ESPECIAL Expo Alcanede

Page 1

Economia Economia, música e gastronomia na Expo Alcanede 22 de Setembro de 2016 Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1265

“Tira-me do sério ver pessoas com potencial completamente paradas” Adriano José Dias, 51 anos, treinador de tiro com arco na Sociedade Euterpe Alhandrense 7 Três Dimensões

MODO Arquitectos Associados do Sardoal com clientes no país e no estrangeiro

O cartão de visita do atelier é a sua sede mas outros trabalhos podem ser vistos online 8

Empresa da Semana

A décima edição da Expo Alcanede e da XVI Mostra Gastronómica vão decorrer naquela vila entre 23 e 25 de Setembro 2

As melhores oportunidades de trabalho colocam-se aos mais qualificados

José Frias Gomes é responsável pelos pólos de Santarém e Sines do Cenfim 10

Já é possível comprar roupa da Trucco em Almeirim A roupa da Trucco está em Almeirim desde dia 17 de Setembro na True Company de Cristina Carvalho 7

Peças e lubrificantes para máquinas agrícolas na GP AGRO

Os dois sócios da Gonçalves & Patrício, Lda (GP Agro) gostam do que fazem e têm um grande conhecimento do seu sector de actividade 8

A Carruagem com peixe fresco todos os dias

Aos 10 anos já conduzia camiões

Sob a gerência de Luís Simãozinho, o restaurante na Póvoa de Santa Iria privilegia a gastronomia tradicional

Rui Nunes é gerente de uma empresa de transportes e transitários internacionais de Aveiras de Cima 6

10

MultiOpticas de Fátima celebra 1º aniversário com descontos

Identidade Profissional

O aniversário vai ser assinalado com descontos de vinte por cento em todo o produto óptico no período de 26 a 30 de Setembro 11

Nersant esclarece Jornadas de empresas sobre Gastronomia em Coruche incentivos 9

9


2

O MIRANTE - ESPECIAL Expo Alcanede

22 SETEMBRO 2016

Câmara de Santarém apoia Economia, música e gastronomia na Expo Alcanede com 15 mil euros Expo Alcanede foto arquivo O MIRANTE

Subsídio foi aprovado por unanimidade em reunião do executivo

foto arquivo O MIRANTE

FESTA. Programa vai animar a vila durante três dias.

E

xposição de actividades económicas, gastronomia, música e muita animação são os ingredientes principais da décima edição da Expo Alcanede e da XVI Mostra Gastronómica que vão decorrer naquela vila do concelho de Santarém entre 23 e 25 de Setembro. Depois de um ano de interrupção a feira volta a animar a localidade. A inauguração oficial da Expo Alcanede está marcada para as 19h00 de sexta-feira, 23 de Setembro, com a animação a cargo da Bandinha da Moca. À noite há baile

com David C, a partir das 22h00. Para sábado, 24 de Setembro, está prevista a realização de um colóquio promovido pela Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém, pelas 16h00. O Grupo de Cavaquinhos Vida Nova anima o recinto a partir das 17h30 e à noite há baile com música de JC Power. No domingo, 25 de Setembro, pelas 16h00, está agendado um concerto pelas bandas filarmónicas Alcanedense e do Xartinho, e pelas 22h00 começa o baile com RP Music. Os espaços reservados para restauração ficam a cargo de colectividades da freguesia. As entradas são gratuitas. A organização é da Junta de Freguesia de Alcanede. Os patrocinadores oficiais da Expo Alcanede são a Câmara Municipal de Santarém, a Águas de Santarém e a Filstone Natural

.

ECONOMIA. Recursos minerais são uma importante fonte de riqueza da freguesia e do concelho O executivo da Câmara Municipal de Santarém aprovou a atribuição de um subsídio de 15 mil euros à Junta de Freguesia de Alcanede para apoiar a organização da Expo Alcanede 2016, evento que se realiza de 23 a 25 de Setembro naquela vila. Na proposta que serviu de suporte à decisão do executivo é sublinhado que a freguesia de Alcanede é “uma área territorial de incontornável importância para a economia local, deste e dos concelhos vizinhos a norte, bem como de notável importância nacional”, em boa parte devido ao sector da extracção de recursos minerais da Serra de Aire e Candeeiros, onde existem cerca de 600 pedrei-

ras activas. Essa actividade económica apresentou em 2013 um volume de negócios e exportação de cerca de 340 milhões de euros e tem vindo a apresentar uma tendência de subida no que respeita às exportações para países como a França, China e Arábia Saudita. Para além do sector da indústria extractiva, existem na zona de Alcanede outras indústrias de grande relevo na zona, nomeadamente de curtumes, equipamentos de frio e de hotelaria, mobiliário e colchões, processamento de carnes ou metalomecânica pesada, com um volume de negócios anual na ordem dos 120 milhões de euros.


22 SETEMBRO 2016

João Paulo Gonçalves sócio gerente da Calcirocha - Fabrico de calçada

“Parabéns à junta de freguesia pela coragem de passar a expo para bienal” Como vê o futuro do seu concelho? Na área empresarial temos condições para nos afirmarmos e continuarmos a crescer, principalmente nas exportações mas na área política estamos parados no tempo. Sei que as coisas não são fáceis mas devia haver mais captação de pequenas e médias empresas empreendedoras, não para a sede do concelho mas principalmente para a freguesia de Alcanede. Falta-nos também, como todos sabemos, bom acessos rodoviários que nos são prometidos em todas as campanhas eleitorais mas que nunca são concretizados. Necessitamos de políticos capazes que se afirmem perante o poder central para que o concelho cresça. Qual a situação da Calcirocha? Temos vindo a crescer, ano após ano, de forma sustentada, acompanhando as tendências de

O MIRANTE - ESPECIAL Expo Alcanede mercado e tentando captar cada vez mais clientes nomeadamente além fronteiras. É fiel às tradições? Como vive a festa? Sempre fui fiel às tradições e defendo-as embora saiba que por vezes é difícil manter algumas. Durante a festa normalmente vou visitar e almoçar ou jantar com a família. É uma altura de convívio. Qual a importância da festa e o que mudava se pudesse? É uma mais valia para as empresas nomeadamente as que operam na freguesia de Alcanede e uma altura em que podem divulgar os seus produtos e serviços de uma forma mais intensa e para o público em geral. Muitas vezes já ouvimos falar de determinada empresa mas nem sabemos o que faz. O que eu gostava de alterar não será de todo possível. Gostava que houvesse melhor animação, infra-estruturas fixas e que a feira durasse mais tempo para compensar o investimento tanto da junta de freguesia como das associações envolvidas. Aproveito para dar os parabéns ao executivo da junta pela coragem de alterar a expo de anual para bienal. Houve muitas criticas mas temos que ser realistas e os políticos têm que mostrar que sabem gerir os dinheiros públicos. Qual a sua opinião sobre a união de freguesias? Em vez de unirem freguesias deveriam ter começado por unir concelhos. Na nossa região temos concelhos a mais. A sua união era uma melhor forma de cortar na despesa pública.

Nuno Carreira Departamento de Vendas - M.J. Carreira Armazenista de Materiais de Construção e Decoração - Alcanede

O concelho de Santarém tem potencialidades que não estão a ser aproveitadas Como vê o futuro do seu concelho? O concelho está parado e não vejo um futuro muito risonho. Não tem havido investimento, não há obras novas mas apenas alguns melhoramentos e as nossas estradas cada vez estão mais degradadas. Temos muitas potencia-

3 lidades mas tem que haver uma intervenção profunda para atrair visitantes e investidores que criem mais postos de trabalho. E o futuro da sua empresa? Temos quarenta anos e temos apostado na modernização e desenvolvimento. Mesmo em tempo de crise conseguimos aumentar o nosso volume de vendas tanto a nível nacional como internacional. Esperamos conseguir nos próximos anos consolidar o desenvolvimento. É fiel às tradições? De que forma é que a M.J.Carreira participa na Expoalcanede? Sim, sou fiel às tradições. Quanto à feira, a nossa posição, desde o início, foi sempre de apoio total. Somos expositores e eu, pessoalmente, frequento-a e dou o meu contributo. Esta feira é de grande importância para a nossa região pois atrai milhares de visitantes de toda a zona centro do País. Temos expositores de todas as áreas comercias da nossa região e para além da animação temos a gastronomia regional. A feira contribui para a economia local e para o desenvolvimento da nossa terra. O que gostava de ver diferente na feira? O que podia melhorar seria aumentar o numero de dias da feira, para chamar mais pessoas e expositores e talvez um programa de animação mais vasto. Está contente com as mudanças politicas? Eu acho que não temos tido políticos à altura dos desafios que o País e a União Europeia têm enfrentado. A nível nacional não têm sido implementadas politicas capazes de alterar o rumo do País, tornando-o mais competitivo e capaz de sair desta crise.


4

Ana Gaspar Directora do Colégio Jardinita em Alcanede

Gostaria que os colóquios e seminários tivessem lugar de manhã Como vê o futuro do seu concelho de Santarém? Falando em futuro e respondendo a esta questão, penso que não se pode ignorar a actual conjuntura económica e financeira a nível nacional e internacional, a qual, todos sabemos, não está no seu melhor. A isto há a juntar o facto de se tratar de um concelho que tem tido um decréscimo populacional significativo e de um concelho cujo sector mais importante é o terciário (serviços) que gira em torno da riqueza gerada pelos outros, que por acaso e no momento se encontram com inúmeras dificuldades. Seria fácil concluir que o futuro se encontra comprometido mas em meu entender não está. A maior parte da população está no activo e portanto capaz de gerar riqueza e contribuir de uma forma significativa para o bem estar geral de toda a sociedade desde que sejam criadas condições para tal. E o futuro da sua empresa? A resposta a esta questão vem na sequência da ante-

O MIRANTE - ESPECIAL Expo Alcanede rior. Os serviços prestados pela minha empresa são serviços na área da educação e apesar de necessários, fazem parte do sector terciário. No momento não é o futuro que me preocupa, contudo não podemos esquecer que os casais têm cada vez menos filhos e cada vez mais tarde. A sociedade é constituída pelos homens e os homens só serão homens depois de terem sido crianças. Acredito que se queremos mudar o mundo, temos de o fazer junto das crianças. São elas o futuro e é com elas que tenho o maior prazer em trabalhar. É fiel às tradições? De que forma é que participa na Expo Alcanede? Não de todo. Sou fiel apenas àquilo em que acredito. Acredito que existem projectos que uma vez iniciados, devem ser acompanhados e desenvolvidos - Esta é a minha forma de estar na Expo Alcanede. Que importância tem esta feira para a região? É uma feira que para além de proporcionar um convívio saudável, proporciona também a divulgação de produtos e serviços, que de alguma forma podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade, que muitas vezes devido à atribulação do dia a dia, acaba por desconhecer que o que lhe faz falta, afinal está aqui mesmo ao lado! O que gostava de ver diferente na feira? Seria interessante que os colóquios e seminários tivessem lugar no período da manhã. Está contente com as mudanças políticas a nível local e nacional? Não gosto de falar de mudanças políticas. Para mim, as mudanças situam-se todas ao nível das estruturas e para serem viáveis têm que ter sustentabilidade. Do ponto de vista estrutural, existem de facto algumas mudanças com as quais concordo, contudo e analisando a conjuntura envolvente e talvez por falta de conhecimento da minha parte, fico um tanto ou quanto receosa da sua sustentabilidade. Na região ainda não dei conta de alterações significativas, mas devo acrescentar que quero acreditar e apoiar quem nelas está a trabalhar.

Eliseu Frazão Gestor da Fravizel SA e Coremaq SA do grupo Eliseu Frazão

“Só há sucesso com trabalho e simplicidade e os políticos não sabem o que isso é” Como vê o futuro do seu concelho? O conselho de Santarém tem muito potencial de crescimento. A indústria existente em Alcanede necessita de condições tais como infra-estruturas rodoviárias para estar mais acessível à internacionalização. Entendo ser uma zona esquecida pelos nossos governantes. Somos bastante penalizados pela indefinição e esquecimento. E o futuro da sua empresa? O nosso grupo de empresas (Fravizel e Coremaq) tem trabalhado nos últimos 32 anos para apresentar qualidade e inovação. E é segundo esses eixos que pretendemos continuar a crescer, virados cada vez mais para o mundo. É fiel às tradições? De que forma é que participa na Expo Alcanede? As tradições fazem parte daquilo que somos e solidificam os nossos valores. Sempre estivemos presentes na Expo Alcanede. So-

22 SETEMBRO 2016 bretudo por motivos sociais. É importante dinamizar a nossa região. Que importância tem esta feira para a região? É importante e é a única. É uma montra das empresas de Alcanede e uma oportunidade de mostrar o que fazemos. Além disso ajuda a desenvolver principalmente a nível social pois é um encontro anual de cidadãos da nossa região. O que gostava de ver diferente na feira? Gostaria que houvesse uma maior aderência por parte das empresas e que a expo se tornasse mais forte. Por exemplo destacar outros sectores como o florestal, por ser forte na nossa região e ter mais visibilidade a nível nacional. Está contente com as mudanças políticas a nível local e nacional? Há muito a ser feito e é cada vez mais importante apoiar as empresas com políticas de apoio à inovação e internacionalização pois são estas que vão gerar mais emprego e desenvolver a economia local e nacional. É necessário o desenvolvimento de infra-estruturas nomeadamente as estradas de acesso à nossa região. É necessário mais foco no apoio às nossas empresas, apoio à Zona de Desenvolvimento Económico de Alcanede, diminuição de burocracias e agilização de processos. O que falta é foco naquilo que é mais importante, que é a nossa indústria. Através da indústria é possível olhar para o mundo e criar valor. O sucesso é filho do “trabalho” e da simplicidade, e o que parece é que os nossos políticos não sabem o que isso é.


22 SETEMBRO 2016

Carlos Rodrigues Proprietário do supermercado “Meu Super” de Alcanede

Investimento público do concelho não pode estar concentrado em Santarém Como vê o futuro do seu concelho? O que se deseja é um futuro promissor a todos os níveis, designadamente económico e social, mas os tempos de incerteza que se vivem não auguram grandes melhorias. Por outro lado, o concelho de Santarém não tem dado mostras de inverter o que se tem passado a nível nacional, no que respeita ao desequilíbrio no desenvolvimento/ investimento, entre os centros urbanos e as zonas do interior. Continuamos a assistir a uma maior concentração/centralização e desenvolvimento na sede do concelho e ao esquecimento das povoações mais afastadas. O que eu queria ver no futuro era um concelho mais homogéneo quanto aos investimentos públicos. Queria que não houvesse motivos para o abandono/desertificação de pessoas e empresas nesta zona rural de Alcanede. Se nada se fizer vamos continuar a ter grandes assimetrias no concelho de Santarém. E o futuro da sua empresa? Para uma microempresa da área do comércio a retalho, em zona rural, não se perspectiva um futuro muito risonho, uma vez que a tendência dos consumidores é cada vez mais as grandes superfícies, que se concentram nos centros urbanos. Para inverter esta situação, para além da melhoria na gestão do dia-a-dia, procuramos melhorar os nossos serviços na óptica do consumidor, trazer alguma inovação e focarmo-nos num atendimento mais personalizado. Foi isso que fi-

O MIRANTE - ESPECIAL Expo Alcanede zemos com a transformação da loja, adoptando a insígnia “Meu Super” em parceria com um grande operador de retalho a Modelo Continente Supermercados. É fiel às tradições? De que forma é que participa na Expo Alcanede? Respeito as tradições, designadamente aquelas que resistem à modernidade e não colidem com os meus princípios e a minha consciência. A Expo Alcanede é um evento com cerca de 12 anos de existência, pelo que é uma tradição recente. Participo nela como observador e também como cliente, uma vez que a “expo” tem associado a venda de diversos bens e produtos, designadamente artesanato e os petiscos. Que importância tem esta feira para a região? Não consigo quantificar, mas decerto trará algo de positivo para as pessoas e para os empresários desta região pois proporciona a mostra dos produtos que se produzem ou comercializam, assim como uma oportunidade de valorizar quem se dedica ao artesanato. É também uma oportunidade para as colectividades apresentarem o que fazem e um momento de convívio entre as pessoas. O que gostava de ver diferente na feira? Não me parece que haja muito a mudar mas sim para aperfeiçoar, designadamente no que respeita ao espaço. Alcanede já merecia uma infra-estrutura multi-serviços que pudesse albergar eventos desta natureza e outras utilizações, ou seja, um equipamento que estivesse ao serviço de todos, pessoas, empresas e colectividades, assim como servir os alunos da escola vizinha em actividades escolares. Está contente com as mudanças políticas a nível local e nacional? Que alterações notou na região? Não me pronuncio sobre mudanças de actores da vida política mas sim sobre políticas públicas, ou seja, sobre as iniciativas, decisões e acções que são tomadas para fazer frente a situações económica e socialmente problemáticas. Tem havido boas e mas decisões a nível local. O que decepciona é a falta de visão e de planeamento, bem como a falta de compromisso com o futuro, pois o que acontece na maior parte dos casos é a mudança cíclica de orientações e decisões.

Joaquim Miguel Dias do Rosário Frazão Administrador do Grupo Frazão

5

Manuel Joaquim Monteiro Jacinto Mediador de Seguros, Alcanede

“A Expo Alcanede A Expo Alcanede deveria ter deveria prolongarinstalações próprias se por mais dias para o efeito” A Expo Alcanede é uma forma de divulComo vê o futuro do concelho de Santarém? Relativamente promissor tendo em conta a vantagem da sua situação geográfica. No futuro e caso se verifique a tão esperada descentralização poderá viabilizar uma dinâmica de desenvolvimento diferenciada da actual. Todavia o desenvolvimento está sempre dependente das politicas sociais e económicas que venham a ser implementadas, no sentido de promover novas iniciativas na área do empreendedorismo e criação de empresas, coisa que não tem acontecido na dimensão necessária nestes últimos 10/15 anos. Urge delinear uma estratégia num futuro próximo. E o futuro da sua empresa? O futuro da nossa empresa passa essencialmente pela implementação de novos produtos com valor acrescentado e exportáveis. É fiel às tradições? De que forma é que participa na Expoalcanede? Somos fieís às tradições e participamos na Expo Alcanede desde a sua primeira edição com stand próprio e amostra dos nossos produtos. Que importância tem esta feira para a região? Tem a mais valia de juntar as pessoas da área envolvente em convívio e mostrar aos visitantes as potencialidades da freguesia e a sua capacidade de iniciativa. O que gostava de ver diferente na feira? Instalações próprias que permitissem que o evento tivesse melhores condições para o fim a que se propõe e para outras iniciativas. A continuidade da exposição em estrutura móvel no principal pavilhão torna um pouco difícil de suportar, sobretudo pelos custos associados repetidamente em cada ano. Está contente com as mudanças politicas a nível local e nacional? Que alterações notou na região? Ao nível da política de desenvolvimento local como exemplo, continuamos sem uma ligação digna à sede do concelho, tendo a mesma um percurso miserável de aproximadamente 30 quilómetros até à cidade de Santarém. A nível nacional não esperamos grandes mudanças, pois aquelas que foram implementadas nas últimas décadas até à actualidade só têm, no nosso entender, dificultado e muito, a vida dos cidadãos e das empresas. A nível internacional também não vivemos o melhor momento. O que não lhe perguntamos e que gostava que tivéssemos perguntado? Se somos felizes? E a resposta é não, infelizmente. O contexto geral, acompanhado de reduzida sensação de liberdade, não o permite.

gar e apoiar a parte norte do concelho de Santarém onde se situa o maior pólo industrial, ao mesmo tempo que serve para divulgar as tradições ribatejana. Esta é a opinião do mediador, Manuel Joaquim Monteiro Jacinto que gostaria que o certame tivesse uma maior extensão temporal. O mediador de seguros, diz que encara o futuro da sua empresa com optimismo e lamenta que os actuais condicionalismos financeiros das autarquias estejam a impedir um maior investimento em obras necessárias para o concelho.

José Pedro Casaca da Paz Auto Casaca, oficina auto - Alcanede

Está tudo na mesma e se houver melhorias vão ser muito lentas O proprietário da oficina Auto Casaca não é pessimista mas quando lhe perguntamos a sua opinião sobre o futuro do concelho de Santarém é cauteloso. “Imagino que vá ter um desenvolvimento lento e gradual, à semelhança do resto do país”, declara. Quanto à sua empresa augura que a mesma terá um futuro estável. José Pedro Casaca da Paz não é um participante activo da Expo Alcanede mas considera que a iniciativa é importante para dinamizar a economia da região. Acrescenta que gostava de ver mais sectores de actividade representados no certame. Casado, 67 anos de idade, o empresário lamenta que as mudanças políticas mais recentes nada tenham contribuído para o desenvolvimento local.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.