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Ala dos Namorados e Paulo Gonzo nas festas de Coruche foto O MIRANTE

Ala dos Namorados, Paulo Gonzo e os Filhos da Terra são as principais atracções musicais das tradicionais festas em honra de Nossa Senhora do Castelo que se realizam em Coruche de 6 a 18 de Agosto. Uma festa que une diversão com religião. A apresentação das festas decorreu no sábado, 3 de Agosto, na galeria do Mercado Municipal de Coruche, e contou com a presença do presidente da autarquia, Dionísio Mendes, nestas que vão ser as últimas festas enquanto líder do município. A inauguração oficial está marcada para 14 de Agosto (quarta-feira), às 18h00, no Parque do Sorraia. No entanto, a parte religiosa começou na terça-feira, dia 6, com as novenas que se realizam todos os dias, pelas 21h30, até dia 13. No sábado, 10, há a primeira entrada de cabrestos com campinos pelas ruas da vila (19h00). A Banda Filarmónica da Sociedade Instrução Coruchense actua na noite de terça-feira, 13 de Agosto. Na quarta-feira, 14, o dia começa pelas sete da manhã com a “grandiosa alvorada” seguindo-se o desfile da Banda Filarmónica Sociedade Instrução Coruchense. O espectáculo de dança com os MC Company Dance Crew realiza-se no palco principal a partir das 19h30. À noite há missa (21h30) e desfile de fanfarras de bombeiros (22h30). Para a meia-noite está marcado um espectáculo de fogo-de-artifício junto ao rio Sorraia seguindo-se o concerto com a banda da Sociedade de Instrução Coruchense (00h30). A noite prossegue com largada de quatro toiros nas ruas da vila, a partir da uma da manhã e animação no palco das tasquinhas (1h30).

Na quinta-feira, 15 de Agosto, feriado nacional e dia da padroeira Nossa Senhora do Castelo, destaque para o concurso de pesca (9h00), missa solene em acção de graças a Nossa Senhora do Castelo (12h00) e missa na igreja matriz (17h00). À noite realiza-se mais uma edição do Festival de Folclore “António Neves” que conta com a participação do Rancho Folclórico Os Camponeses de Santana do Mato (Coruche), Rancho Folclórico de Zebreiros (Gondomar), Rancho Folclórico de Boidobra (Covilhã), Rancho Folclórico da Fajarda (Coruche), Grupo Etnográfico de Lorvão (Penacova) e Rancho Folclórico Regional do Sorraia (Coruche). A festa prossegue na sexta-feira com a


08 AGOSTO 2013 condução de cabrestos e largadas de toiros, a partir das 10h00. Às 18h00 há Largada à Corda, com quatro toiros e pastores da Ilha Terceira (Açores). O Grupo Só Forró será o responsável pela animação de rua. Às 21h00 sobe ao palco o espectáculo musical “Melodias de Portugal" seguindo-se a actuação dos Ala dos Namorados (22h30). A partir da uma da manhã mais uma largada de quatro toiros nas ruas da vila. No sábado, 17, destaque para o cortejo histórico e etnográfico (11h00), homenagem aos campinos, junto ao mural dos toureiros (17h00). Às 18h00 realiza-se a já tradicional corrida de toiros, na praça de toiros da vila. Paulo Gonzo é o artista convidado da noite e sobe ao palco a partir das 22h30. No último dia de festa destaque para a entrada e largada de toiros, a partir das 10h30, nas ruas da vila. Às 16h30 realiza-se a picaria à vara larga com um toiro para amadores e um toiro para campinos. A tourada à corda está marcada para as 18h00. Os Filhos da Terra actuam pelas 23h00. A festa termina com fogo-de-artifício, junto ao Parque do Sorraia, à uma da manhã.

Apoio de populares e comerciantes é fundamental para o sucesso da festa O presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes, aproveitou a apresentação do programa das festas para sublinhar a proximidade que voltou a existir entre Comissão de Festas e Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, que organizam as festas em conjunto com a autarquia. O autarca destacou também a importância do cortejo histórico e etnográfico que se realiza no sábado, 17, a partir das 11h00. Dionísio Mendes realçou ainda a realização do Festival de Folclore “António Neves” afirmando que dar o nome do fundador do Rancho Folclórico Regional do Sorraia ainda em vida, foi um acto de justiça. A presidente da Comissão de Festas, Berta Lopes dos Santos, refere que este é mais um ano difícil e só com a ajuda de

muita gente, e muitas vezes com “recurso a magia”; é que conseguiram levar a cabo mais uma edição da festa mais importante do concelho de Coruche. Com um custo de

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cerca de 150 mil euros, a autarquia apoia com um subsídio de 80 mil euros sendo que a comissão tem que angariar os restantes 70 mil euros durante o ano.


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Câmara de Coruche vai construir edifícios para arrendar no centro histórico da vila Aprovada candidatura do município ao programa “Reabilitar para Arrendar” no valor de quase dois milhões de euros.

OBJECTIVO. Câmara de Coruche quer dar nova vida ao centro histórico da vila A candidatura da Câmara Municipal de Coruche ao Programa de Reabilitação Urbana para Arrendamento Habitacional “Reabilitar para Arrendar”, no valor de 1.864.287 euros, foi recentemente aprovada. A intenção do município foi captar financiamento para construir dois edifícios de apartamentos para arrendamento urbano, na Rua Júlio Maria de Sousa e na Rua

Direita/Travessa do Monteiro, bem como para o arranjo urbanístico do Largo Porto João Ferreira. No total, os dois edifícios vão contemplar 13 fogos para habitação e três espaços para comércio e serviços, num total de 1597 m2 área bruta de construção. “Estas intervenções no seu conjunto permitem dar seguimento à estratégia de desenvolvimento definida no Plano Estratégico de Desenvolvimento Coruche 2020, atingindo os objectivos definidos na proposta de delimitação da ARU (Área de Reabilitação Urbana) do Centro Histórico de Coruche e no Programa Estratégico de Reabilitação Urbana no âmbito da Operação de Reabilitação Urbana Sistemática, em elaboração”, afirma a autarquia em comunicado.


08 AGOSTO 2013 Os imóveis vão ser construídos no centro histórico de Coruche, sendo que o primeiro processo de obras para o terreno do edifício da Rua Júlio Maria de Sousa data de 1969. Desde essa altura que foram elaborados vários projectos, mas por razões várias da parte dos promotores nunca foram construídos. “A excelente localização do edifício na frente ribeirinha e a promoção do arrendamento urbano, conferem a esta intervenção um potencial de procura que compensa o investimento a realizar”, alega a autarquia. O edifício da Rua Direita será construído no terreno que faz parte do capital social da Lezíria do Tejo, SRU, entidade que colaborou com a Câmara de Coruche na elaboração da candidatura.

Refira-se que o programa “Reabilitar para Arrendar” financia intervenções de construção, reabilitação ou reconstrução de edifícios maioritariamente para arrendamento habitacional. Apoia ainda a reabilitação ou criação de espaços públicos, desde que no âmbito de uma operação de reabilitação urbana sistemática, bem como reabilitação ou reconstrução de edifícios que se destinem a equipamentos de uso público.

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Vialonga em festa durante cinco dias Bailes, música, dança, artesanato e tasquinhas num programa recheado de animação As festas populares de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, em honra de Nossa Senhora da Assunção começam na quarta-feira, dia 12, e terminam no domingo, dia 18 de Agosto. Vão decorrer no largo da igreja paroquial e no campo do Grupo Desportivo de Vialonga. Os artistas folk da Kumpania Algazarra, inspirados pela música cigana, são cabeças de cartaz do evento e actuam no primeiro dia no palco arraial.

A procissão acompanhada pela Banda do Grémio Dramático Povoense começa às 18h00 no dia 15, seguida de uma noite de fados. Os Tabanka Djaz, grupo de música africana constituído por quatro elementos oriundos da Guiné-Bissau, começam a cantar às 23h00 de sexta-feira, dia 16. No sábado, são os Voodoo Marmalade que vão animar os presentes com uma mistura de sonoridades que começa nos clássicos dos anos 50, passa pelo rock dos anos 80 e foto arquivo O MIRANTE

pop contemporâneo. As festas terminam no domingo com folclore. Sobem ao palco o Rancho Infantil da Casa do Povo de Vialonga, do Grupo Folclórico da A.D.C.S. Parque Residencial e “Os Camponeses” do Grupo Desportivo de Santa Eulália. No espaço dos festejos há bancas de artesanato e tasquinhas de comes e bebes. A Junta de Freguesia de Vialonga é a organizadora do evento.


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Festas de Vialonga devem continuar haja crise ou não Mesmo em tempo de crise quem vive em Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, considera que o investimento nas festas não é dinheiro mal gasto. Apesar de alguns entenderem que se deve ponderar bem, o certo é que ninguém gostava que os festejos acabassem. As festas da vila são um ponto de encontro de amigos e familiares e uma forma de também se esquecer por momentos as diiculdades da vida.

As festas unem a população

“A crise não quebra a tradição”

Sebastião Guterres, 22 anos, técnico de próteses dentárias e estudante

Mário Jorge, 70 anos, reformado

As festas populares são o ponto de encontro com velhos colegas da escola e com os amigos que emigraram e que voltam nesta altura. É desta forma que Sebastião Guterres define as festas da sua terra, realçando que são um ponto de união da população. “É questionável o dinheiro que se gasta na organização do evento mas não nos podemos esquecer que é assim que damos a conhecer a região”, explica. Nesta edição, está interessado na actuação dos Kumpania Algazarra. Planeia deslocar-se todos os dias e aproveitar o facto de estar de férias. Para o jovem o que falha em Vialonga é a rede de transportes pois apesar de estar bem planeada, os horários deviam ser alargados. Trabalha em Vialonga e estuda em Lisboa e garante que “se existissem mais transportes directos para Vialonga, evitava andar de carro”.

Festas são um ponto de convívio Luísa Domingos Alves, 49 anos, empregada fabril Originária da Guiné-Bissau, Luísa Domingos Alves garante que já ninguém a tira de Vialonga. É uma presença assídua nas festas populares e na procissão. Para a empregada fabril os festejos são uma forma de compensar o trabalho árduo de uma semana e a oportunidade perfeita para se divertir com a sua família e os amigos. “Este ano ainda vai ser mais especial porque tenho que ajudar uma prima minha que vai ter um quiosque de comes e bebes no recinto”, explica. Considera que a crise não deve ser desculpa para não se fazerem festas. A guineense mora na vila há 19 anos e confessa que no início foi difícil adaptar-se. “Vialonga tinha má fama e havia muita criminalidade”, comenta. No entanto diz que hoje é uma boa terra para se viver.

Para Mário Jorge as festas são uma tradição que não pode ser quebrada pelas dificuldades económicas e financeiras actuais. Diz que apesar de o país estar num momento complicado, as tradições fazem com que se ganhe positivismo e alegria. “Não nos podemos esquecer quem somos e onde vivemos”, explica, e sublinha que para os mais velhos, é o acontecimento do ano. É um espectador habitual nas festas em honra de Nossa Senhora da Assunção e o que gosta mais é o espírito festivo com que se vive a data. Este ano não vai perder a noite de fados e já é hábito acompanhar a esposa na procissão que este ano se realiza no dia 15 de Agosto. Em relação a Vialonga, o reformado diz que tem evoluído bastante em termos de construção e redes de transporte porque antes estavam isolados tanto de Lisboa como de Vila Franca de Xira.


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ESPECIAL 08 AGOSTO 2013 foto O MIRANTE

foto O MIRANTE

Uma questão de identidade

“Falta vida a Vialonga”

Fernando Melo,44 anos, mecânico

Catarina Ribeiro, 22 anos, estudante Espaços de diversão nocturna e uma piscina municipal são as coisas que Catarina Ribeiro sente que mais faltam em Vialonga. “Sempre que quero ir beber um café a horas mais tardias tenho que sair da vila” afirma a jovem de 22 anos. Considera que se forem construídas umas piscinas estas vão ter rentabilidade já que prevê uma grande adesão dos habitantes. Costuma passar pelas festas da vila para “comer um churro ou algodão doce”. Entende que é necessário existir pelo menos uma vez por ano uma iniciativa que ofereça música e baile. Conclui dizendo que numa época de crise deve continuar a existir festas mas não se deve gastar muito dinheiro na sua organização. foto O MIRANTE

“Vialonga tem tudo o que preciso” Fernando Alves, 60 anos, electricista A residir há 20 anos em Vialonga, Fernando Alves diz que tem na localidade tudo o que precisa, elogiando o progresso da terra nos últimos anos. Uma das suas maiores preocupações eram os espaços verdes mas hoje considera que a freguesia está bem servida de áreas pedonais e jardins e que são bem tratados. “Vialonga é uma zona sossegada”, frisa o electricista. É cristão evangélico e não tem por costume ir às festas. “No máximo passo por lá para comprar uma fartura”, admite. No entanto, vive junto ao recinto das festas e vê bastante gente a sair dos festejos a partir da sua varanda. Julga que as tradições são essenciais para manter a cultura.

Fernando de Melo nasceu em Angola e vive em Vialonga há 18 anos. Considera que a comunidade africana está bastante presente e integrada na freguesia admitindo que se ganharam novos costumes mas que se manteve a identidade do povo. Assegura que Vialonga é uma terra “pacífica e com menos criminalidade”. As festas de Agosto são uma montra dessa realidade diz o angolano, pois é possível assistir às tradições portuguesas, como por exemplo os ranchos folclóricos, mas também à cultura africana com a actuação de grupos de música e dança. “Há muito tempo que oiço os Tabanka Djazz”, diz acrescentando que vai assistir ao concerto no dia 16. Fernando é católico praticante e devoto de Nossa Senhora da Assunção. Costuma ir às festas para “beber um copo e estar com os amigos”. Pensa que o dinheiro gasto é um bom investimento porque se trata de uma ajuda ao comércio e as bandas locais.


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Festas de Samora Correia aliam tradição religiosa à festa brava

Corrida à Portuguesa com Luís Rouxinol e Sónia Matias

Festejos em Honra de Nossa Senhora da Oliveira e Nossa Senhora de Guadalupe de 15 a 19 de Agosto foto arquivo O MIRANTE

Os cavaleiros Luís Rouxinol, Sónia Matias e Filipe Gonçalves apresentam-se na arena da praça de touros de Samora Correia para uma Corrida à Portuguesa na noite de segunda-feira, 19 de Agosto. Tanto os cavaleiros como os forcados amadores do Ribatejo e da Chamusca enfrentam seis touros de Canas Vigouroux. As reservas de bilhetes podem ser efectuadas pelo número 910 987 102. va de maneio do gado bravo, junto à sede da ARCAS, dá prémios ao melhor campino, melhor cavaleiro amador e participante mais jovem, na manhã de domingo, 18 de Agosto. No último dia dos festejos a manhã começa com encierro com os toiros da corrida do dia (ver caixa) e tem entrada de touros à tarde, pelas 19h00. Na vertente religiosa, o ponto alto é a procissão de todas as imagens pelas ruas de Samora Correia, com a banda União Samorense e a fanfarra dos bombeiros voluntários. A procissão nocturna do Senhor Jesus desde a igreja da Misericórdia até à igreja matriz (21h30) é outros os motivos de interesse religiosos, às 21h30 de quinta-feira.

Sonido Andaluz, Fado Marialva, Ciganos D’Ouro e David Antunes @ The Midnight Band são os espectáculos em destaque nas Festas em Honra de Nossa Senhora da Oliveira e Nossa Senhora de Guadalupe, em Samora Correia. Nos festejos que decorrem de 15 a 19 de Agosto não faltam as tradicionais entradas e largadas de touros, a noite da sardinha assada e homenagem ao campino. Na parte religiosa há as tradicionais procissões com as imagens das senhoras de Oliveira e Guadalupe. Maximiano de Jesus Moreira é o campino distinguido este ano nas Festas de Samora Correia. A homenagem decorre no sábado, dia 17, Dia do Campino. A abertura oficial está marcada para as 15h00 na Praça da República, com o hastear de bandeiras, presença das entidades oficiais, repique dos sinos e salva de 21 morteiros ao som da fanfarra dos Bombeiros de Samora. A animação musical é garantida por Fado Marialva e Sonido Andaluz a partir das 22h30. O programa musical compõe-se também com a actuação dos Ciganos D’ Ouro na noite

de sábado, dia 17, e David Antunes & The Midnigh Band, às 23h00, de dia 18, segunda-feira. Ao final da tarde de quinta-feira, dia 16, começam as actividades taurinas com passagem de touros (18h00) na avenida O Século e à noite (21h00) cortejo de cavaleiros a acompanhar as imagens das padroeiras. Há mesa da tortura para os mais corajosos no largo 25 de Abril ao final da noite de sexta-feira, dia 16, mas antes, pelas 19h00, tem lugar entrada de touros com campinos e lavradores a cavalo no largo 5 de Abril. Nessa mesma sexta-feira (22h00), Dia das Tertúlias, a praça de touros recebe o espectáculo equestre “Emoções Ibéricas”, as Sevilhanas Canela e Manzanilha e fogo da Escola Passo a Passo. No dia dedicado ao campino há provas de provas de condução de cabrestos e de perícia de campinos de manhã (10h00). Ainda no sábado há um desfile etnográfico pelas ruas (16h00). Depois da homenagem ao campino há passagem de touros na avenida O Século até ao largo 25 de Abril (18h30). Uma pro-


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Uma festa onde haver feridos nas largadas de toiros já faz parte da tradição

É mau roubarem sardinhas Vítor Oliveira, 42 anos, Sapateiro “Criam-se muitos laços de amizade e é uma coisa boa para a nossa terra”, diz Vítor Oliveira sobre as festas de Samora Correia. Na noite da distribuição de sardinhas assadas se o sapateiro vir pessoas a açambarcarem peixe garante que vai denunciar as situações à comissão de festas. “É mau roubarem sardinhas mas com a quantidade que deve haver parece-me que não vão existir problemas”, sublinha. Vítor Oliveira como aficionado da festa brava gostava que se fizessem mais largadas de toiros. Os acidentes que ocorrem durante as largadas são, no entender do sapateiro, difíceis de evitar. “É impossível não haver feridos, faz parte da festa”. Gosta também das cerimónias religiosas e costuma acompanhar a procissão de domingo. “É um momento solene e bonito da festa”.

Mais espectáculos de fado Gil Santos, 65 anos, magarefe Gil Santos vai à festa sempre que tem disponibilidade e confessa que gostava de

Desorganização com vendedores ambulantes António César, 48 anos, talhante A desorganização com a colocação no recinto das festas de vendedores ambulantes prejudica os festejos no entender de António César, que considera o evento o principal acontecimento do ano na cidade. “Deviam ser colocados num único lugar, não deviam ficar de qualquer maneira espalhados pelas ruas. Vamos às festas de outros sítios e não vemos esse disparate. Também deviam cortar o trânsito na zona circundante à festa”, defende. Para António César as atitudes de quem rouba sardinhas na festa devem ser ignoradas. Todos os anos vai à festa e gosta de tudo o que esta tem para oferecer. Diz que o programa está bom e exalta o esforço da comissão de festas em oferecer um cartaz digno numa época de crise. “Haver feridos nas largadas é inevitável. Se for ao futebol pode cair de uma bancada e morrer, se andar na rua pode morrer atropelado”, refere. Durante a festa diz que prefere o vinho à cerveja mas bebe com moderação.

ver mais espectáculos de fado incluídos no programa. “O fado é samorense, há muita tradição de fadistas na terra e era bom para atrair público”, justifica. Se este ano encontrar alguém a roubar sardinha diz que é capaz de confrontar a pessoa. “Infelizmente a maioria das pessoas que rouba as sardinhas não é de cá”, salienta. Gil Santos diz que se tivesse de cortar no programa iria reduzir algumas celebrações religiosas. “Devia ter mais festa, é isso que dá dinheiro à cidade. Veja-se o que aqui acontece no Carnaval, é uma loucura e para o comércio isso é muito bom”, refere. Sublinha que o melhor das festas da cidade é o convívio e que este ano vai ser ainda melhor porque terá a companhia de uns familiares emigrados no Luxemburgo.

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Na generalidade consideram que o programa das festas de Samora Correia está bom mas há quem defenda que deve haver mais actividades tauromáquicas ou mais espectáculos de fado. A procissão é um momento importante. O que os participantes neste inquérito sobre os festejos da sua terra não toleram é que na noite da distribuição da sardinha assada haja pessoas a levarem sacos de peixe para casa. Quanto aos feridos nas largadas de toiros é uma questão que já faz parte da tradição e por isso aconselha-se a que não entrem para o recinto onde está o toiro se não querem ter problemas.


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Mais largadas de toiros Vítor Paço, 50 anos, cortador de carne Para Vítor Paço as festas de Samora Correia fariam mais sentido se tivessem mais largadas de touros. Se vir alguém a roubar sardinhas assadas este ano diz que irá alertar os responsáveis mas admite que isso é algo “difícil de controlar”. Na opinião de Vítor Paço “não é aceitável” que se continue a deixar as pessoas roubarem o peixe. Confessa ter dado “uma vista de olhos” ao programa e garante que irá visitar a festa nos primeiros dias. “Depois tenho de trabalhar”. Diz que não tiraria nada do cartaz. “Haver feridos é algo que faz parte das largadas. Só vai lá para dentro quem quer. Sem gente a levar porrada não tinha graça. Feridos graves não é bom, mas umas “massagens” do toiro fazem parte da festa”, confessa. Diz que a quantidade de cerveja que bebe depende dos dias e da disposição. Para Vítor Paço o principal da festa é o convívio e é disso que pretende desfrutar.

Procissão é um momento bonito Leonor Bica, 71 anos, comerciante Leonor Bica aprecia ver as pessoas a dançar e os grupos musicais a actuar nas festas. Já não vai tantas vezes à festa como antigamente mas sempre que pode vai ver a procissão ou o baile. “É uma oportunidade de encontrar pessoas amigas e conheci-

É inevitável haver feridos nas largadas António Domingos, 65 anos, empregado de balcão Durante as festas de Samora Correia haver feridos durante as largadas de touros é inevitável, na opinião de António Domingos. “Já faz parte da tradição, as pessoas arriscam o mais possível. Eu não arrisco”, conta. O empregado de balcão diz que não é um assíduo participante na festa mas que sempre que pode aproveita para conviver e desanuviar do dia-a-dia reencontrando amigos. Não vai às actividades tauromáquicas porque não aprecia. Se vir gente a roubar sardinha este ano não vai dizer nada. “É assim todos os anos, uma falta de civismo, pegam em sacos que depois acabam por estragar. Não é por terem fome, é por terem mais olhos que barriga”, critica. Diz que o programa é diversificado mas confessa que dispensaria o fogo-de-artifício. “É deitar dinheiro ao ar”, lamenta. Quando vai à festa é raro beber e como católico diz que acompanha a procissão de domingo.

das”, refere. Diz que já foi em alguns anos à noite da sardinha assada mas que depois deixou de aparecer. “É feio roubarem as sardinhas. Não roubam pela fome, é para congelar e comerem durante o ano”, lamenta. Na opinião de Leonor Bica o programa está bom e concorda com a existência de largadas de toiros. Diz que quem se mete com os toiros arrisca-se a ficar ferido e por isso aconselha quem não quer ter problemas a escolher um sítio protegido para ver as largadas. Sempre que pode vê a procissão passar, porque entende que é dos momentos mais bonitos da festa.


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