Especial de Saúde 2014

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Centro histórico de Abrantes acolhe mais uma edição da Feira Franca Este sábado, 29 de Março, entre as 9h00 e as 17h00, as praças e largos do centro histórico de Abrantes voltam a receber mais uma edição da Feira Franca e enchem-se de velharias, livros, produtos hortofrutícolas, flores, artesanato, produtos locais e regionais. A novidade é a presença dos brinquedos usados para venda ou troca que estarão na Praça Raimundo Soares, mais conhecida como Largo da Câmara. Cada praça do centro histórico de Abrantes

é dedicada a diferentes tipos de produtos sendo que na Praça Barão da Batalha ficarão concentradas as antiguidades, moedas, livros, brinquedos e materiais em segunda mão. Já no Jardim da República o espaço está dedicado aos produtos hortícolas e produtos locais e regionais, como o mel, vinho, licores e doçaria. Por sua vez o artesanato urbano concentra-se no Largo Ramiro Guedes. Dinamizar o centro histórico da cidade é o

principal objectivo desta iniciativa promovida pela Associação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes em parceria com a Tagus Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior que se realiza sempre no quinto sábado do mês. O certame tem entradas e participação gratuitas e os expositores interessados em expor os seus artigos deverão contactar a Palha de Abrantes ou a Tagus.

ECONOMIA

27 de Março de 2014

Saber mais sobre saúde Abrantes - Um Centro ajuda-nos a estar alerta Histórico que faz bem O MIRANTE desafiou alguns médicos a darem conselhos sobre saúde e a revelarem dados sobre determinadas patologias. O primeiro passo para a cura é a descoberta de algo que não está bem 2

Luís Marçal

Jöelle Parloo

Iniciativa para promover vida saudável de 4 a 23 de Abril 12

Trabalhar honestamente e ser frontal com o cliente é fundamental para o sucesso Paulo Sá Martins é empresário e funcionário público em Benavente Identidade Profissional

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Centro Veterinário de São Nicolau garante serviço de excelência Leila Brandão

Profissionais também colaboram com instituições de animais abandonados Empresa da Semana 14

Clínica de Medicina Tradicional Chinesa Tian Di Ren há 4 anos em Rio Maior António Moreira responsável pela Clínica faz um balanço positivo dos 4 anos de actividade 12 Vítor Paulo Baltazar Martins Monira Osman

Montepio de Nossa Senhora da Nazaré melhora assistência médica Instituição de Torres Novas com domicílios 24 horas por dia aos fins de semana 11

Boas práticas profissionais com a Spyridon

Diogo Baptista

Projecto inovador que desenvolve a educação profissional e a aquisição de competências 11

Eduardo Lopes

Gonçalo Serrador

Antiga escola é sede do Moçarria Aventura Clube 12 EMPREGOS

XIV

CLASSIFICADOS

XVI


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ESPECIAL 27 MARÇO 2014

Saber mais sobre saúde ajuda-nos a estar alerta Médicos da região escrevem sobre aquilo que sabem Quando se trata de saúde, nunca é demais saber mais. Foi a pensar nisso que alguns médicos aceitaram falar de assuntos que dominam, com os leitores de O MIRANTE.

N

ão há cursos de medicina tirados por correspondência nem médicos formados através da leitura de jornais mas é inegável que a curiosidade dos cidadãos sobre assuntos médicos é cada vez maior. O MIRANTE desafiou alguns médicos a darem alguns conselhos sobre saúde e a revelarem alguns dados sobre determinadas patologias e tratamentos. Os que aceitaram sabem que uma informação, mesmo que genérica, pode ser um precioso ponto de partida para a procura de uma ajuda profissional e que o primeiro passo para a cura é a descoberta de algo que não está bem. Ler os textos que compõem este suplemento não ocupa muito tempo nem muito espaço no cérebro. E ninguém ficará com dor de cabeça porque não foi utilizada linguagem científica na sua elaboração. São artigos de jornal e nada mais que isso, des-

Informação é o primeiro passo para um bom entendimento e para uma melhor compreensão do que o médico tem para dizer, aconselhar ou receitar

tinados a revelar algumas curiosidades e a chamar a atenção para certos comportamentos e sintomas. Desafiam-nos a estarmos mais alerta e a mudarmos alguns comportamentos. Despertam-nos a vontade de sabermos mais sobre nós próprios. Ensinam-nos a perceber se vale a pena procurar ajuda médica e a explicarmo-nos melhor aos médicos quando lhes queremos dizer o que sentimos. Nenhum médico gosta de receber lições de medicina, de alguém que de medicina nada percebe. Mas qualquer médico gostará de ter na sua frente um doente informado, porque a informação é o primeiro passo para um bom entendimento e para uma melhor compreensão do que o médico tem para dizer, aconselhar ou receitar. Esperamos ter cumprido a missão de informar com a ajuda dos médicos que responderam ao nosso desafio.

Implantes Dentários - O que são e para que servem? Diogo Baptista - Médico Dentista e Director Clínico da Denticare

Reabilitação Total do Maxilar Superior

Gonçalo Serrador - Médico Dentista Director da Clínica Dr. Serrador

Salvaterra de Magos sem Médicos de Família. As causas?

Luís Marçal - Médico de Clínica Geral Director da Clínica Dr. Luís Marçal

O Futuro é agora

Vítor Martins - Médico Cardiologista e Arritmologista - Responsável Clínico da Clínica do Coração Santarém e Vice-Presidente da Associação BateBate Coração

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Depressão / Ansiedade / Luto / Disfunção Sexual / Avaliação Psicológica (reforma, renovação de carta) / Hiperactividade Santarém / Rio Maior / Almeirim / Coruche - www.psiclinicas.webs.com

Trombose ocular

Eduardo Lopes - Médico Oftalmologista - Director da Climeco

Sabiam que é possível ter um sorriso perfeito só com a prevenção?

Leila Brandão - Médica Dentista Directora da Clínica Boca a Boca

(Sobre)Viver

Monira Osman - Psicóloga e Directora Técnica do Lar e Repouso do Ribatejo e Lar da Minha Mãe

Posturopodia, Palmilhas de Correcção Postural Joelle Parloo - Podologista


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Monira Osman*

(Sobre)Viver E

nquanto técnica de saúde mental e prestadora formal de cuidados continuados ao idoso, vejo como principal missão nesta área, o Cuidar. Para isso, quanto maior o conhecimento desta realidade, melhor a nossa capacidade para intervir e estruturar respostas aos problemas inerentes à Terceira Idade. Aqui se inscreve a problemática do envelhecimento. O carácter irreversível do mesmo pode suscitar sentimentos ambivalentes e comprometerem a natural aceitação da mudança e necessária adaptação a esta fase. Este fenómeno é multifactorial, nele se inscreve todo um processo biológico contínuo de declínio das capacidades e funções (motoras e cognitivas), que influenciam e diminuem a resistência e adaptabilidade do organismo a pressões do meio envolvente. Ocorrem alterações bio-psico-sociais que se cruzam com factores hereditários responsáveis pelo envelhecimento normal e/ou envelhecimento patológico. O primeiro diz respeito às modificações ocorridas ao nível do organismo, em consequência do aumento da idade, o segundo, caracterizado pelas afecções crónicas e degenerativas que emolduram e definem a difícil etapa da velhice. Num e noutro processo o envelhecimento traz necessidades específicas: suporte emocional, acompanhamento médico, ajustamento à sua condição física, entre outras. Assumem especial importância, na preservação e manutenção destes aspectos, as respostas sociais desenhadas para o idoso. In-

serem-se neste âmbito os lares com valências de internamento permanente ou temporário, vocacionados para responder aos seus clientes com limitações geradas pelo avanço da idade. Estes equipamentos sociais, disponibilizam uma equipa multidisciplinar que procura intervir tendo em conta as necessidades e promover a estabilização/retardamento do processo de envelhecimento. É fulcral envolver todos os meios que possam melhorar o bem-estar do idoso: ao nível da socialização, tendo em conta as suas motivações e dando significado às actividades de vida diária, ao nível neuro-psicológico fazendo estimulação cognitiva e trabalhando a labilidade emotiva, ao nível biológico devido à diminuição da capacidade de resposta à mudança e à doença. Os lares de idosos, que procuram trabalhar estas variáveis de forma continuada e direccionada, promovem serviços que ajudam o seu cliente a fortalecer a sua auto-estima, a reconstruir a sua imagem adaptada à realidade em que se encontra, integram-no num grupo em consequência da assunção de um novo status social, redimensionando objectivos de vida sempre valorizando o que aprendeu, fez, viveu, conquistou ou suportou. A velhice é parte integrante da condição humana, os condicionalismos são muitos, os obstáculos ainda maiores porém, quando apoiados e balizados, permitimos ao idoso uma vida mais estruturada e coerente com o sentimento de pertença a uma sociedade que se quer coesa, observadora e interventiva em Cada Um como Um Todo. *Psicóloga e Directora Técnica do Lar e Repouso do Ribatejo e Lar da Minha Mãe

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Salvaterra de Magos sem Médicos de Família. As causas?

Luís Marçal *

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uando há cerca de 12 anos tomou posse o então director do Centro de Saúde, Dr. Alves Dias, houve alguma esperança entre os médicos residentes de algumas transformações para melhor. Tal não aconteceu! Imbuído dum espírito ditatorial, Socrático, o tal Alves Dias começou a ameaçar tudo e todos com processos disciplinares. Tal facto, ante a apatia duma gestão camarária medíocre do Bloco de

Esquerda, que se dedicou a perseguir um e só um determinado médico, esquecendo o que se estava a passar no concelho em termos de Cuidados Primários de Saúde e sem tomar providências no sentido de alterar a situação, permitiram a esse fulano continuar a manter a sua arrogância fazendo com que cerca de 12 médicos, já fixados ou que se queriam fixar no Serviço Nacional de Saúde do concelho, o abandonassem, ou fugissem logo que possível

da alçada do dito director. Tal facto, apesar dos esforços da actual gestão camarária enquanto oposição, levou a que neste momento o concelho tenha as localidades de Muge e Granho sem médicos, Glória do Ribatejo onde chegou a haver três clínicos mantenha uma médica neste momento, Marinhais com capacidade para três médicos de família, mantenha apenas o corajoso Dr. César Damásio, Foros de Salvaterra onde chegou a haver três clínicos, mantenha apenas o Dr. Mário Rosa e Salvaterra de Magos, sede do concelho, apesar de tudo, mantenha quatro médicos de família sendo que dois já requereram a reforma e haja uma médica com graves problemas de saúde que a obrigam a ausências frequentes das suas funções e um médico recém chegado. Tais atitudes do director de então, que deveriam ser averiguadas e tratadas de acordo com o resultado das averiguações nunca foram sequer tidas em conta e neste momento mais de metade da população do concelho não tem médico de família, sem que ninguém, nem Director do Centro de Saúde nem coordenador da ARS, então o Socialista Carlos Ferreira, sejam responsabilizados por tal. *Médico


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Sabiam que é possível ter um sorriso perfeito só com a prevenção? A prevenção está cada vez mais nas nossas vidas e em todas as áreas, por isso achei interessante falar sobre a prevenção na medicina dentária. Vocês sabiam que é possível prevenir dentes desalinhados? E melhor ainda, que é possível prevenir a cárie? Com uma gravidez bem planeada, acompanhada, podemos ter um bebé mais saudável e acompanhado por médico dentista pode chegar aos 12, 13 anos com os dentes direitos, saudáveis e sem nenhuma cárie? Para isso o custo desse sucesso é quase “zero”. A consequência da falta de prevenção gera crianças que não dormem direito, não se alimentam como deve de ser e consequentemente não têm boa qualidade de vida, menor rendimento escolar e como comprovado em estudos, estas crianças são até menos felizes. Em seguida vou dar algumas dicas do que fazer para essa história não se repetir nas gerações seguintes. Quando uma gravidez é planeada, os pais começam por ir a uma consulta de ginecologia ou obstetrícia onde fará exames médicos para ver se está tudo bem com a sua saúde geral. É recomendado ácido fólico, medicamento que previne alguns problemas de formação, o mais importante para a boca do bebé é o correcto desenvolvimento da formação dos ossos e tecido mole dos maxilares, prevenindo o lábio leporino. Esse medicamento geralmente é tomado 3 meses antes e durante toda a gravidez. Também faz parte do planeamento uma visita ao dentista, fazer um check-up e uma ortopantomografia. Após o nascimento do bebé a prevenção continua, nessa fase com uma boa higiene oral que é efectuada a cada mamada com uma compressa ou ponta da fralda, que os pais, com o dedo indicador devem passar por toda a superfície oral, língua, céu da boca, gengiva, bochecha. Habituando assim o bebé à higiene oral. É por volta dos 7 meses que começam a erupcionar os primeiros dentes do bebé, os quais já devem ser higienizados, existe pasta de dentes própria para essa idade, existe também um dedal com umas cerdas na ponta que servem de escova. É por volta dos 2 anos que os pais devem consultar o dentista. Esta 1ª consulta é muito importante para avaliar a saúde oral da criança, a qual já deverá apresentar 20 dentes (dentição decídua completa), o dentista vai detectar hábitos nocivos, ensinar o uso de fio dentário, a correta higienização e programar a execução de selantes nos 8 molares da mama. A maior parte dos pais não sabe, mas para esta intervenção existe através do Sistema Nacional de Saúde, o cheque dentista. O Selante é um simples verniz que é aplicado por cima do dente, onde muitas vezes a comida se entranha e nem com uma boa escovação é removida completamente. Fazer os selantes é prevenção! A escovagem deve ser com uma escova de dentes pequena e macia com dentífrico fluoretado (1100-1500 ppm de flúor), numa quantidade equivalente a

foto O MIRANTE

ESPECIAL

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Leila Brandão* uma ervilha; Deve ser sempre após as refeições, mas se não for possível pelo menos de manhã e ao deitar. Chamo especial atenção para o famoso biberão nocturno, dê somente leite puro, não utilizar açúcar, chocolate ou mel no mesmo e muito menos na chupeta. Não menos importante é o uso do fio dentário. Deve ser logo desde pequeno que se deve começar habituar a usar. A chupeta é outra questão muito importante a ser levada em consideração, apesar das controversas opiniões de vários médicos dentistas, eu acredito que são verdadeiros calmantes e consolam as crianças pois essas tem mesmo uma necessidade oral e de sucção muito grandes, mas deve ser retirada até aos 3 anos de idade pois o seu uso a partir dessa data pode ser prejudicial. Após a selagem dos dentes, a criança deve fazer uma consulta de rotina no dentista de 6 em 6 meses. No exame de rotina eu observo se há cáries, o posicionamento dos dentes, se a higienização está a ser feita de forma correcta, entre outros problemas orais. Com este exame de rotina de 6 em 6 meses é muito mais fácil a intervenção ser feita a tempo. Na fase da dentição mista algumas crianças que apresentam dentes tortos já podem usar os aparelhos removíveis que são muito menos dispendiosos que os aparelhos fixos e na maioria dos casos previne a utilização dos fixos. A prevenção continua com a erupção dos

No exame de rotina eu observo se há cáries, o posicionamento dos dentes, se a higienização está a ser feita de forma correcta, entre outros problemas orais

primeiros molares aos 6/7 anos, para a selagem desses dentes é oferecido o cheque dentista nas escolas, a seguir aquando da erupção dos pré-molares também há os cheques dentistas aos 11 anos e aos 13 anos também para o selamento dos segundos molares. Há também o cheque dentista aos 16 anos. Não perca tempo, comece já a sua prevenção, pense no futuro do seu filho, na vossa saúde, no vosso bem estar. *Médica dentista


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Implantes Dentários - O que são e para que servem? O s Implantes Dentários oferecem inúmeras vantagens em relação às próteses removíveis convencionais: As próteses removíveis deslocam-se com facilidade provocando dor nas gengivas. Esse movimento leva também a que a mastigação não seja eficaz, podendo provocar problemas gastrointestinais. Com uma prótese implantossuportada, a eficiência mastigatória é enormemente melhorada; Não necessitam dos inestéticos ganchos; Após a extracção de dentes, a altura das gengivas vai-se perdendo ao longo dos anos. Os implantes favorecem a preservação da gengiva, enquanto que uma prótese removível não o faz; Os implantes melhoram a auto-estima, pois os pacientes perdem o medo que a prótese se desloque enquanto falam ou mastigam em frente a outras pessoas; As próteses implanto suportadas são menos volumosas e por isso mais confortáveis. Também o recobrimento do palato, que pode provocar vómitos e diminuição do paladar, é reduzido ou eliminado com a utilização de implantes. A utilização de implantes dentários para suportar dentes artificiais, revolucionou a prática clínica em medicina dentária, tornando-se um dos principais avanços científicos desta área. Agora é possível e previsível substituir os dentes ausentes, sem as preocupações com a falta de estabilidade e de retenção das próteses removíveis convencionais.

1 - O que são os implantes dentários? Os implantes dentários são substitutos artificiais das raízes dos dentes que, por diversos motivos, tiveram de ser extraídos. São cilindros de titânio que são colocados no osso dos maxilares e que funcionam como pilares, aos quais são conectadas as coroas protéticas. 2 - Para que são utilizados? Os implantes dentários podem ser utilizados em múltiplas situações clínicas, desde a substituição de um só dente ou até mesmo de todos os dentes da cavidade oral. A estes implantes, por sua vez, são conectadas as coroas designadas implanto suportadas. Esta é uma opção fixa, mais parecida com os dentes naturais, em que não consegue remover a sua coroa. Um implante dentário será, na maioria dos casos, a solução ideal para substituir um dente isolado, por apresentar maior longevidade, permitir a manutenção do osso, e eliminar a necessidade de desgaste dos dentes remanescentes. São também indicados para melhorar a retenção de próteses removíveis, bastando para isso a colocação de um número reduzido de implantes. As próteses removíveis implanto suportadas possuem sistemas de encaixe nos implantes, sendo por isso mais estáveis e confortáveis que as próteses removíveis convencionais que assentam apenas na gengiva e/ou dentes naturais. Cada caso será avaliado pelo médico dentista através de exames radiográficos específicos. Estudos demonstram que este tratamento tem uma taxa de sucesso

te um acompanhamento activo e atento, centrado na sua pessoa, nos seus cuidados médicos e nas suas necessidades específicas. Um acompanhamento que se repete em cada fase da sua vida e que demonstra o nosso investimento no seu conforto e bem-estar. Uma relação que se renova em cada visita. * Médico Dentista (Director Clínico Denticare)

Diogo Baptista* de 97%, caso não existam factores de risco associados, sendo por isso um tratamento seguro. Na Clínica Denticare encontra um corpo clínico de grande experiência médica e humana, que reserva para cada pacien-


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ESPECIAL

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colesterol elevado e glaucoma, tabagismo, doença de chron, após vacina da hepatite B, anemia por falta de ferro, sífilis e sida mas a maioria não tem causa reconhecida. A oclusão venosa da retina leva a perda súbita da visão se for da veia central ver uma mancha escura no campo visual se for de um ramo da veia. Pode dar sintoma de ver teias de aranha. Elas poderão ser isquémicas ou não isquémicas podendo provocar edema macular (local nobre do olho onde esta visão central). A isquémica pode levar ao aparecimento de vasos sanguíneos anormais e dar uma situação que se chama de glaucoma neovascular de situação grave. Tratamento será de injectores intravitreas (dentro do olho), fotocoagulação laser da retina e por vezes vitrectomia via pars plana a depender de exames clínicos e complementares. * Oftalmologista

Eduardo Lopes*

Trombose ocular A

Trombose Ocular é um bloqueio da circulação sanguínea retiniana causada pela obstrução (trombose) da veia central

da retina ou de um dos seus ramos. Os principais factores de risco são: hipertensão arterial, outras doenças cardiovasculares nomeadamente insuficiência aórtica, diabetes,

MEDICINA DENTÁRIA

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ESPECIAL 27 MARÇO 2014

Vitor Paulo Baltazar Martins*

O Futuro é agora As doenças cardiovasculares são responsáveis por 40% das mortes anuais em Portugal e são a primeira causa de internamento hospitalar. Os seguintes dados estatísticos explicam esta situação: Consumo de sal de 12 g por dia (Jorge Polónia e col.) - 6 vezes o recomendado. 53% dos adultos entre os 18 e os 64 anos são obesos (Isabel do Carmo et al).

42% dos portugueses são hipertensos (Estudo PAP de Espiga de Macedo e col.) e destes menos de 50% estão controlados. 29% têm síndrome metabólico (conjunção de 3 ou mais factores de risco - Estudo Valsim). 30% são fumadores (Dias e col). 1.000.000 de diabéticos (10% da população), estando diagnosticados e tratados menos de 50%. 200.000 sofrem de fibrilhação auricular que é a arritmia mais prevalente (Estudo Fama) sendo esta responsável por ¼ dos acidentes vasculares cerebrais (AVC). Todas estas situações conduzem à perda de dias de trabalho, ao agravamento das contas da segurança social e à perda de qualidade

das populações. Ao momento actual, ainda não é possível modificar a nossa carga genética, pelo que deve ser enfatizada que as alterações dos comportamentos, nomeadamente o excesso calórico na alimentação, a falta de exercício físico, o tabagismo, o mau controlo da diabetes e dos valores do colesterol, conduzem ao agravamento da aterosclerose e que se traduz em 12.000 enfartes do miocárdio / ano, 266.000 doentes de insuficiência cardíaca crónica (Estudo Epica) e 20 casos / dia de morte súbita. Neste contexto é muito importante tratar os factores de risco, nem sempre óbvios mas cuja prevalência duplica a cada década de vida. Cerca de 15.000 pessoas morrem em Portugal vítimas de arritmias cardíacas, sendo a morte súbita a sua forma de apresentação na sua maioria. Estas acontecem sobretudo por falta de prevenção e informação. 89% dos portugueses desconhecem que as arritmias cardíacas podem ser fatais se não forem tratadas. O diagnóstico de uma arritmia é feito numa consulta médica pela história clinica, pela história familiar, pelo exame físico e por alguns exames. O electrocardiograma é o exame que regista a actividade eléctrica do coração e poderá identificar a arritmia. No entanto para um diagnóstico mais preciso em algumas situações são necessários registos electrocardiográficos de 24 horas, 48 horas, 7 dias ou 30 dias. Em situações mais complicadas implantam-se microdispositivos, os chamados detectores de eventos, com monitorização remota, que vão permitir identificar arritmias potencialmente fatais. Um ecocardiograma permite avaliar o coração, verificar as suas dimensões e o seu funcionamento como bomba que ejecta sangue na circulação. Deste modo permite diagnosticar ou excluir a presença de cardiopatia es-

trutural. É um exame extremamente importante na segurança na prática de exercício físico em desportos altamente competitivos em idades jovens ou na prática de exercício regular em idades mais avançadas. As novas técnicas de imagem permitem reconhecer doença cardíaca incipiente. Deste modo dispomos actualmente de uma série de ferramentas diagnósticas que permitem actuar numa fase mais precoce da doença cardíaca com inequívocas vantagens no prognóstico final. Temos terapêuticas farmacológicas e dispositivos médicos (pacemakers, cardioversores desfibrilhadores) que permitem salvar vidas. A utilização de células mesenquimais para a terapêutica regenerativa intracoronária está a dar os primeiros passos no tratamento do enfarte agudo do miocárdio. Com diagnóstico realizado podemos tratar e orientar, melhorando a sobrevida. Por isso não deixe de recorrer ao seu médico. * Médico Cardiologista e Arritmologista (Responsável Clínico da Clínica do Coração Santarém e Vice-Presidente da Associação Bate-Bate Coração)


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Reabilitação Total do Maxilar Superior

Gonçalo Serrador*

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ste caso clínico é sobre a reabilitação total do maxilar superior de uma paciente de sexo feminino na casa dos 50 anos, que perdeu todos os dentes do maxilar superior (foto 1). A perda desses dentes deveu-se a doença periodontal, habitualmente designada por piorreia. A título de curiosidade esclareço que, na cavidade oral podem existir problemas nos dentes propriamente ditos (cáries por exemplo), ou problemas naquilo que “agarra” os dentes (gengiva e osso). Este tipo de problemas, na gengiva e no osso, afectam 80% da população portuguesa e saliento o facto de que, o sangramento durante a escovagem dentária é sinal de que esta doença está activa. Sublinho ainda que, qualquer tratamento que se faça em quem quer que seja, está condenado ao fracasso se não houver um trabalho de equipa, isto é, o paciente receber informação por

Surto de gripe já acabou e foi moderado Vacinação gratuita dos idosos é para continuar Segundo o Ministério da Saúde a actividade gripal em 2013-2014 foi moderada, quando comparada com a da época 2012-2013, apesar de o início da sua fase mais intensa “ter sido mais abrupto”. Dados provisórios indicam que a época gripal foi, em 2013-2014, mais curta, durando menos duas a três semanas que na época anterior. O pico mais elevado da gripe, que ocorre normalmente entre Janeiro e Fevereiro, aconteceu, em 2014, na quarta semana do ano, mais precocemente, face a 2013, e com uma taxa de incidência maior, de 90 casos por cem mil habitantes, contra o máximo de 69,6 casos por cem mil habitantes na décima semana de 2013. O número de internamentos em cuidados intensivos foi, no entanto, inferior na época 20132014, comparativamente à de 2012-2013: verificaram-se 97 internamentos, de Outubro de 2013 até ao fim da nona semana de 2014 (de 24 de Fevereiro a 02 de Março), enquanto na época anterior se registaram 121. Pelo segundo ano consecutivo, “desde que a vacinação antigripal é distribuída, nos centros de saúde, gratuitamente a idosos e a outras pessoas com risco mais significativo, não houve pico invernal na mortalidade esperada”. O Ministério adianta que o vírus do subtipo A (H1)pdm09 (pandémico 2009) foi o detectado na maioria dos casos analisados, sendo que todos os vírus da gripe confirmados “são semelhantes às estirpes que integram a vacina antigripal 2013-2014”. Segundo o Ministério da Saúde, 62 por cento dos idosos foram vacinados na época 2013-2014, o que representa um aumento de 11 por cento face a 2012-2013, apesar de o processo de vacinação ter sido afectado pela impossibilidade de Portugal “contar com um dos fabricantes habituais da vacina a nível mundial”. Perante os “resultados positivos”, a tutela compromete-se a continuar com a distribuição gratuita da vacina através dos centros de saúde.

parte do médico e cumprir com as “suas obrigações” em termos de higiene oral. Neste caso em particular a opção foi colocar 4 implantes no maxilar superior (implantes dentários são raízes artificiais) e aguardar o período de osteointegração (que é o “agarrar dos implantes” por parte do osso), que durou aproximadamente 4 meses. Passada esta primeira fase, designada por fase cirúrgica, avançou-se para a colocação dos dentes. Aos implantes (raízes artificiais), foi então conectada uma prótese. A prótese escolhida foi em metal e acrílico (foto3), prótese sem céu da boca, fina, que ocupa pouco mais que o volume dos dentes naturais. A união entre os implantes e essa mesma prótese foi feita por elementos metálicos

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aqui designados por conectores (foto 2). É de notar que os implantes estão “dentro “ do osso e portanto não se vêem, sendo apenas visível na boca os conectores. Este tipo de solução tem na minha óptica profissional o melhor dos dois mundos. Por um lado as vantagens de uma reabilitação fixa, porque não mexe, por outro as vantagens de uma reabilitação móvel, que são o facto de a prótese poder sair para a pessoa poder higienizar. A higiene deve ser feita diariamente e convenientemente tanto nos conectores, que estão sempre em boca e não saem, como na prótese. Desta forma aumenta-se significativamente a taxa de sucesso a longo prazo deste tipo de solução. Confesso ainda que este tipo de reabilitação é a que me deixa “mais descansado”. Os eventuais problemas a longo prazo serão o desgaste dos dentes e o “lascar” do acrílico por exemplo, tudo facilmente solucionável. Como vantagens temos entre outras, a estética (foto4), o preço (esta solução fica muito mais barata que uma reabilitação fixa) e a fidelidade a longo prazo. Peço desculpa pelo pouco rigor científico do texto, mas o objectivo e fazer-me entender por todos e não só pelos profissionais da área. * Médico Dentista


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Posturopodia, Palmilhas de Correcção Postural A

o inverso das Palmilhas Ortopédicas que tratam exclusivamente problemas localizados nos pés e membros inferiores, existem também Palmilhas Posturais. Essas tomam em consideração a integridade do corpo humano, tendendo a prevenir e a tratar as perturbações funcionais da postura e do equilíbrio. A Posturologia estuda o Sistema Postural Fino que permite ao ser humano situar-se no seu espaço, utilizando o olho, o ouvido interno, o pé, a propriocepção e a viscerocepção. Ao contrário do que parece, não é o ouvido interno que nos permite situarmo-nos no espaço, no meio envolvente, mas sim outras entradas do sistema postural, em prioridade os pés, os olhos e a pele. Os elementos posturais colocados nas palmilhas, são extremamente finos (até 3 mm) e actuam nos neuro receptores localizados na pele da planta dos pés e informam o sistema nervoso central que responde regulando as oscilações posturais através dos músculos extrinsecos dos pés. O estudo do sistema tónico postural aborda as diferentes patologias através de tratamentos mais etiológicas “tratando assim as causas e não as consequências” reprogramando este sistema a partir dos seus captores alternados. Desde a artrose à escoliose, passando pelas hérnias discais muitas patologias têm em comum “constrangimentos” anormais provocando um desequilíbrio do sistema técnico postural e dos seus vários captores. Daí aconteçam as básculas, rotações e torsões a nível das vá-

rias estruturas ósseas, das cinturas pélvicas e escapular, das articulações e provocam forças anormais nas cápsulas articulares nas superfícies cartilaginosas “levando ao desgaste” e nos ligamentos e músculos. Esses constrangimentos são responsáveis da maioria das patologias dolorosas crónicas. No caso da hérnia discal, por exemplo, não é só o movimento brusco, nem um esforço em rotação que a provoca, mas também constrangimentos oblíquos e em torsão num disco, durante anos, que provoca a degenerescência do núcleo intervertebral. Num exame clínico são avaliadas as queixas dos pacientes, os seus vários captores e é feita uma análise postural estática e dinâmica com uma bateria de testes sempre reprodutíveis, para verificar a resposta do corpo à colocação dos elementos e também para avaliar a evolução no tempo da reprogramação. Um estudo numa plataforma de estalibometria pode vir a complementar os dados clínicos. Uma plataforma de podometria só mede a repartição da pressão plantar e é menos relevante neste caso. As palmilhas posturais podem intervir em vários campos, como enxaquecas, perturbação auditiva (zumbidos e apitos) vertigens, perturbações oculo-motoras e falta de concentração - disfunção da ATM, dores de coluna, hérnias discais, nevralgias, patologia da anca, joelho e pé - perturbações estáticas da criança, dislexia, distúrbio da aprendizagem, enuresia, alteração espacial - perturbações digestivas e incontinência urinária ligeira. Às vezes uma ou várias entradas são perturbadas, ou exis-

Joelle Parloo* tem lesões traumáticas que têm de ser tratadas em primeiro lugar, sendo as outras queixas secundárias. Por isso, o bom funcionamento de uma reprogramação postural depende de um trabalho em conjunto, com uma equipa pluridisciplinar, com o médico ortopedista,

oftalmologista, dentista, fisiatra, osteopata, fisioterapeutas, entre outros. Sabendo que as emoções também influenciam muito a nossa postura.........deixo aqui uma porta aberta para reflectir! * Podologista


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27 MARÇO 2014 | O MIRANTE


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