Reis Campos, candidato do PS à Câmara, em entrevista ao OP
“Gostava de voltar a ver os famalicenses felizes” p. 5
ANO 17 • Nº 866 • Gratuito 10 A 16 DE DEZEMBRO DE 2008 DIRECTOR: JOÃO FERNANDES
Ministro da Administração Interna inaugurou, domingo, as novas instalações da GNR de Joane
opiniãoespecial A Santa Casa da Misericórdia de Famalicão é a instituição mais antiga de apoio social do município. Conheça-a na edição desta semana do OP. pp. 17 a 19
Câmara promete medida para breve
Internet sem fios chega às escolas do 1º ciclo A Câmara Municipal vai dotar, em breve, todas as escolas do 1º ciclo do concelho de rede de acesso à Internet sem fios. O anúncio foi feito pelo presidente Armindo Costa, sextafeira, na cerimónia de entrega de subsídios às escolas. p.7
opiniãosport: Natação: Paulo Araújo sagra-se bi-campeão nacional
Paulo Portas, em Famalicão, preocupado com o desemprego p. 6
Núcleo de Xadrez da Didáxis consolida-se no panorama nacional
José Manuel Mendes homenageado p . 23
FINALMENTE O QUARTEL Onze anos depois do início do processo, foi finalmente inaugurado, no domingo, o novo quartel da GNR de Joane. O edifício está construído na Avenida de Laborins e custou 700 mil euros. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, presidiu à cerimónia e aproveitou para anunciar que o Governo vai incrementar o investimento nas forças de segurança. Já o autarca de Joane, Sá Machado, recordou o papel dos que no passado governaram a vila e o município para a concretização desta obra, agradecendo também ao Governo por ter cumprido a promessa. O presidente da Câmara aproveitou para pedir a resolução do problema da GNR de Riba d’Ave. p.12
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pública: 10 de Dezembro de 2008
Agenda Hoje, 10 14h30 Arranque do festival internacional de arte contemporânea e experimental IMAN.
espaço aberto
Conhece situações que podem ser retratadas na Objectiva Pública? Envie as suas fotografi fia as, acompanhadas de um pequeno texto com o local e a descrição, para o e-mail: informacao@opiniaopublica.pt ou entregue nas instalações do Opinião Pública, na Rua 8 de Dezembro, nº 214, em Antas.
Objectiva Pública
21h30 Cineclube de Joane exibe, no pequeno auditório da Casa das Artes, o filme “Olympia”, de Leni Riefensthal, inserido da rubrica “Já Não Há Cinéfilos?!”
É este o estad o em q u e s e e n co n t r a m a s e st rutu ras q ue i nd i c a m a in te nsi d a d e d o v e n t o, e x i s t e n t e s n a v a r i a nt e na sc e nt e d e F a m a li c ã o . A f o t o g ra f i a f o i t i r a d a em d i a d e mu ito vento, mas d ad o o seu estad o, p o u co s e r v i a d e i n f o r m a ç ã o a os c o n d u t o r e s . A n e ce s s i t a r d e s ub st itu iç ã o .
Quinta-feira, 11 15h15 Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, de Joane, recebe um diploma do Movimento Esperança Portugal pelos resultados obtidos pela escola nos exames nacionais do 12º ano. 21h30 Mais cinema na Casa das Artes pela mão do Cineclube de Joane, com o filme “Gomorra”, de Matteo Garrone.
Domingo, 14
Jorge Alexandre
9 h0 0 Associação de dadores de Sangue de Famalicão promove uma dádiva de sangue no salão paroquial de Requião, com o apoio dos escuteiros desta freguesia.
Questão Pública Há razões para alarme no caso da carne de porco contaminada proveniente da Irlanda? Maria Augusta Santos
Custódio Oliveira
professora
dirigente associativo Na era da globalização verificamos que as autoridades sanitárias funcionam. Nunca como hoje se sente que o controlo sobre os produtos alimentares existe. As autoridades dos diversos países da União Europeia estão atentas e recorrem a alertas internacionais sempre que se verificam anomalias. O caso da carne de porco é denunciado pelas autoridades da Irlanda, país de origem da referida carne contaminada. Nesta perspectiva, não há motivo para qualquer alarme. Apesar do controlo existente é evidente que os produtos alimentares oferecem sempre alguns riscos potenciais. Sabe-se dos produtos químicos usados nos campos. Conhecem-se os produtos dados aos animais para que “engordem” rapidamente. Apesar de reconhecer o risco, penso não existir motivo para alarme. Até porque, como diz o povo, “quem não arrisca não petisca”.
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Jorge Alexandre
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Não. O Ministério da Agricultura, a ASAE e a Ordem dos Veterinários garantiram que “a exposição humana a dioxinas (compostos químicos tóxicos que entram no nosso organismo através de alimentos como carne, leite, ovos, peixe, entre outros) por curtos períodos e as quantidades em causa não resultam em efeitos adversos para a saúde nem colocam a saúde pública em risco”. O alerta rápido da passada 2ª feira, dia 08 de Dezembro, lançado pela União Europeia sobre a eventual contaminação da carne de porco importada da Irlanda para vários países da UE, nomeadamente para Portugal, implicou uma articulação imediata do Ministério da Agricultura e da ASAE, que se revelou eficaz, tendo sido identificada a empresa importadora e vários locais de armazenagem e transformação deste produto, para além de ter sido apreendida grande parte da carne, estando a decorrer acções de fiscalização e inspecção, a fim de ser retirada do mercado e destruída, caso se confirme a contaminação. Estes factos justificam uma atitude serena e tranquila da população.
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pĂşblica: 10 de Dezembro de 2008 03
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pública: 10 de Dezembro de 2008
cidade
Associação de Dadores de Sangue oferece mais cadeiras de rodas
Fundo de necessidade a ser criado em Famalicão
Foram oferecidas mais sete cadeiras
A Associação de Dadores de Sangue de Vila Nova de Famalicão ofereceu, no passado sábado, mais sete cadeiras de rodas, a algumas instituições do concelho e particulares necessitados. A cerimónia decorreu na sede da associação e esta oferta faz parte da doação do amigo e sócio da instituição emigrado na Suécia, Carlos Quaresma, que doou já vário material à associação de dadores. Mas a dádiva não fica por aqui, como salientou Rodrigo Silva, Presidente da Associação de Dadores de Sangue, já que em Janeiro a instituição vai receber 18 toneladas de material ortopédico “para distribuir pelos mais necessitados”. Aliás, uma vez
que a doação será em grande número, a associação tem em mente a criação de um fundo de necessidade, como foi avançado na cerimónia. “Pretendemos criar um depósito para este material e quem precisar, seja instituição ou particular, pode dirigirse lá e usufruir do que lá existe”, explicou Rodrigo Silva. A novidade foi aplaudida por todos os presentes. Entre as instituições agraciadas com o material, o padre Domingos Carneiro agradeceu a oferta e disse que este material iria beneficiar a sua instituição, como outras que necessitam e que a instituição de Ruivães cede de quando em vez. M.I.M.
Alunos da D. Sancho visitam Editave Multimédia
Os alunos da turma de Marketing e Publicidade, do ensino nocturno, da Secundária D. Sancho I, visitaram no passado dia 26 de Novembro, as instalações da empresa Editave Multimédia que agrupa o jornal OPINIÃO PÚBLICA, a Rádio Digital e a FamaTV. O grupo de alunos do curso de Educação e Formação de Adultos ficou a conhecer a esfera de trabalho diário de um jornal, de uma rádio e ainda de uma televisão on-line. Ao mesmo tempo tiveram oportunidade de fazer pequenas experiências na rádio e na televisão para que a visita fosse também prática e não se ficasse apenas pela teoria. Alunos e professores ficaram a conhecer melhor as tarefas dos diferentes profissionais que trabalham nos três órgãos de comunicação social, a tecnologia usada, e fizeram ainda muitas perguntas para saber mais sobre o mundo da informação e do entretenimento. Aos alunos e aos professores, a Editave agradece a visita e deseja-lhes muito sucesso.
pública: 10 de Dezembro de 2008 05
cidade
Reis Campos, candidato do PS à Câmara de Famalicão, em entrevista
Escultura vai assinalar 20 anos da Lusíada
“Estamos neste combate para ganhar a Câmara”
A Câmara Municipal vai associar-se às comemorações dos 20 anos da Universidade Lusíada de Famalicão, que se assinalam no próximo ano, com a implementação de uma obra escultórica no jardim localizado junto à universidade. A proposta foi aprovada a semana passada, pelo executivo camarário, sendo que a peça vai ser adquirida por ajuste directo ao escultor famalicense Augusto Costa, pelo valor de 20 mil euros. Na proposta, assinada pelo vereador da Cultura, Leonel Rocha, é dito que a referida escultura, além de assinalar a efeméride, contribuirá “para uma maior qualificação do espaço público numa área nobre do centro da cidade”.
Magda Ferreira Reis Campos diz que o PS parte para as Autárquicas do próximo ano com um único objectivo: vencer. Natural de Lousado, o candidato defende a participação dos presidentes de Junta nas reuniões de Câmara e promete um departamento de Urbanismo mais célere, se ganhar as eleições. Em suma, propõe-se devolver a felicidade aos famalicenses. O PS parte para estas eleições autárquicas com que objectivo, ganhar? Ganhar. 50%+1 é o resultado que eu ambiciono e tenho fundados motivos para assim pensar, porque desde que começou esta pré-campanha os apoios têm-se multiplicado de uma forma que até a mim me surpreende, vindo esses apoios quer à esquerda quer à direita. Estamos neste combate para ganhar a Câmara.
10 mil euros para a AFPAD…
O PS está na oposição há quase oito anos e tudo indica que vai concorrer contra Armindo Costa, que está no poder há também 8 anos. Não vai ser uma tarefa fácil? Com certeza que não será fácil. No entanto, há oito anos que estamos na oposição e Famalicão não pode esperar mais, está com pressa, eu próprio estou com alguma ansiedade de fazer voltar Famalicão ao nível que já teve, ao protagonismo a que tem direito e que os famalicenses ambicionam. Até às eleições acho que tenho tempo suficiente de passar a minha mensagem de esperança, ganhadora. Gostava de voltar a ver os famalicenses felizes.
Como candidato, terá uma palavra a dizer na escolha dos cabeças de lista nas freguesias? Com certeza que sim, embora não faça questão de indicar todos os cabeça de lista. Todos os presidentes de Junta que ganharam eleições, se quiserem, ficarão, e os outros vamos recuperá-los. Para mim, os presidentes de Junta não são nem funcionários do presidente da Câmara, nem precisam de pedir ao presidente de Câmara coisas a que têm direito. Vou incentivar o diálogo nas próprias reuniões de Câmara, acho que é um bom palco para os autarcas exporem os seus problemas; comigo podem saber que podem votar o orçamento que eles quiserem, que não lhes vai acontecer nenhuma retaliação… Isso quer dizer que se vencer as eleições vai permitir que os presidentes de Junta voltem a intervir nas reuniões de Câmara? O presidente da Câmara não é o patrão dos presidentes de Junta. O presidente da Câmara é eleito com a mesma legitimidade do presidente da Junta de Abade de Vermoim, que é a freguesia mais pequena do concelho. Não se pode subalternizar os presidentes de Junta, eles têm que ter o respeito e a consideração do presidente da Câmara e dos restantes órgãos municipais. Nesse sentido, o presidente da Câmara não faz nenhum jeito a nenhum presidente da Junta dar-lhe aquilo que precisa, só tem é que coordenar. E um presidente da Câmara, entre outras coisas, tem que ser um coordenador, tem que ser uma pessoa que não empate o desenvolvimento, não é preciso que tenha muito di-
Elisete Santos
Qual vai ser a estratégia? A aposta vai ser trabalhar nas freguesias? Há dois aspectos fundamentais: Famalicão cidade, com tudo que a envolve; e as freguesias. Mas trabalhar ambas em simbiose, todos unidos num objectivo: tornar Famalicão numa cidade onde volte a haver investimento, riqueza, bem-estar, participação cívica e melhor qualidade de vida.
A Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (AFPAD) vai receber da Câmara Municipal um subsídio de 10 mil euros, aprovado na última reunião do executivo. O dinheiro destina-se a apoiar a associação no normal desenvolvimento das suas actividades.
nheiro em algumas situações, é preciso que tenha instrumentos e os ponha ao serviço dos famalicenses e das freguesias no sentido de criar riqueza e desenvolvimento.
como são tratados os problemas; quanto ao conteúdo, para mim, um presidente de Câmara é uma pessoa que deve fazer pontes e criar canais para que Famalicão e as freguesias tenham visibilidade.
Na sua apresentação falou na constituição de um Pacto Empresarial para o Emprego e o Desenvolvimento. Esta área será uma das suas principais preocupações? Estamos num período difícil, então também a Câmara terá que pôr os instrumentos que tem ao seu alcance para que possa, de alguma forma, ajudar nessa situação. Quero que as pessoas vivam bem, do ponto de vista económico, social, humano e de cidadania; se sintam parte integrante de uma cidade que merece ser o centro das maiores cidades do Norte do país.
Já começou a apresentar-se aos famalicenses, com a colocação de cartazes em vários pontos. Fazer passar a sua imagem é um dos principais objectivos? Quero que as pessoas me conheçam, primeiro por fora, e vão falando uns com os outros. O meu objectivo é que em Março/Abril todas as pessoas conheçam as minhas propostas e se comecem a identificar comigo e, quem sabe, se não começa a haver um movimento amplo de apoio. A julgar por aquilo que vejo neste mês, ele vai surgir…
Em concreto, o que pretende fazer para criar emprego e fi fixxar indústria no concelho? Temos que criar condições para que os empresários se instalem em Famalicão, mesmo os de Famalicão. É preciso, primeiro, celeridade nos processos de licenciamento, temos que ter um departamento urbanístico em que o responsável seja uma pessoa que trabalhe constantemente e muito… Portanto, não concorda com este modelo ficcou enem que o pelouro do Urbanismo fi tregue ao presidente da Câmara? Não concordo nem discordo, as pessoas hão-de fazer o seu juízo… ouço muitas queixas, inclusive dizem-me ‘só por causa de um barraquinho que tenho em minha casa estou à espera dois anos’. A mudança da Câmara faz-se na forma, no estilo, no conteúdo e no conceito. O meu conceito diz-me que uma Câmara deve prestar um verdadeiro serviço público, a mim interessa-me a Câmara para poder fazer coisas com as pessoas; a forma é
O passado recente do partido tem sido preenchido por muitas disputas internas. A sua candidatura é, de facto, aglutinadora? Completamente. A minha candidatura foi votada por unanimidade e muita aclamação. Neste momento, sinto o partido comigo e sinto que o partido já amadureceu. A minha equipa será formada pelas pessoas que naquele momento estiverem nas melhores condições de desenvolverem o projecto. Que análise faz, na globalidade, do Plano de Actividades e Orçamento da Câmara para 2009? É um orçamento de fim de festa, cansado, em que olhamos para ele e perguntamos onde estão as ideias, os projectos, a inovação, a criatividade. Não estou desiludido, porque nunca estive iludido, só me desiludi no primeiro ano, porque pensei que ia haver um orçamento capaz de tocar Famalicão para diante e foi mentira. Entrevista na íntegra em www.famatv.pt
… e 20 mil para a ACB Na mesma reunião, a Câmara aprovou um subsídio de 20 mil euros para a Associação Cultural, Beneficente e Desportiva dos Trabalhadores do Município (ACB). O apoio destina-se a comparticipar os custos de um conjunto de actividades natalícias destinadas aos trabalhadores do município e seus familiares que a ACB vai promover.
Música coral na antiga Matriz A Manuel Faria – Associação Cultural, de Seide S. Miguel, promove, na próxima sexta-feira, dia 12, um concerto de música coral, na antiga Igreja Matriz de Famalicão, pelas 21h30. Participam o coro Capella Bracarencis, da Universidade Católica de Braga, e o Coro de Nossa Senhora da Conceição, de S. Tiago de Antas.
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Iniciativa destina-se a todas as crianças que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico
Musical infantil da Carochinha anima Férias de Natal Com as férias de natal à porta, a autarquia famalicense, como já vem sendo habitual, preparou um conjunto de actividades desportivas, recreativas e culturais para preencher os tempos livres dos mais novos durante as férias escolares. O musical infantil “A Carochinha, Concerto no Ervilhal” é apenas uma das muitas iniciativas que vão animar as Férias de Natal em Famalicão, promovidas pela Câmara Municipal, que se destina a todas as crianças que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico. As propostas de actividades, a decorrer de 22 a 30 de Dezembro, vão desde a prática da actividade desportiva, com destaque para os jogos aquáticos e exercícios de dança e ginástica, ao cinema, teatro, artes plásticas e aos espectáculos circenses, sempre acompanhadas por monitores municipais. A grande novidade deste ano é que para além do complexo da cidade de Famalicão, as actividades serão alargadas ao complexo desportivo de Oliveira S. Mateus, Joane e às novas piscinas de Ribeirão, “aproximando desta forma o evento das famílias famalicenses”, como refere a propósito o presidente da Câmara, Armindo Costa. Os encarregados de educação
interessados em inscrever os seus filhos nas actividades devem efectuar a sua inscrição até ao dia 12 de Dezembro no respectivo pólo escolhido. A inscrição tem o custo de oito euros para a totalidade das iniciativas e cinco para as actividades realizadas apenas de manhã ou de tarde. O programa das férias encontra-se disponível no site do município em www.vilanovadefamalicao.org. Para além destas actividades, a Câmara disponibiliza ainda um conjunto de iniciativas para as crianças e jovens durante o mês de Dezembro, na Casa da Juventude e na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. Oficinas de artes plásticas para a criação de postais de Natal, arranjos de natal, eco presentes e presépios são algumas das iniciativas agendadas para a casa da Juventude a partir do dia 6 de Dezembro. Por sua vez, o cinema domina as actividades da biblioteca, com sessões aos sábados de manhã. A participação nestas actividades é gratuita, no entanto, é necessário efectuar as inscrições. O programa pode ser consultado no site do município em www.vilanovadefamalicao.org.
Com um dia de actividades na EBI de Gondifelos
YUPI celebrou dia do Voluntariado Jovem A YUPI, Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário, celebrou o Dia do Voluntário Jovem, no passado sábado, em Famalicão, com uma série de actividades em parceria com diversas associações e grupos de jovens activos, com o objectivo de valorizar a prática do voluntariado, sensibilizar para a adesão de mais jovens, promover a troca de experiências e boas práticas e melhorar a qualidade e segurança no desempenho das funções de voluntariado. Com as sinergias locais e nacionais criadas para este evento, foi possível, segundo diz a associação em nota à imprensa, “desenvolver workshops com diferentes temas, indo de encontro às motivações e necessidades dos jovens”, Além da YUPI, participaram o GAS Port, a Associação Organismo Vivo, a Associação Salta Fronteiras e Junta de Núcleo do CNE de Famalicão. As actividades tiveram lugar na Escola Básica Integrada de Gondifelos, com a presença de mais de 80 jovens de diferentes grupos, associações e escolas. A presença do director da Agên-
cia Nacional para o Programa Juventude em Acção, Pompeu Martins, e da coordenadora nacional de Iniciativas Juvenis Transnacionais, Joana Lima, contribuiu para a reflexão sobre as novas políticas europeias de Juventude e um incentivo aos jovens para conhecerem as oportunidades para a realização de Voluntariado Europeu, em projectos da área de eleição de cada jovem, por um período de 2 a 12 meses, com um financiamento a 100%. O director desta Agência dedicou algumas palavras aos jovens e felicitou a YUPI pela organização deste dia e pela distinção do projecto de voluntariado juvenil “Time4U” como “melhor prática 2007 na área das Iniciativas Juvenis Transnacionais”. A presidente da Direcção da YUPI, Mariana Barbosa, faz um balanço bastante positivo da interacção entre as associações presentes na preparação e implementação do Dia do Voluntário Jovem, reflectido na satisfação dos jovens presentes que, em registo simbólico, construíram um puzzle gigante com o tema “Faz a tua Escolha!”.
cidade
Líder do CDS-PP esteve em Famalicão
Desemprego no Norte preocupa Paulo Portas
Paulo Portas esteve em Famalicão e falou sobre desemprego e as PME’s
Sofifiaa Abreu Silva O desemprego é, no momento, a questão central para o CDS/PP. A ideia foi deixada, na passada segunda-feira, por Paulo Portas, líder do CDS/PP, em visita a Famalicão, no âmbito da recandidatura à liderança do partido. Na sua deslocação, Portas contactou com militantes e autarcas do CDS/PP, neste caso, os presidentes das Juntas de Famalicão e Calendário. Paulo Portas aproveitou, assim, para criticar o governo de José Sócrates, acusando-o de não se preocupar com a questão do desemprego, que afecta, sobretudo, o Norte do país, onde se registam mais 500 desempregados todos os dias. “Segundo o Primeiro-ministro, o desemprego do próximo ano é igual ao deste ano. Tomara que fosse verdade. Sucede é que todos os dias há mais 500 desempregados e que isso está a atingir especialmente os jovens, as mu-
lheres da meia-idade, e especialmente a zona Norte, que é o nervo industrial do país”, sublinhou. O líder Popular evocou ainda que há muitas pessoas nesta região que estavam a sair para Espanha para trabalhar e “isso é desemprego oculto, que não constava das estatísticas” e que a crise na construção do país vizinho vai fazer com que uma parte dessas pessoas “volte e deixe de ter do lado de lá da fronteira o emprego que tinha”. Sócrates voltou a merecer reprimendas do PP quando este disse que “as pessoas iriam viver melhor por causa da baixa das taxas de juro e do preço do petróleo, ou seja, daquilo que não depende dele, em vez de se ter dedicado a medidas concretas”. Ainda em relação ao desemprego, Portas pensa que devem existir soluções mais corajosas. “Se estamos em tempo de pouca criação de postos de trabalho, o tempo para receber o subsídio de desemprego tem de ser alon-
gado”, aponta, alegando que é “perfeitamente possível, enquanto não há novos postos de trabalho, direccionar aqueles que caíram no desemprego para outras áreas, como o trabalho numa escola ou numa área social, para dar uma maior auto-estima a quem está no desemprego, permitir ganhar um extra e até obter outra certificação”. A par do desemprego, o líder popular falou de outra preocupação: as Pequenas e Médias Empresas (PME). Aqui, Paulo Portas defende que é necessário garantir o acesso ao crédito para que este não fique fechado. Sugeriu ainda que o Estado pague a tempo e horas as dívidas quer a nível central, quer a nível local, permita a compensação de créditos, pague o reembolso do IVA mês a mês e não de três em três meses. “Há um catálogo de medidas que se podem tomar a favor das PME’s”, garante, apontando que estas são responsáveis por 75% do emprego a nível nacional. *Com Pedro Alexandre Silva
Polícia Municipal com veículos amigos do ambiente A Polícia Municipal de Famalicão dispõe, a partir de amanhã, quarta-feira, de um novo meio de transporte amigo do ambiente: o Segway. O novo equipamento que será apresentado pelo presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, no Centro Coordenador de Transportes da cidade, pelas 12 horas, é um veículo silencioso, totalmente eléctrico e, por isso, amigo do ambiente, não emitindo qualquer tipo de poluição. A aquisição de dois "segways", que implicou um investimento municipal de 12.600 euros, vai possibilitar uma deslocação mais rápida e eficiente dos agentes ao longo das principais artérias do centro urbano, segundo nota à imprensa da autarquia. Para Armindo Costa, “o novo equipamento vai permitir um policiamento de maior proximidade, eficácia, rapidez, sem custos ambientais e com menores custos financeiros, tendo em conta que pode ser abastecido em qualquer tomada eléctrica e em qualquer lugar”. Com um peso a rondar os 50 quilos, uma velocidade máxima de 20 km/hora e autonomia para 38 quilómetros, os modelos da "Segway personal transporter" estão equipados com um sistema anti-furto, que associa um alarme, o bloqueio das rodas, um sinal visual e a vibração do aparelho. A carga total é de oito a 10 horas e representa apenas um "kilowatt".
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cidade
Câmara anunciou que vai avançar com medida em breve
fioos nas escolas do 1º ciclo Internet sem fi Magda Ferreira
Magda Ferreira
A Câmara Municipal vai dotar, em breve, todas as escolas do 1º ciclo do concelho de rede de acesso à Internet sem fios. O anúncio foi feito pelo presidente da autarquia, Armindo Costa, sexta-feira, na cerimónia de entrega de subsídios às escolas. Relativos ao ano lectivo 2008/09, os subsídios implicam um investimento total da Câmara no montante de 177 mil euros. Destinam-se ao apoio das actividades de enriquecimento escolar, à aquisição de material didáctico e aos projectos educativos desenvolvidos pelas escolas, bem como à edição e produção de jornais escolares e à aquisição de livros para as bibliotecas escolares. São abrangidas todas as escolas do concelho, desde os jardins-de-infância às escolas do 1º, 2º e 3º ciclos e secundário, e ainda estabelecimentos de fora do concelho, mas que acolhem um grande número de alunos famalicenses: a Escola Profissional do Instituto Nun’Álvares (Caldas da Saúde) e o Externato Infante D. Henrique (Ruílhe – Braga). São também contemplados os centros sociais de Bairro, Castelões e Ribeirão, que colaboram com o município na oferta das actividades de enriquecimento curricular. Na sua intervenção, Armindo Costa sublinhou que “a aposta estratégica da Câmara no incre-
cípio em 50%, aproximadamente”, declarou Armindo, garantindo, porém, que “mesmo com verbas insuficientes, assumimos o investimento na Educação”.
Armindo Costa entregou os subsídios às escolas
mento de uma Educação ‘Para Todos’, não se fica apenas pela atribuição destas verbas”. O próximo passo, avançou o presidente da Câmara, é instalar, em breve, redes sem fios para acesso à Internet em todos estabelecimentos de ensino do 1º ciclo, “para que todas as crianças possam aceder gratuitamente às novas tecnologias”.
Armindo Costa aproveitou ainda para lamentar que o apoio do Governo não acompanhe o investimento municipal na Educação. Segundo o edil, em 2007 a Câmara de Famalicão investiu 6,5 milhões de euros no funcionamento das escolas, quando recebeu do Ministério da Educação “apenas uma comparticipação de 4,5 milhões”. Em 2008, a si-
tuação parece manter-se, com os números a indicarem que, até 30 de Setembro, a Câmara já investiu 5,3 milhões e recebeu da tutela 3,2 milhões. “Isto significa que o funcionamento da escola pública, que deveria ser uma tarefa garantida na totalidade pelo Ministério da Educação, necessita, para sobreviver, do esforço financeiro do muni-
Bib li ote cas esc ola re s e m re d e Na mesma cerimónia foram também celebrados protocolos de colaboração com os agrupamentos de escolas para o SABE – Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares, que abrange actualmente um milhão de alunos e 600 professores a trabalhar a tempo inteiro nas bibliotecas. O representante do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, Fernando Carmo, elogiou o concelho de Famalicão pelo pioneirismo nesta área e deixou um desafio: partir agora para a constituição de uma rede concelhia de bibliotecas escolares, que integre as escolas, mas também a Câmara e a Biblioteca Municipal. “Sabemos que em alguns concelhos essa rede já existe, mas propomos que se formalize, se constitua um grupo de trabalho de maneira a que se saiba quem é quem, quem faz o quê”, afirmou, sugerindo também a criação de um portal “que seja a interface dessa rede” e cujo objectivo principal seja a constituição de um catálogo colectivo, que permitirá fazer a gestão da documentação e da informação ao nível do concelho.
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freguesias
Proprietários não chegaram a acordo, revelou Armindo Costa
Projecto para o Garantia foi “por água abaixo” Cristina Azevedo O projecto previsto para o Hotel Garantia e para as antigas instalações da fábrica Vieira de Castro já não vai concretizar-se, revelou o presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, na reunião do executivo camarário da passada quarta-feira. Este projecto, que incluía uma praça, um parque de estacionamento e um conjunto de lojas comerciais no centro da cidade, foi apresentado publicamente há uns anos atrás, no primeiro mandato de Armindo Costa. Era de iniciativa privada mas foi apadrinhado pela Câmara. Na ocasião, não foi apresentada qualquer data para a sua concretização, mas até hoje nunca mais se ouviu falar dele. A semana passada, na reunião de Câmara, o presidente afirmou que o projecto “foi por água abaixo” porque os proprietários dos dois imóveis não chegaram a acordo. Em declarações aos jornalistas, Armindo Costa não deixou de manifestar algum desalento pelo facto do projecto não ter ido avante, “já
Câmara vai avançar com vistoria para depois decidir o que fazer
que se perdeu uma oportunidade de recuperar o miolo daquele quarteirão, que actualmente é uma fábrica gigantesca desactivada com mais alguns terrenos, que cria ali um interior que não é visitável e onde tudo cresce, tudo nasce e tudo cai”. Armindo adiantou ainda que “há menos de um ano a proprietária do Hotel Garantia questionou a Câmara sobre se aceitava que o pro-
jecto fosse só para o Garantia, ao que a Câmara respondeu que sim, estando a outra solução abandonada”. Imóvel vai ser vistoriado Esta revelação surgiu a propósito de uma proposta de vistoria ao edifício do Hotel Garantia, apresentada pelo executivo. A autarquia diz ter recebido informações de que o imóvel se encontra em más condições de segu-
rança e deficiente estado de conservação, principalmente na fachada e varandas do lado da Rua Adriano Pinto Basto. O prédio é propriedade da sociedade Promoções Turísticas e Hoteleiras Garantia, S. A. que não tem realizado obras de conservação, pelo que a Câmara vai avançar com uma vistoria ao imóvel, para depois decidir o que fazer.
O argumento não convenceu os vereadores do Partido Socialista, que se abstiveram na proposta. Rubim Santos diz que a vistoria esconde outros fins, ou seja, “tentar resolver pela via da coação a questão do Garantia”. “O senhor presidente continua a entender que seria um brilharete que o Garantia fosse remodelado e acha que por esta via – exercendo pressão sobre os proprietários – vai conseguir isso, o que em nossa entender não é correcto”, afirmou. Armindo Costa desmente as acusações, afirmando que em causa estão apenas questões de segurança. O edil diz que a vistoria vai dar lugar a um relatório e que esse relatório é que vai determinar se são ou não necessárias obras, “que serão sempre de pouca monta”. “Não é nada contra a empresa que detém o imóvel, é apenas termos alguns cuidados, porque não queremos que amanhã uma telha ou outro qualquer objecto caia sobre alguém que vai a passar na rua”, conclui.
ALF promove actividades para as férias de Natal A Associação de Ludotecas de Famalicão (ALF) promove, entre os dias 19 de Dezembro e 2 de Janeiro, as “Ludoférias de Natal 2008”, com um programa dirigido para as crianças e jovens do concelho. As “Ludoférias de Natal” iniciamse no dia 19, com o ateliê “Presépios de Natal” que propõe a construção de presépios com a utilização de materiais recicláveis e de desperdício. Este ateliê tem continuação no dia 22. Já no dia 23, há cinema de animação com filmes de Natal, seguidos de um debate sobre o seu conteúdo e sobre as histórias contadas nos filmes e, no dia 29, funcionará o ateliê “Sombras Chinesas”, em que se pretende a experimentação da arte milenar das sombras chinesas, com a utilização do corpo e de diversos adereços. As actividades prosseguem no dia 30 de Dezembro com um “Workshop de Rádio”, em que se pretende produzir, editar e gravar um programa ficcionado de rádio, seguido de uma visita à Rádio Digital, concluindo-se a edição deste ano, no dia 2 de Janeiro, com o ateliê “Brinquedos Ópticos”, com a construção de vários aparelhos de ilusão óptica. Os interessados podem obter mais informações sobre as “Ludoférias de Natal” nas instalações da ALF, na Avenida marechal Humberto Delgado, em Famalicão.
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Restaurante Zé Costa assaltado em Pousada O restaurante Zé Costa, localizado em Pousada de Saramagos, foi assaltado na madrugada do passado domingo, tendo os larápios furtado artigos no valor de cerca de 10 mil euros. Segundo contou o proprietário do estabelecimento, José Costa, ao OP, os assaltantes terão entrado por uma janela, que conseguiram abrir, desapertando os parafusos. Já no interior, levaram um ecrã plasma, dois computadores, garrafas de vinho, bacalhau e outros artigos. “Foi muita coisa, já fiz as contas e o prejuízo é de quase 10 mil euros”, afirma, desolado, José Costa. Os assaltantes partiram ainda uma mesa, “que estava posta, tendo perdido copos, pratos e canecas”. O caso foi participado à GNR de Joane que es-
teve no local a recolher impressões digitais e outras possíveis provas. Por este motivo, o restaurante esteve fechado durante todo o dia de domingo, o que, segundo José Costa, “veio agravar ainda mais o prejuízo”, já que se viu impossibilitado de fazer negócio. O restaurante tem alarme, mas os assaltantes terão conseguido desactivá-lo, já que “os vizinhos não ouviram nada”. Foi a primeira vez que este restaurante foi assaltado, mas José Costa já passou por uma situação semelhante, com um outro restaurante que tinha em Requião, que entretanto tinha encerrado. “Dessa vez só levaram um plasma, desta vez o prejuízo foi muito maior”, conclui.
O Natal chega à Didáxis de Riba d’Ave Com o aproximar do Natal, na Didáxis de Riba de Ave já se respira a época natalícia. As decorações começam a aparecer programadas e elaboradas nas aulas de Educação Tecnológica e Educação Musical e pelos alunos de Electricidade; nas aulas de Educação Musical afinamse instrumentos e vozes para os tradicionais cânticos e em todos os Departamentos agendam-se actividades para a festa que se realizará no dia 17, quarta-feira. As festividades começam na
próxima terça, 16, com uma missa a realizar-se na igreja paroquial de Riba de Ave, às 21 horas, na qual a comunidade pode participar. “O objectivo é estimular a partilha, a solidariedade e a igualdade; iguarias imprescindíveis ao verdadeiro espírito natalício”, considera a presidente da escola, Irene Alferes. Já no dia 17, os alunos do 1º, 2º e 3º Ciclos participarão na festa de Natal. Do programa constam músicas, representações, declamações, danças que
procuram dar forma ao famoso conto “A rapariguinha dos fósforos”. E o Pai Natal também não faltará. Consciente da situação em que vivem muitas famílias da sua comunidade educativa, a Didáxis decidiu ainda levar a efeito uma campanha de solidariedade junto dos seus alunos, pedindo que trouxessem um bem não perecível e o entregassem às professoras de Religião e Moral para que se encham cabazes para oferecer àqueles que realmente precisam.
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Diogo Snack-Bar: um ano de mudança, o mesmo paladar
É verdade. Já passou um ano que o Diogo Snack-Bar mudou de lugar. O certo é que as famosas francesinhas, os grelhados, os mariscos e muitos outros pratos continuam com o melhor sabor. Com o novo espaço, em Calendário, frente aos Transportes Nogueira, o Diogo Snack-Bar oferece boa gastronomia num espaço moderno, amplo, confortável e com facilidade de estacionamento. De segunda a sexta, aqui encontra um serviço de diárias económicas e variadas. Tal como em 1996, o Diogo Snack-Bar continua a pautar o seu trabalho com qualidade e atendimento simpático. Não se esqueça que o Diogo Snack-Bar tem implementado, desde 2001, o sistema de Higiene e Segurança Alimentar na Restauração (HACCP). E com o aproximar do Natal, quem sabe se esta não será uma boa oportunidade para marcar o seu jantar de Natal aqui? Diogo Snack-Bar, aberto das 8 às 2 horas todos os dias, inclusive aos domingos. Telefone: 252 310 127.
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freguesias
Rancho de Fradelos promove ceia de Natal O Rancho Regional de Fradelos realiza, no próximo sábado, dia 13, a sua 9ª ceia de Natal, pelas 20 horas, no salão Paroquial da freguesia. Dirigida a associados e amigos do rancho, a festa será animada por Armando Martins, com música variada. Entretanto, no dia 28 deste mês, o rancho realiza o seu primeiro encontro de Janeiras, também no salão paroquial, pelas 15 horas.
Creche D. Elzira celebra o Natal A Creche D. Elzira Cupertino de Miranda, no Louro, realiza a sua tradicional Festa de Natal, no próximo sábado, dia 13, pelas 15 horas, no salão paroquial da
freguesia. Haverá uma participação activa das crianças, educadoras e restantes funcionárias em diversas actuações, que vão acontecer ao longo da tarde.
Torneio de malha e ceia de Natal na Lagoa A Comissão de Festas do Divino Espírito Santo da Lagoa promove no próximo sábado, dia 13, um torneio de malha, com início às 14h30. Haverá prémios para os primeiros quatro classificados. À noite, a mesma comissão de festas realiza uma ceia de Natal, na qual vai oferecer o bolo-rei. Ambas as actividades decorrem no átrio da Igreja da Lagoa.
Vicentinos de Avidos homenageiam presidente
No passado dia 8, a Conferencia Vicentina de Avidos organizou mais um lanche para os idosos da freguesia. Foi 13º e este ano, mais uma vez, o espaço encheu com quase 80 idosos, que segundo os responsáveis aproveitam este dia para conviverem uns com os outros. Presentes nesta festa estiveram ainda um representante da Câmara Municipal,
Ademar Carvalho, da Acção Social, e o presidente da Assembleia de freguesia. A festa foi antecedida por uma eucaristia e, na abertura do convívio, os vicentinos homenagearam o seu presidente, Armindo Pinheiro. Todos os vicentinos ofereceram-lhe uma rosa e um livro do Papa Bento XVI, que o homenageado recebeu com muita emoção.
Festa de Natal em Castelões A Junta Castelões promove, no domingo, dia 14, uma festa de Natal para a população da freguesia, em particular as crianças. As actividades iniciam-se às 14h30 com a recepção por dois palhaços. Segue-se um espectáculo que inclui a actuação da Orquestra Ritmos Ligeiros, um momento de humor com “As Tagarelas” e as actuações das Vozes d’Oiro e das Hip Dance Hop. Às 17h30 chega o Pai Natal que entregará lembranças, seguindo-se o sorteio de uma bicicleta e de um cabaz de Natal. A festa termina com um lanche. A iniciativa conta com a colaboração do Centro Social, dos escuteiros e da Associação Desportiva de Castelões.
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Desenhos de Marques na Junta de Gavião
O jovem artista gaviense Fernando Marques, ou simplesmente Marques como gosta de assinar os seus trabalhos, abriu, no passado sábado, a sua primeira exposição individual, no salão nobre da Junta de Freguesia de Gavião. Apoiada pela associação Milho d’Oiro, a mostra foi inaugurada com uma performance que juntou a arte de Marques com a dança de Francisco Benitez, que deliciou os que enchiam o salão. Pelas 22h10, com as luzes apagadas e um silêncio impressionante, os artistas subiram para cima de um estrado no meio do salão, e com um raio de luz projectado sobre eles fez-se arte. Fernando Marques desenhava e Francisco Benitez dançava. O
som produzido pelo sapateado do flamenco de Francisco inspirava Marques que desenhava, e durante minutos fazem arte em perfeita sintonia. Findo o espectáculo, Marques revelou o seu trabalho retirando o pano preto que cobria cada uma das suas obras, desenhos que retratam a terra onde o artista nasceu. Fernando Marques, emocionado, agradeceu a todo aqueles que nele acreditaram e apoiaram a realização da exposição, “um sonho de longos anos agora concretizado”. A mostra pode ser visitada até ao dia 20 de Dezembro, na Junta de Gavião, às segundas, quartas e quintas-feiras das 14 às 19 horas, e às terças e sextas-feiras, das 14 às 22h30.
Rancho Folclórico S. Martinho Brufe quer gravar CD
Fundado em Setembro de 1986, o Rancho Folclórico Associação Cultural S. Martinho Brufe esteve no passado sábado no programa “Povo e Saber”, da Rádio Digital, dedicado ao folclore e à música tradicional portuguesa. Actualmente composto por 55 componentes, que vão dos quatro aos 86 de idade, o grupo já dispõe de sede própria, até porque utiliza as instalações da associação e por isso esta não é uma preocupação para o grupo. Por concretizar está
a gravação de um CD com as músicas do grupo, um projecto que querem concretizar a breve prazo. O Rancho de S. Martinho de Brufe já conta no seu historial com deslocações à vizinha Espanha, mas José Carlos, presidente do grupo, destacou a actuação que fizeram em 1983, quando ainda não estavam registados, num convívio em Mira onde participaram cerca de 200 ranchos.
Tocadores e Cantadores de Delães em convívio O Grupo de Tocadores e Cantadores de Delães organiza, sábado, dia 13, um convívio de Natal de “Pereiras, Macedos, Martins e amigos”, pelas 19h30, no restaurante D. Ricardo, em S. Torcato, Guimarães. Na altura, o Grupo vai apresentar um novo trabalho e novos músicos.
Sarau cultural em Avidos O núcleo nº 15 da Fraternidade Nuno Alvares, de Avidos, realiza no próximo domingo, dia 14, um sarau cultural, no salão da Junta de Freguesia, pelas 15
horas. Intitulado “A Música das Palavras”, o sarau pretende homenagear o músico e homem de cultura Manuel Azevedo Mendes de Carvalho.
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Alunos da FORAVE assistem a peça de teatro Os alunos dos cursos CEF de Apoio Familiar à Comunidade, Refrigeração, Ar Condicionado e Climatização e ainda Operador de Informática da Forave deslocaram-se, na passada sexta feira, à Escola E.B. 2,3 de Ribeirão, para assistirem à representação da peça de teatro “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente. O espectáculo, que foi ainda assistido pelos alunos do 9º ano desta escola, foi apresentado pelo grupo de Arte Dramática Casa dos Afectos, de Almada, com o intuito de reforçar e solidificar o estudo da obra. Além de mostrarem o que valem ao representarem o auto na íntegra e com a maior das fidelidades, o profissionalismo dos actores e actrizes esteve também presente na forma como captaram o interesse do público que encheu por completo o pavilhão polivalente da escola. “A peça foi apresentada com gestos e linguagens plenas de actualidade que, longe de constituir qualquer anacronismo, serviu para acentuar a forte crítica de costumes que está ligada à obra vicentina. O balanço final foi positivo e a representação teatral foi sem dúvida um momento artístico de grande beleza”, refere um comunicado enviado pela Forave à comunicação social.
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Rui Pereira não deixou novidades sobre GNR de Riba d’Ave
Ministro inaugura quartel moderno em Joane Magda Ferreira* O ministro da Administração Interna inaugurou, domingo à tarde, o novo quartel da GNR de Joane. Rui Pereira presidiu à cerimónia, que trouxe a Joane as mais diversas patentes da Guarda Nacional Republicana, entre muitos outros convidados, nomeadamente o Governador Civil de Braga e o presidente da Câmara de Famalicão. Foram também muitos os populares que assistiram à cerimónia, entre os quais se contavam vários presidentes de Junta e deputados municipais. O novo posto da GNR está construído na Avenida dos Laborins, numa empreitada que implicou um investimento governamental a rondar os 700 mil euros. Era uma infra-estrutura reclamada há vários anos, mas a sua construção foi sendo sucessivamente adiada desde 1997. Algo que foi lembrado pelo presidente da Junta de Joane, Ivo Sá Machado: “Nesta hora em que alguns se elevam para serem vistos, é bom lembrar as lutas travadas em prol deste equipamento. Lembrar António Torrinha, Orlando Oliveira ou Agostinho Fernandes, aos quais me associo, é um imperativo, pois sendo conhecedor dos avanços e recuos desta obra, ignorá-los é faltar à verdade”. Num discurso incisivo, o autarca deixou vários agradecimentos, nomeadamente ao actual Governo, por ter cumprido a promessa feita. “Apesar do combate ao défice, soube o Governo do eng. José Sócrates encontrar as verbas para que hoje estejamos cá, ao contrário de outros, que nunca tiveram este quartel como prioridade”, atirou, recordando ainda que o município também soube “atempadamente criar condições para que o processo não sofresse mais delongas”. “Quando foi necessário definir o terreno, foi com o então presidente da Câmara Agostinho Fernandes que tudo foi acordado”, lembrou. Também o presidente da Câmara de Famalicão, Armindo Costa, recordou o papel importante que a autarquia teve na concretização desta obra, ao disponibilizar o terreno. “O município de Famalicão orgulhase deste equipamento, porque se trata de uma obra de excelência”, declarou o edil, acrescentando tratar-se de “uma boa prenda de Natal para o concelho de Famalicão”. No seguimento, Armindo Costa aproveitou para dizer ao ministro quea o nível dos equipamentos de segurança, o município regista “um défice de investimento que é preciso resolver com a máxima urgência”, apontando que, em matéria de instalações, o quartel da GNR de Joane “é o grande investimento do Governo em Famalicão nos últimos 20 anos, depois da construção das ins-
Magda Ferreira
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Ministro disse que Joane tem um “Posto do Século XXI”
talações da PSP”. Daqui, o autarca passou para a necessidade de solucionar com urgência o problema das instalações da GNR de Riba d’Ave, “cujas condições são ‘muito más’, como reconheceu no local, recentemente, o senhor Secretário de Estado dr. Rui Sá Gomes”. “Na altura, apresentei ao senhor secretário de Estado uma solução para reinstalar a GNR de Riba d’ Ave, que teria a vantagem de resolver também o financiamento da construção do futuro quartel de bombeiros da vila”, situou Armindo Costa, para pedir ao ministro “uma particular atenção a este problema, ajudando a concretizá-lo, no mais curto espaço de tempo possível”. N a d a d e n ov o Na sua intervenção, Rui Pereira não respondeu à solicitação do presidente da Câmara e no final da cerimónia, aos jornalistas, também nada de novo adiantou. O ministro referiu o que já se sabia, isto é, que vai ser estudada a possibilidade de instalar a GNR num espaço provisório, “porque as instalações das forças de segurança têm que obedecer a certos requisitos técnicos”. Se esses requisitos estiverem assegurados, “vamos falar, porque o nosso interesse é conseguir instalações melhores”. “A data ainda não está prevista, está previsto, isso sim, uma ida da GNR para ver se a instalação nos satisfaz
para avançar o mais rapidamente possível com esse projecto”, afirmou. De resto, em Joane, Rui Pereira anunciou que o Governo vai proceder, em 2009, ao recrutamento de dois mil novos elementos para a PSP e para a GNR, e construirá sete carreiras de tiro para treino. O ministro falou ainda na continuação do programa de compra de 42 mil novas pistolas para as forças policiais, 10 mil das quais já adquiridas, bem como no investimento na construção ou recuperação de quartéis, na aquisição de viaturas e no reforço dos meios de comunicação e dos informáticos. “Vai verificar-se um aumento quer do orçamento geral do Ministério da Administração Interna, em 8%, quer do PIDDAC [Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central], que vai aumentar mais, em 14%, o que é um sinal muito claro da aposta que fazemos no reforço das forças de segurança”, frisou o governante. Referindo-se ao quartel de Joane, Rui Pereira, que visitou todo o edifício, disse tratar-se de um “Posto Século XXI”, sublinhando as novas valências, como uma sala para reconhecimentos, uma sala de apoio à vítima, meios de comunicação e instalações destinadas a pessoas deficientes. * co m C . A . S .
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Frequentaram ensino nocturno na Didáxis de Riba d’Ave
Alunos (des)esperam pelo certificado
A empresa Trifitrofa – Comércio de Fios Têxteis recebeu, no passado dia 25 de Novembro, em Lisboa, o Prémio PME Empresas. Localizada na Trofa, esta indústria tem sabido enfrentar as contrariedades de um sector a que muitos já tinham vaticinado a morte, mas que continua a gerar bons exemplos, como é o caso da Trifitrofa. Qualidade, rapidez de entrega e escolha de parceiros têm sido o lema desta PME, que apresenta um histórico de crescimento assinalável. Em 2005, a Trifitofa facturou 4,5 milhões de euros, em 2006 subiu a facturação para 9 milhões e em 2007 chega aos 14, 6 milhões.
Magda Ferreira Vários alunos que frequentaram cursos EFA (Educação e Formação de Adultos) no horário nocturno na Didáxis de Riba d’Ave estão há mais de dois meses à espera do respectivo certificado. Alguns vêem mesmo ameaçada a frequência de outro estabelecimento de ensino para prosseguir os estudos. Contactada, a Didáxis prometeu que o problema ficava resolvido ontem, terçafeira. O caso foi denunciado ao OP por três alunos que, entre Setembro de 2006 e Julho de 2008, frequentaram o curso técnico de práticas comerciais, com o objectivo de alcançar dupla certificação ao nível do 3º ciclo. Começam por dizer que o curso acabou por demorar mais tempo do que lhes foi dito inicialmente, mas sete dos 21 formandos que iniciaram a formação decidiram ir até ao fim. Terminadas as aulas em Julho deste ano, dirigiram-se à escola para obter o respectivo certificado do 9º ano, mas foilhes dito que tal só seria possível em Setembro. No arranque de novo ano lectivo lá se dirigiram novamente à secretaria, tendo sido informados que os certificados só seriam emitidos em final de Setembro ou princípios de Outubro… a partir daqui as desculpas foram-se sucedendo. Contam estes três alunos que primeiro lhes pediram para voltar uma semana depois; a seguir mandaram-nos falar com o coordenador do curso, o professor de Matemática, mas este estaria de baixa médica; procuraram, então, o coordenador dos cursos nocturnos, que lhes terá dito que ia falar com o director da cooperativa. Voltaram à escola em busca de uma resposta e ouviram que agora faltava um papel da Direcção Regional de Educação do Norte para imprimir os certificados, o que seria feito no dia seguinte, mas tal não se verificou. “Ultimamente temos ido lá quase todos os dias, estou
Trifitrofa recebe prémio PME
Escola garante que certificados estão prontos esta quarta-feira
cheio disto, as pessoas andam a gozar connosco”, desabafou, em declarações ao OP, um dos estudantes, que preferiu não ser identificado, bem como os restantes colegas. Estes três alunos decidiram prosseguir os seus estudos e inscreveram-se num curso EFA de informática na Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, em Pedome, para completar o 12º ano. Agora atingiram uma situação de desespero, pois têm até final do ano para entregar neste estabelecimento o comprovativo de que fizeram o 9º ano. “Em Janeiro cortam-nos a matrícula e suspendem o subsídio. Para nós é dramático, andamos este tempo todo para nada”, afirma o mesmo educando. “Temos medo que a nossa matrícula não tenha sido bem feita desde o início. Fomos a primeira turma na Didáxis nos cursos nocturnos neste modelo
e temos medo que alguma coisa tenha corrido mal e agora não saibam como resolver o problema”, acrescentou. E sc o la e x p l ic a- se Contactada pelo OP, a directora pedagógica da Didáxis de Riba d’Ave, Irene Alferes, disse desconhecer a situação. Informando que em causa estão alunos de duas turmas, a responsável garantiu que todos os certificados seriam emitidos até ao final do dia de ontem, terça-feira, e podiam ser levantados a partir desta quartafeira. A responsável explica que este atraso só pode ter-se devido ao “grande volume de trabalho” que a escola teve que enfrentar no arranque do ano lectivo. “Muitas vezes ficamos cá pela noite dentro, tivemos que introduzir dados de 1.300 alunos” na nova plataforma do Ministério da Educação.
“Nós fomos dos primeiros a ter estes cursos EFA, todos tivemos que aprender, houve vária formação ao longo do ano, mesmo ministrada pelo próprio ministério”, acrescenta ainda. A directora desconhece a razão porque este assunto nunca chegou ao seu conhecimento, nem consegue explicar o que terá obrigado os alunos a dirigirem-se tantas vezes à escola. “Conhecendo-me tão bem como me conhecem, lamento que nunca me tivessem posto o problema e tivessem falado com A, B ou C, que podem não me fazer eco do problema”, refere. “A escola normalmente tem respostas prontas e eficazes para os problemas, neste caso concreto não o teve. Não queremos prejudicar ninguém, muito menos pessoas que com grande sacrifício procuram completar a sua formação”, disse ainda a directora.
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Falecimentos
Teresa Go mes
A lbe r tin a Fe rre ira , no dia 5 de Dezembro, com 86 anos, viúva de Joaquim de Araújo, da freguesia de Ba i rro.
Agradecimento No passado dia 1 do mês de Dezembro faleceu a D. Teresa Gomes, que residia na Freguesia de Calendário. Seus filhos, filhas, noras, genros, netos e demais família, vêm por este meio, agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no funeral do seu saudoso familiar, bem como às que assistiram à missa do 7º Dia ou às que de qualquer outra forma se associaram à sua dor. Calendário, 10 de Dezembro de 2008
Funerária Ribeirense - 252 491 433
Filhos: António João Manuel José Joaquim Manuel António Adolfo José António Maria de Fátima
Gomes Gomes Gomes Gomes Gomes Gomes Gomes
da da da da da da da
Silva Silva Silva Silva Silva Silva Silva
E m íl ia Pere i ra Al ves , no dia 6 de Dezembro, com 87 anos, viúva de Adriano da Silva Almeida, da freguesia da L a m a (S a n to T i rso ). A lb er to Fe rre i ra M o re ira , no dia 5 de Dezembro, com 82 anos, casado com Herondina Dias Oliveira, da freguesia de B u r g ã e s ( S a nt o T i r s o ) . Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
José da Silva Carvalho, no dia 2 de Dezembro, com 71 anos, casado com Arminda Ferreira Mourão da Silva Carvalho, da freguesia de Braga. José Maria Marques Ferreira, no dia 3 de Dezembro, com 53 anos, solteiro, da freguesia Requião. Fernanda da Silva Rebelo Lopes, no dia 5 de Dezembro, com 90 anos, viúva de Álvaro Araújo Lopes, da freguesia de Calendário. António Oliveira Fernandes, no dia 6 de Dezembro, com 65 anos, casado com Maria do Céu Rodrigues Pereira, da freguesia do Louro. Carlos Francisco Ilhão Peixoto, no dia 9 de Dezembro, com 75 anos, casado com Miquelina Alves de Oliveira Peixoto, da freguesia de Vila Nova de Famalicão. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
A n t ó n i o Re b e l o
M a r i a A l e xa n d r i n a P i n h e i r o N u n e s B a r bosa , no dia 6 de Dezembro, com 75 anos, viúva de Manuel Martins Lopes, da freguesia de G avi ã o. Agência Funerária de Calendário Calendário – 252 377 207
Arm i n do a Co sta O só ri o, no dia 4 de Dezembro, com 77 anos, casado com Maria Emília Carvalho Moreira, da freguesia de A re ia s (S an to T irs o) . Em íl i a d a S i l va T i n o c o, no dia 6 de Dezembro, com 90 anos, viúva de António Pereira Cortinhas, da freguesia de L a g o a. Jo a qu in a Rosa M a rqu es , no dia 6 de Dezembro, com 84 anos, viúva de Armindo Alves da Silva, da freguesia de Ru i v ã e s . Hé lde r J o sé Car doso Ca rn ei ro, no dia 7 de Dezembro, com 32 anos, casado com Paula Cristina Gomes de Carvalho, da freguesia de L a n di m. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Fran c isc o Xa vi er Ca rd oso Vile la , no dia 6 de Dezembro, com 40 anos, solteiro, da freguesia de O l ive ira S a nta M a ria . An tó ni o J osé da Si lva M ar ti ns , no dia 7 de Dezembro, com 44 anos, solteiro, da freguesia de P edo m e. Agência Funerária S. Jorge Pevidém– Tel.: 253 533 396
(Aposentado da P.S. P. )
J oa qu i m Fer rei ra d e So u sa , no dia 4 de Dezembro, com 86 anos, casado com Rosalina Cantinho de Oliveira Barranhas, da freguesia de F ra de l os.
Missa 1º Aniversário
Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Sua esposa, filhas, genros, netos e demais família cumprem o doloroso dever de comunicar a todos os amigos e pessoas das suas relações a celebração da missa do 1º Aniversário do falecimento do seu ente querido que se realiza no dia 13 de Dezembro às 20h30 na Igreja Paroquial de Gavião. Desde já o seu profundo reconhecimento a quantos se dignarem assistir a este piedoso acto.
Gavião - Vila Nova de Famalicão, 10 de Dezembro de 2008 A Família
Ma ri a E lvi ra M ac ha do N og u ei ra , no dia 27 de Novembro, com 48 anos, casada com Delfim Júlio Carvalho Machado, da freguesia de R u ivã e s. An tó ni a Fa ri a , no dia 27 de Novembro, com 77 anos, casada com Horácio Dias, da freguesia de De l ãe s.
A lbi no da S il va Mi ra n da, no dia 5 de Dezembro, com 52 anos, casado, da freguesia de O li vei ra Sa n ta Ma ri a . Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
Rosa da Cun ha , no dia 30 de Novembro, com 87 anos, viúva, da freguesia de Ri b a d ’A v e. Agência Funerária de Riba D’ Ave Riba D’Ave – Tel.: 252 982 032
praça pública
Pelos quatro cantos da ca(u)sa Domingos Peixoto
Proveito Indubitavelmente a coligação autárquica famalicense, Armindo Costa em particular, tem sabido tirar enorme proveito da gestão implementada no concelho! Queira-se ou não e goste-se ou não, na área cultural tem sido implementada uma política muito “lucrativa” para as aspirações do ainda edil! No meu entender, os meios ao seu dispor têm sido rentabilizados de forma invejosa. A Biblioteca e as suas várias extensões, a Casa das Artes, a rede de museus, a Casa de Camilo e seus apêndices e agora o “brilharete” da transferência (apenas isso) do Arquivo Municipal Alberto Sampaio para novo edifício, têm sido geridos de forma superior! Pontos negativos e, por isso mesmo, não menos importantes, o falhanço total da Casa da Juventude e o ostracismo da Geminação Famalicão S. Fargeau Pontierry, que nem o aparecimento de outras compensa! A “timoneiro desta arte” está um homem simples, humilde e corajoso que, quase no anonimato, é o grande angariador de “louros” para Armindo Costa! De seu nome Sá da Costa, que conheci na campanha presidencial de Maria de Lurdes Pintassilgo, jurista, exercendo funções no sindicalismo afecto à CGTP-IN (a minha Central Sindical
de ontem, de hoje e de sempre!), Agostinho Fernandes “fez a sua aquisição” para dirigir a Casa da Cultura vários anos antes de deixar a presidência! Tive com Sá da Costa uma altercação algo agressiva aquando da sua presença – que entendi provocatória – na acção de protesto, levada a cabo por muitos cidadãos, contra a implantação do “mural” nos jardins dos Paços do Concelho e não “aprecio o seu contributo político” para os êxitos de Armindo Costa e da Coligação da Direita! Tal não me pode impedir de reconhecer o seu mérito, que, aliás lhe confere maior valor e de entender a sua prestação enquanto responsável sério e honesto de um departamento, ao serviço do qual põe todo o seu empenho, conhecimentos e sabedoria. Há homens assim, que não dão nas vistas, mas são os verdadeiros obreiros! Portugal e Famalicão, mais que nunca precisam deles. Na música, na dança, no teatro, nos livros, na história, no cinema, na investigação, etc., lá está a “mão certeira” de Sá da Costa a dar “brilho” à coligação que tão bem o soube “manter” (até quando?) à frente dos destinos desta área no Concelho de Vila Nova de Famalicão! O último “acto”, a que tive o prazer de assistir foi a homenagem a José Ma-
nuel Mendes, homem de esquerda, escritor, poeta e orador brilhante entre outros atributos. Lá estava, a tempo, o timoneiro Sá da Costa; brindaramnos com significativo atraso os titulares homenageantes, aliás em número reduzidíssimo! Não tenho presente se Sá da Costa foi uma das individualidades recentemente homenageadas pelo Município. Se não foi é de inteira justiça que o venha a ser! Bom nos “espectáculos e na fotografia” o senhor Presidente da Câmara sabe, assim, tirar outro proveito para a sua candidatura, mais que evidente, ao terceiro mandato. Os famalicenses nunca esquecerão, porém, que a herança, patrimonial e humana, que maior proveito lhe tem granjeado foi deixada por Agostinho Fernandes e pelo Partido Socialista, pelo que o “meu” candidato e, espero, futuro presidente da autarquia, deve olhar para estes bons exemplos e não ter pruridos de lhes dar continuação, a bem dos famalicenses, do município e do PS. Não deve ter, igualmente, pudor em cortar cerce com tudo o que tem sido formas de abuso de poder, arbitrariedade, laxismo, compadrios e injustiças se quer tirar proveito da insatisfação e frustração reinantes nos famalicenses!
Chão Autárquico Vieira Pinto
Natal tradicional? Foi, por entre as densas nuvens destes primeiros dias de Dezembro, que surgiram as luzes que brilham, ali a uma pequena distância da mão erguida de uma criança, para quem afinal, Ele chegou. Ele, o Natal. Pela cidade, também as montras vendem as suas ilusões, que precedem a venda de alguns dos seus produtos nestes tempos de crise, que atinge todos, mesmo os mais abastados. Para estes, porém, ela não tem a cor do vazio no fundo do baú. Apesar de tudo, também a cidade se vestiu, vaidosa, para receber este acontecer que se chama Natal. Com efeito, desde logo se preparou com uma cintilante iluminação que lhe faz prolongar o dia, pela noite dentro, mesmo invernosa que seja. Com este facto, as pessoas melhor podem fazer cidade natalícia, pela noite fora, sem tropeçarem no …tapete. Do lado de cima chega o som musical que dá a sua contribuição ao sentido da alegria, para o ambiente tradicional da festividade natalícia. Dentro de dias também se vai passar a ouvir uma voz sonora da oportunidade natalícia, com um discurso que transporta a intenção
de outra oportunidade, num aproveitamento circunstancial. À cidade, chegam pessoas de todas as aldeias. Estas enchem os espaços mais atraentes, das melhores circunstâncias e das melhores conveniências. Não obstante, antes de chegarem à cidade, já passaram pelos centros comerciais, aliás muito abundantes, designadamente, os que se encontram perto da sede do concelho. Diga-se, em abono da verdade, que a abundância destas realidades comerciais em muito contribuiu para a deterioração do comércio local que, assim, ficou altamente fragilizado. De tal forma, que, só com muita criatividade, engenho e empenho consegue resistir. Mesmo assim, o comércio local lá se vai empenhando por oferecer o melhor que pode aos seus fregueses natalícios, encantando-os com a sua cidade natalícia lindamente embelezada. De facto, os famalicenses merecem um bom comércio local, para que possam ter um verdadeiro Natal tradicional. P.S. No próximo número daremos continuidade, ao nosso Natal.
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praça pública
Maré Alta
De vez em quando Barbosa da Silva
José Luís Araújo
Medianias!
Professores doutores Durante as últimas semanas, foi evidente a preocupação dos cronistas socialistas na imprensa local em destacarem o facto do candidato do seu partido à Câmara Municipal de V. N. de Famalicão ser professor doutor. É importante para a democracia que pessoas com formação superior estejam dispostas a contribuir para o desenvolvimento da sociedade. No entanto, o facto de alguém possuir um qualquer título de Mestre, Doutor, Engenheiro, Professor, Arquitecto ou Bacharel não faz, por si só, com que essa pessoa seja melhor ou superior às demais. Significará apenas que essa pessoa possui algum tipo de especialização numa ou mais áreas de conhecimento. O carácter, a visão, a honestidade, a vontade e a determinação não se adquirem nem se medem apenas pela ostentação de um qualquer título académico, independentemente da forma como foi conseguido. Entendo que no interior dos partidos não deverá haver uma predisposição para dar ênfase a determinadas pessoas pelo simples facto de terem um curso superior. As escolhas e opções devem ser feitas em função daquilo que efectivamente demonstram ser capazes todas as pessoas, de forma a todos se empenharem ao máximo na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada. O estado da Educação em Portugal é sem dúvida um tema incontornável nos últimos tempos, principalmente a luta dos professores contra o sistema de avaliação que o Ministério lhes impõe. Este braço-de-ferro sem fim à vista está a tornar-se numa situa-
ção particularmente grave pelas consequências que pode originar. Se nos recordarmos, em Agosto passado o Presidente da Republica interrompeu as suas férias para deixar o país em suspenso com uma declaração a propósito do Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Sem querer retirar importância a esse assunto, seria de esperar que com a situação grave que se passa actualmente na Educação, Cavaco Silva tivesse idêntica atitude ou, no mínimo, que chamasse o Governo e os Professores e promovesse um entendimento efectivo. Pelo contrário, apenas lhe ouvimos que confia no diálogo, quando já todo o país percebeu que isso não tem perspectivas de acontecer. O Presidente da República, como responsável máximo da nação, deveria ter a iniciativa de actuar antes que as consequências sejam mais graves, não pode apenas percorrer o país a fazer inaugurações e em ocasiões festivas. É urgente que a figura mais alta do Estado cumpra o seu dever de garantir o normal funcionamento das instituições democráticas, quando manifestamente isso não está a acontecer. Juntando a isso o triste episódio aquando da sua visita à Madeira em que se deixou submeter à vontade de Alberto João Jardim e ao manter como Conselheiro de Estado alguém sobre quem recaem muitas suspeitas (no mínimo) de irregularidades no sistema financeiro, facilmente concluímos que Cavado Silva deixa muito a desejar em relação a todas as expectativas que muitos portugueses lhe depositaram quando o elegeram. ww w. j la ra u jo . c o m
D’Esguelha Gouveia Ferreira
Ziguezagues democráticos - Tem que ficar suspensa, pá! - O quê? A democracia? - Não, pá. A avaliação. - Mas, a ministra disse que suspendia no fim do ano. - E por que é que há-de ser no fim e não agora? - Porque o Sócrates não quer dar uma imagem de cedência. Deixa lá! Vai dar ao mesmo. - E, mesmo assim, ainda vais à reunião do partido? - Ó pá… é preciso unir a malta à volta do governo. - E que é que tu lucras com isso? - Não é para mim. O meu filho é que está para entrar nas listas da jota. - Ó pá, e por causa disso vais deixar-te avaliar pela Guidinha, que quase nunca deu aulas? - Ela também não chateia a malta do partido. - Mas, tens a certeza? - Ahnn…
“Errare humanum est” locação latina que se traduzirá em “errar é próprio do homem”, ao que, pelos vistos, todos estamos sujeitos, individualmente considerados. Sempre me disseram e/ou ensinaram que a melhor forma de reduzirmos a nossa natural inclinação para o erro é cultivar o trabalho em colectivo, submetendo-o sempre à apreciação de mais que um sujeito e, muito particularmente, quando ele provem de órgão integrante de várias pessoas e se destina a órgão ainda mais vasto, representativamente. Não sei se o que atrás debitei tem algo de filosófico ou se foi exercício de mera lucubração, mas um dia se tiver tempo, arte e um bocadinho de engenho hei-de debruçar-me sobre a abrangência daquele conceito que um dia chegou até mim e que se expressa desta forma “ser culto é o único modo de ser livre”. Será ele atingível ou, mesmo, tangível para cada um de nós?! Abandono a divagação e vou concreta e directamente ao que
motiva este escrito. Não é que na passada 6ª-feira me é entregue caseiramente um sobrescrito – não é que nele esteja aposto qualquer remetente – procedente da Assembleia de Freguesia de Calendário, contendo uma convocatória para a sessão ordinária que terá lugar na sede da freguesia no próximo sábado, dia 13, pelas 9,15 h (manhã), onde serão discutidos entre outros pontos o plano de obras (PPI) para 2009 e bem assim aquilo que devia constituir o Orçamento. Ora, eis aqui a razão para a minha lucubração introdutória. O Orçamento que é, como já vai sendo do domínio público, o documento que compreende as receitas de natureza corrente e de capital, bem como as despesas correntes e de capital chegou-me amputado da parte que discrimina as fontes de receita corrente. Errar é próprio do homem. Agora de vários homens (pelo menos 5, presidente, secretário, tesoureiro e os dois vogais), não só é estranho como até imperdoável. Pensei apro-
veitar esta oportunidade para discorrer sobre o que naqueles é propugnado, mas em poucos traços resumirei a minha análise sobre os mesmos. Continuam a ser documentos apologéticos do alcatrão ou tapete betuminoso em algumas artérias da freguesia a par da ininterrupta repetição em todo o mandato que terminará em Outubro de 2009 da construção de um estaleiro na rua da Cal. E pouco mais há do que repetir uns ajardinamentos que se adiam ano após ano… Ah! mas há mais qualquer coisa. A introdução é sublime. A imaginação e a criatividade nunca terão sido atributos do executivo da freguesia, o que é desculpável. O que não me parece desculpável é que não haja – mas há – alguém capaz de produzir uma introdução sem que tenha de plagiar (copiar) a introdução que a Câmara Municipal faz a idênticos documentos. Se o copianço transposto para os 2º e 4º parágrafos é mediania, não menos mediania o são os lº e 3º parágrafos. Enfim medianias!
Voz Off José Alfredo Leite
Ainda e sempre Sá Carneiro Corria o ano de 1974, quando um jovem grupo de ex-deputados da denominada e célebre “Ala-Liberal”, que se opunham às políticas marcelistas, formou o PPD/PSD. O trio fundador deste partido, Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota, davam, assim, a 4 de Maio de 1974, início àquele que se tornaria o principal partido português, quer em massa votante, quer em militância activa e participativa. Surgia, então, no povo português, a ilusão e a crença de que o futuro de
Portugal, país fustigado pela ditadura do Estado Novo, passava pela liderança de Sá Carneiro e por uma sociedade humanista, interclassista, que nunca descurando o papel essencial do Estado, defendia o mérito, a iniciativa e o individualismo dos indivíduos, como motor de desenvolvimento e gerador/distribuidor de riqueza. Foi este o rumo que Sá Carneiro sempre traçou e pelo qual pautou a sua acção politica, com vista a uma futura e rápida integração europeia de forma a melhorar o nível de vida dos portugueses
que desejavam uma sociedade mais justa e igualitária. Conseguiu, sempre, a confiança dos portugueses que viam nele um homem de Estado, exigente consigo próprio e com os outros, receita para que fosse admirado, idolatrado e odiado. Foi o exemplo máximo e a paixão política de uma geração, o “D. Sebastião” de 70 e 80, que me fez crer no papel dos partidos políticos, enquanto actores democráticos. Seguramente que este símbolo da democracia portuguesa seria intolerável com alguns
senhores que andam por aí, que pouco ou nada fazem em prol da sociedade, que têm responsabilidades públicas e politicas acrescidas, faltassem ao cumprimento das mesmas…Com Sá Carneiro não o conseguiriam... na vida nem tudo é eterno… Termino, com uma frase dita por uma criança inocente, mas viva, de 3 anos, onze meses e vinte e três dias, que a 4 de Dezembro de 1980, se encontrava sozinha em frente ao televisor “…papá, papá, vem cá, mataram o Sá Carneiro”. Será?
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cultura
O anúncio marcou o encerramento das comemorações do centenário da morte do historiador
Arquivo Municipal Alberto Sampaio vai ter novas instalações Paulo Couto A apresentação do novo Arquivo Municipal Alberto Sampaio assinalou, no passado dia 2, o encerramento das comemorações do centenário da morte do historiador que repartiu a sua vida entre Guimarães e Famalicão, que decorreu no Centro de Estudos Camilianos, em S. Miguel de Seide. O novo arquivo vai assim sair da cave do edifício principal dos Paços do Concelho, onde se encontra actualmente, para ocupar novas instalações na Rua Adriano Pinto Basto, na antiga Casa Malheiro, no centro da cidade. Segundo referiu o presidente da Câmara de Famalicão, Armindo Costa, “esta é a melhor homenagem que se poderia prestar a quem dedicou os seus dias e a sua inteligência à investigação histórica”, acrescentando que o novo espaço “vai criar um pólo cultural de excelência no centro da cidade” e que “será um edifício apetrechado com as melhores condições técnicas operacionais, permitindo que todos os investigadores tenham acesso a uma vasta gama de fundos documentais”. O projecto, da autoria do arquitecto Rui Paiva da Costa, vai permitir albergar
A mesa que presidiu ao encerramento das comemorações
ainda arquivos de outras instituições ou associações do município, assim como o Arquivo Fotográfico Municipal, entre outros acervos. O encerramento das comemorações do centenário da morte de Alberto Sampaio ficou também marcado pela leitura da mensagem enviada pelo Presi-
dente da República, Aníbal Cavaco Silva, que presidiu à comissão de honra das comemorações e que sublinhou “o modo exemplar como foram realizadas estas comemorações, que envolveram dois municípios, dezenas de instituições da sociedade civil e, sobretudo, procuraram despertar o inte-
resse das crianças e dos jovens” sobre a vida e obra do historiador. Segundo Emília Nóvoa, membro da comissão das comemorações, “foi muito importante ter esta mensagem da mais alta individualidade do país” considerando que “de alguma forma é o culminar das co-
memorações com extremo sucesso”. A mesma responsável faz um balanço positivo das comemorações “ na medida em que conseguimos passar a mensagem que era divulgar Alberto Sampaio, a sua vida e a sua obra. Os concelhos de Famalicão e Guimarães que foram aqueles que estiveram mais presentes nestas comemorações, ficaram mais ricos porque conseguimos dar a conhecer alguém que já há muito tempo merecia ter esta projecção”, referiu. Esta sessão solene incluiu uma palestra do historiador Amado Mendes sob o tema “Alberto Sampaio - Precursor da História do Presente”, a entrega de diplomas a várias entidades e personalidades que se associaram às comemorações e a projecção do documentário “Alberto Sampaio, o Homem e a Obra”. Além do presidente da Câmara de Famalicão, Armindo Costa, marcaram também presença na mesa que presidiu aos trabalhos, o arcebispo primaz de Braga, D. Jorge Ortiga; os vereadores da Cultura das câmaras de Famalicão e Guimarães, Leonel Rocha e Francisca Abreu, e a representante da família de Alberto Sampaio, Maria Augusta Sampaio da Nóvoa Faria Frasco.
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cultura
Miguel Cardina fala, sexta-feira, dos movimentos estudantis no declínio do Estado Novo
Última conferência dedicada às lutas académicas Os “Movimentos estudantis no declínio do Estado Novo” é o tema da última conferência do ciclo dedicado às lutas académicas, que termina na próxima sexta-feira, dia 12, pelas 21h30, no Museu Bernardino Machado. A iniciativa, promovida pela Câmara de Famalicão, através daquele museu, iniciou em Janeiro de 2006 e ao longo de 13 sessões deu a conhecer os principais movimentos estudantis existentes em Portugal, entre o período do liberalismo, em finais do século XIX, e o Estado Novo. O investigador Miguel Cardina é o orador convidado deste último debate que irá apresentar o contexto sócio-cultural que levou à rebelião juvenil ocorrida nos anos 60 e 70, durante o período de queda do Estado Novo. Miguel Cardina dedica-se ao estudo das oposições ao Estado Novo, tendo publicado recentemente "A Tradição da Contes-
tação" (2008, Coimbra, editora Angelus Novus), obra na qual se analisa a evolução dos movimentos estudantis em Coimbra desde meados da década de 50 até ao advento do 25 de Abril. É licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e mestre em História das Ideologias e Utopias Contemporâneas pela mesma escola. Desenvolve actualmente um projecto de doutoramento centrado na génese e evolução da esquerda radical portuguesa no declínio do Estado Novo. Ao longo de dois anos, alguns dos melhores e mais conceituados especialistas e historiadores nacionais passaram por Famalicão, no âmbito deste ciclo. Para o presidente da Câmara foi “uma aposta ganha, tendo em conta que se tratava de um filão ainda inexplorado, que despertou o interesse do país para este assunto de grande relevância da sociedade portuguesa”.
Natal com arte na Fundação Cupertino de Miranda “Natal Com Arte” é o título de mais uma oficina de expressão plástica que a Fundação Cupertino de Miranda vai promover para ocupação das férias da quadra natalícia dos mais pequenos. Em nota à imprensa, a Fundação promete “cinco dias de grande animação e experiências” para crianças dos 6 aos 12 anos. A primeira oficina é já no próximo dia 17. Nessa quarta-feira, vai dar-se início a cinco dias de “intensa actividade e criatividade, com a experimentação de diversos materiais e técnicas de expressão plástica”. As inscrições continuam a decorrer, pelo que os interessados poderão efectuá-las na Fundação, mediante o pagamento de 4 euros por oficina (tarde), devendo indicar para o efeito o nome da
criança, a idade, o contacto (morada e telefone) e a data pretendida. As actividades propostas vão da decoração do pinheiro à elaboração de presentes, procurando-se, desta forma, “um contacto mais alargado com o mundo das Artes Plásticas e umas férias de Natal inesquecíveis”. Entretanto, continua patente a quarta parte da exposição “O Surrealismo na Colecção da Fundação Cupertino de Miranda”, que reúne mais de 100 obras. De livre acesso, a mostra está patente até ao dia 13 de Fevereiro, expondo pinturas, desenhos e esculturas de Ana Hatherly, Eurico Gonçalves, António Areal, Mário Botas, Carlos Calvet, João Rodrigues, Gonçalo Duarte, Paula Rego, Manuel Patinha, entre outros.
Amor de Perdição em estreia na Casa das Artes É já esta sexta-feira, dia 12 que estreia, na Casa das Artes, a ópera “Amor de Perdição – 100 anos depois…”. A ópera foi cantada pela primeira vez no Real Theatro de S. Carlos, na noite de 2 de Março de 1907. É uma ópera em três actos, cujo libreto de Francisco Bernardo é baseado no romance de Camilo de Castelo Branco. A versão portuguesa do libreto é da responsabilidade de Maria João Braga Santos (1º e 2º actos) e de Alexandre Delgado (3º acto), com música de João Arroyo. O início está marcado para as 21h30. A entrada custa 10 euros.
Deolinda apresentam álbum Uma das maiores revelações da música popular portuguesa, os Deolinda, sobem ao palco da Casa das Artes no próximo sábado, dia 13, pelas 21h30, para um concerto de apresentação do álbum de estreia, “Canção ao Lado”, com 14 temas originais. Deolinda é um projecto de música popular portuguesa, inspirado pelo fado e as suas origens tradicionais. Formado em 2006, por quatro jovens músicos com experiências musicais diversas (jazz, música clássica, música étnica e tradicional), os Deolinda “procuram, através do cruzamento das diferentes linguagens e pesquisa musical, recriar uma sonoridade de cariz popular que sirva de base às composições originais do grupo”, diz a Casa das Artes em nota à imprensa.
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cultura
Pela obra literária “Os da Minha Rua”
Ondjaki recebeu Grande Prémio de Conto viária”. “A Cultura, em sentido lato, é uma ferramenta essencial para a formação das pessoas, tanto em termos pessoais como profissionais. E isso tem reflexos imediatos na sua qualidade de vida”, frisou. Acrescentando: “Como dizia Camilo Castelo Branco, ‘Os dias prósperos não vêm por acaso. Nascem de muita fadiga e muitos intervalos de desalento’”.
Pedro Alexandre Silva
Obra autobiográfi ficca Publicado em 2007, pela Edito-
Percurso de Ondjaki
António Freitas
O escritor angolano Ondjaki foi o vencedor do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2007. O prémio, que resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Famalicão e a Associação Portuguesa de Escritores, distinguiu a obra literária “Os da Minha Rua”, atribuindo um valor de cinco mil euros. Na cerimónia de entrega do galardão, Armindo Costa lembrou que “Ondjaki sem abandonar a sua Luanda Natal, tem também o privilégio de pertencer à ‘rua’ de Camilo Castelo Branco”, local onde figuram nomes como Maria Velho da Costa, Mário de Carvalho, Luís Costa Gomes, Urbano Tavares Rodrigues ou Gonçalo Tavares”, referiu. Esta é a primeira vez que o prémio é entregue a um escritor que não nasceu em Portugal, nem possuiu nacionalidade portuguesa, por isso, o presidente da Câmara frisou que “este é um sinal que a parceria está cada vez mais consolidada e apresenta hoje o resultado da inovação introduzida no regulamento do Prémio do Conto, com o alargamento a concorrentes de países Africanos de Língua Oficial Portuguesa”. O director da Casa Camilo – local onde decorreu a cerimónia – Aníbal Pinto de Castro, salientou dois factos importantes deste prémio: primeiro porque é a primeira vez que é atribuído a um autor de um país africano de língua portuguesa, e depois a juventude do premiado.
Momento em que Armindo Costa entregue o prémio a Ondjaki
rial Caminho “Os da Minha Rua” é uma obra que fala das músicas, lugares, cheiros e lembranças do escritor. Neste livro, Ondjaki conduz os leitores a cenas de carácter intimista que levam ao registo de uma época em Angola, sobretudo a sua infância em Luanda nas décadas de 1980 e 1990. Os limites entre biografia e ficção são continuamente desafiados, basta observar o tom intimista a mesclar-se continuamente a uma perspectiva histórica. Receber este prémio significa
para Ondjaki uma grande honra até porque é o primeiro autor não português a ser distinguido. “Pessoalmente é uma grande satisfação, e fico contente pelo meu país. Mas receber este prémio significa que há uma maior responsabilidade e, por isso, vou continuar a trabalhar mais e com melhor qualidade”, frisou. Neste conto, tal como noutros trabalhos do autor a ironia está predominantemente presente como salientou Manuel Fias Martins, representante do júri do Prémio do Conto. Lê-se: “a vida às vezes é
como um jogo brincado na rua, estamos no último minuto de uma brincadeira bem quente e não sabemos que a qualquer momento pode um familiar a avisar que a brincadeira já acabou e estás na hora de jantar. A vida afinal acontece muito de repente”. O Prémio do Conto é para a Câmara Municipal de Famalicão uma forma de promover a figura de Camilo Castelo Branco. Como referiu Armindo Costa, “investir na cultura é tão importante como investir na água, no saneamento ou na rede
Ondjaki é o pseudónimo literário de Ndalu de Almeida, escritor nascido em Luanda em 1977 e formado em Sociologia em Lisboa. Interessa-se pela interpretação teatral e pela pintura (duas exposições individuais, em Angola e no Brasil). Participou em antologias internacionais. Escreve para cinema e co-realizou um documentário sobre a cidade de Luanda. É membro da União dos Escritores Angolanos. Recebeu no ano de 2000 uma menção honrosa no prémio António Jacinto pelo livro de poesia. Em 2005 o seu livro de contos “E se amanhã o medo” obteve os prémios Sagrada Esperança e António Paulouro. Ondjaki irá publicar um novo romance no próximo ano, promete continuar a trabalhar na escrita infantil e ainda em Fevereiro irá publicar um livro de poesia.
José Manuel Mendes agradece homenagem do município famalicense
Cristina Azevedo “Tenho consciência de fiquei sempre aquém do que devia e do que todos mereceriam”. Foi desta forma modesta que José Manuel Mendes iniciou o discurso de agradecimento ao município de Famalicão, pela homenagem que lhe foi prestada na noite da passada quinta-feira, no Centro de Estudos Camilianos, em Seide S. Miguel. O poeta e escritor foi homenageado, na passagem do seu 60º aniversário, numa cerimónia que juntou alguns amigos, familiares e figuras ligadas à actividade cultural do município. Emocionado, José Manuel Mendes disse que noites como aquela lhe trazem júbilo. “E bem preciso dele. Sou um homem triste e estes momentos de júbilo fazemme falta”, afirmou. Porém, acrescentou que, acima de tudo, a homenagem o responsabiliza: “Considero que devo ainda imenso à comunidade e, por isso mesmo, não paro, não renuncio, não fico por aqui”. O poeta fez também questão de endereçar um “agradecimento profundíssimo” ao “estimado amigo” Armindo Costa; a Leonel Rocha, “um dos autores desta noite que nunca esquece-
rei”; a José Manuel Oliveira, director do Centro de Estudos Camilianos; e “ao dilecto amigos de tantos anos” Artur Sá da Costa. José Manuel Mendes nasceu em Luanda, em Setembro de 1948. Escolheu Braga para viver, sendo professor na Universidade do Minho. É também presidente da Associação Portuguesa de Escritores, que, conjuntamente com a Câmara de Famalicão, atribui o grande prémio do Conto Camilo Castelo Branco. Ainda jovem participou activamente em movimentos estudantis, associativos e políticos, tendo publicado o seu primeiro livro, de poesia, aos 15 anos. Por isso, no seu discurso, Armindo Costa não esqueceu as ligações do homenageado ao concelho, afirmando que “o seu nome e a sua actividade cívica, política e cultural inscrevemse na paisagem humana desta região, onde se integra Vila Nova de Famalicão”. Recordando as suas crónicas no jornal “A Voz de Famalicão”, a apresentação de obras literárias nas Feiras de Livros, ou a sua presença na cerimónia anual da atribuição do Grande Prémio de Conto, o presidente da Câmara sublinhou que “José
António Freitas
“Ainda devo imenso à comunidade”
Armindo Costa ofereceu uma imagem em barro de Camilo Castelo Branco
Manuel Mendes é um dos rostos visíveis do envolvimento e da participação de personalidades literárias e instituições culturais, de amplitude nacional, no projecto cultural do município”. Neste âmbito, lembrou ainda a participação do poeta
na antologia “Famalicão, 14 olhares”. Depois dos discursos, José Manuel Mendes brindou os presentes com a recitação de poemas da autoria de Vasco Graça Moura, António Gedeão, Mário Cesariny, Sophia de Mello Brey-
ner, Eugénio de Andrade, entre outros. No final, chegou o momento mais aguardado com o concerto “Estuário”, com dez canções para soprano e piano, com poemas da autoria de José Manuel Mendes e música de Fernando Lapa.
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pĂşblica: 10 de Dezembro de 2008
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