Especial ensino benavente alverca torres novas

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Empresas podem obter financiamento para aquisição de serviços através do Vale Inovação A Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém é uma das entidades qualificadas para a prestação de serviços no âmbito do Vale Inovação, programa do QREN que permite às pequenas e médias empresas (PME) acederem a financiamento de 75% a fundo perdido para a contratação de serviços em determinadas áreas. No caso da Nersant, a associação está habilitada a prestar serviços nas áreas de Certificação da Qua-

lidade, Internacionalização, Organização e Gestão e Tecnologias de Informação e Comunicação, Propriedade Industrial, Economia Digital e Diversificação e Eficiência Energética. As empresas interessadas em reestruturar ou reorganizar a sua empresa, explorar novos mercados, certificar o seu sistema de gestão da qualidade, desenvolver uma aplicação informática ou plataforma online, efectuar uma auditoria energética ou regis-

ECONOMIA

tar marcas e patentes podem recorrer à associação, que elabora gratuitamente as candidaturas das empresas ao programa. Neste momento, a Nersant já candidatou ao Vale Inovação 180 projectos, o que equivale a 3,7 milhões de euros de investimento e 2,77 milhões de euros de financiamento a fundo perdido. Os interessados em obter mais esclarecimentos, devem contactar a Nersant através do e-mail datic@nersant.pt ou do número 249 839 500.

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27 de Junho de 2013

“Se o novo Acordo Ortográfico não for aplicado, depois do que já se fez, será uma comédia” Professor Arnaldo Marques considera errado dizer-se que estão a mudar a língua. O Acordo Ortográfico já é utilizado em Portugal, nomeadamente em escolas, organismos oficiais e em muitos meios de comunicação social. Em Maio de 2015, está previsto que entre em vigor em todo o país. Arnaldo Marques, que é professor de Português há cerca de trinta anos (ensina no Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento) e tem estudos pós-graduados em Cultura Portuguesa e em Linguística e Ensino do Português, considera que não é um fanático do Acordo mas não esconde que é um entusiasta e estudioso do mesmo. 2 Empresas e instituições que colaboram neste suplemento Agrupamento Escolas de Alcanede • Agrupamento Escolas Alves Redol • Agrupamento Escolas de Benavente • Agrupamento Escolas Cidade do Entroncamento • Agrupamento Escolas Concelho de Ferreira de Zêzere • Agrupamento Escolas Fazendas de Almeirim • Agrupamento Escolas José Relvas - Alpiarça • Agrupamento Escolas Nuno de Santa Maria • Agrupamento Escolas Sá da Bandeira • Agrupamento Escolas Verde Horizonte • Agrupamento Vertical de Escolas e Jardim Infância de Chamusca • Cavendish House • CENFIM • Centro Social para o Desenvolvimento do Sobralinho • Centro Tecnológico Indústria do Couro • Colégio Alto Pina, lda. • Conservatório Música Ourém e Fátima • Dinergia, SA • Escola Internacional Línguas • Escola Profissional de Coruche • Escola Profissional de Desenvolvimento Rural • Escola Profissional de Salvaterra de Magos • Escola Profissional do Vale do Tejo • Escola Profissional de Rio Maior • Escola Profissional de Tomar • Escola Secundária Artur Gonçalves • Escola Secundária de Maria Lamas • Escola Secundária Dr. Augusto César Silva Ferreira • Escola Superior de Educação de Santarém • Escola Superior de Gestão de Santarém • Ginásio da Educação Davinci de Tomar • Helena Foto - Serv Cont Unip., lda • Instituto de Emprego e Formação Profissional • Instituto Politécnico de Tomar • ISLA - Santarém, Educação e Cultura, lda • Linguacultura • Papelaria Entre Aspas • Setoffice

Investimento e idade impedem jovens de avançar com negócios

Um site de culinária destinado a solteiros, arroz às cores ou um dispensador de comprimidos foram apenas algumas das ideias apresentadas por alunos de várias escolas da região no âmbito do projecto EmprEscola - Empreender no Ensino Secundário, organizado pela Nersant. 12


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“Se o novo Acordo Ortográfico não for aplicado depois do que já se fez será uma comédia” Professor Arnaldo Marques considera errado dizer-se que estão a mudar a língua

Nota prévia: Esta entrevista foi feita por e-mail. As perguntas do jornalista estão em grafia anterior ao Acordo Ortográfico, sendo que as respostas do entrevistado estão em grafia atualizada.

O Acordo Ortográfico já é utilizado em Portugal, nomeadamente em escolas, organismos oficiais e em muitos meios de comunicação social. Em Maio de 2015 está previsto que entre em vigor em todo o país. Arnaldo Marques que é professor de Português há cerca de trinta anos (ensina no Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento) e tem estudos pós-graduados em Cultura Portuguesa e em Linguística e Ensino do Português considera que não é um fanático do Acordo mas não esconde que é um entusiasta e estudioso do mesmo. Sentiu, em alguma altura da sua vida, a necessidade de um novo Acordo Ortográfico ou limitou-se a debruçar-se sobre o assunto quando ele passou a fazer parte da agenda política? Esquece-se com frequência que, em 1973, andava eu no oitavo ano atual, houve um acordo ortográfico, na altura, naturalmente, apenas entre Portugal e o Brasil, que teve uma incidência muito restrita - “sozinho” e “agradavelmente”, por exemplo, passaram a grafar-se sem acento grave - e que foi bem aceite. Isto para dizer que, bem cedo na vida, percebi que a ortografia não é imutável e tendencialmente acompanha a evolução da própria língua no seu conjunto. Não é por acaso que o português é uma língua viva, não é? E olhe que eu tenho o maior respeito pelas línguas mortas, especialmente por aquelas de que a nossa língua

é herdeira direta, como o Grego antigo e o Latim. Incompreensível e verdadeiramente lamentável é que estas línguas tenham praticamente desaparecido do nosso sistema de ensino. Tão absurda é a situação que tenho a convicção de que pelo menos o Latim vai ter de regressar em força ao nosso sistema de ensino. Calculo que tenha sido fácil a sua adesão ao Acordo. Teria sido assim se não fosse professor e, nomeadamente, professor de português? Foi fácil, porque as alterações não são muitas nem muito complicadas. Ser professor de Português ajuda, claro que sim. Mas não é condição essencial. Todos os seus amigos são adeptos do Acordo Ortográfico? Os meus amigos são quase todos pouco amigos do Acordo, sobretudo os amigos que são professores de Português. Mas eu também não sou um defensor fanático, embora, no essencial, considere que o Acordo tem vantagens, que aliás vão para além de questões estritamente linguísticas e pedagógicas. Uma das razões apontadas para a adesão de Portugal ao Acordo Ortográfico foi o facto de irmos ficar isolados numa espécie de pré-história ortográfica, se não alinhássemos. Isso é verdade?

Já não estamos na pré-história da ortografia. Desde o século XII, o Português falado e escrito tem sofrido uma enorme evolução. Não é possível pensarmos que uma língua viva não está em constante mudança. O mesmo se passa com a sua ortografia, que, embora seja naturalmente mais “conservadora” do que a fala, por ser um código normativo, também está sujeita ao tempo e, portanto, à evolução. Quanto ao isolamento, é preciso termos a noção de que a língua portuguesa, sendo originária de Portugal, não é pertença dos portugueses, mas sim de todos os que a têm como língua materna. Ora, a grandeza da língua portuguesa no mundo deve-se hoje sobretudo ao Brasil, que tem quase 200 milhões de falantes. E também aos países africanos de língua oficial portuguesa, que estão a emergir, e onde o Português é cada vez mais a língua materna dos cidadãos. Isto tem um alcance extraordinário, deve encher-nos de orgulho e não de ressentimentos bacocos. Porque não se coloca a necessidade de um Acordo Ortográfico noutras línguas faladas em diferentes países? As grandes línguas europeias têm a ortografia estabelecida há muito mais tempo do que a nossa, que foi normalizada só em 1911, já com a República. Por outro lado, embora presentes em muitos países diferentes, não têm normas ortográficas divergentes, como sucedia com o Português. Devemos ter consciência de que o Português é a única grande língua internacional que tinha até há pouco

duas normas ortográficas distintas. Os adeptos do novo Acordo Ortográfico apanharam um susto quando o Brasil decidiu suspender a adesão ao mesmo. O que sentiu nessa altura? Senti algum desconforto. É sabido que uma boa parte das elites do Brasil tem um certo preconceito contra os colonizadores, que preferia tivessem sido ingleses. Não foi uma atitude consequente por parte do Brasil. Com o Brasil ou sem o Brasil e com Angola ou sem Angola, ainda há alguma hipótese de voltarmos à primeira forma? Julgo que não. Seria uma comédia. Pode é haver alguns ajustamentos. Aliás, deve haver ajustamentos, que vão ao encontro do interesse comum e que resolvam algumas fragilidades do presente Acordo. Se o Brasil e Angola não forem em frente com a aplicação do Acordo Ortográfico, vamos ser a vanguarda da língua portuguesa ou os idiotas de serviço? Estas coisas arrastam-se, não é? É um sinal daquilo que somos. Repare-se que estamos agora a iniciar a implementação de um Acordo Ortográfico que é de 1990! E tudo se está a complicar. Como a maior parte das nossas comunicações por escrito são fixadas em processadores de texto, basta um corrector ortográfico para qualquer um aderir ao novo Acordo Ortográfico? Ajuda, mas não basta. O corretor ortográfico é “cego”, e felizmente que é cego. Se eu escrever “concelho” com um <s>, o corretor não sinaliza, porque a palavra <conselho> também existe. É sempre preferível automatizarmos a grafia das palavras, sabermos as regras. O mesmo se passa com o uso das calculadoras: saber a tabuada é de longe preferível a estarmos sempre dependentes de uma calculadora.


27 JUNHO 2013 ESPECIAL Para o cidadão comum que apenas lê os jornais desportivos, as revistas de escândalos e alguns livros de autores de supermercado, o Acordo Ortográfico tem algum impacto? Não tem grande impacto e apenas dá azo a alguns equívocos. Infelizmente, o conhecimento da ortografia nunca foi muito elevado, mesmo entre os portugueses mais escolarizados. Dizer-se que “estão a mudar a língua”, por exemplo, é claramente inexato. O que se está a alterar é a ortografia da língua, ajustando-a a uma dimensão mais fonética e, portanto, menos etimológica. A língua existe sem a ortografia. A língua escrita, sendo uma aquisição civilizacional, surge sempre muito depois da língua falada. Aliás, ainda hoje há imensas línguas sem escrita, e não é por isso que deixam de ser línguas de pleno direito. Os estudantes que tinham aprendido a ler e a escrever segundo a antiga grafia tiveram alguma dificuldade em adaptar-se à nova? Em rigor, ainda mal se adaptaram. Mas não acho que lhes seja difícil passarem a escrever “leem” sem acento circunflexo, “autoestrada” sem hífen, “redação” sem <c> ou “joia” sem acento gráfico. Nestes casos, retiram-se sinais gráficos que não interferem na leitura das palavras. No caso das consoantes mudas, diz-se que elas sinalizam a abertura das vogais que se lhes seguem. Esse argumento só parcialmente colhe. Em palavras como “atual” ou “atriz”, por exemplo, o <a> deixou de ser aberto há muito, apesar de lá ter estado o <c> a seguir. Inversamente, não é por escreverem “seleção” sem o <c> que os brasileiros fecharam o <e>. O problema é outro e, aliás, mais fundo. É que as vogais do Português europeu sofrem de um progressivo fechamento, o que torna a nossa pronúncia mais “baça” e “tristonha” do que a pronúncia dos brasileiros e dos africanos. A Sophia tem um belo poema sobre este fenómeno do Português europeu falado. Tem alguma ideia sobre a forma como as mensagens de telemóvel dos jovens foram afectadas pelo Acordo Ortográfico? Não me parece. A grafia das mensagens de telemóvel é uma escrita quase fonética (aliás, muito curiosa), que surpreendentemente não tem interferido substancialmente no universo escolar.

As principais mudanças que traz o acordo Não é fácil resumir o que muda com o Acordo Ortográfico. Mas como resumiria as principais mudanças? As alterações abrangem cinco áreas. Uma delas é absolutamente pacífica, que é a que faz passar o alfabeto oficial da língua portuguesa de 23 para 26 letras. Acrescentam-se oficialmente o <k>, o <w> e o <y>, que aliás há muito tinham entradas nos dicionários gerais de língua. Uma segunda área prende-se com o uso das letras iniciais minúsculas e maiúsculas, cuja principal alteração estipula que os nomes das estações e dos meses do ano passem a escrever-se com inicial minúscula. Outra alteração elimina alguns acentos gráficos, quando estes não são essenciais para a leitura das palavras que deixam de os ter. Uma quarta alteração normaliza o emprego do hífen, que é um sinal complicado na nossa grafia, mas já o era, e de que maneira!, antes do Acordo. Finalmente, a alteração mais polémica elimina as consoantes etimológicas <c> e <p> - também chamadas consoantes mudas -, no caso de não se articularem. A eliminação destas consoantes acaba por alargar o âmbito das duplas grafias para uma mesma palavra, quando há mudanças fonéticas em curso por parte dos falantes. Por exemplo, “caracterizar”: a pronúncia desta palavra está paulatinamente a perder a articulação do <c>, mesmo entre os falantes cultos. Ora, com este Acordo, a flutuação de pronúncia permite que se escreva “caracterizar” e “caraterizar”, conforme a pronúncia de cada falante, sem que haja erro ortográfico. No entanto, deve salientar-se que já existiam duplas grafias antes deste Acordo, como em “ouro” e “oiro”, por exemplo.

As crianças estão a ter melhores notas a Português com o novo Acordo Ortográfico? Não. Até porque a disciplina de Português tem dimensões muito mais importantes e mais justamente valorizadas do que o domínio da ortografia, que, sendo relevante, não deixa de ser meramente instrumental. É claro que, sendo uma dimensão básica da língua escrita, a ortografia deve estar adquirida, sob pena de “manchar” as outras dimensões presentes num texto escrito e que, repito, são muito mais relevantes. Ninguém “acredita”, digamos assim, num texto cheio de erros ortográficos… O facto de escritores como Miguel Sousa Tavares ou Vasco Graça Moura escreverem segundo a antiga grafia retira-lhe a vontade de ler os seus livros? Nem pensar. Enquanto poeta, ensaísta e tradutor, o Vasco Graça Moura é alguém cuja leitura não se dispensa. Deus continua a escrever-se com letra maiúscula? Com certeza que sim, quando a palavra se refere à entidade divina suprema das religiões monoteístas. Mesmo em expressões feitas, como “graças a Deus”, continua a es-

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crever-se com maiúscula. Mas “deus” também é um nome comum, que se escreve com minúscula inicial, quando designa uma entidade divina das mitologias pagãs. Há palavras que com o novo acordo ficam meio estranhas. Passar de espectador a espetador, por exemplo, não é fácil. E há aquela célebre frase, creio que do Miguel Esteves Cardoso, “O cágado estava de facto nas dunas” que, segundo ele, se transformaria em “O cagado estava de fato nas dunas”. Esse exemplo é um dos muitos que os detratores arremessam contra o Acordo, mas só revela ligeireza na apreciação, ignorância ou porventura uma caprichosa má-fé. No caso vertente, não tem qualquer razão de ser: com o novo Acordo, a frase, em Português europeu, escreve-se exatamente como se escrevia: “O cágado estava de facto nas dunas”. As palavras esdrúxulas, como “cágado”, não deixaram de ser acentuadas graficamente, e “facto” continua a grafar-se com <c>, porque esta letra representa um fonema que continua a articular-se no Português europeu e africano.


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Novo acordo ortográfico passa ao lado de muitos portugueses O novo acordo ortográico entrou em vigor em Janeiro de 2009 (até 2015 decorre um período de transição onde se pode utilizar a graia antiga) mas há muita gente que continua a preferir escrever e ler tal como aprendeu nos bancos da escola. E encaram com algumas dúvidas a verdadeira utilidade desta medida que visa reforçar o papel da língua portuguesa como língua de comunicação internacional e garantir uma maior harmonização ortográica entre os oito países que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Pelo menos essa é a opinião dos nossos seis inquiridos, tomarenses de várias idades, proissões e estratos sociais.

António Reis, 75 anos, reformado

“Novo acordo ortográfico serve os interesses de alguém” António Reis estava a ler O MIRANTE quando o abordámos. Sabe que o jornal não adoptou o novo acordo ortográfico porque não encontra “palavras que lhe parecem diferentes ou às quais faltam letras”. Na sua opinião, o novo acordo ortográfico nunca devia ter sido implementado e acrescenta que, se o foi, certamente é para servir interesses económicos de alguém. “Acredito que há alguém a ganhar com isto, embora não saiba quem”, refere. Todos os dias lê jornais e considera que a informação é uma arma para combater a ignorância e ficar menos exposto à manipulação, especialmente dos políticos. “Se as pessoas lessem mais e vissem menos reality-shows talvez este país não estivesse na situação em que se encontra”, opina.


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Susana Matos, 31 anos, desempregada

Anabela Soares, 41 anos, costureira

“Não noto grandes diferenças na leitura”

“Continuo a escrever como aprendi”

Na piscina municipal de Tomar, Susana Matos estava a ler um livro quando foi abordada e refere, com sinceridade, que não consegue perceber se o mesmo está ou não escrito com as regras do novo acordo ortográfico. “Para mim, está tudo igual. Em algumas palavras, como por exemplo, a letra c deixou de se escrever mas lê-se igual e por isso não noto diferenças”, refere a tomarense que está desempregada há seis anos. Na sua opinião, devia existir apenas um acordo em vigor, dado que esta dualidade pode gerar confusões. “É sempre confusa porque nuns lados está escrito de uma maneira e em outros de outra mas estão os dois correctos”, refere Susana. Com o 6.º ano de escolaridade, o que gostava de ler, fosse com a nova ou a velha ortografia, eram anúncios de emprego.

De volta de uma revista de viagens, Anabela Soares não consegue distinguir se a mesma está escrita de acordo com as regras do novo acordo ortográfico ou não. “Não noto se as palavras estão escritas de forma diferente e penso que é o que sucede com a maioria das pessoas”, responde a costureira que se sente mais confortável com as linhas e agulhas do que com letras. Anabela não vê grande utilidade no novo acordo ortográfico, considerando que a adaptação é mais fácil para os mais jovens do que para as pessoas da sua geração, que aprenderam a escrever e a ler de outra maneira. Também não concorda com o facto de estarem em vigor duas formas de escrita. “Continuo a escrever como aprendi na escola”, assevera.


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Rui Ramos, 45 anos, comercial

“Penso que nunca irei escrever com o novo acordo ortográfico” Rui Ramos consegue perceber que O MIRANTE ainda não adoptou a grafia do novo acordo ortográfico pois as palavras estão escritas na língua portuguesa que aprendeu nos bancos da escola.

“Apercebo-me, através da leitura de outras revistas ou jornais, que algumas palavras começaram a aparecer escritas de forma diferente mas leio sem qualquer tipo de dificuldade”, garante, acrescentando que pensa que nunca irá escrever usando o novo acordo ortográfico. “A minha escola foi há muitos anos. Aprendi assim e, em caso de dúvida, vou optar sempre pela anterior ortografia. Se, por razões profissionais, tiver mesmo que ser irei adaptar-me”, refere. O comercial diz que esta atitude não é por uma questão de resistência mas antes de formação. O facto de se poderem usar, até 2015, duas grafias em simultâneo é, em sua opinião, benéfico para que a mudança possa ser assimilada. “Não se pode dizer às pessoas, de um momento para o outro, que agora têm que escrever de outra maneira. Tem que existir uma reaprendizagem”, atesta.


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“O acordo ortográfico não faz sentido nenhum” João Sousa, 47 anos, desempregado João Sousa estava a ler um jornal desportivo quando fomos ao encontro da sua opinião. De um modo global, consegue perceber se o que está a ler já adoptou ou não o novo acordo ortográfico. “Pelo modo como as palavras se encontram escritas consigo aperceber-me mas não me causa estranheza a nova grafia”, refere o nosso interlocutor. Para João Sousa, o novo acordo ortográfico não faz sentido nenhum. “O que deve imperar é o princípio do respeito pela liberdade de expressão dentro dos vários países que falam a língua portuguesa”. Como exemplo, os brasileiros escrevem registrado enquanto os portugueses escrevem registado e ambas deviam ser respeitadas. “Eu entendo continuar a escrever como aprendi, mas se as diferenças implantadas vêm melhorar a comunicabilidade entre os povos então que venham porque só enriquecem a língua portuguesa”, atesta.

“Não vejo nenhuma utilidade no novo acordo ortográfico” Pedro de Castro, 60 anos, alfarrabista Habituado a viver no mundo dos livros desde muito jovem, o alfarrabista Pedro de Castro consegue facilmente aperceber-se que o livro que estava a ler no momento em que o abordámos, com edição em 1982, não obedece ao novo acordo ortográfico. “Identifico imediatamente e já li algumas obras que obedecem às novas regras do acordo ortográfico mas gosto mais do outro”, atesta. Pedro de Castro refere que a nova grafia adaptada lhe causa alguma estranheza até porque não vê nenhuma utilidade no novo acordo ortográfico. “Acho que nós, portugueses, falamos e escrevemos de uma maneira que acaba por identificar a personalidade de um povo e de uma cultura. Não há necessidade de perdermos esta identidade”, refere o nosso interlocutor, acrescentando que não há uma razão suficientemente forte para “alinhar” nesta intenção. “Sei da rejeição de alguns países de expressão portuguesa em relação ao novo acordo ortográfico, quando a ideia era que os mesmos tomassem parte, pelo que não foi suficientemente pensado. Soube ainda, por fontes fidedignas, que haveria alguns interesses económicos por detrás do novo acordo ortográfico o que, por si, é mau”, sublinha.


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Investimento e idade impedem jovens de avançar com negócios Um site de culinária destinado a solteiros, arroz às cores ou um dispensador de comprimidos foram apenas algumas das ideias apresentadas por alunos de várias escolas da região no âmbito do projecto EmprEscola - Empreender no Ensino Secundário, organizado pela Nersant. O objectivo principal passa por despertar os jovens para a actividade empresarial.

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ovens de várias escolas da região apresentaram boas ideias de negócio, planificadas detalhadamente, depois de terem respondido ao desafio lançado pela Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém, com o projecto EmprEscola - Empreender no Ensino Secundário. Mas um plano de investimentos avultado e a juventude dos participantes leva a que as ideias acabem por não avançar, embora algumas cheguem a ser patenteadas. A apresentação das ideias premiadas decorreu no CNEMA, em Santarém, durante a Feira Nacional de Agricultura e Fersant. Um grupo de alunos da Escola Secundária de Mação apresentou o “Cook Eat”, um site destinado a solteiros que pretende ensinar a cozinhar de uma maneira divertida e também a comprar os ingredientes.

Foi escolhida como a melhor ideia empresarial do Médio Tejo. Na Lezíria do Tejo, a Escola Secundária do Cartaxo arrecadou o mesmo prémio com o projecto “Arroz Íris”, que pretende colocar no mercado gourmet de arroz com diversas cores. Para o primeiro projecto, os alunos precisavam de realizar um investimento de 20 mil euros. Para o “Arroz Íris”, eram necessários 87.500 euros. “O investimento avultado e a operacionalização de algumas ideias tornam muito difícil que um grupo de pessoas tão novas avance realmente para a criação da empresa”, explica o vice-presidente da comissão executiva da Nersant, responsável pela área do empreendedorismo, Pedro Félix, acrescentando que existem, no entanto, vários incentivos para avançar. No caso do “Cook Eat”, o maior problema seria, na opinião do responsável, ter a gama de todos os produtos que apareceriam nas receitas. No arroz, seria necessário estabelecer uma parceria com uma empresa que produzisse o arroz. Outras ideias originais, como é o caso de “Smart Kit”, da Escola Profissional de Rio Maior, que venceu na categoria de ideia mais inovadora, pretendia colocar no mercado uma caixa dispensadora de medicamentos que abria um determinado compartimento em cada dia da semana. Precisariam de pelo menos 250 mil euros para avançar. Na opinião de Pedro Félix é uma boa ideia, mas com muitas dificuldades em termos de operacionalização. “Só


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uma empresa bem instalada no mercado é que provavelmente teria capacidade para avançar”, explicou. Na equação também entra a idade. “No início não nos aparece um jovem a dizer que quer criar uma empresa, mas quando chegam à final ficam interessados. Normalmente, a partir dos 20 anos já começam a aparecer alguns empreendedores com o verdadeiro espírito e vocação”, repara Pedro Félix. Segundo a presidente da Nersant, Maria Salomé Rafael, o objectivo principal do projecto é “sensibilizar os jovens para o empreendedorismo e a actividade empresarial através da simulação e criação das suas empresas”. Embora nenhum grupo tivesse avançado para a criação da empresa, algumas ideias acabaram por ser patenteadas. A Nersant distinguiu também os alu-

nos da Escola Secundária Jácome Ratton, em Tomar, com o prémio de ideia mais inovadora. Desenvolveram o projecto de criar um hostel no centro histórico de Tomar, que prometia dar uma hospitalidade barata aos turistas, criando sinergias com o turismo. Na categoria de melhor trabalho de equipa foi distinguido o projecto UmDóLiTá, da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, Abrantes, que oferecia um serviço de babysitting ao domicílio, e o projecto “Rainbow Candles” dos alunos da Escola Secundária Sá da Bandeira, Santarém, que queriam criar velas comestíveis para bolos de aniversário. Nesta edição participaram 171 alunos de 15 escolas. O EmprEscola que decorre desde 2008 já contou com a participação de 783 alunos e 66 escolas do Ribatejo que apresentaram 218 ideias de negócios

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Quatro dias de toiros nas ruas, sardinha assada, vinho e muita animação Festa da Amizade e Sardinha Assada de Benavente até domingo foto arquivo O MIRANTE

Largadas de toiros, entradas e esperas de toiros, picaria à vara larga e muita animação são as propostas para a festa mais aguardada da vila de Benavente. A 45ª edição da Festa

da Amizade e Sardinha Assada de Benavente regressa entre quinta-feira, 27 de Junho e domingo, 30 de Junho. A tradição volta a cumprir-se com a distribuição de cinco mil quilos de sardinha, 10 mil pães e cinco mil litros de vinho na noite de sábado. O primeiro dia, 27 de Junho, abre pelas 18h00, com um encierro com três toiros pelas ruas da vila. Segue-se uma largada de dois toiros na manga. Às 20h00 vai decorrer um concurso de varandas enfeitadas e às 21h00 abrem as tasquinhas. Pelas 22h30, os “PRINGÁ” e Sevilhanas vão animar o palco principal. O dia encerra às 00h30 com uma largada de vacas no recinto da picaria. Na sexta-feira, pelo meio-dia, vai ser atribuído o prémio às melhores varandas. Segue-se um concurso dedicado às montras e pelas 18h00 vai existir mais uma largada de dois toiros na manga. Às 20h30 abrem as tasquinhas e pelas 22h00 vai decorrer um desfile de fanfarras com várias corporações de bombeiros. Para a meia-noite está marcado um espectáculo musical com “One Vision”. Pela 1h00 vai decorrer mais um encierro com três toiros pelas ruas da vila seguido de uma largada de dois toiros na manga. No sábado, 29 de Junho, está marcado para as 9h00 uma


27 JUNHO 2013 ESPECIAL concentração de campinos e cavaleiros amadores junto às piscinas, seguido de um desfile em direcção ao Largo do Calvário. Às 10h30 vai decorrer uma missa campal em memória dos campinos falecidos e às 11h00 dá-se início às provas de condução de jogos de cabrestos. Segue-se uma picaria à vara larga. Pelas 15h00 será homenageado um campino, seguido de uma homenagem ao actual presidente da Câmara de Benavente, António José Ganhão. Para as 18h00 de sábado está marcado o momento de maior adrenalina da festa com um toiro bravo, conduzido por campinos, a percorrer perto de um quilómetro da Estrada Nacional 118. Segue-se uma largada com quatro toiros. Pelas 20h30 vai decorrer um desfile do Rancho Típico Saia Rodada pelas ruas da vila seguida de uma actuação. Às 21h30 de sábado vão ser lançados 45 morteiros para assinalar o acender dos fogareiros. A distribuição de sardinhas, pão e vinho está marcada para as 22h00. Pelas 22h30 vão decorrer espectáculos musicais com as bandas Avatar, Diamante e Trio Bora. Segue-se à 00h45 a nomeação dos sardinheiros 2014 e pela 1h00 há mais um encierro com três toiros pelas ruas da vila, seguida de uma largada com quatro toiros. O último dia, no domingo, 30 de Junho, contará pelas 15h00 com um encierro com três vacas pelas ruas, seguida de uma largada de dois toiros no recinto da picaria finalizando com uma surpresa.

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Ana Batista celebra 25 anos de carreira e não há crise que a afaste do toureio Cavaleira tauromáquica de Salvaterra é uma referência na arte de tourear no feminino foto O MIRANTE

Familiares, amigos e aicionados juntaram-se na terça-feira, 18 de Junho, no Centro de Interpretação e Educação Ambiental do Cais da Vala, em Salvaterra de Magos, para celebrar os 25 anos de carreira da cavaleira Ana Batista. Mesmo com os tempos difíceis, nada desanima a toureira que não se vê a fazer mais nada.

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em a redução de cachets ou a diminuição de corridas em algumas praças do país desmotiva alguém que tem no toureio uma das paixões da sua vida. A cavaleira de Salvaterra de Magos, Ana Batista, que comemorou os 25 anos de carreira no mesmo dia em que completou o 35º aniversário, a 18 de Junho, sofre na pele os efeitos da crise mas prefere seguir em frente e aproveitar todas as oportunidades que vão surgindo. Vestida com um fato clássico e exemplarmente maquilhada, Ana Batista irradiou simpatia e afecto pelos mais de 50 convidados que celebraram os seus 25 anos de toureio e o 35º aniversário. Mal tinha chegado de uma actuação na Califórnia, quando se deparou com cartazes a anunciar esta iniciativa em Salvaterra. Emocionada com o gesto, revelou que esta época tem sido uma das melhores a nível do número de corridas, contrariando a crise que se vive no país e já obrigou muitas praças a reduzir o preço dos bilhetes e as corridas. “Felizmente está tudo muito bem encaminhado. Tenho o mês de Agosto completamente preenchido, talvez o melhor da minha carreira. Só espero que o público apareça senão depois será complicado para os empresários”, disse. Para já tem sentido que os espectáculos que não estão inseridos nas festas tradicionais se ressentem mais com a redução do público. A cavaleira explica que os cachets têm vindo a ser diminuídos e que já ganhou mais dinheiro quando era amadora. “As coisas mudaram muito. Os meus colegas que levam mais anos na profissão notam mais. Eu, como actuei durante muito tempo como amadora, não noto tanto essa diferença”, repara. Emigrar tem sido a solução que alguns cavaleiros portugueses têm encontrado, mas esta não será a opção de Ana Batista. No ano passado chegou a passar cinco meses no México durante o Inverno, o que permitiu abrir novas portas. “Tourear no Inverno é algo que todos os toureiros querem, mas por outro lado também

Ana Batista com corrida a 2 de Agosto em Salvaterra Está agendada para o dia 2 de Agosto uma corrida comemorativa dos 25 anos de toureio de Ana Batista em Salvaterra de Magos, onde estará acompanhada por António Ribeiro

temos cá os cavalos e não os podemos ter parados”, explica. O dinheiro que ganha durante a temporada tem ajudado a equilibrar as contas e a cavaleira não precisou ainda de arranjar um segundo emprego, até porque diz que “as 24 horas de um dia não chegam sequer para treinar”. Os custos associados à actividade são muito elevados e Ana Batista já prometeu a si própria que não pode ter mais do que os 20 cavalos actuais. “Sempre que vai lá o veterinário fico com o coração nas mãos. Nunca sabemos o que esperar e a ração também é cara. Depois tenho de alugar também as vacas, enfim, não é fácil”, assume. Mesmo num momento conturbado, a cavaleira aconselha os mais novos a seguirem a profissão se é isso que desejam. “Sempre foi um mundo muito difícil mesmo sem esta crise que agora vivemos. É preciso fazer muitos sacrifícios. Lembro-me de ser ainda uma jovem e pedir dinheiro emprestado a um amigo para poder pagar o gasóleo para ir actuar”, recorda. No dia em que celebrou o 35º aniversário, Ana Batista não pensou ainda como será depois de se despedir das arenas, mas

Telles e João Salgueiro e enfrentará toiros da ganadaria Palha. As pegas vão estar a cargo do Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira e Salvaterra.

garante que a sua vida terá de continuar ligada ao toureio, onde se sente feliz e realizada. “Vivo um dia de cada vez, não penso muito. Enquanto estiver bem emocional e fisicamente quero continuar a minha carreira. Depois logo se vê”, conclui. UMA CARREIRA DE SUCESSOS Há 25 anos ninguém adivinhava até onde poderia chegar a carreira de Ana Batista. No dia 30 de Julho de 1994, aos 16 anos, enfrentou um toiro a sério no Campo Pequeno tendo arrecadado o “Troféu Incentivo”. Desde aí que a sua carreira nunca mais parou. Em Espanha, integrou o Quarteto das Amazonas d’el Arte com três jovens cavaleiras que queriam singrar no mundo da festa brava. Tirou a alternativa em 2000, em Coruche, tendo como padrinhos Joaquim Bastinhas e Conchita Citron. Foram muitos os triunfos que somou ao longo da sua carreira, tornando-a hoje uma das grandes figuras do toureio nacional. A homenagem organizada em Salvaterra de Magos contou com a colaboração da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, do Clube Taurino Salvaterrense e da empresa Tauroleve

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Prova de Downhill integra festas populares na Póvoa do Conde As festas populares da Póvoa do Conde, na freguesia de Abitureiras, no concelho de Santarém, realizam-se nos dias 28, 29 e 30 de Junho e a componente desportiva está em grande plano no decorrer do certame. Destaque para a 3ª prova de Downhill “Os trilhos do conde” programada para a tarde do segundo dia de festejos, sábado 29 de Junho.

A primeira manga da prova decorre a partir das 14h00 e a segunda manga está agendada para as 16h30. Antes decorre a sessão de treinos livres, das 10h00 às 12h30. A inscrição na prova tem o custo de 12 euros. A animação musical não faltará durante os festejos populares em Abitureiras. No dia 28 de Junho, a partir das 22h00,

baile com o Duo Musical Star. No sábado, às 22h30, baile com a Banda Império. No último dia de festa realiza-se a partir das 9h00 uma caminhada e passeio de BTT. Às 15h30 realiza-se uma largada à corda pelas ruas da aldeia. A noite termina às 22h00 com a música de André Cardoso a animar o último baile da festa.


30 ESPECIAL FESTAS DE ALVERCA 27 JUNHO 2013

Herman José nas Festas da Cidade de Alverca e de São Pedro O espectáculo de Herman José na noite de domingo, 30 de Junho, é o principal destaque do programa das Festas da Cidade de Alverca e de São Pedro, que começaram dia 26 e se prolongam até domingo. A subida ao palco do conhecido humorista e cantor está marcada para as 22h30, antes do fogo de artifício que encerra as festividades, pela meia-noite. Nesse mesmo dia actua também o Grupo de Cavaquinhos


27 JUNHO 2013 ESPECIAL da ARPIA. Esta quinta, dia 27, é noite da sardinha assada a partir das 20h30 e há garraiada duas horas depois. A cantora Ana Rita é o destaque de sexta-feira, dia 28, com concerto a partir das 22h30. No resto da noite há baile, actuação da Academia de Dança Paula Manso e continuação da garraiada às 00h00. A artista brasileira Edna Pimenta dá concerto na noite de sábado, dia 29, às onze da noite, enquanto às 21h00 tem início o 15.º Encontro de Folclore “Cidade de Alverca”. Paralelamente às festividades musicais, realiza-se às 17h00 de domingo, dia 30, uma missa em honra de São Pedro, seguida de procissão. A organização das Festas da Cidade de Alverca e de São Pedro cabe à Associação Dinamizadora das Festas da Cidade de Alverca em parceria com a junta de freguesia.

FESTAS DE ALVERCA

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27 JUNHO 2013 ESPECIAL

FESTAS DE TORRES NOVAS

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Torres Novas recua ao reinado de D. Dinis em mais uma Feira Medieval Recriações histórias e muita animação entre 27 e 30 de Junho, num programa onde não faltará o envolvimento da comunidade.

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orres Novas vai ser palco de mais uma edição da Feira Medieval, que este ano decorre entre os dias 27 e 30 de Junho. Durante os quatro dias da festa vai recuar-se aos tempos do reinado de D. Dinis e D. Isabel. Na quinta-feira, 27 de Junho, a Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes exibe um documentário de 50 minutos que conta a história do Rei D. Dinis, o Lavrador. Das 10h00 às 14h00 é possível assistir ao documentário “Em busca da Nossa História: D. Dinis, o Lavrador - Uma história de governação”. Às 19h00, na Praça dos Mercadores, tempo para uma recriação. Vendilhões apregoam e procuram vender as suas mezinhas, através de demonstrações gratuitas da eficácia de seus produtos e tratamentos medicinais. A partir das 22h00 os figurantes recriam a Ronda do Pregão com um percurso entre a Rua Miguel Bombarda, Largo da Botica até à Rua Gil Pais. Na sexta-feira, 28 de Junho, destaque para o Cortejo de Pormenores (17h00) com desfile das escolas, atelier de tempos livres e centros de dia; Opereta D. Dinis e D. Isabel (18h00) no Castelo de Torres Novas. Um espectáculo que conta com a participação dos meninos do Jardim-de-Infância João de Deus. Uma hora depois teatro de marionetas pela Companhia S.A.Marionetas. A partir das 22h00 realiza-se mais uma recriação histórica com as alvissaras a D. Isabel. A recriação da vida em Portugal na época medieval continua no sábado, 29, com destaque para a Petição à Rainha, às 17h00. No seu primeiro dia na vila de Torres Novas, D. Isabel pretende ouvir os anseios e pedidos do povo. Enquanto donatária da vila, reserva para si todos os direitos de posse, mas

também a responsabilidade de zelar pela justiça e bem-estar dos seus habitantes. Às 18h30 realiza-se uma Visita à Moléstia, onde D. Isabel faz visitas aos mais desfavorecidos. A noite termina com uma ceia conventual, a partir das 20h00. No último dia da Feira Medieval D. Dinis vem a Torres Novas convidar D. Isabel

para regressar juntamente com o rei ao Paço de Santarém de onde partirão numa importante viagem ao reino de Aragão, para mediarem um conflito entre aquele reino e Castela. O cortejo de despedida dos reis está marcado para as 21h30 e marca o encerramento de mais uma edição da Feira Medieval de Torres Novas.

No último dia da Feira Medieval D. Dinis vem a Torres Novas convidar D. Isabel para regressar juntamente com o rei ao Paço de Santarém de onde partirão numa importante viagem ao reino de Aragão,

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