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O MIRANTE

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S E M A N Á R I O Semanário - Ano XXII - N.º 893 - Preço: 0.60  - Director: Alberto Bastos -

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EDIÇÃO MÉDIO TEJO - 27 Ago 2009

Rua 31 de Janeiro, n.º 22 2005-188 Santarém  243 305 080 R. Câmara Pestana, n.º 44 2140-086 Chamusca  249 769 160 e-mail: omirante@omirante.pt

Executivo municipal de Torres Novas viola a lei ao não reunir em Agosto Presidente da câmara, António Rodrigues, diz que situação é prática corrente no mês de férias, o que contraria a lei que obriga a que exista pelo menos uma reunião ordinária por mês 29 Histórias do pioneiro das rádios piratas José Guilherme Paradiz, fundador da Rádio Pernes, confessa-se um transgressor 30

Judoca Renato Inácio sonha com as Olimpíadas

Pagar para treinar e competir não retira vontade ao campeão nacional de esperanças 32

Aprovado projecto para eliminação da passagem de nível do Entroncamento Secretária de Estado dos Transportes acredita que a obra será consignada em 2010 4

Mação e Vila de Rei voltam a desentender-se devido a disputas de território Marcação de estradas da Câmara de Mação “invadiu” concelho vizinho gerando reacção desse município 6

Encerramento do posto de saúde de Minde apanha população desprevenida 2 Há cada vez mais membros do Clube de Leitores O MIRANTE

Iniciativa está a despertar interesse em pessoas que não conheciam o jornal 19

O Jerico foi à câmara

Jorge Dias é um empresário que recorre a soluções mediáticas para chamar a atenção para as injustiças de que se diz vítima. Primeiro deixou crescer a barba até meio do peito. Na sexta-feira foi reclamar à câmara de Abrantes e fez-se transportar num burro. O animal nunca tinha sido alvo de tanta atenção.

Até a polícia por lá apareceu para verificar se a lei estava a ser cumprida. E estava, apesar de o burro ter zurrado bem alto e ter deixado a sua marca intestinal à porta dos serviços. 5

Desaparecido em Seguradoras manipulam Tomar encontrado o sistema à vontade morto em Santarém diz o presidente do As autoridades não suspeitam de crime Observatório da Justiça mas a carrinha em que se deslocou António Fonseca, ex-director da Resitejo, Victoria Seguros continua sem resolver acidente com a carrinha de O MIRANTE 8 ainda não foi encontrada 15

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Encerramento do posto de saúde de Minde apanha de surpresa autarcas e população Unidade clínica encontra-se em obras para instalar um Serviço de Apoio à Gripe A

ESTRANHEZA. Os moradores ficaram admirados com o encerramento súbito da extensão de saúde

Câmara de Alcanena e Junta de Freguesia de Minde contestaram a decisão e a forma como a mesma foi tomada, sem informação prévia aos autarcas.

A

população de Minde, Alcanena, foi apanhada de surpresa com o encerramento do posto de saúde local, que abrange cerca de quatro mil utentes.

A valência foi encerrada na segundafeira, 24 de Agosto, sendo desde então os utentes direccionados para o Centro de Saúde de Alcanena. Neste momento decorrem obras com vista à construção de um Serviço de Apoio à Gripe (SAG), desconhecendo-se a data da reabertura da extensão de saúde ao público.

De acordo com o que O MIRANTE apurou, chegou a ser equacionado o encerramento do posto médico para passar a receber exclusivamente doentes infectados com o vírus da gripe A (H1N1). Mas na sequência de uma reunião ocorrida na

manhã de terça-feira, 25 de Agosto, entre o director do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Serra d’Aire, Pedro Marques, e o presidente da Câmara de Alcanena, Luís Azevedo, deu-se um recuo na decisão, tendo ficado estabelecido que a extensão de saúde continuará aberta ao público “para servir a população”, mantendo-se parte da unidade como reserva para o rastreio e encaminhamento de doentes portadores da Gripe A. Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Minde, António Fresco (ICA), também a junta foi apanhada desprevenida com a situação. Para evitar mal-entendidos, o autarca fez questão de afixar um comunicado à população onde informa que “nem a junta nem a câmara” tiveram conhecimento das decisões emanadas de uma reunião que teve lugar entre o director do Agrupamento de Centros de Saúde, com a coordenadora deste Centro de Saúde e ainda a Delegada de Saúde.

Também o presidente da Câmara de Alcanena, Luís Azevedo (ICA), mostrou o seu desagrado pela forma como a ex-

foto O MIRANTE

tensão de saúde de Minde “foi tratada pelos responsáveis locais e regionais pela área da saúde”. Luís Azevedo criticou, na última reunião de câmara e perante duas dezenas de moradores de Minde que para ali se dirigiram em protesto, a actuação do director do Agrupamento do Cento de Saúde e da delegada de Saúde de Alcanena.

O autarca acusou estes responsáveis de “terem escondido da autarquia a decisão de se encerrar a extensão de saúde de Minde, para que esta se torne em exclusivo um Centro de Atendimento da Gripe H1N1”. Para Luís Azevedo, a forma como o processo foi gerido tem interesses políticos. “O Dr. Pedro Marques está próximo do PSD, e por isso é fácil fazer a leitura”, criticou abertamente.

O MIRANTE tentou ouvir o director do ACES para obter mais esclarecimentos sobre os contornos deste processo mas, estabelecido o contacto, Pedro Marques referiu que não era oportuno falar, no momento, por se encontrar a participar numa reunião

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Ruído proveniente de bar motiva queixas na Câmara de Tomar O morador de um prédio na Alameda Um de Março, em Tomar, foi à última reunião de câmara reclamar em relação ao barulho de um bar, localizado no mesmo edifício. Mário Lucas salientou que sempre que o bar funciona como discoteca, o ruído extravasa os decibéis permitidos por lei. Queixa-se ainda de viaturas em

segunda fila e das quezílias entre clientes. “O toldo da esplanada funciona como estacionamento de motociclos e os seus proprietários testam os motores às três e quatro da manhã”, diz o morador considerando que a situação é consequência do licenciamento irregular e da omissão de fiscalização por parte da autarquia.

O presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa (PSD) respondeu que a autarquia tem em curso um estudo de ruído, que vai terminar na Revisão do Plano Director Municipal, acrescentando que toda a informação constante no processo de licenciamento do estabelecimento está ao dispor do munícipe para consulta.

Presidente de Junta de Freguesia da Madalena reclama obras O presidente da Junta de Freguesia da Madalena, Tomar, protestou contra o estado de algumas estradas daquela freguesia, considerando que a mesma está a ser preterida pela câmara, liderada por uma maioria social-democrata. Acompanhado por uma comitiva de moradores da localidade de Cem Soldos, Arlindo Nunes (PS) fez uma intervenção na última reunião de câmara, realizada terça-feira. Entre outras obras, o autarca reclama a requalificação do caminho municipal 1133 (que liga a localidade de Cem Soldos à Madalena) e ainda a repavimentação de arruamentos no Casal das Hortas, Marmeleiro, Paço da Comenda, Porto da Lage, Azinhaga Velha (Murteira) e Charneca do Maxial.

“Fiz a proposta para as obras, tenho o orçamento mas o engenheiro responsável diz que não tem autorização para realizar o trabalho em causa. Entendo que a freguesia de Madalena está a ser penalizada perante outras”, explanou. Para poder iniciar de imediato as obras, alegando que a contestação dos moradores está a subir de tom, Arlindo Nunes pretende que a câmara municipal contribua com 50 mil euros e ceda mão-de-obra, máquinas e equipamentos, estando a junta de freguesia decidia a gastar 25 mil euros.

A contestação do autarca socialista contou com a solidariedade dos vereadores independentes. “Em algumas freguesias fazem-se obras pela cor política e em outras não se faz nada”, criticou o vereador Pedro Marques dos Independentes por Tomar. O presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa (PSD), assegurou ao autarcas e aos moradores presentes que a repavimentação destas vias estará para breve, embora não indicasse o dia exacto em que as máquinas fossem para o terreno.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Primeiro Plano

VER VÍDEO www.omirante.pt

Nas salinas desde criança Descalço, calças dobradas pelo joelho e chapéu de aba larga a proteger do sol, Manuel Costa, junta com a ajuda de uma pá, todo o sal do seu talho até fazer um monte. Depois de 60 horas a secar ao sol o mineral está pronto. É colocado em sacos de serapilheira e levado para o armazém da Cooperativa de Produtores de Sal. Manuel Costa foi um dos cerca de 40 figurantes que representaram o seu próprio papel de salineiros na recriação histórica do trabalho nas salinas das Marinhas do Sal, no concelho de Rio Maior. Esta recriação integrou as Festas do Salineiro que se realizou na aldeia no passado fim-de-semana.

Manuel Costa começou a trabalhar nas salinas ainda em criança. Não tinha mais de seis anos quando ia com a mãe levar o almoço ao pai. A sua primeira tarefa foi encher sacos

com sal para levar para as várias casas de madeira que ainda hoje se encontram junto às salinas e que actualmente servem como lojas de artesanato.

A actividade desenrola-se no Verão. Os salineiros começam por limpar os talhos da água e lodo do Inverno. Depois de lavado, é tempo de retirar a água do poço puxando os baldes com uma corda. A água vem com o mineral e espalha-se pelos talhos. O segredo é colocar pouca água de cada vez. Vai-se limpando com uma pá para juntar o sal e retirar o excesso de água. Coloca-se o sal em vários montinhos e deixa-se secar ao sol. Quando está pronto vai para o armazém para ser vendido.

Segundo os entendidos na matéria, a salina do concelho de Rio Maior provém de uma mina de sal-gema muito extensa e profunda atravessada por uma corrente subterrânea que alimenta o poço de onde se extrai a água para produzir sal. Ana Isabel Borrego

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Aprovado projecto para eliminação da única passagem de nível existente no Entroncamento Secretária de Estado dos Transportes acredita que a obra será consignada em 2010 A travessia da linha do Leste e Beira Baixa é o maior estrangulamento ao trânsito na cidade. A construção de um viaduto vai custar 3,2 milhões de euros.

A

secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, espera que no próximo ano seja consignada a construção de um viaduto sobre a linha de caminho de ferro do Leste e Beira Baixa, no Entroncamento, cujo projecto foi aprovado em Junho deste ano. A

governante manifestou aquele desejo na manhã de segunda-feira, dia 24, no decorrer da cerimónia de inauguração de uma escultura em aço de homenagem ao ferroviário, colocada em frente à estação, na praça da República.

O presidente da câmara, Jaime Ramos (PSD) recordara momentos antes que em Junho de 2008, Ana Paula Vitorino tinha prometido empenhar-se na resolução da eliminação da passagem de nível que é a única que ainda existe dentro da malha urbana da cidade.

“A eliminação das passagens de nível tem sido uma das bandeiras da Refer.

De 2005 a 2009 foram intervencionadas

560 passagens de nível em todo o país.

A única que ainda sobeja na linha da Beira Baixa, aqui no Entroncamento também vai ser eliminada. O projecto foi concluído. Está a ser negociado um acordo entre a Refer e a câmara do Entroncamento para definir responsabilidades de cada uma das duas entidades no financiamento que será de 3,2 milhões de euros para uma candidatura conjunta a fundos comunitários através do QREN”, disse a Secretária de Estado.

A passagem de nível fica situada entre o Jardim Parque José Pereira Caldas e a zona desportiva da cidade. Nas pro-

ximidades – na linha do Norte – existia uma outra que foi eliminada em Julho de 2003 e substituída por um viaduto.

Com o encerramento das duas passa a existir uma nova alternativa tipo circular urbana para ligar as duas freguesias da cidade – S. João Baptista a sul e Nossa Senhora de Fátima a Norte.

O autarca lembrou ainda que a secretária de Estado também prometeu o seu empenho na remodelação da estação mas sobre essa questão a Governante limitou-se a dizer que “será tratada posteriormente”. O presidente da câmara anunciou há algum tempo que já existe um projecto da Refer para a remodelação da estação mas o mesmo ainda não foi aprovado, nem apresentado publicamente

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Monumento ao Ferroviário inaugurado oficialmente no Entroncamento Foi inaugurado na manhã de segundafeira, 24 de Agosto, no Entroncamento, um monumento de homenagem ao ferroviário. Trata-se de uma escultura em aço cortene, de 8,5 metros de altura, da autoria do artista plástico José Santa-Bárbara onde se recorta a imagem de uma locomotiva a vapor libertando fumo.

A escultura, colocada na Praça da República, em frente à estação de caminho-de-ferro era uma aspiração dos ferroviários e teve o alto patrocínio do então Presidente da República Jorge Sampaio e o apoio dos órgãos autárquicos do concelho e dos sindicatos do sector ferroviário.

O presidente da câmara, Jaime Ramos (PSD), lembrou que o monumento pretende ser um tributo a todos os que têm as suas vidas ligadas à ferrovia. “Ao construirmos este monumento não o fizemos com o propósito único de homenagear só aqueles que trabalharam e trabalham no nosso concelho”, disse.

Na cerimónia participou a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino que se mostrou entusiasmada com

o acontecimento. “Enquanto Engenheira Civil, dediquei a minha vida profissional e académica aos transportes, ao planeamento e à investigação operacional e em particular ao transporte ferroviário”, escreveu no discurso distribuído aos jornalistas presentes.

A secretária de Estado dos Transportes fez questão de chegar ao Entroncamento no comboio Intercidades 523 que chegou à estação por volta das 10h32 minutos, embora, no final da cerimónia, tenha abandonado a cidade no carro oficial.

Algumas dezenas de pessoas assistiram à inauguração do monumento que se encontra no local desde o final de Julho. Entre elas esteve o artista plástico autor da escultura, o director do Museu Nacional Ferroviário, Jorge Custódio, autarcas de vários partidos e trabalhadores e ex-trabalhadores ferroviários.

A decisão de abrir um concurso de ideias para a execução de um Monumento ao Ferroviário a colocar em frente à estação, na Praça da República, foi tomada a 24 de Janeiro de 2005, altura em que foi deliberado retirar do local uma locomotiva a vapor 135, conside-

escrever legenda

foto O MIRANTE

rada uma “peça única a nível mundial”, que ali estava desde 1986, em cima de uma plataforma de cimento decorada com azulejos. A retirada da locomotiva

aconteceu a 27 de Fevereiro de 2005, estando a mesma actualmente à guarda do Museu Nacional Ferroviário que tem sede na cidade.

foto O MIRANTE

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

guiado pelo dono, agora por um caminho ainda mais estreito.

Mais à frente, o protesto ganha relevo quando encontra Isilda Jana, vereadora da cultura na autarquia. O insólito da situação quase que a deixa sem reacção.

A voz de Jorge Dias eleva-se. Acusa a câmara de, entre outras coisas, boicotar os seus projectos empresariais. A plateia de improviso acaba por sair apressada.

Jorge Dias não quer esperar mais e segue firme em direcção aos serviços da Divisão de Urbanismo da câmara, a poucos metros. As pessoas sorriem à passagem do animal. Fazem comentários diversos. “É para mostrar que há por aqui gente mais burra que este burro”, justifica a quem pergunta.

CURIOSIDADE. Muitas pessoas ficaram surpreendidas com a presença de um asno à porta da câmara e algumas até tiraram fotografias

O dia em que o burro Jerico foi um herói em Abrantes Empresário leva animal em protesto para a frente da câmara municipal Asno só não entrou dentro do edifício porque se assustou com as portas envidraçadas.

“J

Elsa Ribeiro Gonçalves

erico foste um herói”. Foi deste modo que o empresário Jorge Dias terminou talvez o protesto mais original a que Abrantes terá assistido nos últimos tempos. O sol tinha raiado há pouco tempo na manhã de sexta-feira, 21 de Agosto, quando o empresário se levantou e tratou dos animais na sua quinta localizada em Chainça, a cerca de seis quilómetros da cidade. Mas houve um deles que teve direito a um pequeno-almoço reforçado: o burro Jerico. Farinha e muita palha. Às oito da manhã, fez-se ao caminho com

destino traçado pelo inconformismo do seu dono: um protesto em frente à Câmara Municipal de Abrantes.

Jorge Dias, homem com uns portentosos cem quilos, optou por não sobrecarregar o animal que considera da família e fez toda a jornada a pé. Não que ele não aguentasse, mas o problema era que se teria que descansar pelo caminho. O burro, também ele bem constituído, apresenta um pêlo lustroso, hoje libertado do peso da albarda. Fez a alegria de muitas crianças na primeira festa que se realizou no Parque de São Lourenço, em Abrantes, e chamou a atenção do empresário que, de imediato, o comprou a um agricultor da região. Já passaram dez anos e Jerico continua a ser um dos animais preferidos, o único burro entre os mais de trezentos

foto O MIRANTE

animais (entre cães, patos e ovelhas) que Jorge Dias diz possuir.

Perto das nove horas da manhã, dono e burro entram no perímetro urbano. O animal sacia a sede na Praça Raimundo Soares, em frente aos Paços do Concelho.

A presença do animal em pleno centro histórico agita as atenções. ”Quanto custa este animal?”, alguém pergunta. Jorge Dias responde que não está à venda. É de estimação. Insistem em saber. “Talvez cem contos mas nunca o vendia”, assegura. Avança-se até à Praça Barão Batalha, por entre pessoas nas esplanadas e lojas de comércio, algumas incrédulas ao que assistem. As crianças deliram com o animal.

Os mais velhos recordam tempos idos em que o mercado trazia muitos vendedores montados em burros até à cidade.

A jornada vai a meio e Jerico lembra-se que está na altura de adornar com as suas fezes as ruas empedradas da cidade. A primeira descarga intestinal sai rápida, enquanto o dono o prende a mais uma fonte.

“Não faz mal, os serviços (de limpeza) da câmara existem para alguma coisa”, aponta Jorge Dias sem uma pinga de preocupação.

A comerciante da loja de roupas em frente é que não acha muita piada. “Isso agora vai ficar aí o dia todo”, reclama. O burro bebe mais água da fonte e contorna a praça,

Polícia nada pode fazer Algumas dezenas de pessoas, a maioria homens reformados, concentram-se na praça para assistirem de camarote à cena.

Jorge Dias estava decidido a entrar com o animal dentro do edifício mas, desta vez, Jerico não colabora e emperra. O dono insiste. Mas Jerico é um burro teimoso e mantém a sua posição. As portas envidraçadas assustam-no. Acaba por atar o animal ao ferrolho de uma das três entradas possíveis. Lá dentro, os funcionários franzem o sobrolho ao que se passa mas continuam a fazer o seu trabalho como se nada fosse. Só a chefe dos serviços vem saber o que se passa e chama mais tarde a polícia, que diz que nada pode fazer uma vez que o animal não está a perturbar o normal funcionamento dos serviços.

Durante duas horas, Jerico permanece impávido e sereno, debaixo de um sol escaldante, enquanto o dono escreve quatro queixas no Livro de Reclamações. Uma delas prende-se com o impasse do negócio da venda de um terreno em Abrantes para instalar o complexo médico-social “Ofélia Clube” onde poderia vir a ganhar 2,5 milhões de euros.

Jerico zurra algumas vezes e o dono diz que é por sentir a sua falta. Muitas pessoas aproximam-se, tiram fotografias mas poucas ousam tocar no animal que, entretanto, decide fazer outra descarga intestinal mesmo à porta dos serviços. É meio-dia quando termina o protesto.

Valeu a pena? Jorge Dias diz que sim, apesar de ninguém com responsabilidades no executivo camarário o ter vindo questionar sobre as razões do seu protesto, adequado a alguém que considera já nada ter a perder. Antes de dar meia volta e regressar à quinta dá umas palmadinhas na cabeça do burro. Para a próxima, promete trazer os seus sete cães

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Mação e Vila de Rei voltam a desentender-se devido a disputas de território Empreitada de marcação de estradas da Câmara de Mação “invadiu” concelho vizinho gerando reacção de Vila de Rei

CRÍTICO. Saldanha Rocha diz que o mal-entendido podia ter sido resolvido sem recurso a reacções “estapafúrdias”

O

presidente da Câmara de Mação, José Saldanha Rocha (PSD), considera “estapafúrdia” a posição tomada pela Câmara de Vila de Rei, que acusa a sua congénere de Mação de nova invasão de território. Em causa está uma empreitada de marcação de estradas contratada pela Câmara de Mação e que, por lapso da empresa encarregue dos trabalhos, entrou 150 metros no território do concelho vizinho, já pertencente ao distrito

foto O MIRANTE

de Castelo Branco.

Num comunicado publicado no jornal “A Comarca da Sertã”, a Câmara de Vila de Rei “repudia a forma como o município de Mação vem, desde há já algum tempo, tentando ocupar território que se encontra no domínio do concelho de Vila de Rei”. E aponta o caso verificado recentemente na aldeia de Portela dos Colos, na freguesia de São João do Peso.

“No decorrer de uma obra iniciada no concelho de Mação, a sinalização

A área em disputa engloba o património arqueológico do Castro de S. Miguel de Amêndoa, considerado Monumento Nacional desde 1950, e que Vila de Rei reclama como sendo seu património exclusivo horizontal da estrada foi alterada, tendo essas alterações entrado no domínio do território de Vila de Rei. É lamentável verificar que o município de Mação continua com sucessivas tentativas de usurpar espaço que se encontra sob domínio do concelho de Vila de Rei”, lê-se na posição da Câmara de Vila de Rei, liderada por Irene Barata (PSD).

Saldanha Rocha diz que se tratou de um mal-entendido que podia ter sido esclarecido sem recurso a comunicados para os jornais. O autarca de Mação garante que foram enviadas para Vila de Rei explicações sobre o sucedido e diz que a reacção da autarquia vizinha é descabida. “Estranho que mais uma vez a presidente da Câmara de Vila de Rei venha a público tentar arranjar um problema onde ele não existe. Acho estapafúrdio estar a discutir 150 metros de tinta. Se as coisas tivessem sido faladas ficariam logo esclarecidas”, declarou a O MIRANTE. Em comunicado à imprensa, o município de Mação garante não ter qualquer litígio com Vila de Rei “nem a mínima dúvida de quais os limites entre os dois concelhos”.

Este não foi no entanto um conflito isolado envolvendo os dois concelhos. Uma disputa territorial foi no ano passado entregue à Assembleia da República, depois do Provedor de Justiça ter entendido que a situação só pode ser solucionada por via parlamentar. Em causa está um território de cerca de 150 hectares, na fronteira entre os dois municípios vizinhos, e que foi entregue provisoriamente a Vila de Rei por um decreto de 1888 que ainda não foi revogado.

A área em disputa engloba o património arqueológico do Castro de S. Miguel de Amêndoa, considerado Monumento Nacional desde 1950, e que Vila de Rei reclama como sendo seu património exclusivo. O município de Mação, por sua vez, defende que o Castro de S. Miguel deve ter uma tutela partilhada. Saldanha Rocha alega que o monumento “está no limite dos dois concelhos e é uma herança histórico-cultural de ambos e da região, pelo que deve ser gerido em conjunto”

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Câmara de Abrantes vende lotes para construção no Tramagal A Câmara de Abrantes vai vender em hasta pública, no dia 1 de Setembro, três lotes de terreno para construção situados no Tramagal. A sessão inicia-se pelas 09h00 no salão nobre dos paços do município. Dois dos lotes, com 400 metros quadrados (m2) de área, têm como preço base de licitação 16.370 euros. O outro terreno, com 346 m2 vai à praça por 13.170 euros. Os lanços não poderão ser inferiores a 250 euros.

Segundo as condições expressas pela Câmara de Abrantes em edital, 25 por cento do valor tem de ser pago na altura da adjudicação. A verba remanescente terá de ser liquidada na data da escritura a efectuar até 90 dias depois da data da adjudicação. Os compradores ficam ainda obrigados a iniciar a construção no prazo de dois anos.

Concurso para exploração de quiosque em Abrantes A Câmara de Abrantes abriu concurso público para cedência da exploração do quiosque existente na Praça da República, naquela cidade. O preço base é de 200 euros mensais e o contrato faz-se pelo período de um ano, sendo renovável anualmente. As propostas devem ser entregues em carta fechada nos serviços da autarquia até às 16h30 de 1 de Setembro. A abertura das propostas decorre no dia seguinte pelas 15h00 no salão nobre da câmara.

Novo compactador para papel e cartão em Ourém Um auto-compactador para papel e cartão já se encontra disponível para uso da população do concelho de Ourém no estaleiro municipal localizado em Pinheiro. Foi colocado pela empresa Valorlis (Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos).

Pode ser utilizado de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 17h30.

No concelho já existia outro autocompactador, situado no Ecocentro da Gondemaria, que funciona entre as 06h30 e as 09h30 e entre as 10h00 e as 13h30, de segunda a sábado.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Moradores da localidade de Arrifana reclamam mais segurança rodoviária Localidade é atravessada por estrada nacional sem lombas ou passadeiras

PERIGO. Os semáforos estão avariados e os peões não têm passadeiras para atravessar a via em segurança

foto O MIRANTE

Presidente de Junta de Freguesia de São Miguel de Rio Torto reconhece perigosidade mas assinala falta de alternativas para desviar o trânsito pesado.

Troço é da responsabilidade das Estradas de Portugal.

A

Estrada Nacional (EN) 2 que liga Abrantes a Ponte Sor, na localidade de Arrifana, freguesia de São Miguel de Rio Torto, é um problema para quem ali mora. Os semáforos redutores de velocidade foram destruídos, não há lombas, passadeiras ou sequer passeios para peões para ajudar a moderar a velocidade. Os munícipes receiam pela sua segurança e dos seus filhos uma vez que, na maioria das vezes, são obrigados a circular na faixa de rodagem. Alegam ainda que a maioria dos veículos não respeita os limites de velocidade impostos dentro das localidades, ou seja, 50 km/h. O facto da

Escola Básica N.º 6, junto a esta via, ainda se encontrar em funcionamento preocupa também alguns pais com quem falámos.

A presidente da Junta de Freguesia de São Miguel do Rio Torto, Maria de Lurdes Botas (PS), garante que tem vindo a pressionar a Estradas de Portugal (EP) para a regularização da situação, afiançando que a questão da segurança rodoviária das crianças da escola tem vindo a ser acautelada.

Para a autarca, esta é uma situação complicada de resolver uma vez que a via é atravessada por muitos camiões que “de 15 em 15 dias” destroem os semáforos à sua passagem. Mas alguns moradores com quem falámos reforçam que pelo menos um destes equipamentos encontra-se desactivado há pelo menos dois anos.

“Nesta estrada passam muitos pesados. A via precisa de reparações mas também é muito complicado desviar o trânsito dali porque não há, neste momento, alternativas”, explicou a O MIRANTE. Segundo a mesma, antes da colocação dos semáforos foram implantados no piso vários redutores de velocidade (lombas) mas como o fluxo de trânsito era intenso as casas sentiam bastante trepidação pelo que os mesmos tiveram que ser retirados.

Vítor Henriques é um dos moradores mais contestatários da situação, que diz arrastar-se há cerca de quatro anos. “Já colocaram lombas mas foram retiradas. Dos semáforos que aqui existiam só restam os cabos. Está tudo destruído e ninguém se interessa”, aponta, realçando a existência de uma escola primária junto a esta via problemática. Antigamente a zona era patrulhada pela PSP mas, desde a reestruturação das forças de segurança, que cabe à GNR de Abrantes fiscalizar o cumprimento das normas.

De acordo com Maria de Lurdes Botas, já foi concebido um projecto de requalificação da via embora continue na gaveta. Com a construção do IC9 que vai ligar Abrantes a Ponte de Sor, a autarca pensa em ver resolvido o problema do grande fluxo de trânsito e que as obras de requalificação avancem.

A autarca garante ainda que todos os semáforos vão voltar a ser arranjados até dia 14 de Setembro, data em que tem início mais um ano lectivo. As crianças continuam a frequentar a escola primária da Arrifana até que o Centro Escolar do Rossio ao Sul do Tejo fique concluído.

O MIRANTE enviou um pedido de esclarecimentos às Estradas de Portugal mas a resposta não chegou em tempo útil

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE Este caso arrasta-se desde 23 de Junho de 2008, quando uma carrinha do jornal foi abalroada num cruzamento à entrada de Almeirim por um cliente da Victoria que não parou a um sinal de Stop. ***

foto arquivo O MIRANTE

DIFERENDO. Situação arrasta-se há mais de um ano

Victoria Seguros continua sem resolver acidente com carrinha de O MIRANTE Tribunal já notificou as partes para indicarem testemunhas no processo em que a seguradora se queixa de difamação O processo que opõe a Victoria Seguros a O MIRANTE por causa das notícias que dão conta da inflexibilidade da seguradora em resolver um acidente com uma carrinha do jornal está em fase de marcação do julgamento.

O

Tribunal de Santarém já notificou O MIRANTE e a companhia de seguros Victoria para apresentarem

as testemunhas no diferendo entre as duas entidades por causa das notícias publicadas sobre o acidente com uma carrinha do jornal. Depois de indicadas as testemunhas falta marcar a data do julgamento. Lembre-se que a seguradora recusa-se a pagar o valor considerado justo pela administração de O MIRANTE e em vez de tentar negociar resolveu apresentar queixa em tribunal alegando que o seu bom-nome foi afectado pelas notícias.

Este caso arrasta-se desde 23 de Junho de 2008, quando uma carrinha do jornal foi abalroada num cruzamento à

entrada de Almeirim por um cliente da Victoria que não parou a um sinal de Stop. Desde essa altura que estão por pagar os prejuízos.

A administração de O MIRANTE pediu pela perda total da carrinha 3.300 euros, que era o valor comercial do veículo à data do acidente e indicado pelo mediador que tem a carteira de seguros do jornal com base no estipulado no Eurotax (entidade especializada em informação sobre especificações técnicas e preços de veículos novos, e cotações de usados). A seguradora apenas aceitou pagar 2.175 euros e não se mostrou disponível para negociar a diferença de 1125 euros.

Quando O MIRANTE tornou pública a situação, por considerar que aquele comportamento era um exemplo da

Presidente do Observatório da Justiça diz que as seguradoras manipulam o sistema à vontade “As pessoas não estão a ser tão compensadas quanto deveriam ser” Boaventura Sousa Santos alerta para o desequilíbrio entre quem tem os melhores advogados e peritos e os sinistrados que nada têm e que estão fragilizados.

O

presidente do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa considera que as seguradoras “manipulam o sistema de compensações praticamente à vontade” e que “muitas vezes o sinistrado

Boaventura Sousa Santos

sai ainda pior do que podíamos imaginar no sistema garantista que temos”. “A questão das perícias, por exemplo, é um sistema escandaloso (…)”, afirmou.

Numa entrevista à jornalista Ana Lourenço, transmitida a 29 de Julho no programa Dia D, da SIC Notícias, Boaventura Sousa Santos defendeu que o Ministério Público “devia ser muito mais pró-activo” no caso de conflitos entre seguradoras e sinistrados. Referindo-se à crescente informalização das compensações afirmou que “as pessoas não estão a ser tão compensadas quanto deveriam

A administração de O MIRANTE pediu pela perda total da carrinha 3.300 euros (...) A seguradora apenas aceitou pagar 2.175 euros e não se mostrou disponível para negociar a diferença de 1125 euros. ***

Quando O MIRANTE tornou pública a situação, por considerar que aquele comportamento era um exemplo da forma como algumas companhias de seguros estão no mercado e tratam os seus clientes e terceiros lesados, a Victoria Seguros já não olhou a despesas.

Contratou um escritório de advogados de Lisboa para nos silenciar

ser” pelas companhias de seguros.

“Ponho uma seguradora a mediar directamente com o sinistrado. A seguradora com os melhores advogados e os melhores peritos. O sinistrado numa situação de grande vulnerabilidade. É evidente que há um desequilíbrio enorme no sistema”, sustentou, baseando-se num estudo que o Observatório da Justiça está a fazer sobre o valor da vida.

Boaventura Sousa Santos manifestouse a favor do que considera ser “uma certa informalização de medidas consensuais, de mediação e arbitragem” no campo dos seguros, mas alertou para os perigos do actual desequilíbrio de poder entre as partes. “Eu temo que uma informalização quando há uma parte com muito poder e uma parte sem poder nenhum e numa posição vulnerável essas mediações sejam repressivas”

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

mas nem isso fez com que tentasse encontrar uma solução amigável.

Chegou a ser enviado a O MIRANTE um pedido de desculpas pelo provedor do cliente da Victoria, Gomes Antão, que curiosamente também é administrador da empresa. Posteriormente num direito de resposta publicado em O MIRANTE a seguradora afirmou ter cumprido todos os procedimentos. E no mesmo texto demonstra a inflexibilidade em resolver o diferendo ao dizer que nunca aceitará valores com base na imaginação do director-geral de O MIRANTE. Recorde-se que a administração de O MIRANTE também avançou com uma acção judicial no Tribunal de Almeirim contra a Victoria Seguros a exigir o pagamento da viatura acidentada. Um caso do qual ainda não há decisão

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Provedor do Seguro tem que ser “independente e isento” Na Victoria Seguros o Provedor de Clientes era um dos administradores O gestor de reclamações de cada seguradora terá que responder aos clientes ou lesados, no prazo de 20 dias, de forma “completa e fundamentada através de linguagem clara e perceptível”.

O Instituto Português de Seguros (ISP) aprovou uma norma regulamentar que institui a figura do Provedor do Seguro e a criação de gestores de reclamações em cada companhia de seguros.

Segundo aquela norma, que as empresas devem adoptar até Setembro, as seguradoras terão de resolver as queixas de clientes num prazo máximo de 20 dias. Findo esse prazo, se não houver resposta ou se os segurados não concordarem com a resposta, poderão fazer queixa ao provedor do cliente, que tem 50 dias para emitir recomendações.

O cargo de Provedor do Seguro terá de ser exercido por “pessoas independentes que garantam isenção”. Quanto ao gestor de reclamações, que será obrigatório em cada seguradora, terá a responsabilidade de avaliar e responder - “de forma completa e fundamentada através de linguagem clara e perceptí-

vel” - às queixas dos seus clientes ou de terceiros lesados. A norma do Instituto Português de Seguros surgiu na altura da divulgação de dados relativos ao aumento de reclamações dos clientes das seguradoras (ver caixa).

Não é só nos seguros que o relacionamento com os clientes está a ser alvo de atenção. Na banca também. Numa carta circular enviada em finais de Julho, o Banco de Portugal advertiu as instituições financeiras sobre a falta de independência dos provedores do cliente, recomendando-lhes que confiram a estes serviços, actualmente integrados na estrutura orgânica das instituições, autonomia funcional. A circular diz que com a designação “Provedor” do Cliente, os bancos “criam a expectativa” de que se trata de um serviço com autonomia e independência semelhante ao que caracteriza “as entidades às quais é atribuída essa designação.

O alerta faz todo o sentido. Em Julho do ano passado, O MIRANTE descobriu que o “Provedor do Cliente” da Victoria Seguros, Gomes Antão, era ao mesmo tempo, administrador daquela companhia de seguros.

Reclamações sobre serviço das seguradoras aumentaram 14% em 2008 As reclamações dos clientes sobre o serviço das seguradoras aumentaram 14 por cento em 2008 face ao ano anterior para um total de 5.247 queixas, segundo dados do Instituto de Seguros de Portugal (ISP). O seguro automóvel foi o que originou mais queixas: 2.640, o equivalente a 50,3 por cento do total,

de acordo com os mesmos dados.

De acordo com o ISP, a maior parte destas queixas (3.312) foi recebida directamente no Instituto, enquanto as restantes (1.935) chegaram ao Instituto via Livro de Reclamações.

A maioria destas reclamações (59 por cento) teve um desfecho favorável.

Câmara de Santarém convida potenciais interessados na exploração do Café Central A Câmara de Santarém vai contactar cinco potenciais interessados em explorar o Café Central, espaço que foi arrendado por um particular ao município e que tem estado encerrado nos últimos anos por não terem surgido interessados nos dois concursos públicos abertos pela autarquia para a sua concessão.

A intenção do município é adjudicar a concessão da exploração por ajuste directo à melhor proposta a sair de um lote de particulares e empresas que terão manifestado interesse nos últimos tempos em assumir o negócio. “Vão ser convidados a apresentar propostas e

depois vamos ver no que dá”, revelou a vereadora Vânia Neto (PSD) na reunião do executivo de segunda-feira.

A autarquia tomou de trespasse e arrendamento o Café Central, situado no centro histórico da cidade, em 26 de Abril de 2000. Após algum tempo fechado, foi concessionado a uma sociedade que manteve o estabelecimento em funcionamento durante cinco anos, até Abril de 2007. Mas as coisas não correram dentro das expectativas e, cessada a vigência desse contrato, a autarquia decidiu lançar novos concursos. Que ficaram desertos.

Regresso de crianças de Foros de Salvaterra a casa ainda sem data marcada A entrega à mãe das três crianças menores de Foros de Salvaterra, concelho de Salvaterra de Magos, que foram retiradas de casa pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Salvaterra de Magos na noite de 20 de Junho de 2008, está dependente da licença de habitação da nova casa e de um relatório da Segurança Social sobre as condições da mesma.

A mãe das crianças, Marília Batista, requereu esta terça-feira, 25 de Agosto, o pedido de licença junto da Câmara de Salvaterra de Magos aguardando a vistoria por parte dos técnicos da autarquia. Marília Batista tem esperança que os filhos regressem a casa a tempo de iniciarem o ano lectivo na sua localidade.

Como O MIRANTE noticiou – ver edição 25-06-2009 – as crianças vão viver só com

a mãe uma vez que durante o processo os pais separaram-se e Joaquim Bonito saiu de casa.

Recorde-se ainda que a juíza do Tribunal de Menores de Vila Franca de Xira responsável pelo caso da família determinou a 22 de Junho que os autos fossem reapreciados pelo Ministério Público e a medida aplicada revista.

A magistrada viu fotografias da casa nova de Marília Batista e mostrou-se bastante agradada por a mãe ter conseguido uma casa com todas as condições de higiene e habitabilidade. A juíza referiu ainda que este era um passo muito importante para o regresso das crianças a casa. Agora só falta a licença da casa e o relatório da Segurança Social para que as crianças possam voltar para casa.

Colóquio de Radioamadores em Almeirim O quinto Colóquio de Radioamadores em Almeirim realiza-se no dia 19 de Setembro, este ano subordinado ao tema “As Comunicações de Longa Distância”.

A iniciativa tem lugar no auditório da biblioteca municipal a partir das 09h00 e constitui uma oportunidade para se conhecerem alguns aspectos desta actividade que ainda são desconhecidos por alguns amadores. As inscrições podem ser feitas até 10 de Setembro através do e-mail coloquio@ct1arr.org ou no site da Associação de Radioamadores do Ribatejo no endereço: www.ct1arr.org.

A participação custa 22,50 euros para radioamadores sócios da ARR e acom-

panhantes e 25 euros para não sócios. As crianças entre os 6 e os 12 anos pagam 10 euros. Inclui almoço e jantar e um programa paralelo para acompanhantes com visitas a alguns locais do concelho, como algumas adegas.

Cede-se Negócio Da recolha e transporte de plásticos para reciclagem Empresa c/ alvará, situada no Ribatejo, com boa rede de recolha (mais de 100 pontos) e escoamento.

Contactar nº 917 552 475

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forma como algumas companhias de seguros estão no mercado e tratam os seus clientes e terceiros lesados, a Victoria Seguros já não olhou a despesas. Contratou um escritório de advogados de Lisboa para nos silenciar, alegando a defesa do seu bom-nome.

O pedido de indemnização já ascende a 150 mil euros.

Recorde-se que a Victoria também interpôs uma providência cautelar para impedir a publicação de artigos onde pedia que a mesma fosse decretada sem audição prévia de O MIRANTE. A juíza encarregada do processo entendeu que o que estava em causa era uma acção especial para tutela da personalidade, recusando a providência e abrindo um novo processo nesse sentido, que entretanto foi decidido a favor do jornal.

A seguradora chegou a admitir que não tinha cumprido os prazos legais de resposta em relação ao acidente,

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Agora falo eu

Cátia Mendes 17 anos, estudante e acordeonista, Ferreira do Zêzere

“

“Eu ouço uma música e só depois crio valores acerca da mesma. Há música pimba boa e música pimba má. E não depende do facto de ser pimba ou não, ou de o artista ser conhecido ou não. Há artistas com algumas músicas fantásticas e outras menos boas”

“

A música pode ajudar as pessoas a serem mais felizes?

A música é algo fantástico nas nossas vidas. Ajuda-nos a superar os maus momentos e a festejar os bons. Não sei como viveríamos se não houvesse música. Se na rádio apenas falassem, se os supermercados não tivessem a música de fundo, se nas festas não houvesse música, tudo seria muito mais negro.

Acha que devem ser dadas oportunidades aos jovens para singrar ou devem ser os jovens a lutar por essas oportunidades?

Acho que devemos procurar oportunidades e aceitar todas as que nos são dadas como um desafio. Não faz sentido quando nos dão a oportunidade e o triunfo logo de seguida. É preciso lutar, para que no fim a vitória seja valorizada.

Gosta de viver em Ferreira do Zêzere?

Sim gosto, apesar de ser um meio pequeno. Gosto da paisagem e do sossego, apesar de por vezes sentir que está demasiado longe das grandes cidades.

Concorda com o rótulo “pimba”?

Não ligo muito a rótulos. Eu ouço uma música e só depois crio valores acerca da mesma. Há música pimba boa e música pimba má. E não depende do facto de ser pimba ou não, ou de o artista ser conhecido ou não. Há artistas com algumas músicas fantásticas e outras menos boas. Pessoalmente, gosto de todos os tipos de música.

Há um excesso de reality-shows nas televisões portuguesas?

Por norma não vejo muita televisão.

Quando vejo opto por séries. Não sigo nenhuma novela até ao fim. Quanto aos reality shows, irritam-me. Acho que mesmo não havendo programas como o Big Brother, existem outros quase idênticos.

A televisão é invadida todas as manhãs e tardes por tertúlias cor-de-rosa. Não compreendo qual a importância de se saber ao pormenor a vida das celebridades, chamemos-lhe assim...

“Alimenta” algum blogue?

Sim. Sou fã da Internet, pelo que não poderia deixar de a utilizar como forma de divulgação do meu trabalho. Há três anos criei o meu blogue (www.catiasrmendes.blogs.sapo.pt). Tem sido uma janela aberta para o mundo e tem-me trazido muitas oportunidades.

A Internet é uma arma ou uma ameaça?

Penso que a Internet pode ser as duas coisas. Tudo depende do que queremos fazer com ela e da consciência dos nossos actos. Eu uso-a essencialmente para divulgação do meu trabalho, pesquisa e comunicação com os amigos.

Onde se vê daqui a dez anos?

Daqui a 10 anos, gostava de ser uma advogada de sucesso. Gostava de viajar pelo mundo. E como não podia deixar de ser, gostava de brilhar muito no mundo da música.

Qual é a sua frase preferida?

A minha frase preferida é de Fernando Pessoa. Adoro-o. “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

Notícias mais lidas da semana quarta-feira, 19 De AGOSTO

Menina atingida mortalmente por hélice de barco no Castelo do Bode

quinta-feira, 20 De AGOSTO

Homem que estava desaparecido foi encontrado morto em Santarém

sexta-feira, 21 De AGOSTO

Empresário leva burro em protesto para a porta da Câmara de Abrantes

sábado, 22 De AGOSTO

Supermercado evacuado devido a ameaça de bomba

domingo, 23 De AGOSTO

Jovem de 16 anos morreu em reserva de caça de Montalvo

segunda-feira, 24 De AGOSTO terça-feira, 25 De AGOSTO

Caçador que matou filho com tiro acidental fica em liberdade Atropelamento em passadeira de Santarém

Não custava nada

Rua Direita de São Pedro Chamusca Os painéis de publicidade institucional que se encontravam nos passeios de algumas ruas da Chamusca foram retirados. Um deles encontrava-se na rua Direita de São Pedro, numa zona de muito movimento de peões. Retiraram o painel mas deixaram o pé onde eles assentavam. Não custava nada retirá-los para evitar acidentes.

3 EDIÇÕES DIFERENCIADAS

Capa EDIÇÃO Vale Tejo

Capa EDIÇÃO LEZÍRIA TEJO

Vídeos mais vistos • Despiste de camião causa um ferido grave • Produção de sal recriada em Rio Maior

• Bombeiros de Azambuja sofrem acidente • Nova creche na Póvoa de Santa Iria

Inquéritos

Maioria não adopta crianças deficientes Cinquenta e seis por cento dos leitores que participaram no inquérito desta semana não estão disponíveis para adoptar uma criança deficiente. Esta semana questionamos se já visitou o Convento de São Francisco em Santarém que recebeu seis mil visitas no primeiro mês após a reabertura a 25 de Julho. Pode participar até quarta-feira em www.omirante.pt.

O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Cartoon da notícia O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Francisco Ramos, e o presidente do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, Abílio Gomes, estiveram quintafeira na inauguração de dois novos Postos de Emergência Médica (PEM) no Entroncamento e em Vila Nova da Barquinha, reforçando a assistência médica pré-hospitalar no distrito de Santarém com duas novas ambulâncias de socorro. E numa dessas sessões ficou a saber-se que a entrega das ambulâncias foi também uma forma de combater a crise que vem assolando o sector automóvel. Para os bombeiros, há crises que vêm por bem.

No Entroncamento, Francisco Ramos justificou a entrega de 39 novas ambulâncias a várias corporações do país, um investimento público de 13,5 milhões de euros, em altura de crise, “com a necessidade de dotar o socorro às populações com melhor qualidade”.

Mais curiosa foi a revelação de que este investimento público tinha também como objectivo apoiar o sector automóvel. “Que passa por uma crise muito séria, que o Governo não podia deixar passar em claro. É nestes momentos que os responsáveis governamentais têm que investir para não deixar cair este e outros sectores importantes para o equilíbrio de Portugal.

Estamos empenhados em combater a crise em todas as áreas”, disse o secretário de Estado da Saúde.

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Bendita crise

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Comentários

O MIRANTE dos leitores

Falta o essencial no concelho de Torres Novas O presidente da câmara gaba-se da sua obra. E eu pergunto onde está a rede de esgotos? E o abastecimento de água?

Pois é, são obras que não são visíveis, estão debaixo do chão e não dão votos.

Não se compreende, que em aldeias do concelho que ficam apenas a 5 km de Torres Novas, se passem semanas inteiras sem uma gota de água nas torneiras ou que as águas das máquinas e os resíduos das fossas sejam mandados para a rua.

Para que não fiquem dúvidas, estou a falar de Liteiros, onde na semana passada, não tive água em casa, na quarta, na quinta e na sexta. No fim-de-semana saí e qual não é o meu espanto quando no domingo chego a casa e não havia água.

Já saturada tentei ligar para o piquete do serviço de águas da câmara. Tive o cuidado de o fazer no intervalo do jogo do Benfica para não incomodar ninguém mas mesmo assim, não obtive resposta.

Não me atenderam o telefone.

Agora imaginem como nos sentimos quando não podemos fazer normalmente o nosso dia-a-dia, ou seja, tomar banho, lavar a roupa, lavar a loiça e chegamos à cidade e vemos água a ser esbanjada nas dezenas de rotundas, a qualquer hora do dia e parte dela a correr para a estrada. É triste estarmos tão perto da cidade e ao mesmo tempo tão longe da civilização.

Maria

Se eu fosse jornalista Paulo Fernandes é leitor assíduo de quatro jornais, todos eles com grandes diferenças editoriais.

Lê O MIRANTE porque é o jornal que conse- Paulo Fernandes, Empregue transmitir sário, Paço dos Negros uma ideia válida e completa do que se passa na região. “É um jornal completo, onde penso que podia ter uma maior acção no que às colectividades desportivas e culturais, diz respeito”. Lê A Bola, porque é o seu jornal desportivo de eleição. O Correio da Manhã porque, embora trate as coisas com algum sensacionalismo é o de melhor compreensão para as pessoas simples. E lê o Almeirinense, porque é o jornal da sua terra, e o primeiro que o seu pai lhe deu a ler.

Não se inibia se um dia lhe propusessem escrever para um jornal. Garante que gostava de escrever sobre o dia-a-dia da sua aldeia, de Paço dos Negros. “Acredite que para mim havia muito para escrever.

Seria uma experiência enriquecedora, as pessoas são muito activas na sua colectividade, trabalham no anonimato e mereciam que fosse dada visibilidade ao seu trabalho, na área social, desportiva e cultural.

Comentários Filho do candidato do PS à câmara da Chamusca ia ganhar 2.437 euros a tratar da pobreza em Alpiarça

Empresário leva burro para porta da câmara de Abrantes Esta história do “Ofélia Club” continua envolta num grande mistério. O homem forte do empreendimento consta ter sido preso em França; o Sr. Jorge Dias, que já é conhecido pelo “Taliban de Abrantes” ainda não viu o dinheiro do terreno e, coisa esquisita, continua a reclamar

junto da Câmara. Se o que ele pretende é receber o dinheiro do terreno, porque reclama junto da Câmara? Será que alguém da Câmara tem responsabilidades pela concretização do negócio?

Artur Lalanda

O burro “Jerico” e os outros burros Acho muito bem que a PSP não tenha intervindo porque o “Jerico” permaneceu duas horas impávido e sereno e sem incomodar ninguém. Quantos “Jericos” temos neste país que durante os últimos anos permaneceram impávidos e serenos

mas a incomodar toda a gente e nunca foi chamada a PSP. Ainda bem que o bom senso imperou. O dono do Jerico é que não pode ficar impávido e sereno porque está a ver a vida dele a andar para trás.

Manuel Carapinha

Candidata do PS em Alpiarça teve acesso a informação do Governo que a beneficiou É assim que se afastam as pessoas da política. A Sónia Sanfona anunciou, na qualidade de candidata à câmara de Alpiarça pelo Partido Socialista, que tinha assegurado a contratação de médicos junto do governo. Utilizou informação privilegiada que lhe foi dada por alguém do Governo para ganhar vantagem sobre outros candidatos à mesma autarquia. Deixou mal vista a directora do Agrupamento de Centros de Saúde que não sabia de nada. Meteu-se onde não era chamada porque não compete a candidatos a câmaras municipais a contratação de médicos ou a negociação com governos para que tal aconteça.

Ninguém do Governo desmentiu a

informação dada por Sónia Sanfona no início de Agosto. Bastava dizer que o Governo contrataria os médicos independentemente do que a senhora candidata queria ou pensava. O que vai dizer agora a senhora candidata do Partido do Governo à câmara de Alpiarça? Para os eleitores votarem nela porque sabe as coisas primeiro que toda a gente? Isso pode ser verdade mas serve para alguma coisa? E se muda o governo a senhora vai saber alguma coisa antecipadamente?

Que tristeza este Portugal politiqueiro.

Que tristeza haver candidatos assim. Que tristeza não haver quem faça cumprir a lei que proíbe tais truques baixos.

Regina Mendes

Homem acusado de disparar contra posto da GNR O menino que está de pulseira electrónica foi visto a passear na Zona Norte de Almeirim. A empresa que gere as pulseiras electrónicas deve ter aquilo avariado. Não informou a GNR que o mesmo se tinha ausentado da residência. O tribunal já foi informado que o arguido costuma ausentar-se. É o país que temos... O arguido estava hoje por volta das 21H35 em calções sem a dita pulseira

na perna, acompanhado por uma mulher e uma criança. Foi tomar café para descontrair. Assim está bem. Ganda país. É inteligente o moço. Dias antes tirou uma grande foto num jornal local, com pulseira na perna. E agora tirou a pulseira para passear. O tribunal está de férias judiciais, por conseguinte isto é uma anarquia. Cada vez gosto mais disto.

Miguel

Esta está boa.....e diz o candidato do PS à Câmara da Chamusca no seu manifesto eleitoral: “Queremos um desafio para todos nós, pois sabemos que a crise que atravessamos, está a deixar marcas de agravamento social entre pessoas, mas queremos ser parceiros fundamentais para as respostas sociais.” A pensar no social, o candidato à Câmara da Chamusca já está a trabalhar e a ganhar vantagem às restantes forças....

Ora veja-se só esta vergonha local e nacional de que o vosso Jornal e bem dá conta.

Será que o Programa do Candidato à Chamusca também contempla um Programa Contra a Pobreza na Chamusca??? Quem será o Director do plano??? A filha do candidato do PS à Câmara da Chamusca??? Eh pá!! É por estas e por outras que este país está como está! Veja-se só o poder de um candidato do PS à Câmara da Chamusca... E atenção que é apenas candidato! Se for eleito então... É para estas e outras como estas que vai o nosso dinheiro! Nunca este país há-de sair da “cepa torta”!!!

Que vergonha. Que desrespeito pelas pessoas! Finalmente se percebem as razões porque um comunista vira socialista.

Joel Silva

Rosa Silva adoptou três crianças com deficiência Eu sou mãe do coração de um menino portador de trissomia 21, que procuro incluir no ensino regular e por quem travo batalhas pela inclusão.

Parece-me ler nas entrelinhas uma certa recriminação em relação a quem quer adoptar crianças sem problemas.

Acho que antes de iniciar um processo de adopção, qualquer candidato deve ponderar bem que condições é capaz de aceitar, até porque não é fácil enfrentar família e sociedade com uma criança diferente nos braços.

Se tivesse de voltar atrás teria feito tudo na mesma, mas sei compreender que nem toda a gente tem capacidade de aceitar os meninos portadores de deficiência. Eles ensinam-nos a ver o mundo de uma forma muito diferente e ajudam-nos a crescer enquanto seres humanos. Convido-vos a conhecerem o meu Tesourinho: http://otesourinho. blogspot.com Maria João - Mãe do Bruno, 5 anos, portador de trissomia

Rectificação Na edição de 20 de Agosto, na reportagem com o título “Candidatos a mister e miss Almeirim revelam-se em tons de Verão”, uma das candidatas chama-se Irís Plantier e não Inês Plantier como foi erradamente referido.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Extravagante Serafim das Neves Os médicos cubanos já aí estão. Dois deles vão para Alpiarça. A candidata do PS, Sónia Sanfona, diz que foi ela que os contratou. Outros dizem que foi o governo. Aquela que deveria ser a verdadeira responsável pela contratação de médicos, Luísa Portugal foi a última a saber. Uma novela mexicana com artistas de outras nacionalidades. Em anos de eleições é uma festa. Felizmente tudo acaba em bem. Não sei se há casamentos mistos no final mas de certeza que vai haver muita fofoca e momentos de humor. Para além de charutos e rum. Presumo que tudo se passe ao som de rumbas e de outros ritmos alegres. O povo gosta. O povo paga.

Alpiarça está na moda. As surpresas vindas da terra são em catadupa. A Fundação José Relvas, dirigida pela esposa do presidente da câmara que saiu da câmara para ir para o turismo de Lisboa e Vale do Tejo, entregou-se de alma e coração à nobre tarefa de acabar com a pobreza no concelho. A primeira medida foi exemplar.

Contratar uns jovens que andavam a roçar o cu pelas esquinas dando-lhes uns ordenaditos de dois mil e quinhentos euros para que não morram à fome. Não sei se este

episódio não entra também na tal telenovela mexicana. O pai de um dos licenciados sacrificou-se por ele, abandonando a CDU para ser candidato pelo PS na Chamusca. É de ir às lágrimas!!

Do outro lado do Tejo, em Santarém, também há rábula, como tu muito bem referes no teu e-mail. O candidato do PSD à câmara, Moita Flores, disse que não votava em Manuela Ferreira Leite nas eleições legislativas. Nada que espante uma vez que a senhora é candidata em Lisboa e Moita Flores está recenseado em Santarém. Uma impossibilidade técnica. Mesmo assim foi um burburinho do camandro. Para baralhar ainda mais os espíritos o crítico de Manuela Ferreira Leite dá a medalha de ouro da cidade ao Engº José Sócrates. Há muitos anos o então líder do PCP disse, a propósito de votar em Mário Soares para Presidente, que iria engolir um sapo. Em Santarém as estruturas locais do PSD engolem elefantes às manadas enquanto Moita Flores sorri deliciado com o guião que escreveu. Aqui a telenovela é sul-americana mas com sabor venezuelano.

No Cartaxo parece que anda tudo bêbado. As naifadas nas costas também nos remetem para cenários sul-americanos.

Tango e navalhas. Paulo Caldas não acerta

um passo. Pisa a torto e a direito. É o maior perna de pau que anda no baile dos candidatos socialistas. Troca de parceiro todos os dias mas não encontra a forma do seu pé. Adoro eleições, Serafim! Revelam-se estados de alma. Descobrem-se insuspeitas vocações. Acendem-se todas as reivindicações. Coisas que andavam esquecidas voltam à ribalta.

Falta-me falar de outros animais.

Começo pelos cães a quem a Câmara de Santarém decidiu atribuir as casas dos oficiais da Escola Prática de Cavalaria. É injusto, Serafim. Se alguém tinha direito a morar ali eram cavalos. Agora em vez de relinchos temos uivos e latidos. Sons que não fazem justiça ao local. Nestas coisas é preciso alguma atenção. A diferença entre um coice e uma dentada não é coisa de somenos. Quanto ao burro do Talibã de Abrantes, aquele empresário das barbas de metro, defendo que deixe de se chamar Jerico. Gilete era um bom nome. Honrava os atributos capilares do donoE para os jornalistas era o máximo. Já estou a ver os títulos: Montou-se na gilete e abalou a zurrar!!

E quem abala agora sou eu. Um bacalhau bem desinfectado do Manuel Serra d’Aire

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Residências da antiga Escola Prática de Cavalaria servem de canil Câmara de Santarém colocou animais na zona para evitar entrada de “pessoas indesejáveis”

foto O MIRANTE

CARICATO. Os cães circulam por dentro das habitações e deixam os dejectos por todo o lado

O

s apartamentos onde viviam oficiais e sargentos da Escola Prática de Cavalaria (EPC) de Santarém, transferida para Abrantes, estão ocupados por cães do canil municipal. As habitações, na estrada militar por trás da EPC, ficaram sem residentes após a saída da cidade dessa unidade do Exército no final de Novembro de 2006. A Câmara de Santarém, que é responsável por este património do Ministério da Defesa, justifica a transformação do espaço num canil com razões de segurança.

Os animais andam à vontade no in-

terior das casas defecando no chão, que nalgumas divisões é em madeira. Na segunda-feira ao fim da tarde eram visíveis através das janelas do rés-do-chão de alguns apartamentos bastantes dejectos pelos pavimentos. A autarquia recorreu aos animais para “guardarem o espaço de modo a evitarem que as habitações sejam invadidas por pessoas indesejáveis”, justifica o vereador da Câmara de Santarém, António Valente (PSD).

No entender do autarca esta medida não tem nada de anormal porque os canídeos são acompanhados por um tratador e pelo veterinário municipal.

“Os cães estão a ganhar para a ração”, sublinha António Valente desvalorizando o cheiro que se vai intensificando no local e a degradação provocada pelos dejectos. “Não podemos correr o risco que o local venha a ser ocupado por marginais”, fundamenta.

Sobre a possibilidade das residências virem a ser entregues a famílias carenciadas que estão em lista de espera para habitação social, o vereador diz que isso só se pode avaliar quando a câmara adquirir o património da EPC. Até lá a autarquia apenas é responsável pela manutenção dos espaços

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Secundária Ginestal Machado rejeita matrículas por falta de vagas em curso profissional A Escola Secundária Ginestal Machado, em Santarém, foi obrigada a recusar matrículas a alunos que pretendiam frequentar no próximo ano lectivo o curso profissional de técnico de gestão e programação de sistemas informáticos devido à falta de vagas para todos os interessados. O assunto foi levado à Assembleia da República pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, que questionou ainda o Ministério da Educação sobre o acompanhamento que está a dar ao assunto e como explica que não seja criada uma nova turma para acolher os alunos excluídos.

“Esta situação é tanto mais grave quanto esta escola é a única em Santarém a ministrar o curso em questão.

Ao verem a sua matrícula recusada, os alunos ficam impedidos de seguir o seu percurso escolar na sua área de formação, por impossibilidade de frequentarem outra escola a uma distância razoável”, alega a deputada Ana Drago na pergunta enviada ao Ministério da Educação.

O MIRANTE tentou contactar o director da escola, mas tal não foi possível por se encontrar de férias. Mas fonte conhecedora do processo disse ao nosso

jornal que a recusa de matrículas se deve ao facto de a Secundária Ginestal Machado não ter condições logísticas para criar mais de duas turmas ligadas ao ensino da informática. Refira-se que para além do curso em questão existe ainda o curso profissional de técnico de multimédia, que abre este ano.

Como existem limites à criação de novas turmas e o número de candidatos superou a oferta de vagas, a escola teve de fazer uma selecção de candidatos a integrar os cursos com recurso inclusivamente a entrevistas pessoais.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Investigadores reúnem-se no Politécnico de Tomar Diversas actividades destinadas às escolas e também dirigidas à comunidade assinalam a “A Noite dos Investigadores 2009”, uma iniciativa que vai ter lugar no dia 25 de Setembro, no Campus do Instituto Politécnico de Tomar, a partir das 17h00. O objectivo passa por aproximar os cientistas do público em geral de forma a desmistificar a sua imagem e, ao mesmo tempo, revelar o seu papel essencial na sociedade.

O projecto encontra-se inserido na maior iniciativa europeia de divulgação científica e decorre em vários países em simultâneo. Mais informações em www.ipt.pt.

Traficante em liberdade condicional detido em flagrante APELOS. Sem notícias, a família afixou cartazes um pouco por toda a cidade na véspera do corpo ter sido encontrado

foto O MIRANTE

Não há indícios de crime no caso do homem encontrado morto numa seara de milho António Fonseca desapareceu de casa em Tomar e apareceu morto dias depois perto de Santarém

A

s autoridades não encontraram indícios de crime no caso do homem que foi encontrado sem vida, na manhã de quinta-feira, 20 de Agosto, numa seara de milho perto de Santarém. Fonte da GNR confirmou a O MIRANTE que o corpo de António Fonseca Lopes, residente em Soianda, Tomar, “não apresentava sinais de agressão ou violência” que indiciassem ter sido vítima de homicídio. De acordo com a mesma fonte, a carrinha em que se fazia deslocar, uma Renault 4 L de cor bege, ainda não foi encontrada,

apesar de a GNR já ter inspeccionado toda a zona envolvente.

Casado e com duas filhas, António Fonseca Lopes, 64 anos, saiu de casa no sábado anterior, 15 de Agosto, alegadamente para comprar o jornal num hipermercado de Tomar. Não levou cartão multibanco, dinheiro ou cheques. A partir desse momento nunca mais foi visto por familiares ou vizinhos.

O desaparecimento foi comunicado no mesmo dia à GNR de Tomar, que realizou um patrulhamento na zona.

Foi ainda difundida uma mensagem de

alerta para todos os postos e esquadras da região.

António Fonseca tinha sido operado ao coração e sofria de perdas temporárias de memória, necessitando de tomar medicação para se manter estável. A família, desesperada com o seu desaparecimento, colocou apelos um pouco por toda a cidade na véspera do corpo ter sido encontrado, a cerca de cem quilómetros de casa. Engenheiro de formação, António Fonseca era uma pessoa bastante conhecida na cidade nabantina por ter sido durante oito anos director operacional da Resitejo - Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo. O funeral realizou-se na segunda-feira, 24 de Agosto

.

Remodelação profunda na Escola Secundária Solano de Abreu As obras de requalificação da Escola Secundária Solano de Abreu, em Abrantes, já se encontram em curso e prevê-se que decorram durante os próximos 15 meses. Como os trabalhos vão coincidir com o período lectivo, a empreitada vai desenvolver-se em duas fases e serão instalados monoblocos para criação de 22 salas de aula provisórias.

O estabelecimento de ensino, construído em 1959, será alvo de uma pro-

funda intervenção que vai possibilitar a criação de novas valências. Destacam-se a construção de novas acessibilidades levando à relocalização da entrada, que passa a ser feita pela rua que dá acesso ao pavilhão municipal. A área de acesso terá estacionamentos, escadas e rampas.

Na nova entrada será construído um novo edifício que integrará, entre outros serviços, a biblioteca e salas de

professores. O actual bloco de oficinas será demolido e construído um novo equipamento. Os restantes edifícios serão reabilitados e o pavilhão municipal será remodelado e passa a integrar o perímetro escolar. Também o ginásio da escola será reconvertido. O investimento do Estado ronda os 9,4 milhões de euros e insere-se no Programa de Modernização do Parque Escolar.

A GNR deteve em flagrante em Fátima, concelho de Ourém, um homem de 44 anos que se dedicava ao tráfico de droga. O detido, com residência na Figueira da Foz, e que se encontra em liberdade condicional, tinha na sua posse 33 doses de heroína. Na altura os militares da Guarda identificaram também o comprador, um homem de 32 anos, residente em Batalha, que foi notificado para comparecer na Comissão de Dissuasão da Toxicodependência.

Identificados menores suspeitos de assaltos A GNR identificou dois menores, com 12 e 13 anos, por suspeita de serem os autores de furtos no interior de veículos ocorridos desde o início do mês de Agosto junto à estação de caminhos-de-ferro do Vale de Santarém. Em comunicado, a GNR afirma que os menores, residentes nos concelhos do Cartaxo e de Santarém, foram entregues aos pais, tendo sido informadas as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens das respectivas áreas de residência. A identificação dos menores ocorreu na sequência da denúncia de três furtos em viaturas, tendo a GNR recuperado vários auto-rádios, acrescenta.

Recolha de sangue em Pernes O Grupo de Dadores de Sangue de Pernes vai organizar uma recolha de sangue no domingo, 30 de Agosto, entre as 09h00 e as 13h00 na Escola Básica 2/3 D. Manuel I, naquela vila.

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Câmara de Ourém tem viatura de comando e comunicações A Câmara Municipal de Ourém apresentou sexta-feira uma viatura de comando e comunicações que está afecta ao serviço de Protecção Civil. A viatura, cujo investimento foi de 70 mil euros, está equipada com rádios de comunicações, uma central telefónica, uma central meteorológica e uma câmara exterior.

Dispõe também de uma zona de comando, com ecrãs de televisão, mesa de mapas ou quadros para escrita.

“A viatura conta ainda com autonomia através de baterias, climatização, gerador exterior, acesso à Internet e navegação GPS”, anunciou a autarquia, acrescentando que proporciona “tempos de operacionalidade elevados”, possuindo microondas, frigorífico e máquina de café.

Este investimento foi candidatado ao Programa Operacional Centro, no âmbito da Prevenção e Gestão de Riscos Naturais e Tecnológicos. foto O MIRANTE

MOBILIZAÇÃO. A população da vila associou-se à homenagem ao seu conterrâneo

Amiais de Baixo deu nome de rua a combatente que morreu na Guiné Joaquim da Travessa Martins Faustino completaria no domingo, 23 de Agosto, 59 anos Joaquim da Travessa Martins Faustino, natural de Amiais de Baixo, concelho de Santarém, foi este domingo, dia 23, homenageado pela freguesia, pela câmara e pela população com a atribuição do seu nome a uma rua da vila. Joaquim Faustino foi mobilizado para a Guerra do Ultramar na GuinéBissau e viria a falecer, vítima de um disparo de morteiro, em 4 de Junho de 1973. Teria feito no domingo 59 anos (nasceu a 23 de Agosto de 1950).

A

Junta de Freguesia de Amiais de Baixo organizou a homenagem, que contou com a colaboração da família de Joaquim Faustino e de dois elementos que estiveram na Guiné: o coronel Coutinho Lima, ex-comandante, e o alferes do seu pelotão, João Seabra. Dezenas de populares juntaram-se à homenagem, após a realização de uma missa solene e da romagem à sua campa no cemitério local, onde foi depositada uma coroa de flores. A rua com o nome de Joaquim da Travessa Martins Faustino fica entre a avenida 25 de Abril

(variante a Amiais) e a rua António Maria Galhordas, perto da sede da junta.

O irmão de Joaquim Faustino, António Faustino, recebeu a homenagem “com muito orgulho e com o gosto de saber que a sua memória não foi esquecida pelos conterrâneos e irá perdurar no futuro”, referiu a O MIRANTE. Considerou que embora tardia a homenagem é bem-vinda e salientou o carácter do seu irmão. “Era uma pessoa divertida, alegre e amigo do seu amigo. Despediu-se de amigos e familiares antes de embarcar para África. Regressou à terra natal como cadáver”, recordou com emoção.

Da família de Joaquim da Travessa Faustino restam na freguesia o irmão e a cunhada e, fora dessas fronteiras, tios e sobrinhos. A mãe faleceu há muito, o pai há apenas cerca de dois meses.

Boa pessoa e um barra na escola São os seus amigos de infância que o recordam. Joaquim da Travessa Faustino era uma pessoa cuja bondade excedia qualquer limite, qualidade que acumulava com a de ser um grande aluno na escola. António Morgado lembra como Joaquim da Travessa era estimado por

Para o presidente da junta, Joaquim Lucas, mais importante que uma rua que ajuda a escoar o trânsito da freguesia está o nome de um jovem de Amiais que morreu na guerra e dar-lhe o devido reconhecimento. “Na década de 60 e 70 fomos para o Ultramar e morreram dois amienses. Um em Angola, outro na Guiné. Esta homenagem serve também para os jovens de hoje saberem que nas décadas de 60 e 70 morreram amienses na guerra colonial”, lembrou o autarca. Recorda que Joaquim da Travessa era dois anos mais velho e que conviveram na juventude. “Eu fui para Angola e voltei, ele foi para a Guiné e não teve a mesma sorte”, concluiu.

O presidente da Câmara de Santarém, citando o poema de Adriano Correio da Oliveira “Menina dos olhos tristes”, lembrou que muitos foram os homens e

todos, muito boa pessoa e que acabou por tirar o curso industrial em Lisboa.

“Eu era dois anos mais velho que ele e escapei à guerra”, recorda o amigo de infância.

João Enoch sublinha a amizade do homenageado mas também a sua qualidade como estudante. “Era o melhor cérebro que apanhei na escola.

Reuníamo-nos dúzias de vezes às 08h30 na escola onde me dava explicações de

Na década de 60 e 70 fomos para o Ultramar e morreram dois amienses.

Um em Angola, outro na Guiné. Esta homenagem serve também para os jovens de hoje saberem que nas décadas de 60 e 70 morreram amienses na guerra colonial jovens que ficaram pelo Ultramar mas que o importante é que perdure a sua memória. “Na alegria da paz, da tolerância e na alegria da liberdade”, realçou. A manhã de homenagem terminou com um almoço na Casa do Povo.

De Amiais de Baixo houve outro jovem que perdeu a vida na guerra colonial e que poderá vir também a ter o reconhecimento e homenagem públicos. Alfredo Varanda foi mobilizado para Angola mas viria a falecer vítima de acidente de viação. “Ficará para o próximo executivo decidir, mas já discutimos o assunto em assembleia de freguesia e pode haver uma rua disponível para atribuirmos o seu nome”, acrescenta Joaquim Lucas

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ciências, mas também passava noites em minha casa a ver televisão até à uma e duas da manhã”, recorda o amigo.

Joaquim da Travessa pertencia a uma das famílias mais humildes mas também das mais sérias de Amiais de Baixo.

“Tenho pena que a malta do nosso ano não se una toda e vá à sua campa para fazer a homenagem que ele merecia”, sugere João Enoch.

O MIRANTE | 27 Agosto 2009

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Câmara de Almeirim vendeu 150 bicicletas em hora e meia Iniciativa “Almeirim on Bike” é para continuar garante o município

NEGOCIAÇÃO. Autarquia quer garantir permanência das estruturas

foto arquivo O MIRANTE

Câmara de Coruche quer manter acessos provisórios para servir nova ponte Autarquia quer que infraestruturas venham a servir uma travessia alternativa junto à vila SUCESSO. O vice-presidente, Pedro Ribeiro, diz que iniciativa este ano superou todas as expectativas

A

Câmara de Almeirim pretende aumentar no próximo ano o número de bicicletas para vender a baixo preço aos munícipes. A autarquia já sensibilizou o patrocinador da iniciativa para esta necessidade, mas tudo depende da vontade do Grupo Zurich que paga a diferença entre os 60 euros a que são vendidas as bicicletas e os 150 euros que são o seu custo no mercado. A intenção da autarquia surge depois do sucesso que a iniciativa alcançou este ano, ao venderem-se os 150 veículos de duas rodas no espaço de hora e meia.

Este foi o terceiro ano da iniciativa Almeirim on Bike” e superou todas as expectativas do vice-presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro (PS), que não estava à espera de tão grande adesão dos munícipes em tão pouco tempo. Assim que abriu o festival gastronómico Pão, Vinho e Companhia, que decorre até dia 30 de Agosto, por volta das 20h00 de sábado, 22 de Agosto, o stand da autarquia no certame registou uma enchente e chegaram a estar mais de 20 pessoas em fila à espera. Às 21h30 já se tinha esgotado o stock.

Pedro Ribeiro (PS) recorda que no ano passado foram necessários seis dias para entregar todas as bicicletas. Até agora, em três edições foram entregues 400 bicicletas a munícipes do concelho.

O autarca considera que a procura está relacionada com as campanhas que o município tem vindo a fazer para que se use mais as bicicletas em detrimento do automóvel nas deslocações dentro da cidade, bem como o facto de terem vindo a ser construídas ciclovias no concelho.

A iniciativa “Almeirim on Bike”, que conta com o apoio do Grupo Zurich pelo terceiro ano consecutivo, visa a sensibilização dos cidadãos para a utilização de transportes alternativos, permitindo a aquisição de bicicletas a preços reduzidos.

A Semana Europeia da Mobilidade, a que o município de Almeirim adere há vários anos, pretende mostrar alternativas de transporte sustentáveis aos cidadãos e explicar os desafios com que se confrontam as cidades e vilas. O objectivo é “induzir uma mudança de atitudes e dar um passo em frente na implementação de uma política de transportes mais sustentável na Europa”, afirma uma nota da Zurich

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A Câmara de Coruche está a negociar com a Estradas de Portugal (EP), o Ministério da Agricultura e a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo a possibilidade de não se destruírem as infra-estruturas criadas para aceder à ponte militar provisória que esteve montada sobre o rio Sorraia cerca de um mês (até final de Julho) enquanto decorreram obras na ponte Teófilo da Trindade. A intenção é montar ali, de futuro, uma ponte que ajude a escoar o trânsito na zona.

“Desejamos ter alternativa com uma nova ponte, que dê resposta a trânsito ligeiro e a máquinas agrícolas, pelo menos. Estamos a tentar evitar a destruição do aterro e dos acessos, além dos maciços de betão que foram montados e aproveitar para montar ali uma ponte com capacidade para 30 a 40 toneladas”, explica Dionísio Mendes.

O autarca está a tentar junto da ARH Tejo e do Ministério da Agricultura que o aterro ali seja permitido de forma definitiva, o que deverá ser decidido dentro de uma semana. Recorda também que na margem sul do rio já existia um arruamento rural e que, do lado norte, a autarquia pretende sensibilizar os proprietários dos terrenos.

“Essa travessia seria uma alternativa para máquinas agrícolas e trânsito local.

Posteriormente, compraríamos uma ponte para colocar, o que não será demasiado dispendioso”, refere Dionísio Mendes. Que considera, no entanto, mais importante para a vila e para o concelho a construção dos itinerários complementares 10 e 13, ambos há muito tempo projectados no papel, e do viaduto sobre o vale do Sorraia.

No terreno, o vão da ponte militar já foi retirado e mesmo as máquinas do empresário contratado para desmantelar as infraestruturas estão paradas por uma semana à espera de ordem para avançar ou para retirar.

Para a montagem da ponte foi necessário fazer obras de vulto. Se do lado sul o acesso de asfalto tem uma altura de 20 centímetros, do lado norte, de ligação à Estrada da Erra, o acesso tem uma altura de 1,2 metros. O limite inferior desse acesso é todo feito de pedra que terá de ser destruída. Também os encontros da ponte, construídos em ambas as margens, são feitos de betão armado, com oito metros de comprimento e dois metros de altura. Essa estrutura comporta ainda estacas metidas no solo a 18 metros de profundidade.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Há cada vez mais membros do Clube de Leitores O MIRANTE Alfredo Fragoso Martinho

Carlos Raposo

Iniciativa está a despertar interesse em pessoas que não conheciam o jornal Adesão ao Clube de Leitores tem vindo a crescer todas as semanas. Nem todos os membros do clube que se inscrevem conhecem bem o jornal

A

Francisco Ferreira Martins

Francisco Pereira Azevedo

João José Carreira Martinho

Mário Salgueiro Grácio

Cristina Branco dá concerto de solidariedade em Almeirim

adesão ao Clube de Leitores criado há aproximadamente dois meses com o objectivo de dinamizar actividades culturais e promover o convívio entre os seus membros tem vindo a crescer todas as semanas. Francisco Ferreira Martins, de Torres Novas, e Francisco Pereira Azevedo, de Tremês, concelho de Santarém, partilham os gostos por espectáculos musicais, teatro e futebol.

Antigo técnico de electricidade, Francisco Ferreira Martins é apreciador de pintura, poesia e sempre que possível gosta de assistir a um bom filme. Lê todo o conteúdo de O MIRANTE com destaque para o suplemento de desporto considerando o jornal “bastante aberto a todas as correntes de opinião”, diz.

Francisco Pereira Azevedo, de Tremês, concelho de Santarém, também gosta de ler todas as secções do jornal, diz notar que, por vezes O MIRANTE repete algumas notícias, uma situação que é mais frequente na edição disponibilizada online. Refere que as matérias que mais lhe chamaram a atenção nos últimos tempos foram as relativas à chamada Lei dos Poços.

Também para João José Carreira Martinho, da Moçarria, concelho de Santarém, as notícias sobre a Lei dos Poços, a par das referentes ao mini tornado que em Abril de 2008 afectou algumas localidades dos concelhos de Santarém e Torres Novas foram algumas das que lhe despertaram maior interesse. Empregado fabril,

diz que é adepto de desporto, tauromaquia e actividades culturais, não sendo por isso de estranhar que as secções que lê com maior interesse sejam o desporto e a cultura.

Os e-mails do Outro Mundo, o Cavaleiro Andante e notícias de política são as secções que Alfredo Fragoso Martinho, outro habitante da Moçarria, lê com maior atenção. O antigo padeiro que ocupa parte dos tempos livres a fazer jardinagem tem como outros interesses, espectáculos musicais, teatro, leitura e desporto.

Mário Salgueiro Grácio, da Ribeira de Santarém gosta de pesca e faz alguma agricultura. Sempre que pode realiza viagens de carácter cultural. A poluição no rio Alviela é um assunto que tem acompanhado ao longo dos anos através de O MIRANTE. Sempre que abre o jornal O MIRANTE, Carlos Manuel Rafael Raposo, de Vale de Estacas, Santarém, lê com particular atenção as notícias de Sociedade, Política e Desporto.

Adepto das novas tecnologias, o reformado também aprecia uma partida de futebol, uma ida ao teatro ou uma corrida de toiros.

Jorge Manuel Rodrigues Pires, de Santarém, de Santarém, é leitor assíduo de O MIRANTE e não perde as notícias do caderno de Economia. O técnico oficial de contas é um amante da caça sendo sócio do Clube Amador de Caça e Pesca de Monsanto do Ribatejo.

Nem todas as pessoas que se tornam membros do clube conhecem bem o jornal. É o caso do comerciante Joaquim Alves Ferreira, residente na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira.

Embora não conhecendo bem O MIRANTE decidiu fazer-se assinante e tornar-se membro do Clube de Leitores para participar nas iniciativas que irão realizar-se

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foto arquivo O MIRANTE

A cantora Cristina Branco vai protagonizar um concerto de solidariedade no dia 4 de Setembro na Praça de Toiros de Almeirim.

As receitas revertem a favor da família de Paulo Mendes que na noite de 30 de Março deste ano teve um acidente de trabalho na fábrica da Compal na cidade, vindo a morrer no Hospital de Santarém na madrugada de 7 de Abril.

O espectáculo tem início às 21h30 e os bilhetes que variam entre os 10 e os 15 euros podem ser adquiridos nas papelarias Cortes, Garcia e Celditor e ain-

da na empresa Segurgest, bem como durante o festival gastronómico Pão Vinho & Companhia que decorre até dia 30 na zona Norte de Almeirim.

Paulo Mendes, que era conhecido como Paulinho, tinha 26 anos e residia em Paço dos Negros. Era guarda-redes da equipa de futebol do Grupo Desportivo Raposense e tinha vencido um cancro pouco tempo antes do acidente. O espectáculo de solidariedade foi organizado pela família e amigos do jovem que deixou uma filha com sete anos de idade.

Feira da Cebola regressa a Rio Maior de 1 a 6 de Setembro A Feira Nacional da Cebola – Frimor 2009 regressa a Rio Maior entre os dias 1 e 6 de Setembro, sendo pelo terceiro ano consecutivo acompanhada pela Mostra Gastronómica de Carnes. A organização é da Câmara Municipal e Associação Empresarial do Concelho de Rio Maior, contando com o apoio de várias instituições e empresas.

A abertura da feira está marcada para as 10h30 de terçafeira, 1 de Setembro. À noite a música popular e brejeira de Quim Barreiros vai ecoar no recinto, seguindo-se pelas 23h30 a música de dança passada pelos DJ Gonçalo Aguiar & Nelinho na Tenda dos Bares.

No dia 2, pelas 21h30, realizase um concerto com as bandas de Rio Maior, The Others e The

Vintage e o DJ Tiago M, vai estar de serviço na Tenda dos Bares.

No dia 3, pelas 21h30, sobe ao palco a banda Função PúbliKa e depois é a vez do DJ Pedro Diaz dar música.

Dia 4, o popular grupo Deolinda é a atracção principal no recinto, com concerto marcado para as 21h30. Nesse mesmo dia pelas18h30 dá-se a inauguração da Exposição Colectiva de Pintura do Grupo Artefacto, na Casa Senhorial D´EL Rei D. Miguel.

O DJ Jean Paul Beauty ocupa-se da Tenda dos Bares.

Os Blasted Mechanism entram em cena na noite de sábado e o DJ Tierry tem a responsabilidade da Tenda dos Bares. Diana Gil fecha a série de concertos no domingo e o DJ Pippa fecha a porta da Tenda dos Bares.

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Caçador que matou filho com tiro acidental fica em liberdade O caçador que no domingo de manhã matou o filho de 16 anos numa reserva de caça de Montalvo, Constância, vai ficar a aguardar o inquérito judicial em liberdade com termo de identidade e residência. Marco António Madeira era filho único e vivia com os pais em Rossio ao Sul do Tejo, concelho de Abrantes, onde foi sepultado.

O jovem foi morto pelo próprio pai depois de ter apanhado uma rola que levava na mão para mostrar ao progenitor. O jovem estava no meio de uma plantação de girassóis e acabou por ser atingido por um tiro na cabeça. Os bombeiros de Constância e uma equipa médica do INEM ainda tentaram a reanimação do jovem, mas em vão. O corpo foi transportado para a morgue do Hospital de Abrantes. Os pais do jovem tiveram de receber apoio psicológico no Hospital de Abrantes.

SOCORRO. Criação dos novos postos vem beneficiar o apoio imediato às populações

foto O MIRANTE

Bombeiros do Entroncamento e da Barquinha já têm posto de emergência médica Ambulâncias do INEM já se encontram ao serviço das associações humanitárias O Entroncamento era a única cidade da região cujos bombeiros não estavam equipados com esse serviço.

O

secretário de Estado adjunto da Saúde, Francisco Ramos, presidiu, dia 20 de Agosto, à cerimónia de inauguração de dois novos Postos de Emergência Médica (PEM) no distrito de Santarém. Os Bombeiros do Entroncamento e Vila Nova da Barquinha foram os contemplados, passando a estar equipados com ambulâncias do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica.

O Entroncamento era até então a única cidade do distrito de Santarém que não tinha ainda sido contemplada com um PEM. O protocolo de instalação foi assinado pelo presidente do INEM, Abílio Gomes, e o presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, Filipe Graça.

As duas associações agora contempladas eram consideradas apenas Postos de Reserva do INEM, uma situação por que passam todos os corpos de bombeiros antes de serem contemplados com os postos de emergência médica. Situação que há muito era contestada, principalmente pelos Bombeiros do Entroncamento.

Por isso o presidente da corporação, Filipe Graça, referiu que a passagem de Posto de Reserva a PEM era um acto de justiça e um sinal de que o bom trabalho desempenhado pela associação é reconhecido pelas entidades oficiais. “Ficamos agora com melhores condições para o socorro rápido à população e esperamos responder com mais vontade e disponibilidade ao esforço feito pelo INEM”, disse satisfeito.

Abílio Gomes referiu que a criação dos PEM do Entroncamento e Vila Nova da Barquinha se insere no esforço do Governo que permitiu a criação e instalação de 39 novos postos. “Prosseguimos no caminho de levar a emergência médica às populações de todo o país”, referiu.

O presidente do INEM justificou ainda a criação dos novos postos. No caso do Entroncamento por ser uma prioridade há alguns anos e pela densidade populacional e os dois eixos rodoviário e ferroviário existentes. Relativamente à Barquinha pesou o facto de o concelho ser atravessado pela auto-estrada A23 e também pela distância entre o concelho e as unidades de saúde com urgências.

O secretário de Estado garantiu que não se estava perante actos isolados. “O Governo está a desenvolver o projecto de requalificação de emergência médica em todo o país e a melhorar a rede de transportes coordenada pelo INEM, com a

As duas associações agora contempladas eram consideradas apenas Postos de Reserva do INEM, uma situação por que passam todos os corpos de bombeiros antes de serem contemplados com os postos de emergência médica criação de mais 39 PEM”. Francisco Ramos justificou ainda o investimento de 13,5 milhões de euros em 150 novas viaturas, como um apoio ao sector automóvel. “É neste momento, em altura de crise, que temos de avançar com investimento público. Com a compra destas viaturas estamos a dar apoio ao sector automóvel que também passa por uma grave crise”, apontou.

O governante e o presidente do INEM garantiram ainda que o próximo grande projecto vai ser uma aposta forte na formação de técnicos de saúde para possibilitar um cada vez melhor apoio médico às populações

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Desacatos e tiros em bairro do Entroncamento Um rapaz de 17 anos envolveu-se em desacatos com familiares da sua mulher no bairro Frederick Ulrich no Entroncamento na noite de 19 de Agosto. O rapaz não terá gostado que a esposa, de 14 anos de idade, tivesse fugido de casa e foi à habitação dos familiares onde esta estava refugiada envolvendo-se numa briga. Depois saiu do local num carro e abalroou várias viaturas que estavam estacionadas.

Segundo a PSP o rapaz apresentou queixa por agressões na esquadra de Abrantes e esta quinta-feira já voltou ao bairro disparando vários tiros contra o carro de um tio da mulher. A PSP está a investigar o caso.

Detido por ter pistola ilegal A GNR de Coruche deteve sextafeira um homem de 64 anos, residente nesse concelho, por se encontrar na posse ilegal de uma pistola calibre.22 com silenciador e 15 munições, pronta a disparar. A detenção ocorreu de madrugada durante uma acção de fiscalização rodoviária.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Doentes enviados para Santarém por falta de condições no Centro de Saúde de Coruche

GNR recupera material roubado e plantas de cannabis

Obras de construção do Serviço de Urgência Básico implicaram o fecho do atendimento complementar

No âmbito de uma busca domiciliária a GNR apreendeu numa residência em Alpiarça vários materiais de construção civil roubados e 10 plantas de cannabis com 3,6 quilos de peso. Os militares da Guarda detectaram ainda, no âmbito da investigação de um crime de furto em interior de estabelecimento, quatro monitores de computador, um vídeo projector, uma mesa de mistura, um computador portátil, um router e um disco externo. Foram constituídos arguidos dois indivíduos, uma mulher e um homem, com 28 e 26 anos respectivamente, que residem no concelho de Alpiarça.

Detidos agressores de condutor em Santarém

foto O MIRANTE

OBRAS. Espaço nas antigas urgências do centro de saúde não permite manobras a entrada de pacientes em maca

Pacientes acamados ou transportados em maca são reencaminhados para o hospital distrital, por não haver condições para manobrar as macas no interior das instalações.

O

s pacientes que cheguem em maca à zona de urgências do Centro de Saúde de Coruche estão a ser encaminhados para o Hospital de Santarém por falta de condições para atendimento. As antigas urgências do centro de saúde e sala de espera encontram-se encerradas desde dia 10 de Agosto para a realização das obras de adaptação do espaço ao novo Serviço de Urgência Básico (SUB), que ali vai funcionar. Desde essa data que é impossível manobrar macas com pacientes na sala de observação improvisada, disponibilizada pelo centro de saúde nas traseiras das instalações. E assim se prevê que continue até que as obras sejam concluídas, no melhor prazo, entre final de Setembro e início de Outubro.

Na última reunião de câmara, o presidente da autarquia, Dionísio Mendes (PS), lamentou que a intervenção seja incómoda para os doentes e represente um acréscimo de trabalho para os bombeiros municipais. “Nos casos em que os

doentes não podem ser atendidos, e os médicos recusam fazê-lo no exterior ou nas ambulâncias, os bombeiros são obrigados a encaminhá-los para as urgências do Hospital de Santarém, sujeitos a não serem aceites por não ter sido feita triagem em Coruche”, afirmou o autarca.

O comandante dos bombeiros, Rafael Rodrigues, confirma a situação. Refere que se tem registado um acréscimo de serviços a que tem de responder com mais viaturas e mais homens para o transporte de doentes, seja em ambulância adequada, seja de pacientes acamados. “Estamos a comprometer a eficiência do primeiro e segundo socorro com duas a três ambulâncias sempre prontas para o serviço de transporte de doentes. A isso soma-se o transporte de pacientes oncológicos e de hemodiálise para Lisboa”, explica.

Lembra ainda que se estão a ultrapassar os limites definidos para pagamento de horas extraordinárias e despesas com combustíveis.

E assim se prevê que continue até que as obras sejam concluídas, no melhor prazo, entre final de Setembro e início de Outubro

O director da Unidade de Saúde Familiar de Coruche reconhece o incómodo da situação para os pacientes e para os bombeiros mas garante que houve preocupação em avançar com as obras com a maior rapidez possível. “Imagine como seria se chegássemos com as obras ao pico da gripe A”, sugere Carlos Ceia, justificando a falta de tempo que houve para colocar no local um contentor alternativo.

O médico refere que a Câmara de Coruche, os bombeiros e o Hospital de Santarém foram informados da situação e do aumento de ocorrências com pacientes acamados durante o período de obras.

Mas diz que a situação de pacientes em maca é residual e que 95 a 98 por cento dos doentes são atendidos.

“Temos uma média de 70 a 80 atendimentos por dia e as obras são uma situação que as pessoas têm de perceber”, adianta Carlos Ceia, afirmando que as obras são da responsabilidade da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT). O MIRANTE contactou a ARS-LVT para saber mais pormenores sobre a intervenção em curso mas não obteve esclarecimentos até ao fecho desta edição

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A Polícia Judiciária deteve segunda-feira três homens indiciados por roubo e incêndio de uma viatura e por sequestro e agressão do proprietário em Santarém, em Julho de 2008. De acordo com um comunicado daquela força de segurança, os detidos, com idades entre 27 e 37 anos, e um quarto elemento ainda não identificado, terão agredido e ameaçado o condutor com uma arma branca e uma reprodução de uma arma de fogo na madrugada de 23 de Julho.

A vítima, homem de 42 anos, foi obrigado a revelar os códigos dos seus cartões bancários e foi depois sequestrado na bagageira do carro, onde esteve durante cerca de uma hora e meia. Os assaltantes fizeram cinco levantamentos em caixas multibanco, num total de 400 euros, abandonaram o homem num local isolado e, já noutra zona também despovoada, junto a uma mata, incendiaram o automóvel.

No total, refere a PJ, “subtraíram à vítima a viatura, dinheiro e bens pessoais avaliados no montante de cerca de seis mil euros”. Segundo a polícia, os três detidos possuem já um historial criminal que inclui furtos, roubos e tráfico de droga. O mais velho já cumpriu, inclusive, duas penas de três e cinco anos por roubos.

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Paixão pelas Vespas pode acabar em museu Coleccionador de motas italianas percorreu o país e a Europa em duas rodas

DEDICAÇÃO. É na oficina que tem em casa e que considera o seu museu que Fernando Mário Rosa passa grande parte dos seus dias

Trocou o bulício lisboeta pela pacatez de Marinhais depois de se reformar. Fernando Mário Rosa emprega grande parte do seu tempo com as Vespas, míticas motas italianas a quem quer dedicar um museu.

Q

Ana Isabel Borrego

uem observa o exterior da oficina de Fernando Mário Rosa, em Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, não imagina o espólio que está lá dentro. O antigo contabilista, de 69 anos, possui actualmente 26 motos modelo Vespa, onze das quais a funcionar. As outras estão à espera de tempo para serem recuperadas.

A mais antiga data de 1952 e está avaliada em 12 mil euros. Fernando Rosa garante que não a vende. Por nenhum preço. E nem sequer falta uma da época da 2ª Guerra Mundial que pertencia aos Correios de Marinhais e que o coleccio-

Museu de Vespas em Santarém Fernando Mário Rosa confidenciou a O MIRANTE que o seu sonho era criar um museu de Vespas. Contactou a Câmara de Salvaterra de Magos, mas ficou desiludido com a resposta de Ana Cristina Ribeiro (BE). “Quando falei do projecto a senhora presidente disse logo que não estava interessada na ideia porque o concelho de Salvaterra é uma

nador encontrou na sucata. Comprou-a e restaurou-a.

A menina dos seus olhos é uma Vespa T5 vermelha, de 1986, sua companheira de viagem que o levou de norte a sul do país e Europa. Em 1996, viajou até San Remo (Itália) para mais uma concentração.

Fernando viajou com vários amigos desde Portugal tendo levado, inclusive, um deles à pendura. Três mil quilómetros durante três dias.

O vespista não esconde a pequena desilusão quando chegou a San Remo.

“Estavam várias artistas, todas muito bonitas, à nossa espera para nos indicarem o local da concentração. No final todos levaram uma menina nas suas motas. Eu, como já levava companhia, fui o único que não tive direito de desfrutar de uma companhia tão agradável”, recorda entre gargalhadas.

A oficina é um verdadeiro museu. Nas paredes não faltam calendários da Piaggio das décadas de 60 e 70 com mulheres bonitas sentadas nas Vespas. Taças, deze-

região de toiros e toureiros”, conta.

Fernando Rosa confessa ainda que gostava de ter oportunidade de falar com o actual presidente da Câmara de Santarém sobre o seu projecto. “Moita Flores tem feito muito pela capital do distrito e, pelo que tenho visto, é um homem muito inteligente. Gostava imenso de conversar com ele e proporlhe esta ideia de criar um museu de Vespas em Santarém. Conheço muita gente que tem as suas vespas no armazém ou no palheiro porque não tem onde as guardar”, confessa.

foto O MIRANTE

nas de Vespas em miniatura, matrículas de antigas motorizadas e capacetes que usou em provas de competição e viagens também estão expostos na sua oficina. O espaço a que chama o seu mundo e onde passa grande parte dos dias.

Fernando Mário Rosa faz questão de mostrar o capacete que, diz, lhe salvou a vida durante uma prova de competição no estádio José Alvalade, em Julho de 1964.

Tinha 25 anos. Com a violência do acidente

partiu a cabeça e ficou três dias em coma. “A marca que tenho na cabeça é a mesma que ainda está no capacete que ficou rachado.

Na parte de dentro ainda se conseguem ver gotas de sangue. Se não fosse o capacete provavelmente já não estaria aqui há muito tempo”, confessa.

A paixão pelas motas começou muito cedo. Aos 16 anos, ainda sem possuir carta de condução, já organizava passeios de Vespa em Lisboa. O amante das duas rodas confessa que houve influência familiar. “O meu pai não andava de mota, mas a minha mãe, hoje com 94 anos, foi das primeiras mulheres a andar de mota em Portugal”, conta. O filho seguiu-lhe as pisadas. O coleccionador comprou a sua primeira mota aos 18 anos. A vespa custou-lhe 9.800 escudos e Fernando pagava todos os meses 300 escudos pela prestação.

Do lado esquerdo do “museu” estão os veículos todos alinhados com o guiador para a esquerda – sinal de que estão trancadas. Do outro lado funciona a parte mecânica onde ocupa o seu tempo a consertar motorizadas. Fernando Rosa confessa que há dois anos deixou de participar na concentração de Vespas em Marinhais, onde é eleito o exemplar mais antigo. “Era sempre eu que vencia o prémio por isso deixei de participar”, conta com orgulho.

Apesar dos avisos dos médicos para não andar de mota, por vezes finge esquecer-se das indicações e dá uma voltinha de mota até ao café. No final da conversa Fernando Rosa não deixou a repórter sair do seu museu sem uma recordação. Uma vespa vermelha em miniatura guardada dentro de uma caixa transparente

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VER VÍDEO www.omirante.pt

Viagens semanais a Madrid para estar com a namorada Fernando Mário Rosa nasceu em Alcobaça mas desde cedo que foi viver para Lisboa. Perdeu o pai aos 12 anos e teve que começar a trabalhar para ajudar a família. O primeiro emprego que apareceu foi como contabilista na Guerin, representante da Piaggio na capital.

Foi aqui que começou a paixão pelas motas italianas. Depois de dez anos a trabalhar como contabilista passou a recepcionista de oficina. Estas funções davam-lhe acesso a toda a carteira de clientes. “Ainda hoje sei quem são as pessoas que possuem Vespas e qual o modelo. Tenho tudo organizado.

Sempre que quero alguma procuro nos meus arquivos e contacto a pessoa para saber se ainda tem a mota e se quer fazer negócio”, esclarece.

Fernando Rosa mudou-se para Marinhais quando, numa visita com amigos à barragem do Escaroupim, ficou encantado com a beleza do local.

Reformou-se há 27 anos e desde então trocou o rebuliço da cidade pelo sossego no campo. O antigo contabilista é um homem extremamente organizado.

Toda a documentação, notícias e as cerca de 525 fotografias da sua vida em cima de Vespas estão arrumadas em dezena e meia de dossiês azuis nas estantes da sua casa. Até o candeeiro do corredor que dá acesso aos quartos e à sala tem como base uma Vespa vermelha.

Bon vivant assumido recorda que quando era novo tinha uma namorada em cada cidade espanhola. Correspondiam-se através de carta durante o ano e na altura das concentrações aproveitavam para namorar. Mas paixão de juventude não existiu como a madrilena, com quem namorou durante um ano.

“Ainda hoje me lembro dela. Todos os fins-de-semana viajava até Madrid de Vespa só para estar com ela. Foi uma grande paixão que terminou”, lembra com nostalgia.

SOCIEDADE | 23

O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Candidata do PS em Alpiarça teve acesso a informação privilegiada que beneficiou a sua candidatura Dois médicos cubanos vão começar a trabalhar no centro de saúde da vila conforme tinha anunciado Sónia Sanfona A socialista Sónia Sanfona anunciou que tinha conseguido a contratação de médicos para o Centro de Saúde de Alpiarça e que estes iniciavam funções este mês. Os clínicos já estão na vila, o que confirma que a candidata à presidência da câmara teve informações que usou em benefício próprio violando a Lei Eleitoral.

A

candidata à presidência da Câmara de Alpiarça pelo PS, Sónia Sanfona, teve acesso a informação privilegiada no caso da contratação de médicos para o centro de saúde local. E utilizou essa informação em benefício da sua candidatura quando anunciou no dia 1 de Agosto que conseguiu “assegurar a contratação de médicos para reforçar os efectivos do Centro de Saúde local”, garantindo que os mesmos iniciavam funções este mês. Uma situação que configura uma violação da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais, que no seu artigo 41º diz que os órgãos de Estado e entidades públicas não podem praticar actos que de algum modo favoreçam ou prejudiquem uma candidatura.

Sabe-se agora que dois médicos cubanos dos 40 que o Ministério da Saúde contratou para reforçarem vários centros de saúde do país vão para a unidade de

Alpiarça. A directora do Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria do Tejo, Luísa Portugal, dizia na edição de 5 de Agosto de O MIRANTE desconhecer a contratação de clínicos anunciada pela candidata, realçando também que não tinha reunido com nenhum candidato de nenhum concelho. A directora não confirmava também a entrada em funções de qualquer médico em Agosto, admitindo, no entanto, que podiam ainda ser lançados concursos para a sua contratação.

Recorde-se que Sónia Sanfona, que também é deputada na Assembleia da República, tinha dito que a colocação de médicos na vila resultava de contactos estabelecidos com o Governo. Uma situação que causou estranheza ao PCP que no passado dia 18 Março, na sequência de um requerimento apresentado na Assembleia da República, havia recebido do Ministério da Saúde a resposta de que não havia qualquer garantia de resolução do problema da falta de médicos no concelho a curto prazo.

O PCP apresentou entretanto um requerimento dirigido ao Ministério da Saúde no qual pergunta se foi estabelecido algum acordo entre o Governo e a candidata do PS à Câmara de Alpiarça. E considera que tal situação, a ser verdadeira, “configura uma violação grosseira dos deveres de neutralidade e imparcialidade das entidades públicas”, que não podem intervir directa ou indirectamente na campanha eleitoral. Os comunistas realçavam no requerimento, ao qual ainda

foto O MIRANTE

PROCEDIMENTO. Sónia Sanfona terá violado lei eleitoral não foi dada resposta, que nos termos da lei este procedimento constitui um ilícito criminal punível com prisão até dois anos ou multa até 240 dias.

A directora do Agrupamento de Centros de Saúde disse a O MIRANTE que os médicos já estão há dias em Alpiarça a contactar com os outros profissionais e a inteirarem-se do funcionamento do centro de saúde. Luísa Portugal refere

também que estes profissionais irão também em alguns períodos reforçar os centros de saúde de Chamusca e Almeirim onde também há uma grande falta de médicos. Estes devem começar a trabalhar esta semana depois de resolvidas algumas questões administrativas como a impressão de vinhetas com a identificação dos profissionais que são colocadas nas receitas

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Obras na estação de Coruche em andamento As obras de requalificação da estação de comboios de Coruche e da sua zona envolvente começaram há cerca de uma semana e devem estar concluídas até final do mês de Agosto. O objectivo é preparar a estação para o movimento de pessoas decorrente da reactivação do transporte de passageiros no troço da antiga linha de Vendas Novas, entre Coruche e o Setil (Cartaxo), e posterior ligação a Lisboa. Uma medida que resulta do protocolo assinado pelas câmaras de Coruche, Cartaxo e Salvaterra de Magos, pela CP e pela REFER. Técnicos da REFER estão a construir uma nova plataforma de acesso aos comboios, a redemodelar o edifício da estação para poder ser concessionado, a disponibilizar espaço junto à EN 114-3 para servir de paragem de autocarros e a criar uma bolsa de estacionamento do lado contrário da linha para servir a estação. Os utentes terão de fazer o atravessamento da linha por uma

OBRAS. Criação de uma nova plataforma de acesso ao comboio junto à estação é uma das intervenções passadeira em frente à rampa da plataforma.

A intervenção deve estar concluída até final de Agosto para que em meados

de Setembro a linha possa entrar em funcionamento para passageiros.

Recorde-se que idênticas obras de requalificação decorrem nos apeadeiros

foto O MIRANTE

de Marinhais, Muge e Setil. Mais tarde será intervencionado o apeadeiro do Morgado (Valada, Cartaxo).

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Câmara de Santarém gere Convento de São Francisco nos próximos 20 anos Protocolo pioneiro leva Ministério da Cultura a transferir tutela do monumento nacional

O

Ministério da Cultura cedeu terça-feira a gestão do Convento de São Francisco à Câmara de Santarém pelo período de 20 anos, mediante a assinatura de um protocolo entre as duas entidades.

Uma decisão pioneira já que é o primeiro monumento nacional propriedade do Estado a ser entregue à tutela de uma autarquia, como salientou o primeiroministro durante a cerimónia realizada naquele espaço monástico.

José Sócrates diz que este protocolo deve constituir um exemplo para uma mudança de estratégia nessa área. “É um facto inédito mas todos chegámos à conclusão que é a melhor forma de pôr este património ao serviço de todos os portugueses”, declarou o governante, considerando que é essencial uma maior cooperação a esse nível entre o Governo e o poder local, que está mais próximo dos problemas.

“Quem veio aqui nas comemorações do 10 de Junho viu que a Câmara de Santarém fez por este monumento aquilo que o Estado não fez durante anos”, reforçou o primeiro-ministro, acrescentando não ter dúvidas que a gestão daquele património fica melhor entregue nas mãos do município.

Recorde-se que depois da inclusão do Convento de S. Francisco no conjunto de contrapartidas negociadas com o Governo pela não construção do novo aeroporto na Ota, a Câmara de Santarém realizou obras de recuperação no monumento que permitiram a sua abertura ao público no final de Julho. Uma intervenção que contou com o “empenho pessoal” de José Sócrates como referiu o presidente da autarquia, Francisco Moita Flores (PSD).

Até à data o espaço recebeu cerca de seis mil visitantes, “o que é revelador do significado e importância de um monumento que esteve fechado mais de um século, à excepção de aberturas desgarradas e algumas infelizes”, afirmou Moita Flores, lembrando que desde que a autarquia tomou posse do espaço foram de lá retiradas dez toneladas de lixo.

“O lixo que é uma metáfora sobre

PIONEIRISMO. Governo abriu portas à gestão do Convento pela autarquia as discussões de lixeira que cruzaram o tempo da história, revelando desmazelos, preguiça, incompetência e folclore de propaganda contra alguém, como se todos não fossem responsáveis e cúmplices deste crime contra Santarém e o seu património”, proferiu no seu discurso.

Antes, o ministro da Cultura teve um discurso afinado com o do primeiro-ministro, considerando que o trabalho em rede com o poder local “é uma das condições para fazer mais e melhor, eventualmente

José Sócrates tem sido alvo de comentários sobre uma alegada aproximação de Moita Flores ao Governo socialista, acentuada pelas declarações recentes de crítica à liderança de Manuela Ferreira Leite, que caíram mal no seio do partido que o apoia.

Moita Flores disse querer “falar claro”, para que “não se afogue na poeira das ironias e dos erros de interpretação”, frisando que foi a autarquia que “organizou, desejou e tudo fez para receber” o primeiro-ministro para “celebrar este momento único da

O Bloco de Esquerda “discorda absolutamente” da atribuição, pela Câmara de Santarém, da Medalha de Ouro da Cidade ao primeiro-ministro José Sócrates e por isso não se fez representar na cerimónia que decorreu na tarde de terça-feira no Convento de São Francisco. A concelhia do Bloco de Santarém foi a primeira força política a reagir oficialmente a essa decisão e justifica a sua posição contrária alegando que “não serão ‘três meses de celeridade’ às vésperas das eleições legislativas que vão apagar a responsabilidade dos governos em que José Sócrates participou e em especial as responsabilidades dos últimos quatro anos”.

“O concelho de Santarém não pode premiar José Sócrates, o responsável pela governação falhada que semeou e cultivou a crise nas nossas vidas. Por essa razão e em protesto, o deputado municipal Pedro Malaca, representante do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Santarém, demarcou-se da cerimónia realizada no Convento de São Francisco”, lê-se em comunicado.

Os bloquistas ressalvam no entanto que não estão contra o protocolo estabelecido entre o Ministério da Cultura e a Câmara de Santarém, que passa a tutela do Convento de São Francisco para a autarquia, considerando-o como “uma solução para o quase abandono a que o monumento estava sujeito”.

O Bloco “deseja que este protocolo venha a traduzir-se em melhorias reais e adequadas ao convento, quer do ponto de vista da sua conservação e restauro, quer do ponto de vista do seu uso público enquanto património nacional”.

foto O MIRANTE

com menos” meios. José António Pinto Ribeiro congratulou-se ainda com a conjugação de vários factores “que conduziram a este processo de reapropriação pelos cidadãos deste espaço”.

Na mesma tarde em que José Sócrates foi recebido no Jardim da República por dezenas de populares e de figuras públicas da região, o primeiro-ministro ainda teve tempo para descerrar a placa que assinala a remodelação desse espaço ajardinado ao abrigo do programa Polis

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Moita Flores convida “desatentos” a verificarem qual o partido que representa O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores, “convidou” terça-feira os “desatentos” a irem “verificar as listas aos tribunais para saber qual é o partido” que representa na sua recandidatura às eleições de 11 de Outubro próximo. Independente eleito pelo PSD, Moita Flores falava na cerimónia da assinatura do protocolo em que o Governo passa para a posse do município o Convento de S. Francisco.

A distinção que nesse dia concedeu a

Bloco de Esquerda contra atribuição de medalha a Sócrates

história desta cidade”.

“Nem sempre estivemos de acordo com a política do Governo, mas nem sempre estivemos em desacordo. Nem sempre o Governo disse sim às nossas petições.

Nem sempre disse não”, declarou Moita Flores, acrescentando: “Pela honradez desta relação, que respeitou as diferenças mas quis ser igual na defesa dos interesses das populações, saberá, desde já, que sendo candidato a esta autarquia é isto que vou afirmar”, disse Moita Flores.

Ferreirenses e tomarenses na Festa do Avante Está marcado para sábado, dia 5 de Setembro, pelas 17h00, um encontro de “naturais e amigos” do concelho de Ferreira do Zêzere na Festa do Avante que se realiza entre 4 e 6 de Setembro na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal. O local do encontro faz-se junto à banca dos bolos no Pavilhão da Organização Regional de Santarém. Em Tomar já se encontra à venda a entrada permanente na festa que, feita antecipadamente, tem um custo reduzido. Esta entrada pode ser adquirida juntos dos membros da organização do PCP em Tomar, na Livraria ClipNeto (rua Infantaria XV) e no Café “Pepe”, na Praça da República.

O PCP de Tomar informa ainda que está em preparação uma excursão, aberta a todos os interessados, no dia 5 de Setembro. O custo por pessoa, incluindo já a entrada permanente, é de 30 euros, podendo os interessados fazer a sua inscrição através do telemóvel 916 032 812.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Sócrates elogia “coragem” da Câmara de Santarém em lhe atribuir Medalha de Ouro da Cidade Decisão tomada em Junho pelo executivo camarário é legalmente duvidosa e incomodou PSD A decisão de distinguir o Presidente da República e o primeiro-ministro foi tomada numa reunião marcada com pouca antecedência e em que só participaram cinco dos nove elementos do executivo.

O

primeiro-ministro José Sócrates elogiou esta terça-feira o executivo da Câmara de Santarém por ter tido a “coragem” de lhe atribuir a Medalha de Ouro da Cidade a pouco tempo das eleições, “não agindo pelas conveniências e pelo taticismo”.

José Sócrates afirmou-se “muito honrado” pela distinção, tomada em reunião extraordinária do executivo realizada a 3 de Junho onde se decidiu atribuir igual galardão ao Presidente da República, Cavaco Silva. Um acto que disse espelhar “a firmeza de carácter que é a marca dos espíritos livres”.

“Tudo farei para estar à altura desta distinção e gabo-vos a coragem, porque distinguir neste momento um político em funções a pouco tempo de umas eleições não é propriamente norma num país que está entregue a uma cultura de maledicência”, afirmou José Sócrates durante o seu discurso no Convento de São Francisco, onde presenciou a assinatura do protocolo que transfere a gestão daquele monumento nacional do Ministério da Cultura para a Câmara de Santarém. Precisamente a medida que levou o presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), a propor a atribuição do galardão mais importante do município ao primeiro-ministro.

Antes, já Moita Flores havia dado o mote. “É uma distinção que eventualmente não agradará a quem aposta na politiquice rasteira, mas aquela que a população de Santarém, a fiel depositária deste grandioso monumento lhe quer entregar como reconhecimento e gratidão, pois não pode existir maior e digno objectivo do que servir os nossos eleitores, os nossos cidadãos acima de, seja qual for, a trica partidária do momento”, declarou o autarca perante muitos políticos do concelho dos vários quadrantes, destacando-se as comitivas socialista e do PSD. Medalha de Sócrates não foi anunciada na altura A decisão de atribuir a Medalha de Ouro da Cidade a José Sócrates foi tomada na reunião do executivo camarário de 3 de Junho onde foi decidido atribuir a mesma distinção ao Presidente da República, Cavaco Silva, antes

foto O MIRANTE

GRATIDÃO. José Sócrates agradeceu a distinção ao executivo da Câmara de Santarém das comemorações do 10 de Junho em Santarém. Duas decisões de legalidade duvidosa (ver texto ao lado).

Na altura, só foi anunciada publicamente a decisão de atribuição da medalha a Cavaco Silva, apesar de ter transpirado para a opinião pública a intenção de se conceder idêntico galardão ao primeiro-ministro, conforme O MIRANTE noticiou na altura. Na ordem de trabalhos dessa reunião, convocada escassas horas antes, não

estava explícita a atribuição dessas distinções ao Presidente da República e ao primeiro-ministro. A reunião decorreu à porta fechada e sem informação prévia à comunicação social, o que também não é habitual.

Na sessão participaram apenas cinco dos nove elementos do executivo (2 do PSD e 3 do PS), destacando-se as ausências dos vereadores do PSD Ricardo Gonçalves (presidente da concelhia do partido) e Vânia Neto (líder distrital da

JSD), da independente Luísa Mesquita e da socialista Henriqueta Carolo. Os vereadores do PSD alegaram razões de saúde para não estarem presentes e assim livraram-se de participar numa decisão que lhes causaria óbvios incómodos políticos. Luísa Mesquita não compareceu devido ao prolongamento de uma reunião na Assembleia da República. E Henriqueta Carolo disse não ter tido conhecimento da reunião em tempo útil

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Atribuição de medalhas de legalidade duvidosa As deliberações da Câmara de Santarém que visaram a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade ao Presidente da República Cavaco Silva e ao primeiro-ministro José Sócrates levantam dúvidas quanto à sua legalidade, por terem sido tomadas numa reunião de câmara extraordinária sem que esses pontos constassem na ordem do dia. O Código de Procedimento Administrativo é claro no seu artigo 17, quando menciona que da convocatória das reuniões extraordinárias “devem constar, de forma expressa e especificada, os assuntos a tratar na reunião”.

O mesmo Código de Procedimento Administrativo diz ainda no seu artigo 19: “Só podem ser objecto de deliberação os assuntos incluídos na ordem

do dia da reunião, salvo se, tratando-se de reunião ordinária, pelo menos dois terços dos membros reconhecerem a urgência de deliberação imediata sobre outros assuntos”. Acontece que, sendo a reunião extraordinária, essa excepção para agendamento de assuntos em cima da hora não é válida.

O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), refuta essa tese dizendo que a atribuição das medalhas foi devidamente “preparada e negociada” com a vereação antes dessa reunião, realizada a 3 de Junho. E diz que essas deliberações estavam incluídas no ponto da ordem de trabalhos referente a medidas protocolares de preparação das cerimónias do 10 de Junho em Santarém. Embora a atribuição da medalha a José Sócrates

não tenha qualquer relação directa com esse acontecimento.

A documentação distribuída aos vereadores antes dessa reunião também nada mencionava que indiciasse a tomada dessas deliberações. Os pontos da ordem de trabalhos da reunião extraordinária de 3 de Junho de 2009 eram: Justificação de faltas; Organização do protocolo das Comemorações do 10 de Junho; Alteração das minutas dos contratos dos empréstimos no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária das Dívidas do Estado – ratificação.

Na documentação de suporte constavam apenas documentos respeitantes aos contratos de empréstimos e nada sobre as comemorações do 10 de Junho.

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

PSD de Ferreira do Zêzere candidata actual vice-presidente

OPÇÃO. Ivo Santos, agora candidato pelo CDS-PP, está confiante num bom resultado político

CDS quer criar duas novas zonas industriais em Tomar Partido optou por não apresentar candidatos às assembleias de freguesia

“C

andidato-me a presidente da Câmara Municipal de Tomar porque sinto que tenho a obrigação e o dever cívico de participar activamente no desenvolvimento sustentado do meu concelho”. Foi esta a justificação dada por Ivo Santos, ex-vereador e militante do PSD de Tomar, ao apresentar o seu “compromisso para com todos os tomarenses”, enquanto candidato independente pelo CDS-PP. Um regresso às origens uma vez que Ivo Santos foi líder da Juventude Centrista de Tomar até meados dos anos 80, altura em que foi estudar para Lisboa. Ivo Santos, que até há bem pouco tempo era vereador pelo PSD, assegura que vai manter-se no executivo municipal até final do mandato como independente.

A criação de duas novas zonas industriais é uma das prioridades do compromisso de Ivo Santos. “Um concelho como o de Tomar não pode apenas ter uma zona industrial que atingiu há muito o seu limite”, considera o candidato para quem as áreas disponíveis para os investidores “são escassas e limitativas em termos de captação de investimento”.

“Iremos definir em sede de PDM duas novas zonas industriais, em dois locais diferentes do concelho de Tomar. Deste modo, projecta-se uma zona industrial na freguesia da Sabacheira, junto do nó do IC9 de Vale dos Ovos (nas imediações da linha do Norte), e uma segunda na freguesia da Asseiceira, próximo da zona industrial da Barquinha, do nó do IC3 com a A23, a poucos quilómetros da A1.

Criar melhores oportunidades, no

domínio da cultura e do desporto, “de forma a transformar Tomar numa cidade jovem”, investir no maior recurso natural existente no concelho que, para o candidato, é a albufeira do Castelo do Bode e resolver “o eterno acampamento da zona do Flecheiro”, são outras das bandeiras da candidatura do CDS-PP. Todos os candidatos à Câmara de Tomar pelo CDS-PP são cidadãos independentes. Para além de Ivo Santos, concorrem Nuno Madureira, Maria Augusta Costa, Rui Rodrigues, Fátima Nascimento, Luís Nunes e António Gonçalves. O candidato à assembleia

foto O MIRANTE

Ivo Santos, que até há bem pouco tempo era vereador pelo PSD, assegura que vai manter-se no executivo municipal até final do mandato como independente. municipal é Herculano Gonçalves, actual presidente da distrital do CDS-PP que até ao momento não tinha uma estrutura local em Tomar.

Herculano Gonçalves confessou que as conversações com Ivo Santos já se vinham a realizar “há alguns meses”, conseguindo encontrar o candidato certo para que o CDS-PP consiga reconquistar terreno em Tomar. O partido optou por não apresentar quaisquer candidatos a juntas de freguesia. “Não faria sentido ser alternativa em freguesias com as quais eu durante anos trabalhei afincadamente.

Para mim não são adversários políticos mas amigos e pessoas nas quais eu acredito”, justifica o candidato

.

O actual vice-presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere, Jacinto Lopes Flores, é o candidato do PSD às autárquicas de Outubro, já que o actual presidente, Luís Ribeiro Pereira, decidiu não concorrer a um quinto mandato.

Licenciado em Gestão de Empresas, Jacinto Lopes, 42 anos, acredita que pode contribuir, com os 16 anos de experiência como vereador, para o desenvolvimento do concelho, “tornando-o mais moderno e competitivo”, disse à Lusa.

Nas urnas, Jacinto Lopes vai defrontar o advogado independente Filipe Martins, que se candidata pelo PS, e ainda Luís Pistola, que concorre pela coligação CDS-PP/MPT, António Matos (CDU) e Luís Santos (BE). No actual executivo camarário, o PSD detém três mandatos (51,4 por cento dos votos em 2005) e o PS dois (40,2 por cento).

O concelho de Ferreira do Zêzere tem nove freguesias e 9.170 habitantes, estando inscritos 8.412 eleitores.

Ordem nos boletins de voto já é conhecida em Tomar Foi sorteada na manhã de terçafeira, 18 de Agosto, no Tribunal de Tomar a ordem nos boletins de voto das sete listas candidatas à Câmara Municipal de Tomar. O sorteio foi feito perante a juíza Filomena Bernardo e ditou a seguinte ordenação: CDS-PP; Bloco de Esquerda; CDU; Movimento “Tomar em Primeiro Lugar”; PSD; PS; Independentes por Tomar. Esta ordem será mantida nos boletins de voto para a câmara e assembleia municipal. Nas assembleias de freguesia a ordem mantém-se embora só figurem os partidos e movimentos que se candidatam em cada freguesia.

Candidato do CDS à presidência da Câmara de Constância tem 19 anos e vem de Alcanena O combate a um “processo evidente” de desertificação e o reforço de políticas voltadas para o turismo são duas propostas anunciadas pelo candidato do CDS-PP à Câmara de Constância, Renato Gonçalves, de 19 anos. Natural de Alcanena, e estudante de Geografia, Renato Gonçalves - filho de Herculano Gonçalves, líder da Distrital de Santarém do CDS-PP e candidato à Assembleia Municipal de Tomar - afirmou à Agência Lusa que se candidata à presidência da autarquia de Constância “pela importância da presença e das propostas do CDS-PP” e porque “o concelho precisava de um candidato que se preocupasse com o futuro”.

“Um dos principais activos de

Constância é a sua gente, o seu povo, e o processo de desertificação em curso coloca seriamente em causa o futuro e a viabilidade do concelho”, frisou, acrescentando que o partido “vai apresentar, a seu tempo, propostas e medidas concretas para fixar e trazer população para Constância”.

Renato Gonçalves adiantou que “outro importante vector programático” a apresentar será na vertente do turismo, “potenciando o muito que Constância tem para dar”.

Etelvina Lacerda, economista, é a candidata dos “populares” à Assembleia Municipal de Constância. Com uma população de cerca de 3.800 habitantes e 3.500 eleitores divididos por três fregue-

sias, o actual executivo é presidido por António Mendes, da CDU, coligação que conquistou quatro mandatos nas últimas eleições, enquanto o PS tem um vereador eleito.

O astrónomo Máximo Ferreira é o candidato da CDU para manter uma autarquia que a coligação domina desde 1985, sempre com António Mendes na presidência. Também o PS aposta num novo candidato, apresentando o nome da engenheira civil Margarida Veríssimo, enquanto o PSD, que liderou a autarquia entre 1979 e 1985, candidata o presidente da Comissão Política Concelhia e ex-vereador na Câmara Municipal de Santarém, António Oliveira.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Câmara de Alpiarça chumba plano de combate à pobreza por causa dos ordenados Nome proposto para coordenar o projecto é o do filho do candidato do PS à Câmara da Chamusca

PROJECTO. Fundação José Relvas propõe a contratação de quatro técnicos com ordenados acima dos 1.400 euros

A autarquia, que é parceira deste projecto gerido pela Fundação José Relvas, dirigida por Maria Fernanda Rosa do Céu, mulher do coordenador distrital do PS para as autárquicas, Joaquim Rosa do Céu, devolveu o plano para que seja reformulado.

O

António Palmeiro

executivo da Câmara de Alpiarça recusou por unanimidade o plano de apoio social no concelho no âmbito de uma rede da qual é parceira por não concordar com o orçamento proposto que é quase destinado a ordenados de técnicos que a Fundação José Relvas pretende contratar. O projecto tem um orçamento de 525 mil euros financiados na totalidade pela Segurança Social e prevê gastar 363 mil euros em ordenados de quatro pessoas. Uma delas, que foi proposta pela fundação para ser o coordenador do projecto, é o filho do candidato à presidência da Câmara da Chamusca pelo PS, Joaquim Garrido.

Segundo a proposta, Miguel Garrido terá um ordenado base de 2.437 euros mensais durante três anos. Quase tanto quanto ganha a presidente da câmara, que tem uma remuneração de três mil euros.

O estranho neste caso é que a fundação que propõe a sua contratação é dirigida pela mulher do ex-presidente da Câmara de Alpiarça, actual presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, Joaquim Rosa do Céu, que também é o coordenador da distrital do PS para as eleições autárquicas e esteve envolvido na

escolha de Joaquim Garrido para cabeça de lista do partido na Chamusca.

Além disso, o conselho de administração da fundação é presidido por Manuel Miranda do Céu, pai de Joaquim Rosa do Céu, e dele faz parte também Joaquim Garrido, que é empresário no concelho.

Contactado por O MIRANTE, o vereador da CDU na Câmara de Alpiarça e recandidato, Mário Pereira, apenas referiu que o plano lhe levantou algumas dúvidas porque as propostas de combate à pobreza e desigualdade não se traduzem em acções concretas no terreno e porque “encontrámos um montante financeiro que é praticamente quase todo gasto na estrutura técnica criada pela entidade gestora (fundação) do projecto”. Refira-se que os restantes três técnicos, um deles formado em Relações Internacionais, têm um ordenado base de 1.407 euros.

A câmara devolveu o plano ao núcleo executivo do projecto para que este seja reformulado, também por entender que algumas soluções propostas para o combate à pobreza já existem no concelho.

Como é o caso da criação de um gabinete da empregabilidade, quando no concelho já existe uma UNIVA (Unidade de Inserção na Vida Activa), dinamizada pela junta de freguesia.

Outras actividades propostas são a dinamização de encontros de pais e alunos para se discutirem os problemas das escolas, criação de gabinete de apoio ao associativismo, levantamento de necessidades de ocupação de tempos livres e grupos de auto-ajuda sobre a morte, entre outros. O documento vai voltar à reunião de câmara para ser novamente apreciado no dia 28.

foto O MIRANTE

Neste projecto são parceiros, além da câmara, as instituições de solidariedade social do concelho e outras entidades ligadas às questões sociais, no âmbito do contrato local de desenvolvimento social.

Estes contratos são um instrumento criado no âmbito do Plano Nacional de Acção para a Inclusão e resultam de candidaturas apresentadas com o objectivo de “utilizar respostas sociais concretas e de forma concertada, recorrendo a parcerias de âmbito local entre a Rede Social existente e os vários instrumentos disponíveis (como os serviços de emprego, de acção social e instituições) ” segundo refere o site do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

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Deputados questionam Governo sobre apoio a empresas em dificuldades Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Santarém questionaram o Governo sobre o que pretende fazer para “obviar, em tempo útil, as dificuldades” por que passam as empresas MAFREL e IFM, no concelho de Tomar. Em requerimento entregue na semana passada, os deputados Miguel Relvas, Vasco Cunha e António Campos lembram que as dificuldades por que passam estas empresas “colocam certas apreensões no concelho de Tomar, nomeadamente quanto ao equilíbrio económico e social da região”.

“Acontece que o Governo tem já conhecimento destes factos e, bem

Bloco de Esquerda volta a apostar em Guilherme Pinto em Torres Novas O bancário Guilherme Pinto, 63 anos, volta a ser o candidato do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara Municipal de Torres Novas nas próximas eleições de 11 de Outubro.

Activista do movimento associativo, este independente, que chegou a presidir à assembleia municipal torrejana no início da década de 1980, eleito então nas listas do PS, também como independente, aposta na sua eleição para um órgão que é dominado pelos socialistas desde 1993.

“As políticas da maioria socialista que tem gerido o concelho não resolveram os problemas básicos e fundamentais e estamos convictos de que é possível fazer melhor, com outras políticas e outras prioridades”, assegura. Guilherme Pinto promete envolver as pessoas na discussão de “ideias, propostas e políticas alternativas para solucionar os problemas mais preocupantes que afectam as populações e o desenvolvimento” do concelho.

Além de Guilherme Pinto, o BE volta a apostar em António Gomes para a assembleia municipal, elogiando o “trabalho notável” que este desenvolveu neste órgão no actual mandato, “no lançamento de propostas e ideias para o debate público e político”.

No actual executivo municipal, o PS detém cinco mandatos (52,5 por cento dos votos), o PSD um (20,8 por cento) e a CDU outro (15,2 por cento).

Candidatam-se à presidência da Câmara de Torres Novas no próximo dia 11 de Outubro António Rodrigues (PS), que preside aos destinos da autarquia desde 1993, João Sarmento (PSD), Carlos Tomé (CDU), Guilherme Pinto (BE), e Duarte Sottomayor (CDS-PP).

Com 17 freguesias, o concelho conta com 37.101 habitantes, estando inscritos 33.145 eleitores.

assim, do volume de produção, do emprego directo e dos custos acrescidos e exógenos à actividade que têm recaído nestas empresas, criados por exigências governamentais”, refere o requerimento. Os deputados sublinham o “elevado esforço e sentido de cidadania” dos responsáveis das empresas, que “têm mantido os postos de trabalho e cumprido pontualmente as suas obrigações, nomeadamente contributivas”.

Referindo o programa de regularização de dívidas do Estado às empresas, criado pelo Governo, o requerimento afirma que tanto a MAFREL como a IFM têm reclamado “a sua justa remuneração como forma de evitar a falência, o desemprego, os sobrecustos para a Segurança Social, enfim, o agravar da situação económica e social do concelho de Tomar”.

28 | POLÍTICA

27 Agosto 2009 | O MIRANTE

PS de Tomar integra 114 mulheres nas listas aos órgãos autárquicos

foto O MIRANTE

EQUIPA. A sede do movimento foi inaugurada na passada sexta-feira, na rua dos Moinhos.

Nova lista de independentes em Tomar surge para fazer “oposição a sério” Movimento “Tomar em Primeiro Lugar” apresenta como cabeça de lista à câmara municipal o arquitecto José Lebre

C

onseguiram angariar as últimas duzentas assinaturas, que garantiram a viabilidade da sua candidatura, no dia em que terminava o prazo de entrega das listas no Tribunal, a 17 de Agosto. Mesmo assim, sentem-se confiantes num bom resultado a 11 de Outubro. O movimento de cidadãos independentes “Tomar em Primeiro Lugar”, formado há apenas dois meses, apresentou sexta-feira, 21 de Agosto, os principais motivos da sua candidatura, criticando severamente “a falta de oposição dentro do executivo camarário” e “a falta de diálogo entre o município e o cidadão”.

“Murros na mesa não foram dados.

Houve muita conivência com situações que deviam ter sido denunciadas imediatamente”, considera o arquitecto José Lebre, que encabeça o partido na

corrida à câmara municipal. O candidato considera que “a primeira candidatura de independentes não estava a cumprir o papel que lhe competia” e que, actualmente, existem muitas pessoas descrentes com a política autárquica em Tomar. A reorganização dos serviços da autarquia “com chefias fortes” e a criação “física” de um gabinete de apoio aos empresários são outras duas bandeiras que defendem.

No dia em que o movimento inaugurou a sua sede, na rua dos Moinhos, José Lebre confessou nunca lhe ter passado pela cabeça, até há dois meses, candidatar-se à Câmara Municipal de Tomar, altura em que conheceu, depois de ter intervindo numa reunião pública como munícipe, a número dois da lista, a jornalista Isabel Miliciano. O movimento não conseguiu reunir as condições para

concorrer às juntas de freguesia.

Jorge Ferreira é o candidato à assembleia municipal. O antigo líder da bancada parlamentar e ex-vice-presidente do CDS-PP, aponta que a razão que o fez virar para a política autárquica foi viver em Tomar e se encontrar “escandalizado” com a forma como é governada. O candidato disse que, na única vez que foi a uma sessão da assembleia municipal, constatou que “não havia executivo nem oposição” pelo que salienta a necessidade de surgir uma alternativa. “O primeiro nível de intervenção na política é o autárquico. Quando vamos muito para cima perdemos o norte. Eu não perdi o norte e, como acredito neste projecto, voltei”, justificou.

Para além do arquitecto José Lebre e de Isabel Miliciano, concorrem à câmara municipal Francisco Mendes Godinho, Pedro Escudeiro, Maria Manuela Furtado, Elvira da Conceição e Alípio Marques.

O programa eleitoral será divulgado no início de Setembro

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Candidato do PS em Ferreira do Zêzere quer valorizar tradições do concelho O candidato pelo PS à Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere, o advogado independente Filipe Martins, quer a valorização dos produtos regionais, da gastronomia, da cultura e do património do concelho. Filipe Martins, 52 anos, diz que respondeu ao apelo de um “grupo alargado de pessoas”, sendo esta a primeira vez que se candidata a um cargo político, fazendo-o por “gostar de Ferreira do Zêzere”, terra onde vive há uma década, e achar que “é preciso mudar”.

De entre as suas prioridades destaca a criação de um Centro de Artesanato e

de Produtos Regionais e de uma Casa dos Ofícios, que permita o desenvolvimento de antigas profissões. Filipe Martins defende ainda a valorização da gastronomia, da cultura, do património e das riquezas naturais, através da criação de uma marca que distinga e promova o concelho a nível nacional.

O actual presidente da autarquia, o social-democrata Luís Ribeiro Pereira, decidiu não avançar a um quinto mandato, apoiando o PSD a candidatura do seu vice-presidente, Jacinto Lopes Flores, licenciado em Gestão de Empresas. A

CDU, que em 2005 obteve apenas 1,8 por cento dos votos, volta a candidatar António Matos, enquanto o CDS (2,1 por cento em 2005) se aliou ao Movimento Partido da Terra (MPT) no apoio a Luís Pistola. O Bloco de Esquerda candidata Luís Santos.

No actual executivo camarário, o PSD detém três mandatos (51,4 por cento dos votos) e o PS dois (40,2 por cento). Com nove freguesias, o concelho de Ferreira do Zêzere tem 9.170 habitantes e 8.412 eleitores inscritos.

O mandatário das listas do Partido Socialista de Tomar, tenente-coronel José Pereira Marques, procedeu à entrega oficial das listas candidatas no Tribunal de Tomar e salientou na altura o facto de “quase 300 cidadãos do concelho” concorrerem à câmara, assembleia municipal e à quase totalidade das juntas de freguesia do concelho, com excepção da Junceira.

De acordo com um comunicado emitido pela concelhia do PS, as listas integram 114 mulheres e 177 homens, cumprindo “em excesso” a lei da paridade, que obriga à presença mínima de 33% de cada um dos géneros. Acresce a esta situação o facto de o PS ter três mulheres como cabeças de listas às freguesias de Santa Maria dos Olivais, Casais e Pedreira, facto que é inédito no partido.

A lista à câmara municipal, é encabeçada por José Becerra Vitorino, 54 anos, e a da assembleia municipal por Hugo Cristóvão, 31 anos, professor. Os candidatos à presidência das juntas de freguesia são os seguintes: João Henriques (Além da Ribeira), Fernando Nunes (Alviobeira), Jorge Garcia (Asseiceira), Carlos da Silva Lopes (Beselga), João André (Carregueiros), Maria do Céu Brito (Casais), Arlindo Nunes (Madalena), Vítor Pereira (Paialvo), Rita Clara (Pedreira), Fernando Graça, (Sabacheira), Sebastião Rodrigues (Serra), Fernando do Carmo (S.Pedro), Francisco Faria (S.João Baptista) e Maria da Santos (Sta Maria Olivais) O candidato socialista à Junta de Freguesia de Olalhas, Tomé Esgueira, concorreu há quatro anos como independente pelo PSD.

CDS/PP candidata Filipe Teixeira à Câmara de Almeirim O CDS/PP candidata Filipe Teixeira à presidência da Câmara Municipal de Almeirim, município liderado pelo PS. O candidato diz que a sua candidatura defende a elevação dos padrões de qualidade de vida da população do concelho, considerando que a gestão do socialista José Sousa Gomes, que concorre a um sexto mandato, revela sinais de “cansaço”.

“Com o devido respeito, (o actual presidente) fez muito, mas o mundo está diferente. É preciso um outro tipo de soluções, um outro tipo de atrevimento para o desenvolvimento do concelho e a fixação de pessoas”, disse. Por isso, a sua candidatura defende “mais respostas sociais (para a infância e para os idosos) e emprego qualificado, que não se limite à (fábrica da) Compal e à agricultura, para que as pessoas com qualificações fiquem no concelho”.

POLÍTICA | 29

O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Chefe do urbanismo da Câmara de Santarém na lista de Santana Lopes em Lisboa Dina Vieira abandona autarquia ribatejana caso PSD ganhe eleições na capital

ILEGAL. De acordo com a lei, o presidente António Rodrigues tem que realizar duas reuniões camarárias por mês

foto arquivo O MIRANTE

Executivo municipal de Torres Novas viola a lei ao não reunir em Agosto ACORDO. Dina Vieira diz que só assumiu compromisso de quatro anos com a Câmara de Santarém

A

actual chefe dos serviços de urbanismo da Câmara de Santarém, Dina Vieira, está de malas aviadas da autarquia escalabitana caso Pedro Santana Lopes conquiste a presidência da Câmara de Lisboa. Dina Vieira, 36 anos, encontra-se em sexto lugar na lista de Santana Lopes, de quem já havia sido chefe de gabinete nas câmaras da Figueira da Foz e de Lisboa. Até final deste mandato não deve regressar ao serviço. Actualmente está de férias e depois dispõe de trinta dias concedidos pela lei eleitoral aos candidatos.

A chefia do departamento está entregue ao arquitecto Paulo Cabaço.

Dina Vieira chegou à Câmara de Santarém pela mão de Francisco Moita Flores, após este ter ganho as eleições autárquicas de Outubro de 2005. Ao nosso jornal garante que o seu compromisso com o actual presidente do município ribatejano era para quatro anos e que chegou a hora de abraçar novos desafios.

“Acho que a maior parte do meu contributo já terá sido dado em termos de projectos estratégicos e de reestruturação dos serviços de urbanismo. Gosto de desafios um bocado impossíveis, como aconteceu com Santarém. Sempre entendi a minha missão em Santarém como um projecto para este mandato e nunca o escondi do presidente Moita Flores”,

disse a jurista ao nosso jornal.

Dina Vieira ajudou a renovar a imagem e a melhorar a eficácia do Departamento de Gestão Urbanística e Ambiente da Câmara de Santarém, onde implementou novos métodos de trabalho. Afastou alguns técnicos e recuperou outros, pois considera que não há mudança sem rupturas. Moita Flores sempre elogiou o trabalho da técnica e ainda na última reunião de câmara considerou que é “uma importante mais valia” para a equipa de Santana Lopes.

Formada em Direito, Dina Vieira é natural da aldeia de Alcorochel, Torres Novas. Ainda na infância migrou com os pais para Azambuja, onde viveu até aos 19 anos – o pai foi trabalhar para a fábrica da Ford, a mãe é proprietária de uma residencial. “Uma das questões que me fez vir para Santarém trabalhar foi ter aqui na zona muita família. A minha irmã nasceu aqui”, disse há dois anos em entrevista a O MIRANTE. Sem filiação partidária, Dina Vieira assegura que não é uma técnica engajada politicamente. Prefere apostar nas pessoas e nos projectos. Se Moita Flores tivesse sido eleito por outro partido e a tivesse convidado aceitaria igualmente. “Trabalho com Santana Lopes ou com Moita Flores porque acredito nas qualidades deles”, dizia na mesma entrevista

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Presidente António Rodrigues diz que situação é prática corrente no mês de férias O executivo da Câmara de Torres Novas não vai reunir durante o mês de Agosto. O que constitui uma violação à Lei das Autarquias Locais. O presidente da autarquia, António Rodrigues (PS), que devia ter convocado duas reuniões camarárias ordinárias durante o mês de Agosto não o fez e, segundo o próprio, esta situação é uma prática recorrente. “Em Torres Novas nunca se realizam reuniões de câmara em Agosto”, afirma.

António Rodrigues diz que “desde que a câmara delibere favoravelmente é legal não existirem reuniões de câmara durante um mês”. Uma afirmação que contraria o artigo 62º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, revista pela Lei nº 5-A/2002 de 11 de Janeiro, onde se diz que “a câmara municipal tem uma reunião ordinária semanal, salvo se reconhecer a conveniência em que se efectue quinzenalmente”.

O artigo 84º da mesma lei determina que “os órgãos executivos colegiais realizem, pelo menos, uma reunião pública mensal”.

O vereador da CDU, Carlos Tomé, confirmou a O MIRANTE que “estava previsto receber uma convocatória durante a segunda quinzena de Agosto, mas até ao momento não chegou

nada”, disse. A responsabilidade desta ilegalidade recai sobre o presidente do município, já que está nas suas competências, refere o Artigo 68º, “convocar as reuniões ordinárias para o dia e hora a fixar, sem prejuízo do disposto no Artigo 62º e enviar a ordem do dia a todos os membros”.

A última sessão que se realizou foi no dia 21 de Julho. Desde essa altura qualquer pedido de um munícipe que necessite de deliberação camarária, por mais urgente que seja, tem que aguardar pelo mês de Setembro, quando se prevê que sejam retomadas as reuniões obrigatórias. Uma situação estranha ainda por cima quando estamos a menos de dois meses das eleições autárquicas e haverá muitas decisões a tomar antes de um novo mandato.

Esta situação não é única no distrito.

Recorde-se que, como O MIRANTE noticiou (ver edição 04-09-2008) também o executivo da Câmara de Alpiarça, na altura presidido pelo socialista Joaquim Rosa do Céu, violou a lei ao não convocar nenhuma reunião camarária durante o mês de Agosto. Uma prática que, afirmou na altura, era habitual na autarquia de Alpiarça.

30 | ENTREVISTA

27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Entrevista Histórias do pioneiro das rádios piratas José Guilherme Paradiz, fundador da Rádio Pernes, confessa-se um transgressor José Guilherme Paradiz passou a vida a desafiar as autoridades porque não se conformava com os monopólios. Fez emissões piratas de televisão e de rádio.

Teve processos em tribunal.

Mas nunca desistiu. Agora está reformado mas continua a acompanhar a rádio que fundou em 1980. E ainda lhe apetece às vezes transgredir em relação às directivas da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Nesta entrevista conta as peripécias por que passou na vida, o tempo que passou na guerra e os sonhos que ainda tem porque o bichinho da electrónica está vivo e bem vivo.

João Calhaz

A

António Palmeiro

rádio tem sido a sua paixão, mas também aquela que lhe trouxe grandes problemas com as autoridades.

Muitos. Não estou arrependido de os ter criado. Houve problemas com dimensão muito grande quando fazia emissões piratas de discos pedidos em Pernes. Era uma rádio itinerante. Um dia emitia de um café, outro de minha casa, outro de casa de um amigo… Um dia bateram-nos à porta. Era a PIDE (polícia do antigo regime). Andei fugido e dormia nuns palheiros de um casal dos meus avós na zona das Comeiras. Para me livrar de ser preso ofereci-me como voluntário para a tropa, para os pára-quedistas.

Onde é que aprendeu a fazer emissores?

Comecei a trabalhar com 14 anos em Santarém na Electrodinâmica, na área da electrónica, na reparação de televisões e rádios. Mas já tinha o bichinho da rádio desde miúdo. Depois comecei a colaborar na parte técnica na antiga Rádio Ribatejo e como era contra os monopólios, e ainda sou, questionava-me porque é que não podia haver mais rádios e comecei a fazer emissões piratas.

A guerra em Angola acabou por lhe permitir conhecer alguns dos grandes nomes da rádio.

Quando passei à disponibilidade da tropa fui trabalhar para a emissora católica em Luanda. Onde trabalhavam a Alice Cruz, Rui Romano, Emídio Rangel, Jorge Perestrelo…

Não se sentia limitado por não ser um católico praticante?

As únicas restrições que tínhamos era a censura, que também existia em Portugal. Até havia uma situação caricata.

Emitíamos os “Parodiantes de Lisboa” que iam daqui já censurados e quando chegavam a Luanda eram sujeitos a mais cortes da censura.

Também havia músicas proibidas.

Recebíamos discos de várias editoras.

Os que iam de Portugal não representavam grandes problemas, mas os que recebíamos de editoras italianas eram altamente controlados. Havia uma lista do que não podíamos passar e para não haver tentações os membros da censura inutilizavam as faixas dos discos com uma chave de fendas.

E nunca passou nenhuma música proibida?

Uma vez recebi uns discos da RCA italiana e entre eles estava um do Zeca Afonso, “Os Vampiros”. Na altura os locutores só papagueavam. E quem metia a música eram os técnicos como eu. Sem traquejo nenhum de vida, a não ser de guerra, sem perceber de política, meti a tocar o Zeca Afonso. O que deu logo confusão.

Foi preso?

Espírito inventivo e perfeccionista Foi numa casa da rua da Fé, em Pernes, que em 1980 começou a ganhar asas o projecto de onde nasceu a Rádio Pernes, uma das emissoras mais conhecidas a nível da região, que hoje emite a partir de Pernes e de Santarém. Foi a primeira rádio pirata a emitir em FM (frequência modulada). Em Maio de 1980 é feita a primeira transmissão em directo. Na sua génese esteve um espírito irrequieto, pioneiro e transgressor: José Guilherme Paradiz.

Porque para além da fé deste homem, crente em Deus mas pouco frequentador de igrejas, valeu também a sua paixão pelos fios, pela electrónica e a vontade

foto O MIRANTE

Não. Mas fui chamado oito vezes à PIDE. Antes de ser atendido faziam-me esperar cinco, seis horas. Psicologicamente foi mau, mas não posso dizer que alguma vez me tivessem tratado mal. Perguntavam se sabia o que queria

de deixar marcas e de afrontar poderes instituídos. Nasceu em 1942 e em 1960 transformou um aparelho de rádio num emissor de onda média. Nascia a Rádio Paradiz que teve como primeira locutora a actriz Florbela Queirós, que é sua prima. A façanha valeu-lhe as atenções da PIDE – polícia política dos tempos de Salazar. O engenho ocupa hoje merecidamente lugar de destaque num dos estúdios em Santarém e é considerado uma relíquia.

A partir daí não mais parou. Ficaram famosas as suas transmissões piratas de televisão a cores em 1980. Fazia a cobertura de acontecimentos regionais, desde jogos de futebol a festas populares. “Nunca gostei de monopólios”, diz referindo-se ao facto de na altura só haver dois canais de televisão, ambos

dizer a música e eu respondia que não. E sinceramente não sabia. Mais tarde é que comecei a analisar a música e percebi que havia uma mensagem política.

Após a revolução do 25 de Abril de 1974 continuou a fazer rádio?

tutelados pelo Estado. A Judiciária põelhe fim à aventura apreendendo-lhe o equipamento.

Quem pensou que pudesse desistir enganou-se. Passado algum tempo começa a retransmitir a televisão espanhola por causa das corridas de toiros.

“Alguém deve ter chamado a atenção da GNR” e a nova transgressão teve de ser suspensa. Considera-se um perfeccionista e por isso nunca está satisfeito.

“Sempre quis atingir a perfeição absoluta e achava que nada estava bem”.

Por isso os projectos nunca param de fervilhar na sua mente. A criação de uma televisão regional é o próximo sonho.

Porque o sonho comanda a vida e foi por causa de um sonho que a rua da Fé mudou de nome, chamando-se hoje rua da Rádio Pernes.

ENTREVISTA | 31

O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Cheguei a Portugal no dia 12 de Julho de 1974. Tinha intenções de regressar, mas como as coisas se complicaram fiquei por aqui. Fui trabalhar para a Rádio Renascença.

Ainda apanhou o ataque bombista ao emissor dessa rádio…

Nesse dia era para estar nesse centro emissor. Foram os testes psicotécnicos que me safaram. A Renascença queria correr com uma série de gente que lá trabalhava e para isso arranjaram uns testes psicotécnicos. Para disfarçar propuseram-me que fizesse também os testes e prometeram-me que seria colocado no centro emissor na Buraca.

Recusei-me a fazer os testes e fiquei nos estúdios. Foi a minha sorte.

Afastou-se da rádio nessa altura…

A rádio esteve inoperativa durante nove meses. Como não tinha trabalho dediquei-me a vender electrodomésticos em Pernes. Chamaram-me novamente para a Renascença, mas como estava a vender muito não larguei a actividade, até porque na rádio nunca se ganhou muito. Acabei por sair da rádio e dedicar-me em exclusivo aos electrodomésticos. Foi nessa altura que se começou a falar no início da televisão a cores. Mas faltava-me alguma coisa. O bichinho da rádio estava a morder-me.

O que fez então?

Na altura só havia dois canais da RTP e comecei a pensar porque é que não havia de haver um canal independente. Fiz um emissor de televisão a cores quando a RTP ainda emitia a preto e branco. Na altura já se vendiam televisões a cores. Cheguei a transmitir desafios de futebol em directo, a animação do Festival Nacional de Gastronomia. Tinha funcionários da RTP que colaboravam nas minhas emissões, como o realizador Fernando Amaro. Os jornais nacionais fizeram notícia disto dizendo que já existia o terceiro canal e que a RTP tinha perdido o monopólio.

Voltou a ter problemas com as autoridades…

Um dia estava a transmitir a festa de final de ano lectivo na Escola C+S de Pernes e entram uma série de agentes

“A rádio é um vício” Apesar de estar reformado ainda repara os equipamentos da rádio que criou?

Muitas reparações ainda sou eu que faço, sobretudo em emissores. Tenho um faro especial porque foram muitos anos a trabalhar com emissores de áudio. Isto é um vício. Tal como a insonorização, à que já não me dedico porque hoje é tudo feito em computador e não sou grande especialista em informática.

O mercado aguenta tanta rádio local?

Isto não está fácil para ninguém, mas lá vamos andando.

Perdeu-se o espírito de aventura da rádio?

Sim. O tempo da pirataria era extraordinário. Passava madrugadas acordado de volta dos equipamentos. Queria atingir a perfeição. Era uma carolice. A

da Polícia Judiciária, com um enorme aparato, para me apreenderem o equipamento. Eles foram impecáveis.

Acharam tanta piada que me deixaram transmitir o resto e depois levaram-me os equipamentos todos excepto um vídeo.

O processo andou seis anos no tribunal e estava sujeito na altura a uma coima de 50 mil contos (250 mil euros) e cinco anos de cadeia. Os indivíduos da Judiciária e dos TLP (Telefones de Lisboa e Porto) acabaram por testemunhar a meu favor e o caso foi arquivado. Fui notificado para levantar os equipamentos apreendidos mas os TLP pediram-me se os cedia para o museu deles e aceitei. É uma pessoa que gosta de transgredir.

Tenho um bocado esse vício. Ainda agora me apetece às vezes transgredir em relação às directivas da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Há directivas sem nexo.

Depois das emissões piratas de televisão ainda se meteu em mais aventuras.

Passados uns meses, como não me sentia bem sem fazer qualquer coisa na área, comecei a retransmitir os canais es-

panhóis por causa das corridas de toiros.

Não havia satélites na altura. O Carlos Cruz na altura apresentava o concurso “Um, dois, três” e queria ver o concurso espanhol. Montei-lhe umas antenas no prédio em Lisboa para ele ver como é que os espanhóis faziam. Entretanto acabei com as retransmissões porque a GNR me ameaçou.

Como é que eles chegaram a si?

Os guardas também viam as corridas espanholas no posto… É depois disto que avança para uma rádio pirata, a Rádio Pernes?

Não me sentia realizado só a vender electrodomésticos e a arranjar rádios e televisões. Fiz então um emissor de FM (frequência modulada). Fui o pioneiro das emissões piratas em FM, depois é que apareceram a Rádio Antena Livre de Abrantes e mais uma série delas. A primeira transmissão em directo foi no dia 1 de Maio de 1980 no Largo do Rossio, em Pernes, de um conjunto musical que estava a actuar no local. A partir daí nunca mais parei até finais de 1988, retomando no início de 1989. Tive que parar uns meses nessa altura pois era a condição para poder obter o alvará

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foto O MIRANTE

“Os ex-combatentes têm sido pessimamente tratados” Os efeitos da guerra colonial são bem visíveis no corpo de José Guilherme Paradiz. Uma cicatriz resultado de um golpe de catana enfeita-lhe um dos braços. E o espírito também continua a sofrer. Tem pesadelos regularmente.

Assusta-se com barulhos mais violentos.

“Vi tanto sangue, tantos mortos, tanta sede, tanta fome”, conta quem andou durante quatro anos nas zonas mais perigosas do conflito. Há feridas que não cicatrizam. “Nunca recorri a médicos mas reconheço que sofro de stress póstraumático”, confessa.

Paradiz integrou os primeiros contingentes de tropas pára-quedistas mobilizadas para o norte de Angola assim que começou a guerra na então

rádio agora está desumanizada, é feita por máquinas. Quando apareceram os computadores disse logo que não mexia neles.

Trabalhava muitas horas?

Nunca liguei a horas, a feriados, a fins-de-semana. Nunca tive horários e tenho consciência que muitas vezes era um exagero o tempo que passava só com a rádio. Levanto-me todos os dias às 05h30. Tinha um programa às 06h00 nos estúdios em Pernes que são por baixo da minha casa. Ia fazer emissão às vezes em pijama.

Nunca lhe apeteceu ligar o microfone e dizer tudo o que lhe ia na cabeça?

Teria que dizer muitos disparates e é melhor estar calado.

Sente pressões por parte dos políticos? É cíclico de quatro em quatro anos.

Cara a cara não, mas nas entrelinhas

província ultramarina portuguesa, em 1961. A sua especialidade era a de rádio-telegrafista e chefiava um dos pelotões que partiu de Tancos rumo a Luanda com passagem pela ilha do Sal, em Cabo Verde. “Foram 48 horas que mudaram radicalmente a minha vida.

Num dia estávamos a fazer ginástica na Base Aérea 3 em Tancos e ninguém imaginava que 48 horas depois andávamos aos tiros no norte de Angola”. Os pais só souberam que estava na guerra em África 19 dias depois.

De entre os horrores que viveu na guerra, repudia a tortura e algumas práticas como o lançamento de napalm e as “chacinas de ambos os lados”.

Garante que assistiu ao lançamento

isso sente-se.

Teve problemas com o ex-presidente da Câmara de Santarém que veio acabar com o protocolo que a Rádio Pernes tinha com a autarquia.

Sim, mas nunca lhe tirei a crónica que ele tinha na rádio.

Ficou magoado com essa situação?

Há coisas que não se esquecem, mas as coisas estão ultrapassadas. Por exemplo quando vi na imprensa que existiam protocolos secretos. Nunca fiz qualquer protocolo secreto, ele foi assinado no salão nobre da câmara e estavam várias pessoas presentes. Nunca avancei para tribunal porque de guerras fiquei eu farto durante os quatro anos que estive em África.

O que lhe dava gozo fazer agora nesta fase da vida?

Gostava que fosse possível criar uma parceria com empresas de comunicação e

de bombas incendiárias em Angola e desmente chefias militares que negam a sua utilização. Os corpos humanos ficavam calcinados, do tamanho de um leitão. Por isso e por muito mais diz que tem “horror à guerra”. Mas enquanto lá andou nunca pensou em desertar.

Apesar de na caserna se questionar a legitimidade daquela guerra. Tem orgulho nos louvores e medalhas que conquistou.

Para José Guilherme Paradiz, “os ex-combatentes têm sido pessimamente tratados” pelo Estado. “Ainda há pouco tempo deixei de ver a meio uma reportagem televisiva sobre ex-combatentes que vivem na rua pois não aguentei e comecei a chorar”, diz emocionado.

outras entidades públicas e privadas para se fazer um canal de televisão regional.

Como vê o surgimento das televisões na internet?

Se forem bem feitas são capaz de ter alguma rentabilidade, mas continuo a achar que era melhor ter um canal em sinal aberto ou por cabo. Até porque ainda há muita gente que não tem acesso à internet.

As rádios têm sido bem tratadas?

Normalmente a rádio é o parente pobre. Com este Governo a rádio sofreu graves consequências. Criaram a entidade reguladora a quem temos que pagar uma taxa para o seu funcionamento.

O preço para a renovação dos alvarás aumentou. A publicidade institucional só vai para as grandes rádios.

Isso funciona como censura? É uma forma de censurar. De atrofiar, de cortar as pernas às pessoas.

32 | DESPORTO

27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Desporto O sonho de uma participação nos Jogos Olímpicos comanda a vida do judoca Renato Inácio Pagar para treinar e competir não retira vontade ao campeão nacional de esperanças

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A vida desportiva de Renato Inácio é um caso exemplar do desporto em Portugal.

Aos 16 anos, o jovem judoca da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, de Tomar, é duplo campeão nacional, em juvenis e esperanças e conseguiu um excelente sétimo lugar no Campeonato da Europa. Conquistou também o estatuto de atleta de alta competição, mas nem o clube que representa, nem a Federação Portuguesa de Judo conseguiram ainda valorizar as suas conquistas. E Renato Inácio, tem ainda que pagar para treinar na sede do clube que representa.

Federação de Judo também não olha com vontade para os jovens

“F

elizmente conto com o apoio total dos meus pais, que às vezes retiram à própria boca, para me darem condições de treino para poder singrar nesta modalidade porque estou totalmente apaixonado”, diz Renato Inácio, logo de entrada na conversa que teve com O MIRANTE, em plena sede da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais.

Renato Inácio é um adolescente que demonstra uma enorme maturidade, começou a praticar judo aos seis anos.

Na altura praticava simultaneamente natação, atletismo e judo. “Com o passar do tempo comecei a verificar que me identificava mais com os ideais e técnicas da modalidade de judo, foi a partir daí que pedi aos meus pais para me ajudarem a apostar no judo e eles aceitaram, e tudo têm feito para me darem condições para singrar na modalidade”.

Na altura vivia na Marinha Grande, entretanto mudou-se para Tomar e logo entrou para a Gualdim Pais, treinando com afinco e com método. Os resultados começaram a aparecer e com eles um redobrar de entusiasmo. Em juvenis surgiu o primeiro título nacional. “Fui campeão nacional numa altura em que havia muita competitividade entre os jovens. A satisfação foi muito grande e a vontade de continuar aumentou ainda mais”, disse o jovem atleta.

O aumento da carga de treinos levou a alguma oscilação nos estudos. “É claro que não é fácil conciliar as duas coisas, mas com a ajuda dos professores e alguns

acabaram por aparecer”.

Esta categoria de esperanças é em Portugal considerada como a antecâmara de atletas olímpicos e trouxe ainda mais responsabilidade a Renato Inácio e apurou ainda mais o sonho que lhe comanda a vida. “O meu grande sonho é poder um dia representar Portugal nos Jogos Olímpicos. Sei que não vou ter uma tarefa fácil, mas com a vontade que tenho e a ajuda dos meus pais é um sonho que acredito que vou conseguir transformar em realidade”

TROFÉUS. Renato Inácio exibe com orgulho troféus conquistados amigos, aliada aos maiores níveis de concentração que o judo transmite tem sido possível ir superando as dificuldades”, garante Renato Inácio.

Também a organização pessoal é importante, não só os estudos como também para poder tirar algum tempo para a sua vida privada de jovem normal que gosta de conviver com amigos, de jogar consola ou de simplesmente ver um filme ou ler um livro. “Gosto especialmente de ler os livros de José Rodrigues dos Santos, é um escritor que alia o romance à ficção, mas uma ficção que às vezes até é importante para os estudos”, diz Renato Inácio, garantindo que com maior ou menor dificuldade vai conseguindo conciliar as coisas.

Em épocas de competição as coisas são mesmo complicadas. “Os estudos são cada vez mais difíceis, os professores apesar de se preocuparem em ajudar, são mais exigentes, o treinador quer mais treino. Chego a treinar 21 horas por semana, e por isso não é fácil, mas também me ajuda a ganhar maturidade e a pensar mais como adulto”, diz sem queixumes.

foto O MIRANTE

Renato Inácio já esperava que o ano de 2009 fosse um ano de afirmação. “Era o segundo ano na categoria de esperanças, trazia experiência acumulada do ano anterior, e isso dava-me uma maior confiança. Felizmente as coisas correram muito bem. Consegui chegar ao título de campeão nacional na categoria de -73 Kgs e ser chamado à Selecção Nacional. Com a ida ao Campeonato da Europa, que se disputou na Polónia, alcancei um excelente sétimo lugar. Foi muito bom para mim e também para os meus pais, que viram o esforço que têm feito na minha formação compensado”, disse com mal disfarçado orgulho o jovem judoca.

Mas a passagem de juvenil para esperanças não foi fácil para Renato Inácio. “É muito difícil, passamos de uma categoria de criança para uma categoria de quase adulto, e no início é muito duro. Cheguei a desesperar, no primeiro ano perdia muitas vezes. Não foi raro sair do tapete a chorar. Mas com o apoio dos meus pais, dos meus colegas e dos treinadores consegui superar alguns momentos menos bons, nunca deixei de ser chamado para a selecção e os resultados felizmente

Também a Federação não foge às críticas de Renato Inácio. “A Federação apenas olha para os grandes nomes, os jovens são pouco incentivados. O esforço é todo nosso. O estatuto de alta competição, que foi conquistado por mim, vem atenuar um pouco a falha de apoios, e dar alguma consolação, porque permite que perante os professores possa justificar algumas falhas nos estudos e justifique a sua ajuda”.

O jovem judoca engloba também nesta situação dos apoios a figura do seleccionador-treinador nacional, Nuno Delgado. “A sua actuação tem sido muito importante. Estou convencido que se não fosse a sua actuação, esta geração de judocas não seria tão eficiente. De certeza que não teria a actuação e as classificações que teve no Campeonato da Europa”.

“Portugal tem muita qualidade entre os jovens judocas, mas para ser uma grande potência falta-lhe quantidade”, garante Renato Inácio, ao mesmo tempo que apela aos seus jovens companheiros de todo o país para trabalharem com cada vez mais espírito de sacrifício para ajudar o judo a evoluir cada vez mais, e obrigar a Federação a olhar mais para a juventude”.

Apesar da sua juventude Renato Inácio não receia criticar com justificação as restrições da Federação ao apoio aos jovens. “Nos estatutos da Federação nós somos catalogados como esperanças olímpicas, mas isso não passa do papel.

Ainda agora, eu e um companheiro de Coimbra, conseguimos os mínimos para ir ao Campeonato do Mundo, mas infelizmente a Federação não quis apostar em nós e decidiu não ir aos mundiais. Foi triste e decepcionante para nós”.

Renato Inácio ainda não pensou seriamente no curso universitário que irá seguir. Primeiro é preciso acabar o secundário. “Só depois pensarei a sério no curso. Para já a ideia é seguir alguma coisa ligada ao desporto, mas na altura certa decidirei”, garantiu.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Falta de apoios do clube e da cidade Durante a conversa que teve com O MIRANTE, Renato Inácio teimou sempre em destacar o apoio dos pais. E, na verdade pelo que nos disse, são os pais o seu grande apoio. “Apoiam em casa e apoiam nos treinos e nos estágios”.

Das entidades oficiais os apoios são quase nulos. “É verdade que me foi atribuído o estatuto de atleta de alta competição pela Federação Portuguesa de Judo. Mas essa foi uma conquista minha conseguida com o sétimo lugar obtido na Polónia”, referiu em jeito de queixa.

Queixa que se estende ao próprio clube e à cidade que representa com orgulho.

“Os dirigentes da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais ainda me transmitiram os parabéns por ter sido campeão nacional e pela minha participação na Selecção Nacional”. Mas foi um cumprimento de circunstância que em nada alterou a sua posição dentro do clube. “Continuo a ter que pagar uma mensalidade para poder treinar e utilizar as instalações do clube.

O mesmo é dizer que tenho que pagar para representar o clube e a cidade ao mais alto nível. Os meus pais pagam sem

qualquer problema. Mas eu penso que face ao nível que alcancei podia haver algum apoio do clube”, referiu Renato Inácio.

O jovem judoca vai mais longe e confessa sentir-se algo só no clube e na cidade. No clube porque sente que não dão valor às suas conquistas. E na cidade porque as entidades oficiais nunca tiveram uma palavra de incentivo. “Só estou agradecido a companheiros meus aqui de Tomar, alguns deles que deixaram a competição ao mais alto nível, mas que vêm ajudar-me a treinar. A esses estou profundamente agradecido, porque sem eles de certeza que não tinha conseguido chegar onde cheguei”.

Têm sido efectivamente os meus pais que têm vindo a suportar as grandes despesas com a minha formação. “São eles que suportam as despesas com estágios particulares, são eles que suportam as deslocações a outros clubes para treinar e sair da rotina daqui de Tomar, para poder continuar a evoluir. É aos meus pais que tenho que estar agradecido e lutar para não os desiludir”, garante Renato Inácio.

UNIÃO. Grupo de trabalho do Carregado prima pela unidade

foto O MIRANTE

Vontade ainda chega para vencer com justiça Num jogo em que a qualidade do futebol mostrada pelas duas equipas deixou muito a desejar, a garra e a vontade dos jogadores da Associação Desportiva do Carregado ainda chegou para vencer.

O dia 23 de Agosto de 2009, vai ficar gravado na memória do avançado Mauro que deu a primeira vitória do Carregado no futebol profissional perante o Gil Vicente, um candidato à subida de escalão, mas que nunca conseguiu confirmar o favoritismo que lhe era atribuido.

Num jogo morno a equipa da casa poderia ter inaugurado o marcador logo

aos quinze minutos mas Tiago Rente, só com o guarda-redes Márcio Ramos pela frente, demorou a finalização e permitiu a defesa ao homem de Barcelos.

Só a partir da meia-hora e após a entrada de Cesinha é que a formação de Barcelos passou a estar mais tempo no meio-campo adversário. A equipa tornou-se mais desembaraçada nas acções ofensivas, mas acabou por ser inconsequente e nunca criou verdadeiro perigo.

Foi justa por isso a vitória da Associação Desportiva do Carregado, que mostrou que pode vir a ser uma surpresa no campeonato.

Centro Desportivo de Fátima venceu o Trofense O Centro Desportivo de Fátima e Trofense proporcionaram, domingo, um excelente desafio de futebol, aos muitos espectadores que se deslocaram ao Estádio Municipal. Jogo com ritmo, golos e grande incerteza quanto ao resultado final.

Foi o Trofense que começou por assumir o jogo logo nos minutos iniciais, mas encontraram uma equipa que soube aguentar o ímpeto ofensivo da equipa nortenha, e apostando na velocidade dos seus jogadores, foi criando espaços e oportunidades de golo.

Não se estranhou por isso que o Fátima tenha aberto a contagem por intermédio de Nuno Sousa, aos 16 mi-

Próximos objectivos são limitados Para os tempos mais próximos os objectivos de Renato Inácio são limitados.

“Vou subir de categoria, vou passar a júnior, uma categoria de três anos. O primeiro ano vai ser muito difícil, vou competir com atletas já com muita experiência e prestes a passarem à categoria de elite e tudo vai ser diferente do que aconteceu este ano”.

Por isso o judoca garante que não pensa para já em altos voos. “Vou ter que ter paciência, não desmoralizar com

alguns resultados menos bons que vão aparecer. Não irei ficar a chorar quando perder. Sei que vou ter que sofrer ainda mais. Por isso os meus objectivos a curto prazo não são muito fortes, são mais de aprendizagem e de ganhar experiência”.

Mas isso não mina a vontade de triunfar de Renato Inácio que garante uma vontade inquebrantável de continuar a trilhar os caminhos da alta competição e continuar a alimentar o sonho de uma participação nos Jogos Olímpicos.

“Até lá vou continuar com os pés bem assentes no chão e a trabalhar com toda a vontade”, garantiu.

nutos. Contudo o Trofense não estava em Fátima para ver jogar e rapidamente restabeleceu o empate: Filipe Gonçalves aproveitou uma bola de ressaca à entrada da área e com um remate forte e colocado bateu Nené.

Os dados estavam lançados para um desafio de bom nível que teve no minuto inicial da segunda parte a maior oportunidade para o Trofense passar para a frente do marcador, mas Nené negou a Hermes essa hipótese. O clube da Trofa entrou na segunda metade disposto a resolver a seu favor, mas Veríssimo reduziu as aspirações ao fazer o segundo, após um livre apontado por André Carvalhas.

Nené apadrinha 1º Torneio Internacional de futebol para Iniciados no Entroncamento O ex-internacional do futebol português, Nené é o patrono do Torneio Internacional de Iniciados a realizar na Cidade do Entroncamento, nos dias 29 e 30 de Agosto.

Os dirigentes do CADE, que organizam a competição em conjunto com a Câmara Municipal do Entroncamento, capricharam nas equipas convidadas.

Nesta primeira edição do torneio, vão estar presentes as equipas de iniciados do Sporting Clube de Portugal, Futebol

Clube do Porto, Boavista Futebol Clube, Sport Lisboa e Benfica, Real Valladolid CF, e o Clube Amador de Desportos do Entroncamento (CADE).

No dia 29, a partir das 19h00, disputase a 1ª jornada, com os jogos Sporting – CADE; Valladolid – Boavista; CADE – Benfica e Boavista – Porto.

No dia 30, os jogos começam às 11h00, com o Valladolid - Porto e Sporting Benfica. De tarde disputam-se os jogos de apuramento das classificações.

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Objectivo do Torres Novas é bem claro: lutar pela vitória em todas as provas a disputar Os novos responsáveis da colectividade torrejana apostam numa equipa experiente para relançar o clube nos nacionais

foto O MIRANTE

EXPERIÊNCIA. O plantel do Clube Desportivo de Torres Novas é formado por jogadores muito experientes

Os dirigentes do Clube Desportivo de Torres Novas reuniram, este ano, um excelente grupo de trabalho para tentar fazer melhor do que na época passada, altura em que desceram do nacional ao distrital. O objectivo principal do clube é lutar pela vitória em todas as provas e relançar o clube. Que ficou bastante abalado com a má gestão da última época.

O

s dirigentes do Clube Desportivo de Torres Novas, assumem directamente, que querem regressar esta época aos campeonatos nacionais e para isso, formaram com tempo, um grupo de trabalho muito forte.

Contrataram um treinador jovem e ambicioso – Luís Salgueiro - e reforçouse com jogadores experientes. O técnico está confiante no valor dos atletas, e assume directamente que a primeira prioridade é garantir um lugar nos seis primeiros da primeira fase. Garante que a equipa vai lutar em todos os jogos pelos três pontos, para garantir esse direito de disputar o título.

Para chegar a um dos seis lugares de acesso à luta pelo primeiro lugar, o Clube Desportivo de Torres Novas manteve dez jogadores da época passada. Contratou quinze jogadores, a maior parte atletas muito experientes e habituados a jogar

em equipas de maiores ambições. É o caso de Pereira, Ricardo Branco André Fojo e Nelson Ramos (todos ex-Riachense), Nelson (ex-Amiense), Rui Carvalho, Paulo Nuno, Sudesh e Fábio Pereira (todos ex-Alcanenense), Miranda, André Luís e Mário Nelson (todos ex.Fazendense), Martin (exFerroviários), Tiago Dias (ex-Cartaxo), Filipe (ex-Fátima) . jogadores que formam o vasto lote de reforços do plantel torrejano.

Da época passada ficaram dez jogadores. Os que interessavam ao projecto colocado em curso pela direcção e treinador. David Barreiros, Tiago Ferreira, André Fernandes, André Vieira, Tuca, João Mendes, Paz Miguel, Rui Barrela, David Vieira e Clayton, são os resistentes.

Uma mescla de jogadores experientes e jovens, muitos deles oriundos das camadas jovens do clube.

“Com este grupo de trabalho penso que estão criadas as condições para que o Torres Novas consolide a sua posição na Divisão de Honra, e consiga mesmo luta pela vitória nas duas mais importantes competições da Associação de Futebol de Santarém”, disse o treinador Luís Salgueiro, que ao mesmo tempo não escondeu a alegria de treinar um dos mais carismáticos clubes do distrito de Santarém.

A actual direcção, chefiada por João Martins que retomou a gestão dos destinos do Clube Desportivo de Torres, garante que a prioridade é voltar a reorganizar o clube e a continuar a apostar na melhoria das infra-estruturas. “Mas

isso não impediu a contratação de jogadores com qualidade e experiência para reforçar a equipa e partirmos para esta época com mais ambições”, disse um dos dirigentes, que prometeu todo o apoio à equipa técnica e jogadores. “Temos um grupo equilibrado capaz de lutar para dignificar o clube”, garantiu.

A equipa técnica é liderada pelo ambicioso técnico Luís Salgueiro, que vai ser coadjuvado por Paulo Fernandes e João Rato. E o técnico principal garantiu que todo o grupo vai trabalhar muito e bem para atingir os seus objectivos.

Luís Salgueiro mostrou-se satisfeito com os reforços que integram o grupo de trabalho. “São jogadores com provas dadas que colmatam bem as saídas do plantel. Assumimos com clareza que queremos reverter a descida que aconteceu a época passada”, garantiu assumindo que não vai ser uma tarefa fácil, face à competitividade que vai existir no campeonato deste ano

.

2ª Maratona de BTT “Rota Sopa da Pedra” em Almeirim A secção de Ciclismo da Associação 20km de Almeirim vai levar a efeito no dia 20 de Setembro de 2009 a 2ª Maratona de BTT “Rota da Sopa da Pedra” Prova esta integrada na semana de mobilidade ano 2009.

Com este evento a secção de Ciclismo dos 20 km de Almeirim pretende proporcionar a todos os participantes um agradável convívio. Está prevista a participação de cerca de 1000 ciclistas de todo o país que irão realizar as provas de BTT com partida e chegada na Zona Norte de Almeirim, junto às piscinas Municipais.

Haverá 3 distâncias ao dispor dos atletas, 25, 40 e 80 quilómetros, sendo que as distâncias de 40 e 80 quilómetros serão cronometradas havendo prémios para os primeiros classificados. A distância de 25 quilómetros será um passeio guiado e de dificuldade baixa, ideal para um passeio em família, à semelhança dos passeios que esta secção realiza no primeiro domingo de cada mês.

No final da prova haverá almoço para todos os participantes e acompanhantes que queiram estar presentes, (sopa da pedra, febras, caralhotas, sumos, cerveja, vinho e café), almoço esse que será servido no salão Moinho de Vento em Almeirim.

As inscrições poderão ser feitas online no site www.almeirim.pt/20kms/ ciclismo e têm um preço de 15 euros para os participantes masculinos, 12,50 euros para as atletas femininas e 5 euros para o almoço dos acompanhantes.

Torneio Aberto de Canoagem – Fase zonal A 30 de Agosto está agendado, para as 10h00 a realização de um Torneio Aberto de Canoagem, fase zonal (zona 3- 3ª prova) nas águas do Aquapolis. Esta prova que envolve as classes de formação desta modalidade desportiva, dará acesso à Grande Final que se disputará nos dias 5 e 6 de Setembro, em Ponte de Lima. Esta etapa, onde participarão os clubes da região, terá uma distância de dois quilómetros.

A organização deste evento está a cargo da Associação de Canoagem do Distrito de Santarém.

Paulo Futre apadrinha 8º Torneio Internacional de Iniciados de Abrantes O ex-internacional português, Paulo Futre é o patrono do Torneio Internacional de Iniciados a realizar na Cidade Desportiva de Abrantes, nos dias 5 e 6 de Setembro.

No Torneio, que já vai na 8ª edição, vão estar presentes as equipas de iniciados do Sporting Clube de Portugal, Futebol Clube do Porto, Sporting Clube de Braga, Sport Lisboa e Benfica, RC

Celta de Vigo, Real Valladolid CF, Club Atlético de Madrid e uma Selecção concelhia que integra jovens atletas de clubes locais.

Organizado pelo Município de Abrantes, este evento desportivo afirma-se como uma competição de referência nacional e Ibérica no futebol de formação, nomeadamente no escalão de iniciados.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Triatletas ribatejanos na qualificação para os Jogos Olímpicos

VONTADE. Jogadores, treinador e dirigentes da Associação Desportiva de Mação querem fazer um campeonato tranquilo

foto O MIRANTE

Mação reforçou-se para repetir o final muito positivo do campeonato da época passada Aposta num grupo capaz de lutar pela manutenção na Divisão de Honra A Associação Desportiva de Mação entra na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Santarém para, no mínimo, garantir a permanência o mais cedo possível. Os responsáveis da equipa sabem que não é fácil mas acreditam que a equipa, que manteve a base do plantel e se reforçou com jogadores de qualidade, vai responder bem.

A

Associação Desportiva de Mação, sétimo classificado no Campeonato Divisão de Honra da época passada, quer repetir a boa época que fez e, se possível, ficar entre os primeiros seis classificados do campeonato e garantir desde logo a manutenção no escalão maior do futebol distrital na época de 2009-2010.

A equipa de Mação manteve a base do plantel da época passada e reforçou-se com cinco jogadores, dois deles vindos do Crato e um do União de Tomar, um do Mouriscas e outro do Torres Novas.

Na apresentação do plantel, na final do Torneio de Alferrarede realizado domingo à tarde, num jogo frente aos “Dragões” de Alferrarede, que terminou com a vitória dos maçanenses 2-1 o treinador Zé Carlos, não colocou qualquer pressão classificativa sobre os jogadores, garantindo apenas que o grupo se vai manter unido e defender o clube com dignidade.

“Se formos um grupo homogéneo e unido tudo fica mais fácil. Aqui somos

mais que uma família onde todos os que vêm de novo são bem recebidos.

Queremos fazer um bom campeonato como na época passada, em que ficámos em sétimo lugar, mas acredito que temos matéria-prima para formar uma boa equipa e fazer um pouco melhor ficar nos seis primeiros”, afirmou o treinador.

“O mais importante de tudo é saber defender as cores da Associação Desportiva de Mação e respeitar sempre o clube e os adversários”, acrescentou Zé Carlos apelando a que os atletas sejam aplicados nos treinos.

O treinador refere que é apanágio do Mação entrar sempre para fazer o melhor campeonato possível. “Se conseguirmos melhor do que na época passada óptimo, porque é bom para o clube, para os jogadores e para a equipa técnica, porque é sinal que estamos a progredir ano a ano, mas se não conseguirmos não é nenhum desastre, temos é que lutar muito para garantir a manutenção, que é a nossa grande meta”, afirmou ao nosso jornal.

Com os reforços que vieram, Zé Carlos pensa que o Mação pode fazer um bom campeonato mas também sabe como é o futebol onde nem sempre bons jogadores fazem uma boa equipa. “Há a forma dos jogadores, as lesões e entre outras situações que condicionam o trabalho mas penso que podemos fazer um campeonato tranquilo e descansado, com muitas alegrias para a massa associativa”.

O treinador sabe que ficar entre os seis primeiros é complicado mas acredita que o clube tem condições para o conseguir. “Há equipas com maior poderio económico que o União, que trabalha apenas com aquilo que pode, mas no campo é que se demonstra a qualidade

das equipas e o dinheiro às vezes não quer dizer nada”.

Associação Desportiva de Mação reforçou-se com jogadores bem conhecidos pelo treinador, como Jorge Rosado e Diogo (ambos ex-Crato), Nuno Rodrigues (ex- União de Tomar), Paulo Silva (ex-Mouriscas) e Mário (ex-Torres Novas). E promoveu os ex-juniores do clube, Bruno Pita e Ruben, aos seniores.

A aposta principal foi manter o maior número de jogadores da época passada de onde transitaram: Pedro Forte, Seninho, Lucas, Gameiro, Rui Dias, Cláudio, Luís Esteves, Falua, Fábio, Vieira, Pele e Pedro Louro. É com estes jogadores que Zé Carlos e os seus adjuntos vão contar para conseguir fazer face à aposta na manutenção

.

Cinco atletas ribatejanos fazem parte do grupo de nove triatletas convocados para as provas de qualificação para os Jogos Olímpicos da Juventude, prova que se realiza nos dias 26 e 27 de Setembro, em Mar Menor, Espanha.

Nas provas que se destinam a atribuir os dorsais do continente Europeu para os Jogos Olímpicos da Juventude, vão estar presentes em representação de Portugal os ribatejanos: Raquel Rocha, Nadine Almeida e Luís Marafuz, do Alhandra Sporting Clube, Miguel Fernandes, do Olímpico de Oeiras e Pedro Mendes, do Clube de Natação do Cartaxo.

A acompanhar os ribatejanos seguem também os atletas Andreia Lopes e Sara Tenrinho, do Belenenses, Hugo Alves, do Olímpico de Oeiras e Filipe Azevedo, do Vendas Novas. A convocatória de Pedro Mendes resulta do convite para um quinto elemento, para além dos quatro dorsais a que Portugal tem direito.

A 26 de Setembro, será disputada uma prova masculina e outra feminina, ambas nas distâncias sprint, estando em discussão nove dorsais por cada género, com o máximo de um por país. No dia seguinte, realiza-se uma competição no formato de estafetas por equipas mistas de 2M+2F intercalados na distância super sprint.

Convívio Piscatório no Desportivo Raposense Organizado pelo Grupo Desportivo Raposense, Raposa, Almeirim, realizase no dia 6 de Setembro, um concurso de Pesca Desportiva. A prova, que se disputa no rio Sorraia, em Coruche, tem a concentração marcada para as 7h00.

Para além da disputa de valiosos prémios, os concorrentes terão ainda direito a participar no almoço convívio que terá lugar no final da prova.

As inscrições abertas podem ser feitas para o telemóvel 937212961.

Trial nas festas de Abitureiras Incluída nas festas em honra da Padroeira Imaculada Conceição, organizada pela Juventude Abitureiras, com o apoio da Associação de Festas, da Junta de Freguesia e da população de Abitureiras, terá lugar dias 5 e 6 de Setembro a 2ª prova de Trial Freeride Abitureiras.

Para a competição, foram construídos de raiz dois trilhos novos, entre trialeiras, diferentes desníveis, gaps, duplos, drops, estruturas de madeira e relevés. Serão quatro descidas cronometradas por participante, dois em cada uma das duas pistas, contando o somatório das melhores de cada.

Os treinos livres serão sábado (dia 5) das 9h00 às 18h00. No domingo (dia 6) haverá treinos controlados,

das 8h30 às 10h00. No intervalo dos treinos de sábado haverá uma pequena competição, também por tempos, na “pump track” (inscrições limitadas). O acesso a todos os outros trilhos existentes na área é livre.

As inscrições podem ser feitas até às 9h00 de domingo, dia 6, no secretariado (menores de 16 têm de apresentar um termo de responsabilidade).

No decorrer das festividades locais, visitantes e participantes terão à disposição serviço de bar e restaurante, paintball, jogos tradicionais, bar jovem, sardinhada grátis e outras actividades.

Informações e inscrições 919688899 ou freerideabitureiras@ hotmail.com

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27 Agosto 2009 | O MIRANTE

Campo pelado e poucas condições para espectadores são os maiores problemas Fernando Costa aposta na continuidade para fazer uma época tranquila

Fátima e Carregado com vitória sobre favoritos As equipas do Centro Desportivo de Fátima recebeu e venceu 2-1 o Trofense, uma das principais candidatas à subida de divisão. A equipa comandada por Rui Vitória, mostrou qualidade e conseguiu um excelente resultado.

Também na Liga Vitalis, a Associação Desportiva do Carregado obteve a primeira vitória no futebol profissional. Venceu 1-0 o Gil Vicente, mostrando que o trabalho que está a ser efectuado pelo treinador, João Sousa e pelos jogadores começa a dar frutos.

LIGA VITALIS Penafiel..................... 2 - 2 ............Santa Clara Oliveirense................ 0 - 0..................... Estoril Carregado.................. 1 - 0................Gil Vicente Aves.......................... 2 - 2......................Chaves Fátima...................... 2 - 1....................Trofense Sp Covilhã................. 2 - 3............... Freamunde Portimonense............ 2 - 1................. Beira Mar Feirense.................... 4 - 0....................Varzim.

Feirense Portimonense Santa Clara Freamunde Trofense Gil Vicente Fátima Covilhã Carregado Oliveirense Aves Chaves Estoril Penafiel Varzim Beira Mar

P 6 6 4 4 3 3 3 3 3 2 2 1 1 1 1 0

J 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

V 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0

E 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2 2 1 1 1 1 0

D GM GS 0 5 0 0 5 2 0 3 2 0 3 2 1 4 2 1 3 2 1 2 2 1 3 3 1 1 3 0 0 0 0 2 2 1 2 3 1 1 3 1 3 5 1 0 4 2 1 3

Próxima jornada

Estoril - Varzim; Chaves - Portimonense; Penafiel - Carregado; Beira Mar - Feirense; Freamunde - Fátima; Trofense - Aves; Gil Vicente - Covilhã; Santa Clara - Oliveirense.

Campanha para levar atletas ao Mundial de Trampolins

foto O MIRANTE

TRABALHO. Unidade e vontade são a grande força do plantel da Casa do Povo do Pego

A aposta num grupo unido e de continuidade é a grande carta da Casa do Povo do Pego para se solidificar na divisão principal do futebol do distrito de Santarém. Mas o apelo do treinador, Fernando Costa vai no sentido de serem criadas melhores condições para jogadores e espectadores no campo pelado do Pego.

A

equipa de futebol de onze da Casa do Povo do Pego conseguiu na época passada a proeza de subir ao escalão principal do futebol do distrito de Santarém. Mas a equipa lutou e vai continuar a lutar com poucas condições de trabalho. Vai jogar num campo pelado, sem condições para os espectadores e com poucos atractivos para os jogadores.

Por isso, o treinador Fernando Costa, pela quarta época consecutiva no comando da equipa, diz que a principal preocupação da direcção terá de ser lutar pela concretização de obras no campo de futebol. “É preciso colocar um sintético e fazer uma pequena bancada coberta.

Os jogadores e os espectadores merecem-no e as autarquias têm que ajudar o clube a resolver esses problemas”, disse.

Quanto aos objectivos da Casa do Povo do Pego para a nova época são claros como a água que rega o pelado: dar o melhor, jogo a jogo, para tentar fazer um campeonato tranquilo.

O treinador admite que não vai ser tarefa fácil, mas reconhece talento, valor e “raça vencedora” no seu grupo de trabalho. A equipa é maioritariamente composta pelos mesmos jogadores que alinharam em 2008. “Não temos possibilidades de comprar camarão, temos que optar pelos tremoços, e os que tenho são muito bons. São homens com grande vontade e que vestem a camisola do Pego com dignidade. Mas vamos ser realistas, somos um dos elos mais fracos, e o que queremos é fazer um campeonato estável”.

Entre outros objectivos do clube está dignificar o emblema da camisola, oferecer bom futebol ao seu público e regressar aos balneários de consciência tranquila. “Temos de terminar todos os jogos com a consciência que demos o nosso melhor, jogo a jogo. Chegar ao fim com a dignidade intacta é o mais importante”, refere o treinador.

Para esta época a aposta foi na continuidade do plantel. “Eu próprio tive outros convites, mas fiquei porque os jogadores me convenceram. São homens com H grande, que apesar das dificuldades para treinar se sa-

crificam pelo clube, e a maior parte deles garantiu que só continuava se contassem com a minha direcção”, garantiu Fernando Costa.

Segundo o técnico não houve qualquer exigência dos dirigentes do clube. “Apenas nos foi pedido trabalho, todos estamos conscientes das dificuldades, e eu também o que peço aos jogadores é que façam o que têm feito até aqui, trabalhar muito e bem, porque isso pode trazer algo de bom e isso seria a manutenção”.

Para já o plantel está praticamente completo, só um jogador ou outro que pudesse vir a ser uma grande mais valia. “Porque o grupo de trabalho que tenho já me deu garantias de união e trabalho que só pode ser aumentado por algum jogador que se integre no espírito do grupo”, disse Fernando Costa.

Fernando Costa que vai contar com os adjuntos Sérgio Fontinha e Paulo Rosado, tem ao seu dispor o seguinte plantel: João Ruivo, Fábio Santos, Nuno Fontinha, Hugo Emídio, David Cabaço, João Ferreira, João Oliveira, Pechalha, Vítor Diogo, Igor Delgado, Barbosa, Luís Gomes, Paulito, Filipe Pereira, Flávio Batista, Machado e Viegas, que transitaram da época passada. Os reforços são: Paulo Rosado (ex-Abrantes), Sandro Topa (Vila de Rei), André Calor (ex-Eléctrico) e Nuno Bokas (exAlvega)

.

A Associação Desportiva de Salvaterra de Magos, está a desenvolver uma campanha que visa angariar meios financeiros, que permitam que seis dos seus jovens praticantes e um treinador participem no Campeonato do Mundo de Trampolins e competição mundial por idades, que se realizam na Rússia – St. Petersburg, de 7 a 22 de Novembro 2009.

Amadeu Neves, que irá tentar a integração no programa Olímpico 2012 e no Campeonato do Mundo de Seniores e Ana

Robalo, Andreia Robalo, Rafael Holzheimer, Sara Freitas e Ana Gomes, que procurarão um lugar nas finais da competição mundial por idades, serão os ginastas que conquistaram o direito a serem seleccionados, após difíceis provas de apuramento nacionais.

Os valores oficiais, avançados pela Federação Internacional de Ginástica, e Federação Portuguesa da Modalidade, apontam para custos por participante, a rondar os 1400 euros, incluindo viagem, estadia e alimentação.

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O MIRANTE | 27 Agosto 2009

4º Passeio de “Clássicos” do Ferodo Queimado “Verão 2009”

FINAL. Falta apenas uma prova para David Megre confirmar o seu favoritismo no Campeonato da Europa

David Megre venceu Baja da Hungria Piloto de Coruche está a um passo de se sagrar campeão europeu David Megre nas motos, e Paulino Cruz nos quad, foram os vencedores da Baja da Hungria, terceira e penúltima jornada do Campeonato da Europa de Bajas. Este êxito permitiu aos dois pilotos reforçarem a liderança nas respectivas categorias da competição, sendo favoritos para se sagrarem campeões europeus.

A

Baja da Hungria disputou-se na sexta-feira e no sábado em Veszprém, com as classificativas traçadas num campo militar. No primeiro dia realizou-se apenas uma passagem por um troço com 48,5 Km, em terreno abrasivo com muita pedra solta. No sábado os concorrentes enfrentaram um total de seis “especiais”, com três passagens à já utilizada na véspera e mais três a um troço de 56,5 Km, de perfil acidentado graças a numerosas valas. Nas hostes motociclísticas alinharam 43 pilotos (16 em moto e 27 nos Quad).

O MIRANTE S E M A N Á R I O

R E G I O N A L

Fundado em 16 de Novembro de 1987 Preço assinatura anual Portugal 15,50€; Europa 70€; Resto do Mundo 110€

Quatro portugueses, envolvidos no “Europeu”, fizeram a deslocação. Na primeira etapa David Megre foi o mais rápido em termos absolutos (motos e quads), logo seguido por Paulino Cruz, com este a impor-se entre os “quatro rodas”. Depois, João Nazareth foi 4.º classificado na “geral” dos Quad – e 2.º na classe Q4 – enquanto Toni Cunha desistiu com o motor partido, problema que também o impediu de alinhar no segundo dia de prova.

O bom desempenho dos lusitanos continuou no sábado, desta vez com Paulino Cruz em maior evidência. Apesar de um pneu furado na “quarta especial”, aos comandos de um Suzuki LTR 450 triunfou na “geral” de motos e quads, sendo igualmente o vencedor absoluto da prova.

David Megre foi 2.º classificado nas motos – e primeiro entre os concorrentes que pontuam para o “Europeu” – conduzindo uma KTM 250 F, contra adversários a tripularem motos de maior cilindrada.

Voltando aos Quad, João Nazareth levou neste dia o seu Polaris Outlaw 525 ao 5.º lugar nos Quads – sendo o 4.º da classe Q4 e 2.º entre os pilotos do “Europeu”, também na Q4.

David Megre e Paulino Cruz estão bem lançados para a conquista dos títulos europeus, pois já lideravam as respectivas categorias antes desta prova, e agora ampliaram a vantagem pontual sobre os perseguidores. Quanto a João Nazareth, também permanece no 2.º posto da classe Q4. O Campeonato da Europa termina com uma prova em Itália, entre os dias 2 e 4 de Outubro

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Inicia-se em Torres Novas, com almoço na Chamusca e, por fim jantar e final no Kartódromo de Abrantes, o 4º Passeio de Veículos Motorizados “Clássicos” do Ferodo Queimado “Verão de 2009”. Realizase no dia 29 de Agosto e vai ter ingredientes suficientes para um dia muito bem passado.

Será um passeio tipicamente Ribatejano, percorrendo as lindas regiões desta zona, onde se podem ver, prados verdejantes, touros, cavalos e campinos. Sabe-se lá se alguns destes se atravessará pela frente para gozo dos participantes.

A organização tudo irá fazer para proporcionar aos participantes um evento à portuguesa onde não faltarão bons repastos e uma prova cheia de surpresas.

A iniciativa conta com o apoio do município de Torres Novas e está prevista a participação de cerca de setenta carros, na maioria clássicos.

O passeio inicia-se na cidade torrejana, mais precisamente no largo do Cine-Teatro Virgínia, seguindo-se uma prova de perícia na zona do Palácio dos Desporto.

O evento tem almoço marcado para a Chamusca e terminará no kartódromo de Abrantes.

A participação é permitida a automóveis de todo o tipo e idade.

No entanto, será privilegiada a presença de veículos mais antigos.

O evento do próximo sábado constituirá uma excelente oportunidade para ver dezenas de “relíquias” motorizadas.

Atiradores do Zona Alta no Campeonato do Mundo Os atiradores da União Desportiva da Zona Alta de Torres Novas, Thomas Protásio e Marco Pereira, vão representar Portugal no Campeonato do Mundo de Tiro com Besta da WCSA o que vai decorrer de 30 de Agosto a 5 de Setembro de 2009 no Entroncamento.

Trata-se da quarta edição da modalidade que é organizada pela Federação dos Arqueiros e Besteiros de Portugal (FABP) e conta com a presença de atiradores dos Estados Unidos, Polónia, Austrália, Irlanda, Inglaterra, República Checa, Suécia e Japão que irão defrontar os atiradores da Selecção Portuguesa.

Os dois atiradores da URDZA que

vão representar Portugal, são muito experientes e de grande categoria nacional e internacional. Thomas Protásio, atirador desde 2005, Campeão Nacional de Tiro com Arco em 2005 e 2006 no escalão de Juvenil, Campeão Nacional de Tiro Com Besta em 2007 e 2008 em Júnior, actual Campeão Nacional Virtual 2009 (o Campeonato ainda se encontra a decorrer) e Marco Pereira, atirador desde 2008 na URDZA, classe Sénior, em fase conquistar os dois Campeonatos 2009 (distâncias conhecidas e distâncias desconhecidas) são os dois trunfos que a URDZA põe a disposição de Portugal no sentido de conquistar títulos mundiais.

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38 | TASQUINHAS DE VERÃO - MARINHAIS

Música, animação, folclore, exposições e muita gastronomia em Marinhais Tasquinhas de Verão de Marinhais de 28 a 31 de Agosto

D

e 28 a 31 de Agosto a vila de Marinhais vai organizar mais uma edição das Tasquinhas de Verão com uma série de petiscos à disposição dos visitantes nas tasquinhas de associações da freguesia. A gastronomia local vai ser temperada com muita música, folclore, cantares alentejanos e exposições no pavilhão principal das festas.

A tasquinha do Grupo de Danças “Os Lusitanos” de Marinhais apresenta sopa de peixe, chocos grelhados e bifinhos à lusitano. Na tasquinha da Associação do Carnaval de Marinhais não falta bacalhau à Carnaval, arroz de feijão com petingas e frango de cerveja preta. Os homens do futebol do Grupo Desportivo de Marinhais optam pelo bacalhau assado, frango assado e enguias.

Para finalizar as refeições, o Corpo Nacional de Escutas e o Centro de Bem-Estar Social de Marinhais vão ter licores caseiros, café da borra, bolo da avó e doce da mãe, café expresso, sangria, imperial, cocktails, bolos, doces e compotas, respectivamente.

Com tanta fartura à mesa não admira que haja muita animação musical e bailes para ajudar a fazer a digestão.

Dia 28, sexta-feira, actuam Jessica e bailarinas, seguidas de baile com Susana Vargas.

Ao final da tarde de sábado há jantar dos ranchos nas tasquinhas, seguido de desfile desde a igreja nova ao largo das festas. A noite é de festival nacional de folclore e termina com baile de Zé Foguete e Manuel Monteiro.

O domingo é preenchido com baile de Jorge Paulo e Susana a abrir e fechar a noite, enquanto pelo meio há cantares

populares com “Alento do Alentejo”. A 31 de Agosto, segunda-feira, actuam os Broa de Mel e há baile com o Duo Jotas. As Tasquinhas de Verão abrem às 20 horas de sexta-feira, sábado e domingo abrem às 17h00 e 15h00, e segunda novamente às 20h00. Encerram diariamente às duas da manhã.

No pavilhão principal das festas estão representadas as associações da terra: Associação Marinhais, Casa do

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Povo, Grupo de Danças “Os Lusitanos”, Corpo Nacional de Escutas, Junta de Freguesia, Câmara de Salvaterra de Magos, Conferência de S. Vicente de Paulo, Clube Ornitológico, Associação do Carnaval dos Amigos de Marinhais, Núcleo de Cicloturismo “Os Cansados”, Motantiqua, Clube Recreativo e Grupo Desportivo de Marinhais

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TASQUINHAS DE VERÃO - MARINHAIS | 39

O MIRANTE | 27 Agosto 2009

A juventude é uma das coisas boas de Marinhais Quem anima as tasquinhas de Marinhais é todo o povo mas é da juventude que se espera maior animação e dinamismo. E a juventude da terra é

Em miúdo ia a pé ao bailarico nas povoações vizinhas Paulo Vau, 43 anos, pintor construção civil, Marinhais Paulo Vau é um grande adepto das festas em Marinhais.

Gosta do convívio. “Provo um petisco, bebe-se um copo, falase com os amigos e passa-se o tempo! O recinto de festas tem boas condições. Eu aproveito para falar de motas. Faço parte do Núcleo Motantiqua. Somos adeptos de motas antigas”, conta

Juventude boa que tem de ser mais dinâmica Vítor Coelho, 45 anos, motorista de táxi, Glória do Ribatejo As tasquinhas vão ser o seu ponto de encontro enquanto durarem. Vítor Coelho diz que vai lá para petiscar e ver os amigos. “A malta gosta. Come-se um chouricinho assado, bebe-se uma bebida…”.“Veremos se temos mais ou menos colectividades representadas. Com

a O MIRANTE. Quando era mais novo conta que jogava futebol na rua, andava em carrinhos de rolamentos e com arcos feitos dos aros das rodas das bicicletas. Actualmente, considera, brinca-se mais aos computadores, na noite e com alguns copos à mistura, agora que têm carros nas mãos desde novos. “No meu tempo havia bailarico de oito em oito dias.

E quando não havia íamos para as povoações mais próximas.

Até ia e regressava a pé da as festas que houve há pouco tempo, se calhar estão cansados e vão fazer menos tasquinhas”, reflecte. Quanto à música e ao folclore anunciados diz que são bons acompanhamentos.

Quando questionado sobre a juventude de Marinhais diz que lhe falta “mais dinâmica e iniciativas para ajudar a fazer progredir a vila”. Mas elogia o seu comportamento. “De um modo geral é uma juventude

Juventude de Marinhais mais dispersa e menos bairrista Manuel Quitério, 57 anos, gerente comercial, Marinhais Manuel Quitério considera que a juventude de Marinhais é muito diferente da do seu tempo. “Veio para aqui viver muita gente nova com outros hábitos e costumes. Não há tradição da malta nova se juntar. Ou quando se juntam é em pequenos núcleos de acordo com interesses específicos. Nós juntávamo-nos todos em certos sítios, como no café do Cinema ou na sede do Grupo Desportivo.

Hoje não se faz isso, não há o mesmo bairrismo”, diz.

bem vista embora os mais antigos gostassem de os ver mais afastados dos computadores e mais bairristas.

Falta um centro de exposições na freguesia

Glória do Ribatejo”,conta. Mas as diferenças não o impedem de afirmar que “a juventude de hoje também é boa”.

Diz que, para além de animação falta também algo que chame mais pessoas e negócios.

“Talvez um espaço multiusos.

Um espaço de exposições dimensionado à freguesia”, sugere.

Bruno Silva diz que a freguesia se tornou num dormitório durante a semana e que só aos fins-de-semana ou nas festas é que as pessoas conhecidas se juntam.

Os jovens já não convivem tanto

certinha. Às vezes brincamos na praça de táxis”, conta.

Jovens mais dinâmicos e evoluídos

As Tasquinhas de Verão são um evento bem-vindo e concorda com a sua realização no recinto de festas da freguesia.

“As anteriores tasquinhas eram realizadas no pavilhão e não tinham o impacto que têm hoje.

Nestes dias hei-de ir uma ou duas vezes petiscar”, garante.

Bruno Silva, 31 anos, empresário, Marinhais “A juventude é do melhor que há. Gente porreira numa terra que ainda é pacata”. É assim que Bruno Silva analisa o pessoal mais novo da terra.

Pena é que, para si, a vila não ofereça o que os jovens querem. “É por isso que pegam no carro e vão para Santarém ou para Lisboa”, lamenta.

Isabel Peixoto Pinheiro, 51 anos, gerente, Marinhais Nasceu no Zimbabwe mas está em Marinhais há 20 anos.

Isabel Peixoto considera que a juventude da terra tem evoluído bastante, sobretudo na aceitação de novas ideias, projectos e ao mostrar mais dinamismo. “Tudo era tabu.

Hoje há uma grande diferença e uma maior interculturalidade”, acrescenta. “Além disso os jovens não querem ser tratados como crianças”, defende.

Isabel Peixoto diz também que em Marinhais há organi-

Francisco Oliveira, 54 anos, comerciante, Marinhais Natural de Ourém, Francisco Oliveira foi trabalhar para o antigo cinema em Marinhais e na vila se estabeleceu familiar e profissionalmente. Com o passar dos anos diz notar que a juventude da terra não evoluiu como devia. “Não dá para brincar como antigamente. Agora há mais violência. Não há aquele convívio são na rua. Os jovens ficam em casa em frente aos computadores e no meu tempo brincava-se até às duas ou três da manhã com bicicletas e motorizadas, que se

escondiam, e tudo reinava sem problemas”, recorda.

Convívio é o que não vai faltar nas Tasquinhas de Verão.

Francisco Oliveira gosta de lá ir petiscar de vez em quando para se distrair. Considera que a vila é pacata e saudável. “Gosto de Marinhais”, conclui.

zações que se esforçam por ajudar outras pessoas e que estão cada vez mais sensibilizadas para os problemas do dia a dia. “Não ficam à espera que os do Governo façam tudo por nós. Eu, por exemplo, fui das primeiras pessoas a chegar aqui de África e a fundar da Juvemar. Pusemos os jovens a fazer ginástica e a praticar danças. Estive lá dez anos e eles continuam com folclore e música tradicional”, realça.

Para a habitante os adultos têm que ajudar os jovens a irem pelos caminhos certos.

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Uma associação com sede na estação mas que não gosta de ficar parada a ver passar os comboios ROMANA

Rita Redshoes

Adelaide Ferreira

Adelaide Ferreira, Romana e Rita Redshoes nas festas de Vale da Pinta

AMAR. Ricardo Burgal, Alice Calçada e Geraldus Brands pertencem aos órgãos sociais

É

na estação de caminhode-ferro de Marinhais que, há cerca de nove anos, está sedeada a Associação Marinhais (AMAR) para Defesa do Património Cultural e Natural da Vila. A estação está desactivada mas dentro em breve vai voltar a ter movimento uma vez que já foi assinado o protocolo para voltarem a circular comboios de passageiros entre Coruche e Setil e Marinhais é um dos pontos de passagem.

Os elementos da associação não irão abandonar o local uma vez que a estação não vai ter pessoal, destinando-se apenas a embarque e desembarque de passageiros. A única mudança é o facto de passar a haver mais movimento. As instalações foram cedidas pela refer à câmara municipal de Salvaterra de Magos que por sua vez as cedeu gratuitamente à Amar.

O edifício da estação é composto por uma sala utilizada para actividades da Amar e uma outra de reuniões. Os membros da Amar repararam e pintaram paredes. No exterior foi criado um pequeno jardim com plantas cedidas por um viveiro. Mas há muito a fazer. O próximo “projecto” passa por angariar receitas para reparar o telhado que está a abater em algumas zonas e mete água. Actualmente decorrem obras de modernização da plataforma a cargo da Refer com vista

foto O MIRANTE

à reactivação parcial do antigo ramal de Vendas Novas.

A Amar realiza cerca de que oito a nove actividades anuais.

Geraldus Brands, um holandês de 31 anos a viver em Salvaterra de Magos desde novo é o presidente da direcção. Na conversa com O MIRANTE acompanham-no Ricardo Burgal e Alice Calçada.

“Sempre gostei mais de Marinhais do que de Salvaterra de Magos.

Aqui as pessoas têm uma mentalidade mais hospitaleira. Na sede de concelho há gente interessante mas penso que há mais vaidades”, constata Geraldus que quer que mais artesãos e artistas da vila se dêem a conhecer através da Amar.

Ricardo Burgal, 29 anos, lembra que ainda há espaço junto à estação, no antigo cais de embarque de mercadorias, que pode ser aproveitado para futuras realizações. Alice Calçada, doméstica de 65 anos, é outra entusiasta. Tem a chave da antiga casa do chefe da estação para quem esteja interessado em visitá-la. Uma casa com três pequenas divisões: cozinha, salinha e quarto com cama de casal e cama de criança. “Esta casinha não é ocupada há cerca de 30 anos. Temos aqui objectos típicos, como as panelas de ferro, os pratos partidos em que eram unidos os cacos e presos com arame, os chamados «bota-gatos», sem faltar o típico penico debaixo da cama”, exemplifica com um sorriso.

As cantoras Adelaide Ferreira, Romana e Rita Redshoes vão animar os tradicionais festejos em Honra de Nossa Senhora da Graça, em Vale da Pinta, Cartaxo, que decorrem de 28 de Agosto a 1 de Setembro. A organização é dos “Trintões” um grupo de jovens da freguesia que este ano completam 30 anos. As festas arrancam sexta-feira às 19h00, com uma salva de morteiros e actuação da Fanfarra dos Bombeiros do Cartaxo. Às 22h00 tem início o arraial com o grupo de baile “Opção 4”. O espectáculo com a cantora Nucha está marcado para a meia noite.

No sábado, a tarde é animada com jogos tradicionais a partir das 15h00. A actuação

do Rancho Folclórico de Vale da Pinta está marcada para as 16h00. Segue-se uma demonstração de karaté. Às 22h00 tem início arraial com o conjunto “Idade Média”. O baile é interrompido no sábado, às 00h00, para actuar a cantora Adelaide Ferreira.

Domingo é dia de peditório pelas ruas da freguesia acompanhado pela banda da S.C.R.V.P. Às 16h00 há eucaristia seguida de procissão. A apresentação dos festeiros para o ano de 2010 está marcada para as 19h30. O conjunto “Antecipação” anima o baile a partir das 22h00.

Romana é estrela a partir da meia-noite.

Segunda-feira, 31 de Agosto, há concerto pela Banda

da Sociedade Cultural e Recreativa de Vale da Pinta. Às 22h00 actua o grupo musical “Pintarolas”. O grupo “Ferro & Fogo” toca a partir das 23h30. Na terça-feira um jogo de futebol marcado para as 10h30 coloca frente a frente solteiros e casados. O almoço de confraternização entre jogadores acontece às 12h30. A tarde é animada com torneio de chinquilho, torneio de sueca e torneio de tiro ao alvo a partir das 15h00. O arraial tem início às 22h00 com o conjunto “Banda Kente”. Às 23h00 actua “Cantares d’Aldeia”. O espectáculo musical com Rita Redshoes está marcado para a meia-noite. A quermesse abre todos os dias às 21h00.

Festas da Freguesia de São Vicente do Paúl entre 28 e 30 de Agosto Sara Madeira, Manuel Correia e João Lotra, participantes do concurso da TVI “Uma Canção para Ti”, In The Flesh e os Português S/ Filtro são as principais atracções das Festas da Freguesia de São Vicente do Paúl, concelho de Santarém, que se realizam entre os dias 28 e 30 de Agosto junto à Casa de Convívio.

Os festejos arrancam sextafeira com a abertura do arraial e quermesse, às 20h00. Os restaurantes abrem as portas aos visitantes meia hora depois.

Pelas 21h00 realiza-se o desfile de crianças trajadas com fatos de papel. Às 22h30 o grupo Mega anima o baile da noite que antecede a actuação da banda Português S/ Filtro prevista para as duas da madrugada no

Bubba’s Bar. No sábado realiza-se, pelas 10h00, a chegada dos santos padroeiros da freguesia seguindose, meia hora depois, uma missa solene. Às 14h30 começam os jogos tradicionais seguindo-se, pelas 15h00, um rally paper com um percurso pela freguesia - karaoke e um buffet que inclui porco no espeto. Às 20h30 sobe ao palco a Escola de Dança Desportiva do Clube de Andebol S. Vicentense com uma actuação de danças de salão. A Banda Replika anima o baile que tem início às 22h30.

No intervalo serão entregues os prémios do rally paper. A banda In The Flesh fecha a noite.

O último dia das festas iniciase com a chegada das fogaças à igreja pelas 10h00. A missa

solene, às 10h30, antecede a procissão com os santos padroeiros (11h30) e o leilão das fogaças. À tarde destaque para os jogos tradicionais (14h00) e karaoke (15h30). Pelas 18h00 realiza-se um mini festival de folclore com a participação do rancho folclórico Casal Pinheiro e Fragosas (Alcobaça), Grupo de Cantares Camponesas de Casével e rancho folclórico Os Camponeses de São Vicente de Paúl.

A noite começa com a actuação dos jovens cantores Sara Madeira, Manuel Correia e João Lotra que participaram no concurso “Uma Canção para Ti”, da TVI (21h30). O baile que está previsto começar às 22h30 vai estar a cargo do grupo Império.

CULTURA & LAZER | 41

O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Cinemas Azambuja

Samora Correia

ATRIUM

CENTRO CULTURAL

A Proposta Com Sandra Bullock De 5ª a 2ª às 21h30.

Benavente

Transformers – A Retaliação Com Megan Fox Sexta-feira às 21h30.

A Última Casa à Esquerda Com Mónica potter e Joshua Cox Sábado às 21h30.

Santarém

CINE-TEATRO

Bruno Com Sacha Baron Cohen Sexta-feira às 21h30.

A Idade do Gelo 3 – Despertar dos Dinossauros Versão Portuguesa Sábado às 15h30 e 21h30.

Ourém CINE-TEATRO

A Cidade das Sombras Com Tim Robbins Sexta-feira e sábado às 21h30.

Rio Maior CINE-TEATRO

Ligações Perigosas Com Ben Afleck e Russel Crowe Quinta e sexta-feira às 21h30.

W SHOPPING Sala 1

A Idade do Gelo 3 – Despertar dos Dinossauros Versão Portuguesa De 5ª a 4ª às 15h30.

Sábado e domingo também às 13h20.

Inimigos Públicos Com Johnny Deep De 5ª a 4ª às 18h20 e 21h10. Sextafeira e sábado também às 00h00.

Sala 2

G.I. Joe: O Ataque dos Cobra Com Dennis Quaid e Sienna Miller

De 5ª a 4ª às 16h00, 18h30 e 21h40.

Sexta-feira e sábado também às 00h10. Sábado e domingo também às 13h30.

Sala 3

Sacanas sem Lei Com Brad Pitt De 5ª a 4ª às 15h30, 18h30 e 21h30.

Sexta-feira e sábado também às 00h30. Sábado e domingo também às 12h30.

Sala 4

17 Anos, Outra Vez! Com Matthew Perry De 5ª a 4ª às 15h50, 18h10 e 21h20.

Sexta-feira e sábado também às 00h20. Sábado e domingo também às 13h40.

Sala 5

ABC da Sedução Com Katherine Heigl De 5ª a 4ª às 16h10, 18h40 e 21h50.

Sexta-feira e sábado também às 00h15. Sábado e domingo também

às 13h50.

Sala 6

UP – Altamente!

Versão Portuguesa De 5ª a 4ª às 15h00, 17h10, 19h20 e 21h25. Sexta-feira e sábado também às 23h40. Sábado e domingo também às 12h55.

Tomar CINE-TEATRO PARAÍSO

Harry Potter e o Príncipe Misterioso Com Daniel Radcliff 5ª, 6ª, sábado, domingo e quarta-feira às 21h30.

ESTÚDIOS ALFA Harry Potter e o Príncipe Misterioso Com Daniel Radcliff 6ª, sábado, 2ª e 3ª às 21h30.

Ver mais informação em www.omirante.pt

Roteiro Sábado, 29 de Agosto, Cem Soldos (Tomar)

Ferro & Fogo na Festa da Juventude A aldeia de Cem Soldos organiza este fim-de-semana mais uma Festa da Juventude que começa na sexta-feira, 28. O grupo de rock Ferro & Fogo é convidado para animar a noite de sábado. A actuação do grupo está marcada para a uma hora da madrugada. Duas horas antes sobem ao palco os Convergência. Os FH5 e os MataRatos actuam no primeiro dia do festival.

A Festa da Juventude termina no domingo, 30, com a actuação do Rancho Folclórico de Benfica do Ribatejo, pelas 17h00, e a Banda T (21h00) encerra os três dias de festa.

Domingo, 30 de Agosto, Mouriscas (Abrantes)

Feira de Velharias junto à Igreja A aldeia de Mouriscas, concelho de Abrantes, vai realizar uma Feira de Velharias no próximo domingo, dia 30. A feira começa logo de manhã e os visitantes vão poder comprar antiguidades, diversas colecções e todo o tipo de velharias. Pelas 15h30 tem início um leilão de peças que vão ser sorteadas e depois entregues a quem oferecer o valor mais alto. Para inscrições e mais informações contactar o número 963 342 565.

Domingo, 30 de Agosto, Santo Estêvão (Benavente)

Emanuel encerra festas da Sardinha Assada O popular cantor português Emanuel encerra mais uma edição da Festa da Sardinha Assada que todos os anos anima Santo Estêvão, concelho de Benavente. O artista sobe ao palco no domingo, pelas 22h30. A festa encerra à meia-noite com fogo-de-artifício. O último dia de festa arranca com a habitual alvorada, às 08h00.

Pelas 09h00 há peditório acompanhado pela Banda da Sociedade Filarmónica de Santo Estêvão. As vacas para a garraiada entram pelas 16h30 e uma hora e meia depois é a vez dos toiros. A animação

musical começa às 21h30 com um baile animado por Susana Vargas. A Festa da Sardinha Assada arranca na sexta-feira, 28, com o concerto do cantor português Toy e a sua banda ao vivo. 22h30.

Domingo, 30 de Agosto, Almeirim

Tony Carreira encerra Pão, Vinho e Companhia

O popular cantor português Tony Carreira que arrasta milhares de espectadores aos seus concertos encerra a

IX edição do Pão, Vinho e Companhia que se realiza na Zona Norte de Almeirim, junto às Piscinas Municipais. O cantor da moda sobe ao palco principal das festas de Almeirim pelas 22h30. Uma hora antes actua o Rancho Folclórico Os Camponeses da Raposa. O certame encerra com o já tradicional fogo-de-artifício junto ao lago.

27 Agosto 2009 | O MIRANTE

42 | SOCIEDADE

Director: Marmelo da Rosa | Ano VI - Nº 301 | Data: 27 Ago 2009 | Preço: Impagável

Cães a quem foi atribuída casa pela Câmara de Santarém já sabem dar descarga ao autoclismo Os canídeos a quem a Câmara de Santarém atribuiu as casas da antiga Escola Prática de Cavalaria já sabem dar descarga ao autoclismo depois de irem à casa de banho fazer as suas necessidades.

A informação foi dada a O MIRANTE Cor-de-Rosa pelo vereador António Valente, que está muito satisfeito. “Agora compreendo porque há pessoas que tratam os cães como filhos. Estou espantado. Um dia destes um dos nossos animais estava no sofá a ver televisão e ficava com o pelo eriçado de cada vez que aparecia a Manuela Ferreira Leite. Não me admira nada que o presidente Moita Flores lhe atribua a medalha da cidade um dia destes”, disse o autarca.

Projecto para eliminar pobreza de Alpiarça entra em falência depois de pagar os primeiros ordenados dos técnicos O projecto social de Alpiarça para acabar com a pobreza vai entrar em falência após pagar os primeiros ordenados aos técnicos. A conclusão é de um estudo feito por uma empresa de consultadoria que passará a encabeçar a lista de credores uma vez que não há dinheiro para lhe pagar.

A Segurança Social já foi alertada para a necessidade de enviar mais dinheiro para que o projecto tenha continuidade por mais uns meses. O pedido refere a necessidade de aumentar a taxa de sucesso do projecto.

“Numa primeira fase conseguimos tirar da pobreza os

Depois do êxito com a venda de bicicletas a Câmara de Almeirim abre stand de automóveis O êxito registado pela Câmara de Almeirim no negócio de bicicletas – foram vendidas 150 a uma média de 36 segundos por unidade – levou o executivo a decidir abrir um stand de automóveis.

O vereador Pedro Ribeiro explicou a O MIRANTE Cor-de-Rosa que o negócio vai ser um sucesso. “É só fazer as contas. Se uma bicicleta tem duas rodas e se

vende em 36 segundos, estamos preparados para vender um carro em 1 minuto e 12 segundos”.

O autarca espera agora que tal como nas bicicletas que custavam 150 euros mas ficaram em 60, apareça um patrocinador que permita ao stand camarário vender os carros a um terço do preço.

três rapazes que contratámos através de salários dignos.

Mas essa pequena vitória pode ser anulada se não houver dinheiro para mais ordenados”, pode ler-se.

Os ordenados dos técnicos são equivalentes a vinte e cinco vezes a pensão de reforma da D. Gertrudes, uma ex-camponesa de Patacão, mas um dos responsáveis pelo projecto disse a O MIRANTE Cor-de-Rosa que não são muito altos. “Eles ganham o mesmo que a presidente da câmara que como se sabe anda magra que nem um palito, sinal que não ganha o suficiente para se alimentar convenientemente”.

CAVALEIRO ANDANTE | 43

O MIRANTE | 27 Agosto 2009

Uuuuuaaaauuuuu!!!!!

Há aquele samba que diz: “A espera é difícil/Mas eu espero sambando”. No Entroncamento a música é

outra e os passageiros da CP cantam “A espera é difícil/ Mas eu espero…fumando”.

Burro dentro da lei O protesto do empresário que atou um burro à porta da Câmara de Abrantes ficou marcado pela expectativa do que iria acontecer quando a polícia fosse chamada ao local. O agente policial que registou a ocorrência confessou ao Cavaleiro Andante que nunca se tinha deparado com uma situação destas e, após alguns telefonemas, confirmou que o asno não se encontrava a infringir a lei. Nem mesmo quando o animal aliviou a tripa, em plena Praça do Município...

Ah ingrata!!

Segunda-feira, antes da inauguração do monumento ao ferroviário, o Presidente da Câmara do Entroncamento guiou a Secretária de Estado dos Transportes na perigosa travessia das muitas linhas que existem na estação de caminho-de-ferro da cidade. Jaime Ramos olhou para os lados para ver se não se aproximava qualquer comboio, alertou Ana Paula Vitorino para os intervalos entre as passadeiras e os carris para que ela não prendesse lá nenhum sapato e manteve-se de atalaia quando ela teve que descer degraus. No final pediu-lhe a remodelação da estação e recebeu como resposta um… logo se verá. Uma ingrata, aquela governante.

Só falta dar o exemplo

Transporte a condizer

O filho do presidente da distrital do CDS (Herculano Gonçalves) foi o escolhido pelo pai para ser candidato do partido à presidência da Câmara de Constância. O jovem Renato Gonçalves, 19 anos, que tal como o pai reside em Alcanena, diz que a sua candidatura pretende combater um processo evidente de desertificação. Resta-lhe agora dar o exemplo e mudar-se de armas e bagagens para o concelho onde quer ser presidente. Mesmo não sendo eleito sempre ajuda a combater o problema.

A Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, foi ao Entroncamento na segunda-feira de manhã, inaugurar o Monumento ao Ferroviário e fez questão de chegar de comboio mas depois da cerimónia foi embora na viatura oficial. O cavaleiro Andante presume que a troca de transporte tenha a ver com a agenda da governante. Provavelmente foi inaugurar algum monumento ao…automobilista!!!

O lapso de Sócrates Ao querer dar um arzinho de erudição ao seu discurso durante a cerimónia que decorreu terça-feira no Convento de São Francisco, em Santarém, o primeiro-ministro José Sócrates referiu-se a uma passagem do romance “Viagens na Minha Terra” de Almeida Garrett, que retrata a degradação daquele monumento, designando a obra como “Viagens na Nossa Terra”. Um pequeno lapso a que ninguém está imune. Nem o mentor do programa Novas Oportunidades…

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O MIRANTE S E M A N Á R I O

R E G I O N A L

Tiragem : 35.000 exemplares Edição desta semana: 72 páginas

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última Página

A política como disciplina Sou um homem orgulhoso por ter a maioria dos meus melhores amigos fora dos circuitos da política. A política interessa-me como disciplina da cultura; de resto subscrevo aquilo que Ferraz da Costa disse recentemente numa entrevista ao Expresso: “Portugal não tem dimensão para se roubar tanto”.

Sinto-me envergonhado por viver e trabalhar num país cujas instituições são geridas por reformados. Dou um triste exemplo: Joaquim Rosa do Céu goza a sua merecida reforma a gerir, pelos vistos ilegalmente, uma instituição que movimenta milhões de euros. Toda a gente diz que o Turismo é uma das maiores apostas da nossa economia; que só sobreviveremos à custa do dinheiro que chega de fora: dos emigrantes e dos turistas que encontram em Portugal um país de sonho e bons costumes. Alguém acredita que com o sector do Turismo entregue a políticos reformados saíremos um dia da cepa torta?

Pacheco Pereira é o cabeça de lista do O União de Tomar venceu no passado domingo o torneio Fernando Matias em futebol sénior. Na prova participaram também as equipas de Cernache, Ferreira do Zêzere e Tramagal. No torneio final, a equipa da casa venceu a formação de Cernache, da A.F Castelo Branco, por 3-2 com golos de Quim, Nelson Santos e Nuno Veríssimo, isto depois de ter ganho ao Tramagal no sábado por um categórico 8-1.

PSD no distrito de Santarém às próximas eleições autárquicas. Não tenho nada contra o ilustre comentador e opinador de jornais e televisões (para além de excelente autor). Mas é outro reformado.

Ainda por cima pediu a reforma com base nos anos de trabalho como deputado. É justo que volte a exercer o mesmo cargo ainda por cima liderando as tropas? A malta dos trinta e dos quarenta é nova demais para governar este país? Não está na hora de exigir à classe política mais ambição e renovação?

O “Correio da Manhã” e o ”Público” Reabriu o posto de turismo do Entroncamento Reabriu esta segunda-feira o posto de turismo do Entroncamento na Praça da República, em frente à estação de caminho-de-ferro. O posto de turismo funciona de terça-feira a sábado das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.

A reabertura do posto de turismo

- que funcionou durante vários anos numa carruagem antiga que foi removida do local em 2005 - foi assinalada com a edição de um guia e de um mapa turísticos da cidade com indicações em português e inglês.

Os principais pontos de interesse assinalados são o Museu Nacional

Ferroviário, a Igreja Matriz que data de 1940 e a moderna igreja de Nossa Senhora de Fátima, os bairros ferroviários (Boneco, Camões e Vilaverde) e os espaços verdes, com destaque para o parque do Bonito, jardim parque José Pereira Caldas e jardim Serrão Lopes.

Parque de Campismo de Tomar já acolhe visitantes Embora com duas semanas de atraso, de acordo com a data de reabertura anunciada pelo presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa (PSD), o parque de campismo

de Tomar reabriu portas na manhã de sábado, 22 de Agosto, depois de seis anos fechado e após sofrer grandes obras de remodelação. Com capacidade para 100 caravanas e 50

tendas, o parque pode acolher 250 utentes. A infra-estrutura localiza-se no centro da cidade, junto às piscinas municipais Vasco Jacob.

são o exemplo de dois grandes jornais de referência com uma redacção de jornalistas de primeira linha para tratar os assuntos de Lisboa, e uma dúzia de profissionais avençados, que têm dois ou mais empregos, a trabalharem na província.

E a gente espanta-se com este país em que até os jornais de referência são um mau exemplo.

Quem acompanhou o caso do “monstro de Almeirim”, que fez manchete no Correio da Manhã, sabe do que falo. Quem acompanha o “Público” diariamente, e lê os textos sobre os problemas da nossa região, sempre tratados com pinças e a favor da corrente, sabe ainda melhor onde quero chegar.

JAE