Módulo Ser Encarregado - Estação Acção

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Módulo Ser Encarregado Estação Acção



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“ A confiança no potencial do Ser Humano e em sua vontade de desenvolver-se é o fundamento das Concepções Filosóficas da Odebrecht.” Norberto Odebrecht


AVANTE EDUCAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL Conselho Técnico Gestão Institucional Thereza Marcílio Linha de Formação de Educadores e Tecnologias Educacionais Rita Margarete Santos Linha de Formação para Mobilização e Controle Social Ana Oliva Linha de Formação para o Trabalho Fabiane Brazileiro Comunicação Institucional Andréa Fernandes Administrativo Financeiro Maria Célia Falcão Coordenação Módulo Ser Encarregado Fabiane Brazileiro Assistente de Projecto Jane Dias

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Elaboração Técnica Andréa Luz Carolina Duarte Fabiane Brazileiro Fabíola Bastos projecto gráfico e editoração Iansã Negrão e Rex • Santo Design Ilustrações e Capas Rodolfo Carvalho Ilustrações técnicas Módulo Acção Kátia Viégas Especialista Técnico Módulo Acção Antonio Duarte revisão Técnica Módulo Acção Equipe Odebrecht


Estação Acção

Angola, 2014



Sumário 1

Apresentação

3

Para que serve um projecto?

5

Por que é importante saber ler e interpretar um projecto?

6

Como reconhecer os elementos que compõem um projecto?

8

Para que servem as convenções e símbolos usados em um projecto?

Quais os desenhos que compõem um projecto arquitetônico?

25

O que são projectos complementares? 3 1

Quais os elementos que compõem um projecto?

38

Qual a função das legendas nas plantas? 42

O que é uma escala?

Por que realizar a análise crítica de um

44

projecto?

47

Como realizar a locação de uma obra?

49

O que é topografia?

55

O que são projectos de detalhamento?

58

Para que serve o planeamento físico da obra?

59

Como ler um projecto estrutural?

63

O que é uma bitola de aço?

65

Para que calcular volumes de concreto de formas de peças estruturais?

66

Por que organizar um canteiro de obras? 70

Qual a importância do estudo do solo antes de iniciar uma obra?

3

22

Do que é composta uma planta de cobertura?

2

13

71

Para que servem as fundações de uma obra?

74

Quais os principais tipos de concreto?

83

O que é alvenaria?

85


Para que servem os revestimentos?

Quais as etapas de execução de um

85

revestimento completo de argamassa? 86 •

Qual a importância da pintura numa obra?

88

Por que a impermeabilização é importante para a vida útil de uma edificação?

Quais os tipos de pisos mais usados na construção civil?

94

Como executar escavações?

96

Como instalar uma esquadria?

98

Por que é importante compreender as

4

88

instalações hidro-sanitárias?

101

O que é eletricidade?

107

Para que serve o diagrama unifilar?

107

Do que é composto um circuito elétrico?

108

Para que serve a simbologia de elementos de um projecto elétrico?

109

O que são comandos elétricos e quais seus principais tipos?

112

legenda dos ícones teo

planeamento

pergunta

amplie seus conhecimentos

atenção

saiba mais

atividades

dica de gestão

memória


Apresentação “ A confiança no potencial do Ser Humano e em sua vontade de desenvolver-se é o fundamento das Concepções Filosóficas da Odebrecht.” Norberto Odebrecht

A Organização Odebrecht acredita que o propósito da educação pelo trabalho se dá pela promoção do desenvolvimento integral do ser humano. Desta forma o Programa Acreditar Angola, apresenta o Módulo SER Encarregado destinado aos integrantes que querem aperfeiçoar os conhecimentos sobre as competências e habilidades de um Mestre de Obra. Este Módulo, que iniciou a partir da sinergia, criatividade e inovação entre o Programa Acreditar e o Projecto de Aproveitamentamento Hidrelétrico de Cambambe agrega aos temas fundamentais ligados a Sustentabilidade, as Relações Laborais e a TEO, temas específicos que permeiam a rotina laboral dos Mestres que conduzem as actividades nos canteiros da Odebrecht Angola. O Módulo SER Encarregado está estruturado em Estações denominadas:, Trabalho, Vida e Acção. A didáctica escolhida é caracterizada pela flexibilidade e interdisciplinaridade, o que permite maior sinergia entre a formação e o trabalho, portanto entre a teoria e a prática. O Módulo foi elaborado para ser desenvolvido em uma carga horária média de 40 horas sendo flexível a realidade/necessidade de cada ambiente/cliente. O material está organizado em três (3) Estações Temáticas: Estação Trabalho: aborda temas relevantes à vida profissional e pessoal dos integrantes, tais como Psicologia do Trabalho, TEO (focado na relação lider e liderado) e Trabalho e Organização (Direitos e deveres do trabalhador). Estação Vida: aborda temas relacionados à Saúde, Segurança do Trabalho e Meio ambiente numa abordagem interdisciplinar e contextualizada com o cenário de Sustentabilidade implementado pela Odebrecht. Estação Acção: englobando Qualidade no Trabalho (ISO), Leitura e Interpretação de Projecto, Produtividade, Noções Básicas de informática (Internet, Word, Excell); Todas as Estações são entremeadas por actividades teórico práticas, estudos de caso extraídos de experiências reais da Odebrecht, vivências e simulações, visitas técnicas, além de actividades de Língua Portuguesa e Matemática para o fortalecimento da formação integral do Encarregado.

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Os Módulos estão organizados por temáticas e unidades de estudo (que compõem as temáticas). O trabalho pedagógico parte do levantamento de conhecimentos prévios; e, em seguida, apresenta situação problema para confrontar o que se sabe individualmente, com as idéiais da turma e das informações do Módulo, para que assim construam o conhecimento desejado. Para fortalecer a aprendizagem, ao longo do Módulo existem ícones que orientam as diferentes acções a serem desenvolvidas e delimitam o foco de cada etapa.

4


1 •

Para que serve um projecto?

Por que é importante saber ler e interpretar um projecto?

Como reconhecer os elementos que compõem um projecto?

Para que servem as convenções e símbolos usados em um projecto?

Quais os desenhos que compõem um projecto arquitetônico?

Do que é composta uma planta de cobertura?


O que são projectos complementares?

Quais os elementos que compõem um projecto?

Qual a função das legendas nas plantas?

O que é uma escala?

Por que realizar a análise crítica de um projecto?

Como realizar a locação de uma obra?

O que é topografia?

O que são projectos de detalhamento?

Para que serve o planeamento físico da obra?


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Para que serve um projecto?

Sem um projecto arquitetônico em mãos você conseguiria construir uma casa? Por quê?

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Um projecto é um conjunto de desenhos técnicos, chamados de plantas, que representam graficamente uma obra. Através da interpretação dessas plantas é

possível construir. O projecto pode ser considerado como uma das principais ferramentas de trabalho de um profissional da construção.

Por que é importante saber ler e interpretar um projecto?

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Um projecto arquitetônico é o processo pelo qual uma obra de arquitetura ou de edificações é concebida. É considerado a parte escrita de um projecto. O projecto arquitetônico é essencial para se fazer qualquer construção. A representação gráfica de um desenho de um projecto arquitetônico é normalmente regulamentada por um conjunto de normas interna-

cionais. Porém, cada país costuma possuir suas próprias versões das normas. Por essa razão, é importante que antes do início de uma obra de edificações a equipa responsável pela sua execução conheça em detalhes o projecto do que será executado, a fim de evitar riscos, gastos e retrabalhos.


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De acordo com o texto, geralmente cada país possui sua própria versão das normas para a elaboração de um projecto arquitetônico. Pesquisa quais são as normas usadas em Angola e registra as que considera importante para compartilhar com o grupo.

7 Tens dúvidas ao ler as plantas que compõem um projecto arquitetônico? ǺǺ Sim ǺǺ Não Se a resposta for sim, escreve as suas dúvidas e depois converse com o grupo


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Como reconhecer os elementos que compõem um projecto?

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Elementos do desenho O desenho arquitetônico apresenta-se principalmente através de linhas e superfícies preenchidas (tramas). Nele, estão representadas duas entidades distintas: o próprio desenho e o conjunto de símbolos,

cotas, signos e textos que o complementam. As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes e seções e as elevações.

Traços do desenho Existe uma enorme variedade de tipos de traçado, porém os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e

devem contrastar uns com os outros. Observe a tabela de uso dos traços:


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linha

denominação

aplicação

continua larga

contornos visíveis arestas visíveis

contínua estreita

linhas de intersecção, imaginárias, linhas de cotas, linhas auxiliares, linhas de chamadas, hachuras, contornos de seções rebatidas na própria vista, linhas de centros curtas

limites de vistas ou cortes parciais, ou contínua estreita à mão interrompidas se o livre limite não coincidir com linha, traço e ponto esta linha se destina a desenhos contínua estreita em confeccionados por zigue–zague máquinas contornos não visíveis tracejada larga e arestas não visíveis contornos não visíveis tracejada estreita e arestas não visíveis traços e pontos linha de centro, linhas estreitos de simetria e trajetórias traço e ponto estreita larga nas planos de corte ex tremidades e na mudança de direção indicação das linhas traço e ponto larga ou superfícies com indicação especial

traço dois pontos estreita

contornos de peças adjacentes, posição limite de peças móveis, linhas de centro de gravidade, cantos antes da conformação e detalhes situados antes do plano de corte

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Tipos de traços Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em: • Traço contínuo: São as linhas comuns. Traço interrompido: Representa • um elemento de desenho

"invisível" (ou seja, que esteja além do plano de corte). Traço-ponto: Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de corte.

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Categorias de linhas Num desenho de um projecto, geralmente há uma hierarquização das linhas definida através do diâmetro da pena (ou do grafite) utilizada para executá-las. Tradicionalmente usam-se quatro espessuras de pena: • Linhas complementares lapiseira 0,3. Usada basicamente para registrar elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção,

• •

etc. Linha fina Lapiseira 0,5. Usada para representar os elementos em vista. Linha média Lapiseira 0,7. Usada para representar os elementos que se encontram imediatamente a frente da linha de corte. Linha grossa Lapiseira 0,9. Usada para representar elementos especiais, como as linhas indicativas de corte


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Tramas Os elementos que em um desenho de um projecto arquitetônico estão sendo cortados aparecem delimitados com um traço de espessura maior no desenho. Além do traço

mais grosso, esses elementos podem estar preenchidos por um tracejado ou trama. Cada material é representado com uma trama diferente.

Linhas de cota São a representação gráfica das dimensões no desenho técnico de um elemento, através de linhas,

símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. Elementos gráficos para representação de cotas.

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Podemos dividir os desenhos arquitetônicos em dois grupos: Desenhos preliminares de apresentação São estudos feitos por meio de esboços que começam a dar forma ao projecto. Têm o objectivo de trazer uma representação real do projecto de uma edificação. São constituídos de plantas, elevações, desenhos

perspectivos com representação de figuras humanas, árvores, edifícios adjacentes para servir como escala de referência. Nessa fase ainda não estão contidos dados estruturais. Desenhos para execução Nessa fase são incluídas as plantas, elevações e fachadas, cortes e acabamentos.


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Vocabulário e normas básicas de construção e desenho de arquitetura: • • • • •

Peitoril altura do chão ao início da janela. Pé-direito altura do chão até a laje. Cumeeira ponto mais alto da cobertura. Planta vista obtida após a retirada do plano de secção olhando de cima para baixo; Corte vista obtida após a retirada da parte anterior ao plano de secção olhando de

frente; Breeses e marquises elementos construtivos que impedem a entrada de radiação solar direta no interior da construção; Vigas e pilares elementos estruturais responsáveis pela sustentação da construção através da distribuição das forças e transmissão até o alicerce da construção.

Elabora uma frase com as palavras desenho, planta e obra para explicar o que é um projecto arquitetônico.

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Por que o projecto arquitetônico é importante na construção de uma obra?


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Numere os elementos que compõem um projecto arquitetônico de acordo com suas características.

1. Elementos do desenho

ǺǺ

as plantas, os cortes e seções e as elevações

2. Traços do desenho

ǺǺ

contínuo, interrompido e traçoponto

3. Principais categorias do desenho

ǺǺ

linhas e superfícies preenchidas (tramas)

Encontre palavras relacionadas à construção e ao desenho de arquitetura no caça-palavras: peitoril, pé-direito, cumeeira, planta, corte, breeses, marquizes, vigas, pilares.

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Para que servem as convenções e símbolos usados em um projecto?


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Convenções e símbolos Servem para facilitar o entendimento do profissional que irá executar o projecto. Serve também para que qualquer pessoa que represente os

elementos do projecto da mesma forma, seguindo normas e convenções gráficas.

Representação gráfica de pisos numa planta baixa

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Representação gráfica de equipamentos hidráulicos

1. 2. 3. 4. 5.

vaso sanitário lavatório balcão com pia tanque chuveiro

1

2

15 3

4

5


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H= 200

Paredes As paredes internas de uma edificação são representadas com espessura de 15 cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Para paredes externas o recomendado é a representação de 20 cm de espessura. Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente.

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Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem as paredes que existem e as que serão demolidas ou acrescentadas. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:


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Portas Representação de porta interna — ­ Geralmente na comunicação entre dois ambientes residenciais não há diferença de nível, ou seja, possuem a mesma cota.

Planta Corte Representação de porta externa Na comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) existem cotas diferentes, ou seja, há uma diferença de nível, pois o piso externo é mais baixo.

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Planta

Corte

Nas casas de banho a água não deve alcançar a parte inferior da porta ou passar para o ambiente vizinho. Para que isso aconteça, impedindo o inconveniente de transbordo de água da casa de banho para o cômodo vizinho, usa-se uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta razão as portas de sanitários são desenhadas como as portas externas.


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Imagens de representação de portas

Abrir/Pivotante Eixo Lateral

De Correr Externa/Interna

Janelas O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m. Estas são representadas conforme a figura, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis.

ra rgu La

tal

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riz

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n

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de

ela

Jan

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Altura

Pa

o aix al ab ont de oriz e r Pa no H pla do

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ta on

Peitoril

riz Ho no a l P

130

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Pivotante Eixo Central

Parede

Janela

Parede abaixo do plano Horizontal

Largura x Altura Peitoril


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Cota altimétrica É uma referência de nível determinada pelo projetista para estabelecer as elevações dos níveis pré- fixados nas plantas baixas.

Em uma obra que tinha casas de banhos, os pedreiros esqueceram de deixar uma diferença de cota nos pisos e demoliram paredes que deveriam ser conservadas. Por isso, o Líder sugeriu que na próxima obra fosse elaborado um cartaz. Agora é com você! Elabore, em dupla, um cartaz alertando os pedreiros sobre o que não pode ser esquecido ao analisarem e execcutarem um projecto.

Planeamento do cartaz

O que será informado?

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Como será informado?

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Onde será afixado o cartaz?

Qual o tamanho e o tipo de letra ideais para o cartaz? Explica.


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Um Líder combinou com sua equipa que uma determina obra estaria pronta em 185 dias de trabalho. Consulta um calendário e indica a data de previsão de conclusão da obra, levando em consideração que a equipa não trabalha aos domingos e a obra foi iniciada no dia 6 de junho de 2014?

Quantas horas de trabalho serão necessárias para construir esta obra, levando em consideração que a equipa trabalha 8 horas por dia?

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Quais os desenhos que compõem o projecto arquitetônico?


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Desenhos que compõem o projecto arquitetônico O projecto relativo a qualquer obra de construção, reconstrução, acréscimo e modificação de edificação, constará, conforme a própria natureza da obra que se vai executar, de uma série de desenhos. São eles: • Plantas cotadas de cada pavimento, do telhado e das dependências a construir, modificar ou sofrer acréscimo. Nessas plantas devem ser indicados os destinos e áreas de cada compartimento e suas dimensões; • Desenho da elevação ou fachadas voltadas para vias públicas. Num lote de meio de quadra é obrigatória a representação de apenas uma fachada. No caso de lote de esquina é obrigatória a

• • •

representação de pelo menos duas fachadas; A planta de situação em que seja indicada a posição do edifício em relação às linhas limites do lote; Orientação em relação ao norte magnético; Indicação da largura do logradouro e do passeio, localizando as árvores existentes no lote e no trecho do logradouro, postes e outros dispositivos de serviços de instalações de utilidade publica; Cortes longitudinal e transversal do edifício projectado. No mínimo representam-se 2 cortes, passando principalmente onde proporcione maiores detalhes ao executor da obra ou dos projectos complementares.

B

CORTE

PLANO VERTICAL

A

B B

A A

CORTE

AB

CORTE

BA

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A Planta Baixa é um corte transversal à edificação, a uma altura de 1,50m. Através da planta baixa, podemos visualizar os ambientes que compõe o projecto. É composta por alguns itens: • Paredes • Janelas • Portas

• • • • • • • • •

Cotas Cotas de nível Projeções Indicação dos cortes Indicação do norte Escada Rampas Pergolados Espelho d’água

Plantas baixas


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Planta baixa com layout

Do que é composta uma planta de cobertura?

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A cobertura ou vista superior é um dos tipos de planta ou projecção sobre o plano horizontal. É a parte superior da construção e serve para proteger contra o sol e a chuva. É usada para transmitir a forma geral do teto, representando todos os elementos do telhado do ponto de vista externo. As coberturas são constituídas por uma ou mais superfícies que podem

ser planas, curvas ou mistas, entretanto as planas são as mais utilizadas. Essas superfícies (planos) são denominadas “água”, e conforme o seu número, temos o telhado de uma água (vulgarmente conhecido como alpendres ou meia-água), os de duas, de três, de quatro, etc.


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Beirais São parte da cobertura que avançam além dos alinhamentos das paredes externas. Faz o papel das abas de um chapéu: protege as paredes contra as águas da chuva. Geralmente tem largura em torno de 60 cm à 1.00m.

Platibandas São a construção das paredes externas com o objectivo de esconder as coberturas. Caso a cobertura seja projectada com telhas de alumínio, fibrocimento, aços e outras telhas longas o suporte desse telhado poderá ser necessário o uso de “tesouras” (armações com os elementos destinados a suportar as cargas e inclinações das telhas)


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Elementos que compõem uma cobertura

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Calhas ou rincões São elementos destinados a captar águas pluvias provenientes das coberturas e conduzí-las através de dutos verticais até as caixas de areia.

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Toda cobertura deve ter uma inclinação. Ao se projectar um telhado devemos consultar do fabricante as especificações de seu produto, tais como as inclinações máximas e mínimas. Chama-se “inclinações da cobertura” o ângulo formado pelos planos das coberturas com horizonte. Ele é geralmente uniforme em todo o telhado. Pode ser diverso, caso a planta seja irregular. Se a inclinação for uniforme ela pode ser definida pela relação entre a altura e a largura da cobertura.


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Cumeeira ou cumieira é um divisor de águas horizontal. Espigões são também divisores de água, porém inclinados e as calhas, rincões ou águas furtadas são receptores de águas inclinadas.

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Ao projectar uma cobertura é importante lembrar de algumas práticas: 1. As cumeeiras são linhas paralelas a uma direção das paredes e perpendicular a outra direção. 2. Os espigões formam ângulos de 45º com as projeções das paredes e partem dos cantos externos. 3. Os rincões ou calhas formam ângulos de 45º com as projeções das paredes e partem dos cantos internos.


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Por que são usados convenções e símbolos em um projecto?

Para que serve uma planta de cobertura?

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Descreva as principais características das partes de um telhado: Beirais

Platibandas


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Calhas ou rincões

Cumeeira

31 Espigões

O que são projectos complementares?


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São projectos que auxiliam o projecto arquitetônico para a execução da obra. São os hidrosanitários, elétricos, infraestrutura e superestrutura. Exemplos de projectos complementares são projectos de escadas e rampas. A escada é o elemento de uma construção que possibilita a comunicação entre dois pontos de alturas diferentes por meio de degraus e patamares. As escadas são constituídas por: • Degraus são compostos por pisos + espelhos; • Pisos pequenos planos horizontais que constituem a escada; • Espelhos planos verticais que

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unem os pisos; Patamares pisos de maior largura que sucedem os pisos normais da escada, geralmente ao meio do desnível do pé direito, com o objectivo de facilitar a subida e o repouso temporário do usuário da escada; Lances sucessão de degraus entre planos a vencer, entre um plano e um patamar, entre um patamar e um plano e entre dois patamares; Guarda-corpo e corrimão proteção em alvenaria, balaústre, grades, cabos de aço ou outros, situada na extremidade lateral dos degraus para a proteção das pessoas que utilizam a escada.

Representações dos tipos de escadas


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Detalhes de um corrimão

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O dimensionamento de escadas deve seguir as normas regulatórias de cada país, uma vez que existem padrões específicos para cada

localidade. É importante atentar para essas normas durante a execução de um projecto de escadas. Aqui consultamos a NBR


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9077 (Saídas de Emergência em Edificações) e a NBR 9050/2004 (Norma de Acessibilidade): As rampas, diferentemente das escadas, podem se constituir meios de circulação verticais acessíveis a todos, sem exceção. Por elas podem circular pedestres, idosos, cardíacos, pessoas portadoras de deficiências motoras, usuários de cadeiras de rodas, mães com carrinhos de bebês, ciclistas,

skatistas etc. Entretanto, para que elas possam ser de fato, utilizadas pela maior gama possível de pessoas, é preciso seguir as normas de acessibilidade. A inclinação das rampas deve ser calculada segundo a seguinte equação: c = h x 100 e i = h x 100 i c i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal.

dimensionamento de rampas

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Inclinação admissível em cada segmento de rampa

Desníveis máximos de cada segmento de rampa

Número máximo Comprimento máximo de cada de segmentos segmento sem de rampa patamar

I %

h m

n

c

5,00 (1:20)

1,50

sem limite

30,00m

5,00 (1:20) < i = 6,25 (1:16)

1,00

sem limite

19,20m

6,25 (1:16) < i = 8,33 (1:12)

0,80

15

16,00m

8,33 (1:12) = i < 10,00 (1:10)

0,20

4

10,80m

10,00 (1:10) = i = 12,5 (1:18)

0,075

1

7,50m

Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que atendam integralmente à tabela, podem ser utilizadas inclinações superiores a 8,3% (1:12), mas até no máximo 12,5% (1:8).


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A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A largura livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m. Em edificações existentes, quando a construção de rampas nas larguras indicadas ou a adaptação da largura das rampas for impraticável, podem ser executadas rampas com largura mínima de 0,90 m com segmentos de no máximo 4,0 m, medidos na sua projeção horizontal.

Destalhes de rampa

1,50

CC

1,50

1,50

Vista Superior

h h h h h

Vista Lateral Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,3% (1:12) e o raio mínimo de 3,0 m, medido no perímetro interno à curva, conforme figura abaixo.

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No início e no término da rampa devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m, além da área de circulação adjacente. Os patamares situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da rampa.

Vista superior

Rampa de cadeirante

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Explica o que são projectos complementares.

Um exemplo de projecto complementar é o projecto de escadas. Lista as partes que compõem a construção de uma escada.

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Para que servem as rampas? Pesquisa se elas são obrigatórias em todas as construções.


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Regista as normas de construção das rampas que você considera mais difíceis de serem lembradas no momento de execução da obra.

Quais os elementos que compõem um projecto?

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Cada projecto é composto por uma série de elementos. Dentre eles estão:

Sondagem A sondagem é uma verificação dos horizontes geológicos (tipo de solo) onde será executada a obra, a fim de observar todas as dificuldades e facilidades para a execução desta.

Planta de Locação É a orientação do posicionamento da obra em relação a determinado ponto ou lugar. É a planta do terreno onde será executada a obra.


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Planta de situação É onde a obra será executada dentro do terreno previamente escolhido.

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Planta baixa É o desenho das informações básicas do projecto, como por exemplo, as cotas horizontais, localização dos espaços internos e externos, dos materiais de acabamento, do mobiliário, instalações elétricas e hidrosanitárias, fundações e etc.


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Planta de Cortes As informações não representadas na planta baixa, assim como as medidas verticais e outros detalhes (inclinação de telhados, pé direito, elevação de escadas...) estão representadas nessa prancha.

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Alçados São desenhos dos detalhes e aspectos finais da obra, que dão uma noção de como ficará a construção quando estiver pronta. Nela consegue-se visualizar todo o conjunto arquitetônico da construção.

Planta de Urbanização Representa os detalhes de acabamentos externos, como por exemplo, as áreas permeáveis e os jardinamentos, ou seja, a área verde do projecto.

Plantas de Instalações São várias pranchas de projectos, onde se encontram


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os detalhes de instalações elétricas, hidrosanitárias, pluviais, de telefonia, incêndio e lógica da obra.

Memorial Descritivo É um caderno onde estão descritos todos os detalhes de materiais e especificações que serão utilizados na obra.

Meça o ambiente em que está e registe abaixo as medidas encontradas.

Altura (m)

Largura (m)

Parede a Parede b Parede c Parede d

Calcula a área do ambiente utilizando as medidas coletadas

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Construa uma planta baixa do ambiente. Use as medidas que encontrou para ter uma noção do tamanho de cada parede.

Existem vários tipos de plantas e cada uma tem uma função específica. Considerando que em uma obra são usadas várias plantas é importante conhecer todas! A partir desse conhecimento relaciona a primeira coluna com a segunda.

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1. Planta de Urbanização

ǺǺ

Apresenta os detalhes das instalações elétricas

2. Plantas de Instalações

ǺǺ

Apresenta os detalhes de acabamentos externos

3. Planta de Cortes

ǺǺ

Apresenta os detalhes e aspectos finais da obra, dão uma noção de como ficará a construção quando estiver pronta.

4. Planta de Fachada

ǺǺ

Apresenta as medidas verticais e detalhes como: inclinação de telhados, pé direito, elevação de escadas.

Qual a função das legendas nas plantas?


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A legenda é uma espécie de etiqueta (carimbo ou quadro) que fica posicionada no canto inferior direito da planta e fornece informações muito importantes sobre o desenho do projecto. As normas para elaboração de projectos sugerem o tamanho máximo que a legenda deve ter. Porém, o tamanho dela pode ser influenciado pela quantidade de informações necessárias ao desenho que está sendo feito. O conteúdo mínimo de uma legenda é: 1. Designação e emblema da

2.

3. 4. 5.

6. 7. 8.

empresa que está elaborando o projecto ou a obra. Nome do responsável técnico pelo conteúdo do desenho, com sua identificação (inscrição no órgão de classe) e local para assinatura. Local e data. Nome ou conteúdo do projecto. Conteúdo da prancha (quais desenhos estão presentes na prancha). Escalas adotadas no desenho e unidade. Número da prancha. Áreas (construída, terreno).

De acordo com o texto, indique os dados da legenda. Utiliza a mesma numeração do texto.

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Considerando as informações sobre uma legenda, destaque no texto: • Com cor vermelha o que é uma legenda. • Com cor verde onde fica localizada a legenda na planta. • Com cor azul as informações sobre o tamanho de uma legenda. • Com cor amarela o conteúdo de uma legenda.

O que é uma escala?

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Escala é uma representação gráfica dos tamanhos e dimensões de um projecto. É também a relação que indica a proporção entre a medida do desenho e a dimensão real do objeto. Exemplo: Numa escala 1:5, deve-se pegar a medida real a ser representada e dividi-la por 5. Se um objeto possui 1 metro de tamanho real, converte-se para centímetros e depois divide-se esse tamanho por 5 (100 centímetros divididos por 5). Isso dá um resultado de 20 centímetros.

Assim, o desenho do objeto que possui 1 metro (100 centímetros) de tamanho real, será representado no papel por um desenho de 20 centímetros. Para que seja feita uma escala utiliza-se um instrumento chamado escalímetro. O escalímetro tem a forma de um prisma triangular e contém seis escalas diferentes. O seu uso permite que sejam feitos desenhos em escalas reduzidas ou ampliadas.


Estação Acção

As escalas mais utilizadas são: • Escala 1:1 / 1:2 / 1:5 / 1:10 Detalhamentos em geral; • Escala 1:20 / 1:25 Ampliações de áreas molhadas (cozinhas, casas de banho) • Escala 1:50 É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas baixas, cortes e fachadas de projectos arquitetônicos • Escala 1:75 Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra – maior dificuldade de proporção • Escala 1:100 Opção para plantas baixas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50. Usada em plantas de situação e

• •

• •

paisagismo e também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes Escala 1:125 Para estudos ou desenhos que não vão para a obra Escala 1:200 / 1:250 Para plantas baixas, cortes e fachadas de grandes projectos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano Escala 1:500 / 1:1000 Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia Escala 1:2000 / 1:5000 Levantamentos aerofotogramétricos, projectos de urbanismo e zoneamento

Em geral, na construção civil as escalas mais usadas são: 1:20; 1:50, 1:100; 1:2000 Utilize as medidas tiradas da sala de aula e faça a proporção entre a medida do desenho e a dimensão real do objeto utilizando a escala 1:50. Nesta actividade faça uso do escalímetro.

Medida real (dimensão real do objeto)

Medida do desenho

45


Estação Acção

Construa novamente a planta baixa da sala onde está utilizando uma esca-

46

la. Agora, usando as medidas encontradas, construa uma maquete. Utiliza caixas de papelão, folhas de papel, tesouras, cola, para a realizar a atividade.


Estação Acção

Por que realizar a análise crítica de um projecto?

Analisar criticamente um projecto é fazer uma avaliação geral do seu desenvolvimento, levando-se em consideração os requisitos planeados, tendo como objectivo a identificação de possíveis problemas. É também avaliar se o projecto é coerente com a solicitação do cliente. É trabalhar para garantir que a execução da obra siga não somente as normas arquitetônicas, mas também as normas ambientais, técnicas, legais, sociais e estéticas. Um projecto e seu desenvolvimento devem ser acompanhados durante todas as suas etapas, para que não se corra o risco de no final, se descobrir problemas graves! Quando problemas são identificados e solucionados ainda na fase inicial do projecto evita-se custos e possíveis danos aos clientes e equipa que trabalhará na construção. Um projecto deve ser dividido em fases bem definidas, para que sejam realizadas análises criticas sistêmi-

cas. Assim, à medida em que cada fase é cumprida, deve-se parar e verificar se o planeado para cada fase foi atendido. Exemplo: Imagine que uma construtora vai construir um edifício. O que aconteceria se depois da edificação pronta, se descobrisse que o terreno foi mal demarcado e parte do edifício está no terreno do vizinho? É para evitar problemas como esse que existe a Análise Crítica de Projectos. De acordo com as normas reguladoras, algumas verificações devem acontecer ao final de cada etapa da construção: • Demarcação do terreno; • Terraplanagem; • Alicerce; • Estrutura; • Telhado; • Tubulações; • Instalação elétrica; • Acabamento; • Entrega.

47


Estação Acção

Ao final de cada uma dessas fases, uma reunião deve ser feita e a fase seguinte somente é iniciada com a apresentação de determinadas evidências de que a fase anterior foi concluída com êxito. Em cada uma dessas fases, podem existir falhas e desvios. É importante registrar como os problemas foram resolvidos para documentar as lições aprendidas. Regista alguns problemas que podem surgir na obra e dê sugestões de como podem ser resolvidos.

48 Problema

Resolução


Estação Acção

Como realizar a locação de uma obra?

Localização ou locação de uma obra é a transferência dos dados e medidas de um projecto arquitetônico para o local (terreno) onde a construção será executada. Esse processo deve ser realizado com muita atenção, para que essas medidas sejam as mais confiáveis possíveis, para que não ocorram erros ou retrabalho na execução do projecto. Para que haja um bom trabalho de locação, é importante observar alguns aspectos: • Local da obra limpo e livre de vegetação;

• • • •

Utilizar os instrumentos de medidas em perfeito estado de conservação (uma trena, por exemplo, não pode estar emendada!); Estar com os projectos de implantação e locação da obra; Ter anotado nos desenhos as escalas, cotas e medidas; Ter o RN (Referencia de Nível); Ter as ferramentas para a marcação, como por exemplo, serrotes, martelos, pregos, pontaletes de madeira, linhas e outros; Ter uma equipa bem qualificada.

Etapas para a execução da Locação Para o início de qualquer obra devemos ter o cuidado se seguir algumas etapas preliminares para o bom andamento da mesma. 1ª Etapa Sondagem. É a fase de reconhecimento do tipo de terreno e de subsolo onde a fundação da construção será ancorada. 2ª Etapa Movimentação de terra. Nessa etapa devemos seguir os níveis locados e dimensões horizontais e verticais da implantação do projecto arquitetônico bem como de infra-estrutura e superestruturas. Nessa fase se observa ainda a necessidade de aterros ou cortes de terreno. 3ª Etapa Montagem do Gabarito. É a marcação feita no terreno, antes do início das obras, que serve para se colocar as posições corretas das fundações e pilares, para que a partir daí, sejam levantadas as paredes. Os materiais usados para o gabarito são bem simples: ripas de madeira, estacas, pregos e martelo.

49


Estação Acção

Exemplo de gabarito

50

Para a execução do gabarito, deverão ser cravados no solo estacas alinhadas e distanciadas de 1,50m a 2m e em seguida serão pregados em nível os sarrafos ou tabeira de madeira. O gabarito deverá estar afastado da obra de 1,5m a 2m da construção. A tabeira deve estar devidamente esquadrejada nos seus respectivos ângulos com o uso de esquadros. Posteriormente deve-se fazer sobre o sarrafo as marcações dos alinhamentos através de pregos, observando o eixo das cotas das estruturas.

Marcação com sarrafo de madeira


Estação Acção

Quando a distância entre os lados opostos de um gabarito é muito grande, devem ser executados gabaritos intermediários. As condições climáticas também precisam ser consideradas, pois ventos fortes e chuvas podem interferir na marcação.

4ª Etapa Execução dos projectos de infra-estruturas e superestruturas. Nessa etapa serão alocadas e executadas as fundações, que são as infra-estruturas para suporte das cargas imprimidas pelas superestruturas (paredes, vigas, pilares...) conforme os projectos de fundações e projectos estruturais.

Nessa fase o projetista e o executor devem estar atentos a locação e execução das instalações básicas de hidro-sanitária, drenagem e águas pluviais. Utilizando palitos de picolé, cola, uma folha de isopor e linha, construa a maquete de um gabarito considerando a planta baixa dada:

51


Estação Acção

52


Estação Acção

Se para a execução de um gabarito retangular deverão ser cravados no solo estacas alinhadas e distanciadas de 1,5m² a 2m², quantas estacas serão necessárias na construção deste gabarito para uma área de 20m² com 5 de comprimento e 4 de largura? Lembre-se que o gabarito deverá estar afastado da obra de 1,5m.

1,5m²

20m²

53


Estação Acção

Ângulo vértice do ângulo. A abertura do ângulo é uma propriedade invariante e é medida em radianos ou graus.

Ângulo é a região de um plano concebida pelo encontro de duas semi-retas que possuem uma origem em comum, chamada

semi-reta

vértice

ângulo

semi-reta

54

Observa a imagem do triangulo retângulo destacada. Assumindo que a soma dos ângulos de um triângulo é sempre 180º e que um dos ângulos é de 90º e outro é de 30º, qual o valor do terceiro ângulo?


Estação Acção

O que é topografia?

55 Topografia é o campo da engenharia que descreve detalhadamente um lugar, utilizando-se de medidas de comprimento e de ângulos feitas sobre a superficie da terra. A topografia pode ser dividida em 2 grupos de estudo: a Topologia e a Topometria. A Topologia estuda o relevo dos terrenos enquanto que a Topometria estuda as medidas entre os pontos observados, como as distâncias, os ângulos horizontais e verticais e os desníveis. Três tipos de tarefas topográficas devem ser executadas antes da locação da obra: • Levantamento topográfico preliminar É o levantamento da superfície que incluirá a estrutura a ser construída, ou

seja, o terreno; Levantamento topográfico do projecto É o levantamento de dados de detalhamento topográfico para a confecção do projecto arquitetônico. Por exemplo: se há declive ou desnível no terreno, se há depressões ou elevações. Levantamento topográfico de controle Consiste na obtenção e confirmação de dados que permitam a locação da obra com grande precisão.

Para todas essas tarefas é utilizado um instrumento de alta precisão chamado teodolito.


Estação Acção

Teodolito moderno ou Estação Total

56

Os levantamentos topográficos para a locação de obra podem ser de complexidades diversas, dependendo dos seguintes fatores: forma do terreno, importância da estrutura a ser locada e amplitude da obra. Devem ser executados por profissionais especializados do ramo, os topógrafos, que podem ser integrantes da organização ou autônomos, contratados para a realização do serviço. De qualquer maneira, deve-se atentar para a qualidade do trabalho

executado por esse profissional, já que a equipa de Topografia é a primeira e chegar numa obra e é a última a sair. O topógrafo está presente em todas as etapas do trabalho que envolve: a coleta de dados, acompanhamento dos trabalhos passo a passo, liberando frentes de serviço, confecção de projectos, medições para obtenção de quantidades para os diversos controles, para o recebimento de serviços, além dos pagamentos de serviços de terceiros.

Depois que o terreno onde será executada a obra estiver limpo, é necessário que se tenha as medidas corretas da área, pois nem sempre as medidas indicadas na escritura conferem com as reais.


Estação Acção

A curva de nível é a linha que une os pontos de mesma altura no terreno. Se interceptarmos o terreno com um plano horizontal, a linha de contato dele com a superfície do solo formará uma linha sinuosa, que representará a sucessão de pontos de mesma altura do plano. Essa

linha se chama “curva de nível”. As curvas de níveis são sempre representadas por números inteiros múltiplos de 5 ou de 10. Como um terreno quase nunca é um plano perfeito entre um ponto e outro, a interpolação vai mostrar um ponto onde se dá a intersecção.

57


Estação Acção

Por que é importante fazer os três tipos de tarefas topográficas antes da locação da obra?

Observa as curvas de nível no desenho topográfico e identifique o nível mais baixo e o mais alto do terreno. Qual a diferença entre o ponto mais alto e o mais baixo?

58

O que são projectos de detalhamento?


Estação Acção

São projectos de apoio aos projectos executivos, ou seja, são pranchas com informações e detalhes adicionais ao projecto principal a ser

executado. Por exemplo, podemos citar o detalhamento de uma porta, de uma esquadria ou de um telhado.

Detalhamento de viga

Para que serve o planeamento físico da obra?

59


Estação Acção

O planeamento físico da obra é o processo que vai desde o canteiro de obra até o acabamento. Observa o exemplo de uma Planilha de Cronograma de Obras

Cronograma da obra duração

data de

dias

término

24/8/2011

7

31/8/2011

31/8/2011

14

14/9/2011

superestrutura

14/9/2011

60

13/11/2011

forro

13/11/2011

5

18/11/2011

N⁰

tarefa

data de início

1

serviços preliminares

2

fundações

3 4

Item

5

cobertura

13/11/2011

12

25/11/2011

6

escadas e circulações

20/11/2011

12

2/12/2011

7

revestimento

13/11/2011

60

12/1/2012

8

pisos

31/12/2011

30

30/1/2012

pintura

30/1/2012

28

27/2/2012

12/1/2012

14

26/1/2012

30/1/2012

7

6/2/2012

24/10/2011

30

23/11/2011

24/10/2011

30

23/11/2011

instalações de gás

24/10/2011

10

3/11/2011

15

paisagismo

27/2/2012

12

10/3/2012

16

limpeza final

10/3/2012

3

13/3/2012

9 10 11

60

12 13 14

esquadrias e ferragens aparelhos e metais sanitários instalações elétricas instalações hidráulicas

ago/11

out/11

dez/11

jan/12

mar/12

Esse processo possui algumas etapas: 1. Serviços preliminares documentação, serviço de demolição, limpeza do terreno, movimentação de terra, drenagem, fechamento e projecto do canteiro de obras. 2. Movimentação de Terra e Contenções é onde se observa as especificidades do solo e se planeja as máquinas que serão utilizadas para este fim. 3. Planeamento das Fundações Superficiais observa-se nesse ítem as particularidades de cada tipo de fundação e possíveis problemas que podem ocorrer, bem como os processos de impermeabilização. 4. Planeamento das Instalações Provisórias de Elétrica e Hidráulica nele observa-se e define-se os padrões de qualidade necessários a execução destas.


Estação Acção

Dentre esses itens, podemos considerar como fundamental para o andamento de uma obra a organização e confecção do canteiro de obras. Nele teremos áreas de apoio técnico-administrativo, circulação, logística de carga e descarga, armazenamento de materiais, de produção e convivência.

É imprescindível que o planeamento seja realizado muito antes do início da obra, para que não ocorram erros e gastos indevidos, onerando o custo da obra! canteiro de obras odebrecht

61

Ao planear uma obra, é preciso estar sempre atento às normas de segurança do trabalho e de segurança ambiental!


Estação Acção

Em dupla, preencha o cronograma de obra com as algumas tarefas de uma obra que você está atuando, a data de início, a data de término e a duração de cada tarefa.

Cronograma da obra N⁰ Item 1

2

3

4

5

6

62

7

8

9

10

tarefa

data de início

duração

data de

dias

término


2

Como ler um projecto estrutural?

O que é uma bitola de aço?

Para que calcular volumes de concreto de formas de peças estruturais?

Por que organizar um canteiro de obras?

Qual a importância do estudo do solo antes de iniciar uma obra?



Estação Acção

Como ler um projecto estrutural?

Um projecto estrutural é aquele que mostra ao construtor os detalhes para a execução da obra. Nele podemos identificar a posição das fundações, seus pilares, vigas, e lajes, bem como o tamanho das peças de concreto e das ferragens. Revela também o tipo de concreto que será usado na obra. Os projectos estruturais possuem além das dimensões do elemento estrutural, (largura, altura e comprimento) a distribuição da armadura de aço no interior da peça. Cada componente da armadura de aço recebe uma identificação composta de um desenho especifico, mostrando as dimensões a serem formatadas na dobra, uma numeração que identifica a numeração do elemento da armadura, a quantidade de elementos, o diâmetro (ou bitola) do aço e ainda, o comprimento total de cada elemento que é utilizado para o corte.

Para realizar a leitura de um projecto estrutural é necessário conhecer as simbologias das partes que o compõe. As peças de um projecto estrutural são identificadas por letras: • BL  Bloco de fundação • S  Sapata de fundação • T  Tubulação de fundação • SC  Sapata corrida de fundação • VB  Viga baldrame de fundação • V Viga • P Pilar • L Laje Quando num projecto estrutural existem várias peças, a identificação destas é seguida por um número, para diferenciar uma peça de outra. Veja o exemplo: • VB4  Viga baldrame número 4 • P9   Pilar número 9

63


Estação Acção

Identificação de um desenho de um projecto estrutural

64

Este é o símbolo do diâmetro convencionalmente usado em construção civil.


Estação Acção

Detalhe da armação de uma viga V3

Observa a tabela de referência do aço da Viga V3 (25×43)

n

q

l(m)

l total (m)

5

10

2

5,05

10,10

6

8

2

5,05

10,10

7

10

4

5,05

20,20

8

5

23

126

2.898,00

O cobrimento é de 2,5 cm.

O que é uma bitola de aço?

65


Estação Acção

Bitolas de aço são as dimensões transversais de uma barra de aço, dimensionada pelo calculista na composição do projecto estrutural de uma obra. É o mesmo que diâmetro, no caso de aço para concreto armado.

A tabela a seguir representa um quadro geral da comercialização do aço das bitolas mais finas até as de maior diâmetro, onde observa-se os tipo de aço, o peso específico e o diâmetro da seção.

3,2

4

5

8

10

16

20

22

25

peso (kg/m)

0,06

0,10

0,16

0,40

0,63

1,60

2,50

3,0

4,0

seção (cm²)

0,080

0,125

0,200

0,500

0,800

2,000

3,150

3,880

5,000

mm ca 50 ca 60

66

Observa a tabela de referência do aço da viga V3 e identifique no desenho: (use cores diferentes!) • A quantidade de ferro utilizado na posição N5. • A bitola do aço utilizada na posição N7

Para que calcular volume de concreto de formas de peças estruturais?

É necessário calcular o volume de concreto para identificar a quantidade de concreto que será utilizada em cada estrutura de uma obra. Para cada forma de peça estrutu-

ral há uma fórmula de cálculo de volume diferente. Esse volume é calculado em metros cúbicos (m³). As formas mais usuais encontradas numa obra são:


Estação Acção

Volumes planos Para saber o volume de concreto para as lajes, pilares, cintas e vigas, a fórmula é:

67

V= L × C × H • V= Volume, • L= Largura, • C= Comprimento e, • H= Altura


Estação Acção

Volumes cilíndricos Para calcular o volume de concreto das estacas, tubulões e pilares cilíndricos:

68

V = Pi × r² × h • V = Volume, • Pi = 3,1416, • r² = Raio ao quadrado, • h = Altura. Volumes de sapatas Para calcular o volume de concreto de sapatas a fórmula é:

Sendo: • Comprimento do pilar (a) • Largura do pilar (b) • Comprimento da sapata (A) • Largura da sapata (B) • Altura da sapata (H) • Altura da base da sapata (h0)


Estação Acção

69 Para dimensionar o custo de uma obra é importante calcular com precisão a quantidade de materiais que serão utilizados. Calcule o volume de concreto que será usado na construção de uma laje com 12m de largura, 8m de comprimento e 10cm de altura.

• • • •

Fórmula: V= L x C x H V= Volume, L= Largura, C= Comprimento e, H= Altura


Estação Acção

Por que organizar um canteiro de obras?

70

A Tecnologia das Construções é uma área da engenharia civil que trata de normas técnicas utilizadas no canteiro de obras e do uso de equipamentos, máquinas, materiais e EPI’s. É um conjunto de técnicas e práticas utilizadas no planeamento, gerenciamento e execução de obras, que é usada desde o momento do dimensionamento e organização do canteiro de obras até a entrega da edificação. Seu uso objetiva garantir

a segurança, a otimização de recursos e respeito ao meio ambiente. Ao iniciar uma obra é necessário que a equipa de planeamento faça um levantamento de toda a estrutura que será abrigada no canteiro de obras, incluindo tanto os equipamentos e materiais quanto os trabalhadores. São exigidos diferentes equipamentos, materiais e profissionais para cada tipo de construção.

Um canteiro de obras bem planeado permite a realização de operações seguras, reduz distâncias e tempos de movimentações de materiais e de trabalhadores. Dessa maneira, ocorre melhoria da produtividade e a diminuição dos gastos e desperdícios. A organização do canteiro permite: • Economizar tempo. • Cumprir prazos e metas estabelecidos no planeamento. • Reduzir acidentes de trabalho. • Economizar mão de obra e materiais: evitar o retrabalho, a perda de materiais e o desperdício. • Melhorar a qualidade do serviço: melhora da aparência do

canteiro de obras, tornando o ambiente mais agradável e funcional. Otimizar espaços ocupados: adequação ao número de pessoas, equipamentos, ferramentas, máquinas e materiais. Reduz os deslocamentos desnecessários de material e mão de obra, inclusive para


Estação Acção

necessidades fisiológicas. A NR18 traz informações importantes sobre a

organização de canteiros de obra. Líder, é importante conhecê-las!

Em grupo, faça um levantamento da estrutura que será abrigada em um canteiro de obras escolhido, incluindo os equipamentos e materiais.

71 Qual a importância do estudo do solo antes de iniciar uma obra?

O solo é um corpo natural da superfície terrestre constituído por materiais minerais e orgânicos, resultante nas interações dos fatores de formação (clima, organismos vivos, material de origem e

relevo) através do tempo, contendo matéria viva, em parte modificado pela acção humana, capaz de sustentar plantas, reter água, armazenar e transformar resíduos e suportar edificações.


Estação Acção

A composição do solo O solo é constituído por 3 fases: sólida, líquida e gasosa. É na fase sólida que podemos classificá-lo de

72

acordo com seu diâmetro em frações granulométricas. Veja a tabela a seguir:

fração

diâmetro médio (mm)

areia muito grossa

2,0 a 1,0

areia grossa

1,0 a 0,5

areia média

0,5 a 0,25

areia fina

0,25 a 0,1

areia muito fina

0,1 a 0,05

silte

0,05 a 0,002

argila

< 0,002

Frações granulométricas o solo, de acordo com Soil Survey Staff (1951)

No início de uma construção de pequeno ou grande porte, para dar estabilidade à obra, a primeira coisa que deve ser feita é o estudo do

solo do local. Esse estudo é realizado pelo profissional especializado em Mecânica dos Solos.

O Perfil do solo É um corte feito desde a sua superfície até o material original ou rocha matriz com o objectivo de estudá-lo física ou quimicamente, ou classificá-lo.

É uma actividade de sondagem feita antes de iniciar a obra, para verificar a resistência a cargas imprimidas pela edificação.


Estação Acção

1

2

Regolito

Solum

3

4

5

73

6

1. 2. 3. 4.

Horizonte orgânico de solos minerais. Horizonte mineral com acúmulo de húmus Horizonte claro de máxima remoção de argila e/ou óxidos de ferro Horizonte de máxima expressão de cor e agregação (Bw ou Bi) ou de concentração de materiais removidos de A e E (Bt, Bs ou Bh) 5. Material inconsolidado de rocha alterada presumivelmente semelhante ao que deu oriem ao solum 6. Rocha não alterada


3

Para que servem as fundações de uma obra?

Quais os principais tipos de concreto?

O que é alvenaria?

Para que servem os revestimentos?

Quais as etapas de execução de um revestimento


completo de argamassa? •

Qual a importância da pintura numa obra?

Por que a impermeabilização é importante para a vida útil de uma edificação?

Quais os tipos de pisos mais usados na construção civil?

Como executar escavações?

Como instalar uma esquadria?

Por que é importante compreender as instalações hidrosanitárias?


Estação Acção

Para que servem as fundações de uma obra?

As fundações são elementos estruturais destinados a suportar toda a carga de pressão proveniente do peso próprio dos elementos estruturais de uma edificação,

74

acrescido de carregamentos provenientes do seu uso. Em outras palavras, é o alicerce de uma construção.

Antes da execução das fundações o profissional responsável por esta (que geralmente é o engenheiro civil especialista em cálculos estruturais), deve ler detalhadamente todos os projectos que compõem a obra. Depois disso, deverá alinhar as informações com todos os profissionais que executarão o projecto, a fim de evitar erros. Já os profissionais que trabalharão diretamente na execução das fundações, devem ter pleno conhecimento dos equipamentos que serão utilizados, bem como das normas de segurança necessárias para o bom desenvolvimento do serviço.

Fundações Superficiais São fundações rasas, porque não necessitam de equipamentos complexos para a sua execução.

Dentre elas podemos citar a sapata, bloco, radier e viga de fundação.


Estação Acção

Sapatas Isoladas e Blocos Armados São fundações apoiadas sobre estacas ou simplesmente sobre o solo. Para a sua execução deve-se proceder da seguinte maneira: • As escavações devem seguir às recomendações pertinentes ao serviço. • A largura das escavações deve ser compatível com as actividades de execução das formas. • Eventualmente, as escavações podem ser “contra barranco” desde que o solo assim o permita. Nesse caso, um chapisco de argamassa no traço 1:3 (cimento e areia) nas paredes verticais do solo deve ser executado, e atenção no uso de vibradores para que não danifiquem as paredes chapiscadas. Recomendável também apiloar o fundo da escavação (base de apoio da fundação). • Executar uma camada de concreto magro de pelo menos 5 cm de espessura sobre o solo apiloado e ultrapassando pelo menos 5 cm de cada lado da sapata, com o objectivo de regularizar a superfície e evitar a perda excessiva de água de amassamento para o solo. • Colocar calços sob a armadura para garantia do recobrimento. • Retirar todo o resto de arames de amarração e sujeiras antes da concretagem. • Umedecer todo o conjunto antes da concretagem.

Blocos não armados São elementos de fundação em que os esforços de tração são por ele absorvidos e normalmente não possuem armaduras. Podem ser de concreto ou pedra.

Blocos não armados

75


Estação Acção

Para a execução dos blocos não armados deve-se proceder da seguinte maneira: • As escavações devem seguir à risca as recomendações do projecto. • Recomendável apiloar o fundo da escavação (base de apoio da fundação). As escavações devem ter largura compatível com as • actividades de execução das formas. • Eventualmente as escavações podem ser “contra barranco”, desde que o solo assim o permita. Neste caso, assim como nas sapatas isoladas, um chapisco nas paredes verticais do solo deve ser executado; • Em situações especiais prever poços de captação de água e colocação de bombas. • Uma alternativa usualmente recomendável é a utilização de pedras arrumadas com a aplicação de argamassas para a construção de blocos.

Radier

76

É uma laje sobre o solo. Bastante utilizado na construção de tanques, silos, depósitos e etc. Para executar os radiers deve-se proceder da seguinte maneira:

• • • •

• •

Nivelar perfeitamente o terreno. Executar camada de pelo menos 5 cm de espessura de concreto magro. Prever espaçadores entre a camada inferior da armadura e a base de assentamento, para garantia do recobrimento; Prever espaçadores entre as armaduras superior e inferior, a fim de garantir espaço entre as armaduras previstas em projecto, e minimizar o efeito mecânico do movimento de pessoas sobre as mesmas. Prever passarelas de tábuas sobre a armadura para a execução da concretagem e nas colocações de tubulações elétricas e hidráulicas. Evitar ao máximo possível a interrupção da concretagem. Mas, se for necessária, deve seguir rigorosamente as orientações do calculista e, quando do seu reinício, proceder a um rigoroso tratamento da “junta fria”.


Estação Acção

“Junta fria” é a emenda de um concreto já endurecido com um concreto novo. Vigas de Fundação São vigas ou baldrames com formato retangular, trapezoidal ou quadrado onde são assentados num mesmo alinhamento os pilares de estrutura e as alvenarias. Podem ser assentadas sobre estacas de concreto ou apoiadas no solo.

Blocos sobre uma estaca e tramo de viga-baldrame rebaixados

77


Estação Acção

Para a execução das vigas de fundação, as recomendações são as mesmas utilizadas para a construção de uma sapata. Fundação simples É normalmente usada em obras de pequeno porte, geralmente residenciais, que possuem pouco carregamento, ou em muros de pequena altura. É constituída de uma viga baldrame de pequena altura com uma armação simples com estribos, onde é assentada uma alvenaria de embasamento até a altura do piso da obra.

Esse tipo de fundação deve ser feito levando-se em consideração o tipo de terreno e a quantidade de carga que será recebida, a fim de garantir a segurança da edificação!

Fundações Profundas ou Indiretas 78

As fundações profundas são normalmente utilizadas em casos de edificações altas em que os efeitos do vento são consideráveis, ou nos casos em que o solo só atinge a resistência desejada para a

construção em grandes profundidades. Os tipos mais comuns de fundação profunda são as estacas de concreto pré-moldadas, tubulões a céu aberto, estacas, estacas tipo Strauss e tipo Franki.

Estacas de concreto pré-moldadas São pilares de concreto pré-fabricados, cravados no solo por meio de percussão. Em sua instalação são utilizados equipamentos “bate-estacas.” Normalmente possuem seção quadrada, que variam de 25 a 40 cm, podendo chegar a 15 metros de profundidade. São armadas longitudinalmente, utilizando-se de estribos devidamente afastados. Em razão da grande solicitação de esforços durante a cravação, há maior concentração de estribos nas pontas da estaca e muitas vezes possuem uma cinta metálica nos extremos que, além do reforço, têm a finalidade de servir de emenda de estacas por meio de solda elétrica.


Estação Acção

Para cravar a estaca em terrenos duros, são utilizadas pontas metálicas com a finalidade de facilitar a penetração no solo e proteger a estaca.

79


Estação Acção

Tubulões a céu aberto São fundações profundas que consistem da simples escavação de um “poço”, manualmente ou mecanicamente.

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Cuidados na Execução de Tubulões 1. Os trabalhos de escavação devem ser feitos por no mínimo 2 trabalhadores, para garantir a segurança dos mesmos; 2. Depositar a terra escavada a pelo menos 1 metro de distância da boca do tubulão; 3. O transporte de veículos não deve ser permitido há menos de

3 metros da escavação; 4. O sistema de içamento deve estar em perfeito estado de conservação; 5. Não escavar em dias de chuva; 6. Sempre interromper a escavação em caso de qualquer suspeita de desmoronamento.


Estação Acção

Estacas moldadas no local Também chamada de broca, é moldada no local e é considerada de baixo custo e de simples execução. Nesse tipo de fundação a distribuição das cargas recebidas é transmitida ao solo pelas pontas. Podem ser de madeira, aço ou concreto. São dimensionadas para suportar cargas verticais, horizontais e inclinadas. Para a execução desse tipo de fundação o terreno é perfurado por uma broca ou escavadeira até atingir solo firme e consistente. O diâmetro da escavação pode estar entre 15 e 25 cm e a profundidade atingir por volta dos 4 metros. Normalmente usam-se como armação longitudinal três a quatro ferros de 6,3 mm, amarrados em estribos de 4,2 mm. Uma vez colocada a armação procede-se, então, à concretagem até a cota desejada.

Conforme o projecto estrutural a quantidade e diâmetros das ferragens usadas nas estacas podem ser alterados.

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O Líder deve estar atento a perpendicularidade da estaca, e aos critérios de segurança, a fim de evitar acidentes provocados por desmoronamentos!


Estação Acção

Estaca Franki É uma estaca de concreto armado moldada no solo, que usa um tubo de revestimento cravado no terreno como molde. Em seu feitio, utiliza-se um “pilão” que soca o concreto. Essas compressões provocam a expansão na ponta do tubo, fazendo com que a estaca adapte-se ao terreno, adquirindo uma forma rugosa.

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Preparo da cabeça das estacas Uma vez executadas as estacas ou os tubulões, estas devem ser solidarizadas às vigas ou aos blocos. Para que essa solidarização seja feita de modo a garantir a integridade do conjunto, alguns cuidados devem ser observados: • a estaca deve ser concretada — quando moldada in loco — pelo menos 15 cm acima da cota de acabamento; • a estaca deve ser cravada — quando pré-moldada —, com

comprimento mínimo, de tal forma que fique uma sobra de pelo menos 60 cm da cota de acabamento; as “sobras” devem ser “arrasadas” ou cortadas - menos a ferragem - de forma que a estaca fique embutida pelo menos 5 cm dentro do bloco de solidarização ou das vigas.

Esse procedimento de arrasamento garante a retirada de parte da


Estação Acção

estaca, que eventualmente esteja comprometida pelo processo de cravação. Eventualmente, uma estaca cravada não possui comprimento suficiente acima do terreno para que possa ser arrasada normalmente e garantir solidarização com blocos ou vigas. Nesse caso, deve-se promover um complemento no seu comprimento da seguinte maneira: • escavar ao redor da cabeça da

• •

estaca em profundidade conveniente para os trabalhos; arrasar ou cortar a cabeça da estaca de tal modo que haja garantia do comprimento mínimo da armação; completar com forma e armação, o comprimento necessário até a cota necessária; completar com concreto de resistência igual ou superior à utilizada na fabricação da estaca.

É importante conhecer os tipos de fundações que serão usadas em uma obra para eleger o método de fundação mais seguro para cada situação. Faça um levantamento dos tipos de fundações na obra em que você trabalha e depois converse com colegas e formador (a) sobre o método que considera mais seguro para cada situação.

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Quais os principais tipos de concreto?


Estação Acção

O concreto é um elemento composto de uma mistura de muitos materiais, adicionado à água, destinado a conferir após a sua secagem, uma peça com propriedades e características estruturais, destinada a compor elementos de uma construção, como por exemplo, pilares, vigas ou lajes. Existem vários tipos de concreto, com suas especificidades. Os tipos mais comumente usados nas obras Odebrecht são: • Concreto bombeável Fluido para alcançar lugares de difícil acesso através de tubulações; • Concreto de alta resistência Utilizado em obras marítimas,

• •

em pisos de alta resistência, em pistas de aeroportos; Concreto aditivado Possui aditivos que melhoram algumas características do concreto tais como plasticidade, impermeabilidade e resistência; Concreto projectado É pouco trabalhado, mas possui características de aderência que possibilitam reforço de lajes, parede e pilares; Concreto com microssílica Possui características elevadas, resistência e durabilidade; Concreto convencional Bastante usado na construção civil.

Composição do concreto 84

O concreto, como já dito, é composto por vários elementos. São eles: cimento, pedra, areia, água e aditivos. Os aditivos podem ser

plastificantes, retardadores ou aceleradores de pega, incorporadores de ar, impermeabilizantes e expansores.

Para que tais aditivos conservem as suas características é necessário realizar um bom armazenamento destes! Mistura do concreto Essa é uma etapa de grande importância para a execução do concreto. Ela pode ocorrer de forma manual, mas nas obras Odebrecht,

esse processo é realizado através do uso de máquinas betoneiras. Elas devem ser manuseadas por profissionais habilitados.


Estação Acção

O que é alvenaria?

É uma estrutura confeccionada em blocos cerâmicos ou de cimento que envolve toda a estrutura externa e também, as divisórias das edificações. Elas podem ser:

• •

De vedação usada para o fechamento de vãos; Estrutural tem a função de suportar esforços estruturais da construção, ou seja, dar suporte a estrutura.

A execução das alvenarias deverá seguir rigorosamente as indicações de projecto, traços de argamassa, vãos e demais detalhes que venham a fazer parte deste processo. Para que servem os revestimentos?

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Estação Acção

O revestimento é um componente da construção civil que protege as suas estruturas, como: pilares, vigas, lajes, paredes e alvenarias das ações do tempo, clima, e acção humana. Os revestimentos também podem possuir efeito estético,

quando utilizados na fase de acabamento de uma construção. Em pisos e paredes de casas de banho o revestimento cerâmico é o mais utilizado. Os revestimentos mais comuns são os de: argamassa, cerâmicos e pedra.

Quais as etapas de execução de um revestimento completo de argamassa?

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Os revestimentos mais comuns são feitos com argamassa. É uma mistura de cimento, areia e água, que serve para preparar e cobrir superfícies tais como paredes ou lajes dentre outros.

Um revestimento completo de argamassa contem 3 etapas: 1. Chapisco 2. Emboço 3. Reboco

O reboco projectado, que consiste na técnica de rebocar paredes com argamassa projectada por máquina, vem sendo utilizado com maior frequência na construção civil. Ele garante maior rapidez na execução, melhor uniformidade e produtividade. Vantagens: Melhor compactação da massa

na superfície; Menor quantidade de volume aplicado; Maior garantia de uniformidade; Maior resistência de aderência da argamassa; Maior produtividade; Rapidez na execução.


Estação Acção

Tabela de Espessuras para o Revestimento de Argamassa (ABNT, 1996) REVESTIMENTO

ESPESSURA (mm)

Parede interna

5 ≤ e ≤ 20 mm

Parede externa

20≤ e ≤ 30 mm

Tetos internos e externos

E ≤ 20 mm

Para resolver cálculos envolvendo medidas é necessário que todas as grandezas sejam as mesmas.

km

hm

dam

m

dm

cm

mm

quilômetro

hectômetro

decâmetro

metro

decímetro

centímetro

milímetro

Transforme as medidas a seguir:

• • • •

6 m 2 km 3 cm 46 mm

km m mm m

Imagine uma área com pé direito de 3m e 5m de comprimento. Calcule quantos m³ de argamassa de revestimento serão utilizados considerando que será uma parede interna com 20mm de espessura.

87


Estação Acção

Qual a importância da pintura numa obra?

As pinturas têm a função de evitar que a umidade proveniente de chuvas e afins infiltrem nos elementos da construção impedindo com isso a proliferação de fungos e bactérias no interior das edificações.

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Além disso, há também a função estética, que confere à pintura a capacidade de embelezamento e bem estar propostos por um projecto arquitetônico.

A execução da pintura de uma edificação deverá seguir rigorosamente as indicações do projecto, tais como: tipo de tinta, tipo de superfície, cor, ambiente além do uso dos EPI´s destinados a tarefa. Por que a impermeabilização é importante para a vida útil de uma edificação?


Estação Acção

Impermeabilizar é isolar e proteger os materiais de uma construção da passagem indesejável de líquidos e vapores, garantindo as condições de desempenho, habitabilidade e durabilidade da edificação. Quando uma impermeabilização é mal dimensionada ou aplicada de modo indevido, pode falhar, comprometendo a durabilidade e uso da edificação, e causando prejuízos financeiros e danos à saúde. Os problemas de má impermeabilização mais comumente observados são: • Presença de umidade nas estruturas que são executadas ao nível do solo; • Presença de umidade das paredes junto ao piso; • Vazamento de água em lajes; • Vazamento de água em caixas d´água;

• •

Vazamentos em piscinas; Umidade em pisos Para realizar o processo de impermeabilização são utilizados impermeabilizantes ou hidrorepelentes, que são substâncias que detêm a água, impedindo sua passagem. São bastante utilizados no revestimento de peças e objetos que devem ser mantidos secos. Atuam com o objectivo de eliminar ou reduzir a porosidade do material, para isolar a umidade do meio. Na construção civil, os impermeabilizantes são usados no isolamento de fundações, pisos, telhados, lajes, paredes, reservatórios e piscinas. Podem ser de origem natural ou sintética, orgânica ou inorgânica. Podemos destacar a mamona dentre os naturais, e o petróleo dentre os sintéticos.

Desde 2003 entrou em vigor a norma de seleção e projecto de impermeabilização: a NBR 9575. Essa norma trouxe uma série de mudanças nos processos de impermeabilização, definindo

conceitos e terminologias importantes. Além disso, incorporou diversos conceitos e tipos de impermeabilização até então sem normalização.

Atualmente com nível de desenvolvimento e avanços de qualidade obtidos pela indústria da construção civil torna-se fundamental a execução do projecto de impermeabilização.

89


Estação Acção

Aplicação de uma manta impermeabilizante

Impermeabilização de um raio

90

No caso de prédios ou residências com dois ou mais andares, é preciso prever uma proteção adequada para pisos e paredes que ficam em contato direto com a água. Assim, impede-se a infiltração de água nos pavimentos inferiores ou em ambientes contíguos: casas de banho, cozinhas, chuveiros, lavanderias e outros. Para os casos comuns, recomenda-se utilizar, nos pisos e paredes, argamassa de revestimento traço 1:3 (cimento e areia) com aditivo impermeabilizante. Para impermeabilizar uma laje utilizar tinta betuminosa, aplicando diretamente na área com bom acabamento de cimento. Deve-se também aplicar uma manta asfáltica, soldando todas as emendas e cantos.


Estação Acção

Atualmente existem novas prática construtivas que otimizam o processo de impermeabilização. O concreto leve, as placas pré-moldadas e o drywall, são exemplos de materiais usados com esse fim. Concreto leve Também chamado de concreto de acabamento, por ter a característica de ser mais “plástico” e leve, quando aplicado sobre superfícies evita a penetração da água. Placas pré-moldadas São placas em concreto leve, armadas ou não, que tem como finalidade revestir ambientes verticais e horizontais. São considerados materiais que evitam a passagem de umidade. Drywall Esse sistema construtivo – também conhecido como sistema de construção a seco, vem substituir as tradicionais alvenarias de vedação ou de fechamento tais como os processos que envolvem tijolos ou blocos de cerâmica ou de concreto seguidos de revestimento de argamassa de cimento, cal e areia. Trata-se, simplesmente, de uma estrutura de chapa de aço revestida com zinco pelo processo de imersão a quente, posicionada de acordo com as divisões dos cômodos ou áreas, seguido de uma incorporação de chapas de gesso fixadas, em ambos os lados, por parafusos nessa estrutura. Essas chapas são fabricadas com uma mistura de gesso acrescido de aditivos. As placas de gesso acartonado estão cada vez mais sendo utilizadas. Têm versatilidade de projecto, que pode atender a diferentes demandas, inclusive em projectos de linhas curvas. Outra característica desse sistema é a resistência à umidade. O gesso naturalmente absorve umidade do ambiente. As placas recebem acartonados apropriados e inumes à água – tipo RU. Essas placas são utilizadas preferencialmente em cozinhas, casas de banho, áreas de serviço e em outros ambientes que estão sujeitos à presença de umidade.

91


Estação Acção

Não é aconselhável o uso dessas placas nos ambientes em que a presença de água é intermitente. Por que é necessário pintar as edificações?

92 Existem semelhanças entre pintura e impermeabilização? ǺǺ Sim ǺǺ Não Caso afirmativo, quais?

Existem diferenças entre pintura e impermeabilização? ǺǺ Sim ǺǺ Não


Estação Acção

Explica.

Quais os tipos de impermeabilizantes que você conhece? Qual a sua opinião sobre cada um deles?

93 Assinala o material já utilizado por você em obras. ǺǺ Concreto leve ǺǺ Placas pré-moldadas ǺǺ Drywall Em quais situações você usou esses materiais?


Estação Acção

Quais os tipos de pisos mais usados na construção civil?

Pisos são revestimentos comumente utilizados para cobrir o chão. Também chamados de ladrilhos são produzidos por processos semelhantes aos dos azulejos e apresentam grande variedade de tamanhos e padrões.

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Podem ser tipo antiderrapante, de pedra, cerâmica ou madeira. Os de cerâmica são mais comumente utilizados nas construções residenciais. Já na aérea industrial, os pisos mais aplicados são de argamassa e concreto de alta resistência.

É importante uma atenção especial quando se trabalha com pisos decorados, pois o desenho ou composição precisam ser estudados em cada cômodo e nas continuidades, para que não haja descaracterização do mesmo. PEI Os revestimentos cerâmicos também são classificados segundo teste de resistência e desgaste por abrasão. Essa classificação é conhecida como índice PEI (Porcelain Enamel Institute), que indica os ambientes mais adequados para sua aplicação. Veja a seguir a aplicação do PEI:

• •

PEI 1 Indicado para ambientes residenciais (casas de banho e dormitórios) PEI 2 Indicado para ambientes residenciais onde se caminha com sapatos (todas as dependências com exceção de cozinhas) PEI 3 Indicado para ambientes


Estação Acção

residenciais onde se caminha com sapatos e há a movimentação de sujeiras abrasivas (todas as dependências residenciais) PEI 4 Indicados para ambientes residenciais (todas as

dependências) e comerciais de alto trafego (restaurantes, bancos, bares e etc) PEI 5 Indicado para ambientes residenciais e comerciais com trafego muito elevado

Antes de iniciar o assentamento de pisos, é importante observar se a superfície está limpa e totalmente nivelada. Além disso, utilizar sempre os tipos de rejuntamento indicados pelo fabricante do revestimento, para garantir a boa performance do piso.

Os pisos industriais se distinguem pelas maneiras de aplicação, pela resistência de seus compostos rochosos e/ou metálicos e pelo seu acabamento. São pisos de concreto de alta resistência, para áreas com grandes exigências de força e durabilidade, como indústrias, shoppings, hipermercados, galpões e postos de gasolina devem ser projectados e executados rigorosamente. Sua execução deve ser feita por mão de obra especializada. Réguas vibratórias, acabadoras de superfície, e serras de cortar pisos são alguns dos equipamentos usados nesse processo.

Relaciona diferentes tipos de pisos que já usou em obras e escreva em quais situações cada um deles foi usado.

95


Estação Acção

Se você fosse o Líder de uma equipa que fosse instalar pisos numa obra, quais as recomendações que você faria a esses profissionais?

Como executar escavações?

96

Para a execução de um piso, é necessário estar atento ao terreno. Muitas vezes será necessária uma adequação nos níveis do terreno em relação ao nível natural para a

implantação de uma obra, de acordo com o projecto. Desse modo, um movimento de terra deverá ser executado.

Corte e aterro Uma vez limpo o terreno, deve-se fazer a conferência dos dados fornecidos pela topografia. Serão demarcados no terreno os marcos principais da obra (RN = Referência de Nível) para que se inicie, se for o caso, o movimento de terra para a adequação do terreno àquele projectado para a obra. A porção de terra retirada chama-se de corte e a porção de terra destinada ao enchimento de determinada área chama-se aterro.


Estação Acção

Para a realização de um corte ou de um aterro são exigidos procedimentos técnicos e também profissional habilitado quando o volume a ser movimentado corresponde a: • aterros com responsabilidade de suporte; • aterros com altura superior a 1 m; • aterros com volume maior que 1.000 m³. Pode-se também classificar os materiais para efeito de corte/ escavação. Dessa forma temos: • Material de primeira categoria: terras em geral, argilas, rochas em adiantado estado de decomposição (saibro) e seixos com diâmetro máximo de 15 cm. • Material de segunda categoria: rochas com resistência à penetração mecânica inferior ao granito. • Material de terceira categoria: rocha com resistência à penetração mecânica igual ou superior ao granito.

Orientações para um bom trabalho em solos: • Terreno arenoso ou terra solta: escavação em talude, isto é, cortando o terreno em plano inclinado. Se a profundidade for grande, escava-se em degraus. • Escavação vertical: proteger os barrancos conforme as normas de segurança ou projecto específico. • Terrenos com nascente dágua: desviar o curso da água ou executar drenos.

É importante observar as normas de referência e normatização para garantir a qualidade do material a ser utilizado no caso de aterros e a sua compactação. Para boa compactação em aterros, recomenda-se para compactação manual, uma camada de material solto não superior a 20 cm, e para compactação mecanizada, a altura de material solto varia em função do equipamento utilizado podendo ser de 20 cm até 40 cm, e o grau de compactação não deve ser inferior a 95%. Uma nova camada de solo solto só pode ser lançada após a verificação da qualidade da compactação da camada anterior e se não forem atingidos os valores adequados tal trecho deve obedecer às seguintes etapas de recomposição: • escarificação; • homogeneização; • acerto da umidade adequada; • recompactação; • troca do solo

• •

Terrenos muito úmidos: fazer drenagem superficial ou rebaixamento de lençol freático antes da escavação ou aterro. Terrenos inclinados: fazer patamares horizontais antes dos aterros. Empolamento: frever o empolamento do material antes dos movimentos de terra. Empolamento é a relação percentual de volume do material escavado com o volume do mesmo material solto.

97


Estação Acção

“Selagem” do aterro: recomendase compactar o solo solto imediatamente na iminência de chuva. Compactação: tem de ser eficiente e com equipamentos

adequados. O movimento de veículos sobre o solo a ser compactado cria uma “ilusão de solo compactado: isso não funciona!

Segurança e cuidados nas escavações

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Para que os trabalhos em terra ocorram de maneira segura, algumas medidas devem ser tomadas para efeito de segurança dos trabalhadores, dos equipamentos e do bom andamento da obra. São estes: • Retirada ou escoramento de todo e qualquer material ou objeto. • Verificação das construções vizinhas tais como: casas, muros e toda e qualquer construção. Caso haja necessidade, executar escoramentos para proteção. • Desligamento de todos os cabos subterrâneos de energia elétrica. Na impossibilidade de tal procedimento, adotar medidas preventivas. • Escoramento dos taludes

Como instalar uma esquadria?

• •

• •

instáveis ou com presença de água para escavações com profundidade superior a 1,25 m (NR 18). Prever escadas ou rampas para escavações com mais de 1,25 m de profundidade. Escavações acima de 1,75 m de profundidade deverão ter, obrigatoriamente, escoramento apropriado (NR 18). Uma sinalização (inclusive noturna) deve ser prevista, inclusive todo o perímetro dos trabalhos devem ser isolados. Vistoria das escavações e taludes após a ocorrência de chuvas. Evitar trânsito de veículos próximos às escavações manuais.


Estação Acção

A esquadria é uma armação de madeira ou metal na qual se fixa a porta, a janela ou a veneziana. É a designação genérica de porta, janela, basculante, caixilho, etc. Em uma obra as funções das esquadrias são muitas, dentre as quais podemos destacar as de maior importância, como iluminação, ventilação, isolamento e acesso. As esquadrias são mais comumente feitas de madeira, ferro, alumínio, PVC e vidro. A escolha do

tipo de esquadria utilizada na construção dependerá do estilo que o profissional de arquitetura imprimiu ao projecto. No caso de um design mais contemporâneo, as esquadrias de vidro e alumínio são preferidas. No caso de uma construção industrial, as de ferro e alumínio são as mais utilizadas. As medidas das esquadrias são determinadas pelo fabricante, mas também podem ser dimensionadas conforme desejo do consumidor. Há uma flexibilidade nesse processo.

Esquadrias de madeira

99

Esquadrias de alumínio


Estação Acção

A instalação ou assentamento das esquadrias deve ser feito seguindo rigorosamente os procedimentos definidos pelo projecto da constru-

ção. O não seguimento dessas normas implicará no mau funcionamento das mesmas, por conta de empenamento, por exemplo.

É importante observar que para melhorar a produtividade e diminuir o tempo de colocação de uma obra os vãos deverão estar padronizados e o material escolhido deve ser preferencialmente alumínio e vidro, pois os mesmos dispensam o uso de caixões e alisares.

Esquema de instalação de esquadria

100

Esquadrias de vidro


Estação Acção

As esquadrias de vidro são atualmente as mais utilizadas nos projectos arquitetônicos, pois dispensam o uso de acessórios (caixão, alisar e pinos), comumente usados nos demais tipos de esquadrias. Isso torna sua instalação mais rápida e prática, aumentando com isso a

produtividade. Além disso, é um elemento leve e versátil, que permite iluminação total e é facilmente adaptável a quase todos os tipos de projecto. Sua instalação deve ser realizada por pessoal especializado e o vidro utilizado deve ser temperado!

Quais as outras funções das esquadrias além da iluminação, ventilação, isolamento e acesso?

Você segue rigorosamente alguma instrução de instalação de esquadria? Explica com suas palavras quais são os procedimentos:

101

Por que as esquadrias de vidros são as mais utilizadas?

Por que é importante compreender as instalações hidro-sanitárias?


Estação Acção

As instalações hidrosanitárias são uma parte importante da obra. Para se trabalhar com esse tipo de instalações é necessário que se conheça o projecto arquitetônico e

• • •

102

de instalações da edificação: onde ficarão as áreas molhadas de cozinha, casas de banho, serviço e demais áreas que necessitam de ponto de água e de esgotamento.

No caso dos projectos sanitários, bem como sua execução devemos ter cuidado no entroncamento e na separação da instalação hidráulica e sanitária. Deve-se cuidar também para não entroncar os esgotamentos sanitários nos dutos de águas pluviais e drenagem, para não contaminar todas as redes de águas pluviais (chuvas canalizadas que vão para o rio) Quanto ao uso das tubulações e equipamentos hidrosanitários, o profissional deve seguir atentamente as regras de instalações, bem como o uso das conexões ampliadoras e redutoras. (conforme descritas no projecto hidrosanitário) Em tubulações rosqueáveis deverão ser utilizadas fitas aderentes de PVC e para as juntas soldáveis, colas adesivas apropriadas, recomendadas pelo fabricante, evitando qualquer tipo de vazamento.

Instalação hidráulica


Estação Acção

Esquema de caixa de esgotamento

Instalação hidrosanitária

103


Estação Acção

Veja a seguir uma tabela utilizada no dimensionamento de projectos hidrosanitários:

Tabela de pesos relativos, vazões de projecto e requisitos mínimos de diâmetro de pressão de pontos de utilização aparelho sanitário

bacia sanitária

peça de utilização

peso

vazão de projecto

pressão dinâmica mínima

L/s

Kpa

diâmetro mínimo do sub-ramal Mm

Ref.

caixa de descarga

0,3

0,15

5

15

1/2

válvula de descarga

32,0

1,70

15

40

1.1/2

banheira

misturador (água fria)

1,0

1,00

10

32

1.1/4

bebedouro

registro de pressão

0,1

0,10

10

15

1/2

bidê

misturador (água fria)

0,1

0,10

10

15

1/2

chuveiro elétrico

registro de pressão

0,1

0,10

10

15

1/2

ducha

misturador (água fria)

0,4

0,20

10

15

1/2

lavatório

torneira ou misturador

0,3

0,15

10

15

1/2

máquina de lavar louça

registro de pressão

1,0

0,30

10

15

1/2

máquina de lavar roupa

registro de pressão

1,0

0,30

10

20

3/4

válvula de descarga

2,8

0,50

15

25

1

sifão integrado individual

mictório

104

sifão externo

caixa de descarga

0,3

0,15

5

15

1/2

descarga automática

0,3

0,15

10

20

3/4

registro de pressão

0,3

0,15

10

15

1/2

válvula de descarga

0,3

0,15

15

25

1

registro de pressão

0,3/m

0,15/m

10

15

1/2

torneira ou misturador

0,7

0,25

10

15

1/2

torneira elétrica

0,1

0,10

10

15

1/2

tanque de lavar roupa

torneira ou misturador

0,7

0,25

10

20

3/4

torneira de jardim

torneira

0,4

0,20

10

15

1/2

coletivo

de calha (/m)

pia de cozinha


Estação Acção

Do registro de entrada da concessionária parte uma ligação que chega até o hidrômetro, que faz parte de um conjunto chamado popularmente de “cavalete”. O cavalete é constituído pelo medidor de consumo — também pertencente à concessionária — e o registro geral da água fria, este já pertencente ao usuário. Pelas normas, o cavalete pode ficar até 1,50 m afastado da frente do lote, mas o ideal é colocá-lo bem na frente, no muro de fora da edificação, possibilitando a leitura do consumo sem que o funcionário da concessionária precise adentrar o imóvel. Do cavalete de entrada sai uma ramificação que sobe até o reservatório superior, a famosa “caixa d'água”. No final desta alimentação, dentro da caixa d'água, está a torneira de bóia, encarregada de manter o nível da água lá armazenada. Da mesma saída do cavalete,

também se costuma levar uma tubulação que alimenta a cozinha (torneira e filtro) e também a área de serviço, locais que precisam de mais pressão e/ou de água mais límpida. Além da tubulação de alimentação, que termina na torneira de bóia, existem na caixa d'água mais três tipos de ligação: ladrão, lavagem e barriletes. O ladrão fica localizado na parte superior da caixa d'água, próximo à borda, e sua função é evitar que água transborde. Em geral, nas residências se usa tubo de 25 mm ou ¾´´na alimentação e de 32 mm no ladrão e na tubulação de lavagem. Esta última fica exatamente no fundo, bem rente à borda, e sua função é esvaziar totalmente a caixa para limpeza ou manutenção. Para tanto a tubulação de lavagem tem um registro, para ser aberto única e exclusivamente nesta ocasião.

105


Estação Acção

Os barriletes são as saídas onde serão conectadas as tubulações de distribuição da água fria pelo imóvel.

Qual é a diferença entre um barrilete e a saída para lavagem? O barrilete coleta a 106

água pelo menos 10 cm acima do fundo da caixa, para evitar que se use água contaminada pelos depósitos que vão sedimentando no fundo da caixa. A saída para lavagem coleta a água o mais próximo possível ao fundo, justamente para retirar as partículas sedimentadas.


4

O que é eletricidade?

Para que serve o diagrama unifilar?

Do que é composto um circuito elétrico?

Para que serve a simbologia de elementos de um projecto elétrico?

O que são comandos eléctricos e quais seus principais tipos?



Estação Acção

O que é eletricidade?

Eletricidade é o ramo da física que tem como objeto de estudo os fenômenos relativos à eletrostática, eletrocinética e eletromagnetismo. Segundo a lei da conservação da energia, é uma das formas que pode adotar a energia e que dá lugar a múltiplos fenômenos, tais como caloríficos, mecânicos, luminosos etc. Baseia-se no movimento das cargas elétricas, estando, portanto, vinculada ao estado dos átomos do material considerado. Este diz-se que se encontra no estado neutro quando há igualdade de cargas

Para que serve o diagrama unifilar?

positivas e negativas no seu interior, encontrando-se no estado positivo quando há deficiência de elétrons e negativo quando estes estão em excesso. Estes estados dão, por sua vez, lugar ao aparecimento de forças elétricas de atração e repulsão, dependentes do sinal das cargas. A sua intensidade é maior do que a das forças gravídicas, sendo originadas mediante distribuições adequadas daquelas cargas, o que provoca o aparecimento de campos elétricos em seu redor.

107


Estação Acção

O diagrama unifilar é um desenho que ao utilizar simbologia específica representa graficamente uma instalação elétrica e indica sobre a planta arquitetônica: • os pontos de luz e as tomadas; • a posição dos eletrodutos;

• • •

a localização dos quadros de distribuição; a divisão dos circuitos; o número e a caracterização dos condutores dentro dos eletrodutos.

Do que é composto um circuito elétrico?

108

O circuito elétrico pode ser definido como o percurso completo por onde os elétrons ou os portadores de carga podem entrar de um terminal de uma fonte de tensão, passando através de condutores e componentes, até chegar no terminal oposto da mesma fonte. Todo circuito elétrico é composto por uma fonte e um receptor. Veja o exemplo.

Circuitos Elétricos


Estação Acção

• • •

trecho F/1 é designado por condutor FASE trecho N/4 é designado por condutor NEUTRO trecho 2/3, é designado por RETORNO

Unindo o trecho F/1 (FASE) ao trecho 2/3(RETORNO), estando o trecho N/4 (NEUTRO) ligado à lâmpada, fecha-se o circuito e com isso a lâmpada acenderá.

Para que serve a simbologia de elementos de um projecto elétrico?

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Na elaboração de projectos elétricos são utilizados símbolos e convenções gráficas para facilitar a leitura e interpretação por parte do profissional que irá executá-lo. Essas convenções seguem as normas regulatórias de cada país. Seguem as principais:


Estação Acção

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Estação Acção

Agora veja um exemplo de uma planta baixa de eletricidade usando a simbologia:

111


Estação Acção

Quais os símbolos usados nessa planta baixa? O que cada um significa?

O que são comandos elétricos e quais seus principais tipos?

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Os comandos elétricos são os interruptores utilizados em um circuito. Os tipos mais usuais são: 1. Comando simples ou interruptor simples 2. Comando de vários pontos de

luz de um só ponto ou interruptor duplo. 3. Comando de um ponto (ou mais pontos) de luz por 2 pontos ou interruptor paralelo

Interruptores


Estação Acção

Comando simples

Comando paralelo

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Etapas de elaboração de um Projecto Elétrico • • • •

Locação dos pontos de consumo; Traçado e diagrama unifilar; Cálculo das correntes; Dimensionamento dos

• •

condutores; Definição da proteção e do aterramento; Elaboração dos desenhos e demais documentos.

Toda vez que a área dimensionada ultrapassar 4m² inteiros dos primeiros 6m², deverá ser acrescido aos 100 VA mais 60 VA².


Estação Acção

Tomadas: 1. Em casas de banho, pelo menos uma tomada junto ao lavatório; 2. Em cozinhas, copas e copas-cozinhas, no mínimo uma tomada para cada 3,5 m ou fração de perímetro, sendo que acima de cada bancada com largura igual ou superior a 0,30 m deve ser prevista pelo menos uma tomada; 3. Em subsolos, varandas, garagens e sótãos, pelo menos uma tomada; 4. Demais cômodos e dependências: se a área for igual ou inferior a 6m², pelo menos uma tomada; se a área for superior a 6m², pelo menos uma tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível. 5. Tomadas de uso específico, a potência nominal do equipamento a ser alimentado; 6. Tomadas de uso geral em casas de banho, cozinhas, copas, copacozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 [VA] por tomada, até 3 tomadas, e 100 [VA] por tomada, para as excedentes; tomadas de uso geral nos demais cômodos ou dependências, no mínimo, 100 [VA] por tomada.

Interruptores Deve-se levar em conta a posição das portas, a circulação

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das pessoas e deve ser analisada previamente com o cliente

Traçado e diagrama Unifilar É o desenho do diagrama unifilar, para identificar as etapas do projecto de instalações, bem como as suas distribuições dos circuitos. Os elementos do circuito são: 1. diagrama unifilar; 2. tabela de carga; 3. tabelas de capacidade de corrente dos condutores adequados para cada tipo de instalações; 4. tabelas de correção de nível de corrente em função do número de condutores em um mesmo eletroduto; 5. tabelas de queda de tensão em função da carga e do comprimento dos circuitos; 6. tabelas de dimensionamento de eletrodutos; 7. tabelas de características gerais de disjuntores termomagnéticos e de fusíveis padronizados.

Dimensionamento dos circuitos Para o dimensionamento de um circuito é necessário que se calcule a potência dos equipamentos, iluminação e máquinas a serem utilizadas em cada ambiente.


Estação Acção

• •

Critérios básicos: Capacidade de corrente; queda de tensão admissível. Circuitos parciais: Conforme o tipo de carga, por norma, as seções dos condutores de fase e de neutro deverão ser iguais ou superiores aos seguintes valores:

iluminação

1.5 mm²

tomadas de corrente em salas, quartos ou similares

1.5 mm²

máquina de lavar roupa

4.0 mm²

aparelhos de ar condicionado

2.5 mm²

fornos microondas

6.0 mm²

Cálculo da corrente da carga Para realizar o cálculo das correntes de carga utiliza-se a seguinte fórmula:

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Estação Acção

capacidade de condução de corrente (A) seção nominal (mm²)

cabos com isolação pvc

cabos com isolação xlpe

2 cabos carregados

3 cabos carregados

2 cabos carregados

3 cabos carregados

1,5

17,5

15,5

23,0

20,0

2,5

24,0

21,0

31,0

27,0

4,0

32,0

28,0

42,0

37,0

6,0

41,0

36,0

54,0

48,0

10,0

57,0

50,0

74,0

66,0

16,0

76,0

68,0

100,0

89,0

25,0

101,0

89,0

133,0

117,0

35,0

125,0

111,0

164,0

144,0

50,0

151,0

134,0

198,0

175,0

Capacidade de Condução de Corrente de condutores de cobre isolados à temperatura ambiente de 300 C, instalados em eletrodutos

116

tipo de isolação

Temperatura ambiente (0C)

pvc/70

xlpe

10

1,22

1,15

15

1,17

1,12

20

1,12

1,08

25

1,06

1,04

35

0,94

0,96

40

0,87

0,91

45

0,79

0,87

50

0,71

0,82

Fatores de correção para temperaturas diferentes de 300C

número de circuitos ou cabos multipolares

fator de correção

1

1,0

2

0,8

3

0,7

4

0,65

5

0,6

6

0,55

Fatores de correção para agrupamentos de conjuntos de grupos de 2 ou 3 cabos. Aplicar nos valores de capacidade de corrente da tabela de capacidade de condução


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Definição da proteção (disjuntor) e do aterramento (haste de aterramento) O disjuntor é um dispositivo que tem como objectivo proteger a instalação elétrica de sobrecorrentes ou sobrecargas e também ligar e desligar os circuitos. Para definir o disjuntor adequado para cada circuito é necessário que se conheça a potência deste (W). O aterramento elétrico é um ponto de referência integrado no circuito elétrico, usado como referência na medição de outras correntes elétricas, servindo também como via de retorno para um circuito elétrico. Serve para permitir que quaisquer picos de eletricidade sejam diretamente encaminhados para o chão bem longe de instalações elétricas, de modo que sejam absorvidos sem maiores danos.

O aterramento nas Instalações elétricas atuais é obrigatório! 117


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Elaboração dos Desenhos Para elaboração de uma planta de eletricidade é necessário que se tenha em mãos as plantas baixas, e de cortes da edificação. Sobre a planta baixa serão desenhadas linhas mais acentuadas indicando o traçado dos condutores, bem como caixas de passagem, de distribuição, de alimentação, medição, interruptores, tomadas e fios fase, neutro e terra. Veja exemplo:

118 Para garantir a segurança em projectos elétricos é importante atentar para as normas e procedimentos evitando dessa forma que acidentes aconteçam. No Brasil, as Normas que regulamentam a segurança no trabalho em instalações elétricas são NR 10 (Instalações e Serviços), NR 6 (Equipamento de Proteção Individual), NBR 5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão) e a NBR 14039 (Instalações Elétricas de Alta Tensão) Estas normas fixam as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projecto, execução, operação,

manutenção, reforma, ampliação e a segurança de usuários e terceiros. Além disso, o uso de EPI´s e EPC´s é fundamental para garantir a segurança de todos que trabalham na execução de projectos de eletricidade. A recomendação é: Equipamentos de segurança individual: • Capacete de segurança com isolamento para eletricidade • Meia bota isolada • Óculos de segurança incolor e com proteção contra raios ultravioletas • Roupas de algodão • Luvas de borracha isolantes BT e AT • Luvas de pelica para proteção das luvas de borracha


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• •

Luvas de raspa para trabalhos rústicos Cinturão de segurança com talabarte para trabalhos em grandes alturas

coletivos: • Vara de manobra isolada

• • • •

Conjunto de aterramento temporário Detector de tensão Cones e bandeirolas de sinalização Escadas com isolamento próprias para trabalho com eletricidade

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Nelson Mandela Nelson Mandela nasceu em Mvezo, África do Sul, em 18 de julho de 1918. Recebeu o nome de Rolihiahia Dalibhunga Mandela. Em 1925 ingressou na escola primária, onde recebeu da professora o nome de Nelson, em homenagem ao Almirante Horatio Nelson, seguindo um costume de dar nomes ingleses a todas as crianças que frequentavam a escola. Nascido numa família de nobreza tribal da etnia Xhosa, numa pequena aldeia do interior, onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, recusou esse destino aos 23 anos, quando seguir para a capital, Joanesburgo para iniciar a faculdade de Direito e sua atuação política. Transformou-se em líder da resistência não-violenta da juventude, que buscava pôr fim no regime de Apartheid (legislação que segregava os negros no país). Em 1960, centenas de líderes negros foram perseguidos, torturados, presos, condenados e assassinados. Entre eles estava Mandela. Preso em 1962, aos 54 anos, é condenado em 1964, à prisão perpétua. Na década de 80, intensificou-se

a condenação internacional ao Apartheid, que culminou num plebiscito que aprovou o fim do regime. Em 11 de fevereiro de 1990 Mandela foi libertado. Em 1993, Nelson Mandela e o presidente da África do Sul, Frederick De Klerk, assinaram uma nova Constituição sul-africana, pondo fim em mais de 300 anos de dominação política da minoria branca. Essa nova Constituição simbolizava o fim oficial do Apartheid e preparava para um regime de democracia multirracial. Em 1993 Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, dividido com o presidente Frederick De Klerk, que junto com Mandela buscava o fim da segregação. Em abril de 1994, houve eleições na África do Sul e Mandela foi eleito presidente da República e De Klerk, vice-presidente. Mandela governou até 1999. Em 2006 foi premiado pela Anistia Internacional, pela sua luta em favor dos direitos humanos. Faleceu em Joanesburgo, África do Sul, no dia 5 de dezembro de 2013.

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