ESPECIAL - FESTAS ALMEIRIM E OURÉM

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Comunidade Intermunicipal da Lezíria uniformiza regulamentos Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação, publicado no final de Março, os formulários dos municípios da Lezíria do Tejo foram adaptados, estando disponíveis nas páginas das autarquias de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior e Salvaterra de Magos. A medida permite, por exemplo, que no

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo e os municípios associados estão a tentar uniformizar todos os regulamentos e formulários municipais, com o objectivo de simplificar e permitir maior rigor e celeridade na realização de obras, afirma a CIMLT em comunicado. Na sequência do Decreto-Lei que altera o

caso de pequenas obras em casa ou no jardim apenas seja necessária uma participação prévia à autarquia e que, para obras de maior dimensão, em determinados locais e em função da natureza da obra, o licenciamento seja substituído por comunicação prévia, com garantia de resposta em 20 dias.

ECONOMIA Amor Electro, Virgem Suta e Luísa Sobral nas Festas de Ourém Custódio Henriques

O feriado municipal é na quarta-feira, 20 de Junho. Nesse dia a programação é mais institucional com sessão solene, hastear da bandeira e teatro. O Grupo Apollo apresenta “Terra dos Sonhos”.

Manuel Dias

Sérgio Fernandes

Joaquim Gonçalves

Margarida Paulos, Elias da Silva

Filipe Batista

Adão Vasconcelos

De 15 a 24 de Junho a cidade está em festa Especial Festas de Ourém

O primeiro dia de festa, 15 de Junho, arranca com as comemorações do 17º aniversário da vila de Caxarias, onde não vai faltar arraial, música e tasquinhas, a partir das 19h00 6

Festa da Cidade de Almeirim promove o convívio entre a população Marchas populares, revivalismo com Ana, Nucha e Mónica Sintra e teatro com Tozé Martinho

Festas de Almeirim

Sara Roque

Eduardo Galvão

Sandra Rambeau

celebração da amizade e dos reencontros. O MIRANTE foi ouvir a gente da terra e saber a sua opinião sobre a cidade 2 José Trindade

António Pedro

Cristiana Santos Brito

Manuel Besteiro

De 16 a 24 de Junho a animação vai sair à rua nos jardins da biblioteca, para atenuar as agruras da vida quotidiana e permitir a

Especial

14 de Junho de 2012 Três Dimensões

“Não quero abdicar da minha felicidade para construir um império” Saul Baptista, advogado, 36 anos, Santarém

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Empresa da Semana

Maximino e Companhia dá cartas no mundo do gás canalizado Maximino Marques deu início a negócio familiar há quase quatro décadas e filhos já lhe seguem as pisadas 14 Identidade Profissional

De mecânico de aviões a dirigente associativo José Manuel Casaleiro exerceu várias profissões ao longo da vida 11

Onze equipas da Escola de Gestão no Global Management Challenge 15

Centro Clínico UCARDIO com certificação de qualidade Este reconhecimento é fruto da capacidade de organização e dedicação da administração e corpo clínico 14


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FESTAS DE ALMEIRIM 14 JUNHO 2012

Jogador de Pool 8 de Almeirim faz parte da equipa que ganhou campeonato do mundo Nelson Grais começou a jogar em cafés e apesar de amador hoje está na alta competição

Para quem pense que a modalidade tem a ver com ambientes fumarentos e de copos, o campeão explica que na alta competição é proibido fumar, beber e tem que haver silêncio. Nem sequer são permitidas conversas entre jogadores e é interdito fotografar com flash.

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elson Grais começou a jogar bilhar nos cafés de Almeirim de onde é natural. Costumava frequentar um salão de jogos na cidade que era o Grupo 4 e que fechou há uns anos. Hoje joga em circuitos profissionais, na alta competição, apesar de ser amador, e recentemente fez parte da equipa portuguesa que venceu o campeonato do mundo da VNEA, que se disputou em Las Vegas, Estados Unidos da América, na modalidade de Pool 8, uma vertente do bilhar. Esta foi a terceira participação internacional de Nelson, 39 anos, empregado de mesa num salão de festas em Almeirim, e a primeira vez que participou no campeonato do mundo, no qual participaram mais de 300 equipas de vários países. A formação portuguesa defrontou na final uma equipa do Canadá, depois de ter jogado com elementos dos Estados Unidos, Alemanha, Finlândia… Foram nove dias a jogar, praticamente

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durante todo o dia fechados num enorme salão de um hotel de Las Vegas. Só uma vez, ou outra, é que houve oportunidade para sair à noite e conhecer a maior cidade do estado americano de Nevada. A equipa de que fez parte, que integra outro praticante da região, Pedro Rodrigues (Rio Maior), foi formada este ano para disputar o campeonato da LPP - Liga de Pool Portuguesa. Foi campeã da liga e da taça da liga que se disputou em Abril e Maio. Os jogadores já se conheciam mas esta foi a primeira vez que jogaram juntos. O grupo integra também João Grilo, Pedro France, Pedro Vitorino e Mauro Marianito, todos da zona de Lisboa. “O que nos valeu no campeonato do mundo foi sermos um grupo de amigos, de nos darmos todos bem e de nos apoiarmos uns aos outros”, refere Nelson Grais. Que actualmente está a participar em torneios no Entroncamento e em Riachos (Torres Novas), para ir treinando. Nelson começou a dar as primeiras tacadas aos dez anos de idade e diz que as pessoas têm uma ideia errada da modalidade. Pensam que é um jogo de pessoas que se encontram para beber uns copos e que jogam a fumar. Mas em torneios e na alta competição é proibido fumar, beber e tem que haver silêncio. Não é permitido fotografar com flash nem conversas entre jogadores

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“O que nos valeu no campeonato do mundo foi sermos um grupo de amigos, de nos darmos todos bem e de nos apoiarmos uns aos outros”


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Festa da Cidade de Almeirim promove o convívio entre a população Marchas populares, revivalismo com Ana, Nucha e Mónica Sintra e teatro com Tozé Martinho De 16 a 24 de Junho a animação vai sair à rua em Almeirim, no parque da Zona Norte, para atenuar as agruras da vida quotidiana e permitir a celebração da amizade e dos reencontros

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trio composto por Ana, Nucha e Mónica Sintra é o principal destaque musical das Festas da Cidade de Almeirim, que celebram, de 16 a 24 de Junho, a elevação de vila a cidade (20 de Junho). As três cantoras dão um concerto, dia 24, domingo (22h15), designado de “Gerações”, que vai passar pelos êxitos da música ligeira portuguesa. De cariz popular, a festa assenta nas suas associações e colectividades que vão ter as habituais tasquinhas de comes e bebes junto aos jardins da Biblioteca Municipal Marquesa de Alorna. As festas arrancam com marchas populares pelas 21h00 de sábado, 16 de Junho. Ao longo de dez dias de animação, não faltam outros motivos

musicais de interesse. Destaque para os concertos da fadista Ana Lains na noite de domingo, 17 de Junho, com a participação da jovem coruchense Beatriz Felizardo. Na noite de segunda, dia 18, há música popular portuguesa com os Pilha Galinhas. Na terça será a vez dos covers dos Tributo aos Queen, enquanto na quarta, dia 20, Dia da Cidade, sobe ao palco a música revivalista dos anos 50 e 60 pelos Lucky Duckies. “António Variações, Voz Única” é o espectáculo protagonizado por José Perdigão na noite de quinta-feira, 21 de Junho. A festa não se faz apenas de música e sexta-feira, 22 de Junho, há revista à portuguesa com “Pijama para seis”, num elenco com Tozé Martinho, Carlos Areia, Patrícia Candoso, entre outros. Será a partir das 22h00. Ao longo dos dez dias de festejos há, diariamente, iniciativas musicais ligadas ao folclore concelhio, enquanto no sábado, 23, a biblioteca municipal recebe o colóquio “Almeirim de Boa Memória”, de encerramento das comemorações dos 600 anos do concelho de Almeirim

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FESTAS DE ALMEIRIM

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FESTAS DE ALMEIRIM 14 JUNHO 2012

A restauração continua a ser a imagem de marca de Almeirim Santos da Casa também fazem milagres. Quem mora em Almeirim defende os restaurantes da cidade e considera que são imbatíveis em termos da relação entre a qualidade e o preço. O que não se encontra lá é tranquilidade. Para quem quer uma refeição tranquila em ambiente pouco barulhento, não servem. Há coisas que fazem falta a Almeirim. Uma delas é uma programação regular para o renovado cineteatro. Há quem se queixe de falta de condições para atrair investimento e também há quem não esteja satisfeito com a limpeza das ruas. Pessoas imunes à crise não encontrámos.

António Pedro, empresário, Almeirim

Eduardo Galvão, empresário, Almeirim

Zona industrial que tem funcionado como zona comercial

Zona Industrial deve cativar mais empresas e empregos

A zona industrial de Almeirim não tem cumprido a sua missão de atrair indústria e criar empregos nessa área. A opinião parte do empresário António Pedro que, em tom crítico, diz que aquela área tem funcionado mais como zona comercial. “Talvez devido aos políticos que temos. Não têm faltado lotes, já que na segunda fase de expansão foram todos vendidos mas os proponentes não construíram nada como estava previsto. Resta perguntar porque é que os lotes não revertem para a câmara para serem revendidos?”, questiona António Pedro, ao abordar o desenvolvimento da cidade e do concelho. Em relação ao seu negócio, diz ter feito um compasso de espera face à situação de crise que se vive, quando pensava avançar para novas instalações. No dia a dia em Almeirim, António Pedro costuma frequentar algumas vezes os restaurantes locais e não tem dúvidas em afirmar que a qualidade geral é de bom nível, falando-se de comida, serviço e preço praticado. “Não se abusa nos preços, que são excelentes, mesmo comparando a nível nacional”, defende.

Sócio-gerente de uma empresa de distribuição de produtos alimentares e bebidas, Eduardo Galvão trata todos os restaurantes pela mesma bitola a nível pessoal e profissional. Por isso, não é de estranhar que esteja em permanente contacto e a almoçar nesses estabelecimentos de Almeirim. “Mas também porque são bons restaurantes, com qualidade dos produtos, do serviço e custo adequado. Além disso, Almeirim está associado à restauração e à sopa da pedra, que qualquer visitante reconhece”, garante. Com a quebra de vendas na restauração a sua empresa também notou essa alteração, o que fez com que o empresário repensasse a política de stocks ou o custo com deslocações devido ao preço do gasóleo. “Com as quebras de consumo, o aumento do IVA e a redução do poder de compra não há mercado que resista”, diz Eduardo Galvão. Para mais, a Zona Industrial de Almeirim tarda em fazer jus ao nome e cativar indústria que crie mais riqueza, empregos e dinâmica económica, acrescenta o empresário, lembrando que as acessibilidades rodoviárias são boas.

José Trindade, comerciante-empresário, Almeirim

Sandra Rambeau, empresária, Almeirim

Almeirim é uma boa vila, mas uma péssima cidade

Almeirim precisa de mais vida, juventude e cultura

Almeirim tem um cineteatro que só funciona quando alguém se mobiliza. Faz falta programação de cinema, mesmo que não seja todas as semanas e outro tipo de actividades. A opinião pertence a José Trindade, comerciante e empresário da cidade, que defende que aquele equipamento deve ter mais iniciativas que ajudem a povoar a cidade. “Temos uma boa vila mas uma péssima cidade. Faz-se muito para a fotografia e pouco para a cidade”, analisa em conversa com O MIRANTE, acrescentando que um equipamento cultural com programação traria movimento comercial à cidade, que se encontra parada. Em tempo de crise, José Trindade admite que há passos pessoais e profissionais que se repensam ou adiam, mas deu um passo essencial há mais tempo, quando a crise ainda não tinha chegado ao sector da construção. “Fi-lo no tempo que comecei a ver empresas darem aos clientes em valor mais baixo do que lhes tinha custado, e assim ninguém vive”, sustenta. José Trindade costuma jantar ou almoçar nos restaurantes da cidade quatro ou cinco vezes por mês, mas também em estabelecimentos nas zonas de Peniche e Alentejo, onde se costuma deslocar. “Há poucas regiões no país com a relação qualidade-preço que apresentamos em Almeirim, além de encher a barriga para quem gosta”, afirma, apesar de dizer que não existe um local apropriado para estar calmamente com a família a degustar uma refeição.

Almeirim ainda tem muito a fazer na área cultural. É essa a principal lacuna que Sandra Rambeau sente no dia a dia. Lembra que foi investido muito dinheiro na construção do cineteatro, que está fechado muitas vezes ou não é suficientemente divulgada a sua programação. “A cultura não é valorizada em Portugal, o que é pena. Almeirim podia ser uma cidade muito mais jovem, falta vida e mais juventude em Almeirim”, defende. Não tem o hábito de almoçar ou jantar fora mas conhece quase todos os restaurantes de Almeirim, que qualifica de “muito bons”. “Uns talvez com mais nome que outros, mas temos uma qualidade excepcional a nível de restauração. E não só na cidade de Almeirim mas em todo o concelho. Almeirim é conhecida por se comer muito bem, por isso acho que esses nossos “embaixadores” estão todos de parabéns”, assegura. Na sua opinião, os preços praticados são acessíveis e o serviço bem assegurado pelos funcionários, sejam clientes da terra ou de fora. “Admiro e respeito imenso o ramo da restauração porque se trabalha arduamente e tem sido bastante penalizado com a aumento do IVA para 23% e não fecham portas”, acrescenta. Para a sócia-gerente do Intermarché de Almeirim a situação de crise levou a repensar a estratégia de vendas e objectivos, introduzindo melhores condições aos clientes, como o take away, a logística, entre outros aspectos. “A nossa estratégia passou igualmente pelos preços. Tentamos assegurar diariamente produtos de qualidade a bons preços, apostamos muito mais em produtos não só nacionais mas regionais. E tem sido compensador”, conclui.


14 JUNHO 2012

FESTAS DE ALMEIRIM

Cristiana Santos Brito, comerciante, Almeirim

Sara Roque, empresária, Fazendas de Almeirim

Manuel Besteiro, empresário, Almeirim

Falta ousadia e coragem de arriscar à maior parte das pessoas

Restauração de Almeirim a bom nível

Serviços de limpeza da câmara têm de ser mais eficientes

Cristiana Santos Brito fez o que poucos arriscariam fazer e passou de uma situação de desemprego para a de proprietária de uma loja de artesanato e artigos para crianças no parque das Laranjeiras, em Almeirim. A comerciante, de 20 anos, diz que faz falta mais ousadia aos portugueses. “Estava desempregada há dois meses, a olhar para as paredes e resolvi aplicar algumas poupanças que tinha. Se não correr bem fecho mais rápido do que abri mas só sei como vai correr experimentando. Falta às pessoas do país e da região ousarem e arriscarem mais”, diz a comerciante. Almeirim vive muito do sector da restauração mas Cristiana Santos Brito não costuma jantar fora frequentemente, prefere ir buscar a comida para casa e poupar em tempo e dinheiro. “Os preços das refeições são acessíveis e a qualidade é sempre boa, pelo menos tem sido sempre assim”, refere. Diz que faltam na cidade mais espaços de diversão nocturna. “Existe apenas uma discoteca e há bastantes anos sem grandes opções para quem quiser mudar de ambiente musical e falta ainda que o cineteatro tenha uma boa programação. Não há cinema nem uma peça de teatro, o que é uma pena”, conclui.

Sara Roque raramente frequenta os restaurantes que não dão nome e reputação a Almeirim mas nas vezes que foi considera que o nível de qualidade, quantidade e preços praticados é bom, além da simpatia e serviço ao mesmo nível. “Agora vou mais a um restaurante de Fazendas de Almeirim, que também é de qualidade, por ser mais próximo e cómodo”, refere a comerciante. Face à conjuntura de crise e com um negócio de uma lavandaria e engomadaria, Sara Roque diz ter notado uma quebra normal no número de serviços, devido ao aumento dos custos de vida e manutenção do nível de vencimentos. “Moderámos certos gastos já que se nota que as pessoas que noutra ocasião pediam um serviço completo, agora uns lavam roupa em casa, outros só vêm trazer para a engomar”, exemplifica. Para Sara Roque faltam no concelho, particularmente em Fazendas de Almeirim, espaços públicos e de lazer para as crianças e, sobretudo, para os idosos, quando chega o período de Verão.

Com loja numa das artérias da zona norte de Almeirim, Manuel Besteiro tem notado que nos últimos anos, especialmente durante o Outono, os serviços de higiene e limpeza da autarquia não têm feito um bom trabalho na limpeza das folhas que caem e que entopem sargetas. “Já não é a primeira vez que a rua das Milheiras fica alagada devido a esse problema”, exemplifica quando lhe pedimos para dizer o que faz falta na cidade. Na Casa dos Rolamentos o empresário diminuiu

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despesas e ajustou stocks à realidade das vendas, mas diz que apesar de ter esmorecido o comércio é para aguentar. “Há que aguentar. Cheguei a pensar em investir em novas instalações há seis anos mas ainda bem que não o fiz, estaria hoje a pagar o investimento, como acontece com outros colegas que estão a passar por dificuldades”, refere, dizendo que o que lhe faz mais impressão é a falta de movimento junto do comércio e bancos da cidade. Manuel Besteiro é um frequentador ocasional dos restaurantes de Almeirim, onde vai 12 a 15 vezes por ano. Tem casa em Fazendas de Almeirim onde costuma ir almoçar mas conhece a realidade da restauração local. “Vou mais aos restaurantes com vendedores que também têm curiosidade em conhecer a gastronomia de Almeirim e a sopa da pedra”, explica. Considera que o nível é bom e o preço razoável. “Não será pelo aumento do IVA, que representa mais um euro por dose, que as pessoas deixam de ir aos restaurantes”, acrescenta.

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Notária: Sónia Marisa Pires Vala O MIRANTE — ANO XXIV Nº 1041 - 14-06-2012 Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e trinta e sete a folhas cento e trinta e oito, do Livro Cento e Oitenta e Um B, deste Cartório. Gabriel Lúcio Valentim, NIF 163 701 580 e mulher Maria de Fátima Vasco Nobre Valentim, NIF 154 436 607, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Alcoentre, concelho de Azambuja, onde residem no lugar de Quebradas, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de cultura arvense, oliveiras e vinha, com a área de mil duzentos e quarenta metros quadrados, sito em Almoinhas, freguesia de Alcoentre, concelho de Azambuja, a confrontar de norte com estrada pública, de sul com António Manuel Henriques Marques, de nascente com António Pedro Manuel e de poente com Gabriel Lúcio Valentim, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Azambuja, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 90 da secção E, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €343,48. Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e um, por compra verbal a José Pedro

Marques e mulher Maria Joaquina Ferreira, residentes no lugar de Quebradas, Alcoentre, Azambuja, não dispondo os justificantes de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO. Batalha, trinta de Maio de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 4603


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FESTAS DE OURÉM 14 JUNHO 2012

Amor Electro, Virgem Suta e Luísa Sobral nas Festas de Ourém De 15 a 24 de Junho a cidade está em festa e o convite é para que quem puder saia à rua O feriado municipal é na quartafeira, 20 de Junho. Nesse dia a programação é mais institucional com sessão solene, hastear da bandeira e teatro. O Grupo Apollo apresenta “Terra dos Sonhos”.

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mor Electro, Virgem Suta e Luísa Sobral são os cabeça-de-cartaz de mais uma edição das Festas de Ourém que se realizam entre 15 e 24 de Junho. No Parque Linear, no centro da cidade, vão ser instalados dois palcos, tasquinhas e um espaço aventura/infantil. A Câmara de Ourém não esqueceu os tempos de crise que o país atravessa e teve a preocupação de reduzir os custos, tentando que isso não prejudicasse a qualidade do espectáculo. O primeiro dia de festa, 15 de Junho, arranca com as comemorações do 17º aniversário da vila de Caxarias, onde não vai faltar arraial, música e tasquinhas, a partir das 19h00. O trio musical D’Arromba sobe ao palco pelas 22h00. A vila de Caxarias continua em festa até 17 de Junho. Destaque para as marchas populares no dia 16, pelas 21h30. No mesmo dia, no Cineteatro de Ourém realiza-se o concerto comemorativo do 10º aniversário do Conservatório de Música Ourém/Fátima,

O primeiro dia de festa, 15 de Junho, arranca com as comemorações do 17º aniversário da vila de Caxarias, onde não vai faltar arraial, música e tasquinhas, a partir das 19h00

a partir das 14h30. O grupo de teatro da Universidade Sénior de Ourém sobe ao palco no dia 18 para representar a peça “Os Supersticiosos”. O espectáculo intitulado “Teatro na Praça” está marcado para as 21h30 na Praça Mouzinho de Albuquerque. No dia seguinte destaque para a actuação da Big Band do Conservatório de Coimbra, pelas 21h30, na Praça Mouzinho de Albuquerque. Esta iniciativa é uma organização da Ourearte. O ponto alto das festas de Ourém acontece no dia 20 de Junho, onde se assinala o dia do concelho, feriado municipal. As comemorações começam às 10h30 com o hastear da bandeira no edifício dos paços do concelho e contam com a participação da fanfarra dos bombeiros e a Orquestra de Sopros da AMBO (Associação de Música Banda de Ourém). A sessão solene está marcada para as 18h00. A noite termina com a peça de teatro “Terra dos Sonhos” pelo Grupo de Teatro Apollo (21h00). No dia 22 de Junho destaque para o desfile das marchas populares (20h30) e a audição de final de ano da Ourearte (21h30). No Parque Linear os Amor Electro sobem ao palco pelas 23h00. O concerto dos Virgem Suta está marcado para sábado, 23, pelas 23h00. Destaque também o concerto com os Sigma (21h30) e a actuação dos finalistas dos concursos

de bandas, no final do espectáculo com os Virgem Suta. Luísa Sobral actua no último dia das Festas de Ourém, pelas 22h30. Antes do espectáculo com a jovem artista portuguesa, sobem ao palco “Os Romeiros” (21h00). A edição deste ano termina com a performance dos vencedores do concurso de bandas.


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Todos contra a extinção de freguesias O ponto alto das festas de Ourém acontece no dia 20 de Junho, onde se assinala o dia do concelho, feriado municipal. As comemorações começam às 10h30 com o hastear da bandeira no edifício dos paços do concelho e contam com a participação da fanfarra dos bombeiros e a Orquestra de Sopros da AMBO (Associação de Música Banda de Ourém). A sessão solene está marcada para as 18h00. A noite termina com a peça de teatro “Terra dos Sonhos” pelo Grupo de Teatro Apollo (21h00). *** No dia 22 de Junho destaque para o desfile das marchas populares (20h30) e a audição de final de ano da Ourearte (21h30). No Parque Linear os Amor Electro sobem ao palco pelas 23h00. O concerto dos Virgem Suta está marcado para sábado, 23, pelas 23h00. Destaque também o concerto com os Sigma (21h30) e a actuação dos finalistas dos concursos de bandas, no final do espectáculo com os Virgem Suta.

FESTAS DE OURÉM

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Não há quem defenda a extinção de freguesias. Nem presidentes de junta nem cidadãos em geral. Num concelho grande como Ourém, com uma grande área rural e com muita emigração a questão é ainda mais sensível. Apesar do que já foi decidido pelo governo há ainda quem garanta lutar “até à última gota de sangue” contra a reforma administrativa. E mesmo os que aceitam a fusão como inevitável mostram-se desapontados e alertam para os prejuízos que daí resultarão para a população. Com os emigrantes de férias em Agosto esse mês é reservado pelos autarcas para estar na terra. As férias são gozadas noutra altura. O MIRANTE quis saber também se vale tanto uma ida a Fátima a pé de alguém do concelho como a de alguém que venha de muito longe. A resposta foi invariavelmente a mesma. O que conta é a fé que não se mede em quilómetros.

Margarida Paulos, proprietária Mednatur, Fátima

Elias da Silva, Presidente da Junta de Freguesia de Alburitel

Joaquim Gonçalves, Presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias

“Extinguir freguesias é um erro e o país vai pagar por isso”

“Freguesias urbanas podem ser extintas mas as rurais não”

“Vou lutar até à última gota de sangue para manter a minha freguesia”

Margarida Paulos não concorda com a lei da extinção de freguesias que o Governo quer implementar ainda este ano e defende a importância das freguesias para as populações sobretudo as mais rurais. O facto de uma localidade ser freguesia é, na sua opinião, uma vantagem que ajuda a desenvolver os espaços rurais. “A extinção de freguesias vai contribuir ainda mais para a desertificação do país. As pessoas quando precisam de alguma coisa recorrem à junta de freguesia. Esta lei é um erro que o país vai pagar caro daqui a uns anos”, refere. Proprietária do espaço Mednatur, em Fátima, há cerca de cinco anos, Margarida Paulos teve que deixar alguns projectos na gaveta devido à crise. A sua intenção era comprar umas máquinas para tratamentos de drenagem linfática e depilação a laser, mas a situação actual não lhe permite grandes investimentos. “Se pudesse investir nessas máquinas expandia o negócio e até podia contratar uma ou duas funcionárias. Agora com a crise tão profunda que atravessamos tenho que lutar é para manter o negócio aberto”, lamenta. Se pudesse tirava férias repartidas durante o ano. Desde que abriu o negócio é raro ter férias, muito menos enquanto estiver sozinha à frente da loja. Na sua opinião, os peregrinos do concelho de Ourém não têm culpa de viverem tão perto do santuário. “A fé tem forças que a própria razão desconhece. Uma pessoa pode morar perto e fazer um sacrifício maior, carregar uma dor maior que alguém que decidiu fazer uma viagem de centenas de quilómetros a pé até de Fátima”, reflecte.

Para o presidente da Junta de Freguesia de Alburitel o ditado “entrada de leão saída de sendeiro” aplica-se que nem uma luva ao actual governo em relação à lei da reforma autárquica que querem aplicar. “Entraram com toda a força mas parece que agora estão a quebrar e é bom que não avancem com a lei como a queriam fazer inicialmente”, adverte o autarca reconhecendo, no entanto, que algumas freguesias devem ser extintas, sobretudo as urbanas. “As rurais são muito importantes para a população que na grande maioria dos casos é idosa e vê na junta de freguesia o seu único interlocutor e ponto de apoio”. Em tempos de crise Elias da Silva teve que deixar na gaveta alguns projectos que queria levar avante neste mandato. O parque de merendas e a nova sede para a junta que incluiria o complexo escolar são as principais obras que gostaria de avançar. “Não abandonei estes projectos porque sou persistente e teimoso e vou pedindo ajuda. Continuo à espera que a autarquia possa ajudar, mesmo sabendo como as coisas estão difíceis”, afirma. O autarca confessa que é raro tirar férias em Agosto e se o faz nunca vai para muito longe. Durante o mês de Agosto prefere estar por perto uma vez que é o mês de eleição do regresso às origens dos emigrantes e a freguesia aumenta a sua população nesses dias. Quando questionado sobre se os peregrinos do concelho de Ourém estão em vantagem aos peregrinos do resto do país que vão a Fátima pagar promessas, devido a terem que percorrer uma menor distância a pé, Elias da Silva, diz que tudo é uma questão de fé e que essa não se mede em quilómetros.

Joaquim Gonçalves não esconde a mágoa por a sua freguesia, a mais antiga do concelho de Ourém, ser uma das que está na lista para extinguir. Tudo porque o Governo considera-a urbana quando na realidade 99 por cento é rural. O autarca garante que vai lutar até à “última pinga de sangue” para manter a sua freguesia. “Pensava que vivíamos em democracia mas afinal vivemos em ditadura. Recuamos a tempos que são piores aos que se viviam quando Salazar estava no poder”, afirma sem esconder a mágoa e revolta. O presidente da junta de Nossa Senhora das Misericórdias orgulha-se de pagar todos os compromissos e não ter dívidas. O alcatroamento das estradas da freguesia está à espera de melhores dias. Joaquim Gonçalves confessa que nunca teve férias e que, actualmente, vai, no máximo dois ou três dias mas não se ausenta mais do que isso. Em Agosto está sempre na sua terra para o caso de surgir alguma emergência ou imprevisto.


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FESTAS DE OURÉM 14 JUNHO 2012

Adão Vasconcelos, Presidente da Junta de Freguesia de Urqueira

Custódio Henriques, Presidente da Junta de Freguesia de Seiça

Manuel Dias, Presidente da Junta de Freguesia de Rio de Couros

Filipe Batista, Presidente da Junta de Freguesia de Espite

“Projectos na gaveta à espera que a crise passe”

“Vão surgir grandes injustiças quando começarem a extinguir freguesias”

“Processo de extinção de freguesias tem sido mal conduzido”

“Pessoas vão ser as maiores prejudicadas”

Alcatroar estradas, arranjar fontanários e urbanizar espaço em frente à sede da junta são alguns dos projectos que Adão Vasconcelos tinha previsto avançar durante este mandato mas que devido à crise vão ter que ficar na gaveta à espera de melhores dias. O autarca concorda que o ditado “entrada de leão e saída de sendeiro” se aplica “perfeitamente” ao governo tendo em conta a forma como entraram “a matar” com a decisão de extinguir freguesias. O presidente da junta não concorda com a reorganização administrativa e afirma que as populações vão ser prejudicadas. “As populações rurais apoiam-se no presidente da junta para tudo. Todos nos conhecem e quando têm um problema é a quem recorrem em primeiro lugar. Não podem ‘matar’ o país sem pensar nas pessoas porque qualquer dia não existem pessoas. Há cada vez mais gente a emigrar e Portugal a definhar lentamente”, afirma. Como está reformado, Adão Vasconcelos tem a vantagem de poder tirar férias quando bem entende, mas mesmo assim confessa que são raros os dias que tira para se distrair. Em Agosto está sempre disponível uma vez que a sua freguesia tem muitos emigrantes que fazem férias nessa altura. O autarca admite que os peregrinos do concelho de Ourém estão em vantagem em relação aos demais mas garante que o mais importante não é a distância da peregrinação. E dá como exemplo a sua própria experiência. “Já fui a Fátima a pé e uma lesão que tinha no joelho agravou-se. Andei meses em massagistas para recuperar. Avisei logo a minha mulher e filhas que a partir dali quando quisessem prometer algo que não prometessem por mim porque as peregrinações para mim acabaram”, conta.

Custódio Henriques afirma que o poder político tem sido incoerente em relação à lei da reforma administrativa que prevê a extinção de freguesias e considera que vão acontecer “grandes” injustiças. “Não é aceitável que em alguns casos desapareçam freguesias com mil habitantes e noutras situações se mantenham freguesias com 600 pessoas. Isto não pode ser cortar com régua e esquadro nos gabinetes de Lisboa. É importante ir ao terreno ver a realidade”, sublinha. O autarca considera que a crise também traz oportunidades e é necessário adaptar-nos às dificuldades. Lamenta que tenham existido tempos de bonança e que não tenham sido devidamente aproveitados em prol das populações. Na sua freguesia vai ter que deixar em stand-by a requalificação da casa-museu. Apesar deste ser o seu primeiro mandato, Custódio Henriques tem o hábito de tirar férias apenas em Setembro. E este ano não vai ser diferente. “Gosto muito de receber os emigrantes e de realizar a festa do emigrante”, diz. Em matéria de Fé e com o Santuário perto, o presidente da junta recorda que, quando era criança ia todos os anos a pé ao santuário, na companhia dos amigos, agradecer por ter passado de ano ou pedir para passar no ano seguinte.

Manuel Dias concorda que o governo está mais calmo com a reforma administrativa mas teme que as coisas avancem como os membros do governo têm em mente. Se isso acontecer será, diz, muito mau para o país. Apesar de concordar que a situação do país tinha que mudar, na sua opinião o processo tem sido muito mal conduzido desde o início. Na sua freguesia as opiniões dividem-se. “Alguns não se importam que nos agreguemos a outra freguesia mas quem precisa mais do apoio da junta acha que devemos lutar para mantermos a nossa freguesia. Essa é também a minha opinião”, refere. O autarca afirma que não idealiza projectos que sabe que não pode concluir. O alargamento do cemitério é a obra mais prioritária da freguesia mas que tem condições para avançar. Manuel Dias lamenta apenas que, depois de tantas promessas, a localidade de Rio de Couros ainda não tenha saneamento básico. “Espero que avance no final do ano como prometido”, diz. Como Agosto é o mês com maior volume de laboração na empresa onde trabalha, o autarca reparte as suas férias pelo resto do ano. Por isso, quando os emigrantes estão em Rio de Couros, Manuel Dias está mais disponível para eles.

Julho é o mês de eleição de Filipe Batista para gozar as suas férias. O presidente da junta de Espite não prescinde do mês de Agosto para estar na sua freguesia, ao dispor dos emigrantes. O autarca nota, no entanto, que regressam mais os emigrantes da primeira geração. “Os seus filhos vêm visitar os familiares que cá estão mas ficam menos tempo que os pais”, diz. Entrada de leão e saída de sendeiro é um provérbio popular que, na opinião de Filipe Batista, se aplica bem ao actual governo português em relação à reforma administrativa que quer implementar. O autarca considera que as pessoas vão ser as maiores prejudicadas com a extinção de freguesias. “Faz sentido acabarem com as freguesias urbanas uma vez que as pessoas estão perto do município, agora se extinguirem as freguesias rurais estão a ‘matar’ ainda mais o interior do país. Os velhos morrem e os jovens vão embora. Daqui a uns anos não temos ninguém no interior. É a consequência desta medida”, critica. Se a sua autarquia tivesse dinheiro, Filipe Batista já tinha restaurado aquela que considera ser a pior estrada do concelho de Ourém, que liga Espite a Mata; construía uma casa mortuária com melhores condições e requalificava o edifício da escola para espaço de lazer. São projectos que não vão sair do papel, pelo menos, nos próximos tempos.


14 JUNHO 2012

Sérgio Fernandes, Presidente da Junta de Freguesia de Casal dos Bernardos

População decidiu por unanimidade agregar-se à freguesia vizinha de Caxarias A população de Casal dos Bernardos reuniu na semana passada e decidiu, por unanimidade, agregar-se à freguesia vizinha de Caxarias. Um exemplo raro no país. O presidente da junta explica que esta decisão não significa que concordem com a lei proposta pelo governo. “Ninguém na nossa freguesia concorda com a extinção de freguesias mas sabemos que a lei vai avançar e preferimos ser nós a decidir a quem nos queremos agregar do que chegar aqui alguém do governo e tomar uma decisão com a qual não concordamos”, ex-

plica, acrescentando que é a decisão mais sensata a tomar uma vez que, feitas as contas, daqui a 20 anos a freguesia ficaria reduzida a 200 pessoas e acabaria por se extinguir sozinha. Como no último mandato fizeram as principais obras, Sérgio Fernandes não tem projectos parados devido à crise. O único investimento importante que tem sido adiado por falta de verba é a construção de uma cozinha para dar apoio aos serviços domiciliários da freguesia. São cerca de 150 mil euros mais IVA mas apesar de existir um protocolo com a câmara não é possível avançar ainda com a obra. “A câmara vai pagar em cinco ou seis anos e nós não temos dinheiro para pagar ao empreiteiro e ele não pode esperar tanto tempo para receber”, justifica. Para Sérgio Fernandes, férias só no final de Agosto e início de Setembro. O mês de maior calor é para estar na junta disponível para os emigrantes que regressam à terra natal por essa altura. O autarca diz que os habitantes do concelho de Ourém que prometem ir a Fátima a pé não têm culpa que Nossa Senhora tenha aparecido ali tão perto e só lamenta que as aparições não se tenha dado no Casal dos Bernardos. “Já disse várias vezes ao presidente da junta de Fátima que trocava Nossa Senhora por toda a água que tenho aqui e que não é tão pouca como isso”, confessa, bem-disposto.

FESTAS DE OURÉM

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CÂMARA MUNICIPAL DE RIO MAIOR - EDITAL N°. 13/2012 VENDA DE VIATURAS, MÁQUINA É EQUIPAMENTOS USADOS PÔR ARREMATAÇÃO EM HASTA PÚBLICA

Isaura Maria Elias Crisóstomo Bernardino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior: Torno público que, em cumprimento da deliberação tomada em reunião ordinária da Câmara Municipal de 25 de Maio de 2012, se realizará a venda, em hasta pública, de viaturas, máquina e equipamentos usados, nos termos e condições que se passam a enunciar: 1 - Os concorrentes poderão verificar o tipo de viaturas, máquina e equipamento a alienar, que se encontram no novo estaleiro Municipal, sito na Rua da Mina do Giz, devendo para o efeito contactar o nº. de telefone 243 999 300 ou dirigir-se ao Serviço de Património do Município de Rio Maior. 2. ALIENAÇÃO 2.1- A adjudicação será efectuada à proposta que apresente o maior valor proposto para cada um dos seguintes lotes: Lote número um: Citroen Jumper (231 C72) / Ligeiro de passageiros / Matrícula n° 94-68-GF / Ano da matrícula 02/02/1996 / Cilindrada 1905 cm3 / Gásoleo Lotação 9 / Cor branco — Base de licitação: 550,00€; Lote número dois: Mitsubishi Carisma / Ligeiro de passageiros / Matrícula n° 67-46-GM / Ano da matrícula 27/03/1996 / Cilindrada 1597 cm3 / Gasolina / Lotação 5 / Cor cinzento Base de licitação: 1.000,00€; Lote número três: Volvo T S80 / Ligeiro de passageiros / Matrícula n° 93-90-MV / Ano da matrícula 03/03/1999 / Cilindrada 1984 cm3 / Gasolina / Lotação 5 / Cor cinzento — Base de licitação: 1.250,00€; Lote número quatro: Cilindro STET — Base de lidação: 15.000,00€; Lote número cinco: — 750 contadores de água para reparação - Base de licitação: 2.325,00€; 3. ENTREGA DAS PROPOSTAS 3.1- As propostas e os documentos que as acompanham deverão ser entregues, encerrados em invólucro opaco e fechado, dirigida à Sr’. Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, devidamente identificadas no invólucro exterior, com o nome do proponente e com a seguinte indicação °Proposta para a Aquisição de viaturas, máquina e equipamentos usados°. 3.2-As propostas podem ser entregues até às 16,00 horas do dia 02 de Julho de 2012, pelos proponentes ou seus representantes, no Serviço de Património, da Câmara Municipal de Rio Maior, Paços do Concelho, Praça da República, 2040-320 Rio Maior, ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de receção, desde que a receção ocorra dentro do prazo acima fixado. 3.3-Na proposta deve constar o nome, número fiscal de contribuinte, número do bilhete de identidade ou de pessoa coletiva, estado civil e domicílio ou, no caso de pessoa coletiva, a denominação social, número de pessoa coletiva, sede ou filiais que interessem à execução da hasta pública, objecto social, nome dos titulares dos corpos sociais e de outras pessoas com poderes para a obrigarem, conservatória do registo comercial onde se encontra matriculada e o seu número de matrícula nessa conservatória. 3.4-Os esclarecimentos julgados necessários, no que respeita à venda, serão prestados pelo Serviço de Património, durante o horário normal de funcionamento dos serviços. 4. ELEMENTOS DA PROPOSTA A APRESENTAR 4.1-Na proposta o concorrente manifesta a sua vontade de comprar e indica as condições em que se dispõe a fazê-lo, individualizando o preço por lote. 4.2-O preço total da proposta não incluirá o IVA, será expresso em euros, em algarismos e por extenso, sendo a este último que se atende em caso de divergência. 4.3-A proposta deve ser assinada pelo concorrente ou seus representantes. 5. ABERTURA DAS PROPOSTAS — ACTO PÚBLICO 5.1-A sessão de abertura de propostas terá lugar no auditório municipal dos Paços do Concelho de Rio Maior, no dia 03 de Julho de 2012, pelas 10,30 horas, perante uma comissão de análise de propostas, composta pelos seguintes elementos:

Presidente: Dr. Carlos Fernando Frazão Correia, Vereador; 1° Vogal: Eng. Ricardo Nuno Bento Rosário, Chefe de Divisão; 2° Vogal: Dr. Henrique Manuel Morais Granada, Técnico Superior; Suplente: Dr.a Ana Margarida Braz Caramelo, Técnica Superior. No caso de falta ou impedimento, o presidente da comissão de análise de propostas será substituído pelo vogal efectivo. 6. CRITÉRIOS DA ADJUDICAÇAO, PAGAMENTOS E LEVANTAMENTO DOS BENS 6.1-O critério de venda será o preço mais elevado por lote. 6.2- O preço base de licitação é o indicado relativamente a cada lote no ponto 2.1.. 6.3- A licitação verbal inicia-se para cada lote individualmente com base no melhor preço proposto. 6.4-O Lance mínimo para cada lote é de 50,00€. 6.5-A adjudicação será feita ao concorrente que, no acto da praça, tiver oferecido, relativamente a cada lote, o lance de valor mais elevado ou no caso de não haver licitação, a adjudicação será feita ao concorrente que tiver apresentado o valor mais elevado por carta fechada. 6.6-Não serão aceites propostas de valor inferior ao valor base de cada lote. 6.7-A venda será titulada por documento legalmente adequado e o levantamento das viaturas, máquina e equipamentos usados só poderá ser efectuado após o seu pagamento integral, sendo o mesmo em cheque ou numerário que deverá ser efectuado até 30 dias após a adjudicação definitiva dos lotes. 6.8-O arrematante satisfará, no acto público de venda 50% do valor da compra, efectuando o pagamento do restante valor após a adjudicação definitiva dos lotes. 6.9-As viaturas, máquina e equipamentos usados terão de ser retirados do local de parqueamento no prazo de 3 dias após o pagamento total, perdendo direito aos mesmos quem não o fizer. 6.10-Por valor de compra, entende-se o montante de arrematação acrescido de IVA à taxa legal em vigor, que deverá ser pago pelo arrematante, sendo para o efeito facultadas as respetivas guias de pagamento. 6.11- O adjudicatário provisório deverá apresentar os documentos comprovativos de que se encontra em situação regularizada perante o Estado Português em sede de contribuições e impostos, bem como relativamente à sua situação contributiva para com a Segurança Social, no prazo de 10 dias úteis a contar da data da adjudicação provisória. 6.12-A não apresentação dos documentos referidos na alínea anterior, por motivo imputável ao adjudicatário provisório, implica a não adjudicação definitiva do lote, ou anulação da mesma se esta já tiver tido lugar. Para além do pagamento, a validação do processo de venda obriga à apresentação das declarações válidas de não divida referentes à Segurança Social e Administração Fiscal, deste modo poderão os interessados solicitar antecipadamente esses documentos, já que, só após a sua apresentação poderá ser confirmada a adjudicação definitiva do lote ou lotes. 6.13 - A decisão de adjudicação definitiva ou não adjudicação será efetuada por Deliberação de Câmara e comunicada ao arrematante por carta registada com aviso de receção num prazo máximo de 30 dias; 6.14 - O não cumprimento integral destas condições pelo comprador, ou o não levantamento dos lotes dentro dos prazos estipulados, produzirão perda integral dos direitos adquiridos sobre os mesmos, bem como das importâncias entregues. 6.15- O Município de Rio Maior reserva-se o direito de não procederá adjudicação se verificar a existência de conluio entre os arrematantes e/ou prejuízo para o município. Rio Maior, 29 de Maio de 2012 A Presidente da Câmara Municipal, Isaura Maria Elias Crisóstomo Bernardino Morais


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