Personalidades do Ano 2016

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ECONOMIA

09 de Março de 2017 Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1289

Treze prémios de O MIRANTE para distinguir Personalidades Trabalham para ser sempre melhores e quando isso é reconhecido ficam felizes. Bom humor, partilha de histórias, orgulho, alegria e muita emoção, nomeadamente durante a homenagem póstuma a Odete Silva, a deputada e presidente dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Santa Iria que faleceu o ano passado com 44 anos de idade. A cerimónia da entrega dos prémios Personalidade do Ano foi pretexto para lotar o auditório do Centro Cultural do Cartaxo. O MIRANTE dedica 14 páginas desta edição à entrega dos prémios.


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09 MARÇO 2017 | O MIRANTE

Personalidades do Ano confessaram que os prémios são um grande estímulo Trabalham para ser sempre melhores e quando isso é reconhecido ficam felizes fotos O MIRANTE

José Faustino, presidente do CRIT de Torres Novas, recebeu o prémio Cidadania das mãos de António Campos e Frederico Roque

Bom humor, partilha de histórias, orgulho, alegria e muita emoção, nomeadamente durante a homenagem póstuma a Odete Silva, a deputada e presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Santa Iria que faleceu o ano passado com 44 anos de idade.

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Dora Coutinho, presidente da ARCAS de Samora Correia, recebeu o prémio Associativismo das mãos de António Torres e Diamantino Duarte

edição deste ano da gala de entrega dos prémios Personalidade do Ano de O MIRANTE, realizada no Cartaxo na noite de quinta-feira, 2 de Março, contou com uma grande variedade de discursos e agradecimentos dos premiados e foi pautada por momentos de alegria, emoção e comoção. A noite abriu com a entrega do prémio Personalidade do Ano - Nacional, ao treinador de futebol, Rui Vitória (página 9) e terminou com a entrega do prémio Personalidade do Ano a Pilar del Río, Presidenta da Fundação José Saramago, que tem um pólo na Azinhaga, aldeia natal de José Saramago (ver outro texto neste suplemento). Em relação aos restantes prémios os primeiros foram os da cultura, com um dos primeiros discursos da noite a ser o de Beatriz Martinho, do Conservatório de Música de Santarém, que garantiu que foi “uma homenagem que nunca mais será esquecida”. A dirigente lembrou o clima criativo que se vive naquela instituição que disse ser “um segundo céu” e um “turbilhão de aprendizagem”. Recordando o já falecido mestre Fernando Alvim, a dirigente garantiu “continuar a lutar para que a escola seja reconhecida em Santarém, na região e no país” e confessou ser “um orgulho” manter viva uma história de sucesso artístico que se escreve todos os dias. Ainda na Cultura foi distinguido o Cegada Grupo de Teatro, de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, pelo papel que tem tido na oferta de programas culturais à população daquele concelho. Rui Dioní-

Beatriz Martinho, do Conservatório de Música de Santarém garantiu que foi “uma homenagem que nunca mais será esquecida”. Dora Coutinho defendeu que o associativismo não se explica, vive-se com paixão e que por isso “quando se trabalha com paixão não se esperam prémios” mas que estes sabem bem.

Vasco Luiz Mello e Alberto Mesquita participaram em palco na homenagem a Odete Silva. Ao centro na foto, os pais, o filho e o marido da homenageada

O maior aplauso da noite foi para Odete Silva que foi homenageada a Título Póstumo.


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Rui Dionisio do Cegada Grupo de Teatro apelou a uma reflexão conjunta sobre a importância e o papel da cultura nos tempos que correm. Pedro Ribeiro (Prémio Política Masculino) recebeu a distinção das mãos de Pedro Ferreira e Pedro Magalhães Ribeiro. Compareceram ainda no palco todos os antigos premiados presentes na cerimónia.

Anabela Freitas (Prémio Política Feminino) recebeu o prémio das mãos de Teresa Freitas e Rosário Honório. Compareceram no palco todas as antigas premiadas nesta área presentes na cerimónia.

sio, director-artístico daquela entidade, não perdeu a oportunidade de perguntar se o envelope do prémio que fora atribuído ao Cegada estava correcto, numa alusão à embaraçosa troca de envelopes ocorrida na recente gala dos Óscares, os prémios do cinema norte-americano. “Têm a certeza que o prémio é mesmo para o grupo de teatro Cegada? Não houve troca de envelopes?”, perguntou, provocando o riso da plateia. Depois o tom foi mais sério. “As ferramentas de apoio à criação artística lançadas pelo Governo não têm sido usadas como esperado”, lamentou. Por isso apelou a uma “reflexão conjunta” sobre a importância e o papel da cultura nos tempos que correm. Isto enquanto agradeceu a todos os que, ao longo dos anos, foram passando pelo Cegada. “Os artistas podem viver com pouco dinheiro mas de certeza que não vivem sem público e por isso o nosso maior agradecimento é mesmo para o nosso público”, vincou. “NÃO SOU PRESIDENTE DE CÂMARA. EU ESTOU PRESIDENTE” Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar, recebeu o prémio Personalidade do Ano na área da Política Feminino. Evocando um antigo cartoon

Francisco Jerónimo, presidente da Associação de Futebol de Santarém, no palco com uma boa parte dos órgãos directivos, recebeu o prémio das mãos de Francisco Oliveira e Carlos Coutinho


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Pedro Ribeiro, presidente da Câmara de Almeirim, recebeu o galardão de política masculino e lembrou os tempos em que frequentava a cerimónia de O MIRANTE vendo autarcas que foram as suas referências serem distinguidos.

Grupo de Teatro Cegada (Prémio Cultura Masculino) recebeu a distinção das mãos de Pedro Bastos e João Pitta Soares Marco Fernando, cabo do Grupo de Forcados Amadores de Tomar, acompanhado pela direcção, recebeu a distinção das mãos de Luiz Vasconcelos e Souza e Hélder Esménio

Inês Henriques (Prémio Desporto Feminino), a marchadora de Rio Maior, recebeu o prémio das mãos de Orlando Ferreira e Isaura Morais

alusivo às novas tecnologias, a autarca ironizou dizendo que actualmente também se vivem dias em que “qualquer cão se senta atrás de um teclado”, numa alusão aos ataques nas redes sociais de que muitas vezes os políticos são vítimas. A autarca referiu-se também à visão dos cidadãos mais pessimistas e menos pessimistas e fez alusão ao conhecido exemplo dos que vêm o copo meio cheio e dos que o vêm meio vazio. “Noventa e nove por cento das vezes só ouvimos as pessoas falar do que está mal e muito raramente do que está bem. Temos de ter uma boa atitude e ver o copo meio cheio”, lembrou. Ainda na política, Pedro Ribeiro, presidente da Câmara de Almeirim, recebeu o galardão de Política Masculino e lembrou os tempos em que frequentava a cerimónia de O MIRANTE vendo autarcas que foram as suas referências serem distinguidos. “Receber este prémio é um momento de grande alegria e estou bastante sensibilizado”, confessou. Agradeceu aos que o acompanham na câmara por conseguirem “aturá-lo”, assumindo ser “chato e teimoso”. Elogiou também os seus amigos e colaboradores mais próximos que diz ouvir com atenção. “É fácil ficarmos deslumbrados pelo cargo e por isso é importante termos por perto quem nos chame a atenção para o que não está bem”, disse. O galardão Personalidade do Ano na área do Associativismo foi entregue à ARCAS – Associação Recreativa e Cultural de Samora Correia, concelho de Benavente, actualmente dirigido, na maioria, por mulheres. Dora Coutinho lembrou os dirigen-

Beatriz Martinho, presidente do Conservatório de Música de Santarém, (Prémio Cultura Feminino), recebeu o prémio das mãos de Ricardo Gonçalves e Miguel Borges


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“Ano trinta de O MIRANTE vai ser um dos melhores de sempre” Director-Geral elogia parceiros e sublinha a independência do jornal fotos O MIRANTE

Joaquim António Emídio elogiou parceiros de O MIRANTE e anunciou que este vai ser o melhor ano de sempre para o jornal

António Cruz Costa, Prémio Vida, recebeu a distinção das mãos de José Eduardo Carvalho e Hermínio Martinho tes que se empenharam pela associação e já não estão presentes. “Sei que iriam ficar orgulhosos”, lembrou, ao mesmo tempo que notou que “a igualdade de género não se alcança com quotas mas sim com dedicação”. Defendeu que o associativismo não se explica, vive-se com paixão e que por isso “quando se trabalha com paixão não se esperam prémios” mas que estes sabem bem. MAIOR APLAUSO DA NOITE PARA ODETE SILVA O esgotado Centro Cultural do Cartaxo aplaudiu de pé, demoradamente, a memória de Odete Silva, da Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, homenageada a título póstumo por O MIRANTE. Rui Rei, vereador daquele município, que era casado com a deputada, não conteve as lágrimas enquanto apelava a todos os presentes para “não perderem tempo com coisas que não são importantes”. O autarca lembrou a necessidade de todos “estarem atentos aos sinais” que podem fazer a diferença e admitiu que a homenagem “foi justa” por tudo o que Odete Silva fez pelo seu país, região e comunidade, incluindo “os bombeiros da Póvoa de Santa Iria de que foi presidente e a sua banda, que ela tanto amava”. A personalidade seguinte a subir ao palco foi a marchadora olímpica Inês Henriques, de Rio Maior, a quem foi atribuído um dos prémios Personalidade do Ano - Desporto Feminino. “Sabe bem vermos o reconhecimento de todo o nosso empenho”, frisou, agradecendo ao treinador pelo sucesso alcançado. Lembrou também que as derrotas também são importantes porque nessas alturas ela descobriu que ainda era mais forte do que pensava. “Sou uma privilegiada por fazer o que gosto”, afirmou. O galardão Desporto Masculino foi entregue à Associação de Futebol de Santarém com Francisco Jerónimo a agradecer a “honra” de ser distinguido por um “jornal tão prestigiado” como O MIRANTE. “São os clubes que, através de dirigentes

O empresário António Cruz Costa, eleito como Personalidade do Ano - Vida, disse que receber um prémio era algo “que estava longe das expectativas” porque sempre se limitou a trabalhar. “Não me considero um empresário de sucesso. Isso não existe.” que fazem um trabalho anónimo, permitem que se preste um verdadeiro serviço público para os jovens praticarem desporto”, lembrou. O galardão Tauromaquia foi entregue ao Grupo de Forcados Amadores de Tomar, com Marco Jesus, cabo do grupo, a dizer que o grupo sentia um “orgulho muito grande” pela distinção e que a mesma era motivadora. “Queremos continuar a valorizar as nossas raízes e a nossa cultura”, garantiu. No que toca à Cidadania foi distinguido o CRIT – Centro de Reabilitação e Integração Torrejano, com José Faustino, presidente daquela entidade, a destacar o “esforço e dedicação” de todos os profissionais do CRIT em prol da melhoria das condições de vida dos utentes e da sua reinserção social. O empresário António Cruz Costa, eleito como Personalidade do Ano Vida, disse que receber um prémio era algo “que estava longe das expectativas” porque sempre se limitou a trabalhar. “Não me considero um empresário de sucesso. Isso não existe. No mundo empresarial o que conta é a regularidade. Podemos receber um prémio hoje e amanhã as coisas correrem mal. Na minha vida optei sempre por ser sério e manter uma postura em que nunca me vi como principal elemento mas como mais um elemento de um todo”, afirmou. António Cruz Costa lembrou também o papel determinante dos empresários enquanto motores de desenvolvimento económico e social dos concelhos onde estão implantados

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director geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, aproveitou a cerimónia dos prémios Personalidade do Ano, realizada no Centro Cultural do Cartaxo, para perspectivar o desempenho do jornal no ano em que o mesmo comemora trinta anos de existência. “Este ano vamos ter um dos melhores anos de sempre. Se tudo correr como previsto vamos fazer crescer a equipa de forma significativa e vamos crescer nas receitas como há muito tempo não acontece. Tudo isto mantendo o preço da assinatura muito baixo, continuando a abrir o jornal na internet, sem custos para os leitores e distribuindo com o Expresso, ao sábado, mais de dez mil exemplares da nossa edição semanal em papel”. O também fundador de O MIRANTE lembrou que o jornal é o único de referência do país que não pertence a qualquer grupo económico e que vive única e exclusivamente da publicidade e das vendas, nomeadamente das assinaturas. “No ranking dos melhores jornais portugueses estamos entre os dez primeiros em tiragem e em circulação num caso único em termos de fidelidade e afinidade entre os leitores que vão de Abrantes a Vila Franca de Xira para não falarmos dos leitores que nos acompanham nos quatro cantos do mundo”. Joaquim António Emídio referiu-se ao trabalho desenvolvido a nível editorial, explicando que o sucesso assenta na

“Este ano vamos ter um dos melhores anos de sempre. Se tudo correr como previsto vamos fazer crescer a equipa de forma significativa e vamos crescer nas receitas como há muito tempo não acontece. Tudo isto mantendo o preço da assinatura muito baixo, continuando a abrir o jornal na net, sem custos para os leitores.

Um jornal como O MIRANTE, no papel ou no online, nunca pode ser a voz oficial de um município, de uma associação ou de uma junta de freguesia, só para dar três exemplos. Mas pode ser um parceiro importante se o proprietário do jornal, tal como os jornalistas, nunca forem favas contadas seja para quem for. independência. “Um jornal como O MIRANTE nunca pode ser a voz oficial de um município, de uma associação ou de uma junta de freguesia, só para dar três exemplos. Mas pode ser um parceiro importante se o proprietário do jornal, tal como os jornalistas, nunca forem favas contadas seja para quem for. Na nossa redacção todos compreendem o quanto é importante mantermo-nos distantes e a salvo da influência dos que procuram o convívio extra-profissional para daí tirarem dividendos”. O papel de leitores, anunciantes e parceiros foi devidamente vincado. “O MIRANTE orgulha-se de ser um jornal local e regional unicamente preocupado em dar notícias e contribuir para o bom funcionamento da nossa sociedade. Estamos a fazer um caminho que não é novo mas que é inovador. Tudo isto também graças aos nossos parceiros que são ao mesmo tempo e em grande parte os nossos anunciantes”. Joaquim António Emídio anunciou ainda a continuidade dos Prémios Personalidade do Ano. “Acima de tudo o que nos diferencia neste mercado de trabalho é a competência. É por essa batalha que guerreamos todos os dias porque a competência, como todos sabemos, não nasce de forma espontânea, é fruto de muito trabalho, de muito estudo e de muitos sacrifícios para além de uma dedicação ‘canina’ à causa do jornalismo de proximidade. Foi por causa da competência que nasceu a ideia de atribuir estes prémios. É por causa da valorização dessa competência que vamos continuar a apostar nesta iniciativa”.

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Pilar del Río, Prémio Personalidade do Ano, recebeu a distinção das mãos de Joaquim António Emídio e Teresa Ferreira

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Rui Vitória, Prémio Personalidade do Ano Nacional, recebeu o prémio das mãos de António Ceia da Silva, Padre António Pereira e Luís Albuquerque

Pilar del Río agradeceu o Rui Vitória orgulhoso por prémio e tudo o que aprendeu também ter sido distinguido com os outros premiados pelo seu carácter A presidente da fundação José Saramago, Pilar del Río, agradeceu o Prémio Personalidade do Ano com uma alusão aos outros distinguidos como personalidades do ano a quem chamou heróis. “Esta tarde foi longa mas rica porque tivemos oportunidade de ver a quantidade de pessoas de locais pequenos que podem nascer e crescer como heróis da vida contemporânea”. Recordando que José Saramago tinha nascido no Ribatejo, na pequena aldeia de Azinhaga, e que na altura de receber o Nobel da literatura tinha dito que o homem mais sábio que conhecera era o seu avô Jerónimo que era analfabeto, Pilar del Río, sublinhou a importância de todos sermos cidadãos exemplares. “Nos livros de História temos imensos guerreiros, monarcas e ditadores mas a vida está cheia de pessoas exemplares que passam diariamente de forma anónima ao nosso lado”. Recordando que José Saramago recebeu o prémio Nobel no dia em que passavam 50 anos sobre a Declaração Universal dos Direitos do Homem, Pilar del Río disse que, cumprindo uma vontade do Nobel da Literatura, que achava que talvez fizesse também falta uma Declaração Universal dos Deveres do Homem, a Fundação José Saramago está a trabalhar nesse projecto em conjun-

“Nos livros de História temos imensos guerreiros, monarcas e ditadores mas a vida está cheia de pessoas exemplares que passam diariamente de forma anónima ao nosso lado”. to com personalidades de todo o mundo”. “Temos intenção de ter o trabalho pronto e entregue à Organização das Nações Unidas até ao fim do ano e posso adiantar que o primeiro dever ali inscrito é o dever de cada um fazer cumprir os Direitos do Homem”. Acrescentou que outro dos deveres do homem é instruir-se, coisa que todos os que assistiram à cerimónia de entrega dos prémios Personalidade do Ano de O MIRANTE tinham tido oportunidade de fazer graças à presença em palco de tantas pessoas exemplares. Como é habitual no seu dia-a-dia, Pilar del Río falou em espanhol e explicou porquê. “Não vou falar português porque para “portunhol” já chega o que vocês falam quando tentam falar connosco em castelhano. Peço-vos que nunca o façam. Cada um de nós, portugueses e espanhóis, deve falar o seu idioma original porque dessa forma conseguimos entender-nos.”

Auditório do Centro Cultural do Cartaxo recebeu o nome de José Saramago A cerimónia de descerramento da placa do agora Grande Auditório José Saramago, no Centro Cultural do Cartaxo, homenageando o Nobel da Literatura português natural de Azinhaga (Golegã), teve lugar no dia 2 de Março, aproveitando a presença de Pilar del Río – Presidenta da Fundação José Saramago –, no local, onde recebeu a distinção de Personalidade do Ano, atribuída pelo jornal O MIRANTE. Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, explicou que o município aproveitou a cerimónia de entrega dos prémios Personalidade do Ano para homenagear “o único prémio Nobel do Ribatejo”.

Na altura de agradecer o prémio Personalidade do Ano - Nacional com que foi distinguido, Rui Vitória disse que se sentia orgulhoso por saber que uma das razões para ser distinguido era o seu carácter. “Este prémio ultrapassa aquilo que é a minha carreira profissional. É evidente que gosto de ser reconhecido como um bom treinador, como toda a gente gosta de ser reconhecida na sua profissão, mas quando somos considerados Personalidade do Ano pelo nosso carácter, pela nossa forma de estar e pela nossa postura, isso deixa-nos satisfeitos. Eu sei a importância de ser treinador do Sport Lisboa e Benfica. Ser reconhecido por mais que isso, se calhar, deixa-me mais orgulhoso. Ser uma boa pessoa foi aquilo que os meus pais sempre me ensinaram a ser e é aquilo que eu cultivo no meu dia-a-dia.”, declarou. Depois de iniciar a sua intervenção agradecendo a recepção que teve no Cartaxo, onde dezenas de cidadãos o esperavam à porta do Centro Cultural para o saudarem, cumprimentarem e pedirem autógrafos, Rui Vitória disse que se sentia entre amigos dada a sua ligação à região e salientou o facto de o prémio lhe ter sido entregue pelo presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, Ceia da Silva, e por duas pessoas ligadas ao Centro Desporti-

“Sou um leitor assíduo de O MIRANTE e estou perfeitamente atento a tudo o que se passa nesta região, por razões óbvias.” vo de Fátima, clube que treinou durante quatro anos e que levou à segunda liga logo na primeira época. “O Luís Albuquerque foi a pessoa que fez o primeiro telefonema quando vim treinar o Centro Desportivo de Fátima e o Padre Pereira era na altura presidente do clube e acompanhou-nos durante os quatro anos que estivemos lá a trabalhar”, explicou. O treinador lembrou o prémio Personalidade do Ano - Desporto Masculino que recebeu de O MIRANTE há dez anos e no final dos agradecimentos disse, com humor, que esperava ser premiado outra vez daqui a dez anos. Acrescentou que lê regularmente o jornal para se manter informado sobre o que se passa na região. “Sou um leitor assíduo de O MIRANTE e estou perfeitamente atento a tudo o que se passa nesta região, por razões óbvias. Quero elogiar o grande dinamismo e a grande vitalidade do jornal e espero estar cá daqui a dez anos para receber outro prémio qualquer”. fotos O MIRANTE

Joana Emídio, Pilar del Río, Pedro Magalhães Ribeiro e Joaquim António Emídio


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Todas as oportunidades são boas para exaltar o mérito de quem tem mérito

fotos O MIRANTE

Rui Vitória recebido por Joana Emídio à chegada ao Centro Cultural do Cartaxo

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ezenas de autarcas, dirigentes associativos e figuras de relevo da região encheram o Centro Cultural do Cartaxo para assistirem, na quinta-feira, 2 de Março, à 12ª entrega dos prémios Personalidade do Ano de O MIRANTE. Ainda faltavam duas horas para o início

da cerimónia, que teve início às 18h30, e já dezenas de populares se juntavam em frente ao Centro Cultural do Cartaxo que recebeu pela segunda vez a iniciativa. Pedro e João Cigarro, pai e filho, confessaram a O MIRANTE que estavam ali para ver Rui Vitória que iria receber o prémio Persona-

lidade do Ano - Nacional. “Estamos à espera do Rui Vitória. O João quer muito o autógrafo dele”, explicava o pai enquanto o jovem segurava o cachecol do Benfica que o treinador haveria de assinar mais tarde. À chegada, o técnico do Benfica foi saudado de forma efusiva pelas pessoas e muifotos O MIRANTE

O grupo Vórtice Project: João Limeiro, Hugo Martinho, João Correia e Ricardo Gama.

Vórtice Project e a arte de tocar ‘Beatles’ na guitarra portuguesa

Os espectadores da cerimónia de entrega dos prémio Personalidade do Ano de O MIRANTE assistiram a dois momentos musicais, um a abrir e outro a meio, em que

escutaram versões instrumentais de músicas bem conhecidas como Verdes Anos do guitarrista Carlos Paredes ou Come Together dos The Beatles.

O grupo que actuou chama-se Vórtice Project e é composto por dois alunos, um antigo aluno e um professor do Conservatório de Música de Santarém, de seus nomes João Limeiro, Hugo Martinho, João Correia e Ricardo Gama. Desde 2013 que os Vórtice Project se apresentam publicamente tocando preferencialmente música tradicional portuguesa com instrumentos como guitarra portu-

tas seguiram-no até ao átrio do Centro Cultural. Foram largos minutos em que Rui Vitória esteve a dar autógrafos e a tirar fotografias com os fãs. O treinador que há dez anos já tinha sido premiado por O MIRANTE como Personalidade do Ano na área do Desporto Masculino, sorriu quando viu projectadas imagens dessa altura. “Era um miúdo”, disse. Estava-se em 2007 e Rui Vitória treinava o Centro Desportivo de Fátima. Foram dois dirigentes desse clube (Luís Albuquerque e o Padre António Pereira), acompanhados pelo presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Ceia da Silva, que subiram ao palco do Centro Cultural do Cartaxo para lhe entregarem o prémio. Antes da cerimónia o padre António Pereira dava os parabéns a O MIRANTE pela iniciativa, considerando-a “um estímulo” para os distinguidos e lamentando faltarem mais iniciativas do género, um sentimento que grande parte dos presentes compartilhava. Diamantino Duarte, administrador da empresa intermunicipal de tratamento de resíduos, Resitejo, referiu-se também à importância dos prémios Personalidade do Ano numa sociedade em que o mérito e a excelência são cada vez menos reconhecidos

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O grupo é composto por dois alunos, um antigo aluno e um professor do Conservatório de Música de Santarém guesa, viola, violino e acordeão. Também têm um espectáculo com música dos “Beatles”. Gravaram um disco que deverá ser editado este ano. Hugo Martinho diz a O MIRANTE ter escolhido guitarra portuguesa por influência do avô que também toca aquele instrumento. João Limeiro, que toca o mesmo instrumento, conta que depois de assistir a um concerto e de escutar um disco de Carlos Paredes “não teve dúvidas” em optar por aprender a tocá-lo. O Conservatório de Música de Santarém desenvolve desde 1985 um trabalho educativo e cultural, não só na formação geral de músicos, como também na organização de concertos, concursos quer a nível nacional, como internacional, audições, recitais, seminários, cursos de aperfeiçoamento, masterclasses e workshops em colaboração intensa com entidades oficiais e privadas. No Conservatório de Música de Santarém a iniciação musical é ministrada a partir dos três anos de idade podendo os alunos participar desde logo no seu coro infantil. fotos O MIRANTE

Jovens da Escola Secundário do Cartaxo, do curso de hotelaria, colaboraram na oferta de um serviço de aperitivos e bebidas a todos os convidados.

Rui Vitória trouxe ao Cartaxo e à cerimónia das Personalidades do Ano oito televisões e quase todos os jornais de Lisboa que se fizeram representar e publicaram textos sobre a iniciativa de O MIRANTE.


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fotos O MIRANTE

Ésse Éle BÊ... Ésse Éle Bê... Em frente ao Centro Cultural do Cartaxo foram-se juntando inúmeros adeptos do Benfica que sabiam que o treinador da equipa campeã nacional iria estar na cidade para receber o prémio Personalidade do Ano de O MIRANTE e quando ele chegou saudaram-no e rodearam-no para o cumprimentar e pedir autógrafos. E alguns até o seguiram para a zona reservada às fotografias e fizeram questão de ser fotografados

ao seu lado. Rui Vitória mostrou-se à altura da situação e o director de comunicação do clube da Luz, Ricardo Lemos, habituado às manifestações de carinho dos adeptos, nem sequer tentou afastar ninguém limitando-se a avisar alguns mais desprevenidos, como aconteceu com uma das alunas do curso de restauração da Escola Secundária, que ajudou a servir os aperitivos à entrada e que estava com a bandeja junto à multidão. “Tenha cuidado porque quando o Rui Vitória sair dali para ir para a sala a confusão vai ser grande e ainda lhe deitam a bandeja ao chão”, avisou.

Dling-dlóing, alô, alô A meio da segunda participação do conjunto de guitarras Vórtice Project, constituído por jovens músicos do Conservatório de Música de Santarém, o microfone que um dos elementos se preparava para utilizar, a fim de anunciar os nomes dos elementos do grupo, falhou. Sem perder a calma o músico levou a guitarra à boca e...perante o espanto geral, falou através do microfone que estava acoplado ao instrumento para lhe amplificar o som, provando que um verdadeiro artista nunca se atrapalha em palco.

​ tia do A Cartaxo

Maria Ema Abreu, tia de Rui Vitória que reside há muitos anos no Cartaxo, aproveitou a presença do treinador do Benfica para abraçar o seu sobrinho. A tia Ema, que foi avisada da presença do sobrinho na cidade por uma vizinha, disse a O MIRANTE que é apenas tia por afinidade uma vez que o seu marido, José da Conceição Vitória (conhecido por Zé de Alverca), mas já falecido, é que era irmão do pai de Rui Vitória. Contou também que os pais de Rui Vitória, que morreram num acidente de automóvel, eram padrinhos da sua filha do meio. “Eram umas jóias de pessoas”, sublinhou.

Ámen!

Muito à frente!

A presidenta da Fundação José Saramago foi a última Personalidade do Ano a receber o prémio. Apesar das quase duas horas e meia de espera, levantou-se de forma enérgica e com ar alegre. Depois, na altura dos agradecimentos, começou com uma brincadeira. “Ite, missa est” disse em latim, fórmula utilizada pelos padres no final das celebrações, antes do Concílio Vaticano II, quando as missas ainda eram em latim, e que significa “Ide, acabou a missa” ou “Vão, estão dispensados”. Como ninguém se levantou, Pilar, sempre bem-disposta, observou. “Notei que ficaram demasiado pensativos. O que se passa? Não vão à missa ou são tão jovens que nunca foram à missa quando ela era em latim?”. Claro que a explicação era outra. Apesar de haver gente na sala com idade para ter ido à missa há cinquenta anos, ninguém queria sair sem ouvir primeiro o que ela tinha para dizer.

O presidente do CRIT - Centro de Reabilitação e Integração Torrejano, disse no discurso de agradecimento do prémio Personalidade do Ano - Cidadania, que sempre se habituou a ver O MIRANTE como um jornal na vanguarda da imprensa regional mesmo em termos de utilização das inovações tecnológicas. José Faustino sublinhou aquela afirmação contando uma história em que esteve envolvido como técnico da Portugal Telecom. “Na altura, já lá vão quase trinta anos, O MIRANTE ainda estava sediado na Chamusca e as páginas eram levadas de carro para a gráfica para serem impressas. Não havia internet como agora mas surgiu uma placa de transmissão de dados à distância e o Joaquim António Emídio, que conheci nessa altura, foi o primeiro cliente a quem vendi essa placa que designávamos por PC Vit. Instalámos uma no jornal e outra na gráfica e o jornal passou a chegar à gráfica Mirandela, em Lisboa, passando por aquele meio. Isto mostra o vanguardismo de O MIRANTE”, contou.

FOTO DA JOANA COM A ANABELA FREITAS

O cão que tecla A directora executiva de O MIRANTE, Joana Salgado Emídio, que como habitualmente “vestiu” o papel de apresentadora dos prémios Personalidade do Ano, lembrou a certa altura, um antigo cartoon que criticava o anonimato permitido pelas redes sociais, mostrando dois cães ao pé de um computador com um deles a dizer para o outro. “Tecla à vontade porque ninguém sabe que tu és um cão”. A história tocou particularmente a presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, Personalidade do Ano - Política Feminino, que tem sido bastante fustigada na

internet e que lamenta frequentemente que as críticas não lhe sejam feitas cara a cara para poder dar explicações sobre certos assuntos. “Pegando na história do cartoon estamos efectivamente numa Era em que qualquer cão se senta atrás de um computador e tecla porque ninguém sabe que é um cão que está a teclar. E isso sente-se mais na área política. Para nós, que ocupamos cargos políticos, estarmos sujeitos a estas situações não é fácil porque também somos cidadãos e seres humanos”, disse quando subiu ao palco do Centro Cultural do Cartaxo para receber o prémio.


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Administrador da Roques Vale do Tejo realça crescimento de vendas de veículos eléctricos Concessionário Renault mostrou novos modelos da marca com autonomia para 400 Km fotos O MIRANTE

Frederico Roque, administrador da Roques Vale do Tejo

Os carros eléctricos são o futuro. Esta é a ideia de autarcas e empresários com quem O MIRANTE falou momentos antes do início da cerimónia das Personalidades do Ano que o jornal realizou no Centro Cultural do Cartaxo. Na entrada e no átrio do edifício a empresa Roques Vale do Tejo, concessionário Renault em Santarém, teve em exposição cinco dos mais modernos modelos eléctricos da marca.

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administrador da Roques Vale do Tejo, Frederico Roque, explicou a O MIRANTE que, há cerca de quatro anos, a Renault investiu bastante no desenvolvimento de veículos totalmente eléctricos. “Logo de início a marca saiu com três modelos eléctricos. O Twizzie, mais adaptado a crianças; o Zoe, que é uma viatura de clas-

se média citadina, totalmente eléctrica e uma carrinha Kangoo eléctrica para o tecido empresarial”, disse. Frederico Roque refere que ao longo dos anos tem havido evoluções muito consideráveis na autonomia daquele tipo de veículos. “O Zoe, que é o nosso eléctrico de referência, saiu inicialmente para o mercado com uma

autonomia de 160 quilómetros e agora já tem capacidade para fazer cerca de 400 quilómetros. Além disso, o cliente faz 100 quilómetros e gasta 1,6 euros de electricidade o que sai muitíssimo barato”, sublinha. O empresário não tem dúvidas que os carros eléctricos se vão implantar cada vez mais. “A procura tem sido fantástica. Alguns países já anunciaram que dentro de alguns anos vai ser proibida a circulação e comercialização de carros com motor de combustão. As marcas estão a investir muito nos veículos eléctricos que são uma energia não poluente e este é um tipo de mercado que vai crescer porque a tecnologia está a evoluir muito e muito rapidamente”, destaca. Acrescenta que em Portugal só ainda não há mais veículos eléctricos em circulação devido à falta de postos de carregamento mas que com o aumento da autonomia dos mesmos está a ser compensado esse déficit. “As pessoas estão cada vez mais sensibilizadas para o uso deste tipo de veículos. Depois de experimentarem ficam rendidas. Quando chegamos a casa colocamos os telemóveis e todos os aparelhos electrónicos a carregar e com os carros será a mesma coisa. Com a venda de um carro eléctrico está incluído um posto de abastecimento que fica na garagem onde o carro pode carregar”, explica Frederico Roque. O administrador da Roques Vale do Tejo diz que tem havido bastante procura por parte de particulares e empresas. “Temos clientes que vivem em Santarém e trabalham em Lisboa e o carro tem autonomia suficiente para ir e vir. É um veículo muito mais economizador”, garante. Existe a vantagem para as empresas que adquirem viaturas eléctricas uma vez que é possível deduzirem o IVA, o que não é possível num carro a combustível. Um veículo eléctrico não emite qualquer

Municípios da região já estão a utilizar veículos amigos do ambiente O MIRANTE falou com alguns autarcas e empresários da região que partilham a opinião que os carros eléctricos são cada vez mais importantes. A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), em parceria com o ACES (Associação de Centros de Saúde), vai reforçar o serviço de atendimento de proximidade aos utentes no ACES do Médio Tejo com onze viaturas eléctricas. Os veículos deverão chegar no próximo mês de Junho. A parceria decorre no âmbito de uma candidatura a Unidades Móveis de Intervenção Precoce/Unidades Móveis para Cuidados de Saúde na Comunidade. Os municípios adquirem os veículos e cedem-nos à entidade de saúde. O presidente da Câmara de Coruche diz que o seu município já adquiriu duas viaturas de recolha de verdes e papelão para utilização na área urbana da vila e que está a observar o comportamento de varredouras 100 por cento eléctricas para, quando houver oportunidade, adquirir algumas. “Os carros eléctricos têm cada vez maior autonomia e a rede de postos de carregamento está a crescer”, afirma Francisco Oliveira que se declara um adepto daquelas viaturas.

Autocarros eléctricos vão demorar mais tempo a chegar O administrador da Rodoviária do Tejo, Orlando Ferreira, diz que tão cedo não haverá autocarros movidos a energia eléctrica porque as experiências já feitas não foram animadoras. “As baterias utilizadas nos autocarros eram de chumbo e de quatro em quatro horas era necessário trocá-las. Ainda por cima pesavam cerca de uma tonelada. A operação ainda é difícil para os veículos pesados”, explica. O gestor diz que os transportes públicos também irão utilizar viaturas eléctricas mas que, devido ao preço a que as mesmas serão comercializadas será difícil aos operadores privados apostarem sozinhos naquele tipo de viaturas. “Em circuito urbano é será possível dentro de alguns anos haver autocarros eléctricos mas terão que existir parcerias. O caminho vai ser longo mas vai acabar por acontecer porque o futuro está neste tipo de veículos por serem amigos do ambiente”, considera. gás poluente, permite uma condução mais silenciosa e suave devido à ausência de várias peças móveis no motor, nomeadamente do sistema de escape e o custo de energia eléctrica despendida corresponde a um terço do valor do custo do combustível utilizado por veículos com motores de combustão interna. Para além disso os veículos eléctricos têm menos custos de manutenção já que não precisam de mudanças de óleo frequentes e outras, operações de manutenção pois os motores têm menos peças móveis no motor

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fotos O MIRANTE

Frederico Roque, à direita, com a equipa comercial da Roques Vale do Tejo “Já experimentei e gostei”. Ricardo Gonçalves, presidente da Câmara de Santarém, refere que o município concorreu a um programa comunitário para adquirir viaturas de limpeza e que está a estudar a possibilidade de as mesmas serem eléctricas. O autarca explica também que o município aderiu ao “Pacto dos Autarcas” e que este obriga a que nos próximos anos a autarquia tenha cerca de 20 por cento de frota eléctrica. A Câmara de Alcanena também se candidatou para renovar a sua frota para serviços na área do ambiente com viaturas eléctricas e entretanto adquiriu dois veículos eléctricos, de duas rodas, para percursos curtos. “A intenção é ir apostando aos poucos neste tipo de veículos. Há a possibilidade dos municípios da CIMT (Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo) fazerem uma aquisição con-

junta de modo a que os preços fiquem mais acessíveis”, destaca a presidente do município, Fernanda Asseiceira. O município de Vila Franca de Xira já possui alguns veículos híbridos (movidos a electricidade e combustível). O objectivo é contribuir para minimizar o impacto negativo no meio ambiente com uma menor emissão de dióxido de carbono. O presidente da autarquia considera ser importante dar o exemplo de modo a sensibilizar os cidadãos para as questões ambientais. “Apesar das vantagens ambientais, os carros eléctricos ainda têm algumas desvantagens como a sua autonomia e os tempos e locais de cargas e os custos de aquisição. No entanto, acredito que, com as constantes evoluções tecnológicas, estes factores vão ser ultrapassados em breve fazendo com que os veículos eléctricos venham a tornar-se uma opção

de futuro”, sublinha Alberto Mesquita. O autarca explica que o seu concelho está a trabalhar para implementar mais postos de carregamento através de uma candidatura a Fundos Comunitários no âmbito do Portugal 2020. A intenção é, numa primeira fase, instalar cinco postos de carregamento em Alverca do Ribatejo junto à estação de comboios. Também o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, confessa a O MIRANTE que gostava que o seu município estivesse em condições financeiras para poder aderir a estes novos sistemas de mobilidade que “ambientalmente são muito mais sustentáveis. Julgo que este é o caminho para o futuro e com todo o avanço tecnológico que vamos verificando leva-nos a perceber que o futuro é ter apenas carros eléctricos e mais amigos do ambiente”, defende.


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09 MARÇO 2017 | O MIRANTE

EDP


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