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ISSN 2316 2961

Revista da Indústria do Vestuário

Jul/Ago/Set – 2013

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Entreovdiseptuatado

Atuação d tonio Mentor n estadual A parlamentar te n e fr na do setor em defesa

Na linha de

produção

Após período instável, mercado de máquinas de costura se desenvolve com base em tecnologia e inovação Mercado Programa B2B inicia fase de planejamento e divulgação



Shutterstock

SUMÁRIO 4 Editorial Os destaques da edição e do setor

5 Palavra do presidente Ronald Masijah fala sobre a competição no mercado e a falta de apoio governamental

6 Entrevista Deputado estadual Antonio Mentor acredita em melhora para o setor do vestuário

Notícias e informes institucionais do Sindivestuário

24 Conjuntura

14 Capa: Tecnologia Panorama do setor de máquinas de costura abre espaço para tecnologia e criatividade mesmo com queda nas vendas de novos aparelhos Shutterstock

10 Por dentro do Sindicato

Segurança patrimonial e a importância dessa proteção como caminho para o sucesso nos negócios

28 Capacitação Resultado do concurso cultural Você na Vestir

32 Trabalho e Justiça Advogada do Sindivestuário aborda a questão dos direitos trabalhistas e indenizações

34 Agenda Programação dos próximos eventos do setor

20 Mercado Solução B2B: ferramenta encontra-se em fase de divulgação


Editorial

Indicador preciso O setor de máquinas é sempre um bom indicador de como andam as coisas para o setor do vestuário Essa é até uma questão

simples de se explicar. Um maior número de máquinas vendidas para as empresas do setor do vestuário significa ampliação da produção. Esse comportamento gera empregos. Mais trabalhadores empregados compram mais e movimentam a economia como um todo. Por outro lado, se as vendas caem, fica evidenciado o declínio de algum desses eixos. Daí a impor tância de se entender e conhecer um pouco mais sobre esse setor, acompanhar o cenário atual e as perspectivas das empresas que atuam diretamente com equipamentos e máquinas para a produção do vestuário. Confira nesta edição uma repor tagem especial sobre o assunto, na seção Tecnologia. O texto traz depoimentos de dirigentes do setor e empresários que, apesar do momento de crise vivido nos últimos anos, acreditam no desenvolvimento tecnológico e na inovação como forma de retomar o crescimento. E, pelos indicativos

positivos, esse panorama começa a dar sinais de melhora. Veja também uma entrevista exclusiva com o deputado estadual, Antonio Mentor (PT-SP). Figura presente na Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções, Mentor fala sobre a necessidade da valorização da cadeia produtiva e a criação de mecanismos para a retomada da competitividade no mercado, e também sobre as conquistas recentes na redução da alíquota do ICMS, as articulações políticas e o importante momento social vivido no País com as manifestações populares que tomaram as ruas em praticamente todos os estados. Confira na seção Conjuntura uma matéria sobre a importância das tecnologias empregadas na proteção e segurança de patrimônio das empresas do setor. Saiba mais sobre as ações institucionais, eventos que contaram com a participação do Sindivestuário e as novidades da Solução B2B – o Programa Sindicatos-e. Tenham todos uma excelente leitura.

REVISTA VESTIR é uma publicação trimestral do Sindicato da Indústria do Vestuário do Estado de São Paulo (Sindivestuário). O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade de seus autores e não representa necessariamente a opinião do Sindivestuário. Jornalista responsável Roberto Souza (Mtb 11.408) Editor-executivo Fábio Berklian Editor-chefe Hélio Perazzolo Editor Rodrigo Moraes Subeditora Tatiana Piva Reportagem Anderson Dias, Marina Panham e Samantha Cerquetani Projeto Editorial Fábio Berklian Projeto Gráfico Rogério Macadura/StartUP Comunicação Designers Felipe Santiago, Leonardo Fial, Luiz Fernando Almeida e Rafael Tadeu Sarto REVISÃO Paulo Furstenau Contato comercial rspress@rspress.com.br Conselho Editorial Camilo Sotelo e Maria Thereza Pugliesi Tiragem 5.500 exemplares

Rua Cayowaá, 228, Perdizes | São Paulo - SP | CEP: 05018-000 11 3875-5627 / 3875-6296 | rspress@rspress.com.br www.rspress.com.br

Selo FSC

Diretorias - Triênio 2010 / 2013 Sindivest Sindicato da Indústria do Vestuário Feminino e Infanto Juvenil de São Paulo e Região Ronald Moris Masijah – Presidente; Stéfanos Anastassiadis – Vice-Presidente; Maurice Marcel Zelazny – Diretor-Secretário; Joseph Davidowicz – Suplente de Diretoria; Sidney Knobloch – Suplente de Diretoria; Oscar Dominguez – Suplente de Diretoria; Dorival Carlos Cecconello – Conselho Fiscal; Luiz Jaime; Zaborowsky – Conselho Fiscal; Haylton de Souza Farias Filho – Conselho Fiscal; Mario Perel – Suplente do Cons. Fiscal; Eliana Penna Moreira – Suplente do Cons. Fiscal; Juliana Saicali Dominguez – Suplente do Cons. Fiscal Sindiroupas Sindicato da Indústria do Vestuário Masculino no Estado de São Paulo Heitor Alves Filho – Presidente; Max Paul Cassius – Vice-Presidente; Carlos Ernesto Abdalla – Diretor Secretário; Heitor Alves Netto – Suplente de Diretoria; Wilson Ricci – Suplente de Diretoria; José Alberto Sarue – Suplente de Diretoria; Francesco D`Anello – Conselho Fiscal; Rubens Alberto Cohen – Conselho Fiscal; Renato André Cassius – Conselho Fiscal; Humberto Pascuini – Suplente de Conselho Fiscal; Osvaldo Zaguis – Suplente do Conselho Fiscal; Antonio Valter Trombeta – Suplente do Conselho Fiscal Sindicamisas Sindicato da Indústria de Camisas para Homem e Roupas Brancas de São Paulo Nelson Abbud João – Presidente; Antonio do Nascimento Dias Poças – Vice Presidente; Heitor Alves Netto – 1º Secretário; Adriana Dib Cury Silveira – 1ª Tesoureira; Ronaldo Ferratoni Alves – Conselho Fiscal; Déborah Abbud João – Conselho Fiscal; Rodney Abbud João – Conselho Fiscal; Roberto da Silva Carvalho – Suplente Conselho Fiscal; Vera Lúcia da Silva Carvalho – Suplente Conselho Fiscal; Wady João Cury – Suplente Conselho Fiscal Rua Mario Amaral, nº 172, 2º andar, Paraíso - São Paulo-SP Tel.: 11 3889-2273

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Palavra do Presidente

Acorda, Brasil! Acorda, governo brasileiro! Além do mercado competitivo, o setor não tem apoio governamental para produzir, se desenvolver e ganhar destaque achacado por todos os lados e, pior, até por quem deveria tentar ajudá-lo - no caso, o governo federal. As empresas confeccionistas brasileiras passam por um momento bastante delicado. Descomunais quantidades de roupas importadas estão chegando ao mercado consumidor brasileiro, oriundas de países asiáticos, notadamente a China. Além dessa enxurrada de produtos made in China, deparamos com outro gravíssimo problema: as roupas trazidas por “sacoleiros de luxo”, que se abastecem em Miami, onde os impostos são infinitamente menores que os do Brasil. Soma-se a tudo isso as condições de fabricação no País, que se tornam cada vez mais distantes de serem competitivas frente a essas “importações”. O setor diplomático brasileiro, “nosso Itamaraty”, está sempre fazendo benevolências com o “chapéu alheio”: em determinado momento, são os países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), onde se inclui, por exemplo, Bangladesh, para quem o Itamaraty queria zerar o imposto de importação, para que com nossas compras fosse ajudado a se desenvolver. Em outro momento, sugere a transferência de nossas empresas para o Paraguai, como recompensa pelo voto de expulsão da mesa do Mercosul. A cada dia que passa, temos uma novidade pior que a anterior. Se for assim, por favor, é melhor nos esquecer por um bom tempo. O empresário do setor de vestuário brasileiro é criativo, inovador por natureza, e trabalha lado a lado com seus colaboradores. Hoje somos lançadores de moda – basta ver a São Paulo Fashion Week (SPFW). O mundo vem ao Brasil para conhecer a moda, saber o que estamos criando. Só o que precisamos é que o Governo nos “permita”

ser competitivos. Já que cobra do setor produtivo escorchantes impostos, é fundamental que haja algo em troca, para que possamos reduzir custos. Penso se não deveríamos fazer, de novo, uma manifestação popular. Trabalhadores e empresários juntos, para impedir que os empregos gerados no País sejam leiloados, ou gerados em países do outro lado do mundo. Costumo dizer que a empresa não morre. Quem morre são os empregos. As empresas podem virar importadoras, mas e os trabalhadores, irão trabalhar no setor de serviços? Há tanto espaço para os quase dois milhões de trabalhadores do vestuário no setor de serviços? Nós, empresários e trabalhadores, estamos cansados de promessas do Governo. Entra governo, sai governo, e nada acontece que ajude e incentive a produção nacional, a empresa brasileira e nosso trabalhador. Creio que essas manifestações populares terão o efeito de tirar o Executivo dessa já inadmissível letargia, causada por acreditar na própria mentira. Quem sabe acordando desse transe hipnótico, o próprio Governo se conscientize de que abrir mão dos empregos gerados por nossas empresas é um suicídio político e econômico. Hoje, quase oito milhões de pessoas, entre empregos diretos e indiretos, se alimentam, se vestem, enfim, vivem dos empregos gerados pelo setor de vestuário brasileiro. Vamos continuar lutando por nós e por eles e fazê-los enxergar a importância do setor para o País e para os brasileiros, nem que para isso tenhamos que lançar toda a produção nacional de foguetes sinalizadores em direção a Brasília. Acorda, Brasil! Acorda, governo brasileiro!

Sindivestuário/Divulgação

O setor de vestuário é

Ronald Masijah presidente do Sindicato do Vestuário (Sindivestuário)

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Entrevista

Antonio mentor

Trabalho de recuperação Ciente dos problemas enfrentados pelo setor do vestuário, deputado Antonio Mentor acredita em melhora O setor de vestuário é um dos grandes empregadores do País. Ainda

assim, os produtores nacionais têm sofrido com a importação de produtos do exterior, sempre com preços vantajosos. De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), existem hoje cerca de 1,7 milhão de trabalhadores diretos nessa área de atuação em todo o País, sendo em sua maioria mulheres e jovens. Para tentar ao menos diminuir o problema das importações e dar condições de competitividade aos produtos de vestuário brasileiros, é essencial o contato com gestores e legisladores públicos. O deputado estadual Antonio Mentor (PT), no exercício de seu quarto mandato, é um dos responsáveis por esse trabalho de ligação com o Governo, dadas as reivindicações de empresários e funcionários do setor. Nascido em São Paulo, o deputado foi eleito pela região de Americana, grande polo de produção de vestuário no interior paulista. Em entrevista exclusiva à Vestir, o parlamentar comentou sobre a atual situação do mercado, sobre sua participação na Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções e as grandes manifestações ocorridas no mês de junho em todo o País. Confira a entrevista: Atualmente, quais têm sido os principais temas e projetos abordados pela

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Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções? Antonio Mentor - Os temas discutidos são sempre relacionados à valorização de nossa cadeia produtiva e à busca de mecanismos que resgatem a competitividade de nossa indústria. Nesse sentido tivemos uma importante vitória, com papel fundamental da Frente Parlamentar, que resultou na redução da alíquota de ICMS de 12% para 7%. Quais conquistas desse grupo de trabalho podem ser destacadas? Mentor - O Decreto nº 58.765/2012, além de trazer essa importante redução na alíquota, é por tempo indeterminado, o que significa mais tempo e vantagens para nosso setor. Essa diminuição tem reflexo importante na competitividade da nossa indústria têxtil, posto que deve refletir no preço final do produto. Precisamos lutar para que o setor varejista também se beneficie dessa redução. Outro tema bastante recorrente é a qualificação de nossos trabalhadores e a incorporação de tecnologia à nossa produção. Temos ainda uma preocupação na Frente, que é a concorrência de produtos estrangeiros, especialmente da China. Viemos ao longo dos anos defendendo posições mais efetivas do governo federal quanto a essa concorrência desleal aos nossos produtos, e a presidente Dilma Rousseff se mostrou atenta às nossas reivindicações ao incluir a indústria têxtil no Plano Brasil Maior, que estimula a indústria nacional.


Por Anderson Dias |Foto Alesp/Divulgação

Em sua atuação individual como deputado estadual, qual tem sido o trabalho realizado em prol do setor? Mentor - Temos debatido muito tanto no âmbito estadual, via Frente Parlamentar, quanto no governo federal, em especial com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Objetivamente propus a redução da alíquota no ICMS sobre a energia elétrica para o setor. Ainda defendemos a compra de matérias-primas do setor com o Cartão BNDES. Além de encampar a ideia de universidade federal e cursos técnicos profissionalizantes, na região do polo têxtil, voltados para essa área de atuação. Os empresários do setor têm reclamado das importações e seus reflexos na indústria nacional. Qual sua opinião? Mentor - As reclamações são justas, mas o Governo deu uma resposta à altura às nossas reivindicações. O Plano Brasil Maior prevê medidas

eficazes para combater as importações predatórias. Vale destacar que a desoneração na folha de pagamento é importante para toda a cadeia produtiva, mas em especial para o setor de vestuário, já que este utiliza produção intensiva, ou seja, é um grande gerador de empregos, e essa medida pode representar novos postos de trabalho. O plano ainda prevê o financiamento à inovação tecnológica; a preparação e qualificação de trabalhadores do setor; o investimento e incentivo às exportações, além da defesa de nossa cadeia produtiva por meio de uma fiscalização mais enérgica.

Mentor elogiou a qualidade dos produtos da indústria nacional

Os governos federal e estadual têm respondido objetivamente a essas demandas? Mentor - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior abriu mais de 20 medidas de defesa comercial em junho. O Brasil foi citado pela Organização Mundial do

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Entrevista

Antonio mentor

A redução da alíquota de ICMS de 12% para 7% foi uma importante conquista para o setor

Comércio (OMC) como o país que mais abriu investigações para defender seu comércio. Essas medidas visam combater a falta de competitividade. Outra importante medida foi ampliar a faixa do Supersimples, que atenderá muito bem nossa indústria. Vale a pena ainda destacar a posição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o imposto “ad rem”, ou seja, taxação sobre volume dos produtos importados. Até o momento, a taxação era feita pelo valor do produto, que poderia esconder o real valor das mercadorias. Ao taxar o volume, há maior equilíbrio na concorrência com nossos produtos. A cidade de Americana é uma das principais empregadoras nesse mercado. Como está a situação dos produtores, empresários e trabalhadores especificamente nessa cidade e região? Mentor - O setor passa por dificuldades desde a década de 1990, com a abertura indiscriminada das importações, acentuada com o fim da paridade cambial, já que as empresas que adquiriram tecnologia para aumentar a produtividade se financiaram em dólar e tiveram suas dívidas multiplicadas da noite para o dia. Soma-se a isso o custo de produção de produtos asiáticos. O governo chinês tem 26 programas de subsídios para exportadores têxteis, que fecharam inúmeras empresas e muitos postos de trabalho. Americana e a região do polo têxtil foram as que mais sofreram com essa situação, por serem as maiores produtoras de tecido sintético da América Latina. Creio que com as medidas adotadas pelo governo federal,

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somadas ao fato de o Brasil ser um dos poucos mercados varejistas que crescem no mundo, a situação melhorará muito. O setor já tem previsão de crescimento para o ano, o que demonstra uma importante reação da cadeia produtiva têxtil. Americana e a região do polo têxtil são fundamentais para essa recuperação. Aliás, ainda sobre isso, outra importante medida é a garantia de compra do governo federal de produtos da cadeia têxtil. Como analisa a qualidade dos produtos brasileiros desse setor? Mentor - Sem sombra de dúvida, o ponto favorável à indústria nacional é a qualidade. Ainda destaco as cores, nossa criatividade e a expertise que nos garantem uma marca, um diferencial que nos torna fortes no mercado. Apostar na qualidade de nossos produtos e encontrar novos nichos é uma aposta interessante e acertada, a meu ver. E, ainda, a indústria nacional pode se beneficiar e muito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Em sua atual posição de deputado, que avaliação faz sobre os protestos em todo o País e as respostas dadas por nossos governantes? Mentor - As manifestações são expressão da democracia. Creio que as pacíficas, e que tenham objetivos de ganho para toda a sociedade, são extremamente bem-vindas. As manifestações atuais, a meu ver, exerceram dois papéis importantes: primeiro retiraram da zona de conforto toda a classe política, que baseada em altos índices de pesquisas, se deslocaram um pouco da vontade popular. Segundo, elas exigiram mais e melhores serviços públicos, transparência e mais participação política. Os manifestantes se colocam como agentes da história, com direitos e responsabilidades. E nesse sentido o governo federal deu respostas satisfatórias à sociedade. Tomara que os manifestantes tenham a responsabilidade de cobrar dos governos estaduais uma postura mais positiva frente às suas demandas.



Por dentro do SIndicato Site Região em Destake/Reprodução

institucional

Sindicato prestigia o Première Vision, em São Paulo A 8ª edição

do Première Vision ocorreu em São Paulo nos dias 10 e 11 de julho, em São Paulo. O evento, que também acontece em Paris e Nova York, inicia o calendário de moda no continente latino-americano e antecipou o que estará em alta no inverno de 2014, em tudo aquilo que diz respeito à moda. Estilistas, modelos, compradores, jornalistas e empresários do Brasil e do mundo estiveram presentes ao evento, que aconteceu no Expo Center Nor te. Ao todo, compareceram 101 expositores de 14 países. Foram mais de 6 mil visitas em dois dias. O Sindivestuário montou um estande no local, para apresentar o trabalho da instituição, estreitar laços e dar supor te a todos os par ticipantes do Première Vision.

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Mais de 300 representantes do setor estiveram na Câmara dos Deputados

Categoria descarta Salvaguarda e adere à luta unificada por RTCC Durante encontro na Câmara dos Deputados em junho, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) levou cerca de 300 empresários e dirigentes do setor para discutir sobre a realidade desse ramo na Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção do Brasil, e também na Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional. Estavam em pauta as solicitações do setor em relação ao Regime Tributário Competitivo para a Confecção (RTCC) e o pedido de Salvaguarda para Vestuário. Após algumas reuniões discutindo os temas com os parlamentares, a Abit e os integrantes da comitiva resolveram unificar as ações em torno

do RTCC, abrindo mão da Salvaguarda. De acordo com o diretor-executivo do Sindivestuário, Camilo Muradas Sotelo, a saída é estratégica. “Preferimos continuar em uma luta possível a permanecer em duas e inviabilizar o andamento”, esclarece. O RTCC apresenta um estudo e diversas mudanças, principalmente no âmbito fiscal e tributário, a fim de criar empregos e recuperar os números negativos de 2012. Na ocasião, o documento foi entregue aos deputados e aguarda discussão entre os parlamentares para provável aprovação. O evento contou com a participação efetiva de parlamentares, representantes de entidades do setor e dos Ministérios da Fazenda e da Indústria e Comércio.

Governo de São Paulo anuncia alíquota interestadual de ICMS em 4% Foi publicada em 29 de junho a Portaria da Coordenadoria de Administração Tributária (CAT) que rege a aplicação de alíquota de 4% nas operações interestaduais que contenham mercadorias importadas. Estão inclusos aqueles bens ou mercadorias

importados, que após o desembaraço não tenham sido submetidos a processo industrial no País (revenda de produto estrangeiro), ou submetidos a industrialização no Brasil. Entram na Portaria também os produtos com conteúdo de importação superior a 40%.


Cristiane Mendes/Reprodução

Liquidações invadem todo o Brasil Engana-se quem pensa

que as manifestações populares ocorridas em todo o País no mês de junho abalaram apenas a política nacional. O setor têxtil e de vestuário, que vive um momento instável há mais de dois anos, também sentiu consequências das multidões que foram às ruas. É o que mostra matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo no dia 4 de julho. A publicação entrevistou lojistas, que confirmam: algumas redes chegaram a cortar os preços em até 70%. Todo esse movimento, de acordo com a matéria, se deu pela queda de clientes nos shoppings (até 30% em alguns casos durante o ápice das manifestações), além do contexto econômico de importações e altos preços, já conhecido por todos os empresários, lojistas e clientes do setor.

Movimento em alguns shoppings chegou a cair 30% com as manifestações

Representantes do setor se reúnem em lançamento de estudo da Uniethos Representantes e empresários da indústria têxtil e de confecção debateram temas como sustentabilidade e oportunidades de competitividade no setor durante o lançamento do estudo Sustentabilidade e Competitividade na Cadeia da Moda, que ocorreu em

4 de julho, em São Paulo, na sede da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). O presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah, prestigiou o evento. A publicação faz par te da série de estudos setoriais que a Universidade do Instituto Ethos (Uniethos) desen-

volve desde 2012 com diferentes segmentos produtivos. Gerente da área de tecnologia e inovação da Abit, Sylvio Napoli destacou a impor tância do estudo para o setor têxtil e de confecção: “Esta é uma opor tunidade para mostrar o quanto a indústria da moda brasileira está capacitada para atender ao público, com sustentabilidade, ações inovadoras e investimentos tecnológicos”. Também durante o evento foi feita uma proposta de agenda para a sustentabilidade na indústria da moda, buscando a colaboração entre todos os segmentos do setor.

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Por dentro do SIndicato Institucional

No dia 22 de julho, foi ao

Shutte

rstock

ar o novo site do Sindivestuário – www.sindivestuario. org.br –, com layout remodelado e atualizado ao que há de mais atual na rede mundial de computadores. Integrado às redes sociais da instituição, o novo site traz espaço para destaque e rolagem de notícias, com direito a imagens. Na parte superior, as páginas internas estão separadas em nove categorias, entre elas a solução B2B e a área exclusiva para contadores. Há também espaço para publicidade e logotipo de entidades parceiras do Sindivestuário.

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Alinhavando Ganha, ganha, ganha Tenho observado tanto aqui no ambiente do Sindivestuário, onde sou diretor-executivo, como na Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), onde atuo como diretor-conselheiro, uma mudança radical nos sistemas de gestão de negócios. O que era uma verdade, a relação “ganha-ganha” hoje está ultrapassada, o que vale é um novo envolvimento mais amplo: a relação “ganha, ganha, ganha”, no mínimo. Alguns exemplos nesta edição da revista: O B2B: este inédito canal de negociação, que os associados do Sindivestuário passam a ter, é um claro exemplo disso. Com o Sindicatos-e ganham os associados, que passam a ter uma ferramenta de economia de tempo e recursos; o sindicato, que ganha uma nova fonte de receitas; e os fornecedores, que podem ampliar sua gama de clientes. E o Sindivestuário, dada sua extensa base de players, mais de 10 mil empresas, não poderia deixar de ser o precursor desse interessante instrumento de negociação e gestão das empresas. Para tanto, eventos com os contadores/contabilistas, que muitas vezes são os interlocutores de nossa base, serão promovidos pelo Sindivestuário em breve, inclusive com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os acordos sindicais: nesta época de negociações entre os sindicatos laborais e patronais, é fundamental notar a impor tância do papel do governo em tal âmbito. Além das necessidades colocadas na mesa pelos sindicatos, o Governo, com sua visão macroeconômica, pode, deve e tem que continuar ajudando - como no recente caso das desonerações da folha de pagamento, instrumento que, embora de pequena monta, sinaliza a preocupação com a continuidade do setor. E com o maior nó das atividades industriais no Brasil: a necessidade de reformas tributárias, políticas e trabalhistas; fazendo isso, teríamos um bom exemplo de “ganha, ganha, ganha”. Assim sendo, todos do cluster têxtil compareceram em Brasília buscando apoio para a sobrevivência do setor: desde os plantadores de algodão até nossas confecções, passando pelas tecelagens e demais par ticiCamilo Muradas Sotelo pantes da cadeia. Diretor-executivo do Sindivestuário RS Press/Divulgação

Sindicato lança novo site


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TECNOLOGIA

xxxxx Mรกquinas de costura

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Por Anderson Dias |Fotos Shutterstock

Maquinário de ponta Setor de máquinas de costura abre espaço para tecnologia e criatividade mesmo com queda nas vendas de novos aparelhos Um dos principais indicadores do mercado de

confecção e vestuário é o de máquinas de costura. Se muitos desses utensílios são vendidos, significa que as empresas do setor estão em boa fase de produção, seguidas pelas lojas, que vendem bem. No entanto, esse que era um dos únicos pontos ainda não atingidos pela conjuntura internacional, começou a sentir os efeitos já conhecidos por empresários, compradores e clientes da área de confecção e vestuário. De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos para Confecção (Abramaco), nos anos de 2011 e 2012, houve queda de 30% na venda de novas máquinas. Especificamente em 2012, as importações brasileiras adquiriram cerca de 77 milhões de dólares em equipamentos da China e 23 milhões da Alemanha, Itália e Estados Unidos. Embora preocupantes, os números podem não refletir as expectativas para 2013 e 2014. O presidente de honra da Abramaco e também presidente da Cavemac, Giuseppe Tropi Somma, relata que houve aumento de venda de máquinas. “Depois de um longo período de crise, o mercado reagiu significativamente em abril e maio deste ano”, lembra. Alguns fatores atuais apontam, de fato, para algumas mudanças nesse cenário. O dólar, que esteve em baixa nos últimos anos, só nos primeiros meses de 2013 subiu mais de 10%, o que significa que exportações do Brasil passam a valer mais no mercado externo. Somma se lembra de outro ponto que sempre é citado por empresários até de outros países: a habilidade dos empreendedores e empregadores do Brasil. “O brasileiro faz malabarismo e consegue marcar grande presença no mercado”, diz, citando os altos impostos e determinadas leis sindicais que travam o crescimento das empresas nacionais. Quem concorda com a análise é o presidente atual da Abramaco, e também presidente da Andrade Máquinas, Mauro Andrada. “O Brasil tradicionalmente está entre os maiores compradores de máquinas do mundo. Isso não deve mudar em curto prazo. As perspectivas são boas”, opina.

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xxxxx Máquinas de costura

Razões A queda no mercado de máquinas de costura no Brasil pode ser explicada por questões também internacionais. “A crise econômica iniciada em 2008, com sérios reflexos na Europa, levou consigo os investimentos em países emergentes”, conta Andrada. Ele comenta que o alto índice de importações e o câmbio também são responsáveis pela situação, lembrando que a recente alta da moeda norte-americana deve colaborar com o setor. Na empresa que dirige, a Andrade Máquinas, Mauro Andrada admite que a atual conjuntura de fato atrapalha, mas faz uma ressalva importante: “Felizmente ainda não tivemos que cortar nenhum posto de trabalho, e estamos com nossos investimentos dentro do cronograma original”. Outro fator que traz otimismo a dirigentes do setor de máquinas é a tecnologia. O empresariado brasileiro tem se atualizado e buscado profissionalizar mais suas corporações. “O processo de produção tem sido modernizado com máquinas de última geração. A procura tem sido grande, por exemplo, por enfestadeiras e máquinas de corte CAD/CAM”, diz. Para ele, investir em tecnologia passa a ser algo de impor tância vital para empresas de confecção e vestuário. Isso porque, até pouco menos de uma década, era possível manter uma fábrica com equipamentos rudimentares - hoje, é inviável técnica e financeiramente. A concorrência com marcas internacionais e nacionais faz com que os gestores tenham o tema como prioritário. Nesse processo tecnológico, ganha mais quem sabe aliar equipamentos modernos, estrutura adequada e boa mão de obra com criatividade. “Produtos combinados com a linha principal tendem a melhorar os resultados da empresa”, aconselha Somma. Também no contexto das novidades, a gerente de marketing da Andrade Máquinas, Conceição Ruiz, fala sobre algumas das principais tendências do setor. “A impressão digital é uma vertente que vem agradando ao mercado confeccionista, pois agrega valor ao trabalho de maneira rápida e

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Depois de um longo período de crise, o mercado reagiu significativamente em abril e maio deste ano Giuseppe Tropi Somma, presidente de honra da Abramaco

Quem cresce hoje na indústria brasileira da moda é quem tem soluções diferenciadas Claudio Grando, presidente da empresa têxtil Audaces

qualitativa. Também podemos citar a sublimação, uma maneira mais simples, mas não menos competitiva.” Uma crítica quase unânime apontada por empresários do setor é mesmo a falta de competitividade das empresas brasileiras em relação às do exterior, principalmente as asiáticas. A alta taxa tributária, infraestrutura ultrapassada e falta de ações governamentais concretas para resolver o problema são ingredientes citados por empresários, dirigentes sindicais, dirigentes de instituições e trabalhadores. Esse é também o posicionamento de Somma. “A atividade sindical dilapidou e fechou a maioria das indústrias nacionais de bens de consumo. Isso provocou uma migração de mão de obra desempregada para a confecção familiar e informal”, diz, ao considerar que as leis sindicais passaram do ponto de proteger os trabalhadores, para, na prática, atrapalhar o crescimento das empresas no Brasil. Sobre a concorrência com outros países, ele acredita que a “deslealdade” citada por todos não partiu do mercado externo. “Não são os outros países que baixam artificialmente seus preços, mas sim as nossas instituições que, com impostos extorsivos e o excesso de leis trabalhistas, tornam o nosso preço não competitivo”, opina. Para solucionar o problema, a sugestão do presidente de honra da Abramaco se direciona ao governo brasileiro. O dirigente lembra que não só os empresários, como toda a sociedade civil, esperam ações concretas e profundas dos nossos governantes, principalmente após os protestos e mobilizações nacionais. Ele aproveita para sugerir algumas ações que, em sua opinião, seriam decisivas para que a indústria brasileira como um todo fosse fortalecida. “O mal está no tamanho do nosso Governo, e isso só uma nova leva de políticos, vinda das próximas eleições, poderá cortar o problema pela raiz. O caminho é uma nova Constituição”, resume o especialista. Mesmo com seu tom crítico, ele diz que está disposto a contribuir pessoalmente, em conjunto com a instituição que preside, para esse novo momento econômico do País.


Por que o mercado de máquinas é um indicador preciso?

Juros, inflação, metas, PIB, superávit... Muitos são os termos utilizados no dia a dia dos especialistas em economia, muitas vezes considerados técnicos e complexos demais. Nesse sentido, alguns exemplos podem ser esclarecedores. São os chamados indicadores da economia. Além da feira livre (seu movimento, preços e estratégias de venda), o mercado de máquinas em geral se insere nesse tipo de comparativo fiel. Um maior número de máquinas sendo vendidas para as empresas significa ampliação da produção. Esse comportamento gera empregos. Mais trabalhadores empregados compram mais e movimentam a economia como um todo. Se as vendas, por outro lado, baixam, fica evidenciado o declínio de algum desses eixos. Confira o infográfico abaixo:

Aumentam os trabalhos formais, em acordo com a CLT

Cresce o número de postos de trabalho

Aumenta a venda de máquinas

Os trabalhadores passam a consumir mais

As empresas e o Governo arrecadam mais, girando a economia

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xxxxx Máquinas de costura

Postos de trabalho perdidos no setor são realocados com facilidade

“A Abramaco é uma associação impulsora e, com certeza, dará seu contributo para esse novo Brasil”, afirma. Transformação Enquanto alguns consideram os números de 2011 e 2012 preocupantes, outros preferem atribuir tais resultados a uma transformação pontual da realidade brasileira no setor. É o caso do presidente da empresa têxtil Audaces, Claudio Grando. “Trata-se de uma renovação do mercado de moda. As produções em massa estão diminuindo, até pelo custo no Brasil. Mas há algumas soluções. Quem cresce hoje na indústria brasileira da moda é quem tem soluções diferenciadas”, afirma,

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ao perceber também que a tecnologia, pesquisa e a busca para ser genuinamente empreendedor são formas de passar por esse momento. Apesar desse cenário recente de baixa e dos prejuízos do custo Brasil, Grando propõe uma reflexão geral para o setor. “É preciso se perguntar com frequência: ‘O que minha empresa pode fazer para sair dessa situação?’. É assim que pensamos na Audaces, e as perspectivas são as melhores possíveis”, revela. Ele explica que mesmo nesse momento instável, sua empresa vive uma boa fase. Como novidades interessantes, ele sugere algumas máquinas e soluções para os profissionais da área. “Mais que lançamento de equipamentos, por exemplo, na Audaces temos soluções para agilizar o lançamento da coleção estilista e até a máquina de corte automático do tecido”, elucida. Essas dicas estão relacionadas, principalmente, a softwares para empresas da área. Entre as características de um programa bem aceito, está a facilidade em lidar com o sistema, já que existe rotatividade de profissionais na área, além de ganho real de tempo e dinheiro para esse empresário. O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso, confirma o momento de transformação no mercado de máquinas como um todo. “Hoje, no Brasil, 65% das máquinas compradas são internacionais e 35% nacionais”, expõe, ao citar dados de junho deste ano, de acordo com levantamento da Associação. Vale lembrar que esses números dizem respeito ao mercado de máquinas como um todo, não somente ao setor de confecção, vestuário e têxtil. “A Abimaq tem sugerido ao Governo algumas medidas para evitar esse processo de desindustrialização do Brasil. Embora a perda de postos de trabalho seja pequena no setor, é preciso sim corrigir esse rumo da economia do Brasil”, lembra Cardoso, completando que os postos de trabalho, nesse caso, são realocados para outras áreas. “Mas vale lembrar que nosso setor tem demitido”, conclui.



Mercado

solução b2b

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Por Samantha Cerquetani | Foto Shutterstock (Manipulação RS Press)

A plataforma eletrônica que facilita as operações de compras e vendas dos associados foi lançada em abril e encontra-se em sua primeira fase: divulgação Pioneiro em seu segmento, o Sindivestuário foi o pri-

meiro sindicato a proporcionar a seus associados a solução B2B (business to business), buscando evoluir no propósito de consolidação da comunidade de negócios da indústria da moda no Brasil. O programa, uma plataforma de comércio entre as empresas pela internet que oferece aos associados a oportunidade de realizarem operações de compras e vendas, além de informações, produtos e serviços pela web, foi lançado em abril e encontra-se em sua primeira fase: a de divulgação. A ferramenta serve para gerar e ampliar os negócios e as oportunidades das empresas, reduzindo custos, aumentando a eficiência e aprimorando os serviços às empresas filiadas. Lembrando que por meio dessa nova ferramenta os associados farão parte de uma comunidade virtual, com interação eletrônica pela internet, para participar de um universo de negócios com diversas empresas, dentro e fora da cadeia produtiva do vestuário.

“Estamos na fase inicial do projeto, divulgando as vantagens do programa. É um momento positivo e a procura por informações tem sido grande”, relata o diretor-executivo do Sindivestuário, Camilo Muradas Sotelo, responsável pelo programa Sindicatos-e, que engloba o B2B para sindicatos e associações. Ele reforça que, ao aderirem à nova tecnologia, os empresários não perderão mais tempo com a logística, recebendo auxílio nas compras e vendas de produtos de forma econômica. “Iniciamos com várias ações para divulgar a solução B2B: lançamento do novo site, com o vídeo explicativo que está no Youtube, eventos, newsletter e a revista Vestir. É a fase da comunicação, estamos divulgando para que os associados tenham conhecimento dos benefícios”, explica o CEO da SoftKey, empresa responsável pelo programa, Roberto Campos, expert no segmento. Acesse o link http://goo.gl/6r2FsV e entenda mais sobre o software. Campos também explica que entre as ações previstas estão: vídeo institucional, vídeo temático, distribuição de material institucional, material promocional, divulgação no site. “Queremos divulgar quatro vídeos – conceitual, funcionamento da plataforma, como participar e esclarecimento de dúvidas dos usuários”, conta. Sotelo afirma ser importante que os associados tenham conhecimento sobre o funcionamento da ferramenta, e a divulgação por meio de vídeos é uma alternativa para sanar dúvidas comuns aos futuros usuários. Eventos de contabilidade Na nova etapa de implementação do software, um dos objetivos é estabelecer melhoria contínua no relacionamento com as empresas de contabilidade, facilitando o trabalho das empresas beneficiadas pelo projeto. Para que isso seja possível, foram disponibilizadas duas novas áreas de interesse no site do Sindivestuário - a primeira é a plataforma B2B e a segunda é a área restrita do contador.

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Mercado

solução b2b “Dedicada exclusivamente aos assuntos de interesse dos contadores, por meio de acesso restrito o profissional alcançará informações valiosas para facilitar seu trabalho junto aos associados do Sindivestuário”, afirma Sotelo. Para divulgar as vantagens da solução B2B, o Sindivestuário planeja em breve realizar eventos que abordem assuntos de interesse dos contadores e contabilistas, como sistemas para ERP, andamento das negociações dos acordos sindicais e direito tributário. “A previsão é que ocorram cinco encontros sequenciais. Os assuntos abordados serão de interesse da classe e reuniremos esses profissionais como uma espécie de fórum de relacionamento, criando oportunidades para trocas de informação”, conta o diretor-executivo do Sindicato. De acordo com Campos, por meio da plataforma os associados terão acesso a mais de 40 mil fornecedores, que contribuirão tanto na parte produtiva como na improdutiva, economizando tempo e facilitando as compras, 100% em conformidade com as melhores práticas de mercado. “Segundo pesquisa telefônica que fizemos, as contabilidades mostraram maior interesse em sistemas ERP. Estamos fazendo divulgação direta para os contadores, dos produtos, software e soluções oferecidas pelas empresas patrocinadoras”, diz. Principais benefícios da plataforma O programa Sindicatos-e é um benefício ao associado que necessita de um processo eficaz compatível com o mercado, e que auxilie nas compras e vendas de produtos de forma econômica.

Como participar? Se você ficou interessado na plataforma B2B, acompanhe as novidades no site do Sindicato - www.sindivestuario.org.br - e cadastre-se gratuitamente. O perfil no B2B do Sindivestuário já estará disponível para utilização em área restrita, local onde os usuários poderão buscar informações em formato eletrônico. Nesse ambiente virtual, os associados encontram listas de compras, podendo solicitar desconto, estabelecer o início de uma negociação e emitir pedido de compras.

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Para Campos, a implementação da plataforma significará uma redução considerável no tempo do ciclo de aquisição de produtos/serviços improdutivos e custo direto em compras, bem como a organização geral do processo de compras, transparência total para compradores e vendedores e aumento das ofertas em atendimento às necessidades qualificadas. Há baixo custo para os associados e disponibilidade total de acesso, pois não existe limite para uso do sistema e acessibilidade às empresas, já que estas ficarão registradas na plataforma como segurança total. “Lembrando que a expectativa é de que em cinco anos sejam atingidos até 80 mil fornecedores, com economia financeira de 10% a 35% do valor de mercado tradicional. Além disso, é importante reforçar que se trata de um canal alternativo para potencializar os resultados, aumentar a competitividade e ao mesmo tempo ter um controle maior”, explica. O diretor-executivo do Sindivestuário relata que a plataforma será uma ferramenta que funcionará conforme as necessidades da empresa. Ele relembra que o programa disponibiliza cotações eletrônicas otimizadas, catálogos eletrônicos colaborativos e follow-up eletrônico. “Um dos principais objetivos da implementação desse software é a aproximação com os associados. Além de proporcionar melhores resultados, economizando nas compras ou aumentando suas vendas”, sintetiza Sotelo. Os organizadores da implantação do software afirmam que a iniciativa deverá incentivar as pequenas e médias empresas a usarem a internet como uma ferramenta eficaz que agiliza e traz resultados rapidamente. Para o presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah, a plataforma deve ser vista como uma aliada para eliminar os custos desnecessários e fazer com que os empresários consigam vender sem perder tempo. “A solução B2B é o que há de mais moderno para as empresas. As vantagens são tão grandes que tenho certeza de que em breve a maioria dos associados terá acesso ao software e desfrutará de seus benefícios”, opina.


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conjuntura

Segurança patrimonial

Patrimônio seguro Investimento em segurança é primordial para a proteção empresarial e um dos caminhos para o sucesso nos negócios O seguro morreu de velho. O antigo ditado também

pode ser empregado para alertar sobre a importância da proteção empresarial que contempla questões operacionais, financeiras e até de imagem, perante investidores e consumidores, como controle de acessos (pedestres, mercadorias e veículos), de materiais e estoque e prevenção de furtos e roubos. “Proteger uma indústria requer um robusto investimento por parte do empresário, mas deixá-la exposta a riscos pode ficar muito mais caro”, adverte a diretora do Departamento de Segurança (Deseg) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Selma Migliori. Segundo ela, para manter um processo em estado de normalidade, é preciso muito dinheiro, mas perder o processo custa mais. Antigamente, a segurança corporativa não era valorizada e nem vista como ferramenta preventiva. Os empresários só recorriam a medidas de proteção empresarial quando sofriam perdas patrimoniais por furtos ou roubos, por exemplo. Mas o cenário se inver teu, pois o segmento de segurança cresceu com outros indicadores brasileiros. “A estabilidade econômica e o dólar com valor controlado, aliados à evolução da tecnologia de informação e comunicação, alimentam positivamente a

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capacidade de desenvolvimento de produtos e a ofer ta de ser viços de segurança eletrônica”, avalia. Pensando nisso, a Fiesp promoveu no dia 22 de maio o Seminário de Proteção na Indústria – Tecnologias Empregadas na Segurança e na Proteção da Indústria, com o propósito de atualizar o público sobre as tendências do mercado de segurança empresarial. Selma, que também é presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), afirma ser fundamental que o empresário saiba quanto custa fazer e não fazer. “Quando o responsável pelas medidas de proteção não consegue demonstrar quanto custa não fazer, a medida demora mais para ser tomada”, obser va. Segundo ela, a melhor abordagem é demonstrar o custo dos riscos. “As medidas de proteção são uma resposta ao problema que, cada vez mais, precisa ser detalhado nas organizações.” Portanto, em vez de argumentação, esses profissionais devem demonstrar, para convencer os empresários sobre a necessidade da aquisição de um projeto de segurança empresarial. Para atender a essa demanda, a profissional enfatiza a importância da capacitação dos especialistas de sistemas eletrônicos de segurança. Ela destaca ainda a necessidade de esclarecimento da


Por Marina Panham | Foto Fiesp/Divulgação

real função do mercado de segurança e proteção empresarial e a definição quanto à sua legislação. Além disso, os empresários devem estar atentos à idoneidade da empresa de segurança na hora da contratação dos ser viços. “É preciso obser var se a empresa garante a procedência dos equipamentos e acessórios utilizados para instalação do sistema e, principalmente, se assumirá o compromisso pós-venda, firmado em contrato com o cliente”, afirma. O processo de proteção da empresa deve garantir elasticidade à organização diante de uma crise, pois ao sofrer desgastes, ela deve ter condições de se recompor. Segundo a especialista, o processo crítico que não tem resiliência tira a capacidade de a empresa ser flexível, e, sendo assim, ela não consegue sair da adversidade sem ser seriamente comprometida. A diretora do Deseg/Fiesp e presidente da Abese aconselha a realização de uma análise de risco do local para que seja elaborado um projeto personalizado que especifique as metodologias e tecnologias mais apropriadas a serem adotadas, de acordo com as características e necessidades da empresa. “Um dos quesitos fundamentais do projeto de segurança é a criação de normas e procedimentos específicos, que envolva todo o plano de segurança da indústria.” Para ela, as empresas não estão totalmente imunes a eventos adversos apesar de todas as medidas de proteção. “O compromisso da proteção preventiva é reduzir e amenizar impactos, ou seja, a falta de investimento em proteção empresarial pode custar caro. Você quer correr esse risco?” Segurança eletrônica Sistemas eletrônicos de segurança preservam patrimônio, vidas e meio ambiente, pois inibem, detectam e comunicam eventos. “A preservação é a melhor forma de se evitar riscos. Dessa forma, não se perde tudo o que foi produzido, principalmente no setor industrial”, avalia Selma. O mercado de sistemas eletrônicos de segurança vem crescendo

Selma Migliori é diretora do Deseg/Fiesp e presidente da Abese

A estabilidade econômica e o dólar com valores controlados, aliados à evolução da tecnologia de informação e comunicação, alimentam positivamente a capacidade de desenvolvimento de produtos e a oferta de serviços de segurança eletrônica Selma Migliori

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conjuntura

Segurança patrimonial com taxas médias de 10% anuais. Em 2012, o setor movimentou a ordem de R$ 4,2 bilhões, com crescimento de 9% em comparação ao ano anterior. Segundo Selma, o segmento é relativamente novo e deverá continuar em ascensão nos próximos anos, tanto pela ampliação do uso das tecnologias pela crescente classe média brasileira quanto pela demanda do mercado com grandes eventos esportivos nos próximos anos no País, bem como a utilização das tecnologias de sistemas eletrônicos de segurança pelos ser viços públicos. Novas tecnologias surgem constantemente, ampliando ainda mais os limites do setor de segurança

Selo de qualidade O Selo de Qualidade Abese é um regulamento que estabelece requisitos com características técnicas do setor de sistemas eletrônicos de segurança e alinhamento de gestão empresarial e de qualidade, que devem ser seguidos e observados pelas empresas do segmento. Ao procurar a certificação do Selo, as empresas de sistemas eletrônicos de segurança podem ser vistas com diferencial em relação à padronização dos serviços, atendimento a clientes, foco na satisfação dos clientes, resolução de problemas e aumento do grau de confiança em relação aos serviços prestados pela empresa certificada. Os requisitos da norma são específicos para cada tipo de empresa, possibilitando assim que o Selo foque cada diferente tipo de negócio. Os segmentos foram definidos como: projeto conceitual dos sistemas de segurança, projeto executivo de instalação, instalação de equipamentos de segurança, central de monitoramento, manutenção de instalações de segurança, fabricação de equipamentos de segurança e distribuição de equipamentos de segurança.

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eletrônica, mas ela obser va que as inovações tecnológicas não são suficientes. “É preciso regulamentação, seriedade e profissionalização, atendendo às mais rigorosas exigências do setor e cumprindo com os principais objetivos: detectar, comunicar e inibir ações criminosas.” Para acompanhar a evolução tecnológica, o setor de segurança eletrônica desenvolve novas metodologias e tecnologias constantemente. De acordo com Selma, as novas tendências mundiais em segurança eletrônica são os Sistemas de Análise Inteligente de Vídeo, Sistemas Avançados de Identificação Biométrica e Cidade Digital – integração dos registros e informações à disposição dos órgãos competentes (imagens em vídeo, fotos e registros de ocorrências). Direcionadas especificamente ao setor de proteção empresarial, ela cita ainda as novidades em Circuito Fechado de TV (CGTV), que consiste em câmeras de IVA ou vídeo-análise que conseguem analisar o comportamento humano e/ ou reconhecimento biométrico. Há também alarmes que passam pelo tipo de proteção com tecnologia totalmente sem cabeamento de sensores internos/externos, criando soluções de projetos de segurança mais limpos, seguros e rápidos para instalar. Ainda de acordo com a presidente da Abese, empresas de outros países especialistas nesse tipo de venda chegam ao Brasil dispostas a investir, focando no crescimento econômico das famílias, com o desafio de criar a cultura preventiva que vai além da sensação de segurança. Para fortalecer o mercado profissional de segurança eletrônica, a Abese criou o Selo de Qualidade Abese, que possibilita a identificação das empresas de sistemas eletrônicos de segurança que atendem aos requisitos de qualidade regulamentados, além de orientar a compra consciente e segura do consumidor. Selma ressalta que também foi lançada a Cartilha do Consumidor, que visa conscientizar sobre os passos corretos de como adquirir um sistema de segurança adequado a suas necessidades.


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CAPACITAÇÃO

concurso cultural

Competitividade:

o que a indústria do vestuário paulista deve fazer para ser competitiva no mercado? Esse foi o tema do concurso cultural Você na Vestir, realizado pelo Sindicato da Indústria do Vestuário do Estado de São Paulo (Sindivestuário) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) e a RS Press, agência de comunicação responsável pela revista Vestir. Confira quais foram os três ar tigos vencedores, cujos autores foram contemplados com um curso, à sua escolha, entre as opções oferecidas e disponíveis nas unidades do Senai-SP Francisco Matarazzo e Engenheiro Adriano José Marchini.

Vencedores do concurso cultural Você na Vestir 28 Revista Vestir

ä 1º lugar: Competir só com Muito Trabalho, de Pedro Eduardo Fortes â 2º lugar: O Caminho para Competitividade, de Daniela Gomes dos Santos á 3º lugar: A Atualidade da Moda, de Fernanda Vallamede Brolo As entidades organizadoras do concurso fazem uma menção honrosa ao artigo A Cultura Organizacional como Ferramenta de Gestão para Cadeia de Valor Têxtil e Confecção, de Alexandre de Caprio, professor do Senai-SP. Ele não pôde participar da disputa justamente em função das regras estabelecidas quanto à atuação dos concorrentes em alguma das instituições organizadoras. Na sequência, leia a íntegra do melhor artigo.


Fotos RS Press/Divulgação

Competir só com Muito Trabalho Se houvesse uma receita de sucesso, com certeza seu criador ficaria rico, pois todas – se não a maioria - as indústrias do setor a adotaria com prazer. Daí múltiplas ideias e sugestões poderiam ser apresentadas, o que tentaremos, com a devida ousadia apresentar, norteados pela vivência no setor. Ainda mais por ser eu mesmo um pequeno empresário que sofre as agruras diárias desse importante (mas pouco reconhecido) segmento econômico. Em primeiro lugar, a identificação do mercado que vai atuar, pois sem seu pleno conhecimento tudo o que produzir pode não ser de fato o que o consumidor deseja. Então, a indústria deve conhecer muito bem seu público, conhecer sua demanda, evitando desencontros entre o produzir e o consumir. Como fazer isso bem? Prospectando mercado, analisando o setor, indo às ruas, batendo pernas e vislumbrando público, conhecer tendências, modismos, enfim, ver o mundo do vestuário. Identificado o mercado, é preciso estabelecer parâmetros de produção. O que vamos produzir, como produzir, quanto produzir, quem vai criar, quem será o responsável pelo desenvolvimento do produto, o gerenciamento da produção, a definição de modelos, grades, entre outros. Até aí, tudo bem, mas quem estará frente ao maquinário para operar? Confeccionar os produtos definidos? Como fazer em tempos de escassez de mão de obra, em que os jovens fogem do setor, os mais velhos preferem trabalhar por conta própria, a remuneração é abaixo dos demais setores? Não conseguiremos concorrer se salários mais altos não forem contemplados. É uma difícil solução, mas temos que achá-la. Uma dessas soluções passa pela criação, dentro da própria

empresa, de uma “escolinha” de formação de mão de obra, podendo até ser em parceria com o Senai, ou com um sindicato profissional, prefeituras, fundos de solidariedade do município, enfim, é uma alternativa. Outra possibilidade é conhecer o mercado próximo e tentar conceder salário não muito aquém do concedido. Trata-se de uma forma de atrair e preser var o profissional, também estabelecer um ambiente socialmente saudável no qual o trabalhador possa se sentir parceiro da empresa, responsável pela manutenção de seu trabalho e de sua gestora. Até aí não parece tão difícil... mas infelizmente é. Há de se contratar um excelente gestor, com nome de supervisor ou encarregado. Até um gerente – se possível – para gerir os recursos humanos e materiais. Este será o maestro parceiro da empresa. Ainda se tivermos mão de obra e maquinário, de preferência atual, eletrônico, que permita agilidade, produtividade, efetividade na produção, que seja acompanhado de treinamento, manutenção constante e adaptações aos diferentes modelos produzidos. Nesse momento, surge a questão. Já é suficiente para que a empresa seja competitiva perante o mercado? Creio que não. Faltam alguns temperos básicos. Isto é, uma estrutura técnica operacional que apresente números, dados, relatos sobre a produtividade, a mensuração da sequência das operações, avaliações, comparações com o que o mercado adota. Inclusive utilizando técnicas que o Senai pode apresentar, instruir e acompanhar. Sem as definições sobre o tempo de produção, como podemos mensurar custo de produto? Claro! O custo direto, pois os indiretos também representam valores significativos para a composição do custo, que envolve energia, benefícios,

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CAPACITAÇÃO

concurso cultural

Identificado o mercado, é preciso estabelecer parâmetros de produção. O que vamos produzir, como produzir, quanto produzir, quem vai criar, quem será o responsável pelo desenvolvimento do produto, o gerenciamento da produção, a definição de modelos, grades, entre outros

impostos, taxas, aluguel, equipamentos, água e tantos outros, mais ou menos, dependendo da indústria. De posse da planilha de custos, do tempo de produção, do valor aplicado a cada peça, temos que vislumbrar o quanto podemos inserir para a venda, que vai depender do mercado em que atuamos e de como comercializamos os produtos (com loja própria, venda em multimarcas, representantes comerciais, B2B, internet, parcerias, “shoptour”). Enfim, novamente existem várias perguntas: de que forma vamos lançar nossos produtos no mercado? Como serão conhecidos? Vamos contratar assessoria de imprensa? Vamos colocar anúncios, televisão, participar de feiras nacionais, oferecer os produtos para “vips” que sairão em revistas, jornais? Como seremos conhecidos? E a competitividade, cujo tema é o do concurso, é tudo isso, não se é competitivo excluindo itens do relatado, não se faz “milagre” se a organização não andar como um relógio suíço, bem, se for relógio falso, copiado, com certeza não irá durar muito, quem sabe, mas a indústria tem que ser profissional, seu dirigente ou dirigentes tem que vê-la com a seriedade de um monge, aplicar seus recursos na própria indústria, não retirar dela valores superiores ao razoável, tem um jetton e só, não querer jogar todas as contas

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caseiras no custo da indústria, do produto, ser realista com a situação dela no mercado, senão, não vai durar, pode até aumentar o patrimônio, mas vai afundar o empreendimento, o que vimos em muitas ocasiões. Tudo isso já é a receita do sucesso para ser competitivo, não, se fosse, estaria eu poderoso com o resultado, mas não é, dizem que o sucesso depende 10% de inspiração e 90% de transpiração, pode ser, sei que 100% é dedicação, atenção a todos os detalhes, busca do profissional a todo custo, acompanhamento sistêmico de todos os setores, desde pessoal até produtivo, tudo, caso contrário o sucesso será do vizinho e não o seu e você verá pelas lentes do fracasso, bem, ser competitivo é tarefa árdua, pois a concorrência se esmera todos os dias para se superar e atender ao mercado, mas, é possível, destaquei várias situações e alternativas, podem existir outras, mas, se seguir as relatadas, o sucesso estará passando na porta da fábrica. Competir com o produto chinês ou indiano é difícil, principalmente nos básicos, nos perenes que se comercializam o ano todo, mas na moda, modinha, nos produtos que atendem a tempo curto de maturação, importar é quase impossível pelos riscos, logística, custo do tempo, daí sobra muito espaço para se trabalhar, para se sobressair, depende da capacidade empresarial de se criar dia a dia em busca de resultados. Conheço milhares de empresas/indústrias, muitas vencedoras, outras sobreviventes, conheço pelo Brasil afora as instalações que produzem roupas, em ocasiões se pensa, como pode um cara assim ter sucesso, como pode uma empresa que opera dessa forma vencer, é, meu amigo, a cara ou a forma não destaca ser vencedor, depende do trabalho, da astúcia profissional, da garra, determinação, esforço competitivo, vencer é possível, ser competitivo é natural, ser profissional é dever de quem quer se manter.


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Trabalho e Justiça danos morais e materiais

Direitos trabalhistas e indenizações Nesta edição, apresentamos duas jurisprudências recentes, que abordam situações possíveis de ocorrer em qualquer empresa, independentemente do setor a que pertença. Confira:

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Petrobras - A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho restabeleceu condenação imposta à Petrobras ao pagamento de indenização no valor de R$ 600 mil por danos materiais e morais a um petroleiro que quase perdeu a visão em uma tentativa de assalto em local público. De acordo com as informações dadas pelo preposto da empresa, os empregados da extinta Petrobras Mineração (Petromisa), na qual o petroleiro trabalhava, não tinham conta no banco em que era feito o depósito dos salários. Por isso, os trabalhadores tinham de sacar a ordem de pagamento e, depois, ir até a agência do banco e realizar depósito. O juiz da 12ª Vara do Trabalho de Belém (PA) considerou que o trabalhador, atuante na área de mineração e geologia, foi deslocado por ordem da empresa para executar atividade que era inerente ao contrato. Ressaltou que ele não tinha nenhum tipo de preparo para acompanhar a equipe que faria a transferência de valores destinados ao pagamento da folha dos empregados, estimados em R$ 100 mil na ocasião. Ao estabelecer a indenização, a sentença considerou os danos sofridos decorrentes do episódio. Contudo, ao recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), a Petrobras, detentora majoritária do capital da empresa extinta, reverteu a condenação. Um dos fundamentos da decisão foi que a questão da segurança pública é atribuição estatal, não podendo assim ser responsabilizada pela violência urbana. No TST, a sentença foi restabelecida confirmando a condenação imposta na Vara. A relatora explicou que o pagamento de pessoal é de responsabilidade do empregador e faz parte do risco do empreendimento, considerado acentuado na medida em que envolveu movimentação física de valores entre bancos, feitas por pessoas não habilitadas em ambiente externo. A decisão foi unânime.

Arteplex - Uma empregada demitida ao fim da licença médica para tratamento de transtorno bipolar será indenizada pelo Cinema Arteplex. Para o Tribunal Superior do Trabalho, que negou provimento a agravo da empresa, a dispensa foi discriminatória por ter desrespeitado princípios de proteção à dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho, garantidos pela Constituição. A condenação foi imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), que ressaltou que, embora a empresa tenha se utilizado do direito legítimo de rescindir o contrato de trabalho, as provas relativas ao caso revelaram que ela sabia que a trabalhadora estivera em tratamento de saúde para cuidar do quadro depressivo agudo. Para o TRT-PR, a dispensa após a alta médica foi irregular, já que a empregadora “não observou o dever de cuidado em relação à condição psicofísica da empregada”. O Regional considerou abusiva a demissão e destacou que a legislação civil, ao conceituar o abuso de direito, previu também a ilicitude do exercício que excede os limites fixados pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes (artigo 187 do Código Civil). No recurso interposto ao TST, a empresa pediu a absolvição da condenação de indenizar a trabalhadora em R$ 5 mil, e argumentou que pagou corretamente todos os direitos trabalhistas à época da rescisão contratual. A Sétima Turma do Tribunal, porém, não conheceu do recurso e levou a Arteplex a interpor agravo na tentativa de levar o caso à seção especializada. O relator do agravo, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, explicou que a empresa sustentou contrariedade à Súmula nº 443 do TST, que presume discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite preconceito. Para a Arteplex, teria havido equívoco ao se equiparar o transtorno bipolar a doença grave. Porém, a condenação ocorreu porque a empresa contrariou os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho.

Sindivestuário/Divulgação

Por Maria Thereza Pugliesi | Foto Shutterstock

Dra. Maria Thereza Pugliesi Advogada do Sindivestuário jurídico@sindicatosp.com.br

Com informações do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

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AGENDA

Foto Shutterstock

Programe-se

PREMIÈRE VISION, MOD´AMONT E INDIGO PARIS Depois de passar pela cidade de São Paulo, agora o tradicional evento, que foi realizado pela primeira vez em 1973, chega à cidade de Paris (França). Outros locais também costumam receber o salão, como Nova York (EUA), Xangai (China) e Moscou (Rússia). Essa é uma feira seletiva, voltada para malharias e tecelagens, com foco no mercado europeu, mas que abrange ainda o Oriente Médio e o norte da África. O evento apresentará todas as tendências do outono-inverno para o setor. A entrada é gratuita e exclusiva para profissionais da área e estudantes, nos dois últimos dias do evento. Data: 17 a 19/09/2013 Local: Parque de Exposições Paris Nord Villepinte — Paris Site: www.premierevision.fr

MINAS TREND PREVIEW O Minas Trend Preview é um evento de pré-lançamento de moda que ocorre em duas edições anualmente, na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais). São apresentadas palestras, desfiles e salão de negócios para lojistas de todo o Brasil. Seu objetivo é a troca de conhecimento e integração entre profissionais e estímulo de crescimento do setor. Data: 08 a 11/10/2013 Local: Expominas — Belo Horizonte/MG Site: www.minastrendpreview.com

SPFW – INVERNo/2014 A São Paulo Fashion Week (SPFW) é conhecida como a maior plataforma da América Latina para a divulgação do design e da criatividade brasileira, e sua próxima edição apresentará as tendências do inverno 2014. Data: De 28/10/2013 a 01/11/2013 Local: Bienal do Parque do Ibirapuera — São Paulo/SP Site: ffw.com.br/spfw

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SALÃO BOSSA NOVA A segunda edição do Salão Bossa Nova apresentará coleções para o inverno 2014, entre 7 e 10 de novembro. O objetivo do evento é fortalecer a organização da cadeia produtiva de moda no estado do Rio de Janeiro, impulsionando seu potencial de movimentação e geração de negócios. Data: 07 a 10/11/2013 Local: Píer Mauá — Rio de Janeiro/RJ Site: www.facebook.com/salaobossanova




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