ESPECIAL FEIRA DA CEBOLA • Póvoa de Santa Iria • Divulgação Salinas de Rio Maior 2016

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Economia

25 de Agosto de 2016 Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1261

Há financiamento a fundo perdido para desenvolvimento de novos produtos Na próxima terça-feira, 30 de Agosto, a Nersant realiza, na sua sede em Torres Novas, uma sessão de esclarecimento sobre os incentivos no âmbito dos Vales I&DT que garante financiamento a fundo perdido de 75 por cento para o desenvolvimento de novos produtos e processos produtivos 10

Candidatas a Miss Frimor em Rio Maior Na Póvoa de Santa Iria há muitas canas de pesca mas pouco peixe a picar não querem ter carreira como modelos No Tejo, na zona da Póvoa de Santa Iria, Fernando Tavares passa horas e horas sem apanhar um peixe. A maior pescaria que fez foi numa praia de nudismo no Algarve. Fisgou dois sargos que nem cabiam na caixa. 9 Especial Póvoa de Santa Iria

Onze jovens desfilam no dia 2 de Setembro no Pavilhão Multiusos em Rio Maior e uma delas vai ser Miss Frimor 2016. 3 Especial Feira da Cebola

Denticare de Santarém garante tratamentos “Multinacionais com as técnicas vendem os mais avançadas móveis em caixinhas” Diogo Baptista Director Clínico da Clínica Denticare, Santarém 8 Empresa da Semana

Câmaras do comércio e embaixadas são novidade no Nersant Business 2016 10

António Freire administrador da Freire Móveis de Porto Alto e Benavente 7

Honestidade e empenho são fundamentais Nuno Dias é um dos rostos da Auto Bigodes, empresa familiar de Vila Franca de Xira 9 Identidade Profissional

Três Dimensões

Projecto Restolho entrega mais de três toneladas de hortícolas 11


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O MIRANTE - ESPECIAL FEIRA DA CEBOLA

25 AGOSTO 2016

Festival Gastronómico de carne de porco e aves na Feira da Cebola de 2016 Cidade de Rio Maior com iniciativas para todos de 31 de Agosto a 4 de Setembro

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Feira Nacional da Cebola – FRIMOR decorre em Rio Maior de 31 de Agosto /quarta-feira) a 4 de Setembro (domingo), no Pavilhão Multiusos e zona envolvente. Este ano a novidade é o primeiro Festival Gastronómico da Carne de Porco e Aves. “Show cookings”, “workshops”, provas de vinhos, espaço equestre, exposição agro-alimentar, concertos, eleição da Miss FRIMOR e artesanato fazem parte da feira que tem entrada gratuita. A inauguração do certame tem lugar na quarta-feira, 31 de Agosto, às 11h30, na Avenida Marechal Humberto Delgado. A feira decorre ao longo de cinco dias sempre das 12h00 às 24h00. Na quarta-feira, 31 de Agosto, às 16h30, realiza-se um “workshop” sobre “Acções de apoio à internacionalização e inovação no sector agroindustrial”, no auditório do Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior. É a primeira de uma série de outras iniciativas do género. No dia 1 de Setembro, a partir das 14h30, o tema é “Pequenos investimentos – Produzir e vender com qualidade e segurança”. Pelas 18h30 decorre outro “workshop” sobre “Comunicar mais e melhor”. No dia 2 de Setembro, às 18h30, o Espaço Agro-Alimentar vai albergar uma outra acção com o tema “Nascer local, pensar global! Será a internacionalização um desafio ao meu alcance?”. O espaço vai estar aberto das 18h00 às 24h00 de 31 de Agosto a 2 de Setembro e das 12h00 às 24h00 nos dias 3 e 4 de Setembro. Nesta edição da FRIMOR está inserido pela primeira vez um Festival Gastronómico da Carne de Porco e Aves que convida à degustação de pratos tradicionais confeccionados à base daquelas carnes. As tasquinhas que vão representar as freguesias do município são quatro e há dois restaurantes. O Espaço Equestre vai ser também um ponto de passagem obrigatório. No dia 31 de Agosto a partir das 20h30 a organização disponibiliza jogos tradicionais e às 21h30 há uma picaria para os aficionados. Na quinta-feira, 1 de Setembro, há cavalhadas para os mais novos, às 20h30, e às 21h30 há nova picaria. Na sexta-feira o espaço alberga a actividade “A Criança e o cavalo”.

foto arquivo O MIRANTE

Outras propostas

A partir das 18h30 são apresentados o Lebreiro da Azambuja e a Quinta de S. Paio, às 20h00, e às 20h45 há uma demonstração de campinos. Neste dia, 2 de Setembro, às 21h30, realiza-se ainda a prova da vaca e às 23h30 tem lugar uma picaria. A 3 de Setembro o Espaço Equestre recebe provas de dressage (16h00), “A Criança e o cavalo” (18h30), um espectáculo equestre nocturno com Miguel Fonseca (21h30) e uma picaria (23h30). No último dia da FRIMOR, 4 de Setembro, decorre um desfile equestre à antiga portuguesa pelas ruas da cidade, a partir das 10h00. Às 14h15 há um convívio dos criadores e cavaleiros; às 17h00 são apresentados os cavalos em exposição e pelas 20h00 há nova picaria. No 1.º piso vai estar o Espaço Show Cooking que durante todos os dias vai receber provas de vinhos, demonstrações de

cozinha com a designação, “Cozinha ao Vivo – O Chefe Demonstra”, com vários chefes de culinária e ainda um “workshop” de cake design (enfeitar bolos) a 4 de Setembro. Quanto à animação e música o Espaço FRIMORFEST vai ser o palco privilegiado com todos os espectáculos a começarem às 22h00. No dia 31 de Agosto actua o grupo Função Públika, e a 1 de Setembro os Sons da Terra. A 2 de Setembro é eleita a Miss FRIMOR 2016 (Ver texto nesta edição). A 3 de Setembro, sábado, sobe ao palco Sandy e a sua banda e no último dia, 4 de Setembro, domingo, actua a cantora Mónica Sintra. Para os mais jovens há ainda DJs em todos os dias do evento. As crianças também vão ter um local dedicado a si, o Espaço Animação Infantil, que vai estar aberto todos os dias das 14h00 às 24h00 no átrio do 1.º piso do pavilhão.

Paralelamente à FRIMOR decorrem outras iniciativas na cidade. No dia 28 de Agosto às 16h00 o Jardim Municipal de Rio Maior é o centro da prova “Circuito Ciclista de Rio Maior (elite master’s sub-23)”, com 75 quilómetros, organizada pela Associação de Ciclismo de Santarém e pela Associação Fisico Cultural da Ribeira de São João. No jardim vão realizar-se diversas actividades, entre aulas de “let’s dance” e insufláveis para os mais novos. No decorrer da FRIMOR vai existir um Espaço de Saúde com unidade móveis da Câmara de Rio Maior na entrada principal do Pavilhão de Multiusos para diversos rastreios. No dia 31 de Agosto está aberto das 11h30 às 13h00 e nos restantes dias das 15h00 às 18h00. A 3 de Setembro o Pavilhão Gimnodesportivo de Rio Maior recebe pelas 9h30 o 29.º Encontro Nacional de Coleccionadores – Professor Feliciano Júnior, numa organização da junta da freguesia da cidade. Já no dia 4 de Setembro o Jardim Municipal volta a ser palco de uma nova actividade, desta feita a Feira de Artesanato Urbano e Artigos em 2.ª Mão a partir das 10h30, que inclui uma aula de yoga com o professor António Rafael – também organizada pela junta. Por último, o Grupo de Dadores de Sangue dos Bombeiros Voluntários de Rio Maior vai promover uma campanha de recolha de sangue e doações de medula óssea no dia 3 de Setembro das 14h30 às 19h30 no Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, no primeiro piso do Pavilhão Multiusos da cidade.

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O programa completo e os horários devem ser consultados no site www.cm-riomaior.pt


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O MIRANTE - ESPECIAL FEIRA DA CEBOLA

Candidatas a Miss Frimor não querem ter carreira como modelos Onze jovens desfilam no dia 2 de Setembro no Pavilhão Multiusos

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MIRANTE acompanhou uma sessão fotográfica das candidatas a Miss Frimor nas Salinas de Rio Maior e ficou a saber que a maioria concorreu apenas por diversão e não por qualquer vontade de fazer carreira como modelo. Durante as breves conversas com O MIRANTE, as onze jovens que vão desfilar na final de 2 de Setembro, no Pavilhão Multiusos da cidade, contaram algumas aventuras em que já se meteram, referiram a sua relação com as redes sociais e explicaram porque decidiram concorrer. A única candidata que quer trabalhar no mundo da moda é Maria Ribeiro que tem 17 anos e é afilhada da presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais. Está inscrita numa agência de modelos e concorre pela segunda vez. “Não, não vou concorrer até ganhar. Só concorri novamente porque insistiram”, diz a O MIRANTE com uma gargalhada. A candidata Maria Carvalho, de 16 anos, quer ser socióloga. Frequenta o primeiro ano da licenciatura de sociologia na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa. Diz que participa no concurso por divertimento e confessa que a experiência está a ser “fantástica”. Quando lhe perguntamos qual a maior loucura que fez, confessa que foi na sua viagem de finalistas

• Clínica Geral - Drª Francelina Peixoto / Dr. João Chantre Lima • Cardiologia - Dr. David Durão • Cirurgia Vascular - Dr. Augusto Ministro • Consulta da Dor - Drª Elsa Verdasca • Dermatologia - Drª Joana Parente • Fisiatria - Drª Fernanda Gabriel • Gastroenterologia - Dr. Rui Mesquita • Neurocirurgia - Dr. Luis Távora • Oftalmologia - Dr. Joaquim Nunes • Psicologia Clínica - Drª Carla Ferreira / Dr.ª Susana Carvalho

mas não relata pormenores. “Foi uma viagem com muita inconsciência e muita liberdade, que é o que de melhor levamos desta vida” confessa. Também Margarida Santos, de 18 anos, é dada a loucuras próprias da idade. A maior, conta, foi fugir de casa pela janela porque queria estar mais tempo com os amigos no último dia de férias. Foi apanhada pelo pai e ficou bastante tempo de castigo. Hoje o seu quarto fica no 1º andar e ela acredita que não é por acaso. “Deve ter a ver com essa fuga” conta divertida. Margarida concorreu porque gosta da área da moda e considera que tem potencial. Enquanto tiver apa-

• Ortopedia - Dr. Rui Faustino • Pediatria - Drª Dina Eiras • Urologia - Dr. Martim Justo • Acupunctura - Dr. Rui Crisóstomo • Fisioterapia - Ft. Gonçalo Batista • Terapia da Fala - Drª Maria João Pedro • Endocrinologia - Dr.ª Sílvia Saraiva • Homeopatia - Dr.ª Cristina Pombo • Pneumologia - Dr. João Roque • Consulta úlcera de perna e do pé Enfª Virgínia Linhares • Serviços de Enfermagem

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Presidente da câmara dava uma boa Miss Frimor foto O MIRANTE

rência quer participar em alguns trabalhos mas nada a nível profissional. “O meu desejo é ser professora do Ensino Especial. Tenho uma irmã com deficiência e quero dar algo de mim às pessoas especiais”. Bruna Lázaro, 16 anos, quer ser polícia. “Gostava de ser da Polícia Judiciaria porque já tenho familiares no meio policial e é uma área que me fascina imenso”, diz entusiasmada. Concorreu a Miss Frimor por pura diversão e para ter alguma coisa para fazer no Verão. Considera que a beleza não é tudo. “As pessoas têm de ter mais qualquer coisita e o cérebro faz muita falta”. Já fez muitas loucuras mas a que se recor-

Questionadas sobre se a presidente da Câmara de Rio Maior daria uma boa Miss Frimor as candidatas nem hesitaram em dizer que sim. Maria Carvalho considera que a autarca “é bastante jeitosa e para a idade não está nada mal”. Também Maria Ribeiro, a afilhada da presidente, diz que a madrinha “tem muito potencial porque tem muitos atributos físicos”. “Sempre achei a presidente da câmara muito bonita. Se eu soubesse que ela ia concorrer a Miss Frimor acho que eu pensava duas vezes antes de avançar porque com ela não tinha hipóteses”, refere Bruna Lázaro com um sorriso.

da melhor, talvez por ter corrido mal, foi ter tentado montar o seu cavalo, sem sela, saltando de uma árvore. “Caí da árvore e não o consegui montar”. Não tem namorado nem pensa vir a ter nos próximos tempos. “Tive um desgosto amoroso. Dei-lhe cinco oportunidades e ele não entendeu”, confessa. Todas as candidatas dizem conseguir passar uma semana sem ir à rede social Facebook mas só se forem obrigadas a isso. Bruna conta que quando vai para casa da avó gasta os dados móveis todos no primeiro dia e por isso é obrigada a passar mais de uma semana “sem ir à net”. Maria Ribeiro é a mais despachada a dizer que aguentava muito bem uma semana sem Facebook “porque isso não é a razão de viver”. Questionada se consulta a rede social todos os dias confessa que “sim… mais do que uma vez”

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O MIRANTE - ESPECIAL Póvoa de Santa Iria

Festas de Nossa Senhora da Piedade na Póvoa de Santa Iria Animação musical, convívio e celebrações religiosas de 1 a 4 de Setembro

foto arquivo O MIRANTE

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sardinhada das festas populares de Nossa Senhora da Piedade, na Póvoa de Santa Iria, Vila Franca de Xira, é no dia 2 de Setembro, a partir das

22h00. Uma hora antes realiza-se o Festival de Folclore em que participam o Grupo de Danças de Mulheres Avieiras da Póvoa de Santa Iria, o Rancho Folclórico da

Casa do Povo de Vialonga e o Rancho Infantil da Casa do Povo de Vialonga, o Rancho Folclórico do Parque Residencial de Vialonga e o Rancho Folclórico Os Ale-

25 AGOSTO 2016 gres Bragadenses. Nesse dia há também fado e flamengo com Luís Caeiro e Yola Dinis, antes de uma garraiada. A fechar, já de madrugada , actuam os DJ’s Travassos e Jolas. A festa decorre de 1 a 4 de Setembro, de Quinta a Domingo. No primeiro dia, às nove da manhã, há uma sessão simbólica de içar de bandeira na sede da União de Freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa que conta com a actuação dos alunos da Escola de Música Kordas e Teclas. A abertura oficial das festas é às 21h00 com a banda MT80, que toca músicas de rock dos anos 80. Às 23h00 Belito Campos sobe ao palco para mais uma actuação que deve contar com o êxito ‘Portugal É Sexy’. O dia termina já depois da meia-noite com a actuação da Banda Ímpar do grupo de teatro Artifontinhas, de Alverca, que toca essencialmente música portuguesa. No Sábado, dia 3, a tradicional Benção dos Barcos Avieiros está marcada para as seis da tarde. Antes decorre mais uma garraiada. Haverá uma outra por volta da uma da manhã. A partir das 21h30 há baile com o duo Borges e Nelson a que se segue uma actuação da brasileira Vivian Lima, oriunda de Minas Gerais e a viver há alguns anos no nosso país. A cantora e compositora tem editado o CD Memórias com produção de Ramon Galarza. O DJ Paksi actua a partir da uma e meia da manhã. Nesse dia decorre também a partir das 21h00 uma demonstração de artes marciais pelo grupo Michael Team Loyos Fighting e actuam as escolas de música Kordas e Teclas e Nova Geração, pelas seis da tarde. No Domingo, 4 de Setembro, o programa de festas inclui a realização da procissão de Nossa Senhora da Piedade a partir das 17h00. À noite a animação musical é assegurada por Ricardo e Henrique e pelo grupo de música tradicional portuguesa do CPCD (Centro Popular de Cultura e Desporto). As festas terminam com o habitual fogo-de-artifício à meia-noite

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25 AGOSTO 2016

O MIRANTE - ESPECIAL Póvoa de Santa Iria

Na Póvoa de Santa Iria há muitas canas de pesca mas pouco peixe a picar A história do pescador que fez a sua maior pescaria numa praia de nudismo No Tejo, na zona da Póvoa de Santa Iria, Fernando Tavares passa horas e horas sem apanhar um peixe. A maior pescaria que fez foi numa praia de nudismo no Algarve. Fisgou dois sargos que nem cabiam na caixa. A zona ribeirinha do Tejo na Póvoa de Santa Iria é um local onde há quase sempre pescadores a tentarem a sua sorte mas, mesmo tendo em conta que quem pesca tem que ter muita paciência ali é exigida uma super-paciência e redobrado engenho e arte. O peixe raramente morde o anzol e a pesca acaba por servir mais como momento de reflexão e repouso. O MIRANTE falou com Fernando Tavares, de 72 anos, que estava à pesca. Ficámos a saber que estava a tentar a sua sorte pela terceira vez. Quando o abordámos já ele levava quase sete horas de espera sem qualquer resultado. “Eu comecei a pescar já tinha quarenta anos. Não me considero um grande especialista mas segundo alguns entendidos com quem conversei durante a manhã, só quando está maré alta é que se apanha qualquer coisa”, explica. Residente da Damaia, de onde é natural, está na Póvoa de Santa Iria porque tem uma filha que reside na cidade. ”Aqui é habitual verem-se muitos pes-

cadores. De vez em quando há um ou outro que apanha alguma coisa. Normalmente são corvinas. O isco usado é o caranguejo mas eu nunca apanhei nenhuma”, confessa. Como todos os pescadores tem uma aventura para contar. A maior pescaria que fez foi numa praia de nudismo. E segundo ele a história não tem nenhuma parte menos própria. “Foi no Algarve. Apanhei dois

sargos que não cabiam na caixa que eu levei”, relata, sem no entanto acrescentar que o isco era alguma minhoca. Um outro pescador, morador no Sobralinho que está por perto, confirma que é difícil pescar qualquer coisa naquelas margens do rio Tejo.

5 Ainda que o espaço da zona ribeirinha seja aberto a todos o que quiserem lançar o anzol, a pesca acaba por não ser aberta a todas as carteiras

Ainda por cima não há nenhuma praia de nudistas por perto para...dar sorte. Ainda assim apesar do peixe não morder, estes amadores da pesca afirmam que sempre aproveitam para descontrair e que essa acaba por ser a mais-valia daquele passatempo. “É uma razão para vir apanhar sol, e desfrutar desta vista, que não há noutros lugares”, afirma Fernando, acrescentando que a sensação de pescar um peixe é indescritível. Os dois netos de Fernando, de seis e dez anos, acompanham o avô na pesca e aproveitam para brincar ao ar livre. Ainda que o espaço da zona ribeirinha seja aberto a todos o que quiserem lançar o anzol, a pesca acaba por não ser aberta a todas as carteiras. De acordo com os pescadores presentes, uma boa cana de pesca com os devidos acessórios custa mais de 100 euros. Daí que talvez Fernando Tavares tenha cuidado tão bem da sua. “Esta cana já tem mais de 40 anos, foi comprada na altura que comecei a pescar. Um amigo meu convenceu-me e eu entusiasmei-me de tal forma que nunca mais deixei de pescar”, explica.


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25 AGOSTO 2016 foto O MIRANTE

Ciclopatrulhas na Póvoa de Santa Iria com balanço positivo Segurança tem sido mantida na zona ribeirinha da cidade As ciclopatrulhas lançadas pela Polícia de Segurança Pública na zona ribeirinha da Póvoa de Santa Iria estão a ter um balanço positivo e têm aumentado o sentimento de segurança dos utilizadores, não havendo até agora registo de ocorrências. A prevenção do vandalismo tem sido também uma mais-valia e têm sido reportadas menos situações de destruição do património. As ciclopatrulhas foram lançadas em Maio para chegar onde os automóveis não podem entrar. Dois agentes têm percorrido a zona ribeirinha com regularidade para estarem próximos dos cidadãos e prevenir actos de criminalidade. A polícia garante que não há registo de problemas naquele que é o principal espaço de lazer da Póvoa e Forte da Casa. Talvez por ser de difícil acesso a automóveis, por não ter zonas para onde fugir ou então por estar sempre cheio de gente a frequentar a zona, a verdade é que o parque ribeirinho da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa é uma zona segura e a polícia garante que não há registo de crimes violentos no local. O facto da zona ser muito frequentada, especialmente agora no Verão, é também um elemento positivo. A abertura de um novo bar na Praia dos Pescadores é visto pela PSP como uma mais-valia que tem obrigado a ainda mais vigilância na zona. Mas tem também levado a que mais pessoas utilizem o espaço, e o aumento de pessoas nas

ruas diminui a apetência para actos violentos. As ciclopatrulhas avançaram, nesta primeira fase, com dois agentes, que montam duas bicicletas entregues pelo comando de Lisboa da PSP. Os polícias circulam em zonas onde os automóveis não chegam e a maior mobilidade das bicicletas permite também uma mais rápida intervenção em caso de necessidade. As ciclopatrulhas arrancaram no local na tarde de dia 16 de Maio, e já com os olhos postos nos meses de Verão, em que a afluência de moradores será maior. Segundo explicou a polícia na altura do lançamento do programa, a Póvoa e o Forte da Casa têm uma morfologia muito característica, de zonas com uma densidade popu-

Qualidade. Presença dos agentes veio reforçar o sentimento de segurança da população lacional muito elevada e outras zonas mais rurais. A zona ribeirinha ocupa uma grande extensão e com as ciclopatrulhas haverá uma maior mobilidade e proximidade com

a população. A zona ribeirinha da Póvoa foi a última no concelho a receber as ciclopatrulhas. Outras freguesias já as tinham, como Vila Franca de Xira, Alhandra e Alverca.


O MIRANTE - DIVULGAÇÃO - 25 AGOSTO 2016 O MIRANTE - DIVULGAÇÃO - 25 AGOSTO 2016

“a interrogação natural de quem visita este local é saber como, a mais de 30 km do mar, surgem umas salinas...”

Salinas de Rio Maior descubra com a família e amigos este local mágico

As Salinas de Rio Maior situam-se a cerca de 3 km do centro da cidade de Rio Maior e encaixam-se num vale no sopé da Serra dos Candeeiros, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Classificadas como Imóvel de Interesse Público desde dezembro de 1997, estas são as únicas salinas interiores existentes em Portugal, e as únicas que se encontram em pleno funcionamento na Europa. A primeira referência à sua existência data de 1177, e hoje quem as visita encontra uma minúscula aldeia de casas de madeira e ruas de pedra que vê nascer todas as primaveras as alvas pirâmides de sal que polulam na paisagem. Rodeadas de vinhas, terras de cultivo e paisagem natural são uma maravilha natural, resultado da presença do mar naquelas terras em épocas remotas, deixando no local uma jazida de sal atravessada por um curso de água subterrâneo que permite aos habitantes locais a exploração do sal a 30 km do oceano. A sua água, cerca de sete vezes mais salgada que a água do mar, é recolhida de um poço central e depois distribuida pelos cerca de 470 “talhos”” individuais que formam o bonito espaço das Salinas de Rio Maior.


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alinas de Rio Maior

descubra com a família e amigos este local mágico

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Uma História Milenar Embora o documento mais antigo que se refere às salinas date de 1177, com a venda de parte deste espaço aos Templários, pensa-se que o aproveitamento do sal-gema já seria feito desde a Pré-História. A sua origem reside num dos muitos cursos de água subterrâneos da Serra dos Candeeiros que, atravessando uma extensa e profunda jazida de sal-gema, alimenta o poço que se encontra no centro das salinas de água sete vezes mais salgada que a do mar. Esta Jazida de sal-gema ocupa aproximadamente a área da Estremadura Portuguesa, entre Leiria e Torres Vedras, tendo-se formado há milhões de anos, depois do recuo do mar que outrora ocupou a região.

Constituem um museu vivo onde os métodos de exploração pouco evoluíram ao longo dos seus 8 séculos de história, o que confere ao local a singularidade que o caracteriza. Num passado recente, a maioria dos produtores de sal eram agricultores que se dedicavam sazonalmente - de maio a setembro - à produção de sal, sendo os lucros obtidos divididos a meias entre o proprietário do talho e o marinheiro. Em 1979 foi constituida a Cooperativa dos Produtores de Sal de Rio Maior, para responder às necessidades de aumento de produção e melhorias na sua comercialização, sendo o principal desafio a adaptação a uma economia competitiva e a conservação simultânea do tipicismo que distingue este património.

CURIOSIDADES

Número de talhos - 470 (aprox) Dimensão média do talho - 35 a 50 m2 Área total de Exploração- 27.000 m2

Poço - 8.95 m prof. / 3.75 m diâmetro 1 litro de àgua produz cerca de 220g sal Produção anual de cerca de 2500 toneladas

Exploração do Sal

Embora inicialmente a água fosse retirada do poço através de duas picotas, que ainda permanecem no local, exigindo um esforço enorme dos salineiros, hoje em dia é retirada do poço através de bombagem e distribuída por oito tanques (concentradores), com capacidade para 1 milhão de litros de água, onde sofre uma primeira evaporação. Depois de concentrada, volta à pia de distribuição que se encontra junto ao poço, sendo então distribuída pelos talhos através das sete regueiras existentes, sendo que o direito à água se processa em função da proximidade do poço obedecendo a regras que nunca foram escritas e cujas origens se perdem no tempo. Segue-se a evaporação nos talhos durante três a seis dias, dependendo muito do calor e do vento que se fizer sentir. O sal é rapado com pás (antigamente com rodos de madeira) e posto na eira a secar durante 60 horas. Posteriormente é levado em carrode-mão ou às costas, em sacas até à máquina que o transporta para a Cooperativa ou para os armazéns dos salineiros particulares. O sal é moído, ou não, conforme a indústria a que se destina. Não levando qualquer tratamento químico, deve a sua pureza apenas à acção natural do sol e do vento sobre a àgua e ao trabalho do Salineiro. Atualmente uma equipa contratada pela Cooperativa desenvolve a exploração e safra do sal da maioria das salinas. Este sal, de produção biológica, é exportado para vários países, com destaque para a Alemanha, dada a sua elevada qualidade e a já referida ausência de quaisquer aditivos ou tratamentos químicos. O sal e a flor de sal são também comercializados localmente com diversos outros condimentos naturais, dando origem a refinados temperos para carne, peixe e saladas, muitos deles disponíveis também em diversas lojas gourmet de todo o país.


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Um Ecomuseu Vivo, Guardião de Tradições

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Queijinhos de Sal A designação vem-lhes do formato e não por serem um verdadeiro queijo. Para os produzir o sal é moldado com sinchos que lhes dão o formato, sendo posteriormente “cozido” em forno de lenha. Daí resulta um produto único, um bloco de sal puro e cristalino que se conserva por muito tempo e que é fácil de utilizar por qualquer cozinheiro, profissional ou amador. Para adicionar o saboroso tempero ao seu prato preferido basta utilizar uma faca e raspar a superfície do “Queijo” para extrair a quantidade de sal necessária.

Flor de Sal

A Flor de Sal é o produto mais nobre de qualquer salina. A sua formação depende de condições ideais de temperatura e humidade que permitem a formação de uma fina folha de sal na superfície da àgua que cobre cada talho. Recolhida ao raiar do sol pelos salineiros com a ajuda de uma espécie de camaroeiro, este produto gourmet ganha o nome de flor de sal por os seus cristais, observados ao microscópio, apresentarem essa forma singular. A utilização da flor de sal tem um pequeno segredo: deve ser utilizada apenas após a confeção, antes de servir, para afinar o tempero pois desperta os sabores do prato, tornando o paladar mais intenso.

Casinhas de Madeira

As típicas construções em madeira que formam o núcleo central das Salinas de Rio Maior foram originalmente pensadas como armazéns de sal. Hoje, em grande parte, encontram-se transformadas em pequenas lojas de artesanato local, restaurantes ou dedicadas ao comércio do sal nas suas mais variadas formas. A madeira, principalmente de oliveira e pinho, foi o material escolhido para a sua construção pois outros materiais estariam muito mais sujeitos à corrosão provocada pela presença do sal no seu interior. Os suportes laterais exteriores são também troncos de oliveira, sendo a sua construção singular fator de atração turística.

Fechaduras Típicas

Fechadura e chave das casas de madeira. A chave é o acessório de menores dimensões, que apresenta um orifício na ponta. Ao colocar e pressionar a chave com os dentes para cima são puxados os piqueletes que soltam a tranca, permitindo a abertura da porta. Não existem duas chaves iguais em todas as casas,sendo a sua construção uma arte que ainda hoje passa de pais para filhos, mantendo viva a tradição da sua construção. A escolha da madeira como material para estas fechaduras deve-se igualmente à corrosão provocada nos metais pela exposição ao sal cujas propriedades rapidamente danificam qualquer metal.

Réguas de Escrita

Sempre presentes nas antigas tabernas da localidade, estas réguas eram usadas como um livro de registo, marcando a despesa efetuada por cada marinheiro/salineiro na taberna, durante a safra do sal. As réguas tinham entre 1 m ou 1.50 m de comprimento e 0,10 cm a 0,15 cm de largura sendo a escrita feita em sinais convencionais, cada um representando o tipo de produto consumido. Chegado o final da época da Safra do Sal, era tempo do pagamento da despesa acumulada, pagamento esse feito em sal que o proprietário da taberna venderia posteriormente.


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alinas de Rio Maior

descubra com a família e amigos este local mágico

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Como chegar a Rio Maior

O concelho de Rio Maior situa-se numa zona de transição onde as influências do Ribatejo e do Litoral se mesclam, dando lugar a um espaço cheio de originalidade. Pertence ao Distrito de Santarém e integra-se no Turismo do Alentejo e Ribatejo. Rio Maior localiza-se a 75 km de Lisboa, 30 km de Santarém e 20 km de Caldas da Rainha. Está no centro do eixo rodoviário da zona Oeste do país dispondo de bons acessos quer para Norte quer para Sul. A zona Norte do concelho integra-se na área protegida do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, da qual também fazem parte as Salinas de Rio Maior. As Salinas situam-se a cerca de 3 km de Rio Maior e encaixam-se num vale tifónico no sopé da Serra dos Candeeiros. Rodeadas de arvoredo e terras de cultivo são consideradas uma maravilha da natureza, uma vez que o mar fica a 30 km. O conjunto apresenta-se como uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, junto à qual se destacam uns curiosos tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da Primavera se enchem de água salgada dando origem a alvas pirâmides de sal.

As Salinas de Rio Maior possuem um Posto de Turismo aberto ao público para todas as informações sobre o local e a partir do qual o Sector de Turismo realiza visitas guiadas para grupos, durante todo o ano mediante marcação prévia. Posto de Turismo das Salinas | turismo@cm-riomaior.pt | 243 991 121 Horário: 4ª feira a Domingo das 09:30 às 13h00 e das 14h00 às 17:30

Outros locais a visitar nas proximidades

Villa Romana de Rio Maior

Dólmen de Alcobertas

Gruta de Alcobertas

A Villa Romana, implantada à beira do rio Maior no início do séc. III/IV, constitui o núcleo a partir do qual se estruturou a aldeia, a vila e hoje cidade de Rio Maior. As visitas à Villa Romana são apenas possíveis para grupos e através de marcação

O Dólmen de Alcobertas é um monumento megalítico de carácter funerário, construção típica do Neolítico Final encontrando-se entre os dez maiores da Península Ibérica. Em Portugal, este tipo de obra é única, pois do dólmen nasceu a atual igreja matriz.

A Gruta de Alcobertas encontra-se localizada numa das encostas da Serra dos Candeeiros tendo sido ocupada pelo homem há cerca de 5000 anos. Atualmente, as visitas à gruta são apenas possíveis em grupo e através de marcação junto da Cooperativa Terra Chã.

Museu Rural S. João Ribeira

Roteiro Ruy Belo

Olho de Água de Alcobertas

A história do museu começa em 1993, quando o Grupo de Danças e Cantares de São João da Ribeira iniciou uma recolha de utensílios ligados ao trabalho rural e doméstico, assim como roupas e outros objetos. O museu abre para grupos e mediante marcação.

Ruy Belo é considerado um dos grandes poetas portugueses do século XX. Conheça os locais onde nasceu, cresceu e foi sepultado numa rota que começa na sua casa de S. João da Ribeira e passa pela Biblioteca Municipal e Casa Senhorial de Rio Maior.

O Parque Natural das Serras d´Aire e Candeeiros constitui um dos maiores reservatórios de água doce subterrânea do nosso país. A nascente da Ribeira de Alcobertas é um pequeno oásis na aparente secura desta região.

mais informações sobre estes e outros pontos de interesse em www.cm-riomaior.pt | turismo@cm-riomaior.pt | 243 999 300


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