O Perú Molhado

S O N A 32 PREÇO SUGERIDO: R$ 1

De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 • Edição 1129 • ANO XXXIII • www.operumo­lha­do.com.br

UMA A I R Ó T S HI R O M A DE

s o m a r e p s e Te a r a p o d a b á s no comemorar!

O MAIOR JOR­NAL BÚZIOS

Um jornal cego, surdo e mudo

32 anos de loucura e resistência

F

Por Hamber Carvalho alem o que quiserem do gringo, que ele é maluco, alucinado, vendido, desorganizado, cego, surdo ou mudo, não importa, agüentar 32 anos mantendo um jornal de interior não é para qualquer um.

Duvido que nos bancos das universidades de economia e administração do Brasil e da Argentina tenha passado um fenômeno, ou como quiserem uma aberração igual ao editor do Perú Molhado.

Marcelo consegue se ajeitar conforme a onda, ouvindo todos e ao mesmo tempo nenhum dos atores que fazem a cidade funcionar.

Dar nó em pingo de éter é mole para quem caminhou esses 32 anos aos trancos e barrancos, puxando dali, esticando aqui, devendo a todos e não pagando a ninguém, desde que fosse amigo do Peru e não escapasse de uma boa conversa.

Aos inimigos, é claro, ele sempre honrou os compromissos, sempre a perder de vista, literalmente ou até perder a paciência e desistir.

Organização zero, improviso e criatividade 1000, este é o clima que paira na redação, que nem casa de noca, quando todos falam e se calam ao mesmo tempo, numa catarse coletiva onde explode a novidade, o diferente, o hilário.

Nós que escrevemos, que cobramos, que vendemos, que estagiamos, que fazemos o almoço, o café e o lanche somos privilegiados, pois quem cumpre solidariamente o carma de Marcelo é Carol, nossa obstinada diagramadora que atura por mais de 12 horas seguidas os cochichos do argentino na preparação da edição do Perú. Com certeza é a depuração de ações praticadas em vidas passadas. Agüenta firme Carol, nada é eterno.

Esse talvez seja o mistério da existência do jornal, nada mais que uma conjunção de liberdade para criar com descompromisso em fazer, sem patrão pra cobrar, sem empregado pra receber, porem, com razoável vontade de ver acontecer.

Isso tudo evidentemente sob a batuta de Marcelo, que na verdade deveria mudar seu nome para o sugestivo e principesco Marcelo Perú Sebastian Lartigue Molhado.

O Perú é a impressão de Marcelo em todas as suas paginas, ainda que raramente ele leia uma linha, mas ele está lá, deitado nos textos que ele provoca através de seus colaboradores.

O Perú e Marcelo são a mesma pessoa, entes dissociáveis que até na partida celebrarão juntos o novo caminhar, pois respiram o mesmo sopro de vida.

O dia que ele se for o Perú também vai, pois sem ele não tem fechamento, sem ele só vai existir um jornal igual aos outros.

FLAGRA

Não adiantou a inteligência da AMPLA, a hélice do aerogerador pirou o cabeção com a overdose do cheiro da trombeta da Rua da Lingüiça.

Con­se­lho edi­to­rial Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­ mar Pe­rei­ra da Sil­va, Fi­no Quin­ta­ni­lha, Re­na­ta Des­ champs, Ota­vi­nho, Umberto e Clau­dio Mo­dia­no, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­to Pa­co­ te, Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ques Mer­ cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­lo, Luis Ed­mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Gló­ria Ma­ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancel­ mo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro e Armando Ehrenfreund.

Anuncie no Perú.

Agora também em Macaé

2623-1422

Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue Editor Adjunto Janir Hollanda Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel Alessandra Cruz (reg. prof. 27662/RJ) Editor de fotografia Taxista João de Nair Re­pór­ter Sandro Peixoto Mônica Casarin Alessandra Cruz Denis Kuck Gustavo Garcia Diagramação Caroline Moreira Diretora Comercial Alessandra Cruz

Fun­da­do­res Ma­rio Hen­ri­ques e Pe­dro Luis Lar­ti­gue Ge­rên­cia de Ven­das Tráfego Publicidade & Marketing Ltda.

(21) 2532-1329 (21) 9100-7612 Me­ce­nas Umberto Mo­dia­no Im­pres­são Ediouro Diretor de Distribuição Muchacho Bicho Doido Depto. Jurídico Dr. Ulisses Tito da Costa

Designer Gráfico Ivan Aros O Pe­ rú Mo­ lha­ do / Edi­ to­ ra Mi­ ramar CNPJ: 02.886.214/0001-32

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De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

A feijoada do Perú teve até o Ministro Márcio Fortes

A

conteceu no ultimo sábado (16) a tradicional feijoada do Perú. Esse ano a feijoada aconteceu no restaurante Buda Beach, na Orla Bardot e contou com a presença velhos amigos e novos companheiros. Teve novidades como do drink feito com a bebida do ano, o Cocoboom, A galera daqui já estava pronta esperando por esse dia e ainda veio muita gente pra Búzios só para participar da feijoada. Ao som de muito samba a feijoada virou folia e tivemos mulatas e loiras sambando de igual para igual.

Muitos casais se acabaram de dançar. Por falar em casal, os pombinhos alunos da APAE Búzios deram um show.

Isac, Cabelada, Caverna e Marcelo sambaram sentados vigiando os copos de cerveja e de repente eis que surge ele, Dr. André, nosso prefeito! Sim, ele veio de verde, e posou para fotos com seus olhos azuis de prefeito galã.

De 22 fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

Várias tribos buzianas comparaceram ao Buda Beach para a feijoada do Perú Molhado. Foi o quarto ano consecutivo do evento destacando a presença do Ministro Márcio Fortes e de nosso prefeito Dr. André. Alessandra, diretora comercial do Perú, organizou a comilança e festejou seu aniversário

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1º Travessia

de Stand Up do

Perú Molhado

Prêmios em “tutu” em mais de quatro categorias, brindes, hospedagens e uma passagem para Saquarema no Hotel Maasai e uma assinatura anual do Perú Molhado.

Apoio: Rico Surf, Art in Surf, Secretaria de Esportes, Vereador Gugu de Nair, Kakado, Atelier Espaço Aberto, Molusco, ASB, Búzios Vela Club.

32 anos

Rico Souza com o pranchão, Monique e Priscila, e Zé e amigos, todos prontos para a 1ª Travessia de Stand Up do Perú!

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De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

Torneio de Golf do Perú Molhado

Com presença do campeão de golf, Tiger Woods e outras celebridades

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o sábado ás 8 horas acontecerá, em comemoração aos 32 anos do Perú, torneio de Golf no “Búzios Golf Club” com a participação de 50 competidores em duas categorias - de 0 á 14 e de 14 á 36 anos - contará com a presença de muitos ricaços de Macaé (Holandeses, Americanos, Irlandeses, Escoceses, Alemães e a ilustre presença do grande campeão Tiger Woods! O evento realizado pelo jornal O Perú Molhado tem o apoio da secretaria de esportes de Armação dos Búzios. Nossos agradecimentos ao secretário Thiago Costa.

Quem é Tiger Woods Recém chegado da cidade de Campos dos Goytacases, onde nasceu, Tiger Woods tinha apenas 14 anos e morava na Rasa quando bateu na porta do Búzios Golf Club atrás de grana e de trabalho. O ano era 1996, pouco tempo depois de o campo ser inaugurado. Woods conseguiu o que queria e se tornou caddie, o funcionário que carrega os tacos para os jogadores e que fornece informações valiosas sobre os segredos e artimanhas para se chegar aos buracos.

Outras celebridades presentes no tornei de 32 anos do Perú O fenômeno Ronaldinhoooo também estará no torneio de golf dos 32 anos do Perú Molhado (aproveitará para fazer uma disputa de barrigadas com Marcelo). Rodrigo Lombardi (O Téo da novela Salve Jorge) e também Humberto Martins (grande pegador das novelas das 7 ) também são presença confirmada. Não recebemos confirmação, mas talvez o ex-presidente Lula venha também.

Tiger Woods, Mário Fernandez, Ronaldo Fenômeno, Umberto Modiano e Jonas Suassuna.

Umberto, como sempre, manda parabéns ao Perú lá de cima

Raspadinha do Rio. Patrocinadora Oficial do Basquete do Flamengo.

De 22 fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

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No 32° aniversário do Perú,

homenageamos quem está vivo!

G

arçons, um garçom da cidade. Neste 32° aniversário do Perú o homenageado é José Rodrigues de Farias, o “Rocinha”, 63 anos, que atua há 40 anos como garçom na cidade.

Rocinha, que raio de nome é esse?

Esse nome eu ganhei porque eu trabalhava no Hotel Nacional em frente à Favela da Rocinha. Isso de 1968 a 1969. Eu Tinha uma namorada lá na Rocinha e a turma começou a me chamar de Rocinha. Na época primeiro eu trabalhei no Caiçara, na Rua Epitácio Pessoa, na Lagoa e soube que precisava de gente lá no Hotel Nacional. Fui trabalhar e fiquei lá uns três anos.

Quantos anos você tinha e o que você fazia?

Trabalhei lá com 18 anos e fui barman.

Fazia vários tipos de drinks. Depois fui trabalhar com o Carteja no Blachorse em Ipanema e depois ele que me trouxe para Búzios. Isso já na década de 70. Cheguei em Búzios entre 73 e 74, vai fazer 40 anos que moro em Búzios. De lá fui trabalhar no Frank’s e depois com o Carlito de Mecha e Chiquin

Rocinha, o garçom que será homenageado na Corrida de Garçom do Perú. Em homenagem aos garçons, o companheiro Hamber dará início aos atos preparatórios para a fundação do sindicato da categoria

Chegou a servir a Ângela de Diniz e o Doca Street?

Claro, servia os dois e era ela que assinava a nota, dava sempre uma boa gorjeta para a gente. Antigamente íamos receber as dividas na casa da pessoa, fui cobrar a Ângela Diniz umas duas vezes, sempre na parte da tarde, ela sempre pagava certinho.

Então você estava lá quando ela foi assassinada?

Não. Mas eu ouvi o tiro. Ela foi assassinada pelo Doca Street na Praia dos Ossos por voltas das quatro e meia da tarde e eu trabalhava na Pousada Hibiscos, há uns 200 metros da casa dela.

Por falar em assinar nota, aqui em Búzios tem um garçom famoso, o Sabará, ia cobrar de casa em casa as notas de clientes .

Todo mundo pagava ele. Mas a clientela de Búzios naquela época era diferente, Ricardo Amaral, Chiquinho Scarpa, Jorge Guinle, era difícil uns caras assim não pagarem.

E a gorjeta hoje como está?

Antigamente a gorjeta era melhor, às vezes chegava até 300, 400 dólares em um dia.

Agora os caras querem repartir pratos, tem gente que não quer pagar os 10%. Os argentinos eram bons de gorjeta, mas o negócio está feio lá.

E como era Búzios nesse período?

Búzios era tipo uma roça. Quatro pousadas, uns cinco restaurantes. E no Carteja, com quem eu trabalhava, tinha a pousada, bar, restaurante e boate. Também passava filmes, era o Bernard, filho do Carteja que exibia os filmes. Tinha até uns joguinhos.

Você é irmão do Farias, do restaurante Farias. Você que trouxe ele pra Búzios?

Sou o irmão mais velho. Trouxe do Ceará o Farias, o Antonio e o Pedro, meus três irmãos e o resto da família toda. Hoje tem mais de 180 pessoas da minha família morando aqui em Búzios.

Ele hoje é um empresário muito rico, se dá bem com ele?

Sim. É meu irmão e meu amigo. Gosto de todos os meus irmãos.

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O Perú está homenageando você vivo.

Não te preocupa que você possa morrer até o dia da homenagem? Geralmente só homenageamos quem já morreu.

O importante é ser homenageado vivo.

Mais há muita gente sendo homenageada viva, geralmente fazem isso com o cara morto, mas é melhor receber uma homenagem vivo.

O que você acha que é preciso para ser um bom garçom?

Pra começar o cara tem de ser simpático, ter educação, falar baixinho. Em todas as casas que passei busquei aprender mais.

O bom garçom tem de correr várias casas, porque assim aprende mais. Trabalhei no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília.

Você Lembra-se de algum caso engraçado como garçon durante esses anos?

Acho que esse caso não é engraçado. Mas marcou. Há um caso de um garçom que queimou um cliente com café. Passou com

um bule e caiu café quente nas costas do cara, ele deu um grito que pareceu que estava morrendo. Um caso estranho, aconteceu no Le Stregue onde trabalhei por 14 anos. Na hora de pedir a conta o pé da cadeira tinha quebrado e os pratos caíram todos no chão.

Mas também é bom lembrar de amigos que já se foram. Tinha o “Boca de Ouro”. Ele tinha câncer, mas não falava pra ninguém.

Um dia passou mal e foi internado no Rio, morreu no hospital. Outro amigo meu era o Tetéu, Marcelo lembra-se dele, ele tinha

De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

um Gurgel e uma namorada bonitona. Eram todos meus amigos.

Iglesias. Teve fila para pedir autógrafo para ele. O cara era igualzinho.

Marcelo (Editor do Perú) frequentou todos os restaurantes que você trabalhou aqui em Búzios. Ele dava gorjeta?

Marcelo nunca pagou pela comida em nenhum lugar. Dizem que quem sai com ele não põe a mão no bolso para comer, nem ele. Em um restaurante que trabalhei no centro de Búzios, logo no inicio do Perú Molhado, Marcelo e Aníbal levaram um ator argentino e disseram que era o Julio

Já que estamos falando do Marcelo, ele reclama que em Búzios não existe mais bife a milanesa nos restaurantes. Fala sempre de um Bife a Milanesa com alho.

Isso é verdade?

Sim, diminuiu mesmo. O Mario do Cine Bardot comia a mesma coisa sempre, Bife a Milanesa, de carne ou pollo, com crema. Comia isso no almoço e no jantar a mesma coisa. Eu dizia a ele que não precisava nem mesmo trazer cardápio.

Já trabalhou para o Zé Itajaí, ele te xingou alguma vez?

Nunca trabalhei com ele não. Mas eu servia o Zé Itajaí em Ipanema e em Copacabana, quando ele e eu morávamos por lá. Depois vim morar na frente da casa dele nos Ossos.

Dos Ossos saí para Maguinhos e agora moro em José Gonçalves, daqui a pouco vou acabar em Cabo Frio.

No dia da corrida, o garçom Lopes, que nos ajuda todos os anos, irá criar, com auxílio do Hamber, o sindicato de gar-

çons da Região dos Lagos. Com isso você poderia montar uma escola de garçons.

O que acha?

Pode ser mesmo. O serviço caiu muito e a culpa é do empresário que não quer pagar o justo e assim contrata gente sem experiência. Podia ser mesmo, para dar umas aulas para essa turma. Trabalhei com um baiano que nunca tinha sido garçom ficou uns dias com a gente e disse que já tinha aprendido tudo. Eu trabalho há mais de 40 anos e continuo aprendendo.

A corrida de garçom, hoje a 14ª, é uma festa.

Prêmios, comida e muita cerveja na frente do Buzin.

Garçons e garçonetes participam

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O trintão O Perú Molhado Uma tentativa de resumo de uma grande história J

ornal de interior com mais tempo em atividade, o Perú Molhado é fruto da mente de uma dupla de amigos, um argentino e um português; Aníbal, que infelizmente já não escreve mais nesse plano, e Marcelo que mesmo cambaleante de saúde (sua dieta de gorduras aliada ao sedentarismo não ajuda muito) toca o Perú Molhado semana á semana desafiando o tempo e as previsões catastróficas. O primeiro exemplar do Perú Molhado foi resposta a um desafio: “Uma chilena que morava aqui em Búzios disse para mim e o Aníbal que iria ao seu país e quando retornasse iria montar um jornal em Búzios, iria nos chamar para trabalhar com ela. Um amigo de Aníbal, o pintor Ivald Granato disse: ‘ por que vocês mesmo não fazem um jornal? Começa isso antes dessa chilena voltar (risos)’. Assim fomos desafiados a fazer o jornal em uma noite”, contou Marcelo enquanto acendia um charuto cubano legitimo. Marcelo continuou contando que naquela noite ele e Aníbal se prepararam, “Arrumamos uma mesa, juntamos umas bebidas alcoólicas e atravessamos a noite.

Pela manhã estava pronto” afirmou e contou que um milionário argentino de nome Monti incentivado pela esposa , segundo ele havia acabado de comprar a Praia da Azeda, iria investir muito dinheiro no Perú. A alegria durou pouco e veio uma profunda crise financeira na Argentina e o cara perdeu tudo, faliu. Marcelo fez um rateio com médicos da Fundação Osvaldo Cruz (Sergio Arouca, Celia Leitão, Dr Joaquim, entre outros) dinheiro que nunca devolveu, para a segunda edição e assim começou a historia de notoriedade e pindaíba do Jornal O Perú Molhado.

Os primeiros exemplares de O Perú Molhado não tinha o intrigante acento agudo no u da palavra Perú. Eram publicados em vários idiomas e vinha na capa com quatro preços diferentes: 20 centavos para brasileiros, 50 centavos para uruguayos, 27 cruzeiros e 50 centavos para franceses e 70 cruzeiros para alemães. Na capa do primeiro exemplar um pequeno box com o horoscopo dizia que estava sempre tudo bem e no boletim meteorológico dizia ao leitor que procurasse um instituto de meteorologia para obter essa informação. No interior do primeiro exemplar a foto de uma nota de um cruzeiro com o proverbio: “Se dinheiro fosse merda, pobre nasceria sem cú”, essa nota com a inscrição está em uma moldura que decora a redação do jornal até hoje. A irreverencia e anarquia seriam marca dali em diante por mais de 30 anos. Mas será que eles sabiam que iria durar tanto? Marcelo disse que não, não podia prever que

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Anibal e Marcelo.

Marcelo e Anibal, a cara e a essência do Perú!

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sua historia e do Perú seria quase a mesma e atravessaria mais de três décadas. E foram três décadas acompanhado Búzios crescer e aparecer; vila, cidade recém emancipada, primeiros grandes desafios e problemas, conquistas e tristezas. Mas o Perú esteve e está ai, levando informação e humor, sem se levar a serio, mas levando sua missão a serio.

Linha editorial?

A década de 80 o Perú era todo preto e branco e sempre informava que a próxima edição seria toda colorida, fato que demorou anos para acontecer. Paginas recheadas de fotos montagens e desenhos do Anibal, traziam as fotos do Marcelo e já contava com variedade de colaboradores para textos de opinião e noticias nada era convencional. Os primeiros políticos já começavam encontrar nas páginas do jornal um novo palanque. O Perú não foi um tabloide por todos esses anos, da edição de numero 13 até o numero 17 o Perú foi um standard, mas retomou desde então até aqui sua vocação assumida de tabloide. A década de 90 foi marcada pelo apoio a emancipação (foi literalmente o jornal da emancipação) e o turismo. O Perú Molhado sempre esteve batalhando para que Búzios fosse uma referencia nos esportes de vela. O Perú assistiu o nascimento e a morte de uns cem números de jornais, muitos com a promessa de derrubar o Perú e outros com a certeza de que eram a verdadeira voz de Búzios, coisa a qual esse Perú Nunca se atreveu a ser. O jornal foi sempre uma caixa de ressonância dessa pluralidade que é Búzios. Os anos 2000 em diante Búzios passou a viver para as disputas eleitorais e a manutenção de castas e o nascimento de vícios até então pouco observados no paraíso. Assistiu muitas mudanças no cenário politico nacional, internacional e de alguma forma no municipal. Mas o Perú sempre se manteve ereto e não deixou a peteca cair. Vem desde então inventando moda, criando eventos, promovendo a cidade pelo Brasil e fora dele. O Perú foi o primeiro jornal da cidade, o primeiro a ter página na internet, a ser totalmente colorido, a ser vendido nas bancas, a ter edições em inglês e espanhol, a acompanhar representantes políticos e do setor de turismo da cidade no exterior e já está disponível no Jornaleiro, no iPad

O Perú entrou para o Guinness como o maior jornal do mundo. Foi impresso no Grupo Ediouro, sob a supervisão do Mauro Melli. A capa foi desenho de Jaguar e foi lançado em Ipanema com a presença de famosos, amigos do peito do Perú

Por que o jornal se chama Perú Molhado?

Existe todo tipo de interpretação da razão do nome. Desde que seja uma conotação sexual, relacionada ao jeito que fica um pênis após o fim de uma transa até as explicações mais estapafúrdias como a versão de que seria um mergulhador que ficava rodando como um “Peru tonto” na loja de quadros e fotos montada por Marcelo e Aníbal, a Búzios Arte (frente ao bar do Silvano) molhando o chão e saindo sempre sem comprar nada. Perguntado o porquê do nome do jornal Marcelo responde: “Não sei. Tudo que se diz sobre o nome é invenção, eu realmente não sei”.

O Perú entrevistou Brigitte Bardot por telefone e trouxe Júlio Iglesias a Búzios No ano de 1981, o Perú Molhado era ainda uma criança e promovia, mesmo que sem saber, uma revolução em Búzios. Era o primeiro meio de comunicação da cidade feito na cidade e para a cidade e que conseguia captar a singularidade que a cidade mantem até hoje em relação às cidades vizinhas de nossa região, como de todo o restante do Rio de Janeiro. É celebre a publicação em que O Perú Molhado entrevistou a atriz francesa e mito Buziano, Brigite Bardot por telefone. Sempre impressionou a credibilidade do Perú, visto que a entrevista se tratava apenas de uma peça literária criada pela dupla Marcelo e Aníbal. Mas houve fato que as pessoas poderão ver e até tocar; a vinda de Júlio Iglesias a Búzios. O Perú molhado realmente trouxe um dos maiores cantores romântico do mundo a cidade, foi em Novembro de 1981 no restaurante Karlitos. Búzios parou para ver o cantor que na verdade era o ator argentino Victor Laplage, idêntico ao original Uma verdadeira fila se for-

mou para pedir autógrafos e tirar fotos com ele, até hoje quem ache que viu de perto Júlio Iglesias.

Um depoimento Cheguei para fazer um primeiro trabalho com o Perú, fiz o texto e disse ao Marcelo: “Quer dar uma olhada?”, “Nunca

olho os textos”, foi à resposta do Marcelo. Alguém perguntou se iria haver uma reunião de pauta, Marcelo respondeu que não sabia o que se fazia em uma reunião de pauta, “Nunca fiz uma reunião de pauta”, afirmou.

Victor Viana

Mais de trinta anos de Perú no Gonzo

O que é Jornalismo Gonzo, quem é Hunter e Perú Molhado

O

Gonzo é um estilo de narrativa jornalística, que se assemelha muito a forma de narrativa cinematográfica, mas também faz uso de qualquer outra produção de mídia em que o narrador abandona total ou parcial qualquer pretensão de objetividade e se mistura a ação tanto opinando quanto até mesmo decidindo mesmo os rumos da reportagem. É marcado pelo humor, sátira e liberdade na escrita. Pondo de ponta a cabeça algumas regras clássicas do jornalismo o Gonzo foi criado pelo jornalista doidão, Hunter S. Tompsom. Hunter foi incumbido de cobrir uma corrida de car-

ros no deserto e acabou gastando todo o dinheiro com bebidas, drogas e prostitutas. Não tendo nada a apresentar para sua reportagem escreveu uma matéria narrando os acontecimentos pela perspectiva de sua mente entorpecida.

Da década de 70 em diante este gênero foi logo cooptado por jovens politizados que viram nessa forma anárquica de fazer jornalismo um ótimo esconderijo para – através do humor e símbolos- fazer critica social. No jornalismo brasileiro o Gonzo deixou sua marca desde o aclamado PASQUIM, passando pelo Planeta Diário e a Casseta Popular – de onde saíram

De 22 fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

todos os integrantes do Casseta e Planeta – assim como o Noticiário do Varela feito por Marcelo Tas, que hoje usa e abusa do Gonzo no CQC – principalmente pelos repórteres se misturarem à narrativa. E entre outros não se pode esquecer-se do trintão O Perú Molhado, em Búzios no Rio de Janeiro. O gênero Gonzo tinha apenas 20 anos quando o Perú começou sua louca historia. Nesses mais de trinta anos o Perú – que é o mais antigo jornal de interior em atividade no Brasil – conquistou fãs e inimigos na mesma proporção. Intencional ou não, o Perú realmente parece beber da fonte do Jornalismo Gonzo. É fácil ver

os traços desse gênero – que os mais conservadores nem consideram jornalismo – em suas notícias cheias de opinião e textos muitas vezes onde o repórter e mesmo o editor falam de si mesmo e de suas aventuras.

Victor Viana - Jornalista e Assessor de Imprensa

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O PERÚ EM FESTA FAZ A ALEGRIA DE MUITA GENTE

D

P or Silvia Cosenza esafio quem leia os jornais e não se deprima com tantas notícias ruins, escândalos de corrupção, tragédias urbanas, catástrofes naturais e tantas outras desgraças diárias. O que não falta são matérias do gênero para nos deixar indignados e desesperançosos. Daí chega sexta-feira e abrimos o Perú Molhado. Na capa, sempre uma gozação, e nas suas páginas, muitas vezes, aquelas mesmas matérias colocadas com tanta irreverência que até servem como um remédio para depressão. O Perú faz bem prá saúde e é recomendado para quem tem problemas de coração!

São 32 anos contando e inventando as histórias mais incríveis de Búzios, do país e do mundo. O Perú é o Pasquim da atualidade. Em 69, em plena ditadura, o Pasquim surgia, idealizado pelo cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral,em substituição ao “A Carapuça”, de Sérgio Porto. O jornal falava de sexo, drogas, feminismo, com forte oposição ao regime militar. Assim como era o Pasquim, o Perú tem como tônica o conceito do humor, o que torna seu conteúdo mais leve e de fácil leitura. O Perú é uma delícia!

Fazer um jornal de interior é sempre complicado. Faltam os grandes anunciantes, tem a questão da política local e são muitos os desafios. Apesar de tudo isso, o Perú está aí, trazendo a cada semana, com muita criatividade, os assuntos que precisamos encarar, como, principalmente, os inúmeros problemas do município. O Perú denuncia!

Sou fã de carteirinha do Perú Molhado. Me

Quando fizemos 29 anos levamos 29 perus para discoteca Privilège. Eles dançaram e pularam a noite toda. Foram notícia na coluna Joaquim Gente Boa, ocupando quase a página toda. Haja Perú!

divirto lendo o “maior jornal de Búzios”!

Parabéns, Marcelo Lartigue, por manter por todo esse tempo o Perú firme e forte e, segundo o próprio, duro!

O PERÚ RICO, MAS QUE SEMPRE VIVE DURO! Por Ernesto Galiotto

Q

uando sobrevoamos Búzios no nosso Mico-Leão Voador, a cada enseada de mar azul, na tomada das belíssimas praias, a frase que dizemos é: “Esta praia é do perú!”. Também quando recebemos alguns amigos desse Brasil afora ou do exterior e convidamos para um passeio em Búzios dizemos: “Esta vista é do perú!”.

Andando na rua das pedras com algumas das belíssimas mulheres com seus modelitos justos e decotados ou de biquíni dizemos certamente que “essa gata é do perú”.

Certamente quando alguém passa nas bancas e compra o jornal O Perú Molhado imagina logo, pelo conteúdo, pelas celebridades estampadas, pela qualidade gráfica, tratar-se de um Perú milionário, com patrimônio e finanças. Nem desconfiam que é o contrario, que durante seus 32 anos de existência sempre foi um Perú duro, persistente na sua sobrevivência. E é por isso que gostamos deste peculiar pasquim da Região dos Lagos, com alcance até no exterior, e aplaudimos os teimosos fundadores, técnicos e diagramadores que insistentemente, ano após ano, nos agracia com humor, sátira e informação, em estilo único.

Conte sempre conosco, que de vez em quando mandamos nossas crônicas e imagens aéreas. Adoramos o jornal. Parabéns!!!

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De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

O Perú e eu S

Por Sandro Peixoto

saudoso Cheval Blanc e lá, me fiz amigo de Marcelo e Aníbal. Um dia, estava eu, o Aníbal e o Marola numa mesa do Restaurante La Colonialle, na Rua das Pedras, que pertencia o Pacho e que já não existe mais.

Já havia revelado antes ao Marcelo, meu sonho de escrever no Perú e naquela tarde fiz o mesmo ao Aníbal. Ele tirou uns reais do bolso (coisa rara) e me mandou comprar blocos de papel e caneta na Papelaria do Ronald. Em seguida me disse: “anda pela cidade e escreve o que der na telha. Mas apenas 15 linhas por favor”.

Devolvi o dinheiro a ele, disse que ia pensar no assunto e assim se passaram mais uns meses.

Um dia, o Marcelo pediu para eu ir à praia de Geribá e escrever sobre o verão. Cruzei a praia de ponta a ponta.

Estava de calça jeans e camisa de flanela. Foi um sufoco. E foi assim que comecei minha carreira no Perú, que durou até outubro passado. Foram doze anos de muita alegria e de dificuldades, como em qualquer relação que envolve amor. Não é fácil conviver com o Marcelo. Mas quando se aprende, é gratificante. Vale realmente a pena. Vale pagar o preço.

Infelizmente, tudo passa e o Perú passou para mim. Apesar de ainda continuar escrevendo em suas páginas garanto: não quero mais. Não pelo jornal em si, não pelas loucuras do Marcelo e sim, por querer outra opção de vida. No fim, acho que meus amigos têm razão. Por mais que eu me cale. Por mais que eu deixe de escrever ainda serei por algum tempo o Sandro do Perú. Queria eu ou não.

Máquina EP 2100

empre tive orgulho do meu sobrenome Peixoto. Herdado de meu avô paterno, português da cidade de Leiria, que veio tentar a sorte no Brasil. Portanto – e por outros motivos lógicos- jamais aceitei ser chamado de Sandro do Perú, nos 12 anos em que trabalhei neste jornal. Mas outro dia dois amigos tentaram de todas as maneiras me convencer que eu sou ‘Sandro do Peru’ e acabou. Ao menos é o que lhes perece.

O Perú entrou em minha vida no final dos anos 80. Havia chegado à Búzios num fim de semana de outubro e dei de cara com um exemplar do jornal (ainda em preto e branco) jogado no chão, na Rua das Pedras.

Salvo engano, a capa trazia o prefeito de Cabo Frio & Búzios Ivo Saldanha. Logo abaixo da logomarca do jornal a frase que soava como pilheria típica do Perú: o que sai quando pode...

Não lembro de uma matéria sequer daquela edição. Nem isso importa. O que realmente importa foi o sentimento que me tomou naquele momento. Foi amor a primeira vista. Eu, que sempre sonhara escrever, havia encontrado o veículo certo. Meses depois, quando finalmente conheci Marcelo, Aníbal, Miriam e Nélia, tive a certeza que minha mudança para Búzios havia sido a mais acertada.

Não entrei no Perú (ops) de cara. Afinal, vim para Búzios com um projeto definido. Alugar um restaurante na Praia de João Fernandes, onde fiquei por alguns anos.

Com o tempo, fui me aproximando cada vez mais da turma do Perú. Passei a freqüentar- mesmo sem ter grana para isso – o

Sandro, nosso repórter mais polêmico, que nasceu em terras pernambucanas, e correspondente do Perú no Perú e na China, participou da entrevista do Programa do Jô sobre o Perú Molhado

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De 22 fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

As hostess do Privilège

Amanda Chang, Octávio Fagundes e as gringas

Secretária virtual. Yoni Sanches, a nova Secretária de Estado nomeada pelo governo americano para tratar de interesses estadunidenses em território cubano, cumpriu a risca as funções inerentes ao cargo, em visita ao Brasil. Foi recebida com honras e pompas pela extrema direita brasileira, sendo ciceroneada por Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro, alem de posar de vitima para a mídia nacional e internacional. Por pouco ela não supera a performance de Condoleezza Rice, a escudeira reacionária do vaqueiro Ultra-direitista George H. W. Bush.

Não adiante espernear. Não adianta querer, pois só O Perú Molhado consegue completar 32 anos de existência. O tempo não anda, nem atrasa, ele é só naturalmente o tempo.

Sylvana Graça e Caio

Vivi, Léo e Bernardo

A nova saúde. A sede da secretaria de Saúde que fica na estrada da Usina será entre-

Baby Marcelo e Patrícia

gue à população na próxima segunda-feira.

Essa obra é resultado de um convênio assinado em 2010 entre o governo do estado e a prefeitura de Búzios através do programa Somando Forças. Além da sede da secretaria de Saúde, foram contempladas nesse programa a secretaria de desenvolvimento social, do meio ambiente e de administração ainda por concluir.

Dívida santa. Nem o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI sensibilizou a Prefeitura de Búzios em relação a comunidade católica. Numa atitude completamente laica e inédita, o governo municipal, depois de 500 anos de existência da igreja resolve cobrar a dívida ativa da paróquia de Sant’Anna.

Se for calcular a dívida de acordo com os anos de existência da igreja, o banco do Vaticano que não anda muito bem das pernas, terá que usar todo seu tesouro para ressarcir os cofres públicos de Búzios.

o privilège tira o chapéu para o perú molhado Thaissa, Octavio, Ana Maria e Betsan

32 anos com tudo em cima!

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De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas Teoria conspiratória. Existe um ângulo ainda não explorado nessa história da desapropriação da Bem te vi. A fundação é uma massa falida, recheada de escândalos, supostas irregularidades e em estado agonizante. Essa desapropriação seria um favor que o executivo faria à gestão da fundação que a conduz a duras penas.

Teoria conspiratória II. O valor de 500 mil é uma bola na marca do penalty para o doutor Ruy marcar o gol. Justificam que este valor teve como base o imposto de renda declarado pela fundação na época da aquisição da área. Ou seja, um argumento totalmente frágil e contestável.

Tudo errado. Tem alguma coisa errada com este ano 2013. O Papa Bento XVI renunciou, o Sandro Peixoto ateu convicto escreveu “Deus nos livre” e o nosso eterno juiz Luiz Carlos Cabelada está de bico seco. Inclusive durante a feijoada do Perú, saiu mais cedo por não agüentar o bafo da galera á sua volta.

Peru in Búzios. É mentira! Peru não se come somente no mês de dezembro durante as festas natalinas. Se come também, e muito, no mês de fevereiro. Pelo menos em Búzios é assim.

Onde? Os novos Guardas Municipais precisam com urgência de aulas sobre a cidade em que trabalham. Quando alguém pára e pede informações, eles ficam mais perdidos do que calcinha em suruba. Outro dia um deles entrou em uma imobiliária na entrada da Ferradura e perguntou se ali era o centro de informações turísticas.

Todo mundo nú. O Museu Leopold de Viena, na Áustria, resolveu repetir a dose de 2005. Autorizou a entrada de visitantes completamente pelados, á exposição “Homens nus”, com uma pequena diferença, em 2005 quem entrasse nu, não pagava a entrada. Desta vez não, mesmo pelado tem que pagar. A exposição reúne 300 obras entre fotos, quadros e esculturas. È Fantástico. No hospital Rodolfo Perissé, quando doente chega tem o primeiro atendimento no acolhimento, depois é chamado para fazer o registro, depois novamente é chamada no controle de risco e finalmente seu nome ecoa pela imensa sala de espera para ser atendido pelo médico. Um cidadão depois de alguns longos minutos de espera, ao ter seu nome chamado através do siste-

ma de som para atendimento médico, disse bem alto: Quem tem o nome falado três vezes aqui no hospital, tem direito a pedir musica no Fantástico?

Duro e carente. O instituto de caridade de Warren Buffett e Bill Gates, Giving Pledge, ganhou neste mês de fevereiro a participação dos seus primeiros bilionários de fora dos Estados Unidos. Ao todo, 12 novos empresários de vários países se comprometeram a doar pelo menos metade de suas fortunas à entidade. A fortuna soma de todos os membros do instituto chega US$ 500 bilhões. O Marcelo Lartigue sabendo disto, já enviou um envelope contendo todos os boleto bancários atrasados e todas notas assinados em mercados, restaurantes e bares da cidade, ao instituto inscrevendo o Perú Duro Molhado como entidade carente.

Raio que os parta. Um raio destruiu uma mansão em Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira (SP). Segundo a mulher do proprietário, um empresário que mora em São Paulo, ele ficou muito chateado e vai correr atrás do prejuízo. Como assim? Cara Pálida!

Policia nele. Além do fedor de esgoto no Trevo do Barbuda, os moradores e comerciantes estão tendo que conviver com um rapaz, que depois de certas horas, resolve ficar dando “Cavalos de pau” incentivado por uma plateia de amigos que trabalham em uma padaria no local, colocando não só a sua vida em risco, como também de outras pessoas. Segundo os moradores, o motorista é um menor de idade.

Alô, Alô turismo. Os vendedores de passeios de escuna querem que o mesmo tratamento dispensado a eles, seja dado também aos vendedores de passeios para Arraial do Cabo e Rio de Janeiro. Dizem que vários vendedores destes passeios ficam na Rua Turibio de Farias dia e noite sem serem incomodados. Inclusive muitos não são brasileiros e estão ilegais no país.

Mineirim. O Caverna está todo feliz , recebeu a notícia de um fornecedor que por ele ser um excelente cliente, e pagador de suas contas em dia, vai receber um Smartfone .

Ele disse que o smart vai dar para seu benzin passar nas unhas, e o fone ele vai usar no seu radin de pilha para escutar o jogo do Atlético Mineiro.

De 22 fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

Contorcionista. O Advogado do Perú Molhado, socorrista e maratonista do circuito Alfredo Silva/Fórum, Ulisses Tito, está de escritório novo. Está atendendo agora na Rua Manoel Turíbio de Farias n° 77, no centro de Búzios.

Docs. Muito importante esta dica. Scaneie todos os seus documentos e envie para o seu email.

Caso você esteja viajando ou tenha esquecido ou perdido os documentos, e só abrir o email e imprimir.

Otto Wagner completou mais um ano semana passada no Barceloneta

Tom Jobim. O grande músico brasileiro deve estar envergonhado com o que estão fazendo com ele aqui na terra, especificamente no Brasil e especificamente em Búzios. Tanto no Rio de Janeiro, com o vexame do aeroporto internacional que leva o nome do músico, quanto pela nossa escola de música, que teve suas portas lacradas pelo proprietário do imóvel. O motivo teria sido a falta de pagamento dos aluguéis.

Segundo informações, a polícia precisou intervir na situação, pois houve denúncia de que um dos filhos do proprietário estaria armado. - Essa informação não foi confirmada.

Rádio corredor. Não convidem para a mesma carona o chefe de Gabinete do prefeito, Renato de Jesus e o chefe de transporte Eduardo de Barros. Segundo a rádio corredor, essa semana aconteceu uma discussão dura entre os dois funcionários e que culminou no pedido de demissão do chefe dos transportes. Não vale à pena escrever o diálogo aqui por que as crianças podem ler, mas o motivo, segundo fontes, foi o atraso na preparação dos ônibus universitários, que tudo indica, não estarão prontos no tempo previsto.

Rádio Corredor 2. Essas discussões em início de mandato são comuns em Búzios, faz parte da conquista de território dentro do governo. No governo Toninho Branco, o ex-secretário de governo Nani Mancini chegou a dar uma mordida na orelha do en-

tão secretário de turismo, o saudoso Jacob Mureb na entrada do gabinete do prefeito,.

Esses atritos representam divisão interna de clãs políticos que querem se sobrepor uns aos outros. No caso de Nani x Jacob, era uma disputa entre o clã de Búzios contra o clã de Cabo Frio, que tinha como representante o então chefe de gabinete, Antônio Carlos Trindade.

A onda é outra. A onda do verde também está fazendo a cabeça do pessoal da Secretaria de Educação, que aderiu integralmente a cor. Os educadores estipularam nas listas de materiais escolares das crianças que todos os cadernos obrigatoriamente fossem encapados com papel verde. O fato é que o assunto gerou tanta polêmica entre os pais na cidade que acabou parando na Câmara de Vereadores, gerando uma grande discussão no local. Não bastasse o Brasão da cidade, agora são os cadernos escolares.

Daqui a pouco todos os prédios públicos e viaturas da prefeitura serão pintados de verde. A hora que o eleitor ficar verde de raiva e vincular a cor ao partido do prefeito, vai dar Ministério Público, como foi em Rio das Ostras. Chega de escancarar, melhor segurar a onda.

NOTA DA SEMANA. Parabéns ao O Jornal Perú Molhado, pelos seus 32 anos de sacanagem. Parabéns também aos seus amigos, ex amigos, anunciantes, ex anunciantes, colaboradores, ex colaboradores e, principalmente, a ninguém, já que ninguém lê o Perú Molhado.

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Nos últimos 32 anos...

N

Por Gustavo Garcia asceu O Perú Molhado. O príncipe Charles casou-se com Lady Diana. O Brasil, com uma seleção mágica encantou pela maneira envolvente de jogar, mas perdeu a chance de ser campeão mundial ao tombar para a Itália, em 1982, no que ficou conhecido como “A Tragédia do Sarriá”. O álbum Thriller vendeu mais de 104 milhões de cópias e a Argentina tentou reivindicar as Malvinas.

O Regime Militar no Brasil chegou ao fim após 21 anos de ditadura, e as eleições diretas para presidente da república retornaram. O Perú entrevistou exclusivamente Brigitte Bardot, o grande símbolo sexual da década de 50. Maradona pôde mostrar sua arte, e se tornou o maior anti-herói da história do futebol com “La Mano De Dios”.

A União Soviética foi extinta, o muro de Berlim caiu, e os novos meios de comunicações diminuíram as distâncias, ao mesmo tempo em que as maquinas estão cada vez mais substituindo os homens. Chernobyl chocou a todos. A AIDS começou a nos assolar e Cazuza e sua “vida louca, vida” nos

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ensinou poesia. Perdemos Ayrton Senna do Brasil. O Rei do Pop, Michel Jackson, polêmico como sempre, também abandonou o plano espiritual, assim como Jorge Lafond, Chico Anysio, Hebe Camargo e o mestre Telê Santana. João de Deus abriu as portas da Igreja Católica e estabeleceu relações contra outras religiões. Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul, assim como Obama nos Estados Unidos quase uma década mais tarde. Búzios conseguiu emancipar-se e a busca implacável pelo petróleo estremeceu e continua estremecendo fronteiras. O Perú molhado se tornou semanal. Cuba, mesmo abandonada pelo resto do mundo, erradicou doenças e surpreendeu na medicina, contudo, começou a ceder para o Tio Sam quando Fidel, por problemas de saúde e idade avançada, abandonou o cargo. Harry Potter ganhou seguidores, Titanic e Senhor dos Anéis dominaram a “sétima arte”. George Bush e os E.U.A financiaram tiranos enquanto lhes foi viável. Saddam Hussein foi deposto, condenado à morte e executado na forca com direito a filmagem. Os temores contra o terrorismo cresceram no “11 de Setembro”. Osama Bin Laden, ter-

rorista para uns, libertador para outros, foi caçado e morto pelos seus atentados. Sofremos com a frieza e a inteligência de Zidane, porém, Romário e Ronaldo nos conduziram para mais dois triunfos nas Copas de 94 e 2002, respectivamente. O RPM surgiu, fez sucesso, se separou diversas vezes e agora está junto novamente. Em um mundo onde o pensar em si, pelo menos ao que parece, está mais aflorado, surgiram às reuniões para preservação do planeta. Ricky Martin assumiu, finalmente, que é morde fronha. A ovelha Dolly foi clonada e Lula conseguiu chegar ao poder. Dançar créu virou cultura nacional. Plutão abandonou o “status” de planeta e as pessoas passaram a dar uma “espiadinha” na vida dos outros com a banalidade da cultura BBB. Ser gay entrou na moda e as relações matrimoniais foram estremecidas. O Iraque foi invadido por puro imperialismo e a China atingiu crescimentos econômicos sem precedentes. As pessoas passaram a aceitar mais suas relações recíprocas e o jeans rasgado invadiu o mercado. Padres começaram a ser recriminados pela Igreja por abusarem de meninos.

O Facebook foi inventado e Dilma Rousse-

ff foi eleita à primeira presidenta do Brasil.

Ivan e Karla se casaram e passaram a morar em Búzios. O mundo não acabou em 2012.

Cabelada viajou para Londres para cobrir as Olímpiadas, e Phelps, o maconheiro, quebrou o recorde de medalhas de Larissa Latynina. Jornais impressos tradicionais fecharam as portas. O Corinthians foi campeão da Libertadores e o sul-coreano Psy bateu os recordes de visualizações no Youtube com sua crítica a Gangnam Style. Lance Armstrong venceu sete Volta da França, mas foi banido eternamente do esporte por dopagem bioquímica. Bento XVI renunciou ao posto de Papa em pleno carnaval...

Esses e muitos outros fatos marcaram a história do planeta nos últimos 32 anos, e foram descritos e narrados pela mídia em geral, mas, certamente, todos esses e muitos outros acontecimentos não teriam sidos transmitidos com tamanha irreverência e de maneira tão descontraída sem O Perú Molhado, que alegra e informa você desde 1981. Por isso, um salve ao jornal mais tradicional de Búzios e os 32 anos de história narrados em suas páginas!

De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

TI CA

T LI Á AP GR

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Leia O Peru Molhado no tablet Baixe as edições através do aplicativo O Jornaleiro e experimente

Minha relação com o Perú O Perú já estava lá

Por Muchacho Bicho Doido – Repórter investigativo e babá do Marcelo Eu Muchacho¹ hoje faço parte do quadro de intelectuais do jornal O Perú Molhado. Estou perdendo a sanidade porque meu telefone toca ás 7 horas da manhã, e é sempre o Marcelo me apressando para irmos fazer mais umas fotos, reportagens, ou até mesmo apenas para comprar pão para ele. Hoje já sei que a correria vai começar. Me manda sair para fazer alguma coisa e minutos depois já está me ligando para saber onde estou. No fim do mês a conta de telefone vem com o meu número de cima a baixo. Muitas vezes sou eu que distribuo o jornal e é a minha cara que fica na reta e nem sei dizer quantas vezes quase apanhei por isso. Assim é o Perú.

¹Muchacho também é motorista particular do Marcelo, além de confidente, braço direito e esquerdo (às vezes também é as pernas) além de office boy .

O Perú é reconhecido em todos os cantos!

Por Gustavo Garcia

N

a última terça-feira (12), enquanto eu desfrutava de mais um dia de carnaval no Rio Janeiro, no bairro Gustavo e do Leblon mais especificamente, acompanhado por amigos e uma amiga, a Marcella Silva, que chamava a atenção de todos os foliões do local, tive a oportunidade de conhecer dois colegas, o jornalista e o fotógrafo de um jornal que circula somente nos bairros do Leblon e Ipanema. Tudo começou quando um deles pediu para fotografar minha bela amiga, já que estavam escolhendo somente as lindas moças que curtiam a folia na localidade. Entre um bate-papo e outro, assumi minha identidade de repórter d’O Perú Molhado. E mesmo estando sem camisa, de bermuda, chinelo e embriagado, fui muito bem acolhido

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pelos meus companheiros de profissão. Eles instantaneamente reconheceram o jornal, elogiaram bastante a irreverência com que o mesmo é feito e o diferenciado trabalho realizado, e ainda Marcella mandaram um grande abraço para o nosso editor Marcelo Lartigue e nossa diretora comercial Alessandra Cruz, que, segundo eles, tiveram o prazer de conhecer em uma situação oportuna. Infelizmente, no calor do momento e da distração pela festança, acabei me esquecendo dos nomes dos camaradas que me acolheram naquela situação. Contudo, foi uma grande satisfação e surpresa – eu não sabia o quão tradicional o jornal é fora de Búzios - ver O Perú sendo reconhecido e fazendo sucesso em plena a bagunça de carnaval na Cidade Maravilhosa.

Abigail Vasthi

Faz tempo que aqui cheguei Nesta aldeia à beira-mar.

Tantos anos que nem sei ... É difícil de contar.

“Búzios era divina, Deserta, calma, menina” E O Perú já estava lá.

Tinha sede, ponto e tudo, Computador, o escambau.

Miriam, Marcelo e Aníbal Se divertiam fazendo De sua vida um jornal.

Não era bem um jornal, Era só uma brincadeira, Irreverente, gostosa, A ninguém fazendo mal.

E O Perú já estava lá, Se chamando de JORNAL. “O tempo levou consigo A aldeia à beira-mar.

Deixou com a gente a lembrança Que não se deixa apagar”.

Mas O Perú já estava lá.

“A gente lembra até hoje Do Maia, Raul,Le Stregue Do Cheval, da Marouelle, Posta-Restante, Estalagem, Do La Nuance, da Alba, Maria da Maré Mansa Mansa amiga que se foi, Do Takataka beleza (Em seu lugar que tristeza)”

Quanta gente assim querida Quanta coisa assim perdida Que já ficou lá pra trás : O Perú registrou tudo, Nada deixando escapar, O Perú estava lá.

O tempo passou passando Trinta e dois anos marcados Por dores, festas e perdas, Que não se pode contar: O Aníbal não volta mais, Miriam seguiu seu rumo, Sandro sumiu cansado, A vida seguiu andando No seu caminho marcado Sem esperança no mundo.

Mas O Perú continua, Fazendo seu ritual, Sem dinheiro, sem vergonha, Marcelo, mesmo doente, Lutando sempre contente, Ainda segura o pau Dessa bandeira “indecente”.

E esse Perú Molhado, De tanta luta cansado, Ainda é único aqui Que persiste, informa, insiste, Como um luzeiro, um sinal, Sinalizando o caminho, Da nossa aldeia, seu ninho, Nosso querido jornal.

De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

Eu e o Perú O Perú é só alegria

O

Por Hamber Carvalho

Por Alessandra Cruz

eu primeiro contato com o Perú aconteceu no ano de 2000, quando fui entrevistado por Marcelo Lartigue, como então presidente do PT e responsável pela implantação do Orçamento Participativo no governo Mirinho Braga, uma vez que o partido havia feito parte da coligação que o reelegeu prefeito.

A entrevista começou mal humorada, uma vez que exigi que fosse gravada pra que não fosse sacaneado por Marcelo, como até hoje é habitual na redação.

Se o texto foi a reprodução fiel da entrevista, o mesmo não pude dizer das fotografias, providencialmente distorcidas por Alan Câmara, assemelhando minha imagem a Bin Laden.

Pouco tempo depois passei a ser colaborador do jornal, condição que permaneço há 13 anos pois grana que é bom nada. Não fosse a comida de cadeia que é servida na redação, depois que Sandro Peixoto foi embora, nosso chef de cuisine oficial, teríamos que nos contentar com pipoca doce, guaraviton e os queijos fedidos que Marcelo adora comer enquanto fecha o jornal.

Mas isso é apenas um detalhe, para um periódico que sempre se propôs a ser tudo, menos um jornal, na concepção burguesa da palavra.

Acho que o Perú é isso mesmo, um veiculo onde é gravado o lado oculto dos fatos que o sistema procura camuflar, como o faz a imprensa convencional, com seus textos bem enquadrados.

O Perú tem um magnetismo todo especial, pois quem gosta não perde uma edição e quem odeia, faz questão de ler pra saber se seu nome foi mencionado em suas

que dizer, o que falar, repetir tudo que digo todos os dias, o Perú faz parte da minha história e da minha decisão de ser jornalista.

Fazer com que o jornal siga semana a semana é minha missão , viabilizar as contas, gerar os salários , buscar parceiros tudo isso faz parte da minha função.

Que realizo a cada semana com muita dedicação. Aprendo a cada dia com as pessoas que conheço através do jornal.

Hoje estou doida, tentando convencer os parceiros do que representa a festa do Perú para a cidade. Por que fazemos esta bagunça ano a ano, será que apenas queremos mostrar que ainda estamos vivos?

Na verdade a festa representa para o Perú a retribuição de tudo que recebemos no ano.

M

Hamber está bombado e bombando.

Foto Alan Câmara

páginas. Neura pura, onde não há Rivotril que resolva.

Sem vergonha, como ele só, o Perú é bem a cara da política brasileira e local, amado e odiado por quem está no poder e odiado e amado por quem está na oposição.

Por ser hipócrita, o Perú consegue desvendar toda a hipocrisia que se esconde no discurso fácil dos militantes de ultima hora, detentores da verdade e da moral absoluta.

Por ser porrado da cabeça, consegue distinguir com facilidade os bipolares que se escondem nos cargos públicos e na sociedade, a tagarelarem normas de conduta e soluções interplanetárias para a cidade, acomodados no conforto e segurança de seu mundinho excêntrico. É assim mesmo, um jornal de todas as tribos, uma Maria que vem com as outras, pois ir com as outras não dá grana, nem status, nem muito menos Ibope.

O Perú não é um jornal sério, e nem poderia ser, com os exemplos a rodo de pessoas e instituições que maculam o cenário publico e político local e nacional.

Passados 13 anos que estou no jornal, aprendi a conhecer os dois lados do balcão. Um não me assusta, pois é a realidade do dia a dia que entra na redação.

Já o outro lado tenho minhas reservas, com a facilidade com que o ser humano muda de de sorriso e de opinião.

De 22 fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

Confraternizar com toda a cidade e colocar pra fora tudo, todo sufoco, toda s dificuldades todas as alegrias e a sensação de dever cumprido.

Erramos, acertamos, ajudamos e muitas vezes atrapalhamos aqueles que tem interesses acima do bem da cidade , tentamos fazer das páginas do Perú a voz de Búzios.

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Cine Bardot - O VOO. Pais: EUA. De: Robert Zemeckis Com: Denzel Washington, Don Cheadle, Kelly Reilly.

Dias: SEXTA 21:00 / SÁBADO 21:30 / DOMINGO 19:00.

O MESTRE. Pais: EUA. De: Paul Thomas Anderson.

Com: Joaquin Phoenix, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams. Dias: QUINTA 21:00 / SÁBADO 19:00 / DOMINGO 21:30. Ingresso: INTEIRA: R$ 20,00 MEIA : R$ 10,00. Valor do 3D - INTEIRA R$ 22,00. MEIA: R$ 11,00. www.viladomar.com/cinebardot / Tel: 22 26231298.

Artes Plásticas Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151.

Vilmar Madruga – Atelier com exposição permanente da obra do artista. Porto da Barra. Tel.: 2623-7452 Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795 Lula Moraes – Rua A - Lote 3 - Alto de Búzios. Tel: 2623-5744.

Atelier Flory Menezes - Rua das Pedras 168 lj 8 Búzios (26230264 - 9994-7831). www.florymenezesescultura.com Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 92230457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 92096364. julian23artistaplastico@hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.

Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº.

09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. sergiojoppert@hotmail. com. (21) 9559-0014 Eduardo Pieretti Atelier - Rua da creche Barbara Writh, Parque das Acácias. Tel: (22) 2623-6179 Atelier Maremato do André Cira - Tel 22 26291351 - acira@wanadoo.fr Artista plástica Argina Seixas. Endereço: Centro Hípico de Búzios - Marina Porto. Horário de funcionamento: 10:00 às 18:00. Telefone contato: (22) 8843-6604 Ana Colombo - Na Galerida da Vimolagos

Comidas & Shows Sushi Jardin. Aberto de terça a domingo a partir das 18h La Spaghetteria da Mimi - Almoço executivo de quarta à segunda, das 12h ás 17h. O melhor lugar para sua festa.

Praça Santos Dumont, 255. Tels: 2623-4764 / 2623-3000 / 2623-4439.

Barceloneta - Todas as terças festival de tortillas espanholas. No sábado tem feijoada. Reservas tel.: 26230035

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O filme do Perú

Cinema

Dr. André, Jaguar, João Cândido Portinari, Lula Vieira, Eduardo Dusek e Geraldinho Dutra, Ricardo Amaral, Marcelo e Anibal fazem parte do elenco do filme

O

Por Milton Alencar filme está em fase de finalização, e pra isso, preciso de dinheiro, pois, já gastei algo em torno de 50 mil reais e alguns centavos do Marcelo... Agora é necessário que os empresários, o poder publico e todos aqueles interessados em conhecer e imortalizar o mais antigo jornal da região, representante de uma geração de jornalismo muito importante para a formação de nosso povo, e em particular da nossa região, nos ajude. O Perú faz parte da historia de Búzios... Foi peça fundamental na emancipação do munícipio e na eleição dos prefeitos. O novo governo está mais preparado para entender a importância desse trabalho e com certeza vai se tornar parceiro do filme “UMA HISTÓRIA DO PERÚ”.

Esperamos muito um governante sem vícios e com um grupo de secretários afinados, com um discurso de transformar a cidade. Decidimos esperar a mudança de governo para então conversar com governantes, empenhados numa BÚZIOS diferente. Ainda bem que venceu quem tinha que vencer. Quero assinar o filme com a prefeitura de Búzios, entendendo que, estamos fazendo uma obra importante e que vai divulgar a cidade por características ainda não exploradas pelo poder público.

A morte do Marcelo - tão esperado pelos realizadores do filme - seria o máximo. Sandro com toda sua experiência de coveiro enterraria e nós faríamos à sequência final... Marcelo deu um depoimento afirmando que não quer ajuda da prefeitura no momento final... O jornal vai pagar tudo: enterro, velório, caixão, flores etc... Mas decidimos não esperar. Já perdemos no processo grandes amigos (Aníbal... Cláudio etc.) e queremos apresentar o filme ainda em vida pra todos os outros. Importantes personalidades das nossas vidas nacional e regional. PRECISAMOS DE DINHEIRO JÁ...

A ANCINE não entra com dinheiro... A agência reguladora nos capacita a buscar dinheiro de incentivos fiscais no mercado. Agora podemos oferecer pra todo mundo, inclusive pessoas física, a possiblidade de serem parceiros do filme permitindo que uma parte (3%) do seu imposto de renda possa ser destinada para a produção, e assim virar sócio. Temos conta no banco aberta pelo governo para a agência confirmar que nosso trabalho está apto a buscar dinheiro e incentivos... E isso nos deixa muito feliz.

Fazer cinema no Brasil é foda.

De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

A origem, o sucesso e o legado dos

Rolling Stones e do AC/DC

TexTos reveladores, carTazes de shows, foTos de basTidores e muiTas ouTras relíquias em dois livros indispensáveis aos amanTes do rock’n’roll.

O Secretário de Esportes Thiago Costa e Kadado Gerente de Esportes Náuticos visitaram o Yate Clube do Rio de Janeiro onde foi realizado o pré-olímpico Windsurfe sendo representado por atletas buzianos .Os atletas buzianos participantes são Yago Honório, Felipe Beltran e Albert Carvalho.

BÚZIOS RUMO A 2016!

Av. J. B. Ribeiro Dantas, 815 - Salas 7 e 8 - Portal da Ferradura (22) 2623-6393 / (22) 9235-2464 - semis-Búzios@uol.com.br 20

De 22 de fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

O Smirnoff ainda não tem cinco anos.

Sumiu há duas semanas.

Ele é um cão muitíssimo manso, muito brincalhão, gosta muita das crianças, ladra pouco, mas pode vir a latir muito quando outros cães se aproximam do nosso portão, corre e nada incansavelmente (além de ser capaz de retornar ao mestre o objeto/bola lançado) Telefones de contato: Casa (praia do canto): 2623-2538 / Jeferson (caseiro): 22-9929-9661.

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Tabelião e Oficial Titular

gerava energia elétrica para Búzios

Morreu Dinho, o homem que

O Smirnoff está sumido!

Como era a usina que gerava energia pra Búzios?

Eu que botava o motor pra funcionar. Fiquei lá uns trinta e poucos anos. A Usina era alí em frente do hotel Atlântico. Parecia um prédio. Funcionava das seis da tarde até meia noite. O motor funcionava a diesel, era um Caterpillar. Depois era uma treva só. O boi ta tá fazia a festa. Até lobisomen existia. Eu morava na praia Azeda, minha filha lêla levava janta pra mim na Usina. Depois fui morar nos Ossos, com papai, Cassiano e mamãe Eugênia. Em seguida fui cobrador de conta de luz. Depois fui morar perto da casa de “currina” em João Fernandes e hoje tô aqui no Mangue.

O senhor sente falta de que?

De quando eu era solteiro. A minha vida foi toda na pesca, nos barcos, Santos, Cruzeiro, Lutador e Vigilantes. Tive minha Carteira de Trabalho assinada em 1967 pela, “Centrais Elétricas Fluminense”, atual CERJ Rio, com duzentos e vinte e cinco Cruzeiros Novos. Porém, me aposentei mesmo como pescador. Tive 11 filhos. Rael, Gorró, Zaías Lêla, Zanir, Téia, Leir, Alex, Isnei, Gali (in memórian) e Lúcia. Tenho mais de 30 netos e bisnetos. Eu andava muito na “pacutia”(risos), eu era assanhado, pegava todas.

Namorei muito. Peguei uma médica daqui de Búzios, num quarto lá em casa nos Ossos. Ela fugiu, saiu correndo, correu muito com medo (risos). Depois vi que estava na hora de sossegar. Me casei uma vez só, com Rosa (in memórian), léco, lá na igrejinha Metodista dos Ossos. Com quem tive

11 filhos. Pescava muito na ilha de Âncora, “curicava” cavala, na canoa Vento Rosa. Eu e meu irmão João de Cassiana, na Ilha dos Gravatás, no Alagado. Por terra dos Gravatás tem uma pedrinha chamada Baú. No Ilhote, Inácio da Costa, por terra do ilhote. Pesquei no mar novo. Viajei esses mares fui até o sul de barco. Pescava em tudo que era lugar. Era muito pargo grande.

E a praia dos Ossos de antigamente? (começou a cantar “A cruz, foi a mais pesada….”)

A casa de mamãe era onde é hoje a casa de José Carlos Laport e sua esposa D. Nélida (os dois in memorian). Lá era a escala de peixe.

As pessoas se cumprimentavam, todo mundo se conhecia. Sei que a cidade cresceu e junto com esse crescimento muita gente de fora veio pra cá. Isso faz parte. Tudo que era bonito, peixe pescado levavam pra lá. Todo mundo com a roupa suja do sague do bonito. A gente passava o dia inteiro lá escalando peixe. Eu, mamãe e meus irmãos. A praia dos Ossos era do pessoal de Brás, toda a família morava lá. Meus irmãos Benil, João Cassiano, Boquinho, Izaías, Arja, Moça, também, até hoje tem família deles por lá. Minha irmã Arja, também ficou por lá um bom tempo. Parece que agora os filhos dela venderam o bar da corrente.

O que o senhor tem a dizer ao povo buziano?

“Ser fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.”

(Folha de Búzios)

OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, nº 2.000, Manguinhos Armação dos Búzios/RJ - CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 – adm@cartoriobuzios.com.br

PROCLAMAS DE CASAMENTOS

Neste Ofício estão afixados no local de costume, após a apresentação dos documentos exigidos pela Lei, os seguintes Editais de Proclamas de Casamento:

NELSON RANGEL DE AZEVEDO JUNIOR e MIRIAN QUEITE DA SILVA SANTOS; Brasileiros, solteiros. Ele, Motorista, filho de: Nelson Rangel de Azevedo e Marlene Souza Rangel.

Ela: Do lar, filha de: Lucas Pereira dos Santos e Francisca Lucineide da Silva Santos, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2038/13.

ROBERTO LUZ JUNIOR e MAURA LEITE DOS SANTOS; Brasileiros, solteiros. Ele, Autonomo, filho de: Roberto Luz e Maria Liene Queiroz Lima. Ela: Autonoma, filha de: Nicodemos Leite de Azevedo e Dilza Lopes dos Santos, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2040/13.

EDIVAN ALVES RODRIGUES e MARIA GORETH BARBOSA CARVALHO; Brasileiros, solteiros. Ele, Eletricista, filho de: João Batista Rodrigues e Eliza Alves Rodrigues. Ela: Cozinheira, filha

de: Jose Maria Carvalho e Tereza de Jesus Barbosa Carvalho, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2041/13.

IZIEL ALVES DOS REIS e EDNA MARTINS DA FONSECA; Brasileiros, Solteiros. Ele, Pedreiro, filho de: Joel João dos Reis e Izaurina Alves dos Reis. Ela:Camareira, filha de: Francelino Martins da Fonseca e Adenil da Silva Fonseca , ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2042/13.

JOÃO PAULO PEREIRA DE JESUS RAMOS e LUDIMIRIA GOMES DA SILVA RANGEL; Brasileiros, Solteiros. Ele, Vigia, filho de: João Batista de Jesus Ramos e Claudia Maria Pereira de Oliveira. Ela: Vendedora, filha de: Guilherme Rangel Campaion e Marilza Gomes da Silva Rangel, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2043/13.

Armação dos Búzios, 21 de janeiro de 2013.

Quem souber de algum impedimento, acuse-me.

Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente, a extraí.

De 22 fevereiro a 1º de março de 2013 – O Perú Molhado

21

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