ESPECIAL Galardão Empresa do Ano 2014 (Edição 1225 - 17-12-2015)

Page 1

Economia

17 de Dezembro de 2015

Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1225

“Os clientes devem ser tratados como convidados especiais” Bruno Monteiro é sócio-gerente da loja Opticália de Benavente. É um empresário que gosta de arriscar mas com conta, Identidade Profissional 21 peso e medida

Junta de Freguesia de Santo Estêvão com iniciativas neste Natal Até 8 de Janeiro quem comprar dez euros ou mais nas lojas aderentes habilita-se a ganhar um cabaz de Natal 17

Cardeal Dom Guilherme “Private Collection” para a mesa da consoada Três mil garrafas de tinto e outras tantas de branco de um topo de gama da Adega Cooperativa de Alcanhões 16

Centro Social Paroquial de Abrã propõe-se “semear” afectos Um novo projecto para apoio à comunidade mais idosa 20

“Horta Grande” produz 70 toneladas de morangos por campanha A qualidade da água desta quinta torna o fruto mais saboroso, mais aromático e com maior durabilidade 19

Herdade da Hera organiza dois ateliers “Férias de Natal”

A Herdade da Hera está a organizar ateliers com actividades tão diversas como pintura, escultura, barro entre muitas outras actividades 18

Dia do Diploma da Escola Secundária Agrupamento Marcelino Mesquita

Benavente recebeu Galardão “Empresa do Ano” com críticas à burocracia O presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho elogiou as empresas e empresários, nomeadamente os do seu concelho, que souberam dar a volta à crise e criar riqueza e emprego e aproveitou para zurzir nos políticos e burocratas que só entravam o desenvolvimento. Como exemplo deu a revisão do PDM de Benavente que se arrasta há 14 anos. O Galardão Empresa do Ano é uma iniciativa da NERSANT e de O MIRANTE, organiza-se há 15 anos e pela primeira vez realizou-se em Benavente 2 a 13

O director do agrupamento realçou o esforço de toda a comunidade educativa para a continuidade do sucesso já alcançado 15


2 | GALARDテグ EMPRESA DO ANO 2014

17 DEZEMBRO 2015 | O MIRANTE PUBLICIDADE


GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014 | 3

O MIRANTE | 17 DEZEMBRO 2015

O MIRANTE passa para a empresa Valedotejo e muda sede social para Santarém Novidades anunciadas pelo director-geral do jornal Joaquim António Emídio foto O MIRANTE

Novos sites do jornal estão a ser desenhados pela equipa gráfica responsável pelas edições web do grupo Impresa, nomeadamente do semanário Expresso e da revista Visão. O MIRANTE muda de empresa proprietária 28 anos depois da sua fundação embora não mude de proprietários.

A

o fim de vinte e oito anos de existência, O MIRANTE deixa de pertencer à sociedade Joaquim António Emídio e Maria de Fátima Emídio, com sede na Chamusca, passando para a posse da empresa Valedotejo - Comunicação Social Ldª, com sede em Santarém. A informação foi tornada pública na quinta-feira, 10 de Dezembro em Benavente, no decurso da cerimónia de entrega dos galardões “Empresa do Ano”, iniciativa que O MIRANTE realiza há 15 anos em conjunto com a Associação Empresarial de Santarém - NERSANT. Falando para galardoados, empresários, autarcas e convidados em geral, que marcaram presença no cine-teatro municipal, o director-geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, anunciou também que a renovação dos sites do jornal (semanal e diário), está a ser feita pelos desig-

ners gráficos que têm a seu cargo os sites das publicações do grupo Impresa, nomeadamente do jornal Expresso e da Revista Visão. Como é sabido O MIRANTE tem uma parceria com o jornal Expresso distribuindo semanalmente cerca de dez mil exemplares da sua tiragem juntamente com o semanário de Francisco Pinto Balsemão. A distribuição é feita nos 21 concelhos da área de influência de O MIRANTE.

Com uma organização diferente outro galo cantaria O director geral de O MIRANTE disse ainda que a parceria existente com a NERSANT para a atribuição anual do Galardão Empresa do Ano se vai manter e reforçar e lembrou que se mantêm os pressupostos que estão na sua génese. “A iniciativa Galardão Empresa do Ano, que nasceu há 15 anos, foi fruto da

Há vários anos que cerca de dez mil exemplares de O MIRANTE são distribuídos em conjunto com o Expresso nos concelhos do distrito de Santarém.

nossa dedicação e do nosso empenho em trabalhar com as empresas. Aliamo-nos à NERSANT que é líder na relação com as empresas e com empresários e, com mais ou menos justiça, temos vindo a cumprir a nossa missão de dar visibilidade a quem investe na região, criando riqueza e qualidade de vida.”, afirmou. Depois de se referir à região do Ribatejo como uma das melhores do mundo para viver e trabalhar, Joaquim António Emídio lamentou a inexistência de outro tipo de organização administrativa regional. “Se fossemos mais inteligentes como organizações; se déssemos mais valor àqueles que trabalham do que àqueles que se aproveitam do nosso trabalho; se repartíssemos melhor, com os da nossa região, aquilo que temos para dar, outro galo cantaria. Não falo, nem penso, em candidatarmos o nosso espírito de solidariedade a património da humanidade. Falo em candidatarmos a nossa inteligência emocional a favor de uma região que não devia ser Médio Tejo e Lezíria do Tejo, nem Ribatejo e Vale do Tejo, mas tudo isso e ‘mais umas botas’ como diz a sabedoria popular, no que respeita à criação de poder, ao nível daquilo que os nossos vizinhos espanhóis fazem tão bem (...)”, declarou

.


4 | GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014

17 DEZEMBRO 2015 | O MIRANTE

Empenho dos empresários e dos recursos humanos são o segredo do sucesso fotos O MIRANTE

Galardões Empresa do Ano entregues no dia 10 de Dezembro, em Benavente

S

Entrega do prémio Carreira Empresarial a Fernando Caldas, gerente da Comtemp

Ricardo Soares, da Samogreen Systems, recebeu o prémio Jovem Empresário

O administrador financeiro da Renova, João Clara subiu ao palco em substituição de Paulo Pereira da Silva, director executivo da Renova, empresa distinguida com o Galardão Empresa do Ano

em recursos humanos de qualidade, trabalho empenhado e apoio familiar e dos amigos não se alcança o sucesso nas empresas da região. Esta foi a ideia chave a emergir dos discursos dos empresários galardoados na noite de quintafeira, 10 de Dezembro, na gala de atribuição dos prémios Galardão Empresa do Ano, iniciativa da Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém e do jornal O MIRANTE. Ricardo Soares, da Samogreen Systems – Energias Renováveis, recebeu o galardão de Jovem Empresário, agradeceu a todos os que têm ajudado a empresa a crescer e confessou ter ficado surpreendido com o prémio. “Tenho contribuído para o crescimento do nosso Ribatejo. Ser ribatejano de gema é o meu espírito, a minha alma. Continuo empenhado em fazer bem ao ambiente”, afirmou. Disse ainda não estar arrependido do passo dado em 2009, quando deixou o emprego que tinha e que considerava ser a sua “área de conforto” para criar a empresa, numa altura em que se falava da crise mundial. “A minha vontade prevaleceu e com a ajuda da minha família consegui”. A distinguida com o galardão de Mulher Empresária, Celeste Dias, da Ignoramus - Comércio de Produtos Naturais, começou por agradecer o “valor extraordinário” do galardão uma vez que a empresa não é associada da Nersant. “A Nersant foi das entidades locais que realmente reconheceu o trabalho da empresa”, notou a empresária, ressalvando o papel que esta tem tido no desenvolvimento da região. “É um reconhecimento que não é individual, gostaria de o partilhar com as pessoas que me têm acompanhado, quer a nível empresarial quer a nível pessoal”, disse, falando do marido, da filha e do sobrinho. “E também com os nossos 50 trabalhadores, porque são eles que ajudam a criar valor. Tenho muito orgulho em ter concretizado um projecto que ajuda na economia do país e ao mesmo tempo tem também a missão de ajudar as pessoas a ter uma melhor qualidade de vida”, frisou. Noutro dos discursos da noite, Fernando Caldas, vencedor do galardão de Carreira Empresarial, deixou uma “palavra muito sentida” ao movimento associativo


O MIRANTE | 17 DEZEMBRO 2015

GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014 | 5 fotos O MIRANTE

O MIRANTE e a NERSANT voltaram a distinguir empresas da região que se destacaram pela “qualidade dos seus serviços, pela criação de postos de trabalho e pelo contributo à estabilidade e melhoria da qualidade de vida da região” com a atribuição do Galardão Empresa do Ano. A iniciativa teve a sua primeira edição em 2000 e realizou-se este ano pela primeira vez em Benavente

e ao que ele “deve representar para todas as pessoas de trabalho”. O gerente da Comtemp – Companhia dos Temperos, que foi dirigente da CAP e presidente do CNEMA, lembrou que é fácil os empresários “queixarem-se, dizerem que as coisas estão mal”, mas que é “muito mais interessante” terem a possibilidade de “dar as mãos e fazer ver um ponto de vista comum”. Também reconheceu que sem os colaboradores de qualidade que teve ao longo dos anos dificilmente teria chegado onde chegou. A DS Systems – Formação e Certificação de Mergulho, venceu o galardão de Micro Empresa do Ano e Duarte Silvestre, o responsável, voltou a elogiar o papel dos recursos humanos no sucesso do negócio. “Se alguém dissesse que Coruche poderia ser uma capital ibérica do mergulho ninguém acreditaria. O apelo que deixo é para que acreditem nos recursos humanos locais”, apelou. Duarte Silvestre lembrou mesmo que o seu “concorrente directo” está cotado na bolsa norte-americana e que isso diz bastante da performance da empresa. Quem também agradeceu à família e aos colaboradores foi Nicole Carocha, filha de João Carocha, empresário da Laverde – Produtos Naturais e Cosmética, que venceu o galardão PME do Ano. “O agradecimento é para todos os que nos têm acompanhado ao longo de todos estes anos de luta constante”, frisou. Por fim, a encerrar a cerimónia, foi entregue à Renova de Torres Novas o galardão de Empresa do Ano. João Clara recebeu a distinção, em substituição do director executivo da empresa, Paulo Pereira da Silva, que se encontrava no estrangeiro. “As pessoas fazem a diferença nas organizações e isso espelha-se tanto na Renova como no trabalho que é feito pela Nersant e pelo MIRANTE”, elogiou

.

Nicole Carocha, em substituição do seu pai, João Carocha, recebeu o Galardão PME do Ano

Celeste Dias, administradora da Ignoramus, recebeu o Galardão Mulher Empresária

Duarte Silvestre, administrador da DS Systems, foi distinguido com o Galardão Micro Empresa do Ano


6 | GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014

17 DEZEMBRO 2015 | O MIRANTE

Revisão do PDM de Benavente arrasta-se há 14 anos

Presidente da Nersant quer estabilidade e previsibilidade nas políticas fiscais e económicas

Presidente de Benavente elogia empresas do concelho e lembra constrangimentos derivados das dificuldades burocráticas foto O MIRANTE

O

presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), disse na cerimónia de entrega dos prémios Galardão Empresa do Ano, que apesar do desenvolvimento empresarial do concelho ser maioritariamente influenciado pela proximidade da Área Metropolitana de Lisboa, a identidade ribatejana está sempre presente. “Quero agradecer ao NERSANT e a O MIRANTE a oportunidade que nos deram de receber aqui em Benavente uma iniciativa com esta importância. Somos periféricos no distrito de Santarém, o nosso processo de desenvolvimento assenta nesta complementaridade que estabelecemos com a área metropolitana de Lisboa, mas queremos afirmar a nossa identidade ribatejana e ser parte integrante desta nossa região”, afirmou.

O autarca referiu-se depois, em termos elogiosos, ao tecido empresarial do concelho e à estratégia de instalação de empresas. “Percebemos que era fundamental diversificar o tecido empresarial e económico, num concelho que tinha uma dinâmica muito forte no sector da construção civil, que foi completamente dizimado. Algumas empresas de maior dimensão têm aumentando o volume de negócios e os postos de trabalho e actualmente o conjunto de empresas aqui instaladas apresenta um volume de negócios que se aproxima dos 800 milhões de euros, sendo mais de 150 milhões de exportações, com a particularidade de incorporar na nossa economia mais de 90% desse valor”, afirmou. No entanto, Carlos Coutinho lamentou que haja ainda entraves que impedem uma evolução mais conseguida, nomeadamente: “os custos dos factores de produção, a elevada carga fiscal, a qualidade com que a energia e os problemas com o seu normal fornecimento”. O presidente da autarquia deu outras informações que considera importantes. “Nas últimas décadas crescemos à média de 25%, mas temos situações inaceitáveis e inacreditáveis, nomeadamente o PDM que há 14 anos se arrasta no seu processo de revisão. Isto traduz a burocracia e a forma como o nosso país impede que possamos tratar de problemas das nossas populações”, salientou. O autarca felicitou os vencedores dos prémios Galardão Empresa do Ano, nomeadamente os que têm sede no seu município. “Quero deixar os parabéns às empresas e aos empresários, particularizando a Drª Celeste Dias da Ignoramus - Produtos Naturais e ao Engenheiro Ricardo Soares da Samogreen Systems – Energias Renováveis. São dois bons exemplos do dinamismo empresarial. Um agradecimento ao NERSANT e a O MIRANTE pela organização desta iniciativa desde 2000”

.

Salomé Rafael não aceita retrocessos em relação a compromissos já assumidos foto O MIRANTE

Depois de elogiar as empresas e os empresários que receberam o Galardão Empresa do Ano, a dirigente associativa aconselhou os presentes a dedicarem parte do seu tempo à família e aos amigos porque, lembrou: “o nosso tempo e o dos que nos são queridos não é infinito”

N

uma mensagem dirigida ao novo governo, a presidente da Nersant Associação Empresarial da Região de Santarém, Salomé Rafael, garantiu que a Nersant, enquanto maior associação empresarial regional do país, não aceitará que se promovam retrocessos sobre compromissos já assumidos. “Como tantas vezes temos repetido, as empresas precisam de estabilidade e previsibilidade nas políticas fiscais, nas políticas

económicas e na legislação laboral. Fazer num dia e desfazer no outro destrói a confiança, compromete investimentos e põe em causa a recuperação económica”, afirmou a dirigente associativa, durante a cerimónia de entrega do Galardão Empresa do Ano que decorreu na quinta-feira, 10 de Dezembro, no cine-teatro municipal de Benavente. Salomé Rafael lembrou que há obstáculos à actividade empresarial em Portugal que teimam em não desaparecer, como “a escassez de financiamento, os custos de energia e uma pesada carga fiscal”. Apesar das dificuldades, realçou os bons resultados conseguidos pelas empresas da região, tendo destacado o significativo aumento do volume de exportações no último ano. A par das dificuldades a nível nacional, a presidente da Nersant lembrou também os condicionalismos internacionais. “Ser empresário hoje em dia é uma opção de vida que exige enorme coragem e resiliência. foto O MIRANTE

O Rancho Típico da Saia Rodada de Benavente, que actuou no cine-teatro local, na abertura da cerimónia de entrega dos prémios Galardão Empresa do Ano, foi fundado em 1980 e resultou da união de grupos do género que existiam na vila desde 1936 na vila. Desde então tem sido um dos maiores promotores do folclore em Benavente. Fernando Augusto Jacinto, de 86 anos de idade, foi um dos fundadores e é o presidente do Saia Rodada. Considera que o Rancho Típico é já “uma relíquia” de Benavente e acredita que vai ter continuidade durante longos anos. Actualmente o Rancho Típico da Saia Rodada tem na sua composição nove pares adultos, alguns dos quais integram já elementos jovens para que vão adquirindo experiência. Existe também o grupo infantil que conta com sete pares. A renovação tem-se feito embora a juventude actual tenha outras ocupações e não seja tão fácil arranjar dançarinos como há algumas décadas.


GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014 | 7

O MIRANTE | 17 DEZEMBRO 2015 Para além dos condicionalismos internos, os factores externos têm vindo a ganhar uma enorme importância e são hoje determinantes quando se tenta definir uma estratégia empresarial para um mercado global”, referiu. Sobre a organização que lidera, disse que continuará a ser uma voz activa na defesa dos interesses das empresas e da região. “Há 25 anos que estamos no terreno, conhecemos esta região e as suas empresas como ninguém e não abdicamos do estatuto de liderança que justamente alcançámos”, prometeu. Falando das empresas e empresários distinguidos com o Galardão Empresa do Ano, estendeu os elogios às restantes empresas, algumas das quais já foram distinguidas ao longo dos quinze anos de existência da iniciativa que O MIRANTE e a Nersant realizam em conjunto. “Algumas empresas galardoadas são recentes e nasceram de uma forte vontade empreendedora de homens e mulheres que decidiram arriscar e embarcar nesta aventura que é ser empresário. Outras são sobejamente conhecidas e o seu sucesso é um motivo de orgulho para o nosso distrito e para o nosso país. Esta pequena amostra do tecido empresarial da região é a prova que temos no distrito algumas das melhores empresas do país que lideram os seus

Salomé Rafael lembrou que há obstáculos à actividade empresarial em Portugal que teimam em não desaparecer, como “a escassez de financiamento, os custos de energia e uma pesada carga fiscal”. Apesar das dificuldades, realçou os bons resultados conseguidos pelas empresas da região, tendo destacado o significativo aumento do volume de exportações no último ano. sectores e que se distinguem pela inovação e qualidade”, afirmou. Salomé Rafael terminou o seu discurso lembrando as famílias e amigos dos empresários, gestores e outros decisores. “Vivemos numa permanente corrida contra o tempo, ocupados com reuniões e telefonemas...pressionados pelos números e pelos resultados. Geralmente esquecemos o que é verdadeiramente importante. O nosso tempo e o tempo daqueles que nos são queridos não é infinito. Muitas vezes só nos lembramos disso quando sucede alguma vicissitude e já é demasiado tarde para voltar atrás”

.


8 | GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014

17 DEZEMBRO 2015 | O MIRANTE

Renova - Galardão Empresa do Ano

Reinventar o papel higiénico e afirmar uma marca a nível internacional Renova Blackpaper tem fãs criativos espalhados por todo o mundo foto O MIRANTE

G

rande parte do trabalho de Paulo Pereira da Silva, director executivo da Renova ou Chief Executive Officer, na designação internacional, é a promoção da marca. A internacionalização da empresa tem sido feita assim. Através da marca e não dos produtos em si. Um trabalho demorado, feito com esforço e determinação que teve um dos seus pontos altos com a criação do papel higiénico preto.

Paulo Pereira da Silva em discurso directo Ambiente “Antes de haver uma lei. Antes de haver um contrato programa com a indústria do papel nós avançámos com a construção de uma ETAR que agora, com a diminuição da actividade industrial, até está sobredimensionada e ainda bem.” Blackpaper “O papel higiénico preto é uma consequência de todo um trabalho de muito tempo, de todas as pessoas que fazem a Renova. O que há agora é uma notoriedade da Renova fora de Portugal, ao ponto de, em determinada altura, o papel higiénico preto chegar a ter mais notoriedade que a Renova. Por vezes até escrevíamos Renova - The Black Toilet Paper Company para tentar trazer para aqui essa notoriedade.” Internacionalização “O nosso trabalho é um trabalho muito de marca. É um pouco diferente em relação ao mundo das empresas. A estratégia de internacionalização da Renova é através da marca. O que levamos para fora é a marca. Obviamente são produtos

Fabricar papel higiénico, lenços de papel, guardanapos ou rolos de cozinha no chamado papel tecido, é algo que qualquer empresa da mesma área pode fazer, desde que tenha capital para investir em máquinas e matéria-prima. Reinventar um produto como o papel higiénico como fez a Renova com o papel preto, a que se seguiram todas as outras cores, é acrescentar valor ao produto.

mas são produtos com marca. Quando chegamos a qualquer país é a nossa marca Renova que aparece e não um distribuidor ou outra coisa qualquer.” Inovação “Nos anos sessenta a Renova inovou quando de papel para escrita e impressão passou a fazer papéis para uso doméstico. Foi uma inovação brutal. Não era normal no Portugal da altura estar a fazer produtos que eram para deitar fora. “ Jovens “Os jovens que entram no sistema de ensino, mesmo que não seja em cursos superiores, são muito bons. Nunca vi gente tão bem preparada e tão boa e em todas as áreas. Em relação aos jovens sou o mais optimista possível.” Empresas “Faltam-nos empresas com alguma dimensão. É preciso que as empresas possam crescer e como o nosso mercado é pequeno só podem crescer fora de Portugal. Para isso acontecer é necessário muito trabalho e sacrifícios.” Ronaldo “Não há muitas marcas globais em Portugal, com excepção do Cristiano Ronaldo. É a nossa única marca conhecida em todo o mundo.”

A estratégia de afirmação da marca a nível internacional tem vindo a dar resultados. Inicialmente foi feita com recurso a empresas de marketing e fotógrafos de renome internacional, por exemplo. Agora grande parte das campanhas já nascem no interior da empresa a partir de ideias de pessoas que trabalham na empresa e são realizadas nas instalações da própria empresa. Uma visita ao facebook da empresa ou a outras redes sociais é muito elucidativa. Uma das últimas campanhas, direccionada para Espanha, foi o Kit higiene democrática, a propósito das eleições de 20 de Dezembro naquele país. Uma caixa em forma de urna de voto com seis rolos de papel higiénico com as cores das forças políticas mais bem posicionadas em termos de sondagens O objectivo é dar a ideia de que com o papel Renova é possível limpar o que for necessário limpar, de forma eficaz e segura. Nesta altura também está a ser comercializado um conjunto de produtos Renova para o Natal. A Renova tem os seus produtos em mais de sessenta países mas na maior parte dos casos eles são vendidos apenas em lojas selectivas, de artigos de casa-de-banho, de produtos de papel ou de produtos para oferta. A presença nos super e hipermercados ainda não tem grande significado. A marca Renova surgiu mais de um século antes da fábrica Renova. Há papel com a

marca de água Renova, feito no início do século dezanove. A primeira fábrica Renova, junto à nascente do rio Almonda, só é feita em 1939. Trata-se de uma situação curiosa e que também reforça a ligação da Renova ao rio. Há cerca de duzentos anos que se fabrica papel naquele local. Paulo Pereira da Silva, cuja família é da zona de Abrantes, fez os seus estudos superiores na Suíça mas o seu percurso profissional foi construído na Renova, a partir de 1984. Nos primeiros anos trabalhou na área da produção. Impregnou-se por completo com a cultura da Renova. Praticamente não saía da fábrica. Nos últimos anos a sua paixão é fazer da Renova uma grande marca internacional. O director executivo podia falar do investimento de dezenas de milhões de euros em equipamento de topo em termos tecnológicos que vai permitir a duplicação da produção ou de uma fábrica que a Renova está a instalar em França mas prefere sempre da marca e do trabalho relacionado com o seu desenvolvimento. A primeira fábrica Renova, junto à nascente do rio, está a pouco e pouco a ser transformada numa área de escritórios e de visitas. Já ali funciona uma loja com produtos Renova e foi feito um auditório com a designação de teatro. No grande espaço aberto com baloiços, luvas de boxe para bater em sacos de areia, livros, obras de arte, trabalham pessoas de vários países onde a Renova tem presença. Das quatro máquinas de fabrico de papel já só uma é que está em funcionamento. Na segunda fábrica, nas proximidades, vai ser concentrado todo o processo industrial em Portugal. A fábrica de França, localizada em Saint - Yorre, na área urbana de Vichy, começa a produzir em 2016

.


GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014 | 9

O MIRANTE | 17 DEZEMBRO 2015

foto O MIRANTE

Fernando Pereira Caldas - Galardão Carreira Empresarial

“O trabalho diverte-me e ninguém deixa de divertir-se enquanto pode”

N

ascido numa família de Santarém com ligações à lavoura e à pecuária, Fernando Pereira Caldas, estudou na Escola de Regentes Agrícolas, actual Escola Superior Agrária. Paralelamente ao curso foi trabalhando na casa agrícola do avô materno, João Caldas, com quem vivia por ter perdido os pais ainda em criança. Iniciou a sua actividade profissional aos 19 anos como gestor de uma exploração vitícola sua e de sua irmã. Depois do serviço militar ingressou na Sociedade José Marques Agostinho Filhos & Companhia e chegou a director-geral e a gerente executivo. Esteve no processo de fusão daquela empresa com a Sociedade António da Silva e Filho Lda, que deu origem à Contemp - Companhia dos Temperos, localizada no Entroncamento, de que é gerente. Cumpriu o serviço militar obrigatório entre Setembro de 1965 e Fevereiro de 1969 e diz que o facto de ter sido obrigado a afastar-se do trabalho que desenvolvia como braço direito do seu avô lhe ensinou a real valia de poder contar com bons e dedicados colaboradores. Para além de actividades de gerência em diversas empresas, quase todas de cariz familiar, sempre se empenhou na de-

fesa e promoção de movimentos associativos. Integrou a Confederação dos Agricultores de Portugal - CAP, tendo representado esta entidade como perito do Comité Consultivo Vinhos da Comissão Europeia, em Bruxelas, desde 1986 a 1999 e foi presidente do conselho de administração do CNEMA, Centro Nacional de Exposições e de Mercados Agrícolas, por indicação da CAP, entre 1995 e 2004. Faz também parte de corpos gerentes de outras estruturas associativas. Considera que a sua relação com as actividades profissionais que tem desenvolvido sempre foi intensa, dedicada e constante. Quanto à evolução profissional diz que resultou de uma mistura de prática, de formação teórica e de influências diversas resultantes de contactos com profissionais talentosos. Tem 73 anos e não tem qualquer intenção de se reformar ou afastar porque o trabalho o diverte e ninguém deixa de divertir-se enquanto pode. Olha para as novas tecnologias como um mundo que oferece enormes oportunidades de desenvolvimento e de eficiência para pessoas e empresas. Elogia a qualidade da maior parte dos licenciados e diz que o facto de haver mais

jovens com estudos superiores é extremamente benéfico para as empresas. Considera que os quadros técnicos portugueses são adaptáveis e desembaraçados e estão bem preparados para ajudar a internacio-

Cristal e Magos A Comtemp Ldª tem um capital social de 2,75 milhões de euros. A facturação estimada para 2015 é de 5,3 milhões de euros. Trinta e três por cento daquele valor resulta da exportação de produtos embalados e a granel para dezoito países. A Comtemp é especialista na produção de vinagres (de vinho, sidra, figo, arroz, frutos vermelhos e balsâmicos), de

.

nalização das empresas. Tem um filho e uma filha a quem não tem por hábito dar conselhos embora aconteça frequentemente pedir-lhes opiniões

molhos, de condimentos e de vinhos frisantes e espumantes. Produz por encomenda produtos destinados a indústrias alimentares de dimensão variada e produtoras de conservas vegetais, conservas de peixe e outras indústrias alimentares. Situada no Entroncamento, emprega trinta pessoas. As marcas principais da Comtemp são Cristal, para a gama de vinagres e de condimentos e Magos para os produtos laborados na adega da empresa.


10 | GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014

17 DEZEMBRO 2015 | O MIRANTE foto O MIRANTE

Celeste Dias - Galardão Mulher Empresária

“Gosto de inovar e estou sempre atenta às melhores oportunidades”

É

uma mulher que acredita que os bons resultados são fruto do trabalho e não caem do céu. Celeste Dias, 55 anos, é sócia-gerente, com o marido, da Ignoramus, empresa de Samora Correia responsável pelas marcas “Cem por cento”, “DaTerra”, “Forma+” e “Golden Silk”, vendidas nas cadeias de grande distribuição. Natural de Seia, reside em Samora Correia há dez anos. Veio para Lisboa aos 17 em busca de emprego e conseguiu-o cuidando de crianças macrobióticas. Mais tarde foi convidada para integrar uma empresa do sector da alimentação saudável, onde esteve 18 anos. Esse emprego permitiu-lhe conhecer todos os departamentos da empresa e ganhar experiência. Quando sentiu que não estava a evoluir arriscou e lançou-se no seu próprio negócio, sempre com a ideia de não trabalhar no mercado da dietética mas sim da alimentação saudável. Tinha a estratégia de entrar no grande consumo. Hoje as suas marcas vendem-se em praticamente todas as superfícies e tem como clientes desde a Sonae à Jerónimo Martins. Ven-

Para Celeste Dias a família é o seu orgulho e gosta de separar a empresa da vida familiar. Garante que consegue conciliar as duas coisas mas há uma tarefa doméstica do qual não abdica: cozinhar. Entende que a forma como cada pessoa se alimenta e pensa são fundamentais de 900 produtos, tem meia centena de empregados e facturou no último ano 13 milhões de euros. É uma empresária que gosta de criar valor e considera-se uma das responsáveis por ter desmistificado a ideia de que a alimentação saudável era algo que se consumia por obrigação. Sonhava ter sido enfermeira mas sente-se bem no papel de empresária. Não olha para o relógio nem gosta de pensar em quantas horas trabalha, admitindo que trabalha quase as 24 horas. Às vezes acorda de noite com uma ideia,

agarra num bloco e esboça o que lhe vem à mente, para não se esquecer de manhã. Entende que trabalhar é viver e que está a fazer um trabalho social. Para Celeste Dias a família é o seu orgulho e gosta de separar a empresa da vida familiar. Garante que consegue conciliar as duas coisas mas há uma tarefa doméstica do qual não abdica: cozinhar. Entende que a forma como cada pessoa se alimenta e pensa são fundamentais. É uma mulher naturalmente positiva, que tenta ver o lado bom nas coisas. Não se considera uma privilegiada por ter tempo para passar com a família.

Acredita que nas empresas, mais do que ter homens ou mulheres na gestão, se devem ter pessoas competentes. Defende que todas as empresas deviam ter mulheres na gestão, por serem mais intuitivas e ligarem a todos os pormenores. Sempre gostou de se valorizar e aprender e não gosta dos empresários que passam a vida a queixar-se da crise. Além do negócio também se dedica à pintura, cerâmica, voluntariado e, depois de receber formação, passou a praticar medicina chinesa. É uma mulher sem medo de dizer “não” desde que acredite que está a fazer o que é correcto

.

Laverde – Galardão PME do ano

Empresa de produtos de cosmética e higiene vai investir nos suplementos alimentares

A

Laverde está no mercado dos produtos de cosmética e higiene corporal há 16 anos e há vários anos que têm vindo a crescer no mercado nacional e internacional. De 2013 para 2014 teve uma subida na facturação de 53 por cento, obtendo 3,3 milhões de euros de facturação o ano passado. Em 2015 prevê chegar aos quatro milhões. A empresa está sedeada na localidade da Branca, concelho de Coruche, mas vai mudar de instalações passando para a Zona Industrital do Monte da Barca, no mesmo concelho, uma vez que o actual edifício já não tem capacidade para o volume de negócios atingido. A Laverde é gerida por João Carocha que nasceu em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes) e viveu na Alemanha durante três décadas. Lá trabalhou numa empresa da área da cosmética que comprava muitas matérias-primas a um fornecedor da Branca. Quando resolveu regressar a Portugal e criar a sua própria empresa resolveu instalar-se com a sua família nesta aldeia ribatejana. A Laverde é uma empresa familiar onde também trabalham a esposa, Miraldina Carocha, e as duas filhas, Nicole e Jéssica Carocha. Nos últimos anos a Laverde tem sido líder no seu segmento. Sessenta e cinco por cento da produção da empresa é exportada. É na Alemanha, Suíça, Dinamarca e França que estão os

foto O MIRANTE

principais clientes. “Temos novos clientes na Alemanha e Suíça, onde estamos muito fortes e, mais recentemente, também estamos no mercado de Angola e São Tomé e Príncipe. Os nossos produtos têm muita qualidade e por isso temos cada vez mais clientes que procuram os nossos produtos”, explica João Carocha. A Laverde produz cremes de dia e noite, cremes para o rosto e corporais. Também apostam em shampoos, amaciadores,

gel de banho e perfumes. João Carocha sublinha que são muito fortes nos protectores solares, sendo líderes de mercado na Alemanha nesta área. Também têm uma linha masculina em que fabricam cremes de barbear, cremes para depois da barba, perfumes entre outros. Uma das apostas para o próximo ano é na área dos suplementos alimentares. “Os nossos clientes procuram-nos cada vez mais para essa área e decidimos investir ”,

Com uma equipa de 27 funcionários João Carocha defende que o segredo do sucesso da sua empresa é a aposta na qualidade e o facto de dar grande atenção às novidades que vão aparecendo no mercado. Para isso tem sido importante a presença em feiras internacionais. A Laverde também fabrica produtos que outras empresas comercializam nos Estados Unidos da América e Inglaterra afirma. A área veterinária com a comercialização de produtos de beleza e cosmética para animais é outra das apostas para 2016. “Já fabricamos produtos para a Suíça e têm tido muita procura. A vantagem dos nossos produtos é que são naturais e não os testamos em animais, apostamos numa linha vegan”, sublinha. Com uma equipa de 27 funcionários João Carocha defende que o segredo do sucesso da sua empresa é a aposta na qualidade e o facto de dar grande atenção às novidades que vão aparecendo no mercado. Para isso tem sido importante a presença em feiras internacionais. A Laverde também fabrica produtos que outras empresas comercializam nos Estados Unidos da América e Inglaterra

.


GALARDÃO EMPRESA DO ANO 2014 | 11

O MIRANTE | 17 DEZEMBRO 2015

Ricardo Soares - Galardão Jovem Empresário

“Avancei durante a crise por não poder adiar o desejo de trabalhar por conta própria”

A

o fim de dez anos a trabalhar por conta de outrem, Ricardo Soares não resistiu ao impulso e em 2009, quando toda a gente falava de crise, criou uma empresa na área das energias renováveis a que deu o nome Samogreen Systems, Natural de Marinhais, 34 anos de idade, diz que tomou a decisão certa. “Achei que era a altura ideal para me lançar e partilhar mais os conhecimentos que tinha adquirido. Comecei com as áreas de segurança electrónica e energias renováveis. Sinto-me muito mais realizado agora como empresário. Consegui formar pessoas e partilhar o que é nosso é extraordinário e mais gratificante”, assegura. Licenciado em electrónica e telecomunicações, o empresário nem sempre pensou que este seria o ramo a seguir. Na adolescência queria ser piloto de aviões na Força Aérea, mas os primeiros contactos com a electrónica despertaram-lhe o bichinho pela área que hoje abraça. “Sinto que sou muito mais útil agora do que se estivesse na força aérea e estou naquilo que me dá gozo”, acrescenta. Confesso viciado em trabalho, Ricardo garante que pára quando o corpo lhe pede descanso, mas nunca desliga o telemóvel. “Os meus maiores hobbies são estar com a família. Tenho dois filhos, sou casado e o tempo que vou tendo é para estar com eles. Gostamos muito de viajar. Já

foto O MIRANTE

temos umas quantas viagens, mas temos ainda muitas para fazer”, garante, juntando a este hobbie o gosto que tem por toda a gastronomia ribatejana como forma de ocupar algum tempo livre. A próxima até já está agendada e casa com uma vertente profissional. “Vai ser Cabo Verde, também porque a Samogreen vai apostar na internacionalização, primeiro em África e depois se verá, não

abandonando o nosso mercado e que está bastante activo”, frisa. Fundar a Samogreen em pleno cenário de crise foi, confessa, “um acto de loucura saudável”, mas uma necessidade que sentiu para “sair da zona de conforto”. Ainda assim não esquece o que aprendeu e agradece às empresas onde trabalhou antes, o que demonstra aquilo que é como pessoa e empresário. “Sou prático no dia-

Ricardo garante que pára quando o corpo lhe pede descanso, mas nunca desliga o telemóvel. “Os meus maiores hobbies são estar com a família. Tenho dois filhos, sou casado e o tempo que vou tendo é para estar com eles. Gostamos muito de viajar. Já temos umas quantas viagens, mas temos ainda muitas para fazer” -a-dia, amigo do meu amigo, tento ajudar sempre, sou muito positivista, não é fácil mandar a toalha ao chão com coisas negativas. É fundamental para um empresário, que tem muitos altos e baixos. Temos de saber suportar as descidas e sempre com a ajuda da família”, afirma, dando ainda mais valor a este aspecto, uma vez que a mulher trabalha ao seu lado diariamente. Para um futuro, que Ricardo prevê risonho “com as perspectivas que se estão a abrir para o ano”, o empresário gostaria de “ter um quadro de pessoal muito maior, porque assim estamos também a ajudar algumas famílias”, frisa, concluindo que um dos objectivos que tem é o de “ter algo que pudesse ajudar na vertente de solidariedade social”

.

foto O MIRANTE

DS Systems - Galardão Micro-Empresa

Um mergulho no sucesso

A

empresa DS Systems, que trabalha com 200 centros de mergulho, dos quais 48 em Portugal e 152 em Espanha, quer duplicar em 2016 a facturação para um total de um milhão de euros. Fundada em 2011 por Duarte Silvestre e sedeada actualmente em Montinho dos Pegos, concelho de Coruche, a empresa opera na área da formação, certificação de mergulho e recursos didácticos para mergulhadores, instrutores e centros de mergulho. Presente também em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e em breve também em Moçambique, a empresa representa a Scuba Schools International (SSI). Uma das agências de formação que estão qualificadas para a Certificação Internacional e que está representada em mais de 110 países com material didáctico, também produzido pela DS Systems, disponível em mais de 25 idiomas. Existe também uma colecção de roupa associada à SSI que é feita em Portugal e vendida em todo o mundo. Algumas das locuções dos manuais em suporte audiovisual também são gravadas em Portugal. A empresa DS Systems em Portugal tem três funcionários e em Espanha cinco. O mergulho recreativo é, a seguir ao golfe,

O segredo do sucesso desta empresa tem sido o tentar sempre desenvolver o melhor trabalho e “saber adaptarmonos aos mercados com as suas diferentes realidades”, explica Duarte Silvestre. O fundador da empresa estava profissionalmente ligado à informática até avançar com este seu novo projecto a actividade que movimenta mais pessoas no turismo. O segredo do sucesso desta empresa tem sido o tentar sempre desenvolver o melhor trabalho e “saber adaptarmo-nos aos mercados com as suas diferentes realidades”, explica Duarte Silvestre. O fundador da empresa estava profissionalmente ligado à informática até avançar com este seu novo projecto. A ideia de Duarte Silvestre de criar a empresa começou porque também praticava mergulho recreativo. “Há uma escola de mergulho em Coruche, que é a Búzios, e foi por aí que tudo começou. A SSI convidou-me para ser o representante da marca para Portugal e a Búzios foi a primeira escola que a DS Systems certificou. No fim do primeiro ano de actividade já tinha 32 centros de mergulho asso-

ciados”, explica. Todos os cursos têm imensos recursos didácticos como gravações em audio, vídeo e manuais em papel, que cada vez mais, estão a ser substituídos por aplicações para smartphone ou tablet onde é possível reunir todos os recursos. A vida de Duarte Silvestre é feita entre Portugal e Espanha. Já aconteceu em duas semanas fazer 15 voos. O fundador da empresa diz que não tem tempos livres e que quando começou a empresa nunca pensou que o crescimento fosse tão rápido. “Quando trago estrangeiros a Coru-

.

che eles ficam espantados por ser daqui que desenvolvo o trabalho”, conta Duarte Silvestre


12 | GALARDテグ EMPRESA DO ANO 2014

17 DEZEMBRO 2015 | O MIRANTE


O MIRANTE | 17 DEZEMBRO 2015

GALARDテグ EMPRESA DO ANO 2014 | 13 PUBLICIDADE


32 | PUBLICIDADE

17 DEZEMBRO 2015 | O MIRANTE


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.