ATC referenda criação de fundação
Alertas à sociedade marcaram 25 de Abril
A Associação Teatro Construção, de Joane, vai promover um referendo interno para que os sócios decidam se a colectividade deve transformar-se numa fundação. Este é um projecto da actual direcção, mas dada a mudança em causa, quer que seja um processo o mais democrático possível, promovendo a intervenção dos associados. O referendo será a 10 de Maio, mas até lá haverá sessões de esclarecimento. p. 15
O desencanto dos portugueses no 25 de Abril e o desinteresse dos jovens quanto à participação cívica, marcaram os discursos famalicenses evocativos de mais um aniversário da revolução dos cravos, do presidente da Câmara e da Assembleia Municipal, respectivamente. Os partidos apontaram baterias para os adversários políticos. p. 6
ANO 16 • Nº 834 • Gratuito 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO DE 2008 DIRECTOR: JOÃO FERNANDES
Têxtil de Riba d’Ave tem em atraso pagamento do salário de Março e parte do subsídio de Natal
Analisou projectos em Landim e Vilarinho das Cambas
TRABALHADORES REGRESSAM À GREVE Os cerca de 220 trabalhadores da têxtil Oliveira Ferreira, de Riba d’Ave, entraram de novo em greve, na passada segunda-feira, por causa de salários em atraso. Está por pagar o mês de Março e 25% do subsídio de Natal. Tinham a garantia da empresa de pagamento na passada quintafeira, mas tal não foi cumprido. A empresa está, desde Janeiro, com um processo de insolvência. p.13
Armindo reinicia visitas às freguesias p.17
Revisão do regulamento para que mais alunos beneficiem
JSD propõe alargamento das Bolsas de Estudo A Juventude Social Democrata quer que o regulamento de atribuição de Bolsas de Estudo aos alunos do ensino superior, que data de 1996, seja revisto, por forma a beneficiar mais estudantes. A jota defende que o montante da bolsa deveria ser igual ao valor máximo da propina para o ensino superior público. Ao mesmo tempo, pede que a idade limite para a candidatura a este apoio passe dos actuais 20 anos para uma idade entre os 26 e os 30. p.9
opiniãoespecial:
Com o Dia da Mãe à porta, o OP dá alguns conselhos para ficarem mais bonitas pp. 19 a 21
Acidente aparatoso em Arnoso Uma colisão frontal entre dois veículos, na Estrada Nacional 14, em Arnoso Santa Maria, causou três feridos, um de média gravidade e dois ligeiros. O acidente deu-se na quarta-feira da semana passada, na conhecida curva do Altinho, e provocou grandes constrangimentos no trânsito, com a estrada cortada nos dois sentidos durante duas horas, para permitir a realização das demoradas operações de socorro. p.16
Bebé famalicense nasce em ambulância Um bebé nasceu, sábado, na ambulância quando ia a caminho do Hospital de Famalicão. Foram os dois maqueiros dos Bombeiros Famalicenses que ajudaram a mãe, de 31 anos, a dar o bebé à luz. O parto aconteceu quando a ambulância seguia na Estrada Nacional 206, na freguesia de Cavalões. Mãe e bebé estão bem de saúde p.10
PSD ausculta militantes O PSD de Famalicão está a auscultar as sensibilidades dos militantes em relação aos candidatos à liderança nacional do partido. No início da próxima semana deve ser anunciado o candidato que Famalicão apoia, sendo que o concelho famalicense já foi apontado como um dos locais onde cresce um movimento de apoio a uma candidatura de Alberto João Jardim. p.19
opiniãosport: GD Ribeirão está imparável na segunda fase e já lidera Armindo “triste” com descida mas confia no futuro do FC Famalicão
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pública: 30 de Abril de 2008
Agenda
espaço aberto
Objectiva Pública
Hoje, 30 9H30 Seminário de encerramento do projecto Inov@rave_Inovar nas Organizações do Ave, organizado pela Amave, no Auditório da Fraterna, em Guimarães. 22H00 Concerto dos Xutos e Pontapés, no Lago Discount, inserido na Queima das Fitas 2008.
Quinta, 1 15H30 Associação de Tocadores e Cantadores ao Desafio Famalicense participa nas festas de Maio em Amoreiras-Gare, Ourique. 16H30 Banda Musical de San Juan de Moro (Espanha) actua em Riba d’Ave, no âmbito de um intercâmbio com a Banda de Música de Riba d’Ave. 22H00 Concerto dos La Havana, no Lago Discount, inserido na Queima das Fitas 2008.
Sexta, 2 22H 00 Blasted Mechanism actuam no Lago Discount, no âmbito da Queima das Fitas 2008.
Sábado, 3 Todo o dia Clube Mortard Escorpiões promove a I Concentração de Motas Antigas..
Domingo, 4 10H00/11H30 ATC promove a III Corrida da Mãe e o VIII Famalicão/Joane dos Pequeninos, pelas ruas do centro da vila de Joane e imediações do Parque da Ribeira.
Das grandes árvores que existiam na Praça 9 de Abril, foram abatidas três. Ainda bem que entretanto foram plantadas três novos exemplares para substituir as abatidas. No entanto, a caixa das árvores abatidas e as respectivas raízes continuam lá a “decorar” a praça. Se a opção é por eliminar as árvores daqueles locais, importa remover as raízes e uniformizar o pavimento da praça ou, então, plante-se novas.
Questão Pública O que lhe sugere a descida do FC Famalicão aos distritais 72 anos depois? Custódio Oliveira
Maria Augusta Santos dirigente associativo
As organizações, são como os seres vivos, nascem, crescem, definham e morrem. Esta descida aos distritais do F.C. de Famalicão é sinal de uma longa crise que tem em si mesma o risco de morte. Há que assumir com coragem a situação de crise e o que ela significa. Mas impõe-se ter consciência que toda a crise se é um risco de morte, é também uma oportunidade de vida e de renascimento. Defendo por isso que se encare a situação com humildade e determinação no sentido de descobrir as oportunidades para que o F.C. de Famalicão volte ocupar o seu espaço, concretizando um trabalho em prol da promoção do desporto. O Concelho de V.N. de Famalicão justifica e merece um clube na alta-roda do futebol nacional.
professora Penso que a descida do FC Famalicão aos distritais não deve ser entendida como um drama; pelo contrário, é altura de começar a pensar no futuro. E a questão que se pode pôr é esta: como construir o futuro do FC Famalicão? Tive oportunidade, num dos temas anteriores, há cerca de um ano atrás, de fazer referência ao historial do clube, fundado há 77 anos, e que já teve momentos de glória, nomeadamente nos anos em que competiu na 1ª divisão nacional. Também defendi a ideia de que era essencial e urgente uma profunda reflexão sobre o futuro do clube, com a tónica na resolução dos problemas financeiros existentes à data, reflexão que competiria exclusivamente aos sócios. Acrescentei que a relação entre a Câmara Municipal e o FC Famalicão deveria caracterizar-se pela colaboração e partilha de responsabilidades que permitisse salvaguardar e dinamizar este valioso “património cultural desportivo”. Reafirmo estas minhas convicções, pois considero-as actuais e oportunas, tanto mais que o momento actual é de renovada esperança, sabendo que há uma nova equipa de gestão, com ambição e decidida a traçar, desde já, o futuro do FC Famalicão.
FICHA TÉCNICA
EDITOR DE TURNO:
GRAFISMO:
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pĂşblica: 30 de Abril de 2008 03
pública: 30 de Abril de 2008
cidade
A propósito da isenção de IMI à Continental Mabor
PS aponta “mau serviço” da Câmara
PS lamentou que a Câmara não tenha ouvido a Assembleia Municipal
Ensino público-privado domina discussão Cristina Azevedo
A Câmara de Famalicão e a coligação PSD/PP prestaram “um mau serviço ao concelho”, a propósito do projecto de investimento da Continental Mabor e do seu pedido de reconhecimento de interesse municipal e isenção do pagamento do Imposto Municipal de Imóveis (IMI). Quem o diz é o Partido Socialista famalicense que, em comunicado, atesta que o assunto foi analisado na reunião do Secretariado de 21 de Abril, tendo manifestado “preocupação pela falta de empenhamento e de entusiasmo da coligação PSD/PP no apoio a projectos de investimento industrial de qualidade” no concelho. O PS lamenta a falta de uma posição clara por parte da autarquia sobre a matéria e que na Assembleia Municipal (AM) o assunto tenha sido remetido para uma comissão, que obrigou a mais alguns meses de atraso quanto a uma decisão. O assunto foi analisado em Setembro do ano passado pelo executivo camarário e, depois, pela AM em Dezembro, altura em que foi criada a comissão que deverá apresentar o seu relatório na sessão desta quarta-feira. Tal como o OP já noticiou [Ver edição de 16 de Abril], a comissão aponta a isenção de imposto ao projecto. “Concluiu aquilo que todos os famalicenses já tinham concluído desde o início”, vinca o PS, apontando as virtudes do investimento e da geração de emprego, mas lembrando que isso “só é possível desde que a autarquia crie as condições básicas para que tal aconteça”. Isenção para a Tesco já A AM deverá também apreciar um pedido idêntico para o projecto da multinacional Tesco que está a criar uma nova unidade em Ribeirão. O PS espera que esta empresa “não tenha que percorrer o mesmo longo caminho que a Continental Mabor teve que percorrer”, Desde já lançam o aviso à maioria PSD/PP, sugerindo que, quanto ao projecto da Tesco, “seria inadmissível acontecer a esta empresa o mesmo que sucedeu com a de Lousado. Neste caso, Mário Martins, porta-voz do PS, disse ao OP que se trata de “um investimento industrial de ponta, importante para o município”. “Desejamos que a AM assuma de imediato aquilo que a coligação não foi capaz de assumir na Câmara, ou seja, mostrar uma posição inequívoca de incentivo a este investimento”, vinca Mário Martins que entende não ser necessário submeter o assunto à constituição de qualquer comissão especializada. A propósito recordam a posição “compreensível” de crítica à burocracia e lentidão de funcionamento feita em Janeiro pela administração da empresa produtora de pneus de Lousado. Os socialistas sublinham que a “arrogância e prepotência do presidente da Câmara relativamente à Continental Mabor podiam ter originado consequências dramáticas” para Famalicão. C.C.
A questão da parceria público-privada para os centros escolares de Joane e Ribeirão foi um dos assuntos que dominou a sessão da passada quinta-feira da Assembleia Municipal (AM) de Famalicão. A questão foi levantada pelo deputado do PS, Acácio Silva, no período das informações do presidente da Câmara sobre a actividade da mesma, embora este assunto não constasse dessas mesmas informações. E foi isso que indignou o deputado. Acácio lamentou que a Câmara não tenha consultado a AM sobre esta matéria. “Lê-se na imprensa, porque o senhor presidente nunca nos disse nada, que a ideia ou o projecto foi reprovado pela DREN. Eu pergunto se é correcto que uma coisa não tenha sido estudada previamente do ponto de vista legal e que se avance com um esquema de parceria público-privada sem que a Assembleia se pronuncie sobre isto”, afirmou, acrescentando que, do seu ponto de vista, “a lei exige que a Assembleia se pronuncie”. Sílvio Sousa, da CDU, concordou com os argumentos dos socialistas e foi até mais longe ao considerar que “se a Carta Educativa prevê um centro público, é isso que deve ser construído”. “Aquilo que vemos é que a Câmara não avançou nada nesse sentido e está à espera que um privado lhe venha resolver a situação”, concluiu. Na resposta, Armindo Costa frisou que a Câmara não assinou qualquer parceria, mas que se a DREN desse luz verde ao projecto, este seria para avançar, cumprindo os trâmites legais. O edil fez questão de reafirmar que o ensino dos centros escolares de Joane e Ribeirão seria público e gratuito, apenas a gestão era privada. “Não tenho nada contra o ensino provado, desde que não custe mais ao Estado e desde que não seja pior do que o ensino público”, esclareceu o presidente, apontando, a título de exemplo, “que as pessoas que vivem na periferia de Riba d’Ave querem que os seus filhos vão para a Didáxis e preferem o ensino da Didáxis do que o de todas as escolas ali à volta”. De resto, a questão já tinha sido aflorada pelo Bloco de Esquerda (BE) antes da ordem do dia. Adelino Mota apresentou uma moção de recomendação à Câmara para que defenda a escola pública, aprovada também pela CDU, mas chumbada pela maioria PSD/PP e recebendo a abstenção do PS. A este propósito, Castro Faria, do PSD veio esclarecer que o seu partido “não está contra a escola pública, mas está pelo direito à educação, que é uma
Arquivo
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Acácio Silva
arma fundamental num Estado de direito democrático e que pode ser conseguido de várias formas”. Também Camilo Freitas, do CDS, justificou o sentido de voto da sua bancada com o facto de “os pais poderem ter o direito de opção”. FC Famalicão: AM recomenda maior empenho O PS também apresentou três votos, sendo um de recomendação “para que a Câmara se empenhe, com o exercício das suas responsabilidades políticas e administrativas, na colaboração com toda a comunidade famalicense e com os sócios e dirigentes do FC de Famalicão para que as dificuldades de
organização, financeiras, desportivas e de infra-estruturas desportivas sejam ultrapassadas e resolvidas”. Pela voz de Nuno Sá, o PS classificou como “fundamental o envolvimento, apoio e colaboração de todos os agentes e entidades famalicenses a um dos clubes mais representativos do concelho”, defendendo que “para este desiderato a Câmara não pode ser afastada nem ficar alheia”. A recomendação recebeu os votos favoráveis das restantes bancadas, à excepção do BE, que votou contra, mas mereceu alguns reparos, quer do PSD, quer da CDU. O social-democrata, Álvaro Oliveira sublinhou “o apreço que todos nutrem pelo FC Famalicão”, mas advertiu que “não deve haver promiscuidade excessiva entre a Câmara Municipal e as instituições”, esperando ainda que o clube “não sirva de arremesso político para as próximas eleições”. O PS viu ainda serem aprovados um voto de congratulação às instituições do concelho contempladas com verbas do programa Pares e um voto de pesar pela morte de António Gomes Barbosa, pai do vereador António Barbosa. Já o PSD apresentou uma recomendação à Câmara para actualização do Regulamento da Atribuição de Bolsas de Estudo, aprovado por unanimidade, assim como um voto de congratulação pela reeleição de D. Jorge Ortiga para presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Menos pacífico foi o voto de pesar, apresentado pelo CDS, pela morte do cónego Eduardo Melo, que mereceu o chumbo do BE e a abstenção da CDU, sendo aprovado pelas restantes bancadas.
PS e Câmara com leituras diferentes das contas A discussão e votação do Relatório de Actividades e Contas de Gerência de 2007 da Câmara era um dos principais pontos da ordem de trabalhos da última sessão da AM, mas, dado o adiantar da hora, apenas usaram da palavra o presidente da Câmara e o PS, prosseguindo a discussão hoje, quarta-feira. Armindo Costa fez um balanço positivo das contas e da execução orçamental, realçando a diminuição da dívida e o saldo positivo de mais de quatro milhões de euros, “em tempo de crise e onde faltam os ovos para fazer as omeletas”. O presidente justificou um não investimento desses quatro milhões em 2007, pelo facto de nesse ano “não ter havido hipótese de conseguir um tostão do QREN”. Por isso, o executivo decidiu esperar por 2008 para aplicar esse dinheiro, que com o apoio do QREN dará para fazer muito mais obra”. Mas este argumento não convenceu o deputado do PS, Domingues Azevedo, que é presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas e que veio expor a posição da sua bancada. Para ele, a gestão do bem público não é para dar lucro, acusando o executivo de confundir gestão pública com gestão privada. “O que é público, é certo, não é para delapidar, mas é para pôr ao serviço dos cidadãos e é exactamente isso que este orçamento nos diz que não foi feito”, atirou. Armindo rejeitou a crítica contrapondo a visão empresarial, com o “rigor” e “combate ao desperdício”.
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Sessão solene comemorativa do 34º aniversário da revolução
Marta Isabel Marques Num discurso que abordou, essencialmente, os problemas que o país atravessa actualmente, o presidente da Câmara de Famalicão apontou as suas baterias para aquilo que chamou de “desencanto que atravessa a sociedade portuguesa”. As palavras foram proferidas na sessão solene comemorativa dos 34 anos da revolução de 25 de Abril de 1974. Armindo Costa recordou os valores de Abril mas sublinhou que, passados 34 anos, o nosso regime político vive numa encruzilhada, e que o nosso país poderia ter ido mais além no desenvolvimento, modernização e qualidade de vida dos portugueses. “Mais do que nunca a sociedade portuguesa precisa de respirar, libertando-se do peso do Estado, que asfixia as empresas e os cidadãos.” O edil foi mais longe referindo mesmo que não podemos viver eternamente de estratégias meramente conjunturais que apenas adiam a próxima recessão económica e social. “Não podemos aguentar o financiamento do Estado à custa de uma das maiores cargas fiscais da Europa”. Neste sentido Armindo disse que Portugal precisa de traçar um caminho seguro para que tenha vida própria, num mundo em concorrência cada vez mais feroz.
Da parte do Partido Social Democrata falou o seu líder que defendeu a importância de reforçar o poder local e a dignificação do papel dos municípios e das freguesias que permitem reequacionar o princípio da representatividade. Paulo Cunha disse ainda que “só um sistema que privilegia a acção local pode permitir que a administração pública e administrados não vivam de costas voltadas.” Mais um discurso virado para as críticas às medidas do Governo teve Ricardo Mendes. O líder do CDS/PP de Famalicão recordou os actuais acontecimentos na segurança, no ensino e na saúde. “Todas as dificuldades sentidas são atribuídas ao Estado que há muito deixou de ser uma entidade equilibrada que tem como fim assegurar aos cidadãos aquilo que não lhe seria possível obter de outra forma”. Assim para Ricardo Mendes a orgânica estatal como hoje é conhecida está condenada ao fracasso. PS critica actuação da Câmara Como seria de esperar, da parte dos socialistas choveram críticas à actuação do executivo camarário. “Esperamos que o dia que hoje assinalamos sirva de exemplo e inspiração à Câmara Municipal”, lançou desde logo Nuno Sá, o líder do PS famalicense que, no seu discurso
António Freitas
Armindo aborda desencanto dos portugueses no 25 de Abril
Salão Nobre encheu para evocar os valores de Abril
quis alertar o executivo para sinais claros de regressão na qualidade da democracia do município. “Este sinais são sustentados em procedimentos, decisões e comportamentos de quem detém a maioria e que em nada servem os agentes económicos presentes no concelho, os cidadãos e instituições famalicenses e até os funcionários da autarquia”. Nuno Sá declarou que todos estes têm direito à igualdade de oportunidades ao progresso e à liberdade de opinião. José Santos foi o porta-voz da
CDU que criticou a falta de respeito às classes profissionais e a defesa dos seus direitos”. “A democracia respeita os professores e o seu contributo para formar os quadros do Portugal futuro e não impõe à classe docente reformas sem os ouvir antecipadamente e que são atentatórias da dignidade profissional.” A cerimónia terminou com o discurso do presidente da Assembleia Municipal, Nuno Melo, que se mostrou preocupado com o desinteresse dos jovens pelos ideais do 25 de Abril. “Estejamos atentos
aos fóruns radiofónicos todos os dias, onde os culpados de tudo são os políticos, políticos esses que emanam do voto livre e democrático a maior conquista de Abril”. O também deputado do CDS/PP na Assembleia da República acrescentou que aquilo que significa o 25 de Abril e se festeja poderá terminar. “Numa vivência que é política e é partidária, não é depreciando o que institucionalmente representa o país que valorizaremos o regime ou que lhe daremos melhor rumo”, alertou.
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Conclusão saída de um colóquio organizado pela empresa Seraical
País em boa posição nas metas da reciclagem Celso Campos Portugal está em boa posição para cumprir as metas internacionais em termos de reciclagem. O ponto da situação foi feito por responsáveis da Sociedade Ponto Verde (SPV) no colóquio promovido pela empresa Seraical, de Vilarinho das Cambas, um dos 49 operadores de gestão de resíduos existentes no país. O encontro decorreu na passada quarta-feira, no Hotel Moutados, e juntou sobretudo empresários ligados ao sector da gestão de resíduos. Eles ouviram Vera Pina, da SPV, referir que o ano passado foram enviadas para reciclagem 450 mil toneladas de resíduos, o que equivale a 45% das embalagens declaradas pelos produtores à SPV. Com estes números, Vera Pina diz que o nosso país está “em boa posição “ para atingir as metas definidas para 2011. As definidas para 2005 foram cumpridas, mas as próximas “são muito ambiciosas”, pois prevê uma valorização de 55% dos resíduos produzidos. A SPV gere os resíduos, quer urbanos, em parceria com os municípios, quer os extra-urbanos (indústria, comércio e serviços). Este último funciona há dois anos, possuindo 49 operadores
A gestão dos resíduos empresariais foi o tema do colóquio
de gestão de resíduos no país, um dos quais é a Seraical, que fazem a sua recepção e posterior encaminhamento para os recicladores. Em causa estão resíduos de diversos tipos, como as paletes, o papel/cartão, plásticos, bidões plásticos ou de metal e ainda o esferovite. A SPV recebe uma verba por cada embalagem produzida, sendo que esse dinheiro serve para financiar o encaminha-
mento dos resíduos para reciclagem juntos das autarquias e dos receptores de resíduos extra-urbanos. Depois de recicladas as embalagens constituem-se novamente como matéria-prima para os produtores de embalagens, fechando o ciclo. O encontro contemplou ainda explicações sobre o Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER), através da Agência Portuguesa do Ambiente
(APA). O SIRER foi uma medida do pacote Simplex que uniformizou o registo de resíduos, que acabou com um conjunto de formulários a que estavam sujeitos os operadores do sector, frisou António Leitão, da APA. No entanto, o SIRER está já em fase de desactivação pois no futuro surgirá o SIR-APA. Este sistema cumpre os requisitos de uma directiva europeia que passa por disponibilizar on-line um meca-
nismo de registo. A iniciativa da Seraical contemplou explicações sobre o enquadramento do IVA no negócio da reciclagem. O economista António Vilas apontou que uma nova legislação em 2006 criou regras especiais na área dos resíduos em termos fiscais. Através do conceito da “inversão do sujeito”, agora “não é quem vende quem liquida o IVA, mas quem compra”, ao invés do que acontece na generalidade das transacções, ou seja, “o IVA é devido pelo adquirente”. Estão abrangidos por esta lei um conjunto de materiais (resíduos), sendo que esta forma de pagamento do IVA apenas é válida para os serviços de transformação de resíduos e não para os de transporte. Referência ainda para a apresentação dos produtos da empresa Imabe Iberica, espanhola, através de Ricardo Areas. Em causa está maquinaria de recuperação, triagem e reciclagem de resíduos, através de prensas, trituradores, compactadores, que permitem um encaminhamento mais adequado dos resíduos para reciclagem e uma diminuição no lixo destinado a aterro e mesmo uma compactação deste, permitindo maior tempo de vida para estas estruturas.
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Virgílio Costa ainda não diz quem apoia para a liderança do partido
Distrital do PSD consulta militantes Magda Ferreira* A distrital de Braga do PSD vai lançar um processo de consulta e debate junto dos militantes sobre as cinco candidaturas à liderança do partido. Em conferência de imprensa, sábado, em Braga, o líder laranja, o famalicense Virgílio Costa, adiantou que a distrital vai começar esta semana a reunir os diferentes plenários de secção. Reuniões que pretendem contribuir para uma clarificação dos apoios aos diferentes candidatos. “O direito de escolher o presidente do partido é exclusivo dos militantes e não podem, nem devem, ser condicionados por nenhuma estrutura”, afirmou Virgílio Costa, acrescentando que o surgimento de várias candidaturas não é sinal de divisão interna, antes significa “pluralidade, riqueza e liberdade no PSD”, defendendo que essas candidaturas devem ser “um factor de enriquecimento do debate interno”. “Depois, os militantes escolherão aquele que melhor perfil apresentar para presidente do partido”, continuou. O líder da distrital bracarense adiantou que irá fazer reuniões com os militantes nas várias secções concelhias, “com ou sem a presença dos candidatos”, e prometeu “apoio logístico a todas as candidaturas” para a realização de sessões de esclarecimento. Depois de feito o debate, Virgílio Costa considera desejável que haja consenso entre alguns dos candidatos, com programas e projectos semelhantes, para que, eventualmente, se possam fundir numa só candidatura. Uma forma de assegurar “que o próximo líder do PSD tenha uma votação expressiva que lhe dê legitimidade forte e representativa”. Costa não revelou, contudo, quais os candidatos que julga se poderiam fundir, da mesma forma não quis também anunciar qual o candidato que apoia a título pessoal. Segundo a Agência Lusa, que cita dois outros dirigentes de concelhias do partido, Virgílio Costa, que é também vice-presidente da bancada parlamentar, apoia o ex-primeiroministro Pedro Santana Lopes. As mesmas fontes garantiram ainda
que este apoio “não é consensual” dentro do partido no distrito, nomeadamente em concelhias como Braga, Guimarães e Póvoa de Lanhoso, onde os dirigentes se dividem, maioritariamente, entre Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho. Famalic ão ainda não co menta Ao OP, Virgílio Costa vincou não ter dito ainda a ninguém quem apoia. “Nem direi enquanto entender que isso pode ser factor de perturbação do debate interno em que eu próprio me envolverei”, completou. De resto, o dirigente garante que a Distrital de Braga colaborará, de forma “empenhada e leal”, com o candidato que vier a ser escolhido nas eleições directas como líder do partido, tendo em vista “a imperiosa necessidade de derrotar o Governo do PS, que tanto mal está a fazer aos portugueses”. Na corrida à liderança do PSD estão já confirmados Pedro Passos Coelho, António Neto da Silva, Patinha Antão, Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes. Entretanto, no fim-de-semana, dois militantes lançaram o denominado “Movimento de Apoio de Militantes do PSD a Nível Nacional de Alberto João Jardim a Presidente do Partido” que visa a recolha de assinaturas de apoio à candidatura do presidente do Governo Regional da Madeira à liderança do PSD. No dia de fecho desta edição, terça-feira, o movimento, disponível na Internet em www.albertojoaopresidentedopsd.pt.vu, já somava dezenas de assinaturas de militantes, nomeadamente da Madeira, Póvoa de Santa Iria, Famalicão e Carnaxide. O OP contactou o líder do PSD famalicense, Paulo Cunha, mas este não quis, para já, comentar este momento interno da vida do partido. O dirigente diz que a Concelhia está a promover um conjunto de diligências junto de militantes, autarcas, núcleos, deputados e vereadores sociais democratas “no sentido de auscultar sensibilidades”. No início da próxima semana deve ser anunciado o candidato que Famalicão apoia. *com agência Lusa
Propõe à Câmara uma revisão do regulamento que atribui estes apoios
JSD quer mais alunos abrangidos por bolsas de estudo A Juventude Social-Democrata (JSD) de Famalicão propõe à Câmara Municipal o alargamento da atribuição de Bolsas de Estudo para o Ensino Superior. Na última sessão da Assembleia Municipal, o deputado da jota, Alfredo Leite, apresentou uma recomendação para que a Câmara reveja o regulamento da atribuição das Bolsas de Estudo, que foi aprovado por unanimidade. Entretanto, esta semana a JSD apresentou, em conferência de imprensa, algumas propostas para essa revisão. O montante da bolsa (actualmente de 750 euros) é dos itens abordados, propondo a JSD que esse valor seja igual ao valor máximo das propinas para o Ensino Superior Público, o que faz com que seja anualmente actualizado. Propõe também que a idade limite
para apresentação da candidatura passe dos actuais 20 anos para uma idade entre os 26 e os 30, “permitindo que as pessoas possam fazer pós-graduações e doutoramentos e que aquelas que pretendam ingressar no Ensino Superior, mais tarde, também estejam abrangidas”, explica Teresa Silva, da direcção da JSD famalicense. A estrutura social-democrata lembra que a última revisão feita ao regulamento data de 1996 e que, neste período de tempo, muita coisa mudou, desde logo, a evolução da Lei de Bases do Ensino Superior, o aumento das propinas, o aumento da frequência do Ensino Superior e o surgimento de novas instituições de ensino. Mas são, sobretudo, as dificuldades económicas sentidas por muitos jovens e as respectivas
famílias que justificam as propostas da JSD. “Sentimos essas dificuldades todos os dias no terreno”, afirma Teresa Silva, sublinhando que o Ensino Superior “acarreta um conjunto de despesas que representam, em muitos casos, e para muitas famílias, um encargo demasiado pesado em relação àquilo que é o seu orçamento familiar”. Por isso, entende que “é da responsabilidade das instituições políticas reconhecerem a decadência financeira das famílias portuguesas e a perda do seu poder de compra”. Agora, a JSD espera que as suas propostas sejam bem acolhidas pelo executivo camarário, propondo-se também levá-las à discussão na próxima reunião do Conselho Municipal da Juventude. C.A.
Alfacoop organiza fórum sobre património O departamento de Ciências Sociais e Humanas do Externato Infante D. Henrique (Alfacoop) organizou, no passado dia 19 de Abril, um fórum subordinado ao tema “Património, Identidade e Cidadania – Olhares e Perspectivas no Mundo Rural”. Moderado pelo geógrafo Miguel Bandeira, este fórum teve como principais oradores o arqueólogo Sande Lemos e António Calheiros, mestre da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica. Sande Lemos falou sobre a importância da preservação do património como mecanismo de preservação da memória colectiva da sociedade. No entanto, referiu que é importante não só preservar o património arqueológico mas também o património natural. Já o António Calheiros centrou a sua intervenção no papel das identidades no desenvolvimento dos territórios, referindo-se à importância da cultura para os povos. Esta iniciativa resultou de uma organização conjunta da Alfacoop e da Adeste, a que assistiram por cerca de 100 pessoas, entre professores, alguns autarcas, dirigentes associativos e alunos.
pública: 30 de Abril de 2008
cidade
Na passagem do 80º aniversário do fundador do Colégio de Riba d’Ave
Famalicão homenageia Aurélio Fernando Uma exposição, uma peça de teatro e uma tertúlia literária marcaram a homenagem a Aurélio Fernando que o município de Famalicão, em parceria com o Externato Delfim Ferreira, promoveu, no passado fimde-semana, ao fundador daquele colégio de Riba d’Ave, no âmbito da passagem do seu 80º aniversário. Tendo como palco o Centro de Estudos Camilianos, a homenagem inseriu-se nas comemorações do 25 de Abril e pretendeu vincar as várias facetas do homenageado, desde a fundação do Colégio de Riba d’Ave (hoje conhecido como Externato Delfim Ferreira), em 1962, até à sua faceta de escritor e de homem ligado à Cultura. Com 80 anos de idade, Aurélio Fernando ainda dirige a instituição de ensino que fundou, considerando-o como a obra mais marcante da sua vida. Em entrevista à FamaTV, a semana passada, no âmbito do Fórum dos Media, não escondeu o orgulho que sente do colégio. “Ainda hoje subsiste, ainda hoje dá exemplo”, afirmou. Aurélio Fernando é também um líder acarinhado no colégio, quer
por alunos, quer por professores, alguns deles antigos alunos do colégio que regressam na qualidade de docentes. E foi também esse carinho que pretenderam demonstrar com a homenagem do passado fimde-semana, concretamente com a dramatização da vida e obra do fundador, no auditório do Centro de Estudos Camilianos. Ainda no sábado, foi inaugurada a exposição “Aurélio Fernando: o Homem e a Cultura” que está patente na Casa de Camilo. Já no domingo realizou-se uma tertúlia literária para vincar a ligação do homenageado à escrita. Com cerca de 20 obras publicadas, Aurélio Fernando diz que escreve “quase por instinto”. E completa: “Escrevo sobre aquilo que sonho; vou redigindo os originais e quando vejo que tenho bastante para mandar publicar, publico”. Confessa que já não se recorda de muitos dos títulos dos livros que escreveu, mas entre a sua obra contam-se os dois volumes de “Riba d’Ave – Em Terras de Antre-Ambas-As-Aves” e vários títulos de poesia, incluindo duas antologias poéticas.
Bebé nasce na ambulância Um menino nasceu no passado sábado, pelas 16 horas, dentro de uma ambulância dos Bombeiros Voluntários Famalicenses, com a ajuda dos dois maqueiros que faziam o transporte da parturiente. Os bombeiros receberam uma chamada do 112 para se deslocarem à freguesia de Cavalões, onde uma mulher estaria em trabalho de parto e chegados ao local verificaram que a senhora estava com a ruptura da bolsa de águas e com contracções de dois em dois minutos. “Foi feita uma primeira avaliação e não havia indícios de início de parto e por isso foi iniciado o transporte para o hospital. Mas, um minuto depois iniciou-se o trabalho de parto e uma vez que não havia equipa médica disponível que chegasse a tempo, nós prestámos a devida assistência”, contou José Azevedo, um dos maqueiros dos bombeiros famalicense. Esta foi de resto uma experiência única para José Azevedo que disse ao OP que esta foi a primeira vez que algo do género lhe aconteceu, embora esta não tenha sido a primeira vez que nasce uma criança numa ambulância dos Famalicenses. A mãe, de 31 anos, natural de Cavalões e o bebé foram transportados para o Hospital de Famalicão, livre de quaisquer problemas.
PS diz que a Câmara não defende o espírito de Abril O Partido Socialista de Famalicão diz que o espírito de Abril e o Poder Local democráticos não têm sido defendidos pela Câmara Municipal. Na véspera de mais um aniversário do 25 de Abril, o PS veio a público, através de comunicado, acusar a coligação PSD/PP que governa a autarquia de não defender o Poder Local Democrático nas suas relações com os autarcas das freguesias do concelho. Concretamente, os socialistas falam em “situações de injustiça no tratamento das freguesias”, afirmando que para a coligação PSD/PP “o que conta, em primeiro lugar é a cor política
das autarquias e só depois a necessidade de investimento”. A título de exemplo, o PS cita a conclusão a que chegou a comissão da Assembleia Municipal para averiguar e analisar as transferências financeiras para as Juntas de Freguesia. Diz a comissão que não conseguiu chegar a qualquer conclusão porque a Câmara não tem os registos informáticos de todos os elementos necessários. “Uma conclusão no mínimo bizarra”, dizem os socialistas, que terminam acusando a coligação de direita de querer tapar o sol com a peneira.
Subsídios foram entregues na passada segunda-feira
Câmara dá 182 mil euros às escolas No total foram 182 mil euros que as escolas do concelho receberam da Câmara Municipal na passada segunda-feira. Os subsídios, que se destinam ao apoio das actividades e projectos educativos, abarcam todas as instituições de ensino do concelho, beneficiando oito agrupamentos de escolas e oito escolas secundárias. Da lista constam ainda escolas de outros concelhos mas que acolhem alunos famalicenses. É o caso do Instituto Nun’ Álvres, de Santo Tirso, e do Externato Infante D. Henrique, de Ruílhe, Braga. Foram ainda entregues os subsídios às Escolas Básicas Integradas (EBI) de Gondifelos, Arnoso Santa Maria e Pedome, que recebem alunos do 1.º Ciclo, para pagamento de despesas relativas ao ano de 2007 como água, electricidade, gás e tratamento de resíduos. Na cerimónia, Armindo Costa sublinhou que se pretende contribuir para a qualificação da população estudantil do concelho que, neste momento, é de 25 mil alunos. “Todos estes apoios são concedidos mediante critérios rigorosos que têm em conta o número de alunos de cada escola”, frisou, lem-
António Freitas
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Dinheiro foi distribuído mediante o número de alunos de cada escola
brando outros apoios já concedidos aos estabelecimentos de ensino, nomeadamente a comparticipação nas refeições e transportes escolares, a oferta de manuais escolares e o incentivo à edição de jornais escolares. No final da cerimónia, que decorreu no salão nobre da Câmara Municipal, com a presença dos presidentes do Conselho Executivo de cada escola, Armindo Costa salientou ainda que Famalicão está
entre os 25 concelhos do país com melhores resultados escolares. “Um autarca nunca pode estar satisfeitos enquanto houver um aluno que tenha insucesso escolar. Recebemos cá uma pessoa que anda a estudar esta problemática no país que nos disse que os pontos negros de Famalicão são melhores do que aquilo que há de bom, por exemplo, no concelho de Oeiras”, afirmou. C.A.S.
Defendeu Emídio Gomes, numa conferência da Universidade Lusíada
ficcada Mão-de-obra qualifi é de grande valor
Emídio Gomes, ao centro, foi o convidado
“A Inovação e a Educação na Competitividade” foi o tema de mais uma conferência promovida pela Universidade Lusíada ao final da tarde da passada quinta-feira, inserida no ciclo de conferências sob o signo “Desafios para a Competitividade”. Desta vez o convidado foi Emídio Gomes, administrador Executivo da Junta Metropolitana do Porto e professor do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto. Entre as ideias que deixou, Emídio Gomes lembrou que a mão-de-obra não qualificada em Portugal “é muito cara em comparação com outros países”, afirmando que 400 euros de salário para pessoas com o 9º ano é muito caro. Já quanto à mão-de-obra
qualificada em Portugal, o professor refere que esta é muito competitiva por duas razões: porque é muito bem formada e porque comparativamente a outros países é também muito barata”. O conferencista defendeu ainda que a maior riqueza do mundo é a proximidade ao conhecimento e essa deve ser a grande preocupação, sem deixar de referir, porém, que em Portugal, de acordo com os Censos 2001, 45% da população estudantil abandona o ensino antes do 12º ano. Na sua intervenção, Emídio Gomes apontou que falta ao nosso país a criação de emprego qualificado, acrescentando que Portugal é o campeão de investigação básica, onde a inovação não existe. Na sua intervenção, o docente não deixou de afirmar que a estratégia da inovação antes reservada às multinacionais é hoje obrigatória também às pequenas empresas. De resto, entre as prioridades para a competitividade está a capacidade de atrair novas actividades e igualmente novos empresários, reforçar a mobilidade, além de assegurar a sustentabilidade energética e ambiental, entre outras. Já o desenvolvimento de uma empresa deve fazerse com base na sua relevância económica, conhecimento baseado em alicerces científicos e com quadros qualificados, procurando o reconhecimento internacional e abertura ao mundo. As conferências da Universidade Lusíada de Famalicão regressam no próximo ano. S.A.S.
Rastreios durante o mês de Maio Os alunos do 2º ano do curso de Cardiopneumologia da Escola Superior de Saúde do Vale do Ave vão realizar, entre 5 e 31 de Maio, rastreios em várias áreas da Saúde, sob o lema “Test Drive – Conduza a sua Saúde”. Os rastreios são gratuitos e vão ter lugar nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, consistindo na realização de vários exames: electrocardiograma, espirometria, medição da pressão arterial, medição do colesterol, medição da glicemia (diabetes), medição do Índice de Massa Corporal e doppler.
cidade
Segunda edição do evento
Camilo promoveu fórum sobre ensino profissional
Jones Maciel, ao centro, abriu o fórum
A Escola Secundária Camilo Castelo Branco realizou, na passada quarta-feira, o II Fórum dedicado ao ensino profissional com o objectivo de promover a reflexão sobre a melhoria da qualidade e do sucesso educativo desta oferta formativa da escola. A iniciativa articulou-se com o desenvolvimento do Fórum Municipal da Educação, da responsabilidade da Câmara Municipal, que conta com a participação das várias escolas do concelho. O fórum foi dirigido fundamentalmente à comuni-
dade escolar, com prioridade para os docentes que leccionam este tipo de cursos e representantes dos alunos, embora o convite se tenha estendido aos pais e outros docentes da escola interessados em participar. Na ocasião, o presidente do conselho executivo, Jones Maciel, enfatizou o contributo deste tipo de encontros para o desenvolvimento das práticas educativas na escola, enquanto o vereador da Educação na Câmara de Famalicão, Leonel Rocha, salientou a importância do ensino profissional no actual contexto nacional, já
que a meta prevista pelo programa do Governo é o de fazer com que as vias profissionalizantes representem, em 2010, metade do total dos alunos inscritos no nível do ensino secundário. João Lemos, com experiência nesta área, apresentou os aspectos pedagógicos que, em seu entender, são mais importantes nos cursos profissionais, salientando que este é “sobretudo um ensino de afectividades”, uma vez que cabe à escola e a todos aqueles que estão envolvidos no processo uma grande preocupação para com os jovens ao longo do seu percurso na escola e com a sua posterior integração no mercado de trabalho. Depois das intervenções iniciais, os participantes foram divididos em grupos para analisar temáticas específicas produzindo conclusões que foram partilhadas com todos.
Iniciativa do Governo Civil de Braga
Sensibilização de Segurança Rodoviária passou por Famalicão No âmbito do Dia Europeu de Segurança Rodoviária, o Governo Civil de Braga levou a cabo várias acções de sensibilização, com vista à diminuição da sinistralidade rodoviária. Neste sentido e em articulação com o Comando Distrital da PSP, participou no dia europeu através de várias acções de sensibilização que se realizaram em vários locais, no passado sábado, nomeadamente na zona de bares de Famalicão, mas também em Braga, Guimarães e Barcelos. Na madrugada de domingo, o Governo Civil, agora em articulação com o Comando Distrital da GNR, realizou acções de sensibilização junto de discotecas em Amares e Vizela, com um inquérito realizado por alunos de psicologia da Universidade do Minho, bem como acções de despiste de álcool e drogas por alunos de Medicina da mesma Universidade. A comemoração envolveu uma acção policial de esclarecimento e distribuição de um total de 12 mil desdobráveis, um milhar de coletes reflectores e dois mil testes de alcoolemia aos condutores. Dispositivo para fogos reforçado com helicóptero pesado Ainda no âmbito do Governo Civil, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, apresentou, em Braga, o dispositivo distrital operacional de combate aos incêndios florestais para este ano. Foi no sábado, na Praça do Município, em Braga. Na ocasião, o governador civil de Braga salientou os resultados alcançados o ano passado, com
menos incêndios e menos área ardida. “Claramente se regista que estamos no bom caminho para salvaguarda do importante património que é a nossa floresta”, disse Fernando Moniz. O governador reconheceu que Braga “é um distrito problemático por força do seu ordenamento territorial, das alterações climáticas significativas que se fazem sentir e das práticas negligentes que se vão notando”. Face ao ano passado, é reforçada a capacidade operacional com a colocação em Braga de um helicóptero pesado, além do novo veículo de comando e comunicações. Além disso forneceram-se 87 kits de primeira intervenção a outras tantas Juntas de Freguesia e melhoraram-se as relações institucionais com todos os agentes. Na apresentação do dispositivo, Rui Pereira apelou à responsabilidade dos cidadãos na defesa da floresta contra os incêndios, salientando que “todos somos agentes da Protecção Civil”.
Dispositivo exposto em Braga
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publicidade FEIRA MEDIEVAL QUINHENTISTA - REUNIÃO DE COMERCIANTES
Nos próximos dias 16, 17 e 18 de Maio, o concelho de Vila Nova de Famalicão respirará ares de outras eras, através da organização da Feira Medieval Quinhentista, promovida pela Escola Profissional Cior. É desejo da ACIF envolver os estabelecimentos comerciais da cidade nesta Feira Medieval, num fim-de-semana com a adesão de muitas pessoas. A Associação auscultou os empresários das ruas Adriano Pinto Basto, Santo António, Vasconcelos e Castro e Praça Dona Maria II (ruas que serão especialmente decoradas), no sentido da possível abertura dos estabelecimentos nos dias 16 e 17, sendo a resposta maioritariamente positiva. Para abranger os estabelecimentos da cidade a ACIF convida os empresários para uma reunião, dia 6 de Maio, pelas 21.30h, na sede da ACIF, na Rua Adriano Pinto Basto, N.º 94, 1º, onde se debaterá a hipótese da abertura dos estabelecimentos no fim-desemana desta Feira e os pormenores sobre esta situação. Sexta-feira dia 16, e sábado dia 17, os estabelecimentos comerciais da cidade são pois solicitados a estarem abertos até às 23 horas, para se associarem a esta feira e usufruírem dos benefícios desta.
LIBERALIZAÇÃO DOS HORÁRIOS NO COMÉRCIO - ACIF SENSIBILIZA DEPUTADOS Na próxima sexta-feira, dia 2 de Maio, será debatida no Parlamento a questão da liberalização dos horários do comércio, em especial a proposta do PSD da transferência para os municípios da definição dos horários de abertura dos estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços. Nesta mesma reunião plenária, o PCP e o Bloco de Esquerda apresentarão propostas que determinam o encerramento das grandes superfícies comerciais aos domingos e feriados. Tendo em vista a defesa dos interesses do sector comercial, em especial das pequenas e médias empresas comerciais (que cada vez mais sofrem dos obstáculos criados), a ACIF enviou uma carta a todos os ilustres senhores deputados representantes do nosso distrito, solicitando a sua atenção para este tema sensível aos comerciantes do concelho e do país (assim como à nossa Associação) e explanando os perigos económicos da liberalização dos horários. Desta forma a ACIF espera apelar à cuidada reflexão dos nossos representantes, e dar voz aos pequenos e médios empresários do concelho, numa questão francamente importante.
FORMAÇÃO ACIF - INÍCIO DE CURSOS Estão previstos para dia 13 de Maio os cursos: − Socorrismo − Informática Iniciação Até dia 5 de Maio pode ainda fazer a sua inscrição no Centro de Formação ACIF. Estão abertas também inscrições para a sexta acção do curso: − Higiene e Segurança Alimentar no Sector Carnes. Este curso está previsto para Maio. Para mais informações consulte o Centro de Formação ACIF CENTRO FORMAÇÃO ACIF Rua Senador Sousa Fernandes, N.º 19 – 1º 4760 – 164 Vila Nova de Famalicão Telf/Fax: 252 315 095 e-mail: formacao@acif.pt
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freguesias
Sindicato estranha gestão da têxtil de Riba d’Ave pelo administrador de insolvência
Celso Campos
Greve na Oliveira Ferreira até ao pagamento de salários
Trabalhadores temem que além do salário de Março, também fique por pagar o mês de Abril
Celso Campos Os trabalhadores da têxtil Oliveira Ferreira, de Riba d’Ave, iniciaram um período de greve na passada segunda-feira, até que sejam pagos os salários em atraso. Os cerca de 220 funcionários desta empresa aguardam pelo pagamento do salário do mês de Março e ainda 25% do subsídio de Natal. A paralisação foi iniciada no passado 14, mas foi suspensa a meio da manhã, na sequência do compromisso de pagamento por parte da administração até à quinta-feira da semana passada. Como tal não aconteceu, reiniciaram a paralisação na passada segunda-feira. Ao início da tarde, foi realizado um plenário que juntou os trabalhadores, o sindicato e o administrador de insolvência, mas a decisão dos funcionários é a de regressar ao trabalho apenas quando receberem os salários em atraso. “Há dinheiro, há trabalho, se não há dinheiro também não há trabalho”, diz Domingos Oliveira, operário há 37 anos na empresa. Apesar desta posição, diz que “o povo quer trabalhar, está disposto até a sacrificar o domingo, mas só se pagarem”, reflectindo, de certa forma, o sentimento geral na empresa. O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, através do coordenador Francisco Vieira, diz que o administrador de insolvência tentou, desde a semana
passada, pagar os salários, alegando que é uma entidade bancária que está a bloquear os pagamentos. Concretamente, há uma encomenda pronta a ser entregue, mas o cliente exige a devolução de cheques dados como garantia de pagamento à Oliveira Ferreira, algo que o banco em causa estará a reter. Francisco Vieira diz que o administrador de insolvência, Américo Torrinha, adiantou que “a situação poderá ser desbloqueada a qualquer momento”, mas até lá os trabalhadores mantêm a greve porque “já não acreditam e não confiam”. Querem a viabilidade da empresa mas não a qualquer preço, não estando dispostos a trabalhar sem receber e temendo que o mês de Abril, que termina agora, se junte aos salários em atraso. Processo de insolvência requerido pela própria empresa A Oliveira Ferreira enfrenta, desde 2 de Janeiro, um processo de insolvência pedido pela própria empresa. Desde então, por decisão judicial, a gestão está a ser feita por um administrador de insolvência, um facto “estranho” para o sindicato. “Não é muito normal isto acontecer porque não é o dr. Américo Torrinha que conhece o mercado, os clientes e os próprios mecanismos de funcionamento da empresa”, diz o dirigente sindical, lembrando que, tal como a lei prevê, “a empresa podia ter requerido que a adminis-
tração fosse da sua competência”. Face à opção tomada e a estes últimos acontecimentos, Francisco Vieira diz estar ainda “mais desconfiado”. O sindicato acredita na viabilidade desta empresa que, se se mantiver em actividade, comemorará o seu centenário em 2010. A Oliveira Ferreira já foi alvo de um plano especial de recuperação no início da década de 90 e de uma reestruturação em 2003, com dações em pagamento que terão incluído até as instalações da empresa. De qualquer modo, o futuro da empresa é incerto, decorrendo agora o prazo para uma nova assembleia de credores, altura em que será dada a conhecer da viabilidade ou não da Oliveira Ferreira, uma reunião que deve acontecer em Junho ou Julho, segundo o sindicato. Vieira diz que “há encomendas até Agosto”, mas segundo alguns trabalhadores, há secções, como é o caso da tinturaria, que já estiveram paradas alguns dias por falta de matériaprima. O passivo da empresa está estimado em cerca de 26 milhões de euros, tendo como principais credores a banca e a Segurança Social. Com tecelagem e tinturaria, a Oliveira Ferreira é conhecida pela qualidade das suas flanelas, destinando 60% da sua produção para exportação, sobretudo para os Estados Unidos e a Alemanha. O OP tentou chegar à fala com a administração da empresa, mas sem sucesso.
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pública: 30 de Abril de 2008
freguesias
Escola de Bente sofre obras de melhoramento
A Escola do 1º Ciclo de Bente sofreu, recentemente, obras de beneficiação, através de um protocolo assinado entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal. As obras, que decorreram durante as férias da Páscoa, consistiram na colocação de tectos falsos nas duas salas de aula e nas casas de banho, assim como de um novo sistema de iluminação. Foram ainda rectificadas e pintadas todas as paredes interiores, incluindo as dos recreios cobertos.
Restaurante assaltado em Pousada de Saramagos O restaurante Zé da Costa, de Pousada de Saramagos, foi assaltado na madrugada de sábado para domingo, tendo os larápios furtado um ecrã plasma. O proprietário do estabelecimento, José Costa, foi alertado pela própria GNR, na madrugada de domingo. “Fui informado à 1h10 da manhã, pela própria GNR que me telefonou”, disse ao OP. O restaurante tem alarme mas não está ligado às autoridades, não sabendo o comerciante
quem alertou a força de segurança. Os larápios terão entrado por uma janela, depois de partir o vidro, e roubaram um ecrã plasma. Não provocaram destruição no interior no interior do estabelecimento. José Costa não esconde, porém, o seu desânimo, até porque o assalto coincidiu com a semana em que inaugurou o restaurante naquele local. O caso foi entregue à GNR de Famalicão.
Festa do Associativismo na freguesia
Junta de Calendário reuniu 17 associações A freguesia de Calendário comemorou, no passado dia 18 de Abril, a Festa do Associativismo, uma organização da Junta local, que reuniu, no salão de festas do Centro Social Cultural e Recreativo de São Miguel-o-Anjo, 17 associações. Cada uma das colectividades participou na festa com a exibição de um filme que relatava a sua história. O Duo Musical Irmãos Sanches, também de Calendário, abriu a festa, onde houve também a actuação dos ranchos folclóricos, a representação de peças de teatro e subiram ainda ao palco os Cavaquinhos do Liberdade FC. Na iniciativa estiveram presentes os párocos da freguesia, os padres Adelino Costa e Vítor Ribeiro; o presidente da Junta Armindo Gomes; e ainda os vereadores da autarquia famalicense Leonel Rocha e Jorge Paulo Oliveira. No final das actuações, o presidente da Junta de Calendário, Armindo Gomes, aproveitou para agradecer a presença de todos nesta festa e, entregando a cada uma das associações uma pequena lembrança, anunciou o respectivo subsídio atribuído pela autarquia local. Este ano, a novidade foi também a atribuição de subsídio ao Famalicense Atlético Clube (FAC).
Armindo Gomes, autarca de calendário, e o vereador Jorge Paulo Oliveira
O autarca garante que “enquanto for presidente da Junta esta iniciativa é para continuar”, sendo que no próximo ano decorrerá noutros moldes, estando Armindo Gomes a pensar num espaço ao ar livre, de preferência no terreiro da Santa Catarina. Por seu lado, Jorge Paulo Oliveira, vereador do Desporto e da Juventude, sublinhou que o concelho tem espalhado pelas 49 freguesias cerca de 300 associações e considera que esta iniciativa da Junta de Calendário é um exemplo a seguir por outras. “É uma festa bonita
e é com muita alegria que me associo à mesma, isto porque também sou calendarense e daí estar duplamente satisfeito”, declarou. As associações presentes foram: Rancho Folclórico de São Miguel-o-Anjo, Rancho Folclórico da Casa do Povo de Calendário, Rancho Folclórico de São Julião, Academia de Artes Marciais, Amar Cultura, Liberdade FC, ADUFA, Escuteiros, FAC, Unidos Por Calendário, Sociedade Columbofilia Famalicense, Vitória FC, CD Juventude Académico, Barrimau FC, GD de Louredo, GD Lagense, e FC de Meães.
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freguesias
Aposta em inovação, investigação e desenvolvimento
Projecto da Caixiave contemplado pelo QREN Um novo projecto virado para a investigação e desenvolvimento tecnológico da empresa famalicense, Caixiave, foi contemplado com verbas do QREN. A assinatura do contrato aconteceu, a semana passada, em Braga, na presença do ministro da Economia, Manuel Pinho, na Associação Industrial do Minho. O investimento previsto por esta indústria de caixilharias, sediada em Ribeirão, é de 306 mil euros, sendo o incentivo através do Quadro de Referência Estratégica Nacional de 151 mil euros. A Caixiave pretende avançar com um projecto para criar novas técnicas para desenvolver metodologias e ferramentas de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, para criar competências internas no domínio da automatização da lacagem sobre perfis em PVC. Além da empresa famalicense, rubricaram contratos mais 18 empresas do país, das
quais seis são do distrito de Braga. Os 19 projectos prevêem a obtenção de 4,2 milhões de euros de incentivo, num investimento global das empresas de 11,7 milhões. Os contratos integram-se no Programa Operacional para a Competitividade do QREN que registou já cerca de 1220 candidaturas, com a selecção de 418. Ao todo o investimento é de cerca de 177 milhões de euros. A Caixiave tem 11 anos de existência e é líder de mercado na área das caixalharias, com cobertura nacional. Está sediada em Famalicão e tem delegações em Lisboa e na Covilhã, estando ainda presente em Espanha, Angola e no Brasil. Emprega 200 pessoas, das quais 160 no nosso país. É uma empresa certificada e trabalha ao nível habitacional de moradias, mas também com produtos para a indústria hoteleira, saúde, ensino, obras de âmbito social, entre outras.
Jovens Shalom apostam na formação de animadores e vivência espiritual
Congresso juntou perto de uma centena em Delães A aposta na formação de animadores, a valorização do trabalho nas comunidades paroquiais e o incentivo à vivência da espiritualidade dentro da ‘família Shalom’ e com a Igreja vão marcar os próximos três anos do Movimento Encontros de Jovens Shalom. As directrizes saíram do XIX congresso da organização que decorreu no último fimde-semana, em Delães. Em comunicado, citado pela Agência Ecclesia, o movimento analisou a falta de participação, sendo visível uma progressiva redução do número de elementos. Foi referida também a dificuldade dos jovens se motivarem com os espaços de oração e de aprofundamento da vivência da espiritualidade propostos pelo Movimento. O Congresso aprovou os
novos Estatutos do movimento, que serão agora enviados à Conferência Episcopal Portuguesa para solicitar a sua aprovação. O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, juntou-se numa manhã aos congressistas para os interpelar sobre a sua presença na Igreja. O prelado pediu aos jovens para “colocarem Jesus Cristo como prioridade na vida, de se sentirem parte da Igreja, aceitando as falhas que tem, mas sendo capazes de ter uma voz crítica e activa na sua transformação, em unidade com as outras igrejas e sendo testemunho junto dos jovens que não acreditam ou não conhecem Cristo”. O Arcebispo de Braga referiu ainda que a Igreja espera que o movimento seja o que é, ou seja, “que pelo seu carisma seja fonte de trans-
ATC referenda passagem a fundação A Associação Teatro Construção (ATC) vai decidir em referendo se avança ou não para a constituição de uma fundação. Há mais de um ano que no interior da instituição foi aberto um debate interno sobre a hipótese da ATC se constituir como Fundação. O assunto faz parte do programa da actual direcção, no entanto, dada a grande relevância do projecto e para que não existam dúvidas da vontade dos associados, a direcção decidiu convocar um referendo para o próximo dia 10 de Maio. Entretanto, para o próximo sábado está marcada uma reunião geral de sócios para análise da proposta e da pergunta colocada em referendo, reunindo a Assembleia-Geral na segunda-feira, em sessão extraordinária, para analisar e votar os resultados dessa reunião de sócios. Para que seja considerado válido o referendo, a direcção da ATC fixou que nele têm que participar pelo menos 50% dos associados e para que o processo possa concretizar-se é necessária uma maioria qualificada de dois terços.
formação da Igreja e do mundo”. Os congressistas ouviram também uma conferência da responsabilidade de Inês Pimentel e da Anabela Marques, sobre o tema ‘Os Jovens de Hoje na Sociedade e na Igreja, em movimento’. O comunicado aponta que esta reflexão “ajudou a entender a realidade e motivações dos jovens de hoje”. O XIX congresso elegeu ainda a nova equipa coordenadora para os próximos três anos. O novo coordenador nacional é Nuno Dias; a secretária Marta Rodrigues e a tesoureira Aurélia Duarte. O representante eclesiástico nomeado pela Comunidade Shalom é o padre Vítor Santos. Como vogal para as dioceses de Braga e Viana do Castelo foi eleita Maria Teresa Mota.
Dia do Acólito nos Combonianos No próximo sábado, dia 3 de Maio, o Seminário dos Missionários Combonianos de Antas realiza o Dia Inter-paroquial do Acólito, subordinado ao tema “Acólito: Um Dom e um Compromisso”. Organizado pela coordenação de acólitos das paróquias de Esmeriz, Cabeçudos e Palmeira, a iniciativa contará com a participação dos acólitos dessas mesmas paróquias, além dos de Brufe, Cavalões e Santo Adrião. A manhã será dedicada à formação, pelo padre Álvaro, da Comunidade Shalom, ao passo que a tarde constará da realização de workshops. O dia encerrará com a celebração da palavra, seguida de um lanche.
Prestigiada empresa do sector automóvel pretende admitir para os seus quadros em V.N. FAMALICÃO.
Vendedor de Automóveis (M/F) Perfil do candidato: - Experiência em àrea de vendas; - Sentido de responsabilidade e vontade de vencer; - Excelente capacidade de comunicação e de trabalho em equipa;
Oferta: - Integração em empresa de elevada solidez com boas perspectivas de carreira; - Remuneração e regalias compatíveis com a função; - Formação e apoio constantes;
As candidaturas devem ser acompanhadas pelo <<Curriculum Vitae>> e carta manuscrita de apresentação até dia 15 de Maio de 2008. Resposta para o Jornal OPINIÃO PÚBLICA ao nº 834
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freguesias
Falecimentos
Trânsito esteve cortado duas horas na EN 14, na curva do Altinho
Colisão frontal em Arnoso causa três feridos
Ri ta Fe r re ir a L a goa, no dia 25 de Abril, com 89 anos, viúva de Luís Moreira, da freguesia de Mon te Có rd ova ( Sa nt o T i rs o) .
Maria V ieira de Car valho, no dia 22 de Abril, com 82 anos, viúva de José Costa, da freguesia de Bair ro.
Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Ar mand o Andra de d e Castr o, no dia 26 de Abril, com 59 anos, casado com Maria Beatriz Torres Ribeiro Castro, da freguesia de Cast elões.
Fernando Teixeira dos Santos, no dia 25 de Abril, com 47 anos, casado com Maria Emília Pereira Ferreira, da freguesia de Riba d’Ave.
Manuel Carlos Sousa Morais, no dia 26 de Abril, com 45 anos, casado com Maria da Conceição Gomes de Sá Morais, da freguesia de Avidos.
Fernando Manuel de Freitas Rodrigues Guimarães, no dia 25 de Abril, com 43 anos, casado com Maria Irene Coelho Guimarães, da freguesia de Riba d’Ave.
Pad re Car los Pinheir o Alves, no dia 26 de Abril, com 82 anos, da freguesia de S ei d e ( S . Miguel).
Maria Mercedes da Costa Ferreira de Oliveira, no dia 27 de Abril, com 67 anos, casada com Aníbal da Costa Reis de Oliveira, da freguesia de Requião.
Joaquim da Silva, no dia 27 de Abril, com 77 anos, casado com Maria Glória Gil de Queiróz, da freguesia da Pa lmeira ( Sa nto Tir so).
Agência Funerária de Riba D’ Ave Riba D’Ave – Tel.: 252 982 032
Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Valentina Silva Campos, no dia 23 de Abril, com 62 anos, casada com Cândido da Silva Costa, da freguesia de S. Martinho de Bougado (Trofa).
Fe li ci da d e M or eir a Far ia , no dia 22 de Abril, com 82 anos, casada com Abílio Correia, da freguesia de Ca len dá r io.
Liberto de Oliveira Dias, no dia 26 de Abril, com 60 anos, casado com Maria da Conceição de Azevedo, da freguesia de S. Martinho de Bougado (Trofa).
Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Cristina Azevedo
Felisbela Augusta da Silva, no dia 27 de Abril, com 88 anos, solteira, da freguesia de S. Martinho de Bougado (Trofa).
O estado em que ficou a viatura em que seguiam dois dos feridos
Magda Ferreira Uma colisão frontal entre dois veículos, na Estrada Nacional (EN) 14, causou três feridos, dois homens e uma mulher. Duas viaturas ligeiras colidiram, cerca das 8 horas de quarta-feira da semana passada, dia 23 de Abril, na conhecida curva do Altinho, em Arnoso Santa Maria. O sinistro provocou longas filas de trânsito, uma vez que aquela estrada esteve cortada nos dois sentidos cerca de duas horas. Só por volta das 10 horas dos bombeiros deram por concluídos os trabalhos, que além do socorro às vítimas implicaram também a remoção dos destroços das viaturas, que ficaram bastante danificadas, e a limpeza da estrada. Um carro que seguia no sentido Braga/Famalicão despistou-se, suspeita-se que devido a combustível derramado na via, e foi embater de frente no veículo que seguia em sentido contrário, empurrando-o para cima do muro. “O carro ficou com a frente pousado no muro e a
traseira apoiada numa árvore, pendurado de cerca de 15 metros de altura”, contou ao OP o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários (BV) Famalicenses, Manuel Alves, que dirigiu as operações no terreno. Este acidente causou três feridos, dois ligeiros e um de média gravidade, que foram todos transportados ao Hospital de S. Marcos, em Braga. De acordo com aquele responsável, o ferido de média gravidade era um homem que seguia no lugar do passageiro da viatura que circulava no sentido Famalicão/Braga. Sofreu um traumatismo craniano e suspeitava-se também de fractura da bacia. Já o condutor desta viatura apresentava pequenas escoriações, queixava-se de dores nas costas e no pescoço, suspeitando-se de alguma lesão ao nível da coluna cervical e lombar. Já a condutora do veículo que causou o acidente foi encaminhada para o hospital apenas por precaução, dado que não apresentava ferimentos, encontrando-se ape-
nas nervosa com o que aconteceu. As operações de socorro aos sinistrados foram bastante demoradas e dificultadas pela situação em que ficou um dos carros, praticamente pendurado de uma altura de 15 metros. “Tivemos que estabilizar a viatura com a ajuda do guincho do desencarcerador, seguramo-la e arrastamo-la para a via para fazermos um socorro seguro. Depois estabilizamos as vítimas e iniciamos o desencarceramento”, descreveu Manuel Alves. Nas operações de socorro estiveram envolvidos 13 homens e 6 viaturas dos Bombeiros Famalicenses, além da Viatura de Emergência Médica (VMER) de Braga. A controlar o trânsito esteve a Brigada de Trânsito da GNR, que desviou os automobilistas por estradas secundárias, com excepção dos camiões. Mesmo assim, as filas formadas em ambos os sentidos da EN 14 atingiram alguns quilómetros. O trânsito foi reaberto por volta das 10 horas da manhã.
Arguidos negam ataque à Satélite Os 14 suspeitos de terem perpetrado um ataque à discoteca Satélite Club, em Vale S. Cosme, negam as acusações. Segundo noticiou o Jornal de Notícias na edição de quinta-feira da semana passada, o julgamento começou no dia anterior, no Tribunal Judicial de Famalicão. Os 14 arguidos são acusados de terem atacado à pedrada aquele espaço de diversão nocturna, na noite de 28 para 29 de Maio de 2005, e respondem pelo crime de dano com violência sobre o estabelecimento e as viaturas que ali se encontravam estacionadas. Aquele diário contou que um dos arguidos optou por não falar, enquanto os outros negaram os factos de que estão acusados, negando ter alguma coisa a ver com o assunto, embora a maioria tenha afirmado que passou no local na altura em que se deu a “confusão”. Dois dos arguidos disseram ao tribunal que não estavam no local quando os factos ocorreram. Já o proprietário da discoteca disse que o estabelecimento foi “apedrejado” e que quando ele e os funcionários se aperceberam disso, cortaram uma mangueira aos bocados e saíram para “intimidar” um grupo de cerca de 30 pessoas que se envolveu na confusão. Na sequência dos acontecimentos queixa-se de ter sofrido prejuízos na ordem dos “30 a 40 mil euros”.
Carolina de Sousa Reis, no dia 27 de Abril, com 84 anos, casada com Celestino da Costa Dias e Silva, da freguesia de S. Martinho de Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
Ad eli no Mac ha do d a Cr uz , no dia 24 de Abril, com 59 anos, casado com Maria de Fátima Queirós Ferreira, da freguesia de V ila r in ho da s C am b as. Em íli a d a Silva Costa , no dia 28 de Abril, com 76 anos, viúva, da freguesia de G ond i felo s. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
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freguesias
Visita do presidente da Câmara lança projectos ainda para este ano
Parque de lazer e polidesportivo em Vilarinho na noite de hoje, quarta-feira, para ter a verba necessária disponível. O investimento no polidesportivo está orçado em 25 mil euros, ao passo que para a zona de lazer “não há ainda orçamento, mas com algumas árvores e bancos de jardim a obra será feita”. A deslocação contemplou ainda uma visita à zona do adro da igreja que será requalificada, onde se integra a nova capela mortuária, uma obra já concluída. Para esta benefi-
ciação está previsto um investimento de 80 mil euros e surge como complemento da envolvente à nova sede da Junta de Vilarinho. A capela mortuária será posta ao serviço em breve, mas a inauguração deste equipamento será conjunta com a requalificação do adro. Outra obra a iniciar brevemente é a requalificação da estrada que liga o centro da freguesia à Estrada Nacional 14 e que está “em péssimo estado”, reconheceu Armindo
António freitas
A visita do presidente da Câmara de Famalicão a Vilarinho das Cambas, na passada quinta-feira, serviu para assinar o protocolo de cedência de dois terrenos à Junta de Freguesia para esta construir um polidesportivo e uma zona de lazer. “São projectos para executar ainda este ano”, segundo o autarca, Manuel Costa e Silva. Ele aguarda apenas pela aprovação das contas municipais de 2007 na Assembleia Municipal, algo que deve acontecer
Armindo visitou a nova capela mortuária da freguesia
Costa. A estrada a pavimentar, numa extensão aproximada de dois quilómetros, implica um investimento de cerca de 75 mil euros. “São obras e projectos que estão planeados há muito tempo e, por isso, fico satisfeito com estes anúncios”, evidenciou Manuel Costa e Silva. Apesar destas obras, o autarca de Vilarinho diz-se preocupado com a perda de população na freguesia e insiste para que a revisão do Plano Director Municipal (PDM) permita mais zona habitacional. “Enquanto cá estiver não sossego enquanto não for alterado re-
Visitas pretendem perspectivar final do mandato “Há compromissos assumidos ao longo deste tempo com os presidentes de Junta e chegou o momento de ver se estamos a cumprir”. Foi assim que Armindo Costa se referiu ao início de um novo ciclo de visitas às freguesias, que arrancou na passada quinta-feira, em Vilarinho das Cambas e Landim. A pouco mais de um ano do fim do mandato, o presidente da Câmara de Famalicão recusa a ideia de arranque de uma espécie de pré-campanha eleitoral, preferindo falar em “balanço” do trabalho feito até agora. Armindo rejeitou ainda que o arranque desta nova ronda pelas freguesias esteja de alguma forma relacionada com a mudança de liderança no PS de Famalicão e com um incremento de actividade já visível neste partido. “Quem marca o ritmo do desenvolvimento de Famalicão é o executivo”, vinca o edil, frisando que “não é por movimentações na oposição que vamos alterar seja o que for”. O autarca comentou ainda o momento conturbado vivido no seio do partido pelo qual também foi eleito, o PSD. Mesmo não sendo militante, Armindo lamenta a “turbulência” no seio da família laranja, mas entende que “o que se passa no PSD em nada interfere na gestão autárquica de Famalicão” e muito menos com as eleições autárquicas. “Posso estar ou não disponível para continuar, mas nada depende de quem estiver à frente do partido”, assegura, alegando que apenas tem de ouvir “os famalicenses”. Armindo diz que é indiferente a quem seja o futuro líder do partido e entende que não sendo militante não deve falar mais sobre o PSD.
Visita de trabalho do presidente da Câmara a Landim
Centro escolar será realidade em 2009 A Câmara Municipal de Famalicão vai construir um centro escolar na freguesia de Landim, que irá servir também as freguesias de Avidos e Lagoa. Para a construção do novo equipamento escolar, o município já auscultou as três juntas de freguesia, que apoiam o projecto. A novidade foi revelada pelo presidente da autarquia, Armindo Costa, durante uma visita de trabalho a Landim, na semana finda. A futura escola pública, que vai substituir as escolas do 1º Ciclo das freguesias de Avidos, Lagoa e Landim, deverá ser construída num terreno municipal que em tempos foi hipótese para acolher um estabelecimento de ensino ligado à Didáxis. Para o efeito, a Câmara Municipal vai lançar um concurso público para a realização do respectivo projecto, o que deverá ocorrer durante o mês de Maio. A visita de trabalho de Armindo Costa a Landim ficou também marcada pelo anúncio das obras relativas à segunda fase da requalificação do Parque das Tílias, que deverão arrancar em breve. Implicam a construção de um polidesportivo e de um parque infantil e a criação de novos motivos de lazer no centro da freguesia, num investimento estimado em 100 mil euros. No âmbito dessas obras está ainda em estudo a criação de uma rotunda na movimentada estrada municipal que atravessa a freguesia,
a criar no cruzamento com a Alameda do Mosteiro de Landim. “Uma obra destinada a obrigar os automobilistas a reduzir a velocidade ao circularem pelo centro de Landim”, como explicou Armindo Costa. Do encontro de trabalho entre o presidente da Junta de Landim, Carlos Ferreira, e o presidente da Câmara resultou também o compromisso do arranque para breve das obras de alargamento do cemitério, para as quais Armindo Costa garantiu um apoio do município na ordem dos 60 mil euros. A modernização da rede viária marcou também a ronda de trabalho em Landim, com uma passagem pelas obras já realizadas de pavimentação da estrada municipal de ligação a Seide S. Miguel, apoiadas pela Câmara Municipal com uma verba de 45 mil euros. Ao mesmo tempo,
Armindo Costa anunciou as obras de pavimentação da Estrada Municipal 510, que em breve entrarão em território landinense, beneficiando também as freguesias de Castelões, Vermoim e Bente, até ao limite com o concelho de Santo Tirso. O presidente da Câmara garantiu ainda apoio municipal para as obras de construção de uma ponte sobre o rio Pele, no âmbito de uma intervenção faseada na sequência da criação da Rua Fonte do Souto, uma via aberta há poucos anos. O presidente da Junta, Carlos Ferreira, afirmou à comunicação social estar satisfeito, agradecendo “todo o empenho e dedicação da Câmara Municipal de Famalicão para com a freguesia de Landim, assumindo-se como nosso parceiro no desenvolvimento e no progresso da freguesia”.
António Freitas
Marta Isabel Marques
Armindo Costa analisa o projecto da requalificação do Largo das Tílias
lativamente à nossa freguesia. Temos os terrenos em reserva agrícola ou ecológica e as pessoas constroem fora da freguesia”, lamenta. O presidente da Câmara mostrou-se sensível quanto a esta questão, mas também quanto à necessidade de aumentar a taxa de cobertura de saneamento que se situa apenas nos 15%. Tal depende das obras que a Águas do Ave está a executar em Ribeirão. Logo que estejam prontas, Armindo Costa garante que as obras de saneamento arrancam em Vilarinho. C.C.
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praça pública
Carta ao Director Pelos quatro cantos da ca(u)sa
Por Portugal! Em menos de um ano o PPD/PSD está em clima de eleições directas. Lideranças frágeis, equipes débeis é aquilo que temos tido nos últimos tempos. A história do partido reza que o clima de lideranças viveu sempre nas extremidades, hoje está baixo, amanhã em cima, não há meio-termo. Não conseguimos aguentar os resultados menos bons, a pressão das sondagens desfavoráveis e teimamos sempre que o nosso melhor líder, o nosso D. Sebastião, ainda está para chegar ou está sempre do lado oposto ao líder em exercício. No meio de tudo isto, não é o PPD/PSD que perde, mas sim Portugal! Façamos uma pequena reflexão. Não me lembro dum governo socialista tão criticado como este do Eng. Sócrates! Não me lembro de greves com tanta força e provenientes do eleitorado mais à esquerda do PPD/PSD! Não me lembro de ciclos de liderança tão curtos como os dos últimos anos no partido! Imaginem se o nosso principal adversário, o PS e este Governo, fosse do agrado dos portugueses!!! Cometemos tantos e demasiados erros em tão pouco tempo! Há lições a retirar, há factos que não podemos apagar, há responsabilidades a imputar!!! Ao longo destas sucessivas direcções nacionais temos e devemos aprender com as fases menos boas. O PPD/PSD aos momentos de crise reage com muita garra. Sai com um novo fôlego, capaz de modificar Portugal. Aconteceu com o Dr. Sá
Carneiro, repetiu-se com o Prof. Cavaco Silva. Estamos novamente nesse momento! Estamos num período em que Portugal e os portugueses necessitam do PPD/PSD muito forte!!! Os portugueses querem a nossa vitória! Temos um passo importante no mês de Maio. Eleições directas. É um acto de enorme responsabilidade dos militantes. Esta escolha deve ser livre e sentida. Necessitamos dum líder forte à pressão e credível na argumentação. Que entusiasme o eleitorado. Dos jovens aos menos jovens, dos pequenos aos grandes empresários, dos alunos aos professores, dos mais fortes aos mais carenciados, temos que lançar um grito de esperança a cada um deles! Das candidaturas somente abordo a da Manuela Ferreira Leite e do Pedro Passos Coelho. Na minha óptica só estas podem trazer a esperança de melhores dias. Se a primeira tem a força na argumentação e no rigor dos números, a segunda tem a força das ideias e a facilidade em liderar. Precisamos de uma liderança para e após 2009. A minha decisão vai para aquele que, como líder, deu provas. Foi brilhante, frontal, claro e determinado. Apresentou projectos e criou equipes. Hoje mais que nunca precisamos de um líder que saiba dirigir, construir, congregar, actuar, decidir e unir! Por tudo isto, apoio o Pedro Passos Coelho. João Pedro Araújo (Ex-líder JSD Famalicão)
D’Esguelha Gouveia Ferreira
Vai cair lei! Mais uma esticadela no Código do Trabalho, a ver até onde a corda aguenta. Quem diz corda diz emprego, segurança e estabilidade familiar. Para não variar, lá vem à baila a competitividade das empresas, como se, de cada esticão na lei laboral, jorrasse uma dinâmica empresarial imparável. Tem-se visto! Desta vez, na cruzada de retirar campo de manobra ao PPD, as propostas governamentais apontam para um alargamento do conceito de justa causa de despedimento, com o carimbo do simplex no respectivo processo disciplinar, obrigando a maior esforço dos tribunais na realização da justiça. A redução do tempo máximo dos contratos a prazo e a distinção das respectivas contribuições para a segurança social, relativamente aos contratos por tempo indeterminado, constituirá a única inovação de relevo, pendente para o campo do trabalho. Já a problemática dos ditos recibos verdes, que, há muito tempo, são azuis, ficou mal remendada, não se percebendo a preocupação de certos analistas dessa matéria, quando a lei actual, correctamente aplicada a um efectivo contrato de trabalho, resolve o assunto. Fica de fora do Código do Trabalho, mais uma vez, a questão do acesso imediato dos trabalhadores aos tribunais, sem recurso ao labiríntico processo burocrático que lhes concede a protecção jurídica. Venha daí, governamentagem. Mais um “código”!
Domingos Peixoto
Na sociedade portuguesa muito se discute sobre o perfil do presidente, seja da república, do governo regional, da câmara, da junta ou de uma instituição qualquer. E, em sufrágio directo e universal, para o presidente ter o perfil ideal é absolutamente necessário que os candidatos o tenham, nomeadamente o vencedor. Porém há candidatos que dependem exclusivamente de si, como é o caso do presidente da república, ou os candidatos às autarquias em listas de independentes, em relação aos quais não é possível, à partida, fazer grandes limitações. E há os candidatos às autarquias e aos governos regionais integrados em listas partidárias, a esmagadora maioria, em relação aos quais há todas as possibilidades de exigências das maiores qualidades! Assim, em minha opinião, o presidente da câmara, como o da assembleia municipal e da junta de freguesia, deve ser uma pessoa honesta, solidária, com capacidade de decisão e que pugne pelos valores da democracia. Há quem defenda que o presidente deve ser uma pessoa competente, sem mais! Quanto à honestidade está em causa o exercício da função: Servir. Gerindo a coisa pública com rigor, sem pensar nos seus interesses mais que nos dos munícipes, com proporcionalidade, dedicação, entusiasmo e o maior empenho. A solidariedade não pode ser uma palavra fútil. Nos tempos de dificuldades em que vivemos, em que muitas pessoas sofrem de enormes carências, as vaidades devem ser arredadas dos actos públicos e os recursos canalizados para a criação de esquemas legais de ajudas com vista ao suprimento das injustiças gritantes que grassam por todo o lado. Exige uma atitude permanente de partilha, de “auxílio” e de humildade.
Joaquim Loureiro
Importa começar por esclarecer que sou “católico, apostólico, romano”. Mas também que não vou abordar o assunto sob uma perspectiva religiosa, que, aqui, não me interessa! Como se sabe, alguns sectores da “esquerda” vêm defendendo a necessidade de uma alteração da lei do divórcio, facilitando-o, para o que apresentam dois tipos de argumentos: tendo terminado o “amor” entre os cônjuges, não faria sentido continuar a mantê-los casados: com tal comportamento estar-se-ia a dar prevalência a valores do pensamento “cristão”, que não deveriam ser tidos em conta numa sociedade laica. Começaremos por recordar que as regras legais referentes ao casamento, na sequência do que se sabe ao longo de milhares de anos, nunca tiveram em conta o “amor”: o “amor”, como sentimento que leva um homem e uma mulher a estabelecerem uma relação a dois, só recentemente começou a ser reivindicado. Durante milhares de anos as regras do casamento impostas pelos pais aos filhos e aceites em sociedade, destinaram-se a regular e acautelar exclusivamente questões económico-sociais: regime de bens, alimentos, filhos, consequências da ruptura, etc.. Questões estas que o são de ontem e são, necessariamente, de hoje. De resto, o “amor” nunca necessitou de ser objecto de regulamentação: teve sempre as suas regras próprias, mesmo quando foi motivo de escândalo e de tragédia. Aliás, não vemos qual seja o problema em que se deva demonstrar a “culpa” de um contraente em relação a outro, quando aquele não cumpriu o contrato. Seria absurdo e intolerável que o cônjuge “inocente”, vítima das eventuais tropelias do cônjuge
O candidato a presidente A capacidade de decisão não pode ser padronizada pela imposição do seu ponto de vista, do posso e mando e da arbitrariedade. Pelo contrário há-de ser aferida pela procura da melhor solução, escutando as partes, consultando as oposições, promovendo o diálogo, esclarecendo e intermediando os interesses em discussão, promovendo o direito de defesa e de resposta. A defesa dos valores da democracia tem que ser patenteada no respeito pelas minorias, na promoção da participação dos cidadãos na vida do município, no respeito pelas regras da convivência democrática, respeito pelos órgãos e instituições, na promoção dos valores da defesa e salvaguarda da natureza e do ambiente. Por último a competência sobressairá, inequivocamente, se forem evidentes os procedimentos atrás enunciados. Mas não terá o presidente que ser competente em finanças autárquicas, planeamento urbanístico, gestão de recursos humanos e obras municipais? Em meu entender pode ser, mas não tem que ser! Essa competência tem que ser de cada um dos directores das mesmas áreas e assessorada por pessoa de confiança, aliás prevista na legislação, para habilitar o “Gestor” (Presidente) político a tomar e a propor a melhor solução! PS: Como pode alguém sentir-se preocupado com o desinteresse e o desconhecimento dos jovens em relação à política, se ouve os desaforos proferidos por Jardim e não é recebido no Parlamento Madeirense, alegadamente porque estão todos loucos, sem dar um sinal aos jovens de que aquelas não são atitudes correctas?
Que casamento? Que divórcio? “culpado”, não pudesse demonstrar que este é que deu origem à ruptura do contrato de casamento e que tal deva ter consequências no plano dos factos subsequentes, sem necessidade de se invocarem quaisquer normas religiosas-morais. O que, de resto, se passará com qualquer outro contrato! Só por puro disparate, que irá contra os mais elementares princípios normativos do nosso sistema jurídico (art. 483º e segs. do Cód. Civil), é que se poderá admitir que um cônjuge possa violar compromissos assumidos perante o outro “contraente” sem qualquer consequência sancionatória. Com o casamento os cônjuges assumem o compromisso de “constituir família numa plena comunhão de vida “(art. 1577º do C. Civil), seja qual for a forma, religiosa ou civil, que o contrato assuma. E, em virtude de tal compromisso, há, em relação a ambos, os deveres de respeito, fidelidade, coabitação, cooperação e assistência (art. 1672º a 1676º do C. Civil), dentro de um princípio de igualdade (art. 1671º do C. Civil). Admitir a responsabilidade de quem violou, com culpa, tais deveres, faz parte de um qualquer contrato e não se vê que o contrato de casamento civil se revista de características específicas, que permitam o desvio a uma regra geral de culpa e de responsabilidade (arts. 344º e 483º do C. Civil) Indo um pouco mais além, como também se sabe, entre as diferentes espécies de contratos, há duas que importa recordar: contratos de execução instantânea (Ex: compra e venda) e contratos de execução permanente e/ou de eficácia sucessiva (Exs: c. de locação, c. de sociedade, c. de casamento, c. de trabalho). Nestes últimos, pela sua natu-
reza, são protegidos interesses de diversa ordem, para além dos interesses dos próprios outorgantes; derivados, nomeadamente, do prolongamento no tempo. De resto, não vejo qualquer necessidade de invocar princípios ligados à religião católica para defender a necessidade de uma certa “estabilidade” da instituição “casamento”. Por um lado, reconhecendo-se que o sacramento do “matrimónio”, sendo um acordo pelo qual um homem e uma mulher se unem no amor de Cristo, vincula exclusivamente aqueles que têm fé. Por outro lado, recordamos algo que hoje está quase esquecido: durante mais de mil anos os cristãos casaram-se pelo “civil”, pois não existia, então o chamado casamento “canónico”; durante mais de mil anos os cristãos casaram-se nos termos das leis civis derivadas do direito romano e, no início, segundo o próprio direito do império romano; com o feudalismo, a Igreja apropriou-se do instituto e fez esquecer a sua origem – ao ponto de considerar “amancebadas” as pessoas que só estavam casados pelo “civil”. Ora, a Igreja reconhecia, inicialmente, o eminente valor moral do casamento “civil”, pois as realidades laicas, como estas, se revestem de um eminente valor social. O nosso Alexandre Herculano pagou caro ter descoberto tal realidade antes do tempo (“Estudos sobre o casamento civil”) e viu a sua obra ser colocada no Índex. Uns 100 anos mais, o teólogo holandês dominicano E. Shillebeck chegou a mesma conclusão. É tempo da Igreja ultrapassar questões que a história já demonstrou não fazerem sentido, assumindo a “laicidade” de inúmeros aspectos da nossa sociedade como uma realidade eminentemente cristã.
Coro CCM e Artave interpretam Missa Tango O Centro de Cultura Musical e a Artave – Escola Profissional Artística do Vale vão realizar, sextafeira e sábado, o concerto Missa Tango, de L. Bacalov, pela Orquestra Sinfónica Artave e Coro CCM/Artave. Sob a direcção do maestro alemão Ernst Schelle, o espectáculo terá como solistas Stéphane Chapuis Bandonéon, Simona Mango Mezzosoprano e
Armando Noguera Barítono. Na sexta-feira, dia 2 de Maio, o concerto vai ter lugar pelas 21h45 na Nova Matriz de Famalicão, ao passo que no sábado está marcado para a Igreja da Cedofeita, no Porto, à mesma hora. A entrada é livre. L. Bacalov é um ilustre músico argentino do século XX que desenvolve a sua actividade como
compositor e pianista, tendo-se destacado na composição para a indústria cinematográfica. Recentemente compôs também obras para Coro e Orquestra, em que se destaca Missa Tango, que estreou em Roma no ano 2000 com Plácido Domingo. Trata-se de uma adaptação da missa litúrgica clássica em língua espanhola aos ritmos do Tango da Argentina.
Dia Internacional da Dança celebrado em Famalicão A Casa das Artes de Famalicão celebra hoje, quartafeira, pelas 21 horas, o Dia Internacional da Dança com um espectáculo que abrange toda a diversidade desta expressão artística, desde a mais clássica à contemporânea, passando pela dança desportiva, dança do ventre, dança africana, latina e pop dance. O espectáculo, com entrada livre, é promovido pela Câmara Municipal de Famalicão através do pelouro da Juventude e conta com a participação de diversas instituições do concelho, que irão apresentar os vários géneros de dança.
No evento vão participar a Gindança – Associação de Ginástica e Dança de Famalicão, a Escola de Dança Neuza Rodrigues, os jovens da Casa do Povo de Ribeirão, os alunos da Cooperativa de Ensino Didáxis e os jovens da Associação de Moradores do Complexo Habitacional de Lousado. Refira-se que o Dia Internacional da Dança, promovido pelo Conselho Internacional de Dança, uma organização interna da UNESCO, é celebrado no dia 29 de Abril, no entanto, aproveitando a véspera de feriado, a Câmara de Famalicão decidiu assinalálo nesta quarta-feira.
A “Flor de Fado” de Mafalda Arnauth A fadista Mafalda Arnauth vai apresentar, no próximo sábado, dia 3 de Maio, pelas 22 horas, no grande auditório da Casa das Artes de Famalicão, o espectáculo “Flor de Fado”. Com cinco álbuns editados, todos aclamados pela crítica, Mafalda tem vindo a afirmar-se
como uma grande compositora e intérprete de Fado. “Flor de Fado” tem um repertório baseado no seu melhor cancioneiro, numa selecção muito cuidada de grandes temas da nossa história assim como ainda da apresentação em primeira mão de temas originais.
Com um cuidado técnico e cénico muito atento para dar ao público as melhores condições para apreciar o trabalho desta grande artista, a Magic Music propõelhe uma viagem artística única, um grande espectáculo de Fado. A entrada para o concerto custa 12 euros.
Cumplicidade de Chico César e Paulinho Moska em Famalicão A extraordinária cumplicidade e a imensa afinidade existente entre os músicos brasileiros Chico César e Paulinho Moska estiveram bem em evidência no espectáculo que ambos deram no passado sábado, na Casa das Artes de Famalicão e que marcou o arranque de uma mini-digressão por Portugal. Conhecidos um do outro há cerca de 15 anos, os músicos resolveram concentrar a admiração e respeito mútuos num projecto que os unisse em palco. O resultado culminou num espectáculo de grande qualidade que já foi apresentado em 30 cidades brasileiras e em Santiago do Chile e que chegou agora a Portugal. Em Famalicão, os músicos interpretaram os temas celebrizados ora por um, ora por outro, mais um punhado de canções da autoria de outras figuras da música brasileira. O espectáculo começou com o tema “Capella” e a duas vozes de “Beradêro” de Chico César. Já de guitarras ao colo, houve ainda cerca de duas dezenas de composições a percorrer. Detentores de uma postura descontraída e relaxada, os músicos estiveram sempre bem-dispostos e comunicativos. O público correspondeu com muito entusiasmo.
ficcina do Dia da Mãe Fundação promove ofi No âmbito das comemorações do Dia da Mãe, a Fundação Cupertino de Miranda vai promover no próximo sábado, dia 3 de Maio, duas oficinas de expressão plástica, intituladas “Vidros com arte”. Dirigidas a 28 crianças com idades entre os 6 e os 12 anos, as oficinas vão realizar-se entre as 14 e as 16 horas e entre as 16 e as 18 horas. O objectivo é elaborar um “original presente” para a mãe, cuja técnica será pintura em vidro, tendo em conta o Dia da Mãe, que se assinala no domingo. As inscrições podem ser efectuadas na Fundação, mediante o pagamento de 4 euros por oficina.
David Lynch abre programação do Cineclube “Eraserhead – No Céu Tudo é Perfeito”, de David Lynch, é o filme que abre a programação de Maio do Cineclube de Joane. A película é exibida amanhã, dia 1 de Maio, como habitualmente às 21h30 no pequeno auditório da Casa das Artes.Trata-se da primeira longametragem de David Lynch e um dos filmes de culto dos seus seguidores. Produzida com o apoio do American Film Institute e de amigos do realizador é a história fragmentada e alucinatória de Henry Spencer.
Bienal de pintura na Casa das Artes É inaugurada amanhã, dia 1 de Maio, a VIII Bienal de Pintura do Eixo Atlântico 2008-2009 no foyer da Casa das Artes. Trata-se de uma exposição de pintura composta por obras de artistas do Norte de Portugal e da Galiza, onde os participantes e premiados do Prémio Eixo Atlântico e Prémio Jovens Talentos Luso-Galaicos dão a conhecer os seus trabalhos artísticos e as suas raízes culturais. A mostra vai estar patente até 30 de Maio.
pública: 30 de Abril de 2008 23
Crianças entoam músicas do 25 de Abril
António Freitas
cultura
Cerca de centena e meia de crianças entoaram, no passado dia 25 de Abril, as músicas que marcaram a Revolução dos Cravos, emocionando uma plateia que lotou por completo o grande auditório da Casa das Artes. “A morte saiu à rua” de Zeca Afonso abriu o espectáculo, seguindo-se os temas “Trova do Vento que passa” de Manuel Alegre, “Livre” de Manuel Freire, “E Depois do Adeus” de José Calvário, entre muitos outros. Zeca Afonso foi, de resto, o músico mais interpretado, ouvindo-se ainda os temas “Canção de Embalar” e a inevitável “Grândola, Vila Morena”. Muitos dos temas foram teatralizados, o que acabou por transformar este espectáculo numa aula de História leccionada pelas novas gerações. O concerto foi co-produzido pela Associação de Ensino e Artes – ArtEduca com a Casa das Artes. Para além do coro da ArtEduca, o espectáculo contou ainda com as crianças da Pequenos Cantores Amorim, da Escola de Música Valentim de Carvalho e da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Famalicão.
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pĂşblica: 30 de Abril de 2008
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