Número 02
ADJI, mag Número 02 Outubro - 2011 www.adji.com.br
Latitude 23º 46’ 41” S Longitude 45º 21’ 29” W
Sunny Light
Quando o sol preenche os espaços entre mar e céu: É tempo de aproveitar a luz! por Daniel Aratangy
Giramundo
2 anos e 30 mil milhas em um veleiro
O mundo é uma ilha ADJI
Um pedaço de terra no meio do mar e um verão inteiro pela frente por Máximo Jr.
Verão 2012
Plantando o futuro Misturar ecologia com educação pode dar ótimos frutos
DICAS
Turismo: Sol e aventura em Natal Arte: A sensualidade de uma Bic Consumo: Brinquedos que adoramos + Moda: Nossa nova coleção feminina REVISTA ADJI 1 Réveillon: O que usar na virada
[Navigare necesse, vivere non est necesse.] Do latim: Navegar é preciso, viver não é preciso. A frase, eternizada pelo poeta Fernando Pessoa, foi na verdade dita por Pompeu, general romano, para seus amedrontados marinheiros que se recusavam a viajar durante a guerra. Outro poeta, esse não tão famoso, disse que o mundo só é redondo para que possamos dar a volta nele. Matias Eli, entre 2008 e 2010, juntou esses dois versos e escreveu o capítulo mais intenso da sua vida ao navegar uma volta ao mundo (pág.10), praticamente solitária, a bordo do veleiro Bravo. Nessa segunda edição da ADJI, mag embarcamos em muitas outras viagens para mais um verão tropical na “terra brasilis”: viajar é preciso! Para inspirar tantas aventuras selecionamos um kit inicial com um bom motor estradeiro, uma playlist de peso e livros de expedições vividas ou inventadas. A estrada começa com um fim de semana na ensolarada Natal (pág.30) e passa por mundos tão distantes como o skyline de Nova York (pág.62) e uma pequena comunidade no litoral de São Paulo (pág.42). Nossa viagem é também artística, pelas curvas das musas do espanhol Juan Francisco Casas (pág.34), e filosófica, como um olhar para dentro: a imensidão que nos cerca também nos preenche (pág.78), é o que nos conta uma experiente professora de yoga. Ah, é claro: moda. Nossa viagem predileta! Muita moda com a cara do verão tupiniquim. Dois olhares diferentes sobre a bela Ilhabela (págs.14 e 46), com a luz do céu, o brilho do mar e as cores do verão ADJI. Para as mulheres, uma ótima surpresa: pela primeira vez mostramos algumas peças da nossa quase secreta coleção feminina (pág.81) (elas venceram). Dicas de looks, guia de compras e um especial de réveillon completam nossa segunda edição. Esperamos que você tenha uma ótima viagem! Denis Adjiman
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Colaboradores
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Imensidão, deslocamento, mar, céu, verde, azul, moda, moto, Mata Atlântica, arte, tendência, inspirações, pirações, música, alegria, aventuras, estradas, estampas, prazeres, sabores, contornos, costuras, texturas... e a melhor viagem está nas pessoas: durante 16 anos MATIAS ELI (1) trabalhou no mercado financeiro e chegou ao cargo de presidente de um banco de investimentos. Em 2008, pediu as contas, abriu as velas de seu veleiro Bravo e aplicou em um ótimo investimento: a ampliação de horizontes. Outra grande exploradora convidada é VANESSA DE LUCCA (2), professora de yoga, que além de algumas viagens à Índia em busca de aperfeiçoamento nessa filosofia milenar, viaja, diariamente, para dentro de si mesma. De Paris à Dakar e com algumas centenas de quilômetros de muita poeira pelo interior brasileiro TIAGO FANTOZZI (3), campeão do Rally dos Sertões, abandonou a loucura paulistana e encontrou em Natal alguns novos caminhos. RICARDO JUNQUEIRA (4) fotógrafo potiguar registrou para ADJI as luzes da terra do sol. Para embalar tantas viagens, quem escolhe a trilha sonora é a produtora cultural NATALY SIMON (5), com uma refinada pesquisa dos grandes mestres aos grandes achados. Convidado mais que especial para registrar o verão ADJI, o fotógrafo DANIEL ARATANGY (6) encontrou uma ótima combinação entre a luz da Ilhabela e os tons da coleção. O projeto AHH! (7), encabeçado por jovens paulistanos, tem como principal objetivo garimpar e promover o trabalho de novos artistas, como a sensualidade do traço do espanhol Juan Francisco Casas. Também a bordo está a designer DIANA MOTTA (8), que mora em Nova York e tem uma visão bastante particular e artística da cidade. O fotógrafo MÁXIMO JR (9) fotografa os nossos editoriais há mais de 10 anos e mostra que conhece como ninguém, nossa coleção. FABIO TELLES (10), homem multimídia, fotografou, filmou e editou o making-of das duas seções de fotos na bela ilha. Quem está de volta, mas não repete a receita, é a chef THATY ADJIMAN (11), a mestre cuca com o nome da casa. O jornalista MILTON M FILHO (12) também volta com ótimas dicas de novos e clássicos brinquedos que os homens adoram e o homem de mídia PEDRO MACCARDELL (13) atua de fotógrafo na nobre missão de registrar sorrisos em uma comunidade carente do litoral paulista. Toda estrada pede um bom motor e quem recomenda a melhor estradeira é o colecionador de carros e motos DEGAS QUEIROZ (14). ALEXANDRE MAZEGA (15) coordena a equipe de finalização e impressão da ADJI, mag e a direção de moda e estilo é da nossa estilista, ALINE MÁXIMO (16). A equipe editorial da casa está entrosada há muito tempo: a ediçao e direção de arte é de NINA ADJIMAN (17), colaboração de ALEX ADJIMAN (18) e coordenação geral de DENIS ADJIMAN (19). EXPEDIENTE Diretor Albert Adjiman Diretor Responsável e Editor Denis Adjiman Projeto Gráfico, Edição e Direção de Arte Nina Adjiman Estilo ADJI Aline Máximo, Nina Adjiman Comercial Cíntia Todinca 11 3207-2244 Assessoria de Imprensa Duo Press – 3062-03416 Finalização – Just Layout Direção Geral Alexandre Mazega Diagramação Diego van Housen Tratamento de imagens Flávio Pavan, Higor Magnani, Laércio Roda, Rodrigo Araújo Jornalista Responsável Mariana Maciel (Mtb. 23.986) Revisão Sérgio Kakitani Tiragem 55.000 exemplares Impressão Prol Editora Gráfica. Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte dessa obra pode ser reproduzida ou utilizada seja por que meios forem – eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito das empresas. A Revista ADJI é uma publicação distribuída gratuitamente ao mailing e às lojas de todo o Brasil e não pode ser comercializada. A publicação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário ou comercial, este último de inteira responsabilidade dos anunciantes. Apenas os que constam no expediente da revista têm autorização para responder pelo conteúdo do material. Rua Palmorino Mônaco, 860 CEP 03043-000 São Paulo, SP
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Welcome Drink Um brinde à estação da cor! 4 drinks para começar bem o verão (aprenda como fazer cada um deles no verso)
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Welcome Drink
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Martini Cravo & Canela
Caipira Refrescante
Ingredientes:
Ingredientes:
• 80 ml de vodka • 80 g de abacaxi • 4 folhas de manjericão • 3 cravos-da-índia • 1 pau de canela • açúcar a gosto • gelo
• 50 ml de uma boa cachaça • 1 mexerica • 3 laranjinhas Kinkan • 1 pedacinho (1cm) de gengibre fatiado fino • açúcar a gosto • gelo
Preparo:
Preparo:
Macere o abacaxi com açúcar, manjericão, cravo e canela. Bata na coqueteleira com gelo e vodka. Coe e sirva em um copo de boca larga (ou em uma taça de martini).
Solte os gomos da mexerica e retire a parte branca do meio e as sementes. Corte cada gomo em 3 pedaços. Coloque todos os ingredientes em uma coqueteleira e bata por um minuto.
Welcome Drink
Welcome Drink
Donna Sakerita
Moulin Rouge
Ingredientes:
Ingredientes:
• ½ limão em cubos com casca • 4 lichias em conserva • 1 dose de sakê • água de coco • açúcar a gosto • gelo
• 120 ml de prosecco • 1 bola de sorbet de framboesa • 3 framboesas frescas • 3 morangos frescos • 12 blueberrys ou groselha fresca • açúcar a gosto • gelo
Preparo: Macere o limão com as lichias e o açúcar. Coloque gelo, encha ¾ do copo com sakê e complete com água de coco.
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Preparo: Macere as frutas com o açúcar e coloque em um copo de boca larga com gelo. Complete com o prosecco e decore com a bola de sorbet.
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ADJI AVENTURA
Giramundo Com aproximadamente 30 mil milhas percorridas em dois anos, Matias Eli girou o mundo e encontrou na diversidade humana uma de suas melhores viagens. Especialmente para a ADJI, mag, ele relata sua experiência com o povo de uma pequena ilha do Caribe Fotos e Texto: Matias Eli
Antes de cruzar o canal do Panamá, minha intenção inicial era levar um grupo de até cinco mochileiros, que pagariam ao redor de 300 dólares cada um, para um passeio entre Cartagena, na Colômbia, e San Blas, no Panamá. Mas como eu tinha que chegar antes do dia 19 para poder ligar para a Carol, que fazia aniversário, não pude esperar os mochileiros se decidirem e acabei partindo na manhã do dia 17 de julho, com destino à ilha de Porvenir, onde faria imigrações. Um amigo tinha me alertado que em Porvenir talvez não tivesse internet, nem telefone, e depois de dois dias navegando, vim a descobrir que em Porvenir faltava muito mais do que apenas internet: nem o oficial de imigrações estava lá, em seu lugar havia apenas um bilhete onde informava que retornaria dali a dois dias. Voltei para o barco e subi a âncora. Estava indo para Carti, mais uma das ilhas que fazem parte do arquipélago de San Blas, onde talvez houvesse internet para ligar para a minha mulher. Mas ao chegar em Carti, não foi difícil descobrir que não tinha internet no local, e nem foi por causa da cara de espanto dos quatro jovens que me viram desembarcar do bote e perguntar em espanhol pela tal da internet. Obviamente, eles não conheciam aquela moça, nem entendiam espanhol – apesar de Carti ser parte do Panamá, aquela tribo fala uma outra língua, que se chama Cuna, e que, para mim, que não falo tupiguarani, soava como grego. As casas são feitas de junco e foi muito interessante ver este tipo de construção, pois acabava de ler um livro chamado “A Trilha de Adão”, que conta a história das primeiras viagens transoceânicas que aconteceram na Idade da Pedra, com a ajuda de balsas de junco. A expedição Kon-Tiki, que aconteceu no início do século passado, provou que os povos que habitam as Ilhas
do Pacífico são descendentes dos habitantes da costa oeste Sul-Americana e, graças às suas toscas embarcações de junco, conseguiram chegar ao Taiti e a todas as outras ilhas do Pacífico. Estava maravilhado, besta, passado. Tudo era diferente naquelas ruas de terra batida e casas de junco, com índias vestidas com as mais diferentes cores e com os “vinis” coloridos amarrados nas pernas e braços, além de piercings que eram joias de ouro que passavam de uma narina à outra e dariam inveja ao “Bob Cuspe”, personagem punk do Angeli. Finalmente, encontrei um telefone público e consegui fazer uma ligação internacional a cobrar via Embratel para SP. Apenas pela minha querida Carol, ou por uma das minhas filhas, eu teria feito um esforço tão grande para achar algo tão fora do contexto daquele lugar como um telefone. Em qualquer outra situação, eu teria esperado para dar notícias no próximo porto.
Matias e a alegria do retorno, 2 anos após a partida
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A rota do veleiro Bravo ao redor do mundo 1. Saída de Ubatuba (SP, Brasil) 2. Fernando de Noronha (PE, Brasil) 3. Arquipélago de San Blas (Panamá) 4. Galápagos (Oceano Pacífico) 5. Taiti (Polinésia Francesa) 6. Fiji (Oceania) 7. Darwin (Austrália) 8. Ilhas Maurício (Oceano Índico) 9. Port Elizabeth (África do Sul) 10. Retorno Ubatuba (SP, Brasil)
O índio carioca e o argentino brasileiro Estava passando na frente de uma escola onde as crianças jogavam bola e meus sentidos estavam aguçados ao máximo. Eu tentava apreender tudo o que estava se passando à minha volta, meus olhos e meu cérebro não paravam, tentava guardar as coisas na minha memória, já que não estava com minha máquina fotográfica (esqueci em SP). Aquilo realmente era o que eu vinha procurando. Em toda a viagem eu busquei momentos como aquele. De repente, escuto alguém me chamar: era um homem de meia-idade que, falando em espanhol, me perguntou quem eu era e o que estava procurando. Falei para ele que era brasileiro (uma pequena mentirinha que tenho usado ultimamente para ser bem tratado em lugares desconhecidos, já que na realidade sou argentino) e o índio deu um pulo da rede e me falou em português, com sotaque carioca, que ele amava o Brasil, e principalmente o Flamengo e a cerveja Antártica. Não é que o índio tinha vivido cinco anos no Rio, onde se formou em Educação Física, e agora dava aula para os meninos da escola local? Então me lembrei que, inicialmente, meu objetivo era levar uns turistas para San Blas e que, se não fosse por eles, eu não estaria ali, naquele lugar. Se as coisas tivessem se desenrolado de uma forma diferente, se eu tivesse ficado um dia a mais ou a menos em Cartagena, se 12 REVISTA ADJI
eu não tivesse chegado no dia do aniversário da Carol e não precisasse ligar pra ela, eu não teria ido atrás de um telefone ou de um sinal de internet para ligar e, dessa forma, não teria conhecido Carti e seus índios. Quando despertei da minha viagem, o índio ainda falava do Flamengo. Eu o convidei e a mais 10 alunos para navegar. Ele aceitou na hora e foi chamando os meninos, que se acotovelavam numa fila para fazer parte da tripulação. Escolhidos os 10, fomos para o barco, mas, antes, passamos por uma das casas que ficavam no meio da aldeia. Era, sem dúvida, a maior de todas e, nela, fui apresentado ao chefe, ou cacique, que ficava confortavelmente deitado na sua rede. Seus assessores, quatro ao todo, estavam espalhados em bancos ao redor. O professor fez uma introdução à palavra e pediu que eu contasse minha história para o cacique, enquanto um dos seus assessores ia traduzindo para o Cuna ou para o Grego (ainda não descobri). Quando terminei, o chefe me olhou da sua rede e falou que eu deveria ter muito dinheiro para poder viajar tanto. Saia justa... Eu expliquei pra ele que, desde que saí do Brasil, consumi apenas dois tanques de combustível, já que navego 99% do tempo à vela. Acho que ele ficou satisfeito com a resposta, pois, em seguida, falou que eu era muito bem-vindo na aldeia e que eu poderia ficar ali o tempo que quisesse.
1. Matias com o almoço garantido. 2. As filhas, em uma das visitas ao Bravo durante a viagem. 3. Pausa em algum paraíso da rota. 4. Matias e o Bravo. 5. Visões solitárias em alto-mar.
Sem palavras para agradecer Ao chegar ao Bravo, subimos as velas e navegamos contra o vento fraco, de uns 13 nós de intensidade. Os meninos adoraram. Eu distribuía as funções e coordenava as manobras e eles iam se revezando no timão e nas funções no convés. Quando voltamos, estávamos todos bem cansados e contentes. Eles por terem navegado num barco à vela e eu por ter conseguido fazer meu charter em Carti. Ancorei o Bravo e minha nova tripulação pulou ao mar e se afastou nadando sem se despedir nem agradecer. Confesso que fiquei chateado com aquela reação. De onde eu venho as pessoas costumam agradecer um convite como este, mas enfim, estava cansado, acabei fazendo uma macarronada a bordo
e fui dormir. Ao acordar no dia seguinte, encontrei um peixe depositado na popa do barco. Esta situação se repetiu durante o resto da semana, até a minha partida do local. Todas as manhãs eu encontrava algum presente diferente: peixes, caranguejos, lagostas, sempre frescos e deliciosos. Foi uma lição e tanto esta que aprendi com os índios Cunas, uma lição que me foi muito útil durante o resto da viagem e que me permitiu entender melhor que cada cultura tem uma forma de pensar e agir, e que somos nós, os visitantes, que temos que nos adaptar a uma nova realidade em cada porto, e não esperar pelo contrário. A
Antes de dividir o convés com os índios em Carti, Matias levantou a âncora do seu veleiro Bravo, em Ubatuba, e navegou a costa brasileira e parte do Caribe. Depois de cruzar o canal do Panamá, começou sua volta para casa, cruzando todo o Pacífico e o Atlântico Sul, finalizando a viagem 2 anos após a partida. Hoje, Matias oferece palestras sobre sua aventura. Confira outras histórias e experiências no site: www.bravo0810.com.br
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Fotos Daniel Aratangy
Quando o sol preenche os espaços entre mar e céu. A luz começa a ganhar a briga com o breu exatamente às 09:04 do dia 23 de setembro, quando a primavera surge no hemisfério sul, e triunfa de vez, deixando o dia realmente mais longo que a noite, às 05:30 da madrugada do dia 22 de dezembro, quando o verão chega e permanece pelos próximos 3 meses. É tempo de aproveitar a luz!
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Polo 02.10.11738 Calรงa 03.11.32611
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Camisa 01.10.09124 Camiseta 02.10.11786 Calรงa 03.10.04038
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Foto superior Camisa 01.10.09099 Calรงa 03.11.33611 Foto inferior Polo 02.10.11736 Foto ao lado Camisa 01.11.09217 Calรงa 03.12.04070
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Camisa 01.11.09219 Calรงa 03.11.04061
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Nesta pรกgina Camiseta 02.11.11946 Camisa 01.11.09209 Bermuda 04.10.03855 Pรกgina ao lado Foto superior Camiseta 02.11.11970 Bermuda 04.11.030611 Foto inferior Polo chino 02.11.11914 Polo vermelha 02.11.11910
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Nesta pรกgina Camisa 01.12.09333 Calรงa 03.12.04071 Pรกgina ao lado Camisa xadrez 01.12.09354 Camiseta branca 02.13.12352 Camiseta estampada 02.12.12176
Foto superior Camiseta 02.10.11824 Calรงa 03.10.03936 Foto inferior Camisa 01.10.09159 Calรงa 03.10.03936
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Camisa 01.11.09300 Camiseta 02.10.11836 Calรงa 03.12.04075
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Foto superior Camisa 01.11.09296 Camiseta 02.11.12036 Calรงa 03.10.03936 Foto inferior Polo 02.11.12008 Pรกgina ao lado Camiseta 02.12.12276 Calรงa 03.12.04071 Camisa floral 01.12.09404
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Fotografia Daniel Aratangy Coordenação Denis Adjiman Produção de moda Aline Máximo Direção de arte Nina Adjiman Modelo Diego Cristo Assistente de fotografia Fernando Fuchigami Assistente de moda Thais Beraldo Make Anderson Longo Locação Praia De Santa Tereza, Ilhabela
NATAL ADJI TOUR
Terra do sol e da aventura Texto: Tiago Fantozzi
A “Capital Espacial do Brasil”, apelido que ganhou por causa da posição estratégica para lançamento de foguetes, tem aproximadamente 300 dias de sol por ano. Esse fator combinado com a extensa faixa de litoral, dunas e serras além do ar mais puro da América do Sul segundo a NASA -, fazem de Natal o destino perfeito para quem busca descanso nas férias com um toque apimentado de adrenalina. A cidade de apenas 800 mil habitantes não sofre com os problemas típicos das grandes capitais, como o trânsito caótico ou a criminalidade desenfreada, fatores que 30 REVISTA ADJI
Fotos: Ricardo Junqueira
influenciaram em sua escolha como uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Além de oferecer excelentes opções de hospedagem e gastronomia, Natal é ponto ideal de partida para o ecoturismo e turismo de aventura em municípios vizinhos. Convidamos Tiago Fantozzi, campeão do Rally dos Sertões na categoria Moto, em 2001, e proprietário da FR Mototurismo (agência especializada no turismo de aventura e expedições fora de estrada), para montar um fim de semana ideal na terra do sol, misturando doses de adrenalina com outros prazeres que a cidade oferece.
L SEXTA Pouso tranquilo
Mergulho em Pirangi
O hotel Manary faz parte da associação Roteiros de Charme do Brasil. Localizado num ponto estratégico da famosa praia de Ponta Negra, é certamente uma dentre as melhores opções de hospedagem. Com bonita arquitetura e uma visão privilegiada, tem acesso à praia, possui piscina com bar e até serviço de câmbio.
Uma atividade obrigatória é o mergulho nos Parrachos de Pirangi. É uma bela formação de corais localizada na divisa dos municípios de Nísia Floresta e Parnamirim, Litoral dos Golfinhos. Quando a maré está baixa, é possível nadar com peixes coloridos com a água pouco acima da cintura. Passeio recomendado para todas as idades.
www.manary.com.bt Rua Francisco Gurgel, 9.067 – Tel: 84 3204-2900
Entre o campo e o litoral
Clima de fazenda, mas bem perto da praia. Essa é a proposta do complexo situado na zona campestre de Nísia Floresta, a 5 km do Cajueiro de Pirangi. O lugar possui estrutura que conjuga natureza, aventura e a tranquilidade típica do campo. Também oferece ao visitante a possibilidade de realização de trilhas personalizadas, que podem ser feitas de quadriciclo ou a cavalo, além de passeio de lancha pelos parrachos de Pirangi.
Happy hour na hora certa
www.frmototurismo.com.br
Av. Miguel Castro, 1.184 - Lagoa Nova – Tel: 84 3206-1392
Seis em Ponto é o sugestivo nome de um dos bares mais movimentados da cidade atualmente. Com música ao vivo e cerveja sempre bem gelada, é garantia de encontrar gente descontraída e uma boa música, inclusive ao vivo. Foi eleito pela revista Veja como o melhor happy hour da cidade.
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dia 2
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A vida adventure... viva o off-road Uma das regiões mais abençoadas para a prática do off-road, Natal é a sede do 2º maior rally brasileiro e faz parte do roteiro do Rally dos Sertões, considerado hoje o 3º maior do mundo. Destacada por muitos atletas e organizadores como uma das melhores regiões no planeta para a prática do esporte, a capital potiguar foi escolhida para ser a sede da FR Mototurismo. Da cidade é possível chegar a todos os cantos do Nordeste somente por terra ou areia, sem uso do asfalto. A FR Mototurismo é especializada na logística de expedições fora de estrada a bordo de moto, quadriciclos ou carros 4x4. Para passeios de um dia, a sugestão é o roteiro do litoral sul, indo até a praia de Pipa e com travessia de balsa. Este é um roteiro para pessoas com qualquer nível de experiência e proporciona uma fantástica passagem pelas dunas, além da famosa vista de Tibau do Sul, Pipa e Praia dos Amores. FR Mototurismo www.frmototurismo.com.br Tel: 84 3202-2737
Jantar com tom urbano Se na hora do jantar bater saudades daquele clima mais urbano, a dica é o Rusto Music Bar. O local conta com uma boa programação musical, com estilos variados e boas opções de bebidas. O cardápio é assinado pelo chef Pedro Barros, com pratos à base de carnes, peixes ou frutos do mar. O diferencial é a variedade de cervejas nacionais e importadas. Rua Mossoró, 825. Tel: 84 2010-4545 / 9133-5688
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dia 3
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Com ou sem emoção Essa é a pergunta que ficou famosa entre os que já tiveram a oportunidade de “voar” pelas areias branquinhas das dunas de Natal. É a forma que os profissionais encontraram de saber se os turistas preferem sentir aquele friozinho na barriga ou apenas admirar as paisagens. Os roteiros vão de norte a sul do litoral. A dica é conversar com os agentes e saber o que mais te interessa ver pelo caminho. FR Mototurismo www.frmototurismo.com.br Tel: 84 3202-2737
Cidade histórica Tirar um dia inteiro para conhecer Natal é essencial. Você pode contratar o serviço no próprio hotel e conhecer pontos como o Teatro Alberto Maranhão, o famoso forte dos Reis Magos, o centro da cidade e o bairro Ribeira. É claro que não pode deixar de observar a cidade passando pela ponte Newton Navarro, que liga a zona Sul à zona Norte da cidade, atravessando o Rio Potengi. Voltando ao Forte dos Reis Magos, o local foi o marco inicial da cidade - fundada em 25 de dezembro de 1599 -, e fica no lado direito da barra do rio Potengi. Construído com cal e óleo de baleia, em 1598, pelos portugueses, esse belo monumento foi responsável pela proteção da cidade naquela época.
Sempre na moda Além de muita aventura, ótima gastronomia, praias lindas e lugares históricos, a cidade também oferece a loja certa para encontrar a roupa ideal para todos os momentos. A ADJI está na cidade há 10 anos e traz para Natal a tradicional qualidade da marca. Shopping Midway Mall – Tel: 84 3646-3272
Comida italiana Quando o assunto é massa a dica em Natal é o Piazzale Itália. O restaurante oferece receitas originais elaboradas com massa caseira e ingredientes selecionados e importados, como o tomate italiano sem pele, o pinole e o funghi porccini. As pizzas, com massa fininha e coberturas tradicionais, também se aproximam da origem italiana, a ponto do restaurante ser uma base para os turistas italianos com saudades da receita da mamma. Av. Dep. Antonio Florencio de Queiroz, 12, Ponta Negra - Tel: 84 3236-269 Shopping Midway Mall - Piso 3 loja 321 - Tel: 84 3222-2153
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ADJI ARTE
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O Clique de uma Bic O espanhol Juan Francisco Casas encontrou uma forma Ăşnica de retratar suas musas por AHH!
Daguerre, Niépce, Talbot e o resto do pessoal que, séculos atrás, pelejava para fazer da fotografia uma prática, e não só uma teoria, certamente ficariam maravilhados com as atuais “possibilidades fotográficas”. Hoje em dia, é possível tirar fotos com máquinas analógicas, câmeras digitais, web cams, celulares... e canetas esferográficas. Sim, pode acreditar: as imagens que ilustram estas páginas da ADJI ARTE, assinadas por Juan Francisco Casas, foram feitas com canetas esferográficas. Na contramão dos avanços tecnológicos, o artista espanhol ganhou reconhecimento internacional lançando mão daquelas canetinhas Bic que encontramos em tudo quanto é papelaria. Não é de hoje, claro, que artistas tentam reproduzir à mão, e com a máxima precisão, os aspectos visíveis da realidade. Mas Casas, além de trocar o pincel pela caneta, também imprime atualidade às suas imagens ao retratar aspectos próprios da vida contemporânea – ou melhor, da noite contemporânea, já que é à essa realidade, pulsante e impregnada de erotismo, que grande parte dos seus trabalhos nos remete. Juan estabelece uma relação de grande proximidade com suas musas, mas afirma que enquanto elas posam prefere deixá-las totalmente livres: “As mulheres nas minhas obras não só atuam, mas atuam como elas querem, ou seja, os parâmetros da representação da sua imagem são estabelecidos completamente por elas, como definição de sua própria identidade e em relação a ser representada dentro de uma obra de arte.” E por que usar uma esferográfica? “São decisões circustanciais, meramente conceituais: o uso da esferográfica é algo completamente pertinente ao discurso da obra. 36 REVISTA ADJI
É uma ferramenta totalmente alheia aos procedimentos artísticos e que nos remete ao mundo jovem que compõe toda a obra. Meu objetivo com isso é que haja uma sintonia entre a mensagem e o meio empregado, fazendo emergir uma suposta carga conotativa. É por isso, também, que é quase sempre azul, cor que indubitavelmente associamos à esferográfica e à escrita.” O artista, nascido em 1976, formou-se em Belas Artes pela Universidade de Granada, em 1999, e três anos depois passou a ser representado pela galeria Fernando Padilla, uma das mais importantes galerias de arte da Espanha. Hoje Juan tem em seu currículo importantes exposições em galerias e feiras de arte, tanto individuais como coletivas, em cidades como Nova York, Miami, Chicago, Seul, Cingapura, Londres, Paris, México e São Paulo (esteve na última SPArt). Como se não bastasse, o artista vai além das artes visuais. Juan Francisco Casas também utiliza a sua caneta Bic na função tradicional: escrever. Como um esforço paralelo, Casas tem publicado vários livros, com destaque para a poesia, com títulos como “Thesummerhaikús” e “A y otros poemas de relleno”, publicados pela Alea Publishing Blanca. Para saber mais sobre a obra de Casas, acesse seu site oficial: juanfranciscocasas.com O projeto AHH! A ADJI, mag descobriu a obra de Casas por meio do site do projeto AHH!, que visa, entre outras coisas, mapear e divulgar a produção de artistas contemporâneos – ligados às diversas áreas de expressão – do Brasil e de outros países. Se você, leitor, for um deles, acesse ahh.com.br e entre em contato com o projeto! A REVISTA ADJI 37
Guia de Compras por Aline Máximo
Tem gente que diz que roupa para homem é fácil ... ahn, sabemos que não é bem assim! Mas às vezes é bom ser simples. Dicas rápidas e diretas para o básico de todo dia
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A
O armário pode ficar completo com um xadrez, um liso, um listado noturno e outro com a cor do dia.
1.
38 REVISTA ADJI
2.
3.
4.
1. Camisa 01.10.09111 2. Camisa 01.10.09117 3. Camisa 01.11.09201 4. Camisa 01.08.08935
Calças
A
Be jeans, do blue ao black. 1.
2.
3.
4.
5.
4.
7.
Acessórios 1.
1. Jeans 03.11.04066 2. Jeans 03.10.04046 3. Jeans 03.11.04065 4. Jeans 03.12.04071 5. Jeans 03.09.04021
A 3.
7.
8.
9.
4.
5.
2.
6. 10. 1. Chinelo 18.10.01472
7. Sapato 18.11.01474
2. Chinelo 18.12.01481
8. Sapato 18.10.01468
3. Cinto 14.10.01551
9. Sapato 18.10.01469
4. Cinto 14.10.01552
10. Boné 16.09.01630
5. Cinto 14.11.01556
11. Boné 16.12.01646
11.
6. Cinto 14.12.01562
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Polos
A
Um ver達o de cores navy.
1.
2.
1. Polo 02.11.11916 2. Polo 02.10.11726 3. Polo 02.09.11550
3.
2.
1.
1. Polo 02.10.11722 2. Polo 02.08.11400 3. Polo 02.11.11922
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3.
Camisetas
A
Estampe New York no peito e conquiste o mundo
1.
2.
3.
4.
1. Camiseta 02.11.12016 2. Camiseta 02.10.11826 3. Camiseta 02.11.12018 4. Camiseta 02.12.12264
1.
2.
3.
4.
1. Camiseta 02.12.12268 2. Camiseta 02.11.12026 3. Camiseta 02.11.12044 4. Camiseta 02.10.11832
1.
2.
3.
4.
1. Camiseta 02.11.12048 2. Camiseta 02.10.11820 3. Camiseta 02.10.11848 4. Camiseta 02.10.11846
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ADJI APOIA
Plantando o futuro Em uma pequena comunidade do litoral paulista, a ONG Verdescola prova que misturar ecologia com educação pode dar ótimos frutos Texto: Denis Adjiman Fotos: Pedro McCardell
Ana Paula de Jesus tem 12 anos e nasceu na Vila Sahy, onde mora até hoje em uma pequena casa com os pais. O pai trabalha como porteiro de um condomínio da região e a mãe é empregada doméstica em uma casa de veraneio. Ana Paula sempre estudou em uma escola municipal, localizada a cerca de 20 minutos de onde mora, e até os 10 anos quando não estava na escola ficava em casa ou na rua, brincando com as amigas. A comunidade da Vila Sahy sofre com a total falta de áreas de convivência e as crianças e adolescentes passam a maior parte do tempo livre na rua, sem orientação ou supervisão. Hoje, Ana Paula passa suas tardes, depois da escola, tocando sax. Além de música, Ana Paula também estuda inglês, tem acesso à internet, à uma biblioteca, uma brinquedoteca e à aulas de arte e dança. Mas sua paixão é mesmo sonora; nas aulas de música 42 REVISTA ADJI
só larga o sax para se arriscar na bateria e diz: “Quero aprender muito ainda e virar uma saxofonista de sucesso”. A Vila Sahy, comunidade instalada à beira da rodovia Rio-Santos, na altura da Praia da Barra do Sahy e da Baleia, em um dos trechos mais valorizados do litoral norte paulista, surgiu como uma ocupação irregular no final da década de 80. Primeiro, apenas à margem da estrada, e ao longo dos anos, se expandiu em direção à serra do mar. Hoje abriga cerca de 4.000 pessoas em aproximadamente 1.200 residências instaladas em meio à Mata Atlântica e, assim como outras ocupações ao longo da estrada, é reflexo do “boom” imobiliário vivido nos últimos 20 anos na região. Muitos dos habitantes dessas comunidades vieram de outros estados do país para trabalhar na construção civil e acabaram ficando.
A falta de estrutura habitacional nessas áreas, aliada a problemas de transporte, emprego e educação, fez com que os índices de criminalidade, uso de drogas e prostituição dessem um salto espantoso na última década. Uma caminhada por essas comunidades e pelas praias da região revela ainda um outro problema: a ocupação humana está atropelando o que resta da Mata Atlântica. Tanto nas grandes casas de condomínios luxuosos à beira mar, como nas pequenas moradias morro acima, a consciência ambiental é muito baixa: não se recicla o lixo, não se destina os dejetos de maneira apropriada e a derrubada da mata e a contaminação da água seguem desenfreadas. Toda a área da Vila Sahy e grande parte do litoral norte paulista faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar, importante área de preservação da Mata Atlântica, considerado um dos biomas mais ricos do mundo pela diversidade e pelas espécies que são encontradas apenas nessa área. Da área original de 1.315.460 km² da Mata Atlântica hoje restam menos de 8%, e uma parte significativa está no litoral paulista. Portões Abertos Foi a gravidade do estado social em comunidades como a Vila Sahy e o perigoso cenário ambiental da região que fez nascer a ONG Verdescola. Instalada em pequenas casas interligadas da comunidade, o projeto está plantando, desde 2008, algumas centenas de futuros que, como Ana Paula de Jesus, entram em contato com diversos projetos e oficinas que sempre têm dois pilares básicos: educação e ecologia. Atualmente o projeto atende a cerca de 300 crianças, no contra-turno escolar, e ainda oferece oficinas, como costura e artesanato, para os pais. Enquanto uma turma segue o ritmo do professor de hip-hop, outra colore um desenho impresso e anota, em inglês, o nome de cada cor utilizada. Na sala do fundo, um grupo presta atenção nas dicas do orientador sobre navegação na internet e, no quiosque do pátio, o educador chama sua equipe para tirar a primeira leva de biscoitos do forno. Na brinquedoteca os mais novos brincam sem perceber que na verdade estão exercitando lógica através dos jogos propostos e, em um terreno próximo, ao lado das mesas de pingue-pongue, uma animada equipe rega a horta plantada semanas antes. De alguma forma todas essas atividades estão sempre associadas a questões ecológicas e o desafio é oferecer uma educação voltada à integração da comunidade com o seu meio, respeitando a biodiversidade local e fortalecendo a comunidade. Ao lado da horta foi montado o Cine Galpão, espaço aberto à toda comunidade, que sempre às quartas-feiras oferece uma seção de projeção de um filme escolhido pelos alunos. A seção inaugural projetou a animação “UP - Altas Aventuras” e os organizadores da Verdescola distribuíram balões e pipoca para as crianças. A maioria delas provavelmente passaria ainda muitos anos, ou toda a vida, sem ver um cinema: o mais próximo está a mais de 50 km da comunidade.
“Uma caminhada por essas comunidades e pelas praias da região revela ainda um outro problema: a ocupação humana está atropelando o que resta da Mata Atlântica.”
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Segundo a presidente da instituição, Maria Antonia Civita, “é um prazer imenso poder receber essas crianças diariamente e o que nos encanta é saber que elas vêm aqui de livre e espontânea vontade, elas não têm obrigação nenhuma de frequentar o Verdescola. Aqui os portões ficam abertos o tempo todo e as crianças não saem para a rua nem um só minuto, e querem cada vez mais, frequentar a instituição.” E o Verdescola quer expandir ainda mais o projeto, incluindo cada vez mais crianças. Ainda segundo Maria Antonia Civita, a ONG fechou parcerias com a prefeitura e com o Patrocinador Master do projeto, a Petrobras, e adquiriu um terreno para sua nova sede, onde pretende atender até 800 crianças, ampliando a faixa-etária para até 17 anos, com cursos técnicos para que os adolescentes possam ingressar no mercado de trabalho - que tende a crescer significativamente na região com os investimentos da Petrobras no pré-sal.
Acesse: www.verdescola.org.br ou pelo telefone: 11 3034-4310
Como ajudar A nova sede é um sonho que já está desenhado e inclui espaços mais amplos para as oficinas, salas de aula com maior capacidade e um ginásio poliesportivo que poderá ser utilizado por toda a comunidade. Para o sonho sair do papel ainda falta uma boa caminhada e toda ajuda é bem-vinda. Uma das formas encontradas pela ONG para captar recursos é através do desconto de imposto da Nota Fiscal Paulista. Toda compra efetuada no estado de São Paulo em que o consumidor não quiser colocar o seu próprio CPF pode ser doada para que a ONG obtenha os benefícios. Para que isso ocorra, basta que o cupom fiscal seja depositado em uma das urnas dos estabelecimentos parceiros ou enviado para a instituição. O Verdescola possui também um braço do projeto na capital paulista, localizado na Praça Victor Civita. No site da organização encontram-se mais informações sobre esse projeto e também sobre como ajudar através de trabalho voluntário ou doações. Todos podem ajudar na ampliação de sorrisos e na manutenção de árvores da Mata Atlântica. A
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O mundo é uma ilha Um pedaço de terra no meio do mar e um verão inteiro pela frente para explorar os tons do céu, as surpresas do oceano e os odores da brisa. Da aurora ao poente, com hora extra na lua cheia, a estação chama para perto do mar!
FOTOGRAFIA MÁXIMO JR. COORDENAÇÃO DENIS ADJIMAN PRODUÇÃO DE MODA ALINE MÁXIMO & NINA ADJIMAN DIREÇÃO DE ARTE NINA ADJIMAN MODELOS DIEGO CRISTO, MAURO SALVATORE E FERNANDA LIZ ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA WILLIAN ASSISTENTE DE MODA THAIS BERALDO MAKE ANDERSON LONGO LOCAÇÃO PRAIA DA ARMAÇÃO, ILHABELA (SP).
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Ele veste Camisa 01.10.09127
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Ele veste Camisa 01.10.09103 Calรงa 03.10.04037 Ela veste Bata 01.10.09117 Ele veste Polo 02.10.11720 Calรงa 03.10.04035
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Ele veste Polo 02.11.11916 Ela veste Camisa 01.10.09188 Ela veste Camisa 01.10.09180
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Ela veste Camisa 01.12.32111
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Ele veste Camisa 01.11.09221 Ela veste Polo 02.09.045011
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Foto superior Ele veste Camisa 01.12.09400 Camiseta 02.12.12276 Calรงa 03.12.04075 Ela veste Camiseta 02.09.45211 Ele veste Camiseta 02.12.12272
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Foto inferior Ele veste Camisa 01.12.09408 Calรงa 03.12.04075 Ele veste Camiseta 02.12.12278 Bermuda 04.12.03910
Ele veste Camisa 01.11.09292 Calรงa 03.11.04066
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Ele veste Polo 02.11.11906 Bermuda 04.12.31011 Pรกgina ao lado Foto esquerda Ele veste Camisa 01.11.09211 Calรงa 03.11.04062 Foto direita Camiseta 02.10.11754 Shorts 06.10.01410 Polo 02.10.11722 Camisa 01.10.09137
Ele veste Camisa 01.11.09215 Calรงa 03.10.32611 Ela veste Camisa 01.12.09428 Ele veste Polo 02.11.11928 Bermuda 04.11.03871
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Ele veste Camisa 01.12.09357 Calรงa 03.12.32611
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Ele veste Camisa 01.10.09162 Camiseta 02.10.11830 Calรงa 03.10.04045 Ela veste Camisa 01.10.09166 Ele veste Camisa 01.10.09174 Camiseta 02.10.11836 Calรงa 03.10.04046
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Ele veste Camiseta 02.11.12042 Calรงa 03.10.03936 Ela veste Camiseta 02.11.12060
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ADJI PHOTO
A N.Y.THING A capital do mundo, New York City, é uma cidade que possibilita - e estimula - diversas visões. Diana Motta é fotógrafa e designer, mora no SoHo há 5 anos, e em suas caminhadas pela cidade gosta de olhar para o alto. A visão do skyline e das pontes de NY seus encaixes, ângulos e tons - inspiraram uma linha na coleção ADJI Verão 2012.
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Mais fotos e outros trabalhos de Diana Motta, acesse: www.dianamotta.com
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MULTIMARCAS
(muito) bem representada! Além das lojas exclusivas da rede, a ADJI é representada em mais de 350 Multimarcas autorizadas em todo o Brasil, que são atendidas por nossa equipe de representantes. Muito da história da marca é vivida por esse time e assim, abrimos espaço para alguns revendedores apresentarem suas lojas e contarem o que a ADJI representa para eles.
Adventure – Rio de Janeiro / RJ Em uma das ruas mais movimentadas de Copacabana, a loja Adventure “veste-se” de ADJI desde a sua abertura, em 2008. “A ADJI é uma marca moderna e descontraída que está sempre atualizada com as tendências de mercado mundiais, trazendo para o homem contemporâneo peças de alta qualidade, com informação de moda, materiais e acabamentos nobres, design impecável e conforto.” – afirma o proprietário Henrique.
Espaço Soraia – Redenção / PA O Espaço Soraia está em expansão total, de 100m² a loja irá para um espaço de 600m²! É o fruto do trabalho de 23 anos de existência da loja, sendo 20 deles vendendo ADJI. Uma parceria de família, como diz a proprietária que dá nome à loja: “Estamos em uma fase de expansão e a ADJI tem um lugar muito especial nesse processo. Mantemos a sintonia ideal para uma parceria de sucesso e grandes conquistas. Apesar de 2.000 km de distância, podemos concluir que formamos uma equipe, um conjunto de pessoas com os mesmos objetivos, ideias, que executam uma tarefa em comum.”
Substance – Limeira e Rio Claro / SP As lojas Substance, de Limeira e Rio Claro, são uma importante vitrine de moda no interior paulista há exatos 10 anos. A proprietária Mari tem prazer em ver o crescimento de vendas da ADJI desde 2009, quando começou a vender a marca: “A ADJI é uma marca com estilo jovem casual, ela atende diretamente o nosso público. Tem uma imagem moderna e atinge várias faixas de idade, desde os 20 até os 50 anos. A ADJI está no caminho certo para se tornar a 1ª em vendas dentro do segmento masculino em nossas lojas.”
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Polite - Vitória da Conquista / BA Em Vitória da Conquista, a ADJI tem endereço certo desde 2001, quando a proprietária Daniela incluiu a marca em seu mix de masculino: “Desde o início do meu trabalho com a ADJI obtive sucesso com a venda dos seus produtos. Atualmente, 80% das vendas dos produtos masculinos são da marca. Atribuímos tal crescimento ao fato da ADJI estar sempre inovando em suas coleções, mantendo a qualidade e um preço competitivo.”
Jomar Modas - Taquaritinga / SP A Jomar Modas, em Taquaritinga, é um daqueles bons exemplos de uma loja que pulsa tradição - afinal são 27 anos no mercado -, mas que sabe ser moderna. O proprietário Carlos Alessandro montou um espaço que é referência para toda a região e declara porque há dez anos revende ADJI: “ADJI representa força no mercado masculino e sinônimo de qualidade. A marca oferece produtos com acabamentos finos e ao mesmo tempo uma modelagem contemporânea, o que agrada o homem que busca uma roupa que se ajuste ao seu estilo.”
Armazzém 414 - Caicó / RN A Armazzém 414 nasceu do empreendedorismo de Sandra Teixeira, em 2004, quando iniciou o seu trabalho com Multimarcas. Desde o início ela escolheu a ADJI para compor o seu mix e hoje a sua loja se transformou em uma das melhores Multimarcas de Caicó, cidade polo da região de Seridó, no Rio Grande do Norte. Sandra ressalta um importante diferencial que encontrou na ADJI: “Uma empresa com credibilidade por apresentar uma logística excelente, com notável pontualidade na entrega dos produtos, o que faz com que o lojista tenha a certeza de quando o pedido irá chegar, e assim se organizar de acordo com o calendário de vendas de sua loja.”
Pakiderme - Divinópolis / MG Com 10 anos de história, e sempre com ADJI nas prateleiras, a Pakiderme oferece o melhor da moda masculina na região. Nas palavras do proprietário Evandro: “A loja nasceu de um sonho idealista de que poderia ser uma experiência grandiosa, de que poderíamos representar um estilo de vida. A paixão e o comprometimento, o interesse em exceder as expectativas, nos levou até a ADJI. A versatilidade da ADJI permite que os nossos clientes deleitem-se em estilos próprios.”
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Marcela - Ariquemes / RO A Marcela é uma loja referência na cidade, fundada há 25 anos pela proprietária Ester e há 20 anos revendendo ADJI. Hoje a ADJI tem grande representatividade no faturamento da loja e conta com um corner exclusivo da marca feito sob medida para a loja. Segundo a gerente Joana: “É uma marca com excelente qualidade, muito bom gosto nas cores e design em geral.”
Artmanha - Adamantina / SP “A ADJI apresenta soluções para o lojista que deixam a loja muito mais bonita, com vitrines que potencializam as vendas. A ADJI pensa nos mínimos detalhes, para todos os momentos, é uma marca onde se encontra qualidade e modernidade”. É o que afirma a Flaviana, proprietária da belíssima loja Artmanha, há 25 anos vendendo o que há de melhor na moda em Adamantina.
K2 - Catalão / GO Glauber é lojista há 10 anos e durante todo este tempo vende ADJI. Conhece bem a marca e não poupa elogios: “Uma marca que a cada coleção se supera, tendo como melhor atributo a união de ótimo preço a excelente qualidade têxtil, facilitando muito desde a apresentação do produto até o fechamento da venda.” Na vitrine da loja K2, a ADJI não poderia estar melhor representada para o público masculino na cidade de Catalão.
Nosso time de representantes está muito bem escalado:
Quer entrar em contato com alguma loja ou representante? Fale conosco: 11 3207-2244 Depto de Multimarcas ou multimarcas@adji.com.br Quer ver a sua loja na próxima edição da ADJI, mag? Envie fotos e comentários sobre a ADJI para marketing@adji.com.br
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BREVES: MOTOR
Com estrada até no nome A Ducati Multistrada 1200 é uma moto que vale por quatro
Por Degas Queiroz
Além do tradicionalmente belo design italiano, esse modelo Ducati se destaca por algumas inovações tecnológicas. Ao dar a partida (automática e liberada através de um sensor de presença), uma tela de cristal líquido se acende e um display lateral apresenta os quatro modos de pilotagem possíveis: Sport, Touring, Urban e Enduro, que transformam a Multistrada realmente em quatro motos diferentes. O modo Sport libera todos os 150 cavalos do motor Testastretta II, o mais potente da categoria, e faz com que as respostas ao acelerador sejam instantâneas. Na opção Touring, a potência disponível é a mesma, mas com uma resposta sensivelmente mais suave, tornando-a muito confortável em viagens longas. Nos modos Urban e Enduro, além de amplos ajustes de tração, a potência é limitada a 65%, o que a torna muito mais “mansa” e adequada aos ambientes urbanos e off-road. Desde que foi lançada, em abril de 2010, a Multistrada tornou-se um fenômeno de vendas entre as big-trail e hoje representa cerca de 25% das vendas da Ducati. www.ducatibrasil.com.br
67 REVISTA ADJI
os só 4 Muotm a em
REVISTA ADJI 67
BREVES: MÚSICA
Viagem Sonora
Uma longa estrada pede uma boa trilha: música para caminhar, movimentar, alegrar
Por Nataly Simon
Easy Rider, Sem Destino (Trilha Sonora)
Erasmo Carlos
Considerado um dos filmes chave da contracultura nos anos 60, Sem Destino possui uma das trilhas sonoras mais marcantes de todos os tempos. Se ao escutar “Born to be Wild”, você já pensa em uma motocicleta em uma estrada, a culpa é deste filme. Tendo a canção como tema, a obra retrata a road trip de dois motociclistas que percorrem a “América Profunda”. Além de Steppenwolf, a trilha conta com músicas de Jimi Hendrix, The Band e muito mais. Sexo, drogas e rock´n´roll no talo.
O nosso Tremendão ainda vai dar o que falar. Um dos principais nomes do rockenrou tupiniquim, Erasmo Carlos não abandonou o espírito Jovem Guarda e lançou em 2009 um disco com o sugestivo nome de “Rock´N´Roll”. O bom e velho bad boy, no auge dos seus quase 70 anos, escreve (com parcerias com Nando Reis e Nelson Motta) sobre a vida: mulheres, música, solidão. Como uma forma de homenagem aos grandes nomes do gênero, “Rock´N´Roll” é uma verdadeira brasa, mora?!
Ben Harper O californiano Ben Harper, já um velho habitué de nossa terrinha, acaba de lançar seu 12º disco, Give Till It´s Gone. Com uma pegada rock´n´roll e boas letras, o álbum conta com a participação do beatle Ringo Starr em duas canções: Spilling Faith e Get There From Here. Com a coerência musical de sempre, Harper continua com as ótimas influências que sempre guiaram sua carreira: funk, reggae, blues e folk. Belo disco, para ouvir em alto e bom som.
Sharon Jones & The Dap Kings
Little Joy
Após descer no Brasil com os Dap Kings para uma série de shows que ficaram para a história, a diva do soul Sharon Jones mostrou que o gênero está mais vivo que nunca. Com uma voz digna de Aretha Franklin, Sharon não cheira à naftalina, fazendo um som moderno, mas cheio de suingue, que remete aos grupos do neosoul, gênero liderado pela finada Amy Winehouse. 100 Days, 100 Nights (2007), terceiro disco do grupo, é excelente, vale a pena pisar fundo.
Mezzo brasileira mezzo gringa, o Little Joy pegou e juntou o melhor das duas maiores bandas da cena pop: Los Hermanos (Brasil) e Strokes. Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti se juntaram à Binki Shapiro para formar um grupo hobbie, aquele das horas vagas, do qual saiu somente um disco, de 2008. Músicas de verão, para ficar tranquilo e aproveitar todos os clichês da estação, sem culpa.
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Kings of Leon Ora pop, ora rock-brejeiro, o grupo americano Kings of Leon já fez a cabeça de muita gente como uma versão moderna do inesquecível Creedance Clearwater Revival. O segundo disco, Aha Shake Heartbraker, de 2004, era de um tempo no qual a banda impressionava com uma boa mistura de country e rock garageiro, coisa que ficou para trás nos últimos discos. A voz esgoelada de Caleb Followill, somada à guitarra e à bateria alucinada de seus irmãos que formam a banda, fez desse disco um daqueles obrigatórios para qualquer estante.
BREVES: LIVROS
Instante Estante Para inspirar a sua próxima viagem, selecionamos algumas aventuras vividas e outras inventadas
Por Denis Adjiman
AS TRAVESSURAS DA MENINA MÁ Mario Vargas Llosa
CEM DIAS ENTRE O CÉU E O MAR Amyr Klink
ON THE ROAD Jack Kerouac
O escritor peruano, vencedor do Nobel do ano passado, narra nesse romance a saga de Ricardo – o bom menino – que sai de Lima e viaja pela revolucionária Paris dos anos 60, pela Londres do amor livre e pelas máfias de Tóquio dos anos 70 e termina na efervescência política da Madri dos anos 80. Para o seu prazer e desespero, ele sempre esbarra com a menina má, o grande amor da sua vida.
A primeira grande viagem do explorador Amyr Klink, de 1984, foi também a primeira travessia a remo do Atlântico Sul. O livro é um relato, por vezes poético, dessa centena de dias que separaram a saída de Amyr da África até a chegada ao Brasil, e é aula de planejamento e força de vontade.
Se existe uma categoria de literatura “pé na estrada”, esse é o seu maior clássico. Diz a lenda que Kerouac, o pai dos beats, escreveu a obra de uma só vez, datilografando compulsivamente em um pergaminho sob efeito de alucinógenos. Nessa autobiografia disfarçada, Kerouac conta, com linguagem vibrante, a saga de um viajante que vaga pelos Estados Unidos e México.
DE MOTO PELA AMÉRICA DO SUL Che Guevara
NA NATUREZA SELVAGEM Jon Krakauer
O VELHO E O MAR Ernest Hemingway
Assim foi a formação de um dos maiores mitos do século 20. Os diários de Guevara em sua primeira grande aventura, quando abandonou o conforto da classe média de Buenos Aires e iniciou de moto uma viagem de 7 meses até Caracas, já revelam seu lado político e olhar inconformado com a desigualdade. O livro deu origem ao premiado “Diários de Motocicleta”, do diretor brasileiro Walter Salles.
Um jovem recém-formado larga um futuro promissor, doa suas economias, abandona a família e parte para uma exploração solitária pela América com o utópico sonho de viver junto à natureza selvagem. A aventura foi inicialmente escrita para a revista Outside, virou livro e, depois, filme, dirigido por Sean Penn (e com maravilhosa trilha sonora de Eddie Vedder, do Pearl Jam).
Mencionada como a melhor história que Hemingway (Nobel de 1954) escreveu, o pequeno livro é uma grande metáfora da vida. O pescador Santiago, depois de 84 dias sem apanhar nenhum peixe, fisga um de tamanho descomunal. Inicia-se então uma vigorosa batalha de fé, força física e perseverança.
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ADJI RECOMENDA
Toys for Men
A
por Milton M. Filho
Churrasco Hi-Tech
Perfeita para o churrasco com amigos, a churrasqueira a carvão Perfomer, da Weber, possui sistema de acendimento a gás Touch-N-Go, válvula de ventilação, termômetro e rodas que facilitam seu transporte. www.weber.com
Nova geração de games
A Sony anuncia o lançamento do PS Vita, novo game portátil equipado com processador muito mais rápido do que os dos modelos atuais e com imagens ainda mais surpreendentes. www.sony.com
Estilo clássico
Atemporal, o modelo aviador da Carrera chega com lentes espelhadas, como o verão pede. www.carreraworld.com/pt
Para DJ iniciante
O Gemini FirstMix USB DJ Software Controller permite mixar músicas diretamente de seu iTunes ou de seu computador de forma simples e divertida. A mesa de mixagem possui dois discos sensíveis ao toque que permitem fazer os scratchs e outros efeitos especiais. www.geminidj.com
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Leve e resistente
Produzida em policarbonato Lexan, o mesmo utilizado na fabricação de capacetes de rugby e roupas espaciais da NASA, a linha Werks Traveler Hardside Collection, da Victorinox, é uma ótima opção de mala rígida e superleve. www.victorinox.com.br
Notebook 3D
A HP traz ao Brasil o notebook Envy, com tela de 17 polegadas e suporte a vídeos em FullHD, que permite também assistir a conteúdos em 3D. Compatível com a tecnologia Blu-ray, o equipamento também vem com subwoofer HP Triple Bass reflex, completando a experiência de cinema. www.hp.com.br
Cheiro de homem
Chega ao Brasil a nova fragrância masculina Gucci Guilty Pour Homme, que combina notas cítricas e amadeiradas. Perfeito para o clima tropical, o perfume é contemporâneo e sofisticado. www.gucci.com
Agora você pode reproduzir as músicas de seu iPod e iPhone através do dock Philips Fidelio DS 7550/78. Completamente sem fios, o gadget possui bateria interna recarregável que suporta até 16 horas ligado. www.philips.com.br
Fotos: Divulgação
Som sem fio
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ADJI LOOK
They Use, Day Use. Amigo leitor, não podemos negar, elas adoram abrir as revistas de celebridades e admirar homens famosos em seus looks do dia a dia. Escolhemos quatro sujeitos de atitude e bom gosto e indicamos as peças da coleção que poderiam compor cada look.
David Beckham 1.
2.
1. Camisa 01.10.32311 2. Calça 03.08.04010 3. Cinto 14.10.01553 4. Camisa 01.10.09167 5. Camiseta 02.13.39211
3.
Foto: Helga Esteb / Shutterstock.com
Casual Sir Além de ter uma bela mulher e cobrar faltas como poucos, Sir David Beckham sabe escolher um look relax, mas bem arrumado. Uma camisa neutra de corte fitado sobre uma camiseta flame clara e um jeans de lavagem mais escura e pronto. Detalhe para a arrumação da camisa para dentro da calça, revelando o cinto de couro. 72 REVISTA ADJI
4.
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A 1.
5.
Sean Penn 1.
2.
3.
4.
1. Camisa 01.10.09115 2. Calça 03.10.04038 3. Camiseta 02.10.11812 4. Bermuda 04.10.30611 5. Chinelo 18.11.01475
2.
3.
Foto: cinemafestival / Shutterstock.com
7.
Blue Penn Quem disse que jeans + jeans não pode dar certo? Sean prova que pode! Repare a forma de dobrar a manga da camisa, que ganharia ainda mais destaque com o nosso contraste de punho (fica ótimo também na altura convencional). Uma variação interessante pode ser com a gola V com bolso em jeans.
8.
4.
5.
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A Brad Pitt
1.
2.
1. Camiseta 02.11.12036 2. Calça 03.10.32111 3. Boné 16.12.19511 3. Camiseta 02.13.12349 4. Chinelo 18.11.01477
3.
Foto: vipflash / Shutterstock.com
Basic Brad
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Parece que Mr Pitt estava vestido para uma caminhada em algum calçadão da costa brasileira. Uma básica combinação khaki e branco, com destaque para a camiseta gola V. O boné pode ser uma opção se a boina for um pouco além do seu estilo, e o chinelo no mesmo tom da calça também fica ótimo.
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A The Edge 1.
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1. Camisa 01.08.08868 2. Calça 03.12.04075 3. Camiseta 02.08.11484 4. Calça 03.08.03936 5. Boné 16.08.01628
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Foto: Ryan Rodrick Beiler / Shutterstock.com
Rock Edge
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O fiel escudeiro de Bono tem rock no sangue e no look. Xadrez soa bem na música desde Cobain e pode ficar ótimo também se usado aberto sobre uma camiseta estampada. Um jeans bem surrado cai bem seja no cinza ou no azul mais clássico. O boné preto é uma opção mais tropical para o clássico gorrinho de Mr Edge.
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REVISTA ADJI 75
Faça a mala e vista branco A tradição manda, Iemanjá agradece: no réveillon o Brasil inteiro se veste de branco e procura 7 ondinhas (vale até onda de rio) para pular e fazer os pedidos do Ano Novo. Confira nossas dicas para virar o ano em sintonia com as boas vibrações da data.
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Ele veste: Bata 01.13.09451 Calça 03.10.04035
1. Camiseta 02.13.12356 2. Camiseta 02.13.12344 3. Camiseta 02.13.12360
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4. Camiseta ML 02.13.12349
A Coleção Réveillon
1. Bata 01.13.09469 2. Bata 01.13.09471 3. Camisa 01.13.09474 4. Camisa 01.13.08359
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1. Calça 03.13.04080 2. Calça 03.13.04081 3. Capri 03.13.04082 4. Bermuda 04.13.03921 1. 2.
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ADJI SAÚDE
Imensidão Interior A técnica milenar do yoga nos mostra que uma das grandes viagens é explorar o próprio corpo e a consciência Texto: Denis Adjiman e Vanessa de Lucca Fotos: Arquivo pessoal
Yoga chitta vritti nirodha. Foi assim que o mestre Patanjali, há cerca de 2 mil anos, definiu o que é yoga. Em uma tradução direta do sânscrito temos: yoga é a parada das ondas mentais. Patanjali define que yoga é quando o homem consegue estabilizar os turbilhões dos seus pensamentos, entra em estado meditativo e então chega ao autoconhecimento. Depois dessa definição simples e direta ele se estende por outros 195 Sutras, ou aforismos, para dar a “receita” de como atingir esse objetivo. Nessa receita estão todas aquelas posições elásticas, cânticos místicos e exercícios respiratórios que são na verdade apenas pedaços de um caminho muito longo, cujo destino final é a tal “parada das ondas mentais”, ou estado meditativo. 78 REVISTA ADJI
Seria, portanto, um desperdício encarar o yoga apenas como um exercício físico. Trata-se de uma filosofia, que trabalha diretamente com a energia pessoal e envolve o praticante de maneira integral, desde o seu comportamento até a sua postura, passando por seus hábitos alimentares e sua respiração. A razão provável pela qual o yoga tenha se difundido tanto no ocidente nas últimas décadas, mesmo que de forma desvirtuada em alguns casos, é que a simples execução de suas técnicas já gera benefícios claros e imediatos ao praticante. O objetivo final pode estar distante de ser conquistado, mas o caminho é extremamente proveitoso. Os grandes mestres perceberam que não seria possível aquietar a mente se o corpo não estivesse preparado.
Há algo entre o passado e o futuro Vanessa De Luca cursou as faculdades de Comunicação Social e Educação Física, foi atleta de atletismo e se especializou nas áreas da Saúde e Nutrição. Em 1996, começou a praticar yoga e nunca mais parou. Viajou para a Índia e fez cursos de yoga, sânscrito e vedanta com grandes mestres brasileiros e internacionais. Em 2007, recebeu certificação em Iyengar Yoga, especialização que ensina até hoje. Rico em detalhes e ações internas, o Iyengar Yoga trabalha pausadamente, mas com vigor e excelência o que os antigos yogues nos deixaram. Utilizando uma série de materiais como almofadas, blocos e cintos, a técnica possibilita que todos os tipos de corpos possam aproveitar os benefícios do yoga. Para Vanessa, “O homem moderno perdeu o contato com a natureza e em consequência consigo mesmo, está alienado, olha só para fora e tem sempre a mente voltada para o passado ou para o futuro e isso é a causa maior de seu sofrimento e infelicidade. O yoga ensina a fazermos o processo inverso. Durante uma aula o aluno é convidado a olhar para si mesmo, deixando de lado as atividades externas para perceber o momento presente. Isso acontece através da observação consciente do corpo e da respiração. Numa única aula já é possível se sentir muito bem: para onde vai sua atenção, flui sua energia.”
Surya Namaskar
“Durante uma aula o aluno é convidado a olhar para si mesmo, deixando de lado as atividades externas para perceber o momento presente.”
Primeiros passos em direção ao sol O yoga pode conduzir o praticante a uma exploração sem limites do seu interior, uma verdadeira viagem que passa por emoções e sensações extremamente sutis, mas sem dúvida o início deve ser corporal. Uma das mais antigas sequências de ásanas (as posições físicas do yoga) é também uma das mais completas, por trabalhar alongamento, força e vigor. O Surya Namaskar (Saudação ao Sol) é bastante recomendado para energizar o corpo pela manhã. Vanessa dá uma dica importante para a realização dos ásanas: “Torne a sua respiração consciente, inspire sempre quando erguer o corpo e exale quando fizer movimentos para baixo”. Confira a sequência simples de 8 posições que podem ser realizadas por praticantes de todos os níveis: Vanessa dá aulas de yoga no espaço Chandra, em São Paulo. www.chandra.com.br (vanessa@chandra.com.br)
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ADJI GASTRONOMIA
Sweet Summertime Foto: Máximo Jr.
A Chef Thaty Adjiman revela uma receita para deixar o verão mais doce!
Merengue com frutas vermelhas Ingredientes: morangos cortados em 4 partes • 5 amoras frescas cortadas em rodelas • 5 framboesas frescas cortadas em rodelas • 3 colheres de sopa de blueberry fresca • 50 g de suspirinhos • 3 colheres de sopa de calda de frutas vermelhas • 2 taças de vinho (para a montagem) •8
Para o merengue italiano: claras • 180 g de açúcar • 50 ml de água • 1/2 colher de café de vinagre •4
www.ducatibrasil.com.br
Montagem: 1. Para o merengue, levar ao fogo a água, o açúcar e o vinagre até atingir o ponto de bala. Bater as claras em neve (2/3 firme) e adicionar continuamente a calda de açúcar sobre as claras até esfriar completamente. 2. No fundo das taças, coloque 1 colher de calda de frutas vermelhas e espalhe. Depois, coloque 1/3 das frutas vermelhas misturadas, e, por cima, uma camada dos suspiros e metade do merengue. Repita as camadas e, por último, decore com o restante das frutas vermelhas misturadas. Rendimento: 2 taças
Doce também tem vinho certo:
Vinho: Château des Tours 2005 Produtor: Château des Tours Região: Bordeaux, França Avaliação: “Extremamente rico, com damascos, mel de laranjeira, crème brûlée e baunilha. Potente, cremoso e harmônico, longo final.”
Vinhos importados pela Decanter (www.decanter.com.br) e vendidos pela Nova Safra (www.novasafra.net.br)
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Vinho: Château Ramon Monbazillac 2008 Produtor: Castaing et Fils Região: Monbazillac, França Avaliação: “Revela frutas cítricas e tropicais em compota, além de botrytis e especiarias. Doce, denso, fresco, com belo final.”
www.tagastronomia.com.br
Leo Burnett Brasil
emirates.com/br
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Onde Encontrar
LOJAS
Adji em Imperatriz
Bebedouro/SP - Bebedouro Shopping Center 17. 3342-4772
Natal/RN - Midway Mall - 84. 3646-3272
Belém/PA - Shopping Boulevard - 91. 3212-7044
Recife/PE - Shopping Center Recife - 81. 3465-1183
Belém/PA - Parque Shopping Belém - Breve
Recife/PE - Shopping Center Tacaruna 81. 3421-6523
Manaus/AM - Amazonas Shopping Center 92. 3642-6715
Recife/PE - Shopping Center Guararapes 81. 3361-1445
Manaus/AM - Manauara Shopping - 92. 3659-3691
Mogi das Cruzes/SP - Mogi Shopping 11. 4798-4328
João Pessoa/PB - Manaíra Shopping - 83. 2106-6240
Santarém/PA - Av. Mendonça Furtado, 1940 93. 3529-0468
Ribeirão Preto/SP - Ribeirão Shopping 16. 3623-2281
Caruaru/PE - Difusora Shopping - 81. 3723-4477
Parauapebas/PA - Unique Shopping - Breve
São Luís/MA - Tropical Shopping Center 98. 2107-3552
Marabá/PA - Shopping Pátio Marabá - Breve
S J dos Campos/SP - Center Vale Shopping 12. 3921-1952
São Luís/MA - São Luis Shopping - 98. 2107-0851 São Luís/MA - Shopping Rio Anil - 98. 3313-5653 Teresina/PI - Teresina Shopping Center 86. 3302-5360
Cuiabá/MT - Shopping 3 Américas - 65. 3627-6994 Cuiabá/MT - Pantanal Shopping - 65. 3901-3973 Goiânia/GO - Flamboyant Shopping - 62. 3546-2322 Goiânia/GO - Shopping Buriti - Breve Campo Grande/MT - Shopping Campo Grande - Breve
Teresina/PI - Shopping Riverside 86. 3302-5361 Imperatriz/MA - Timbiras Shopping - 99. 3524-0716
Palmas/TO - Shopping Capim Dourado 63. 3026-1666
Imperatriz/MA - Tocantins Shopping 99. 3525-7177
Barretos/SP - North Shopping Barretos 17. 3323-7444
Belém/PA - Shopping Pátio Belém - 91. 3250-5461
Bauru/SP - Bauru Shopping - 14. 3214-1813
Catanduva/SP - Garden Catanduva Shopping Center 17. 3523-6717
S J do Rio Preto/SP - Rio Preto Shopping Center 17. 3227-1096 S J do Rio Preto/SP - Plaza Avenida Shopping 17. 3355-0455 Campos/RJ - Shopping Avenida 28 22. 2723-1572 Campos/RJ - Shopping Boulevard 22. 2737-9129 Macaé/RJ - R. Eusébio de Queiróz, 166 22. 2772-4500 Uberlândia/MG - Center Shopping Uberlândia 34. 3215-9145
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