O Leme 760

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Papel 100% reciclado

Jornal

Regional

Nº 760 - 16 de Abril de 2020 Preço 0,60€ (IVA Incluído)

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Diretor: Abílio Raposo Periodicidade: Quinzenal

www.jornaloleme.com jornal@o-leme.com

Santiago do Cacém instala Hospital de Campanha com 40 camas pag.

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Associação de Comerciantes de Santiago do Cacém alerta para dificuldades Comércio local sofre quebras significativas na receita devido à pandemia de Covid-19

Autarquias de Santiago, Sines e Grândola lançam plano de medidas para apoiar familias pag. e empresas

Alentejo Litoral regista 32 casos de covid-19

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Bombeiros de Santo André combateram incêndio urbano

Município de Sines lança concurso de 4,9 milhões de euros para qualificar ZIL II

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Internet aproximou a igreja dos fiéis

Covid-19: Terceiro período arrancou com aulas à distância

Autoridade Tributária e Aduaneira apreende mais de 100 quilos de cocaína no porto de Sines

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Editorial Medo e isolamento agravados pela pandemia

Autarquia de Santiago do Cacém promove higienização de Lares e quartéis de Bombeiros, e prossegue com ações no espaço público CMSC

local

Abílio Raposo

Pub

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém prossegue de forma regular com ações de higienização e desinfeção no Concelho, como medida de combate à pandemia por Covid-19. A Autarquia voltou, dia 2 de abril, a realizar as ações nos espaços públicos de maior permanência de pessoas e estendeu-as às instalações dos Bombeiros Voluntários, instituições de apoio a idosos e pessoas com necessidades especiais. As instituições que receberam já as ações de higienização e desinfeção promovidas pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém foram os Bombeiros Voluntários de Alvalade, de Cercal

do Alentejo e de Santiago do Cacém, estando prevista estender-se, também, aos Bombeiros Voluntários de Santo André. Serão também alvo da ação a Cercisiago,a Associação de Apoio ao Desenvolvimento Integrado de Ermidas-Sado e a Casa do Povo de Abela. Estas foram as instituições que responderam à intervenção de higienização lançada pela Câmara Municipal. A próxima ação de higienização e desinfeção nas instituições está já agendada para o próximo mês de maio. Nos espaços públicos as ações voltaram a realizar-se nas zonas envolventes às farmácias, supermercados, estações de correios, postos de

abastecimento de combustíveis, centros de Saúde e Hospital do Litoral Alentejano. A ação estendeu-se, igualmente, às escolas do Concelho onde estão a ser servidas refeições aos alunos mais carenciados. Foi também aplicado desinfetante em equipamentos públicos como os contentores do lixo, os ecopontos, os terminais de multibanco e as paragens de autocarro. A Autarquia programou a realização destas ações para que decorram duas vezes por semana, durante os períodos da manhã e da noite para não interferirem com a atividade que decorre nos espaços intervencionados.

A Câmara Municipal de Sines continua a realizar ações de desinfeção no concelho como medida preventiva da propagação do novo coronavírus (Covid-19). Recentemente, e de acordo com o definido nas medidas de apoio do município às instituições locais, foram feitas desinfeções nas instalações da Cercisiago em Sines, na Associação A Gralha em Porto Covo e no quartel dos Bombeiros Voluntários de Sines. Segue-se a Santa Casa da Misericórdia. Também o Centro de Rastreio Móvel “Drive Thru” localizado no pavilhão da Junta de Freguesia de Sines está a ser objeto de desinfeções regulares. Os trabalhos nos pavimentos das zonas urbanas do concelho incluem a aplicação de produto desinfetante e a lavagem das ruas através de um camião-cisterna. Nos autocarros do transporte urbano

CMS

Município de Sines reforça desinfeção no concelho

municipal, é aplicado um produto com ação desinfetante de longa duração. Vencer esta batalha depende de todos nós. A Câmara Municipal de Sines reitera o apelo à

população para que cuide também da higienização das suas casas, com principal enfoque para os espaços comuns das habitações.

Grândola tem Centro de Acolhimento- Covid19 CMG

No ul mo número do jornal falei que temos de viver com Esperança no dia de amanhã. Temos de ser par cipantes na sociedade para que tudo corra bem. Tudo fique bem. É este o desejo de todos. E isto concre za-se num ato importante: fique em casa. Este grito ecoa em todo o lado. Em todas as redes sociais e todos os meios de comunicação social. Mas para que queremos nós que tudo fique bem? Uma das coisas que mais desejamos é nunca adoecer; ninguém quer ficar doente; ninguém quer sofrer. Nunca foi tão di cil ficar em casa, mas ao mesmo tempo, eu desejo ficar em casa. Este sen mento de contradição está a minar o nosso pensamento. Eu desejo sair de casa, mas tenho medo. Não quero ficar doente. Este é o grande motor para a minha decisão de permanecer em casa. E que os portugueses de um modo geral estão a cumprir. Mas não deixa de ser verdade que o isolamento é um problema, que já havíamos iden ficado, e que de um modo abrupto foi imposto a todos nós. Também este é um grande problema com que nos deparamos. O nosso Centro Comunitário “O Moinho”, através das nossas colaboradoras con nuam a visitar todos os nossos utentes, tanto os de Apoio Domiciliário, com os de Centro de Dia, que agora estão também em suas casas. Não foram deixados sós. Este tem de ser também um desafio para todos. Hoje podemos u lizar os meios de comunicação (redes sociais, telemóveis e telefones) para chegarmos aos mais isolados. Este é um novo desafio que esta pandemia nos deixa. Nestes úl mos dias os nossos governantes começaram a olhar com preocupação para a situação económica, numa perspe va de retoma. Isto é, tentar reabrir algum comércio e industria que possam vir a relançar a economia. Porque na verdade isto é importante que aconteça. É importante a vida humana e logo a nossa saúde. Mas se nos faltar o sustento, que já acontece num número elevado de pessoas, mesmo aqui na nossa comunidade, como me confidenciou a Presidente da Cáritas paroquial da nossa cidade, a saúde vai começar a faltar. As contas vão amontoando e faltando a comida na mesa. A retoma da a vidade económica deve iniciar-se, mas com todo o cuidado e proteção. A comunidade Cristã também sente a necessidade de se encontrar com Deus na sua igreja. É importante que todos colaboremos para que esse momento seja possível.

Grândola tem desde 4 de abril, um centro de acolhimento com 2000m2 nos pavilhões do Parque de Feiras, preparado para resposta polivalente ao COVID 19 A Câmara, liderada por António Figueira Mendes, adaptou na última semana este equipamento municipal com capacidade para albergar 100 pessoas (40 em quartos isolados e 60 em espaço comum), com uma área de 2000m2, estando preparado para funcionar como centro de acolhimento, podendo dentro das

necessidades, evoluir para unidades temporárias de acolhimento militar, forças de segurança, corpo de bombeiros e em necessidades mais extremas passar para hospital de campanha. O autarca da Vila Morena espera “que a situação no Concelho não se agrave” mas acrescenta que “temos que estar preparados e tomar as medidas necessárias para enfrentar essa possibilidade e combater a pandemia que se encontra atualmente na fase de mitigação”. Neste sentido os pavilhões estão equipados para dar

uma resposta polivalente, bastando para tal a existência de profissionais nas diversas áreas. O espaço contempla casas de banho, incluindo duches, para ambos os sexos e para pessoas com mobilidade reduzida, farmácia, espaço para logística e refeições, zona de triagem, gabinetes médicos e de enfermagem, e outros espaços polivalentes para funcionamento do Hospital de Campanha. O Presidente da Câmara refere ainda que “para além desta resposta do Município, estão também a ser preparados quatro Centros Comunitários para acolherem mais 64 pessoas”, que contam também com o contributo de agentes económicos do Concelho. De referir que a autarquia tem à disposição dos profissionais de saúde, desde o passado dia 23 de março, habitações municipais totalmente equipadas e tem mantido contacto com os Alojamentos Turísticos do concelho no sentido de integrarem um plano de disponibilização de alojamentos a profissionais envolvidos no combate ao Covid-19.


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Alentejo Litoral regista 32 casos de covid-19 A região do Alentejo Litoral conta com 32 casos de covid-19 e três casos de doentes recuperados, dois no concelho de Odemira e 01 no concelho de Santiago do Cacém, indicam os dados do boletim epidemiológico. De acordo com o boletim, com dados atualizados até às 24:00 horas de segundafeira, Santiago do Cacém (12) é o concelho com mais casos do litoral alentejano, seguindo-se Grândola (10), Alcácer do Sal (05), Odemira (03) e Sines (02). O município de Odemira regista 02 casos de doentes recuperados e o concelho

de Santiago do Cacém conta com 01 doente recuperado de covid-19. O boletim diário adianta ainda que há um total de 431 casos suspeitos, 285 casos com resultado laboratorial negativo, 111 aguardam resultado laboratorial e 135 pessoas encontram-se sob vigilância ativa das autoridades de saúde. Mantém-se o número de pessoas internadas (04) estando 01 doente na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital do Litoral Alentejano (HLA). O concelho de Santiago do Cacém regista ainda 85 casos infirmados, 34 aguardam resultado e 25 pessoas estão em

vigilância ativa. O concelho de Grândola, conta com 31 casos infirmados, 20 aguardam resultado e 42 pessoas encontram-se sob vigilância ativa. O concelho de Alcácer do Sal regista 34 casos infirmados, 18 aguardam resultado e 13 estão em vigilância ativa. O concelho de Sines tem 55 casos infirmados, 38 aguardam resultado e 33 estão sob vigilância ativa. O concelho de Odemira regista 80 casos infirmados, 01 aguarda resultado e 18 estão em vigilância ativa. HN

CMSC

Câmara Municipal prepara espaço para acolhimento a não infetados com o COVID-19 no Pavilhão Municipal de Desportos de Santiago do Cacém

A Câmara Municipal da Santiago do Cacém, está a equipar um espaço reservado ao acolhimento a não infetados com o COVID-19 no Pavilhão Municipal de Desportos de Santiago do Cacém com a instalação de 40 camas de campanha, 40 sacos camas, respetivo número de cadeiras, mesas e cestos, bem como 2 aquecedores. Este espaço é destinado a profissionais de várias áreas ou a famílias numerosas que tenham nas suas casas infetado (s) em isolamento profilático, sem alternativa para o alojamento dos restantes familiares. O Pavilhão está dividido em três

partes: uma masculina, uma feminina e uma zona destinada ao atendimento psicológico, caso seja necessário, sala de refeições e para sala de leitura ou outra atividade relevante. A Câmara Municipal adquiriu, também, 1500 máscaras cirúrgicas para as Instituições de Solidariedade Social e Lares, 800 máscaras FP2, 400 das quais serão distribuídas pelas quatro Corporações de Bombeiros do Município. Material que será desalfandegado na próxima semana. Neste momento, está a ser estudado um espaço para a montagem de um

Hospital de Campanha e outro para o acolhimento de forças especiais, quartel provisório de Bombeiros e GNR. Além deste material, foram adquiridos desinfetantes à base de álcool para reabastecer os dispensadores colocados pela Câmara Municipal junto aos multibancos, que se encontram acessíveis ao público em espaço exterior.

contou ainda com a colaboração da Segurança Social, da Rede Local de Intervenção Social (RLIS) e da Cáritas, na

identificação das pessoas e famílias a quem deverão ser entregues os cabazes.

Alcácer do Sal passa a dispor de centro comunitário covid-19 Está já preparado para abrir as portas o Centro Comunitário COVID-19 de Alcácer do Sal. Durante a tarde de 6 de abril o espaço recebeu a visita do presidente da Câmara Municipal, Vítor Proença, dos vereadores do Executivo permanente, da Delegada de Saúde, Tamara Prokopenko e sua equipa, e do Diretor do Agrupamento de Escolas de Alcácer, Nelson Latas. Este centro localiza-se no antigo lar de estudantes e tem capacidade para receber 75 pessoas, entre infetados e não infetados. A celeridade na preparação do local devese à grande cooperação entre a Câmara Municipal, a Autoridade Local de Saúde e o Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal.

Os Bombeiros de Santo André combateram no passado dia 10 de abril, um incêndio urbano numa das coletivas do bairro azul. O alerta foi dado cerca das 11h30 e as chamas provocaram apenas danos materiais já que o espaço não está a ser utilizado.

Para o combate e apoio ao combate o CB de Santo André deslocou para o local 9 operacionais, apoiados por cinco viaturas, um veículo ligeiro de combate a incêndios, um veículo tanque tático urbano, um veículo de apoio logístico específico, um veículo de transporte de pessoal tático e uma ambulância de socorro.

Obras de requalificação retomadas em Santiago do Cacém

Em Santiago do Cacém as obras de requalificação da Av. Manuel da Fonseca, da Zona Comercial do Centro Histórico e da envolvente do Mercado Municipal foram retomadas. A Câmara Municipal de Santiago do Cacém recebeu um pedido do empreiteiro, a e m p re s a A R Q U I J A R D I M , p a r a reiniciar os trabalhos no passado dia 2 de abril, por um período de 15 dias consecutivos. O reinício dos trabalhos acontece após a sua suspensão, solicitada pelo empreiteiro, no passado dia 19 de março, tendo em conta a situação decorrente do coronavírus (Covid-19). A empresa informou a Autarquia que tem um plano de contingência ativo, com os procedimentos que devem ser seguidos pelos seus trabalhadores na frente de trabalho, bem como no seu período de

repouso em casa, para prevenir situações de risco de contágio do COVID-19. Obras do Bairro do Pinhal Estão em curso as obra de requalificação do Bairro do Pinhal em Vila Nova de Santo André adjudicada pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém à empresa PROTECNIL – Sociedade Técnica de C o n s t r u ç õ e s , S . A . A operação "Requalificação do Espaço Público do Bairro do Pinhal" tem um investimento elegível de 1.129.480,41 euros, cofinanciado à taxa de 85% no âmbito do programa operacional Alentejo 2020 / Portugal 2020, com fundos FEDER / União Europeia, o que se traduz numa contribuição comunitária de 960.058,35 euros

Arquivo

Junta de Santo André entrega 20 cabazes de Páscoa a pessoas e famílias carenciadas Além dos habituais cabazes de Natal, a Junta de Freguesia de Santo André foi, pela primeira vez, fazer a entrega de cabazes de Páscoa a pessoas e famílias carenciadas da Freguesia de Santo André. A ação insere-se no conjunto de medidas extraordinárias no âmbito da prevenção e combate à epidemia por COVID-19. A iniciativa teve os apoios dos supermercados e agricultores locais, num total de 20 cabazes. A Junta de Freguesia de Santo André

Bombeiros de Santo André combateram incêndio urbano

Clínica Geral e Medicina do Trabalho

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Marcação de consultas todos os dias úteis a partir das 10h00 A Câmara Municipal executou obras de melhoramento, limpou, desinfetou e preparou o novo espaço, que tem as condições ideais por funcionar num edifício em excelente estado de

conservação e dispor de quartos individualizados, instalações sanitárias com água quente e espaços comuns para a confeção de refeições.

269 751 111 | policlinicosantoandre@gmail.com Bairro 298 Fogos - Bl. 10.1 r/c dto. B | Apartado 43 7500 | Vila Nova de Santo André (junto ao mercado e correios)


local

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Santiago do Cacém instala Hospital de Campanha com 40 camas

A Câmara de Santiago do Cacém criou um Hospital de Campanha com 40 camas para acolher doentes de covid-19 e reforçar a capacidade de resposta da autoridade local de saúde, foi hoje anunciado.

Helga Nobre O equipamento foi montado no pavilhão cedido pela Caixa de Crédito Agrícola da Costa Azul, junto ao Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, e conta com 40 camas com estrado, colchões “tipo hospitalar”, mantas e almofadas, para fazer face ao atual contexto da pandemia de covid-19. “É uma medida preventiva para dar resposta a um eventual cenário mais complicado em que porventura o HLA não possa dar resposta aos doentes contaminados com covid-19 e que seja necessário internar essas pessoas num local bastante

próximo do hospital”, explicou o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha. O espaço, com “climatização, casas de banho, entradas e saídas muito fáceis”, está preparado para “aumentar o número de camas” de isolamento para doentes infetados e, caso seja necessário, “albergar utentes dos lares” do concelho. “Eventualmente podemos albergar idosos dos lares, se tivermos alguma situação mais complicada de infeção, e que necessitem de maiores cuidados de saúde, num cenário em que o HLA não consiga dar resposta”, acrescentou o autarca. Além do Hospital de Campanha, o município de Santiago do Cacém, instalou no pavilhão municipal dos desportos, um espaço para o acolhimento a pessoas não infetadas, como profissionais de várias áreas ou famílias numerosas que tenham em suas casas pessoas infetadas, com 40

Lar da Santa Casa da Misericórdia de Sines já realizou testes

camas de campanha, sacos cama, cadeiras, mesas e cestos. O pavilhão está dividido em três áreas, masculina, feminina, e uma zona destinada ao atendimento psicológico, sala de refeições e sala de leitura. Está ainda a ser estudado um espaço para o acolhimento de forças especiais, quartel provisório de bombeiros e Guarda Nacional Republicana (GNR), avançou a autarquia que adquiriu 1.500 máscaras cirúrgicas para as Instituições de Solidariedade Social (IPSS) e Lares, e 800 máscaras FFP2, 400 das quais para as corporações de bombeiros do município. “A autarquia, também, adquiriu uma tenda de campanha insuflável para, em caso de necessidade, avançar com um atendimento de covid -19 noutra localidade do concelho” de Santiago do Cacém, concluiu.

CMS

mente máscaras, luvas, óculos e viseiras. Para além disso, foi adquirido material para a produção, por voluntários organizados pela Associação de Carnaval de Sines, de máscaras e cogulas para doação, nomeadamente, tecidos e elástico. Com o material adquirido, serão produzidas cerca de 10 mil cogulas e 40 mil máscaras. As máscaras e cogulas serão entregues a entidades como a Santa Casa da

Misericórdia, a Proteção Civil, os Bombeiros Voluntários, a GNR, o Hospital do Litoral Alentejano e a Cercisiago. Em caso de necessidade, serão também entregues a outras entidades do concelho. O Município de Sines continua a aguardar a entrega de mais material, pretendendo continuar a colaborar com as diversas instituições do concelho para diminuir ao máximo os riscos de contágio.

Autoridade Tributária e Aduaneira apreende mais de 100 quilos de cocaína no porto de Sines A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) apreendeu mais de 100 quilogramas de cocaína no Porto de Sines durante uma operação de controlo a um contentor proveniente da América do Sul. Em comunicado, a AT precisa que a droga estava acondicionada dentro de quatro sacos de desporto escondidos entre a carga legítima do contentor e que foi detetada durante "um controlo não intrusivo de um contentor" que tinha sido selecionado "no âmbito de critérios de análise de risco locais".

A cocaína apreendida teria um valor de mercado de cerca de quatro milhões de euros, tendo sido entregue à Policia Judiciária. “Aquele estupefaciente vinha acondicionado num contentor procedente da América do Sul que transportava carga legítima, tendo sido abusivamente utilizado para esse efeito, ficando então a aguardar o momento certo para ser dali retirado e introduzido ilegalmente na União Europeia”, acrescenta. Segundo a AT, esta apreensão decorre no âmbito das competências de controlo e

atividades que foi possível manter e que o Lar da SCMS divulga através de notícias e imagens que, regularmente, são publicadas no Facebook.” Eduardo Bandeira manifesta satisfação pelos resultados dos testes efetuados e deixa uma mensagem de esperança: “Espero e desejo que assim continue, pois vamos prosseguir esta ação preventiva de testarmos todos os trabalhadores que têm contacto direto com os utentes da Santa Casa. Paralelamente, reforçámos as medidas de proteção e publicámos uma nova versão do nosso Plano de Contingência, atualizado de acordo com as últimas orientações da DGS. Estamos a fazer o que nos compete e contamos, felizmente, com o apoio de muitas pessoas, entidades e empresas, que registamos com apreço e a quem agradecemos publicamente.”

Autarquia de Santiago do Cacém coloca dispensadores com desinfetante junto de multibancos

jornalista // helga.nobre@o-leme.com

Município de Sines entrega equipamentos de proteção individual a instituições do concelho

No contexto da pandemia de Covid-19, a Câmara Municipal de Sines tem vindo a colaborar com diversas instituições do concelho na aquisição de equipamentos de proteção individual. O Hospital do Litoral Alentejano, os Bombeiros Voluntários de Sines e a Santa Casa da Misericórdia de Sines são algumas das entidades apoiadas, tendo o Município distribuído diversos equipamentos de proteção individual, nomeada-

A Santa Casa da Misericórdia de Sines – SCMS realizou testes ao COVID-19 a algumas dezenas de trabalhadoras que interagem diretamente com os utentes e os resultados conhecidos, até à data, são todos negativos. Numa mensagem dirigida aos familiares e amigos dos residentes no Lar da SCMS, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sines, Eduardo Bandeira, afirma que “os residentes no Lar da Santa Casa estão tranquilos, a enfrentar serenamente estes tempos difíceis e sem sintomas relacionados com o novo coronavírus.” Duas semanas depois de uma primeira mensagem e cerca de um mês após a suspensão das visitas, o provedor da SCMS sublinha que “os residentes sentem, naturalmente, a ausência das visitas dos familiares, mas manifestam grande compreensão pelas razões que as impedem. Participam ativamente nas

fiscalização da fronteira externa da UE que lhe estão atribuídas e que são exercidas em “qualquer circunstância 24 horas por dia”, ou seja, mesmo no atual contexto de estado de emergência. A AT assinala que a técnica utilizada pelos narcotraficantes tem vindo a ser usada em outros portos internacionais, o que, “pelas suas características, revela-se de difícil deteção, por ser especialmente concebida para iludir as habituais técnicas de análise e avaliação do risco utilizadas pelas diversas Autoridades Aduaneiras mundiais”.

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém colocou dispensadores com soluções desinfetantes à base de álscool junto de todos os terminais de multibanco do Concelho, que se encontrem instalados em espaço exterior. Estes dispensadores serão reabastecidos, regularmente, pela Autarquia, através do serviço de Proteção Civil Municipal. Apesar desta medida de proteção, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém

sublinha que o uso dos terminais de multibanco, para levantar dinheiro, fazer pagamentos ou transferências, deve ser limitado ao mínimo possível, devendo optar-se por meios disponíveis online. Apelando a todos para que se mantenham em casa. Esta é uma das medidas do Plano de Medidas Extraordinárias de Combate ao COVID-19 apresentado pela pela Autarquia.


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Prata da casa Sinto-me feliz e realizado fazendo as pessoas à minha volta felizes

Luis Silva, homem humilde e solidário, nasceu na Herdade de Almargens, na Freguesia de Alvalade, no Concelho de Santiago do Cacém e aí viveu até aos 9 anos de idade. Perdeu o pai quando ainda era bébé. Foi Presidente do Lar de Idosos de Alvalade, cargo que deixou recentemente.

administrativo na Instituição. Mais tarde ingressa no Centro Regional de Segurança Social de Setúbal, onde desempenha diversas funções, ligadas a Acção Social, junto dos Idosos. Trabalhou sempre na função pública até à aposentação. Exerceu diversas funções ligadas ao Voluntariado, gosta de dar a mão ao semelhante interessando-se muito pela atividade social, da Terceira Idade. Luis Silva lembra o grande apoio de responsáveis da Segurança Social, nesse âmbito “tive a ajuda de diversos responsáveis por aquele sector, que valorizaram e me transmitiram os ensinamentos de que carecia, jamais poderei vir a esquecer”. De facto esta sua característica pessoal de dar a mão ao semelhante praticando a solidariedade, surge “a partir do momento em que outras pessoas, resolveram ajudar-me e fizeram de mim a

Fátima Moita O pai trabalhava como pastor, na Herdade, faleceu muito novo, deixando orfãos, Luis com nove meses e uma irmã com três anos. “O lavrador da herdade que era um homem bom, compadeceu-se desta família, sem meios de subsistência e sacrificando a sua existência deu emprego à minha mãe, comprometendo-se, como prometera a meu pai na hora da morte, a criar-nos a mim e minha irmã” diz Luis. O lavrador, tal como prometera, educou-os e os dois irmãos completaram os seus cursos secundários, na Escola Industrial e Comercial, em Beja. Acabado o curso, Luis Silva rumou para a cidade de Almada, onde desempenhou a profissão de serralheiro mecânico, no Arsenal da Marinha (Alfeite), ao mesmo tempo estudava à noite, na Escola Emídio Navarro, tentando preparar-se para ingressar no então Instituto Industrial. Aproveitando um lugar vago na Casa do Povo de Alvalade, deixa de estudar e trabalhar em Almada, regressa a Alvalade em 1976, onde é admitido como

pessoa que sou”, refere Luis Silva, e acrescenta “sinto-me feliz e realizado fazendo as pessoas à minha volta igualmente pessoas felizes e realizadas”. O seu percurso começa em 1976, na Casa do Povo de Alvalade. Vendo que a Comunidade onde vivia tinha necessecidade de uma Instituição que olhasse pelas crianças da Vila, cria com a colaboração de organismos responsáveis a Creche e Jardim de Infância “O Comboio”. Segundo Luis Silva “até aí, as mães e os pais, tinham de deixar os filhos ao cuidado de pessoas suas amigas, ou a familiares, grande parte sem um mínimo de condições e conhecimentos para desempenharem essa actividade”. Foi dirigente desta Instituição durante dezoito anos. A Casa do Povo foi a Casa mãe das diversas valências - A Creche e Jardim de Infância “O Comboio” foi a primeira a ser criada. De seguida Luis Silva foi Presidente da Direção do Centro de Dia de Alvalade e do Serviço de Apoio Domiciliario (SAD) e por último dirigiu a E.R.P.I. (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas), onde trabalhou até se aposentar. Para Luís Silva “estar à frente duma instituição seja qual for pode ser um trabalho difícil, mas se essa instituição tiver ao serviço colaboradoras e colaboradores conscientes e seguros das suas responsabilidades, tal poderá conduzir a momentos de felicidade junto dos seus utentes e carenciados”. “Hoje em dia a sociedade pode ser encarada sob varias facetas. Por um lado tem tendência a piorar outro tanto poderá melhorar, pois devido a crise instalada, também há mais pessoas que podem acompanhar de perto as dificuldades que se acercam das famílias”. “Cabe aqui referenciar o papel da comunicação social como meio divulgador dos problemas que se acercam das pessoas. Graças ao maior conhecimento das situações, conseguemse soluções benéficas que contribuem para a resolução dos problemas”conclui Luis Silva. jornalista // fatima.moita@o-leme.com

Álvaro Beijinha, Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém indignado com decisão do Ministério da Saúde Impede a autarquia de divulgar dados sobre a pandemia

O Ministério da Saúde deu ordem aos delegados de saúde para deixarem de comunicar dados sobre a pandemia do COVID-19 às autarquias. Uma decisão que apanhou de surpresa o Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém que considera esta atitude como a imposição da “lei da rolha”.

Confrontado, ao final da tarde, do dia , com a decisão da Ministra da Saúde, Marta Temido, Álvaro Beijinha, lamenta profundamente o caminho, da “Lei da rolha”, escolhido pelo Governo, que impede a divulgação de informação fidedigna, que contribuía diariamente para a informação atualizada da população acerca da evolução do surto de COVID-19 no nosso território. De acordo com Álvaro Beijinha “esta situação é lamentável e põe em causa as medidas de apoio a casos que estejam confinados e possam precisar de auxilio” Por imposição da Direção Geral da Saúde (DGS), o Município de Santiago do Cacém vê-se confrontado com a dificuldade de publicar, com dados fidedignos, os resultados dos casos confirmados e recuperados referente ao COVID-19, informação reportado diariamente pela Unidade de Saúde Pública Local. “Violação do segredo estatístico” é a explicação dada por Marta Temido na conferência de imprensa. Uma explicação que o Presidente da Câmara Municipal considera “pouco claro e consistente” que em nada contribui para o princípio de transparência e do direito de informar a população.

Autarquia de Santiago do Cacém proporciona treino online A Câmara Municipal de Santiago do Cacém lançou um plano de treino físico para fazer em casa. Desde 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, vão ser lançados, três vezes por semana, vídeos com aulas lecionadas pelos monitores das Piscinas Municipais nas modalidades de ginástica localizada, de treino funcional e de pilates. A Câmara Municipal de Santiago do Cacém pede para que fique em casa mas que não deixe de praticar exercício, para bem da sua saúde física e mental, é este o objetivo da iniciativa. Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, pelas 10h00, há

uma nova aula online que pode acompanhar em: h t t p s : / / w w w . c m s a n t i a g o c acem.pt/autarquia/equipamentosmunicipais/piscinas-municipais/ As Piscinas Municipais estão encerradas ao público no âmbito das medidas para combater e conter a propagação do COVID – 19, mas continuam online a pensar no bem-estar e saúde dos munícipes.

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A Câmara Municipal de Santiago do Cacém lançou o Plano de Medidas Extraordinárias de Combate ao COVID-19 e de Apoio Social e Económico para o Concelho. O documento apresenta um conjunto de medidas que têm como objetivo apoiar as famílias e as empresas, e responder à situação de emergência vivida salvaguardando a saúde dos munícipes. O Presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha, sublinhou que “este conjunto de medidas se divide por três áreas de ação e tem como objetivo minimizar os efeitos desta pandemia. Foram várias as medidas implementadas, como a campanha de sensibilização para que as pessoas fiquem em casa e se protejam ao evitarem o contacto social, que garantam a necessária higienização com a colocação de dispensadores com soluções desinfetantes junto de todos os terminais de multibanco do Concelho que se encontrem instalados em espaço exterior, e que garantam a resposta da Câmara Municipal aos munícipes com o funcionamento dos serviços técnicos e administrativos, em regime de teletrabalho, através de uma centena de computadores ligados em rede.” O documento determina a isenção do pagamento, durante os meses de abril, maio e junho de 2020, de taxas referentes à ocupação de espaço público e publicidade de estabelecimentos comerciais; do direito de superfície às micro e pequenas empresas instaladas nos parques empresariais municipais; de rendas

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Autarquia de Santiago do Cacém lança plano de medidas de apoio extraordinárias

referentes aos espaços municipais arrendados ou concessionados para fins comerciais integrados nos setores que foram encerrados, ou que sofreram restrições de funcionamento; das tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos nos tarifários sociais e de famílias numerosas; das tarifas fixas dos serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos. As medidas estendem-se para todas as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) e outras instituições equiparadas, bem como as associações de bombeiros que ficam isentas do pagamento das tarifas dos serviços de

abastecimento de água, durante os referidos meses. A isenção do pagamento da mensalidade dos alunos da Escola da Guitarra Portuguesa Mestre António Chainho nos meses de abril, maio e junho de 2020, foi outra das medidas tomadas. A Câmara Municipal determinou, ainda, a suspensão de cortes de água e de procedimentos de execução fiscal e processos de contraordenação, e a não aplicação de juros de mora por atrasos de pagamento dos consumos de água. As medidas previstas, algumas já a serem desenvolvidas no terreno, estabelecem um plano de desinfeção e higienização do espaço público em todo o

Município, em colaboração com as Juntas de Freguesia, e de todos os edifícios de valência de lares de terceira idade e quartéis dos bombeiros do Concelho. Ao nível social a Autarquia mantém o fornecimento de refeições aos alunos do escalão A, bem como o acolhimento e as refeições aos alunos que são filhos de profissionais de saúde, forças de segurança, bombeiros e proteção civil envolvidos no combate à pandemia por COVID-19, em articulação com os agrupamentos de escolas do Concelho. Para as famílias carenciadas, devidamente assinaladas, foi estabelecido um apoio de emergência.

Na resposta às corporações de bombeiros, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém vai garantir o fornecimento gratuito de refeições aos elementos que estejam de prevenção, assim como Equipamentos de Proteção Individual a bombeiros, profissionais de saúde, forças de segurança e funcionários das IPSS. Para apoiar a população mais vulnerável foi lançada a campanha “Nós vamos às compras por si!”, um serviço de apoio em rede, desenvolvido em articulação com as Juntas de Freguesia, para garantir o acesso aos bens alimentares e medicamentos a esta população. No sentido de sensibilizar toda a população, para que se cumpra o dever de recolhimento domiciliário está a ser promovida, em todo o Concelho, a campanha – “Fique em casa”, cuja mensagem principal é difundida através do aviso sonoro. Foi criada, para divulgação, uma lista com os contactos dos restaurantes do Concelho com takeaway, para que de forma organizada a população possa recorrer a este serviço. O Plano estabelece que se mantenham os apoios previstos em protocolos estabelecidos com o Movimento Associativo, mesmo durante a paragem nas atividades. A Autarquia assegura a manutenção do pagamento a todos os colaboradores prestadores de serviço nos equipamentos municipais, durante o período em que estes se encontrem encerrados.

“Movimentos de Trabalhadores são exército invisível na luta contra Covid-19", diz Francisco “Terra e comida, teto e trabalho” Arquivo

a 2 de abril um pacote de 22 medidas de apoio a famílias, empresas e instituições no âmbito da pandemia de Covid-19. A maioria das medidas estende-se até 30 de junho. Para as famílias, a medida de maior relevo será a isenção do pagamento dos 1.º e 2.º escalões de consumo nas faturas de água, saneamento e resíduos urbanos entre março e junho de 2020. Para famílias com tarifário social ou cartão social e para famílias com tarifário familiar, a isenção será total. Também ficam isentas de pagamento, até 30 de junho, as rendas da habitação social, os juros de mora de faturas cujo prazo de pagamento seja posterior a 16 de março, os títulos do transporte urbano, as Atividades de Animação e Apoio à Família, as refeições do pré-escolar e do 1.º ciclo, as mensalidades da Piscina Municipal e as Aulas de Dança do CAS. Para as empresas, haverá isenção do pagamento de 15m3 de consumo das faturas de água, saneamento e resíduos urbanos, na componente variável, emitidas no período de 1 de março a 30 de junho. Nestes quatro meses, ficam também isentos os pagamentos das concessões de parcelas do domínio público, as rendas de edifícios municipais afetos a restauração, bebidas e similares e as taxas do Mercado Municipal. As esplanadas ficam isentas de pagamento de taxas durante o ano 2020 e as taxas de publicidade ficam isentas no período decretado de estado de emergência. Tal como para as famílias, ficam isentos para as empresas os juros de mora de faturas cujo prazo de pagamento seja posterior a 16 de março e até 30 de junho. Durante a declaração de estado de emergência, são suspensos os processos

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Município de Sines apoia famílias, empresas e instituições Papa defende garantia de rendimento mínimo universal A Câmara Municipal de Sines aprovou, por unanimidade, em reunião realizada

de execução fiscal, tanto para famílias como para empresas. Finalmente, foram aprovadas medidas dirigidas às instituições locais, sendo uma delas a isenção do pagamento do pagamento da água, saneamento e resíduos até junho. Foi também aprovada a antecipação da transferência dos apoios às associações culturais e recreativas, bem como o adiantamento de uma verba a todos os clubes que regularmente concorrem aos apoios da autarquia no âmbito do Programa de Apoio ao Desporto e Associativismo Desportivo (PADAD), mas cujas candidaturas ainda não foram formalizadas. A Câmara Municipal de Sines decidiu ainda apoiar a aquisição de equipamentos de proteção individual ou equipamento hospitalar para fornecer à Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (Hospital e Centro de Saúde) e às IPSS´s, bem como apoiar a desinfeção dos espaços da estrutura residencial da Cercisiago em Sines, da associação A Gralha e da Santa Casa da Misericórdia de Sines.

Para o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, com este pacote de medidas, “o município procura não apenas minimizar o esforço dos sinienses e portocovenses e das empresas locais, mas sobretudo cumprir o papel de intervenção pública em contexto de crise”. “A Câmara Municipal de Sines não podia alhear-se das suas responsabilidades públicas. Aprofunda, assim, a sua intervenção social e económica numa fase de enormes dificuldades, sempre consciente de que este é apenas o primeiro passo de uma perspetiva de intervenção que visará, igualmente, a recuperação da economia local a médio prazo”.

O Papa enviou, dia 12 de abril, uma carta aos movimentos populares mostrando a sua solidariedade com o trabalhadores, perante a pandemia, defendendo um rendimento mínimo universal. “Talvez seja a hora de pensar num salário universal que reconheça e dignifique as tarefas nobres e insubstituíveis que vocês realizam, capaz de garantir e tornar realidade esse slogan tão humano e cristão: nenhum trabalhador sem direitos”, pode ler-se, na carta enviada à Agência ECCLESIA. O Papa aponta os movimentos de trabalhadores como “um exército invisível” nesta luta contra a Covid-19, “esta guerra”, sem armas senão a “solidariedade, a esperança e o sentido da comunidade. “Vocês são vistos com suspeita por superarem a mera filantropia por meio da organização comunitária ou por reivindicarem seus direitos, em vez de ficarem resignados à espera de ver se alguma migalha cai daqueles que detêm o poder económico”, refere. Francisco na sua carta aponta ainda

para o futuro, “no depois” desta pandemia, onde as “sérias consequências” já se fazem sentir. “Quero que pensemos no projeto de desenvolvimento humano integral que ansiamos, focado no protagonismo dos Povos em toda a sua diversidade e no acesso universal aos três T que vocês defendem: terra e comida, teto e trabalho”, aponta. A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal (LOC/MTC) já avançou que “vê aí problemas gigantes para os trabalhadores” e, em Portugal, há um grande desafio. “Na LOC/MTC, na Igreja e na Sociedade portuguesa, sabemos ser uma sociedade envelhecida, talvez este seja o desafio para que os mais novos se assumam e os mais velhos com mais este ou aquele problema de saúde devem ser a retaguarda e a memória necessária que um movimento como o nosso sempre deve afirmar”, disse Américo Moreira, coordenador da LOC/MTC de Portugal, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA. SN

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Associação de Comerciantes de Santiago do Cacém alerta para dificuldades Arquivo

COVID 19: Município de Grândola aprova 30 medidas extraordinárias de apoio às famílias, instituições e empresas

A Câmara Municipal de Grândola aprovou esta quinta-feira um pacote de 30 medidas excecionais que visam fazer face às dificuldades das famílias que se confrontam com a diminuição dos seus rendimentos, das instituições – que estão na linha da frente deste combate e que precisam de mais meios, e das empresas – que foram obrigadas a fechar as suas portas. O Presidente da Câmara, António Figueira Mendes, refere que a pandemia COVID-19 “veio alterar radicalmente as nossas vidas. Vivemos tempos difíceis, de desafios constantes”. E que, por isso “a segurança da nossa população, o apoio aos profissionais de saúde, bombeiros, forças de segurança, instituições do setor social, e aos nossos trabalhadores são, neste momento, as prioridades da ação da autarquia”. Neste sentido o Executivo criou no imediato um conjunto de respostas de emergência para assegurar os serviços básicos aos munícipes, para ajudar quem está na linha da frente deste combate e para auxiliar a população mais vulnerável. Agora, acrescenta António Figueira Mendes é tempo de “tornar Grândola ainda mais solidária. O pacote de medidas que aprovámos hoje em reunião do executivo municipal visam alargar o apoio

municipal de modo a minimizar os impactos negativos da pandemia na atividade económica e social do nosso Concelho e no dia-a-dia da nossa população”. No âmbito dos “Apoios às famílias” o Município vai isentar, pelo período de três meses, o pagamento das rendas das habitações sociais municipais e o pagamento dos serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos aos consumidores do tarifário social doméstico, e o pagamento das tarifas fixas dos serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos para todos os consumidores domésticos. Foi também aprovado o fornecimento de refeições aos alunos dos escalões A e B e alargamento desta medida às férias escolares da páscoa e a criação de uma Linha de Apoio Psicológico. No quadro dos “Apoios às Instituições” o Município vai reforçar o apoio monetário aos bombeiros e às IPSS do concelho e manter os apoios previstos em protocolo para os Clubes e Associações, mesmo durante a paragem nas atividades, isentando os clubes do pagamento de taxas de utilização dos equipamentos municipais referentes ao mês de março. No âmbito destas medidas o Município vai continuar angariar apoios

privados para reforço dos serviços de saúde e proteção civil. Quanto aos “Apoios à Economia Local e Empresas” a câmara aprovou o Pagamento imediato a todos os fornecedores e vai isentar durante, este trimestre, o pagamento das tarifas fixas dos serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos para todos os consumidores não domésticos, o pagamento de taxas referentes à ocupação do espaço público e publicidade aos detentores de estabelecimentos comerciais, e o pagamento até junho de rendas espaços municipais arrendados ou concessionados. Todas as medidas estão disponíveis aqui: https://www.cmgrandola.pt/viver/saude/covid19/medidas-de-apoio-a-populacaoempresas-e-instituicoes

PSA Sines implementa novas medidas para combater o coronavírus A PSA Sines concecionária do Terminal XXI no porto de Sines anunciou algumas medidas para fazer face à pandemia de Covid-19, que está a alastrar pelo país e pelo mundo. Assim, a empresa anunciou que “procedeu à entrega de frascos individuais com solução de gel desinfetante a todos os colaboradores, bem como recargas sempre que necessário”. Para evitar ao máximo o contacto entre colegas durante a mudança de turno e aproveitar as pausas para “reforçar as já

existentes limpezas adicionais nos equipamentos”, a empresa “reduziu os turnos numa hora”, assim os trabalhadores “entram meia hora mais tarde e saem meia hora mais cedo”. Os turnos passam a ser das 8h3015h30; 16h30-23h30 e 00h30-07h30. A empresa que tem sede em Singapura anunciou ainda que foi criado em março, um “grupo de trabalho” em conjunto com a Comissão de Trabalhadores e o Sindicato XXI com vista à partilha de informação e análise das várias medidas

que têm vindo a ser implementadas na empresa e com as quais os representantes dos trabalhadores estão de acordo. A empresa que conta com cerca de mil trabalhadores afirma estar disponível para “em conjunto com os representantes dos trabalhadores continuar a acompanhar a situação e implementar novas medidas que sejam eventualmente consideradas como mais adequadas”.

A Associação de Comerciantes de Santiago do Cacém alertou para o sufoco em que se encontra o comércio local, em especial a hotelaria e restauração, que sofreu quebras significativas nas receitas, devido à pandemia de covid-19.

Helga Nobre O presidente da Associação de Comerciantes de Santiago do Cacém disse que os seus associados estão a atravessar momentos de grandes dificuldades com muitos estabelecimentos encerrados devido à pandemia da covid-19. Segundo Alexandre Matos, a situação "é dramática" estando "mais de 90 por cento" dos estabelecimentos fechados e "com despesas" para pagar. "O feedback que temos não é muito positivo porque mais de 90 por cento das pessoas têm os estabelecimentos fechados e mesmo com eles fechados as despesas mantém-se, por isso a situação acaba por ser um bocadinho dramática", avançou. O responsável pela delegação de Santiago do Cacém da Associação de Comerciantes, que conta com cerca de 300 associados, critica as medidas implementadas para apoiar o setor e defende um apoio direto do Estado que não inclua o recurso à banca. "Estas medidas que incluem o acesso ao crédito não são as melhores porque nem toda a gente tem essa possibilidade e nem toda a gente vai conseguir suportar esse crédito que, no fundo, será apenas para pagar despesas e manter o negócio, que já atravessa uma fase muito difícil", adiantou. No entender do representante dos comerciantes, "precisamos de um apoio direto do Estado em vez dos bancos, que acabam por ir fazer negócio novamente através do apoio do Estado".

"Mesmo com o ano de carência, previsto neste apoio, acabam por surgir os pagamentos com os juros que provavelmente vão chegar aos 3% ou mais. Depois vamos a ver como é que os negócios vão ser relançados porque não sabemos como é que o consumidor vai reagir, e o desemprego que se vai criar", alertou. O setor da hotelaria e da restauração é, no entender do presidente da delegação, o "mais preocupante" admitindo que, em muitos casos, esta pandemia pode levar ao encerramento de muitos negócios. "No caso da hotelaria e da restauração, principalmente a restauração, com negócios que têm muitos empregados, suportar 2 ou 3 meses, quando saímos de uma época baixa, e serem confrontados com uma situação destas, é para muitos, inevitavelmente, a morte do negócio", vaticina. O responsável fala em "situações muito complicadas" dando igualmente o exemplo de novos empresários com negócios há cerca de 1 ano que "não sabem como suportar as despesas". "Há casos de pessoas que abriram negócios há pouco tempo que contraíram empréstimos para abrir o negócio que não têm como suportar estas despesas se esta situação se estender por dois a três meses", exemplifica. Nos últimos dias, a delegação da associação de comerciantes de Santiago do Cacém, tem recebido pedidos de esclarecimentos por parte dos seus associados relativamente aos apoios e funcionários "na tentativa de fazerem face às despesas e suportar o negócio", concluiu. jornalista // helga.nobre@o-leme.com

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Federação dos Bombeiros do distrito de Setúbal pede reforço de equipamentos de proteção individual CMS

Município de Sines lança concurso de 4,9 milhões de euros para qualificar ZIL II

A Câmara Municipal de Sines lançou o concurso público para a empreitada de qualificação das artérias principais da ZIL II de Sines, um investimento de 4,9 milhões de euros. Será a principal empreitada incluída no conjunto de investimentos de cerca de 6 milhões de euros em curso nesta zona industrial, onde se localiza cerca de meio milhar de pequenas e médias empresas. A empreitada agora em concurso, com entrega de propostas até 2 de maio, incidirá sobretudo nas ruas 1 e 2 e vem responder à necessidade de qualificar uma infraestrutura com mais de 25 anos onde se encontram as principais PME's com atividades económicas ligadas ao complexo industrial e ao porto de Sines. A Câmara Municipal de Sines aprovou também recentemente a adjudicação de outra empreitada decisiva para o futuro da ZIL II, a da sua expansão nascente. A execução desta obra, um investimento de 1,4 milhões de euros, irá criar condições para dar resposta à procura existente por espaços nesta zona industrial, permitindo, com a sua implementação, acolher mais 43 empresas

e gerar cerca de 430 postos de trabalho. "Apesar dos tempos difíceis que vivemos é absolutamente essencial continuar a dinamizar a atividade económica no concelho. Este é o maior investimento de requalificação alguma vez feito na principal zona de localização empresarial gerida pelo Município. A qualificação das artérias principais da ZIL II permitirá melhorar a circulação automóvel e ordenar o estacionamento, nomeadamente de pesados, além de criar condições de operação muito mais seguras, renovando a rede de águas e esgotos e enterrando as infraestruturas de eletricidade, comunicações e proteção contra incêndios", refere Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines. "A criação de novos lotes na área de expansão corresponde à enorme procura que temos sentido por parte de empresas já instaladas e que necessitam de se expandir, mas também de novas empresas, algumas das quais de setores de atividade ainda com pouca expressão em Sines, mas que veem aqui um local estratégico para o desenvolvimento dos seus negócios",

remata o autarca. O investimento que está a decorrer na ZIL II tem enquadramento em duas operações cofinanciadas por fundos europeus. A operação "Qualificação da ZIL II" tem um investimento elegível de 6 072 875,50 €, cofinanciado à taxa de 85% pelo programa operacional Alentejo 2020 / Portugal 2020, com fundos FEDER / União Europeia, o que se traduz numa contribuição comunitária de 5 161 944,17 €. A operação "ZIL II Expansão Nascente" tem um investimento elegível de 1 457 535,15 €, cofinanciado à taxa de 85% por fundos FEDER / União Europeia, no âmbito do programa operacional Alentejo 2020 / Portugal 2020, o que se traduz numa contribuição comunitária de 1 238 904,88 €.

A aicep Global Parques apoia os Bombeiros Voluntários de Santo André na aquisição de equipamentos para o novo Quartel. No âmbito da sua política de responsabilidade social e corporativa, a aicep Global Parques – Gestão de Áreas Empresariais e Serviços S.A, reconhece os imprescindíveis serviços no apoio às populações do Concelho, e

volta a apoiar os Bombeiros Voluntários de Santo André. Na sequência do apoio já atribuído na remodelação e ampliação do quartel desta Corporação de Bombeiros, a aicep Global Parques associou-se à campanha de

angariação de fundos, atribuindo um donativo para a aquisição de mobiliário das salas de formação, para os vestiários dos bombeiros e ainda para as camarata

Covid-19: Misericórdias e instituições de solidariedade pedem ajuda ao PR A Confederação Nacional dasInstituições de Solidariedade (CNIS)e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) pediram no dia 13 de abril ao Presidente da República que intervenha no sentido de ser encontrada uma solução para retirar dos lares os utentes com covid-19. “Não consideramos aceitável transformar as estruturas residenciais, os denominados lares, em estruturas de saúde. Tem de ser encontrada, a nível nacional, uma solução para colocação dos idosos que estão infetados”, afirmou aos jornalistas o presidente do Conselho Nacional da UMP, Francisco Araújo, que falava também em nome da CNIS. No seu entender, “os idosos infetados não podem ser colocados nos lares pelo risco de infeção que tal representa para os outros utentes”, mas a “falta de articulação” entre os ministérios da Saúde e da Segurança Social não tem permitido encontrar uma solução para este problema. “O Ministério da Saúde tem muitos recursos pelo país fora. Neste momento, uma parte deles podia ser alocada para esta necessidade, o que muito contribuiria para

desafogar a incidência que existe nos hospitais”, defendeu Francisco Araújo, referindo-se, por exemplo, aos profissionais das Unidades de Saúde Familiares. O responsável considerou que terá de haver “uma intervenção superior” para resolver este problema, quer da parte do Presidente da República, quer do primeiro-ministro, sensibilizando a tutela da Saúde para a necessidade de se articular com a da Segurança Social. “A [tutela da] Saúde não pode confinar a sua intervenção para dentro da porta do hospital, atendendo apenas às situações dos agudos”, frisou. Segundo Francisco Araújo, quer as instituições da UMP, quer as da CNIS “têm disponibilidade para colaborar, dentro das suas possibilidades e recursos”, numa solução. “Nós não queremos sair da solução, nós queremos contribuir para a solução, mas não temos capacidades ao nível de recursos técnicos de enfermagem e de saúde, nem ao nível de infraestruturas”, alertou. O presidente do Conselho Nacional da UMP lembrou que autarquias de todo o

país têm disponibilizado espaços para acolher “os doentes que, tendo covid-19, estando infetados, ainda não necessitam de cuidados hospitalares, mas necessitam de cuidados de saúde”. O que tem estado a acontecer, que lamenta, “é retirar os utentes que estão saudáveis das unidades residenciais, dos lares”, deixando lá “os utentes que estão doentes”. “Estes é que deveriam ser retirados e objeto de intervenção ao nível de cuidados de saúde”, sublinhou, argumentando que eles “não são utentes residenciais, mas sim doentes que necessitam de cuidados de saúde”, que não podem estar à responsabilidade de “profissionais da área social que não têm equipamento, nem condições para tratar destas pessoas”. “Estão a pôr-se em risco a eles e às suas famílias. Isto é desumano, não pode ser”, frisou. Francisco Araújo explicou que “existem vários lares que têm horas de médico e horas de enfermeiro, mas não têm enfermeiro em permanência e médico muito menos”. RS

A Federação dos Bombeiros do distrito de Setúbal criticou o Governo por "não ter assegurado" a entrega de equipamentos de proteção individual (EPI) às corporações da região para o transporte de doentes com covid-19.

Helga Nobre De acordo com o presidente da federação dos bombeiros, “o que o Governo tem distribuído em matéria de equipamentos de proteção individual tem sido insuficiente porque continuamos a responder não só às solicitações de covid19 como também ao socorro à população com a aquisição de equipamento por parte das associações”. João Ludovico, presidente da federação, que representa 24 corporações de bombeiros em todo o distrito de Setúbal, oito delas nos cinco concelhos do litoral alentejano, lembra que as associações estão “a entrar em rutura devido à situação financeira em que se encontram e ao valor dos equipamentos” de proteção individual. “A Federação investiu e entregou kits de equipamento às associações de bombeiros e já estamos a fazer uma segunda ronda e a contar com o apoio de algumas empresas do distrito que cederam ao pedido de apoio, além das empresas a nível individual e de populares, tem sido este o grande suporte para os bombeiros fazerem face às solicitações”, explicou. As corporações, indica, “ainda vão correspondendo às expetativas”, no entanto a “situação financeira que vão começar a sentir” devido à quebra de receitas no transporte de doentes não urgentes, “que está praticamente parado”, pode por em causa o socorro e o transporte de doentes com suspeita ou casos positivos de covid-19.

“Vamos deixar de ter capacidade financeira para corresponder aquilo que é necessário”, sublinhou. Por outro lado, a falta de informação aos bombeiros relativamente aos doentes suspeitos ou contaminados com covid-19 nas áreas de intervenção dos corpos de bombeiros é outra das preocupações da federação distrital. “Não temos conhecimento de casos suspeitos e de casos positivos nas áreas de intervenção dos corpos de bombeiros que andam às cegas com os casos que surgem porque quando os bombeiros saem para um serviço, o INEM, por vezes não consegue informar se é ou não suspeito de covid-19”, exemplificou. O também presidente da associação de bombeiros do Cercal do Alentejano, alerta ainda para as informações “completamente erradas” que estão a ser transmitidas pela linha SNS24 para que as pessoas “contactem diretamente os bombeiros a pedir o transporte”. “Isto é uma forma completamente errada e não aceitamos essa situação porque as pessoas devem ligar para o SNS24 e para o INEM e daí desencadear o transporte das pessoas totalmente controlado”, acrescentou. A federação defende que o Governo deve criar “propostas e medidas concretas de apoio às associações humanitárias” de bombeiros e “reforçar urgentemente a distribuição dos EPI” pelas corporações do distrito de Setúbal. “Se não for o Governo a colocar equipamentos para podermos corresponder a esta situação possivelmente poderemos ter de tomar outro tipo de medidas. Se não tivermos capacidade e equipamentos para proteger os nossos profissionais é impossível prestar socorro à população”, concluiu. jornalista // helga.nobre@o-leme.com


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Covid-19: Terceiro período arrancou com aulas à distância

O terceiro período letivo arrancou dia 14 de abril, mas a maioria dos alunos já não regressa à escola e continua a estudar à distância, num modelo que pais, diretores escolares e professores acreditam poder funcionar melhor agora. MYCA (SIM/PMF) // ZO As escolas estão encerradas desde 16 de março, quando o Governo decidiu suspender todas as atividades letivas presenciais, e os alunos trocaram a sala de aula por um espaço na sua casa e passaram a ter aulas 'online' e a receber os trabalhos por 'e-mail' ou pelo correio. Com o início do terceiro período regressa o modelo de ensino à distância, uma vez que o executivo decidiu manter a suspensão das aulas presenciais para todos os alunos do ensino obrigatório, admitindo apenas o eventual regresso às escolas dos alunos dos 11.º e 12.º ano, devido à pandemia da covid-19. Depois das duas semanas anteriores às férias da Páscoa marcadas por uma transição repentina para o mundo virtual e por um esforço de adaptação, tanto dos estudantes e das famílias, como das escolas, à nova realidade, pais, professores e diretores escolares estão

agora confiantes em relação ao regresso às aulas. "Agora já há alguma aprendizagem e mais orientações e organização, em termos nacionais e dentro de cada escola, o que permite que o trabalho seja menos difícil”, disse à Lusa o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof). Ta m b é m o p r e s i d e n t e d a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascenção, disse estar confiante com o recomeço das aulas, uma vez que foram sendo corrigidos erros e afinadas falhas nas duas últimas semanas de aulas do 2.º período, que já decorreram à distância. Alguns desses erros relacionaram-se com o acesso desigual dos alunos aos equipamentos tecnológicos necessários para acompanhar as aulas que decorriam em plataformas 'online' e aos materiais de trabalho que os professores distribuíam por 'e-mail' ou por 'Whatsapp'. Ao longo das primeiras semanas de ensino à distância várias associações representantes dos diferentes membros da comunidade escolar denunciaram que nem todos os alunos tinham computadores e Internet em casa e, por isso, viam-se excluídos das aulas. Entretanto, as escolas esforçaram-se

por mitigar estas dificuldades, com algumas a possibilitarem o levantamento dos trabalhos em papel, e algumas entidades públicas e privadas também se juntaram, assegurando a entrega dos materiais em casa ou a distribuição de computadores e 'tablets' pelas famílias carenciadas. O problema também não passou despercebido ao Governo, que criou uma

Lusa

Sindicato de jornalistas pede apoio urgente para sobrevivência dos jornais e rádios locais O Sindicato dos Jornalistas (SJ) considerou hoje urgente "criar medidas de apoio, quer ao nível do Governo quer das autarquias", para garantir a sobrevivência de jornais e rádios locais devido à declaração do estado de emergência. Num comunicado hoje divulgado, o SJ afirma que "recebeu, nos últimos dias, relatos angustiantes do que está a acontecer na imprensa regional e, por isso, considera urgente apoiar o setor". O SJ afirma ainda que "não se trata apenas de um problema laboral, com centenas ou milhares de jornalistas a caminhar para o desemprego, a seguir a um eventual 'lay-off'" porque "a maioria dos assinantes da imprensa local e regional cabe na população envelhecida de cada região, que assim ficará ainda mais isolada da realidade que a circunda". "A maioria dos jornais locais e regionais vivia, há muitos anos, no fio da navalha, mas a pandemia e o estado de emergência aceleraram a queda, que foi brusca e rápida: uma boa parte dos títulos suspendeu já a publicação", diz o SJ. No comunicado, o SJ defende que "é urgente fazer cumprir a lei da publicidade institucional", fazendo-a chegar aos media regionais porque muitos (dos jornais) sobrevivem de publicidade (a cargo sobretudo do comércio), assinaturas e vendas em banca. Entretanto, o SJ apela a todos os jornalistas espalhados pelo país que reportem, "para o email SJCovid19@gmail.com, os casos de suspensão de publicações, despedimentos (como já está a acontecer também) ou qualquer aproveitamento ou situação abusiva por parte das entidades empregadoras".

solução para este terceiro período assente na televisão, através da transmissão de conteúdos pedagógicos na RTP Memória direcionados aos alunos do 1.º ao 9.º ano de escolaridade. A grelha do espaço #EstudoEmCasa, que vai ocupar parte da programação da RTP Memória durante o terceiro período, das 09:00 às 17:50, com aulas de 30 minutos para as várias disciplinas, já é

conhecida, mas os professores querem ter também acesso aos temas que vão ser tratados em cada emissão para poderem preparar o trabalho com os alunos. "Para os professores poderem organizar melhor as aulas, era importante que soubéssemos quais os conteúdos programáticos que serão exibidos na televisão" a partir de 20 de abril, sublinhou Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), em declarações à Lusa na segunda-feira. Ainda assim, no geral, todos estão satisfeitos com a decisão do Governo de manter o ensino à distância durante o terceiro período e só retomar as aulas presenciais dos alunos do 11.º e 12.º anos caso haja garantias de segurança. As medidas foram anunciadas no 9 de abril pelo primeiro-ministro, António Costa, que comunicou também a suspensão das provas de aferição do ensino básico e dos exames do 9.º ano, mantendo-se apenas os exames nacionais do 11.º e do 12.º anos que sejam necessários para o acesso ao ensino superior. No entanto, o período em que estes exames se realizam foi adiado, bem como o final do terceiro período, que poderá estender-se até 26 de junho, para que os alunos do secundário tenham mais tempo para se prepararem para os exames, caso as aulas presenciais não possam ser retomadas já em maio. As medidas fazem parte da resposta do Governo para as escolas à pandemia da covid-19, que colocou em 19 de março o país em estado de emergência até 17 de abril. O novo coronavírus já infetou 16.934 pessoas em Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, e provocou 535 mortos.

Covid-19: Máscaras não cirúrgicas podem ser utilizadas em espaços fechados

RS

As máscaras não cirúrgicas podem ser utilizadas pela população em espaços fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos, disse no passado dia 13 de abril a ministra da Saúde. “De acordo com o princípio básico da precaução em saúde pública e fase às ausências de efeitos adversos associados ao uso de máscara, pode ser considerada a sua utilização por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com um elevado número de pessoas”, afirmou Marta Temido, dando como exemplo os supermercados, farmácias, lojas ou estabelecimentos comerciais e transportes públicos.

Na conferência de imprensa diária realizada na Direção-Geral da Saúde (DGS), a ministra ressalvou que o uso de máscaras na comunidade constitui “uma medida adicional e suplementar” às já existentes, como o distanciamento social e lavagem das mãos. Segundo a governante, a norma sobre a utilização de máscaras não cirúrgicas, também conhecidas por “mascaras sociais ou comunitárias”, foi publicada pela DGS e cumpre as regras europeias. Lusa


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sociedade

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Galp reforça apoio aos sistemas de saúde

Internet aproximou a igreja dos fiéis

A Galp e a sua Fundação têm estado desde a primeira hora na linha da frente dos apoios ao SNS e reforçaram nos últimos dias as medidas de apoio aos sistemas de saúde através de um novo conjunto de ações que têm como objetivo contribuir para o bem-estar de médicos, enfermeiros e bombeiros que estão no combate à pandemia COVID19. Parceria com Associação da Hotelaria de Portugal A Galp associou-se à Associação da Hotelaria de Portugal num compromisso que tem como objetivo apoiar as unidades hoteleiras que reabriram para acolher profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à COVID-19. Assim, e durante o período de estadia da comunidade médica nos hotéis, a Galp irá oferecer a energia (Gás Natural e Eletricidade) aos hotéis que são seus clientes e que adiram a esta iniciativa. Esta é uma medida relevante no sentido em que são muitos os profissionais de saúde que estão deslocados ou que não podem ficar nas suas casas para não colocar em risco as suas famílias. Movimento “ISTAR contra o Covid19”

Devido à impossibilidade de haver missas com a presença de público, as paróquias têm tentado encontrar alternativas para levar a palavra do Senhor até aos fiéis. Em dia de Páscoa, as igrejas ficaram vazias de fiéis devido ao distanciamento social e de "reclusão caseira" provocada pela pandemia de Covid-19 que afeta o país e, por isso mesmo, esta foi uma Páscoa diferente. Em Santo André, todas as celebrações religiosas são transmitidas através do Facebook do padre Abílio Raposo, Pároco de Santa Maria, Santo André, Melides, S. Francisco e Santa Cruz. Abílio Raposo, explicou que “é tudo muito diferente e triste, é de cortar o coração, porque nós vivemos para a comunidade e celebrar uma Missa com a igreja vazia deixa-me uma grande mágoa,

ainda mais neste período da Páscoa”. “Neste domingo de Pascoa visitei os doentes, fui levar a comunhão, vou apenas à porta já que temos de respeitar o distanciamento que é para o bem de todos, mas eu não podia deixar de me encontrar com aqueles que estão mais fragilizados e necessitados porque esta também é a missão do padre. Devido à situação em que nos encontramos a visita pascal e o percorrer a cidade com a cruz foram anuladas” afirmou Abílio Raposo. A forma encontrada para chegar aos fieis foi transmitir as celebrações religiosas em direto pelo Facebook, “quando surgiu esta pandemia e foi decidido encerrar as igrejas eu pensei que as pessoas precisavam de continuar a receber a minha palavra e a forma encontrada foi a transmissão pelo meu perfil de facebook, não é a mesma coisa,

mas é uma alternativa para levar a palavra do Senhor até aos fiéis” conclui Abílio Raposo. E m S ã o Te o t ó n i o , t o d a s a s celebrações, momentos de oração e reflexão diários são agora transmitidos na Internet, através do Facebook do padre Júlio Lemos. Em Santiago do Cacém, Odemira e em Sines não há transmissões próprias, mas os fieis podem seguir as eucaristias através da Diocese de Beja, Vaticano ou pela televisão. Joaquim Bernardo

Este movimento tem como objetivo a cedência de autocaravanas e caravanas por parte de empresas e particulares para alojar profissionais de saúde e bombeiros. Estrategicamente colocadas junto aos hospitais de Braga e Gaia, bem como junto ao quartel de Bombeiros Voluntários de Coimbrões, as caravanas chegam de todo o país e totalizam, neste momento, mais de 300 viaturas. O movimento nasceu num grupo de Facebook, é coordenado por Pedro Castro, e conta com o apoio da Galp que garante o abastecimento de combustível necessário para todas as deslocações. Apoio às corporações de bombeiros A Galp irá avançar com um apoio em combustível às Corporações de Bombeiros de Sines, Santo André, Santiago do Cacém e Leça da Palmeira, para o apoio nas operações de resposta à emergência às comunidades locais.

Hospital de campanha Super Bock Arena A Galp é parceira do primeiro hospital de campanha no Porto, localizado no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, nos Jardins do Palácio de Cristal. Este hospital terá capacidade para receber 300 doentes infetados por COVID-19 e permitirá aliviar a pressão sobre os dois hospitais públicos da cidade. O apoio da Galp traduz-se na oferta de energia elétrica consumida neste espaço. Ponto de situação de medidas já anunciadas Até ao dia de hoje, a Galp e a Fundação Galp já entregaram 19 ventiladores de diversas tipologias, mas todos devidamente homologados com a certificação CE, para utilização imediata nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Dentro dos hospitais abrangidos estão o Hospital de São João, Hospital de Santo António e os hospitais de Setúbal, Beja, Évora, Montijo e Santa Maria da Feira. Está prevista para a próxima semana a entrega de mais 11 ventiladores não invasivos. A Galp juntou-se ainda a oito empresas portuguesas para adquirirem, em conjunto, 126 ventiladores que serão doados ao SNS com o objetivo de reforçar a capacidade de resposta das unidades de cuidados intensivos dos hospitais portugueses. A entrega dos ventiladores está prevista para o mês de maio. Em paralelo, a Galp abastece as viaturas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), contribuindo assim para as operações de transporte de doentes infetados e de recolha domiciliária de amostras para análise. De relembrar que a Galp e a sua Fundação têm em curso também várias ações focadas no apoio às emergências sociais gerada por esta pandemia, em desenvolvimento nas várias geografias onde opera.

Junta mantém apoios financeiros ao movimento associativo em Santo André A Junta de Freguesia vai manter o apoio financeiro de 29 mil euros ao movimento associativo de Santo André para 2020, resultantes da assinatura de protocolos ocorrida no dia 21 de fevereiro. “É uma decisão muito ponderada e avaliada ao pormenor, que só é possível atendendo à gestão rigorosa que temos mantido. Algumas associações contactaram-nos no sentido de prescindirem do seu apoio financeiro, mas não aceitamos essa possibilidade. A nossa forte aposta no movimento associativo é clara desde o primeiro momento. Nesta fase difícil que todos vivemos, é nossa intenção que as associações não percam a sua capacidade de iniciativa e a sua liquidez, para estarem preparadas para organizar os seus eventos quando regressarmos à normalidade, quer seja ainda em 2020, quer seja no reforço da sua capacidade para 2021. O movimento associativo tem uma preponderância enorme nas dinâmicas da Freguesia e entendemos que devemos protegê-lo”, sublinha David Gorgulho, Presidente da Junta de Freguesia de Santo André. As 30 associações que assinaram

PROTEJA-SE

protocolos financeiros com a JFSA para 2020 foram as seguintes: Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários d e S a n t o A n d r é , I n t e r v i r. c o m – Associação, AMISSA – Associação de Amigos Solidários de Santo André, Academia de Música de Santo André, Cercisiago, Associação de Moradores da Zona de Brescos, ALSAB – Associação Desportiva, Recreativa e Cultural da Lagoa de Santo André e Brescos, Centro Cultural de Santo André, Grupo Motard de Vila Nova de Santo André, Clube Ornitológico do Litoral Alentejano, ALA – Associação Litoral Aventura, Estrela de Santo André, GDCT Repsol, Os Vilas – Associação de Pesca Desportiva de Vila Nova de Santo André, Centro Equestre de Santo André, Clube de Ténis de Santo André, Os Kotas, Clube Galp Energia, Motorsport, COALA – Clube de Orientação e Aventura do Litoral Alentejano, ArteCorGeração, Coral Vozes D'Arte, Grupo à Cante Alentejano Vozes Além'Tejo, AJAGATO, Quadricultura, ASAS – Academia Sénior de Artes e Saberes, ICE – Instituto das Comunidades Educativas, Associação São Francisco de Assis, ACESA e A Dançarita.

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igreja

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MENSAGEM DA PÁSCOA Diocese de Beja, 2020

Caríssimos irmãos e filhos no Senhor: Neste momento de trevas que estamos vivendo, Jesus Cristo, luz do mundo, vencedor do pecado e da morte, esteja convosco! De facto, é de trevas densas para todos nós esta Primavera de 2020. Esta mensagem, dirijo-a a todos os cristãos e homens de boa vontade que vivem e trabalham no Baixo Alentejo e no Alentejo Litoral, mas sobretudo àqueles e àquelas que suportam na sua carne os sintomas deste vírus terrível ou vivem angustiados por sua causa. Na iminência de perdermos a nossa vida, é normal que aflorem com mais insistência ao nosso espírito perguntas como estas: quem sou eu? Vivo para quê? O que é a vida? O que é a morte? O que é o bem? O que é o mal? Onde está a verdadeira felicidade? As respostas que, por nós mesmos, conseguimos encontrar, quando não abrem caminho para novas perguntas, resumem-se a declarações da nossa ignorância: não sei! não sabemos! Por muito que a ciência prolongue a nossa vida, somos mortais. A única certeza que nos acompanha desde que viemos ao mundo é esta: havemos de morrer. Como nos ensina a Sagrada Escritura, somos pó, e ao pó havemos de voltar. Sim, somos pó, mas um pó que pensa, um pó que ama e odeia, capaz de tomar decisões, capaz de discernir o bem do mal, capaz de se relacionar com as coisas, com os outros, capaz de se abrir a Deus, de escutar a Sua palavra e de a pôr em prática. Isto, durante o tempo em que vivemos, porque, queiramos ou não, chegará para cada um o momento em que termina a vida presente. E nesta perspetiva, quem poderá conscientemente viver tranquilo, sem

medo de morrer? Para quantos vivem neste mundo, escravos do medo de morrer, nós cristãos somos portadores desta notícia surpreendente: a morte não é o fim de tudo. Um homem como nós, Jesus de Nazaré, que há dois mil anos foi morto injustamente numa cruz, ressuscitou, venceu a morte. Várias vezes apareceu vivo no meio dos discípulos, e enviou-os por todo o mundo a anunciar esta boa notícia: quem acredita n'Ele participa da Sua vitória sobre a morte, passa da morte para a Vida, para a Vida Eterna. Como fruto da Sua Páscoa enviou do Céu o Seu Espírito Santo que transformou os discípulos e os sustentou, e continua a sustentar na missão de anunciar, por toda a terra, esta Boa Notícia que põe em festa o coração de cada homem e de cada mulher. Esta é a missão da Igreja. Esta é a única festa que a Igreja, obedecendo ao Espírito Santo, sempre celebra em cada domingo e ao longo de todo o ano: a Morte e a Ressurreição de Jesus, a Sua vitória sobre a Morte. Queridos irmãos e irmãs: esta é a Boa Notícia que, por meio desta mensagem, eu quero fazer ressoar para cada um de vós, esta é a Festa que vos convido a celebrar! Alegrai-vos porque sois filho de Deus, e a vossa vida tem sentido! Porque ressuscitando da morte destruiu a vossa morte, Cristo é, para vós, o Caminho, a Verdade e a Vida! A este anúncio, poderá alguém responder que, com fé ou sem ela, continuamos a morrer. É claro que sim! Mas a morte física, para aqueles que creem, já não é uma queda no abismo do não ser, é o óbito, quer dizer, o encontro com o Senhor Jesus ressuscitado que nos assume e nos leva consigo para a glória do

Meditar a Palavra de Deus Maria Fernanda Pinto Pai. Esta foi e é a Sua promessa aos discípulos, a promessa que nos mantém a caminhar, de alma erguida, esperando vêla realizada quando chegar a nossa hora. É a Páscoa, caríssimos irmãos e irmãs, que bate à nossa porta. Como nos encontra ela? Como escravos, mas desejando a passagem libertadora do Senhor Jesus Cristo, ou como opressores dos nossos irmãos? O Senhor passa semeando vida para aqueles que desejam ardentemente sair da escravidão do pecado, e morte para os filhos primogénitos do Egito. Cada um receberá do Senhor aquilo que corresponde à sua situação concreta. Por isso, irmãos e irmãs, voltemo-nos cheios de confiança para Jesus Cristo que vem ao nosso encontro, cheio de amor. Como lemos no Evangelho, Jesus Ressuscitado manifesta-Se no meio dos discípulos reunidos. E por isso, sempre as celebrações da Igreja, nas quais experimentamos que Ele está no meio de nós, se realizam estando a assembleia reunida. Neste ano, infelizmente, pelas causas conhecidas, tal não será possível. Mas para que seja mais verdadeira a comunhão fraterna entre nós, peço-vos que, tanto quanto vos seja possível, contacteis as pessoas que eventualmente tenhais ofendido ou que vos tenham ofendido, para lhes pedir perdão e vos reconciliardes. Neste ano viveremos a Páscoa de forma nova, inteiramente no âmbito familiar. Se puderdes, no domingo de Ramos, cada um tenha o seu ramo de oliveira ou de palmeira para aclamar o Senhor, no início da missa. Esses ramos benzidos pelo sacerdote que preside, não devem ir para o lixo. Serão guardados em casa até o domingo de Carnaval do próximo ano, dia em que serão queimados. A Missa Crismal que habitualmente realizamos em quarta-feira santa, este ano gostaríamos que pudesse ser celebrada a 10 de julho, dia em que se cumprem os 250 anos da restauração da nossa diocese. Ve r e m o s s e v a i s e r p o s s í v e l ! A s celebrações pascais propriamente ditas, em Quinta-feira Santa, em Sexta-feira Santa, na Vigília Pascal e no Domingo de Páscoa, vamos vivê-las com a máxima devoção, acompanhando as transmissões televisivas. Meus caros irmãos e irmãs: desejo, a todos vós, uma Santa Páscoa! Confiemos em Deus, não duvidemos do Seu amor por nós, e amemos os nossos irmãos, levandoos, em nossas orações, à presença do Senhor. A bênção do Senhor Jesus Cristo, vencedor da morte, vos defenda e vos guarde na saúde e na paz! Rezai por mim! J. Marcos, bispo de Beja

II Domingo da Páscoa - 19-4- 2020 At 2, 42-47;Sl 117;1Pd1,3-9; Jo 20,19-31 Nesta leitura dos Atos dos Apóstolos percebemos a maneira fraterna como os primeiros cristãos partilhavam a vida entre eles. “ Todos os que haviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam propriedades e bens e distribuíam o dinheiro por todos”… De facto no inicio da vida cristã, tudo era puro cheio de boa vontade, de fé, de solidariedade, de partilha, de atenção para com todos, tudo era partilhado mas, infelizmente durou pouco… Era utópico e passaram a viver de maneira mais ou menos semelhante à que vivemos hoje… É verdade que, à medida do correr dos tempos correm as coisas vão mudando, umas para melhor, outras para pior, conforme a s consciências ou a formação de cada um. Felizmente hoje quando há necessidade de exercer a CARIDADE VERDADEIRA a maior parte do povo é solidária, ajuda, empenha-se, em ajudar correndo riscos, expondo a vida pelos outros, sem olhar a aceção de pessoas…. Exemplos muito nobres digamos de admiração e louvor… Peçamos aos Senhor que, os ajude e proteja… Pedro tomou logo conta do governo que Jesus lhe entregou! “ Quando Jesus Cristo se manifestar sem O ver ainda acreditais NELE…. E isto é para vós fonte de uma alegria inefável e gloriosa porque conseguiu o objetivo da vossa fé, a salvação das vossas almas”… Assim seja Agora vamos ter com os discípulos que estavam fechados no Cenáculo cheios de medo dos Judeus. … As portas estavam fechadas e Jesus apareceu no meio deles e disse: “ a paz esteja convosco” e mostrou-lhes as mãos e o lado. “ Assim como o Pai me enviou também eu vos envio e soprando sobre eles disse: recebei o Espírito Santo àqueles a quem perdoardes os pecados serlhes-ão perdoados; a quem os retiverdes serão retidos”. Nesta aparição Tomé não estava com eles, juntou-se a eles mais tarde e não acreditou no que os colegas contaram. Oito dias depois Jesus entrou novamente no Cenáculo e nessa altura estavam todos. Jesus voltou a dizer: “ A Paz esteja convosco”. “Meu Senhor e meu Deus” “ Porque Me viste Tomé, acreditaste. Felizes os que acreditam sem terem visto”… Este recado é também para nós, quantas vezes duvidamos de coisas que não vemos e são verdadeiras!... Senhor nós acreditamos mas, aumentai a nossa fé!. III Domingo da Páscoa - 26-4-2020 At 2, 14.22-33;Sl 15; 1Pd 1,17-21; Lc 24,13-35 Pedro de pé com os onze Apóstolos falou

ao povo e entre as várias coisas que lhe disse fechou a sua comunicação com estas palavras: “ Foi este Jesus que, Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas tendo sido exaltado pelo poder de Deus recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo que, Ele derramou como vedes e ouvis”. Ouçamos agora Pedro que se dirigiu ao povo dizendo-lhes: “ Lembrai-vos que, não foi por coisas corruptivas como a prata e o oiro que, fostes resgatados da maneira de viver herdada dos vosso pais mas, pelo sangue preciosos de CRISTO CORDEIRO sem defeito e sem mancha predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por vossa causa. Por Ele acreditais em Deus que O ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória para que a vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus”. … Senhor, obrigada pela vossa paciência para connosco que, somos tantas vezes reticentes em querer mudar para melhor… Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho de Emaús a conversar dos acontecimentos passados por aqueles dias. A dado momento juntou-se a eles um caminheiro que lhes perguntou de que iam eles a falar!... Entristecidos perguntaram-LHE como ignorava Ele o que, se havia passado em Jerusalém naqueles dias! “ O que foi?” o que se passou com Jesus de Nazaré profeta poderosos em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo e, como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado!! “ È já o terceiro dia depois da sua morte”… na verdade algumas mulheres do nosso grupo sobressaltaram-nos dizendo-nos que, tinham ido ao sepulcro e uns anjos lhe tinham dito que, Jesus estava vivo mas a Ele não O tinham visto… “ Homens de pouca fé e lentos em acreditar no que os profetas anunciaram”!! … Ao chegarem à povoação onde viviam os dois discípulos, Jesus fez menção de passar adiante mas eles numa onda de solidariedade convidaram- nO a passar a noite porque era já muito tarde para continuarem o caminho. Jesus aceitou a oferta e sentou-se com eles à mesa. Ao partir do pão reconheceram-NO mas, Ele desapareceu aos seus olhos!!! Entusiasmados nem a noite lhes meteu medo; partiram para Jerusalém para anunciar a Boa notícia de que tinham acabado de ser testemunhas. Ao chegarem à cidade entraram no Cenáculo para anunciar a Boa Nova e os onze disseram: Jesus Ressuscitou e apareceu a Simão. Os dois contaram então o que, lhes tinha acontecido pelo caminho… Jesus tem sempre maneiras novas de nos surpreender, nós é que, muitas vezes temos os olhos tapados e não vemos…


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desporto

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Edição de desporto, Joaquim Bernardo

Inatel de Beja

Campeonatos Distritais da Associação de Futebol de Setúbal

Campeonato continua suspenso até 30 de abril

A.F. Setúbal anunciou o fim dos campeonatos seniores

A delegação de Beja do Inatel confirmou que o campeonato de futebol organizado por esta entidade vai continuar suspenso até ao dia 30 de abril de 2020. O reagendamento ou cancelamento da competição será posteriormente definido e comunica-

do aos clubes participantes. Recorde-se que o Ginásio Clube de Sines, Sonega, Vale Figueira e Alvaladense são os quatro clubes do distrito de Setúbal que participam nesta competição.

Prova destinada às camadas jovens

Torneio Lopes da Silva sub-14 foi cancelado A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou o cancelamento do Torneio Inter-associações "Lopes da Silva" em Sub-14, que iria ter lugar em Beja e Évora em junho, devido à pandemia da Covid-19 em Portugal. Esta decisão surge depois da FPF ter

também dado por concluídas as competições nacionais e distritais de futebol e futsal nos escalões de formação, numa medida que foi acompanhada pela Associação de Futebol de Beja e de Setúbal.

Campeonato de Portugal

Prova terminou sem descidas de divisão A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deu por concluídas, sem vencedores, todas as suas competições seniores que se encontravam suspensas devido à pandemia da Covid-19, não sendo atribuídos títulos nem aplicado o regime de subidas e descidas. Em termos práticos,

esta decisão garante a manutenção de todas as equipas na competição nacional. A decisão da FPF foi anunciada após reunião por teleconferência entre a equipa liderada por Fernando Gomes e responsáveis pelas associações distritais e regionais.

Em Santiago do Cacém

4.º Night Running Cidade de Santiago foi adiado Foi adiada a 4.ª edição do Night Running Cidade Santiago do Cacém, que estava prevista para o dia 18 de abril de 2020. Recorde-se que a iniciativa é uma Organização do Juventude Atlético Clube, com partida e chegada no Pavilhão do

J.A.C. na Cidade de Santiago do Cacém. A prova que deve realizar-se no último trimestre do ano, consiste numa prova noturna, com uma corrida de 10 quilómetros e uma caminhada com 6 quilómetros.

Em Vila Nova de Santo André

Freguesia cancelou várias iniciativas desportivas Atendendo aos efeitos da pandemia que estamos a viver, a Junta de Freguesia de Santo André anunciou que decidiu cancelar a Corrida da Liberdade que estava marcada para o dia 25 de abril de 2020.

A autarquia decidiu também anular o Ciclopaper – Cidade Aventura que estava marcado para 26 de abril. O Circuito de Fitness, previsto para 23 de maio, também foi cancelado.

Taça Concelhia de BTT

BTT regressa a Odemira a partir de setembro A Taça Concelhia de Odemira em BTT realiza-se este ano entre setembro e novembro de 2020, e nesta sétima edição contará com um total de seis provas, numa parceria entre os clubes e a autarquia local. A iniciativa tem como objetivo "afirmar Odemira como território de excelência para a prática do BTT ao nível turístico, lazer e competição" e arranca a 6 de setembro, com a V Maratona do SW, promovida pelo Clube BTT de Odemira. A restante provas, a Maratona de BTT de Vila Nova de Milfontes, a XIII Rota do Medronho em Amoreiras-Gare, ainda não tem nova data para a sua realização.

No dia 27 de setembro, tem lugar a 9ª edição da prova "Desenferruja Canelas", dinamizada pela Associação de Vale Bejinha e Carrasqueira, e no dia 18 de outubro decorrerá a 12ª prova "Entre o Rio e o Mar", organizada pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva da Longueira/ Secção de BTT "Os Duraizos". A VII Taça Concelhia de BTT de Odemira termina a 8 de novembro, com a oitava edição da prova "Pelas Serras do Sudoeste", em São Teotónio, promovida pelo Clube BTT do Sudoeste.

A direção da Associação de Futebol de Setúbal, anunciou em comunicado, que promoveu nos dias 10 e 11 de abril reuniões por videoconferência, com os clubes participantes nos Campeonatos Distritais de Seniores da 1.ª e 2.ª Divisão. "Após a declaração da renovação do Estado de Emergência considerámos, em conjunto com os clubes, ser o momento de abordar esta e outras temáticas relacionadas com a conclusão destas provas que estavam suspensas desde o dia 12 de março, assim como tentar encontrar as soluções mais adequadas para a preparação da próxima época desportiva, no âmbito de uma nova realidade, com mais dificuldades para todos nós. Foram, também, analisados os modelos dos quadros competitivos distritais para a época de 2020/2021". Na reunião ficou acordado considerar como concluídos, de imediato, os Campeonatos e Taças Distritais de Seniores de Futebol e Futsal nas vertentes masculina e feminina, não sendo atribuídos os respetivos títulos. Ficou também definido reunir de novo, brevemente, com os clubes, após conclusão do diálogo existente com a FPF, para decidir sobre o quadro competitivo de Seniores da 1.ª Divisão para a época de 2020/2021 e definir o modelo competitivo da Taça AFS também da próxima época".

Umas das opções encima da mesa é o alargamento de 16 para 18 equipas na 1.ª divisão, subindo duas equipas da 2.ª divisão. Na taça, para não subcarregar as equipas com mais jogos a prova será disputada por eliminatórias. Caso o Oriental Dragon suba ao Campeonato de Portugal e com a desistência do Beira Mar de Almada a prova pode ser disputada por 16 equipas, permitindo a subida de duas equipas da 2.ª divisão, com está previsto no regulamento.

A Associação de Futebol de Setúbal informa ainda que se encontra, em conjunto com as restantes Associações Distritais, a dialogar com a Federação Portuguesa de Futebol, que "tem demonstrado um elevado sentido de responsabilidade, de solidariedade e compreensão, no sentido de uma definição, a título excepcional, dos modelos competitivos nacionais, que permitam a indicação dos clubes que possam vir, eventualmente, a disputar provas nos escalões superiores".

Campeonatos Distritais da Associação de Futebol de Setúbal

Competições seniores da A.F. Beja estão concluídas A Associação de Futebol de Beja decidiu dar por concluídas, "com efeitos imediatos, todas as provas distritais de futebol e futsal nos escalões seniores" relativas à época desportiva de 20192020. A decisão da A. F. Beja surge na sequência da deliberação da Federação Portuguesa de Futebol, em que foram canceladas das provas nacionais de seniores de futebol e futsal. Em comunicado, a A.F. Beja explica "que em primeiro lugar está a saúde dos nossos atletas e das respectivas famílias e que é essencial preservarmos a saúde de todos". Nesse sentido, são dadas como terminadas "todas as provas distritais de futebol e futsal nos escalões seniores ainda não concluídas, relativas à época desportiva 2019-2020, sem vencedores e fixando, no caso dos campeonatos, como definitiva a tabela classificativa estabelecida à data de suspensão das competições". A deliberação da A. F. Beja mantém como válidas as competições terminadas antes da suspensão de provas anteriormente

determinada, com os respetivos títulos atribuídos aos vencedores. "Oportunamente será emitido comunicado oficial respeitante às consequentes implicações desportivas, tais como subidas e descidas, depois de ouvidos os clubes e de acordo com outras decisões que a Federação Portuguesa de Futebol

possa divulgar sobre esta matéria", acrescenta a A. F. Beja, que conclui: "Nenhuma deliberação a tomar seria boa para os agentes desportivos e para o saudável desenrolar das competições, contudo, a A.F. Beja entende ser esta a solução adequada".

Compeonatos Nacionais de Hóquei em Patins

Federação de Patinagem quer terminar os campeonatos A Federação de Patinagem de Portugal (FPP) apresentou aos clubes uma proposta que permite concluir os Campeonato Nacionais de Hóquei em Patins da 1.ª, 2.ª e 3.ª Divisão e ainda a Taça de Portugal. Em cima da mesa foram colocados pela FPP diversos cenários de continuidade, sendo que a retoma depende sempre da evolução da pandemia. Jornal

A época termina a 31 de julho, colocandose aparentemente de parte a hipótese de se prolongar por agosto ou setembro. Para viabilizar o final das 1.º, 2.º e 3.ª Divisões, é apontado o reinicio, o mais tardar, a 13 de junho, podendo prolongarse a temporada até 26 de julho. Caso as 2.ª e 3.ª Divisões não reúnam condições para o seu término, o foco será em terminar a 1.ª

Divisão. A Taça de Portugal, ainda com 16 equipas em prova, pode ter oitavos-de-final, quartos-de-final, "meias" e final num mesmo palco e em dias consecutivos. A Taça de Portugal teria a sua Final Four a 11 e 12 de Julho.

Regional

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O Leme 16 de Abril de 2020

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Associação propõe cantar "Grândola Vila Morena" à janela para celebrar a revolução dos cravos

A Associação 25 de Abril propõe que os portugueses celebrem a revolução a cantar “Grândola Vila Morena” à janela, devido à pandemia de covid-19.

Helga Nobre Com as iniciativas para assinalar o 25 de abril deste ano canceladas devido à pandemia de covid-19 há quem proponha uma comemoração diferente das habituais manifestações de rua, inaugurações e cerimónias protocolares. Com a população fechada em casa a alternativa passa por cantar "Grândola Vila Morena" à

janela. O desafio foi lançado pela Associação 25 de Abril e está a ser partilhado nas redes sociais para que a data seja comemorada, ainda que de uma forma diferente. “A todas as cidadãs e a todos os cidadãos, onde quer que estejam, às mesmas 15 horas, suspendam os trabalhos (com exceção dos que o não possam fazer, nomeadamente os que estejam a prestar serviços de saúde) e cantem a “Grândola, Vila Morena e o Hino Nacional”, lê-se no comunicado. O objetivo, refere a associação, passa

por homenagear o 25 de Abril e, "nesta grave crise que atravessamos, todas e todos os que estão a garantir o funcionamento do País – neles incluindo todos sem excepção, do mais alto dirigente ao mais simples trabalhador". Além de associar os órgãos de comunicação social, rádios e televisões, para que às 15:00 do dia 25 de abril, transmitam a "Grândola Vila Morena" seguida do Hino Nacional, os promotores, convidam igualmente todos os cidadãos que estiverem em casa "que venham às janelas ou às varandas" e se juntem numa só voz. "Fazemos esta evocação num momento de enorme crise, de guerra global com um inimigo invisível e traiçoeiro. Nesta guerra sem quartel, os portugueses têm tido, de uma maneira geral, um comportamento solidário e unido, que estamos convictos, é resultado direto, acima de tudo, das transformações que coletivamente fizemos na nossa sociedade, renovada com o 25 de Abril", sublinha a associação. jornalista // helga.nobre@o-leme.com

Repsol desenvolve ações de responsabilidade social no litoral alentejano O complexo petroquímico da Repsol, sediado em Sines, contribui ativamente para o desenvolvimento económico da região. Atualmente, a sua atividade operacional é de especial importância no combate à COVID-19, uma vez que o polietileno e outras matérias-primas produzidas são utilizadas no fabrico de máscaras, viseiras, luvas, aventais e outros equipamentos necessários para a proteção de doentes, pessoal de saúde e comunidade em geral. Para além disso, contribui com a oferta de diversos materiais e apoios a unidades de saúde, hospitais e instituições de bombeiros, entre outros. Também apoia os motoristas que ajudam a fazer chegar estes materiais onde são necessários,

agora mais do que nunca. A Repsol fez várias doações, entre as quais EPIs (máscaras, viseiras, luvas), batas e desinfetantes (hidrogel), a entidades e instituições como a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, Santas Casas da Misericórdia e

Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários de Sines, de Santiago do Cacém e de Vila Nova de Santo André. O hidrogel distribuído é proveniente do Tech Lab da Repsol em Espanha, que foi devidamente adaptado para fabricar este produto no contexto atual de emergência. A empresa tem ainda um programa de distribuição de packs de merenda com alimentação (sandes, fruta e água) para os motoristas que levam as matérias-primas para os fabricantes de equipamentos médicos e de proteção que usam os nossos polietilenos e outros polímeros.

Teatro do Mar reajusta agenda devido a cancelamentos de espetáculos Com datas canceladas e a maioria suspensas, devido à crise provocada pela covid-19, a companhia Teatro do Mar reajustou o seu plano de atividades até ao final do ano e mantém os funcionários em teletrabalho.

O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha recebeu um telefonema do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para se inteirar da situação no Concelho, dando uma mensagem de bom trabalho e de esperança. Álvaro Beijinha aproveitou a oportunidade para dar a conhecer ao Presidente da República o enorme trabalho desenvolvido no Concelho pelos profissionais de saúde, trabalhadores da Câmara, forças de segurança, bombeiros e o cumprimento, por parte da larga maioria da população, das recomendações das entidades de saúde e de segurança. O Presidente da República esteve também em contato com o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, para se inteirar sobre a evolução da situação pandémica no concelho e acompanhar o trabalho das autoridades locais. O Presidente da

República ficou tranquilizado com a situação no concelho de Sines, onde o número de casos de Covid-19 se tem mantido sem progressão, sublinhando a importância do papel das autoridades locais para um acompanhamento de proximidade às populações. O presidente da Câmara teve ainda oportunidade de transmitir ao Presidente da República as principais medidas que têm sido implementadas, transmitindo ainda a boa articulação existente entre as várias autoridades no concelho. Marcelo Rebelo de Sousa manifestou aos presidentes da Câmara de Santiago e Sines e a toda população os seus votos para que todos os ultrapassem esta fase difícil da nossa vida comum, apelando ao cumprimento das orientações das autoridades de saúde, em especial as de confinamento,

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Turismo do Alentejo / Ribatejo adquire ventiladores para oferecer às unidades hospitalares do território

Helga Nobre A companhia Teatro do Mar, de Sines, mantém os seus funcionários “a trabalhar em casa na investigação, planeamento e design” e reajustou o plano de atividades até ao final do ano, devido à pandemia de covid-19. “O nosso trabalho vive não só dos dinheiros do Ministério da Cultura e da Câmara Municipal de Sines, como também das vendas dos nossos espetáculos e, neste momento, temos datas canceladas, suspensas e outras que já estão efetivamente empurradas para o final do verão”, avançou a diretora artística do Teatro do Mar, Julieta Aurora Santos. Com cerca de 30 a 40 espetáculos por ano, em Portugal e no estrangeiro, a companhia de teatro itinerante, que conseguiu manter o apoio financeiro da Direção-Geral das Artes e do município de Sines, está “mais do que nunca a viver cada dia” e a “planificar de acordo com tudo o que vai acontecer” nos próximos meses. “As datas até junho estão praticamente canceladas, acima de 10 espetáculos o que é bastante substancial. Tínhamos uma estreia prevista para abril ou maio, que implicava algum

Presidente da República conversa com Álvaro Beijinha e Nuno Mascarenhas

investimento, e que está suspenso. Na verdade tentávamos desenhar um caminho e agora fazemos vários desenhos consoante as possibilidades”, reconheceu. Com uma “estrutura humana” composta por nove funcionários fixos “em teletrabalho” e “dos quais dependem famílias”, a encenadora, que está solidária com as companhias de teatro “que não foram abrangidas pelos apoios do Ministério”, fala “num panorama de grande instabilidade” para o setor. “Para manter os postos de trabalho tivemos de fazer reajustes nos vencimentos. Não podemos ter tudo e todos têm a consciência de que vão ganhar uma parte do que recebiam mantendo-se em atividade e há muita coisa para pensar”, acrescentou. A l é m d a a t i v i d a d e r e g u l a r, a companhia de teatro de rua, com sede em Sines, é responsável pela produção de uma mostra de artes de rua, em setembro, que se mantém no calendário, embora “num formato mais pequeno”. “Estamos a trabalhar para a Mostra de Artes de Rua (M.A.R.), tendo plena

consciência que, a acontecer, será um milagre e obviamente que numa versão mais pequena porque os meios são infinitamente menores”, reconheceu. Com o início da pandemia de covid19, o Teatro do Mar, que completou 34 anos de existência, em março, enfrenta uma nova realidade que “atingiu em força o setor da cultura” e resiste para já em aderir “ao teatro online”. “Penso que o setor cultural e artístico foi o primeiro e provavelmente será o último a retomar a atividade em pleno porque o teatro nunca existirá sem o público e sem ele pouco podemos fazer a não ser planear. O teatro vive da proximidade e da troca das energias e sem a experiência das artes performativas vamos acabar todos a fazer vídeos”, questionou. A encenadora, que olha para o futuro “como uma bruma”, admite que para uma companhia de teatro de rua “não ter a proximidade é corromper completamente com um dos principais objetivos do nosso trabalho”. jornalista // helga.nobre@o-leme.com

No âmbito da sua política de responsabilidade social e de sustentabilidade do destino , a Comissão Executiva da Entidade Regional de Turismo do Alentejo / Ribatejo (ERT) lançou um convite para aquisição de ventiladores, com o objetivo de ajudar a reforçar as respostas das unidades hospitalares, integradas no território de atuação da instituição, no combate à pandemia da Covid-19. O objetivo, nas palavras do presidente da ERT, António Ceia da Silva, é auxiliar de forma solidária uma luta humanitária que é de todos e transversal a todos os setores de atividade. “Acima de tudo, e numa fase em que é imperativo reforçar sinergias no sentido de combater a pandemia do novo coronavírus, a Turismo do Alentejo / Ribatejo assume como prioridade a segurança e a saúde dos turistas, mas também das comunidades das duas regiões. Numa primeira fase, consideramos determinante a oferta de equipamentos vitais para uma pronta resposta dos nossos hospitais”. Os ventiladores, cuja entrega deverá

acontecer em maio, serão oferecidos ao Hospital do Espírito Santo, Évora; Hospital José Joaquim Fernandes, Beja; Hospital José Maria Grande, Portalegre; Hospital de Santa Luzia, Elvas; Hospital do Litoral Alentejano, Santiago do Cacém; e ao Hospital Distrital de Santarém. Á semelhança da maioria dos restantes serviços do país, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo / Ribatejo encontra-se a trabalhar em teletrabalho, mas atenta à situação de Emergência Nacional e solidária com turistas, visitantes, residentes no território e como todos os profissionais que neste momento se encontram na linha da frente do combate à Covid-19, deixa o alerta para que todos os cidadãos cumpram as diretivas da Direção Geral de Saúde e do Governo. “Neste momento, o mais importante é zelarmos pela saúde de todos e contribuirmos para travar de forma responsável esta pandemia”, afirma António Ceia da Silva.


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