O Perú Molhado

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PREÇO SUGERIDO: R$ 1

De 20 a 27 de abril de 2013 • Edição 1137 • ANO XXXIII • www.operumo­lha­do.com.br

Racismo em Búzios

Boston

Programa da Mulher na Rádio Litoral

O MAIOR JOR­NAL

Págs 3, 4 e 5

Casamento Homossexual

BÚZIOS

Rei de Búzios

Págs 6 e 7

Mídia impressa ou digital?

Págs 16 e 17

Chef indiano visita o Perú

Pág. 10

Pág. 9

Um jornal cego, surdo e mudo


CARTA ABERTA AO PREFEITO DE BÚZIOS

Editorial

Eu sou um morador da rua Otacílio Gonçalves de Faria. A rua está em mau estado de conservação. A rua está cheia de buracos, tornando-se um perigo para os habitantes. A rua está cheia de sujeira e de ervas daninhas que dificultam o caminho para os habitantes. Para não mencionar o perigo da dengue, dada pela sujeira e água podre. Eu fiz várias intervenções com os órgãos competentes: Secretaria de Obras Públicas, (Sr. Geraldo): Eu apresentei uma denúncia, assinada por todos os moradores, entre outros, todos os seus eleitores, queixa peronalmente trazido por mim e entregue na mão de: Secretário Gabinete (Dr. Marcelo): Pessoalmente penso que os habitantes da rua, e principalmente as crianças que lá vivem não merecem viver esta situação lamentável. Espero que com esta minha carta possa ser capaz de ter o seu interesse e esperança para uma possível melhora da situação. Esperando sua resposta. Receba os meus melhores votos para o seu trabalho.

Há racismo em Búzios?

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Francesco Mascia

DESALENTO Estou com vergonha do Brasil. Vergonha do governo, com esse impatriótico, antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder. Vergonha do Congresso rampeiro que temos, das Câmaras que dão com uma mão para nos surrupiar com a outra, políticos vendidos a quem dá mais. Pensar no bem do País é ser trouxa. Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas estatais, Petrobrás, Eletrobrás e outras, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a serviço de uma causa só, o poder. Vergonha de juízes vendidos. Vergonha de mensalões, mensalinhos, mensaleiros. Vergonha de termos quase 40 ministros e outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva, enquanto brasileiros morrem em enchentes, perdendo casa e familiares por desídia de políticos, se não desonestos, então, incompetentes para o cargo. Vergonha de ver a presidente de um país pobre ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos (onde está a nossa guerrilheira, era tudo fantasia?). Vergonha da violência que impera e de ver uma turista estuprada durante seis horas por delinquentes fichados e à solta fazendo barbaridades, envergonhando-nos perante o mundo. Vergonha por pagarmos tantos impostos e

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nada recebermos em troca - nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a população que forçosamente tem de ir à luta. Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada inflação. Agora pergunto: onde estão os homens de bem deste país? Onde estão os que querem lutar por um Brasil melhor? Por que tantos estão calados? Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza. Até quando isso vai continuar? Até quando veremos essas nulidades que aí estão sendo eleitas e reeleitas? Estou com muita vergonha do Brasil. RUTH MOREIRA - São Paulo

BÚZIOS NÃO É MAIS TERRA DE NINGUÉM... Eu e muitos outros empresários de Búzios, Mario Bulhões (Pacha), Fernando (Renascimento), Flavio (Zapatta), Leo (Captains), e mais um monte, compactuamos com o pensamento do nosso prefeito. Essa semana Dr. Andre nos externou o que pensa sobre o eventos em Búzios. Nos dis-

se que tem muito interesse que Búzios tenha muitos eventos que atraiam turistas de qualidade. Que esses esforços tem que ser distribuido ao longo do ano, na época de baixa, não somente nos feriadões e verão. Que Raves são eventos que não interessam ao município. Nós pensamos da mesma maneira. É muito fácil fazer eventos nas datas onde estamos lotados. O que acrescenta? Só serve para tirar os recursos dos empresários que aqui estão todos o ano, amargando a nossa realidade de baixa, pagando impostos e gerando empregos. No meu caso, o do Privilège, seria muito mais fácil abrir nas datas boas, como se fosse eventos. Mas estaria certo? O certo para mim é lutar para trazer turistas nas datas difíceis, além de trazer entretenimento a população de Búzios e toda a Região dos Lagos. Só para dar um exemplo de como lutamos arduamente para isso, sábado passado o Privilège trabalhou com 1.100 clientes. 27% de Búzios, 31% da Região dos Lagos 41% de fora, principalmente Rio e Niterói. Esse sábado agora, vejam os esforços. A Pacha faz seu aniversário, o Privilège os 5 anos do projeto Guest, que fazemos em parceria com produtores de Niterói, todos com boas e caras atrações. Esses dois esforços somados vão trazer

muitos para Búzios. Ganham todos, hotelaria, restaurantes, comercio em geral. Búzios sempre pareceu terra sem dono. As pessoas montavam seus evento em Búzios e nem tinham a preocupação de avisar a prefeitura. Acostumados a essa prática de 17 anos, o mesmo está acontecendo agora. Lançaram uma Rave para 1o de junho, feriado de Corpus Christi. Vejam bem, nosso último feriadão até 15 de novembro. A última chance do buziano de fazer uma boa receita antes desse 2o semestre sem os feriados tradicionais. Pois bem, lançaram essa Rave em um pasto de fazenda, abriram venda, só “esqueceram” de avisar a prefeitura. Nunca vi isso acontecer em nenhum outro municipio. Mas agora parece que vão quebrar a cara com esse novo governo. O Prefeito já avisou que não irá acontecer. É isso aí, Búzios não é mais terra de ninguém. Pela 1a vez vejo os empresários se unirem para expressar suas vontades, seus pensamentos e suas dificuldades. Pela 1a vez vejo empresários buzianos unidos por uma única causa, ajudar a pensar junto com a equipe do Dr. Andre, e com toda a sociedade, a nova Búzios que todos nós precisamos. Octávio Fagundes

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Boston,

Antiamericanismo, Testemunhas Oculares Brasileiras, e Barulhão em Búzios Por Mark Zussman

Ilustração roub

ada da Revista

Piauí

N

ão quero que os leitores do Perú Molhado achem que eu, nascido nos EUA e ainda cidadão dos EUA apesar de quase 11 anos em Búzios, só penso nos EUA. Se eu escrevo às vezes nestas páginas sobre assuntos norteamericanos, é só porque o Marcelo me pede para fazer isso, ou seja, ele me trata como o seu comentarista especial sobre assuntos vermelho, branco e azul, ele me guetoiza. Para que ninguém se engane, cito o email que acabo de receber do Marcelo numa terça-feira de noite enquanto cuidando da minha própria vida e preocupado, sobre tudo, com irritantes totalmente locais, principalmente vizinhos que infernizam as nossas vidas alugando a sua casa para bandos de baderneiros que varam a noite com festas de arromba e, na quinta-feira da semana retrasada, até com alto falantes profissionais montados ao ar livre e um DJ. De novo, para que ninguém se engane, cito, e com a ortografia original marcelino-argentina intata: “PERU MOLHADO. Alo mark aki marcelo, um tempao que nao os vejo, por isso me trevo a te pedir uma colaborazao fantastica, trata se das bombas em boston, o “nosso papa” disse que foi uma violenza sem sentido, ouseja podemos falar de violenza com sentido? alias parece que foram os proprios americanos que fizeram o atentado....posso contar com um pequeno texto, ou estenso, o que for, de tua autoria? . . . o peru molhado fecha quinta meiodia. . . . obrigado, abs, marcelo.” OK, primeiro item, nada tendo a ver com Boston — cada vez mais eu detesto o jornal Primeira Hora. Nunca li um jornal mais vil, mais desconfiável, mais mentiroso, mais mal escrito. Agora que o Primeira Hora é oposição e não mais situação, eu não entendo porque pessoas e entidades respeitáveis continuam a anunciar nesse veículo monstruoso. A lama, que é o elemento natural desse Primeira Hora, só respinga e conspurca qualquer pessoa que se associa com ele. Continuo pensando, entretanto, que o Perú Molhado, esse “tablóide local,” como sempre fala o PH, é um dos jornais mais brilhantes do mundo — um de talvez uma meia dúzia — e o Marcelo talvez o editor mais inventivo e criativo que já conheci, e eu já conheci e trabalhei com uma grande parte do estrelato editorial norteamericano e europeu também. (Quer os nomes? É só perguntar quando cruzarmos na rua.) Confesso, contudo, que gostava mais do Perú Molhado na época em que o grande Sandro Peixoto escrevia mais ou menos a metade do jornal todas as semanas sozinho. Nunca entendi como uma pessoa com estudos tão precários conseguiu ter uma visão tão abrangente do mundo e um estilo tão vigoroso, às vezes indignado e justo, às vezes “O brasileiro presenciou tudo, levou um susto, voltou ao hotel, e agora voltará a Belo Horizonte assim que possível.” tenro, às vezes até sentimental. Mas ele tinha. O que me preocupa desde que o Sandro saiu é o surgimento nestas páginas de um antiamericanismo juvenil, se não infantil, sobre tudo nas peças de opinião e até nas quase-reportagens de Gustavo Garcia. Nada contra um antiamericanismo ponderado e inteligente. Quem me abordar a uma determinada hora da noite ou da madrugada descobrirá que as minhas dúvidas com respeito aos EUA são tão grandes como as suas e, além disso, muito mais evoluídas e detalhadas. Mas o antiamericanismo do Gustavo é simplesmente juvenil e automático, e não quero cair numa armadilha armada pelo Marcelo de uma forma tal que eu, numa página, falo com circunspeção e sisudez e, na página oposta, o Gustavo manifesta o seu desejo fervoroso que toda a burguesia do mundo morra o quanto antes. Boston. O que o Marcelo não podia saber é que eu nasci lá, especificamente em Cambridge, e ainda tenho muitos familiares lá. Como a minha única contribuição verdadeiramente jornalística ao debate, transcrevo um email que recebi na terça de manhã de um primo que mora em Brookline: “Thanks. I dropped Jill and the six year old at the Public Garden this morning to feed the ducks. There was an armored car and Humvees with machine gun mounts across the street on the Boston Common.” Na verdade, eu inicialmente acompanhei o horror da

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segunda-feira da mesma forma que vocês, ou seja, pela televisão brasileira, e a coisa que mais me impressionou foi, como sempre, o número de testemunhas oculares brasileiras sempre prestes para serem entrevistadas por Marcos Uchôa ou Kovalick ou Losekann ou, no caso atual, por Jorge Pontual ou a sempre adorável Elaine Bast. Em situações como a desta semana, os brasileiros sempre são entrevistados um por um, e sempre sabemos, quando os próprios brasileiros não figuram entre as vítimas, que cada um deles levou um susto e voltou ao hotel. E vai voltar a Belo Horizonte (ou, conforme o caso, Porto Alegre) assim que possível, e talvez antecipadamente. Eu acho o número de testemunhas oculares brasileiras mundo afora uma das maravilhas dos tempos modernos e sempre vou a cama com uma sensação de segurança sabendo que, se um vulcão acabar com Islândia durante a noite ou um pássaro morrer em Tombuctu, posso contar com Uchôa e Losekann e Kovalick para localizarem o brasileiro que presenciou tudo, levou um susto, voltou ao hotel, e agora voltará a Belo Horizonte assim que possível. Marcelo escreveu (e cito mais uma vez), “alias parece que foram os proprios americanos que fizeram o atentado....” É mesmo? Quando eu trabalhava na revista Esquire na década de 70, observei que a correspondência interna era, frequentemente, muito mais interessante do que as coisas que publicávamos. E esta comunicação do Marcelo me lembra essa velha constatação minha. Com certeza, os EUA produzem os seus próprios malucos num ritmo tal que a possibilidade de um terrorista por assim dizer caseiro não pode ser descartada. O amadorismo do atentado, se a palavra pode ser perdoada, também sugere um nativo, talvez um militante antiaborto, talvez um militante antiimigração, talvez um militante anti-feminista ou anti-antiestupro, sei lá. As conexões estariam forçadas e escusas, mas os malucos, além de serem desajeitados e afobados, vêem conexões e correspondências que nós outros perdemos. Só uma coisa. Na terça, o Web site do Globo colocou uma manchete berrante sobre a revista, pela polícia, do

apartamento de um cidadão saudita nos arredores de Boston e mais do que uma insinuaçãozinha que o caso tinha sido resolvido. Eu me perguntava, Como é que o Globo tem acesso a um furo dessa magnitude mas não o New York Times, que continuava com manchetes brandas e evasivas. Mas não é nada disso. É só que o Times é mais cauteloso e, por mais difícil que seja, talvez o Marcelo também pudesse esperar um pouco antes de tirar suas conclusões. Mas sabe onde Barbara e eu estavamos enquanto pregos e esferinhas de metal, saindo de panelas de pressão, acabavam com três vidas e mutilavam dezenas de outras pessoas em Boston? Estavamos na delegacia em Ferradura para fazer um registro de ocorrência contra os vizinhos que estão alugando a casa deles para esses bandos de hooligans que tocam essa “música” bate-estaca noite adentro e, como resultado, todo mundo em nossa casa passa noites em claro e algumas vezes evacuamos para passarmos a noite em casa de amigos ou numa pousada. Fomos, aliás, atendidos muito bem e com muita simpatia pelo Inspetor Wagner Lopes. Ainda tem pessoas super-admiráveis neste mundo. Agradecemos. Mas o dono da casa, que mora em Viena, na Áustria, tem o mau hábito de responder às nossas queixas dizendo que Búzios é inerentemente um lugar barulhento, qual então o nosso problema? O Inspetor Wagner nos assegura que o dono da casa ou os agentes dele aqui em Búzios serão intimados para prestar esclarecimentos. Mas, apesar disso, há indicações que haverá mais umas festas descontroladas neste fim de semana e no fim de semana seguinte; o site pelo qual a casa é alugada tem um calendário com esses fins de semana bloqueados e o dono da casa não desmente. Pelo contrário, afirma. Se duas or três dessas milhares de testemunhas oculares brasileiras rodeando o mundo constantemente planejarem, por acaso, ficar em solo nativo nos próximos dias e se quiserem levar sustos aqui mesmo em Búzios, antes de voltarem ao hotel, etc., venham por favor vigiar conosco. No futuro, os seus depoimentos serão muito bem-vindos na delegacia ou no fórum.

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Essa bomba é uma Boston Por Rafael Peçanha

P

erguntaria o filósofo: é possível um povo viver diariamente a expectativa de algo que lhe seja doloroso? Sim. O caso americano é emblemático – o evento que um americano mais espera (no sentido de entender ser o mais possível de acontecer), é, exatamente um atentado terrorista. Como um japonês espera um terremoto, um italiano espera uma erupção vulcânica, um brasileiro espera um deputado sacana e um argentino espera perder para o Brasil na Copa (desculpa Marcelo), o americano acorda temendo uma bomba. A bomba de Boston, portanto, foi a materialização de um medo constante e corriqueiro da vida estadunidense. É um daqueles acontecimentos que todo mundo acha que pode acontecer a qualquer momento, mas ninguém quer que aconteça. Há uma neurose americana em torno de ataques terroristas, ao ponto de um dos canais de notícias do país, ao exibir a reportagem sobre o fato, demonstrar surpresa, pois “nenhuma órgão da segurança americana detectou a possibilidade de um atentado em Boston naquele dia de maratona”. Precisava dizer? Se o atentado ocorreu, é porque ninguém o previu, se não, ele não teria acontecido, por ter sido evitado. Ou não, querida Mãe Diná? Há instituições específicas que trabalham apenas com “previsões” de atentados terroristas nos Estados Unidos. Há revistas especializadas no tema. Há ONG’s voltadas para o assunto, eventos, congressos e tudo mais. Depois do histórico 11 de setembro, o terrorismo tornou-se o que Satanás passou a ser para o Cristianismo medieval: aquilo que tememos e queremos evitar, mas, ao mesmo tempo, o assunto que mais falamos e estudamos. O terrorismo, enquanto movimento não-organizado e presente em todo o mundo – ou seja, não falamos aqui apenas do terrorismo islâmico – vem ao encontro de tudo o que a imprensa, a política, e a cultura norteamericana apreciam. Nesse sentido, o estadunidense é um prato cheio para qualquer homem-bomba, ou homens que soltam bombas, ou ainda, que gostam de bombas. Explico-me: não faz sentido um atentado à bomba sem impacto no noticiário, pois o único sentido de atacar os EUA é fazer o ataque repercutir no mundo inteiro, para que seja divulgada a “guerra” contra a cultura “mundialmente opressora” daquele povo (assim dizem os terroristas). Ora, nesse sentido, não há nada que a imprensa americana goste mais do que noticiar atentados, afinal, é o tema que mais vende notícias no

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país. E quando há demora em identificar um culpado, rapidamente um grupo terrorista assume a autoria, talvez, mesmo sem ter nem pensado em atacar, porque sabe que o nome do grupo será amplamente divulgado na imprensa daquele país, que adora, como dissemos, dar notícias sobre um atentado, porque vende – e muito. Assim, alguns grupos terroristas matam a cobra e mostram o pau, mesmo sem ter chegado perto da cobra, nem utilizado o pau. Sem duplo sentido, claro. De igual maneira, se o objetivo do ataque terrorista é divulgar a campanha anti-ame-

ricana, nada melhor do que soltar a bomba em um grande evento, de repercussão mundial, ou ainda, em um lugar que seja famoso em todo o mundo. E não há lugar no planeta com mais eventos e locais mundialmente conhecidos do que os Estados Unidos da América: Maratona de Boston, Worl Trade Center, Pentágono, etc. Maravilha. O país do Obama, portanto, é tudo que um terrorista deseja: medo generalizado antes da bomba; imprensa maciça após a bomba; eventos e lugares passíveis de serem atingidos para tornar o atentado famoso. O americano, assim, é, para o terrorista, o que é a

passarela para a modelo, o carro veloz para o piloto, o passe perfeito para o artilheiro. E não há esperanças de mudança, pois a imprensa e o povo americano não “mudarão de cultura” de um dia para o outro – muito menos o terrorista. É possível que, infelizmente, em alguns anos, o impacto de uma notícia de atentado à bomba nos EUA se torne tão “comum” quanto as notícias de conflitos e mortes na Faixa de Gaza e no Oriente Médio em geral. A popularização da indiferença está chegando do outro lado do Atlântico.

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Quanto vale a vida de um buziano?

Por Denis Kuck

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pós quantas mortes os humanos deixam de ser indivíduos para se tornarem estatísticas? Milhões, como no holocausto? Milhares, como no tsunami de 2004 na Ásia? Centenas, como tragédia da Serra? Nesta segunda-feira, as explosões de duas bombas durante a realização da Maratona de Boston mataram três pessoas. Sabemos os nomes delas e suas idades: uma das vítimas, por exemplo, era uma criança de oito anos. O horror. Neste mesmo dia uma série de atentados no Iraque deixou mais de 50 mortos. Mas quantos foram exatamente, afinal? E alguém se importa? Difícil saber: as informações vindas do país são confusas e cada lugar reporta um número diferente de mortos. Os fatos nos Estados Unidos mereceram uma atenção exaustiva da imprensa: jornais, televisões e site noticiaram cada detalhe do ataque, das vítimas, dos sobreviventes, das investigações. Sem contar a repercussão nas mídias sociais. Passados cinco dias da tragédia a cobertura não se esgotou e ainda rende manchetes. Já a tragédia no Iraque foi apenas uma nota de rodapé, no máximo, da sangrenta segunda-feira. Um atentado em uma competição esportiva é algo hediondo. Uma maratona é um dos eventos mais belos de superação, confraternização e união que pode existir. As explosões em Boston foram algo deplorável. Mas e a morte de mais de 50 seres humanos no Iraque, também não é? Quantos pessoas deveriam morrer neste país para atrair a atenção do mundo? E na Síria? E no Afeganistão? E no México? E na Somália? Há um mês, completou-se 10 anos da invasão americana do Iraque. Sob o pretexto de destruir armas químicas, que depois se revelaram inexistentes, os Estados Unidos entraram no país e derrubaram o regime ditatorial de Saddam Hussein. O país pode estar até mais democrático, mas mergulhou em um terrível conflito sectário entre ramos

do islamismo, agravado com a saída das tropas internacionais. Os xiitas, que são maioria da população, assumiram o poder que antes estava nas mãos dos sunitas, que agora se queixam de perseguição. O poder central é fraco e os atentados contra alvos xiitas são fatos corriqueiros. Os ataques têm uma frequencia assustadora e há dias em que eles se espalham por várias regiões do país e de Bagdá. Não muito distante dali, na Síria, o conflito entre o regime de Bashar al Assad começou na esteira da Primavera Árabe, a onda de revoltas que sacudiu a região em 2011. No início, o mundo acompanhou com atenção o desenrolar dos fatos em países como Tunísia, Líbano, Egito e Síria. Mas passados mais de dois anos, a situação na Síria não se solucionou e descambou para uma guerra civil, que já matou mais de 70 mil pessoas. Os olhos do mundo, no entanto, agora não parecem mais tão atentos para um conflito que parece sem solução. Enquanto isso, os massacres, mortes e violações dos direitos humanos continuam diariamente no país. Foi após um ato terrorista como o de Boston que começou outro conflito que dura até hoje. Como resposta ao atentado às Torres Gêmeas, em 2001, perpetrados pela al-Quaeda de Bin Laden, os EUA invadiram o Afeganistão. A ação das forças internacionais derrubou o regime talibã, que alijado do poder se reorganizou nas áreas tribais da fronteira do Afeganistão com o Paquistão e iniciou uma campanha de atentados na região. De lá também chegam notícias frequentes sobre a morte de inocentes em atos terroristas. Outro reflexo da guerra no Paquistão é o uso dos drones, aviões não tripulados usados pelos Estados Unidos para destruir alvos terroristas. O problema é que a tecnologia

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Iraque, Líbia, Coréia, mas o que vale mesmo são as três vidas perdidas em Boston

muitas vezes falha e civis acabam sendo executados, principalmente no Paquistão, onde os talibãs e rebeldes ligados a Al Qaeda se escondem. Mas quem se importa? Inclusive, o presidente dos EUA, Barack Obama, nomeou recentemente para a comandar a CIA Jonh Brennan, que coordenou o programa secreto americano de ataques com o uso de drones. Em muitos outros países atentados terroristas que deixam dezenas de mortos são corriqueiros. Um dia antes da maratona, um

ataque em um tribunal na Somália matou mais de 40 pessoas. No Iêmen e na Nigéria fatos como este também são comuns. No México, a violência do narcotráfico é extremamente cruel e mata centenas todos os anos. Cotidianamente surgem notícias de chacinas ocorridas neste país. Todas e tantas mortes não despertam tanta atenção do mundo. Quanto vale, afinal, uma vida humana? Deveriam ser todas iguais. De Boston até Bagdá.

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Você é contra ou a favor Após Daniela Mercury, mãe de cinco filhos e casada duas vezes com homens, assumir ser homossexual e ter um relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, a cantora quebrou paradigmas e trouxe uma imensa discussão à tona em relação à homossexualidade. Curioso e investigativo como sempre, o Perú foi às ruas saber o que população buziana pensa sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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do casamento homossexual

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r! ce te on ac ve de o nã do an qu TE EN AM AT EX ce te on ac Nada acontece no seu tempo... Tudo

“Nada contra os gays, não sou homofóbico, pois acho que todos devem ter suas escolhas. Mas eu sou contra o casamento homossexual porque vai contra os meus princípios. Eu sigo a Bíblia. Eu acho que em uma família, deve-se ter um pai e uma mãe.” Jean Gonçalves

“Eu sou a favor do casamento homossexual, e sou a favor de qualquer prova de amor, independente do sexo.” Renata de Búzios “Eu não sou contra não, porque cada um tem que seguir a sua vida. Se o cara quiser dar “umazinha” com outro cara aí, o problema é dele. O “belengodendo” é dele mesmo, então, ninguém tem que ficar ouvindo o que os outros falam. Cada um tem seu jeito. Jesus está lá em cima e está olhando tudo.” Willian da Silva Almeida “Eu sou contra o casamento gay, cada um tem a sua vida, mas, mesmo assim, eu sou contra.” Luis Bernard

“Eu sou totalmente contra, capitão. Imagina só, eu transando com outro homem? Quem vai querer isso? Eu vou apoiar os viados? Soca Corno Tardeli

“Eu não tenho nada contra, o direito é de cada um. Acho que se o homossexualismo existe, temos que respeitar. E isso é uma questão de cultura. Nós, brasileiros, estamos muito atrasados nesse sentido. Desde que não prejudique, está tudo certo.” Manoel de Búzios “Eu sou totalmente contra o casamento gay, isso é falta de vergonha na cara!” Eduardo da Rua da Brava “Eu acredito que todos têm o direito de ser feliz na vida, então simplesmente sou a favor do casamento homossexual” Italiano André

“Eu não sou a favor, mas penso que cada um vive feliz do jeito que quer. Nós não vivemos em uma democracia? Então cada um faz o que quer”. Mário Viegas

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“Eu sou totalmente contra o casamento homossexual, isso não é certo!” Erick da Rua da Brava “Deus fez macho e fêmea, a família é constituída entre macho

e fêmea, não tem outra opção. Que educação uma criança criada por dois homens vai ter? Ou duas mulheres, sem o papel do pai na família?” Lenilson de Búzios

“Eu venho de outra geração, de uma geração bem diferente. Se tiver que expor o que eu penso, eu sou contra o casamento gay. Mas o mundo está todo mudado e não sou eu que vou atirar a primeira pedra. No entanto, quando Deus criou o ser humano, criou o homem para deitar com a mulher e vice-versa. E as outras conotações eu não consigo entender, mas respeito, pois cada um faz o que quiser”. Cabelada

“As pessoas têm direito de fazer o que elas bem querem da vida. E as outras pessoas não podem ser contra a isso. Por isso, sou a favor.” Cristiane Lopes “Pra mim tanto faz. Eles que vão casar, não sou eu mesmo. Então, não sou contra nem a favor.” Lico de Búzios “Eu sou totalmente contra porque Deus fez o homem e a mulher, e nós não fomos feitos para casar com pessoas do mesmo sexo. Minha opinião é essa.” Carlos da Silva Gonçalves “Deus criou o homem e a mulher para nascerem filhos. Homem com homem não nasce filho. Tem que haver um pai e uma mãe. A família se forma com pai, mãe e filho. Imagina se chegarem para uma criança criada por duas mulheres e perguntar: Quem é o seu pai? E ela não ter um pai. Por isso, sou totalmente contra.” Carlos Eduardo “Não existe isso de casamento gay não. Eu sou totalmente contra. Se não pode dar filhotes, vai fazer o quê?” Reginaldo de Búzios

“Não entendo porque tanta preocupação com a sexualidade alheia. Não me interesso se a pessoa é hetero, homo, bi, tri, tetra ou poli. Se cada um se preocupasse com o próprio orgasmo estas discussões seriam dispensáveis...” Adriana Salituro, fêmea, hetero, mas não fanática.

“Sou contra porque eu acho que pessoas do mesmo sexo não devem se relacionar, simplesmente por isso.” André Rodrigues

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“Eu sou a favor do casamento gay, contando que não seja entre um brasileiro e um argentino”. Sandro Peixoto

“Nada contra o casamento homossexual. O importante é ser feliz, todos têm que ser feliz”. Moia

“Eu não sou contra, porque ser contra não vai adiantar muito. E sou a favor a partir do momento em que isso não agrida a população. Porque isso pode chocar as crianças, de certa forma, que não estão acostumadas com isso”. Indiana Ferreira “Não é por orgulho nem nada, mas eu acho muito esquisito. Se Deus fez o homem e a mulher é pra ser respeitado. Por isso, sou contra”. Rosangela Souza

“Eu não tenho nada contra porque sobram mais mulheres para nós. E realmente eu não tenho preconceito não. Cada um faz o que quer.” Ric Dotta

“Pra mim tanto faz, eu não me importo não. Cada um faz o que bem entender. Se eles são felizes, isso é importante”. Chavier gringo

“O que está acontecendo é uma vergonha. Observar uma mulher como a Daniela Mercury nessa situação, se casando com outra, é muito ridículo. Parece que não existe mais vergonha, porque homem casar com homem, é falta de vergonha na cara. Eu sou totalmente contra”. Seu Amaro

“Eu sou contra o casamento gay simplesmente porque eu não aceito. Eu sou a favor da família, mas não da união de pessoas do mesmo sexo. Eu sou contra, mas respeito e levo numa boa”. Amauri Amaro

“Eu sou a favor das pessoas serem felizes. Já que não é feliz com o sexo oposto, tem que ser feliz com o mesmo sexo. Eu tenho amigos e familiares gays, e lido bem com isso. Só acho que em público deve ser controlado, porque as crianças não estão acostumadas com isso, então, deve-se controlar a exposição disso. Mas sou a favor do casamento homossexual”. Milena Solidade

“Eu sou a favor, inclusive tenho muitos amigos homossexuais e não tenho nenhum problema com isso. Nós não devemos deixa de falar com uma pessoa pela sua sexualidade, isso não interfere em nada.” Carla Monteiro

“Se eles querem casar, eu vou fazer o quê? Tenho que respeitar, já que não posso fazer nada, nos resta respeitar. Então, pra mim tanto faz”. Rosane Borges.

“Eu sou a favor do casamento homossexual porque eu não tenho nada contra. Se as pessoas se gostam, nos resta aceitar. Então, se me respeitarem, está tudo bem”. Tainá Fernandes

Eu acho que se pra pessoa ser feliz tem que ser com outro homem, ou outra mulher, eu não tenho nada contra. Então, se pessoa quer isso, acha que vai ser feliz assim, nós devemos respeitar e os deixar serem felizes da forma que escolheram. Wagner Vieira

“Eu sou a favor, não tenho simplesmente nada contra. Porque acredito que todos têm o direito de ser feliz”. Amanda Mozer “Eu sou a favor do casamento homossexual, e sou a favor de qualquer prova de amor, independente do sexo” Renata de Búzios

“Eu não tenho nada contra não, e penso que é cada um com o seu cada um, desde que não prejudique ninguém. O importante é sempre haver respeito.” Rodrigues “Eu sou a favor, porque ninguém tem nada a ver com a vida de ninguém. E do jeito que os homens bons estão ameaçados de extinção, eu casaria com uma mulher, já que está todo mundo virando gay”. Luciane Leal

“Um homem casar com um homem e uma mulher casar com uma mulher é contra a lei da natureza. Quando Deus criou o homem, ele criou para procurar o sexo oposto. Por isso, sou totalmente contra. E se você casar com alguém do mesmo sexo, você está indo contra a lei que Deus criou, e é uma abominação contra o que O Criador fez”. Carlos Almeida

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Estudantes de Búzios realizam provas do SAERJINHO

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esta terça-feira, estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino de Armação dos Búzios começaram a realizar as provas do SAERJINHO, uma avaliação diagnóstica de português e matemática aplicada pelo Governo do Estado que tem o objetivo de acompanhar mais de perto o rendimento dos alunos, detectando de maneira ágil e precisa as dificuldades de aprendizagem. Por iniciativa do Prefeito André Granado, esta é a primeira vez que o município participa do projeto estadual que já existe desde 2011. Desenvolvido para ser um sistema de avaliação bimestral do processo ensinoaprendizagem nas escolas, o SAERJINHO é direcionado para alunos do 5º e 9 º ano do Ensino Fundamental e das três séries do Ensino Médio Regular, Integrado e do Curso Normal das escolas de ensino presencial. Os resultados pretendem apontar a eficiência e a qualidade do trabalho desenvolvido em cada unidade escolar e serão aproveitados nas diversas instâncias do sistema de ensino. Com o diagnóstico, será possível ajustar as práticas docentes à realidade dos estudantes e traçar políticas públicas de melhoria da qualidade da Educação Básica. Em Búzios, um total de 1.112 alunos – 591 do 5º ano e 521 do 9º ano - realizam os exames escolares, em 12 unidades municipais da cidade.

AgeRio está agindo em Búzios

A agência recebeu empresários da cidade na Pousada Colonial Búzios Por Victor Viana

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a última terça-feira (16) esteve, a convite da empresária Janice Kunrath, no espaço de palestras e reuniões da Pousada Colonial Búzios, dois agentes da ¹AgeRio ( Agência Estadual de Fomento do Rio de Janeiro ) que estiveram presentes durante todo o dia para atendimento á empresários do município. O Agente do Departamento de Captação Interiorano da AgeRio, que estava na cidade, explicou a função da empresa: “O nosso principal objetivo é estimular o desenvolvimento econômico do estado do Rio

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de Janeiro, sempre mantendo a responsabilidade socioambiental e as boas práticas de governança. Na AgeRio o empresário pode encontrar a melhor solução financeira para o seu negócio. Queremos que o seu empreendimento cresça junto com o nosso estado”, afirmou. A AgeRio Por meio de repasses de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de recursos próprios, ou de fundos de fomento, investe em projetos de todos os portes, da micro à grande empresa, e contribui para a geração de emprego e renda, e para o aumento da qualidade de vida dos cidadãos fluminen-

ses alem de poder oferecer uma gama de ações ao empresário, como o apoio ao turismo; capital de giro, eco-eficiência, franquias, inovação, investimento misto, locadoras de veículos, máquinas e equipamentos e produtos BNDES. A agencia também trabalha diretamente com os municípios podendo ajudar com Financiamentos Setoriais; educação, saúde, ambiental, esporte e lazer, pró-indústria, economia verde e cultura. Também com Produtos Personalizados; veículos e equipamentos, gestão, tecnologia da informação, mobiliário e urbanismo. A equipe da AgeRio fez o primeiro contato com os empresários de

Búzios no evento realizado na Feijoada da APB (Associação de Pousadas de Búzios) no dia 6 de abril (sábado) no Geribá Tennis Park, em Geribá, Búzios, onde foi realizado os agendamentos. A AgeRio foi criada pelo Decreto Estadual nº 32.376, de 12/12/2002. É uma sociedade de economia mista, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do estado do Rio de Janeiro (Sedeis). ¹Mais informações no site www.agerio. com.br ou pelos telefones (21) 23331212/2333-1232

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A maior referência em comida

indiana do Brasil está em Búzios A redação do Perú recebeu o chef em comida indiana, Malik Jamil Por Victor Viana

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ecebemos na redação do Perú a ilustre visita de Malik Jamil Faree, descendente de indianos, nascido na Inglaterra, chefe e consultor de culinária indiana. Malik é proprietário do Raaj Mahal , o primeiro restaurante de comida indiana da America do Sul e do Brasil, o único do Rio de Janeiro, que por mais de 30 anos funcionou em Botafogo e agora está mudando de endereço, irá para o boêmio bairro da Lapa, mas continuará com a qualidade que o tornou referência em comida indiana. Malik está em Búzios e procura um sócio para abrir um negócio de comida indiana e vegetariana na cidade, “meus clientes do Rio, moradores de Copacabana, Leblon, Ipanema, sempre me diziam que estavam vindo à Búzios e que aqui não tinha comida indiana. Me diziam para montar um restaurante aqui. Mas na época eu não tinha tempo”, disse o simpático chefe de cozinha. O Raaj Mahal sempre é indicado em livros de turismo culinário e em revistas e jornais, como O Globo, Jornal do Brasil, Marie Claire e reportagens para a TV. Malik está acostumado a morar em grandes metrópoles, mas nesses dias que está em Búzios e afirma que está gostando, “Já tive restaurante em Nova York e Londres e depois fui para o Rio. Búzios é uma cidade pequena, mas estou gostando muito”, disse e nos contou: “ Vou organizar para o próximo mês uma festa da comida indiana em Tucuns, na casa de uma amiga, para que as pessoas daqui conheçam a comida. O preço da entrada para festa será de R$ 50,00 e haverá variados pratos típicos da comida indiana, além de comida vegetariana”. Sobre a comida indiana Malik gosta de explicar que existem alguns equívocos que precisam ser esclarecidos: “Na Índia nem todo mundo é Hindu, há mulçumanos, sirks, cristãos e budistas. Cada uma dessas religiões tem sua culinária tradicional que forma a rica culinária indiana”, conta. Outro equivoco que Malik gosta de apontar é sobre a comida indiana ser apimentada. Na verdade, ele explica que a comida indiana é condimentada, “Há milênios atrás não havia medicamentos como existem hoje e na Índia usávamos esses condimentos como remédio na própria comida”, disse. Sobre

o preceito de não se comer carne de vaca na Índia, Malik é bem humorado na explicação, e conta que esse costume é mais reservado aos Hinduístas e que ainda assim aos mais tradicionais, “Há alguns que quando vem ao Brasil aproveitam que não estão na Índia para experimentar a carne de vaca”, nos conta com bom humor. Uma das características da comida indiana é o uso de frutas nos pratos principais; mangas, frutas secas, mas também há o uso de lentilhas, amendoim, passas. Sobre os legumes Malik conta que foi fácil encontrar os legumes da comida indiana no Brasil, “No Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo é mais fácil de trabalhar com a comida indiana”. Malik ainda nos fala das bebidas típicas que podem acompanhar os pratos: “há uma bebida, o Lassi, que é feita com iogurte e leite e essência de arruda, mas também pode ter sabor de manga, goiaba, caju. E outra é com caldo da cana, com gengibre e limão. Outra muita famosa é teen, que é chá preto com condimentos”. Sobre as bebidas alcoólicas explica que tradicionalmente há uma espécie de água ardente parecida com a cachaça, mas que em tempos de globalização cada um pode fazer uso de bebida de acordo com seu gosto pessoal para acompanhar a comida. Como no restaurante do Rio de Janeiro, Malik pretende em seu empreendimento em Búzios manter o mesmo padrão de atendimento e de funcionamento, onde há musica ambiente, shows de dança indiana e dança do ventre. Para quem tiver interesse de conversar com Malik sobre a parceria na inauguração de um restaurante de comida indiana e vegetariana em Búzios os contatos são (22) 2623-0331 ou pelo e-mail yaajmahalvj@yahoo. com . Em breve divulgaremos a data da festa que será realizada em Tu c u n s p a r a a apresentação da comida indiana a cidade de Búzios.

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Cabelada e Cristiano Marques também vieram provar a comida do indiano

O chef indiano Malik Jamil Faree preparou um almoço para a equipe do Perú com todo amor e carinho

Alessandra saiu na frente

A turma do Perú com o chef e o prato pronto

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Como cobrar (ou não) acesso a internet. Lições da mídia impressa dos EUA Por Janir Hollanda

esperar é que uma nova pergunta seja acrescentada às cinco consagradas: pra quê? os últimos anos um número Há opiniões para todos os gostos. Para crescente de jornais e revis- Sven Jansky, presidente da empresa alemã tas decidiram adotar modelos de pesquisa 2b Ahead, “a informação de de cobrança para acesso a massa ficará resumida quase inteiramente seu noticiário digital, tornan- à mídia eletrônica. No futuro, vamos quedo parte dele, ou todo, acessível apenas a rer informação onde quer que estejamos. assinantes. A decisão das empresas de mí- Filtros eletrônicos no noticiário de massa dia não visou apenas a receita que poderiam assumirão o papel dos editores de hoje. A obter com a cobrança de um conteúdo até notícia poderá, assim, ser customizada conentão free of charge. A estratégia propu- forme as preferências do leitor. nha-se, sobretudo, a criar um escudo que Janszky não descarta o fim do jornal diário, protegesse a circulação impressa. Houve, mas descrê que seja também o fim de tocomo previsto, algum chororô dos leitores da informação impressa. Ela deixará de ser do impresso garfados no seu direito de ter a fonte da notícia imediata para se tornar grátis notícias no digital. Mas os CEOs da um artigo de luxo, com o texto oferecido mídia sabem que no curto prazo não há ou- em formato de opinião e análise. A edição tra saída. Com a queda acentuada das ven- impressa diária será substituída por uma redas no mercado publicitário, a maior parte vista para a elite da informação – semanal, da receita passou a vir da circulação de seus mensal ou trimestral. A análise impressa produtos impressos, ainda que eles mesmos serviria de complemento à informação inteestivessem perdendo mercado. A morte rativa, atualizada a cada minuto na internet. anunciada de revistas e jornais impressos, Bem, isto é coisa para o futuro. No presente sob a avalancha da internet, é alguma coisa a questão é saber se a estratégia do paywall como um poderoso empresário que, na UTI para acesso ao noticiário digital ajuda de e cheio de tubos que fato a proteger a circulao ligam tenuamente ção do produto impresso. à vida, ainda con- “O conteúdo prêmio é um poderoso Em caso afirmativo, a tinua a dar ordens. diferencial competitivo.” amplitude do mercado no Pois para muitas das qual o jornal ou a revisempresas de mídia produtos impressos são ta opera tem algum impacto no sucesso ou ainda seu moneymaker básico. fracasso da cobrança? Um dado significativo desses novos tempos Essa é a pergunta que se fazem analistas do vem do The New York Times. Pela primei- setor que lideram um estudo de paywall e ra vez, a receita com a venda de jornais, na seu impacto na circulação do impresso. O mídia impressa e digital, superou a receita estudo pré-selecionou jornais de regiões obtida com a venda de publicidade. O lucro dos EUA representativos de diferentes merem 2012 foi de US$ 133 milhões, contra cados e os associou a modelos de cobranum prejuízo no ano anterior de US$ 39,7 ça de acesso ao digital: “metered paywall”, milhões. Em outra medida purificadora dos que permite acesso a número pré-determinegócios a empresa tem vendido ativos não nado de artigos por mês, a partir do qual ligados diretamente ao jornal “The New começa a cobrança; e “hard paywall”, no York Times”. qual a maior parte do conteúdo é exclusiva “Nós vimos uma continuação do cresci- para assinantes. mento das assinaturas on-line, assim como Este estudo está em curso, mas aqui e ali uma alta nos lucros por conta da grande já se adiantam alguns resultados. Marcas base de jornais em circulação. Aliás, pela fortes, comoThe New York Times e Wall primeira vez na história, os ganhos obti- Street Journal, são as que têm melhores dos com a venda de jornais superaram os perspectivas de construir uma boa base de da publicidade”, disse Mark Thompson, assinantes digitais e manter a fidelidade diretor-geral do The New York Times, em dos leitores da versão impressa. Por meio comunicado oficial. Este é o efeito de uma da implementação do paywall esses jornais estratégia que inclui a adoção de assinatu- conquistam uma nova audiência digital, da ras pagas pela internet. Foram 668.000 ao qual a maior parte é de não-leitores do imfinal de 2012, 13% a mais do que nos três presso. Um fenômeno interessante foi idenmeses anteriores. tificado. Esses novos leitores descobriram Mesmo diante dos bons resultados do The a qualidade do noticiário desses jornais por New York Times vale a pergunta: a estra- meio da leitura digital e preferiram assinar tégia é correta ou não passa de uma corti- a versão impressa quando foi implementana de fumaça que desvia a atenção do que do o paywall. já é então inevitável? Se você pensou que Em contrapartida, jornais regionais também me refiro à migração em massa dos leito- se beneficiam do paywall. A explicação é res para o mundo digital, errou no atacado que seu noticiário cobre questões locais, e no varejo. Este é o menor dos problemas. ignoradas pelos grandes jornais, e sua soO grande desafio para figurões e figurinhas brevivência, e até crescimento, se baseia da mídia é entender e se aproveitar da gran- nesse diferencial. Esses jornais são indisde revolução que está em marcha. O futuro pensáveis para a comunidade, que adere ao não é o de jornais e revistas de hoje embru- paywall sem que isso represente perda de lhados em formato digital. O que está em mercado para o produto impresso. gestação é uma nova forma de fazer jorna- O conteúdo prêmio – a notícia exclusiva ou lismo. Uma mesma história poderá ser con- pelo menos com um tratamento que a faça tada de diferentes maneiras, usando áudio, parecer assim – é um poderoso diferencial vídeo e texto, uma nova especialização para competitivo. Nos casos estudados, tanto as futuras gerações de jornalistas. contribuiu para proteger a circulação imÉ possível até que esta revolução bote no pressa quanto para a venda de assinaturas lixo um dos mais importantes cânones da online. Por isso, publicações especializadas construção da notícia, as cinco perguntas como Wall Street Journal, por causa da naque formam a estrutura do texto jornalísti- tureza de seu noticiário, são as que melhor co: quem, quando, como, onde e por quê. absorvem os choques de mercado. No espaço limitado do papel ou do tempo Os resultados ainda não são conclusivos, no rádio e na tv, essas perguntas botaram alertam os analistas, mas indicam que os ordem na casa do moderno jornalismo. Mas que mantiveram o paywall se beneficiaram, na internet, na qual cada internauta é um mesmo quando os resultados iniciais não editor em potencial e onde viceja um novo foram animadores. O Wall Street Journal idioma, o internetês, o mínimo que se pode implementou o sistema em 1997 e até 2012

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Janir: na dúvida, desista!

perdeu somente 15% da circulação impressa, contra uma ganho expressivo de assinantes digitais; em outro extremo, o nanico Arkansas Democrat-Gazette, que adotou o paywall em 2002, aumentou em números consideráveis sua circulação impressa. Em todo caso, mesmo considerando o melhor dos cenários para o paywall, ele não é uma resposta definitiva para as aflições dos CEOs da mídia impressa. O modelo de preço de capa do produto impresso paga pelo menos metade das contas, enquanto a receita do paywall contribui com uma pouco expressiva ajuda financeira. A Gannett, maior cadeia de impressos do EUA, adotou o paywall em quarenta de seus jornais, mas teve um ganho de receita de apenas 17%. “Estamos no momento do “cross-over”, da busca de um delicado equilíbrio entre o jornal de papel e sua versão digital”, afirma

Ken Doctor, um renomado analista norteamericano da mídia. Ele acredita que os jornais impressos vão continuar existindo, mas é preciso desenvolver estratégias para conquistar leitores on-line. “O paywall é apenas uma peça desse quebra-cabeças”, diz ele. “Os jornais devem aproveitar a internet para reforçar o senso de comunidade que sempre tiveram, manter um link emocional com seus leitores. O traço comum aos consumidores fiéis a uma marca (os core consumers) é a emoção, como uma relação afetiva com ela. Para isso ele sugere a criação de eventos envolvendo a publicação, investimento em marketing de conteúdo e desenvolvimento de estratégias que tornem o leitor um membro da comunidade do site noticioso, integrando-o mais a ela por meio de promoções e ofertas.

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“Como sobrevivi ao vício de meu pai”

Deu na Época desta semana

A história de uma filha que sofreu junto ao pai usuário de crack Por Victor Viana

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sabella Lemos de Moraes, de 37 anos, é a filha mais velha do empresário João Flávio Lemos de Moraes e recentemente deu um depoimento a revista Época onde conta vem seguindo a vida desde os 14 anos de idade, quando descobriu que o pai era viciado em crack, no tempo em que ninguém falava sobre a droga. Isabella conta que naquela época não cozinhavase a cocaína e depois fumava-se a pedra, “ Toda minha família sofreu muito. Torneime o que se chama de co-dependente ( ... ) desenvolvi bulimia e aos 17 anos fiquei três meses internada para me tratar”, contou Isabella que chegou a pesar 47 quilos, muito pouco para seu 1,69 metros de altura. De uma família bem sucedida poucos con-

seguiam entender como uma mulher bonita e rica vivia com tantos problemas ligados a depressão. O avô de Isabella foi o fundador da distribuidora de gás de cozinha, Supergasbrás, e hoje são proprietários da WLM, a maior representante de veículos, Scania da América Latina. Por conta do vicio e ainda os proprietários psiquiátricos torrou milhões em dinheiro. Segundo Isabella o pai sempre foi muito tímido e então aos 31 anos passou a usar cocaína para ficar mais extrovertido e assim começou um longo tempo de dor e tristeza para toda família. Em 1983 foram morar nos Estados Unidos, onde seu pai era amigo de pessoas famosas como Silvestre Stalonne e Julio Iglesias, mas afirma não saber se eles tinham envolvimento com drogas. No Brasil era muito amigo do cantor e compositor Roberto Car-

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los, e revela que a canção “O careta” foi escrita para ele: (talvez você ache uma droga essas coisas que eu falo/ Mas certas verdades nem sempre são fáceis de ouvir/ Não custa pensar no que eu digo/ Eu só quero ser seu amigo/ Mas pense no grande barato de ser um careta). Conta que João chegou a fugir em um Rolls-Royce cheio de drogas e com os três irmãos dela. Confessa que ela e seus irmãos viviam em um mundo de fantasia, viajando e morando em lugares que seriam o sonho de muita gente. Não tinham limites e nem noção do era enfrentar a vida. Há cinco anos seu pai parou de usar drogas, depois de 25 anos, quando percebeu finalmente que havia perdido sua família. Hoje com filho de 17 anos, de um namorado que conheceu quando estava internada, com duas faculdades não terminadas , e um sen-

timento de insegurança grande em relação ao mundo, Isabella luta para levar a vida pelos seus próprios esforços. “ Nunca gostei de depender dos outros. Trabalhei muito como modelo, período em que conheci meu ex marido, Eduardo Rodrigues, com quem fui casada por cinco anos. Tive de parar tudo e cuidar de mim. Agora quero terminar a faculdade de jornalismo fazer pós em psicanálise.Penso em criar uma clinica para dependentes químicos. Só consigo ver meu pai duas vezes por semana para não me envolver na vida dele de novo. Não que eu não queira, mas não posso. Amo meu pai, ele é meu amor. Mas preciso cuidar de mim”, desabafou. Nota da Redação: Querem saber o que existe entre Elvis Presley e João Flavio Lemos de Moraes, acesse o site www.joaofalviolemos.com.br

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

Estefan e Françoise no Bar do Mangue

Festa. Em Búzios existe festa de São Jorge, Feijoadas, baladas, Dia das Mães... Mas será que alguém se lembra do Dia do Trabalhador que é dia 1º de Maio? Ou em Búzios não existem trabalhadores? Agradecimento. Agradeço a Secretaria de Serviço Público, ao secretário Heraldo e o encarregado Murilo pelo bom serviço prestado ao bairro Brava. Burunga Hotel Pérola patrocina campeonato beneficente de poker. Os campeões virão conhecer Búzios. O Hotel Pérola é um dos patrocinadores do campeonato de Poker o “Poker4Life”, realizado em Nova York, e que trás participantes de diversos lugares do mundo. O campeonato que ajuda diversas instituições beneficentes com o dinheiro arrecadado tem mais de 60 patrocinadores, entre eles o Pérola. Os vencedores ganharão hospedagem no Hotel Pérola e poderão conhecer as belezas de Búzios. O proprietário do hotel, George Grafas está em Nova York acompanhando a competição. Essa é mais uma iniciativa do Hotel Pérola para divulgar Búzios.

Luiz Fernando Pedroso, Marcelo, Christina Pedroso, Pimpa, Cátia e Fernando Veloso no Barceloneta

um restaurante, com a devida aprovação de Claudia Carrilho. É comum encontrarmos em horário de expediente público, servidores tomando café, almoçando e até fazendo o lanche da tarde. Uma tremenda falta de respeito ao contribuinte que paga o seu IPTU em dia para assistir este absurdo. Se essa onda pega, já viu... Se esta nota fosse lida pelo coleguinha Boris Casoy ele diria no final: “ isso é uma vergonha“. Carrilho II. Quem procurar o Departamento de Empreendedor Individual (MEI) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda pela manhã, terá uma decepção. É que o computador do setor só abre a tela depois de muito tempo ligado. O funcionário, muito gentil e educado, já confessou que solicitou por várias vezes o reparo do equipamento. Porém, a nossa Secretária, Claudia Carrilho, está sempre muito atarefada.

Boteco da Baixinha. Na próxima quarta feira, na comida de Boteco da Baixinha no restaurante do Zuza, teremos chopp, muito chopp.

Próximo da lista. Tem gente já preperando um bolão, R$ 50,00, para apontar o próximo secretário municipal do time do Dr. André que será exonerado. Porém, com a saída repentina da Dr. Luiza da pasta da Saúde, o valor do bolão ficou acumulado para R$ 200,00. Quem ganhar já tem planos: “ passar um dia na Ilha do Japonês, em Cabo Frio, com tudo que tem direito “.

Restaurante da Claudia. Nas dependências da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda funciona

Sozinho na pista. Nosso amigo e colega flamenguista Edinho Ferrô, muito digno Assessor de Imprensa da Prefeitura Munici-

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pal de Cabo Frio, ficou sozinho na pista. O seu Chefe,o prefeito Alair Corrêa exonerou toda a galera da comunicação, deixando o nosso Edinho totalmente abandonado. Salve. Alessandra da Cruz esteve divulgando a Festa de São Jorge, ideia de Gilberto Lessa com apoio do Perú Molhado, no programa “Raízes”, que vai ao ar todas as segundas feiras as 19:30 horas ao vivo, com reprises nas quartas feiras as 11:30 horas, quintas feiras 13 horas e domingos ás 10 horas na Cabo Frio TV canal 10. O programa é comandado pelo famoso Carlão, há 16 anos atuando diretamente com a cultura, foi por oito anos superintendente da Morada do Samba em Cabo Frio e ha cinco anos leva cultura e música, em especial o samba, através de seus programas. A Festa de São Jorge será realizada no dia em que se comemora o santo guerreiro, 23 de abril, e até o momento tem o Perú como único apoiador. Quem quiser ajudar comprando uma camisa é só ligar para o Gilberto pelo telefone 22 7835869. Salve Jorge! Filme queimado. Por causa dos casos de estupro no Rio de Janeiro nas Van e Taxis, os taxistas de Búzios vão ter que retirar o insufilme de seus carros. Antes era para defender os ocupantes de eventuais tentativas de assalto, agora é pra proteger os usuários de qualquer abuso no veículo. Ligou o fod@-$#. Alguém da Secretaria de Ordem Pública tem que ensinar ao mo-

torista da Van nº 27 da Cooperbúzios, que a preferência numa via principal não é do coletivo que saiu da pista para recolher passageiros, e sim, de quem está trafegando na principal. O dono da rua, assim como vários outros cooperados o fazem, entrou na pista por volta de 9 horas e 14 minutos, nesta quinta-feira, na altura do Breca, se lixando para quem estava na preferencial. Com carro de passeio é mole, queremos ver se o cabra é macho mesmo prá fazer isso com um ônibus da salineira ou com o caminhão do lixo. Navalha. Como se não bastasse as duas mil portarias que Alair cortou neste ultimo mês, vê ai um novo pancadão que será anunciado nesta quinta-feira em coletiva que fará a imprensa Cabofriense, com a sugestiva pauta, “Adequação a Lei de Responsabilidade Fiscal, no que concerne a Folha de Pagamentos e Gastos com Pessoal.” Segura que é pauleira pura. Pérola de feijoada. Totalmente repaginada no visual e no tempero, está de volta a feijoada do Pérola. Dia 27 deste mês será servida em grande estilo, para os apreciadores mais exigentes. Todo dia é dia deles. Não fossem as redes sociais, passaria em brancas nuvens o dia dos proprietários das terras brasileiras. Massacrados, assassinados, escravizados, desrespeitados e expulsos do pouco do que restou de suas terras, os indígenas brasileiros

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas só tem a amargar a lembrança de seu dia. É Jorge. O Gilberto e sua esposa Carla Lessa, convidam a todos para a festa em comemoração ao dia de São Jorge será nesta terça-feira 23/04 no campo do Manguinhos Esporte Club, e o inicio da festividade será 06:00 com a alvorada e prece em louvor ao santo Nelsinho e sua amada no Renascimento guerreiro. As 07:00 será servido o galo com cerveja, 08:00 acontece a grande cavalgada com os soldados de São Jorge e as 12:00 será servida a tradicional feijoada, com muito samba ao vivo, com os grupos Armasamba e Beleza Pura. E o encerramento da festividade com a prece em louvor ao santo guerreiro será as 18:00 hs. Por falar em São Jorge. O também devoto Julio Pinheiro morador de Búzios há sete anos estará fazendo a sua tradicional feijoada em homenagem ao santo guerreiro pelo quarto ano seguido na Pousada Mega Ville na qual é gerente geral. A feijoada vai ser animada pelo grupo de Pagode Hora Certa. A comemoração deverá trazer algumas dezenas de parentes e amigos do Rio de Janeiro , inclusive os diretores da pousada Paulo e Aíltom Ferreira grandes apoiadores do evento. Mariana e Rodrigo da Privilège

Julio Gentil não foi. Muitas pessoas andaram ligando, mandando e-mails e deixando mensagens no facebook, falando sobre as notas na página central do último Perú Molhado cujos títulos eram salário gordo. As notas abordavam sobre um possível salário de um pastor pago pela prefeitura. Julio Medeiros colaborador das Notas do Perú, quer deixar bem claro que não sabe quem é o pastor citado, não interessa saber quanto ele ou qualquer pessoa ganha, seja da prefeitura, igreja, ou quem escreveu as notas.

Ana e Roberta

Pachá. A Pachá de Búzios completa neste fim de semana 5 anos de absoluto e intenso sucesso. O Perú Molhado redobra seus votos para que esta casa de diversão continue a celebrar a cidade com muita balada e alegria. A festa de aniversário com certeza vai bombar, como sempre acontece.

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Mais queda. Por falar em cair, ligaram para a secretaria de esportes e pediram para falar com o Cacado dos esportes náuticos, e a pessoa que atendeu disse que ele não trabalha mais lá. Será que caiu? Se for verdade é uma pena, porque Cacado alem de super competente, é de uma honestidade a toda prova. Cinquentinha. Essa estorinha que andam espalhando pela cidade que a prefeitura está mandando apreender as motos cinquentinha, é pura mentira. Só quem pode apreender as motos e demais veículos é a Polícia Militar, e mesmo assim se houver alguma coisa errada. Boatos é coisa de quem não tem o que fazer. Fora isso, não tem nada de cinquentinha. Três meia cinco. A Cidade de Cabo Frio iniciou uma campanha promocional com o slogan: Turismo 365 dias, através de uma parceria entre a secretaria de turismo com os setores de hospedagem, gastronomia, moda praia e afins. Vai funcionar da seguinte forma: Todos os estabelecimentos que aderiram a campanha receberão um selo de identificação. O setor de hotelaria oferece 30% de descontos aos turistas no ato do Check-in, e recebem o passaporte que viabiliza descontos de 15% em bares e restaurantes e 50% nos estabelecimentos de moda praia e afins. Aqui em Búzios bem que poderia haver uma parceria similar, mas com os descontos de 15% moda praia e afins e 50% em bares e restaurantes. Aí sim ! Patricinha. É tratado no Conselho do Flamengo como escandalosa a descoberta de que a ex-presidente, Patrícia Amorim, não consegue comprovar gastos em torno de R$ 40 milhões em sua gestão. Está ficando cada vez pior para a presidente do Flamengo Patrícia Amorim, e mais difícil ainda de explicar e comprovar, os gastos de R$ $ 40 milhões em sua gestão. Os dirigentes do clube dizem que a dívida do clube, somente neste período, cresceu mais de R$ 80 milhões. E Não há um documento sequer nem para disfarçar o desfalque. Segundo eles existem fortes indícios de que o padrão de vida da ex-nadadora é absolutamente incompatível com sua renda declarada. Depois disto tudo chegamos a conclusão que a Patrícia Amorim, está nadando em dinheiro. De casa nova. O advogado Dr Ulisses Tito, o mais novo e cobiçado solteiro de Búzios,

está atendendo em seu novo escritório na Rua Turibio de Farias nº 77. Mas devido a compromissos tanto em Búzios com em demais municípios se faz necessário ligar antes. Pega ele. A Prefeitura de Búzios deu início a um programa de mobilização popular contra a dengue, em todo o município. Já não era sem tempo. Poderia intensificar o combate aos mosquitos através dos carros fumacê. Como é sabido por todos ou quase todos é que o mosquito transmissor da dengue, ataca durante o dia. Inclusive poderiam dar uma passada pelo Detran e dar uma olhada no porão do prédio, que está sempre com muita água parada. Na pressão. Com certeza estes atentados que aconteceram na cidade de Boston durante a maratona devem estar gerando muita desconfiança no mundo todo. Que tipo de terrorista usaria panela de pressão para fazer bombas? Quando me falaram que tinham explodido umas panelas de pressão em Boston logo pensei, como existe uma grande população de mineiros lá , alguém fazendo um feijão tropeiro esqueceu a panela no fogo. Mas realmente a panela do terrorista e não do mineiro, deixou mortos e feridos. Na carne. O juiz americano Raymond Voet, de um tribunal do condado de Ionia, no estado de Michigan (EUA), aplicou uma multa a si próprio depois que seu celular tocou durante uma audiência na última sextafeira. Ele terá que pagar uma multa de US$ 25 (R$ 50). Voet disse ter ficado envergonhado com o incidente. “Os juízes são seres humanos, mas não estão acima das regras”, afirmou ele. Se tivesse uma lei aqui em Búzios, os vereadores iam gastar o salário todo, e mais as diárias só pagando multas. Olheiro. Durante uma audiência que estava sendo realizada no Tribunal do Júri em Armação dos Búzios nesta quinta feira, soaram vários estampidos próximo ao Fórum, os seguranças do Juiz correram para a rua, para saber o que estava acontecendo e avistaram ao longe um cidadão montado numa “bicicreta” soltando fogos. Acredita-se a princípio que o sujeito estava comemorando a soltura de alguém, ou sabe-se lá o que. NOTA DA SEMANA: MULHER QUE NÃO É BEM COMIDA, DESCONTA NA COMIDA Colaboração Júlio Pinto Francisco Medeiros

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Companhia Nacional de Álcalis A indústria prodígio e imponente dos anos 70. A maior produtora de barrilha do Brasil. Por Ernesto Galiotto

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uando chegamos a Cabo Frio, em 1971, se nós perguntássemos à sociedade Cabofriense daquela época onde era a maior arrecadação do município a resposta era imediata: Álcalis Quantos empregados? De 1.800 a 2.000, era a resposta. O salário é bom? Claro, é do nível dos funcionários da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. E isso era notado pelo comportamento e crédito que existia nas famílias desses funcionários. As madames, aonde chegassem para fazer comprar, tinham um privilegio no atendimento e diziam com orgulho: o meu marido trabalha na Álcalis. Claro que o comércio corria atrás dessa fatia poderosa da época. Não poderiam desperdiçar a oportunidade de vender, porque eles tinham certeza que seriam cumpridas rigorosamente as obrigações, até mesmo para manter a honra e orgulho de serem bons pagadores. Façamos então uma narrativa por etapas, nós que acompanhamos o desenrolar daquela época até o fim, com a falência desta potência produtiva e empregadora. E ela não foi sozinha, levou de arrasto a companhia Perynas, que era a segunda maior empregadora da época. As duas estão atoladas em ações trabalhistas sem condições para cumprir as obrigações salariais e previdenciárias que ficaram pelo caminho ao longo dos anos, deixando milhares de pessoas angustiadas apenas com boas recordações da época, que se transformaram em péssimas com o passar do tempo. Nesses dias estávamos sobrevoando e fizemos questão de focar e registrar bem o que restou: ferragens enferrujadas, estruturas abandonadas e chaminés sem fumaça. O que passa neste momento em nossa mente é o que seria da nossa região se estas duas empresas estivessem em pleno funcionamento como nos anos 70 e 80. Para quem não conheceu a Companhia Nacional Álcalis, esta foi a primeira empresa a ser privatizada no Brasil, o bode expiatório das privatizações, com atuação e interveniência de um empresário que não trouxe benefício algum, muito pelo contrário, botou de um vez no fundo do poço a indústria . Porém, na época, deram a ele crédito BNDES para tocar as atividades e equipar a companhia. Ocorre que as informações que circularam na ocasião davam conta de que o dinheiro não teve esse destino, mas sim o banco do tal empresário administrador da Álcalis, que estava à beira da falência. Aliás, trata-se de um vício que anda por esse país à fora: fazer uso de dinheiro público em prol de propriedades adquiridas em leilões quase que gratuitamente sendo que a maioria do desperdício ocorre em duplicidade, ou seja, perder o patrimônio e ainda levar o dinheiro como brinde. E assim é com as usinas de energias elétricas, estradas, pontes que se transformam em pesadelo e todos ficam assistindo aos atrasos e prejuízos, muitas vezes calados e omissos. Voltando para a Região dos Lagos, vemos com tristeza a paisagem das tradicionais salinas ser, em sua maioria, substituída por loteamentos e invasões, dando como retorno esgoto in natura, com crimes ambientais e esbulhos de propriedades alheias, sejam elas particulares ou até da própria união, como ocorre com o anel entorno da laguna de Araruama. Nesta semana recebemos a notícia da desapropriação da área da Álcalis pelo Governo do Estado com o fim de criar um Distrito Industrial Logístico. Estaremos de olho, esperando que esta não seja mais uma bravata. Isso tudo faz com que prestemos atenção nas imagens aéreas feitas no dia 01/04/2013. Para outras informações acesse www.egaliotto.com.br.

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Alcalis e Perynas, um poço sem fundo de reclamações trabalhistas

EDITAL DE CONVOCAÇÃO A Associação dos Táxis Marítimos de Armação dos Búzios, convoca através deste edital todos os seus associados para Assembleia Geral Ordinária, que será realizada na Sociedade Esportiva de Búzios (SEB), na estrada da Usina s/ nº às 18:00, do dia 27/04/2013 com a seguinte ordem do dia: 1. Eleição da nova diretoria. 2. Assuntos diversos 3. A inscrição das chapas candidatas deverá ocorrer na Sociedade Esportiva de Búzios (SEB) 30 minutos antes da eleição, que se realizará dentre as chapas devidamente inscritas. 4. A Assembleia Geral instalar-se-á em primeira convocação às 18: 30 horas, com a presença da maioria dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número, meia hora depois.

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O Forrest Gump brasileiro Por Gustavo Garcia

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osé Edivaldo Souza Silva, nascido no Maranhão, há quatro anos resolveu quebrar a rotina e saiu andando pelo Brasil com apenas duas cuecas velhas, fazendo alusão ao famoso personagem de cinema Forrest Gump, o contador de histórias, que, de uma hora para outra, decide cruzar os Estados Unidos. Muito conhecido na internet, com diversos vídeos nas cidades em que já passou, o missionário carrega a bandeira brasileira por onde vai, promovendo mensagens de incentivo e sobrevivendo de ajuda. Há quanto tempo você está percorrendo o país? Percorro o Brasil andando há quatro anos. Já passei por Maranhão, Piauí, Pernambuco, Bahia, Ceará, Tocantins, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina... São 17 estados no total. E como você veio parar na redação do Perú? Eu sempre tive vontade de conhecer Búzios. Em todos os lugares que eu passo as pessoas falam bem da cidade. E eu estava indo para Cabo Frio andando, e o querido Muchacho Bicho Doido me viu na estrada. Ele parou e ficou encantado comigo. Foi amor a primeira vista, ele se apaixonou por mim. E disse: “Maranhão, você não sai da região sem passar lá no Perú Molhado”. E eu topei na hora. Quantas cidades você já conheceu? Eu já passei por mais de 900 cidades, sempre de verde e amarelo, carregando a bandeira do Brasil, que é a minha identidade e minha marca. E você tem algum missão nessa jornada? Minha missão é promover a paz. Eu tenho grande fé e esperança de que a nossa nação será a nação da paz no mundo todo. Porque somos muito ricos em belezas naturais, temos um povo acolhedor e amigo. E sempre digo que o maior diamante do mundo é o estado do Rio de Janeiro, mas precisamos de paz no local. E aconteceu algum fato aqui na região que te marcou? Eu estava na cidade de São Pedro da Aldeia dormindo no chão, por volta das 20 horas.

Era um local de passagem de pedestres. E estava muito frio e eu estava todo encolhido. Aí, um senhor veio andando e tropeçou em mim. Aí eu falei pra ele: “Rapaz, você está cego?” E ele respondeu: “Sim, eu sou cego”. E o pior era que ele é cego mesmo. Depois disso eu o levantei com o cajado e fiquei sorrindo. Foi uma coisa bem engraçada que jamais vou esquecer. E você pretende ganhar seguidores? Eu tenho a intenção de dar palestras quando acabar minha jornada, para conseguir novos seguidores. Isso seria fantástico! E dá tempo de namorar nessa sua jornada? Rapaz, eu tenho duas namoradas. O sol e a lua, ninguém mais. Eu caminho sozinho, não tenho nem animais. Isso porque já é difícil conseguir alimento para mim, para um bichinho seria ainda mais complicado. Eu só carrego a cachorra, que é a minha mochila, com duas cuecas velhas bem embaçadas, que já estão cheias de freadas de bicicleta. E como você se descreve? Por onde passo digo que sou o Príncipe Maranhense, uma estrela que saiu para o mundo para brilhar por esse céu brasileiro. Com um único vicio: a caminhada. Você tem família? Minha família é o sol e a lua. E os meus amigos são as pessoas que eu vou encontrando pelo caminho, como a galera do Perú, que eu gostei muito. Todos são meus irmãos de momento. E você tem algum sonho? Meu sonho é entrar em contato com o pessoal do Luciano Huck, para ele me ajudar a conseguir entrar no livro dos recordes. Inclusive, estou indo para o Rio fazer isso. Eu já mandei diversas cartas para ele, mas nunca consegui ser correspondido. Já mandei até carta para o Obama contando a minha história. Eu acredito que sou o único brasileiro, em 500 anos, que atravessou o país andando. Quero promover isso, e gostaria de agradecer o pessoal do jornal por estar me ajudando a ficar mais próximo do meu sonho divulgando minha jornada. *Confira o vídeo da visita do Maranhão à redação do jornal no site d’O Perú Molhado.

O andarilho José Edivaldo visitou o Perú em sua estada pela cidade

O Ã Ç A D I U Q I L

Associação de Moradores e Amigos do Bairro de Vila Verde Inscrição Estadual AL 04.104.387/0001-78 Matriz Rua 35, nº 21, Vila Verde - Armação dos Búzios. Edital de convocação Vimos por meio deste, edital de convocação de Assembleia Geral Extraordinária, convocar a todos os moradores do bairro de Vila Verde, para a eleição da nova diretoria da Associação dos Moradores. Que será realizada na sede desta Associação, no dia 28 de Abril de 2013, com início ás 8 horas e término ás 16 horas. Vanderliam Rodrigues de Almeida Contato (22) 97623083/2623-7081

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REI DE BÚZIOS N

Por Toni Portinari

Fotos: Alexandre Lima

Foi dada a largada

Os irmãos Vaz

Paulo dos Reis

Wagner Cataldo

Rafael Leão

Os competidores passando pelo Costão da Ferradura

Barco de pescadores assistindo a travessia O campeão Vinnicius Martins próximo da chegada

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o dia 13 de abril, os melhores remadores se encontraram mais uma vez em Búzios para disputar a mais tradicional e desafiadora prova de Stand Up race do Brasil, o Rei de Búzios 2013. Esse ano foram mais de 110 inscritos em 6 categorias diferentes. Estava em jogo além do prestígio, uma passagem aérea para a Califórnia para representar o Brasil no Battle of the Paddle 2013. A prova que estava marcada para domingo, foi antecipada para sábado, pela organização devida a previsão do tempo. A decisão se mostrou acertada. No sábado, o dia amanheceu com sol e vento nordeste forte. Ao longo do dia o vento foi diminuindo e na hora da largada, já estava bem mais brando. Para alívio dos remadores. As 14:10 foi dada largada na praia da Ferradura. Dentro da baía da Ferradura, o mar estava calmo e dava a sensação que a prova seria relativamente tranquila. As primeiras colocações começaram a ser definidas. O paulista Mario Cavaco pulou na frente seguido do local de Búzios Vinnicius Martins. Ao saírem da baía da Ferradura, a condição mudou completamente. Apesar do vento fraco, o mar estava muito mexido, com a ondulação de leste batendo no costão e dificultando muito a remada. Os remadores que escolheram pranchas mais estreitas, tinham muita dificuldade de se manterem em pé e perderam posições importantes. Como foi o caso do campeão do ano passado, Luiz Guida “Animal”, que não conseguiu se manter no pelotão da frente, por estar com uma prancha estreita demais. Aos poucos os 3 primeiros da 12’6 open começaram a se distanciar. Mario Cavaco remando num ritmo muito forte, liderando a prova, com Vinnicius e Paulo dos Reis logo atrás. Na categoria 14 pés, Rafael Leão, vinha liderando com o baiano Gustavo Kombi na sua cola. Entre as mulheres, Lena Guimarães, mostrava muita técnica e força nas difíceis condições e liderava com folga, seguida por Karol Knopf. Entre os masters, Americo Pinheiro largou na frente. No segundo pelotão, o campeão da edição 2011, Alessandro Matero e o campeão de 2012, Animal, travavam um duelo particular pela 4a colocação. Matero optou por um trajeto mais próximo do costão e parecia levar um pouco de vantagem. Porém, Animal, aos poucos ia se adaptando as condições e começava a se recuperar. Depois de 6 km de ondulação lateral, os primeiros colocados contornaram a laje da Azeda e viraram para o downwind. O líder Mario Cavaco ainda mantinha uma boa distancia para o segundo colocado, Vinnicius. Paulo dos Reis estava mais atrás. O ritmo dos primeiros colocados era muito forte. Foi nesse momento que o conhecimento local de Vinnicius Martins começou a fazer a diferença. Ele passou a usar a ondulação a seu favor e aos poucos foi se aproximando do líder. A disputa pelo primeiro lugar foi emocionante e passando em frente a praia da Tartaruga, Vinnicius ultrapassou Mario, e assumiu a liderança. No segundo pelotão, Caio e Ian Vaz travavam um duelo de irmãos. Alternando posições. Ao passarem pela laje da Azeda, Caio Vaz, aproveitou sua experiência como surfista e pegou uma rara onda em cima da laje. Sem dúvida um dos momentos mais espetaculares da prova. Ao contornarem a ponta da Sapata e entrarem na ultima perna da prova, parecia que as primeiras posições estavam definidas. Dificilmente Vinnicius iria deixar escapar sua tão sonhada vitória em casa. A distancia para o segundo lugar já era de mais de 100 metros. Ao apontarem na reta da chegada, o público que aguardava na praia de Manguinhos, ficou de pé.

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1:34:09 depois de largar na praia da Ferradura, o local de Buzios de apenas 16 anos, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar e se tornou o mais novo Rei de Búzios e ainda ganhou a passagem para representar o Brasil em setembro na California. Vinnicius estava visivelmente emocionado com o apoio de sua família e amigos. Logo atrás chegou o paulista Mario Cavaco, que surpreendeu a todos com o ótimo desempenho e por pouco não levou a prova depois de liderar grande parte. Em terceiro chegou Paulo dos Reis, que fez excelente prova e mostrou por que é um dos melhores remadores do Brasil. Animal chegou em quarto. Gustavo Ratones acabou ultrapassando Matero no final da prova e chegou em 5o. Matero, teve problemas

musculares durante a prova e acabou em 6o. Na 14 pés, Rafael Leão liderou a prova do inicio ao fim e chegou depois de 1:41:32. Seguido do baiano Gustavo Kombi em segundo e do carioca Bernardo Otero em terceiro. Na master, o local de Arraial do Cabo Americo, foi o grande campeão com 1:48:48. E festejou muito sua primeira vitória no Rei de Búzios, segundo ele, a prova que ele sempre sonhou em ganhar. Em segundo chegou o único representante do Espirito Santo, Luciano Gualtiere em segundo, seguido do paulista Antonio Carlos Bonfá, o carismático Totó em terceiro. O campeão do ano passado Felipe Gama, chegou em quarto. No feminino, depois de 2:00:25 a grande campeã, que liderou a prova do inicio ao fim foi Lena Guimarães, que remou muito

forte e chegou quase 15 minutos na frente da segunda colocada, Karol Knopf. Em terceiro chegou a veterana Solange Araújo, que com 57 anos mostrou que se tivesse uma categoria master para mulheres, seria imbatível. Uma demonstração de força e dedicação. O único remador deitado de paddle board, o local Wagner Cataio, encarnou Duke Kahanamoku e completou a prova em 2:23:43. Os remadores da categoria Fun4all, para pranchas até 12 pés, largaram da praia de João Fernandes e remaram 6 km até a praia de Manguinhos. Essa categoria contou com mais de 50 remadores e foi muito disputada. O grande campeão entre os homens foi o carioca Jaime Rocha com tempo de 0:44:33, seguido por João Paulo Costa em

segundo. e pelo colombiano Camilo Marmor em terceiro. No feminino a campeão foi Marcela Carrocino em 0:54:20 seguida pela veterana Patricia Vaz, tia dos irmãos Vaz. Foi uma festa em família. Ja que, a família Vaz contou com 6 remadores na prova. Ian, Caio, o pai Beto, a mãe Katia e a tia Patricia. Em terceiro chegou Maira Azevedo. A prova esse ano foi muito desafiadora e demandou dos remadores muita técnica, perseverança, força e resistência. Obrigado a todos que participaram e ajudaram. O evento foi apresentado pela Art in Surf e contou com apoio da Tri Sport, X1 H2O Audio. Agradecimento especial ao Buzios Vela Clube e a Prefeitura de Búzios pelo apoio. Ano que vem tem mais!!! Fotos: Sylvana Graça / Victor Vianna

O Rei de Búzios é Buziano! Vinnicius Martins do Búzios Vela Clube foi o campeão Vinnicius com seus pais Cristina e Salviano Leite

Atleta que representará Búzios nas olimpíadas alerta que precisam de mais investimentos Por Victor Viana

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buziano Albert Carvalho, representante do Búzios Vela Clube (BVC) de Manguinhos, que entre outras conquistas, foi medalha de Ouro da classe RSX (Windsurf) nos Jogos Sul Americanos de 2010, em Medellín na Colômbia, falou sobre as expectativas para os jogos olímpicos do Rio de Janeiro e fez um alerta para a falta de investimentos: “Estou focado para as olimpíadas do Rio. Quero treinar mais ainda, mas a falta de incentivo é ruim. O que mais precisamos é de equipamento, sou eu e mais dois atletas do Búzios Vela Clube que estão treinando intensamente para os jogos. Fiquei em segundo no sul-americano O buziano Albert no Rio e na Pré-olímpica, que é de onde sai a equipe que representa o país nos eventos internacionais. Estamos treinando juntos para representar o Brasil e Búzios. Mas se tivermos mais incentivo poderemos representar melhor o nosso país e nossa cidade”, disse o campeão. Albert é fruto do programa social criado pelo velejador Bimba. É uma figura carismática, cujo esforço e dedicação ao esporte é conhecido por todos da cidade, “O que quero mesmo é que pessoas que não tem oportunidade tenham as mesmas que eu tive”, diz com simplicidade o campeão que Já é profissional há seis anos, mas veleja desde muito jovem. “Fiquei muito contente em receber esse titulo, vencer os melhores remadores do Brasil e deixar a coroa aqui na cidade, ano passado não me conformava do “Rei” ter sido um paulista. Mas no fundo sei que o verdadeiro Rei de Buzios é o MAR!!!”

Por Victor Viana

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atleta do Búzios Vela Clube, Vinnicius Martins, foi o grande campeão da prova revelando mais uma vez a grande capacidade de Búzios de desenvolver campeões em esportes náuticos. O evento foi uma competição, mas também uma confraternização entre os participantes de Stand Up Paddle. As disputas foram separadas em quatro categorias (Elite, Máster, Pranchas de 14 pés e Fun4all) Ao fim da competição foi realizado um coquetel aos participantes, no Búzios Vela Clube, em Manguinhos. Outro atleta que participou da competição foi o

buziano Albert, que irá disputar as olimpíadas do Rio como velejador. Também foi destaque o artista buziano Paulo Sergio, que é considerado um dos primeiros surfistas de Búzios e já está praticando stand up. Foi ele quem fez os troféus da competição, “Quando era criança vinha um pessoal acampar em Geribá e eu usava as pranchas deles, assim aprendi a surfar. Quando a febre do surf chegou á Búzios eu já era um veterano. Com os primeiros carpinteiros navais de Búzios eu aprendi um oficio. Tudo que sei de carpintaria naval eu aprendi com eles. Com o resto de uma canoa que trouxe de Saquarema eu fiz os troféus”, disse o artista surfista. A frente do evento esteve o surfista Toni Portinari.

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Toni Portinari, da Art in Surf, organizador do evento

O artista buziano Paulo Sérgio foi o responsável pelos troféus da competição

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IV YOGA

IN BÚZIOS

Cinema Cine Bardot -A PARTE DOS ANJOS. Pais: REINO UNIDO, FRANÇA. De: Ken Loach. Com: Paul Brannigan, John Henshaw, Gary Maitland. Dias: Sexta 21:00 / Sábado 21:00 / Domingo 19:00. O LADO BOM DA VIDA. Pais: EUA. De: David O. Russell. Com: Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro. Dias: Quinta 21:00 / Sábado 19:00 / Domingo 21:00. Ingresso: INTEIRA R$ 20,00 MEIA R$ 10,00. www.viladomar.com/cinebardot. Tel: 22 26231298.

Artes Plásticas Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151. Vilmar Madruga – Atelier com exposição permanente da obra do artista. Porto da Barra. Tel.: 2623-7452 Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795 Lula Moraes – Rua A - Lote 3 - Alto de Búzios. Tel: 26235744. Atelier Flory Menezes - Rua das Pedras 168 lj 8 Búzios (26230264 - 9994-7831). www.florymenezesescultura.com Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa. Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. sergiojoppert@hotmail.com. (21) 9559-0014 Eduardo Pieretti Atelier - Rua da creche Barbara Writh, Parque das Acácias. Tel: (22) 2623-6179 Atelier Maremato do André Cira - Tel 22 26291351 - acira@wanadoo.fr Artista plástica Argina Seixas. Endereço: Centro Hípico de Búzios - Marina Porto. Horário de funcionamento: 10:00 às 18:00. Telefone contato: (22) 8843-6604 Ana Colombo - Na Galerida da Vimolagos

Comidas & Shows Barceloneta - Todas as terças festival de tortillas espanholas. No sábado tem feijoada. Reservas tel.: 2623-0035

A edição de 2013 do evento que há quatro anos enriquece Búzios com saúde, qualidade de vida e consciência ecológica, apresenta agora uma fusão de YOGA com STAND UP PADDLE, TRILHAS, DANÇA e MÚSICA, direcionando os benefícios das técnicas milenares do Yoga para o aperfeiçoamento dessas práticas com três dias de workshops e vivências integrados à bela natureza de Búzios. Confira, compartilhe, inscreva-se! www.yogaantigobuzios.blogspot.com / www.facebook.com/IVyogainbuzios

Crêperie Chez Michou - Deliciosas crepes e exóticos drinks. 14 monitores para assistir os mais novos DVD´s e todos os eventos esportivos. Programação musical com Dj´s. Venha a comemorar seu aniversário no point mais badalado de Rua das Pedras. Aberto todos os dias do meio dia ao ultimo cliente. Tel. (22) 2623-2169 – www.chezmichou.com.br – Rua das Pedras, 90. Centro. Pátio Havana - De frente para o mar, gastronomia contemporânea. Excelentes alternativas de frutos do mar, carnes de importação, massas, petiscos e deliciosas pizzas. Programação de shows ao vivo, quintas feiras Salsa para bailar e domingos roda de samba. Aberto todos os dias a partir das 18h e ate o ultimo cliente (exceto terças feiras). Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 6 – www.patiohavana. com.br - Rua das Pedras, 101. Centro. Estância Don Juan - As melhores carnes de importação com a melhor seleção de vinhos, no restaurante mais aconchegante de Búzios. Shows de tango são apresentados todas as terças feiras. Aberto todos os dias do meio dia até o ultimo cliente. Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 5 – www. estanciadonjuan.com.br – Rua das Pedras, 178. Centro.

Rio Boat Show 2013 organiza “Semana Náutica” de 20 a 28 de abril Como parte do Rio Boat Show 2013, maior salão náutico da América Latina, a “Semana Náutica Rio Boat Show” vai ocupar diversos pontos turísticos do Rio de Janeiro no período de 20 a 28 de abril. Além da tradicional Regata - que contou com mais de 360 embarcações e 1300 participantes em 2012 - serão realizadas provas de Canoa Havaiana, Caiaque, Stand Up Paddle, Esqui Aquático e Wakeboard, a segunda edição do Rally Náutico e ainda uma competição de Foto Subaquática. Informações: Gabriel Torres (gabriel.torres@mginpress.com. br) / 21 9975-2272 ou 3724 -1623

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Feijoada com samba com Grupo Vem Q Tem Todo sábado a partir das 17hs até 22hs.

no Porto Veleiro Valor: R$ 79 (casal) Contato: 22 2633-7128 ou 9939-4287 Falar com Joey ou Bruno

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Harlem Shake no Chez Michou Sábado passado Chez Michou fez o próprio “Harlem Shake”. Como foi gravado e não posso publicar a gravação no Peru...rsrsr.... apenas envio um par de fotos do making off, que achei bem legais, ok? Bárbara Brandan Nota da Redação: No Perú você não pode publicar a gravação, mas sim no site ou no nossa fanpage no Facebook. Envia para nós.

! r e s i u q o m o c Entenda

PROGRAMAÇÃO RENASCIMENTO SEXTA 19 - HOUSE SWEET HOUSE BY PEDRO TRINDADE SÁB 20 - WE LOVE DEEP BY HELP DOM 21 - LOUNGE, SOULL, ACID JAZZ & DEEP HOUSE SEXTA 26 - NIVER DO FERNANDO BY HELP , CLAUDINHO E FELIPE ASSAD. SÁB 27 - CHUPITO & HOUSE MUSIC BY HELP & MAHARA.

A turma do terceiro ano da escola Canto dos Pássaros, a classe da Eva, começa a fazer festas temáticas para arrecadar fundos para a viagem de fim do ano. A primeira festa será Black Light

Lasanha e toda variedade de massas agora no Barceloneta. Todos os dias, toda hora. 2623-0035

Marco Provazzi e o Futebol 3D M Por Gustavo Garcia

arco Provazzi, um funcionário público formado em jornalismo, lançou um livro com o nome Futebol 3D sobre três amigos que estudam em uma escola pequena do interior e fazem parte de uma equipe de futebol. E que precisam dividir o tempo entre o time do coração, os torneios de videogame e as primeiras paqueras de adolescentes. - Eu comecei a escrever para contar uma história para o meu filho, o Daniel. Ele gosta muito de futebol real e de videogame. E quando fui ver, já tinha três capítulos, e não consegui mais parar. Fui dando continuidade até concluir as páginas. E através delas eu pude resgatar um pouco da minha infância e da experiência que tenho com os meus filhos, todo o fanatismo com o futebol, já que a bola é uma coisa incrível pra eles. Ou seja, o livro agrada muito os jovens, que acabam se identificando com o que se passa na obra – disse Marco. Você encontra o livro Futebol 3D na Livraria Máscaras!

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Pratique Búzios é Showbol O correu no último final de semana, entre os dias 12 e 14 de abril, com transmissão do SporTV, o Campeonato Carioca de Showbol, em Búzios, realizado no Instituto de Educação e Formação Integral Judite Gonçalves (INEFI), pela Secretaria de Esportes. Tendo à frente o secretário Thiago Costa e os irmãos Marcos e Márcio Ewbank, e a equipe de suporte Otávio, Léo, Cláudia, Lúcio, Cabelada e Nilton. Nos três dias de competição,o evento contou com seis jogos – dois por dia – válidos pelo Grupo B, entre os times Vasco da Gama, Botafogo, Porto Real e Volta Redonda. A partida mais esperada aconteceu no sábado, no embate entre Vasco e Botafogo, que terminou empatado em 9 a 9 e teve muitas discussões. E a população da Rasa invadiu a antiga Bem Te Vi, para assistir o torneio, e pôde ficar perto de grandes craques consagrados no futebol carioca, dentre eles, Pedrinho, ex-jogador do Vasco e da Seleção, Maurício e Gonçalves, ex-Botafogo, e Ramon, ex-Vasco. Com destaque para o ex-flamenguista Wagner Love, que está tentando cavar uma vaguinha no Showbol já para a próxima temporada. Sem falar das mulheres bonitas que roubaram a cena com performances “calientes” e a população local que ficou ligada na TV para acompanhar a transmissão ao vivo. Foi uma grande festa gratuita e Janice e o seu marido, assim como tantos outros, se sentiram em um parque de diversões perto dos grandes ídolos alvinegros e cruz-maltinos. Deixando evidente que Búzios precisa mais de acontecimentos como esse.

O vascaíno Marcelo e sua esposa botafoguense Janice Coelho

Búzios S.E.B rumo a segunda divisão Com o apoio da Secretaria de Esportes e da empresa Soccer Star, começa dia 21 de abril, às 13h, no campo da S.E.B, os campeonatos Estadual de sub-15 e sub-17. A partida será realizada entre a equipe buziana e o São Cristovão Futebol e Regatas, um dos clubes mais tradicionais do futebol do Rio de Janeiro. Boa sorte aos atletas é o que deseja o representante da Federação, Luiz Cabelada.

Wagner Love também apareceu por lá

A bela Raquel

As belas animadoras de torcida

Os jogos foram transmitidos pela Sportv

O prefeito se destacou no jogo de abertura do torneio Pedrinho e o juiz Cabelada

Pedrinho e Gustavo Garcia

Pedrinho se destacou no Showbol

Por Gustavo Garcia Pedrinho, ex-jogador da Seleção Brasileira e de grandes clubes como Vasco da Gama, Fluminense e Palmeiras, se aposentou no dia 13 de janeiro deste ano, aos 35 anos. No entanto, o atleta não pendurou as chuteiras e continua fazendo a alegria da torcida vascaína no Showbol. Pedrinho, esse carinho da torcida no Showbol te dá saudade da adrenalina dos campos?

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Marcos, Cabelada, o prefeito André Granado, o secretário de esportes Thiago Costa e Márcio

Cabelada, Luquinhas e o ex-jogador Maurício

É sempre um prazer enorme receber o carinho da torcida. E é o reconhecimento que sustenta a gente. E por toda a história que eu tenho com o clube (Vasco da Gama), para mim é uma gratificação muito grande defender a camisa do time no Showbol. Você continua atuando em alto nível, e na sua despedida a torcida vascaína queria o seu retorno. Você ficou tentado com isso? Vontade de jogar não falta, nem nunca me faltou. Ou seja, sempre existe a vontade de

voltar a atuar nos campos. Mas é preciso ter bom senso, e o meu momento passou. E como você vê essa crise que a equipe de São Januário está enfrentando? O Vasco vive uma situação difícil, no entanto, a torcida precisa dar uma grande prova de amor, como já fez várias vezes. É momento de se unir e apoiar os jogadores que estão lá, para que o Vasco possa o mais rápido possível reverter todo o quadro negativo. Você sente que faltou alguma camisa no

seu currículo? Eu tive o privilegio de conseguir usar as duas maiores camisas do futebol. A da Seleção Brasileira e a do Vasco da Gama. Então, vejo que não faltou nenhuma. E para a sua carreira como um todo, faltou alguma coisa? Penso que eu poderia ter tido menos lesões e uma sequência de jogos melhor. No próprio Vasco e na Seleção. Porém, isso faz parte do mundo da bola e eu não posso voltar atrás. Portanto, só tenho a agradecer.

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Torneio de golfe dos gringos da Aker Solutions de Macaé em Búzios

U

m torneio de gringos movimentou o Búzios Golf Club, no último sábado (13). Reunindo noruegueses, americanos, coreanos, escoceses… E muita comida, o evento promoveu uma diversidade cultural enorme e teve como objetivo, além da interação, ajudar a APAE de Rio das Ostras. Gabriela Loureido, que trabalha na Aker Solutions, uma empresa de produção de equipamentos e materiais para a perfuração, que presta serviços para plataformas, auxiliou o torneio e explicou a relação da companhia com o golfe. - Há dez anos a empresa patrocina o torneio realizado em Búzios, que além de ser voltado para a diversão e o lazer, é também beneficente, e ajuda a APAE com todo o dinheiro das inscrições. E a escolha de Búzios ocorreu porque o campo da cidade é muito bom, um dos melhores do Brasil. E o balneário tem uma atmosfera muito gostosa. Ou seja, a temperatura é legal, o clima é bom e todos gostam de estar em aqui – afirmou. E questionada sobre a quantidade de gringos participando do torneio, Gabriela explica que muitos estrangeiros são clientes da empresa, e o evento promove a interação deles com Aker. - A maioria dos participantes do campeonato são clientes da Aker Solutions, ou seja, todos os gringos são responsáveis por empresas que trabalham com a Aker. E por isso se vê tantos estrangeiros, que já praticam golfe todos os finais de semana e aproveitam para estar no torneio – argumentou. O norte-americano Patrick James, que atualmente mora em Macaé, e está no Brasil há quatro anos, é um apaixonado por golfe e frequenta o Búzios Golf Club todos os finais de semana para praticar o esporte. E aproveitou o torneio para interagir com os amigos, além de curtir o balneário. - Eu pretendo continuar jogando golfe em Búzios mesmo com a criação do campo de Macaé, gosto muito da cidade. Sempre que posso vou ao centro, consumo nas lojas e tudo mais com minha mulher. Se eu pudesse, inclusive, moraria no balneário. Pena que não posso, porque ficaria muito distante do meu trabalho. No entanto, vou casar em Búzios, no próximo dia 29 de junho – disse o americano. Já o texano Mick J, que está há 13 anos no Brasil e também mora em Macaé, é um dos integrantes do grupo que está promovendo o campo de golfe da cidade, mas não pretende abandonar Búzios. - Eu faço parte do grupo que está levando o campo para Macaé, mas sempre que possível vou jogar em Búzios. Com o campo lá, vai ser mais fácil praticar, eu gosto muito do

Galera animada da Apae de Macaé O texano Mick feliz em ajudar os amigos da Apae de Macaé

Turma da Escócia

O americano Patrick

Uma das americanas da competição

jogo. Porém, Búzios é uma cidade incrível, estou sempre no balneário até para fazer compras. Mas hoje eu vim para a cidade apenas para brincar um pouco na competição – disse o norte-americano.

Sheila, a brasileiríssima

O quarteto da Noruega

Re Kin, o mais novo amigo do Perú

Marcelo e Re Kin se entenderam perfeitamente

Durante o torneio de golfe deste sábado, no campo de Búzios, Marcelo fez uma nova amizade. Re Kin, um coreano sorridente, que atualmente mora em São João da Barra, e esteve no balneário para disputar a competição promovida pela Aker Solutions. E além de estar aliviado por não habitar o seu país nesse momento de tensão, mesmo não falando português nem inglês, ele está feliz por ficar perto do Perú, jornal que, segundo o próprio oriental, faz muito sucesso na Coréia do Sul. Há quanto tempo você está no

De 20 a 27 de abril de 2013 – O Perú Molhado

Brasil e como foi a sua adaptação? 나는 브라질에있어 정확히 얼마 나 오래 모르겠지만, 난 정말 좋 은 경험을하는 데 문제가 있습니 다. 그리고 특히이 충돌이 남북 사이에있는 나라에 지금 더 편안 해요. E como você está conseguindo se adaptar e trabalhar sem falar português ou inglês? 그것은 쉬운 일이 아닙니다,하지만 마임과 증상을 통해 회전거야. 너희 들은 모두 매우 다른 있으며, 항상 좋은 새로운 문화를 배우게됩니다. Qual sua posição sobre o conflito entre Coréia do Norte e o imperialismo?

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O prédio do Detran de Búzios é uma vergonha para a cidade

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Por Muchacho Bicho Doido (repórter investigativo) O prédio do Detran, em Búzios, esta abandonado . Não era para estar assim, já que a arrecadação é milionária. Entra dinheiro para esse órgão a todo instante ; Pagamento de 2º via de identidade, pagamento de vários tipos de DUDAS (Documento Único do Detran de Arrecadação) etc. É um absurdo um órgão tão exigente estar na situação de abandono em que se encontra atualmente. O telhado do pátio, onde é feita a vistoria dos veículos, esta com muitas telhas quebradas, de nove lâmpadas algumas estão quebradas e outras queimadas. A vistoria vai até as 19 horas, mas quando é por volta das 17h45 começa a escurecer e os usuários precisam ajudar na iluminação acendendo os faróis para concluir a vistoria. No meio do pátio tem uma fossa que esta semi coberta por uma porta velha que está servindo de tampa. Segundo informações já caiu gente ali dentro. Debaixo do prédio do DETRAN tem um grande piscinão de água parada. As pessoas falam que ali é um criadouro de mosquitos da dengue, pois houve vários comentários que até funcionários daquele órgão já contraíram a doença. O abandono realmente é bem visível; janelas com vidros quebrados estão tampadas com compensados, balcões quebrados, lixo por todos os cantos.Os banheiros do pátio estão inutilizados. O banheiro do prédio, aonde acontece a emissão do DUDA e o registro de identidade, está com a descarga engatilhada, amarrada com um acabamento de fechadura de porta. A vergonha é muito grande. Saber que vem veículos de vários municípios fazes vistoria aqui e se depararam com esse abandono. Creio que quando marcam á vistoria para Búzios as pessoas ficam decepcionadas. Vou dar um exemplo: como vou exigir que meus filhos e meus amigos não usem drogas se eu for um drogado. Como o DETRAN pode ser tão exigente e o local está nessa situação; funcionários e usuários merecem respeito.

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De 20 a 27 de abril de 2013 – O Perú Molhado


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Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue

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Associação de Ciclistas do Município de Armação dos Búzios

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Editor Adjunto Janir Hollanda

Ge­rên­cia de Ven­das Tráfego Publicidade & Marketing Ltda. (21) 2532-1329 (21) 9100-7612 Me­ce­nas Umberto Mo­dia­no Im­pres­são Ediouro Diretor de Distribuição Muchacho Bicho Doido

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Depto. Jurídico Dr. Ulisses Tito da Costa

Designer Gráfico Ivan Aros O Pe­rú Mo­lha­do / Edi­to­ra Mi­ramar CNPJ: 02.886.214/0001-32 Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950-000 – Brava - Ar­ma­ção de Bú­zios –  RJ Celular/redação: (22) 8128-3781 / 2623-1422 Comercial: (22) 7814-2441 E-mail: operu­mo­lha­do@globo.com operumolhado@gmail.com Si­te: www.operu­mo­lha­do.com.br

Edital de Convocação Pelo presente, ficam convocados todos os usuários de bicicletas que a utilizam como meio de transporte, de lazer, de turismo e esportivo, do Município de Armação dos Búzios, para reunirem-se em Assembléia Geral, no dia 1º de maio de 2013, às 9 horas em primeira convocação e as 9 e 30 horas em segunda e ultima convocação, no Pórtico de Búzios, sito a Avenida José Bento Ribeiro Dantas s/n, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Fundação da Associação de Ciclistas do Município de Armação dos Búzios; b) Apresentação, Discussão e Aprovação do Estatuto da Entidade; c) Eleição e Posse da Primeira Diretoria e Conselho Fiscal; d) Assuntos Gerais. Búzios, 18 de abril de 2013. Abel Silva Tavares Carlos Tavares Cris Paramita Hamber Carvalho Sergio Menna Barreto

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Tabelião e Oficial Titular

OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, nº 2.000, Manguinhos Armação dos Búzios/RJ - CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 – adm@cartoriobuzios.com.br

PROCLAMAS DE CASAMENTOS

Neste Ofício estão afixados no local de costume, após a apresentação dos documentos exigidos pela Lei, os seguintes Editais de Proclamas de Casamento: RAFAEL MARINO RODRIGUES FERNANDES e ANA KELLY MARTINS DE ARAUJO DOMINGUES; Brasileiros. Ele, Solteiro, Biólogo, filho de: Antonio João Rodrigues Fernandes e Márcia Marino Fernandes. Ela: Divorciada, Estudante, filha de: Damião Lincoln de Araujo e Roberta Martins de Araujo, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2093/13.

LUCAS DA SILVA POBEL e CAREN LORRANE CANUTO DOS SANTOS; Brasileiros, Solteiros. Ele, Balconista, filho de: Jairo Lima Pobel e Sonia da Silva Pobel. Ela: Caixa, filha de: Haroldo Cruz dos Santos e Liliam Cristina dos Santos Canuto, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2094/13.

Armação dos Búzios, 18 de abril de 2013. Quem souber de algum impedimento, acuse-me. Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente, a extraí.

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2623-1422

Av. J. B. Ribeiro Dantas, 815 - Salas 7 e 8 - Portal da Ferradura (22) 2623-6393 / (22) 9235-2464 - semis-Búzios@uol.com.br De 20 a 27 de abril de 2013 – O Perú Molhado

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A verdade tarda, mas não falha Da redação

E

m mais uma de suas bem sustentadas sentenças nesta Comarca, o Juiz Marcelo Villas, expõe sem receios a rela-

Processo: 0004405-54.2011.8.19.0078

Trata-se de ação de procedimento comum, de rito ordinário, com pedido indenização por danos morais, proposta por FUNDAÇÃO BEM-TE-VI em face de EDITORA MIRAMAR LTDA. A exordial consta de fls. 02/10, instruída com os seguintes documentos: a) cópia dos Estatutos Sociais da Fundação Filantrópica, constituída nos moldes de pessoa jurídica de Direito Privado pelos senhores Ruy Ferreira Borba Filho e Antonio Cândido Fortes da Silveira; b) cópia da reportagem que subentende ofensiva; c) cópia de missiva do Gabinete de Planejamento Orçamento e Gestão da Prefeitura de Armação dos Búzios convidando a Fundação a participar de seminário apoiado pela Prefeitura de Armação dos Búzios e outras entidades, assinado pela Coordenadora da Unidade de Estudos e Projetos Sociais, Econômicos e Urbanísticos, Virginia Hatsumi; d) cópia de instrumento sobre os

objetivos sociais da aludida Fundação, na qual há a informação de que a Fundação se situa em área remanescente de restinga, na qual houve ocupação irregular e sem consciência de preservação; e) prospecto sobre Seminário sobre mobilidade urbanística promovida com apoio da Prefeitura de Armação dos Búzios e outras entidades no Hotel Atlântico Búzios Ltda; f) cópia da nota fiscal de pagamento de serviço de infra-estrutura para evento feito pela autora em prol do Hotel Atlântico Búzios Ltda.; g) cópia de boleto de aquisição pela autora de material de informática no valor de R$ 50.472,97 (cinqüenta mil, e quatrocentos e setenta e dois reais e noventa e sete centavos); h) cópia de Termo de

Cooperação celebrado entre a Secretaria Municipal de Educação do Município de Armação dos Búzios e a Fundação Bem Te Vi, para instalação no local de uma escola municipal; i) cópia de termo de declaração da Secretaria Municipal de Educação, Carolina Maria Rodrigues da Silva, perante a Promotoria de Justiça de Fundações, no qual declara que o Município alugou o espaço da Fundação para instalação de uma escola municipal, vez que as instalações da autora encontravam-se subutilizadas, tendo sido o aluguel fixado em R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) em prol da autora, conforme ‘convênio’ celebrado entre o Município e a Fundação do qual participou o então Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, Ruy Ferreira Borba Filho, que vem a ser também o co-gestor da entidade beneficente. A parte autora narra na peça vestibular, em síntese, que se constitui em uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos, que mantém vários convênios e parcerias com o Município de Armação dos Búzios, dos quais percebe subvenções para o desenvolvimento de projetos educacionais. Aduz em seguida acerca da matéria do ´Jornal Perú Molhado´, na qual se aventa que a Fundação seria ´fantasma´ e que o espaço de sua sede fora alugado para a Prefeitura com escopo da instalação do CEMEI. Fundamentando a autora, por via de conseqüência, que a dita reportagem lhe causou sérios prejuízos, colocando em risco à sua credibilidade e fomentando perquirições que poderiam abalar as suas parcerias mantidas com o ente municipal. Depreendendo-se pelos documentos adunados aos autos pela parte que o aludido Centro Municipal de Educação Integral constitui-se na instalação de uma escola pública na área da Fundação. Determinada a citação da ré, não houve resposta, depreendendo-se, portanto, a revelia da demandada. É o relatório. DA FUNDAMENTAÇÃO: A priori, presentes todas as condições do exercício do direito de ação, bem como presentes todos os pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo. Cabível o julgamento antecipado da lide, ante a revelia, nos termos do artigo 330, inciso II, do Código de Processo Civil. Nesta esteira, a revelia conduz a veracidade dos fatos narrados pelo autor, ex-vi do artigo 319 do Código de Processo Civil, não obstante, em que pesem os efeitos da revelia, a questão em tela é basicamente de direito, envolvendo a aplicabilidade de princípios constitucionais sensíveis em um Estado Democrático de Direito, a saber, as garantias constitucionais da livre atividade de comunicação e do acesso à informação, que estão previstas no artigo 5º, incisos IX e XIV, da Constituição Federal. Conquanto, não se descarte ainda a apreciação crítica do juízo e a utilização do bom senso, mormente do senso comum, através da aplicação dos postulados constitucionais da razoabilidade e proporcionalidade ante a colisão entre normas constitucionais e aparente antinomia entre direitos e garantias constitucionais. Assim, a liberdade de imprensa é assegurada pela Constituição Federal em todos os seus aspectos, inclusive mediante vedação de censura prévia, muito embora tal liberdade deva ser exercida com responsabilidade que se exige em um Estado Democrático de Direito. Inobstante, quando tal liberdade é desvirtuada por maus profissionais e praticada em dissonância com a verdade e o real interesse jornalístico para perpetrar por razões escusas encobertas em brumas, ataques pessoais ofensivos à honra e práticas extorsionárias contra pessoas, grupos, entidades, empresas e até órgãos públicos, passa a se depreender, então, a transmudação da liberdade de imprensa em práticas ilícitas, possibilitando-se, então, a responsabilização civil ou penal de seus autores, podendo obter os prejudicados a plena e integral indenização por danos materiais e morais, além do efetivo direito de resposta proporcional ao agravo. De fato, na região dos Lagos, como em outras cidades do interior, não é incomum a prática do ´jornalismo marrom´ e irresponsável por parte de certos organismos denominados de ‘imprensa’, sendo, por exemplo, considerável nesta Comarca o número de ações civis e penais movidas em face de alguns órgãos de imprensa e de jornalistas, ou até em face de auto-intitulados jornalistas sem qualquer formação na área de comunicação, mormente se for sopesado que tal constatação se dá em uma cidade pequena e com densidade demográfica baixa fora dos períodos de sazonalidade turística. Conseqüentemente, nesta jurisdição não são de pouca monta os decretos condenatórios envolvendo ilícitos perpetrados pela imprensa, sendo elevado o número de condenações civis e criminais por práticas delituosas praticadas sob o manto da liberdade de imprensa, que vem sendo hodiernamente desvirtuada pela irresponsabilidade de maus profissionais e por motivações anímicas escusas. Resta, portanto, perscrutar se no

ção nada republicana entre a Fundação Bem Te Vi e a Prefeitura de Armação dos Búzios. Nos depoimentos prestados pela Secretária de Educação, à época do acontecimento, Carolina Rodrigues, percebe-se claramente que o

seu despojamento foi essencial para que fatos relevantes viessem a tona e denotasse o grau de comprometimento entre o Secretario de Planejamento, a Fundação e a Administração Municipal. Sublinha ainda o magistrado o

verdadeiro compromisso da imprensa verdadeira no seu livre exercício de informar. Dessa forma, publicamos o inteiro teor de mais essa sentença, para deleite de estudantes e operadores do direito.

caso em tela a reportagem reputada como ofensiva pela autora se subsume as hipóteses de mau uso da liberdade de imprensa e de irresponsabilidade, geradoras de danos morais. Assim, verifica-se a aparente colisão entre a garantia da livre atividade de comunicação e do direito à inviolabilidade da honra e da imagem. Nessa linha de raciocínio, adverte-se, ad cautelam, que os efeitos da revelia não induzem a necessária procedência do pedido e nem afasta o exame de circunstâncias capazes de qualificar os fatos fictamente comprovados, sendo que tal presunção relativa pode ceder diante de apreciações jurídicas, alicerçadas no próprio Ordenamento Pátrio e do exame de elementos suficientes, consoante a livre convicção do juízo. Acrescenta-se que além do direito individual à livre atividade de comunicação, que no caso concreto supostamente contrasta com o direito à honra e a imagem, exsurge ainda a aparente antinomia deste último direito individual de inviolabilidade de concepção objetiva, com o direito ao acesso à informação, que no Estado Democrático de Direito não se apresenta como um direito meramente pessoal ou profissional, vislumbrado unicamente sob o enfoque da atividade jornalística, pois essa garantia constitui-se em um direito verdadeiramente coletivo, denominado de direito da coletividade à informação. O direito de informar, como aspecto da manifestação do pensamento, constitui-se em um direito individual. Já o direito à informação se revela como sendo mais abrangente, traduzindo-se em um direito verdadeiramente coletivo, denominado de direito à comunicação, que na sociedade de massas, concretiza-se com a liberdade dos meios sociais de comunicação, transmudandose, então, o antigo direito de imprensa e de manifestação do pensamento em direito de feição coletiva. Razão pela qual a imprensa, que é compromissada com o direito à informação e com a obtenção da busca da verdade pela sociedade, afigurase como sendo indispensável para a existência de um Estado Democrático de Direito. Obviamente, tal direito de terceira geração não tem qualquer graduação superior a de um direito individual de primeira geração, não havendo hierarquização entre direitos e garantias fundamentais, vez que todos eles podem ser relativizados nas hipóteses de colisão, ante a aplicação dos postulados da razoabilidade e da proporcionalidade. No âmbito da normatização constitucional dos princípios fundamentais, que no pós-positivismo caracterizam-se por sua juridicidade, o único princípio absoluto traduz-se no princípio da dignidade da pessoa humana, que está no núcleo essencial dos direitos fundamentais, de onde gravitam todos os demais direitos e garantias fundamentais. Como conseqüência, na hipótese de colisão entre direitos fundamentais há que recorrer ao método ponderativo, que consiste em uma técnica de decisão jurídica aplicável a casos difíceis, em relação aos quais se depreendem colisões em que a mera subsunção se mostrou insuficiente, ou seja, não basta a mera eficácia direta da norma constitucional, pelo qual a norma incide simetricamente a realidade factual. Nesse passo, a primeira etapa do intérprete é detectar no Ordenamento as normas relevantes para a solução do caso, identificando eventuais antinomias. O segundo passo é examinar os fatos, as circunstâncias concretas da hipótese sub examine e sua interação com os elementos normativos. Para a decisão final, então, em conjunto examinar-se-ão as normas incidentes que estão em conflito e as repercussões dos fatos no caso concreto, de modo a apurar os pesos que devem ser atribuído aos diversos elementos em disputa e concluir-se, portanto, na terceira etapa qual o grupo de normas que deverá preponderar no caso concreto, em detrimento das demais, graduando-se a intensidade da solução escolhida através dos postulados da razoabilidade e proporcionalidade. Na hipótese em tela, já foram identificadas as normas incidentes que estão em colisão, não havendo na atualidade qualquer objeção de que a pessoa jurídica possa ser vítima de ofensas morais que atingem a sua honra objetiva e imagem. O artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, dispõe que é inviolável a honra e a imagem das pessoas, assegurado os danos materiais e morais decorrentes de sua violação. Neste sentido a legislação infraconstitucional vem complementar, de modo explicativo, a garantia desse direito auto-aplicável, quando dispõe no artigo 52 do Código Civil que se aplicam às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos à personalidade. De igual modo, a Constituição assegura a liberdade de imprensa e o direito coletivo de informação, mormente quando de eventual conspurcação de interesses transindividuais de natureza difusa consistentes na moralidade administrativa e na administração escorreita da res pública e dos recursos públicos. Como no caso vertente se entrechocam os direitos fundamentais acima elencados, impõe-se, então, o exercício hermenêutico da perquirição dos fatos e das circunstâncias concretas entrelaçadas com as normas colidentes. Assim, a matéria repu-

tenha sido editado o Decreto nº 6.170/2007, da Presidência da República, que dispõe sobre repasses de recursos da União mediante convênios e contratos de repasses, exigindo, ao menos, a adoção do chamamento público para celebrações de convênios entre a União e entidades privadas, sem fins lucrativos, que consiste em um procedimento mais simples que assegura a isonomia entre as entidades não governamentais. Não obstante, em que pese tal providência profilática, nos últimos anos ocorreram irregularidades que foram amplamente noticiadas pela imprensa e pelos meios de comunicação envolvendo convênios de cooperação, mormente em atividades de promoção educacional através do estímulo da inserção de jovens em atividades esportivas, que foram celebrados entre o Ministério do Esporte e entidades filantrópicas, com a malversação de recursos públicos. No caso em tela, restou cla-

eventual inquinação do legítimo questionamento jornalístico de um periódico em tais questões envolvendo aparentes improbidades administrativas na condução da Administração Pública, além de prováveis ofensas ao princípio da moralidade administrativa perpetradas por um ente estatal e agentes públicos, mediante a imposição de uma sanção civil sob o exclusivo prisma do direito à honra e a imagem, seria, então, corroborar a conspurcação da livre atividade de comunicação social, bem como o aviltamento do direito coletivo à informação. Algo impensável em um Estado Democrático de Direito. Assim, no caso concreto a ga-

tada como ofensiva levanta questionamentos acerca da atuação de uma Fundação de direito privado que recebe subvenções públicas e mantém contratos e convênios com um ente de direito público municipal. Na linha moderna do Direito Administrativo atinente a terceirização de determinados serviços públicos exsurge a espécie dos convênios e acordos de cooperação entre entes públicos da Administração Direta e Indireta e entidades sem fins lucrativos, para o desenvolvimento de atividades de interesse público, mas que não se traduzam em atividades próprias do Estado, como atividades fins como a prestação de segurança pública, educação e saúde. No âmbito dos serviços de saúde e educação, é até possível a celebração de contratos de gestão e convênios com entidades provadas, desde que não haja a terceirização da prestação das obrigações impostas ao Estado nos aludidos campos. Para a celebração de convênios entre a Administração Pública e entidades privadas sem fins lucrativos, visando à cooperação em atividades de interesse público, não há previsão na legislação sobre a obrigatoriedade da adoção do procedimento licitatório previsto na Lei nº 8.666/93. De lege ferenda, reputo que tal omissão legislativa pode engendrar vulneração aos princípios da igualdade e da competição, assegurados pela Lei nº 8.666/93, embora haja argumentos de que tal adoção legal engessaria o estímulo de cooperação de organizações não governamentais com certas atividades de interesse estatal. Exigem apenas os Tribunais de Conta para não desfiguração de tais avenças que os aludidos convênios e acordos de cooperação celebrados entre o Estado e entes privados, não objetivem lucros e nem que haja desvios de finalidades e desvirtuamento do interesse público. Devendo ser ínsito de tais avenças o interesse precipuamente público. Conquanto, no âmbito da atuação do Poder Executivo Federal

ro que a Fundação ´Bem-Te-Vi´ mantinha até a administração pública municipal passada convênios e acordos de cooperação com o Município. No entanto, sopesando-se que o então de Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, Ruy Ferreira Borba Filho, além de ser um dos instituidores da aludida Fundação, era também o seu co-gestor, conforme se depreende dos documentos adunados aos autos pela própria parte autora, abre-se, então, espaço para análise se não era legítima a perscrutação jornalística sobre a eventual colidência de interesses verificada na hipótese e a possível prática de atos de improbidade administrativa perpetrados por agentes públicos, ou, se ao contrário, tais questionamentos não eram demasiados. Desta maneira, se for considerado o fato de que a entidade recebia recursos públicos do Município de Armação dos Búzios, e o fato de toda coletividade ter o direito à informação, especialmente no que tange ao interesse metaindividual da observância da moralidade administrativa em qualquer atividade estatal, não há como se sancionar a livre manifestação do pensamento e a perquirição jornalística de fatos que envolvam a coisa pública. Incabível tal sanção mesmo que a linha de reportagem adotada pelo periódico tenha certo caráter humorístico, o que, aliás, consiste notoriamente no próprio estilo editorial adotado pelo jornal ´Perú Molhado´. Somem-se a tais perquirições o próprio depoimento da então Secretaria Municipal de Educação, Carolina Maria Rodrigues da Silva, perante a Promotoria de Justiça de Fundações, consoante cópia acostada pela própria parte autora às fls. 43/44, no qual a agente pública declara que o Município alugou o espaço da Fundação para instalação de uma escola municipal, vez que as instalações da autora encontravam-se subutilizadas; declarando ainda a Secretária Municipal perante o Ministério Público que o aluguel foi fixado em prol da entidade não governamental no montante de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), em ‘convênio’ celebrado entre o Município e a Fundação. Explicitando inclusive a Secretária de Educação naquele depoimento que do ato de celebração do aludido convênio participou ainda o então Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, Ruy Ferreira Borba Filho, que vem a ser também o co-gestor da entidade beneficente. No aludido depoimento, a então Secretaria Municipal de Educação, Carolina Maria Rodrigues da Silva, também aduziu que desconhecia a regra de que o contrato de locação entre o Município e a Fundação teria de ser submetido previamente ao conhecimento do Ministério Público. Destarte, natural que tenha causado certa perplexidade a instalação de uma escola pública em um espaço privado, mediante a celebração de um convênio, que aparentemente tem uma natureza ontológica de contrato de caráter privado, a saber, de contrato de locação, quando existiam outros espaços públicos disponíveis na cidade para tal finalidade, mormente quando a locatária escolhida foi uma entidade privada gerenciada pelo então Secretário de Planejamento e Gestão, pasta a quem competia o gerenciamento das finanças públicas. Acrescentando-se ainda o fato de que a locatária escolhida, como entidade filantrópica subvencionada com recursos públicos pelo ente municipal, teria ainda de submeter ao crivo ministerial que fiscaliza as fundações, a celebração de tal avença que desvirtuaria o seu objeto social. Por via conseqüência, a

rantia da existência de uma livre imprensa e a asseguração do direito social à informação hão de ser graduadas, inequivocamente, com maior intensidade do que a honra e a imagem de pessoas. Ressalta-se, contudo, que se hipótese fosse outra, a ponderação, in casu, seria diversa. Assim, se tais questionamentos jornalísticos tivessem sido despidos de realidade factual ou de qualquer comprometimento com a busca anímica da verdade, apenas para promover ataques e menoscabos mesquinhos da honra de pessoas públicas ou de instituições, por objetivos escusos, e para a satisfação de interesses pessoais de maus profissionais de comunicação, quiçá por eventuais interesses extorsionários e intimidativos, dar-se-ia, então, maior peso ao direito da personalidade, em contraste com o pseudoexercício do direito de informar. Para corroborar a conclusão do juízo, aponta-se o fato da própria parte autoral ter juntado aos autos documentos que são comprobatórios de que a Fundação, subvencionada com recursos públicos, estava sendo subutilizada. A autora ainda instruiu a exordial com documentos demonstrativos de que a entidade filantrópica ainda arcou com despesas alimentares de um evento promovido pela Prefeitura de Armação dos Búzios junto a outras entidades, no Hotel Atlântico nesta cidade, que consistiu em um ciclo de palestra sobre mobilidade urbana, tema que nada tem haver com os objetivos sociais da aludida instituição, podendo configurar desvio de suas finalidades e indevida utilização pela Prefeitura de uma entidade subvencionada para o custeio de despesas promocionais. Aliás, não é incomum a verificação do mau uso do livre direito de comunicação por certos tablóides com circulação no interior, mormente em períodos eleitorais e em razão de disputas políticas do cotidiano, além de não ser incomum nas cidades interioranas, a verificação de indevidos achincalhes jornalísticos ao legítimo exercício estatal na apuração de ações delitivas, inclusive por órgãos ligados a pessoas que exercem ou exerceram funções públicas e que porventura estejam sendo investigadas por indiciárias malversações de recursos públicos. Contudo, no presente caso a pró-

pria entidade autora promoveu o conjunto probatório que dá azo à conclusão de que a atividade jornalística desenvolvida pela editora ré pautou-se pela busca da verdade e pelo interesse legítimo de informar. Assim, se havia qualquer elucubração jornalística acerca de eventuais improbidades e imoralidades na celebração de um ‘convênio’ entre o ente estatal e a entidade de direito privado, alicerçada em fatos reais, justa era, então, a perquirição de tais possibilidades pelos meios de comunicação social, no exercício democrático da manifestação do livre pensamento e do direito de informar. Sendo ainda justa a pretensão coletiva da obtenção da informação verdadeira ou da reflexão intelectiva a partir da elucubração jornalística, mesmo que tal estímulo a reflexão tenha sido proposto através do humor. Frise-se que a improbidade administrativa consiste em qualquer ato que importe: a) em enriquecimento ilícito do agente público; b) em qualquer ato que enseje lesão ao Erário por ação ou omissão dolosa, ou culposa, do agente público; c) ou qualquer ação ou omissão praticada por agente público que atente contra os princípios constitucionais setoriais da Administração Pública, que importem em violação aos deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade à administração pública. Já a moralidade administrativa consiste na ética da qual se extraem os valores a serem sopesados pelo sistema jurídico, afirmados pela própria sociedade consoante no ideário da Justiça, que almeja realizar através do Estado. Tratando-se tal princípio de mais um aspecto da evolução pós-positivista que visa relativizar a dicotomia entre Direito e Ética e entre a juridicidade e a sociedade. Razoável, portanto, que o direito de informar, in casu, se sobreponha a qualquer pretensa intangibilidade de sua personalidade que pretende a autora, quando a mesma era agraciada por subvenções públicas concedidas pelo ente municipal. Assim, concluo ser justa e proporcional a relativização do direito pretendido pela autora, ante a preponderância no caso concreto dos direitos fundamentais à livre atividade de comunicação, do direito de informar e do livre acesso à informação. Não vislumbrando, assim, o juízo a ocorrência de danos morais. Ex positis, JULGO IMPROCEDENTE A DEMANDA, conforme a fundamentação supra. Ante a sucumbência, condeno a parte autora a arcar com os pagamentos das custas e da taxa judiciária, verbas estas já antecipadas. Sem condenação em honorários advocatícios ante a revelia da parte contrária. Extraiam-

se cópias dos autos, a fim de instruir ofício ao órgão da Tutela Coletiva do Ministério Público, com escopo de que sejam analisados os documentos juntados aos autos pela autora, que, aparentemente, são indiciários de atos de improbidade administrativa e de ofensa ao princípio da moralidade administrativa. P. R. I. MARCELO ALBERTO CHAVES VILLAS


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