Nersant lança Manual de Boas Práticas e Técnicas em Reabilitação Urbana A Associação Empresarial da Região de Santarém, Nersant, elaborou um Manual de Síntese e Práticas em Matéria de Reabilitação Urbana, com vista a informar e clarificar alguns conhecimentos em materiais e técnicas desta área. Foram elaboradas 17 fichas especializadas. Em cada uma das fichas consta a respectiva caracterização (vantagens, propósito, finalidade, contra-indicações, principais dificuldades), aplicabilidade, materiais e equipamentos necessários, e execução técnica (resultado final, excepções e
recomendações de aplicação). As fichas são sobre: “Revestimentos areados de cal em paredes antigas”, “Emboço Ventilado”, “Pavimentos Ventilados”, “Sistema de Águas e Esgotos”, “Reabilitação de Alvenarias”, “Sistemas de Capotto”, “Substituição de janelas”, “Envidraçados”, “Coletores Solares Térmicos”, “Reabilitação de fachadas - Pinturas”, “Reabilitação de fundação - Microestacas”, “Pregagens com manga injetada”, “Impermeabilização de coberturas”, “Reabilitação de vigas de madeira”, “Consolida-
ECONOMIA
ção de alvenarias por injeção”, “Isolamento de coberturas” e “Isolamento de fachadas”. O lançamento desta publicação está inserido na actividade Regenerapolis - Uma oportunidade de desenvolvimento económico, na qual foi fomentado um novo cluster para as empresas do sector da construção civil, direccionado para a regeneração urbana, bem como, no apoio à criação de um novo fundo de activos de financiamento para essas obras. O projecto está disponível em http://regenerapolis.nersant.pt/.
13 de Agosto de 2015
Nersant dinamiza novas acções de formação para desempregados Nersant assinou com o IEFP um aditamento ao protocolo em vigor referente à dinamização da Medida Vida Activa que já possibilitou à associação a dinamização de 11 acções de formação 10
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Empresa da Semana
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ESPECIAL CORUCHE 13 AGOSTO 2015
O orgulho das gentes de Coruche sai à rua nas Festas de Nossa Senhora do Castelo As novidades deste ano são os “encierros” à maneira de Pamplona e as tertúlias foto O MIRANTE
A parte religiosa das festas começou dia 6 com as novenas mas a inauguração oicial é só na Sexta-feira, dia 14. Este ano a juntar às muitas actividades taurinas estreiamse os “encierros” à maneira de Pamplona. Os nomes maiores a nível musical são os de Tiago Bettencourt, José Cid e Xerife. O desile etnográico é dia 17 e envolve mil igurantes. A procissão de dia 15, Sábado, saiu à rua pela primeira vez em 1516.
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reze tertúlias espalhadas pela vila e dois “encierros” com dois touros e vários cabrestos, são as grandes novidades introduzidas este ano nas Festas em honra de Nossa Senhora do Castelo que estão de volta a Coruche até 18 de Agosto. O “encierro” é uma prática festiva tauromáquica que envolve populares a correrem em frente de touros, novilhos e vacas. Um dos mais conhecidos do Mundo é o que se realiza na cidade de Pamplona (Espanha) durante as festas de S. Firmino. A inauguração oficial das festas deste ano está marcada para as 18h00 de dia 14 no Parque do Sorraia. Às 22h00, desfilarão pelas ruas da vila nove fanfarras de
ORgulhO. Festas de Coruche são um dos pontos altos do Verão bombeiros. O tradicional fogo de artifício no rio começa às 00h00, seguindo-se o concerto da Sociedade de Instrução Coruchense e uma largada de quatro toiros pelas ruas da vila. Tiago Bettencourt (dia 16), José Cid (dia 17) e Xerife (dia 18) são as principais atracções musicais das Festas. Ao longo de todas as noites haverá animação com as actuações de grupos locais, bailes popula-
res e música de dj’s nas tertúlias. O Festival Internacional de Folclore António Neves arranca às 22h00 com a participação do Rancho Folclórico Regional do Sorraia, Fajarda, “Os Camponeses” de Santana do Mato, grupos nacionais e o Grupo Coros Y Danzas Mazantini (Espanha). No Dia do Aficionado, 16 de Agosto, a essência da festa taurina vai estar em
A inauguração oicial das festas deste ano está marcada para as 18h00 de dia 14 no Parque do Sorraia. Às 22h00, desilarão pelas ruas da vila nove fanfarras de bombeiros. grande destaque nas ruas da vila. O dia começa com condução de cabrestos pelas ruas da vila e entradas de toiros com campinos. A grande novidade da edição das Festas de Coruche 2015 é a introdução de um “encierro” a partir das 10h30. Largadas de toiros, prova de condução de cabrestos, picaria à vara larga e tourada à corda à maneira dos Açores, são outras das actividades programadas. As 13 tertúlias vão desfilar pelas ruas da vila, com partida dos Paços do Concelho, às 18h20. O cortejo histórico e etnográfico sai à rua na manhã de segunda-feira, 17 de Agosto, envolvendo cerca de mil figurantes. Neste, dedicado ao Campino do Sorraia, decorrerá uma homenagem solene aos campinos, pelas 17h00, junto do Mural dos Toureiros. Na Praça de Touros há tourada com António Ribeiro Telles, João Moura Júnior e João Telles Júnior e a participação dos Forcados Amadores de Coruche. O programa das festas reserva também espaço para as actividades desportivas. A pesca desportiva vai estar em destaque na manhã de 9 de Agosto com o Concurso Nacional de Pesca Interclubes. As manhãs de 15, 16 e 17 de Agosto são também dedicadas à pesca. Os finais de tarde de 14
13 AGOSTO 2015 ESPECIAL a 18 de Agosto será animado com aulas de zumba no Palco das Tasquinhas. O Dia da Juventude, 18 de Agosto, reserva mais um “encierro”, largadas de toiros e tourada à corda. Para as senhoras e crianças, haverá uma largada de bezerras na Rua Virgílio Campos Pais do Amaral, pelas 16h30. Na última noite das Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo haverá muita música e animação, um sorteio de duas viagens à Ilha Terceira (Açores) e um espectáculo pirotécnico no Parque Sorraia, pela 01h00. Berta Santos, presidente da Comissão de Festas de Coruche há quatro anos, aproveitou a sessão de apresentação do programa das festas para apelar à condescendência dos munícipes lembrando que “não há festas sem constrangimentos”. Salientou o esforço que é feito para angariar o dinheiro necessário para realizar as festas e deixou agradecimentos a todos os voluntários que a acompanham neste desafio. Também o presidente da câmara, Francisco Oliveira (PS) destacou o grande esforço de todos os intervenientes para conseguirem realizar umas festas dignas em tempos de crise e apelou aos munícipes
que se façam associados da Comissão de Festas para que Coruche possa receber com orgulho e simpatia todos os visitantes. “O orgulho de sermos coruchenses du-
Uma procissão com origem no século dezasseis No Dia da Padroeira, 15 de Agosto, a imagem de Nossa Senhora do Castelo vai sair em procissão pelas principais ruas da vila, a partir das 18h00, com a tradicional bênção solene dos Lares e Campos do Vale do Sorraia. A cerimónia encerra o conjunto de actividades religiosas que tiveram início a 6 de Agosto com as novenas. “Segundo um documento anexo ao Estudo Histórico de Coruche, da professora Margarida Ribeiro, a origem do culto deverá estar relacionada com a carta-ordem de D. Jorge de Lencastre, Mestre da Ordem de Santiago e de Avis, datada de 13 de Junho de 1516, em que se mandava fazer uma solene procissão
Foi no Sábado, mais uma vez e já integrado no Programa das Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo de Coruche, que da Quinta da Silveira - Fajarda, Coruche, saíram campinos rumo ao Centro da Vila de Coruche com o jogo de cabrestos daquela casa. Trata-se de recriar uma tradição com muitos anos e tanto a viagem pelo campo que culmina com a entrada de todos pelas pontes da Vila sob o olhar atento e, porque não, embevecido, de quem ama a sua terra, as suas tradições, as suas gentes e costumes. O momento é muito esperado por todos. O campo, o gado, o trabalho sob o sol quente que se faz sentir nesta altura, estão ali representados. As fotografias captadas por quem assiste são verdadeiros postais, ou não fosse o cenário idílico. Momentos únicos que ficam também registados na retina e no coração de quem vê e participa.
rante a festa é ainda maior. Fazemos gala em receber da melhor maneira todos os forasteiros e gostamos de saber que ficam com vontade de voltar”, disse
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em honra de Nossa Senhora, no dia 2 do mês de Julho, dia da visitação da sua prima Santa Isabel. Mas porque a Igreja Católica assinalava com maior festividade o dia da Assunção de Nossa Senhora, 15 de Agosto, a procissão foi transferida para esta data”, pode ler-se na página da internet da Comissão de Festas. Ao longo das festas religiosas, o padre Francisco Rodrigues irá celebrar várias missas. A primeira, dia 14 às 12h00. Trata-se de uma missa solene em acção de graças pela vitória na Batalha de Aljubarrota ocorrida no mesmo dia, em 1385, contra o exército de Castela. No mesmo dia, às 21h30, é celebrada missa por intenção dos irmãos (da Irmandade do Castelo) e por alma dos irmãos falecidos. Nessa noite é concluída a novena. No dia 15 há missa de acção de graças a Nossa Senhora do Castelo pelas 12h00 e missa na Igreja Matriz antes da saída da procissão.
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ESPECIAL CORUCHE 13 AGOSTO 2015
Tertúlia de Jorge Júlio é um hino de amor à tauromaquia e às tradições Um entusiasmo juvenil por Coruche e pelas festas apesar dos noventa anos de idade foto O MIRANTE
Do portão escancarado da antiga oicina de Jorge Júlio, no centro histórico de Coruche, vislumbram-se dezenas de cartazes de corridas de toiros, molduras com fotograias de cavaleiros e forcados, desenhos e pequenos artefactos ligados ao mundo taurino e rural. Mariana Apolónia
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uem passa em frente ao número 1 da Travessa do Salestiano, no centro histórico de Coruche, não consegue ficar indiferente aos inúmeros cartazes de corridas de toiros, molduras com fotografias de cavaleiros e forcados, desenhos e pequenos artefactos ligados ao mundo taurino e rural que se vislumbram nas paredes da antiga oficina de Jorge Júlio, através do portão escancarado. Jorge Júlio trabalhou durante mais de quatro décadas como mecânico de automóveis. Quando deixou de trabalhar transformou a oficina numa tertúlia. Ao princípio abria o espaço só de vez em quando, “para arejar” mas a crescente curiosidade dos transeuntes motivaram-no a abri-lo todos os dias. Fá-lo por gosto e não para ganhar dinheiro. Aliás, não aceita que ninguém lhe deixe “um tostão”
TOIROs. Jorge Júlio é um aicionado da festa brava e fica ofendido se algum visitante se for embora sem levar uma recordação. Já lhe roubaram um toiro em barro pelo qual tinha muita estimação, mas nem esse desgosto o faz fechar a porta. Aos 90 anos passa boa parte dos dias a tentar arrumar melhor o espólio. “As paredes estão cheias demais e já não devo conseguir pendurar mais nada”, reconhece com um sorriso tímido. Grande parte
das fotografias de cavaleiros, bandarilheiros e forcados, alguns deles já falecidos, estão autografadas. Numa das paredes, não passa despercebido um cartaz muito antigo que anuncia uma corrida na Praça do Campo Pequeno, em Lisboa, em 1901. Engavetadas estão outras tantas centenas de fotografias e cartazes que perfazem um total de mais de dois mil exemplares. Na parede do fundo salta à vista uma im-
ponente cabeça de toiro e do tecto pendem duas mantas ribatejanas. A paixão pela tauromaquia surgiu ainda em jovem e cedo começou a ir a corridas de touros a Espanha. Na Praça de Toiros de Coruche conta que tinha um lugar cativo à sombra. “Era nas bancadas mesmo em frente ao camarote do presidente da câmara”. É com tristeza que vê hoje as praças cada vez mais vazias. Os bilhetes estão caros e a vida hoje é diferente, bem sabe. Os movimentos anti-taurinos são outra coisa que o desgosta. “É pena não haver mais corridas em Coruche. Nesta terra estão os melhores cavaleiros, bandarilheiros e forcados do país”, anuncia. O mestre David, patriarca da família Ribeiro Telles e amigo próximo de Jorge Júlio, bem como os seus filhos e netos, estão representados muitos recantos da antiga oficina onde também não faltam imagens de outras figuras emblemáticas como os irmãos Badajoz, Diamantino Viseu, António Luís Lopes, Simão da Veiga ou Mário Coelho. “Só falta o senhor David Ribeiro Telles vir visitar a tertúlia porque os filhos dele já cá estiveram todos”, graceja. Em cima de uma mesa tem uma fotografia sua, a preto e branco, numa actuação do Rancho Folclórico do Sorraia. em 1944. Ao lado está um recorte de O MIRANTE que noticia o 109º aniversário do Clube Artístico Comercial Coruchense com uma fotografia sua em grande plano. É o sócio número 1 da associação, que em tempos dirigiu, e diz que passou bons momentos da sua vida na sede da mesma, na Rua de Santarém. DE MECÂNICO DE BICICLETAS A MECÂNICO DE AUTOMÓVEIS Tremem-lhe um pouco as mãos e tem
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foto arquivo O MIRANTE
problemas de audição mas tem uma boa cabeça e é um grande conversador e contador de histórias. Jorge Júlio nasceu em Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, a 16 de Novembro de 1924. Era o mais novo de nove irmãos e ficou órfão de mãe quando tinha apenas quatro anos de idade. O pai morreu quando ele tinha 15 anos, pouco depois de a família se mudar para Coruche onde já viviam dois irmãos mais velhos. “Viver em miúdo sem mãe e sem pai custou-me muito”, confessa. Ficou a viver com o irmão António, que lhe ensinou o ofício de mecânico de bicicletas. O seu sonho era arranjar automóveis e só descansou quando conseguiu trabalho numa oficina que existia no centro histórico na vila, depois de dias a fio a
O dia em que deitou fogo ao cabelo de Amália Rodrigues As Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo são o momento alto do ano para Jorge Júlio e durante longos anos esteve activamente ligado à Irmandade da Santa a quem cabe organizar os festejos. O seu empenho era tal que em 1998 conseguiu levar a Coruche a emblemática fadista Amália Rodrigues. Antes do concerto, quando estava no camarote, Amália Rodrigues quis fumar e Jorge Júlio fez a gentileza de lhe estender prontamente um isqueiro a gasolina para acender o cigarro. Azar dos
pedinchar ao dono uma oportunidade. Aí trabalhou durante duas décadas, mas depois de casar decidiu abrir o seu próprio negócio na garagem de sua casa. Começou por vender uns carros e acabou por se tornar agente oficial de uma das principais marcas de automóveis. Conta que trabalhou muito, numa altura em que “o negócio rendia e dava para viver uma vida desafogada”. Guarda numa arrecadação muitas ferramentas de trabalho que já ninguém quer comprar mas que, segundo ele, “ainda valem uns bons contos de réis”. O imenso espólio de cartazes, imagens e artefactos taurinos, esse, quer deixá-lo em boas mãos. Diz que talvez faça uma doação à Câmara Municipal de Coruche
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azares, a chama estava demasiado alta e chamuscou uma ponta do cabelo da artista, que se assustou a valer. “Ela começou aos gritos horrorizada a pensar que eu lhe tinha queimado o cabelo todo. A chama só queimou um bocadinho de cabelo à frente mas ela estava verdadeiramente em pânico”, conta a rir. A experiência no Grémio Coruchense e na Irmandade de Nossa Senhora do Castelo não foram as únicas experiências associativas de Jorge Júlio. Ao longo dos anos passou por grande parte das associações do concelho de Coruche, excepto as desportivas, e foi inclusive um dos fundadores do projecto de solidariedade social do Bairro dos Pobres. “Toda a gente me conhece e tenho grandes amizades. Sempre fui muito estimado por esta gente toda”, afirma com orgulho e com um brilho no olhar.
Está a decorrer entrega de projectos para Bienal de Artes de Coruche A edição de 2015 da Bienal de Artes de Coruche vai ter lugar de 26 de Setembro a 11 de Outubro mas a entrega de projectos tem como data limite 23 de Agosto. Das obras a concurso serão seleccionadas 10 e uma delas vencerá o prémio “Distinção Bienal de Coruche - Percursos com Arte”, no valor de 4 mil euros.
Nesta edição foram alargados os temas que servem de base à criação artística: o património local, cultural e natural e a história, arquitectura, etnografia, biodiversidade, entre outros. Por ocasião da Bienal de Artes estão também programados colóquios, visitas guiadas, exposição de fotografia e espectáculos.
Duas gerações de cavaleiros encontramse na Praça de Toiros de Coruche O cartel da tradicional corrida de toiros integrada nas Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo conta este ano com a presença de António Ribeiro Telles, João Telles Júnior e João Moura Júnior. As duas gerações de cavaleiros vão actuar na arena da Praça de Toiros de Coruche na tarde de
17 de Agosto, a partir das 18h00. Os Forcados Amadores de Coruche pegam os seis toiros da ganadaria Murteira Grave na corrida de toiros em que será homenageado o bandarilheiro local Manuel Badajoz, um dos grande ícones da tauromaquia portuguesa.