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Novo projecto para dinamizar mercado municipal do Cartaxo O projecto da Câmara do Cartaxo ‘Dar Vida ao Mercado’, que visa trazer àquele espaço “novos produtos” e “negócios inovadores”, arrancou no sábado com animação a cargo da Bandinha com Pinta. Em comunicado, a autarquia afirma que pretende “conferir ao espaço uma maior dinamização que permita atrair novos públicos e criar

à comunidade) e um “mercado da troca”, destinado à entrega e requisição de produtos usados. “O ambiente tradicional do mercado será ainda reforçado com a presença de artesãos a trabalhar ao vivo, retratando as características dos diferentes ofícios, e com animação musical e de rua”, afirma a nota.

condições para a promoção e divulgação de novos produtos e tendências”. O mercado passará a contar com um “espaço de artesanato” (onde artesãos e artistas do concelho poderão expor e vender os seus produtos), um “espaço empreendedorismo” (que dará oportunidade aos jovens de apresentar os seus projectos e negócios

ECONOMIA

22 de Dezembro de 2011

No Natal pode nascer a esperança desde que a façamos nascer Alda Semedo

Sara Fonseca

Álvaro da Silva Santos

Maria Luísa Avelino da Costa

Carlos Antunes

Francisco José Brandão Marques

Etelvina Gaudêncio

António Miguel P. Guedes

Lígia André

Tiago Ribeiro de Carvalho Ferreira

Lídia Guilherme

Teresa Rosário

António Manuel Pedroso Leal

Tomé Correia

Há quem nunca tenha recebido uma prenda de Natal enquanto foi criança. Há quem não tenha uma única boa recordação de Natal. São excepções mas existem e devem ser mencionadas para que o Natal tenha a sua verdadeira dimensão. Jesus Cristo nasceu numa manjedoura e foi aquecido pelo bafo dos animais. Os seus pais estavam em fuga de um rei demente e cruel. Esta é a história que celebramos e não tem nada a ver com a outra da publicidade que falava do menino que foi com o Pai Natal ao circo. Em cada Natal pode nascer a esperança mas ela não nasce só porque é Natal. Nasce se nós a fizermos nascer nos nossos corações. ESPECIAL NATAL Cláudia Martinho Cláudio

Empresa da Semana

Identidade Profissional

Três Dimensões

Uma empresa dedicada ao bemestar dos animais

Começou como empregado e hoje é o patrão

Ainda há pessoas que em vez de irem ao médico vão ao farmacêutico

Clínica Veterinária de Aveiras de Cima foi criada em 2003 11

Manuel Martins é um electricista de automóveis de Vila Franca que adora a sua profissão 10

Maria Isaura Galveia, 68 anos, Farmacêutica, Porto Alto 9

ApoiarMicro apresenta mais quatro empresas 7

CLASSIFICADOS XVIII


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22 DEZEMBRO 2011 | O MIRANTE

Um presépio em que a história do nascimento de Cristo decorre em Santarém Um universo de surpresas de uma Belém escalabitana na garagem de Eurico Ribeiro Na Póvoa de Santarém, até ao fim da quadra natalícia, uma família orgulhosa mostra a obra de louvor ao Menino Jesus a todos os visitantes. No presépio gigante de 370 figuras, há locais históricos e figuras representativas do concelho.

A

Ana Isabel Borrego

placa à beira da Estrada Nacional 3, no cruzamento principal de Póvoa de Santarém, indica o caminho a seguir. À entrada um anjo em cartão pintado a azul indica que chegámos ao presépio que Eurico Ribeiro monta todos os anos numa garagem em frente à sua casa. Todos os anos o número de peças aumenta. Este ano são 370. O que começou por ser um presépio tornou-se uma espécie de mini museu com locais históricos ou figuras representativas, em miniatura, do concelho de Santarém. A Torre das Cabaças, o castelo de Alcanede, as Portas-do-Sol, o pescador, o agricultor, uma réplica de Santa Iria como a que está na Ribeira de Santarém ao lado do rio Tejo. Não falta nada. O musgo e o cascalho ajudam a compor o ‘quadro’. Ao centro o presépio com todas as figuras. As imagens são todas feitas em barro por Eurico Ribeiro nos tempos livres. O presépio demora cerca de um mês a montar. Este ano demorou apenas uma semana porque o encarregado de uma firma de elevadores decidiu tirar férias só para aquela empreitada. “Isto dá muito trabalho. Foi uma semana inteira a montar”, conta a O MIRANTE. A paixão por presépios começou quando tinha três anos e a madrinha lhe mostrou um presépio. A partir daí nunca mais parou. Começou por criar as imagens principais do presépio e todos os anos ia fazendo mais. Expôs em sua casa, passou para o átrio e agora está na garagem à vista de toda a população e de quem quiser visitar. São muitos os que têm conhecimento deste original presépio e passam pela Póvoa de Santarém para observarem. O gradeamento branco permite ver as peças de arte por fora mas se Eurico Ribeiro não está presente os seus pais abrem as grades a quem quiser ver melhor os pormenores. Este ano já teve a ajuda dos dois filhos, Samuel e Daniel, de 19 e 12 anos,

e a esposa também dá uma ajudinha. Depois das peças estarem moldadas são levas a um oleiro em Muge, concelho de Salvaterra de Magos, onde são cozidas num forno. Eurico Ribeiro começa a preparar novas figuras para o próximo Natal em Setembro. Por causa desta paixão o carro da família tem que ficar três meses na rua. Mas a família não se importa. Esta é a paixão do ex-presidente da junta de freguesia local que garante sempre que ‘este’ é o último ano mas depois volta com a palavra atrás. “Este ano disse que já não tinha vontade de fazer o presépio mas depois chega a hora e não consigo não fazer. É mais forte do que eu. Adoro fazê-lo, dá-me muito prazer”, justifica com um sorriso rasgado

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O MIRANTE | 22 DEZEMBRO 2011

A Adega Cooperativa de Alcanhões sugere-lhe os melhores vinhos para oferta de Natal ou para a consoada Loja aberta de terça-feira a sábado no Mercado Municipal de Santarém

Presépio em movimento com mais de 40 figuras exposto na Serra de Mação Um presépio gigante traz a magia do Natal à Serra, no concelho de Mação, até ao dia 8 de Janeiro. Numa área de 17 metros quadrados estão expostas mais de quarenta figuras, das quais 20 em movimento, que retratam as gentes e os costumes da terra. O moinho, a associação, a igreja, os fontanários e tantos outros locais característicos da

aldeia estão retratados nesta representação, onde também não faltam as tradicionais figuras do presépio natalício. A ideia de construir este presépio em movimento surgiu depois de José Pires, o autor desta construção, ter visitado o presépio em movimento de Penela, que o deixou “impressionado com a sua espectacularidade”. Assim,

“olhando para tamanha obra, pensei para comigo porque não tentar fazer algo também desta natureza para a minha terra”, afirmou na cerimónia de inauguração. Com uma vocação especial para as artes e ofícios, José Pires começou por apresentar o projecto à associação local, que abraçou de imediato a ideia.

O

ferecer uma garrafa ou um conjunto de garrafas de um vinho de qualidade aos amigos e familiares apreciadores e servir um bom vinho na ceia de Natal ou no almoço do dia seguinte é um ponto de honra para quem gosta de festejar com requinte a quadra festiva que atravessamos. A Adega Cooperativa de Alcanhões tem um leque variado de vinhos com uma relação qualidade/ preço digna de realce, desde os vinhos DOC com a marca “Cardeal Dom Guilherme”, passando pelos vinhos regionais com a marca “Terras do Paço”, até aos vinhos “Adiafa” , “Encostas do Cirne”, os vinhos leves da marca “Ribaleve” e o vinho licoroso “Adiafa”, que lhe dão garantia de uma boa escolha. Na sequência do processo de modernização a Adega Cooperativa de Alcanhões, em laboração desde 1962 e a única do concelho de Santarém, continua a apostar na qualidade dos seus vinhos com o reconhecimento em concursos nacionais e internacionais. Actualmente com cerca de 100 associados continua a ser uma referência no mercado nacional e além fronteiras na produção de vinhos com características únicas desta zona vitivinícola do país. A Adega Cooperativa de Alcanhões tem loja aberta ao público no Mercado Municipal de Santarém, com o horário das 9h00 ás 13h00 de terça a sábado.

Seguiram-se alguns meses de intenso trabalho e um grande investimento em materiais, que ascendeu aos 2 mil euros. Para construir este presépio gigante foram necessários 33 motores, 17 metros quadrados de madeira, 17 metros quadrados de alcatifa, 100 metros de tubo de ferro, 13 metros quadrados de serapilheira, 62 metros quadrados de pano, 50 metros de tubo para canalização, mais de 150 metros de fio eléctrico, mais de 800 parafusos e muitos mais materiais. No final José Pires deixou o desejo de que este projecto “leve bem longe o nome da aldeia da Serra”.


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22 DEZEMBRO 2011 | O MIRANTE

No Natal pode nascer a esperança desde que a façamos nascer Há quem nunca tenha recebido uma prenda de Natal enquanto foi criança. Há quem não tenha uma única boa recordação de Natal. São excepções mas existem e devem ser mencionadas para que o Natal tenha a sua verdadeira dimensão. Jesus Cristo nasceu numa manjedoura e foi aquecido pelo bafo dos animais. Os seus

Francisco José Brandão Marques, Engenheiro - Sócio Gerente da Clínica Médica de Pernes - Ciência & Experiência, Lda. - Pernes

Uns pós de honestidade para os políticos em geral Onde vai passar o natal? No Entroncamento, em casa da minha filha, genro e neta. Vamos reunir toda a família. O que é a sua noite de natal? A noite de Natal é a data comemorativa da natividade do Menino Jesus. O Natal vai além da própria religião e é simbolizado pelo Pai Natal, São Nicolau ou Santa Claus, um personagem inspirado num bispo grego a quem compete levar presentes aos meninos. Isto depois da reunião de toda a família na celebração da consoada. Tem alguma recordação especial da noite de natal? Sim. Sempre à espera das doze badaladas para ir ao sapatinho ver as prendas que nos calhavam. O Natal é um dia especial sempre ou de vez em quando? É quando um homem quiser,

como diz o poema? Todos os dias, são dias de Natal porque cada dia é especial e especial é aquele dia do perdão e da solidariedade para com os outros. Lembra-se de ter recebido uma prenda em criança e qual era a prenda? Sim, lembro-me, recebi um barco com motor e fui experimentá-lo, logo pela manhã, num charco de água que havia na rua. Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem? A todos os políticos dava-lhes dois presentes: um envelope com pós de honestidade e outro com solidariedade para com os mais idosos; E a um amigo seu? A um amigo escolhia o espírito natalício em vez do cartão de crédito e oferecia-lhe amizade.

pais estavam em fuga de um rei demente e cruel. Esta é a história que celebramos e não tem nada a ver com a outra da publicidade que falava do menino que foi com o Pai Natal ao circo. Em cada Natal pode nascer a esperança mas ela não nasce só porque é Natal. Nasce se nós a fizermos nascer nos nossos corações.

isso acontece é Natal mas é ainda mais Natal nesta altura em que todos celebram esses valores. A principal recordação que tenho de natais passados é essa reunião da família, até porque em criança nunca recebi prendas. Se tivesse que dar uma prenda a um político, dava uma máquina de calcular ao Vítor Gaspar (Ministro das Finanças). A um amigo, se pudesse, dava-lhe a chave vencedora do euromilhões.

Tomé Correia - Proprietário da Ribatintas - Santarém

A doce recordação dos natais na companhia dos avós

Nunca recebi prendas em criança O Natal é sinónimo de partilha e de família. Sempre que

Carlos Antunes - Cabeleireiro - D&C Studio Cabeleireiros - Vila Franca

Fiquei sem mãe ainda novo e um Natal sem mãe...

Sara Fonseca - Solicitadora Alpiarça

Álvaro da Silva Santos - Ribasport Santarém

cadeira diz que se tivesse que dar uma prenda a um político, dava o DVD do Pinóquio ao Presidente da Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim. A um amigo, talvez porque o tempo é de poupança, oferecia um porquinho mealheiro.

Passa o Natal em casa dos pais com a família. É uma reunião familiar onde reina a harmonia e a partilha a lembrar as noites de Natal passadas na companhia dos avós. Declara-se contra o consumismo desenfreado da época mas não é contra a troca de prendas. Quando era criança a melhor prenda que recebeu foi uma bicicleta vermelha BMX. A sua primeira bicicleta. Na brin-

Gosto muito de ver as crianças a abrir as prendas A melhor prenda que posso dar aos meus amigos é a minha amizade. Amizade de peito. Aos políticos não dou prendas mas se fosse obrigado dava ao ex-Primeiro Ministro José Sócrates dois cursos, um de boas maneiras e outro de economia para ele aprender a não gastar o que não é dele, de qualquer maneira. Vou passar o Natal em casa, com a família. A minha noite de Natal vale pela confraternização e pela alegria das crianças a abrir as prendas. Em miúdo, as prendas que me calhavam não eram muitas e daí a ansiedade com que eu as aguardava naquela noite.

Onde vai passar o Natal? Em casa, com a família. Que significado tem a sua noite de Natal? Não dou muita importância à noite de Natal. Sempre trabalhei de noite. Vivo mais o dia de Natal que a noite. Tem alguma recordação especial da noite de Natal? Não. Fiquei sem mãe ainda novo. Deixei de dar muita importância à ocasião. Isolei-me mais. O conceito de família ficou posto de parte. Sem mãe não é a mesma coisa. O Natal é sempre um dia especial ou só o é de vez em quando? É quando um homem quiser, como diz o poema? É sempre especial. Lembra-se de ter recebido uma prenda em criança? E que prenda foi essa? Não. Não me lembro. Se tivesse que dar uma prenda a um político o que daria? E a quem?


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O MIRANTE | 22 DEZEMBRO 2011 Daria mais inteligência ao nosso Primeiro-Ministro. E a um amigo seu? O que daria? Amizade.

Lígia André - Gerente da empresa “Embate Seguro Ld.ª Glória do Ribatejo

Um Natal com dois filhos é uma pequena loucura Vou passar o Natal em casa com a família. A minha noite de Natal é simples. Um jantar tradicional , aqueles doces de fazer crescer água na boca e a parte mais esperada da noite pelas crianças, a abertura das prendas. A noite de Natal é sempre especial e com dois filhos é mesmo uma pequena loucura. Quando eu tinha 4 ou 5 anos recebi um piano que queria muito. A minha mãe comprou-o com moedas que foi juntando. Se tivesse que dar uma prenda a um político dava ao nosso Primeiro Ministro o ordenado mínimo para ele sobreviver durante um mês. A uma amiga ...se eu pudesse, dava-lhe uma oportunidade para ser feliz!

António Miguel P. Guedes Administrador Pitorro - Alcanena

Uma noite única e diferente de ano para ano Onde vai passar o natal? Em casa, como todos os anos desde do dia em que nasci. Com quem? Com a minha família desde que me lembro... O que é a sua noite de natal? Uma noite única e diferente de ano para ano.

Tem alguma recordação especial da noite de natal? Nem por isso... O Natal é um dia especial sempre ou de vez em quando? É quando um homem quiser, como diz o poema? Para mim o natal é apenas um vez por ano, porque é aquele dia muito especial em que toda a família se junta, aqueles familiares que já não se vêem à anos põem a conversa em dia e principalmente não se fala de trabalho, que é o mais importante! Lembra-se de ter recebido uma prenda em criança e qual era a prenda? Sim, o meu primeiro computador. Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem? Dava um comboio de brincar ao Eng.º. Sócrates e Submarinos ao Dr. Durão Barroso. E a um amigo seu? Uma bola de Rugby, ao meu grande amigo Tiago Tenreiro.

Lídia Guilherme - Casa Lídia - Torres Novas

Nem me lembro da data Lídia Guilherme nasceu a 21 de Novembro de 1931. É a proprietária da Casa da Lídia em Torres Novas. Diz não ter boas recordações de qualquer Natal. Nunca. Para ela o Natal é dinheiro gasto à toa em presentes, muitas vezes inúteis. Dinheiro que muitas vezes faz falta para comer ou pagar a casa. Aos oitenta anos tem uma visão muito crítica da humanidade. Diz que falta amizade e sinceridade todo o ano e não apenas no Natal. Por vezes dá por si a pensar em certos comportamentos e lembra-se dos animais que só procuram as pessoas quando precisam de algo. Diz nunca ter recebido uma prenda de Natal, nem mesmo depois de casada. Nem de Natal nem de aniversário. Gostaria de dar ao Primeiro-Ministro um Menino Jesus com a Nossa Senhora, em estanho, que tem na sua loja, pois ele tem feito

o mais correcto e tem-se mantido no caminho certo, mostrando que a ex-presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, é que tinha razão quando dizia que Portugal não tinha dinheiro para megalomanias. Para os amigos diz que devemos dar amor, carinho e que devemos ter a capacidade de lhes abrirmos a porta hoje e sempre desde que sintamos que esse seria o tratamento que receberíamos deles.

Tiago Ribeiro de Carvalho Ferreira Perito avaliador - Torres Novas

E a mensagem de Cristo? É mais um das muitas pessoas que vive o Natal repartido por duas famílias. A consoada é em Alcanena com a família da esposa. O almoço do dia de Natal é no Pombalinho com a sua família, nomeadamente pais, avó materna, irmãos, sobrinhos, tios e primos. “No Natal aproveito para celebrar a família e a mensagem que Jesus Cristo quis deixar aos homens que tanto parece esquecida nos dias de hoje”, refere. Quando era criança o Natal também era em família. “Organizávamos espectáculos musicais e de teatro para todos. Era uma noite inesquecível porque sempre houve o hábito de juntar os primos todos em casa da minha avó”, conta. Lamenta que o Natal não seja todos os dias para que o Mundo fosse dominado pelos valores da solidariedade, partilha e amor. Lembra-se de um certo Natal ter feito a brincadeira de lhe dar a ele e aos irmãos pedaços de uma nota de cem escudos que tiveram de colar para poderem comprar algo para todos. Preo-

cupado com a situação económica e social das associações e freguesias do seu concelho, Torres Novas, diz que a melhor prenda para o Presidente da Câmara era o livro “Conversas que tive Comigo” de Nelson Mandela. A um amigo ofereceria uma cana de pesca, “Com a crise que estamos a atravessar pode vir a dar jeito!”, brinca.

Cláudia Martinho Cláudio - Licenciada em Ciências Farmacêuticas Farmácia Central Almeirim

Uma energia que nos preenche “Nesta época que passamos, tudo se desenvolve à volta do festejo do nascimento de Jesus Cristo. Para mim, o Natal é em família. Trata-se de uma época especial, celebrada em casa, num ambiente de festa, com o presépio e a lareira como pano de fundo. Efectivamente, na nossa família a reunião é feita ao longo do ano inteiro no entanto no Natal é diferente. Nesta data quase todos os povos procuram unir-se e nós sentimos que fazemos parte desse movimento, que produz energia sob a forma de amor. No fundo quase todo o mundo está em sintonia, sente-se uma união dos povos, felicidade a pairar no ar e, o calor do amor de todos, como se de uma fonte de energia e de luz se tratasse. Energia essa, que surge nas nossas vidas e que nos dá força para enfrentarmos as adversidades de mais um ano que se aproxima. É uma altura em que se contam e recontam histórias de família, se relembram episódios engraçados e se voltam a soltar gargalhadas como se da primeira

vez as ouvíssemos. Este convívio, como não poderia deixar de ser, ocorre em volta de uma mesa grande e repleta de iguarias deliciosas e características da época. O desembrulhar das prendas é feito na noite de Natal e por norma é um processo longo e animado. As prendas são escolhidas com carinho de forma a agradar a pessoa presenteada, por norma coisas úteis ou necessidades que sabemos haver. Ainda me recordo num Natal em que os meus pais ofereceram um cavalo de baloiço ao meu irmão João. Foi uma loucura, ele ficou feliz, mas acho que eu e a minha irmã Mafalda ainda ficámos mais. De facto, o cavalo foi bastante resistente pois andávamos todos em simultâneo, ainda hoje é uma história que recordamos. “Para finalizar gostaria muito que este sentimento se perpetuasse no tempo e que todos pudessem senti-lo de igual forma. Festas Felizes!”

Teresa Rosário - Administrativa da empresa Ribatubos - Santarém

Está-se a perder a magia O Natal está cada vez mais a deixar de ser um dia especial. Perdeu-se muita da magia que tinha a começar pelo facto de as crianças terem deixado de acreditar no Pai Natal. No meu tempo de criança os presentes eram tão poucos que para nós o Natal era efectivamente uma noite cheia de magia. Mas o pior foi termos deixado que as tradições abafassem o verdadeiro sentido do Natal. Damos atenção às prendas, ao bacalhau ao doces mas esquecemos o verda-


6 | ESPECIAL NATAL deiro sentido de Natal. Ligamos a tudo e a todos, menos a Jesus. Vou passar o Natal perto de Santarém em casa dos meus pais com o meu filho, tios e primos. É uma noite passada em família, mais ou menos igual as outras, com a diferença da troca de presentes. Recordo me quando era pequena de por o sapatinho na chaminé e ir me deitar a espera que o Pai Natal passasse para deixar os presentes. No dia seguinte eu e o meu irmão acordávamos muito cedo e íamos a correr desembrulhar as prendas. E por falar em prendas há uma classe que não merece receber nada, que é a classe política. A um amigo que quisesse ver feliz no Natal oferecia um perfume.

22 DEZEMBRO 2011 | O MIRANTE ra boneca. “Era de plástico com um vestido azul e rosa. Naquela altura eram mais comuns as bonecas de papelão mas eu recebi uma de plástico”. Se tivesse dinheiro para dar grandes prendas a amigos oferecia-lhes viagens. Depois de pensar num político a quem dar uma prenda diz que dava mais vergonha na cara ao Presidente da República, Cavaco Silva. “Disse que este ano não iria dar prendas aos filhos dos funcionários da Presidência da República. Se desse presentes estimulava a economia. Um livro, por exemplo. Não é assim tão caro e é feito em Portugal!”

nadas pela mãe. As filhoses eram feitas por todos ao serão e bebíamos cevada. A prenda que mais recordo foi um urso de plástico verde que era um mealheiro. Incentivou-me a fazer poupanças. Tive-o muitos anos. Se me perguntam se era capaz de dar uma prenda a um político direi que não. Peço-lhe é respeito e responsabilidade para com os cidadãos. A um amigo dou um sorriso e um abraço.

dar uma prenda a um político iria ter dificuldades com o embrulho. Dava-lhe uma boa dose de bom senso e honestidade. E como sou generosa oferecia a mesma prenda a todos os políticos. Quanto aos meus amigos sabem que têm sempre garantida a minha amizade e disponibilidade”.

António Manuel Pedroso Leal Solicitador - Torres Novas Alda Semedo, Assistente Administrativa, Cartaxo _ Escritório Dr.ª Teresa Carreira

Etelvina Gaudêncio - TOC Scalconta - Almeirim

Maria Luísa Avelino da Costa Esteticista - Carla&Luísa - Vila Franca

No Algarve ou na Serra da Estrela Contrariamente ao que é habitual este ano passa o Natal em casa, com a família. Normalmente vai para o Algarve ou para a Serra da Estrela. Diz que a parte religiosa do Natal já teve mais significado para si e que actualmente considera apenas que se trata de uma festa de família e de uma quadra especial pelo espírito mais tolerante e amigo que se sente. Dos natais da infância lembra-se de acordar de madrugada para ir à chaminé ver os presentes. A prenda que mais a marcou foi a sua primei-

O meu urso mealheiro Vou passar o Natal em casa, com a família. É uma noite simples, tradicional, com o bacalhau e o peru, filhoses, doces e outros mimos. O que conta mesmo é o poder ter a família junta, as conversas, os sorrisos, as histórias, a alegria que renasce naquela noite. As trocas de pequenas prendas são mimos que fazem parte daquela noite. Tenho boas recordações dos natais da minha infância. As prendas eram roupas confeccio-

Uma noite igual às outras “Vou passar o Natal em casa com a família e amigos. É uma noite que não difere muito de outras noites de convívio porque o Natal pode ser todos os dias. A excepção é a troca de prendas que, para desespero dos mais novos, só se faz à meia noite. Da minha infância recordo principalmente o convívio com os familiares e os fritos que se faziam durante a tarde. De todas as prendas que recebi não recordo nenhuma em especial. Se tivesse que

No Natal é tudo especial Onde vai passar o Natal? Em casa, como é habitual, na companhia do maior número possível de familiares. No Natal costumo recordar os que já partiram e lembrar-me dos amigos e dos desfavorecidos. Daqueles que procuram todos os dias um Pai Natal. Devemos olhar o Natal como um tempo de solidariedade e responder a esse apelo. Um tempo assim deveria ser o quotidiano do

homem e assim, na afirmação do poeta, saberíamos distinguir os homens bons. Tem alguma recordação especial da noite de Natal? Era um tempo em que eu acreditava no Pai Natal, nas renas...nos presentes na chaminé. Todas as prendas que recebi em cada Natal, independentemente da sua simplicidade, tiveram igual importância para mim. Desde a roupa aos chocolates ou ao carrinho de brincar. Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem? A todos os políticos, sem excepção, uma enciclopédia completa sobre a história de Portugal, porque é verdade a afirmação de que temos de conhecer o passado para com ele encontramos o nosso futuro. E porque todos recolhemos na nossa história de Portugal motivos e motivação para sermos um povo mais solidário. E a um amigo seu? Um livro que comecei agora a ler e que acho interessantíssimo e que se chama:Ética para o Novo Milénio - Dalai Lama (Editorial Presença)


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