FESTA PÃO VINHO & COMPANHIA - ALMEIRIM

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26 Agosto 2010 | O MIRANTE

Festival gastronómico de Almeirim com muita animação Certame realiza-se de 28 de Agosto a 5 de Setembro O guitarrista da terra, Custódio Castelo, é um dos artistas convidados e vai abrir o certame, que no programa inclui ainda folclore e teatro além da mostra da gastronomia da região, dos vinhos e das caralhotas, o pão tradicional de Almeirim.

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e 28 de Agosto a 5 de Setembro o parque da zona norte de Almeirim enche-se de sabores e de sons em mais uma edição do festival gastronómico “Pão, Vinho e Companhia”. Este ano participam seis restaurantes do concelho que vão oferecer os pratos tradicionais da região.

Depois de uma boa refeição os visitantes podem aconchegar o estômago com os doces de quatro pastelarias presentes no certame. E depois de terminarem os espectáculos quem ainda tiver apetite pode comprar as caralhotas, o pão tradicional de Almeirim.

No espaço da festa vão estar ainda presentes quatro adegas do concelho e um stand da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, em representação dos néctares

produzidos na região. E numa volta pelos stands que mostram também algumas das actividades económicas da terra, além de instituições, há sempre uma oportunidade para provar os brancos, tintos ou rosés produzidos na zona.

Todos os dias, enquanto se termina a refeição, pode-se assistir a folclore no palco do certame a partir das 21h00. E no dia 4, sábado, actuam vários grupos num festival organizado pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo de Almeirim. Às 22h00 iniciam-se os concertos e o primeiro a actuar é o guitarrista Custódio Castelo. Depois há na segunda-feira, dia 30, baile com Madeira Show. Para os mais românticos a câmara municipal, que organiza o evento, propõe no dia 31 um tributo a Tony de Matos.

Pelo palco do certame vai passar também a moda e a beleza com a final da Miss Ribatejo 2010, no dia 3 de Setembro, e a participação de Ricardo Soler, o jovem que participou no programa televisivo “Operação Triunfo”. Para o encerramento a organização preparou um espectáculo que promete chamar muita gente. É a gala de talentos do concelho que vai levar ao palco 13 artistas locais que passaram por uma selecção de um júri.

Dois espectáculos de teatro completam

A Linda do “Pega na Gaita” promete animar Pão, Vinho e Companhia com a sua energia

foto O MIRANTE

Custódio Castelo o programa da edição deste ano do festival gastronómico. O primeiro está marcado para 29 de Agosto com a peça “Campinos, Mulheres e Fado”, pela Companhia de Teatro do Ribatejo, numa encenação de João Coutinho com música de Francisco Velez e Carlos Petisca. O segundo é uma

Apresenta-se em palco de roupa reduzida e com a sua concertina de onde saltam músicas que acompanham letras brejeiras. A cantora Linda, natural de Mira d’Aire, promete muita energia na noite de 1 de Setembro, no festival gastronómico Pão, Vinho e Companhia, em Almeirim. A cantora de “Pega na Gaita”, que já tem dois discos editados e prepara um terceiro que ainda não tem nome, lançou-se em 2007, depois de ter feito parte do conjunto musical GLS, entretanto extinto, que fez vários espectáculos na região.

Já foi apelidada de “Quim Barreiros de saias”, mas a cantora de 33 anos recusa a associação porque, diz, as músicas são diferentes, apesar de malandrecas. O tema “Pega na gaita”, que dá nome ao seu último trabalho, pode dar azo a interpretações mais descaradas, mas Linda diz que há uma história por trás de cada tema que tenta explicar nos espectáculos. “O pega na gaita é a história de quem pega na concertina. Entre músicos não

costumamos dizer dá-me aí a tua concertina ou o teu acordeão, ou pega aqui na minha concertina, mas sim pega aqui na gaita”, explica.

Assumindo que gosta das letras que canta, que são feitas pelo seu companheiro que é também o seu produtor, Linda diz que não se via a cantar coisas românticas por exemplo, porque “tenho muita energia e gosto de saltar em palco”, sublinha. As letras tanto podem surgir de algumas bocas mais brejeiras que ouve nas actuações ou de uma conversa entre amigos. Mas sempre numa linha mais marota como os temas “Mete só a cabeça”, “O pau do meu marido”, ou “Leite quentinho”.

No site da artista (www.linda. com.pt), onde se podem ver vídeos de actuações, diz-se que o espectáculo é composto por bailarinas, concertina e pode ainda incluir a sua banda, a BandaLinda, que poderá também fazer o baile. “Com o seu ‘Pega na gaita’ e a sua concertina promete animar e divertir o povo na sua festa”, refere a página na internet. Que diz ainda que “juntos oferecemos um espectáculo com músicas originais e músicas bem populares, muita diversão, animação e uma actuação com concertina”.

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revista à portuguesa intitulada “O super Silva”, na quinta-feira 2 de Setembro, com Tozé Martinho, Miguel Dias, Patrícia Candoso, entre outros

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O MIRANTE | 26 Agosto 2010

“A junta de freguesia estĂĄ disposta a colaborar com a câmara na ĂĄrea da higiene e limpezaâ€?

Joaquim Sampaio ĂŠ o presidente da Junta de Freguesia de Almeirim

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ecentemente a Junta de Freguesia ficou com a competência de manutenção da maior parte dos espaços verdes da cidade. Como Ê que tem corrido a experiência?

Temos tentado melhorar e acho que temos conseguido. Mas nem todos os espaços verdes são da nossa competência. Os espaços da zona norte não são nossos, como por exemplo os que estão junto à biblioteca e às piscinas.

Da nossa competência são os espaços do Jardim da República, o jardim junto ao depósito da ågua, a Avenida dos Aliados, a rotunda junto à saida para Alpiarça e os jardins junto à igreja.

Penso que temos tido bastante sucesso nesta tarefa e estou bastante feliz por isso porque os espaços verdes sĂŁo a “menina dos meus olhosâ€?.

Uma parte dos funcionårios para esta tarefa foi transferida da Câmara Municipal. Como Ê gerir agora mais pessoal numa årea em que a junta de freguesia não tinha experiência?

As pessoas foram transferidas para esta competência mas não são funcionårios da junta de freguesia. Continuam a ser funcionårios da Câmara. De momento temos três pessoas nessas circunstâncias, mais quatro pessoas da Junta, as quais tratam dos espaços verdes e tambÊm do cemitÊrio, e depois temos cerca de oito pessoas que vieram do centro de emprego, o que perfaz um total de quinze pessoas.

Tem sido fĂĄcil gerir esta ĂĄrea porque o grupo ĂŠ bom e temos a sorte de ter um indivĂ­duo que, nĂŁo recebendo como encarregado, desempenha essa tarefa.

E eu tambĂŠm passei a andar mais na rua porque esta ĂŠ uma ĂĄrea que gosto bastante e por isso acompanho-os e

Quando os cĂŁes mordem em alguĂŠm, aĂ­ sim, nĂłs interferimos. Mas de resto, nĂŁo. NĂŁo temos fiscal para verificar se o cĂŁo estĂĄ ou nĂŁo devidamente licenciado e legalizado

dou as minhas opiniĂľes.

A junta de freguesia passou a ter tambÊm os serviços administrativos no cemitÊrio da cidade. Justificavase a criação desses serviços?

O cemitÊrio foi transferido para a junta de freguesia em 2000, mas no ano passado abrimos uma secretaria nas instalaçþes da casa que era do antigo coveiro, com uma funcionåria em part-time. Não estå a tempo inteiro porque o movimento não justifica.

Mas quando hå funerais estå sempre presente e acompanha em tudo o que seja necessårio. Era um serviço que jå fazia falta, porque quem nos procura relativamente a estes serviços são, na sua maioria, pessoas de mais idade e que têm mais dificuldade em deslocar-se. E para essas pessoas Ê mais complicado o estar a fazer a viagem entre a Junta de Freguesia e o cemitÊrio vårias vezes para poder ter algumas informaçþes perante o coveiro ou informaçþes sobre as pessoas que lå estão sepultadas. Desta forma resolvemos esse problema, colocando uma funcionåria no cemitÊrio num espaço digno.

Hå algumas åreas em que a junta de freguesia esteja a trabalhar com a câmara municipal para transferência de competências? O que Ê que a Junta gostaria de ter?

Não, neste momento não existe nada nesse sentido, mas gostaria de ter mais, como por exemplo a Higiene e Limpeza. Penso que neste momento existe uma proximidade muito maior das juntas de freguesia em relação às populaçþes. E nós por vezes recebemos e-mails e telefonemas com queixas de que as ruas estão sujas ou que não houve limpeza nesse dia. E o que a junta acaba por fazer Ê ir lå fazer a limpeza, muito embora não exista essa transferência de competências. Mas acabamos por ajudar desta forma, porque a câmara tambÊm não tem muito pessoal, especialmente nesta altura do

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foto O MIRANTE

ano e por isso nĂłs, voluntariamente fazemos esse trabalho.

A junta de freguesia Ê responsåvel pelo licenciamento dos cães. Tem havido fiscalização nessa årea?

Tem consciĂŞncia que muitos fregueses nĂŁo registam os cĂŁes e as consequĂŞncias que isso tem? Que tipo de problemas tem encontrado nesta tarefa?

Não, não tem havido fiscalização. Quando os cães mordem em alguÊm, aí sim, nós interferimos. Mas de resto, não. Não temos fiscal para verificar se o cão estå ou não devidamente licenciado e legalizado. Isso compete à GNR. O que nós fazemos são campanhas de sensibilização. Com-

pete depois Ă s pessoas virem voluntariamente licenciar o seu cĂŁo

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O convívio, os petiscos e a necessidade de mais dinâmica cultural e limpeza

As festas do Pão, Vinho e Companhia são um ponto de encontro de amigos que não se vêem há algum tempo. Mas apesar dos festejos fazerem esquecer as dificuldades por uns dias, em Almeirim há quem não se esqueça que o cine-teatro da cidade está subaproveitado e que a limpeza das ruas devia ser melhor.

Veríssimo Figueiredo

Manuel Pinto

Eduardo Garcia

Guilherme Caraça

“Sou um bom garfo e adoro tudo o que seja bom petisco”

“Cine-teatro está subaproveitado”

“Era necessário ter um serviço de limpeza mais regular”

“A limpeza deixa um bocadinho a desejar”

Veríssimo Figueiredo é um frequentador assíduo das festas, muito embora ultimamente tenha andado um pouco afastado porque a festa tem coincidido com as suas férias. “Mas faço sempre questão de ir um dia ou dois dias, ou no final ou no princípio”, sublinha. Como membro da Confraria Gastronómica de Almeirim, o que mais o atrai são os petiscos tradicionais da região. “Confesso que sou um bom garfo e adoro tudo o que seja um bom petisco”, refere com um sorriso.

O empresário de Almeirim considera que a cidade, mesmo com as festas e o aumento de afluência de pessoas, é sempre uma cidade limpa, o que serve de cartão-de-visita a quem por lá passa e também convida, desta forma, a que regressem. Apesar de atento aos principais eventos da cidade, Veríssimo Figueiredo confessa que não tem acompanhado muito a programação do cine-teatro, um espaço que considera importante na dinâmica cultural da região.

Quem conhece Manuel Pinto sabe que o pode encontrar todos os anos nas festas, junto ao artesanato regional ou aos petiscos. “O meu prato favorito é a sopa da pedra, que aconselho e recomendo”, diz. Para além dos “comes e bebes”, o comerciante salienta “o convívio com amigos nesta ocasião, não só os da cidade de Almeirim, como de terras vizinhas que se deslocam de propósito para as festas.

O responsável da Serpinto considera que os serviços de limpeza da cidade têm sido bastante satisfatórios, tanto na altura das festas, como em outras ocasiões. Lamenta, porém, que o cine-teatro da cidade esteja subaproveitado, pois poderia ser também um foco de atracção da localidade. O empresário de Almeirim gostaria de ver mais teatro, revista e concertos neste espaço, para cativar essencialmente a população mais jovem.

Eduardo Garcia vai ao Pão, Vinho e Companhia, em Almeirim especialmente para ver os expositores das actividades económicas e saber quais as novidades que existem de ano para ano. A par do artesanato e dos produtos típicos, o comerciante gosta particularmente da gastronomia típica de Almeirim.

O responsável da EG Técnico considera, no entanto, negativa a falta de limpeza das ruas, que dão uma má imagem à cidade.

Eduardo Garcia diz também que um dos problemas de Almeirim, no que diz respeito às actividades culturais, prende-se com a falta de informação do que acontece no cine-teatro. “Infelizmente o que sucede com muitos eventos culturais da cidade é que só sabemos deles depois de já terem passado”, diz.

A festa do Pão, Vinho e Companhia é também um grande espaço de convívio e Guilherme Caraça, que costuma frequentar assiduamente o certame, destaca que esta é também uma forma de “encontrar alguns amigos que não vejo durante o resto do ano”. E lembra que o evento chama à cidade muita gente de outros concelhos e até emigrantes.

Guilherme Caraça lamenta apenas que a cidade não esteja mais limpa e não apresente uma melhor imagem a quem a visita, principalmente na zona dos restaurantes, junto à Praça de Touros.

Critica ainda que os espaços culturais da cidade não tenham uma maior e melhor divulgação. Como morador em Almeirim, gostaria de ver o espaço ser explorado de outra forma, como por exemplo, pelas colectividades da região, como forma de terem uma fonte de rendimento.

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José Alfaiate

“Devia haver mais animação cultural” Morador na Avenida D. João I, José Alfaiate confessa que é quase obrigado a ir às festas porque mora mesmo em frente ao certame, mas mesmo que morasse noutro ponto da cidade não faltaria ao evento. O que mais o cativa são os “comes e bebes” e o convívio constante com pessoas de todas as localidades.

Com a chegada de mais gente à cidade, o comerciante gostaria de ver mais animação cultural que permitisse a quem visita Almeirim ter outros focos de interesse, como é o caso do cine-teatro. O responsável pelo Bar do Inter considera Almeirim uma cidade limpa, em comparação com outras cidades da mesma dimensão, o que também cativa os visitantes a passear e a descobrir a localidade.

António Pedro

“O que mais gosto é das tradições de Almeirim” António Pedro considera importante manter as tradições e os costumes de Almeirim vivos na memória dos mais novos e por isso salienta que o Pão, Vinho e Companhia é uma forma de preservar um pedaço da história. “Todos os anos vou às festas, não falho. Gosto muito do pão tradicional e do vinho e também das chouriças. Sou muito amigo do bom comer, o pior é o colesterol”, confessa.

Por isso mesmo, o responsável da Alfrigo gostaria de ver uma maior divulgação dos eventos culturais na cidade, nomeadamente no que diz respeito à programação do cine-teatro. António Pedro queixa-se também do mau cheiro que se sente por vezes na cidade e que se torna incomodativo. O que dá sempre uma má imagem a quem visita a região pela primeira vez. “É muito difícil arranjar uma solução para este problema, porque os cheiros provêm dos terrenos agrícolas.

Mas quanto à limpeza da cidade, penso que poderia haver uma maior regularidade dos serviços”, sublinha.