Guia Autarcas e Autarquias 2013-2017

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São os rostos do poder autárquico da região. Presidentes de câmara e vereadores, presidentes das assembleias municipais e presidentes das juntas de freguesia. Cerca de quatro centenas de cidadãos eleitos democraticamente para representarem e defenderem as populações dos vinte e três concelhos onde O MIRANTE trabalha. Não são conhecidos nem mediáticos como ministros ou deputados mas são eles que lidam com os problemas do nosso quotidiano. Através desta iniciativa de O MIRANTE ganham outra visibilidade. A visibilidade que merecem pela sua dedicação à causa pública.

SEMANÁRIO REGIONAL

2013-2017

faz parte integrante da edição n.º 1192 (30/04/2015) do jornal O MIRANTE e não pode ser vendido separadamente

DIÁRIO ONLINE

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“Os autarcas fizeram um extraordinário esforço de implementação de várias reformas” Miguel Poiares Maduro, Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional Há muitos anos que o discurso de grande parte dos autarcas portugueses incide na ideia de uma melhor aplicação do dinheiro público pelo poder local do que pelo poder central. Concorda? Da mesma forma que a Administração Central teve que sofrer ajustamentos de ordem inanceira, por força do programa de ajustamento, também a Administração Local teve que se ajustar. E com resultados extraordinariamente positivos. E por duas razões: por um lado, pelas medidas e reformas empreendidas pelo Governo; por outro, por mérito dos autarcas, que souberam interpretar essas medidas e implementá-las de um modo eicaz. Estas reformas assentaram numa mudança de paradigma assente em 3 pilares: gestão autárquica pautada por rigor e transparência; respeito pela autonomia das autarquias; uma Administração Pública de proximidade e sustentável. Foi com essa visão que recentemente avançámos com um programa de descentralização de competências para os municípios. Era um desejo antigo de vários autarcas, falado por muitos, mas que ape-

nas agora se vê concretizado. Acreditamos que, à escala local, as respostas podem ser mais eicazes para as necessidades das comunidades e dos cidadãos. A descentralização aproxima as decisões do problema, permitindo inclusivamente melhor qualidade na gestão pública. E tudo isto tem sido feito em permanente diálogo com os municípios. Somos o primeiro Governo a dar passos irmes e concretos

neste domínio. O projecto-piloto de delegação de competências na educação arrancou com 13 municípios. Já disse que esses municípios representam 10 por cento da população mas ica-se com a sensação que poderia haver mais municípios envolvidos, nomeadamente de zonas interiores. Desde sempre dissemos que a descentralização de

“As reformas que izemos na administração local nestes três anos já estão a produzir excelentes resultados, como sejam a redução da dívida em cerca de 30%, a diminuição dos pagamentos em atraso a fornecedores em cerca de 70% e uma situação generalizada de excedentes orçamentais.” competências nas áreas sociais deveria ser implementada de um modo gradual e faseado, começando com projectos piloto que possam ser desenhados, negociados, implementados e avaliados com a máxima atenção e rigor. Serão os resultados positivos desses projectos piloto iniciais que vão gerar a coniança necessária para que a descentralização se alargue a todo o país nas áreas da Educação, Saúde, Segurança Social e Cultura. Já são conhecidos os municípios pioneiros na área da educação e, em breve, se conhecerão os restantes também nas outras áreas e que envolvem municípios de vários territórios, incluindo, naturalmente, o interior.

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O problema nestes processos de delegação de competências é quase sempre o da negociação das contrapartidas. Foi mais uma vez isso que limitou a adesão? O tema da chamada “mochila inanceira” foi um daqueles a que prestámos mais atenção. Convido-vos a analisar o Contrato Base para Descentralização na Educação e verão a profundidade e equilíbrio com que regulamos essa matéria. O princípio é de que o Estado transfere para os municípios os recursos necessários e suicientes para o exercício das competências delegadas, entregando o mesmo que gastava. Os recursos inanceiros, humanos, materiais e equipamentos estão perfeitamente identiicados e comprometidos nesse Contrato e seus anexos. E o Contrato, para reforçar a coniança de todos, tem mecanismos de revisão geral do modelo inanceiro após um ano e tem ainda cláusulas equilibradas de partilha de risco. Sinceramente, creio que também nesta matéria construímos um contrato que será, por muitos anos, um exemplo de boa e equilibrada negociação entre o Estado e os municípios. Já é possível fazer um balanço da nova lei das Finanças Locais, Lei 73/2013? Essa lei foi aprovada após um acordo com a Associação Nacional de Municípios e com a Associação Nacional de Freguesias e entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2014. Tem pouco mais de um ano de vigência e algumas das suas normas têm aplicação diferida, como a eliminação do tecto às transferências de IRS, a criação de um prémio inanceiro intermunicipal pelo desenvolvimento económico e a extinção gradual do IMT. Foi uma lei importante para o equilíbrio e sustentabilidade das inanças das autarquias, que melhoraram mesmo muito nestes últimos três anos com o esforço dos autarcas e com as reformas realizadas por este Governo. Creio que é tempo de estabilizarmos, consolidarmos e monitorizarmos a sua aplicação.

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O que destacaria em relação àquilo que já é possível avaliar? Destacaria as novas regras que reforçam a transparência e qualidade do processo orçamental das autarquias, combatem a desorçamentação pelo alargamento dos perímetros de consolidação, alteram e controlam os limites de endividamento, criam mecanismos de recuperação nos casos de ruptura inanceira e procuram aumentar a estabilidade e autonomia das autarquias quanto às suas receitas. As reformas que izemos na administração local nestes três anos já estão a produzir excelentes resultados, como sejam a redução da dívida em cerca de 30%, a diminuição dos pagamentos em atraso a fornecedores em cerca de 70% e

“A avaliação que fazemos da reorganização territorial das freguesias é muito positiva. O processo de transição foi muito tranquilo, a evolução para as novas freguesias foi realizada eicazmente e, como sempre dissemos, a prestação dos serviços públicos aos fregueses não foi perturbada.” uma situação generalizada de excedentes orçamentais. Os municípios conseguiram melhores resultados do que o poder central? Nos últimos três anos todo o país e as administrações públicas conseguiram


grandes resultados na sua reforma, modernização e sustentabilidade. Nas autarquias também. Os autarcas izeram um extraordinário esforço de implementação de várias reformas muito, mesmo muito exigentes que este Governo aprovou. Recordo a reforma do sector empresarial local, a lei dos compromissos, as reduções de dirigentes, trabalhadores e pessoal político das autarquias; ou a nova lei das inanças locais, o programa PAEL, o FAM e os limites ao endividamento. Estas reformas e o esforço dos autarcas já produziram grandes resultados, mas também existe ainda um número pequeno com fortes desequilíbrios que estão em correcção. O Governo tem sido muito exigente, mas também solidário: o PAEL criou uma linha de 1000 milhões de euros para as autarquias resolverem os seus pagamentos em atraso; no FAM o Estado coloca metade do capital e adianta a totalidade necessária. Em 2015 há um aumento de mais de 110 milhões nas transferências do Estado para as autarquias, para que estas possam reduzir as suas dívidas e fazer contribuições para o FAM. Este Governo conseguiu a fusão de freguesias. Já é possível avaliar a medida? A avaliação que fazemos

da reorganização territorial das freguesias é muito positiva. O processo de transição foi muito tranquilo, a evolução para as novas freguesias foi realizada eicazmente e, como sempre dissemos, a prestação dos serviços públicos aos fregueses não foi perturbada. A reforma produziu poupanças directas e imediatas de cerca de 9 milhões de euros/ ano, mas o que gostaria de destacar são as poupanças indirectas resultantes do reforço de escala e a melhoria dos serviços que provem da maior capacidade de acção. Recordo que após a reorganização territorial, as leis 73 e 75 de 2013 vieram aumentar as competências, mas também o inanciamento das freguesias para que possam servir mais e melhor as suas populações. A fusão de municípios foi abandonada. No que respeita aos municípios houve uma profundíssima reforma nas estruturas e nas suas inanças. Acreditamos no reforço da cooperação intermunicipal e aí há um importante caminho a fazer. As Comunidades Intermunicipais devem ter mais competências? Sim, sem dúvida. Nós izemos uma nova Lei-quadro das Entidades Intermunicipais em 2013, também aqui em acordo com a ANMP. O quadro de

fundos comunitários Portugal 2020 é também exemplo desse papel reforçado na estratégia e na execução ao nível intermunicipal. Mas há ainda oportunida-

des a desenvolver no reforço de competências das Comunidades Intermunicipais, que passarão a exercer competências que são hoje, umas do Estado, outras dos municípios.

Os novos incentivos à comunicação social regional A Comunicação Social Regional está a ser muito afectada pela crise. Há jornais que fecharam e outros que foram forçados a reduzir a sua periodicidade e as tiragens. A publicidade de actos públicos deixou de ser de publicação obrigatória ou passou a ser apenas obrigatória em sites oiciais na internet. Para o Governo o problema da imprensa regional diz respeito apenas à chamada sociedade civil? A comunicação social em geral enfrenta desaios importantes, em particular resultantes dos novos meios digitais e da transferência de publicidade para os mesmos. Este desaios têm tido impacto ainda maior na comunicação social local e regional. Foi por essa razão que adoptámos um novo regime de incentivos à comunicação

social local e regional que reforça os apoios existentes, incluindo apoios à distribuição mas também à formação e modernização tecnológica, e favorecendo a transição para novos modelos de negócio e sustentabilidade. Este regime prevê também apoios reforçados para os órgãos de comunicação social em territórios de baixa densidade. Ao mesmo tempo revimos o regime da publicidade do Estado tendo como um dos objectivos garantir que as quotas previstas para a comunicação social local e regional são efectivamente cumpridas, o que até agora não acontecia. E, no âmbito dos fundos europeus, será obrigatória a publicidade dos avisos em dois órgãos de comunicação social local o que também irá constituir um apoio importante à comunicação social local e regional.

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abrantes

Presidente

Maria Do Céu albuquerque (Ps)

Vice-Presidente Manuel Jorge ValaMatos (Ps)

Vereador

Celeste siMão (Ps)

Vereador

João goMes (Ps)

Freguesias

Vereador luís Dias (Ps)

Vereador elza Vitório (PsD)

Vereador aVelino Manana (CDu)

Pres. ass. Mun.

antónio goMes Mor (Ps)

População e território

beMPosta Manuel João Salvador Alves (PS)

MourisCas Maria Teresa Matos dos Santos Dinis (CDU)

MartinCHel Maria Teresinha C. Garcia Barreiro (PS)

Pego Maria Florinda Fontinha Sousa Salgueiro (PS)

Área do concelho: 714.7 km2 População Residente (Pordata 2013): 37.895 Número de Eleitores (2013): 34.903 Número de Eleitores (2009): 36.861

Feriado 14 de Junho

rio De MoinHos Rui Manuel Vasco André (PSD)

CarValHal Luís Serras Vermelho (PS)

abrantes e alFerrareDe Bruno Jorge Vicente Tomás (PS)

traMagal Vítor Hugo Braz Vicente Cardoso (PS)

Fontes Sónia Cristina Brunheta Campos Alagoa (PS)

alDeia Do Mato e souto Álvaro Manuel Paulino (PSD)

são Miguel Do rio torto e rossio ao sul Do teJo Luís Teixeira Alves (PS) são FaCunDo e Vale Das Mós António Martins Campos (PS)

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alVega e ConCaVaDa José Manuel Rodrigues Felício (PS)


Trabalhadora sem ser viciada no trabalho Maria do Céu Albuquerque - Presidente da Câmara Municipal de Abrantes (PS)

A cumprir o segundo mandato, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), há muito que deixou de ser identiicada como uma técnica a cumprir uma missão política. Tanto na câmara municipal como na presidência da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo vem-se airman-

do como alguém com capacidade de decisão e grande apetência para questões políticas. É trabalhadora sem ser viciada no trabalho. É simpática sem permitir a invasão do seu espaço e é suicientemente determinada para aceitar desaios sem calculismos nem medo de perder. Nas eleições

para a distrital de Santarém do PS desaiou o “aparelho partidário” e conseguiu perder com a serenidade própria de quem sabe que há derrotas muito proveitosas. Natural de Abrantes, casada, mãe de duas ilhas, Maria do Céu Albuquerque consegue mobilizar equipas e usa as redes sociais, nomeadamente o facebook, quer para noticiar iniciativas municipais e sucessos de abrantinos, quer para dar opiniões, mostrar iniciativas partidárias, revelar idas a espectáculos ou viagens que faz e até para elogiar as ilhas e revelar os seus sucessos. Responde a alguns munícipes que a interpelam, com frontalidade. Estudou Bioquímica em Coimbra e após se licenciar icou a fazer investigação na universidade durante dois anos. Tem também uma pós-graduação em Higiene e Segurança Alimentar. Por razões pessoais e familiares regressou a Abrantes e foi trabalhar para o Labgat, que era um pequeno laboratório de controlo de qualidade que existia

Um ilme que a marcou “profundamente” foi a “Lista de Schindler” no GAT (Gabinete de Apoio Técnico) de Abrantes. O seu trabalho deu nas vistas e integrou a lista do então presidente da câmara, o socialista Nelson Carvalho, no mandato entre 2005 e 2009. Como vereadora com pelouros ganhou alguma tarimba e em 2009 apresentou-se como candidata a presidente pelo PS. Ganhou com maioria absoluta e repetiu a vitória em 2013. Nos tempos de lazer gosta de conhecer outras paragens. Na leitura gosta muito de autores latino-americanos como Gabriel Garcia Marques ou Mário Vargas Llosa mas não enjeita uma oportunidade de conhecer outros e perceber outras sensibilidades. Um ilme que a marcou “profundamente” foi a “Lista de Schindler”, de Steven Spielberg. Na música, os gostos são também diversos, do jazz à clássica, passando pelo fado ou pela ópera. Só de heavy-metal é que não.

No quartel general do concelho de Abrantes já nada é como antes Abrantes situa-se no centro das grandes acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, nomeadamente, no eixo da auto-estrada Lisboa/Porto, pela A23 e Linha da Beira Baixa. É ponto de transição de zonas diferentes, como o Ribatejo, a Beira Baixa e o Alto Alentejo. É um concelho com 13 freguesias que se estende por cerca de 713.46km2, que, em termos demográicos, segundo os Censos de 2001, tem um total de

42.436 habitantes, distribuídos pelas suas 19 freguesias. O feriado municipal celebra, a 14 de Junho, o dia de elevação de Abrantes à categoria de cidade. Os concelhos limítrofes do concelho de Abrantes são Sardoal e Vila de Rei a Norte, Mação e Gavião a Este, Ponte de Sôr e Chamusca a Sul e Constância e Tomar a Oeste. Pertence ao distrito de Santarém e ao Médio Tejo, integrando a NUT II da Região Centro. Do ponto de vista dos

recursos naturais, Abrantes usufrui de dois dos maiores recursos hídricos do país: o Rio Tejo (que atravessa o concelho numa extensão de cerca de 30 km) e a Albufeira de Castelo do Bode. A base económica de Abrantes é muito diversiicada. Não é uma cidade industrial, nem uma cidade turística, nem uma cidade de serviços. Embora tenha tudo isso não tem uma vocação exclusiva. É uma cidade de serviços com uma tradição

industrial, que lhe permite ter um papel importante na estrutura do emprego na região. É também uma cidade com potencialidades turísticas e com capacidade de atrair visitantes. Merece uma referência o facto de a zona de Abrantes ter cerca de metade da quota do mercado nacional de azeite. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-abrantes.pt

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alcanena

Presidente FernanDa aSSeiceira (PS)

Vice-Presidente Maria João GoMez (PS)

Vereador

HuGo Ferreira SantaréM (PS)

Vereador

luiS MiGuel PireS (PS)

Freguesias

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BuGalHoS José Luís Gomes Ramos (PS)

MinDe António Augusto Fresco (PSD/CDS-PP)

MonSanto Orlando Ferreira Filipe (Ind. Freguesia Monsanto)

Serra De Santo antÓnio Paulo Jorge Calado Ribeiro (PS)

MalHou, louriceira e eSPinHeiro Luís Miguel Brites Saca (PS)

alcanena e Vila Moreira António Armando Frazão Silva (PS)

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Vereador

SuSana Maria aParício (PSD/cDS-PP)

Vereador

alexanDre GaMeiro PireS (PSD/cDS-PP)

Vereador

artur SiMõeS roDriGueS (ica)

Pres. ass. Mun. SilVeStre Pereira (PS)

População e território Área do concelho: 127.3 km2 População Residente (Pordata 2013): 13.490 Número de Eleitores (2013): 12.802 Número de Eleitores (2009): 13.077

Feriado MoitaS VenDa Álvaro Santos Capaz Gonçalves (PS)

5ª feira da Ascensão


Capacidades surpreendentes que se revelam nos momentos mais difíceis Presidente da Câmara Municipal de Alcanena - Fernanda Asseiceira (PS)

Licenciada em Marketing, professora, Fernanda Asseiceira foi deputada pelo PS à Assembleia da República antes de ser presidente da Câmara Municipal de Alcanena. Foi na X Legislatura. Antes ainda foi Delegada Regional do Inatel de Santarém e coordenadora do gabinete de

Educação de Adultos do Centro de Área Educativa da Lezíria e Médio Tejo. Natural da Chamusca foi viver para Alcanena aos três anos. Embora a sua ligação ao concelho que agora governa seja intensa e se sinta como se fosse de lá, mantém uma ligação afectiva à sua

terra Natal. Solteira e sem ilhos tem uma disponibilidade maior para a vida pública. De ano para ano tem vindo a revelar uma grande capacidade de trabalho. Não é de lamúrias nem de espalhafatos. Diz o que tem a dizer e faz o que tem a fazer sem alarido mas com eicácia. Equilibrou as contas do município e adaptou a gestão municipal à realidade. Embora reservada é-lhe reconhecida capacidade de diálogo e sensibilidade para as questões sociais e humanas. Os que há uns anos insistiam em olhar para Fernanda Asseiceira como mais uma “Barbie” devido à sua beleza, devem ter icado surpreendidos com a sua capacidade de liderança e os conhecimentos que demonstra. Apesar de muitas vezes o seu trabalho político não ser reconhecido por muitos dirigentes do seu partido, isso nunca a fez esmorecer ou desanimar. A sua resiliência e a sua idelidade aos princípios

O concelho que cresceu com os curtumes O concelho de Alcanena é formado por sete freguesias e localiza-se na zona de transição entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do Tejo, caracterizada por solos férteis e signiicativos recursos hídricos. A variedade paisagística do concelho é constituída pela serra (a norte) caracterizada pelas superfícies elevadas e agrestes das Serras de Aire e Candeeiros, e o bairro (a sul), onde se estendem as planícies, as colinas baixas

e as encostas. Em Alcanena encaixa-se a Bacia Hidrográica do Rio Alviela, a mais importante nascente cársica do país. Tem cerca de 14600 habitantes (censos 2001). O concelho de Alcanena foi criado a 8 de Maio de 1914 e faz fronteira com os municípios de Torres Novas, Santarém, Porto de Mós e Ourém. Está a quatro quilómetros do nó de acesso à Auto-Estrada nº1. É um concelho com múltiplas elevações

e numerosos vales, com aproximadamente 12.700 hectares. A maior parte da zona norte do município foi integrada, a 4 de Maio de 1979, no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. A diversidade paisagística e características de micro-climas, fazem deste concelho o local propício para o lazer, descanso e desportos de aventura. O município é percorrido por uma rede viária com 340 Km. A origem de Alcanena

Os que há uns anos insistiam em olhar para Fernanda Asseiceira como mais uma “Barbie” devido à sua beleza, devem ter icado surpreendidos com a sua capacidade de liderança do Partido Socialista têm sido inquestionáveis. Por vezes tem-se a sensação que a entrada de Fernanda Asseiceira para a vida pública foi uma espécie de entrada para um qualquer convento. Há alguns anos confessava ter icado sem tempo livre para fazer aquilo que lhe dava prazer, a começar pela leitura. Apesar das diiculdades por que passam os municípios não tem descurado as questões da educação e da cultura. O Cine-Teatro municipal S. Pedro, por exemplo, tem mantido uma programação regular de qualidade e a câmara municipal tem apoiado e dinamizado inúmeras iniciativas ligadas às artes.

remonta, segundo alguns historiadores, à ocupação árabe da Península Ibérica, da qual terá herdado a toponímia e a ixação e desenvolvimento dos trabalhos de curtimenta de peles. Terra de ideais republicanos, a sua história é, acima de tudo, a história dos curtumes. Indústria que foi decisiva para a sua airmação como centro populacional a partir do século XVII. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-alcanena.pt

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almeirim

Presidente PeDro ribeiro (PS)

Vice-Presidente Paulo Caetano (PS)

Vereador

Maria eMília Moreira (PS)

Vereador JoaquiM SaMPaio (PS)

Freguesias

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Vereador

Sónia iSabel Colaço (CDu)

Vereador

Manuel SebaStião (PSD/CDS-PP/ MPt)

Pres. ass. Mun. JoSé Marouço (PS)

População e território

alMeiriM Joaquim Catalão (PS)

benFiCa Do ribateJo Cândida Lopes (PS)

FaZenDaS De alMeiriM João Apolinário (PS)

raPoSa Cristina Casimiro (PS)

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Vereador

euriCo Manuel HenriqueS (PS)

Área do concelho: 222.1 km2 População Residente (Pordata 2013): 23.469 Número de Eleitores (2013): 20.068 Número de Eleitores (2009): 19.751

Feriado 5ª feira da Ascensão


O professor de cidadania que pratica diariamente aquilo que procura ensinar Presidente da Câmara Municipal de Almeirim - Pedro Ribeiro (PS)

Pedro Ribeiro é natural de Almeirim e, proissionalmente, é Quadro técnico da Autoridade Tributária, com colocação no serviço de inanças de Rio Maior. Exerceu aquelas funções durante um curto período de tempo uma vez que, em 2002, foi eleito vereador

na Câmara de Almeirim. Passou pelas funções de adjunto do Governador Civil de Santarém na altura do XVII Governo Constitucional e, de 2006 a 2013, foi vice-presidente da autarquia. Não foi fácil a sua chegada à presidência. Apesar de ser

normalmente indicado como candidato ideal do PS quando o anterior presidente atingisse o limite de mandatos, quando essa altura chegou foi o seu antecessor quem mais lhe tentou diicultar a vida, patrocinando uma candidatura independente liderada pela sua Chefe de Gabinete. Apesar disso a estrutura local dos socialistas manteve-se unida no apoio a Pedro Ribeiro e a vitória alcançada foi incontestável. Para o sucesso eleitoral contribuiu o facto de, nos últimos anos do anterior mandato, exercer uma multiplicidade de funções no desempenho do cargo de vice-presidente devido a problemas de saúde do seu antecessor. Para além de presidente da Câmara Municipal de Almeirim, Pedro Ribeiro é presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo - CIMLT e presidente da Assembleia-Geral da Águas do Ribatejo, EIM, entre vários outros cargos. A nível

partidário, Pedro Ribeiro é membro da Comissão Nacional do PS e presidente da Mesa da Comissão Política distrital de Santarém do PS. Está desde muito novo ligado ao movimento associativo, sendo sócio de diversas associações humanistas, de solidariedade social, clubes e associações desportivas e culturais e presidente das Assembleias-Gerais de várias associações locais e regionais. É desde 2009 presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almeirim. De 2004 a 2013 foi professor voluntário da disciplina de cidadania na Universidade Sénior de Almeirim. Por ter nascido no ano da revolução e ser ilho de um ex-militar que prestou serviço em Moçambique dá muita atenção a questões relacionadas com a liberdade, democracia e às políticas sociais. Considera que não faz falta outro 25 de Abril mas que faz muita falta gente que se preocupa menos consigo própria e mais com a sociedade.

A terra onde os reis caçavam e passavam o Inverno O concelho de Almeirim, na margem sul do Tejo, abrange uma área de 221,1 Km2 e tem cerca de 22 mil habitantes, integrando a sub-região da Lezíria do Tejo. Faz fronteira com Alpiarça, Chamusca, Salvaterra da Magos, Coruche, Santarém e Cartaxo. Fazem parte do concelho as freguesias de Almeirim, Fazendas de Almeirim, Benica do Ribatejo e Raposa. Tem na agro-pecuária e na indústria agro-alimentar as suas principais actividades económicas, a par da restauração. A localização geográica

de Almeirim (elevada a cidade em 20 de Junho de 1991) é um ponto forte, encontrando-se a 76 km de Lisboa e a 7 km de Santarém. As principais vias de comunicação são as estradas nacionais 114 e 118. A A13, que atravessa parte do concelho, e a construção da ponte Salgueiro Maia vieram reforçar a localização privilegiada de Almeirim, nomeadamente com a ligação à auto-estrada A1. A excelente culinária, onde pontiica a sopa da pedra, tal como o melão, o vinho e o popular pão chamado “cara-

lhota”, gozam de justa fama e são uma marca de Almeirim. O concelho tem incorporado novas infra-estruturas sociais, desportivas e culturais que têm contribuído para melhorar a qualidade de vida. Almeirim encontra as suas origens nos remotos grupos humanos que ali se ixaram após as alterações das últimas glaciações. Com as suas magníicas coutadas de caça, tornou-se, nos séculos XV e XVI, no lugar preferido dos reis da II dinastia e a estância de Inverno frequentada por numerosos membros da

Corte. D. João I, entre 1411 e 1423, fez construir o Paço acastelado e as primeiras habitações que contribuíram para a criação da vila. Foi o Paço Real palco de uma das mais problemáticas Cortes da nossa história. Após a morte de D. Sebastião são abertas as Cortes de Almeirim pelo Cardeal D. Henrique em 11 de Janeiro de 1580 para decidir o problema da sucessão. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-almeirim.pt

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Reuniões municipais no “youtube” em nome da transparência Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça - Mário Pereira (CDU)

Depois de três vitórias do PS no concelho de Alpiarça, Mário Pereira, licenciado em História e Ciências Sociais, recuperou a autarquia para a CDU em 2009, protagonizando uma das surpresas eleitorais desse ano. Fez um primeiro mandato sem sobressaltos e voltou a ganhar, também com maioria absoluta

em 2013. Apesar da vantagem que tem no executivo tem mantido a sua promessa de dialogar com a oposição embora nos últimos tempos se note que o respeito por esse princípio e o tom demasiado vivo das discussões com os vereadores da oposição lhe causam desgaste. A isso não será alheio

o facto de muitas delas serem completamente improdutivas e repetitivas. A Câmara Municipal de Alpiarça é praticamente a única do país que disponibiliza no seu site, via youtube, a gravação das reuniões do executivo. São gravações com uma duração entre duas e quatro horas com uma média de centena e meia de entradas. No mesmo servidor só aparecem, para além de Alpiarça, algumas gravações de reuniões descentralizadas da Câmara de Lisboa e de várias câmaras municipais brasileiras como Congonhas, Ouro Preto ou Jacutinga, por exemplo. Mário Pereira não é crente mas celebra o Natal como festa da família. Reconhece que lhe dá mais prazer receber do que dar presentes e atribui isso ao facto de ter sido ilho único. Não conheceu o pai, que faleceu quando a mãe estava grávida. Foi ela que o criou. É casado e tem dois ilhos. Está inscrito no Partido Comunista Português desde os 16 anos de idade. Foi pela

Um concelho e uma freguesia A vila de Alpiarça é sede de um concelho com uma única freguesia, com cerca de 8.000 habitantes e 95,4 Km2 de superfície. Integra a sub-região da Lezíria do Tejo, na margem sul do rio, e é um concelho que tem na agro-pecuária e na indústria agro-alimentar as suas principais actividades económicas. Faz fronteira com os concelhos de Almeirim, Chamusca e Santarém. Alpiarça foi elevada à categoria de concelho, pela

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Lei n.º 129, de 2 de Abril de 1914. Dessa forma deixa de pertencer ao concelho de Almeirim. O concelho de Alpiarça foi em tempos composto por outra freguesia: a freguesia de Vale de Cavalos, hoje integrada no concelho da Chamusca, que pertenceu ao concelho de Alpiarça entre 1919 e 1926. Habitada pelo Homem desde tempos remotos, foram ali recolhidos importantes achados arqueológicos do paleolítico inferior, com

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importantes estações arqueológicas já consideradas Património Arqueológico Nacional. Imagem de marca é a Casa-Museu José Relvas, legado do político que proclamou a República há cem anos, e a sua impressionante colecção de arte. O complexo desportivo e de lazer associado à Barragem dos Patudos é outro ponto de interesse muito procurado. Essencialmente agrícola, Alpiarça é uma região vinhateira por excelência.

primeira vez à festa do jornal Avante, com a mãe, quando tinha 10 anos. Jogou futebol no Águias desde os infantis aos seniores, embora nesse escalão não tenha tido oportunidade de mostrar as suas qualidades. Gosta de escrever e diz que em vez de professor poderia ter sido jornalista. A má qualidade da água da Barragem dos Patudos é um dos principais problemas do concelho. A oposição nunca perde uma oportunidade de o atacar usando o tema embora o assunto tenha décadas e ninguém tenha sido capaz de o resolver. A Casa-Museu dos Patudos é um dos elementos patrimoniais que mais preza, dada a sua formação académica. Tem vindo a perder a timidez ao longo dos últimos anos e faz todos os possíveis para não perder o contacto com amigos de longa data com quem costuma conversar sobre os mais diversos assuntos. Sendo professor é um crítico da forma como os professores têm vindo a ser desvalorizados pelo ministério.

Famosos são os seus vinhos licorosos, aguardentes e passas de uva moscatel. Na gastronomia, são especialidades regionais o pão-de-ló, o carneiro guisado e a miga fervida. Alpiarça foi um dos bastiões da luta anti-fascista na região, onde o Partido Comunista Português teve sempre grande aceitação e inluência junto do campesinato. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-alpiarca. pt


alpiarça

Presidente

Vice-Presidente

Mário Pereira (CDU)

Carlos Jorge Pereira (CDU)

Freguesias alPiarÇa Fernanda Cardigo (CDU)

Vereador

João PeDro arraiolos (CDU)

Vereador PeDro gasPar (Ps)

Vereador

FranCisCo CUnha (PsD/MPT)

Pres. ass. Mun. FernanDo loUro (CDU)

População e território Área do concelho: 95.4 km2 População Residente (Pordata 2013): 7.561 Número de Eleitores (2013): 6.516 Número de Eleitores (2009): 6.601

Feriado 2 de Abril

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Diz o que tem para dizer mas só depois de estudar bem os assuntos Presidente da Câmara Municipal de Azambuja - Luís de Sousa (PS)

Luís Manuel de Sousa, 63 anos, é o novo presidente da Câmara Municipal de Azambuja, sucedendo no cargo a Joaquim Ramos. Perdeu a maioria absoluta que o PS tinha mas, graças a um acordo com um dos vereadores da CDU, tem conseguido gerir o município sem percalços.

O seu principal objectivo tem sido equilibrar as contas. Costuma dizer o que pensa e sem papas na língua mas não gosta de falar sem estar na posse dos factos concretos, para, segundo diz, não induzir os seus pares em erro. A oposição critica-o muitas vezes pela lentidão na

produção de respostas. Luís de Sousa foi o vice-presidente de Joaquim Ramos durante mais de uma década e a sua sucessão no cargo foi natural, ainda para mais depois de Joaquim Ramos se ter ausentado da presidência depois de um complicado problema de saúde. Natural de Alcoentre, onde reside, é ilho único. Está casado, tem duas ilhas e seis netos. É funcionário público desde Outubro de 1975, tendo prestado serviço no antigo forte militar de Alcoentre, nas secções de infra-estruturas e serviços sociais. Está reformado desde Outubro de 2005. Teve um percurso político vasto, sendo secretário na Junta de Alcoentre entre 1978 e 1980, vereador na Câmara de Azambuja entre 1983 e 1985, presidente da Junta de Alcoentre entre 1986 e 1994, vereador da câmara entre Março de 1998 e Janeiro de 2002 e vice-presidente da câmara entre Janeiro de 2002 e Julho de 2013. É um apaixo-

Um dos seus passatempos é passear no rio Tejo apesar de não ter barco próprio. Pede a amigos para dar umas voltas e já fez por várias vezes a extinta Rota dos Mouchões nado pelo seu concelho, que diz ter potencial para crescer, assim haja essa aposta por parte dos investidores estrangeiros. Um dos seus passatempos é passear no rio Tejo apesar de não ter barco próprio. Pede a amigos para dar umas voltas e já fez por várias vezes a extinta Rota dos Mouchões, por gostar da calma e serenidade dos locais. Só frequenta tertúlias durante a Feira de Maio e a convite de amigos, mas não falha uma tourada e gosta de fazer compras no concelho e na região, privilegiando Alcoentre, Aveiras de Cima e Azambuja, Carregado e também Rio Maior, pela sua proximidade. É um apaixonado por automóveis e se pudesse trocava todas as semanas de carro. Curiosamente, quando tem que se deslocar a Lisboa, prefere usar transportes públicos.

Um concelho entre o Ribatejo, o Oeste e a Grande Lisboa Município localizado geograicamente como o mais oriental do distrito de Lisboa, dotado de excelentes acessibilidades quer pela auto-estrada – A1, quer pelos caminhos-de-ferro, o concelho de Azambuja é composto por aglomerados habitacionais, lugares e aldeias que constituem as suas sete freguesias: Vila Nova da Rainha, Azambuja, Aveiras de Baixo, Vale do Paraíso, Aveiras de Cima, Alcoentre e União de Freguesias de Manique do intendente, Vila Nova de São 14

Pedro e Maçussa. O município de Azambuja abrange uma área de 262,7 Km2, e conta com uma população de cerca de 22 mil habitantes. Pertence ao distrito de Lisboa mas integra a sub-região da Lezíria do Tejo. Situa-se na margem direita do rio e apresenta uma grande diversidade topográica e paisagística. A sul tem as extensas e férteis lezírias e o rio Tejo como limite. A norte é uma região mais acidentada, mas também com várzeas de forte aptidão

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agrícola. Entre as actividades tradicionais do concelho destacam-se a pesca na Vala e no Rio Tejo, a criação de toiros e cavalos na lezíria e a agricultura. Mas Azambuja é um concelho cada vez mais industrializado, beneiciando da proximidade que tem à capital do país, que faz deste território um importante pólo logístico. Situada numa zona de charneira entre o Ribatejo, o Oeste e a Área Metropolitana de Lisboa, Azambuja faz

fronteira com os concelhos de Cadaval, Alenquer, Vila Franca de Xira, Santarém, Cartaxo e Rio Maior. As origens da vila de Azambuja perdem-se no tempo. De acordo com alguns historiadores do séc. XVIII, a localidade já existia na época romana com o nome de Oleastrum, cujo signiicado é zambujeiro embora não conirmado por muitos escritores da antiguidade. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-azambuja.pt


azambuja

Presidente

luíS SouSA (PS)

Vice-Presidente SilVino lúcio (PS)

Vereador António AmArAl (PS)

Vereador

HerculAno mArtinS (cDu)

Freguesias Alcoentre António Manuel da Conceição Loureiro (PS)

VAle Do PArAíSo Armando Jorge Adrião Calixto (PS) AZAmBuJA Maria Inês da Graça Louro (PS)

AVeirAS De BAiXo Carlos Miguel Rebelo Valada (PSD/ CDS-PP/MPT/ PPM) VilA noVA DA rAinHA Joaquim Marques de Jesus Oliveira (PS) AVeirAS De cimA António Rodrigues Torrão (CDU)

Vereador

DAViD menDeS (cDu)

Vereador

António Jorge loPeS (PSD/cDSPP/mPt/PPm)

Vereador

mAriA João cAnilHo (PSD/ cDS-PP/mPt/PPm)

Pres. Ass. mun. António De mAtoS (PS)

População e território Área do concelho: 262.7 km2 População Residente (Pordata 2013): 22.392 Número de Eleitores (2013): 17.594 Número de Eleitores (2009): 17.360

Feriado 5ª Feira da Ascensão mAniQue Do intenDente, VilA noVA De São PeDro e mAÇuSSA José Avelino Colaço Correia (CDU)

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O autarca que começou a trabalhar aos quinze anos Presidente da Câmara Municipal de Benavente - Carlos Coutinho (CDU)

Carlos Coutinho, 50 anos, nasceu em Samora Correia no seio de uma família humilde, de trabalho, e com ligações ao PCP. Partido no qual o actual presidente da Câmara de Benavente se iliou no ano 2000, três anos depois de ter entrado para o executivo da câmara.

Foi convidado pelo então presidente António José Ganhão para integrar a lista da CDU (coligação do PCP com “Os Verdes”) à câmara em 1997. Assumiu desde logo a vice-presidência até às eleições do ano passado em que foi o cabeça de lista da coligação uma vez que António

José Ganhão não se podia recandidatar por ter atingido o limite de mandatos. Antes de entrar na vida autárquica era bancário e quando foi convidado para a política fazia parte dos órgãos da Sociedade Filarmónica União Samorense. A transição para o cargo de presidente foi tranquila porque Coutinho teve vários pelouros e uma relação muita próxima com o ex-presidente que lhe permitiu obter um conhecimento profundo da gestão autárquica e do concelho. “Nunca me preocupei se iria substituir António José Ganhão. Havia da minha parte uma preparação e um conhecimento profundo da câmara e do concelho. Mas nunca fez parte dos meus objectivos lutar para ser presidente de câmara”, confessa. Considera-se uma pessoa fascinada pelo trabalho autárquico e quer manter o rigor que sempre existiu ao nível da gestão municipal. Salienta que em 16 anos de vice-presidente nunca

Um concelho à espera do novo aeroporto A 40 Km de Lisboa, com 521,5 Km2, o concelho de Benavente situa-se no extremo sul do distrito de Santarém, integrando a sub-região da Lezíria do Tejo. Actualmente com mais de 23.000 habitantes, tem sido um dos poucos concelhos da região a aumentar de população nas últimas décadas, procurando conciliar o desenvolvimento com a preservação do património natural. Integram este concelho as freguesias de Benavente, Samora Correia, Santo Estêvão e Barrosa.

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As características de Benavente evoluíram consideravelmente. De uma economia centrada na agricultura e nos serviços complementares – de que a Companhia das Lezírias, que ali tem sede, é o expoente máximo -, surgiram investimentos nas áreas da metalomecânica e da distribuição, tendo esta última crescido consideravelmente mercê da posição estratégica do concelho e da nova rede de acessibilidades que cruzam o seu território. Atravessado pela A13,

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com ligação à Auto-Estrada do Norte e ainda à A10, o concelho de Benavente beneicia de excelentes acessibilidades. O forte investimento municipal em infra-estruturas valorizou os recursos endógenos e espoletou uma nova etapa de desenvolvimento do concelho, que permitiu a diversiicação da base económica e a criação de emprego nos sectores terciário e secundário. Destaque ainda para a componente turística, com relevo para o forte investimento no

teve qualquer problema de relacionamento com António José Ganhão com quem continua a trocar impressões sobre alguns assuntos, até porque o seu antecessor é agora presidente da assembleia municipal. Carlos Coutinho começou a trabalhar aos 15 anos. Foi a primeira vez que saiu do concelho. Trabalhou nos serviços administrativos de uma irma de montagem de linhas eléctricas em Lisboa. A segunda vez que saiu de Samora Correia foi quando cumpriu o serviço militar obrigatório. Ingressou na Marinha de guerra e esteve 18 meses nos Açores num posto de rádio. Lembra que, com os colegas, constituíam uma pequena comunidade de dez elementos. Diz que aquela experiência foi muito importante na sua formação como homem. Quando entrou para a câmara uma coisa que o irritava era ser chamado de vereador de Samora Correia, numa altura em que havia uma grande rivalidade entre aquela freguesia e a sede de concelho. Agora, salienta, as pessoas já não o vêem dessa forma e as duas localidades estão mais próximas. Carlos Coutinho, casado, tem três ilhas adolescentes, duas das quais são gémeas.

golfe em Santo Estêvão. A ixação de colonos estrangeiros na margem sul do Tejo, em 1199, conduziu ao surgimento da povoação de Benavente, hoje vila e sede de um concelho que tem uma cidade, Samora Correia. Benavente faz fronteira com os distritos de Setúbal e de Lisboa e com os municípios ribatejanos de Salvaterra de Magos e de Coruche, integrando a área para onde está prevista a construcção do novo aeroporto de Lisboa. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-benavente.pt


benavente

Presidente Carlos CoUtinho (CDU)

Vice-Presidente Domingos santos (CDU)

Vereador

ana gonçalVes (CDU)

Vereador

aUgUsto marqUes (CDU)

Freguesias BenaVente Inês Branco de Almeida Vieira Correia (CDU)

santo estÊVão Nelson Alexandre da Silva Norte (PSD)

samora Correia Hélio Manuel Faria Justino (CDU)

Barrosa Fátima José Francisco Machacaz (PS)

Vereador

Fátima Vale (CDU)

Vereador

raimUnDo roCha (Ps)

Vereador

José D’aVó (PsD)

Pres. ass. mun. antónio ganhão (CDU)

População e território Área do concelho: 525.2 km2 População Residente (Pordata 2013): 29.796 Número de Eleitores (2013): 22.987 Número de Eleitores (2009): 21.245

Feriado 5ª feira da Ascensão

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Um homem só é homem a sério quando enfrenta os problemas de frente Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo - Pedro Magalhães Ribeiro (PS)

O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, nasceu em França, onde a família estava emigrada. O pai do autarca era militante do PCP e esse foi o motivo que o levou a sair de Portugal. Depois do 25 de Abril o autarca ainda acompanhou o progenitor em algumas actividades daquela

organização política mas acabaria por se iliar no PS. As pessoas que acabaram por o inluenciar nessa decisão foram os ex-presidentes da Câmara do Cartaxo, Renato Campos e José Conde Rodrigues, bem como o vereador Álvaro Pires. Pedro Magalhães Ribeiro foi vereador entre 1998 e

2008. Viveu um problema de saúde grave em 2006, tendo feito um transplante. Quando regressou à câmara o presidente e seu camarada, Paulo Caldas, tinha-lhe retirado o cargo de vice-presidente e os dois desentenderam-se. Em 2007, Pedro Magalhães Ribeiro acusou o camarada de se estar a afastar do programa eleitoral e votou contra o orçamento municipal. Na altura confessou que estava a trabalhar para ser presidente mas que o seu objectivo não eram as eleições de 2009. O objectivo que traçou cumpriu-se. Ganhou em 2013. O conhecimento que tinha da situação gravíssima que a câmara vivia em termos inanceiros, em vez de o desmotivar parece ter-lhe dado mais força para assumir a gestão municipal. O facto de ter assumido a sua quota parte nos erros cometidos no passado pesou também na decisão. No entanto sempre foi dizendo que de 2008 a 2013 a situação se descontrolou por completo e o endividamento foi agravado em

A terra famosa pelo vinho O concelho do Cartaxo, localizado aproximadamente a 60 Km de Lisboa e a 15 de Santarém, tem cerca de 23.000 habitantes, 158,2 Km2 de área e é composto por seis freguesias: Ereira/ Lapa, Pontével, Valada, Vale da Pedra, Vila Chã de Ourique e Cartaxo/Vale da Pinta. Integra a sub-região da Lezíria do Tejo e faz fronteira com os municípios ribatejanos de Azambuja, Santarém, Rio Maior e Salvaterra de Magos.

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Coberto por uma boa rede de estradas nacionais e municipais, o Cartaxo tem acesso directo à A1 e é ainda atravessado pela linha ferroviária do Norte (situa-se no concelho o importante nó ferroviário do Setil que dá acesso ao ramal de Vendas Novas). O rio Tejo desenha-lhe ainda a fronteira a sul com Salvaterra de Magos e oferece às embarcações de recreio o recuperado embarcadouro de Valada.

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O município do Cartaxo tem investido fortemente na requaliicação urbana e na rede de infra-estruturas e equipamentos que cobrem praticamente todas as áreas. O vinho continua a ser uma marca de referência desta região onde o rural e o urbano se harmonizam e confundem. A agricultura, a pecuária e a vitivinicultura são actividades predominantes, mas a indústria e o sector terciário já têm um peso relevante.

cerca de 120 por cento. No início do mandato os seus dias de trabalho chegaram a ter 16 horas. Dizia que se tinha habituado a dormir muito pouco quando frequentava o ensino superior. Pedro Magalhães Ribeiro, de 42 anos, é licenciado em Economia pela Universidade Lusíada de Lisboa com especialização em Economia Internacional. Fez uma pós-graduado no ISCTE na área de Cidade, Território e Requaliicação e foi Mestrando em Economia e Políticas Públicas. Foi músico da Sociedade Filarmónica Cartaxense, praticante de ginástica e jogador federado de basquetebol nos anos oitenta e início da década de 90. É dirigente do núcleo do Cartaxo da Associação Portuguesa de Paramiloidose. Começou o seu percurso proissional em 1995 no Departamento de Marketing da Renault. Nos anos seguintes trabalhou na banca. Foi também adjunto do Secretário de Estado da Justiça em 2009 e Gestor Público no Conselho Directivo do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça, I.P.

Rezam as crónicas que o Cartaxo já existia antes da fundação da nacionalidade portuguesa. Foi uma das muitas povoações vítimas das lutas entre muçulmanos e os cristãos hispano-godos, principalmente por estar próximo de Santarém, pois a posse desta praça foi por largo tempo disputada por cristãos e mouros. Em 2015, o Cartaxo, elevado a cidade há 20 anos, festeja 200 anos de elevação a concelho. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-cartaxo.pt


cartaxo

Presidente

Pedro magalhãeS ribeiro (PS)

Vice-Presidente Fernando amorim (PS)

Vereador

Sónia Serra (PS)

Vereador

VaSco cunha (PSd)

Freguesias PontÉVel Jorge Manuel Pisca de Amorim Lúcio (PV-MPCP)

Valada Manuel Alfredo Moreira Fabiano (PV-MPC)

Vila chã de ouriQue Vasco Casimiro (PS)

Vale da Pedra José Alberto Alves Belo (PS)

Vereador

Paulo neVeS (PSd)

Vereador

Paulo Varanda (PV – mPc)

Vereador

nuno nogueira (PV – mPc)

Pres. ass. mun. gentil duarte (PS)

População e território Área do concelho: 158.2 km2 População Residente (Pordata 2013): 24.492 Número de Eleitores (2013): 20.910 Número de Eleitores (2009): 20.656

Feriado 5ª feira da Ascensão

cartaXo e Vale da Pinta Délio da Silva Pereira (PS)

ereira e laPa Fernando Manuel Inácio Ribeiro (PS)

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chamusca

Presidente

Vice-Presidente

Paulo queiMado (PS)

Cláudia Moreira (PS)

Vereador

FranCiSCo MatiaS (Cdu)

Vereador

Cláudia Pinto (PSd/CdS-PP)

Vereador

Maria Manuela MarqueS (Cdu)

Pres. ass. Mun. FranCiSCo Velez PS

Freguesias ulMe António Maria Rodrigues Peixinho (CDU)

Vale de CaValoS José Lourenço Vieira Trindade (PS) Parreira e CHouto Bruno Miguel Marques de Oliveira (PS)

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População e território CarreGueira Joel Nunes Marques (PS)

CHaMuSCa e PinHeiro Grande Rui Miguel Azevedo Martinho (PSD/CDS-PP)

Área do concelho: 746 km2 População Residente (Pordata 2013): 9.924 Número de Eleitores (2013): 8.693 Número de Eleitores (2009): 9.514

Feriado 5ª feira da Ascensão


Um autarca restaurador de arte que tem fama de bem disposto Presidente da Câmara Municipal da Chamusca - Paulo Queimado (PS)

O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado (PS) é um homem bem disposto por natureza, embora nem sempre as preocupações com a gestão municipal lhe permitam manifestar essa faceta. É sabido que a sua primeira medida foi estabelecer a proibição

de se fumar no edifício dos paços do concelho, apesar de ele próprio ser fumador. Começou nas lides políticas em 2005, quando integrou as listas do PS à câmara em lugar não elegível. Em 2009 voltou a integrar as listas e foi eleito vereador, passando quatro anos

Entre a charneca e a lezíria Com cerca de 11.500 habitantes e uma área de 746 Km2, o que faz deste município o segundo maior concelho da sub-região da Lezíria do Tejo, a Chamusca é composta por cinco freguesias: Ulme, Vale de Cavalos, Parreira, Chouto, Chamusca/Pinheiro Grande e Carregueira. Da sua extensa rede viária, destaque para as duas estradas nacionais, EN118 e EN243, e o percurso de cerca de 47 Km de vias urbanas, 92 Km de estradas municipais, 41 Km de caminhos munici-

pais e uma rede de cerca de 300 Km de vias a classiicar no seu considerável território. É aqui que o Tejo se alarga e começam as grandes lezírias, logo a seguir à ponte da geração de Eiffel que liga ao vizinho concelho de Golegã. Plantada entre a charneca e a lezíria, na margem esquerda do Tejo, a Chamusca tem campos muito férteis onde se cria gado e ainda grande produção de arroz e milho. Mas a aposta forte da autarquia é no sector ambiental. Uma eco-indústria que está a

na oposição. Em 2013 foi eleito presidente com maioria relativa. Um percurso curto que o leva a dizer que em termos políticos ainda está muito verde. Paulo Queimado, nascido a 13 de Março de 1975, tem uma empresa de conservação e restauro mas agora está a tempo inteiro na câmara. O pai, com quem deu os primeiros passos, continua na arte do restauro e é quem está a gerir a empresa. O sogro também é empresário na vila explorando o conhecido restaurante Poiso do Besouro. Ao nível da comida é uma boa boca e confessa que come tudo menos ananás. Quando andava na escola primária, depois das aulas, Paulo Queimado entretinha-se na oicina do pai. Fabricava pequenos brinquedos e ia aprendendo a usar as ferramentas. Anos mais tarde tirou o curso de restauro do Instituto Politécnico de Tomar que considera um bom curso por ter uma componente prática muito

trazer novas empresas e a criar emprego especializado no Parque Industrial do Relvão, permitindo também a ixação de gente que atenue ou inverta a tendência demográica das últimas décadas, em que o concelho perdeu muita população. Quanto às origens, corria o ano de 1449 quando, sob regência de D. Afonso V, as terras de Chamusca e Ulme são doadas a D. Ruy Gomes da Silva, que por essa ocasião aqui ixa a sua residência. A Chamusca, era inicialmente integrada no termo de Santarém, sendo mais tarde eleva-

boa. Foi na qualidade de restaurador que o presidente da câmara restaurou algum do património do concelho, nomeadamente em igrejas. Foi jogador de basquetebol da União da Chamusca e chegou a defrontar os actuais presidentes das câmaras de Almeirim e Cartaxo, que jogavam na equipa dos Bombeiros Voluntários de Almeirim. Há algum tempo que o principal exercício que faz é assinar papéis, andar em reuniões e gerir. É um amante da fotograia e é ele que tira muitas das fotos que aparecem no boletim municipal. Tem como passatempo a pintura, sobretudo aguarela, e já fez exposições dos seus trabalhos. Continua a reunir com o ex-presidente porque, diz, não gosta só de saber o que está nos papéis. “Há vida para além dos papéis”. Considera Sérgio Carrinho um excelente contador de histórias e não se cansa de o ouvir. Começou a aprender guitarra portuguesa e diz que não se atrapalha a tocar. No futebol simpatiza com o Benica mas o desporto que menos gosta é de futebol. Quando se reúne com os amigos para ver jogos é ele que ica a fazer o petisco de costas para a televisão.

da a vila e sede de concelho, juntamente com Ulme, por alvará de 1561, na regência de D. Catarina. Devido à sua extensão, o concelho, situado na margem sul do Tejo, faz fronteira com um número vasto de municípios, desde Ponte de Sôr (distrito de Portalegre) a Coruche, Almeirim ou Golegã. A Semana da Ascensão é uma das manifestações mais emblemáticas do calendário festivo do Ribatejo. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-chamusca.pt

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A igualdade de géneros é assunto de todos e não apenas das mulheres Presidente da Câmara Municipal de Constância - Júlia Amorim (CDU)

Júlia Amorim nasceu no dia 29 de Junho de 1963 em Constância, tendo feito quase toda a sua vida na vila natal, com excepção do tempo em que estudou na Universidade de Aveiro, onde se licenciou em Biologia e Geologia, e dos poucos anos em que deu aulas em zonas mais distantes. Casada e mãe de uma ilha de 18 anos, esta professora

de proissão iniciou-se nas lides autárquicas em 1990 quando foi cabeça de lista da CDU à freguesia de Constância, então ainda como independente. Foi eleita presidente de junta, cargo que desempenhou durante apenas um mandato, já que o então presidente da câmara, António Mendes, convidou-a para in-

tegrar a sua equipa. Foi vereadora, e em alguns mandatos vice-presidente da câmara, entre 1994 e 2013. Nesse ano foi inalmente cabeça de lista e conseguiu manter a gestão do município nas mãos da CDU. Tornou-se a primeira mulher a desempenhar esse cargo no concelho. Considera-se uma feminista não radical, na medida em que, apesar de as mulheres ainda terem muitas lutas para travar em defesa da igualdade de géneros, já houve alguma evolução nas mentalidades. Para ela, a defesa da igualdade tem que ser feita por toda a sociedade e não apenas pelas mulheres. No pouco tempo que ainda leva de mandato como líder do município, Júlia Amorim tem-se distinguido pela a postura reivindicativa. Tem tomado posições irmes contra o encerramento de serviços públicos e prosseguiu a luta pela melhoria das condições na ponte que faz a travessia sobre o Tejo no seu concelho. Pessoa de pose serena e discurso tranquilo, diz que nunca deiniu metas na po-

A terra onde os rios se encontram No encontro do Zêzere com o Tejo nasceu a antiga Punhete, terra cuja história está intimamente ligada aos rios e às actividades que eles proporcionavam: o transporte luvial, a construção e a reparação naval, a travessia e a pesca. D. Sebastião elevou-a a vila e criou o concelho, em 1571, reconhecendo o desenvolvimento que já então alcançara. D. Maria II,

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em 1836, mudou-lhe o nome para Constância, em atenção à constância que os seus habitantes demonstraram no apoio à causa liberal. Diz a tradição que acolheu Luís de Camões por algum tempo, e a memória do Épico faz parte da alma da vila. A chegada do caminho-de-ferro, no século XIX, e do transporte rodoviário, em meados do século XX, a par da cons-

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trução das barragens, provocaram a decadência das actividades tradicionais e a vila teve de mudar de vida, virando-se para o aproveitamento turístico das suas belezas, do encanto das suas paisagens e da tranquilidade dos seus rios. Dos tempos antigos guarda a memória dos marítimos e da sua faina, através da Festa de Nossa Senhora da

Lamenta que muitos políticos se afastem das pessoas e desconheçam os seus problemas lítica e que as coisas foram simplesmente acontecendo. Lamenta que muitos políticos se afastem das pessoas e desconheçam os seus problemas. O 25 de Abril é uma data especial para a presidente da Câmara de Constância. “A minha infância foi toda ela marcada pela guerra colonial, visto que o meu pai era militar de carreira e fez várias comissões nas antigas colónias. Quando eu tinha apenas seis dias de vida o meu pai partiu para Angola. Quando voltou, dois anos depois, eu não o conhecia e recusava o seu colo. A guerra colonial separou a nossa família quando a minha mãe, levando a minha irmã, abalou para África, para junto do meu pai, e eu e o meu irmão icámos cá, entregues aos cuidados dos avós. O 25 de Abril signiicou, antes de mais, o regresso deinitivo do meu pai a casa e a estabilização da nossa vida familiar.”.

Boa Viagem, um dos maiores acontecimentos do seu género em Portugal. O Concelho integra também as freguesias de Montalvo e de Santa Margarida da Coutada. O concelho está bem servido de acessibilidades, através do caminho-de-ferro do Leste e da A23, e situado numa zona muito central do país. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-constancia. pt


constância

Presidente

Vice-Presidente

Júlia aMoriM (CDu)

Daniel Martins (CDu)

Vereador

arsénio oliVeira CristóVão (CDu)

Freguesias

Vereador

antónio luís MenDes (Ps)

Pres. ass. Mun. antónio MenDes (CDu)

População e território

ConstÂnCia João Carlos Baião da Silva (CDU)

MontalVo Jorge Manuel Louro Pereira (PS)

Vereador

natérCio FranCisCo CanDeias (Ps)

santa MarGariDa Da CoutaDa António José Calado Martins Pinheiro (CDU)

Área do concelho: 80.4 km2 População Residente (Pordata 2013): 4.041 Número de Eleitores (2013): 3.467 Número de Eleitores (2009): 3.486

Feriado 2ª feira após domingo de Páscoa

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coruche

Presidente FraNCiSCo oliVeira (PS)

Vice-Presidente Fátima Galhardo (PS)

Vereador

Célia ramalho (PS)

Vereador

JoSé NoVaiS (PS)

Vereador

liliaNa PiNto (PSd)

Vereador

Vereador

JoSé marCeliNo iSidro CatariNo (CdU) (CdU)

Pres. ass. mun. JoSé Coelho (PS)

Freguesias

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CoUÇo Ortelinda da Conceição Camões Graça (CDU)

BraNCa José de Jesus Joaquim (PS)

SÃo JoSé da lamaroSa Anacleto António de Oliveira (PS)

SaNtaNa do mato Valter Manuel Barroso (PS)

BiSCaiNho Custódio Domingos Marques (PS)

CorUChe, FaJarda e erra Jacinto Oliveira Barbosa (PS)

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População e território Área do concelho: 1.115,70 km2 População Residente (Pordata 2013): 19.357 Número de Eleitores (2013): 17.527 Número de Eleitores (2009): 18.771

Feriado 17 de Agosto


“Não gosto de pessoas arrogantes nem de pessoas irresponsáveis” Presidente da Câmara Municipal de Coruche - Francisco Oliveira (PS)

Francisco Oliveira nasceu no dia 11 de Novembro de 1964, em Fajarda, concelho de Coruche. Casado e pai de um ilho, iniciou a sua actividade proissional como desenhador de construção civil, trabalhando durante oito

anos num gabinete de projectos. Depois ingressou na Câmara de Coruche enquanto iscal municipal. Pertence aos quadros do município e entretanto tirou um curso superior no ISLA de Engenharia da Segurança do Trabalho,

faltando-lhe apenas entregar o relatório inal de curso. Actualmente sem muito tempo livre, Francisco Oliveira tem no restauro e coleccionismo de automóveis clássicos o seu principal hobby. Na garagem tem dois Citroen 2 cavalos e um Austin 1300 e gostava de ter mais. Sempre que tem oportunidade participa em passeios de automóveis clássicos. Também gosta de jogar futebol e de conviver com os amigos. Diz que a irresponsabilidade e a arrogância são coisas que o tiram do sério. “Não gosto de pessoas demasiado arrogantes e não lido bem com a irresponsabilidade”, airma. Como características pessoais marcantes aponta a determinação, o empenhamento e a afabilidade. “Acho que sou uma pessoa que faz facilmente amigos”, diz. Sente-se mais confortável quando veste de forma casual. Gosta mais de peixe do que de carne, é aicionado

Onde o Ribatejo acaba e o Alentejo começa O município de Coruche está situado a sul do rio Tejo, já na zona de transição com o Alentejo, e ocupa uma área de 1.115,7 Km2, o que o torna o concelho mais extenso do distrito de Santarém e da sub-região da Lezíria do Tejo, sendo o décimo com mais área a nível nacional. Faz fronteira com municípios ribatejanos como Salvaterra de Magos, Benavente, Chamusca e Almeirim e alentejanos como Montemor-o-Novo ou Mora. Com cerca de 21.000 habitantes, o concelho tem seis-

freguesias: Biscainho, Branca, União de freguesias de Coruche/ Fajarda e Erra, Lamarosa e Santana do Mato. Esta vasta região do vale do Sorraia oferece grandes potencialidades agrícolas e tem instaladas algumas importantes unidades agro-industriais, sendo a Zona Industrial do Monte da Barca um factor importante no desenvolvimento económico local. A charneca coruchense é ainda rica no montado de sobro, o que faz do concelho o primeiro produtor mundial de

cortiça, sendo de relevar a recente aposta na criação de um Observatório da Cortiça. Vários vestígios pré-históricos como os do Cabeço do Marco, da Fonte do Cascavel, da Herdade da Agolada e dos terraços da Azervada e da Azervadinha atestam que a zona tem sido povoada desde há milénios. Da época da ocupação romana seria o Castelo de Coruche, que foi totalmente arrasado pelos árabes no ano de 1180. Dois anos depois dar-se-ia a reconquista cristã deinitiva da vila. O ano

tauromáquico e gosta de estar bem informado. Foi militar pára-quedista mas não gosta de andar aos tiros em lebres, perdizes ou outros quaisquer animais. Também não gosta da excessiva pacatez da pesca. Não consegue imaginar charneca sem lezíria ou lezíria sem charneca. Presidente do concelho onde se produz mais cortiça a nível nacional e onde está instalado o Observatório do Sobreiro e da Cortiça, Francisco Oliveira é pragmático quando fala daquela aposta estratégica. “Ao promovermos esta ileira estamos a manter, ou pelo menos a criar, uma estabilidade em termos de postos de trabalho. Podemos não captar muitos residentes mas evitamos que os que cá estão tenham de sair. Pode haver críticas que o sector da cortiça está associado a algum poder económico, mas temos que perceber que este poder cria muitos empregos e que promove a qualidade de vida, rentabilidade, poder de compra e desenvolvimento da economia local. E somos consultados algumas vezes para a possibilidade de instalação no concelho de empresas deste sector”, Conclui.

de 1182 marca a elevação da vila a concelho. A Igreja de Nossa Senhora do Castelo, com o seu notável miradouro, é a memória da desaparecida fortaleza. É também o epicentro das festas que se desenrolam anualmente na vila a meio de Agosto. A gastronomia é também encarada como parte integrante do património duma região. Foi sob este espírito que nasceram as Jornadas de Gastronomia do Concelho de Coruche, realizadas no início do mês de Maio. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-coruche.pt

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entroncamento

Presidente

Jorge FarIa (PS)

Vice-Presidente Ilda PInto JoaquIm (PS)

Vereador

CarloS reI amaro (PS)

Vereador

tílIa doS SantoS nuneS (PS)

Freguesias São João baPtISta Rui Cardoso Maurício (PS)

Vereador

marIa ISIlda aguInCha (PSd)

Vereador

JoSé daVId da SIlVa rIbeIro (Cdu)

Vereador

CarloS matIaS (be)

Pres. ass. mun. João lérIaS PS

População e território noSSa Senhora de FÁtIma Ezequiel Soares Estrada (PS)

Área do concelho: 13.7 km2 População Residente (Pordata 2013): 20.433 Número de Eleitores (2013): 17.229 Número de Eleitores (2009): 16.810

Feriado 24 de Novembro

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Aproximar o interior de Lisboa ou trazer Lisboa para o interior como forma de haver mais bebés Até agora só nasceram projectos de lei e de resolução no país mais envelhecido da União Europeia Em Novembro de 2014 o primeiro-ministro deu uma entrevista a O MIRANTE que foi a sua primeira grande entrevista a um órgão de comunicação social regional. Na altura um dos temas abordados foi o da natalidade. Pedro Passos Coelho reconheceu que era preciso fazer mais do que

Uma região de velhotes Os dados disponibilizados pela PORDATA (Base de Dados de Portugal Contemporâneo, organizada e desenvolvida pela Fundação Francisco Manuel dos Santos) são relativos a 2013 mas ajudam a perceber o que se está a passar na região. População a diminuir e a envelhecer na esmagadora maioria dos concelhos. Mais óbitos que nascimentos com excepção de Vila Franca

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estava a ser feito. “O problema demográico é um problema sério e não tem vindo a ser respondido pelos poderes públicos com uma estratégia de médio e longo prazo, pelo menos até agora. O Governo ainda não adoptou um plano de combate a esta recessão demográica,

embora já tenha começado a tomar algumas medidas nesse sentido como aconteceu na reforma do IRS que apresentámos à Assembleia da República onde estão soluções que visam começar a responder a aspectos ligados com os rendimentos das famílias mais numerosas. Mas não conse-

guimos resolver o problema demográico com medidas avulsas. Todas as medidas a tomar têm que resultar de uma visão estratégica de longo prazo, articulada e coerente.”, disse o governante. Cinco meses depois a maioria que suporta o Governo deu à luz. Foi a 15 de Abril.

CONCELHOS

SUPERFÍCIE Km2

POPULAÇÃO

ELEITORES

ABRANTES ALCANENA ALMEIRIM ALPIARÇA BENAVENTE CARTAXO CHAMUSCA CONSTÂNCIA CORUCHE ENTRONCAMENTO FERREIRA DO ZÊZERE GOLEGÃ MAÇÂO OURÉM RIO MAIOR SALVATERRA DE MAGOS SANTARÉM SARDOAL TOMAR TORRES NOVAS VILA NOVA DA BARQUINHA

714,7 127,3 222,1 95,4 525,2 158,2 746 80,4 1.115,70 13,7 190,4 84,3 400 416,7 272,8 243,9 552,5 92,1 351,2 270 49,5

37.895 13.490 23.469 7.561 29.796 24.492 9.924 4.041 19.357 20.433 8.409 5.578 7.018 45.545 21.087 22.193 60.740 3.894 39.376 36.197 7.332

34.903 12.802 20.068 6.516 22.987 20.910 8.693 3.467 17.527 17.229 7.855 5.151 6.827 43.202 18.183 18.895 53.015 3.484 37.131 32.496 6.450

POP. ACT. 15 A 64 61,30% 63,00% 62,30% 60,20% 66,10% 64,40% 60,70% 62,70% 59,00% 66,30% 60,10% 62,30% 66,10% 64,50% 64,30% 63,40% 62,60% 62,80% 62,10% 62,60% 61,10%

IDOSOS 65 E MAIS 26,40% 23,70% 22,50% 25,20% 16,20% 21,30% 27,70% 21,70% 29,20% 19,90% 27,40% 25,00% 37,10% 21,50% 21,30% 22,40% 23,10% 25,80% 25,70% 24,00% 25,30%

262,7 318,2

22.392 138.910

17.594 110.463

65,50% 68,60%

20,40% 14,60%

AZAMBUJA VILA FRANCA DE XIRA

de Xira, concelho integrado na Área Metropolitana de Lisboa. Há mais dados que podem ser consultados

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por qualquer um no site da PORDATA que ajudam a perceber melhor o que nos está a acontecer enquanto

NASCIMENTOS

ÓBITOS

214 102 179 55 231 164 55 28 109 168 42 34 25 331 163 168 453 15 217 251 51

567 163 282 106 284 291 144 55 328 193 146 83 147 519 231 265 741 73 557 510 91

149 251 1.309 1.044 DADOS PORDATA 2013

nos distraem e nos distraímos com assuntos de “lana-caprina”.


Nasceu na Assembleia da República um “mega pacote legislativo” para incentivar a natalidade. Seis projectos de lei e três projectos de resolução, que incluem quase duas dezenas de recomendações ao Governo. Possibilidade de os trabalhadores da função pública com ilhos ou netos menores de 12 anos poderem trabalhar apenas metade do dia e receberem 60% do ordena-

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do; alargamento da licença de paternidade e aumento das sanções para as empresas que despeçam grávidas de forma ilegal; benefício iscal de 50% na compra de automóveis para as famílias que tenham mais de três ilhos e uma reposição do quarto e quinto escalões do abono de família, por exemplo. Espera-se que tudo o que foi anunciado venha a ser aprovado e implementado,

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rapidamente...e em força. No entanto, olhando para a área de abrangência de O MIRANTE (ver quadro) é fácil perceber que bastaria uma única medida, se ele fosse praticável, para termos mais nascimentos que óbitos. Trazer Lisboa e tudo que há por lá, para o interior ou, levar o que ainda resta do interior para Lisboa, concentrando ali o todo país que, no fundo, é o que tem vindo a acontecer.

Municípios muito interessados mas pouco activos A facilitação das condições de trabalho para quem tem ilhos, de forma a conciliar a actividade laboral com a família, é a medida mais defendida pelos municípios portugueses para incentivar a natalidade, segundo um estudo do investigador Fernando Cabodeira, no âmbito do seu doutoramento em Sociologia. No entanto, segundo o mesmo estudo, aquela é precisamente a medida de incentivo à natalidade até aqui menos posta em prática pelos municípios. Entre as medidas para os próximos anos, a eleita pelos municípios como sendo a mais necessária é, com 55,2 por cento, a introdução de condições de trabalho que facilitem a conciliação da actividade laboral com a vida familiar. Segundo o estudo que abrangeu 165 municípios, 107 referiram que já puseram em prática, nos últimos anos, algumas medidas de apoio à natalidade, mas curiosamente a facilitação das condições de trabalho foi a menos utilizada (12,1 por cento). No topo, aparece a política social local “mais amiga da natalidade”, onde se inclui o apoio às instituições de solidariedade, o fundo de emergência social, e o banco de recursos ao serviço das crianças e das famílias, desde material escolar a desportivo e musical, passando por vestuário e mobiliário. Em relação às verbas despendidas com apoios à natalidade, só 47 municípios forneceram valores à investigação, totalizando cerca de 15 milhões de euros. Contas feitas, conclui-se que a percentagem média do orçamento daqueles municípios direccionada para a implementação de medidas de apoio à natalidade é de 1,2 por cento.

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ferreira do zêzere

Presidente

Vice-Presidente

JaciNto loPes (PsD)

Paulo Jorge alcobia NeVes (PsD)

Vereador

Hélio Duarte Ferreira aNtuNes (PsD)

Freguesias Águas belas Sérgio Manuel Roberto Morgado (PS)

beco Manuel Gomes Cotrim (PS)

igreJa NoVa Do sobral José Manuel Antunes Feliz (PS)

areias e Pias Hugo Miguel de Freitas Azevedo (PSD)

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Vereador aNtóNio ViceNte MartiNs (Ps)

Vereador

elisabete Matias HeNriques (Ps)

Pres. ass. Mun. luís Pereira PsD

População e território cHÃos Jorge Manuel da Conceição Silva (PSD)

Ferreira Do ZÊZere Pedro Manuel dos Santos Alberto (PSD) Nossa seNHora Do PraNto José Manuel Martins Russo (PSD)

Área do concelho: 190.4 km2 População Residente (Pordata 2013): 8.409 Número de Eleitores (2013): 7.855 Número de Eleitores (2009): 8.280

Feriado 13 de Junho


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golegã

Presidente

Vice-Presidente

rui Medinas (Ps)

Carlos asseiCeiro (Ps)

Vereador

ana isabel Caixinha (GaP)

Freguesias azinhaGa Vítor Manuel da Guia (GIVA)

GoleGÃ António Carlos da Costa Camilo (PS)

Vereador

José Godinho loPes (Psd/Cds-PP)

Pres. ass. Mun. José VeiGa Maltez GaP

População e território PoMbalinho Luís Filipe Santana Júlio (MVP)

Área do concelho: 84.3 km2 População Residente (Pordata 2013): 5.578 Número de Eleitores (2013): 5.151 Número de Eleitores (2009): 4.775

Feriado 5ª feira da Ascensão

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“O meu número de telemóvel é público e as pessoas sabem onde moro” Presidente da Câmara Municipal da Golegã - Rui Medinas (PS)

Rui Medinas nasceu no dia 18 de Setembro de 1969. É casado, pai de duas meninas e vive na Golegã, terra de onde é natural e onde sempre viveu, com excepção do tempo em que estudou em Santarém, onde se licenciou em Engenharia Agronómica na Escola Superior Agrária. Antes de exercer funções

executivas como vereador na Câmara da Golegã trabalhou em empresas privadas do sector agrícola. Iniciou-se na política após um convite recebido em meados de 1997. Até aí só tinha participado no movimento associativo local. Nessa altura abordaram-no no sentido de integrar um projecto político do Partido Socialista e enten-

A Capital do Cavalo Com aproximadamente 76,6 Km2, a Golegã é um pequeno e fértil concelho situado na margem direita do Tejo, com forte marca distintiva na actividade equestre. A Golegã é conhecida a nível nacional e internacional como a Capital do Cavalo e a Feira Nacional do Cavalo e de São Martinho atrai anualmente, em Novembro, uma romaria de forasteiros. O concelho é dotado de excelentes acessibilidades e ligação rápida à A23. A fertilidade dos seus cam-

pos, banhados pelos rios Tejo e Almonda, onde se localiza boa parte da Reserva Natural do Paul do Boquilobo, atraiu desde sempre gentes que se empenharam no cultivo das terras e na criação de gado. Actualmente com cerca de 6.000 habitantes, o concelho é composto por três freguesias: Golegã, Azinhaga e Pombalinho. A vila da Golegã tem ainda como pólo de atracção, para além da actividade equestre, o solar de Carlos Relvas, casa-

deu que devia dar o seu contributo. Já tinha algumas ainidades com o PS e mais tarde acabou por se iliar no partido. Na vida autárquica percorreu os diversos patamares. Estreou-se fazendo um mandato como eleito da assembleia municipal. No mandato seguinte integrou o executivo da Junta de Freguesia da Golegã e cumpriu posteriormente oito anos como vereador e vice-presidente da câmara, até chegar a presidente nas eleições autárquicas de 2013. Quando era criança queria ser médico pois sempre gostou de ter um contacto de proximidade com as pessoas, “perceber quais são os seus problemas”. Acabou por enveredar por outra área e nunca se arrependeu. Foi um aluno regular, uma mescla entre o aluno aplicado e aquele que só estuda na véspera dos testes. Dependia da disciplina e da matéria. Acima de tudo, diz que sempre foi um estudante responsável, que não precisava das recomendações dos

-estúdio única dos primórdios da fotograia em Portugal, e a casa museu do escultor Martins Correia. A Golegã integra a sub-região da Lezíria do Tejo mas a sua população está mais ligada ao Médio Tejo, dada a proximidade de cidades como Torres Novas e Entroncamento. Faz ainda fronteira com os concelhos de Chamusca, Santarém e Vila Nova da Barquinha. Do concelho são naturais iguras da História contemporânea como o escritor e Prémio Nobel José Saramago,

pais para se agarrar aos livros. Só chumbou um ano, quando entrou no ensino superior. “Foi aquele libertar da zona de conforto dos pais, mas a partir daí iz tudo de seguida”. Confessa que tinha algum sucesso entre as colegas, “de uma forma discreta, porque essas coisas não são para se dar muito nas vistas”, diz com humor. Para lá da actividade política e autárquica, diz que gosta cada vez mais de passar algum tempo disponível com a família. “A vida de autarca é muito exigente e muito absorvente. O tempo passa muito depressa e temos de aproveitar os tempos disponíveis, que não são muitos, com a família e também com os amigos, que são essenciais”. Ser presidente de câmara num concelho pequeno é sinónimo de proximidade aos cidadãos e aos problemas. Rui Medinas garante que é um autarca sempre disponível. “O meu número de telemóvel é público, as pessoas sabem onde moro e facilmente contactam comigo a qualquer hora do dia”.

o artista plástico Martins Correia e o toureiro Manuel dos Santos. Segundo reza a lenda, desde os primórdios da nacionalidade que a Golegã foi ponto de paragem para os viandantes já que existia uma albergaria com serviço de muda de montadas, propriedade de uma mulher oriunda da Galiza, sendo conhecido o lugar por “venda da Galega”. Designação que terá dado origem ao nome actual da vila. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-golega.pt

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mação

Presidente

VASco eStreLA (PSD)

Vice-Presidente António Louro (PSD)

Vereador

VASco MArqueS (PSD)

Vereador

nuno neto (PS)

Vereador

céSAr eStreLA (PS)

Pres. Ass. Mun.

JoSé SALDAnhA rochA (PSD)

Freguesias AMÊnDoA Luís Lopes (PS)

cArDiGoS Carlos Leitão (PSD)

cArVoeiro Nuno Bragança (PSD)

enVenDoS Joaquim da Silva (PSD)

População e território Área do concelho: 400 km2 População Residente (Pordata 2013): 7.018 Número de Eleitores (2013): 6.827 Número de Eleitores (2009): 7.489

Feriado ortiGA João Ferreira (PSD)

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MAÇÃo, PenhAScoSo e ABoBoreirA José Fernando Martins (PS)

2ª feira após domingo de Páscoa


“Sem o apoio da minha família não conseguia exercer o cargo” Presidente da Câmara Municipal de Mação - Vasco Estrela (PSD)

Vasco António Mendonça Sequeira Estrela, 41 anos, é licenciado em Direito e advogado de proissão. É militante do PSD desde inais dos anos 80. Começou por ser assessor da câmara por convite do ex-presidente, Saldanha Rocha. Na altura estava a exercer advocacia

em Lisboa e foi para Mação. “Estava numa fase de grande indecisão e juntou-se o útil ao agradável”, sublinha. Depois foi candidato e antes de ser presidente foi vice-presidente. Natural de Mação, é adepto do Benica e já foi sócio do clube. Nos tempos

livres, que diz agora serem poucos, gosta de ver futebol e costuma assistir aos jogos do clube da terra. “Não tenho grande tempo para ter hobbies”. Também costuma andar de bicicleta com os ilhos. Tomou a decisão de ser advogado por volta dos 16 anos. Na altura costumava assistir a algumas sessões de julgamento no Tribunal local. Lembra-se particularmente de um caso de um homem acusado de roubar mercearias. “O Direito é uma área muito interessante mas também é preciso ter algum estômago porque nesta área há muitas formas de ver a verdade”, explica. Ainda sobre o exercício da proissão diz que, por mais que lhe expliquem, não consegue perceber porque é que os advogados que são deputados à Assembleia da República podem exercer e os autarcas não. Considera o apoio familiar fundamental para poder exercer as suas funções. Só assim, acrescenta, é possível trabalhar com tranquili-

Por mais que lhe expliquem, não consegue perceber porque é que os advogados que são deputados à Assembleia da República podem exercer e os autarcas não dade. A esposa é professora em Alter do Chão. Se não fosse o apoio da mãe, que é viúva, dos sogros, da irmã e cunhado, tinha uma situação muito complicada para gerir, sobretudo no acompanhamento dos seus três ilhos. Quando deixar de exercer o cargo de presidente da câmara diz que icará satisfeito se for reconhecido como alguém que sempre cumpriu o que prometeu. “Os políticos têm a tentação de prometer, de dizer que vão ver e depois não atendem o telefone. Só assumo o que tenho garantido que posso fazer. Não posso prometer, por exemplo, que vou conseguir suster a desertiicação porque não depende de mim. Mas posso prometer que nunca me irei cansar de chamar a atenção para os problemas da interioridade, mesmo que sinta que estou a pregar aos peixes”.

Entre a pureza das águas e o verde das serras O concelho de Mação situa-se a 77 quilómetros de Santarém e a 170 quilómetros de Lisboa, no vértice de três regiões: Beira Baixa, Ribatejo e Alentejo. O concelho é limitado a norte pelos concelhos de Vila de Rei, Sertã e Proença-a-Nova, a nascente pelos concelhos de Vila Velha de Ródão e Nisa, a poente pelos concelhos de Sardoal e Vila de Rei e a sul pelos concelhos de Abrantes, Gavião e pelo Rio

Tejo. É servido pela linha ferroviária da Beira Baixa. Com a abertura da Auto-Estrada 23 que atravessa o seu território, o concelho melhorou muito as suas acessibilidades. O concelho de Mação tem um nome para o qual têm sido apontadas várias origens etimológicas. Toda esta região ligada isicamente à Beira Baixa, remonta ao período do Paleolítico, na Pré-história, era da

qual se encontram muitos vestígios. Existem inúmeros vestígios romanos, levando a crer que este império tenha dominado a região nos primeiros séculos da nacionalidade. Mação dos três A’s, assim chamado pelas «boas águas, bons ares e bom azeite», tem um Património Natural onde se destaca a pureza das suas águas que correm por entre as verdes Serras de Santo António e

de Amêndoa, que proporcionam espaços de lazer de reconhecido interesse e as suas qualidades medicinais, que ajudam na cura de doenças de pele e fígado (Termas da Ladeira). O ar puro advém da densa lorestação de Pinheiro Bravo, que cobre todo o concelho e o azeite dos olivais alinhados pelas serras. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-macao.pt

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ourém

Presidente

PauLo FoNSeCa (PS)

Vice-Presidente NazareNo do Carmo (PS)

Vereador

LuCíLia Vieira (PS)

Vereador

LuíS aLbuquerque (PSd/CdS-PP)

Freguesias aLburiteL Elias Dias da Silva (PS)

FÁtima Humberto Silva (PSD/CDS-PP)

atouGuia António Henriques Pereira (PSD/CDS-PP)

NoSSa SeNHora daS miSeriCÓrdiaS Luís Pereira de Oliveira (PSD/CDS-PP)

Vereador

maria iSabeL CoSta (PSd/CdS-PP)

Vereador

JoSé PoçaS NeVeS (PSd/CdS-PP)

Vereador

tereSa marqueS (moVe)

Pres. ass. mun. deoLiNda SimõeS PS

População e território Área do concelho: 416.7 km2 População Residente (Pordata 2013): 45.545 Número de Eleitores (2013): 43.202 Número de Eleitores (2009): 43.907

Feriado 20 de Junho

CaXariaS Fernando Dias da Silva (PS)

Seiça Custódio de Sousa Henriques (PS)

FreiXiaNda, ribeira do FÁrrio e FormiGaiS Rui Simões Vital (PS)

eSPite Filipe Marques Baptista (PSD/ CDS-PP)

urqueira Adão Moura Vasconcelos (PS)

NoSSa SeNHora da Piedade José Ferreira Vieira (PS)

rio de CouroS e CaSaL doS berNardoS Manuel Lourenço Dias (PSD/CDS-PP) mataS e CerCaL Virgílio Antunes Dias (PSD/CDS-PP)

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GoNdemaria e oLiVaL Fernando de Oliveira Ferreira (PS)


Distrito de Santarém é o que tem mais mulheres presidentes de câmara Cinco vitórias femininas nos vinte e um concelhos mas apenas uma é da Lezíria do Tejo Dos 308 municípios portugueses, apenas 23 têm uma mulher como presidente, o que dá uma percentagem de 7,64%. No distrito de Santarém a percentagem é de 23,8%. O distrito de Santarém foi o que elegeu mais mulheres para presidente de câmara a nível nacional nas autárquicas de 29 de Setembro de 2013. Dos 21 concelhos, cinco são actualmente governados por mulheres apesar da região ainda ser associada a uma certa tradição marialva. Uma representação muito acima da média nacional,

já que das 308 câmaras do país apenas 23 têm uma mulher como presidente. Maria do Céu Albuquerque (PS), em Abrantes, Fernanda Asseiceira (PS), em Alcanena, e Isaura Morais (PSD/CDS), em Rio Maior, foram reeleitas. A elas juntaram-se Anabela Freitas (PS), em Tomar, e Júlia Amorim (CDU), em Constância. Numa entrevista dada a O MIRANTE na sequência das eleições, a presidente da Câmara Municipal de Rio Maior chamava a atenção para o facto de, apenas uma das cinco mulheres, no caso ela própria, presidir a um município da Lezíria do Tejo. As restantes ganharam eleições em câmaras municipais do Médio Tejo.

No total nacional, a percentagem de mulheres eleitas para liderar executivos municipais foi de 7,46%. Estes números mantêm a tendência veriicada em actos eleitorais passados. Segundo um estudo da Direcção Geral de Administração Interna sobre as eleições autárquicas de 2009, somente 14% das mulheres ocupavam o lugar de presidente, assim distribuídos: 21,5% nas assembleias de freguesia e 10,2% nas assembleias municipais. Quanto aos executivos municipais e de freguesia, 7,7% e 7,6% eram liderados por mulheres, respectivamente. Para a DGAI, estava em causa uma “reduzida expressão” das mulheres autarcas, pouco

mais que um quarto do universo total dos eleitos, apesar da participação feminina nos órgãos locais registar um “crescimento gradual” nos últimos 30 anos. Durante a última campanha autárquica a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) acusou “a esmagadora maioria” das forças políticas de tratarem a candidatura de mulheres “como iguras de adorno” nas listas. De acordo com a UMAR, dos 1.219 cabeças de lista aos vários órgãos autárquicos (câmaras municipais, assembleias municipais e assembleias de freguesia) nas últimas eleições autárquicas, apenas 156 eram mulheres, ou seja, pouco mais de um décimo (12,79%).

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rio maior

Presidente

isaura Morais (PsD/CDs-PP)

Vice-Presidente

Carlos Frazão (PsD/CDs-PP)

Vereador

João CanDoso (PsD/CDs-PP)

Vereador

ana FigueireDo (PsD/CDs-PP)

Vereador

Carlos nazaré (Ps)

Vereador

Daniel Pinto (Ps)

Vereador

augusto FigueireDo (CDu)

Pres. ass. Mun. antónio arribança (PsD/CDs-PP)

Freguesias

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alCobertas João de Deus Dias Ferreira (PSD/CDS-PP)

asseiCeira Henrique Manuel Vicente Bernardo Frazão (CDU)

arrouQuelas Mário Eugénio Pião Vitorino Anacleto (PS)

são João Da ribeira e ribeira De são João Leandro Manuel Alves Jorge (PSD/CDS-PP)

FrÁguas José Manuel Azenha Santos (PSD/CDS-PP)

outeiro Da CortiçaDa e arruDa Dos PisÕes Raul Cardoso Bouzada Pinto (PSD/CDS-PP)

rio Maior Luís Filipe Santana Dias (PSD/CDS-PP)

MarMeleira e assentiz Maria Amélia Simão (UMA)

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População e território Área do concelho: 272.8 km2 População Residente (Pordata 2013): 21.087 Número de Eleitores (2013): 18.183 Número de Eleitores (2009): 18.419

Feriado 6 de Novembro

azaMbuJeira e MalaQueiJo Pedro Coelho Antunes (PS)

são sebastião Albertino Pinto Lopes (PSD/ CDS-PP)


Uma mulher terra a terra que diz ser ponderada e...espontânea Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior - Isaura Morais (Coligação Juntos Pelo Futuro PSD/CDS-PP)

Isaura Morais, ilha de pais agricultores, mulher simples, viúva aos 33 anos com a responsabilidade de criar uma ilha, criou uma empresa, estudou à noite e quando aceitou experimentar a vida autárquica começou por baixo, por uma

junta de freguesia, com a particularidade de ser PSD num concelho onde o PS mandava há muitos, muitos anos. Tantos que parecia inamovível. Em 2005 ganhou as eleições para a Junta de Freguesia de Rio Maior. Foi uma surpre-

sa. Mas a maior surpresa estava reservada para quatro anos depois. Ganhou a câmara. E voltou a ganhá-la em 2013. Nunca lhe tinha passado pela cabeça fazer carreira política. Passo a passo, com naturalidade e tranquilidade vai fazendo o seu percurso. Consegue gerar simpatia, mesmo entre adversários políticos. Em Março do ano passado, na sequência de uma derrota para a comissão distrital do seu partido, que liderava, recebeu manifestações de simpatia de alguns vereadores da oposição. Natural da Fonte da Bica, Rio Maior, onde nasceu a 19 de Junho de 1966, auto-deine-se como uma pessoa “terra a terra”, simultaneamente ponderada e espontânea, que aprendeu a relativizar as coisas devido aos percalços da vida. É determinada e por vezes contraditória, mas apenas em assuntos sem grande relevância como ser beniquista e a sua cor preferida ser o azul. Não esquece que é uma das cinco mulheres presidentes de câmara nos vinte e um municípios do distrito de Santarém mas, com alguma ironia, lem-

Aprendeu a relativizar as coisas devido aos percalços da vida bra que as outras quatro lideram municípios do Médio Tejo, o que signiica que o comportamento marialva, muito marcado no Ribatejo, continua a ter raízes fortes na zona da Lezíria do Tejo. Considera que o poder local democrático foi uma das grandes conquistas do 25 de Abril ao abrir a todos os cidadãos a possibilidade, não só de escolherem os seus representantes das freguesias e concelhos mas também de se candidatarem ao desempenho dessa missão. Isaura Morais é licenciada em Gestão de Recursos Humanos, com uma pós graduação em Gestão de Marketing. Para além de ser presidente de Câmara de Rio Maior, integra ainda o Comité das Regiões da União Europeia, é a representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses na Comissão Executiva de Gestão dos Centros de Alto Rendimento Desportivo da Fundação do Desporto e é Membro do Conselho Nacional de Desporto.

A cidade do Desporto entre o Ribatejo e o Oeste Com mais de 21.000 habitantes e uma superfície de cerca de 272,8 Km2, terra de vales e colinas onde se encontram a paisagem serrana e as planuras ribatejanas, o concelho de Rio Maior representa um espaço privilegiado de transição entre a região do Vale do Tejo e o Litoral Oeste do país. É constituído por dez freguesias: Arrouquelas, Alcobertas, Fráguas, Rio Maior, Asseiceira, São Sebastião, União das Freguesias de Azambujeira/ Malaqueijo, União das Fre-

guesias de Marmeleira/Assentiz, União das Freguesias de Outeira da Cortiçada/Arruda dos Pisões, União das Freguesias de São João da Ribeira/Ribeira de São João. Os principais acessos fazem-se pela A15 (que faz ligação à A8 e A1) e pela EN114 (Santarém – Caldas da Rainha). O concelho de Rio Maior, que integra a sub-região da Lezíria do Tejo mas tem fortes ligações ao Oeste, tem ainda como principais pontos naturais de referência a Serra dos Can-

deeiros, as Salinas de Fonte da Bica e o rio Maior, aluente do Tejo. A grande aposta autárquica no sector desportivo colocou a cidade de Rio Maior no mapa do país como Capital do Desporto. Dispõe hoje de excelentes infra-estruturas para quase todo o tipo de práticas desportivas e de estágios proissionais, e ainda de uma Escola Superior de Desporto. Entalado entre o Ribatejo e o Oeste, fazendo fronteira com concelhos como Caldas da Rainha, Santarém, Azam-

buja, Cartaxo ou Alcobaça, o concelho de Rio Maior foi fundado em 1836, tendo a vila sede de concelho sido elevada a cidade em 1985. Um dos ex-libris do concelho é a Feira Nacional da Cebola cujas origens remontam a 1761, tendo adquirido a designação de Frimor – Feira Nacional da Cebola muito recentemente. *Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-riomaior.pt

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salvaterra de magos

Presidente

HélDer eSménio (PS)

Vice-Presidente João oliVeira (PS)

Vereador

Helena neVeS (PS)

Vereador

FranciSco naia (PSD)

Vereador

luíS GomeS (Be)

Vereador

manuel neVeS (Be)

Vereador

João PeDro caniço (cDu)

Pres. ass. mun. FranciSco maDelino (PS)

Freguesias

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marinHaiS Maria de Fátima Gregório (PS)

SalVaTerra De maGoS e ForoS De SalVaTerra Manuel Joaquim Oliveira Faria Bolieiro (PS)

muGe César Filipe dos Santos Diogo (PS)

GlÓria Do riBaTeJo e GranHo Vítor Gomes Monteiro (PS)

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População e território Área do concelho: 243.9 km2 População Residente (Pordata 2013): 22.193 Número de Eleitores (2013): 18.895 Número de Eleitores (2009): 18.449

Feriado 5ª feira da Ascensão


O funcionário municipal que foi eleito presidente Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos - Hélder Esménio(PS)

Funcionário da Câmara de Salvaterra de Magos há mais de 30 anos, Hélder Esménio conseguiu conquistar ao Bloco de Esquerda a única autarquia que aquele partido geria no país, nas eleições autárquicas de 29 de Setembro de 2013.

Candidatou-se pela primeira vez em 2009, tendo sido um dos dois vereadores eleitos do PS. Duplicou o número de votos e os socialistas tornaram-se a segunda força política no concelho. O facto de ser trabalhador municipal e vereador da oposi-

ção valeu-lhe a animosidade da então presidente da câmara, Ana Cristina Ribeiro mas não o intimidou nem limitou a sua acção política. Foi sempre frontal quando estavam em causa os problemas dos munícipes e os interesses do concelho. Venceu a autarquia com 32,75 por cento dos votos, mais 500 votos que o BE, o grande derrotado no concelho uma vez que todas as freguesias também foram conquistadas pelo PS. Foi iliado no PSD desde a juventude, suspendendo a militância para dar a cara pelo projecto socialista. Hélder Esménio diz que entrou na política por se ter cansado de icar só a ver. Começou por ser iliado no PSD e só mais tarde aderiu ao PS. Sem maioria absoluta no executivo fez um acordo com o vereador social-democrata, Francisco Naia, no inal de 2014, para conseguir estabilidade no executivo.

Terra de paços e de palácios A cerca de 50 Km de Lisboa e a 30 Km de Santarém situa-se, na margem sul do Tejo, o concelho de Salvaterra de Magos, com cerca de 20.000 habitantes e uma área de 243,9 Km2. Integram o concelho quatro freguesias: Salvaterra de Magos/Foros de Salvaterra, Marinhais, Glória do Ribatejo/Granho e Muge. Integra a sub-região da Lezíria do Tejo. Salvaterra de Magos beneicia de boas acessibilidades, com ligações à A13 e à A10.

Para além destas importantes ligações inter-regionais, beneicia ainda de ligações directas aos concelhos vizinhos, como Almeirim, Coruche, Benavente e Cartaxo. O concelho é atravessado pela linha ferroviária de Vendas Novas. A beleza da vila e da Lezíria apresenta-se convidativa ao turismo, com o seu Cais Fluvial, a Praia Doce e a típica aldeia de pescadores avieiros do Escaroupim, para além da Barragem de Magos, que con-

vida à pesca desportiva e aos desportos náuticos. Concelho onde a agricultura predomina, desde a mais remota ocupação pré-histórica o concelho possui inúmeros testemunhos materiais do Homem. Viveu um período áureo da sua história a partir do século XVI, com a construção de um Paço Real, no reinado de D. Manuel I, que muito contribuiu para a ixação da família real durante largas temporadas na terra. Ao longo dos sé-

Foi iliado no PSD desde a juventude, suspendendo a militância para dar a cara pelo projecto socialista Não tem um lema de vida mas confessa que tem regras que procura seguir como, por exemplo, não fazer aos outros aquilo que não gosta que lhe façam a ele. Gosta de trabalhar em equipa e de liderar sem ser impositivo. O livro “Os Maias”, de Eça de Queiroz, foi uma obra que o marcou muito quando o leu na juventude. É beniquista mas confessa ser raro ir ao estádio ver os jogos. É casado, tem três ilhos e uma neta. Nasceu a 14 de Maio de 1960, em Lisboa, mas os seus pais são oriundos do concelho de Ourém, assim como a família da sua mulher. Foi a vida proissional que o levou para Salvaterra de Magos, há mais de três décadas.

culos, o Paço sofreu inúmeras alterações. A época áurea do Paço decorre no reinado de D. José I, em meados do século XVIII, em que um vasto plano de remodelação se inicia, incluindo a construção de uma Casa de Ópera. O terramoto de 1755 viria a provocar consideráveis estragos no Paço. O Palácio da Falcoaria foi outro dos factores predominantes na ixação da Família Real em Salvaterra de Magos. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-salvaterrademagos.pt

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santarém Pres. ass. mun. antónio Pinto Correia PSD

Presidente

riCarDo gonÇaLVeS (PSD)

Vice-Presidente SuSana Pita SoareS (PSD)

Vereador

LuíS Farinha (PSD)

Vereador

inêS BarroSo (PSD)

Vereador

iDáLia Serrão (PS)

Vereador

antónio Carmo (PS)

Vereador

riCarDo SeguraDo (PS)

Vereador

otíLia torreS (PS)

Vereador

FranCiSCo maDeira LoPeS (CDu)

Freguesias População e território

aBitureiraS Carlos Madeira dos Santos (PSD)

aBrã Rui Lopes Ferreira (PSD)

aLCaneDe Cristina Maria Neves (PSD)

aLCanhÕeS Pedro Mena Esteves (PS)

aLmoSter João de Oliveira Neves (PSD)

amiaiS De BaiXo José Alves dos Santos (PS)

arneiro DaS miLhariÇaS Paulo Gaspar Guedes (PSD)

moÇarria Marcelo Morgado (MIMO)

romeira e VárZea Artur Ferreira Colaço (PS)

aChete, aZóia De BaiXo e PóVoa De SantarÉm António João Henriques (PS)

PerneS Luís Rodrigues Duarte (PS)

VaLe De SantarÉm Manuel Heitor Custódio (PS)

CiDaDe De SantarÉm Carlos António Marçal (PSD)

aZóia De Cima e tremêS Luís Mena Esteves (LITA)

PóVoa Da iSenta Vanessa Cláudio Duarte (CDU)

ganÇaria Joaquim Duarte Aniceto (CDS-PP)

São ViCente Do PauL e VaLe De Figueira Ricardo Luís da Costa (MIFU)

CaSÉVeL e VaQueiroS Carlos da Cruz Trigo (PSD)

Área do concelho: 552.5 km2 População Residente (Pordata 2013): 60.740 Número de Eleitores (2013): 53.015 Número de Eleitores (2009): 54.488

Feriado 19 de Março

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“Fui eleito para cuidar do concelho e não da minha imagem” Presidente da Câmara Municipal de Santarém - Ricardo Gonçalves (PSD)

O presidente da Câmara Municipal de Santarém, nascido em Santarém a 19 de Julho de 1975, iliou-se no PSD em 1995 após o partido ter perdido as eleições legislativas que levaram o socialista António Guterres ao poder. É oriundo de uma família tradicional do concelho. O autarca

airma-se como um homem de acção que não gosta de perder tempo com polémicas desnecessárias e discursos quezilentos. Todos lhe reconhecem simpatia e urbanidade. É licenciado em Economia e tem uma pós-graduação em Direito das Autarquias Locais. Considera que a juventude

não é um óbice, referindo que as pessoas já o conhecem há muitos anos na vida pública. Airma que tem vida para além da política. Trabalhou alguns anos após ter saído da faculdade, é sócio de um ginásio e foi presidente de uma junta de freguesia. “Ser jovem é algo que passa com o tempo”, diz com humor, catalogando-se como “um ilho da terra” que as pessoas de Santarém conhecem bem. A sua ligação à política autárquica começou no inal de 2001 como presidente da Junta de Freguesia de Azóia de Baixo, localidade a meia dúzia de quilómetros de Santarém onde vivem os pais. Em 2006 estreou-se no executivo camarário, substituindo o vereador Mário Santos. Aí icou até inal do mandato assumindo pelouros como os do trânsito e obras municipais. Em 2009, já como número dois na lista de Moita Flores, é reeleito e passa a ser vice-presidente, substituindo o presidente nas suas ausên-

Uma cidade onde se respira História Capital de distrito, Santarém é sede de concelho e da sub-região da Lezíria do Tejo, subdividido em 18 freguesias, com 560,3 Km2 e mais de 63.500 habitantes. Dista de Lisboa 66 Km e do Porto 242 Km, sendo atravessado pelas auto-estradas A1 e A15, beneiciando ainda da ligação à A13 através da Ponte Salgueiro Maia. Excelentes acessibilidades, portanto, a somar à linha-férrea que cruza a zona ribeirinha, trazem a Santarém uma renovada centralidade no país.

Terra ligada a momentos emblemáticos da nossa História, do passado o centro urbano antigo desta cidade mágica e luminosa possui um património monumental notável de igrejas e conventos. Apelidada de “Capital do Gótico”, Santarém mostra ao viajante, logo desde o primeiro instante, a beleza das suas ruas estreitas e sinuosas, típicas de uma cidade que se desenvolveu entre muralhas. Percorrer o centro histórico é como viajar pela própria história do país,

encontrando a cada virar de esquina um motivo arquitectónico de interesse. Tudo isto faz do município de Santarém um destino turístico por excelência e um bom concelho para viver e investir, onde o ensino superior politécnico acrescenta saber. A agricultura, a indústria, o comércio e serviços têm exemplos de relevo nas actividades económicas. A requaliicação urbana de que a cidade tem sido alvo e a criação de uma cidade judiciária nas antigas insta-

cias. A nível partidário foi presidente das concelhias de Santarém da JSD e do PSD e vice-presidente distrital do PSD. Sportinguista militante e sofredor, não perde um bom petisco e gosta do convívio com os amigos em ambiente de tertúlia. É uma pessoa simples nos gostos e no vestir, nunca renegando o seu afecto ao meio rural onde viveu durante muitos anos. O facto de ter sido o primeiro militante do PSD a ganhar a Câmara de Santarém, de ter icado a dois votos da maioria absoluta e de o seu feito ter sido conseguido em circunstâncias difíceis para o partido, não entusiasmou pessoas que se esperaria ver entusiasmadas. Ricardo Gonçalves considera que a estrutura distrital do partido tem tentado desvalorizá-lo. Mas há mais. Antes das eleições, o seu antecessor, Moita Flores, que concorreu pelo PSD em Oeiras tendo sido derrotado, deu uma entrevista em que desancava Ricardo Gonçalves, não lhe reconhecendo capacidade para gerir “a herança” que ele lhe tinha deixado em Santarém. Apesar disso o autarca apresenta-se motivado e diz que foi eleito para cuidar de Santarém e não para cuidar da sua imagem. lações da Escola Prática de Cavalaria são novos pontos de interesse. Com origens que se perdem nos tempos, ocupada por múltiplos povos, como romanos, visigodos e árabes, Santarém tem andado de mãos dadas com a História pátria. Pedro Álvares Cabral, D. João II, Marquês de Sá da Bandeira, Passos Manuel ou Salgueiro Maia são alguns dos nomes ligados a Santarém que fazem parte do panteão de iguras notáveis.

* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-santarem.pt

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sardoal

Presidente

Vice-Presidente

Vereador

Vereador

Vereador

Pres. ass. Mun.

Miguel Borges (PsD)

Jorge gasPar (PsD)

PeDro santos rosa (PsD)

FernanDo Vasco (Ps)

rui serras (gis)

Miguel Mora alVes (PsD)

Freguesias

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População e território

alcaraVela Paulo Casola Pedro (PSD)

sarDoal Victor Lopes Pires (PSD)

santiago De Montalegre António Pereira Fernandes (PSD)

ValHascos Jorge da Silva Pina (PSD)

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Área do concelho: 92.1 km2 População Residente (Pordata 2013): 3.894 Número de Eleitores (2013): 3.484 Número de Eleitores (2009): 3.677

Feriado 22 de Setembro


Sem fato nem gravata mas sempre com muita música Presidente da Câmara Municipal do Sardoal - Miguel Borges (PSD)

A ligação de António Miguel Borges ao Sardoal começou há cerca de 26 anos quando começou a colaborar com o GETAS - Centro Cultural do Sardoal, no qual foi director do grupo coral. O presidente da Câmara do Sardoal, eleito pelo PSD em 29 de Setembro de 2013, nasceu a 24 de Agosto de 1965 em Abrantes, cidade onde residiu durante a sua infância e parte

da juventude. Miguel Borges sucedeu a Fernando Moleirinho, do mesmo partido, de quem foi vice-presidente, e com o qual mantém contacto regular. Miguel Borges, que entrou na política em 2009, ixou-se na vila, no limite norte do Ribatejo, com a esposa e os quatro ilhos (três raparigas e um rapaz) há 18 anos quando começou a leccionar Educa-

ção Musical no Agrupamento de Escolas do Sardoal. Tem um curso de composição e foi director musical da extinta Orquestra Ligeira de Abrantes e da Filarmónica União Sardoalense. Teve desde cedo uma participação cívica activa e não lhe custou entrar na política. O grande desaio de Miguel Borges, e aquele que assume como uma luta permanente, é contrariar a interioridade do concelho. E o autarca sente na pele os custos dessa interioridade a começar pelo facto de no seu gabinete a rede de telecomunicações ser fraca, apesar de estar a pouco mais de uma hora de Lisboa pela auto-estrada. Não gosta de touradas e nunca assistiu a nenhuma ao vivo. É uma pessoa informal e só usa fato e gravata quando tem mesmo de ser por razões protocolares. Tem um peril na rede social Facebook onde publica essencialmente notícias sobre o Sardoal e a actividade da câmara, além de partilhar vídeos de músicas. Aos 13 anos trabalhou nas férias de Verão num armazém para conseguir comprar uma

Uma terra que é um jardim Perdem-se, na bruma do tempo, as origens da vila do Sardoal e não são conhecidas memórias que, por escrito ou tradição, possam informar dos seus princípios. O documento mais antigo existente no Arquivo Municipal é uma carta da Rainha Santa Isabel, de 1313, e é tradição que o Sardoal teve o seu primeiro foral, dado por esta Soberana, no mesmo ano de 1313. Tal facto não

está conirmado. Certo é que em 22 de Setembro de 1531 D. João III elevou a povoação do Sardoal à categoria de vila. O concelho tem quatro freguesias e cerca de 92 quilómetros quadrados. Não sendo grande, encerra um património histórico, arquitectónico, religioso e étnico muito rico. O Sardoal possui um centro histórico que o envolve e cativa ao primeiro olhar, onde na Primavera se

pode assistir a um verdadeiro espectáculo de beleza e de cor, dado pelas lores que profusamente pendem dos muros e das varandas, legitimando o título de Vila Jardim, que ostenta há várias décadas. Pela sua localização geográica pode considerar-se na conluência de três regiões distintas: Ribatejo, Alentejo e Beira Baixa, a que foi buscar as raízes da

O grande desaio de Miguel Borges, e aquele que assume como uma luta permanente, é contrariar a interioridade do concelho guitarra que ainda conserva. É uma pessoa crítica em relação à política e aos investimentos que se izeram em algumas zonas e que continuam a fazer-se. Considera que muitas obras nunca deviam ter existido por serem obras de fachada. Aos que dizem que os políticos são todos a mesma coisa, lembra que uma árvore não faz a loresta. Não se importa que lhe batam à porta de casa para tratar de assuntos depois de a câmara já ter fechado. Diz que respeita a experiência das pessoas e que não tem a pretensão de ser o dono da verdade absoluta. A sua ligação à música começou aos seis anos a tocar e cantar no coro da Igreja de São João, em Abrantes. É um católico crítico dos que pedem a Deus mas que não fazem nada para que as coisas aconteçam e considera que a sorte não cai do céu. Miguel Borges lida bem com o humor mesmo quando é ele o visado.

sua identidade cultural. O concelho dispõe de boas acessibilidades rodoviárias, através da variante à Estrada Nacional 2 que o liga à Auto-Estrada 23 e à A1 e ao Itinerário Complementar 8 (Sertã), sendo servido, em termos ferroviários pela Linha da Beira Baixa (Estação de Alferrarede/Abrantes, a 7 quilómetros), situando-se a cerca de 150 quilómetros de Lisboa. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-sardoal.pt

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tomar

Presidente

anaBela FReiTaS (PS)

Vice-Presidente Rui SeRRano (PS)

Vereador

PedRo MaRqueS (iPT)

Vereador

João TenReiRo (PSd)

Freguesias aSSeiCeiRa Carlos Graça Rodrigues (PS)

CaRRegueiRoS Maria José Serra (PSD)

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olalHaS Jorge Filipe Martinho Rosa (PSD)

São PedRo de ToMaR Maria de Lurdes Ferromau (PSD)

PaialVo Luís Antunes (CDU)

aléM da RiBeiRa e PedReiRa Alexandre Mateus Horta (PSD)

SaBaCHeiRa António da Costa Graça (PS)

CaSaiS e alVioBeiRa João Luís Alves (PSD)

Madalena e BeSelga Arlindo Costa Nunes (PS)

SeRRa e JunCeiRa Américo da Conceição Pereira (IpT)

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Vereador

anTónio JoRge (PSd)

Vereador

BRuno gRaça (Cdu)

Vereador

Hugo CRiSTóVão (PS)

Pres. ass. Mun. JoSé PeReiRa (PS)

População e território Área do concelho: 351.2 km2 População Residente (Pordata 2013): 39.376 Número de Eleitores (2013): 37.131 Número de Eleitores (2009): 38.724

Feriado 1 de Março

ToMaR e SanTa MaRia doS oliVaiS Augusto Barros Alves (PS)


Perdas de água nas redes de abastecimento público continuam a ser uma dor de cabeça Investimentos têm ajudado a atenuar os problemas mas ainda há muito a fazer A empresa Águas de Santarém reduziu as perdas de água em 2014 para um valor de 29,4 por cento do total que entra no sistema de abastecimento. Segundo a empresa, tal redução “é superior a 675 milhões de litros de água”. No ano anterior as perdas de água na rede gerida pela Águas de Santarém estavam nos 34,2%. Apesar dos resultados conseguidos, graças aos investimentos na reabilitação de redes de água e na melhoria da eiciência dos sistemas, nomeadamente, a regulação da pressão, que resultou numa redução de 27.8% das roturas de conduta anuais comparativamente a 2011, os resultados a nível de perdas da Águas de Santarém ainda estão acima da média nacional que é de 19%. Há três concelhos do distrito de Santarém onde mais de metade da água para consumo que entra na rede pública não é facturada. Uma grande parte dessa água perde-se no subsolo devido a rupturas nas canalizações. A restante é usada em locais onde não estão instalados contadores. As perdas acima de metade da água da rede ocorrem nos concelhos de Mação (67,5%); Golegã (57,8%) e Ferreira do Zêzere (54,1%). Em todo o território nacional só há mais dois concelhos nesta situação. Os dados são da ERSAR (Entidade Reguladora para os Serviços de Águas e Resíduos) e estão disponíveis para consulta através de um aplicativo para smartphones e tablets. O panorama na região em termos de perdas de água é preocupante. Não há um único dos 21 concelhos abaixo da média nacional que, por si, já é elevada, cifrando-se nos 19 por cento. O concelho mais próximo daquele valor é Alcanena onde o sistema é gerido pela empresa Luságua, com perda média de 22,1 por cento. A média distrital de água perdida é de 38,1%. Nos grandes sistemas nacionais a perda média de água não ultrapassa os 10

por cento. Lisboa (7%); Oeiras e Amadora (9%) Cascais (9%). Nos concelhos do distrito de Santarém em que o sistema é gerido pela empresa intermunicipal Águas do Ribatejo (Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas), as perdas são de 38,2%. Com mais perdas que os concelhos da Águas do Ribatejo, mas abaixo dos

três concelhos recordistas, estão Rio Maior (43,4%) e Sardoal (42,5). Abaixo destes valores mas com perdas acima dos trinta por cento estão Entroncamento (35,4%); Tomar (35,2); Constância (35%) e Abrantes (31,8%). Como já foi referido, a Águas de Santarém, empresa municipal que abastece o concelho de Santarém, conseguiu reduzir as perdas para 29,4%.

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torres novas

Presidente

PEdro FErrEira (Ps)

Vice-Presidente Luís siLVa (Ps)

Vereador

ELVira Maria Machado da cruz sEquEira (Ps)

Vereador

ManuEL PauLo MEndEs Tojo (Ps)

Vereador

hEnriquE FErrEira rEis (Psd

Freguesias assEnTiz Leonel Seguro dos Santos (GIFA)

ziBrEira Rogério Antunes Rosa (PS)

chancELaria Alfredo da Costa Antunes (PS)

MEia Via Maria da Graça Santos (PS)

PEdrógÃo Paulo Ganhão Simões (PS)

BroguEira, ParcEiros dE igrEja E aLcorochEL Manuel Carvalho Júnior (PS)

riachos Alexandre Cabedo Simas (GRUPPO)

oLaia E PaÇo Hélder Pinto Rodrigues (PS)

Vereador

FiLiPa rodriguEs (cdu)

Vereador

hELEna PinTo (BE)

Pres. ass. Mun. anTónio rodriguEs Ps

População e território Área do concelho: 270 km2 População Residente (Pordata 2013): 36.197 Número de Eleitores (2013): 32.496 Número de Eleitores (2009): 32.846

Feriado 5ª feira da Ascensão

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TorrEs noVas (sanTa Maria, saLVador E sanTiago) António Santos Morte (PS)

TorrEs noVas (sÃo PEdro), LaPas E riBEira Branca Júlio Reis Clérigo (PS)


“Se por acaso tenho inimigos eles disfarçam muito bem” Presidente da Câmara de Torres Novas - Pedro Ferreira (PS)

Foi em 1993, ano de eleições autárquicas. Pedro Ferreira trabalhava como Inspector de Seguros e tinha acabado de chegar a casa quando lhe bateram à porta. Era o seu amigo António Rodrigues a convidá-lo para integrar a sua lista à câmara em segundo lugar. A conversa foi breve. Cinco minutos se

tanto. Pensa nisso e responde-me amanhã. Ele pensou, aconselhou-se com a esposa, Zélia Maria, e respondeu no prazo. Aos quarenta anos, sem nunca se ter interessado por política, integrou a lista do PS que pôs im a 16 anos de poder autárquico social-democrata. Ao im de vinte anos como

vereador e vice-presidente, Pedro Paulo Ramos Ferreira assume em 2013 a liderança da lista de candidatos socialistas e passa a presidente, por vontade da maioria dos eleitores. O percurso do antigo escuteiro chefe do Agrupamento 65 do Corpo Nacional de Escutas, compositor de canções para festivais infantis da canção, cronista, dirigente associativo, militante incansável de causas sociais inclui um outro feito notável. Foi um dos fundadores do CRIT (Centro de Reabilitação e Integração Torrejano), em 1977, e seu presidente da direcção até à sua eleição para presidente do município. Pedro Ferreira foi o primeiro elemento da família Ferreira a nascer fora do concelho de Alcanena. O pai, Manuel Joaquim Rodrigues Ferreira, era conhecido por Manuel da Farmácia por ter trabalhado durante trinta anos numa farmácia em Alcanena. A mãe, Maria Adelaide Galveia Ramos, era telefonista e tinha ido trabalhar para Torres Novas. Uma irmã e dois irmãos do autarca já faleceram.

Concelho rico em património natural O concelho de Torres Novas é particularmente privilegiado em termos de património natural, do qual se destacam o rio Almonda e a Serra d’Aire. Motivos de interesse paisagístico, espeleológico e arqueológico. Com cerca de 36.000 habitantes, distribuídos por 280 Km2 de área. A A1 e o A23 são as principais vias que o atravessam, facilitando um rápido acesso a qualquer zona do

país e à vizinha Espanha. Faz fronteira com Tomar, Ourém, Santarém, Golegã, Alcanena, Entroncamento e Vila Nova da Barquinha. A criação do município remonta a 1190, data em que D. Sancho I atribuiu o foral à vila já então existente. O concelho é, hoje, constituído por dez freguesias. Na sede do concelho abundam antigas igrejas e capelas, com destaque para a Igreja

de Sant’iago, construída por promessa de D. Afonso Henriques, em 1148, e para a Ermida de Nossa Senhora do Vale, o mais antigo templo da região. À entrada da cidade está o monumento de maior prestígio: o imponente castelo medieval. A circundá-lo está o rio, em cujas margens se arquitectou um jardim, que se estende pela avenida principal. Nos arredores, destaque

Pedro Ferreira foi o primeiro elemento da família Ferreira a nascer fora do concelho de Alcanena Depois do ensino básico e dos estudos na Escola Comercial e Industrial de Torres Novas, Pedro Ferreira arranjou emprego na empresa Luz& Irmão, em Riachos. Já depois dos 50 anos volta a estudar e licencia-se em Ciências Sociais. Foi um curso tirado por gosto. Uma prenda oferecida a si mesmo depois de ter os três ilhos, Sara, Marco e Pedro, praticamente criados. Pedro Ferreira não se lembra de alguma vez ter tido uma quezília com alguém. Diz que se tem inimigos eles disfarçam muito bem. É católico, é beniquista, embora reconheça que nem sequer sabe o nome dos jogadores todos da equipa principal de futebol e gosta de conviver com os amigos à volta de um bom petisco. Apesar de ter sido eleito para cinco mandatos pelo PS só se inscreveu no partido há cerca de dois anos. Considera que não enganou ninguém. Segundo ele era óbvio para toda a gente que há muitos anos que se identiicava com o partido.

para as ancestrais ruínas romanas de Cardillium, com os seus preciosos mosaicos polícromos e para as enigmáticas grutas de Lapas, envoltas no mistério da sua escavação. A Reserva Natural do Paúl de Boquilobo, as Pegadas de Dinossaúrios da Jazida da Pedreira do Galinha (classiicada como monumento natural) e a Quinta do Marquês, são locais a visitar. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-torresnovas. pt

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vila franca de xira Pres. ass. Mun. JoÃo quítalo PS

Presidente alberto MeSquita (PS)

VicePresidente Fernando Ferreira (PS)

Vereador antónio Felix (PS)

Vereador antónio oliVeira (PS)

Vereador Maria de FátiMa antuneS (PS)

Vereador nuno libório (Cdu)

Vereador

ana lídia CardoSo (Cdu)

Vereador

aurélio MarqueS (Cdu)

Vereador

Paulo rodrigueS (Cdu)

Vereador

rui rei (PSd/MPt/ PPM)

Vereador

Helena de JeSuS (PSd/ MPt/PPM)

Freguesias

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alHandra, SÃo JoÃo doS MonteS e CalHandriZ Mário Cantiga (CDU)

alVerCa do ribateJo e SobralinHo Afonso Costa (PS)

Vialonga José António Gomes (CDU)

Vila FranCa de xira Mário Calado (CDU)

CaStanHeira do ribateJo e CaCHoeiraS Luís Almeida (CDU)

PóVoa de Santa iria e Forte da CaSa Jorge Ribeiro (PS)

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População e território Área do concelho: 318,2 km2 População Residente (Pordata 2013): 138.910 Número de Eleitores (2013): 110.463 Número de Eleitores (2009): 105.182

Feriado 5ª Feira da Ascensão


Procura consensos mas não deixa que outros decidam o que é da sua competência Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira - Alberto Mesquita (PS)

O presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, 65 anos, assume-se como alguém que procura gerar consensos e que privilegia o diálogo e colaboração entre todos os representantes das várias forças políticas, em nome de um

concelho mais competitivo. Entrou na vida política em 1985. Juntou-se ao Partido Socialista onde foi subindo na hierarquia a pulso. A sua maior referência é Mário Soares. Foi vereador e vice-presidente quando a câmara era liderada pela sua camarada Maria da

Luz Rosinha. Apesar de muitas especulações foi com naturalidade que o PS o escolheu para cabeça de lista. Tem dado continuidade ao trabalho que vinha sendo feito, com destaque para a concretização da grande obra que foi a nova biblioteca “Fábrica das Palavras” mas não deixa de colocar o seu cunho pessoal na governação municipal. Alberto Mesquita nasceu no Lobito, em Angola, a 26 de Agosto de 1949 e passou a infância junto ao mar num cenário idílico. Andava descalço e de calções e bebia água de coco da fruta que se soltava das árvores. Quando chegou a Lisboa aos 11 anos e foi viver para o quinto andar de um apartamento icou em choque. Diz que foi quase como o terem colocado numa jaula, de tão habituado que estava à imensidão africana. Como militar fez uma comissão de serviço em Moçambique na altura da Guerra Colonial. No regresso foi trabalhar como desenhador projectista

Uma cidade à beira do Tejo Vila Franca de Xira é cidade e sede de um município com 317,68 quilómetros de área e 142.163 habitantes, subdividido em seis freguesias (Vialonga, Vila Franca de Xira, União das Freguesias de Alhandra/São João dos Montes/Calhandriz, União das Freguesias de Alverca/ Sobralinho, União das Freguesias de Castanheira do Ribatejo/Cachoeiras, União das Freguesias de Póvoa de Santa Iria/Forte da Casa). O município, que pertence ao distrito de Lisboa, é limitado

a norte pelos municípios de Alenquer e Azambuja, a leste por Benavente, a sul pelo estuário do Tejo, a sul e oeste por Loures e a noroeste por Arruda dos Vinhos. No lugar do actual concelho de Vila Franca de Xira existiram ao longo da Idade Média e até meados do século XIX quatro concelhos distintos – o de Povos (hoje uma povoação da freguesia de Vila Franca de Xira), Alverca, Alhandra e Vila Franca. Em 1855 já estavam todos integrados no actual

concelho de Vila Franca. Em 1916 separou-se de Santa Iria de Azóia a freguesia da Póvoa de Santa Iria, que em 1926 passou deinitivamente ao concelho de Vila Franca. Em Vila Franca deu-se, em 1823, o movimento revoltoso da Vilafrancada, levado a cabo pelo Infante D. Miguel contra a Constituição de 1822. Na sequência desses acontecimentos, Vila Franca de Xira foi renomeada para Vila Franca da Restauração. O nome não

na metalúrgica Mague, em Alverca, um local que considera ter sido uma grande escola de vida para muitas pessoas da sua geração. Fixou-se em Alverca, onde reside, casou e tem dois ilhos. Tenta almoçar com a esposa e passar o maior tempo possível com ela porque a vida de autarca é absorvente. Quando consegue vai ao cinema e na cozinha limita-se a dar ideias. Gosta de cozido à portuguesa, feijoada e bacalhau com grão. É fã de rugby e chegou a ser jogador do Sport Lisboa e Benica quando tinha menos 15 quilos. Parou quando os médicos lhe deram um ultimato para mudar de vida e se alimentar de forma mais saudável. Passou a andar mais a pé, rotina que ainda mantém. Homem afável, Alberto Mesquita tem um sorriso simples que cativa os que o rodeiam. Gosta de contar umas piadas quando o ambiente nas reuniões se torna tenso mas nunca deixa de dizer o que tem a dizer, por mais inconveniente que seja.

durou e após o fracasso da Abrilada, no ano seguinte, voltou à forma original. Vila Franca de Xira foi elevada a cidade em 28 de Junho de 1984, no segundo pacote de elevação a cidades do regime democrático em Portugal. As festas de Vila Franca de Xira, conhecidas como “Colete Encarnado” realizam-se no primeiro im-de-semana de Julho e durante a primeira semana de Outubro realiza-se a antiga “Feira de Outubro”. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-vfxira.pt

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vila nova da barquinha

Presidente

FeRnando FReiRe (Ps)

Vice-Presidente Rui MaRtins (Ps)

Vereador RicaRdo HonóRio (Ps)

Freguesias

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Vereador

Luís VaLente (Psd)

Pres. ass. Mun. Rui PicciocHi (Ps)

População e território

ataLaia Manuel Maria Honório (PS)

tancos José Batista Homem (PS)

PRaia do RiBateJo Benjamim Abalada Reis (PS)

ViLa noVa da BaRQuinHa João Mexia Machado (PS)

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Vereador

Rosa GaRRett (Ps)

Área do concelho: 49.5 km2 População Residente (Pordata 2013): 7.332 Número de Eleitores (2013): 6.450 Número de Eleitores (2009): 6.658

Feriado 13 de Junho


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