ESPECIAL FEIRA DE OUTUBRO - DIA DO ANIMAL - FEIRA DOS FRUTOS SECOS

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Mais de 30 empresários em workshop da Nersant sobre internacionalização Foram mais de 30 os empresários que marcaram presença no workshop dinamizado pela Nersant sobre o tema “Promover a Competitividade e a internacionalização das PME da Região”. Na primeira parte da sessão os empresários trabalharam em pequenos grupos numa tarefa que, partindo da análise e da partilha de experiências, consistia em identificar os principais desafios, capacidades e prioridades das empresas da região nos seus pro-

cessos de internacionalização. Concluído esse primeiro desafio, seguiu-se uma análise das tendências e oportunidades no contexto dos mercados de destino, tendo sido discutidos e analisados os mercados de Moçambique, Brasil, Marrocos e Angola. Este workshop serviu também para analisar o posicionamento das empresas em relação a estas temáticas, permitindo à Nersant elaborar um plano de acção correspondente. Esta

iniciativa insere-se num vasto projecto de apoio à internacionalização das empresas do Ribatejo - o RibatejoExport - projecto que a Nersant viu recentemente ser aprovado. Os interessados em conhecer o apoio à internacionalização que a Nersant tem disponível para as empresas, podem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade, através dos contactos 249 839 500 ou datic@nersant.pt.

ECONOMIA

03 de Outubro de 2013

Rações Zêzere é a primeira empresa do mundo a certificar produtos de alimentação animal Com o objectivo de dar a conhecer as empresas de excelência que existem no Médio Tejo, a Nersant tem vindo a promover visitas a algumas empresas do Médio Tejo. Na iniciativa mais recente foi a vez da Rações Zêzere mostrar por que razão é hoje uma das empresas mais inovadoras do mundo no seu sector de actividade. 9

Indústria agro-alimentar ribatejana excede expectativas de importador da Colômbia Iniciativa AgroCluster Ribatejo recebe frequentemente delegações estrangeiras

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Modernidade e proximidade são apostas dos laboratórios J. Leitão Santos Vinte postos de recolha e envio dos resultados através de correio electrónico

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Escola Internacional de Línguas - SLI celebra o seu primeiro “Honours Roll” Na cerimónia o director Fernando Fernandes fez um balanço muito positivo do primeiro ano da SLI 13

Artesanato e tauromaquia na Feira de Outubro de Vila Franca de Xira

Ana Paula Madeira empenhada na promoção do artesanato de Vila Franca de Xira, presidente da Associação dos Artesãos é um dos rostos mais conhecidos do salão de artesanato da Feira de Outubro que se realiza de 5 a 13 com muitas actividades 2

Vamos viver tempos ainda mais difíceis Um dia mundial do animal que celebra a vida em todas as vertentes O residente da AIP mantém um discurso realista antes da grande convenção nacional de empresários de dia 9 em Lisboa. José Eduardo Carvalho lamenta a fragmentação do associativismo empresarial e diz que a convenção vai ser a maior jamais realizada em Portugal. Entrevista 10

Especial

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Eurico Nunes - Fidelidade Seguros no Entroncamento com novas instalações Na Rua 5 de Outubro o novo espaço está personalizado à imagem de todos os que nele trabalham 13

EMPREGOS

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CLASSIFICADOS XVI


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ESPECIAL FEIRA DE OUTUBRO 03 OUTUBRO 2013

Artesanato e tauromaquia na Feira de Outubro de Vila Franca de Xira Todos os dias há esperas de toiros nas ruas da cidade que recebe também três corridas

Vila Franca de Xira vai receber a tradicional Feira Anual de 5 a 13 de Outubro na qual se inclui a 33ª edição do Salão de Artesanato. O Pavilhão Multiusos vai albergar um conjunto de artesãos de áreas

como a tapeçaria, a cestaria, doçaria e nos trabalhos em pele e em couro. A inauguração do salão de artesanato ocorre no dia 5 pelas 15h00 com a Arruada da Banda Filarmónica da Associação Humanitá-

ria dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Santa Iria. No Parque Urbano de Vila Franca de Xira vão estar várias diversões e bancas de petiscos. Conhecida em todo o mundo pela cultura tauromáquica, Vila Franca vai contar com esperas e largadas de touros nas suas ruas. A festa brava começa com o “Encierro” que consiste na saída dos touros da Rua Almirante Cândido dos Reis para a Praça Palha Blanco. A actividade decorre no primeiro dia às 13h00. Nos dias dos festejos vão existir esperas de touros a começar às 10h30. A única excepção é no primeiro dia em que a largada é feita às 16h30. Destaque para a Corrida de Toiros Comemorativa do 165º aniversário de fundação da Ganadaria Palha às 22h00 do dia 5. Os touros serão lidados pelos cavaleiros Vítor Ribeiro, Manuel Telles Bastos e pelo cavaleiro praticante Salgueiro da Costa. As pegas estão a cargo dos Forcados de Évora e de Vila Franca de Xira. As corridas não ficam por aqui e no dia 6 realiza-se a Segunda Grande Corrida das Tertúlias às 17h00 com toiros das ganadarias Assunção Coimbra e Canas Vigouroux. Os espadas vão ser Vítor Mendes, António João Ferreira e Manuel Dias Gomes. Haverá também fado e flamengo em homenagem ao toureio a pé com Filipa Tavares e Joaquim Moreno. Anunciado como um acontecimento histórico, António Ribeiro Telles vai actuar sozinho perante seis touros de prestigiadas ganadarias às 22h00 do dia 8 de Outubro. As pegas ficarão a cargo do Forcados Amadores de Vila Franca.


03 OUTUBRO 2013 ESPECIAL

Ana Paula Madeira empenhada na promoção do artesanato de Vila Franca de Xira Presidente da Associação dos Artesãos é um dos rostos mais conhecidos do salão de artesanato da Feira de Outubro

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presidente da Associação dos Artesãos de Vila Franca de Xira, Ana Paula Madeira, dedica-se ao artesanato há três décadas e é uma presença assídua no salão de artesanato durante a Feira de Outubro da cidade. A artesã costuma participar em feiras por todo o país mas aquela em que mais gosta de participar é na de Vila Franca de Xira. Ana nasceu há 55 anos no Cartaxo e vive no concelho de Vila Franca há 35 anos. É especialista em arte sacra e todas as suas peças abrangem o panorama religioso. Os seus trabalhos favoritos são representações do menino Jesus e presépios. Ana Paula diz que hoje em dia não se lucra com o artesanato, ganha-se para manter o que se gosta de fazer. A peça mais cara que vendeu custou 240 euros. “No artesanato as pessoas acham que é tudo caro”, diz. Mas reconhece que há consumidores que apreciam o artesanato. “Existem aqueles que apreciam as peças e que dão o devido valor ao esforço feito pelo artesão. Depois existem aqueles que não conhecem e que não ligam e preferem comprar uma peça idêntica numa superfície comercial”. Ana Paula Madeira leva-nos agora a conhecer o interior do ateliê com uma condição. Não se pode tirar fotografias porque, diz, o espaço está desarrumado. O espaço

num prédio da Rua Alves Redol tem cinco salas, uma cozinha e uma marquise. Cada zona tem a sua função que assenta na arrumação, na pintura e na secagem das peças. Não tem um horário rigoroso de trabalho e a sua vida não é facilitada por causa disso. “Entro por volta das 14h00 e só saio quando acabar o que tiver programado fazer” explica Ana Paula Madeira. Os materiais que costuma usar são galões,

tecidos de damasco, fio de prata e folha de ouro. Apesar de gostar da tauromaquia, não faz peças alusivas ao tema. A artesã é uma apaixonada pelo seu trabalho e apaixona-se por muitas das peças que faz. "Às vezes gosto tanto de uma peça que não a quero vender”. Ana Paula Madeira é um dos rostos conhecidos do salão de artesanato e além de se dedicar a esta actividade também dá aulas de pintura e arte decorativa.

Salão de Vila Franca é referência nacional Um dos pontos altos da Feira de Outubro é sempre o salão de artesanato, que reúne todos os anos alguns dos maiores artesãos do país e do concelho e que assinala este ano a sua 33ª edição. O salão de Vila Franca de Xira é uma referência no panorama nacional e tem merecido os elogios dos participantes. No último ano a maioria dos artesãos confessou a O MIRANTE que o salão está cada vez melhor e a própria câmara municipal, organizadora do evento, manifestou-se surpreendida pela quantidade de artesãos que todos os anos pretendem estar presentes no certame. As entradas são gratuitas, o que contribui para o sucesso do salão de artesanato que é complementado pelas tasquinhas das associações e pela feira que se realiza no parque urbano do Cevadeiro. São esperados milhares de visitantes no pavilhão multiusos. Os artesãos vão mostrar o melhor que sabem fazer em materiais tão diversos como a tapeçaria, cestaria, cerâmica, madeira, vidro e ouro. Como sempre haverá espaço para a doçaria regional e conventual de vários pontos do país. Muitos visitantes aproveitam para ver os artesãos em acção, uma vez que a maioria apro-

veita para fazer algumas peças no local. O salão funcionará este ano das 15h00 à 01h00 no dia 5 de Outubro, entre as 15h00 e as 23h00 no dia 6 e entre as 17h00 e as 23h00 nos dias 7,8,9 e 10 de Outubro. No dia 11 de Outubro

o horário da feira será entre as 17h00 e a 01h00 e no dia 12 de Outubro entre as 15h00 e a 01h00. O último dia do salão, 13 de Outubro, o horário de abertura ao público será entre as 15h00 e as 23h00.

FEIRA DE OUTUBRO

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Há gente nova a fazer artesanato de qualidade no concelho A presidente da Associação dos Artesãos de Vila Franca de Xira diz que o seu principal objectivo é divulgar o que de bom existe no artesanato que se faz no concelho. “Além de estarmos no Salão de Artesanato na Feira de Outubro, o nosso objectivo é tentar fazer duas feiras em Novembro e Dezembro”. O ano passado realizou a Feira do Artesanato na Póvoa de Santa Iria, com artesãos do concelho, e confessa que não houve espaço para toda a gente. “Deixámos cerca de 30 artesãos locais fora da feira porque não tínhamos condições para mais”, salienta. Na opinião da artesã existe no concelho gente nova com qualidade que a associação vai ajudar a promover os seus trabalhos. Mas a associação também está empenhada em dar apoio aos artesãos mais antigos através de exposições e workshops. A nível pessoal, a artista lamenta que nunca tenha sido convidada pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira para fazer uma exposição individual. “Já expus em Moura, em Barrancos, no Luso mas nunca recebi um convite por parte da câmara para realizar uma exposição em Vila Franca”, sublinha.


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ESPECIAL FEIRA DE OUTUBRO 03 OUTUBRO 2013

A visão dos jovens sobre Vila Franca de Xira Seis jovens estudantes da Escola Alves Redol em Vila Franca de Xira dão a conhecer a visão que têm sobre o concelho. A maior parte deles pensa sair do concelho à procura de emprego e melhores condições. Os estudantes queixam-se da falta de animação nocturna e alguns lamentam o estado a que chegou o centro comercial Vila Franca Centro que podia ser um espaço de encontro e convívio da juventude. Uma sala de cinema é apontada por alguns como uma necessidade. Mas também há quem elogie o desenvolvimento que se tem registado na cidade e quem reconheça que Vila Franca é uma boa terra para viver.

Paulo Fernandes, 17 anos

Leonardo Rodrigues, 19 anos

Gosto da cultura tauromáquica

As pessoas são muito fechadas

Paulo Fernandes, 17 anos, mora em Povos, um bairro que o melhor que tem, segundo o jovem, é estar perto de Vila Franca de Xira. Está enraizado na cultura vila-franquense e gosta das tradições do Ribatejo. É um apaixonado por touros e costuma assistir aos espectáculos tauromáquicos que ocorrem na cidade, sobretudo as largadas de toiros. Está no 11º ano do curso de Ciências e Tecnologias da Escola Alves Redol e sonha graduar-se em engenharia electromecânica. Para isso terá que sair de Vila Franca. “Quero trabalhar em Lisboa e morar em Povos” afirma Paulo, evidenciando as boas acessibilidades à capital. No entanto, o jovem também alerta que a cidade está a morrer aos poucos e aponta a inexistência de salas de cinema com uma das maiores necessidades. “Vou a Lisboa quase todos os fins-de-semana para ir ao cinema e passear porque em Vila Franca está tudo fechado”, conclui.

Para Leonardo Rodrigues a aposta de Vila Franca de Xira devia recair na construção de uma universidade. O jovem de 19 anos acredita que com ensino superior na cidade iriam aparecer bares, discotecas e que a vida social nocturna iria melhorar significativamente. “Só me consigo divertir em Lisboa” afirma Leonardo que aproveita as férias e os fins-de-semana para se deslocar à capital. Está a estudar Técnicas de Multimédia e reconhece que está a sentir algumas dificuldades. Se pudesse Leonardo mudava as características das pessoas do concelho de Vila Franca. “As pessoas daqui são muito fechadas e não olham para os outros lados”, sublinha. Se arranjasse um bom emprego, ficaria em Vila Franca porque é onde tem os seus amigos. No entanto, as oportunidades de trabalho são escassas o que o leva a pensar em mudar-se para Lisboa um dia destes.

Luís Paços, 17 anos

Carolina Nunes, 14 anos

Cidade devia estar mais virada para as actividades desportivas

Lojas de roupa estão quase todas fechadas

“É uma boa cidade mas às vezes é calma demais” diz Luís Paços, de 17 anos, sobre Vila Franca de Xira. O jovem oriundo de Angola, de onde saiu há seis anos, pensa regressar ao seu país quando acabar o curso de Desporto. “Lá há mais oportunidades de trabalho e dinheiro”, diz Luís, entre risos, acrescentando que não se imagina a viver em Portugal. Não gosta da cultura tauromáquica e não costuma ir às festas da cidade, incluindo a Feira de Outubro. Para o jovem, os treinos de Muay Thai que tem diariamente na Academia Zé Fortes, é uma das coisas que o mais prende à cidade. É um apaixonado por esta arte marcial e considera que está numa academia bastante conceituada a nível nacional. Afirma inclusive que a cidade devia ser mais virada para as actividades físicas porque há boas condições para esse efeito.

Carolina Nunes tem 14 anos mas já está decidida a ir viver para fora da cidade. “Se possível quando tiver mais de 18 anos quero ir para Londres”, afirma a jovem, que passa a maior parte do tempo na escola e ao computador. Imagina-se a fazer a adolescência em Vila Franca de Xira, mas reconhece que a cidade não é um sítio apelativo para continuar a morar no futuro. Carolina diz que não liga muito às tradições e cultura do concelho e queixa-se do facto de a cidade estar constantemente em obras. Uma das suas maiores preocupações é o facto de as lojas de roupa estarem praticamente todas fechadas e de o Vila Franca Centro estar abandonado. “Sempre que quero comprar roupa tenho que sair do concelho”, afirma. Carolina sonha ser veterinária.


03 OUTUBRO 2013 ESPECIAL

Vila Franca Centro devia ser melhorado Vila Franca de Xira é uma cidade envelhecida. Esta é a opinião de Samara Soares, uma jovem de 15 anos que sonha ser bancária. E porque não há perspectivas de um bom futuro na zona de Vila Franca de Xira, Samara quer viver numa grande cidade daqui a alguns anos para ter mais possibilidades de emprego. “É um local para se passar a infância mas depois tem que se evoluir”, afirma Samara. Para ela, não existe oferta em termos de animação nocturna e a diversão tem que ser feita em Lisboa, onde costuma ir com bastante frequência. “É só apanhar o comboio”. O que sente falta na cidade é de um centro comercial e por isso considera que o Vila Franca Centro devia ser melhorado e que não devia fechar. A falta de uma sala de cinema é outra das situações apontadas pela jovem estudante. Mesmo com Lisboa a

Miguel Santos, 18 anos

O concelho está a desenvolver-se Miguel Santos tem 18 anos e foi um dos melhores alunos da escola Alves Redol. Estava na área de Gestão de Equipamentos Informáticos e agora pretende trabalhar durante um ano para depois ir estudar para o estran-

MODA HOMEM E SENHORA

Segunda a Sábado - 9h45 - 19h Av. Combatentes G. Guerra, 51-A 2600-131 Vila Franca de Xira Tels. 263 200 490/8 ponto22@iol.pt

Samara Soares, 15 anos dois passos Samara preferia ver filmes numa sala perto de casa até porque era uma forma de os jovens se juntarem.

geiro. A procura por emprego já começou em Vila Franca de Xira mas até agora não teve sucesso. É por essa razão que quer tentar fazer a sua vida fora da cidade, apesar de gostar de morar no concelho. “Para as nossas necessidades, temos tudo o que precisamos”, considera o jovem que se congratula por ter vários serviços administrativos no centro de Vila Franca. Consegue divertir-se e realizar as suas tarefas do dia-a-dia mas admite que gosta de passar mais tempo em frente ao computador do que sair para a rua. Miguel considera que a cidade está a desenvolver-se e diz que nota isso com a requalificação da frente ribeirinha e com a construção de parques urbanos. “É essencial para as pessoas existirem locais onde possam praticar desporto”, conclui.

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ESPECIAL DIA DO ANIMAL 03 OUTUBRO 2013

Um dia mundial do animal que celebra a vida em todas as vertentes Adorar animais de estimação não implica cortar relações com a raça humana

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ualquer pessoa pode celebrar o Dia Mundial do Animal mesmo que não possua animais. Ele foi criado com a intenção de sensibilizar a população para a necessidade de proteger os animais e preservar todas as espécies, para chamar a atenção para a importância dos animais na vida das pessoas e ainda para celebrar a vida animal em todas as suas vertentes. A escolha do dia 4 de Outubro foi feita em 1931 durante uma convenção de ecologistas em Florença e teve em conta o facto de ser o dia de São Francisco de Assis, santo padroeiro dos animais. Não maltratar animais é já uma boa forma de celebrar o Dia Mundial dos Animais, se pensarmos que vivemos tempos em que a crueldade humana se manifesta abertamente contra qualquer espécie de vida humana.

Quem tem animais a seu cargo, assumindo a responsabilidade de os alimentar e tratar cumpre uma função importante mas não deve, por isso, deixar de dar atenção aos restantes seres humanos e dedicar-lhes algum do seu tempo. A pior coisa que pode acontecer a alguém que gosta e protege animais é deixar

de gostar de pessoas, nomeadamente de familiares; de amigos; de colegas de trabalho ou de vizinhos. Para sermos seres humanos de excelência não podemos amar os animais irracionais e odiar ou ignorar os nossos semelhantes. Celebrar a vida animal em todas as vertentes é a melhor maneira de nos sentirmos bem connosco próprios. Quem adora animais sabe que eles não precisam apenas de comida, cuidados veterinários e boas condições para estar. Precisam de amor, carinho e atenção. Quem ama verdadeiramente animais não pode hostilizar pessoas só porque estas não são tão gratas, compreensíveis ou tolerantes como alguns animais. Gostar implica entrega e sacrifício. Adquirir um animal para o impor a outros não é boa política. A escolha de um animal de companhia não pode ser feita de forma leviana. Quem não tem condições para ter animais deve abster-se de os ter. Está provado que ter um animal de estimação faz bem à saúde. A presença de um cão diminui a pressão sanguínea, controla a ansiedade de cardíacos e ajuda a melhorar as

A pior coisa que pode acontecer a alguém que gosta e protege animais é deixar de gostar de pessoas. Para sermos seres humanos de excelência não podemos amar os animais irracionais e odiar ou ignorar os nossos semelhantes funções do coração e do pulmão em pacientes internados. Um cão na sala de espera de consultórios reduz o stress das crianças. Idosos que possuem um animal de estimação em casa visitam o médico com menos frequência. Mas atenção, os efeitos da presença de bons amigos ou de pessoas que amamos, também é extremamente benéfica. A terminar deixamos uma sugestão. No Dia Mundial do Animal, para além daquela prenda especial para o seu animal de estimação, aproveite para fazer aquele telefonema a um amigo ou familiar que anda para fazer há imenso tempo.


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DIA DO ANIMAL

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Profissionais que nos ajudam a tratar dos nossos animais Porque não podemos fazer e saber tudo e queremos sempre o melhor Uma ajuda profissional é essencial em todas as actividades que desenvolvemos. Encontrar a pessoa certa quando estamos a braços com problemas importantes é aquilo que mais podemos desejar. No domínio dos animais de estimação a ajuda também é essencial. A nível da alimentação, da higiene, da saúde. Podemos ler livros sobre o assunto e informar-nos de mil e uma outras formas. Podemos trocar ideias e receber conselhos de amigos ou participar em fóruns online mas há sempre um momento em que somos obrigados a ir mais além. Há coisas que podemos fazer. Há outras que não. Tratar de um amigo animal não é fazer bricolage. É uma enorme responsabilidade. Nestas páginas dedicadas ao Dia Mundial do Animal alguns especialistas de diversas áreas aceitaram publicitar os seus serviços. Podiam não o fazer e esperar ser encontrados. Optaram por se mostrar e assumir que são capazes de ajudar quem se defronta com problemas ou quem pode vir a estar na mesma situação. Escolheram vir à procura de quem precisa porque sabem a importância desse gesto. Qual a melhor alimentação para um gato? Que pelada é aquela que apareceu no cão? Feriu-se? Tem uma alergia? Quais os produtos de higiene mais adequa-

Há coisas que podemos fazer. Há outras que não. Tratar de um amigo animal não é fazer bricolage. É uma enorme responsabilidade dos? Onde posso encontrar aquele acessório de qualidade que procuro há meses? Como posso educar o amiguinho turbulento que levei para casa? Este é o contributo possível de O MIRANTE para o Dia do Animal. Somos especialistas em informação de proximidade. Criamos pontes entre pessoas com os mesmos interesses através das nossas notícias e de outras informações que divulgamos. Esperamos ter ajudado.

Rações Zêzere é a primeira empresa do mundo a certificar produtos de alimentação animal Com o objectivo de dar a conhecer as empresas de excelência que existem no Médio Tejo, a Nersant tem vindo a promover visitas a algumas empresas do Médio Tejo. Na iniciativa mais recente foi a vez da Rações Zêzere mostrar por que razão é hoje uma das empresas mais inovadoras do mundo no seu sector de actividade. A Rações Zêzere é a primeira empresa fabricante de produtos para alimentação animal a conseguir obter a certificação do seu produto a nível mundial, processo que demorou quase dois anos a concluir, devido à complexidade do mesmo. Para além da nova certificação alcançada, a empresa estava já certificada pelas normas NP EN ISO 9001:2008 pela norma NP EN ISO 14001 a nível Ambiental. Foi ainda a primeira empresa do seu sector a obter certificação em segurança alimentar e está a implementar o processo de certificação da responsabilidade social (SA 8000). Sedeada em Ferreira do Zêzere, a Rações Zêzere conta mais de três décadas de existência e integra um dos maiores grupos nacionais na área agro-alimentar, com predominância no sector das rações e dos ovos, assegurando mais de 450 postos de trabalho directo (60 na Rações Zêzere). A empresa tem investido, de forma contínua, na modernização tecnológica das suas unidades fabris, o que lhe permite fazer, em tempo real, um controlo rigoroso de todo o produto, em qualquer parte do processo produtivo. Para garantir a qualidade das matérias-primas e do produto final, a empresa possui dois laboratórios de química e microbiologia onde diariamente são efectuadas rigorosas análises de qualidade aos produtos que são produzidos no seu grupo de empresas, das quais fazem parte, por exemplo, a Zêzereovo, a Uniovo ou a Sicarze.

A Rações Zêzere foi também uma das primeiras empresas da região a integrar o Agrocluster Ribatejo, o que tem sido bastante positivo para a empresa. Luís Guilherme, director geral da empresa, revela que muitos dos investimentos realizados resultaram de candidaturas apresentadas ao QREN, tendo a empresa beneficiado de uma majoração nas verbas, pelo facto de estar integrada neste Cluster. “A empresa tem sabido aproveitar os fundos comunitários”, afirmou Luís Guilherme, que elogiou também o apoio da Nersant às empresas da região. A participação em vários projectos da Nersant como a formação Move, para empresários, formação para activos, ou projectos de inovação e qualidade, trouxe um conjunto de mais-valias para a empresa e para todos os seus colaboradores. Questionado sobre as vantagens ou desvantagens de estar situado no interior do país, Luís Guilherme considera que a localização da empresa hoje é vantajosa: “com as novas auto-estradas, que nos permitem um rápido escoamento dos produtos para o norte ou para o sul, conseguimos centralizar todos os nossos serviços apenas nesta fábrica, gerando uma poupança que se reflecte num melhor preço para o consumidor”. Contudo, lembra, no anterior QREN, em 2007, Ferreira do Zêzere chegou a estar inserida na região de Lisboa e Vale do Tejo, que por ser considerada uma região rica, entrou em processo de phasing-out. “Nós não podíamos aceder aos fundos comunitários, mas nos concelhos vizinhos, que já estavam agregados a Castelo Branco ou a Leiria, isso já era possível. Felizmente, essa situação foi corrigida”, afirmou. As declarações do empresário foram feitas durante uma visita à empresa promovida pela Nersant, que tem vindo a organizar visitas a algumas das onze empresas que colaboraram no Estudo de Caracterização e de Diagnóstico de Identificação e Apresentação de Casos de Sucesso da Região, no âmbito do projecto Médio Tejo Empreendedor.


foto arquivo O MIRANTE

Feira dos Frutos Secos de regresso a Torres Novas A 28.ª edição da Feira Nacional dos Frutos Secos realiza-se de 3 a 6 de Outubro, no Palácio dos Desportos, em Torres Novas, num evento que procura afirmar o concelho como capital dos frutos secos. Em paralelo decorrem a 22.ª Feira Internacional dos Frutos Secos e a 11.ª Feira do Figo Preto de Torres Novas. Entre os principais objectivos contam-se a dinamização e a dignificação do sector dos frutos secos e passados, a preservação dos saberes e sabores associados aos frutos secos, com principal destaque para a tradição, cultura e património torrejanos. Segundo a empresa municipal TurrisEspaços, responsável pela organização, a nova localização permite um fácil acesso dos visitantes a partir da A23, utilizando um equi-

pamento nobre da cidade, que dispõe de todas as condições necessárias à realização de um evento desta dimensão. No Palácio dos Desportos haverá espaços dedicados aos frutos secos, ao artesanato, a bens alimentares, à restauração e a entidades oficiais, instituições sem fins-lucrativos, entre outros. A animação musical terá lugar junto à zona de restauração. O horário da feira é o seguinte: dia 3, quinta-feira, das 19h30 às 23h00; dia 4, sexta-feira, das 18h00 às 24h00; dia 5, sábado, das 15h00 às 24h00; dia 6, domingo, das 15h00 às 22h00. Os bilhetes custam 1,5 euros para os visitantes com idades entre os 13 e os 65 anos. Os maiores de 65 anos pagam 1 euro. Até aos 12 anos as entradas são gratuitas.

03 OUTUBRO 2013 ESPECIAL

FRUTOS SECOS

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