Mercado mensal de Rio Maior voltou após longos anos de interregno, o mercado mensal de Rio maior foi reactivado na segunda-feira, 16 de Janeiro. Situado num espaço central da cidade, o renovado mercado constituiu um enorme êxito quer a nível de feirantes como de visitantes e até mereceu a visita da presidente da câmara isaura morais e do vereador nuno malta. o mercado realiza-se à terceira segunda-feira de cada mês, pelo que o próximo terá lugar a 20 de Fevereiro.
Economia Especial Funerárias
19 de Janeiro de 2012
Agências funerárias modernizaram-se sem perder sentido de solidariedade e dignidade FOTO ARQUIVO O MIRANTE
Só quem nunca passou pela dor da perda de um familiar próximo é que não sabe a necessidade de ter a seu lado um agente funerário competente, solidário e de total confiança. Há famílias muito antigas que mantêm com as suas agências funerárias uma relação que ultrapassa em muito a mera relação profissional. E nas horas difíceis de perda é fundamental percebermos que a agência funerária contratada consegue sugerir e muitas vezes antecipar o que é necessário, respeitando-nos e não tirando provento da nossa fraqueza momentânea. Há algumas pessoas que tratam do seu próprio funeral ainda em vida e a maior parte das agências está preparada para isso. Mas se a hora da partida chega inesperadamente os agentes funerários estão preparados para cumprir a sua missão. Há quem tenha aprendido com os pais. Há quem tenha aprendido trabalhando com outros. E há cada vez mais acções de formação no ramo. Mas o fundamental são as qualidades humanas e ninguém consegue ter sucesso no sector se as não tiver. Funeral, burocracia, marcação de horas, publicação de avisos, informações sobre legislação, incluindo legislação sobre faltas, assistência a quem participa nos velórios, flores, ornamentos, etc, etc, etc. Os agentes funerários têm solução para tudo e quase todos estão também preparados para confortar quem sofre. É notória a eficácia, responsabilidade e alto grau de profissionalismo num sector em que o respeito por quem parte e por quem fica é factor essencial.
2 | ESPECIAL FUNERÁRIAS
Agências funerárias modernizaram-se sem perder sentido de solidariedade e dignidade Pessoas preparadas para dar as respostas adequadas numa altura de grande fragilidade emocional das famílias
19 JANEIRO 2012 | O MIRANTE
Só quem nunca passou pela dor da perda de um familiar próximo é que não sabe a necessidade de ter a seu lado um agente funerário competente, solidário e de total confiança. Há famílias muito antigas que mantêm com as suas agências funerárias uma relação que ultrapassa em muito a mera relação profissional. E nas horas difíceis de perda é fundamental percebermos que a agência funerária contratada consegue sugerir e muitas vezes antecipar o que é necessário, respeitando-nos e não tirando provento da nossa fraqueza momentânea. Há algumas pessoas que tratam do seu próprio funeral ainda em vida e a maior parte das agências está preparada para isso. Mas se a hora da partida chega inesperadamente os agentes funerários estão preparados para cumprir a sua missão. Há quem tenha aprendido com os pais. Há quem tenha aprendido trabalhando com outros. E há cada vez mais acções de formação no ramo. Mas o fundamental são as qualidades humanas e ninguém consegue ter sucesso no sector se as não tiver. Funeral, burocracia, marcação de horas, publicação de avisos, informações sobre legislação, incluindo legislação sobre faltas, assistência a quem participa nos velórios, flores, ornamentos, etc, etc, etc. Os agentes funerários têm solução para tudo e quase todos estão também preparados para confortar quem sofre. É notória a eficácia, responsabilidade e alto grau de profissionalismo num sector em que o respeito por quem parte e por quem fica é factor essencial.
Sónia Freixo - Agência O Século - Samora Correia
Há cada vez mais pessoas a tratar do seu próprio funeral enquanto estão vivas A seguir à família, os agentes funerários acabam por ser a segunda entidade onde se procura apoio no momento de enfrentar a morte de algum ente querido. A opinião é de Sónia Freixo, gerente da funerária O Século, localizada na Avenida O Século, em Samora Correia, concelho de Benavente. É preciso uma “determinada sensibilidade” para se estar à frente de uma agência funerária. “É um momento delicado, as pessoas estão muito fragilizadas e precisam de todo o apoio. Nós tentamos sempre ajudar”, conta Sónia Freixo, que tem de manter também algum distanciamento e sangue frio para conseguir prestar o serviço eficazmente. Hoje em dia, os dois irmãos e os pais que trabalham na empresa já aprenderam a lidar com a morte. “Noto que por vezes custa mais aos meus pais quando temos de tratar de um funeral de alguém muito jovem”, diz Sónia Freixo. Para além de toda a burocracia legal que é preciso tratar, tal como a cerimónia religiosa, a agência tem vindo a introduzir algumas novidades como o serviço de catering para as pessoas que passam a noite a velar o corpo nas casas mortuárias. “Sabe sempre bem terem um café para poderem tomar, dá algum conforto, especialmente quando está tudo fechado à noite”. Em Portugal, a tanatopraxia, ou seja o procedimento de preparação do cadáver para o velório para adiar a decomposição natural, não está ainda mui-
to desenvolvida. “Existem algumas técnicas de preparação que já se vão aplicando em Portugal, mas ainda estamos longe do nível que já se atingiu noutros países, onde por exemplo, já é possível reconstituir um corpo desfigurado. Cá é um processo que acabaria por encarecer muito os serviços”, o que está a crescer é o número de pessoas que querem tratar do próprio funeral ainda em vida. “Os idosos em particular não querem sentir-se um fardo para as famílias que vivem cada vez com mais dificuldades e vêm tratar do próprio funeral”, nota Sónia Freixo. A agência estabelece um contrato e o funeral pode ser pago em mensalidades. Embora a maioria pense que este negócio não se ressente com a crise, já que as pessoas continuam a morrer, a gerente explica que não é bem assim. As maiores dificuldades prendem-se com o pagamento do funeral. Nascida em 2005, a agência O Século está a ser gerida pelos dois irmãos e pelos pais. A agência O Século realiza mais funerais no concelho de Benavente embora preste serviço em qualquer ponto do país.
Carlos Sá - Agência Funerária Pacheco, Entroncamento
A nossa disponibilidade é total e as noites mal dormidas fazem parte da profissão Carlos Sá abriu há dez anos a “Agência Funerária Pacheco”, no Entroncamento, onde trabalha com a esposa, Mafalda. O casal deve ter sido um dos mais jovens do país a entrar no sector. “Um dia a Mafalda foi a casa de um cliente para tratar do funeral e quando entrou o senhor disse-lhe para não fechar
a porta porque estava convencido que ela ia acompanhada pelo pai”, conta, recordando que a esposa começou a trabalhar na agência com pouco mais de 25 anos. O agente funerário garante que, a partir do momento em que alguém entra na Funerária Pacheco, pode ter a certeza que tudo irá ser feito de molde a libertar os familiares do falecido de tudo o que possa afectar ainda mais a sua dolorosa situação. “Tratamos de tudo, dentro do que é possível fazer não nos esquecendo de confortar um pouco as pessoas no momento difícil que estão a viver. A forma como lidamos com as pessoas é muito importante”, refere, acrescentando que cada situação é diferente de todas as outras. Os proprietários da Agência Funerária Pacheco sabem que, num mercado com bastante concorrência, há que saber inovar. Por isso apostam em colocar textos diferentes nas pagelas (cartões) colocados junto ao livro de condolências para que as pessoas que se deslocam ao local de velamento possam ficar com uma recordação do falecido. “Antigamente usavam-se muito as rezas e as orações mas hoje em dia como há muita gente que não é católica praticante optamos por usar palavras reconfortantes: “Eu não estou longe/apenas estou do outro lado do caminho/ tu que aí estás segue em frente/Porque a vida continua linda e bela como sempre”, exemplifica. Carlos e Mafalda Sá confessam que, devido à profissão que escolheram, ainda ganham algumas noites mal dormidas e, quando trabalham, vestem uma espécie de segunda pele. Em relação a cerimónias marcantes, não esquecem o episódio em que fizeram um trabalho de tanatoestética (maquilhagem estética de cadáveres) tão bem feito que o elogio público causou constrangimento. “Estávamos no velório e houve uma senhora que se aproximou do
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O MIRANTE | 19 JANEIRO 2012 corpo da falecida repousado no caixão e comentou, em alta voz, que ela estava mais bonita em morta do que quando era viva.
porque mexe com os sentimentos das pessoas que estão muito fragilizadas. Mas já nos mentalizamos para este trabalho”, referem. A morte é algo que não os assusta. Qualquer falha tem um peso a triplicar e por isso os dois sócios esquecem tudo o que está à volta quando têm um funeral. “Queremos colaborar com toda a gente e que as pessoas se sintam à vontade connosco”, conclui José Serrano. Inovação, profissionalismo e bons preços são os ingredientes que apresentam no espaço que acabaram de abrir.
velar das pessoas em casa o que já não acontece hoje. Por outro lado, actualmente introduzimos o café durante o velório para criar outro tipo de conforto”. Ricardo Mendes costuma traçar um perfil psicológico das pessoas com quem lida para melhor entender o que pretendem e não as decepcionar. Alguns dos seus amigos ainda o olham com ar de espanto quando diz qual é a sua profissão mas nunca se sentiu excluído por isso. “Se calhar as pessoas olham para mim e pensam que sou de ferro mas não sei ser de outra maneira”, explica. De todas as cerimónias que realizou houve uma marcante, em que estabeleceu um laço quase umbilical com a família de um senhor que faleceu em Angola e o corpo ficou retido 15 dias a aguardar viagem. A recompensa surgiu na forma de uma carta de agradecimento, dias após o funeral. “São momentos desses que nos confortam e nos fazem acreditar que vale a pena”, atesta.
José Serrano e João Nunes - Funerária Central de Vialonga
Uma carrinha para transporte de familiares e amigos do falecido é a próxima inovação Depois de ter trabalhado numa agência funerária e ter acumulado alguma experiência, José Serrano decidiu concretizar o sonho de abrir uma agência própria. João Nunes, militar acabado de passar à reserva, foi convencido pelo amigo de infância e juntos decidiram criar o projecto de raiz. Uma casa, com uma grande recepção e armazém, localizada na rua principal que atravessa Vialonga foi o local escolhido. Pintaram o exterior de bordeaux e o interior de branco. O espaço transmite tranquilidade. “Não queríamos criar uma funerária com uma imagem pesada, como geralmente têm a maioria e por isso optamos pelo branco”, explica José Serrano. O logótipo é uma pomba que parte em direcção ao sol, já que entendem a morte como uma etapa da própria vida. A Funerária Central de Vialonga fica no número 22 da Rua Primeiro de Maio, no Cabo de Vialonga e abriu em Dezembro. Faz todos os serviços associados a funerais. Também vende uma série de imagens religiosas. Os sócios já têm algumas ideias para inovações que querem introduzir no sector. Em estudo, está a possibilidade de arranjarem uma carrinha que assegure o transporte da família e dos amigos do falecido para as cerimónias religiosas. O pagamento do serviço também pode ser realizado em mensalidades. Escolheram Vialonga propositadamente por ser uma freguesia que só possuía uma agência funerária. “A grande vantagem para a população residente é que agora já tem possibilidade de escolha”, apontam os sócios que asseguram ter preços concorrenciais muito bons. Primam pela discrição e garantem ter a sensibilidade necessária para trabalhar no ramo. “É preciso ter algum feitio para este negócio
Ricardo Mendes, 30 anos, Agência Tomarense, Tomar
Este trabalho não é para qualquer um “Nós somos a cabeça fria das famílias na altura em que nas famílias enlutadas é difícil ter a cabeça fria”. Quem o diz é Ricardo Mendes, neto de Fernando Mendes que abriu há 40 anos a Agência Funerária Tomarense, na Avenida Cândido Madureira, em Tomar. “Cresci no meio disto, praticamente. Eu sou assim, não consigo explicar”, conta quem abraçou ao sector mais seriamente desde há alguns meses, altura em que a agência foi obrigada a fazer a formação de um responsável técnico. A principal motivação prendeu-se com a possibilidade de dar continuidade a um nome que é uma referência nas agências funerárias de Tomar e de quem fala com orgulho. “Algumas pessoas ficam surpreendidas quando vêem que é um jovem que vai tratar do funeral mas basta dizer que sou o neto de Fernando Mendes para ficarem descansadas e confiarem totalmente. O meu avô é um dos meus heróis. Ele sabe que o que construiu vai ter continuidade”, conta. Habituado a lidar com a morte desde criança, Ricardo Mendes não tem dúvidas ao afirmar que a sua profissão não é para quem quer. “Nem toda a gente é capaz de fazer este trabalho que requer uma grande sensibilidade”, diz. O jovem agente funerário pretende facilitar ao máximo a vida das famílias enlutadas que o procuram e explica que o sector registou inúmeras inovações. “Há 20 anos fazia-se o
Irmãos Nuno e Leonor - Agência Funerária Xavier - Alcanede e Tremês
Perante o desgosto do falecimento de alguém próximo a maioria das pessoas não sabe o que fazer Com sede em Alcanede e dependência em Tremês a Agência Funerária Xavier, Lda, tem uma experiência de quase meio século na realização dos serviços fúnebres. Arnaldo Xavier, o fundador, apostou na actividade em 1965. Instalou a agência no local onde antes geria um negócio de móveis. São hoje os seus filhos, Nuno e Leonor Xavier, a assumirem a direcção da agência funerária com que começaram a lidar e a ambientar-se ainda bem novos. Estão onde são precisos. Os telefonemas podem chegar a qualquer hora do dia ou da noite. Trabalham maioritariamente nos concelhos de Santarém, Rio Maior e Alcanena mas sempre abertos aos serviços que possam vir de mais longe. Profissionalismo, aconselhamento e simpatia é o que a agência garante junto dos familiares que perderam algum
4 | ESPECIAL FUNERÁRIAS ente querido. O serviço é personalizado, o aconselhamento feito seja na escolha da urna, dos artigos religiosos, passando pela preparação da sala de velamento. “Noventa por cento das pessoas não sabe, à partida, o que pretende num funeral, por isso estamos cá”, diz Nuno Xavier. A par da realização dos funerais a Agência Xavier realiza ainda cremações em Lisboa e facilita serviços de exumação. Dispõe de um serviço de repatriamento para que o defunto seja enterrado no seu país de origem, e tem ligação privilegiada com consulados, médicos legistas, altos comissariados, linhas aéreas ou marítimas e autoridades legais, para agilizar esses serviços. A empresa possui duas viaturas fúnebres que costumam assegurar uma média de 150 funerais por ano. Leonor Xavier começou por colaborar no negócio do pai na retaguarda, no escritório a tratar de documentação e a receber pessoas mas, aos poucos, foi-se adaptando a todo o tipo de serviço, desde a recepção ao cliente ao enterramento. “Tive de ir encarando a realidade”, conclui, admitindo que é pouco habitual ver uma mulher na frente de um funeral.
Funerária Lopes e Benavente - Santarém
Depois de milhares de funerais posso dizer que são todos diferentes uns dos outros Na Urbanização Olival do Arame, junto à rotunda da fonte luminosa de S. Domingos, em Santarém, existe um escritório amplo, moderno e acolhedor onde está instalada a funerária Lopes e Benavente
19 JANEIRO 2012 | O MIRANTE gerida pelos sócios Carlos Lopes e Acácio Benavente. Trata-se de uma empresa moderna, com grandes tradições no concelho. Tem um serviço permanente 24 horas por dia, todos os dias do ano. Tem também um serviço personalizado e especializado, respeitando todos os credos religiosos. A sua missão é ajudar as famílias enlutadas nos momentos mais difíceis das suas vidas. Carlos Lopes começou cedo a aprender a arte dos funerais. Com dezassete anos teve o seu primeiro emprego a lavar carros de uma agência funerária. Pouco tempo depois tirou a carta e logo começou a exercer a sério. Mais tarde abriu uma agência sua em Santarém e, algum tempo depois, uma segunda agência em Fazendas de Almeirim. Hoje em dia apesar das dificuldades inerentes à profissão, não pensa mudar de ramo. “Dediquei toda a minha vida a esta profissão. Com a idade que tenho o que mais posso fazer? Só sei trabalhar nisto”, afirma o empresário, acrescentando que, “ao contrário do que parece, trata-se de uma actividade em que se ganha pouco”, tendo em conta as horas de dedicação e trabalho despendidas. Com seis funcionários, três carros funerários e outros três de apoio e todo um arsenal de equipamento que garante um serviço de qualidade e 100% português a quem procura dignidade no último adeus de um ente-querido, Carlos Lopes considera ter “a melhor agência da região”. A norma é ir ao encontro das necessidades dos clientes de acordo com as tradições e requisitos religiosos. “Trabalhamos directamente com todo o tipo de pessoas, por isso temos de identificar o tipo de família com quem estamos a lidar. A partir daí vamos desenvolvendo o nosso serviço, indo ao encontro daquilo que as pessoas querem”, explica. “Estamos sempre a aprender. Se trabalhamos cem anos nesta vida, ao fim de cem anos ainda não sabemos tudo”, conclui, explicando que nunca fez um funeral igual apesar de já ter feito milhares. Embora a sua área de actuação tenha uma maior incidência no concelho de Santarém, a funerária Lopes e Benavente assegura serviços em qualquer outro local do país, apostando sempre na inovação dos serviços.
António Vieira, José Montês e Manuel Mena - Agência Funerária Alviela
Especializados em serviços fúnebres nas freguesias rurais A Agência Funerária Alviela nasceu em Dezembro de 1954, três dias depois da noite de consoada. António Vieira tinha 21 anos e trabalhava madeiras nos Móveis Alviela. Telefonaram de Alcanena a pedir-lhe para fazer o funeral. O jovem não hesitou, montou-se na sua bicicleta pasteleira, comprada a prestações e foi a vinte quilómetros de distância comprar uma urna. Apesar de a mesma pesar 60 quilos trouxe-a na parte de trás do velocípede, amarrada com cordéis. A partir daí as encomendas para serviços idênticos começaram a chegar com frequência. A bicicleta foi trocada por uma motorizada e mais tarde por um carro. “Cheguei a ir a Amarante, onde fazem a maior parte das urnas do país, numa bicicleta a motor e a dormir em cima dela com um cordel preso ao pé para não ma roubarem”, recorda o empresário, agora com 78 anos.
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O MIRANTE | 19 JANEIRO 2012 Actualmente a Agência Alviela tem à frente, além de António Vieira, José Montez e Manuel Mena, que se juntaram ao fundador há 16 e 6 anos, respectivamente. O trabalho é repartido pelas freguesias em redor de Abrã como Amiais de Baixo, Arneiro das Milhariças, Louriceira, Monsanto, Malhou, mas a agência está sempre atenta a solicitações que possam vir de mais longe. O papel do agente funerário é o de ter uma acção psicológica junto dos familiares do falecido e ajudá-los, com respeito, nos momentos oportunos, com sociabilidade e simpatia. O aconselhamento é fundamental na escolha da urna, cujo preço varia entre 450 euros e 2.300 euros, no caso da madeira exótica mutene. Em Amiais de Baixo as famílias fazem ponto de honra que os seus entes queridos sejam enterrados com urnas de boa qualidade, como sinal de dignificação do enterramento, exemplificam. A agência possui cerca de 15 urnas em exposição e cerca de 50 em armazém. Enterramentos, cremações realizadas no cemitério dos Olivais, em Lisboa e exumações fazem parte do dia-a-dia de uma empresa com várias décadas de experiência no ramo dos serviços fúnebres.
Elisabete Santos - Agência Funerária Rainho - Entroncamento
Crescer a brincar no armazém das urnas A “Agência Funerária Rainho” abriu portas no Entroncamento há mais de 40 anos, funcionando em novas instalações, na Rua António Lucas, des-
de Abril de 2010. Era do avô materno de Elisabete Santos que, em criança, brincava entre as urnas, no armazém. A filosofia da “Agência Rainho” assenta em servir as pessoas “com calma, sobriedade e com a maior seriedade possível” visto que se trata de um serviço que é prestado num momento particularmente difícil para quem os procura. “Procuramos fazer tudo com a maior discrição uma vez que entramos em contacto directo com a vida das pessoas. Estando 24 horas à disposição de quem nos procura”, refere Elisabete Santos. A agência trata de todo o processo fúnebre não esquecendo a burocracia que se segue a seguir às exéquias fúnebres. “Fazemos um acompanhamento no sentido de ajudar e encaminhar as pessoas em relação a questões que tenham que tratar com pensões e Segurança Social. Ajudamos a preencher os impressos e até os entregamos nos locais apropriados”, acrescenta a agente funerária. Elisabete Santos refere que cada pessoa reage e encara a morte de maneira totalmente diferente. Quanto a ela diz que, desde que foi mãe, lhe é particularmente difícil fazer o funeral de uma criança. O falecimento de uma pessoa que lhe seja muito próxima também lhe faz muita confusão. É nessas alturas, “em que reage e sente como qualquer outra pessoa”. Nessas alturas não hesita em pedir ajuda. De situações curiosas recorda o facto de já terem entrado na agência algumas pessoas à procura da urna onde vão descansar na eternidade. “É contra a minha essência vender uma urna ou um caixão a alguém que está vivo. Não há necessidade de tratar da morte enquanto estamos vivos. Temos é que aproveitar a vida enquanto estamos cá. Mas respeito os desejos dos outros”, refere. Se antes tinha algum pudor em dizer que era agente funerária, actualmente até brinca com a situação e oferece boleia no carro funerário às colegas com quem trabalha na escola onde também dá aulas. “Já ouvi comentários engraçados quando vou a conduzir o carro funerário. As pessoas ficam muito surpreendidas, não só por verem que é uma mulher mas que é uma mulher mais jovem”, conta com um sorriso franco.
José Grilo - Agência Funerária José Grilo Unipessoal, Tramagal
O meu sonho sempre foi ficar à frente de uma agência funerária José Grilo trabalha no ramo funerário há 23 anos mas por sua vontade tinha começado mais cedo. Foi sozinho que criou a empresa em nome individual, junto ao Largo da Igreja, em Tramagal, no concelho de Abrantes, cujo lema passa por servir bem e respeitar a dor de cada um, não esquecendo a palavra de conforto num momento tão doloroso. “Sou natural da Chamusca e quando tinha os meus 15 ou 16 anos quis ficar à frente de uma agência mas era muito jovem e não tive o apoio do meu irmão mais velho que não acreditou nas minhas capacidades”, recorda. Depois de cumprir o serviço militar e estar sete anos “exilado” em França regressou para “cair” na Metalúrgica Duarte Ferreira, em Tramagal, onde exerceu a profissão de electricista. Em 1984, quando
6 | ESPECIAL FUNERÁRIAS a empresa começou a vacilar decidiu retomar o antigo sonho de abrir uma agência funerária. Lidar com mortos nunca foi um problema. “Eu apareci nos Bombeiros Voluntários da Chamusca, a convite de Júlio da Conceição Moreira, comandante na altura, e foi a partir daí que comecei a lidar com a morte uma vez que, na altura, se afogavam muitas pessoas no Tejo. Tive um ano em que tirei 16 corpos do Tejo e das Lagoas”, recorda. José Grilo considera que muita coisa mudou ao nível de exigências por parte dos órgãos governamentais. “Somos mais exigentes ao nível da preparação dos corpos, nas capelas e os serviços são mais bem organizados”, atesta. Para o nosso interlocutor é uma desvantagem ser agente funerário num meio pequeno e ver partir aqueles com quem convive diariamente. “Nestes meios somos uma família. Tive aqui um caso de um jovem, falecido num acidente de moto junto aos correios. Na noite anterior à sua morte tínhamos estado a beber um copo e a brincar um com outro onde eu lhe disse que eu é que o levava à cova e, no outro dia, levei-o mesmo. Foi duro”, refere. Mas um dos serviços que mais o marcou foi o funeral que fez a uma menina de doze anos que via todos os dias e, sempre que o via, dizia para a mãe: “Olha, lá vem o grilo dos mortos”.
Sérgio Neves - “Hoje & Sempre”, Riachos -Torres Novas
Dispositivo electrónico nas campas para dar toda a informação sobre a mesma
19 JANEIRO 2012 | O MIRANTE Sérgio Neves, 35 anos, abriu em 2008, em Riachos - Torres Novas, a empresa “Hoje e Sempre”, detentora da marca Jazicampa, trabalhando em tudo o que esteja relacionado com a prestação de serviços em cemitérios, só não fazendo funerais. Desde o serviço de coveiro, à gestão e manutenção do cemitério, construção de ossários e composição fúnebre de mármores e granitos. Filho de um coveiro e ex-encarregado do cemitério municipal de Torres Novas, foi sozinho que começou esta empresa “quase por brincadeira” mas a crescente procura levou-o a ter que arranjar três colaboradores que se movem diariamente pela região em duas carrinhas de caixa aberta. “Actualmente já prestamos serviço em 36 cemitérios e temos pré-acordo com alguns da zona de Lisboa e já saiu da ideia para o projecto a criação de um cemitério privado “, recorda. Para Sérgio Neves lidar com a morte é bastante natural considerando, no entanto, que é diferente fazer um funeral de alguém conhecido que morre repentinamente do que alguém que já estava numa fase terminal. Trabalhar sob o espectro da morte não lhe tira o sono. “Trato a morte por tu. Se tiver que fazer uma viagem a qualquer parte do país ou estrangeiro tenho que visitar o cemitério local”, atesta. Atento à evolução do sector, o empresário está a introduzir novidades na “Hoje & Sempre”. Para além de colocar à disposição uma linha de campas a baixo custo, graças ao facto de serem produzidas em série, Sérgio Neves revela que a empresa vai passar a colocar um dispositivo electrónico nas campas, em granito ou em mármore, que permite à pessoa ou entidade que está a gerir o cemitério identificar quem está ali sepultado, quem são os familiares ou se o alvará está em dia. Se pudesse mudar alguma coisa na actual legislação não permitia a realização de funerais aos sábados, domingos e feriados uma vez que sente na pele o que é trabalhar sem quaisquer horários. Depois de um dia intenso de trabalho, gosta de descontrair e juntar-se aos funcionários
e amigos, para beber uma cerveja. O humor é essencial para este jovem empreendedor. Mesmo que seja humor negro: “Mandei fazer uns isqueiros da marca Jazicampa que, para além do nome da empresa tem nas costas a frase “Vá fumando que eu vou esperando”, conta bem-disposto.
Mário Conceição, agência funerária Campeão, Santarém
Desde a morte da mãe que encara a profissão com outros olhos
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O MIRANTE | 19 JANEIRO 2012 Mário Conceição lida diariamente com a morte há 43 anos mas foi desde que perdeu a mãe, há 12 anos, que passou a encarar a profissão com outros olhos. Foi o funeral mais difícil, conta sem esconder a emoção. Diz que é sempre difícil lidar com as pessoas que perdem entes queridos mas depois de se perder uma mãe tudo muda. “Enquanto não me bateu à porta correu tudo bem. Quando a minha mãe morreu todo o rochedo se partiu. Nunca mais fui a mesma pessoa. Estava convencido que estaria preparado para a sua morte mas não estava. Hoje, muitas vezes, nem sei o que hei-de dizer porque não existem palavras que confortem”, refere. O empresário começou a trabalhar no ramo aos 22 anos na agência funerária do sogro, no Cartaxo. Ganhava 1200 escudos por mês. Entretanto, foi convidado para trabalhar no Tribunal do Cartaxo, onde ganhava mais 200 escudos. Aceitou, mas continuou a trabalhar com o sogro. Na altura, participava nas autópsias aos corpos enquanto funcionário judicial, tomava apontamentos para os relatórios médicos. Quando os médicos iam embora, Mário Conceição ficava com os colegas da funerária para lavar e vestir o morto e realizar o funeral. O destino levou-o a trabalhar na agência Campeão em Santarém. Em 1978 comprou-a ao antigo dono. O empresário faz um balanço positivo dos 33 anos e realça “grandes” amizades que construiu ao longo de mais de três décadas e o “reconhecimento” de muitos clientes. “Sinto-me honrado em contar, por exemplo, o episódio de uma senhora a quem fiz inicialmente o funeral da irmã e que, mais de 20 anos depois, ela veio propositadamente de Loulé [Algarve] a Santarém para eu lhe mudar as ossadas da irmã e dos pais, que estavam em Lisboa, para Loulé”, conta. Lamenta que os três filhos não dêem continuidade ao negócio. Diz que o mais difícil num funeral, muitas vezes, é a burocracia dos papéis que tem de tratar.
rua, alertava-a: “Não te esqueças, antes da urna descer à terra quero cinco litros de vinho despejados na cova”. Outro queria um lanche e outro ainda queria ir para o caixão como veio ao mundo. Manuela cumpriu todos estes desejos. A empresária, 63 anos, trabalhou durante mais de duas décadas numa fábrica de curtumes, onde era seleccionadora de peles. A agência funerária começou pela mão do avô do marido que foi passando de geração em geração. Quando o marido ficou à frente da Agência Funerária Henriques, a esposa começou a ajudá-lo. O momento mais difícil desta sua experiência foi a morte, inesperada, do marido há cerca de cinco anos. Confessa que nessa altura pensou desistir. Valeram-lhe os amigos que não a deixaram tomar essa decisão. Ainda hoje agradece-lhes o apoio todo que lhe têm dado. Também as mortes da mãe e da sogra - que morreu numa altura em que Manuela Henriques estava junto dela - foram outros momentos marcantes. Apesar de já ter muita experiência na sua actividade profissional garante que continua a ser “complicado” fazer funerais. O momento mais difícil é quando está perto da família enlutada.
Fernando Figueiredo, Agência Funerária Dom Fernando, Santarém
Quer construir mini complexo funerário na zona de Santarém Foi a necessidade que levou Fernando Figueiredo a procurar emprego numa agência funerária. Fazia
Manuela Henriques, agência funerária Henriques, Alcanena
Últimos desejos das pessoas devem ser realizados Manuela Henriques gosta de realizar os últimos desejos das pessoas que antes de morrerem lhe confessaram como queriam que fossem os seus funerais. Um senhor, sempre que encontrava a empresária na
segurança no Hospital Distrital de Santarém e nas antigas instalações da Raret, em Glória do Ribatejo [concelho de Salvaterra de Magos] quando ficou desempregado. Um ex-colega contou-lhe que fazia uns funerais para uma agência e, quando surgiu a oportunidade, Fernando Figueiredo agarrou-a com unhas e dentes. Trabalhou por conta de outrem durante 25 anos até que há cerca de seis anos decidiu abrir uma empresa por conta própria. Diz que foi o melhor que podia ter feito. O seu próximo objectivo é construir um mini complexo funerário que vai contemplar duas capelas, florista e as instalações da empresa. O terreno já foi comprado, agora só falta avançar com a obra. Confessa que não foi fácil adaptar-se a todo o processo relacionado com os funerais. Na sua opinião é preciso muita sensibilidade e honestidade com os clientes que estão mais fragilizados. Diz que lida bem com os mortos. Já fez autópsias e embalsamentos. Faz-lhe mais confusão assistir a uma cirurgia ou ver alguém a sofrer. O que custa mais é, depois de vestir uma criança que morreu, chegar a casa e, na manhã seguinte, vestir os filhos da mesma idade. “É impossível não fazermos uma associação e pensarmos que os nossos filhos também ser vítimas de uma tragédia”, afirma. O empresário diz que quem trabalha nesta profissão é mais cauteloso, por exemplo, a conduzir na estrada. “Temos mais noção que podemos morrer do que as outras pessoas porque lidamos diariamente com a morte. Assistimos a tanta coisa todos os dias que sabemos que a mínima distracção pode ser fatal”, realça. Além dos funerais do avô e do pai há um funeral que fica marcado na memória de Fernando Figueiredo. “A criança tinha dois anos e era deficiente. Várias pessoas, incluindo eu, andamos a angariar tampinhas para adquirir uma cadeira de rodas para o menino. Pouco tempo depois de ter recebido a cadeira de rodas faleceu. Foi muito duro encarar essa morte”, recorda. Fernando Figueiredo garante que não há funeral que não faça. Quer as pessoas tenham ou não dinheiro. Recentemente realizou o funeral de uma pessoa que estava por enterrar há dois meses. “Tem que haver boa vontade”, conclui.
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19 JANEIRO 2012 | O MIRANTE memória foi a de uma criança, de quatro anos, que o pai matou acidentalmente durante uma viagem de automóvel. Os funerais mais difíceis que fez até hoje foram os da família, sobretudo os dos pais. “O facto de morrerem com bastante idade podemos ficar mais confortados porque pensamos que é a lei da vida mas é sempre muito complicado. É uma dor muito grande”, sublinha.
Fernando Tomé, marmorista, Alpiarça
Gabriel Bento, Agência Funerária Bento & Lucas, Chamusca
Fez questão de construir as campas do pai e do irmão
“Funerais da família são sempre os mais complicados”
Fernando Tomé fez questão de ser o próprio a criar as campas do seu pai e irmão já falecidos. Marmorista de profissão fazer campas por medida é o seu ofício. As do pai e do irmão foram especiais e ocuparam-lhe algum tempo. “Não tinha nada de especial em mente. À medida que ia fazendo ia decidindo e alterando como achava que ficava melhor. Tem sempre um ou outro pormenor especial porque as pessoas também me são muito especiais”, refere, acrescentando que é “sempre difícil” colocar o nome e foto de um ente querido numa campa. O empresário começou a trabalhar o mármore por acaso. Quando terminou os estudos, aos 15 anos, e decidiu começar a trabalhar, não sabia bem que rumo seguir. Começou por aprender a fazer tacos para chão mas, em conversa de amigos, disseram-lhe que quem laborasse em mármore nunca tinha falta de trabalho. Fernando Tomé ouviu os sábios conselhos. Trabalhou muitos anos numa empresa em Almeirim onde aprendeu os segredos da profissão. Era raro o dia em que não ficava a desenvolver a técnica de trabalhar o mármore após as horas de trabalho. “Queria aprender como se fazia, como se moldava a pedra na perfeição. Começava a desenhar no mármore e nem dava pelas horas passarem”, conta, acrescentando que é necessário gostar desta profissão para as coisas resultarem. Com o passar dos anos percebeu que podia começar a trabalhar por conta própria tendo inaugurado a sua empresa, que funciona no espaço contíguo à sua casa em Alpiarça, há cerca de 13 anos. O marmorista conta que actualmente as pessoas preferem as campas cada vez mais simples, mas há uns anos não era assim. “Normalmente as pessoas queriam o desenho de um objecto que representasse a sua profissão. Cheguei a fazer uma guitarra, motas ou colheres de pedreiros”, diz. Fernando Tomé explica que esta é uma profissão dura e exigente e, talvez por isso, diz, não exista muita gente a querer trabalhar nela. Com a ajuda de um funcionário e um carrinho são eles que transportam a pedra e colocam o produto final nas campas.
A Agência Funerária Bento & Lucas surgiu de uma brincadeira. Gabriel Bento trabalhava numa empresa de moagem e possuía uma camioneta de transporte. Um dia um senhor de uma agência funerária pediu-lhe a camioneta emprestada para realizar um funeral. Gabriel acabou por ajudar no funeral e no final ainda lhe foi proposto que comprasse a agência funerária. O empresário ficou entusiasmado com a ideia mas desistiu depois de conversar com a esposa. Mas o ‘bichinho’ não morreu. Em conversa com o actual sócio falou-lhe da proposta que lhe tinham feito e, em conjunto, decidiram avançar com um projecto que se tornou o projecto das suas vidas. Os primeiros tempos ainda trabalharam com o antigo dono. “O senhor costumava fazer um funeral por ano, connosco ainda fez dois ou três”, conta bem-disposto. Gabriel Bento confessa que custa sempre realizar um funeral. O facto de trabalhar numa vila onde toda a gente se conhece faz com que os funerais sejam sempre de pessoas conhecidas e amigos. Trabalhar neste ramo é uma questão de hábito. Ao início arrepiava-se sempre que tinha que entrar num cemitério durante a noite, agora já é uma coisa banal. Os funerais mais complicados continuam a ser os dos jovens. “Nunca estamos à espera da morte de alguém jovem. A primeira ideia, mesmo que inconsciente, é pensar que pode acontecer o mesmo aos nossos filhos. São situações muito complicadas”, refere. Uma autópsia - das centenas a que assistiu - que guarda na
Carlos Pimentel e Lucinda Marques - Agência Funerária Marques e Pimentel - Foros de Salvaterra
Fizemos formação em psicologia do luto para estarmos melhor preparados A Agência Funerária Marques e Pimentel é uma empresa familiar gerida por Lucinda Marques e Carlos Pimentel, marido e mulher. A filha, Cláudia, também ajuda sempre que é preciso. O negócio começou há 29 anos quando um agente funerário pediu ajuda a Carlos Pimentel para fazer uns ‘fretes’. Mais tarde, foi-lhe proposto comprar a agência funerária e foi assim que tudo começou.
ESPECIAL FUNERÁRIAS | 9
O MIRANTE | 19 JANEIRO 2012 Lucinda tinha 23 anos e Carlos 26. Os empresários confessam que ainda hoje é difícil a profissão que escolheram. “Esta actividade exige muito respeito e é preciso muita calma uma vez que nem todos reagem da mesma maneira”, explica Lucinda Marques. Apesar de lidarem diariamente com a morte não significa que estejam melhor preparados quando esta lhe bate à porta. Lucinda Marques ainda hoje se emociona ao recordar a morte, inesperada, do filho aos 18 anos, vítima de um aneurisma. “Depois de perder um filho o trabalho é ainda mais difícil”, refere. Entre Dezembro de 2010 e Maio de 2011 fizeram formação para lidar com o luto, na disciplina de Psicologia do Luto que ambos consideraram importante para conseguirem lidar ainda melhor com os clientes. “Esta é uma fase complicada na vida das pessoas e temos que ter muita sensibilidade”, afirma. Actualmente possuem também três lojas de flores. Lucinda Marques faz um balanço positivo das quase três décadas de actividade profissional. Apenas lamenta que neste ramo não haja mais união. “Existe muita falta de respeito entre colegas. Mui-
TÉCNICO SOLAR Climatização e Fotovoltaico Empresa especialista na área de energias renováveis pretende contratar colaborador (m/f) com experiência nas áreas de climatização e de solar térmico. Características preferenciais: • Facilidade de trabalho em equipa e de adaptação a novos métodos de trabalho • Facilidade e predisposição para adquirir novos conhecimentos • Facilidade em ultrapassar novas situações e em trabalhar sob pressão • Carta de condução de ligeiros A resposta ao anúncio deve incluir C.V. e ser enviada por email para svx.rec.humanos@gmail.com
ta competição sem necessidade nenhuma para que isso aconteça. O mais importante é respeitarmos o cliente e a sua dor”, sublinha.
A empresa surge no mercado em Junho de 2011, com sede em Pernes, herdando a tradição familiar de Manuel Gardão que, em miúdo, acompanhou o pai que era coveiro e, mais tarde, o seu sogro, coveiro em Azóia de Baixo. Aos serviços de abertura de covas e limpeza de terreno, levantamento de pedras, exumação de cadáveres e aprofundamento de covais, a Scalcovas disponibiliza agora de um catálogo de venda de campas. “É uma oportunidade que estamos a lançar de vender este material, seja de granito, mármore ou outro. Fazemos a gravação de letras, colocação de fotografias e outros objectos e podemos acordar com o cliente fazer a sua manu-
TRIBUNAL JUDICIAL DE SANTARÉM 3º JUIZO CÍVEL
ANÚNCIO O MIRANTE — ANO XXIV Nº1020 - 19-01-2012 - 1ª PUBLICAÇÃO
Manuel Gardão e Olga Rosa - Scalcovas - Pernes
Empresa aposta na venda de campas e adquiriu recentemente uma máquina para escavar Scalcovas - Serviços Funerários, Lda., tem mais um cemitério a seu cargo. O contrato com a Junta de Freguesia do Pombalinho, Santarém, foi assinado esta quarta-feira para a abertura de covas no cemitério local. É mais um ponto da região onde a empresa, gerida por Manuel Gardão e Olga Rosa, apresenta o seu emblema e mostra o que vale, estando ainda em negociações com outras autarquias locais. A empresa aposta cada vez mais que autarquias locais e os municípios contratem serviços especializados como a da Scalcovas.
Processo: 1812/07.0TBSTR-A Incumprimento das Responsabilidades Parentais Requerente: Paula Alexandra Trindade Augusto Requerido: Hendrikus Gerardus Maria Van Den Berg Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, notificando Requerido: Hendrikus Gerardus Maria Van Den Berg, domicilio: Rua das Arroteias, Casais da Barroca, 2005-079 Romeira - Santarém, com última residência conhecida -na(s) morada(s) indicada(s) para no prazo de 5 dias, decorrido que seja o
dos éditos, alegar,querendo, o que tiver por conveniente, nos termos e para os efeitos do art° 181° n°2 da OTM. com a cominação de não o fazendo se considera confessados os factos. O duplicado da petição inicial encontra-se nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso. Passei o presente é mais dois de igual teor para serem afixados. Santarém, 11-01-2012 O Juiz de Direito, Liliana Matias Braz O Oficial de Justiça, Paula Esteves
10 | ESPECIAL FUNERÁRIAS tenção”, realça Manuel Gardão. Para melhor trabalhar num meio como é um cemitério e para optimizar tempo e recursos a Scalcovas investiu na compra de uma escavadora mini-giratória, uma Terex TC16, que permite fazer o trabalho de dois homens na escavação de covas. “Poupa-se muito tempo, até para deixar o local envolvente tão limpo quanto o encontrámos”, garante o empresário. Manuel Gardão trabalhou para juntas de freguesia durante 11 anos, trabalhou em nome individual durante três anos e finalmente estabeleceu-se em parceria com Olga Rosa.
19 JANEIRO 2012 | O MIRANTE para esperarmos pelo dinheiro que vem da segurança social”, revela. O sonho de criar uma agência funerária começou como uma brincadeira durante um almoço de convívio com uns amigos numa tarde de 1992. A ideia começou a ganhar forma e o sonho tornou-se realidade. O primeiro ano não foi fácil. António Mendes só conseguiu realizar quatro funerais em Vialonga. “Geralmente as pessoas procuram empresas já com currículo e é muito difícil uma pessoa implantar-se”, revela. Não desistiu e hoje realiza perto de 15 funerais por mês, sendo uma funerária bastante reconhecida no meio. A maior parte dos funerais acabam mesmo por ser fora de Vialonga. Em relação ao futuro, António Mendes acredita que o negócio passará pela cremação. Mesmo as pessoas de idade já mostram interesse na cremação. “Não é preciso comprar lápide, flores ou ir com regularidade limpar a campa. Os mais novos também já não frequentam muito os cemitérios”, conclui.
António Mendes - Agência Funerária de Vialonga
Há cada vez mais pedidos de cremação Há já 20 anos que António Mendes tem a Agência Funerária de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira. O director técnico encarou sempre a morte como uma realidade, mas continua a custar-lhe os funerais dos mais jovens. Acredita que o futuro passará pela cremação. “É claro que também me custa a morte dos mais idosos, mas estes ao contrário dos mais novos já viveram uma vida”, nota. O trabalho no ramo é sensível, já que se trabalha com sentimentos e por isso o director técnico também encontra muitas dificuldades. “As pessoas estão num momento de dor profunda e às vezes é muito complicado gerir toda a situação. Não aceitam aquilo que dizemos”, refere António Mendes, que mesmo nos casos mais complicados prima por encontrar sempre as soluções que deixem os clientes satisfeitos. A empresa, garante, faz a diferença no tratamento que estabelece com os clientes. Muitas vezes são mesmo chamados a dar apoio psicológico, mas a equipa possui formação no ramo. Embora as pessoas continuem a morrer, o negócio também está em crise. “O problema não é realizar funerais, mas receber depois os respectivos pagamentos, especialmente quando as pessoas pedem
conta. A experiência não foi decisiva mas levou Nuno a avançar. Hoje, com 30 anos, refere que o facto de ser uma pessoa jovem a trabalhar neste negócio da morte até lhe traz vantagens quando, por exemplo, tem que tratar de cerimónias com pessoas da sua idade. A lidar com a morte há 11 anos, Nuno Tavares diz que, apesar de ser assolado com alguns pensamentos, tem a boa sorte de dormir com facilidade. “A única coisa que ainda não encaro muito bem é ganhar dinheiro com a desgraça dos outros. Mas alguém tem que fazer este trabalho”, refere. A família, os animais, o cão Max, a aquariofilia e os desportos motorizados são o seu escape. Abrir uma agência funerária num meio mais pequeno faz com que os serviços sejam procurados, normalmente, por pessoas que já têm referências positivas sobre o seu modo de trabalhar. “Ajudamos não só a organizar as cerimónias fúnebres como também esclarecemos e tratamos de todos os procedimentos burocráticos”, complementa. Atento à evolução do sector, Nuno Tavares refere que a sua agência funerária se empenha com rigor na ornamentação da capela, distribuindo pagelas de última recordação da pessoa falecida, que ficam disponíveis para quem as queira levar, prestando ainda um serviço de catering, gratuito, a todos os presentes. O serviço que mais o marcou foi o do funeral de um feto com 7 meses. “Foi a primeira vez que me deparei com um acontecimento destes.
PEDROSO LEAL Nuno Tavares, 30 anos, Funerária “Tavares e Manso” , Cardigos Mação
“Não gosto de ganhar dinheiro com a desgraça dos outros mas alguém tem que fazer este trabalho” Servir os clientes com empenho, contribuindo para que o momento de perda de um ente querido se torne menos doloroso é o lema da agência Funerária “Tavares e Manso” que abriu em Cardigos, no concelho de Mação, em Maio de 2001. Trata-se de um negócio iniciado aos 19 anos por Nuno Tavares, filho de uma enfermeira e de um taxista, que não quis estudar mais e tirou um ano sabático para aproveitar a vida antes de se lançar no mercado de trabalho. “Não tinha ideias de abrir uma agência funerária mas o meu pai, que já tinha pensado nisso há 27 anos mas não avançou por hesitação da minha mãe, mandou-me ir assistir a funerais durante três meses para ver se tinha estômago para isto”,
AGENTE DE EXECUÇÃO - ANÚNCIO
O MIRANTE — ANO XXIV Nº1020 - 19-01-2012 - 1ª PUBLICAÇÃO
N.º do Processo: 824/08.0 TBALQ Alenquer - Tribunal Judicial - 1º Juízo Exequente:Banco Comercial Português, S.A. Executado(s):Maria Fatima Oliceira Semedo Cabral e outros Valor:84.494,58 € Referencia interna: PE/5192/2008 ANTÓNIO MANUEL PEDROSO LEAL, Solicitador / Agente de Execução, cédula 2198, com Escritório na Rua da Fábrica nº15 r/c Esq., em Torres Novas; FAZ SABER, que nos autos acima identificados, se encontra designado o dia 06 de Fevereiro de 2012, pelas 13h45, no Tribunal Judicial de Alenquer, para abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do imóvel abaixo indicado, pertencente à executada supra referenciada. Valor base: 66.214,29 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor
de 46.350,00 €, correspondente a 70% do valor base (Artº. 889º, nº 2 do CPC) IMOVEL A VENDER FRACÇÃO AUTÓNOMA, designada pela letra O, situado na Praceta Diogo Lopes Sequeira, lote nº 66, correspondente ao 6º andar esquerdo, destinado a habitação, do prédio urbano constituído em propriedade horizontal, inscrito na matriz sob o artigo 1338, Fracção O, da freguesia de Carregado, descrito na Conservatória do Registo Predial de Alenquer sob o nº 62/19850502, Fracção O. Valor Patrimonial: 51.426,53 euros. Os proponentes, deverão juntar à sua proposta, onde deverá constar a sua identificação completa e indicação da respectiva residência, um cheque visado, à ordem do Solicitador de Execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor, como caução. 11-01-2012 O Agente de Execução Pedroso Leal Cédula Profissional: 2198
ASSOCIACAO HUMANITARIA DE BOMBEIROS VOLUNTARIOS DO ENTRONCAMENTO
EDITAL
MARIO OLÍMPIO CLEMENTE FERREIRA. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Entroncamento: CONVOCA, para cumprimento do disposto no ponto 3, do art. 70° dos Estatutos, os Senhores Associados a reunir em AssembleiaGeral Eleitoral, na Sede Social, à Rua Brigadeiro Lino Dias Valente, n° 16, no dia 31 de Janeiro de 2012, das 20h00 às 24h00, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Único: Eleição dos Membros da Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal para o triénio 2012-2014. Entroncamento, 17 de Janeiro de 2012. O Presidente da Assembleia Geral (MÁRIO OLÍMPIO CLEMENTE FERREIRA).
ESPECIAL FUNERÁRIAS | 11
O MIRANTE | 19 JANEIRO 2012 Marcou-me também pela dor que vi naqueles pais uma vez que já era o segundo filho que perdiam daquela forma”. E também já viveu de perto uma peripécia que não esquece, quando, à hora marcada para o funeral, passaram-se 40 minutos e o padre não aparecia. “Foi difícil falar com ele telefonicamente, porque não tinha rede mas lá se conseguiu resolver o problema. O padre tinha-se esquecido. Afinal todos somos humanos”, atesta.
DF SANTARÉM - DGCI SERVIÇO DE FINANÇAS DE CORUCHE - 2011
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VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.° da Venda: 2011.2011.226 - Predio Urbano registado sob oa artigo 803 da Freguesia de Santana do Mato, destinado á habitaçãc sito em Rua 25 de Abril 47 - Santana do Mato2100 Coruche, com a Area de Implantação do Edificio 131,1500m2, Area Bruta de construção 237,3000m2, Area Bruta dependente 131,1500m2 e Area bruta privativa 106,1500m2 tem o VPT de €50.610,00. O bem encontra-se descrito na CRP de Coruche sob a ficha n° 297. Teor do Edital: Carlos Manuel Ferreira de Sousa, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças CORUCHE-2011, sito em RUA 25 DE ABRIL -QUINTA DO LAGO, CORUCHE, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.° e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.° 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) OLINDA MARIA CARLOTA RELVAS, residente em SANTANA DO MATO, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.°/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 201112-27 e as 10:55 horas do dia 2012-03-12 O valor base da venda (250.° CPPT) é de €35.427,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados’, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.
O prazo para licitação tem início no dia 2012-02-26, pelas 10:55 horas, e termina no dia 2012-03.12 às 10:55. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.° da portaria n.° 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, á ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.°/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.°/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239º/2 e 242.°/1 CPPT), contados da 2.° publicação (242º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240°/CPPT). Identificação do Executado: N.° de Processo de Execução Fiscal: 2011200701013793 (e apensos) NIF/NIPC: 147299039 Nome: OLINDA MARIA CARLOTA RELVAS Morada: R 25 DE ABRIL 47 - SANTANA DO MATO O Chefe de Finanças, Carlos Manuel Ferreira Sousa
TRIBUNAL JUDICIAL DE ABRANTES DF SANTARÉM - DGCI SERVIÇO DE FINANÇAS DE SARDOAL - 2097
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N.º da Ve n d a : 2097.2011.41 - Serv. Finanças SARDOAL - [2097] Prédio Rústico, sito em “Cova da Jana”, inscrito na matriz cadastral da freguesia de Mação, concelho de Mação, sob o Artigo 41, Secção BD, com a área total de ha 3,940000 ; Composto de mato e com o valor patrimonial de €100,23. Descrito na Conservatória do Registo Predial de Mação, Freguesia de Mação, sob o nº 1559/1992101 O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 1.655,00. O prazo para licitação tem início no dia 2012-03-05, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2012-03-20 às 10:00. N.º da Ve n d a : 2097.2011.43 - Serv. Finanças SARDOAL -[2097] Prédio Rústico sito em “Horta da Ribeira”, inscrito na matriz cadastral da freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, sob o Artigo 45, Secção Q, com a área total de ha 0,880000; Composto de construção rural, pinhal, olival, cultura arvense em olival e leito de curso de água; com o valor patrimonial de €156,44. Descrito na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, Freguesia de Santiago de Montalegre, sob o nº 138/19880607 O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 1.848,00. O prazo para licitação tem início no dia 2012-03-05, pelas 11:00 horas, e termina no dia 2012-03-20 às 11:00. Teor do Edital: Almerinda da Conceição Falcão Penteado Pombo Alves, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças SARDOAL-2097, sito em RUA BIVAR SALGADO 64, SARDOAL, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, dos bens acima melhor identificados, penhorados ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processos de execução fiscal. É fiel depositário o Sr AUGUSTO OLIVEIRA JORGE, residente em SANTIAGO DE MONTALEGRE, o qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-12-19 e as 19:00 horas do dia 2012-03-19.
As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, a Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 2097200301500015 (e apensos) NIF/NIPC: 123853702 Nome: AUGUSTO OLIVEIRA JORGE Morada: - SANTIAGO DE MONTALEGRE A Chefe do Serviço de Finanças Almerinda da Conceição Falcão Penteado Pombo Alves
3º JUÍZO
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Processo: 454/10.7 TBABT Interdição / Inabilitação Requerente: Maria do Rosário Duarte Dias Gonçalves Interdito: Manuela do Rosário Duarte Dias Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, em 21/04/2010, a acção de
Interdição/Inabilitação em que é requerido Manuela do Rosário Duarte Dias, com residência em Rua da Roda, Nº 9, Montalvo, 2250-000 CONSTÂNCIA, para efeito de ser decretada a sua interdição. Abrantes, 23-04-2010 A Juiz de Direito Dr(a). Luís Roque A Oficial de Justiça Alexandra Antunes Belfo
TRIBUNAL JUDICIAL DE SANTARÉM 1º JUIZO CÍVEL
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Processo: 171/1994 Execução Ordinária Exequente: Caixa do Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Executados: Manuel Martins Carvalho e Virgínia Saldanha Santos Júnior A Mm° Juiz de Direito Dra. Cidalina de Sousa de Freitas, do 1° Juízo Civel - Tribunal Judicial de Santarém: Faz saber que correm éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados aos executados abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do anúncio. Bens penhorados: TIPO DE BEM: Outro direito DESCRIÇÃO: Penhora do direito e acção na herança
ilíquida e indivisa aberta por óbito de Ana Bernardina Domingos que também usava Ana Maria, casada que foi com Libério Martins Carvalho sob o regime de comunhão geral de bens. PENHORADO EM: 0809-2010 PENHORADO A: EXECUTADOS: Manuel Martins Carvalho, Documentos de identificação: BI - 2005475. NIF -112403654. Endereço: Rua 1° de Maio, Foros de Benfica, 2080-000 Benfica do Ribatejo e mulher Virginia Saldanha Santos Júnior, casados no regime de comunhão geral de bens, Documentos de identificação: BI- 6865015, NIF 112403670. Endereço: Rua 1° de Maio, Foros de Benfica, 2080-000 Denfica do Ribatejo Santarém, 12-12-2011 O Juiz de Direito, Dr(a). Cidalina de Sousa de Freitas O Oficial de Justiça, António Duarte
PEDROSO LEAL AGENTE DE EXECUÇÃO - ANÚNCIO
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N.º do Processo: 904/09.5 TBTMR Tomar - Tribunal Judicial - 1º Juízo Exequente:Banco BPI, S.A. Executado(s):Marcio Dinis do Rego Cabral e outros Valor:73.636,40 € Referencia interna: PE/8028/2009 ANTÓNIO MANUEL PEDROSO LEAL, Solicitador / Agente de Execução, cédula 2198, com Escritório na Rua da Fábrica nº15 r/c Esq., em Torres Novas; FAZ SABER, que nos autos acima identificados, se encontra designado o dia 8 de Fevereiro de 2012, pelas 9h30, no Tribunal Judicial de Tomar, para abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do imóvel abaixo indicado, pertencente ao executado supra referenciado. Valor base: 81.428,50 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 57.000,00€, correspondente a 70% do valor base (Artº. 889º, nº 2 do CPC) IMOVEL A VENDER PRÉDIO URBANO, situado em Ceras, Alviobeira, casa de
rés do chão e 1º andar para habitação, com a área coberta de 124,50 m2 e logradouro com 275,50 m2, confronta de norte com António dos Santos, sul com José Henriques Faria, nascente com Estrada Municipal e poente com herdeiros de Florêncio Alcobia, inscrito na matriz sob o artigo 450, freguesia de Alviobeira, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tomar sob o nº 1430/20071106. É fiel depositário o executado Márcio Dinis do Rego Cabral, com residência na Estrada Nacional 110, nº 34, em Ceras, que o mostrará a quem se mostrar interessado. Os proponentes, deverão juntar à sua proposta, onde deverá constar a sua identificação completa e indicação da respectiva residência, um cheque visado, à ordem do Solicitador /Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do valor anunciado para a venda do bem ou garantia bancária no mesmo valor, como caução, nos termos do artigo 897º nº 1 do CPC. 11-01-2012 O Agente de Execução Pedroso Leal Cédula Profissional: 2198