O Leme 780

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Jornal

Regional Nº 780 - 4 de Março de 2021 Preço 0,60 (IVA Incluído) Diretor: Abílio Raposo Periodicidade: Quinzenal +351 269 752 205 jornal@o-leme.com

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Um ano de Pandemia que mudou Portugal: o impacto da covid-19 em números 11 p.

Municipios de Santiago do Cacém e Sines alargam medidas de apoio a empresas e famílias em resposta à Covid-19 4

Vacinação contra a Covid-19 arrancou no Concelho de Santiago do Cacém Este é o Concelho com o maior número de utentes e nesta fase foram vacinadas mais de 1600 pessoas p.

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Programa 1.º Direito dará resposta a 300 famílias com carência habitacional em Grândola 2 p.

Aldeia de Abela vai contar como um novo polo de saúde 6 p.

Há um ano a Pandemia na Região

Aulas à distância: Opinião de professores, pais e alunos 8 9 10 p.

Detenções em Melides e Sines 2 3 p.

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Corpo de homem encontrado numa falésia na Zambujeira do Mar em Odemira 3 p.

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Hospital do Litoral Alentejano prevê retomar consultas e cirurgias em março 6 p.

A capacidade de internamento para doentes infetados com covid-19 vai passar de 125 para 41 camas


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local

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Posto de Carregamento para Veículos Elétricos em Santiago do Cacém

Editorial A caridade nunca acaba

Abílio Raposo Celebramos esta semana o Dia Cáritas, isto é, fazer memória daquilo que é uma das nossas grandes missões como Cristãos: fazer caridade. Por muito que queiramos denegrir ou desvalorizar esta palavra, CARIDADE, ela é o suporte fundamental de uma comunidade solida e forte. Pois sem ela nada podemos fazer. Nem tudo é negócio ou negociável. Muito existe da humanidade que deve ser partilhado e dado de coração sem esperar nada em troca. Parece para muita gente que isso é algo que não existe, que a caridade é algo do passado que os ricos faziam para comprar os mais pobres. Mas não, o que existe de fato é a ajuda daqueles que mesmo tendo pouco, ainda dá para sí e para dar aos outros. Por vezes dizemos que os que mais têm são os que menos colaboram, ou fazem caridade. Mas será que é verdade? Nunca teremos a certeza. Mas que os que vivem com pouco sabem como é viver sem nada é verdade. Mas quem é rico nem sempre sabe o que é passar sem uma refeição, sem um copo de água para beber. No entanto algo se despertou com esta pandemia e surgem grupos de voluntários reforçados para apoiar quem mais precisa. Com esta situação surgem novos necessitados que podem ser passageiros, como permanentes. O desemprego agravou-se, não com números extraordinários, porque o Estado criou o chamado Layoff. No entanto, esta situação em breve vai acabar e aí sim, veremos os que ficaram de verdade sem emprego. Pois muitas empresas acabarão por não conseguir voltar a laborar. Mas esperam continuar a contar com a caridade forte e efetiva de tantos homens e mulheres que poderão suprir o sofrimento de tantas famílias. Esta será sempre a grande obra que todos podemos fazer, sejamos pobres ou ricos, todos podemos ir ao encontro daqueles que mais precisam de nós. E mesmo com ou sem Fé cada um terá sempre uma razão válida para ir ao encontro dos mais necessitados. É sempre uma acção de grande mérito interior e exterior. Sentindo-me bem comigo, sinto-me bem com os outros. A prática da entreajuda leva à paz e á construção mais humana e digna da sociedade e da relação entre as pessoas.

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém firmou um protocolo com a empresa pública MOBI.E para a instalação de um Posto de Carregamento normal para Veículos Elétricos, na Avenida D. Nuno Álvares Pereira, em Santiago do Cacém. O Posto de Carregamento dispõe de dois pontos (tomadas) de 22 kW, ao qual estão destinados dois lugares de estacionamento. O protocolo estabelece uma relação de parceria por forma a criar as condições necessárias para a dinamização da utilização de veículos elétricos no Município de Santiago do Cacém. A concretização deste protocolo, que não implica qualquer custo para a Autarquia, tem como objetivo “a promoção de uma mobilidade sustentável, baseada na utilização de transportes com baixos impactes ambientais e, como tal, a instalação de postos de carregamento para veículos elétricos no território do Concelho assume grande relevância.” A Câmara Municipal disponibilizou o local para a instalação do posto de carregamento, e os lugares de estacionamento. Compromete-se, ainda, nos termos da lei aplicável, fiscalizar as situações de estacionamento indevido ou abusivo no local onde se encontra instalado o posto de carregamento. O protocolo surge no âmbito do lançamento,

pelo Governo, da 2.ª fase da Rede Piloto de carregamento de veículos elétricos, para os Municípios ainda não servidos na 1.ª fase da Rede Piloto MOBI.E. Em resolução do Conselho de Ministro n.º 49/2016, de 1 de setembro, é referido que este projeto “visa a promoção nacional da utilização de viaturas elétricas, a redução de emissões de CO2 e a promoção de soluções de mobilidade.”

A empresa pública MOBI.E, S.A. assegura que o posto fica instalado e em condições de ser ligado e disponibilizado ao público em geral. A empresa é também a responsável pelo procedimento do concurso de concessão da exploração do referido posto de carregamento a um operador licenciado.

Programa 1.º Direito dará resposta a 300 famílias com carência habitacional em Grândola O Município de Grândola assinou no dia 16 de fevreiro, com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), o Acordo de Colaboração respeitante à Estratégia Local de Habitação, no âmbito do Programa 1.º Direito. Este Acordo de Colaboração permitirá ao Município apoiar 234 famílias com carências habitacionais. Possibilitará ainda ajudar, através dos beneficiários diretos e de candidaturas realizadas pelo terceiro setor, mais 71 agregados familiares residentes no Concelho de Grândola. «Neste momento temos cerca de 200 habitações que são do património habitacional do Município, e portanto para nós este ato reveste-se de muita importância», salienta o Presidente da Câmara Municipal. O investimento global feito pelo IHRU será de 5,73 milhões de euros, dos quais 2,98 milhões são apoio a fundo perdido. «Este acordo permite recuperar todo o parque habitacional do Município, construir cerca 30 novos fogos e permite adquirir cerca de mais 10 habitações no Centro Histórico da Vila de Grândola, que se encontram desocupadas e degradadas», acrescenta António Figueira Mendes.

A cerimónia de homologação decorreu online e contou com a intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Grândola, António Figueira Mendes e da Secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, para quem a primeira prioridade é garantir habitação para os mais carenciados afirmando que «As famílias que têm mais dificuldade em aceder à habitação conseguem com este programa ter uma resposta e garantir que não há carências habitacionais».

Referiu ainda que não deve ser esquecida a segunda prioridade: «o apoio às famílias de rendimentos médios». O Acordo de Colaboração de Grândola com o IHRU é o 21.º no âmbito do Programa 1.º Direito, juntando-se assim a nossa autarquia aos 20 municípios que fazem parte deste Programa.

Detido suspeito de furto de 27 quilos de pinhas em Melides Um homem, de 33 anos, foi detido pela GNR por furto de 27 quilos de pinha de pinheiro manso, em Melides, no Concelho de Grân d ola, d ivu lgou aq u ela f orça d e segurança. O Comando Territorial de Setúbal revelou que a detenção foi efetuada, no passado dia 20 de fevereiro, e que o detido foi constituído arguido e os factos remetidos para o Tribunal Judicial de Grândola.

AVISO

A detenção, acrescenta a GNR, em comunicado, ocorreu na sequência de uma denúncia que indicava que dois indivíduos se encontravam a furtar pinhas em Melides e “que se tinham colocado em fuga pela Estrada Nacional 261 em direção à localidade do Carvalhal”. Os militares da Guarda conseguiram interceptar um homem de 33 anos e um menor de 15 anos, tendo sido apreendidos 27 quilos de

pinha mansa e uma vara utilizada no crime. O pinheiro-manso é uma espécie florestal com um crescente interesse económico, cuja importância do comércio externo de pinha e de pinhão tem contribuído para a promoção de importantes dinâmicas económicas à escala regional, uma vez que o pinhão produzido em Portugal é de todos o mais valorizado pelas suas características nutricionais. HN

Perante o cenário de Estado de Emergência do País, no contexto do esforço nacional de contenção do surto do coronavírus (Covid-19), a sede da Redação do jornal está encerrada desde 18 de Janeiro por tempo indeterminado, estamos a trabalhar online, em teletrabalho. Para qualquer assunto relacionado com o jornal ligue para: Leme: +351 964 696 276 | email: jornal@o-leme.com | www.jornaloleme.com | facebook

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Junta volta a garantir apoio nanceiro às Associações em 2021

A Junta de Freguesia vai manter o apoio financeiro ao Movimento Associativo de Santo André para 2021. Os protocolos foram assinados nos dias 25 e 26 de fevereiro. “É uma decisão muito ponderada e avaliada ao pormenor. A nossa forte aposta no Movimento Associativo é clara desde o primeiro momento”, sublinha David Gorgulho, Presidente da JFSA. “Desta vez, a Junta entrou em acordo com as Associações para que o pagamento seja feito em duas tranches, ou seja, a segunda parte do apoio será transferida se os respetivos planos de atividades forem cumpridos. Não temos capacidade, em dois anos seguidos, de manter o apoio na totalidade sem ter em conta o contexto de pandemia que vivemos. A maioria das Associações estão impossibilitadas de estar no terreno, salvo algumas exceções, cuja atividade está a decorrer com normalidade e nesses casos está desde já

assegurado o apoio na totalidade. Todas as coletividades aceitaram e concordaram com a nossa proposta”, destaca David Gorgulho. “O importante é que estamos aqui a postos para dar resposta assim que as Associações puderem vir para o terreno. Esperemos poder transferir tudo, até ao último cêntimo, era muito bom sinal. O Movimento Associativo tem uma preponderância enorme nas dinâmicas da Freguesia e entendemos que devemos protegê-lo”, refere o Presidente da Junta de Freguesia de Santo André. As 31 Associações que assinaram protocolos financeiros com a JFSA para 2021 foram as seguintes: Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários d e S a n t o A n d r é , I n t e r v i r. c o m – Associação, AMISSA – Associação de Amigos Solidários de Santo André, Academia de Música de Santo André, Cercisiago, Associação de Moradores da

Zona de Brescos, ALSAB – Associação Desportiva, Recreativa e Cultural da Lagoa de Santo André e Brescos, Centro Cultural de Santo André, Grupo Motard de Vila Nova de Santo André, Clube Ornitológico do Litoral Alentejano, ALA – Associação Litoral Aventura, Estrela de Santo André, GDCT Repsol, Os Vilas – Associação de Pesca Desportiva de Vila Nova de Santo André, Centro Equestre de Santo André, Clube de Ténis de Santo André, Os Kotas, Clube Galp Energia, Motorsport, COALA – Clube de Orientação e Aventura do Litoral Alentejano, ArteCorGeração, Coral Vozes D'Arte, Grupo à Cante Alentejano Vozes Além'Tejo, AJAGATO, Quadricultura, ASAS – Academia Sénior de Artes e Saberes, ICE – Instituto das Comunidades Educativas, Associação São Francisco de Assis, ACESA, Atlético Basquete Clube de Santo André e A Dançarita.

local

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Recolhidas 38 viaturas abandonadas na via pública

Nos termos da lei e com o objetivo de manter a via pública desocupada, a Câmara Municipal de Sines desenvolve um trabalho de continuidade relativamente aos veículos sobre os quais incida a presunção de abandono. Em 2020, na sequência das diligências da Câmara Municipal, foram removidos 15 veículos para as instalações da ValorSines e foram retirados 23 veículos da via pública pelos seus proprietários. O procedimento de recolha de veículos que se presumem abandonados rege-se pelas normas do Código da Estrada, aplicando-se, supletivamente, o previsto no Código do Procedimento Administrativo. Quando um veículo é identificado pelos serviços de fiscalização municipal como podendo estar abandonado, o proprietário é notificado por via postal ou, na sua impossibilidade, através de edital

publicado no site municipal e nos locais de estilo do Município. Se o veículo não for retirado pelo proprietário no prazo de oito dias, o veículo é recolhido pela ValorSines, localizada na ZIL 2, a solicitação do Município, e parqueado nas instalações da empresa. Após a recolha, o proprietário é notificado por via postal (ou, na impossibilidade de notificação por essa via, é efetuada notificação por edital) para levantar o veículo no prazo de 45 dias (ou 30 dias, quando o risco de deterioração possa fazer recear que o preço obtido em venda em hasta pública não cubra as despesas decorrentes da remoção e depósito). Se o veículo não for reclamado dentro do prazo previsto, é considerado abandonado e adquirido por ocupação pela autarquia.

GNR detém alegado tracante em Sines e apreende 2.180 doses de haxixe

Corpo de homem encontrado numa falésia na Zambujeira do Mar em Odemira Helga Nobre O corpo de um homem foi encontrado no passado dia 25 de fevereiro no trilho de uma falésia a sul do Porto das Barcas, na Zambujeira do Mar, concelho de Odemira, disse fonte da Polícia Marítima de Sines. O Comandante da Polícia Marítima e Capitão do Porto de Sines, Rui Filipe, indicou que o alerta foi transmitido pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo, cerca das 19:00, depois de o corpo ter sido avistado por um cidadão que passeava no local. “Fomos informados que um cidadão, numa caminhada junto à falésia, a sul do Porto das Barcas, teria avistado um corpo inanimado. De imediato, o piquete da

Polícia Marítima deslocou-se para aquela zona e, em colaboração com a GNR, tomou conta da ocorrência”, explicou. Segundo o Capitão do porto, as autoridades apuraram que se tratava do corpo de um homem, “com cerca de 60 anos”, não tendo sido possível determinar “a identidade da vítima por não ter documentos na sua posse”. “Também não recebemos nenhum alerta, no próprio dia ou em dias anteriores, para o desaparecimento de alguém” naquela zona, adiantou. O corpo “não apresentava quaisquer sinais de violência, mas aparentava estar naquele local há um ou dois dias”, acrescentou a mesma fonte, referindo que “estava numa zona relativamente visível por se tratar de um trilho normalmente usado pelos caminhantes”.

“O homem estava equipado com roupa aparentemente desportiva pelo que podemos, eventualmente, assumir que estaria a fazer uma caminhada naquela área e que se terá sentido mal”, relatou. De acordo com a Autoridade Marítima Nacional, em comunicado, o óbito foi declarado no local pela Delegada de Saúde de Sines, não sendo possível identificar a identidade da vítima nem determinar as causas da morte. O corpo foi removido do local com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Odemira e transportado posteriormente pela Cruz Vermelha de Colos para o Instituto de Medicina Legal do Hospital de Beja. O caso foi entregue à Polícia Judiciária de Portimão.

GNR recupera 12 toneladas de metais não preciosos furtados em Sines Helga Nobre A GNR anunciou ter recuperado 12 toneladas de metais não preciosos furtados de uma empresa de metalomecânica do Concelho de Sines, após os militares realizarem buscas domiciliárias. Em comunicado, o Comando Territorial de Setúbal da GNR, avançou que as 12 toneladas de metais não preciosos foram recuperadas, no passado dia 25 de fevereiro, no âmbito de uma investigação criminal desenvolvida após a detenção, no início do mês, de três suspeitos. Os três homens, entre os 35 e os 47 anos, foram detidos a 06 de fevereiro, pelo furto de metais não preciosos na Zona Industrial e Logística de Sines. Na altura, os militares da Guarda apreenderam-lhes dois veículos de mercadorias, uma mesa de ferro no valor de 600 euros e várias ferramentas utilizadas no furto.

Helga Nobre Um homem, de 38 anos, foi detido pela GNR por alegado tráfico de droga, no Concelho de Sines, tendo os militares apreendido 2.180 doses de haxixe, revelou aquela força de segurança. Em comunicado, o Comando Territorial de Setúbal da GNR, avançou que a detenção ocorreu no passado dia 20 de fevereiro, durante uma ação de patrulhamento efetuada por militares do Posto Territorial de Sines, que detetaram uma viatura parada na Zona Industrial e Logística de Sines. "Ao abordarem o condutor, [os militares] verificaram que este mantinha

um comportamento suspeito, tendo sido realizada uma revista de segurança ao indivíduo e detetadas duas doses de haxixe", explicou a Guarda. No decorrer das diligências policiais, a GNR apurou que o suspeito "tinha mais estupefacientes em casa", o que levou a uma busca domiciliária que culminou com a apreensão das 2.180 doses de haxixe, um telemóvel, uma faca utilizada no corte de estupefaciente e 40 euros em numerário. O homem foi constituído arguido e, de acordo com a Guarda, foi presente ao Tribunal Judicial de Santiago do Cacém, para aplicação das medidas de coação.

Papel por alimentos: Junta e APA doam 5,6 toneladas ao Banco Alimentar A detenção destes indivíduos, que na altura foram constituídos arguidos, permitiu aos militares da GNR apurarem que “os suspeitos estavam na posse de uma grande quantidade de metais não preciosos provenientes de furtos anteriores”, numa empresa de metalomecânica, no Concelho de Sines. De acordo com a GNR, “foi dado cumprimento a dois mandados de busca

domiciliária que culminaram com a recuperação de cerca de 12 toneladas de metais não preciosos que se encontravam escondidos nas suas residências”. Na sequência desta ação, que envolveu 12 militares do Destacamento Territorial de Santiago do Cacém da GNR, foram ainda elaborados quatro autos de contraordenação de âmbito ambiental e de proteção animal.

A Junta de Freguesia de Santo André (JFSA) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) uniram-se numa ação solidária para com o Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal, sediado em V. N. Santo André. A ocasião gerou-se a partir do desmantelamento do Laboratório de Geologia e Geotecnia da APA, localizado na Galiza,

na Freguesia de Santo André, que teve a JFSA enquanto parceira. A grande quantidade de papel no local resultou na ideia de ajudar o Banco Alimentar, através da campanha “Papel por Alimentos”, que se traduziu em 5630 kg de papel transportados para o local, que vai agora ser trocado por géneros alimentares para quem mais precisa.


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economia

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Câmara Municipal de Santiago do Cacém alarga medidas Docapesca lança novo concurso de apoio a empresas e famílias em resposta à COVID-19 para construção de edifício de apoio à trasfega de pescado em Sines

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém decidiu no dia 18 de fevereiro, em Reunião de Câmara, alargar o âmbito das medidas extraordinárias e de caráter urgente para o apoio social e económico no combate à pandemia da doença COVID-19. Face ao contexto atual da situação epidemiológica em Portugal e na nossa região, impõe-se aditar as medidas adotadas com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2021 para que, no âmbito da Declaração do Estado de Emergência, a doença tenha o menor impacto possível no rendimento das famílias. Desta forma foi decidido acrescentar às medidas já em vigor: · Isenção do pagamento do direito de superfície às micro e pequenas empresas instaladas nos parques empresariais municipais, referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021; · Isenção do pagamento de rendas referentes aos espaços municipais arrendados ou concessionados para fins

comerciais integrados nos setores cuja atividade foi encerrada ou suspensa, ainda que se encontrem a funcionar exclusivamente em regime de take-away, durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2021; A par deste aditamento mantêm-se as medidas extraordinárias, cuja renovação aconteceu pela terceira vez no passado dia 12 de janeiro, com o objetivo não só prevenir, conter e mitigar a transmissão da infeção, como também minimizar os efeitos colaterais da pandemia, protegendo as empresas, sobretudo os pequenos empresários em nome individual, de forma a defender o emprego, os postos de trabalho, e criar condições para que seja assegurado, na medida do possível, o rendimento das famílias. · Isenção do pagamento de rendas referentes aos espaços municipais arrendados ou concessionados para fins comerciais integrados nos setores que foram encerrados, durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2021;

· Redução de 50% do pagamento de rendas referentes aos espaços municipais arrendados ou concessionados para fins comerciais integrados nos setores de restauração, bebidas e afins, durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2021; · Isenção do pagamento das tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos nos tarifários sociais e de famílias numerosas nos meses janeiro, fevereiro e março de 2021; · Isenção do pagamento das tarifas dos serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos sólidos para todas as IPSS e outras instituições equiparadas, bem como as Associações de Bombeiros, nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021; · Fornecimento gratuito de Equipamentos de Proteção Individual a bombeiros, profissionais de saúde, forças de segurança e funcionários de IPSS; · Apoio de emergência a famílias carenciadas devidamente assinaladas;

· Manter os apoios previstos em protocolos estabelecidos com o Movimento Associativo, mesmo durante a paragem nas atividades; · Fornecimento de soluções desinfetantes nos dispensadores junto de todos os terminais de multibanco do Concelho, que se encontrem instalados em espaço exterior; · Prossecução da campanha “Ajude a Economia Local, compre no Comércio Tradicional”; · Entrega de duas máscaras reutilizáveis, por mês e por pessoa, a beneficiários do rendimento social de inserção e beneficiários de pensão social do regime não contributivo, durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2021. As medidas tomadas pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém têm, manifestamente, impactos positivos no controlo da pandemia no nosso Concelho.

Município de Sines aprova novo pacote de medidas dirigidas a famílias, empresas e Instituições A Câmara Municipal de Sines aprovou um novo pacote de medidas para combate aos impactos da pandemia da Covid-19 nas famílias, na economia e no funcionamento das instituições. As medidas aprovadas, explica o presidente da Câmara, Nuno Mascarenhas, procuram responder aos “efeitos cumulativos” da situação pandémica na economia, no momento em que o País atravessa um novo período de confinamento severo. “Além dos benefícios fiscais aprovados para 2021 e dos programas criados para apoio ao comércio tradicional, serviços e restauração, impunha-se reforçar as medidas para mitigar o agravamento da conjuntura económica e, sobretudo, a sua repercussão nas famílias, na economia local e nas instituições.” Assim, e à semelhança do que tinha acontecido durante a primeira vaga da pandemia, a autarquia volta a introduzir reduções nas faturas de água, saneamento e resíduos sólidos urbanos, desta vez até ao final de 2021, nas componentes fixas e variáveis. Estas reduções são de 40% para consumidores domésticos em geral e de 50% para consumidores domésticos sociais, com cartão social ou com tarifário familiar. No caso dos consumidores nãodomésticos em geral, a redução é de 30%, chegando aos 50% para consumidores não-domésticos de tipo social e instituições. O município aprovou também uma nova redução em 25% do cânone anual de direitos de superfície das zonas industriais sob sua gestão. São enquadráveis nesta medida os superficiários que à data do requerimento não tenham dívidas anteriores a 2021 e que façam prova da sua atividade empresarial desenvolvida no lote. As taxas do Mercado Municipal, as concessões de parcelas do domínio

público e as rendas de edifícios municipais afetas à atividade de restauração, bebidas e similares ficam isentas de pagamento em 2021. As taxas anuais relativas a publicidade e ocupação de espaço público com suportes publicitários são reduzidas em 50%. A Câmara Municipal de Sines aprovou também a isenção dos pagamentos das Atividades de Animação e Apoio à Família e das refeições do pré-escolar e 1.º ciclo enquanto o País se encontrar em Estado de Emergência e a redução em 50% do pagamento das rendas cobradas na habitação social, regime de renda apoiada, até ao final de ano de 2021. Os processos de execução fiscal e o pagamento de juros de mora de faturas ficam suspensos enquanto o País se encontrar em Estado de Emergência.

A autarquia aprovou igualmente a distribuição de equipamentos de proteção individual, nomeadamente máscaras e álcool-gel, ao comércio local e às instituições do concelho. Recorde-se que, no orçamento para 2021, o Município de Sines tinha tomado medidas de apoio às famílias e empresas do ponto de vista fiscal, nomeadamente, o desagravamento em 0,35 pontos percentuais na taxa de participação no IRS (passando para 4%), a redução da taxa de IMI de 0,355% para 0,34% e a manutenção do IMI familiar que atribui benefícios em função do número de dependentes. Manteve-se também a isenção de derrama para empresas cujo volume de negócios não ultrapasse os 150 000 € e uma taxa de 1,5% para as restantes empresas. Em virtude da manutenção das regras

que obrigam os estabelecimentos de restauração e similares a funcionar com uma lotação reduzida, o orçamento deixou igualmente prevista a isenção do pagamento das taxas relativas às esplanadas durante o ano de 2021, bem como as regras transitórias para o alargamento destes espaços. O orçamento contempla ainda um programa para apoio a fundo perdido ao comércio local, o que já se traduz no Programa Sines APOIA. Acresce a isso, a intenção, aprovada já em reunião de Câmara, de instituir o Programa Sines APOIA MAIS, destinado a empresas e empresários em nome individual do regime simplificado, o qual será agora apreciado em sede de Assembleia Municipal.

A Docapesca lançou um novo concurso público para a construção de edifício de apoio à trasfega de pescado do cerco no porto de pesca de Sines, com o preço base de 936 mil euros. O anterior procedimento, com o preço base de 860 mil euros, foi anulado por não terem sido apresentadas propostas. A nova construção, dedicada à escolha do pescado previamente à entrada em lota, vai desenvolver-se num único piso, respeitando os requisitos funcionais na sua relação com a doca e os edifícios já existentes da lota, da produção de gelo e das cargas e descargas de veículos pesados. O edifício divide-se em três partes distintas: o pavilhão operacional, as instalações sanitárias e balneários e a zona exterior coberta que liga funcionalmente o edifício da fábrica do gelo ao edifício da lota. A Docapesca – Portos e Lotas, S.A. é uma empresa do Setor Empresarial do Estado tutelada pelo Ministério do Mar, que tem a seu cargo, no continente, o serviço da primeira venda de pescado e o apoio ao setor da pesca e respetivos portos, dispondo de 22 lotas e 37 postos.

Município de Odemira dene novas medidas de apoio às empresas, famílias e instituições

O Município de Odemira definiu um conjunto de 30 medidas extraordinárias de apoio às empresas, às famílias e às instituições do concelho, com o objetivo de ajudar a fazer face às dificuldades vividas perante o Estado de Emergência devido à pandemia da doença Covid-19, e assim contribuir para a salvaguarda da economia familiar, da preservação do tecido empresarial e do emprego e ajudar as instituições no trabalho diário de apoio social. Este conjunto de medidas extraordinárias prevê novos apoios num valor total que ascende a mais de 1.250.000,00€, em apoios diretos às empresas, às famílias e às instituições do Concelho.


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Vacinação contra a covid-19 arrancou no Concelho de Santiago do Cacém

Helga Nobre O processo de vacinação contra a covid19 no Concelho de Santiago do Cacém arrancou no passado dia 23 de fevereiro, no Centro de Vacinação criado pelo Município no Pavilhão Municipal de Feiras e Exposições tendo sido vacinadas 1.675 pessoas. “Tendo em conta os critérios definidos a nível nacional para a seleção dos indivíduos a vacinar, que têm de ter 80 ou mais anos, ou 50 e mais anos com doença associada, foi efetuado um levantamento pelas autoridades de saúde e serão abrangidas pelo processo um total de 3.955 pessoas”, avançou, em comunicado, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém. Em declarações ao jornal O Leme, a coordenadora da vacinação, Zaida Alves, explicou que o processo, que decorreu entre 23 de fevereiro e 02 de março, permitiu vacinar mais de 200 pessoas por dia. “Nesta primeira fase vamos ficar com cerca de 50% de pessoas vacinadas ao longo desta semana. Como o Concelho de Santiago do Cacém é extenso e tem uma população dispersa, temos um posto de vacinação em Santiago do Cacém, para abranger a zona norte do Concelho, e outro em Alvalade para abranger a zona sul do Concelho”, afirmou. De acordo com a responsável, “nos primeiros dois, em Santiago do Cacém, vamos vacinar 480 pessoas, e seguimos depois para Alvalade, abrangendo quatro freguesias, onde queremos vacinar mais 480 pessoas”. Dada a escassez de vacinas, serão vacinadas 1.675 pessoas, o que corresponde a 42% do total do universo de utentes a vacinar nesta primeira fase, realçou o Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém que acompanhou, o arranque da vacinação. O Autarca reconheceu “que o processo arrancou bem” e disse tratar-se de “um momento histórico” para o Concelho tendo em conta o contexto da pandemia de covid-19.

“Não conseguimos atingir os 100% nesta primeira fase mas em todo o caso é um momento muito esperado por todos nós para ver se conseguimos ultrapassar esta fase muito difícil que estamos a viver. A Câmara deu apoio logístico, cedendo instalações, porque estamos pessoas com mais de 80 anos, muitas delas com dificuldades de mobilidade”, sublinhou. Segundo a Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Catarina Filipe, o Concelho de Santiago

vamos ficar nestes primeiros dias, com cerca de 43% da população” inoculada com a primeira dose da vacina. Ao longo de todo o processo, a Câmara Municipal disponibilizou transporte aos munícipes para os dois Centros de Vacinação, caso estes não tenham meios de se deslocarem para serem vacinados, apoiará os profissionais de saúde e todos os que estão envolvidos na tarefa de vacinação, fornecendo-lhes refeições, bem como disponibiliza recursos humanos no apoio ao processo de

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Vacinação no Litoral Alentejano

Grândola Um total de 636 pessoas foram vacinadas contra a covid-19, no Concelho de Grândola, num processo que decorreu, entre 10 e 13 de fevereiro, do que abrangeu 600 das 2.200 pessoas consideradas prioritárias (população Idosa com mais de 80 anos e população com mais de 50 anos e com patologias), sinalizadas pelo Centro de Saúde de Grândola. Alcácer Em Alcácer, 18 de fevereiro de 2021 marcou o início da campanha de vacinação COVID-19 no Concelho de Alcácer do Sal. Nesta primeira fase, o Pavilhão Gimnodesportivo de Alcácer, que serve de Centro de Vacinação, recebeu pessoas com mais de 50 anos e doenças associadas (doença coronária, insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou doença pulmonar obstrutiva crónica) e pessoas com mais de 80 anos. Sines A campanha de vacinação vai ser iniciada no Concelho de Sines dia 5 de março, dirigida nesta fase aos cidadãos com mais

de 80 anos e cidadãos com mais de 50 anos com doenças identificadas como prioritárias no âmbito do Plano Nacional de Vacinação contra a doença Covid-19, sinalizados pela Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. A vacinação vai decorrer no Pavilhão Municipal dos Desportos de Sines preparado pela Autarquia para receber a vacinação que vai decorrer 5 e 6 de março e depois na semana seguinte quando chegarem mais vacinas. Odemira A campanha de vacinação vai ser iniciada no Concelho de Odemira no dia 3 de março, dirigida nesta fase aos cidadãos com mais de 80 anos e de cidadãos com mais de 50 anos com doenças identificadas como prioritárias no âmbito do Plano Nacional de Vacinação contra a doença Covid-19, sinalizados pela Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. A vacinação será iniciada em Odemira, seguindo-se São Teotónio, Santa Clara-aVelha, Colos e Vila Nova de Milfontes, em função da disponibilidade de vacinas.

Presidente da Câmara Municipal recusa ser vacinado nesta fase

do Cacém é o que tem o maior número de utentes no Litoral Alentejano. “Este é o Concelho com o maior número de utentes, até porque a população abrangida é maior e temos elegíveis cerca de 3.900 utentes. Nesta fase vamos conseguir vacinar à volta de 1.600” pessoas, frisou. Segundo a responsável, até ao passado dia 23 de fevereiro, “cerca de 55% da população elegível do Concelho de Grândola, foi vacinada na primeira fase. Em Alcácer do Sal vamos também atingir esses valores e, em Santiago do Cacém,

vacinação. Para a vacinação destas primeiras 1.675 pessoas, o Centro de Vacinação em Santiago do Cacém funcionou nos dias 23, 24, 27 de fevereiro e 01 e 02 de março, e o Centro de Vacinação de Alvalade nos dias 25 e 26 de fevereiro.

O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, foi contactado pelas Autoridades de Saúde, no âmbito do Plano Nacional de Vacinação da COVID-19, alargado aos Presidentes de Câmara Municipal, para questionar o seu interesse em ser vacinado. Álvaro Beijinha respondeu não ser sua intenção ser vacinado nesta fase, referindo que “considero, face à escassez de

vacinas, que existam outras pessoas mais prioritárias, isto sem prejuízo de concordar que os Presidentes de Câmara Municipal, pelas responsabilidades que têm na proteção civil municipal, devem ser considerados prioritários neste processo de vacinação. Neste sentido, aguardarei pela fase em que serão vacinados os cidadãos da minha faixa etária e sem problemas de saúde.”.


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Hospital do Litoral Alentejano prevê retomar consultas e cirurgias em março

Helga Nobre O Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, vai começar a reduzir o número de camas na enfermaria 'covid' e prevê retomar as consultas, cirurgias programadas e de ambulatório durante este mês de março. “Está a ser preparada a reversão dos serviços para, a breve trecho, transformar a medicina B em serviço de medicina normal”, explicou a presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Catarina Filipe. Em declarações aos jornalistas, à margem do arranque da vacinação em Santiago do Cacém, Catarina Filipe revelou que a capacidade de internamento para doentes infetados com covid-19 vai passar de 125 para 41 camas no HLA, que serve uma população de cerca de 100 mil habitantes. Este alívio no número de camas 'covid' significa que “já não estamos a ter tanta pressão no internamento” de doentes no HLA, “o que nos dá algum alento”, afirmou, frisando que, nesta fase, a ULSLA vai “apostar em manter pelo

menos 41 camas de internamento 'covid'”. “Com a libertação das camas para a medicina interna e de alguns recursos humanos, acreditamos, em breve, retomar a atividade assistencial, nomeadamente a cirurgia de ambulatório e a cirurgia programada que tinha sido muito afetada devido à mobilização de recursos humanos para os serviços 'covid'”, adiantou. Com a redução de camas no internamento destinado aos doentes com covid-19, Catarina Filipe estima que, já durante o próximo mês, seja retomada “inicialmente a cirurgia de ambulatório”, mas “depois também a cirurgia programada” no HLA. Quanto às consultas, entretanto canceladas devido à pressão causada pelo internamento de doentes 'covid', a responsável disse “acreditar que, a partir de março, seja possível retomar a atividade” de medicina interna “que foi a mais afetada”. Novo serviço de medicina intensiva deve começar a funcionar em março O novo serviço de Medicina Intensiva do Hospital do Litoral Alentejano deve começar a funcionar em março e o concurso para ampliar os Cuidados Intensivos do hospital de Beja foi agora

lançado. No Hospital do Litoral Alentejano (HLA), a obra de ampliação do serviço de Medicina Intensiva está “praticamente concluída”, revelou hoje a responsável. O novo serviço, num investimento de 1,5 milhões de euros, “deverá entrar em funcionamento no início de março”, com a instalação de quatro novas camas nos Cuidados Intensivos do HLA. “Tínhamos sete camas de Cuidados Intensivos e vamos passar a ter 11, sendo que cinco delas são em quartos de pressão variável”, o “que permite o isolamento de doentes com 'covid' ou [com] outras doenças infetocontagiosas”, precisou. A intervenção, cuja conclusão chegou a estar prevista para o final do ano passado, resulta da “necessidade de aumentar a capacidade instalada no que diz respeito à medicina intensiva”. “Entretanto, o conselho de administração da ULSLA, em conjunto com o diretor da Medicina Intensiva, decidiu colocar pressão variável em toda a enfermaria, o que permite uma melhor gestão de camas, consoante a necessidade”, concluiu.

Aldeia de Abela vai contar como um novo polo de saúde

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém e a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) firmaram um protocolo dia 25 de fevereiro, para a cedência de um terreno com vista à construção de um novo polo de saúde na Freguesia de Abela, um investimento que irá rondar os 140 mil euros. O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, sublinha que “é extremamente importante para a população da Abela a construção desta estrutura, que é também uma maisvalia para todo o Município.” Relembrando que “há vários anos que reivindicamos melhores e mais cuidados de saúde para a nossa população, seja através de mais profissionais como de condições físicas dos espaços destinados a dar uma reposta ao nível da saúde pública.”

A atual extensão de saúde de Abela funciona numa habitação que foi adaptada há muitos anos para esse efeito. A ULSLA através de Fundos Comunitários decidiu avançar com a construção de um novo edifício, tendo solicitado o apoio da Autarquia de forma a encontrar-se um terreno. A escolha recaiu sobre um lote na Rua da Ribeira, com uma área de 234,60 m2, cujo direito de superfície será cedido pela Autarquia à ULSLA a título gratuito, em virtude do terreno se destinar à construção da unidade de saúde e a mesma ser de manifesto interesse público. Álvaro Beijinha justifica a escolha do local por ser “numa zona central da Abela, perto da Junta de Freguesia e do Centro de Dia, e com bons acessos.” Durante a assinatura deste protocolo a responsável da ULSLA transmitiu ao

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Autarca que “a princípio” terão já garantido financiamento para investir na construção de um novo Centro de Saúde em Santiago do Cacém, “que é algo que se fala há muitos anos e que a Câmara Municipal tem vindo a reivindicar, tendo inclusive colocado à disposição um terreno. Parece que para breve poderemos estar a assinar um protocolo para que esta estrutura seja construída na cidade. Estando, igualmente, prevista uma intervenção com alguma profundidade no Centro de Saúde de Santo André e, ainda, obras nas extensões de Ermidas-Sado e do Cercal do Alentejo,” afirmou Álvaro Beijinha. Recorde-se que em Alvalade o atual Centro de Saúde resultou de uma parceria idêntica, em que a Autarquia cedeu um edifício para esse efeito.

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Com Saúde Vanessa Flor da Rosa - Nutricionista

Sal O sal enquanto matéria-prima teve um papel marcante na nossa cultura e o seu consumo está relacionado com o facto de sermos um país à beira mar plantado que sempre utilizou o sal para conservar os alimentos. A Organização Mundial de Saúde recomenda uma dose diária de sal inferior a 5,1g. Em Portugal, e de acordo com um estudo realizado em 2012, consome-se em média 10,7g. O sal desempenha um papel importante no funcionamento do nosso organismo, sendo responsável pelo controlo da quantidade de líquidos intra e extracelular, regula o ritmo cardíaco e a contracção muscular. Contudo, o seu consumo excessivo apresenta inúmeros malefícios, nomeadamente pressão arterial elevada, acidentes vasculares cerebrais, insuficiên-

provém de alimentos como enchidos, manteigas, queijos, conservas, aperitivos, salgados, folhados, sopas instantâneas, molhos e condimentos industrializados, caldos de carne, refeições préconfeccionadas e ainda no pão, nas bolachas e nos cereais. Assim, e de modo a promover um consumo de sal com conta peso e medida: - prefira alimentos frescos em vez de pré-confeccionados - utilize ervas aromáticas para temperar, como alecrim, coentros, louro, cominhos, orégãos, salsa, tomilho - evite colocar o saleiro na mesa - verifique os rótulos dos alimentos, preferindo alimentos que mencionem na embalagem não possuírem sal, baixo teor de sódio ou sem adição de sal - consuma diariamente produtos

cia cardíaca, insuficiência renal, retenção de líquidos, osteoporose, cancro do estômago e pedras nos rins. O sal de cozinha é um sólido cristalino de cor branca composto sobretudo por cloreto de sódio, o qual pode ser produzido de diversas formas: sal não refinado (sal grosso, também chamado de sal marinho e flor de sal), sal refinado – sal fino ou de mesa, sal iodado, sal gema, halita. Os portugueses estão despertos para os malefícios do consumo excessivo de sal, contudo mantêm alguma resistência à mudança e à alteração de alguns hábitos alimentares. As pessoas acham que consomem pouco sal, contudo este está presente em muitos alimentos e, por vezes não sabemos! Para além das formas naturais de sal como o peixe, marisco e moluscos, a principal fonte de sal na nossa alimentação

hortícolas e fruta, pois possuem potássio o qual ajuda a excretar o sal através da urina - beba pelo menos 1,5L de água diariamente para facilitar a excreção de sal - demolhe alimentos como o bacalhau e passe os produtos de conserva por água de modo a eliminar o máximo de sal - evite snacks salgados, como batatas fritas Apesar das campanhas para reduzir o consumo de sal, como por exemplo no caso do pão - havendo uma lei de 2009 que definiu como limite máximo 14g de sal por cada quilo de pão - é preciso mais! É preciso que cada um de nós ingira a menor quantidade possível de sal e claro, prestar muita atenção aos rótulos alimentares. A preocupação com o consumo de sal não deve ser exclusiva de quem apresenta já problemas de saúde. Deve sim ser uma preocupação de todos!

Covid-19: Resolvido surto em lar Alvalade Sado O surto de covid-19 no Lar da Casa do Povo de Alvalade, no concelho de Santiago do Cacém, que provocou a morte de 12 utentes, foi considerado “resolvido”, revelou a autoridade de saúde local. “Declarei hoje [22 de fevereiro] o surto encerrado, estando todos os utentes já recuperados. Apenas uma funcionária permanece em casa, mas está a terminar o confinamento”, avançou o delegado de saúde de Santiago do Cacém, Joaquín Toro. O surto, que esteve ativo desde dezembro, provocou a morte de 12 residentes, mais dois do que no anterior balanço publicado na última quinzena. “Um dos utentes que faleceu estava hospitalizado e o outro permanecia no lar”

da Casa do Povo de Alvalade, localidade do interior do concelho de Santiago do Cacém. De acordo com a mesma fonte, no Hospital do Litoral Alentejano, estão internados “dois utentes” daquela Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI). A autoridade de saúde local indicou ainda que “as visitas não são para já aconselhadas, mas não estão proibidas”. O surto de covid-19 infetou 44 utentes e 16 colaboradoras daquela estrutura residencial para pessoas idosas.

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Covid-19: Portugal entra no 12.º estado de emergência com as mesmas restrições

Portugal entrou dia 2 de março no 12.º período de estado de emergência para conter a pandemia da covid-19, mas mantendo, até 16 de março, as mesmas regras que vigoraram nos últimos 15 dias em território continental. O 12.º período de estado de emergência entra em vigor no dia em que passa um ano sobre o anúncio dos primeiros dois casos de infeção em Portugal, e a sua regulamentação foi aprovada pelo Governo na sextafeira, um dia depois do decreto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Nos próximos 15 dias, mantêm-se limitadas as deslocações para o estrangeiro a partir do território continental, por qualquer meio de transporte, e é mantido o controlo de pessoas nas fronteiras terrestres, mas passam a existir mais dois pontos de passagem autorizada em Ponte da Barca e Vinhais. Neste novo período de estado de emergência continua também a vigorar a obrigação de recolhimento domiciliário dos portugueses, assim como a manutenção do ensino à distância para todos os níveis de ensino. Os estabelecimentos comerciais que permanecem abertos, como supermerca-

dos e hipermercados, vão continuar a poder vender livros e materiais escolares, mantendo-se a proibição de venda em relação a outros bens não-essenciais. Continuam ainda em vigor todas as restrições impostas em Portugal continental nos últimos 15 dias, o que abrange limitações ao funcionamento do comércio não-essencial e da restauração, assim como a proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana.

Covid-19: Governo apresenta plano de desconfinamento a 11 de março O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou dia 26 de fevereiro que o Governo apresentará no dia 11 de março o plano de desconfinamento, adiantando que será gradual em termos de abertura de atividades. Este calendário foi adiantado por António Costa em conferência de imprensa, no Palácio Nacional da Ajuda, no final da reunião do Conselho de

Dois homens constituídos arguidos por violação do connamento obrigatório em Grândola

Dois homens, de 39 e 63 anos, foram constituídos arguidos no Carvalhal, Concelho de Grândola, por violação do confinamento obrigatório devido à pandemia de covid-19, revelou a GNR. De acordo com o Comando Territorial de Setúbal, em comunicado, a medida de coação foi determinada após uma denúncia e a constatação, no local, pelos militares do Posto Territorial da Comporta, de que os dois homens estavam a laborar na área da construção civil, no passado dia 19 de fevereiro, em incumpri-

Ministros sobre o novo período de estado de emergência em Portugal, que se iniciará dia 2 de março e se estenderá até 16 de março. "Quero aqui assumir o compromisso de que dentro de 15 dias, em 11 de março, o Governo apresentará o plano de desconfinamento do país. Tal como fizemos há um ano, esse plano será gradual. Progressivamente irá abrangendo sucessivas atividades e será guiado por critérios objetivos", disse. De acordo com o Primeiro-Ministro, esses critérios objetivos devem permitir "ir medindo a evolução da pandemia de covid-19". Perante os jornalistas, sem adiantar mais pormenores, António Costa referiu apenas que esse plano de desconfinamento, além de gradual, progressivo e diferenciado por setores de atividades, "poderá também ser, porventura, em função de localizações, tal como já vigorou num certo período de tempo no país". "Não vou neste momento começar a especular sobre quando começaremos com o plano de desconfinamento, porque isso depende de saber em que ponto estaremos da pandemia de covid-19 no dia 11 de março. O meu desejo é seguramente o desejo de todos: Que em 11 de março seja possível avançar para o desconfinamento", afirmou. Neste ponto, o líder do executivo deixou um alerta em relação a recentes dados relativos à mobilidade e, também, para o índice de transmissibilidade. " Ve r i fi c a m o s q u e , c o n f o r m e o s resultados os resultados têm melhorado, o grau de confinamento voluntário tem vindo a diminuir. Há uma ligeira desaceleração da redução do número de novos casos de covid-19", apontou o primeiro-ministro.

GNR de Grândola deteta casal a desrespeitar connamento obrigatório

mento do confinamento obrigatório decretado pela autoridade local de saúde. Segundo a GNR “a violação do confinamento obrigatório constitui crime de desobediência” e explica que “ficam em confinamento obrigatório todos os doentes com covid-19, os infetados com [o vírus] SARS-CoV-2 e os cidadãos a quem a autoridade de saúde tenha determinado vigilância ativa”. Os dois indivíduos foram constituídos arguidos e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Setúbal.

Duas pessoas, uma mulher de 26 anos e um homem de 35 anos, foram constituídos arguidos por violação do confinamento obrigatório a que estavam sujeitos, em Grândola, no âmbito da pandemia de covid-19. Em comunicado, o Comando Territorial de Setúbal da GNR explicou que, na sequência de uma denúncia, foi verificado, no passado dia 28 de fevereiro, que ambos “tinham violado o dever de confinamento obrigatório”, pelo que foram constituídos arguidos e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Setúbal.

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Litoral Alentejano está com risco elevado de transmissão da Covid-19

Os cinco Municípios do Litoral Alentejano estão com risco elevado de transmissão da Covid-19, segundo os dados divulgados dia 1 de março, pela Direção Geral da Saúde. Segundo o relatório divulgado, diminuiu em todos os Concelhos a incidência cumulativa a 14 dias, no período entre 10 e 23 de fevereiro de 2021. Neste período, o Concelho de Alcácer do Sal teve 336 casos por cada 100 mil habitantes, Grândola teve 434 casos por

cada 100 mil habitantes, Santiago do Cacém teve 240 casos por cada 100 mil habitantes, Sines teve 270 casos por cada 100 mil habitantes e Odemira teve 299 casos por cada 100 mil habitantes. Os cinco Concelhos estão com risco elevado de transmissão da Covid-19, já que têm uma incidência cumulativa entre os 240 e 479 casos por cada 100 mil habitantes. JB

Surto de Covid-19 em Alvalade Sado Comunicado da Casa do Povo de Alvalade

“O surto de Covid-19 que afetou a ERPI da Casa do Povo de Alvalade Sado está terminado e extinto, restando apenas uma utente hospitalizada (mas com alta à Covid-19). Com início em Janeiro passado, este surto infectou 44 utentes e 16 colaboradoras, tendo causado, infelizmente, 12 óbitos, todos eles utentes muito estimados e cuja memória se perpetuará na instituição. Partilhamos e vivemos este momento de dor e consternação com as suas famílias e amigos. Este foi, seguramente, o pior momento dos 78 anos de vida da instituição, que tocou e sensibilizou TODOS os que trabalham nesta casa. Enaltecemos e agradecemos (novamente) a disponibilidade e a dedicação das nossas colaboradoras da ERPI, que ao longo deste período asseguraram os cuidados dos utentes infectados e negativos com o mesmo empenho e zelo, sempre preocupadas com a saúde e qualidade de vida dos nossos utentes e solidárias com as colegas doentes, muitas vezes com sacrifício da sua vida pessoal e familiar. Da nossa parte, Direcção da Casa do Povo e Coordenação Técnica da ERPI, fizemos tudo do que de nós dependia para ultrapassar este momento crítico com dezenas de tarefas e diligências realizadas diariamente, contactando as famílias, acompanhando os utentes e as colaboradoras doentes, reunindo com as autoridades

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de saúde, contactando e solicitando apoio e ajuda à segurança social, entre muitas outras, para que este dia pudesse chegar. Disponíveis dia e noite, sem horário... Agradecemos (novamente), o apoio da Autoridade Local de Saúde Pública e da ULSLA, decisivo no combate a este surto pandémico, acompanhando, sempre, o estado de saúde de todos os infectados, e disponibilizando também (diariamente) um médico e uma enfermeira para a ERPI. Os nossos agradecimentos alastram também ao Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal que nos ajudou com uma Brigada de Intervenção Rápida (BIR), constituída por 6 Ajudantes de Lar, aos Bombeiros Voluntários de Alvalade, sempre disponíveis para ajudarem os nossos utentes/doentes, à Junta de Freguesia de Alvalade, sempre preocupada e disponibilizando equipamentos de protecção individual (EPI's), à Câmara Municipal de Santiago do Cacém igualmente pelos EPI's oferecidos e aos muitos particulares que, dentro das suas capacidades, mostraram-nos também o significado da palavra 'solidariedade'. Por fim, deixamos também uma palavra de agradecimento pelas dezenas de mensagens de solidariedade que recebemos e nos deram ânimo e força para seguir em frente”. Direção da Casa do Povo de Alvalade


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Alunos regressaram às aulas, mas à distância Fátima Moita Os alunos retomaram dia 8 de fevereiro as atividades letivas, mas longe das escolas, para o já conhecido ensino à distância que marcou o final do ano letivo passado. Se no ano passado o novo regime surpreendeu a comunidade educativa, desta vez já se previa essa possibilidade quando, se anteciparam as férias e suspenderam as aulas. Colocamos algumas questões às Direções dos Agrupamentos Escolares da Região, às Associações de Pais e aos alunos (dia 11 de

fevereiro) publicamos as respostas dos que acederam, nem todos responderam ao nosso convite, por falta de tempo, o que lamentamos. Pelas respostas concluimos que as escolas e os professores estão mais bem preparados para o ensino à distância, mas as preocupações continuam, a falta de computadores e acesso à Internet para acompanhar as aulas 'online', a fragilidade de alguns alunos decorrente do seu contexto familiar e socioeconómico, e a dependência dos alunos mais novos, são algumas das preocupações. Também à semelhança do que aconteceu no ano passado, algumas escolas mantêm-se abertas para acolher os filhos de trabalhadores essenciais, e também as crianças com necessidades educativas e todos aqueles identificados como pertencendo a grupos de risco.

Questões colocadas aos Agrupamentos da Região 1 - Está a ser difícil para o Agrupamento dar aulas à distância pela segunda vez? 2 - Os docentes tiveram mais alguma formação para os programas,etc... 3 - Como estão a decorrer as aulas nesta primeira semana? 4 - Os professores e alunos estão a adaptar-se melhor? 5 - Quais as maiores dificuldades e maiores preocupações que os professores e alunos do vosso Concelho têm tido até agora?

6 - Há muitas crianças que não podem acompanhar as aulas por não terem acesso às tecnologias (computador, net, etc) neste Agrupamento? Se não tiverem...como acompanham as aulas... através da Tele escola... 7 - Outros alunos em que os pais por motivos sociais, económicos, ou outros, não conseguem ou não podem acompanhar as crianças… tem ideia de quantas crianças estarão nesta situação? 8 - Há muitas crianças que são acompanhadas na Escola… cujos pais estão na linha da frente (saúde, segurança, com dificuldades especiais, etc), como estão a decorrer as aulas ... 9 - Docentes trabalham muito mais horas do que antes? e pessoal não Docente?

“O trabalho dos professores aumentou signicativamente” Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém Diretor: Professor Manuel Botelho Mourão 1/3 - No presente ano lectivo, nesta fase de confinamento e nestes quinze dias de regime não presencial, o ensino à distância está a correr melhor do que no passado ano lectivo. Para isso, está a contar o nosso plano interno de formação interno centrado na digitalização do processo de ensino-aprendizagem. 4 - Os alunos estão mais adaptados, não havendo, até ao momento queixas de maior. 5 - As maiores dificuldades têm a ver com o acesso à internet. Esta situação é

mais recorrente nas aldeias e nos montes do Concelho.

serviço de acolhimento e de refeições ronda as 30.

6 - Não temos nenhum aluno que não esteja a seguir as aulas. O Agrupamento distribuiu equipamentos informáticos às famílias que não tinham computadores. Aqueles alunos que não têm possibilidade de acesso à internet terão de ter aulas na escola;

9 - O trabalho dos professores aumentou significativamente. Preparar aulas online dá muito mais trabalho do que a preparação das mesmas para o regime presencial Nada substitui o ensino presencial. A educação pré-escolar e o 1º ciclo são os níveis de ensino com mais dificuldade no acompanhamento das aulas e dos apoios online

7/8 - Temos na Escola Frei André da Veiga alunos da educação pré-escolar, 1º e 2º ciclo. Esta é a escola de acolhimento. O número de famílias que recorre ao

“Uma percentagem elevada dos nossos alunos têm pais que não conseguem ou não podem acompanhar os seus lhos” Agrupamento de Escolas de Alvalade Sado Diretor: Professor Jorge Palma 1 - Devido à experiência adquirida na 1ª vez, não foi difícil dar aulas à distância pela 2ª vez. Desde setembro que fomos elaborando o Plano de E@D prevendo os regimes misto e não presencial. Em outubro foi realizado um levantamento dos alunos do Agrupamento sem equipamentos informático e ou sem Net. Levantamento também para aqueles alunos que mesmo com equipamentos e Net, tinham que os partilhar com irmãos em idade escolar e pais em teletrabalho. 2 - Como os docentes do 1º ciclo o ano transato não lecionaram aulas síncronas, este ano realizaram alguma formação interna para a utilização das plataformas Classroom, Meet, entre outras formas de comunicação possíveis, quer com os alunos quer com os pais/Encarregados de Educação. Para os docentes dos 2º e 3º ciclos a lecionar pela 1ª vez no agrupamento, também foram dados, atempadamente, todos os esclarecimentos necessários. 3 - As aulas, nesta 1ª semana, de um modo geral, estão a decorrer dentro do previsto. 4 - Penso que sim. Os alunos e docentes tiveram mais tempo para se adaptarem do que no ano transato que foi necessário mudar do regime presencial para o não presencial em pouco tempo. Tivemos que

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Regional

elaborar rapidamente um Plano de Contingência e um Plano de Ensino a Distância durante a interrupção da Páscoa. 5 - As maiores dificuldades têm sido com o facto de existir um número elevado de alunos sem equipamentos informáticos e ou sem Net. Com os equipamentos que a escola tem, conseguimos a título de empréstimo ceder 39 computadores portáteis e tablets que tínhamos. Devido a um número elevado de alunos sem esses equipamentos, o Agrupamento decidiu dar prioridade aos alunos mais carenciados, aos alunos em anos de escolaridade mais levados e aos alunos com TIC. Foi

necessário emprestar alguns computadores a docentes que devido a terem no respetivo agregado familiar, filhos a estudar em ensino a distância e com o cônjuge em teletrabalho, necessitavam desses empréstimos. Foram emprestados também para alguns funcionários administrativos para teletrabalho. 6 - Para os alunos que não conseguimos emprestar equipamentos e principalmente, que na sua área de residência não têm Net, esses vieram para a escola para ter as aulas em salas específicas e devidamente apetrechadas,

com PC, Net e Webcam com microfones incorporados. 7 - Uma percentagem elevada dos nossos alunos têm pais que não conseguem ou não podem acompanhar os seus filhos. Por motivos sociais, de emprego, económicos, ou outros. Existe um elevado número de pais com baixa escolaridade. 8 - Para além de alguns alunos abrangidos por Medidas Adicionais (Decreto-Lei nº 54/2012) e por Medidas Seletivas, para além de alunos sem net e equipamentos informáticos, temos dois

alunos, até ao momento, com pais na “linha da frente” que tiveram que recorrer à escola de acolhimento. De referir o facto da escola sede do Agrupamento ser a "escola de acolhimento" e, por isso, estarmos a confecionar e servir refeições (35 a 40 almoços), em take-away, tendo sido criado um circuito de distribuição, que funciona do seguinte modo: Os pais/EE dos alunos residentes em Alvalade do Sado, recebem as refeições, diariamente, na portaria da escola; as refeições de alunos residentes na Freguesia de Ermidas-Sado, são transportadas pela funcionária da respetiva Junta de Freguesia; os alunos a residir em zonas mais isoladas, as refeições chegam através de transporte disponibilizado pelo Município de Santiago do Cacém. Os alunos a ter aulas presenciais são transportados pelo Município de Santiago do Cacém, Juntas de Freguesia e táxis. 9 - Os docentes estão a trabalhar mais horas do que em regime presencial. Alguns docentes têm que vir à escola para lecionar aulas aos alunos que estão presentes e, ao mesmo tempo, terem que dar aulas aos restantes alunos das turmas que estão em confinamento nas suas casas.

Propriedade: Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Maria | Diretor: Abílio Raposo | Diretor Adjunto: Paulo Mesquita | Editora: Fátima Lychnos | Fundador: Manuel Malvar Fonseca Redactores: Helga Nobre, Joaquim Bernardo | Correspondente: António Novais Pereira | Publicidade: Fátima Moita | Grasmo: Ricardo Lychnos | Secretariado: Fátima Graça Fotograa: Duarte Gonçalves, Mário Afonso | Colaboradores nesta edição: José Manuel Claro, Paula Carvalho | Sede/Redação: Bairro Azul Colectiva, B1, Apartado 6 Hugo Alexandre Martins Ilustração: Aurélie Blaz

7500-909 Vila Nova de Santo André | Sede editor: Bairro Azul Colectiva B1, Apartado 6 7500-909 Vila Nova de Santo André | NIF: 501 644 040 | Email: jornal@o-leme.com |

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Telefone: +351 269 752 205 | Impressão: Tipografia Avenida, Lda - Av. D. Nuno Álvares Pereira, 34 - Santiago do Cacém | Depósito Legal: 10011/85 | Registo: 110060 | Tiragem: 3000 Exemplares Os estatutos do Jornal “O Leme” estão disponíveis em www.jornaloleme.com


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“Existem bastantes crianças que não podem acompanhar as aulas de casa por não terem equipamentos” Agrupamanento de Escolas do Cercal do Alentejo 1 - Qualquer que seja a modalidade de ensino que não seja o ensino presencial dificulta todo o processo de ensinoaprendizagem. 2 - Não. As ferramentas que utilizamos no 1º confinamento são as mesmas. Para os professores que integraram o nosso Agrupamento este ano, tivemos apenas de fazer uma breve explicação. 3 - As informações que vou tendo, quer de alunos, pais e professores, é que tudo tem sido bem mais pacífico e tranquilo que no 1º confinamento. 4 - Sim. Existem e existirão sempre algumas questões a melhorar, mas como desta vez já nada é novo, a adaptação foi mais tranquila e pacífica. 5 - O maior problema é a falta de equipamentos e a qualidade da internet.

Diretor: Professor Tiago Canhoto normalidade possível.

Nem por parte do Ministério nem da Autarquia recebemos qualquer equipamento para facilitar este processo. Esta é uma Freguesia carenciada e nem todas as famílias conseguem ter equipamentos para os vários filhos e para fazerem teletrabalho. Esta situação também se aplica aos docentes que têm filhos a cargo. A qualidade da internet é vergonhosa. Penso que somos a única Freguesia do Concelho de Santiago que ainda não tem fibra e isso reflete-se na qualidade do sinal. 6 - Existem bastantes crianças que não podem acompanhar as aulas de casa por não terem equipamentos. A escola possibilita que estas crianças acompanhem as aulas na escola. Nenhuma criança, desde a educação pré-escolar ao 3º ciclo, deixa de acompanhar as aulas lecionadas pelos professores, estejam eles na escola ou em teletrabalho.

7 - O 1º confinamento trouxe-nos essa informação. Essas crianças foram sinalizadas pela escola para terem o Ensino Presencial e para poderem ter acesso às refeições no nosso refeitório escolar.

8 - Sim, somos escola de acolhimento para essas crianças. Para além dessas, a escola elaborou uma lista de alunos que foram identificados para o ensino presencial, segundo as orientações do Ministério. As aulas estão a decorrer com a

9 - O E@D é muito mais exigente e desgastante. Temos alunos em sala de aula e em casa e temos de os dotar de todos os mecanismos e recursos para irem acompanhando as aulas, sejam elas síncronas ou assíncronas. Todo esse trabalho preparatório exige mais tempo e o envio, receção de tarefas e sua correção é igualmente moroso e trabalhoso. E depois temos docentes mais à vontade com as novas tecnologias, e outros nem tanto. Relativamente ao pessoal não docente, estamos reduzidos a 1/3, mas ainda assim, conseguimos manter os serviços mínimos. Limpeza, refeitório, vigilância e algum apoio prestado aos alunos em Ensino Presencial estão assegurados.

“O sistema de ensino à distância não é, de todo, o indicado para lecionar cursos prossionais” Escola Tecnológica do Litoral Alentejano Diretor: Engenheiro Eduardo Bandeira 1 - O sistema de ensino à distância não é, de todo, o indicado para lecionar cursos profissionais, nomeadamente as disciplinas das áreas técnicas. No entanto, a experiência vivida no ano letivo anterior teve um balanço bastante positivo. Desta vez, houve mais tempo para “preparar o terreno” para, de novo, regressarmos ao ensino não presencial, o que diminuiu bastante a ansiedade. O balanço destes primeiros dias é também positivo. 2 - Na ETLA foi, desde o início, estabelecida a utilização da plataforma Teams para o ensino à distância. Assim, desde o ano letivo anterior, temos realizado bastantes iniciativas no sentido de preparar os docentes o melhor possível. É uma plataforma que tem tido várias atualizações e disponibiliza vídeos explicativos. Internamente, tem existido um enorme trabalho de equipa no sentido de ajudar e formar quem está menos preparado para lecionar neste sistema. 3 - Como já foi referido, o balanço destes primeiros dias foi bastante positivo.

esta desvantagem é maior porque condiciona ou, por vezes, impede a formação em contexto de trabalho e os estágios nas empresas. 6 - Felizmente, nesta questão, a ETLA encontra-se numa posição menos desconfortável. Com a colaboração e ajuda de alguns dos patronos da Escola, todos os alunos têm computador para acompanharem as aulas. Existem, apenas, situações pontuais de Internet fraca ou inexistência de câmaras. No primeiro caso, a Escola não consegue resolver a falta de conetividade; no segundo caso, as famílias estão a solucionar esta falha.

As expetativas estavam concentradas nas turmas do primeiro ano, uma vez que ainda não sabíamos como reagem nesta modalidade à distância. De uma forma geral, correu bastante bem. 4 - A primeira experiência foi, sem dúvida, bastante mais difícil. O início foi inesperado, as escolas não estavam

preparadas e as capacidades técnicas estavam aquém do era necessário. Após quase um ano, felizmente, o cenário foi evoluindo positivamente. Foram doados à ETLA vários portáteis pelas empresas que são patronas da Escola e foi realizada formação na utilização das ferramentas informáticas, desvaneceu o medo do desconhecido e, desta forma, a adaptação

Para os pais que têm que conciliar o teletrabalho e o apoio aos lhos neste método, é complicado Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas do Cercal Presidente: Ana Rita Simões 1 - Como estão os alunos a adaptar-se nesta segunda vez às aulas à distância? Os alunos, de um modo geral, estão a adaptar-se muito bem e a gostar mais do método utilizado nesta segunda vez do E@D. 2 - Quais as maiores dificuldades e preocupações que os pais/encarregados de educação têm tido até agora? As maiores preocupações dos pais e encarregados de educação são as falhas na internet, e os que têm 2 ou mais crianças em aulas ao mesmo tempo terem de conciliar as aulas de todos entre computador, tablet e telemóvel em alguns casos. 3 - Nem todos os alunos têm computador ou internet, o que dizem os Encarregados de Educação sobre isso? Estas situações, estão assinaladas e os pais contataram o Agrupamento e tentouse solucionar da melhor forma. O Agrupamento tem estado a solucionar todos os casos que surgem e a fazer um ótimo trabalho dentro das suas

possibilidades. 4 - Para os pais que têm que conciliar o teletrabalho e o apoio aos filhos neste método, é complicado, têm conseguido... Nestas situações em que os pais estão em teletrabalho, dizem ser mais

complicado mas estão a conseguir conciliar, alguns referem que para acompanharem mais os miúdos depois trabalham até mais tarde.

tem sido bastante mais fácil. 5 - A maior preocupação é a insegurança relativamente ao futuro. Muitas famílias encontram-se em grandes dificuldades e ninguém sabe quando o cenário vai melhorar. As condições de acesso ao ensino à distância nem sempre são as melhores. No caso do ensino profissional,

9 - Sim, de uma forma geral, quer docentes quer não docentes trabalham mais. Existe uma maior dificuldade em gerir horários e tempos de trabalho. Além disso, o facto da maioria ter filhos ainda pequenos, que necessitam de apoio e orientação, dificulta bastante a gestão do tempo em teletrabalho.


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Escolas fechadas, aulas em casa: 10 conselhos práticos aos pais As escolas estão de portas fechadas mas isso não é sinónimo de férias para as crianças e adolescentes que se encontram em 'isolamento social'. É preciso estudar à distância, numa rotina que exige mais disciplina. Seja a rever matéria e a fazer exercícios, a ter aulas online ou a consultar plataformas educativas, como o Ensina, que tem acesso livre a milhares de conteúdos digitais. Neste momento inédito, em que todos temos as vidas suspensas, o Ministério da Educação deixa conselhos aos pais. As aulas nas escolas estão suspensas e dois milhões de alunos em casa. A pandemia da Covid-19 impôs esta pausa forçada para evitar ao máximo a propagação do vírus, mas o verbo estudar deve continuar a ser conjugado à distância, com disciplina e pais vigilantes. O Ministério da Educação recomenda que os horários escolares sejam cumpridos, os trabalhos diários dos alunos, acompanhados e, as dúvidas, caso apareçam, identificadas e transmitidas aos professores. Num vídeo lançado a 16 de março, primeiro dia do encerramento oficial das escolas, a tutela pede também aos pais para promoverem outras atividades durante este período inédito, como fazer exercício físico, visitar exposições virtuais e ler livros. Aproveitar para que “haja muita leitura”, sublinha. Aqui ficam os 10 conselhos dirigidos aos encarregados de educação:

3 - Verifique se todos os trabalhos propostos foram realizados, 4 - Ajude a identificar as dúvidas para colocar aos professores, 5 - Mantenha contacto com os professores e com os diretores de turma,

Questões para os alunos Ensino Básico 1 - É difícil ter aulas à distância? Gostas... 2 - Aprendes melhor na escola dentro da sala de aulas com a presença dos colegas ou nas aulas online? 3 - Achas que o ensino à distância prejudica ou não a aprendizagem? Tens dificuldades? 4 - Tens a ajuda dos teus pais... como organizas o teu dia.... 5 - Já tens saudades de brincar com os teus colegas. 6 - Se pudesses escolher que método preferias? Online ou presencial

Maria de Fátima Cunha 7º ano, 13 anos

Francisco Cunha 3º ano, 8 anos

Samuel Cruz 7º ano, 12 anos

1 - Não 2 - Às aulas sincronas 3 - Prejudica imenso 4 - Não. Entao eu faço tudo igual,como se fosse para as aulas presenciais 5 - Sim, muito 6 - Presencial, sem duvida.

1 - Sim , e nao gosto 2 - Dentro das salas de aula e com a presença dos meus colegas 3 - Nao percebo, e às vezes tenho dificuldades 4 - Igual 5 - Não 6 - Mais ou menos

1 - É um bocadinho difícil, mas sim até gosto. Posso ter mais trabalhos de casa, mas isso eu faço. 2 - Eu aprendo melhor na sala porque os stores conseguem me explicar melhor. 3 - Eu percebo algumas coisas, mas à coisas que não por causa da internet. 4 - Sim em algumas partes, mas agora não porque estão a trabalhar. 5 - Sim, tenho muitas saudades dos meus colegas.

6 - Lembre-se que os alunos não estão de férias, 7 - Aproveite os tempos livres entre as aulas para que haja muita leitura, 8 - Aproveitem para visitar museus e exposições virtuais, 9 - Pratiquem atividade física em casa, 10 - Quando não conseguir ajudar, peça ajuda. Para estas aulas à distância, o Ministério da Educação informa ainda que “a Direção- Geral da Educação (DGE), em colaboração com a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP), construiu um novo site, que reúne um conjunto de recursos para apoiar as comunidades educativas na utilização de metodologias de ensino a distância, entre várias outras ferramentas e informações”. https://ensina.rtp.pt/artigo/escolasfechadas-aulas-em-casa-10-conselhospraticos-aos-pais/

1 - Garanta que o horário que a escola estabelece é cumprido, 2 - Pergunte todos os dias o que foi feito,

Questões para os alunos Secundário e Superior 1 - Está a ser mais fácil ter aulas online pela 2ª vez? 2 - Como te adaptas melhor, às aulas síncronas (estás a ouvir a explicação do professor) ou as aulas assíncronas (estás a realizar actividades de forma autónoma, enviadas pelo professor)? 3 - Achas que o ensino à distância prejudica ou não a aprendizagem?

4 - Como geres o teu dia? Tens as mesmas rotinas que quando vais para a escola? 5 - Tens ajuda dos teus pais? 6 - Tens falta do convívio com os teus colegas? 7 - Se pudesses escolher que método preferias? Online ou presencial

“As aulas síncronas são as que se aproximam mais do registo presencial” Maria Beatriz Campos - Universidade Nova de Lisboa, 2º ano de Arquitetura

1 - As aulas em si decorrem de forma mais natural, comparativamente à 1ª vez, sinto que o facto dos professores terem mais facilidade em coordenar as aulas síncronas, utilizando a plataforma (zoom), é um fator essencial. A habituação e transição entre presenciais e há distância, para mim enquanto aluna, também foi em certa medida mais suave. De certo modo, já sabia o que esperar e quais seriam as minhas dificuldades, o que foi sem dúvida benéfico. 2 - Na minha opinião pessoal, as aulas síncronas são as que se aproximam mais do registo presencial e são por isso mais rentáveis. Mesmo estando a realizar atividades de forma autónoma, em aula, o acompanhamento do professor não deixa de ser essencial para uma boa evolução e fluidez do trabalho. É nas aulas síncronas que, embora sejam mais na vertente teórica, se promove uma maior interação entre professores e alunos. 3 - Considero que depende da

abordagem do professor e também da disciplina em si. Para os professores o ensino à distância apresenta uma dificuldade acrescida, torna-se mais difícil captar a atenção dos alunos, uma vez que estando em casa (muitas vezes de câmara desligada), existe todo um novo conjunto de distrações. No entanto existem formas de tornar o discurso mais apelativo e as aulas mais interativas, promovendo o debate. Claro está que, tal como referi no início, tudo depende do tipo de disciplina em questão. Se nos debruçarmos sobre as aulas práticas existe toda uma outra problemática. O apoio prestado pelos professores é limitado e a evolução do trabalho de forma autónoma nem sempre ocorre de forma fluida e é muitas vezes impossível. 4 - O meu dia é bem mais preenchido e acabo por ter de me organizar de outra forma. Existe a falsa noção de que por estarmos no ensino à distância e termos as aulas a partir de casa temos necessariamente mais tempo, mas isso não poderia estar mais longe da verdade. A verdade é que já não perdemos tempo para nos deslocarmos até à faculdade, mas por estarmos em casa existem mais coisas que temos de encaixar nas mesmas 24 horas. Não deixámos de ser humanos e de ter de preparar a comida (tempo que poderíamos poupar ao utilizar o refeitório), sujamos mais e por isso é preciso limpar, pois a meu ver um espaço limpo e organizado reflete a nossa mente. No meu caso tenho de encaixar outros fatores como fazer as compras, levar o cão à rua, etc. Começo o meu dia cedo, pois tenho de me preparar para as aulas que se seguem tomo o

pequeno almoço e coloco-me em frente ao computador. Terminadas as aulas é necessário passar apontamentos a limpo, rever slides, fazer trabalhos e preparar as coisas para o dia seguinte. As minhas aulas começas às 8 e meia da manhã, mas é raro o dia em que consigo acabar o meu trabalho antes das 10 da noite. 5 - Tenho, em certa medida. A minha mãe é professora pelo que também ela está em aulas, contudo, e felizmente temos horários diferentes. A maior ajuda que recebo é relativamente ao almoço, uma vez que nos vamos revezando entre as duas. 6 - Claro que sim, mas não considero que no panorama atual isso seja de todo relevante. É necessário protegermo-nos uns aos outros e confesso que as aulas presenciais me provocaram algum receio. A minha faculdade está situada em Lisboa e a quantidade de pessoas que todos os dias são obrigadas (por falta de outros meios) a utilizar os transportes públicos é simplesmente assustadora. A interação com os meus colegas já não feita de forma tranquila, mas sim por vezes até receosa. 7 - Tendo em conta a situação pandémica que vivenciamos atualmente escolheria, sem pensar duas vezes, o método online. Considero precoce retornar às aulas presenciais porque não iria ser possível controlar de todo a disseminação do vírus. É necessário protegermo-nos e para tal acontecer teremos de permanecer nas nossas casas. Não é de todo a situação ideal, mas é um mal necessário para um bem comum.

“O Ensino à distância tem as suas vantagens e desvantagens” Afonso Santos - Escola secundária Poeta Al Berto, 11°ano

1- Sim, de facto. A primeira vez foi como um "teste" e tudo aquilo que se faz pela segunda/terceira vez é sempre mais fácil. 2 - A m e u v e r, é e x t r e m a m e n t e importante a conjugação dos dois. É importante para os alunos, uma explicação mais detalhada e correta feita pelo professor mas também concordo que a autonomia do próprio aluno é um aspecto que deve ser desenvolvido. 3 - Acho que tem as suas vantagens e desvantagens. Como vantagem, o aluno tem mais autonomia e mais liberdade de gerir o seu tempo, aspetos que são i m p o r t a n t e s d e s e n v o l v e r. C o m o desvantagem, o ensino não tem tanta qualidade como teria numa sala de aula por diversos motivos (falhas técnicas, como de internet) e existe uma menor proximidade entre professor e aluno.

4 - O meu dia é gerido da mesma forma como se tivesse em aulas presenciais. O meu horário não sofreu alterações em termos de aulas diárias, apenas foi aplicada a regra dos 70% síncrona e 30% assíncrona, o que me ajudou a manter a mesma rotina. 5 - Sim, não só agora, e acho crucial para o processo de educação do aluno. 6 - A escola proporciona também o convívio entre alunos, uma componente que acho importante no nosso crescimento. Não foi por deixarmos de nos ver presencialmente que deixamos de c o n v i v e r, a t é p o r q u e e n t r e a u l a s costumamos comunicar uns com os outros. 7 - Mais uma vez reforço que ambos têm as suas vantagens e desvantagens. Para algumas disciplinas, no meu ponto de vista, funcionam muito bem em "Online" já outras não são compatíveis. Mas se tivesse que escolher entre online e presencial, escolheria presencial pois a qualidade das aulas é superior , não esquecendo a componente convívio, quer entre alunos como alunos e professores.


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Um ano da pandemia que mudou Portugal: o impacto da covid-19 em números Faz um ano desde que a pandemia chegou a Portugal. No dia 2 de março de 2020 as autoridades de saúde comunicaram os primeiros dois casos de covid-19 no país, uma informação que alterou por completo os doze meses seguintes. 365 dias depois, muita coisa mudou, desde o aumento de casos e mortes, aos 12 estados de emergência que o país atravessou, passando pelas doses de vacina já administradas. Veja aqui o balanço dos últimos doze meses em números.

aulas voltaram a ser online. As medidas mais restritivas aplicadas desde janeiro ainda estão em vigor, sendo que o plano de desconfinamento vai ser apresentado em breve, no dia 11 de março, por António Costa.

3 vagas

No dia 2 de março de 2020 a ministra da Saúde, Marta Temido, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, confirmaram os primeiros dois casos de covid-19 em Portugal. Um médico de 60 anos que regressou do norte de Itália e foi internado no Hospital de Santo António, no Porto. E um homem de 33 anos regressado de Valência, em Espanha, que aguardava a confirmação do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA). Agora, um ano e três vagas pandémicas depois, o número de infetados cresceu para 804.956, segundo os últimos dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Isto significa que o novo coronavírus já atingiu, pelo menos, 8% da população portuguesa.

Durante os últimos 12 meses, Portugal enfrentou três vagas da pandemia, cada uma com os respetivos picos de casos e de mortes. A pior semana da primeira vaga ocorreu no fim de março/ início de abril. A 2 de abril de 2020, o total de casos dos sete dias anteriores era 5618, correspondendo a uma média de 803 novos casos por dia, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esse total semanal só foi ultrapassado em outubro. Já o pico da segunda vaga foi atingido entre a terceira e a quarta semana de novembro. Segundo afirmou André Peralta Santos, estatístico da DGS, numa reunião do Infarmed, foi atingida a “incidência máxima cumulativa no dia 25 de novembro”. Já o pico do número de mortes ocorreu no final de dezembro. Na terceira vaga, Portugal atingiu o número mais alto de casos (16.432) e de mortes (303) alguma vez registado desde o início da pandemia. No dia 28 de janeiro foram atingidos estes dois novos 'recordes'.

16.351 mortes

8.200.231 testes à covid-19

A primeira infeção foi registada há exatamente um ano e a primeira morte por covid-19 foi notificada alguns dias depois, a 16 de março. Tratava-se de um homem de 80 anos com várias comorbilidades (doenças) associadas, que esteve internado durante vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. A informação foi, na altura, avançada pela Ministra da Saúde, que apresentou as suas condolências à família e lamentou a primeira vítima de covid-19 em Portugal. Perante o primeiro óbito, a Diretora-Geral da Saúde avisou que era expectável que o número de mortes aumentasse, uma vez que “faz parte da história da doença”. E efetivamente aumentou. Hoje, há 16.351 mortes a lamentar em Portugal por causa da covid-19.

Portugal já realizou 8.200.231 testes ao novo coronavírus, o que inclui PCR e antigénio (testes rápidos), segundo os últimos dados disponibilizados pela Direção-Geral da Saúde. Nos últimos dias, a testagem caiu para mais de metade, devido à redução do número de casos positivos. Estão a ser feitos 25 a 30 mil testes por dia à covid19, enquanto em janeiro eram 65 a 80 mil. O Governo anunciou que vai começar, em breve, uma testagem massiva nas escolas, fábricas e outros locais considerados de “elevada exposição social”. A testagem vai contemplar a amostra de saliva para a realização dos rastreios laboratoriais, segundo a atualização da norma da DGS sobre a Estratégia Nacional de Testes.

804.956 casos

35.510 anos de vida perdidos A pandemia provocou milhares de mortes, causando um excesso de mortalidade em Portugal, à semelhança de outros países do mundo. Os óbitos prematuros por covid-19 que ocorreram no país desde o início da pandemia traduzem 35.510 anos de vida que se perderam, de acordo com uma conclusão dos investigadores da Escola Nacional de Saúde Pública, revelada na semana passada. Assim, tendo em conta a esperança média de vida em Portugal e o número de pessoas que faleceram prematuramente devido à covid-19, os investigadores chegaram à conclusão que o coronavírus 'tirou' 35.510 anos de vida.

720.235 recuperados A 12 de março, dez dias depois de ter sido comunicado o primeiro caso em Portugal, surgiu o primeiro doente recuperado da covid-19. Foi um dos primeiros casos positivos internados no Hospital de São João, no Porto, que ficou infetado depois de uma viagem a Itália e conseguiu recuperar em cerca de duas semanas. Teve alta hospitalar após ter testado negativo duas

Jornal

Regional

vezes. Todos os dias, desde que surgiram as primeiras infeções, há doentes que recuperam da covid-19, deixando de pertencer ao grupo dos casos ativos. No total, desde o início da pandemia, recuperaram da doença pelo menos 720.235 pessoas.

2167 internados (e 469 em cuidados intensivos) O primeiro doente internado com covid19 correspondeu ao primeiro caso positivo: o médico de 60 anos que esteve no norte de Itália e que foi admitido no Hospital de Santo António, no Porto. O paciente zero da covid-19 em Portugal foi, na altura, internado, “mas na prática foi um doente que hoje não seria e podia ser vigiado em casa”, recordou este sábado o Diretor do serviço de infeciologia do Centro Hospitalar Universitário do Porto – Hospital de Santo António, Rui Sarmento e Castro, nas vésperas de completar um ano desde essa primeira admissão. Depois de os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) terem entrado em rutura e atingido o seu limite no fim de janeiro/ início de fevereiro, o país encontra-se, agora, numa situação mais estável e controlada. Há, neste momento, 2167 pacientes internados em enfermarias e 469 em cuidados intensivos, de acordo com o último boletim da DGS.

12 estados de emergência O primeiro estado de emergência em Portugal foi decretado 16 dias após ter sido notificada a primeira infeção, ou seja, no dia 18 de março. Foi a primeira vez que foi implementado um estado de emergência na história da democracia portuguesa, e exigiu “a aplicação de medidas extraordinárias e de caráter urgente de restrição de direitos e liberdades”, como dava conta o primeiro decreto presidencial. Esteve em vigor entre o dia 18 de março e 2 de maio, tendo sido renovado três vezes seguidas. Lembra-se das primeiras medidas? Foi imposto o dever de recolhimento domiciliário, o regime de teletrabalho passou a ser obrigatório, o comércio a retalho e a restauração encerraram, e só ficaram abertos os estabelecimentos que vendiam bens de primeira necessidade, entre outras medidas. Com a diminuição do número de casos e com a chegada do verão, o estado de emergência foi descartado, mas voltou a estar em cima da mesa em novembro. O Primeiro-Ministro, António Costa, pediu ao Presidente da República que voltasse a decretar o estado de emergência entre o dia 9 e 23 de novembro, perante o aumento de casos da segunda vaga. O estado de exceção foi depois renovado e prolongado consecutivamente, desde novembro até agora, março. Com o último (e 12.º) estado de

Solicito que me considerem assinante do “O Leme” por ____ ano(s).

emergência renovado na quinta-feira passada, dia 25 de fevereiro, Portugal vai estar em confinamento até, pelo menos, 16 de março.

868.951 doses de vacinas administradas

2 grandes confinamentos O primeiro grande confinamento em Portugal começou na primeira vaga da pandemia, na primavera do ano passado, e previu uma série de regras apertadas. As deslocações foram restringidas ao necessário, graças ao dever de recolhimento domiciliário. Os cabeleireiros e salões de beleza fecharam, bem como as lojas não essenciais, a restauração e os bares. O teletrabalho passou a ser obrigatório, os ajuntamentos foram limitados, e foi implementado o controlo fronteiriço de pessoas e bens. A proibição das deslocações entre Concelhos e o encerramento das escolas de todos os graus de ensino foram outras medidas que marcaram a primeira 'quarentena'. Já o segundo grande confinamento começou no primeiro mês deste ano. No dia 9 de janeiro, Marcelo Rebelo de Sousa disse que não havia alternativa a um confinamento geral a partir da semana seguinte. Assim, voltou a ser proibido andar entre concelhos ao fim-desemana, as lojas não essenciais encerraram outra vez, e, mais tarde, as escolas e universidades fecharam e as

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Junto envio o cheque n.º __________________ do Banco _____________________ no valor de 12,50

Ficha de assinatura

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O plano nacional de vacinação contra a covid-19 arrancou no dia 27 de dezembro no Hospital de São João, no Porto. O diretor do serviço de infeciologia desta unidade, António Sarmento, foi o primeiro português vacinado contra a covid-19. Uns dias mais tarde, a 4 janeiro começou, em Mação, a vacinação nos lares de idosos. Quase três meses após o início da campanha de imunização, já foram vacinadas com a primeira dose 603.585 pessoas, segundo o último relatório da DGS. E 265.366 mil já receberam as duas doses, o que perfaz 868.951 vacinas administradas, no total. Quase 3% da população portuguesa já recebeu as duas inoculações, o que significa que já está imunizada contra a covid-19 – uma percentagem que aumenta a cada dia. Fonte: https://executivedigest.sapo.pt/um-anoda-pandemia-que-mudou-portugal-oimpacto-da-covid-19-em-numeros/ Mara Tribuna


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cultura

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Miriam: SOS Planeta Azul Novo livro infanto-juvenil de Ondina Bordalo sensibiliza para o ambiente e para a sustentabilidade

Depois de ter publicado, em 2015, um primeiro livro que aborda a poluição do mar, Ondina Bordalo lançou este ano uma nova história de sensibilização ambiental dirigida aos mais jovens em que destaca a importância do montado e dos ecossistemas. Num livro que incentiva à acção e destaca o impacto que cada um pode ter na preservação da Natureza, a autora, que reside em Vila Nova de Santo André, conta uma história passada no Alentejo, onde o montado é paisagem natural. “Neste livro debrucei-me sobre o que se passa na Natureza e na Terra, imaginando uma história passada no Alentejo, foqueime no ecossistema e biodiversidade do montado”, revelou Ondina Bordalo em entrevista ao jornal O Leme, adiantando que também o importante papel das

abelhas no planeta é abordado. “As pessoas olham para o sobreiro e vêem 'euros', mas um sobreiro tem uma riqueza natural que vai da raiz, aos frutos à conservação das terras e ao oxigénio”, destacou. A preocupação com a poluição e com o meio ambiente sempre esteve presente na vida da autora, que espera desta forma dar um pequeno “contributo para a humanidade”. Dirigido a toda a família, o livro é publicado no seguimento do anterior e com a mesma intenção: “como as crianças se sensibilizam muito mais, é uma forma de passar a mensagem também aos adultos”. “Sempre fui muito atenta ao que se passa no mundo, especialmente ao descalabro de o planeta estar a ser

destruído por nós e muita gente nem se apercebe”, lamentou, esperando com a publicação do livro chegar a mais pessoas. Este é o segundo livro infanto-juvenil de Ondina Bordalo, depois de ter publicado em 2015 'Miriam, a Sereia que Desistiu do Mar'. A autora participou também desde então com textos em prosa e poesia em cerca de 17 publicações da Chiado Books. O livro pode ser já adquirido directamente à autora, bastando para isso contactá-la, e será brevemente colocado à venda na FNAC e nas papelarias locais pelo valor de 10 euros. Dos livros adquiridos directamente à autora, Ondina Bordalo revelou ter intenção de doar a receita a uma instituição de caridade.

Dulce Helena Diogo lança um novo livro

José Manuel Claro “No Tempo do Kaparandanda”, é o título da nova obra dada à estampa pela escritora santoandrense Dulce Helena Diogo em dezembro de 2020, em plena crise pandémica que condicionou um dos mais bonitos atos a que pode aspirar uma escritora - o lançamento de uma nova obra. “O Leme”, dentro dos condicionalismos socialmente impostos ao relacionamento interpessoal, foi à fala com a autora pelos meios alternativos, visando a divulgação do livro agora dado ao prelo e igualmente para dar a conhecer um pouco mais sobre a escritora e a sua atividade literária desenvolvida… «Nasci na segunda metade do século passado em Trancoso e com um ano e meio de idade segui a diáspora familiar em direção à cidade de Nova Lisboa, no Huambo, uma província de Angola onde o meu pai já estava radicado há um ano e onde fiz toda a minha formação escolar, tendo por lá iniciado a minha atividade no ensino». Com um percurso idêntico a muitos outros portugueses que se haviam radicado nas então colónias, quando

historicamente surgiu o 25 de abril regressou, tendo-se radicado em Oliveira de Azeméis e lecionado durante um ano em Lisboa, cidade onde arranjou colocação profissional. «Foi só em 1981, já com dois filhos, que rumei a Santo André onde lecionei até 2006, ano em que me reformei». Apaixonada pela leitura e cinema, a escrita surge como a súmula dessas paixões. «Sempre gostei de escrever e contar histórias, mas nunca havia tido a coragem necessária para as publicar». Fruto das experiências vivenciais na época da descolonização, resolveu escrever a sua primeira obra “O Poder dos Afetos” que teve o lançamento em Novembro de 2018, e na qual eram recriadas as situações vividas por um jovem de quinze anos. «Em 2020, redigi um novo conto intitulado “Por um Punhado de Cigarros” que a Editora “A das Artes” de Sines mostrou interesse em publicar e que veio no seguimento da minha primeira obra editada “O poder do Afetos”, o que obrigou a uma revisita ao primeiro livro e a uma sua extensão temática. Nasceu assim “No Tempo da Kaparandanda”, palavra do dialeto angolano que significa “antigamente”… “há muito tempo”».

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Espetáculo online com Rita Redshoes em Destaque nas Comemorações do Dia da Mulher

E mais nos confidenciou a autora:«… “kaparandanda” é uma corruptela do umbundo “kapalandanda” que tem por detrás o nome de um salteador angolano que, na sua atuação social desempenhava uma função muito análoga à do “Zé do Telhado” - roubava aos ricos para dar aos pobres…». A nossa pequena entrevista terminou com a sacramental pergunta – e quanto ao futuro da atividade literária? «Atualmente tenho muito pouco tempo para me dedicar à escrita uma vez que presto assistência aos meus pais que se encontram dependentes. Para eu poder escrever e contar histórias tenho de estar isenta de preocupações e possuir uma disponibilidade temporal quase absoluta. Esperemos por melhores dias». A obra agora editada tem como locais de venda a Livraria “A das Artes” em Sines e a papelaria “Sol Posto” (gémeas) em Santo André… Cá ficamos esperando por esses melhores dias para acedermos a um portfólio de recordações e emoções que, afinal, são o retrato de uma geração na ótica de quem a vivenciou presencialmente.

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O Município de Grândola assinala o Dia Internacional da Mulher e as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres em todo o mundo com um programa online a decorrer durante o dia 8 de Março nas plataformas digitais da Autarquia. “Mulheres Portuguesas: Um Grande Passado pela Frente” é o tema do colóquio moderado por Joana Duarte Correia que vai juntar às 18h30 via zoom Helena Pereira de Melo e Irene Flunser Pimentel. A ação das mulheres portuguesas nos domínios político e social durante o século XX, os movimentos feminista e sufragista da I República, o Salazarismo e o Marcelismo e as profundas alterações desencadeadas pelo 25 de Abril de 1974 são assuntos a abordar na sessão: h t t p s : / / v i d e o c o n f colibri.zoom.us/j/83179824549 “MULHER” o espetáculo musical concebido para o Município de Grândola por Rita Redshoes e Bruno Santos vai ser transmitido às 21h30 nas plataformas digitais da autarquia:https://www.

facebook.com/grandolamunicipio De acordo com a compositora a canção “Sobre Mulher” que dá nome ao espetáculo, “nasceu de uma inquietação que foi crescendo à medida que também eu me fui tornando mulher. Senti-me e sinto-me inúmeras vezes, a medir espaços. Senti e sinto muitas vezes que os meus movimentos e voz são ignorados ou arrumados em caixas de preconceitos, por homens, mulheres e por mim mesma. Somos necessariamente diferentes e é isso que torna a vida rica, misteriosa e divertida. É uma canção em desabafo envolta num misto de orgulho e força." A Junta de Freguesia de Melides também comemora o Dia Internacional da Mulher com o passatempo de fotografia “Para mim ser mulher é…” e a iniciativa Mulheres de Melides à frente no Seu Tempo” . Acompanhe no facebook da J.F. Melides: https://www.facebook.com/ juntadefreguesia.melides

Apurados alunos do Concelho de Santiago do Cacém para Concurso Nacional de Leitura Realizou-se no dia 25 de fevereiro, através de videoconferência, a fase municipal da 14.ª Edição do Concurso Nacional de Leitura, que contou com a participação de alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico ao Ensino Secundário do concelho de Santiago do Cacém. A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Margarida Santos, integrou o júri do concurso acompanhada por Ana Paula Gonçalves, representante da Rede de Bibliotecas Escolares, e por Margarida Peredo do Núcleo de Promoção da Leitura das Bibliotecas do Município de Santiago do Cacém. Ana Sofia Paiva, atriz e contadora, brindou os presentes com uma brilhante sessão de histórias. O objetivo principal deste concurso é estimular o gosto e o prazer da leitura para melhorar o domínio da língua portuguesa, a compreensão leitora e os hábitos de leitura. É uma iniciativa que congrega vários parceiros institucionais, nomeadamente o PNL - Plano Nacional de Leitura, a DGLAB - Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, a RBE - Rede das Bibliotecas Escolares, o Instituto Camões, a RTP e várias autarquias de Portugal Continental e Ilhas. Os alunos apurados para a Fase

Intermunicipal, que será organizada pelo Município de Santiago do Cacém, foram: 1º Ciclo: Alice Teixeira – Agrupamento de Escolas de Santo André, Eliza Soares – Agrupamento de Escolas de Cercal do Alentejo, Filipe Silva – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, Madalena Pinela – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém 2º Ciclo: Gustavo Santos – Agrupamento de Escolas de Santo André, Leonor Teles – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, Mariana Ramos – Agrupamento de Escolas de Cercal do Alentejo e Tiago Chainho – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém 3º Ciclo: João Roque – Agrupamento de Escolas de Santo André, Maria Silva – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, Sara Buhai – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, Vasco Ramos – Agrupamento de Escolas de Santo André Ensino Secundário: Carolina Costa – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, Gessika Costa – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, Iara Azevedo – Agrupamento de Escolas de Santo André, Lena Hertel – Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém.


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Até 7 de março Semana Cáritas A Cáritas promove até 7 de março, a sua Semana Nacional. Uma iniciativa que procura evidenciar a ação da Cáritas no combate à pobreza e exclusão social, com o tema “Cáritas 65 Anos: O Amor que Transforma”. Vivida em contexto de Pandemia, a Semana Cáritas reveste-se este ano de um peso especial, num período em que a COVID-19 deixou muitas famílias em situações difíceis (reportagem feita no jornal do passado mês de novembro). Face às dificuldades que a pandemia impôs, e pelo segundo ano consecutivo, o peditório anual não se realiza nos formatos

Meditar a Palavra de Deus III Domingo da Quaresma - 07-3-2021 Ex 20, 1-17; Sl 18; 1Cor 1,22-25; Jo 2,1325

habituais. Assim apela-se a quem quiser ajudar a Cáritas de Santo André deixe o seu contributo em alimentos e deixar na Sede da Cáritas, nas Paróquias de Santo

André e Santa Maria, ou na Sede da Redação do jornal “O Leme”, assim que o páis desconfinar.

aquela amizade social que não exclui ninguém e a fraternidade aberta a todos» (Fratelli tutti, 94). Celebramos os 65 anos da Cáritas em Portugal: o amor que transforma. Transforma os corações e transforma a realidade em que vivemos. Só o amor transforma. O Papa Francisco na encíclica Fratelli tutti deixa-nos este alerta: «Passada a crise sanitária, a pior reação seria cair ainda mais num consumismo

febril e em novas formas de autoproteção egoísta. No fim, oxalá já não existam “os outros”, mas apenas um “nós”. Oxalá não seja mais um grave episódio da história, cuja lição não fomos capazes de aprender. Oxalá não nos esqueçamos dos idosos que morreram por falta de respiradores, em parte como resultado de sistemas de saúde que foram sendo desmantelados ano após ano. Oxalá não seja inútil tanto sofrimento, mas tenhamos dado um salto para uma nova forma de viver e descubramos, enfim, que precisamos e somos devedores uns dos outros, para que a Humanidade renasça com todos os rostos, todas as mãos e todas as vozes, livre das fronteiras que criamos» (n. 35). A missão da Cáritas – o amor que transforma – é despertar para esta solidariedade no concreto, c o m p ro m e t i d o s q u e e s t a m o s n a transformação do mundo em que vivemos para que seja, cada vez mais, uma terra de irmãos. Para que juntos vivamos verdadeiramente numa só família humana. D. José Traquina Bispo de Santarém Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana

SEMANA EM ON-LINE Unidade Pastoral Santa Maria; Santo André, São Francisco e Santa Cruz

MISSA Segunda; Quarta; Sexta e Domingo - 11:00 horas Terça; Quinta e Sábado - 18:30 horas Sexta-Feira - Catequese Adultos - 21:00 horas

Esta leitura do livro do Êxodo faz-nos avisos importantes. “ Eu o Senhor teu Deus … … uso de misericórdia até à milésima geração para com aqueles que, me amam e guardam os meus mandamentos. Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus. Lembrar-te-ás do dia de sábado para o santificares: Honra pai e mãe; Não matarás Não cometerás adultério Não roubarás Não levantarás falsos testemunhos Não cobiçarás a casa do teu próximo Não desejarás a mulher do teu próximo nem coisa alguma que lhe pertença”. Estes são os mandamentos que, os cristãos com a devida atualização feita ao longo dos séculos nós recebemos em herança. Saibamos respeitá-los. Paulo num texto que escreveu na primeira carta aos Coríntios diz àqueles irmãos que “ os Judeus pedem milagres e os Gregos sabedoria mas, nós pregamos Cristo crucificado escândalo para os Judeus e loucura para os Gentios … mas, aqueles que, são chamados tanto Judeus como Gregos Cristo é poder e sabedoria de Deus” . É realmente o que importa. … Isto nunca muda. … Jesus está sempre nos nossos horizontes assim saibamos nós respeitar tendo – O como modelo. O Evangelho descreve neste texto o desaforo dos vendilhões do Templo!! Não encontraram melhor lugar para fazer a “praça” do que aquele! Ainda bem que, Jesus lhes deu uma ensinadela de mestre! “destruí este Templo e em três dias Eu o levantarei”. Aqueles ignorantes nem sabiam interpretar a linguagem metafórica! Os mais humildes possivelmente ficaram a pensar o que Ele quereria dizer com estas palavras. Possivelmente os Apóstolos lembraram - se daquela frase quando Jesus ressuscitou. Nós, que somos templos de Deus, muitas vezes somos como estes vendilhões …! Examinemo-nos e acreditemos na mudança

IV Domingo da Quaresma - 14-3-2021 2Cr 36,14-23; Sl 136; Ef 2,4-10; Jo 3,14-21 No segundo livros da Crónicas lê-se: “ Naqueles dias todos os príncipes dos sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades imitando os costumes abomináveis das nações pagãs e profanaram o templo. O Senhor Deus de seus pais desde o principio e sem cessar enviou-lhes mensageiros pois queria poupar o seu povo”. O povo não fazia caso os Caldeus incendiaram o Templo de Deus lançaram fogo aos seus palácios e todos os que escaparam ao fio da espada foram feitos escravos e assim viveram durante setenta anos. Entretanto subiu ao trono um rei da Pérsia que foi inspirado por Deus e falou assim: “Assim fala Ciro rei da Pérsia o Senhor Deus do céu deu-me todos os reinos d aterra e ele próprio me confiou o cargo de lhe construir um templo em Jerusalém na terra de Judá quem de entre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele”. Um bom conselho de um rei bondoso! Nesta carta aos Efésios Paulo escreve coisas que, nos interessam: “Deus que é rico em misericórdia pela grande caridade com que nos amou restituiu-nos à vida em Cristo – é pela Graça que, fostes salvos – e com ela nos ressuscitou e nos fez sentar nos céus com Cristo Jesus. A Salvação é dom de Deus” Agradeçamos -LHE esta dádiva e façamos tudo por merecê-la! No Evangelho Jesus fala com Nicodemos e diz-lhe coisas serias que não devemos esquecer… “ Deus amou tanto o mundo que lhe entregou o Seu Filho Unigénito … Deus não enviou o Seu Filho ao mundo para condenar o mundo mas para que o mundo seja salvo por Ele”. Quem pratica a verdade aproxima-se da Luz porque as suas obras são feitas em Deus. Que Deus nos proteja e nos inspire a fazer o BEM…

Atividades possíveis na capela do Bairro Azul

AVISO

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I

Maria Fernanda Pinto

D. José Traquina, Bispo de Santarém Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana “Neste ano tão 'especial' gostaria de partilhar convosco o meu coração agradecido. Ao longo deste ano temos conversado – muitas vezes por meios telemáticos – acerca de sofrimentos, de medos, de aflições. Ouvimos muitos lamentos. Encontrámos pessoas desanimadas. Muitos de nós ou dos nossos familiares e amigos ficaram doentes. Alguns morreram. Tempos difíceis, estes… Mas damo-nos conta também de que estes foram tempos de solidariedade na dor, de um grande empenho no reinventar a proximidade e o cuidado com os mais frágeis. E é por isso que agradeço a Deus os diversos dons que têm frutificado no coração e nos gestos de tantas pessoas das nossas comunidades que se têm mantido atentas aos pobres e aos doentes para os socorrerem nas suas necessidades. Agradeço a Deus e agradeço-vos a todos os que constituem os Grupos de acção sócio-caritativa ou as Cáritas Paroquiais, os que trabalham nas Cáritas Diocesanas e na Cáritas Portuguesa. «O amor ao outro, por ser quem é – diz-nos o Papa Francisco – impele-nos a procurar o melhor para a sua vida. Só cultivando esta forma de nos relacionarmos é que tornaremos possível

igreja

22 Fev. a 14 Mar. 2021

Abertura para Oração Privada

Abertura para Oração Privada

PODE FAZER O SEU OFERTÓRIO PELO

Domingo

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Segunda

11h30 / 12h30

11h30 / 12h30

MBWay - 962 543 907

Terça

10h00 / 12h30

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Quarta

11h30 / 12h30

11h30 / 12h30

Quinta

10h00 / 12h30

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Sexta

11h30 / 12h30

11h30 / 12h30

Sábado

10h00 / 12h30

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Ou através do IBAN da Igreja Paroquial Santa Maria PT50004564214004299402235


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Edição de desporto, Joaquim Bernardo

Sines recebe de novo distinção de Município amigo do desporto Sines distingue-se, pela quarta vez consecutiva, como «Município Amigo do Desporto». O reconhecimento foi feito pela Associação Portuguesa de Gestão do Desporto, em parceria com a Cidade Social, nos Paços do Concelho, no dia 25 de fevereiro. O município foi distinguido no âmbito dos equipamentos desportivos de excelência colocados ao serviço da população, dos eventos desportivos de dimensão nacional realizados no concelho e das relações de proximidade e parceria que mantém com as associações desportivas locais.

Odemira recebe galardão de município amigo do desporto O Município de Odemira recebeu, pelo 3º ano consecutivo, o galardão de Município Amigo do Desporto, uma distinção pública de boas práticas na intervenção dos municípios na área do desporto e atividade física. A atribuição do galardão foi formalizada no dia 25 de fevereiro, no Pavilhão Desportivo Municipal, com a entrega da bandeira e diploma ao Presidente da Câmara Municipal de Odemira, José Alberto Guerreiro, e ao vereador responsável pelo Desporto, Pedro Ramos, pela mão do responsável pelo Programa Município Amigo do Desporto, Pedro Mortágua Soares. O Presidente da Câmara Municipal considerou este como “um prémio de reconhecimento não só para o Município, mas também para todo o associativismo desportivo local”. O prémio decorre do Programa Município Amigo do Desporto, promovido pela plataforma Cidade Social, que se assume como uma rede de partilha que privilegia a monitorização, reconhecimento e divulgação de boas práticas no âmbito municipal do desenvolvimento

desportivo em Portugal. Este galardão vem reconhecer o trabalho desenvolvido pelo Município de Odemira na promoção e dinamização da prática desportiva no concelho, que se reflete na diversidade e investimentos nas instalações desportivas indoor e outdoor, no apoio aos clubes locais através dos Prémios de Atividade Desportiva, nos

projetos desenvolvidos ao nível da promoção do desporto na infância (Infância Ativa), do Programa de Desporto Escolar e desporto sénior (Viver Ativo), bem como nos eventos regionais e nacionais em várias modalidades organizados ou apoiados pelo Município.

O Município de Santiago do Cacém integra a semana intermunicipal para levar a atividade física à casa das populações Realiza-se na semana de 1 a 5 de março e pela 1ª vez a Semana Intermunicipal da Atividade Física “Em Casa”. Uma iniciativa inédita que vai juntar sete municípios numa atividade conjunta online para toda a população. Estão, também, envolvidos os Municípios de Aljustrel, Ferreira do Alentejo, Castro Verde, Ourique, Almodôvar e Alcoutim apresentando-se às populações abrangidas, através de um programa semanal online, aulas diárias e que acontecem em três horários diferentes, nomeadamente, entre as 10h00 e as 10h30 , as 18h30 e as 19h00 « e as 19h30 e as 20h00. O objetivo é levar a atividade física até à casa das pessoas em tempos da COVID-19 e de confinamento e, ao mesmo tempo, contribuir para a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e para a importância da prática do exercício físico na saúde. Este é também um serviço público,

proporcionado por diversas câmaras municipais, que pretendem chegar ao máximo de pessoas de várias faixas etárias, envolvendo as famílias, num momento de partilha e ajudando também a quebrar o isolamento. Em virtude da pandemia há várias infraestruturas desportivas fechadas e é necessária uma readaptação de hábitos. Entenderam os promotores desta iniciativa, habituados a trabalhar em prol das suas populações, que este era o momento de se unirem para criar uma iniciativa que atravessasse fronteiras e territórios, proporcionando uma experiência nova e enriquecendo também o trabalho em rede e ao serviço das comunidades.

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Abílio Torcato Valadas Raposo, Presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santo André, de acordo com o disposto na alínea a) do ponto 2, do artigo 28º, e ainda da alínea e) do ponto 1, do artigo 22º dos Estatutos convoca todos os associados para a reunião ordinária da Assembleia Geral, a realizar na Sede da Associação, no dia 26 de Março de 2021, pelas 20 horas, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Apreciação do Parecer do Conselho Fiscal e Aprovação do Relatório e Contas de 2020 Se à hora marcada não estiverem presentes a maioria dos associados, a Assembleia Geral reunirá em segunda convocatória pelas 20.30 horas, com qualquer número de associados. Durante o funcionamento da Assembleia Geral, devido ao COVID-19, em cumprimento das regras da D.G.S. deverá ser mantida a distância de 2 metros e o uso obrigatório de máscara. Vila Nova de Santo André, 26 de Fevereiro de 2021

AVISO - CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente da Assembleia Geral Abílio Torcato Valadas Raposo Jornal 780 de 04/03/2021

Crónica da Quotidiana Vivência José Manuel Claro

Pandemia e… Pandementes!!!... Debaixo de amarelecida luminosidade saída do candeeiro de secretária os meus dedos bailam sobre o negro teclado numa coreografia ditada pela circunstância a que todos nós estamos sujeitos… uma pandemia balizada por um conjunto de medidas sociais mais ou menos rígidas e impostas pelos governos em circunstâncias que vão ditando uma paragem da sociedade não só ao nível dos ritmos vivenciais como… igualmente… paralisando os ritmos económicos em que nos vínhamos movendo… Muito mais exasperante que essa paralisia é o não se vislumbrar “o como e quando” do tão necessário regresso aos carris quotidianos a que nos tínhamos habituado… a retoma!!!… Em termos práticos o que esta calamidade veio trazer ao mundo foi uma manta muito curta em que a sociedade para se tapar numa ponta destapa a outra… Fundamentalmente tenho para mim que uma grande parte da responsabilidade da difusão pandémica assenta na educação… ou falta dela… por parte de cada um de nós enquanto seres universais… Cada vez que é declarado um confinamento mais restrito e a respetiva proibição de circulação entre Concelhos é notória a migração para fora das grandes urbes sempre denunciada pelas imensas filas originadas nos estrangulamentos de acesso a essas mesmas urbes no dia em que a proibição é levantada… E… o pior de tudo… é que as autoridades rodoviárias têm isso tudo controlado através da leitura das matrículas e nada fazem para impedir que esses cidadãos originários de zonas de transmissão pandémica elevada invadam o Litoral Alentejano… zona de baixo risco até aparecer essa moda da migração clandestina semanal… Será normal que centenas… para não dizer milhares de viaturas… habitualmente conduzidas por residentes em Lisboa se aprestem… em extensas filas… para passarem a Ponte 25 de Abril no sentido sul/norte ao final da manhã e ajoujadas de tudo o que são pranchas de surf… btt's e outras evidências transumantes e “lazeradas”???... Depois… há os que ficam “em casa” e organizam “raves”… um evento com algumas horas de duração acontecendo em sítios esconsos alugados e… onde o uso de máscara… o protocolo respiratório e o distanciamento mínio são passados a tábua rasa… Das intervenções policiais de que rezam as notícias registam-se a cobrança de

coimas mas ninguém é responsabilizado moral e materialmente pela difusão pandémica que… nesta situação… supomos requerer um maior peso avaliativo e penal por parte do direito administrativo… Ainda com respeito a estas “festinhas”… a situação que vivemos fazme recuar aos idos anos de setenta em que proliferavam os objetores de consciência… um conjunto de rapazes que não se quiseram fazer à emigração clandestina para evitarem o serviço militar obrigatório e então alegavam essa mesma objeção de natureza religiosa para não ingressarem nas Forças Armadas… Há pouco tempo… numa intervenção policial em que o alvo foi uma dessas reuniões… o menu justificatório dado por uns quantos seres evidenciando uma gritante menoridade mental espraiava-se por um conjunto de descabidas justificações que iam desde o “terraplanismo” à cabala internacional de forças obscuras para dominarem as nações… até interpretações bíblicas foram citadas!!!... provavelmente provenientes dos descendentes dos tais “objetores de consciência” de antanho… Vamos lá minha gente!!!... temos de contribuir com um melhor empenho individual diário na quebra da cadeia de transmissão do “bicharoco” a observando o protocolado pelas autoridades sanitárias evitando as “horas de ponta” da prática desportiva geralmente aos fins de semana em que os trajetos normalmente utilizados por nós estão apinhados de migrantes fugidos das zonas ribeirinhas da sua grande urbe… É verdade… já nem às nossas espaçosas praias podemos ir porque as autoridades viram-se na necessidade de cortarem os acessos às mesmas!!!…

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AVISO - CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Abílio Torcato Valadas Raposo, Presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santo André, de acordo com o disposto na alínea a) do ponto 3, do artigo 28º, e ainda da alínea e) do ponto 1, do artigo 22º dos Estatutos convoca todos os associados para a reunião extraordinária da Assembleia Geral, a realizar na Sede da Associação, no dia 26 de Março de 2021, pelas 21 horas, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Apreciação do Parecer do Conselho Fiscal e Aprovação do Plano de Ação e Orçamento 2021 Se à hora marcada não estiverem presentes a maioria dos associados, a Assembleia Geral reunirá em segunda convocatória pelas 21.30 horas, com qualquer número de associados. Durante o funcionamento da Assembleia Geral, devido ao COVID-19, em cumprimento das regras da D.G.S. deverá ser mantida a distância de 2 metros e o uso obrigatório de máscara. Vila Nova de Santo André, 26 de Fevereiro de 2021 Presidente da Assembleia Geral Abílio Torcato Valadas Raposo Jornal 780 de 04/03/2021


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Câmara Municipal de Santiago do Cacém e Grémio Ermidense Primeiro de Agosto rmam acordo para recuperar Cineteatro Vitória

Brincando e Aprendendo Coordenação: Ondina Bordalo

Parabéns a todos os aniversariantes! “Diz-me com quem andas,~dir-te-ei quem és”. Sim, de facto esta frase tem um fundo de verdade, porque ao longo dos tempos, vezes sem conta, a situação em si se confirmou, de tal forma, que passou a ser um ditado. Quanto mais andamos na companhia de alguém, mais nos identificamos com essa pessoa. No início, por exemplo, dois amigos(as), podem ser até muito diferentes, em muitas coisas, mas a tendência é um acabar por influenciar o outro. Infelizmente, é sempre mais fácil influenciar os outros com o que é errado, do que com o que é correto. Isto acontece especialmente, entre crianças ou jovens. Daí que é muito importante, saberes escolher bem, as tuas amizades. E sabes? Um verdadeiro e Bom amigo, nunca te convidará ou te oferecerá algo, que de certeza te vai prejudicar e criar problemas. É fácil, basta estares atento(a).

Vamos viajar

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém e o Grémio Ermidense Primeiro de Agosto, em Ermidas-Sado, firmaram, dia 23 de fevereiro, um acordo que vai permitir recuperar e criar, no edifício do Cineteatro Vitória, um Centro Cultural Multiusos. A Autarquia tem já concluído o projeto de recuperação deste imóvel assim como o do Cinema de Alvalade, que serão candidatados a fundos comunitários. A Câmara Municipal está confiante da sua aprovação, tendo já preparados os concursos públicos para serem lançados num valor total na ordem dos dois milhões e quatrocentos mil euros. O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, sublinhou que a assinatura deste acordo “é mais um passo para a concretização de um objetivo comum, a recuperação do Cineteatro Vitória. Este é o edifício mais emblemático da freguesia de ErmidasSado por onde passaram muitas gerações de ermidenses, por isso, tem uma identidade que é importante recuperar.” Com esta formalização a Autarquia tem a possibilidade de candidatar-se a Fundos Comunitários, “temos o projeto concluído e tudo preparado para lançar o concurso público, na ordem de um milhão e quatrocentos mil euros. Basta que a candidatura seja aprovada, e nós temos todas as expectativas que assim seja, porque se trata de uma verba que está

contratualizada no âmbito do Pacto Territorial para a Comunidade Intermunicipal do Litoral Alentejano para o Município de Santiago do Cacém,” explica Álvaro Beijinha. No âmbito da mesma candidatura a Autarquia vai apresentar o projeto de recuperação do Cinema de Alvalade, com o concurso a ser lançado no valor de um milhão de euros. A Câmara Municipal será, salienta o Autarca, “o grande dinamizador da oferta cultural deste espaço, mas queremos que o Grémio e outras associações da Freguesia, no fundo, toda a comunidade, possam também ser um fator de dinamização do futuro Centro Cultural Multiusos de Ermidas-Sado, que vai ser um espaço de oferta cultural à população, e esperamos que impulsione as gerações mais novas.” Álvaro Beijinha sublinha que estes projetos, para Ermidas –Sado e Alvalade, têm como alicerces “a nossa estratégia de combate às assimetrias a todos os níveis, neste caso do ponto de vista cultural e, para reforçarmos essa política cultural, temos que ter espaços com todas as condições.” O Vereador da Cultura, Jaime Cáceres, marcou presença na assinatura deste acordo tendo em conta a dinâmica que está a ser desenvolvida no âmbito cultural no nosso Concelho. O Presidente da Direção do Grémio Ermidense Primeiro de Agosto, Arnaldo Frade, salientou que a assinatura deste acordo com a Câmara Municipal resulta

da “relação estreita que mantemos desde 2015 no sentido de encontrarmos uma resposta que tornasse possível a recuperação daquele edifício”. O Grémio havia já apresentado uma candidatura à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Alentejo que não foi aprovada. “Mas, através de conversações com a Autarquia, foi possível chegar a este acordo de cooperação sendo este um dia histórico rumo ao dia, que será apoteótico, quando pudermos abrir as portas à comunidade de um espaço que será de fruição, de informação e de cultura, mas também de afirmação das comunidades,” sublinhou Arnaldo Frade. O Cineteatro Vitória foi doado ao Grémio Ermidense Primeiro de Agosto pelos seus anteriores proprietários, com o objetivo de dar lugar a um Centro Cultural Multiusos. Por essa razão terá de exibir o nome de Artur de Sousa Pinto, avô materno dos autores da doação, na fachada do edifício. A sede do Grémio será instalada no edifício contíguo ao Cineteatro, onde ficará patente uma exposição e/ou visualização de todo o seu acervo documental e fotográfico. No seguimento do projeto para o edifício do Cineteatro Vitória as duas entidades gostariam de criar, no futuro, um Museu de Ermidas-Sado e as Suas Gentes, com enfoque na indústria corticeira, de moagem e na ferrovia.

É o nome do jogo, que podes fazer entre amigos ou familiares. Sentam-se todos em círculo, num tapete. O jogo trata-se de encher um autocarro imaginário, com todos os nossos amigos ou familiares. O primeiro jogador, diz: « Vou viajar, com a Maria.» O jogador seguinte, tem de repetir o nome anterior e acrescentar outro. Por exemplo: « Vou viajar com a Maria e o André.» Cada jogador tem de memorizar todos os nomes que se forem dizendo, acrescentando outro, sempre com a frase inicial, “vou viajar com”…O jogador que quebrar a continuidade do jogo, tem de dar uma volta à roda, saltando como canguru.

Anedota Professor: - José, qual é o futuro de, “eu bocejo”? José: - Eu dormirei!

Alimentação saudável, especialmente para crianças e jovens

A água é a bebida de eleição, quer durante as refeições, quer fora delas, devendo ser consumida entre 1 e 2 litros.O pequeno-almoço deve ser sempre tomado antes de sair de casa, consistindo numa peça de fruta, num produto lácteo meio gordo, pão de fabrico tradicional ou cereais pouco açucarados e sem chocolate ou mel. Os legumes, as hortaliças e as leguminosas, devem ser sempre diariamente ingeridos ao almoço e ao jantar, através de sopa e de saladas ou legumes a acompanhar o 2º prato. A fruta, de preferência da época, deve ser variada e consumida na quantidade de 2 a 3 peças por dia. O leite, o iogurte e o queijo, devem ser meio-gordos.

Bíblia «Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.» _Filipenses 4: 6 e 7_ Abracinho de Luz, com Amor e Paz de Jesus!


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