ECONOMIA
08 de Março de 2018 Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1341
Uma tarde de emoções na hora de premiar pessoas e instituições A cerimónia dos prémios Personalidade do Ano, que O MIRANTE entregou no dia 1 de Março, em Torres Novas, foi uma iniciativa cheia de bons momentos de partilha, de afectos e de convívio entre o meio milhar de
pessoas que quase encheram o Teatro Virgínia. Esta é a décima terceira vez que O MIRANTE entrega os prémios Personalidade do Ano a pessoas e instituições da região ribatejana 2 a 13
Agromais aposta no reforço da comercialização de milho para consumo O 16.º Encontro de Agricultores promovido pela Agromais Plus reuniu mais de trezentos agricultores e distinguiu os melhores produtores 21
A COMET de Moreiras Grandes é uma empresa metalomecânica de topo A empresa modernizou-se e está preparada para os trabalhos mais exigentes 19
Grupo Medisigma disponibiliza análises aos mostos e vinhos
O grupo, através do seu Departamento de HACCP, está a disponibilizar a partir deste mês análises ao mosto e vinho e um serviço de Consultoria Enológica 18
A Coopratével de O inovador conceito Pontével vai comemorar de restauração quarenta e dois anos Bask Coffee Shop Um dos objectivos da cooperativa é contribuir para a recuperação da actividade agrícola 16
Projecto de Marta e Alexandre Basty está há um ano em Santarém 15
Incentivos a empresas Colecção Primavera/ de concelhos afectados Verão 2019 em pele apresentada em Alcanena pelos incêndios Câmara de Mação e NERSANT promoveram sessão de esclarecimento 21
A indústria de curtumes apresentou a sua colecção às indústrias da moda 17
Prémios Turismo do Ribatejo e do Alentejo com candidaturas abertas
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“Em Rio Maior o desporto vai ter com as pessoas” Diva Cobra tem 43 anos, trabalha em Rio Maior e vive em Tomar. Diz que o seu maior defeito é não conseguir acordar às seis da manhã para fazer desporto 17
Três Dimensões
Abriu em Santarém o Makeup/s Place de Lília Vieira e Sónia Rodrigues O Atelier Makeup/s Place presta serviços de maquilhagem profissional, tanto para o dia-a-dia como para ocasiões especiais como festas ou casamentos e aconselhamento a nível de cuidados a ter com a pele, auto-maquilhagem e mudanças de visual 16
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O MIRANTE - ESPECIAL PERSONALIDADES DO ANO 2017 fotos O MIRANTE
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Paixão e dedicação pelo que se faz e apoio total de familiares e colaboradores Reconhecer a excelência do trabalho feito e os efeitos positivos na sociedade
Juiz Carlos Alexandre recebeu o prémio Personalidade do Ano das mãos de José Eduardo Carvalho e Joaquim Emídio
A cerimónia de entrega dos Prémios Personalidade do Ano de O MIRANTE realizou-se na tarde de quinta-feira, 1 de Março, no Teatro Virgínia em Torres Novas e contou com centenas de convidados dos vinte e três concelhos da área de abrangência do jornal.
Pedro Ribeiro e Hélder Esménio entregaram o prémio Personalidade do Ano Associativismo ao presidente da Adega Cooperativa do Cartaxo
oi num tom intimista e descontraído que o juiz Carlos Alexandre discursou na hora de receber o prémio de Personalidade do Ano de O MIRANTE cuja cerimónia se realizou na tarde de quinta-feira, 1 de Março, no Teatro Virgínia em Torres Novas. “Sou um produto da comunidade onde nasci e quero voltar para o meu concelho [Mação] e lutar por ele”, afirmou. O juiz por quem têm passado os mais mediáticos processos, recordou a entrevista televisiva que deu há dois anos para justificar alguma contenção. “Atrevi-me a falar mais ou menos em público e sofri várias vicissitudes”, confessou, acrescentando que algo que disse foi mal interpretado. Disse que mantém uma dedicação quase exclusiva ao trabalho que lhe é permitida pela sua família. “Já me tinham dito que a premissa deste trabalho é ter nervos de aço, algodão nos ouvidos e sangue de lagarto. “Sangue de lagarto já tenho”, disse, numa alusão a um seu avô ser do Sardoal, terra que tem como ex-libris um lagarto. “Quanto ao resto é testado diariamente”. acrescentou. Nos agradecimentos fez questão de sublinhar que continua a ter a chave na porta da rua. “Até hoje nunca tive problema nenhum e tenho confiança profunda na comunidade”, notou. Rui Bento Vasques, director de actividades tauromáquicas do Campo Pequeno, en-
Júlio Isidro recebeu o prémio das mãos de Francisco Pedro Balsemão e Joaquim Emídio
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tidade que recebeu o prémio Tauromaquia, brincou com Carlos Alexandre no seu discurso dizendo que se este fosse para toureiro teria sido, muito provavelmente, “uma grande figura” e um homem “valente”. O responsável, que dedicou o prémio a todos os que diariamente se esforçam para promover o Campo Pequeno “com dedicação e competência”, salientou a importância da distinção de O MIRANTE, que felicitou “pelo prestígio que tem sabido conquistar no seio da imprensa portuguesa” bem como o seu “incondicional apoio à tauromaquia”. E lançou o palco para outro premiado da tarde, Júlio Isidro, a quem “culpou” por ter apanhado o “bichinho” da tauromaquia. “Foi na tarde de um Domingo de Páscoa a ver o Passeio dos Alegres, em que mandou a reportagem para o Campo Pequeno. Foi a primeira vez que assisti a uma corrida de toiros e ganhei nesse dia o bichinho”, lembrou. A UNIÃO FAZ A FORÇA Na hora de receber o prémio de Personalidade do Ano Nacional, Júlio Isidro não deixou de notar o facto de receber a distinção das mãos de Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, grupo dono da SIC e do Expresso. “Aconteceu aqui uma coisa extraordinária, o facto de um velho apresentador e produtor de televisão da RTP receber o prémio de um novo CEO da SIC. Tantas vezes vejo apresentadores e artistas, quando se referem a outra estação de televisão, a não dizerem o nome dela. Não custa nada. Quando nos unimos ganhamos todos”, afirmou o apresentador. No dia 16 de Janeiro Júlio Isidro completou 58 anos de carreira. “Tenho menos anos de idade do que carreira, nesta fase da minha vida quando faço anos o preço do bolo é muito inferior ao preço das velas”, brincou. O apresentador lembrou que é um “cartaxense de adopção” e confessou que aos fins-de-semana e nas férias gosta de vestir o
Vasco Estrela, prémio Política (M), recebeu o prémio das mãos de João Palmeiro e Carlos Coutinho. Subiram também ao palco todos os premiados desta área presentes na cerimónia
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fato de macaco para “ir ao Miguelito comprar pão, comer uma sanduíche de fiambre e ficar tranquilamente a ler O MIRANTE”. Outro dos premiados da noite foi a Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina, de Tomar. Filipa Fernandes, presidente da direcção tomou o palco para revelar o seu “orgulho” numa colectividade que já conta com 143 anos ao serviço da comunidade. “Este prémio tem de ser partilhado por todos os que ao longo da história têm feito com que a colectividade mantenha esta vivacidade. Os dirigentes sabem quão dificil é trabalhar e assumir estas responsabilidades e assumir funções nestas colectividades. Sinto-me orgulhosa de continuar a fazer parte da história da Nabantina. É uma colectividade que merece o respeito e a honra que hoje nos é atribuída”, afirmou. Ainda na cultura, a Orquestra Típica Scalabitana foi também distinguída. Os dirigentes notaram que a aposta é continuar a promover Santarém e o Ribatejo, não apenas em Portugal como também no estrangeiro. A dedicatória foi para o maestro e todas as pessoas que, durante as últimas décadas, deram do seu tempo para permitir o crescimento da colectividade. Manuel Coelho e Luís Rodrigues usaram da palavra para lembrarem o passado e o presente da orquestra e o quanto se orgulham por pertencerem ao colectivo. O FOSSO ENTRE O LITORAL E O INTERIOR NÃO TEM SIDO ELIMINADO O galardão de Política Masculino foi para Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação, concelho que “tanto sofreu” com os incêndios do Verão passado. “Foram dois meses trágicos. Sentia-se o sofrimento das pessoas, o que todos perdemos. Tentei cumprir a minha missão de forma a estar tranquilo com a minha consciência”, afirmou o autarca, que dedicou o prémio à família, aos vereadores do executivo, trabalhadores da câmara, bombeiros, Guarda Nacional Republicana e serviços de saúde. “Somos um concelho com necessidades próprias, que sofre graves problemas de interioridade e despovoamento que tentamos inverter. Para que as tragédias que afectaram Mação não voltem a surgir e as pessoas não sofram mais que o normal, que é lutarem contra as contrariedades de não terem as mesmas oportunidades que os outros lugares. Há um fosso entre litoral e interior que não tem sido eliminado”, lamentou. O prémio Vida foi entregue a Diamantino Duarte, administrador delegado da Resitejo. “Não fiz nada na vida que não tivesse sido a minha obrigação. Tive a sorte de estar no sítio certo à hora certa e ter a companhia de muitas pessoas importantes na minha vida. Deste prémio só uma pequena parte é que é meu. Vivemos numa sociedade em que cada vez mais o «eu» está presente e precisamos de começar a ter mais o «nós»”, defendeu. Diamantino Duarte lembrou as lições do seu primeiro patrão, que o ajudaram a crescer e a encarar a vida de outra forma. E agradeceu e dedicou o prémio aos bombeiros e colaboradores da Resitejo, do porteiro aos presidentes de câmara, que sempre o têm acompanhado neste projecto.
Filipa Fernandes, presidente da Nabantina, recebeu o prémio das mãos de Pedro Barroso e Miguel Borges
João António, presidente da direcção da Zona Alta, agradeceu o prémio que lhe foi entregue por Pedro Ferreira e Isaura Morais
DESPORTO SÓLIDO E COM SAÚDE O Alhandra Sporting Club foi o único distinguido, este ano, do concelho de Vila Franca de Xira e por isso Rui Macieira, presidente do clube, admitiu que a distinção “vem engrandecer o clube mas
Rui Macieira, presidente do Alhandra, depois de receber o prémio que lhe foi entregue por Francisco Jerónimo e Orlando Ferreira
Teresa Ferreira, Prémio Política (F), com Ana Maria Lima e Anabela Freitas, que entregaram o prémio, e Isaura Morais e Carina Oliveira que foram premiadas em anos anteriores
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aumentar o nosso compromisso e cobrar-nos mais responsabilidades”. O dirigente agradeceu a “consideração, cortesia, atitude e reconhecimento” de O MIRANTE e garantiu que o Alhandra é hoje um clube respeitado na freguesia, concelho e país “graças ao trabalho desenvolvido por todas as direcções e equipas técnicas”, vincou. E até João António, do União Desportiva e Recreativa da Zona Alta, de Torres Novas, outro dos premiados na categoria de Desporto, confessou “já ter passado pelo Alhandra quando era um jovem atleta” e vivia no Sobralinho, no concelho vilafranquense. “Queremos partilhar este prémio com todos os dirigentes, atletas, treinadores e associados que ao longo destes quase 40 anos de actividade trabalharam em prol do Zona Alta”, elogiou. No Associativismo o responsável da Adega Cooperativa do Cartaxo dedicou o prémio a todos os associados, “pela compreensão que têm tido e pela entrega que todos nos têm dado”, afirmou Jorge Antunes, que agradeceu um prémio que disse ser “realmente bom”. Outro dos prémios da noite, dedicado à Cidadania, foi entregue a Joaquim Guardado, director do Centro João Paulo II e administrador da Unidade de Cuidados Continuados Bento XVI, em Fátima. “Quero partilhar este prémio com os 192 utentes do centro, do qual sou tutor de mais de uma centena. Sou a família deles e são pessoas extraordinárias, são diferentes mas não são inferiores. Sou uma pequena peça de uma grande engrenagem. Temos 180 funcionários e a instituição é dirigida por gente capaz e competente que dá o melhor de si”, disse. O dirigente lançou também um desafio a todos os interessados: “A casa está aberta e podem visitá-la. Garanto-vos que sairão com uma visão diferente da que entraram. A vida tem mais valor do que pensamos”, concluiu
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Ricardo Gonçalves e Pedro Ribeiro entregaram o Prémio à Orquestra Típica Scalabitana
Falta um sistema de avaliação de desempenho na Função Pública
Teresa Ferreira, administradora executiva da Águas de Santarém, foi distinguida com o prémio de Política Feminino. “Sou filiada num partido político (PSD) desde muito nova porque acredito que em democracia devem existir partidos políticos. Tenho tentado demonstrar que é possível aplicar na gestão pública os princípios básicos da gestão: estratégia, planeamento, rigor, monitorização, melhoria contínua e motivação. É possível e é importante fazê-lo”, sublinhou. No entanto há algo que, segundo ela, impede uma melhoria a esse nível numa empresa municipal como é a Águas de Santarém. “Só lamento que na gestão pública não seja possível implementar um verdadeiro sistema de avaliação de desempenho e sobretudo o sistema de remunerações variável em função do mérito e da prestação individual de cada um. Se isso fosse possível a qualidade do serviço público teria muito a melhorar”, afirmou. Teresa Ferreira partilhou o prémio com familiares e colaboradores.
Joaquim Guardado recebeu o prémio das mãos de Francisco Oliveira e Ramiro Matos
Um homem de causas
Joaquim Esperancinha foi homenageado a título póstumo e o filho, Carlos, recordou um homem empenhado, dedicado e inteligente, que conseguiu construir uma carreira de sucesso mesmo tendo vindo de uma família humilde. “Era uma pessoa discreta mas de personalidade forte que ao longo da sua vida foi conquistando o reconhecimento e a admiração de quem com ele foi privando. Procurou os consensos e privilegiou os diálogos. Excelente pai, atento, próximo e afectuoso. Transmitiu-nos os valores éticos e morais e deixa-nos uma rica herança que foi e será a luz que nos iluminará ao longo das nossas vidas”, afirmou. Naquele que foi um dos momentos mais sentidos da noite o filho de Joaquim Esperancinha lembrou como este lutou com coragem contra a doença até ao último dia. “Nunca baixou os braços e nunca se entregou, lutou até ao fim. Este prémio serve para perpetuar a memória de alguém que a todos marcou, que não esqueceremos e que para sempre nos inspirou”, concluiu.
Carlos e Pedro Esperancinha, filhos de Joaquim Esperancinha, com o director geral de O MIRANTE Joaquim Emídio
Diamantino Duarte, prémio Vida, recebeu a distinção das mãos de Santana-Maia Leonardo e António Cruz Costa
Rui Bento Vasques e Paulo Pereira receberam o prémio Tauromaquia que lhes foi entregue por José Veiga Maltez e José Trincão Marques
fotos O MIRANTE
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“É uma honra premiar pessoas com quem partilhamos a alegria de viver num território único” Director-Geral de O MIRANTE na entrega dos prémios Personalidade do Ano em Torres Novas foto O MIRANTE
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a abertura da cerimónia de entrega dos prémios Personalidade do Ano, ao fim da tarde de 1 de Março, o director-geral e fundador de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, realçou o mérito dos cidadãos e instituições distinguidos e a sua importância para a vasta região de abrangência do jornal, que engloba todos os vinte e um concelhos do distrito de Santarém e ainda os concelhos de Azambuja e Vila Franca de Xira no norte do distrito de Lisboa. “Somos muito mais território que o caminho em Lisboa, entre a Assembleia da República e a zona das docas, onde tudo, aparentemente, se decide neste país”. E acrescentou: “Não escondemos emoções nesta hora de premiar as pessoas e as instituições de que nos orgulhamos e com as quais partilhamos a alegria de viver num território único, na defesa de uma cultura e de um certo jeito e modo de vida”. Com a plateia do Teatro Virgínia em Torres Novas completamente cheia, Joaquim António Emídio recordou as suas ligações pessoais à cidade. “Permitam que saúde especialmente o presidente da Câmara municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, e em nome dele todo o executivo da câmara, agradecendo a hospitalidade e a cedência deste espaço de muita história, de muitas memórias, onde eu próprio, há meio século, com as calças rotas e sem meias, vinha ver cinema pela mão de gente bem mais velha e destemida, da qual guardo uma memória quase canina”. Evocou também o historiador local, Joaquim Rodrigues Bicho, já falecido, que recebeu o prémio Personalidade do Ano - Vida em 2008, lembrando que foi ele que lhe permitiu ver fechar uma edição de um jornal pela primeira vez, na altura em que O MIRANTE estava para nascer. “Foi nesta terra que vi pela primeira vez
Director-Geral de O MIRANTE, Joaquimm António Emídio realçou mérito dos cidadãos e instituições distinguidos fechar uma edição de um jornal local, O Almonda, comandado pelo senhor Joaquim Bicho, um homem de cultura e de respeito que, não sabendo se eu era do Belenenses ou do Sporting, da direita ou da esquerda, fez questão de falar em voz alta, à minha frente, sobre as várias opções que ia tomando, para eu perceber o que me esperava e aprender logo ali que, se a invenção dos números primos é coisa de deuses, organizar e decidir que matéria editorial e que títulos e fotos têm primazia no fecho de um jornal é coisa para gente normal que quer intervir na comunidade onde vive, sabendo as linhas com que se cose e sem muitas dúvidas sobre o lado da vida em que se posiciona.”. Para além das memórias, o director-geral de O MIRANTE aproveitou também para falar de factos mais recentes. Aprovei-
tando a presença do CEO da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, referiu-se à parceria estabelecida há uma década que faz com que dez mil exemplares de O MIRANTE sejam distribuídos na região com o Expresso e mencionou um caso mais recente de colaboração entre empresas. “Dou-vos outro exemplo do nosso posicionamento no mercado numa altura em que o sector vive tempos difíceis. Recentemente perdemos para a insolvência a empresa que nos fazia a etiquetagem e o ensacamento do jornal. Pedro Antunes, que também nos dá a honra da sua presença, fundou uma nova empresa em cima da insolvente, com as mesmas máquinas e os mesmos trabalhadores mas precisava de cobrar o seu serviço de forma antecipada para continuar a garantir os postos de trabalho e o
serviço que prestava e presta a dezenas de empresas como a nossa. Pois foi isso mesmo que aconteceu e foi gratificante ouvi-lo dizer que O MIRANTE está na primeira linha das empresas que viabilizaram a nova empresa e que foram responsáveis pela manutenção dos postos de trabalho”. Joaquim António Emídio afirmou que a notoriedade de O MIRANTE no meio regional e nacional assenta num projecto feito em nome da região e no facto de a mesma nunca ter tido um jornal verdadeiramente independente de poderes financeiros, religiosos e políticos, fazendo questão de explicar o relacionamento com os mesmos. “Não que vivamos à margem desses poderes; pelo contrário; somos parceiros e disso nos orgulhamos porque tal é o maior sinal de que construímos de raiz um projecto editorial e empresarial que acrescenta valor ao que já existia, e ainda existe, de bom”. Ainda sobre o jornal referiu-se aos elementos mais antigos e mais recentes da equipa nomeadamente à directora executiva, Joana Emídio. “Ela é a mais nova deste grupo que acabei de citar mas só aparentemente porque há mais de 20 anos, quando era uma menina gorducha, fazia as férias grandes a trabalhar como comercial de O MIRANTE em Alpiarça, Almeirim, Santarém, Golegã, Entroncamento e em Torres Novas”. Finalizou explicando que tem prevalecido a unidade de todos os elementos da equipa, independentemente de cada um ter as suas ideias próprias e que isso tem sido essencial. “O único conflito que nos separa mas com o qual sabemos viver muito bem é entre a minha poesia do coração e a prosa da realidade do director editorial do jornal e dos que com ele mais se identificam.”
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Portugueses no Luxemburgo chamam “Zé Mau” ao Juiz Carlos Alexandre Juiz Carlos Alexandre viajou de táxi com um português emigrado no Luxemburgo e ficou a saber que por lá o conhecem como o Zé Mau. No final da entrevista que O MIRANTE fez ao Juiz Carlos Alexandre e que foi publicada no suplemento Retrospectiva e Personalidades do Ano, o mesmo confessou que tinha ficado a saber que era conhecido por “Zé Mau” entre a comunidade portuguesa no Luxemburgo e que a revelação lhe fora feita durante uma viagem de táxi entre o aeroporto daquele Estado e a cidade alemã de
Schengen, a cerca de 35 quilómetros, onde fora participar numa conferência. A revelação surgiu depois de Rogério Beidacki, um amigo brasileiro que nos acompanhou na deslocação a Mação, ter pedido a Carlos Alexandre para tirar uma selfie. Na quinta-feira, 1 de Março, na altura em que foi ao palco receber o Prémio Personalidade do Ano, o director-geral de O MIRANTE revelou-lhe que, uns minutos antes, a história (que não tinha sido publicada no suplemento) fora colocada online e Carlos Alexandre acabou por voltar a contá-la, fazendo rir as centenas de pessoas que enchiam a plateia do teatro. Ele e um colega português tinham ficado de se encontrar no
aeroporto com um colega francês que ia para a mesma conferência, a fim de partilharem o táxi mas quando ali chegaram ele já tinha ido para o seu destino. Um taxista português que estava por ali, ouvindo-os conversar, e percebendo que precisavam do seu serviço, meteu conversa e, após terem combinado o preço da viagem, lá foram. No caminho, o taxista tentou por inúmeras vezes saber quem era o rosto familiar da pessoa que levava no lugar do pendura. Conversa puxa conversa acabaram por dizer-lhe que se tratava do Juiz Carlos Alexandre. Exclamação pronta e surpreendente do taxista: “bem me parecia que o conhecia de algum lado. Então o senhor
Juiz Carlos Alexandre partilhou a história quando subiu ao palco para receber o prémio Personalidade do Ano é que é o “Zé Mau”. Mas o homem não ficou por ali. Depois de dizer que os amigos, colegas e família não iriam acreditar que ele tinha transportado o famoso “Zé Mau”, que tinha a seu cargo
alguns dos casos mais mediáticos, nomeadamente o do BPN, de má memória para muitos emigrantes, pediu para tirar uma “selfie” que publicou no dia a seguir na sua página do facebook.
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Todos os distinguidos por O MIRANTE também recebem nota máxima das famílias entregues se o critério de avaliação fosse o seu empenho na felicidade e bem-estar das respectivas famílias. O que ouvimos foram elogios atrás de elogios.
O MIRANTE quis saber se os prémios Personalidade do Ano, que distinguem o desempenho de cidadãos a nível profissional ou noutras actividades, também seriam bem foto O MIRANTE
“Fazia tudo o que nós gostávamos” Inês e Vanda, filhas de Diamantino Duarte, Personalidade do Ano - Vida foram assistir à entrega dos prémios para apoiarem o pai e fazerem companhia à mãe, Júlia Duarte. Com 21 e 32 anos, tanto Inês como Vanda Duarte ainda se lembram das brincadeiras que tinham com o pai, sobretudo nas férias quando andavam de bicicleta juntos e jogavam com as raquetes na praia.“Ele fazia tudo o que nós gostávamos”, dizem, acrescentando que Diamantino Duarte, apesar de não ser muito rigoroso, ainda as chegou a pôr de castigo uma vez ou outra. E se nos estudos o pai fazia questão de as acompanhar, sobretudo na disciplina de que ele mais gosta, que é História, já a nível
dos namorados e na escolha dos cursos nunca foi de se meter. “Sempre gostei de matemática desde pequena e por isso enveredei por aí, mas o meu pai nunca me condicionou”, refere a filha mais nova. Inês Duarte conta que quando era pequena costumava ir muitas vezes com o pai, quer aos Bombeiros Voluntários de Santarém como à Resitejo e que gostava de andar por lá a ver e a descobrir coisas enquanto ele estava ocupado. “Ele durante as férias costuma levar trabalho para fazer mas durante a semana isso não acontece, embora leve muita coisa na cabeça para pensar. Nesse aspecto nunca desliga por completo”, revela a esposa. “Quando está muito preocupado com alguma coisa até costuma acordar a meio da noite”, revela.
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Família de Vasco Estrela elogia o seu carácter
A mãe do presidente da Câmara Municipal de Mação, Lina Estrela, destaca a forte personalidade do filho como elemento fundamental para o seu bom desempenho como autarca. Idêntica opinião tem a única irmã do autarca, que foi Personalidade do Ano na área da Política, bem como o seu cunhado, Rui Silva. Lina Estrela diz que o filho quando era rapaz novo era muito traquina e que só queria andar de bicicleta e jogar à bola mas
acrescenta que sempre foi muito afectuoso. Confidencia que por vezes ele fala consigo sobre assuntos relacionados com a educação dos seus três filhos. “Eu ajudo no que posso. Vou buscar os meus netos à escola e acompanho-os também noutras situações”, diz a professora primária aposentada. A irmã Gilda e o cunhado Rui também têm uma forte ligação a Vasco Estrela e dizem que ele sempre os ajudou em momentos difíceis e que procura fazer o mesmo com todos os seus munícipes. Como trabalham em Mação procuram ajudar Vasco em tudo o que é possível, sobretudo com os sobrinhos, visto que a filha de ambos já tem 27 anos e vida constituída. foto O MIRANTE
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“Ele organizou a vida profissional em função da família” A esposa de Júlio Isidro diz que a vida agitada do marido interfere com a vida familiar moderadamente. “Se ele fosse anónimo teríamos uma vida mais tranquila mas ainda assim conseguimos gerir muito bem o nosso tempo”, explica. Quanto às abor-
dagens de que o apresentador de televisão é alvo considera-as agradáveis. “As pessoas são muito afectuosas e esse afecto é bem recebido”. Sandra Isidro é produtora de programas para televisão, o que lhe garante proximidade diária com o marido, mesmo em contexto de trabalho. Relativamente às filhas do casal, diz que tanto ela como o marido sempre foram pais muito presentes. “Ele conseguiu organizar a sua vida profissional em função da família”, conta.
Sónia Martins, esposa de João António, fala de proximidade Sónia Martins, esposa de João António, presidente da direcção da União Desportiva Recreativa da Zona Alta, em Torres Novas, e professor de Educação Física, reco-
nhece que o marido tem o seu tempo muito preenchido, tal como ela que é médica e que isso requer uma “boa gestão familiar”. Sónia e João são pais de um menino com três anos que já pratica ginástica na Zona Alta e sempre que é possível estão juntos nas actividades da colectividade. Sónia também já foi atleta e dirigente da UDRZA e por isso compreende e valoriza a entrega do marido. “Quando nos empenhamos e gostamos do que fazemos envolvemos a família e tudo corre bem”, explica.
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“O meu pai sempre foi muito carinhoso” João Alexandre, filho mais novo do juiz Carlos Alexandre, acompanhou o pai à cerimónia dos prémios Personalidade do Ano e confirmou a O MIRANTE que a dedicação do juiz ao trabalho é inexcedível mas que lá em casa não é caso único.
“Ele está permanentemente contactável e atende sempre as chamadas mas já a minha mãe, que é funcionária nas Finanças, faz o mesmo e chega muitas vezes a ir aos fins-de-semana ao local de trabalho”, revela. Com 19 anos e no segundo ano de Direito, diz que, ao contrário do irmão mais velho, engenheiro químico a trabalhar numa grande empresa da Póvoa de Santa Iria, costumava ir ao local de trabalho do pai. “Costumava ir lá e aproveitava para ver os livros que havia nas estantes. Talvez tenha sido por isso que escolhi o curso”, refere. Acrescenta que o pai sempre procurou estar presente mas que quem mais o ajudava com os trabalhos da escola era o irmão mais velho. “O meu pai sempre foi muito carinhoso. Gostava de nos dar um beijo de boas noites e nunca faltou a nenhum evento especial das nossas vidas, embora por vezes chegasse atrasado”, revela, acrescentando que não o obrigava, nem a ele nem ao irmão a fazer coisas como comer alimentos de que não gostassem muito. “Também nunca nos colocou muitas restrições a nível das novas tecnologias embora nós também não fossemos muito viciados nelas”.
Indic. para foto - FILHAS DE TERESA FERREIRA
“Leva-nos a andar de patins e jogamos ao Stop e ao Monopólio” De sorriso nos lábios, Marta e Leonor Carvalho, as filhas da administradora da Águas de Santarém, Teresa Ferreira, dizem que apesar da mãe trabalhar muito arranja sempre tempo para brincar com elas. “Leva-nos a andar de patins e jogamos ao
Roques Vale do Tejo levou os melhores da Renault à cerimónia O administrador Frederico Roque diz que a crise do sector foi ultrapassada foto O MIRANTE
Roques Vale do Tejo é o concessionário Renault mais antigo da Península Ibérica. Empresa esteve presente, pelo segundo ano consecutivo, na cerimónia Personalidades do Ano de O MIRANTE com uma exposição de cinco dos modelos mais modernos da marca
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Roques Vale do Tejo marcou presença, pelo segundo ano consecutivo, na cerimónia de prémios Personalidade do Ano de O MIRANTE. Este ano, em Torres Novas, teve em exposição à entrada do Teatro Virgínia, cinco dos modelos mais modernos da Renault: Clio, Captur, Megane Break, Kadjar e Koleos. A Roques Vale do Tejo, concessionário Renault no Ribatejo, teve um ano de 2017 muito positivo e continua a crescer. O administrador da empresa, Frederico Roque, diz
que o crescimento tem obrigado à admissão de novos funcionários em todos os sectores da empresa. “Estamos confiantes no futuro. Estamos a fazer investimentos no nosso distrito e esperamos continuar a crescer. A Renault é líder de vendas em Portugal há duas décadas e actualmente tem três modelos no Top10 nacional de vendas: Clio, Captur e Megane”. Frederico Roque considera que a crise no sector automóvel em Portugal está ultrapassada, embora as vendas estejam longe
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Renault é líder de vendas em Portugal há duas décadas e actualmente tem três modelos no Top10 nacional de vendas
das conseguidas nos anos de ouro. “O mercado chegou a vender 400 mil carros novos por ano. Em 2017 venderam-se cerca de 270 mil carros, entre passageiros e comerciais. Houve uma subida nas vendas em relação a 2016 mas a grande evolução foi de 2014 para 2015 e de 2015 para 2016”, explica. A Roques Vale do Tejo é a distribuidora mais antiga da marca Renault na Península Ibérica e tem instalações em Santarém (Estrada Municipal – Zona Industrial – Telefone 243 305 001 e Rua Duarte Pacheco Pereira nº 4 – Telefone 243 333 948); Vila Franca de Xira (Rua Real Fábrica de Atanados Lote 4, na Zona Industrial – Telefone 263 285 400); Rio Maior (Rua Professor Manuel José Ferreira 7/19 – Telefone 243 996 013) e Torres Novas (Rua da Várzea, nº 33 – Telefone 249 812 035). A empresa tem ao dispor dos clientes um amplo leque de serviços, nomeadamente venda de viaturas novas e usadas: apoio no serviço de pós-venda (manutenção, reparação, colisão, Renault Minuto), serviço de peças e financiamentos mais atractivos. O concessionário vendeu, em 2017, 700 viaturas novas, enquanto a Renault Portugal vendeu, o ano passado, 37.785. A Roques Vale do Tejo, que também possui a distribuição das marcas Dacia, Isuzu e Nissan, fechou o ano de 2010 com uma facturação de dezanove milhões de euros, “fazendo parte das maiores 40 empresas do distrito, sendo a primeira na distribuição automóvel”, segundo refere o site na internet da empresa, que é já gerida por um elemento da quarta geração da família Roque
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Stop e ao Monopólio”, dizem as filhas de 13 e 8 anos. A frequentarem o 7º e o 3º anos de escolaridade, dizem que a mãe também arranja sempre tempo para as ajudar com os trabalhos escolares. “Estudo e depois a minha mãe costuma fazer-me perguntas e explica-me as matérias que tenho mais dificuldade”, adianta a mais velha. As duas referem que Teresa Ferreira sempre lhes impôs regras relativamente ao uso do computador e do telemóvel. “Ela sempre foi muito cuidadosa com isso”, diz Marta Carvalho.
Eléctricos são o futuro mas são necessários mais postos de abastecimento O Zoe, modelo eléctrico da Renault, já é líder de mercado em Portugal no seu segmento e só não tem mais compradores por causa da falta de locais para abastecimento. Apesar disso, o administrador da Roques Vale do Tejo, Frederico Roque, está optimista. Para o empresário só não há mais eléctricos nas nossas estradas porque existem poucos postos de abastecimento para aquele tipo de veículo. Para atenuar essa lacuna a Renault oferece uma caixa eléctrica que os clientes utilizam em casa para carregarem o veículo. “Todas as marcas estão a investir muitos nos veículos eléctricos e a Renault leva alguns anos de avanço face à concorrência. Nota-se que os clientes, particulares e empresas, procuram saber mais sobre os carros eléctricos e demonstram bastante interesse neste tipo de veículos mas o problema continua a ser a falta de investimentos em postos de abastecimento”, refere Frederico Roque. O Zoe da Renault é uma viatura de classe média citadina tem autonomia para cerca de quatrocentos quilómetros. “O cliente faz cem quilómetros e gasta 1,6 euros de electricidade, o que sai muito mais barato que qualquer outro tipo de combustível”, sublinha.
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O MIRANTE - ESPECIAL PERSONALIDADES DO ANO 2017
A entrega dos Prémios Personalidade do Ano foi pretexto para juntar no Cine-Teatro Virgínia mais de quinhentas pessoas que lotaram a plateia e compuseram o balcão do teatro de Torres Novas. Entre premiados, familiares e amigos, compareceram muitos empresários e outros amigos de O MIRANTE que se quiseram associar à nossa iniciativa e testemunhar a entrega dos prémios. Nas páginas que se seguem reunimos mais de uma centena de fotos onde procuramos dar testemunho da presença de todos os convidados, premiados, amigos e familiares.
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08 MARÇO 2018 | O MIRANTE