E UM FELIZ ANO NOVO
Papel 100% reciclado
Jornal
Regional
Nº 706 - 18 de Dezembro de 2017 Preço 0,60€ (IVA Incluído)
Sistema de distribuição da Barragem de Santa Clara com “perdas” de 40% da água A albufeira, construída há mais de 40 anos, tem sistema de distribuição “gravítico” que culmina com a água não usada direcionada para o mar pag.
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Diretor: Abílio Raposo Periodicidade: Quinzenal
www.jornaloleme.com jornal@o-leme.com
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Câmara de Santiago do Cacém aprova Orçamento de 32,3 milhões de euros para 2018 Áreas da Regeneração Urbana e educação fazem parte das prioridades da autarquia
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António Figueira Mendes, em entrevista
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“O que estamos a tentar fazer é não colocar os ovos todos no mesmo cesto”
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Campeonato Nacional de Juniores e Seniores de Natação
Polis investe 650 mil euros na consolidação de arribas na Zambujeira do Mar
Golfinho encontrado morto na praia Vasco da Gama em Sines
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Ampliação da escola poderá estar concluída no próximo ano letivo
O autarca falou sobre os grandes projetos turísticos parados na costa de Grândola, a requalificação da Biblioteca Municipal e os investimentos prioritários em 2018
Coisas de Emigrante com Rita Santos
Aprovado investimento na EB1/JI de Vila Nova de Santo André
Sineense Ana Sofia Sousa sagrou-se Campeã Nacional
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O Leme 18 de Dezembro de 2017
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Editorial
Ampliação da escola poderá estar concluída no próximo ano letivo Arquivo
Casamento complicado
Aprovado investimento na EB1/JI de Vila Nova de Santo André
Abílio Raposo Existem casamentos que são de facto muito bons em que o casal vive numa dependência extraordinária um para com o outro. Conseguem sempre se desculpar pelos erros come dos e perdoar-se mutuamente. Procuram respeitar-se e sendo dois, aceitam a diversidade de cada um. Cada qual, sempre na dependência conjugal, faz o que lhe agrada e procura, nessa liberdade respeitar o seu companheiro/a. Mas existem casamentos que não são possíveis. Casamentos que duram pouco e que se desfazem num instante. A falta de amor e de dedicação ao outro é notório. Cada um quer fazer a sua própria vontade e viver como se não exis sse o outro. Pois é assim que eu vejo a relação das pessoas com as ins tuições. Existem pessoas que vão para as direções das ins tuições para se servirem e não para estarem ao serviço dos outros. A causa que a ins tuição defende é nobre e sempre será. Não pode nenhuma ins tuição e causa social ser ví ma de maus gestores. Devem de facto ser penalizados aqueles que fazem maus casamentos. Nenhum diretor de obra social deve usar e abusar do património que lhe foi confiado para fins sociais. Quem o fizer deve ser penalizado para que con nue a confiar plenamente nas ins tuições. O gestor e diretor deve sim, sempre, valorizar os recursos financeiros para aplicar na causa que a ins tuição defende. Como pode alguém usufruir de milhões em remuneração e andar a pedir para a causa social? Este é de facto um mau casamento. Outro mau casamento é aquele em que entram polí cos nas direções das ins tuições sociais. O legislador e fiscalizador não devem estar nas gerências das ins tuições e empresas, pois não conseguem separar o bem do mal. Quantas pessoas perderam a verdadeira noção de solidariedade social e usam e abusam daquilo que deve ser encaminhado para aqueles que necessitam. E por causa de maus gestores de IPSS e de ins tuições Sociais privadas já perderam a confiança na ajuda e entreajuda. A esses eu peço que confiem nas ins tuições e procurem par cipar nas causas socias, pois aqueles que necessitam da nossa ajuda não podem ser penalizados. Não foram eles que roubaram, nem exploraram o bem comum. Par cipemos mais a vamente nas ins tuições sociais e abracemos as causas que muito nos são queridas. Os necessitados contam connosco e nós todos contamos uns com os outros.
A escola básica nr4 de Vila Nova de Santo André vai sofrer uma intervenção em 2018 que visa a sua ampliação e renovação. O investimento é inferior a um milhão de euros e poderá arrancar no início do próximo mês.
Helga Nobre A Câmara Municipal de Santiago do Cacém adjudicou a ampliação e renovação da Escola Básica nº 4 de Vila Nova de Santo André. A decisão foi aprovada por maioria com as abstenções dos vereadores do Partido Socialista e do PSD na reunião semanal do executivo camarário, que se realizou no passado dia 7 de dezembro. De acordo com o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, a obra foi adjudicada a um consórcio de empresas, por um valor de 950 mil euros. “É um compromisso do atual mandato que vinha do anterior e por isso adjudicamos a obra,
estranhamente, com a abstenção da oposição, e agora queremos iniciar a obra o mais rapidamente possível”. “A base era de um milhão de euros mas a obra foi adjudicada por 951 mil euros. Para efeitos do Tribunal de Contas (TC) não conta o IVA, o que significa que só a partir dos 950 mil o visto do TC era necessário antes de iniciar a obra. Assim, não estamos impedidos de arrancar com a obra”, acrescentou. O autarca prevê que a obra possa ter início em janeiro de 2018 com o “objetivo que estivesse concluída de forma a que os miúdos no início do próximo ano letivo começassem as aulas. Não jogamos a toalha ao chão e vamos tentar que isso seja possível, sendo certo que estamos dependentes do que vai ser a dinâmica da empresa que, se cumprir todos os prazos, terá a obra concluída entre agosto e setembro”. Recorde-se que, por uma questão de salvaguarda, os alunos da EB1/JI foram
transferidos para a escola nº1. “Decidimos em conjunto com o Agrupamento que os alunos iriam iniciar o ano na escola nº1 porque queremos garantir que assim que o empreiteiro tenha condições possa iniciar a obra”, sublinhou Álvaro Beijinha. “A intervenção na escola básica nº4 vai ser em tudo idêntica à escola nº3 sendo certo que esta empreitada tem um valor mais significativo porque inclui a cobertura do estabelecimento de ensino”, concluiu. jornalista // helga.nobre@o-leme.com
PSD contra designação do presidente da Junta de Ermidas no Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Alvalade Reunião do executivo da câmara de Santiago do Cacém O vereador do PSD na Câmara de Santiago do Cacém, Luís Santos, votou contra a nomeação do presidente da Junta de Freguesia de Ermidas do Sado (CDU) no Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Alvalade, na reunião de câmara do passado dia 30 de novembro.
Helga Nobre Durante a votação para a designação de representantes do Município nos Conselhos Gerais dos Agrupamentos de Escolas, no mandato de 2017-2021, o social democrata questionou os critérios que estiveram na origem desta decisão. De acordo com Luís Santos, a escolha recaiu no presidente da Junta de Freguesia de Ermidas (CDU) porque o atual presidente da Junta de Alvalade (PS) é de uma força política diferente da atual maioria comunista. “Tem sido mantido um critério nos mandatos anteriores de nomear um vereador e um presidente de junta da freguesia na qual o agrupamento está sedeado e, este ano, o critério não é o mesmo ou seja, é o vereador e, no caso do agrupamento de Alvalade, foi nomeado o presidente da Junta de Ermidas”, explicou o vereador da oposição que defende uma política
saudável para o município. “O que me parece é que evidente é que este critério só não é mantido porque o presidente de Junta de Alvalade é de uma força política diferente, por muito que queiram dizer o contrário”. A nomeação dos representantes nos Conselhos Gerais dos Agrupamentos Escolares foi aprovada por maioria com o voto contra do PSD tendo o Partido Socialista votado a favor da proposta. Um lapso, justificou o vereador do PS, Óscar Ramos que apesar do voto favorável, não concorda com a escolha do presidente da Junta de Freguesia de Ermidas. “Num dos parágrafos li que tem sido o vereador e um presidente da Junta de Freguesia (…) confesso que li aquilo descontextualizado e considerei que era pacifico continuar a ser assim, sou surpreendido quando o vereador (PSD) fez a referência que este ano indicavam o presidente de Ermidas (...) não nos parece correto e a votação foi por lapso”, sublinhou. “Achamos que o presidente da Junta de Alvalade deveria continuar, tal como nos anos anteriores. Não quer dizer que seja de propósito mas parece que é porque têm neste momento um presidente de outra força política que por acaso é do Partido Socialista e que devia ser respeitado tal como nos anos anteriores”, acrescentou o vereador socialista.
Em resposta, o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha diz que se está a querer “criar um caso político” em torno de uma designação, cuja sugestão, disse, partiu do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Alvalade-Sado, no mandato anterior. “Foi o Conselho-Geral, no mandato anterior, que sugeriu que o presidente da Junta de Freguesia de Ermidas do Sado, que também integra o agrupamento, pudesse integrar o Conselho- Geral. Como no anterior mandato esteve o presidente da Junta de Alvalade-Sado, entendemos neste novo mandato que pudesse ser o presidente da Junta de Freguesia de Ermidas (…) consideramos um processo natural tendo em conta que o número de alunos que provêem da freguesia de Ermidas é mais ou menos o mesmo que os de Alvalade-Sado. O vereador legitimamente votou contra (…) estranho não ter feito qualquer pergunta sobre o assunto”, afirmou o autarca. jornalista // helga.nobre@o-leme.com
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Rita Santos
Câmara de Santiago do Cacém aprova Orçamento de 32,3 milhões de euros para 2018
Investigadora de Economia da Saúde Emigrante desde 2009, atualmente em York, Reino Unido
Coisas de Emigrante
Áreas da Regeneração Urbana e educação fazem parte das prioridades da autarquia
CMSC
Aonde foi parar o bolo de aniversário?
A Câmara de Santiago do Cacém aprovou, no passado dia 14 de dezembro, o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2018, no valor de 32,3 milhões de euros. Uma redução de cerca de 1,5 milhão de euros em relação a 2017 que se prende com a previsão de receita para o próximo ano.
Helga Nobre O presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha ressalva a aposta em investimentos estruturantes para o município e reconhece tratar-se de um orçamento realista. “É a verba que consideramos ser a possível dentro das nossas expectativas de receita mas é um orçamento que vai ao encontro daquilo que foi um compromisso eleitoral (…) estamos a falar de investimentos significativos em várias áreas em todas as freguesias e acreditamos que com a concretização deste orçamento daqui a um ano o município estará mais desenvolvido e melhor infraestruturado”. De acordo com o autarca “é um orçamento realista que dá continuidade a uma política de contenção daquilo que é a nossa despesa. No mandato anterior houve uma redução em cerca de 50 por cento da divida e temos um prazo médio de pagamento inferior a 30 dias e é por isso que este orçamento foi proposto e aprovado”. Nas grandes opções do plano, as rubricas que envolvem mais verbas, em termos globais (plano de atividades municipal e plano plurianual de investimentos), são a regeneração urbana seguida das áreas da educação, cultura e desporto. De acordo com Álvaro Beijinha, na área da regeneração urbana, que conta com o maior valor de investimento, está prevista a reabilitação dos centros históricos do concelho, investimentos nos Bairros das Flores e do Pinhal em Vila Nova de Santo André e na reabilitação dos mercados municipais. “Estamos a falar de investimentos totais na ordem dos 7 milhões de euros que poderá chegar aos oito milhões de euros”, acrescentou. Na área da educação, o investimento de cerca de 1 milhão de euros na Escola nrº 4 de Vila Nova de Santo André, cuja adjudicação já foi aprovada, é uma das prioridades mas o autarca fala na conclusão da escola de Ermidas-Sado e num conjunto de investimentos de combate ao insucesso escolar.
“Em 2018 vamos-nos centrar nas questões tecnológicas e vamos colocar quadros interativos em todas as escolas básicas e em grande parte dos estabelecimentos escolares vão ficar dotados de salas TIC com computadores e novas tecnologias”, avançou. O Museu de Arqueologia de Alvalade e a criação da Rota dos Museus, são as prioridades da autarquia na área da cultura que vai dar continuidade à modernização administrativa com o início do funcionamento, em 2018, do Balcão Único. “Estamos também a fazer um forte investimento nas áreas tecnológicas, durante 2017 acabamos praticamente com o papel e, em 2018, queremos implementar um novo software chamado Mynet que é uma espécie de portal das finanças e que pretende facilitar a vida ao cidadão”, realçou o edil. No plano de atividades, a Câmara prevê ainda investimentos nos parques industriais do concelho. “Temos estado a aguardar o acesso aos fundos comunitários mas o vez que esse compromisso ainda não foi cumprido decidimos aprovar neste orçamento uma obra de requalificação da rua dos Eletricistas, no Parque Industrial de Vila Nova de Santo André, uma obra de 80 mil euros, que permitirá infraestruturar aquela área”, garantiu. Nas Grandes Opções do Plano, a Câmara prevê ainda um aumento de 12% nos apoios concedidos ao movimento associativo e desportivo. “Este ano aumentamos 5 por cento e agora aprovamos um aumento de 12 por cento para o movimento desportivo tendo em conta a dinâmica que temos vindo a assistir, que também é fruto dos investimentos recentemente, nomeadamente nos relvados sintéticos (…) estamos a falar de mais 20 mil euros de apoios”, afirmou o autarca. O Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2018 foram aprovados por maioria com os votos contra dos dois vereadores do Partido Socialista e do vereador da coligação PSD/CDS-PP. Oposição critica orçamento “sem visão” e de “continuidade” Para os vereadores do Partido Socialista o Orçamento e as Grandes Opções do Plano não contemplam as obras consideradas essenciais. O vereador socialista, Óscar Ramos, diz que alta visão à maioria comunista e lamenta que as propostas apresentadas pelo PS não tenham sido
aceites, como a questão da circular e do cemitério. “Houve a consulta aos partidos da oposição, fizemos algumas propostas que não foram atendidas e algumas delas iriam enriquecer mas a maioria assim não o entendeu apesar das nossas propostas serem estruturantes e ambiciosas para o futuro como a circular e o cemitério que são indispensáveis porque se houver um acidente grave não temos onde enterrar os nossos mortos”, criticou. “Dentro de Santiago do Cacém há casas sem águas residuais e isto não é aceitável que numa terra como esta não se olhe para estas pequenas coisas”, acrescentou o vereador socialista. Já o vereador da coligação PSD/CDSPP, Luís Santos diz que se trata de um orçamento de continuidade e defende um orçamento com medidas mais ambiciosas. “Defendemos medidas que permitam potenciar todas as características do concelho que entendemos que não estão devidamente potenciadas e que permita maior crescimento económico, maior capacidade de fixação de população e principalmente de jovens e de aproveitar a nossa localização geográfica e capaz de competir a nível global e principalmente com os municípios vizinhos”, sublinhou. O vereador entende que é urgente investir na vertente económica “com a captação de investimento e de postos de trabalho e essa é a base para permitir um crescimento social maior porque um concelho que consiga gerar maior riqueza vai distribuir maior riqueza e socialmente ser um concelho mais próximo de quem tem mais dificuldades”, concluiu. Em resposta às criticas, o presidente da Câmara de Santiago do Cacém refuta as criticas de “falta de visão”. “A construção da circular não é da responsabilidade da Câmara mas sim do Estado e o vereador do PS defende que a câmara não devia investir naquilo que é a sua responsabilidade. Quanto à falta de competitividade, lembro que o município foi o concelho que mais diminuiu a taxa de desemprego (…) somos dos poucos municípios com seis parques empresariais que permite fixação de empresas não apenas na sede como nas zonas do interior e em termos turísticos temos investido bastante”, afirmou. O Orçamento e as Grandes Opções do Plano vão ser discutidas pela Assembleia Municipal de Santiago do Cacém no próximo dia 22 de dezembro. jornalista // helga.nobre@o-leme.com
Semana da Ciência e Tecnologia atrai jovens em Santo André e Santiago do Cacém A Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, e a Escola Secundária Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, receberam, respetivamente nos dias 21 e 23 de novembro, uma sessão dedicada à Semana da Ciência e Tecnologia, que contou com a participação do Centro de Ciência Viva do Lousal e com uma palestra do investigador Alexandre Cabral, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Além de considerações gerais sobre o
trabalho científico desenvolvido em Portugal, a sessão incidiu, em grande parte, sobre o tema “Grandes telescópios, expectógrafos e a luz em busca de planetas extra-solares”, que despertou a atenção da plateia composta por alunos do ensino secundário, que puderam, no final, participar em experiências. A iniciativa decorreu no âmbito do Dia Nacional da Cultura Científica.
Da última vez falei-vos do Brexit, que está, em bom português, “em águas de bacalhau”. Por isso achei melhor falar de algo mais alegre, até porque estamos perto do Natal e não quero aumentar o meu nível de ansiedade. Uma das coisas mais interessantes em viver num país diferente daquele em que crescemos é o estar expostos a uma outra cultura. Nesta breve nota, vou contar-vos sobre as festas de aniversário de crianças em Inglaterra. Eu sei que as festas de aniversário em Portugal já não são iguais às da minha infância, que se baseavam em ter a sala dos pais cheia de amigos para comer todos os doces que pudessemos imaginar. E depois, uns aninhos mais tarde, quem não se lembra de uma festa de aniversário na garagem! Mas em Inglaterra não é bem assim. O meu choque começou nos convites recebidos, que indica não só a hora em que a festa começa, como também a hora em que a dita acaba. Sim, e as festas duram duas horas! Mas, para mal dos meus pecados domingueiros, podem começar as 10 da
manhã. Ainda há pouco tempo fomos a uma festa de aniversário numa floresta, em Dezembro com 7 graus! Então e como se faz uma festa em duas horas? As festas são normalmente organizadas em sítios especializados em festas (sítios dedicados ao desporto, pequenos zoos, dentro de florestas, trampolins como o bounce, softplays, dentro de museus, alguns restaurantes, ...) ou os pais alugam um “village hall” e uns insufláveis para a pequenada andar aos saltos. Nas ditas duas horas, a criançada brinca, faz alguma atividade planeada pelos organizadores da festa, come uma refeição, normalmente quente e canta os parabéns. Sim, tudo em duas horas! Agora eu disse cantar os parabéns mas não falei do bolo, porque esse misteriosamente desaparece e não volta... Mas para onde foi o bolo? Ora no final da festa é distribuído um saquinho com um presente (ou livro) e doces a todos os convidados e uma fatia do dito bolo de aniversário está lá no saco embrulhado num guardanapo!
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ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE SANTO ANDRÉ
ÓRGÃOS SOCIAIS – 2018/2020 Assembleia-geral Presidente – Joel Correia de Sousa, Sócio nº 12; Vice-Presidente – Francisco José Castro Roque, Sócio nº 2872; 1º Secretário - Sílvia de Fátima M. M. Godinho Durão Fins, Sócio nº 3085; 2º Secretário – João Miguel Pereira Fonseca Santos, Sócio nº 2962; Direção Presidente – Manuel António Fonseca Santos, Sócio nº 971; Vice-Presidente –
Carla Maria P. G. Gonçalves Chainho, Sócio nº 3021; Secretário – Osvaldo Énio Machado Godinho, Sócio nº 14; Tesoureiro – António Manuel Santos Gomes, Sócio nº 1041; 1º Vogal – Mário Jorge Rodrigues de Freitas, Sócio nº 2770; 2º Vogal – João Rodrigo Correia de Jesus, Sócio nº 2773; 1º Suplente – João Manuel São Marcos Luís, Sócio nº 238; 2º Suplente – Mário Rui Pinheiro da Silva, Sócio nº 1347 Conselho Fiscal Presidente – Manuel Henrique Coelho, Sócio nº 23; Vice-Presidente – António Alberto Melchior Alves, Sócio nº 1907; Secretário-Relator – António Chainho Pereira Parreira, Sócio nº 3022; 1º Suplente – António Manuel Cavaco Baião, Sócio nº 2605
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Grândola com orçamento municipal de 26,4 ME para 2018 Orçamento municipal do próximo ano ultrapassa o valor previsto para 2017, ano para o qual foi aprovado um orçamento de 21,5 ME A Câmara Municipal de Grândola aprovou um orçamento de 26,4 milhões de euros para 2018, cerca de mais 5 milhões de euros do que 2017, graças a “contrapartidas financeiras do novo quadro comunitário”.
Ângela Nobre “Teremos no próximo ano um reforço de mais de 5 milhões de euros, que advêm das contrapartidas financeiras do novo quadro comunitário e do aumento de receita de IMT [Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis]”, afirmou o presidente do município, António Figueira Mendes, citado num comunicado enviado ao jornal O Leme Segundo a informação divulgada no documento, desse valor, cerca de “4,4 milhões” de euros “são direcionados para a realização de investimentos estruturantes no concelho” do distrito de Setúbal,
que começaram a ser preparados ainda durante o anterior mandato. “Será assim possível concretizar obras de grande envergadura que contribuirão de forma significativa para a dinamização da economia local, reforço da coesão social, e melhoria da qualidade de vida da população”, acrescentou o autarca. Entre os investimentos previstos está a conclusão de “grandes obras”, como o Núcleo Museológico da Igreja de São Pedro e a Casa Mostra dos Produtos Endógenos, e o início das requalificações do Jardim 1.º de Maio, da Biblioteca Municipal e da Escola Básica 1 e Jardim de Infância de Grândola e ainda da construção de um Centro Comunitário da Aldeia do Pico e o reforço do abastecimento de água a Melides. Entre as ações previstas, é destacada “a forte aposta” no desenvolvimento da Zona Industrial Ligeira, com a implementação da terceira fase daquela área e a
construção da sua ligação ao Itinerário Complementar 1 (IC1). Outra prioridade definida pelo executivo municipal é o “reforço dos serviços operacionais”, com mais meios humanos e materiais, tendo em vista a melhoria dos serviços e o aumento da capacidade de resposta. Estão ainda previstas “diversas intervenções de melhoramento do espaço público e de lazer, requalificação da rede viária e caminhos vicinais e construção e substituição de infraestruturas de água e saneamento”. O documento foi aprovado a 07 de dezembro pela maioria do executivo municipal (CDU), com abstenção dos eleitos do PS, e vai ainda ser submetido à apreciação e votação da Assembleia Municipal. jornalista // angela.nobre@o-leme.com
Faleceu José Raposo Nobre, ex-presidente da Câmara de Santiago do Cacém Presidiu ao município entre 1976 e 1979 e foi dirigente da Casa do Povo de Alvalade do Sado
Opinião
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Filomena Pinela Advogada, em Santiago do Cacém
O Desafio de 2018
Escrevo-vos neste final, frio, de 2017. Foi um ano extraordinário na nossa vivência como povo. Aconteceram muitas coisas felizes como a inédita vitória no Festival da Canção, repetidos sucessos no mundo futebol, o facto de ter um português à frente dos destinos da ONU, a visita do Papa Francisco no centenário das Aparições e por outro lado, foi tempo de enormes desgraças de que destaco a quantidade de mortes, pelo menos trinta e oito, em consequência dos fogos florestais, no último verão. Sobre esse assunto gostaria de dizer da importância do ordenamento florestal e da preservação das zonas de montado que também servem de barreira à desertificação. É necessário dar primazia à floresta autóctone sobre eucaliptos e pinheiros. É terrível que tenha de morrer gente de forma hedionda, às dezenas, para que se reconheça o descontrole a que chegámos. Esperamos que essas mortes não tenham sido em vão e que mais que alterações na lei, se verifique uma mudança de mentalidade e atitude no momento de reflorestar. Também é tempo de encarar de frente a desertificação do interior e encontrar formas de a combater. Dois mil e dezassete foi tempo de recuperação e estabilidade económica, com especial crescimento do sector turístico quatro vezes superior a média da restante economia, tendo Portugal sido o vencedor do Melhor Destino Turístico Do Mundo, no Worl Travel Awards -2017, uma espécie do
Óscares do Turismo. Por ora, os investimentos estão especialmente centrados em Lisboa e na sua envolvente. O Alentejo Litoral é reconhecidamente das mais belas e das últimas faixas costeiras bem preservadas do sul da europa. Tem um potencial de crescimento exponencial e inegável capacidade de atrair investimento. Troia ressurgiu como polo de atração turística, irradiando até Melides. É necessária sensatez e sabedoria para ir construindo e fazer acontecer um desenvolvimento sustentável e harmonioso; equilibrando interesses com a plataforma industrial e o porto de Sines. Não querendo ser exaustiva diria que em 2018 será o tempo de aproveitar as oportunidades que o território, a localização e o momento propiciam; de forma especial em termos turísticos. São os meus votos.
Golfinho encontrado morto na praia Vasco da Gama em Sines Helga Nobre
O primeiro presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém eleito no pós-25 de abril, José Raposo Nobre, faleceu no dia 08 de dezembro, aos 88 anos de idade. Deixa esposa, dois filhos, quatro netos e cinco bisnetos. José Raposo Nobre foi eleito presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém em 1976, tendo-se candidatado como
Ângela Nobre independente, pela lista da Frente Eleitoral Povo Unido (FEPU), uma coligação entre o PCP, o Movimento Democrático Português - Comissão Democrática Eleitoral (MDP/CDE) e a Frente Socialista Popular (FSP) . Assumiu o cargo durante três anos, até 1979, depois de ter antes sido já vicepresidente da Comissão Administrativa da Câmara, entre 1974 e 1976. Comerciante de profissão, José Raposo Nobre nasceu em Sines, mas cedo foi residir para a freguesia de Alvalade, no interior do concelho de Santiago do
Cacém, onde participou ativamente na vida associativa, tendo integrado os corpos dirigentes da Casa do Povo local entre 1998 e 2014, período em que foi construído um Centro de Dia e um Lar de Idosos. Em 2013, foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Municipal pelo trabalho desenvolvido enquanto autarca e dirigente
Polis investe 650 mil euros na consolidação de arribas na Zambujeira do Mar Obra foi adjudicada em abril, mas interrompida durante o verão, tendo sido retomada em setembro A Sociedade Polis Litoral Sudoeste está a executar uma obra de estabilização e consolidação da arribas da praia da Zambujeira do Mar, no concelho de Odemira, que deverá estar pronta até ao final deste ano. Investimento ultrapassa os 650 mil euros.
Ângela Nobre “A intervenção de estabilização e consolidação das arribas na praia da Zambujeira do Mar visa dar resposta à correção de situações problemáticas de erosão costeira há muito identificadas, no sentido da eliminação, redução ou controlo do risco e salvaguarda de pessoas e bens”, explicou em resposta escrita ao jornal O Leme o presidente da comissão liquidatária da Sociedade Polis Litoral Sudoeste, André Matoso. A empreitada, que deverá estar concluída “até ao final do ano”, prevê o “saneamento da arriba de blocos potencialmente instáveis” , a “aplicação de uma rede pregada e a realização de
enchimentos e reperfilamento de reentrâncias da arriba com betão ciclópico”, a “instrumentação e observação da arriba”. O acesso à zona norte da praia, que fica na base das arribas intervencionadas, tem estado condicionado durante a empreitada. A obra foi adjudicada pelo montante de 653.883,77 euros, a que acresce o valor do IVA, e é cofinanciada pelo Fundo de Coesão, do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR). Além desta empreitada, a Sociedade Polis Litoral Sudoeste, atualmente em liquidação, prevê ainda, até dezembro de 2018, concluir intervenções no litoral dos concelhos de Odemira, Sines, Aljezur e Vila do Bispo. A Sociedade Polis Litoral Sudoeste é formada pelo Estado (51%) e pelos municípios de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo. jornalista // angela.nobre@o-leme.com
associativo. José Raposo Nobre deixa esposa, dois filhos, quatro netos e cinco bisnetos. O funeral realizou-se no sábado, dia 09, em Alvalade do Sado, estando agendada uma missa de sétimo dia para domingo, dia 17. jornalista // angela.nobre@o-leme.com
O cadáver de um golfinho deu à costa, no passado dia 11 de dezembro, na praia Vasco da Gama em Sines.
Helga Nobre O animal do sexo feminino, que foi encontrado durante a manhã no areal da praia, apresentava alguns ferimentos no corpo.
No local estiveram elementos da Policia Marítima de Sines que elaboraram uma ficha biométrica e contactaram o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas. O cetáceo foi retirado do areal da praia pelos serviços da APS que transportaram a carcaça do animal para aterro, adiantou o comandante da Capitania do Porto de Sines. jornalista // helga.nobre@o-leme.com
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AVISO N.º de Registo 21159 Data 24/11/2017 Processo 02/2017/4 Nos termos da alínea b) do n.º 2, do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua atual redação, torna-se público que a Câmara Municipal emitiu, em 22/11/2017, a requerimento de ANA CRISTINA PIMPÃO UNIPESSOAL LD.ª e MUNICÍPIO DE SANTIAGO DO CACÉM, processo n.º 02/2017/4, o aditamento ao Loteamento Municipal da ZAM, processo n.º 16/2001/45002, sito em Rua da Feira Lotes 159, 160 e 161 – ZAM – Vila Nova de Santo André, prédios descritos na Conservatória do Registo Predial sob os n.ºs 3715/20011016, 3 7 1 6 / 2 0 0 1 1 0 1 6 e 3717/20011016, respetivamente, da freguesia de Santo André.--------------------------A alteração consiste na anexação dos lotes 159 e 160, passando a ser um único lote,
designado por lote 159, com a área total de 756,00 m2, e na supressão do lote 161, com a área de 324,00 m2, que irá passar a integrar a área do Domínio Público, ficando o mesmo com a área total de 1.334,00 m2.--------------------A operação foi aprovada por deliberação de Câmara de 26/10/2017.--------------------Área abrangida pelo Loteamento Aprovado.-----------------------------------------------------A Chefe da Divisão do Ordenamento e Gestão Urbanística (no uso da competência subdelegada pelo despacho exarado no documento interno, com o registo n.º 20737, de 20 de novembro de 2017)
Jornal 706 de 18/12/2017
AVISO N.º de Registo 22465 Data 07/12/2017 Processo 24/2016/1 Nos termos do n.º 1 e da alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro, na redação em vigor, torna-se público que a Câmara Municipal emitiu, em 04/12/2017, o alvará de licenciamento de loteamento número 3/2017 em nome de ROSA MARIA SOUSA LOURENÇO e ANABELA DE JESUS SANTOS BASTOS, que titula a aprovação da operação de loteamento e respetivas obras de urbanização que incidem sobre o prédio sito em VALE DE QUEM TEM – DEIXA-ORESTO, freguesia de SANTO ANDRÉ, concelho de Santiago do Cacém, descrito na Conservatória do Registo Predial, sob o número 4657/20131107 e inscrito na matriz sob o n.º 6784, da respetiva freguesia.--------------
O loteamento e os projetos das obras de urbanização, foram aprovados, respetivamente, por deliberação camarária de 09/06/2016 e 27/07/2017.-----Área abrangida pelo Plano Diretor Municipal.--------------Área a lotear – 3.290,00 metros quadrados.---------------------Área total dos lotes – 2.967,85 metros quadrados.-------------Área total de implantação – 1.150,00 metros quadrados.----Área total de construção incluindo anexos – 1.150,00 metros quadrados.-------------Número de lotes: 4 com as áreas de 555,00 metros quadrados a 911,50 metros quadrados.--Número máximo de pisos: 2.---Número de fogos total: 4.------Número de lotes para habitação: 4.--------------------------------PRAZO PARA A CONCLUSÃO DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO: até 04/02/2018.----------------A Chefe da Divisão do Ordenamento e Gestão Urbanística (No uso da competência subdelegada pelo despacho exarado no documento interno, com o registo n.º 20737, de 20 de novembro de 2017)
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Opinião
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Santiago do Cacém distinguido com Certificado Internacional da Bandeira Azul O município de Santiago do Cacém recebeu no passado dia 23 de novembro, em Loulé, o Certificado Internacional do Programa da Bandeira Azul da Europa. Arquivo
A distinção foi atribuída pela Agência Portuguesa do Ambiente, no âmbito do Seminário Nacional da Bandeira Azul onde foram organizados workshops, visitas e entregas de prémios com o propósito de fazer um balanço do Programa Bandeira Azul e ainda preparar o ano de 2018.
Helga Nobre O certificado, atribuído a Santiago do Cacém, pelos quinze anos de adesão consecutiva ao programa, visa reconhecer o trabalho desenvolvido pelo município nas zonas balneares, adiantou o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha. “É uma distinção que é feita aos municípios que têm durante 15 anos ininterruptos a bandeira azul e penso que é o reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo destes anos com muito esforço uma vez que muitas vezes a Câmara é que tem suportado os nadadores salvadores quando deveriam ser os apoios de praia”, recordou. Santiago do Cacém recebe pela
primeira vez esta distinção internacional e, de acordo com o autarca, o certificado internacional vem reconhecer “as praias de excelência” que existem no concelho. “Felizmente as praias que temos na nossa costa são de excelência e é preciso realçar que há um conjunto de requisitos que têm de ser assegurados e que a Câmara, ao longo destes quinze anos, tem feito por isso estamos bastante satisfeitos com a obtenção” deste certificado. O Programa da Bandeira Azul da Europa teve inicio em 1987, à escala
europeia, com o objetivo de elevar o grau de consciencialização dos cidadãos e dos decisores para a necessidade de se proteger o ambiente marinho e costeiro e incentivar a realização de ações conducentes à resolução dos problemas aí existentes. Recorde-se que, em 2017, a Câmara de Santiago do Cacém hasteou a bandeira Azul da Europa nas praias da Fonte do Cortiço e Costa de Santo André. jornalista // helga.nobre@o-leme.com
Câmara de Odemira mantém em 2018 os valores de taxas e impostos As taxas estão afixadas abaixo do valor máximo estipulado por Lei, não havendo alterações relativamente ao ano 2017 Arquivo
A Câmara Municipal de Odemira vai manter em 2018 os valores de taxas e impostos que estão atualmente em vigor no concelho. A decisão foi aprovada por unanimidade pelos membros do executivo, de maioria PS.
Ângela Nobre Em 2018, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) continua, assim, a ser de 0,33% para os prédios urbanos, mantendose reduções de 20 euros, 40 euros e 70 euros para agregados familiares com um, dois, três ou mais dependentes, respetivamente, divulgou a Câmara Municipal de Odemira, num comunicado enviado ao jornal O Leme. Mantém-se a majoração em 30% da taxa de IMI para os prédios urbanos degradados, que é agravada para o dobro no caso dos prédios que se encontrem devolutos há mais de um ano e para o triplo nos casos dos prédios em ruínas. Os prédios urbanos classificados com eficiência energética de classe A ou A+ têm uma isenção de 10 por cento do IMI. Em 2018, a participação do município de Odemira no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) com
domicílio fiscal no concelho continua fixado em 4,50%. O município mantém também a isenção da derrama para pequenas empresas sediadas no concelho que registem um volume de négocios inferior a 150 mil euros, enquanto as empresas que ultrapassem esse valor são sujeitas a uma taxa de derrama no valor de 1% sobre o lucro tributável e não isento de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). A Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP), que reflete os direitos e encargos relativos à implantação,
passagem e atravessamento de sistemas, equipamentos e demais recursos das empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, em local fixo, dos domínios público e privado municipal, mantém-se em 0,25%. As taxas a aplicar em 2018 foram aprovadas, por unanimidade, pela Câmara Municipal de Odemira, numa reunião realizada no dia 16 de novembro, e por maioria na reunião da Assembleia Municipal, que decorreu no dia 29 de novembro. jornalista // angela.nobre@o-leme.com
Nuno Mascarenhas eleito para cargo na ANMP O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, foi eleito vice-presidente do Conselho Fiscal da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). A eleição aconteceu no XXIII Congresso da ANMP, realizado a 9 de dezembro em Portimão. Além de elegeram novos titulares dos órgãos da associação, os representantes dos municípios discutiram temas relevantes para a atividade autárquica, tais como a transferência de competências da administração central paras as autarquias locais e entidades intermunicipais, as finanças locais e o quadro comunitário Portugal 2020. O município de Sines esteve representado pelo presidente da Câmara, pelo vice-presidente da Câmara, Fernando Ramos, pelo presidente da Assembleia Municipal, José Luiz Batalha, e pelo presidente da Junta de Freguesia de Sines, Joaquim Serrão.
Joaquim Marques Ex-director e fundador da ETLA, em Santo André
Deus e a Modernidade
Costuma situar-se o início da Idade Moderna no ano de 1453, data da tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos e queda do Império Romano do Oriente. Mas a chamada Era Moderna ou Modernidade é caraterizada por outros acontecimentos mais significativos no âmbito dos movimentos sociais e formas de pensar da sociedade, contrastando significativamente com o pensamento medieval. A uma era caraterizada pelo pensamento teocêntrico (Deus no centro de tudo) e teocrático (todo o poder vem de Deus) sucedeu uma outra em que o homem descobre que não vive no centro do universo, nem num centro estático com tudo o mais a girar à sua volta. Esta descoberta teve consequências: colocou em causa (quase) tudo o que até aí se tinha como absolutamente certo, relativizou o conhecimento que, ao mesmo tempo, se foi alargando em bases científicas cada vez mais comprovadas por novos métodos de análise e colocou o conhecimento filosófico e teológico na necessidade de rever as suas teses, até aí elaboradas a partir de métodos meramente especulativos, baseando-as no conhecimento científico disponível. O edifício religioso do ocidente estremeceu, vendo ameaçados os seus alicerces, até aí colocados numa leitura e interpretação literal dos textos bíblicos. Se na Idade Média a existência de Deus era provada até à exaustão com argumentos metafísicos (são célebres, por exemplo, as cinco vias de S. Tomás de Aquino para provar a existência de Deus), a era moderna tornou possível a defesa da existência de um mundo sem Deus. Nesta fase, crentes e ateus esgrimiram provas da sua razão, constituídos em duas frentes dogmáticas antagónicas. Mais perto do nosso tempo, em especial na segunda metade do século XX, com o progresso das ciências físicas e astrofísicas, em especial a Física Quântica, chega-se à conclusão que qualquer dogmatismo é insustentável: é possível Pub
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defender, honestamente, um mundo sem Deus e é também possível, com a mesma honestidade intelectual, defender a existência de Deus. Há argumentos para uma e outra posição, cada indivíduo realçando os que lhe parecem mais conclusivos. Assim, de uma postura dogmática, seja teísta seja ateia, chegamos à postura moderna dominada pela incerteza. Deus, se existir, é um Deus oculto e em silêncio. Não se manifesta inequivocamente, nem pela via do conhecimento humano (enigma do universo e incerteza metafísica), nem pela via do drama da história, onde o mal existe, seja o mal físico, cego, proveniente da Natureza, seja o mal proveniente da perversidade humana. Não é, pois, sensato nem benéfico tentar provar, com provas “científicas” (que não existem), a existência de Deus, dado que ele próprio se quis ocultar num universo enigmático, que para uns exige Deus e para outros O dispensa. Multiplicar “milagres” que “provam” o sobrenatural não parece ser a via que o próprio Deus escolheu, dado que não se quis mostrar patente, inequivocamente, no Universo. No Cristianismo apresenta-se esta característica de Deus (oculto) com o termo grego Kenose, que designa o despojamento dos “privilégios divinos” de Jesus, filho de Deus, ao assumir a condição humana por “amor, ideal de dádiva”, aos outros: humilhou-se até ser condenado à morte em tribunal humano. Para nós cristãos, Deus revelou-se, de facto, não só ao longo do Antigo Testamento mas sobretudo com Jesus, o Verbo (Palavra) de Deus; mas aceitar esta Revelação pressupõe a Fé (“creio para entender”, dizia Santo Anselmo!). E esta Fé é aceitar este Deus como oculto mas libertador. É esta esperança na Libertação Final que nos deve levar a procurar a libertação humana já, considerando, no entanto, que ainda não será a libertação final.
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“O que estamos a tentar fazer é não colocar os ovos todos no m António Figueira Mendes, em entrevista O autarca falou sobre os grandes projetos turísticos parados na costa de Grândola, a requalificação da Biblioteca Municipal e os investimentos prioritários em 2018
Depois de alguns anos afastado da vida autárquica, António Figueira Mendes, o primeiro presidente da Câmara Municipal de Grândola eleito após o 25 de abril, voltou a recandidatar-se à liderança do concelho em 2013 pela CDU e reconquistou o município ao PS. Em 2017 voltou a liderar uma nova candidatura. Ganhou e reforçou a
O Leme - Como é que a política entrou na sua vida? António Figueira Mendes - Eu enquanto jovem comecei muito cedo a militar no PCP. Os meus pais tinham um estabelecimento comercial que era muito frequentado pela classe operária, sobretudo os corticeiros em Grândola. É daí que vem o meu contacto com os operários e também com os camponeses. Estive ligado também a algumas coletividades de cultura e recreio que tinham grandes tradições democráticas em Grândola, como boas bibliotecas onde se lia muito e conversava. Vem daí o meu gosto e essa apetência pela política. Cheguei a ser preso em 1967 e quando acontece o 25 de abril, eu, em conjunto com algumas pessoas, fiz parte da Comissão Administrativa de Grândola , fui indicado para ser o presidente da Comissão Administrativa. E depois, nas primeiras eleições autárquicas, em 1976, concorri para a presidência do município e até 1989 mantive-me como presidente da Câmara Municipal de Grândola, depois tive dois mandatos como presidente da Assembleia Municipal e depois voltei à minha vida privada. Digamos que a minha apetência e a minha ligação à política tem que ver um bocado com o meio social onde vivi desde muito jovem.
Em 2013 conseguiu reconquistar o município para a CDU. Não foi com maioria absoluta, mas em 2017 conseguiu reforçar a votação. Como interpreta estes resultados?
da limitação de mandatos. Em entrevista ao jornal O Leme falou do primeiro mandato para que foi reeleito, em 2013, e das mudanças que o regresso da gestão CDU trouxe ao concelho de Grândola. Para o futuro próximo, defende a aposta num desenvolvimento económico diversificado e investimentos municipais em requalificação.
partida pareceria mais desfavorável à CDU, foi o reconhecimento da população ao trabalho que desenvolvemos. O que é que mudou com a gestão CDU na Câmara Municipal de Grândola nestes últimos anos?
Provavelmente a população reconheceu o nosso trabalho e a capacidade que tivemos de recuperar a Câmara, que estava numa situação financeira complicada. E
Eu creio que nós tivemos uma grande aproximação à população. Nós não
conseguimos fazer algumas coisas. Melhorámos bastante o concelho em termos da requalificação das estradas, dos arruamentos, ampliámos a ligação ao movimento associativo, com apoios à
tinhamos meios para fazer, mas fomos explicando às pessoas e fomos pedindo a colaboração delas. Conseguimos mesmo assim ir melhorando do ponto de vista da estrutura da Câmara. Porque a Câmara
na questão dos gastos. Isso diferenciou a gestão CDU, precisamente por essa nossa ligação e postura, por muita transparência nas relações com as entidades e com as coletividades, com as juntas de freguesia. Nós criámos protocolos com todas as coletividades de cultura e recreio, com os clubes e com as associações, que foram e são transparentes, toda a gente sabe o que é que cada um leva. Mas para levar os subsídios tem que apresentar um plano de atividades e depois apresentar a execução desse plano de atividades. Com as juntas de freguesia fizemos contrato de execução, cada uma tem o mesmo valor para os trabalhos que têm que fazer, das competências que lhes são atribuídas, no âmbito da descentralização de competências. Isso transformou também a visão que as pessoas tinham da gestão da Câmara. Creio que esse foi um salto muito grande em termos de transparência e de ligação às pessoas. Contribuiu para isso também o facto de ter conseguido o apoio [no mandato 2013-2017] do vereador eleito pelo movimento Grândola Melhor (GM)?
frontais, discutir com a oposição as nossas propostas, eventualmente aceitar propostas que venham da oposição. Na AM de facto não temos maioria, como já não tinhamos no mandato anterior, mas
Do ponto de vista turístico, esses dois empreendimentos vão também alterar a situação e portanto devemos ter na península de Tróia, a curto ou médio prazo, uma grande evolução creio que não vamos ter dificuldades por aí. Não prevemos dificuldades, naturalmente que temos que ouvir as outras forças políticas, nomeadamente o GM continua a ter connosco uma relação de maior proximidade. Creio que não é por aí que deixaremos de fazer as coisas e de levar por diante o nosso programa eleitoral. CMG
Ângela Nobre
votação, conseguindo maioria absoluta no executivo. Natural de Azinheira de Barros, no interior do concelho de Grândola, filho de pais grandolenses, António Figueira Mendes, hoje com 74 anos, lidera “com orgulho” a gestão do município que tem por sede a “vila morena”. Embora já tenha no “curriculum vitae” anos e anos como autarca, nunca ambiciou ter uma carreira política e afirma-se defensor
Passado este tempo todo afastado, o que é o que levou a recandidatar-se em 2013? Era a última coisa que me passaria pela cabeça. Eu sou apologista de que os mandatos devem ser limitados. Esta questão dos três mandatos é uma coisa que eu sempre defendi, porque as pessoas não se devem eternizar nos lugares. Portanto para mim essa questão estava arrumada e a carreira política é uma coisa que nunca me preocupou a mim nem nunca tive essas ambições. A minha recandidatura não foi de iniciativa própria, foi um apelo grande que foi feito por gente do meu partido, mas também por outros democratas do concelho. Provavelmente porque as coisas enquanto cá estive correram mais ou menos bem e as pessoas fizeram esse apelo. Lá me convenceram e eu voltei outra vez a este cargo de que me orgulho muito. Já estava reformado e dá-me um certo gozo estar aqui. E voltei novamente agora [em 2017] a candidatar-me porque outra vez veio um apelo, desta vez ainda mais amplo, para voltar a estar à frente dos destinos do concelho, o que me orgulha muito, mas dá muito trabalho.
A floresta, o turismo e a indústria são de facto os três eixos fundamentais em torno dos quais queremos que a economia de Grândola se desenvolva juventude, cultura e desporto. Candidatámos uma série de projetos a fundos comunitários. Recuperámos financeiramente a Câmara. Chegámos a este ano com um saldo de seis milhões de euros e uma dívida de nove milhões, quando tinhamos uma dívida de catorze milhões de euros. Quando a situação do ponto de vista dos nossos adversários políticos à
estava desprovida de equipamentos e de pessoal para trabalhar no setor operacional. Tinhamos que recorrer a empreitadas para tudo, para tapar buracos, para fazer emendas de esgotos, enfim, um conjunto de pequenas obras, nós não tinhamos meios para fazer. Tinhamos um parque de máquinas e viaturas envelhecidíssimo. E sobretudo tivemos um rigor muito grande
Fizemos informalmente – digo informal porque nunca assinámos nenhum documento nesse sentido – um acordo com o GM que correu de facto muito bem, tivemos uma colaboração muito estreita. O vereador António Candeias teve pelouros importantes, desenvolveu um bom trabalho, tivemos boa relação. E mesmo agora, não tendo pelouros, continua a colaborar connosco e a discutir connosco os planos e o futuro do nosso concelho. Para nós, passadas as eleições, todos os vereadores, todos os membros dos órgãos autárquicos têm connosco a mesma relação e o mesmo respeito independentemente de quem ganhou ou não as eleições. Essa é a nossa forma de estar na política. Neste mandato tem a maioria absoluta no executivo, mas não na Assembleia Municipal (AM). Antevê alguma dificuldade? Que expectativa tem? Nesta nossa postura, vamos ser francos,
Em relação ao desenvolvimento do concelho, o turismo tem sido um dos principais setores económicos em desenvolvimento. Vai continuar a apostar neste setor? Sim. O turismo há-de ser, não digo que seja ainda, mas há-de ser o eixo central de desenvolvimento de Grândola, dada a potencialidade do concelho e destes 45 quilómetros de costa e todo um território interessante do ponto de vista do turismo. Esse vai ser naturalmente o eixo central do nosso desenvolvimento. Agora, o que estamos a tentar fazer, e começámos isso no mandato anterior, é não colocar, como se costuma dizer, os ovos todos no mesmo cesto. E portanto tinhamos aqui uma carência no concelho que era a questão da indústria. E portanto fizemos um esforço muito grande no mandato anterior para dar aqui uma nova dinâmica à zona industrial. Fomos procurando captar investimentos na área da indústria e portanto neste momento nós temos aqui o exemplo da
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Lauak que vai instalar uma empresa para componentes para aeronáutica, que é um investimento que rondará, desde já, os 30 milhões de euros, na zona industrial. E vai criar muitos postos de trabalho... Vai criar muitos postos de trabalho. Temos uma reunião marcada para começar a discutir essa parte da criação dos postos de trabalho e das pessoas poderem vir a fazer as candidaturas. Mas para além da Lauak, já se instalaram outras empresas, uma ligada ao pinhão, temos um centro de inspeção de viaturas, temos duas carpintarias, duas oficinas... E portanto neste momento nós temos a zona industrial esgotada e estamos a pensar na 3.ª fase da zona industrial, exatamente para responder à dinâmica que se criou. Vamos abrir agora um concurso para a construção de uma via de ligação direta de acesso da zona industrial ao IC1, sem ter que passar pelo interior da vila, que é um investimento de mais de um milhão de euros. Desse ponto de vista nós queremos diversificar. Também temos um grande património em termos de floresta e da agricultura, que continua a ser a base da nossa economia, e portanto também aí estamos a dar uma atenção muito grande. Essa fábrica de descasque de pinhão é já fruto dessa atenção. Do ponto de vista agrícola começam a instalar-se algumas empresas ligadas a culturas mais modernas. A floresta, o turismo e a indústria são de facto os três eixos fundamentais em torno dos quais queremos que a economia de Grândola se desenvolva, porque quando há crise numa dessas áreas, temos que estar preparados para não ficar desprovidos de qualquer rendimento e de criação de riqueza no concelho. No setor do turismo, há grandes projetos de que se ouve falar há muitos anos, mas que não se têm concretizado. O Comporta Dunes, na zona do Carvalhal, e também o projeto da Costa Terra, na zona de Melides, são exemplos disso. Ainda há a expectativa de que se venham a cumprir? Nós continuamos a ter ligações com esses empreendimentos. Tivemos aquela má notícia, diria eu, com a questão de não ter sido adjudicada aquela parte da Comporta, como referiu, do Comporta Dunes. Temos esperança que venha a haver uma solução rápida para aquilo, porque está lá um campo de golfe e um hotel iniciado e já em fase bastante adiantada que, a não serem tomadas medidas, vamos ter ali mais um passivo ambiental, para além da questão negativa do desenvolvimento do concelho. A Herdade do Pinheirinho e a Costa Terra são processos que estão com algumas dificuldades do ponto de vista financeiro e que continuamos a acompanhar e vamos periodicamente fazendo reuniões com as entidades envolvidas. O problema está estagnado. E de facto temos aí já um passivo ambiental... Com obras que ficaram a meio... Teremos que tomar medidas. O Pinheirinho tinha um campo de golfe completamente construído, tem as infraestruturas todas construídas e nós temos ali um passivo ambiental que se vai degradando. E está a ocupar camas e por isso nós admitimos daqui a um ano ou dois, se de facto aquilo parar, temos que retirar as camas que foram atribuídas àqueles empreendimentos. Mas depois temos outros projetos que estão neste momento a nascer e que também nos parecem
importantes. Um no Carvalhal e agora outro na Muda, que são imobiliários e turísticos. Mas depois temos outros, na península de Tróia, que estão em fases já bastante adiantadas e estamos a fazer reuniões quase todas as semanas. O Club Med está neste momento a negociar com a Sonae e creio que é um negócio que está praticamente feito. Vai instalar-se com um projeto dos mais avançados que o próprio Club Med tem no mundo e que vem alterar um pouco a sua filosofia com empreendimentos de cinco estrelas, de luxo. Depois temos o grupo Ortega que também se vai instalar em Tróia. Portanto digamos que,
desenvolvimento turístico no concelho seja ao longo de todo o ano e não apenas ao longo dos três meses de verão. Para 2018, a Câmara Municipal aprovou um orçamento de 26,4 milhões de euros, superior em 5 milhões ao ano passado. Exactamente. Batemos o recorde. É o mais alto orçamento que a Câmara já teve alguma vez. A que se deve esse recorde? Como conseguiram aumentar o orçamento?
15 mil e tal camas é o que temos previsto atualmente no PDM e achamos que neste momento não se justifica ter mais. Queremos manter a qualidade ambiental. do ponto de vista turístico, esses dois empreendimentos vão também alterar a situação e portanto devemos ter na península de Tróia, a curto ou médio prazo, uma grande evolução. Quantas camas turísticas estão disponíveis no concelho ao todo? 15 mil e tal camas é o que temos previsto atualmente no PDM [Plano Diretor Municipal], que foi agora aprovado, e achamos que neste momento não se justifica ter mais. Queremos manter a qualidade ambiental. Estão numa zona protegida pela Rede Natura... Exactamente. Pretendemos manter a qualidade em termos turísticos no concelho, manter a paisagem, manter toda esta área da zona costeira preservada, porque isso é um factor importante do desenvolvimento turístico que queremos que seja compatível e sustentável no nosso concelho. O que temos vindo a promover e a incentivar é também a criação de turismos rurais e temos aí bons exemplos. Não queremos concentrar apenas na costa o desenvolvimento turístico, porque nós temos uma serra fantástica, o rio Sado e todo o interior do concelho que tem condições para fazer turismo, que não seja apenas um turismo sazonal de sol e mar. Nós pretendemos também que o
Candidatámos um conjunto de verbas aos fundos comunitários e é também com as receitas desses projetos candidatados e aprovados que aumentámos o orçamento e a receita. E depois mercê também do desenvolvimento que o concelho está a ter, tivemos também do ponto de vista do IMT um aumento da receita. E portanto, creio que é uma questão que se vai manter nos próximos anos. Também à gestão, à economia e ao equilíbrio que fomos criando para podermos agora fazer investimentos que consideramos estruturantes no concelho. (...) Além da ZIL, de que falou há pouco, que investimentos são prioritários em 2018? Além da ZIL, temos uma estrada que está muito degradada, que sai das Sobreiras Altas e faz a ligação à zona costeira, que é um investimento grande e que vamos avançar já. Depois o abastecimento de água ao Valinho da Estrada e a Melides, que é um reforço, e que é um investimento muito grande. Vamos reparar mais um conjunto de ruas na vila de Grândola. Vamos avançar com a requalificação da Biblioteca Municipal, que já não tem condições de resposta, estamos a acabar o Museu de Arqueologia, que é de facto outra estrutura importante. Vamos recuperar um edifício que foi doado à Câmara para instalar serviços. Vamos
requalificar o Jardim 1.º de Maio que está com um aspecto muito degradado e que era também um ex-libris da vila de Grândola. A nossa avenida Jorge Nunes, que é um eixo central da vila, que está também muito degradada, vamos também requalificá-la. Vamos acabar a construção da Casa dos Produtos Endógenos, dedicada ao mel, ao pão, ao azeite e ao vinho. É este conjunto de obras que vamos levar a cabo durante este ano. Há aqui pelo menos um projeto que tem criado alguma contestação nas redes sociais. Foi criada uma página no facebook e promovido uma petição pública online, que tem cerca de 500 assinaturas. Estou a falar da requalificação da biblioteca. Isto, porque está prevista a demolição do atual edifício. É um projeto com alguns anos. O que é que se passa? Nós ainda não percebemos bem. De facto aquela biblioteca foi construída exatamente na altura em que eu cá estava (entre 1976 e 1989), a partir de um edifício antigo que estava ali. Na altura aproveitou-se a fachada, mas depois aquilo foi amplicado, subiu-se mais um piso. Foi há 30 anos. Aquele edifício não teve em conta na altura as atuais condições exigidas, nomeadamente a acessibilidade. E neste momento não respondia já a essas necessidades. De facto, no mandato do PS, a Câmara fez um concurso público de ideias a que concorreram 106 gabinetes [de arquitetura] e o júri selecionou aquele
A não serem tomadas medidas, vamos ter ali mais um passivo ambiental projeto. E esse projeto prevê de facto que aquela fachada não se mantenha, embora se mantenham algumas paredes e boa parte da estrutura do edifício, por isso é uma requalificação. O que não se mantém são as janelas que hoje lá se vêem. O edifício não está classificado e, do ponto de vista arquitetónico, - é claro que nós não temos muita arquitetura importante temos edifícios muito mais importantes que aquele. Ele já tinha sido descaracteriJornal
zado porque se criou um outro piso e portanto o edifício já não era o original que agora às vezes se quer fazer crer, portanto não há ali nenhum atentado ao património. Esse projeto foi feito pelo PS, foi aprovado por um júri constituído que teve membros da Ordem dos Arquitetos e técnicos ligados ao urbanismo e ao património. Foi classificado aquele projeto. Quando nós tomámos posse, no mandato anterior (2013-2017), suspendemos o projeto porque a Câmara não tinha dinheiro nem para pagar o projeto e ainda por cima as obras. Nós logo que a situação melhorou e que veio o quadro comunitário de apoio (Portugal 2020), tentámos a candidatura. Tivemos a aprovação, fomos aos mesmos projetistas com quem tinhamos rescindido, ou feito um acordo para suspender o projeto e consultámos para agarrem no mesmo projeto. Foi aí que se foi desenvolvendo, é claro que fomos discutindo com os técnicos da Câmara. O projeto esteve em exposição na Feira de Agosto de 2016. Foram sendo publicadas fotografias do projeto. Eis se não quando alguém se lembra [de contestar] quando o projeto já está adjudicado. Creio que há aqui razões políticas por detrás desta posição e deste movimento. Mas ouviu o que os opositores ao projeto tinham a dizer e as reivindicações que fazem em relação ao projeto? Sim, ouvimos e já fizemos uma Assembleia Municipal, fizemos uma sessão, explicámos com os projetistas o que é que está em causa. Agora, creio que as pessoas não se convencem disso. A própria assembleia nem tinha que discutir o assunto, porque aquilo são competências da Câmara, mas tivemos uma grande abertura para discutir e explicar o projeto. E pronto, o projeto vai avançar. Suspender, como aquelas pessoas queriam, isso quer dizer que daqui a quatro ou cinco anos não tinhamos ainda resposta para o público de uma biblioteca com as condições que hoje são exigidas. De facto vamos ficar ali com um edifício, que além de biblioteca, passa a ser praticamente um centro cultural, tem um auditório, tem um bar ligado à praça, tem três salas de exposição que se podem unir e ficar numa só e condições de acessibilidade, que é o que precisamos com urgência. jornalista // angela.nobre@o-leme.com
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corte pelo picotado
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Sistema de distribuição da Barragem de Santa Clara com “perdas” de 40% da água
Ângela Nobre
A albufeira, construída há mais de 40 anos, tem sistema de distribuição “gravítico” que culmina com a água não usada direcionada para o mar
As “perdas” de água no sistema de distribuição da Barragem de Santa Clara, no concelho de Odemira, chegam aos 40%, um problema que o Ministério da Agricultura pensa resolver com o Programa Nacional de Regadios.
Ângela Nobre “Estes sistemas foram concebidos para funcionar com 40% de perdas, ou seja, o ótimo de funcionamento é isto”, explicou ao jornal O Leme Manuel Amaro Figueira, diretor executivo da Associação de Beneficiários do Mira (ABM), entidade que gere o sistema de distribuição de água da barragem. “O tempo que medeia entre a saída da barragem e a chegada ao utilizador oscila entre 14 e 24 horas, portanto a água tem que ser solicitada à barragem com um dia de antecedência em média”, exemplificou, lembrando que a albufeira serve “cerca de 2.500 utilizadores”. A água distribuída que não é consumida pelos utilizadores acaba por seguir o trajeto dos canais até dois terminais a partir de onde é direcionada para o mar, no Rogil, no concelho de Aljezur, ou em Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira. Com 500 quilómetros de condutas, mais de 2.500 utilizadores, o perímetro de rega do Mira beneficia cerca de 12 mil hectares nos concelhos de Odemira e de Aljezur. Para melhorar a distribuição com menos
desperdício de água, reduzindo as “perdas”, a ABM iniciou o investimento na automatização do sistema, que permite atingir uma eficiência de 95%, contudo, o valor necessário para concretizar os projetos é avultado. Atualmente existem dois blocos automatizados no sistema da Barragem de Santa Clara, que abrangem cerca de 1300 hectares do perímetro de rega do Mira, o que representa “10 ou 11 por cento” das infraestruturas de distribuição. Só o último bloco automatizado este ano custou “quase quatro milhões de euros”. Estão previstas intervenções em “mais dois blocos de mil hectares”, com um custo estimado “na ordem dos 9 milhões de euros cada um”, mas, para avançar com estes investimentos, a ABM aguarda a abertura de concursos a fundos comunitários em que se enquadrem este tipo de projetos. O gabinete do ministro da Agricultura indicou entretanto, em resposta escrita, que a resolução da situação poderá estar incluída no Plano Nacional de Regadios. “Espera-se a resolução deste problema no quadro da execução do Programa Nacional de Regadios, que agora está a ter início”, informou o gabinete do ministro da Agricultura. Para o Ministério da Agricultura, no entanto, “a forma adequada de evitar a perda de água passa pela criação de reservatórios intercalares para armazenamento”.
Há mais barragens com “perdas” de água semelhantes Esta não é a única albufeira no país com um sistema que regista “perdas” de água desta ordem de grandeza. “Todos os aproveitamentos hidroagrícolas construídos em Portugal no pósguerra empregaram as soluções técnicas dessa altura, com a rede de distribuição em canais com regulação por comportas sem comando centralizado e apresentando perdas significativas de água”, esclarece o gabinete do ministro da Agricultura. Entretanto, alguns desses sistemas de regadio já terão sido “objeto de obras de modernização”, tendo o atual Governo aprovado, segundo o gabinete do ministro, “36 projetos de reabilitação com um apoio público a fundo perdido de 154 milhões de euros”, que “se encontram neste momento em fase de execução”. Da Barragem de Santa Clara, uma das maiores do país, que cobre uma área de 1986 hectares, são retirados anualmente “cerca de 55 milhões de metros cúbicos” de água por ano destinada à agricultura, indústria e abastecimento público. Com uma eficiência de 95% em todo o sistema de distribuição (em vez da atual, de cerca de 60 por cento), seria possível ter disponíveis mais “15 a 20 milhões de metros cúbicos”, calcula o diretor da ABM, Manuel Amaro Figueira. Com o país a atravessar uma seca prolongada, a Barragem de Santa Clara tem atualmente um nível de água de 53,6 % da capacidade máxima, segundo dados de novembro disponibilizados no website do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Este é um valor próximo do “volume morto” da albufeira, que, quando atingido, ainda permite uma capacidade de abastecimento de mais “um ano”, garante o mesmo responsável, ressalvando no entanto, para isso, a necessidade de recorrer a uma “estação elevatória”, o que significa um aumento de custos. jornalista // angela.nobre@o-leme.com
Santiago do Cacém pede revogação dos contratos de exploração de petróleo na bacia do Alentejo Câmara envia parecer para a Direção Geral de Energia e Geologia Arquivo
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sociedade
A Câmara de Santiago do Cacém pediu a revogação dos contratos de exploração de hidrocarbonetos na bacia do Alentejo na sequência do parecer solicitado pelo Governo. A decisão foi tomada na última reunião de câmara do executivo comunista.
Helga Nobre A Câmara de Santiago do Cacém já enviou o seu parecer para a Direção Geral de Energia e Geologia relativamente à exploração de hidrocarbonetos na área de concessão 'Lavagante' no deep offshore da Bacia do Alentejo. Recorde-se que o Governo solicitou um parecer às câmaras municipais de Santiago do Cacém, Sines, Odemira, Aljezur, Vila do Bispo e Lagos sobre o plano de trabalhos para 2018 apresentado pelo consórcio ENI/Galp. Na última reunião de câmara, o executivo municipal ratificou um documento apresentado pelo presidente da Câmara Municipal que defende a revogação dos contratos para “permitir uma discussão ampla sobre o assunto”. No seu parecer, Álvaro Beijinha reconhece a necessidade de serem avaliados os recursos existentes mas não sem antes serem discutidas as questões ambientais. “Se o país tem recursos, entendemos que devem ser avaliados mas defendemos que previamente tem de haver uma discussão muito aprofundada sobre essa matéria, envolver as autarquias e as populações e tendo sempre em conta a
salvaguarda dos interesses ambientais”, sublinha. O autarca diz que o turismo de natureza é um setor estratégico para a região e por isso quer avaliar de que forma se compatibilizam exploração de petróleo e a atual realidade. “Estamos numa costa que é das mais preservadas da Europa e por isso temos de avaliar previamente como é que se compatibiliza a questão da exploração de petróleo com esta realidade tendo em conta o turismo de natureza”, acrescentou. Por isso, no parecer que não tem carácter vinculo, a Câmara de Santiago do Cacém pede “a revogação dos contratos atuais” para permitir uma discussão prévia com as populações e autarquias da região. “Entendemos ainda que, se porventura houver recursos que devem estar ao serviço do país e ao seu crescimento e, em particular, desta região onde estão inseridos e não vemos isso nesta concessão”, concluiu o autarca. O parecer foi votado por maioria com as abstenções dos vereadores da oposição. Na reunião de Câmara, o vereador do Partido Socialista, Francisco Sousa lamentou a consulta tardia às autarquias por parte da Direção Geral de Energia e Geologia sobre um processo que, caso venha a ser cancelado, poderá resultar numa indemnização avultada para o consórcio Eni/Galp. Recorde-se que a Câmara de Odemira foi a única autarquia da região que se manifestou totalmente contra a exploração de petróleo na bacia do Alentejo.
Câmara Municipal investe forte no combate ao insucesso Repsol vai liderar consórcio escolar 832.160,22€ com comparticipação do “Insucesso Zero | Igualdade na quadros interativos, computadores e para exploração de gás na Bolívia Educação” é a designação da candidat u r a a p re s e n t a d a p e l a C â m a r a Municipal de Santiago do Cacém, a fundos comunitários e que mereceu, recentemente, a proposta de aprovação. Os objectivos específicos da candidatura visando a promoção do sucesso escolar são os seguintes: Integrar as tecnologias da comunicação nos processos educativos; Mobilizar as famílias para a importância da escola e do conhecimento; Promover a educação não formal; Promover a literacia e a formação da população do Município. Integrada na política educativa da autarquia, o Presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha, reforça a ideia de que esta candidatura, no valor de Pub
Fundo Social Europeu (FSE) de 702.237,00€, vai permitir realizar num período de três anos “um conjunto de atividades, em várias áreas, com o grande objetivo de combater o insucesso e o abandono escolar precoce”. São 28 as atividades que irão contribuir para atingir as metas propostas e todas elas centram-se em intervenções complementares às desenvolvidas pelos agrupamentos de escolas, mas em articulação com estes e envolvendo a comunidade escolar. Segundo Álvaro Beijinha muitas destas ações estão relacionadas com “a leitura, educação ambiental, educação na área da saúde, a criação de um observatório para a educação. São também comparticipados os investimentos com a aquisição dos
software associado à aprendizagem.”. De acordo com o autarca, “daqui a três anos, seguramente, as nossas crianças e jovens vão estar mais enriquecidas com o objetivo de que durante o seu percurso escolar futuro ganhem o gosto pela aprendizagem, que a educação seja um dos guias nas suas vidas para que quando chegarem à fase adulta possam contribuir para que no nosso município as pessoas que cá vivam sejam mais enriquecidas ao nível do conhecimento e mais empreendedoras”. Esta candidatura será apoiada por fundos da União Europeia através do Alentejo 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Eurupeu – projeto ”Promoção do sucesso escolar”.
A Repsol acaba de assinar um acordo com o Presidente boliviano para a exploração do campo de Iñiguazú através de um consórcio liderado pela Repsol e do qual fazem parte a Repsol E&P Bolívia (15% e operador), YPFB Andina (46,555%), YPFB Chaco (13,445%), Shell (15%) e PAE (10%). A assinatura foi realizada durante o Fórum de Países Exportadores de Gás, que teve lugar esta semana em Santa Cruz de la Sierra. No ato da assinatura do acordo, Evo Morales avaliou “em cerca de 900 milhões de dólares o investimento necessário” para que as operações sejam bem-sucedidas. Por sua vez, Antonio Brufau destacou o
jornalista // helga.nobre@o-leme.com
compromisso da empresa na continuidade das suas atividades na Bolívia. O campo de Iñiguazú tem uma extensão de 644 km2 e encontra-se perto da área de Caipipendi, onde a Repsol já opera o campo Margarita-Huacaya – o maior da Bolívia e com uma produção de 19 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A Repsol conta ainda com outros direitos mineiros na Bolívia: 6 em campos de exploração e 25 para projetos em fase de desenvolvimento e produção. Em 2016, a produção líquida da Repsol no país alcançou os 2.390 milhões de metros cúbicos de gás – em grande medida através do campo Margarita-Huacaya.
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Mensagem de Natal 2017 Num país distante vivia uma menina que, com os seus pais, tinha uma vida muito simples e feliz. A menina chamava-se Maria, seu pai Joaquim e sua mãe Ana. A jovem Maria ajudava em casa e aprendia, com a sua mãe a arrumar a casa e também a regras de conduta e vivência em comunidade, bebeu da Fé dos seus pais e antepassados. Ouviu falar de Deus e amava-o no seu coração. Estava atenta e gostava de aprender. Não se cansava de ajudar também os seus vizinhos. Era muito estimada por todos. Um dia estava Maria a fazer os seus trabalhos de casa, na ajuda a sua mãe, ouve uma voz que lhe diz que ela irá ter um filho. Assustada, conta à sua mãe que a conforta e lhe conta que é uma das maiores bênçãos que Deus pode conceder a uma mulher. Surge na sua vida um homem também muito bom e simples que pede Maria em casamento, seu nome é José. Segundo a promessa Maria dá à luz um filho, e é-lhe colocado o nome de Jesus. Nesta simplicidade narrativa, podemos ver como aconteceram os antecedentes do Natal. A Igreja marca para todos nós um dia que foi o nascimento de Jesus, no dia 25 de dezembro. A palavra Natal quer dizer nascimento, por isso celebramos nesse mesmo dia o grande acontecimento da vinda de Jesus, o Filho de Deus, ao mundo. E foi de facto na simplicidade que Ele nos visita. E é nesta simplicidade que devemos viver o Natal. Encontro de
Maria Fernanda Pinto Natal – Missa da meia-noite – 24-122017 Is.9,1-6; Sl. 95;Tito2,11-14;Lc.2,1-14
família. Encontro dos desavindos. Encontro de Paz. Encontro de Amor. Cada um de nós tente que neste Natal se encha de Paz e de Amor. Faça deste grande acontecimento a Fonte desses dons. Pois muito se diz que: o “Natal é todos os dias” ou “Quando um homem quiser”, mas se não vivermos o verdadeiro Natal, nunca será Natal. Procure cada um viver o verdadeiro natal. Não perca as celebrações natalícias. Entre no espirito de Natal celebrando a Missa do galo, que segundo a tradição tem
este nome para dizer que é na noite de natal que chega o grande anuncio da salvação para toda a humanidade. Como o galo anuncia o novo dia, assim a vigília noturna de natal anuncia o nascimento do Menino no presépio de Belém. A todos eu desejo um Santo e Feliz Natal. Que o Menino Jesus possa nascer no coração de cada um de vós, trazendo muito Amor e muita Paz.
da capela do bairro Azul a procissão com as imagens de Santo André e de Nossa Senhora da Conceição, para a igreja Paroquial de Santa Maria, onde participaras algumas centenas de fiéis. E pelas 11:30 foi celebrada a Missa da Solenidade de
Nossa Senhora da Conceição, presidida pelo Pároco Pe. Abílio raposo e concelebrada pelo Vigário paroquial Pe. José Pereira.
O Pároco Pe. Abílio Raposo
O Pároco Pe. Abílio Raposo
Com um tempo a correr mais veloz chegou-nos outro Natal a anunciar o nascimento de Jesus. Este anúncio porém não é de forma nenhuma a dizer: ide às compras, endividai-vos; e aos mais ricos avisa-os que, é estragação e imoralidade estragar o que para muitos é necessário para comer uma sopa quente e ter uns cobertores para enganar o frio… Isaías lembra-nos : “ o povo que andava nas trevas viu uma grande LUZ” … Será? Ou será uma ilusão !... Todos os anos nos vão lembrando estes bons anúncios: mudança de vida, vá lá mais um passinho… encoraja-nos o Salvador. Muitos passam indiferentes e empedernidos… Voltando a Isaías ouçamo-lo mais uma vez: “ Um Menino nasceu para nós um Filho nos foi dado e será chamado Conselheiro admirável, Deus forte, Pai Eterno, Príncipe da PAZ”. O seu reino será assente no direito e na justiça agora e para sempre… Paulo diz-nos a todos nós pela carta a Tito: “ Manifestou-se a graça de Deus fonte de salvação para todos os homens”. Aconselha-nos a viver com temperança, justiça e piedade… Mais uma vez esta advertência vem interpelar-nos a endireitar os nossos caminhos… O Evangelho de hoje mostra-nos como José e Maria eram respeitadores da lei. Para cumprir o decreto de César Augusto puseram-se a caminho de Belém para se recensearem. Maria estava grávida já no fim do tempo e com o longo caminho percorrido entrou em trabalho de parto e a cidade estava repleta de peregrinos que, chegando mais cedo ocuparam todos os alojamentos da cidade. Não havia tempo de procurar alojamento nos arredores… Valeu-lhes a generosidade de um estábulo onde, os animais que ali se encontravam “ puseram aquele espaço” à disposição do casal. A palha ali existente proporcionou a José poder arranjar uma cama o mais confortável possível para que, Maria pudesse dar à luz o seu Filho! Foi aí que nasceu o Salvador do mundo!…
AGENDA MISSAS 2ª F. Santa Maria
V. N. Santo André
3ª F.
4ª F.
18h30
Santo André
Bairro Azul
V. N. Santo André
11h00
Da Misericórdia
Santiago do Cacém
18h30
18h30
18h30
De Sines
Sines
17h30
11h00
18h30
De Porto Covo
Porto Covo Melides
Matriz
Grândola
www.agenciafunerariapalminha.com
5ª F.
6ª F.
Sáb
18h30
Aldeia
De Melides
i
Meditar a Palavra de Deus
Festa da Padroeira Mais um ano cumprimos a tradição das festas em honra da nossa Padroeira, Nossa Senhora da Conceição. As festas tiveram um tríduo de preparação que foi orientado pela paróquia e em que participaram três padres convidados. No primeiro dia refletimos, com a ajuda do Pe. Diogo Perpétuo, sobre a Igreja como Povo de Deus, que decorreu numa pregação integrada na missa semanal celebrada na igreja de Santa Maria pelas 18:30. No segundo dia do tríduo tivemos a presença do Pe. José Bravo, que nos ajudou com uma reflexão sobre a Igreja como Corpo de Cristo, também integrada na Celebração da Santa Missa. Por fim, no terceiro dia do tríduo tivemos a presença do novo pároco de Santiago do Cacém, Pe. Paulo do Carmo, que fez uma reflexão sobre a Igreja como Templo do Espírito Santo. No dia 8 de dezembro, pelas 10:30 saiu
igreja
Dom 11h30 10h00
11h00
18h00
09h00
11h00
18h30
18h30
18h30
18h30
11h30
11h00
18h30
18h30
09h30 / 11h00
18h00
18h00
Santa Maria Mãe de Deus – 1-1-2018 Num.6,22-27; Sl. 66; Gal.4,4-7;Lc.2,1621 No livro dos números reflitamos no que, Deus diz a Moisés: Não é violento nem castigador ao contrário, é suave amigo, fiel. “ O Senhor te abençoe e te proteja… O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a Paz”… O Senhor é assim sempre a querer o melhor para nós… sempre ao nosso lado mas respeitando a diversidade de cada um… Na carta aos Gálatas Paulo recorda-nos que, “ Deus enviou o Seu Filho para resgatar os que, estavam sujeitos à lei e nos tornar seus filhos adotivos”… Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho que, clama “Abba Pai”. “ Se és filho também és herdeiro por graça de Deus”. Quem tem ouvidos oiça quem pode entender entenda… A época natalícia dá-nos sempre lições novas o que, temos é de as descobrir. O Evangelho fala-nos da visita dos pastores que, apascentavam os rebanhos naqueles lugares e da grande admiração que se espelhava nos seus rostos ao depararem-se com aquele cenário rústico e tão humano que, os comoveu a todos! … Quem não se comoveria ao ver uma mãe e um pai protegendo o seu bébé de todos os perigos que poderiam fazer-lhe mal? Maria meditava no seu coração tudo o que lhe tinha sido anunciado. Os pastores maravilhados com o que haviam presenciado voltaram aos seus postos de trabalho e vigia louvando e glorificando a Deus pelo que, viram e ouviram … Oito dias depois estes pais voltaram ao Templo para circuncidar o menino tal como era costume naquelas terras . Puseram-lhe o nome de Jesus que, até hoje recordamos com toda a ternura que, merece um nascimento. É pois terrivelmente lamentável que, se desrespeitem tantos destes seres puros e inocentes… Quantos crimes se cometem com estes seres indefesos!! … Perdão Senhor Jesus …
MISSAS DE NATAL 24 de dezembro
25 de dezembro
10:00 – Missa IV Advento – Aldeia de Santo André 11:30 – Missa IV Advento – Igreja de Santa Maria 17:00 – Missa da Vigília de Natal – S. Francisco 23:00 – Missa do “Galo” – Igreja de Santa Maria
10:00 – Missa de Natal – Aldeia de Santo André 11:30 – Missa de Natal – Igreja de Santa Maria
17h30
01 de janeiro
11h00
12h00
18h00
09h30 / 11h30
10:00 – Missa de Sta Maria, Mãe de Deus – Aldeia de Santo André 18:30 – Missa de Sta Maria, Mãe de Deus – Igreja de Santa Maria
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Edição de desporto, Joaquim Bernardo
Campeonato Nacional da 2.ª divisão de Natação
Taça da A.F. de Setúbal
Clube de Natação do Litoral Alentejano garante a manutenção
Vasco, Estrela e União jogam dia 30 de dezembro
A equipa feminina do Clube de Natação do Litoral Alentejano atingiu mais um marco na história do clube ao garantir a manutenção na 2ª Divisão do Nacional de Clubes após conquistar o 12º lugar no Campeonato Nacional de Clubes da 2ª Divisão. A competição decorreu em Leiria entre os dias 2 e 3 de Dezembro e onde marcaram presença 421 atletas em representação de 33 clubes, da parte do CNLA as atletas foram: Ana Guedes, Ana Sousa, Inês Mascarenhas, Madalena Correia, Marta Marques, Melissa Lopes e Nicoleta Lascu. Após terem alcançado um excelente 4º lugar na 3ª Divisão na época passada, as nadadoras do CNLA estiveram em grande destaque nesta competição ao conquistarem 2 recordes nacionais, 3 primeiros lugares, 11 recordes regionais e 15 recordes pessoais que resultaram na conquista dos 237 pontos que permitiram a l c a n ç a r o e x c e l e n t e 1 2 º l u g a r. Ana Sousa foi um dos principais alicerces da conquista do clube ao registar dois novos recordes nacionais de júnior 16 na prova de 200 Livres com o tempo de 2:01.17, 3 primeiros lugares, nos 200 Livres com o tempo de 2:01.21, depois nos 400 Livres com dois novos recordes regionais, júnior 16 e absoluto com a marca de 4.16.70 e por fim nos 800 Livres com o tempo de 8:56.51 que conquista mais 2 novos recordes regionais júnior 16 e absoluto. Nicoleta Lascu também esteve em grande destaque ao conquistar um excelente 4º lugar nos 100 Costas com o tempo de 1:06.82, sendo ainda 6º nos 50 Costas com 31.62, e 7ª nos 200 Costas com 2.24.48 onde conquistou dois novos
recordes regionais, júnior 16 e absoluto. Ana Sousa e Nicoleta Lascu juntaram-se a Ana Guedes e Melissa Lopes e alcançaram um 12º lugar na prova de 4x100 Estilos, um 13º na prova de 4x100Livres e ainda um 15º lugar nos 4x200 Livres com um novo recorde regional absoluto com a marca de 9:10.01, demonstrando o poderio colectivo do CNLA. A nível individual, de registar ainda: Ana Guedes que foi 5º nos 50 Bruços com dois novos recordes regionais sénior e absoluto com a marca de 34.47, um 7º nos 200 Bruços com 2.48.89, e ainda um 9º lugar nos 100 Bruços com 1:16.00; Melissa Lopes foi 21º nos 50 Livres com 30.89 e 22º nos 100
Livres com 1:07.91; Madalena Correia foi 23º nas duas provas de 50 com 36.41 e 100 mariposa com 1:29.72 onde registou um novo recorde pessoal; Marta Marques foi 23º nos 200 Estilos com um novo recorde pessoal com a marca de 3:01.32 e Inês Mascarenhas foi 23º nos 200 Mariposa registando um recorde pessoal; Com a equipa feminina a disputar a 2ª Divisão no Nacional de Clubes, um dos grandes palcos da natação portuguesa, vem comprovar o excelente trabalho realizado por toda a equipa, sob a orientação do técnico Marc Moreira que é grande obreiro dos excelentes resultados alcançados.
Entrevista: Fernando Candeias - Treinador do Milfontes
Ser campeão não é "obsessão" para o Clube Praia de Milfontes Fernando Candeias, 41 anos, é o treinador da equipa sénior do Praia de Milfontes na época 2017-2018 e garante que o objetivo é fazer melhor que no último ano na 1ª divisão distrital de Beja. Mas recusa qualquer tipo de candidatura ao título. Que balanço faz do trabalho realizado até ao momento? Poderíamos estar mais satisfeitos se tivéssemos pontuado na última jornada, frente ao Vasco da Gama da Vidigueira. Mas pelo compromisso e entrega dos jogadores, pelo acreditar deles no processo e ideia de jogo e pela união de grupo que dia-a-dia evidenciam, estou muito orgulhoso do grupo que lidero e otimista em relação ao futuro. Conta com um plantel curto. É assim que gosta de trabalhar? Na verdade temos um plantel curto, mas enorme em carácter e capacidade de trabalho. Para além disso é uma prova de confiança na qualidade nos nossos juniores, pois as necessidades são colmatadas por eles. Já recorremos a vários e no futuro serão certamente mais aqueles que vão ter a oportunidade de jogar na equipa sénior. Qual é o objetivo no campeonato? Fazer melhor que no ano passado? Fazer melhor que o ano passado é muito difícil, pois a prestação foi fantástica. Obviamente que a ambição de sermos melhores está sempre presente no nosso dia-a-dia. Não estamos obcecados por conquistar o campeonato, mas sabemos
que pela forma como trabalhamos isso um dia vai acontecer naturalmente. Nos últimos anos tem lutado sempre até ao fim pelo primeiro lugar. Esse factor "pressiona" a equipa? O facto de estarmos sempre presentes na luta até final é demonstrativo da qualidade do trabalho que este grupo tem desenvolvido ano após ano. A nossa reconhecida qualidade de jogo, o ADN bem vincado do nosso processo, é na minha opinião pouco valorizada pela comunicação social de uma forma geral, preferindo sempre avaliar o resultado. Eu compreendo, mas reafirmo que não olhamos para o título de campeão como uma obsessão, mas sim como resultado de um processo natural. As condições de trabalho são boas ou pensa que com o número de atletas que o clube tem já precisava de mais um campo?
Acompanho diariamente os trabalhos de todos os escalões no Foz do Mira e penso que é evidente que aquele campo já se torna curto para a dinâmica do clube. No entanto, isso é uma questão que deve ser respondida pelos responsáveis do clube e entidades competentes, que decerto estão atentas e a trabalhar numa solução para o futuro do clube, que tem crescido muito nos últimos anos. Por aquilo que conhece, que ideia é que tem do campeonato? A qualidade das equipas tem aumentado ou não? A qualidade tem aumentado de uma forma transversal. Desde as condições dos campos à aposta na formação por parte dos clubes e Associação de Futebol de Beja, árbitros, treinadores, tudo isso tem contribuído para melhorias evidentes nas equipas e consequentemente no campeonato. A qualidade de jogo de hoje não tem comparação possível com o que era há 10 anos atrás. Contudo, há sempre a possibilidade de melhorar e novos formatos devem ser discutidos e avaliados para, sobretudo, elevar a competitividade do nosso campeonato". Como treinador qual é o seu objetivo? Chegar ao futebol profissional? Trabalho todos os dias para melhorar e para se chegar uma oportunidade desse nível, estar preparado para corresponder.
Estão marcados para o dia 30 de dezembro, os jogos da 1.ª eliminatória da Taça da Associação de Futebol de Setúbal. O Litoral Alentejano está representado por cinco equipas. O Vasco da Gama recebe no Estádio Municipal de Sines o Seixal, equipa da 2.ª divisão. O União de Santiago do Cacém joga em casa frente ao Quinta do Conde (2.ª
divisão). O Estrela de Santo André (2.ª divisão) desloca-se ao campo da Medideira para defrontar o Amora. O Grandolense joga no campo do Fabril do Barreiro. Outros jogos: Barreirense – Alcochetense; Palmelense – Sesimbra; FC Setúbal Almada e Alfarim - Charneca de Caparica. Recorde-se que o Amora é o atual detentor do troféu.
Terceira divisão de Hóquei em Patins
Campeões de canoagem estagiam em Milfontes Dois campeões do mundo de canoagem estão neste momento a estagiar em Vila Nova de Milfontes, beneficiando das excelentes condições para a prática da modalidade de que dispõe a localidade do concelho de Odemira. No campo de treino do Milfontes Canoe Village encontram-se a estagiar a equipa nacional feminina da Bielorússia, que conta, entre outras atletas, com Volha Khudzenka, actual campeã do mundo, vice-campeã da europa em K1 500 metros e vice-campeã olímpica em K4 500 metros. Em Milfontes estão ainda a também bielorrussa Alina Svita (vice-campeã do mundo de júniores em K1 500 metros) e o alemão Jakob Thordsen (actual campeão do mundo em K2 1.000 metros). Durante os próximos meses o Milfontes Canoe Village irá a receber outras selecções e atletas de renome mundial, quer no seu centro de treino em Vila Nova de
Milfontes quer na Mina de São Domingos (Mértola).
Nacional da 3.ª divisão de Natação
CNLA termina no 23.º lugar e desce de divisão No dia 1 de Dezembro, a equipa do Clube de Natação do Litoral Alentejano (CNLA) esteve em competição no Campeonato Nacional de Clubes da 3ª Divisão, nas Piscinas Municipais da Guarda onde participaram 437 atletas em representação de 45 clubes. A equipa masculina, que competiu nesta divisão pela 7ª época consecutiva, esteve representada por Alfredo Pimentel, Francisco Correia, Guilherme Custódio, Mauro Inácio, Pedro Bôto, Rodrigo Costa e Samuel Mariano. A equipa masculina alcançou o 23º lugar na classificação final, não conseguindo escapar aos últimos quatro lugares da tabela e sendo despromovida para o apuramento para a 3ª Divisão na próxima época. Apesar do resultado, a equipa – que
se encontra numa fase de renovação , lutou com todas as suas forças para tentar alcançar a manutenção, que não foi possível atendendo ao forte nível competitivo da 3ª divisão masculina. A nível individual, de sublinhar os recordes pessoais alcançados por Francisco Correia, nos 200 Costas; por Samuel Mariano nos 800 Livres; e por Alfredo Pimentel nos 100 Costas. Somando estes resultados aos do último Campeonato Regional (disputado em Sines), a equipa do CNLA apresenta-se cada vez mais apostada em consolidar o seu crescimento, de forma sustentada, ambiciosa e criteriosa, para elevar cada vez mais o seu nome, o da cidade e o da região a nível nacional.
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Edição de desporto, Joaquim Bernardo
Basquetebol do Estrela de Santo André
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Taça da Liga de Futsal de 11 a 14 de janeiro de 2018
Estrela de Santo André vence Pavilhão Multiusos de Sines recebe Taça da os Salesianos Liga de Futsal
Em jogo a contar para Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Basquetebol Masculino, a equipa sénior do Estrela de Santo André recebeu os Salesianos de Évora e venceu por 70-55. A contar para Campeonato Distrital de Sub-14 femininos, o Estrela de Santo
André defrontou o GDESSA e venceu por 59-33. A contar para Campeonato Distrital de Sub-16 masculinos, o Estrela de Santo André defrontou o Scalipus Clube de Setúbal e perdeu por 106-22.
Voleibol do Ginásio Clube de Sines
Ginásio Clube de Sines vence em Serpa
O Sporting, vencedor das duas primeiras edições, vai defrontar o Unidos Pinheirense nos quartos de final da Taça da Liga de futsal, na qual só poderá encontrar o Benfica na final. Numa prova que se vai disputar em Sines, de 11 a 14 de janeiro, e que junta os oito primeiros do campeonato, o Benfica joga com o Belenenses na primeira ronda, enquanto o Fundão, finalista das duas edições, defronta o Futsal Azeméis. No outro encontro dos quartos de final, o Sporting de Braga joga com o Modicus, com o vencedor deste encontro a encontrar nas 'meias' o Benfica ou o Belenenses. O Sporting ou o Unidos Pinheirense vão jogar o acesso às meias-finais com o vencedor do encontro entre Fundão e Futsal Azeméis. Programa dos quartos de final dia 11 de janeiro, jogam: Fundão - Futsal Azeméis, Sporting de Braga – Modicus, Belenenses – Benfica e Sporting - Unidos Pinheirense Programa da meias-finais dia 13 de janeiro: Fundão/Futsal Azeméis Sporting/Unidos Pinheirense e Belenenses/Benfica -- Sporting de Braga/Modicus. A final está marcada para domingo, dia 14 de janeiro, entre os vencedores das meiasfinais. Os bilhetes gratuitos para os sete encontros serão disponibilizados pela Câmara Municipal de Sines e pelos clubes participantes. O Pavilhão Municipal de Sines terá capacidade para acolher 1600 espectadores em cada jogo desta competição. O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, mostrou-se muito satisfeito por acolher esta fase final da
prova e a importância desta "jornada" de futsal para o desenvolvimento do concelho. Nuno Mascarenhas, Presidente da Câmara Municipal de Sines, esteve presente no sorteio e deu conta da grande satisfação por acolher esta prova: "Acima de tudo, é importante não só para a divulgação da modalidade, fora das grandes capitais, mas também porque o município de Sines aposta na promoção do Desporto. Na sequência da realização da Final Four da Taça de Portugal de futsal em 2015, que foi um sucesso, esperemos que este novo torneio possa levar a Sines os adeptos da modalidade e que seja uma grande divulgação daquela que é uma das principais modalidades de pavilhão do
país", referiu. Nuno Mascarenhas também vincou a importância desta grande "jornada" do futsal para o concelho de Sines: "Temos um pavilhão com excelentes condições, é um recinto inaugurado há relativamente poucos anos e é uma das maiores áreas desportivas fixas do nosso país. Não pretendemos somente promover a modalidade, mas também a região e o concelho. Assim sendo, a promoção turística passa também por levar a Sines este tipo de eventos. Estarão presentes as principais equipas nacionais e obviamente as pessoas que gostam da modalidade irão passar por Sines para ver os melhores jogadores em Portugal", acrescentou.
Campeonato Nacional de Juniores e Seniores de Natação A equipa sénior masculina de Voleibol do Ginásio Clube de Sines venceu em Serpa no último sábado por 3-0, com os parciais 25-17, 25-7 e 25-17. No dia 8 de dezembro, a equipa de Iniciados Femininos venceu o NSCP
Castro Verde por 2-0 e o Moura Vólei Clube igualmente por 2-0. No dia 10 de dezembro, a equipa sénior feminina deslocou-se a Loulé onde venceu a Fénix A por 3-2.
Nacional da 3.ª divisão - Hóquei em Patins
HC Vasco da Gama vence o Parede "B" em Sines
Ao vencer o Parede "B" por 6-4, a equipa sénior do Hóquei Clube Vasco da Gama garantiu a subida ao 3.º lugar, do Campeonato Nacional da 3.ª divisão – Série D. O H.C. Santiago viajou até Cascais onde perdeu por 5-3, descendo assim para o 11.º lugar da classificação. Restantes resultados da 4.ª jornada: Beja,4 – Sesimbra,6; Azeitonense,5 –
Murches,12; Salesiana "B",3 – M a r í t i m o , 6 e C l u b e TA P, 4 – H C Portimão,3. Classificação Geral: 1.º Maritimo e Murches,12; 3.º HC Vasco da Gama e Parede "B",9; 6.º Sesimbra,6; 7.º Clube TAP,4; 8.º Beja, Portimão, Cascais e HC Santiago,3 e 12.º Juventude Azeitonense,1 ponto.
Sineense Ana Sofia Sousa sagrou-se Campeã Nacional O Clube Natação do Litoral Alentejano (CNLA) esteve representado por três atletas nos Campeonatos Nacionais de Juniores e Seniores de Piscina Curta (25m), competição realizada na Piscina do Clube Fluvial Portuense (Porto) onde participaram 402 atletas em representação de 78 clubes. Ana Carolina Guedes, Ana Sofia Sousa e Nicoleta Lascu estiveram em excelente plano conquistando 2 recordes Nacionais, 5 medalhas (2 de primeiro, 2 de segundo e 1 de terceiro lugar), dez recordes pessoais, doze recordes regionais e a presença em 8 finais. Ana Sofia Sousa foi um dos grandes destaques da parte do CNLA ao sagrar-se Campeã Nacional Júnior nas provas de 100 e 400 metros Livres, onde realizou os tempos de 56.72 e 4.13.53 respectivamente, marcas que constituem dois novos Recordes Nacionais e Regionais Júnior 16 anos, tornamdo-.se assim a nadadora portuguesa mais rápida de sempre de 16 anos nas respectivas provas. A nadadora sineense foi ainda Vice-Campeã Nacional Júnior por duas vezes, nos 200 e 800 metros Livres com os tempos de 2:02.41 e 8:55.34, esta última conquista 2 novos recordes regionais Júnior 16 anos e absoluto. Igualmente no escalão Júnior, a destacar a atleta Nicoleta Lascu, a atleta conquistou duas finais juniores nas provas de 50 e 100 metros Costas com as marcas
de 31.27 e 1:06.11 ambas com recorde pessoal e ficando assim no TOP 10 nacional junior. A atleta nadou ainda os 200 Costas onde foi 11º com a marca de 2:25.47 e os 100 Estilos onde foi 16º com o tempo de 1:10.22. A comitiva do CNLA conquistou mais dois recordes regionais na prova de 50 metros bruços, onde Ana Carolina Guedes conquistou um 7º lugar com o tempo de 34.21, registando assim a melhor marca regional no escalão sénior e
absoluto. As nadadoras do CNLA tiveram assim uma participação ao mais alto nível como se pôde comprovar pelos resultados alcançados e que culminaram no 7º lugar do medalheiro no escalão Júnior, que coloca mais uma vez o CNLA entre as melhores equipas nacionais.
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O Executivo e todos os funcionários da Junta de Freguesia de S. Francisco da Serra Desejam a todos os munícipes e amigos
Um Feliz Natal E UM PRÓSPERO ANO NOVO
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O Leme 18 de Dezembro de 2017
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Brincando e Aprendendo
FMM Sines e Grease Festival nomeados para o Iberian Festival Awards
Coordenação: Ondina Bordalo
Primeira fase de seleção depende da votação online do público, a decorrer até ao dia 18 de janeiro
Poucos dias nos separam do dia de Natal. Hum...Natal...que época maravilhosa!!! As ruas e as casas são enfeitadas...as noites estão muito mais iluminadas...familiares vêm de longe para se reunirem nas festividades natalícias...a azáfama, está instalada...a correria para as compras das prendas, os preparativos para a ceia e almoço de Natal...enfim, mil e uma coisas!!! Mas...tanta festa, porquê? Muitos de nós, esquecemos o verdadeiro e principal motivo, que é, o Nascimento e Aniversário mais importante da Humanidade! Óbvio que vos falo de JESUS, nosso Salvador! _S. João 3:16: «Porque Deus Amou tanto o mundo que deu o Seu Filho Unigénito, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.» Ai de nós, se Deus não nos amasse da forma infinita, incondicional, imensurável, como nos Ama!!! Não esqueças pois, ao celebrares a Maravilha do Nascimento de JESUS, há 2017 anos, em Belém, celebra também o teu renascimento para a Vida Eterna, agradecendo-LHE, por esta dádiva Gloriosa! COM JESUS A REINAR NOS NOSSOS CORAÇÕES, QUE O NATAL SEJA PARA TODOS, PLENO DE AMOR, PAZ E ALEGRIA!
Nos tempos da ilhantina O Festival Músicas do Mundo (FMM) de Sines e o Grease Festival, que se realiza em Santiago do Cacém, estão candidatados à terceira edição dos Iberian Festival Awards em diferentes categorias. A primeira fase de seleção decorre até 18 de janeiro, com a votação do público.
Ângela Nobre O Grease Festival, cuja primeira edição decorreu este ano no centro histórico de Santiago do Cacém e a segunda está já agendada para os dias 08 e 09 de junho de 2018, está candidatado aos Iberian Festival Awards, numa nova categoria da competição: Best Non-Music Festival, a
que concorrem cerca de 40 eventos, portugueses e espanhóis, em que a música não é a componente principal. “A votação é até ao final de janeiro e esperamos que as zonas aqui da zona votem todas em nós, para trazermos o prémio para o concelho de Santiago do Cacém”, disse em declarações ao jornal O Leme Margarida Pereira, presidente da Associação Cultural de Santiago do Cacém, que promove o Grease Festival – No Tempo da Brilhantina, em conjunto com a Sociedade Harmonia. O festival convida a reviver os anos 50. O FMM Sines está candidatado em quatro categorias: Best Major Festival, Best Touristic Promotion, Best Line Up e Best Cultural Programme, estando ainda
nomeado o espetáculo de Oumou Sangaré no FMM Sines, para Best Live Performance. Na edição de 2017 dos Iberian Festival Awards, o FMM Sines foi galardoado com três prémios, tendo sido distinguido pelo Melhor Programa Cultural Ibérico, Melhor Promoção Turística em Portugal, galardões atribuídos por um júri, e como Melhor Grande Festival a nível nacional, prémio decidido pelo público. As votações do público estão atualmente a decorrer, através do endereço web www.talkfest.eu/iberian-festivalawards. jornalista // angela.nobre@o-leme.com
Litoral Alentejano desenvolve estratégia no combate à violência doméstica e de género Protocolo foi assinado em Grândola no passado dia 23 de novembro Helga Nobre
Os municípios de Santiago do Cacém, Alcácer do Sal, Grândola e Sines assinaram, no passado dia 23 de novembro, o protocolo de adesão ao Plano Intermunicipal para a Igualdade, que tem como objetivo a adoção de uma estratégia comum no combate à violência doméstica e de género.
- O primeiro presépio,foi criado em 1223,na cidade italiana de Greccio, por São Francisco de Assis, que relembrou a cena do nascimento de Jesus, através de uma apresentação teatral. - Os presentes, tornaram-se uma tradição no Natal, pois os três reis magos, levaram incenso, ouro e mirra e ofereceram ao Rei dos Reis/Jesus, quando O visitaram, logo após o Seu nascimento. - Quem nos dias de hoje, visitar a Catedral de Colônia,na Alemanha, é informado de que ali repousam os restos mortais dos 3 reis magos.
Passatempos Preenche os espaços vazios, com M__ L __ H __ __ R as letras que faltam e assim c o m p l e t a s o s n o m e s , d o s __ __ S __ A __ simpáticos reis magos! __ A __ T __ Z __ __
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cultura. “A intenção deste conjunto de ações que vão decorrer durante este período de tempo e outras vão continuar a ser feitas porque sabemos que a violência doméstica é um problema grave que tem de ser combatido, na infância é necessário que os meninos da escola saibam que não há tarefas de homens e de mulheres, no trabalho combater as questões dos direitos laborais enfim, há um conjunto de ações na nossa sociedade que devemos trabalhar em diversas frentes para mudar mentalidades”, acrescentou. O Plano Intermunicipal para a Igualdade surge no âmbito de uma estratégia nacional de combate à violência doméstica e de género, em vigor até 2018, que incide em territórios mais desprovidos de respostas, como é o caso do Litoral Alentejano, implementando uma estratégia para o desenvolvimento de um
trabalho em rede que promova as condições mínimas ao apoio e proteção das vitimas. Após a análise dos diagnósticos sociais existentes vai ser elaborado um plano de género que define as áreas de intervenção, objetivos, ações, intervenientes, indicadores e calendarização. O plano divide-se em sete áreas estratégicas: Educação e Ensino;Cultura e Desporto;Participação Política e Cívica; Cidadania e Direitos Humanos;Violência Doméstica e de Género; Informação, Comunicação e Divulgação e Saúde.
jornalista // helga.nobre@o-leme.com
Festa de Natal do Pré-Escolar: Câmara levou crianças ao cinema A Câmara Municipal promoveu a Festa de Natal do pré-escolar, nos dias 5, 6 e 7 de dezembro, com a exibição do filme "Shreck no Natal", no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém. Um total de 750 pessoas assistiram ao filme, na sua
Curiosidades
«Porque a Graça de Deus se manifestou trazendo Salvação a todos os homens e ensinando-nos para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa.» _Tito 2: 11 e 12
Helga Nobre O protocolo, assinado em Grândola, envolve igualmente a Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade e a Associação Intervir.Com, enquanto gestora do conjunto de ações que se vão desenvolver nos quatro municípios. De acordo com Margarida Santos, vice-presidente da Câmara de Santiago do Cacém, o plano visa combater a desigualdade entre géneros. “Trabalhar em conjunto e articuladamente para combater a desigualdade de género, nas mais diversas formas no nosso dia a dia, de forma a alterar mentalidades, combater a violência doméstica e contribuir para que essas dificuldades diminuam e possamos ter uma sociedade de acordo com aquilo que diz a nossa Constituição”, afirmou. Recorde-se que, em 2016, os quatro municípios aderiram à estratégia de Combate à Violência Doméstica e de Género e, um ano depois, subscreveram o Plano Intermunicipal para a Igualdade com “a convicção de que um conjunto de ações podem levar a grandes mudanças”, sublinhou Margarida Santos. Ao longo de três anos, período de vigência deste plano, as ações vão incidir em áreas como a educação, ensino e
Parabéns a todos os aniversariantes!
grande maioria crianças, de 21 Jardinsde-Infância da rede pública e do privado, bem como utentes da Cercisiago. Acompanhadas por educadoras e auxiliares as crianças viveram momentos de grande animação e alegria, proporcio-
nados, também, pela animação dos XPTO. No final das quatro sessões de cinema foram oferecidos aos mais pequenos postais de Natal, chocolates e esculturas de balões.
Boas festas Feliz Ano Novo 2018 A Junta de Freguesia de Santo André deseja-lhe votos de Boas Festas e um Feliz Ano Novo