1358-05-07-2018 (Especial Ensino e Colete Encarnado)

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ECONOMIA

05 de Julho de 2018 Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1358

Escolas da região do Ribatejo apresentam-se

Muitas escolas e instituições escolheram esta edição de O MIRANTE para apresentarem a sua oferta formativa. Quase todos os concelhos da área de influência de O MIRANTE estão representados nesta edição especial de O MIRANTE ECONOMIA ao nível do texto de opinião ou da divulgação comercial 2

Especial Ensino

“Para ser campino é preciso esquecer os dias de descanso”

Especial Colete Encarnado

Joaquim Lopes da Silva, 53 anos, é o campino homenageado este ano no Colete Encarnado. Nasceu e vive em Santo Estêvão, concelho de Benavente. Começou a campinar aos cinco anos para ajudar o pai guardando os bezerros que eram tirados às mães. Os cavalos e os toiros são uma paixão 19


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Escolas apresentam-se Muitas escolas escolheram esta edição de O MIRANTE para se apresentarem e apresentarem a sua oferta formativa indo ao encontro das dúvidas de estudantes e famílias. Poderiam ficar à espera, obrigando os interessados a percorrerem dezenas e dezenas de sites ou a andarem de escola em escola à procura de informações que lhes permitissem escolher os cursos que lhes interessam. Em vez disso foram ao encontro deles, mostrando dinamismo e vontade de ajudar.

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Fundação CEBI ao serviço da educação “A Fundação congratula-se pela diversidade de quem a procura, porque esta é uma das razões que a impele a reavaliar e inovar em termos de práticas Educativas”.

No ano de 1968 o espírito de iniciativa de um grupo de pessoas, imbuídas de uma forte componente solidária, esteve na génese da Fundação CEBI. A consciência das necessidades no âmbito Social e Educativo foi determinante para a criação de uma resposta que visava apoiar crianças e respetivas famílias, numa época em que na Comunidade de Alverca a oferta residia apenas no “Ensino Primário”. Nasceu, assim, a primeira manifestação do reconhecimento do papel fundamental da Fundação CEBI na criação de respostas para a comunidade na área da Educação. Considera-se que a Educação, direito fundamental do indivíduo, tem um grande impacto em todas as áreas da vida, sendo um agente promotor do desenvolvimento social, económico e cultural, quer em termos individuais, quer na comunidade. Um país que não procura a excelência na Educação, compromete o futuro do seu desenvolvimento e inovação. Atualmente, o Colégio José Álvaro Vidal, com cerca de 1.600 crianças e jovens do Berçário ao 9.º ano de escolaridade, orgulha-se de ser uma referência, alcançada pela evolução do seu Projeto Educativo. Projeto centrado nos alunos, nas suas características pessoais e necessidades emergentes, com forte apelo às componentes artísticas/desportivas enquanto fatores enriquecedores e potenciadores das aprendizagens formais. Os valores humanistas acompanham as propostas pedagógicas, ambicionando-se, assim, contribuir para o desenvolvimento local de uma cidadania interventiva e centrada nos princípios da Democracia. É valorizado o alinhamento entre os

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princípios da Fundação CEBI e a prática de todos os docentes e não docentes na interação com os alunos e as suas famílias. Estes princípios de solidariedade são uma das razões que explicam a enorme heterogeneidade dos alunos que frequentam o seu Colégio. A Fundação congratula-se pela diversidade de quem a procura, porque esta é uma das razões que impele a reavaliar e inovar em termos de práticas Educativas. Pensar uma escola inclusiva, implica pensar um modelo educativo em que cada aluno está no centro das preocupações dos docentes, que por eles são responsáveis, numa lógica de cooperação com as famílias. Convictos de que a educação está em profunda mutação, reflexo das transformações do mundo atual, estamos atentos a todos os sinais que nos chegam, procurando adequar e inovar todos os dias, pois essa sempre foi uma das principais prioridades da Fundação CEBI desde a sua génese. No próximo Ano Letivo, a Fundação irá concretizar mais uma das suas ambições, alargar a sua resposta educativa ao Ensino Secundário. Assim, a oferta assegura a possibilidade dos seus alunos reforçarem a relação de confiança com o Colégio José Álvaro Vidal, cumprindo a escolaridade obrigatória desde os primeiros meses de vida até à entrada para a Universidade. O seu compromisso é contribuir para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito crítico e criativo - fundamento do seu Projeto Educativo. A função e o sentido da escola têm evoluído ao longo dos anos, acompanhando a evolução das nossas sociedades mas, desde as suas origens, a CEBI colocou o humanismo como principal referencial da sua atividade. Cabe a todos os colaboradores da Fundação honrar estes princípios. A memória do seu fundador, José Álvaro Vidal, os seus alunos e as suas famílias merecem-no. Ana Maria Lima Presidente do Conselho de Administração da Fundação CEBI

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O MIRANTE - ESPECIAL ENSINO LICENCIATURAS ACREDITADAS PELA AGÊNCIA DE AVALIAÇÃO E ACREDITAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR As licenciaturas do ISLA foram todas acreditadas pela A3ES por um período de seis anos, o que constitui o prazo mais alargado concedido por aquela agência para acreditação de cursos. Tal como aconteceu no ano letivo de 2017/18, o ISLA oferece em 2018/19 as licenciaturas de Gestão de Recursos Humanos, Gestão Comercial, Gestão de Processos e Operações Empresariais, Gestão Turística, Engenharia da Segurança do Trabalho e Informática de Gestão.

ISLA Santarém é uma escola de excelência “Tal como no ano letivo de 2017/18, o ISLA oferece em 2018/19 as licenciaturas de Gestão de Recursos Humanos, Gestão Comercial, Gestão de Processos e Operações Empresariais, Gestão Turística, Engenharia da Segurança do Trabalho e Informática de Gestão”. O ISLA de Santarém tem uma oferta educativa única e diferenciada englobando ao nível do ensino superior cursos técnicos superiores profissionais, licenciaturas, mestrados, pós-graduações e MBA´s. TESP COM PROPINAS MAIS BAIXAS DO QUE NO ENSINO PÚBLICO Os cursos técnicos superiores profissionais (TeSP) são direcionados a estudantes com 12.º ano de escolaridade que pretendam obter uma dupla certificação (quali-

ficação académica e profissional. O ISLA de Santarém oferece os seguintes TeSP: Gestão Administrativa de Recursos Humanos, Gestão Comercial e Vendas, Gestão de Turismo, Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, Organização e Gestão Industrial, Redes e Sistemas Informáticos e Tecnologias e Programação de Sistemas Informáticos. Estes cursos estão alinhados com a oferta de nível 4 (formação profissional) existente na região o que permite que todos os estudantes que terminam a formação de nível 4 encontrem no ISLA uma continuação lógica para o seu percurso académico. No final do curso os estudantes podem ingressar diretamente num curso de licenciatura com creditações (equivalências). As empresas da região reconheceram o interesse e a importância dos cursos do ISLA desta formação e temos assegurado os respetivos protocolos de estágios para todos os estudantes que ingressem em qualquer dos cursos do ISLA. A propina dos TeSP é de 85 euros/mês. Acresce ainda que, por via dos inúmeros protocolos que o Isla possui, há descontos substantivos a esse valor. Ingressar num TeSP no ISLA fica mais barato que no ensino público conclui Domingos Martinho, Diretor do ISLA.

“BOLSA PARA OS QUE SÃO DA NOSSA TERRA” O ISLA continua a dar um contributo para fixar a população qualificada na região onde vive. Como contributo para este objetivo lançou em 2016 um programa que visa precisamente esse fim, chamado: ‘Bolsa para os que são da nossa terra’, com um valor pecuniário anual de 1.500 euros, destinado a estudantes que se candidatam a uma licenciatura através do regime geral de acesso. O ISLA Santarém atribui 30 bolsas de estudos no âmbito deste programa e os candidatos têm a garantia que esta bolsa abrange todos os anos do curso. A única condição é que os candidatos residam num dos 22 concelhos que integram as NUT da Lezíria do Tejo ou do Médio Tejo. Também nas licenciaturas estudar no ISLA é mais barato do que no ensino público, garante o Diretor do ISLA. VANTAGENS DE ESTUDAR NO ISLA SANTARÉM Domingos Martinho, Diretor do ISLA, manifesta a convicção de que o ISLA tem muitos e relevantes argumentos que faz questão

05 JULHO 2018 de deixar a todos aqueles que neste momento estão confrontados com a escolha da instituição onde pretendem continuar a sua formação superior: Todos os cursos do ISLA estão acreditados pela A3ES pelo período de tempo máximo – seis anos - pela entidade responsável pela avaliação e garantida de qualidade do ensino superior em Portugal; Os cursos do ISLA apresentam taxas de empregabilidade superiores à média nacional; O ISLA tem um corpo docente altamente qualificado; O ISLA tem centenas de protocolos de estágio com empresas e instituições que te abrem as portas para o mundo do trabalho; Os estudantes do ISLA têm acesso a programas de intercâmbio e mobilidade (ERASMUS +) que lhes permite viver experiências de mobilidade em qualquer país da Europa; O ISLA está localizado no centro da cidade de Santarém, com ótimas acessibilidades e localização; Existe um excelente ambiente académico e de proximidade entre professores e estudantes. Por todas estas razões se os estudantes procuram uma escola de excelência o ISLA é a melhor opção. Desafio os estudantes a inscreverem-se no ISLA e desse modo a viverem uma experiência única que os marcará para toda a vida. Domingos Martinho Diretor do ISLA Santarém


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INSIGNARE é líder de consórcio europeu para a criação de Curso Profissional de Turismo Digital

A estabilidade que se vive nas escolas profissionais é muito positiva “Estamos a formar jovens para profissões que ainda não existem, jovens que saibam lidar e resolver problemas que ainda não foram detetados, jovens capazes de utilizar tecnologia que ainda não foi inventada”. As escolas profissionais vivem hoje um processo de mudança interna, com o objetivo de se preparem para os desafios da sociedade atual. Se há 30 anos, quando as escolas profissionais foram criadas, o foco estava no desenvolvimento das competências técnicas dos jovens, hoje, quando projetamos o cidadão do século XXI, valorizamos em primeiro lugar as suas competências relacionais e psicossociais. Não esqueçamos que temos nas nossas escolas a primeira geração de nativos digitais, jovens que já nasceram com total acesso à internet e às novas tecnologias da informação. Naturalmente que este facto moldou as características pessoais e profissionais destes jovens. As suas expetativas, necessidades e pontos de interesse são diferentes das gerações que os antecederam, o que obriga as empresas e as escolas a adaptarem-se a esta nova realidade. Estamos a formar jovens para profissões que ainda não existem, jovens que saibam lidar e resolver problemas que ainda não foram detetados, jovens capazes de utilizar tecnologia que ainda não foi inventada. As escolas profissionais estão atentas a esta nova realidade e já estão a refletir e a introduzir as mudanças necessárias, inovando currículos, fazendo evoluir metodologias e práticas pedagógicas disruptivas,

conscientes de que os próprios contextos de aprendizagem evoluíram. O desenvolvimento de competências psicossociais, a capacidade de trabalhar em equipa e em ambiente multidisciplinar, o desenvolvimento do espírito de autonomia e inovação são hoje as ferramentas essenciais para que se alcance o sucesso em qualquer área profissional. É assim de grande importância que este caminho se faça com a envolvência de diversos parceiros, entre eles as empresas, de forma a que consigamos detetar, com antecedência, competências e perfis funcionais que vão ser necessários a médio e longo prazo. A estabilidade que se tem vivido nas escolas profissionais, tem sido, por isso, muito positiva, permitindo que as escolas se concentrem nesta importante missão. No entanto, há problemas sistémicos ao nível da rede formativa que teimam em persistir. Não obstante a realização de reuniões com os Conselhos consultivos das Escolas, com as CIMS, Dgeste (Ministério da Educação) e diversas escolas com o objetivo de definir uma rede de oferta formativa regional, integrada, verifica-se que o resultado destas reuniões não tem aplicação prática. Continua a permitir-se a duplicação de cursos profissionais em escolas muito próximas, obrigando a investimentos públicos desnecessários. Mais estranho quando isso acontece mesmo ao lado de escolas profissionais que já tinham essa oferta formativa consolidada, que já dispõem de recursos físicos e humanos e que têm experiência comprovada no terreno. Na nossa perspetiva, a clarificação dos critérios que presidem à autorização para a abertura de determinados cursos passará, em alguns casos, pela avaliação e valorização quantitativa e qualitativa dos resultados apresentados pelas escolas. Maria Salomé Rafael Presidente do Conselho de Administração da EPVT e EPC

A INSIGNARE - Associação de Ensino e Formação, viu aprovada uma candidatura europeia que lhe irá permitir desenvolver a componente tecnológica e de formação em contexto de trabalho, do Curso Profissional de Turismo Digital, seguindo assim a tradição de ser pioneira na proposta de novos cursos ao Catálogo Nacional de Qualificações. A candidatura, no valor de 316.380 euros, será aplicada ao longo de 24 meses, de acordo com o planeamento aprovado, sendo um trabalho conjunto com mais 7 parceiros, (de Portugal, Espanha, Holanda, Bélgica e Itália), tendo sido apoiada em constituição inicial pela ANQEP - Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional e pela DGESTE - Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, bem como organismos similares noutros países. Esta é uma área de futuro em que a INSIGNARE pretende apostar, sentindo a lacuna de não haver especialização concreta do digital nas áreas de turismo ao nível da formação profissional. Atentos à especialização que o Curso de Turismo já tem, e sabendo das capacidades da organização para o desenvolvimento de projectos desta natureza, a INSIGNARE dá assim mais um passo rumo à Inovação com que pretende marcar o próximo ciclo de formação, juntando num mesmo projecto as vertentes do marketing digital, promoção, animação turística, CRM,

O turismo tem sido um grande motor da economia nacional, trazendo cada vez mais jovens à profissionalização neste sector, sendo estratégico dotar a formação de competências na área do digital circuitos entre outros. A grande novidade é também o facto do desenvolvimento deste projecto ser de carácter europeu, dando assim longo alcance às áreas a desenvolver e permitindo uniformizar o curso nas componentes tecnológicas nos países parceiros, bem como aqueles que de seguida se lhes queiram juntar. A EFVET - Associação Europeia de Escolas Profissionais, da qual a INSIGNARE é associada, é a parceira europeia que terá como responsabilidade divulgar e promover este projecto e os seus resultados. O turismo tem sido um grande motor da economia nacional, trazendo cada vez mais jovens à profissionalização neste sector, sendo estratégico dotar a formação de competências na área do digital, sendo de destacar o papel português de evolução (e recordes) neste sector nos últimos anos. Esta candidatura tem ainda como parceiro local a ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima.

Abertas candidaturas a mediadores escolares em Torres Novas Estão abertas até 15 de Julho as candidaturas à “Bolsa de Mediadores Escolares”, no âmbito do projecto “Mediadores Para o Sucesso Escolar em Torres Novas - 2º e 3º CEB (Ciclos do Ensino Básico)” As equipas de mediadores inserem-se no conjunto de medidas propostas ao PEDIME (Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal da Educação no Médio Tejo) e incluídas na candidatura apresentada pela Comunidade Intermu-

nicipal do Médio Tejo ao Centro 2020, no âmbito da operação “Planos Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar”. As medidas aprovadas para o concelho foram articuladas com os planos de acção estratégica dos dois agrupamentos de escolas e prevêem ainda a realização de seminários, ‘workshops’ e conferências direccionadas para pais, professores e educadores.


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O MIRANTE - ESPECIAL ENSINO gião retome a sua vocação nestas áreas, agora no panorama da reabilitação urbana. Ao nível das novas tecnologias, as Escolas Insignare orgulham-se de fazer este ano parte do universo Microsoft, constituindo-se como membro da Microsoft Academy. Ou seja, as componentes informáticas que aqui serão ministradas em qualquer curso, da Multimédia ao Turismo, garantem esse selo de qualidade Microsoft. Também ao nível da nossa própria organização, estamos no processo de digi-

Uma Escolha de Futuro: Saber Fazer “De referir como novidades este ano a aposta em 3 novos cursos: Multimédia, Construção Civil e Design de Interiores e Exteriores”. A oferta formativa inscrita para as Escolas Insignare para o ano de 2018/2019 vem reforçar o caminho da especialização das duas escolas que começou há quase 10 anos, num tempo de vida de mais de 25 anos de existência desta entidade. Os níveis de qualidade a que chegámos têm sido reconhecidos e torna-se visível esse esforço na formação aqui ministrada, em especial quando temos taxas de empregabilidade de 90,4%, existindo mesmo ofertas formativas com 100%. Temos centenas de protocolos celebrados com empresas, quer para a formação em contexto de trabalho, quer para a partilha de conhecimentos por parte das empresas, participação em sessões técnicas e muitas outras formas que nos enquadram na verdadeira raiz do ensino profissional. A capacidade instalada nas escolas tem excelentes condições, desde logo, pela permanentemente actualização de equipa-

mentos com tecnologia. Integramos a rede nacional de Escolas 4.0, num manifesto assinado em Outubro de 2017, sendo de pertença apenas de 5 escolas a nível nacional. Ambas as Escolas da Insignare são certificadas pelo sistema EQAVET, constituindo 25% do universo nacional de escolas com esta certificação (apenas 8 a nível nacional), aprovados desde 2017 e com uma garantia por 3 anos. Estamos ainda certificados com o normativo ISO 9001:2015, alinhado com o EQAVET referido. De referir como novidades este ano a aposta em 3 novos cursos: Multimédia, Construção Civil e Design de Interiores e Exteriores. Esta nova oferta complementa a raíz já existente na EPO de especialização em Mecatrónica Automóvel e Maquinação CNC, dois dos ex-libris em Ourém. Em Fátima na EHF, continuamos a apostar na qualificação de profissionais no sector da Hotelaria e Turismo, com os cursos de Cozinha/Pastelaria e Recepção/ Bar e Turismo, garantindo dos mais elevados níveis de especialização e empregabilidade do sector. Uma referência aos novos cursos, pelas novidades que constituem na região, retomando a oferta nas áreas técnicas associadas à construção civil, neste caso mais focadas no mercado da reabilitação urbana. Seja ao nível do Design de Interiores e Exteriores como da Construção Civil, ambos os cursos são decisivos para que a re-

05 JULHO 2018 talização e modernização das escolas, em especial na sua organização interna, garantindo aos professores tempo para serem professores e aligeirando a sua própria carga burocrática. A modernização da forma de interacção com os alunos, os pais e encarregados de educação irá constituir uma mais-valia acrescida. Gostamos de focar o nosso dia-a-dia no futuro porque só assim conseguimos que as escolas o consigam proporcionar aos seus alunos. Carina João Oliveira Diretora Executiva da Insignare


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Ensino de proximidade beneficia preparação para o mercado de trabalho “No ano letivo 2018/2019 a ESSS irá abrir pela primeira vez um curso Técnico Superior Profissional (TeSP) em Apoio Domiciliário”. A Escola Superior de Saúde de Santarém desenvolve a sua atividade no domínio da saúde, no âmbito da formação e aprendizagem ao longo da vida, da investigação, da difusão e transferência de conhecimentos e da participação em redes de cooperação, nacio-

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nais, estrangeiras e internacionais. É uma escola de excelência considerada, a nível nacional e internacional, como instituição de referência no espaço geográfico da educação superior no domínio da saúde, nomeadamente no ensino de enfermagem. A ESSS aposta num ensino de proximidade, uma característica que faz a diferença do ponto de vista da preparação para o mercado de trabalho. A oferta formativa da ESSS, a nível da licenciatura, é exclusivamente dedicada ao curso de enfermagem. A diversificação fica reservada para os cursos de mestrado e de pós-graduação. Ao nível das pós-licenciaturas, é possível obter uma especialização em áreas específicas: enfermagem comunitária, enfermagem de reabilitação, enfermagem de saúde materna e obstetrícia (ESMO), enfermagem de saúde infantil e pediatria.

Oferece igualmente cursos de mestrado em enfermagem comunitária e ESMO, bem como em Gestão de Unidades de Saúde em parceria com a Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém. Conta igualmente com um curso de mestrado Erasmus Mundus em Enfermagem de Emergência e Cuidados Críticos no âmbito de um consórcio internacional com a Universidade de Oviedo (Espanha), a Universidade de Napier (Escócia), o Instituto Politécnico de Santarém e a Universidade de Faro. No ano letivo 2018/2019 a ESSS irá abrir pela primeira vez um curso Técnico Superior Profissional (TeSP) em Apoio Domiciliário que visa qualificar técnicos para gerir intervenções promotoras da satisfação de necessidades fisiológicas, de segurança e sociais da pessoa, ao longo da vida, em con-

7 texto domiciliário, visando o seu bem-estar e a qualidade de vida. Atualmente, a ESSS desenvolve um conjunto de projetos de investigação e de extensão à comunidade através da Unidade de Monitorização de Indicadores em Saúde (UMIS), com enorme dinamismo junto da comunidade social, académica e científica. Refere-se, neste particular, o projeto Your PEL (Promover e Empoderar para a Literacia em saúde na população jovem), que mereceu financiamento no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização e outros que podem ser consultados no site da UMIS, integrado no portal da Escola. Isabel Barroso Professora Coordenadora Diretora da Escola Superior de Saúde de Santarém


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O Ensino Profissional é um caminho válido para uma profissão “No próximo ano letivo, o Agrupamento de Escolas de Constância abrirá os Cursos de Técnico de Cozinha e Pastelaria e Técnico Auxiliar de Saúde”. Desde 2004, que o Agrupamento de Escolas de Constância tem trilhado um caminho no sentido de orientar para a vida profissional muitos alunos que frequentam o estabelecimento, ministrando cursos profissionais de qualidade, sempre com elevadas taxas de sucesso e de empregabilidade - a rondar os 75% nos cursos da área da restauração. É de lamentar que continue a prevalecer um estigma sobre o ensino profissional, tendendo a associá-lo a ideias preconceituosas como o abandono escolar precoce e o desaproveitamento escolar, contrariando aquilo que na realidade o ensino profissional é: um caminho válido para uma profissão, capaz de capacitar os alunos para a

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vida ativa e até para o prosseguimento de estudos no ensino superior, de um modo essencialmente prático e indubitavelmente enriquecedor. Oferecer o Ensino Profissional de qualidade em escolas públicas é uma forma de dar resposta a interesses e estilos de aprendizagem diversos e de combater a exclusão e as desigualdades, fazendo com que todos, cada um ao seu modo, consigam concluir a escolaridade obrigatória com sucesso e com uma perspetiva de futuro ajustada às suas características e desígnios. O ensino profissional não dever ser um escape, mas uma opção. Deve ser um percurso que se escolhe fazer na certeza de que o mesmo beneficiará, em primeira mão, aqueles que enveredarem por ele e, por essa via, a própria sociedade que cada vez mais tem necessidade de técnicos e profissionais competentes. No próximo ano letivo, o Agrupamento de Escolas de Constância abrirá os Cursos de Técnico de Cozinha e Pastelaria e Técnico Auxiliar de Saúde, cursos que contarão certamente com alunos empenhados e interessados em fazer um percurso escolar de qualidade. Olga Antunes Diretora do Agrupamento de Escolas de Constância

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O MIRANTE - ESPECIAL ENSINO -nos a gerar amor, promover a esperança, conter a dor depressiva e ensinar a pensar, estes são os nossos objetivos no trabalho diário que desenvolvemos. O nosso projeto de intervenção visa a proteção da criança e o apoio às famílias no respeito pela singularidade de cada um. Promovemos um ambiente saudável e amigo das famílias, onde é possível encontrar respostas para as necessidades/desejos durante as diferentes etapas do ciclo de vida! Esperamos de porta aberta por todos(as). Caminhamos ao vosso lado na construção de um futuro, onde a autonomia e a felicidade sejam uma construção constante!

Crescer e aprender na Misericórdia de Santarém “O nosso projeto de intervenção visa a proteção da criança e o apoio às famílias no respeito pela singularidade de cada um”. É bom olhar à volta e ver todas as gerações representadas nesta Instituição, comunicando das mais diferentes maneiras, ou seja conversando, rindo, brincando, partilhando os espaços, os dias, e as suas experiências ao longo destes. É assim que aprendemos, é assim que ensinamos! Em cada dia desta penta secular casa, verificamos que ao cumprirmos a nossa mis-

M.J.C Misericórdia de Santarém são damos corpo às 14 Obras de Misericórdia, que continuam atuais e desafiantes ao nosso envolvimento para com os que connosco partilham a sua vida. Na Creche e no Pré-escolar, ensinamos a respeitar pessoas e ambiente, a olhar as diferenças e a aceitá-las, enfim a crescer! É assim que no início de cada ano letivo, acolhemos pais, avós e crianças e lhes damos o tempo para viverem a separação, o tempo das lágrimas que rapidamente se transformam em sorrisos tímidos e logo de seguida em gargalhadas, no caso das crianças na creche, há que lembrar que esta é a primeira separação e custa… São as dores do crescimento! No Lar dos Rapazes desde 1874 que diariamente investimos na construção de “Projetos de Vida”, em conjunto com a comunidade, com as famílias e claro com as crianças/jovens. Na equipa alargada propomo-

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Estudar mais!

“ (...) Assistimos a um crescimento moderado do número de estudantes, em resultado do esforço de valorização da nossa oferta formativa, situado tanto no plano da diversificação das tipologias de formação como quanto aos domínios científicos predominantes.” A nossa sociedade enfrenta grandes desafios em vários planos (social, educativo, laboral) e as noções que interiorizámos e que fomos construindo - com base em sucessivas experiências de vida - não podem projetar-se, com a segurança de ontem, num cenário futuro de tão grande incerteza. A robotização crescente e a digitalização progressiva de toda a economia exige competências digitais robustas e uma capacidade para abordarmos de forma diferente a nossa inserção no mercado de trabalho. Não podemos mais considerar que a formação inicial será sempre suficiente, a todo o tempo, para os desafios que as carreiras profissionais, cada vez mais longas, acabam por apresentar. Não podemos também, por nós próprios, definir o ritmo da digitalização da sociedade ou garantir a existência futura de uma determinada profissão, para deixar apenas dois exemplos, sobretudo perante os desafios crescentemente transformadores que coletivamente (enquanto sociedade) escolhemos realizar. Quem consegue enunciar hoje um elenco de profissões que, num horizonte de 15 anos, serão estruturantes numa sociedade de “padrão ocidental”? Quem se atreverá a discutir os impactos da crescente utilização de inteligência artificial no mercado de trabalho, para o mesmo horizonte? Como virão a organizar-se os padrões de trabalho e de educação formal em tais contextos? Em ambientes corporativos exigentes também a incerteza oferecida pelo futuro exige uma resposta organizada. O assumir de uma visão de continuidade das operações, mas fundamen-

O MIRANTE - ESPECIAL ENSINO percebendo que os mais elevados níveis de escolarização (mais tempo de escola e a realização de formações de nível mais avançado) são a solução fundamental que permanece dentro do nosso leque de escolhas individual. A resposta perante aqueles desafios terá que ser o reforço das nossas competências, a capacitação em vários domínios e, sobretudo, a disponibilidade para aprender continuamente ao longo da vida. A campanha “não desistas de ti” da APDC em associação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e ao Ministério da Educação com a iniciativa “estudar (mais) é preciso” tem como objetivo “levar os jovens a pensar no futuro, (…) nas consequências de deixarem de estudar e motivando-os a apostar na sua formação“. talmente do próprio negócio, motiva as equipas de gestão a perseguir estratégias que limitem ou contenham alguns dos possíveis impactos numa escala de riscos potenciais. Assim, é comum verificar que muitas desenvolvem processos de inovação de grande abrangência (em processos, em serviços ou em produtos) induzindo por essa via fortes necessidades de adaptação dos seus colaboradores. Por outro lado, temos ainda um trajeto de qualificação a percorrer. Os dados estatísticos colocam Portugal com uma taxa de abandono escolar ainda muito elevada (14% dos jovens entre os 18 e os 24 anos de idade – 10% na média europeia). Cerca de 2/3 dos jovens não continuam estudos para o ensino superior e nos que que continuam ciclos de estudos superiores há ainda uma taxa de insucesso e de abandono com algum significado. Os dados e as projeções demográficas sugerem um decréscimo significativo dos grupos etários 15-24 e 25-34 anos de idade. Portugal não pode recusar o desafio de qualificação de toda a sua população! Não podemos aceitar que se considere que a sucessão geracional é o instrumento que resolverá o deficit de qualificação ainda existente. Sobretudo se os jovens não parecem prosseguir estudos avançados ou especializados, ou ainda se o insucesso e o abandono não têm uma resposta organizada. Por mero exercício de senso comum fomos

OS DADOS SÃO IMPRESSIVOS: Em média, entre 80% a 91% dos adultos que concluíram os vários níveis de formação superior têm emprego (contra 74% a 79% daqueles que concluem o secundário, e menos de 60% dos adultos que não concluíram o secundário); Em todos os países da OCDE, a diferença salarial entre adultos com formação superior e adultos com formação secundária é geralmente mais evidente do que a diferença salarial entre estes últimos e os adultos sem formação secundária; O mercado de trabalho continua a considerar um diploma superior como o principal indicador das competências de um trabalhador; A ESGT (Escola Superior de Gestão e Tecnologia) do Politécnico de Santarém vem realizando um esforço de ajustamento da sua oferta formativa. Aceitámos imediatamente o desafio de implementar as novas tipologias de

05 JULHO 2018 formação, como sejam os cursos de TeSP (Técnico Superior Profissional) ou, noutro plano, o registo de cursos em parceria com outras Instituições de Ensino Superior. A Escola funciona, no presente ano letivo, em registos de máximos históricos relativamente ao número de estudantes, sendo que o principal contributo tem origem na oferta de 1º ciclo, em regime predominantemente diurno, a par com o reforço da procura em cursos de TeSP e a manutenção da procura dos cursos de Mestrado. Em resumo, assistimos a um crescimento moderado do número de estudantes, em resultado do esforço de valorização da nossa oferta formativa, situado tanto no plano da diversificação das tipologias de formação como quanto aos domínios científicos predominantes na nossa oferta. Nesta fase, a ESGT procura ainda valorizar o seu relacionamento com a comunidade envolvente, sem prejuízo da atenção necessária que daremos a todos os outros vetores da nossa intervenção. A cooperação com as empresas e as organizações de diversa ordem, a prestação de serviços ou ainda o desenvolvimento conjunto de projetos de investigação orientada são os contributos que a ESGT terá que dar perante a necessidade de contribuir para o reforço do seu papel no desenvolvimento regional. Termino com um desafio: “é sobretudo o passado que nos oferece certezas. O maior risco é o de não fazer nada. Para abordar o futuro precisamos de estudar mais. – Vem estudar na ESGT!” Vitor Costa Diretor da Escola Superior de Gestão e Tecnologia - Santarém


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EPSM reforça rede de parcerias internacionais “(...) As escolas profissionais têm, ao longo de quase três décadas, desenvolvido um trabalho sólido, focado na articulação com o tecido empresarial e na aposta num ensino de proximidade”. A maior riqueza de uma sociedade reside na sua capacidade de saber utilizar o conhecimento adquirido e transformá-lo em valor acrescentado. É com base nesta premissa que as escolas profissionais têm, ao longo de quase três décadas, desenvolvido um trabalho sólido, focado na articulação com o tecido empresarial, na aposta num ensino de proximidade, na personalização do trabalho que desenvolvemos como um elemento preponderante para o sucesso. Os prémios nacionais e internacionais nas mais diversas áreas de formação, os resultados alcançados em termos das taxas de conclusão, absentismo ou empregabilidade, complementados com o sucesso profissional dos nossos alunos, refletem isso mesmo. É incontornável que o ensino profissional é, hoje, um desígnio do Governo enquanto política educativa e uma opção para muitos dos jovens que ingressam no ensino secundário, possibilitando-lhes uma entrada sustentada no mercado de trabalho e, simultaneamente, o acesso ao Ensino Superior, com provas dadas nos dois setores. A diferenciação desta oferta formativa assenta, essencialmente, na sua dupla certificação, garantida através da forte aposta na

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vertente prática e tecnológica de cada curso, complementada com um período alargado de formação em contexto de trabalho realizado especificamente em empresas da área. Sabemos que a formação para lá das quatro paredes é tão ou mais importante que a ministrada nas salas de aula. Cada vez mais, a formação circunscrita à sala de aula se revela insuficiente e, em alguns casos, até menos eficiente no desenvolvimento de determinadas competências. Concomitantemente, a Educação e Formação Profissional é tanto mais rica quanto maior for a complementaridade entre as instituições de ensino e formação e a sociedade. As escolas, e as formações que ministram, são tanto mais ricas quanto mais forte e abrangente for a sua rede de parceiros. Numa sociedade cada vez mais global, é essencial diversificar e expandir esta rede, apostando na internacionalização. Nos últimos anos, a EPSM tem reforçado a sua rede de parcerias internacionais, intensificando o desenvolvimento de trabalhos de investigação e conceção, em colaboração com escolas de diferentes países. Simultaneamente, tem também ampliado o número de estágios internacionais, permitindo aos mais jovens o contacto direto com novos e diferentes filosofias/métodos de ensino e técnicas pedagógicas. Há, atualmente, um enorme sentimento de orgulho e dever cumprido por parte das escolas profissionais do país. Acredito, porque tenho plena consciência do trabalho que temos vindo a desenvolver, que estes resultados estão intrinsecamente correlacionados com a capacidade de reação das escolas profissionais face às constantes mutações no sistema e políticas de ensino. Duarte Bernardo Presidente da Direção da Escola Profissional de Salvaterra de Magos

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Prevenção cardiovascular em jovens “Estudos realizados em cuidados primários de saúde concluem que 70% dos portugueses que sofre de risco cardiovascular não tem hábitos de vida saudável, alimentação equilibrada ou pratica atividade física.”

Se considerarmos que um jovem é todo aquele que tem menos de 40 anos, muito teremos que refletir. A doença cardiovascular é a causa de morte número um no mundo e em Portugal 33.000 pessoas morrem por ano devido às doenças cardiovasculares. Isto ultrapassa largamente todas as causas de cancro que levam à morte. Sabemos que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade também em Portugal. A hipercolesterolemia, a hipertensão arterial, a obesidade e a diabetes mellitus são alguns dos factores de risco cardiovascular, cuja prevalência continua a aumentar na nossa sociedade. O aumento da incidência destes factores de risco é particularmente importante na comunidade jovem e, na sua maioria, deve-se a estilos e hábitos de vida inapropriados. No entanto em alguns casos, a carga genética é o prin-

cipal determinante de risco. No caso de existirem vários indivíduos na mesma família com colesterol elevado e história familiar de doença cardiovascular prematura, podemos estar na presença de uma doença genética denominada Hipercolesterolemia Familiar (FH). É essencial a identificação correcta de crianças e jovens com FH, de modo a actuar preventivamente e modificar o risco cardiovascular, através de aconselhamento médico especializado e prescrição de terapêutica dietética adequada e eventualmente farmacológica. O controlo dos factores de risco é a melhor forma de prevenir as doenças cardiovasculares. Um fator de risco é uma condição que aumenta o risco cardiovascular, ou seja, aumenta a probabilidade de sofrer uma doença cardiovascular. Os factores de risco podem ser divididos em duas grandes categorias: fatores de risco modificáveis e fatores de risco não modificáveis. Fatores de risco modificáveis: Diabetes, Hipercolesterolemia, Triglicéridos elevados, Hipertensão arterial, Excesso de peso, Tabagismo, Excesso de bebidas alcoólicas e Sedentarismo. Fatores de risco não modificáveis: Idade,

Sexo e Genética (inclui a história familiar de doenças cardiovasculares ou morte súbita). Se o tabagismo é um dos principais fatores de risco das doenças cardiovasculares, a entrada no mercado dos cigarros eletrónicos levanta dúvidas. Os alimentos que ingerimos, cuja qualidade se torna difícil de aferir, também nos suscitam interrogações. Mais de metade da população portuguesa entre os 18 e os 79 anos apresenta pelo menos dois fatores de risco para a doença cardiovascular. Estudos realizados em cuidados primários de saúde concluem que 70% dos portugueses que sofre de risco cardiovascular não tem hábitos de vida saudável, alimentação equilibrada ou pratica atividade física. Contudo a morte e a doença é evitável em 75% dos casos, se houver mudança dos hábitos de vida. Deixar de fumar, só por si, vai reduzir o risco de enfarte de miocárdio para metade. Cerca de 27% das jovens tem peso a mais e 10% são obesas. Quanto aos rapazes, 29% tem excesso de peso. No entanto morre-se cada vez menos por doenças do aparelho circulatório - redução de 39% das mortes por AVC, entre 2011 e 2015 em Portugal, sobretudo pela melhoria dos valores de pressão arterial e do colesterol, em termos globais. A morte súbita em jovens atletas é um acontecimento raro, mas catastrófico. A morte súbita no jovem atleta não está geralmente relacionada com a aterosclerose das artérias coronárias, mas sim com anomalias do coração, presentes desde a nascença ou que se desenvolvem ao longo da infância e/ou adolescência. A cardiomiopatia hipertrófica é a primeira causa de morte neste contexto, sendo responsável por cerca de um terço dos casos documentados. É uma doença que atinge

05 JULHO 2018 o músculo cardíaco (miocárdio), tornando-o anormalmente espesso. Outras situações (anomalias das artérias coronárias, canulopatias, etc.) são mais raras. O risco de morte súbita durante o exercício é um fenómeno raro, mas existe, com uma incidência anual de cerca de 2 a 3 mortes por cada cem mil jovens atletas. Sabe-se que cerca de 90 % dos casos são provocados por patologia cardíaca e que uma avaliação adequada e prévia à prática desportiva permite identificar a grande maioria das doenças implicadas. Os sintomas poderão ser: dor torácica; Palpitações e síncope no contexto de esforço; Cansaço e dificuldade respiratória intensa e inexplicável. Independentemente destes sinais de alarme, todas as crianças ou jovens que pretendem praticar desporto em regime de competição devem ser submetidos a uma avaliação específica, dado que o exercício físico vigoroso aumenta em cerca de 2,5 vezes o risco de morte súbita. As linhas de orientação europeias para rastreio de doença cardíaca em jovens atletas, sugerem no seu protocolo de atuação, a realização de eletrocardiograma de repouso, além da avaliação clÍnica. O jovem atleta deve ser sempre avaliado antes de iniciar a sua prática desportiva e depois em períodos regulares nunca superiores a dois anos. Em conclusão, é sobretudo importante prevenir e diagnosticar situações que existem desde a nascença, mas sobretudo evitar os factores de risco que tem implicações gravíssimas no futuro. Procure aconselhamento médico sempre que a haja suspeição de algo anormal. Vitor Paulo Martins Médico Cardiologista e Arritmologista. Diretor Clínico da Clínica do Coração Santarém


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Condições de ensino cada vez melhores no Agrupamento de Vale Aveiras O horário de funcionamento do Jardim de Infância passará a ser das 07h30 às 19h00, concedendo a todos os encarregados de educação uma maior amplitude temporal para organização das respetivas rotinas diárias. Com o objetivo de elevar a qualificação dos jovens e dos adultos, reforçando a qualidade da educação e da formação, o Município da Azambuja está a promover melhorias no Jardim de Infância do Agrupamento de Escolas Vale Aveiras. Nesse sentido, está em curso uma intervenção considerada fundamental por todos os agentes educativos: a construção de uma sala polivalente e uma cozinha/refeitório no Jardim de Infância, de modo a que seja possível o funcionamento com duas salas. Ainda que essa iniciativa tenha causado algum

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transtorno às atividades letivas, em especial à prática desportiva (o estaleiro de obras ocupou parte do campo exterior da escola), é de referir que se trata de um esforço que trará significativas contrapartidas já a partir do próximo ano letivo. A própria edilidade, na figura do Sr. Presidente da Câmara, já informou a escola, inclusivamente, que procederá à colocação de um novo revestimento no pavimento do campo, demonstrando assim, mais uma vez, o seu empenho em garantir as melhores condições aos alunos e professores do agrupamento. É de realçar ainda o compromisso de implementação de um protocolo entre o Agrupamento e as Juntas de Freguesia do Concelho, o que irá permitir o alargamento do horário de funcionamento do Jardim de Infância, que passará a ser das 7h30 às 19h00, concedendo a todos os encarregados de educação uma maior amplitude temporal para organização das respetivas rotinas diárias. Estão assim reunidas as condições para que se encare o próximo ano letivo com rigor e responsabilidade, mas também com espetativa de que as condições de ensino a disponibilizar aos jovens do concelho serão cada vez melhores. António Jorge Gonçalves Pedro Diretor do Agrupamento de Escolas Vale Aveiras

Junta de Freguesia da Barquinha apoiou iniciativa escolar solidária O objectivo da iniciativa solidária “Missão Pompom”, em que se envolveram os alunos da escola D. Maria II em Vila Nova da Barquinha, foi atingido e os cinco mil euros, destinados à construção de um furo de captação de água, junto da aldeia de Lichinga em Moçambique foram entregues na tarde de sexta-feira, 29 de Junho, à irmã Cândida Santos da ONG (Organização Não Governamental) SocialisRep.

A nível da escola a responsável pelo projecto foi a Professora Ana Santos, subdirectora do Agrupamento. A Junta de Freguesia foi parceira da iniciativa, tal como as empresas: Construções Carlos Barros - Vila Nova Barquinha; Intermarché - Vila Nova Barquinha; Refrigerantes Baía - Vila Nova Barquinha e Ópticas Lamelas - Entroncamento.

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Escola Profissional de Rio Maior, tem um passado de sucesso Na última década tem-se assistido a uma clara evolução tecnológica a nível mundial. Hoje em dia, é com frequência que ouvimos falar da “Industria 4.0”, “da internet das coisas”, da automatização de processos, entre outros chavões que claramente nos mostram a velocidade com que a tecnologia se está a desenvolver. Também ao nível do Ensino Profissional, a Escola Profissional de Rio Maior (EPRM) procura acompanhar este progresso. Nos últimos anos o processo de aprendizagem apresentou uma grande evolução, passando do tradicional método expositivo, para um método envolvente e de diferenciação pedagógica, em que os alunos são construtores do seu projeto educativo evidenciando uma escola que faz aprender, em vez de ensinar. É com esta visão que a EPRM integra o grupo de “Escolas 4.0”, onde se pretende que os nossos alunos aprendam participando eles próprios na construção das aprendizagens, permitindo assim uma maior coerência entre as práticas pedagógicas e o perfil de aluno que queremos construir. A EPRM procura uma inovação constante no seu processo pedagógico, como instituição de referência que é, ao nível do Ensino Profissional, oferece uma oferta formativa que visa colmatar as necessidades evidenciadas por um tecido empresarial vasto, quer no concelho, quer na região envolvente onde se insere. Resultado é a oferta formativa da EPRM para o ano letivo 2018/2019 que engloba dois cursos profissionais de sucesso e alta empregabilidade atestada (Técnico de Manutenção Indus-

Professores e alunos da Escola de Gestão no Global Management Challenge Vinte e dois alunos e quatro professores da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém participam no Global Management Challenge (GMC), considerada a maior competição internacional de Estratégia e Gestão do mundo. O Global Management Challenge consiste numa simulação empresarial que decorre online, em que cada equipa gere uma empresa com o objetivo de obter a mais alta cotação das suas ações na bolsa de valores. Com 39 anos de história, o GMC está atualmente presente em mais de 30 países, nos 5 continentes. Os participantes na simulação estão integrados em equipas. Em cada equipa, os alunos assumem a gestão virtual de uma empresa durante 5 semanas. Semanalmente, os alunos tomam diversas decisões relacionadas com as quatro principais áreas funcionais de uma empresa: marketing, gestão de operações, finanças e recursos humanos. As equipas competem entre si, dentro de grupos com o máximo de 8 equipas. A equipa que conseguir melhores resultados financeiros e a maior cotação da ação vence a competição. Nesta edição da competição os 22 alunos e 4 professores, integrados em sete equipas, estão a participar com o apoio do próprio Instituto Politécnico de Santarém, da empresa Tagusgás e das empresas IT Sector e Konica Minolta. Os alunos participantes frequentam a Licenciatura em Gestão de Empresas. A equipa Gestão IP Santarém, constituída pelos professores Susana Leal, Carla Vivas, Sandra Oliveira e João Samartinho, terminaram a primeira volta da competição em primeiro lugar, tendo sido apurada para a segunda fase da competição que decorre em setembro e outubro. Os vencedores da segunda voltam disputam a final nacional, que ocorre em novembro. O site da competição está em: http://globalmanagementchallenge.pt

O MIRANTE - ESPECIAL ENSINO trial/Eletromecânica e Técnico de Auxiliar de Saúde) e dois novos cursos profissionais (Técnico de Eletrotecnia e Técnico de Análise Laboratorial), de forma a dar resposta a fortes carências de técnicos qualificados no mercado de emprego regional, nomeadamente devido à futura instalação de uma empresa da indústria farmacêutica no Parque de Negócios de Rio Maior. A empregabilidade é muito importante para nós e garantimos elevadas taxas a curto prazo mas também promovemos a diversidade de vivências pelos nossos alunos com capacitação de competências técnicas e sociais. Esta é a família EPRM que convidamos a conhecer… João União Director Pedagógico da EPRM

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Escola da Portela vai entrar em obras A consignação da empreitada para a requalificação da escola básica e jardim de infância da Portela das Padeiras, em Santarém, foi assinada no dia 2 de Julho, pelo que a partir dessa data ficou concluído todo o procedimento administrativo e o empreiteiro tem condições para arrancar com a obra, que tem um prazo de execução de 180 dias. A escola vai ser dotada de mais salas de aula e de novas instalações sanitárias, uma delas para pessoas com mobilidade reduzida. A entrada da escola passa

Uma má visão pode levar a maus resultados escolares “Olhar para écrans digitais durante muito tempo pode levar a uma série de problemas oculares e de visão globalmente chamados Computer Vision Syndrome.” Um em cada quatro jovens em idade escolar necessita de algum tipo de correção visual. Contudo, alguns jovens podem não se dar conta de que a sua visão não é normal. Uma má visão pode levar a frustração, a maus resultados escolares ou a problemas de comportamento. O problema mais frequente na adolescência é a miopia. Devido à preocupação com a aparência alguns adolescentes mais complexados podem não querer usar óculos mas é fundamental que a visão deles seja corrigida. Adolescentes com diabetes e artrite reumatoide juvenil devem ser seguidos com regularidade. É frequente nesta idade o síndrome da vi-

são ao computador. Olhar para écrans digitais durante muito tempo pode levar a uma série de problemas oculares e de visão globalmente chamados Computer Vision Syndrome. Entre 50% a 80% das pessoas em países desenvolvidos sofrem desta condição visual diariamente. Os sintomas mais comuns são: vista cansada; dificuldade a focar; visão turva ou desfocada; dores de cabeça e olho seco. Nestas idades há também a Exoforia Tropia que é um estrabismo divergente intermitente, que faz por vezes saltar as linhas na leitura, ocasionando os sintomas referidos, que podem ser minorados com o tratamento de ortóptica. Pessoas entre os 13 e os 20 anos também estão sujeitas ao aparecimento de Queratocone, doença que provoca a irregularidade da córnea. Na puberdade o Queratocone pode estar associado ao hábito de coçar excessivamente os olhos e muitos adolescentes não dão significado ao aumento da sensibilidade à luz e a uma baixa de acuidade visual, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contacto. Quanto mais cedo diagnosticado, melhor o resultado do tratamento. Eduardo Lopes Médico Oftalmologista na Climeco Director Clinico da Clina Climéco - Santarém e Almeirim

05 JULHO 2018 a ser mais direta e protegida através de uma pala e o acesso a pessoas de mobilidade reduzida passa a ser feito através de rampas. Segundo informa a Câmara de Santarém, “esta intervenção promove a acessibilidade para todos aos espaços de recreio, passando a existir saídas do espaço polivalente para o recreio, tanto a nascente como a poente, dotadas de rampas”. Para que essa alteração ao espaço exterior seja possível vai proceder-se ao abate do pinheiro existente, “colmatando assim os problemas que já vem dando há uns tempos, tais como lagartas, carumas nos escoamentos pluviais e até comprometimento da estrutura do edifício existente”.


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O MIRANTE - ESPECIAL ENSINO Como diretora, continuarei a investir na qualidade e na excelência, alicerçadas na capacidade de trabalho e numa visão empreendedora, sabendo que os obstáculos só serão vencidos com um esforço coletivo

O futuro está no nosso Agrupamento

“(...) Deixo uma palavra de apreço para todos os meus colegas, em especial aos do meu Agrupamento, que diariamente se dedicam de corpo e alma aos seus alunos, muitas vezes em condições adversas”. O Agrupamento de Escolas de José Relvas, Alpiarça, oferece uma vasta oferta formativa desde o ensino pré-escolar ao secundário regular (curso Cientifico-Humanístico de Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades) e cursos profissionais (cursos de Técnico de Desporto, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e

Técnico Auxiliar de Saúde). No Projeto de Intervenção para o mandato que este ano iniciei, estabeleci como Visão (aquela que nos permite “saber para onde vamos”) para o nosso Agrupamento: promover o sucesso educativo, através da melhoria dos resultados escolares; contribuir para a formação integral dos alunos; integrar todos os alunos, continuando a ser uma verdadeira escola inclusiva; ser um espaço de felicidade e de realização pessoal e profissional e uma referência no contexto das instituições educativas. Um dos primeiros objetivos que concretizámos do Projeto de Intervenção foi a aquisição de um sistema operativo informático e de segurança eficaz. Com a introdução destas novas tecnologias de informação e comunicação, dissipam-se os processos burocráticos e otimizam-se os fluxos de trabalho, proporcionando uma so-

lução integrada de gestão escolar fiável, diversificada, moderna e inovadora, que integra várias valências, em várias áreas. Paralelamente, estará a funcionar a 100%, no início do ano letivo, o sistema integrado de gestão de escolas, que é o sistema baseado num cartão que permite a sua utilização como meio de identificação, controlo de acessos e pagamentos. Todas estas tecnologias permitem acessos aos encarregados de educação, facilitando assim a comunicação entre a Escola e a Família e vice-versa. Continuaremos empenhados em dar continuidade aos Projetos de sucesso, alguns de referência nacional e internacional, tais como: “Erásmus+”, “E-twining”, “Co-Lab (Collaborative Educatione Lab)”, “aLeR+ 2027”, “Clube Europeu”, “Clube da Robótica”, “Mindfulness na nossa escola”; “Mentoria”, “Toca a estudar”, “A Melhor Turma”, “Reforço Educativo no Ensino Secundário”, “Desporto Escolar”, “Iniciação à Programação no 1º ciclo”; entre outros e a reformular ou a criar novos projetos, sobretudo no âmbito do Gabinete do Apoio ao Aluno. Vai iniciar-se a implementação do Projeto “Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar na Lezíria do Tejo. Trata-se de um plano inovador que vai atuar em 10 municí-

17 pios da Lezíria, com o intuito de fomentar o sucesso escolar. Continua a ser fundamental diminuir as taxas de retenção, a nível nacional, sobretudo no 2º ano do 1º ciclo, o que veio a verificar-se com a implementação do Plano de Ação Estratégico de Promoção do Sucesso Educativo, nos dois últimos anos letivos. Mas, é imprescindível que sejam dadas às Escolas e a quem as dirige as condições necessárias, nomeadamente a disponibilização dos recursos financeiros e humanos, a formação de professores adequada e no caso da escola sede do meu Agrupamento a realização das tão necessárias obras, como já foi prometido, há algum tempo, pelo Ministério da Educação. Como diretora, continuarei a investir na qualidade e na excelência, alicerçadas na capacidade de trabalho e numa visão empreendedora, sabendo que os obstáculos só serão vencidos com um esforço coletivo. Numa altura em que os professores estão em luta por todo o país e o meu Agrupamento não é exceção, deixo uma palavra de apreço para todos os meus colegas, em especial aos do meu Agrupamento, que diariamente se dedicam de corpo e alma aos seus alunos, muitas vezes em condições adversas. Para tal, termino com uma frase proferida pelo Senhor Presidente da República, que tem precisamente um ano, mas está muito atual “Há outros heróis que estão a mudar Portugal, são os Professores”. Obrigada! Isabel Maria Fernandes da Silva Diretora do Agrupamento de Escolas de José Relvas de Alpiarça


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Vila Franca de Xira volta a afirmar tradições e identidade no Colete Encarnado

foto arquivo O MIRANTE

Esperas de toiros, concertos, noite da sardinha assada e tertúlias prometem muita animação

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e 6 a 8 de Julho a cidade de Vila Franca de Xira volta a vestir o traje de gala para receber visitantes de todo o país naquela que é a sua principal festa do ano, o Colete Encarnado. Jorge Palma, Capitão Fausto e Cuca Roseta serão algumas das estrelas do palco. A festa do Colete Encarnado em Vila Franca de Xira sai para as ruas nos dias 6, 7 e 8 de Julho, afirmando-se como um convite à amizade, alegria, convívio e hospitalidade das gentes ribatejanas. É uma festa, segundo o presidente do município, Alberto Mesquita (PS), que afirma “as tradições e a identidade” de uma terra e das suas gentes. Além das esperas e corridas de toiros, fado, folclore e noite da sardinha assada, o programa inclui também vários concertos de peso: Jorge Palma e Carolina Deslandes dia 6, às 22h30 e 00h45, respectivamente, Capitão Fausto (dia 7 às 23h00) e Cuca Roseta, a fechar, dia 8 às 22h00. “Este ano introduzimos alterações na programação para ir de encontro às questões que nos foram sendo colocadas por quem vive a festa. Estamos preparados para ter novamente um Colete Encarnado com a dignidade e qualidade para receber milhares de visitantes. É uma festa que celebra a amizade, a multiculturalidade e, acima de tudo, a liberdade. É um momento de encontro e fraternidade”, explica Alberto Mesquita. O programa arranca dia 5 de Julho, quinta-feira, com o tradicional jantar das tertúlias na praça Palha Blanco. Sexta-feira, pelas 11h00, arranca animação iti-

Homenagem ao campino e desfile de amazonas e cavaleiros pelas ruas da cidade são o ponto alto da festa nerante pelas ruas e às 18h00 acontece a primeira largada de toiros pelas ruas da cidade. Pelas 20h30 haverá a missa rociera na igreja matriz seguida de fado por fadistas de Vila Franca de Xira junto à igreja. Além do palco da avenida Pedro Victor, que receberá depois dos concertos principais o DJ Luís Pinheiro às 02h30, o Largo da Misericórdia terá a actuação, a partir das 22h30, da Bandinha da Moca, Cavalinho Rá-pá-pum e XiraBrass. O palco Mártir Santo acolherá um espectáculo dos Carapaus, Azeite & Alho. O palco do Adro recebe este ano o Coro Rociero de Fuente de Santos, pelas 22h30 e, pelas 24h00, El Amir – Flamenco Sextet. SÁBADO É O PONTO ALTO O dia seguinte, sábado, será o mais “concorrido” da festa, começando logo com uma feira de velharias no jardim

municipal, concentração de campinos na Avenida Pedro Victor e, pelas 10h30, corridas de campinos no largo 5 de Outubro, juntamente com concerto pela banda do Ateneu. Está marcado um encierro para jovens às 12h30 no largo 5 de Outubro. O ponto alto da festa será a homenagem ao campino, às 16h00, na praça do município, seguido de desfile pela cidade. A espera de toiros acontece pelas 18h30. A noite da sardinha assada – distribuição gratuita de sardinhas, pão e vinho nos postos públicos da cidade, situados na rua 1º de Dezembro e nas tertúlias abertas ao público – acontece pelas 22h30. A praça de toiros acolhe a garraiada da sardinha assada pelas 02h00 e às 03h30 distribui-se caldo verde na rua 1º de Dezembro. Destaque para a maratona de folclore no palco do jardim municipal, a partir das 18h00. O último dia da festa, domingo, arran-

05 JULHO 2018 ca pelas 10h30 com uma espera de toiros seguida de largada, flamenco no palco sevilhanas.com a partir das 16h30, ranchos folclóricos no palco do jardim municipal a partir das 15h30 e, a fechar, fogo de artifício no Tejo a partir das 24h00. O MELHOR TRANSPORTE É O COMBOIO Devido à realização das obras na Auto-Estrada do Norte (A1) o presidente do município, Alberto Mesquita, admite que o melhor meio de transporte para visitar Vila Franca de Xira no fim-de-semana do Colete Encarnado será de comboio. “Discordamos da forma como as obras estão a ser feitas e queremos ver-nos livres delas o mais depressa possível. Vamos tentar estimular as pessoas para virem de comboio, é mais prático, rápido e confortável. Quem vier pela A1 vai sofrer esses constrangimentos de trânsito e por isso vamos tentar sensibilizar a Brisa [responsável da obra] para ter outra atenção nesse fim-de-semana”, explica. Apesar da recomendação, quem optar pelo automóvel terá também vários parques para poder estacionar espalhados pela cidade

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“Para ser campino é preciso esquecer os fins-de-semana e os feriados” Joaquim Lopes da Silva, 53 anos, é o campino homenageado este ano no Colete Encarnado foto O MIRANTE

Joaquim confessa ser “uma grande emoção” ser homenageado no Colete Encarnado

Nasceu e vive em Santo Estêvão, concelho de Benavente. Começou a campinar aos cinco anos para ajudar o pai guardando os bezerros que eram tirados às mães. Os cavalos e os toiros são uma paixão de grande respeito e proximidade. Diz que teve a sorte de ter uma grande mulher a seu lado, que foi – e ainda é – o seu grande amparo. Ser campino “é a melhor profissão do mundo” para quem gosta de natureza e de animais mas também exige “tremendos” sacrifícios. Quem o diz é Joaquim José Lopes da Silva, 53 anos, o campino homenageado no próximo sábado, às 16h00, na festa do Colete Encarnado em Vila Fran-

ca de Xira. “Para se ser campino é preciso esquecer muita coisa, incluindo os fins-de-semana e os feriados. Gostava de ver mais jovens a campinar, terem a oportunidade de aprender a arte como eu aprendi, mas hoje é mais difícil. Os miúdos nem todos estão para fazer esses sacrifícios e isto é

um trabalho onde é preciso vestir a camisola”, explica a O MIRANTE. Joaquim, natural de Santo Estêvão, Benavente, onde ainda reside, começou na actividade a ajudar o pai quando tinha cinco anos. Guardava os bezerros que eram tirados às mães. Era o terceiro de quatro irmãos. Quando era jovem chegava a demorar três dias para levar gado da Chamusca para as lezírias. Confessa que no início da profissão “nem habilidade tinha para conseguir arranjar um cavalo” na herdade onde trabalhava. Teve de fazer-se ao caminho e lutar para ser melhor. Um dia defendeu-se com um saco de farinha de um bezerro que investiu contra si. Diz que um bom campino nunca se deve deixar tomar pelo excesso de confiança. “Estou consciente que não vivo num mar de rosas, este trabalho tem muitos perigos mas tento sempre fazê-lo bem feito e sem facilitar”, conta. Hoje o trabalho de qualquer campino é também feito com máquinas. “Dantes para 70 cabeças de gado havia três homens, hoje guardam-se 200 animais com um homem. Há novos mecanismos e novas soluções”, explica. Joaquim diz que “teve a sorte” de encontrar “uma grande mulher” que sempre esteve a seu lado. É o seu grande amparo. “Tive uma vida boa, a fazer o que gostava e sempre fiz o que queria. Já vim várias vezes ao Colete Encarnado mas nun-

19 ca esperei vir a ser o homenageado. Não procuro homenagens, só quero fazer o meu trabalho. Quando me falaram disso fui apanhado de surpresa e pedi uns dias para pensar se queria aceitar ou não, porque ser homenageado no Colete Encarnado é uma responsabilidade muito grande. Mas não me deixaram pensar quase nada”, conta com um sorriso. O pampilho de honra que vai ser atribuído a Joaquim Silva leva o nome de outro Joaquim, Joaquim Isidro dos Santos, nascido em Benavente em 1926 e que desde os 10 anos guardava gado. Sempre participou nas festas tradicionais do Ribatejo, incluindo Vila Franca de Xira, e morreu aos 91 anos deixando um legado de dedicação ao trabalho. O filho, Joaquim Carlos e o neto, Luís, mantêm vivo na campinagem o nome de Joaquim Isidro dos Santos.


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Paula Viegas Colaboradora Lubrifil

Carina Santos Cabeleireiros Carina

Nelson Garcia Gerente da Xira Cor - Tintas

Continua a haver muita burocracia e isso prejudica a iniciativa privada

Os empresários é que têm que dinamizar os seus negócios

Fechar nos dias de O Colete Encarnado festa é mau mas deveria durar também só trabalha mais dias quem necessita

Durante o Colete Encarnado gosto muito de ver o trabalho hábil dos campinos na condução dos cabrestos e o seu trabalho com o gado bravo. As largadas de toiros só são perigosas quando as pessoas perdem a noção do real perigo das investidas de um toiro bravo. Eu limito-me a ver do lado de fora. As obras que estão a decorrer na A1 não vão impedir as pessoas de virem à festa. Quem quer mesmo vir, vem sempre. É uma boa ideia a passagem dos concertos para o Parque de Santa Sofia. Há mais condições e espaço para o crescimento da festa. Pessoalmente acho que fazia mais sentido passarem para o Campo da Feira do Cevadeiro, local que tem muito estacionamento e não tem vizinhos. Algumas pessoas do centro da cidade, talvez devido a terem uma idade mais avançada, procuram tranquilidade e vão para outras paragens. Nesta altura Vila Franca de Xira é tudo menos um lugar tranquilo. A Festa do Colete Encarnado é a festa mais importante da região. É uma tradição que deve manter-se e é a cultura de uma região muito marcada pela “aficion”. Eu gostava que a Festa do Colete Encarnado pudesse rentabilizar melhor o investimento que é feito para a sua realização estendendo mais no tempo os dias de festa. Três dias é pouco tempo para tanto trabalho e investimento. O comércio da cidade de Vila Franca de Xira ainda não conseguiu sair da recessão económica o que tem levado a que continuem a fechar algumas lojas. Não notei mudanças políticas nos últimos anos. Acho que continua a haver demasiada burocracia e isso não facilita a iniciativa privada.

Tal como outras pessoas de Vila Franca de Xira, Carina Santos sugere que a duração da festa do Colete Encarnado aumente. “A festa devia estar presente na cidade durante mais dias para haver maior distribuição dos visitantes, evitando a massiva concentração apenas num fim-de-semana. E também porque contribui para o desenvolvimento económico local gerando negócio para os empresários, nomeadamente da restauração”, refere. Acrescenta não acreditar que as obras a decorrer actualmente na A1 afastem visitantes. Carina Santos aproveita os dias de festa para conviver com os amigos à volta de um petisco, para ver os campinos a cavalo e para assistir às largadas de toiros que considera que só são perigosas para quem não tem cuidado ou para quem ingere demasiado álcool e perde a noção do perigo. Sobre a animação musical acha que a passagem dos concertos para o parque urbano de Santa Sofia, em vez de continuarem na Avenida Pedro Victor, não ajuda a manter a tradição e pode prejudicar o parque e os moradores da zona. Não percebe porque há algum comércio que fecha durante o fim de semana da festa e diz que quem fecha só está a prejudicar o seu próprio negócio. “A grande festa anual do Colete Encarnado traz muito movimento de pessoas, é boa para a economia da região”, defende. O salão “Cabeleireiros Carina” existe há cinco anos e o balanço é positivo. E a jovem proprietária não concorda que o sucesso de cada negócio tenha que estar dependente da câmara municipal. “A iniciativa de cada um é que pode fazer a diferença para aumentar a riqueza e criar mais postos de trabalho”, conclui.

A XiraCor existe há trinta e oito anos e o desejo do seu gerente é que a empresa continue a servir os seus clientes, mais outros tantos anos, pelo menos. Residente em Vila Franca de Xira, Nelson Garcia, 40 anos, diz que não sentiu grande diferença com as mudanças políticas verificadas após as últimas eleições e defende que sejam também os empresários a organizar iniciativas que possam dinamizar a economia local. Comentando a decisão de alguns comerciantes de fechar durante as festas, é pragmático. “Fechados não rentabilizam o negócio e dão má imagem à cidade. Mas também só trabalha quem necessita”, diz. Sobre a festa sugere alterações. “Uma boa ideia é distribuir os pontos de interesse da festa por toda a cidade. E a mesma deveria durar mais dias. O investimento e trabalho é demasiado para apenas os três dias que dura. A mudança dos concertos para o Parque de Santa Sofia, por exemplo, é boa e pode vir ajudar a crescer a festa, trazendo mais pessoas. Além disso há outras condições de palco para os artistas actuarem”, refere Nelson Garcia aproveita o Colete Encarnado para conviver com amigos e clientes e gosta de ver as largadas de toiros embora tomando precauções.

Bruno Monteiro Gestor de Seguros na GESTSEG - Gestão de Seguros

É membro da “Tertúlia Voltareta” e participa nas festas do Colete Encarnado, convivendo com amigos e clientes e assistindo às esperas e largadas de toiros. Por vezes arrisca passar as tronqueiras para desafiar os toiros mas sem arriscar demasiado. Defende que o Colete Encarnado, até pelo investimento que é feito e pela animação que proporciona, tenha uma duração maior. Não acredita que as obras a decorrer na A1 impeçam visitantes de irem viver a festa porque sabe que quando alguém quer muito alguma coisa, consegue-a. Além do mais a câmara municipal está, na sua opinião, a fazer uma boa divulgação do Colete Encarnado. Quanto à passagem, em próximas edições, dos concertos musicais para o parque urbano de Santa Sofia não discorda mas defende que a Avenida Pedro Victor tem que continuar a ser utilizada, com demonstrações de arte de toureio ou bancas de artesanato ligado á Tauromaquia, por exemplo Sobre o futuro da sua empresa diz-se optimista. “A minha empresa - GESTSEG - Gestão de Seguros - é recente mas os resultados têm superado todas as minhas expectativas augurando um excelente futuro. Vila Franca de Xira é um concelho amigo das empresas. Tenho sentido um grande apoio das entidades locais à criação de negócios e projectos independentes que trazem mais valia e oferta aos locais onde se instalam”, sublinha.


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Elisabete Galante Macau Gerente do Restaurante Cabeça de Toiro em Vila Franca de Xira

Tatiana Vieira Sócia Gerente do Restaurante Rodinhas Vila Franca de Xira

Não vou às largadas Para a restauração de toiros porque era bom haver estou a trabalhar mais iniciativas que atraíssem visitantes Gosta da festa do Colete Encarnado e particularmente da cerimónia de homenagem ao campino e das largadas de toiros. Se não participa mais é devido ao aumento do trabalho e primeiro estão os clientes do restaurante. “Quando posso assisto às largadas mas normalmente estou a trabalhar a essa hora. Não considero que sejam perigosas se as pessoas tomarem as devidas precauções e respeitarem o facto de o toiro ser um animal bravo”, conta. Elisabete refere que a festa é um acontecimento muito esperado pelos comerciantes, nomeadamente pelo sector da restauração porque há mais movimento e faz-se mais negócio devido aos visitantes. O restaurante Cabeça de Toiro é um daqueles que não tem mãos a medir para satisfazer a procura e há mais alturas para além do Colete Encarnado ou da Feira de Outubro, em que isso acontece. “O meu restaurante é uma casa centenária, desde 1908, espero que se mantenha pelo menos por mais cem anos. Vila Franca de Xira tem tido diversas iniciativas para dinamizar a região e a câmara tem contribuído para dinamizar a economia local. A campanha do sável na restauração é um perfeito exemplo disso”, sublinha. Como cidadã e defensora das tradições sugere que a festa tenha mais espectáculos de folclore, nomeadamente com ranchos folclóricos das freguesias do concelho. Quanto à ideia de mudar os concertos no futuro, da Avenida Pedro Victor para o Parque de Santa Sofia, confessa que é contra. “Penso que pode ser prejudicial tirar os concertos do centro de Vila Franca de Xira. Deve-se respeitar a tradição do local no coração da cidade. Tirando-os do centro a festa perde a sua identidade”, defende.

Tatiana Vieira gosta de assistir aos concertos durante as festas do Colete Encarnado. A anunciada mudança do local dos mesmos, a partir do próximo ano, da Avenida Pedro Victor para o Parque de Santa Sofia, não lhe agrada. “Acho mal. Vai tirar o carisma da festa e afectar a sua ligação tradicional ao centro da cidade. O comércio pode perder imenso com essa mudança”, diz. A Sócia Gerente do Restaurante Rodinhas tem também uma sugestão para reforçar a animação da festa. “Gostava que houvesse outras actividades depois dos concertos acabarem para os que têm de trabalhar nestes dias também tivessem oportunidade de assistir ou participar”, explica. Diz que as obras a decorrer na A1 não irão fazer diminuir os visitantes porque quem vai, vai mesmo, independentemente de um ou outro transtorno mas acha que o ambiente taurino arrefeceu um pouco nos últimos anos. Confessa que não notou mudanças após as últimas eleições e defende mais iniciativa privada para reactivar o parque industrial do concelho e criar mais postos de trabalho. Sobre o futuro do restaurante está optimista e considera que o optimismo poderia ser ainda mais se houvesse mais festas como o Colete Encarnado ou outras iniciativas que atraíssem pessoas à cidade, tanto do concelho como de outros locais.

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Paulo Farinha Sócio Gerente da Auto Eclipse - Comércio automóvel

Ricardo Neto Agente Imobiliário da NFF Services Ldª

É preciso criar condições para fixar mais jovens em Vila Franca de Xira

O Colete Encarnado está para Vila Franca como o bacalhau para Portugal

A alegria que as festas trazem à cidade e a quantidade de pessoas que nos visitam, permitem a confraternização com os amigos e com os clientes da Auto Eclipse. Vou algumas vezes assistir às largadas de toiros mas fico de fora. Os que vão lá para dentro sujeitam-se e estão por sua conta e risco. O sector da restauração tem nas festas o seu ponto alto. Os visitantes têm a possibilidade de conhecer a cidade e fazer algumas compras no comércio local criando alguma riqueza. A ideia de passar, no futuro, os concertos para o parque urbano de Santa Sofia em vez de os manter na Avenida Pedro Victor, é boa. Há mais espaço, mais estacionamento e maior margem de crescimento quer para palcos, quer para maiores assistências nos espectáculos. E também há melhores condições de segurança. Não dei por mudanças políticas, desde o fecho do centro comercial. O concelho tem vindo a envelhecer e é necessário criar condições para fixar os mais jovens, contrariando essa tendência. A Auto Eclipse já existe em Vila Franca de Xira há 21 anos. A nossa dedicação aos clientes e acompanhamento aos mesmos para a sua maior satisfação é a nossa principal missão. Recentemente crescemos e abrimos um novo espaço comercial de lavagem automóvel, a Eclipse Car Wash.

Gosta do Colete Encarnado mas defende uma maior atenção aos desacatos que costumam ocorrer porque diz que acabam por afastar muitas pessoas, chegando algumas a optar por sair da cidade durante a festa. Lamenta tais situações porque considera que o evento é benéfico para a economia local. “Acredito piamente que a festa do Colete Encarnado é um ‘balão de oxigénio’, essencialmente para cafés, restaurantes e hotelaria. Fora do Colete Encarnado e da Feira de Outubro, a nossa cidade é o que todos sabemo”, refere, acrescentando que o principal problema é a falta de dinamismo. Não valoriza o encerramento de algum comércio durante os dias do Colete Encarnado e explica porquê. “Penso que se trata essencialmente de lojas do comércio tradicional que na sua maioria estão a ser geridas por pessoas mais velhas, às quais lhes poderá causar algum desconforto o aumento de movimento nesses dias e para as quais as festas não são sinónimo de maior facturação nos dias em que decorrem”. Está optimista relativamente ao futuro da sua empresa. “Com quadros jovens e dinâmicos acreditamos estar em pleno crescimento no mercado local, consolidando a nossa presença com diversas iniciativas, estando próximos dos nossos clientes e respondendo atempadamente às suas exigências”, conclui.


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O MIRANTE - ESPECIAL COLETE ENCARNADO

05 JULHO 2018

Carina Narciso Consultora Remax

O Colete Encarnado é a imagem de marca da cidade de Vila Franca de Xira No Colete Encarnado o melhor, para mim, é o ambiente, o convívio, as tertúlias e os concertos, embora tenha consciência que o ponto forte é a festa brava, nomeadamente as largadas de toiros. Penso que é importante os comerciantes abrirem as portas até mais tarde nos dias de festa. Se não o fizerem perdem a oportunidade de fazer mais negócio. Esta festa contribui bastante para a economia local e para o desenvolvimento da cidade. A requalificação de alguns espaços da cidade é essencial. No que diz respeito ao espaço onde está a antiga Marinha, a Câmara vai requalificar todo o espaço e integrar todas as envolventes, o que vai valorizar toda a zona, trazendo para Vila Franca novas gentes, o que vai dinamizar a vida da cidade. O hospital antigo e o centro comercial também têm que ter um destino. Não podem continuar ao abandono. Desde 2008 que faço parte da família Remax, a convite do meu irmão Paulo Narciso, também consultor Remax e do nosso querido José Ribeiro que já não está entre nós e que tanto colaborou. O que mais gosto nesta profissão é a possibilidade de diariamente ajudar as pessoas a encontrar a casa que tanto ambicionam e a melhorarem as suas condições de vida. É importante ajudar e alertar o cliente para a realidade objectiva do valor do imóvel a preços justos de mercado, tanto na venda como na compra de casa.

Praça de toiros celebra ganadaria Palha com corrida no domingo Em ano de comemoração do seu 170º aniversário de fundação, a ganadaria Palha regressa à praça de toiros Palha Blanco para apresentar um imponente curro de toiros da divisa que pasta nos campos da Herdade da Adema. “Toiros com idade, peso e trapío”, segundo a organização da corrida de toiros que está marcada para domingo, 8 de Julho, pelas 18h00. As lides a cavalo estarão a cargo de Luis Rouxinol e Francisco Palha, num despique entre a maestria e a juventude. Nas pegas dessa tarde vão estar os Forcados Amadores de Vila Franca de Xira. No toureio a pé, a Palha Blanco aposta

num dos toureiros revelação da tauromaquia internacional, o matador Pepe Moral, um dos destaques da temporada espanhola. Até ao momento pontificam as três orelhas cortadas este ano em Sevilha, duas delas na corrida de Miura onde roçou a saída pela porta do príncipe. “Toureiro de corte fino, e que se expressa de forma magistral no toureio ao natural, Pepe Moral será certamente um caso da tauromaquia e muito do gosto da exigente afición vilafranquense”, espera a organização. Em competição com Pepe Moral estará o vilafranquense Nuno Casquinha, triunfador da temporada transacta da Palha Blanco.

A corrida de toiros está marcada para domingo, 8 de Julho, pelas 18h00.


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