Especial Saúde e Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas

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aniversário

ECONOMIA

11 de Maio de 2017 Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1298

Quem se interessa “As PME para sobreviverem têm de estar sempre a inovar” pela nossa saúde Nersant promove debate sobre “Os Desafios e a Aplicação da Indústria 4.0” com ex-ministro Mira Amaral como orador 13

VivaFisio é uma nova clínica de fisioterapia em Alverca

Patrícia Moita abriu o seu negócio para gerar uma maisvalia nos serviços de saúde que estão destinados a especialidades médicas e não a terapêuticas convencionais e não convencionais 16

Nova loja da Digit inaugurada em Santarém

A loja foi inaugurada no dia 20 de Abril em Santarém, na Rua Atriz Alda Rodrigues, nº 3, e é gerida por Paulo Gomes 16 Nas páginas deste suplemento são divulgadas informações úteis na área da saúde. Nos serviços de saúde públicos trabalham profissionais competentes, muitos dos quais trabalham também no sector privado.Os profissionais que se disponibilizaram para escrever para este suplemento merecem também o nosso reconhecimento. Nem sempre temos oportunidade de ser informados por quem sabe do que fala. Suplemento

Os desafios de uma Associação de Estudantes

Associação de Estudantes do ISLA é dirigida por Nuno Monsanto e desenvolvida por 13 alunos de vários anos e diversos cursos 19

Grupo All House ofereceu prémios no seu 40º aniversário

As iniciativas All House destinaram-se a gratificar os clientes pela sua fidelidade contribuindo para reforçar os laços entre o Grupo e o público 16

Sector social tem tido um papel fundamental na criação de emprego Ministro do Trabalho participou no Ciclo de Conferências em Economia Social promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Santarém 18

Jogos Santa Casa distribuem 672 milhões a beneficiários sociais

Salvaterra de Magos em destaque nos prémios da Entidade Regional de Turismo O município de Salvaterra de Magos recebeu um Prémio Especial da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR) pela candidatura da Falcoaria Real que desde Dezembro de 2016 é Património Imaterial da Humanidade da Unesco 12

Este é o maior valor de sempre no apoio à solidariedade social. Nos resultados financeiros, destaque para o facto de o Estado ter recebido no ano passado cerca de 183 milhões de euros em Imposto do Selo 14


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Quem se interessa pela nossa saúde dos utentes. Os serviços privados existem porque são essenciais. Porque a complementaridade de ofertas é indispensável. O facto de haver serviços privados que se empenham em divulgar onde estão, como podem ser contactados; com que tipo de seguros e de sub-sistemas de saúde trabalham e o que podem fazer pela nossa saúde é um sinal claro de que se preocupam. Os profissionais que se disponibilizaram para escrever para este suplemento merecem também o nosso reconhecimento. Nem sempre temos oportunidade de ser informados por quem sabe do que fala

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as páginas deste suplemento são divulgadas informações úteis na área da saúde, da responsabilidade de clínicas médicas, consultórios, ópticas, centros de fisioterapia, analistas, serviços de saúde de Misericórdias, farmácias, dentistas, companhias de seguros, etc... Todos estes serviços existem para dar respostas às preocupações que os cidadãos têm com a sua saúde, nomeadamente quando as respostas que existem não chegam em tempo útil ou não existem de todo.

Nos serviços de saúde públicos trabalham profissionais competentes, muitos dos quais trabalham também no sector privado. A directora da Escola Superior de Saúde de Santarém, por exemplo, num texto que escreveu para este suplemento fala da formação que ali é ministrada e dos protocolos que a escola tem a nível internacional. A questão que mais preocupa os cidadãos é a das respostas do Serviço Nacional de Saúde. É claro para todos que o mesmo não consegue, e dificilmente conseguirá, responder a todas as solicitações

A questão que mais preocupa os cidadãos é a das respostas do Serviço Nacional de Saúde. É claro para todos que o mesmo não consegue, e dificilmente conseguirá, responder a todas as solicitações dos utentes. Os serviços privados existem porque são essenciais. Porque a complementaridade de ofertas é indispensável.


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Opinião

Estética e Reabilitação Oral

Diogo Baptista*

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Estética Oral é uma área da Medicina Dentária que tem sofrido uma evolução incrível nos últimos anos. Esta evolução é sobretudo aplicada aos dentes anteriores, no tratamento de fraturas, na substi-

tuição de restaurações antigas e/ou pigmentadas, no encerramento de espaços excessivos entre dentes ou simplesmente como forma de equilibrar o sorriso do paciente. Em determinados casos, são feitos ensaios prévios ao tratamento por forma a ajustar o resultado final às expetativas e desejos do paciente. As coroas cerâmicas são uma das melhores opções para melhorar a harmonia do sorriso. Para a sua colocação, é necessário preparar o dente, remodelando-o para se obter espaço para a coroa cerâmica. Em dentes com cáries extensas ou que já foram muito restaurados, as coroas em cerâmica constituem uma excelente solução, substituindo de forma bastante natural o esmalte e estética do dente original. Para além de conferirem maior resistência a dentes danificados, as coroas são utilizadas para melhorar a aparência, a forma ou alinhamento dentário. Em dentes desvitalizados que se tornaram demasiado escurecidos ou como forma de recuperar o equilíbrio estético do seu sorriso, as coroas em cerâmica são uma solução segura para substituir os dentes deteriorados. Por outro lado, as facetas em cerâmica, como alternativa, são constituídas por uma fina lâmina de cerâmica que, aderida ao dente, permite melhorar a sua aparência. São indicadas quando os dentes apresentam desco-

loração significativa ou restaurações antigas. A sua principal vantagem é permitir a obtenção de uma estética excelente de forma conservadora, já que a preparação dentária para a colocação de uma faceta é reduzida. Estão sobretudo indicadas para os dentes da zona estética, os dentes da frente mais visíveis na boca, devendo ser realizadas mantendo-se a simetria dentária para se atingir a harmonia dento-facial ideal. Na Clínica Denticare, em Santarém, poderá encontrar uma equipa clínica diferenciada e especializada para o ajudar a recuperar o seu sorriso e saúde oral. Planos de tratamento personalizados e adequados às suas possibilidades marque já uma consulta de avaliação * Médico Dentista - Diretor Clínico DENTICARE – Santarém, Especialista em Reabilitação Oral pela FMD – Universidade de Lisboa, Assistente de Reabilitação Oral do ISCS – Egas Moniz

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Opinião

A saúde de um doente é a minha primeira preocupação

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a Cédula Profissional da Ordem dos Médicos está escrita uma frase do “Juramento de Hipócrates”: -“A saúde do meu doente será a minha primeira preocupação”. Infelizmente verifica-se cada vez mais que os colegas sobrecarregados das Urgências Públicas e dos Centros de Saúde, cada vez menos, estão com capacidade para cumprir “esta máxima”. Depois da 1ª. tentativa - quase totalmente conseguida – feita por Leonor Beleza de dividir a classe médica, ao pagar diferentemente à hora a quem trabalhava 36 horas e a quem trabalhava 42 horas, os sucessivos ministros , do PS ou PSD, com exceção honrosa do Dr. Paulo Mendo, foram desinvestindo na saúde dos portugueses, de tal modo que doentes graves que outrora eram enviados à urgência hospitalar e eram internados para estudo e diagnóstico, agora são apenas observados por médicos estrangeiros indiferenciados e com pouca experiência que pedem análises e eletrocardiogramas perfeitamente inúteis em determinadas situações, não chegam a qualquer diagnóstico e devol-

vem-nos para casa. De fato, fico triste e desolado com a situação a que chegou o Serviço Nacional de Saúde tal como o conheço na actualidade. Sem médicos nos postos médicos, e falo especificamente do Centro de Saúde de Salvaterra de Magos, onde trabalhei mais de vinte anos, e onde vivo desde sempre. Não há médicos suficientes, os doentes não têm acesso à medicação necessária, que agora só pode ser vendida mediante a apresentação de receita médica, decisão com a qual concordo, o que faz que “Médicos” menos escrupulosos se deem ao luxo de deixar distribuir folhetos, anunciando que se passam receitas a troco de sabe-se lá de quê. É o descalabro e uma indignidade para os médicos que se orgulham desse título. Desde há alguns anos o curso de Medicina foi muito procurado pelo prestígio e era “vox populi” que os médicos ganhavam muito. Tal não é verdade. Se foram para Medicina com esse fito esqueçam! – Os médicos são mal pagos, assalariados comuns, sem o prestígio de outrora trabalhando inúmeras horas semanais para manter uma vida digna.

Luis Marçal*

“A saúde do meu doente será a minha primeira preocupação”, foi chão que deu uvas. Os sucessivos Ministérios da Saúde, com o desinvestimento contínuo e permanente, tornaram a saúde num luxo, apenas acessível a quem tem dinheiro, retrocedendo 50 anos na evolução dos serviços de saúde deste país * Clínico Geral

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Opinião

A mulher e a menopausa

Teresa Pinto Correia*

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enopausa é o período fisiológico que ocorre após a última menstruação espontânea da mulher. Resulta do desaparecimento dos folículos ováricos funcionantes traduzindo-se como falência ovárica definitiva. O início da menopausa só pode ser considerado após um ano do último fluxo menstrual uma vez que durante esse intervalo a mulher pode ocasionalmente menstruar. Habitualmente ocorre entre os 45 e 55 anos e o tempo de transição que antecede a menopausa é chamado a fase de climatério, representando a passagem da fase reprodutiva para a não reprodutiva. Assim nesta fase vai havendo uma baixa de forma lenta e gradual de produção das hormonas estrogénio e progesterona. A menopausa é mais uma fase na vida da mulher em que podem ocorrer transformações no seu corpo com alguns sinais e/ou sintomas, tais como: irregularidades menstruais, alterações do humor, sintomas vasos motores (afrontamentos, suores nocturnos) diminuição do desejo sexual, alterações do sono, sintomas génito-urinários (secura vaginal, queixas urinárias) diminuição da atenção e memória, perda da massa óssea, ligeira depressão, podendo haver algum ganho de peso devido à redução do metabolismo corporal, aumento do colesterol e eventualmente da tensão arterial que no seu conjunto caracteriza o “síndrome climatérico”. Compreende três fases (pré, peri e pósmenopausa) que varia de mulher para mulher. Nesta altura é importante que esta faça consultas regulares com o seu médico de família além do seu ginecologista habitual. Para o diagnóstico prático não são necessárias muitos estudos complementares mas as análises que confirmem os níveis baixo de estradiol (estrogénios) e nível alto da FSH (hormona hipofisária) dão consistência ao diagnóstico. Durante esta fase deverão ser feitos alguns exames, além do clínico o exame mamário é fundamental, sendo necessário fazer mamografia regularmente e para detecção precoce de outras doenças a mulher deverá fazer ecografia ginecológica, citologia do colo útero e exames ao sangue. O método mais eficaz do tratamento da

menopausa e aliviar os seus sintomas será a terapêutica hormonal de substituição (THS). Esta trará ao organismo as hormonas principais ováricas (estrogénio e progesterona) de modo que possa reverter esses sintomas. Há vários tipos de tratamento hormonal mas os mais recomendados são os comprimidos diários com estrogénios naturais e progesterona. Este tratamento para a menopausa varia de acordo com o perfil e o desejo de cada mulher, sendo necessário analisar todas as condições físicas, os seus sintomas e escolher entre ela e o seu médico o tratamento mais adequado. Claro que nem todas as mulheres poderão fazer ou estão dispostas a fazer o THS e em alguns casos é contra indicado como por exemplo haver história familiar de alto risco de cancro de mama ou doenças neoplásicas hormono-dependentes ou doenças tromboembólicas, enfarte de miocárdio, doenças hepáticas, hipertensão arterial não controlada e alguns casos diabetes. A terapêutica local para o síndroma génito-urinário (SGUM) também pode ser considerado. Assim será apresentada à mulher terapêutica que poderá reduzir os efeitos de privação estrogénica a nível da mucosa vaginal e sistema urinário. Em Portugal estão disponíveis vários tipos de estrogénios para administração local; Estradiol em comprimidos vaginais; Estriol em creme vaginal e comprimidos vaginais; Promestrieno em creme vaginal. Outra opção que há no mercado farmacêutico para terapia da menopausa são as hormonas bioidênticas tais como a TIBOLONA com acção idêntica aos estrogénios e com efeito positivo no osso e tecido vaginal, sendo benéfico nos sintomas vasomotores e na prevenção da osteoporose. Também existem outros medicamentos chamados SERMs que poderão ser úteis na menopausa e sem riscos para doença mamária. Foi também introduzido há pouco tempo no mercado uma terapêutica oral com estrogénios conjugados (TSECs) associados a um SERMs (neste caso o acetato de bazedoxifeno) que pode ser uma alternativa ao THS clássico. Para as mulheres que recusem tratamento hormonal oral ou que tenham contra indicações existem várias opções com alguns grupos de medicamentos ou suplementos para alívio dos sintomas tais como; Fitoestrogénios; Extractos de pólen associado a vitamina E, ácidos gordos ómega 3; alguns antidepressivos; Hidratantes e lubrificantes vaginais; Ácido hialurónico; Laser CO2; Fitoterapia; Estilo de vida, exercício físico e yoga; Não esquecer o risco da osteoporose e assim, para prevenção, poderão fazer terapêutica, como por exemplo; Bifosfonatos; Ralenato de estrôncio; Teriparatida; Cálcio e vitamina D. Temos que ter em conta que também podem existir contra indicações para estes tipos de tratamentos. Para finalizar não posso deixar de referir que esta fase da mulher poderá ser passada com alguma tranquilidade desde que esta visite o médico com regularidade, exponha os seus sintomas, dúvidas e mitos sobre os tratamentos que a poderão ajudar e que o ideal seria que a frequência de uma ou duas vezes por ano ao seu médico não fosse descurada * Genecologista / Obstetra

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“Temos um corpo clínico de excelência preparado e motivado”

Graça Ferreira da Silva*

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GFS-Serviços Médicos do Coração festeja este ano os seus 20 anos de actividade. Projecto criado e liderado pela Dra. Graça Ferreira da Silva, foi desde a sua constituição um espaço de saúde onde toda a actividade é centrada no superior interesse do utente. Orgulhamo-nos de ter feito uma caminhada que nos levou a que sejamos considerados uma referência da cardiologia clínica na zona centro. Numa rápida análise ao mapa dos prestadores de saúde em Portugal, detetamos que é maioritariamente nos grandes centros que se encontra a oferta para serviços especializados, sendo de premente necessidade que os utentes tenham a oportunidade de, perto da sua área de residência, recorrerem a espaços de saúde onde possam ter aces-

so ao diagnóstico e à consequente orientação médica. Em Santarém isso acontece com o serviço que a GFS — Serviços Médicos do Coração disponibiliza à população. Realçamos a importância da nossa presença, oferecendo um serviço de proximidade, com profissionalismo e competência, sempre em diálogo com os médicos de família e os utentes. Num tempo em que se verifica o abandono dos cuidados médicos pela morosidade de resposta em consultas e tratamentos, a GFS- Serviços Médicos do Coração, faz a diferença, cumprindo o seu objectivo de dar a todos os seus utentes uma resposta eficaz em tempo útil. A Cardiologia tem sido, e continua a ser, o centro da nossa actividade com um grupo de trabalho constituído por médicos especialistas e por técnicos cardiopneumologistas. No entanto, ao longo destes 20 anos fomos crescendo e melhorando todos os dias os nossos serviços – que hoje se estendem a outras áreas, tais como a Pneumologia, a Cirurgia Vascular, a Medicina Interna, a Medicina Geral e Familiar e recentemente as análises clínicas. Tudo isto de modo a dar resposta às necessidades dos nossos utentes e a permitir uma visão holística do doente. Uma das áreas que consideramos fundamental desenvolver na GFS é a Área Respiratória, dado que as doenças cardíacas e respiratórias andam muitas vezes a par. Nesse sentido, aumentamos a nossa oferta em consultas de pneumologia e aumentamos a nossa capacidade de resposta em exames de diagnóstico, nomeadamente no estudo do sono e nas provas de função respiratória. Temos hoje um corpo clínico de excelência, fomos inovando e actualizando o nosso equipamento médico e contamos com um grupo de trabalho alarga-

do, preparado e motivado com formação continua. Da organização administrativa da clínica à equipa médica até às assistentes operacionais, todos estão envolvidos na prestação de cuidados de saúde de qualidade e altamente personalizados. A procura da excelência a todos os níveis levou-nos a que hoje sejamos uma clínica certificada. Desenvolvemos várias actividades na área da formação pós-graduada. As nossas sessões clínicas regulares, com grande êxito junto dos médicos de medicina geral e familiar da região, onde são abordados temas científicos baseados em casos

5 clínicos da vida real, são disso exemplo. Com o objectivo de contribuir para uma actualização permanente publicamos periodicamente newsletters dedicadas a artigos científicos de revisão. Destinado à educação do público em geral na área da prevenção das doenças cardiovasculares e respiratórias, utilizamos o nosso Facebook para dicas e conselhos uteis. Nesta data em que comemoramos os nossos 20 anos, e falando em causa própria, não podemos deixar de dizer o que sentimos: estamos todos de parabéns. A GFS, todo o grupo de trabalho, os seus utentes e a cidade para quem trabalhamos. A excelência dos nossos serviços é, e continuará a ser, o nosso objectivo que cumprimos diariamente * Médica Cardiologista

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Drª. Isabel Monteiro MÉDICA CARDIOLOGISTA CONSULTAS E EXAMES Telem. 914 757 880


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Opinião

Respeite os limites da sua audição!

Odete Batista

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ruído é uma das principais preocupações dos tempos modernos. Pode ter definições diversas, tais como a de som aleatório composto por todas as frequências, e como a de qualquer som não desejável. Perturba a audição de forma insidiosa, na maioria dos casos, após vários anos de exposição. Diversos estudos comprovam que o ruído afecta tanto o bem-estar físico como o bem-estar psicológico. Defende-se que o ruído age como agente de stress e como tal, pode ativar os diversos sistemas fisiológicos, que podem conduzir a alterações, como aumento da pressão sanguínea, do ritmo cardíaco e a vasoconstrição. Sons suficientemente fortes podem causar danos nas estruturas sensoriais do ouvido interno e podem produzir uma

perda auditiva, que não é reversível por qualquer tratamento médico-cirúrgico. As perdas auditivas associadas à exposição ao ruído, podem ocorrer em qualquer idade, sendo que os sons muito altos, mesmo de curta duração, como explosões podem produzir, de forma imediata, perdas auditivas severas e permanentes. A interferência do ruído com a discriminação da fala, tem um impacto negativo, por exemplo, na concentração, fadiga, insegurança e falta de autoconfiança, irritação, mal-entendidos, diminuição das capacidades de trabalho, problemas nas relações humanas e um sem número de reacções ao stress muitas vezes acompanhadas de acufenos (zumbidos). A relação entre a exposição ao ruído e a perda auditiva permanente foi muito bem estabelecida em diversos estudos sobre perda auditiva em ambientes industriais, quando a exposição é contínua e existe um aumento do nível de ruído, não só aumenta a perda auditiva nas frequências de teste específicas, como amplia a faixa de frequências lesadas. A surdez profissional é pois, uma das alterações mais preocupantes resultante da acção nociva do ruído. Qualquer indivíduo saudável deve efectuar um rastreio a partir dos 50 anos, sendo que aquele que está exposto a um ruído ambiente elevado do ponto de vista profissional deve fazer um exame auditivo periódico devendo ainda ser realizada a medição do ambiente acústico, quer do ponto de vista da frequência quer da intensidade do seu local de trabalho. O ruído interfere com a comunicação entre as pessoas sendo por isso um dos fatores que leva os trabalhadores a não utilizarem as protecções auriculares. No entanto, se não existir prevenção é obvio que isso vai prejudicar a audição a médio/longo prazo.

É extremamente importante alertar para um problema que afeta cada vez mais trabalhadores e, de alguma forma, tentar abrir caminho para uma área que precisa de ser melhorada e na qual o audiologista deve participar, programas de conservação auditiva. Perante um caso de surdez irreversível a tecnologia de eleição utilizada para o processo de reabilitação auditiva são os dispositivos médicos (próteses auditivas), que nos permitem assim reabilitar todos os graus de perda de audição, seja esta mais ligeira ou total. Um dos nossos objectivos é que todas as pessoas possam ouvir melhor e isso só por si representa um enorme progresso na saúde auditiva e na qualidade de vida de muitas pessoas. BAIXE O VOLUME! É um dos conselhos que damos regularmente àqueles que ouvem música com leitores de música portáteis. Com a crescente popularidade dos dispositivos multifunções, como o iPhone, nunca foi tão fácil ouvir música durante as deslocações. Relativamente aos avanços tecnológicos são inegáveis e importantes. Mas, quando usados inconvenientemente, podem causar impacto na audição. Os maiores adeptos dessas inovações e, portanto mais vulneráveis, são os jovens. Aparentemente, existe uma genuína incompreensão dos riscos envolvidos, entre muitos utilizadores de leitores de música individuais. A perda de audição é algo que ocorre gradualmente, por isso, a maioria das pessoas não se apercebe dos danos que estão a causar a si próprias. Além disso, muitas pessoas, sobretudo os jovens, são indiferentes ao perigo, “sen-

11 MAIO 2017 tem-se vulneráveis”, e “não estão motivados para agir de forma preventiva ou profiláctica”. A perda auditiva é um problema que atribuem à velhice por isso não lhes diz respeito! Cerca de dez milhões de jovens correm o risco de ficar surdos devido ao uso abusivo de leitores portáteis MP3, número avançado pela Comissão Europeia. O uso de auriculares para ouvir música pode provocar lesões auditivas permanentes, basta que sejam utilizados em volume demasiado alto, durante mais de meia hora por dia. Existem formas de assegurar níveis de audição seguros que vão para além de baixar o volume. Uma das melhores implica limitar o ruído de fundo. Um ruído de fundo intenso, em locais como estações de comboio e ruas citadinas, fará com que aumente o volume do seu MP3. Para combater este problema pondere utilizar um par de auscultadores fechados em vez de uns abertos. Diagnósticos precoces possibilitam processos de reabilitação auditiva mais eficazes, daí a importância de estudos direcionados para grupos de risco, nomeadamente para a população exposta a altas intensidades de ruído industrial. Também é extremamente importante alertar para um problema que afeta cada vez mais trabalhadores e, de alguma forma, tentar abrir caminho para uma área que precisa de ser melhorada e na qual o audiologista deve participar, programas de conservação auditiva. Atualmente, o Decreto-lei 182/2006, prevê que os valores limites para uma exposição laboral de 8 horas é de 87dB (A) de média ponderada de exposição, menos 3dB (A) que a legislação anterior que datava de 1992. Estabelecer os limites para o volume de som ouvido para cada indivíduo nem sempre é fácil. O melhor conselho é que sintam prazer, a ouvir música, apreciando a qualidade do som em detrimento da intensidade/volume * Audiologista na Audioteste

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A importância do Cardioversor Desfibrilhador Implantável (CDI)

Vítor Martins*

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m Cardioversor Desfibrilhador Implantável (CDI) é um pequeno aparelho (gerador), do tipo pacemaker, colocado numa pequena loca por baixo da clavícula composto por uma bateria de longa duração, por circuitos electrónicos e eléctricos que monitorizam continuamente o ritmo cardíaco. Este aparelho está conectado ao interior do coração por pequenos fios eléctricos (chamados electrocatéteres). Sempre que o coração se esquece de funcionar (por um bloqueio, paragem cardíaca, etc.), actua como um pacemaker, obrigando o coração a contrair através de estímulos eléctricos enviados pelos electrocatéteres. No entanto um CDI tem mais propriedades que um pacemaker. Em caso de um arritmia maligna, em que o coração acelera de modo anormal, com uma frequência muito

rápida, em que o perigo de morte súbita pode estar iminente, pode realizar Pacing anti-taquicardia a uma frequência geralmente mais alta que a própria arritmia, tentando capturá-la e de modo a terminá-la. Caso não o consiga, ou a arritmia seja considerada maligna, (a chamada Fibrilhação Ventricular), o CDI irá aplicar um choque mais forte no coração, conhecido por desfibrilhação, atráves do electrocatéter colocado no ventrículo direito. Os CDI são geralmente implantados em doentes com elevado risco de morte súbita, tal como reanimados de um episódio de morte súbita no passado recente, enfarte de miocárdio prévio com má função sistólica, miocardiopatias dilatadas de etiologia especifica ou desconhecida, ou então, situações em que com elevada probabilidade irá ocorrer um morte arrítmica na ausência de CDI, sendo as Canulopatias um destes exemplos. São tratamentos dispendiosos em que temos que ser criteriosos na sua indicação, mas também céleres na sua concretização, dado que será a única maneira de evitar uma morte anunciada. Como uma parte destes doentes tem sinais e sintomas de insuficiência cardíaca e também perturbação da condução intraventricular adicionamos muitas vezes um novo tratamento, chamada ressincronização cardíaca. Esta consiste na colocação de um electrocatéter adicional no ventrículo esquerdo (além do colocado no ventrículo direito), de modo a que a contração dos dois ventrículos seja síncrona e consequentemente mais eficaz, com aumento do débito cardíaco e melhoria clínica substancial, que acontece em mais de 70% dos doentes. Neste caso o doente terá o seu CDI e também o seu ressincronizador agrupados num único aparelho a que chamaremos de CRT-D. O tempo médio de internamento para este tipo de intervenção é inferior a 24 horas

Exemplo de um CDI monocamaral e ao fim de quatro semanas o doente poderá retomar todas as suas atividades diárias. A longevidade destes dispositivos pode variar entre 7 a 9 anos, sendo mais simples, a reintervenção para substituição por exaustão dado que muda-se o gerador mas mantém-se os electrocatetéres. A todos os portadores de CDI e CRT-D será fornecido um Modem que deverá ser colocado na mesa de cabeceira que estará ligado a um servidor. Todas as noites é realizada a interrogação automática do dispositivo (não dependente do doente) e todas as alterações arrítmicas e hemodinâmicas são transmitidas para o centro implantador, nomeadamente para o médico responsável. Este, após análi-

7 Se lhe for proposto implantar um CDI (ou CRTD) pense que este lhe poderá salvar um dia a vida e mesmo melhorar a sua qualidade de vida ses dos dados, poderá contactar o doente para aferição de terapêuticas farmacológicas ou mesmo realização de uma consulta presencial, onde poderá confirmar as arritmias, verificar a clínica e reprogramar o sistema de modo a aumentar a eficácia e a segurança. Em conclusão, o portador de um CDI, tal o portador de CRT-D é um doente que está continuamente monitorizado sendo o seu médico constantemente informado de situações que poderão ser potencialmente malignas mas em que a acção do dispositivo e a atitude médica poderão modificar o prognóstico. Na área de influência de Santarém o número de dispositivos implantados por milhão de habitantes (175/1.000.000) supera a média nacional (130/1.000.000), o que parece indicar que o corpo clínico tem realizado um bom trabalho. No entanto, estamos ainda abaixo da média europeia, o que revela que há muito trabalho para realizar. Assim, se lhe for proposto implantar um CDI (ou CRTD) pense que este lhe poderá salvar um dia a vida e mesmo melhorar a sua qualidade de vida * Médico Cardiologista e Arritmologista, Diretor Clínico da Clínica do Coração Santarém, www.clinicadocoracaosantarem.pt, Rua Pedro de Santarém, 48- 1º Dto, 2000-223 Santarém, Tel : 243 329 107 / 243 322 563 | 243 094 232, Fax : 243 322 568 - 2ª a 6ª das 9h00 às 20h00, mail: vitormartins@clinicadocoracaosantarem.pt

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O papel do Psicólogo na Grande Idade O significado social da velhice e todo o seu enquadramento social é determinado pelo quadro histórico em que se inscreve.

Monira Osman*

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esmo aquando da entrada na Grande Idade o Ser Humano continua a desenvolver-se, adaptar-se, reajustando-se aos diversos desafios que a vida continua a colocar. Cabe ao psicólogo ajudar a tornar também esta etapa o mais confortável, saudável do ponto de vista emocional, ajudando-o a estruturar dentro de si estratégias e ferramentas para saber lidar o melhor possível com o processo de envelhecimento, aceitando-o como um processo natural, onde é importante reconhecer a necessidade da manutenção das boas faculdades físicas e mentais através da estimulação física e mental. O envelhecimento é um processo universal, todavia, também biológico resultante da crescente vulnerabilidade e maior probabilidade de morrer; social uma vez que despedimo-nos de determinados papéis e assumimos outros de acordo com o meio onde estamos inseridos; psicológico definido pela auto-regulação do sujeito a nível da tomada de decisões, a forma como vive a velhice. De facto é verdade que ao longo deste processo vão surgindo vários indicadores que envolvem diversas transformações, quer a nível físico, emocional como social pelo que não faz muito sentido que ainda nos dias de hoje se estratifique uma sociedade apenas com base na idade cronológica do sujeito. O Homem é muito mais do que isto: podemos dizer que a sua idade é aferida pela idade cronológica, psicológica e social. Tal como o conceito de envelhecimento e velhice são distintos e não têm necessariamente que ser vistos ou avaliados de forma negativa. Por partes: temos a noção biológica do desenvolvimento do ser humano cujo trajecto passa pela velhice e culmina com a morte. Por outro lado, temos a forma como cada sociedade encara, conceptualiza e preconiza esta fase no ciclo de vida do sujeito. A pretensão de considerar a ideia de envelhecimento como um processo universal advém do facto dele fazer parte do ciclo de vida natural do Homem, aliás, de qualquer ser vivo: nascer, crescer, morrer. Mantendo, no entanto em linha de conta que, apesar de

tudo, cada uma destas fases são vividas de forma diferente, de acordo com o contexto social em que se inscrevem, pelo que se pode dizer que o significado social da velhice e todo o seu enquadramento social é determinado pelo quadro histórico em que se inscreve. Assim sendo, o envelhecimento está associado à própria noção de Pessoa, o que varia de sociedade para sociedade, ou seja, cada cultura tem o “Seu” tipo de pessoa, logo, o “Seu” envelhecimento. Como tudo, também as sociedades estão em constante devir e com isto, novas posturas se ganharam face ao envelhecimento: na nossa, por exemplo, melhoraram substancialmente o entendimento das necessidades e aceitação do idoso e do envelhecer. Toda uma máquina está montada e funcional, capaz de dar respostas das mais diversas naturezas ao idoso e dependente. Infelizmente ainda não capaz de abranger todos ou capaz de integrar todas as respostas sociais sem preconceitos e despojados de ideologias políticas. O contributo do psicólogo foi, é, fulcral ao longo de toda esta viagem. As nossas funções estendem-se a vários níveis: em contexto clínico e hospitalar, nas respostas sociais como Estruturas Residenciais para Idosos e Dependentes, IPSS, Associações, Centros de Dia, UCCI’S, na formação de novos técnicos na área da anciania, no apoio e aconselhamento familiar nas relações conjugais, na doença e no luto. A intervenção psicológica na Grande Idade representa um importante desafio à Psicologia. Implica estar pronto para assimilar as realidades do envelhecimento sob as mais diversas formas. Ouvir, observar, interpretar, trabalhar, facilitar, orientar, encorajar e devolver é nossa responsabilidade e grande contributo para a questão do envelhecimento e dignificação da velhice * Diretora Técnica Lar e Repouso do Ribatejo, Psicóloga Centro Clínico SAS

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Escola Superior de Saúde e da Cidadania Activa

Isabel Barroso*

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Escola Superior de Saúde de Santarém desenvolve a sua atividade no domínio da saúde, no ensino e aprendizagem, na investigação, na prestação de serviços à comunidade. Ao nível da licenciatura oferece o Curso de Enfermagem, perfeitamente implementado, veja-se a empregabilidade dos diplomados (100%). Tem consolidado a oferta pós-graduada: Mestrados, Pós-licenciaturas de Especialização em Enfermagem e Pós-graduações, por exemplo a Pós-Graduação em Gestão de Unidades de Saúde (parceria com a ESGTS). Em todas as dimensões da vida da Escola, a rede de entidade parceiras suporta a capacidade de intervenção regional, com instituições da saúde, solidariedade social, e educação em paralelo com a cooperação com instituições do ensino superior da Europa, América Latina e CPLP. É de referir o consórcio com a Universidade de Oviedo, Universidade do Algarve e Universidade de Metropolia – Finlândia, do Master Erasmus Mundus em Enfermagem de Emergência e Cuidados Críticos. Na 5.ª edição tem tido estudantes dos cinco continentes. A internacionalização per-

mite a mobilidade de estudantes, docentes e não docentes. Permite aos estudantes a mobilidade em contextos na Europa, no Brasil e em Macau. A ESSS é fundadora da ACINNET com oito instituições do ensino superior da América Latina e dos EUA. Também integra a Rede Académica das Ciências da Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A investigação e na prestação de serviços, no domínio da saúde e da enfermagem, acolhe projetos de investigação dos docentes e dos estudantes. Articulam-se as competências da Escola e Parceiros na resposta às necessidades da comunidade. Dão-se como exemplos o Programa Diabetes em Movimento Rio Maior; a Promoção da saúde em escolas da região; a formação a profissionais; a participação em diversos eventos. Os resultados devem-se à crescente qualificação dos recursos humanos e ao investimento na formação académica e profissional. Veja-se o aumento do número de Doutores e de Especialistas sustentando o desenvolvimento da Escola. A certificação pela Norma ISO 9001:2008 consolida o sistema de gestão da qualidade da ESSS. A escola defende a construção de uma cidadania ativa através da participação de estudantes nas atividades, na sua integração no elenco curricular dos cursos e na parceria com as iniciativas da Associação de Estudantes. A escola concretiza a sua natureza intrinsecamente politécnica e vê como natural a sua integração no Instituto Politécnico de Santarém, sob a designação de Escola Superior de Enfermagem de Santarém, sendo herdeira do todo o seu percurso histórico * Diretora da Escola Superior de Saúde de Santarém - IPS

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O MIRANTE - ESPECIAL SAÚDE

Opinião

Tratamentos minimamente invasivos, o futuro da Medicina Dentária Antes do Tratamento

Patricia Marcão e Manuel Marcão*

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voluir e inovar é algo que deve estar sempre na mente do Médico Dentista. Todos os dias devemos estar predispostos a melhorar os padrões de qualidade e a prestar serviços de excelência aos nossos pacientes. No passado, se o dente tinha um grau de destruição considerável recorria-se com fre-

Durante o Tratamento

quência a amálgamas (vulgo “chumbo”), coroas metalo-cerâmicas (que pigmentavam a gengiva, aparecendo um halo escuro à volta do dente, altamente inestético) ou então o dente acabava por ser extraído. Hoje em dia, através de branqueamentos dentários, facetas e implantes, abolimos praticamente as antigas coroas totais e pontes, esteticamente muito pouco aceitáveis e onde o desgaste dentário era muito superior. Um dos procedimentos mais avançados na estética dentária actual é o uso de facetas, consideradas como o avanço científico do século na área da Medicina Dentária. Procurado por pessoas que valorizam a aparência, melhora muito o sorriso e, consequentemente, a auto-estima. Este tratamento permite branquear os dentes, corrigir a dentição desalinhada e manchada, diminuir a distância entre os dentes, aumentar o tamanho, corrigir curvatura, melhorar o formato, solucionar a aparência do esmalte desgastado, entre tantas outras indicações.

Depois do Tratamento

Um dos procedimentos mais avançados na estética dentária actual é o uso de facetas, consideradas como o avanço científico do século na área da Medicina Dentária. A era da Reabilitação Oral Minimamente Invasiva oferece múltiplas vantagens em termos de função e estética. Neste novo paradigma, as técnicas que permitem conservar o dente do paciente prevalecem, sempre que possível, sobre as soluções mais invasivas. Na clínica Dr. Marcão temos profissionais com formação e conhecimento altamente diferenciado nesta área, proporcionando soluções eficazes e personalizadas à medida de cada caso. Recorrendo a técnicas de última geração, conseguimos que os nossos pacientes possam visualizar o resultado final do tratamento desde a primeira consulta * Médicos Dentista

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O MIRANTE - ESPECIAL SAÚDE

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Opinião

Cuidados de saúde na Casa S. Pedro de Alverca

Luciana Nelas*

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Casa S. Pedro de Alverca é uma associação fundada em 1981 cujo foco principal, mas não exclusivo, é o desenvolvimento de actividades de apoio a idosos, dispondo como Respostas Sociais nucleares de uma Estrutura Residencial para Idosos, de um Centro de Dia e de um Serviço de Apoio Domiciliário. Em 2014, uma reflexão estratégica desenvolvida pela Casa S. Pedro de Alverca, identificou como necessidade local premente a disponibilização de certos serviços na área da saúde, para benefício dos seus associados.

Foi então elaborado um projecto organizacional e técnico e criada uma Estrutura Residencial para Idosos Especializada em Demência, com 21 camas, com o objectivo de propiciar cuidados especializados e diferenciados para idosos com demência, especialmente na demência de Alzheimer, demência vascular, demência fronta temporal e demência de corpos de Lewy. Este projecto, realizado maioritariamente com capital próprio, mereceu a distinção e o apoio financeiro do Hospital Vila Franca de Xira e da Fundação Amélia de Mello. A estrutura criada seguiu boas práticas reconhecidas, nomeadamente: Analisámos artigos sobre o desenho e arranjo de espaços apropriados para pessoas com demência, no Journal of Dementia Care e da University of Sterling (Grã-Bretanha), que tem uma Unidade de Estudos de Demência; Vimos realidades em Portugal como o Campus Neurológico Sénior e a Unidade de Cuidados Continuados Bento XVI. Tivemos por isso especial cuidado com as cores das paredes e portas, cores da

MEDICINA DENTÁRIA

DR. BART LIMBURG

Consultas todos os dias úteis, das 8.30 às 12.30 horas e das 14 às 18.00 horas. Acordos com C.G.D. e com Sams Quadros Av. Bernardo Santareno, 13 - 1º Dtº (Av. do Hospital Novo) Telem. 243 332 757 - Telef. 961 357 777 2005-177 SANTARÉM | www.bartlimburg.com

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Este projecto, realizado maioritariamente com capital próprio, mereceu a distinção e o apoio financeiro do Hospital Vila Franca de Xira e da Fundação Amélia de Mello. roupa de quarto, cor do pavimento, cores dos cadeirões de repouso e a sua ergonomia, iluminação e sinalética com cores e imagens distintas, criada especificamente para o caso. Esta estrutura funcionalmente independente das restantes é dirigida em permanência por três psicólogas, com o apoio de uma terapeuta ocupacional, de uma fisioterapeuta, de enfermeiras, de um médico, de uma técnica de serviço social e com auxiliares de Acção Directa que formamos em cuidados a pessoas com demência. Foram criados programas de Intervenção Terapêutica Especializada para cada pessoa acolhida, focando o estado de demência e físico em que a pessoa se encontre. Dispomos de uma Sala Snoezelen para estimulação multissensorial e investimos num espaço de terapia ocupacional e de fisioterapia, adequado à população alvo. Estamos a concluir a obra de um Jardim Sensorial, cujo projecto desenvolvemos de raiz e que é o primeiro espaço no país dedicado a população com demência, podendo servir também todos os ou-

11 tros nossos associados. Com este pensamento considerámos também haver necessidade de prestar serviços de saúde aos associados não acolhidos na instituição, e, por isso, estamos a implementar um projecto de uma clínica social que visa realizar, na sede da Casa S. Pedro de Alverca e em espaço externo, consultas ou sessões de: Fisioterapia; Terapia Ocupacional; Terapia da Fala; Psicologia; Reabilitação Sensorial e Cognitiva; Jardim Sensorial; Enfermagem; Hidroginástica; a pessoas com deficiência ou incapacidade, mobilidade reduzida e, prioritariamente, com fracos rendimentos económicos. Este projecto, a realizar maioritariamente com capital próprio, mereceu a distinção e o apoio financeiro do Hospital de Vila Franca de Xira e da Fundação Amélia de Mello em 2016, o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo e Sobralinho. Após a consolidação da Clínica Social, iremos aprofundar a nossa intervenção na área da saúde, para benefício específico dos nossos associados e também da comunidade em geral. Por tudo isto, apelamos a que se juntem a nós para que mais facilmente possamos atingir os nossos objectivos neste âmbito *Presidente da Direcção Casa de S. Pedro de Alverca

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SUPLEMENTO - 1º FESTIVAL DO ARROZ CAROLINO DAS LEZÍRIAS RIBATEJANAS

DIVULGAÇÃO

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Município de Benavente aposta no arroz carolino para promover o turismo Os politicos e os agentes económicos do concelho de Benavente nomeadamente os produtores ligados à cultura do arroz começaram a trabalhar para promoverem o turismo no concelho com base numa actividade que tem um grande impacto económico

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unicípio de Benavente tem vindo a trabalhar com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo para aproveitar o potencial ligado à produção do arroz para o turismo. O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho acredita que “o arroz deve ser um factor importante para o desenvolvimento turístico do território”. Nesta região e na área do cultivo de arroz que nidificam cerca de quinze espécies de aves, como o trigueirão, a andorinha das chaminés, o pato-real, a codorniz, a galinha-d’água, a garça-vermelha, o perna-longa, a perdiz-do-mar, o tartaranhão-ruivo-dos-pauis e o borrelho-de-coleira-interrompida. No Inverno, a avifauna da Lezíria é globalmente mais abundante e de maior diversidade. Chegam a ocorrer, nesta fase do ano, mais de trinta espécies, entre as quais a garça-boieira, a coruja-das-torres, a narceja-comum, e o peneireiro-vulgar.

A charneca, os pauis e as zonas húmidas do estuário do rio Tejo, reúnem uma biodiversidade de tal forma significativa que justificaram a sua inclusão na Zona de Protecção Especial e na Reserva Natural do Estuário do Tejo. Para seis espécies de aves limícolas o estuário do Tejo constitui um refúgio de importância internacional: a tarambola-cinzen-

ta, o alfaiate, o perna-longa, o maçarico-de-bico-direito, o perna-vermelha-comum e o pilrito-comum, encontram aqui alimento e protecção nas suas migrações anuais, o que deu a esta região a designação de Sítio Ramsar, ou seja um local de importância mundial na Convention on Wetlands. O presidente da câmara refere a boa lo-

calização do concelho, a apenas 30 minutos de Lisboa. “Queremos também aproveitar o excedente do turismo de Lisboa. Ao município compete definir o rumo e já existem um conjunto de investidores que estão interessados no concelho, nomeadamente numa vertente que é para nós fundamental que é o alojamento”, diz.

Arroz Bom Sucesso é usado por conceituados chefs de cozinha Orivárzea tem o maior centro de armazenagem de cereal em Portugal Todo o arroz carolino produzido pela Orivárzea é embalado e destinado à venda nos supermercados. A empresa sedeada no concelho de Benavente comercializa este arroz com a marca Bom Sucesso e a garantia de que nos pacotes não há qualquer arroz que não seja produzido na região. Uma garantia que dá segurança ao mercado. “O arroz Bom Sucesso da Orivárzea é usado pelos mais conceituados chefs de cozinha portugueses, alguns com estrelas Michelin”, refere o director comercial da marca, Jorge Parreira. A qualidade do arroz carolino produzido pela Orivárzea na Lezíria Ribatejana é de tal forma distintiva, que para além do mercado nacional, o produto é hoje exportado para os mercados da Suíça, Polónia e Bélgica. Jorge Parreira explica que “a Orivárzea tem o maior centro de armazenagem de cereal em Portugal com capacidade para cerca de 40 mil toneladas. O arroz é todo igual e isso para os profissionais é fantástico, porque conseguem garantir a qualidade do mesmo”. O segredo da Orivárzea está no cuidado que é colocada no acompanhamento técnico de todas as fases da produção, com regras bem definidas e rigorosas. Ao contrário da generalidade das marcas de arroz disponíveis no mercado, o arroz produzido pela Orivárzea é inteiramente

cultivado pelos seus associados na Lezíria Ribatejana. Sendo a sua produção limitada, e uma vez que a Orivárzea nunca adquire arroz de outros produtores, a colheita de cada ano pode esgotar no fim do Verão. “Quando esgotamos o stock fazemos como a Ferrero Roché e dizemos que “voltamos em Outubro”, conta o director comercial. Empresas tão exigentes como a Danone/Milupa e BENEO-Remy, referências no mercado da alimentação infantil, confiam hoje na qualidade do arroz Orivárzea, como matéria-prima seleccionada para a rigorosa preparação dos seus produtos.

“Seminário Arroz Carolino” no dia 19 O Auditório do Centro Cultural de Samora Correia acolhe o seminário sobre o arroz carolino, no dia 19 de Maio, entre as 09h30 e as 18h30. O seminário está inserido na primeira edição do Festival do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas, que

vai decorrer em Samora Correia. A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas até dia 16 de Maio, através envio de inscrição por correio electrónico para: turismo@cm-benavente.pt. Para mais informações contacte o telefone 263 516 645.


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SUPLEMENTO - 1º FESTIVAL DO ARROZ CAROLINO DAS LEZÍRIAS RIBATEJANAS

Arroz carolino das Lezírias Ribatejanas será a imagem de marca do Município de Benavente Festival do Arroz Carolino permitirá provar muitos dos sabores possíveis deste nosso arroz

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realização do Festival do Arroz Carolino, de 19 a 21 de Maio, integra-se numa estratégia que o Município tem vindo a prosseguir, conjuntamente com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, na definição e no desenvolvimento de uma oferta turística que o nosso Município tem as potencialidades para implementar. A fronteira com a área metropolitana de Lisboa, teve, ao longo das últimas décadas, um acentuado crescimento económica e demográfico em que foi possível estruturar o eixo urbano Benavente – Samora Correia, e o Programa Regional de Ordenamento do Território de Lisboa e Vale do Tejo (PROTLVT) reconheceu-o como tal e foi extremamente positivo naquilo que é a candidatura aos fundos comunitários para a reabilitação dos Centros Urbanos e por esse motivo, Samora Correia e Benavente puderam ter elegíveis as candidaturas para estas intervenções. Porém, apesar de sabermos que nestas duas freguesias residem mais de 25 mil dos cerca de 30 mil munícipes e isso ter uma expressão significativa, também sabemos que este concelho define-se se por manter características naturais muito importantes, onde toda a zona sul do município tem uma vasta extensão de floresta e de charneca onde predomina o sobreiro que se estende desde o Estuário do Tejo até Benavente e constitui um património ambiental e paisagístico de enorme valor. É toda esta envolvência que sustenta a nossa aposta no desenvolvimento de turismo de natureza. A Câmara Municipal de Benavente está a trabalhar no projecto de promoção e de valorização turística do Município e no mês de Abril fez a apresentação do diagnóstico que irá estar em discussão pública, es-

“Cumpre também ao Município de Benavente ter um papel importante na valorização do produto porque, para nós, é importante o trabalho desenvolvido pelos orizicultores e o arroz assume–se como ponto fundamental na nossa estratégia turística”. “MANTER O ECOSSISTEMA E TRAZER NOTORIEDADE A UM PRODUTO DE MUITA QUALIDADE” O processo migratório das aves para o Estuário do Tejo é muito importante e é neste ecossistema que as aves encontram, nos campos de arrozais, a alimentação que necessitam. Para que continuem a escolher as terras perando outros contributos. Entretanto, está marcado para o dia 16 de Maio, nas vésperas da realização do Festival do Arroz Carolino, a apresentação final do projecto de promoção e desenvolvimento turístico para o Município. “O EQUILÍBRIO ENTRE A ASCENDÊNCIA RURAL E A COMPONENTE URBANA” O Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, defendeu durante a apresentação do Festival do Arroz Carolino, a existência de uma estratégia de acção que equilibre o urbano e o rural: “Apesar de termos um desenvolvimento económico e uma componente urbana forte, a agricultura é predominante na nossa economia e o setor primário continua a ser fundamental. Desde logo, identificamos dois produtos de excelência: o tomate, pela localização em Benavente da maior industria transformadora da Europa, e o arroz carolino, igualmente de qualidade superior, acrescentando o facto de sermos o 2º maior produtor no pais. É um produto de excelência, e para isso muito contribuem a as características do solo, o clima, para além de que é um produto produzido sob apertadas medidas agro-ambientais onde a aplicação dos fertilizantes, pesticidas e herbicidas tem um controle muito apertado”. É de sublinhar a parceria com dois parceiros fundamentais: a Benagro e a Orivárzea, sendo que este último é um Agrupamento de produtores que faz o ciclo completo do arroz, desde a produção à certificação, com um selo de qualidade reconhecido, precisamente porque, do ponto de vista ambiental oferece todas as condições. Aqui é feito um trabalho de excelência a nível nacional e caminhase para a internacionalização.

do concelho de Benavente para nidificar e até viver de forma permanente, é fundamental a existência deste equilíbrio e manter o Estuário do Tejo com capacidade para receber as aves que para aqui migram e se alimentam nos longos campos de arrozais. Segundo o Presidente da Câmara Municipal: “A estratégia turística que temos pensada para o nosso Município, em muito assenta no valor do nosso património natural. Seguramente havemos de encontrar formas para compensar os orizicultores pelos danos da passagem das aves e acreditamos que há condições para poder retirar um valor acrescentado sobre as ofertas turísticas que estamos a preparara e que poderá

DIVULGAÇÃO

II

também ser distribuído pelos orizicultores. Será, com certeza, um processo pacífico e ganhador para todos”. Com este projecto, a Câmara Municipal pretende atingir dois objectivos: trazer notoriedade a um produto de muita qualidade, que é o arroz carolino, e trazer valor acrescentado para os produtores, valorizando este produto. De igual forma pretendemos que o arroz puro, carolino, seja uma referencia para a nossa gastronomia. Nos últimos meses tem sido feito um trabalho de proximidade com os agentes da restauração porque acreditamos que o arroz carolino tem todas as qualidades para ser um produto de referência e fazer parte da nossa gastronomia. Pretendemos que possa ser a nossa imagem de marca e que possa dar um contributo importante para afirmar o destino do Município de Benavente.


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SUPLEMENTO - 1º FESTIVAL DO ARROZ CAROLINO DAS LEZÍRIAS RIBATEJANAS

Programa

DIVULGAÇÃO

III

Onde pode encontrar os deliciosos pratos confecionados com arroz carolino das lezírias ribatejanas RESTAURANTES ADERENTES Benavente Vila Hotel

Praça da República n.º39/40 • 2130-037 Benavente 263 518 210 | 263 518 215 (fax) benaventevilahotel@benaventevilahotel.pt www.benaventevilahotel.pt www.facebook.com/BenaventeVilaHotel GPS 38.982924, -8.809587 Capacidade: 40 lugares, encerramento: domingo

Montagreste

Bairro Caixa Previdência, lote3 r/c • 2130-314 Benavente • 263 516 270 | 919 993 977 josecrespomartins@hotmail.com www.facebook.com/restaurantemontagreste.benavente GPS 38.977501, -8.805949 Capacidade: 40 lugares, encerramento: 5ª feira

O Gasolinas

Rua D. Maria Luísa de Azevedo Borralho, 20 • 2130-047 Benavente • 263 516 392 | 914 993 260 ogasolinas@hotmail.com www.facebook.com/OGasolinas GPS 38.979242, -8.806610 Capacidade: 50 lugares, encerramento: domingo

O Miradouro

Rua Vasco da Gama, n.º 5 • 2130-029 Benavente 263 516 398 | 263 517 326 (fax) miradouro@restaurantemiradouro.com www.facebook.com/restauranteomiradouro GPS 38.972953, -8.808084 Capacidade: 1020 lugares (salões de eventos) 180 lugares (restaurante), encerramento: 2ª feira

Os Nossos Miminhos

Rua Joaquim Rodrigues Parracho, n.º 13 • 2130-042 Benavente • 263 517 164 | 93 347 43 08 osnossosmiminhos@live.com.pt www.facebook.com/osnossosmiminhosbenavente GPS 38.977142, -8.803586 Capacidade: 152 lugares, encerramento: domingo

Solar de Benavente

Largo Duarte Lopes, 2 • 2130-036 Benavente 263 141 245 | 918 949 648 www.facebook.com/solar.benavente GPS 38,981735, -8,807878 Capacidade: 60 lugares, encerramento: 4ª feira

SAMORA CORREIA A Coudelaria

Monte de Braço de Prata, Porto Alto • 2135-318 Samora Correia • 263 654 985 | 263 655 980 (fax) rest.coudelaria@clix.pt www.acoudelaria.com www.facebook.com/A-Coudelaria-Restaurante GPS 38.879705, -8.862557 Capacidade: 70 lugares, encerramento: 2ª feira e feriados nacionais

A Torre

Largo General Humberto Delgado, n.º 6 • 2135-029 Porto Alto - Samora Correia • 263 650 393 | 263 650 390 contabilidade@resulta.pt GPS 38.921113, -8.881019 Capacidade: 230 lugares, não encerra

Boa Viagem

Estrada Nacional 118 • 2135-265 Samora Correia 263 651 979 | 933642935 osnossosmiminhos@live.com.pt www.facebook.com/Restaurante-Boa-Viagem GPS 38.936757, -8.861589 Encerramento: jantar de Domingo

Chico do Porto

Miss Espiga e Chef Carolino são as mascotes do Festival (Associação Teatral Revisteiros)

Av. Mário Mendes Delgado, n.º 22 • 2135-115 Samora Correia • 263 651 371 restaurantechicodoporto@hotmail.com www.facebook.com/chicodoporto GPS 38.924654, -8.886178 Capacidade: 93 lugares, encerramento: jantar de Domingo

O Lagar

Estrada do Brejo, Edifício Malacas Cardoso • Loja 1 e 2 2135-248 Samora Correia • 263 655 594 | 925 365 075 www.facebook.com/Restaurante-O-Lagar GPS 38.934814, -8.864923 Capacidade: 210 lugares, encerramento: jantar de domingo

Paris de Rochas

Estrada Nacional 10, Porto Alto • 2135-115 Samora Correia • 263 651 176 rest.paris@gmail.com www.facebook.com/restaurante.paris GPS 38.921424, -8.880716 Capacidade: 230 lugares, encerramento: não encerra

Petiscaria Santinho

Rua do Parque 50G • 2135-211 Samora Correia • 263 092 034 santinhopetiscaria@gmail.com www.santinhopestiscaria.pt www.facebook.com/santinhopestiscaria GPS 38.933212, -8.875945, encerramento: 2ª feira

Ribagolfe

EN10, Vargem Fresca, EN 119, Infantado • 2135-194 Samora Correia • 263 930 048 | 914 899 817 nuno82pereira@hotmail.com GPS 38.837321, -8.734947 Capacidade: 80 lugares Com esplanada: 40 lugares, não encerra

Tretas e Olés Bar

Largo 25 de Abril, nº10 • 2135-318 Samora Correia 966 187 408 www.facebook.com/tretaseoles.bar GPS 38.56 952, -8.522568 Capacidade: 22 lugares, encerramento: 2ª feira

SANTO ESTÊVÃO O Telheiro

Estrada Nacional 119 ao Km29 • Foros de Almada 2130-121 Benavente 263 949 937 | 960 306 472 reservas@otelheiro.net www.otelheiro.net www.facebook.com/otelheirobenavente GPS 38.866448, -8.691707 Capacidade: 80 lugares, encerramento: 2ª feira

Pátio da Aldeia

Rua Manuel Martins Alves • 2130-143 Santo Estêvão 263 948 207 Capacidade: 50 lugares Com esplanada: 40 lugares, encerramento: 4ª feira

Santo Gula

Rua Manuel Martins Alves, 123 • 2130-043 Santo Estêvão 263 948 003 geral@santogula.com www.facebook.com/santogula GPS 38.861116, -8.747593 Capacidade: 70 lugares, encerramento: 2ª e 3ª feiras


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SUPLEMENTO - 1º FESTIVAL DO ARROZ CAROLINO DAS LEZÍRIAS RIBATEJANAS

DIVULGAÇÃO

IV

Ciclo do Arroz presente no percurso da Rota das Lezírias 23 km de percurso pedestre e ciclável que ligará Samora Correia a Benavente será inaugurado no dia 21 de Maio Perdiz

Coelho bravo

Texugo

O

Sacarabo

Lontra

Raposa

Cegonha

Pato Bravo

Garça

arroz é uma das principais culturas feitas nas lezírias que circundam Benavente, a Rota das Lezírias permite ao visitante conhecer e disfrutar a paisagem que esta cultura oferece, cada momento destinado ao cultivo do arroz oferece um tipo de paisagem distinto. No inverno os campos encontram-se em descanso, oferecendo uma paisagem de falso abandono, podendo mesmo ser cobertas pelos rios no seu caudal de cheia. Em meados da primavera, preparam-se os campos para que os últimos dias de abril se possa fazer a sementeira. Nesta fase a paisagem oferece um enorme espelho de água que pode ter uma extensão de vários hectares, tornando-se numa visita obrigatória. No mês de junho, o arroz começa a despontar tornando o verde a principal cor existente nestas enormes extensões. Em setembro o arroz é ceifado, deixando atrás de si enormes quantidades de palha que nos dias de hoje já não é aproveitada como acontecia no passado, ao invés, toda essa palha é queimada, adubando assim a terra para um novo ciclo. NÍVEL DE DIFICULDADE/HORÁRIO A dificuldade da Rota das Lezírias é reduzida, pois o acumulado desta rota é praticamente inexistente. Utilizando a regra Naismith (1892) que considera a velocidade da marcha em

Javali

Águia de Asa Redonda

Flamingo 5km/h em terreno pano, valores que o MIDE (Método para la Información de Excursiones) também considera válidos, poderemos classificar esta rota pedestre de nível fácil, sendo a sua principal dificuldade a distância total (18,3km) que corresponde a cerca de 4 horas aproximadamente de marcha. Outra das referências importantes para se definir o horário de marcha é a Tobler´s Hiking Function, que não será utilizada nesta Rota pois esta fórmula tem como variável importante o acumulado, valor que é inexistente nesta rota. Nível de Perigosidade e Risco Relativamente ao Risco desta rota ele está presente maioritariamente nos meses de inverno e quando o rio Sorraia está em caudal de cheia, facto que será descrito nos painéis de informação da rota no início da mesma, assinalando os percursos alternativos que deverão ser feitos quando essa situação se verifica. Há ainda alertas ligados à normal presença de insetos, tendo em conta que se caminha no meio do campo. FAUNA E FLORA No que diz respeito à fauna e flora, este percurso é bastante rico nesta área, não pode deixar de ser destacada a presença do cavalo lusitano em grande parte da rota, sendo mesmo muito difícil percorrer toda a rota sem serem vislumbrados estes lindos animais.


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