, o goleiro Dias está confirmado na equipe e o meia Everlan fica à disposição depois de cumprir suspensão. Ele ainda trava uma disputa particular com Da Silva na equipe. O Murici deve atuar hoje com: Dias; Gueba, Nado, Sinval e Paulinho; Serginho, Branco, Gustavo e Everlan(Da Silva); Peixinho e Alexsandro. O CSE é talvez o único clube da tabela que não tem grandes aspirações no campeonato. Com a vitória da última quarta-feira, por 2 x 1, sobre o Penedense, o Tricolor chegou aos 17 pontos e ficou no purgatório, longe da zona do rebaixamento e sem chances de chegar ao G-4. Nesta tarde, um empate em Murici vai ser muito comemorado em Palmeira.
TABELA DO ALAGOANO P Clube 1 Murici 2 ASA 3 Coruripe 4 Corinthians 5 CRB 6 Ipanema 7 CSE 8 União 9 Penedense 10 Santa Rita
PG 32 30 29 24 24 20 17 12 11 11
J 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
V 10 9 9 7 7 6 4 3 3 2
E 2 3 2 3 3 2 5 3 2 5
D 3 3 4 5 5 7 6 9 10 8
GM 26 33 38 28 24 21 17 22 17 16
GS 13 18 28 22 18 33 26 33 27 24
SG 13 15 10 6 6 -12 -9 -11 -10 -8
Aprov. 71,11% 66,67% 64,44% 53,33% 53,33% 44,44% 37,78% 26,67% 24,44% 24,44%
Atualizada antes do jogo Penedense x CRB PG - pontos ganhos; J - jogos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; GP - gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols.
JOGOS FINAIS DO ALAGOANO 16ª RODADA Hoje 15h - Corinthians x Ipanema 15h - União x Santa Rita 15h - Murici x CSE 16h - ASA x Coruripe
O atacante Peixinho é o artilheiro do Murici no campeonato, com oito gols marcados
17ª RODADA 03/04 16h CSE x ASA Domingo 15h - CRB x Murici 15h -Santa Rita x Penedense 15h - Ipanema x União 16h - Coruripe x Corinthians-AL 18ª RODADA Data indefinida (pode ser no dia 7/04 ou no dia 10/04) 15h - União x Coruripe 15h - ASA x Corinthians-AL 15h - Penedense x Ipanema 15h - CRB x CSE 15h - Murici x Santa Rita
CRB terá uma semana de preparação Rodrigo Cortez/Divulgação
O técnico Celso Teixeira tem uma semana para tentar arrumar a casa regatiana. Ele se apresentou na última sexta-feira e, depois da partida contra o Penedense, tem um difícil compromisso no sábado, diante do líder Murici, às 15h, no Estádio da Pajuçara. O Galo duela com o Corinthians-AL por uma vaga no G4, e não pode mais perder pontos. Na fase dos jogos de ida, o CRB empatou com o Alviverde, fora de casa, por 1 x 1, e precisa da vitória em casa para manter as chances de classificação. Para esta partida, Celso vai contar com o retorno do volante Éder, que fez duas boas partidas desde que voltou ao clube. Além dele, o atacante Reinaldo Ratinho também está à disposi-
Celso tem a missão de recolocar o CRB no caminho da segunda fase
ção, já que ambos cumpriram suspensão automática. Assessor de imprensa do Murici, Jailson Colácio disse que para esse jogo um empate é um ótimo resultado. “Vamos a Maceió com a missão de arrancar um empate. Se somarmos pelo
menos um ponto na Pajuçara, vamos fechar nossa participação no Turnão em casa contra o Santa Rita em excelentes condições”, comentou Jailson. Depois de enfrentar o Murici, o CRB fecha sua participação no Turnão contra o CSE, também na Pajuçara.
O JORNA L JORNAL
Esportes
7
Domingo, 28 de março de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
Tudo ou nada
PAULISTÃO
Vasco precisa vencer o Fluminense para ficar mais perto das semifinais
Após ter respondido a ofensas de alguns torcedores após a partida da última quarta-feira com um gesto obsceno, Ronaldo quer se desculpar com a torcida por seu ato. No clássico de hoje, às 16h, contra o São Paulo, o camisa 9 quer desencantar. “A minha forma física depende de gols como eu já cansei de dizer. Se eu faço gols, eu estou magro. Se eu não faço, eu estou gordo. Então é tentar emagrecer no domingo”, disse R9 à TV Globo. Ronaldo foi muito criticado por sua fraca exibição na derrota por 1 a 0 diante do Paulista. O Fenômeno afirma que entende a pressão que o Corinthians está sofrendo de sua torcida, mas pede o apoio do corintiano. “A pressão vai continuar, lógico. Mas esperamos que o torcedor corintiano seja o verdadeiro corintiano, um torcedor educado, que saiba cobrar com educação e, principalmente, evitando qualquer tipo de violência”, completou. O atacante ainda comentou que quando atuou pela Inter de Milão (ITA), também conviveu com algumas críticas. Em uma ocasião, seu carro chegou até a ser vandalizado. Porém, Ronaldo revelou o que aconteceu quando a Inter o vendeu: “Aí quebraram a sede do clube”, afirmou o Fenômeno.
Ricardo Ayres/Photocamera
Cotado pra ser efetivado como técnico do Vasco, Gaúcho comandou seu primeiro treino à frente do elenco na manhã de sexta-feira, no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga), na Penha, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele foi apresentado aos jogadores pelo gerente do departamento de futebol, Rodrigo Caetano, e já se mostrou à vontade na função. Apesar disso tem consciência de que apenas os resultados irão definir a sua permanência na Colina. Hoje, o time cruzmaltino enfrenta o Fluminense, às 18h30, no Maracanã. “O Vasco é uma potência, que joga todos os jogos para vencer. Tenho certeza de que esse grupo vai dar a volta por cima já a partir do clássico contra o Fluminense. Sobre a minha permanência posso dizer que me sinto técnico do Vasco e que sempre esperei por essa oportunidade. Mas sei que qualquer coisa que acontecer no futuro vai se basear em uma coisa chamada resultado”, afirmou Gaúcho, que comanda a equipe de juniores do time. O treinador vascaíno ainda não definiu a escalação para o confronto diante do Fluminense. O meia Carlos Alberto participou da atividade de sexta-feira, mostrando não sentir mais as dores no pé direito que o tiraram das últimas partidas do Cruzmaltino. Porém, sua presença diante do Tricolor ainda é pouco provável. Para este jogo o Vasco não poderá contar com o zagueiro Fernando e nem com o volante Léo Gago, que receberam o terceiro cartão amarelo e terão que
Phillippe Coutinho volta hoje ao time do Vasco
cumprir suspensão. Com isso, Thiago Martinelli entra na zaga e Sousa, que volta de suspensão, ganha a vaga no meio-decampo. O meia Philippe Coutinho, outro que estava suspenso contra o Americano, tem retorno assegurado. TRICOLOR - O Fluminense não deve ter mudanças na sua escalação para o clássico contra o Vasco. O treinador está satisfeito com o rendimento da equipe que derrotou o Madureira por 3 x 1 sobre o Madureira. Na sextafeira, Cuca comandou um treinamento tático no Estádio da Portuguesa, na Ilha do Governador.
Conca é o articulador das jogadas do Fluminense
Apenas Rafael, que sentiu dores lombares e foi poupado, e Alan, que trabalhou mais cedo e foi liberado para fazer uma prova, não participaram da atividade. Os dois jogadores, porém, vão participar do clássico entre Fluminense e Vasco. Assim, a equipe vai entrar em campo com: Rafael; Gum, Cássio e Leandro Euzébio; Mariano, Diguinho, Everton, Conca e Julio Cesar; Alan e André Lima Preocupado com as chances de gol desperdiçadas nos últimos jogos Cuca também realizou uma atividade especial de finalizações após o treino tático. “Trabalhamos sempre finaliza-
ções, assim como a antecipação da zaga. Isso é fundamental para colocarmos em prática nos jogos. Temos criado muitas chances e temos que treinar para colocar a bola para dentro”, explicou. VASCO - Fernando Prass, Élder Granja, Gustavo, Titi e Márcio Careca; Nilton, Souza, Rafael Carioca, Carlos Alberto; Philippe Coutinho e Dodô. Técnico: Gaúcho (interino). FLUMINENSE - Rafael, Gum, Cássio e Leandro Eusébio; Mariano, Éverton, Diguinho, Júlio César; Conca; Alan e André Lima. Técnico: Cuca.
Flamengo duela com o América no Engenhão O técnico do Flamengo, Andrade, comandou o último coletivo da equipe antes da partida contra o América, hoje, às 16h, pela Taça Rio, no Engenhão, e o apoiador Petkovic voltou para o
banco de reservas. O treinador rubro-negro, além da opção por Vinícius Pacheco, fez outra alteração no meio-campo: o volante Toró retorna após cumprir suspensão e, com isso,
Maldonado perde sua vaga.
e Adriano.
FLAMENGO - Bruno, Leonardo Moura, David, Fabrício e Juan; Toró, Willians, Kleberson e Vinícius Pacheco; Vagner Love
AMÉRICA - Roberto, Claudemir, Fábio Braz, Luciano Almeida e Gérson; Mael, Renan Silva, Bruno Reis e Jones Carioca; Adriano e Paty.
Ronaldo quer “emagrecer” no clássico
CORINTHIANS - Felipe, Alessandro, Paulo André, William e Roberto Carlos; Ralf e Jucilei; Dentinho, Elias e Danilo; Ronaldo. Técnico: Mano Menezes SÃO PAULO - Rogério, Jean, Alex Silva, Miranda e Júnior César; Hernanes, Rodrigo Souto, Cléber Santana e Léo Lima; Dagoberto e Washington. Técnico: Ricardo Gomes.
Esportes 8
O JORNA L JORNAL Domingo, 28 de marรงo de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br