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O JORNA L ALAGOAS
Maceió, domingo, 28 de novembro de 2010 | Ano XVII | Nº 61 | www.ojornalweb.com
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Falta mão de obra em Alagoas Larissa Fontes - Estagiária
A construção civil vive excelente momento e, por isso, tem dificuldades para contratar trabalhadores. Há vagas em todas as funções numa obra. Os empreendimentos são desenvolvidos desde projetos residenciais a obras de infraestrutura. O setor se recuperou dos efeitos da crise econômica mundial, e a qualificação da mão de obra não acompanhou o ritmo.
Convênios abrem cursos de preparação e alimentam o sonho de quem quer um emprego com carteira assinada
Páginas A25 e A26
Povo definirá lei da Reforma Política A Reforma Política pode sair de projeto de lei de iniciativa popular. A proposta é do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral. A Comissão de Combate à Corrupção e Impunidade da OAB Nacional é favorável. Página A3 Yvette Moura
Violência leva medo para o ensino público Este ano, 15 escolas do município foram invadidas por bandidos. A Eulina Alencar, no Jacintinho, foi arrombada cinco vezes. Por isso, as escolas de Maceió estão com grades e terão câmeras de vídeo.
A atriz Juliana Baroni se diverte com as vilanias da personagem Karina, na novela Ribeirão do Tempo, da Rede Record
Páginas A10 e A11
Os alimentos que previnem doenças crônicas Cadeados, correntes e monitoramento por câmeras de vídeo com transmissão para empresa de segurança nas escolas de Maceió Alessandra Vieira
DOIS
Ingerir alimentos como castanha-do-pará, arroz integral, fígado, aveia, brócolis ou repolho ajuda no combate às doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, e até a prevenir o câncer. Página A15
Modelo Raica Oliveira, de NY para a Maison M
Máquina do Tempo quer atrair mais visitantes ao Palácio do Comércio Páginas B1, B2, B3, B7 e B8
Suplemento
O JORNAL traz Arapiraca num caderno O JORNAL estreia hoje sua edição de domingo só com notícias de Arapiraca. O caderno exclusivo traz oito páginas com assuntos da cidade que mais cresce no interior de Alagoas. O Agreste também é destaque. Páginas A17 a A23
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Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br
NOSSA GUERRA O consumo de crack no Brasil virou uma epidemia fora do controle das famílias e também por parte das autoridades. Preocupados com essa situação, médicos interessados no tema em todo o Brasil se reuniram em Brasília na última quinta-feira, dia 25. O diagnóstico dos médicos é que as políticas de prevenção, tratamento e repressão são ineficientes ao efeito devastador da droga. Novos encontros estão marcados para 2011. O consumo do crack tem sido tão devastador que, de acordo com especialistas, hoje 0,3% da população mundial está consumindo o crack. Em 2004 foi identificado que pelo menos 1% dos estudantes do ensino fundamental das escolas públicas já haviam experimentado a droga. Atualmente, os usuários são mais escolarizados e mais velhos. O consumo de entorpecentes traz consigo a violência e a destruição de famílias inteiras. Essa é a guerra que o Brasil e os brasileiros enfrentam hoje. A porta de entrada para esse enfrentamento é o Rio de Janeiro, cartão-postal do País para o mundo. Mas não pode parar por aí. Tamanho empenho das autoridades da União, Estado e Município deve servir de exemplo e motivação para as demais unidades da federação, especialmente para as de Alagoas. No entanto, qualquer discussão sobre o tráfico de entorpecentes não pode ser feita deixando de lado questões vitais, como a vigilância ao contrabando de armas e drogas nas fronteiras, bem como a mudanças na lei de execuções penais no que se refere, por exemplo, ao acesso dos membros dos grupos criminosos a advogados e aos seus parentes. É a partir dessa relação que os narcotraficantes comunicam-se com seus comparsas e mantêm-se no controle do tráfico. Então, para vencermos esta guerra é preciso o envolvimento dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, como também a participação de toda a sociedade civil organizada. Do contrário, onde não há lei inexiste democracia, e onde o Estado está fragilizado impera a barbárie.
MAIS DINHEIRO Em público, Pedro Montenegro, ainda não fala sobre o assunto, mas nos bastidores o secretário Municipal de Direitos Humanos promete pedir um aumento considerável no orçamento da pasta para o próximo ano. Em sua defesa, Montenegro tem a grande repercussão das mortes sem séries dos moradores de rua, que exige da secretaria ações de curto, médio e longo prazos. Sem dinheiro, a situação dos moradores de rua não deve mudar muito.
GARANTE-SE 1 Apesar das especulações de que uma eventual retirada do Partido dos Trabalhadores da administração do prefeito Cícero Almeida poderia provocar o afastamento de Pedro Montenegro da Semdisc, o próprio secretário fala com segurança sobre sua situação. “Minha indicação não teve esse cunho político”, diz ele.
GARANTE-SE 2 A segurança de Montenegro se deve ao fato de a sua indicação, em tese, não compor a “cota” dos petistas na administração municipal. Montenegro foi convencido pelo próprio prefeito a deixar a Secretaria de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, para comandar a implantação da pasta.
CONSPIRAÇÃO? Aliados de Cícero Almeida, inclusive gente que teve o nome citado na mesma Ação que acusa o prefeito de pagamentos indevidos na coleta de lixo, acreditam que as denúncias não passam de intrigas visando às eleições de 2012. Com a palavra, a Promotoria da Fazenda Pública Municipal...
“
“Tudo o que precisarem e tudo o que possamos fazer pelo Rio, nós faremos. O que não é humanamente explicável é que 99% das pessoas de bem, trabalhadores, querem viver em paz e são afetadas por grupos violentos”.
Presidente Lula
MCCE 1
Entrevistado pela coluna, o coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o juiz Marlon Reis, manda um recado aos que desdenharam da “Lei do Ficha Limpa”: “A lei não é uma vassoura que varre a corrupção de uma vez do processo eleitoral. Barramos candidaturas de figuras expressivas, e o STF declarou a constitucionalidade da Lei. Queriam mais?”.
MCCE 2
A direção nacional do MCCE, em Brasília, se reúne no próximo dia 8 para avaliar o resultado da aplicação da “Lei do Ficha Limpa”. O MCCE, que reúne mais de 40 órgãos e entidades da sociedade civil organizada, encabeçou a apresentação do projeto no Congresso Nacional.
DIRETAS Tem gente com mandato que, por não ter conseguido a reeleição este ano, decidiu “mergulhar profundamente”, como se diz na gíria do mundo político. Ou seja: a ideia é sumir do cenário o máximo que puder, para não virar notícia da pior forma. Entre esses, há quem já esteja de malas prontas: não para fora do Estado, e sim do próprio País...
Reforma Política: projeto de lei pode partir da iniciativa popular Iniciativa é do MCCE; proposta precisará de mais de 1 milhão de assinaturas Gilson Monteiro
de recolher, dar isenções fiscais em troca de espaço no horário eleitoral. Na Europa vários países já adotam o financiamento público. Não podemos ser um país democrático, de fato, com essa legislação de República das bananas”, declara o coordenador do MCCE. Ainda segundo Reis, o projeto de reforma política, que deverá ser elaborado pelas entidades, inclui novas regras para votação em lista fechada, e votação distrital.
Repórter
Enquanto a classe política fala com reservas sobre o assunto, o projeto de Reforma Política poderá sair da sociedade civil organizada. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) se prepara para encampar, a partir de janeiro, a elaboração de um projeto de lei de iniciativa popular que trata do tema. Como prevê a Constituição Federal, no artigo 61, parágrafo segundo, para começar a tramitar no Congresso Nacional, o projeto precisa receber a assinatura de pelo menos 1% dos eleitores brasileiros, cerca de 1,4 milhão de adesões, distribuídas pelo menos por cinco Estados do país, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. A iniciativa será capitaneada pelo MCCE, a quem se deve a maior parte do mérito do projeto “Ficha Limpa”, mas contará com a participação da “Plataforma dos movimentos sociais pela reforma do sistema político” e da “Articulação Brasileira Contra a Corrupção e a Impunidade”, grupos também formados pela sociedade civil organizada. O coordenador nacional do MCCE, juiz Marlon Reis, falou a O JORNAL sobre o projeto, que está em fase de gestação. Um dos pontos altos da proposta serão
Reis diz que financiamento público de campanhas facilita a fiscalização
o financiamento público de campanha, considerado por Reis a melhor forma de moralizar as campanhas políticas. “O financiamento público de campanha facilita a fiscalização, porque teremos apenas uma fonte. Ficará muito mais fácil de rastrear o dinheiro. Outro ponto importante é que o dinheiro das campanhas não será do crime ou de empresá-
rios. Hoje o que temos são políticos que são eleitos e já possuem dívidas, débitos, e isso terá que ser resolvido, comprometendo a qualidade desses mandatos”, avalia o juiz. “A democracia não pode ser propriedade de quem tem mais dinheiro. Atualmente o que temos é um sistema misto, mas onde o Estado não desembolsa recursos, o que faz é deixar
ASSINATURAS - Segundo Marlon Reis, a coleta de assinaturas para que o projeto de iniciativa popular possa ser protocolado no Congresso Nacional, deve começar assim que o projeto estiver pronto. “Estamos analisando e debatendo as propostas, juntando as idéias das três entidades que participam desse debate. E posteriormente partiremos para a coleta de assinaturas. Mas antes disso vamos espalhar essa discussão por todo o país. Colocar esse debate na ordem do dia”, prometeu Reis. “Queremos radicalizar esse debate, que ainda está muito tímido. E para isso precisamos mobilizar a sociedade brasileira. Esse projeto é como se fosse a continuação das mudanças no processo eleitoral iniciado com o projeto da “Lei do Ficha Limpa”, a lei complementar 135/2010.
Para advogado, classe política é refém de doadores Yvette Moura
Para o alagoano Paulo Brêda, que comanda a Comissão de Combate à Corrupção e à Impunidade, criada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, o financiamento público de campanha evitaria que a classe política se torne ‘refém’ do doares de dinheiro para as campanhas políticas. “A realidade nua e crua é que, no sistema que temos hoje, o candidato recebe as doações e, logicamente, isso será cobrado posteriormente, durante o mandato, caso o candidato seja eleito. Isso compromete seriamente a qualidade desse mandato, deixando a classe política refém dos doadores de campanha”, disse o advogado. Segundo Paulo Brêda, o sistema de financiamento público não chega a eliminar o “caixa dois”, que, segundo el,e poderá burlar o financiamento exclusivamente público, mas diminuirá consideravelmente esse tipo de irregularidade. “Eliminar de uma vez por todas não, isso não será possível apenas por uma única lei. Mas certamente reduzirá muito o ‘caixa-dois’. Esse financiamento público é de suma importância para a moralização de nosso sistema político”, ressalta o advogado. Para ele, o financiamento público das campanhas eleitorais
Paulo Brêda diz que medida não elimina, mas diminui o “caixa dois”
não deve ser encarado como mais gastos para o contribuinte. E sim, como um “investimento na democracia”. “Não se trata de um gasto a mais, pois as campanhas deixariam de ser milionárias, dando mais isonomia à disputa. Temos que encarar não
como um aumento nos gastos, mas principalmente como uma forma de investimento na democracia. O processo eleitoral democrático só tem a ganhar com essa modalidade”, afirma Brêda. AOrdem dos Advogados do Brasil também deve integrar a
empreitada em prol da elaboração e da aprovação do projeto de reforma política capitaneado pelo MCCE. “Assim como ocorreu com o Ficha Limpa, nós da OAB encamparemos essa luta. A Comissão de Combate à Corrupção e à Impunidade está participando ativamente de todo esse processo, até porque a OAB é membro do MCCE, e está envolvido em todo esse processo de moralização de nosso sistema político”, observa Brêda. O advogado acredita que a aprovação da “Lei do Ficha Limpa”, dará impulso positivo para que outros projetos de iniciativa popular ganhem força ao chegarem ao Congresso Nacional. “O projeto ‘Ficha Limpa’ mostrou a força da sociedade brasileira. Foi uma proposta que nasceu do seio da sociedade, que se organizou, acreditou que era possível, e tornou essa ideia uma realidade. Não tenha dúvida de que o povo tem força, basta se organizar. O projeto veio da iniciativa popular, e diante da pressão popular, com cerca de 2 milhões de assinaturas, o Congresso Nacional teve que dar atenção ao projeto, votando e aprovando, sob a pressão popular”, disse o advogado. (G.M.)
“Lei do Ficha Limpa” foi a última norma do tipo Desde que a Constituição Federal de 1988 assegurou aos eleitores o direito à sociedade civil apresentar projetos ao Congresso Nacional, considera-se que apenas quatro iniciativas chegaram á Brasília e só duas foram transformadas efetivamente em lei como projetos de lei de iniciativa popular. O mais recente foi o a Lei Complementar 135/2010, a chamada “Lei da Ficha Limpa”, que veta a candidatura de pessoas que tenham sido condenadas em órgão colegiado do Judiciário - ou seja, os tribunais. A coleta de assinatura para a
apresentação do projeto Ficha Limpa no Congresso contou com a participação de mais de quarenta órgãos e entidades. Entre elas a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Ordem dos Advogados do Brasil. Antes da “Lei do Ficha Limpa”, é considerada como a primeira proposta de lei de iniciativa popular o projeto que instituiu a Lei 8.930, aprovada em 1994, que tornou os crimes de chacina como crime hediondo. A proposta ganhou força após o engajamento da novelista Glória Perez, mãe da atriz assassinada Daniela Perez. Mas, na prática,
o projeto acabou sendo encaminhado ao Congresso Nacional pela Presidência da República. Dessa forma, no site oficial da Câmara dos Deputados na internet, este projeto aparece como sendo de co-autoria entre o Executivo e a regra da Iniciativa Popular. Já no site do Senado Federal somente como sendo do Executivo. De fato, o primeiro projeto de lei de iniciativa popular foi a lei 11.124/05, que criou o Fundo Nacional para Moradia Popular. COMO FUNCIONA - Para ter validade, as assinaturas refe-
rendando o projeto de iniciativa popular (1% do eleitorado nacional) precisam ser coletadas em pelo menos cinco unidades da federação. Representando, ainda, pelo menos 0,3% do total de eleitores de cada um desses estados. Esses números devem ser citados no projeto, por meio de informações oficiais da Justiça Eleitoral. Todas as assinaturas devem ser acompanhadas de nome completo, endereço e número completo do título eleitoral. E ficam a cargo da entidade responsável pela apresentação da proposta.
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Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
CONTA INJUSTA A PEC 300, que trata da implantação do piso nacional de salários para os policiais e bombeiros militares, só interessa mesmo aos beneficiados; não interessa ao governo federal nem aos governadores, independentemente de partidos. O impacto superior a R$ 40 bilhões nas finanças públicas deixa qualquer governo com o pé atrás. O problema é: quem vai pagar a conta? Ora, se fosse aprovada, quem iria pagar a conta pesada da PEC 300 era o contribuinte – que, com exceção do Corpo de Bombeiros, tem sérias restrições aos demais beneficiados. Ao se firmar nos extremos sobre que o serviço da polícia é ruim porque o policial ganha mal, os defensores da PEC 300 apenas referendam a inoperância policial – que, para esses, é ineficiente por deliberação, ou seja, porque o policial ganha mal. E sabe-se muito bem que isso não é verdade. Diante disso, a questão não é perguntar quem é favorável à PEC 300; a questão crucial é saber se a sociedade está disposta a pagar a conta. Ou: se a conta é justa; se o contribuinte considera que serviço que recebe em troca faz jus à conta cara que vai pagar. Faz?
AH, BOM!
DE CIMA
O juiz Gustavo Souza Lima explicou que se declarou impedido para julgar as novas ações impetradas com base na “Operação Taturana” porque o juiz deve ser escolhido por sorteio, e não por direcionamento. “É isto o que fiz a legislação”, acrescentou.
O deputado Gilvan Barros (PSDB) está em campanha pela presidência da Assembleia Legislativa. Ele desconversa com a imprensa, mas conversa com os pares nos bastidores dizendo que o deputado Fernando Toledo quer mesmo é ir para o Tribunal de Contas.
MARCA PRESENÇA Embora saiba que não tem chance de vencer, o deputado Olavo Calheiros (PMDB) quer a oposição disputando a eleição da Mesa Diretora da Assembleia.
IPTU 1
IPTU 2
O IPTU 2011 trará modificações para 3.500 domicílios em Maceió – que tiveram seus valores corrigidos para a realidade do mercado. Os proprietários desses imóveis pediram a revisão de cálculo do imposto e se deram mal.
A secretária municipal de Finanças, Marcilene Costa, orienta o contribuinte que deseja pedir revisão de cálculo do imposto. Ela explicou que, na esmagadora maioria dos casos, o valor do IPTU aumentou no lugar de diminuir.
ENCOSTA A CONTA O índice de inadimplência do contribuinte em Maceió caiu em relação ao ano passado, mas ainda é muito alto. Está em 49% este ano.
EM DIA
GREVE
O novo carnê do IPTU começará a ser distribuído em fevereiro, pelos Correios, com correção de 5,20% sobre o valor de 2009. A secretária Marcilene informa: na cota única, só tem direito a 20% de desconto quem estiver em dia com o fisco municipal.
O presidente da Câmara Municipal, Dudu Holanda, disse que o pagamento dos vencimentos dos servidores depende de um remanejamento de verbas – que terá de ser aprovado em plenário. E os vereadores não conseguem se reunir por causa da greve.
VOTO DE CABRESTO O vereador Ricardo Barbosa (PSOL) disse que votou no vereador Galba Novaes para presidente da Câmara, porque a vereadora Heloísa Helena mandou.
TRENÓ O padre Manoel Henrique, pároco da Igreja de São Pedro, na Ponta Verde, aconselha aos fiéis a utilizarem o mandacaru no lugar do pinheiro para confecção da Árvore de Natal. “O mandacaru tem tudo a ver com a gente”, ensina.
NEGA O prefeito de Jundiá, Beroaldo Rufino, considera a ameaça de expulsão do PDT como agressão descabida do partido contra os filiados. Beroaldo Rufino nega ter trabalhado contra o candidato a governador do partido, Ronaldo Lessa.
EXPRESSAS Terça-feira, 30, será o lançamento do livro sobre Rubem Colaço, escrito pelo historiador Geraldo Majela. Será no Armazém Guimarães, às 19 horas. Ex-evangélico, Rubem Colaço trocou a Bíblia pelo Manual Marxista e ingressou no Partido Comunista na década de 50. No golpe militar de 1964 foi preso e torturado para dizer que o então vice-governador Teotônio Vilela, o usineiro Maurício Gondim e o advogado José Moura Rocha eram comunistas. Rubem Colaço faleceu em 2007. Ele sobreviveu às torturas da repressão mesmo perdendo um pulmão. Eleita deputada federal, a ex-prefeita de Arapiraca Célia Rocha (PTB) será a entrevistada do jornalista Plínio Lins, no Conversa de Botequim, terça-feira, 30.
CONGRESSO NACIONAL
Parlamentares priorizam emendas de visibilidade no Orçamento 2011 Programa da área turística ganhou mais de R$ 6 bilhões para próximo ano Mais de R$ 6 bilhões. Esse é o valor que parlamentares que integram o Congresso Nacional destinaram em emendas para o programa “Turismo Social no Brasil: Uma Viagem de Inclusão” na proposta de Orçamento Geral da União para 2011. O valor é superior ao destinado para projetos na área de saneamento básico, preservação do meio ambiente, prevenção contra desastres e ciência e tecnologia. A estratégia dos integrantes do Congresso Nacional é concentrar recursos em iniciativas que custem pouco e possibilitem visibilidade em número maior de municípios. Apesar do valor expressivo, a ação do Ministério do Turismo, que foi líder de emendas na proposta de Orçamento de 2010, perdeu espaço para a Assistência Ambulatorial e Hospitalar Especializada. Para
essa ação, os parlamentares pediram um reforço de pouco mais de R$ 7 bilhões. O programa “Turismo Social no Brasil: Uma Viagem de Inclusão” tem como objetivo incentivar idosos e adolescentes a viajarem mais dentro do país e, ao mesmo tempo, estimular o crescimento de economias locais com investimento em qualificação profissional e pequenas obras de infraestrutura. Outros programas não tiveram a mesma atenção dos parlamentares na peça orçamentária. Os serviços urbanos de água e esgoto, por exemplo, receberam emendas de R$ 906,6 milhões, e a infraestrutura hídrica, de R$ 764 milhões. Uma ação para ciência, tecnologia e inovação para inclusão e desenvolvimento social teve R$ 780,60 milhões em emendas. A situação não é diferente para programas sobre
prevenção e preparação para desastres, que receberam um pedido de aporte de R$ 356,4 milhões na previsão orçamentária. De acordo com o relator do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), os parlamentares, que podem apresentar até 25 emendas limitadas a R$ 13 milhões, têm preferido diluir as propostas em vários programas e setores para atender um número maior de municípios. As obras estruturantes e de elevados investimentos, como de saneamento básico, estão ficando nas mãos do governo federal. “Com emendas em esporte e turismo, os parlamentares conseguem atender mais municípios com pequenas obras de infraestrutura”, disse o senador. Na proposta de orçamento para o primeiro ano da presidente eleita, Dilma
Rousseff, está previsto um investimento de R$ 44 bilhões, excluindo o Programa Minha Casa, Minha Vida. TOTAL - A proposta de Orçamento de 2011 recebeu mais de 10 mil emendas individuais (apresentadas por cada parlamentar) e coletivas (de comissões e bancadas estaduais), que representam gastos de R$ 72,1 bilhões. Receberam mais emendas os setores de educação, cultura, ciência e tecnologia e esporte (R$ 13,8 bilhões), justiça e defesa (R$ 9,5 bilhões) e infraestrutura (R$ 9 bilhões). A tarefa de definir quais pedidos serão contemplados não será fácil: os relatores setoriais e o relator-geral têm pouco mais de R$ 9 bilhões para atender todas essas demandas. A expectativa de Argello é votar o relatório final do Orçamento até o dia 18 de dezembro.
Código Florestal: ambientalistas e ruralistas estão em lados opostos A atualização do Código Florestal brasileiro, que completou 45 anos este ano, é vista como necessária para que o Brasil disponha de base legal capaz de compatibilizar a proteção da vegetação com o ordenamento de atividades agrícolas e do avanço das cidades. Em tese, os diferentes segmentos envolvidos concordam que o país precisa desse novo marco legal. Mas quando a discussão entra no campo das novas regras a serem previstas na norma florestal, ruralistas e ambientalistas assumem posições opostas no Congresso Nacional. Entre os diversos pontos que alimentam a polêmica, três são considerados particularmente críticos: as normas para as Áreas de Preservação Permanente (APP) - que incluem as matas ao longo dos rios e a vegetação em morros e serras -; as definições acerca de Área de Reserva Legal (ARL) - porções de vegetação nativa que devem ser mantidas no interior das propriedades -; e a responsabilização por desmatamentos irregulares. Neste ano, a disputa em torno da revisão desses e de outros aspectos do código em vigor, instituído pela lei 4.771/1965, se concentrou na Câmara dos Deputados, que examina substitutivo do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao projeto de lei 1876/1999 e a outros nove projetos que tratam do tema. Aprovado em comissão especial criada para examinar o assunto, em meio a uma acirrada disputa, o substitutivo agora aguarda votação no plenário da Câmara e, só depois, será submetido ao crivo do Senado. Defendido pelos representantes do agronegócio, o texto de Aldo Rebelo é criticado pelos ambientalistas, que se articulam em torno de um voto em separado, apresentado por deputados do PT. Conforme assessores do Ministério do Meio Ambiente, esse texto alternativo reflete a posição negociada em audiências públicas realizadas com setores do governo e grupos organizados da sociedade. DIVERGÊNCIAS - A polêmica em torno das APPs começa já na definição das áreas que precisam de proteção
Aldo Rebelo apresentou substitutivo ao projeto de lei do novo código
legal e, nessa condição, não podem ser exploradas. Os ruralistas querem retirar desse grupo o topo de morros, terras de encostas e áreas em altitude superior a 1.800 metros - hoje considerados de preservação permanente. O consultor do Senado, Gustavo Taglialegna, explica que a disputa não ocorre sobre a definição técnica do que seja uma área ambientalmente sensível, mas sim pelo fato de existirem no país produções agrícolas consolidadas nessas terras, como o café cultivado em área de declive acentuado. No artigo “Reforma do Código Florestal: busca do equilíbrio entre agricultura sustentável e preservação do meio ambiente”, que compõe o livro “Agenda Legislativa para o Desenvolvimento Nacional”, que será publicado em dezembro pelo Senado, ele diz que a existência de culturas tradicionais em situação irregular faz desta uma questão política, “a ser democraticamente discutida pelo Congresso Nacional”. Já a disputa em torno das Áreas de Preservação Permanente na beira de rios é de outro tipo. Aldo Rebelo propõe reduzir para 15 metros a largura mínima da faixa de mata ciliar ao longo de rios com até cinco metros de largura - a lei vigente prevê pelo menos 30 metros de mata para rios com até 10 metros de largura. O Ministério do Meio Ambiente quer manter a norma em vigor, mas concorda em reduzir para 15 metros a faixa de vegetação quando da recomposição de APPs
desmatadas até 2008, ano em que foi assinado decreto 6.514, definindo punições para o descumprimento das normas ambientais. Pelo substitutivo de Aldo Rebelo, a largura da mata ciliar seria contada a partir do nível mais baixo do rio, enquanto o código atual prevê que seja definida a partir do leito maior, configuração do rio no período de cheia. Para Gustavo Taglialegna, a mudança proposta é tecnicamente incorreta. Ele explica que, se for contada a partir do nível mais baixo, a APP ficará dentro do rio na época das chuvas: “E mata ciliar não sobrevive à inundação”. Ainda como forma de flexibilizar as regras em vigor, a proposta em exame na Câmara dos Deputados dá poder aos estados para aumentar ou reduzir em até 50% as faixas mínimas de APP nas margens de rios - hoje, esse poder está nas mãos dos órgãos ambientais do governo federal. O voto em separado do PT mantém com o Executivo federal a decisão sobre redução de área de preservação, mas abre a estados e municípios a possibilidade de aumentar faixas mínimas para APP, conforme necessidade de proteção da área. ÁREA DE RESERVA LEGAL - Quanto à Área de Reserva Legal, a principal divergência está em artigo do substitutivo que retira das propriedades de até quatro módulos fiscais a obrigatoriedade de manter reserva. Aldo Rebelo argumenta que a me-
dida visa beneficiar agricultores familiares, mas os ambientalistas afirmam que apenas o tamanho da área não assegura que uma propriedade seja familiar. De acordo com Lei 11.326/2006, agricultor familiar é aquele que, além de deter imóvel rural de até quatro módulos fiscais, utiliza predominantemente mão de obra da própria família, tem renda proveniente das atividades rurais e é ele mesmo ou um membro da família o gestor da propriedade. Os críticos dizem que a mudança proposta de Rebelo será um incentivo ao fracionamento de médias propriedades apenas com fins de desmatamento, visando à exploração total da área. No substitutivo alternativo, os deputados do PT acabam com exigência de Reserva Legal apenas para propriedades de agricultores familiares com até um módulo fiscal. Outra questão polêmica é a permissão para computar a APP no cálculo da Reserva Legal, sem os limites do atual Código Florestal. Os ambientalistas querem que isso seja permitido apenas quando não implicar conversão de novas áreas e para imóvel até 4 módulos fiscais. Para imóveis maiores, defendem a manutenção dos limites hoje vigentes. REGULARIZAÇÃO - Pelo código em vigor, o proprietário que descumprir a lei e desmatar a Reserva Legal fica obrigado adotar medidas para a recomposição da vegetação, a condução da regeneração natural ou a compensação em área fora da propriedade. O uso não autorizado ou a destruição dessas áreas protegidas também poderá resultar na prisão do proprietário da terra, que ainda será obrigado a pagar multa. O texto em exame na Câmara condiciona a responsabilização de proprietários em situação irregular à criação de um Programa de Regularização Ambiental, pelos Executivos federal e estaduais. O substitutivo também isenta de multas os proprietários que desmataram Reserva Legal antes de 22 de julho de 2008, data de publicação do Decreto 6.514, de 2008. Essa legislação estipula multa de R$ 5 mil por hectare de reserva ou APP desmatada irregularmente.
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Crianças são 40% das vítimas do fumo Estudo da OMS revela que 2,8 mil das 7,5 mil vítimas da convivência com o cigarro no Brasil têm menos de 5 anos BBC Brasil Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que quase 40% das vítimas do fumo passivo no Brasil são crianças. Segundo cálculos do médico Mattias Öberg, do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil dos 7,5 mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos de 5 anos de idade.
Entre as crianças, as principais causas de morte por fumo passivo são infecções respiratórias - na maioria do casos, pneumonia. Apesquisa indica que o fumo passivo mata 603 mil pessoas anualmente, em 192 países. Deste número, a proporção de crianças é de pouco menos de 30% - ou 165 mil. O estudo da OMS é o primeiro já realizado sobre o tema, tendo como base dados de 2004.
PAIS - De acordo com as estimativas, uma em cada quatro crianças brasileiras tem pelo menos o pai ou a mãe fumante e, por isso, acaba ficando exposta aos efeitos nocivos do cigarro dentro de casa. “Especialmente em países pobres ou emergentes, como o Brasil, onde há maior incidência de doenças infecciosas, a combinação com o fumo passivo pode ser mortal”, declarou a médica da OMS que liderou a pesquisa,
Annette Prüss-Ustün. Além do risco de sofrer doenças respiratórias, os pulmões de crianças que aspiram a fumaça do cigarro podem se desenvolver mais lentamente do que os pulmões de quem cresce em um lar sem fumo. Entre os adultos brasileiros vítimas do fumo passivo, o estudo aponta 4 mil mortes por problemas cardíacos, 380 por asma e 300 por câncer de pulmão. A pesquisa revela ainda que 40% das crianças, 33% dos ho-
mens não-fumantes e 35% das mulheres não-fumantes aspiram regularmente a fumaça do cigarro de outras pessoas, especialmente na Europa e na Ásia. As menores taxas de exposição foram encontradas nas Américas, no Mediterrâneo Oriental e na África. Estima-se que essa exposição tenha causado 379 mil mortes por doenças cardíacas, 165 mil por infecções respiratórias, 36,9 mil por asma e 21,4 mil por câncer de pul-
mão. O impacto maior foi entre as mulheres, com 281 mil vítimas. “Essas mortes não são difíceis de serem prevenidas, basta que as pessoas tenham consciência de que não devem fumar em locais fechados”, afirma Prüss-Ustün. A OMS pede ainda que autoridades de todo o mundo tomem medidas urgentes para incentivar que pais fumantes protejam seus filhos dos riscos do cigarro.
COP-16: Brasil vai cobrar metas de redução de gases Agência Brasil Na 16° Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-16), que começa amanhã, o Brasil deverá adotar um papel de cobrança de metas em relação a outros países. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Brasil tem feito o “dever de casa” e, agora, pode assumir o papel de negociador na conferência. A meta é garantir a aprovação de um pacote de medidas que envolvem a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, o financiamento de políticas para essas reduções e a transferência de tecnologias. O gover-
no brasileiro sabe que as negociações em alguns pontos específicos encontrarão impasses, como o que trata da segunda fase do Protocolo de Quioto, assinado em 1997, no Japão. A primeira fase previa a redução de 5,2% nas emissões, com base nas emissões de 1990. Asegunda fase prevê a redução de 20% a 40% por parte dos países desenvolvidos. Mas os debates não incluem os EUA, que se recusaram a assinar o protocolo. Para eles, as negociações são no sentido de reduzir as emissões entre 14% e 17%. Segundo a ministra, a diferença de redução na emissão para os Estados Unidos e os demais países desenvolvidos poderá criar impasses entre esses próprios países nas negociações.
Outro ponto que será de difícil negociação, segundo Izabella Teixeira, é o que trata do financiamento de políticas para a redução das emissões de gás carbônico. O Brasil é favorável à proposta de permitir que o financiamento das políticas com esse objetivo seja público. Já os Estados Unidos, por exemplo, entendem que a estratégia de financiamento não deve ficar sob a responsabilidade da convenção, mas que vá para uma estrutura parecida com a do Banco Mundial. “Existe toda uma complexidade quando se trata de dinheiro privado. Mas vamos discutir, negociar. Prefiro entender o dinheiro privado como uma adicionalidade”, disse a ministra.
Unifesp testará terapias por ondas de choque Graffo A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciou que vai fazer pesquisas em terapias por ondas de choque. A técnica já é usada em litotripsias (destruição de pedras nos rins), mas ainda há poucos estudos acadêmicos sobre sua
aplicação em tratamento de lesões ósseas ou de feridas de difícil cicatrização. Para complementar o estudo, a universidade comprou quatro geradores de ondas de choque. Os testes pré-clínicos em roedores com lesões na tíbia já começaram, mas não há previsão de quando terão início os testes
ENEM A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou ao Ministério da Educação (MEC) que reveja a data marcada para a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cerca de 2 mil estudantes prejudicados por erros de impressão nas provas devem refazer o exame no dia 15 de dezembro, uma quarta-feira. De acordo com a DPU, a data dificulta a participação de alunos que trabalham e “podem enfrentar pro-
em humanos. Aprincípio, acredita-se que as ondas podem ajudar nas lesões ósseas nos ombros, pernas e mãos. Mas demais aplicações não estão descartadas. Há ainda outros três estudos clínicos que esperam aprovação do comitê de ética da universidade, cujos temas não foram divulgados.
blemas com seus empregadores”. A sugestão é que a prova seja aplicada em um fim de semana. Outro problema apontado pela DPU é que nos dias úteis o trânsito mais intenso pode complicar o acesso dos candidatos aos locais de prova. O MEC informou que ainda não foi comunicado do pedido e mantém a data de 15 de dezembro. A pasta optou por uma quarta-feira para que a nova prova não coincida com outros vestibulares marcados para os finais de semana de dezembro.
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Opinião A6
Obras de saneamento básico X licenciamento ambiental “O legislador entendeu a complexidade destas situações e buscou uma solução concreta” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental
A implantação de obras destinadas ao saneamento básico, indubitavelmente, se mostram necessárias para proporcionar e garantir a qualidade do meio ambiente. Basta raciocinar que o lançamento de esgoto doméstico fora do sistema de captação público de coleta e tratamento, descartado diretamente nos recursos hídricos, é situação bem conhecida e claramente observada na maioria das cidades brasileiras e na maior parte das grandes cidades litorâneas. Em razão disto, em um primeiro instante, pode se mostrar contraditório a exigência do licenciamento ambiental prévio para as obras de saneamento básico, considerando que as mesmas são essenciais para o controle desses fatores e, portanto, para a proteção do meio ambiente. Entretanto, também devem contar com a licença ambiental, em razão destas obras apresentarem impacto ambiental, principalmente em duas etapas: a primeira se refere ao impacto direto, no imediato momento de sua implantação, e a segunda é o impacto indireto, percebido a médio e longo prazos. O impacto direto se mostra sobre o meio físico quando, por exemplo, uma obra de terraplanagem, que implica em movimentação de terra, supressão de vegetação. Ainda se mal instalada, uma obra como estação de tratamento de efluentes domésticos pode impactar o solo e a água, podendo gerar inda incômodos ao seu entorno, em razão da possibilidade de emitir odores característicos. Os impactos indiretos que são potencialmente gerados pela instalação de obras de saneamento básico, em especial aquelas referentes ao abastecimento e tratamento de água, podem também destacar a indução à ocupação. Portanto, em razão destas obras apresentarem potencial de poluição, a lei determina que as mesmas devem ser previamente licenciadas. No entanto, deve-se ser observado que o licenciamento é feito através do procedimento de licenciamento simplificado, conforme ensina o artigo 44, § 1º da Lei de Saneamento Básico. Outro fator que deve ser observado constante na lei, é que o licenciamento ambiental considerará etapas de eficiência, buscando alcançar progressivamente os padrões estabelecidos pela legislação ambiental. Apesar de rigorosa, a legislação ambiental traz embutidas prescrições legitimas que não indicam a desobediência das normas, mas para uma obediência gradativa do atendimento dos padrões ambientalmente estabelecidos. Concluindo, na previsão do licenciamento simplificado para obras de saneamento básico, o legislador entendeu a complexidade destas situações e buscou uma solução concreta, evitando a burocracia existente para a emissão das licenças, mas antes de tudo com este procedimento simplificado buscou tornar mais ágil o licenciamento destas obras por serem de real importância para a melhoria da qualidade de vida das populações receptoras.
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Vistas grossas É muito difícil para a sociedade alagoana entender por que uma pessoa que lidera o tráfico de drogas numa região, acusada de cinco assassinatos, com dois mandados de prisão contra ela, ainda estava nas ruas. É o caso de um bandidinho que fincou endereço “comercial” na comunidade das Piabas, que fica parte no Feitosa e parte no Jacintinho. Só para ilustrar, a comunidade fica a poucos metros das delegacias do 9º Distrito de Polícia e de Menores. Naquele local, também já funcionaram a Delegacia de Roubos e Furtos e a “bomba da polícia”, onde as viaturas da instituição são abastecidas o dia inteiro. Lá está instalada a Casa de Custódia, sempre rodeada de policiais civis. O bandido apelidado de Juninho era quem mandava nas Piabas, sem ser incomodado pela polícia. Aliás, essa história da blindagem desse jovem criminoso está muito mal explicada. Não se concebe que uma pessoa tão nociva à sociedade passe tanto tempo
lado a lado com a lei, como se fosse um cidadão de bem. Foram necessárias iniciativas dos homens da Força Nacional Judiciária para prender o Juninho. Pois ele foi preso, fotografado e indiciado em inquérito. Quando cometeu seu primeiro assassinato, ele tinha apenas 17 anos e oito meses. Foi beneficiado com a menoridade e não pagou pelo crime. Era o que ele precisava para se tornar um bandido de verdade. No interior diz-se que “onde passa um boi passa uma boiada”. Após matar a primeira pessoa, ficou fácil para o criminoso continuar matando o povo. Ele se sentiu inatingível pela polícia e pela Justiça e matou mais quatro pessoas, conforme investigações. A sociedade alagoana espera que outros “juninhos”, amiguinhos ou não da polícia local, sejam presos e entregues à Justiça. Isso deve ser feito para que não seja necessário o envio de tropas de fora para investigar crimes comuns, de fácil elucidação em Alagoas.
Ponto de vista
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A lei e os dramas humanos “Estamos num mundo de intercâmbio, diálogo, debate” João Baptista Herkenhoff
Sinais de cautela na economia mundial “Precisamos manter o aumento real do salário mínimo” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB
Os tímidos números da recuperação da economia mundial - após a crise de 2009 – continuam a exigir atenção redobrada do governo brasileiro. Ajudado pelo desempenho de países emergentes, como a China e o Brasil, o conjunto do PIB mundial caminha para uma expansão perto de 4% ao final deste ano. A lenta recuperação das economias mais poderosas representa um fator de instabilidade a ser observado cotidianamente. A economia norte-americana chegou a apontar para um crescimento de 3,3%, mas a revisão dos números derrubou esta projeção para 2,6% de crescimento do PIB. Este esfriamento está sendo causado, novamente, pelo setor imobiliário. Após o fim dos estímulos para aquisição de moradias, os estoques de casas colocadas à venda já cresceram perigosamente, exatamente como na crise anterior. Outro fator preocupante que vem de fora é a resistência das empresas dos EUA na retomada das contratações. No período crítico da crise, entre 2008 e 2009, as empresas norteamericanas demitiram 8,5 milhões de trabalhadores. Deste saldo, apenas 870 mil (10%) foram recontratados agora em 2010. Sem a recuperação do emprego é improvável um crescimento econômico vigoroso e duradouro. A recuperação do PIB europeu (1,6%) e Japão (2,9%) vai limitar o crescimento de perto da metade da queda do PIB destas regiões durante a crise. A manutenção de taxas de desemprego elevadas, principalmente na Europa, é outro fator de risco que deve ser monitorado pelo governo brasileiro. Isso ocorre simultaneamente com crises financeiras em Portugal, Grécia, Espanha e Irlanda. Os problemas do cenário internacional, até aqui, não representaram impacto negativo para a economia brasileira. Pelo contrário, na situação atual os países emergentes puxam o crescimento mundial. De outro lado, os grandes países precisam manter os juros baixos para estimular as recuperações de suas economias. Isso tem propiciado forte valorização dos ativos brasileiros. Mas este é um equilíbrio altamente instável e tem grande potencial para trazer sobressaltos para os mercados. Esta nova sombra que preocupa o mundo, naturalmente, está sendo monitorada pelo atual e futuro governo brasileiro. Tanto que a presidenta Dilma Roussef agiu rapidamente e já anunciou a equipe econômica do futuro governo. A nova equipe indica que alguns nomes podem até mudar, mas a política econômica continuará sendo a mesma. Nesta perspectiva, precisamos manter o aumento real do salário mínimo, que foi um dos principais elementos de fortalecimento do mercado interno e nos ajudou a superar a crise.
Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor / jbherkenhoff@uol.com.br / www.jbherkenhoff.com.br Em outros tempos o cidadão comum supunha que o território do Direito e da Justiça fosse cercado por um muro. Só os iniciados – os que tinham consentimento dos potentados – poderiam atravessar a muralha. O avanço da cidadania, nos últimos tempos de Brasil, modificou substancialmente este panorama. O mundo do Direito não é apenas o mundo dos advogados e outros profissionais da seara jurídica. Todas as pessoas, de alguma forma, acabam envolvidas nisto que poderíamos chamar de “universo jurídico”. Daí a legitimidade da participação do povo nessa esfera da vida social. Cidadãos ou profissionais, todos estamos dentro dessa nau. De minha parte foi como profissional que fiz a viagem. Comecei como advogado, integrei depois o Ministério Público. Após cumprir o rito de passagem, vim a ser Juiz de Direito porque a magistratura era mesmo o meu destino. Eu seria juiz no Espírito Santo, como juiz foi, não no Espírito Santo, meu avô pernambucano – Pedro Carneiro Estellita Lins. Esse avô, estudioso e doce, exerceu tamanho fascínio sobre mim que determinou a escolha profissional que fiz. Meu caminho, nas sendas do Direito, foi marcado de sofrimento em razão de conflitos íntimos. Sempre aprendi que o juiz está submetido à lei. E continuo seguro de que este princípio é verdadeiro. Abolíssemos a lei como limitação do poder e estaria instaurado o regime do arbítrio. Não obstante a aceitação de que o “regime de legalidade” é uma conquista do Direito e da Cultura, esta premissa não deve conduzir à conclusão de
que os juízes devam devotar à lei um culto idólatra. Uma coisa é a lei abstrata e geral. Outra coisa é o caso concreto, dentro do qual se situa a condição humana. À face do caso concreto a difícil missão do juiz é trabalhar com a lei para que prevaleça a Justiça. Não foram apenas os livros que me ensinaram esta lição, mas também a vida, a dramaticidade de muitas situações. Há uma hierarquia de valores a ser observada. Não é num passe de mágica que se faz a travessia da lei ao Direito. Muito pelo contrário, o caminho é difícil. Exige critério, sensibilidade e ampla cultura geral ao lado da cultura simplesmente jurídica. O jurista não lida com pedras de um xadrez, mas com pessoas, dramas e angústias humanas. Não é através do manejo dos silogismos que se desvenda o Direito, tantas vezes escondido nas roupagens da lei. O olhar do verdadeiro jurista vai muito além dos silogismos. Da mesma forma que os cidadãos em geral não podem fechar os olhos para as coisas do Direito, o estudioso do Direito não pode limitar-se ao estreito limite das questões jurídicas. O jurista que só conhece Direito acaba por ter do próprio Direito uma visão defeituosa e fragmentada. Estamos num mundo de intercâmbio, diálogo, debate. Se quisermos servir ao bem comum, contribuir com o nosso saber para o avanço da sociedade, impõe-se que abramos nosso espírito a uma curiosidade variada e universal.
O JORNAL Diretor-Executivo Sálvio de Taine Maciel salviomaciel@ojornal-al.com.br
Marcial Lima Professor Eis a pergunta formulada por um leitor: até que ponto as ideias de Protagonismo Juvenil e de Parlamento Jovem se interrelacionam? A resposta talvez seja: depende dos horizontes que pretendemos atingir. Nos últimos tempos, temos testemunhado, principalmente através da TV, exemplos de ação coletiva - Pontos de Cultura, Casa do Zezinho, AfroRegae, Escola Barbosa Romeu do Projeto Axé e tantos outros - com formas, objetivos e graus de intensidade que se diferenciam, mas, em essência, todas voltadas para a participação cidadã. Antagonicamente, cresce o desencanto pela participação política; fato, em si, que muito depende da concepção de política que internalizamos. Enquanto nos saltam aos olhos o corporativismo, a setorização, o partidarismo de ocasião; na medida em que evidenciamos a luta pelo poder projetando-se no tempo numa forma de proatividade malsã, onde se busca o aparelhamento dos órgãos públicos e as composições que, sedentas, visualizam anos a frente, desejando-se o controle ad aeternum dos entes federativos, o Estado, à derrière, mostra-se incompetente ou se debate repetitivo, falseando verdades, incapaz de responder, com consistência e sustentabilidade, as demandas sociais; o que se traduz em violência, miséria e comprometimento do futuro, retratado em nossos filhos e netos. No entanto, aqui acolá, já vemos governantes que nos falam de planejamento estratégico situacional; vislumbramos gestores públicos com visão sistêmica. E isso não acontece por obra e graça do acaso. Cresce par e passo com a melhoria da qualidade de nosso voto, ao levarmos em conta o repertório de vida dos que se nos apresentam como candidatos; mãos dadas com o nosso discernimento e capacidade de organização, na construção de identidades reflexivas que nos conduzem ao coletivo, que nos levam ao reconhecimento enquanto sujeitos. Livres de atitudes apenas reativas, vamos efetivando nossos direitos e adquirindo uma cultura política que nos isenta das relações de favor. É nesse contexto que se situam os parlamentos jovens, passando pela eleição de educandos, dando-lhes o status de representantes de seus iguais, junto às Câmaras ou nas Assembléias Legislativas. E esse reconhecimento depende da assimilação adequada da idéia e de seu conceito por toda comunidade escolar. Tudo a ver com Protagonismo Juvenil, uma metodologia de trabalho cooperativo, onde adolescentes, coadjuvados por educadores, atuam em descobertas coletivas e na implementação de soluções para os problemas reais com que se deparam em seu dia-adia, na escola, do bairro, na cidade. Diante da possibilidade de distorções, requer cuidado em sua condução. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
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Haiti vai hoje às urnas para eleger presidente País caribenho também define novos senadores e deputados PORTO PRÍNCIPE - Mais de 4 milhões de haitianos devem ir às urnas neste domingo para escolher seu próximo presidente, além de 11 senadores e 99 deputados. O número de eleitores é incerto, porque muitas pessoas registradas no Conselho Eleitoral do Haiti podem ter morrido com o terremoto ocorrido em janeiro. Ao todo, 19 candidatos se inscreveram para disputar a Presidência da República. Entre os mais cotados para substituir Renné Preval em fevereiro de 2011 estão seu partidário, Jude Celestin, do partido Inite, a ex-primeira dama Mirlande Manigat, da Aliança dos Democratas Nacionais Progressistas (RDNP), o cantor Michel Martelly (conhecido como Sweet Micky) e JeanHenry Céant, do partido Amar o Haiti. Como as intenções de voto estão bem divididas entre alguns candidatos, acredita-se que a eleição presidencial só será definida em segundo turno, a ser realizado em janeiro do ano que vem. Serão 1,5 mil locais de votação nos dez departamentos (estados) do país caribenho, dos quais 360 receberão atenção especial das tropas militares da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) por terem maior risco de apresentarem problemas no dia das eleições. Além de garantir o patrulhamento das ruas e a segurança de alguns locais de votação, os militares vão ajudar no transporte das urnas para os locais de votação. A Minustah também auxiliará no
transporte das urnas, já com as cédulas, para os centros regionais eleitorais e para o cen-
tro de apuração geral dos votos, do conselho eleitoral haitiano.
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Viver com Aids é driblar o preconceito Desde a descoberta do HIV, uma série de mudanças transformou a vida dos portadores; mas a sociedade ainda mata Lula Castello Branco
Mônica Lima Repórter
Mesmo quem milita pelos direitos dos portadores de HIV sofre com os preconceitos da sociedade
Em cerca de três décadas do registro do primeiro caso da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) no mundo, muitos avanços foram registrados. Desde que a terrível doença apareceu, uma gama de novos medicamentos surgiu para a melhoria da qualidade de vida dos portadores e o crescimento da expectativa de vida. Mas as pessoas que vivem com Aids, apesar de todas as mudanças que ocorreram, não conseguem se livrar da pior chaga: o preconceito. Apesar de inúmeras campanhas de conscientização, a sociedade ainda en-
xerga a doença como uma mal de “pessoas sujas”, característica de grupos específicos. O que muitos se negam a enxergar é que a doença atinge diversas camadas da população, com vítimas desde a infância até a terceira idade. Quem vive com Aids sabe bem o que é enfrentar os obstáculos para continuar vivendo, em meio a olhares críticos, sendo apontado na rua quando resolve assumir que é portador. O preconceito ainda é tão forte, que mesmo quem milita no movimento de pessoas que vivem com o vírus HIV, evita mostrar a cara. Num encontro realizado esta semana com integrantes da Rede Nacional de Pessoas Vivendo
com HIV/Aids do Nordeste, em Maceió, alguns optaram por não aparecer, cobrindo o rosto com cartazes. Sem medo de se mostrar, Vitor Buriti, que é o representante da rede no Nordeste e há 11 anos descobriu que havia sido contaminado com o vírus HIV, sabe muito bem o que é o preconceito. Fato que levou a esconder da família por quatro anos que estava com Aids e, que dividiu apenas com um grupo de amigos. O segredo guardado a sete chaves foi desvendado e, para sua surpresa, os familiares de classe média aceitaram, apesar do susto e do receio de que seus dias estavam contados.
O atestado de óbito é antecipado “Receber o diagnóstico de que está infectado é como fosse o atestado de óbito antecipado”, disse Buriti, que inicialmente viveu esse momento que todos infectados passam, com o pensamento fixo na morte. “É uma doença que tem associação com a morte. A primeira reação é que estamos próximos do fim”, contou Vitor Buriti, afirmando que inicialmente tudo fica nebuloso e enxergar o futuro é difícil. Após o primeiro impacto, a próxima etapa é a preocupação com a saúde, o que irá acontecer com o corpo, associar a rotina à nova vida, que deve ser voltada para os cuidados com os medicamentos. “Como quere-
mos viver, então passamos a correr em busca de informações medicamentos, tudo que possa garantir que viveremos”, disse. E essa é uma luta diária, que não tem trégua, porque todos querem aumentar a expectativa de vida, confiantes de que a ciência descobrirá a cura do mal. Desde a descoberta do primeiro caso de Aids, houve uma revolução no mundo em busca de formas de assegurar a qualidade de vida. O poder público vem, no decorrer desses anos, investindo em campanhas que incentivam o uso de camisinha e no combate ao preconceito. Mas nas unidades de saúde, os portadores são discriminados pelos servidores.
“Quando chegamos com um corte em um posto de saúde, o profissional não quer atender e nos encaminha para o hospital de referência”, denunciou Buriti. O que mais os portadores comemoram é que houve um aumento na expectativa de vida, uma prova é que diversas pessoas estão vivendo há mais de 20 anos com o vírus. “É necessário que o infectado inicie o tratamento de imediato, independente de o preconceito ser uma barreira, que só contribui para o aumento dos casos, em especial nas comunidades mais pobres, onde o acesso a informação é mínimo”, orientou. (M.L.)
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Ao invés do aprendizado, o medo
Roubos têm ligação com o consumo de drogas
Escolas públicas viraram alvo frequente de bandidos, que roubam os prédios e deixam o horror e o trauma
O caso mais recente de invasão e arrombamento de escola aconteceu no último dia 15, na escola Arnon Affonso de Farias Mello, localizada no Conjunto José da Silva Peixoto, no Jacintinho. O crime chocou
Láyra Santa Rosa Repórter
A invasão e os roubos nas escolas públicas de Maceió são o reflexo do medo da violência que assola o Estado. Cercadas de grades, com muros altos e em breve, monitorados por câmeras com transmissão simultânea para empresas de segurança, elas nem de longe retratam a imagem de um lugar seguro. Nem mesmo todos os apetrechos que deveriam garantir a criminalidade afastada, impedem que essas escolas não sejam vítimas de furtos ou assaltos. Segundo os dados da Secretaria Municipal de Educação (Semed), apenas esse ano foram registradas 15 invasões em Maceió. Cinco delas aconteceram na Escola Municipal Eulina Alencar, no
bairro do Jacintinho. Foi após essa sequência de crimes, que a rotina na escola mudou. “Tivemos que tomar algumas atitudes para tentar deixar o prédio menos vulnerável. Porém, a mais essencial de todas foi a presença da guarda municipal no horário da noite. Essa medida, de certa forma, afastou os criminosos que viviam invadindo o prédio”, contou a diretora, Marilúcia Almeida Soares. A preocupação com a violência é mostrada pela comunidade escolar na porta da Eulina Alencar. Uma faixa externa aos maceioenses o medo dizendo “educação sem segurança, não protege nossas crianças”. “Estamos localizados num bairro onde a violência está por toda parte. O que nos assusta é que essa violência passou dos limites do muro
e chegou no lugar onde achávamos que não seríamos atingidos. É dentro da escola que muitos têm referência de se-
gurança. E isso se perdeu”, lamenrou a diretora escolar. “Hoje a situação é de medo. Tem alguns pais que trazem
seus filhos todos os dias a escola, temendo que durante o percurso ele seja roubado ou vítima de pedofilia. Temos
uma escola cercada por grades e toda no cadeado. Tudo uma tentativa de evitar novas invasões”.
a comunidade escolar, pela maneira que o grupo agiu deixando o prédio numa verdadeira bagunça. Na ação criminosa, os invasores levaram um aparelho de DVD, materiais escolares e de
limpeza, um aparelho portátil de som, além de jogos educativos e quimonos utilizados pelos alunos. Para conseguir entrar no prédio eles não pouparam esforços e quebraram vidros de
janelas, arrombaram portas e até uma parede da sala da coordenação. “Já tem alguns dias da ação criminosa, mas as marcas continuam. Ficamos parados durante uma semana na tentativa de arrumar as coisas
e mesmo assim a sensação de todos é de medo”, contou Juliana Angélica de Oliveira, assistente social da escola Arnon de Mello. “Essa é a primeira vez que entraram na escola. Das outras vezes, eles só levaram a bomba de d’água. Sem dúvida essa ação foi mais grave, porque eles quebraram portas, a parede, vidros, deixaram a maior bagunça. Para mim esse roubo tem ligação com as drogas”. Segundo a assistente social, ações como essa em que a Escola é vítima, deixa os alunos bastante sensibilizados. “A re-
alidade das nossas crianças de escolas públicas é muito complicada. Eles vivem violência dentro de casa, na rua onde moram e, muitas vezes tem a escola como a base para se afastar dessa insegurança. Para muitos deles, a escola é um ponto intocável”, comentou Juliana Angélica. “A partir do momento que a escola passa a fazer parte desse contexto, a sensação para eles é que não existe nenhum lugar seguro. Foi uma semana difícil, todos ficaram muito chocados. Tivemos que explicar para eles o que aconteceu”. (L.S.R.) Fotos:Yvette Moura
No Jacintinho, faixa lembra da necessidade de mais segurança na escola
Violência influencia evasão escolar Para Marilúcia Almeida, a maior preocupação com a violência é o fato da evasão escolar cresce a cada dia. “No decorrer do ano, acabamos perdendo muitos alunos que preferem evitar a escola para não ser mais uma vítima da criminalidade. O êxodo escolar é evidente”, comentou. “Sem falar que sempre uma ação criminosa, o clima na escola prejudica o rendimento das nossas crianças. Elas ficam de certa forma estressadas e acabam tendo o rendimento escolar prejudicado pela falta de material”. Num último cometido em fevereiro, os bandidos depredaram a escola arrombando várias portas e janelas, que hoje tiveram a estrutura de ferro reforçada. Eles levaram materiais pedagógicos, aparelhos de sons, relógios, ventiladores e documentos pessoais. Dentro da escola, eles sabiam exatamente em quais salas entrar para levar o que pretendiam. O fato chamou a atenção da direção que acredita que a maioria dos furtos tenha sido cometidos por exalunos. “A comunidade tem muito medo de denunciar para a polícia, mas sabendo que não iremos prejudicá-los sempre nos passam informações. O que
nos chegou é que alguns furtos foram cometidos por ex-alunos. Eles sabiam onde procurar e o que levar. E o que sabemos é a que maioria era usuário de drogas e o roubo foi para sustentar o vício”, disse. Outra preocupação da diretora é em relação a criminalidade na parte externa da escola, que, de acordo com Marilúcia Almeida tem crescido. “Temos muitos assaltos na porta da escola. Alunos e professores são vítimas frequentes. Todos temos medo, já que eles agem a qualquer hora do dia. Outro fato que nos chama atenção e nos deixa alarmandos é a questão da pedofilia. Sempre nos deparamos com tarados fazendo gestos obscenos e chamando nossas alunas. Ficamos atentos e nesse caso alertamos logo à polícia. Não vamos permitir que façam mal a essas crianças”, colocou a diretora, dizendo que a situação da escola tem mudado bastante. “A presença da guarda municipal tem deixado a escola mais segura, a sensação é melhor do que antes. A Semed está querendo colocar vídeo monitoramento. Mas já tivemos isso e não funcionou. Sou a favor da presença humana, cuidado de todos de perto”. (L.S.R.)
Juliana Angélica diz que, mesmo depois do crime, as marcas continuam
Comunidade faz a vigilância das unidades
Vídeo para monitorar transformará escolas numa espécie de Big Brother
Diretora Marilúcia: grades e cadeados na escola, mas o medo permanece
Na tentativa de minimizar os furtos houve um aumento nas rondas policias em torno das escolas, principalmente aquelas mais atingidas. Outra ação que deve ser executada para o ano letivo de 2011 será a implantação do sistema de
câmeras. As escolas serão uma espécie de Big Brother, monitorado 24 horas. “Estamos na fase final de licitação das câmeras de segurança. Todas as nossas cento e trinta e duas escolas serão vídeo monitoradas 24 horas e com isso esperamos
diminuir o número de assaltos. Acredito que para o ano letivo de 2011 teremos essa novidade”, contou. O vídeo monitoramento funcionará separado em quatro regiões, onde ficará ligado 24 horas com a empresa de segu-
rança. Será essa empresa que irá comunicar qualquer atitude suspeita à polícia, para então o crime ser combatido. “Estamos apostando no vídeo monitoramento para diminuir a criminalidade dentro e no entorno da escola. Sabemos que a vio-
lência está crescendo, mas infelizmente não temos condições de contratar um vigilante para cada prédio, sem contar que eles não poderiam ser segurança armada e sua presença poderia até ser um risco”, ponderou Elaine Cristina. “Essa é uma
ação necessária. Não era o que realmente gostaríamos, mas não temos outra saída. Socialmente estamos em desvantagem, mas precisamos coibir essa situação. A nossa expectativa é que tudo transcorra bem e dê certo”. (L.S.R.)
Crianças brincam em meio às grades e correntes: escola não é segura
A Semed contabilizou esse ano 15 furtos e assaltos em escolas. A maioria aconteceu na região do Benedito Bentes, Jacintinho e Vergel do Lago. Desde que o número começou a crescer, várias reuniões com o Batalhão Escolar da Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal foram realizadas na tentativa de minimizar o problema, já que dentro do quadro da Secretaria Municipal não existe a função de vigilante. “Não temos muita alternativas de segurança. Dentro do nosso quadro de funcionários não existe a função de vigilante, então as nossas escolas ficam trancadas durante a noite sem a presença de ninguém. Os nossos vigias são as comunidades que, ao verem alguma movimentação, denunciam”, disse Elaine Cristina de Oliveira, diretora de gerenciamento escolar da Semed. “Desde que começaram essas invasões, nos reunimos com os órgãos de segurança pública para tentar resolver o problema. A alegação é que não existe efetivo suficiente para manter a polícia em todas as escolas. A alternativa que encontramos foi tentar fortalecer a vigilância, com aparelhos de segurança”, contou a diretora. Para Elaine Cristina a função da escola é tentar aproximar a comunidade, na tenta-
tiva de fazer com que todos entendam a importância do papel no aparelho educacional. “A escola tem uma responsabilidade muito grande dentro da comunidade. Para trabalhar essa relação, temos o Conselho Escolar, formado de pais, alunos e professores. Nessa relação tentamos manter as escolas abertas para atender a necessidade da comunidade, fazendo seu papel social”, falou. “O outro fato é que tudo que acontece em relações a questões econômicas, sociais na vida dos alunos, acaba explodindo dentro da escola. É lá, onde trabalhamos a formação de nossas crianças e jovens. Sabendo desse papel importante é preciso que a comunidade nos veja como parceiros”. A gerente escolar lembrou que, após assaltos, a escola atingida acaba sofrendo consequências graves no desenvolvimento dos alunos. “Além do trauma de saber que aquele espaço de suposta segurança foi lesado e é vulnerável, ainda temos problemas em relação ao atraso no ano letivo. Sempre depois de uma invasão, seguida de furto, temos que repor o material e isso gera um tempo. A escola, muitas vezes, precisa suspender as aulas por alguns dias e quando retorna o clima de insegurança se mantém”, explicou. (L.S.R.)
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Cursos inovam para aliviar a tensão Às vesperas do vestibular, uma revisão descontraída tira as dúvidas e alivia o estresse do momento tão importante Fotos: Yvette Moura
Da Redação
ansiedade é sentida em alunos do último ano do ensino médio, Mantendo a tradição de in- ou do cursinho pré-vestibular, vestir na preparação para o porque são, tradicionalmente, os vestibular, o Colégio Contato que fazem as provas pela primeirealizou, nos últimos três dias, ra vez, ao contrário dos que parmais uma edição do PLUG-SE ticipam dos Processos Seriados – um aulão intensivo de revi- de seleção (PSS). As provas do PSS Ufal 2011 são de todas as disciplinas. Ao todo, foram mais de 1.400 alu- começam hoje e vão até o dia 1º nos tirando dúvidas, relem- de dezembro. Este ano, apenas as brando conceitos e dividindo provas relativas ao regime seriaas expectativas para a realiza- do do 3º ano do ensino médio e ção das provas, que começam à avaliação geral serão aplicadas, já que a partir de 2011, a univerhoje. A programação do PLUG- sidade vai substituir totalmente SE também incluiu momentos o PSS pelo Exame Nacional do de relax para tirar a tensão que Ensino Médio (Enem). Nos próximos dias, normalmente toma conta dos os estudantes inscritos vestibulandos. “O foco concorrerão a 5.173 vado aulão não é mais tão gas em 77 cursos ofertaligado ao conteúdo pordos pela Ufal nos três que nós revisamos tudo campus (Maceió, Arapidurante o ano. Nos dias que antecedem a prova, “Queremos raca e Sertão), incluindo queremos motivar os motivar os os novos cursos de Administração Pública, alunos, distraí-los, deialunos, Licenciatura em Letras xar que eles relaxem”, explica o diretor do distraí-los” (Português) e Pedagogia para o Campus AraContato, Beto Brito. “É piraca e os cursos de muito bom, me deu Design, Engenharia de mais confiança para Computação, Engenharia de fazer a prova”, avalia o Petróleo e Química Tecnológica estudante Paulo Luna, que vai prestar vestibular pela e Industrial para o Campus segunda vez para o curso de Maceió. Entre os dias 28/11 e arquitetura da Universidade 01/12, serão aplicadas provas com conteúdo do ensino médio Federal de Alagoas (Ufal). Para os momentos de des- e, finalizando, será realizada a contração, o Contato preparou prova de redação. No ano passado, o Contato uma programação com DJs, lounge com ambiente zen, apre- aprovou mais de 70 estudansentações cênicas e ginástica la- tes nos curso de Medicina de boral. Além disso, uma psicólo- universidades públicas, em ga ficou de plantão durante os todo o Brasil, incluindo um pritrês dias. “Há muitos alunos que meiro lugar geral na Ufal, conficam nervosos, sob pressão da fa- quistado pelo estudante André mília, e o atendimento psicológi- Luiz. O colégio também conco ajuda a trabalhar esse lado tabiliza um ranking de melhopara que ele não atrapalhe o de- res notas do Enem e 25 dos 50 sempenho da prova”, completa melhores resultados no PSS 2, Beto Brito. Segundo ele, a maior em 2009.
Estudantes ficam mais confiantes com a aula divertida
Ambiente “zen”, sessão de relaxamento: tudo para descontrair os alunos
Artes cênicas para aliviar a pressão: leveza antes das provas
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À SUA SAÚDE
Alimento para prevenir o câncer A castanha-do-pará faz parte de um grupo com selênio na composição, substância que combate doenças crônicas Graffo Ingerir alimentos como castanha-do-pará, salmão, arroz integral, aveia, fígado, brócolis ou repolho, ajuda no combate
do envelhecimento e de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, hipertensão e diabetes. Isso acontece porque tais alimentos são ricos em selênio. O mineral, além de agir
como antioxidante, estimula hormônios da tireoide e auxilia no sistema imunológico. A castanha-do-pará é, dos alimentos citados, o que mais possui selênio, bastando uma unidade
por dia para garantir as necessidades de uma pessoa. Entretanto, é preciso cuidado, pois, se ingerido em grande quantidade, o mineral pode ser tóxico. No Brasil, não há re-
latos de problemas causados pela toxina do selênio. Na China, entretanto, a substância em abundância causou alterações de pele e confusão mental. Além disso, a castanha e ou-
tros oleaginosos, como amendoim, pistache e avelã, possui muita caloria - 100 gramas do alimento equivalem a 656 calorias -, o mesmo que um prato cheio de arroz com feijão.
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Os famosos cuscuzes de seu Benedito Fábrica caseira em Jaraguá tem mais de 50 anos de tradição em Maceió e faz a festa de muitos consumidores Nide Lins Repórter
“Olha o cuscuz!”. Este é grito de marteking dos vendedores do cuscuz de arroz e de milho da
pequena fábrica Nordeste, situada atrás do mercado do Jaraguá. Os vendedores de bicicleta saem pelos bairros oferecendo a iguaria por sessenta centavos, nos horários de manhã e de tarde.
Benedito Conrado de Lima, na porta da sua casa: há mais de 40 anos detém o saber e fazer do cuscuz de milho e de arroz
São três vendedores e apenas um mestre do saber e fazer do cuscuz, o senhor Benedito Conrado de Lima, de 62 anos, que há cerca de 40 anos dá o ponto certo da massa.
“Comecei com 18 anos neste mesmo lugar, era vendedor. Na época, era muito rojão com carrinho na mão, nem pegava transporte. Fazia a região do mercado, e tinha fregueses certos, não
sobrava um cuscuz”, lembra o simpático Benedito, que era empregado do primeiro dono da fábrica Nordeste, o potiguar João Crispim Moraes. “Aprendi com seu Crispim.
Depois ele vendeu a fábrica, mas não deu certo. Eu sou o terceiro dono e já tentei ensinar, porém ninguém acerta o ponto da massa porque o cuscuz não pode quebrar e nem ficar muito molhado”.
De longe ou de perto, o freguês vem De fato o cuscuz, tanto de milho como o de arroz, não é seco e nem se quebra. É tão macio e saboroso que tem gente que mora no Farol e, como os vendedores não passam por lá, fazem questão de ir até a fábrica para comprar, como é o caso de José Avelino. “Minha linda, só tem de arroz vai querer?”, diz José
Avelino pelo telefone. Ele termina comprando dez cuscuzes na porta da casa do Benedito, por apenas R$ 0,50, porque na fábrica a iguaria é dez centavos mais barata. “Eu adoro este cuscuz. Quando era pequeno, meus pais compravam na porta de casa. Gosto porque nunca muda o sabor, é o mesmo, e com café
não sobra um”, conta o Avelino. Já Maria Severina, a Nena, não precisa de muito esforço, é vizinha da fábrica. “Não compro todo dia porque é uma alimentação forte”, diz Nena que é cantora do coral da Universidade Federal de Alagoas e sempre leva encomendas de cuscuz para as colegas. (N.L.)
Fotos: Nide Lins
Tradição pode acabar com a aposentaria
No forno caseiro, os cuscuzes são cobertos por um pano branco molhado
A pequena fábrica funciona no quintal da casa de Benedito, e cabe a sua esposa Genilda Silva de Lima administrar as vendas na própria porta. Logo no começo da entrevista, ela diz “Por mim meu marido já tinha se aposentado. A luta é grande, minha filha, ele tá magrinho, as mãos tão perdendo a força”, diz Genilda, que também reconhece que Benedito é cuscuzeiro de mão cheia. Quando Benedito resolver aposentar, a tradição pode acabar e com ela a alegria de mui-
Nas forminhas, os cuscuzes de arroz são campeões de venda da fábrica
tos alagoanos e até turistas que são fãs do cuscuz feito no capricho pelo alagoano que nasceu em Japaratinga. Mas, ao contrario da esposa, Benedito não pensa muito em aposentadoria, embora reconheça que a labuta com a idade de 62 começa a pesar. “Gosto do que faço, até porque os clientes dizem que ninguém sabe fazer igual. Infelizmente nem meu irmão que trabalha comigo não consegue acertar o ponto”, releva Benedito que ainda não tem sucessor do seu saber e fazer. (N.L.)
Genilda quer a aposentadoria do marido, mas administra as vendas
Fabricação caseira garante o sucesso
O milho passa mais tempo de molho em água quente para virar o cuscuz caseiro
O cuscuz que combina bem com café, mas também é bom puro, na manteiga, no leite ou com carne guisada é uma receita caseira e artesanal. Aprodução da iguaria começa com a compra de milho e arroz branco no mercado. Para ficar no capricho, o arroz fica por uma hora e meia de molho e depois passa por três lavagens, em seguida é triturado e peneirado. Já o de milho é o mesmo processo, a diferença é que fica de molho por três horas em água quente. “O ponto da massa é o segredo”, diz Benedito. Com muita força nas mãos ele modela a massa até o ponto final. Em seguida coloca a massa nas forminhas cobre com um pano branco molhado para ser cozido no vapor. Quando sai do forno artesanal, ainda quentinho leva um banho de leite coco produzido da própria fruta. “O cuscuz fica mais gostoso quando a massa apura o leite”, comenta o vendedor mais antigo da fábrica, Arlindo Mariano dos Santos. “Vendo em média 50 pela manhã e 40 pela tarde. Dificilmente sobra”, comenta Santos que há 18 anos é vendedor do cuscuz no bairro do Poço. O vendedor mais novo é o José Luciano, vizinho do Benedito. Ele vende nos bairros de Pajuçara, Ponta da Terra e Santo Eduardo e entrega em dois restaurantes de Maceió. “Raramente sobra, e quando acontece, não chega a cinco”, diz Luciano adiantando que o melhor período de venda é até o dia 20. Nilton José da Silva, há sete anos também vive da venda
dos cuscuzes. Ele faz os bairros de Ponta da Terra, Santo Eduardo e Jatiúca. São 80 pela manhã e 120 pela tarde. Como os vendedores não dão conta de todos os bairros, Maria Madalena vai até a fábrica comprar os cuscuzes. “Não vejo os vendedores na Ponta Verde. Gosto pela qualidade da massa e do sabor”, revela Madalena que aprecia a iguaria há muito tempo. Nos tempos áureos da produção de cuscuz era de 4 mil por dia e 23 carrinhos de alumínio para comercializar os cuscuzes pelo bairro. Hoje são três bicicletas e cerca de 500 cuscuzes por dia. “No começo o quartel era o grande cliente, depois acabou”, lembra. O cuscuz de arroz é o predileto. A produção chega a 400 por dia e do milho não passa de 100. Para atender a clientela fiel, Benedito acorda às 4 da manhã para iniciar a produção dos cuscuzes que chega nas ruas às 6 horas. O retorno ao trabalho é a partir das 15 horas e às 16 horas, os vendedores saem pelas ruas anunciando o cuscuz. Depois tudo é bem lavado, porque higiene é fundamental. “Férias? Não sei ficar quieto e se parar, como os meus vendedores vão viver”, indaga. Ele nunca tirou férias, e só descansa no domingo a tarde e pela segunda pela manhã. Com muito orgulho Benedito diz: “Criei meus filhos com o cuscuz. Minha saúde é de ferro. O que mais quero? Sou feliz”, conta ele que não dispensa o cuscuz com charque assado. (N.L.)
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Tráfico de drogas é apontado pela polícia como o principal problema na periferia da cidade
Lula Castello Branco
Policiamento está sendo intensificado para coibir a criminalidade nas áreas consideradas críticas
As estatísticas do crime em Arapiraca 3º Batalhão da Polícia Militar utiliza os indicadores como aliados no combate à violência no município Eduardo Almeida
palmente de crack. Se antes a maconha era a droga mais presente, hoje o crack domina. Em ARAPIRACA - O 3º Bata- seguida, estão os homicídios, os lhão de Polícia Militar (3º BPM) portes ilegais de arma e casos está usando as estatísticas po- de roubo e furto. O problema liciais como aliadas no comba- está alastrado por toda a cidate à criminalidade em Ara- de, com pontos críticos”. O subcomandante inforpiraca. Os militares traçaram um mapa da violência na ci- mou que a mancha criminal, dade e estão intensificando as como é chamado o detalhaações repressivas de acordo mento do crime, possibilitou com os indicadores. As inves- que a PM direcionasse o efetidas são adaptadas a cada bair- tivo para as áreas mais crítiro, conforme a modalidade de cas. Tomando como base os crime e o horário de maior in- locais e os horários com maicidência. Os resultados come- or número de ocorrências, os çam a ser observado, com a re- militares direcionaram viaturas e criaram postos permadução das ocorrências. Os dados foram tabulados nentes na periferia da cidade. pelo Centro de Operações da O patrulhamento com motos Polícia Militar (Copom), que também foi intensificado, com recebeu mais de 8 mil ligações a criação da Ronda Ostensiva somente nos seis primeiros me- Com Apoio de Motocicletas ses deste ano. São denúncias (Rocam). “Nós constatade furtos, roubos, tráfico de enmos que, no horário torpecentes, porte ou posse em que era necessáilegal de armas, tenrio apenas três viatativas e homicídios, turas nas ruas, nós que resultaram em contávamos com 2.300 intervenções cinco e que, em pepoliciais. O horário Militares ríodos onde era imde maior incidência traçaram o portante o reforço, da criminalidade está mapa da nós tinhas apenas compreendido entre três. Com o mapeaas 18 e as 23 horas – violência mento, conseguiprincipalmente nas na cidade mos reverter essa sisextas, sábados e dotuação e dar o diremingos. cionamento correto. Conforme o capiTão importante tão Anaximandro quanto o número de poliTenório, subcomanciais disponíveis é a forma dante do 3º BPM, o mapeamento teve início há como são usados os recursos cerca de seis meses e faz parte disponíveis. É preciso otimida estratégia de repressão ao zar o material fornecido pelo crime desenvolvida pela PM Estado”, completou o capiem Arapiraca. “O monitora- tão. Por uma questão de segumento permite que o batalhão conheça os principais delitos rança, Tenório não revelou o cometidos em cada bairro e de- número de viaturas nem de senvolva ações específicas de motocicletas com as quais o combate, com o objetivo de re- 3º BPM conta hoje. Ele inforduzir à criminalidade nestas mou apenas o número de poáreas. Os resultados começam liciais militares, que é de 576. O batalhão dá suporte aos a ser observados”, destacou. Tenório afirmou que 21 municípios de Arapiraca, São quadrilhas foram desarticula- Sebastião, Junqueiro, Teotôdas no município, de janeiro a nio Vilela, Limoeiro de Ananovembro deste ano, a maior dia, Coité do Nóia, Taquaraparte delas envolvidas com o na, Craíbas, Lagoa da Canoa, tráfico de drogas. “Um dos ma- Feira Grande, Girau do Poniores problemas enfrentados ciano, Olho d’Água Grande, pela polícia é o tráfico, princi- Traipú e Jaramataia.
Repórter
Número de policiais ainda é insuficiente
Centro lidera número de ocorrências ARAPIRACA - O mapeamento feito pela Polícia Militar revelou que o Centro de Arapiraca é o bairro com o maior número de ocorrências. Foram 356 intervenções realizadas na localidade entre os meses de janeiro e outubro. Amaior parte delas relativas a pequenos roubos ou furtos a estabelecimentos comerciais. Em seguida, vieram os bairros Planalto, Primavera, Brasília, Alto do Cruzeiro, Manoel Teles e Boa Vista – este último, na zona rural da cidade. O comparativo entre o Centro e o Planalto, no quesito roubo ou furto, aponta que aconteceram 118 delitos a mais no primeiro. Os índices mostram que a área central registrou 150 crimes contra 32 no bairro Planalto. A polícia justifica que o fato de o local funcionar como centro comercial é a principal causa dos indicadores. Para conter a onda de delitos, o número de militares foi incrementado, atendendo a uma reivindicação dos comerciantes. “Além do Centro, com 356
ocorrências, e o bairro Planalto, com 134, o bairro Primavera registra 122; Brasília, 118; Alto do Cruzeiro, 87; Manoel Teles, 86; e Boa Vista, 84. Os números, no entanto, não representam de fato as áreas mais críticas. O que deve ser levado em conta é a gravidade das ocorrências. Um local pode registrar poucos chamados, mas ser líder em mortes”, afirmou o subcomandante do 3º Batalhão, capitão Anaximandro Tenório. Para ele, embora o Centro lidere as estatísticas, os bairros Primavera, Manoel Teles e Jardim das Paineiras são considerados pontos críticos. “Nestas localidades, o tráfico de drogas está mais presente. É necessário cautela e um intenso trabalho de inteligência antes de realizarmos as abordagens. Não podemos perder a credibilidade junto às comunidades, que fazem um papel importante através de denúncias anônimas”, acrescentou o subcomandante. Tenório afirma que o 3º BPM intensificou o policiamento os-
tensivo nas localidades tomando como base os horários de maior pico de criminalidade. “Os roubos, os homicídios e as tentativas, normalmente, acontecem entre as 18 horas e as 23 horas. Já os furtos, acontecem entre as 15 horas e as 5 horas, pois durante a madrugada os estabelecimentos ficam desocupados. É com base nesses dados que direcionamos os policiais e a quantidade de viaturas nas ruas”. Entre janeiro e outubro, o 3º BPM apreendeu 127 armas de fogo. Maio foi o mês com o maior número de apreensões, 20, seguidos por julho com 18 e agosto, com 16. As estatísticas divulgadas pelo comando do batalhão não levam em consideração homicídios. Conforme o capitão Anaximandro Tenório, o número preciso de mortes no município deverá ser divulgado pela Secretaria de Estado da Defesa Social, após análise de dados das polícias Civil e Militar e também do Instituto Médico Legal (IML). O balanço será divulgado no próximo mês. (E.A.)
ARAPIRACA - Não é preciso ser especialista em segurança pública para perceber que o efetivo do 3º Batalhão da Polícia Militar é insuficiente para cobrir parte da região Agreste do Estado. São 576 homens, divididos em 15 municípios. Arapiraca, São Sebastião, Junqueiro, Teotônio Vilela, Limoeiro de Anadia, Coité do Nóia, Taquarana, Craíbas, Lagoa da Canoa, Feira Grande, Girau do Ponciano, Olho D’Água Grande, Traipú e Jaramataia integram a área do batalhão. Embora não admita que o número é insuficiente, o subcomandante do 3º BPM, capitão Anaximandro Tenório afirmou que mais policiais nas ruas poderiam implicar na redução dos índices de criminalidade. “Quanto maior for o número de militares trabalhando, menor vai ser o espaço para a violência. Porém, o batalhão conta com um bom número de policiais e tem desenvolvido um trabalho intenso de combate”, expôs. Tenório afirmou que a PM em Arapiraca vem buscando otimizar os recursos disponibilizados pelo Estado. “É importante que saibamos fazer uso das viaturas com que contamos e do número de militares que estão a nossa disposição. Se há carência, ela existe em todo o Estado. Mas não podemos cruzar os braços perante as dificuldades. Pelo contrário, temos que trabalhar com mais garra ainda”. O subcomandante afirmou que a ampliação da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam) é uma das medidas adotadas para suprir a carência. Os policiais dão apoio as viaturas que circulam na cidade. Tenório, entretanto, não revela o número de viaturas. “Nós podemos dizer que elas são suficientes. O governo vem investindo em equipamentos e estamos estruturados.”, acrescentou. (E.A.) Continua na página A20
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Ações fazem bandidos migrarem ARAPIRACA - O mapa do crime revelou que as quadrilhas mudam de localidade à medida que as investidas policiais se intensificam. Elas buscam formas de comercializar seus produtos ou escoar mercadorias roubadas na região, transformando bairros tradicionalmente pacatos em locais violentos e pontos críticos em zonas brancas – como são chamadas as áreas pacíficas. A Polícia Militar garante que vem fazendo o acompanhamento rigoroso da migração. “Quando assumimos o comando do 3º Batalhão, nós decidimos intensificar o combate ao tráfico de drogas no bairro Manoel Teles. Os grupos migraram para as áreas vizinhas, transformando o bairro Primavera em ponto crítico. Nós decidimos então criar uma base
no local, o que fez com que a criminalidade migrasse para outros pontos. O bairro Jardim das Paineiras concentra ações de combate às drogas”, explicou o tenente-coronel Marcos Sampaio, comandante do 3º BPM. Para ilustrar as mudanças na mancha criminal, Sampaio citou o bairro Brasília – tradicionalmente pacato. Uma operação da polícia, no início do mês, desarticulou o tráfico de drogas no local e prendeu 11 pessoas. “A prisão desse grupo deixou claro que as quadrilhas mudam de local. Com o apoio da população, que denuncia, e do serviço de inteligência da PM, que monitora os acusados, nós temos conseguido desbaratar diversos grupos criminosos”, informou. Um dado curioso apontado pelo comandante do 3º BPM é
que a criminalidade aumenta durante o verão. Neste contexto, ele destacou o tráfico de drogas. De acordo com Sampaio, o maior fluxo de pessoas nas cidades faz crescer a venda de drogas. Outro fator que contribui para o aumento da violência é a melhoria nas vias de acesso, o que facilita possíveis fugas. “As estatísticas mostram que onde há maior fluxo de pessoas, há mais criminalidade. Com a chegada do verão, o número de visitantes cresce e eleva o consumo de drogas ilícitas. Um das consequências é o aumento de roubos e furtos. Por sua vez, durante esse período do ano, os criminosos não encontram dificuldades para escapar da policia. As estradas vicinais estão em bom estado, ao contrário do que acontece durante o inverno”, ressaltou o comandante. (E.A.)
Eduardo Almeida
Ministério planeja ações para a cidade
CDs e DVDs piratas também são apreendidos por policiais do 3º Batalhão da Polícia Militar
Depósitos ficam às margens de rodovias estaduais e federais
Arapiraca na rota do roubo de cargas ARAPIRACA - A cida- da polícia. Ele explicou de também está na rota do ainda que Arapiraca é escoroubo de cargas e de mer- lhida por ser considerada cadorias. Os crimes, nor- região metropolitana e lemmalmente, acontecem em bra que os depósitos tem cidades vizinhas. Mas, de- como característica a proxivido à localização, Ara- midade às rodovias, o que piraca é ponto de desova facilita a entrega e distride produtos roubados. Os buição dos produtos. pontos considerados mais Pereira disse que o núcríticos pela Polícia Civil mero de inquéritos instausão as rodovias BR-101, rados pela Polícia Civil entre Teotônio Vilela e para investigar roubos de Porto Real do Colégio, e a carga em Arapiraca ainda é AL-110, entre Arapiraca e pequeno. Segundo o deleSão Sebastião, onde a fisgado, como os calização é ignorada pelos crimes acontecriminosos. cem em outros “Três fatores municípios, as contribuem para investigações que Arapiraca se são conduzidas torne rota de pelos distritos de Município é ‘desova’ de mercada região. Ele rota de cadorias roubaressaltou a im“desova” de das. O primeiro portância de dedeles é a localinúncias de qualprodutos zação, pois a ciquer ato suspeiroubados dade está no cento para que a pona região tro do estado, lícia consiga recom acesso para primir não só o todas as regiões. roubo como a reO segundo é a ceptação. falta de fiscaliza“A Delegacia ção nas rodovias. Regional de Arapiraca não E o terceiro deles tem autonomia para instaué o tamanho do município, rar inquéritos de crimes o que faz com que os pro- que aconteceram em outros dutos passem desapercebi- municípios, exceto quando dos pelas policiais”, obser- o material é apreendido vou o titular da Delegacia aqui. Não temos estatístiRegional de Arapiraca, cas oficiais sobre o númeValdecks Pereira. ro de inquéritos, mas eles De acordo com o dele- ainda não representam gado, fica inviável para os muito. No entanto, notacriminosos esconder as car- mos que é crescente o núgas roubadas nos municí- mero de denúncias de repios onde ocorreram os de- ceptação de mercadorias litos, porque as mercado- roubadas”, acrescentou rias chamariam a atenção Valdecks Pereira. (E.A.)
ARAPIRACA- Para tentar reverter os índices de violência em Arapiraca, a Polícia Militar e a prefeitura contam com o apoio do Ministério da Justiça. O município, que foi apontado como um dos dez mais violentos do Brasil de acordo com o Instituto Sangari, recebe ações do Projeto de Proteção dos Jovens em Território Vunerável (Protejo). O Protejo tenta implantar o programa Território da Paz, que vai atender a 150 jovens em situação de risco. O programa é uma iniciativa do governo Federal, em parceria com os municípios que aderiram ao Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), cujo público alvo é o jovem com idade entre 15 e 24 anos, em situação de vulnerabilidade, egresso do sistema penal. O subcomandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, capitão Anaximandro Tenório, informou que um dos projetos idealizados para 2011 é a implantação de bases de Polícia Comunitária. Seis bases devem ser construídas nos bairros que registram o maior número de ocorrências. “O modelo deu certo em outras cidades e deve ser implantado também em Arapiraca. Nós estamos traçando meta em parceria com integrantes do Ministério da Justiça”, observou. Na última semana, os indicadores de violência do município foram apresentados aos integrantes do Ministério para que as estratégias fossem traçadas. O encontro aconteceu na sede do 3º Batalhão, onde ficou definida outra reunião para o dia 2 de dezembro. “O mapeamento feito pela polícia vai nortear as ações do Protejo em Arapiraca. Estamos trabalhando em conjunto para conseguirmos reduzir a violência. Essa é uma parceria importante”, acrescentou. Outra ação que está sendo avaliada pelo Conselho Municipal de Segurança é a instalação de um sistema de monitoramento por câmeras no município. “Outras cidades da região já contam com o recurso, que pode contribuir de forma decisiva para a prevenção e elucidação de crimes. No entanto, o Conselho de Segurança está avaliando as vantagens e desvantagens de aderir ao sistema. A medida ainda está no campo da especulação”, concluiu Anaximandro Tenório. (E.A.)
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Projeto ambiental beneficia agricultores Mineradora Vale Verde incentiva a produção de milho, girassol e gergelim na área que será explorada Da Editoria de Municípios ARAPIRACA - Após os estudos feitos na jazida que fica em Craíbas e Arapiraca, a Mineração Vale Verde desenvolve programa junto aos pequenos produtores agrícolas da região Agreste. O empreendimento representa a geração de 100 empregos diretos com investimentos de R$ 70 milhões. A empresa identificou, por meio de estudos, a quantidade de 150 milhões de toneladas de minério na jazida Craíbas/Arapiraca e mais 15 milhões de toneladas estão garantidos em outra mina, em Igaci. Ocupando uma área de 305 hectares na zona rural de Craíbas, a Mineração Vale Verde utiliza o espaço como modelo para o cultivo de diversas culturas agrícolas milho, girassol, gergelim – do Projeto Agricultor Parceiro. A empresa iniciou o projeto com o envolvimento de seis agricultores e fechou uma parceria com eles, especialmente para a produção de 10 hectares de milho, destinado à geração de renda para agricultores familiares do povoado Lagoa da Laje. Essas experiências de culturas agrícolas recebe total apoio do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, do Sebrae e da ONG EcoEngenho. O cultivo da cultura do milho, que teve início em
Técnicos repassam informações para os agricultores beneficiados
junho, tem atraído diversos agricultores da região e produtores de milho de várias partes do Estado, curiosos em conhecer de perto o cultivo e o uso de milho produzido com tecnologia. A expectativa é que a colheita do produto mostre uma produção bem maior do que da plantação feita de modo tradicional, muito praticado ainda na re-
gião, sendo esperada uma média de 7,5 toneladas por hectare. O presidente da Mineração Vale Verde, Carlos Bertoni, também confirmou a criação de uma unidade de conservação do bioma caatinga, vegetação típica da região Agreste. Segundo Bertoni, a vegetação caatinga ocupa hoje poucas áreas da região, mas sob a
orientação do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) a empresa irá trabalhar para a sua preservação. “Realizamos o trabalho agrícola junto à comunidade, pois não queremos criar uma dependência econômica e nem mesmo o êxodo rural. Entendemos que a atividade de mineração tem um tempo determinado, pois o minério acaba-
rá mesmo sendo esta uma ótima jazida”, explicou Bertoni. O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, comemorou as boas notícias apresentadas por Carlos Bertoni em reunião nesta semana, na Sedec. A exemplo dos projetos ambiental e agrícola, o secretário cita
o andamento dos processos que atenderão aos dois principais insumos: água e energia. “O presidente da Casal [Jessé Motta] participou da reunião na secretaria e garantiu que o projeto da Parceria Público-Privada (PPP) está bem adiantado para o fornecimento de água”, comemorou o secretário Luiz Otavio Gomes.
UFAL
Marcelo Pereira recebe apoio de povoados em Arapiraca Depois do convite de presidentes de associações de bairros de Arapiraca, o médico Marcelo Pereira não perdeu seu pique de campanha. Ainda faltando muitos dias para as eleições 2012, o médico afirma que começou a andar por povoados e bairros da cidade para sentir qual é a verdadeira carência da população. “Tenho como meta escuta-los para assim poder tomar decisões confirmadas para as eleições em 2012”, afirmou. Marcelo Pereira recebeu o carinho e apoio de comunidades. “O povoado Gruta D’agua foi a quem mais recebeu com muitas pessoas. Dando respaldo e apoio como incentivo para eleição rumo a candidatura a prefeito de Arapiraca em 2012. Marcelo Pereira é apontado pela sociedade como possível sucessor do prefeito Luciano Barbosa Apontado por empresários e representantes comunitários Municipal de Arapiraca, e se car o apoio nacional do partido Uma das reivindicações da vecomo o possível sucessor do diz inquieto com o grande nú- e de lideranças políticas como a readora Maria Aparecida que prefeito de Arapiraca, Luciano mero de bolsões de pobreza deputada federal Célia Rocha será retomada é a luta para traBarbosa (PMDB), o médico que ainda existe no municí- (PTB) e o deputado estadual zer o curso de Medicina para Marcelo Pereira fala à equipe pio. Antônio Albuquerque (PTdoB)”, Arapiraca. A cidade tem estrude O JORNAL sobre sua ini“Acidade cresceu bastante expôs Pereira. tura suficiente para receber o ciação no meio político, a ex- nos últimos anos e se tornou reO médico falou sobre seus curso. Outra prioridade será o periência de disputar uma ferência no Nordeste. No en- projetos, caso seja eleito, prefei- combate à violência. Nós vamos eleição para vereador, as in- tanto, ainda existem muitos to de Arapiraca. “Investir em nos articular com o governador fluências que marcaram sua bolsões de pobreza. Isso me in- educação é prioridade em um Teotonio Vilela Filho para comtrajetória e a expectativa para quieta. É preciso investir prin- possível governo. Enquanto bater de forma mais efetiva a crio próximo pleito, em 2012. cipalmente em educação para assessor da minha mãe, na minalidade. É preciso envolver Marcelo Pereira está filiado ao que possamos reverter os índi- Câmara Municipal de Arapiraca, educação e saúde no combate à PMDB desde 2008, quando ces negativos de violência e vi muitas pessoas lutarem por es- violência. Só assim, teremos a concorreu à Câmara saúde. Para isso, nós vamos bus- tudo e não ter oportunidades. redução de crimes”.
Arapiraca sedia fórum sobre gestão Da Editoria de Municípios ARAPIRACA - Com o objetivo principal de gerar reflexões sobre desafios gerados por processos de desenvolvimento locais que estão inseridos em contextos globais, o Curso de Administração do Campus Arapiraca promove o III Fórum Alagoano de Gestão para o Desenvolvimento: explorando as relações entre o local e o global, nos dias 3 e 4 de dezembro, no Fórum Desembargador Orlando Manso, localizado naquele município. A abertura será feita na quarta-feira, 3, às 18h, com a palestra do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, com o título “O desenvolvimento de Arapiraca e suas conexões com o Internacional”. Em seguida, o professor Fábio Guedes Gomes irá falar sobre “A Economia Política do Desenvolvimento Econômico Brasileiro e suas Interfaces com o Local e o Internacional no Século XX”. Temas como cooperação internacional, desenvolvimento local, movi-
mentos locais transacionais, comércio justo e solidário, gestão ambiental e organização internacional serão debatidos com pesquisadores e profissionais da área administrativa. A realização de evento deste tipo se justifica, segundo afirmam seus organizadores, pelos indicadores socioeconômicos do Estado que são apresentados entre os mais baixos do País. Podem participar do Fórum estudantes dos diferentes níveis e áreas de formação, sociedade civil, professores, empresários, gestores e funcionários públicos. A abrangência de público se justifica “pela importância que a temática vem ganhando para a Administração e a relevância de se buscar compreender as relações entre o local e o global”, explicam os organizadores. O evento já está consolidado nas atividades do Curso de Administração do Campus Arapiraca. Nas edições anteriores, mais de 600 ouvintes e 20 expositores participaram do Fórum, e para esta edição é aguardado um público de 300 pessoas.
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Arapiraca
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Trabalhos estão em ritmo acelerado para a inauguração da fábrica no dia 15 de dezembro
Fábrica beneficiará caju no Agreste Empreendimento vai gerar 40 empregos diretos, além de um incremento de R$ 2 milhões, por safra, na economia PALMEIRA - No próximo dia 15 de dezembro, será inaugurada em Palmeira dos Índios uma fábrica de beneficiamento de caju, que deverá gerar 40 empregos diretos, mil indiretos e injetar cerca de R$ 2 milhões, por safra, na economia local. O empreendimento funcionará na antiga sementeira, desativada há cerca de 12 anos. O caju, assim como a pinha, sempre foi uma cultura forte no município de Palmeira dos Índios e região circunvizinha.
Empolgados com a cotação da castanha do caju, muitos produtores locais retiravam apenas a castanha e desprezavam o fruto, que apodrecia debaixo dos cajueiros. Preocupados com o desperdício do fruto, a Secretaria de Agricultura iniciou discussões em torno da criação de mecanismos voltados ao aproveitamento da polpa do fruto, evitando assim o desperdício e gerando uma nova fonte de renda para centenas de famílias. Surgiu
então o projeto denominado “Reciclando Caju”. O secretário Luciano Monteiro recebeu a visita dos executivos Ricardo Macieira e Gerson Lôbo, da empresa sergipana Fruteb Serigy. Os três foram até o local onde irá funcionar a fábrica de beneficiamento do caju. Após vistoriarem a área ficou definido que ao término da conclusão dos trabalhos de recuperação da estrutura, a empresa deverá instalar todo o maquinário que fará parte da linha ex-
tratora de polpas. Segundo Luciano Monteiro, o processo fará a separação dos principais componentes do fruto. Enquanto a polpa seguirá para Aracaju, o bagaço será direcionado aos produtores de gado de Palmeira dos Índios, uma vez que o bagaço será utilizado como complemento nutricional na ração dos animais. “Todos os frutos sem castanha que antes se transformavam em adubo, agora virão para cá. Atualmente estamos com cerca
de 500 produtores de caju cadastrados, indo desde ao que produz uma caixa ao que produz o suficiente para encher um caminhão. A compra desse caju deverá gerar cerca de R$ 2 milhões em divisas para o comércio local”, frisou o secretário. A Prefeitura também estará disponibilizando pessoal capacitado para auxiliar cada produtor do município. Essas pessoas irão ensinar a forma correta de se retirar a castanha sem danificar o fruto, utilizando apenas
um cordão e certa habilidade. Além de Palmeira dos Índios, outros municípios da região também deverão ser contemplados, a exemplo de Estrela de Alagoas, Minador do Negrão e os pernambucanos Bom Conselho e Garanhuns. Estão engajados no projeto a Prefeitura de Palmeira dos Índios, governo do Estado, Serigy Fruteb, Carpil, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ministério da Integração Nacional, através da Codevasf.
OPORTUNIDADE
Uneal oferece cursos para professores da zona rural Da Editoria de Municípios Em uma ação pioneira no Estado, a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) vai ofertar curso de licenciatura para professores do campo dos 102 municípios alagoanos. As inscrições já estão abertas e devem ser efetuadas até a terça-feira (30),
por meio do site da Plataforma Freire, do Ministério da Educação. O reitor da Uneal, Jairo José Campos da Costa, explica que podem se inscrever somente os docentes que atuam no campo, em escolas das redes estadual e municipal, sem licenciatura. Estas condições devem ter sido informadas no Educacenso
2009, por meio das secretarias de educação municipais e estadual. “Os interessados devem obedecer todos esses critérios”, destaca Jairo Campos. São ofertadas 60 vagas. As aulas são presenciais. Caso seja ultrapassado o número de vagas, a Uneal será responsável pela realização de um processo seletivo simpli-
ficado. Em não sendo preenchidas, os professores vinculados aos movimentos sociais do campo, a exemplo do MST, poderão completar as turmas. O curso faz parte do Programa Pró-Campo que pretende capacitar os profissionais que atuam na educação básica do campo dos municípios alagoanos.
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Grand
Monde Por Aroldo Marques
E-mail: harold_marques@hotmail.com
Lígia Lyra, gerente administrativa da CVC e suas agentes credenciadas Kellyne Sales, Aliny Almeida e Lisandry Silva, brindam sucesso de vendas
1º FESTIVAL DE COMÉDIA NO SESI ARAPIRACA Vamos respirar arte, viver teatro, tomar um banho de cultura... Já cobramos muito por um teatro digno em Arapiraca, aí chegou o teatro do SESI dando um banho de civilidade em Arapiraca, oferecendo um ambiente oficial, confortabilíssimo para encenação teatral. Agora só nos resta prestigiar, ir ao teatro, fazer com que a cultural aconteça criando o hábito de consumir arte... Não podemos reclamar mais e para isto, a Cia Paraibana de Teatro, de João Pessoa-PA, foi convidada para participar do 1º Festival de Teatro - Rir é o Melhor Remédio, numa produção deste colunista com três comédias; As Coroas, peça sucesso de bilheteria por onde passa. "Pastoril Profano Volta as Aulas" arranca risadas dos espectadores durante seus 80 minutos de duração e agora faz uma grande sátira a educação brasileira, e a tão esperada Branca de Calvão e as 7 Nevinhas... Uma sátira em na versão comédia inédita do clássico Branca de Neve. Tudo isto no teatro do SESI de Arapiraca nos dias 7, 8 e 9 de dezembro. Imperdível!
CBC COMEMORA 60 ANOS O Colégio Cenecista Nossa Senhora do Bom Conselho de Arapiraca foi fundado pelo Cônego Teofanes Augusto de Araújo Barros. Uma vasta programação sobre a evolução do CBC nas seis décadas desde sua fundação está sendo comemorada. Aabertura solene ocorreu na tarde de sábado, dia 13 de novembro, e contou com a presença do diretor, professor, José Moacir Teófilo que destacou
a importância da instituição na cultura e na educação de Arapiraca e Alagoas ao longo de 60 anos formando várias gerações. Em seu discurso fez um breve histórico do CBC e destacou o engajamento da sociedade arapiraquense nos avanços conquistados até o presente. Destacou a banda de fanfarra iniciada com apenas sete instrumentos vindo a conquistar anos depois o segundo lugar no País em uma competição no Rio de Janeiro competindo com 14 estados.
Dr. Moacir Teófilo, ladeado por professores e funcinário do Colégio Cenecista Bom Conselho, em festa de aniversário de 60 anos de existência
Professor Moacir Teófilo, participa da valsa do début de 60 anos do seu colégio, o CBC de Arapiraca
CBC ORGULHO DE ARAPIRACA A solenidade de abertura das festividades comemorativas dos 60 anos de existência do CBC contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Arapiraca, vereador Josias Albuquerque (PMDB) que destacou o CBC como um orgulho de Arapiraca e maior patrimônio do seu povo. A solenidade contou ainda com a presença de professores, estudantes e familiares de alunos além do vereador e deputado estadual eleito Severino Pessoa (PPS)
EDUCAR É PRECISO Com a vida voltada para a educação, o professor Moacir Teófilo, pai do secretário estadual de Educação,
Rogério Teófilo, é um eterno batalhador por um dos segmentos mais importantes de nossa sociedade. Professor Moacir, como é mais conhecido e reverenciado por seus alunos do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho (CBC), e sua legião de admiradores, ganhou o respeito do povo alagoano, em especial da comunidade interiorana pelo diálogo permanente que estabeleceu em favor da educação. É um homem integro excelente pai de família e um profissional de respeito. Um exemplo para a nossa sociedade.
EXEMPLO DE VIDA, ESPERANÇA E FÉ! A vida do monsenhor Aldo de Melo Brandão, 84 anos de idade e 56 de sacerdócios completados na ultima terça-feira 23 de novembro é um exemplo de amor a Deus ao próximo e a caridade. Mesmo com essa gloriosa idade o religioso nascido em Penedo segue firme na dedicação de manter os trabalhos sociais que resgatam a dignidade das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O Lar de Nazaré em Penedo atualmente assiste a 24 meninas, e a Casa das Meninas em Arapiraca educa 35 adolescentes. Nossos cumprimentos de admiração. Parabéns!
viços de "chef" da cozinha do Escritório Comedoria, tendo como local do evento a Chácara Oasis no Bálsamo, no dia 08 de dezembro ( feriado nacional) e como atrações o Grupo Art Choro e Amazan. A Feijoada Pestalozzi "Especial é o Tempero" tem como objetivo arrecadar fundos para com a reforma da Clinica Luiz Felipe. Vamos prestigiar esta Sociedade que tanto faz pelos portadores de necessidades especiais e à sua família. Vamos vestir esta camisa!
PÍFANO PLAZA HOTEL Em breves dias o restaurante do Plaza Hotel será reinaugura em nova direção e com uma decoração aconchegante assinada pelo artista plástico e decorador Renan Padilha, o restaurante terá o nome de Pífano´s e será administrado pelo empresário Gutemberg, conhecido pelo codinome de Guto, ele assegura oferecer o melhor à sociedade da metrópole do Agreste.
CVC TURISMO Arapiraca agora conta com a loja CVC de Turismo, que emplaca sucesso de vendas fazendo jus ao seu slogan "onde os sonhos viram conquistas" é o que diz a gerente Ligia
e suas agentes credenciadas. Com inéditas ofertas de viagens a CVC Turismo de Arapiraca está "bombando" pacotes com até 10 X sem juros e sem entrada... Agora está mais fácil viajar e conhecer as maravilhas do novo e velho mundo. Faça uma visita a CVC Turismo em Arapiraca, fica vizinho a maison VIA G.
FORRÓ DO BRASIL O Espace Casa de Show de Arapiraca, vai sedia o "Maior Encontro de forró do Brasil", um evento que acontece nas principais cidade do Brasil e em nossa seara acontecerá no próximo dia 10 de dezembro, com as renomadas bandas: Magníficos, Limão com Mel e Forró Mastruz com Leite. Detalhe; o som do evento será da Banda Magníficos... Uma festa imperdível com assinatura de realização da FM Produções e Terra Produções. Entre no clima, para reviver os melhores hits do forró brasileiro.
FESTA DE SÃO SEBASTIÃO Foi iniciado nessa quinta-feira, 25 o Novenário em louvor a São Sebastião na capela em louvor ao Santo na Praça Marques da Silva no centro de Arapiraca. A festa é organizada todos os anos por Lourdes Lima e no final haverá do Novenário ocorrerá o leilão e a procissão pelas principais ruas do centro de Arapiraca. A capela de São Sebastião é uma das mais antigas de Arapiraca, o único prédio de Arapiraca tombado como patrimônio histórico.
1ª FEIJOADA PESTALOZZI
O Professor Cicero Fernando e a secretária executiva do CBC Lucinha Bezerra junto aos alunos fazem homenagens ao Colégio Cenecista Bom Conselho
Com o slogan "Especial é o Tempero" a Sociedade Pestalozzi e a Terra Produções convidam a sociedade da grande Arapiraca, para ser fazer presente na sua 1ª Feijoada Pestalozzi, que apresentará os ser-
Cia Paraibana de Teatro apresentará très peças teatrais no SESI Arapiraca entre elas "As Coroas" Imperdível!
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Médicos e voluntários do Iofal realizaram exames preventivos e de reavaliação em moradores de São Luiz do Quitunde através de mutirão de combate ao glaucoma que foi promovido em parceria com prefeitura
Prefeitura e Iofal fazem parceria em benefício do povo de São Luiz do Quitunde m mutirão de combate ao glaucoma tomou conta da quadra do colégio municipal Professora Maria do Carmo de Moraes, em São Luiz do Quitunde, na última quarta-feira, dia 24. Durante toda a manhã, médicos e voluntários do Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal) realizaram exames preventivos e de reavaliação na população, que também pôde receber colírios para tratamento – tudo de forma gratuita. Feito em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, o mutirão é realizado, periodicamente, a cada três meses. Segundo o oftalmologista Hugo Nunes, do Iofal, o objetivo é, além de incentivar o diagnóstico precoce da doença, acompanhar o tratamento dos pacientes. “Caso já tenham glaucoma, eles fazem um cadastro que é enviado ao governo federal. A partir daí, as secretarias de saúde recebem os colírios, que serão distribuídos posteriormente”, explicou o médico. O glaucoma é uma neuropatia óptica que compromete a visão de forma progressiva. Dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma apontam que, até 2008, pelo menos 65 milhões de pessoas em todo o mundo já sofreram com a doença, que não tem cura. Por isso, autoridades e órgãos ligados à saúde têm investido em campanhas
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de diagnóstico precoce, que mesmo não podendo eliminar o glaucoma, podem conter os seus efeitos por um determinado período de tempo. “Quando a pessoa identifica logo, e começa a tratar, pode evitar a perda completa da visão. O glaucoma é uma doença antiga. Muitas pessoas morriam cegas, antigamente, sem saber o que tinha provocado isso”, disse Hugo Nunes. Os exames preventivos também ajudaram a identificar casos de catarata entre os pacientes que participaram do mutirão. Segundo Hugo Nunes, ao contrário do glaucoma, a catarata é uma doença que, se não tratada, provoca um tipo de cegueira que pode ser revertida. Mas ainda assim, ele destacou que é fundamental fazer o diagnóstico precoce também nesses casos. “Uma pessoa que tem glaucoma pode até fazer cirurgia, mas só vai conseguir parar de sentir dores. A doença, mesmo, não tem cura. Já a catarata, não. Com um tratamento bem feito é possível revertê-la ou mesmo evitar que cause um prejuízo maior à saúde”, explicou o médico. Presente ao evento, ao lado do prefeito de São Luiz do Quitunde, Antônio da Silva, o secretário de saúde, Zenaldo Porfirio, destacou a importância do mutirão para ofere-
Prefeito Antônio da Silva; secretária adjunta, Rosineide Moraes, e secretário Zenaldo Porfirio estiveram presentes no mutirão
cer atendimento médico de qualidade à população mais carente. “Temos que ajudar a criar uma cultura de prevenção”, completou Porfirio. A iniciativa, que reúne Secretaria e Iofal,
completou um ano de implantação com bons resultados, sem planos para acabar. “O mutirão já faz parte do calendário da prefeitura”, assegurou o pre-
feito Antônio da Silva. Desde o ano passado, os profissionais do Iofal já atenderam mais de 300 pessoas. Em 2011, as atividades devem começar a partir de janeiro.
Programa de Articulação da Educação em São Luiz do Quitunde TEMA - LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
A MESA FORMADA POR: PREF. JÚNIOR, ROSILENE SEC. AÇÃO SOCIAL, LAUDICÉIA SOARES - SEC. EDUCAÇÃO, VERA LUCIA - CHEFE GAB. SEC. EDUCAÇÃO, JADINEIDE Mª - COORD. DO PROJETO E PROF. MARCOS - COORD. GERAL SEC. EDUCAÇÃO
PARTICIPANTES: 30 PROFESSORES DO 1º AO 5º ANO E 30 DO 6º AO 9º ANO
A SECRETARIA FALOU DA IMPORTÂNCIA DO PROJETO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
O PREFEITO ENTREGOU OS KIT’S, A 1ª A RECEBER FOI A PROF. ANDREIA DOS SANTOS FRAGOSO E EM SEGUIDA AS PORTARIAS DE PARTICIPAÇÃO DO CURSO
A COORDENADORA JADINEIDE AGRADECEU A TODOS OS PARTICIPANTES DA QUALIFICAÇÃO
PROF. MARCOS PARABENIZOU A SECRETÁRIA E O PREFEITO PELA VOLTA DOS PROJETOS DE QUALIFICAÇÃO AO MUNICÍPIO
O PREFEITO EXALTOU A DEDICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA DA SECRETARIA, AGRADECEU A PRESENÇA DE TODOS E DESEJOU UM BOM APROVEITAMENTO DO CURSO
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Sobram vagas, faltam trabalhadores Apesar de viver um excelente momento, setor enfrenta dificuldades para contratação imediata de empregados Elisana Tenório Repórter
A construção civil alagoana fecha 2010 de forma positiva, superando, inclusive, as metas verificadas nos últimos
anos. A demanda de trabalho foi e continua sendo tamanha que falta profissional qualificado para trabalhar nas dezenas de canteiros de obra espalhados pelo Estado. As dificuldades para en-
contrar pedreiro, encanador, carpinteiro, pintor, dentre outras funções típicas desse segmento, é tanta que o Sindicato da Construção Civil de Alagoas (Sinduscon/AL) firmou convênio com o Senai
para a realização de cursos profissionalizantes. De fevereiro até agora, foram formadas 3. 400 pessoas. E praticamente todas elas já estão inseridas no mercado de trabalho local.
Mesmo assim, a escassez de profissionais continua. As 120 construtoras que atuam no Estado estão enfrentando dificuldades para preencher as vagas de trabalho. Cada uma delas precisaria con-
tratar uma média de 300 profissionais de forma imediata. Apenas uma delas, por exemplo, lançará nos primeiros meses de 2011 empreendimentos, que totalizam 160 mil unidades. Yvette Moura
Por toda a capital alagoana, a cena se repete: diversos empreendimentos estão sendo erguidos
Incentivo do governo foi decisivo Larissa Fontes/Estagiária
O início do “boom” ocorreu, quando o governo federal anunciou a construção de 1 milhão de casas populares em várias partes do País através do Programa Minha Casa Minha Vida como forma de enfrentar a crise financeira mundial. Para Alagoas, foram disponibilizadas 20 mil unidades. Dessas, 10 mil estão começando a ser erguidas ou já estão na fase de acabamento. Fora isso, o Ministério das Cidades também autorizou, de forma emergencial, a construção de outras 17 mil habitações para serem erguidas nas cidades destruídas pelas enchentes, que atingiram o Estado em junho. Por conta disso, Alagoas “ganhou” 37 mil unidades populares apenas este ano. Outro fator que também contribuiu foram as obras de duplicações de pistas e de infraestrutura de vias e pontes. Diante de tudo isso, aconteceu um cenário inusitado: sobrou serviço e faltou trabalhador. “A população que ganha de 1 a 10 salários mínimos, sobretudo de 1 a 6 salários, passou a ter acesso a este mercado. Portanto, o aquecimento foi enorme”, declarou o presidente do Sin-
Holanda: aquecimento se deve à mudança de foco imposta ao mercado
duscon/Al, Marcos Holanda. De acordo com ele, o acréscimo verificado no percentual da construção civil de janeiro até agora foi de 30%, se comparado com os dados do ano passado. “Vários fatores contribuíram para isso. Um deles foi o Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC), voltado para obras de infraestrutura: estradas, saneamento, energia, barragens, urbanização de favelas, dentre outras. E o outro
foi resultando do Projeto Minha Casa Minha Vida, quando foi autorizada a construção de um milhão de casas populares”, explicou Marcos Holanda. A maioria dessas unidades populares já começou a ser erguida na parte alta de Maceió. Para se ter ideia do montante de novas casas, apenas uma construtora está com a missão se erguer 4 mil unidades no Complexo Benedito Bentes. Continua na página A26
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Domingo, 28 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br Fotos: Nide Lins
Convênio busca formar e qualificar Desde fevereiro, o quadro é o mesmo: turmas lotadas de estudantes ávidos por aprender e, assim, entrar, o mais rápido possível, no mercado de trabalho. O convênio firmado entre Senai, Ademi e Sinduscon tem como meta principal qualificar e/ou reciclar profissionais para o segmento construção civil, cujo maior déficit está sendo registrado este ano. Até agora, foram formadas 216 turmas e matriculados 3.444 alunos. As aulas são ministradas nos três horários, na sede do próprio Senai, localizado na Avenida Comendador Leão, ou nos canteiros de obras, dependendo do curso escolhido. Mas, o melhor de tudo é o resultado que está sendo obtido pelos participantes: a maioria encontrou
emprego e muito rapidamente. “Este convênio está sendo a salvação da pátria e, mesmo assim, ainda não é suficiente”, resume o presidente do Sindiscon/AL, Marcos Holanda. As turmas são compostas por estudantes de todas as faixas etárias. No caso do convênio, os alunos querem se tornar carpinteiros, mestres de obra, instalador hidrossanitário, aplicador de revestimento e cerâmica, dentre outras profissões. Já no caso da parceria com a Ademi, a meta é reciclar o trabalhador. “Trata-se de um programa de capacitação profissional que traz soluções práticas e criativas e que tem consonância com a realidade de nossa região. A meta é atender as necessidades de qualificação, reciclagem e certificação
dos trabalhadores, visando à formação com competências de ponta, tanto de Maceió, como de localidades mais afastadas. E assim padronizar a qualidade do segmento da construção civil”, disse o coordenador administrativo do Senai, Adagenon Júnior. De acordo com ele, o programa firmado com o Sindiscon tem procurado atender a demanda de profissionais da área de construção civil em todo estado. O cronograma inicial para o desenvolvimento das capacitações foi elaborado pelo grupo gestor, com base nas necessidades do sindicato da categoria. No entanto, além de acabar com a carência de mão de obra, o segmento também pretende montar um banco de profissionais para atendimento das novas demandas.
O anúncio de emprego para contratação imediata foi colocado há semanas, mas continua sem resposta
Enchentes redirecionaram cursos Em junho último, o cronograma do curso foi alterado para que a grande demanda que se formou nos municípios atingidos pelo temporal fosse atendida. Por conta disso, foram direcionadas turmas para áreas afetadas. Ao todo, foram matriculados 3.014 alunos, que ficaram distribuídos em 191 turmas, nas 31 cidades atendidas. Foram elas: Anádia, Arapiraca, Barra S. Antônio, Boca da Mata, Branquinha, Cacimbinhas, Campo Alegre, Canapi, Capela, Coité do Nóia, Colônia Leopoldina, Coruripe, Delmiro Gouveia, Jequiá da Praia, Maceió, Maragogi, Marimbondo, Minador do Negrão, Novo Lino, Oliven-
ça, Pão de Açúcar, P. de Camaragibe, Porto Real do Colégio, Quebrangulo, Rio Largo, São José da Laje, São Luiz do Quitunde, São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela, União dos Palmares e Viçosa. Já a produção referente ao convênio entre Senai e a Ademi formou, até agora, 430 alunos matriculados em 25 turmas. Os cursos são de aperfeiçoamento profissional e foram direcionados para os funcionários do setor da Construção Civil. As aulas acontecem nos canteiros de obras espalhados por várias partes do Estado. “Neste caso, a intenção principal é promover a reciclagem profissional”, diz Adagnon Júnior.
Sara Fabiane diz estar preparada até para trabalhar no interior
Na aprendizagem, cada detalhe da obra é repassado para os alunos
A vez da mulher também no setor Mas a grande novidade dos cursos fica por conta do número significativo de mulheres, que começam a fazer parte desse universo. Afinal, é difícil imaginar, a presença de profissionais do sexo feminino no ramo da construção civil, não é mesmo? Essa constatação, no entanto, é coisa do passado. Do total de alunos, 40% são mulheres. E o que é melhor, muitas construtoras já estão as procurando. “Funções como aplicador de revestimento cerâmico e pintor, por exemplo, que exigem acabamento, passaram a ser prioridade das mulheres, e isso é ótimo”, comemora o instrutor Paulo Matias Ferreira. Uma das que tentam entrar no ramo da construção civil é a técnica de radiologia Sara Fabiane Brasileiro, de 30 anos. Ela se matriculou no curso de Revestimento de Cerâmica e Pintura de Obra e se diz muito satisfeita. “É uma área que está crescendo muito e quero entrar neste mercado de trabalho. Estou preparada para correr atrás”, disse, referindose a possibilidade de, a qualquer momento, ser convidada a trabalhar em um canteiro de obra montado no interior do Estado. Os jovens também estão presentes de forma significativa no curso. Assim como os demais, Bruno Luiz Mendonça, 18 anos, ainda cursa o 3° ano do Ensino Médio, mas está interessado em conseguir emprego o mais rápido possível. “Se Deus quiser, este será o meu primeiro emprego. Estou muito entusiasmado e confiante”, declara. As funções relativas ao segmento construção civil requerem 8h horas de trabalho diário. E o salário pago é um pouco maior do que o valor do salário mínimo.
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Imóveis.com Theodomiro Jr.
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FORA DO SPC A Câmara aprovou, na semana passada, a proibição de que os nomes dos consumidores com renda até R$ 2.099 sejam incluídos nos cadastros de devedores, quando houver inadimplência nos serviços de água e energia elétrica. De acordo com o deputado Vinicius Carvalho (PTdoB-RJ), autor do Projeto de Lei 2.986/2008, seria “injusto impor restrições ao crédito daqueles cidadãos que porventura não consigam honrar seus compromissos para com as empresas públicas, ou para com as concessionárias dos serviços públicos, porque, a rigor, esses serviços deveriam lhes estar sendo oferecidos gratuitamente.” A proposta seguiu para o Senado.
BANCO DO BRASIL O Banco do Brasil conseguiu alcançar ainda em novembro a meta de dobrar sua carteira de financiamento imobiliário em 2010 em relação ao resultado do ano anterior, ao atingir a marca de R$ 3 bilhões nesta semana. O banco havia encerrado o primeiro semestre deste ano com saldo de empréstimos no valor de R$ 2,1 bilhões.
META AUDACIOSA Otimista com os resultados, o BB diz que pretende estar entre os três maiores bancos em financiamento da casa própria até o final de 2013. Em nota, o vice-presidente de Novos Negócios de Varejo da instituição, Paulo Rogério Caffarelli, lembra que embora o banco esteja atuando neste mercado há pouco mais de dois anos já ocupa a quinta posição no ranking entre os bancos que atuam com crédito imobiliário.
ÍNDICE DE IMÓVEIS USADOS O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo divulgou esta semana a primeira edição do Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais (IEPI-UR), que reúne a média de preços de imóveis usados e alugueis residenciais.
DICA O cálculo do IEPI-UR é o resultado da média de 4.589 preços de imóveis vendidos e alugados nos meses de agosto e setembro em 37 cidades, incluindo a capital paulista. O índice caiu 2,12% em setembro em relação a agosto. Fica a dica para o Creci-AL.
A festa em alto estilo, que marcaria o lançamento do residencial, transformou-se em momento de agradecimento após o sucesso de vendas
Eldorado bate recorde em Arapiraca: 24 horas Rapidez nas vendas do residencial da Ouro Verde surpreende setor Bastaram seis horas para que a maioria das unidades do Residencial Eldorado, da construtora Ouro Verde, em Arapiraca, fossem comercializadas. As últimas foram adquiridas ainda na quinta-feira, o que configura um recorde no mercado imobiliário só comparado a lançamentos como o da grife paulista Alphaville. Essa é a opinião balizada de profissionais como o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-AL), Vilmar Pinto, e do empresário Emmanuel Soares Nobre, que estiveram nesta sexta-feira, à noite, na capital
do Agreste, para o que seria a festa de lançamento do empreendimento. “Precisei mudar meu discurso, para agradecer aos investidores ao invés de apresentar o produto”, disse, sorrindo, Emmanuel Nobre, diretor da Soares Nobre e responsável pelas vendas do empreendimento. O diretor-presidente da Ouro Verde, Jadielson Pessoa, creditou ao sucesso das vendas a uma característica peculiar da sociedade arapiraquense. “Você só entrega seu dinheiro a quem confia. A credibilidade da Ouro Verde na ci-
dade e municípios alagoanos explica essa agilidade na comercialização do Eldorado”, disse Jadielson. O executivo frisou que as parcerias firmadas com empresas, como a Contrato Engenharia, que procurou na Ouro Verde um parceiro para erguer o Espace Residencial, mostra a credibilidade que a construtora possui também em Maceió. “Em dois meses comercializamos duas torres e já abrimos as demais”, comemora Jadielson. Para Vilmar Pinto, a cidade de Arapiraca beneficía-se do clima propício para investi-
mentos imobiliários verificado em outras capitais, da demanda reprimida e principalmente da credibilidade da empresa responsável pelo empreendimento. “São ingredientes de uma receita que não tem como dar errado”, brincou Vilmar. Além de representantes da sociedade arapiraquense, prestigiaram a festa, realizada no próprio residencial, o deputado estadual Ricardo Nezinho, superintendente do Grupo de Comunicação de O Jornal, Sálvio Maciel, dentre outros. O evento finalizou com um coquetel e a boa música de Nelsinho e Banda.
ESTÁ MAIS CARO Construir e reformar está mais caro. O preço de alguns materiais de construção subiu mais do que a inflação nos últimos 12 meses, ou seja, no período de novembro de 2009 a outubro deste ano.
AREIA LÁ EM CIMA A areia foi o produto que registrou a maior alta, de 37,97% nesse intervalo de tempo, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), referente a cidade de São Paulo. No mesmo período, a inflação medida pelo ICV foi de 5,85%.
EXPLICAÇÃO De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Claudio Conz, o encarecimento da areia é explicado pela questão geográfica. “Cada vez mais esse material precisa ser transportado de locais mais distantes dos grandes centros consumidores, o que faz com que ele fique mais caro. Outros materiais básicos também subiram de preço como o cimento e o tijolo, 7,46% e 13,89% respectivamente.
Corretor Emmanuel Nobre, o deputado Ricardo Nezinho, a família Pessoa, liderada pelo empresário Jadielson, e Vilmar Pinto, do Creci-AL
Clube de lazer foi grande atrativo nas vendas
EM FOCO
Pórtico dá as boas-vindas aos moradores e visitantes do Residencial Eldorado, em Arapiraca
O corretor e empresário Emannuel Soares Nobre, da imobiliária Soares Nobre, comemorou mais um sucesso na noite desta sextafeira, em Arapiraca. É inegável o sucesso de vendas do Residencial Eldorado. Em 24 horas todas as unidades foram vendidas. Parabéns à equipe da Soares Nobre, que descobriu na capital do Agreste um novo nicho no competitivo mercado imobiliário alagoano.
Clube integrado com quadra poliesportiva e piscina foram os grandes atrativos do empreendimento para os investidores
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Confira as promoções na Revista da TV
B1 Yvette Moura
De volta para o
Fundado há 82 anos, o Palácio do
FUTURO
tem muita história para contar.
Elô Baêta Repórter
a janela do coletivo, o passageiro - talvez um visitante na cidade, ou um filho da terra, ou um homem comum - ergue os olhos ao avistar a elegante edificação que lá fora se apresenta. Bem ao centro de Jaraguá, à Rua da Alfândega, entre os no passado conhecidos como trapiches Faustino e Novo, o mar do histórico bairro e um dos seus principais pontos: a Rua Sá e Albuquerque. Olhar surpreso, faz perguntas a si mesmo sobre o pomposo prédio: como se chamaria, quem o teria construído, o que guardaria no seu interior. Seria um templo religioso a aposta certeira? Indaga a si mesmo. E segue o seu trajeto o viajante com o seu diálogo íntimo cheio de dúvidas. Ele e muitos outros que, embora o desconheçam, atraídos os são pelos seus traços arquitetônicos e pela pompa da sua fachada. Há também os que pouco ou nada sabem sobre o seu nome ou sobre a sua história. Há ainda aqueles cuja presença incita o desejo de mais perto dele chegar, de mais a fundo conhecê-lo, de descobrir seus segredos, de explorar suas particularidades, de entender suas peculiaridades, de transitar por suas dependências. E a obra arquitetônica se apresenta... Não como um templo sagrado - como pensava aquele passante -, mas como um palácio com mais de oito décadas de existência, construído em uma época em que o comércio de Maceió era possuidor de pouco mais de 290 lojas e que a capital colhia os louros da reurbanização trazida pela virada do século. Um equipamento cultural visto e definido por muitos como dos mais belos erguidos na cidade, com muita história para contar, desde os museus que abriga e projetos iniciados às iniciativas que estão por vir. E a história começa ... Desde que se iluminaram a sua altiva escadaria, as suas neoclássicas linhas arquitetônicas, os seus sérios e imponentes salões - como os de um templo grego ao estilo Luiz XVI e os seus artísticos assoalhos, “como para uma aparição fantástica de sonho de Sherezade”, para receber as mais respeitáveis personalidades e requintados senhores, senhoras, damas e senhorinhas da sociedade maceioense, em elegantes ternos e toaletes, conduzidos em luxuosos automóveis. Desde que, ao gosto de fidalgas iguarias e ao som de imponentes orquestras a revezar-se, atiçando os bailados, seu interior revestiu-se de extraordinário glamour - ressaltado pela imprensa à época - para o baile, para a noite da homenagem, “efetivamente indescritível”, na sua inauguração, em 16 de junho de 1928, como a sede da principal instituição articuladora da política desenvolvimentista do Estado: o Palácio do Comércio, da Associação Comercial de Maceió.
D
Comércio - sede da centenária Associação Comercial de Maceió Instalado no elegante prédio de estilo neoclássico, no bairro do Jaraguá, e considerado um dos mais belos exemplares arquitetônicos da capital, o espaço abriga os museus do Comércio de Alagoas e de Tecnologia do Século 20, além de inúmeros projetos e iniciativas, dentre eles, a "Máquina do tempo", remontando ao requinte festivo da noite de inauguração do local. A edificação também é guardiã de causos, lendas e mitos ligados ao passado da entidade. Segredos, curiosidades e particularidades, resguardados nas suas instalações e revelados por O JORNAL nas próximas páginas. CONTINUA NAS PÁGINAS B2, B3, B7 E B8
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E a festa continua 82 anos depois Oitenta e dois anos se passaram desde o momento da fundação do palácio. E é exatamente esse passado, solene e festivo, da noite da sua abertura que vem sendo revivido através de uma das mais recentes ações da casa. Como uma viagem, o projeto Máquina do tempo convida o visitante a escolher um dos seus requintados vestidos, acompanhados de elegantes chapéus, joias, leques e outros adereços. Ou quem sabe casaca, com gravata borboleta, cartola e outros acessórios; ou mesmo um figurino infantil, todos semelhantes aos usados à época da inauguração, ajustáveis a qualquer manequim - apenas os modelos infantis têm limite de idade, variando de 10 a 13 anos - e dispostos no hall de entrada do prédio desde o início de outubro. De lá é só dirigir-se até o salão nobre, sentar em uma antiga poltrona, ou em frente à escadaria interna ou a consoles espelhados. Ou, se preferir, ir até a Galeria dos Presidentes, tocar ao piano, ou postar-se ao lado do retrato pintado do imperador D. Pedro II ou do Visconde de Sinimbu e tirar uma fotografia como se participante da festa fosse. Ao final, um álbum com a foto em cor sépia, com direito a uma imagem original da festa e a um artigo descritivo do evento publicado na imprensa local, é a garantia da recordação do momento. O idealizador do projeto, o coordenador de Ação Cultural e Social da Associação Comercial de Maceió, professor Benedito Ramos, define o Máquina do tempo “como uma forma de agregar valor à visita ao palácio não apenas contemplativa, mas com interação com o ambiente e a história do museu. Cobramos o valor simbólico de R$ 5 para o aluguel do traje e, se o visi-
Prédio revive passado solene e festivo da noite da sua abertura
tante desejar levar o álbum com o registro do momento, paga mais R$ 5”, explica. Para isso, debruçou-se o professor em pesquisas sobre a moda no início do século 20, sobre a “Belle Époque brasileira”, onde os figurinos dos abastados respiravam a bruma parisiense e a atmosfera cosmopolita de Londres, escolheu os tecidos, adquiriu os adereços fora do Estado e iniciou o que chama de “uma
brincadeira” sobre o importante momento vivido no local. “Tudo visando a dar mais autenticidade à ideia. Não criamos uma fantasia, mas sim recriamos o ambiente, reportando o visitante àquela época”, completa, informando o caráter permanente do projeto nas dependências do palácio. (E.B.) CONTINUA NAS PÁGINAS B3, B7 E B8.
Visitante pode se sentar em uma antiga poltrona, em frente à escadaria interna e posar para a fotografia
Projeto convida público a escolher um dos seus requintados vestidos, acompanhados de acessórios
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No circuito museográfico “preferido das crianças”, além da evolução da telefonia fixa e móvel, o visitante conhece máquinas tipográficas
Comércio e tecnologia fazem história nos museus Um mergulho na história das descobertas marítimas, na busca das especiarias, no comércio com a Colônia Portuguesa até sua transformação em Reino Unido de Portugal e a franca abertura dos portos é possível e está registrado em algumas das salas que compõem o Museu do Comércio de Alagoas (Mucom). Fundado em agosto do ano passado, o espaço é considerado um dos únicos do gênero no Brasil e particularmente de Alagoas a delinear a presença do Estado na indústria açucareira, do primeiro e último engenho à primogênita das usinas. No acervo, mapas e gravuras de Franz Post, informações destacadas sobre a presença holandesa nas terras alagoanas, a construção da iden-
tidade do Brasil a partir da vinda da família real para o País, a histórica passagem da mão-de-obra dos engenhos para as usinas de açúcar, a cronologia histórica do bairro de Jaraguá, a coleção de leis e decretos do governo de 1875 a 1946, as moedas usadas nas negociatas do passado, além de biblioteca digital, com cerca de 600 livros raros da Biblioteca de Portugal e do Instituto Camões, à disposição para pesquisas gratuitas e um banco com mais de quatro mil imagens de Maceió acessível a estudantes e ao público em geral. Tudo, nas palavras do coordenador cultural da instituição, com o fim de “registrar, preservar e expor informações relativas ao desenvolvimento
do comércio em Alagoas, sua inserção na história do Brasil, bem como o papel da Associação Comercial como uma das instituições mais antigas de Maceió e líder na história econômica do Estado”, destaca. Na sala ao lado, um panorama das invenções tecnológicas do Século 20 faz um retorno no tempo e na evolução de máquinas, computadores e da comunicação em geral, abrigados no Museu de Tecnologia do Século 20 (Mutec). Citado pelo professor Ramos como o preferido das crianças, seu acervo é repleto de curiosidades, como o gigante equipamento onde eram emitidas folhas de pagamento e listagens de correntistas de bancos, o chamado centro de processa-
mento de dados da década de 70. Por lá, também pode-se ter acesso à evolução da telefonia fixa, com a exposição de inúmeros aparelhos e orelhões antigos, bem como ao nascimento da telefonia móvel, e deparar-se com inúmeras caixas registradoras, máquinas fotográficas, com o bom e velho tipógrafo, com o volumoso computador datado dos anos 70 e doado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal)... Tudo, segundo Ramos, espontaneamente doado por pessoas e instituições, registrado no Livro de Tombo e com acesso gratuito de escolas e universidades públicas. No caso das particulares, a visitação custa R$ 2. (E.B.) CONTINUA NAS PÁGINAS B7 E B8.
Salas expõem acervo histórico sobre o comércio no Brasil e em Alagoas
TV ABERTA EDUCATIVA 05h00 05h30 06h00 07h00 08h00 09h00 09h30 10h00 10h30 11h00 11h45 12h00 12h30 13h00
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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Esquadrão Sobre Rodas Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino MuitoMaluquinho Catalendas Dango Balango
TV ALAGOAS 05h00 06h00 07h00 07h30 08h00 10h00 14h00
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Aventura Selvagem (Reprise) Pesca Alternativa Vrum Ganhe Mais Dinheiro Com Jequiti Igreja Mundial Domingo Legal Eliana
Canal 3 13h30 14h00 15h00 16h00 17h00 17h30 18h00 19h00 20h00 21h30 22h00 00h00 01h00 02h00
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TV Piá Stadium A'Uwê Ver TV De Lá Pra Cá Cara e Coroa Papo de Mãe Conexão Roberto D'Ávila EsportVisão Nova África Cine Ibermédia A Grande Música DOC TV América Curta Brasil
Canal 5 18h00 - Roda a Roda Jequiti 18h45 - Programa Silvio Santos 23h00 - De Frente Com Gabi 00h00 - Série - Arquivo Morto // Cold Case 01h00 - Série - Desaparecidos // Without a Trace 02h00 - Série - Estética // Nip/Tuck 03h00 - Encerramento
Canal 7
TV GAZETA 04h45 05h45 05h55 06h25 07h00 07h55 08h30 11h25 12h00
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Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular Aventuras do Didi Os Caras de Pau
12h50 14h38 14h41 15h45 18h00 19h45 22h10 22h40 -
Temperatura Máxima Alvin e os Esquilos Globo Notícia II Domingão do Faustão Futebol 2010 Domingão do Faustão Fantástico SOS Emergência Domingo Maior Déjà Vu
09h30 10h00 11h00 15h00 19h00 22h15 23h00 00h00
Conexão Alagoas da Sorte Tudo é Possível Programa do Gugu Domingo Espetacular A Fazenda Serie Heroes IURD
Canal 11
TV PAJUÇARA 01h15 04h25 04h55 05h45 06h15 07h00 08h00 09h00
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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos IURD - Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kids Ponto de Luz Informativo Cesmac
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TV BANDEIRANTES Canal 38 06h00 09h30 10h00 11h00 11h30 12h00 12h30 13h00 15h30 18h00 20h00
22h00 22h35 23h30 00h00 00h45 02h45
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Info Brasil Caminhoneiro Info Lassie Um Hóspede do Barulho Que Dureza Liga dos Campeões Magazine Band Esporte Clube Campeonato Brasileiro Terceiro Tempo Domingo no Cinema Harley Davidson e Marlboro Man: Caçada Sem Tréguas - Queima de Arquivo - Canal Livre - Mundo Fashion - Show Business - Cine Band - Justiça Para Todos - Vida Vitoriosa
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Espaço B4
FLOR CIGANA NO MEIO DO SERTÃO
UMAS POUCAS PALAVRAS
Uma grande honra (II)
Sávio de Almeida
É uma grande honra fazer companhia aos autores deste livro, mais um lançamento da EDUFAL e que pode ser adquirido pela Internet ou na livraria situada no campus. Novamente fica a necessidade de pensar um lugar para a EDUFAL aqui no centro desta nossa bendita Maceió cheia de aflitos, apesar da padroeira ser a Nossa Senhora dos Prazeres. Bom, somos amigos de anos; já comemos mais de uma barrica de sal juntos: decência e saber é lema das duas e não um dilema. Transcrevi em número anterior, o prefácio que andei
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O que fazem Izabel e Fátima Professoras doutoras e gente fina ou gentes finas des tãos boas amigas ques sãos
Para Sávio
escrevendo, convidado pela Izabel. Nossa, foi uma honra realmente. Espaço volta-se novamente para Fátima e Izabel com o complemento do texto de introdução que escreveram para o livro em apreço. Juntamos material poético produzido por Izabel e um seu pequeno depoimento. É pouco, mas um poema expressa um poeta; um poeta expressa uma pessoa; uma pessoa expressa o mundo e por a gente sai no infinito da geração até que não exista um grupo de maior amplitude, sinal de que o infinito é um lugar que se pode imaginar.
Terra palha, poeira e cinza Sem sombra a vista. Xique-xique aqui e ali, acolá também Vento seco correndo sem rumo pra lá e pra cá E ela bela rosto corado de suor e sol Riso lavado e cara suja No olhar pó e poeira cismando nos cílios Meninas negras um brilho só Feito onda serena coberta na sombra da mão Quem é, o mundo nem sabe Anda anda andarilho povo Lenço na cabeça e saia de chita desbotada de tanto uso O sorriso novo molhado é do céu Paraíso dentro do meu coração sedento. O homem chama, ela olha cismando o tempo Adivinhando chuva, talvez E eu parado na beira da estrada Com o corpo cansado e a mão na testa olhando a moça Um riso suave me tenta Olho o chão de soslaio e vejo vindo no vento A flor branca e bela, única boiando no xique-xique.
Gêneros e outros lugares (II) Izabel Brandão e Fátima Albuquerque Este livro promove uma reflexão sobre o lugar e o não-lugar do corpo em campos disciplinares diversos, que vão da arte às ciências, por isso, a validade dos dados pode ser buscada através de metáforas ou de dados empíricos, o que torna "os dois modos de análise... paralelos" (HOWARTH: 1999, p.77). As várias leituras sobre os lugares sociais e/ou poéticos fazem parte de um pensar o cotidiano dentro de vários contextos, que passaremos a apresentar em seguida. O livro divide-se em duas partes: a "Parte I Dos lugares sociais: deslocamento, exclusão e violência" tem cinco capítulos. O primeiro, "Gênero como lugar de exclusão: reflexões iniciais sobre o caso das travestis em Maceió - AL", de M. de Fátima M. de Albuquerque, problematiza a questão do lugar do corpo, a partir de uma proposição de uma ONG preocupada com a dificuldade adesão ao tratamento do HIV-AIDS de travestis, em virtude da acentuada vulnerabilidade sócio-econômica desse grupo. A autora traz Foucault para a discussão das questões relativas ao corpo e o controle social que "começa no corpo, com o corpo". Busca definir o conceito de normalidade em oposição ao que a sociedade considera como anormal (desviante). O resultado dessa discussão mostra que aquele/a que não se enquadra no lugar da normalidade submetese à "vergonha, [à] solidão e ao exílio da anormalidade". O capítulo trata a questão pela ótica dos direitos humanos conforme uma percepção de gênero aliada ao feminismo. O segundo capítulo, "A 'Dona do corpo' e a 'dor de mulher': dados etnográficos sobre gênero e corpo entre os Kariri-Xocó", de Sílvia Martins, apresenta os resultados de sua pesquisa de doutorado, realizada em 2001 e defendida em 2003, na University of Manitoba, Canadá, sobre as mulheres do grupo indígena KaririXocó, de Porto Real do Colégio - AL. A discussão é de base feminista e a autora usa Foucault e Bordo para apontar o lugar do corpo como "metáfora da cultura". O que acontece entre as mulheres Kariri-Xocó faz parte de um "processo histórico em que elas foram imersas num sistema patriarcal de opressão masculina". Os dados apontam para o alto índice de aborto entre essas mulheres, o que pode demonstrar um processo de resistência desenvolvido por elas como forma de poder que lhes garante uma certa autonomia sobre o próprio corpo e que, simbolicamente, serve para rebater a opressão sofrida, bem como desafiar a naturalização de sua função reprodutiva. O terceiro capítulo, "Mulher, corpo e violência: o lugar histórico da dor", de Maria Aparecida Batista de Oliveira, trata de uma pesquisa de mestrado defendida em 2006, na UFAL, sobre violência doméstica contra mulheres, realizada na cidade de Maceió - Al. Os dados (coletados entre 1990 e 1995) mostram que a violência contra as mulheres não se abateu com o passar dos tempos. Pelo contrário, a autora mostra que existe um laço de afeto tácito entre opressor e oprimida, o que impede as mulheres agredidas, muitas vezes, de denunciarem maridos e companheiros. Existe uma chamada "barreira social do silêncio", que fomenta um lugar onde o medo e a passividade levam ao isolamento das vítimas.
O quarto capítulo é "Domínio, território, lar: o lugar do livre deslocamento", de Lincoln Braga Villas Boas, e trata de uma reflexão da clínica psicanalítica sobre o lugar construído pelo/a adolescente, a partir de deslocamentos que envolvem a linguagem e o imaginário. Lugar, nessa perspectiva, é "constituído pelo espaço onde o sujeito se move e que o mobiliza em seus feitos". Esse lugar é um "território imaginário", "espaço projetado de si que retorna, vai e volta com seu suporte de fantasia e de corpo". Aí, apenas o/a adolescente transita e só se entra com permissão. O quinto capítulo, "A violência nas fronteiras fixas de gênero: pensando rupturas a partir das telenovelas da América Latina e Europa", de Elvira Simões Barretto, trata de uma pesquisa de doutoramento, realizada na Universidade de Barcelona, na área de jornalismo, defendida em 2008. O trabalho traz uma reflexão acerca do lugar da cultura da violência na contemporaneidade, considerando que sua fundação está na ordem patriarcal de gênero, regida por uma lógica intrinsecamente violenta - de poder, de dominação, de honra, de virilidade. A autora trata o meio audiovisual, a televisão, e o seu produto mais consumido, a novela. Ao contrário da expectativa, as telenovelas estudadas são exemplos de performances masculinas, que sugerem a ruptura de normas fixas de gênero. A autora escolheu telenovelas de dois continentes: América do Sul - Brasil e Chile -, e Europa Portugal e Espanha, centrando sua análise nos papéis representados por personagens masculinos e femininos, a partir de uma ótica feminista. A "Parte II - Do lugar das poéticas literárias: exclusão, exílio e corporalidades outras" tem quatro capítulos que tratam de textos literários de autoria feminina brasileira e estrangeira. O primeiro, "Dimensões políticas e afetivas em Maru, da escritora sul-africana Bessie Head", de Izabel Brandão, centra-se no estudo do romance Maru, da escritora sul-africana Bessie Head, relativo à reconfiguração conceitual do lugar do corpo em textos literários contemporâneos. A contextualização do lugar do corpo vem a partir
de rupturas e diálogos com o estabelecido que podem qualificar esse(s) lugar(es) como heterotópico(s) e/ou do afeto. A autora mostra que, no romance em questão, a dimensão política associa-se e se contrapõe ao "lugar do afeto", conceito que se origina nos estudos críticos da literatura a partir da ecocrítica e do ecofeminismo em associação a outros estudos interdisciplinares. O segundo capítulo, "Não-lugares identitários, ou o lugar do corpo em contos da escritora Bessie Head", de Monalisa M. B. Gregório, é oriundo de sua pesquisa como bolsista do PIBIC/UFAL-CNPq, desenvolvida ao longo de seu curso de Graduação em Letras, na UFAL. Os contos da escritora sul-africana integram a coletânea The Collector of Treasures and Other Stories e foram escolhidos por mostrarem que, para além da construção do lugar, as personagens rompem com estruturas sociais tradicionais, questionando valores patriarcais existentes em Botswana, onde a autora viveu. Muitas das histórias têm base real. A análise mostra que, através do estudo dos contos, se pode "ouvi[r] as vozes de várias sul-africanas que viveram no silêncio da inferioridade e da opressão impostas". Bessie Head discute uma série de questões sobre a mulher em temáticas ligadas à criação de uma identidade feminina tradicional que é estigmatizada, mas que revela "a resistência da mulher diante de conceitos, estruturas e poderes de opressão". O terceiro capítulo, "Fragmentação e vivência diaspórica em Exílio", de Jerzuí Tomaz, apresenta uma análise desse romance da escritora gaúcha Lya Luft, objeto de sua tese de doutoramento, defendida em 2007, na UFAL. Para a autora, exílio representa uma "metáfora da travessia humana". A personagem central vive uma condição de exílio na casa vermelha, lugar onde residem pessoas com os mais diversos tipos de problemas físicos e psíquicos. A escrita de Lya Luft é "produzida a partir do lugar do Outro" e encena uma "existência fronteiriça do sujeito contemporâneo", mostrando a condição da mulher contemporânea. O quarto e último capítulo é "Picasso e Sappho: o amor que se escreve no excesso", de Ana Cecília Acioli Lima, e trata de estudo sobre a escritora inglesa Jeanette Winterson, objeto de estudo de sua tese de doutoramento na Universidade Federal de Pernambuco, defendida em 2008. A autora trata de espaços ex-cêntricos onde mulheres mantêm uma relação amorosa e uma vivência do corpo fora da "feminilidade normativa". Corpos abjetos, que estão fora do simbólico, são estudados. Esses corpos subsistem em um espaço "onde os significados entram em colapso". Na narrativa estudada, eles "são profusos, abundantes, hiperbólicos... [São] corpos que se fazem e se escrevem vivos e pulsantes no seio da própria linguagem que os exclui e destitui de significados". São lugares móveis na narrativa. A autora discute sobre o lugar discursivo onde a resistência é um dos motes para "subversão e ressignificação dos modelos corporais normativos". Foucault, Butler e outras/os autoras/es, que discutem a questão do corpo, são trazidos à tona para uma instigante problematização do lugar lésbico. É nosso desejo construir com este livro um lugar de compartilhamento onde o conhecimento se renova a partir dos possíveis diálogos que se estabelecerão com as/os leitoras/es.
DEZ POEMAS PARA SÁVIO I Sávio me pede para comentar sobre o que significa ser poeta. Para ser sincera, já pensei que soubesse há alguns anos passados, quando ainda morava na Inglaterra e, motivada pelo entusiasmo de outros poetas e escritores com meus poemas (publicados pela Edufal em Espiral de fogo, de 1998, e Ilha de olhos e espelhos, de 2003), pensava que ser poeta era poder expressar algo diferente sobre a vida. O fato de morar fora do país talvez mostrasse as cores do Brasil com uma tonalidade mais viva e as imagens que surgiam era tão intensas que me faziam pensar a poesia como a forma mais pura de expressar os sentimentos. Parecia mais fácil definir-me como poeta. Hoje não. O tempo mudou isso, ou talvez eu esteja mais fechada para as letras poéticas que dizem dos meus sentimentos. Há coisas que só podem ser escritas através da poesia. Por ser curta, breve, a expressão poética tem o precioso poder de revelar o cristal do sentimento com a pureza da infância, de uma imagem, de uma verdade que nenhum outro meio é capaz. Sávio também me pede para comentar sobre o que determina ser uma boa ou má poesia. Para mim, o que salta de imediato quando leio um poema "bom" é a sua sonoridade, porque, como diz um amigo poeta inglês, poemas têm voz e por isso devem ser lidos em voz alta, antes de qualquer coisa. Então a sonoridade é fundamental. Junto disso vêm outros fatores, como por exemplo, o uso preciso das palavras e imagens; a integridade dos versos e a responsabilidade sobre as palavras que se entrega ao público. Então, o momento de criação é único: o poema pode vir "pronto" e as palavras desvelarem um universo que não precisa de retoques. Mas esses momentos são raros. Por isso o poema vai sempre precisar de um processo de labuta com a palavra, porque quem escreve não pode entregar qualquer coisa ao seu público. As imagens têm que estar "perfeitas", os versos, mesmo que você decida terminar uma determinada linha numa palavra que não finaliza um pensamento, precisam passar a impressão de que está terminado, a ideia concluída. Então, cada poema que o/a poeta entrega ao/à leitor/leitora tem vida própria, independente. E não precisa de explicações. É como quando o carteiro do filme "O carteiro e poeta" rouba um poema de Neruda e ao ser pego em flagrante, explica ao poeta que "precisou" do poema e o "emprestou" para seduzir a amada. Quando a metáfora que nos seduz no poema do outro se torna nossa, o sentimento do poeta coletiviza-se. Então esse poema "roubado" tem "qualidade" no sentido que você perguntou. Cada poema que um/a leitor/a empresta e usa para "seduzir" alguém, este é o poema "pronto". E quando a palavra seduz o ser, não há alma (ou corpo) que resista. São raros. Quanto à última pergunta de Sávio, sobre por que e quando surge a poesia em mim ou como algo passa a ter significado poético para mim, respondo dizendo que o que me mobiliza não é nada de incomum. O que meu olho vê pode estar na multiplicidade de olhos que vejo numa pena de pavão e daí construo um poema que pode falar do próprio bicho, ou posso transformá-lo numa metáfora de alguma coisa que incomoda, que comove, enfim. Ou posso me sentir mobilizada por uma história alheia, como é o caso do poema "Flor cigana no meio do sertão", que veio da sua história Sávio, quando jovem andando pelo sertão do Rio Grande do Norte. O que você contou sobre a moça suja de poeira foi tão forte que a imagem fixou na minha mente e coração, que enquanto não escrevi minha versão dos fatos, não me aquietei. E escrevo muito quando me apaixono. Não me refiro apenas às paixões amorosas. Hoje o que me apaixona o olho e mobiliza minha veia de poeta é a vida da rua, dos meninos e meninas sem futuro que encontramos pelos sinais de trânsito. Mas a veia apaixonada é uma veia impotente, especialmente nesse caso. Como não posso resolver o desamparo dessas criaturas perdidas, falo por elas pela via da poesia, lembrando o que me disse minha médica homeopata outro dia, que só choramos (rimos?) por nós mesmos. Então, hoje a melhor forma de definir minha poesia é a palavra impotente. E não me chame de pessimista, por favor. Depois que vi um menino vendendo feijão verde no sinal, ali na rodoviária nova, e depois de vender, levantar os olhos para o alto e agradecer a um Deus que ele nem vê, mas acredita, eu tenho que ter esperança, não é? Então a palavra poética, mesmo impotente, que me mobiliza é esperançosa. É sinal de que a vida anda e que ainda vale a pena. Os poemas que você pediu: apenas "A feira sem o poeta" foi publicado no Pois É, no blog do Pedro Cabral. Os outros são inéditos e fazem parte de uma coletânea que estou organizando, provisoriamente chamada de Horas da minha alegria.
AUTOBIOGRAFIA Para minha Bela mãe Para D. Bela tempero pronto é para mulher preguiçosa - eu sou uma delas...
A DONA E O POETA DE MAU-HUMOR
PARA UM OLHAR MENINO DA ÁFRICA
A dona abraça o homem poeta de mau-humor
olhando Fernando Meireles
cara metade de mentira v e r t i c a l mente capto tudo de uma vez só.
Meu fogão é o computador os livros as panelas as canetas são colheres e os pratos os papéis onde escrevo/como poemas críticas extensões do meu pensar as receitas cotidianas que esqueci de anotar.
A FEIRA SEM O POETA Para Gonzaga Leão Hoje não encontrei o poeta no mercadinho. As frutas e verduras, sim, continuam lá, verdinhas e suculentas feito palavras novinhas recém chegadas no papel. Do lado de fora, a mulher do peixe e camarão, sem carapebas pra vender. -O feijão, dona, e o saco de chão, baratinho, pra pagar o aluguel que vence hoje, sem falta! Que pena, menino, tô agora sem trocado... comprei tudo no cartão. Aqui fora é mais barato, mas tô sem um tostão!
RETRATO NATURAL Para Cecília Olho as palavras cecilianas e me comovo no papel ah, este poema miúdo é o meu oferecimento à poeta de espelhos, luzes e estrelas tão lindas, tão brancas, tão nuas... Meu rosto também se perdeu e se hoje sinto o aroma vermelho e branco nas malvas e campos de flores é que o espelho onde pensei estar eu sequer existia, Cecília. E tu, linda poeta, tuas palavras palmo a palmo sorriem risos alegres e tristes por vezes cheios de senões noutras feito zinco onde o sol bate estalando de quente. É para ti, poeta bela, que falo todas as palavras desta página antes branca e vazia. E se tu gostares, quero que tu me ensines verso a verso a ser feliz e leve feito criança de colo. Assim o peso da vida vira pluma ao vento e o cheiro transparente e puro das romãs maduras e vermelhinhas tornarão eternas e suculentas as horas da minha alegria.
Hoje há tantos espelhos sujos que nem o fog londrino desembaçaria nada. Meu olho olha e só.
DE BRAÇOS COM CLARICE Não há nenhum corpo aqui Para ser abraçado. Assim eu abraço as palavras Como quem arruma um novo amor. E esse amor ainda novo Só tem alegrias Alegria de pisar na terra molhada de chuva Logo de manhãzinha Logo eu, que adoro andar descalça Esse bálsamo me renova E eu me clarifico inteira E sem querer clariciar Escrevo palavras Que soam água viva Um livro que adoro.
Flor africana fome de gente gente com fome olhos meninos abertos ao mundo suave inocência da infância na foto o riso fácil na pele negra e os brancos dentes amargando alegres a fome no filme bicho-áfrica áfrica-filhos do riso de fome da fome de riso amortecendo a morte implacavelmente chegando. SINAL DE TRÂNSITO às crianças que andam pelos sinais No trânsito lento a agonia beira as bordas do coração. Menino sem lar (onde sua mãe? onde seu pai? e seus irmãos?), sem credo, vendendo feijão verdes grãos no sinal vermelho e as mãos expostas, olhando o céu em esperançoso agradecimento Nessa cena tensa e triste a fé que esconde a dor mostra tempo e lugar num mundo tão cão, sem chão e esta criança tão sem futuro ainda acredita que pode! Ah meu pai ah minha mãe como dói a dor do mundo (já disse Drummond) em meu peito descrente SINAL DE TRÂNSITO II Chove sobre o filho da rua A fralda molhada que lhe cobre o corpo Esfria a fome do estômago As feras olham o corpo da jovem mãe E querem comê-la viva O bebê é sobremesa na rua escura
LUZES DA CIDADE olho de gato no escuro olhando a presa caminhar pelo muro um corpo alto e seguro meio monstro meio gente boca aberta sorrindo quase lobo afiando a presa mas chove a cântaros e nenhum dedo acena demarcando área apenas um letreiro lascivo indicando o abrigo onde ir, a pergunta se perde no ar o olhar rebelde fixa o foco e os lábios corados de baton brilham entreabertos, feito letreiro de bordel fechada a porta, a luz se apaga e o taxi azul e branco corre pela cidade esfriando o tempo e o corpo mais uma vez
Os semáforos piscam amarelo-e-vermelho-amarelo-e-vermelho-amarelo-e-vermelho Sem parar. Histórias de uma Roma com seus monumentais monumentos E o circo do coliseu a céu aberto cercado da turba-turista De máquina fotográfica em punho, novas feras da tecnologia mundial Enquanto isso o dia some na chuva A moça caminha predestinando a sua falta de sorte Pressentindo o medo na boca do estômago Há leões soltos pela rua E nenhum deles comeu nada o dia inteiro. A praça do poder com suas altas palmeiras ri do sobressalto menino Tudo escuro, não há segurança em alerta Até a mãe com o bebê no colo será roubada Sua história já estava escrita desde sempre: Não há vergonha a venda E qualquer um pode ir às feras O rio que corre é de sangue Os deuses não parecem querer estar por aqui Há cinzas cobrindo o fogo divino dos altares O menino do feijão verde ergue os olhos E agradece a alma da rua que lhe escorregou a moeda na mão. Chama a mãe e o bebê para perto de si O pequeno gladiador veste a roupa da rua Mas tem nas mãos a força do olhar de fé E é nele que a vida deve seguir.
O JORNAL
Espaço B4
FLOR CIGANA NO MEIO DO SERTÃO
UMAS POUCAS PALAVRAS
Uma grande honra (II)
Sávio de Almeida
É uma grande honra fazer companhia aos autores deste livro, mais um lançamento da EDUFAL e que pode ser adquirido pela Internet ou na livraria situada no campus. Novamente fica a necessidade de pensar um lugar para a EDUFAL aqui no centro desta nossa bendita Maceió cheia de aflitos, apesar da padroeira ser a Nossa Senhora dos Prazeres. Bom, somos amigos de anos; já comemos mais de uma barrica de sal juntos: decência e saber é lema das duas e não um dilema. Transcrevi em número anterior, o prefácio que andei
B5
Domingo, 28 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
O que fazem Izabel e Fátima Professoras doutoras e gente fina ou gentes finas des tãos boas amigas ques sãos
Para Sávio
escrevendo, convidado pela Izabel. Nossa, foi uma honra realmente. Espaço volta-se novamente para Fátima e Izabel com o complemento do texto de introdução que escreveram para o livro em apreço. Juntamos material poético produzido por Izabel e um seu pequeno depoimento. É pouco, mas um poema expressa um poeta; um poeta expressa uma pessoa; uma pessoa expressa o mundo e por a gente sai no infinito da geração até que não exista um grupo de maior amplitude, sinal de que o infinito é um lugar que se pode imaginar.
Terra palha, poeira e cinza Sem sombra a vista. Xique-xique aqui e ali, acolá também Vento seco correndo sem rumo pra lá e pra cá E ela bela rosto corado de suor e sol Riso lavado e cara suja No olhar pó e poeira cismando nos cílios Meninas negras um brilho só Feito onda serena coberta na sombra da mão Quem é, o mundo nem sabe Anda anda andarilho povo Lenço na cabeça e saia de chita desbotada de tanto uso O sorriso novo molhado é do céu Paraíso dentro do meu coração sedento. O homem chama, ela olha cismando o tempo Adivinhando chuva, talvez E eu parado na beira da estrada Com o corpo cansado e a mão na testa olhando a moça Um riso suave me tenta Olho o chão de soslaio e vejo vindo no vento A flor branca e bela, única boiando no xique-xique.
Gêneros e outros lugares (II) Izabel Brandão e Fátima Albuquerque Este livro promove uma reflexão sobre o lugar e o não-lugar do corpo em campos disciplinares diversos, que vão da arte às ciências, por isso, a validade dos dados pode ser buscada através de metáforas ou de dados empíricos, o que torna "os dois modos de análise... paralelos" (HOWARTH: 1999, p.77). As várias leituras sobre os lugares sociais e/ou poéticos fazem parte de um pensar o cotidiano dentro de vários contextos, que passaremos a apresentar em seguida. O livro divide-se em duas partes: a "Parte I Dos lugares sociais: deslocamento, exclusão e violência" tem cinco capítulos. O primeiro, "Gênero como lugar de exclusão: reflexões iniciais sobre o caso das travestis em Maceió - AL", de M. de Fátima M. de Albuquerque, problematiza a questão do lugar do corpo, a partir de uma proposição de uma ONG preocupada com a dificuldade adesão ao tratamento do HIV-AIDS de travestis, em virtude da acentuada vulnerabilidade sócio-econômica desse grupo. A autora traz Foucault para a discussão das questões relativas ao corpo e o controle social que "começa no corpo, com o corpo". Busca definir o conceito de normalidade em oposição ao que a sociedade considera como anormal (desviante). O resultado dessa discussão mostra que aquele/a que não se enquadra no lugar da normalidade submetese à "vergonha, [à] solidão e ao exílio da anormalidade". O capítulo trata a questão pela ótica dos direitos humanos conforme uma percepção de gênero aliada ao feminismo. O segundo capítulo, "A 'Dona do corpo' e a 'dor de mulher': dados etnográficos sobre gênero e corpo entre os Kariri-Xocó", de Sílvia Martins, apresenta os resultados de sua pesquisa de doutorado, realizada em 2001 e defendida em 2003, na University of Manitoba, Canadá, sobre as mulheres do grupo indígena KaririXocó, de Porto Real do Colégio - AL. A discussão é de base feminista e a autora usa Foucault e Bordo para apontar o lugar do corpo como "metáfora da cultura". O que acontece entre as mulheres Kariri-Xocó faz parte de um "processo histórico em que elas foram imersas num sistema patriarcal de opressão masculina". Os dados apontam para o alto índice de aborto entre essas mulheres, o que pode demonstrar um processo de resistência desenvolvido por elas como forma de poder que lhes garante uma certa autonomia sobre o próprio corpo e que, simbolicamente, serve para rebater a opressão sofrida, bem como desafiar a naturalização de sua função reprodutiva. O terceiro capítulo, "Mulher, corpo e violência: o lugar histórico da dor", de Maria Aparecida Batista de Oliveira, trata de uma pesquisa de mestrado defendida em 2006, na UFAL, sobre violência doméstica contra mulheres, realizada na cidade de Maceió - Al. Os dados (coletados entre 1990 e 1995) mostram que a violência contra as mulheres não se abateu com o passar dos tempos. Pelo contrário, a autora mostra que existe um laço de afeto tácito entre opressor e oprimida, o que impede as mulheres agredidas, muitas vezes, de denunciarem maridos e companheiros. Existe uma chamada "barreira social do silêncio", que fomenta um lugar onde o medo e a passividade levam ao isolamento das vítimas.
O quarto capítulo é "Domínio, território, lar: o lugar do livre deslocamento", de Lincoln Braga Villas Boas, e trata de uma reflexão da clínica psicanalítica sobre o lugar construído pelo/a adolescente, a partir de deslocamentos que envolvem a linguagem e o imaginário. Lugar, nessa perspectiva, é "constituído pelo espaço onde o sujeito se move e que o mobiliza em seus feitos". Esse lugar é um "território imaginário", "espaço projetado de si que retorna, vai e volta com seu suporte de fantasia e de corpo". Aí, apenas o/a adolescente transita e só se entra com permissão. O quinto capítulo, "A violência nas fronteiras fixas de gênero: pensando rupturas a partir das telenovelas da América Latina e Europa", de Elvira Simões Barretto, trata de uma pesquisa de doutoramento, realizada na Universidade de Barcelona, na área de jornalismo, defendida em 2008. O trabalho traz uma reflexão acerca do lugar da cultura da violência na contemporaneidade, considerando que sua fundação está na ordem patriarcal de gênero, regida por uma lógica intrinsecamente violenta - de poder, de dominação, de honra, de virilidade. A autora trata o meio audiovisual, a televisão, e o seu produto mais consumido, a novela. Ao contrário da expectativa, as telenovelas estudadas são exemplos de performances masculinas, que sugerem a ruptura de normas fixas de gênero. A autora escolheu telenovelas de dois continentes: América do Sul - Brasil e Chile -, e Europa Portugal e Espanha, centrando sua análise nos papéis representados por personagens masculinos e femininos, a partir de uma ótica feminista. A "Parte II - Do lugar das poéticas literárias: exclusão, exílio e corporalidades outras" tem quatro capítulos que tratam de textos literários de autoria feminina brasileira e estrangeira. O primeiro, "Dimensões políticas e afetivas em Maru, da escritora sul-africana Bessie Head", de Izabel Brandão, centra-se no estudo do romance Maru, da escritora sul-africana Bessie Head, relativo à reconfiguração conceitual do lugar do corpo em textos literários contemporâneos. A contextualização do lugar do corpo vem a partir
de rupturas e diálogos com o estabelecido que podem qualificar esse(s) lugar(es) como heterotópico(s) e/ou do afeto. A autora mostra que, no romance em questão, a dimensão política associa-se e se contrapõe ao "lugar do afeto", conceito que se origina nos estudos críticos da literatura a partir da ecocrítica e do ecofeminismo em associação a outros estudos interdisciplinares. O segundo capítulo, "Não-lugares identitários, ou o lugar do corpo em contos da escritora Bessie Head", de Monalisa M. B. Gregório, é oriundo de sua pesquisa como bolsista do PIBIC/UFAL-CNPq, desenvolvida ao longo de seu curso de Graduação em Letras, na UFAL. Os contos da escritora sul-africana integram a coletânea The Collector of Treasures and Other Stories e foram escolhidos por mostrarem que, para além da construção do lugar, as personagens rompem com estruturas sociais tradicionais, questionando valores patriarcais existentes em Botswana, onde a autora viveu. Muitas das histórias têm base real. A análise mostra que, através do estudo dos contos, se pode "ouvi[r] as vozes de várias sul-africanas que viveram no silêncio da inferioridade e da opressão impostas". Bessie Head discute uma série de questões sobre a mulher em temáticas ligadas à criação de uma identidade feminina tradicional que é estigmatizada, mas que revela "a resistência da mulher diante de conceitos, estruturas e poderes de opressão". O terceiro capítulo, "Fragmentação e vivência diaspórica em Exílio", de Jerzuí Tomaz, apresenta uma análise desse romance da escritora gaúcha Lya Luft, objeto de sua tese de doutoramento, defendida em 2007, na UFAL. Para a autora, exílio representa uma "metáfora da travessia humana". A personagem central vive uma condição de exílio na casa vermelha, lugar onde residem pessoas com os mais diversos tipos de problemas físicos e psíquicos. A escrita de Lya Luft é "produzida a partir do lugar do Outro" e encena uma "existência fronteiriça do sujeito contemporâneo", mostrando a condição da mulher contemporânea. O quarto e último capítulo é "Picasso e Sappho: o amor que se escreve no excesso", de Ana Cecília Acioli Lima, e trata de estudo sobre a escritora inglesa Jeanette Winterson, objeto de estudo de sua tese de doutoramento na Universidade Federal de Pernambuco, defendida em 2008. A autora trata de espaços ex-cêntricos onde mulheres mantêm uma relação amorosa e uma vivência do corpo fora da "feminilidade normativa". Corpos abjetos, que estão fora do simbólico, são estudados. Esses corpos subsistem em um espaço "onde os significados entram em colapso". Na narrativa estudada, eles "são profusos, abundantes, hiperbólicos... [São] corpos que se fazem e se escrevem vivos e pulsantes no seio da própria linguagem que os exclui e destitui de significados". São lugares móveis na narrativa. A autora discute sobre o lugar discursivo onde a resistência é um dos motes para "subversão e ressignificação dos modelos corporais normativos". Foucault, Butler e outras/os autoras/es, que discutem a questão do corpo, são trazidos à tona para uma instigante problematização do lugar lésbico. É nosso desejo construir com este livro um lugar de compartilhamento onde o conhecimento se renova a partir dos possíveis diálogos que se estabelecerão com as/os leitoras/es.
DEZ POEMAS PARA SÁVIO I Sávio me pede para comentar sobre o que significa ser poeta. Para ser sincera, já pensei que soubesse há alguns anos passados, quando ainda morava na Inglaterra e, motivada pelo entusiasmo de outros poetas e escritores com meus poemas (publicados pela Edufal em Espiral de fogo, de 1998, e Ilha de olhos e espelhos, de 2003), pensava que ser poeta era poder expressar algo diferente sobre a vida. O fato de morar fora do país talvez mostrasse as cores do Brasil com uma tonalidade mais viva e as imagens que surgiam era tão intensas que me faziam pensar a poesia como a forma mais pura de expressar os sentimentos. Parecia mais fácil definir-me como poeta. Hoje não. O tempo mudou isso, ou talvez eu esteja mais fechada para as letras poéticas que dizem dos meus sentimentos. Há coisas que só podem ser escritas através da poesia. Por ser curta, breve, a expressão poética tem o precioso poder de revelar o cristal do sentimento com a pureza da infância, de uma imagem, de uma verdade que nenhum outro meio é capaz. Sávio também me pede para comentar sobre o que determina ser uma boa ou má poesia. Para mim, o que salta de imediato quando leio um poema "bom" é a sua sonoridade, porque, como diz um amigo poeta inglês, poemas têm voz e por isso devem ser lidos em voz alta, antes de qualquer coisa. Então a sonoridade é fundamental. Junto disso vêm outros fatores, como por exemplo, o uso preciso das palavras e imagens; a integridade dos versos e a responsabilidade sobre as palavras que se entrega ao público. Então, o momento de criação é único: o poema pode vir "pronto" e as palavras desvelarem um universo que não precisa de retoques. Mas esses momentos são raros. Por isso o poema vai sempre precisar de um processo de labuta com a palavra, porque quem escreve não pode entregar qualquer coisa ao seu público. As imagens têm que estar "perfeitas", os versos, mesmo que você decida terminar uma determinada linha numa palavra que não finaliza um pensamento, precisam passar a impressão de que está terminado, a ideia concluída. Então, cada poema que o/a poeta entrega ao/à leitor/leitora tem vida própria, independente. E não precisa de explicações. É como quando o carteiro do filme "O carteiro e poeta" rouba um poema de Neruda e ao ser pego em flagrante, explica ao poeta que "precisou" do poema e o "emprestou" para seduzir a amada. Quando a metáfora que nos seduz no poema do outro se torna nossa, o sentimento do poeta coletiviza-se. Então esse poema "roubado" tem "qualidade" no sentido que você perguntou. Cada poema que um/a leitor/a empresta e usa para "seduzir" alguém, este é o poema "pronto". E quando a palavra seduz o ser, não há alma (ou corpo) que resista. São raros. Quanto à última pergunta de Sávio, sobre por que e quando surge a poesia em mim ou como algo passa a ter significado poético para mim, respondo dizendo que o que me mobiliza não é nada de incomum. O que meu olho vê pode estar na multiplicidade de olhos que vejo numa pena de pavão e daí construo um poema que pode falar do próprio bicho, ou posso transformá-lo numa metáfora de alguma coisa que incomoda, que comove, enfim. Ou posso me sentir mobilizada por uma história alheia, como é o caso do poema "Flor cigana no meio do sertão", que veio da sua história Sávio, quando jovem andando pelo sertão do Rio Grande do Norte. O que você contou sobre a moça suja de poeira foi tão forte que a imagem fixou na minha mente e coração, que enquanto não escrevi minha versão dos fatos, não me aquietei. E escrevo muito quando me apaixono. Não me refiro apenas às paixões amorosas. Hoje o que me apaixona o olho e mobiliza minha veia de poeta é a vida da rua, dos meninos e meninas sem futuro que encontramos pelos sinais de trânsito. Mas a veia apaixonada é uma veia impotente, especialmente nesse caso. Como não posso resolver o desamparo dessas criaturas perdidas, falo por elas pela via da poesia, lembrando o que me disse minha médica homeopata outro dia, que só choramos (rimos?) por nós mesmos. Então, hoje a melhor forma de definir minha poesia é a palavra impotente. E não me chame de pessimista, por favor. Depois que vi um menino vendendo feijão verde no sinal, ali na rodoviária nova, e depois de vender, levantar os olhos para o alto e agradecer a um Deus que ele nem vê, mas acredita, eu tenho que ter esperança, não é? Então a palavra poética, mesmo impotente, que me mobiliza é esperançosa. É sinal de que a vida anda e que ainda vale a pena. Os poemas que você pediu: apenas "A feira sem o poeta" foi publicado no Pois É, no blog do Pedro Cabral. Os outros são inéditos e fazem parte de uma coletânea que estou organizando, provisoriamente chamada de Horas da minha alegria.
AUTOBIOGRAFIA Para minha Bela mãe Para D. Bela tempero pronto é para mulher preguiçosa - eu sou uma delas...
A DONA E O POETA DE MAU-HUMOR
PARA UM OLHAR MENINO DA ÁFRICA
A dona abraça o homem poeta de mau-humor
olhando Fernando Meireles
cara metade de mentira v e r t i c a l mente capto tudo de uma vez só.
Meu fogão é o computador os livros as panelas as canetas são colheres e os pratos os papéis onde escrevo/como poemas críticas extensões do meu pensar as receitas cotidianas que esqueci de anotar.
A FEIRA SEM O POETA Para Gonzaga Leão Hoje não encontrei o poeta no mercadinho. As frutas e verduras, sim, continuam lá, verdinhas e suculentas feito palavras novinhas recém chegadas no papel. Do lado de fora, a mulher do peixe e camarão, sem carapebas pra vender. -O feijão, dona, e o saco de chão, baratinho, pra pagar o aluguel que vence hoje, sem falta! Que pena, menino, tô agora sem trocado... comprei tudo no cartão. Aqui fora é mais barato, mas tô sem um tostão!
RETRATO NATURAL Para Cecília Olho as palavras cecilianas e me comovo no papel ah, este poema miúdo é o meu oferecimento à poeta de espelhos, luzes e estrelas tão lindas, tão brancas, tão nuas... Meu rosto também se perdeu e se hoje sinto o aroma vermelho e branco nas malvas e campos de flores é que o espelho onde pensei estar eu sequer existia, Cecília. E tu, linda poeta, tuas palavras palmo a palmo sorriem risos alegres e tristes por vezes cheios de senões noutras feito zinco onde o sol bate estalando de quente. É para ti, poeta bela, que falo todas as palavras desta página antes branca e vazia. E se tu gostares, quero que tu me ensines verso a verso a ser feliz e leve feito criança de colo. Assim o peso da vida vira pluma ao vento e o cheiro transparente e puro das romãs maduras e vermelhinhas tornarão eternas e suculentas as horas da minha alegria.
Hoje há tantos espelhos sujos que nem o fog londrino desembaçaria nada. Meu olho olha e só.
DE BRAÇOS COM CLARICE Não há nenhum corpo aqui Para ser abraçado. Assim eu abraço as palavras Como quem arruma um novo amor. E esse amor ainda novo Só tem alegrias Alegria de pisar na terra molhada de chuva Logo de manhãzinha Logo eu, que adoro andar descalça Esse bálsamo me renova E eu me clarifico inteira E sem querer clariciar Escrevo palavras Que soam água viva Um livro que adoro.
Flor africana fome de gente gente com fome olhos meninos abertos ao mundo suave inocência da infância na foto o riso fácil na pele negra e os brancos dentes amargando alegres a fome no filme bicho-áfrica áfrica-filhos do riso de fome da fome de riso amortecendo a morte implacavelmente chegando. SINAL DE TRÂNSITO às crianças que andam pelos sinais No trânsito lento a agonia beira as bordas do coração. Menino sem lar (onde sua mãe? onde seu pai? e seus irmãos?), sem credo, vendendo feijão verdes grãos no sinal vermelho e as mãos expostas, olhando o céu em esperançoso agradecimento Nessa cena tensa e triste a fé que esconde a dor mostra tempo e lugar num mundo tão cão, sem chão e esta criança tão sem futuro ainda acredita que pode! Ah meu pai ah minha mãe como dói a dor do mundo (já disse Drummond) em meu peito descrente SINAL DE TRÂNSITO II Chove sobre o filho da rua A fralda molhada que lhe cobre o corpo Esfria a fome do estômago As feras olham o corpo da jovem mãe E querem comê-la viva O bebê é sobremesa na rua escura
LUZES DA CIDADE olho de gato no escuro olhando a presa caminhar pelo muro um corpo alto e seguro meio monstro meio gente boca aberta sorrindo quase lobo afiando a presa mas chove a cântaros e nenhum dedo acena demarcando área apenas um letreiro lascivo indicando o abrigo onde ir, a pergunta se perde no ar o olhar rebelde fixa o foco e os lábios corados de baton brilham entreabertos, feito letreiro de bordel fechada a porta, a luz se apaga e o taxi azul e branco corre pela cidade esfriando o tempo e o corpo mais uma vez
Os semáforos piscam amarelo-e-vermelho-amarelo-e-vermelho-amarelo-e-vermelho Sem parar. Histórias de uma Roma com seus monumentais monumentos E o circo do coliseu a céu aberto cercado da turba-turista De máquina fotográfica em punho, novas feras da tecnologia mundial Enquanto isso o dia some na chuva A moça caminha predestinando a sua falta de sorte Pressentindo o medo na boca do estômago Há leões soltos pela rua E nenhum deles comeu nada o dia inteiro. A praça do poder com suas altas palmeiras ri do sobressalto menino Tudo escuro, não há segurança em alerta Até a mãe com o bebê no colo será roubada Sua história já estava escrita desde sempre: Não há vergonha a venda E qualquer um pode ir às feras O rio que corre é de sangue Os deuses não parecem querer estar por aqui Há cinzas cobrindo o fogo divino dos altares O menino do feijão verde ergue os olhos E agradece a alma da rua que lhe escorregou a moeda na mão. Chama a mãe e o bebê para perto de si O pequeno gladiador veste a roupa da rua Mas tem nas mãos a força do olhar de fé E é nele que a vida deve seguir.
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Amanhã 41 filmes de graça é o que oferece a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que acontece em 20 capitais brasileiras. Em Maceió, a programação começa no próximo dia 29, às 19h, com sessões diárias até 9 de dezembro, no Cine Sesi Pajuçara. Aberto ao público. Programação completa no site www.centroculturalsesi.com.br.
Terça-feira Rubens Colaço: paixão e vida – a trajetória de um líder sindical é o novo livro do historiador alagoano Geraldo de Majella. Registro importante para a história do movimento sindical de Alagoas, a obra será lançada no dia 30 de novembro, às 19h, na pizzaria Armazém Guimarães (Av. Amélia Rosa). O livro foi organizado com o objetivo de resgatar a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Alagoas. Quem tiver acesso à obra, além dos depoimentos do próprio Colaço, vai conhecer quatro contos e uma poesia escrita pelo líder sindical.
Quarta-feira O diretor e professor de teatro da Ufal, Homero Cavalcante, comanda a montagem de O burguês fidalgo, de Molière, dias 1º, 3 e 5 de dezembro, às 20h, no teatro do Centro Cultural Sesi (PajuçaraMaceió). A encenação do humor sarcástico do dramaturgo francês fica por conta do Grupo Teatral do Cesmac. Aberto ao público.
Quinta-feira O novo livro da dupla Douglas Apratto e Cármen Dantas será lançado no dia 2 de dezembro, no Museu Floriano Peixoto (Mupa). “Alagoas de Pierre Verger” traz fotos do fotógrafo francês e informações sobre a sua passagem por aqui.
Sexta-feira O Ballet Eliana Cavalcanti vai apresentar de 3 a 5 de dezembro, o espetáculo O retorno de Rian, no Teatro Gustavo Leite (Jaraguá) com libreto, figurino e direção geral de Eliana Cavalcanti e a participação especial do primeiro bailarino da Companhia Brasileira de Danças Clássicas de São Paulo, Guilherme Oliveira, que fará o papel-título. O espetáculo, inspirado no famoso balé “O Corsário”, está enriquecido com três peças do balé original. As demais coreografias estão sob a responsabilidade dos professores da escola (Antonio Galdino, Eliana Cavalcanti, Ilana Cavalcanti, Joyce Vidal, Manu Ducoulombier e Marília Gonçalves). Os cenários são de Alberto do Carmo, confecção de adereços de Endy Mesquita e confecção de figurinos de Dorinha Felix. Ingressos: R$ 25, a venda na Adois Academia E Super Pizza. Mais Informações: (82) 3241-1308 / 9910-3434.
Sábado
Muito ligadas, as irmãs Ligia e Guida se casam no mesmo dia e, com seus maridos, dividem um apartamento em Copacabana. Este é o ponto de partida de A Serpente (foto), a última peça - e a mais curta, com apenas um ato de duração -, escrita pelo dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). O espetáculo, com direção de Yara de Novaes, faz curta temporada em Maceió, nos dias 4 (21h) a 5 (20h) de dezembro, no Teatro Deodoro (Centro) e traz no elenco Débora Falabella, Débora Gomez, Augusto Madeira, Alexandre Cioletti e Cyda Morenyx. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia para estudantes e idosos acima de 60 anos), à venda na Loja Levi’s no Maceió Shopping. Mais informações: (82) 3325-2373 / 9601-2828. Rose D’ Paula vai apresentar o show Noite tropical no dia 4 de dezembro (sábado), às 21h, no estacionamento da Churrascaria O Costelão (Barra Nova, na AL-101 sul). A noite terá, além dos seus sucessos característicos, a participação do forró pé de serra do grupo Nó Cego. Tudo com uma estrutura de luz e som e uma decoração especial, além de uma deliciosa mesa de frutas, regado a coquetéis tropicais. Mais informações: (82) 8845-0334/9930-0199/9316-0951.
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Maior patrimônio da instituição está sendo transcrito
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Na instituição, outras ações vêm sendo executadas e já chegaram ao seu maior patrimônio: os livros de Ata, datados a partir de 1866 - ano da fundação da Associação Comercial de Maceió. No total de 11, todos estão sendo transcritos paleograficamente por alunos do curso de História da Ufal através do projeto Memória - patrocinado pela Braskem. Não só eles, mas também documentos avulsos, contratos de fiscalização de algodão, registros de sócios, estatísticas. “A publicação de todo esse material que está sendo transcrito - boa parte já consta no site da instituição disponível para pesquisa - e contextualizado revela a história
da associação e a sua relação com a sociedade civil organizada e com o governo”, destaca Benedito Ramos. A visitação semanal de estudantes do ensino médio de escolas públicas localizadas em Jaraguá e no seu entorno, durante todo o ano, com a respectiva participação em palestras sobre várias áreas do conhecimento, surge no Cultura para o bem. Com o apoio da Algás, o projeto já foi aberto, com a palestra Formação urbana de Maceió, ministrada pelo professor e coordenador de Ação Cultural e Social da instituição, Benedito Ramos, na última quinta-feira. Mais iniciativas de regis-
tros documentais também estão previstas para 2011, como a publicação de um livro com 200 páginas com todo o material datado de 1866 a 1914, além de inventário de uma lista de associados que pela instituição passaram desde a sua fundação, com destaque para as suas participações na entidade. O lançamento de O Palácio, jornal com oito páginas, também faz parte dos anseios para o próximo ano. Com previsão de tiragem de dois mil exemplares, a publicação será distribuída em outras instituições culturais e escolas. (E.B.) CONTINUA NA PÁGINA B8.
Marco Antônio
11 livros de Ata estão sendo transcritos paleograficamente por alunos do curso de História da Ufal
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B8
Fotos: Marco Antônio
Toque no Mercúrio para dar sorte Até a construção do prédio é envolvida em mistérios. Conta-se que um pedreiro português, especialmente convidado a participar da construção do edifício, teria morrido afogado na praia do Sobral. Sobre esse fato, o coordenador da instituição conhece poucos detalhes. Mas, segundo ele, tudo será melhor esclarecido nas transcrições das Atas que estão sendo realizadas, que irão revelar boa parte dessa e de outras histórias. Embora garanta ter sido o ocorrido confirmado pelo dr. Ib Gatto. Dizem, ainda, que o pomposo prédio assistiu a mais mortes entre a sua construção e a sua inauguração. “Tem-se notícia que morreram, durante esse período, pelo menos três homens: o então presidente da associação à época, Francisco Polito, que lançou a pedra fundamental do Palácio do Comércio. O pai do ator Paulo Gracindo, Demócrito Gracindo, e Carl Broad, que tanto se empenharam pela construção do prédio, mas que morreram antes da inauguração”, afirma Ramos. Outro relato não necessariamente assustador, mas no mínimo curioso, é o envolvendo a estátua de Mercúrio. Vinda da França ao lado de outras históricas figuras fundidas em antimônio, a estátua que já havia habitado a Praça Sinimbu e o centro da cidade, no local onde funcionava o antigo relógio oficial - foi doada à Associação Comercial em homenagem aos cem anos da entidade. Fincada no hall de entrada do prédio, a Mercúrio também tem a sua história com o local. “Certa vez, em uma visita guiada por um dos meus alunos a turistas, percebi alguns deles passando as mãos nos quadris da estátua. Perguntei do que se tratava, e o meu aluno respondeu: ´Sendo Mercúrio o Deus do Comércio e dos Ladrões, tocar nesse local traz sorte e riqueza´", revelou o professor aos risos. E a prática continua, como uma tradição, em outras e outras apresentações aos visitantes. Enquanto o templo e sua magnitude histórica seguem majestosos, guardando e revelando mil e um segredos. (E.B.)
Benedito Ramos: o cérebro e o coração por trás da instituição
Centenário, prédio tem seus fantasmas e lendas Mas será que só os atuais interessados na sua história adentram pelas largas portas e transitam pelos enormes corredores, salões e andares, em meio às grandiosas colunas, do prédio onde habita o palácio da centenária associação, que surgiu acanhadamente no centro da capital da então província de Maceió, em 1866, na residência do sócio-fundador Feliz Pereira de Souza, para em seguida habitar o sobrado do comerciante Valério José da Graça outro sócio-fundador -, na esquina da Rua do Comércio com a então Rua do Livramento, sendo demolido para o alargamento desse último logradouro em 1914, e anos depois chegar ao imponente monumento fundado por José Joaquim de Oliveira no portuário Jaraguá? Alguns dos seus funcionários contam que figuras fantasmagóricas, ligadas ao passado da entidade, costumam visitar a edificação na calada da noite, aproveitando a escuridão. Uma delas é
a de um padre. Mas o que um sacerdote teria a ver com as reminiscências da obra arquitetônica? De acordo com estudos realizados por Benedito Ramos, trata-se do monsenhor Capitolino de Carvalho, que, como senador da província à época, em substituição ao governador, assinou a lei que determinava a cobrança de 100 réis, a pedido dos comerciantes locais, para a construção do palácio. Assim, está explicado o seu vínculo com a instituição e, consequentemente, suas aparições na Ala dos Passos Perdidos - entre o auditório e o salão nobre do palácio. “Identifiquei a foto do monsenhor sentado à cabeceira da mesa do Salão Nobre no dia da inauguração do Palácio do Comércio. Sempre que se apagam as luzes aqui, costumase dizer: ´Cuidado com o padre!”, revela Ramos, endossado por um dos funcionários, que se apressa em falar: “Fico meio arrepiado quando estou por aqui à noite”, diz. (E.B.)
SERVIÇO: O Palácio do Comércio - sede da Associação Comercial de Maceió (Rua Sá e Albuquerque, 467 - Jaraguá) está aberto à visitação de segunda à sexta, das 9h às 12h e das 13h às 17h; aos sábados, das 9h às 12h. Durante o passeio pelas dependências do museu, os visitantes poderão ainda adquirir bolsas de praia (R$ 7), copinhos de cachaça (R$ 5) e botijas de cachaça - já com a bebida - (R$ 19), todos com a marca estilizada do palácio. Mais informações: (82) 3597-8558/9992-6892 ou no site https://sites.google.com/site/mucomal.
Público costuma tocar na estátua para atrair sorte financeira
Fantasma do padre que se destaca na foto já foi visto andando pelos corredores e salas do palácio
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Domingo, 28 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br
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REF: 048 – JARDINS DE LA REYNA – Casa com 500m² de área construída, 2 pavimentos, vista espetacular da Lagoa. 4 suítes c/ closet, gabinete, bar, piscina, terraço, DCE, churrasqueira. Muito aconchegante. Apenas R$ 550 mil – Faça uma visita hoje mesmo! TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 062 - ALDEBARAN ÔMEGA, SAN NICOLAS E ALAMEDAS DO HORTO - Belíssimas e confortáveis casas em construção e em projeto. Feitas sob medida para Você e sua família. Parece sonho, mais é real! Ligue agora mesmo para maiores informações. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 092 – UM SONHO EM PLENO SONHO VERDE – Casa próximo à praia, com terraço, sala de visita, jantar, 3 quartos sendo 1 suíte, DCE, varandão, garagem, jardim grande. 2 frentes. Condomínio com quadra de esportes, piscina e bar. R$ 230.000,00 (Duzentos e trinta mil reais). TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343
PAJUÇARA VENDO casas em Pajuçara. Valores R$ 190, 170 e 115 mil. Tr.: 8868-4938/ 9113-8185/ 9612-4077/ 9326-1127. Creci 1736
POÇO VENDO casas no Conj. Pajuçara. Valores R$ 220 e 135 mil. Tr.: 88684938/ 9113-8185/ 96124077/ 9326-1127. Creci 1736
TABULEIRO REF: 070 - TABULEIRO DO MARTINS - casa com 3 Quartos, sendo 1 suíte, Jardim, piscina, garagem para 2 veículos, 1 sala para 2 ambientes, DCE, cozinha, área de serviço, banheiro social, quintal, 1 ponto comercial. 2 Vagas de garagem, área de 140m2. Dá pra creditar? Olha só qual é o preço! R$ 157.500,00. É isso mesmo! R$ 157.500,00. É sua! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343. REF: 071 - BOMBA DO GONZAGA - Casa no Tabuleiro do Martins – com 200m² de área construída, sala, 5 quartos sociais, banheiro social, cozinha, DCE, garagem, área de serviço, quintal amplo, canil. Ufa! Valor: R$ 180.000,00. Quer visitar? Então liga! TR. 9351-4440 /88118410 CRECI 343. VENDO na Colina II, casa c/ ponto comercial, casa moderna, material de 1ª qualidade, jardim de inverno. R$ 130 mil. Tr.: 9116-3890/ 30328106. REF: 093 – OPORTUNIDADE! TABULEIRO – Casa de esquina Vizinho ao AEROCLUB – Casa com 3 quartos, sendo 1 suíte, 2 salas grandes, gabinete, WC social, quintal. Apenas R$ 160.000,00 (Cento e sessenta mil reais). Venha hoje mesmo conhecer! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343
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Stella Maris 3 Qts (1ste), Sala C/ Varanda, Coz., Wc, 1 Vaga, Com Armários.Ref.Fha-27. 3 Qts (1 Ste), Sala, Varanda, Coz., Wc Social, Armários, 1 Vaga. Ref.Fha-51. Mangabeiras Quarto, Sala, Varanda, Coz., Wc Social. 50 M². Mobiliado. Ref.Fha-02. Cruz Das Almas 3 Qts ( 1 Ste ), Sala 2 Amb., Varanda, Wc Social C/ Blindex, Com Armários. Ref.Fha-52. Farol 126m! 3 Qts (1 Ste), Wc Social, Sala P/ 2 Amb., Coz., Coz., Dce, C/ Armários, 2 Vagas. Ref.Fha-57. Prado Apt. Reformado Lindo!!! 3 Qts (1ste), Sala, Varanda, Wc Social, Dce. R$ 125.000,00. Ref.Fha-64
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São Jorge 2 Qts, Sala, Coz., Wc. Excelente Ventilação. R$ 650,00 C/ Cond. E Iptu. Ref.Fhal-05.Tel.30336000/2122-6018/6025.
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O JORNAL
Espaço B4
FLOR CIGANA NO MEIO DO SERTÃO
UMAS POUCAS PALAVRAS
Uma grande honra (II)
Sávio de Almeida
É uma grande honra fazer companhia aos autores deste livro, mais um lançamento da EDUFAL e que pode ser adquirido pela Internet ou na livraria situada no campus. Novamente fica a necessidade de pensar um lugar para a EDUFAL aqui no centro desta nossa bendita Maceió cheia de aflitos, apesar da padroeira ser a Nossa Senhora dos Prazeres. Bom, somos amigos de anos; já comemos mais de uma barrica de sal juntos: decência e saber é lema das duas e não um dilema. Transcrevi em número anterior, o prefácio que andei
B5
Domingo, 28 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
O que fazem Izabel e Fátima Professoras doutoras e gente fina ou gentes finas des tãos boas amigas ques sãos
Para Sávio
escrevendo, convidado pela Izabel. Nossa, foi uma honra realmente. Espaço volta-se novamente para Fátima e Izabel com o complemento do texto de introdução que escreveram para o livro em apreço. Juntamos material poético produzido por Izabel e um seu pequeno depoimento. É pouco, mas um poema expressa um poeta; um poeta expressa uma pessoa; uma pessoa expressa o mundo e por a gente sai no infinito da geração até que não exista um grupo de maior amplitude, sinal de que o infinito é um lugar que se pode imaginar.
Terra palha, poeira e cinza Sem sombra a vista. Xique-xique aqui e ali, acolá também Vento seco correndo sem rumo pra lá e pra cá E ela bela rosto corado de suor e sol Riso lavado e cara suja No olhar pó e poeira cismando nos cílios Meninas negras um brilho só Feito onda serena coberta na sombra da mão Quem é, o mundo nem sabe Anda anda andarilho povo Lenço na cabeça e saia de chita desbotada de tanto uso O sorriso novo molhado é do céu Paraíso dentro do meu coração sedento. O homem chama, ela olha cismando o tempo Adivinhando chuva, talvez E eu parado na beira da estrada Com o corpo cansado e a mão na testa olhando a moça Um riso suave me tenta Olho o chão de soslaio e vejo vindo no vento A flor branca e bela, única boiando no xique-xique.
Gêneros e outros lugares (II) Izabel Brandão e Fátima Albuquerque Este livro promove uma reflexão sobre o lugar e o não-lugar do corpo em campos disciplinares diversos, que vão da arte às ciências, por isso, a validade dos dados pode ser buscada através de metáforas ou de dados empíricos, o que torna "os dois modos de análise... paralelos" (HOWARTH: 1999, p.77). As várias leituras sobre os lugares sociais e/ou poéticos fazem parte de um pensar o cotidiano dentro de vários contextos, que passaremos a apresentar em seguida. O livro divide-se em duas partes: a "Parte I Dos lugares sociais: deslocamento, exclusão e violência" tem cinco capítulos. O primeiro, "Gênero como lugar de exclusão: reflexões iniciais sobre o caso das travestis em Maceió - AL", de M. de Fátima M. de Albuquerque, problematiza a questão do lugar do corpo, a partir de uma proposição de uma ONG preocupada com a dificuldade adesão ao tratamento do HIV-AIDS de travestis, em virtude da acentuada vulnerabilidade sócio-econômica desse grupo. A autora traz Foucault para a discussão das questões relativas ao corpo e o controle social que "começa no corpo, com o corpo". Busca definir o conceito de normalidade em oposição ao que a sociedade considera como anormal (desviante). O resultado dessa discussão mostra que aquele/a que não se enquadra no lugar da normalidade submetese à "vergonha, [à] solidão e ao exílio da anormalidade". O capítulo trata a questão pela ótica dos direitos humanos conforme uma percepção de gênero aliada ao feminismo. O segundo capítulo, "A 'Dona do corpo' e a 'dor de mulher': dados etnográficos sobre gênero e corpo entre os Kariri-Xocó", de Sílvia Martins, apresenta os resultados de sua pesquisa de doutorado, realizada em 2001 e defendida em 2003, na University of Manitoba, Canadá, sobre as mulheres do grupo indígena KaririXocó, de Porto Real do Colégio - AL. A discussão é de base feminista e a autora usa Foucault e Bordo para apontar o lugar do corpo como "metáfora da cultura". O que acontece entre as mulheres Kariri-Xocó faz parte de um "processo histórico em que elas foram imersas num sistema patriarcal de opressão masculina". Os dados apontam para o alto índice de aborto entre essas mulheres, o que pode demonstrar um processo de resistência desenvolvido por elas como forma de poder que lhes garante uma certa autonomia sobre o próprio corpo e que, simbolicamente, serve para rebater a opressão sofrida, bem como desafiar a naturalização de sua função reprodutiva. O terceiro capítulo, "Mulher, corpo e violência: o lugar histórico da dor", de Maria Aparecida Batista de Oliveira, trata de uma pesquisa de mestrado defendida em 2006, na UFAL, sobre violência doméstica contra mulheres, realizada na cidade de Maceió - Al. Os dados (coletados entre 1990 e 1995) mostram que a violência contra as mulheres não se abateu com o passar dos tempos. Pelo contrário, a autora mostra que existe um laço de afeto tácito entre opressor e oprimida, o que impede as mulheres agredidas, muitas vezes, de denunciarem maridos e companheiros. Existe uma chamada "barreira social do silêncio", que fomenta um lugar onde o medo e a passividade levam ao isolamento das vítimas.
O quarto capítulo é "Domínio, território, lar: o lugar do livre deslocamento", de Lincoln Braga Villas Boas, e trata de uma reflexão da clínica psicanalítica sobre o lugar construído pelo/a adolescente, a partir de deslocamentos que envolvem a linguagem e o imaginário. Lugar, nessa perspectiva, é "constituído pelo espaço onde o sujeito se move e que o mobiliza em seus feitos". Esse lugar é um "território imaginário", "espaço projetado de si que retorna, vai e volta com seu suporte de fantasia e de corpo". Aí, apenas o/a adolescente transita e só se entra com permissão. O quinto capítulo, "A violência nas fronteiras fixas de gênero: pensando rupturas a partir das telenovelas da América Latina e Europa", de Elvira Simões Barretto, trata de uma pesquisa de doutoramento, realizada na Universidade de Barcelona, na área de jornalismo, defendida em 2008. O trabalho traz uma reflexão acerca do lugar da cultura da violência na contemporaneidade, considerando que sua fundação está na ordem patriarcal de gênero, regida por uma lógica intrinsecamente violenta - de poder, de dominação, de honra, de virilidade. A autora trata o meio audiovisual, a televisão, e o seu produto mais consumido, a novela. Ao contrário da expectativa, as telenovelas estudadas são exemplos de performances masculinas, que sugerem a ruptura de normas fixas de gênero. A autora escolheu telenovelas de dois continentes: América do Sul - Brasil e Chile -, e Europa Portugal e Espanha, centrando sua análise nos papéis representados por personagens masculinos e femininos, a partir de uma ótica feminista. A "Parte II - Do lugar das poéticas literárias: exclusão, exílio e corporalidades outras" tem quatro capítulos que tratam de textos literários de autoria feminina brasileira e estrangeira. O primeiro, "Dimensões políticas e afetivas em Maru, da escritora sul-africana Bessie Head", de Izabel Brandão, centra-se no estudo do romance Maru, da escritora sul-africana Bessie Head, relativo à reconfiguração conceitual do lugar do corpo em textos literários contemporâneos. A contextualização do lugar do corpo vem a partir
de rupturas e diálogos com o estabelecido que podem qualificar esse(s) lugar(es) como heterotópico(s) e/ou do afeto. A autora mostra que, no romance em questão, a dimensão política associa-se e se contrapõe ao "lugar do afeto", conceito que se origina nos estudos críticos da literatura a partir da ecocrítica e do ecofeminismo em associação a outros estudos interdisciplinares. O segundo capítulo, "Não-lugares identitários, ou o lugar do corpo em contos da escritora Bessie Head", de Monalisa M. B. Gregório, é oriundo de sua pesquisa como bolsista do PIBIC/UFAL-CNPq, desenvolvida ao longo de seu curso de Graduação em Letras, na UFAL. Os contos da escritora sul-africana integram a coletânea The Collector of Treasures and Other Stories e foram escolhidos por mostrarem que, para além da construção do lugar, as personagens rompem com estruturas sociais tradicionais, questionando valores patriarcais existentes em Botswana, onde a autora viveu. Muitas das histórias têm base real. A análise mostra que, através do estudo dos contos, se pode "ouvi[r] as vozes de várias sul-africanas que viveram no silêncio da inferioridade e da opressão impostas". Bessie Head discute uma série de questões sobre a mulher em temáticas ligadas à criação de uma identidade feminina tradicional que é estigmatizada, mas que revela "a resistência da mulher diante de conceitos, estruturas e poderes de opressão". O terceiro capítulo, "Fragmentação e vivência diaspórica em Exílio", de Jerzuí Tomaz, apresenta uma análise desse romance da escritora gaúcha Lya Luft, objeto de sua tese de doutoramento, defendida em 2007, na UFAL. Para a autora, exílio representa uma "metáfora da travessia humana". A personagem central vive uma condição de exílio na casa vermelha, lugar onde residem pessoas com os mais diversos tipos de problemas físicos e psíquicos. A escrita de Lya Luft é "produzida a partir do lugar do Outro" e encena uma "existência fronteiriça do sujeito contemporâneo", mostrando a condição da mulher contemporânea. O quarto e último capítulo é "Picasso e Sappho: o amor que se escreve no excesso", de Ana Cecília Acioli Lima, e trata de estudo sobre a escritora inglesa Jeanette Winterson, objeto de estudo de sua tese de doutoramento na Universidade Federal de Pernambuco, defendida em 2008. A autora trata de espaços ex-cêntricos onde mulheres mantêm uma relação amorosa e uma vivência do corpo fora da "feminilidade normativa". Corpos abjetos, que estão fora do simbólico, são estudados. Esses corpos subsistem em um espaço "onde os significados entram em colapso". Na narrativa estudada, eles "são profusos, abundantes, hiperbólicos... [São] corpos que se fazem e se escrevem vivos e pulsantes no seio da própria linguagem que os exclui e destitui de significados". São lugares móveis na narrativa. A autora discute sobre o lugar discursivo onde a resistência é um dos motes para "subversão e ressignificação dos modelos corporais normativos". Foucault, Butler e outras/os autoras/es, que discutem a questão do corpo, são trazidos à tona para uma instigante problematização do lugar lésbico. É nosso desejo construir com este livro um lugar de compartilhamento onde o conhecimento se renova a partir dos possíveis diálogos que se estabelecerão com as/os leitoras/es.
DEZ POEMAS PARA SÁVIO I Sávio me pede para comentar sobre o que significa ser poeta. Para ser sincera, já pensei que soubesse há alguns anos passados, quando ainda morava na Inglaterra e, motivada pelo entusiasmo de outros poetas e escritores com meus poemas (publicados pela Edufal em Espiral de fogo, de 1998, e Ilha de olhos e espelhos, de 2003), pensava que ser poeta era poder expressar algo diferente sobre a vida. O fato de morar fora do país talvez mostrasse as cores do Brasil com uma tonalidade mais viva e as imagens que surgiam era tão intensas que me faziam pensar a poesia como a forma mais pura de expressar os sentimentos. Parecia mais fácil definir-me como poeta. Hoje não. O tempo mudou isso, ou talvez eu esteja mais fechada para as letras poéticas que dizem dos meus sentimentos. Há coisas que só podem ser escritas através da poesia. Por ser curta, breve, a expressão poética tem o precioso poder de revelar o cristal do sentimento com a pureza da infância, de uma imagem, de uma verdade que nenhum outro meio é capaz. Sávio também me pede para comentar sobre o que determina ser uma boa ou má poesia. Para mim, o que salta de imediato quando leio um poema "bom" é a sua sonoridade, porque, como diz um amigo poeta inglês, poemas têm voz e por isso devem ser lidos em voz alta, antes de qualquer coisa. Então a sonoridade é fundamental. Junto disso vêm outros fatores, como por exemplo, o uso preciso das palavras e imagens; a integridade dos versos e a responsabilidade sobre as palavras que se entrega ao público. Então, o momento de criação é único: o poema pode vir "pronto" e as palavras desvelarem um universo que não precisa de retoques. Mas esses momentos são raros. Por isso o poema vai sempre precisar de um processo de labuta com a palavra, porque quem escreve não pode entregar qualquer coisa ao seu público. As imagens têm que estar "perfeitas", os versos, mesmo que você decida terminar uma determinada linha numa palavra que não finaliza um pensamento, precisam passar a impressão de que está terminado, a ideia concluída. Então, cada poema que o/a poeta entrega ao/à leitor/leitora tem vida própria, independente. E não precisa de explicações. É como quando o carteiro do filme "O carteiro e poeta" rouba um poema de Neruda e ao ser pego em flagrante, explica ao poeta que "precisou" do poema e o "emprestou" para seduzir a amada. Quando a metáfora que nos seduz no poema do outro se torna nossa, o sentimento do poeta coletiviza-se. Então esse poema "roubado" tem "qualidade" no sentido que você perguntou. Cada poema que um/a leitor/a empresta e usa para "seduzir" alguém, este é o poema "pronto". E quando a palavra seduz o ser, não há alma (ou corpo) que resista. São raros. Quanto à última pergunta de Sávio, sobre por que e quando surge a poesia em mim ou como algo passa a ter significado poético para mim, respondo dizendo que o que me mobiliza não é nada de incomum. O que meu olho vê pode estar na multiplicidade de olhos que vejo numa pena de pavão e daí construo um poema que pode falar do próprio bicho, ou posso transformá-lo numa metáfora de alguma coisa que incomoda, que comove, enfim. Ou posso me sentir mobilizada por uma história alheia, como é o caso do poema "Flor cigana no meio do sertão", que veio da sua história Sávio, quando jovem andando pelo sertão do Rio Grande do Norte. O que você contou sobre a moça suja de poeira foi tão forte que a imagem fixou na minha mente e coração, que enquanto não escrevi minha versão dos fatos, não me aquietei. E escrevo muito quando me apaixono. Não me refiro apenas às paixões amorosas. Hoje o que me apaixona o olho e mobiliza minha veia de poeta é a vida da rua, dos meninos e meninas sem futuro que encontramos pelos sinais de trânsito. Mas a veia apaixonada é uma veia impotente, especialmente nesse caso. Como não posso resolver o desamparo dessas criaturas perdidas, falo por elas pela via da poesia, lembrando o que me disse minha médica homeopata outro dia, que só choramos (rimos?) por nós mesmos. Então, hoje a melhor forma de definir minha poesia é a palavra impotente. E não me chame de pessimista, por favor. Depois que vi um menino vendendo feijão verde no sinal, ali na rodoviária nova, e depois de vender, levantar os olhos para o alto e agradecer a um Deus que ele nem vê, mas acredita, eu tenho que ter esperança, não é? Então a palavra poética, mesmo impotente, que me mobiliza é esperançosa. É sinal de que a vida anda e que ainda vale a pena. Os poemas que você pediu: apenas "A feira sem o poeta" foi publicado no Pois É, no blog do Pedro Cabral. Os outros são inéditos e fazem parte de uma coletânea que estou organizando, provisoriamente chamada de Horas da minha alegria.
AUTOBIOGRAFIA Para minha Bela mãe Para D. Bela tempero pronto é para mulher preguiçosa - eu sou uma delas...
A DONA E O POETA DE MAU-HUMOR
PARA UM OLHAR MENINO DA ÁFRICA
A dona abraça o homem poeta de mau-humor
olhando Fernando Meireles
cara metade de mentira v e r t i c a l mente capto tudo de uma vez só.
Meu fogão é o computador os livros as panelas as canetas são colheres e os pratos os papéis onde escrevo/como poemas críticas extensões do meu pensar as receitas cotidianas que esqueci de anotar.
A FEIRA SEM O POETA Para Gonzaga Leão Hoje não encontrei o poeta no mercadinho. As frutas e verduras, sim, continuam lá, verdinhas e suculentas feito palavras novinhas recém chegadas no papel. Do lado de fora, a mulher do peixe e camarão, sem carapebas pra vender. -O feijão, dona, e o saco de chão, baratinho, pra pagar o aluguel que vence hoje, sem falta! Que pena, menino, tô agora sem trocado... comprei tudo no cartão. Aqui fora é mais barato, mas tô sem um tostão!
RETRATO NATURAL Para Cecília Olho as palavras cecilianas e me comovo no papel ah, este poema miúdo é o meu oferecimento à poeta de espelhos, luzes e estrelas tão lindas, tão brancas, tão nuas... Meu rosto também se perdeu e se hoje sinto o aroma vermelho e branco nas malvas e campos de flores é que o espelho onde pensei estar eu sequer existia, Cecília. E tu, linda poeta, tuas palavras palmo a palmo sorriem risos alegres e tristes por vezes cheios de senões noutras feito zinco onde o sol bate estalando de quente. É para ti, poeta bela, que falo todas as palavras desta página antes branca e vazia. E se tu gostares, quero que tu me ensines verso a verso a ser feliz e leve feito criança de colo. Assim o peso da vida vira pluma ao vento e o cheiro transparente e puro das romãs maduras e vermelhinhas tornarão eternas e suculentas as horas da minha alegria.
Hoje há tantos espelhos sujos que nem o fog londrino desembaçaria nada. Meu olho olha e só.
DE BRAÇOS COM CLARICE Não há nenhum corpo aqui Para ser abraçado. Assim eu abraço as palavras Como quem arruma um novo amor. E esse amor ainda novo Só tem alegrias Alegria de pisar na terra molhada de chuva Logo de manhãzinha Logo eu, que adoro andar descalça Esse bálsamo me renova E eu me clarifico inteira E sem querer clariciar Escrevo palavras Que soam água viva Um livro que adoro.
Flor africana fome de gente gente com fome olhos meninos abertos ao mundo suave inocência da infância na foto o riso fácil na pele negra e os brancos dentes amargando alegres a fome no filme bicho-áfrica áfrica-filhos do riso de fome da fome de riso amortecendo a morte implacavelmente chegando. SINAL DE TRÂNSITO às crianças que andam pelos sinais No trânsito lento a agonia beira as bordas do coração. Menino sem lar (onde sua mãe? onde seu pai? e seus irmãos?), sem credo, vendendo feijão verdes grãos no sinal vermelho e as mãos expostas, olhando o céu em esperançoso agradecimento Nessa cena tensa e triste a fé que esconde a dor mostra tempo e lugar num mundo tão cão, sem chão e esta criança tão sem futuro ainda acredita que pode! Ah meu pai ah minha mãe como dói a dor do mundo (já disse Drummond) em meu peito descrente SINAL DE TRÂNSITO II Chove sobre o filho da rua A fralda molhada que lhe cobre o corpo Esfria a fome do estômago As feras olham o corpo da jovem mãe E querem comê-la viva O bebê é sobremesa na rua escura
LUZES DA CIDADE olho de gato no escuro olhando a presa caminhar pelo muro um corpo alto e seguro meio monstro meio gente boca aberta sorrindo quase lobo afiando a presa mas chove a cântaros e nenhum dedo acena demarcando área apenas um letreiro lascivo indicando o abrigo onde ir, a pergunta se perde no ar o olhar rebelde fixa o foco e os lábios corados de baton brilham entreabertos, feito letreiro de bordel fechada a porta, a luz se apaga e o taxi azul e branco corre pela cidade esfriando o tempo e o corpo mais uma vez
Os semáforos piscam amarelo-e-vermelho-amarelo-e-vermelho-amarelo-e-vermelho Sem parar. Histórias de uma Roma com seus monumentais monumentos E o circo do coliseu a céu aberto cercado da turba-turista De máquina fotográfica em punho, novas feras da tecnologia mundial Enquanto isso o dia some na chuva A moça caminha predestinando a sua falta de sorte Pressentindo o medo na boca do estômago Há leões soltos pela rua E nenhum deles comeu nada o dia inteiro. A praça do poder com suas altas palmeiras ri do sobressalto menino Tudo escuro, não há segurança em alerta Até a mãe com o bebê no colo será roubada Sua história já estava escrita desde sempre: Não há vergonha a venda E qualquer um pode ir às feras O rio que corre é de sangue Os deuses não parecem querer estar por aqui Há cinzas cobrindo o fogo divino dos altares O menino do feijão verde ergue os olhos E agradece a alma da rua que lhe escorregou a moeda na mão. Chama a mãe e o bebê para perto de si O pequeno gladiador veste a roupa da rua Mas tem nas mãos a força do olhar de fé E é nele que a vida deve seguir.
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Quem manda é o interior Em 2010, principais destaques do futebol alagoano foram ASA e Murici Páginas 4 e 5 Marco Antônio
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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
NORDESTÃO FOI UM FRACASSO O Nordestão termina no dia 1º de dezembro, com a decisão entre Vitória e ABC. A competição deste ano foi um retumbante fracasso. Horários trocados, reservas por atacado, torcidas desinteressadas. A semifinal entre Vitória e CSA no Barradão parecia jogo da Série Z, tanto na quantidade de público no estádio quanto na qualidade do futebol. No início do próximo ano, o Regional terá sua segunda edição após o retorno. As cotas para cada clube devem chegar a R$ 250 mil, mas o futuro da competição e dos recursos que ela traz depende do interesse dos dirigentes e da Liga. Qualquer menino de doze anos organizaria um campeonato de botão mais atraente do que o realizado neste segundo semestre. Houve críticas até dos próprios integrantes do campeonato, que, por falta de informação, quase perderam até a hora de algumas partidas. O Nordestão ainda pode ser uma boa alternativa para que os clubes da Região possam cobrir os prejuízos do Estadual no semestre. Se ele morrer em 2011, restarão poucas esperanças de evolução ao futebol nordestino, principalmente para os clubes fora de Bahia, Pernambuco e Ceará.
CSA
CRB
O presidente do CSA, Jorge VI, convocou uma entrevista coletiva para amanhã, às 15h, no Mutange. Segundo o dirigente, ele vai falar fazer uma avaliação da temporada e projetar 2011. Neste fim de semana, a cúpula do Azulão está promovendo reuniões para traçar planos e preparar o orçamento.
No CRB, a semana vai ser de composições políticas. Cícero Santana encontrou forte resistência dentro do Conselho Deliberativo e, se não conseguir apagar os incêndios dentro do clube, pode perder a presidência para Marcos Barbosa ou até um terceiro nome. Hoje, Santana não é consenso na Pajuçara.
ASA O ASA está fechando um pré-contrato com o meia Ciel para que ele volte no próximo ano. Discordo da diretoria. Neste segundo semestre, o clube teve dificuldades para encontrar um jogador para ligar o meio-campo ao ataque e, por isso, o jogador foi um mal necessário. Em 2011, o Alvinegro pode buscar um atleta menos problemático para ser o destaque da companhia. O passado já mostrou que a aposta em Ciel é um negócio arriscado.
CURTO-CIRCUITO Com o patrocínio do BMG, espero que o CorinthiansAL aumente um pouco suas ambições no futebol profissional. O Timão perdeu terreno nas últimas temporadas e tem estrutura e qualidade para ser mais ousado, por exemplo, no Estadual. O Independiente desbancou a LDU na última quinta-feira. O time argentino venceu por 2 x 1 e vai decidir a Sul-Americana contra o Goiás nos dias 1º e 8 de dezembro.
Equipe de judô é um dos destaques de Alagoas em Goiânia
Jovens e talentosos Delegação alagoana vai disputar os JEBs a partir da próxima quinta-feira Victor Mélo Editor de Esportes
Atletas de destaque em Alagoas vivem a ansiedade da disputa dos Jogos Estudantis Brasileiros (JEBs), que vai ser realizados entre os dias 2 e 12 de dezembro, em Goiânia. Neste ano, o evento foi dividido em duas etapas. Na primeira, disputada em Fortaleza, participaram competidores da categoria infantil. Agora, entram na disputa os atletas juvenis, com idade variando entre 12 e 14 anos. Um dos destaques da delegação alagoana é o judô. “Certamente, nosso Estado será muito bem representado, fazendo valer os ensinamentos judoísticos do seu mestre e fundador, Jigoro Kano: humildade e fraternidade acima de tudo. Estamos na torcida, empenhados e confiantes em nossos samurais”, atesta o técnico da
equipe masculina, Charles Guimarães. Os competidores das modalidades individuais (judô, ciclismo, ginástica rítmica, natação, taekwondo, tênis de mesa e xadrez) vão embarcar na madrugada da próxima quinta-feira para Goiânia. As delegações das modalidades coletivas (basquete, futsal, voleibol e handebol) viajam apenas no dia 7 e voltam a Maceió no dia 13. Dois destaques de Alagoas na competição são os atletas Gabriel Mendes e Laís Lessa, que até participaram de campeonatos e treinamentos internacionais. Gabriel foi bicampeão sul-americano e bicampeão da Copa Internacional de Judô. Já Laís Lessa sagrou-se campeã pan-americana de judô, em Orlando-EUA. “Mesmo que os ‘resultados’ não apareçam nestes JEB’S, já está mais do que comprovado que Alagoas é um celeiro de
grandes e verdadeiros talentos no judô, muitos já foram ou estão sendo descobertos, mas faltam-lhes oportunidades, apoios, patrocínios, locais maiores e mais adequados aos treinamentos, uma participação e dedicação mais enfática, ampla, geral e irrestrita, de nossos professores/treinadores/dirigentes, sob pena de continuarmos perdendo nossos talentos para outros Estados da Federação, como já vem acontecendo há alguns anos. Cabe ressaltar que essa maior participação de nossos ótimos professores, não depende apenas do profissional em si, depende, principalmente, de uma melhor remuneração e de melhores instalações físicas”, declarou Paulo Mendes, pai e preparador físico de Gabriel Mendes. A delegação alagoana conta com o apoio do governo do Estado para participar das competições.
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Corrida do Fogo vai ser disputada hoje
Ronaldinho Gaúcho em ação contra a Argentina, em amistoso quarta-feira, dia 17
Sou Gaúcho, tchê! Mano Menezes garante Ronaldinho em 2011 e ignora Conca Aconvocação de Ronaldinho Gaúcho para o amistoso diante da Argentina, na última semana (quarta-feira, dia 17), continua sendo um dos principais assunto na Seleção Brasileira. Nesta sexta-feira, no Hotel Hyatt, em São Paulo, na divulgação dos finalistas do Prêmio Craque Brasileirão 2010, o técnico Mano Menezes foi abordado
sobre o futuro do meia do Milan (ITA) na Seleção. - Acho que já tiramos algumas dúvidas e estamos evoluindo. Não gosto de fazer análises individuais porque isso traz um desgaste ao atleta e ao técnico. Eu não levaria o Ronaldinho Gaúcho para um jogo só. Não seria muito inteligente pensar dessa maneira, porque criaria
um desgaste para o jogador e também para o técnico - afirmou. Um dos principais destaques do Fluminense no Campeonato Brasileiro deste ano, Conca também foi assunto na coletiva. Após responder perguntas sobre a Copa América, que será realizada na Argentina em 2011, Mano falou sobre a possibilidade de o argentino Conca vestir a camisa
amerlinha. “Temos grandes jogadores no Brasil, jogadores que sempre estiveram entre os melhores do mundo. É com eles que vamos contar e neles que vamos apostar. Respeitamos a qualidade do Conca e o que ele tem feito, mas quem deve olhar para ele é o técnico da Argentina (Sérgio Batista)”, disse.
Brasil tem ajuda da Interpol na segurança da Copa 2014 A TV Globo divulgou, nesta sexta-feira, que a Fifa emitiu um comunicado oficial, obtido com exclusividade pela emissora, informando que as autoridades brasileiras estão trabalhando com diversas agências
de segurança do mundo, incluindo a Interpol, para desenvolver o plano de segurança para a Copa do Mundo 2014. Segundo a nota, Delia Fischer, gerente de mídia da Fifa, informou que uma delegação
formada por autoridades brasileiras já trabalhou com membros do governo sul-africano antes e depois do Mundial deste ano, com o objetivo de conhecer o esquema de segurança implantado na Copa da
África. “A Fifa confia totalmente que as autoridades brasileiras consigam desnvolver um plano eficiente de segurança para a Copa do Mundo de 2014”, informou Delia Fischer.
Normalmente no mês de julho, em comemoração ao Dia Nacional do Bombeiro, o Corpo de Bombeiros realiza com militares e civis a Corrida do Fogo, mas este ano, por conta das enxurradas, a prova excepcionalmente passou a fazer parte das comemorações do aniversário de 63 anos do Corpo de Bombeiros de Alagoas. A X Corrida do Fogo será disputada hoje, com o percurso de 10 km e contará com várias novidades que virão para aumentar a qualidade e a visibilidade do evento, dentre elas, a implantação de um sistema de chip, que facilitará o processo de apuração. O sistema cronometrará o tempo e os resultados, registrará a passagem Prova faz do atleta no tapete da parte das largada e festas dos c h e g a d a 63 anos do com ajuda dos sensoCB de res. Outra Alagoas mudança é em relação ao percurso que este ano terá como ponto de partida e chegada Quartel do Comando Geral. Ainda dentro das novidades o Comando do CBMAL, buscando valorizar o público interno, criou nesta edição a categoria “Corrida por equipe”, que envolverá trios formados por bombeiros que irão competir entre si. As equipes representarão grupamentos da Corporação e correrão com materiais de suas unidades, e uniformes operacionais. A organização do evento avisa que as pessoas que fizeram as inscrições no mês de julho deverão comparecer ao Quartel do Comando Geral, localizado à Av. Siqueira Campos s/n° Trapiche da Barra para pegar os seus kits e reforça que as inscrições continuam abertas a R$ 10,00 e um quilo de alimento não perecível até o dia 26 ou até o preenchimento das vagas.
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Balanço geral ASA e Murici se destacaram na temporada, CSA voltou à elite e CRB colecionou mais fracassos Luciano Milano Repórter
A temporada 2010 para o futebol alagoano se encerrou na noite da última sexta-feira com o jogo do ASA contra o Duque de Caxias, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O Alvinegro era o único ainda em atividade, tendo em vista que o CSA se despediu das competições oficiais perdendo para o Vitória por 2x1, em Salvador, ficando fora da final do Campeonato do Nordeste. Já o CRB está fora de combate desde o fim de setembro, quando ficou pelo caminho
logo na primeira fase da Série C. 2010 foi marcado pela conquista inédita do Murici, o mais novo campeão alagoano da Primeira Divisão. Outro destaque na temporada foi a participação do ASA na Série B. Por ser um dos debutantes na competição, o Alvinegro foi alvo de previsões jornalísticas que o colocavam como um dos quatro rebaixados para a Série C em 2011. Com organização e com a permanência do técnico Vica, o time arapiraquense, antes do fechamento desta edição e da sequência das últimas rodadas ontem, ocupava a 9ª posição
com 51 pontos. negociação, o ASA adquiriu Os frutos da boa campaum terreno de mais nha não pararam apenas de cinco hectares, na posição do clube onde deve começar na tabela de classifia construir o Centro cação. Os bons jogos de Treinamento no ASA se e os noves gols feipróximo ano. manteve na tos com a camisa al“Mesmo com Série B, vinegra, o atacante toda a dificuldade Júnior Viçosa foi neque um clube do innegociou gociado com o terior de Alagoas Júnior Viçosa Grêmio. Na época como o ASA tem de e comprou antecipado com exjogar uma Série B, clusividade por O mostramos que é terreno para JORNAL, o valor da possível traçar um CT negociação foi de R$ planejamento, ser 1.5 milhão, o maior organizado e conda história do futetrariar os prognósticos bol alagoano. Com que nós já estaríamos rebaixaparte do dinheiro da dos. Não foi fácil, mas conMarco Antônio
Na luta contra o ASA no Estadual, o Murici surpreendeu e sagrou-se campeão alagoano pela primeira vez
seguimos nos manter. Agora é pensar no projeto que temos para 2011, que é continuar fazendo o ASA cada dia mais forte”, declarou o presidente executivo José Oliveira, o Zé da Danço, que afirmou estar bem encaminhada a renovação de contrato com o técnico Vica. “Numa escala de 0 a 10, posso dizer que é 8 a chance de o Vica continuar conosco no ano que vem. Ele conhece nosso projeto e quer participar mais uma vez”, declarou o presidente. Até o fechamento desta edição, o contrato ainda não havia sido fechado. Lula Castelo Branco
Organização do ASA faz o clube adquirir terreno para construção de CT
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Na final contra o Sport Atalaia, CSA leva a melhor e volta à Primeira Divisão em 2011
CSA alcança objetivo: retorno à elite Quando 2010 começou, o CSA e sua torcida vislumbravam um cenário sombrio: rebaixado para a Segunda Divisão do futebol alagoano, o Azulão só entraria em campo no segundo semestre. Entretanto, a desistência do Murici do Campeonato Brasi-leiro da Série D e a reedição do Campeonato do Nordeste fizeram com que a temporada do clube do Mutange fosse repleta de jogos. E o CSA fez um papel bonito tanto na Quarta Divisão quanto no Nordestão. No Brasileiro, o time azulino liderou seu grupo e se classificou à próxima fase com três rodadas de antecedência. Entretanto, foi desclassificado na fase de mata-mata, perdendo vaga para o Sampaio Correia. No Nordestão, o CSA
chegou à semifinal, mas perdeu a vaga para o Vitória por 2x1, em jogo disputado na última quarta-feira em Salvador. Porém, o objetivo do clube, destacado pela diretoria, foi alcançado: retornar à Primeira Divisão do futebol alagoano, conquistando, também, o título de campeão estadual. Para a temporada 2010, o CSA contou com a boa base do Murici, campeão estadual. Defenderam o Azulão jogadores como Sinval, Nado, Paulinho, Serginho, Everlan e os atacantes Alexsandro e Peixinho, sendo que estes últimos deixaram o Mutange antes do fim da temporada. “Agora é hora de agradecer a Deus e a todos que se engajaram no projeto do CSA, que era retornar à Primeira Divisão no ano
que vem. Fomos bem no Nordestão e Série D, infelizmente não fomos campeões. Mas fizemos um bom papel. A diretoria vai sentar para traçar o planejamento para 2011. Estamos aguardando quais serão as determinações”, declarou o técnico Lino, que ainda não sabe se irá permanecer no comando técnico do time em 2011. Segundo a assessoria de imprensa azulina, o presidente executivo do CSA Jorge VI, dará uma coletiva amanhã, às 15h, no Mutange. Na oportunidade, VI e sua diretoria apresentação um balancete e resumo de tudo que foi feito no clube em 2010, assim como irá anunciar o planejamento para o ano que vem, como saída e chegada de jogadores, além da comissão técnica. (L.M.)
CRB atravessa mais uma grave crise Dos três maiores clubes alagoanos, o CRB vive em pior situação. Em 2010, o Galo da Pajuçara completou 8 anos sem conquistar um título de campeão estadual (o último foi em 2002). Além disso, o time alvirrubro, pelo segundo ano consecutivo, lutou para não ser rebaixado para a Série D do futebol brasileiro. Após a queda na Série B em 2008, as crises tanto financeiras quanto administrativas ganharam mais força no clube. Na gestão do atual presidente José Serafim, o CRB deu uma melhorada na estrutura do estádio Severiano Gomes Filho, mas, ao mesmo tempo, se vê ameaçado de perder o Beer CRB (por ação na justiça), assim como o próprio Severiano Gomes Filho, que vai a leilão na semana que vem por conta de ações trabalhistas. Desde que foi rebaixado em 2008 na Série B, o clube persegue o objetivo de retornar à Segunda Divisão do futebol brasileiro. Em volta a problemas financeiros e administrativos, o clube não consegue se organizar (e se unir) para voltar a vencer dentro de campo. Atualmente, o clube vive a crise em torno do novo presidente executivo. Isto porque José
Serafim não teria mais interesse em permanecer no cargo. O nome de Cícero Santana foi lançado e, oficialmente, é o único que iria concorrer ao cargo em eleição que ainda não tem data definida. Porém, uma declaração dada pelo próprio Santana a O JORNAL, aprovando uma possível venda da Pajuçara para pagar a dívida do clube (que pode chegar a mais de R$ 4 milhões) soou muito mal entre os conselheiros e acabou resultado na formação de uma suposta chapa, encabeçada pelo presidente do Conselho Deliberativo em exercício Marcos Barbosa, que nega a candidatura. De acordo com o próprio Cícero Santana, ele só permanece candidato ao cargo se sua chapa for a única. “Não disputo com ninguém o cargo de presidente executivo do CRB. Acredito que o momento é para união, não o contrário”, disse Santana, que também enfrenta descontentamento de parte do Conselho por não ser conselheiro do clube. O pretenso candidato afirmou que já tem todo o planejamento traçado, inclusive com nomes de técnico e alguns jogadores engatilhados para 2011. (L.M.) Marco Antônio
Pelo segundo ano consecutivo, Galo luta para não cair na Série C
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Guia do torcedor
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PALMEIRAS x FLUMINENSE Domingo, Arena Barueri, 17h PALMEIRAS - Problemas - Fabrício (terceiro cartão), Patrik (terceiro cartão), Gualberto (expulso), Valdivia (machucado), Lincoln (machucado), Deola (não joga para privilegiar Bruno) - Time provável (4-2-3-1) - Bruno, Vítor, Maurício Ramos, Leandro Amaro e Gabriel Silva; Pierre e Rivaldo; Ewerthon, Tinga e Luan; Dinei. Técnico: Luiz Felipe. FLUMINENSE - Problemas - Diogo (machucado) - Time provável (4-2-2-2) - Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Valencia, Diguinho, Deco e Conca; Émerson e Fred. Técnico: Muricy Ramalho. CORINTHIANS x VASCO Domingo, Pacaembu, 17h CORINTHIANS - Problemas - Ronaldo (machucado), Elias (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Júlio César, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Danilo e Bruno César; Dentinho e Jorge Henrique. Técnico: Tite. VASCO - Problemas - Nílton (machucado), Jumar (machucado, dúvida), Felipe (machucado, dúvida), Felipe Bastos (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Fernando Prass, Fagner, Dedé, Douglas e Ramon; Rômulo, Renato Augusto, Alan e Zé Roberto; Éder Luís e Carlos Alberto. Técnico: Paulo César Gusmão. FLAMENGO x CRUZEIRO Domingo, Raulino de Oliveira, 17h FLAMENGO - Problemas - Deivid (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Marcelo Lomba, Leonardo Moura, Wellinton, Ronaldo Angelim e Juan; Maldonado, Williams, Renato e Kléberson; Marquinhos e Diogo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo. CRUZEIRO - Problemas - Gilberto (suspenso), Fabrício (machucado) - Time provável (4-2-2-2) - Fábio, Jonathan, Léo, Gil e Diego Renan; Henrique, Marquinhos Paraná, Roger e Montillo; Thiago Ribeiro e Wellington Paulista. Técnico: Cuca. BOTAFOGO x PRUDENTE Domingo, Engenhão, 17h BOTAFOGO - Problemas - Jóbson (machucado, dúvida), Leandro Guerreiro (machucado, dúvida), Somália (machucado, dúvida), Maicosuel (machucado), Marcelo Mattos - Time provável (3-4-1-2) - Jéferson, Antônio Carlos, Fahel e Márcio Rozário; Alessandro, Lucas Zen, Lúcio Flávio e Marcelo Cordeiro; Edno; Loco Abreu e Caio. Técnico: Joel Santana. PRUDENTE - Problemas - Wanderley (machucado), Gilmar (machucado), Arthur Henrique (machucado), Araújo (machucado), Wesley (machucado, dúvida), Adriano Pimenta (machucado, dúvida) - Time provável (4-3-1-2) - Sidnei, Bruno Ribeiro, Ânderson Luís, Leonardo e Diego; Rodrigo Mancha, Roberto, João Vítor e Renan; William e Rhayner. Técnico: Fábio Giuntini. CURIOSIDADE - Ano passado, vitória do Botafogo por 2 x 1, com dois gols de André Lima, hoje rival na luta para ir à Libertadores. PALPITE - Botafogo. ARBITRAGEM - André Luís de Freitas Castro (GO); Cristhian Passos Sorence, Fabrício Vilarinho da Silva. GUARANI x GRÊMIO Domingo, Brinco de Ouro, 17h GUARANI - Problemas - Geovane (terceiro cartão), Fabão (machucado), Douglas (machucado), Renan (machucado), Ricardo Xavier (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Émerson, Apodi, Aílson, Aislan e Márcio Careca; Maycon e Preto; Baiano, Barboza e Mazola; Reinaldo. Técnico: Vágner Mancini. GRÊMIO - Problemas - Vilson (machucado), Jonas (julgamento no STJD) - Time provável (4-3 Victor, Gabriel, Paulão, Rafael Marques e Fábio Santos; Fábio Rochemback, Adílson, Lúcio e Douglas; Jonas e André Lima. Técnico: Renato Gaúcho. CURIOSIDADE - Em 1993, Grêmio e Guarani disputaram cabeça a cabeça uma vaga na fase semifinal. O Guarani eliminou o Grêmio, naquela época. PALPITE - Grêmio. ARBITRAGEM - Nielson Nogueira Dias (PE); Jossemmar José Diniz Moutinho, José Pedro Wanderlei da Silva. ATLÉTICO MINEIRO x GOIÁS Domingo, Arena do Jacaré, 17h ATLÉTICO MINEIRO - Problemas - Renan Ribeiro (machucado, dúvida), Réver (machucado, dúvida) - Time provável (4-2-22) - Renan Ribeiro, Rafael Cruz, Werley, Réver e Leandro; Zé Luís, Serginho, Diego Souza e Renan Oliveira; Obina e Diego Tardelli. Técnico: Dorival Júnior. GOIÁS - Problemas - Nenhum, mas vai poupar a maior parte do time - Time provável (3-4-1-2) - Fábio, Rafael Tolói, Valmir Lucas e Jonílson; Wendell Santos, Rithelly, Amaral e Wellington Saci; Bernardo; Otacílio Neto e Jones. Técnico: Artur Neto. CURIOSIDADE - Se o Atlético vencer e o Flamengo não ganhar do Cruzeiro, o Atlético passará seu ex-técnico Vanderlei Luxemburgo na tabela. PALPITE - Atlético. ARBITRAGEM - Guilherme Cereta de Lima (SP); Marcelo Carvalho Van Gasse, Márcio Luiz Augusto. INTERNACIONAL x VITÓRIA Domingo, Beira Rio, 17h INTERNACIONAL - Problemas - Nenhum - Time provável (4-2-3-1) - Renan, Nei, Bolívar, Índio e Kléber; Guiñazú e Wilson Mathias; Giuliano, Tinga e D’Alessandro; Alecsandro. Técnico: Celso Roth. VITÓRIA - Problemas - Ramon (machucado), Wallace (machucado) - Time provável (4-2-2-2) - Viáfara, Nino, Gabriel, Ânderson Martins e Egídio; Neto Coruja, Uellinton, Bida e Elkesson; Adaílton e Jackson. Técnico: Antônio Lopes . CURIOSIDADE - Antônio Lopes era o técnico do Inter na campanha do título da Copa do Brasil de 1992. PALPITE - Internacional. ARBITRAGEM - Sálvio Spínola (SP); Roberto Braatz, João Antônio Sousa Paulo Neto. ATLÉTICO-GO x SÃO PAULO Domingo, Arena do Jacaré, 17h ATLÉTICO GOIANIENSE - Problemas - Thiago Feltri (expulso), Juninho (terceiro cartão), Josiel (machucado) - Time provável (4-2-3-1-) - Márcio, Adriano, Jairo, Gílson e Chiquinho; Agenor e Pituca; Róbston, Elias e Renatinho; Marcão. Técnico: Renê Simões. SÃO PAULO - Problemas - Xandão (expulso), Richarlyson (expulso), Miranda (machucado), Fernandão (machucado), Fernandinho (machucado), Dagoberto (machucado), Ricardo Oliveira (machucado), Rodrigo Souto (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Rogério, Jean, Renato Silva, Bruno Uvini e Diogo; Casemiro e Cléber Santana; Lucas, Marlos e Carlinhos Paraíba; Lucas Gaúcho. Técnico: Paulo César Carpegiani. CEARÁ x ATLÉTICO PARANAENSE Domingo, Castelão, 17h CEARÁ - Problemas - João Marcos (expulso), Heleno (suspenso pelo STJD), Ânderson (machucado), Misael (machucado), Michel (julgamento no STJD) - Time provável (3-4-1-2) - Michel Alves, Erivélton, Fabrício e Diego Sacoman; Boiadeiro, Careca, Gil Cearense e Reina; Geraldo; Magno Alves e Marcelo Nicácio. Técnico: Dimas Filgueiras. ATLÉTICO PARANAENSE - Problemas - Paulo Baier (terceiro cartão), Rhodolfo (terceiro cartão), Chico (terceiro cartão), Nieto (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Neto, Wágner Diniz, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Vítor e Deivid; Guerrón, Branquinho e Maykon Leite; Bruno Mineiro. Técnico: Sérgio Soares. AVAÍ x SANTOS Domingo, Ressacada, 17h AVAÍ - Problemas - Zé Carlos (machucado), Diogo Orlando (terceiro cartão), Jéferson (terceiro cartão) - Time provável (4-3-1-2) Renan, Patrick, Émerson, Émerson Nunes e Eltinho; Rudinei, Bruno, Batista e Davi; Vandinho e Robinho. Técnico: Vágner Benazzi. SANTOS - Problemas - Marquinhos (poupado), Edu Dracena (poupado), Alan Patrick (machucado) - Time provável (4-3-12) - Rafael, Pará, Bruno Aguiar, Durval e Léo; Arouca, Adriano, Rodrigo Possebom e Felipe Ânderson; Neymar e Zé Eduardo. Técnico: Marcelo Martelotte.
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Pode acabar hoje Fluminense conquista o Brasileirão se vencer e adversários diretos tropeçarem Victor Mélo Editor de Esportes
campeão brasileiro pode ser conhecido hoje. Para isso, o Fluminense precisa derrotar o Palmeiras e torcer para o Corinthians perder do Vasco e o Cruzeiro empatar com o Flamengo. Os três jogos começam às 16h (de Alagoas). O Tricolor vai duelar com o maior rival do Timão, mas não acredita que o adversário vai facilitar sua tarefa. “O Fluminense está na liderança do Brasileiro faltando duas roda-
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das para o fim da competição por méritos próprios. Temos jogos duríssimos pela frente e fico até irritado quando falam nesse negócio de entrega. Não existe isso. Temos que trabalhar demais para conquistar esta taça”, declarou o centroavante Washington, que deve perder a posição no time titular para Emerson. Recuperado de uma séria lesão no tornozelo, o Sheik treinou bem nos últimos coletivos e tem boas chances de atuar no ataque ao lado de Fred. Com a confirmação de Deco e
Conca no meio-campo, o técnico Muricy Ramalho poderá ter, pela primeira vez no campeonato, o chamado quarteto mágico tricolor. O Palmeiras sofreu na última quarta-feira o pior revés do ano. O time foi derrotado em casa pelo Goiás por 2 x 1 e foi eliminado da Copa SulAmericana. O técnico Luiz Felipe Scolari evitou falar sobre a partida desta tarde, mas deve escalar uma equipe mista, já que muitos jogadores pediram para que o clube antecipasse as férias.
Com 65 pontos, o Flu reassumiu a liderança do Brasileirão no último domingo, quando goleou o São Paulo por 4 x 1 e viu o Corinthians empatar por 1 x 1 com o Vitória, em Salvador. Com 50 pontos, o Palmeiras é o décimo colocado e não aspira mais nada na competição. FATO INUSITADO – A torcida Mancha Verde, principal organizada do Palmeiras, promete protestar contra o time nesta tarde e até torcer pelo adversário. “Só falta eles
ganharam do Fluminense! Aí, o elenco inteiro tem de jogar pelo Corinthians. Quando é para ganhar, não ganham, quando é para ajudar o Corinthians, vão ganhar? Nem conseguimos pensar nisso. Parece que alguém muito próximo morreu. Está difícil de acreditar no que aconteceu”, afirmou o presidente da Mancha, André Guerra. Existe a expectativa que torcedores levem, inclusive, faixas pressionando os jogadores a não se esforçarem na partida para não ajudarem o Corinthians.
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Ainda há esperança Corinthians duela com o Vasco e “seca” o Fluminense, que pega o Palmeiras neste domingo Victor Mélo Editor de Esportes
O Corinthians perdeu a dianteira do Brasileirão em Salvador. No último domingo, o Timão dependia apenas de suas forças para conquistar o título nacional no ano de seu centenário, mas havia um Vitória no caminho. Agora, a equipe precisa bater hoje o Vasco, às 16h (de Alagoas), no Pacaembu, e torcer por um tropeço do Fluminense contra seu arquiinimigo Palmeiras. Dentro do clube há opiniões divergentes sobre suas chances de título. Quinta-feira, o presidente Andrés Sanchez declarou que o Tricolor colocou as duas mãos na taça. “Acho que nenhum dos
três concorrentes vai tropeçar daqui pra frente e, por isso, nossas possibilidades diminuíram”, disse o dirigente. O lateral Roberto Carlos é mais otimista. “Tudo pode acontecer nessas últimas rodadas. Não podemos entrar em campo achando que o Vasco vai entregar. È uma grande motivação de jogar num estádio com 38 mil ou 40 mil pessoas. Da mesma forma, o Palmeiras vai ser um adversário difícil para o Fluminense. O título está aberto”, disse o jogador. Para o clássico desta tarde, o técnico Tite perdeu dois jogadores muito importantes. Lesionado, Ronaldo está fora de combate e, suspenso, Elias também não vai a campo. Em compensação, Denti-
nho e Bruno César cumpriram suspensão e retornam à equipe. No Vasco, o meia Felipe também já cumpriu suspensão e volta ao time. O armador, inclusive, foi pivô de uma polêmica na semana que antecedeu o jogo. Ele disse que é complicado correr para ajudar um rival, no caso, o Fluminense. O técnico Paulo César Gusmão esperava contar na partida com o chamado Quarteto Fantástico, formado por Felipe, Carlos Alberto, Eder Luiz e Zé Roberto, mas Felipe sentiu uma lesão no joelho e foi vetado pelo Departamento Médico. O Corinthians é o vice-líder do Estadual, com 64 pontos, e o Vasco é o 11º colocado, com 46 pontos.
Após cumprir suspensão, Bruno César retorna hoje ao Timão
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Cruzeiro e Fla têm objetivos distintos Cruzeiro x Flamengo tem nas 2% de chances de se tudo para ser o jogo mais manter na Serie A. Venceu disputado da rodada. Os jogos improváveis e alcandois times precisam muito çou esse objetivo. Enquanto da vitória nesta tarde, em há vida, há esperança. E esVolta Redonda, para ficarem tamos vivos”, comentou. mais perto de cumprir suas No Flamengo, a semana foi missões no campeonato tranquila por causa da vitória Brasileiro. A Raposa ainda por 2 x 1 sobre o sonha com o título, e Guarani. Os jogadoo Rubro-Negro luta res ganharam um para escapar de vez pouco mais de condo rebaixamento. fiança, mas sabem Raposa O time mineiro que é preciso ainda ainda sonha pontuar nos próxientra nesta 37ª rocom o título mos jogos para o dada como fracoatirador. Na terceitime não correr mais e Rubro ra colocação e dois “Não podeNegro briga riscos. pontos atrás do mos tirar o pé. A dipara não líder Fluminense, o ferença para a zona Cruzeiro precisa do rebaixamento cair vencer hoje o Fla e ainda é de três pono Palmeiras no prótos e temos que fazer ximo domingo e a nossa parte. Por isso, ainda torcer por a presença da torcida nesse tropeços do Tricolor e do clássico contra o Cruzeiro é Corinthians. O objetivo é fundamental”, disse o meia complicado, mas o técnico Renato Abreu. Cuca não joga a toalha. “Já Depois de jogar contra a vi muita coisa no futebol e Raposa, o Flamengo, que falo para os meus atletas que soma 43 pontos, fecha sua temos que estar com a mo- participação no campeonato tivação em alta. No ano pas- no próximo domingo, na sado, os matemáticos diziam Vila Belmiro, diante do que o Fluminense tinha ape- Santos. (V.M.)
Marc
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Juliana Baroni, a vilã de Ribeirão do Tempo Página 5
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ASPAS
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"O mundo é muito grande para você resumi-lo em Baixo Gávea e cineminha".
Juliana Didone (foto) que, cansada da vida na Zona Sul do Rio de Janeiro, resolveu morar por um tempo em Nova Iorque (Revista "Caras").
"Ele calça 60, eu fiquei impressionada. A mão dele é imensa".
Sabrina Sato, apresentadora do "Pânico na TV", ao conhecer o homem mais alto do mundo, o turco Sultan Kosen, com 2,56 m de altura, em quem tascou um "selinho" ("extraonline.com.br").
"Acho ótimo ser vista como uma mulher sexy".
Mariana Ximenes, a Clara de "Passione", admitindo que os elogios que recebe fazem bem para seu ego (Jornal "O Dia").
"Muita gente tem medo de mim".
Alessandra Negrini, admitindo que sua fama de antipática afasta as pessoas (Revista "Joyce Pascowitch").
"Minha libido aumentou. Bem contraditório isso, né?"
Letícia Spiller revelando que seu desejo sexual ficou mais forte com a gravidez (Revista "Contigo!").
"Eu estou pendurado".
Silvio Santos fazendo graça com sua situação financeira, que não vai nada bem por causa da crise do Banco Panamericano, uma de suas empresas ("Programa Silvio Santos", do SBT).
"Faz até uma cosquinha diferente".
Grazi Massafera, sobre o novo visual do namorado, Cauã Reymond, que ficou barbudo para a nova fase de Danilo, seu personagem em "Passione" ("ego.com.br").
"Se essa cabra resolvesse se manifestar no meu sapato, eu nem sei".
Claudia Raia, a Jaqueline de "Ti-Ti-Ti", brincando com o fato de a cabra que apareceu em uma sequência da novela ter feito as necessidades durante as gravações ("ego.com.br").
"Olha só, gente...Ela está cheia de marra, né?".
A simpática Nívea Stelmann criticando o fato de a amiga, a atriz Samara Felippo, não ter posado para os fotógrafos antes de entrar em uma festa ("ego.com.br").
"Acho que as mulheres querem saber se junto com a delicadeza, a sensibilidade, vem aquela pegada de tirar o fôlego". Rafael Zulu, o Adriano de "Ti-Ti-Ti", que se diz surpreendido com o assédio feminino por conta de seu personagem "gay" na novela ("extraonline.com.br").
"É tudo em nome do amor".
Bruno Gagliasso, o Berilo de "Passione", defendendo o personagem bígamo ("glamurama.com.br").
"Vou casar e nem fui convidada?".
Danielle Winits, dando uma de "João sem braço", ao fingir que não vai casar com Jonatas Faro, notícia que está sendo bastante explorada pela imprensa ("ego.com.br").
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PERSONAGEM DA SEMANA
Em Passione Marcelo Médici mistura comédia, drama e vilania Por Natalia Palmeira PopTevê
A comédia deu notoriedade a Marcelo Médici. O curioso é que com quase 20 anos de carreira e cerca de 40 espetáculos teatrais no currículo, poucos foram relacionados ao gênero. Em 1998, inclusive, chegou a ganhar o prêmio Multishow do Bom Humor por "stand up comedy". "Depois fui fazer 'A Praça é Nossa'. Adorei e tenho muito orgulho, mas passar muito tempo fazendo a mesma coisa não dá. Quis ser ator para brincar de ser vários", conta. Em sua terceira novela na Globo, Marcelo se mantém no humor. Mas na pele do carteiro Mimi de "Passione", tem possibilidade de mostrar outras facetas. "O Mimi é uma montanha russa de interpretação. Ele tem uma parte dramática, algo de vilania e momentos muito humanos", destaca. Para alguns atores, interpretar em uma língua estrangeira seria a parte mais difícil de um personagem italiano. Já para Marcelo, isso não foi um problema. É a complexidade do personagem que faz desse trabalho o mais difícil de sua carreira na televisão. "Tenho uma facilidade grande com idiomas. Sinto que as pessoas aprenderam a compreender essa música que é o italiano", analisa. Quando sai às ruas, ele é constantemente abordado por descendentes de italianos e recebe boas críticas quanto ao sotaque. "Sou desconfiado com elogios. Sempre acho que estão fazendo só para me agradar, mas estou feliz com o resultado", garante. P – Você tem diversos trabalhos na comédia, como o Zoinho de "A Praça é Nossa" e o Fladson de "Belíssima". O que o Mimi traz de novo para sua carreira? R – O Mimi tem um leque muito variado. É uma montanha russa de interpretação, porque não se sabe o que vem. Ele tem uma parte dramática, algo de vilania e momentos mais humanos, mas tudo calcado na comédia. Essa é minha terceira novela, não fiz muita coisa, mas é o papel mais difícil que já interpretei.
P – Qual o traço você considera mais complexo no personagem? R – É essa questão de ele ser apaixonado tão loucamente pela Agostina. Acho difícil compreender essa paixão. Tive essa obstinação na minha carreira. Mas nas relações interpessoais, sejam de amizade ou amorosas, acho difícil uma pessoa ser tão maluca por outra que diz que o não quer. É quase uma loucura. Mas, do ponto de vista do ator, é lindo, é poético. Ele enganou o diabo por causa dessa mulher, vendeu a casa para ir atrás dela no Brasil. Isso é bonito.
P – Como foi o processo de composição para interpretar o Mimi? R – Eu foquei mais na característica italiana. Procurei entender o que é um italiano. Eles são mais quentes, mais intensos, são dramáticos. Não procurei assistir nada para inspirar. O engraçado é que só depois de algum tempo gravando a novela, quando o Mimi já estava esboçado, fui assistir "A Vida é Bela". Tem também a música "Be Italian", do musical "Nine", que fala do que é ser italiano, que é ser gentil, tratar bem uma mulher, ser apaixonado.
P – Em seus quase 20 anos de carreira, você ficou conhecido principalmente pelos trabalhos cômicos. Alguma vez temeu em ficar tachado como ator de comédia? R – Realmente é muito chato isso de fulano faz comédia, sicrano é ator dramático. Não sofro com isso porque estou de bem com a comédia. Já tive essa crise há algum tempo. Como fiz alguns trabalhos cômicos de sucesso, acaba dando essa impressão de que só faço comédia.
ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 28 DE NOVEMBRO A 4 DE DEZEMBRO 28/11 - Marco Ricca, 48 anos, e Carla Dias, 20 anos. 29/11 - Francisco Cuoco, 77 anos. Nesta data, há 20 anos, foi ao ar o último capítulo de "Mico Preto". A novela foi escrita por Marcílio Moraes, Leonor Bassères e Euclydes Marinho. A história é recheada de traições, conflitos sociais e girava em torno do funcionário público Firmino Espírito Santo (Luis Gustavo) que, por sua honestidade e seu caráter exemplar, foi nomeado procurador da milionária Áurea Menezes
Garcia (Márcia Real) após o desaparecimento dela. Da noite para o dia, este pacato e desconhecido cidadão assumia o controle de diversas empresas do conglomerado Menezes Garcia. Razão suficiente para despertar a ira dos ambiciosos filhos da milionária Frederico (José Wilker), Adolfo (Tato Gabus Mendes) e José Luis (Miguel Falabella). Quem lucrava com tudo isso era a trapaceira Sarita (Glória Pires), noiva de Firmino que, sem ele saber, trabalhava de noite em uma boate e ainda aceitou se passar por esposa de um
deputado homossexual que mantinha relações com José Luís. Restou a Firmino os ombros de Cláudia (Louise Cardoso), noiva de Frederico. Bia Seidl, Deborah Evelyn, Sérgio Viotti e Mauro Mendonça, entre outros, também faziam parte do elenco. 30/11 - Cláudio Lins, 38 anos, e Angélica, 37 anos. 01/12 - Anselmo Vasconcelos, 57 anos. 02/12 - Stepan Nercessian, 57 anos. 03/12 - Ângela Leal, 63 anos. 04/12 - Lizete Negreiros, 70 anos.
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MAPA DA MINA Por Natalia Palmeira
DINHEIRO COM FOTO
BELEZA QUE INCOMODA
BELEZA DE ILHA
(Globo, dom, 7:25 h)
(Globo, ter, 22:35 h)
(TV Brasil, qui, 22 h)
O setor da fotografia é um dos assuntos abordados no "Pequenas Empresas & Grandes Negócios" deste domingo. O negócio está se tornando cada vez mais lucrativo. Tanto que pequenos empresários estão investindo em fotografar eventos e, com as novas tecnologias, as fotos ganham molduras e desenhos. O programa apresentará ainda uma empresa que tem o faturamento mensal de R$ 200 mil.
Grazi Massafera será a protagonista de "A Desinibida do Grajaú", novo episódio de "As Cariocas". Na história, ela interpreta Michelle, uma mulher que no passado era gordinha, mas se transforma em um mulherão, despertando a atenção dos homens do bairro. O sucesso de Michelle vai despertar a ira das vizinhas.
O "Caminhos da Reportagem" viaja até a Ilha de Marajó, localizada no Pará. O programa vai mostrar a beleza natural da maior ilha fluvial do mundo. Além disso, a dança, a arte marcial que passa de pai para filho, e a beleza da tradicional cerâmica marajoara estarão em pauta.
PRINCIPAL SUSPEITO SHOW DE TALENTOS
NA ONDA SERTANEJA (SBT dom, 0 h) O "De Frente Com Gabi" deste domingo recebe a dupla sertaneja Jorge & Mateus. No bate-papo com Marília Gabriela, os cantores vão falar sobre o sucesso e a repercussão da música sertaneja no Brasil.
(Band, sex, 21:15)
(SBT, qua, 22 h) Nesta quarta acontece mais uma semifinal de "Qual é o Seu Talento". Os jurados vão avaliar os artistas e decidir quem avança para a próxima fase. O vencedor leva um prêmio milionário em barras de ouro, além da chance de mostrar seu talento em rede nacional.
O desaparecimento de um marinheiro vai movimentar a equipe do "NCIS", no novo episódio. Ao investigar o caso, os policiais descobrem que três ex-membros da mesma unidade do desaparecido estão mortos. A partir de então, o comandante da divisão se torna um supeito de ser um "serial killer".
VÍCIO JOVEM
PAIXÃO NACIONAL
(MTV, qui, 20 h)
(Record, sab, 13 h)
O novo episódio de "True Life" desta quinta vai exibir Barry e Charisse. A dupla passa mais de oito horas por dia somente jogando "videogame". O programa mostra como isso pode prejudicá-los em outras atividades, como escola e até mesmo relacionamentos.
Mylena Ciribelli e Claudia Reis vão eleger o torcedor mais criativo que contar qual loucura faria caso seu time ganhasse o Brasileirão 2010. O ganhador vai ser ajudado a realizar a façanha, que será exibida em uma matéria especial.
POLICIAL (SBT, seg, 18 h) O "Boletim de Ocorrências" desta segunda vai trazer novidades no formato do programa. Agora, a produção vai ficar mais centrada no material de polícia e serviços, contando os detalhes dos crimes e suas repercussões na busca por uma abordagem diferente da notícia.
Rapidinhas # Nesta quinta, acontece mais uma formação da "Roça", em "A Fazenda". De agora em diante, a disputa será entre dois participantes. (Record, qui, 22:30 h) # Temas polêmicos e realistas são investigados por Rafinha Bastos, Thaíde, Débora Vilalba e Rosanne Mulholland em "A Liga". (Band, ter, 22 h) # Sob o comando de Júlia Lemmertz, o "Revista do Cinema Brasileiro" recebe Ney Matogrosso, que fala sobre o charme dos anti-heróis do cinema. (TV Brasil, sab, 20:30 h)
# O "design" sustentável é o tema do "Sustentáculos" desta semana. (Globo, dom, 20:30 h) # Em novo formato, o apresentador Roberto Justus desafia os competidores no "Topa ou Não Topa". (SBT, qua, 23 h) # Sem maquiagem, atores ou ficção. O cotidiano da polícia de São Paulo é retratado no programa "Polícia 24H". (Band, qui, 22:20 h) # O "TV Xuxa" mostra mais uma etapa do concurso "Top Mirim 2010". Além disso, o programa conta com atrações musicais. (Globo, sab, 10:30 h)
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EM FOCO
Juliana Baroni se diverte com as vilanias de Karina de Ribeirão do Tempo Pedro Paulo Figueiredo/CZN
Por Natalia Palmeira PopTevê
Os olhos verdes, a pele clara e o sorriso doce sempre renderam a Juliana Baroni papéis de mocinhas. Com quase 20 anos de carreira, interpretar um papel mais denso na tevê, no entanto, sempre esteve nos planos da atriz. E o contrato até 2012 com a Record veio bem a calhar. Logo na sua estreia na emissora, Juliana teve a chance de dar vida a um tipo inédito em sua carreira: uma vilã. Por isso, quando o assunto é a insuportável Karina, seu papel em "Ribeirão do Tempo", a empolgação com o atual trabalho não passa despercebida. "Quando o Edgar Miranda veio com essa proposta eu pensei 'vai ser ótimo'. Nunca tinha feito uma personagem assim", destaca. Apesar da personalidade dúbia e vingativa, vez ou outra, Karina passa por momentos bons e até mesmo cômicos. Essa característica não-linear é o que mais dificulta o trabalho. E também o que mais instiga Juliana. "Tenho a possibilidade de passar por diversas emoções. É mais difícil, dá mais trabalho, mas posso mostrar outras nuances", analisa. E não é difícil ouvir de Juliana que a personagem tem potencial para ficar ainda mais malvada. Principalmente depois que Tito, vivido por Ângelo Paes Leme, se casou com Filomena, de Liliana Castro. Mesmo sendo um casamento por interesse, Karina se sentiu humilhada e não está disposta a perdoar a atitude do ex-noivo. "Ela está se tornando mais amarga. Como é a minha primeira vez como vilã, seria interessante se ela ficasse ainda mais má", ressalta ela, que quando recebeu o convite para atuar em "Ribeirão do Tempo", imaginava uma rejeição do público. "As pessoas gostam dela, se divertem. Foi uma surpresa, porque ela é bem chatinha, né?", enfatiza. O encantamento com a primeira vilã da carreira é nítido. Mesmo assim, Juliana procura não demonstrar nenhuma predileção por gêneros. "Gosto de tudo, sendo drama ou comédia. Cada personagem exige uma coisa diferente. O legal é tentar imprimir as características que o trabalho pede", garante. Para dar vida a Karina, a primeira providência foi mudar o visual. Há alguns tempo com os cabelos longos e ruivos, Juliana já desejava passar por uma transformação em nome de um trabalho. "O louro claro e corte já me deu um ar arrogante. Também mexi nas sobrancelhas. São detalhes sutis, mas que ajudam o ator", explica. Na trama de Marcílio Moraes, Karina é uma "patricinha", dona da butique mais chique da cidade. Foi o lado perua da personagem que mais divertiu a atriz no processo de composição da personagem. Isso porque, ela passou dias passeando pela rua Oscar Freire, conhecida como paraíso das compras das mulheres ricas de São Paulo. "Observava como elas se comportavam, falavam, gesticulavam... Não foi um laboratório nem um pouco difícil de fazer", assume, entre risos. Essa característica realista, típica dos personagens de Marcílio, é outro fator que instiga Juliana. "A Karina, apesar de ser uma perua, é uma personagem que pode ser encontrada longe da ficção. Não é caricata", explica. O mesmo não se pode dizer da fogosa Miriam de "O Profeta", sua última novela na Globo, em 2006. "Ela era extremamente cômica e cheia de caras e bocas. Eu podia fazer qualquer loucura que cabia", lembra ela que, por mais diferente que um trabalho possa ser, sempre empresta às suas personagens um ou outro trejeito próprio. "Em algum momento, acabo passando alguma coisa pessoal. Empresto minhas emoções, por mais que sejam emoções inventadas", argumenta.
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Renato Aragão se emociona em homenagem surpresa para seu especial
Renato Aragão
Por Gabriel Sobreira PopTevê
nício e fim se misturam na gravação do especial de fim de ano "Eu Sou Renato Aragão - Especial Didi 50 Anos". Realizado no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida do Norte, interior de São Paulo, o programa vai ao ar no dia 22 de dezembro na Globo. "Esse momento será a abertura e o encerramento. Quando ele entra, da sua caminhada até o altar, eu vou contar a vida dele nesse caminho", explica o diretor de núcleo Jayme Monjardim, referindo-se à dinâmica da edição para o trajeto a ser percorrido pelo humorista Renato Aragão. Nenhum esforço foi poupado para adequar parte da basílica em um "set" de gravação. Oito câmaras, incluindo uma grua, foram utilizadas para captar os melhores ângulos. Aproximadamente cem profissionais estavam envolvidos. Até mesmo um dublê de Renato Aragão estava participando do ensaio antes da chegada do comediante. "Vamos ensaiar. Atenção, música! Gravando!", exclama a diretora geral do programa, Teresa Lampreia. Um coral formado por aproximadamente 50 pessoas, incluindo crianças, interpretam, acompanhados de uma orquestra, a canção "Romaria", de Renato
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Teixeira. "Acho que merecia, que tinha de ser aqui em Aparecida. Ele é romeiro. A relação dele com o público é impressionante. O Renato representa muito bem o espírito do nosso país", derrete-se Jayme. Uma das portas de madeira é aberta e o dublê entra. Um painel móvel é posicionado no interior da basílica, em frente à porta principal, tudo para diminuir a claridade da luz projetada. Ele caminha lentamente na direção do altar e todos, que estavam sentados, agora estão de pé. Foram feitos cinco ensaios antes da chegada do humorista que, a princípio, nada desconfiava. O material que vai contar a história de vida nesta caminhada de Renato Aragão já está gravado e pontuado por uma longa entrevista concedida à apresentadora do "Fantástico", Patrícia Poeta. Para o diretor de núcleo Jayme Monjardim, o grande barato deste especial não é a história do personagem Didi. "Esta é a história do Renato Aragão que, por acaso, no meio daquilo nasceu o Didi. Eu nunca soube que o Renato sofreu um acidente de avião onde morreu quase todo mundo e ele sobreviveu", analisa Monjardim. Pouco tempo depois, a diretora Teresa Lampreia anuncia, via microfone, a chegada do homenageado. Todos ficam a postos. Uma multidão de curiosos se aglomera na parte posterior do altar. A diretora pede para que sejam evitados o uso de flashes em fotografias. "Ok, rendeu. Estamos prontos para a chegada do Renato", anuncia.
Família de Renato Aragão
As duas portas principais são abertas. Renato Aragão, surpreso com a homenagem, caminha a passos largos sob o olhar atento do diretor de núcleo Jayme Monjardim, que ordena a gravação com todas as câmaras. Em poucos segundos, o criador do personagem Didi já estava quase no altar quando sua filha Livian vai ao seu encontro e lhe abraça. "Quando a porta abriu, tudo 'rodou'. Quando eu vi meus filhos, todo mundo, eu pensei 'mas ninguém me falou nada, nem a imprensa'", revela, com bom-humor, o comediante. Ainda emocionado, e após receber uma bênção especial do Padre Hewaldo Trevisan, o comediante não escondeu a surpresa com a homenagem. "Vim descendo a rampa e eles vieram me filmando. Não sei para o quê. Juro por tudo que não sabia. Quem sabe é o Jayme, a Teresa e a minha mulher. Eram todos cochichando e eu me fingia de bobo e ficava em casa me fazendo de que não estava vendo nada", entrega, aos risos. O homenageado acredita que este especial vai saciar a saudade que algumas pessoas têm de personagens e passagens históricas de sua vida. "Está bombando no Twitter aquela interpretação que eu fiz da Maria Bethânia e do Ney Matogrosso. Meu Deus, quando eu olho para aquilo ali eu vejo que não fui eu, foi o Didi", brinca. (Continua ma página 7)
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Jayme Monjardim e Renato Aragão
Renato Aragão
Lílian Aragão, Renato Aragão e Padre Hewaldo Trevisan
Família de Renato Aragão, Jayme Monjardim, Padre Hewaldo Trevisan e Renato Aragão
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RETRATO FALADO
Por Geraldo Bessa PopTevê
apéis cômicos são constantes na carreira de Pedro Henrique Monteiro. Desde o início, ainda no teatro amador, até a chance de interpretar Diego, o ingênuo residente da série global "S.O.S. Emergência". "Comecei fazendo esquetes e peças com amigos. Sempre fui muito ligado ao teatro", revela. A tevê nunca foi o foco na carreira do ator. Enquanto seus colegas estreavam no veículo, Pedro direcionava sua arte para a "Invisível Companhia de Teatro", grupo experimental de comédia criado no Rio de Janeiro. O primeiro contato com a televisão foi na série "Quase Anônimos", do canal pago Multishow. Por conta deste trabalho, o ator chamou a atenção de Marcius Melhem, redator do humorístico dominical e foi convidado para fazer um teste na Globo. "Fiquei muito feliz de ter conseguido o papel. Foi meu primeiro teste para a tevê. E sempre tive medo de testes", confessa. Prevista para ter apenas cinco episódios, a série agradou e, além de uma temporada inicial de 13 episódios, garantiu uma segunda temporada. "É um trabalho feito com muito prazer e com um grande elenco", valoriza. No programa, Diego é um médico recém-formado que tenta colocar em prática os ensinamentos da faculdade. Porém, se assusta com o contrastes entre o que aprendeu e o que acontece no dia a dia do Hospital Isaac Rosenberg. "O mais legal é que o personagem tem um perfil, mas apresenta coisas novas a cada episódio", garante. A experiência na televisão rendeu a Pedro uma vontade de se firmar no veículo. Por isso, no próximo ano ele pretende conciliar a tevê e seus planos de voltar ao palcos. "Nunca pensei que fosse gostar tanto do ritmo de trabalho na tevê. Agora posso diversificar mais minha carreira, confessa.
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No ar em S.O.S. Emergência, Pedro Henrique Monteiro analisa sua estreia na televisão aberta
Nome: Pedro Henrique Carneiro Monteiro. Nascimento: 1º de dezembro de 1981, no Rio de Janeiro. Na tevê: "Seriados de comédia. Amo 'Friends' e 'Two and a Half Man'" Ao que não assiste na tevê: "Programas médicos que mostram as pessoas fazendo cirurgias'". Animal de estimação: "Tenho um cachorro chamado Lelo". Nas horas livres: "Ir ao cinema, tomar cerveja com os amigos, tocar violão, ou simplesmente ficar em casa sem fazer nada ". No cinema: "Quero Ser John Malkovich", de Spike Jonze. Música: "Gosto muito do trabalho do Arnaldo Antunes, principalmente a música 'Contatos Imediatos'". Livro: "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez. Prato predileto: "Estrogonofe com batata frita". Pior Presente: "Um cinto, que ganhei de amigo oculto". Perfume: Man, da Bvlgari. O melhor do guarda-roupa: "Uma bermuda jeans" Mulher bonita: Malu Mader. Homem bonito: Reynaldo
Gianecchini. Cantor: Arnaldo Antunes. Cantora: Marisa Monte. Ator: Ney Latorraca. Atriz: Nina Morena. Diretor: Woody Allen. Escritor: Nelson Rodrigues. Arma de sedução: "Convidar para tomar uma cerveja". Melhor viagem: "Barcelona, ano passado". Programa de índio: "Ir ao shopping com mulheres". Sinônimo de elegância: "Meu avô Ivan". Melhor notícia: "Quando soube que teria um irmão". Mania: "Dormir com a televisão ligada". Inveja: "De quem trabalha viajando muito". Ira: "Trânsito". Gula: "Sou viciado na torta de limão do restaurante Gula Gula". Cobiça: "Ter uma casa no campo". Luxúria: "Uma boca bonita". Preguiça: "Domingo de chuva". Vaidade: "Gosto de cuidar do meu cabelo. Tenho medo de ficar careca!". Filosofia de vida: "Fazer tudo que me der prazer".
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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 17h15 Segunda (29/11) - Antônio afirma que não vai permitir que sua neta seja criada por Fausto. Maicon fica surpreso com a simpatia de Dona Zica por Marlene. O vendedor de uma loja afirma que Natália furtou uma peça. Catarina e os irmãos veem Natália sendo levada pelo segurança do shopping e a defendem. A filha de Fred sai da incubadora e Natália se emociona ao vê-lo com o bebê no colo. Natália e Antônio decidem deixar que Julinha fique com Fred. Sérgio pergunta para Ângela onde fica o Primeira Opção.
Terça (30/11) - Pedro vê Sérgio falando com Ângela e desconfia do rapaz. Lorelai tenta fazer um café da manhã para Theo, mas acaba se atrapalhando. Pedro tenta, sem sucesso, impedir Ângela de subir na moto de Sérgio, que a leva para dar um passeio e tenta beijá-la. Fred e Laura se reconciliam. Pedro dá uma bronca em Theo por matar aula para namorar e ele promete que isso não vai se repetir. Theo vê Ângela com Sérgio e comenta com Pedro que o rapaz cumpria pena na ONG onde ele trabalha.
Quarta (01/12) - Theo comenta que Sérgio é o rapaz que tentou agarrar Lorelai na ONG. Pedro enfrenta Sérgio na tentativa de afastá-lo de Ângela. Pedro conta para Ângela que Sérgio tem um histórico de violência, mas ela não acredita e diz que o DJ está com ciúmes de Sérgio. Roberto e Cláudia repreendem Arnaldo pelo possível erro médico e suspeitam que ele esteja consumindo bebida alcoólica no trabalho. Alterada, Ângela vai à casa de Pedro e conta que saiu com Sérgio.
Quinta (02/12) - Pedro repreende Ângela por ter saído para beber com Sérgio. Catarina decide organizar um chá de bebê para Julinha e reclama quando Fred convida Marcos para a festa. Maicon deixa escapar que o interesse de Marlene por ele não é apenas profissional e Dona Zica fica cismada. Pedro estranha os ciúmes de Catarina, mas é interrompido por Lucio. Roberto beija Cláudia na frente dos funcionários do hospital. Ângela passa mal e Cláudia decide levá-la para o hospital.
Sexta (03/12) - Catarina fica indignada com Marcos e Sérgio, que não ajudam Ângela. Catarina ouve a conversa entre e Pedro e Ângela no hospital e se entristece. Lúcio tenta denegrir Ângela diante dos alunos na sala, mas Pedro a defende e Catarina se incomoda com a proximidade dos dois. Dodói fica desolado depois de Josiane terminar o namoro com ele. Hélio libera as festas na Caldeira, deixando Catarina e Pedro radiantes. Carlito aborda Maicon na rua e diz que descobriu seu caso com Marlene.
ARAGUAIA - Rede Globo - 18h Segunda (29/11) - Amélia se preocupa com o sumiço de Vitor enquanto ele tenta sobreviver perdido na mata. Solano decide ficar no Araguaia. Manuela observa os dois capangas de dentro do paiol, onde está presa. Nancy fica radiante ao encontrar Hector no campo de girassóis. Fred conta para Solano sobre o desaparecimento de Manuela. Hector aparece no paiol onde Manuela está presa. Glorinha acha a ficha de Pimpinela e descobre que ele é um foragido da polícia.
Terça (30/11) - Neca não deixa que Glorinha prenda Pimpinela. Fred organiza uma equipe de busca para encontrar sua irmã. Solano impede Estela de sair com eles para procurar Manuela. Hector seduz Nancy e ela se anima para deixar o Araguaia. Manuela consegue fazer um dos capangas ir até o empório de Janaína para comprar um remédio para as aves. Nancy acerta com Caroço o aluguel de um barco para Hector. Janaína reconhece a letra de Manuela no papel que o capanga lhe entrega e avisa a Solano.
Quarta (01/12) - Solano segue pistas do carro do capanga. Caroço desconfia que o barco que Nancy alugou pode estar relacionado com o traficante de aves e avisa a Fred. Solano consegue salvar Manuela dos capangas e os dois fogem da fazenda abandonada. Fred fala com Nancy e não deixa que ela perceba seu plano para prender Hector. Manuela confessa para Amélia que ainda ama Solano e a mãe a aconselha a não desistir dele. Solano é frio com Estela e pensa em Manuela. Geraldo prende Hector e Nancy por tráfico de animais. O Bispo chega à cidade.
Segunda (29/11) - Ariclenes pede segredo a Jaqueline quando Rony chega e diz que é ele quem cria os modelos de Valentim. Cecília se anima com a visita de Luti e Mabi e resolve fazer um vestido para Mabi. Rebeca perde a paciência com Breno e diz que não se casará com ele. Marcela e Bruna discutem ao falar de Julinho. Renato anuncia que já decidiu quem vai ficar no lugar de Suzana. Jaqueline surge no ateliê de Jacques e revela que descobriu toda a verdade sobre Victor Valentim.
Terça (30/11) - Jaqueline diz que só revela o segredo de Valentim se Jacques voltar para ela. Marcela acusa Bruna de ser injusta com Julinho e decide cortar relações com ela. Jaqueline pede que Julinho mude seu visual. Renato promove Help a editora-chefe da Moda Brasil. Mabi resolve escrever sobre o escândalo da Moda Brasil no blog de Beatrice M. Renato lê o blog e se chateia com as críticas a ele. Rebeca e Gino saem para jantar. Jaqueline bebe demais e conta para Ricardinho que Valentim é uma invenção de Ariclenes. Gino beija Rebeca.
Quarta (01/12) - Gino e Rebeca passam a noite juntos. Ricardinho liga para Clotilde e na hora de contar o segredo é atropelado por um carro. Rebeca diz a Gino que precisa de um tempo para assumir que estão juntos. Gino não aceita o discurso de Rebeca, se sente rejeitado e se demite. Suzana confirma que Ariclenes inventou Victor Valentim para reconquistá-la e Jaqueline se emociona. Pedro confronta Camila, mas Luti chega e o enfrenta. Ariclenes dispensa os serviços de Rony. Camila arma um encontro entre Marcela e Edgar.
Quinta (02/12) - Sargento Mourão conta para Janaína que foi Fred quem denunciou Hector e Nancy e ela se revolta. Ruriá ajuda Vitor na mata sem se identificar. O Bispo dá um conselho para Manuela e ela sai de casa apressada para resolver o seu problema. Max fala mal de Padre Emílio para o Bispo, que decide falar com o sacerdote antes de dar seu veredicto. Pérola fica enjoada novamente e suas filhas se preocupam. Fátima conta a Amélia que ocorreu um acidente com um avião na mata. Solano pede para conversar com Manuela.
Sexta (03/12) - Manuela não tem coragem de se declarar para Solano. Nancy joga charme para Geraldo para que ele a libere da prisão. Padre Emílio conversa com o Bispo, que reage impassível aos seus comentários. Solano e Manuela procuram um lugar para soltar as aves aprisionadas pelos traficantes. Janaína repreende Nancy e pergunta como ela conseguiu convencer Geraldo a libertá-la. Beatriz dá dicas para Estela lutar por Solano. Manuela e Solano se beijam.
Sábado (04/12) - Max conta para Manuela sobre o acidente de Vitor. Terê sugere que o avião possa ter sido sabotado. Vitor ouve a caminhonete de Solano na mata. Solano e Manuela chegam à operadora e encontram Estela negociando com Fred. Manuela e Estela têm uma conversa decisiva sobre Solano. Neca convence Glorinha a ajudar a provar a inocência de Pimpinela. Solano se surpreende ao encontrar Estela em seu quarto ao sair do banho. Vitor consegue chegar a Girassol.
Sexta (03/12) - Dona Mocinha percebe o sangramento de Stéfany e alerta Armandinho. Jorgito e Desirée chegam ao aeroporto. Stéfany dá entrada no hospital e Armandinho se desespera com os sintomas. Stéphany passa por complicações no parto. Gino avisa a Desirée que Stéphany está em estado grave e ela deixa Jorgito no aeroporto e volta para ver a prima. Rony oferece a Help uma entrevista bombástica sobre Jacques e Valentim, mas Renato rejeita. Pedro surge na loja onde Gabriela trabalha, a humilha e é agredido por ela. Armandinho se depara com Desirée no hospital.
Sábado (04/12) - Desirée desiste de embarcar. Jaqueline arma um plano para impedir o casamento de Jacques e Clotilde. Gabriela conta para a mãe que foi demitida por causa de Pedro e sente um enjoo súbito. Help propõe uma parceria a Ariclenes, e o agarra ao perceber a aproximação de Suzana. Ariclenes briga com Suzana e a expulsa de sua casa. Rebeca visita Gino no hospital e lhe oferece ajuda. Jacques volta para casa e se depara com Clotilde vestida de noiva. Clotilde se prepara para entrar na igreja quando Jaqueline aparece.
Sexta (03/12) - Totó elogia Fátima e deixa Gerson e Felícia emocionados. Gemma e os vizinhos tentam expulsar Valentina do bairro. Felícia e Gerson se declaram um para o outro. Brígida recebe presentes de Benedetto e Diógenes. Diana conta para Mauro que está grávida. Fred convida Gerson a trabalhar na metalúrgica e Bete incentiva o filho a aceitar. Melina exige que Cris faça um trabalho pesado para ela. Clara troca olhares com Diogo e Ednéa comenta com Das Dores. Para inocentar Danilo, Stela diz aos repórteres que é a assassina de Saulo.
Sábado (04/12) - Fred fica feliz com a declaração de Stela. Lorena acusa Agnello de ter matado seu pai e afirma que vai colocá-lo na cadeia. Agnello é irônico com Totó e afirma que matou Saulo. Antero flagra Brígida e Diógenes conversando. Stela diz a Arthurzinho para não se preocupar com seu álibi. Arthurzinho marca de se encontrar com uma pessoa assim que Stela sai de casa. Fortunato vai à metalúrgica exigir que sua indenização seja paga. Arthurzinho e Laura se encontram e comemoram por Stela ter confessado o assassinato de Saulo.
TI-TI-TI Quinta (02/12) - Giancarlo comenta com Renato que Marcela foi para a casa de Camila. Rony afirma que era ele quem criava os modelos de Valentim e Clotilde conclui que esse é o segredo que Jaqueline descobrira. Renato procura Marcela na casa de Camila. Jacques rejeita o croqui de Rony e o expulsa do ateliê. Marcela discute com Renato sobre o encontro com Edgar. Clotilde comprova o poder do batom Tititi e desafia Jacques a lançar um produto seu. Stéfany sente uma forte dor na barriga e pede para Armandinho levá-la ao hospital.
PASSIONE - Rede Globo - 21h Segunda (29/11) - Bete, Totó e Mauro ficam indignados com a indicação de Fred para a presidência da metalúrgica. Clara se irrita ao saber que Totó e Kelly querem ajudar Valentina. Melina segue Laura ao vê-la sair da empresa. Myrna descobre que quem está por trás da Otabol é Fred. Danilo afirma à mãe que matou Saulo, mas Stela garante ao médico que seu filho não é um assassino. Fred forja um apagão e sabota o elevador da empresa. Myrna não verifica o elevador antes de entrar e sofre um acidente.
Terça (30/11) - Fred finge nervosismo ao saber do acidente de Myrna. Laura percebe que está sendo seguida por Melina e tenta despistá-la. Diogo tenta agarrar Clara e Das Dores a ajuda. Laura comenta com Mauro que sugeriu a candidatura de Cris para a vaga de Myrna. Danilo rouba dinheiro de Lorena e foge da clínica de reabilitação. Olavo finge passar mal e Clô conta que Jéssica é amante de um homem casado. Totó flagra Diogo tentando agarrar Clara e ameaça o cantor. Danilo vai à delegacia e se declara assassino de Saulo.
Quarta (01/12) - Stela fica nervosa ao saber que Danilo está em uma delegacia. Totó e Diogo se enfrentam e Talarico afasta os dois. Diogo ameaça Clara. Calux sai com Valentina da penitenciária. Stela afirma ao delegado que Danilo não matou Saulo. Danilo é levado de volta para a clínica. Fátima sugere que Felícia se case com Gerson no mesmo dia de sua união com Sinval. Melina tenta impedir Cris de fazer a entrevista para ser secretária de Fred. Valentina é insultada na rua pelos vizinhos e enfrenta Candê. Totó e Kelly se preocupam com o sumiço de Clara.
Quinta (02/12) - Fred contraria Melina e entrevista Cris. Clara chega em casa com flores e vinho. Bete implora para que Mauro não desista de trabalhar na metalúrgica. Melina fica furiosa com Fred por ter contratado Cris. Charles faz uma oferta pelas ações de Stela e ela se reúne com filhos para decidir o que fazer. Gerson chega na casa de Felícia e encontra Totó. Clara mente para Gemma e simula ter sido atacada por Valentina. Diana descobre que está grávida. Fred consegue comprar as ações de Saulo.
RIBEIRÃO DO TEMPO - Record - 22h00 Segunda (29/11) - Ajuricaba fica furioso ao ler a matéria na Folha da Corredeira. Filomena fala para Iara que quer participar da caminhada com o Rodrigo Faro e pede para ela lhe dar algumas dicas. Fátima conta a Flores que encontrou Joca bem próximo ao casarão e o professor fica desconfiado. Flores vê o grampo que Joca fez em sua caixa do telefone e fica espantado. André e Sônia trocam juras de amor por telefone. Rodrigo Faro chega à pousada. Tito apresenta Rodrigo à Filomena.
Terça (30/11) - Sônia deixa claro para Virgínia que ama André. Virgínia pede para filha voltar com ela para casa. Flores conta a Nicolau que seu telefone está grampeado. Flores explica a Nicolau que pretende incriminar Joca pela morte do presidente do Brasil, que vai estar em Ribeirão no aniversário de 250 anos da cidade. Nicolau pede a Larissa que não conte para Beatriz sobre a conversa que tiveram. Beatriz pergunta a Larissa se Nicolau pediu desculpas a ela. Larissa responde que sim, mas diz que não está se sentindo bem e sai.
Quarta (01/12) - Sereno vai até a delegacia e dá um livro de presente para Marta. Rodrigo Faro toma café da manhã na pousada e elogia o local. Lincon redige um artigo pedindo a demissão imediata do delegado. A audiência pública é iniciada. Querêncio fala para Teixeira, Bruno e Célia que não vai dizer nada, afinal não é contra o resort. Arminda apresenta o projeto da Patrimônio Eterno. Marta diz a Ajuricaba que o movimento contra o resort está crescendo e a situação pode sair do controle.
Quinta (02/12) - Sancha fala para Romeu que ficou com pena de Filó, porque percebeu que Tito quase não falou com ela. Sereno começa a gritar “Comando Invisível” e outros manifestantes aderem. Sereno diz aos manifestantes que eles devem invadir a audiência. Tito revela a Newton que ele e Filó não transam. Filomena chora sozinha no quarto. Ari discursa contra o resort e Arminda pergunta por que ele mudou de posição tão radicalmente. Manifestantes invadem o recinto.
Sexta (03/12) - Cardoso arromba a porta da sala de Ajuricaba e encontra o delegado desacordado. A pedido de Virgínia, Ellen avisa a Sônia que Ajuricaba teve um enfarte, mas já está melhor. Querêncio conta a Marisa que agora está mais a favor do resort. Diana explica a Guilherme que participou do protesto porque acha André um cara legal. Guilherme fica enciumado. Diana conta a Arminda que gosta de Guilherme, mas revela que ultimamente tem pensado muito em André. Tito apresenta Mateus a Filomena.
Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.
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FILMES DA SEMANA DOMINGO, 28/11 Alvin e os Esquilos (Globo, 13:50 h) Alvin and the Chipmunks, de Tim Hill. Com Jason Lee, David Cross e Cameron Richardson. EUA, 2007, cor, 98 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia - Depois que seu pinheiro é transformado em árvore de Natal, três esquilos falantes vão para a casa de Dave, um compositor sem sorte. Para ficarem por lá, mostram que são bons cantores e Dave cria uma música que os transforma em um grande sucesso. Só que o estrelato sobe à cabeça dos bichinhos, gerando problemas no relacionamento com Dave. Harley Davidson e Marlboro Man - Caçada Sem Tréguas (Band, 21 h) Liberty Stands Still, de Simon Wincer. Com Mickey Rourke, Don Johnson e Chelsea Field. EUA, 1991, cor, 97 min. Classificação Etária: 14 anos. Aventura ? O durão Harley e seu grande amigo "cowboy" Marlboro descobrem que um velho amigo deles irá perder seu bar porque o banco quer construir um novo complexo e exige 2,5 milhões de dólares para renovar o contrato de aluguel. Harley e Marlboro decidem ajudá-lo, roubando o banco. Porém, eles roubam o carro de segurança errado e acabam se apoderando de uma enorme quantidade de uma nova droga sintética. Proibido Proibir (TV Brasil, 23 h) Proibido Proibir, de Jorge Durán. Com Caio Blat, Maria Flor e Alexandre Rodrigues. Brasil/Chile, 2007, cor, 111 min. Classificação Etária: 18 anos. Drama - Paulo é um estudante de medicina que divide uma quitinete com Leon, seu melhor amigo e estudante de sociologia. Leon namora Letícia, mas ela e Paulo se apaixonam. O trio tenta ajudar Rosalina, uma paciente terminal, que está no Hospital Universitário, a rever os filhos, que não a visitam há bastante tempo. Déjà Vu (Globo, 23:40 h) Deja Vu, de Tony Scott. Com Denzel Washington, Val Kilmer e Paula Patton. EUA, 2006, cor, 95 min. A emissora não informou a classificação etária Aventura - Em Nova Orleans, o agente Doug Carlin descobre que pode voltar no tempo para tentar evitar uma explosão em uma balsa que mata 500 pessoas Justiça Para Todos(Band, 01:45 h) And Justice For All, de Norman Jewison. Com Al Pacino, Jack Warden e John Forsythe. EUA, 1979, cor, 119 min. Classificação Etária: 16 anos. Drama - Arthur Kirkland é um advogado idealista que já teve vários desentendimentos com Fleming, um inflexível juiz. Arthur recebe com surpresa a notícia de que o magistrado foi preso, acusado de estupro, e ironicamente Fleming quer ser defendido por ele, pois como todos sabem da rivalidade que existe entre os dois, Kirkland só o defenderia se tivesse certeza da sua inocência.
SEGUNDA, 29/11 Confissões de Uma Adolescente em Crise (Globo, 15:50 h) Confessions of a Teenage Drama Queen, de Sara Sugarman. Com Lindsay Lohan, Adam Garcia e Glenne Headly. EUA/Alemanha, 2004, cor, 91 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia - Lola Drew é uma adolescente mimada que está acostumada a ser o centro das atenções por onde quer que passe. Após se mudar para um subúrbio em Nova Jersey, é obrigada a trocar de escola e passa a disputar popularidade com Carla Santini, a garota mais famosa do colégio. Operação Fronteira (Globo, 22:05 h) The Shepherd, de Isaac Florentine. Com JeanClaude Van Damme, Stephen Lord e Scott Adkins. EUA, 2008, cor, 109 min. Aemissora não informou a classificação etária
Ação - Uma unidade renegada das Forças Especiais dos EUA prepara um plano para fazer contrabando para o país. A única resistência que eles encontram é um patrulheiro de fronteira, um ex-policial da divisão de homicídios dedicado o bastante para enfrentar qualquer tipo de bandido. Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (Globo, 2 h) Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, de Carla Camurati. Com Marieta Severo, Marco Nanini e Ney Latorraca. Brasil, 1994, cor, 98 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia - Aos 10 anos, a espanhola Carlota Joaquina é prometida a D. João VI de Portugal. É o início de uma trajetória de brigas, infidelidades e lutas pelo poder, que trazem o casal ao Brasil, após herdar o trono, para fugir do avanço das tropas napoleônicas.
TERÇA, 30/11 Bogus, Meu Amigo Secreto (Globo, 15:45 h) Bogus, de Norman Jewison. Com Whoopi Goldberg, Gerard Depardieu e Haley Joel Osment. EUA, 1996, cor, 89 min. A emissora não informou a classificação etária Comédia - Após perder a mãe em um acidente, Albert é forçado a morar com Harriet Franklin, uma amiga rabugenta de sua mãe. É claro que ele não pode deixar de levar o melhor amigo, o grandalhão Bogus, um produto fruto de sua imaginação capaz de criar grandes confusões de verdade. Poseidon - (SBT, 23:10 h) Poseidon, de Wolfgang Petersen. Com Josh Lucas, Kurt Russell e Jacinda Barrett. EUA, 2006, cor, 98 min. Classificação Etária: 12 Anos. Ação - Em pleno ano novo, o transatlântico Poseidon é atingido por uma onda gigantesca que o faz virar de cabeça para baixo em alto-mar. O desastre deixa poucos sobreviventes e, contrariando as orientações do capitão, um grupo liderado por John Dylan decide buscar uma saída. Sideways - Entre Umas e Outras (ou "Regras do Jogo", opção do "Intercine") (Globo, 1:55 h) Sideways, de Alexander Payne. Com Paul Giamatti, Thomas Haden Church e Virginia Madsen. EUA, 2004, cor, 105 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama - Miles é um homem depressivo, que tenta se tornar um escritor. Como adora vinhos, decide dar como presente de despedida de solteiro a Jack, seu melhor amigo, uma viagem pelas vinícolas na Califórnia. Eles partem juntos na viagem, mas logo se envolvem com duas mulheres. Regras do Jogo (ou "Sideways ? Entre Umas e Outras", opção do "Intercine") (Globo, 1:55 h) Rules of Engagement, de William Friedkin. Com Tommy Lee Jones, Samuel L Jackson e Ben Kingsley. EUA, 2000, cor, 98 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama - Quando a Embaixada Americana no Iêmen é cercada por uma multidão de manifestantes, o coronel Terry Childers recebe a ordem de levar um esquadrão de soldados para o local, a fim de garantir a segurança. Porém, dezenas de civis acabam sendo mortos e o coronel é levado à corte marcial, sob a acusação de ter desrespeitado as regras militares por matar civis desarmados.
Duro de Matar 4.0 (Globo, 21:30 h) Die Hard 4: Live Free Or Die Hard, de Len Wiseman. Com Bruce Willis, Justin Long e Timothy Olyphant. EUA/Inglaterra, 2007, cor, 108 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação - Os Estados Unidos sofrem novo ataque terrorista. Desta vez, através da informática. Um "hacker" invade a infraestrutura computadorizada que controla as comunicações, transporte e energia do país, ameaçando causar um gigantesco blecaute. O autor do ataque planejou todos os passos envolvidos, mas não contava que John Mcclane, um policial da velha guarda, fosse chamado para confrontá-lo. Raios Mortais II (ou "Nacho Libre", opção do "Intercine") (Globo, 2 h) Lightning: Bolts of Destruction, de Brenton Spencer. Com Joanna Pacula, Nick Mancuso e Ellen Dubin. EUA, 2003, cor, 99 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura - Valery Landis, especialista em meteorologia, descobre que as violentas tempestades elétricas que abalam a sua pequena cidade não são um fenômeno local e estão ocorrendo em outras partes do mundo. Pesquisando ainda mais a fundo o problema, ela verá que o planeta está em perigo real e que algo precisa ser feito urgentemente. Nacho Libre (ou "Raios Mortais II", opção do "Intercine") (Globo, 2 h) Nacho Libre, de Jared Hess. Com Jack Black, Ana De La Reguera e Hector Jimenez. EUA, 2006, cor, 110 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia - Nacho foi criado em um monastério mexicano. Para tentar salvar o local, ele decide se inscrever em um torneio de luta livre. Porém esta atitude tem também outro motivo: o interesse de Nacho pela irmã Encarnacion, uma bela freira mexicana que chegou recentemente ao monastério.
QUINTA, 2/12 Good Burger (Globo, 15:45 h) Good Burger, de Brian Robbins. Com Kel Mitchell, Kenan Thompson e Abe Vigoda. EUA, 1997, cor, 84 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia - Dois empregados de uma lanchonete, a Good Burger, têm de se virar para que a nova loja concorrente, a poderosa Mondo Burger, não domine o mercado de "fast food", acabando com seus empregos. Tudo se transforma quando um dos rapazes inventa um molho que é um tremendo sucesso, despertando a ira avassaladora do dono da Mondo Burger.
QUARTA, 1/12
Cão de Briga (Band, 23:45 h) Unleashed, de Louis Leterrier. Com Jet Li, Morgan Freeman e Bob Koskins. EUA/Reino Unido/França, 2004, cor, 98 min. Classificação Etária: 16 anos. Ação ? Danny é um escravo que viveu e cresceu sem receber nenhum tipo de educação. A única coisa para a qual foi instruído é como lutar. Tratado como um animal doméstico por seu dono, Bart, Danny usa até uma coleira e foi criado como uma máquina, competindo em clubes ilegais e faturando muito dinheiro para seu dono. Quando um acidente de carro deixa Bart em coma, Danny conhece um pianista cego que ensina o lutador sobre a vida por meio da música.
O Natal de Eloise (Globo, 15:55 h) Eloise at Christmastime, de Kevin Lima. Com Julie Andrews, Sofia Vassilieva e Kenneth Welsh. EUA, 20043, cor, 86 min. Aemissora não informou a classificação etária. Comédia - Em Nova Iorque, nos anos 50, às vésperas do Natal, Eloise, uma menina rica, esperta e de bom coração, quer dar um presente especial para seu amigo, que é um garçom do hotel em que mora. Eloise fará de tudo para aproximar o jovem de sua amada, uma moça rica que está de casamento marcado com um sujeito nada amigável.
Contrato de Risco (ou "Invasão de Privacidade", opção do "Intercine")(Globo, 2:05 h) 2 Days in the Valley, de John Herzfeld. Com Danny Aiello, Greg Cruttwell e Jeff Daniels. EUA, 1996, cor, 98 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação - Após matar um atleta olímpico, o criminoso Lee tenta liquidar seu comparsa Dosmo. Ele consegue sobreviver e mantém um grupo de pessoas em uma casa próxima como reféns, durante dois dias. Enquanto uma dupla de policiais investiga o caso, Lee encontra-se com sua bela namorada para decidir o que fazer.
Invasão de Privacidade (ou "Contrato de Risco", opção do "Intercine") (Globo, 2:05 h) Sliver, de Phillip Noyce. Com Sharon Stone, William Baldwin e Tom Berenger. EUA, 1993, cor, 97 min. A emissora não informou a classificação etária. Suspense - Depois de um casamento infeliz, Carly vai morar em um prédio de Nova Iorque, onde ocorrem mortes e acidentes misteriosos. Ela acaba se envolvendo com os vizinhos Zeke Hawkis, um jovem solteiro e rico, e Jack Landsford, que é autor de "best sellers" baseados em crimes reais. Carly é atraída pelas sensações dos voyeurismo, ao ter acesso a uma sala onde 50 monitores de vídeo revelam as intimidades dos moradores.
SEXTA, 3/12 Aladdin e os 40 Ladrões (Globo, 16 h) Aladdin and the King of Thieves, de Tad Stones. Elenco não informado. EUA, 1995, cor, 88 min. A emissora não informou a classificação etária. Animação - Aladdin e Jasmine finalmente decidem se casar. Mas antes Aladdin deverá impedir que os lendários quarenta ladrões roubem um de seus presentes de casamento, um misterioso oráculo que pode levar a riquezas muito além da imaginação. Aladdin e seus amigos enfrentam perigos e fugas arriscadas durante uma verdadeira caçada ao Rei dos ladrões e seu bando. Positivas (TV Brasil, 23 h) Positivas, de Susanna Lira. Elenco não informado. Brasil, 2009, cor, 78 min. Classificação Etária: 10 anos. Documentário - O filme acompanha a vida de Cida, Heli, Rosária, Medianeira, Sílvia, Ana Paula e Michelle, mulheres que foram surpreendidas pela notícia de terem contraído o vírus da AIDS em um ambiente até então seguro e moralmente adequado. Mulheres comprometidas com os dogmas do relacionamento ideal e que não viam a necessidade de negociar o uso da camisinha com seus parceiros. Efeito Borboleta 2 (SBT, 23:10 h) The Butterfly Effect 2, de John R. Leonetti. Com Eric Lively, Erica Durance e Dustin Milligan. EUA, 2006, cor, 102 min. Classificação Etária: 14 anos. Suspense - Nick Larson está super feliz por viver a melhor fase de sua vida. Porém, tudo muda quando ele é chamado às pressas para uma reunião. Nesse dia, uma série de eventos é iniciada, culminando na morte de três pessoas que ele amava muito. Um ano depois, Nick descobre que pode viajar no tempo e mudar os eventos que o fizeram infeliz, mas brincar com o passado pode afetar diretamente o futuro. Coragem Sob Fogo (ou "Fonte da Vida", opção do "Intercine") (Globo, 1:55 h) Courage Under Fire, de Edward Zwick. Com Denzel Washington, Meg Ryan e Lou Diamond Phillips. EUA, 1996, cor, 108 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama - Em 1991, após a Guerra do Golfo, o tenente Nat Serling tenta obter indícios de que a oficial médica, Karen Walden, que morreu na guerra, merece ser a primeira mulher a ganhar uma medalha de honra. Entretanto, na verdade, o departamento de relações públicas da Casa Branca está procurando um herói e acaba encontrando um escândalo. Fonte da Vida (ou "Coragem Sob Fogo", opção do "Intercine") (Globo, 1:55 h) The Fountain, de Darren Aronofsky. Com Hugh Jackman, Rachel Weisz e Ellen Burstyn. EUA, 2006, cor, 120 min. Aemissora não informou a classificação etária. Ficção Científica - Na Espanha do século XVI, o navegador Tomas Creo parte para o novo mundo em busca da lendária árvore da vida. Nos tempos atuais, a mulher do pesquisador Tommy Creo está morrendo de câncer, mas ele busca desesperadamente a cura que pode salvá-la. Uma terceira história une as duas primeiras: o astronauta Tom finalmente consegue a resposta para as questões fundamentais da existência.
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O JORNA L JORNAL 11 Luiza Dantas/CZN
NOME PRÓPRIO
Em Araguaia, Bruna Marquezine deixa para trás o ar infantil como a Terezinha Por Natalia Palmeira PopTevê
Bruna Marquezine já se acostumou com a surpresa com que as pessoas a abordam. Aos 15 anos e 1,73 metro de altura, a atriz quase não lembra a sofrida Salete de "Mulheres Apaixonadas", papel que marcou sua estreia em novelas. No ar como a órfã Terezinha de "Araguaia", o jeito infantil ficou no passado. Até porque, do último trabalho para cá – em 2008, Bruna interpretou a lutadora Flor de Lys de "Negócio da China" –, ela cresceu e passou por grandes mudanças no corpo. "Nesse um ano e meio fora do ar cresci cinco centímetros. Às vezes, as pessoas se espantam, dizem 'você é a Salete? Não acredito!'", conta, com um ar de adulta. O desenvolvimento rápido, inclusive, gerou alguns imprevistos no trabalho. Quando fazia a curiosa Maria Augusta em "Desejo Proibido", por exemplo, Bruna interpretava a caçula de um trio de irmãs composto pela meiga Guilhermina e a ousada Tereza, vividas por Camila Rodrigues e Fernanda Paes Leme. "Éramos uma escadinha. No final, eu era a maior. Fui crescendo e o salto da Fernanda também", lembra, entre risos. Já na trama de Walther Negrão, o ar adulto não é problema. Até porque, na história, Bruna dá vida a uma menina que mora no orfanato da cidade. Mais velha das crianças, ela é tida como referência materna dos irmãos postiços, que também foram abandonados pelos pais. "Ela é meio mãe e ao mesmo tempo amiga. É quem bota ordem no orfanato e ajuda o padre Emílio a cuidar das crianças", define. Em seu oitavo trabalho na tevê, entre novelas e minisséries, interpretar uma órfã não é novidade na carreira de Bruna. A Terezinha, no entanto, não segue a linha dramática presente em trabalhos anteriores, como a deficiente visual Flor de "América". "Ela não carrega esse peso de ser órfã. É uma personagem leve, bem-humorada", ressalta. Para dar vida a Terezinha, Bruna teve aulas de expressão corporal. Isso porque, criada no Rio de Janeiro, a atriz teve de abandonar os traços urbanos para assumir o ar ingênuo e interiorano da personagem. "Ela tem um jeito mais simples. Até o modo de falar é diferente. É bem puro", explica. Além disso, o figurino também contribuiu para que ela encontrasse os trejeitos de Terezinha. De vestidinhos de algodão, Bruna muitas vezes grava descalça, o que intensifica o contato próximo da personagem com a natureza. "Eu também sou apaixonada pela natureza, mas não como a Terezinha", compara a jovem, que ainda teve aulas de forró, ritmo sempre presente nas cenas da novela. "Sempre gostei de dançar, mas nunca tinha feito dança de salão. Achei bonitinho. Dizem que lá no Araguaia tudo acaba em forró", conta. Apesar de atuar em uma trama ambientada em outra região, Bruna não teve a chance de viajar com parte do elenco para Goiás, onde foram gravadas as primeiras cenas da novela. O que para a atriz foi uma pena. "Estava doida para ir, mas, mesmo assim, aprendi muito sobre o Araguaia. Coisas que eu nunca tinha ouvido falar", confessa, sobre os "workshops" dos quais participou antes de começar a gravar. O trabalho atual só confirma o desejo da atriz em permanecer na profissão. Mas os estudos também são uma prioridade na vida de Bruna. Prestes a concluir o primeiro ano do Ensino Médio, ela pensa em cursar uma faculdade e ampliar as oportunidades. "Surgiu a ideia de fazer Jornalismo ou Moda. Algo que seja a minha cara. Só não me vejo alguma coisa relacionada à Matemática ou Física", enfatiza.
Jornal da TV 12
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