ESPECIAL MEMÓRIAS DA HISTÓRIA - TORRES NOVAS

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aniversário

ECONOMIA Região tem empresários de excelente qualidade e que têm trabalhado muito 25 de Maio de 2017 Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1300

As palavras são de Salomé Rafael e foram proferidas durante o Encontro dos Negócios em Português que reuniu em Santarém delegações de 14 países numa iniciativa promovida pela Nersant 15

CIMLT apresentou novo sistema de incentivos às empresas

Programa apoia a criação de micro e pequenas empresas ou a expansão ou modernização das já existentes. As candidaturas já estão abertas 9

Marca Ginásios Da Vinci abre unidade em Santarém

Está a decorrer processo de recrutamento de explicadores 13

Cantinho do Francisco com os melhores petiscos

O Restaurante Cantinho do Francisco, situado no Cortiçal, freguesia da Abrã é gerido por Ângelo Santos e pela sua esposa Carla da Glória 10

ConteConnosco volta a trabalhar nos condomínios

Três Dimensões

Não podemos continuar sem médicos dentistas no Serviço Nacional de Saúde Luís Vilela, médico dentista, proprietário da clínica Denti Novas 6 Identidade Profissional

Associações dão um contributo social e económico muito grande ao país Mário Saldanha é presidente do Clube de Campismo As Sentinelas de Vila Franca de Xira 9

Empresa de Luísa Fatela mantém serviços de contabilidade e seguros 10

A versatilidade e abrangência da INFD Innovation Development na área da informática

CENFIM abre curso de Técnico de Mecatrónica

Núcleo do CENFIM de Santarém vai iniciar um curso de Técnico de Mecatrónica, Nível IV, de qualificação U.E., com equivalência ao 12º ano, a iniciar no próximo mês de Julho, no Sistema de Aprendizagem 6

Hotel em Fátima preparado para hóspedes com necessidades especiais O Essence Mariano surgiu no lugar do antigo Seminário e da pensão S. Paulo e foi pensado para inclusão total de hospedes e colaboradores 11

Plano de valorização quer fazer de Benavente um ponto de estadia

Estratégia defende aposta em factores diferenciadores e de grande potencial como a gastronomia, o cavalo e o toiro, o Tejo ou o montado 9

Empresa da Semana

Empresa de João Pedro Lopes localizada no Forte da Casa com uma vasta área de abrangência 8


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O MIRANTE - ESPECIAL MEMÓRIAS DA HISTÓRIA - TORRES NOVAS

25 MAIO 2017

Memórias da história de Torres Novas relembram o cosmógrafo Manuel de Figueiredo Iniciativa decorre de 1 a 4 de Junho com inúmeros momentos de animação

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orres Novas vai recriar, de 1 a 4 de Junho, um período da sua história, em mais uma edição das “Memórias da História”. A personagem que inspira a iniciativa deste ano é o Cosmógrafo Manuel de Figueiredo, nascido em Torres Novas em 1568 e falecido em 1630, que foi mestre de matemática, cosmografia, astrologia e de navegação, tendo sido o terceiro cosmógrafo-mor do reino a seguir ao conhecido Pedro Nunes. A visita do cosmógrafo à sua terra natal, acompanhado por homens ilustres da corte dos Filipes é o momento de recriação histórica escolhido para o primeiro dia. O cortejo realiza-se a partir das 22 horas do dia 1 de Junho, a partir da Rua Miguel Bombarda em direcção à Praça 5 de Outubro. Inquisição e Ciência (2 de Junho, junto à estátua de D. Sancho), A Medição do Mundo e as Novidades de Além-Mar (sábado às 18h30 na Praça 5 de Outubro) e Diálogo dos Grandes Sistemas (domingo, 4 de Junho às 18h00 junto à estátua de D. Sancho) são alguns outros momen-

tos de recriação. No sábado 3 de Junho, pelas 20h00, decorre o Manjar Exótico na Alcaidaria do Castelo. Só pode participar quem tiver feito reserva atavés do telefone 919 080 455 ou do e-mail tavernaantiqua@gmail.com. A seguir ao jantar realiza-se o Baile das Estrelas na Praça 5 de Outubro. No domingo, 4 de Junho, a partir das 22h00 decorre o Cortejo de Despedida que percorre a Horta da Fontinha, Rua António César Vasconcelos Correia, Rua Gil Paes e termina na Praça 5 de Outubro. A área central da cidade vai estar dividida e vão decorrer actividades diversas relacionadas com as vivências, hábitos e trabalhos da época. Há aluguer de fatos de época e animação para crianças baseada em temas históricos. O mercado medieval, cortejos, música e saltimbancos contribuem para a festa popular “cheia de cor, cheiros e sabores”, que tentará recuperar o ambiente do início de seiscentos

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A área central da cidade vai estar dividida e vão decorrer actividades diversas relacionadas com as vivências, hábitos e trabalhos da época. *** O mercado medieval, cortejos, música e saltimbancos contribuem para a festa popular “cheia de cor, cheiros e sabores”, que tentará recuperar o ambiente do início de seiscentos


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O MIRANTE - ESPECIAL MEMÓRIAS DA HISTÓRIA - TORRES NOVAS

Gonçalo Nuno Marques Pereira Funcionário da Manuel Adelino Reis Máquinas Agrícolas (Chancelaria)

Isidro Alves José Gerente da casa Semeador em Torres Novas

Nelson Rodrigues Madeira Gerente dos Alumínios Riachense - Riachos

“Já era bom que as “Na época Medieval “Gostava que o coisas se mantivessem era uma escravidão Hospital de Torres como estão” mas agora há Novas estivesse a Nelson Madeira é benfiquista, tem 46 liberdade excessiva” anos, é casado, vive em Riachos, gosta de cafuncionar em pleno” Não falha uma Feira Quinhentista em çar e gostava de conhecer a Escócia no InverA iniciativa “Memórias da História” tenta recriar ambientes quinhentistas. Gonçalo Pereira gosta de ver mas deixa um reparo. Segundo ele, as entradas deviam ser gratuitas para famílias numerosas para que os pais pudessem mostrar os costumes de outras épocas aos filhos mais pequenos. Para ele o evento é importante em termos culturais. Sobre as épocas retratadas diz que aprecia a destreza e habilidade com que se faziam determinadas construções. O que ele não deveria apreciar, se fosse obrigado a voltar ao passado, eram as condições de saúde. Pelo menos a julgar pelas críticas que faz ao funcionamento do Hospital de Torres Novas (Hospital Rainha Santa Isabel), um dos três do Centro Hospitalar do Médio Tejo. “Gostaria de ver o hospital a funcionar em pleno, com mais especialidades médicas”, explica. Sobre o futuro do país opina que gostaria de ver mais empresas com impacto implantadas no concelho, originando mais emprego. “Para isso necessitamos, por parte da Câmara, algumas facilidades para quem deseja abrir um negocio. E devemos publicitar mais a nossa boa zona com acessos privilegiados porque a mesma tem condições para ser um excelente centro de negócios”. A trabalhar numa empresa de máquinas agrícolas, a Manuel Adelino Reis da Chancelaria, olha para o futuro com confiança. “A empresa tem conseguido superar as dificuldades da crise financeira nacional, no ramo onde actua. Tem como princípio apoiar os agricultores na manutenção e reparação das maquinas agrícolas que possuem. De futuro queremos manter este principio, com um bom nome na actividade que desenvolvemos”.

Torres Novas mas não gostava de viver naqueles tempos. “Era uma escravidão muito grande e as pessoas passavam fome e vestiam-se mal. Agora é melhor mas existe uma liberdade excessiva. Todos os que fazem mal deveriam ser punidos severamente.” É fiel a algumas tradições da zona onde vive e fala da feira de Santo António. Gosta das iniciativas como as Memórias da História por permitirem mostrar aos visitantes as particularidades do concelho. Diz-se optimista com o futuro, tanto a nível local como nacional. “No concelho as coisas andam lentamente mas andam. A nível nacional tivemos agora três grandes acontecimentos, o Benfica o Papa e o Salvador Sobral”, justifica. O optimismo não se estende à sua empresa. “Mudei recentemente de instalações e foi bom. Mas vejo o futuro negro. Vendia muitas sementes para a agricultores mas isso acabou pois as pessoas foram morrendo”, explica.

no. Enquanto não parte nessa viagem, viaja aos tempos antigos através da iniciativa “Memórias da História” que se realiza anualmente. Vai anualmente à Feira Quinhentista por ter curiosidade de ver e gosta principalmente das demonstrações com espadas. Elogia a iniciativa por trazer muita gente à cidade de Torres Novas, gente que aproveita para ver outras coisas e para ajudar a economia local. Sobre o futuro limita-se a dizer que já era bom que as coisas se mantivessem como estão embora espere que melhorem.

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Sónia Figueira Gerente e Optometrista na MultiOpticas de Torres Novas

Clara Ferreira Directora Clínica na Clínica Veterinária Torres Pet - Torres Novas

Há tradições “É importante que já não fazem acabar com o mau cheiro que se está a muito sentido Vai sempre à iniciativa “Memórias da tornar característico História” organizada pela câmara municipal de Torres Novas e que este ano tem por da cidade” tema o Cosmógrafo-mor do reino, Manuel Reside em Torres Novas desde 2013 e já foi a duas reconstituições históricas feitas no âmbito do projecto municipal “Memórias da História”. Se houvesse uma máquina do tempo fiável em termos de funcionamento, gostaria de ter a experiência de viver naqueles tempos antigos mas apenas por alguns dias. Nas reconstituições históricas aprecia os trajes das Senhoras da Corte e o ambiente das festas que se faziam na altura. Gostava que houvesse mais representações e figurinos e defende uma divulgação ainda maior do evento. Diz que o mesmo atrai muita gente e faz com que o nome da cidade de Torres Novas chegue mais longe. Sobre as tradições do concelho, Sónia Figueira diz que conhece poucas. “Sei que se realizam a Feira Medieval, a Feira dos Frutos Secos e a Feira de Março e que esta, sendo já uma festa bastante conhecida leva o nome de Torres Novas mais longe, atraindo mais turistas que por sua vez ajudam na economia local e no desenvolvimento desta”, explica. Sobre as mudanças a nível local e nacional que ocorreram nos últimos anos diz que não se pode pronunciar de forma categórica. “Não tenho grande conhecimento em relação às mudanças locais…mas talvez a nível nacional as pessoas estejam a ter um pouco mais de esperança que a ‘crise’ esteja a passar, mas ainda muito contidas”. Apesar disso vê o futuro da sua empresa com optimismo e espera que continue a crescer como até agora. A Gerente e Optometrista da MultiOpticas de Torres Novas diz que gostava de ver mais espaços verdes, espaços infantis e zonas de lazer na cidade. E acrescenta mais um desejo. “Era muito importante acabar com o mau cheiro que também se está a tornar característico desta cidade”.

de Figueiredo mas diz que não gostava de voltar ao passado. “Não gostava de ter vivido naquela altura. Gosto muito de história mas o conforto dos dias de hoje é muito diferente. O que mais me incomodaria seria a falta de higiene da altura. Não podemos esquecer que sou médica e a base principal da minha formação é a prevenção e os cuidados de higiene”, justifica. Clara Ferreira diz que na ida com a família à Feira procura reconstituir o ambiente de outras épocas tendo por base o lazer e a curiosidade. “Gosto muito de saber como cozinhavam, quais os utensílios que usavam, como viviam sem as comodidades a que estamos habituados e sem as quais não sabemos viver! Além da história que gostemos ou não faz parte da nossa identidade como Portugueses”. Refere que ir a um evento como aquele que vai decorrer em Torres Novas nem sempre é uma boa experiência. “No fim-de-semana é geralmente muito difícil encontrar lugar para nos sentar-mos e comer. Eu gosto muito de ir comer à feira mas com uma criança pequena não ter lugar para me sentar torna-se um problema difícil de contornar e já me fez voltar para casa”, explica. Sobre as tradições em geral a Directora Clínica da Torres Pet diz que há algumas que já não faz sentido manter, nomeadamente as que envolvem sofrimento animal. Elogia a actividade cultural da cidade ao longo do ano e refere a importância de iniciativas como as Memórias da História para a cidade. “Felizmente hoje em dia já não se pode dizer que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem, como há uns anos. A nossa cidade é exemplo disso, temos muita cultura, actividades variadas e um nível de vida

na minha opinião muito bom. Este tipo de actividade além da óbvia afluência de pessoas e dinheiro dá notoriedade à cidade”. Os elogios às iniciativas culturais não se estendem ao funcionamento de alguns serviços municipais. “Torres Novas é neste momento uma boa cidade quer para se morar quer para trabalhar. Tem boas infra-estruturas e boa qualidade de vida. Mas espero, sinceramente, que as burocracias camarárias melhorem. Acho impressionante como nos dias de hoje ainda se demora 2 anos para passar uma licença. Isso atrasa muito todas as empresas e pode fazer descer o nosso nível de emprego a médio/longo prazo”, refere. Quanto à Torres Pet diz que está em franca expansão. “Atingiu o objectivo para os primeiros 5 anos, sendo já a Clínica

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Veterinária de referência da região tanto devido ao alargado painel de serviços prestados como na formação dos colaboradores. O futuro irá passar pela consolidação do que já foi atingido, mantendo sempre a atenção nas necessidades dos clientes e na constante modernização e melhoria dos serviços. A burocracia, licenças e licencinhas, impostos e taxas, mais a dificuldade de resolver pequenos conflitos afecta todas as pequenas empresas em Portugal e a Torres Pet não é excepção. O tempo livre de Clara Ferreira é passado com a família. Quando não está a trabalhar também aproveita para estudar. Tem duas viagens que quer fazer assim que possível. Uma ao Butão e outra à Costa Rica porque são dois países com uma cultura de respeito pela natureza e pelo próximo.


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