São os rostos do poder autárquico da região. Presidentes de câmara e vereadores, presidentes das assembleias municipais e presidentes das juntas de freguesia. Cerca de quatro centenas de cidadãos eleitos democraticamente para representarem e defenderem as populações dos vinte e três concelhos onde O MIRANTE trabalha. Não são conhecidos nem mediáticos como ministros ou deputados mas são eles que lidam com os problemas do nosso quotidiano. Nas pequenas aldeias. Nas vilas. Nas cidades. E é a eles que recorremos quando temos problemas para resolver. Através desta iniciativa de O MIRANTE ganham outra visibilidade. A visibilidade que merecem pela sua dedicação à causa pública.
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Municípios continuam a perder oportunidades por causa da lógica da “recompensa eleitoral” Augusto Mateus diz que os autarcas percebem o interesse da cooperação intermunicipal mas não arriscam O ex-ministro da Economia, Augusto Mateus, professor catedrático, investigador e consultor em áreas como política económica, avaliação de programas e políticas de desenvolvimento fala do trabalho desenvolvido pela Augusto Mateus & Associados na zona do Ribatejo e identifica potencialidades e constrangimentos. Alberto Bastos A maior parte da centena e meia de clientes da Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados são grandes empresas. Isso não se passa na zona do Ribatejo onde a maior parte dos clientes são autarquias. Como tem sido trabalhar para esses clientes? A nossa função é de apoio à decisão. De fundamentação da decisão. De acompanhar estratégias de desenvolvimento. A nossa função é ajudar a que as decisões sejam tomadas ao nível certo. Nós temos
um problema em Portugal, que é tomarmos decisões a um nível demasiado centralizado ou a um nível demasiado localizado. As decisões têm de ser tomadas em função da força necessária para a transformação que se pretende. Em termos de autarquias, aquilo que nós procurámos fazer foi estimular uma cons-
ciência, simultaneamente local e regional num contexto de seguirmos uma grande orientação que nos pareceu bem formulada, na própria política europeia de coesão que é a chamada apropriação descentralizada de estratégias. Isto é, uma estratégia será tanto melhor quanto mais descentralizada for a sua apropriação
pelos protagonistas. Não pode ser é excessivamente porque senão perde massa crítica, torna-se demasiado local. Nesses trabalhos para as autarquias aparece sempre a referência à cooperação intermunicipal mas é sabido que essa cooperação intermunicipal é praticamente inexistente. Nós tentámos, com algum êxito, até a colaboração a um nível mais alargado. Por exemplo, quando elaborámos o programa territorial de desenvolvimento para o Médio Tejo, como estávamos também a elaborar o programa de desenvolvimento territorial para o Pinhal Interior Sul, acabámos por promover um casamento entre as duas associações de municípios. A estratégia que se desenhou acabou por ser conjunta, até porque no Médio Tejo já existe uma área significativa de concelhos que têm os mesmos problemas e as mesmas características dos concelhos do Pinhel Interior Sul. Noutros casos isso não foi possível. Quando fala de êxito fala exactamente de quê? Que balanço pode ser feito da cooperação intermunicipal? Quando procurámos discutir
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Os autarcas têm uma tendência muito grande para se concentrarem naquilo que é para os seus concelhos e não naquilo que podem fazer em conjunto com os municípios que fazem parte da sua região.
com os autarcas e com as suas equipas uma lógica regional as coisas correram bastante bem, até porque as pessoas puderam ver a diferença entre o que eram os projectos da autarquia e os projectos da região a que a autarquia pertence. Ficou claro para muita gente que se devem evitar e que é possível evitar duplicações de infra-estruturas e é positivo as pessoas perceberem que se colaborarem podem fazer coisas com muito mais ambição; mais sustentáveis e com mais visibilidade externa. Perceber, percebem. Mas há entraves à concretização. Como os autarcas são eleitos numa dinâmica concelhia e em cada concelho ainda há muitas manifestações de rivalidades e de comparações com o que se passa no concelho vizinho, os projectos são muitas vezes escolhidos e levados à prática num contexto que é legítimo mas que é capaz de ter um peso a mais, que é o da recompensa eleitoral. O quadro de funcionamento em que permanecemos é ainda, basicamente, um quadro concelhio no seio do qual se faz o essencial dos projectos. Ainda há muito caminho para andar. E entretanto continuam a perder-se oportunidades. O melhor exemplo é o que
se conseguiu com aquilo que ficou conhecido como as contrapartidas da Ota, que foi preparado tecnicamente por uma equipa coordenada por mim. O plano consistiu em negociar com o Governo Central um conjunto de projectos e de medidas onde entram coisas como a valorização do Mosteiro de Alcobaça, a rentabilização da Linha do Oeste. Tudo aquilo faz parte de um pacote global em que os municípios e o Governo se colocam solidários para lhe dar vida. O que falhou? A concretização dos projectos pressupunha que os municípios continuassem a trabalhar juntos porque são projectos intermunicipais. E não continuaram? Os autarcas têm uma tendência muito grande para se concentrarem naquilo que é para os seus concelhos e não naquilo que podem fazer em conjunto com os municípios que fazem parte da sua região. Há pouco utilizou a expressão: "aquilo que ficou conhecido como as contrapartidas da Ota". Não foram contrapartidas? A partir do momento em que aceitei o trabalho fui claro para os autarcas. Não me parecia que os municípios do Oeste e os da margem direita da Lezíria ficassem prejudica-
dos com a localização do aeroporto no campo de tiro de Alcochete em vez da Ota. Porquê? Se um aeroporto no Campo de tiro de Alcochete pode ser um bom aeroporto e um aeroporto na Ota pode ser um aeroporto com fortes limitações, é muito mais importante que o aeroporto seja bom do que fique à porta de casa. Ter à porta de casa uma coisa que não é optimizada é muito pior do que ter pertíssimo de casa uma coisa que é optimizada. Todos os autarcas querem basicamente o mesmo para os seus concelhos. Mais investimentos, mais pessoas, melhores equipamentos, etc. Como é que se explica a um determinado presidente de câma-
ra que isso nem sempre é possível. O que nós tentamos é explicar que o caminho para determinados objectivos que são relativamente fáceis de identificar, pode ser completamente diferente daquele que as pessoas estão a pensar. Eu percebo que, em primeiro lugar, os autarcas se dirijam aos seus eleitores. O problema é que, muitas vezes, algumas das coisas que querem fazer e que os munícipes que os elegeram querem que eles façam, não as podem fazer à escala do município. Só as conseguem fazer à escala de vários municípios. E em termos de escala há municípios que até poderiam ir mais longe. Sim. Não há razão nenhuma para que num município com alguma massa crítica não se façam coisas mais determinadas por uma escala internacional do que por uma escala local ou regional. Não há razão nenhuma para condenar um município português a ficar apenas no contexto do país e da sua região. Pode ser muito interessante para Tomar, por exemplo, prestar atenção ao que se faz em torno do tema dos Templários. Se olharmos para Tomar apenas no contexto de Portugal podemos perder a possibilidade de Tomar fazer como fez Paris, por exemplo, em termos de visitação,
A mobilidade é algo mais que estradas
eficazes? Você está a tocar num ponto que é absolutamente crucial. Se calhar teria feito sentido que a própria Carris pudesse ter levado a sua capacidade e a sua eficiência mais longe do que a mera cidade de Lisboa. A Carris é uma empresa bem gerida. Que fez ganhos significativos de produtividade e eficiência mas que não está a ser aproveitada. Podia ser melhor aproveitada se pudesse aparecer, em concorrência, sem mercado protegido, com outras empresas, públicas ou privadas, a apresentar propostas credíveis para sistemas de transportes públicos a uma escala regional. Não pode haver sistemas de transportes públicos a uma escala concelhia. Não faz qualquer sentido.
Nós construímos sistemas de transportes colectivos para Lisboa e para o Porto mas as populações que vivem noutras regiões também precisam de transportes colectivos. Temos que ter solução para isso. Como é possível ter uma cidade região de Lisboa com uma estação do século dezanove como a do Entroncamento, transportes a custos incomportáveis e cada vez menos comboios, a demorarem mais tempo, para fazer a ligação ao centro da capital? Aqui seria necessária a intervenção de um governo da cidade-região, que começa algures em Leiria, Abrantes, Tomar e vai até Sines. Entre este espaço da cidade região e o espaço da área metropoli-
tana que é mais fácil definir, é perfeitamente possível definir um sistema de transportes coerente em que as pessoas tenham, quer a possibilidade de circular nesta cidade região, quer a possibilidade de ter o problema casa-trabalho-casa, resolvido numa espaço regional. Torres Novas, Golegã, Barquinha, tendo a estação do Entroncamento como ponto de referência numa articulação com a gare do Oriente. Tudo isso são oportunidades que se vão perdendo. E a própria configuração da estação do Entroncamento, tem que ser alterada. Ela tem que ser vista não apenas como uma mera estação ferroviária mas como um centro de serviços. Como um centro de animação. Como algo que vá mais longe.
Quando se fazem estudos de mobilidade, isso envolve não só as vias de comunicação mas também as redes de transportes. Sim. A área metropolitana de Lisboa tem uma boa rede de transportes que é suportada em parte pelo Orçamento Geral do Estado mas numa região como Santarém não há uma rede de transportes que favoreça a mobilidade. Como pode haver desenvolvimento sem transportes
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aproveitando os icons do livro do Dan Brown (O Código Da Vinci). E Tomar não é exemplo único. Nós tentamos, muitas vezes, pôr os autarcas a contactar com experiências que eles não conhecem, sugerindo que acompanhem certas experiências feitas noutros países. Procuramos levar aos responsáveis dos municípios uma visão mais aberta. Mais internacional. Tentar que as pessoas saiam um bocadinho de uma visão centrada apenas em Portugal ou na Europa porque há coisas muito interessantes que se passam no mundo. Os consultores que têm algum conhecimento também têm por função ajudar os municípios e autarquias, sem descurar a sua realidade, a terem uma visão mais cosmopolita. Mais global. Há alguma receita para atrair investimentos para determinado concelho? Os concelhos do interior, por exemplo, têm uma grande preferência por uma baixa de impostos quando o que determina a instalação das empresas nada tem a ver com isso. O que é determinante é o acesso a serviços. Qualidade de vida para os quadros das empresas, acesso a boa logística. A taxa do IRC é uma coisa secundaríssima em relação a estas matérias. Não é por me darem uma vantagem de 4 ou 5 por cento, ou 6 ou 10 por cento na taxa do IRC que eu vou localizar uma coisa que precisa de serviços num território que não tem esses serviços para me oferecer. Também há casos em que conta a localização, a disponibilidade de terrenos... Nalguns concelhos a lógica da valorização dos recursos naturais endógenos é importante mas ninguém consegue atrair actividades mais intensivas em conhecimento e em formação para um concelho que não tenha serviços qualificados; que não tenha uma bolsa de jovens altamente qualificados; que não tenha uma população instruída com o 12º ano - a sério e não a brincar - para poder vir a ser contratada.
A zona de confluência da A23 com a A1 continua a ser atractiva para a instalação de empresas? Essa zona está condenada a ser um local privilegiado de desenvolvimento económico. Duradouramente será uma boa localização para fazer o encontro com a Espanha e para fazer o encontro Norte/ Sul. E estará sempre longe do bulício e do congestionamento da área metropolitana que nunca chegará àquele território. Só um cego é que não vê a importância daquela zona. A introdução das portagens pode afectar isso por causa dos custos acrescidos? Toda a gente gostava de ter custos diminuídos em vez de custos acrescidos mas qualquer pessoa percebe que o país ganha em ter um sistema rodoviário equilibrado. Nós temos que ter, como qualquer país organizado, um sistema de auto-estradas em que uma parte é portajada e outra parte não é, para garantir a própria expansão da rede. Nós em Portugal, eventualmente, construímos autoestradas a mais. Se calhar não precisamos de tantas autoestradas. O que aconteceu foi que a certa altura se pensou que as auto-estradas eram a grande maneira de conquistar o voto dos eleitores.
Uma outra organização do ensino superior Acredita que a actual situação de crise pode fazer avançar algumas medidas que foram travadas por questões meramente eleitoralistas. A fusão de freguesias, por exemplo, que o senhor também defende e que não avançou por causa do custo eleitoral, pode avançar agora? O país tem um problema tão grande do ponto de vista de sustentabilidade económica, que tem que perder o medo desses custos. Os outros custos são bem maiores. Também há fusões que não se equacionam sem
Mais uma vez, em relação às portagens, parece estar a funcionar a pressão eleitoral. Assim que foram anunciadas começaram logo a surgir as excepções. É uma grande confusão. Nós ganhávamos em ter um sistema único com portagem manual, com portagem electrónica, com portagem com moeda ou com cartão. O que
não faz sentido é eu pagar cinco cêntimos porque tenho um metro e sessenta ou pagar 10 cêntimos porque nasci no quilómetro 32 e não no 34, até porque o poder de compra das pessoas não está associado ao local onde elas têm residência registada. No mesmo concelho posso ter um pobre e um rico registados e vão os dois pagar o mesmo.
ser por motivos eleitoralistas. A fusão dos dois politécnicos do distrito de Santarém, por exemplo. O senhor é presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Tomar. O que pensa do assunto? Uma instituição de ensino superior é uma instituição que tem que fazer ciência e difundir ciência. Para fazer ciência é precisa massa crítica. São precisos recursos altamente qualificados. Um país como Portugal não pode ter uma instituição de ensino superior em cada localidade. Temos que perder aquela ilusão de que uma instituição de ciência, tecnologia ou ensino superior é de um território. Nós muitas vezes olhamos para a instituição como o edifício onde de-
correm umas aulas ou onde se faz uma investigação. Se eu esquecer o edifício e pensar que ensino superior são, bons professores, bons investigadores e alunos empenhados em trabalhar para difundirem ciência e produzirem competências, então isso pode ser feito através de uma rede federada de escola, com uma gestão unificada. Esse pode ser um ponto de partida para uma discussão entre os Politécnicos de Tomar e Santarém? Claro. E se for possível deve-se ir mais longe. Chegar a Castelo Branco, por exemplo. Porque não? O que nós precisamos é de instituições fortes que se especializem naquilo em que podem ter força e não instituições fracas e limitadas.
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abrantes
Presidente MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE PS
Vice-Presidente RUI SERRANO PS
Vereador MANUEL VALAMATOS PS
Vereador CELESTE SIMÃO PS
Vereador CARLOS ARÊS ICA
Vereador ANTÓNIO COELHO PSD
Vereador SANTANA MAIA PSD
Pres. Ass. Mun. JORGE LACÃO PS
Freguesias ALDEIA DO MATO João Gomes PS
ALFERRAREDE Pedro Moreira PS
ALVEGA Manuel Leitão PS
BEMPOSTA Francisco Bentes PS
CARVALHAL António Lourenço PS
CONCAVADA José Rebelo PS
FONTES Manuel Aivado PS
MARTINCHEL Cremilde Serigado PS
MOURISCAS Manuel Grilo CDU
PEGO António Moedas PS
RIO DE MOINHOS João Rosado PSD
ROSSIO AO SUL DO TEJO Luís Reis PS
S. FACUNDO António Campos ICA
SÃO JOÃO Alfredo Santos PS
S. MIGUEL DO RIO TORTO Helena Martinho PS
S. VICENTE Aníbal Melo PS
SOUTO Diogo Valentim PSD
TRAMAGAL Victor Cardoso PS
VALE DAS MÓS Joaquim Espadinha PS
População e território Área do concelho: 713 km2 PopulaçãoResidente(censos2001):42.436 Número de Eleitores (2009): 36.861 Número de Eleitores (2005): 37.417
Feriado 14deJunho
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Foi através do trabalho que chegou à política Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes
Natural de Abrantes, casada, mãe de duas filhas, Maria do Céu Albuquerque, há pouco entrada na ternura dos 40, define-se como uma mulher “muito trabalhadora”, que gosta de planeamento estratégico mas também de trabalhar no terreno. Licenciada em Bioquímica, diz que o seu maior hobbie é
trabalhar. Chegou à política pelas suas capacidades técnicas e não pela via partidária. Estudou Bioquímica em Coimbra e após se licenciar ficou a fazer investigação na universidade durante dois anos. Tem também uma pós-graduação em Higiene e Segurança Alimentar. Por razões
pessoais e familiares regressou a Abrantes e foi trabalhar para o Labgat, que era um pequeno laboratório de controlo de qualidade que existia no GAT (Gabinete de Apoio Técnico) de Abrantes. “Esse laboratório era uma coisa incipiente. Desenvolvia trabalho para algumas autarquias, mas era um trabalho reduzido. Havia necessidade constante de subcontratar esse trabalho fora e à conta disso fui tentando pôr de pé o projecto do laboratório a nível regional. Consegui andar com ele para a frente e transformá-lo no que é hoje, o A.Logos, que é um equipamento de referência regional e até já nacional. Foi através da minha actividade profissional que cheguei à política”, explicou em entrevista a O MIRANTE. O seu trabalho deu nas vistas e integrou a lista do então presidente da câmara, o socialista Nelson Carvalho, no mandato entre 2005 e 2009. Como vereadora com pelouros ganhou alguma tarimba e em 2009 apresentou-se como candidata a presidente pelo PS. Ganhou com maioria absoluta e tem governado com relativa tranquilidade. Embora os casos de insegurança que pontualmente agitam o concelho e o projecto
do museu ibérico motivem algumas críticas à actuação do executivo que lidera. Apesar do ar aparentemente frágil, nota-se que é uma mulher dinâmica, uma espécie de “formiguinha”. Nos tempos de lazer gosta de conhecer outras paragens. Uma viagem que apreciou muito foi a Nova Iorque: “Uma cidade completamente diferente da Europa, mista de culturas, que nos prende e nos deixa uma grande vontade de voltar para conhecer mais. Há um grande respeito pela diferença”. Na leitura gosta muito de autores latino-americanos como Gabriel Garcia Marques ou Mário Vargas Llosa. Também se tem interessado pela obra do escritor japonês Haruki Murakami, com quem se identifica. Mas diz que é bastante eclética a esse nível e que lê um pouco de tudo “até para perceber outras sensibilidades e outras vivências”. Um filme que a marcou “profundamente” foi a “Lista de Schindler”, de Steven Spielberg. Na música, os gostos são também diversos, do jazz à clássica, passando pelo fado ou pela ópera. “Podíamos estar aqui meia hora a falar disso”. Só heavy-metal é que não. “Não faz muito o meu género”. Na clássica, e entre as mais conhecidas, aprecia obras como “Carmina Burana”, de Carl Orff, “A cavalgada das Valquírias”, de Wagner, ou “As Quatro Estações”, de Vivaldi. Jacinta, Clã, Diana Krall são grupos ou intérpretes contemporâneos que aprecia.
No quartel general do concelho de Abrantes já nada é como antes Abrantes situa-se no centro das grandes acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, nomeadamente, no eixo da autoestrada Lisboa/Porto, pela A23 e Linha da Beira Baixa. É ponto de transição de zonas diferentes, como o Ribatejo, a Beira Baixa e o Alto Alentejo. É um concelho que se estende por de cerca de 713.46km2, que, em termos demográficos, segundo os Censos de 2001, tem um total de 42.436 habitantes, distribu-
ídos pelas suas 19 freguesias. O feriado municipal celebra, a 14 de Junho, o dia de elevação de Abrantes à categoria de Cidade. Os concelhos limítrofes do concelho de Abrantes são Sardoal e Vila de Rei a Norte, Mação e Gavião a Este, Ponte de Sôr e Chamusca a Sul e Constância e Tomar a Oeste. Pertence ao distrito de Santarém e ao Médio Tejo, integrando a NUT II da Região Centro. Do ponto de vista dos re-
cursos naturais, Abrantes usufrui de dois dos maiores recursos hídricos do País: o Rio Tejo (que atravessa o concelho numa extensão de cerca de 30 km) e a Albufeira de Castelo do Bode. A base económica de Abrantes é muito diversificada. Não é uma cidade industrial, nem uma cidade turística, nem uma cidade de serviços. Embora tenha tudo isso não tem uma vocação exclusiva. É uma cidade de serviços com uma
tradição industrial, que lhe permite ter um papel importante na estrutura do emprego na região. É é também uma cidade com potencialidades turísticas e com capacidade de atrair visitantes. Merece uma referência o facto de a zona de Abrantes ter cerca de metade da quota do mercado nacional de azeite.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-abrantes.pt
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azambuja
Presidente JOAQUIM RAMOS PS
Vice-presidente LUÍS DE SOUSA PS
Vereador MARCO LEAL PS
Vereador ANA FERREIRA PS
Vereador SILVINO LÚCIO PS
Vereador ANTÓNIO NOBRE CDU
Vereador JORGE LOPES COLIGAÇÃO PELO FUTURO
Pres. Ass. Mun. ANTÓNIO CARDOSO PS
Freguesias ALCOENTRE Francisco Morgado PS
AVEIRAS DE BAIXO Lourdes Piriquito PS
AVEIRAS DE CIMA Justino Oliveira CDU
MANIQUE DO INTENDENTE Herculano Martins CDU
MAÇUSSA Nuno Gonçalves PS
VALE DO PARAÍSO António Marques PS Área
VILA NOVA DA RAINHA Joaquim Oliveira PS
VILA NOVA DE S. PEDRO Lúcio Costa PS
AZAMBUJA António Amaral PS
População e território
do concelho: 261.6 km2 População Residente (censos 2001): 21.748 Número de Eleitores (2009): 17.360 Número de Eleitores (2005): 16.775
Feriado 14deJunho PUB
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Um economista à frente dos destinos de Azambuja Joaquim Ramos cumpre o terceiro e último mandato na câmara municipal O socialista Joaquim Ramos cumpre o terceiro e último mandato ao leme da Câmara Municipal de Azambuja. Nas últimas eleições autárquicas reforçou a maioria PS no executivo, conquistando mais um vereador e fazendo o PSD perder terreno. A requalificação urbana de Azambuja, no âmbito do programa Polis, foi uma das suas grandes obras. Joaquim António de Sousa Neves Ramos, 60 anos, é licenciado em Economia. Foi professor universitário e exerceu funções de Director Geral do Ambiente e Espaços Verdes na Câmara Municipal de Lisboa. A eloquência, a acutilância no combate político e a inteligência são características que lhe são reconhecidas pelos pares. Em entrevista a O MIRANTE reconheceu ter um especial dom para o improviso. “É uma capacidade que tenho. Flexibilidade de raciocínio. Pronta capacidade de virar o discurso, o pensamento, a atitude”. O autarca lamenta a falta de participação cívica. “Fora dos períodos eleitorais não há grande sentido crítico. E mesmo esse é, na generalidade, extremamente destrutivo”.
Filho de funcionários públicos da Direcção Geral de Florestas, tirou o Curso Complementar dos liceus, no Liceu Nacional de Santarém, com média final de 15 valores, e teve uma infância confortável. A escrita é uma das paixões do autarca, autor de “Contos Semi-breves”, obra com a
chancela de O MIRANTE. O livro foi escrito ao longo de vários fins-de-semana passados na casa de praia da Nazaré e no local que Joaquim Ramos considera o mais inspirador de todos – a Ilha do Pico, nos Açores. Muitas dos personagens que criou são inspiradas em pessoas do concelho de
Azambuja. Escreve sempre em papel e com caneta de tinta permanente. As histórias foram passadas a computador por colaboradores. É um perfeccionista que reescreve sempre que pode. A inspiração surge à noite e nos momentos de solidão que lhe agradam particularmente. “A escrita é uma boa maneira de combater as insónias”, confessou em 2005. A pintura ocupa-o igualmente nos tempos livres. Recentemente inaugurou na galeria da Biblioteca Municipal de Azambuja, a exposição “Máscaras”, inspirada nos rostos adornados das tribos do Omo que vivem no grande vale do Rift, situado no triângulo Etiópia-Sudão-Quénia. No gabinete tem também quadros da sua autoria alusivos ao presépio de Monsaraz. Tem três filhos e dois netos. Confessa que não passa com eles tanto tempo quanto desejaria. Não gosta de formalidades. Tem uma grande colecção de gravatas de que pretende desfazer-se quando abandonar o cargo. Em terra de apaixonados pela festa brava Joaquim Ramos confessa que não tem medo de desafios embora não se atire às cegas. “Gosto de estudar a forma mais produtiva de enfrentar os assuntos. Por vezes é de caras. Mas às vezes é de cernelha”, diz com humor numa alusão às pegas de touros e ao facto de ser ribatejano.
Um concelho entre o Ribatejo, o Oeste e a Grande Lisboa Município localizado geograficamente como o mais oriental do distrito de Lisboa, dotado de excelentes acessibilidades quer pela auto-estrada – A1, quer pelos caminhos-deferro, o concelho de Azambuja é composto por aglomerados habitacionais, lugares e aldeias que constituem as suas 9 freguesias: Vila Nova da Rainha, Azambuja, Aveiras de Baixo, Vale do Paraíso, Aveiras de Cima, Alcoentre, Manique do Intendente, Maçussa e Vila Nova de São Pedro.
O município de Azambuja abrange uma área 262,7 Km2, e conta com uma população de cerca de 22 mil habitantes. Pertence ao distrito de Lisboa mas integra a sub-região da Lezíria do Tejo. Situa-se na margem direita do rio e apresenta uma grande diversidade topográfica e paisagística. A sul tem as extensas e férteis lezírias e o rio Tejo como limite. A norte é uma região mais acidentada, mas também com várzeas de forte aptidão agrícola.
Entre as actividades tradicionais do concelho destacamse a pesca na Vala e no Rio Tejo, a criação de toiros e cavalos na lezíria e a agricultura. Mas Azambuja é um concelho cada vez mais industrializado, beneficiando da proximidade que tem à capital do País, que faz deste território um importante pólo logístico. Situada numa zona de charneira entre o Ribatejo, o Oeste e a Área Metropolitana de Lisboa, Azambuja faz fronteira com os concelhos de Cada-
val, Alenquer, Vila Franca de Xira, Santarém, Cartaxo e Rio Maior. As origens da vila de Azambuja perdem-se no tempo. De acordo com alguns historiadores do séc. XVIII, a localidade já existia na época romana com o nome de Oleastrum, cujo significado é zambujeiro embora não confirmado por muitos escritores da antiguidade. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-azambuja.pt Guia Autarcas e Autarquias
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almeirim
Presidente SOUSA GOMES PS
Vice-Presidente PEDRO RIBEIRO PS
Vereador MARIA MOREIRA PS
Vereador JOSÉ SILVA PS
Freguesias
Vereador FÁTIMA CARDOSO PS
Vereador FRANCISCO MAURÍCIO MICA
Vereador ARANHA FIGUEIREDO CDU
Pres. Ass. Mun. JOSÉ MAROUÇO PS
População e território
ALMEIRIM Joaquim Sampaio PSD
BENFICA DO RIBATEJO Alfredo Trindade PS
FAZENDAS DE ALMEIRIM Manuel Martins PS
RAPOSA José David PS
Área do concelho: 221.9 km2 População Residente (censos 2001): 21.778 Número de Eleitores (2009): 19.751 Número de Eleitores (2005): 18.716
Feriado
5ª feira da Ascensão
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Um optimista que é presidente há duas décadas José Sousa Gomes, presidente da Câmara Municipal de Almeirim
José Sousa Gomes cumpre o último mandato como presidente da Câmara de Almeirim porque ao abrigo da lei de limitação dos mandatos já não pode voltar a concorrer àquele cargo. O socialista está à frente dos destinos da autarquia desde 1990, depois de ter sido também vereador num executivo liderado por Alfredo Calado, que já faleceu. O
autarca nasceu em 24 de Outubro de 1940, é casado e tem duas filhas. O presidente estudou nos Pupilos do Exército entre 1952 e 1960 e é formado em Contabilidade e Administração. Antes de ser autarca exerceu a profissão de professor do ensino secundário em Alpiarça e em Santarém, tendo chegado a exercer as fun-
ções presidente do conselho directivo da Escola Secundária Dr. Ginestal Machado em Santarém durante três anos a partir de 1986. Nos primeiros mandatos o seu grande objectivo era dotar o concelho de infra-estruturas básicas para uma maior qualidade de vida da população. Empenhouse na construção de uma biblioteca municipal, das escolas dos segundos e terceiros ciclos de Almeirim e Fazendas de Almeirim e de uma escola secundária na cidade. Mais recentemente foi a recuperação do cine-teatro e no actual mandato está virado para a construção de modernos centros escolares e na requalificação dos espaços públicos. Além da sua actividade de autarca, Sousa Gomes deu sempre grande importância às colectividades locais, tendo exercido funções directivas no União Futebol Clube de Almeirim, Hóquei Clube “Os Tigres” e Associação dos Bombeiros Voluntários de Almeirim. O mandato passado foi provavelmente o mais conturbado, com divergências políticas que culminaram na sua incompatibilização com o então vicepresidente Francisco Maurício e com o presidente da assembleia municipal e colega de partido, Armindo Bento, que formaram um movimento independente.
Num ambiente politicamente tenso durante a última campanha eleitoral, Almeirim era um dos concelhos em que havia muitas dúvidas sobre a tendência dos eleitores e chegou-se a ter a ideia de que o PS perderia a maioria absoluta. Mas não só isso não aconteceu como o partido e Sousa Gomes como seu líder saíram reforçados, conquistando inclusivamente a Junta de Freguesia de Benfica do Ribatejo que estava nas mãos da CDU. Com a criação das comunidades urbanas, Sousa Gomes assumiu a liderança da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, que mantém, embora estas tenham passado a comunidades intermunicipais. No seio da comunidade o autarca foi um dos entusiastas e dinamizadores da criação de uma empresa intermunicipal para a gestão do abastecimento de água e do saneamento que inicialmente previsto para os onze municípios da Lezíria. A Águas do Ribatejo acabou por agregar seis municípios. Sousa Gomes considera-se um optimista e já confessou uma vez que tem a noção que quando abandonar o cargo de presidente da autarquia deixará de ter dezenas de amigos. Não é escravo do telemóvel e diz que a melhor maneira de ocupar os tempos livres é não fazer nada, ver televisão e ler jornais. Detesta a ingratidão, principalmente a de quem não tem razão para ser ingrato. Gosta de pensar muito bem antes agir e tenta ouvir opiniões, mesmo que informalmente. Já lhe aconteceu não dormir por causa de problemas no concelho.
A terra onde os reis caçavam e passavam o Inverno O concelho de Almeirim, na margem sul do Tejo, abrange uma área de 221,1 Km2 e tem cerca de 22 mil habitantes, integrando a sub-região da Lezíria do Tejo. Faz fronteira com Alpiarça, Chamusca, Salvaterra da Magos, Coruche, Santarém e Cartaxo. Fazem parte do concelho as freguesias de Almeirim, Fazendas de Almeirim, Benfica do Ribatejo e Raposa. Tem na agro-pecuária e na indústria agro-alimentar as suas principais actividades económicas, a par da restauração. A localização geográfica de
Almeirim (elevada a cidade em 20 de Junho de 1991) é um ponto forte, encontrando-se a 76 km de Lisboa e a 7 km de Santarém. As principais vias de comunicação são as estradas nacionais 114 e 118. A A13, que atravessa parte do concelho, e a construção da ponte Salgueiro Maia vieram reforçar a localização privilegiada de Almeirim, nomeadamente com a ligação à auto-estrada A1. A excelente culinária, onde pontifica a sopa da pedra, tal como o melão, o vinho e o popular pão chamado “caralhota”,
gozam de justa fama e são uma marca de Almeirim. O concelho tem incorporado novas infraestruturas sociais, desportivas e culturais que têm contribuído para melhorar a qualidade de vida. Almeirim encontra as suas origens nos remotos grupos humanos que ali se fixaram após as alterações das últimas glaciações. Com as suas magníficas coutadas de caça, tornou-se, nos séculos XV e XVI, no lugar preferido dos reis da II dinastia e a estância de Inverno frequentada por numerosos
membros da Corte. D. João I, entre 1411 e 1423, fez construir o Paço acastelado e as primeiras habitações que contribuíram para a criação da vila. Foi o Paço Real palco de uma das mais problemáticas Cortes da nossa história. Após a morte de D. Sebastião são abertas as Cortes de Almeirim pelo Cardeal D. Henrique em 11 de Janeiro de 1580 para decidir o problema da sucessão.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-almeirim.pt Guia Autarcas e Autarquias
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alpiarça
Presidente MÁRIO PEREIRA CDU
Vereador CARLOS PEREIRA CDU
Vereador MÁRIO PEIXINHO CDU
Vereador REGINA FERREIRA PS
Vereador LUÍS GARROTES PS
Pres. Ass. Mun. MÁRIO SANTIAGO CDU
População e território
Freguesias ALPIARÇA Joana Serrano CDU
Área do concelho: 94 km2 População Residente (censos 2001): 7.895 Número de Eleitores (2009): 6.601 Número de Eleitores (2005): 6.420
Feriado 2 de Abril PUB
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Guia Autarcas e Autarquias
O professor que reconquistou para o PCP o seu antigo bastião Mário Pereira, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça
Mário Pereira conseguiu nas últimas autárquicas destronar o PS que governava a Câmara de Alpiarça há 12 anos. Professor de profissão já tinha tentado a sorte nas eleições de 2005, mas nessa altura perdeu, ficando no executivo como vereador da oposição. Pessoa discreta
que não gosta de protagonismo, teve que fazer um esforço para se adaptar à exposição pública que o cargo exige. Militante do Partido Comunista Português, foi pela primeira vez à Festa do Avante quando tinha 10 anos, acompanhado pela mãe que
costumava trabalhar como voluntária nos restaurantes da direcção regional do PCP. Agora tenta sempre ir pelo menos um dia ajudar a montar a festa. Quando andava a estudar não escondia que era comunista e isso proporcionou-lhe vários debates e discussões políticas. Mário Pereira tem 41 anos de idade e é filho único. Está casado com uma professora, da qual tem dois filhos, um rapaz e uma rapariga. Durante muitos anos, apesar de já estar inscrito no PCP e de partilhar os ideais comunistas, não ligou muito à política e confessa que foi um militante pouco activo. Só há dez anos é que começou a ter uma participação mais activa movido pela vontade de mudar o rumo da sua terra. Nos últimos tempos de vereador na oposição, no executivo liderado pelo socialista Joaquim Rosa do Céu, viveram-se momentos de grande tensão entre as duas forças políticas. Após a sua eleição, Mário Pereira fez saber que era um homem que não fugia ao debate de ideias, mas que a sua primeira missão era devolver o ambiente de
Após a sua eleição, Mário Pereira fez saber que era um homem que não fugia ao debate de ideias, mas que a sua primeira missão era devolver o ambiente de paz ao município.
paz ao município. Considera que o caminho faz-se trabalhando e que de nada valem as teorias se não estiverem associadas à prática. Por nunca ter tido a experiência de gerir uma autarquia, Mário Pereira tem contado desde que tomou posse com o apoio do partido e de militantes mais experientes, que foi buscar para o seu gabinete. Desde que assumiu funções que tem lutado para equilibrar as contas do município. Coloca no que faz um grande sentido de responsabilidade que cultiva desde muito cedo, porque, apesar de nem sempre ter sido um aluno exemplar, compreendia o esforço que família fazia para que pudesse tirar um curso.
Um concelho e uma freguesia A vila de Alpiarça é sede de um concelho com uma única freguesia, com cerca de 8.000 habitantes e 95,4 Km2 de superfície. Integra a sub-região da Lezíria do Tejo, na margem sul do rio, e é um concelho que tem na agropecuária e na indústria agroalimentar as suas principais actividades económicas. Faz fronteira com os concelhos de Almeirim, Chamusca e Santarém. Alpiarça foi elevada à categoria de concelho, pela
Lei n.º 129, de 2 de Abril de 1914. Dessa forma deixa de pertencer ao concelho de Almeirim. O concelho de Alpiarça foi em tempos composto por outra freguesia: a freguesia de Vale de Cavalos, hoje integrada no concelho de Chamusca, que pertenceu ao concelho de Alpiarça entre 1919 e 1926. Habitada pelo Homem desde tempos remotos, foram ali recolhidos importantes achados arqueológicos do paleolítico inferior, com
importantes estações arqueológicas já consideradas Património Arqueológico Nacional. Imagem de marca é a Casa Museu José Relvas, legado do político que proclamou a República há cem anos, e a sua impressionante colecção de arte. O complexo desportivo e de lazer associado à barragem dos Patudos é outro ponto de interesse muito procurado. Essencialmente agrícola, Alpiarça é uma região vinhateira por excelência. Famosos
são os seus vinhos licorosos, aguardentes e passas de uva moscatel. Na gastronomia, são especialidades regionais o pão-de-ló, o carneiro guisado e a miga fervida. Alpiarça foi um dos bastiões da luta anti-fascista na região, onde o Partido Comunista Português teve sempre grande aceitação e influência junto do campesinato.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-alpiarca.pt Guia Autarcas e Autarquias
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alcanena
Presidente FERNANDA ASSEICEIRA PS
Vice-Presidente MARIA JOÃO GOMEZ PS
Vereador LUÍS PIRES PS
Vereador HUGO SANTARÉM PS
Vereador EDUARDO MARCELINO ICA
Freguesias ALCANENA António Silva PS
BUGALHOS José Ramos PS
LOURICEIRA Joaquim Gomes PS
MALHOU Graciano Cerqueira PS
MOITAS VENDA Judite Carvalho ICA
MONSANTO Susana Aparício CIM
ESPINHEIRO Arménio Almeirão PS
MINDE António Fresco ICA
Vereador JOÃO JOSÉ SILVA ICA
Vereador RENATA HENRIQUES PSD
Pres. Ass. Mun. SILVESTRE PEREIRA PS
População e território
Área do concelho: 127.2 m2 PopulaçãoResidente(censos2001):42436 Número de Eleitores (2009): 13.077 Número de Eleitores (2005): 12.480
Feriado 5ªfeiradaAscensão
SERRA STO. ANTÓNIO Carlos Santos PS
VILA MOREIRA MariadaConceição Carreira PS PUB
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Guia Autarcas e Autarquias
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Disponibilidade total para se dedicar ao bem comum Fernanda Asseiceira, presidente da câmara municipal de Alcanena Fernanda Maria Pereira Asseiceira, 49 anos, foi a protagonista de uma das surpresas das eleições autárquicas de Outubro do ano passado. A ex-deputada socialista recuperou a Câmara de Alcanena para o seu partido vencendo os independentes que governavam o município, muitos dos quais antigos militantes do PS, aproveitando o facto de o presidente da câmara Luís Azevedo não se ter recandidatado. Natural da Chamusca, onde nasceu a 8 de Abril de 1961, mas a viver em Alcanena desde os 3 anos de idade é professora de ciências e matemática do 2º ciclo do ensino básico. Solteira e sem filhos diz que essa condição lhe dá uma maior disponibilidade para se dedicar ao bem comum. Mulher determinada não teve receio de afrontar, em 2005, o líder do PS concelhio e distrital do PS, com quem tinha divergências políticas, tendo-o derrotado em eleições partidárias locais, passando, a partir dessa altura a ser vista como candidata natural à câmara.
Licenciada em Marketing e com um mestrado em Educação e Sociedade, foi coordenadora do Gabinete de Educação de Adultos do Centro da Área Educativa da Lezíria e Médio Tejo e Delegada Regional do Inatel em
Santarém. Exerceu e exerce vários cargos de direcção no Partido Socialista e foi deputada à Assembleia da República, tendo integrado a Comissão de Poder Local Ambiente e Ordenamento do Território, Saúde e Educação
Mulher determinada não teve receio de afrontar, em 2005, o líder do PS concelhio e distrital do PS, com quem tinha divergências políticas, tendo-o derrotado em eleições partidárias locais
e Ciência. Diz que não é vaidosa mas apresenta-se sempre impecavelmente arranjada. Frontal, não gosta de malentendidos nem de frases com meias palavras. Lamenta que a situação económica herdada do anterior executivo, com passivo superior a 20 milhões de euros, não lhe permita por em execução o conjunto de planos e ideias que apresentou no seu manifesto eleitoral.
O concelho que cresceu com os curtumes O concelho de Alcanena é formado por dez freguesias e localiza-se na zona de transição entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do Tejo, caracterizada por solos férteis e significativos recursos hídricos. A variedade paisagística do concelho é constituída pela serra (a norte) caracterizada pelas superfícies elevadas e agrestes das Serras de Aire e Candeeiros, e o bairro (a sul), onde se estendem as planícies, as colinas baixas e as encostas.
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Em Alcanena encaixa-se a Bacia Hidrográfica do Rio Alviela, a mais importante nascente cársica do país. Tem cerca de 14600 habitantes (censos 2001). O Concelho de Alcanena foi criado a 8 de Maio de 1914 e faz fronteira com os municípios de Torres Novas, Santarém, Porto de Mós e Ourém. Está a quatro quilómetros do nó de acesso à Auto-Estrada nº1. É um concelho com múltiplas elevações e numerosos vales, com aproximadamente
12.700 hectares. A maior parte da zona norte do município foi integrada, a 4 de Maio de 1979, no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. A diversidade paisagística e características de micro-climas, fazem deste concelho o local propício para o lazer, descanso e desportos de aventura. O município é percorrido por uma rede viária com 340 Km. A origem de Alcanena remonta, segundo alguns historiadores, à ocupação árabe da Península
Ibérica, da qual terá herdado a toponímia e a fixação e desenvolvimento dos trabalhos de curtimenta de peles. Terra de ideais republicanos, a sua história é, acima de tudo, a história dos curtumes. Indústria que foi decisiva para a sua afirmação como centro populacional a partir do século XVII.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-alcanena.pt
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benavente
Presidente ANTÓNIO GANHÃO CDU
Vice-Presidente CARLOS COUTINHO CDU
Vereador MANUEL SANTOS CDU
Vereador MIGUEL CARDIA CDU
Freguesias
Vereador MARIA SANTOS CDU
Vereador JOSÉ D’AVÓ PSD
Vereador ANA CASQUINHA PS
Pres. Ass. Mun. CARLOS PERNES CDU
População e território
BARROSA Fátima Machacaz PS
BENAVENTE Leonor Parracho CDU
SAMORA CORREIA Hélio Justino CDU
SANTO ESTÊVÃO Ricardo Oliveira PSD
Área do concelho: 521 km2 População Residente (censos 2001): 23.130 Número de Eleitores (2009): 21.245 Número de Eleitores (2005): 18.779
Feriado
5ªfeiradaAscensão
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De professor a recordista na política António José Ganhão prepara despedida da Câmara de Benavente trinta anos depois
Se há político com raízes na região, um deles é António José Ganhão. Nove mandatos de maioria absoluta não é para todos. O presidente da Câmara Municipal de Benavente, 65 anos, lidera o executivo no concelho há três décadas e nas últimas eleições autárquicas reforçou a maioria CDU em jeito de despedida já que este é o seu último mandato.
O vice-presidente do conselho directivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses é uma figura de viva voz no plano nacional. Tem um discurso sereno e ponderado que por vezes se assemelha ao do professor que foi no ensino secundário em Benavente. As preocupações sociais e a educação são uma prioridade na gestão que é
feita ao cêntimo na câmara. É casado e tem dois filhos. Nasceu no campo, em Benavente. Estão na Quinta da Foz as primeiras memórias da sua infância. Foi ali que os pais e os irmãos trabalharam durante muitos anos, sacrifício a que o autarca foi poupado por se revelar bom aluno. É o mais novo de uma família de oito irmãos. Um tio materno soube que um sobrinho merecia estudar e decidiu pagarlhe os estudos. Não fosse uma ruptura de ligamentos num joelho, também ainda hoje se poderia ouvir falar num tal “Ganhão”, jogador de futebol que dava nas vistas na década de setenta. Em 1964 entrou para o curso de Química na Faculdade de Ciências de Lisboa onde permaneceu até entrar para tropa, dois anos depois. Teve uma passagem fugaz de dois dias pela prisão, aos 18 anos, que o fez perder alguns medos. Durante vinte e três meses foi comandante de um pelotão na Guiné-Bissau, como alferes sapador especialista em minas e armadilhas. Quando regressou de África ainda tentou a vida de agricultor, mas depressa percebeu que não era aquele o seu futuro. Depois de uma
campanha de tomate com o sogro entrou como professor na escola de Benavente, onde esteve dez anos. A física e a matemática eram as principais disciplinas, mas para ter horário completo deu também aulas de biologia, ciências da natureza, geografia, mercadorias e educação visual. Aderiu ao Partido Comunista só em 1974. Logo em 1976 candidatou-se às eleições autárquicas, mas perdeu por 35 votos. Tornou-se presidente por maioria absoluta nas eleições seguintes (1979). Vermelho por fora, verde por dentro. António José Ganhão é um sportinguista assumido, sem ser doente da bola. Normalmente entra ao serviço na câmara antes dos funcionários e sai quase sempre depois. O almoço de domingo é sagrado para a família. António Ganhão aproveita a Páscoa e o Carnaval para visitar o filho e o neto que vivem no Algarve. É também por terras do Sul que conquista o descanso a bordo do pequeno barco de borracha. “Creio que a grande satisfação da pesca está em aprender a falar com o mar. Em retirar daquela solidão uma serenidade que às vezes a gente não tem no dia a dia”, disse numa entrevista a O MIRANTE em 2003.
Um concelho à espera do novo aeroporto A 40 Km de Lisboa, com 521,5 Km2, o concelho de Benavente situa-se no extremo sul do distrito de Santarém, integrando a sub-região da Lezíria do Tejo. Actualmente com mais de 23.000 habitantes, tem sido um dos poucos concelhos da região a aumentar de população nas últimas décadas, procurando conciliar o desenvolvimento com a preservação do património natural. Integram este concelho as freguesias de Benavente, Samora Correia, Santo Estêvão e Barrosa. As características de Be-
navente evoluíram consideravelmente. De uma economia centrada na agricultura e nos serviços complementares – de que a Companhia das Lezírias, que ali tem sede, é o expoente máximo -, surgiram investimentos nas áreas da metalomecânica e da distribuição, tendo esta última crescido consideravelmente mercê da posição estratégica do concelho e da nova rede de acessibilidades que cruzam o seu território. Atravessado pela A13, com ligação à Auto-Estrada do
Norte e ainda à A10, o concelho de Benavente beneficia de excelentes acessibilidades. O forte investimento municipal em infra-estruturas valorizou os recursos endógenos e espoletou uma nova etapa de desenvolvimento do concelho, que permitiu a diversificação da base económica e a criação de emprego nos sectores terciário e secundário. Destaque ainda para a componente turística, com relevo para o forte investimento no golfe em Santo Estêvão. A fixação de colonos es-
trangeiros na margem sul do Tejo, em 1199, conduziu ao surgimento da povoação de Benavente, hoje vila e sede de um concelho que tem uma cidade, Samora Correia. Benavente faz fronteira com os distritos de Setúbal e de Lisboa e com os municípios ribatejanos de Salvaterra de Magos e de Coruche, integrando a área onde vai ser construído o novo aeroporto de Lisboa. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-benavente.pt
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cartaxo
Presidente PAULO CALDAS PS
Vice-Presidente PAULO VARANDA PS
Vereador PEDRO GIL PS
Vereador RITA GAMEIRO PS
Vereador PAULO NEVES PSD
Vereador MÁRIO JÚLIO REIS CDU
Pres. Ass. Mun. MARIA SIMÃO PS
População e território
Freguesias CARTAXO Manuel Luís Salgueiro PS
Vereador PEDRO REIS PSD
EREIRA João Mota PSD
LAPA Rogério Santos PS
VALADA Manuel Fabiano PS
VALE DA PINTA Fernando Ramos PS
VILA CHÃ DE OURIQUE Luís Nepomuceno PS
Área do concelho: 158 km2 População Residente (censos 2001): 23.338 Número de Eleitores (2009): 20.656 Número de Eleitores (2005): 19.602 VALE DA PEDRA Joaquim Oliveira PS
Feriado 5ª feira da Ascensão
PONTÉVEL José Sobreira PS
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O jovem mediático presidente da Câmara Municipal do Cartaxo Aos 38 anos Paulo Caldas cumpre o seu terceiro e último mandato
O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Paulo Caldas, eleito aos 28 anos, já foi o mais jovem autarca do país. O ex-presidente da República Jorge Sampaio visitou o concelho em 2004 para homenagear na sua pessoa o poder local democrático. Licenciado em economia, ac-
tualmente com 38 anos, candidatou-se pelo PS e conquistou três maiorias absolutas. Razões políticas, mas também pessoais e familiares levaram-no a entregar o cartão de militante em 2010. Mesmo no rescaldo das últimas eleições autárquicas, após a conquista da última maioria absoluta, não esqueceu
os inimigos dentro da estrutura do partido, nomeadamente as divergências com Pedro Ribeiro, ex-vice presidente com quem se incompatibilizou politicamente e com Conde Rodrigues, actual membro do Governo. Nasceu em Moçambique, mas as primeiras memórias são já de Vila Chã de Ourique, uma freguesia do concelho do Cartaxo, para onde foi viver com a família aos três anos de idade. É filho de pais divorciados que sempre souberam partilhar o tempo em harmonia. “Tenho uma mãe espectacular que sempre geriu tudo muito bem”, explicou em entrevista a O MIRANTE em 2009. É casado e tem uma filha chamada Sofia. Frequentou o jardim-de-infância do Cartaxo. A partir dos 13 anos começou a trabalhar, durante o período de férias, na apanha do tomate, do melão e nas vindimas. Chegou a ser estudante e trabalhador numa altura em que era administrativo numa empresa metalúrgica. Licenciou-se no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Esteve um ano na Universidade de Roterdão, na Holanda, onde se graduou em Ciências Económico-empresariais com distinção. Descobriu a política
nas reivindicações académicas da faculdade, onde foi admitido com 20 valores. Estudante brilhante e apaixonado por livros ensaiava já nas reuniões gerais de alunos os discursos que faz sempre de improviso. Tem uma pose serena e discurso ponderado. Já tinha desempenhado o cargo de vereador e vice-presidente. Durante quatro anos foi quadro superior do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Passou pelo Banco Nacional Ultramarino. Desde 1997 que é quadro superior do grupo Banif. Está a consolidar a vida académica espera terminar o doutoramento antes do final do mandato - e no futuro antevê o regresso à área da banca com competências reforçadas. Escreveu os livros “Cartaxo: uma linha de rumo” e “Caminhos de Mudança”, ambos edição de O MIRANTE. Em 2010 editou o romance “Vinhas de Paixão”. É apreciador de café e um grande defensor do vinho do concelho. Não perde uma oportunidade de falar nele. O fato e gravata não lhe fazem confusão. A noite é a sua melhor conselheira. Era assim antes de ser autarca, quando as responsabilidades no banco lhe faziam perder o sono. Dorme poucas horas e há noites em que acorda a pensar nos assuntos que tem para resolver. “Por vezes encontro soluções durante esses períodos”, confessa. Mesmo que a lei não impusesse o limite de mandatos já confessou que não voltaria a recandidatar-se por ser defensor da renovação.
A terra famosa pelo vinho O concelho do Cartaxo, localizado aproximadamente a 60 Km de Lisboa e a 15 de Santarém, tem cerca de 23.000 habitantes, 158,2 Km2 de área e é composto por oito freguesias: Ereira, Lapa, Pontével, Valada, Vale da Pedra, Vale da Pinta, Vila Chã de Ourique e Cartaxo. Integra a subregião da Lezíria do Tejo e faz fronteira com os municípios ribatejanos de Azambuja, Santarém, Rio Maior e Salvaterra de Magos.
Coberto por uma boa rede de estradas nacionais e municipais, o Cartaxo tem acesso directo à A1 e é ainda atravessado pela linha ferroviária do Norte (situa-se no concelho o importante nó ferroviário do Setil que dá acesso ao ramal de Vendas Novas). O rio Tejo desenha-lhe ainda a fronteira a sul com Salvaterra de Magos e oferece às embarcações de recreio o recuperado embarcadouro de Valada. O município do Cartaxo tem investido fortemente na
requalificação urbana e na rede de infra-estruturas e equipamentos que cobrem praticamente todas as áreas. O vinho continua a ser uma marca de referência desta região onde o rural e o urbano se harmonizam e confundem. A agricultura, a pecuária e a vitivinicultura são actividades predominantes, mas a indústria e o sector terciário já têm um peso relevante. Rezam as crónicas que o Cartaxo já existia antes da fundação da nacionalida-
de portuguesa. Foi uma das muitas povoações vítimas das lutas entre muçulmanos e os cristãos hispano-godos, principalmente por estar próximo de Santarém, pois a posse desta praça foi por largo tempo disputada por cristãos e mouros. Em 2010, o Cartaxo, elevado a cidade há 15 anos, festeja 195 anos de elevação a concelho.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-cartaxo.pt
Guia Autarcas e Autarquias
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constância
Presidente MÁXIMO FERREIRA CDU
Vice-presidente JÚLIA AMORIM CDU
Vereador MARIA ARSÉNIO CDU
STA. MARGARIDA DA COUTADA José Pinheiro CDU
Vereador MARGARIDA VERÍSSIMO PS
Pres. Ass. Mun. ANTÓNIO MENDES CDU
População e território
Freguesias CONSTÂNCIA João Silva CDU
Vereador RUI PIRES PS
MONTALVO José Pereira PS
Área do concelho: 80 km2 População Residente (censos 2001): 3816 Número de Eleitores (2009): 3.486 Número de Eleitores (2005): 3.391
Feriado 2ª feira após domingo de Páscoa
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Guia Autarcas e Autarquias
Guia Autarcas e Autarquias
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O presidente astrónomo Máximo Ferreira chegou à Câmara de Constância através da ciência
Regressou ao concelho natal por via do Centro de Ciência Viva de Constância, a cuja direcção continua a presidir apesar de entretanto ter sido eleito presidente da Câmara Municipal de Constância pela CDU, sucedendo ao “dinossauro” António Mendes. Depois de anos ligado à ciência e a olhar o céu, o conhecido astrónomo teve de passar a ocupar-se de assuntos mais prosaicos e terra a terra como os buracos
nas estradas ou a limpeza do espaço público. Máximo Ferreira, natural da aldeia de Montalvo, uma das três freguesias do concelho, vai-se adaptando ao trabalho autárquico, onde chegou completamente virgem ao nível da política. Divulgador da astronomia por todo o país, ascendeu na vida a pulso. Foi moço de recados numa metalúrgica aos 12 anos, sacristão e músico na adolescência, concreti-
zou o sonho de ser electricista na Marinha, foi tripulante de submarinos, licenciou-se em Física e aposentou-se como professor universitário. Não abdica de ser o responsável pelo Centro de Ciência Viva de Constância. O trabalho é um vício para este homem de 63 anos que não consegue estar parado e que classifica a ignorância como uma fobia. O grande problema com que se deparou neste primeiro ano de mandato foi o do encerramento da ponte sobre o Tejo que liga o seu concelho ao de Vila Nova da Barquinha. Tem adoptado uma postura de firmeza nesse capítulo semelhante à do seu antecessor, que o desafiou a aceitar o desafio autárquico. “De início protestei um bocadinho”, confessou em entrevista a O MIRANTE. Mas os desafios propostos falaram mais alto e Máximo Ferreira embarcou na aventura de dirigir a nau autárquica até 2013. A adaptação, disse, foi menos difícil do que pensava. “É um tipo de vida diferente e, sob certo aspecto, até mais calma do que a que tinha antes”, refere o autarca que tem intenção de ficar na câmara pelo menos dois mandatos. Mas sempre sem largar de vez a astronomia. “Continuo a ser astrónomo e nunca se sabe o que vai ser o futuro. Tenho intenção de
Considera-se um homem independente, com dificuldade em dizer “Ámen” a tudo o que os catecismos partidários defendem. ficar na câmara pelo menos dois mandatos, porque no primeiro mandato não se vai conseguir fazer quase nada, apesar de algumas coisas estarem já encaminhadas e de pretender continuar o trabalho do executivo anterior. Mas há outras coisas que estamos a iniciar e que para serem feitas precisam de pelo menos dois mandatos. Depois disso quero ter saúde para continuar a trabalhar”, diz. Máximo Ferreira nasceu no seio de uma família humilde. Vive com a companheira na margem sul do concelho de Constância. Tem um casal de filhos, um geólogo e uma engenheira do ambiente, e duas netas. A política é um mundo que nunca o atraiu e onde caiu de pára-quedas. Considera-se um homem independente, com dificuldade em dizer “Ámen” a tudo o que os catecismos partidários defendem. As convicções religiosas foram mudando com o andar dos anos. Foi sacristão na adolescência, ateu no início da idade adulta e actualmente diz-se agnóstico. No futebol, é benfiquista “mas não muito sofredor”.
A terra onde os rios se encontram No encontro do Zêzere com o Tejo nasceu a antiga Punhete, terra cuja História está intimamente ligada aos rios e às actividades que eles proporcionavam: o transporte fluvial, a construção e a reparação naval, a travessia e a pesca. D. Sebastião elevou-a a vila e criou o Concelho, em 1571, reconhecendo o desenvolvimento que já então alcançara. D. Maria II, em 1836, mudou-lhe o nome
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para Constância, em atenção à constância que os seus habitantes demonstraram no apoio à causa liberal. Diz a tradição que acolheu Luís de Camões por algum tempo, e a memória do Épico faz parte da alma da vila. A chegada do caminho-de-ferro, no século XIX, e do transporte rodoviário, em meados do século XX, a par da construção das barragens, provocaram a
decadência das actividades tradicionais e a vila teve de mudar de vida, virando-se para o aproveitamento turístico das suas belezas, do encanto das suas paisagens e da tranquilidade dos seus rios. Dos tempos antigos guarda a memória dos marítimos e da sua faina, através da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, um dos maiores acontecimentos do seu
género em Portugal. O Concelho integra também as freguesias de Montalvo e de Santa Margarida da Coutada. O concelho está bem servido de acessibilidades, através do caminho-de-ferro do Leste e da A23, e situado numa zona muito central do país.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-constancia. pt
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chamusca
Presidente SÉRGIO CARRINHO CDU
Vice-Presidente FRANCISCO MATIAS CDU
Vereador JOÃO LOURENÇO PSD
Vereador JOAQUIM GARRIDO PS
Vereador PAULO QUEIMADO PS
Pres. Ass. Mun. FRANCISCO VELEZ PS
População e território
Freguesias CARREGUEIRA Joel Marques PS
CHAMUSCA Aurelina Rufino PSD
CHOUTO João Rodrigues CDU
PARREIRA Manuel António PSD
PINHEIRO GRANDE José Carrinho PS
ULME Paula Malaquias PS
Área do concelho: 745.9 km2 P. Residente (censos 2001): 11.502 Número de Eleitores (2009): 9.514 Número de Eleitores (2005): 9.798 ULME Lúcia Gameiro PS
Feriado 5ª feira da Ascensão
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Guia Autarcas e Autarquias
O autarca que não gosta de estar no gabinete Sérgio Carrinho, presidente da Câmara da Chamusca
A um mês das eleições de autárquicas de 2005, o presidente da Câmara da Chamusca apresentou-se na Polícia Judiciária para comunicar irregularidades na gestão financeira da autarquia. Doente, Sérgio Carrinho recolhe-se em casa. Vai a votos e os eleitores voltam a dar-lhe a presidên-
cia da autarquia, com maioria absoluta. Em 2009 volta a ser reeleito nas perde a maioria absoluta. Os adversários políticos vão finalmente ter a sua oportunidade porque cumpre o último mandato. Alguns chegaram a recusar candidatarse a presidentes enquanto o candidato da CDU fosse Sérgio
Entre a charneca e a lezíria Com cerca de 11.500 habitantes e uma área de 746 Km2, o que faz deste município o segundo maior concelho da sub-região da Lezíria do Tejo, a Chamusca é composta por sete freguesias: Chamusca, Ulme, Vale de Cavalos, Parreira, Chouto, Pinheiro Grande e Carregueira. Da sua extensa rede viária, destaque para as duas estradas nacionais, EN118 e EN243, e o percurso de cerca de 47 Km de vias urbanas, 92 Km de estradas municipais, 41 Km de ca-
minhos municipais e uma rede de cerca de 300 Km de vias a classificar no seu considerável território. É aqui que o Tejo se alarga e começam as grandes lezírias, logo a seguir à ponte da geração de Eiffel que liga ao vizinho concelho de Golegã. Plantada entre a charneca e a lezíria, na margem esquerda do Tejo, a Chamusca tem campos muito férteis onde se cria gado e ainda grande produção de arroz e milho. Mas a aposta forte da au-
Carrinho. Desde 2005 que o autarca apostou em programas de estabilização financeira da câmara, ao mesmo tempo que procurava todas as formas de captar investimentos para um concelho parco em oportunidades de emprego. A incrementação do Eco-parque do Relvão veio trazer maior dinamismo empresarial à Chamusca com a instalação de empresas do sector ambiental, nomeadamente centros de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos. Com esta política de facilitar a instalação de empresas nem que seja para criar um emprego, o autarca conseguiu que em 2008 fossem criados cem novos postos de trabalho no concelho. Sérgio Carrinho, entrou na câmara como vereador em 1976 e no mandato seguinte foi eleito presidente nas listas da CDU. Nasceu há 61 anos na freguesia de Pinheiro Grande no seio de uma família pobre. É um homem simples, franco e aberto que gosta de ser tratado com informalidade. Não é de cerimónias. Os ambientes muito formais deixam-no desconfortável. Gosta de andar bem informado e detesta os imprevistos. Tem um lado sotarquia é no sector ambiental. Uma eco-indústria que está a trazer novas empresas e a criar emprego especializado no parque industrial do Relvão, permitindo também a fixação de gente que atenue ou inverta a tendência demográfica das últimas décadas, em que o concelho perdeu muita população. Quanto às origens, corria o ano de 1449 quando, sob regência de D. Afonso V, as terras de Chamusca e Ulme são doadas a D. Ruy Gomes da Silva, que por essa ocasião aqui fixa a sua residência. A Chamusca, era inicialmente integrada no termo de Santarém, sendo
lidário que salta à vista, sendo sensível às dificuldades das pessoas. Casado e com dois filhos, não é autarca de gabinete e é frequente encontrá-lo a andar a pé pela vila ou a visitar as localidades do concelho. Nos tempos livres gosta de dormir uma sesta no sofá ou entreterse a coleccionar antiguidades. Já promoveu vários leilões de artigos antigos da câmara como forma de angariar dinheiro para alguns projectos do município. Tem o vício de fumar e de rabiscar papéis enquanto conversa. Os 19 meses que passou na guerra na Guiné e os grandes incêndios de 2003 foram dos acontecimentos que mais o marcaram. No Verão costuma andar mais nervoso, receando novos incêndios. No dia em que ganhou pela primeira vez a presidência da câmara confessa que teve medo. O medo da responsabilidade de aos 30 anos e com pouca experiência não ser capaz de desempenhar a função. Sérgio Carrinho estudou até ao 11º ano de escolaridade. Uma das características do presidente é não ter tirado a carta de condução. Sérgio Carrinho confessa que é um consumidor compulsivo de jornais, não pratica desporto e não gosta de agitações, nem sai muito à noite. Gosta de ouvir música e durante a festa mais importante do concelho, a Ascensão, costuma assistir aos concertos e acompanhar as várias actividades, como a entrada de toiros. mais tarde elevada a vila e sede de concelho, juntamente com Ulme, por alvará de 1561, na regência de D. Catarina. Devido à sua extensão, o concelho, situado na margem sul do Tejo, faz fronteira com um número vasto de municípios, desde Ponte de Sôr (distrito de Portalegre) a Coruche, Almeirim ou Golegã. A Semana da Ascensão é uma das manifestações mais emblemáticas do calendário festivo do Ribatejo.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-chamusca.pt Guia Autarcas e Autarquias
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coruche
Presidente DIONÍSIO MENDES PS
Vice-Presidente FRANCISCO OLIVEIRA PS
Vereador FÁTIMA GALHARDO PS
Vereador CÉLIA RAMALHO PS
Freguesias
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Vereador ISIDRO CATARINO CDU
Vereador VALTER JERÓNIMO CDU
Pres. Ass. Mun. JOSÉ COELHO PS
População e território
BISCAINHO Joaquim Paulino PS
BRANCA Francisco Godinho PS
CORUCHE Jacinto Barbosa PS
COUÇO Luís Ferreira CDU
FAJARDA Ilídio Serrador CDU
SANTANA DO MATO Joaquim Banha PS
Guia Autarcas e Autarquias
Vereador TIAGO CAPAZ PS
Área do concelho: 1113 km2 População Residente (censos 2001): 21.245 Número de Eleitores (2009): 18.771 Número de Eleitores (2005): 19.178
Feriado 17 de Agosto SÃO JOSÉ DA LAMAROSA António Venda PS
VILA NOVA DA ERRA Joaquim Duarte PS
O turismo e a cortiça como apostas estratégicas Dionísio Mendes, presidente da Câmara Municipal de Coruche
Dionísio Mendes mudou o rumo político do concelho de Coruche em 2001. Foi sob a sua liderança e visibilidade que o PS tornou rosa um concelho marcadamente vermelho PCP.
Fez história ao conquistar a câmara para o PS, como independente derrotando o recandidato comunista Manuel Brandão. O mesmo com quem tinha estado durante dois mandatos como verea-
dor da CDU (1989-1997). Sem maioria absoluta, Dionísio Mendes mostrou argúcia política ao convencer o cabeça de lista do PSD, Valter Barroso a trabalhar em conjunto com o PS. Pôde assim gerir com relativa tranquilidade o seu primeiro mandato. Nas eleições de 2005 voltou a ganhar e dessa vez com maioria absoluta mas com uma pedra no sapato. Na assembleia municipal, a CDU uniu-se ao PSD e aquela “coligação improvável”, como gostava de lhe chamar, deulhe algumas dores de cabeça. Foi algumas vezes acusado de ser autoritário, de ter atitudes anti-democráticas e de trabalhar com base no “quero, posso e mando”. Epítetos que não o fizeram desviar do seu caminho. Em 2009 Dionísio Mendes ganhou tranquilidade com a maioria da câmara suportada por uma maioria na Assembleia Municipal. Dois presidentes de Junta da CDU concorreram pelo PS e ganharam. No concelho aquela força política manda agora apenas na Fajarda e no Couço.
Nas eleições de 2005 voltou a ganhar e dessa vez com maioria absoluta mas com uma pedra no sapato. Na assembleia municipal, a CDU uniu-se ao PSD e aquela “coligação improvável”, como gostava de lhe chamar, deu-lhe algumas dores de cabeça. Nascido a 8 de Novembro de 1956 nos Foros do Paul, arredores de Coruche, Dionísio Mendes é divorciado e tem dois filhos. Foi futebolista e forcado amador nos tempos de juventude. É sportinguista com lugar cativo em Alvalade. A requalificação da zona ribeirinha da vila e o observatório da cortiça são algumas das suas obras emblemáticas. A aposta no turismo, assente numa política de visibilidade do concelho tem dado bons resultados. Cumpre o seu último mandato e resta saber se após sair da câmara voltará a dar aulas de história como a certa altura chegou a admitir.
Onde o Ribatejo acaba e o Alentejo começa O município de Coruche está situado a sul do rio Tejo, já na zona de transição com o Alentejo, e ocupa uma área de 1.115,7 Km2, o que o torna o concelho mais extenso do distrito de Santarém e da sub-região da Lezíria do Tejo, sendo o décimo com mais área a nível nacional. Faz fronteira com municípios ribatejanos como Salvaterra de Magos, Benavente, Chamusca e Almeirim e alentejanos como Montemor-o-Novo ou Mora. Com cerca de 21.000 habitantes, o concelho tem oito freguesias: Biscainho,
Branca, Coruche, Couço, Erra, Fajarda, Lamarosa e Santana do Mato. Esta vasta região do vale do Sorraia oferece grandes potencialidades agrícolas e tem instaladas algumas importantes unidades agro-industriais, sendo a Zona Industrial do Monte da Barca um factor importante no desenvolvimento económico local. A charneca coruchense é ainda rica no montado de sobro, o que faz do concelho o primeiro produtor mundial de cortiça, sendo de relevar a recente aposta na criação de um Observatório da Cor-
tiça. Vários vestígios pré-históricos como os do Cabeço do Marco, da Fonte do Cascavel, da Herdade da Agolada e dos terraços da Azervada e da Azervadinha atestam que a zona tem sido povoada desde há milénios. Da época da ocupação romana seria o Castelo de Coruche, que foi totalmente arrasado pelos árabes no ano de 1180. Dois anos depois darse-ia a reconquista cristã definitiva da vila. O ano de 1182 marca a elevação da vila a concelho. A Igreja de Nossa Senhora
do Castelo, com o seu notável miradouro, é a memória da desaparecida fortaleza. É também o epicentro das festas que se desenrolam anualmente na vila a meio de Agosto. A gastronomia é também encarada como parte integrante do património duma região. Foi sob este espírito que nasceram as Jornadas de Gastronomia do Concelho de Coruche, realizadas no início do mês de Maio. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-coruche. pt Guia Autarcas e Autarquias
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Lg. Tilias 249 574 565 jfcaxarias@sapo.pt
Rua das Caldelas, 220 - Cem Rua Dr. António Maria Soldos • 249 345 342 Galhordas,133 • 249 870 787 freguesiamadalena@mail.telepac.pt jfamiais@sapo.pt
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Beco Povoral 243 324 741 freg-rib-santarem@sapo.pt
entroncamento
Presidente JAIME RAMOS PSD
Vereador JOÃO VIEIRA PSD
Vereador PAULA PEREIRA PSD
Freguesias NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Manuel Bilreiro PSD SÃO JOÃO BAPTISTA Teresa Martins PSD
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Guia Autarcas e Autarquias
Vereador JOÃO CANAVERDE PSD
Vereador CARLOS GOUVEIA PS
Vereador HENRIQUE CUNHA PS
Vereador CARLOS MATIAS BE
Pres. Ass. Mun. MARIA AGUINCHA PSD
População e território Área do concelho: 13.7 km2 População Residente (censos 2001): 18.174 Número de Eleitores (2009): 16.810 Número de Eleitores (2005): 15.772
Feriado 24 de Novembro
Um homem sério e um autarca rigoroso e cumpridor Jaime Ramos, presidente da Câmara Municipal do Entroncamento
Integrou pela primeira vez o executivo municipal do Entroncamento como vereador da oposição, em 1993. Nessa qualidade fez dois mandatos. Foi sempre o número dois da lista do PSD mas quando o partido finalmente decidiu apostar nele prescindido da crónica derrotada, Paula Carloto, provou que se enganavam todos aqueles que viam nele um candidato apaga-
do e incapaz de mobilizar o eleitorado. Em 2001 acabou com o reinado do PS que durava desde as primeiras eleições livres. Com trabalho, perseverança e pulso, iniciou um trabalho de reorganização do município, resolveu obras que se arrastavam penosamente sem fim à vista e lançou as fundações para captação de novos investimentos. No final do primeiro mandato já
não havia dúvidas sobre as suas capacidades. Foi reeleito com maioria absoluta e no mandato seguinte aumentou a votação. Foi por muito pouco que não conseguiu cinco dos sete lugares. Filho único de um ferroviário, Jaime, como o pai, Jaime Maia Ramos, nasceu em Santa Maria, Sintra, porque nessa altura o progenitor trabalhava em Lisboa e a família residia naquele concelho. A mãe, Cândida do Carmo Gonçalves, era doméstica. O Entroncamento, terra natal dos seus pais, começou a ser a sua terra aos dois anos de idade. Foi lá que frequentou o ensino básico e estudou até ao antigo 5º ano no colégio Mouzinho de Albuquerque. Interrompeu os estudos quando frequentava o Liceu em Tomar, porque se ofereceu como voluntário para o exército. “Queria despachar o serviço militar para resolver a minha vida”, justifica. O antigo jogador de futebol dos Leões de Santarém, do Ferroviários, do Grupo Desportivo da Cardiga e do Clube Amador de Desportos do Entroncamento, fez a sua vida profissional como bancário o que lhe deu traquejo para lidar com pessoas e uma grande noção de rigor. No exercício das suas funções é disciplinado, empenhado e sério. É capaz de reconhecer
erros mas não se desvia do caminho que traçou para atingir um objectivo, ao sabor de ventos ou marés. Criou uma equipa coesa e disciplinou as reuniões do executivo tornando-as mais produtivas. Os programas que tem apresentado ao eleitorado são pensados para cumprir e não apenas para servir de chamariz eleitoral. As propostas aí feitas são incorporados nos planos de acção e estratégias de desenvolvimento do município. Pode em determinadas circunstâncias não atingir um ou outro objectivo mas quem vota nele e na sua equipa não terá razões para se sentir defraudado com o incumprimento das promessas feitas. Requalificou grande parte do Entroncamento, investiu em novas escolas, em espaços desportivos e está a lançar as primeiras obras que vão transformar a zona do Bonito no grande parque da cidade. Na Assembleia Municipal já foi elogiado pelo trabalho feito a nível social, por forças políticas bastante exigentes a esse nível como a CDU. Se as contas do município não estão em melhor situação isso deve-se em grande parte ao incumprimento de obrigações do Governo Central, nomeadamente ao nível do pagamento das comparticipações do QREN. É um homem de família e embora preserve a sua vida privada é com indisfarçável orgulho que fala da filha Cláudia ou do neto Manuel. É normal comparecer em actos públicos acompanhado pela esposa Amélia. Mantém antigas amizades
Um concelho com origem no caminho-de-ferro O Entroncamento é cidade e sede de concelho com 13,8 quilómetros quadrados e 18.174 habitantes (Censos 2001). Localiza-se no Vale do Tejo e pertence à Região Centro, sub-região do Médio Tejo. Situado no centro do Ribatejo, beneficia da sua inserção geoestratégica na região do Vale do Tejo e de boas acessibilidades ferroviárias e rodoviárias. Confina com o concelho da Golegã a sul, com o de Torres Novas a poente e a norte, e
com o concelho de Vila Nova da Barquinha a nascente. Dista 7 km de Torres Novas, 19 km de Tomar, 43 km de Santarém e 120 km de Lisboa. O Entroncamento nasceu em meados do séc. XIX, com os alvores da construção ferroviária, e começou por ser uma simples estação de caminhos de ferro. Por perto existiam dois lugarejos de poucos habitantes (o Casal das Vaginhas e o Casal das Gouveias), onde se vieram estabelecer os pri-
meiros trabalhadores. O nome da cidade deriva do entroncamento ferroviário que ali se formou, com a junção das Linhas do Norte e do Leste, em 1864. Em 25 de Agosto de 1926 a povoação foi elevada a freguesia, em 1932 a vila e em 24 de Novembro de 1945 foi promovida a concelho. O feriado municipal celebra essa data. Aos 20 dias do mês de Junho de 1991 o Entroncamento é elevado a cidade. Entre estas datas,
o percurso foi de emancipação progressiva dos concelhos a que tinha pertencido, libertando-se, em primeiro lugar, de Torres Novas e depois da Barquinha. Foi, no mesmo século, aldeia, vila e cidade. Em 2003, a única freguesia, foi dividida em duas, (Lei 68/2003, de 26 de Agosto). Nossa Senhora de Fátima, a poente da via férrea e São João Baptista. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-entroncamento.pt Guia Autarcas e Autarquias
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ferreira do zêzere
Presidente JACINTO FLORES PSD
Vice-Presidente PAULO NEVES PSD
Vereador MARIA BENEDITO PSD
Vereador FILIPE MARTINS PS
Freguesias
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Pres. Ass. Mun. LUÍS PEREIRA PSD
População e território
ÁGUAS BELAS José Nunes PS
AREIAS Fernandinho Lourenço PSD
BÊCO Agostinho Cruz PSD
CHÃOS Jorge Silva PSD
DORNES José Russo PSD
FERREIRA DO ZÊZERE Pedro Moreira PS
IGREJA NOVA DO SOBRAL José Feliz PS
PAIO MENDES Fernando Cotrim PS
Guia Autarcas e Autarquias
Vereador SÉRGIO MORGADO PS
Área do concelho: 184 km2 População Residente (censos 2001): 9.416 Número de Eleitores (2009): 8.280 Número de Eleitores (2005): 8.115
Feriado 13deJunho
PIAS António Oliveira PSD
Guia Autarcas e Autarquias
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Um homem prático que não se deixa prender por pormenores Jacinto Lopes, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere
Natural de Ferreira de Zêzere, Jacinto Manuel Lopes Cristas Flores, 42 anos, é casado há 17 anos e tem um filho adolescente. É conhecido como Jacinto Lopes. Começou a trabalhar aos 19 anos, como técnico oficial de contas e aos 25 anos, decide tirar a licenciatura em Gestão de Empresas, curso que termina cinco anos depois,
como trabalhador estudante. Apesar de dedicar a maior parte do seu tempo à actividade autárquica, quando tem algum tempo livre gosta de fazer “tiro aos pratos” para descomprimir. Adepto das novas tecnologias, faz muitas pesquisas na internet. Outro dos seus passatempos é fazer contas de cabeça. Costuma participar nas ini-
ciativas que a autarquia organiza em colaboração com as juntas de freguesia como foi o caso dos “Caminhos com História”. Fez todas as caminhadas que se realizaram. É uma pessoa simples, comunicativa e com um elevado sentido prático. Perante um problema a sua primeira reacção é a de pensar na melhor solução. Militante do Partido SocialDemocrata e actual presidente da concelhia, foi vereador desde 1993, na altura em que a autarquia era dirigida por Luís Ribeiro Pereira também do PSD. Começou aos poucos a participar nas tarefas autárquicas. Só no segundo mandato é que foi vereador a meio tempo. Nos dois mandatos seguintes esteve a tempo inteiro, sendo vice-presidente no último. Candidato pelo PSD, nas últimas eleições autárquicas ganhou com maioria absoluta. “É mais fácil ser presidente do que vice-presidente. Porque no cargo de vice-presidente nem mandamos tudo, nem mandamos nada. Andamos sempre no fio da navalha. O presidente toma as decisões e ponto final, confessou numa entrevista a O MIRANTE publicada a 12 de Agosto de 2010. É pragmático e não se prende com pormenores quando a
Um ano após ter assumido posse, disse publicamente que já cumpriu metade das 97 propostas que apresentou, fruto de um trabalho intenso da equipa que lidera. prioridade são as pessoas. Por este motivo a autarquia decidiu pagar as refeições e os livros a todas as crianças do jardim-deinfância e 1.º ciclo, sem olhar a escalões. "Não devemos deixar de dar só porque não apresentam o papel necessário porque têm dificuldades em conseguilo, defende. Um ano após ter assumido posse, disse publicamente que já cumpriu metade das 97 propostas que apresentou, fruto de um trabalho intenso da equipa que lidera. Orgulha-se dos jardins da vila e defende que a manutenção das quatro rotundas existentes seja da responsabilidade das empresas que aproveitam o espaço para publicitar os seus serviços. Futuramente, vão ser construídas quatro novas rotundas. E foi durante o seu mandato que entrou em funcionamento a obra mais dispendiosa de sempre do concelho de Ferreira do Zêzere, avaliada em cerca de 2 milhões e 570 mil euros: o novo mercado municipal inaugurado a 27 de Novembro com a designação de António Teixeira Antunes, antigo presidente da câmara, já falecido.
O concelho que adoptou o nome do rio Toda a região em que se insere o concelho de Ferreira do Zêzere é muito acidentada. A maior parte é constituída por terrenos provenientes da desagregação de xistos, quartezitos e grês, existindo na periferia da vila terrenos de várzea bastante férteis. A vila sede de concelho situa-se numa pequena “crista” com uma altitude média de 350m. A única depressão com maior significado situa-se a norte do aglomerado, a que corresponde uma 42
Guia Autarcas e Autarquias
linha de água que torna essa zona mais húmida. O concelho é limitado a nascente pelo Rio Zêzere, que deu nome à vila. Toda a região tem um subsolo bastante rico em água, excepto a zona de Chãos. Ferreira do Zêzere localizase a cerca de 160 quilómetros a norte de Lisboa e a 180 quilómetros a sul do Porto. A origem do nome deste concelho está no início do século XIII. Pedro Ferreiro, besteiro de D. Sancho, a quem este doara
parte da área actual deste município, atribui foral a então denominada Vila ferreiro. Dada a proximidade do rio Zêzere, já em tempo da monarquia liberal, a vila passa a chamar-se Ferreira do Zêzere. A partir de 1306 passa a pertencer aos Templários. Em 1319 transita para a Ordem de Cristo. D. Nuno Rodrigues, mestre desta ordem, coloca a primeira pedra para construção dos paços de Ferreira do Zêzere em 1362. Em 1517, quando
as populações se recusam a prestar juramento em Vila de Rei e o Rei D. Miguel termina o conflito, decidindo que Ferreira do Zêzere tenha forca e pelourinho próprios. Mais tarde, em 1531, D. João III torna-a Vila. O concelho tem uma área 190,5 quilómetros quadrados e uma população actualmente de 9781 pessoas. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-ferreiradozezere. pt
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golegã
Presidente VEIGA MALTEZ PS
Vice-Presidente RUI MEDINAS PS
Freguesias
Vereador ANA ISABEL CAIXINHA PS
Vereador BRUNO MEDINAS PS
Pres. Ass. Mun. LUÍS GODINHO PS
População e território AZINHAGA Vítor Guia IND.
GOLEGÃ Constantino Lopes PS
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Vereador ANTÓNIO CARDOSO PS
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Área do concelho: 75.9 km2 População Residente (censos 2001): 5.745 Número de Eleitores (2009): 4.775 Número de Eleitores (2005): 4.766
Feriado 5ª feira da Ascensão
Um autarca que não se coibe de elogiar a sua própria obra e que lidera sem oposição Veiga Maltez, presidente da câmara municipal da Golegã
Eleito em Dezembro de 1997 presidente da câmara da Golegã, o médico José Veiga Maltez, foi crescendo eleitoralmente e de forma imparável nas eleições seguintes. Em 2001 ufanava-se de ter sido reeleito “com a maior maioria autárquica de Portugal Continental”. Em 2009 fez o pleno e a sua lista ganhou os lugares todos do executivo. Uma
câmara de uma só cor, a do PS. Cumpre o seu último mandato por imposição da lei. Natural de Lisboa, José Veiga Maltez considera-se um goleganense de gema. A sua família é dali e é uma das famílias tradicionais com nome antigo e respeitado. Quando era jovem o autarca vivia a semana na capital ansiando pelo fim-de-sema-
A Capital do Cavalo Com aproximadamente 76,6 Km2, Golegã é um pequeno e fértil concelho situado na margem direita do Tejo, com forte marca distintiva na actividade equestre. A Golegã é conhecida a nível nacional e internacional como a Capital do Cavalo e a Feira Nacional do Cavalo e de São Martinho atrai anualmente em Novembro uma romaria de forasteiros. O concelho é dotado de excelentes acessibilidades e ligação rápida à A23. 46
Guia Autarcas e Autarquias
A fertilidade dos seus campos, banhados pelos rios Tejo e Almonda, onde se localiza boa parte da Reserva Natural do Paul do Boquilobo, atraiu desde sempre gentes que se empenharam no cultivo das terras e na criação de gado. Actualmente com cerca de 6.000 habitantes, o concelho é composto por duas freguesias: Golegã e Azinhaga. A vila da Golegã tem ainda como pólo de atracção, para além da actividade equestre,
na na Golegã. Quando terminou o curso de medicina, concorreu para o Centro de Saúde de Torres Novas e regressou às origens. Todos os anos, em Novembro, na Feira de S. Martinho, enverga um traje típico de lavrador. Numa época de globalização considera a preservação dos valores locais como a única forma de afirmação das comunidades. “Comecei a usar o traje de lavrador quando tinha 3 ou 4 anos. Continuo a usá-lo porque me dá grande prazer”, explica. Recebe as visitas mais importantes com aquela roupa e é ele que faz questão de conduzir a charrete em que as transporta. Com a sua chegada ao poder a Golegã ganhou a designação de “Capital do Cavalo”e as gentes readquiriram o gosto pela terra e pelas coisas da terra. O seu sucesso como político está ligado à tarefa a que meteu ombros de recuperar a auto-estima dos goleganenses, através do incremento do bairrismo. José Veiga Maltez é o primeiro propagandista das suas próprias obras. Ao complexo Equuspolis, inaugurado em Maio de 2003 chamou-lhe, “a Gulbenkian da Golegã”. E baptizou o Centro de Estágio com o selecto nome de Golegã Sporthotel. o solar de Carlos Relvas, casaestúdio única dos primórdios da fotografia em Portugal, e a casa museu do escultor Martins Correia. Golegã integra a sub-região da Lezíria do Tejo mas a sua população está mais ligada ao Médio Tejo, dada a proximidade de cidades como Torres Novas e Entroncamento. Faz ainda fronteira com os concelhos de Chamusca, Santarém e Vila Nova da Barquinha. Do concelho são naturais figuras da História contemporânea como o escritor e Prémio Nobel José Saramago, o artis-
Foi o próprio autarca que concebeu e desenhou o arco de entrada na vila e não se coíbe de interferir ou dirigir outros trabalhos do género. Tem um grande ego e gosta que lhe obedeçam com prontidão. Não se coíbe de se auto-elogiar. No segundo mandato entrou em conflito com um dos seu primeiros vereadores, Victor Guia e este fez-lhe frente com notável sucesso. Saiu do executivo e regressou à Junta de Freguesia de Azinhaga onde tinha sido presidente eleito pelo PS, tendo ganho todas as eleições desde então com uma lista independente, sendo um permanente espinho cravado no orgulho eleitoral de Veiga Maltez. Para quem gosta de brilhar como o presidente da Câmara da Golegã, deve ter sido difícil de engolir o protagonismo conseguido pelo seu antigo vereador e presidente da Junta de Freguesia de Azinhaga, como anfitrião do Nobel da literatura José Saramago e sua Esposa Pilar del Rio. Foi pela mão de Vítor Guia que o escritor voltou à terra Natal para inaugurar um pólo da sua fundação e uma estátua sua. Um outro revés de pouca relevância mas que desagradou sobremaneira ao autarca foi o facto de a GNR não fazer o patrulhamento da Capital do Cavalo, a cavalo. A segurança da população não é assegurada apenas pela Guarda. O presidente da Câmara da Golegã criou um policiamento municipal para prevenir actos de vandalismo e até mandou pintar a viatura que é utilizada naquele serviço como um verdadeiro carro da polícia. ta plástico Martins Correia e o toureiro Manuel dos Santos. Segundo reza a lenda, desde os primórdios da nacionalidade que a Golegã foi ponto de paragem para os viandantes já que existia uma albergaria com serviço de muda de montadas, propriedade de uma mulher oriunda da Galiza, sendo conhecido o lugar por “venda da Galega”. Designação que terá dado origem ao nome actual da vila.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-golega.pt
mação
Presidente SALDANHA ROCHA PSD
Vereador ANTÓNIO LOURO PSD
Vice-Presidente VASCO ESTRELA PSD
Vereador NUNO NETO PS
Freguesias
48
ABOBOREIRA Fernanda Lourenço PS
AMÊNDOA Joaquim António PSD
CARDIGOS Paulo Silva PSD
CARVOEIRO Nuno Bragança PSD
MAÇÃO Jaime Conde PS
ORTIGA João Ferreira PSD
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Vereador CARDOSO LOPES PS
Pres. Ass. Mun. PRECIOSA MARQUES PSD
População e território Área do concelho: 401 km2 População Residente (censos 2001): 8.442 Número de Eleitores (2009): 7.489 ENVENDOS Número de Eleitores (2005): 7.950 João Pereira PS
Feriado 2ª feira após domingo de Páscoa
PENHASCOSO Valter Marques PS
O autarca que tem a humildade de estar calado quando não domina bem os assuntos José Saldanha Rocha, presidente da Câmara Municipal de Mação
Entrou no mundo do trabalho como paquete na antiga Junta Nacional de Investigação Cientifica e Tecnológica. Subiu a pulso e antes de entrar para a presidência da Câmara de Mação, José Manuel Saldanha Rocha já era gestor do financiamento de projectos de investigação da Fundação para a Tecnologia, que sucedeu à
Junta. O autarca, nascido em 9 de Março de 1960, casado e com três filhos, é presidente do município desde 2001, eleito pelo PSD. Natural de Angola, onde viveu a infância, Saldanha Rocha conseguiu para o PSD, 52,9 por cento dos votos nas últimas eleições, mantendo a maioria absoluta. Feito que
já tinha alcançado em 2001 e 2005. Antes de ter sido presidente da autarquia, tinha estado dois anos como vereador. Foi o regresso à terra da família depois de 23 anos a viver em Lisboa. Um regresso que lhe deu muita satisfação uma vez que gosta da natureza e é um apaixonado pelo campo. Presidente de um concelho situado numa zona desfavorecida, Saldanha Rocha não se limita a defender os interesses da sua terra apenas como autarca. É também provedor da Misericórdia, seguindo os passos do seu avô que também exerceu aquele cargo e há pouco tempo criou uma empresa de comércio de produtos locais e regionais, como o vinho, os doces, enchidos, o mel ou os artigos de artesanato. Diz que quando lhe acontece errar fica furioso. O mesmo sentimento que tem em relação à mentira e à intolerância. Aceitou concorrer à presidência da câmara em 2001 movido pelo gozo que lhe dá ver as pessoas felizes e procura centrar a sua actuação nesse fim. É uma pessoa poupada, assumindo que pensa bem antes de gastar o dinheiro e que não o aplica em coisas desnecessárias. Seja na vida pessoal seja enquanto presidente da
Aceitou concorrer à presidência da câmara em 2001 movido pelo gozo que lhe dá ver as pessoas felizes e procura centrar a sua actuação nesse fim. câmara. Alguns amigos até o comparam ao “Tio Patinhas”, personagem avarento da banda desenhada da Disney. É viciado no trabalho e chega a acordar muitas vezes durante a noite a pensar em coisas que tem para fazer no dia seguinte. Aproveita esses momentos para planear o trabalho, definir ideias… Apesar de optimista, alegre e comunicativo não gosta de protagonismo nem de dar nas vistas. Quando não domina um assunto tem a humildade suficiente para se manter calado e escutar quem sabe. Saldanha Rocha já não se pode candidatar à presidência da autarquia nas próximas eleições, mas até ao último dia no cargo continua a perseguir o objectivo de criar condições para que os seu munícipes tenham uma vida melhor, num concelho pobre em oportunidades, mas rico em pessoas trabalhadoras e em património paisagístico.
Entre a pureza das águas e o verde das serras O concelho de mação situa-se a 77 quilómetros de Santarém e a 170 quilómetros de Lisboa, no vértice de três regiões: Beira Baixa, Ribatejo e Alentejo. O concelho é limitado a Norte pelos Concelhos de Vila de Rei, Sertã e Proença-a-Nova, a nascente pelos concelhos de Vila Velha de Ródão e Nisa, a Poente pelos concelhos de Sardoal e Vila de Rei e a Sul pelos Concelhos de Abrantes, Gavião e pelo Rio Tejo. É
servido pela linha ferroviária da Beira Baixa. Com a abertura da Auto-Estrada 23 que atravessa o seu território, o concelho melhorou muito as suas acessibilidades. O Concelho de Mação tem um nome para o qual têm sido apontadas várias origens etimológicas. Toda esta região ligada fisicamente à Beira Baixa, remonta ao período do Paleolítico, na Pré-história, era da qual se encontram muitos vestígios.
Existem inúmeros vestígios romanos, levando a crer que este império tenha dominado a região nos primeiros séculos da nacionalidade. Mação dos três A’s, assim chamado pelas «boas águas, bons ares e bom azeite», tem um Património Natural onde se destaca a pureza das suas águas que correm por entre as verdes Serras de Santo António e de Amêndoa, que proporcionam espaços de lazer de
reconhecido interesse e as suas qualidades medicinais, que ajudam na cura de doenças de pele e fígado (Termas da Ladeira). O ar puro advém da densa florestação de Pinheiro Bravo, que cobre todo o concelho e o azeite dos olivais alinhados pelas serras.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-macao. pt Guia Autarcas e Autarquias
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ourém
Presidente PAULO FONSECA PS
Vice-Presidente NAZARENO DO CARMO PS
Vereador MARIA VIEIRA PS
Vereador JOSÉ ALHO PS
Vereador VÍTOR FRAZÃO PSD
Vereador Vereador MARIA LUÍS ALBUQUERQUE AGRIPINA VIEIRA PSD PSD
Pres. Ass. Mun. DEOLINDA SIMÕES PSD
Freguesias
50
ALBITUREL Elias Dias da Silva PS
ATOUGUIA Manuel Tavares Lopes PSD
CASAL BERNARDOS Sérgio Fernandes PS
CAXARIAS Fernando Silva PS
CERCAL Cândido Simão PSD
ESPITE Filipe Baptista PSD
FÁTIMA Natálio Reis PSD
FORMIGAIS Carlos Marques PSD
FREIXIADA Rui Vital IND
GONDEMARIA Jorge Silva PSD
MATAS Virgílio Dias PSD
NOSSA SENHORA MISERICÓRDIAS Joaquim dos Reis PSD
NOSSA SENHORA PIEDADE José Vieira PS
OLIVAL Fernando de Oliveira PS
RIBEIRA DO FÁRRIO Pedro Janeiro IND
RIO DE COUROS Manuel Dias PSD
SEIÇA Custódio Henriques PS
URQUEIRA Adão Vasconcelos PS
Guia Autarcas e Autarquias
População e território Área do concelho: 416 km2 PopulaçãoResidente(censos2001):46.156 Número de Eleitores (2009): 43.907 Número de Eleitores (2005): 37.811
Feriado 20deJunho
À terceira foi de vez Paulo Fonseca foi persistente até chegar a presidente da Câmara Municipal de Ourém
Persistência é um traço de carácter que assenta que nem uma luva na sua carreira política. Com um currículo rico de onde constam cargos como os de deputado, de Governador Civil de Santarém e de presidente da Federação Distrital
do Partido Socialista, para o qual foi reeleito recentemente, Paulo Fonseca só conseguiu chegar ao lugar mais ambicionado, o de presidente da Câmara Municipal de Ourém, à terceira tentativa. Mesmo assim fez história, tornando-se
o primeiro socialista a liderar aquele município, onde o CDS, primeiro, e depois o PSD dominaram desde o 25 de Abril de 1974. Paulo Fonseca, 47 anos, assume-se como um político que gosta de correr riscos e sabe que se expôs a uma travessia do deserto caso a terceira tentativa falhasse. Talvez por isso diga que o que faz falta na política é pessoas de coragem. “Tenho consciência que se tivesse perdido as eleições passaria a ser persona non grata em todos os circuitos políticos, como se as minhas qualidades e os meus defeitos tivessem desaparecido de um dia para o outro”, disse a O MIRANTE poucos dias depois de ter sido eleito. A verdade é que, aproveitando o desgaste e as divisões no PSD local e apostando numa campanha agressiva, as coisas acabaram por correr bem, ganhando a câmara com maioria absoluta. “Gosto muito da minha terra e há muitos anos que ambicionava dar um contributo liderando um conjunto de factores potenciais do concelho”. Digerida a vitória, chegaram as preocupações causadas pela débil situação financeira que diz ter encontrado na autarquia. A criação de um pelouro de Fátima foi uma das inovações da sua gestão, consciente da importância que a cidade santuário tem no contexto local e nacional. “O país precisa que Fátima tenha a visibilidade que merece e para isso tem que reequacionar um conjunto de
A criação de um pelouro de Fátima foi uma das inovações da sua gestão, consciente da importância que a cidade santuário tem no contexto local e nacional. coisas ao nível do urbanismo, da segurança, do ordenamento do território, da educação, do desporto. São seis milhões de visitantes por ano. Não é brincadeira”, diz. Sócio de várias empresas e formado em Contabilidade e Gestão de Empresas, Paulo Fonseca foi durante muitos anos bancário e tem sido um dirigente associativo activo no concelho de onde é natural, designadamente nos Bombeiros Voluntários de Ourém e num jardim-de-infância da cidade. De ar jovial e hábil comunicador, na sua juventude foi campeão nacional de cortamato, vocalista e guitarrista num grupo de baile. Foi também na juventude que se iniciou na militância política e partidária, através da Juventude Socialista onde também chegou a líder distrital. O tempo que tem disponível não lhe permite alimentar como gostaria a paixão pelos livros e pela leitura. O Sporting é a sua preferência clubística. O médico já lhe recomendou que fumasse menos, mas tem sido difícil cumprir o conselho. Até porque o ritmo de vida acelerado não ajuda.
O concelho renascido do terramoto de 1755 A fisionomia do concelho de Ourém é diversa, traduzindo-se num sul de calcários, árido e vincado, e num norte de arenitos e irrigado. Há muito que ambas as esferas são povoadas; provamno as estações arqueológicas inscritas em vários períodos e freguesias do concelho, como os sítios pré-históricos da Gruta do Papagaio (Fátima), Outeiro do Marco (Caxarias), Agroal (Formigais), as villas romanas de Olival, Arroche-
la (Espite), Rouquel (Rio de Couros) e Coinas (Atouguia), ou até as ocupações medievais de Freiria (Espite) e Abelheira (Cercal). Abdegas originalmente, a terra que acolhe o castelo passaria a designar-se Ourém em data incerta. Este topónimo aparece pela primeira vez documentado no século XII numa doação aos Templários do castelo de Ceras, em cujos limites existia um local assinalado com o nome “Portum
Ourens.” A tradição oral, essa insiste na ligação da mudança do topónimo à lenda da Moura Oureana, por sua vez associada à invasão árabe no séc. IX. O terramoto de 1755 abateu-se fortemente sobre o velho burgo, arrasando-o quase por completo e as invasões francesas também não deixaram o concelho ileso. Em 1841 a sede de concelho era transferida para o sopé do morro, que em 1991 recebeu o título de cidade
juntamente com a antiga Ourém. Também Fátima, em virtude do santuário católico seria elevada a cidade em 1997. Hoje Ourém é composto por duas cidades (Ourém e Fátima), quatro vilas (Caxarias, Freixianda, Vilar dos Prazeres e Olival) e 18 freguesias num território de 416 quilómetros quadrados.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-ourem.pt Guia Autarcas e Autarquias
51
rio maior
Presidente ISAURA MORAIS PSD-CDS
Vice-Presidente CARLOS FRAZÃO PSD-CDS
Vereador SARA FRAGOSO PSD-CDS
Vereador NUNO MALTA PSD-CDS
Vereador SILVINO SEQUEIRA PS
Vereador CARLOS ALMEIDA PS
Vereador ANA SILVA PS
Pres. Ass. Mun. ANTÓNIO ARRIBANÇA PSD-CDS
Freguesias ALCOBERTAS Marcolino Duarte PSD-CDS
ARROUQUELAS Mário Anacleto PS
ARRUDA DOS PISÕES Norberto Marques PSD/CDS
ASSEICEIRA Augusto Figueiredo CDU
ASSENTIZ Maria Simão PS
AZAMBUJEIRA Mariana Carvalho PS
FRÁGUAS José Santos PS
MALAQUEIJO António Correia PS
OUTEIRO DA CORTIÇADA Raul Bouzada e Pinto PSD-CDS
RIBEIRA DE SÃO JOÃO Olga Paula MIUR
RIO MAIOR Filipe Santana Dias PSD-CDS
SÃO JOÃO DA RIBEIRA José Cruz PSD-CDS
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Guia Autarcas e Autarquias
SÃO SEBASTIÃO Albertino Lopes PSD-CDS
População e território
Área do concelho: 271.6 km2 Pop. Residente (censos 2001): 21.241 Número de Eleitores (2009): 18.419 MARMELEIRA Número de Eleitores (2005): 17.874 Edgard Carriço PSD-CDS
Feriado
6deNovembro
De presidente da junta a presidente da câmara Isaura Morais lidera a Câmara Municipal de Rio Maior Isaura Morais, 44 anos, começou pelo patamar mais baixo do poder local, como presidente da Junta de Freguesia de Rio Maior, e poucos acreditavam que pudesse desalojar o “dinossauro” socialista Silvino Sequeira da presidência da Câmara Municipal de Rio Maior, onde se encontrava há 24 anos. Mas a verdade é que “Zámi”, como é carinhosamente tratada pelos mais próximos, não só ganhou como obteve maioria absoluta à frente de uma coligação que aliou o PSD, o CDS e um movimento de independentes. Nascida e criada num dos lugares de Rio Maior, Fonte da Bica, a 400 metros das salinas, a autarca assume-se como uma mulher simples, que ajudou muitas vezes o pai no trabalho da terra. Fez teatro e dançou num rancho. Mãe de uma filha, ficou viúva aos 33 anos e teve de reaprender a viver. Criou uma empresa, estudou e entrou na política de forma fulgurante. Passou de ilustre desconhecida a um dos rostos da renovação do PSD a nível local e regional, entrando nos quadros dirigentes da distrital “laranja”. O seu charme discreto deu uma nota de frescura ao panorama político e autárquico regional. “Talvez tenha contado mais
a juventude, o efeito novidade, o facto de ser mulher. Acho que foi um somatório de vários factores”, diz quando instada a explicar se o visual contou nos sucessos eleitorais. É uma pessoa que dá importância aos afectos é fiel aos
amigos. Carlos Frazão, seu vicepresidente na câmara, além de ter sido seu professor foi seu padrinho de casamento. Formada em Gestão de Recursos Humanos com uma pós-graduação em Gestão de Marketing, é sócia de uma empresa familiar na
área das artes gráficas. Tornou-se militante do PSD em 2001 e aos poucos começou a viver mais de perto as questões da política e a ter uma ligação maior quer com a concelhia quer com a distrital do partido. Em 2005 aceitou o desafio de se candidatar à Junta de Freguesia de Rio Maior e ganhou. “Quando me fizeram o convite para a junta, a princípio estranhei e depois achei que deveria ser interessante e que estava à altura”. O seu falecido marido tinha sido vereador do PSD na câmara no mandato de 1993. Além disso, a ligação mais próxima que tivera com a câmara municipal fora através da irmã que trabalhou durante 17 anos no gabinete do ex-presidente da câmara, Silvino Sequeira. Quando se candidatou à junta de freguesia mal imaginava que viria a ser a sucessora do autarca socialista na câmara. “Já me perguntaram se quando me candidatei à junta foi com a câmara no horizonte. De forma alguma”, garante. “O que me vai no coração e na alma transmito-o. Sou uma pessoa terra a terra. Quando sofremos percalços na vida, isso faz-nos ser mais serenos e tranquilos. Quando passamos pelos problemas achamos que tudo o mais tem solução. Aprendi a relativizar a dor. Não entro em estado de choque às primeiras. Sou ponderada e espontânea”, diz traçando o seu perfil.
A cidade do Desporto entre o Ribatejo e o Oeste Com mais de 21.000 habitantes e uma superfície de cerca de 272,8 Km2, terra de vales e colinas onde se encontram a paisagem serrana e as planuras ribatejanas, o concelho de Rio Maior representa um espaço privilegiado de transição entre a região do Vale do Tejo e o Litoral Oeste do país. É constituído por catorze freguesias: Arrouquelas, Alcobertas, Azambujeira, Arruda dos Pisões, Asseiceira, Assentiz, Fráguas, Malaqueijo, Outeiro da Cortiçada, Ribeira
de S. João, Rio Maior, S. João da Ribeira, S. Sebastião e Vila da Marmeleira. Os principais acessos fazem-se pela A15 (que faz ligação à A8 e A1) e pela EN114 (Santarém – Caldas da Rainha). O concelho de Rio Maior, que integra a sub-região da Lezíria do Tejo mas tem fortes ligações ao Oeste, tem ainda como principais pontos naturais de referência a Serra dos Candeeiros, as Salinas de Fonte da Bica e o rio Maior, afluente do Tejo.
A grande aposta autárquica no sector desportivo colocou a cidade de Rio Maior no mapa do país como Capital do Desporto. Dispõe hoje de excelentes infra-estruturas para quase todo o tipo de práticas desportivas e de estágios profissionais, e ainda de uma Escola Superior de Desporto. Entalado entre o Ribatejo e o Oeste, fazendo fronteira com concelhos como Caldas da Rainha, Santarém, Azambuja, Cartaxo ou Alcobaça, o concelho de Rio Maior foi fundado
em 1836, tendo a vila sede de concelho sido elevada a cidade em 1985. Um dos ex-libris do concelho é a Feira Nacional da Cebola cujas origens remontam a 1761, tendo adquirido a designação de Frimor – Feira Nacional da Cebola muito recentemente. Inicialmente era realizada em Arrouquelas, mas mais tarde foi passada para Rio Maior. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-riomaior.pt Guia Autarcas e Autarquias
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salvaterra de magos
Presidente ANA CRISTINA RIBEIRO BE
Vereador CÉSAR PEIXE BE
Vereador MARGARIDA POMBEIRO BE
Vereador LUÍS GOMES BE
Vereador HÉLDER ESMÉNIO PS
Freguesias
Vereador JOÃO SIMÕES PS
Vereador JORGE BURGAL PSD
Pres. Ass. Mun. FRANCISCO CRISTOVÃO PS
População e território
FOROS DE SALVATERRA Rosa Nunes BE
GLÓRIA DO RIBATEJO João Oliveira PS
GRANHO Joaquim Ventura BE
MARINHAIS M. Fátima Gregório PS
MUGE César Diogo PS
SALVATERRA DE MAGOS João Nunes BE
Área do concelho: 245 km2 População Residente (censos 2001): 20.176 N.º de Eleitores (2009): 18.449 N.º de Eleitores (2005): 16.984
Feriado
5ªfeiradaAscensão
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Guia Autarcas e Autarquias
1
Uma autarca autoritária que não suporta espartilhos partidários Ana Cristina Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos
É normal dizer-se que Salvaterra de Magos é o único concelho do país gerido pelo Bloco de Esquerda (BE). A referência justifica-se pelo facto de a presidente ter sido eleita encabeçando uma lista daquele partido. Na prática a gestão é de Ana Cristina Ribeiro, uma mulher que, em termos políticos nunca gostou de espartilhos. Antiga escriturária da União
dos Sindicatos de Santarém, militante do PCP por um curto período de tempo nos anos 70, a autarca conquistou a câmara ao PS em 1997 numa lista da CDU. Por não ter suficiente espaço de manobra para executar as suas funções incompatibilizouse com aquela força política e aceitou ser a cabeça de lista do BE no mandato seguinte.
Voltou a ganhar. E continuou a ganhar nas eleições seguintes. O facto de se ter mantido como candidata do BE só foi possível porque aquele partido lhe deu espaço. Como Ana Cristina Ribeiro não se pode recandidatar nas próximas autárquicas vai ser curioso perceber qual é actualmente a real valia dos partidos pelos quais ela se candidatou e ganhou. O seu interesse pela política nasceu a seguir ao 25 de Abril. No período pós-revolução dos cravos, a jovem de Muge ligou-se aos movimentos que lutavam pelos direitos dos trabalhadores agrícolas e foi uma das fundadoras do Sindicato dos Operários Agrícolas, afecto à CGTP-Intersindical. Define-se como uma pessoa muito sensível e emocional e é vista como autoritária e pouco dialogante tanto por adversários políticos como por alguns elementos do próprio Bloco de Esquerda. Opinião diferente têm os eleitores que a tratam por simpatia e lhe dão vitórias atrás de vitórias. Há pessoas que a conhecem desde a infância que, indiferentes ao cargo, continuam a tratá-la por Anita. Na altura da sua primeira vitória eleitoral participava na vida associativa da sua terra como presidente da Filarmónica. Disse também na mesma
Terra de paços e de palácios A cerca de 50 Km de Lisboa e a 30 Km de Santarém situase, na margem sul do Tejo, o concelho de Salvaterra de Magos, com cerca de 20.000 habitantes e uma área de 243,9 Km2. Integram o concelho seis freguesias: Salvaterra de Magos, Foros de Salvaterra, Marinhais, Glória do Ribatejo, Granho e Muge. Integra a subregião da Lezíria do Tejo. Salvaterra de Magos beneficia de boas acessibilidades, com ligações à A13 e à A10. 56
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Para além destas importantes ligações inter-regionais, beneficia ainda de ligações directas aos concelhos vizinhos, como Almeirim, Coruche, Benavente e Cartaxo. O concelho é atravessado pela linha ferroviária de Vendas Novas. A beleza da vila e da Lezíria apresenta-se convidativa ao turismo, com o seu Cais Fluvial, a Praia Doce e a típica aldeia de pescadores avieiros do Escaroupim, para além da Barragem de Magos, que convida à pesca
desportiva e aos desportos náuticos. Concelho onde a agricultura predomina, desde a mais remota ocupação pré-histórica o concelho possui inúmeros testemunhos materiais do Homem. Viveu um período áureo da sua história a partir do século XVI, com a construção de um Paço Real, no reinado de D. Manuel I, que muito contribuiu para a fixação da família real durante largas temporadas na terra. Ao longo dos séculos, o
Em anterior depoimento ao nosso jornal, referiu que sempre gostou de política mas nunca pensou em ser político. Defende as suas convicções, mas sempre com flexibilidade. A Bíblia é uma companhia altura, que nunca se tinha sentido discriminada por ser mulher, embora sentisse que havia quem a tentasse diminuir politicamente por esse motivo. “Nunca me senti discriminada mas isso não significa que os nossos adversários políticos não dêem a entender que há alguma incapacidade pelo facto de ser mulher”. Não tem muita visibilidade para além das fronteiras do pequeno concelho que gere. Nas campanhas eleitorais funciona para a comunicação social de Lisboa como um elemento exótico por ser a única presidente do BE e, até às últimas eleições, das poucas mulheres presidentes de câmara numa região como o Ribatejo, associada ao machismo e marialvismo. Mantém uma relação conflituosa com a comunicação regional em geral e nomeadamente com O MIRANTE, hostilizando abertamente os jornalistas que lhe colocam perguntas incómodas. Não fica associada a qualquer obra de vulto. A maior parte do trabalho feito durante a sua gestão foi ao nível de infraestruturas e equipamentos indispensáveis para as populações de que o concelho carecia bastante.
Paço sofreu inúmeras alterações. A época áurea do Paço decorre no reinado de D. José I, em meados do século XVIII, em que um vasto plano de remodelação se inicia, incluindo a construção de uma Casa de Ópera. O terramoto de 1755 viria a provocar consideráveis estragos no Paço. O Palácio da Falcoaria foi outro dos factores predominantes na fixação da Família Real em Salvaterra de Magos. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-salvaterrademagos.pt
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santarém Presidente MOITA FLORES PSD
Vereador RICARDO GONÇALVES PSD
Pres. Ass. Mun. ANTÓNIO CORREIA PSD
Vereador CATARINA MAIA PSD
Vereador JOÃO LEITE PSD
Vereador VÍTOR GASPAR PSD
Vereador LUÍSA FÉRIA PSD
Vereador ANTÓNIO VALENTE PSD
Vereador ANTÓNIO CARMO PS
Vereador LUDGERO MENDES PS
Freguesias ABITUREIRAS Carlos Santos PSD
ABRÃ Rui Ferreira PSD
ACHETE Joaquim Saramago PSD
ALCANEDE Manuel Vieira PSD
ALCANHÕES Pedro Esteves PS
ALMOSTER João Neves PSD
AMIAIS DE BAIXO César Rei PSD
ARNEIRO DAS MILHARIÇAS Basílio Oleiro PSD
AZOIA DE BAIXO Edmundo Lima PSD
AZOIA DE CIMA Luís Esteves PS
CASÉVEL Carlos Trigo PSD
GANÇARIA Joaquim Aniceto PSD
MARVILA Carlos Marçal PSD
MOÇARRIA Carlos Beja IND
PERNES Salomé Vieira CDU
POMBALINHO Luís Júlio IND
PÓVOA DA ISENTA Francisco Patrício PS
PÓVOA DE SANTARÉM António Henriques PS
ROMEIRA Luís Silva PS
S. NICOLAU Nuno Ferreira PSD
S. SALVADOR Abílio Ribeiro PS
S. VICENTE DO PAÚL Ricardo Costa IND
STA. IRIA. RIB. SANTARÉM Fernando Rodrigues IND
TREMÊS Maria Santos PSD
VALE DE FIGUEIRA Manuel Cordeiro IND
VALE DE SANTARÉM Maria Lanceiro PS
VAQUEIROS Firmino Oliveira IND
VÁRZEA José Coelho PS
População e território
Área do concelho: 558 km2 População Residente (censos 2001): 63.418 Número de Eleitores (2009): 54.488 Número de Eleitores (2005): 52.829
Feriado
19 de Março 58
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A política em Santarém nunca mais foi a mesma Francisco Moita Flores arrasou a oposição no município escalabitano
Chegou, viu e venceu. Foi assim que Francisco Moita Flores entrou nas lides autárquicas em Santarém e o mínimo que se pode dizer é que, depois dessa vitória que destronou os socialistas da Câmara de Santarém, em 2005, a política local nunca mais foi a mesma. O seu discurso inflamado e recheado
de adjectivação forte, que a oposição por vezes classifica de trauliteiro, gerou algumas antipatias até dentro do partido que o apoia, o PSD. Mas a verdade é que, no final do primeiro mandato, a população do concelho deu a Moita Flores e à sua lista uma esmagadora maioria absoluta na câmara,
arrasando a oposição em todas as frentes. Escritor, comentador televisivo, criminologista e professor universitário, o ex-inspector da Polícia Judiciária nascido em Moura há 57 anos já anunciou que não se vai recandidatar à presidência da Câmara de Santarém para um terceiro e último mandato. Por vezes confessa que tem saudades dos seus alunos e quer ter mais tempo para escrever. E as guerras políticas não matam mas moem. Casado com a actriz e produtora Filomena Gonçalves, 3 filhos e três netos, Moita Flores nasceu em Moura “por acaso”, quando a mãe aí se deslocou para comprar algumas coisas para o enxoval para o bebé. As suas raízes estão em Barrancos, vila alentejana que ficou célebre pelos touros de morte. Orgulhoso das raízes alentejanas que se notam na forma calma, quase pachorrenta, como fala ou anda, é um acérrimo defensor da festa brava, tendo sido o promotor da petição que se propõe chegar às 100 mil assinaturas até Julho de 2011. Em criança dizia que queria ser polícia e escritor. Cumpriu as duas metas e outras mais. Licenciou-se em História, pósgraduou-se em criminologia,
doutorou-se pelo Instituto de História e Teoria das Ideias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Mas afirma-se sobretudo um escritor. Há meses surgiu nos escaparates o seu último romance, “Mataram o Sidónio!”. Nas artes a sua grande paixão é a leitura. Nos gostos é eclético. E não tem autor preferido. ”Gostava de ter a sensibilidade de Sophia, a força de Aquilino, adoraria ter a finura de espírito de Eça, a dimensão humanista de Soeiro Pereira Gomes, a complexidade de Antero de Quental ou de Fernando Pessoa. Sobretudo, gostaria de pensar como Hegel e tenho uma paixão do ponto de vista do pensamento e da filosofia por Leibniz. E gostava de ter o talento do mestre da língua portuguesa que foi o padre António Vieira ou de Camões”, confessou em entrevista a O MIRANTE publicada em 2005. Este sportinguista afirma-se como um homem de centro-esquerda, mas sem complexos de qualquer espécie por ser apoiado pelo PSD. Para ele as pessoas e os projectos estão acima dos partidos e foi por isso que integrou nas suas listas e nas suas equipas de trabalho elementos de outros quadrantes políticos.
Uma cidade onde se respira História Capital de distrito, Santarém é sede de concelho e da sub-região da Lezíria do Tejo, subdividido em 28 freguesias, com 560,3 Km2 e mais de 63.500 habitantes. Dista de Lisboa 66 Km e do Porto 242 Km, sendo atravessado pelas auto-estradas A1 e A15, beneficiando ainda da ligação à A13 através da Ponte Salgueiro Maia. Excelentes acessibilidades, portanto, a somar à linha-férrea que cruza a zona ribeirinha, trazem a Santarém uma renovada centralidade no País.
Terra ligada a momentos emblemáticos da nossa História, do passado o centro urbano antigo desta cidade mágica e luminosa possui um património monumental notável de igrejas e conventos. Apelidada de “Capital do Gótico”, Santarém mostra ao viajante, logo desde o primeiro instante, a beleza das suas ruas estreitas e sinuosas, típicas de uma cidade que se desenvolveu entre muralhas. Percorrer o centro histórico é como viajar pela própria história do País, encontrando a cada virar de esquina
um motivo arquitectónico de interesse. Tudo isto faz do município de Santarém um destino turístico por excelência e um bom concelho para viver e investir, onde o ensino superior politécnico acrescenta saber. A agricultura, a indústria, o comércio e serviços têm exemplos de relevo nas actividades económicas. A requalificação urbana de que a cidade tem sido alvo e a criação da Fundação da Liberdade nas antigas instalações da Escola Prática de Cavalaria são novos pontos de
interesse. Com origens que se perdem nos tempos, ocupada por múltiplos povos, como romanos, visigodos e árabes, Santarém tem andado de mãos dadas com a História pátria. Pedro Álvares Cabral, D. João II, Marquês de Sá da Bandeira, Passos Manuel ou Salgueiro Maia são alguns dos nomes ligados a Santarém que fazem parte do panteão de figuras notáveis. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-santarem.pt Guia Autarcas e Autarquias
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sardoal
Presidente FERNANDO MOLEIRINHO PSD
Vereador ANTÓNIO BORGES PSD
Vereador JOAQUIM SERRAS PSD
Freguesias
Vereador FERNANDO VASCO PS
Vereador MIGUEL DUQUE PS
Pres. Ass. Mun. MIGUEL ALVES PSD
População e território
ALCARAVELA Manuel Serras PSD
SANTIAGO DE MONTALEGRE António Fernandes PSD
SARDOAL Vítor Pires PSD
VALHASCOS Fernando Silva PSD
Área do concelho: 92 km2 PopulaçãoResidente(censos2001):4.098 Número de Eleitores (2009): 3.677 Número de Eleitores (2005): 3.732
Feriado
22deSetembro PUB
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Guia Autarcas e Autarquias
Um homem discreto que prefere o trabalho ao protagonismo Fernando Moleirinho vai no quinto mandato à frente da Câmara de Sardoal
Em 2013, no final do actual mandato autárquico, completa 20 anos à frente da Câmara Municipal de Sardoal. Em 1993, embora contrariado, Fernando Moleirinho, 66 anos, aceitou ser cabeça de lista pelo PSD, depois de já ter sido vereador da oposição no mandato anterior em que a câmara era liderada pela socialista Francelina Chambel. Ganhou
as eleições e a sua vida mudou radicalmente. Deixou o ensino mal sabendo que seria um passo sem retorno. Postura discreta, avesso a protagonismos, Fernando Moleirinho nasceu e cresceu no Sardoal, um dos concelhos mais a norte do distrito de Santarém, paredes-meias com Abrantes. Só saiu da sua terra para frequentar o curso
do magistério primário em Castelo Branco, em 1964, tendo depois dado aulas durante oito meses em Lisboa. A capital não o atraiu e regressou às origens, com as quais mantém uma ligação umbilical. A profissão e o associativismo absorviam-lhe o tempo antes de ser autarca. Foi vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia do Sardoal, dirigente da Casa do Povo e presidente do clube desportivo “Os Lagartos”. Em termos profissionais, começou como professor em Santa Clara (freguesia de Alcaravela) e foi delegado escolar e coordenador no vizinho concelho de Mação. É um homem que adora viajar mas o cargo de presidente da câmara roubou-lhe o tempo que tinha para viajar com a sua roulotte pela Europa na companhia da esposa. Já na autarquia, começou a organizar viagens ao estrangeiro para estudantes do ensino secundário do concelho. Uma das suas batalhas dos últimos anos tem sido pela segurança no troço da variante à Estrada Nacional 2 que atravessa o seu concelho. As constantes avarias nos semáforos em cruzamentos com muito movimento são apontadas como causa para diversos
acidentes, onde até já se registaram mortes. Essa situação foi das poucas que o fez abandonar a atitude recatada e tomar uma posição pública dura contra a Estradas de Portugal. Em anterior depoimento ao nosso jornal, referiu que sempre gostou de política mas nunca pensou em ser político. Defende as suas convicções, mas sempre com flexibilidade. A Bíblia é uma companhia para este católico praticante que dispensa os discursos e os cerimoniais da política. “Se eu pudesse ter à minha beira um presidente para fazer os discursos, participar nas cerimónias e para receber as pessoas seria o ideal O presidente para trabalhar seria eu”, disse ao nosso jornal nessa entrevista. A proximidade a Abrantes, de que dista meia dúzia de quilómetros, é uma faca de dois gumes para o Sardoal. A vila corre o risco de se transformar num dormitório da cidade se não houver uma política de sublimação da identidade e da auto-estima local. É por isso que iniciativas como as festividades da Semana Santa (na Páscoa), as Festas do Concelho (Setembro) ou a Festa do Bodo (Maio), são marcas no calendário do concelho de que o município não abdica.
ro espectáculo de beleza e de cor, dado pelas flores que profusamente pendem dos muros e das varandas, legitimando o título de Vila Jardim, que ostenta há várias décadas. Pela sua localização geográfica pode considerar-se na confluência de três regiões distintas: Ribatejo, Alentejo e Beira Baixa, a que foi buscar as raízes da sua identidade cultural. O concelho dispõe de boas acessibilidades rodo-
viárias, através da variante à Estrada Nacional 2 que o liga à Auto-Estrada 23 e à A1 e ao Itinerário Complementar 8 (Sertã), sendo servido, em termos ferroviários pela Linha da Beira Baixa (Estação de Alferrarede/Abrantes, a 7 quilómetros), situando-se a cerca de 150 quilómetros de Lisboa. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-sardoal.pt
Uma terra que é um jardim Perdem-se, na bruma do tempo, as origens da vila de Sardoal e não são conhecidas memórias que, por escrito ou tradição, possam informar dos seus princípios. O documento mais antigo existente no Arquivo Municipal é uma carta da Rainha Santa Isabel, de 1313 e é tradição que o Sardoal teve o seu primeiro foral, dado por esta Soberana, no mesmo ano de 1313. Tal facto não está con-
firmado. Certo é que em 22 de Setembro de 1531, D. João III, elevou a povoação de Sardoal à categoria de vila. O concelho tem cerca de 92 quilómetros quadrados. Não sendo grande, encerra um património histórico, arquitectónico, religioso e étnico muito rico. O Sardoal possui um centro histórico que o envolve e cativa ao primeiro olhar, onde na Primavera se pode assistir a um verdadei-
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tomar
Presidente CORVÊLO DE SOUSA PSD
Vice-Presidente CARLOS CARRÃO PSD
Vereador ROSÁRIO SIMÕES PSD
Vereador PEDRO MARQUES IPT
Vereador GRAÇA COSTA IPT
Vereador LUÍS FERREIRA PS
Vereador JOSÉ VITORINO PS
Pres. Ass. Mun. MIGUEL RELVAS PSD
Freguesias ALÉM DA RIBEIRA João Henriques PS
ALVIOBEIRA Manuel Alcobia IPT
ASSEICEIRA Augusto Lopes PSD
BESELGA Carlos Silva Lopes PS
CARREGUEIROS José Serra PSD
CASAIS Jaime Lopes PSD
JUNCEIRA Américo Pereira IPT
MADALENA Arlindo Nunes PS
OLALHAS Jorge Rosa PSD
PAIALVO Custódio Ferreira CDU
PEDREIRA Gabriel Honrado PSD
S. PEDRO DE TOMAR António Vicente PSD
SABACHEIRA Fernando Graça PS
SANTA MARIA DOS OLIVAIS António Rodrigues PSD
SÃO JOÃO BAPTISTA Augusto Alves IPT 62
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SERRA Carlos Nunes PSD
População e território Área do concelho: 351.4 km2 PopulaçãoResidente(censos2001):42.944 Número de Eleitores (2009): 38.724 Número de Eleitores (2005): 38.518
Feriado 1 de Março
Um autarca que resiste à tentação de pensar que as suas decisões são sempre as melhores Corvêlo de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Tomar
Fernando Corvêlo de Sousa, 62 anos, jurista, é tomarense de gema, nascido na Praça da República a poucos metros dos paços do concelho. Estudou no Colégio Nuno Álvares como aluno externo antes de ir para a faculdade. Depois de fazer a tropa, chegou a ser director comercial numa moagem, o que lhe deu uma experiência empresarial que considera
muito importante. “Não tenho medo do risco, no sentido de que gosto de experimentar, de desbravar novos caminhos. Isso fez parte da minha vida. Não fui só advogado e concluí o curso já a trabalhar”, explicou a O MIRANTE numa entrevista que deu a 28 de Outubro de 2008. Alto e magro tem uma voz e uma postura que transmitem serenidade. É vis-
to com uma pessoa calma e ponderada. Apesar de reservado consegue lidar bem com a exposição pública e afirma que o contacto com os munícipes lhe dá prazer, designadamente quando se desloca às freguesias. "Não faço esforço nenhum. Se as pessoas gostam de estar comigo ou não, isso já é uma pergunta para lhes fazer a elas". Casado e sem filhos, já estava habituado à intervenção pública antes de chegar à Câmara. Foi dirigente de várias associações e tinha escritório de advocacia na cidade que o viu crescer. Melómano, costuma trabalhar ao som de música clássica. Os cigarros são uma companhia de que não se consegue libertar. Foi director da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo e esteve na origem da Caixa Agrícola do Ribatejo Norte. Antes de assumir funções autárquicas era sócio-gerente de uma empresa de comercialização de maçãs de Moimenta da Beira, terra do pai e a que mantém ainda forte ligação. Assumiu a presidência da Câmara Municipal de Tomar em Fevereiro de 2008, após o titular do cargo, António Paiva, ter renunciado ao mandato para ocupar um cargo na CCDR Centro. Fê-lo sem qualquer constrangimento e com
uma perspectiva lúcida da situação. "Em tudo o que é política é importante ter a noção que quem está a fazer tem a sua própria noção das coisas. Quem está de fora tem uma posição muito mais objectiva para avaliar. E eu tenho sempre isso em conta. Do ponto de vista subjectivo acho que a actividade e a presidência da câmara é nitidamente estimulante. Tem-se a capacidade de fazer aquilo que entendemos ser importante". Afirma que não se deixa cair na tentação de pensar que as decisões que toma são sempre as mais correctas. "O poder tem aspectos positivos, o poder escolher ou propor alternativas é estimulante. Mas não podemos deixar de ter a perfeita noção de que as nossas opções em cada momento podem ser erradas." Mesmo de férias nunca desliga o telemóvel e, se por algum motivo, não consegue atender a chamada, retribui a ligação logo que pode. Ganhou as eleições de 2009 como cabeça de lista do PSD, partido do qual não é militante, com maioria simples. Governa o município em coligação com o PS. O acordo entre PSD e PS para a gestão partilhada do município traduziu-se pela atribuição de pelouros aos dois eleitos do PS e pela inclusão de elementos socialistas na mesa da assembleia municipal.
A cidade dos templários O concelho de Tomar tem uma área de 351,2 quilómetros quadrados e uma população de 43.006 pessoas (Censos 2001). Faz fronteira com os concelhos de Ferreira do Zêzere, Abrantes, Vila Nova da Barquinha, Torres Novas e Ourém. Situado na margem direita do rio Zêzere, é atravessado pelo rio Nabão que divide a cidade de Tomar. Constitui um espaço natural de grande valor patrimonial e turístico integrando também a Albufeira do Castelo de Bode.
Com mais de 30 mil anos de fixação humana neste território, Tomar foi fundada por D. Gualdim Pais em 1160. Sede das Ordens do Templo e de Cristo, teve no Infante D. Henrique um dos responsáveis pelo seu crescimento. A fixação humana deveu-se ao excelente clima, água abundante, fácil comunicação fluvial e excelentes solos. “Thomar” nasce com o castelo, cuja construção, pela Ordem dos Templários, bem como a da Vila de Baixo, se prolongou
por 44 anos. Na sequência da visita da Rainha D. Maria II, Tomar foi elevada à categoria de Cidade em 1844, a primeira do distrito de Santarém. Nos anos 50 foi inaugurada a que seria a maior barragem hidroeléctrica do País nas cinco décadas seguintes. Ainda em 1950, João dos Santos Simões renovou a Festa dos Tabuleiros dando-lhe notável projecção nacional e internacional. O século XX espelhou a in-
tensa acção cultural que aqui sempre se viveu: logo com a criação da União dos Amigos da Ordem de Cristo, em 1918, e, mais tarde, a Comissão de Iniciativa e Turismo, duas instituições para a protecção e divulgação do Património. Em 1983, a UNESCO reconheceu o conjunto Castelo TemplárioConvento de Cristo como Património Mundial. * Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-tomar.pt Guia Autarcas e Autarquias
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torres novas
Presidente ANTÓNIO RODRIGUES PS
Vice-Presidente PEDRO RIBEIRO PS
Vereador MANUELA PINHEIRO PS
Vereador PAULO TOJO PS
Vereador MÁRIO MOTA PS
Vereador JOÃO SARMENTO PSD
Vereador CARLOS TOMÉ CDU
Pres. Ass. Mun. LUÍS SILVA PS
Freguesias ALCOROCHEL Joaquim Vieira PSD
ASSENTIZ José Conde PS
BROGUEIRA Abel Sousa PS
CHANCELARIA Henrique Reis PSD
LAPAS Manuel Ramos CDU
MEIA VIA José Serôdio IND
OLAIA Hélder Rodrigues PS
PAÇO João Serôdio PS
PARCEIROS DE IGREJA Fernando Sousa PS
PEDRÓGÃO José Santos PSD
RIACHOS Manuel Cardoso PS
RIBEIRA BRANCA Sérgio CDU
S. PEDRO Luís Lopes PS
SANTA MARIA António Morte PS
SALVADOR Manuel Rodrigues PS
SANTIAGO Manuela Sá PS
ZIBREIRA Rogério Rosa PS
População e território Área do concelho: 269.6 km2 PopulaçãoResidente(censos2001):36.825 Número de Eleitores (2009): 32.846 Número de Eleitores (2005): 31.584
Feriado 5ªfeiradaAscensão
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Guia Autarcas e Autarquias
Uma mão cheia de obras que mudaram a face da cidade mas não chegaram ao campo António Rodrigues (PS), presidente da Câmara Municipal de Torres Novas
António Rodrigues reconquistou a câmara de Torres Novas para o PS nas eleições de 1993, ponde fim a catorze anos de governação do PSD. Na altura era independente. Mais tarde inscrever-se-ia no PS onde chegou a presidente da Federação Distrital de Santarém. Ligado à Rádio Local de Torres Novas onde teve, antes de ser autarca, um programa
semanal de informação e música, foi presidente do Clube Desportivo de Torres Novas e, já enquanto autarca, fundador de uma Liga Portuguesa de Futebol Não Profissional, sedeada em Torres Novas, que tem uma discreta e apagada existência. Há quem atribua o seu sucesso na política à exposição pública que tinha através dessas actividades.
Polémico e com uma frontalidade a roçar a rudeza, raramente conseguiu manter uma boa relação com jornalistas e órgãos de comunicação em geral graças à sua tendência para tentar controlar o que era editado sobre si e de retaliar quando as notícias não lhe agradam. É considerado um homem de extremos em termos de trato. Vai rapidamente da delicadeza à má educação se o contrariam. Provavelmente graças a esses traços da sua personalidade, António Rodrigues pertence a um grupo de autarcas do distrito de Santarém que não se conseguem afirmar para além das fronteiras dos respectivos concelhos. Está a cumprir o seu último mandato devido à lei de limitação de mandatos, situação que não lhe agrada e que fez questão de contestar no momento próprio. Ergueu a sua voz para considerar que a lei era “antidemocrática e injusta” por visar apenas os presidentes de câmara e juntas de freguesia, e não a globalidade dos cargos políticos. Os seus opositores políticos reconhecem-lhe qualidades e obra feita embora discordem da opção de fazer a maior parte dos investimentos na cidade. O Palácio dos Desportos, o Jardim das Rosas, a nova Biblioteca, as
requalificações das piscinas, do Teatro Virgínia e das avenidas 8 de Julho e Andrade Corvo, são algumas das suas obras mais emblemáticas. Faziam todas parte de um ambicioso programa chamado Turris XXI lançado em 2001. Por concretizar desse programa estão a torre no Rossio de S. Sebastião, cuja imagem ilustrava a capa do programa, o Centro de Ciência Viva e a adaptação do Convento de S. Francisco, onde durante anos funcionou o hospital, para receber os serviços municipais. A sua maior falha tem sido na área ambiental. Para além do betão, António Rodrigues nunca esqueceu a cultura. Para além da moderna biblioteca da cidade, a programação do Teatro Virgínia temse destacado no panorama da oferta cultural da região, embora devido às recentes restrições financeiras tenha vindo a perder a importância que chegou a ter. Um dos traços da sua gestão tem sido a interculturalidade. Amigo pessoal de Xanana Gusmão, tem participado no programa de organização autárquica de Timor-Leste. Simultaneamente tem desenvolvido de forma empenhada um programa de cooperação com o concelho de Ribeira Grande, na ilha caboverdeana de Santo Antão.
Concelho rico em património natural O concelho de Torres Novas é particularmente privilegiado em termos de património natural, do qual se destacam o rio Almonda e a Serra d’Aire. Motivos de interesse paisagístico, espeleológico e arqueológico. Com cerca de 36.000 habitantes, distribuídos por 280 Km2 de área. A A1 e o A23 são as principais vias que o atravessam, facilitando um rápido acesso a qualquer zona do país e à vizinha Espanha. Faz
fronteira com Tomar, Ourém, Santarém, Golegã, Alcanena, Entroncamento e Vila Nova da Barquinha. A criação do município remonta a 1190, data em que D. Sancho I atribuiu o foral à vila já então existente. O concelho é, hoje, constituído por 17 freguesias. Na sede do concelho abundam antigas igrejas e capelas, com destaque para a Igreja de Sant’iago, construída por promessa de D. Afonso
Henriques, em 1148, e para a Ermida de Nossa Senhora do Vale, o mais antigo templo da região. À entrada da cidade está o monumento de maior prestígio: o imponente castelo medieval. A circundá-lo está o rio, em cujas margens se arquitectou um jardim, que se estende pela avenida principal. Nos arredores, destaque para as ancestrais ruínas romanas de Cardillium, com os seus pre-
ciosos mosaicos polícromos e para as enigmáticas grutas de Lapas, envoltas no mistério da sua escavação. A Reserva Natural do Paúl de Boquilobo, as Pegadas de Dinossaúrios da Jazida da Pedreira do Galinha (classificada como monumento natural) e a Quinta do Marquês, são locais a visitar.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-torresnovas.pt Guia Autarcas e Autarquias
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vila franca de xira Pres. Ass. Mun. João Quítalo PS
Presidente MARIA DA LUZ ROSINHA PS
Vice-Presidente Vereador ALBERTO FERNANDO MESQUITA FERREIRA PS PS
Vereador CONCEIÇÃO SANTOS PS
Vereador Vereador JOÃO FRANCISCO ANTUNES DE CARVALHO CNR PS
Vereador RUI REI CNR
Vereador HELENA DE JESUS CNR
Vereador NUNO LIBÓRIO CDU
Vereador BERNARDINO LIMA CDU
Vereador ANA CARDOSO CDU
Freguesias
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ALVERCA Afonso Costa PS
ALHANDRA Luís Dias PS
CASTANHEIRA DO RIBATEJO António Reis CDU
CALHANDRIZ António Salvador PS
FORTE DA CASA António Inácio PS
PÓVOA DE SANTA IRIA Jorge Ribeiro PS
SÃO JOÃO DOS MONTES Hugo Vicente PS
SOBRALINHO José Peixeiro PS
VIALONGA José Gomes CDU
VILA FRANCA DE XIRA José Fidalgo PS
Guia Autarcas e Autarquias
CACHOEIRAS José Melo PS
População e território Área do concelho: 317,6 km2 População Residente (censos 2001): 142.163 Número de Eleitores (2009): 105.182 Número de Eleitores (2005): 99.302
Feriado 14deJunho
Uma mulher autarca em terra de campinos e marialvas Maria da Luz Rosinha dirige o concelho de Vila Franca de Xira com pulso firme
É uma mulher – Maria da Luz Rosinha – que dirige desde 1998 o concelho de Vila Franca de Xira, eleita pelo PS, conhecido como o partido da rosa. Combativa e frontal lidera com pulso firme um dos mais populosos municípios dos arredores de Lisboa. Conhece bem o ter-
reno e as pessoas pois foi ali que nasceu e cresceu. Em 2009 o PS perdeu a maioria absoluta na câmara conquistada há oito anos. O aumento da população, que ultrapassou os 100 mil eleitores, ditou que o concelho tivesse direito a escolher onze vere-
adores em vez dos habituais nove, mas os dois novos eleitos foram ganhos para a Coligação Novo Rumo. O PS manteve os cinco que já tinha e optou por convidar eleitos da coligação para aceitarem pelouros, o que aconteceu. Maria da Luz Rosinha tem 62 anos, é casada, tem um filho e um neto. Iniciou-se na política como eleita de freguesia. Foi secretária da junta de freguesia, eleita na Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, deputada à Assembleia da República e também presidente da Junta Metropolitana de Lisboa. Durante a adolescência fez parte da Juventude Operária Católica do concelho. Trabalhou até 1995 como directora de serviços na firma A.J. Vassalo - Produtos Siderúrgicos. No dia a dia gosta de fazer longas caminhadas e almoçar com a família. Dorme cinco horas para estar à altura dos desafios e exigências do cargo. Tem qualidades de liderança e é uma pessoa preocupada com as questões sociais. Não se fica pelo trabalho de gabinete. Gosta de ouvir os problemas das pessoas, tal como não se faz de rogada na hora de fazer ouvir a sua opinião. “No dia em que
vier uma pessoa falar comigo e eu achar que o assunto não tem importância esgotei o meu tempo”, disse em entrevista a O MIRANTE em 2007. Para Maria da Luz Rosinha ser presidente de câmara não é profissão. É missão. O marido e o filho – que desde cedo se habituou a acompanhá-la às reuniões políticas - são os seus maiores críticos. Já nos tempos de estudante se sentava na primeira fila para reivindicar os direitos dos meninos da Escola do Bacalhau. Não gosta de fazer a divisão entre homens e mulheres. Mas congratula-se por “elas” ocuparem cada vez mais lugares de liderança. A agenda, gerida ao minuto, ainda lhe permite fazer o que lhe dá prazer. Como uma sessão de massagem ou sauna a altas horas da noite. Depois de muitas horas passadas no gabinete. Lá, respira-se a mulher que lidera a autarquia com dinamismo, pontualidade, discursos curtos e palavras simples. A sua casa fica a dois passos da câmara e a ida para o trabalho é oportunidade para uma caminhada. Não precisa que lhe abram a porta do edifício. Seja às oito da manhã, quando chega à autarquia. Seja ao sábado ou ao domingo, quando vai fazer os despachos que a agenda da semana não permite. Uma manhã de sábado na câmara é um óptimo pretexto para uma passagem pelo mercado antes de cozinhar o almoço. Esta é tarefa que não delega. “Faz bem à alma”, confessou então.
Uma cidade à beira do Tejo Vila Franca de Xira é cidade e sede de um município com 317,68 quilómetros de área e 142.163 habitantes, subdividido em 11 freguesias (Alhandra, Alverca, Cachoeiras, Calhandriz, Castanheira do Ribatejo, Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria, São João dos Montes, Sobralinho, Vialonga e Vila Franca de Xira). O município, que pertence ao distrito de Lisboa, é limitado a norte pelos municípios de Alenquer e Azambuja, a leste por Benavente, a sul pelo estuário do Tejo, a sul e oeste por Loures e a noroeste
por Arruda dos Vinhos. No lugar do actual concelho de Vila Franca de Xira existiram ao longo da Idade Média e até meados do século XIX quatro concelhos distintos – o de Povos (hoje uma povoação da freguesia de Vila Franca de Xira), Alverca, Alhandra e Vila Franca. Em 1855 já estavam todos integrados no actual concelho de Vila Franca. Manteve disputas territoriais com Loures pela posse de Santa Iria de Azóia, que fez parte do concelho de Alverca, mas que foi integrada em
1886 no concelho de Loures. Em 1916 separou-se de Santa Iria de Azóia a freguesia da Póvoa de Santa Iria, que em 1926 passou definitivamente ao concelho de Vila Franca. Em Vila Franca deu-se, em 1823, o movimento revoltoso da Vilafrancada, levado a cabo pelo Infante D. Miguel contra a Constituição de 1822. Na sequência desses acontecimentos, Vila Franca de Xira foi renomeada para Vila Franca da Restauração. O nome não durou e após o fracasso da Abrilada, no ano seguinte, vol-
tou à forma original. Vila Franca de Xira foi elevada a cidade em 28 de Junho de 1984, no segundo pacote de elevação a cidades do regime democrático em Portugal. As festas de Vila Franca de Xira, conhecidas como “Colete Encarnado” realizam-se no primeiro fim-de-semana de Julho e durante a primeira semana de Outubro realiza-se a antiga “Feira de Outubro”.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-vfxira.pt Guia Autarcas e Autarquias
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vila nova da barquinha
Presidente MIGUEL POMBEIRO PS
Vice-Presidente FERNANDO FREIRE PS
Vereador RUI CONSTANTINO PS
Vereador MANUEL DE OLIVEIRA PSD
Vereador ROSA GARRETT PS
Pres. Ass. Mun. RUI PICCIOCHI PS
População e território
Freguesias ATALAIA Nuno Gameiro PS
MOITA DO NORTE Paulo Lopes PS
PRAIA DO RIBATEJO Manuel Silva PS
TANCOS Manuel Cardoso PS
Área do concelho: 49 km2 População Residente (censos 2001): 7.588 Número de Eleitores (2009): 6.658 Número de Eleitores (2005): 6.533 VILA NOVA DA BARQUINHA António Constantino PS
Feriado 13deJunho
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Guia Autarcas e Autarquias
Guia Autarcas e Autarquias
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Autarca desde os 19 anos Miguel Pombeiro, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha
Filho de peixe sabe nadar, diz o ditado, e Vítor Pombeiro não quis desvirtuar a voz do povo. Embora o pai tenha sido médico e ele tenha preferido cursar advocacia, actividade que nunca praticou, acabou por cumprir a sina popular da hereditariedade através da política. E, tal como o pai, chegou a presidente da câmara. Foi
em 1997. Inesperadamente, confessou ele a O MIRANTE em entrevista passada, mas talvez não tenha sido bem assim. Afinal o autarca socialista passou dos bancos da escola directamente para as bancadas dos órgãos autárquicos sem paragem em qualquer outra actividade. Vítor Miguel Martins Arnaut Pombeiro entrou para a
política activa aos 19 anos, quando foi eleito para a Assembleia de Freguesia de Vila Nova da Barquinha, e a partir daí nunca mais parou. Foi vereador na Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha e chegou a presidente do município onde nasceu e cresceu em Dezembro de 1997. Esse trajecto impediu-o até à data de exercer advocacia, área em que se formou. “Não tive tempo, mas está nos meus planos quando sair da política”. Certo é que em 2013 já não se poderá recandidatar à presidência do município que governa, devido à lei de limitação de mandatos. Vítor Pombeiro, 41 anos, é já um veterano das lides autárquicas mas ainda um dos mais novos presidentes de câmara em funções na região. Aliás, até à data essa foi a única actividade profissional que conheceu. Filho de uma professora e de um médico, Vítor Pombeiro fez a escola primária e o ciclo preparatório na Barquinha, com excepção da terceira classe que o levou até Marinhais, onde a mãe fora colocada. O percurso escolar conduziu-o depois até ao Externato de Santa Bárbara em Tancos, ao Colégio Andrade Corvo em Torres Novas e à
Escola Secundária do Entroncamento, antes de rumar à Universidade de Coimbra para cursar Direito. Acabado o curso regressou às raízes. Até porque à data já era vereador. E com pelouros. Em 1997, o convite para encabeçar a lista do PS que concorreu à câmara apanha-o de surpresa. Aceitou após hesitar um pouco. A decisão tomou-a sozinho, baseado na sua máxima de que a vida não deve ser muito planeada e que “isto háde ser o que tiver de ser”. Vítor Pombeiro, casado, pai de um casal, é conhecido por ser um dos autarcas mais discretos da região. Definese como homem um bocado fechado e de opções convictas, muitas vezes tomadas contra a corrente dominante. Assim se explica que tenha decidido ser adepto do Futebol Clube do Porto muito antes dos sucessos europeus e nacionais, numa terra onde havia poucos admiradores dos “dragões”. Ou que tenha decidido filiar-se no PS quando o partido conheceu o seu maior revés eleitoral de sempre, com Almeida Santos à cabeça, nas legislativas onde Cavaco Silva alcançou a sua primeira vitória e onde o fenómeno PRD emergiu.
O castelo de Almourol como ex-líbris O Concelho de Vila Nova da Barquinha tem uma superfície de 49 quilómetros quadrados, repartida por cinco freguesias: Atalaia, Moita do Norte, Praia do Ribatejo, Tancos e Vila Nova da Barquinha. Encontra-se localizado na margem direita do Rio Tejo, ocupando uma situação geográfica privilegiada. Confina com os concelhos de Tomar, Constância, Entroncamento e Torres Novas. O Itinerário Complementar nº3 e a Auto-Estrada nº
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23 constituem motores de desenvolvimento sustentado do concelho que aposta no aproveitamento da vertente turística onde o património cultural e natural, o usufruto da zona ribeirinha, e a oferta de uma boa qualidade ambiental e habitacional, constituem potencialidades notáveis. Os rios desde os tempos mais remotos constituíram um pólo de atracção para a fixação das populações devido à facilidade de obtenção
de meios de subsistência. Assim, foi durante o processo de Reconquista Cristã, que as povoações deste concelho ganharam considerável projecção. À medida que o território se expandia para Sul era preocupação dos reis da primeira Dinastia manter as posses das terras, pelo que surgiram, nesta zona, ao longo do curso do Tejo, importantes baluartes defensivos, como o Castelo de Almourol, ex-líbris do concelho. Pensase que esta fortificação terá
sido edificada no século III ou no IV, tendo sido reconstruído no século XII (1171), por Gualdim Pais, Mestre da Ordem dos Templários. O povoamento do território que corresponde ao actual concelho remonta a épocas ancestrais, nomeadamente ao período Paleolítico.
* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-vnbarquinha. pt
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