1199 by O Perú Molhado

De 20 a 27 de junho de 2014 • Edição 1199 • ANO XXXIV • www.operumolhado.com.br

Inauguração da Clínica da Família na Vila Verde

Assista os Jogos da Copa no Buda Beach e acompanhe com a tabela do Perú

O MAIOR AL JORN BÚZIOS

a d o é L O

! a i d r ó c s i d UM JORNAL CEGO, SURDO E MUDO

Aos 11 anos de idade, eu já desconfiava da verdade absoluta. (Zé Ramalho)

Conselho editorial

Nosso editor Marcelo se lamentando porque não tem nada melhor pra fazer

Por Hamber afroislâmico Carvalho

verdadeiro descalabro envolvendo o comediante Gustavo Mendes no último final de semana do Buzios Love, na Rasa, deu a exata dimensão do quanto é explosiva a combinação religião e ignorância e o estrago que ela faz numa cidade eminentemente turística e que abriga além de mais de 58 nacionalidades, uma diversidade de credos religiosos. A raiz de tamanha imbecilidade está no fundamentalismo religioso, ou seja, a capacidade de alguns seguidores de uma religião e não de suas lideranças, em se fecharem em suas crenças como uma verdade absoluta, não aceitando o diálogo, nem tampouco a modernidade dos tempos. Há ainda os casos extremos em que o individuo coloca a religião como escudo para tudo que faz de errado e vive mandando a conta para o céu. Aqui em Búzios esse coquetel de religião, politica, governo e intolerância, caminha

na contramão do desenvolvimento da cidade, com repercussões extremamente negativas para a nossa economia que está alicerçada integralmente no turismo. Quando nossos governantes e políticos, ou seus comandados, se dão ao abuso de colocar a religião á frente do cargo público, ai todo o esforço e os recursos empenhados para divulgar nossas belezas e nossas diversidades naturais e de pensamentos vão literalmente para o ralo. Para não ser injusto, o atual governo tem se empenhado através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda em romper com este comportamento extremamente nocivo, inclusive, pontuando nos eventos da prefeitura o ecumenismo para apaziguar as distorções e a intolerância religiosa, mas, infelizmente, a ignorância e a soberba caminham de braços dados com alguns infiéis. O perfil da cidade aceita e tem espaço para todos os cultos religiosos, como atividade que vai além da confissão de fé. Possuímos uma reserva de cabeças pensantes na cidade que podem tranquilamente rever-

ter o que seria um esgarçamento de posições num produto de turismo, como vem se empenhando há tempos Isis Penido e o próprio Armandinho como bom judeu, em criar espaços religiosos de visitação. A exuberância de nossa vegetação e de nosso recorte geográfico são verdadeiros espaços sagrados que ao se desprender do continente africado, mantiveram quase que intactas suas características, indicados principalmente para a pratica da meditação e do culto a nossos ancestraisafrohimalaiostibetanosprotestantescatolicosbudistasevangelhicosadventistasmessianicosjudeusislamicosateus. A guerra não é, nem nunca será santa. A guerra só será santa para a santa ignorância do fundamentalismo. Como cidadãos que apostam na liberdade de cultos e na função libertadora da religião, temos que nos manter eternamente vigilantes contra estes espasmos de violência e intolerância, que só fazem depreciar uma cidade que queremos múltipla no acolhimento e tolerante na diversidade de pensamentos e ideias.

Brigitte Bardot, Claudio Kuck, Ivald Granato, Jo mar Pereira da Silva, Fino Quintanilha, Renata Des champs, Otavinho, Umberto e Claudio Modiano, Ernesto Zabotinsky, Trajano Ribeiro, Renato Pacote, Jorge Tedesco, Claudio Cohen, Lauritz Lachman, Guilherme Araújo, Pedro Paulo Bulcão, Paulo Ma riani, Alberto Fantini, Marie Anick e Jacques Mer cier, Araguacy da Silva Mello, Luis Edmundo Costa Leite, Marcos Paulo, Elie Shayevitz, Jonas Suassuna, Glória Maria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancel mo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro, Armando Ehrenfreund, Mário Pombo, Nelson Bellotti e José Leão Portinari.

Diretor Marcelo Lartigue

Copydesk Eva Lartigue

Editor Adjunto Janir Hollanda

Fundadores Mario Henriques e Pedro Luis Lartigue

Jornalista responsável Victor Pinto MTB 27666 Editor de fotografia Photoshop Repórter Victor Viana Sandro Peixoto Mônica Casarin Alessandra Cruz Denis Kuck Janir Junior Arthur Veríssimo Michelle Mattos Diagramação Caroline Moreira Diretora Comercial Só Jesus sabe!

Gerência de Vendas Tráfego Publicidade & Marketing Ltda. (21) 2532-1329 (21) 9100-7612 Mecenas Umberto Modiano Impressão Tribuna de Niterói Diretor de Distribuição Muchacho Bicho Doido Depto. Jurídico Dr. Ulisses Tito da Costa

O Perú Molhado / Editora Miramar CNPJ: 02.886.214/0001-32 Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950-000 – Brava - Armação de Búzios – RJ Celular/redação: (22) 98128-3781 / 2623-1422 Comercial: (22) 2623-1422 E-mail: operumolhado@globo.com operumolhado@gmail.com Site: www.operumolhado.com.br

GASTRONOMIA | PAISAGISMO | DECORAÇÃO

De 20 a 27 de junho de 2014 – O Perú Molhado

Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso De 20 a 27 de junho de 2014 – O Perú Molhado

Alejandro e Lili

Léo enfim foi fisgado ao altar

Antônio Valente e Marluce

! o s s Suce

Verinha não desgrudou do Santo Antônio

Nelson Freitas e o secretário de turismo José Márcio

Sucesso de público

Nat, Hanah e Karina Tardeli

O prefeito André Granado e Zé Márcio com os atores da peça “A história de nós dois”, que foi um sucesso no Porto da Barra

Nito e Renatinha

Liana de coração aberto...

Joãozinho casou de novo Durante o evento haviam músicos por toda cidade

Anderson, Marcos Veras e Vanessa Akel

Eva casou...

Carlota e Gerson

Os fãs foram ao delírio com Marcos Veras

De 20 a 27 de junho de 2014 – O Perú Molhado

Foto: Sylvana Graça e Muchacho Bicho Doido

s o i z ú B m e a p Co

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Bunda news:

Copa da selfie e das jornalistas musas Por Janir Júnior

ara o jornalista esportivo a cobertura de uma Copa do Mundo – assim como das Olimpíadas – é um dos momentos de ápice na carreira. Ainda mais com o Mundial sendo realizado no Brasil – pela última vez, é claro. Não é possível que a Fifa faça outro Mundial em terra tupiniquim. Mas engana-se quem pensa que é molezinha, que uma credencial é o passaporte para a Disney da bola. Cobrir uma Copa -essa é minha segunda - é desgastante, gera adrenalina, esgota, faz a cabeça funcionar 24 horas por dia, faz você dormir em Natal e acordar em Manaus para logo em seguida ir para São Paulo. E, quando você acaba aquele texto caprichado, com aspas exclusivas em meio ao jornalismo pasteurizado de entrevistas coletivas, vem um jogador e faz uma selfie, posta na rede social e vira manchete. Ou uma jornalista musa. Ou ainda uma mulher gostosa de algum atleta. Essa tem sido a tônica da Copa do Mundo no Brasil. Ou da Copa do Mundo dos selfies. Com a maioria das seleções fechadas, com acesso a apenas 15 minutos dos treinamentos e entrevistas apenas nos momentos obrigatórios da Fifa, uma postagem na rede social vira manchete. E para isso não é preciso estar com uma credencial, bastar estar com o rabo sentado numa cadeira da redação e de olho na telinha dando F5 no Instagram. Teve foto da namorada de Balotelli, seus volumosos seios e um pedido de casamento. Tem selfie argentina dentro do avião. Tem as jornalistas mexicanas rotuladas de musa – são realmente belas, mas talvez não trabalhem com os trajes mais adequados. Tem selfie na seleção brasileira. Tem a mulher do Cassano visitando o Cristo Redentor. Tem a esposa do atacante alemão Andre Schürrle, Montana Yorke de biquini. E por aí vai... É difícil fugir disso, lutar contra a força e a rapidez avassaladoras da Internet. E tem o público/leitor que consome isso vorazmente. Há alguns anos, bem na portaria do jornalão New York Times, uma frase resumia perfeitamente o espírito do jornalismo: “Bad news, good news” (notícias ruins, boas notícias). Isso porque é a máxima do jornalismo: notícia ruim é que vende jornal. Mas agora bem poderia ser “selfie news, bad news, mas isso agora é que é news”. E jornalista que vira notícia sendo musa é um colírio para nossos olhos. Mas, se já é estranho jornalista virar notícia, nesse casos é o que podemos chamar de “bunda news”.

Pílulas da Copa - Mexicano é igual mosquito: tem milhões espalhados por tudo que é lugar. Eles invadiram o Brasil, são animados, mas bastam algumas doses de tequila para cuspirem involuntariamente os rostos

As musas e musos da Copa

alheios. Como bebem as crianças;

co, já deu suas colocadas. Mas jornalista também pede...

- Do hotel em Natal até o hotel em Manaus, levei 10 horas. Daria para ir à Europa. Problemas na escala em Brasília, aeroportos longe do centro e até falta de táxis;

- A imprensa gringa, sempre ávida por falar mal do Brasil, começou a disparar depois da invasão de torcedores chilenos

à sala de imprensa do Maracanã. Vale lembrar que a segurança nos estádios é de responsabilidade da Fifa. - A melhor coisa da Copa é não ter mais que escutar: imagina na Copa.

- Natal é conhecida como a terra do sol, mas em três dias eu vi e levei muita, mas muita chuva mesmo na cabeça. Triste o estado que a cidade ficou. Triste minha clausura forçada num quarto de hotel; - Muitos gringos acham que no Brasil vale a lei do “tudo pode”. Abusam da boa vontade alheia, acreditam que podem fazer e acontecer, e ainda criticar; - Entre coleguinhas, uma piada correu solta na zona mista depois da vitória da Croácia sobre Camarões, em Manaus: “A Croácia venceu; o desodorante dos camaroneses também”. Que inhaca, amigo... - Bastou um empate para o light Felipão relembrar os tempos de “caneladas” na imprensa. Depois do empate com o Méxi-

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Figuras da Copa Por Luisa Barbosa – cientista social, doutora em sociologia (UFRJ) e professora da rede pública de ensino.

esde que a Manoel Turíbio foi pintada de verde amarelo e o bar do botafogo se encheu de bandeirinhas, não se fala em outra coisa na cidade. Acho que todos enfim cederam e de fato acreditam, como eu, que realmente vai ter Copa. Mas o maior espanto pra mim se deu no último sábado antes do jogo da seleção, quando um homem inteligentíssimo, extremamente crítico a tudo e a todos fazia 36 anos. Numa brincadeira, perguntei o que ele queria ganhar de presente de aniversário, esperando a frase típica: nada, não precisa, não gosto de presente... Para minha surpresa, ele encheu o peito e disse: “quero 50 pacotes de figurinhas para completar o álbum da Copa!”. Incrédula, perguntei: “Álbum da Copa?”. “Sim! Tô quase terminando a seleção da Colômbia”. À tarde teríamos um encontro de família, com muitos primos (todos na faixa dos 30), e o aniversariante queria ter melhor condição de barganha, para completar o time da seleção canarinho, seu objetivo principal. E lá fui eu em busca das tais. Meu nível de desatualização era tão grande, que perguntei ao jornaleiro onde poderia comprar cola para as figuras (gargalhada geral, até dos desconhecidos gringos). Já o aniversariante mostrava-me,

animado, os erros da Panini, numerando os jogadores não escalados que tinham seu momento de glória neste álbum distribuído em cerca de 120 países do mundo. O espírito da Copa tinha possuído um dos corações mais céticos que conheço. A onda de mobilizações sociais iniciada em junho de 2013, que ele apoiou e participou, no momento da Copa das Confederações, trouxe para a ordem do dia a demanda por direitos sociais negados aos brasileiros por décadas e décadas. Relacionou verbas para a construção de estádios ao investimento em saúde, educação e aos aumentos salariais. Brigou pela redução das passagens (e obteve vitória), contra a corrupção e construiu um sentimento de que a Copa era ruim para o país. Há quem, possuído por esse sentimento, tenha ainda hoje a coragem de torcer para a Copa não dar certo. Ou mesmo para a seleção brasileira perder a Copa. Somos todos, claro, favoráveis à educação e saúde pública de qualidade, salários dignos para vigilantes, professores, metroviários, garis (e sabemos que o gasto com a Copa não tem haver com isso). Queremos também transparência, o fim da corrupção que nos persegue desde antes do “santo do pau oco”, e punição severa para aqueles que se apropriam do dinheiro público. No entanto, não podemos amargurar por isso nossa paixão pelo futebol. Paixão esta que faz um homem de 36 anos se divertir “à vera” com um simples álbum de figurinhas.

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A Copa é sim uma grande oportunidade, não há como negar. Para o turismo, para os negócios, para a projeção do Brasil no mundo e, por que não (?!), para a nossa identidade nacional. Para nos sentirmos mais “nós” e termos orgulho daquilo que somos, da brasilidade que nos faz brasileiros, juntos. O futebol é nosso patrimônio. Nossa raiz. Serve e serviu, muitas vezes - como o ál-

cool, o ópio, o ócio – para dopar o povo, é fato. Mas a explosão da alegria tem disso. Embriaga. Melhor vivê-la que perdêla. Fiquemos todos de olhos abertos, pré, pós e durante a Copa, mas não cerremos nosso sorriso. Não se pode deixar que o grito de raiva, preso por séculos na garganta, abafe o nosso grito de gol.

“O futebol atual é pobre” Entrevista com o ex-jogador francês, que mora em Búzios, Roberto Sab Por Victor Viana

oberto Nelson Sab mora no Brasil há nove anos, seu pai é brasileiro de São Paulo e sua mãe é francesa. Logo cedo percebeu que fazia parte de seu destino ser um jogador de futebol. “Meu pai jogava futebol, era brasileiro. Naquela época o Brasil tinha o melhor futebol do mundo, acho que isso me influenciou e também cada um de nós nascemos com uma disposição natural para sermos o que somos”, explicou filosofando. O primeiro clube que Roberto jogou foi o R Club - Lens, primeiro como estagiário e depois como profissional. Logo vieram os contratos e Roberto jogou em diversos clubes importantes da França como o Saint Étienne, o Nice e o Auxerrre. Jogou a Copa da Europa e chegou a ser convocado para atuar na seleção francesa. “A convocação chegou muito em cima da hora e na época eu estudava fisioterapia e era época de prova. Não era muito fácil naquele período, minha prioridade foi estudar e trabalhar, que é o que faço até hoje. É bom que se entenda que naquela época o jogador honrava a camisa de seu time, não tinha muito dinheiro como hoje”, contou ao Perú. Quando fez 33 anos, após 13 anos dedicados ao futebol, decidiu que era à hora de parar – estava entre os cinco melhores da França-, mas ainda trabalhou como técnico no Catar, onde conheceu e pode jogar uma pelada com Romário. “Me machuquei lá, cheguei a ter de ficar de bengala por um mês”, se diverte ao contar. Roberto é contemporâneo do grande herói do futebol francês e um dos maiores craques da história do esporte, Platini. Na conversa que tivemos era fácil perceber sua admiração por ele, na verdade parece tê-lo como um ídolo mesmo.

O francês Roberto das Sapatilhas já foi Roberto das Chuteiras

Sua admiração por Platini é grande, ele o influenciou? Sim. Antes de jogar contra Platini tínhamos pesadelos. Ele sabia tudo, jogar e liderar um time.

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Você disse que o Brasil tinha o melhor futebol do mundo, em sua opinião não tem mais? Pelo que se viu nos últimos dois jogos não está mais jogando como antes não. No futebol em geral a qualidade técnica é pobre. O futebol pra mim sempre foi arte e isso eu não vejo mais. O Brasil caiu muito, veja que nessa Copa ainda não mostrou nada. Mas vamos esperar porque na Copa das Confederações o Brasil jogou bem.

Roberto jogou em grandes clubes franceses e tem como ídolo Platini e Pelé

E a seleção francesa? Pra mim foi uma surpresa boa depois da derrota na África do Sul, não há um craque, mas há um time. Eles vão no mínimo até a oitava. Pelé ou Maradona? Eu acho que não se pode comparar ninguém de épocas diferentes. Não há como comparar, por exemplo, Platini com Zidane. Mas pra mim o melhor jogador de todos os tempos é o Pelé. O Garrincha era bom, mas era ponta direita, jogava cruzando, essas coisas. O Pelé sabia fazer tudo...pé direito, pé esquerdo, cabeceando, fazendo tudo, a visão de jogo, fazendo os outros jogarem, um mestre. Quais outros grandes jogadores que você teve a satisfação de jogar? Joguei com Mujica, o melhor lateral esquerdo da Copa de 70, que era uruguaio e com Roger Mila, que jogou na seleção de Camarões, também o Joel Bats, goleiro da seleção francesa. E na despedida do Krimau, no Marrocos, joguei com o Paulo Cezar e o Jairzinho, e foram fantásticos, esses jogadores da Copa de 70. Eram jogadores muito técnicos e hoje infelizmente não há quem jogue como eles. Há Neymar e Messi, mas perto do que eram esses dois é muito pouco o que eles fazem.

Concorda com a serie de regras impostas pela Fifa? De certa forma sim, mas tem que botar regra, porque o futebol está ficando muito violento. Na minha época estávamos almoçando antes do jogo qualquer um podia entrar falar com a gente, hoje parece

um exército, mas as coisas vão mudando mesmo. Tem algum jogador que possa destacar nessa Copa? O Neymar é um grande jogador, mas é atacante e então ele tem de receber a bo-

la. Como ele vai fazer tudo sozinho? É como o Cristiano Ronaldo, como ele vai fazer? Vai voltar pegar a bola e trazer até a área para fazer o gol? Por isso que estou satisfeito com a França, porque pode até não ter um craque, mas tem um time.

(quinta a domingo / thursday do sunday 10:00 - 19:00)

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Todo juiz é ladrão, Cabelada não! Por Victor Viana

o início da década de 80 nosso articulista esportivo Cabelada começava a despontar no futebol carioca como árbitro. Cabelada era frequentador do Bar e Restau-

rante Petisco da Vila, onde os principais cervejeiros da época se reuniam. Eram todos funcionários de estatais, advogados, médicos, funcionários de altos cargos em empresas diversas e realmente eram fãs do Cabelada. Eu pude observar o prestigio dele junto a sociedade carioca quan-

do tive de acompanha-lo em uma reportagem no Grande Prêmio Brasil de Turfe lá no Hipódromo da Gávea. Do início até o final do evento, o que vi foi uma sequência ininterrupta de cumprimentos efusivos e declarações sobre ter sido o maior juiz de futebol que o Rio já viu, “um dos

maiores do Brasil” alguns diziam. Por onde passávamos gritavam: “ Todo juiz é ladrão, Cabelada não!” . Esse bordão foi criado por essa turma lá na década de 80 que o seguiam nos jogos da Região dos Lagos, interior do Rio e, é claro, no Maracanã.

Padrão fuleco de qualidade Por Cabelada

á 35 anos faço parte do mundo do futebol, através da Federação Brasileira de Futebol, primeiro como árbitro, depois como observador de árbitro e hoje como representante de clube. Nas últimas cinco Copas eu venho cobrindo nesse evento mundial pelo O Perú Molhado, mas dessa vez não será possível, não tive acesso aos ingressos como foi nas Copas anteriores, o que acho um desrespeito não só comigo mais com muitos outros representantes do futebol. Esse padrão Fifa que inventaram causou isso e tirou pois muitos esportistas e gente do ramo para escanteio. Venho então assistindo os jogos pela TV ou pelo telão montado na Praça Santos Dumont, no centro de Búzios. Na minha opinião profissional estamos vendo uma Copa do Mundo com arbitragem calamitosa, que estão, por exemplo, decidindo partidas, como no jogo contra o México em que gols legítimos foram anulados. Realmente não levo nenhuma fé nessa seleção, uma pena, porque tem muitos pontos fracos como o Pauli-

nho, Luiz Gustavo e o próprio Fred. No meu entender esses não são jogadores que mereçam vestir a camisa brasileira. Eu que acompanho os jogos da Copa desde os meus 11 anos de idade sempre tive a certeza de que o Brasil tinha chances de ganhar, mas hoje não. Tínhamos no passado jogadores de talento e raça, isso não se vê mais. Ganhamos da Croácia com ajuda da arbitragem naquele pênalti que não existiu, cavado pelo Fred. Depois enfrentamos o México e não tivemos poder ofensivo, sorte nossa zaga ser maravilhosa, com Thiago Silva e André Luiz. No ataque as vezes temos um lampejo de Neymar, que de fato continua sendo a nossa única esperança de gol. Espero que contra Camarões isso mude. Apesar de tudo acho que é possível vencer Camarões para que na próxima fase contra uma seleção europeia já tenhamos um padrão de jogo a altura dessas seleções. Veja que não há, até o momento, como citar nem uma jogada ensaiada; nem de falta, nem de bola parada, nem de escanteio. Tá feia a coisa, estou preocupado. Vamos rezar e torcer porque do jeito que está será difícil chegar na final.

Cabelada sofre com a falta da loira. Na seca desde o dia das mães

allanvaq@hotmail.com Tels.: (22) 2623-0321 (22) 9 9222-3314 | id: 958*26413 Estrada da Usina Velha, nº 444 GR. 7 - Centro - Búzios

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O ator americano Leonardo DiCaprio, que está no Brasil para a Copa do Mundo, visitou Búzios. Usando óculos escuros e uma boina, o artista foi visto na sexta-feira no centro da cidade, onde deu um passeio junto com amigos. O trio também passeou pela Orla Bardot, fechou a boate Pacha, onde Leo - que graça!- dançou Beijinho no Ombro de Valesca Popozuda. Eu heim!

“Lady Renata! Lady Renata!“ - disse Di Caprio Por Victor Viana

a sexta-feira foi a Eva Lartigue - filha do Marcelo - que me disse que Di Caprio estava dando um bordejo por Búzios. Confesso - sem querer parecer despeitado e inevitavelmente sendo - que não dei a mínima, mas Marcelo Lartigue ouviu e deu importância ao fato. “Vai lá na Casa da Renata (Deschamps) e espera que ele vai lá com certeza!”, gritou Lartigue sem abrir os olhos, dormia sentado. Eu fui. No celular acompanhava pelo Facebook as postagens com fotos do ator do chatérrimo Titanic sempre de costas ou, sei lá porque, calçando sapatos. De dentro do meu tédio cheguei a pensar que fosse mentira, mas o barquinho de três andares estava lá ancorado - dizem que Otavinho questionou se isso não estaria desrespeitando a lei mais sagrada que qualquer versículo da bíblia em Búzios - que não pode ter três andares na cidade - mesmo havendo uma igreja evangélica na Rasa que ostenta esse feito. Sentado na Porta de Renata Deschamps, sentindo o cheiro de mijo que vem da travessa que leva o seu nome - um desrespeito- e observando os chilenos passearem pela Rua das Pedras comendo coxinha com guaravita, vi quando um sujeito de boina, óculos escuros e um cavanhaque de gigolô de puta pobre se aproximou, e em frente a casa com fachada de armazém de secos e molhados - uma das pouquíssimas que conserva a estampa original da década de 50 - e gritou: “Lady Renata! Lady Renata!”. Foi Nito, marido de Renata, que atendeu. Leo abaixou um pouco a cabeça, um gesto humilde, e emendou: “My name is Leonardo, I’m an actor, came to watch the matches of the World Cup and did this stop in Buzios only to see the Lady Renata. Could you call her, please?”. Leo retirou os óculos e houve uma troca elétrica dos seus olhos azuis com os olhos azuis de Nito. Um minuto de silêncio abissal e Nito disse com aquele acento argentino: “Non”. A noite Di Caprio fechou a boate Pacha, na Rua das Pedras, em uma festa privadíssima com 50 mulheres, 30 do Rio e 20 de Búzios! Do que rolou por lá não sei, não fui convidado, também não queria ir - estou sendo descaradamente despeitado agora. O que se leu na coluna do Bruno Astuto sobre a festa foi o seguinte: “(...) As 20 buzianas - que tiveram seus celulares lacrados pelos muitos seguranças do astro logo na entrada da boate. Até o prefeito da cidade, André Granado, ficou sem seu aparelho”. Até as 4h00 a estrela de Hollywood beijou muito, dizem. Box - Depois o barquinho Topaz (maior iate do mundo) do Xeique Mansur - colega de Di Caprio - foi para Cabo Frio, mas lá nada de mais aconteceu. Até se ventilou que Beyonce estivesse por lá, mas não tava não...

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Di Caprio esbanja em sua passagem por Búzios

Fazendo comprinhas na Osklen (Foto Sylvana Graça)

Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas Recebemos a denúncia de que o Posto de Saúde de São José estava sem balança para pesar as pessoas. Fomos até lá pra conferir e nos confirmaram que sim, está sem balança mesmo. O porque ninguém soube informar. E por falar em saúde a população segue reclamando da falta do bendito remédio para pressão. Por mais que se diga oficialmente que tem remédio, as pessoas não confirmam essa afirmação. Uma placa mostrando uma orla com ciclovia e tudo em frente a uma empreendimento de Geribá causou espanto em nossa equipe, chegamos a achar que uma orla linda estava sendo feita na Praia de Geribá, mas não era não.

Nossa super diagramadora Carol Moreira versão 3.2 com direito a festinha, bolo Maria Maria, presentinho da Sapatilha e vinho dado pelo Rambo.

O que mais se falou na Rasa nessa semana foi sobre um misterioso carro de som que, segundo moradores, falava absurdos sobre o nosso prefeito André. Estamos apurando.

A boutique Analu Búzios no shopping Don Quijote recebeu seus clientes num especial cocktail de dia dos namorados com a presença da modelo Gisele Novaes da nossa cidade, vários modelitos lindos para você mulher moderna, não percam a oportunidade de conhecer!

Drika na fossa. Durante o Búzios Love vistoriando o Porto da Barra, Drika ficou sem chão literalmente, uma cisterna cedeu, ela caiu e quebrou a 14ª costela. Ela passa bem, cozinha e lava também. Começou a Feira Forte. Alair, firme e forte, cortando a fita

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De 20 a 27 de junho de 2014 – O Perú Molhado Cliente: CHANDON Proyecto: Identidad

Para tener validez este archivo digital, debe estar acompañado de una prueba de pre-prensa (cromalín) firmada por ambas partes: El cliente e Interbrand.

Ante cualquier duda comuníquese al 4788-9665 La Pampa 1351 - C1428DZA Bs. As. - Argentina

Producto: Aplicación horizontal positiva color Fecha: 07/05/2010

CYAN

MAGENTA

YELLOW

BLACK

Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas Moço, Marco Ewbank (secretário de esportes), Marquinhos, Cristiano Marques do Convention Bureau, o comodoro Alain Juliet, Kakado (dispensa comentários) e Nabuco no Búzios Sailing Week

Nosso repórter, Victor Viana, fotografou o Diretor Executivo do Bureau, Cristiano Marques, apresentando a cidade para a bela catarinense de origem russa, Dulce Piske

Os belgas Michel, Françoise e o aniversariante Tif celebrando a vitória da Bélgica sobre a Argélia no Chez Michou

Kakado, Manuel Luis Tompson-Flores (diretor da Federeção de Golfe RJ) e Sérgio Galiano (presidente do Búzios Golf Club) no 42º Campeonato Aberto do Estado do Rio de Janeiro, pela 1º vez em Búzios

Porto da Barra • Reservas: 2623-3731 De 20 a 27 de junho de 2014 – O Perú Molhado

#meamebrasil

humor

“Reunião na casa de Luciano Huck e Angélica marca início da mobilização de artistas e famosos à campanha de Aécio Neves”. Por Alexandre de Oliveira Perigo Na última sexta-feira muitas personalidades (entre eles o pensador Thiago Lacerda, inúmeros atores da peça “Malhação” de Shakespeare, o dançarino Anderson “Spider” Silva, o publicitário Paulo Coelho, o filósofo Latino, o ex-Deborah Secco, ex-túpido e diretor de comunicação da Natura Falcão, a escritora Black Block Ticiane Pinheiro, o ex-BBB e animador de auditório Roberto Justus, o ex-CCC Lobão, o x-tudo Olavo de Carvalho, o zagueiro futebolístico Reinaldo Azeredo, o empresário Diogo Mainardi, o ex-lutador de sumô Ronaldo Nazário. o ex-engraçado Jô Soares, o cobaia de oftalmologista Luiz Pondé e o ex-frangueiro Rogério Ceni) encontraram-se na residência oficial de inverno do casal Luciano Huck e Angélica para oficializar seu apoio à candidatura de Aécio Neves à presidência da República Democrática do Leblon. No frugal encontro, amplamente coberto pela grande mídia (com destaque para os âncoras Amaury Júnior e Luciana Gimenez), foram servidos canapés de haddock defumado e champagne de boa safra para descontrair o ambiente. Na ocasião todos puderam externar sua indignação com o governo do Khmer vermelho búlgaro-lulo-dilmístico. “É extremamente importante essa mobilização popular como forma de mudar tudo que está errado nesse governo”, disparou Thiago Lacerda, um dos líderes do movimento. “Não podemos permitir que essa ditadura comunista acabe com a família brasileira”, emendou Mainardi à beira da piscina. “Não é possível mais suportar os engarrafamentos diários por conta de manifestações vazias de vagabundos”, disparou também a sempre polêmica Ticiane. “E quer saber o que mais? Não vai ter copa!”, emendou euforicamente Ronaldo enquanto engasgava com 3 canapés engolidos quase que simultaneamente. O bom humor deu o tom da noitada e o grupo ganhou até um nome de batismo de consenso, recebido jocosamente por todos: “Mi-ame, Brazil”. Na agenda da reunião destacava-se uma lista de demandas a serem apresentadas ao candidato Aécio, que infelizmente não pôde comparecer ao evento por conta de comício-rave já agendado anteriormente. O anfitrião Luciano, vestindo uma camiseta verde e amarela da Ellus com estampa de Che Guevara dizendo “no va tener cuepa”, apresentou a lista, onde mereceu destaque: - adiamento do golpe comunista para depois do fim do novo calendário maia; - isenção de impostos para imóveis na zona sul do Rio de Janeiro e São Paulo, para automóveis importados e para compras no exterior, incluindo taxação zero para produtos da Apple; - aprovação do projeto de lei PL 171, de autoria do próprio Aécio, que exige a calibração internacional de balanças de pesagem de papelotes; - criação do programa “minha vaga, minha vida”, com a ampliação das vagas de estacionamento em todos os shoppings centers do país;

Os vips e seu candidato de papelão

- regulamentação do trabalho escravo rural e doméstico; - implementação do programa “asas para todos” com o financiamento estatal a fundo perdido de mais heliportos privados nas principais capitais do país; - redução da maioridade penal de jovens (não arianos e não abastados) para 3 anos de idade; - mudanças profundas nos programas sociais, com extinção de todas as chamadas “bolsas-vagabundos” e adoção de políticas pautadas na filosofia “dar com a vara em vez de dar peixes”. O movimento prometeu marcar para breve seu próximo encontro, a ser realizado em Miami ou em Aspen, a depender do clima. O toque final de requinte ficou por conta da foto oficial do encontro, das rosas colombianas, dos bombocados de trufa italiana doce e das lembrancinhas da quinta avenida distribuídas na saída a todos os ilustres convidados, tudo atirado de cima pelo helicóptero contratado junto a um empresário mineiro.

Agora é lei! Por Victor Viana (14) um grupo de senho Na última segunda-feira na zia bu te eli o ud da pse ras e senhores distintos et Chandon e Chanel Mo de fas rra ga am estourar emoração ao retorno da 90 na Orla Bardot em com itimo. Poderão voltar leg escravidão como um ato ros e índios. A novidade neg s do iza rav a serem esc r, que passará a ser chaé que ao ato de escraviza seres inferiores, será esmado de apropriação de stinos, livre pensadores tendido a migrantes norde acadêmica e funcionáque não tenham formação Perú Molhado. Segundo rios e colaboradores de O estar nu, será considerado decreto do rei, que pode , moradores da ponta da raça pura, com Pedigree e Ferradura em frente) qu península (do Portal da os tiv cidades e países. Na tenham vindo de outras s, indígenas, nordestigro ne que não pareçam ser mpleto e nunca tenham nos, tenham o 3º grau co serão tolerados. A Gesta colaborado com o Perú a orm osa do balneário inf po cultural, social e religi leis será amarrado à esàs cer que quem não obede e passará cinco dias inintátua da Brigite Bardot balauê de Maria Gadu. terruptos escutando Shim

De 20 a 27 de junho de 2014 – O Perú Molhado

TABELA DA COPA

CORTESIA Assista todo s os jogos no Buda Beach num telão de 160 polegad as, o maior telão da cidade. De 20 a 27 de junho de 2014 – O Perú Molhado

“Búzios não tem espaço físico para tanta gente e carros “ Por Gustavo Medeiros

“

Se o Cristo Redentor, símbolo turístico do nosso país, admirado e reconhecido no mundo como patrimônio da humanidade, está de braços abertos para o planeta, Armação dos Búzios também está de braços abertos para os turistas que visitam o nosso país neste período de Copa “. A frase, simpática e bem colocada, é do taxista Marcelo Jesuino, motorista de táxis, presidente da Búzios Copper Táxi, no centro de Búzios. Neste município, segundo os taxistas, são 150 taxis licenciados, número extraoficial em virtude da Prefeitura de Búzios não informar a quantidade correta. A frota que circula na cidade está distribuída em cinco pontos – Praça Santos Dumont, Shopping Praia do Canto, Rodoviária, Hospital e Centro da Rasa. Os dois últimos praticamente não existem, em função da falta da presença de táxis. Jesuino, que está cursando a faculdade de turismo no CEDERJ, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não pouca críticas aos “ empresários “ do setor hoteleiro que contratam carros particulares até de outros municípios para transportar seus hospedes, inclusive, de Búzios para os Aeroportos na capital. Ele pondera com relação a grande quantidade de taxis em Búzios que “ no verão, atende até a demanda, porém na baixa temporada, a situação se agrava devido a pouca quantidade de procura. Segundo ele, em período de alta temporada, a corrida do centro a Rasa pode levar até duas horas em função do caos no trânsito : - Sempre utilizamos a Via Alternativa para fugir do sufoco que passamos durante o período de pico em Búzios. Já é público e notório que Búzios não tem mais espaço para tanto carro e tanta gente. O Poder Público, pelo visto, não está preocupado com isso. Se nada for feito, vamos entrar em colapso. Isso será totalmente prejudicial ao nosso turismo – prevê Marcelo, que no verão, consegue dar 20 corridas com um faturamento diário de R$ 500,00 e na baixa, duas corridas no máximo, colocando no bolso apenas R$ 50,00. São 28 táxis cooperados no centro de Búzios – Cooper Táxi, no Shopping Praia do Canto. A cooperativa, além da segurança e do conforto que o cliente usufrui, está apta a fechar contratos com empresas do setor de turismo. A frota é totalmente nova e todos estão devidamente licenciados pela Prefeitura de Búzios. As tarifas são tabeladas pela Associação dos Taxistas de Búzios, com a aprovação da Secretaria de Finanças. Fora município, o preço é combinado entre o taxista e o cliente. Búzios X Cabo Frio custa em média de R$ 80,00. Para capital, varia de R$ 400 a R$ 450,00. A Prefeitura de Búzios, por sua vez, informa que só é responsável pelo preço no município, fora da cidade, a responsabilidade do valor fica a critério do taxista: - Meu táxi está avaliado em R$ 56 mil. Sou morador, o carro é novo e licenciado pela Prefeitura. Estudo turismo na faculdade e sustento a minha família aqui,

Búzios rumo ao caos!

Organização de trânsito indiano

Marcelo e Carlindo reclamam dos táxis piratas

como os demais companheiros de profissão, trabalho de sapato e calça cumprida, falo inglês e espanhol, e ainda perco para o transporte pirata, pois a Prefeitura e demais autoridades estão lentas neste aspecto, que é de fiscalizar – reclama Marcelo, que já pediu diretamente ao Prefeito, banheiros químicos próximo ao ponto de táxi no Shopping Praia do Canto, para atender não só os moradores como também os usuários. Até agora, nada. Marcelo e demais taxistas observam que o turismo poderia ser mais atuante: - Tenho acompanhado o excelente trabalho da Associação Búzios Convention & Visitors Bureau, como também, da As-

sociação de Hotéis de Búzios (AHB) e SindBúzios-SindSol. Que bom que essas entidades ligadas diretamente ao turismo estão sempre dispostas em promover o nosso turismo. Aí se não tivéssemos os três. Estaríamos roubados. Aproveito para parabenizar a brilhando iniciativa pela criação do Grupo ABC do Sol, que tem por objetivo divulgar os destinos turísticos de Arraial do Cabo, Búzios e Cabo Frio – as três letras iniciais do nosso alfabeto. O projeto Copa na Praia apoiamos integralmente – reconhece Marcelo. Seu Carlindo, o mais antigo taxista de Búzios, é uma celebridade local. Ele teve o privilégio de servir como motorista, a

atriz francesa Brigitte Bardot no período em que esteve em Búzios: - Parece que foi ontem. Ela, muito bonita, se sentia em casa, literalmente. Uma pessoa simples, muito simpática. Ainda hoje, passados mais de 40 anos, continuo taxista. Porém, muita coisa precisa melhorar na cidade para fortalecer ainda mais o nosso turismo, pois somos uma cidade com reconhecimento internacional - lembra Carlindo. Durante o papo com Marcelo, muitos taxistas participavam e todos foram unânimes nas colocações do presidente da Búzios Cooper Táxi. Atendimentos pelo telefone (22) 2623 2703.

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Os dois lados da Copa do Mundo de 2014

O comportamento do cidadão x comportamento do administrador público

Por Ernesto Galiotto

ive a oportunidade de participar em duas copas do mundo, em 1990 na Itália e 1998 na França. O que é uma Copa do Mundo fora do campo? Encontro dos povos, momentos inesquecíveis de confraternização e de muitas amizades. Não me esqueço de uma situação em Torino na Itália um dia após a minha chegada. Caminhando em busca de um restaurante na Via Roma, andando na minha direção, vi quatro pessoas vindas ao meu encontro. Eram eles, Ruy Carlos Ostermann, Armindo Antonio Ranzolin, Lauro Quadros e uma personalidade conhecida no mundo todo, o escritor Luis Fernando Veríssimo – dos quatro, o único que eu ainda não tinha tido a oportunidade de encontrar pessoalmente – os outros já eram meus amigos desde a conquista do Grêmio de Porto Alegre, em Tóquio. Em “Vêneto” convidei-os para um almoço, dizendo “Andiamo a mangiare una fetutine!”. Em Paris, 1998 comemoramos a festa de aniversário da RBS e de Luis Fernando Veríssimo num grande jantar de gala. Nas ruas de Paris havia cidadãos do mundo inteiro, para os quais nos encontros nas esquinas não importavam as camisas do país que vestiam. Parecia ser uma única família curtindo a Copa do Mundo. Assim é aqui no Brasil. A população faz a sua parte, recepcionando e dando apoio aos visitantes, cum-

prindo seu papel como cidadãos positivamente, honrando nosso país e convidando as pessoas para que sempre voltem para conhecer melhor o Brasil, contribuindo dessa forma para a indústria do turismo que tanto precisamos aqui. Fazem um trabalho voluntário e cantando o hino nacional nas arenas, nos emocionam e demonstram a todos nós, cidadãos de bem, que ainda é possível acreditar que nem tudo está perdido. Superam assim, aquela minoria que rouba esse país, que enriquece desviando, de forma escandalosa, verbas na construção de estádios. Essa mesma população sabedora das sacanagens e oportunismos vaia impiedosa e merecidamente todos aqueles que aparecem na tela da TV e são identificados como responsáveis por tais atos vergonhosos. Somos contra o quebra-quebra nas ruas que causa prejuízos para aqueles que não têm culpa alguma, que pagam seus impostos, sabendo que parte deles é desviada por maus administradores. Tomara que em outubro deste ano, os cidadãos não se esqueçam dos desvios de dinheiro público, que arrastaram as obras de construções de arenas para as competições da Copa do Mundo 2014, e que nos deixaram envergonhados. Não se esqueçam dos mensaleiros e tantos outros desmandos do atual governo. Resumo da ópera: O povo brasileiro se iguala aos músicos de uma Orquestra Sinfônica, mas só faltam os maestros corretos e competentes para regê-los.

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Luiz Fernando Veríssimo, Galiotto e Ruy Carlos Ostermann em Paris (1998)

Cinema Cine Bardot - GODZILLA. Pais: EUA. De: Gareth Edwards (II). Com: Aaron Taylor-Johnson, Bryan Cranston, Ken Watanabe, Dias: SEXTA 21:00 / SÁBADO 21:00 / DOMINGO 19:00. THE LUNCHBOX. País: ÍNDIA, FRANÇA, ALEMANHA. De: Ritesh Batra. Com: Irrfan Khan, Nimrat Kaur, Nawazuddin Siddiqui. Dias: SÁBADO 19:00 / DOMINGO 21:00. Informações: Tel.: (22) 2623-1298 Cine Araújo - Cabo Frio - Malévola, Como Treinar seu Dragão 2, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, Vizinhos e A culpa é das estrelas. Rua Henrique Terra, 1700 - 1º piso - Parque Burle Contato 22-2643-6603

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Búzios sem infância

Praças com parquinhos caindo aos pedaços Após reclamações de leitores o Perú, demos uma volta pela cidade e só conseguimos ver em bom estado o parquinho da Praça do Cruzeiro. Mas infelizmente o restante da cidade está bem abandonado, o que põe as crianças em risco e passa a mensagem de uma certa falta de preocupação com os cidadãos abaixo da idade votante.

Praça do Paraíba, Cem Braças Praça N. Sra. Aparecida, Cem Braças

Praça Nicomedes, Manguinhos

Enseada do Gancho Rua da Linguiça Praça da Rasa Tucuns

Linguiça

Rasa

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Estádios e o legado da Copa do Mundo Por Ephim Shluger (*)

maior legado de uma Copa, sem dúvida, é a nossa seleção conquistar o título de campeã do mundo. Esta é a perspectiva unânime, desde o torcedor comum ao mais fanático do futebol. Mas, para os organizadores locais da Copa do Mundo, o desafio maior era conseguir concluir, a tempo, todas as obras dos estádios e da infraestrutura de mobilidade urbana para o transporte público coletivo e para o transporte individual não-motorizado – incluindo ciclovias e calçadas para os pedestres chegarem e saírem dos estádios, de forma eficaz e segura, segundo as diretrizes e critérios funcionais estabelecidos entre a FIFA e nossas autoridades públicas. Para a Copa do Mundo que está sendo disputada, o Brasil optou por sediar os jogos em 12 capitais, sendo que em quatro destas localidades não havia, anteriormente, estádios com a capacidade e os serviços exigidos pela FIFA. Portanto, tiveram que ser erguidos estádios novos. Nas demais cidades, os estádios existentes tiveram de ser reformados, e isso foi feito a um custo total estimado de 8 bilhões de reais. Os gastos públicos com a realização da Copa do Mundo logo suscitaram manifestações populares, com diferentes cores e matizes - desde os mais radicais, com slogans “Não teremos Copa” e “Go Home FIFA”, até os que questionaram as licitações das obras dos estádios, as modificações inMineirão justificáveis nos projetos e os recorrentes Termos Aditivos, engordando os contratos das empreiteiras e das empresas terceirizadas. Observadores mais atentos apontam que a falta de planejamento e de ações mais coordenadas entre os órgãos nacionais e locais, responsáveis pelo lançamento de editais e pela contratação de consórcios de empresas construtoras, resultaram em atrasos na execução dos projetos executivos e das obras. Como consequência, quase a totalidade dessas obras tiveram de ser modificadas no decorrer de sua realização. Essa ineficiência também influiu na falta de qualidade da concepção arquitetônica dos estádios, resultando em soluções estético-funcionais sem grandes inovações e sem muito cuidado com a sustentabilidade ambiental. Também não se deu a importância devida ao desenho urbano de seus respectivos entornos. O caso mais emblemático é o do Estádio do Maracanã no Rio, construído para sediar a Copa do Mundo de 1950, que era o orgulho da arquitetura e engenharia brasileiras, palco de memoráveis jogos

Maracanã

de futebol, uma espécie de ícone para o imaginário carioca e um dos destinos mais procurado pelos visitantes e turistas. Ao completar seus 60 anos, o estádio, que era tombado pelos orgãos de proteção de patrimônio histórico e cultural, não atendia às condições de segurança e conforto atualmente preconizadas pela FIFA. Por outro lado, a sua imponente estrutura, erguida em concreto armado, viria a sofrer deformações estruturais, exigindo intervenções, como a demolição da sua antiga marquise, substituída por treliça em aço inox, coberta por teflon de alta resistência - um sistema com design e fabricação alemã. Novas passarelas e cabines VIP, sistema de transmissão a cabo, sonorização e iluminação LED, foram acrescidas na planilha das reformas, além de espaços mais amplos para a cobertura dos jogos, acomodando jornalistas da mídia internacional e permitindo a transmissão dos jogos em tempo real para quase 4 bilhões de telespectadores no mundo todo. Nas obras dos demais estádios, agora denominados de arenas, acenando com outros possíveis usos além do futebol,

foram adotados critérios de sustentabilidade, como o armazenamento e reuso da água pluvial para fins não potáveis – incluindo a rega do gramado e jardins, lavagem do estádio e descargas; captação de

energia solar através de placas fotovoltaicas na cobertura, para geração de energia elétrica, e uso de materiais e equipamentos de construção com menor pegada de carbono. No caso do Mineirão em Pampulha, na periferia de Belo Horizonte, o estádio precisou ser totalmente reconstruído. Foi preciso demolir a obra e começar do zero, preservando apenas o centro do gramado. O balanço final é que o custo da obra ficou em R$ 1,015 bilhões. A Arena Pantanal, de Cuiabá, também teve que fazer uma série de reformas, para se adequar às exigências da FIFA. Com capacidade de 27 mil assentos, um dos desafios colocados aos arquitetos foi o mínimo de 40 mil lugares nas arquibancadas. A solução encontrada foi acoplar arquibancadas metálicas e parafusadas, o que aumentou o número de lugares para 44.336. Para receber tanta gente, medidas de melhoria do sistema de circulação foram essenciais: placas de PVC foram acopladas às arquibancadas para refletir os raios solares, telas de aço foram inseridas

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nas laterais do estádio para permitir ventilação natural de ar e plantio de árvores adaptáveis ao clima da região. Alternativas semelhantes foram implantadas no Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), também já finalizado. Com disponibilidade para receber 72 mil torcedores, ele conta com cinco cisternas com a capacidade de armazenarem oito milhões de litros de água. O estádio também foi dotado de um anel com placas fotovoltaicas, que gerará energia para abastecê-lo, produzindo ainda um excedente, que será utilizado para reforçar a capacidade do reservatório de Brasília. Uma diferença fundamental entre as obras está na concepção de seus planos financeiros de construção e provisão/instalação de equipamentos. Enquanto o Mané Garrincha e a Arena Pantanal foram construídas com fundos públicos, o contrato para reforma do Mineirão foi na forma de parceria público-privada (PPP). Foi aberta uma licitação para uma empresa privada construir e gerir o estádio. Em troca, o governo paga um valor mensal a essa empresa, correspondente aos gastos com a construção e manutenção. Depois de 27 anos, a obra volta às mãos do Estado, que passa a administrá-lo. Entre as vantagens desse sistema, apontadas por especialistas, é a dinâmica mais rápida para a construção (já que a empresa não precisa recorrer a licitações para contratar todo e qualquer serviço), além de o governo não ter que desembolsar, de uma vez só, o valor da obra. Já o Maracanã foi construído com recursos públicos, e foi feita a cessão (leasing), através de licitação pública, num sistema conhecido como BTO (build, transfer and operate). O consórcio vencedor será responsável pela programação do novo estádio para eventos desportivos e também para realização de eventos culturais e artísticos, tendo assegurado um contrato de longa duração. Agora, temos a Copa do Mundo acontecendo nestes novos estádios. O legado construído será avaliado nos anos vindouros, dado que, na pressa para iniciar as obras, foram relegadas a segundo plano a implantação de métricas e instrumentos de avaliação técnica - indicadores de desempenho funcional, econômico e de satisfação do público torcedor. Faltou, também, nesses processos, o debate público entre os gestores públicos, arquitetos, urbanistas, engenheiros e a população em geral, interessada no futuro desenvolvimento, que busque resgatar a qualidade de vida das nossas cidades. Neste momento, resta-nos torcer por nossa seleção, esperando que volte a brilhar nos gramados, jogando bem nestes novos estádios. Que consigamos reacender a combalida alegria do povo brasileiro e mostremos ao mundo nosso peculiar futebol-arte e a criatividade que faltou aos projetos dos estádios.

Mané Garrincha

Arena Pantanal

(*) Ephim é arquiteto, urbanista e vice-presidente institucional do IAB-RJ

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Prefeito de Búzios e Governador inauguram Clínica da Família nesta sexta-feira ra da Região dos Lagos i e m i r p a á r e s e d ú a S e d e d a Unid

Atendendo, das 7h às 17h, por meio de agendamento de consultas, a Clínica funcionará com quatro equipes multidisciplinares e médico em tempo integral.

esta sexta-feira, dia 20 de junho, a partir das 12h, o Prefeito de Búzios, Dr. André Granado, e o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, inauguram a primeira Clínica da Família do município, que funcionará no bairro Vila Verde. Búzios será o primeiro município da Região dos Lagos a receber a unidade de saúde preventiva que objetiva reforçar e qualificar o atendimento na atenção básica, realizando o diagnóstico precoce de doenças e garantindo o cuidado integral dos pacientes. Para o Prefeito Dr. André Granado, a inauguração, em Búzios, da primeira Clínica de Família da região é resultado do esforço a favor do cidadão: “A conquista da saúde começa com a prevenção às doenças. Conseguimos trazer, em primeira mão para a nossa cidade, uma das maiores unidades de saúde do Rio de Janeiro ou, talvez, do Brasil, em termos de estrutura e capacidade de atendimento. Com uma medicina preventiva atuante, também melhoraremos, ainda mais, os atendimentos de emergência, pela redução dos casos de internação”, explicou o prefeito. Com investimentos estaduais de R$ 1,5 milhão, o novo espaço, que será administrado pela Prefeitura, substituirá os postos de saúde do Cruzeiro e da Vila Verde, oferecendo aos moradores um amplo espaço, salas equipadas com tecnologia avançada e ar-condicionado central. Ao todo, são cinco consultórios para atendimento médico, dois consultórios odontológicos, banheiros adaptados para por-

Para a implantação da Clínica da Família, foi realizada a revitalização de toda a localidade. Foram feitos serviços como pavimentação, drenagem, construção de calçadas, iluminação e implantação de água canalizada para a população.

tadores de necessidades especiais, salas de reunião, de curativo, de imunização (para aplicação de vacinas) e de esterilização. Nestes espaços, serão realizados atendimentos médicos básicos gratuitos, incluindo coleta de exames laboratoriais, fornecimento de medicação básica e encaminhamentos para especialidades. Atendendo, das 7h às 17h, por meio de agendamento de consultas, a Clínica fun-

cionará com quatro equipes multidisciplinares e médico em tempo integral. Para a construção da unidade, a Prefeitura de Búzios disponibilizou o terreno, a terraplanagem e a subestação de energia, além da topografia. Também foi realizada a revitalização de toda a localidade. Foram feitos serviços como pavimentação, drenagem, construção de calçadas, iluminação e implantação de água canalizada

para a população. O Governo do Estado ainda pretende inaugurar mais 59 clínicas em 49 municípios. Quinze delas estão em construção nos municípios de Paty de Alferes, Rio das Ostras, Niterói, Queimados, Rio Bonito, Aperibé, Sapucaia, Seropédica, Itaguaí, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, Barra Mansa e Rio Claro.