Especial Sardoal e Alcanede (Edição 1160 - 18-09-2014)

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Politécnico de Tomar e empresa produzem filme de animação em 3D O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a Sketchpixel encontram-se a produzir um conjunto de filmes de animação 3D para o mercado publicitário francês, recorrendo a modernas tecnologias digitais e de computação gráfica, no âmbito do Laboratório de Investigação Aplicada em Tecnologias Visuais e Interativas (LIATVI.ipt). Trata-se de um laboratório que resulta da parceria entre o IPT e a Sketchpixel (uma em-

presa portuguesa com actividade internacional na área das novas tecnologias) que se encontra a desenvolver um conjunto de aplicações na área da manipulação e gestão de conteúdos multimédia com base em plataformas móveis e “cloud computing” destinados aos mercados brasileiro e monegasco. O IPT conta, na sua oferta formativa, com o mestrado em Produção de Conteúdos Digitais,

ECONOMIA

que forma profissionais especializados em Modelação 3D, Computação Gráfica e Programação com uma elevada taxa de empregabilidade. De acordo com a instituição de ensino superior, estes profissionais têm sido contratados como especialistas em empresas do sector, nomeadamente pela Sketchpixel, e recrutados para os projectos internacionais no âmbito do LIATVI.ipt.

18 de Setembro de 2014

Mação merece ser município piloto para projecto de gestão da floresta em minifúndio O concelho de Mação vai acolher um projecto-piloto de gestão total de Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e testar novos modelos de gestão do território agrícola e florestal assente em minifúndio. A possibilidade foi confirmada a O MIRANTE pelo secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, que visitou Mação na segunda-feira, 15 de Setembro 5

Monopólio no sector condiciona aumento dos preços na venda da cortiça Produtores e intermediários são obrigados a sujeitarem-se aos preços que os grandes compradores oferecem 17

Scalmaque a experiência ao serviço do cliente

Montagem e assistência de equipamentos hoteleiros Empresa da Semana 10

Mercados Ribeirinhos emanciparam-se para continuar a valorizar o rio Tejo Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha vão continuar a receber a iniciativa de valorização das potencialidades e produtos locais 5

Lar do Centro Social do Pego abre na segunda-feira Mais uma valência a juntar à creche, jardim-de-infância, centro de dia e apoio domiciliário 18

Bolsas de estudo do ISLA Santarém para estudantes que residam no distrito

Valor das bolsas é de 1.500 euros e as candidaturas encerram a 17 de Outubro 14


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ESPECIAL SARDOAL 18 SETEMBRO 2014

Festas do Sardoal com produtos da terra e espectáculos musicais

Exposição assinala 10 anos do Centro Cultural Gil Vicente foto arquivo O MIRANTE

VALOR. O público vai encontrar nas festas alguns dos produtos característicos da região

Ana Laíns e o espectáculo “ABBA MIA - Tributo a ABBA” são apenas duas das atracções musicais das Festas do Concelho do Sardoal 2014, que este ano decorrem entre 19 e 22 de Setembro. As tradicionais festas do concelho do Sardoal estão de regresso à vila ribatejana, entre 19 e 22 de Setembro, celebrando os 483 anos de elevação do Sardoal à categoria de vila (por Carta Régia de D. João III, em 22 de Setembro de 1531). Do programa destaca-se uma grande variedade de espectáculos musicais a pensar nos diversos públicos. A abertura das festas está marcada para sexta-feira, 19 de Setembro, às 18h00, com uma guarda de honra prestada pela Filarmónica União Sardoalense, na Praça da República, seguindo-se uma breve sessão solene de boas-vindas no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Em seguida, a co-

mitiva visita a mostra de produtos locais na Praça Nova, uma iniciativa que reúne cerca de 20 stands que irão dar a conhecer o que de melhor se produz no concelho do Sardoal em termos de artesanato, doçaria e vinhos, e também nos concelhos vizinhos de Abrantes e Constância. Doçaria local, tecelagem, artigos em linho, doces e compotas, produtos biológicos, vinhos, trabalhos em trapologia, retalhos e papel EVA, customização, sabonetes artesanais de azeite, bijuteria em couro e cortiça, bordados e ponto cruz, cartonagem, artesanato feito a partir de oliveira e videira são alguns dos exemplos daquilo que os visitantes podem encontrar no local. A maioria dos artesões presentes na mostra têm os seus trabalhos em exposição e venda, durante o resto do ano, no espaço “Cá da Terra”, no Sardoal. À semelhança de anos anteriores, o Centro Social dos Funcionários do Município do Sardoal vai estar representado no local, produzindo pão com chouriço em forno de lenha.

ANA LAINS VAI DAR MÚSICA A cantora Ana Laíns e o espectáculo “ABBA MIA - Tributo a ABBA” são duas das atracções musicais das festas que decorrem no palco principal, montado na Praça da República. A música arranca na sexta-feira, dia 19, pelas 22h30, com a actuação de Filipe Santos, músico do Entroncamento e revelação da primeira edição do programa da RTP “Operação Triunfo”. No sábado, dia 20, a partir das 22h30, decorre o VII Encontro de Bandas Filarmónicas, com a presença da Filarmónica União Sardoalense, a anfitriã, da Banda Filarmónica de Safara (Moura, Alentejo) e de uma filarmónica convidada. No domingo, 21, Ana Laíns sobe ao palco pelas 22h30 e na segunda, 22 de Setembro, a partir das 22h00, o espectáculo ABBA MIA - Tributo a ABBA encerra as Festas do Concelho do Sardoal, recordando este grupo sueco que fez furor nos anos 70. Paralelamente, também o GETAS (dia 19, 21h30), grupo Piano Vox (dia 20, 21h00), Charanga Ramboia (dia 21, 17h30) e Pedro Dyonysyo (dia 22, 18h30), vão animar o espa-

As exposições voltam a ter lugar de destaque nas Festas do Concelho do Sardoal. Exemplo disso é uma mostra de fotografias, cartazes e outros documentos alusivos aos 10 anos de existência do Centro Cultural Gil Vicente, fazendo uma retrospectiva do seu percurso. A inauguração está marcada para 19 de Setembro, a partir das 18h00, e prolonga-se até dia 7 de Dezembro. Desde 22 de Setembro de 2004, data da inauguração oficial, até ao final de 2013, o Centro Cultural Gil Vicente registou quase 2 mil eventos. Também o espaço Cá da Terra terá patente, também a partir do dia 19 de Setembro e até 28 de Novembro, uma Exposição Documental e de Instalação sobre o ciclo da resina. À semelhança de outras exposições que já tiveram lugar nesse espaço, esta também pretende divulgar e promover a história e cultura do concelho do Sardoal. A mostra irá expor o ciclo da resina, salientando a importância sócio-económica que a resina teve nesse concelho, principalmente nas freguesias de Alcaravela e Santiago de Montalegre, recordando a autarquia que, na década de 1970, Portugal era o maior produtor de pinheiro bravo do mundo, encontrando-se o concelho do Sardoal integrado na maior mancha de pinhal bravo do país.

ço da Praça Nova, onde decorrerá a Mostra de Produtos Locais. No Dia do Concelho, 22 de Setembro, a Companhia Nacional de Bailado apresenta-se no Centro Cultural Gil Vicente, com um espectáculo que integra excertos de “O Lago dos Cisnes”, “Orfeu e Eurídice”, “A Bela Adormecida” e “Giselle”.


18 SETEMBRO 2014 ESPECIAL

SARDOAL

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Aqui é que se está bem e é por aqui que queremos continuar Os elogios são para as festas, para a gastronomia, para o património, para a vida e para a vila. Para os inquiridos por O MIRANTE abandonar o Sardoal está fora de questão. Há quem lance desaios para travar a desertiicação do interior. Que cada um invista o que puder na

Andreia Costa, empresária, Sardoal

“Se cada um investisse um pouco na sua terra não havia aldeias desertas” A jovem empresária Andreia Costa, que abriu no centro do Sardoal, a “Villa Baco”, uma loja de vinhos, considera que as festas do concelho são importantes para todos. “Para nós, que vivemos cá, representam uma motivação acrescida, para as pessoas que são de cá mas vivem fora porque são sempre um momento de reencontro, uma

sua terra natal, por exemplo. Receber amigos é um prazer mas o prazer é maior quando se trata de recebê-los numa terra com tanta beleza. Cada um tem o seu roteiro próprio para guiar visitantes. Pela descrição vale a pena aceitar todas as sugestões...de uma ponta à outra.

oportunidade de voltar às suas raízes e depois porque atraem muita gente de fora”, atesta. Andreia Costa considera que as festas contribuem para a dinâmica e para a economia do concelho, apesar de se realizarem em pleno arranque do ano lectivo, com todos os gastos escolares das famílias inerentes a esta época. Se recebesse amigos no Sardoal, diz que os levava a todas as Igrejas e Capelas e à Villa Baco (obviamente) e faria com eles um roteiro pelas fontes, bem como um passeio pela vila que considera que acaba por encantar “só por ela própria”. Quanto à comida, aconselharia a experimentarem a cozinha fervida à moda do Sardoal (uma espécie de açorda) e as tigeladas da Artelinho, de Alcaravela. Andreia Costa já tem um outro negócio aberto em Alferrarede, Abrantes, onde reside actualmente apesar de continuar a manter residência no Sardoal. Se conseguisse ter dinheiro, provavelmente, investia numa grande cidade mas nunca fecharia o negócio em Alferrarede ou no Sardoal. “É necessário e extremamente importante que haja novas vidas nas regiões mais pequenas. Se cada um de nós pudesse investir qualquer coisa na sua terra não havia nenhuma aldeia do interior que estivesse despovoada”, conclui.


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ESPECIAL SARDOAL 18 SETEMBRO 2014

António Mendonça, empresário, Sardoal

André Rodrigues, médico dentista, Sardoal

Mª Manuela Gaspar, cabeleireira, Alcaravela (Sardoal)

“As festas servem para divulgar o que fomos e quem somos”

“O Sardoal é uma vila cativante”

“Só por extrema necessidade deixaria o meu concelho”

“As festas, na minha opinião, são mais importantes para as gentes do concelho, pelo seu significado histórico, pela atracção que provocam a quem nos visita”. Quem o diz é António Mendonça, empresário do Sardoal, acrescentando que as festividades também servem “para divulgar o que fomos e quem somos”. O gerente da Construssar mostrava aos amigos que o vinham visitar ao Sardoal vários lugares mas um muito em especial: o Chafariz das Três Bicas. Reza a lenda que quem beber desta água fica no Sardoal. “É disso mesmo que precisamos, de fixar gente ou trazer gente para o Sardoal”, diz, frisando ainda as propriedades medicinais que esta água tem. António Mendonça só não gosta de ver o elevado estado de degradação em que o mesmo chafariz se encontra. “Convém conservar ou restaurar, senão a lenda poderá não fazer sentido”, afirma, meio a sério, meio a brincar. O dinâmico empresário não escolheria outro local para abrir um novo negócio que não a sua terra natal. “Abriria no Sardoal, como recentemente fiz. Para que o comércio local se mantenha é também necessário outro tipo de investimento para que a criação de emprego seja uma realidade”, vinca.

O médico dentista André Rodrigues considera que as festas são muito importantes para os sardoalenses, sejam os que vivem no Sardoal ou os de fora. “São uma maneira de conservar as tradições e, ao mesmo tempo, de reunir as pessoas, familiares e amigos, num ambiente festivo”, diz. “As festas promovem a nossa gastronomia, artesanato, música, teatro, exposições e tradições populares”, exemplifica. Se fosse guia turístico, o médico levava os de fora a conhecerem o centro histórico da vila, que considera muito cativante. O roteiro contemplava a igreja matriz, rica pelas suas obras de arte, destacando a ilustre pintura do mestre do Sardoal. Mas também a Casa Grande ou dos Almeidas, pela sua imponente arquitectura e ainda as capelas, o Centro Cultural Gil Vicente, o miradouro, a biblioteca e outros recantos. “Acho certamente indispensável um passeio sem tempo, pela ponte, fonte e pelo Chafariz das Três Bicas”, sugere. André Rodrigues considera que no Sardoal existe uma variedade gastronómica relevante, com produtos caseiro de alta qualidade. “Gostaria que provassem em primeiro lugar os nossos queijos, enchidos, acompanhados com o nosso vinho da região. De seguida, os nossos pratos típicos, cozinha fervida, migas, chanfana e por fim os nossos doces típicos muito bons”, diz. Apesar da ambição de continuar a evoluir dentro da área profissional, continuando ligado a Lisboa, não pensa em abrir um negócio e ir viver para outro lado, embora não descarte a hipótese de expandir.

Villa Baco na Vila Jardim Uma loja gourmet no Sardoal especializada em vinhos e cervejas O Sardoal vai ter uma loja de vinhos e cervejas. Chama-se Villa Baco, é inaugurada dia 19, sexta-feira, às 14h30, e é gerida por Andreia Costa, Mariz Luzia Costa e Manuel Luís Costa. O local onde se localiza é emblemático uma vez que ali funcionou até há pouco tempo uma das lojas mais antigas do Sardoal que agora, revestida de nova roupagem, se transformou na Villa Baco que presta homenagem à Vila Jardim e ao Deus Baco. A aposta é colocar à disposição dos clientes vinhos de qualidade, provenientes de todas as rotas vinícolas do país e alguns vinhos in-

ternacionais, assim como cervejas gourmet. A Villa Baco prevê a realização de vários eventos durante o ano de 2014, de modo a promover a loja, a vila do Sardoal e os seus produtos. O primeiro é a montagem de uma tasquinha durante as festas do concelho, que funcionará das 14h30 às 00h00 durante todos os dias de festa e terá para venda vinhos, licores, ginjinha, aguardentes e outros mimos. Quanto à loja Villa Baco, na Rua Bivar Salgado n.º36, funcionará de segunda a sexta-feira das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 20h00 e aos sábados das 10h00 às 13h00.

Maria Manuela Gaspar também considera que as festas do concelho do Sardoal são importantes para todos. “Para quem vive no concelho, porque são dias de muito convívio entre os residentes de todas as povoações e uma excelente oportunidade para apresentar o que de melhor se faz por cá. Mas também para colectividades do concelho porque participam activamente e dinamizam grande parte das actividades das festas”, exemplifica a proprietária do “NeliBel - Salão de Beleza Unissexo” situado em Alcaravela, concelho do Sardoal. Se tivesse que levar alguém numa visita guiada ao Sardoal, Maria Manuela escolhia mostrar todo o património natural e edificado que ali existe. Para desfrutarem das maravilhas naturais, mostraria como as zonas da Lapa, Rosa Mana, Codes e Moinhos de Entrevinhas. No que diz respeito ao património edificado, visitariam as igrejas e capelas e, obviamente, o Centro Cultural Gil Vicente, com paragem obrigatória no espaço “Cá da Terra”, para poderem conhecer e adquirir artigos de produção local. Quanto à comida Maria Manuela seleccionaria a Cozinha Fervida com bacalhau grelhado e bem regado com azeite e pão caseiro da Artelinho. Tudo acompanhado com vinhos das Quintas do Coro e Vale do Armo. À sobremesa, as tigeladas da Artelinho. Diz que abrir outro negócio noutra zona do país está fora de questão. Só por extrema necessidade deixaria o meu concelho”, refere.


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ESPECIAL ALCANEDE 18 SETEMBRO 2014

Expo Alcanede e Mostra Gastronómica no próximo fim-de-semana Mostrar a vitalidade da freguesia numa festa verdadeiramente popular foto arquivo O MIRANTE

A IX Expo Alcanede (XIII Mostra Gastronómica) é já no próximo fim-de-semana (19, 20 e 21 de Setembro), no Largo da Feira. Os visitantes vão poder ver e comprar artesanato, conviver nas tasquinhas, participar em actividades desportivas, caminhadas e divertirem-se com muita música. A exposição empresarial ocupa uma área de 1000m2. A iniciativa da Junta de Freguesia de Alcanede tem uma componente popular muito marcada. Para além da gastronomia proporcionada pelas tasquinhas, todas os dias de festa há baile. Na sexta, às 21h30, com a Banda Kriz e no sábado à

mesma hora com David C e no domingo à tarde com Madeira Show. No sábado à tarde realizam-se jogos tradicionais infantis e um desafio Downhill “Do Castelo à Vila”. Antes do baile actua o Rancho Folclórico de Viegas, o grupo de Danças de Salão de Aldeia da Ribeira e seguindo-se uma demonstração de Zumba. A noite encerra com o DJ Kristoff. O domingo abre, às 9h00 com um passeio de motorizadas, vespas e motos, organizado pela Associação Recreativa e Cultural de Alcanede e com uma caminhada designada “Expo em Movimento”.

Pelas 16h00 actuam a Sociedade Musical e Recreativa do Xartinho e a Sociedade Filarmónica Alcanedense.


18 SETEMBRO 2014 ESPECIAL

ALCANEDE

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Abriu em Alcanede o “MeuSuper” Colégio Jardinita D. Amélia continua mas agora com franchising do Grupo Sonae comemora vinte anos

Uma loja com uma nova cara chegou a Alcanede (concelho de Santarém). Nas instalações do antigo Supermercado de Alcanede, gerido por Maria Amélia Quitério Verdinho durante mais de 45 anos, podemos encontrar agora um novo conceito de supermercado com a insígnia - MeuSuper. A remodelação da loja foi conseguida pela D. Amélia, assim conhecida entre o povo de Alcanede, com o apoio do familiar Carlos Rodrigues, e de

funcionários da loja. O novo espaço surge de um franchising do grupo Sonae MC que privilegia a proximidade com o cliente. O “MeuSuper” disponibiliza uma grande diversidade de produtos da Marca Continente, bem como produtos de fornecedor a preços bastante acessíveis. O horário de funcionamento foi alargado. O MeuSuper funciona de segunda a sábado das 9h00 às 20h00, domingos e feriados das 9h00 às 14h00.

O Colégio Jardinita, no Pátio Vila, Alcanede, comemora este mês vinte anos de existência. Nesta altura possui serviço de creche, ATL, pré-primária, apoio à família, apoio pedagógico e explicações. Também tem transporte colectivo próprio. A directora é Ana Gaspar, licenciada em Educação de Infância. O lema da instituição é, “Trabalhamos para o sucesso do seu filho”. Um dos primeiros objectivos é o combate ao insucesso escolar. “Aqui as crianças têm tudo o que neces-

sitam, desde a espaços para estudo, brincadeira, refeições e descansar. Sempre acompanhados por uma boa equipa. Trabalhamos em conjunto e só assim conseguimos sucesso. Foi graças ao nosso trabalho que completámos vinte anos e continuamos a merecer a preferência de pais e encarregados de educação”, refere Ana Gaspar. O colégio “A Jardinita” está aberto das 7h30 às 19h30, para facilitar o horário dos pais que podem contar com profissionalismo e simpatia.


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ESPECIAL ALCANEDE 18 SETEMBRO 2014

O amor à terra é grande mesmo para quem não nasceu lá A opinião sobre o dinamismo das gentes e dos empresários é unânime Alcanede é uma terra abençoada porque tem gentes de ibra. Pessoas dinâmicas e trabalhadoras que arriscam, investem, criam riqueza e fazem os outros sentirem-se bem a viver onde vivem. Sair de Alcanede

para outro lado está fora de questão. A única possibilidade é haver cada vez mais gente a investir numa das mais dinâmicas freguesias do concelho de Santarém.

Nelson Santos

Lino Machado

Tiago Montez

Canalizador e sócio da empresa Canal e Clima

Sócio-Gerente do Supermercado Spar

Acountia - empresa de Contabilidade

Fundou a sua própria empresa, a Canal e Clima - Canalização e Climatização, há sete anos, com o seu sócio, Bruno Santos. Antes trabalhava como canalizador. Apesar da crise considera que a evolução tem sido positiva. Diz que o sucesso é conseguido à custa da qualidade do trabalho e da atenção dispensada aos clientes. Considera que Alcanede tem evoluído graças ao esforço de quem lá mora. “Temos boas empresas na freguesia que dão emprego a muita gente”, sublinha. Apesar de ter nascido em França foi para Alcanede com alguns meses de idade e sente orgulho de ali viver. Considera os seus concidadãos simpáticos e humildes.

Foi um familiar que lhe propôs a entrada no negócio e não está arrependido de ter aceite o desafio. Considera a freguesia de Alcanede uma das mais evoluídas do concelho de Santarém onde quem lá mora encontra quase tudo aquilo de que necessita para o seu dia-a-dia. Se pudesse mudar de residência não o faria porque é em Alcanede que gosta de estar, apesar de não ter nascido lá. Para ele Alcanede beneficia do dinamismo da sua gente e dos seus empresários. Considera que para a terra ficar melhor falta-lhe um posto da GNR e um pavilhão gimnodesportivo.

Em 1986 começou a trabalhar em contabilidade por conta própria e é isso que tem feito até agora. Diz-se agradavelmente surpreendido com a actividade comercial da Freguesia. Considera que trabalhar na mesma terra onde nasceu é uma felicidade e que o ditado que refere que santos da casa não fazem milagres não faz qualquer sentido. Não pensa reformar-se porque gosta verdadeiramente daquilo que faz.


18 SETEMBRO 2014 ESPECIAL

Lúcia Ferraria e Olga Ferraria

Sócias do Grupo Ferrar Lutadoras e dedicadas. São essas características que as fazem ultrapassar as dificuldades. Nunca abdicaram da qualidade porque sabem que no dia em que o fizerem não se irão sentir bem e concerteza perderão clientes. São empresárias muito selectivas na escolha dos seus colaboradores mas dizem que não têm tido problemas ao nível da contratação. Consideram que Alcanede está no bom caminho para ser ainda mais desenvolvida. Apesar de não viverem na freguesia é ali que passam os seus dias. Consideram as pessoas da terra humildes e trabalhadoras.

Cristina Neves é presidente da Junta de Freguesia de Alcanede

Uma alcanedense com um leve toque francês Santos da terra ainda fazem milagres? Acredito que os Santos da Terra ainda conseguem fazer alguns pequenos milagres. Alcanede ainda fica no fim do mundo como há 50 anos? Não, nem pensar. A nossa condição geográfica mantém-se com todos os seus prós e contras como é o caso da falta de acessibilidades nomeadamente da EN 362 que tanto nos tem negado mais centralidade e desenvolvimento mas, apesar disso, Alcanede cresceu. Nos últimos 20 anos foram criadas condições e edifícios de serviços como a Escola E.B. 2,3 CEB, o Centro de Saúde, o Quartel dos Bombeiros Voluntários, o Centro Escolar e ainda um Parque Desportivo. Nasceu em Alcanede? Nasci em França - sou filha de pais portugueses emigrantes - mas fui registada no Consulado Português em Lyon. Estou há mais anos em Portugal do que aqueles que estive em França e apesar de me sentir sempre um pouco francesa, a minha terra é Alcanede. Transporto comigo sempre o orgulho de pronunciar o nome da minha terra. Os empresários são o motor da economia? Tenho a certeza que sim. Os empresários são o motor da nossa economia local, a principal balança do equilíbrio entre a sustentabilidade e a empregabilidade de muitas famílias desta freguesia. Nem sempre lhes tem sido dado o devido valor mas os nossos empresários têm revelado ao longo dos anos o seu nível de empreendedorismo, autonomia e determinação fazendo de Alcanede uma das zonas mais industrializadas da região. Como caracteriza o povo de Alcanede? Como gente muito boa! É um povo pacífico, trabalhador, animado e muito solidário sempre pronto para colaborar, e acima de tudo, muito empreendedor. Nem sempre é fácil subsistir na zona norte do concelho “entre o rio e a serra” e alguns constrangimentos legais têm impedido a construção de habitação e a fixação de jovens casais que acabam por procurar habitação fora da freguesia e até mesmo do concelho mas apesar de tudo a paisagem da serrana tem todo um encanto único que faz das gentes de Alcanede pessoas felizes.

ALCANEDE

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