Especial Feira Outubro - Dia do Animal - Feira Frutos Secos

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Nersant reúne com empresas para explicar cheque-formação A Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém está a percorrer todo o distrito com o objectivo de esclarecer as empresas relativamente ao cheque-formação, novo incentivo do Governo para financiar as horas de formação obrigatórias que cada empresa tem de prestar aos seus colaboradores. O cheque-formação é um financiamento directo que visa reforçar a qualificação e a empregabilidade através da concessão de um apoio às empresas, aos trabalhadores e aos

desempregados que frequentem acções de formação ajustadas às necessidades das empresas e do mercado de trabalho. O apoio, a atribuir pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), considera o limite de 50 horas no período de dois anos e um valor hora de quatro euros, num montante máximo de 175 euros, sendo o financiamento máximo de 90% do valor total da acção de formação, comprovadamente pago. Os desempregados que frequentem a for-

ECONOMIA Terras dos campos da Golegã, Azinhaga e Riachos com emparcelamento aprovado

mação, com uma duração máxima de 150 horas em dois anos, têm direito a um apoio financeiro correspondente ao valor total da acção de formação até ao montante máximo de 500 euros. As empresas interessadas em obter mais informações ou em agendar uma reunião com a Nersant, podem contactar o Departamento de Formação e Qualificação da associação através dos contactos dfq@nersant.pt ou 249 839 500.

01 de Outubro de 2015

Presidente da EDP Distribuição mantém liderança de associação europeia

João Torres foi reeleito como Devido à fusão de propriedades haverá redução para metade dos proprietários. presidente da EDSO for Smart Grids 11 Projecto envolve 600 proprietários e cinco mil hectares de terra de cultivo 14

Novo espaço de Restaurante na Quinta da Feteira Alargar a qualidade do serviço a todas as pessoas 11

Abriu em Fátima a sexta MultiOpticas de Carla Dias e Júlio Figueiredo Estar mais perto dos clientes para um melhor atendimento 10

“Serra do Saber” comemora 8º aniversário com filial em Alcanede O mais importante num negócio DentINovas tem todas as é ouvir sempre os clientes especialidades da Medicina Dentária Miguel Luís é sócio-gerente do Intermarché de Vialonga 5 Empresa da Semana

Luís Vilela dirige uma equipa de proissionais que trabalham há quatro anos 5 Identidade Profissional

Credores podem avaliar possibilidade de recuperação do seu crédito através do PEPEX Inaugurado incinerador Escola Profissional de resíduos hospitalares de Desenvolvimento Rural inaugura adega no Parque do Relvão Ambimed anuncia estudo para avaliação da qualidade do ar 12

Inauguração juntou funcionários e professores da escola de Abrantes 12

Toiros, artesanato e Feira dos Frutos Secos muita animação na em Torres Novas com Feira de Outubro 2 entradas gratuitas 8

Oferta formativa especializada e acreditação como entidade formadora pela DGRET 10

Rock solidário na Fundação CEBI Receitas revertem para o Centro de Emergência Social 4

O Dia Mundial do Animal não é só para quem tem animais

Ferramenta vai ser apresentada no dia 13 de Dia 4 de Outubro é dia de eleições e talvez Outubro em Torres Novas 13 por isso não haja muitas iniciativas 6


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ESPECIAL FEIRA OUTUBRO 01 OUTUBRO 2015 foto arquivo O MIRANTE

Toiros Miura, Palha e Murteira Grave na Palha Blanco

Toiros, artesanato e muita animação na Feira de Outubro De 2 a 11 de Outubro todos os caminhos vão dar a Vila Franca de Xira Às esperas de toiros e ao artesanato junta-se as tasquinhas das associações, tertúlias e feira.

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Feira de Outubro, que se realiza entre os dias 2 e 11 de Outubro em Vila Franca de Xira, é cada vez mais uma referência na região, com um percurso consolidado e por isso a sua matriz mantém-se praticamente inalterada. É a festa do convívio, das tertúlias, da feira anual, do salão de artesanato, das tasquinhas das associações pela noite dentro e das esperas de toiros nas ruas. E tome nota na agenda: este ano as esperas são às 16h30 do dia 3 de Outubro e, de 4 a 7 de Outubro, às 10h30, como habitual, nas ruas da cidade. A preocupação com a escolha dos toiros foi novamente uma prioridade para o município. Este ano, diz Alberto Mesquita, presidente da câmara, foram feitos “pequenos ajustes” para me-

lhorar ainda mais a experiência do visitante. Os artesãos do salão de artesanato terão uma nova disposição no pavilhão multiusos e foi dada especial atenção aos artesãos do concelho. Os horários das esperas foram afinados para permitir a quem trabalha em Lisboa vir assistir e brincar com os toiros nas ruas da cidade. “Todos os anos fazemos uma verificação às tranqueiras, metemos novas e reparamos quando necessário, para prevenir acidentes. Mas é impossível dizer que não vai haver acidente nenhum. Isso depende das características dos toiros e da maneira como as pessoas vão brincar com eles. Se não tiverem a prudência necessária podem ser colhidos. Espere-

mos que nada aconteça, que seja um momento de afirmação da festa brava e que os aficionados se divirtam”, explica Alberto Mesquita. Este ano o salão de artesanato comemora a sua 35ª edição. Vão estar presentes cerca de uma centena de artesãos, não só do concelho como de todo o país, apresentando trabalhos de diferentes áreas como os têxteis, cerâmica, elementos vegetais, metal, peles e couros, madeira e cortiça, restauro, arte sacra e materiais diversos, como cortiça, sabão, faiança ou alumínio. O salão é também uma oportunidade para degustar bens alimentares regionais de todo o país, como a poncha da Madeira, mel de

A tradição da Feira de Outubro em Vila Franca de Xira é complementada com duas grandes corridas de toiros na praça Palha Blanco. Dia 4, às 17h00, realiza-se a grandiosa corrida de toiros mista, este ano de homenagem ao matador Mário Coelho, pelos seus 60 anos de carreira. Os cavaleiros António Ribeiro Telles e Manuel Telles Bastos, juntamente com o matador da terra António Ferreira, vão lidar seis toiros com idade e trapio da ganadaria Murteira Grave. O frente-a-frente dos forcados será entre os amadores de Santarém, a comemorar o seu centenário, e os forcados de Vila Franca de Xira. A tradicional terça-feira nocturna, no dia 6 às 22h00, será de exaltação ao forcado e contará com os cavaleiros Luís Rouxinol e Vítor Ribeiro, juntamente com o cavaleiro praticante Salgueiro da Costa, que enfrentarão seis toiros - três Miura e três Palha. Pegam os forcados amadores de Vila Franca de Xira, capitaneados por Ricardo Castelo.

Serpa, fogaças de Santa Maria da Feira, licor de Óbidos ou ovos moles de Aveiro. E com entrada gratuita. Sexta, dia 2 de Outubro, a inauguração está marcada para as 18h00 e o salão fica aberto até à 01h00. Os outros horários são os seguintes, a reter: Sábados [3 e 10 de Outubro] das 15h00 à 01h00. Domingos [4 e 11] das 15h00 às 23h00. De segunda a quinta [5 a 8] das 17h00 às 23h00. Por fim, sexta, dia 9 de Outubro, o salão está aberto das 17h00 à 01h00. A feira anual, que se realiza no exterior do pavilhão e inclui diversos entretenimentos e diversões como carrinhos de choque, está aberta no dia 2 das 18h00 às 02h00. Dias 3, 9 e 10 de Outubro das 13h00 às 02h00, de 4 a 8 de Outubro entre as 13h00 e a 01h00 e no dia 11 de Outubro, entre as 13h00 e as 24h00

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01 OUTUBRO 2015 ESPECIAL

A cidade só se anima quando há festas com toiros

FEIRA OUTUBRO

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A maioria dos inquiridos por O MIRANTE a propósito da Feira de Outubro, elogia o evento porque é uma das alturas em que a cidade se anima. O tom geral é de desencanto pelo que se foi perdendo ao longo dos anos. A juventude saiu à procura de futuro, as lojas foram fechando, a mudança do hospital para a periferia contribuiu também para afundar a restauração e o comércio em geral.

Nelson Garcia - Gerente da Xiracor

Manuel Pereira - Gerente da TV Pereira

Fernanda Batista - Artesã

Gosta da tradição da festa brava que considera apaixonante. Vai à Feira de Outubro ver as exposições de artesanato porque reflectem culturas das diversas zonas do país. Gosta de conviver com as pessoas que se juntam nesta altura do ano. E gosta das actividades taurinas. Nas touradas o que mais gosta de ver são os forcados. Quanto à cidade aponta o que considera ser os principais problemas. “Vila Franca de Xira estagnou, está a perder gente. A Feira de Outubro e o Colete Encarnado são dois eventos que trazem vida à cidade mas tudo se tem vindo a perder gradualmente. A saída do hospital do centro da cidade, o encerramento da Escola da Marinha e o encerramento de lojas contribuiu para isso”. Refere ainda a crónica falta de estacionamento.

Não é aficionado mas gosta de ir às esperas de toiros ver os toiros a passar conduzidos pelos campinos. “É uma tradição espectacular”, refera. Durante a Feira gosta de passar um bom bocado em convívio com os amigos. “É nestas alturas que revejo pessoas que não vejo com frequência”. Nas corridas de toiros gosta de ver os forcados. É muito crítico do que se passa actualmente em Vila Franca de Xira. “A cidade tem cada vez menos pessoas a consumir no comércio local. Não há desenvolvimento. Cada vez há mais lojas encerradas. Vila Franca de Xira não morreu mas a situação económica das empresas é muito má. Os erros do passado estão agora a notar-se. Nunca se fez nada para impedir os jovens de saírem daqui. Agora a maioria da população deve ter mais de 50 anos”, lamenta.

Todos os anos dispõe de um espaço na Feira de Outubro da Associação de Artesãos de Vila Franca de Xira, onde expõe os seus trabalhos. Diz-se aficionada e gosta da feira. “Sou aficionada. Ribatejana a cem por cento. Um tio meu é campino e a minha mãe trabalhava no campo. Para mim não há festa ribatejana sem touros”, confessa. Considera que Vila Franca de Xira “morreu muito” desde que encerrou o Vila Franca Centro e acabaram com as feiras do melão e do cavalo. “Nasci em Vila Franca e tenho pena do que se tem passado. Se não fosse o Colete Encarnado e a Feira de Outubro era uma desgraça”, critica. Também não gostou de ver sair o hospital do centro da cidade e lamenta a falta de estacionamento.


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ESPECIAL FEIRA OUTUBRO 01 OUTUBRO 2015

Rock solidário na Fundação CEBI dia 9 de Outubro Receitas revertem para o Centro de Emergência Social

Elisabete Macau - Gerente Restaurante Cabeça de Toiro

David Sousa - Gerente Casa Sousa

Refere-se à Feira de Outubro na perspectiva empresarial e social. “Gosto bastante da feira de Outubro porque é uma altura em que se faz negócio. Acabando os touros não há pessoas. Apesar de gostar da feira de Outubro o Colete Encarnado traz mais vida à cidade de Vila Franca de Xira mas é destes eventos que a cidade vive”, declara. E acrescenta que Vila Franca de Xira está estagnada. “Não há comércio, a maioria da população é idosa. Não há vida nocturna”. Mas nem tudo é mau ao nível de movimento. Lembra que o Ateneu e o Clube Taurino fazem um esforço de dinamização. Considera que a saída do hospital para a periferia da cidade contribuiu para o declínio do comércio. “Acho que se deve fazer alguma coisa mais para dinamizar o comércio. Gostei de uma iniciativa privada de passeios de barco no rio. Essa nossa ligação ao Tejo devia ser mais explorada”, defende.

Gosta de ir às entradas de toiros e sentir de perto o toiro e o cavalo. Ver o trabalho do campino é uma das coisas que mais gosta na Feira de Outubro. Considera que os forcados são uma peça fundamental na corrida de toiros e que são uma característica diferenciadora da tauromaquia portuguesa. Outra vertente que aprecia na Feira é o salão de artesanato. “Vila Franca de Xira tinha uma vida e uma mística únicas no Ribatejo, as pessoas tinham motivos para vir a Vila Franca de Xira. Gostavam deste ambiente. Infelizmente hoje não é assim. Vila Franca de Xira tornou-se numa cidade como tantas outras, não existe movimento, não existe alegria... faltam pessoas no centro; falta comércio, faltam locais de convívio. Gostava de ver algumas zonas reaproveitadas, alguns estabelecimentos reabertos, gostava de poder voltar a sentir-me numa cidade viva”, diz.

Patrícia Oliveira dos Santos - Funcionária Snack Bar A Ginjinha Hélder Sardinha - Gerente da Ocean Land - loja de animais Costuma ir todos os anos à Feira de Outubro. Embora não seja aficionada é incentivada a ir por alguns elementos da família que gostam de toiros. Na Feira gosta de ver a zona dos animais e de conviver com os amigos. “Vila Franca de Xira está a melhorar gradualmente. A cidade está mais limpa. A passagem para peões que dá acesso ao rio foi uma boa iniciativa e a nova biblioteca é muito importante”, refere. Discorda da mudança do terminal de autocarros.

Não tem tempo para ir à Feira de Outubro pois trabalha a semana toda inclusive Sábado e Domingo. Não aprecia touradas nem as defende. Lamenta que a cidade tenha tantas lojas fechadas. “Há pouco movimento. Eu não gosto da confusão de Lisboa e prefiro a tranquilidade de Vila Franca de Xira mas não gosto de ver isto tão parado em termos comerciais”, lamenta.

No próximo dia 9 de Outubro, pelas 22H00, a Banda MT80 que toca temas de música Rock dos anos oitenta, vai dar um concerto nas instalações da Fundação CEBI em Alverca. As receitas revertem integralmente a favor do Centro de Emergência Social (CES). Os bilhetes já se encontram disponíveis na Secretaria da Fundação CEBI, pelo preço de ‘3 Rocks’. Os MT80 são Nuno Ferreira - guitarras; Alana - voz; Zé Jorge - bateria e percussão e Fábio Rodrigues - viola baixo. Em funcionamento desde 1995, o Departamento de Emergência Social (DES) da Fundação CEBI, através do seu Centro de Acolhimento Temporário, tem como missão o acolhimento urgente e temporário de crianças em perigo, de ambos os sexos e com idades até aos 12 anos, que necessitam de protecção e de uma intervenção adequada. Tem capacidade para acolher, em permanência, 30 crianças e funciona diariamente durante 24 horas, todos os dias do ano. O acolhimento temporário de crianças no DES é enquadrado pela Lei de protecção de Crianças e Jovens em Perigo e é precedido por uma decisão dos organismos competentes (Tribunais de Família e Menores e/ou Comissões de protecção de Crianças e Jovens) que aplicam uma Medida de Promoção dos Direitos e de protecção das Crianças e Jovens - no caso, acolhimento temporário em instituição -, com o objectivo de as retirar da situação de perigo em que se encontrem. A actuação do DES caracteriza-se por uma intervenção multidisciplinar em que o principal objectivo é salvaguardar o bem-estar e os direitos das crianças, criando-se condições que lhes proporcionem uma recuperação e um desenvolvimento tão harmonioso quanto possível, designadamente nos domínios psicológico, social, educativo e da saúde, de forma dinâmica e individualizada. A resposta célere aos pedidos de acolhimento urgente, mesmo em situação de sobrelotação, e a reintegração das crianças na sua família biológica, são as suas prioridades.


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ESPECIAL DIA DO ANIMAL 01 OUTUBRO 2015

O Dia Mundial do Animal não é só para quem tem animais

Opinião

Dia 4 de Outubro é dia de eleições e talvez por isso não haja muitas iniciativas Para quem tem animais de companhia Dia Mundial do Animal é todos os dias. Para quem não tem animais pode ser uma boa altura para olhar para os animais com outra atenção que não lhes dispensa nos restantes dias do ano.

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ão maltratar animais é já uma boa forma de celebrar o Dia Mundial dos Animais, se pensarmos que vivemos tempos em que a crueldade humana se manifesta abertamente contra qualquer espécie de vida humana. Quem tem animais a seu cargo, assumindo a responsabilidade de os alimentar e tratar cumpre uma função importante mas não deve, por isso, deixar de dar atenção aos restantes seres humanos e dedicar-lhes algum do seu tempo. Ter um animal de companhia tem outras compensações para além das meramente afectivas, como explicam os dois médicos veterinários que aceitaram escrever para este suplemento de O MIRANTE. Está provado que ter um animal de estimação faz bem à saúde. A presença de um cão di-

minui a pressão sanguínea, controla a ansiedade de cardíacos e ajuda a melhorar as funções do coração e do pulmão em pacientes internados. Um cão na sala de espera de consultórios reduz o stress das crianças. Idosos que possuem um animal de estimação em casa visitam o médico com menos frequência. Mas atenção, os efeitos da presença de bons amigos ou de pessoas que amamos, também é extremamente benéfica. A terminar deixamos uma sugestão. No Dia Mundial do Animal, para além daquela prenda especial para o seu animal de estimação, aproveite para fazer aquele telefonema a um amigo ou familiar que anda para fazer há imenso tempo. O Dia Mundial do Animal foi criado com a intenção de sensibilizar a população para a necessidade de proteger os animais e preservar todas as espécies, para chamar a atenção para a importância dos animais na vida das pessoas e ainda para celebrar a vida animal em todas as suas vertentes. A escolha do dia 4 de Outubro foi feita em 1931 durante uma convenção de ecologistas em Florença e teve em conta o facto de ser o dia de São Francisco de Assis, santo padroeiro dos animais

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Canil Intermunicipal de Torres Novas comemora Dia Mundial do Animal No próximo fim-de-semana, dias 3 e 4 de Outubro, o Canil Intermunicipal de Torres Novas vai comemorar o Dia Mundial do Animal, que se assinala a 4 de Outubro, com várias actividades para promover a adopção de animais e sensibilizar a comunidade para o bem-estar animal. Do programa de actividades fazem parte a campanha de adopção de animais, ambos os dias, das 11h00 às 16h30, no Jardim das Rosas, onde vão estar disponíveis para adopção diversos cães e gatos recolhidos pelo canil. No sábado, às 14h30, es-

tá marcada a 7ª Cãominhada e o 8º Encontro de Animais Adoptados. O domingo é dedicado ao público mais jovem com pinturas faciais para crianças, desenhos, canções infantis e modelagem de balões entre as 14h00 e as 16h00. Está programada também a leitura encenada do conto “Granadas Castanhas no Jardim dos Cãezinhos” de Manuela Mota Ribeiro. O Canil Intermunicipal de Torres Novas abrange também os concelhos de Alcanena, Entroncamento e Vila Nova da Barquinha.

Comemorar o Dia Mundial do Animal Numa sociedade moderna a forma como tratamos e interagimos com o Animal diz muito sobre nós mesmos. Se entendermos que o modo de vida dos animais depende muito da nossa atitude em relação a eles, podemos então dizer que somos uma sociedade Humana. Actualmente dá-se cada vez mais importância ao bem-estar e comportamento animal porque a ligação Homem-Animal é cada vez mais intensa. Hoje existem cada vez mais cães guias, cavalos usados em terapias e até mesmo pessoas em que a sua única companhia é o seu animal. Os serviços de saúde prestados por nós veterinários e pessoas ligadas à área animal vieram acrescentar valor, conseguindo em simbiose com os seus donos, aumentar a qualidade e esperança média de vida para que esta relação seja o mais longa possível. Efectivamente, proceder desta maneira contribui para o bem estar social e para a saúde pública. Durante a primeira abordagem tento conhecer ambos (dono e animal) e tenho por hábito dividi-la em 3 partes (Prevenção, Nutrição e Comportamento/Socialização). A Prevenção foca-se bastante na vacinação e desparatisações internas e externas, sendo fácil de explicar a um dono a sua importância vital para diminuir os risco de doença bem como respeitar a saúde pública. Ao nível da Nutrição os donos

Na primeira abordagem tento conhecer ambos (dono e animal) e tenho por hábito dividi-la em 3 partes (Prevenção, Nutrição e Comportamento/Socialização). A Prevenção foca-se bastante na vacinação e desparatisações internas e externas, sendo fácil de explicar a um dono a sua importância vital para diminuir os risco de doença bem como respeitar a saúde pública estão bastante sensibilizados e vai caíndo por terra o mito de que um animal “gordinho” transborda saúde. O comportamento e socialização de um animal é fulcral para o mesmo, quer em relação a outros animais quer à sociedade em geral sendo por isso óptimo a exposição deste a vários estímulos e situações. Sem exigir retorno o seu animal acaricia e protege-o: retribuir é uma boa escolha. Dia 4 de Outubro vamos todos comemorar o Dia Mundial do Animal e mimar ainda mais aqueles que nos rodeiam. João Martinho Cláudio - Médico Veterinário - Clínica Veterinária S. Francisco de Assis - Santarém


01 OUTUBRO 2015 ESPECIAL

Opinião

A saúde é só uma e não é um luxo A medicina veterinária divide-se em muitas áreas de actuação e tem sido ao longo dos tempos uma das pedras basilares da saúde de toda uma população (homens e animais). Desde a Saúde Pública Veterinária, Epidemiologia e Antropozoonoses (doenças comuns ao Homem e aos animais), à tecnologia dos produtos alimentares, pesca, caça, animais de exploração pecuária, contro-

lo higiosanitário dos estabelecimentos que manuseiam alimentos, laboratório, pesquisa científica, é claro, a mais conhecida, clínica dos animais de Companhia. Na verdade esta última, não visa só proteger a saúde dos nossos amigos de 4 patas, mas também a saúde da família. Há muitas doenças passíveis de serem transmitidas dos animais ao homem tal como podem ser transmitidas do homem aos animais. E algumas até podem ser só transmitidas por agentes vectores, como as pulgas, as carraças, e os mosquitos. Nestes casos muitas vezes as pessoas até podem nem sequer ter qualquer animal de companhia. Os Consultórios, Clínicas e Hospitais Veterinários prestam um serviço inestimável à sociedade onde estão inseridos, pois são um

Marcha no Cartaxo assinala Dia Mundial do Animal Para assinalar o Dia Mundial do Animal a Associação de Protecção aos Animais Abandonados do Cartaxo (APAAC) vai realizar uma marcha no sábado, 3 de Outubro, que vai percorrer a Rua Batalhoz e terminar na Praça 15 de Dezembro, no Cartaxo. A marcha pretende reunir pessoas de todas as idades, convidando-as a trazer o seu animal de estimação. A concentração está marcada para

as 10h00 junto à Lavricartaxo. A marcha tem início meia hora mais tarde, e termina na Praça 15 de Dezembro. Aí vai haver convívio e várias surpresas. Nesse dia vão também ser conhecidos os vencedores do concurso de expressão plástica que a APAAC organizou e que envolveu muitas crianças do concelho. A APAAC é uma entidade sem fins lucrativos que, desde 1990, se dedi-

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garante da saúde da família (humanos e animais). Ali pratica-se a medicina nas suas diferentes vertentes. Preventiva, terapêutica, interventiva e a Cirúrgica. Hoje há cada vez mais uma especialização nas mais diversas áreas da Medicina Veterinária. A imagiologia é uma realidade. Fazem-se endoscopias, ecografias, radiologia digital, TAC, ressonância magnética. Fazem-se análises clínicas na hora. A cirurgia está cada vez mais adaptada às necessidades reais dos nossos amigos de 4 patas. A Neurocirurgia é uma prática corrente. Já não há justificação para não se tratarem os animais paraplégicos por hérnias discais, por exemplo, ou com tumores intracranianos. A Cirurgia Ortopédica já permite a colocação de próteses (na anca, joelho ou cotovelo). E há a cirurgia oftálmica com recurso a microscopia cirúrgica que permite, por exemplo, a cirurgia das cataratas com implantação de lentes intra-oculares. Há também a radiologia intervencionista (cateterismo cardíaco, stents, etc). Em todos os campos, a medicina veterinária faz um esforço titânico para acompanhar a evolução. Mas este esforço é total e exclusivamente à custa da vontade, da paixão e do compromisso dos profissionais médicos veterinários que, em prejuízo da sua vida pessoal, asseguram um serviço, muitas vezes 24 horas por dia, a quem necessite dele.

ca à defesa e bem-estar dos animais abandonados, lutando pelos seus direitos. Além de defender e preservar a vida animal e promover o respeito pelos animais, tem também importantes funções sociais no campo higieno-sanitário. A associação é responsável pela gestão do Canil Municipal do Cartaxo, cujo espaço é constituído por dois edifícios, possuindo células interiores e exteriores, assim como área para quarentena. Tem sala de tratamentos, refeitório, gabinete do veterinário, escritório e sala de reuniões. Uma das últimas valências criadas foi o gatil municipal.

DIA DO ANIMAL

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É uma actividade 100% privada, sem qualquer apoio estatal. Taxada a nível de IVA com 23%, como se a saúde dos animais que temos em casa, junto aos nossos filhos, não fosse completamente interdependente da nossa. A saúde é só uma. E não é um luxo. Quantas famílias têm no animal de companhia que acompanha os seus filhos, a solução para problemas de insucesso escolar, inadaptação, autismo ou piores? Emídio Almeida - Médico Veterinário Hospital Veterinário Tutivet Centro Cirúrgico de Santarém


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ESPECIAL FEIRA FRUTOS SECOS 01 OUTUBRO 2015

Feira Nacional dos Frutos Secos no centro de Torres Novas e com entradas gratuitas O certame vai na sua trigésima edição e atrai muitos visitantes pelo seu carácter popular foto arquivo O MIRANTE

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Feira Nacional dos Frutos Secos em Torres Novas, que decorre de 8 a 11 de Outubro, vai regressar ao centro da cidade e vai ter entradas gratuitas. A feira, que este ano completa 30 anos, tantos quantos Torres Novas tem como cidade, vai ficar instalada numa tenda de grandes dimensões a instalar na Praça 5 de Outubro. O regresso a uma zona central da cidade é justificado pelo facto de muitos dos habituais visitantes, nomeadamente os da cidade, apenas visitarem a feira uma vez devido à necessidade de se deslocarem para a periferia, nomeadamente para o Palácio dos Desportos, local onde a feira se realizou o ano passado ou para o pavilhão de exposições da Nersant - Associação Empresarial, na Várzea dos Mesiões, onde esteve anteriormente. A feira começou por ser instalada no recinto do antigo mercado, próximo do centro de Torres Novas. Apesar de haver menos pessoas do concelho a secar frutos secos, nomeadamente

o figo, como era tradição, o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira (PS), acredita que continua a fazer sentido realizar a feira. “Tem aumentado a presença na feira de outros produtos como licores, bolos e doces relacionados com os frutos secos. Além disso esta é uma feira popular que atrai muitas pessoas pelo convívio, gastronomia e música popular”, diz Pedro Ferreira. Segundo a organização, a Feira Nacional dos Frutos Secos, certame a que se junta a 24.ª edição da Feira Internacional dos Frutos Secos e a 13.ª Feira do Figo Preto, produto de identidade local com vários anos de tradição no concelho de Torres Novas, tem como objectivo principal dinamizar e dignificar o sector dos frutos secos e passados, a preservação dos saberes e sabores associados aos frutos secos, com principal destaque para a tradição, cultura e património torrejanos. No recinto haverá espaços dedicados aos frutos secos, artesanato, bens alimentares e muita animação

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01 OUTUBRO 2015 ESPECIAL

FEIRA FRUTOS SECOS

Uma grande festa do povo em que o convívio se faz ao som da música tradicional Ranchos folclóricos, bandas ilarmónicas, arruadas e outras músicas tradicionais foto arquivo O MIRANTE

Os produtores concelhios de frutos secos são menos porque a globalização avança e apresenta produtos mais soisticados a preços sem concorrência mas o consumo daquele tipo de produtos também deixou de estar concentrado no Natal e Ano Novo para ganhar o seu lugar ao longo de todo o ano. E são cada vez mais os apreciadores de licores e doçaria tradicional que incorpora frutos secos. A Feira Nacional dos Frutos Secos, em Torres Novas, de 8 a 11 de Outubro é mais uma vez local de encontro e de alegre convívio. Frutos secos, licores e doçaria à base de frutos secos, artesanato, tasquinhas com gastronomia tradicional, folclore e música filarmónica. A Feira Nacional dos Frutos Secos em Torres Novas tem o aroma da tradição e tem uma alma própria que a faz sobreviver e crescer mesmo quando há cada vez menos pessoas a produzir frutos secos, nomeadamente passas de figo, no concelho. As pessoas com mais idade sabem que a Feira de Frutos Secos nunca foi um local exclusivamente dedicado à comercialização de frutos secos. Era e continua a ser um local de encontro, de convívio à volta de um doce ou de um pe-

tisco e de muita animação com música que não passa nas rádios nem televisões, como a das bandas filarmónicas ou dos ranchos folclóricos. Era também e continua a ser, um local onde se compram outros produtos regionais que não se encontram nas grandes superfícies nem mesmo nas modernas lojas de comércio local. Este ano a feira é no centro da cidade, na emblemática praça 5 de Outubro e as entradas são gratuitas. Torres Novas celebra trinta anos de elevação a cidade e a feira celebra trinta anos de vida. Pretexto para celebrar à moda antiga, com boa comida caseira, vinhos da região, licores e bolos. Na Quinta-feira, dia 8, a Feira abre às sete da tarde. Uma hora depois toca a Banda Operária Torrejana. A seguir sobe ao palco o Rancho Folclórico “Os Ceifeiros” de Liteiros. Na sexta a Feira abre às 18 horas. No Sábado e Domingo, 10 e 11, a abertura é às 11 da manhã. Dá para almoçar por lá e tudo. O programa da Feira está disponível online no site da câmara municipal. Na sexta-feira às dez da

noite há uma arruada com a Sociedade Musical União e Trabalho de Lapas, para chamar gente à festa. Logo a seguir, no recinto da Feira, música “com raízes na tradição popular portuguesa”. Arruada também no Sábado às 16 horas com a Filarmónica Euterpe Meiaviense e no Domingo, também às 16 horas com a Sociedade Filarmónica Lealdade União Ribeirense. Também no domingo há folclore. Primeiro com As Camponesas de Riacho e depois, pelas 19 horas com os Camponeses de Riachos. Para quem gosta de danças populares há um carrossel de danças com a participação do público no Sábado depois do jantar. Para não excluir ninguém o programa da Feira Nacional dos Frutos Secos tem outras actividades programadas. Um treino aberto no Centro Municipal de Marcha e Corrida às 10 horas de Sábado. Uma aula de Zumba no mesmo dia às cinco da tarde, um Zumba Kids às 11 horas de Domingo. Ao longo dos dias de Feira há insufláveis montados para as brincadeiras das crianças.

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A empresa editora de O MIRANTE é

Páginas desta edição: 52 • 01 Outubro 2015

Foto Revista

ÚLTIMA PÁGINA

Semana da mobilidade

Sair à rua à hora de jantar, ainda por cima numa noite de vento, não é para qualquer um. Mas foi precisamente isso que 120 pessoas de toda a região decidiram fazer na noite de sábado, 26 de Setembro, para participarem na primeira edição do trail nocturno de A-dos-Loucos. Uma festa desportiva mas também de convívio, serra acima e serra abaixo. E com zumba também, para quem precisou de aquecimento prévio.

no Facebook Passadiço de acesso a escola em Santarém fechado para obras Estiveram à espera que começassem as aulas. Já cheguei a essa conclusão há muito tempo. Amélia Conceição Isto é difícil de compreender... Se demorar tanto como as barreiras ou mesmo como a estrada da estação… António Godinho Políticos deixaram deficientes a andar sozinhos de cadeira de rodas Se a questão preocupasse os responsáveis nem seria necessária a marcha. Porém nas câmaras municipais não existem apenas políticos, existem técnicos responsáveis pelos projectos. Mesmo em obras novas, licenciadas recentemente, a questão da mobilidade nem sempre é assegurada. Pensem em escolas novas com degraus e escadas nos recreios, acessos a jardins e

parques novos, passeios em urbanizações caríssimas, entre outros. Adélia Gominho Albufeira de Magos não é dragada há mais de 75 anos Todas as albufeiras de águas paradas têm este problema, esta não é excepção. O acumular de algas tem a ver com isso. Ao proibirem a utilização de embarcações fez acabar com a pouca oxigenação que existia... E sim uma dragagem ajudaria em muito! António Pedro Costa Bombeiro e três guardas agredidos no posto da GNR de Alpiarça Podemos criticar a incapacidade evidenciada, mas não podemos esquecer que a frágil e ténue fronteira da limitação do uso da força coloca sérios entraves à iniciativa policial individual ou colectiva, muitas vezes em prejuízo da vida profissional com tem acontecido. Luciano Trancas Multados por pesca ilegal na Barragem de Magos Realmente estão a cometer

Comentário

O “pássaro possível” de Ruy Belo Teresa Belo, mulher do poeta Ruy Belo, encontrou na Cinemateca um filme do seu casamento. Contou aos amigos e daí até à organização de uma sessão de homenagem e recordação do “Homem de Palavras” foi um passo. Na noite de segunda-feira,dia 28, no cinema Monumental, a sala quase encheu para vermos um filme de cinco minutos da autoria de Luís Filipe Lindley Cintra que foi professor de Teresa Belo e mais tarde padrinho do seu casamento.

uma infracção. Contudo esses militares da GNR deveriam preocupar-se em descobrir a fonte poluidora da barragem e aplicar as devidas coimas. Alexandre Anastácio Loja do Cidadão em Santarém só para o ano Era para ter sido em Julho. Não há pressa para coisa alguma em Santarém. As barreiras é para o ano, o mercado municipal também fica para o ano! Enfim, não morram entretanto, se querem ver obras feitas. Teresa Marques Ex-presidente de Almeirim responde por crimes de prevaricação em processos de obras Coitado do senhor. Todos fossem como ele, que só não ajudava mais porque não podia... Carla Ferreira Acusado de condução com álcool quando empurrava carro avariado Se fosse alguém numa carroça também faziam o teste ao “burro”? Jaime Oliveira Fontes

O pretexto para a homenagem ao poeta foram os poemas influenciados pelo cinema. Depois de uma sessão de poesia e da projecção do filme do casamento de Ruy e Teresa assistiu-se à exibição de Esplendor na Relva, um filme de Elie Kazan, estreado em 1961, tendo como actriz principal Natalie Wood, que Ruy Belo recorda num dos seus poemas. Revi o filme com alguns jovens à minha frente a rirem-se em várias cenas, certamente com o espírito diferente daqueles que no início dos anos sessenta acharam o filme “piegas e cabotino” e depois tiveram que se render uma vez que o filme tornou-se verdadeiramente mítico. À saída vi gente mais velha com lágrimas nos olhos certa-

Como que por ironia, a segunda-feira da Semana Europeia da Mobilidade (SEM), talvez por coincidir com o efetivo início das aulas nas escolas, acorda em Lisboa e Porto (só?) com engarrafamentos muito para além do normal. Melhor, anormal; não é normal uma via rápida com trânsito parado. Na verdade, ironicamente, este pode ser lido como o resultado da “magnífica” SEM que todos os anos, por esta altura, há mais de uma década, nos entra pelos computadores e tablets dentro. É certo que há muito mais pessoas a fazer a sua vida diária, e a levar as crianças à escola, a pé ou de bicicleta, mas duvido muito que seja por qualquer efeito da dita SEM. Em oposição, tenho a profunda convicção do ridículo e do prejuízo que causa fechar uma via rápida para que durante umas horas alguns pais andem de patins ou trotineta com as criancinhas - dou como exemplo a Marginal (N6) que liga Cascais a Lisboa. Depois disto, só falta mesmo deixarem-nos praticar skate durante umas horas na A1. No dia seguinte, os mesmos pais levam os filhos à escola e só não entram com o automóvel dentro da sala de aula porque não conseguem. Todos os anos as iniciativas da SEM são variadas e não há imaginação para mais. Este ano, entre outras, dei pelo scooters day e numa boa terra do Tejo incentivaram as pessoas a deixarem de andar a pé e a usarem o autocarro. Não dá para imaginar o que virá a seguir, mas a continuar assim ainda vamos ver alguma marca de automóveis a demonstrar a vantagem destes na mobilidade e na saúde dos utilizadores. Em sentido contrário da SEM, muitos dos agregados familiares possuem mais do que uma viatura: umas vezes por absoluta necessidade, tal a independência de vidas profissionais, outras nem tanto. Identifica-se, cada vez mais, o automóvel com liberdade e o esforço de “ganhar tempo”, que raramente se traduz em “tempo livre” e muito menos em qualidade de vida e bem estar. É incontornável e volto a escrever que as vantagens em caminhar ou andar de bicicleta são tão evidentes que não é necessário justificá-las. A lista de condições para que esta mais valia urbana se torne cada vez mais uma realidade é extensa, mas quase que se pode resumir a uma só: favorecer a proximidade entre o lugar de residência e o trabalho/escola. Esta opção, de grande valor estratégico, assenta em políticas de atuação coerentes, nacionais e locais, claras e bem estruturadas, nunca em SEM. Sabemos a receita, falta aplicá-la. Entretanto, folclores como a SEM vêm mesmo a calhar. Aproveite a oportunidade e faça duas coisas boas num só dia: vá votar a pé. Carlos A. Cupeto

mente identificados com o drama dos adolescentes Deannie Loomis e Bud Stamper que protagonizaram uma verdadeira tragédia americana que não acaba em mortes violentas mas na morte que cada um transporta no seu íntimo. O poeta de São João da Ribeira é recordado todos os anos com a realização de um prémio literário e muitas promessas para a casa onde viveu que já foi museu e agora prometem transformar em casa de residência para escritores. Ruy Belo é um grande poeta e uma figura maior da cultura portuguesa. A sua vida é um exemplo para muitos que não conheceram as dificuldades da luta contra o antigo regime. Ruy Belo pagou caro essa luta

e viu-se sem emprego e sem condições para continuar a sua vida de escritor e tradutor.

D

omingo vota-se para um novo Governo. Por mim votava para viver num novo país ou num país novo. Não gosto e desespero com o Estado a que chegamos. Bem sei que vivemos tempos revolucionários com a queda dos banqueiros que mandavam nisto tudo com a complacência, e a ajuda, de alguns políticos. Mesmo assim receio que o pior ainda esteja para vir. Por isso gostava de votar num país e não num partido. Votarei, no entanto, com o espírito em dois versos de um poema de Ruy Belo: “O Portugal futuro é um país/aonde o puro pássaro é possível”. JAE


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